sábado, 1 de julho de 2023

PBrasil (2023) - CompTexto - Parte05de11

 PBrasil (2023) - CompTexto - Parte05de11

Segue abaixo a parte 5 da COMPILAÇÃO DE SOMENTE TEXTO das últimas 5.422 postagens no blog PBrasil.

Vamos continuar pela Parte 5 de 11 com 500 postagens cada parte (2.001 até 2.500), totalizando na parte 11 todo o texto dos 5.422 POSTs...



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quinta-feira, 15 de março de 2018

Saiba como Stephen Hawking revolucionou a ciência


Saiba como Stephen Hawking revolucionou a ciência



A morte de Stephen Hawking (14/03/2018) representa a perda de uma das mentes mais brilhantes do século XX. Mas o físico deixou um grande legado para a humanidade.


Ele ficou conhecido por suas grandes contribuições nos campos da cosmologia, relatividade geral e gravidade quântica, especialmente no âmbito dos buracos negros. Conheça algumas de suas principais ideias e descobertas:



Stephen Hawking - Físico Teórico


A “Teoria de Tudo”
A grande busca de Stephen Hawking foi por uma teoria que explicasse todas as leis do universo, a "Teoria de Tudo". “Meu objetivo é simples. É o entendimento completo do universo, por que ele é assim e porque ele existe", disse certa vez.

Popularização de teorias complexas
Entre os maiores feitos de Stephen Hawking, está a popularização da física teórica entre um público leigo. Ele escreveu livros de sucesso, como Uma Breve História do Tempo e O Universo numa Casca de Noz, grandes obras de divulgação científica.

Singularidades
A teoria da gravidade de Einstein oferecia a possibilidade de singularidades: pontos onde o espaço-tempo aparentavam ser infinitamente curvos. Em 1970, Stephen Hawking aplicou o conceito para todo o universo e provou que Einstein previu uma singularidade do passado, o Big Bang.

Leis da mecânica de buraco negro
Buracos negros têm suas próprias leis, funcionando de forma diferente do resto do universo. Com James Bardeen e Brandon Carter, Stephen Hawking descobriu as quatro leis da mecânica dos buracos negros.
Uma delas diz que a área total da superfície de um buraco negro nunca diminuirá.



A Teoria de Tudo - Filme


Radiação Hawking
De acordo com a teoria geral da relatividade de Einstein, toda a informação que entra em um buraco negro é perdida para sempre. Stephen Hawking desafiou essa teoria e sugeriu que partículas poderiam escapar de lá. Essas partículas são conhecidas como "Radiação Hawking".

Desaparecimento de buracos negros
Baseado na teoria quântica, Stephen Hawking demonstrou que os buracos negros deveriam emitir calor e, eventualmente, desaparecer. Ao se extinguir, buracos negros menores poderiam explodir, liberando milhões de megatons.

Religião x Ciência
"Deus pode existir, mas a ciência consegue explicar o universo sem a necessidade de um criador”, disse Stephen Hawking sobre a diferença entre religião e ciência. Segundo ele, a ciência triunfará porque é eficiente.


A Teoria de Tudo - 2015 - TRAILER

(https://www.youtube.com/watch?v=-rwIE4SUxQA)



Possibilidade de viagens no tempo
Stephen Hawking acreditava na possibilidade teórica de viagens no tempo. Ela seria possível ao percorrer uma quarta dimensão por meio de uma espécie de portal chamado “buraco de minhoca”.

Busca por vida inteligente fora da Terra
Hawking acreditava na possibilidade de vida inteligente fora da Terra. O cientista até mesmo participou de um programa de 100 milhões de dólares cujo objetivo era buscar uma civilização extraterrestre.



A TEORIA DE TUDO - 2015 - Filme dublado completo

(https://www.youtube.com/watch?v=jxZ2ntr6uC0)



Documentário:
Hawking - Minha Breve História - 2013

(https://www.youtube.com/watch?v=ZUvKk4IvA-Q)
[Ativar legenda abaixo do vídeo]



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Rebeldias da Energia Dominada - Tecnologia



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quinta-feira, 15 de março de 2018

O FETO APRENDE - PSICOLOGIA


O FETO APRENDE - PSICOLOGIA



Imagine como seria passar nove meses trancado em uma sala escura e morna, dormindo 16 horas por dia. O lugar, apertadinho, sem ser desconfortável, é envolvido por uma marcação de tambor constante, que não pára nem durante a noite, e por um barulho esquisito de líquidos borbulhando. Você ouve, sem poder entender, conversas abafadas do lado de fora, nas quais predomina sempre uma voz feminina clara, que parece vir de todos os lados ao mesmo tempo. Não há muito o que fazer lá dentro além de brincar com o saco transparente que te embrulha e beber o líquido quase sempre doce à sua volta.


Você já passou por isso, é óbvio - durante a sua gestação. E hoje se sabe que esse período marcou você para sempre, moldando o seu jeito de ser, os seus medos e o seu humor. A velocidade daquela batida de tambor, o carinho ou o desprezo expressos nas vozes difusas, o gosto do líquido e outros estímulos mais sutis são tudo o que um feto conhece até o parto. Se essa experiência for agradável, tudo vai evoluir para uma criança tranqüila e sensível. Se não, a gravidez pode provocar distúrbios psicológicos graves, até mesmo esquizofrenia e autismo.



O filho entende a mãe
Desde o começo da gestação, os sentimentos e os humores maternos afetam o filho, que está exposto aos mesmos hormônios que ela. Fetos rejeitados são candidatos sérios a distúrbios de comportamento.



A sala escura onde você ficou trancado é o útero de sua mãe e a batida de tambor é o coração dela. Os borbulhos que você ouviu vêm do intestino materno. As vozes abafadas são as conversas lá fora, que chegaram até você a partir do quarto mês da gravidez, quando seus ouvidos começaram a funcionar. A voz que predomina é a da sua mãe, porque alcança seus ouvidos por dois caminhos diferentes: vinda de fora, propagada pelo ar, e transmitida pelo corpo, direto das cordas vocais dela até você.

"Para a criança, essas coisas não são simples estímulos", diz a psicóloga Vera Iaconeli, professora da Universidade Paulista (Unip) e especializada em psiquismo fetal. "Aquilo é a vida, é tudo." Por isso, se a gestação for desagradável, a criança já vai sair do quarto escuro com uma impressão ruim da própria existência. Segundo estudos recentes, filhos indesejados pela mãe têm maior chance de nascer esquizofrênicos ou autistas. As duas doenças têm em comum o fato de se caracterizarem pela fuga do mundo real. São uma forma de se proteger da hostilidade dos outros.



Feto - Estágio de desenvolvimento intrauterino


Percepção sensorial
Mas como é que os filhotes percebem que são indesejados? Telepatia? Não. É que eles estão ligados à mãe pelo cordão umbilical. Se ela fica assustada, libera substâncias que também vão agir neles. Ansiedade, nervosismo e depressão também são transmitidos quimicamente por hormônios. "Toda situação de estresse atinge o feto", resume a neuropsiquiatra infantil Theodolinda Mestriner Stocche, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto (SP).

Um experimento do obstetra austríaco Gerhardt Reinold na década de 80 comprova o efeito da química materna sobre o filho. Reinold pediu a mulheres grávidas que se deitassem, enquanto examinava o interior de seus úteros pelas imagens de ultra-som. Ele sabia que aquela posição acalmaria os fetos, mas não contou às mães. Daí fez a maldade de dizer a elas que seus filhos, segundo o ultra-som, tinham parado de se mexer. Elas ficavam apavoradas, achando que havia algo errado, e, quase imediatamente, os fetos também se inquietavam no útero, afetados pela adrenalina liberada pela mãe. É claro que nenhum deles saberia identificar o que sentiam como medo, mas não há dúvida de que eles passaram por um susto.


Emoções transmitidas
Desconfortos passageiros, como o criado por Reinold, não provocam danos irremediáveis, é claro. Mas quando a gestante passa o tempo todo deprimida por não querer a criança, culpando-a pela guinada do destino que uma gravidez pode representar, aí o feto sentirá o golpe, como se soubesse de tudo. "Ele certamente vai perceber que algo não anda bem e sofrerá", afirma a neurologista Maria Valeriana Moura Ribeiro, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo.

Até a década passada, achava-se que só depois dos seis meses de gestação os futuros rebentos seriam sensíveis a esse tipo de estímulo. Afinal, é só no término da gravidez que as áreas do cérebro responsáveis pela memória começam a funcionar. Mas, com a sofisticação da aparelhagem de ultra-som, ocorrida nos últimos cinco anos, foi possível observar com precisão as reações intra-uterinas. Hoje, o obstetra consegue enxergar, com cores e imagens tridimensionais, até o movimento ocular do futuro bebê. Com tantas informações novas, descobriu-se que ele reage aos estímulos hormonais a partir do segundo mês de gestação.

Há quem vá ainda mais longe. O médico Eliezer Berenstein, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, acha que existe memória desde a concepção. "Mesmo antes que haja neurônios, as células devem ter alguma maneira de registrar quimicamente o que lhes aconteceu", acredita ele. "Assim, ajudariam o embrião a não repetir experiências ruins."



Desenvolvimento do Feto - Dia 1 até as 20 semanas...



Ele está escutando tudo
Depois do quarto mês, o feto já reage a sons e ao toque e começa a criar o vínculo afetivo profundo com a mãe.



Não são só químicos os estímulos intra-uterinos que podem influir na personalidade de quem vai nascer. A partir do quarto mês, já há vários sentidos desenvolvidos, inclusive a audição. No século passado, os médicos achavam que o útero era uma cápsula acusticamente isolada do mundo. A criança ficaria então protegida de qualquer barulho que prejudicasse o seu desenvolvimento.

Nos anos 70, obstetras colocaram microfones no interior do corpo de gestantes e concluíram que os sons chegavam, sim, até lá dentro, mas que os barulhos internos da mulher eram tão fortes que pareciam abafar qualquer ruído externo, a não ser que o volume fosse muito alto. Hoje se sabe que o inquilino do útero fica bem mais protegido dos ruídos internos do que se imaginava (na verdade, os resultados anteriores tinham sido obtidos com microfones de má qualidade) e se encontra mais exposto aos sons que vêm de fora.


Conversas de carinho
Nos últimos anos, surgiram experiências com hidrofones (microfones que funcionam em meios líquidos). A conclusão foi de que as conversas de fora podem, sim, ser ouvidas, mas atenuadas pela gordura e pelos tecidos da mãe - um grito lá fora soa como um lamento em voz baixa. Os resultados apontaram outra novidade: vozes graves, como a masculina, chegam mais fortes que sons agudos, como a voz feminina.

"Quem sabe, não é um recurso da natureza para habituar a criança também à voz do pai?", se pergunta Berenstein. "A maioria dos homens não sabe o que fazer durante a gravidez e, com medo de parecerem desajeitados ou ridículos, evitam conversar com o filho em gestação", constata o obstetra. Ele costuma aconselhar seus pacientes a falar constantemente com o futuro filho, demonstrando carinho. É claro que ele não vai entender o sentido das palavras, mas, assim como um pequerrucho qualquer, percebe e se incomoda quando os pais estão bravos ou tristes e gosta de ser tratado com afeto.

A voz da mãe chega com relativa clareza até os ouvidos do filho. "Ele se habitua a ela", diz a psicóloga Iaconeli. "Por isso, mesmo um recém-nascido reconhece a fala materna e se acalma com ela, o que prova que a relação foi construída durante a gestação."


Massagem precoce
Outro sentido bem desenvolvido aos quatro meses é o tato.

"É importante massagear a barriga, tocá-la sempre, fazer o feto sentir que recebe atenção", explica Berenstein. "Na década passada, achava-se que os bebês de proveta eram mais inteligentes", conta. "Depois descobrimos o que causava essa impressão: como a gestação deles é assistida mais de perto por motivos médicos, recebem mais estímulos e se desenvolvem melhor."

O ideal é que toda gestação mereça o mesmo cuidado. O psicólogo francês Jean-Pierre Lecanuet, um dos maiores especialistas mundiais nos sentidos do feto, admitiu à SUPER que "muitas das coisas que estamos descobrindo agora são uma simples confirmação daquilo que alguns pais sempre souberam". Ou seja, que seus filhos precisam de carinho antes mesmo de vir à luz.



3 meses de gestação e já é considerado FETO


Pré-escola dentro do útero
Nos últimos três meses de gravidez, o bebê já percebe muito do que acontece ao seu redor. Alguns pesquisadores acham que ele até começa a apreciar música e a se acostumar com a linguagem.



Quando o bebê chega aos seis meses de gestação, tem boa parte dos sentidos de um adulto. O sistema auditivo está completo, ele já percebe diferenças de claridade, tem tato no corpo inteiro, além de paladar e olfato. Por isso, alguns acontecimentos traumáticos nessa fase podem ficar em sua memória inconsciente. "No final da gestação, o feto é mais esperto do que o recém-nascido", diz Vera Iaconeli.

É que, boiando no líquido amniótico, ele consegue se mover com mais facilidade do que depois de nascer, quando seus membros lhe parecem pesados demais.


Prazer e aversão
"Nessa fase, o bebê suga, chupa o dedo, mexe as pálpebras, soluça, brinca com o cordão umbilical", enumera Maria Valeriana, da Unicamp. "Às vezes, ele também chora." Os modernos aparelhos de ultra-som descobriram que, além de tudo isso, ele começa a sorrir quando algo o agrada e demonstra claramente quando sente aversão. Se a mãe come um quitute diferente, com um toque muito amargo, o líquido amniótico fica amargo também e a fisionomia do feto deixa claro que ele não gostou nada da receita exótica.

O ultra-som também revelou, pelo movimento ocular, que o feto sonha. "Ele passa 16 horas por dia dormindo e sonha durante 65% desse tempo", diz o neurologista Rubens Reimão, especialista em distúrbios do sono. Não se sabe bem com o que ele sonha. Provavelmente, repassa o que passou durante as breves vigílias. "O final da gestação é a época em que se estabelece a maior quantidade de sinapses, as transmissões entre um neurônio e outro", prossegue Reimão. "E, para que elas se formem, é preciso estímulo. O sonho é um momento de atividade intensa do cérebro, que favorece a criação das sinapses." É uma etapa fundamental para a inteligência - quanto mais estímulos, melhor.



Corpo abrigando o FETO


Ensino acelerado
Quer dizer então que o feto cursa uma espécie de pré-escola na barriga da mãe? Em termos, sim. "Já foi mostrado que o recém-nascido prefere e se acalma com músicas que ouviu durante a gestação", diz Berenstein. "Acredito que a sensibilidade musical possa começar a se formar dentro do útero."

Há histórias impressionantes, como a do maestro canadense Boris Brott, que, quando criança, estranhava a facilidade com que aprendia trechos de algumas obras. Comentou isso com a mãe, que era violoncelista, e ela lhe disse que esses trechos eram exatamente aqueles que ela tocava enquanto estava grávida e não voltou a executar depois. Também é possível que a habilidade lingüística comece a ser adquirida na fase final da gestação. As mães que conversam com o feto estariam habituando-o ao ritmo e à musicalidade da língua. "Há relatos de crianças que passaram a gravidez em um país estrangeiro, onde a mãe falava outro idioma, e depois tinham dificuldade em aprender a língua pátria", conta Maria Valeriana.

Ainda não se sabe o quanto se pode aprender no útero. Mas não há dúvida de que, ao sair da sua salinha escura depois de nove meses, você já nasceu sabendo ser o que é. Ao menos um pouco.



FETO encaixado na bacia



Aos dois meses



O feto percebe o mundo fora do útero.

Os nervos começam a chegar aos pés, mãos e genitais. O bebê vai ter as primeiras sensações táteis e começa a sentir o contato com a mãe.

Há neurônios, mas muitos estão isolados uns dos outros. O bebê não ouve nem vê, mas já sofre com a ansiedade materna.



Aos quatro meses



O cérebro começa a decifrar os sentidos.

Boa parte das células nervosas já está formada e transmite impulsos nervosos, como os produzidos pelo tato e pela audição.

Já há nervos em quase toda a pele. O feto já sente prazer com a massagem de carinho que a mãe faz na própria barriga.



Aos seis meses



Quase todos os sentidos funcionam.

O bebê tem receptores táteis em toda a pele e em grande quantidade. Já chora e quase sorri.

O cérebro recebe impulsos nervosos vindos de todas as partes do corpo, transmitindo todos os tipos de sensações.

Os primeiros estímulos visuais permitem que o feto distinga claro e escuro.

O bebê já sente o gosto e o cheiro do líquido amniótico que o envolve.

A audição está totalmente pronta e as vozes lá fora vão habituá-lo à língua.



Documentário:
Viagem Fantástica do Corpo Humano
O incrível processo do Nascimento ate á morte...

(https://www.youtube.com/watch?v=LyGWc72Vsuk)


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segunda-feira, 12 de março de 2018

Arqueólogos descobrem "mensagem do além" em necrópole egípcia


Arqueólogos descobrem "mensagem do além" em necrópole egípcia



Na véspera do ano novo, arqueólogos egípcios descobriram uma antiga necrópole com dezenas de caixões de pedra.


O mais surpreendente foi que no local eles também acharam um colar que dizia "Feliz Ano Novo", escrito em hieróglifos.



O sítio arqueológico fica próximo da cidade de Minya e tem mais de dois mil anos. Os arqueólogos estimam que levar mais cinco anos para escavar toda a área. Entre os artefatos já encontrados, estão 40 sarcófagos, joias, cerâmicas e uma máscara de ouro. Oito tumbas também foram descobertas, mas é provável que existam mais delas.



Waziri disse que muitas das tumbas e artefatos de sacerdotes do deus Toth. Quatro urnas com tampas no formato dos rostos dos filhos do deus Hórus também foram encontradas no local. Dentro delas havia órgãos mumificados.


A chave do Egito antigo: Pedra de Roseta



Fonte: BBC
(http://www.bbc.com/news/world-middle-east-43196877)



BBC - Site Fonte



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segunda-feira, 12 de março de 2018

De prêmio Nobel a alquimista - Cientista conseguiu transmutar ouro


De prêmio Nobel a alquimista - Cientista conseguiu transmutar ouro



Em 1980, o prestigiado químico e físico nuclear americano Glenn Theodore Seaborg (1912-1999) conseguiu materializar, somente por alguns segundos, o sonho dos alquimistas.


O cientista foi capaz de transformar partículas de bismuto em ouro, igualando seu número atômico e utilizando os prótons e nêutrons do seu núcleo.

Seaborg começou muito jovem uma carreira brilhante no campo da física nuclear, o que o levou a participar do Projeto Manhattan, que, desde 1939, tinha como objetivo construir uma bomba atômica antes dos nazistas.



Glenn Theodore Seaborg - Químico


Terminada a Segunda Guerra Mundial, o cientista deu continuidade à sua carreira de sucesso: identificou vários elementos, publicou centenas de artigos e chegou até a ganhar, em 1951, um Prêmio Nobel de Química, dividido com Edwin McMillan.

Um dos momentos mais curiosos de sua carreira ocorreu no início da década de 1980, quando conseguiu transformar milhares de átomos de bismuto, um metal denso, descoberto na antiguidade, em ouro.



As pessoas devem entender que a ciência não é inerentemente um potencial para o bem
nem para o mal. É um potencial para ser aproveitado pelo homem para fazer sua oferta.
Glenn T. Seaborg


Apesar do sucesso do seu experimento, a instabilidade atômica do ouro obtido era tão grande que, em pouco tempo, virou outro metal. Além disso, o procedimento não era rentável para os laboratórios, de modo que a pesquisa foi deixada de lado.



Um acidente fez este cientista descobrir como preservar os recifes de corais



Fonte: Science History Institute
(https://www.sciencehistory.org/historical-profile/glenn-theodore-seaborg)



Science History Institute - Site Fonte



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Traição ajudou evolução da espécie humana, defende pesquisadora



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sexta-feira, 9 de março de 2018

As estranhas coincidências que unem Napoleão, Hitler e o número 129


As estranhas coincidências que unem Napoleão, Hitler e o número 129



Apesar das enormes diferenças que separam Napoleão Bonaparte e Adolf Hitler, essas duas personalidades são comparadas muitas vezes pelos paralelismos curiosos que existem em suas vidas e carreiras.


Uma das coincidências mais extraordinárias tem o número 129 como protagonista e se repete em vários momentos importantes de suas biografias.



Hitler x Napoleão: Teria o general corso inspirado o füher alemão?


Nascimento: Napoleão nasceu em 1760 e Hitler em 1889, 129 anos depois. Ambos vieram ao mundo longe do lugar que governariam (Napoleão na Córsega e Hitler na Áustria) e se sentiriam incomodados na infância pela condição de estrangeiros.

Ascensão ao poder: Napoleão foi coroado imperador de Bonaparte em 1804 e Hitler se tornou chanceler imperial em 1933, 129 anos depois.



Onde Napoleão falhou, obterei sucesso, vou
desembarcar nas praias da Inglaterra - Adolf Hitler


Triunfo sobre Viena: Napoleão ingressou em Viena em 1809 e Hitler em 1938, 129 anos depois. Napoleão o fez após derrotar o exército austríaco em Wagram, enquanto Hitler teve o apoio do partido nazista local.



CRUELDADE O exército de Napoleão teria usado 1,5 mil
buldogues famintos para devorar haitianos


Rússia: Napoleão invadiu a Rússia em 1812 e Hitler em 1941, 129 anos depois. Ambos foram derrotados por causa das enormes distâncias e do rigoroso inverno russo.



DOCUMENTÁRIOS - Napoleão x Hitler



Napoleão Bonaparte: Império (01h:48min)

(https://www.youtube.com/watch?v=LjNnGbXGOEg)



Adolf Hitler: História (01h:20min)

(https://www.youtube.com/watch?v=d3r70E6Dvfs)



Fonte: All That is Interesting
(http://allthatsinteresting.com/biggest-historical-coincidences#12)



All That Is Interesting - Site Fonte



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quinta-feira, 8 de março de 2018

Parteira de Auschwitz enfrentou Mengele para salvar bebês no campo de concentração


Parteira de Auschwitz enfrentou Mengele para salvar bebês no campo de concentração



O campo de concentração de Auschwitz é mais conhecido pelos horrores que aconteceram durante a Segunda Guerra Mundial.


Pelo menos 1,1 milhão de pessoas foram assassinadas no local. Mas o lugar também foi palco de milhares de nascimentos.

Durante os dois anos que ficou presa em Auschwitz, a polonesa Stanislawa Leszczynska atuou como parteira, ajudando a trazer ao mundo cerca de três mil bebês. De família católica, Leszczynska foi parar no campo de concentração por ter participado da resistência polonesa na cidade de Lodz, enviando alimentos e documentos falsos para que os judeus perseguidos pelo nazismo pudessem fugir.



Auschwitz - Campo de concentração em Oswiecim, Polônia


Detida em 1943, a parteira foi separada do marido e do filho mais velho, que conseguiram fugir. Ela e uma filha foram enviadas para Auschwitz, enquanto outros dois filhos acabaram em outros campos de concentração. O marido morreu mais tarde, combatendo os nazistas.

Quando Leszczynska chegou em Auschwitz, disse a um médico alemão que era parteira. Ele então a enviou para a “maternidade", um aglomerado imundo de tendas destinadas às grávidas. A maioria delas era enviada diretamente para câmaras de gás ou acabava submetida a abortos forçados. Muitos bebês também eram afogados em baldes, na frente das mães, logo após o nascimento.



Um total de 700 milhões de dólares. Esse é o valor atualizado de quanto foi gerado,
por meio de trabalho escravo, no campo de Auschwitz, durante o Holocausto.



Coragem
Leszczynska se recusava a fazer o trabalho macabro. Ela simplesmente se negava a matar as crianças, enfrentando até mesmo o médico Josef Mengele, o "Anjo da Morte". Ao invés disso, ela prestava assistência às mães e ajudava nos partos. “Ninguém sabe como ela não foi morta pelos nazistas”, disse o filho dela, Bronislaw, em 1988.

Apesar de saber que a maioria dos bebês morreria em questão de horas, ela fazia o possível para salvar o maior número possível deles e de suas mães. As condições eram as piores possíveis: não havia água, cobertores nem fraldas, além da escassez de comida.



Aliás, as mortes no campo de Auschwitz somam um número muito maior do que
as mortes dos Britânicos e Americanos juntos, durante toda a Segunda Grande Guerra


Nem todos os bebês eram mortos imediatamente. A partir de 1943, alguns foram adotados por casais nazistas em um programa que sequestrou mais de 100 mil crianças, apenas na Polônia. Leszczynska e suas assistentes fizeram o possível para tatuar os bebês, para que eles pudessem ser identificados mais tardes pelas verdadeiras mães.


Quer entender um pouco mais sobre o terror do campo de Auschwitz?
Assista o vídeo abaixo:

(https://youtu.be/449ZOWbUkf0)


Das três mil crianças que Leszczynska ajudou a nascer, estima-se que metade foi afogada, outras mil morreram de desnutrição ou frio, 500 foram entregues a outras famílias e 30 sobreviveram ao campo de concentração. Depois da libertação de Auschwitz, a parteira voltou a exercer sua profissão até se aposentar, em 1957. Seus filhos também foram libertados. A parteira morreu em 1974. Ela continua a ser reverenciada na Polônia e é candidata à canonização pela Igreja Católica.



ÚLTIMO DIA DOS NAZIS - AUSCHWITZ



Documentário: Holocausto - Execução do Mal - (01h:23min)


(https://www.youtube.com/watch?v=xVRz4cQgktA)



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quarta-feira, 7 de março de 2018

Filme - "Coração de Cavaleiro" - A Knight's Tale


Filme - "Coração de Cavaleiro" - A Knight's Tale



O cinema já nos brindou com vários filmes ambientados na Idade Média. Alguns memoráveis e outros completamente esquecíveis.


Seja alguns filmes perpetuando preconceitos sobre o período medieval e outros que buscam representar o máximo possível a realidade do medievo, o cinema pode ser a porta de entrada para futuros medievalistas que, impactados por tais produções, dedicam anos de suas vidas a estudar a Idade Média.


Coração de Cavaleiro - 2001 - Drama / Ação - 2h 24min


De todos os filme sobre Idade Média, "Coração de Cavaleiro" pode parecer uma das últimas produções de qualquer lista de recomendação para quem quer deslumbrar o período medieval no cinema. Mas não para Natalie Anderson, medievalista e fã incondicional do filme. O texto abaixo é do site Medievalists.net onde Anderson, que possui doutorado sobre as justas, mostra sua paixão pelo filme.



"Este filme de 2001 conta a história de William Thatcher (interpretado pelo falecido Heath Ledger), de origem camponesa, que se disfarça de cavaleiro e, adotando o pseudônimo de Ulrich von Liechtenstein, ganha o caminho para a glória e riquezas do mundo medieval – derrotando um conde maligno e ganhando o coração da donzela. Ah, e ele ainda faz amizade com Chaucer e o Príncipe Negro.

Como uma medievalista, toda vez que vejo um filme ou uma série de televisão ambientada na Idade Média, eu luto com o inevitável problema de manter uma lista de verificação mental corretiva do que eles fazem de errado. “Coração de Cavaleiro” se livra desse fardo jogando a exatidão histórica pela janela e indo a uma espécie de realismo fantástico. E funciona, porque, creio eu, o tom e espírito estão corretos.

Especialmente quando se trata das cenas dos torneios. Na inesquecível cena de abertura, a audiência, em uma justa, canta “We Will Rock You’” enquanto os combatentes se preparam para o combate. Será que um musical de rock contemporâneo entrou em erupção em uma justa medieval? Provavelmente não, mas a atmosfera de excitação, a energia no ar e o investimento dos espectadores soam verdadeiros.



(https://youtu.be/0Hi8IWqic0U)

(FILME COMPLETO E DUBLADO NO FINAL DESTE TEXTO)

O “circuito” de torneio que William segue, também reflete os locais populares atuais onde os torneios medievais foram realizados e homens como William Marshal fizeram suas fortunas. Gosto de pensar que o nome de William no filme é uma referência para o famoso Marshal, que uma vez teve seu capacete curvado e preso em sua cabeça durante um torneio – uma desculpa que William Thatcher usa em um momento para evitar ter que remover seu próprio capacete e revelar sua identidade - certamente não uma coincidência narrativa.

O nome assumido por William, Ulrich von Liechtenstein, também é uma referência para os historiadores.

Von Liechtenstein era uma pessoa real: um cavaleiro alemão do século 13, escreveu poemas e tratados cavalheiresco e era (segundo ele mesmo, pelo menos) um habilidoso cavaleiro de justas. Ele é mais famoso provavelmente por sua duvidosa “autobiografia”, na qual ele detalhou suas façanhas viajando pelo campo vestido como a deusa Vênus enquanto desafiava homens nas justas.



Ulrich von Liechtenstein


Sim, a armadura era geralmente terrível (e tudo a partir de cerca de um século depois, quando o filme parece estar ambientado), mas o filme apresenta o conceito de armadura especializada feita exclusivamente para as justas, que foi de fato, uma ideia que se desenvolveu em torno deste tempo. E não, o nome do filme “A Knight’s Tale” (nome original) não tem absolutamente nada a ver com o “The Knight’s Tale” de Chaucer, mas o personagem obtém uma referência descartável ao que, de fato, foi seu primeiro trabalho principal, “The Book of the Duchess”.

Realmente, para um filme de 2001 destinados a adolescentes, “Coração de Cavaleiro” é surpreendentemente cheio de “easter eggs” históricos. Os concorrentes dos torneios eram frequentemente obrigados a fornecer até quatro gerações de ascendência nobre para competir. Outros nomes simplesmente mencionados de passagem – Piers Courtenay ou Roger Mortimer – também são nomes de personalidades históricas. Você podia indicar quais eventos você desejava competir, dando um golpe nos escudos suspensos. Uma grande festa, incluindo festejar e dançar (embora muito provavelmente não ao som de David Bowie), muitas vezes seguia os torneios. Agradeço especialmente a inclusão do combate de pés no cenário do torneio, muitas vezes negligenciado pelo glamour atrativo de uma justa cinematográfica.

Este filme cresce ao longo dos anos. Eu o amo mais agora do que quando foi lançado e , surpreendentemente, adoro ainda mais ter dedicado anos ao estudo da Idade Média e, especificamente ao torneio. Eu sempre gosto de recomendá-lo às pessoas (e ver seus olhos confusos quando o faço). E agora estou recomendando a vocês."



FONTE: ANDERSON, Natalie. The Best Medieval Film: The Case for A Knight's Tale. Medievalists.net
(http://www.medievalists.net/2017/12/best-medieval-film-case-knights-tale/)



Medievalists.net - Site Fonte



Coração de Cavaleiro - A Knight's Tale
COMPLETO E DUBLADO

(https://www.youtube.com/watch?v=xCMn33sFug0)



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Raro eclipse da Lua encanta milhões



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quarta-feira, 7 de março de 2018

Playstation One Collection - 1391 Games


Playstation One Collection - 1391 Games



Listagem completa com a coleção de jogos (1391 Jogos), FULL SET do PLAYSTATION 1 da SONY, ACERVO PESSOAL...



Para começar vamos ilustrar o que é o PLAYSTATION ONE:
O PlayStation, oficialmente abreviado PS1, frequentemente chamado de PlayStation 1 ou ainda PSOne, foi o primeiro console de vídeo game fabricado pela Sony, lançado em 3 de dezembro de 1994 no Japão, 9 de setembro de 1995 nos Estados Unidos e em 29 de setembro de 1995 na Europa. Desde o seu lançamento até 2006, quando sua produção foi cancelada, o PlayStation vendeu mais de 100 milhões de unidades. Ocupa a posição de segundo console de mesa mais vendido no mundo, com mais de cem milhões de unidades vendidas, superado apenas pelo seu sucessor, o PlayStation 2, que teve mais de 150 milhões de unidades comercializadas.



Playstation One - Ficha Técnica



Especificações Técnicas:



Playstation One - Acessórios



EMULADOR PRONTO PARA DOWNLOAD:

JogosRBL6 - Basta baixar e Jogar... (Nesta compilação você tem outros consoles/emuladores)
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/08/jogosrbl6-agora-com-playstation-one-sony.html



Jogos que não podem faltar no seu EMULADOR



LISTAGEM E CAPAS DOS
MEUS 60 FAVORITOS

001 - Formula 1
002 - souledge
003 - armymen004 - runabout
005 - need for speed 2006 - small soldiers
006 - small soldiers - ft02
007 - 30 Jogos do Atari
008 - ogre battle
009 - road rash
010 - medal of honor
011 - tekken 2
012 - gundam the battle master
013 - twisted metal 2
014 - need for speed v-rally
015 - dino crisis
015 - dino crisis -ft02
016 - namcomuseumv1
017- nascar99
018- nascar99
019- syphon filter
020- 1on1
021- crash team racer
022- Duke Nuken Time To Kill
023- Resident Evil
024- Tekken3
025- simcity2000
026- tenka
027- powerboat racing
028- timeshock
029- Street Fighter plus alfa
030- Chocobo Racing
031- Pandemonium2
032- syndicate wars
033- gex enter the gecko
035- command & conquer
036- Nascar Rumbler
037- civilization 2
038- castlevania symphony of the night
039- zero pilot
040- rainbow six
041- legend of legaia
042- metal gear solid
043- command & conquer - red alert
044- legend of legaia
045- steel reign
046- tony hawk's pro skater2
047- ace combat 2
048- dark omen
049- pro bmx
050- wipe out xl
051- resident evil 2
052- final fantasy tactics
053- soul of the samurai
054- destruction derby 2
055- digimonster 3
056- Crash Bandicoot Collection - Crash Bancoot - Crash Bandicoot 2 Cortex Strikes Back - Crash Bandicoot 3 Warped
057- Army Men - Real Combat Plastic Men
058- Army Men - Sarge's Heroes
059- Army Men - Air Attack
060- Monster Rancher 2



CAPAS DOS MEUS 60 FAVORITOS:



AGORA SIM, A LISTA DEFINITIVA DA COLEÇÃO LOGO ABAIXO...


PLAYSTION ONE COLLECTION - 1391 GAMES (FULLSET):

102-dalmatians-puppies-to-the-rescue-ntsc-u-slus-01152-
2xtreme-ntsc-u-scus-94508-
3d-baseball-ntsc-u-slus-00066-
3xtreme-ntsc-u-scus-94231-
40-winks-ntsc-u-slus-00874-
ace-combat-2-e-sces-00699-
ace-combat-2-u-slus-00404-
ace-combat-3-electrosphere-u-slus-00972-
aces-of-the-air-u-slus-01470-
action-bass-u-slus-01248-
action-man-operation-extreme-u-slus-00887-
activision-classics-u-slus-00777-
adidas-power-soccer-98-u-slus-00547-
adidas-power-soccer-scus-94502-
adventure-of-phix-u-slus-01523-
adventures-of-lomax-u-scus-94906-
agile-warrior-f-111x-u-slus-00023-
air-combat-u-slus-00001-
air-hockey-u-slus-01467-
akuji-the-heartless-u-slus-00715-
alexi-lalas-international-soccer-u-slus-00872-
alien-resurrection-u-slus-00633-
alien-trilogy-u-slus-00007-
allied-general-u-slus-00303-
all-star-baseball-u-slus-00392-
all-star-racing-2-u-slus-01510-
all-star-racing-u-slus-01460-
all-star-slammin-dodgeball-u-slus-01431-
alone-in-the-dark-one-eyed-jack-s-revenge-u-slus-00239-
alone-in-the-dark-the-new-nightmare-disc1of2-u-slus-01201-
alone-in-the-dark-the-new-nightmare-disc2of2-u-slus-01377-
alundra-2-u-slus-01017-
alundra-e-sles-01135-
alundra-u-slus-00553-
amazing-virtual-sea-monkeys-u-slus-01475-
american-pool-u-slus-01488-
andretti-racing-u-slus-00264-
animaniacs-ten-pin-alley-2-u-slus-00784-
animorphs-shattered-reality-u-slus-01010-
ape-escape-u-scus-94423-
apocalypse-u-slus-00373-
aquanaut-s-holiday-u-scus-94603-
ArcadeGreatestHits-Midwaycolletion2
ArcadePartyPack[SLUS-00952][img]
Arcade'sGreatestHits-TheAtariCollection1[SLUS-00399]
Arcade'sGreatestHits-TheAtariCollection2[SLUS-00449]
Arcade'sGreatestHits-Williams[SLUS-00201][img]
arc-the-lad-collection-making-of-disc-u-slus-01256-
arc-the-lad-iii-disc1of2-u-slus-01253-
arc-the-lad-iii-disc2of2-u-slus-01254-
arc-the-lad-ii-u-slus-01252-
arc-the-lad-monster-tournament-battle-arena-u-slus-01255-
arc-the-lad-u-slus-01224-
Area51[U][SLUS-00164]
ArmoredCore-masterofarena
ArmoredCore-ProjectPhantasm
ArmoredCore[SCUS_941.82]
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quarta-feira, 7 de março de 2018

O que fazer em caso de explosão nuclear ?


O que fazer em caso de explosão nuclear ?



Não é provável que o Brasil seja atacado por uma bomba atômica nos próximos dias, mas esse é o tipo de informação que é melhor se ter já que vivemos em uma era de constante terror por uma guerra nuclear.


Infelizmente, essa é a realidade do nosso planeta: hoje, diversos países possuem bombas nucleares e o conhecimento para fabricá-las, e os ânimos não andam dos melhores entre dois deles, ou seja, os Estados Unidos e a Coreia do Norte.



Bomba Nuclear - Dispositivo explosivo que utiliza reações nucleares


Menos do que um desentendimento político é necessário para uma catástrofe, no entanto – uma vez que tais bombas existem, até mesmo um erro inocente poderia gerar muita destruição.

Então, o que fazer se você por um acaso se ver no meio de um ataque nuclear?


Caso não esteja no Marco Zero…
Se você tiver azar o suficiente para estar no Marco Zero da explosão, pelo menos os seus problemas acabariam quase instantaneamente.



Abaixo uma gravação rara de 1953 mostra um teste nuclear feito em Nevada (EUA)
e é um dos poucos registros fieis de uma explosão nuclear


Ouça uma verdadeira explosão nuclear
(http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2174289/Ever-heard-sound-nuclear-bomb-going-Historian-unveils-surviving-audio-recordings-blast-1950s-Nevada-tests.html?ITO=1490)


Qualquer um no centro ou perto do centro de uma explosão nuclear morreria imediatamente pelo fogo, pela radiação abrasiva ou pela onda explosiva.

Caso contrário, o que você deve fazer depende de quão longe você está da explosão.


Procurar abrigo
Se você ver um flash no céu mais brilhante do que qualquer outra coisa que você já observou na vida, provavelmente é uma explosão nuclear.

“Não há muitas coisas que se encaixam nessa categoria”, explica o historiador nuclear Alex Wellerstein, do Instituto de Tecnologia Stevens (EUA). “Não fique parado, porque você pode ter cerca de 10 a 15 segundos para tomar alguma providência e salvar sua vida”.



Abrigo Nuclear subterrâneo


De acordo com o Departamento de Segurança Interna dos EUA, se você enxergar tal flash nuclear ou se tiver aviso prévio de um ataque, se abrigue imediatamente.

Visite este impressionante abrigo apocalíptico de extremo luxo construído em um silo de míssil nuclear
Mesmo um abrigo nuclear não seria capaz de mantê-lo seguro de um golpe direto. Mas se você estiver longe o suficiente do Marco Zero, ou seja, do centro da explosão, pode se manter protegido de detritos velozes que poderiam te machucar fatalmente.


O depois
Se você não estiver em perigo imediato, pode ir mais longe (no final deste texto você encontra um documentário falando dos detalhes). A melhor coisa a se fazer é procurar um espaço protegido o mais distante possível da explosão.

A explosão mata quem estiver por perto, mas acaba rapidamente. O que vem depois continua matando por um bom tempo: sujeira, detritos e outras partículas são forçadas para a atmosfera em uma nuvem gigante e viram uma espécie de “chuva radioativa”.



Chuva Radioativa - Vidros e metais derreteram como lavas


À medida que o vento empurra essa nuvem para longe do local da explosão, cinza radioativa cai sobre uma grande área. Essa cinza chega ao chão ao redor do Marco Zero dentro de uma hora, e é mais perigosa nas primeiras 48 horas após a detonação.

Tal radiação decai exponencialmente, o que significa que perde sua intensidade ao longo tempo. Após duas semanas, já é de cerca de 1% do seu nível inicial.



Efeitos da radiação nuclear no corpo humano


Logo, é importante se abrigar imediatamente para não ser exposto a altas doses de radiação nos primeiros dias da explosão.

Quando a maioria das pessoas pensa em uma explosão nuclear, imagina uma região ficando deserta e sem vida. Não é bem assim. A resposta emergencial a uma bomba atômica é parecida com a de desastres naturais, por exemplo. A chave está em se proteger a tempo.



Documentário - A Historia da Bomba Atômica

(https://www.youtube.com/watch?v=LcQIMlWS1I8)


Fonte: Science Alert
(https://www.sciencealert.com/what-to-do-in-case-of-nuclear-bomb-explosion-fallout-shelter)



Science Alert - Site Fonte



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Cientistas buscam nos animais a origem da maldade



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terça-feira, 6 de março de 2018

Astrônomo amador captura imagens nunca antes registradas de uma supernova


Astrônomo amador captura imagens nunca antes registradas de uma supernova



Víctor Buso, um chaveiro da cidade de Rosario, na Argentina, teve a sorte enorme de capturar o nascimento de uma supernova.


Victor possui instrumentos amadores de observação e conseguiu registrar em imagens um fenômeno que estava sendo rastreado há décadas por especialistas do mundo todo.



Uma das fotografias originais da supernova (no círculo vermelho). VÍCTOR BUSO


A descoberta foi feita na noite de 20 de setembro de 2016, mas somente agora foi publicado um artigo científico sobre o assunto, no jornal Nature. Na ocasião, Buso testava sua nova câmera na cúpula de observação astronômica construída por ele no terraço de sua casa, quando avistou a explosão de uma supernova, localizada ao sul da galáxia NGC 613.


Víctor Buso diante de seu telescópio em sua casa em Rosário, na Argentina.


“O objeto fica visível e rapidamente aumenta seu brilho em um ritmo nunca visto antes em fenômenos desse tipo. Isso é exatamente o que previam as simulações computadorizadas de explosões estelares. E é o que vinham procurando os astrônomos profissionais do mundo inteiro durante anos”, explica a astrônoma Melina Bersten da Universidade de La Plata.

Embora as previsões computadorizadas tenham antecipado como seria o nascimento de uma supernova, é a primeira vez na história que se tem evidências empíricas de um fenômeno dessa natureza. Os especialistas acreditam que, considerando o quão estatisticamente difícil pode ser observar um acontecimento desse tipo, Buso ganhou na “loteria cósmica”.



Documentário: SUPERNOVAS

(https://www.youtube.com/watch?v=vLVKyQ99I6s)



Fonte: Washington Post
(https://www.washingtonpost.com/news/speaking-of-science/wp/2018/02/21/a-self-taught-astronomer-spotted-something-no-scientist-had-ever-seen/)



Washington Post - Site Fonte



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segunda-feira, 5 de março de 2018

Pesquisador propõe uma teoria para o perfeito alinhamento das Pirâmides de Gizé


Pesquisador propõe uma teoria para o perfeito alinhamento das Pirâmides de Gizé



O incrível apuro técnico com o qual foram construídas as Pirâmides de Gizé, no Egito, continua surpreendendo os cientistas.


Um dos marcos arquitetônicos mais notáveis para a sua época é a perfeição com que estão alinhados cada um dos lados de suas bases com os pontos cardeais.



Necrópole de Gizé - Egito - África


O engenheiro e arqueólogo norte-americano Glen Dash afirma, em um artigo publicado no The Journal of Ancient Egyptian Architecture, ter descoberto o motivo pelo qual as pirâmides de Gizé estão quase perfeitamente alinhadas.



Necrópole de Gizé - Localizações


Segundo o pesquisador, os antigos egípcios aproveitaram o equinócio de outono, momento em que o Sol se coloca no ponto mais alto do céu, causando uma intersecção quase perfeita com a Linha do Equador, para traçar outra linha na qual, posteriormente, seriam construídas as pirâmides colossais. Para isso, eles utilizaram um instrumento chamado gnômon, uma longa haste que, ao ser fincada no solo, serve para medir o percurso da sua sombra, imitando o desenho do Sol no céu. Após obter um arco, os arquitetos tiveram apenas que juntar suas duas pontas para obter uma linha reta perfeitamente nivelada com os pontos cardeais terrestres.


Pirâmides: Símbolos de uma civilização



Fonte: Live Science
(https://www.livescience.com/61799-great-pyramid-near-perfect-alignment.html)



Live Science - Site Fonte



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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

QUEM FOI "GIORDANO BRUNO" - O MÍSTICO 'VISIONÁRIO' QUEIMADO NA FOGUEIRA HÁ 418 ANOS


QUEM FOI "GIORDANO BRUNO" - O MÍSTICO 'VISIONÁRIO' QUEIMADO NA FOGUEIRA HÁ 418 ANOS


O lugar em que Bruno foi queimado pela Inquisição, em Roma, tem hoje
uma estátua em sua homenagem (Foto: Getty Images)

De temperamento rebelde e contestador, ele não seria considerado um cientista nos moldes atuais - mas defendeu teorias astronômicas que só seriam comprovadas muitos anos depois...


Há 418 anos, em 17 de fevereiro de 1600, uma quinta-feira ensolarada, Roma presenciou um espetáculo dantesco. Centenas de pessoas lotaram o Campo dei Fiori (Campo das Flores), uma praça no centro da cidade, para assistir à morte na fogueira de Giordano Bruno, por ordem da Santa Inquisição.



Giordano Bruno - Filósofo - Teólogo - Escritor - Frade


O padre, filósofo, místico, poeta, autor de peças de teatro, nascido Filippo Bruno em 1548 em Nola, no reino de Nápoles, pagava com a vida pela ousadia de ter desafiado a Igreja e discordado das ideias então vigentes, entre as quais a de que a Terra era o centro do universo.

A sentença havia sido proferida oito dias antes pelo papa Clemente 8 depois de sete anos de julgamento, durante os quais Bruno negou-se diversas vezes a renunciar às suas ideias e arrepender-se. Fez mais. Conta-se que, enquanto ardia na fogueira, ainda teve forças para virar o rosto a um crucifixo que alguém lhe havia mostrado.

No livro As Sete Maiores Descobertas Científicas da História, os irmãos David Eliot e Arnold Brody contam que a história desse desfecho trágico, mas mais ou menos previsível para a época, começou a ser escrita em 1575, quando Bruno leu textos proibidos do filósofo holandês Desidério Erasmo (1466-1536), o que lhe valeu o primeiro processo de excomunhão.

É provável, dizem, que o temperamento inquieto e contestador de Giordano Bruno o tivesse levado por si só à fogueira, mas ter lido Erasmo ajudou a marcá-lo como herege. Na verdade, desde cedo ele mostrou tendências heterodoxas. Ainda noviço, ele atraiu atenção pela originalidade de seus pontos de vista e por suas exposições críticas das doutrinas teológicas então aceitas.



Para ele o mundo não poderia ser como Aristóteles afirmava...


Vida religiosa e conturbada
Assim, não é de estranhar que tenha chamado a atenção da Inquisição desde que começou a se tornar conhecido. Apesar de Bruno, que trocou o nome Filippo por Giordano aos 15 anos, quando entrou para a Ordem Dominicana, ter sempre estado ligado à religião, nunca foi aceito pelos religiosos.


Em 1575, três anos depois de ter sido ordenado padre, o futuro condenado concluiu o curso de teologia no Convento Dominicano de San Dominica de Maggiori, em Nápoles, o mesmo em que havia estudado e lecionado Santo Tomás de Aquino. Foi o início do seu calvário.



Obra de 1894 que retrata Galileo Galilei sendo julgado pela Inquisição em 1633 - A Inquisição perseguiu diversos intelectuais que divergiam das ideias da Igreja, entre eles Galileu Galilei (Foto: Getty Images)


Em fevereiro de 1576, ainda em Nápoles, aos 28 anos, Bruno viu-se obrigado a se transferir para Roma para escapar das acusações de heresia. Mas uma vez lá, no Convento de Minerva, ele não alterou sua maneira de ser, e após alguns meses fugiu e abandonou o hábito dominicano. Foi o suficiente para ser sido enquadrado em um segundo processo de excomunhão.

Em abril do mesmo ano, teve de fugir para Genebra, na Suíça, onde se converteu ao calvinismo. Foi uma experiência efêmera. Por ter escrito um artigo no qual criticava um professor calvinista, acabou preso e excluído dessa religião.



A Escultura de Giordano na casa do jovem que desapareceu no Acre


Entre 1580 e 1585, Giordano Bruno pôde, enfim, desfrutar de um breve interregno de paz. Deu aulas em Paris, Londres e na Universidade de Oxford e celebrizou-se como autor de obras teológicas. Foi nessa época também que se evidenciaram suas ideias científicas, tendo ele escrito vários textos sobre a teoria de Copérnico - mais tarde abraçada por Galileu Galilei, que também esteve na mira incendiária da Inquisição -, sobre o Sistema Solar, e apresentou a hipótese de que o Universo era infinito.

Segundo o professor Rodolfo Langhi, do Departamento de Física do campus de Bauru da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Bruno conhecia e apoiava a teoria de Copérnico, o heliocentrismo, que dizia ser o Sol o centro do universo. Mas foi além.

"Ele pregava que o Universo era infinito, sem centro, e repleto de mundos habitados, como o nosso", explica Langhi, que desenvolve pesquisas, projetos e publicações na área de Educação em Astronomia.

"Ele disse o seguinte na obra Acerca do Infinito, do Universo e dos Mundos: 'que haja nesse espaço inúmeros corpos como nossa Terra e outras terras, nosso Sol e outros sóis, todos os quais executam revoluções nesse espaço infinito'."



Bruno acreditava que os existem 'inúmeros corpos como nossa Terra e outras terras, nosso Sol e outros sóis' (Foto: Getty Images)


Além disso, ele também afirmava, por exemplo, que, além de Saturno (o planeta mais distante do Sol conhecido até então), havia outros planetas que giravam ao redor da estrela. Isso foi confirmado com a descobertas dos planetas Urano, em 1781, por William Herschel, Netuno, em 1846, por Johann Galle, e Plutão, em 1930, por Percival Lowell.

Apesar de ter acertado nessas previsões, o modelo cosmológico de Giordano Bruno não estava embalado em dados científicos, mas em crenças religiosas.

Por causa disso e outras "heresias", a partir de 1585, novamente o vento abrasador da intolerância começou a soprar em sua direção. Com as achas da incompreensão e da ignorância, seu inimigos começaram a acender e a alimentar a fogueira que iria devorá-lo.



Giordano Bruno - 1548 a 1600


Com uma coragem beirando a arrogância, entretanto, Bruno manteve sua postura provocativa.

Em 1586, escreveu uma série de artigos insultando altos funcionários do governo e reiterando suas ideias a respeito do Universo. O resultado foi o previsto: teve de fugir de Paris. E de lá para a Alemanha, onde se converteu ao luteranismo. Mas de novo, por pouco tempo. Foi de novo expulso, desta vez pela Igreja Luterana de Helmstedt.


Traição
Em 1591, cometeu aquele que seria, certamente, seu maior erro. Quinze anos depois de deixar sua terra natal, resolveu retornar à Itália a convite de um nobre veneziano, Giovanni Mocenigo, que o alojou em sua casa em troca de aulas de memorização, outra especialidade dele.

No entanto, Mocenigo traiu Bruno, entregando-o à Inquisição veneziana.

Dessa vez, Bruno resolveu se retratar e argumentou que suas ideias eram filosofia e não teologia - portanto, não questionavam o poder da Igreja. Ele deveria ser solto, mas a Inquisição romana exigiu sua extradição. Assim, em 27 de janeiro de 1593, ele tornou-se prisioneiro do Santo Ofício, de onde só saiu para a fogueira.

Até hoje a figura de Bruno e o que ele representa são objetos de discussão. Apesar de suas ideias avançadas para a época, muitos pesquisadores modernos afirmam que ele não era um cientista na acepção que a palavra tem hoje.



The Truth does not change whether it is, or is not, Believed by a majority of the people


"Ele era um pregador", resume o astrônomo Augusto Damineli, professor titular do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP).

O físico e astrônomo Othon Cabo Winter, do Departamento de Matemática da Faculdade de Engenharia (FEG), do campus de Guaratinguetá da Unesp, pensa de maneira semelhante.

"Ele era muito bem informado, tinha conhecimento dos avanços astronômicos mais atuais da época, mas não fazia ciência", diz. "Bruno juntava os conhecimentos com suas crenças e fazia especulações e afirmações sem um embasamento científico de fato."



Milhares de pessoas passam todos os dias pelo local onde Giordano Bruno foi queimado (Foto: Getty Images) Milhares de pessoas passam todos os dias pelo local onde Giordano Bruno foi queimado (Foto: Getty Images)


Cientista ou místico?
Há, no entanto, quem pense diferente. É o caso do antropólogo e medievalista português naturalizado brasileiro, João Eduardo Pinto Basto Lupi, pesquisador do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

"Hoje achamos que cientista é alguém agarrado a instrumentos de observação e análise, com tabelas de matemática do lado", diz. "Mas no tempo de Bruno não era assim. Muitos inclusive, como Newton, por exemplo, não deixavam de ser astrólogos, nem de considerar ideias de ciências ocultas."



Capa do livro Del Universo Infinito et Mondi


De acordo com Lupi, o que importava era ter ideias capazes de dirigir o conhecimento sobre o universo, e isso Bruno tinha demais.

"É o que os americanos hoje em dia chamam de ideias seminais, capazes de fertilizar a inteligência", explica. "Mas muitas pessoas continuam agarradas a concepções científicas demasiado racionalistas e positivistas, que não têm mais futuro. E nisso o Giordano Bruno foi um grande orientador da ciência, um cientista visionário. Parecia medieval mas era mais contemporâneo do que muitos hoje em dia."


Mas por que Giordano Bruno incomodava tanto a Igreja?
"Suas ideias tiveram importância política, pois na luta entre a Igreja conservadora (dona do poder) e a burguesia revolucionária (classe em ascensão) ele optou pela revolução", responde Damineli. "Essa foi a principal motivação para a Igreja assassiná-lo. Note que ela reabilitou Galileu, mas nunca cogitou de fazer o mesmo com Giordano Bruno, pois a luta dele era eminentemente política, no sentido de visão do mundo."



Giordano Bruno e o Mistério da Embaixada


Segundo o astrofísico Daniel Brito de Freitas, da Universidade Federal do Ceará (UFC), o principal motivo do incômodo que Bruno causava à Igreja é que ele defendia que o Deus definido pelo Cristianismo era limitado e, acima de tudo, não incorporava a ideia da infinitude dos mundos.

"Ele sugeriu abandonar as Sagradas Escrituras e reescrever Deus levando em conta a existência de outros mundos e outras formas de vida pensante", explica. "Para a Igreja, esse era um ato de blasfêmia do mais alto grau na escala de heresia. Esse foi o motivo pelo qual a Igreja Católica perseguiu e condenou Giordano Bruno à fogueira da Santa Inquisição."


A revolução de Giordano Bruno
Ao receber a sentença, Bruno deu uma prova, se não dessa arrogância que lhe atribuem, pelo menos de desassombro e autoconfiança.

"Talvez vocês, meus juízes, pronunciem essa sentença contra mim com maior temor do que eu a recebo", declarou a seus algozes.

Apesar disso, ainda lhe foram dados oito dias para ver se se arrependia. E embora suas ideias científicas desafiassem os preceitos de então, a Igreja não admite que ele tenha sido condenado por esse motivo, mas sim por questões teológicas.

Mesmo com as controvérsias, a maiorias dos cientistas de hoje concorda que Bruno foi um visionário que anteviu e levantou questões que vieram a ser comprovadas ou ainda intrigam séculos mais tarde.



Durante sete anos, Giordano Bruno foi julgado por autoridades da Igreja sob
a acusação de heresia, até ser condenado à fogueira no ano de 1600


"São ideias e questões bem atuais", diz Winter. "Milhares de planetas ao redor de outras estrelas já foram descobertos. A questão da existência de vida fora da Terra é um dos temas mais relevantes para a ciência na atualidade e acredita-se que será verificada ainda neste século."

Damineli lembra que Bruno se entusiasmou com as grandes navegações da época dos descobrimentos, que estavam ultrapassando os limites imaginários dos oceanos e colonizando novos mundos. A partir disso, ele imaginou naves movidas a vento solar, que só entraram no campo científico cerca quatro séculos mais tarde, e que atravessariam o "oceano escuro de vácuo" para aportar em outros planetas", diz.

Segundo Damineli, essas novas "grandes navegações no espaço" são análogas às anos 1500-1600 e têm um potencial de revolução industrial ainda maior que as da caravelas.

"Desta forma, a visão de Giordano Bruno vai muito além de sua época, para tempos em que ainda não entramos, mas estamos no limiar."


Investigação - Quem foi Giordano Bruno e sua História.


(https://www.youtube.com/watch?v=NwUC0WzY2F0)


Fonte: Britannica
(https://www.britannica.com/biography/Giordano-Bruno)


Britannica - Site Fonte



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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Cientistas explicam mistério dos crânios alongados


Cientistas explicam mistério dos crânios alongados



Crânios com formato alongado sempre intrigaram a humanidade. Qual seria o significado de ostentar uma cabeça deformada para algumas civilizações?


Pesquisadores acreditam que para uma sociedade pré-colombiana a característica representava um sinal de elite.

Durante 300 anos antes da chegada dos incas, em 1450, ostentar um crânio alongado artificialmente era sinal de status para a comunidade Collagua, que vivia no Peru. Ao pesquisar crânios desse povo, o arqueólogo Matthew Velasco, da Universidade Cornell, nos EUA, concluiu que a deformação estava ligada com a alta posição social dos indivíduos.



Os Enigmáticos Crânios de Paracas


O pesquisador examinou 211 crânios mumificados que foram encontrados em dois cemitérios Collagua. Estruturas fúnebres construídas próximas a um despenhadeiro eram reservadas para pessoas da alta sociedade. Lá, foram encontrados crânios alongados. Já os "plebeus" eram enterrados em covas comuns.



Reconstrução artística


Por milhares de anos, grupos humanos de várias partes do mundo modificaram crânios de forma intencional amarrando a cabeça de bebês com tecido ou prendendo a cabeça deles entre dois pedaços de madeira. Pesquisadores acreditam que geralmente a prática tem o significado de pertencimento a um grupo étnico ou social. Isso fortalecia o sentido de coletividade e comunidade entre o grupo.


Crânios de Paracas (Peru)
Humanos Desconhecidos ou Alienígenas?

(https://www.youtube.com/watch?v=CUp-IsXqJx4)


Fonte: Science News
(https://www.sciencenews.org/article/elongated-heads-were-mark-elite-status-ancient-peruvian-society)



Science News - Site Fonte


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sábado, 17 de fevereiro de 2018

Cientistas descobrem uma nova forma de luz - Física


Cientistas descobrem uma nova forma de luz - Física



A luz normalmente não interage. Tente “cruzar” a luz de duas lanternas, por exemplo. Nada acontece, não é mesmo? Porque os fótons individuais simplesmente passam um pelo outro.


Mas e se as partículas de luz pudessem interagir, atraindo-se e repelindo-se, como sabres de luz?

Ou, em um cenário mais provável, dois feixes de luz poderiam se encontrar e se fundir em um fluxo único e luminoso.

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e da Universidade de Harvard (EUA), bem como colaboradores de outras instituições, demonstraram que isso é possível, uma conquista que poderia abrir caminho para o uso de fótons interligados na computação quântica.



A Natureza da Luz


Em resumo
Os pesquisadores observaram grupos de três fótons interagindo e se juntando para formar um tipo completamente novo de luz.

Em experimentos controlados, a equipe descobriu que, quando eles apontaram um raio laser muito fraco através de uma nuvem densa de átomos de rubídio ultrafrios, em vez de sair da nuvem como fótons soltos, espaçados aleatoriamente, os fótons se uniram em pares ou trios, sugerindo algum tipo de interação – neste caso, atração.



Medindo a velocidade da Luz


Enquanto os fótons normalmente não têm massa e viajam a cerca de 300 mil quilômetros por segundo (a velocidade da luz), os cientistas concluíram que os fótons “unidos” realmente adquiriram uma fração da massa de um elétron. Essas partículas de luz também eram relativamente lentas, viajando cerca de 100.000 vezes mais devagar do que os fótons não interativos.

Se puderem interagir de outras maneiras, os fótons podem ser aproveitados para realizar cálculos quânticos extremamente rápidos e incrivelmente complexos.


O experimento
A equipe tem buscado maneiras, tanto teóricas quanto experimentais, de encorajar interações entre fótons há muitos anos. Em 2013, os cientistas observaram pela primeira vez pares de fótons interagindo e se unindo, criando um estado de matéria totalmente novo.

Em seu novo trabalho, eles queriam testar se as interações poderiam ocorrer entre mais de dois fótons.



Para isso, usaram um processo que começa com o resfriamento de uma nuvem de átomos de rubídio a temperaturas extremas, apenas um milionésimo de grau acima do zero absoluto. Esfriar os átomos torna-os mais fracos. Através desta nuvem de átomos imobilizados, os pesquisadores então apontaram um raio laser muito fraco.

Em seguida, mediram os fótons quando saíram do outro lado da nuvem de átomos, descobrindo que eles formaram pares e trios.



A prova da interação
Além de rastrear o número e a taxa de fótons, a equipe também mediu a fase dos fótons, antes e depois de viajar pela nuvem de átomos. A fase do fóton indica sua frequência de oscilação.

“A fase diz o quanto eles estão interagindo, e quanto maior a fase, mais forte eles estão ligados”, explicou Aditya Venkatramani, um dos membros do estudo, da Universidade Harvard.

A equipe observou que, quando partículas de três fótons abandonavam a nuvem de átomos simultaneamente, sua fase era diferente da de fótons que não interagiam, e cerca de três vezes maior do que a diferença de fase das moléculas com dois fótons.

“Isso significa que esses fótons não estão cada um interagindo de forma independente, mas sim interagindo juntos fortemente”, disse.



Modelo teórico
Os pesquisadores desenvolveram uma hipótese para explicar o que poderia ter causado a interação dos fótons.

Seu modelo, baseado em princípios físicos, apresenta o seguinte cenário: quando um fóton se move através da nuvem de átomos de rubídio, pousa brevemente sobre um átomo antes de pular para outro, como uma abelha que flui entre flores.

Se outro fóton estiver viajando simultaneamente através da nuvem, também pode passar algum tempo em um átomo de rubídio, formando um “polariton”, um híbrido parte fóton, parte átomo.

Então dois polaritons podem interagir um com o outro através de seu componente atômico. À beira da nuvem, os átomos permanecem onde estão, enquanto os fótons que saem continuam unidos.

Essa é a luz mais antiga do universo



Espectro visivel da Luz



Avanço
Os pesquisadores descobriram que esse mesmo fenômeno pode ocorrer com três fótons, formando um vínculo ainda mais forte do que as interações entre dois fótons.

Toda a interação dentro da nuvem do átomo ocorre em um milhão de segundo. E é essa interação que estimula os fótons a manterem-se unidos, mesmo depois de terem deixado a nuvem.

Isso significa que os fótons que interagem um com o outro se tornam fortemente correlacionados ou entrelaçados – uma propriedade chave para a computação quântica.



Os fótons podem viajar muito rápido em longas distâncias, de forma que já usamos luz para transmitir informações, como nas fibras ópticas. “Se os fótons podem influenciar uns aos outros, se podemos entrelaçá-los, e fizemos isso, podemos usá-los para distribuir informações quânticas de uma maneira interessante e útil”, disse Vladan Vuletic, um dos principais autores do estudo, do Instituto de Tecnologia do Massachusetts.

Como próximo passo, a equipe irá testar outras formas de interação entre os fótons, como a repulsão. Fótons repelidos podem, por exemplo, formar um padrão regular, como um cristal de luz, o que é um território muito inexplorado.

Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na prestigiada revista Science.


Velocidade da Luz: O UNIVERSO - Documentário


(https://www.youtube.com/watch?v=_j43I8MNQ_Y)



Fonte: ScienceDaily, MIT, Motherboard

(https://www.sciencedaily.com/releases/2018/02/180215141713.htm)

(http://news.mit.edu/2018/physicists-create-new-form-light-0215)

(https://motherboard.vice.com/en_us/article/3k7vb5/new-form-of-light-mit-harvard)



ScienceDaily - Site Fonte



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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Pela primeira vez cientistas descobrem planetas fora da Via Láctea


Pela primeira vez cientistas descobrem planetas fora da Via Láctea



Cientistas da Universidade de Oklahoma, nos EUA, anunciaram recentemente, em um artigo publicado na revista Astrophysical Journal Letters, a descoberta de um grupo de planetas situados fora da Via Láctea.


Embora se conheçam inúmeros exoplanetas no interior da nossa galáxia, é a primeira vez que se confirma a existência desses planetas fora dela.



Via Láctea - Galáxia


Para a pesquisa, foram utilizados recursos do Observatório de raios X Chandra, da NASA. A descoberta foi possível graças a uma técnica de microlente – uma lente poderosa capaz de detectar astros em longas distâncias. E os planetas encontrados estão a 3,8 bilhões de anos-luz da Terra.



Via Láctea - Perfil


“Estamos muito entusiasmados com essa revelação. É a primeira vez que alguém descobre planetas fora da nossa galáxia”, explica Xinyu Dai, professor do departamento de física e astrofísica da Universidade de Oklahoma e coautor do estudo. Esse avanço poderá ajudar a elucidar muitos fatores do Universo que continuam sendo um mistério para a ciência.



Fonte: Independent
(http://www.independent.co.uk/news/science/planets-far-beyond-galaxy-discovered-first-time-astrophysicists-nasa-university-oklahoma-a8193531.html)


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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

5 curiosidades sobre o Dia de São Valentim


5 curiosidades sobre o Dia de São Valentim



Na maior parte do mundo, a celebração do Dia dos Namorados acontece todo 14 de fevereiro (no Brasil, o dia dos namorados é celebrado dia 12 de junho).


O dia recebe o nome de Valentine em alusão a um homem chamado Valemtim que foi martirizado em 14 de fevereiro do século III. No entanto, pouco se sabe sobre a verdadeira história daquele que inspirou esta data, e muitas vezes alguns fatos históricos são misturados com mitos e lendas. Estes são alguns fatos surpreendentes sobre o Dia de São Valentim.



São Valentim - Santo - Igreja Católica - Itália


1- O "São Valentim" poderia ter sido dois homens diferentes: um texto da Igreja Católica, a partir do ano 1400, descreve São Valentim como um sacerdote que foi decapitado perto de Roma pelo imperador Claudius II por casar cristãos. Outro texto afirma que Valentim era o bispo de Terni, também martirizado por Claudius II fora de Roma.

2- No total, há cerca de uma dúzia de "Dia dos Namorados": o santo para quem o Dia dos Namorados é comemorado é oficialmente conhecido como Dia dos Namorados em Roma, a fim de diferenciá-lo de uma dúzia de outros "Dia dos Namorados", uma vez que que vários mártires ao longo dos séculos tomaram esse nome.



3- São Valentim é o santo padroeiro dos apicultores e da epilepsia, entre muitas outras coisas: é-lhe pedido que vigie as vidas dos amantes, mas também para as intervenções relacionadas com a apicultura e a epilepsia, bem como a praga , desmaio e viagem.

4- Seu crânio pode ser visto em Roma: está em exibição na Basílica de Santa Maria em Cosmedin, em Roma. Seu esqueleto foi encontrado em uma escavação, no início dos anos 1800,

5- O Dia dos Namorados pode ter sido inventado por um poeta: não há registro de celebrações românticas no Dia dos Namorados antes de um poema do poeta medieval inglês Geoffrey Chaucer, escrito por volta de 1375.



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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Cientistas descobrem que orcas conseguem imitar a fala humana


Cientistas descobrem que orcas conseguem imitar a fala humana



Algumas espécies de animais, como o papagaio, são conhecidas por suas habilidades de imitar a voz humana.


Agora, pesquisadores descobriram que orcas também possuem essa capacidade surpreendente: eles conseguiram ensinar um cetáceo a reproduzir os sons de algumas palavras.

A experiência aconteceu no aquário Marineland, em Antibes, na França. Os cientistas apresentaram gravações de sons e palavras para a orca Wikie, de 14 anos. Depois, os treinadores estimulavam o animal a reproduzir essas palavras com a cabeça para fora d’água.



Orca - Animal - Cetáceo - Orcinus orca


Os pesquisadores descobriram que Wikie copiou todos os sons com sucesso, a maioria em menos de dez tentativas. Alguns sons, como as palavras “hello” (olá) e "one, two, three" (um, dois, três), a orca conseguiu repetir na primeira tentativa.

Para avaliar a precisão das imitações, os cientistas compararam os sons originais com os emitidos pela orca usando um algoritmo que mapeia duas ondas diferentes de sons, calculando onde elas coincidem. Eles também usaram “jurados” vendados que ouviam as amostras sonoras para conferir se elas soavam de forma semelhante. Segundo os autores do estudo, as imitações não foram consideradas perfeitas, mas seguramente reconhecíveis.



Orcas são conhecidas por comunicarem-se entre si com uma vasta variedade de sons. O estudo sugere que a capacidade de um animal em cativeiro possui para emular sons pode indicar que a imitação tem um papel importante na “linguagem” das orcas. Entretanto, os cientistas alertam que serão precisos estudos mais aprofundados para avaliar a importância das imitações na comunicação desses animais.



Ataque Animal: Orcas - Documentário



Fonte: Scientific American
(https://www.scientificamerican.com/article/orca-quickly-learns-to-mimic-human-speech/)



Scientific American - Site Fonte



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Plutão pode abrigar um oceano habitável



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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Uma segunda carga secreta estava escondida no Falcon Heavy


Uma segunda carga secreta estava escondida no Falcon Heavy



Enquanto o Tesla Roadster conquistou toda a atenção durante o histórico lançamento do foguete da SpaceX, havia uma segunda carga secreta escondida no carro.


Preso dentro do carro está um pequeno objeto projetado para durar milhões (ou até bilhões de anos), muito mais que o próprio carro. É um minúsculo dispositivo de armazenamento de informações que contém 360 terabytes de dados, o mesmo que 7 mil discos de Blu-Ray.


Chamado de Arch (pronunciado “ark” em inglês, ou “arca” em português), o minúsculo dispositivo feito de cristal de quartzo contém bibliotecas de informação codificadas, e é resistente o suficiente para suportar as terríveis condições espaciais. Ele tem o tamanho de uma moeda, e parece um CD em miniatura.



Quem está por trás da tecnología é a Arch Mission Fundation, uma ONG que pretende “preservar e disseminar o conhecimento da humanidade através do tempo e do espaço, para o benefício das futuras gerações”. A tecnologia foi desenvolvida pelo físico Peter Kazansky, da Universidade de Southampton (Reino Unido). Dois discos foram criados: Arch 1.1 e Arch 1.2, que teoricamente são estáveis por até 14 bilhões de anos, graças ao armazenamento em 5D, em que a informação é codificada com a ajuda de nanoestruturas em um vidro de sílica de quartzo.



archmission.org - https://archmission.org/whatsnext/


O Arch 1.2 está percorrendo o espaço a uma velocidade de 12.908 km/h, e contém a trilogia Foundation, e Issav Asimov, um clássico sci-fi que trata do conceito de preservar o conhecimento e cultura humana em um universo vasto e cruel. Este primeiro disco foi apelidado de “Biblioteca Solar”. “A Biblioteca Solar vai orbitar o sol por bilhões de anos. Pense nisso como um anel de conhecimento ao redor do sol. Este é o primeiro passo de um projeto épico para selecionar, codificar e distribuir nossos dados através do Sistema Solar e além”, explica a co-fundadora da Arch Mission Foundation, Nova Spivack.



Dois novos lançamentos estão programados para 2020 e 2030, com as arcas “Lunar” e “Mars”, que devem levar backups do conhecimento humano para a Lua e para Marte. O segundo disco foi projetado para ajudar no desenvolvimento de uma internet no Planeta Vermelho. Com todas estas arcas espalhadas pelo Sistema Solar, o conhecimento humano ficará descentralizado da Terra. Arcas podem até ser enviadas para muito, muito longe da Via Láctea.



Nova Spivack - Investidor - Arch Mission



Fonte: Science Alert
(https://www.sciencealert.com/spacex-launched-second-secret-payload-designed-last-millions-years-tesla-arch)


Science Alert - Site Fonte



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SpaceX erra órbita de Marte - Starman e seu Tesla...

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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Postagens Populares - Fevereiro de 2018


Postagens Populares - Fevereiro de 2018



01-O Museu do Videogame - Itinerante - Janeiro de 2018
Atari, Nintendinho, Master System, Mega Drive, Nintendo 64, Sega Saturn, Dreamcast, Game Cube, Xbox, Playstation 1. É raro encontrar alguém com menos de 40 anos que já não tenha jogado ou pelo acompanhado alguém jogar alguns dos videogames clássicos que fizeram história no Brasil e no mundo. Jogos como River Raid, Enduro, Pac-Man, Super Mario Bros, The Legend of Zelda, Donkey Kong, Sonic, Alex Kid, Top Gear, Street Fighter, Mortal Kombat, Final Fantasy, Castlevania, entre muitos outros, ficaram marcados na infância e adolescência de milhões de pessoas. E mesmo com a nova geração de videogames, são muitos que ainda cultivam boas lembranças dos aparelhos de 2, 8, 16, 32, 64 ou 128 bits.



02-GUERREIROS DE ODIN - ARQUEOLOGIA
A descoberta, na Dinamarca, do maior navio viking já encontrado indica que os piratas nórdicos eram a maior potência naval do seu tempo na Europa. A fúria dos bárbaros loiros mudou o mundo.



03-E Carl Sagan foi para o céu - Divulgação científica
Na natureza, como ensinou Lavoisier lá no século XVIII, nada desaparece: tudo se transforma. Carl Edward Sagan, morto aos 62 anos, no dia 20 de dezembro de 1996, de mielodisplasia, em Seattle, nos Estados Unidos, transformou-se em conhecimento. O que ele sabia, e era muito, ensinou para milhões de semelhantes. Vivo, era uma estrela boa, de luz intensa. Morto, parece que continua assim. Vamos aqui nos permitir uma licença poética, ou melhor, científica. Vamos dizer que Sagan foi para o céu. Ele iria gostar disso.



04-Arqueólogos encontram suposto esconderijo nazista na selva argentina
Pesquisadores descobriram, em estruturas de pedra, moedas alemãs e um prato de porcelana que remonta à Segunda Guerra.
Em uma remota região de selva na Argentina,arqueólogos descobriram ruínas do que poderia ter sido um esconderijo para nazistas. O abrigo teria sido construído antes ou durante a Segunda Guerra Mundial para ser usado por líderes do III Reich no caso de uma derrota alemã.



05-Saiba quais foram as Top 10 armas da Segunda Guerra Mundial
Preparamos uma lista com as Top 10 armas da Segunda Guerra Mundial, que são consideradas as mais importantes no confronto. A lista contém algumas que já são muito conhecidas, como M1 Garand e Thompson, mas também há algumas surpresas!



06-JogosRBL6 – Agora com PLAYSTATION ONE - SONY
JogosRBL6 é um FRONTEND simplificado (VERSÃO 6.0) ao qual foi feito no EXCEL
utilizando recursos do VBA (Active X). Uma listagem simples dos jogos e das capas,
para clicar e jogar.

DOWNLOAD PLUG&PLAY, BASTA BAIXAR E JOGAR !!!



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Cápsula do tempo achada nos EUA manda recado a psiquiatras do futuro

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Pixação é Arte - João Wainer



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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Onde estão e de que são feitos os milhares de asteroides que povoam o Sistema Solar


Onde estão e de que são feitos os milhares de asteroides que povoam o Sistema Solar


Concepção artística de um asteroide no cinturão de Kuiper, no
limite do nosso Sistema Solar (Foto: NASA)


Três cinturões concentram a maioria desses corpos; pertubações em sua órbita podem colocá-los em rota de colisão com a Terra.



No dia 19 de outubro passado, os telescópios detectaram um visitante inesperado: o primeiro asteroide interestelar de que se tem notícia a passar pelo Sistema Solar.

Com um formato que lembra um charuto, com cerca de 400 metros de cumprimento e 40 de diâmetro, ele foi batizado de Oumuamua, que em língua havaiana significa "mensageiro distante que chegou primeiro".



Asteroide - Corpos rochosos e metálicos


O asteroide - que deu meia volta depois de passar por dentro da órbita de Mercúrio e viaja agora em alta velocidade rumo à constelação de Pégaso - é o primeiro até agora a vir de outro sistema, mas não é o único a vaguear entre os planetas do Sistema Solar.

O espaço interplanetário está cheio de todo tipo de pedras grandes, cascalho, bolas de gelo, poeira e fluxos de partículas carregadas. Tanto que em sua órbita ao redor do Sol, a 30 quilômetros por segundo, a Terra passa por centenas de toneladas de meteoros, a maioria muito pequenos para serem notados.



Produzida pelo Centro Aeroespacial Alemão, essa imagem do asteroide Ceres
combina várias fotos tiradas pela sonda da Nada Dawn, em 2015 (Foto: NASA)


Embora sejam encontrados em todos os cantos, a maioria dos asteroides e cometas do Sistema Solar se concentram em três grandes estruturas, o cinturão de Asteroides, o cinturão de Kuiper e a nuvem de Oort.


Mais antigos que a Terra
A história dessas concentrações e dos objetos rochosos e de gelo que elas contêm começou com a própria formação do Sistema Solar, segundo o físico Othon Winter, da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá (FEG), da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

O cientista explica que os planetas se formaram a partir de um disco de gás e pequenos corpos, denominados planetesimais, com tamanhos de centenas de metros a algumas dezenas de quilômetros, que foram crescendo por meio de colisões entre si.

Alguns deles chegaram a atingir massa dez vezes a da Terra, e se tornaram os núcleos dos planetas gigantes (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno). "Ao atingirem esse estágio, gravitacionalmente eles 'sugaram' enormes quantidades de gás, se transformando nos planetas gigantes gasosos", explica Winter, que é doutor em Dinâmica do Sistema Solar. "O restante do gás foi então expulso do sistema pelo Sol."



A maior parte dos asteroides fica em cinturões ao redor do Sol
(Foto: Getty Images via BBC)


Só depois disso começou a formação dos planetas rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte). "Ela se deu por meio de colisões entre objetos remanescentes (planetesimais e maiores, chamados embriões, que tinham massa similar à da Lua), que se localizavam, na sua maioria, interiores à órbita de Júpiter", diz Winter.

"Então, os pequenos corpos que existem atualmente foram formados nos estágios iniciais do Sistema Solar", explica o pesquisador da Unesp.

Desses, os que possuem maior parcela de componentes voláteis são aqueles que se formaram mais distantes do Sol. "Assim, de um modo geral, os separamos em asteroides e cometas", diz.



Quem é quem no espaço ???


"Os asteroides se localizam em órbitas mais próximas da nossa estrela e são majoritariamente formados por componentes refratários, como silicatos e metais. Os cometas têm órbitas mais distantes (bem excêntricas) e são, em sua maioria, compostos de materiais voláteis, principalmente água - na forma de gelo."

Assim, a estrutura mais próxima de nós, o cinturão de Asteroides, situada entre as órbitas de Marte e Júpiter, concentra o tipo de corpo que seu nome indica. Trata-se de uma zona grosseiramente plana, que circunda o Sol e as órbitas dos planetas Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.

É a principal estrutura das três, com cerca de 600 mil objetos rochosos conhecidos, mas cuja massa total é igual a apenas cerca de 5% a da Lua, que por sua vez tem pouco mais de 1% da da Terra.

O maior de todos é Ceres, com 946 km de diâmetro, classificado como o único planeta-anão - a mesma classificação de Plutão - do cinturão. Depois vem Palas (544 km) e Hígia (407 km). Há ainda Vesta (530 km), promovido em 2012 a protoplaneta, que é um planeta em formação. No seu caso, porém, o processo foi interrompido.

Vesta e Ceres foram visitados recentemente pela sonda Dawn, da Nasa.



Depois de Netuno
Logo após a órbita de Netuno está o cinturão de Kuiper. Ela começa a 30 unidades astronômicas (UA) da Terra e ocupa todo o espaço até uma distância de 100 UAs - uma UA é igual a distância média entre a Terra e o Sol, que é de 150 milhões de quilômetros.

O cinturão de Kuiper deve seu nome ao astrônomo americano de origem holandesa Gerard Kuiper, que em 1951 propôs a ideia de que na vastidão gelada, além da órbita de Netuno, havia restos congelados da formação do Sistema Solar.

Descobertas posteriores demonstraram que ele estava certo. Hoje se sabe que há por lá milhões de corpos congelados, dos quais apenas pouco mais de 2 mil são conhecidos.



Cinturão de Kuiper


Entre eles estão quatro planetas anões: Plutão (2.376 km de diâmetro), Éris (2.326 km), Makemake (1.600 km) e Haumea (1.632 km). Há ainda Sedna, provavelmente um planeta anão, mas ainda não classificado assim pela União Astronômica Internacional, e Caronte (1.208 km), a lua de Plutão.

Bem mais distante, entre 2 mil e 100 mil UA - quase um ano-luz ou cerca de um quarto da distância da estrela mais próxima do Sol, Próxima Centauri - está a nuvem de Oort, da qual até hoje ainda não foi feita nenhuma observação direta.

Seu nome é uma homenagem ao astrofísico holandês Jan Oort, que foi o primeiro a deduzir sua existência. Ela teria um formato esférico, envolvendo todo o Sistema Solar, com sua parte mais externa marcando o limite final da influência gravitacional do Sol.

Estima-se que lá haja bilhões ou até trilhões de corpos, a grande maioria ainda desconhecidos.



O risco
Alguns dos objetos dessas três estruturas podem apresentar perigo para a vida na Terra. Perturbações nas órbitas de alguns deles no passado fizeram com que "caíssem" para o interior Sistema Solar, passando a ter órbitas excêntricas e cruzando perto ou em rota de colisão com o planeta.

"A probabilidade de queda de corpos de cerca 100 m de diâmetro, que podem causar grandes danos em áreas povoadas, é em média uma vez a cada 2,5 mil", diz o astrônomo Jorge Carvano, do Observatório Nacional brasileiro.



Nave Dawn orbitou o asteroide Ceres e registrou informações (Foto: NASA)


As chances de objetos maiores colidirem com a Terra é bem menor. "Colisões com corpos na faixa de 1 km de diâmetro, capazes de causar efeitos globais parecem acontecer uma vez a cada 500 mil anos", acrescenta Carvano. "Enquanto que eventos que podem estar associados a extinções em massa, causados por objetos de cerca de 10 km, só acontecem em escalas de dezenas de milhões de anos."

Foi um desses, que ninguém sabe de onde veio, que há 65 milhões de anos, se chocou com o planeta na região da Península de Iucatã, no México, abrindo uma cratera de 180 km de diâmetro e levando à extinção dos dinossauros e várias outras espécies de animais que viviam na época.



Risco de Colisão com a Terra


Há outros astros que passam perto da Terra, dos quais se sabe a origem. O mais famoso dos cometas, o Halley, por exemplo, vem do cinturão de Kuiper e visita o nosso planeta a cada 76 anos. Da nuvem de Oort, passaram nos anos 1990 os cometas Hale-Bopp e Hiakutake - por ela ser esférica, os cometas podem vir de lá em qualquer ângulo ou direção.

Por isso, estudar e conhecer os cinturões e a nuvem de Oort não é mero passatempo ou curiosidade científica.

"Do ponto de vista prático, temos que conhecê-los para nos prevenir dos efeitos de uma possível colisão catastrófica com a Terra", diz o físico Sylvio Ferraz Mello, especialista em dinâmica do Sistema Solar e sistemas planetários extra-solares e professor emérito e ex-diretor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).

"Do ponto de vista teórico, eles fornecem muitas informações sobre a formação da Terra e dos demais planetas."



Documentário: Cometas e Meteoros Mortais



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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

As polêmicas transfusões de sangue para retardar a velhice que são moda entre milionários nos EUA


As polêmicas transfusões de sangue para retardar a velhice que são moda entre milionários nos EUA


A empresa Ambrosia, com laboratório na Califórnia e na Flórida,
usa material de bancos de sangues de hospitais especializados em trauma e cobra US$ 8 mil


De pacientes com Alzheimer a quem busca rejuvenescimento, startups do Vale do Silício fazem testes com sangue e plasma de jovens em pessoas mais velhas, embora não haja provas reais dos efeitos.


O Sangue dos mais jovens é capaz de rejuvenescer os mais velhos? Milionários não apenas acreditam nessa hipótese, como estão pagando por transfusões com esse fim nos Estados Unidos.

Quem está por trás dessa ideia com cara de futurista e ares de ficção científica são empresas do Vale do Silício, o coração da tecnologia na Califórnia.

E entre os adeptos da controvertida prática estaria Peter Thiel, cofundador da empresa de pagamentos online PayPal. Especula-se que ele gasta milhares de dólares com "sangue novo".

Mas para entender o que está acontecendo hoje nesses laboratórios é preciso voltar ao passado.



Peter Thiel - Adepto da parabiosis



Sangue novo
No século 19, um cientista francês chamado Paul Bert fez uma descoberta ao mesmo tempo fascinante e espantosa.

Ele fez costurou duplas de roedores para que compartilhassem o fluxo sanguíneo e pudesse observar o resultado.

Os camundongos mais velhos começaram a mostrar sinais de rejuvenescimento: melhor memória, mais agilidade e uma cicatrização mais rápida.

Muitos anos depois, pesquisadores de universidades americanas como Harvard e Stanford decidiram dar prosseguimento aos estudos do francês.

A técnica, conhecida como parabiose ou união fisiologia e anatômica de dois organismos, transformou-se na base de trabalho de várias empresas na Califórnia que tentam replicar os efeitos rejuvenescedores em humanos.

Mas ao mesmo tempo em que tentam revolucionar a ciência, atraem controvérsia e muita discussão.



Sergey Brin - 43 anos - Em busca da longevidade



Teste clínico
Para o médico Jesse Karmazin, o futuro é agora.

Em 2016, Karmazin, que é graduado pela Universidade Stanford, fundou a Ambrosia, uma startup que investiga os efeitos do sangue de pessoas mais jovens no combate de doenças ligadas ao envelhecimento.

"Acabamos de complementar o primeiro teste clínico. Vamos fazer mais estudos, mas os resultados até agora são bons", disse Karmazin à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

"Acreditamos que o tratamento é exitoso, que reverte o envelhecimento e funciona para uma série de males associados com a velhice, como doenças do coração, diabetes e Alzheimer", completa.

Do teste mencionado por Karmazin, participaram 150 pessoas com idade entre 35 e 80 anos, que pagaram US$ 8 mil (cerca de R$ 27 mil) cada uma pelo tratamento.

"Era uma transfusão simples", explica o médico. "Recebemos o excesso de plasma de bancos de sangue, que têm muito. Nós só usamos plasma, que é o fluido sanguíneo, sem as células", diz.

Ele explica que as pessoas vão à clínica - a Ambrosia tem uma na Califórnia e outra na Flórida - e recebem o plasma jovem na veia.



Qual é o limite
O que para o fundador da Ambrosia parece ser algo simples desperta receio e dúvidas da comunidade científica.

"Para mim, fazer experimentos com pessoas saudáveis e dar a elas plasma com a esperança de que possam viver mais é ir pouco longe demais", afirma Eric Verdin, presidente do Instituto Buck de Pesquisa sobre o Envelhecimento, também localizado no Vale do Silício.

Segundo ele, há muitos problemas associados ao plasma, como vírus e outras coisas que ainda não conhecemos.

"Me preocupa que alguém de 40 ou 50 anos, saudável, vai receber plasma de jovens", afirma Verdin.

"Por que acha que as pessoas tiram seu próprio sangue antes de entrar na sala de cirurgia para evitar um transfusão de sangue alheio?", questiona.

"Eu não receberia sangue de outra pessoa, a não ser que fosse uma situação de vida ou morte", enfatiza Verdin que, além disso, critica a cobrança de US$ 8 mil para esse tipo de teste.



Eric Verdin (à dir.) é cético em relação às transfusões em pessoas
que querem retardar a velhice


Alzheimer
A Ambrosia, contudo, não é a única a trabalhar com transfusões de sangue de jovens para pessoas mais velhas.

"Há estudos e experimentos incrivelmente importantes", reconhece Verdin, emendando que os estudos com roedores estão muito avançados. "Até consigo aceitar que se extraia plasma de pessoas jovens para dar a pacientes com Alzheimer severo, como faz a Alkahest", exemplifica.

A empresa citada por Verdin é outra startup, nascida em 2014 também na Califórnia.

Fundada pelos neurocientistas Tony Wyss-Coray e Saul Villeda, a Alkahest acabou de concluir a primeira fase de um teste com 18 pessoas com Alzheimer que receberam dose semanal de plasma de doadores jovens por quatro semanas.

Mas segundo um artigo da revista científica Nature, de setembro de 2017, o teste é ainda pequeno demais para se falar em benefícios clínicos, segundo Wyss-Coray.

O diretor-executivo da Alkahest, Karoly Nikolich, também prefere a cautela ao falar do experimento, mas demonstra confiança.

Ainda que a empesa esteja analisando os dados e prefira não tratá-los como finais, Nikolich disse à BBC que os pacientes apresentaram melhores habilidades para desempenhar tarefas diárias básicas. Também demonstraram sinais de estarem mais conscientes do ambiente que os cercam e deles mesmos.

Para Verdin, os testes conduzidos pela Alkahest têm mais fundamento que os da Ambrosia.

"Os pacientes (da Alkahest) estão com demência e basicamente não há outro tratamento para eles."



Tony Wyss - Alkahest - Tenta identificar as proteínas no
plasma que rejuvenesce os humanos.



Vampiros?
Para um pesquisador como Verdin, que há décadas estuda a velhice, o surgimento dessas startups que prometem retardar o envelhecimento e aumentar a expectativa de vida para além dos 100 anos é perigoso.

Mas há quem não tema os eventuais riscos e efeitos ainda desconhecidos.

Multimilionários como Peter Thiel, da PayPal, foram batizados de "vampiros" pelo interesse em transfusões de sangue de pessoas mais jovens.

Ninguém nunca conseguiu confirmar que ele realmente investe uma fortuna em plasma jovem, mas Thiel não esconde a fascinação com a imortalidade.

Para Verdin, é esse o perigo: o surgimento de visionários que buscam o elixir da juventude pode prejudicar as pesquisas biomédicas tradicionais.

"A ideia da imortalidade é tão ridícula hoje quanto era há cem, mil anos", opina.

Ainda que a busca pela vida eterna seja uma aspiração humana, avalia Verdin, não há nenhum sinal de que a ciência esteja perto de alcançá-la. "Nem mesmo o de aumentar em muito a expectativa de vida."


Sharon Sha - Universidade de Stanford - Escola de Medicina



Fontes: Daily Mail, The Guardian

(http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-4851074/Silicon-Valley-executives-getting-6-000-BLOOD-transfusion.html)

(https://www.theguardian.com/science/2015/aug/04/can-we-reverse-ageing-process-young-blood-older-people)


Site Fonte - The Guardian


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Conheça cinco partes do corpo que não servem para nada



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sábado, 10 de fevereiro de 2018

GUERREIROS DE ODIN - ARQUEOLOGIA


GUERREIROS DE ODIN - ARQUEOLOGIA



A descoberta, na Dinamarca, do maior navio viking já encontrado indica que os piratas nórdicos eram a maior potência naval do seu tempo na Europa. A fúria dos bárbaros loiros mudou o mundo.


Parece brincadeira, mas não é. Em 1996, o Museu de Navios Vikings, em Roskilde, Dinamarca, a 40 quilômetros de Copenhagen, decidiu ampliar suas instalações. Quando as obras chegaram ao cais, tábuas antigas apareceram. Em setembro de 1997, arqueólogos radiantes anunciaram a descoberta de nove navios vikings, enterrados sob 1,5 metro de areia. Ali mesmo, bem ao lado do museu. "É mesmo incrível", disse o antropólogo Max Vinner. "O antigo cais de Roskilde foi um dos mais importantes do período viking."



O assombro aumentou quando os historiadores examinaram o casco do navio Rolskilde 6. Com 36 metros de comprimento e espaço para 100 homens (74 dos quais, remadores), é a maior embarcacão viking já encontrada. O Roskilde 6 era um drakkar, um "dragão", uma nau de guerra de um tamanho bem maior do que se admitia aos navios nórdicos. "Esses barcos longos e estreitos", diz o arqueólogo americano John Hale, "tornaram os vikings a maior potência naval da Europa entre os anos 800 e 1100."



Barcos ágeis, que navegavam em águas rasas, oceanos ou rios, dominaram os mares


Glória de uns e flagelo de outros. Os vikings eram camponeses marinheiros que viviam nos territórios atuais da Dinamarca, Suécia e Noruega. Na virada do primeiro milênio, eles dobraram a Europa de joelhos. Durante 400 anos pilharam o que puderam e abriram novas rotas comerciais. Descobriram a América e construíram uma aldeia no Canadá, quase cinco séculos antes de Colombo chegar à ilha de Cuba. E mais: levaram seu sangue e civilização a outros povos, ajudando a formar a Inglaterra, a França e a Rússia. Esta é a saga viking.



A Expansão Viking



Um bando de piratas em um navio ágil
"Por pouco não erguemos o museu sobre navios enterrados", afirma o antropólogo Max Vinner. Com exceção de um, os barcos batizados de Roskilde, de 1 a 9, eram navios de carga, os knarr, fabricados entre os séculos XI e XIV. A exceção, o Roskilde 6, foi construído durante o reinado de Canuto I, o Grande, o rei dinamarquês que, de 1028 a 1035, reinou sobre um império viking unificado que incluía a Dinamarca, a Inglaterra, a Noruega e o sul da Suécia.



O Roskilde 6 estava fragmentado em 300 pedaços


Havia barcos próprios para guerra, pesca, comércio e transporte. O Skuldelev 3, que faz parte do acervo do Museu de Navios de Roskilde, tinha 14 metros por 3,4 metros de largura. Os knarr eram menores e mais largos; os drakkar, longos, estreitos e mais rápidos. A velocidade média do Roskilde 6 era de 5 nós (9 quilômetros por hora), sem remos. Mas, com vento a favor e a força dos remadores, alcançava 20 nós (37 quilômetros por hora). Os remos permitiam manobras rápidas. Navegava-se sem perder a terra de vista e os melhores pilotos eram aqueles que conheciam as costas. A precariedade dos instrumentos de navegação tornava as grandes travessias um grande risco.



As Rotas Vikings - História das Rotas


Os barcos vikings tinham calado curto (a distância entre a superfície da água e o fundo do casco). Num drakkar de 30 metros de comprimento e tripulação de 100 homens, o calado não chegava a 1 metro. Num knarr com 25 toneladas a bordo e oito homens, era de 1,3 metro. Praticamente deslizavam na água.

O calado facilitava a travessia do mar aberto e a navegação em rios rasos. Como eram leves, podiam ser colocados sobre toras e "rolados" por terra, puxados por escravos e cavalos. Durante a Idade Média - quando os rios europeus eram bem mais profundos -, era mais fácil ir do Mar Báltico ao Mar do Norte pelo interior da Dinamarca do que dando a volta pela costa.



Atacar e fugir
A agilidade dos barcos explica o sucesso militar dos vikings. As naus não dependiam de portos. Podiam se aproximar de qualquer ponto da costa inimiga e cair sobre as aldeias como raios. Um "dragão" de guerra como o Roskilde 6 podia despejar 100 guerreiros numa praia, pilhar tudo e fugir, sem dar tempo para qualquer tipo de resistência.

A simbiose do guerreiro com o navio ia até a morte. Os barcos serviam de caixão quando seus donos morriam. Nos funerais mais ricos, até escravos eram sacrificados (veja a página 81). Os bens depositados no navio atestavam a importância do morto. Quem não possuía um tinha o túmulo coberto por pedras, que descreviam o formato de uma nau. A morte era a última viagem viking rumo ao desconhecido.


O terrível hálito do dragão



Imagens da época, ao vivo
Em 911, dinamarqueses e noruegueses que ocupavam a França converteram-se ao cristianismo e estabeleceram o Ducado da Normandia. Um século e meio depois, em 1066, o Duque Guilherme, o Conquistador, construiu uma armada viking para invadir a Inglaterra. Bordada em 1067, a Tapeçaria de Bayeux mostra toda a preparação.



1. Guilherme reúne os nobres no castelo, reivindica o trono da Inglaterra e ordena a preparação de um exército e de uma frota.

2. Usando machados, plainas, cunhas e cinzéis, os armadores vikings cortam árvores, constroem barcos e começam a carregá-los.



Bárbara ousadia: 30 000 vikings saqueiam Paris
O grande medo estreou na Europa num dia sinistro, 8 de junho de 793, quando os noruegueses atacaram o desolado mosteiro de Lindisfarne, no norte da Inglaterra. Foi um massacre. Iniciava-se uma era violenta, na qual os bárbaros piratas espalharam o terror pela costa européia. Um século depois de Lindisfarne, os cristãos rezavam: "Da fúria dos nórdicos, livrai-nos, ó Senhor".

Assaltar igrejas era como roubar doce de criança. Os mosteiros eram desprotegidos e quase sempre estavam repletos de tesouros eclesiásticos e vinho. Monges e freiras podiam ser resgatados em troca de ouro ou prata. E se ninguém os quisesse, podiam ser vendidos como escravos.



A Islândia, de acordo com a Carta marina de Olaus Magnus (Séc. XVI)


Um atrás do outro, bandos de noruegueses, dinamarqueses e suecos caíram sobre as aldeias. Em comum, os saqueadores tinham a mesma língua, o modo de vida, a religião pagã e a maestria na navegação. Ninguém estava a salvo. Até cidades do interior foram atacadas por frotas que desciam os rios, como Tours, na França, em 843, e Sevilha, na Espanha, no 844.

No século X, boa parte da Irlanda e da Inglaterra estava sob domínio viking. Os suecos controlavam áreas no Mar Báltico e rios russos. Em 930, os noruegueses colonizaram a Islândia e, em 986, a Groenlândia. Cidades como Dublin, na Irlanda, York, na Inglaterra, e Kiev, na Ucrânia, foram fundadas por vikings. Até Constantinopla foi atacada, em 907. Em 963, os gregos bizantinos - que chamavam os suecos de rus - aliaram-se aos inimigos e os converteram ao cristianismo ortodoxo. Dessa fusão surgiu a Rússia.

Na França, eles ocuparam a Normandia. Em 885, atacaram Paris com 700 navios e 30 000 homens. O rei Carlos I, o Calvo, pagou 3 000 quilos de prata para levantarem o cerco à cidade - o primeiro de uma série de resgates que entrou para a História como danegeld (dinheiro dinamarquês). Em 911, o domínio viking virou Ducado de Normandia.


Os nobres viviam em casas como esta de 12 metros de comprimento,
com concubinas, filhos, escravos e servos



Raízes agrárias
Eram mesmo um povo violento. "Quase todos os túmulos de homens que encontramos continham armas", disse à SUPER o arqueólogo norueguês Arne Emil Christensen, do Museu de Antiguidades

Nacionais de Oslo. Mas também havia comerciantes. Muitos negócios foram feitos com os árabes.

"O crescimento da população nórdica", explica Christensen, "que bateu 2 milhões de pessoas no início do século IX, determinou a expansão viking. Havia mais gente do que terra para produzir alimentos. Muitos deixaram tudo buscando novas áreas para cultivar."



O Alfabeto rúnico da Escandinávia


Essas sociedades agrárias tinham três classes: escravos, homens livres (artesãos, pescadores, marinheiros) e nobres (bondi), agricultores proprietários que não pagavam impostos a ninguém. No verão, os bondi e seus companheiros livres partiam para saquear.

Os deuses também eram violentos. Odin era o mais poderoso. Thor, seu filho, deus do trovão, dono de um martelo invencível, protegia os guerreiros. Freya era a deusa do amor. O viking morto em combate ia para o Walhala. No paraíso, passava a eternidade fazendo o que mais amava: comer e lutar.

Periodicamente, havia assembléia no Thing, um parlamento primitivo que elaborava leis e julgava crimes. A aliança de nobres ricos, com o apoio dos Things, unificou regiões e evoluiu até a organização de Estados. Em 885, o rei Harald Bela Cabeleira unificou os noruegueses. Svein Barba de Gato virou rei da Dinamarca em 985. Olaf Skautkonung, rei da Suécia em 993. Foi a expansão do cristianismo, a partir do século X, que arrefeceu o ímpeto dos bárbaros loiros.



Um povo de camponeses piratas



O embarque normando
Guilherme, o Conquistador, organizou um exército de 6 000 normandos para invadir a Inglaterra. O transporte de homens e armas através do Canal da Mancha foi uma grande operação de logística. A frota esperou oito semanas para zarpar com tempo bom.



1. Roupas de batalha cobertas de escamas de ferro eram penduradas em varas enfiadas nas mangas. Armas, vinho e cavalos são embarcados.

2. Na noite de 28 de setembro de 1066, a armada normanda atravessou o Canal da Mancha, entre a França e a Inglaterra.

O alfabeto rúnico da Escandinávia tinha 16 letras. Os vikings deixaram memoriais com inscrições de Londres até a Turquia. Este, em Skarby, na Suécia, anuncia: "Kaulfr e Autir ergueram esta pedra em memória de Tumi, seu irmão, que possuía Gusnava" (uma aldeia)



A verdadeira descoberta da América
Banido em 982 pelo Thing da Islândia, o arruaçeiro Eric, o Vermelho, reuniu aventureiros e partiu em busca de uma ilha remota, avistada meio século antes. Descobriu-a, demarcou uma aldeia e voltou para trazer colonos. A ilha foi batizada de Grönland, "Terra Verde", para atrair imigrantes para o investimento. Era a Groenlândia, gélida.

Em 1001, Leif Ericsson, filho de Eric, navegou para oeste e chegou ao nordeste do Canadá. Descobriu a América. Construiu cabanas na Enseada de Meadows, no nordeste da província de Quebec, para passar o inverno, e voltou à Groenlândia. Num outro esforço de marketing, batizou o local de Vinland, "Terra das Vinhas". Em 1009, 250 homens fundaram uma colônia no Canadá. Foi abandonada após três anos de lutas com os nativos, chamados de skraelings, "homens feios". Não ficou ninguém.



Viagem difícil
As grandes travessias eram baseadas apenas em observação astronômica e feitas a bordo dos knarr. Réplicas modernas desses barcos ajudaram a avaliar a audácia da expansão nórdica. O Saga Siglar, réplica do Skuldelev 1, demonstrou que as embarcações, apesar dos conveses abertos, eram capazes de navegar em oceano mesmo em condições adversas. O Saga foi o primeiro barco "viking" a completar uma circunavegação do globo, entre 1984 e 1986.



A cabeça de dragão, na proa do Drakkar, afastava
maus espíritos e assustava os inimigos


O antropólogo Max Vinner fazia parte da tripulação. "Entre a Groenlândia e o Canadá", conta, "encaramos tempestades de ventos de 130 km/h. Com a vela recolhida, o barco conseguiu manter-se no rumo durante 8 horas. Desorientou-se, mas depois voltou ao curso e chegamos à colônia viking do Quebec sem problema."



Os vikings eram hábeis para forjar machados e espadas de aço


Pense bem. Mulheres, crianças e animais iam a bordo. Da Noruega à Groenlândia a viagem durava três semanas. "Eles faziam fogueira a bordo, para cozinhar e se aquecer", diz Vinner. Comiam carne e peixe seco ou defumado e bebiam cerveja e leite azedo. A água era mantida em sacos de pele. Apesar do convés aberto, conservavam-se secos - menos, é claro, durante as tempestades. O Mar do Norte era encapelado e o frio, cortante.

Os knarr balançavam menos do que os drakkar mas, ainda assim, os naufrágios eram freqüentes. Os enjôos, diz Vinner, eram tremendos e podem ter contribuído para a colonização das terras árticas. Muitos vikings talvez desejassem voltar para a Escandinávia mas acabavam ficando. "Era preciso muita coragem para repetir a experiência da viagem. Pense nas semanas de enjôo."



Réplicas de Knarr, como os irlandês Mayol ajudaram a
resconstituir as viagens pelos mares gelados



A conquista da Inglaterra
A invasão normanda converteu em rei da Inglaterra o duque Guilherme da Normandia, um viking dinamarquês de sexta geração.
A influência normanda misturou-se ao sangue e às instituições do povo inglês. Durante mais de dois séculos, o francês foi a língua da corte.



1. O exército invasor desembarcou cavalaria e arqueiros de infantaria na Baía de Pevensey, do outro lado do canal, sem enfrentar oposição.

2. Em 14 de outubro de 1066, em Hastings, os normandos massacraram as tropas do duque Harold de Wessex, que se autocoroara rei.



Para saber mais

Na Internet

The Viking Age: http://www.vikingage.com



A expansão viking

Do ano 800 até 1100, os antepassados dos dinamarqueses, noruegueses e suecos dominaram os mares, abriram caminhos e fundaram colônias próprias na Europa, Ásia e até na América.



O terrível hálito do dragão

Quando a vela de um drakkar surgia no horizonte, era melhor fugir.
A simetria perfeita da proa (a frente) e da popa (a traseira) permitia o deslocamento para trás simplesmente remando em sentido inverso.



Estaca para distender a vela.

Leme, localizado na ré, a estibordo (lado direito do barco, para quem, da popa, olha para a proa), facilitava as manobras.

Aberturas para remos.

Mastro, de pinho, com 18 a 20 metros de comprimento.

Vela de 100 metros quadrados, de lã bruta ou linho (tingida, em geral, de vermelho).

Casco de tábuas de carvalho.

Escudos fixados no costado (quando o barco estava parado).



Um povo de camponeses piratas
Os laços familiares regiam a vida dos vikings. Depois da morte, a pior pena era o banimento da comunidade. Veja como os ricos se vestiam.



Elmo de batalha. Apesar da mitologia, os arqueólogos jamais descobriram um elmo com chifres

Manto de lã, preso por broche de prata

Faca

Espada com punho de prata

Machado de ferro

Túnica de lã

Colares

Chale de lã

Broche de prata

Braceletes de prata

Chaves de armários e baús, penduradas por corrente



Adeus a um nobre
Em 922, o viajante árabe Ibn Fadlan assistiu, perplexo, a um enterro viking na Rússia. Veja o que ele escreveu.

"O corpo do viking foi embalsamado por uma mulher chamada de Anjo da Morte. No dia do funeral, vestiram-no com roupas de brocado e botões de ouro, e o levaram para dentro de um barco transportado para a terra.



"Deitaram o morto ao lado das armas e o Anjo da Morte espalhou bebidas e comida em volta dele. Mataram um cachorro, cortaram em dois pedaços e colocaram no barco. Duas vacas, um galo e uma galinha também foram mortos.

"Uma jovem escrava, que se oferecera para morrer com seu senhor, decepou uma galinha e lançou-a no navio. Depois, embriagada, cantou para se despedir dos amigos. Parecia alegre. Entrou em várias tendas e manteve relações sexuais com os seus proprietários.

"Então, o Anjo da Morte levou-a para uma tenda montada sobre a nau. Ela tirou as jóias e se despediu, bebendo e cantando. Parecia desvairada. Deitaram-na ao lado do senhor com as pernas e os braços presos. Do lado de fora, os guerreiros batiam paus contra escudos para abafar seus gritos, para que outras moças não se impressionassem e viessem a se recusar a morrer junto com os senhores.

"Mais seis homens entraram no barco e tiveram relações sexuais com ela. Afinal, amarraram seu pescoço com uma corda. Dois homens seguraram cada ponta. Ao mesmo tempo que o Anjo da Morte a esfaqueava, a estrangularam.

"Inteiramente nu, o parente mais próximo do morto incendiou o barco, ajudado pelos presentes. Quando o fogo se extinguiu, o navio-túmulo foi coberto por um monte de terra."



Os Vikings - Mapa de viagens



Mundos Perdidos: Os Vikings (Dublado) Documentário

https://youtu.be/BqadPb3hja0



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sábado, 10 de fevereiro de 2018

Por que os humanos que migraram da África para a Europa ficaram brancos há milhares de anos


Por que os humanos que migraram da África para a Europa ficaram brancos há milhares de anos


Chris Stringer, do Museu de Ciências Naturais de Londres, estudou o
"homem de Cheddar" por mais de 40 anos (Foto: BBC)

Uma análise genética do esqueleto de 10 mil anos revelou que a pigmentação de sua pele era de 'escura a negra'.


O estudo do esqueleto humano mais antigo encontrado no Reino Unido contradiz a crença popular de que a maioria dos europeus sempre teve a cor da pele branca.

Uma análise genética do esqueleto de 10 mil anos revelou que a pigmentação de sua pele era de "escura a negra". O fóssil ficou conhecido como "homem de Cheddar" em virtude do local onde ele foi encontrado, em Cheddar, no Reino Unido.

Seu rosto foi reconstruído graças a um scanner de alta tecnologia e mostra um fenótipo totalmente oposto à pele branca que caracteriza muitos dos britânicos.

"A combinação de uma pele muito escura com olhos azuis não é o que normalmente imaginamos, mas essa era a aparência real dessas pessoas", diz Chris Stringer, do Museu de Ciências Naturais de Londres, onde a imagem do "homem de Cheddar" foi exposta, na quarta-feira.

Segundo Yoan Dieckmann, da equipe da Universidade College, de Londres, responsável pelo estudo, a pele clara que associamos aos europeus modernos, principalmente do norte, seria um fenômeno relativamente recente.

Então em que momento a pele desses ancestrais começaram a mudar de cor e por que isso aconteceu?



Migração da África
Segundo especialistas, existem dois fatores principais que explicam essa transformação.



Equipe de cientistas reconstruíram o que acreditam ter sido o rosto do
‘Homem de Cheddar’ (Foto: BBC)

O primeiro deles é a mobilidade geográfica das populações modernas, que estavam na África há 150 mil anos e tinham pele escura.

"Aquelas populações, que seriam nossos ancestrais diretos, começaram a migrar. Elas chegaram na Europa, por exemplo, há cerca de 45 mil anos", explica Víctor Acuña, professor da Escola Nacional de Antropologia e História do México.

Alguns estudos genéticos concluíram que a pigmentação da pele mais clara começou a ficar mais comum em algumas regiões europeias por volta de 25 mil anos atrás.

A descoberta do "homem de Cheddar", que viveu há 10 mil anos, indica que esse embranquecimento só ocorreu muito tempo depois em locais como as ilhas britânicas.

Em 2014, análises de outros fósseis humanos de 7 mil anos encontrados em León, na Espanha, concluíram que os restos também pertenciam a um homem de pele negra e olhos azuis.



Proteção contra o sol
O segundo fator, e o mais importante, é aquele que explica por que ao atingir essas áreas do planeta a pele dos humanos tende a clarear.

"Os seres humanos, diferente de outros primatas, têm muito pouco pelo no corpo. Por isso pensamos que a pigmentação da pele era uma barreira aos efeitos negativos dos raios ultravioletas que é tão intensa na África", diz Acuña.

Quando migraram para regiões no norte do planeta, onde os raios solares são muito mais escassos, elas não precisavam mais da pigmentação, uma proteção natural contra possíveis queimaduras e doenças como o câncer de pele.



Como explica Acuña, "em zonas com pouco sol, ter cor da pele mais clara permitia uma melhor absorção da luz ultravioleta, que é vital para a obtenção de vitamina D".

Isso explica por que, na própria Europa, as diferenças na cor da pele começaram a ocorrer. As peles mais claras tornaram-se mais frequentes no norte, enquanto no sul a população apresentava tons mais variados.

Em suma, a cor da pele desempenhou um papel fundamental na época em que essas gerações poderiam se adaptar ao meio ambiente de forma natural.



10% de antepassados
Com essa explicação, é óbvio que essa característica da evolução humana não se reduz somente aos ancestrais dos britânicos.

De fato, como destaca Acuña, essa tendência a uma pigmentação cada vez mais clara não foi registrada apenas entre aqueles que chegaram ao norte da Europa.

"Os estudos indicam que processos evolutivos similares ocorreram também em populações que chegaram ao leste da Ásia e da África. Nesses locais também houve notáveis mudanças na pigmentação da pele das pessoas", diz o professor Acuña.



Crânio do homem de Cheddar


O especialista confirma que a atual população da Europa poderia ser portadora de não mais de 10% dos genes dos antepassados do grupo ao qual pertence o "homem de Cheddar".

"Aquela primeira população teve contato com outras, que migraram posteriormente. Essas 'desapareceram' como cultura arqueológica ao ser assimilada por outros grupos", disse Acuña à BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC.

Estima-se que o "homem de Cheddar" migrou da Europa continental para as ilhas britânicas ao final da Era de Gelo.

Seus restos foram encontrados em uma caverna próxima a Cheddar, na Inglaterra, em 1903, mas apenas com os avanços tecnológicos do século 21 que os cientistas conseguiram conhecer os primeiros ingleses.



Caverna onde foi achado o fóssil do homem de Cheddar (Cheddar Gorge)



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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Espécie de puma é declarada oficialmente extinta


Espécie de puma é declarada oficialmente extinta



O Diário Oficial dos EUA anunciou a extinção do puma do leste, subespécie da suçuarana-norte-americana (puma concolor couguar).


Esses animais eram vistos praticamente em todos os estados americanos que ficam ao leste do Rio Mississipi, mas foi dizimado por serem uma ameaça aos rebanhos.



Puma concolor couguar - Animal - Onça-parda


O puma concolor couguar foi registrado na lista de espécies em perigo de extinção em 1973, mas não há qualquer evidência de sua existência desde 1938.

Oitenta anos depois de sua última aparição, e após uma longa disputa com as entidades responsáveis por preservar a fauna silvestre dos Estados Unidos, essa subespécie foi oficialmente declarada extinta.



Calcula-se que a cada dia cerca de 150 espécies de animais desaparecem no mundo todo em consequência da poluição ambiental e da redução dos seus habitats naturais.



Fonte: The Weather Channel
(https://weather.com/science/nature/news/2018-01-24-eastern-puma-extinct-usfw-concolor-couguar)



The Weather Channel - Site Fonte



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O Livro da Vida, Edição Integral - Genoma



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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Conheça a interação surpreendente entre dinossauros e carrapatos


Conheça a interação surpreendente entre dinossauros e carrapatos



A descoberta de um pedaço de âmbar que data de 99 milhões de anos atrás possibilitou que se comprovasse a interação entre carrapatos e dinossauros do período Cretáceo.


No fóssil, observa-se um exemplar desses parasitas agarrado a uma pluma pertencente a um dinossauro.

Essa revelação veio à tona graças ao trabalho dos pesquisadores do Instituto Geológico e Mineral da Espanha, na jazida arqueológica de âmbar de Myanmar, e o estudo foi publicado recentemente pela revista Nature Communications.



Um carrapato agarrado em uma pluma de dinossauro dentro
de um âmbar de 99 milhões de anos



Carrapato - Animal - Ixodoidea



O Âmbar funciona como uma CAPSULA DO TEMPO
aprisionando os animais e preservando


Os cientistas acreditam que os carrapatos encontrados podem ser os antepassados dos atuais carrapatos africanos. “Esses fósseis excepcionais nos permitiram saber exatamente como o corpo desses raros carrapatos se deformavam quando inchavam de sangue e em que momento ficavam cheios e se desgarravam do seu hospedeiro. Esses hábitos alimentares coincidem com os dos carrapatos moles e a espécie africana”, explica Enrique Peñalver, coautor do estudo.



Vida na Terra


Os paleontólogos responsáveis pela descoberta destacaram que se trata de um fato absolutamente excepcional.


EXTRA: POR DENTRO DA CRATERA QUE MATOU OS DINOSSAUROS



Fonte: Infobae
(https://www.infobae.com/america/mundo/2017/12/12/el-increible-descubrimiento-sobre-las-garrapatas-y-los-dinosaurios-hace-100-millones-de-anos/)


Infobae - Site Fonte


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Rios que matam e morrem



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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Dieta pode afetar o crescimento do câncer - Apontam pesquisadores britânicos


Dieta pode afetar o crescimento do câncer - Apontam pesquisadores britânicos


Dieta com baixo teor de asparagina, nutriente presente no aspargo e em alimentos
como carnes e ovos poderia ajudar a retardar efeitos do câncer (Foto: Pezibear/Pixabay)


Cientistas dizem que estudo feito com animais conseguiu retardar a metástase ao bloquear o nutriente asparagina, presente em alimentos como carnes, ovos e frutos do mar. A tese ainda não foi testada em humanos.


Evidências crescentes mostram que a comida que entra no seu prato pode alterar a forma como um possível câncer cresceria e se espalharia pelo corpo, afirmam pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.



Células Cancerigenas


Uma pesquisa com animais, publicada na revista científica "Nature", indica que tumores identificados nas mamas sofreram com a falta do nutriente asparagina – encontrado no aspargo e em alimentos ricos em proteína, como carnes, ovos e frutos do mar.

O estudo aponta para melhores resultados no tratamento da doença no futuro, aproveitando os chamados "vícios culinários" do câncer. Mas os resultados ainda precisam ser confirmados em humanos.

"Não recomendamos aos pacientes excluírem totalmente qualquer grupo de alimentos de suas dietas sem falar com seus médicos", disse Baroness Delyth Morgan, presidente executiva da Breast Cancer Now, instituição que financia pesquisas relacionadas ao câncer de mama no Reino Unido, reforçando que as pessoas não devem adotar dietas radicais na esteira do estudo.

"Encorajamos todos os pacientes a seguirem uma dieta saudável e variada", acrescentou ela.



Câncer - Metástase - Lugares e sintomas



Retardamento
Conduzida no Centro de Pesquisas em Câncer da Universidade de Cambridge, a pesquisa que reforça o poder da alimentação no desenvolvimento de tumores foi realizada com ratos portadores de um tipo agressivo de câncer de mama – o câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano.

Os animais morreriam em algumas semanas, conforme o tumor se espalhasse pelo corpo. Mas quando foram submetidos a uma dieta com baixo teor de asparagina ou a drogas para bloquear esse nutriente, o tumor teve dificuldade para se espalhar.

"Foi uma grande mudança, (os cânceres) foram muito difíceis de encontrar", disse o pesquisador Greg Hannon.
No ano passado, a Universidade de Glasgow, na Escócia, mostrou que cortar os aminoácidos serina e glicina retardou o desenvolvimento de linfoma e câncer intestinal.



Alimentos que auxiliam na prevenção do Câncer


"Estamos vendo evidências crescentes de que cânceres específicos são dependentes de componentes específicos de nossa dieta", disse Hannon à BBC.
"No futuro, modificando a dieta de um paciente ou usando drogas que mudam a maneira como as células cancerígenas podem acessar esses nutrientes, esperamos melhorar os resultados na terapia."
Implicações futuras



A Nutrição é sempre importante


Um câncer em estágio inicial raramente mata. É quando ele se espalha pelo corpo - um processo conhecido como metástase – que pode se tornar fatal.

E uma célula cancerígena precisa passar por grandes mudanças para se espalhar. Isso inclui aprender a "romper" o tumor principal, a sobreviver na corrente sanguínea e a se desenvolver em outros partes do corpo. É para esse processo que os cientistas estimam que a asparagina seja necessária.

Mas os amantes de aspargos não devem temer essa conclusão. As descobertas da pesquisa que vieram a público agora ainda precisam ser confirmadas em pessoas e, de qualquer maneira, é difícil evitar a asparagina na dieta.



Cardápio contra o Câncer


A longo prazo, os cientistas estimam que os pacientes receberiam bebidas especiais que são nutricionalmente equilibradas, mas que não possuem asparagina.

O professor Charles Swanton, diretor médico do Centro de Pesquisas de Câncer do Reino Unido, observa que "curiosamente, a droga L-asparaginase é usada para tratar leucemia linfoblástica aguda, que é dependente da asparagina".

"É possível que, no futuro, essa droga possa ser reutilizada para ajudar a tratar pacientes com câncer de mama", acrescenta.
Ainda são necessários, porém, novos testes antes de um possível tratamento como esse ser colocado em prática.



Nutrientes que previnem o Câncer de mama



Fonte: BBC.com
(http://www.bbc.com/news/health-42976851)



BBC.com - Site Fonte



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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

SpaceX erra órbita de Marte - Starman e seu Tesla seguem para o Cinturão de Asteroides


SpaceX erra órbita de Marte - Starman e seu Tesla seguem para o Cinturão de Asteroides



Não, o Starman não está a caminho de Marte. O Tesla, colocado a bordo do Falcon Heavy, está fora do trajeto previsto pela SpaceX e pode estar a caminho do Cinturão de Asteroides.


A bordo do Falcon Heavy, o foguete mais poderoso do mundo lançado na terça (06/02/2018), seguia um Tesla Roadster com um manequim como piloto, o Starman.



Elon Musk - Exibindo o seu Tesla Roadster da cor Cereja que foi lançado ao espaço


Inicialmente, o objetivo de Elon Musk era colocar o automóvel numa órbita heliocêntrica, ao redor do Sol, onde iria permanecer durante bilhões de anos, de forma a se aproximar regularmente do planeta Marte.

Mas o veículo está fora do trajeto previsto e quem avança com a notícia é o próprio Elon Musk, através de um post no seu Instagram. O presidente da Tesla e da empresa SpaceX adiantou que o veículo pode estar à caminho do Cinturão de Asteroides, região do Sistema Solar que fica aproximadamente entre as órbitas de Marte e Júpiter.



Tesla sendo embarcado no Falcon Heavy para a sua jornada em rumo as estrelas


A comunidade científica acompanha a aventura do Tesla Roadster com interesse. Segundo o site The Verge, alguns astrônomos, usando uma ferramenta do Jet Propulsion Laboratory da NASA, identificaram algumas diferenças entre os dados que Musk compartilhou e os últimos números enviados pela SpaceX.

Os cientistas garantem que o Tesla não irá alcançar o Cinturão de Asteroides, como afirmou inicialmente Elon Musk. Desde o início, o empresário admitiu que a possibilidade de o veículo chegar a Marte era pequena. O Falcon Heavy tinha criado grandes expectativas, que agora parecem cada vez mais reduzidas.



Elon Musk - https://twitter.com/elonmusk


Elon Musk já tinha admitido que a terceira ignição tinha sido um sucesso e que o Roadster iria ultrapassar Marte, dirigindo-se ao Cinturão de Asteroides, mas nunca revelou que isso iria complicar seus planos iniciais.

Jonathan McDowell, astrofísico de Harvard, calcula agora que na próxima década o mais perto que o Roadster conseguirá estar de Marte é a cerca de 6,9 milhões de quilômetros, em outubro de 2020. Em março de 2021, o Tesla voltará a passar relativamente perto da Terra, a 45 milhões de quilômetros, estimou.


Jonathan MCDowell - https://twitter.com/planet4589



Fontes: ZAP, FoxNews, Express.

(https://zap.aeiou.pt/tesla-roadster-falha-rota-ultrapassa-orbita-de-marte-e-nao-devera-alcancar-cintura-de-asteroides-191069)

(http://www.foxnews.com/science/2018/02/07/musks-tesla-has-new-orbit-and-its-headed-for-asteroid-belt.html)

(https://www.express.co.uk/news/science/916170/SpaceX-Falcon-Heavy-launch-why-did-launch-Tesla-roadster-car)



Foxnews - Site Fonte


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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Tesla Roadster é o 1º carro a viajar pelo espaço em foguete da SpaceX


Tesla Roadster é o 1º carro a viajar pelo espaço em foguete da SpaceX



Musk publicou imagem do Roadster com um
boneco na direção (Foto: Elon Musk/Instagram via AP)


Lançamento de foguete da SpaceX, empresa de Elon Musk, foi feito com sucesso na terça (06/02/2018)


Um Tesla Roadster vermelho de Elon Musk foi levado esta semana para onde nenhum outro carro esportivo chegou antes, o espaço sideral. Depois de imagem publicada pelo presidente-executivo da Tesla, é possível que ele tenha até um "motorista".

O automóvel elétrico de luxo será utilizado como carga no voo teste de estreia altamente esperado do novo foguete jumbo Falcon Heavy, também de Musk, que foi lançado na terça-feira (06/02/2018) por seu outro empreendimento de transporte, a Space Exploration Technologies, a SpaceX.



Elon Musk mostrou o Tesla Roadster dentro do foguete da SpaceX
(Foto: Reprodução/Instagram)


O lançamento foi bem-sucedido, o Falcon Heavy foi classificado como o foguete mais poderoso em operação atualmente, e o veículo espacial mais poderoso a ser lançado dos Estados Unidos desde os foguetes Saturn 5, da Nasa, que transportaram astronautas para a lua 45 anos atrás.


SpaceX
Provavelmente a SpaceX, com sede na Califórnia, vai ganhar vantagem em relação às companhias de foguetes comerciais rivais que buscam contratos importantes com a Nasa, as Forças Armadas dos EUA, empresas de satélites e até mesmo com turistas espaciais pagantes.

O "passageiro" do Falcon Heavy estará estabelecendo um recorde como o primeiro carro enviado à órbita solar -- em uma promoção de alta tecnologia inventada pelo próprio Musk.


"Eu adoro a ideia de um carro navegando aparentemente sem parar pelo espaço e talvez sendo descoberto por uma raça alienígena milhões de anos no futuro", disse o fundador da SpaceX.


Falcon Heavy
O Falcon Heavy é projetado para transportar cargas úteis de muito maior peso do que um carro esportivo, com a SpaceX vangloriando sua capacidade de colocar cerca de 70 toneladas em órbita terrestre por um custo de US$ 90 milhões por lançamento.



Elon Musk na apresentação do Roadster 2 em novembro de 2017
(Foto: Tesla/Handout via REUTERS)


Tesla Roadster
O esportivo foi o primeiro modelo da Tesla e a unidades que será enviada ao espaço em cor "cereja" pertence ao próprio Musk.

"O destino é a órbita de Marte. Ficará no espaço profundo durante bilhões de anos ou assim se não explodir na subida", escreveu o empresário em uma rede social.
O Roadster ganhará um "upgrade" em 2020, que o colocará como o carro mais rápido do mundo em aceleração. De acordo com o anúncio feito em novembro passado, ele será capaz de ir de 0 a 96 km/h em 1,9 segundo.

Essa marca supera o próprio Tesla Model S P100D, o híbrido Porsche 918 Spyder e o Bugatti Chiron - todos com desempenho acima de 2 segundos.

O novo Tesla Roadster ainda é conversível e tem outra característica impressionante: uma carga de bateria dura cerca de 1.000 km.



Novo Tesla Roadster pode andar 1.000 km com uma carga de bateria
(Foto: REUTERS/Alexandria Sage)


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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Falcon Heavy - Por que o lançamento do foguete mais potente do mundo pela Space X é importante


Falcon Heavy - Por que o lançamento do foguete mais potente do mundo pela Space X é importante



Elon Musk publicou em dezembro fotos da construção do Falcon Heavy (Foto: SpaceX)

Elon Musk lançou nesta terça (06/02/2018) um foguete com o dobro da capacidade de propulsão de qualquer outro, uma missão que pode dar início a um novo capitulo da empreitada rumo à primeira missão tripulada a Marte.


Na mesma plataforma de lançamento de onde o homem partiu para chegar à Lua, pode ocorrer nesta terça um novo marco da exploração espacial.

O mais poderoso foguete do mundo está previsto para ir ao espaço a partir das 18h, no horário de Brasília, e, com isso, pode dar início a um novo capitulo da empreitada rumo à primeira missão tripulada a Marte.


VÍDEO: LANÇAMENTO BEM SUCEDIDO



O Falcon Heavy, foi fabricado pela empresa Space X, do bilionário americano Elon Musk, para ter duas vezes mais capacidade de propulsão do que qualquer outro foguete. Mas, diante da alta taxa histórica de falhas em voos inaugurais, o teste não será tripulado: ele levará apenas um carga experimental - um automóvel da Tesla, outra empresa de Musk, com um manequim vestido com um traje espacial.

O clássico Space Oddity, de David Bowie, ficará tocando continuamente conforme o carro é colocado em uma órbita elíptica ao redor do Sol até chegar à órbita de Marte. "Ele chegará a 400 milhões de km da Terra, viajando a 11km/s", disse Musk em uma coletiva na última segunda-feira.



"Estimamos que ele fique em órbita por centenas de milhões de anos, talvez até mesmo bilhões de anos." Três câmeras presas ao carro registrarão "paisagens épicas", acrescentou o empresário.
Milhares de espectadores são esperados no Centro Espacial John F. Kennedy, da Nasa, em Cabo Canaveral, na Flórida, onde foram vendidos ingressos por US$ 195 (R$ 634).

A Space X disse que tentará por três horas lançar o Falcon Heavy. Se por causa de problemas técnicos for necessário adiar, uma nova tentativa será feita nesta quarta-feira (6).


Animação do lançamento do Falcon Heavy (Foto: Reprodução/Tesla)


Como é o foguete?
O Falcon Heavy é composto basicamente por três foguetes Falcon 9. Mas reuni-los em um único conjunto exigiu uma série de alterações, como reforçar seu núcleo central.

Os 27 motores Merlin em sua base devem ser capazes de gerar um impulso de 23 mil kilonewtons, pouco mais do que o dobro do que o foguete mais potente existente hoje, o Delta IV Heavy, que é operado pela empresa americana United Launch Alliance, uma das principais concorrentes da Space X.

Com 70 metros de altura, o Falcon Heavy foi criado para colocar no máximo 64 toneladas em órbita baixa, o equivalente a quatro ônibus. Na verdade, raramente será exigido que ele carregue tanto peso, porque a Space X espera que ele seja capaz de pousar de volta na Terra após o lançamento, e o combustível necessário para isso limita sua capacidade neste aspecto.



Mas a enorme propulsão do foguete cria algumas possibilidades, como transportar satélites bem mais pesados para uso pelas forças militares e de inteligência americanas (o tamanho dos satélites hoje é limitado pela performance dos foguetes atuais), lançar mais satélites ao mesmo tempo e robôs maiores para explorar a superfície de Marte ou de outros planetas como Júpiter e Saturno e suas luas ou colocar em órbita telescópios de grande porte.

Por enquanto, o Falcon Heavy tem apenas algumas reservas previstas para suas missões, duas delas para o envio de grandes satélites de telecomunicação que precisam ser colocados em órbita geoestacionária a 36 mil km acima da Terra.

"Esses satélites têm mais de 6 toneladas, enquanto a capacidade do foguete é de 8 toneladas para uma viagem até uma órbita geoestacionária se ele for integralmente reutilizado", disse Rachel Villain, da consultoria especializada em atividade espacial Euroconsult.
"Então, obviamente o objetivo deve ser reutilizar o foguete totalmente, caso contrário a capacidade até uma órbita geoestacionária é de 20 toneladas, o que é bastante."
Villain afirmou ainda que os principais clientes em vista são o "governo americano, o que inclui a Nasa e o Departamento de Defesa, e empresas que querem ter sua própria constelação de satélites".



Como carga experimental ele levou um carro com um
boneco (Starman) vestido de astronauta



Como fica a Nasa?
Se o lançamento for bem-sucedido (e foi), surgem algumas questões delicadas para a política espacial dos Estados Unidos.

A Nasa certamente pode achar diferentes usos para essa capacidade de carga extra, mas a agência tem seu próprio "foguete monstro" em desenvolvimento.

O dilema para a Nasa e legisladores americanos é que o Sistema de Lançamento Espacial (SLS, na sigla em inglês), como o foguete é conhecido, ainda levará alguns anos para poder ser usado, com uma capacidade de 70 toneladas para órbita baixa.

Além disso, cada lançamento custará US$ 1 bilhão (R$ 3,25 bilhões), enquanto o Falcon Heavy custará apenas US$ 90 milhões (R$ 292,5 milhões) por voo, segundo Musk.

Muitos já questionam o Congresso dos Estados Unidos como justificar esse custo extra quando uma alternativa bem mais barata está prestes a ficar disponível. E Musk não é o único empreendedor desenvolvendo soluções comerciais com grande capacidade de carga que superam em muito o custo do SLS.

Jeff Bezos, fundador da Amazon, trabalha em um foguete chamado New Glenn, que deve ser capaz de colocar 45 toneladas em órbita baixa. Ele já deu indícios de planos de um foguete ainda mais poderoso, chamado New Armstrong.


Visão AO VIVO de Starman no espaço dentro do carro Tesla...


https://youtu.be/aBr2kKAHN6M



Um fracasso está previsto? (foi um sucesso...)
Musk destacou as dificuldades enfrentadas para deixar o Falcon Heavy pronto para seu voo inaugural. O projeto foi anunciado formalmente em 2011, com um primeiro lançamento inicialmente previsto para 2013.

Cinco anos depois, o empresário admite que as chances de fracasso são significativas.

"Se sair errado, espero que isso ocorra em um estágio avançado da missão para que possamos aprender o máximo possível neste processo", afirmou. "Vou considerar uma vitória se ele sair da plataforma e não explodi-la em milhares de pedaços. Ele tem o equivalente a 1.814.370 kg de dinamite. Provavelmente não restará muita coisa se sair do controle."

Fazer com que os 27 motores sejam ativados em conjunto e controlá-los durante a primeira fase da subida não é uma tarefa simples. Os soviéticos tentaram em sua época fazer o mesmo, mas com 30 motores, no primeiro estágio de seu malfadado foguete lunar, o N1, que nunca atingiu a órbita terrestre.

Enquanto isso, Musk já pensa à frente: ele tem um futuro foguete em desenvolvimento com 31 motores.


https://twitter.com/elonmusk



Fontes: The Guardian, SpaceX

(https://www.theguardian.com/science/live/2018/feb/06/spacex-falcon-heavy-launch-elon-musk-live-updates)

(http://www.spacex.com/falcon-heavy)



The Guardian - Site Fonte



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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

DNA de esqueleto indica existência de britânicos negros e de olhos azuis há 10 mil anos


DNA de esqueleto indica existência de britânicos negros e de olhos azuis há 10 mil anos


Equipe de cientistas reconstruíram o que acreditam ter sido o rosto do
‘Homem de Cheddar’ (Foto: BBC)

Restos mortais do indivíduo conhecido como 'Homem de Cheddar', em referência à região onde foi encontrado no Reino Unido em 1903, foi usado para a análise.


'Homem de Cheddar' nada tem a ver com o queijo de sabor forte e, por vezes, cor amarelada. É, na verdade, um dos mais antigos britânicos de que se tem registro. E agora, também objeto de uma nova descoberta.

Uma análise recente do fóssil encontrado em 1903 em uma gruta de Cheddar, desfiladeiro repleto de cavernas localizado em Somerset, no Reino Unido, indicou que ele tinha olhos azuis, cabelo crespo e pele escura.

A análise contraria a imagem anterior projetada a partir do fóssil. Inicialmente, acreditava-se que ele tinha olhos escuros, pele clara e cabelos lisos.

Uma equipe de cientistas não só identificou o novo fenótipo atribuído ao britânico de 10 mil anos atrás como também fez uma reconstrução detalhada de seu rosto.

Avaliações anteriores já indicavam que ele era mais baixo que a média e que provavelmente morreu por volta dos 20 anos.



Gêmeos holandeses Adrie e Alfons Kennis recriaram a face
do Homem de Cheddar (Foto: Channel 4/BBC)


Fraturas na superfície do crânio sugerem que ele pode ter morrido de maneira violenta. Não se sabe como o corpo chegou à caverna, mas é possível que tenha sido colocado lá por indivíduos da tribo.


Extração do DNA
Os pesquisadores do Museu de História Natural de Londres extraíram o DNA de uma parte do crânio, próxima ao ouvido, conhecida como osso petroso.

Inicialmente, Ian Barnes e Selina Brace, que fazem parte da instituição e integram o projeto, não tinham certeza se conseguiriam algum DNA do fóssil.

Mas eles tiveram sorte: não só o DNA foi preservado, como também produziu a maior cobertura (uma medida da precisão de sequenciamento) para um genoma na Europa desse período de Pré-história - conhecido como Mesolítico ou Idade Média da Pedra.



Análise do DNA foi feita a partir do crânio, mais
precisamente do osso petroso (Foto: Channel 4 /BBC)


Os pesquisadores do museu se juntaram a cientistas da universidade londrina UCL (University College London) para analisar os resultados, incluindo variantes genéticas associadas com cabelo, olhos e cor da pele.

A descoberta indica ainda que os genes da pele mais clara se difundiu na Europa mais tarde do que se pensava, e que a cor da pele não é necessariamente referência de origem geográfica, como normalmente é vista hoje em dia.


Como a pele mudou
A pele clara provavelmente chegou à Grã-Bretanha há cerca de 6 mil anos, com uma migração de pessoas do Oriente Médio.

Essa população tinha pele clara e olhos castanhos. Acredita-se que tenha acabado absorvendo características de grupos como o do 'Homem de Cheddar'.

Não se sabe ao certo, contudo, por que a pele clara acabou se sobressaindo entre os habitantes da região. Mas acredita-se que a dieta à base de cereais provavelmente era deficiente em vitamina D - isso exigiria que agricultores processassem esse nutriente por meio da exposição à luz solar, que é mais escassa onde fica o Reino Unido.

"Podem haver outros fatores causando menor pigmentação da pele ao longo do tempo nos últimos 10 mil anos. Mas essa é a grande explicação à qual a maioria dos cientistas se fia", disse Mark Thomas, geneticista da UCL.



Fóssil foi encontrado em 1903 numa caverna em Cheddar,
no condado de Somerset (Foto: BBC)


Para Tom Booth, arqueólogo do Museu de História Natural em Londres e integrante do projeto que desvendou as características do 'Homem de Cheddar', a análise mostra como as categorias raciais são construções modernas ou muito recentes. "Elas realmente não se aplicam ao passado", disse ao jornal britânico "The Guardian".

Yoan Diekmann, biólogo especializado em estudos da computação na universidade londrina UCL e também parte da equipe, concorda com o colega. Afirma que a conexão comumente estabelecida entre "britanidade" e brancura "não é uma verdade imutável". "Sempre mudou e sempre mudará", declarou à mesma publicação.



A análise genética também sugere que o Homem Cheddar não bebia leite na idade adulta - algo que só se espalharia entre os humanos muito mais tarde, na Idade do Bronze, iniciada em alguns lugares há cerca de 5 mil anos.

Chegadas e partidas
As análise também indicam que os europeus dos tempos atuais mantiveram, em média, apenas 10% das características de ancestrais como o britânico de Cheddar

Acredita-se que os humanos chegaram no que hoje é o Reino Unido há 40 mil anos, mas um período de frio extremo conhecido como o Último Máximo Glacial teria os forçado a migrar dali 10 mil anos depois.



Reconstrução forense do homem de Cheddar


Também já foram coletadas evidências em cavernas de que humanos caçadores-coletores voltaram quando as condições climáticas melhoraram. Mas acabaram sendo surpreendidos pelo frio - marcas nos ossos sugerem que esse grupo canibalizou seus mortos.

O território hoje conhecido como Grã-Bretanha foi ocupado novamente há 11 mil anos e, desde então, permanece habitado, segundo os pesquisadores.

O 'Homem de Cheddar' é parte dessa onda migratória que teria caminhado pela chamada Doggerland - que, naquele período, ligava a ilha ao continente, mas posteriormente acabou coberta pelo aumento do nível do mar.

Essa não é a primeira tentativa de análise genética do Homem de Cheddar. No final dos anos 1990, o geneticista Brian Sykes já havia sequenciado o DNA mitocondrial de um dos molares do fóssil.

A sequência, transmitida exclusivamente da mãe para os filhos, foi comparada com 20 residentes vivos do povoado em Cheddar.

Duas dessas pessoas tinham mostras similares - uma delas era o professor de história Adrian Targett.

A atual descoberta feita por pesquisadores do Museu de História Natural e da UCL vai ser detalhada em um documentário para a televisão britânica com o título "The First Brit: Secrets of the 10,000 Year Old Man" ("O primeiro britânico: segredos do homem de 10 mil anos de idade"), feito pela Plimsoll Productions e a ser exibido pelo Channel 4. Também vai virar, é claro, artigo acadêmico.

O professor Chris Stringer, que lidera os estudos sobre origens humanas no museu, se dedica a estudar o esqueleto do Homem de Cheddar há 40 anos.

Ele se impressionou ao ver a reconstrução que pode ter revelado o rosto de seu objeto de estudo.

"Ficar cara a cara com a imagem de como esse homem pode ter parecido - a combinação impressionante de cabelo, rosto, cor dos olhos e pele escura - é algo que não poderíamos imaginar alguns anos atrás. Mas é que os dados científicos mostram."



Localização da caverna onde foi encontrado o Fóssil - Cheddar Gorge



Fonte: The Guardian, Telegraph
(https://www.theguardian.com/science/2018/feb/07/first-modern-britons-dark-black-skin-cheddar-man-dna-analysis-reveals)

(http://www.telegraph.co.uk/science/2018/02/07/first-britons-black-natural-history-museum-dna-study-reveals/)



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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

NASA anuncia a descoberta de geleiras enormes em Marte


NASA anuncia a descoberta de geleiras enormes em Marte



Cientistas da NASA descobriram geleiras enterradas debaixo da superfície marciana, um fato que aponta para a possibilidade de acesso a grandes quantidades de água no planeta.


Embora já se soubesse que Marte possui reservas de gelo, o estudo de sua localização e quantidade é crucial para as futuras missões tripuladas ao planeta. “Basicamente, os astronautas poderão ir para lá com um balde e uma pá e obter toda a água que necessitarem”, afirmou Shane Byrne, do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.



Geleiras no hemisfério norte de Marte


De forma mais concreta, as erosões planetárias revelaram oito locais nos quais o gelo é abundante, em algumas regiões facilmente acessíveis, a apenas um metro abaixo da superfície, e em outras a uma profundidade de 100 metros aproximadamente. A NASA planeja enviar a primeira missão tripulada para Marte na década de 2030.



Marte não é o planeta seco como imaginavamos


Fonte: Clarín, ABC

(https://www.clarin.com/sociedad/nasa-detecto-abundantes-glaciares-marte_0_Sy1wMPIVM.html)

(http://www.abc.net.au/news/2018-01-12/underground-ice-deposits-found-on-mars/9325056)



Clarin - Site Fonte



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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

COMO SERIA O MUNDO SE A TERRA FOSSE REALMENTE PLANA


COMO SERIA O MUNDO SE A TERRA FOSSE REALMENTE PLANA


Planeta Terra fotogrado durante a missão Apollo 17, em 1972 (Foto: Nasa)


Você imagina um mundo sem montanhas ou estações do ano? Essa seria a realidade se nosso planeta fosse de fato plano, segundo um especialista americano.


A Terra é redonda ou plana?

Essa pergunta pode parecer ridícula para muitas pessoas, e sua resposta, óbvia. Ou talvez não?

A teoria de que a Terra é plana ganhou adeptos nos últimos anos, com a primeira conferência de "terraplanistas" realizada no fim do ano passado nos Estados Unidos. Há inclusive celebridades de Hollywood que a defendem. E, apesar de haver muitas provas (gráficas e físicas) de que o nosso planeta é redondo, o debate ressurge com frequência.

Por isso, a fim de acabar com as especulações, o geofísico James Davis, da Universidade de Columbia, em Nova York, membro do Observatório Terrestre Lamont-Doherty, idealizou um cenário de como seria a Terra se ela fosse de fato plana, tendo como base pressupostos dos terraplanistas.



1. A gravidade
Quem acredita que a Terra tem a forma de um disco parte do pressuposto de que a gravidade exerceria sua força diretamente para baixo, mas não é assim que funciona esse fenômeno. Davis esclarece que, segundo o que sabemos sobre a força gravitacional, ela puxa tudo para o centro.



Então, quanto mais longe do centro do disco, mais a gravidade puxaria as coisas horizontalmente. Isso teria efeitos estranhos, como sugar toda a água do mundo para o centro do disco, e fazer com que árvores e outras plantas crescessem diagonalmente, já que elas se desenvolvem na direção oposta à da gravidade.



Diagrama mostra ordem dos oito planetas no Sistema Solar (Foto: Nasa)

Caminhar também seria uma tarefa complicada, com uma força que nos empurraria rumo ao centro quando tentássemos chegar à borda do disco. Seria como subir uma encosta muito inclinada.



2. O Sistema Solar
O modelo de Sistema Solar que prevalece hoje situa o Sol no centro da nossa galáxia e a Terra circulando ao seu redor, graças uma órbita que nos aproxima e nos distancia desse astro de acordo com a época do ano.

Os terraplanistas colocam a Terra no centro do Universo, onde o Sol opera como uma lâmpada que irradia luz e calor de lado a outro do planeta, mas não falam de uma órbita.



Davis acredita que, sem essa órbita ou a força gravitacional do Sol, nada impediria que o planeta fosse expelido para fora do Sistema Solar.

Uma Terra plana teria outra incongruência. Se o Sol e a Lua circulam sobre o planeta, seria possível haver dias e noites, mas não as estações, eclipses e outros fenômenos astronômicos que dependem do formato esférico da Terra.

Além disso, o Sol teria que ser menor do que a Terra, caso contrário poderia nos queimar ou cair sobre nós. Davis destaca, no entanto, haver medições suficientes que mostram que o Sol tem 100 vezes o diâmetro da Terra.



3. Campo magnético
As leis da física que conhecemos hoje em dia estabelecem que o núcleo da Terra gera seu campo magnético.


As belas auroras boreais são produzidas quando o vento solar se choca com o campo magnético da Terra (Foto: Lehtikuva/Irene Stachon/via REUTERS )

Em um planeta plano, segundo os defensores desse modelo, esse campo não existe. Sendo assim, diz o especialista, não haveria uma atmosfera, o que faria com que o ar e os mares fossem parar no espaço. É o que ocorreu em Marte quando o planeta perdeu seu campo magnético.


O Campo Magnético da Terra - The Earth's Magnetic Field



4. Atividade tectônica
O movimento das placas tectônicas e os movimentos sísmicos são explicados apenas com uma Terra redonda. "Só em uma esfera as placas se encaixam de uma forma sensata", diz Davis.

Os movimentos das placas de um lado da Terra afetam os movimentos no outro lado. As áreas da Terra que criam formações para cima da crosta terrestre, como a Cordilheira dos Andes, são contrabalanceadas por outras que formam depressões, como os vales.


As cordilheiras e muitos outros fenômenos geofísicos, como os vulcões, são produzidos por movimentos das placas tectônicas (Foto: Anderson Viegas/ G1 MS)


Nada disso seria explicado adequadamente com uma Terra plana. Não seria possível entender por que existem montanhas ou terremotos.

Também teria de haver uma explicação para o que acontece com as placas na borda do mundo. Poderíamos imaginar que elas cairiam, mas os terraplanistas defendem que existe um "muro de gelo" na borda, criado pela Antártida, algo muito difícil de acreditar, opina Davis.

Para concluir, diz o especialista, se vivêssemos em uma Terra plana, não teríamos nenhuma dúvida disso, porque tudo seria muito diferente de como conhecemos hoje.


As placas Tectônicas



COMBATENDO O ANALFABETISMO CIENTÍFICO
A ABSURDA TEORIA DA TERRA PLANA



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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

O astrônomo amador que encontrou um satélite perdido há uma década pela Nasa


O astrônomo amador que encontrou um satélite perdido há uma década pela Nasa



Nasa lançou o satélite Image em 2000, perdeu-o em 2005 e
parou de buscá-lo em 2007 (Foto: Nasa)


Scott Tilley criou um centro de observação em sua casa, no Canadá, para rastrear radiofrequências de satélites e encontrou, por acaso, o Image, desaparecido desde 2005.


Scott Tilley estava determinado a encontrar o Zuma, satélite americano espião que, segundo o Pentágono, não conseguiu entrar em órbita e desapareceu pouco após seu lançamento, em janeiro. Mas o astrônomo amador, que vive no Canadá, foi agraciado com um golpe de sorte.



https://twitter.com/coastal8049


Sua busca foi interrompida no dia 20 de janeiro: Tilley se deparou com o Image, um satélite que a Nasa lançou em 2000 como parte de uma missão para analisar o impacto dos ventos solares sobre a atmosfera terrestre e do qual não tinha mais rastros desde 2005 e parou de procurar em 2007.

Depois de ver e ouvir os primeiros sinais no centro de observação que mantém em sua casa, o astrônomo amador confirmou que havia encontrado o Image.



"Contei para minha mulher durante o jantar, e perguntei a ela o que deveria fazer", contou Tilley à BBC.

O conselho dela foi entrar em contato com os responsáveis por lançar o Image. "Se foi possível encontrar um satélite perdido no céu, com certeza você consegue encontrar quem o colocou lá", disse a mulher, segundo o relato de Tilley.



Foi o que ele fez. E a Nasa confirmou, no dia 30 de janeiro, que realmente se tratava do Image.

Cientistas do Centro Espacial Goddard, da Nasa, em Maryland, afirmaram que o sistema de controle principal do satélite ainda funciona, mas que levará entre uma e duas semanas para eles terminarem de analisar o estado dele e adaptarem seus programas e a base de dados a sistemas mais modernos.



Astrônomo amador


Scott Tilley tem como 'hobby' rastrear satélites espiões (Foto: Arquivo pessoal via BBC)


Tilley, de 47 anos, dedicou a maior parte de sua vida a observar o espaço.

Em casa, criou seu próprio centro de operações, que descreve como "bastante modesto".

Ele calcula que entre telescópios, computadores e rádios, seu espaço, que foi pensado especialmente para rastrear radiofrequências de satélites, não custou mais do que US$ 5 mil.



Centro de observação de Tilley não custa mais de US$ 5 mil (Foto: Arquivo pessoal via BBC)


E o objetivo principal de Tilley é encontrar satélites espiões.

"O espaço é como um parque nacional, pertence a todos", disse ele.

"Nenhum país tem o direito de enviar coisas ao espaço sem divulgar para as pessoas o que são e onde estão. Fazendo essa busca, eu garanto que o que está lá em cima não vai causar danos para ninguém."

Após sua descoberta, a Nasa entrou em contato com o astrônomo amador para trocar informações. "Não me ofereceram nenhuma recompensa", afirmou.

"Mas também não estou esperando isso. Para mim, a maior satisfação é saber que estou contribuindo para algo importante."

Depois desse "golpe de sorte", Tilley pretende continuar com a missão que interrompeu por um tempo: encontrar o Zuma.



https://twitter.com/NASASun



Fontes: Washingtonpost, ZAP

(https://www.washingtonpost.com/news/inspired-life/wp/2018/02/01/this-amateur-astronomer-found-a-satellite-lost-in-space/)

(https://zap.aeiou.pt/astronomo-amador-encontrou-satelite-perdido-ha-decada-pela-nasa-190580)



Washington Post - Site Fonte



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O SUPEROLHO DO HOMEM - 100 Anos de Raio X



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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Manuscrito do Mar Morto é decifrado revelando festividades que não eram citadas na Bíblia


Manuscrito do Mar Morto é decifrado revelando festividades que não eram citadas na Bíblia



Os porta-vozes da Universidade de Haifa, em Israel, anunciaram recentemente que um grupo de cientistas foi capaz de decifrar um dos manuscritos do Mar Morto juntando mais de 60 pequenos fragmentos criptografados de escritos em hebraico.


Esses documentos antiquíssimos, também conhecidos como Rolos de Qumran, são um conjunto de quase 900 textos encontrados em 12 cavernas localizadas entre Israel e a Palestina, há mais de 2 mil anos. O texto decifrado revela festividades que não eram citadas originalmente na Bíblia.



Caverna onde foi encontrado alguns dos manuscritos do mar morto


Há séculos discute-se a origem desses textos. A hipótese mais sólida afirma que eles foram escritos por membros da seita dos essênios, uma facção rebelde do Judaísmo, que se isolou no Deserto da Judeia. Essa teoria se baseia no fato de que alguns dos manuscritos que puderam ser traduzidos pertencem à Bíblia Hebraica.



Os rolos com os manuscritos foram encontrado dentro de jarros de argila


O fragmento decifrado recentemente faz referências ao calendário de 364 dias utilizado pelos essênios, diferente do calendário lunar usado até hoje pela religião judaica. No texto, são mencionadas também as antigas festas relacionadas ao cultivo da videira e da oliva (que não são citadas nas versões oficiais das Escrituras). O texto também revela pela primeira vez o nome dado aos dias especiais nos quais a seita celebrava a transição entre as estações do ano. Eles ser referiam a esses dias como “Tekufah”, que significa “período”.



Também conhecido como os "Rolos de Qumran" na Cisjordania - Mar Morto


Curiosamente, a pessoa responsável por escrever os manuscritos cometeu uma série de erros, esquecendo de anotar vários dias sagrados. Os pesquisadores encontraram diversas correções feitas posteriormente nas margens dos textos.


A Bíblia Proibida - Evangelhos Proibidos



Fonte: The Guardian
(https://www.theguardian.com/books/2018/jan/26/dead-sea-scroll-deciphered-to-reveal-ancient-calendar)



The Guardian - Site Fonte


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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Saiba qual foi o som mais alto já ouvido na história


Saiba qual foi o som mais alto já ouvido na história



Em 27 de agosto de 1883, foi registrado na Terra o som mais alto de que se tem registro.


O estrondo foi causado pela explosão de um vulcão da Ilha de Krakatoa, entre Java e Sumatra, em um território pertencente, na época, às Índias Orientais Holandesas.



A erupção e o tsunami provocado por ela deixaram quase 36.500 mortos. Calcula-se que a explosão tenha tido uma força de aproximadamente 200 megatons, ou seja, 10 mil vezes mais potente que a bomba de Hiroshima.



O ruído da erupção foi escutado na Austrália e na Nova Guiné, territórios localizados a mais de 3.200 quilômetros da Ilha de Krakatoa e, inclusive, em alguns pontos do Oceano Índico, a mais de 5 mil quilômetros do vulcão.



Norham Castle, um capitão britânico que estava a 65 quilômetros da ilha, deixou registrada sua experiência. “Foi uma explosão tão violenta que metade da minha tripulação ficou com os tímpanos estourados”, ele escreveu no seu diário.



A super erupção do vulcão Krakatoa


https://www.youtube.com/watch?v=UsVIDaqof9o



A Terra - Vulcão Krakatoa - Documentário Dublado



Fonte: El Confidencial
(https://www.elconfidencial.com/tecnologia/2014-10-03/el-sonido-mas-potente-que-el-ser-humano-haya-escuchado_224093/)



El Confidencial - Site Fonte


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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Cientistas descobrem por que Marte deixou de se parecer com a Terra


Cientistas descobrem por que Marte deixou de se parecer com a Terra



Como foi que Marte deixou de ter água em abundância na sua superfície, como a Terra, e se transformou em um planeta inóspito?


Essa é a pergunta que levou um grupo de pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, à pesquisa publicada recentemente pela revista Nature. Nesse artigo, assinado por Jon Wade, diz-se que a água teria sido absorvida pelas rochas de basalto, capazes de reter 25% a mais de líquidos que as pedras do nosso planeta.



História da água em Marte - History of water on mars


Depois de acumular-se na superfície marciana, a água foi para o interior do planeta e não foi capaz de reemergir.

A Terra não passou por um processo semelhante por ser maior que Marte, ter uma temperatura diferente e um teor menor de ferro no seu manto de silicato. Essas diferenças, de certa forma sutis, permitiram que o nosso planeta mantivesse seus níveis de água e, consequentemente, abrigar o desenvolvimento da vida.


FINALMENTE "ÁGUA EM MARTE"
MATÉRIA E VÍDEO CONFIRMANDO A DESCOBERTA NASA ENCONTRA ÁGUA



Fonte: La Nación, Nature
(http://www.lanacion.com.ar/2094441-la-sorprendente-razon-por-la-que-marte-perdio-su-agua-y-dejo-de-parecerse-a-la-tierra)

(https://www.nature.com/articles/nature25031)



La Nacion - Site Fonte


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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Misteriosa criatura - Muito parecida com um dinossauro intriga cientista


Misteriosa criatura - Muito parecida com um dinossauro intriga cientista



Recentemente, um eletricista da cidade de Jaspur, na Índia, descobriu os restos de uma estranha criatura, semelhante a um dinossauro, enquanto limpava uma estação elétrica desativada há 35 anos.


O esqueleto tem 28 cm de comprimento, um pescoço de 5 cm e um crânio de 9 cm. O que mais intriga a comunidade científica é que, além de ter a forma de um dinossauro, seu corpo se encontra em estado de semidecomposição, ainda conservando carne em seus ossos.



O nascimento e extinção das especies


Cientistas locais pediram que fossem feitos testes de carbono para determinar a idade dos restos. “Um esqueleto de dinossauro não poderia ter sido encontrado em uma condição tão bem conservada depois de milhões de anos, sem estar fossilizado. A única forma possível seria que ele tivesse sido preservado quimicamente em um museu. Mas, se fosse esse o caso, como ele foi parar lá?”, afirma Aaryan Kumar, paleontólogo da Universidade de Deli.



Local de IMPACTO que provocou a extinção dos Dinossauros


A hipótese mais defendida é de que se trataria de um feto deformado de algum réptil, embora as semelhanças com um dinossauro chamem a atenção.



Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/257700-hallar-india-criatura-similar-dinosaurio)



Actualidad - Site Fonte


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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Titanic II - Réplica idêntica do famoso navio, vai zarpar neste ano


Titanic II - Réplica idêntica do famoso navio, vai zarpar neste ano



Se não houver contratempos, neste ano zarpará o Titanic II, uma réplica idêntica do tristemente famoso Titanic, naufragado em 15 de abril de 1912, no Oceano Atlântico.


Trata-se de um projeto turístico multimilionário, que obteve um investimento de 600 milhões de dólares somente para a construção do barco.



RMS Titanic - White Star Line


Embora ainda não haja uma data marcada para a primeira viagem e os valores da passagem sejam desconhecidos, vários milionários do mundo inteiro já fizeram propostas, oferecendo, em alguns casos, até 1,2 milhão de dólares.



Titanic II - CSC Jinling Shipyard - Nanjing


Com o objetivo de reduzir os temores de um naufrágio, os construtores anunciaram que o Titanic II possui botes salva-vidas para todos os passageiros a bordo, assim como para a tripulação. Além disso, atendendo a regulamentos marítimos, esse navio é um pouco mais largo que seu antecessor e possui um sistema de rastreamento por satélite.



Titanic - 1912 x Titanic II


No entanto, embora seja totalmente informatizado, por dentro o navio imita à perfeição o Titanic original, com primeira, segunda e terceira classe bem diferenciadas. Além disso, para dar maior realismo à experiência, os passageiros receberão trajes da época.



Fonte e imagem: Fortuna Web
(http://fortunaweb.com.ar/2018-01-23-193361-titanic-ii-zarpara-este-ano/)



Fortunaweb - Site Fonte


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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Estudo muda conceitos sobre a expectativa de vida medieval


Estudo muda conceitos sobre a expectativa de vida medieval



Um grupo de antropólogos da Universidade Nacional da Austrália fez recentemente uma descoberta que poderá revolucionar tudo o que se sabia sobre a velhice na antiguidade.


Os pesquisadores analisaram, por meio de um método inovador, as dentaduras de três esqueletos pertencentes às pessoas que viveram entre os anos 475 e 625 d.C.. Eles determinaram que, ao contrário do que se acreditava, a média de vida desses indivíduos, que não tinham acesso a remédios ou a médicos, não era de 40 anos, mas de 70.



Idade Média - Europa


“As pessoas que tinham vidas tradicionais, sem remédios ou mercados modernos, possuíam uma idade média de morte de 70 anos. Isso é notavelmente similar em todas as culturas”, explica Christine Cave, responsável pelo estudo.



Aparentemente, a ideia de que, na antiguidade, as pessoas viviam até os 35 ou 40 anos surgiu por causa de inúmeras falhas na classificação dos idosos nas pesquisas arqueológicas.



Classes na Idade Média


Fonte: ABC
(https://www.telesurtv.net/news/Nuevo-metodo-derrumba-mito-sobre-la-vejez-en-la-antiguedad----20180106-0008.html)



ABC - Telersurtv - Site Fonte



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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Cientistas criam vida artificial em laboratório


Cientistas criam vida artificial em laboratório


Bactéria se reproduziu gerando novos seres com DNA totalmente artificial (.)

Primeiro ser vivo artificial é uma bactéria unicelular capaz de se reproduzir. Para chegar ao feito, equipe sintetizou a estrutura completa do DNA


Pesquisadores do Instituto J. Craig Venter, dos Estados Unidos, anunciaram (2010) a criação de um organismo vivo com genoma totalmente sintético, desenvolvido artificialmente a partir de compostos químicos. A equipe conseguiu sintetizar toda a estrutura de DNA da bactéria unicelular Mycoplasma mucoides, gerando um novo organismo capaz de se autorreproduzir. Os resultados do experimento foram publicados na revista Science e abriram espaço para uma grande discussão sobre a ética do procedimento.



DNA - Nitrogenous Bases


“Por quase 15 anos, Ham Smith, Clyde Huchison e o resto de nossa equipe estiveram trabalhando por esta publicação de hoje – a conclusão com êxito do nosso trabalho de construir uma célula bacteriana, totalmente controlada por genoma sintético”, disse Craig Venter, presidente do instituto a que dá nome, no artigo. “Esperamos revisões e o diálogo sobre as importantes aplicações deste trabalho para garantir que será usado para o benefício de todos”, afirmou.

Para criar vida em laboratório, os pesquisadores se basearam no sequenciamento do genoma da bactéria e redesenharam, em computador, a estrutura do DNA da espécie. Sem utilizar qualquer pedaço de DNA natural, eles sintetizaram quimicamente o genoma completo e o transportaram para uma célula de uma levedura (espécie unicelular de fungo), onde desenvolveu-se um cromossomo artificial.



O genoma sintético inteiro foi então isolado da célula de levedura e transplantado em uma célula recipiente da espécie Mycoplasma capricolum cujos genes haviam sido removidos. Depois de dois dias, com a autorreprodução do organismo, já era possível observar o aumento no número de bactérias M. mycoides, cujo DNA era totalmente artificial.

Antes disso, os mesmos pesquisadores já haviam obtido sucesso na criação de genoma artificial e, em outro experimento, na transferência de genoma de M. mycoides para a célula de uma M. capricolum. Utilizando as duas técnicas já dominadas, foi possível criar a primeira bactéria viva e capaz de se reproduzir com genoma artificial.


Polêmica
Vários cientistas receberam o anúncio da criação de vida em laboratório com desconfiança. “Este é um momento da caixa de Pandora – como a divisão do átomo ou a clonagem da ovelha Dolly, todos teremos de lidar com as consequências dessa experiência alarmante”, disse o presidente do Action Group on Erosion, Technology and Concentration (ETC Group), Pat Mooney, ao jornal britânico Daily Mail.

“Ele não está simplesmente copiando vida artificialmente ou modificando vida com engenharia genética. Ele está caminhando para a função de Deus: criar vida artificial que jamais poderia existir”, disse Julian Savulescu, professor de ética da Univeridade de Oxford. “Isso pode ser usado no futuro para criar armas biológicas poderosas”.



Produção de Armas Biológicas


O editor de ciência do Daily Mail, Michael Hanlon, também questionou o trabalho em um artigo opinativo publicado no site do periódico. Hanlon classificou Venter como um “showman” e “mestre em autopromoção” e disse que o feito abre um leque de questionamentos que vão desde “para que isso será útil?” até “teremos que redefinir o que é a vida?”.

“A bacteria dele [Craig Venter] parece ser frágil e débil; estamos a um longo caminho de superpragas sintéticas, e ainda mais distantes de um animal ou uma planta artificial. Mas é difícil fugir da sensação de que uma fronteira foi cruzada. O problema é que está longe de se saber aonde vamos a partir de agora”, escreveu.

Do outro lado da polêmica, o especialista em biologia sintética Paul Freeman, codiretor do EPSRC Centre for Synthetic Biology do Imperial College, em Londres, acredita que estamos diante de um “avanço extraordinário”. Em entrevista à BBC, ele disse que o estudo de Venter e sua equipe pode marcar o início de uma nova era na biotecnologia.



O Uso de Armas Biológicas e o Terrorismo Biológico


A revista The Economist faz várias ressalvas, mas classifica a vida artificial como “uma coisa maravilhosa”. “Esse feito poderia provar o domínio do homem sobre a natureza de uma forma mais profunda que a detonação da primeira bomba atômica. A bomba, embora justificada pelo contexto da Segunda Guerra Mundial, foi puramente destrutiva. Biologia tem a ver com nutrição e crescimento”. O artigo opinativo da publicação prossegue: “Para o bem ou para o mal, está aí. Criar vida não é mais uma prerrogativa dos deuses”.

De acordo com o The New York Times, o assunto chegou ao presidente norte-americano Barack Obama, que pediu à comissão de bioética da Casa Branca realizar um estudo sobre as questões suscitadas pela biologia sintética e apresentar em seis meses as conclusões. Ainda segundo o jornal, Obama disse que o empreendimento levantou “verdadeiras preocupações”, embora ele não tenha especificado quais.

O Instituto Craig Venter declarou que sua equipe tem se preocupado com os questionamentos da sociedade desde o início do trabalho. “Em 1995, enquanto o grupo estava fazendo a pesquisa no genoma mínimo, o trabalho passou por uma revisão ética significativa por um painel de especialistas da Universidade da Pensilvania”, afirma a instituição. “As deliberações do grupo biolético independente resultaram em uma decisão unânime de que não havia razões éticas para que o trabalho não continuasse”.



Vida Artificial - A Criação de um Futuro


A entidade explica ainda que recebeu em dezembro de 2008 um financiamento da Fundação Alfred P. Sloan para examinar questões éticas e sociais associadas ao desenvolvimento da ciência da síntese genômica. “A investigação em andamento tem a intenção de informar a comunidade científica bem como informar políticos e jornalistas para que eles possam participar de discussões sobre o assunto”.

Ao comentar o assunto, o Vaticano preferiu não entrar em detalhes e limitou-se a dizer que era necessário cautela. O porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, disse ser “necessário saber mais” do tema para falar. “É necessário esperar, para saber mais do caso”, disse à imprensa Lombardi.


Fonte: Telegraph
(http://www.telegraph.co.uk/news/science/7745868/Scientist-Craig-Venter-creates-life-for-first-time-in-laboratory-sparking-debate-about-playing-god.html)



Telegraph - Site Fonte


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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

'Vacina' elimina tumores até em casos de metástases em roedores


'Vacina' elimina tumores até em casos de metástases em roedores


Ronald Levy (esquerda) e Idit Sagiv-Barfi coordenaram o estudo que descobriu nova técnica de combate ao câncer - Steve Fisch / Divulgação da Universidade de Stanford


Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram uma técnica de combate ao câncer que funciona como uma espécie de vacina.


Em um estudo com camundongos, eles descobriram que a injeção direta de pequenas doses de duas drogas num tumor não apenas elimina o câncer como também desencadeia uma reação que se espalha pelo corpo e destrói as células cancerosas em caso de metástase.



Agora, eles buscam 15 pacientes diagnosticados com linfoma para participar de um ensaio com humanos, de acordo com um artigo publicado nesta quarta-feira no periódico "Science Translational Medicine".

Os especialistas explicaram no estudo que a injeção de quantidades mínimas de dois agentes imunoestimulantes diretamente em tumores sólidos em camundongos de laboratório podem eliminar todos os rastros de câncer, incluindo em metástases. Dos 90 animais com linfoma, 87 ficaram curados. Ainda que o câncer tenha voltado em três dos animais, os tumores regrediram novamente depois de um segundo tratamento.



Células cancerosas crescem atravessando o tecido normal


O estudo descobriu que a técnica nova funciona no combate a diversos tipos de câncer, até mesmo os que surgem espontaneamente. Os pesquisadores observaram resultados semelhantes em camundongos que lutavam contra melanoma e tumores de mama e de cólon.

Os pesquisadores acreditam que o local da aplicação dos agentes em um pequena quantidade, medida em micrograma (unidade de massa igual a um milionésimo de grama), pode servir como uma terapia contra o câncer rápida e acessível com baixa probabilidade de causar os efeitos colaterais normalmente observados em casos de estimulação imunológica do corpo.



"Quando nós usamos esses dois agentes juntos, vemos a eliminação de tumores em todo o corpo", disse o professor de oncologia Ronald Levy, um dos responsáveis pela pesquisa. "Essa abordagem ultrapassa a necessidade de identificar alvos imunes específicos do tumor e não exige ativação como um todo do sistema imunológico ou imunoterapia personalizada", acrescentou.

Um desses agentes já esta aprovado para uso em humanos. O outro foi usado em diferentes testes clínicos em humanos.

"Todos esses avanços da imunoterapia estão mudando a prática da medicina", disse Levy.



Ronald Levy, MD, educator of oncology


Geralmente, as células do sistema imunológico, como os linfócitos T, reconhecem as proteínas anormais, muitas vezes presentes em células cancerosas e se infiltram para atacar o tumor. No entanto, à medida que o tumor cresce, muitas vezes elegem outras formas de suprimir a atividade das células T.

"Nossa técnica usa uma única aplicação de pequenas doses de dois agentes para estimular células do sistema imunológico apenas atinjam o tumor. Nos camundongos, nós vimos maravilhosos efeitos em todo o corpo, incluindo a eliminação de tumores em todo o corpo do animal", frisou o especialista.



Local e sintomas em que costuma acontecer a Metastasis


Fonte: Stanford News / Week Facts

(https://med.stanford.edu/news/all-news/2018/01/cancer-vaccine-eliminates-tumors-in-mice.html)

(https://weekfacts.com/2018/02/researchers-found-cancer-vaccine-eliminates-tumors-mice/)



Stanford News - Site Fonte


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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

O Museu do Videogame - Itinerante - Janeiro de 2018


O Museu do Videogame - Itinerante - Janeiro de 2018



Atari, Nintendinho, Master System, Mega Drive, Nintendo 64, Sega Saturn, Dreamcast, Game Cube, Xbox, Playstation 1. É raro encontrar alguém com menos de 40 anos que já não tenha jogado ou pelo acompanhado alguém jogar alguns dos videogames clássicos que fizeram história no Brasil e no mundo. Jogos como River Raid, Enduro, Pac-Man, Super Mario Bros, The Legend of Zelda, Donkey Kong, Sonic, Alex Kid, Top Gear, Street Fighter, Mortal Kombat, Final Fantasy, Castlevania, entre muitos outros, ficaram marcados na infância e adolescência de milhões de pessoas. E mesmo com a nova geração de videogames, são muitos que ainda cultivam boas lembranças dos aparelhos de 2, 8, 16, 32, 64 ou 128 bits.

(Segue abaixo 182 fotos do EVENTO realizado em JANEIRO DE 2018 no NOVA AMÉRICA - RJ)


E para aqueles que curtem jogos eletrônicos de todas as épocas, a boa notícia é que o Ibram – Instituto Brasileiro de Museus(www.museus.gov.br) acaba de mapear o primeiro Museu do Videogame do país. Criado há cinco anos pelo jornalista e curador, Cleidson Lima, o Museu do Videogame Itinerante, que não tem sede fixa, passará este ano a visitar cidades de todos os estados do Brasil. Desde 2011, mais de 450 mil pessoas conheceram o acervo que é exposto apenas durante 15 dias do ano, na capital de Mato Grosso do Sul. Em fevereiro deste mesmo ano, mais de 160 mil pessoas visitaram a exposição em Campo Grande, que contou com apoio da PlayStation Brasil, Intel, Ubisoft, Oi e Kingston.

Agora em Janeiro de 2018 ele chegou no Rio fazendo exposição do acervo no SHOPPING NOVA AMÉRICA.

...

O canal do MARIO CAVALCANTI também comentou sobre o evento, logo abaixo o vídeo que ele produziu:



...

AGORA AS FOTOS DOS COLABORADORES:
Segue abaixo 182 fotos enviadas por fãs que visitaram O MUSEU DO VIDEOGAME ao qual fez exposição no SHOPPING NOVA AMÉRICA em JANEIRO DE 2018.



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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Crer ou não crer - Santo Sudário


Crer ou não crer - Santo Sudário



Os pesquisadores querem retomar os estudos sobre a mortalha que teria recoberto o corpo de Jesus Cristo. Há dez anos, exames acusaram o lençol de ter sido criado na era medieval, por volta de 1300. Se isso for confirmado, estaremos diante da fraude mais enigmática e mais bem elaborada da História.


Desde o dia 18 de abril, cerca de 3 milhões de pessoas formaram filas para entrar na catedral de Turim, na Itália. A cidade, famosa por sua indústria automobilística, vive o clima de um agitado centro turístico até o dia 14 deste mês. Seus visitantes trazem na bagagem uma senha, muitas vezes obtida pela Internet. É ela que dá direito a ver de perto a maior relíquia do catolicismo, exposta aos olhos dos fiéis durante oito semanas depois de vinte anos de reclusão em uma caixa metálica. Lá está o pedaço de pano que é chamado de Santo Sudário.



Sudário de Turim

A olho nu, o que os peregrinos enxergam no centro da catedral, em uma redoma high-tech, é uma fazenda surrada, estreita e comprida, com 1,10 metro de largura por 4,36 metros de altura. Entre manchas envelhecidas de sangue, de água e de tecido queimado, percebe-se com algum esforço a imagem de um homem barbudo e despido. Para os fiéis, não há dúvida: é Jesus Cristo, que, segundo a Bíblia, foi enterrado naquele lençol. A mortalha ficou para trás, na tumba, quando ele "subiu aos céus". Ela simboliza a sua paixão e a sua ressurreição.

Entre os milhões de turistas, porém, 400 se encontram ali a trabalho. Entre os dias 5 e 7 deste mês, eles participam do III Congresso Internacional de Sindonologia (sindone, em latim, significa sudário). São cientistas e estudiosos de diversas áreas dispostos a reabrir a polêmica em torno da autenticidade da relíquia.



Os séculos entre a fé e a farsa
Uma carta de 1389 enviada pelo bispo francês Pierre d’Arcis ao papa Urbano VI é um dos primeiros documentos que se referem ao sudário. E já fala de fraude. "As pessoas insistem que se trata do sudário. Mas sei que o linho foi pintado a pena", escreveu o bispo. No entanto, para o químico Alan Adler, professor da Universidade Estadual do Oeste de Connecticut, nos Estados Unidos, é impossível que um pintor tenha conseguido tal proeza. "O tecido tem várias camadas de fibras e apenas a mais superficial delas apresenta outra tonalidade, criando o desenho", conta à SUPER o cientista, que é ateu. "Mesmo o mais habilidoso dos artistas, com traços levíssimos, tingiria duas camadas, no mínimo."


A nitidez no negativo
De qualquer forma, o papa deu crédito à carta do bispo d’Arcis. "Naquela época, surgiam relíquias falsas em todo canto", explica o historiador maranhense José Félix Assumpção, que cursa pós-graduação na Universidade de Cambridge, na Inglaterra. "O curioso é o sudário de Turim ter adquirido tanta força até nos dias de hoje." Curioso, talvez, mas compreensível. Há 100 anos, em 1898, o fotógrafo profissional italiano Secondo Pia, ao retratar a relíquia, levou um susto: no negativo, surgia a imagem nítida do corpo que, no pano, aparece embaçado. Foi esse efeito do negativo que fascinou tanto cientistas céticos quanto os fiéis.



Em 1978, o Vaticano convidou 24 pesquisadores para examinar o lençol. Só a Nasa, a agência especial americana, enviou 72 caixas de aparelhos a Turim. "Os mais diversos tipos de análise foram favoráveis à autenticidade da mortalha", lembra o advogado paulista Paulino Brancatto Júnior, que participou da jornada científica para realizar um documentário. A Igreja, então, submeteu seu tesouro a mais uma prova, a do carbono 14. Só que seu resultado foi abalador. O carbono 14 não deixava dúvidas: o linho foi tecido entre 1260 e 1390 (veja à direita como funciona o teste).


Chama da dúvida
Em 1997, o sudário salvou-se de um incêndio. Mas em 1532 foi atingido por labaredas que lhe deixaram marcas. Em 1503, foi fervido em óleo pois, se a imagem não saísse, ela seria "santa". Para físicos da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, o calor afetaria a precisão do teste do carbono 14. Eles usaram a técnica em panos antigos antes e depois de chamuscá-los e notaram diferenças de até 600 anos nos resultados.


O Incêndio na catedral de Turim



Eis o juízo final?



Entenda a famosa - e polêmica - prova do carbono 14.
A quantidade de átomos radioativos de carbono impregnada em um objeto de origem orgânica pode denunciar a sua idade. Por isso, há dez anos, cientistas suíços, ingleses e americanos de equipes distintas resolveram submeter o sudário a essa prova.

Esta foto amplia a trama do sudário. Para os defensores da sua autenticidade, uma crosta invisível de micróbios sobre os fios teria atrapalhado o exame


Direto do céu
Os átomos de carbono 14, que são radioativos, surgem na atmosfera da Terra quando os raios cósmicos reagem com o nitrogênio no ar.



Aqui na Terra
Essa forma radioativa do carbono, que nasce no ar, acaba absorvida por plantas como o linho, que depois será usado para fazer tecido.



Para a eternidade
A cada 5 700 anos, a quantidade de carbono 14 no tecido cai pela metade. Sabendo disso, os cientistas determinam a idade do tecido.



Juventude atômica
Para isso, comparam a quantidade de carbono 14 encontrada na peça antiga com a quantidade existente num tecido recente.

As manchas de sangue parecem ser legítimas
Em 1978, o teste do carbono 14 foi realizado por três equipes - a do Instituto Politécnico de Zurique, na Suíça, a da Universidade Oxford, na Inglaterra, e a da Universidade do Arizona. Seus representantes sustentam a conclusão. "Sei que o pano não tem a mais remota chance de ser da época de Cristo", jura o físico inglês Toddy Hall, da Oxford. "Ou alguém o produziu, querendo que acreditássemos que era o sudário verdadeiro, ou ele foi usado num funeral da Idade Média e tudo não passa de uma grande coincidência."

Lição de anatomia
Haja coincidência: achar, em plena Idade Média, quando as crucificações já eram coisa do passado, a mortalha de um homem que foi flagelado e crucificado como Cristo. Agora, se for uma fraude, é uma fraude genial. O autor calculou tudo. As chagas das mãos estão na altura dos pulsos. Ali, entre oito ossos, estaria o ponto capaz de, trespassado por um cravo, sustentar o peso do corpo pendurado na cruz. "Se os cravos estivessem na palma das mãos, como nas imagens da crucificação, a carne se rasgaria", diz Brancatto Júnior. É um detalhe anatômico que, aparentemente, ninguém conhecia no século XIII.

O químico americano Alan Adler provou que o tecido contém moléculas que o organismo despeja quando passa várias horas em estresse extremo. Como em uma sessão de tortura ou, mais exatamente, em uma crucificação. Sem contar substâncias secretadas nos coágulos das feridas que são invisíveis e só foram descobertas neste século. "Sem saber da sua existência, ninguém as teria colocado ali de propósito", acredita Adler.

Encontram-se ainda no sudário resquícios do líquido pleural, que enche os pulmões enquanto eles agonizam. Na Bíblia, João Evangelista descreve que jorrou água do peito do Cristo quando, antes de ser retirado da cruz, a lança de um soldado romano atravessou-lhe o tórax. Para os médicos legistas, a "água" era líquido pleural. E, se alguém forjou o sudário de Turim, esse alguém pensou até nisso.



Exposição do Santo Sudário



Corpo torturado
Ele tinha físico de atleta, 1,83 metro de altura e 81 quilos. A coroa de espinhos tem forma de capacete. Nas costas, vêem-se as marcas dos 39 golpes de chicote que os soldados tinham de aplicar, conforme a lei romana. Os olhos estão cobertos por moedas do Império Romano. Deviam estar arregalados, em conseqüência da morte por asfixia - na cruz, o músculo diafragma no tórax é esticado pelo peso do corpo, não deixando os pulmões se encher de ar.



O enigma vai atravessar o milênio
O legista suíço Max Frei, especialista em pó, achou o pólen de 56 plantas no linho, 47 delas típicas da Palestina. Por evidências como essa é que muitos querem um novo exame de carbono 14, alegando que o primeiro resultado pode ter sido desviado até por uma espécie de filme transparente ao redor das fibras, composto de resíduos de bactérias. Esse filme é que poderia ter se formado na Idade Média.

Mas se o pano é de fato medieval, isso não elimina o enigma da imagem gravada nele, formada não pelo sangue, mas por "queimaduras" superficiais nas fibras do linho. Uma hipótese é a de que alguém teria usado um ácido para pintar a figura. Em altas temperaturas, a substância queimaria as fibras, escurecendo-as. No entanto, segundo a Nasa, é impossível que alguém tenha feito tudo isso a pinceladas de ácido ou de qualquer outra coisa.

No final do congresso, este mês, os cientistas decidirão quais novos testes devem ser aplicados à relíquia católica. Mas eles não serão feitos agora. O sudário ficará em sua redoma especial, criada sob medida pela empresa americana Praxair (veja infográfico ao lado), mas longe do público e dos pesquisadores. Só no ano 2000 os testes serão realizados. Então, com ou sem mistérios remanescentes, o sudário será exposto novamente. À fé e à ciência.



Estampa misteriosa
Uma teoria diz que um ácido teria favorecido o envelhecimento do pano em certos pontos, formando a figura. Mas, para isso, o pano deveria ter sido submetido ao calor e à radiação luminosa. Por exemplo, ficando alguns meses intocado e exposto ao sol.



Outra hipótese é de que o envelhecimento do pano nos pontos da imagem tenha sido provocado por uma espécie de carimbo de bactérias da pele. O pano teria tocado um corpo e, então, as bactérias teriam se multiplicado na trama, graças ao calor e às substâncias do suor.

A fotografia computadorizada acima mostra o homem do sudário em relevo. Esse resultado só aparece quando a imagem é fixada com a ajuda de calor, como as duas hipóteses admitem. Mas só um gênio, um gênio milagrosamente genial, teria calculado tudo isso na Idade Média.


Por trás das manchas no pano
A planta dos pés e o sangue que jorrou de suas feridas

Remendos costurados para cobrir partes queimadas do tecido após um incêndio em 1532

Buracos provocados por outro incêndio, anterior ao de 1532

As pernas

Um fio de sangue escorrendo pelas costas originário de um ferimento na altura do peito, como se uma lança tivesse atravessado o crucificado

As costas

Vários pontos de sangue nas costas. Eles lembram as feridas provocadas pelo flagrum, o pequeno chicote dos romanos que deu origem à palavra flagelo.

A peça tinha chumbos nas pontas de três tiras de couro que cravavam a carne do torturado.

A parte detrás da cabeça

A face

O sangue escorrendo dos ferimentos na cabeça

O sangue da ferida no lado direito do peito

O sangue escorrendo dos pulsos. As manchas sanguíneas mais fortes acusam onde provavelmente foram fincados os cravos nos pulsos

As mãos

As marcas da água usada para apagar o incêndio de 1532

A parte da frente das pernas

Os joelhos

Os pés

A amostra do tecido retirada para exames em 1988



Santo Sudário e suas partes comentadas



Uma atmosfera muito especial



1. Ar modificado
Dentro da redoma onde está exposto o pano existe um coquetel de gases. Seu principal ingrediente é o argônio. Por ser inerte, ele não reage com o tecido nem pega fogo. Todos os gases, porém, saem de tanques especiais e fazem duas escalas até alcançar a caixa de vidro.

2. Pano ligeiramente úmido
No meio do caminho, os gases recebem uma dose de vapor no umidificador. Se o tecido ficasse em um local completamente seco, em mais alguns séculos a ligação entre as suas moléculas iria se quebrar. E tudo viraria fiapo.

3. Do jeito certo
Antes de seguir para a redoma, a mistura passa por uma estação de controle. Ali, sensores medem a umidade, a temperatura, a pressão e a pitada de oxigênio necessária para inibir o crescimento de bactérias anaeróbicas, que dispensam a respiração para viver. Elas ajudariam a destruir o pano.

4. Vigilância informática
As informações dos sensores vão bater em um computador. Se algo estiver a mais ou a menos na atmosfera especialmente criada, a máquina ordenará que os tanques façam as devidas correções.

5. A escala principal
Com tudo acertado, o coquetel à base de argônio entra na redoma instalada na intersecção da nave em forma de cruz da Catedral de Turim, na Itália.

6. Total segurança
De hora em hora, uma pequena amostra dos gases vai para análise. De novo, a pressão, a temperatura, a umidade e a quantidade de oxigênio são medidas. Os dados são enviados ao computador central, capaz de realizar eventuais correções.



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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Encontrados os possíveis restos mortais de Buda na China


Encontrados os possíveis restos mortais de Buda na China



Um grupo de pesquisadores do Instituto Provincial de Relíquias Culturais e Arqueologia de Gansu, na China, encontrou, no condado de Jingchuan, no noroeste do país, restos ósseos que podem ter pertencido a Buda Gautama. Segundo a lenda, ele teria morrido há 2.500 anos.


Os ossos cremados foram encontrados dentro de uma urna de cerâmica, com uma inscrição que diz que nela jazem os restos de Buda, datada de 22 de junho de 1013. “Os monges Yunjiang e Zhiming, da Escola Lotus, que pertenceram ao templo Manjusri, do monastério de Longxing, na cidade de Jingzhou, reuniram mais de 2 mil peças de sarira (relíquias budistas), assim como os dentes e os ossos de Buda, e os enterraram na sala Manjusri desse templo”, lê-se na caixa, que foi encontrada junto com 260 estátuas budistas.



O Budismo no Sudeste Asiático


Apesar das inscrições na urna, é difícil determinar a veracidade da descoberta, já que não existem vestígios de DNA para fazer a comparação com os ossos encontrados. Além disso, foram descobertas outras caixas, que também declaram conter partes do corpo do lendário Buda.



A Difusão do Budismo - 500 a.C. a 600 d.c.


Fonte: Telesur TV
(https://www.telesurtv.net/news/Arqueologos-descubren-posibles-restos-de-Buda-en-China-20171117-0071.html)



Telesur TV - Site Fonte



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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Este é o vestígio mais antigo de vida no planeta Terra


Este é o vestígio mais antigo de vida no planeta Terra



Um estudo realizado por uma equipe de pesquisadores das universidades UCLA e Wisconsin-Madison confirma que os fósseis microscópicos datando 3,5 bilhões de anos, descobertos em rochas, representam a evidência de vida mais antiga na Terra até o momento. O trabalho, liderado pelo professor de geociências John W. Valley, foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.


As rochas foram encontradas em 1982, em um depósito de sílex de Apex, na Austrália Central, um dos poucos lugares do planeta onde ainda é possível encontrar rochas primitivas desse tipo. Os especialistas conseguiram verificar que os fósseis correspondem a resíduos biológicos graças a um estudo realizado com um espectrômetro de massas de íons secundários – elemento indispensável para poder comprovar a teoria.



Como evoluiu a Terra ao longo dos tempos ?


Entre os micro-organismos fossilizados, foram detectadas bactérias fototróficas, capazes de aproveitar a radiação solar para produzir energia, arqueas geradoras de metano e gammaproteobacterias, oxidantes do metano. Os pesquisadores afirmaram que esse estudo sugere que a vida poderia ser um fenômeno muito comum no Universo. Anteriormente, os cientistas já tinham conseguido demonstrar que havia oceanos na Terra há 4,3 bilhões de anos.


Desenvolvimento e evolução da vida


Fonte: Muy Interesante
(https://www.muyinteresante.es/ciencia/articulo/el-rastro-mas-antiguo-de-la-vida-en-la-tierra-171513765627)



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sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

A verdadeira história do sabre de luz de Star Wars


A verdadeira história do sabre de luz de Star Wars



Atualmente, a saga Star Wars possui milhões de fãs em todo o mundo. Aos bilhões de dólares arrecadados em cada filme novo da franquia são somadas cifras exorbitantes, geradas pela venda de produtos associados. Um objeto em particular seduz tanto crianças quanto adultos: os sabres de luz utilizados pelos Jedi e Sith na ficção intergaláctica.


No entanto, poucas pessoas sabem que o primeiro filme, “Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança”, lançado em 1977, teve um orçamento bastante reduzido, motivo pelo qual o diretor de arte, Roger Christian foi obrigado a construir o set de filmagem utilizando toneladas de lixo tecnológico.



Na verdade, os sabres de luz foram confeccionados com os cabos do flash de uma câmera dos anos 40, da marca Graflex, encontrados no fundo de uma loja especializada em materiais fotográficos.



O cabo montado na câmera fotográfica original dos anos 40


“O que eu tinha em minhas mãos era exatamente como eu imaginava que seria uma espada a laser: um corpo pesado e cromado com um botão vermelho e um gancho de forma estranha na extremidade, que sustentava o refletor e se parecia com um aparelho capaz de gerar um feixe de luz laser”, explicou Roger Christian em uma entrevista.



O R2-D2 também foi montado com sucata


Fonte: BBC
(http://www.bbc.com/mundo/noticias-42503353)



bbc.com - Site Fonte


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sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Mordor existe mesmo - Os cientistas já descobriram onde fica


Mordor existe mesmo - Os cientistas já descobriram onde fica



Os cientistas descobriram recentemente os restos de uma vasta extensão de fluxos de lava subaquática perto da costa australiana, uma paisagem subaquática em nada diferente do reino carbonizado de Mordor, descrito em “O Senhor dos Anéis” – mas sem sinais de Sauron.


Com a utilização de tecnologia avançada, a equipe de cientistas descobriu os restos de 26 antigos fluxos de lava, que mediam até 34 quilômetros em comprimento e 15 quilômetros em largura. O estudo foi publicado na American Geophysical Union Journal, em novembro (Novembro de 2017).



Mordor - Terra das Sombras - Senhor dos Anéis - J. R. R. Tolkien


Com um máximo de 625 metros de altura, os picos do terreno não iriam facilitar a vida de Frodo Baggins, se não estivessem submersos, mas é a forma como os pesquisadores olharam para baixo do sedimento do fundo do oceano que torna a descoberta notável.

“Ao utilizar dados recolhidos através da exploração de óleos, fomos capazes de mapear os antigos fluxos com detalhes sem precedentes, revelando uma paisagem vulcânica espetacular que traz à mente ilustrações d’O Senhor dos Anéis”, disse um dos membros da equipe, Nick Schofield, da Universidade de Aberdeen, no Reino Unido.



Mordor - Concepção artistica da obra de J. R. R. Tolkien


“Os fluxos de lava submarinos são inerentemente mais difíceis de se estudar do que seus homólogos na superfície terrestre devido à inacessibilidade, e a tecnologia usada é semelhante em muitas formas à usada para produzir ecografias de bebês, mas para a Terra”, explica.

Chama-se dados de reflexão sísmica em 3D e é obtido através da digitalização de superfícies com ondas sísmicas.

Ao medir a forma como estas ondas se recuperam, os cientistas conseguem determinar a composição das características subterrâneas, que de outra forma, estariam escondidas da vista – neste caso, até 250 metros de sedimento.

Além das semelhanças com a paisagem de O Senhor dos Anéis, a descoberta poderia, de fato, nos ensinar mais sobre como os fluxos de lava entram em erupção e se espalham. As primeiras erupções, acredita-se, aconteceram há 35 milhões de anos.



Sauron - O olho que domina Mordor - Filme


Parte do que os cientistas descobriram na Bacia Bight, perto da costa sul da Austrália são uma série de kipukas subaquáticas, ou ilhas criadas por fluxos de lava formados em volta dos limites.

Alguns destes fluxos de lava nunca foram estudados debaixo d’água antes. Com mais de dois terços da atividade vulcânica na Terra acontecendo submersos, quanto mais pudermos aprender sobre estes fluxos, melhor.

Todos os fatores têm que ser levados em consideração para formar modelos precisos, incluindo o tamanho da erupção, mas este Mordor de profundidade dá aos especialistas uma paisagem do mundo real para analisar.



Screenshot showing Mordor on Lotrproject's interactive map (LOTRPROJECT.COM)
-MAPA INTERATIVO-
(http://lotrproject.com/map/#zoom=3&lat=-1315.5&lon=1500&layers=BTTTTT)
(http://lotrproject.com)


O que torna este local, em particular, apto para estudos é o fato de os fluxos de lava estarem relativamente próximos da superfície e não estarem cobertos por basalto, o que tornaria a digitalização sísmica mais difícil.

Ao usar esta técnica, temos uma visão única de uma paisagem que permaneceu escondida por milhões de anos, destacando a importância crescente de dados sísmicos no estudo do vulcanismo submarino”, disse Schofield.



Fonte: ScienceAlert
(http://www.sciencealert.com/scientists-find-35-million-year-old-underwater-mordor-lava-flow-near-australia)



Science Alert - Site Fonte


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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Os 10 melhores lugares do mundo para observar as estrelas


Os 10 melhores lugares do mundo para observar as estrelas



A poluição luminosa é um fator determinante para a observação das estrelas, tanto que os lugares mais escuros do planeta são os melhores para isso. Com o objetivo de preservá-los, a UNESCO defende “o céu noturno e o direito à luz das estrelas”. Estes são os 10 melhores lugares do mundo para observar o céu noturno:



No Hemisfério Norte



Natural Bridges National Monument, Utah, Estados Unidos: Dentro de um cenário natural verdadeiramente espetacular, os céus estrelados podem ser vistos magnificamente.



Galloway Forest Park, Escócia: A poluição luminosa é uma das menores do planeta e é possível observar a olho nu mais de 7 mil estrelas.



Caldera de Taburiente National Park, La Palma, Ilhas Canárias:O manto de nuvem desse local é formado abaixo do pico mais alto, de modo que a observação é sempre ótima.



Parque Nacional do Vale da Morte, Califórnia, Estados Unidos: Trata-se de um dos maiores parques naturais para observar as estrelas.



Poloniny Dark-Sky Park, Eslováquia: Este parque, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, é uma das regiões mais escuras da Eslováquia.



Parque Histórico Nacional da Cultura Chaco, Novo México, EUA: Trata-se de uma região totalmente escura, ideal para ver as estrelas.



No Hemisfério Sul


Aoraki Mackenzie, Nova Zelândia: É, possivelmente, o melhor lugar para a observação das estrelas no Hemisfério Sul.



Deserto do Atacama, Chile: Está localizado a 2.500 metros acima do nível do mar, e o céu permanece limpo durante praticamente todo o ano.



NamibRand Nature Reserve, Namíbia, África: É uma das regiões menos povoadas do mundo e um local de excelência para a observação das estrelas.



Parque Nacional de Nambung, na Austrália: Além de ser uma excelente opção para observar o céu noturno, é um verdadeiro santuário natural.



Fonte: Super Curioso
(https://supercurioso.com/mejores-lugares-observar-las-estrellas/)


Super Curioso - Site Fonte


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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa - Parte 4 de 4


O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa - Parte 4 de 4

O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa



Deus, ó meu Deus, todas as bocas gritam,
E se afervora mais e mais a crença.
Mas, onde os astros muita vez palpitam
No céu, há noite cada vez mais densa.



Ah! que mudez de túmulo nos ares.
Nada responde, oh! nada então responde;
Mas onde está o grande Deus dos mares
E da terra, onde está, aonde, aonde?

Tudo está mudo -- a natureza inteira,
Tudo emudece e não responde nada;
E só os vendavais têm a maneira
De responder dando uma gargalhada.

Gargalhada de lágrimas atrozes,
De lágrimas de morte e de agonia
Que abafa e extingue na garganta as vozes,
Gera a coragem que e a luz do dia.

O valentes e rudes marinheiros
Vindos da pátria para pátria nova,
Que sepultais amores verdadeiros
Do tão profundo coração na cova;

Ó viajantes de longe, de países
Onde a vida cintila e canta alerta
Como um turbilhão de aves felizes
Numa campina de rosais, deserta;

Ó vós todos que vindes lá do oceano,
Entre as mais bruscas e hórridas tormentas.
Lá do mar, alto, a vela, a todo o pano,
Com as almas ansiosas e sedentas,

De chegar cedo ao porto desejado,
Calculai, calculai o quanto é triste
Ver dar à praia um pobre desgraçado
Em cuja carne a podridão existe!

À praia! À praia! Dai à praia, morto,
Rejeitado por ondas convulsivas,
Indo encontrar na sepultura o porto,
Deixando ao mundo as ilusões mais vivas.



[Linha 7550 de 10004 - Parte 4 de 4]


O eterno amor de mãe, de filho, esposa,
Tanta fé, tanto riso de alegria,
Tanta coisa dourada, ai tanta coisa
Que ao recordar toda a nossa alma esfria.

Morrer no mar, os nervos contraídos,
Numa asfixia atroz, cerrando os dentes,
Num abismo de cores e gemidos,
De maldições e de uivos de descrentes;

Morrer no mar, sem o farol amigo,
Esse farol que os náufragos anima,
Fora de proteção, fora de abrigo,
Sem sequer uma luz no espaço, em cima;

Morrer no mar, sem astros no infinito,
Na solidão das águas, fria, imensa,
Enquanto a treva aura de granito,
Ri-se de tudo, com indiferença;

Morrer no mar, só e desamparado
E num terror que não acaba nunca,
Vendo rasgar o corpo enregelado
O desespero como garra adunca.

É horrível! Bem sei! Mas ai daqueles
Que morrem mesmo assim lá no mar fundo
Sem ter alguém que ao menos neste mundo
Derrame uma só lágrima por eles!



Índice




CASTELÃ

Bela e mais encantadora
Do que todas as belezas,
Graça leve de pastora
Que canta pelas devesas.

Enleios de passarinho
E brilhos de primavera,
Com magnetismos de vinho
No olhar azul de quimera.

Feita de um jorro sadio


[Linha 7600 de 10004 - Parte 4 de 4]


De auroras purpureadas
Carne mais fresca que um rio
De frescas águas prateadas.

Tudo é frio e tudo é raso
Para dizer-te a capricho
Que és magnólia para um vaso,
Que és arcanjo para um nicho.

És um mito da Alemanha
Vivendo em montanha alpestre,
No castelo da montanha,
Como ardente flor silvestre.

E tens as pomas à farta
Polposas, cheias de aromas.
És assim a loura Marta
Com abundância de pomas.

Esse príncipe que te ama,
Cismando, trágico e grave,
quando o luar se derrama
Cuida ouvir-te os vôos de ave.

Ele vive, airoso e belo,
Como se vive num sonho,
No seu nevoento castelo
Junto de um lago tristonho.

E através do pó flutuante
Do luar saudoso e vago
Julga que és a garça errante
Das águas verdes do lago.



Índice




ARTE

Como eu vibro este verso, esgrimo e torço,
Tu, Artista sereno, esgrime e torce;
Emprega apenas um pequeno esforço
Mas sem que a Estrofe a pura idéia force.

Para que surja claramente o verso,
Livre organismo que palpita e vibra,


[Linha 7650 de 10004 - Parte 4 de 4]


É mister um sistema altivo e terso
De nervos, sangue e músculos, e fibra.

Que o verso parta e gire -- como a flecha
Que d'alto do ar, aves, além, derruba;
E como os leões, ruja feroz na brecha
Da Estrofe, alvoroçando a cauda e a juba.

Para que tenhas toda a envergadura
De asa e o teu verso, de ampla cimitarra
Turca, apresente a lâmina segura,
Poeta, é mister, como os leões, ter garra.

Essa bravura atlética e leonina
Só podem ter artistas deslumbrado:
Que souberam sorver pela retina
A luz eterna dos glorificados.

Busca palavras límpidas e castas,
Novas e raras, de clarões radiosos,
Dentre as ondas mais pródigas, mais vastas
Dos sentimentos mais maravilhosos.

Busca também palavras velhas, busca,
Limpa-as, dá-lhes o brilho necessário
E então verás que cada qual corusca
Com dobrado fulgor extraordinário.nódoa

Que as frases velhas são como as espadas
Cheias de nódoa, de ferrugem, velhas
Mas que assim mesmo estando enferrujadas
Tu, grande Artista, as brunes e as espelhas.

Faz dos teus pensamentos argonautas
Rasgando as largas amplidões marinhas,
Soprando, à lua, peregrinas flautas,
Louros pagãos sob o dossel das vinhas.

Assim, pois, saberás tudo o que sabe
Quem anda por alturas mais serenas
E aprenderás então como é que cabe
A Natureza numa estrofe apenas.

Assim terás o culto pela Forma,
Culto que prende os belos gregos da Arte
E levará no teu ginete, a norma
Dessa transformação, por toda a parse.

Enche de estranhas vibrações sonoras
A tua Estrofe, majestosamente...


[Linha 7700 de 10004 - Parte 4 de 4]


Põe nela todo o incêndio das auroras
Para torná-la emocional e ardente.

Derrama luz e cânticos e poemas
No verso e torna-o musical e doce
Como se o coração, nessas supremas
Estrofes, puro e diluído fosse.

Que as águias nobres do teu verve esvoacem
Alto, no Azul, por entre os sóis e as galas,
Cantem sonoras e cantando passem
Dos Anjos brancos através das alas...

E canta o amor, o sol, o mar e as rosas,
E da mulher a graça diamantina
E das altas colheitas luminosas
A lua, Juno branca e peregrine.

Vibra toda essa luz que do ar transborda
Toda essa luz nos versos vai vibrando
E na harpa do teu Sonho, corda a corda,
Deixa que as Ilusões passem cantando.

Na alma do artista, alma que trina e arrulha
Que adora e anseia, que deseja e que ama
Gera-se muita vez uma fagulha
Que se transforma numa grande chama.

Faz estrofes assim! E após na chama
Do amor, de fecundá-las e acendê-las,
Derrama em cima lágrimas, derrama,
Como as eflorescências das Estrelas...



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ARTE [variação]

Como eu vibro este verso, esgrimo e torço,
Tu, o poeta moderno, esgrime e torce;
Emprega apenas um pequeno esforço,
Mas sem que nada a pura idéia force.

Para que saia vigoroso o verso,
Como organismo que palpita e vibra,
É mister um sistema altivo e terso


[Linha 7750 de 10004 - Parte 4 de 4]


De nervos, sangue e músculos e fibra.

Que o verso parta e gire como a flecha
Que do alto do ar, aves, além, derruba
E como um leão ruja feroz na brecha
Da estrofe, alvoroçando a cauda e a juba.

Para que tenhas toda a envergadura
De asa, o teu verso, como a cimitarra
Turca apresente a lâmina segura,
Poeta, é mister como um leão, ter garra.

Essa bravura atlética e leonina
Só podem ter artistas deslumbrados
Que sorveram com lábios e retina
A luz do amor que os fez iluminados.

Nem é preciso, poeta, que te esbofes
Para ferir um verso que fuzile;
Põe a alma e muitas almas nas estrofes
E deixa, enfim, que o verve tamborile.

Busca palavras límpidas e novas,
Resplandecentes como sóis radiosos
E sentirás como te surgem trovas
Belas de madrigais deliciosos.

Busca também palavras velhas, busca,
Limpa-as, dá-lhes o brilho necessário
E então verás que cada qual corusca,
Com dobrado fulgor extraordinário nódoas

Que as frases velhas são como as espadas
Cheias de nódoas de ferrugem, velhas,
Mas que assim mesmo estando enferrujadas
Tu, grande artista, as brunes e as espelhas.

Que toda a vida e sensação de estilo
Está na frase, quando se coloca,
Antiga ou nova, mas trazendo aquilo
Que soa como um tímpano que toca.

Como o escultor que apenas fez de um bloco
A estátua -- com supremo e nobre afinco
Estuda a natureza num só foco:
A prata, o bronze, o cobre, o ferro, o zinco.

Estuda dos rubins, estuda do ouro
E dos corais, da pérola e safira,
Todo esse íris febril radiante e louro


[Linha 7800 de 10004 - Parte 4 de 4]


Que e a centelha de sol em toda a lira.

Estuda todos os metais, estuda,
Desce a matéria prodigiosa e vasta,
Estuda nela a natureza muda,
Os veios de cristal da origem casta.

Estuda toda a intensa natureza
Feita de aromas, de canções e de asas
E sente a luz da cor e da beleza
Rir, flamejar e arder, iriar em brasas.

Faz dos teus pensamentos argonautas
Rasgando as largas amplidões marinhas
Soprando, a lua, peregrinas flautas,
Como os pagãos sob o dossel das vinhas.

Assim, pois, saberás tudo o que sabe
Quem anda por alturas mais serenas
E aprenderás então como é que cabe
A natureza numa estrofe apenas.

Assim terás o culto pela forma,
Culto que prende os belos gregos da arte
E levarás no teu ginete, a norma
Dessa transformação por toda a parte.

Enche de alegres vibrações sonoras
A tua idéia pródiga e valente,
Põe nela todo o incêndio das auroras
Para torná-la emocional e ardente.

Derrama luz e cânticos e poemas
No verso e fá-lo musical e doce
Como se o coração, nessas supremas
Estrofes, puro e diluído fosse.

Que a abelha de ouro do teu verso esvoace,
Fulja como um fuzil numa borrasca.
Que o verso quando é bom por qualquer face
Lembra um fruto saudável desde a casca.

Com arte, forma, cor, tudo isso em jogo,
Engrinaldado e rútilo de crenças
O sonho cresce -- o pássaro de fogo
Que habita as altas regiões imensas.

E canta o amor, o sol, o mar e o vinho,
As esperanças e o luar e os beijos
E o corpo da mulher -- esse carinho --


[Linha 7850 de 10004 - Parte 4 de 4]


Canta melhor, vibra com mais desejo.

Canta-lhe a sinfonia dos olhares
A cálida magnólia austral das pomas,
E quando então tudo isso enfim cantares
Em tudo põe a fluidez de aromas.

Vibra toda essa luz que do ar transborda
Como todo o ar nos seres vai vibrando
E da harpa do teu sonho, corda a corda,
Deixa que as ilusões passem cantando.

Na alma do artista, alma que trina e arrulha,
Que adora e anseia, que deseja e ama,
Gera-se muita vez uma fagulha
Que explose e se abre numa grande chama.

Pois essa chama que a fagulha gera,
Que enche e que acende o espírito de força,
Sobe pela alma como primavera
De rosas sobe por coluna torsa.

Faz estrofes assim, de asas de rima,
Depois de fecundá-las e acendê-las
De amor, de luz -- põe lágrimas em cima,
Como as eflorescências das estrelas.



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O DUQUE

Quando o duque voltava da caçada
Alegre num clarim d'aço vibrante
De alacridade moça e evigorada
Dum ruidoso e trêfego estudante.

Quando ele vinha com seu ar bizarro
De atravessar os vales e as colinas,
Sadio aspecto fresco como um jarro
Cheio de leite às horas matutinas.

Em toda a aristocrática varanda
Alta e vistosa, ampla, aberta em janelas,
Ele vibrava, de uma e outra banda,
Cancões de amor, nostálgicas e belas.


[Linha 7900 de 10004 - Parte 4 de 4]



Do salão nobre entre tapeçarias
De Gobelins, riquíssimas e raras,
Iam vibrando aladas harmonias
Da sua voz, esplêndidas e claras.

Todas as fluidas, leves, calmas, frescas
Manhãs azuis, serenas e formosas,
Loura mulher das regiões tudescas
O seu bom dia era mandar-lhe roses.

Floria, é certo, em grande amor, floria
Gerado pelo eflúvio dessas flores,
Pois quando o duque não as recebia
Era o mais infeliz dos caçadores.

Tão doce amor lembrava aquelas lendas
Dos medievais castelos esquecidos,
Quando visões de nuvens e de rendas
Apareciam nos balcões floridos.

A caça, a caça, eternamente a caça!
Quanto melhor, mais fácil não lhe fora
A conquista das aves do que a graça
De conquistar essa beleza loura!

Para possuí-la como noiva amada,
Aceso há muito nas paixões insanas,
Arrostaria a caça mais ousada
Dos javalis nas selvas africanas.

E sempre as lindas rosas matutinas
Vinham-no perfumar todos os dias,
Quando saltava aos vales e as colinas,
Bizarro e são, dentre as tapeçarias.

Tempos passaram sobre tais amores!
Mas depois de casado fez surpresa
Saber que o duque, o rei dos caçadores,
Não tinha o mesmo amor pela duquesa.



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A ESPADA



[Linha 7950 de 10004 - Parte 4 de 4]


I
Cavalheiros, os tempos já passados,
De pajens, de canzéis, de fidalguia,
De castelos, de reinos brasonados.

Ar cortesão de graça e fantasia
Através dos olhares e dos beijos
-- No silêncio de cada galeria...

Foi nesse bravo tempo dos lampejos
De espadas, de punhais e de couraças
Por combater frementes de desejos.

No tempo dos floreios e das caças
Dos assaltos alegres e bizarros
Como as sonoras vibrações das taças.

Em que as almas airosas como jarros,
Cheios de vinho espumejante e ardente
Eram de glória vencedores carros!

Foi no tempo fidalgo e refulgente,
Quando o heroísmo fantasioso amava
A linha e a chama de luzida gente,

Que esta cena galharda se passava,
Quando um donzel partia para guerra
Como a nobreza do solar mandava.

O pai, um tronco transudando a terra,
Forte e viril, presença de profeta
Que no seu flanco a valentia encerra.

Barbas serenas de bondoso asceta
Em cuja alvura doce e veneranda
Vê-se a vontade e a intrepidez completa.

Fronte banhada de meiguice branda
A que o dever e os ríspidos conselhos
Dão sempre a austeridade que age e manda.

Lembra um ocaso de clarões vermelhos,
Musgoso, triste, desolado muro,
Por onde o luar abre fulgor d'espelhos.

E esse semblante que parece duro,
Áspero e torvo, trouxe-o dos combates,
Do torvelinho do nevoeiro escuro.

Dos pelouros sanguíneos escarlates,


[Linha 8000 de 10004 - Parte 4 de 4]


De fogo aberto em turbilhões, vorazes,
Dos impulsivos, bélicos rebates.

Mas, bem olhadas, as feições audazes
Desse velho patriarca destemido
Tinha a suavidade dos lilazes.

Nos olhos, um passado consumido
Entre aventuras e colóquios belos
Como que faz um verdadeiro ruído...

Sente-se neles noites de castelos
Gozadas em amores dadivosos,
Em madrigais, em íntimos desvelos.

Cavalgadas, torneios donairosos,
Sonho feliz de rica mocidade,
Requintes ideais, cavalheirosos.

Tudo se sente na tranqüilidade
Desse deus varonil da força antiga
Feito com o rijo bloco da Verdade.

Tudo se sente nessa paz amiga
Que as crenças do passado às outras crenças
Vagas, futuras, para sempre liga.

Tudo se sente vir das névoas densas
E da ridente e cândida meiguice
Das suas barbas límpidas e imensas.

Sim! tudo da quase criancice
Que dão aos homens esses tons nevoentos
Da enregelada e trêmula velhice.

Porém, reatando aéreos pensamentos...
Comecemos na cena detalhada
Que já das eras se espalhou nos ventos.

É nada mais que a história duma espada,
História curta, mas interessante
Duma espelhante lâmina timbrada.

Não é pelo aço ou lâmina espelhante
Que irei contar, pois são comuns os aços,
Mas pelo nobre e original rompante.

Pelo ardimento que os primeiros braços
Que a manejaram com pujança e brio
Nela gravaram, com profundos traços.


[Linha 8050 de 10004 - Parte 4 de 4]



II
O velho, em pé, atlético e sombrio
Diante do filho armado cavaleiro,
No aspecto dum leão ruivo e bravio.

Fala-lhe claro, d'alto e sobranceiro,
Numa solene e enérgica atitude
De quem nos prélios sempre foi primeiro.

O filho, grave o escuta e atende a rude
Lhanez estóica de palavra augusta
Que dos lábios lhe sai, com tal saúde.

Calmo, sem se mover, firme a robusta
Figura solarenga do estoicismo,
O velho disse esta nobreza justa:

"Aqui tens esta espada que o heroísmo
Dos teus avós honrou nessas campanhas,
Com o mais ousado, intrépido civismo.

Freme ainda hoje em convulsões estranhas,
Palpita e anseia dentro da bainha
Sonhando a luta, as implacáveis sanhas.

Tu, para a teres, como eu sempre a tinha,
Num triunfo imortal, quase divino,
De gládio que o valor maior continha;

É necessário um grande ardor leonino,
Que sejas bem idólatra do nome
Que fez de mim o extremo paladino.

A ferrugem, tu vês, o aço consome...
Porém, neste aço que ainda aqui fulgura,
Se houver ferrugem, tira-a com o renome.

Aqui tens, pois, a lâmina segura,
Alma e brasão da nossa velha casa
Coberta de ovações, famosa e pura".

Calou-se um instante, como a ave que a asa
Fechou no voar, já quase que abatida,
Caindo exausta junto a moita rasa.

O filho, mudo e respeitoso, erguida
A valente cabeça leal de moço,
Formoso estava, porejando vida.



[Linha 8100 de 10004 - Parte 4 de 4]


E enquanto o velho, impávido colosso,
Calara-se num momento, emocionado
Ficara o filho em íntimo alvoroço.

Mas de repente, como iluminado
Por um clarão de glórias já extintas,
Tornou o velho, aos poucos transformado:

"Podes partir! Porém nunca desmintas
Nas pelejas o dom da nossa fama,
Por menos força que no peito sintas.

Como um clarim, por toda a parte aclama
O vigor deste ferro e do teu pulso
No combate que ruja, ulule e brama,'.

E cada vez mais pálido e convulso,
Mais nervoso e febril e mais altivo
Bradou ainda, num tremendo impulso:

"Se tu, que és da minh'alma o exemplo vivo,
Meu filho, tens de ser como um cobarde,
Como um vilão abjeto e repulsivo;

Não faças mais de fidalguia alarde,
Pega esta espada, meu Afonso, pega
E quebra-a de uma vez, que não é tarde.

Pois em lugar de fazer dela entrega
Aos sequiosos, feros inimigos
Antes a quebre a cólera mais cega.

Ei-la, aqui tens, a leoa dos perigos,
Que como outrora em minha mão lampeja
Da bravura e da fama nos abrigos.

Se não a tens de honrar nessa peleja
Escuta bem, ó meu amado filho,
Quebra-a, e o teu nome nem manchado seja.

Como eu faria noutra idade e brilho,
Com outras energias musculares,
Segue-me tu no denodado trilho,,.

E assim falando, em gestos singulares,
E agigantado corpo retesando
E um tom sinistro esparso nos olhares;

A cabeça nos ares agitando
Numa alucinação, -- enorme ereto,


[Linha 8150 de 10004 - Parte 4 de 4]


Como heróica visão, deblaterando...

Fitando bem o filho predileto,
Como se de repente lhe brotasse
A força hercúlea dum poder secreto.

O velho, qual um templo que abalasse,
A mão crispada, lívida e nervosa,
Com todo o esforço a lhe afluir na face,
Partiu no joelho a espada vitoriosa.



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O SOL E O CORAÇÃO

Sol, coração do Espaço que flamejas,
O coração é qual tu, sol de utopias...
Mas, coração, dize-me: -- Que desejas?...

Foram-se já todas as alegrias,
Ó Sol! E tu, coração, que ainda adejas,
Que fazes sobre as mortas fantasias?!...

Podes brilhar, ó Sol, vivo e fulgente!
E tu, coração, que me iludiste,
Também podes bater, inutilmente.

Crença, Ilusão, Amor, já nada existe,
Não mais levarás sobre a corrente
Da tenebrosa dúvida mais triste.

Longe, mui longe, em regiões caladas,
Emudecidos pelo Esquecimento,
Estão hoje esses sonhos de alvoradas.

Foram-se, há muito, soltos pelo vento
Entre as grandes ruínas derrocadas
Do meu amargo e pobre pensamento,

Entre as profundas, tétricas ruínas
Em que o doce fantasma desses sonhos
Atravessou em lágrimas divinas.

Fantasma ideal, de cânticos risonhos
Que da vida encontrei pelas colinas


[Linha 8200 de 10004 - Parte 4 de 4]


E hoje vaga entre bulcões medonhos!

Fantasma que eu amei, visão errante
Que sempre junto a mim vivia perto,
Por mais longe que eu fosse e mais distante.

Visão que era como a água do deserto
Para o meu coração sempre anelante,
Sequioso de amor e sempre aberto...

Ó pobre coração, em vão te agitas,
Em vão tu bates, coração estreito,
Tal qual tu, Sol, nos páramos crepitas.

Nada mais, para mim, de satisfeito
Brilha com o Sol nas plagas infinitas,
Como não canta o coração no peito...

Podes, enfim, sumir-te nos Espaços
Sol! E tu, coração, sempre batendo,
Quebrar da terra os "Transitórios Laços,,
Eternamente desaparecendo!...



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SAPO HUMANO
A Emiliano Perneta

Oh sapo! eu vou cantar tuas misérias, sapo,
Vou tirar, nesse lodo onde habitas de rastros,
Umas vivas canções do teu nojento papo,
Da crosta esverdeada umas centelhas de astros.

E canções de tal forma e tais e tais centelhas,
Que todas possam ir, miraculosamente,
Transformadas, pelo ar, em rútilas abelhas
Com o íris voador de cada asa fulgente.

Que tu, tredo animal, tu, triste sapo hediondo,
Não és o vil, o torpe, o irracional, que a lama
Em camadas envolve o atro ventre redondo,
Dos tempos imortais nessa fecunda chama.

Não és o sapo histrião de imundas esterqueiras,
O sombrio Caim nos lamaçais errantes,


[Linha 8250 de 10004 - Parte 4 de 4]


O clown gargalhador das charnecas rasteiras,
Que ri-se para o sol com riso ironizante.

Não és o sapo atroz, coaxador, visguento,
Que rouco ruge e raiva a noite os seus horrores,
E para o constelado e mudo firmamento
Faz ecoar os mais surdos e ásperos tambores.

Mas és o sapo humano, esse asqueroso e feio,
Nascido de roldão na lúgubre miséria
E que do mundo vão no pavoroso seio
Lembra o negro sarcasmo enorme da Matéria.

Mas és o sapo humano, o sapo mais abjeto
Do crime aterrador, do tenebroso vício
Mas que ainda possuis o brilho de um afeto
Que te livra, talvez, do eterno precipício.

Por ora na tua alma a noite cruel, cerrada,
Não caiu de uma vez, como terrível fora.
Nela ainda há clarões de límpida alvorada,
Um prenúncio feliz de aurora redentora.

Ainda tens coração que pulsa no teu peito
Por uns filhos gentis, ingênuos, pequeninos,
Que são o grande amor, o sentimento eleito
Vencendo esses fatais instintos assassinos.

Tu semelhas de um charco a superfície nua
E vítrea, que no campo, aos ares, adormece,
Que se em cheio lhe bate a luz do sol, da lua,
Para a vasta amplidão cintila e resplandece.

Pois no teu organismo, assim sinistro e torvo,
Repleto de vibriões do vício -- essas crianças,
Sorriem virginais, oh! solitário corvo,
Com sorrisos de luzes e barcarolas mansas.

O amor que regenera os ínfimos bandidos,
Não reduziu, enfim, tu'alma a ignóbil trapo.
E eis por que, num viver de pântano e gemidos,
Cantam dentro de ti aves e estrelas, sapo!




DIANTE DO MAR

Para matar o letargo
Da vida, e o profundo tédio,


[Linha 8300 de 10004 - Parte 4 de 4]


Fui, em busca de remédio,
Ao cais arejado e largo.

E vi o mar formidando,
Cheio de mastros e velas,
Ocultos clarins vibrando
Pela boca das procelas.

Vi tropéis e tropéis bruscos
De ondas revoltas e crespas
Com rijos ferrões de vespas
Ferreteando os ares fuscos.

Vi os límpidos navios
Jogados do mar incerto
Como seres erradios
Por inóspito deserto.

Vi tudo nublado, tudo,
Céus e mares e horizontes;
E sobre a linha dos montes
Cair o silêncio mudo.

E eu lembrei-me quando a aurora
Sobre aquelas esverdeadas
Águas jorrava sonora
A luz em puras golfadas.

Lembrei-me desses supremos
Dias acres de alegria
Na vaga loura e macia
As leves palmas dos remos.

Do resplendor das viagens
Num encanto matutino
A doçura das aragens,
Por sobre o mar cristalino.

A bicar as doces ilhas
De pedra, musgos e flores,
Cheias de ervas e frescores
E naturais maravilhas.

Que ela a tudo perfumasse
Como um rosal que floresce
Que tudo que nela houvesse
Resplandecesse e cantasse.

Ou ver na frente das casas,
Dos vales e das colinas


[Linha 8350 de 10004 - Parte 4 de 4]


Os pombos batendo as asas,
Entre festões de boninas.

Ir a pesca alegre e fresca
Por suavíssimos luares,
Numa lua pitoresca,
Em cima dos salsos mares.

Quando flexível canoa
Vai deixando um vivo rastro,
Fundo, aberto, feito de astro,
Na vaga que brilha e soa.

Quando na margem campestre
De rios indefinidos
Sente-se o aroma silvestre
Dos aloendros floridos.

Lembrei-me até das regatas
Numa hora deliciosa
De manhã cheirando a rosa,
Toda de fúlgidas pratas.

D'embarcar, como um fidalgo,
Para aventuras de caça,
Em companhia do galgo
Que é das caçadas a graça.

Ir d'espingarda e d'estilo,
Por madrugadas serenas,
Sem males, sem dor, sem penas,
Peito bizarro e tranqüilo.

Bater as aves no mato
Por entre arvoredos graves,
Ou da beira de um regato
Ver saltar em bando as aves.

E da ventura nos jorros
Voltar da caça repleto
Vendo ao longe o rubro teto
Da casa e o verde dos morros.

Ou então ir como um duque
Nas praias de mais beleza
Gozar na choça de estuque
Uns olhos de camponesa.

Sentir do equóreo elemento,
Sobre as serras verdejantes,


[Linha 8400 de 10004 - Parte 4 de 4]


Ruflantes e sussurrantes
As ventarolas do vento.

Deixar o espírito, avaro
De vida, saúde e força
Disparar -- alada corça --
Pelo azul radioso, claro.

Assim, talvez que o Nirvana
Do tédio e letargo imenso
Não fosse uma dor humana,
Dentre um nevoeiro tão denso.



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BRUMOSA

Inglesa! Por toda a parte
Onde vás, chamam-te inglesa
E cobrem de pompas de arte
A pompa dessa beleza.

Mas tu, num soberbo encanto
De nevada e fria rosa,
Ó meu pálido amaranto!
Não és inglesa, és brumosa.

A tua carne alvorece
Em lactescências de opala,
Brilha, fulge e resplandece
E um fino aroma trescala.

És a límpida camélia
Nos jardins reais plantada
Ou essa lânguida Ofélia
Melancólica e nevada.

O teu corpo imaculado,
Flor de místicas origens,
Parece um luar velado
E lembra florestas virgens.

Com o teu amor ilumina
A minh'alma envolta em crepe,
Ó vaporosa neblina,


[Linha 8450 de 10004 - Parte 4 de 4]


Ó branca e gelada estepe!



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SGANARELO

Esse que eu agora rimo
É viscoso como a lesma
Pegajosa sobre o limo,
Sinistro como aventesma.

Feia coisa, enorme bicho,
Pavoroso mastodonte
Feito do horror a capricho,
Com cornos rijos na fronte.

Todo o ventre se lhe estufa
De obesidade lasciva,
Se fala a voz urra e bufa
Lembrando a locomotiva.

Na terrível carantonha
Retorcida, escalavrada,
Lhe estruge, às vezes medonha,
Formidável gargalhada.

E a luz do sol, que corusca,
Nas praças, à luz do dia,
A sua presença brusca,
Tem uma ardente ironia.

A língua rubra e convulsa
Sai-lhe da boca em espasmo,
Enquanto no olhar lhe pulsa
A blasfêmia do sarcasmo.

Capra figura profunda,
Atroz e amedrontadora,
Que larga entranha fecunda
Foi a tua geradora?!

Que aborto de ventre estranho
Pode gerar esse aborto
Assim feroz e tamanho,
Peludo, estroncado e torto?


[Linha 8500 de 10004 - Parte 4 de 4]



De que idades tão antigas,
Pré-históricas vieste?
Mais hostil do que as urtigas,
Mais nefando de que a peste!

Trazes a pata esmagante,
A pata do bronze trazes;
Que é no espírito diamante
E que é nas almas lilazes.

Possuis o sangue da verve
Resplandecente, infinita,
Que ruge, palpita e ferve
E canta e soluça e grita.

Vens como imagem da Morte,
Da Morte hedionda e nefasta,
Das iras ao vento forte,
Do desespero a vergasta.

Desmancha-te em cabriolas
De doido polichinelo,
Que os teus membros lembrem molas
Como um palhaço amarelo.

Faz nos músculos esgrimas,
Pula trapézios e barras
E salta saltando estas rimas
Que vão saltando bizarras.

Acrobata da miséria
Estica os nervos, estica
E ri, ri tu da matéria
Da gente fidalga e rica.

És medonho?! isso que importa?
Ri! mas ri alto na praça,
Se a desgraça não foi morta,
Ah! deixem rir a desgraça!

Satanás sujo e potrudo
Nas cambalhotas te inspire.
Eia! vá! desdém por tudo,
Por tudo, e o tempo que gire!

Faz que o século se agite
De eternas risadas grossas
E como com dinamite
Arromba o mundo com troças.


[Linha 8550 de 10004 - Parte 4 de 4]



Fura o estúrdio Sancho Pança
Com estocadas de riso
E mete-o também na dança
Dos saltos, se for preciso.

Destrói tudo, vai, desaba,
De tudo faz estilhaços
E a golpes de riso acaba
Os erros córneos e crassos.

Fura os ventres mais rotundos
Com aguilhões de chacota
E manda ao Mestre dos mundos
Um exemplar da risota.

Na tal luxúria gorducha,
Na velha e calva luxúria
Rebente risos em ducha,
Com toda a sátira e fúria.

Ri! até que se transforme,
O rebelado do inferno!
O riso num facho enorme
Aceso no sol moderno!



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DESMORONAMENTO

Dentro do coração, no côncavo do peito
Choro a grande ilusão do amor, desfalecida,
Dentre o gozo feliz, nostálgico da vida;
Já exangue, afinal, já morto, já desfeito.

Por visões que adorei num vago tempo incerto
Não sei por que razão avivo agora as mágoas,
Num pranto doloroso e triste, como as águas
Do mar grosso a bater sobre o costão deserto.

Tu, ó doce visão de perfumosas tranças,
Todo o meu puro e terno sentimento invades
E eu não sei o que fiz das minhas esperanças
Que de longe que vão parecem mais saudades.



[Linha 8600 de 10004 - Parte 4 de 4]


Tudo o que houve em meu ser de compaixão e crença
Para sempre secou, secou já como um rio;
Para sempre também subi ao escombro frio
Da dúvida mortal, avassalante, imensa.

Para sempre me achei sem bússola e sem rumo
No fundo de regiões estranhas e afastadas...
As almas que eu amei, vi mudas e apagadas,
Vi tudo se sumir numa espiral de fumo.

Bem depressa fiquei como um ermo remoto
Como torvo areal sem plantas e sem fontes,
Donde apenas se vê rasgar a terra o broto
Do cardo retorcido e áspero dos montes.

Muitas vezes, porém, como entre os arvoredos
Onde juntas, no val, todas as aves cantam
No meio do rumor, de sombras e segredos,
Sinto dentro de mim que uns sonhos se levantam.

Borboleteio, a rir, por entre os sons e as flores,
Como um pássaro azul de uma plumagem linda
E canto alegremente a canção dos amores,
Que este peito viril sabe cantar ainda.

Lembro então corações que já me abandonaram,
Que eu senti palpitar, por sobre o meu pulsando,
Que vão hoje através das afeições chorando,
Que sofreram comigo e que comigo amaram.

Entretanto a minh'alma em vôo largo e ufano,
De repente triunfal, de súbito gloriosa,
Tem a pompa de sol, vermelha e luminosa,
Da púrpura esvoaçante e aberta de um romano.

E esse fulgor, que vem dos meus sonhos dispersos
Na névoa do passado, errantes e dolentes;
Dá-me árdidos corcéis fogosos e frementes
Para atrelar, jungir ao carro destes versos.

Claramente recordo e penso nas estradas
Que percorri, que andei às ilusões, sozinho,
Vendo que todo o amor das virginais amadas,
Tinha a mesma fatal embriaguez do vinho.

Quantos entes febris, que o amor embriaga e ofusca
Assim, durante a vida, ansiosamente exaustos,
Não encontram, talvez, dessas visões em busca,
As Margaridas vãs dos ilusórios Faustos!



[Linha 8650 de 10004 - Parte 4 de 4]




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CLARÕES APAGADOS

Flor de planta aromática, sinistra,
Nascida nas inóspitas geleiras,
Célebre flor que o meu Ideal registra,
Trepadeira das raras trepadeiras.

Serpe nervosa entre as nervosas serpes,
Carnívora bromélia da luxúria
De gozo tetaniza como as herpes
Da tua boca a polpa atra e purpúrea.

O teu amor, que lembra vinhos de Hebe
E essa áspera feição do abeto fusco,
Como um réptil que salta numa sebe,
Saltou-me ao peito, impetuoso e brusco.

Eu ia por estranhos descampados,
Por extensos desertos impassíveis,
Na trágica visão dos naufragados
Perdidos entre os temporais terríveis.

Sem rumo certo, num sombrio inferno,
Sozinho, sobre a desolada areia
Arrastando a existência, de onde, eterno
Um sapo coaxa e um rouxinol gorjeia.

Quando tu de repente, então surgiste
Beleza das belezas redentoras,
Tendo essa meiga formosura triste
Das formosas e flébeis pecadoras.

Fosse talvez uma tremenda insânia
Tão alta erguer o meu amor, tão alto;
Mas este coração frio, da Ucrânia,
Anelava galgar o céu de um salto.

E fui, galguei, subi, voei na altura,
Além dos verdes píncaros do monte,
Donde resplende a tua formosura
No clarão das estrelas do horizonte.

Foi o mesmo que se eu num templo entrasse


[Linha 8700 de 10004 - Parte 4 de 4]


E aí num formidável sacrilégio,
As angélicas vestes arrancasse
Das santas de áureo diadema régio.

Como um leão sem juba e garra, preso,
Na indiferença, já morreu comigo
Todo esse amor profundamente aceso
Na ideal constelação de um sonho antigo.

Apenas pelo saara imorredouro
Do longínquo passado, ergue, altaneira,
Majestosa folhagem no sol d'ouro,
Dessas recordações a alta palmeira...



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MENDIGOS

Mendigos! Ah! são mendigos
Que voltam de vãos caminhos,
Que atravessaram perigos,
Urzes, pântanos, espinhos.

Que chegam desiludidos
Das portas a que bateram;
Humanos, grandes gemidos
Que nos tempos se perderam.

Que voltam como partiram,
Com mais amargor na volta
E mais sonhos que se abriram
Das estrelas na recolta.

Mendigos ricas no entanto,
Das pompas da natureza
E das auréolas do Encanto,
Os vinhos da sua mesa.

Mendigos que o sol, apenas,
Torna nababos felizes,
Torna um pouco mais serenas
As convulsas cicatrizes.

Mendigos que acham requinte
Na fumaça de um cachimbo,


[Linha 8750 de 10004 - Parte 4 de 4]


Deixando que labirinte
O sonho em tão leve nimbo.

Mendigos da luz da aurora
Cantando celestemente,
Fresca, límpida, sonora,
Pelas fanfarras do Oriente.

Mendigos de áureas estradas,
De sonâmbulas veredas,
De riquezas encantadas,
Sem pedrarias e sedas.

Mendigos d'estranho aspecto
E sempiterna vigília,
Filhos nômades, sem teto,
De milenária Família.

Mendigos que erram eternos
Sem fadigas e sem sono,
Sob o augúrio dos Infernos,
Das Ilusões sobre o trono.

Mendigos de plaga nova,
De novas terras e mares,
Divinizados na cova
Como as hóstias nos altares.

Mendigos da grande esmola
Da luz das estrelas nobres,
Que fulge e dos altos rola,
Entre as suas mãos tão pobres!

Mendigos de céus remotos,
De sóis dos mais velhos ouros;
Com a sua fé e os seus votos
E os seus secretos tesouros.

Mendigos de olhar severo,
Boca murcha, meio amarga...
Tendo um vago reverbero
De sonhos na fronte larga.

Mendigos de ínvias florestas
E de bosques fabulosos,
De melancólicas sestas
Nos crepúsculos brumosos.

Mendigos da Eternidade,
Tremendo dos sóis, dos frios,


[Linha 8800 de 10004 - Parte 4 de 4]


Nas mortalhas da Saudade
Amortalhados sombrios.

Mendigos dos Infinitos,
Das Esferas inefáveis,
Noctambulando malditos
Nos rumos imponderáveis.

Mendigos de fome e sede
De água e pão de outros mundos,
Embalados pela rede
Dos Idealismos profundos.

Mendigos do azul Mistério,
Cuja alma -- nívea sereia --
Fica saciada no aéreo
Pão branco da lua cheia!



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ASAS PERDIDAS
A Carlos Jansen Júnior

Afora, pelo azul indefinido e largo,
Passam asas sutis, pelo éter, longe, afora,
Como que a demandar outra mais doce aurora
Que a desta vida atroz, toda veneno amargo.

Não as asas assim, bem longe, pela curva,
No vago, na amplidão, perdidas pelos ares
Até virem caindo os véus crepusculares,
Toda a anústia do acaso, emocional e turva.

E diante dessa dor das tardes que esmaecem
As asas, pelo espaço, em vôos desgarrados
Como a oração final dos tristes naufragados,
Longinquamente, além, tênues desaparecem

Cai então de uma vez a sombra dos segredos.
E na serena paz das noites adormidas,
Entre o fundo chorar dos calmos arvoredos,
Ninguém verá jamais essas asas perdidas.

E as asas o que são no firmamento errantes,
Perdidas pelos tempos, esparsas pelas eras


[Linha 8850 de 10004 - Parte 4 de 4]


Senão os sonhos vãos, mundos alucinantes
Cheios do resplendor das flóreas primaveras?!

Por isso, eu quando o Azul repleto de asas vejo
Muito alto, céu acima, os páramos rasgando,
Toda a minh'alma oscila e treme num desejo
Em busca das regiões da dúvida, chorando!



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ANJO GABRIEL

Na calma irradiação das noites estreladas
Alto e claro aparece, alto, aparece, claro,
Alvo, claro, no luar das estrelas prateadas,
No triunfal esplendor celestemente raro.

O seu busto de Excelso, a sua graça fina,
A linha de harpa ideal do seu perfil augusto,
Estremecem de luz, de uma luz peregrina,
Do secreto fulgor de um sentimento justo.

Serenidade e glória e paz do Paraíso
Flutuam-lhe na face alvorecida e doce
E quando ele sorri é como se o sorriso
Claros astros semear por todo o espaço fosse.

Leve, loura, .radial, a soberba cabeça
Eleva-se da flor do níveo colo louro
E não há outro sol que tanto resplandeça
Como o sol virginal dessa cabeça de ouro.

As mãos esculturais, de ebúrnea transparência,
De divina feitura e de divino encanto,
Lembram flores sutis de sonhadora essência
Da etérea languidez e de etéreo quebranto.

Das madeixas reais largo deslumbramento
Num flavo jorro cai, com sagrado abandono...
E sai do Anjo o quer que é de vago e de nevoento
Que lembra o despertar sonâmbulo de um sono...

De alto a baixo, do Azul, desfilando das brumas,
Abre todo ele em flor como nevado lírio,
Belo, branco, eteral, do candor das espumas,


[Linha 8900 de 10004 - Parte 4 de 4]


Banhado nos clarões e cânticos do Empíreo.

Maravilhoso e nobre ergue no braço ovante
Um gládio singular que rútilo cintila...
Enquanto o seu olhar de mágico diamante
Aflora em plenilúnio através da pupila.

Que o seu olhar, então, esse, recorda tudo
O quanto há de tranqüilo e luminoso e casto.
Maio de ouro a florir meigos céus de veludo
E a neve a cintilar sobre o monte mais vasto.

Do puro albor astral das asas majestosas
Desprendem-se no Azul mistérios de harmonia...
Entre as angelicais suavidades radiosas
Parece o Anjo Gabriel o alto Enviado do Dia!

Na chama virginal de tão rara beleza
Brilha a força de um Deus e a mística doçura...
E sai das seduções de tamanha pureza
Toda a melancolia errante da ternura.

Do suntuoso agitar das delicadas vestes
Tecidas de jasmins, de rosas, de açucenas,
Vem o aroma cristão dos aromas celestes
Todas as imortais emanações serenas...

Transfigurado, excelso, agigantado, imenso,
Na candidez hostial das formas impecáveis,
Fica parado no ar, levemente suspenso
De raios siderais, de fluidos inefáveis.

Mas quando o seu perfil nas amplidões floresce
E das asas se lhe ouve a música sonora
Quando ele agita o gládio e as madeixas, parece
Que vai noctambular pelo Infinito afora.

E alto, branco, de pé, destacado no Espaço,
Eleito das Regiões de estranhas Primaveras,
Traça, com o gládio no ar, alevantando o braco,
Uma cruz de Perdão na mudez das Esferas!



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CRIANÇAS NEGRAS


[Linha 8950 de 10004 - Parte 4 de 4]



Em cada verso um coração pulsando,
Sóis flamejando em cada verso, e a rima
Cheia de pássaros azuis cantando
Desenrolada como um céu por cima.

Trompas sonoras de tritões marinhos
Das ondas glaucas na amplidão sopradas
E a rumorosa musica dos ninhos
Nos damascos reais das alvoradas.

Fulvos leões do altivo pensamento
Galgando da era a soberana rocha,
No espaço o outro leão do sol sangrento
Que como um cardo em fogo desabrocha.

A canção de cristal dos grandes rios
Sonorizando os florestais profundos,
A terra com seus cânticos sombrios,
O firmamento gerador de mundos.

Tudo, como panóplia sempre cheia
Das espadas dos aços rutilantes,
Eu quisera trazer preso à cadeia
De serenas estrofes triunfantes.

Preso à cadeia das estrofes que amam,
Que choram lágrimas de amor por tudo,
Que, como estrelas, vagas se derramam
Num sentimento doloroso e mudo.

Preso à cadeia das estrofes-quentes
Como uma forja em labareda acesa,
Para cantar as épicas, frementes
Tragédias colossais da Natureza.

Para cantar a angústia das crianças!
Não das crianças de cor de oiro e rosa,
Mas dessas que o vergel das esperanças
Viram secar, na idade luminosa.

Das crianças que vêm da negra noite,
Dum leite de venenos e de treva,
Dentre os dantescos círculos do açoite,
Filhas malditas da desgraça de Eva.

E que ouvem pelos séculos afora
O carrilhão da morte que regela,
A ironia das aves rindo a aurora
E a boca aberta em uivos da procela.


[Linha 9000 de 10004 - Parte 4 de 4]



Das crianças vergônteas dos escravos
Desamparadas, sobre o caos, à toa
E a cujo pranto, de mil peitos bravos,
A harpa das emoções palpita e soa.

Ó bronze feito carne e nervos, dentro
Do peito, como em jaulas soberanas,
Ó coração! és o supremo centro
Das avalanches das paixões humanas.

Como um clarim a gargalhada vibras,
Vibras também eternamente o pranto
E dentre o riso e o pranto te equilibras
De forma tal que a tudo dás encanto.

És tu que à piedade vens descendo.
Como quem desce do alto das estrelas
E a púrpura do amor vais estendendo
Sobre as crianças, para protegê-las.

És tu que cresces como o oceano, e cresces
Até encher a curva dos espaços
E que lá, coração, lá resplandeces
E todo te abres em maternos braços.

Te abres em largos braços protetores,
Em braços de carinho que as amparam,
A elas, crianças, tenebrosas flores,
Tórridas urzes que petrificaram.

As pequeninas, tristes criaturas
Ei-las, caminham por desertos vagos,
Sob o aguilhão de todas as torturas,
Na sede atroz de todos os afagos.

Vai, coração! na imensa cordilheira
Da Dor, florindo como um loiro fruto
Partindo toda a horrível gargalheira
Da chorosa falange cor do luto.

As crianças negras, vermes da matéria,
Colhidas do suplício a estranha rede,
Arranca-as do presídio da miséria
E com teu sangue mata-lhes a sede!



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[Linha 9050 de 10004 - Parte 4 de 4]





VELHO VENTO

Velho vento vagabundo!
No teu rosnar sonolento
Leva ao longe este lamento,
Além do escárnio do mundo.

Tu que erras dos campanários
Nas grandes torres tristonhas
E és o fantasma que sonhas
Pelos bosques solitários.

Tu que vens lá de tão longe
Com o teu bordão das jornadas
Rezando pelas estradas
Sombrias rezas de monge.

Tu que soltas pesadelos
Nos campos e nas florestas
E fazes, por noites mestas,
Arrepiar os cabelos.

Tu que contas velhas lendas
Nas harpas da tempestade,
Viajas na Imensidade,
Caminhas todas as sendas.

Tu que sabes mil segredos,
Mistérios negros, atrozes
E formas as dúbias vozes
Dos soturnos arvoredos.

Que tornas o mar sanhudo,
Implacável, formidando,
As brutas trompas soprando
Sob um céu trevoso e mudo.

Que penetras velhas portas,
Atravessando por frinchas...
E sopras, zargunchas, guinchas
Nas ermas aldeias mortas.

Que ao luar, pelos engenhos,
Nos miseráveis casebres
Espalhas frios e febres
Com teus aspectos ferrenhos.



[Linha 9100 de 10004 - Parte 4 de 4]


Que soluças nos zimbórios
Os teus felinos queixumes,
Uivando nos altos cumes
Dos montes verdes e flóreos.

Que te desprendes no espaço
Perdido no estranho rumo
Por entre visões de fumo,
Das estrelas no regaço.

Que de Réquiens e surdinas
E de hieróglifos secretos
Enches os lagos quietos
Revestidos de neblinas.

Que ruges, brames, trovejas
Ó velho vândalo amargo,
No sonâmbulo letargo
De um mocho rondando igrejas.

Que falas também baixinho
Lá da origem do mistério,
Trazendo o augúrio sidéreo
E certa voz de carinho...

Que nas ruas mais escusa,
Por tardes de nuvens feias,
Como um ébrio cambaleias
Rosnando pragas confusas.

Que és o boêmio maldito,
O renegado boêmio,
Em tudo o turvo irmão gêmeo
Do sonhador Infinito.

Que és como louco das praças
Nos seus gritos delirantes
Clamando a pulmões possantes
Todo o Inferno das desgraças.

Que lembras dragões convulsos,
Bufantes, aéreos, soltos,
Noctambulando revoltos
Mordendo as caudas e os pulsos.

Ó velho vento saudoso,
Velho vento compassivo,
Ó ser vulcânico e vivo,
Taciturno e tormentoso!



[Linha 9150 de 10004 - Parte 4 de 4]


Alma de ânsias e de brados,
Consolador companheiro
Sinistro deus forasteiro
D'espaços ilimitados!

Tu que andas, além, perdido,
Tateando na esfera imensa
Como um cego de nascença
Nos desertos esquecido...

Que gozas toda a paragem,
Toda a região mais diversa,
Levando sempre dispersa
A tua queixa selvagem.

Que no trágico abandono,
No tédio das grandes horas
Desoladamente choras,
Sem fadigas e sem sono.

Que lembras nos teus clamores,
Nas fúrias negras, dantescas,
Torturas medievalescas
Dos ímpios inquisidores.

Que és sempre a ronda das casas,
A gemente sentinela
Que tudo desgrenha e gela
Com o torvo rumor das asas.

Que pareces hordas e hordas
De hirsutos, intonsos bardos
Vibrando cânticos tardos
Por liras de cem mil cordas.

Ó vento languido e vago,
Ó fantasista das brumas,
Sopro equóreo das espumas,
Ó dá-me o teu grande afago!

Que a tua sombra me envolva
Que o teu vulto me console
E o meu Sentimento role
E nos astros se dissolva...

Que eu me liberte das ânsias
De ansiedades me liberte,
Pairando no espasmo inerte
Das mais longínquas distâncias.



[Linha 9200 de 10004 - Parte 4 de 4]


Eu quero perder-me a fundo
No teu segredo nevoento,
Ó velho e velado vento,
Velho vento vagabundo!



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MARCHE AUX FLAMBEAUX

I
Rompe na aurora o sol que a terra esbofeteia
Com látegos de chama, iriando o pó e a areia,
Iriando os vegetais de ricas pedrarias,
Dos rubis e cristais das ourivesarias;
Aurora acesa em cor de púrpura de cravos
Opulentos, febris, ensanguinados, bravos;
De ritmos leves de harpa e frêmitos e beijos
Que são da natureza os trêmulos arpejos;

Aurora que sorri, que traz pomposamente
Todo o raro esplendor da luz resplandecente,
Das paisagens loucas no fúlgido matiz
O aroma a derramar da meiga flor de liz.

Na alegria dos tons os pássaros cantando
Vão as asas abrindo, entre os clarões ruflando,
Asas emocionais, que assim dentre clarões
Palpitam num fervor de alados corações.

E no luxo oriental de etéreo Grão-Mogol
Como um Baco feliz rubro flameja o sol.

II
Filósofos titãs, filósofos insanos
Que destes turbilhões, que destes oceanos
De lutas e paixões, de sonho e pensamentos
Espalhásteis no mundo aos clamorosos ventos
A Ciência fatal, talvez como um veneno,
Que os tempos abalou no caminhar sereno;
Filósofos titãs, que os séculos austeros
No flanco da Matéria abris, graves, severos,
Sobre o escombro da fé, da crença e da esperança,
Da civilização o trilho que hoje alcança
No seu aço viril as regiões supremas,
Traçado em novas leis, doutrinas e problemas;


[Linha 9250 de 10004 - Parte 4 de 4]


Vós que sois no Saber os monges da existência
E só acreditais na força da Ciência,
Que da morte sabeis os filtros invisíveis,
Narcóticos, sutis, incógnitos, terríveis,
Não sabeis, entretanto, apóstolos sombrios,
Como a luz da Ciência os homens estão frios,
Como o tudo ficou num doloroso caos
E os seres que eram bons, rudes, egoístas, maus.

Em vão! em vão! em vão! os vossos largos crânios
Lutaram pelo Bem dos Bens contemporâneos!
Tudo está corrompido e até mais imperfeito...
Não há um lírio são a florescer num peito,
De piedade, de amor e de misericórdia...
Se brota uma virtude o ascoso vício morde-a,
Envilece, corrompe e abate essa virtude
Com o cinismo revel dum epigrama rude...
E até muita alma vil, feroz, patibular,
Impunemente sobe ao mais sagrado altar.

Por isso vão passar perante a turbamulta
Como abrupta avalanche, enorme catapulta,
Numa marche aux flambeaux, os famulentos vícios
Que cavaram no globo horrendos precipícios,
Os vícios imortais, que infestam tribos, greis,
Povos e gerações, seitas, templos e reis
E que são como a lava obscura da cratera
Que subterraneamente em tudo se invetera.

Com toda intrepidez hercúlea de acrobata
Vou sobre eles soltar, gloriosa, intemerata,
A sátira que tem esporas de galhardo
Cavaleiro ideal que joga a lança e o dardo.
Vou com esse altanado e muscular esforço
De quem galga triunfal o soberano dorso,
A crista vigorosa, altiva, sobranceira,
Da mais agigantada e vasta cordilheira.

III
Lobos, tigres, chacais, camelos, elefantes,
Hipopótamos, ursos e rinocerontes,
Leopardos e leões, panteras acirrantes,
Hienas do furor, membrudos mastodontes
Tredas feras do mal, soturnos dromedários,
Serpentes colossais que rastejais na treva,
Monstros, monstros cruéis, medonhos, sangüinários,
Cuja pata esmagante a presa aos antros leva;
Ó ventrudos judeus, opíparos, obesos,
De consciência obtusa, ignóbil e caolha
Que no mundo passais grotescamente tesos


[Linha 9300 de 10004 - Parte 4 de 4]


Com honras de entremez e grandezas de rolha.
Gafentos histriões, ridículos da moda,
Que fingis entender Berlim, Londres, Paris,
Mas nos altos salões, por entre a fina roda,
Meteis sordidamente o dedo no nariz;
Brasonados truões, inúteis como eunuco,
Que as pompas ostentais de aurífero nababo
Mas apenas valeis como um limão sem suco,
Tendes rabo no corpo e dentro d'alma rabo;
Nobres de papelão, milionários vândalos
De ventre confortado e rosto rubicundo,
Que no torvo cancã no cancã dos escândalos
Sois o horrendo espantalho, a ignominia do mundo;
Ó deuses do milhão, ó deuses da barriga,
Que sentindo a aguilhada intensa da luxúria
Buscais a mais em flor e linda rapariga
Para então vos fartar na luxuriante fúria;
Gamenhos de toilette e convicções de lama
Onde tudo afinal se atola e se chafurda,
Que do clube e do esporte sintetizais a fama
Mas tendes para o Bem a fibra sempre surda;
Palhaços, clowns senis, hediondos borrachos
Que aos trambolhões urrais afora no universo,
Desdenhando de tudo e até rindo dos fachos,
Do clarão do saber em toda a parte imerso;
Almas negras, servis, d'ergastulos caóticos,
Gerado no paul das lúgubres voragens,
Do crime nos bulcões, nos vícios mais despóticos
Aos quais tanto rendeis eternas homenagens,
Manequins, charlatães, devassos do bom-tom,
Que viveis nas Babéis das grandes capitais
Apodrecendo sempre infamemente com
O cancro do dinheiro as forcas virginais;
Mascarados tafuis de gordos ventres de ouro,
Ó bonzos do deboche e cínicos esgares,
Que sois o único sol esterlinado e louro
Das parvas multidões, das multidões alvares;
Fidalgos de barril, sicofantas, malandros
Do templo e do bordel, da crápula de harém
Que ao puro mar do Ideal, com torpes escafandros,
Arrancais, p'ra vender, a pérola do Bem;
Ó trânsfugas, ladrões que difamais a terra,
Que tudo poluís, do próprio lodo a flor,
A serena humildade, - intrepidez da guerra.
Aos beijos maternais, ao nupcial amor;
Espíritos de treva, espíritos de barro
Que enegreceis de horror o sangue das papoulas
E das ostentacões vos aclamais no carro,
Cobertos de cetins, arminho e lantejoulas;
Que se vem de repente o Nada sepulcral


[Linha 9350 de 10004 - Parte 4 de 4]


Nunca deixais, sequer, no tétrico leilão,
No leilão da memória, estranho, universal,
Nem um som a vibrar do estéril coração!
Dentre feras brutais de ríspidos penhascos
E a torrente caudal de rijos versos francos
E a zombaria e o riso e as sátiras e os chascos,
Nesta marche aux flambeaux ides passar, aos trancos
Do mundo os naturais, zoológicos museus
Despejem pare fora as pavorosas massas,
Para virem reunir-se aos tábidos judeus
Irromper e seguir e desfilar nas praças.
Que a cada mate, a entranha, o seio virgem se abra
Jorrando tigres, leões, panteras do seu centro
E na dança infernal, estrupida, macabra,
Siga a marche aux flambeaux pelo universo a dentro.

Gargalhadas abri a rubra flor sangrenta
Da humanidade vã na amargurada boca
Vai agora passar a marcha truculenta
Sob o espingardear duma ironia louca.
E desfila e desfila em becos e vielas
E torna a desfilar por vielas e por becos
às risadas da turba, estultas e amarelas
Que tem o áspero som de gonzos perros, secos...
E desfila e desfila, estrídula e execranda,
Das praças na amplidão, rugindo em mar desfila,
Enquanto além dardeja, heróica e formidanda,
A metralha do sol que rútilo fuzila...
E mastodontes vão de braço dado a sérios
Burgueses que já são bem bons comendadores
E marqueses de truz, com ares de mistérios
De lunetas gentis e aspectos sonhadores
Dão o braco fidalgo e airoso das nobrezas
Aos ursos boreais, enquanto os conselheiros
Os condes, os barões, os duques e as altezas
Lá vão de braço dado aos lobos carniceiros.
E nessa singular, atroz promiscuidade,
Animais e truões de catadura suína
Gordalhudos heróis da infâmia e da maldade,
Vendidos da honradez, velhacos de batina
Bobos, cães, imbecis, humanos crocodilos
E déspotas, jograis, todos os miseráveis
De todas as feições e todos os estilos,
Uns aos outros lá vão jungidos, formidáveis!...
Mas a marche aux flambeaux derrama um pesadelo,
A agonia dum tigre, em sonhos, sobre um ventre,
Agonia mortal que envolve tudo em gelo...
E desfila e desfila entre sarcasmos e entre
As sátiras-fuzis, relampejando açoite,
Por essa imensa aurora, estranhamente imensa


[Linha 9400 de 10004 - Parte 4 de 4]


Por um sol que angustia e que não tem da noite
Para a Miséria a sombra atenuante e densa.

Os vícios, as paixões, os crimes, ódios e erros,
Na marcha, de roldão, caminham fraternais
Com bandidos, vilões, burgueses rombos, perros
E focas e mastins, macacos e chacais.
Aos sobressaltos vão como visões, fantasmas
Bichos de toda a casta, anões de chapéu alto,
Deixando em convulsão todas as almas pasmas
E o globo num tremendo e fundo sobressalto.
E nas praças, ao sol, confundem-se os bramidos,
Os uivos com a expressão humana misturados,
Através do sussurro e bruscos alaridos
Das chacotas bestiais, dos risos trovejados.
E segue e segue e segue, afora, légua a légua
Essa marche aux flambeaux, ciclópica, estupenda
Caminha atravessando um longo sol sem trégua,
Um dia secular, um dia de legenda;
Caminha atravessando um sol de foco aberto,
Por um dia fatal, interminável, mudo,
O dia do remorso, aterrador, incerto
Que em todo o coração crava um punhal agudo.
Mas eu quero assim mesmo, eu quero-vos assim,
Em marcha tropical, à crua e ardente luz
Que vos seja uma febre indômita, sem fim,
Um cautério de fogo a vos queimar o pus
Venéreo da Moral, carbonizando-o até
Para que nunca mais se sinta dele a origem
Nem volte, como sempre, então, a ser o que é,
Deixando-vos no mundo inteiramente virgem;
Eu quero-vos assim, de fachos apagados,
Apagados, ao alto, os joviais flambeaux,
Que os tereis de acender nos campos ignorados
Que de sóis de Vingança a Eternidade arou.

E depois de vagar às sátiras de todos,
Na evidência da luz, numa perpetua aurora;
De caminhar ao sol, por tremedais, por lodos,
No tédio do sarcasmo, o tédio que a devora,
Essa Marcha afinal penetrará aos urros,
Titânica, sinistra e bêbada, irrisória,
Num caos de pontapés, coices, vaias e murros,
Na eterna bacanal ridícula da História.



O ÓRGÃO

Um largo e lento vento dormente


[Linha 9450 de 10004 - Parte 4 de 4]


Taciturnas lágrimas sonambulas, sinfônicas
Um esquecimento amargo
Uma sombria clausura de almas
Suspirando e gemendo solitárias harmonias
Vago luar de esquecimento e prece,
Dessa melancolia que anda errando
No mar e nas estrelas ondulando,
Pela minh'alma etereamente desce.

Na minh'alma, dos Sonhos anoitece
O Sentimento que ando transformando
Em hóstia de ouro

Sombra e silêncio



Índice





JULIETA DOS SANTOS



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A IDÉIA AO INFINITO
À distinta e laureada atrizinha
Julieta dos Santos

"...A fama de teu nome,
a inveja não consome, o tempo não destrói!...
(Dr. Symphronio)

Era uma coluna de artistas!...
Ao lado Tasso
Medindo as múltiplas conquistas
Co'as amplidões do espaço!...
Seguia-se João Caetano
Embuçado da glória no divinal arcano!...
Depois Joaquim Augusto
Altivo, sobranceiro, erguido o nobre busto.
Depois Rachel, Favart,
Fargueil, a espadanar


[Linha 9500 de 10004 - Parte 4 de 4]


Nas crispações homéricas da arte,
Constelações azuis por toda a parte!
E em suave ondulação os astros
Vão de rastros
Roubar mais luz às rúbidas auroras!...
Quais precursoras
Do mais ingente e mago dos assombros,
Do orbe imenso nos calcáreos ombros,
Rola um dilúvio, um grande mar de estrelas
Que lançam chispas cambiantes, belas!...
Há um estranho amalgamar de cousas
Como os segredos funerais das lousas
Ou o rebentar de artérias
-- Ou o esgarçar de brumas,
Negras, cinérias
-- Ou o referver de espumas,
Nas longas praias
Alvinitentes, mádidas, sem raias.
Do brônzeo espaço,
Das fibras d'aço
Como que desloca-se um pedaço
Que vai ruir com trépido sarcasmo
Nas obumbradas regiões do pasmo...
-- O Invisível
Geme uma música, lânguida, saudosa,
Que vai sumir-se na entranha silenciosa
Do impassível!
-- O Imutável
-- O Insondável
La vão cair no seio do incriado.
E o bosque irado
A soletrar uns cânticos titânios
Lança nos crânios
Aluvião de auras epopéias
Tétricas idéias!...
E o pensamento embrenha-se nos mares
E vê colares
De níveas pérolas, límpidas, nitentes
E vê luzentes
Conchas e búzios e corais, -- ondinas
Que peregrinas
Aspásias são de lúcida beleza,
De moles formas, desnudadas, brancas
Sendo a primesa
Dessas paragens hiemais e francas!...
-- Ou quais Phrynés
A quem aos pés
O mundo em ânsias, reverente adora
E chore e chora!!...
...................................................................


[Linha 9550 de 10004 - Parte 4 de 4]


Mas a idéia o pensamento insano
As asas bate em busca de outro arcano,
E o manto rasga do horizonte eterno
Vai ao superno
Ao Criador, ao Menestrel dos mundos!
E n'uns arroubos, rábidos, profundos
Em luta infinda
-- Oh! quer ainda
Quer escalar o templo do impossível,
Bem como um raio abrasador, terrível!...
Quer se fartar de maravilhas loucas,
Quer ver as bocas
Dos colossais Antheus da eternidade!...
Quer se fartar de luz e divindade
E de saber,
Depois jazer
Nas invisíveis cobras do insondável,
Bem como um verme, mísero, imprestável!...
-- Ou quer ousado
Descortinar os crimes do passado
E apalpar as gerações dos Gracos
Dos Espartanos
E dos Troianos
E dos Romanos,
Dos Sarracenos
E dos Helenos,

E esbarrar nesse montão de ossos
Por esses fossos
Tredos, medonhos, sepulcrais e frios
Onde sombrios
Andam espíritos de pavor, errantes
E vacilantes
Como a luzinha das argênteas lampas,
Lentos e lentos através das campas!...
..................................................................
Mas a idéia, o pensamento audaz
Quer ainda mais!...
Quer do ribombo do trovão pujante
Já n'um esforço adamastório, tredo
Embora a medo,
-- O atroz segredo
Com que ele faz a terra palpitante!...
E quer dos ventos
Dos elementos
Quer do mistério a solução! -- Nas trevas
Hórridas, sevas,
A gargalhada
Ríspida, negra irônica, pesada,
Estruge enfim, da morte legendária,


[Linha 9600 de 10004 - Parte 4 de 4]


E a idéia vária
Ainda n'isso ousando penetrar,
Tenta sondar!...
E em vão, em vão
A mergulhar-se em tanta confusão
Não mais compreende
-- O que saber pretende!...
Assim, oh! gênio,
Na ofuscadora auréola do proscênio
Não sei se és astro, se és Esfinge ou mito,
Se do infinito
Possuis o encanto, os esplendores grandes,
Ou se dos Andes
Águia tu és, ou és condor divino,
-- Ou és cometa de cuja cauda enorme
É multiforme
Só lágrimas de prata
Ou mesmo se desata
Um vagalhão de palmas, diamantino!!...
Minh'alma oscila e até na fronte sinto
Medonho labirinto,
Estúpida babel,
E vou cair, revel
No pélago sem fim dos nadas materiais!...
E como os racionais
Eu fico a ruminar ainda umas idéias
De erguer-te, o novo Talma
Um trono singular, mas feito de -- Odisséias
De brancas alvoradas,
Olímpicas, nevadas,
Dos êxtases magnéticos, nervosos de minh'alma!



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SONETO
-- Os Trópicos pulando as palmas batem...
Em pé nas ondas -- O Equador dá vivas!...

Ao estrídulo solene dos bravos! das platéias,
Prossegues altaneira, oh! ídolo da arte!...
-- O sol pára o curso p'ra bem de admirar-te
-- O sol, o grande sol, o misto das idéias.

A velha natureza escreve-te odisséias...
A estrela, a nívea concha, o arbusto... em toda a parte


[Linha 9650 de 10004 - Parte 4 de 4]


Retumba a doce orquestra que ousa proclamar-te
Assombro do ideal, em duplas melopéias!

Perpassam vagos sons na harpa do mistério
Lá, quando no proscênio te ergues imperando
-- Oh! Íbis magistral do mundo azul -- sidério!

Então da imensidade, audaz vem reboando
De palmas o tufão, veloz, febril, aéreo
Que cai dentro das almas e as vai arrebatando!...



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SONETO

Dizem que a arte é a clâmide de idéia
A peregrina irradiação celeste,
E d'isso a prova singular já deste
Sorvendo d'ela a divinal sabéia!.

Da "Georgeta" na feliz estréia,
Asseverar-nos ainda mais vieste
Que és um gênio, que te vás de preste
Tornando o assombro de qualquer platéia!...

Sinto uns transportes fervorosos, ledos
Quando nas cenas de sutis enredos
Fulgem-te os olhos co'a expressão dos astros!...

E as turbas mudas, impassíveis, calmas
Sentem mil mundos lhes crescer nas almas...
Vão-te seguindo os luminosos rastros!...



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SONETO

Um dia Guttemberg c'o a alma aos céus suspensa,
Pegou do escopro ingente e pôs-se a trabalhar!
E fez do velho mundo um rútilo alcançar


[Linha 9700 de 10004 - Parte 4 de 4]


Ao mágico clangor de sua idéia imensa!

Rolou por todo o globo a luz da sacra imprensa!
Ruiu o despotismo no pó, a esbravejar...
Uniram-se n'um lago, o céu, a terra, o mar...
Rasgou-se o manto atroz da horrível treva densa!...

Ergueram-se mil povos ao som das melopéias,
Das grandes cavatinas olímpicas da arte!
Raiou o novo sol das fúlgidas idéias!...

Porém, quem lance luz maior por toda a parte
És tu, sublime atriz, ó misto de epopéias
Que sabes no tablado subir, endeusar-te!...



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SONETO

É delicada, suave, vaporosa,
A grande atriz, a singular feitura...
É linda e alva como a neve pura,
Débil, franzina, divinal, nervosa!...

E d'entre os lábios setinais, de rosa
Libram-se pérolas de nitente alvura...
E doce aroma de sutil frescura
Sai-lhe da leve compleição mimosa!...

Quando aparece no febril proscênio
Bem como os mitos do passado, ingentes,
Bem como um astro majestoso, helênio...

Sente-se n'alma as atrações potentes
Que só se operam ao fulgor do gênio,
As rubras chispas ideais, ferventes!...



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SONETO


[Linha 9750 de 10004 - Parte 4 de 4]



Imaginai um misto de alvoradas
Assim com uns vagos longes de falena,
Ou mesmo uns quês suaves de açucena
C'os magos prantos bons das madrugadas!...

Imaginai mil cousas encantadas...
O tímido dulçor da tarde amena,
As esquisitas graças de uma Helena,
As vaporosas noites estreladas...

Que encontrareis então em Julieta
O tipo são, fiel da Georgeta
Nos dois brilhantes, primorosos atos!...

E sentireis um fluido magnético
Trêmulo, nervoso, mórbido, patético,
Bem como a voz dos langues psicattos!...



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SONETO

Parece que nasceste, oh! pálida divina,
Para seres o farol, a luz das puras almas!...
Parece que ao estridor, ao frêmito das palmas
Exalças-te feliz a plaga cristalina!...

Parece que se partem, angélica Bambina,
As campas glaciais dos Tassos e dos Talmas,
Lá quando no tablado as turbas sempre calmas
Transmutas em vulcão, em raio que fulmina!...

E quando majestosa, em lance sublimado
Dardejas do olhar, olímpico, sagrado
Mil chispas ideais, titânicas, ardentes!...

Então sente-se n'alma o trêmulo nervoso
Que deve ter o mar, fantástico, espumoso
Nos grossos vagalhões, indômitos, frementes!!...



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[Linha 9800 de 10004 - Parte 4 de 4]





SONETO

Quando apareces, fica-se impassível
E mudo e quedo, trêmulo, gelado!...
Quer-se ficar com atenção, calado,
Quer-se falar sem mesmo ser possível!.

Anda-se c'o a alma n'um estado horrível
O coração completamente ervado!...
Quer-se dar palmas, mas sem ser notado,
Quer-se gritar, n'uma explosão temível!...

Sobe-se e desce-se ao país das fadas,
Vaga-se co'as nuvens das mansões douradas
Sob um esforço colossal, titânico!...

E as idéias galopando voam...
Então lá dentro sem parar, ressoam
As indomáveis convulsões do crânio!!...



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SONETO

Lágrimas da aurora, poemas cristalinos
Que rebentais das cobras do mistério!
Aves azuis do manto auri-sidério...
Raios de luz, fantásticos, divinos!...

Astros diáfanos, brandos, opalmos,
Brancas cecens do Paraíso etéreo,
Canto da tarde, límpido, aéreo,
Harpa ideal, dos encantados hinos!...

Brisas suaves, virações amenas,
Lírios do vale, roseirais do lago,
Bandos errantes de sutis falenas!...

Vinde do arcano n'um potente afago
Louvar o Gênio das mansões serenas,
Esse Prodígio singular e mago!!...



[Linha 9850 de 10004 - Parte 4 de 4]




Índice




JULIETA DOS SANTOS
Tu passas rutilante em toda a parse
Oh! sol de nossa pátria, oh! sol da arte!...
(Virgílio Várzea)

Quando eu te vi pela primeira vez no palco
Avassalando as almas,
N'um referver de palmas,
Cheia de vida e cândido lirismo!
Senti na mente uns divinais tremores...
E louco e louco,
A pouco e pouco
Vi rebentar o inferno cataclismo!...

Mil pensamentos galoparam, céleres
Por minha fronte
E do horizonte
Quis arrancar os astros diamantinos,
Para arrojá-los a teus pés mimosos
E arrebatado,
Fanatizado
Por entre um mar de cintilantes hinos!...

Esse teu busto, a genial cabeça
Tão bem talhada
E burilada
Com o escopro límpido da arte,
Tem umas puras fulgurações suaves
E a tu'alma
Ardente ou calma
Os corações arrasta por toda a parte!...

A encarnação tu és das maravilhas,
A doce aurora,
Branda e sonora
Das teatrais e lucidas idéias!...
Tens no olhar o filtro que arrebata
E és profética
E magnética,
Possuis na voz o som das melopéias!...

És a escolhida pare as grandes lutes
Esplendorosas


[Linha 9900 de 10004 - Parte 4 de 4]


E majestosas!...
E sobre os débeis, delicados ombros,
Bem como Homero a sua lira d'ouro,
Resplandecente,
Trazes pendente
O Infinito enorme dos assombros!...

Quando apareces tudo ri e chore,
Se endeusa, agita,
Como que palpita
N'uma explosão de férvidos louvores!.
E o potentado mais febril da terra
Gagueja um bravo,
E faz-se escravo
O mais severo e nobre dos senhores!...

A Dejaset, uma Favart, Rachel,
O João Caetano
Como um arcano
Imperscrutável, hórrido, terrível!...
Quebram as louças sepulcrais e frias
E te louvando
Vão reinando...
Dizem que é sonho, é mito, é impossível!

Oh! tu nasceste para suplantar, JULIETA
Os grandes mundos,
Os mais profundos
D'ess'arte bela, magistral, divina!...
E esse olhar tão expressivo e terno
Já eletriza
E cauteriza...
É como um raio que a corações fulmina!...

Que sol é este, vão bradando os pólos,
Tão sobranceiro,
Que o brasileiro
O vasto império confundindo está?!...
Venham teólogos, venham sábios... todos
Venham troianos,
Venham germanos,
Venham os vultos da Caldéia, lá!...

Oh! resolvei o mais atroz problema,
Fundo mistério,
Alto, sidério
Do gênio altivo na criança, ali!...
Vamos, natura, rasga o véu dos medos,
Dizei ó mares,
Falai luares,


[Linha 9950 de 10004 - Parte 4 de 4]


Sombras dos bosques, respondei-me aqui!...

Astros da noite, tempestades, ventos
Erguei as vozes,
Falai velozes
N'um som estranho, n'um clangor audaz!...
E respondei-me e explicai ao orbe
Se essa menina,
Que nos fascina
É um fenômeno ou outro tanto mais!...

Tudo emudece na natura imensa
E desde os Andes,
Dos cedros grandes
Ao verme, à pedra, às amplidões do mar!...
Tudo se oculta na invisível raia
No espaço a bruma,
No mar a espuma
Vão-se esgarçando também, a se ocultar!...

Tudo emudece na natura imensa
Quando na cena
Surges serena
Como a visão das noites infantis!
Dos olhos vivos dos que são teus adeptos
Bem como prata
Eis se desata
A aluvião de lágrimas febris!...

É que tu tens esse poder superno
Real, sublime
Que até ao crime
Faz arrastar o mísero mortal!
É que tu és a embrionária horrível,
Mística, ingente
Que de repente
Fazes de um ser estúpido animal!...

Tudo emudece na natura imensa
Desde nos campos
Os pirilampos
Até as grimpas colossais do céu!...
Tudo emudece e até eu JULIETA,
Já delirante
Vou vacilante
Cair-te aos pés como um servil, um réu!!...


FIM DA OBRA !!!

FIM DA OBRA !!!

FIM DA OBRA !!!


O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa - Parte 1 de 4
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O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa - Parte 2 de 4
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O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa - Parte 3 de 4
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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa - Parte 3 de 4


O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa - Parte 3 de 4

O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa



Levantai-vos potentes

Altanados, ingentes



E fazei-vos Criseus!
Só quem pode vergar-vos
E pensar obumbrar-vos
Mais ninguém -- é só Deus!

Não fiqueis ignavos
Que o futuro dá bravos
Vos dizendo -- estudai!
Sois humanos -- portanto
Se há de trevas um manto
Apressai-vos, rasgai!

Nossa pátria querida
Necessita mais vida,
Necessita crescer!
É preciso contudo
Que tenhais como escudo
Quem vos mostra o saber!

E de obreiros altivos,
Que sereis redivivos
Que sereis imortais,
Achareis vossos nomes
Vossos grandes renomes
Nas mansões divinais!

Perdoai-me estas flores
Que tão murchas, sem cores
Nada podem valer!
São ofertas sinceras
Arrancadas deveras
Para vir vos trazer!

Palinuros -- à frente
Esse trilho é ridente
Dás-vos honra, louvor!
Quem o braço vos guia
Nunca, nunca entibia --
-- É artista... e pintor!

É a vós a quem falo
E se hoje eu não calo
Estas vãs expressões!
É que a louca alegria
Em minh'alma irradia
Com fulgentes clarões!



[Linha 5050 de 10004 - Parte 3 de 4]


O trabalho enobrece
Glorifica, engrandece
Aos artistas quais vós!
Que zombando da sorte
Têm a tela por norte
Os pincéis por faróis!

Eia! nessa carreira
Qual a nau sobranceira
Indo o mar a fender!
Quando há negros abrolhos,
Mil cachopos, escolhos
É mais belo o vencer!

Se o lutar é dos grandes
Que são gêmeos dos Andes
Que não sabem tombar!
Colhereis uma glória
Mais suprema memória,
Trabalhando, a lutar!

Deus, o Deus sublimado
Disse ao homem num brado,
Da sidérea mansão!
-- Vai depressa arrimar-te
Aos arcanos da arte,
Que terás um bordão!

Onde há braços d'artista
E seu ponto de vista
Decepar escarcéus!
E seu gládio seguro
Vai cavar o futuro
Vai rasgar negros véus!

E lá quando os vindouros
Vos c'roarem de louros
Vos erguerem docel!
Bradarão altaneiros:
-- Exultai brasileiros,
Ressurgiu Rafael!

Não temais os insanos,
Insensatos humanos
Bajulantes e maus!
Trabalhai muito embora!
Há de vir uma aurora
P'ra arrancá-los do caos!

Away, estudantes


[Linha 5100 de 10004 - Parte 3 de 4]


Sois vergônteas pujantes
A lauréis tendes jus!
Caminhai com coragem,
Qu'esta é a romagem
Dos apóstolos da luz!!!...


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AO DECÊNIO DE CASTRO ALVES
Quem sempre vence e o porvir!

No espadanar das espumas
Que vão à praia saltar!
Nos ecos das tempestades
Da bela aurora ao raiar,
Um brado enorme, profundo,
Que faz tremer todo o mundo
Se deixa logo sentir!
E como o brado solene,
Ingente, celso, perene,
É como o brado: -- Porvir!

Pergunta a onda: -- Quem é?...
Responde o brado: -- Sou eu!
Eu sou a Fama, que venho
C'roar o vate, o Criseu!
Dormi, meu Deus, por dez anos
E da natura os arcanos
Não posso todos saber!
Mas como ouvisse louvores
De glória, gritos, clamores,
Também vim louros trazer.

Fatalidade! -- Desgraça!
Fatalidade, meu Deus!
Passou-se um gênio tão cedo,
Sumiu-se um astro nos céus!
As catadupas d'idéias,
De pensamento epopéias
Rolaram todas no chão!
Saindo a alma pra glória
Bradou pra pátria -- vitória!
Já sou de vultos irmão!

Foi Deus que disse: -- Poeta,


[Linha 5150 de 10004 - Parte 3 de 4]


Vem decantar a meus pés.
Na eternidade há mais luz,
Dão mais valor ao que és.
Se lá na terra tens louros,
Receberás cá tesouros
De muitas glórias até!
Terás a lira adorada
C'o divo plectro afinado
De Dante, Tasso e Garret!

Então na terra sentiu-se
Um grande acorde final!
O belo vate brasíleo
Pendeu a fronte imortal!
O negro espaço rasgou-se
E aquele gênio internou-se
Na sempiterna mansão.
A sua fronte brilhava
E o áureo livro apertava
Sereno e ledo na mão...

E o mundo então sobre os eixos
Ouviu-se logo rodar!
É que ele mesmo estremece
A ver um vulto tombar.
É que na queda dos entes
Que são na vida potentes,
Que têm nas veias ardor,
Há cataclismos medonhos
Que só sentimos em sonhos
Mas que nos causam terror!...

E o coração s'estortega
E s'entibia a razão!
No peito o sangue enregela
E logo a história diz: -- Não!
Não chore a pátria esse filho,
Se procurou outro trilho
Também mais glórias me deu!
E quando os séculos passarem
Se hão de tristes curvarem
Enquanto alegre só eu?...

Oh! Basta! Basta! Silêncio!
Repousa, vate, nos Céus!
Que muito além dos espaços
Os cantos subam dos teus!
Se nesta vida d'enganos
Não são bastante os humanos
Pra te render ovações!


[Linha 5200 de 10004 - Parte 3 de 4]


Perdoa os fracos, ó gênio,
Que pra cantar teu decênio
Somente Elmano ou Camões!


Índice



ENTRE LUZ E SOMBRA
Ao dia 7 de Setembro
Libertas Lux Dei!!...

Surge enfim o grande astro
Que se chama Liberdade!...
Dos sec'los na imensidade
Eterno perdurará!...
Como as dulias matutinas
Que reboam nas colinas,
Nas selvas esmeraldinas
Em honra ao celso Tupá!...

Eram só cinéreas nuvens
Os brasíleos horizontes!
Curvadas todas as frontes
Caminhavam no descrer! --
As brisas nem murmuravam...
Os bosques nem soluçavam...
Os peitos nem se arroubavam...
-- Estava tudo a morrer!...

De repente, o sol formoso
Vai as nuvens esgarçando.
As almas vão palpitando,
Cintilam magos clarões!...
E o Índio fraco, indolente
Fazendo esforço potente
Dos pulsos quebra a corrente,
Biparte os acres grilhões!...

Por terra tomba gemendo
O vão, atroz servilismo...
Rui a dobrez no abismo...
Eis a verdade de pé!...
Enfim!... exclama o silvedo
Enfim!... lá diz quase a medo
Selvagem, nu Aimoré!...



[Linha 5250 de 10004 - Parte 3 de 4]


Assim, brasílea coorte,
Falange excelsa de obreiros,
Soberbos,.almos luzeiros
De nossa gleba gentil,
Quebrai os elos d'escravos
Que vivem tristes, ignavos,
Formando delas uns bravos
-- P'ra glória mais do Brasil!...

Lançai a luz nesses crânios
Que vão nas trevas tombando
E ide assim preparando
Uns homens mais p'ro porvir!
Fazei dos pobres aflitos
Sem crenças, lares, proscritos,
Uns entes puros, benditos
Que saibam ver e sentir!...

Do carro azul do progresso
Fazei girar essa mola!
Prendei-os sim, -- mas à escola
Matai-os sim, -- mas na luz!
E então tereis trabalhado
O negro abismo sondado
E em nossos ombros levado
Ao seu destino essa cruz!!...

Fazei do gládio alavanca
E tudo ireis derribando;
Dormi, co'a pátria sonhando
E tudo a flux se erguerá!
E a funda treva cobarde
Sentindo homérico alarde,
Embora mesmo que tarde
Curvada assim fugirá!...

Enfim!... os vales soluçam
Enfim!... os mares rebramam
Enfim!... os prados exclamam
Já somos livre nação!!...
Quebrou-se a estátua de gesso...
Enfim!... -- mas não... estremeço,
Vacilo... caio, emudeço...
Enfim de tudo inda não!!...


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[Linha 5300 de 10004 - Parte 3 de 4]



SETE DE SETEMBRO

Liberdade! Independência!...
Eis os brados grandiosos
Que quais raios luminosos
Fulguraram lá nos céus!...
Eis a mágica -- Odisséia
Que duns lábios rebentando,
Foi o povo transformando,
Foi rompendo os negros véus!...

As colinas, prados, montes,
As florestas seculares
-- Os sertões, os próprios mares
Exultaram com fervor!
E os brados retumbaram
Pela lúcida devesa,
Pela virgem natureza
Com homérico clangor!...

Qual artista consumado,
Qual um velho estatuário
Do Brasil no azul sacrário,
Essa data vos traçou,
-- O triunfo mais pujante,
A eleita das idéias,
A major das epopéias
-- Q'inda igual não se gerou!...

Mas embora, meus senhores
Se festeje a Liberdade,
A gentil Fraternidade
Não raiou de todo, não!...
E a pátria dos Andradas
Dos -- Abreu, Gonçalves Dias
Inda vê nuvens sombrias,
Vê no céu fatal bulcão!...

Muito embora Rio Branco,
Esse cérebro profundo
Que passou por entre o mundo,
Do Brasil como um Tupã!...
Muito embora em catadupas
Derramasse o verbo augusto,
Da nação no enorme busto
Inda a mancha existe, há!...

É preciso com esforço,


[Linha 5350 de 10004 - Parte 3 de 4]


Colossal, estranho, ingente,
Ir o cancro, de repente
Esmagar que nos corrói!...
É preciso que essa Deusa,
A excelsa Liberdade,
Raie enfim na Imensidade
Mais altiva como sói!...

Sai da larva a borboleta
Com as asas auriazuis
E um disco vai -- de luz
A deixar onde passou!
No entanto o grande berço
Das façanhas de Cabrito
Inda espera um novo grito
Como o -- Basta -- de Waterloo!...

Eu bem sei que Guttemberg
Que esse Fulton primoroso
Faust, Kepler grandioso
Trabalharam té vencer!
Mas embora tropeçassem
Acurando os seus eventos,
Tinham sempre tais portentos
A vontade por poder!...

Eia! sim! -- p'ra Liberdade
Irrompei qual verbo eterno,
Como o -- Fiat -- superno
Pelos ares a rolar!
Eia! sim! -- que nossa pátria
Só precisa -- mas de bravos...
E em prol desses escravos
Seu dever é trabalhar!!...

Somos filhos dessa gleba
Majestosa aonde o gênio
Como o astro do proscênio
Solta as asas, mui febril!
Dos selvagens Tiaraiús
E dos brônzeos Guaicurus...
Somos filhos do Brasil!...

Esperemos, tudo embora!...
Pois que a sã locomotiva,
Do progresso imagem viva
Não se fez a um sopro vão!.
Aguardemos o momento
Das mais altas epopéias,
Quando o gládio das idéias


[Linha 5400 de 10004 - Parte 3 de 4]


Empunhar toda a nação!...

Esperemos mais um pouco
Q'inda há almas brasileiras
Que se lembrarão, sobranceiras,
Que é preciso progredir!...
Inda há peitos valerosos
Que combatem descobertos
Por florestas, por desertos,
Mas c'os olhos no porvir!...

Inda há lúcidas falanges
Lutadores denodados
Que se erguem transportados
Burilando a sã razão!...
Inda há quem se recorde
Do Egrégio Tiradentes
Que do sangue as gotas quentes
Derramou pela nação!!...

Já nas margens do Ipiranga
Patrióticos acentos
Vão alados como os ventos
Pelos páramos azuis!!...
Vamos! Vamos! -- eia! exulta,
Jovem pátria dos renomes...
-- Vibra a lira, Carlos Gomes!
Bocaiúva, espalha luz!!...


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TRÊS PENSAMENTOS

Nasceste no Brasil -- filha d'América,
Tu sabes conservar nas débeis veias
No lúcido pulmão
O sangue efervescente e purpurino
A força de subir ao céu da história.
As lutas da razão!...

Nasceste no Brasil -- em meio às plagas
Da grande natureza mais pujante
E cheia de arrebol!...
E sabes obumbrar os astros fulvos
E lanças raios mil por toda a parte,


[Linha 5450 de 10004 - Parte 3 de 4]


Soberba como o sol!...

Nasceste no Brasil e o eco ovante
Das glórias sublimadas que tu colhes
Por este céu azul,
Vem férvido, viril e acentuado
Assaz repercutir com mais verdade
Aqui... aqui no sul!...


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PARANAGUADAS

Que importa que tu fales
Que importa que tu files
Que importa que não cales,
Que importa que tu fales
Que importa que te rales,
Que importa-me essa bílis
Que importa que tu fales
Que importa que tu files.


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QUESTÃO BROCARDO

-- Pife, pufe, pafe, pefe
Pafe, pefe, pife, pufe --
A cacholeta no chefe --
-- Pife, pufe, pafe, pefe
Estoure como um tabefe
E o ventre de raiva entufe --
-- Pife, pufe, pafe, pefe
Pafe, pefe, pife, pufe!


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[Linha 5500 de 10004 - Parte 3 de 4]



SEMPRE

Se é certo que o amor é um bem profundo
Se é certo que o amor é um sol ardente,
Eu hei de amar-te sempre neste mundo
E sempre, sempre, sempre -- eternamente.


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BEIJOS

Nesta Tebaida infinita
Da vida, na sombra oculto,
Eu gosto de olhar o vulto
De uma criança bonita.

Porque afinal as crianças,
Como eu deslumbro-me ao vê-las,
Cintilam como as estrelas,
Florescem como esperanças.

Dentro de mim se projeta
A luz cambiante dos prismas
E batem asas as cismas
Qual passarada irrequieta.

E batem asas e ruflam,
Pelas artísticas plagas,
As auras que as grandes vagas
Dos fundos mares insuflam.

E digo, ó mães, se uma aurora
Fosse a minh'alma sincera,
Os clarões todos eu dera
A uma criança que chora.

Porque se a luz fortalece
Arbustos e as andorinhas,
Também por certo às criancinhas
Conforta, avigora, aquece.

E eu que aplaudo e que rimo
Tudo isso que a luz se regre,
Na vibração mais alegre
As criancinhas estimo.


[Linha 5550 de 10004 - Parte 3 de 4]



Portanto, assim, sem refolhos
Beijando a Olga, beijando
Meus sonhos vão, irradiando,
Se derramar em seus olhos!


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QUESTÃO BROCARDO

Triolé fura essa pança
Do Delegado -- es um russo,
Revolução n'esta dança...
Triolé fura essa pança,
Fura, fura como a lança
Ou como no boi um chuço;
Triolé fura essa panca
Do Delegado -- és um russo.


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__________

Pinto, pinta -- ponta à ponta
Tanta ponta, Pinto pinta
Que pinta se pinta a pinta
Pinto -- pinta -- ponta à ponta.
Pinto é ponto mas não ponta
Mas se pinta por um pinto
E já que o Pinto se pinta
Eu pinto-lhe a pinta ao Pinto.


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PIRUETAS

Finou-se um tal inglês


[Linha 5600 de 10004 - Parte 3 de 4]


Gastrônomo e patife
Que tanto -- de uma vez
Comeu, comeu e esparramou-se em bife;
Que um dia de jejum,
Pela pança rotunda e quixotesca,
Teve um parto... comum,
Um feto original... de came fresca.


Índice



AS DEVOTAS

I
Enquanto o sino bimbalha,
Bimbalha, bimbalha e tine,
Lançai do olhar a migalha
-- Enquanto o sino bimbalha --
À raça que se amortalha
No horror que não se define...
Enquanto o sino bimbalha
Bimbalha, bimbalha e tine.

II
Perto da Igreja a senzala,
O Cristo junto aos escravos
E, pois, deveis visitá-la,
Perto da Igreja, a senzala
E procurar transfarmá-la
Da luz às palmas, aos bravos!...
Perto da Igreja a senzala,
O Cristo junto aos escravos.

III
E tão-somente por isto
Enquanto o sino bimbalha,
Bem antes de terdes visto
-- E tão-somente por isto --
Todo o martírio do Cristo,
O vosso amor que lhes valha,
E tão-somente por isto,
Enquanto o sino bimbalha.


Índice



[Linha 5650 de 10004 - Parte 3 de 4]



__________

De claque, casaca e luva,
De luva, casaca e claque
Ao rendezvous da viúva,
De claque, casaca e luva,
Tu vais -- arrostas a chuva
No macadam -- plaque, plaque...
De claque, casaca e luva,
De luva, casaca e claque.


Índice



[MEUS ESPLÊNDIDOS...]

Meus esplêndidos desejos
Emigram, como beijos,
Pelo azul espaço, em curvas,
Rasgando essas brumas turvas;
Pelo sol das primaveras,
Batendo as asas brancas,
Como, batem, quimeras...
...............................................
Voai, andorinhas francas!


Índice



__________

Nunca se cala o Callado
E sempre o Callado, fala
Callado que não se cala,
Nunca se cala o Callado,
Callado sem ser calado,
Callado que é tão falado...
Nunca se cala o Callado
E sempre o Callado, fala.



[Linha 5700 de 10004 - Parte 3 de 4]


Índice



__________

Estoure como o champagne
O triolé -- pule e salte
E como os gatos arranhe,
Estoure como o champagne
E a cara dos erros lanhe
E como o sol nunca falte...
Estoure como o champagne
O triolé -- pule e salte.


Índice



__________

Parece um céu estrelado
Esta vida de nós dois
Depois d'aquele passado...
Parece um céu estrelado
Largo, puro, undiflavado
Depois do pesar, depois,
Parece um céu estrelado
Esta vida de nós dois.


Índice



__________

Levantem esta bandeira
Da posição de farrapo;
Da terra azul brasileira
Levantem esta bandeira
Que sente o horror da esterqueira
Da escravidão -- negro sapo.
Levantem esta bandeira
Da posição de farrapo.



[Linha 5750 de 10004 - Parte 3 de 4]



Índice



OLHARES

Teus traquinantes olhinhos
Continhas, Ziza, parecem;
Zigzagam sempre, tontinhos
Teus traquinantes olhinhos;
Tão pretos, tão redondinhos
Olhinhos que me embevecem,
Teus traquinantes olhinhos
Continhas, Ziza, parecem.


Índice



__________

Nas explosões de bons risos
Os triolés petulantes
Chocalhem, tinam, precisos
Nas explosões de bons risos,
Tilintem como mil guisos
Sonoros, raros, vibrantes
Nas explosões de bons risos,
Os triolés petulantes.


Índice



__________



Triolé -- pega estes zotes
E dá-lhes de baixo acima
Preso ao trapézio da rima
Na mais artística esgrima
D'estouros e piparotes,
Preso, ao trapézio da rima
Triolé -- pega estes zotes.


[Linha 5800 de 10004 - Parte 3 de 4]



Índice



GRITO DE GUERRA
Aos senhores que libertam escravos

Bem! A palavra dentro em vós escrita
Em colossais e rubros caracteres,
É valorosa, pródiga, infinita,
Tem proporções de claros rosicleres.

Como uma chuva olímpica de estrelas
Todas as vidas livres, fulgurosas,
Resplandecendo, -- vós tereis de vê-las
Rolar, rolar nas vastidões gloriosas.

Basta do escravo, ao suplicante rogo,
Subindo acima das etéreas gazas,
Do sol da idéia no escaldante fogo,
Queimar, queimar as rutilantes asas.

Queimar nas chamas luminosas, francas
Embora o grito da matéria apague-as;
Porque afinal as consciências brancas
São imponentes como as grandes águias.

Basta na forja, no arsenal da idéia,
Fundir a idéia que mais bela achardes,
Como uma enorme e fulgida Odisséia
Da humanidade aos imortais alardes.

Quem como vós principiou na festa
Da liberdade vitoriosa e grande,
Há de sentir no coração a orquestra
Do amor que como um bom luar se expande.

Vamos! São horas de rasgar das frontes
Os véus sangrentos das fatais desgraças
E encher da luz dos vastos horizontes
Todos os tristes corações das raças...

A mocidade é uma falena de ouro,
Dela é que irrompe o sol do bem mais puro:
Vamos! Erguei vosso ideal tão louro
Para remir o universal futuro...



[Linha 5850 de 10004 - Parte 3 de 4]


O pensamento é como o mar -- rebenta,
Ferve, combate -- herculeamente enorme
E como o mar na maior febre aumenta,
Trabalha, luta com furor -- não dorme.

Abri portanto a agigantada leiva,
Quebrando a fundo os espectrais embargos,
Pois que entrareis, numa explosão de seiva,
Muito melhor nos panteões mais largos.

Vão desfilando como azuis coortes
De aves alegres nas esferas calmas,
Na atmosfera espiritual dos fortes,
Os aguerridos batalhões das almas.

Quem vai da sombra para a luz partindo
Quanta amargura foi talvez deixando
Pelas estradas da existência -- rindo
Fora -- mas dentro, que ilusões chorando.

Da treva o escuro e aprofundado abismo
Enchei, fartai de essenciais auroras,
E o americano e fértil organismo
De retumbantes vibrações sonoras.

Fecundos germens racionais produzam
Nessas cabeças, claridões de maios...
Cruzem-se em vós -- como também se cruzam
Raios e raios na amplidão dos raios.

Os britadores sociais e rudes
Da luz vital às bélicas trombetas,
Hão de formar de todas as virtudes
As seculares, brônzeas picaretas.

Para que o mal nos antros se contorça
Ante o pensar que o sangue vos abala,
Para subir -- é necessário -- é força
Descer primeiro a noite da senzala.


Índice



__________

Da Lua aos raios prateados
Que no horizonte se espargem,
Como fulguram os prados


[Linha 5900 de 10004 - Parte 3 de 4]


Da lua aos raios prateados,
Há vagos silfos alados
Do rio azul pela margem
Da lua aos raios prateados
Que no horizonte se espargem.


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__________

Teus olhos belos por dentro
De grandes colorações,
Parecem ter pelo centro
Teus olhos belos por dentro
A luz vital onde eu entro
E saio imerso em clarões...
Teus olhos belos, por dentro
De grandes colorações.


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ADALZIZA

Tens um olhar cintilante,
Tens uma voz dulçurosa,
Tens um pisar fascinante,
Tens um olhar cintilante
Cheio de raios, faiscante
Ó criatura formosa,
Tens um olhar cintilante,
Tens uma voz dulçurosa!...


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[TEUS OLHOS]

Teus olhos -- esses carinhos,
Esse casal de ilusões
Tão doces como os arminhos,


[Linha 5950 de 10004 - Parte 3 de 4]


Teus olhos -- esses carinhos
Parecem ser os dois ninhos
Das minhas consolações,
Teus olhos -- esses carinhos
Esse casal de ilusões!...


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SER PÁSSARO

Ah! Ser pássaro! ter toda a amplidão dos ares
Para as asas abrir, ruflantes e nervosas,
Dos parques através e dos moitais de rosas,
Nos floridos jardins, nas hortas e pomares.

Ser pássaro, cantar, subir, voar na altura,
Pelos bosques sem fim, perder-se nas florestas,
Das folhagens do campo em meio da espessura,
Das auroras de abril nas cristalinas festas.

Tecer no tronco seco ou no tronco viçoso
O quente lar do amor, o carinhoso ninho,
De onde sairá mais tarde o pipilar mavioso
De um outro mais gentil e meigo passarinho.

Não temer o verão e não temer o inverno
Para tudo alcançar na leve subsistência,
No contínuo lidar, no labutar eterno,
Que é talvez da alegria a mais feliz essência.

Viver, enfim, de luz e aromas delicados
Nascido dentre a luz, gerado dentre aromas,
Sonorizando o azul, sonorizando os prados
E dormindo da flor sob as cheirosas comas.

Voar, voar, voar, voar eternamente,
Extinguir-se a voar, no matinal gorjeio,
E ser pássaro, é ter em cada asa fremente
Um sol para aquecer o frio de algum seio.


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[Linha 6000 de 10004 - Parte 3 de 4]


O BOTÃO DE ROSA
A uma atriz

O campo abrira o seio às expansões frementes
Das árvores senis, dos galhos viridentes.

Caía a tarde fresca
Loira, gentil, vivaz como a canção tudesca.
A iluminada esfera
Calma, profunda, azul como um sonhar de virgem,
Dava um brilho-cetim às verdes folhas d'hera.
No ar uma harmonia avigorada e casta,
No crânio uma vertigem
Duma idéia viril, duma eloqüência vasta.

Tardes formosíssimas,
Ó grande livro aberto aos geniais artistas,
Como tanto alargais as crenças panteístas,
Como tanto esplendeis e como sois riquíssimas.

Quanta vitalidade indefinida, quanta,
Na pequenina planta,
No doce verde-mar dos trêmulos arbustos,
Que misticismo, justos,
Bebia a alma inteira ao devassar o arcano
Das árvores titãs, das árvores fecundas
Que tinham, como o oceano,
Febris palpitações intérminas, profundas.

Esplêndidas paisagens
Opunhas o largo campo às vistas deslumbradas.
As múrmuras ramagens,
À luz serena e terna, à luz do sol -- que espadas
De fogo arremessava, em frêmitos nervosos,
Pelo côncavo azul dos céus esplendorosos,
Tinham falas de amor, segredos vacilantes
Finos como os brilhantes.

A música das aves
Cortava o éter calmo, em notas multiformes,
Límpidas e graves
Que estouravam no ar em convulsões enormes.
Aqui e além um rio
Serpejava na sombra, em meio de um rochedo
Áspero e sombrio.
O olhar perscrutador, o grande olhar, sem medo
E o espírito mudo,
Como um herói gigante avassalavam tudo...

Nuns madrigais risonhos


[Linha 6050 de 10004 - Parte 3 de 4]


Abria-se o país fantástico dos sonhos.
Alavam-se os aromas
Leais, inexauríveis
Das largas e invisíveis
Selváticas redomas.

A seiva rebentava
Em ondas -- irrompia
Na doce e maviosa e plácida alegria
De uma ave que cantava,
Dos belos roseirais
Que ostentavam a flux as rosas virginais.

E as jubilosas franças
Dos árvoredos altos,
Rígidos, atléticos,
Derramavam no campo uns fluidos magnéticos
Dumas vontades mansas.

A doce alacridade ia explosindo aos saltos.
E toda a natureza
Robusta de saúde e estrênua de grandeza
Libérrima e vital,
Erguia-se pujante, audaz e redentora,
No gérmen material da força criadora,
Dentre a vida selvagem mística, animal...

Dos roseirais preciosos
Nos renques primorosos,
Numa linda roseira abria castamente,
Como um sonho de luz numa cabeça ardente,
O mais belo, o mais puro entre os botões de rosa.
Tinha essa cor formosa,
Tinha essa cor da aurora,
Quando ensangüentada em rubro a vastidão sonora

Era um botão feliz
Sorrindo para o Azul, zombando da matéria.
Tinha o leve quebranto e a maciez etérea
Que uma estrofe não diz.
Das pétalas macias,
Das pétalas sanguíneas,
Doces como harmonias
Brandas e velutíneas
Uns perfumes sutis se espiralavam, raros,
Pela mansão do Bem, pelos espaços claros.
Perfumes excelentes,
Perfumes dos melhores,
Perfumes bons de incógnitos Orientes.



[Linha 6100 de 10004 - Parte 3 de 4]


Matéria, não deplores
O viver natural dos vegetais alegres;
Eles são mais ditosos
Que os nababos e reis nos seus coxins pomposos;
E por mais que tu regres
Ó matéria fatal, a tua vida inteira,
No rigor da higiene;
E por mais que a maneira
Do teu grande existir, desse existir -- perene
De ironias e pasmos,
Explosões de sarcasmos
Tu completes, matéria -- ó humanidade ousada --
Com a ciência altanada;
E por mais que no século,
Tu mergulhes a idéia, o prodigioso espéculo,
Será sempre maior e exuberante e forte,
Ó matéria fatal,
Essa vida tão rica
Que se corporifica
Na valente coorte
Do poder vegetal.

Era um botão feliz,
Cuja roseira, impávida,
Ébria de aromas bons, ébria de orgulhos -- ávida
De completa fragrância,
Palpitava com ânsia
Desde a própria raiz.

E entanto o sol tombara e triunfantemente
Como um supremo Rubens,
Jorrando à curvidade etérea do poente,
O ouro e o escarlate, aprimorando as nuvens,
Numa distribuição simpática de cores,
De tintas e de luzes
De galas e fulgores
Rubros como o estourar dos fervidos obuses.

O cérebro em nevrose,
No pasmo que precede a augusta apoteose
De uma excelsa visão perfeitamente bela,
De uma excelsa visão em límpidos dóceis,
Exaltava o acabado artístico da Tela
E o gosto dos pincéis.

Caíam da amplidão em névoas singulares
Os pálidos crepúsculos.
Os fúlgidos altares
Do homem primitivo -- a relva, o prado, o campo
Onde ele ia buscar a força de uma crença


[Linha 6150 de 10004 - Parte 3 de 4]


Que então lhe iluminasse a alma escura e densa
Morriam de clarões -- os poderosos músculos
Da fértil mãe de tudo -- a natureza ingente --
Deixavam de bater. -- O olhar do pirilampo
Oscilava, tremia -- azul, fosforescente.

As sombras vinham, vinham
Lembrando um batalhão d'espectros que caminham
E a casta nitidez sintética das cousas
Tomava a proporção das funerárias lousas.

Completara-se então o mais extraordinário,
O mais extravagante
Dos fenômenos todos:
A noite. -- Enfim descera a treva do Calvário,
A treva que envolveu o Cristo agonizante.

Coaxavam negras rãs nos charcos e nos lodos.
A abóbada espaçosa, a física amplitude,
Mostrava a profundez da angústia de ataúde
De um operário pobre,
Quando se escuta o dobre
Amplíssimo e funéreo,
Sinistro e compassado,
Rolar pela mansão gloriosa do mistério,
Assim com um soluço aflito, estrangulado.

Devia ser, devia
Por uma noite assim,
Como esta noite igual,
Que derramou Maria
A lágrima da dor, -- que o célebre Caim
Sentiu do crânio as convulsões do Mal.


Mas o botão de rosa,
Traído pelo estranho zéfiro da sorte,
Rolou como uma cisma
Intensa e luminosa
Ardente e jovial em que a razão se abisma
E foi cair, cair no pélago da morte,
Em um dos mais raivosos,
Em um dos mais atrozes
Rios impetuosos,
Cheios de surdas vozes,
Sozinho, em desamparo, assim como um proscrito,
Em meio à placidez
Dos astros no infinito
E a mesma irracional e fúnebre mudez.



[Linha 6200 de 10004 - Parte 3 de 4]


Depois e além de tudo,
Além do grave aspecto inteiramente mudo,
Ao tempo que morria
O cândido botão -- em um dos tantos galhos
Virentes da roseira -- alegre no ar se abria
Um outro que ostentava as pétalas sedosas,
As pétalas gracis de cores deliciosas,
De cores ideais.

As auras musicais
Passavam-lhe de leve,
Nos tímidos rumores,
De um ósculo mais breve

E dentre a exposição das delicadas flores,
Das rosas -- o botão
Aberto ultimamente as cúpulas austeras,
As plagas da esperança, a irmã das primaveras,
Pendido um quase nada, esbelto na roseira,
Mostrava aquela unção,
A ínclita maneira
De quem se glorifica
Subindo ao céu azul da majestade pura,
Da eterna exuberância,
Da fonte sempre rica,
Da esplêndida fartura
Da luz imaculada -- a egrégia substância
Que faz das almas claras
Pela fecundidade olímpica do amor,
Magníficas searas,
De onde se difunde a vida sempiterna,
A vida essencial, a lei que nos governa,
A idéia varonil do poeta sonhador.

A arte especialmente, esse prodígio, atriz,
Como o botão de rosa
Tão meigo e tão feliz,
Pode ser arrojada e brutalmente, ao pego,
Na treva silenciosa,
Onde o espírito vai, atordoado e cego,
Cair, entre soluços,
Como um colosso ideal tombado ao chão de bruços,
Ou pode equilibrar-se em admirável base
Estética e profunda,
Assim, bem como o outro, a mais radiosa altura.

Deves sondá-la bem nesta segunda fase.
Precisas para isso uma alma mais fecunda.
Precisas de sentir a artística loucura.



[Linha 6250 de 10004 - Parte 3 de 4]



Índice



__________

Ó Adalziza dos sonhos;
Estrela dos firmamentos
Dos meus cantares risonhos
Ó Adalziza dos sonhos
Rasga esses véus enfadonhos
Dos teus louros pensamentos,
Ó Adalziza dos sonhos,
Estrela dos firmamentos.


Índice



__________

Enquanto este sangue ferve
Com força, com toda a força,
Palpite a fibra da verve
Enquanto este sangue ferve
Esmague-se o que não serve
Na treva o Mal se contorça,
Enquanto este sangue ferve,
Com força, com toda a força.


Índice



__________

Como um cisne, est'alma frisa
O mar de luz de teus olhos,
Ó simpática Adalziza
Como um cisne, est'alma frisa,
Vagueia, paira, desliza
Sem naufragar nos escolhos
Como um cisne, est'alma frisa
O mar de luz de teus olhos.


Índice


[Linha 6300 de 10004 - Parte 3 de 4]



__________

Merece o bom do Vidal
Que é mesmo um Joca de truz,
Ter também com o seu Fiscal,
Merece o bom do Vidal
Um banquete bambual,
De cem milhões de bambus
Merece o bom do Vidal
Que é mesmo um Joca de truz!


Índice



__________

Zulmira dos meus amores,
Zulmira das minhas cismas,
Resplandece como as flores,
Zulmira dos meus amores
Abre os olhos sedutores
Nos quais a minh'alma abismas,
Zulmira dos meus amores,
Zulmira das minhas cismas.


Índice



__________

Deixai que a minh'alma escassa
De luz -- aos astros emigre
Como gaivota que passa
Deixai que a minh'alma escassa
De amor -- na plúmbea desgraça
De atrozes garras de tigre,
Deixai que a minh'alma escassa
De luz -- aos astros emigre.


Índice



[Linha 6350 de 10004 - Parte 3 de 4]



__________

Quando ela está de colete,
Espartilhada, irradiante
Vestida de azul-ferrete
Quando ela está de colete
Em mim cruzando o florete
Do seu olhar -- que elegante
Quando ela está de colete,
Espartilhada, irradiante.


Índice



__________

Ó cintilante Quiquia,
Menina dos meus olhares,
Flor azul da simpatia,
Ó cintilante Quiquia,
Rasga este céu da alegria
Dos meus risonhos cantares,
Ó cintilante Quiquia,
Menina dos meus olhares.


Índice



__________

Olhos pretos, sonhadores
Ó celeste Carolina,
Como são esmagadores
Olhos pretos sonhadores,
Como vibram dos amores
A noss'alma cristalina,
Olhos pretos, sonhadores,
Ó celeste Carolina.


Índice



__________


[Linha 6400 de 10004 - Parte 3 de 4]



Se estala a estrofe de fogo,
Se explose a estrofe do Bem,
Como o verbo demagogo
Se estala a estrofe de fogo,
Não ceda o espírito ao rogo
Do Mal que os erros contêm,
Se estala a estrofe de fogo,
Se explose a estrofe do Bem!


Índice



AMOR!!...
Oferecido à Ilma. Sra. D. Pêdra
como prova de imensa amizade e profundo amor
que lhe consagra.
O Autor.

Amor, meu anjo, é sagrada chama
Que o peito inflama na voraz paixão,
Amo-te muito eu t'o juro ainda
Deidade linda que não tem senão!

Virgem formosa, d'encantos bela,
Gentil donzela, meu amor é teu.
Vou consagrar-te mil afetos tantos
Puros e santos qual também Romeu!

Flor entre as flores, a mais linda, altiva
Qual sensitiva, só tu és, ó sim.
Esses teus olhos sedutores, belos
De mil anelos, me pedirão a mim.

Anjo, meu anjo, eu te adoro e amo.
Por ti eu chamo nas horas de dor.
Sem ti eu sofro; um sequer instante
De ti perante só me dás valor.

Meu peito em ânsias só por ti suspira
Como da lira a vibrante voz!
Te vendo eu rio e senão gemendo
Vou padecendo saudade atroz!

Amor ardente de meu coração
Santa paixão em todo peito forte
Eu hei de amar-te até mesmo a vida


[Linha 6450 de 10004 - Parte 3 de 4]


Deixar, querida, e abraçar a morte!


Índice



__________


Ó Flora, ó ninfa das rosas,
Ó frescura dos morangos,
Abre as pupilas radiosas,
Ó Flora, ó ninfa das rosas,
Dá-me as estrelas formosas
Do olhar repleto de tangos,
Ó Flora, ó ninfa das rosas,
Ó frescura dos morangos.


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__________

Morena dos olhos pretos
Dos olhos pretos, morena,
Escuta os vagos duetos
Morena dos olhos pretos,
Faremos ambos, tercetos,
Com esta esfera serena,
Morena dos olhos pretos,
Dos olhos pretos, morena.


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Embora eu não tenha louros
Como esses grandes heróis
E nem da idéia os tesouros,
Embora eu não tenha louros,
Talvez nos tempos vindouros
Traduza o poema dos sóis,
Embora eu não tenha louros
Como esses grandes heróis.


[Linha 6500 de 10004 - Parte 3 de 4]



Índice



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Ó Alzira, Alzira, Alzira,
Estrela resplandecente,
Resplandecente safira,
Ó Alzira, Alzira, Alzira,
As vibrações desta lira,
Acorda do sono ardente,
Ó Alzira, Alzira, Alzira,
Estrela resplandecente.


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Aos relâmpagos sulfúreos
Na esfera zigue-zagando
Como esses pobres tugúrios,
Aos relâmpagos sulfúreos
Se douram, brilham purpúreos
Fulguram de quando em quando,
Aos relâmpagos sulfúreos
Na esfera zigue-zagando.


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À sombra espessa de um álamo
Quando nasceu-me a paixão,
Crescendo aos beijos do tálamo
À sombra espessa de um álamo
Que de harpas senti, que cálamo
Por dentro do coração
A sombra espessa de um álamo
Quando nasceu-me a paixão.



[Linha 6550 de 10004 - Parte 3 de 4]


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ROSA
a A. Moreira de Vasconcelos

Et, rose, elle a vécu ce que vivent les roses,
l'espace d'un matin.
(Malherbe)

Rosa -- chamava-se a estrela
Daquelas flóreas paragens;
Era escutá-la e era vê-la
Metida em brancas roupagens

Todas de pregas e tufos,
De laçarotes e rendas,
Ou mesmo ouvir-lhe os arrufos
Ou surpreender-lhe as contendas

Nas lindas tardes radiadas
Por cores de silforamas
E sentir logo, inspiradas
Do amor, as férvidas chamas.

Ela era um beijo fundido
Ao cintilar de uma aurora,
Um sonho eterno espargido
Nos belos sonhos de Flora.

E tinha uns longes sublimes
De grande força lasciva,
A transudar, como uns crimes
Do sangue, da carne altiva.

Contava tudo... mas tanto,
Em turbilhões, em cascata,
Que recordava esse canto
Uma garganta de prata.

E quando os poetas, rapazes,
A viam passar, vibrante,
Mostrando as curvas audazes,
Do corpo todo radiante,

Diziam de entre os primores
De estrofes mais dulçurosas:
-- Tu és a gêmea das flores,


[Linha 6600 de 10004 - Parte 3 de 4]


Das rosas, perfeitas rosas.

Convulsionado e sem regra
O coração nos palpita;
Andas alegre e se alegra
A gente quando te fita.

Tens umas coisas estranhas
Nas refrações da pureza...
Umas finuras tamanhas...
Uma sutil gentileza...

Ficas rosada se um tico
Alguém te diz, de mais franco...
Mas como fica tão rico,
Tão belo o rubro no branco,

Nesse grácil e tão claro,
Sereno e cândido rosto
Que é mesmo um céu puro e raro
Das alvoradas de agosto.

Depressa cobre-te o pejo
A face nova e adorada,
De sorte que sem desejo
És -- Rosa e ficas rosada.

Dos risos colhes a messe
E és doce como o conforto,
És casta como uma prece
Gemida ao lado de um morto.

Para que a dor não te obumbre
A glória de flores junca
Tua vida e, por isso, nunca
Nas mágoas terás vislumbre.

Permita o bom sol que inunda
De luz os bosques -- permita
Que sejas sempre fecunda
De gozo e sempre bonita.

Agora, quando alguém passa
Por onde a estrela morava,
Olhando pela vidraça
Bem junto da qual bordava,

Repara um silêncio triste
Na sala -- em crepes envolta,
Onde parece que existe


[Linha 6650 de 10004 - Parte 3 de 4]


Profunda lágrima solta.

E sente por dentro d'alma
Aquela angústia que esmaga
Bem como em noites sem calma
A vaga esmaga outra vaga.

Apenas as flores lindas
Que vendo Rosa morriam
Com brejeirices infindas
De invejas que renasciam,

Sem mais inúteis ciúmes,
Abrem os frescos pistilos,
Jogando aos céus, em perfumes,
Os seus melhores sigilos.

No entanto a luz soberana
Do amor desfilam as rimas
Dos poetas -- como um hosana
A quem já goza outros climas.

Rosa -- chama-se a estrela
Daquelas flóreas paragens;
Era escutá-la e era vê-la
Metida em brancas roupagens,

Para exclamar: -- Dentro dela
Existe a fibra gloriosa...
Ninguém viu coisa mais bela
Nem Rosa... tão bela rosa!...


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__________

Quando estás de laçarotes
E de plissês e fichus,
De rendas e de decotes,
Quando estás de laçarotes,
Toilette de chamalotes,
Quanto esplendor, quanta luz,
Quando estás de laçarotes
E de plissês e fichus.


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[Linha 6700 de 10004 - Parte 3 de 4]



__________

Da idéia nos mares jônios
A barca das tuas cismas
Soprada por bons favônios
Da idéia nos mares jônios,
Vai livre dos maus demônios,
Batida da luz dos prismas,
Da idéia nos mares jônios
A barca das tuas cismas.


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__________

-- Como um assombro de assombros
A rapariga -- um rainúnculo,
Da serra pelos escombros
Como um assombro de assombros,
Quando vê de enxada aos ombros
O noivo -- lembra um carbúnculo,
Como um assombro de assombros
A rapariga -- um rainúnculo.


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__________

-- Como fortes gargalhadas
Por um templo de cristal,
Sonoramente vibradas,
Como fortes gargalhadas,
Sinto idéias baralhadas
N'um frágil descomunal
Como fortes gargalhadas
Por um templo de cristal.


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[Linha 6750 de 10004 - Parte 3 de 4]



__________

Da bruma pelos países
Pelos países da bruma,
Longe dos astros felizes,
Da bruma pelos países,
Tu vais perdendo os matizes
Da luz e da glória em suma,
Da bruma pelos países,
Pelos países da bruma.


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SAUDAÇÃO
Ao Liceu de Artes e Ofícios

Como esta luz é serena,
Como esta luz é sincera;
Como eu vejo a primavera
Num lápis e numa pena.

Que prismas de luz ardente,
Que prismas de luz suave;
Como eu sinto um canto de ave
Em cada boca inocente.

Sim! Que o estudo é como a aurora
Que nos entra pela casa,
Num vivo fulgor de brasa,
Vibrante, alegre, sonora.

Ele rasga a treva espessa,
Num só momento -- cantando;
Vai estrelas semeando
Em cada tenra cabeça.

Tira os crânios do letargo
Da ignorância -- pois entra
Como um sol e se concentra
Num esplendor muito largo.

Quem, ó Arte imaculada,
Medisse o ser da criança,
Pela alma de uma esperança
Pela alma de uma alvorada.



[Linha 6800 de 10004 - Parte 3 de 4]


Quem aos páramos subindo,
Eternamente pudesse,
Dos astros a loura messe
Arrancar -- depois abrindo

Os peitos das criancinhas
Jogá-los dentro e beijá-las
Cheias de pompa e das galas
Que a luz concede às rainhas!...

Pois que a treva entre fulgores,
É como, dentre ataúdes,
Rebentar como virtudes,
As mais simpáticas flores.

Ah! Ninguém sabe, por certo,
Quanto é bom, quanto é saudável,
Sentir a crença adorável
Como um clarão sempre aberto.

Ver os germens do futuro
No campo eterno da escola
Brilhando como a corola
De um lírio cândido e puro.

Ver morrer -- como uns invernos
Da vida, os velhos colossos
E ver erguerem-se os moços
Como verões sempiternos.

Mães, ó mães tão estremosas,
Dos vossos ventres fecundos
Saem todos esses mundos
Das idéias fulgurosas.

Tudo isso quanto há escrito
De pensamento e crenças
Saiu das fontes imensas
De um grande amor infinito.

E desde a escrita a leitura
E desde um livro a uma carta,
A bondade sempre farta
Das mães -- esplende e fulgura.

Bom dia ao mestre que é guia
Das belas crianças louras!
Bom dia às mães porvindouras,
À mocidade -- Bom dia!



[Linha 6850 de 10004 - Parte 3 de 4]



Índice



FRÊMITOS

I
Ó pombas luminosas
Que passais neste mundo eternamente
Só a cantar os madrigais de rosas,
Atravessados de um luar veemente,
Inundados de estrelas e esplendores,
De carinhos, de bênçãos e de amores.

II
Ó virgens peregrinas,
De meigo olhar banhado de esperanças,
Que perfumais com lírios e boninas
A aurora de cristal das louras tranças,
Que atravessais constantemente a vida
Do sol eterno, da visão florida.

III
Amadas e felizes
Gêmeas da luz das frescas alvoradas,
Vós que trazeis nas almas as raízes
Do que é são, do que é puro -- ó vós amadas
Prendas gentis do paternal tesouro,
Iriados corações de fluidos de ouro.

IV
É para vós que eu quero
Engrinaldar de tropos e de rimas,
Num doce verso artístico e sincero,
Esgrimir com belíssimas esgrimas
A estrofe e dar-lhe os golpes mais seguros
Para que brilhe como uns astros puros.

V
É só a vós, apenas,
Que eu me dirijo, límpidas auroras,
Que pelas tardes plácidas, serenas,
Passais, galantes como ingênuas Floras,
Coroadas de flor de laranjeira,
Noivas, sorrindo à mocidade inteira.

VI
Porque é de vós que deve,


[Linha 6900 de 10004 - Parte 3 de 4]


De vós que o sonho eterno dulcifica,
Partir o lume quando cai a neve,
Surgir a crença poderosa e rica.
Porque afinal, o que se chama crença,
Senão o amor e a caridade imensa?

VII
Os tristes e os pequenos
Em quem descansam brandamente os olhos,
Esses humildes, rotos Nazarenos
Que vivem, morrem suportando abrolhos,
Senão nos grandes entes piedosos
Que dão-lhes força aos transes dolorosos?

VIII
Oh, sim que a força eterna
Parte dos corpos rijos da saúde,
Perante a lei da vida que governa,
O nobre, o rei, o proletário rude;
Parte dos seres fartos de carinhos
Como de paz e de alegria os ninhos.

IX
Eu peço para todos
E peço a vós que sois as fortalezas
Da esperança, da fé -- a vós que os lodos
Da miséria, do vício, das baixezas,
Não denegriram essas consciências
Castas e brancas como as inocências.

X
Nem se esperar devia
Que eu tentasse bater a outras portas,
Quando vós sois o exemplo de Maria;
Não andais mudas, regeladas, mortas
Pela noite voraz da sepultura
E escutareis os dramas da amargura.

XI
Não julgueis que eu vos peça,
Uma alvorada feita de um sorriso;
A minh'alma garante e vos confessa
Que se crê nas mansões do Paraíso,
É porque vós reinais por sobre a terra
E o Paraíso dentro em vós se encerra.

XII
A vós, a vós compete
A glória do dever -- porque assim como
A luz do sol na lua se reflete,


[Linha 6950 de 10004 - Parte 3 de 4]


Também das aflições no duro assomo,
Da pobreza refletem-se nas almas,
Vossas imagens, como auroras calmas.

XIII
Portanto, a mocidade
Vossa, terá de ser de hoje em diante,
Enquanto a esmagadora atrocidade
Da peste -- nos vorar d'instante a instante,
Quem se há-de encarregar desta manobra
Do galeão da vida que sossobra.

XIV
E para isso, ó rainhas
Da juventude -- tendes as quermesses
Que dão bons frutos assim como as vinhas;
As matinées de cânticos e preces,
Os cintilantes, pródigos bazares
Onde a luz salta extravasando em mares.

XV
Enquanto a mim, na arena
Da heroicidade humana que consola,
Oh, faz-me bem a vibração da pena,
Pelo amor, pelo afago, pela esmola,
Como um radiante e fulgido estilhaço
De sol febril no mármore do Espaço!




GUSLA DA SAUDADE
A Santos Lostada
pela morte do seu velho pai.

Nunca mais, nunca mais esses teus olhos
Palpitarão nos olhos seus honestos
Nem hão de vê-lo em ânsias por escolhos.

Ele morreu, morreu -- e os mais funestos
Lutos da dor feriram como abrolhos
Teu lar e os teus -- serenos e modestos.

Que incalculável explosão de prantos
Não inundou as almas preciosas
Dos teus irmãos, da tua mãe -- uns santos

Que peregrinam nestas lacrimosas
Sendas da vida, em mágoas, sem encantos
Como sem luz e sem orvalho as rosas.


[Linha 7000 de 10004 - Parte 3 de 4]



Ah! formidável lei cruel da vida,
Lei da matéria, da mudez das lousas,
Da eterna noite atroz, indefinida;

Tens o segredo intérmino das cousas,
E nessa dura e tenebrosa lida,
Oh! nem sequer um dia só repousas.

Quem sabe, ó morte, ó lúgubre, quem sabe
O teu poder fatal, desapiedado
Onde se oculta e se resume e cabe.

Pois nem que o céu puríssimo, azulado
Cair aos pedaços, tombe e se desabe
Na profundez do abismo ilimitado

E a crença humana espavorida, em gritos,
Palpando o nada, esquálida, gemendo
Rasgue a amplidão de estranhos infinitos,

Nunca da morte saberão o horrendo
Mistério rijo e surdo dos granitos
Os corações que vivem combatendo?!...

Não! A Ciência penetrou, o estudo
Do pensador, abriu mais horizontes
Nesse problema silencioso e mudo.

O pensamento constelou as frontes,
Deu a razão o mais brunido escudo
E construiu as luminosas pontes

De onde se vai, com grande olhar, seguro,
Atravessar as regiões sonoras
Dos Ideais que irrompem do Futuro;

E sem contar dos séculos as horas,
E sem temer as mil visões do Escuro,
Alegremente ao fresco das auroras.

Mas entretanto, ó meu amigo, escuta,
Toda a saudade, a grande nostalgia
Nos deixa frios, mortos para a luta.
Porque, olha, a morte é sempre uma agonia!



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[Linha 7050 de 10004 - Parte 3 de 4]



SMORZANDO

O véu da tarde cai pelas quebradas
Das serras altaneiras;
As aves condoreiras
Rompem da mata em místicas risadas
O largo espaço intérmino cindindo.

A livre natureza,
Humildemente, pura, vai caindo,
Caindo de joelhos
Como esse denso véu
Cai na viril e rútila grandeza
Do sol que desce em borbotões vermelhos
Como uma mancha tropical no céu.

E vibra a Ave-Maria
Como um soluço, estranho, indefinido;
Talvez como um gemido
Dentre a escalvada e agreste serrania.

E desce e desce e desce
De toda a imensidade
A salutar carícia de uma prece,
O eflúvio da saudade
Que alaga o nosso peito heroicamente
Como o luar de um treno
Mavioso e emoliente,
Mais doce que o sorrir do Nazareno.



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GIULIETTA DIONESI
(Desterro)
Ao seu violino

Ah! Giulietta! Os sons do teu violino
Choram, suspiram, rugem como o leão
Lembram sonoro rio cristalino
E tem soluços como um coração.

Ó da harmonia divinal sereia!


[Linha 7100 de 10004 - Parte 3 de 4]


Rosas e estrelas e canções de ninhos
Nas cordas do violino que gorjeia
Passam cantando como os passarinhos.

Não sei que estranho espírito sereno
Para a harmonia essa alma te inspirou
Que dentro dum violino tão pequeno
A música do espaço concentrou!

Ah! peregrina do país do sonho
Flor luminosa de região sonora,
No teu suave coração risonho
Vibram triunfantes os clarins da aurora.

Tudo dentro de ti gorjeia e trina,
Como trina e gorjeia o rouxinol
Nas paisagens silvestres da campina,
Aos esplendores siderais do sol.

Quem não há de chorar e rir não há de
De amor, de saudade e de esperança,
De assombro, vendo que na tenra idade
Já és tão grande, sendo uma criança?!

Os astros do cerúleo firmamento,
As meigas flores, o infinito mar
Que digam como tu nesse instrumento
Sabes sorrir e sabes soluçar...

Domadora feliz do som profundo,
Deusa imortal de ignotas harmonias,
Vai triunfar nas vastidões do mundo,
Da glória nas eternas sinfonias.



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FILETES
(Desterro)

I
Ó pérola nitente,
Ó pérola do amor,
Ó imã redolente
Das pétalas da flor;



[Linha 7150 de 10004 - Parte 3 de 4]


Ó lágrima sutil,
Ó lágrima ideal,
Do côncavo de anil
Caída no cristal

Do lago transparente,
Harmoniosamente,
Aos flocos do luar...

Tu és como as essências,
Conheces as ciências
Ocultas... de matar!

II
Cintila a estrela-d'alva
Bem como o olhar do crente!
Perpassa no ambiente
O fresco olor da malva.

Um tic de lirismo,
Simpático e harmônico,
Derrama no sinfônico
Riacho -- um misticismo.

Há músicas supremas,
Um mundo de problemas
Nos montes seculares.

E como um lírio roxo,
A alma em canto frouxo
Emigra para os ares.



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VERSOS À INFÂNCIA
(Desterro)

Nos roseirais, ao vir da madrugada,
Desabrocham no val todas as rosas,
Nos galhos cheios de uma luz doirada,
Meigas e frescas, rubras, perfumosas,
Nos roseirais, ao vir da madrugada.

Como em bocas cheirosas e vermelhas
Pousam beijos de amor e de ventura,


[Linha 7200 de 10004 - Parte 3 de 4]


O mel lhe sugam todas as abelhas
Pousando em cima da corola pura
Como em bocas cheirosas e vermelhas.

Desde os campos, o bosque, até aos montes
Tudo renasce num jardim de flores;
E pelo azul do céu, nos horizontes,
Há os mais vivos, raros esplendores,
Desde os campos, o bosque, até aos montes.

Pelos ninhos sonoros, delicados,
Cantam e trinam muitos passarinhos
Nos altos arvoredos enflorados,
A margem verdejante dos calminhos,
Pelos ninhos sonoros, delicados.

As borboletas brancas e amarelas,
Azuis, cor de ouro, cor de prata e brasa,
Leves, ligeiras, tênues e singelas,
Abrem a fine talagarça da asa,
As borboletas brancas e amarelas.

Tudo no val acorda de desejos
À musica dos cantos mais risonhos;
E as aves soltas, peregrinos beijos,
Dizem, cantando, que através de sonhos
Tudo no val acorda de desejos.

II
Na alma da infância, tal e qual roseiras,
Abrem festões de límpida fragrância
Os sonhos e as quimeras passageiras
Que são mais próprias do vergel da infância,
Na alma da infância, tal e qual roseiras.

O pequenino coração ditoso
Canta canções de uma ave pequenina;
E é um encanto ver assim radioso
No peito de uma cândida menina
O pequenino coração ditoso.

A existência de sol das criancinhas
Lembra um pomar de frutas bem serenas,
Por onde os colibris e as andorinhas
Gozam amores sacudindo as penas,
A existência de sol das criancinhas.

Não sei dizer se adore mais crianças
Ou mais também as flores de um arbusto;
Nessas tão puras, castas semelhanças


[Linha 7250 de 10004 - Parte 3 de 4]


Eu, para ser bem carinhoso e justo,
Não sei dizer se adore mais crianças.



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TRISTE
(Desterro)

Em junho, que é mês do frio,
Perdes todo o colorido,
Tens um tom vago e sombrio
De dor, de mágoa e gemido.

Não sei que tristeza é essa
De tão doloroso cunho
Que perdes a cor depressa
Assim que vem vindo junho.

Ficas branca e desmaiada,
Lembrando a lua serena,
Fraca, pálida e gelada,
Como frágil açucena.

Vão-se-te as rosas da face
Emurchecendo e sumindo
Num crepúsculo vivace
De tudo o que estas sentindo.

Ai! no entanto pelos prados
Onde os dias resplandecem
Risonhas como noivados
Em junho as rosas florescem...



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FONTE DE AMOR

Trago-a à tua presença
Para que vejas a imensa
Mágoa atroz que a devorou.


[Linha 7300 de 10004 - Parte 3 de 4]



E saibas, ó flor das flores,
Que a fonte dos seus amores
Eternamente secou.

Foste à fonte buscar água
E tinha secado a fonte.
Aí, flor azul do monte,
Tiveste a primeira mágoa.

Porém se uma alma na frágua
Das dores sem horizonte
Queres ver, sentir defronte
Dos olhos, manda que eu trago-a.



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NAUFRÁGIOS
(Desterro)

I
O Mar! O mar! Quem nunca viajasse...
Quem nunca dentre dúvidas sentisse
O coração e ai, nunca embarcasse...
Oh! quem do mar as cóleras punisse!

Ora o mar e sereno, e calmo, e manso,
As vagas são melódicos arpejos
Dando à embarcação leve balanço,
Como um afago maternal de beijos.

Ora o mar franco, livre e transparente,
Tão tranqüilo que está, tão brando, rindo,
Que até parece, que até cuida a gente
Que os corações podem boiar, dormindo.

Ora ferve, rebenta, estoura, estala,
Rude, feroz, em convulsões; profundo,
Abrindo a corpos pavorosa vala
E mundos de agonia num só mundo!

II
Filho! Filho! Adeus, querido,
Vou viajar para além,
Sejas de Deus protegido...


[Linha 7350 de 10004 - Parte 3 de 4]


Que sempre me queiras bem.

Vou deixar-te nesta terra,
Entregue aos destinos teus;
Filho, o que este adeus encerra
Só o pode saber Deus.

Levo as crenças em pedaços,
Como pedaços de céus.
Vou ver mar, vou ver espaços
Ver temporais, escarcéus.

Filho amado, vou deixar-te
Cá na terra, pelo mar;
Porem, crê, de qualquer parte,
Crê, meu filho, hei de voltar.

III
Adeus, noiva, vou-me embora,
Vou-me com Deus, é preciso.
Que colhas em cada aurora
Muita messe de sorriso.

Sou soldado, o meu destino
É viver bem longe, é certo,
Longe do canto divino
Da tua voz, sol aberto.

Custa bem esta partida
A mim que entanto sou forte.
Ninguém sabe o que é a vida
Para quem vive da morte.

Da morte, sim, pomba amada;
Que as minhas crenças já mortas
Tu, com essa alma estrelada
Sem tu sequer me confortas.

Perdi pai, perdi carinhos
De mãe, de irmãos e de todos.
Eu sou como a flor de espinhos
Nascida por entre lodos.

Tu vieste, ó noiva, apenas,
Como um íris de esperanças,
Dar-me alvoradas serenas,
Encher-me de confianças.

Só em ti confio, espero
Com ardor, com fé veemente,


[Linha 7400 de 10004 - Parte 3 de 4]


Pomba de luz que eu venero,
Doce vésper do oriente.

Adeus, pois chegou a hora,
Vou-me com Deus, minha filha;
Não chores, que o mar não chora:
-- Olha, vê que canta e brilha.

IV
Adeus, esposa estremosa,
Vou-me, não sei para quando
Voltar -- minh'alma saudosa
Por meus filhos vai chorando.

Ficam-te eles no entretanto
Pra tirarem-te os pesares,
Para enxugarem-te o pranto
Que há de ser maior que os mares.

Maior que os mares, não minto,
Não exagero tão pouco,
Porque ai, só tu e só eu sinto
O nosso amor como é louco.

Vou-me às viagens, aos dias
Passados entre horizontes
E mares e ventanias
Sem arvoredos, sem montes.

Os dias de céus eternos
E de mar ilimitado,
Com tempo de atroz infernos
Com tempo de sol doirado.

Adeus! Cá dentro do peito
Há dois corações unidos;
Sobre um o mar tem direito,
Sobre outro -- os filhos queridos.

V
Eis as canções e adeuses de saudade
Que as desgraçadas almas palpitantes
Soluçam na sombria imensidade
Desta vida de angústias lacerantes.

Ao mar! Ao mar! Frescas aragens puras
Aflam nas ondas maviosamente.
Que balada de plácidas venturas,
Que sinfonias, que gemer dolente!



[Linha 7450 de 10004 - Parte 3 de 4]


Os céus abertos, claros, luminosos
Lembram a candidez branda das virgens.
Vítreos ares, magníficos, radiosos
Onde o sol arde em férvidas vertigens.

Lindíssimos painéis, bela paisagem
Abre na vista do viajante o ouro
Da luz que salta como uma homenagem
De oriental, esplêndido tesouro.

Vai bem, vai muito bem, mesmo, o navio.
As vagas desenrolam-se de leve.
Parece um berço por de sobre um rio
Manso, prateado, espúmeo, cor de neve.

Vive-se a bordo como em terra. -- As vagas
Nunca foram tão doces e tão meigas,
Como em desertas, viridentes plagas
É doce e meigo o mole chão das veigas.

Viver assim, na realidade, é gozo
Que até parece não haver na terra!
Tão belo é o mar, tão calmo e bonançoso,
Tal confiança nos semblantes erra!

Vogando assim a embarcação, quem pensa
Ir acordado afora pela Vida?!
Tudo é um sonho de esperança imensa
Um bom sonho de aurora indefinida.

VI
Súbito os ares enchem-se de noite
E grita e zune, zargunchando o vento
Que esbraveja, morde com rijo acoite
O mar que espuma e empola num momento.

Não estrugem os raios pela treva
Não ha trovões bravios rebentando
Como canhões que estouram, -- mas se eleva
Do oceano um vendaval que vai urrando

Com fúrias e com cóleras enormes
Como potros sanhudos relinchando
Em pinotes e berros desconformes.

Caiu talvez no mar o etéreo espaço,
Toda a cúpula azul tombou, quem sabe?
Céus! há lutas ali, de braço a braço.
Horror! Crível sera que o mundo acabe?

Ninguém calcula o que será tudo isso...
Mas os ventos elétricos, largados
Nas amplidões do mar antes submisso,
Rugindo vão como desesperados.



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O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa - Parte 1 de 4
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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa - Parte 2 de 4


O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa - Parte 2 de 4

O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa



Não era raro ver nos gozos do triclínio
A nudez feminina imperiosa e quente.



O corpo de alabastro, olímpico e fulgente,
Lascivamente nu, correto e retilínio,
Num doce tom de cor, esplêndido e sangüíneo,
Tinha o assombro da came e a forma da serpente.

A luz atravessava em frocos d'oiro e rosa
Pela fresca epiderme, ebúrnea e setinosa,
Macia, da maciez dulcíssima de arminhos.

Menos raro, porém, do que a nudez romana
Era ver borbulhar, em férvida espadana
A púrpura do sangue e a púrpura dos vinhos.



Índice



ESPIRITUALISMO

Ontem, à tarde, alguns trabalhadores,
Habitantes de além, de sobre a serra,
Cavavam, revolviam toda a terra,
Do sol entre os metálicos fulgores.

Cada um deles ali tinha os ardores
De febre de lutar, a luz que encerra
Toda a nobreza do trabalho e -- que erra
Só na cabeça dos conspiradores,

Desses obscuros revolucionários
Do bem fecundo e cultural das leivas
Que são da Vida os maternais sacrários.

E pareceu-me que do chão estuante
Vi porejar um bálsamo de seivas
Geradoras de um mundo mais pensante.



Índice



[Linha 2550 de 10004 - Parte 2 de 4]



PLANGÊNCIA DA TARDE

Quando do campo as prófugas ovelhas
Voltam a tarde, lépidas, balando
Com elas o pastor volta cantando
E fulge o ocaso em convulsões vermelhas.

Nos beirados das casas, sobre as telhas
Das andorinhas esvoaça o bando...
E o mar, tranqüilo, fica cintilando
Do sol que morre as últimas centelhas.

O azul dos montes vago na distância...
No bosque, no ar, a cândida fragrância
Dos aromas vitais que a tarde exala.

Às vezes, longe, solta, na esplanada,
A ovelha errante, tonta e desgarrada,
Perdida e triste pelos ermos bala ...



Índice



ALMA ANTIGA

Põe a tua alma francamente aberta
Ao sol que pelos páramos faísca,
Que o sol para a tua alma velha e prisca
Deve de ser como um clarim de alerta.

Desperta, pois, por entre o sol, desperta
Como de um ninho a pomba quente e arisca
À luz da aurora que dos altos risca
De listrões d'ouro a vastidão deserta.

Vai por abril em flores gorgeando
Como pássaro exul as canções leves
Que os ventos vão nas árvores deixando.

E tira da tua alma, ó doce amiga,
Almas serenas, puras como a neve,
Almas mais novas que a tua alma antiga!



[Linha 2600 de 10004 - Parte 2 de 4]



Índice



VANDA

Vanda! Vanda do amor, formosa Vanda,
Makuâma gentil, de aspecto triste,
Deixe que o coração que tu poluíste
Um dia, se abra e revivesça e expanda.

Nesse teu lábio sem calor onde anda
A sombra vã de amores que sentiste
Outrora, acende risos que não viste
Nunca e as tristezas para longe manda.

Esquece a dor, a lúbrica serpente
Que, embora esmaguem-lhe a cabeça ardente,
Agita sempre a cauda venenosa.

Deixa pousar na seara dos teus dias
A caravana irial das alegrias
Como as abelhas pousam numa rosa.



Índice



ÊXTASE

Quando vens para mim, abrindo os braços
Numa carícia lânguida e quebrada,
Sinto o esplendor de cantos de alvorada
Na amorosa fremência dos teus passos.

Partindo os duros e terrestres laços,
A alma tonta, em delírio, alvoroçada,
Sobe dos astros a radiosa escada
Atravessando a curva dos espaços.

Vens, enquanto que eu, perplexo d'espanto,
Mal te posso abraçar, gozar-te o encanto
Dos seios, dentre esses rendados folhos.

Nem um beijo te dou! abstrato e mudo


[Linha 2650 de 10004 - Parte 2 de 4]


Diante de ti, sinto-te, absorto em tudo,
Uns rumores de pássaros nos olhos.



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LUAR

Ao longo das louríssimas searas
Caiu a noite taciturna e fria...
Cessou no espaço a límpida harmonia
Das infinitas perspectivas claras.

As estrelas no céu, puras e raras,
Como um cristal que nítido radia,
Abrem da noite na mudez sombria
O cofre ideal de pedrarias caras.

Mas uma luz aos poucos vai subindo
Como do largo mar ao firmamento -- abrindo
Largo clarão em flocos d'escomilha.

Vai subindo, subindo o firmamento!
E branca e doce e nívea, lento e lento,
A lua cheia pelos campos brilha...



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CELESTE

Vi-te crescer! tu eras a criança
Mais linda, mais gentil, mais delicada:
Tinhas no rosto as cores da alvorada
E o sol disperso pela loira trança.

Asas tinhas também, as da esperança...
E de tal sorte eras sutil e alada
Que parecias ave arrebatada
Na luz do Espaço onde a razão descansa!

Depois, então, fizeste-te menina,


[Linha 2700 de 10004 - Parte 2 de 4]


Visão de amor, puríssima, divina,
Perante a qual ainda hoje me ajoelho.

Cresceste mais! És bela e moça agora...
Mas eu, que acompanhei toda essa aurora,
Sinto bem quanto estou ficando velho.



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A PARTIDA

Partimos muito cedo -- A madrugada
Clara, serena, vaporosa e fresca,
Tinha as nuances de mulher tudesca
De fina carne esplêndida e rosada.

Seguimos sempre afora pela estrada
Franca, poeirenta, alegre e pitoresca,
Dentre o frescor e a luz madrigalesca
Da natureza aos poucos acordada.

Depois, no fim, lá de algum tempo -- quando
Chegamos nós ao termo da viagem,
Ambos joviais, a rir, cantarolando,

Da mesma parte do levante, de onde
Saímos, pois, faiscava na paisagem
O sol, radioso e altivo como um conde.



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CANÇÃO DE ABRIL

Vejo-te, enfim, alegre e satisfeita.
Ora bem, ora bem! -- Vamos embora
Por estes campos e rosais afora
De onde a tribo das aves nos espreita.

Deixa que eu faça a matinal colheita
Dos teus sonhos azuis em cada aurora,


[Linha 2750 de 10004 - Parte 2 de 4]


Agora que este abril nos canta, agora,
A florida canção que nos deleita.

Solta essa fulva cabeleira de ouro
E vem, subjuga com teu busto louro
O sol que os mundos vai radiando e abrindo.

E verás, ao raiar dessa beleza,
Nesse esplendor da virgem natureza,
Astros e flores palpitando e rindo.



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O MAR

Que nostalgia vem das tuas vagas,
Ó velho mar, ó lutador Oceano!
Tu de saudades íntimas alagas
O mais profundo coração humano.

Sim! Do teu choro enorme e soberano,
Do teu gemer nas desoladas plagas
Sai o quer que é, rude sultão ufano,
Que abre nos peitos verdadeiras chagas.

Ó mar! ó mar! embora esse eletrismo,
Tu tens em ti o gérmen do lirismo,
És um poeta lírico demais.

E eu para rir com humor das tuas
Nevroses colossais, bastam-me as luas
Quando fazem luzir os seus metais...



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MANHÃ

Alta alvorada. -- Os últimos nevoeiros
A luz que nasce levemente espalha;
Move-se o bosque, a selva que farfalha


[Linha 2800 de 10004 - Parte 2 de 4]


Cheia da vida dos clarões primeiros.

Da passarada os vôos condoreiros,
Os cantos e o ar que as árvores ramalha
Lembram combate, estrídula batalha
De elementos contrários e altaneiros.

Vozes, trinados, vibrações, rumores
Crescem, vão se fundindo aos esplendores
Da luz que jorra de invisível taça.

E como um rei num galeão do Oriente
O sol põe-se a tocar bizarramente
Fanfarras marciais, trompas de caça.



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RIR!

Rir! Não parece ao século presente
Que o rir traduza, sempre, uma alegria...
Rir! Mas não rir como essa pobre gente
Que ri sem arte e sem filosofia.

Rir! Mas com o rir atroz, o rir tremente,
Com que André Gil eternamente ria.
Rir! Mas com o rir demolidor e quente
Duma profunda e trágica ironia.

Antes chorar! Mais fácil nos parece.
Porque o chorar nos ilumina e nos aquece
Nesta noite gelada do existir.

Antes chorar que rir de modo triste...
Pois que o difícil do rir bem consiste
Só em saber como Henri Heine rir!...



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IDEAL COMUM


[Linha 2850 de 10004 - Parte 2 de 4]


(Soneto escrito em colaboração com Oscar Rosas).

Dos cheirosos, silvestres ananases
De casca rubra e polpa acidulosa,
Tens na carne fremente, volutuosa,
Os aromas recônditos, vivazes.

Lembras lírios, papoulas e lilazes;
A tua boca exala a trevo e a rosa,
Resplande essa cabeça primorosa
E o dia e a noite nos teus olhos trazes.

Astros, jardins, relâmpagos e luares
Inundam-te os fantásticos cismares,
Cheios de amor e estranhos calafrios;

E teus seios, olímpicos, morenos,
Propinando-me trágicos venenos,
São como em brumas, solitários rios.



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ASPIRAÇÃO

Quisera ser a serpe astuciosa
Que te dá medo e faz-te pesadelos
Para esconder-me, ó flor luxuriosa,
Na floresta ideal dos teus cabelos.

Quisera ser a serpe venenosa
Para enroscar-me em múltiplos novelos,
Para saltar-te aos seios cor-de-rosa.
E bajulá-los e depois mordê-los.

Talvez que o sangue impuro e rutilante
Do teu divino corpo de bacante,
Sangue febril como um licor do Reno

Completamente se purificasse
Pois que um veneno orgânico e vorace
Para ser morto é bom outro veneno.



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[Linha 2900 de 10004 - Parte 2 de 4]



SENSIBILIDADE

Como os audazes, ruivos argonautas,
Intrépidos, viris e corajosos
Que voltam dos orientes fantasiosos,
Dos países de Núbios e Aranautas.

Como esses bravos, que por naus incautas,
Regressam dos oceanos borrascosos,
Indo encontrar nos lares harmoniosos
De luz, vinho e alegria as mesas lautas.

Tal o meu coração, quando aparece
A tua imagem, canta e resplandece,
Sem lutas, sem paixões, livre de abrolhos.

A meu pesar, louco de ver-te, louco,
As lágrimas me correm pouco a pouco,
Como o champanhe virginal dos olhos...



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GLÓRIAS ANTIGAS

Rubras como gauleses arruivados,
Voltam da guerra as hostes triunfantes,
Trazem nas lanças d'aço lampejantes,
Os louros das batalhas pendurados.

Os escudos e arneses dos soldados
Rutilam como lascas de diamantes
E na armadura os músculos vibrantes,
Rijos, palpitam, batem nervurados.

Dentre estandartes, flâmulas de cores,
Trazem dos olhos rufos de tambores,
Ruídos de alegria estranha e louca.

Chegam por fim, à pátria vitoriosa...
E então, da ardente glória belicosa,
Há um grito vermelho em cada boca!


[Linha 2950 de 10004 - Parte 2 de 4]



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PÁSSARO MARINHO

Manhã de maio, rosas pelo prado,
Gorjeios, pelas matas verdurosas
E a luz cantando o idílio de um noivado
Por entre as matas e por entre as rosas.

Uma toilette matinal que o alado
Corpo te enflora em graças vaporosas,
Mergulhas, como um pássaro rosado,
Nas cristalinas águas murmurosas.

Dás o bom dia ao Mar nesse mergulho
E das águas salgadas ao marulho
Sais, no esplendor dos límpidos espaços.

Trazes na carne um reflorir de vinhas,
Auroras, virgens músicas marinhas,
Acres aromas de algas e sargaços!



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A FREIRA MORTA
(Desterro)

Muda, espectral, entrando as arcarias
Da cripta onde ela jaz eternamente
No austero claustro silencioso -- a gente
Desce com as impressões das cinzas frias...

Pelas negras abóbadas sombrias
Donde pende uma lâmpada fulgente,
Por entre a frouxa luz triste e dormente
Sobem do claustro as sacras sinfonias.

Uma paz de sepulcro após se estende...
E no luar da lâmpada que pende


[Linha 3000 de 10004 - Parte 2 de 4]


Brilham clarões de amores condenados...

Como que vem do túmulo da morta
Um gemido de dor que os ares corta,
Atravessando os mármores sagrados!



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CLARO E ESCURO

Dentro -- os cristais dos tempos fulgurantes,
Músicas, pompas, fartos esplendores,
Luzes, radiando em prismas multicores,
Jarras formosas, lustres coruscantes,

Púrpuras ricas, galas flamejantes,
Cintilações e cânticos e flores;
Promiscuamente férvidos odores,
Mórbidos, quentes, finos, penetrantes.

Por entre o incenso, em límpida cascata,
Dos siderais turíbulos de prata,
Das sedas raras das mulheres nobres;

Clara explosão fantástica de aurora,
Deslumbramentos, nos altares! -- Fora,
Uma falange intérmina de pobres.



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MAGNÓLIA DOS TRÓPICOS
A Araújo Figueredo

Com as rosas e o luar, os sonhos e as neblinas,
Ó magnólia de luz, cotovia dos mares,
Formaram-te talvez os brancos nenúfares
Da tua carne ideal, de correções felinas.

O teu colo pagão de virgens curvas finas
É o mais imaculado e flóreo dos altares,


[Linha 3050 de 10004 - Parte 2 de 4]


Donde eu vejo elevar-se eternamente aos ares
Viáticos de amor e preces diamantinas.

Abre, pois, para mim os teus braços de seda
E do verso através a límpida alameda
Onde há frescura e sombra e sol e murmurejo;

Vem! com a asa de um beijo a boca palpitando,
No alvoroço febril de um pássaro cantando,
Vem dar-me a extrema-unção do teu amor num beijo.



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HÓSTIAS
A Emílio de Menezes

Nos arminhos das nuvens do infinito
Vamos noivar por entre os esplendores,
Como aves soltas em vergéis de flores,
Ou penitentes de um estranho rito.

Que seja nosso amor -- sidério mito! --
O límpido turíbulo das dores,
Derramando o incenso dos amores
Por sobre o humano coração aflito.

Como num templo, numa clara igreja,
Que o sonho nupcial gozado seja,
Que eu durma e sonhe nos teus níveos flancos.

Contigo aos astros fúlgidos alado,
Que sejam hóstias para o meu noivado
As flores virgens dos teus seios brancos!


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BOCA IMORTAL

Abre a boca mordaz num riso convulsivo
Ó fera sensual, luxuriosa fera!
Que essa boca nervosa, em riso de pantera,


[Linha 3100 de 10004 - Parte 2 de 4]


Quando ri para mim lembra um capro lascivo.

Teu olhar dá-me febre e dá-me um brusco e vivo
Tremor as carnes, que eu, se ele em mim reverbera,
Fico aceso no horror da paixão que ele gera,
Inflamada, fatal, dum sangue rubro e ativo.

Mas a boca produz tais sensações de morte,
O teu riso, afinal, é tão profundo e forte
E tem de tanta dor tantas negras raízes;

Rigolboche do tom, ó flor pompadouresca!
Que és, para mim, no mundo, a trágica e dantesca
Imperatriz da Dor, entre as imperatrizes!


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PSICOLOGIA HUMANA
A Santos Lostada

Por trás de uns vidros d'óculos opacos
Muita vez um leão e um tigre rugem,
E como um surdo temporal estrugem
Os ódios dos covardes e dos fracos.

Partir pudesses, ó poeta, em cacos,
Vidros que ocultam almas de ferrugem,
Que espumam de ira, tenebrosas mugem,
Mugem como de dentro de uns buracos.

Que essas sombrias, dúbias almas foscas
Que parecem, no entanto, como moscas,
Inofensivas, babam como as lesmas.

Mas tu, em vão, tais vidros partirias,
Pois que no mundo, eternamente, as frias
Almas humanas serão sempre as mesmas!


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OS MORTOS



[Linha 3150 de 10004 - Parte 2 de 4]


Ao menos junto dos mortos pode a gente
Crer e esperar n'alguma suavidade:
Crer no doce consolo da saudade
E esperar do descanso eternamente.

Junto aos mortos, por certo, a fé ardente
Não perde a sua viva claridade;
Cantam as aves do céu na intimidade
Do coração o mais indiferente.

Os mortos dão-nos paz imensa à vida,
Dão a lembrança vaga, indefinida
Dos seus feitos gentis, nobres, altivos.

Nas lutas vãs do tenebroso mundo
Os mortos são ainda o bem profundo
Que nos faz esquecer o horror dos vivos.


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FLORIPES

Fazes lembrar as mouras dos castelos,
As errantes visões abandonadas
Que pelo alto das torres encantadas
Suspiravam de trêmulos anelos.

Traços ligeiros, tímidos, singelos
Acordam-te nas formas delicadas
Saudades mortas de regiões sagradas,
Carinhos, beijos, lágrimas, desvelos.

Um requinte de graça e fantasia
Dá-te segredos de melancolia,
Da Lua todo o lânguido abandono...

Desejos vagos, olvidadas queixas
Vão morrer no calor dessas madeixas,
Nas virgens florescências do teu sono.


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[Linha 3200 de 10004 - Parte 2 de 4]


O CEGO DO HARMONIUM

Esse cego do harmonium me atormenta
E atormentando me seduz, fascina.
A minh'alma para ele vai sedenta
Por falar com a sua alma peregrina.

O seu cantar nostálgico adormenta
Como um luar de mórbida neblina.
O harmonium geme certa queixa lenta,
Certa esquisita e lânguida surdina.

Os seus olhos parecem dois desejos
Mortos em flor, dois luminosos beijos
Fanados, apagados, esquecidos...

Ah! eu não sei o sentimento vário
Que prende-me a esse cego solitário,
De olhos aflitos como vãos gemidos!


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HORAS DE SOMBRA

Horas de sombra, de silêncio amigo
Quando há em tudo o encanto da humildade
E que o anjo branco e belo da saudade
Roga por nós o seu perfil antigo.

Horas que o coração não vê perigo
De gozar, de sentir com liberdade...
Horas da asa imortal da Eternidade
Aberta sobre tumular jazigo.

Horas da compaixão e da clemência,
Dos segredos sagrados da existência,
De sombras de perdão sempre benditas.

Horas fecundas, de mistério casto,
Quando dos céus desce, profundo e vasto,
O repouso das almas infinitas.


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[Linha 3250 de 10004 - Parte 2 de 4]



ALELUIA! ALELUIA!

Dentre um cortejo de harpas e alaúdes
Ó Arcanjo sereno, Arcanjo níveo,
Baixas-te à terra, ao mundanal convívio...
Pois que a terra te ajude, e tu me ajudes.

Que tu me alentes nas batalhas rudes,
Que me tragas a flor de um doce alívio
Aos báratros, às brenhas, ao declívio
Deste caminho de ânsias e ataúdes...

Já que desceste das regiões celestes,
Nesse clarão flamívomo das vestes,
Através dos troféus da Eternidade

Traz-me a Luz, traz-me a Paz, traz-me a Esperança
Para a minh'alma que de angústias cansa,
Errando pelos claustros da Saudade!


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ROSA NEGRA

Nervosa Flor, carnívora, suprema,
Flor dos sonhos da Morte, Flor sombria,
Nos labirintos da tu'alma fria
Deixa que eu sofra, me debata e gema.

Do Dante o atroz, o tenebroso lema
Do Inferno a porta em trágica ironia,
Eu vejo, com terrível agonia,
Sobre o teu coração, torvo problema.

Flor do delírio, flor do sangue estuoso
Que explode, porejando, caudaloso,
Das volúpias da carne nos gemidos.

Rosa negra da treva, Flor do nada,
Dá-me essa boca acídula, rasgada,
Que vale mais que os corações proibidos!


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[Linha 3300 de 10004 - Parte 2 de 4]



VOZINHA

Velha, velhinha, da doçura boa
De uma pomba nevada, etérea, mansa.
Alma que se ilumina e se balança
Dentre as redes da Fé que nos perdoa.

Cabeça branca de serena leoa,
Carinho, amor, meiguice que não cansa,
Coração nobre sempre como a lança
Que não vergue, não fira e que não doa.

Olhos e voz de castidades vivas,
Pão ázimo das Páscoas afetivas,
Simples, tranqüila, dadivosa, franca.

Morreu tal qual vivera, mansamente,
Na alvura doce de uma luz algente,
Como que morta de uma morte branca.


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NO EGITO

Sob os ardentes sóis do fulvo Egito
De areia estuosa, de candente argila,
Dos sonhos da alma o turbilhão desfila,
Abre as asas no páramo infinito.

O Egito é sempre o amigo, o velho rito
Onde um mistério singular se asila
E onde, talvez mais calma, mais tranqüila
A alma descansa do sofrer prescrito.

Sobre as ruínas d'ouro do passado,
No céu cavo, remoto, ermo e sagrado,
Torva morte espectral pairou ufana...

E no aspecto de tudo em torno, em tudo,
Árido, pétreo, silencioso, mudo,
Parece morta a própria dor humana!



[Linha 3350 de 10004 - Parte 2 de 4]



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OCASOS

Morrem no Azul saudades infinitas
Mistérios e segredos inefáveis...
Ah! Vagas ilusões imponderáveis,
Esperanças acerbas e benditas.

Ânsias das horas místicas e aflitas,
De horas amargas das intermináveis
Cogitações e agruras insondáveis
De febres tredas, trágicas, malditas.

Cogitações de horas de assombro e espanto
Quando das almas num relevo santo
Fulgem de outrora os sonhos apagados.

E os bracos brancos e tentaculosos
Da Morte, frios, álgidos, nervosos,
Abrem-se pare mim torporizados.


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REPOUSO

A cabeça pendida docemente
Em sonhos, sonha o sonhador inquieto,
Repousa e nesse repousar discreto
É sempre o sonho o seu bordão clemente.

Cego desta Prisão impenitente
Da Terra e cego do profundo Afeto,
O sonho é sempre o seu bordão secreto
O seu guia divino e refulgente.

Nem no repouso encontra a paz que espera,
Para lhe adormecer toda a quimera,
Os círculos fatais do seu Inferno.

Entre a calma aparente, a estranha calma,
O seu repouso é sempre a febre d'alma,


[Linha 3400 de 10004 - Parte 2 de 4]


O seu repouso é sonho, e sonho eterno.


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REQUIESCAT...

Grande, grande Ilusão morta no espaço,
Perdida nos abismos da memória,
Dorme tranqüila no esplendor da glória,
Longe das amarguras do cansaço...

Ilusão, Flor do sol, do morno e lasso
Sonho da noite tropical e flórea,
Quando as visões da névoa transitória
Penetram na alma, num lascivo abraço...

Ó Ilusão! Estranha caravana
de águias, soberbas, de cabeça ufana,
De asas abertas no clarão do Oriente.

Não me persiga o teu mistério enorme!
Pelas saudades que me aterram, dorme,
Dorme nos astros infinitamente...


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DOCE ABISMO

Coração, coração! a suavidade,
Toda a doçura do teu nome santo
É como um cálix de falerno e pranto,
De sangue, de luar e de saudade.

Como um beijo de mágoa e de ansiedade,
Como um terno crepúsculo d'encanto,
Como uma sombra de celeste manto,
Um soluço subindo a Eternidade.

Como um sudário de Jesus magoado,
Lividamente morto, desolado,
Nas auréolas das flores da amargura.



[Linha 3450 de 10004 - Parte 2 de 4]


Coração, coração! onda chorosa,
Sinfonia gemente, dolorosa,
Acerba e melancólica doçura.


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HARPAS ETERNAS

Hordas de Anjos titânicos e altivos,
Serenos, colossais, flamipotentes,
De grandes asas vívidas, frementes,
De formas e de aspectos expressivos.

Passam, nos sóis da Glória redivivos,
Vibrando as de ouro e de Marfim dolentes,
Finas harpas celestes, refulgentes,
Da luz nos altos resplendores vivos

E as harpas enchem todo o imenso espaço
De um cântico pagão, lascivo, lasso,
Original, pecaminoso e brando...

E fica no ar, eterna, perpetuada
A lânguida harmonia delicada
Das harpas, todo o espaço avassalando.


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DUPLA VIA-LÁCTEA

Sonhei! Sempre sonhar! No ar ondulavam
Os vultos vagos, vaporosos, lentos,
As formas alvas, os perfis nevoentos
Dos Anjos que no Espaço desfilavam.

E alas voavam de Anjos brancos, voavam
Por entre hosanas e chamejamentos...
Claros sussurros de celestes ventos
Dos Anjos longas vestes agitavam.

E tu, já livre dos terrestres lodos,
Vestida do esplendor dos astros todos,


[Linha 3500 de 10004 - Parte 2 de 4]


Nas auréolas dos céus engrinaldada

Dentre as zonas de luz flamo-radiante,
Na cruz da Via-Láctea palpitante
Apareceste então crucificada!


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TITÃS NEGROS

Hirtas de Dor, nos áridos desertos
Formidáveis fantasmas das Legendas,
Marcham além, sinistras e tremendas,
As caravanas, dentre os céus abertos...

Negros e nus, negros Titãs, cobertos
Das bocas vis das chagas vis e horrendas,
Marcham, caminham por estranhas sendas,
Passos vagos, sonâmbulos, incertos...

Passos incertos e os olhares tredos,
Na convulsão de trágicos segredos,
De agonias mortais, febres vorazes...

Têm o aspecto fatal das feras bravas
E o rir pungente das legiões escravas,
De dantescos e torvos Satanases!...


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ENTRE CHAMAS...

Sonhei que de astros no Infinito presa
Vagavas, brandamente adormecida,
Nas chamas siderais resplandecida,
A carne, em chamas, no Infinito, acesa...

E eu pasmava de encanto e de surpresa
Vendo a constelação indefinida
Da tua carne flamejando vida,
Dentre os íris radiantes da beleza...



[Linha 3550 de 10004 - Parte 2 de 4]


E o teu corpo, nas chamas palpitando,
Os astros em redor maravilhando,
Por entre a auréola dos clarões cantava...

Então, de sonho em sonho, absorto, mudo,
Eu senti alastrar, vibrar por tudo
Toda a infinita sensação da lava!...


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O ANJO DA REDENÇÃO

Soberbo, branco, etereamente puro,
Na mão de neve um grande facho aceso,
Nas nevroses astrais dos sóis surpreso,
Das trevas deslumbrando o caos escuro.

Portas de bronze e pedra, o horrendo muro
Da masmorra mortal onde estás preso
Desce, penetra o Arcanjo branco, ileso
Do ódio bifronte, torso, torvo e duro.

Maravilhas nos olhos e prodígios
Nos olhos, chega dos azuis litígios
Desce à tua caverna de bandido.

E sereno, agitando o estranho facho,
Põe-te aos pés e a cabeça, de alto a baixo,
Auréolas imortais de Redimido!


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SALVE! RAINHA!...

Ó sempre virgem Maria, concebida
sem pecado original, desde o
primeiro instante do teu ser...

Mãe de Misericórdia, sem pecado
Original, desde o primeiro instante!
Salve! Rainha da Mansão radiante,
Virgem do Firmamento constelado...


[Linha 3600 de 10004 - Parte 2 de 4]



Teu coração de espadas lacerado,
Sangrando sangue e fel martirizante,
Escute a minha Dor, a torturante,
A Dor do meu soluço eternizado.

A minha Dor, a minha Dor suprema,
A Dor estranha que me prende, algema
Neste Vale de lágrimas profundo...

Salve! Rainha! por quem brado e clamo
E brado e brado e com angústia chamo,
Chamo, através das convulsões do mundo!...


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[SONETO]

Brancas Aparições, Visões renanas,
Imagens dos Ascetas peregrinos,
Hinos nevoentos, neblinosos hinos
Das brumosas igrejas luteranas.

Vago mistério das regiões indianas,
Sonhos do Azul dos astros cristalinos,
Coros de Arcanjos, claros sons divinos
Dos Arcanjos, nas tiorbas soberanas.

Tudo ressurge na minh'alma e vaga
Num fluido ideal que me arrebata e alaga,
No abandono mais lânguido mais lasso...

Quando lá nos sacrários do Cruzeiro
A lua rasga o trêmulo nevoeiro,
Magoada de vigílias e cansaço...


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VIOLINOS

Pelas bizarras, góticas janelas
De um tempo medieval o sol ondula:


[Linha 3650 de 10004 - Parte 2 de 4]


Nunca os vitrais viram visões mais belas
Quando, no ocaso, o sol os doura e oscula...

Doces, multicores aquarelas
Sobre um saudoso céu que além se azula...
Calma, serena, divinal, entre eras,
A pomba ideal dos Ângelus arrula...

Rezam de joelhos anjos de mãos postas
Através dos vitrais, e nas encostas
Dos montes sobe a claridade ondeando...

É a lua de Deus, que as curves meigas
Foi ondular pelos vergéis e veigas
Magnólias e lírios desfolhando...


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GUERRA JUNQUEIRO

Quando ele do Universo o largo supedâneo
Galgou como os clarões -- quebrando o que não serve,
Fazendo que explodissem os astros de seu crânio,
As gemas da razão e os músculos da verve;

Quando ele esfuziou nos páramos as trompas,
As trompas marciais -- as liras do estupendo,
Pejadas de prodígios, assombros e de pompas,
Crescendo em proporções, crescendo e recrescendo;

Quando ele retesou os nervos e as artérias
Do verso orbicular -- rasgando das misérias
O ventre do Ideal na forte hematemese.

Clamando -- é minha a luz, que o século propague-a,
Quando ele avassalou os píncaros da águia
E o sol do Equador vibrou-lhe aquelas teses!


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CAMPESINAS


[Linha 3700 de 10004 - Parte 2 de 4]



AO AR LIVRE
A Virgílio Várzea

Tu trazes agora o peito
Como essas urnas sagradas,
Repleto de gargalhadas,
Sonoro, bom, satisfeito.

Por dentro cantam assombros
E causAs esplendorosas
Como latadas de rosas
Dos muros entre os escombros.

Quando o ideal nos alaga,
Embora as lutas do mundo,
Levanta-se um sol fecundo
Do peito em cada uma chaga.

Voltou-se a seiva de outrora,
De outro, mais forte e destro,
Iluminado maestro,
Das harmonias da aurora.

Fulgurem por isso as musas,
As belas musas, por isso...
Voltou-te o passado viço,
Foram-se as mágoas, confusas.

Agora, quando eu dirijo
Meus passos, à tua porta,
Sinto-te um bem que conforta,
Vejo-te alegre e mais rijo.

Porque afinal pela vida
Nem tudo se desmorona
Quando se vaga na zona
Da mocidade florida.

Gostas de ver pelos ramos
Das verdes árvores novas,
A chocalhar umas trovas,
Coleiros e gaturamos.

Já podes bem comer frutas,
Os teus simpáticos jambos,
E ouvir alguns ditirambos
Da natureza nas grutas.


[Linha 3750 de 10004 - Parte 2 de 4]



Podes olhar as esferas,
Com ar direito e seguro,
De frente para o futuro,
De lado para as quimeras.

Não tenhas cofres avaros
De santos -- na luz te afoga,
E a alma arremessa e joga
Por esses páramos claros.

Reúne os sonhos dispersos
Como andorinhas vivaces
E o colorido das faces
Ao coberto dos versos.

Como uns lábaros vermelhos,
Contente como os lilazes,
As crenças dos bons rapazes
Tem prismas como os espelhos.


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NOS CAMPOS

Por entre campos de seara loura
De alegre sol puríssimo batidos,
Passam carros chiantes de lavoura
E raparigas sãs, de coloridos
Que a luz solar que as ilumina e doura
Lembram pomares e jardins floridos,
Por entre campos de seara loura.

A Natureza inteira reverdece
Pelos montes e vales e colinas;
E o luar que freme, anseia e resplandece,
Movido por aragens vespertinas,
Parece a alma dos tempos que floresce...
Enquanto que por prados e campinas
A Natureza inteira reverdece.

A paz das coisas desce sobre tudo!
E no verde sereno d'espessuras,
No doce e meigo e cândido veludo,
Tremem cintilações como armaduras
Ou como o aço brunido dum escudo;


[Linha 3800 de 10004 - Parte 2 de 4]


Enquanto que das límpidas alturas
A paz das coisas desce sobre tudo!

A casa, a rude tenda construída,
Onde habitam as mães e as crianças
Promiscuamente, nessa mesma vida
De perfume lirial das esperanças,
Como é feliz, dos astros aquecida!
Aquecida do Amor nas asas mansas
A casa, a rude tenda construída.

As bocas impolutas e cheirosas
Das raparigas, pródigas belezas
De finos lábios púrpuros de rosas,
Abrem, cheias de angélicas purezas,
As cristalinas fontes murmurosas
De risos, refrescando em correntezas
As bocas impolutas e cheirosas.

Da vida aurora rica do seu sangue
Flameja a carne em báquicas vertigens!
E quem tiver uma epiderme exangue
Para ficar com essas faces virgens,
Para não ser mais pálida nem langue,
Tem de beber das cálidas origens
Da viva aurora rica do seu sangue.

Lindas ceifeiras percorrendo. searas
Nos campos, ó bizarras raparigas,
Pelas manhãs e pelas tardes claras
Vós desfolhais sorrisos e cantigas
Que deixam ver as pérolas mais raras
Dos dentes brancos, frescos como estrigas...
Lindas ceifeiras percorrendo searas!


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A BORBOLETA AZUL

No alegre sol de então
De uma manhã de amor,
A borboleta solta no fulgor
Da luz, lembrava um leve coração.

Ia e vinha e a voar
Gentil e trêfega, azul,


[Linha 3850 de 10004 - Parte 2 de 4]


Sonoramente a percorrer pelo ar,
Como um silfo tenuíssimo e taful.

Sobre os frescos rosais
Pousava débil, sutil,
Doirando tudo de um risonho abril
Feito de beijos e de madrigais.

Que doce embriaguez
O vôo assim seguir
Da borboleta azul, correndo, a vir
Do espaço pela Etérea candidez!

Fazendo, tal e qual,
O mesmo giro assim,
O mesmo vôo límpido, sem fim,
Nos mundos virgens de qualquer ideal.

Ir como ela também
Em busca das loucas
E tropicais e fulgidas manhãs
Cheias de colibris e sol, além...

Ir com ela na luz
De mundos através,
Sem abrolhos nas mãos, cardos nos pés,
Ó alma, minha, que alegria a flux!...

No alegre sol de então
De uma manhã de amor
A borboleta solta no fulgor
Da luz, lembrava um leve coração.


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RENASCIMENTO

Canta ao sol, como as cigarras
A tua nova alegria.
No Azul ressoam fanfarra
Da grande vida sadia.

Alerta, um clarim de alerta
Àquela antiga saúde:
-- À clara janela aberta
Para o mar salgado e rude.


[Linha 3900 de 10004 - Parte 2 de 4]



Que volte, ruidosa, agora,
Como um pássaro marinho,
A tua saúde, a aurora
Do teu sangue, estranho vinho.

E como espiga madura
Floresce outra vez a vida,
Resplandece à formosura,
Ó torre de ouro florida!

Quero-te em rosas festivas
A polpa das carnes brancas.
E rindo-te às forças vivas
Com rubras risadas francas.

Formosa, soberba e nua,
Nesse olhar que tudo abrange,
Na fronte um diadema, em lua
Num talhe curvo de alfanje;

Vem! o sol é teu amante!
Ah! vem mergulhar nos braços
Do flavo sultão radiante
Do harém azul dos espaços.


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ABELHAS

Gotas de luz e perfume,
Leves, tênues, delicadas,
Acesas no doce lume
De purpúreas alvoradas.

Pingos de ouro cristalinos
Alados na esfera, ondeando,
Dispersos por entre os hinos,
Da natureza vibrando.

Sorrisos aéreos, soltos,
Flavas asas radiantes,
Que levam consigo envoltos
Da aurora os sóis fecundantes.

Da aurora que a primavera


[Linha 3950 de 10004 - Parte 2 de 4]


Faz cantar, brota no peito
E floresce em folhas de hera
O coração satisfeito.

Essa aurora produtiva
Do amor soberano e eterno,
Que é nas almas força viva
E nas abelhas falerno.

Nas doudejantes abelhas
Que dentre flores volitam
E do sol entre as centelhas
Resplendem, fulgem, palpitam.

Zumbem, fervem nas colméias
E rumorejam no enxame
Pelas flóridas aléias
Onde um prado se derrame.

Assim mesmo pequeninas
E quase invisíveis, quase,
Com as suas asitas finas,
De etérea de fluida gaze.

Ah! quanto são adoráveis
Os favos que elas fabricam!
Com que graças inefáveis
Se geram, se multiplicam.

Nos afãs industriosos
Que enlevo, que encanto vê-las
Com seus corpos luminosos
D'iriante brilho d'estrelas.

E nas ondas murmurosas
Dos peregrinos adejos
Vão dar ao lábio das rosas
O mel doirado dos beijos.


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BESOUROS...

Marche, marche, marche a verve!
Bandeiras, clarins, tambores,
Marchar!


[Linha 4000 de 10004 - Parte 2 de 4]



A poncheira ideal, que ferve,
Sons, aromas, chamas, cores!
Cantar!

Que este diabo vem, saudoso,
Das profundezas do arcano,
Viver!

O vinho maravilhoso
Da forma raro e renano,
Beber!

Vem beber o vinho iriado,
O Falerno, claro e quente,
Haurir!

Num paladar requintado,
Todo inflamado e fremente
Sentir!

Que o sangue da verve vibre
Raja, raja, raja, raja,
Taful!

E a alma do sol se equilibre
Para que mais sonhos haja
No azul!...

Mas este diabo tão fino,
Que de tudo dá o acorde
Genial!

Este capróide genuíno,
Verde, verde, morde, morde,
Fatal.


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PAPOULA
A Oscar Rosas

Assim loura és mais formosa
Do que se fosses trigueira:
Corpo de eflúvios de rosa
Com esbeltez de palmeira.


[Linha 4050 de 10004 - Parte 2 de 4]



Vestida de cor da aurora
Leve dos fluidos da graça,
És uma estrela sonora
Que, em sonhos, pelo éter passe.

Resplandece em teu cabelo
Um fulgor de sol dourado,
Que só de senti-lo e vê-lo
Fica tudo iluminado.

Do teu branco leque aberto
Que lembra uma asa de garça,
Aspiro um perfume incerto,
Talvez a tua alma esparsa.

Num resplendor de madona
E altivez de corça arisca
Surges da luz entre a zona
Com quebrantos de odalisca.

Que venha o duque normando
De castelos escoceses
Com seu ar bizarro e brando
Amar-te os olhos ingleses.

E entre aromas e frescores
E revoadas de abelhas,
Como num campo de flores
Que esse olhar vibre centelhas.

Que cantem na tua boca
As alegrias radiadas,
Numa ideal rajada louca
De vôos de passaradas.

Que como os astros no espaço,
Teu encanto resplandeça...
Com pelúcias no regaço
E asas de ave na cabeça.

E que os teus dois seios puros
Que o amor fecundando beija
Fiquem cheios e maduros
Com dois bicos de cereja.


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[Linha 4100 de 10004 - Parte 2 de 4]



CAMPESINAS

I
Camponesa, camponesa,
Ah! quem contigo vivesse
Dia e noite e amanhecesse
Ao sol da tua beleza.

Quem livre, na natureza,
Pelos campos se perdesse
E apenas em ti só cresse
E em nada mais, camponesa.

Quem contigo andasse à toa
Nas margens duma lagoa,
Por vergéis e por desertos,

Beijando-te o corpo airoso,
Tão fresco e tão perfumoso,
Cheirando a figos abertos.


II
De cabelos desmanchados,
Tu, teus olhos luminosos
Recordam-me uns saborosos
E raros frutos de prados.

Assim negros e quebrados,
Profundos, grandes, formosos,
Contêm fluidos vaporosos
São como campos mondados.

Quando soltas os cabelos
Repletos de pesadelos
E de perfumes de ervagens;

Teus olhos, flor das violetas,
Lembram certas uvas pretas
Metidas entre folhagens.


III
As papoulas da saúde


[Linha 4150 de 10004 - Parte 2 de 4]


Trouxeram-te um ar mais novo,
Ó bela filha do povo,
Rosa aberta de virtude.

Do campo viçoso e rude
Regressas, como um renovo,
E eu ao ver-te, os olhos movo
De um modo que nunca pude.

Bravo ao campo e bravo a seara
Que deram-te a pele clara
São rubores de alvorada.

Que esses teus beijos agora
Tenham sabores de amora
E de romã estalada.

IV

Através das romãzeiras
E dos pomares floridos
Ouvem-se as vezes ruídos
E bater d'asas ligeiras.

São as aves forasteiras
Que dos seus ninhos queridos
Vêm dar ali os gemidos
Das ilusões passageiras.

Vêm sonhar leves quimeras,
Idílios de primaveras,
Contar os risos e os males.

Vêm chorar um seio de ave
Perdida pela suave
Carícia verde dos vales.

V

De manhã tu vais ao gado
A cantar entre as giestas,
Com tuas graças modestas,
Correndo e saltando o prado.

E a veiga e o rio e o valado
Que todos dormem as sestas
Acordam-se ante as honestas
Canções desse peito amado.

As aves nos ares gozam,


[Linha 4200 de 10004 - Parte 2 de 4]


Entre abraços se desposam,
No mais amoroso enlace.

E as abelhas matutinas
Que regressam das boninas
Voam, te em torno da face.

VI

As uvas pretas em- cachos
Dão agora nas latadas...
Que lindo tom de alvoradas
Na vinha, junto aos riachos.

Este ano arados e sachos
Deixaram terras lavradas,
À espera das inflamadas
Ondas do sol, como fachos.

Veio o sol e fecundou-as,
Deu-lhes vigor, enseivou-as,
Tornou-as férteis de amor.

Eis que as vinhas rebentaram
E as uvas amaduraram,
Sanguíneas, com sol na cor.

VII

Engrinaldada de rosas,
Surge a manhã pitoresca...
Que linda aquarela fresca
Nas veigas deliciosas!

Que bom gosto e perfumosas
Frutas traz, madrigalesca
A rapariga tudesca
Que vem das searas cheirosas!

Como os rios vão cantando,
Em sons de prata, ondulando,
Abaixo pelos marnéis!

Que carícia nas verduras,
Que vigor pelas culturas,
Que de ouro pelos vergéis!

VIII

Orgulho das raparigas,


[Linha 4250 de 10004 - Parte 2 de 4]


Encanto ideal dos rapazes,
Acendes crenças vivazes
Com tuas belas cantigas.

No louro ondear das espigas,
Boca cheirosa a lilazes,
Carne em polpa de ananases
Lembras baladas antigas.

Tens uns tons enevoados
De castelos apagados
Nas eras medievais.

Falta-te o pajem na ameia
Dedilhando, a lua cheia,
O bandolim dos seus ais!

IX
NO CAMPO SANTO

Morreste no campo um dia,
Como uma flor desprezada.
Clareava a madrugada
Azul, vaporosa e fria.

Sobre a agreste serrania,
Numa ermida branqueada
Por uma manhã doirada
Um sino repercutia.

Teu caixão, de camponesas
E camponeses seguido,
Desceu abaixo às devesas.

Ganhou o atalho comprido
De casas em correntezas
E entrou num campo florido.


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NA VILA

Nos ervaçais vibrou o sol agora,
Nas fitas verdes dos canaviais...
Como rompesse loura e fresca a aurora


[Linha 4300 de 10004 - Parte 2 de 4]


Agora o sol vibrou nos ervaçais.

Murmurejam de alegres os caminhos
Que até parecem, límpidos, cantar
Na música melódica dos ninhos
Que vai nos ares se cristalizar.

Floresce tudo, em toda parte flores
Neste maio feliz, e tão feliz
Que as plantas exuberam de vigores
Desde a profunda, pródiga raiz.

Noivam as aves junto dos riachos
No seu alado alvorecer de amor;
E o coqueiral, com os amarelos cachos,
Pompeia de riquíssimo verdor.

Fluem na sombra meigas fontes claras
Sob o frondente e vasto laranjal
E para além magníficas searas
Se estendem como um leito virginal.

Na serena paz vegetativa
Faz docemente tudo adormecer
Mas num sono de luz doirada e viva,
Quase a dormência de quem vai morrer...

Ah! que o silêncio, a solidão dos ermos,
Das agrestes paragens do sertão
Se dão saúdes a espíritos enfermos
Também supremas nostalgias dão!

A volúpia letal do meio-dia,
Nas horas encalmadas, sob a luz,
Dá duma campa a atroz melancolia
Assinalada numa simples cruz.

Depois o campo na mudez da vila,
Aquela eterna e soberana paz
Da imensa vastidão sempre tranqüila
Como que punge e que entristece mais!


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OS RISONHOS


[Linha 4350 de 10004 - Parte 2 de 4]



Pastores e camponesas
De rudes almas esquivas
Passam entre as candidezas
Das estrelas fugitivas.

Parece que nada os punge,
Nada os punge e sobressalta.
A lua que os campos unge
No firmamento vai alta.

E eles passam sob a lua,
De queixas desafogados,
A cabeça livre e nua,
Na florescência dos prados.

Seres meigos e singelos,
Mulheres de lindo rosto,
Lábios cálidos e belos,
Do quente sabor do mosto.

Pastores de tez morena,
Queimados ao sol adusto:
Claridade bem serena
No fundo do olhar bem justo.

Neles tudo é riso e festa,
Neles tudo é festa e riso,
Frescuras brandas de giesta
E graças de Paraíso.

Simples, toscas e felizes,
Sem ter um laivo de mágoa:
Almas das verdes raízes,
Limpidez de gota d'água.

Neles tudo é paz de aldeia
E ri com os risos mais frescos...
O céu inteiro gorjeia
Idílios madrigalescos.

Seduzido por miragens
Caminha o bando risonho
Dessas virentes paragens,
Levado na asa de um sonho.

Nele tudo ri sem ânsia
E com doçura secreta;
E como uma nova infância
Cantantemente irrequieta.


[Linha 4400 de 10004 - Parte 2 de 4]



Encantos de mocidade,
Saúde, fulgor, vigores,
Dão-lhe a doce suavidade
Maravilhosa das flores.

Os corações, florescentes,
Vão nesses peitos cantando
E rindo em festins ardentes
E dentre os risos sonhando.

Ri na boca, ri nos olhos,
Nas faces o bando, rindo
O bom riso sem abrolhos,
Que lembra um campo florindo.

Rindo em sonoras risadas,
Rindo em frêmitos vivazes,
Rindo em risos de alvoradas,
Rindo em risos de lilazes.

Os campos entontecidos
Nos vinhos da lua clara
Ficam bizarros, garridos,
De vitalidade rara.

As águas claras das fontes
Vibram lânguidas sonatas
E as nuvens vestem os montes
Das visões mais timoratas.

Na copa dos árvoredos,
Nas orvalhadas verduras
Há sonâmbulos segredos
E murmuradas ternuras.

E o bando festivo passa
Rindo, alegre, casto e suave,
Iluminado de graça,
Mais leve que um vôo de ave.

Podeis rir, almas ditosas,
Almas novas como frutos
De vinhas miraculosas
De pomares impolutos.

Podeis rir, almas eleitas
Que os anjos percebem tanto
Lá das esferas perfeitas
Nas harmonias do Encanto.


[Linha 4450 de 10004 - Parte 2 de 4]



Almas brancas, Páscoas leves,
Alvos pães de áureos altares,
De mais candidez que as neves
E a madrugada nos mares.

Almas sem sombras ferozes
Nem espasmos delirantes.
Eco das bíblicas vozes,
Caminhos reverdejantes.

O vosso riso é bendito,
Os vossos sonhos são castos,
O estrelamento infinito
De mundos claros e vastos.

Podeis rir, peitos ufanos,
Belas almas feiticeiras,
Vós tendes nos risos lhanos
O trigo das vossas eiras.

A vossa vida é planície,
Não tem declives funestos:
Sois torres que a superfície
Assenta nos dons modestos.

A nossa vida é bem rasa,
Preso à terra o vosso esforço;
Nem mesmo um frêmito de asa
Vos faz agitar o dorso...

Sois como plantas vencidas
Conquistadas pela terra,
Dando à terra muitas vidas
E tudo que a Vida encerra.

É do vosso sangue moço
Que na terra se derrama,
Que sobe o rubro alvoroço
De ocasos de sóis em chama.

Manchas, ao certo, não tendes
E nem trágico flagício,
Almas isentas de duendes,
Lavadas no Sacrifício.

Das pedras, nos vossos ombros,
A rigidez não carrega.
Em jardins tornam-se escombros
E em luz a crença que é cega.


[Linha 4500 de 10004 - Parte 2 de 4]



Desses perfis adoráveis,
Na curva casta dos flancos
Brotam viços inefáveis
Dos florescimentos brancos.

Podeis rir! ó benfazeja
Bondade de nobre essência,
Deus vos chama e vos deseja
Na estrelada florescência.

Um anjo vos acompanha
Nessa estrada matutina
E convosco a ideal montanha
Sobe da graça divina.

O flagelo deste mundo,
Nesses corações não pesa.
Enquanto o Horror vai profundo
Vossa alma tranqüila reza.

Contritos e de mãos postas,
Humildemente de joelhos,
O Demônio, pelas costas,
Não vem vos dar maus conselhos.

Vós sois as sagradas reses
Votadas ao azul Sacrário.
Deus vos olha muitas vezes
Com o seu olhar visionário.

Mas quando, como as estrelas,
Adormecerdes um dia,
Voando mais perto a vê-las
Na Paragem fugidia.

Quando na excelsa Bonança
Afinal adormecerdes,
Nos olhos toda a esperança
Levando dos prados verdes.

Quando lá fordes, subindo
Para as límpidas Alturas,
Profundamente dormindo,
Em busca das almas puras.

Praza aos céus que nos caminhos
Da eterna Glória, das palmas,
Mais brancas que os claros linhos
Possais encontrar as almas!


[Linha 4550 de 10004 - Parte 2 de 4]



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DISPERSAS


AVANTE
(17 set. 1880)
Ao distinto e talentoso jovem
José Arthur Boiteux

......................................................... .

Avante, sempre nessa luz serena,
Empunha a pena, sem temor, com fé!...
Eleva as turbas as idéias d'oiro,
Que um tesouro tua fronte é!...

Eia, caminha nessa senda nobre
Na pátria pobre, no teu berço aqui!...
Prossegue altivo, sem parar, constante,
Faz-te gigante, diz depois: Venci!...

Imita os grandes, incansáveis vultos
Que lá sepultos no pó negro estão!...
Anda, romeiro dos vergéis divinos,
Mergulha em hinos a gentil razão!...

Eia, que sempre na brasílea história
De alta glória colherás o jus!...
O livro augusto do Porvir descerra,
Sê desta terra o precursor da luz!...


Índice



AWAY!
A meu distinto amigo e talentoso jovem José Arthur Boiteux

O livro, esse audaz guerreiro,


[Linha 4600 de 10004 - Parte 2 de 4]


Que conquista o mundo inteiro,
Sem nunca ter Waterloo!...
(Castro Alves)

Avante, sempre, nessa luz serena,
Empunha a pena, sem temor, com fé!...
Eleva as turbas as idéias d'ouro,
Que um tesouro tua fronte é!...

Eia, caminha nessa senda nobre,
Na pátria pobre, no teu berço aqui!...
Prossegue altivo, sem parar, constante,
Faz-te gigante, diz depois -- Venci!...

Ala-te à glória num voar titâneo,
Burila o crânio de fulgor sem fim!...
E entre o livro d'imortais perfumes
Calca os ciúmes d'imbecil Caim!

Imita os grandes, incansáveis vultos
Que lá sepultos no pó negro estão!...
Anda, romeiro dos vergéis divinos,
Mergulha em hinos a gentil razão!

Estás na quadra radiante e linda,
É cedo ainda para enfim descrer!
És jovem... pensas... és portanto um bravo
Ser ignavo... é sucumbir... morrer!

Vamos, caminha, mesmo embora exangue
Da fronte o sangue vá rolar-te aos pés!
Agita a alma qual febris as vagas,
Que dessas chagas brotarão lauréis!

Além do livro, colossal, enorme,
Que nunca dorme perscrutando os céus!.
Acima dele supernal, potente
Está somente, tão-somente Deus!

Vai! ... vai rasgando, percorrendo os ares,
Novos palmares, meu gentil condor!
Depois de teres pedestal seguro
Lá do futuro te erguerás senhor!...

Qual Ney ousado que, ao vibrar da lança,
Nutre esperança de ganhar, vencer,
Assim co'a idéia vai lutar, trabalha,
Vence a batalha do dinal saber.

Eia que sempre na brasílea história


[Linha 4650 de 10004 - Parte 2 de 4]


De alta glória colherás o jus!...
O livro augusto do porvir descerra,
Sê desta terra precursor da luz!!!


Índice



POESIA

C'est la musique la poesie de l'âme;
et la gloire est Dieu, ce sont les
deux choses les plus charmantes, les
plus belles, les plus grandes de la vie!
(Do Autor)

Da música escutando preclaras harmonias
Vendo em cada lábio brilhar ledo sorriso
Vendo luz e flores e tanto entusiasmo
Julguei-me transportado ao célico Paraíso!

Foi sonho na verdade -- mas hoje realizado
Vos dá, distintos sócios, venturas mais de mil,
A vós que à frente tendo Penedo, grande, forte,
Subis, alistridente, qual ave mais gasil!

E quando executais as vossas belas peças
As notas quais gemidos vagam n'amplidão
Parece que o infinito derrama sobre vós
Centelhas sublimadas só d'inspiração!

Da arte de Mozart vós sois grandes romeiros
Lutais como nas vagas o triste palinuro,
Os olhos tendes fitos na glória que dá brilho
No livro tricolor e ovante do futuro!

Hoje que os sorrisos assomam em vossos lábios
Que da "Guarani" alçais áureo pendão,
Eu humilde e fraco -- com flores inodoras
Somente aqui vos venho fazer uma ovação!

Quando há só coragem, força, intrepidez
Quando se alimenta no peito divo ardor,
O homem não recua, caminha p'ro progresso
Co'a fronte sempre erguida, sem ter menor temor,

Sem ter algum trabalho jamais s'alcança trono


[Linha 4700 de 10004 - Parte 2 de 4]


Sem ter valor e força jamais se tem lauréis
P'ra vossa grande glória, além do grã futuro
Deus já tem erectos milhares de docéis!

Mas dentre vós vulto sereno se destaca
Qual Rodes portentoso, imenso, verdadeiro
Que nunca recuou sequer um só momento
Que sempre em trabalhar foi pronto companheiro!

E este vosso sócio, digno diretor
Que forte não pensou jamais em recuar!
É José Gonçalves -- águia valorosa
A quem, altivamente, eu ouso aqui louvar!

Vencendo mil tropeços, altiva os derribando
A bela "Guarani" se mostra triunfante
Foi como esses heróis -- na mão sustenta o gládio
-- O gládio da vitória serena e radiante!

Portanto erguei ridente a fronte ao infinito!
Erguei ó grandes bravos a fronte toda luz!
Eis, a senda é bela, sublime, é grandiosa
Avante pois ness'arte, avante, avante, sus!

E agora concluindo palavras pobrezinhas
Que eu pronunciar humilde vim aqui,
Saúdo fervoroso -- do imo de minh'alma
A essa tão gentil, simpática "Guarani"!


Índice



SAUDAÇÃO
(Desterro, 14 nov. 1880)

Qual o que não exulta ao ler uma epopéia!
Qual o que a ver dor não lhe estremece o crânio,
Em confusões cruéis?! Qual o que tem fresca, sublime, pronta a idéia,
E do altar da caridade no supedâneo,
Não deixa alguns lauréis?!
(Do Autor)

Ontem, grande desgraça
Que o povo se abraça
D'Itajaí em geral!
Ontem, o cetro divino


[Linha 4750 de 10004 - Parte 2 de 4]


Que se tornando ferino
Tudo esmaga afinal!

Ontem, prantos e dor. . .
Grandes gritos d'horror...
A fatal confusão!
Ontem, lampas perdidas
De centenas de vidas,
Que nas águas lá vão!

Ontem, negras as vagas,
Os belos céus, essas plagas,
-- Onde existe o Senhor!
Ontem, -- fatalidade!
A pobrezinha cidade
Toda envolta em negror!

Hoje, oh! Deus sempiterno!
-- O teu gládio superno
De bonança a irradir,
Veio ao povo esmagado
Ao tredo peso do fado
Fazer do caos ressurgir!

Hoje, o íris brilhante
Lá nos céus, radiante,
Já se faz divulgar!
E todo o povo prostrado
Te agradece arroubado
Mas ainda a chorar!

E corações caridosos
Farão a dar pressurosos
Os seus globos gentis!
Dai! é doce a esmola!
Ela aos pobres consola,
Torna-os ledos, gasis!

A miséria chorava
Em delírio bradava
Por um pouco de pão!
E eles foram dizendo
-- Ide, pois vos mantendo,
Aqui tendes a mão!

E vós -- lá no tablado,
O mor rasgo, elevado,
De fazer acabais!
E um rasgo de glória
De brilhante memória


[Linha 4800 de 10004 - Parte 2 de 4]


Pros vindouros anais!

Vós fazeis do cenário
Um dinal santuário
Trabalhando p'ra pobres!
Mostrais bem que nas almas
Possuís celsas palmas
De ações muito nobres!

P'ra louvar amadores,
Tantas lutas, labores,
Tanta excelsa virtude!
Ah! me falta uma lira
Que um poema desfira...
Ai! me falta alaúde!

Só Deus pode dar louros
De mil glórias, tesouros,
Como vós mereceis!
Pois que feitos são divos,
Tão imensos, altivos
Só d'heróis ou de reis!

Amadores briosos!
Vós sois tão valorosos
Qual os bravos na guerra!
Sois os nautas valentes
Socorrendo ridentes
Quem cá gema na terra!

Amor, Deus, Caridade
-- E a sublime trindade
Radiante de Luz!
Donde vós, amadores,
Lá colheis os fulgores,
De mil graças a flux!


Índice



A IMPRENSA
(Desterro, 21 nov. 1880)
A Imprensa e brilhante como o meteoro,
sublime como os arrebóis do cerúleo
infinito!
(Do Autor)


[Linha 4850 de 10004 - Parte 2 de 4]



A lâmpada gigantesca
Das glórias do porvir,
Turíbulo majestoso
No mundo a irradir,
É a imprensa tesouro
E c'roa de verde louro
A fronte do escritor!
E centelha sublimada
Que vem do céu arrojada
A treva dando fulgor!

-- O homem nasceu pequeno
Mas com as letras cresceu
Foi como o vulto de Rodes
Que lá tão alto s'ergueu!
Foi preciso -- estudando
Co'a própria idéia lutando
Mergulhar-se na luz!
Foi preciso ter glória,
Brilhante, leda memória,
Colher renomes a flux!

Foi preciso mil lutas
Mil labores insanos
P'ra descobrir nesses mundos
Da diva luz os arcanos!
Foi preciso que um bravo
Não mostrando-se ignavo
Mas inspirado por Deus!
A pedra bruta talhasse
E a luz então derramasse
Qual seiva santa dos Céus!

Foi preciso os séculos
Ainda um pouco nas trevas
Erguessem as frontes bem alto
E devastassem mil selvas!
Foi preciso que o mundo
Sentisse abalo profundo
Ao desvendar- se o saber!
Foi preciso que os entes
Ou se erguessem potentes
Ou tombassem a morrer!

Mas não! -- o homem ergueu-se,
Quase, quase com Deus
Tirou a fronte da treva
E só pregou-a nos Céus!
Viu o futuro de louros


[Linha 4900 de 10004 - Parte 2 de 4]


E quis colher os tesouros
Que dão renome sem fim!
Sonhou, sonhou co'a vitória
E o gládio teve da glória
Qual o grão Bernardim!

O homem, gênio sublime,
Caminha, com seu bordão
Até achar o brilhante
A luz, a luz da razão!
Tropeça um pouco, se tomba
Ergue-se, voa qual pomba
E indo a luz descobrir,
Busca ouvir no infinito
Do eco ao longe este grito:
Trabalha para o porvir!

Quando os povos modernos,
Sentirem no coração
Uma ardente centelha
Que caia lá d'amplidão!
Deixarão esses vícios,
Insanos, negros, fictícios
Que dão só noite ao viver!
E irão curvados a ela
Depor-lhe verde capela
Farão então por crescer!

Camões, Milton, Abreu,
Já da vida sem lampas,
Erguei-vos crânios altivos
Espedaçai essas campas!
Dizei -- se o homem caminha
Se na treva definha
A quem se deve louvar?!...
S'as letras seguem ovantes
Dizei ó nobres gigantes
A quem se ergue alcaçar?!!...

E Guttemberg esse herói,
Essa vergôntea dinal,
Que co'escopro na destra!
Foi das letras fanal!
Ao descobrir a imprensa
Essa epopéia imensa
Para toda a nação,
Com glória ingente sonhava
Na luz por certo nadava
Já tinha os louros na mão!



[Linha 4950 de 10004 - Parte 2 de 4]



Índice



VERSOS
(Desterro, 9 abr. 1881)

Admirai Carrara, Canova, Rafael,
Murillo, Mozart e Verdi e tereis
as sublimes, mais que sublimes,
as divinas encarnações da arte!
(Do Autor)

Bravo, prole bendita
Pois à glória infinita
O lutar vos conduz!
É assim -- trabalhando
Sempre e sempre estudando
Que se alcança mais luz!

Contemplai estas flores
Estes tantos lavores
Contemplai o painel!
Repetindo orgulhosos
Estes feitos briosos
São dum belo pincel!

Eia, jovens, avante!
Ser artista é brilhante,
Trabalhar é uma lei!
Não são só os c'roados
Que merecem em brados
Ter as honras de rei!

O artista qu'é pobre
É tão rico, é tão nobre
Qual potente césar!
E a glória bem cedo
Lhe murmura o segredo
-- És artista -- és sem par!

Não temais os pampeiros
Sois gentis brasileiros
Deveis pois progredir!
Quem vos traça na história
Vossa augusta memória
É um deus -- O Porvir!



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14 - JogosRBL6 -Agora com Playstation One - http://bit.ly/2gjEatl
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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa - Parte 1 de 4


O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa - Parte 1 de 4

O Livro Derradeiro, Cruz e Sousa



O Livro Derradeiro - antologia especial com 500 páginas, reúne poemas de Cruz e Souza, um dos iniciadores do Simbolismo no Brasil (movimento literário e das outras artes que surgiu na França...



Texto-fonte:
Cruz e Sousa, Poesia Completa, org. de Zahidé Muzart,
Fundação Catarinense de Cultura / Fundação Banco do Brasil, 1993.



ÍNDICE

CAMBIANTES

SUPREMO ANSEIO
APÓS O NOIVADO
DORMINDO...
NERAH
AMOR
ESCRAVOCRATAS
DA SENZALA...
DILEMA
À REVOLTA
ESCÁRNIO PERFUMADO
FILETES



OUTROS SONETOS

SONETO
SONETO
SONETO
SONETO, "DIATRIBE"
SONETO
SONETO
SONETO
SONETO
SONETO
NA MAZURKA
O FINAL DO GUARANI
IDÉIA-MÃE
O SEU BONÉ
SONETO
OISEAUX DE PASSAGE
COLAR DE PÉROLAS
SATANISMO
METAMORFOSE


[Linha 50 de 10004 - Parte 1 de 4]


AURÉOLA EQUATORIAL
[ANDA-ME A ALMA]
[QUANDO EU PARTIR]
SEMPRE E... SEMPRE
NOIVA E TRISTE
MÃE E FILHO
NATUREZA
SURDINAS
IRRADIAÇÕES
AMBOS
PLENILÚNIO
OS DOIS
TRISTE
CELESTE
[ ESTAS RISADAS]
AOS MORTOS
LUAR
MOCIDADE
SONETO
NA FONTE
[SONETO]
CEGA
ERMIDA
ÁGUA-FORTE
ALMA QUE CHORA
CHUVA DE OURO
PRIMAVERA A FORA
25 DE MARÇO
NINHO ABANDONADO
CRENÇA
CRISTO E A ADÚLTERA
ÊXTASE DE MÁRMORE
INVERNO
FALANDO AO CÉU
GLORIOSA
O CHALÉ
DELÍRIO DO SOM
ILUSÕES MORTAS
O SONHO DO ASTRÓLOGO
CRISTO
FRUTAS DE MAIO
ETERNO SONHO
RISADAS
AVE! MARIA...
IMPASSÍVEL
VERÔNICA
SÍMILES
EXILADA
SONETOS
DECADENTES


[Linha 100 de 10004 - Parte 1 de 4]


OLAVO BILAC
DOENTE
DOENTE [variação]
LIRIAL
TO SLEEP, TO DREAM
NO CAMPO
FRUTAS E FLORES
VISÃO MEDIEVA
RECORDAÇÃO
ROMA PAGÃ
ESPIRITUALISMO
PLANGÊNCIA DA TARDE
ALMA ANTIGA
VANDA
ÊXTASE
LUAR
CELESTE
A PARTIDA
CANÇÃO DE ABRIL
O MAR
MANHÃ
RIR!
IDEAL COMUM
ASPIRAÇÃO
SENSIBILIDADE
GLÓRIAS ANTIGAS
PÁSSARO MARINHO
A FREIRA MORTA
CLARO E ESCURO
MAGNÓLIA DOS TRÓPICOS
HÓSTIAS
BOCA IMORTAL
PSICOLOGIA HUMANA
OS MORTOS
FLORIPES
O CEGO DO HARMONIUM
HORAS DE SOMBRA
ALELUIA! ALELUIA!
ROSA NEGRA
VOZINHA
NO EGITO
OCASOS
REPOUSO
REQUIESCAT...
DOCE ABISMO
HARPAS ETERNAS
DUPLA VIA-LÁCTEA
TITÃS NEGROS
ENTRE CHAMAS...
O ANJO DA REDENÇÃO


[Linha 150 de 10004 - Parte 1 de 4]


SALVE! RAINHA!...
[SONETO]
VIOLINOS
GUERRA JUNQUEIRO



CAMPESINAS

AO AR LIVRE
NOS CAMPOS
A BORBOLETA AZUL
RENASCIMENTO
ABELHAS
BESOUROS...
PAPOULA
CAMPESINAS
NA VILA
OS RISONHOS



DISPERSAS

AVANTE
AWAY!
POESIA
SAUDAÇÃO
A IMPRENSA
VERSOS
AO DECÊNIO DE CASTRO ALVES
ENTRE LUZ E SOMBRA
SETE DE SETEMBRO
TRÊS PENSAMENTOS
PARANAGUADAS
QUESTÃO BROCARDO
SEMPRE
BEIJOS
QUESTÃO BROCARDO
[Pinto, pinta -- ponta à ponta ]
PIRUETAS
AS DEVOTAS
[De claque, casaca e luva, ]
[MEUS ESPLÊNDIDOS...]
[Nunca se cala o Callado]
[Estoure como o champagne]
[Parece um céu estrelado]
[Levantem esta bandeira]
OLHARES
[Nas explosões de bons risos]


[Linha 200 de 10004 - Parte 1 de 4]


[Triolé -- pega estes zotes ]
GRITO DE GUERRA
[Da Lua aos raios prateados]
[Teus olhos belos por dentro]
ADALZIZA
[TEUS OLHOS]
SER PÁSSARO
O BOTÃO DE ROSA
[Ó Adalziza dos sonhos;]
[Enquanto este sangue ferve]
[Como um cisne, est'alma frisa]
[Merece o bom do Vidal]
[Zulmira dos meus amores,]
[Deixai que a minh'alma escassa]
[Quando ela está de colete,]
[Ó cintilante Quiquia,]
[Olhos pretos, sonhadores]
[Se estala a estrofe de fogo,]
AMOR!!...
[Ó Flora, ó ninfa das rosas,]
[Morena dos olhos pretos]
[Embora eu não tenha louros]
[Ó Alzira, Alzira, Alzira,]
[Aos relâmpagos sulfúreos]
[À sombra espessa de um álamo]
ROSA
[Quando estás de laçarotes]
[Da idéia nos mares jônios]
[-- Como um assombro de assombros]
[-- Como fortes gargalhadas]
[Da bruma pelos países]
SAUDAÇÃO
FRÊMITOS
GUSLA DA SAUDADE
SMORZANDO
GIULIETTA DIONESI
FILETES
VERSOS À INFÂNCIA
TRISTE
FONTE DE AMOR
NAUFRÁGIOS
CASTELÃ
ARTE
ARTE [variação]
O DUQUE
A ESPADA
O SOL E O CORAÇÃO
SAPO HUMANO
DIANTE DO MAR
BRUMOSA


[Linha 250 de 10004 - Parte 1 de 4]


SGANARELO
DESMORONAMENTO
CLARÕES APAGADOS
MENDIGOS
ASAS PERDIDAS
ANJO GABRIEL
CRIANÇAS NEGRAS
VELHO VENTO
MARCHE AUX FLAMBEAUX
O ÓRGÃO



JULIETA DOS SANTOS

A IDÉIA AO INFINITO
SONETO
SONETO
SONETO
SONETO
SONETO
SONETO
SONETO
SONETO
JULIETA DOS SANTOS



CAMBIANTES


Índice


SUPREMO ANSEIO

Esta profunda e intérmina esperança
Na qual eu tenho o espírito seguro,
A tão profunda imensidade avança
Como é profunda a idéia do futuro.

Abre-se em mim esse clarão, mais puro
Que o céu preclaro em matinal bonança:
Esse clarão, em que eu melhor fulguro,
Em que esta vida uma outra vida alcança.

Sim! Inda espero que no fim da estrada


[Linha 300 de 10004 - Parte 1 de 4]


Desta existência de ilusões cravada
Eu veja sempre refulgir bem perto

Esse clarão esplendoroso e louro
Do amor de mãe -- que é como um fruto de ouro,
Da alma de um filho no eternal deserto.


Índice


APÓS O NOIVADO

Em flácido divã ela resvala
Na alcova -- bem feliz, alegremente,
E o fresco penteador alvinitente,
De nardo e benjoim o aroma exala.

E o noivo todo amor, assim lhe fala,
Por entre vibrações do olhar ardente:
Pertences-me afinal, pomba dormente
Parece que a razão de gozo, estala.

Mas eis -- corre-se então nívea cortina:
E a plácida, a ideal, a branca lua
Derrama nos vergéis a luz divina...

Depois... Oh! Musa audaz, ousada, e nua,
Não rompas esse véu de gaze fina
Que encerra um madrigal -- Vamos... recua!...


Índice


DORMINDO...

Pálida, bela, escultural, clorótica
Sobre o divã suavíssimo deitada,
Ela lembrava -- a pálpebra cerrada --
Uma ilusão esplendida de ótica.

A peregrina carnação das formas,
-- o sensual e límpido contorno,
Tinham esse quê de avérnico e de morno,
Davam a Zola as mais corretas normas!...

Ela dormia como a Vênus casta
E a negra coma aveludada e basta
Lhe resvalava sobre o doce flanco...


[Linha 350 de 10004 - Parte 1 de 4]



Enquanto o luar -- pela janela aberta --
-- como uma vaga exclamação -- incerta
Entrava a flux -- cascateado -- branco!!...


Índice


NERAH
(Inspirado no elegante conto de Virgílio Várzea)
A Vítor Lobato

Nerah não brinca mais, não dança mais. -- E agora
Que vão-se apropinquando os tempos invernosos,
Nerah traz uns receios tímidos, nervosos,
De quem teme mudar-se em noite, sendo aurora.

Seus sonhos de cristal, translúcidos, antigos
Se vão embora, embora à vinda dos invernos,
Seguindo em debandada os úmidos galernos --
-- lembrando um roto bando informe de mendigos.

Não canta o sabiá que triste na gaiola,
Parece, com o olhar, pedir-lhe a casta esmola
De um riso -- aquela flor que esvai-se, branca e fria.

Em tudo a fina seta aguda de aflições!
Na própria atmosfera um caos de interjeições!
Em tudo uma mortalha, em tudo uma agonia.


Índice


AMOR

Nas largas mutações perpétuas do universo
O amor é sempre o vinho enérgico, irritante...
Um lago de luar nervoso e palpitante...
Um sol dentro de tudo altivamente imerso.

Não há para o amor ridículos preâmbulos,
Nem mesmo as convenções as mais superiores;
E vamos pela vida assim como os noctâmbulos
à fresca exalação salúbrica das flores...

E somos uns completos, célebres artistas
Na obra racional do amor -- na heroicidade,
Com essa intrepidez dos sábios transformistas.


[Linha 400 de 10004 - Parte 1 de 4]



Cumprimos uma lei que a seiva nos dirige
E amamos com vigor e com vitalidade,
A cor, os tons, a luz que a natureza exige!...


Índice


ESCRAVOCRATAS

Oh! trânsfugas do bem que sob o manto régio
Manhosos, agachados -- bem como um crocodilo,
Viveis sensualmente à luz dum privilégio
Na pose bestial dum cágado tranqüilo.

Eu rio-me de vós e cravo-vos as setas
Ardentes do olhar -- formando uma vergasta
Dos raios mil do sol, das iras dos poetas,
E vibro-vos a espinha -- enquanto o grande basta

O basta gigantesco, imenso, extraordinário --
Da branca consciência -- o rútilo sacrário
No tímpano do ouvido -- audaz me não soar.

Eu quero em rude verso altivo adamastórico,
Vermelho, colossal, d'estrépito, gongórico,
Castrar-vos como um touro -- ouvindo-vos urrar!


Índice


DA SENZALA...

De dentro da senzala escura e lamacenta
Aonde o infeliz
De lágrimas em fel, de ódio se alimenta
Tornando meretriz

A alma que ele tinha, ovante, imaculada
Alegre e sem rancor,
Porém que foi aos poucos sendo transformada
Aos vivos do estertor...

De dentro da senzala
Aonde o crime é rei, e a dor -- crânios abala
Em ímpeto ferino;

Não pode sair, não,


[Linha 450 de 10004 - Parte 1 de 4]


Um homem de trabalho, um senso, uma razão...
e sim um assassino!


Índice


DILEMA
Ao cons. Luís Alvares dos santos

Vai-se acentuando,
Senhores da justiça -- heróis da humanidade,
O verbo tricolor da confraternidade...
E quando, em breve, quando

Raiar o grande dia
Dos largos arrebóis -- batendo o preconceito...
O dia da razão, da luz e do direito
-- solene trilogia --

Quando a escravatura
Surgir da negra treva -- em ondas singulares
De luz serena e pura;

Quando um poder novo
Nas almas derramar os místicos luares,
Então seremos povo!


Índice


À REVOLTA
A Cassiano César

O século é de revolta -- do alto transformismo,
De Darwin, de Littré, de Spencer, de Laffite --
Quem fala, quem dá leis é o rubro niilismo
Que traz como divisa a bala-dinamite!...

Se é força, se é preciso erguer-se um evangelho,
Mais reto, que instrua -- estético -- mais novo
Esmaguem-se do trono os dogmas de um Velho
E lance-se outro sangue aos músculos do povo!...

O vício azinhavrado e os cérebros raquíticos,
É pô-los ao olhar dos sérios analíticos,
Na ampla, social e esplêndida vitrine!...

À frente!... -- Trabalhar a luz da idéia nova!...


[Linha 500 de 10004 - Parte 1 de 4]


-- Pois bem! Seja a idéia, quem lance o vício à cova,
-- Pois bem! -- Seja a idéia, quem gere e quem fulmine!...


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ESCÁRNIO PERFUMADO

Quando no enleio
De receber umas notícias tuas,
Vou-me ao correio,
Que é lá no fim da mais cruel das ruas,

Vendo tão fartas,
D'uma fartura que ninguém colige,
As mãos dos outros, de jornais e cartas
E as minhas, nuas -- isso dói, me aflige...

E em tom de mofa,
Julgo que tudo me escarnece, apoda,
Ri, me apostrofa,

Pois fico só e cabisbaixo, inerme,
A noite andar-me na cabeça, em roda,
Mais humilhado que um mendigo, um verme...


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FILETES
A J. L.

De cravos, de rosas,
De lírios, perfumes,
De beijos, ciúmes,
De coisas formosas;

De cantos suaves
De músicas, vinhos
De aromas, arminhos
Dos trinos das aves;

Das cismas radiadas,
De esperanças aladas
Por vagos escombros,

São feitos, são feitos
Teus olhos perfeitos,


[Linha 550 de 10004 - Parte 1 de 4]


Repletos de assombros.


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OUTROS SONETOS


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SONETO
(Oferecido e dedicado ao llmo. Sr. M. Bernardino A. Varela pelo autor.)
Vir bonus dicendi peritus laudandum est.

Senhor de nobre alma, tão
D'entre os sábios conhecido,
De pais excelsos nascido,
Aceitai a minha canção.

Probo pai, bom cidadão,
Sois dos seres melhor ser
Por saber tão profundo ter,
Sois ilustre qual Catão.

Recebei esta prova mesquinha
De penhor e de oração,
Produto da pena minha.

Perdoai, mui digno varão,
Se na mente eu pobre tinha
Cometer-vos indiscrição.


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SONETO
"Minha vida é um montão de ruínas em árido deserto
Um abismo de ais e de suspiros".

Da mundana lida, eis que cansado,
Co'a lira toda espedaçada,
A alma de suspiros retalhada,
Cumpre o infeliz seu triste fado.

Ai! que viver mais desgraçado!...
Que sorte tão crua e desazada!...


[Linha 600 de 10004 - Parte 1 de 4]


Quem assim tem a vida amargurada
Antes já morrer, ser sepultado.

Só eu triste padeço feras dores,
Imensas e de fel, sem terem fim,
Envolto no véu dos dissabores.

Oh! Cristo eu não sei se só a mim
Deste essa vida d'amargores,
Pois que é demais sofrer-se assim!


Índice


SONETO
(24 dez. 1880)
Dieu a fait la mer, les oiseaux, les cieux,
Toute la nature enfin; mais les hommes
ont découvert les sciences, les arts et les
lettres qui les élèvent jusqu'à même Dieu.

De Mayseder gentil o vulto ingente
De Corelli, de Spohr e de Nardini,
De Ole Bull supernal, de Veracini
Inspirados por Deus c'o plectro ardente;

Dessa lira febril, áurea, potente
Do artista sem par, de Paganini;
De Viotti dinal, do herói Tardini,
De Lafont, de Baillot, Eck e Laurenti:

Sois rival feliz! e nesse crânio
Há em jorros, oh céus! extravasando
O ardor musical, o ardor titâneo...

Já bem cedo, veloz, ides galgando
Lá da glória os degraus, o supedâneo
Sobre um trono de luz rindo e cantando.


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SONETO,
"DIATRIBE"

Dois zoilos mui completos deste mundo,
Dois zoilos há terríveis e zelosos,
Que estando sem fazer, mui ociosos


[Linha 650 de 10004 - Parte 1 de 4]


Só tratam dum falar nauseabundo.

Eu sei mui bem seus nomes -- não confundo
Com esses bem sensatos, talentosos,
Com esses lidadores mui briosos
Que têm estudo imenso e bem profundo!

Mas ah! pra que tempo hei-de gastar
Com quem só vive imerso na caligem
D'inveja torpe e vil a esbravejar!

Isto, meus amigos, é impigem
Que quanto se procura mais coçar
Tanto e tanto mais só dá prurigem!


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SONETO
Por ocasião dos festejos em homenagem ao sexagésimo primeiro aniversario natalício do eloqüentíssimo
tribuno sagrado, Joaquim
Gomes d'Oliveira Paiva.

Há vultos tamanhos que não
Cabendo no globo, vão quedos
Mas solenes, refugiar-se na campa.
D'aí embuçam-se n'um manto infinito
De glórias?...

Minh'alma está agora penetrando
Lá na etérea plaga, cristalina!
Que música meu Deus febril, divina
Nos páramos azuis vai retumbando!

Além, d'áureo dossel se está rasgando
Custosa, de primor, esmeraldina
Diáfana, sutil, longa cortina
Enquanto céus se vão duplando!

Em grande pedestal marmorizado
De Paiva se divisa o busto enorme
Soberbo como o sol, de luz croado

De um lado o porvir -- Antheu disforme
Dos lábios faz soltar pujante brado
Hosanas! não morreu! apenas dorme.


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[Linha 700 de 10004 - Parte 1 de 4]



SONETO
Por ocasião da comemoração do sexagésimo primeiro aniversario natalício do ilustre pregador catarinense
Joaquim Comes d'Oliveira
Paiva.

Rompeu-se o denso véu do atroz marasmo
E como por fatal, negro hebetismo
De antro sepulcral, de fundo abismo
O povo ressurgiu com entusiasmo!

O Zoilo mazorral se queda pasmo
Supõe quimera ser, ser cataclismo
Roga, já por dobrez, por ceticismo
De néscio, vil truão solta o sarcasmo.

Perdão, Filho da Luz, minh'alma exora,
Porém, a pátria diz, somente agora
Os grilhões biparti de atroz moleza!

E ele, o nosso herói já redivivo
De pé, sem se curvar, sereno, altivo
Co'as raias do porvir mede a grandeza!


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SONETO
(5 dez. 1882)
Embeberam-me a pena em fel!
Antônio (Mendes Leal)

Deixai que deste álbum na folha delicada
Eu venha difundir meus rudes pensamentos
Deixai que as pobres rimas, uns nadas poeirentos
Eu possa transudar da mente entrenublada!...

Deixai que de minh'alma na fibra espedaçada
Eu busque inda vibrar uns cantos tardos, lentos!...
Bem cedo os vendavais, aspérrimos, cruentos
Ai! Tudo arrojarão à campa amargurada!

Porém qu'importa isso! dos mares desta vida
Nos pávidos, estranhos, enormes escarcéus
Se alguma coisa val, és tu, ó luz querida!...

Rasguemos do porvir os áditos, os véus!...
Riamos sem cessar, embora em dor sentida!...


[Linha 750 de 10004 - Parte 1 de 4]


Também as nuvens negras conglobam-se nos céus!


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SONETO
(28 nov. 1882)
A mocidade é a alavanca do templo da ciência, no futuro; só ela tem o direito de ser a força motriz dos
fenômenos intelectuais das
grandes revoluções do pensamento.
(Do Autor)

Alçando o livro colossal ardente
Traças no crânio um sulco luminoso,
E vais seguindo o remontar garboso
Do sol fagueiro lá no espaço ingente!

Ergues a fronte juvenil potente
Já como herói ou lutador famoso
E c'uma forma de pensar honroso
Fazes-te esperança da brasílea gente!

Seis vezes astro de maior grandeza
Enfim lá surges nos exames belos
Enfim triunfas na brilhante empresa!

Seis vezes quebras da ignorância os elos,
Seis vezes vives com mais sã firmeza,
Gemem seis vezes a louvar-te os prelos!...


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SONETO

Chegou enfim, e o desembarque dela
Causou-me logo uma impressão divina!
É meiga, pura como sã bonina,
Nos olhos vivos doce luz revela!

É graciosa, sacudida e bela,
Não tem os gestos de qualquer menina:
Parece um gênio que seduz, fascina,
Tão atraente, singular é ela!

Chegou, enfim! eu murmurei contente!
Fez-se em minh'alma purpurina aurora,
O entusiasmo me brotou fervente!


[Linha 800 de 10004 - Parte 1 de 4]



Vimos-lhe apenas a construção sonora,
Vimos a larva, nada mais, somente
Falta-nos ver a borboleta agora!


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NA MAZURKA

Morava num palácio -- estranha Babilônia
De arcadas colossais, de impávidos zimbórios,
Alcovas de damasco e torreões marmóreos,
Volutas primorais de arquitetura jônia.

Assim, quando surgia em meio aos peristilos
Descendo, qual mulher de Séfora, vaidosa,
Envolta em ouropéis, em sedas, luxuosa,
Cercam-na do belo os místicos sigilos!

E quando nos saraus, assim como um rainúnculo,
O lábio lhe tremia e o olhar, vivo carbúnculo,
Vibrava nos salões, como uma adaga turca,

Ou como o sol em cheio e rubro sobre o Bósforo,
-- nos crânios os Homens sentiam ter mais fósforo...
Ao vê-la escultural no passo da Mazurka...


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O FINAL DO GUARANI
(Santos, 15 jul. 1883)

Ceci -- é a virgem loira das brancas harmonias,
A doce-flor-azul dos sonhos cor de rosa,
Peri -- o índio ousado das bruscas fantasias,
O tigre dos sertões -- de alma luminosa.

Amam-se com o amor indômito e latente
Que nunca foi traçado nem pode ser descrito.
Com esse amor selvagem que anda no infinito.
E brinca nos juncais, -- ao lado da serpente.

Porém... no lance extremo, o lance pavoroso,
Assim por entre a morte e os tons de um puro gozo,
Dos leques da palmeira a note musical...



[Linha 850 de 10004 - Parte 1 de 4]


Vão ambos a sorrir, às águas arrojados,
Mansos como a luz, tranqüilos, enlaçados
E perdem-se na noite serena do ideal!...


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IDÉIA-MÃE
Laborare
Dignus est operarius mercede sua.
(Af. Lat.)

Ergueis ousadamente o templo das idéias
Assim como uns heróis, por sobre os vossos ombros
E ides através de um negro mar d'escombros,
Traçando pelo ar as loiras epopéias.

A luz tem para vós os filtros magnéticos
Que andam pela flor e brincam pela estrela.
E vós amais a luz, gostais sempre de vê-la
Em amplo cintilar -- nuns êxtases patéticos.

É esse o aspirar do séc'lo que deslumbra,
Que rasga da ciência a tétrica penumbra
E gera Vítor Hugo, Haeckel e Littré.

É esse o grande -- Fiat -- que rola no infinito!...
É esse o palpitar, homérico e bendito,
De todo o ser que vive, estuda, pensa e lê!!...


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O SEU BONÉ
(Corte, out. 1883)
À atriz Adelina Castro

É um boné ideal, de feltros e de plumas,
Que ela usa agora, assim como um turbante
Turco, aveludado, doce como algumas
Nuvens matinais que rolam no levante.

Lembro quando ao vê-lo a rubra marselhesa,
Lembro sensações e cousas de prodígio
E penso que ele tem a máscula grandeza
Desse sedutor, vital barrete frígio!...

Às vezes meu olhar medindo-lhe o contorno


[Linha 900 de 10004 - Parte 1 de 4]


E a flácida plumagem que serve-lhe d'adorno,
-- satânico, voraz, esplêndido de fé!

Exclama num idílio cândido e singelo,
Por entre as convulsões artísticas do Belo; --
Oh! tem coração e alma, esse boné!...


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SONETO
(Desterro, 13 jan. 1883)
A Moreira de Vasconcelos

Na luta dos impossíveis,
do espirito e da matéria,
tu és a águia sidérea
dos pensamentos terríveis!
(Do Autor)

É um pensar flamejador, dardânico
Uma explosão de rápidas idéias,
Que como um mar de estranhas odisséias
Saem-lhe do crânio escultural, titânico!...

Parece haver um cataclismo enorme
Lá dentro, em ânsia, a rebentar, fremente!...
Parece haver a convulsão potente,
Dos rubros astros num fragor disforme!...

Hão de ruir na transfusão dos mundos
Os monumentos colossais profundos,
As cousas vãs da brasileira história!

Mas o seu vulto, sobre a luz alçado,
Oh! há de erguer-se de arrebóis c'roado,
Como Atalaia nos umbrais da glória!!...


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OISEAUX DE PASSAGE

Les rêves, les grands rêves que moi toujours adore,
Les rêves couleur rose, les rêves éclatants;
Ainsi que les colombes un autre ciel cherchants
J'ai vu les ailes ouvertes, si belles que l'aurore.



[Linha 950 de 10004 - Parte 1 de 4]


Autour de la nature, autour de la profonde
Et merveilleuse mère des fleurs, des harmonies,
Les rêves éblouissants, remplis d'amour et vie,
Trouvaient de l'espoir le plus doré des mondes.

Hélas!... -- mais maintenant, par des chagrins, secrets,
L'amour, les étoiles et tout ce qu'il nous est
Chéri -- le beau soleil, la lune et les nuages;

Tout fut plongé d'abord' plongé dans le mystère,
Avec de mon coeur la douce lumière,
Les rêves de mon âme -- uns* oiseaux de passage!...

* sic.


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COLAR DE PÉROLAS
Ao feliz consórcio dos estimáveis colegas, D. Jesuína Leal e Francisco de Castro.

A F'licidade é um colar de pérolas,
Pérolas caras, de valor pujante,
Belas estrofes de Petrarca e Dante
Mais cintilantes que as manhãs mais cérulas.

Para que enfim esse colar bendito,
Perdure sempre, inteiramente egrégio,
Como uma tela do pintor Correggio,
Sem resvalar no lodaçal maldito:

Faz-se preciso umas paixões bem retas,
Cheias de uns tons de muito sol -- completas...
Faz-se preciso que do amor na febre,

Nos grandes lances de vigor preclaro,
Desse colar esplendoroso e raro,
Nem uma pérola, uma só se quebre!...


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SATANISMO

Não me olhes assim, branca Arethusa,
Peregrina inspiração dos meus cantares;
Não me deixes a razão vagar confusa
Ao relâmpago ideal de teus olhares.


[Linha 1000 de 10004 - Parte 1 de 4]



Não me olhes, oh! não, porquanto eu penso
Envolvido no luar das minhas cismas,
Que o olhar que me dardejas -- doido, imenso
Tem a rápida explosão dos aneurismas.

Não me olhes. Oh! não, que o próprio inferno
Problemático, fatal, cálido, eterno,
Nos teus olhos, mulher, se foi cravar!...

Não me olhes, oh! não, que m'entolece
Tanta luz, tanto sol -- e até parece
Que tens músicas cruéis dentro do olhar!...


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METAMORFOSE
A Carlos Ferreira

O sol em fogo pelo ocaso explode
Nesse estertor, que os crânios assoberba.
Vivo, o clarão, nuns frocos exacerba
Dos ideais a original nevrose.

Da natureza os anafis mouriscos
Ante o cariz da atmosfera muda,
Soam queixosos, numa nota aguda,
Da luz que esvai-se aos derradeiros discos.

O pensamento que flameja e luta
Nos ares rasga aprofundado sulco...
A sombra desce nos lisins da gruta;

E a lua nova -- a peregrina Onfale,
Como em um plaustro luminoso, hiulco,
Surge através dos pinheirais do vale.


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AURÉOLA EQUATORIAL
A Teodoreto Souto

Fundi em bronze a estrofe augusta dos prodígios,
Poetas do Equador, artísticos Barnaves;
Que o facho -- Abolição -- rasgando as nuvens graves
De raios e bulcões -- triunfa nos litígios!


[Linha 1050 de 10004 - Parte 1 de 4]



-- O rei Mamoud, o Sol, vibrou p'raquelas bandas
do Norte -- a grande luz -- elétrico, explodindo,
Assim como quem vai, intrépido, subindo
À luz da idade nova -- em claras propagandas.

-- Os pássaros titãs nos seus conciliábulos,
-- Chilreiam, vão cantando em místicos vocábulos,
Alargam-se os pulmões nevrálgicos das zonas;

Abri alas, abri! -- Que em túnica de assombros,
Irá passar por vós, com a Liberdade aos ombros,
Como um colosso enorme o impávido Amazonas!


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[ANDA-ME A ALMA]

Anda-me a alma inteira de tal sorte,
Meus gozos, meu pesar, nos dela unidos
Que os dela são também os meus sentidos,
Que o meu é também dela o mesmo norte.

Unidos corpo a corpo -- um elo forte
Nos prende eternamente -- e nos ouvidos
Sentimos sons iguais. Vemos floridos
Os sons do porvir, em azul coorte...

O mesmo diapasão musicaliza
Os seres de nos dois -- um sol irisa
Os nossos corações -- dá luz, constela...

Anda esta vida, espiritualizada
Por este amor -- anda-me assim -- ligada
A minha sombra com a sombra dela.


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[QUANDO EU PARTIR]

Quando eu partir, que eterna e que infinita
Há de crescer-me a dor de tu ficares;
Quanto pesar e mesmo que pesares,
Que comoção dentro desta alma aflita.

Por nossa vida toda sol, bonita,


[Linha 1100 de 10004 - Parte 1 de 4]


Que sentimento, grande como os mares,
Que sombra e luto pelos teus olhares
Onde o carinho mais feliz palpita...

Nesse teu rosto da maior bondade
Quanta saudade mais, que atroz saudade...
Quanta tristeza por nós ambos, quanta,

Quando eu tiver já de uma vez partido,
Ó meu amor, ó meu muito querido
Amor, meu bem, meu tudo, ó minha santa!


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SEMPRE E... SEMPRE
A M. B. Augusto Varela
Sempre se amando, sempre se querendo.
(Oliveira Paiva)

De longe ou perto, juntas, separadas,
Olhando sempre os mesmos horizontes,
Presas, unidas nossas duas fontes
Gêmeas, ardentes, novas, inspiradas;

Vendo cair as lágrimas prateadas,
Sentindo o coro harmônico das fontes,
Sempre fitando a cúspide dos montes
E o rosicler das frescas alvoradas;

Sempre embebendo os límpidos olhares
Na claridão dos humildes luares,
No loiro sol das crenças se embebendo,

Vão nossas almas brancas e floridas
Pelo futuro azul das nossas vidas,
Sempre se amando, sempre se querendo.


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NOIVA E TRISTE

Rola da luz do céu, solta e desfralda
Sobre ti mesma o pavilhão das crenças,
Constele o teu olhar essas imensas
Vagas do amor que no teu peito escalda.



[Linha 1150 de 10004 - Parte 1 de 4]


A primorosa e límpida grinalda
Há de enflorar-te as amplidões extensas
Do teu pesar -- há de rasgar-te as densas
Sombras -- o véu sobre a luzente espalda...

Inda não ri esse teu lábio rubro
Hoje -- inda n'alma, nesse azul delubro
Não fulge o brilho que as paixões enastra;

Mas, amanhã, no sorridor noivado,
A vida triste por que tens passado,
De madressilvas e jasmins se alastra.


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MÃE E FILHO
Às mães desamparadas

Jesus, meu filho, o encanto das crianças,
Quando na cruz, de angustia espedaçado,
Em sangue casto e límpido banhado,
Manso, tão manso como as pombas mansas;

Embora as duras e afiadas lanças
Com que os judeus, tinham, de lado a lado,
Seu coração puríssimo varado,
Inda no olhar raiavam-lhe esperanças.

Por isso, ó filho, ó meu amor -- se a esmola
De algum conforto essencial não rola
Por nós -- é forca conduzir a cruz!...

Mas, volta ó filho, pesaroso e triste.
Se a nossa vida só na dor consiste,
Ah! minha mãe, por que morreu Jesus?...


Índice


NATUREZA
Aos Poetas

Tudo por ti resplende e se constela,
Tudo por ti, suavíssimo, flameja;
És o pulmão da racional peleja,
Sempre viril, consoladora e bela.



[Linha 1200 de 10004 - Parte 1 de 4]


Teu coração de pérolas se estrela,
E o bom falerno dás a quem deseja
Vigor, saúde a crença que floreja,
Que as expansões do cérebro revela.

Toda essa luz que bebe-se de um hausto
Nos livros sãos, todo esse enorme fausto
Vem das verduras brandas que reluzem!

Esse da idéia esplêndido eletrismo,
O forte, o grande, audaz psicologismo,
Os organismos naturais produzem...


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SURDINAS
Às raparigas tristes

Vais partir, vais partir que eu bem te vejo
Na branca face os gélidos suores,
Vais procurar as musicas melhores
Do sol, da glória e do celeste beijo.

Dentro de ti harpas do desejo
Não vibram mais -- embora que tu chores --
Nem pelas tuas aflições maiores
Se escuta um vago e enfraquecido arpejo...

Bem! vais partir, vais demandar esferas
Amplas de luz, feitas de primaveras,
Paisagens novas e amplidão florida...

Mas ao chegar-te a lágrima infinita,
Lembra-te ainda, ó pálida bonita
De que houve alguém que te adorou na vida.


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IRRADIAÇÕES
Às crianças

Qual da amplidão fantástica e serena
À luz vermelha e rútila da aurora
Cai, gota a gota, o orvalho que avigora


[Linha 1250 de 10004 - Parte 1 de 4]


A imaculada e cândida açucena.

Como na cruz, da triste Madalena
Aos pés de Cristo, a lágrima sonora
Caia, rolou, qual bálsamo que irrora
A negra mágoa, a indefinida pena...

Caia por vós, esplêndidas crianças
Bando feliz de castas esperanças,
Sonhos da estrela no infinito imersas;

Caia por vós, as músicas formosas,
Como um dilúvio matinal de rosas,
Todo o luar benéfico dos versos!


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AMBOS

Vão pela estrada, à margem dos caminhos
Arenosos, compridos, salutares,
Por onde, a noite, os límpidos luares
Dão às verduras leves tons de arminhos.

Nuvens alegres como os alvos linhos
Cortam a doce compridão dos ares,
Dentre as canções e os tropos singulares
Dos inefáveis, meigos passarinhos.

Do céu feliz na branda curvidade,
A luz expande a inteira alacridade,
O mais supremo e encantador afago.

E com o olhar vibrante de desejos
Vão decifrando os trêmulos arpejos,
E as reticências que produz o vago.


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PLENILÚNIO

Vês este céu tão límpido e constelado
E este luar que em fúlgida cascata,
Cai, rola, cai, nuns borbotões de prata...
Vês este céu de mármore azulado...


[Linha 1300 de 10004 - Parte 1 de 4]



Vês este campo intérmino, encharcado
Da luz que a lua aos páramos desata...
Vês este véu que branco se dilata
Pelo verdor do campo iluminado...

Vês estes rios, tão fosforescentes,
Cheios duns tons, duns prismas reluzentes,
Vês estes rios cheios de ardentias...

Vês esta mole e transparente gaze...
Pois é, como isso me parecem quase
Iguais, assim, às nossas alegrias!


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OS DOIS
Aos pobres

-- Minha mãe, minha mãe, quanta grandeza
Nesses plácidos, quanta majestade;
Como essa gente há de viver, como há de
Ser grande sempre na feliz riqueza.

Nem uma lágrima sequer -- e à mesa
D'entre as baixelas, d'entre a imensidade
Da prata e do ouro -- a azul felicidade
Dos bons manjares de ótima surpresa.

Nem um instante os olhos rasos d'água,
Nem a ligeira oscilação da mágoa
Na vida farta de prazer, sonora.

-- Como o teu louco pensamento expandes
Filho -- a ventura não é só dos grandes
Porque, olha, o mar tambem é grande e... chore!


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TRISTE

Vai-se extinguindo a viva labareda
Que te abrasava o coração ridente...
Passas magoada pela rua e a gente
Umas converses funerais segreda.



[Linha 1350 de 10004 - Parte 1 de 4]


Não tens no olhar o sangue q'embebeda,
Foram-se as rosas do viver contente...
Segues, agora, pobre flor -- somente
Da sepultura a essencial vereda.

E vem chegando o tenebroso inverno...
Mas nesse mal devorador e eterno,
Teu organismo já não mais resiste

Às punhaladas da estação de gelo...
E acabará como eu nem sei dizê-lo,
Triste, bem triste, pesarosa, triste!


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CELESTE
Aos corações ideais

Lembra-me ainda -- ao lado de um repuxo,
Pela brancura de um luar de agosto,
O teu maninho, um loiro pequerrucho
Brincava, rindo, te afagando o rosto...

Lembra-me ainda -- as sombras do sol posto,
Numa saleta sem brasões de luxo,
De alguns bordados de fineza e gosto
Delineavas o gentil debuxo...

E o gás que forte e cintilante ardia,
Te iluminava, te alagava... ria...
Da luz ficavas no imponente abrigo.

E agora... deixa que ao cair da noite,
Esta lembrança dentro de mim se acoite,
Como a andorinha no telhado amigo!


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[ ESTAS RISADAS]

Estas risadas límpidas e frescas
Que Pan trauteia em cálamos maviosos
Nesta amplidão dos campos verdurosos,
Nestas paisagens flóreas, pitorescas;

Toda esta pompa e gala principescas


[Linha 1400 de 10004 - Parte 1 de 4]


Destas searas, destes altanosos
Montes e várzeas, prados vigorosos,
Louros -- talvez como as visões tudescas;

Este luxuoso e rico paramento,
Feito de luz e de deslumbramento
-- Do grande altar da natureza imensa.

Aguarda o poeta sacerdote augusto,
Para cantar no seu missal robusto,
A nova Missa da razão que pensa...


Índice


AOS MORTOS

Oh! não é bom rir-se de um morto -- brusca
Pois deve ser a sensação que aumenta
Desoladora, vagarosa, lenta
Da negra morte tétrica velhusca...

Tudo que em vida, como um sol, corusca,
Que nos aquece, que nos acalenta,
Tudo que a dor e a lágrima afugenta,
O olhar da morte nos apaga e ofusca...

Nunca se deve desprezar os mortos...
Nos regelados e sombrios portos,
Onde a matéria se transforma e urge

Exuberar na planturosa leiva,
Vivem os mortos no vigor da seiva,
Porque dão vida ao que da vida surge!...


Índice


LUAR

Pelas esferas, nuvens peregrinas,
Brandas de toques, encaracoladas,
Passam de longe, tímidas, nevadas,
Cruzando o azul sereno das colinas.

Sombras da tarde, sombras vespertinas
Como escumilhas leves, delicadas,
Caem da serra oblonga nas quebradas,


[Linha 1450 de 10004 - Parte 1 de 4]


Vão penumbrando as coisas cristalinas.

Rasga o silêncio a nota chã, plangente,
Da Ave-Maria, -- e então, nervosamente,
Nuns inefáveis, espontâneos jorros

Esbate o luar, de forma admirável,
Claro, bondoso, elétrico, saudável,
Na curvilínea compridão dos mortos.


Índice


MOCIDADE

Ah! esta mocidade! -- Quem é moço
Sente vibrar a febre enlouquecida
Das ilusões, da crença mais florida
Na muscular artéria de Colosso...

Das incertezas nunca mede o poço...
Asas abertas -- na amplidão da vida,
Páramo a dentro -- de cabeça erguida,
Vê do futuro o mais alegre esboço...

Chega a velhice, a neve das idades
E quem foi moço, volve, com saudades,
Do azul passado, o fulgido compêndio...

Ai! esta mocidade palpitante,
Lembra um inseto de ouro, rutilante,
Em derredor das chamas de um incêndio!


Índice


SONETO

Vão-se de todo os pardacentos nimbos...
Chovem da luz as nítidas faíscas
E no esplendor de irradiações mouriscas,
Abrem-se as flores em gentis corimbos.

Muito mais lestas do que amigos fimbos,
Do Azul cortando as bordaduras priscas,
Pombas do mato esvoaçando, ariscas,
Do céu se perdem nos profundos limbos.



[Linha 1500 de 10004 - Parte 1 de 4]


A natureza pulsa como a forja...
Pássaros vibram no clarim da gorja,
As retumbantes, fortes clarinadas.

A grande artéria dos assombros pula...
E do oxigênio, a força que regula
Enche os pulmões a largas baforadas.


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NA FONTE

Bem ao lado da gruta a fonte corre
Trepidamente, as águas encrespando,
Em murmúrios crebos, levantando
Uns chamalotes prateados -- morre

No monte o sol que a luz no oceano escorre
E ainda eu vejo, as sombras afrontando,
Uma mulher que lava, mesmo quando
O sol mais rubro, mais vermelho jorre.

-- É num sítio afastado, um sítio ermo...
Pássaros cortam vastidões sem termo,
Borboletas azuis roçam nas águas.

-- E a mulher lava, enrubescida a face;
Lava, cantando, como se lavasse
As suas tristes e profundas mágoas.


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[SONETO]

A fonte de águas cristalinas corre
Chamalotes de prata levantando,
E através de arvoredos murmurando,
Entre arvoredos murmurando morre...

No ocaso, o sol, a luz no oceano escorre
E sempre vejo, as sombras afrontando,
Uma mulher que canta e ri, lavando,
Mesmo que o sol muito abrasado jorre.

É verde o campo, deleitável e ermo.
Pássaros cortam vastidões sem termo,


[Linha 1550 de 10004 - Parte 1 de 4]


Borboletas azuis roçam nas águas.

E cantando, a mulher, a rir a face,
Lava cantando como se lavasse
As suas grandes e profundas mágoas.


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CEGA

Parece-me que a luz imaculada
Que vem do teu olhar, todo doçuras,
Não verte no meu ser aquelas puras
Delícias de outra era já passada.

Eu creio que essa pálpebra adorada
Não mais um flóreo empíreo de venturas
Descobre-me -- na noite de amarguras,
De dúvidas intérminas cortada.

Não olhas como olhavas, rindo, outrora,
Não abres a pupila, como a aurora
Nascendo, abre, feliz, radiosa e calma.

A sombra, nos teus olhos, funda, existe!...
Tu'alma deve ser bem negra e triste
Se os olhos são, decerto, o espelho d'alma.


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ERMIDA

Lá onde a calma e a placidez existe,
Sobre as colinas que o vergel encobre,
Aquela ermida como está tão pobre,
Aquela ermida como está tão triste.

A minha musa, sem falar, assiste,
Do meio-dia ante o aspecto nobre,
O vago, estranho e murmurante dobre
Daquela ermida que aos trovões resiste

E as gargalhadas funéreas, sombrias,
Dos crus invernos e das ventanias,
Do temporal desolador e forte.



[Linha 1600 de 10004 - Parte 1 de 4]


Daquela triste esbranquiçada ermida,
Que me recorda, me parece a vida
Jogada às magoas e ilusões da sorte.


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ÁGUA-FORTE

Do firmamento azul e curvilíneo
Cai, fecundando as trêmulas raízes
Dos laranjais, dos pâmpanos, das lizes,
A luz do sol procriador, sanguíneo.

Pelo caminho agreste e retilíneo,
Da tarde aos brandos, triunfais matizes,
A criançada, a chusma dos felizes,
Esse de auroras perfumado escrínio,

Volta da escola, rindo muito, aos saltos,
Trepando, em bulha, aos árvoredos altos
Enquanto o sol desce os outeiros longos...

Vai dentre alados madrigais risonhos,
Do abecedário juvenil dos sonhos,
A soletrar os principais ditongos.


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ALMA QUE CHORA
A João Saldanha

Em vão do Cristo aos olhos dulçurosos
Onde há o sol do bem e da verdade,
Cheios da luz eterna de saudade,
Como dois mansos corações piedosos,

Em vão do Cristo os olhos lacrimosos
E aquela doce e pura suavidade
Do seu semblante, casto, de bondade,
Cor do luar dos sonhos venturosos,

Servem de exemplo a dor escruciante
Que te apunhala e fere a cada instante,
A punhaladas ríspidas, austeras!

Viste partir a tua irmã, se, viste,


[Linha 1650 de 10004 - Parte 1 de 4]


Como num céu enévoado e triste
O bando azul das fúlgidas quimeras...


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CHUVA DE OURO

A Rainha desceu do Capitólio
Agora mesmo -- vede-lhe o regaço...
Como tem flores, como traz o braço
Farto de jóias, como pisa o sólio

Triunfantemente, numa unção, num óleo
Mais santo e doce que essa luz do espaço...
E como desce com bravura de aço...
Pois se a Rainha, como um rico espólio,

O seu brioso coração foi dando
Aos pobrezinhos, que inda estão gozando
Bênçãos mais puras qu'os clarões diurnos,

Por certo que há de vir descendo a escada
Do Capitólio da virtude -- olhada
Pelos Albergues infantis, noturnos!


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PRIMAVERA A FORA

Escute, excelentíssima: -- Que aragens
Traz do árvoredo a fresca romaria;
Como este sol é rubro de alegria,
Que tons de luz nas límpidas paisagens.

Pois beba este ar e goze estas viagens
Das brancas aves, sinta esta harmonia
Da natureza e deste alegre dia
Que resplandece e ri-se nas ervagens.

Deixe lá fora estrangular-se o mundo...
Encare o céu e veja este fecundo
Chão que produz e que germina as flores.

Vamos, senhora, o braço à primavera,
E numa doce música sincera,
Cante a balada eterna dos amores...


[Linha 1700 de 10004 - Parte 1 de 4]



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25 DE MARÇO
(Recife, 1885)
Em Pernambuco para o Ceará

Bem como uma cabeça inteiramente nua
De sonhos e pensar, de arroubos e de luzes,
O sol de surpreso esconde-se, recua,
Na órbita traçada -- de fogo dos obuses.

Da enérgica batalha estóica do Direito
Desaba a escravatura -- a lei cujos fossos
Se ergue a consciência -- e a onda em mil destroços
Resvala e tomba e cai o branco preconceito.

E o Novo Continente, ao largo e grande esforço
De gerações de heróis -- presentes pelo dorso
À rubra luz da glória -- enquanto voa e zumbe.

O inseto do terror, a treva que amortalha,
As lágrimas do Rei e os bravos da canalha,
O velho escravagismo estéril que sucumbe.


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NINHO ABANDONADO
À distinta família Simas, pela morte de seu chefe,
o Ilmo. Sr. João da Silva Simas.

O vosso lar harmônico e tranqüilo
Era um ninho de luz e de esperanças
Que como abelhas iriadas, mansas,
Nos vossos corações tinham asilo.

Havia lá por dentro tanta crença
E tanto amor puríssimo, cantando,
Que parecia um largo sol faiscando
Por majestosa catedral imensa.

Agora o ninho está desamparado!
Sumiu-se dele o pássaro adorado,
O mais ideal dos pássaros do ninho.

Não se ouve mais a música sonora


[Linha 1750 de 10004 - Parte 1 de 4]


Da sua voz -- dentro do ninho, agora,
Paira a saudade como um bom carinho.


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CRENÇA

Filha do céu, a pura crença é isto
Que eu vejo em ti, na vastidão das cousas,
Nessa mudez castíssima das lousas,
No belo rosto sonhador do Cristo.

A crença é tudo quanto tenho visto
Nos olhos teus, quando a cabeça pousas
Sobre o meu colo e que dizer não ousas
Todo esse amor que eu venço e que conquisto.

A crença é ter os peregrinos olhos
Abertos sempre aos ríspidos escolhos;
Tê-los à frente de qualquer farol

E conservá-los, simplesmente acesos
Como dois fachos -- engastados, presos
Nas radiações prismáticas do sol!


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CRISTO E A ADÚLTERA
(Grupo de Bernardelli)

Sente-se a extrema comoção do artista
No grupo ideal de plácida candura,
Nesse esplendor tão fino da escultura
Para onde a luz de todo o olhar enrista.

Que campo, ali, de rútila conquista
Deve rasgar, do mármore na alvura,
O estatuário -- que amplidão segura
Tem -- de alma e braço, de razão e vista!

Vê-se a mulher que implora, ajoelhada,
A mais serena compaixão sagrada
De um Cristo feito a largos tons gloriosos.

De um Nazareno compassivo e terno,
D'olhos que lembram, cheios de falerno,


[Linha 1800 de 10004 - Parte 1 de 4]


Dois inefáveis corações piedosos!


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ÊXTASE DE MÁRMORE
À grande atriz Apolônia.

O mármore profundo e cinzelado
De uma estátua viril, deliciosa;
Essa pedra que geme, anseia e goza
Num misticismo altíssimo e calado;

Essa pedra imortal -- campo rasgado
A comoção mais íntima e nervosa
Da alma do artista, de um frescor de rosa,
Feita do azul de um céu muito azulado;

Se te visse o clarão que pelos ombros
Teus, rola, cai, nos múltiplos assombros
Da Arte sonora, plena de harmonia;

O mármore feliz que é muito artista
Também -- como tu és -- à tua vista
De humildade e ciúme, coraria!


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INVERNO

Amanheceu -- no topo da colina
Um céu de madrepérola se arqueia
Limpo, lavado, reluzindo -- ondeia
O perfume da selva esmeraldina.

Uma luz virginal e cristalina,
Como de um rio a transbordante cheia,
Alaga as terras culturais e arreia
De pingos d'ouro os verdes da campina.

Um sol pagão, de um louro gema d'ovo,
Já tão antigo e quase sempre novo
Surge na frígida estação do inverno.

-- Chilreiam muito em árvores frondosas
Pássaros -- fulge o orvalho pelas rosas
Como o vigor no espírito moderno.


[Linha 1850 de 10004 - Parte 1 de 4]



Índice


FALANDO AO CÉU

Falas ao Céu, Amor! Em vão tu falas!
Mas o céu, esse é velho, esse é velhinho,
Todo ele é branco, faz lembrar o linho
Dos leitos alvos onde tu te embalas.

A alma do céu é como velhas salas
Sem ar, sem luz, como lares sem vinho
Sem água e pão, sem fogo e sem carinho,
Sem as mais toscas, as mais simples galas.

Sempre surdo, hoje o céu é mudo, é cego...
Jamais o coração ao céu entrego,
Eu que tão cego vou por entre abrolhos.

Mas se queres tornar jovem e louro
Dá-lhe o bordão do teu amor um pouco
Fala e vista, com a vida dos teus olhos...


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GLORIOSA
A Araújo Figueredo

Pomba! dos céus me dizes que vieste,
Toda c'roada de astros e de rosas,
Mas há regiões mais que essas luminosas.
Não, tu não vens da região celeste

Há um outro esplendor em tua veste,
Uma outra luz nas tranças primorosas,
Outra harmonia em teu olhar -- maviosas
Cousas em ti que tu nunca tiveste.

Não, tu não vens das célicas planuras,
Do Éden que ri e canta nas alturas
Como essa voz que dos teus lábios tomba.

Vens de mais longe, vens doutras paragens,
Vens doutros céus de místicas celagens,
Sim, vens de sóis e das auroras, pomba.



[Linha 1900 de 10004 - Parte 1 de 4]



Índice


O CHALÉ

É um chalé luzido e aristocrático,
De fulgurantes, ricos arabescos,
Janelas livres para os ares frescos,
Galante, raro, encantador, simpático.

O sol que vibra em rubro tom prismático,
No resplendor dos luxos principescos,
Dá-lhe uns alegres tiques romanescos,
Um colorido ideal silforimático.

Há um jardim de rosas singulares,
Lírios joviais e rosas não vulgares,
Brancas e azuis e roxas purpúreas.

E a luz do luar caindo em brilhos vagos,
Na placidez de adormecidos lagos
Abre esquisitas radiações sulfúreas.


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DELÍRIO DO SOM

O Boabdil mais doce que um carinho,
O teu piano ebúrneo soluçava,
E cada nota, amor, que ele vibrava,
Era-me n'alma um sol desfeito em vinho.

Me parecia a música do arminho,
O perfume do lírio que cantava,
A estrela-d'alva que nos céus entoava
Uma canção dulcíssima baixinho.

Incomparável, teu piano -- e eu cria
Ver-te no espaço, em fluidos de harmonia,
Bela, serena, vaporosa e nua;

Como as visões olímpicas do Reno,
Cantando ao ar um delicioso treno
Vago e dolente, com uns tons de lua.


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[Linha 1950 de 10004 - Parte 1 de 4]



ILUSÕES MORTAS
A Virgílio Várzea

Os meus amores vão-se mar em fora,
E vão-se mar em fora os meus amores,
A murchar, a murchar, como essas flores
Sem mais orvalho e a doce luz da aurora.

E os meus amores não virão agora,
Não baterão as asas multicores,
Como as aves mansas -- dentre os esplendores
Do meu prazer, do meu prazer de outrora.

Tudo emigrou, rasgando a esfera branca
Das ilusões, -- tudo em revoada franca
Partiu -- deixando um bem-estar saudoso

No fundo ideal de toda a minha vida,
Qual numa taça a gota indefinida
De um bom licor antigo e saboroso.


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O SONHO DO ASTRÓLOGO

As fulgurosas, rútilas estrelas
Como mundos de mundos seculares,
Formando uns arquipélagos, uns mares
De luz -- como eu deslumbro o olhar ao vê-las.

Ah! se como eu sei compreendê-las,
Sentir-lhes os seus filtros salutares,
Pudesse, da amplidão fria dos ares
Arrancá-las, na mão sempre trazê-las;

Que vagalhões de assombros palpitantes
Não me viriam perpassar, faiscantes,
Dentro do ser, nuns doutros murúrios.

Eu saberia muito mais a causa
Da evolução que nunca teve pausa,
Que é uma audácia transbordando em rios.


Índice



[Linha 2000 de 10004 - Parte 1 de 4]



CRISTO

Cristo morreu, ó tristes criaturas,
Era matéria como vós, morreu;
E quando a noite sepulcral desceu
Gelou com ele o oceano das ternuras.

Nunca outro sol de irradiações mais puras
Subiu tão alto e tanto resplendeu,
Nunca ninguém tão firme combateu
Da humanidade todas as torturas.

Morreu, que se ele, o Deus, ressuscitasse,
Limpa de sangue e lágrimas a face,
Os seus olhos tranqüilos, virginais,

Dons inefáveis, corações piedosos,
Tinham de abrir-se muito dolorosos,
Também chorando quando vós chorais!


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FRUTAS DE MAIO

Maio chegou -- alegre e transparente
Cheio de brilho e música nos ares,
De cristalinos risos salutares,
Frio, porém, ó gota alvinitente.

Corre um fluido suave e odorescente
Das laranjeiras, como dos altares
O incenso -- e, como a gaze azul dos mares,
Leve -- há por tudo um beijo, docemente.

Isto bem cedo, de manhã -- adiante
Pela tarde um sol calmo, agonizante,
Põe no horizonte resplendentes franjas.

Há carinhos, da luz em cada raio,
Filha -- e eu que adoro este frescor de maio
Muito, mas muito -- trago-te laranjas.


Índice


ETERNO SONHO


[Linha 2050 de 10004 - Parte 1 de 4]


Quelle est donc cette femme?
Je ne comprendrai pas.
Félix Arvers

Talvez alguém estes meus versos lendo
Não entenda que amor neles palpita,
Nem que saudade trágica, infinita
Por dentro dele sempre está vivendo.

Talvez que ela não fique percebendo
A paixão que me enleva e que me agita,
Como de uma alma dolorosa, aflita
Que um sentimento vai desfalecendo.

E talvez que ela ao ler-me, com piedade,
Diga, a sorrir, num pouco de amizade,
Boa, gentil e carinhosa e franca:

-- Ah! bem conheço o teu afeto triste...
E se em minha alma o mesmo não existe,
É que tens essa cor e é que eu sou branca!


Índice


RISADAS
Às criaturas alegres

Fantasia, ó fantasia, tropo ardente
Da aurora alegre undiflavando as bandas
Do adamascado e rúbido oriente,
Ó fantasia, águia das asas pandas.

Tu que os clarins do sonho mais fulgente
Das Julietas, feres, nas varandas,
Ó fantasia dos Romeus, ó crente,
Por que países meridionais tu andas?!

Vem das esferas, entre os sons que vibras.
Vem, que desejo emocionar as fibras,
Quero sentir como este sangue impulsas.

Noiva do sol que os sóis preclaros gozas
Para rimar umas canções de rosas,
Como risadas de cristal, avulsas...


Índice



[Linha 2100 de 10004 - Parte 1 de 4]



AVE! MARIA...

Ave! Maria das Estrelas, Ave!
Cheia de graça do luar, Maria!
Harmonia de cântico suave,
Das harpas celestiais branda harmonia...

Nuvem d'incensos através da nave
Quando o templo de pompas irradia
E em prantos o órgão vai plangendo grave
A profunda e gemente litania...

Seja bendito o fruto do teu ventre,
Jesus, mais belo dentre os astros e entre
As mulheres judaicas mais amado...

Ó Luz! Eucaristia da beleza,
Chama sagrada no Evangelho acesa,
Maravilha do Amor e do Pecado!


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IMPASSÍVEL

Teu coração de mármore não ama
Nem um dia sequer, nem um só dia.
Essa inclemente natureza fria
Jamais na luz dos astros se derrama.

Mares e céus, a imensidade clama
Por esse olhar d'estrelas e harmonia,
Sem uma névoa de melancolia,
Do amor nas pompas e na vida chama.

A Imensidade nunca mais quer vê-lo,
Indiferente às comoções, de gelo
Ao mar, ao sol, aos roseirais de aromas.

Ama com o teu olhar, que a tudo encantas,
Ou se antes de pedra, como as santas,
Mudas e tristes dentro das redomas.


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VERÔNICA


[Linha 2150 de 10004 - Parte 1 de 4]



Não a face do Cristo, a macilenta
Face do Cristo, a dolorosa face...
O martírio da Cruz passou fugace
E este Martírio, esta Paixão é lenta.

Um vivo sangue a face te ensangüenta,
Mais vivo que se o Deus o derramasse;
Porque esta vã paixão, para que passe,
É mister dos Titãs a luta incruenta.

Se tu, Visão da Luz, Visão sagrada
Queres ser a Verônica sonhada,
Consoladora dessa dor sombria

Impressa ficara no teu sudário
Não a face do Cristo do Calvário
Mas a face convulsa da Agonia!


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SÍMILES
(Desterro)

Pedro traiu a fé do Apostolado.
Madalena chorou de arrependida;
E nessa mágoa triste e indefinida
Havia ainda uns laivos de pecado.

Tudo que a Bíblia tinha decretado,
Tudo o que a lenda humilde e dolorida
De Jesus Cristo apregoou na vida,
Cumpriu-se à risca, foi executado.

O filho-Deus da cândida Maria,
Da flor de Jericó, na cruz sombria
Os seus dias amáveis terminou.

Pedro traiu a fé dos companheiros.
Madalena chorou sob os olmeiros
Jesus Cristo sofreu e... perdoou.


Índice


EXILADA



[Linha 2200 de 10004 - Parte 1 de 4]


Bela viajante dos países frios
Não te seduzam nunca estes aspectos
Destas paisagens tropicais -- secretos,
-- Os teus receios devem ser sombrios.

És branca e és loura e tens os amavios
Os incógnitos filtros prediletos
Que podem produzir ondas de afetos
Nos mais sensíveis corações doentios.

Loura Visão, Ofélia desmaiada,
Deixa esta febre de ouro, a febre ansiada
Que nos venenos deste sol consiste.

Emigra destes cálidos países,
Foge de amargas, fundas cicatrizes,
Das alucinações de um vinho triste...


Índice


SONETOS

Do som, da luz entre os joviais duetos,
Como uma chusma alada de gaivotas,
Vindos das largas amplidões remotas,
Batem as asas todos os sonetos.

Vão -- por estradas, por difíceis rotas,
Quatorze versos -- entre dois quartetos
E duas belas e luzidas frotas
Rijas, seguras, de mais dois tercetos.

Com a brunida lâmina da lima,
Vão céus radiosos, horizontes acima,
Pelas paragens límpidas, gentis,

Atravessando o campo das quimeras,
Aberto ao sol das flóreas primaveras,
Todo estrelado de áureos colibris.


Índice


DECADENTES

Richepin, Rollinat! gritos sangrentos
Da carne alvoroçada de desejos,


[Linha 2250 de 10004 - Parte 1 de 4]


Mosto de risos, lágrimas e beijos,
Estertores de abutres famulentos.

Desesperado frêmito dos ventos,
De harpas, sutis, fantásticos harpejos,
Clarins de guerra, e cânticos e adejos
De aves -- todos os vivos elementos.

Tudo flameja e nas estrofes canta,
Estruge, zune, em borbotões levanta
Noites, luares, fulgurantes dias.

Mas nessa ideal temperatura forte
Tudo isso é triste como a flor da morte
Que brota dentro das caveiras frias...


Índice


OLAVO BILAC

Vim afinal para o solar dos astros,
De irradiações puríssimas e belas,
Numa viagem de alterosos mastros,
Numa viagem de saudosas velas...

Das alegrias nos febris enastros
Que as almas prendem para percebê-las,
Vim cantando e feliz, fugindo aos rastros
Da terra de onde vi e ouvi estrelas.

E por aqui, nas lúcidas paisagens,
Vestido das mais fluídicas roupagens
Tecido de ouro, nos clarões imersos...

Ando a gozar, entre lauréis e palmas,
O que cantei na terra, junto às almas,
Na eterna florescência dos meus versos.


Índice


DOENTE

As unhas perigosas da bronquite
Nas tuas carnes sensuais e moles
Não deixarão que o teu amor palpite
Nem que os olhares pelos astros roles.


[Linha 2300 de 10004 - Parte 1 de 4]



É fatal a moléstia. Só permite
Que te acabes por fim e que te estioles.
Sem que em teu peito o coração se agite,
Sem que te animes, sem que te consoles.

Vai se extinguindo a polpa dessas faces...
Mas se ainda hoje em mim acreditasses,
Como no tempo virginal de outrora,

Tu curar-te-ias com pequeno esforço
Das serranias através do dorso,
Pela saúde dos vergéis afora.


Índice


DOENTE [variação]

As unhas perigosas da bronquite
Nas tuas carnes flácidas e moles,
Não deixarão que o teu amor palpite,
Nem que os olhares pela esfera roles...

É fatal a moléstia -- só permite
Que te acabes por fim, e que te estioles,
Sem que em teu peito um coração se agite,
Sem que te animes, sem que te consoles.

Vai-se extinguindo a polpa dessas faces!
Mas se ainda hoje em mim acreditasses,
Como no tempo musical de outrora,

Me seguirias com pequeno esforço,
Das serranias através do dorso,
Pela saúde dos vergéis afora!


Índice


LIRIAL

Vens com uns tons de searas,
De prados enflorescidos
E trazes os coloridos
Das frescas auroras claras.

E tens as nuances raras


[Linha 2350 de 10004 - Parte 1 de 4]


Dos bons prazeres servidos
Nos rostos enlourecidos
Das parisienses preclaras.

Chapéu das finas elites,
De roses e clematites,
Chapéu Pierrette -- entre o sol

Passando, esbelta e rosada,
Pareces uma encantada
Canção azul do Tirol.


Índice


TO SLEEP, TO DREAM

Dormir, sonhar -- o poeta inglês o disse...
Ah! Mas se a gente nunca mais sonhasse
Ah! Mas se a gente nunca mais dormisse
E a ilusões não mais acalentasse?

E o que importava que o futuro risse
De um visionário que tal cousa ideasse;
Se não seria o único que abrisse
Uma exceção da vida humana à face?...

Se os imortais filósofos modernos
Que derrubaram todos os infernos,
Que destruíram toda a teogonia.

Orientando a triste humanidade,
Deixaram, mais e mais, a piedade
Inteiramente desolada e fria?


Índice


NO CAMPO

Acordo de manhã cedo
Da luz aos doces carinhos:
Que rosas pelos caminhos!
Que rumor pelo árvoredo!

Para o azul radioso e ledo
Sobe, de dentro dos ninhos,
O canto dos passarinhos


[Linha 2400 de 10004 - Parte 1 de 4]


Cheio de amor e segredo.

Dentre moitas de verdura
Voam as pombas nevadas,
Imaculadas de alvura.

Pelas margens das estradas
Que penetrante frescura
Que femininas risadas!


Índice



FRUTAS E FLORES

Laranjas e morangos -- quanto às frutas,
Quanto às flores, porém, ah! quanto às flores,
Trago-te dálias rubras, d'essas cores
Das brilhantes auroras impolutas.

Venho de ouvir as misteriosas lutas
Do mar chorando lágrimas de amores;
Isto é, venho de estar entre os verdores
De um sítio cheio de asperezas brutas,

Mas onde as almas -- pássaros que voam --
Vivem sorrindo às músicas que ecoam
Dos campos livres na rural pobreza.

Trago-te frutas, flores, só apenas,
Porque não pude, irmã das açucenas,
Trazer-te o mar e toda a natureza!



Índice



VISÃO MEDIEVA

Quando em outras remotas primaveras,
Na idade-média, sob fuscos tetos,
Dois amantes passavam, mil aspectos
Tinham aquelas medievais quimeras.

Nas armaduras rígidas e austeras,


[Linha 2450 de 10004 - Parte 1 de 4]


Na aérea perspectiva dos objetos
Andavam sonhos e visões, diletos
Segredos mortos nas extintas eras.

O fantasma do amor pelos castelos
Mudo vagava entre os luares belos,
Dos corredores nas paredes frias.

Não raro se escutava um som de passos,
Rumor de beijos, frêmito de abraços
Pelas caladas, fundas galerias.



Índice



RECORDAÇÃO

Foi por aqui, sob estes árvoredos,
Sob este doce e plácido horizonte,
Perto da clara e pequenina fonte
Que murmura lá baixo os seus segredos...

Recordo bem todos os cantos ledos
Da passarada -- e lembro-me da ponte
Por sobre a qual via-se além, de fronte,
O mar azul batendo nos penedos.

Sinto a impressão ainda da paisagem,
Do trêmolo (...)* da folhagem,
Das culturas rurais, do sítio agreste.

A luz do dia vinha então morrendo...
Foi por aqui que eu pude ficar crendo
O quanto pode o teu olhar celeste.

* Rasurado



Índice



ROMA PAGÃ


Na antiga Roma, quando a saturnal fremente
Exerceu sobre tudo o báquico domínio,



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O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa - Parte 1 de 4
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O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa - Parte 2 de 4
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O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa - Parte 3 de 4
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sábado, 20 de janeiro de 2018

Postagens Populares - Janeiro de 2018


Postagens Populares - Janeiro de 2018



01-Saiba quais foram as Top 10 armas da Segunda Guerra Mundial



Preparamos uma lista com as Top 10 armas da Segunda Guerra Mundial, que são consideradas as mais importantes no confronto. A lista contém algumas que já são muito conhecidas, como M1 Garand e Thompson, mas também há algumas surpresas! Veja abaixo:
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2015/10/saiba-quais-foram-as-top-10-armas-da.html



02-Mitologia Viking - Religião



Os mitos vikings têm uma geografia complexa. O universo, disposto em torno da árvore Yggdrasil, é dividido em Nove Mundos.
Em cada um deles, vivem deuses e seres mitólogicos fascinantes, que já serviram de inspiração para gênios como J. R. R. Tolkien

http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2011/07/mitologia-viking-religiao.html



03-Bomba Atômica de Hiroshima – o que não contaram na sala de aula



Vocês já se perguntaram se as famosas histórias descritas nos livros ou até mesmo aquelas contadas por muitos professores são reais? será que os fatos são aqueles mesmo? hoje trago uma postagem que pra mim é polêmica pois traz fatos que muitos nunca ouviram falar.

ATENÇÃO O POST É GRANDE MAS TRÁS UM PEDAÇO DA HISTÓRIA QUE TODOS DEVERIAM LER, COM FOTOS QUE PODEM SER PERTURBADORAS PARA ALGUMAS PESSOAS, TIRE UNS MINUTOS E LEIA COM ATENÇÃO.

http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2016/08/bomba-atomica-de-hiroshima-o-que-nao.html



04-33 ANOS DE RIVER RAID



BRIEFING:

As forças inimigas estão estacionadas às margens de um rio, e para sustentarem sua linha de frente, construíram diversas pontes, a fim de que as comunicações e suprimentos entre suas unidades não sejam interrompidos

http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2015/07/33-anos-de-river-raid.html



05-JogosRBL6 – Agora com PLAYSTATION ONE - SONY



JogosRBL6 é um FRONTEND simplificado (VERSÃO 6.0) ao qual foi feito no EXCEL
utilizando recursos do VBA (Active X). Uma listagem simples dos jogos e das capas,
para clicar e jogar.

DOWNLOAD PLUG&PLAY, BASTA BAIXAR E JOGAR !!!

http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/08/jogosrbl6-agora-com-playstation-one-sony.html



Leia também:

Recordes - CULTURA

A Magia das Bonecas - História

Pinturas rupestres de 12 mil anos são descobertas na Espanha



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sábado, 20 de janeiro de 2018

Estudante de Harvard consegue decifrar o misterioso código dos incas


Estudante de Harvard consegue decifrar o misterioso código dos incas



Manny Medrano é um estudante de Harvard que tinha apenas 19 anos quando descobriu a chave para decifrar o enigmático código inca dos quipos: “Essa é a primeira vez em que se ‘lê’ informações sobre o sistema de nós quipo”, contou o jovem, atualmente com 21 anos.


A descoberta permite, pela primeira vez, ter acesso à história dos incas a partir da própria perspectiva dessa cultura, e não por meio da interpretação da conquista espanhola. Desse modo, após gerações de especialistas que não foram capazes de fazê-lo, finalmente é possível ler esse código.



Império Inca - Civilização Inca - Ano 1438


Atualmente, o mundo moderno conserva quase mil quipos esperando para serem lidos. Até o momento, sabia-se apenas que eles serviam para realizar cálculos, registrar dados de recenseamento e contar histórias sobre a realeza inca ou transmitir músicas.



Exemplo de um nó de Quipu


“Isso dá aos incas sua própria voz”, afirmou Gary Urton, chefe do Departamento de Antropologia e professor de Estudos Pré-colombianos, responsável pela pesquisa do jovem Manny. “Eu nunca fui capaz de compreender o significado secreto desses sistemas”, ele concluiu.



Mapa - Império Inca


Por sua vez, Manny explicou: “Pensamos que a linguagem é falada ou escrita, mas o quipo vai além desse limite e faz da linguagem algo que pode ser visto, tocado e manipulado com as mãos”. Enquanto isso, espera-se a qualquer momento a decodificação dos primeiros quipos.



Imagem de um mensageiro (Chasqui) levando informação em Quipus



Fonte: Infobae
(https://www.infobae.com/america/mundo/2017/12/27/un-estudiante-de-harvard-ayudo-a-descifrar-el-misterioso-codigo-inca/)



Infobae - Site Fonte


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Onde estão e quais são as coisas mais antigas do mundo ?



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sábado, 20 de janeiro de 2018

5 fatos surpreendentes sobre a Bíblia que você certamente não sabia



5 fatos surpreendentes sobre a Bíblia que você certamente não sabia



A Bíblia, um dos livros mais populares na história da literatura universal, foi traduzida para mais de 2.500 idiomas e reúne vários livros sagrados da tradição judeu-cristã. Embora, provavelmente, ninguém ignore sua existência, é verdade que existem alguns fatos curiosos que poucas pessoas conhecem:


Os autores: A Bíblia reúne textos escritos por, pelo menos, 40 pessoas, cada uma delas com uma produtividade diferente. Por exemplo, o apóstolo Paulo escreveu 13 livros. Já Moisés escreveu os 5 primeiros livros. Apesar de nem todos terem sido compilados no livro dos Provérbios, o rei Salomão teria escrito mais de 3 mil livros.



Bíblia - Texto Religioso


Não há contradições: Se considerarmos que ela foi escrita há milhares de anos e que participaram mais de 40 autores diferentes, o fato de a Bíblia não revelar nenhuma contradição é algo bastante surpreendente.

Historicamente precisa: Quando os textos do Novo Testamento ainda estavam em plena produção, historiadores seculares, como Josefo e Tácito, já escreviam sobre os acontecimentos da época. Comparando os fatos narrados por uns e outros, a Bíblia demonstra rigor históric
o.


Salmos 1:1-2


O maior e o menor: O Salmo 119, com 176 versos, é o capítulo mais extenso da Bíblia. Já o Salmo 117, com apenas 2 versos, é o mais curto. Por sua vez, o maior livro é o dos Salmos, com 150 deles e 43.743 palavras. O menor livro é a 3ª Epístola de João, com apenas 1 capítulo e 299 palavras. Por fim, o versículo mais longo é Esther 8:9, com 90 palavras, e o menor é João 11:35, com apenas 2 palavras: “Jesus chorou”.

Matusalém não foi tão longevo: Segundo a tradução da Bíblia original, o oitavo patriarca antediluviano morreu aos 969 anos de idade. Os especialistas acreditam que o erro é decorrente de um cálculo mal feito durante a tradução, já que, provavelmente, seriam 960 meses lunares, equivalente a 78 anos e meio. As primeiras tribos judaicas mediam o tempo em meses lunares.



Fonte: Super Curioso
(https://supercurioso.com/curiosidades-biblicas-muy-interesantes/)


Super Curioso - Site Fonte



Leia também:

Universo - Desastres Espaciais



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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Estudo afirma que a vida em outros planetas pode ter sido extinta


Estudo afirma que a vida em outros planetas pode ter sido extinta



Um estudo realizado por cientistas da Universidade Nacional da Austrália afirma que vidas que se desenvolveram em diversos planetas em formação podem ter sido extintas por causa de condições climáticas extremas.


O relatório diz que muitas formas de vida não conseguem ultrapassar os primeiros estágios do seu desenvolvimento, motivo pelo qual nunca chegam a se transformar em organismos mais complexos. “A vida que começa a surgir em todos esses planetas rochosos e úmidos desaparece, seja por colisões de grandes proporções ou pela incapacidade de sobreviverem aos efeitos estufa ou de glaciação”, explicou Charley Lineweaver, coautor do estudo.



De acordo com os cientistas, é justamente a fragilidade das primeiras formas de vida o que impede que os micro-organismos evoluam na velocidade necessária para sobreviver às adversidades do seu meio.



A pesquisa foi apresentada como parte dos preparativos para a inauguração de um grande telescópio na Austrália, cujo objetivo é encontrar vida extraterrestre.


Fonte: Huffington Post
(http://www.huffpostbrasil.com/entry/alien-life-early-armageddon_us_56a17082e4b0d8cc1099822c)



Huffpostbrasil - Site Fonte


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Experiência de físico de Israel pode ter comprovado teoria de Stephen Hawking



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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Conheça o truque de mágica que evitou uma guerra


Conheça o truque de mágica que evitou uma guerra



Jean Eugène Robert-Houdin (1805-1871) é considerado por muitos o pai do ilusionismo moderno. Tanto é assim que o grande escapista Harry Houdini adotou seu nome artístico em homenagem ao seu antecessor francês.


Nascido na cidade de Blois, na França, Robert-Houdin descobriu cedo sua paixão pela magia e foi discípulo dos maiores ilusionistas da época. Em 1843, graças ao mecenato de um conde, ele montou seu próprio espetáculo no centro de Paris, onde triunfou com seus truques originais.


Jean Eugène Robert-Houdin - Mágico


Após a ascensão de Napoleão III ao poder, o ilusionista foi enviado à Argélia com a missão de convencer a população rural, profundamente supersticiosa, a se submeter ao domínio francês.

Sua missão na África teve um momento crítico quando, em 1856, ele desafiou um cidadão argelino a lhe dar um tiro e, diante do olhar atônito de todos os presentes, pegou a bala com a boca. Esse truque teve um impacto tão grande no imaginário da época que, segundo vários historiadores, foi capaz de impedir uma guerra entre a população local e seus colonizadores.



Fonte: La Brujula Verde
(https://www.labrujulaverde.com/2017/12/robert-houdin-el-ilusionista-que-evito-una-rebelion-en-la-argelia-francesa-con-un-truco-de-magia)



La Brujula Verde - Site Fonte


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Teorias segredos e mistérios que surgiram com Star Wars: O Despertar da Força #SPOILER



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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Prisioneiros sofreram horrores na Ilha Canibal do Stalin


Prisioneiros sofreram horrores na Ilha Canibal do Stalin



Regimes totalitários são conhecidos pelas perseguições implacáveis a seus opositores. Na URSS, especialmente sob o comando de Joseph Stalin, foram cometidas algumas das mais brutais violações aos direitos humanos que se tem notícia. Nos anos 1930, o ditador deportou milhares de prisioneiros políticos para um local que ficou conhecido como “A Ilha Canibal”.


A Ilha Nazino é um pedaço de terra isolado no meio de um rio na Sibéria, completamente longe da civilização. O local se tornou um matadouro quando Stalin executou o Grande Expurgo (uma ação que perseguia violentamente pessoas acusadas de ameaçar o regime soviético). Na época, o ditador tinha a ambição de eliminar qualquer um que desafiasse a ordem social que ele buscava construir, incluindo antigos aliados dele no Partido Comunista.



Um grupo de militares chegou no lugar e se depararam com sinais claros
de canibalismo nos cadáveres.


O destino preferencial reservado para os prisioneiros políticos era a gélida região florestal da Sibéria. Milhões de pessoas foram deportadas para lá pelas mais diversas acusações. Em maio de 1933, seis mil prisioneiros foram despejados na costa da Ilha Nazino.

No lugar, não havia locais para se abrigar nem trabalho a ser feito. Tampouco havia algo para comer, então as autoridades começaram a enviar farinha para lá. Quando o primeiro carregamento foi entregue, os prisioneiros avançaram nos soldados, que atiraram na multidão. Quando os presos finalmente tiveram acesso à farinha, eles a comiam crua, misturada com a água do rio, causando disenteria. Em algumas semanas, as pessoas morriam em grande número



Não havia abrigo na ilha, nevou na primeira noite, e nenhum alimento foi
distribuído por quatro dias. No primeiro dia, 295 pessoas foram enterradas.


Logo o caos tomou conta da ilha. Sem comida ou lei, os presos começaram a se matar uns aos outros. Muitos apelaram para o canibalismo. Um guarda chamado Kostia Venikov contou que sempre protegia uma jovem prisioneira. Mas quando ele teve que se afastar dela por um momento, a moça foi amarrada a uma árvore. A vítima teve seus seios e músculos cortados e devorados enquanto ainda estava viva.



Mapa - Karte Tragödie von Nasino


Dos seis mil prisioneiros, dois mil sobreviveram até junho. Os remanescentes foram levados a um campo de trabalhos forçados, onde muitos deles pereceram. A experiência das vítimas da “Ilha Canibal” continua a servir de alerta para os perigos dos regimes ditatoriais.



Terror e cenas de canibalismo


Fonte: All That Is Interesting
(http://all-that-is-interesting.com/cannibal-island)



All that is interesting - Site Fonte



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Seis culturas diferentes nos explicam como é arder no fogo do inferno



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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

As primeiras 7 profissões que serão substituídas pela inteligência artificial


As primeiras 7 profissões que serão substituídas pela inteligência artificial



Os algoritmos capazes de aprender e evoluir por si próprios, mais conhecidos como Inteligência Artificial (IA), estão evoluindo de uma maneira muito veloz. Enquanto muitas pessoas veem essa inovação com otimismo, outras se preocupam com as consequências diretas que esse fenômeno terá sobre o mercado de trabalho.


Acredita-se que por volta de 2020 a automatização será responsável pela perda de 5 milhões de postos de trabalho em apenas 15 países desenvolvidos.


Motoristas de caminhão: Cerca de 3,5 milhões de motoristas de caminhão atuam nos EUA. Em menos de uma década, um terço dos caminhões funcionará de forma autônoma, sem a necessidade de um motorista.



Operários: O chamado sistema SAM é capaz de colocar 1.200 tijolos por dia, contra 300 ou 500 de um ser humano. Trata-se apenas do começo da automatização da construção. Guindastes e tratores de esteira também serão operados pela IA.



Setor jurídico: Segundo um relatório, 39% dos empregos no setor jurídico serão substituídos pela IA, até 2020. Embora já opere nesse campo, a IA se ocupa atualmente apenas de inquéritos, busca de dados eletrônicos e análise de contratos.



Doutores e equipe médica: Atualmente, já existem robôs trabalhando no campo da medicina, uma tendência que continuará crescendo.



Contabilidade: Nesse setor, a IA não só costuma ser mais rápida que os seres humanos como muito mais eficaz – não comete erros. Também está em perigo de extinção o trabalho de analistas financeiros.



Escritores de relatórios: À exceção dos romancistas, cuja imaginação ainda é necessária, o resto dos escritores será substituído por sistemas autônomos de escrita. A cada dia, as máquinas capazes de aprender a redigir avançam um pouco mais.



Vendedores: O comércio eletrônico já está deixando os vendedores sem trabalho. Eles serão substituídos por algoritmos capazes de gerenciar a logística e o estoque de produtos.



Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/237209-profesiones-primeros-caer-inteligencia-artificial)



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terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Os ratos são inocentes pesquisa aponta que humanos espalharam a peste negra


Os ratos são inocentes pesquisa aponta que humanos espalharam a peste negra



Pulgas de roedores têm sido historicamente culpadas pela transmissão da
peste bubônica (Foto: Heinz-Peter Bader/Reuters)


Segundo estudo, piolhos do corpo humano, em vez de pulgas de ratos, propagaram praga que devastou a Europa no século 14.


Os ratos não foram os culpados pela propagação da peste bubônica na Europa do século 14, no surto que ficou conhecido como peste negra.

Até então, acreditava-se que os roedores e suas pulgas tivessem sido responsáveis pela transmissão da praga, levando a uma série de surtos no Velho Continente dos séculos 14 a 19.



Peste Negra - Acontecimento - Pandemias


Mas uma equipe das universidades de Oslo, na Noruega, e Ferrara, na Itália, agora diz que o primeiro destes surtos, a peste negra, pode ser "largamente atribuído a pulgas e piolhos humanos".

O estudo, publicado no periódico científico Proceedings of the National Academy of Science, utiliza registros sobre os padrões de disseminação e a dimensão da epidemia.

Estima-se que a peste negra tenha matado 25 milhões de pessoas, mais de um terço da população da Europa, entre 1347 e 1351.

"Temos bons dados da mortalidade pelos surtos em nove cidades da Europa", disse Nils Stenseth, da Universidade de Oslo, à BBC.

"Então, fomos capazes de construir modelos da dinâmica da doença (naqueles cenários)."



Acessórios do médico que combatia a Peste Negra


Explicação mais plausível
Stenseth e seus colegas fizeram simulações de surtos da doença em cada uma dessas cidades, criando três modelos onde a praga era disseminada por:

- Ratos

- Transmissão aérea

- Pulgas e piolhos que vivem em seres humanos e suas roupas

Em sete das nove cidades estudadas, o "modelo do parasita humano" se mostrou uma explicação muito mais adequada para o surto.

O modelo refletiu a rapidez com que a praga se espalhou e o volume de pessoas afetadas.

"A conclusão foi muito clara", diz Stenseth. "O modelo dos piolhos se encaixa melhor."
"Seria improvável que (a doença) tivesse se espalhado tão rápido com a transmissão por ratos", acrescenta.

"Teria que ter passado por ciclos extras nos roedores, em vez de se espalhar de pessoa para pessoa."



Mapa de atuação da Peste Negra



Transmissões na atualidade
O professor diz que o interesse prioritário do estudo foi histórico, ou seja, de forma a usar os conhecimentos modernos sobre a doença para entender uma das mais devastadoras pandemias da história humana.

No entanto, ele ressalta, "entender o máximo possível sobre o que se passa durante uma epidemia é sempre bom para reduzir a mortalidade (no futuro)".

A praga ainda é endêmica em alguns países da Ásia, África e Américas, onde persiste em "reservatórios" de roedores infectados.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2010 a 2015 houve 3.248 casos da doença registrados em todo o mundo, incluindo 584 óbitos.



A Peste Negra na atualidade


Se não for tratada, a doença tem um índice de mortalidade de 30% a 60%. Antibióticos, contudo, são efetivos se há diagnóstico precoce.

O mal pode ser difícil de identificar em seus estágios iniciais, porque os sintomas, que normalmente se desenvolvem após sete dias, parecem com o de uma gripe comum - um teste de laboratório pode confirmar o diagnóstico. A peste afeta os nódulos linfáticos e causa gangrena.

Em 2001, um estudo que decodificou o genoma da peste usou uma bactéria que havia infectado um veterinário nos Estados Unidos.

O homem, morto em 1992, tentava resgatar um gato preso sob a estrutura de uma casa quando o animal espirrou, transmitindo a doença.

"Nosso estudo sugere que, para evitar uma eventual nova transmissão, a higiene é o mais importante", alerta Stenseth.

"Também sugere que, se você está doente, deve evitar ter contato com muitas pessoas. Então, se você está doente, fique em casa."



Baixa Idade Média, Cruzadas, Peste Negra e Renascimento Comercial


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terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Cientistas descobrem o que dizimou astecas


Cientistas descobrem o que dizimou astecas



Em 1545, os astecas do México foram atingidos por uma tragédia quando a população começou a adoecer com febres e dores de cabeça e sangramentos nos olhos, boca e nariz. Geralmente, os doentes morriam em três ou quatro dias após o contágio.


Em cinco anos, 15 milhões de pessoas, cerca de 80% da população, foram dizimadas numa epidemia que os locais chamaram de "cocoliztli". A palavra significa "peste" na língua asteca nahuatl. A causa do flagelo, porém, ficou desconhecida por cinco séculos.



Império Asteca - 1519


O mistério, agora, parece ter sido resolvido por cientistas do Instituto Max Planck para a Ciência da História Humana (Alemanha), da Universidade de Harvard (EUA) e do Instituto Nacional de Antropologia e História do México.

Em estudo publicado nesta segunda-feira (15) na revista Nature, Ecology & Evolution, os pesquisadores apontaram como provável causa febre entérica, causada por uma variedade da bactéria salmonela, presumivelmente trazida pelos europeus.



Equipe internacional encontrou traços de bactéria causadora da
febre entérica em esqueletos astecas


"A 'cocoliztli' de 1545-50 foi uma das muitas epidemias que atingiu o México após a chegada dos europeus, mas foi especificamente a segunda das três epidemias mais devastadoras e que levou ao maior número de mortes de seres humanos", explica Ashild Vagene, do Instituto Max Planck e da Universidade de Tübingen, também na Alemanha.

A pesquisadora, coautora de um estudo divulgado na publicação científica Nature, Ecology & Evolution, diz que cientistas puderam fornecer as provas diretas da causa da epidemia – debatida por mais de um século – usando DNA antigo.



"Pela introdução de uma nova ferramenta de análise metagenômica chamada Malt, aplicada aqui para buscar traços de DNA patogênico antigo, fomos capazes de identificar [a bactéria] Salmonella enterica em indivíduos enterrados num cemitério (...) em Teposcolula-Yucundaa, Oaxaca, no sul do México", diz a introdução à pesquisa. "Com base em evidências históricas e arqueológicas, esse cemitério [é o único que] tem ligação com a epidemia de 1545-1550, que afetou amplas áreas do México."

Com o novo programa de processamento de dados, a equipe analisou DNA de 29 esqueletos enterrados no local. Dez deles apresentaram traços da variedade Paratyphi C da bactéria, que causa febre entérica, da qual a febre tifoide é um exemplo. O subtipo mexicano raramente causa infecções em humanos hoje em dia.

Porém, atualmente, a febre entérica também é considerada uma ameaça grave para a saúde no mundo todo. Estima-se que tenha feito adoecer 27 milhões de pessoas em todo o planeta apenas no ano 2000. A variedade tifoide provoca febres elevadas, desidratação e complicações gastrointestinais.



Febre Entérica - Ciclo de Infecção


Avanço
Kirsten Bos, investigadora do Instituto Max Planck, destaca que a descoberta é um "avanço essencial" porque apresenta um novo método para o estudo das enfermidades do passado. Os pesquisadores afirmaram que, até agora, era difícil determinar as causas de doenças a posteriori na maioria dos casos de epidemias históricas estudadas.

"Em alguns casos, por exemplo, os sintomas causados por infecções de distintas bactérias ou vírus podem ser muito parecidos, ou os sintomas apresentados por certas doenças podem ter mudado nos últimos 500 anos", explicam.

O time de pesquisadores lembrou que diversas variedades da salmonela são propagadas por água ou comida contaminadas, e podem ter viajado ao México com animais domésticos levados pelos espanhóis. Sabe-se que a Salmonella enterica existia na Europa na Idade Média.



Camadas Sociais Astecas


Alexander Herbig, também da Universidade de Tübingen, explica que foram conduzidos testes com todos os materiais patogênicos bacterianos e com vírus de DNA conhecidos hoje em dia. A Salmonella enterica foi o único germe detectado, mas é possível que haja causadores de doenças ainda desconhecidos ou que não puderam ser detectados com o método utilizado. Por isso, a equipe não quis afirmar com certeza que a bactéria foi a causa da epidemia.

A epidemia "cocoliztli" é considerada uma das mais letais da História humana, aproximando-se da peste bubônica ("peste negra"), que matou 25 milhões de pessoas na Europa ocidental, cerca de metade da população regional, no século 14.



Impérios - Astecas x Maias


Colonizadores europeus espalharam doenças quando se aventuraram no Novo Mundo, levando germes com os quais as populações locais nunca tinham tido contato, e contra os quais, portanto, não tinham imunidade.

O flagelo "cocoliztli" atingiu o que hoje são México e áreas da Guatemala duas décadas depois de uma epidemia de varíola ter matado entre 5 e 8 milhões de pessoas, logo após a chegada dos espanhóis. Uma segunda epidemia "cocoliztli" matou metade da população restante entre 1576 e 1578.



População que morreu no México conforme os anos se passavam



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terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Sílfio - A planta “milagrosa” que deixou gregos e romanos obcecados


Sílfio - A planta “milagrosa” que deixou gregos e romanos obcecados



Na Antiguidade, na cidade de Cirene, crescia uma erva que os gregos e os romanos chamavam de sílfio. Com raízes fortes, folhas achatadas e pequenas flores amarelas, a planta era considerada uma verdadeira maravilha, chegando até a valer ouro.


Para citar somente algumas de suas várias propriedades, o sílfio era utilizado para o preparo de alguns dos pratos mais requintados da época, além de como conservante, forragem para que a carne de ovelha ficasse mais macia, na elaboração de perfumes refinados, em várias aplicações medicinais e até mesmo como afrodisíaco e anticoncepcional. Entraria fácil no rol de produtos vendidos hoje no Mercado Ver-o-Peso, em Belém, no Pará.



Sílfio - Silphium - Planta - Ferula - Erva Medicinal - Romanos


A planta foi muito cobiçada pelos romanos, que a mencionaram em músicas, poemas e obras literárias. Mas, antes que eles a conhecessem, os gregos já a cultuavam, a ponto de incluir sua imagem em moedas de troca. Diz-se que Júlio César chegou a armazenar 680 kg dessa erva como seu tesouro mais estimado.



Silfio cantaride Lytta vesicatoria


Porém, um belo dia, o sílfio simplesmente desapareceu da face da Terra. De acordo com Plínio, o Velho, ao longo de sua vida foi descoberto um único talo, que foi cortado e enviado como presente ao imperador Nero, por volta de 64 a 68 d.C.



Selo - Silfio - 1942


Atualmente, restaram apenas algumas poucas imagens e o relato dos naturalistas - tudo o que há disponível para poder identificá-la. O que aconteceu com o sílfio continua sendo um verdadeiro mistério. Enquanto algumas pessoas afirmam que a planta está extinta, outras acreditam que ela está escondida em algum canto da exuberante vegetação mediterrânea.



Fonte: BBC
(http://www.bbc.com/mundo/vert-fut-42150059)



BBC - Site Fonte


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Um mito culinário no país das delícias - Camembert - História



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terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Velocidade Máxima - Astronomia


Velocidade Máxima - Astronomia



O anúncio parece bíblico, mas vem da ciência: o Universo nunca terá fim. Ele se expande num ritmo tão alucinante que continuará a crescer para sempre, mesmo depois que a luz de todas as galáxias se apagar.


Desde 1995, o astrofísico Mark Phillips e sua equipe do Observatório de Cerro Tololo, no alto dos Andes chilenos, vasculham o céu numa tentativa de responder a uma pergunta decisiva: a que velocidade o Cosmo se expande? Para isso, miram seus instrumentos para as supernovas, que nada mais são que estrelas explodindo. Como esses fenômenos chegam a brilhar mais do que mil galáxias juntas, podem ser vistas a distâncias genuinamente astronômicas.



Vendo as supernovas de algumas galáxias, os cientistas notaram que umas se afastavam mais rapidamente do que outras. Daí, calcularam a velocidade de crescimento do Cosmo. Há três meses, a equipe de Phillips anunciou sua conclusão bombástica, ou melhor, "bigbangástica": o Cosmo se amplia num ritmo cada vez maior, tende a aumentar de tamanho cada vez mais depressa e, respire fundo, nunca terá fim. Phillips lança a sua profecia: "Nos próximos bilhões de anos, o mundo vai ficar gradualmente mais frio, mais escuro e mais vazio."



Mark Phillips - Astrofísico - Cavaleiro


Logo após o Big Bang, que foi a explosão que deu origem ao Cosmo, ele crescia mais lentamente que hoje


Duas janelas abertas para o passado
A descoberta, este ano, de que as galáxias estão se afastando uma das outras em velocidade estonteante só foi possível devido a uma característica sensacional do Universo. Nele, tudo o que fica longe está também no passado. Imagine o Sol, que gira a cerca de 150 milhões de quilômetros da Terra. Então, como a luz do Sol demora 1 segundo para percorrer 300 000 quilômetros, ela vai demorar cerca 8 minutos e 30 segundos para chegar aqui. Ou seja, nós sempre estamos vendo o Sol alguns minutos no passado. Alfa centauri, que é a estrela mais próxima da Terra, situada a uns 40 trilhões de quilômetros, aparece sempre quatro anos no passado.



Foi com essa noção na cabeça que o americano Mark Phillips e sua equipe começaram a investigar a taxa de crescimento do Cosmo. Eles já sabiam que o Cosmo está em expansão, ou seja, que todas as galáxias correm para longe umas das outras. Mas queriam decifrar o ritmo dessa expansão. Para isso, precisavam comparar a velocidade que as galáxias têm hoje com a velocidade que elas tinham há muitos bilhões de anos.



Mergulho profundo
O resto foi simples. Os astrônomos apontaram o telescópio de Cerro Tololo para galáxias relativamente próximas, pois assim estariam vendo uma região do Universo mais ou menos recente. Depois, procuraram grupos de estrelas o mais longe possível e deram um mergulho profundo na história do Cosmo.

Nessa primeira fase da investigação, o que os telescópios fizeram foi abrir duas janelas no tempo. Por uma delas, viam o espaço há 750 milhões de anos; pela outra, recuaram até 8,3 bilhões de anos atrás. Aí, veio o segundo passo da estratégia: medir a velocidade das galáxias em cada época e comparar. Ficou claro que o Universo, pouco a pouco, está apertando o passo. Ele está se acelerando, e tudo indica que a correria vai ficar gradativamente mais alucinante.

Para você ter uma idéia, é preciso pensar numa corrida cósmica da ordem de 500 milhões de quilômetros por hora. Esse valor não é exato, mas ajuda a imaginar a rapidez com que as galáxias começaram a fugir umas das outras, não muito tempo depois do nascimento do Cosmo. Não há dúvida, já é uma disparada de tirar o fôlego. Só que, de lá para cá, a velocidade ficou ainda maior, chegando a 550 milhões de quilômetros por hora.



Marco na história
Essa diferença, da ordem de 50 milhões de quilômetros por hora, estabelece um marco na história da ciência. Ela responde a uma incógnita central da cosmologia, que é a de saber, com todo o rigor, de que maneira o Universo evolui. Até o final do ano passado, valia a lei de Hubble - batizada em homenagem ao seu descobridor, o astrônomo americano Edwin Hubble -, segundo a qual a expansão cósmica deveria avançar com velocidade constante. Sem nenhuma aceleração. O grande mérito da equipe de Cerro Tololo foi esquadrinhar as lonjuras do espaço e mostrar que esse preceito básico precisa ser corrigido.



Edwin Powell Hubble - Astrônomo



O estouro da boiada estelar
Comparando a corrida das galáxias em tempos diferentes,os astrônomos descobriram que o Cosmo está se acelerando.



Hoje, o Universo tem 13,4 bilhões de anos...

1. Estas galáxias estão numa época recente. O telescópio mostra que a velocidade delas é maior do que...

...Aqui, ele tinha 12,7 bilhões de anos…

2. ...a velocidade das galáxias cerca de 3 bilhões de anos antes...

...Aqui, ele tinha 9,3 bilhões de anos...

3. ...E bem maior que a velocidade das galáxias mais remotas

...E aqui, 5,2 bilhões de anos Nascimento do Universo



Em busca de faróis no espaço
O Observatório de Cerro Tololo, local de trabalho do americano Mark Phillips, está instalado na Cordilheira dos Andes, a 2 200 metros de altitude. Fica na região norte do Chile, bem na borda do Deserto de Atacama, onde o ar é absolutamente seco e limpo. Poucos lugares do planeta têm um céu tão transparente.



Dos oito instrumentos de Cerro Tololo, o maior, batizado de Telescópio Blanco, é o mais adequado do mundo para estudar o crescimento do Universo. Com um espelho de aumento de 4 metros de diâmetro e um conjunto sofisticado de chips (que registram e amplificam a luz captada pelo espelho), o Blanco tem uma visão profunda. Pode focalizar pontos do espaço que, por estarem muito longe, abarcam uma região contendo 3 000 galáxias, cada uma delas feitas de 200 bilhões de estrelas. Com isso, aumenta a chance de que, justamente no instante da observação, pelo menos uma dessas estrelas esteja desaparecendo na maior detonação estelar conhecida, chamada de supernova. Como são faróis de alta potência, iluminando de tempos em tempos a imensidão cósmica, as supernovas fornecem aos astrofísicos um meio excelente de visualizar as galáxias e avaliar o movimento geral de expansão do Universo.



Vista em corte do Telescópio Blanco, do Observatório de Cerro Tololo, Chile

Captadores eletrônicos de luz

Espelho principal

Nesta sala, os astrônomos vêem as imagens pelo computador

30 metros



A terceira força entre as estrelas
Uma vez decifrada a aceleração do crescimento do Cosmo, uma outra pergunta aparece para intrigar os astrônomos. Qual é a causa, afinal, dessa aceleração. É uma interrogação gigantesca, que assombra como uma nova fronteira da cosmologia. Mas já surgem tentativas de respondê-la. Assim como a pergunta, a resposta também pode estar embutida no achado espetacular dos telescópios chilenos.

O que já se sabe é que a expansão determina a evolução do Universo. Basta lembrar que, nos primeiros instantes do Big Bang, não havia galáxias nem estrelas. Apenas uma sopa espessa de partículas subatômicas cozinhando num calor incadescente e se atropelando com violência. Então, em segundos, o Cosmo cresceu, e foi aí que a expansão determinou o que viria a seguir: a sopa incadescente ficou um pouco menos densa, e as partículas, dispondo de mais espaço, passaram a colidir com menos intensidade. Aí, menos agitadas, conseguiram se aglutinar para formar as estrelas e as galáxias. Ou seja, se aquela massa inicial não tivesse aumentado seu tamanho, nada feito.



Constante de Hubble



Personagem cósmico
O problema é que, ao estudar esse processo, os cosmologistas ignoravam a aceleração. Eles consideravam que, desde o Big Bang, não haveria aceleração nenhuma, quer dizer, a velocidade de expansão do Universo seria imutável. Supunham que ela acontecesse sob o domínio de apenas duas forças antagônicas. A primeira é o estilingue do Big Bang, que tende a afastar as galáxias entre si. A segunda é a força da gravidade, com a qual os grandes grupos de estrelas se atraem uns aos outros, resistindo ao crescimento. Mas, daqui para a frente, conhecendo a existência da aceleração, é inevitável admitir que há um terceiro personagem participando da evolução cósmica.



A derrota da gravidade
E aí é que surge a nova interrogação: qual o mecanismo de ação dessa terceira força? Alguns especulam que ela é criada pelo próprio vácuo, como se o vazio tivesse uma tendência persistente de ficar cada vez maior, expulsando as partículas de matéria sempre para mais longe. Essa pressão do vácuo, de dentro para fora, deve ter tido algum tipo de influência sobre o cabo-de-guerra entre a gravidade e o impulso do Big Bang. E, como a aceleração não tinha sido levada em conta até agora, ela pode lançar luz "supernova" sobre a história passada do Cosmo.



Big Bang - Expansão


Para o futuro, as conseqüências são mais evidentes. Está claro, desde já, que a energia do vácuo, nos próximos bilhões de anos, vai derrotar definitivamente a gravidade. É o que garante Phillips, pois a força do vácuo é sempre a mesma, enquanto a gravidade vai ficando cada vez mais fraca à medida que a distância entre as galáxias aumenta. Sua resistência só tende a diminuir, com o tempo, deixando as galáxias sob o efeito estonteante da aceleração expansionista. O destino do Universo, portanto, está selado. Ele vai ser forçado a romper todos os limites de velocidade, numa expansão sem fim.



A longa jornada noite adentro
Nos próximos bilhões de anos, o Universo vai se desafazer num gás de partículas subatômicas, imerso na escuridão.



Idade do Universo (em anos)


10 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000
Rumo à eternidade
Até os buracos negros se desintegram numa finíssima poeira de elétrons, neutrinos e fótons. Isso é tudo o que restará do Cosmo na sua expansão sem fim e cada vez mais acelerada.


100 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000
A era dos buracos
O espaço fica cheio de buracos negros. Todos os outros corpos celestes se desfazem num gás gelado de elétrons, neutrinos (partículas subatômicas quase destituídas de massa) e fótons, os átomos de luz.


10 000 000 000 000 000 000
Fim das galáxias
Todas as galáxias se desmacham. As estrelas centrais são engolidas por buracos negros gigantes. As restantes e seus planetas mortos espalham-se pelo espaço.


100 000 000 000
Morte da luz
Todas as estrelas se apagam. Agumas viram buracos negros. Outras restam como corpos inertes e gelados, o mesmo destino dos planetas.


13 400 000 000
Nós estamos aqui
A humanidade estuda um universo que ainda está na adolescência, com 13,4 bilhões de anos.


Tempo zero
Big Bang



Momentos iniciais do Big Bang - Formação dos Átomos



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segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

EUA irão regressar à Lua e estabelecer uma base para ir a Marte


EUA irão regressar à Lua e estabelecer uma base para ir a Marte



O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem oficial para que a NASA coloque em andamento os projetos que preveem a instalação de uma base na Lua, território que não voltou a ser pisado pelo homem desde 1972. Trata-se de uma etapa preliminar às missões tripuladas a Marte.


“A diretriz que estou assinando hoje reorientará o programa espacial dos EUA voltado à exploração humana e às descobertas. Marca a primeira fase do retorno dos astronautas norte-americanos à Lua pela primeira vez desde 1972”, afirmou Trump durante cerimônia na Casa Branca.



Entre outros detalhes, o líder norte-americano revelou que a missão envolve a instalação de “uma base para uma eventual viagem a Marte”. Ele fez o anúncio na companhia do diretor interino da NASA, Robert Lightfoot, e de Peggy Wilson, a primeira mulher astronauta a dirigir a Estação Espacial Internacional.



Fonte: Clarín
(https://www.clarin.com/mundo/donald-trump-confirmo-unidos-volvera-enviar-hombres-luna-paso-previo-viaje-marte_0_By3R5P3-M.html)



Clarín - Site Fonte



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segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Cientistas afirmam que todos descendemos diretamente das esponjas


Cientistas afirmam que todos descendemos diretamente das esponjas



As esponjas do mar, ou poríferos, são os ancestrais mais antigos de todos os organismos vivos do planeta - é o que afirma uma pesquisa recente da Universidade de Bristol, no Reino Unido, em conjunto com a Universidade de Munique, na Alemanha, e o Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos EUA.


Os especialistas teriam encontrado, finalmente, a resposta para uma pergunta formulada há muito tempo: qual espécie existiu antes, as esponjas ou os ctenóforos (uma espécie marinha bioluminescente)? Recentemente, eles descobriram que as esponjas são morfologicamente mais simples e, portanto, pré-existentes.



Esponja - Porífera - Animal


Eles chegaram a essa conclusão após analisar uma enorme quantidade de dados genômicos, de 2015 até 2017, sendo possível determinar que os modelos evolutivos que apontam a esponja marinha como a forma mais antiga de vida são cientificamente mais satisfatórios e precisos.



“Dependendo de se as esponjas ou os ctenóforos apareceram primeiro, surgem histórias evolutivas totalmente diferentes para os sistemas de órgãos, como o nervoso e o digestivo, de animais essenciais para o objeto de estudo”, afirma o professor Davide Pisani, um dos pesquisadores responsáveis pelo projeto.



Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/257160-descendientes-esponjas-mar-cientificos)



Actualidad - Site Fonte


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sábado, 13 de janeiro de 2018

Nem Aliados e nem traidores - Um banheiro destruiu um submarino nazista na Segunda Guerra


Nem Aliados e nem traidores - Um banheiro destruiu um submarino nazista na Segunda Guerra



Em 1945, os Aliados da Segunda Guerra Mundial, grupo de países que combatiam a Alemanha nazista, contaram com um aliado inusitado para destruir um submarino alemão: o banheiro da embarcação.


À época, os submarinos alemães inovaram no gerenciamento de resíduos subaquáticos. Em vez de manter seu lixo a bordo em fossas sépticas, os engenheiros alemães elaboraram um método para que ele fosse descarregado diretamente na água – uma medida ambientalmente absurda, mas que garantia que o submarino seguisse navegando sem carregar peso extra.



U-1206 (Unterseeboot 1206) - Submarino Alemão - VIIC


Não era tão simples assim colocar algo para fora de um submarino sem abrir caminho para que a água entrasse. Inicialmente, o mecanismo só poderia ser utilizado em águas relativamente rasas e, à medida que a guerra continuava, tornou-se cada vez mais perigoso que os submarinos permanecessem perto da superfície, por medo de serem vistos pelos inimigos. Até que, em 1945, a tecnologia havia progredido e os alemães conseguiram desenvolver um tipo mais avançado de banheiro de alta pressão que poderia ser lavado em águas profundas.

Tratava-se de um banheiro muito mais complicado que os modelos anteriores. Ele direcionava o lixo por meio de uma série de câmaras altamente pressurizadas até finalmente descarregá-lo no mar. Cada submarino tinha um especialista a bordo treinado para operar o banheiro adequadamente.



A descarga fatal que afundou o U-1206 - Sanitary system in control room


O U-1206 foi um dos novos modelos de submarinos equipados com a nova tecnologia. Em abril de 1945, foi submerso no Mar do Norte, a mais de 16 mil km da costa da Escócia, quando seu capitão, Karl-Adolf Schlitt, decidiu que precisava usar o banheiro. Acontece que Schlitt não havia passado pelo treinamento adequado e, incapaz de descobrir sozinho como acionar a descarga, chamou um engenheiro para ajudá-lo. Após um mal-entendido, o engenheiro abriu a válvula errada, inundando a câmara sanitária do U-1206 com água do mar e esgoto, que penetrou nas baterias internas do submarino e reagiu, produzindo gás de cloro, produto químico tóxico que ameaçou envenenar toda a tripulação. Sem alternativa, Schlitt ordenou que o submarino voltasse à superfície para que o gás pudesse ler liberado.



U-1206


Ao surgirem, eles foram quase que imediatamente vistos por aviões britânicos, que desencadearam ataques aéreos, prejudicando o submarino o suficiente para que não fosse mais capaz de mergulhar. Schlitt ordenou que a equipe abandonasse o submarino enquanto a tripulação tentava chegar à costa escocesa em botes salva-vidas.



U-1206 - O único submarino a afundar por causa de um problema no banheiro


Três membros da equipe, Hans Berkhauer, Karl Koren e Emil Kupper, foram mortos. Schlitt e os demais membros sobreviveram à guerra, que terminou apenas algumas semanas depois, quando os alemães se entregaram oficialmente em 7 de maio de 1945. Até hoje, o U-1206 permanece cheio de água no fundo do Mar do Norte.



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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

O que são as zonas mortas dos oceanos - e por que elas estão cada vez maiores


O que são as zonas mortas dos oceanos - e por que elas estão cada vez maiores



Zonas mortas são extensões de água com pouco ou nenhum oxigênio disponível
(Foto: Maxwell Almeida)


Maior parte dos animais que chegam a essas regiões morrem por falta de oxigênio; impacto pode ser desastroso para a humanidade.


Um dos problemas ambientais mais discutidos atualmente é a quantidade de plástico que existe nos oceanos. A maioria das pessoas já sabe que as milhões de toneladas de resíduos que terminam ali todos os anos geram danos irreparáveis ??para a vida marinha.

Mas há outro problema, menos conhecido, com consequências graves para os ecossistemas aquáticos: a presença de zonas mortas.



Oxigenio dissolvido nos Oceanos - Sea surface oxygen [mol O2 m-3]


De acordo com um estudo publicado recentemente na revista Science, o tamanho das áreas sem oxigênio nas águas abertas do oceano quadruplicou desde meados do século 20. E as zonas com muito pouco oxigênio perto das costas se multiplicaram por 10.

Isso, dizem os autores do primeiro estudo que analisa com profundidade a falta de oxigênio nos oceanos, pode causar a extinção em massa de espécies no longo prazo, colocando em risco a vida de milhões de pessoas que dependem do mar como fonte de alimentação e trabalho.


"Os maiores eventos de extinção na história da Terra foram associados a climas quentes e a deficiência de oxigênio nos oceanos", disse Denise Breitburg, cientista do Centro de Investigação Ambiental Smithsonian, nos Estados Unidos, e principal autora do estudo.


"Na atual trajetória, é para isso que estamos seguindo. Mas as consequências para os seres humanos de continuar por esse caminho são tão extremas que é difícil imaginar que chegaremos tão longe indo nessa direção."



Serão os oceanos importantes?



Vida asfixiada
As zonas mortas são grandes extensões de água que contêm pouco ou nenhum oxigênio.

Elas são chamadas de "mortas" porque há poucos organismos que conseguem sobreviver ali - a maioria dos animais que acabam nessas manchas se sufocam e morrem.

Enquanto as zonas de baixo oxigênio ocorrem naturalmente no oceano (geralmente a oeste dos continentes, devido ao efeito da rotação da Terra nas correntes oceânicas), o problema é a proporção em que se expandiram desde 1950.


Perda de Oxigênio nos Oceanos - Oxygen loss in the oceans


Os baixos níveis de oxigênio fazem com que os animais cresçam menos, além de ter mais problemas reprodutivos e doenças.

Mas como ocorre a expansão das zonas mortas?

As mudanças climáticas, produto da atividade humana, são o principal responsável, especialmente nas águas abertas.

Como as águas quentes têm menos oxigênio, à medida que a água da superfície se aquece o oxigênio tem mais dificuldade em atingir as profundezas do oceano.

Outro efeito é que, quando a água é mais quente, os animais precisam respirar mais rápido - isso faz com que usem mais oxigênio em menos tempo.



Como se formam as ZONAS MORTAS


Nas águas costeiras, o principal problema são as substâncias que são utilizadas na agricultura e chegam no oceano.

Elementos como o fósforo, presente em fertilizantes e adubos para plantas, são levados para os rios. Ao chegar no mar, provocam o crescimento excessivo de algas que, quando morrem e se decompõem, absorvem enormes quantidades de oxigênio.



Principais zonas mortas nos oceanos



Soluções
Como se os efeitos acima mencionados ainda não fossem suficientes, a falta de oxigênio também pode fazer o oceano liberar substâncias químicas perigosas, como o óxido de nitrogênio, um gás com efeito de estufa 300 vezes mais poderoso que o dióxido de carbono.

Mas os especialistas avaliam tratar-se de um problema que tem uma solução.

"Parar a mudança climática exige um esforço global, mas mesmo as ações locais podem ajudar a diminuir o oxigênio produzido pelo excesso de nutrientes", disse Breitburg.
Além de implantar medidas para reduzir o aquecimento global, os cientistas recomendam medidas como criar áreas marinhas protegidas, áreas que os animais usam para escapar de baixos níveis de oxigênio nas quais a pesca seria proibida.



Mudanças climáticas criam 'zonas mortas' nos oceanos



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Cientistas ensinam como podemos sobreviver a um ataque de zumbis



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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Pássaro tem pena superpreta com estrutura especial que absorve até 99,95% da luz


Pássaro tem pena superpreta com estrutura especial que absorve até 99,95% da luz


Ave do paraíso da espécie Parotia wahnesi com plumagem superpreta (Foto: Tim Laman/Nature)


Estrutura da pena da ave-do-paraíso faz com que ela reflita apenas uma parcela ínfima de luz.


Um estudo publicado nesta terça-feira (9/01/2018) na "Nature Communications" mostra que a plumagem superpreta encontrada em algumas espécies de pássaros é produzida por um arranjo de microestruturas nas penas que permite que absorvam até 99,95% da luz que incide sobre elas.



Wahnes's parotia - Ave - Passeriformes


Em várias espécies da família das aves-do-paraíso, encontradas na Oceania, os machos têm manchas de plumagem profundamente pretas e aveludadas imediatamente adjacentes a manchas coloridas. Essas manchas pretas têm uma aparência muito mais escura do que a plumagem preta normal de espécies similares.



Selo Postal - Palau - Parotia Wahnesi


Usando uma série de técnicas de análise, entre elas espectrofotometria e microscopia eletrônica de varredura, a autora principal do estudo, Dakota McCoy, da Universidade Harvard, e co-autores, investigaram como ocorre a absorção da luz em penas pretas de sete espécies de aves do paraíso. Cinco espécies tinham a plumagem com o preto mais profundo e duas espécies apresentavam somente o preto normal.



Ave do paraíso superpreta se movimenta durante ritual do acasalamento
(Foto: Tim Laman/Nature)


Os autores descobriram que as penas superpretas têm barbulas (ramificações das penas) altamente modificadas, dispostas em conjuntos inclinados e mais ramificados. A luz, quando bate nelas, se dispersa mais e, por consequência, acaba mais absorvida, porque a cada dispersão, uma porcentagem acaba absorvida.


Parotia Wahnesi - no mundo


Numa pena preta normal, parte da luz é absorvida, mas um parte muito maior é diretamente refletida para o observador, tornando a cor menos escura. As penas supepretas têm apenas um centésimo da capacidade de reflexão das penas pretas normais.

Os autores do estudo acreditam que essas penas superpretas evoluíram porque realçam o brilho das manchas de cores adjacentes, chamando a atenção das potenciais companheiras durante exibições de acasalamento.



Imagem microscópica mostra estrurua de pena preta normal (esquerda) e pena superpreta, mais ramificada (direita (Foto: Nature)


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YInMn - O azul mais brilhante e durável descoberto ao acaso



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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Judeu homossexual e membro da SS - A história do homem que inspirou Indiana Jones


Judeu homossexual e membro da SS - A história do homem que inspirou Indiana Jones



A surpreendente história do escritor alemão Otto Wilhelm Rahn serviu de inspiração para o famoso personagem de Indiana Jones.


Obcecado desde jovem pelas histórias alemãs medievais sobre o Santo Graal, durante a passagem pela universidade se interessou profundamente pelo catarismo, um movimento do Cristianismo que foi popular na França, mas ao qual a Igreja Católica deu um fim no século XIII.



Otto Rahn - Escritor - Pesquisador Nazista


Esse espectro de interesses levou o pesquisador a escrever um livro sobre o Santo Graal, objeto mítico que, segundo ele, havia estado em posse dos cátaros e ainda existia, escondido em algum lugar do mundo. Foi esse texto que despertou o interesse do comandante nazista Himmel, também obcecado pelo Graal, que decidiu fazer vista grossa para a homossexualidade assumida e as prováveis origens judaicas de Rahn e lhe pagar uma quantia exorbitante de dinheiro para que integrasse as forças paramilitares do Reich, o SS, com o objetivo de encontrar o mítico cálice bíblico.



Otto - Cave of Hermit - 1932


Rahn, embora fosse um crítico fervoroso do regime nazista, não teve outra opção senão aceitar a oferta.

O Graal, entretanto, nunca foi encontrado. E após ter desertado da SS, Rahn foi obrigado a cometer suicídio.






Fonte: War History Online
(https://www.warhistoryonline.com/featured/otto-rahn.html)


War History Online - Site Fonte


Leia também:

O Papel de Cada Um - Comportamento



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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Cientistas descobrem o que unia os humanos antes do surgimento das religiões


Cientistas descobrem o que unia os humanos antes do surgimento das religiões



Um grupo de pesquisadores da University College London, no Reino Unido, revelou em um relatório publicado pela revista Nature, o que unia os antigos grupos de humanos em períodos anteriores ao aparecimento das religiões organizadas.


O trabalho foi baseado no estudo da cultura Agta, um grupo de caçadores e coletores das Filipinas que vive isolado da civilização.



História Oral


Os antropólogos concluíram que, durante milênios, foram as histórias orais que cumpriram o papel de alimentar a cooperação e boa convivência entre diferentes tribos.


Textos de Tradição Oral


Esse aspecto ficou evidente depois que eles ouviram os relatos dos Agta, que enfatizam a necessidade de não recorrer à violência para resolver conflitos e respeitar as diferenças, tanto culturais quanto de gênero.



Tribo indígena no momento da tradição da história oral


Os cientistas acreditam que o costume de contar histórias com uma mensagem oral serviu de base para as primeiras religiões que apareceram há aproximadamente 14 mil anos.



Tradição da história oral nas famílias mais humildes no interior do Brasil


Fonte: La Vanguardia
(http://www.lavanguardia.com/ciencia/cuerpo-humano/20171205/433440954107/cazadores-recolectores-agta-filipinas-narraciones-promover-cooperacion-igualdad-sexos.html)



Lavanguardia - Site Fonte


Leia também:

Metendo as mãos pelos pés - Polvo - Biologia



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segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

8 objetos que devem seu nome a quem os inventou


8 objetos que devem seu nome a quem os inventou



Tecnicamente, utiliza-se a palavra epônimo nos casos em que um objeto herda seu nome da pessoa que o inventou. Estes são alguns dos exemplos mais emblemáticos:


Guilhotina: Seu nome foi dado pelo médico e deputado francês Joseph Ignace Gullotin, que propôs a implementação da máquina de decapitação durante a Revolução Francesa.



Jacuzzi: A banheira de hidromassagens deve seu nome a Candido Jacuzzi, inventor italiano que desenvolveu uma máquina para tratar a artrite reumatoide do seu filho.



Mauser: Um dos fuzis de repetição mais famosos da história deve seu nome aos seus inventores, os irmãos alemães Wilhelm e Paul Mauser.



Calça (Pantalona): Possivelmente o vestuário mais utilizado em toda a história da humanidade deve seu nome às calças longas que vestia um palhaço veneziano do século XVII chamado Pantalone. Em português, a pantalona é um tipo especial de calças longas, mas variações dessa mesma palavra são usadas em diferentes línguas, como o inglês (na abreviação “pants”), no espanhol (pantalón), no italiano (pantaloni) e no francês (pantalon).



Pasquim: Esse nome deriva de uma estátua romana chamada Pasquino, onde as pessoas costumavam pendurar suas pasquinadas, ou seja, escritos apócrifos de conteúdo satírico e político.



Sanduíche: Um incorrigível jogador de cartas inglês comia pães abertos recheados com ovo e aspargos para não parar de jogar. Ele se chamava John Montagne, quarto conde de Sandwich.



Zepelim: Esse modo de viajar pelos ares deve seu nome a um militar e inventor alemão chamado Ferdinand von Zeppelin.



Saxofone: O instrumento musical de sopro, usado principalmente em bandas militares e orquestras de jazz, deve seu nome ao fabricante belga de instrumentos Adolphe Sax.



Fonte: Super Curioso
(https://supercurioso.com/nombres-de-objetos-honor-inventor/)


Super Curioso - Site Fonte



Leia também:

A Revolta da Vacina - História do Brasil



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sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

10 ensinamentos deixados por Bruce Lee


10 ensinamentos deixados por Bruce Lee



Bruce Lee chega até nossos dias como o maior exponente das artes marciais de toda a história. Fundador do Jeet Kune Do e famoso ator hollywoodiano, ele é, possivelmente, o lutador mais influente de todos os tempos.


Estas são dez lições de vida que Bruce Lee nos transmitiu:

1. Seja feliz, mas nunca esteja satisfeito.

2. Seja como a água.

3. Não estou neste mundo para viver de acordo com as suas expectativas, e vocês não estão neste mundo para viver de acordo com as minhas.



Bruce Lee - Instrutor de Artes Marciais - Artista Marcial - Ator


4. Os erros sempre podem ser perdoados se você tem a coragem para admiti-los.

5. Seja sempre você mesmo, exprima-se, tenha fé em você mesmo, não procure outra personalidade para copiá-la.

6. A chave da imortalidade é viver uma vida que valha a pena ser lembrada.



Bruce Lee - O Covarde


7. Não tenho medo do homem que deu 10 mil chutes diferentes; tenho medo do homem que deu um chute 10 mil vezes.

8. Para o inferno as circunstâncias; eu crio oportunidades.

9. Se você não quer cometer um deslize amanhã, diga a verdade hoje.

10. Perder a calma fará de você muito rapidamente um tolo.



Jeet Kune Do



Fonte: Misiones Online
(http://misionesonline.net/2017/11/27/hoy-bruce-lee-cumpliria-77-anos-te-mostramos-diez-lecciones-de-vida-que-dejo/)



Bruce lee e Chuck norris


Leia também:

Estudo afirma que a China descobriu a América dois mil anos antes de Colombo



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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

BOAS FESTAS E UM FELIZ 2018 !!!


BOAS FESTAS E UM FELIZ 2018 !!!



E VAMOS REPETIR A MENSAGEM, ESTE ANO FOI SÓ DE CORRERIA, CHEIO DE NOTICIAS RUINS MAS TAMBÉM ALEGRIAS... BOAS FESTAS PARA
OS NOSSOS LEITORES, AMIGOS E COLABORADORES...



Imagens 2017 do Mundo

O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho.

É viver cada momento e construir a felicidade aqui e agora.

Claro que a vida prega peças. O bolo não cresce, o pneu fura, chove demais…


Árvore de Natal da Lagoa - Rio de Janeiro - RJ


Mas, pensa só:

Tem graça viver sem rir de gargalhar, pelo menos uma vez ao dia?

Tem sentido estragar o dia por causa de uma discussão na ida pro trabalho?

Eu quero viver bem… E você? 2017 foi um ano cheio.

Foi cheio de coisas boas, mas também de problemas e desilusões.

Normal… Às vezes, se espera demais.

A grana que não veio o amigo que decepcionou, o amor que acabou.



Cristo Redentor no Natal ( Iluminação Especial) - Rio de Janeiro - RJ


Normal… O ano de 2018 não vai ser diferente. Muda o século, o milênio muda,

mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas, e aí? Fazer o quê? Acabar com o seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?

O que eu desejo para todos nós é sabedoria. E que todos nós saibamos transformar tudo em uma boa experiência.

O nosso desejo não se realizou? Ótimo… Não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa para esse momento.



Igreja da Candelária na noite de Natal - Rio de Janeiro - RJ


Lembro-me sempre de uma frase que ouvi e adoro:

“Cuidado com seus desejos, eles podem se tornar realidade”.

Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano… Mas, se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.



Copacabana no Natal - Rio de Janeiro - RJ


Desejo a todos esse olhar especial! 2018 pode ser um ano especial, se nosso olhar for diferente. Pode ser muito legal, se entendermos nossa fragilidade, nosso egoísmo e dermos a volta nisso.

Somos fracos, mas podemos melhorar.

Somos egoístas, mas podemos entender o outro.

2018 pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, especial!

Depende de mim… De você.

Pode ser… E que seja!



Juntando esta ideia com esta abaixo que foi escrita pelo nosso sábio poeta…

“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial, industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui por diante vai ser diferente”.


São os sinceros votos de um Feliz Natal e um Ano 2018, repleto de esperança!



Natal e fim de ano no Rio de Janeiro - RJ



Árvore de Natal da Lagoa - Rio de Janeiro - RJ



Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

Joyeux Noël et bonne année!

Merry Christmas and a Happy New Year!

¡Feliz Navidad y próspero año nuevo!

Fröhliche Weihnachten und ein gutes neues Jahr!

Wesolych Swiat i szczesliwego nowego roku!

Kellemes karácsonyi ünnepeket és boldog új évet!

Prettig Kerstfeest en een gelukkig nieuwjaar!

Craciun Fericit si un An Nou Fericit!

Mutlu Noeller ve Mutlu Yillar

God Jul och ett Gott Nytt År!

Buon Natale e Felice Anno Nuovo!

Hyvää joulua ja onnellista uutta vuotta!



FELIZ NATAL


Fim de ano - Feliz 2018

O fim do ano é sempre um bom momento para pensarmos um pouco sobre a vida, lembrar das maravilhas que temos a agradecer e também de tudo aquilo que nunca mais voltaremos a fazer.

Toda nova etapa deve ser comemorada, ganhamos uma ótima oportunidade de eliminar tudo que já não traz felicidade para nossas vidas e assim obtemos mais espaço para vivermos novas alegrias! Vamos nos cercar de pensamentos positivos e continuar a dar o nosso melhor sempre que possível.

Que este novo ano chegue primeiramente com muita saúde e coragem, pois assim já temos o suficiente para conseguirmos todo o resto. Que também nunca nos falte trabalho e que a nossa equipe continue por muito anos prezando sempre pela amizade!



FELIZ ANO NOVO



Retrospectiva 2017
Os acontecimentos de tecnologia e ciência no mundo

(https://www.youtube.com/watch?v=-77VmJtwPKc)



Leia também:

Desafio à Morte - Longevidade

A febre do fio maravilha - Tecnologia

Será que o megalodon ainda poderia existir na Terra?


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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Com a cabeça na lua... e com os pés no chão - Espaço


Com a cabeça na lua... e com os pés no chão - Espaço



A nave se prepara para pousar. Da escotilha enxerga-se o solo arenoso e acidentado da Lua. É dia. O Sol brilha, intenso e dourado, como você o vê aqui da Terra, só que cercado de estrelas, num céu completamente negro.


É que na Lua não existe atmosfera e, sem atmosfera, não tem os gases que, espalhando a luz solar, nos dão a ilusão de que o céu é azul. Na Lua, o fimamento é sempre escuro. A nave se aproxima ainda mais. Dá para ver, lá embaixo, jipes e robôs que zanzam pelas colinas.



Com a cabeça na lua...


Homens vestindo macacões super-refrigerados e capacetes com oxigênio caminham pela planície como que em câmera lenta. É que lá a gravidade é uma lei mais fraca, mal corresponde a um sexto da gravidade que nos prende à Terra. O foguete pousa suavemente. Os passageiros se preparam para desembarcar. Colocam suas roupas com proteção térmica. Fora da cúpula protetora da primeira colônia terráquea, a temperatura atinge esturricantes 123 graus Celsius.



Projeto de habitações na lua - construção com impressora 3D


A cena descrita acima não é real, claro. Mas poderá ser. Já há cientistas da Nasa sonhando com ela, estimulados pela descoberta de que os pólos lunares contêm água congelada. Os primeiros cálculos sobre as observações da sonda Lunar Prospector, em março passado, mostram que o fundo das gélidas crateras polares guarda entre 11 bilhões e 330 bilhões de litros de água congelada. Derretido e purificado, o gelo serviria para matar a sede de 2 000 habitantes de uma base lunar por dois séculos. E também serviria de fonte de oxigênio, elemento indispensável para criar uma atmosfera artificial (veja no infográfico acima).



Viagem rápida
Segundo a Nasa, tudo é uma questão de tempo. E, para os sonhadores mais entusiasmados, de pouco tempo. "Daqui a uma década estaremos lá", assegura Alan Binder, chefe dos investigadores que descobriram água na Lua. Para ele, a tecnologia para construir e operar a colônia lunar já existe. "Agora só dependemos de vontade e de investimentos."

E quanto investimento! Construir instalações terráqueas a cerca de 384 000 quilômetros do planeta-mãe é coisa para bilhões e bilhões de dólares. Mas, pelas contas da Nasa, sai por uma bagatela se pensarmos que levar cerca de 30 bilhões de litros de água da Terra até a Lua - o suficiente para manter a projetada colônia pelo prazo previsto - custaria pelo menos 60 trilhões de dólares.



Filial da Terra Ltda.


Filial da Terra Ltda

Água para viajar
O oxigênio liberado do gelo serviria para fabricar uma atmosfera artificial para a colônia. E o hidrogênio, para fazer combustível a ser usado em naves espaciais.

Reatores nucleares
A energia para manter a colônia e para as operações de extração de gelo e de separação de hidrogênio e oxigênio viria de reatores nucleares ou painéis fotovoltaicos, que transformam a luz do Sol em eletricidade.

Encanamento
A água (ou o hidrogênio e o oxigênio já separados) seria levada do pólo até a colônia, na altura do equador, por tubulações, de cerca de 2 700 quilômetros de comprimento.



Lua colonizada - Projeto


A casa
Uma redoma cobriria a colônia terráquea, para segurar a atmosfera artificial. Ela seria instalada no equador da Lua, onde é mais fácil o pouso das naves.

Lugar gelado
O fundo das crateras dos pólos lunares contém de 11 bilhões a 330 bilhões de litros de água. Eles estão na forma de minúsculos cristais de gelo misturados à areia fina.

Máquinas automáticas
Escavadeiras-robôs minerariam a areia com o gelo. Derretido o gelo, parte das moléculas de água seriam quebradas por eletrólise (decomposição de uma substância pela passagem de corrente elétrica). Ficariam, então, separados, o hidrogênio e o oxigênio.

Mineração
Companhias particulares poderiam explorar a Lua, extraindo minérios ou átomos de hélio-3, que pode ser usado como combustível de reatores a fusão nuclear na Terra.



Tem uma pedra no caminho



Energia cara e de risco
Como obter energia para grandes operações? Como extrair a água e separar o hidrogênio e o oxigênio? Transformar a luz solar em eletricidade é um processo ainda caro e pouco eficiente. A opção de utilizar energia atômica traz o risco de contaminação ambiental.

Geloduto
Como transportar a água dos pólos até a colônia, próxima ao equador? À noite, ela se congelaria facilmente na tubulação. A opção de naves cargueiras também é complicada: como pousar no solo acidentado dos pólos?

Embalagem cara
É preciso mais do que oxigênio para fazer a atmosfera artificial. Para não se tornar tóxico, esse gás tem que ser dissolvido em outra substância, como o nitrogênio (que, aqui na Terra, representa 78% da composição do ar). Ou garimpa-se o nitrogênio diretamente das rochas lunares ou leva-se da Terra outro gás para a mistura, como o hélio. Ambas as opções são caras.



Energia cara e de risco


Qual o endereço mesmo?
É complicado acertar o endereço da colônia. Nos pólos, perto da água, é difícil porque o relevo acidentado impede o pouso de naves. Próximo ao equador, mais plano e fácil de pousar, a temperatura varia de -153 a 123 graus Celsius, do dia para a noite (que dura catorze dias terrestres, cada um).

Que máquina agüenta?
Não basta abrir um poço para retirar a água lunar. O líquido está misturado à areia fina das crateras dos dois pólos e, lá no fundo, a temperatura chega a -200 graus Celsius. É preciso desenvolver equipamentos que funcionem nesse frio todo.

Saveiro solar
Há quem diga que pode demorar tanto para montar uma base lunar que, até lá, talvez o hidrogênio e o oxigênio já tenham sido substituídos por outro combustível nas naves espaciais. Como, por exemplo, o vento solar (partículas constantemente sopradas pelo Sol), que inflaria velas, à moda de caravelas do futuro.

Mina que não vale a pena
Antes de se falar em mineração lunar, é preciso descobrir quanto minério as rochas contêm. Até onde se sabe, a concentração é baixa. E os minérios mais comuns são ainda abundantes aqui na Terra.

Antes que o homem volte a pisar na Lua, convém cair na real. Por que gastar bilhões de dólares colonizando um mundo morto? A resposta dos sonhadores: ganhar dinheiro. "O homem vai voltar à Lua levado pelos negócios", diz Alan Binder. Nesse caso, as agências espaciais governamentais, como a Nasa, com verbas cada vez mais enxutas e fama de más negociantes, abririam espaço para a iniciativa privada. "Não haverá uma base lunar a não ser que empresas particulares se interessem em explorar comercialmente o satélite", afirma John Lewis, diretor do Centro de Pesquisa em Engenharia Espacial da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.

Exploração comercial nesse caso quer dizer mineração, já que as rochas lunares são ricas em magnésio, titânio, ferro, silício e alumínio. "O problema é que a concentração em que esses elementos aparecem é muito baixa", explica Caetano Juliani, do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo. "A extração desses materiais só se tornará economicamente viável se forem achados grandes depósitos de minério, com alto grau de pureza."



Uma futura habitação bem sucedida...



Reatores? Que reatores?
"Podemos também extrair hélio-3", prevê John Lewis. Realmente, a análise das pedras lunares trazidas pelas missões Apolo, nos idos dos anos 60 e 70, indica que as rochas da superfície da Lua são ricas em hélio-3. Trata-se de um tipo de átomo raro na Terra, plantado no chão do satélite pelo vento solar. Na Terra, o hélio-3 poderia servir como combustível para reatores a fusão nuclear. "Umas poucas toneladas são suficientes para gerar energia que sustente toda a humanidade por um ano inteiro", afirma Binder. O problema dos reatores de fusão nuclear é um só: eles ainda não existem. O homem não aprendeu ainda a dominar a tecnologia de obtenção de energia a partir da fusão de núcleos atômicos, tal como acontece no Sol e no interior de outras estrelas.



Apesar dos Estados Unidos estarem em primeiro lugar, a aposentadoria das suas
espaçonaves abriu caminhho para a China e os demais paises investirem
bilhões na colonização da lua.


E se um dia as empresas se deixarem encantar pelos lucros prometidos pela Lua? Vamos escarafunchar o chão lunar à exaustão? Aí não serão só poetas, seresteiros e namorados que lamentarão a ida à Lua por motivos comerciais. Alguns astrônomos também. "A pior coisa que pode acontecer ao Universo é o homem colonizá-lo", sentencia, preocupado, Roberto Boczko, do Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo. "A história mostra que toda colonização é feita à custa do ambiente e do próprio homem."

Para alívio (ao menos temporário) dos defensores da integridade do satélite, há vários desafios a ser vencidos antes que isso aconteça (veja ao lado). É como disse à SUPER o físico Freeman Dyson, da Universidade de Princeton: "Até o homem aprender a viver na Lua de modo barato, terão se passado não dez, mas pelo menos cinqüenta anos".



Aparelho foi usado pela primeira vez
A história de que a Lua tem depósitos de gelo não é nova. Em 1994, a sonda militar americana Clementine já teria detectado sinais dele nas escuras crateras do pólo sul lunar. A notícia causou polvorosa nos meios científicos. Até que poderosos instrumentos de solo jogaram um balde de água fria - com perdão do trocadilho - na notícia. Para você se lembrar: o radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico, achou os mesmos sinais que a Clementine. Só que eles apareciam tanto nas áreas sombreadas da Lua quanto em algumas zonas iluminadas pelo Sol. E, nessas, com o calor extremo, não poderia haver água, muito menos gelo. Portanto, nada garantia que os sinais de radar captados pela pequena sonda fossem mesmo a assinatura do gelo.



Habitat inflável da Bigelow Aerospace


Com a Lunar Prospector, a coisa foi diferente. Ela não deixou praticamente nenhuma dúvida de que os pólos lunares contêm mesmo água. "Não sabemos bem quanto existe", disse William Feldman, do Laboratório Nacional de Los Alamos, nos Estados Unidos. "Mas ela está lá, na forma de cristais de gelo." O que garante o resultado é um aparelho de nome complicado - espectrômetro de nêutrons - que localiza água de maneira indireta, por meio dos átomos de hidrogênio (veja ao lado).



Tirar água de pedra



Ainda não se sabe a quantidade do precioso líquido. O chute sobre o volume existente - entre 11 bilhões e 330 bilhões de litros - pode parecer um verdadeiro absurdo. Mas, segundo Feldman, a dúvida é assim grande porque essa é a primeira vez que se utiliza o espectrômetro de nêutrons para fazer esse tipo de medição na Lua. "Ainda não sabemos ao certo como as condições lunares podem interferir nos resultados", justifica ele.

Também não se conhece a exata concentração do líquido. Só que deve ser muito pequena. É que os depósitos lunares não ficam a céu aberto. Uma ou outra poça enregelada pode até aparecer no canto das crateras escuras. Porém, a maioria dos cristais de gelo estão enterrados, misturados à areia fina, que na Lua se chama regolito. A Nasa prevê que a concentração de água no regolito varia entre 0,3% e 1%. Ou seja, a cada 1 quilo de terra, existiriam, no máximo, 10 gramas de água. Em volume, isso equivale a 10 mililitros - duas colheres de sopa.

Detalhes maiores, só com as próximas observações da Lunar Prospector e das futuras missões exploradoras (veja na página 77). Mas, se essa aridez toda se confirmar, extrair dali líquido para abastecer uma colônia, a um custo viável, vai ser tirar água de pedra mesmo.



O endereço do gelo e como ele chegou lá
O gelo lunar deve ter caído do céu, trazido por cometas nos últimos 2 bilhões de anos (veja ao lado). Os cristais guardam, então, segredos da época em que a Lua e a Terra eram bebês cósmicos. Talvez até esclareçam o surgimento dos oceanos terrestres. Estes também podem ter sido trazidos por cometas. Mas, para analisar os cristais, não seria necessário montar casa na Lua. Bastaria trazer alguns quilos de areia para cá.

Mesmo outras justificativas para a construção de uma base lunar a toque de caixa parecem muito questionáveis. Vamos nos preparar para viver em Marte? Como, se o satélite terrestre tem um ambiente completamente diferente do marciano? Ou será que vamos construir um posto de reabastecimento de naves para viagens a outros planetas? Essa não convence nem quem acha que a colonização é inevitável. "Mesmo com a força de gravidade muito fraca da Lua, gastaríamos muito combustível para pousar e sair de lá", comenta John Lewis.



Colonizando a LUA e partindo para MARTE...


A primeira cidade-satélite terráquea não serviria sequer para esvaziar um pouco a Terra. As contas são do americano Carl Sagan (1934-1996): a cada dia, nascem 250 000 indivíduos mais do que morrem. "O que significa que teríamos de enviar 250 000 pessoas ao espaço todo dia, só para manter a população mundial no mesmo patamar", escreveu ele no livro Pálido Ponto Azul.

Do ponto de vista comercial, existem alguns grupos privados americanos tentando capturar investidores para projetos delirantes. Como a empresa Lunar Resources, que promete alta rentabilidade em excursões lunares de primeira classe. Quanto às mineradoras, por ora nenhuma companhia fala seriamente em fazer a prospecção lunar. Essa função está reservada às próximas missões à Lua, ainda governamentais e não-tripuladas (veja ao lado). Aliás, há quem acredite que é pouco provável que os governos das potências espaciais abram mão de vez da exploração lunar. "Até porque essa é uma questão estratégica", comenta Augusto Damineli, astrônomo da Universidade de São Paulo. "Quem dominar a tecnologia de sobrevivência na Lua vai se virar muito bem nos ambientes mais hostis da Terra, como desertos e pólos."



As cinzas e os índios
Sejam agências governamentais, sejam empresários, quem resolver investir na Lua vai enfrentar uma indefinição jurídica: a quem pertencem as riquezas selenitas? Um acordo internacional de 1966 estabelece que ninguém pode se dizer dono de corpos celestes. Porém ainda não existe norma que determine quem tem o direito de explorar os recursos naturais do espaço.



Laboratório de pesquisas na lua - Projeto


Se fossem consultados, os índios americanos navajos provavelmente não dariam esse direito a ninguém. Eles já protestaram quando souberam que a Lunar Prospector carrega uma urna com as cinzas do astrônomo Eugene Shoemaker. A idéia da Nasa é homenagear um dos descobridores do cometa que caiu em Júpiter em 1994, morto em 1997, lançando seus despojos sobre a superfície lunar. Os indígenas não gostaram. Para eles, a Lua é sagrada, um território proibido ao homem. O governo americano pediu desculpas. E, a julgar pelos inúmeros obstáculos que têm que ser venceidos, os navajos podem ficar tranqüilos: vai se passar um bom tempo antes que a Lua tenha outros moradores.



Acusado o hidrogênio, um-dois-três



Entenda como uns nêutrons lentos ajudaram a sonda Lunar Prospector a achar o esconderijo da água.

1. A Lua não tem atmosfera. Assim, a crosta lunar vira um alvo desprotegido dos raios cósmicos - prótons vindos do espaço a velocidades estonteantes.

2. Essas trombadas violentas tiram pedaços dos átomos das rochas da superfície. Entre os nacos arrancados, há nêutrons.

3. Alguns nêutrons expulsos de dentro do núcleo atômico saltam numa supervelocidade e escapam direto para o espaço, sem encostar em mais nada da superfície.

4. Mas há outros nêutrons que ricocheteiam nos átomos vizinhos. E aí podem acontecer duas coisas: ou o nêutron mantém a velocidade ou freia (veja ao lado).

5. Ao sobrevoar os pólos, a Lunar Prospector captou muitos nêutrons lentos. Isso significa que eles bateram em algo de mesmo peso. O que pesa o mesmo que um nêutron? Um próton. E quem tem só um próton? Um átomo de hidrogênio.

6. Mas o hidrogênio não pode estar solto sozinho no solo lunar. É que, devido à pouca gravidade, esses átomos, muito leves, fugiriam para o espaço imediatamente. Eles têm de estar associados a outro átomo.

7. Em todo o Universo, a ligação mais comum e estável do hidrogênio é com o oxigênio, formando água. Daí a conclusão: quanto mais nêutrons lentos, maior a quantidade de hidrogênio e, portanto, de água.



Como se fosse uma bola de golfe

Vai e volta
O nêutron mantém a velocidade original se, no ricocheteio, atingir um corpo de massa muito maior que a dele. É como uma bola de golfe que bate numa de boliche, muito mais pesada. Ela mantém sua energia inicial e sai tão rápido quanto chegou.

Divisão da energia
O nêutron é freado se atingir um corpo de mesmo peso, como um átomo de hidrogênio. É como se a bola de golfe batesse em outra, igualzinha e parada. Nesse caso, ela passa parte de sua energia para a segunda e continua a viagem, mais devagar.



Aqui caiu, aqui ficou



O gelo foi plantado nos pólos da Lua por cometas. E não evaporou das crateras aonde o sol não chega.

1. Ao longo dos últimos 2 bilhões de anos, muitos cometas - cujo núcleo é feito de gelo sujo - despencaram sobre a Lua. A cada queda, eles se derretiam, devido ao calor gerado pelo choque, e se infiltravam pelo chão.

2. Nas regiões ensolaradas, onde a temperatura chega a até 123 graus Celsius, a água enterrada evaporava. Devido à fraca gravidade lunar, o vapor, muito leve, escapava para o espaço. O solo permaneceu árido.



A LUA foi ficando próxima...


3. Nos pólos, alguns cometas despencaram dentro de crateras profundas, jamais atingidas pela luz do Sol. A água derretida pelo calor do choque também se infiltrou na terra.

4. Só que, a temperaturas abaixo de -200 graus Celsius, o líquido voltou a se congelar, na forma de cristais. O chão nessas regiões ficou um pouquinho mais úmido.



Garimpo extenso



Suponha que a Lua tenha mesmo 330 bilhões de litros de água. Se todo o líquido fosse reunido num único depósito, encheria uma piscina quadrada de 12,8 quilômetros de lado (mais ou menos o comprimento de 130 quarteirões) e 2 metros de profundidade. Mas não é bem assim. As minigeleiras subterrâneas lunares respingam pelos dois pólos, por centenas de crateras numa área de 50 000 quilômetros quadrados no pólo norte (um pouco menor que o Estado do Rio Grande do Norte) e 20 000 quilômetros quadrados no pólo sul (um pouco menor que Sergipe, o menor Estado brasileiro).



De mãos dadas rumo ao satélite



As principais agências espaciais do mundo se juntaram num consórcio para compartilhar os resultados das observações feitas pelas próximas naves, nenhuma delas tripulada.

Lunar A, japonesa. Vai carregar perfuradores escavar o chão e estudar a composição do subsolo lunar. Previsão de lançamento: 1999.

LOOM, também japonesa. Da órbita da Lua, vai mapear a superfície lunar. Uma sonda de solo vai pousar para fazer experimentos na superfície. Deve ser lançada em 2002.

MORO, outra nave européia. Vai estudar tanto a superfície quanto o subsolo lunar, da órbita da Lua. O ano previsto para lançamento é 2003.

SELENE, japonesa. Deve também sair em 2003. Vai orbitar a Lua e pousar no satélite, para estudar a origem, a evolução e o subsolo lunar.



(https://youtu.be/-8rKJ7JnSEE)


Leia também:

O nosso primeiro Abecedário - Olmecas

Erros, fraudes e intrigas - História

Do Céu para a Terra - Tecnologia

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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Alguns dos costumes de Natal mais estranhos do mundo


Alguns dos costumes de Natal mais estranhos do mundo



Para a maioria de nós, no Natal se comemora o nascimento de Jesus. Porém, existem muitos rituais e costumes relacionados a essa festa que não têm a ver estritamente com esse acontecimento. Há algumas formas de comemorar a data que são, inclusive, bastante perturbadoras.

Veja alguns exemplos:


Noruega: Um famoso costume norueguês no Natal consiste em esconder todas as vassouras para que as bruxas e os espíritos malignos não possam sair voando ao redor das casas na véspera de Natal.



Sérvia: Duas semanas antes do Natal, as crianças amarram os pés da sua mãe e lhe perguntam o que ela daria para ser libertada. Ela deve, então, entregar presentes. Uma semana antes do Natal, a ação é repetida com o pai das crianças, que lhes dá mais presentes.



Portugal: Um costume da comida de Natal de Portugal consiste em colocar lugares extras na mesa e servir comida para os espíritos dos mortos. Acredita-se que isso trará sorte para o próximo ano.



Itália: O costume italiano é substituir a árvore de natal por pequenas pirâmides decoradas com frutas. Isso evita o corte de árvores e as frutas são consumidas pelos convidados.



Venezuela: Um costume de Natal em Caracas é fechar as ruas para que as pessoas possam ir às igrejas de patins. Mas o motivo para isso é um verdadeiro mistério.



Ucrânia: Acredita-se que é boa sorte encontrar uma teia de aranha na árvore de Natal na manhã de Natal. Por isso, o costume é colocar teias artificiais como parte da decoração.



Japão: Nesse país, por costume, as notas de falecimentos costumam ser escritas em cartões vermelhos. Por isso, enviar cartões de Natal com essa cor é algo de extremo mau gosto.



Áustria: Um estranho costume de Natal consiste em assustar as crianças que se comportaram mal. Os jovens se fantasiam de Krampus (uma criatura demoníaca com chifres) e, acompanhados por Nikolaus (uma espécie de Papai Noel), saem pelas ruas assustando a todos.



Groelândia: Nesse país, o estranho e tradicional prato de Natal é o Kiviak, elaborado com carne crua de alca (uma ave de caça aquática), que é enterrada por vários meses e coberta por pele de foca, debaixo de uma pedra, até atingir um estado avançado de decomposição.



Colômbia: O costume de Natal na Colômbia consistia em soltar balões na noite de Natal, como manifestação de sua alegria. No entanto, eles provocavam graves danos e incêndios e foram proibidos.



Fonte: Zonaj
(http://zonaj.net/noticia/722/16/las-10-costumbres-navidenas-mas-extranas-del-mundo)



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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Cientistas conseguem revelar a idade do túmulo de Cristo


Cientistas conseguem revelar a idade do túmulo de Cristo



Uma pesquisa realizada pela Universidade Politécnica Nacional de Atenas, na Grécia, foi capaz de demonstrar que os materiais utilizados na construção do suposto túmulo de Jesus remontam ao Império Romano.


Além disso, o local teria sobrevivido a uma destruição sofrida há mil anos.



Pesquisadores da Universidade Técnica Nacional de Atenas conseguiram uma liberação de 60 horas para explorar a edícula onde Jesus Cristo foi enterrado.


Em 1009, a Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, foi totalmente destruída e, posteriormente, reconstruída. Por causa desse evento, os cientistas se indagaram se o túmulo teria conseguido sobreviver às ruínas ou se também teria sido reconstruído.



A análise feita pelos pesquisadores incluiu o estudo de diversas partes da Edícula, ou seja, o pequeno templo que contém o sepulcro no seu interior, durante os trabalhos de restauração do recinto.

Embora os resultados da pesquisa não tenham permitido demonstrar que, de fato, o Santo Sepulcro corresponde ao túmulo de Jesus de Nazaré, ela revela que a construção original do complexo ocorreu no período de Constantino, primeiro imperador cristão de Roma.



Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/256330-cientificos-revelar-edad-tumba-cristo)



Actualidad / Site Fonte


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terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Invidia - A bruxa romana do mau-olhado


Invidia - A bruxa romana do mau-olhado



A identificação de certas mulheres como bruxas tem sido algo constante em diversas culturas desde a Idade Antiga.


Esse é o caso do mundo greco-romano, cujo panteão era constituído por Nêmesis (para os gregos) ou Invidia (para os romanos), uma divindade que, mais adiante, moldaria a ideia de que essa figura inquietante seria predominante no Ocidente.



Invídia na mitologia romana era o sendo da inveja ou ciúme...


Invidia era a deusa da inveja e do ciúme. São comuns suas representações como uma mulher com a cabeça cheia de cobras em vez de cabelos, de língua volumosa, olhos esbugalhados e olhar agressivo. Etimologicamente, o verbo latino invideo significa “olhar de soslaio”, “com receio” ou maliciosamente. O poder do “mau-olhado” é – segundo a crença tradicional – uma característica compartilhada pela divindade e pelas bruxas, uma maldição capaz de provocar inúmeras calamidades.



That Green-Eyed Witch, Invidia


Foi Invidia a deusa que causou a desgraça de Narciso, que acabou se afogando ao tentar tocar seu próprio reflexo no lago. Também é atribuída a ela a origem dos abortos e da mortalidade infantil. Essa fama que a divindade ganhou pesou por vários e longos séculos sobre as mulheres rotuladas de bruxas.



Fonte: Super Curioso
(https://supercurioso.com/invidia-diosa-romana-antecesora-brujas/)



Supercurioso - Site Fonte


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Como a lâmpada elétrica provocou uma revolução cientifica



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terça-feira, 19 de dezembro de 2017

O sangrento mapa da guerra no mundo


O sangrento mapa da guerra no mundo



Descubra quais são os principais conflitos em andamento no planeta!


Desde que o homem é homem, o mundo nunca esteve livre de guerras ou conflitos – nem por um segundo. Disputa por território, combate às drogas, diferenças étnicas, religiosas, econômicas e culturais estão invariavelmente entre as principais causas.

Só na guerra da Síria, em um intervalo de cinco anos mais de 400 mil pessoas já perderam a vida. Fora isso, estima-se que outros 50 países do mundo estejam em guerra ou vivendo algum conflito sangrento.


Se você tem a impressão de que vivemos em um mundo pacífico, repense. O mapa de conflitos e guerras é muito maior do que imaginamos.



Mapa com mortes em conflitos e guerras em andamento



Os dez países mais letais do planeta são, hoje:

Síria
Afeganistão
Iraque
Nigéria
México
Iêmen
Paquistão
Ucrânia
Somália
Sudão do Sul



O pior: a qualquer momento podem estourar novos (ou antigos) conflitos envolvendo:

Estado Unidos e Rússia
Coreia do Norte
Israel e Palestina
Instabilidade política no Egito
Avanço do Estado Islâmico



O mundo está de olho também na situação dos refugiados. Há risco de eclodir problemas sérios decorrentes do imenso fluxo de pessoas na União Europeia, ataques terroristas isolados e reação da sociedade civil. Uma triste observação: o Brasil, embora não apareça oficialmente nas estatísticas de guerra, matou mais que a Síria em 2015. Enquanto no país do oriente médio 55 mil pessoas foram assassinadas naquele ano, por aqui o número foi de assustadores 58 mil homicídios.



Uma triste observação: o Brasil, embora não apareça oficialmente nas estatísticas de guerra, matou mais que a Síria em 2015. Enquanto no país do oriente médio 55 mil pessoas foram assassinadas naquele ano, por aqui o número foi de assustadores 58 mil homicídios.



Zona de Conflito
Como é viver em uma região em conflito? O fotógrafo e documentarista brasileiro Gabriel Chaim esteve no epicentro de conflitos armados pelo mundo e vai nos contar essa história. Ele, que já passou pela guerra civil da Síria, o golpe militar no Egito, conflitos no Iraque, Irã e Faixa de Gaza, vai detalhar, em oito episódios, o que viu em suas viagens.



Oriente Médio - Zonas de Conflito



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À Procura de Extraterrestres - SETI



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domingo, 17 de dezembro de 2017

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sábado, 16 de dezembro de 2017

Cinco gráficos que explicam como a poluição por plástico ameaça a vida na Terra


Cinco gráficos que explicam como a poluição por plástico ameaça a vida na Terra



Talheres de plástico flutuam entre as costas da Guatemala e de Honduras
(Foto: Cortesia de Caroline Power)


Corremos o risco de danos irreparáveis a ecossistema marinho em decorrência de milhões de toneladas de resíduos de plástico que vão parar no mar todos os anos.


A vida marinha corre o risco de sofrer danos irreparáveis em decorrência de milhões de toneladas de resíduos de plástico que vão parar no mar todos os anos.

"É uma crise planetária. Estamos acabando com o ecossistema oceânico", afirmou à BBC Lisa Svensson, diretora de oceanos do programa da ONU para o Meio Ambiente.

Diante do alerta, a BBC preparou cinco gráficos para explicar como o plástico se transformou em uma ameaça ao meio ambiente e mostrar a dimensão do estrago que ele pode causar ao ser descartado no oceano.


Por que o plástico é problemático?
O plástico da forma que conhecemos existe há cerca de 70 anos. E, desde então, o uso desse material tem transformado muitas áreas - da confecção de roupas à culinária, passando pela engenharia, design e até o comércio varejista.



Quanto plástico está espalhado pela Terra? (Foto: BBC)


Uma das grandes vantagens de muitos tipos de plástico é o fato de que são projetados para durar mais - por muitos e muitos anos.

Praticamente todo plástico já produzido continua existindo, mesmo que não esteja em seu formato original.

Em artigo publicado na revista acadêmica Science Advances, em julho, o pesquisador Roland Geyer, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, estima em 8,3 bilhões de toneladas a quantidade de plástico já produzida no mundo.


Desse total, cerca de 6,3 bilhões de toneladas são classificadas como resíduos - e 79% estariam em aterros ou na natureza. Ou seja, pouco material é reciclado ou reaproveitado.

A grande quantidade de resíduos de plástico é resultado do estilo de vida moderno, em que o plástico é usado como matéria-prima para diversos itens descartáveis ou "de uso único", como garrafas de bebida, fraldas, cotonetes e talheres.



Oceanos de plástico (Foto: BBC)


Garrafas de bebida são um dos tipos mais comuns de resíduos de plástico.

Estima-se que 480 bilhões de garrafas tenham sido vendidas em todo o mundo até 2016 - o que representa 1 milhão de garrafas por minuto.

Somente a Coca-Cola foi responsável por produzir 110 bilhões de garrafas de plástico.



Um milhão de garrafas são compradas por minuto (Foto: BBC)


Alguns países têm discutido maneiras de diminuir o consumo do material. O Reino Unido, por exemplo, debate oferecer água potável de graça nas grandes cidades e criar unidades para devolução de plástico.


Que quantidade de plástico vai para o mar?
Calcula-se que 10 milhões de toneladas de plástico vão parar no mar todos os anos.

Em 2010, pesquisadores do Centro de Análises Ecológicas da Universidade da Georgia, nos Estados Unidos, contabilizaram 8 milhões de toneladas - e estimaram 9,1 milhões de toneladas para 2015.

O mesmo estudo, publicado na revista acadêmica Science em 2015, analisou 192 países com território à beira-mar que estão contribuindo para o lançamento de resíduos de plástico nos oceanos. E descobriu que 13 dos 20 principais responsáveis pela poluição marinha são nações asiáticas.



Os danos do plástico


Enquanto a China está no topo da lista, os Estados Unidos aparecem na 20ª posição.

O Brasil ocupa, por sua vez, o 16º lugar do ranking, que leva em conta o tamanho da população vivendo em áreas costeiras, o total de resíduos gerados e o total de plástico jogado fora.

O lixo plástico costuma acumular em áreas do oceano onde os ventos provocam correntes circulares giratórias, capazes de sugar qualquer detrito flutuante. Há cinco correntes desse tipo no mundo, mas uma das mais famosas é a do Pacífico Norte.



O que pode acontecer com cotonetes (Foto: BBC)


Os detritos da costa dos Estados Unidos levam, em média, seis anos para atingir o centro dessa corrente. Já os do Japão podem demorar até um ano.

As cinco correntes apresentam normalmente uma concentração maior de resíduos de plástico do que outras partes do oceano. Elas promovem ainda um fenômeno conhecido como "sopa de plástico", que faz com que pequenos fragmentos do material fiquem suspensos abaixo da superfície da água.



Mundo de Plástico


Além disso, a decomposição da maioria dos resíduos de plástico pode levar centenas de anos.

Existem, no entanto, iniciativas para limpar a corrente do Pacífico Norte. Uma operação liderada pela organização não-governamental Ocean Cleanup está prevista para começar em 2018.


Por que é prejudicial à vida marinha?
Para aves marinhas e animais de maior porte - como tartarugas, golfinhos e focas -, o perigo pode estar nas sacolas de plástico, nas quais acabam ficando presos. Esses animais também costumam confundir o plástico com comida.

Tartarugas não conseguem diferenciar, por exemplo, uma sacola de uma água-viva. Uma vez ingeridas, as sacolas de plástico podem causar obstrução interna e levar o animal à morte.

Pedaços maiores de plástico também causam danos ao sistema digestivo de aves e baleias - e são potencialmente fatais.

Com o tempo, os resíduos de plástico são degradados, dividindo-se em pequenos fragmentos. O processo, que é lento, também preocupa os cientistas.



Plástico no Mundo - Descartado
A Ásia é o responsável por 82% de todo o plástico descartado nos oceanos


Uma pesquisa da Universidade de Plymouth, na Inglaterra, mostrou que resíduos de plástico foram encontrados em um terço dos peixes capturados no Reino Unido, entre eles o bacalhau.

Além de resultar em desnutrição e fome para os peixes, os pesquisadores dizem que, ao consumir frutos do mar, os seres humanos podem estar se alimentando, por tabela, de fragmentos de plástico. E os efeitos disso ainda são desconhecidos.

Em 2016, a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar alertou para o crescente risco à saúde humana, dada a possibilidade de micropartículas de plástico estarem presentes nos tecidos dos peixes comercializados.



Concentração de plásticos pelo mundo - Oceanos - Gramas por Km2


Leia também:

Como evitar este encontro - Anticoncepcionais



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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

A fotógrafa que se arrisca para fazer imagens dentro de vulcões ativos


A fotógrafa que se arrisca para fazer imagens dentro de vulcões ativos


Ulla Lohmann passou boa parte da última década explorando essas formações geológicas
(Foto: BBC)

Alemã Ulla Lohmann passou a maior parte da última década registrando o interior desses locais perigosíssimos. No vídeo, ela descreve a experiência.


O cenário é um vulcão, que "ferve" e soa como um "trovão". Dentro dele, uma mulher e sua câmera registram tudo.



Ulla Lohmann - Fotojornalista


A fotógrafa alemã Ulla Lohmann passou a maior parte da última década explorando essas estruturas geológicas. Ela fotografa vulcões ativos ao redor do mundo.

(Assista ao vídeo clicando no link abaixo)

(http://www.bbc.com/portuguese/geral-42364732)


“Eu me sinto muito pequena, como se a natureza fosse tão grande...”, descreve ela. “É uma sensação fantástica”.



Descer a 600 metros dentro de um vulcão ativo, segundo a fotógrafa, “é como ir direto ao coração da terra”.



A partir desse ponto, é possível olhar para cima e ver o céu distante. E, do lado, se deparar com um lago de lava a 1.200 graus de temperatura, “fervendo, borbulhando”.


“É muito difícil descrever”, diz a fotógrafa. “A terra está tremendo e tremendo, e às vezes é difícil suportar.”


Ficar perto do lago de lava, conta Lohmann, é uma experiência de tirar o fôlego. É sentir “a terra viva”.


Ela chegou a ir a 600 metros de profundidade de um vulcão ativo (Foto: BBC)


Mas o que se escuta dentro do vulcão?


“Ouço um estrondo. É como um trovão”, descreve Ulla.


“Soa um pouco como água fervendo na panela, mas
cem vezes mais alto.”



'É como ir direto ao coração da terra', diz a fotógrafa (Foto: BBC)



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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Cristal Animal - Geologia


Cristal Animal - Geologia



Tão antigos quanto a própria Terra, os cristais minerais carregam uma curiosa semelhança com os bichos: eles crescem. E sempre obedecendo a sete receitas básicas.



No começo, pensavam que era gelo
Antes que qualquer criatura rastejasse sobre a Terra, os cristais já cresciam por aí. Eles se formaram há cerca de 3,8 bilhões de anos, quando a pasta de magma incandescente se resfriou e formou a crosta rochosa que conhecemos. Tudo, então, era mineral. E 99,9% desses minerais tinham os átomos ordenados em formas que se repetiam, ou seja, eram cristais. É precisamente essa repetição que dá a eles o privilégio de atrair as moléculas certas ao seu redor e ir se ampliando, como se fossem vivos.

O nome, que vem do grego e significa gelo transparente, surgiu na Idade Média, quando foram descobertas, na Europa, as primeiras rochas do gênero. Acreditava-se que fosse um gelo que não derretia. "Um equívoco, claro, mas é interessante notar que o estado sólido da água é mesmo um cristal, do tipo hexagonal", lembra o geólogo Daniel Atêncio, da Universidade de São Paulo (USP).

Mais impressionante é saber que as proteínas, principais componentes dos organismos biológicos, também se cristalizam. Pesquisadores da USP de São Carlos, no interior paulista, querem até mandar para o espaço as proteínas que metabolizam o açúcar no protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas. Na ausência de gravidade, elas crescerão de maneira perfeita e os cientistas poderão determinar com rigor sua estrutura molecular. "Queremos desenvolver drogas que inibam a proteína, matando o bicho de fome", trama o bioquímico Richard Garratt.

As sete receitas


1. Certinha
Os átomos da wulfenita, esta mistura vermelha de chumbo e molibdênio, se agregam a uma célula básica e reproduzem o mesmo desenho tetragonal por toda a eternidade: são três eixos, sendo dois de mesmo tamanho, com ângulos retos (de 90 graus) entre si (veja uma opção ao lado).



2. Elegante
A célula básica do enxofre cresce em três eixos de comprimentos diferentes que mantêm ângulos de 90 graus entre si. Ele é do grupo chamado ortorrômbico, que assume formas como a que você vê ao lado.



3. Caótica
A labradorita, mineral azulado comum no Labrador, Canadá, é da família dos cristais triclínicos, ou seja, que multiplicam geometrias como esta abaixo: os três eixos, assim como todos os ângulos, são desiguais entre si.



4. Surpreendente
Cristais monoclínicos como a malaquita são os que crescem a partir de estruturas com três eixos de tamanhos diferentes. Dois dos ângulos são retos. O terceiro é sempre maior ou menor que 90 graus.



5. Complexa
A arquitetura hexagonal da vanadinita, metal raro usado na indústria do aço, cresce em quatro eixos. Três são iguais e mantêm ângulos de 120 graus entre si. O quarto é maior ou menor que os demais e perpendicular a eles.



5. Singela
Conhecida como ouro de tolo, a pirita, assim como o diamante, pertence ao grupo cristalino cúbico, de desenho mais simples, que cresce a partir de três eixos iguais com ângulos retos entre si como no desenho ao lado.



6. Espaçosa
A calcita, usada na fabricação de cal, é do tipo de cristal trigonal, isto é, que cresce em três eixos de tamanhos diferentes, com ângulos iguais e diferentes de 90 graus. Sua célula básica pode ter formas como a indicada abaixo.



7. Singela
Conhecida como ouro de tolo, a pirita, assim como o diamante, pertence ao grupo cristalino cúbico, de desenho mais simples, que cresce a partir de três eixos iguais com ângulos retos entre si como no desenho ao lado.



Eles nunca param de crescer
As formas dos cristais são tão variadas a olho nu que é difícil acreditar que se encaixem em apenas sete modelos arquitetônicos. O primeiro a suspeitar da existência desses arranjos foi o cientista inglês Robert Hooke (1635-1703), inventor do microscópio. Seguindo seus passos, o físico francês Auguste Bravais (1811-1863) definiu os sete desenhos das células unitárias, como são chamadas as menores partes em que podemos dividir um cristal. É essa semente que tem a capacidade de crescer. Para isso, ao contrário dos seres vivos, não precisa nem de energia exterior. Ela simplesmente atrai as moléculas que interessam e vai em frente, até que a matéria disponível acabe. Mas isso pode levar alguns bilhões de anos.


Para saber mais
Cristais: Seu Papel na Natureza e na Ciência, Charles Bunn, Editora Nacional, São Paulo, 1972.



Falsos cristais
Muita gente ouve pela primeira vez a palavra cristal ao levar uma bronca por brincar perto de uma estante cheia de taças e objetos lapidados. "É que o termo, depois de dar nome às pedras, passou a ser usado como sinônimo de transparência", explica Flávio Machado, do Instituto de Geociências da USP. Aquelas taças são só vidro de boa qualidade, substância amorfa que não mantém a organização molecular típica dos cristais.



Cristal caseiro

1. Dilua duas colheres de sopa de sulfato de cobre (pó azul encontrado em lojas de artigos para piscina) em cerca de 50 mililitros de água e deixe evaporar.

2. Após dois ou três dias, vão se formar coágulos no fundo do recipiente. Separe o que estiver maior. Já é um cristal em formação.

3. Amarre o cristal na ponta de um fio e prenda a outra num palito. Em 200 mililitros de água, vá diluindo sulfato de cobre até que ele comece a se acumular no fundo. Pendure a pedra na solução.

4. Por duas semanas evite trepidações e poeira. O resultado será um belo e multifacetado cristal azul do sistema triclínico (veja item 3 à esquerda).



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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

História - Os Médicos da Peste Negra


História - Os Médicos da Peste Negra



Figuras assustadoras, os "Médicos da Peste" eram médicos especiais dedicados no tratamento de vítimas da peste bubônica.


A Peste Negra é um capítulo marcante da história medieval europeia. Na segunda metade do século 14, a Peste foi responsável por eliminar cerca de 1/3 da população da Europa, fato que contribui para a Crise da Baixa Idade Média.

Na época, existiam médicos dedicados ao cuidado de doentes vítimas da Peste, esses profissionais eram conhecidos como “Médicos da Peste”.



Ilustração de um Médico da Peste em 1656.


Os “Médicos da Peste” eram profissionais contratados por cidades que viveram epidemias da doença e facilmente identificados por sua estranha e sinistra indumentária. Utilizavam chapéus, capas, luvas e instrumentos longos para evitar ao máximo o contato com os doentes.



A máscara que usavam era geralmente preta e possuía um bico causando grande semelhança com a cabeça de uma ave. No interior desse bico era colocada uma composição de perfumes e ervas que ajudariam a evitar os miasmas. Acreditava-se que a peste se espalhava pelo ar através de uma “nuvem tóxica” (miasma).



Máscara do Médico da Peste do século 17.


O casaco de couro preto estava preso à máscara por meio de um capuz de forma a não deixar a pele do médico exposta. O conjunto era formado por luvas, botas e calça que estavam tudo bem encerado para evitar que o médico tivesse qualquer tipo de contato com a doença.

Esses médicos tinham como métodos o uso da sangria assim como outros remédios. Colocavam sanguessugas nos bubões para “reequilibrar os humores”. Porém seus métodos não eram tão eficientes em seus resultados. Para evitar a propagação de doenças, os “Médicos da Peste” não interagiam com a população em geral e podiam ficar até em quarentena.

FONTES: Os Médicos da Peste Negra Medieval - História Ilustrada / Médicos da Peste Negra - A História e seus fatos curiosos

(http://www.historiailustrada.com.br/2014/03/os-medicos-da-peste-negra-medieval.html)

(http://www.fatoscuriososdahistoria.com/2015/12/medicos-peste-negra.html?_lbGate=1010488)



Leia também:

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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Por que o homem não pisou mais na Lua ?


Por que o homem não pisou mais na Lua ?


Estados Unidos enviaram seis tripulações à Lua entre 1969 e 1972
(Foto: Getty Images via BBC)

Trump aprovou nesta semana diretriz para EUA voltarem a enviar naves tripuladas ao satélite natural e, de lá, até Marte. Mas quais as razões para as missões terem sido interrompidas 45 anos atrás?


Foi, nas palavras de Neil Armstrong, um pequeno passo para o homem, mas um salto enorme para a humanidade.

Em 21 de julho de 1969, às 2h56 no horário local (0h56 no horário de Brasília), um ser humano – no caso, Armstrong – pisou pela primeira vez na Lua. A notícia estremeceu o mundo. Outras cinco expedições americanas chegaram ali até dezembro de 1972, quando Eugene Cernan fechou o ciclo de alunissagens, ou seja, de pousos na superfície da Lua. Depois dele, nenhum homem voltou ao satélite natural da Terra em mais de 45 anos.



Programa Apollo - Congresso - Lua - NASA


Muitas teorias de conspiração foram criadas deste então para apoiar a ideia de que as alunissagens nunca aconteceram e que as imagens que se difundiram não foram nada mais do que montagens feitas em estúdios de televisão. Mas os motivos, na verdade, são outros: dinheiro, relevância científica e, é claro, questões políticas.

Mas quase meio século depois, o governo dos Estados Unidos anunciou que pretende voltar ao satélite em breve. E que isso pode ser só uma primeira parada em uma jornada para a conquista de Marte.

Na segunda-feira (11/12/2017), o presidente Donald Trump aprovou a Diretriz de Política Espacial 1, uma ordem presidencial que autoriza a Nasa a enviar novamente missões tripuladas à Lua.



Armstrong foi o primeiro homem a pisar na Lua (Foto: AFP)


A previsão é que a diretriz, que foi firmada sem consulta prévia ao Senado, só entre em vigor quando restar ao presidente dois anos na Casa Branca. Mas tendo em vista os prazos para a provação dos orçamentos, muitos especialistas temem ela não será efetiva - a menos que Trump seja reeleito em 2020.

Entenda a seguir o que fez os Estados Unidos, e nenhum outro país, não enviarem uma tripulação sequer à Lua em quase meio século – e por que isso pode mudar agora.


Questão de orçamento
Com a façanha de Armstrong, os Estados Unidos foram coroados em sua batalha pela corrida espacial com a então União Soviética, que já havia colocado um cachorro e um tripulante, Yuri Gagarin, no espaço, mas não conseguiu chegar muito além da atmosfera terrestre.


A iniciativa foi, no entanto, extremamente dispendiosa.


Trump em comício em Pasacolo, na Flórida (Foto: AP Photo/Susan Walsh)

"Enviar uma nave tripulada à Lua era extremamente caro, e realmente não há uma explicação verdadeiramente científica para sustentá-la", explica à BBC Mundo Michael Rich, professor de Astronomia da Universidade da Califórnia em Los Angeles.

De acordo com o especialista, para além do interesse científico, por trás das missões à Lua encontravam-se razões políticas – basicamente a competição pelo controle do espaço.


Ao longo dos anos, com a Lua "conquistada" pelos Estados Unidos, pisar no satélite começou a perder o interesse. "Não havia justificativa científica ou política para retornar", diz Rich.



Veiculo Lunar


George W. Bush propôs em 2004, durante seu mandato, um plano semelhante ao de Trump: enviar uma nova tripulação à Lua e, de lá, abrir as portas para a conquista de Marte.

Mas o projeto se desfez, segundo Rich, pela mesma razão pela qual não havia se repetido antes: seu custo.

O governo Barack Obama, que sucedeu Bush, não se mostrou disposto a gastar os US$ 104 bilhões (o equivalente a R$ 344,44 bilhões) calculados como o custo da empreitada.


"Na prática, é muito difícil convencer o Congresso a aprovar um orçamento tão exorbitante quando, a partir do ponto de vista científico, não havia razões suficientes para retornar à Lua. O projeto Apollo (para levar o homem até lá) foi grandioso, mas pouco produtivo cientificamente falando", comenta.


Durante os anos do programa, o montante que o governo dos Estados Unidos destinava aos projetos da Nasa representava quase 5% do orçamento federal. Atualmente, corresponde a menos de 1%.



Foguetes e missões Apollo


"Naqueles anos, os americanos estavam convencidos de que destinar tal quantia para esses projetos era necessário. Depois disso, acredito que a maioria da população não estivesse muito convencida da ideia de que seus impostos fossem destinados a um passeio pela Lua", afirma.


Outra razão, comenta, é que a Nasa se viu envolvida em outros projetos mais importantes nos anos que se seguiram: novos satélites, sondas a Júpiter, pôr em órbita a Estação Espacial Internacional, investigações sobre outras galáxias e planetas, ou seja, projetos que tinham mais "relevância científica" do que uma potencial viagem de volta ao satélite.



O foguete da missão Apollo 4, antes de ser lançado em 1967



A nova corrida espacial
As potenciais viagens à Lua começaram, no entanto, a ganhar novamente interesse nos últimos anos.


Há cada vez mais iniciativas estatais e privadas que não só anunciam um retorno ao satélite, mas também planos ambiciosos de colonização, a maioria baseada no barateamento de tecnologias e na fabricação de naves espaciais.

A China, por exemplo, planeja pousar na superfície da Lua em 2018, enquanto a Rússia anunciou que pretende ter uma nave ali em 2031.

Enquanto isso, muitas iniciativas privadas buscam um modelo de negócios espacial que englobe desde explorar os minerais que existem na Lua até vender fragmentos do satélite como pedras preciosas.

E, ao que parece, os Estados Unidos não querem ficar para trás.



Os tripulantes da missão Apollo 17: o cientista Harrison P. Schmitt e os
astronautas Ronald Evans e Eugene Cernan


Novas justificativas
A agência espacial americana sustenta há anos que ainda existem grandes razões para voltar à Lua.

A Nasa considera que o retorno do homem poderia trazer um maior conhecimento da ciência lunar e permitir a aplicação de novas tecnologias no solo.

Além disso, Laurie Castillo, porta-voz da Nasa, assegurou à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, que a agência continua na Lua – mesmo sem a presença humana.


"Temos hoje a Lunar Reconnaissance Orbiter (uma sonda especial americana lançada em 2009 para exploração da Lua), que está fazendo coisas impressionantes", disse


"Mas quando se leva em conta o desenvolvimento tecnológico que alcançamos, você se pergunta se ainda é necessário enviar um homem fisicamente à Lua para comprovar qualquer tecnologia. Então você conclui que as razões para voltar fogem novamente ao meramente científico", opina o professor Rich.



Programa Apollo - Homem na lua


Logo, o anúncio feito por Trump tem fundo político, avalia.


"Acredito que ele queira dar a ideia de que os Estados Unidos não ficarão para trás na nova corrida espacial."


Dados os avanços tecnológicos e a aposta do setor privado na conquista especial, Rich não acredita que uma base na Lua ou em Marte esteja longe da realidade.


"Em menos de cem anos, estou quase certo de que a Lua estará muito próxima e que estaremos explorando outros lugares do Universo."



Programa Apollo - Traje lunar e instrumentos



Fontes: Gizmodo
(http://io9.gizmodo.com/the-real-story-of-apollo-17-and-why-we-never-went-ba-1670503448)



Gizmodo - Site Fonte


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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Cientistas vão pesquisar asteroide interestelar em busca de tecnologia alienígena


Cientistas vão pesquisar asteroide interestelar em busca de tecnologia alienígena


Asteroide tem formato alongado, como um charuto (Foto: ESO)

Objeto tem formato singular e foi identificado quando vinha em direção ao Sol em outubro deste ano; projeto financiado por bilionário irá analisá-lo em busca de evidências sobre vida extraterrestre.


Um projeto em busca de evidências sobre a vida inteligente fora da Terra começará a analisar o primeiro asteroide interestelar para tentar encontrar sinais de uma tecnologia alienígena.

O objeto com formato singular foi detectado quando estava indo em direção ao Sol em 19 de outubro deste ano.



Oumuamua - Haleakala


As propriedades dele sugerem que sua origem é de outra estrela, o que faria com que esse fosse o primeiro asteroide de fora do Sistema Solar a ser identificado em nossa vizinhança cósmica.

Uma iniciativa patrocinada pelo bilionário Yuri Milner irá utilizar um radiotelescópio para ouvir os sinais emitidos dele. Os esforços da equipe vão começar nesta quarta-feira, com astrônomos observando o asteroide – que atualmente está se afastando do Sistema Solar - por quatro bandas diferentes de radiofrequência.

A primeira etapa de observações deverá durar pelo menos 10 horas no Observatório de Green Bank, em West Virginia, nos Estados Unidos, com o uso do Green Bank Telescope, o maior radiotelescópio orientável do mundo.



Spectrum of Oumuamua


Primeiras observações
As primeiras impressões que vieram sobre o asteroide, chamado Oumuamua, ressaltam seu formato estranho, alongado, parecendo um pouco com o de um charuto.

"Pesquisadores que trabalham com transporte espacial de longa distância já sugeriram no passado que o formato de um charuto ou de uma agulha são arquiteturas prováveis para uma nave espacial interestalar, já que isso ajudaria a minimizar a fricção e os danos dos gases interestelares e da poeira", afirmou por nota o Breakthrough Listen, programa financiado por Milner para pesquisar evidências de inteligência extraterrestre no universo.

"A presença do Oumuamua no Sistema Solar dá ao Breakthrough Listen uma oportunidade de fazer descobertas sem precedentes sobre possíveis transmissores artificiais e de demonstrar nossa habilidade de rastrear objetos que estejam por perto se movendo rapidamente", disse o diretor da Berkeley SETI Research Center, Andrew Siemon, que faz parte da iniciativa.



As observações serão realizadas usando o telescópio Robert C Byrd Green Bank em West Virginia, EUA (Foto: SPL)


"Independentemente se esse objeto for artificial ou natural, ele é um alvo muito bom para o Listen", complementou.

Já o professor Andrew Coates, do Mullard Space Science Laboratory, aponta que, por enquanto, ainda não há evidências concretas de que esse asteroide poderia ajudar a identificar qualquer sinal de vida extraterrestre.

"Acredito que há um experimento sendo feito para analisar esse objeto e escutar se há qualquer sinal de vida nele. Mas acho pouco provável, porque isso é um resto do início daquele sistema planetário em outro lugar. Outras formas melhores de procurar por vida extraterrestre são as missões como o projeto ExoMars, que irá para Marte em 2020 perfurando a superfície para procurar sinais de vida. Nós estamos construindo um sistema de câmeras para isso", observou.


"De qualquer forma, já que esse objeto está passando muito rápido, é válido buscar escutá-lo só para entender. Mas acredito que é bem pouco provável vir algo disso", acrescentou.


Outros pesquisadores que já fizeram observações desse asteroide com telescópios no solo dizem que, fora o formato distinto, ele lembra muito objetos naturais encontrados fora do Sistema Solar.

O objeto tem uma cor avermelhada, que é um indicativo da presença de compostos orgânicos irradiados por raios cósmicos. As medidas sugerem que ele tenha uma estrutura densa, composta de pedra e metal. Há a possibilidade de haver ali alguma água congelada.

Apesar do Oumuamua ter se formado em torno de outra estrela, os cientistas acham que ele poderia ter circulado pela Via Láctea, sem ligação a qualquer sistema estelar, por centenas de milhões de anos antes do encontro casual com nosso Sistema Solar.

O nome do asteroide, Oumuamua, significa "um mensageiro de longe chegando primeiro" na língua havaiana.


Is Comet C217U1 a visitor from another solar system?

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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

O que é o Excitonium - Nova forma de matéria finalmente comprovada após 50 anos de buscas


O que é o Excitonium - Nova forma de matéria finalmente comprovada após 50 anos de buscas


Pesquisadores da Universidade de Illinois, nos EUA, confirmaram de cinco formas diferentes a existência do 'excitonium' (Foto: L. Brian Stauffer/Universidade de Illinois)


Um físico americano teorizou na década de 1960 sobre sua existência, mas somente agora pesquisadores conseguiram desenvolver experimentos para demonstrar que ele é real.


Na década de 1960, o físico americano Bertrand Halperin teorizou sobre a existência de uma nova forma de matéria, a qual ele batizou de "excitonium". Desde então, diversas equipes de pesquisadores conseguiram encontrar evidências de sua existência, mas nenhuma delas definitiva – até agora.

Cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, conseguiram provar que a tal matéria existe. Liderada pelo físico Peter Abbamonte, a equipe desenvolveu um método para demonstrar de cinco formas diferentes que o excitonium é real, segundo seu trabalho publicado na revista científica Science. "Esse resultado é de importância cósmica", disse Abbamonte.



O excitonium é um condensado, portanto, um sólido, formado por partículas chamadas "éxcitons". Essas partículas são compostas por um par improvável: um elétron que se excita, ou seja, se energiza, e passa de uma faixa de energia para outra, e o "buraco" que ele deixa ao se mover.


Esse buraco "se comporta como se fosse uma partícula com carga positiva e atrai o elétron que escapou". A interação entre ambos forma o éxciton, diz o comunicado da Universidade de Illinois.


A dupla "estranha e maravilhosa", nas palavras dos cientistas, compõe a partícula. Se isso parece complicado, é porque de fato é. Segundo os pesquisadores, o excitonium "desafia a razão".


Para que serve?
De acordo com Guilherme Matos Sipahi, do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), a descoberta permitirá explorar melhor a mecânica quântica e as previsões feitas nesse campo de conhecimento. "Isso promove um avanço da ciência e pode levar a novas tecnologias."


O trabalho foi realizado em parceira com pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley e da Universidade de Amsterdã, na Holanda. Levou-se tanto tempo para chegar a esse resultado porque os cientistas não tinham as técnicas necessárias para distinguir o excitonium sem margem de dúvidas, uma tarefa que exigiu seis anos.



Em uma entrevista para a revista "Newsweek", Abbamonte contou ter se encontrado com Halperin, cientista da Universidade de Harvard hoje com 76 anos, e ele teria demonstrado muita felicidade ao saber da confirmação empírica de sua teoria.


O excitonium existe na literatura especializada há cinco décadas, mas os cientistas ainda não sabem quais são suas propriedades. Tanto que existem hipóteses opostas: alguns pensam ser um material isolante, enquanto outros imaginam que funcione como um supercondutor ou um superfluido, transportando energia sem dissipação.



Teorias das propriedades do 'excitonium' ainda são conflituosas
(Foto: Peter Abbamonte/Frederick Seitz)


O novo desafio da equipe da Universidade de Illinois será identificar as possíveis funções do excitonium e, assim, apontar futuras aplicações. Em entrevista ao jornal britânico The Independent, Abbamonte comparou esta descoberta com a do Bóson de Higgs, também conhecida como a "partícula de Deus".


"Provar sua existência é crítico para validar as leis da Física como as conhecemos hoje."


Fontes: Magazine Science, Independent

(http://science.sciencemag.org/content/358/6368/1314)

(http://www.independent.co.uk/news/science/excitonium-matter-new-form-discover-theory-exist-50-years-physics-a8104406.html)



Science - Site fonte



Independent - Site fonte



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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Postagens Populares - Dezembro de 2017


Postagens Populares - Dezembro de 2017



01-Descoberta incrível - células dos filhos estão alojadas nos cérebros das mães



Os avanços tecnológicos estão ajudando a entender a complexidade biológica da reprodução humana.
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02-Mitologia Viking - Religião



Os mitos vikings têm uma geografia complexa. O universo, disposto em torno da árvore Yggdrasil, é dividido em Nove Mundos.
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03-Saiba quais foram as Top 10 armas da Segunda Guerra Mundial



Preparamos uma lista com as Top 10 armas da Segunda Guerra Mundial, que são consideradas as mais importantes no confronto. A lista contém algumas que já são muito conhecidas, como M1 Garand e Thompson, mas também há algumas surpresas! Veja abaixo:
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04-Astrônomos observam buraco negro pela 1ª vez - O mais distante da Terra até agora



Cientistas estimam que novo buraco negro foi criado quando universo tinha apenas 690 milhões de anos. Descrição está na 'Nature' nesta quarta-feira (06/12/2017).
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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

10 livros de suspense e mistério para presentear no Natal


10 livros de suspense e mistério para presentear no Natal



DICAS PARA O NATAL - Se você quer dar um livro de suspense para um amigo mas não sabe qual escolher, a gente vai te dar uma mãozinha. Separamos 10 romances policiais entre clássicos, lançamentos e reedições que certamente vão agradar fãs de uma boa história de mistério.


1. Assassinato no Expresso do Oriente, Agatha Christie



A gente começa a lista com esse clássico da Agatha Christie publicado em 1934, mas que é um sucesso até hoje. Aproveitando a bela adaptação para o cinema feita por Kenneth Branagh, foram lançadas algumas edições com a capa do filme (que eu geralmente não gosto, mas que nesse caso ficaram lindas). Ah! Essa é uma das histórias mais famosas com Hercule Poirot, o detetive belga que gosta de exercitar as células cinzentas.



2. Histórias Extraordinárias, Edgar Allan Poe



Ele criou os parâmetros para as histórias de detetive como conhecemos hoje, com seu personagem francês, o detetive Auguste Dupin. Essa edição da Companhia das Letras vem com um design lindo de morrer, trazendo dezoito contos clássicos de Edgar Allan Poe como “A carta roubada” e “O gato preto”. Um presente que mais parece um tesouro.



3. O Sorriso da Hiena, Gustavo Ávila



Quer se surpreender com um thriller psicológico e um final arrebatador? Então esse é o livro indicado. Um dos melhores lançamentos nacionais de 2017, O sorriso da hiena é o primeiro livro de Gustavo Ávila, que conquistou de cara os leitores ficando semanas na lista de mais vendidos do país. Publicado pela Verus Editora. Leia a resenha.



4. A Grande Ilusão, Harlan Coben



O simpático Harlan Coben é sempre uma boa pedida para quem gosta de histórias de suspense. Em A grande ilusão, publicado pela Editora Arqueiro, uma ex-militar investiga as circunstâncias da morte do marido e acaba descobrindo uma teia de intrigas e revelações. Para ler numa sentada só. Confira a resenha.



5. A Zona Morta, Stephen King



Não é bem um “suspense”, mas quem acompanha o site sabe que sou apaixonada pelas histórias de King, então encaixar um livro dele nessa lista não é difícil. Escolhi A zona morta, que é de 1979 e foi reeditado esse ano pela Editora Suma. Também já virou filme nos anos 80 com o excelente Christopher Walken. A trama é sobre um homem que sofre um acidente quase fatal, ficando 5 anos em coma. Quando acorda, descobre que tem poderes sobrenaturais como enxergar o passado e o futuro. Há um certo mistério pois ele irá prever situações conflitantes e terá que decidir como vai reagir a essas previsões. História incrível e muito envolvente do Mestre King. Leia a resenha.



6. Boneco de Neve – Capa do Filme



Eu sei que o livro não é um lançamento, mas como a adaptação saiu este ano no cinema esse livro do autor norueguês Jo Nesbo voltou a ser falado (inclusive foi relançado pela Editora Record com a capa do filme, como podem ver). É considerado por muitos o melhor da série com o detetive Harry Hole, um personagem atormentado e cheio de demônios pessoais para tratar. Sensacional não expressa o que senti quando acabei a leitura! Fiquei muito impressionada com a escrita do Jo Nesbo e completamente arrepiada com essa história, que é uma caçada a um serial killer que está matando mulheres após o primeiro dia de neve em Oslo. Chilling! Leia a resenha.



7. Ninfeias Negras, Michel Bussi


Outra leitura que me arrebatou em 2017 foi Ninfeias negras, desse autor francês que eu não conhecia ainda chamado Michel Bussi. Saiu pela Editora Arqueiro, foi muito comentado por fãs de histórias de suspense e com razão. Trata da investigação do assassinato de um médico, encontrado morto nos jardins de Monet, em Giverny. Para falar a verdade, morri de vontade conhecer os tais jardins depois de ler esse livro. Leia a resenha.



8. Um Romance Perigoso, Flávio Carneiro



Uma história com uma premissa super divertida, escrita pelo carioca Flávio Carneiro e que traz descrições sobre vários lugares legais no Rio de Janeiro. Na trama, o detetive particular André e seu amigo Gordo, dono de um sebo na rua do Lavradio e apaixonado por literatura policial, seguem o rastro de um serial killer que está matando autores de autoajuda e deixando o mercado editorial, e toda a cidade, em polvorosa. By the way, Um romance perigoso saiu pela Editora Rocco. E eu dei boas risadas com essa história. Leia a resenha.



9. Coração Satânico, William Hjortsberg



A Darkside Books lançou tantos livros lindos este ano que, se eu pudesse, indicaria todos de uma vez só (e quem sabe eu faça isso num post separado). Mas por enquanto escolhi Coração satânico, uma história que ficou mais conhecida no cinema com Robert de Niro e Mickey Rourke como protagonistas. Essa é uma autêntica história de detetive com pitadas de terror, trazendo o detetive particular Harry Angel pelas ruas de Nova York em 1959. Vale pela história e pela edição caprichada da Dark, com comentário de luxo de Stephen King. Leia a resenha.



10. Um Estudo em Vermelho – Coleção Clássicos Zahar



Não poderia faltar ele! Um estudo em vermelho é a primeira aventura do Sherlock Holmes, o detetive mais famoso do mundo. O livro foi originalmente publicado em 1887 e é um sucesso até hoje. Se a pessoa presenteada gostar de histórias de suspense, não tem como não gostar desse livro. Gosto principalmente dessa coleção da Zahar porque é pequenina e graciosa. Um bom presente em qualquer ocasião, não só no Natal.



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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

HQ - "Meu Amigo Dahmer”" - De Derf Backderf (resenha)


HQ - "Meu Amigo Dahmer”" - De Derf Backderf (resenha)



Em sua primeira HQ publicada, a Editora Darkside traz a história da adolescência de um dos maiores assassinos já conhecido.


Já ouviu falar sobre Jeffrey Dahmer? Serial killer que assassinou 17 homens e garotos entre 1978 e 1991 com requintes de crueldade. Seus crimes envolviam violência sexual, necrofilia e canibalismo. Quando o apartamento de Dahmer foi descoberto pela polícia, um verdadeiro horror se fez notar: fotografias das vítimas assassinadas, cabeças e pênis guardadas em frigoríficos, cadáveres em vasilhas de ácido e um altar de velas e crânios também foi encontrado.


Jeffrey Dahmer


Com crimes tão perversos, Jeffrey Dahmer foi condenado a 957 anos de prisão. Cumpriu a pena no Instituto Penal Columbia, em Wisconsin, onde morreu em 1994, assassinado por outro detento. Se a trajetória de crimes de Jeffrey Dahmer chama a atenção, sua vida antes de se tornar o “Canibal de Milwaukee” também, e sobre a adolescência de Dahmer nos anos 1970 é que o autor Derf Backderf centra sua graphic novel “Meu Amigo Dahmer”.



Com um estilo cartunesco dos quadrinhos alternativos, Backderf constrói uma narrativa de memórias, onde lembra os anos em que foi colega de Jeffrey Dahmer no colegial. Já no prefácio, Backderf deixa claro sua relação com Dahmer:



“Para você, Dahmer era um monstro depravado; para mim, era um garoto que sentava do meu lado e com quem eu matava tempo na sala de música do colégio.”

Assim como sua visão após a descoberta dos crimes:

"Dahmer era um infeliz, um ser problemático, cuja perversidade estava quase além da compreensão. Tenha pena, mas não simpatia.”



“Meu Amigo Dahmer” narra, a partir da visão de Derf Backderf, a adolescência de Jeffrey Dahmer enquanto estudava o colegial. A HQ é feliz em recriar a atmosfera da cidade rural de Bath, em Ohio, sem perder de vista o que era ser adolescente nos anos 1970.

A graphic novel mostra vários momentos vividos por Dahmer: as dificuldades de inclusão nos grupos no colégio; a conturbada relação dos pais, Lionel e Joyce, que terminou em divórcio, o que acabou levando Dahmer a se tornar um alcoólatra; a descoberta da sua homossexualidade. Backderf se apoiou não apenas em suas memórias, mas recorreu a uma extensa pesquisa histórica. Entrevistou dezenas de colegas e professores, leu arquivos do FBI e da polícia, e analisou as entrevistas dadas por Dahmer. O resultado de tal estudo é a graphic novel “Meu Amigo Dahmer”.



A edição feita pela Editora Darkside é de excelente qualidade gráfica. Além da graphic novel em si, a publicação traz reflexões de Backderf assim como rascunhos, cenas deletadas, as fontes históricas utilizadas e um vasto conjunto de notas. A organização do livro em capítulos torna a leitura mais suave e evita o cansaço construindo momentos episódicos.



Fica claro que ao escrever “Meu Amigo Dahmer”, Derf Backderf compartilha sua carga de agonia e inquietações que surgiu após saber dos crimes cometidos em 1991. Somente 20 anos depois, Backderf conseguiu publicar sua obra do jeito que gostaria que fosse. "Meu Amigo Dahmer" pode ser caracterizado como uma obra sobre a indiferença. Sobre os anos em que Backderf passou ao lado de Dahmer sem perceber o potencial assassino que o amigo representava. Se ele não tinha a maturidade para perceber as ações de Dahmer – um garoto que já estava bêbado desde as primeiras horas da manhã – por que os professores não notaram? O autor questiona a indiferença e sua narrativa com uma perspectiva bem pessoal faz de “Meu Amigo Dahmer” uma história que pode ter acontecido – ou está acontecendo – com qualquer um de nós.



HQ: "Meu Amigo Dahmer"
Autor: Derf Backderf
Páginas: 288
Ano: 2017
Editora: Darkside


SINOPSE: O livro traz o perfil do psicopata Jeff Dahmer quando este ainda era um aluno do ensino médio. O autor do livro foi seu colega de turma nos anos 1970, e conviveu com o futuro “canibal de Milwaukee” com uma intimidade que Dahmer talvez só viesse a compartilhar novamente com suas vítimas. Juntos, Derf e Dahmer estudaram para provas, mataram aula, jogaram basquete. Os dois tomaram rumos diferentes, e Derf só voltaria a saber do amigo pelo noticiário, anos depois. Em 1991, os crimes de Jeffrey Dahmer vieram à tona: necrofilia, canibalismo e uma lista de pelo menos 17 mortos, entre homens adultos e garotos. O primeiro assassinato teria acontecido meses após a formatura no colégio. Além de remexer nos seus velhos cadernos e álbuns de fotografia, Derf consultou seus amigos de adolescência, antigos professores, os arquivos do FBI e a cobertura da mídia após a descoberta de seus crimes antes de roteirizar MEU AMIGO DAHMER.


Será possível identificar os traços de personalidade de um assassino antes mesmo que ele comece a matar? Imagine descobrir que um amigo seu de escola acabou se transformando num dos mais temidos serial killers do século? Essa é a história real que o quadrinista Derf Backderf relata na graphic novel MEU AMIGO DAHMER.



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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Muito mais que uma onda no mar - A incrível ciência por trás do surfe


Muito mais que uma onda no mar - A incrível ciência por trás do surfe


Corais do Tahiti criam ondas amadas por surfistas. (Foto: WSL)


Fenômeno natural encanta cientistas pelo potencial de gerar energia e fornece a atletas chances de fazer suas manobras radicais.


Atraindo desde atletas altamente qualificados (e corajosos) a praticantes de fim de semana, o surfe é um esporte amado ao redor do planeta. Tudo o que você precisa é de mar, ondas e entusiasmo.

E de uma prancha, claro.



Prancha de surfe - A fabricação de pranchas de surfe pelos famosos shapers


Mas se manobras radicais encantam observadores, pouca atenção se presta à ciência que torna isso tudo possível. E que não é nem um pouco menos impressionante.

Uma onda poderia carregar a bateria de 30 milhões de smartphones

Quem já viu ondas batendo na areia percebeu a enorme energia que elas têm. E essa energia parece ser uma das mais promissoras fontes renováveis do futuro, potencialmente suprindo 10% da demanda global.

Ondas são formadas de diversas maneiras, mas na maioria dos casos elas são criadas pelo vento soprando na superfície do oceano. Enquanto a onda viajar em velocidade menor que a do evento, energia será transmitida do vento para a onda.



Tipos de Pranchas de Surfe


Há complexas equações que podem determinar de forma precisa a quantidade de energia em uma onda. Em termos simples: o quanto maior a onda, maior sua energia. E existem poucos lugares do mundo com ondas tão grandes como Nazaré, em Portugal.

As monstruosas ondas de lá podem chegar a 30,5m de altura graças à combinação entre a posição geográfica e o relevo submarino. Geradas por tempestades no Atlântico Norte, em profundidades de até 4900 m, as ondulações são amplificadas ao se aproximarem da costa e crescem - bastante.


"Nazaré é como uma sétima maravilha do mundo", explica o surfista Jamie Mitchell, atual campeão do torneio realizado anualmente no "pico" português.


"É como se você voltasse para o tempo em que os gladiadores lutavam e o mundo assistia. Você tenta dar espetáculo e sobreviver ao mesmo tempo."


Imagine a energia contida em uma onda tão grande quanto um prédio de oito andares. Alguns cientistas já estimaram que algumas das "morras" de Nazaré poderiam carregar a bateria de 30 milhões de smartphones. A praia poderia ser a locação ideal para usinas.


Segredos das ondas
Nazaré está longe de ser o único local amado por surfistas por ter ondas "de sonho". O vilarejo de Teahupo'o, no Taiti, por exemplo, é idolatrado por eles. Suas ondas são íngremes e grandes e nem mesmo o risco de ser cortado em pedaços pelos corais do fundo do mar afasta os interessados.

As ondas em Teahupo'o são de um tipo apelidado pelos cientistas de "surto". Não são as maiores do mundo, atingindo um auge de 9,1 m, mas são extremamente volumosas, formadas também pelo encontro de águas profundas com uma costa rasa.



O Taiti é uma ilha vulcânica e seus recifes de coral criam um obstáculo bem íngreme para frear a onda, fazendo com que a parte superior ultrapasse a anterior. Isso deveria resultar em ondas grandes e assimétricas, mas a geologia de Teahupo'o dá origem a um efeito único: a água doce descendo das montanhas vizinhas cria canais no fundo do oceano que previnem a formação de corais. Esses canais criam ondas "limpas" e rápidas ao canalizar a água da beira para o fundo.


A jato sobre a prancha
Dirigir em uma grande cidade pode ser dolorosamente devagar, especialmente nos horários de pico. Em cidades congestionadas, a velocidade média do trânsito pode ser de meros 30km/h.

No mar, porém, a história é outra: durante uma etapa do Circuito Mundial de 2011, o surfista australiano Mick Fanning atingiu velocidade de quase 40km/h sobre sua prancha, o que ajudou a justificar seu apelido de Relâmpago Branco.



Manobras radicais nas ondas de SC



Inspiração da natureza
Quilhas, localizadas na parte inferior de uma prancha, são cruciais para dar estabilidade e controle. Tradicionalmente, eram feitas de madeira, mas avanços tecnológicos deram espaço para plástico e materiais compostos, que melhoraram o controle em manobras radicais.

O proximo passo parece ser imitar baleias - mais especificamente suas nadadeiras.

Esses cetáceos enormes também são graciosos. Suas barbatanas possibilitam incríveis manobras submarinas, especialmente curvas fechadas. Um novo tipo de quilha tenta imitar esse comportamento ao flexionar-se em diferentes momentos de contato com a água, o que daria mais velocidade em manobras.



Esse modelo de quilha colhe informações sobre o oceano em áreas normalmente pouco acessíveis. (Foto: Phil Bresnahan)

Outro prototipo vai mais à frente: uma quilha de superfície irregular, imitando a barbatana de uma baleia-corcunda, o que aumenta a estabilidade mesmo em ângulos mais fechados e velocidades mais baixas.


Ondas Importadas - Alguns fatores para que as ondas brasileiras não sejam as melhores


O futuro das roupas de surfe também passa por inspiração da natureza. Na busca por macacões que protejam surfistas em águas mais frias sem comprometer a mobilidade, cientistas do Massachussets Institute of Technology (MIT) observaram castores e doninhas.

Esses animais semiaquáticos têm pelos que criam um sistema de isolamento térmico mesmo debaixo d'água. A equipe do MIT criou uma espécie de borracha que imita essas habilidades e que pode se tornar o material para os macacões do futuro.



Ondas - O segredo está no fundo



Patrulha ecológica sobre pranchas
Cientistas sabem que nossos oceanos estão mudando: estão ficando mais quentes e mais ácidos. Seus níveis também estão subindo e isso está levando a alterações climáticas (como mais tempestades), além de alterações em ecossistemas e comportamentos animais.

Para medir essas mudanças, cientistas usam barcos, sondas e até satélites para coletar uma gama de dados em mar aberto. Isso é mais difícil perto da costa, onde as águas são mais agitadas.



Surfar também é uma ciência - Infográfico


Mas uma nova tecnologia pode ajudar a vencer este desafio: a smartfin é uma quilha que contém sensores capazes de medir uma serie de fatores na água, como temperatura, salinidade e oxigênio, por exemplo. As quilhas seriam instaladas em pranchas de surfistas voluntários.

O acadêmico Andrew Stern, fundador do projeto Smartfin e neurologista da Universidade de Rochester, nos EUA, explica que a tecnologia pode ajudar a monitorar cenários como a degradação de corais e populações de crustáceo, que sofrem com o aumento da acidez dos oceanos.

"Essa tecnologia tem como fatores únicos o fato de ser pequena e de baixo custo em comparação com os sensores existentes", explica Stern.


"Sendo assim, oferecemos uma nova geração de sensores que podem ser posicionados em enormes números e em locações previamente inacessíveis".



Foto - Por trás da onda



Golfinhos surfam
Golfinhos já foram vistos surfando ondas e até aproveitando marolas deixadas por grandes navios, não raramente dando saltos no ar. Mas por que os animais se engajariam em atividades que consomem energia e lhe dão poucos benefícios?

Uma teoria é que eles estão simplesmente brincando - ou seja, adotando um comportamento voluntário, intencional e repetitivo, que não ocorre quando os golfinhos estão sob ameaça ou competindo.



Como fazer uma onda gigante


Há outras hipóteses: os animais podem estar usando o poder das ondas como forma mais eficiente de locomoção do que nadar debaixo d'água; o impacto com a água pode ajudar a remover parasitas da pele; os ruídos ao mergulhar podem ser um sinal para outros golfinhos na área. Ou pode simplesmente que nas cercanias de barcos haja comida.

É até possível que o comportamento seja uma combinação de todos esses fatores. Mas é tentador pensar que golfinhos apenas gostem de surfar tanto quanto humanos.



Big Riders


Manobras aéreas
Manobras "aéreas" são relativamente novas na história do surfe, mas cada vez comum em competições. Aprendê-las leva anos e seu sucesso depende da velocidade do surfista e de condições ideais da onda. Uma aproximação no ângulo certo usa a onda como uma rampa capaz de fazer o surfista "voar" com a prancha antes de aterrissar na água.


Quanto mais rápido um surfista estiver na onda, mais alto ele "voará" e mais tempo ele poderá passar no ar e encaixar manobras.



Surfando na onda



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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

As nove partes da alma humana - Segundo antiga religião egípcia


As nove partes da alma humana - Segundo antiga religião egípcia



A complexa religião que prevaleceu durante os quase 3 mil anos do Antigo Império Egípcio considerava que a alma humana era constituída por nove partes separadas, que, juntas, formavam um indivíduo.


Conheça:

Jb: Assim era chamado o coração, um fator relacionado ao além. Acreditava-se que essa parte era formada por uma gota de sangue do coração da mãe.

Shuyet: A sombra representava a continuidade na integridade do ser.



Ren: O nome dado no nascimento era o que definia a vida. Uma pessoa existia de acordo com seu nome.

Bâ: A personalidade resumia as qualidades que faziam com que cada pessoa fosse única e diferente das outras.

Ka: A chama da vida era o fator que separava as pessoas vivas das mortas.



Khat: O corpo físico é citado na antiga mitologia egípcia como a ligação entre a alma e a vida terrena.

Akh: O ser imortal representava a união mágica entre Ba, a personalidade, e Ka, a chama da vida.

Sahu: O juiz, o fantasma e o ser etéreo, capazes de se integrar aos outros aspectos da alma no momento do seu julgamento após a morte.

Sechem: Parte da alma ligada ao poder vital e capaz de lidar com as circunstâncias externas.



O Julgamento da Alma


Fonte: Codigo Oculto
(http://codigooculto.com/2017/10/las-nueve-partes-del-alma-humana-segun-el-antiguo-egipto)



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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Como ensinar a Teoria da Relatividade de Albert Einstein para crianças de 6 anos


Como ensinar a Teoria da Relatividade de Albert Einstein para crianças de 6 anos


A Teoria da Relatividade de Albert Einstein é um pilar da física moderna que transformou o entendimento sobre espaço, tempo e gravidade (Foto: Domínio público)

Pilar da física moderna que transformou o entendimento sobre espaço, tempo e gravidade, teoria pode ser explicada pela comparação com um trampolim.



Teoria da Relatividade de Albert Einstein é um pilar da física moderna que transformou o entendimento sobre espaço, tempo e gravidade. Por meio dela, é possível decifrar a expansão contínua do Universo, o movimento dos planetas e a existência de buracos negros.


A Relatividade Especial é...


Mas como explicar essa teoria tão importante quanto complexa para crianças?

Aí vai uma dica de narrativa, para que meninos e meninas de seis anos compreendam a descoberta de Einstein:

Há mais de 300 anos havia um cientista famoso em Cambridge, na Inglaterra, chamado Isaac Newton. Um dia, ele estava sentado embaixo de uma árvore e uma maçã caiu sobre a sua cabeça. Isso o fez perguntar por que a maçã cai assim, para baixo.



O Paradoxo dos Gêmeos


Se você olhar para os planetas orbitando ao redor do Sol, por exemplo, eles também devem estar girando assim porque algo os impede de sair vagando pelo espaço. Newton chamou esse fenômeno de gravidade.

E isso significa que uma coisa quer ficar perto de outra coisa. Vários anos depois, outro cientista, Albert Einstein, questionou o que realmente estava fazendo a maçã cair - o que é a gravidade?



A Teoria da Relatividade


Uma forma simples de explicar a Teoria da Relatividade é usar um trampolim. Se você colocar uma bola sobre a superfície do trampolim, que é plano, o que acontece com ela?

Ela fica parada. Vamos imaginar que o trampolim é como o espaço, que também é um material elástico. Se uma criança subir no trampolim, ela vai formar uma cavidade profunda por causa do seu peso.

Nesse caso, o que acontece com a bola que estava em cima do trampolim? Ela vai cair nessa espécie de "cratera" criada pelo peso da criança. Algo parecido acontece no espaço, com os planetas.



Massa é energia: Se o espaço e o tempo são relativos...


Einstein explica que, se você coloca algo grande e pesado - com muita massa - no espaço, ele vai se dobrar ao redor dessa massa, formando uma cavidade profunda que se parece com o buraco sem fundo criado no trampolim quando uma criança sobre em cima dele.

É por isso que os planetas ficam em órbita. A bola cai no chão quando é derrubada porque a Terra também está formando uma cavidade no que chamamos de tempo espacial. Não são só coisas em queda que são afetadas por objetos grandes - o tempo também é.

Outras coisas tendem a se deslocar até essa cavidade. Uma estrela, como o nosso Sol, é capaz de formar essa cavidade no espaço. E os planetas, como a Terra, vão descer a colina em direção a esse "buraco sem fundo".


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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Mars 2020 - O robô que é a aposta da Nasa para buscar vestígios de vida em Marte


Mars 2020 - O robô que é a aposta da Nasa para buscar vestígios de vida em Marte


Sonda do tamanho de um carro está sendo desenvolvida em um laboratório na Califórnia (Foto: Nasa)

Agência espacial americana se prepara para lançar, em menos de três anos, sonda equipada com tecnologias inéditas para vasculhar a superfície do Planeta Vermelho.



Existe vida fora da Terra?
A Nasa, agência espacial americana, se prepara para lançar, em menos de três anos, uma sonda que vai vasculhar a superfície de Marte, coletando rochas para responder uma pergunta que povoa a imaginação da humanidade há muitas gerações.



Mars 2002 - Lance


"O que vamos aprender com as amostras coletadas durante a missão tem o potencial de responder se estamos sozinhos no universo", afirmou o cientista Ken Farley, em um comunicado recente da Nasa.
O robô Mars 2020 é peça central dessa empreitada. Do tamanho de um carro do tipo caminhonete, ele está sendo desenvolvido em um laboratório em Pasadena, na Califórnia.

Tem "corpo" bojudo, "pernas" finas e "pescoço" comprido, sobre o qual se eleva uma "cabeça" com um "olho" só.



Broca extrairá amostras do núcleo de rochas do tamanho de um bastão de giz (Foto: Nasa)


O tamanho se deve à necessidade de cruzar terrenos acidentados e transportar consigo um grande arsenal de equipamentos. Batizada temporariamente com o mesmo nome do projeto, a sonda Mars 2020 é muito parecida com outra que percorre o Planeta Vermelho desde 2012, a Curiosity.

Segundo a Nasa, cerca de 85% do seu hardware foi "herdado".

"Essa é uma grande vantagem para essa missão", afirma Jim Watzin, diretor do programa de exploração de Marte da Nasa.

"Economiza dinheiro, tempo, e, acima de tudo, reduz os riscos."



Novas tecnologias


Baseado na sonda Curiosity, novo robô terá melhorias, como um laser capaz de vaporizar rochas (Foto: Nasa)


Mas o novo robô terá uma série de melhorias quando for lançado em 2020, como rodas mais resistentes, câmeras coloridas, lentes com zoom, um sistema de navegação mais preciso, maior autonomia e um laser capaz de vaporizar as rochas e o solo para identificar sua composição química.

Também contará com novos instrumentos, como um tipo especial de raio-X e um laser ultravioleta, que vão buscar bioassinaturas – características semelhantes às da Terra – em escala microscópica e em áreas tão pequenas quanto a de um grão de sal.



Mission Timeline / Linha do tempo da missão


Ao mesmo tempo, um radar capaz de penetrar a superfície será o primeiro instrumento a analisar o subsolo de Marte, mapeando camadas de rocha, água e gelo a até dez metros de profundidade.

A sonda terá ainda uma broca para extrair amostras do núcleo de rochas do tamanho de um bastão de giz. Cerca de 35 amostras serão encapsuladas, vedadas e depositadas na superfície do planeta para que sejam resgatadas por outra missão no futuro.

"Reuniremos dados científicos de uma forma que não era possível antes", disse George Tahu, que integra a equipe da missão da Nasa.



Pouso mais preciso


Nova tecnologia direcionará sonda para áreas mais seguras e de maior interesse para cientistas (Foto: Nasa)


Além disso, está sendo criada uma tecnologia mais eficiente de aterrissagem, que fará correções no curso da descida da sonda para direcioná-la a áreas mais seguras e de maior interesse para os cientistas, minimizando a chance de erros e as distâncias a serem percorridas.

"Isso permitirá chegar a locais que eram muito arriscados para a Curiosity explorar", explica Al Chen, líder da equipe que desenvolve esse atributo da nova sonda.

Nos próximos anos, a equipe vai avaliar as vantagens e desvantagens de cada local de aterrissagem para determinar onde o Mars 2020 pousará.



Seeking signs of past life / Procurando sinais de vidas passadas


"Essa é a decisão mais importante que temos pela frente", avalia Farley.

A missão pode finalmente trazer uma resposta para um trabalho que começou há duas décadas, quando a primeira sonda da Nasa pousou em Marte.

Se tudo correr conforme o planejado, a investigação obterá indícios inéditos sobre a existência ou não de vida nos primórdios do Planeta Vermelho, que hoje é inóspito.

Cientistas acreditam já ter existido uma atmosfera relativamente densa em Marte, com lagos e rios, há mais de 3,5 bilhões de anos.



Mars 2020 Rover - Depot Caching Strategy



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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Mulheres representam 5% dos ganhadores dos prêmios Nobel da história


Mulheres representam 5% dos ganhadores dos prêmios Nobel da história


A física Marie Curie, primeira mulher a ganhar um Nobel (Foto: Domínio público)


Nos últimos dois anos, nenhuma mulher recebeu o prêmio. Maior índice feminino está no Nobel da Paz.


As estatísticas dos prêmios Nobel apontam um desfavorecimento às mulheres, que recebem apenas uma medalha de cada 20. Apesar de uma recente melhora, nos últimos dois anos nenhuma mulher recebeu o prestigiado prêmio, que foi anunciado em outubro e foi entregue no domingo (10/12/2017).

As distinções científicas de Medicina, Física e Química, de Literatura e de Economia serão entregues na Suécia, e o da Paz, na Noruega, dois países que se reivindicam feministas e se orgulham por nortear os demais no caminho para a igualdade.



Mulheres da Saúde - Christiane Nussle


No entanto, embora o número não tenha deixado de aumentar desde a primeira edição, passando de quatro premiadas entre 1901 e 1920 para 19 entre 2001 e 2017, as mulheres Nobel – 48 no total – representam pouco mais de 5% dos 896 premiados de ambos os sexos.

Dos reconhecimentos originais – o de Economia foi instituído em 1968 – , o de Física e o de Química são os mais "misóginos", tendo apenas premiado duas e quatro mulheres respectivamente. Paradoxalmente, a única mulher da história premiada duas vezes, Marie Curie, venceu nas duas categorias, em 1903 e 1911.


Laboratórios vetados às mulheres

"É uma decepção, olhar para trás e ver que as mulheres têm sido muito menos premiadas", reconhece Göran Hansson, secretario permanente da Academia Real das Ciências em Estocolmo, encarregada dos prêmios de Física, Química e Economia.

---

"Não há nenhum chauvinismo masculino substancial nos comitês" de seleção do Nobel, garante Hansson. Quatro desses comitês (Medicina, Química, Paz, Literatura) são presididos por mulheres.


Para ele, o fato de haver tão poucas premiadas se deve, em primeiro lugar, ao fato de os laboratórios lhes terem fechado as portas durante muito tempo.

Um efeito "pirâmide" confirmado pela física Anne L'Huillier, membro da Academia Real das Ciências e membro do comitê Nobel desde 2010.

"É completamente evidente, sobretudo nas matérias 'duras', exceto para as ciências da vida", assegura.

Contudo, os prêmios de Medicina, atribuído pelo prestigiado instituto Karolinska, não é muito alentador: 12 mulheres de um total de 214 premiados, isto é, 5,6%.

O "prêmio de Ciências Econômicas em memória a Alfred Nobel", financiado pelo Banco da Suécia, só foi dado a mulheres em uma ocasião, em 2009: a americana Elinor Ostrom.



Apenas uma mulher ganhou a distinção: a americana Elinor Ostrom, em 2009
(Foto: Divulgação)

"Vocês viram, é verdade, somos todos homens brancos, velhos homens brancos", ironizou na última quinta-feira em Estocolmo, Richard Thaler, Nobel de Economía 2017.


O lugar das mulheres no século XX
Na literatura, apenas catorze poetisas ou romancistas (12,3%) foram premiadas. No entanto, a tendência não lhe é favorável, visto que 36% dos prêmios nesta disciplina foram para mulheres desde 2007.

"Isso vai em boa direção e nada nos diz que as estatísticas não continuar seguir melhorando. Podem fazer isso e o farão", escreveu em seu blog a secretária permanente da Academia Sueca.


"A Academia Sueca não está submetida à estatísticas. A única coisa que preocupa à Academia é a qualidade", ressaltou Sara Danius, envolvida há semanas nas revelações #metoo (#yotambien) que trouxeram à tona as estreitas relações da Academia e o francês Jean-Claude Arnault, casado com uma acadêmica e acusado de ter assediado, agredido ou estuprado várias mulheres jovens.



Svetlana Alexievich posa em Minsk, em foto não datada. A escritora foi vencedora do Nobel de Literatura 2015 (Foto: Vasily Fedosenko/Reuters/Arquivo)


É no Nobel da Paz que as mulheres aparecem melhor representadas: 16 premiadas de 104, 15,4%. Mesmo assim, muito distante da paridade.

Uma realidade que aponta ao "lugar das mulheres na sociedade do século XX", segundo Olav Njølstad, diretor do Instituto Nobel norueguês.

Como com os outros prêmios, as coisas começaram a mudar, e nos últimos 15 anos foram seis premiadas.

Em 2011, o comitê noruego chegou inclusive a premiar três mulheres ao mesmo tempo: a presidente liberiana Ellen Johnson Sirleaf, sua compatriota Leymah Gbowee e a iemenita Tawakkol Karman, figuras destacadas da "primavera árabe".



Indiano Kailash Satyarthi dividiu com paquistanesa Malala Yousafzay o Nobel da Paz de 2014 (Foto: Cornelius Poppe, NTB Scanpix/AP)


Uma evolução que reflete também a feminização do comitê.

"Com o tempo, é naturalmente importante que tenhamos passado de um comitê dominado por homens a um em que estamos, mais ou menos, ao 50/50 [de homens/mulheres]", ressaltou Olav Njølstad.



Essas mulheres mudaram o mundo através da ciência



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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Trabalhadores descobrem nos EUA raro fóssil de dinossauro com três chifres


Trabalhadores descobrem nos EUA raro fóssil de dinossauro com três chifres


Imagem mostra local onde cientistas analisam esqueleto de dinossauro em Thornton (Foto: City of Thornton/AFP)

Homens encontraram uma parte do esqueleto em 25 de agosto, na cidade de Thornton, no estado do Colorado.


Trabalhadores da construção civil descobriram em Thornton, cidade do estado do Colorado, um raro fóssil de uma parte do esqueleto de um tricerátops, um dinossauro herbívoro de três chifres.



Triceratops - Dinossauros - Herbívoro


A descoberta ocorreu em 25 de agosto, detalhou um comunicado desta cidade, localizada nos arredores de Denver, no centro dos Estados Unidos.

O encarregado do local acreditou que poderia se tratar de um fóssil e avisou ao Museu de História Natural de Denver. O curador, Joseph Sertich, foi rapidamente ao local.

O especialista determinou que eram esqueletos e um chifre de um tricerátops que viveu há 66 milhões de anos, período em que desapareceram os dinossauros.


"É provavelmente um dos três crânios encontrados até agora nas montanhas rochosas", disse o paleontólogo em um vídeo postado no Facebook.



Grupo trabalha para analisar e preservar fóssil em Thornton (Foto: City of Thornton/AFP)


O curador destacou que esse fóssil de tricerátops é aproximadamente duas vezes menor do que os outros encontrados na Dakota do Norte e Dakota do Sul, assim como em Montana, onde foi descoberta a maior parte dos fósseis de dinossauros.



Foto reprodução - Animação


"Não sabemos a razão", reconheceu o cientista ao falar desta diferença de tamanho. "Esse fóssil de triceratops pode estar melhor preservado, o que se pode explicar porque estes dinossauros de chifres que se encontram em Denver são menores do que seus primos em outros lugares", disse Joseph Sertich.

A escavação continuará durante as próximas duas semanas para tentar recuperar a maior quantidade do esqueleto que for possível, acrescentou.



Homem em relação ao tamanho de um Triceratops



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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Cientistas descobrem 'ciclo tóxico' que causa mortes de neurônios em doenças degenerativas


Cientistas descobrem 'ciclo tóxico' que causa mortes de neurônios em doenças degenerativas


Neurônios no hipocampo de cobaias em cultura em laboratório. Em doenças neurodegenerativas, essas células podem ficar 'sobrecarregadas' (Foto: Wikimedia Commons)

Ativação de mutação na Esclerose Lateral Amiotrófica e em uma forma de demência faz com que células neuronais fiquem 'sobrecarregadas', diz estudo na 'Nature Communications'.


Pesquisa publicada nesta sexta-feira (08/12/2017) na "Nature Communications" descreve que uma mutação ligada a tipos doenças degenerativas está envolvida em um ciclo tóxico: ela faz com que células produzam proteínas tóxicas que causa a morte de neurônios.

A mutação em pesquisa está associada a um tipo de demência e à ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica). No caso do estudo, a condição é a "demência frontotemporal". Ao contrário das demências mais comuns, como o Alzheimer, essa está mais ligada a alterações do comportamento que ao declínio da memória.



ELA - Esclerose Lateral Amiotrófica


Já a esclerose lateral amiotrófica, que ficou conhecida no "desafio do balde de gelo", é a perda progressiva de movimentos pelo enfraquecimento dos músculos.

Essas duas doenças têm em comum uma mutação no gene C9orf72. Essa mutação tem um elemento repetido que produz substâncias tóxicas num mecanismo chamado de "estresse celular", é como se a célula ficasse, de fato, sobrecarregada (como no uso mais corrente da palavra "estresse").




C9orf72 gene Structure


"O estresse realmente ativa a produção de proteínas mais tóxicas, criando um ciclo que potencialmente desencadeia a morte neuronal", explica em nota Katelyn Green, primeira autora do estudo, e pesquisadora na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

Um outro ponto descrito pela pesquisa é que substâncias tóxicas não são produzidas somente pelas mutações -- mas pelo entorno da célula que "ativa" os genes mutados.

Eles acreditam que infecções virais diversas e deficiências nutricionais podem deflagrar o processo, o que explicaria o porquê de muitas dessas doenças só aparecerem em fases mais tardias da vida.



ELA - Entenda a Doença


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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

A missão espacial que pretende limpar o lixo espacial em volta da Terra


A missão espacial que pretende limpar o lixo espacial em volta da Terra


Há cerca de 500 mil detritos no espaço (Foto: BBC)

São 500 mil detritos que somam 7,5 mil toneladas; há desde pedaços de rocha a naves espaciais aposentadas. O lixo espacial ameaça danificar satélites.


A missão espacial que pretende limpar o lixo espacial em volta da Terra


Detrito Espacial - Lixo Espacial - Em órbita ao redor da Terra


São 500 mil detritos que somam 7,5 mil toneladas; há desde pedaços de rocha a naves espaciais aposentadas. O lixo espacial ameaça danificar satélites.


Seria possível reduzir – ou até mesmo eliminar – o lixo espacial? (Assista ao vídeo abaixo)


(http://www.bbc.com/portuguese/geral-42231925)


Esse é o objetivo da missão RemoveDebris.

A nave espacial vai usar um harpão e uma rede para remover os detritos que orbitam ao redor da Terra.



Detrito Espacial - 16 mil objetos no total


Ao todo, são 500 mil artigos dos mais variados tamanhos que, juntos, somam 7,5 mil toneladas.



Lixo encontrado é composto por pedaços de rocha, naves espaciais aposentadas e itens que os astronautas deixaram para trás (Foto: BBC)


Há desde pedaços de rocha a naves espaciais aposentadas, passando por itens que os astronautas deixaram para trás.

Os detritos seriam destruídos ao cruzarem a atmosfera da Terra.



Lixão - Imagem simula o tráfego de satélites em ôrbita


O lixo espacial representa um sério risco.


Recentemente, um pequeno detrito causou uma rachadura na Estação Espacial Internacional.



São cerca de 7,5 mil toneladas de lixo no espaço (Foto: BBC)


Maior do que um ônibus, um satélite europeu que parou de funcionar em 2012, permanece em órbita e ameaça outros em seu caminho.

O desenvolvimento da missão custou US$ 20 milhões e a nave será lançada em 2018.



A RemoveDebris vai usar harpão e uma rede para remover o lixo espacial (Foto: BBC)
]



Cercados por lixo espacial


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Diabete, a armadilha do açúcar - Medicina



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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Teste atesta idade de fragmento de osso que seria do 'Papai Noel'


Teste atesta idade de fragmento de osso que seria do 'Papai Noel'


Teste feito em osso na Universidade de Oxford mostrou que o fragmento é da época de São Nicolau (Foto: Divulgação)


Resto mortal que pesquisadores acreditam ser de São Nicolau, santo que inspirou história do personagem natalino, foi avaliado em teste de carbono na Universidade de Oxford, no Reino Unido.


fragmento de um osso que acredita-se ser de São Nicolau, o santo que é inspiração para o Papai Noel, foi examinado em um teste de carbono feito pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Segundo a avaliação, a relíquia data do período em que o santo viveu – acredita-se que ele tenha morrido em 343 a.C.

A instituição afirma que esses foram os primeiros testos feitos com os ossos.



Nicolau de Mira - Santo Padroeiro


Relíquias de São Nicolau, que morreu na região que hoje é a Turquia, são mantidas na cripta de uma igreja em Bari, na Itália, a partir do século 11.

Por causa da popularidade do santo, outros fragmentos de ossos surgiram em outras localidades - mas suspeita-se da autenticidade desses materiais.

Acredita-se que Nicolau tenha nascido no ano de 270, na então cidade grega de Patara, e viajado para Palestina e Egito antes de voltar e se transformar no bispo de Mira, hoje Demre, na Turquia.



São Nicolau - Padroeiro das Crianças - 6 de Dezembro


Originário de uma família rica, foi aprisionado durante o reinado do imperador romano Diocleciano, só sendo libertado no reinado do sucessor, Constantino.

Como bispo, ele foi uma figura adorada pelos fiéis e conhecido por suas boas ações.

Nicolau foi imortalizado por várias lendas passadas de geração para geração – uma delas narra a entrega de bolsas de ouro para famílias necessitadas por meio de uma chaminé.



Vive St. Nicolas



Espalhados pelo mundo
O teste de Oxford analisou um fragmento de pélvis que ficou em uma igreja da França e que atualmente é abrigado pelo padre Dennis O'Neill, do Estado do Illinois, nos Estados Unidos.

O teste de radiocarbono confirmou que o osso data do mesmo período de São Nicolau.

Segundo o professor Tom Higham, de Oxford, o osso analisado é diferente daqueles que geralmente descobre-se mais tarde serem invenções.

"Esse fragmento de osso, ao contrário, indica que nós provavelmente estejamos olhando para os restos de São Nicolau", diz o arqueólogo.



Ilha de São Nicolau / Cabo Verde


Existem milhares de outros ossos apontados como sendo de São Nicolau, incluindo uma coleção armazenada em uma igreja em Veneza.

Agora os pesquisadores querem usar o teste de DNA para ver quantos ossos realmente são de uma mesma pessoa – e como podem estar conectados ao fragmentado analisado em Oxford.

Eles querem verificar se o osso de parte da pélvis avaliado corresponde àqueles guardados em Bari, cuja coleção não inclui a ossada dessa região do corpo.


Os especialistas não podem, no entanto, assegurar que o osso pertença mesmo a São Nicolau.
"A ciência não é capaz de provar definitivamente que seja (dele), mas pode provar que não é", diz Higham.



São Nicolau x Papai Noel



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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Astrônomos observam buraco negro pela 1ª vez - O mais distante da Terra até agora


Astrônomos observam buraco negro pela 1ª vez - O mais distante da Terra até agora


Concepção artística ilustra o buraco negro encontrado. Ele está no centro de um quasar, o objeto mais distante do universo (Foto: Robin Dienel/Carnegie Institution for Science)

Cientistas estimam que novo buraco negro foi criado quando universo tinha apenas 690 milhões de anos. Descrição está na 'Nature' nesta quarta-feira (06/12/2017).


Um buraco negro de aproximadamente 690 milhões de anos foi observado pela primeira vez por um time de astrônomos de várias instituições do mundo. Trata-se do buraco negro mais distante da Terra observado até agora e, provavelmente, o mais antigo. A estrutura é considerada uma "criança" perto da idade do universo (de 13,82 bilhões de anos). O feito foi publicado na edição desta quarta-feira (06/12/2017) da revista "Nature".



Buraco Negro - Teoria da Relatividade Geral


O buraco é considerado supermassivo com massa 800 milhões de vezes mais densa que o Sol e está localizado dentro de um quasar, os objetos mais brilhantes do universo. Cientistas estimam que ele é de uma época cósmica conhecida como 'Época da Reionização' -- quando a maior parte do universo estava coberta por hidrogênio neutro mas, com a chegada das primeiras estrelas, passou a ser "ionizado".

Nesse processo, as estrelas emitem radiação suficiente para que elétrons do núcleo do hidrogênio "se solte". Assim, o hidrogênio se ioniza. Os astrônomos estimam que esse buraco negro tenha surgido numa fase de transição em que o universo estava metade neutro e metade ionizado.


"Foi o momento em que as galáxias emergiram do gás neutro e começaram a brilhar", diz Robert Simcoe, professor de física do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) e um dos autores do estudo, em nota. "É uma indicação de quando as primeiras estrelas começaram a surgir", diz.



Antes da descoberta, o buraco negro mais antigo teria surgido aproximadamente 800 milhões de anos após o Big Bang, considerado o marco da criação do universo, com idade estimada de 13,82 bilhões de anos.

Como surgiram no começo da formação do cosmo como ele é hoje, os buracos negros são usados para estudar as formações iniciais do universo.



O que é um buraco negro

É uma região do espaço onde a gravidade é tão forte que nem a luz escapa -- o que deixa esses buracos "invisíveis" ou "negros".

Os astrônomos conseguem observar esses buracos invisíveis de forma indireta: como a gravidade é muito grande, eles observam o comportamento das estrelas ao redor da estrutura

O buraco negro pode intensificar a luz e retirar gases do interior das estrelas. Esses gases formam um disco de gás ao redor do buraco

Submetidos a altas temperaturas, esses gases liberam raio-x. É por meio da medição desses raios que os astrônomos conseguem chegar aos buracos negros

Fonte: NASA (National Aeronautics and Space Administration)



Ilustração de par de galáxias nos estágios iniciais do universo
(Foto: NRAO/AUI/NSF; D. Berry)



Como foi feita a descoberta
Primeiramente, o buraco negro foi descoberto por Eduardo Bañados, do Carnegie Science. O observatório está situado na Califórnia e é operado por um consórcio entre as Universidade do Arizona, o Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), a Universidade de Harvard e a Universidade de Michigan, todas nos Estados Unidos.

Depois, Banãdos juntou um time de cientistas para que o achado fosse analisado em detalhes.
O pesquisador utilizou um instrumento conhecido como FIRE, ferramenta que classifica objetos por meio dos raios emitidos (ver quadro "O que é um buraco negro"). A técnica é baseada na premissa de que a luz de elementos mais distantes no universo tendem ao vermelho.



Buraco Negro - Devoradores Misteriosos


Na física, o fenômeno é conhecido como "redshift" (desvio para o vermelho). Quanto mais desviado para o vermelho, mais distante um objeto está de seu receptor.

Com o FIRE, Bañados estimou que o buraco negro tinha um "redshift" de 7,5, o que fez com que os cientistas conseguissem estimar sua idade e sua massa -- 800 milhões de vezes superiores a do Sol. Antes, o buraco negro mais distante observado apresentava um desvio para o vermelho de 7,09.



Buraco negro / Buraco de minhoca / Buraco branco



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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Primeiro cometa interestelar visita a Terra


Primeiro cometa interestelar visita a Terra



Em 18 de outubro, o telescópio Pan-STARRS, localizado no topo de uma montanha do Havaí, nos EUA, detectou um corpo escuro que se aproximava a uma grande velocidade da Terra.


Por mais de cinco dias, o cometa se aproximou e se distanciou do planeta, desenhando uma elipse bastante fechada nos céus. Após estudar o fenômeno, cientistas do Smithsonian Astrophysical Observatory, que pertence à União Astronômica Internacional, acreditam que, pela primeira vez, estamos diante de um exocometa, ou seja, um meteoro interestelar proveniente de outro sistema.



Oumuamua - Cometa - Robert Weryk


Os pesquisadores chegaram a essa conclusão com base na órbita do cometa, extremamente elíptica e hiperbólica.


Exocometa - C/2017 U1

O exocometa foi denominado C/2017 U1 e ainda não se sabe de que estrela ele vem. É a primeira vez que se comprova a presença de um corpo com essas características nas proximidades da Terra, e seu estudo poderá fornecer dados surpreendentes sobre o comportamento gravitacional dos meteoros no Universo.


Tony Dunn - Is comet C2017U1 a visitor from another solar system?
(https://twitter.com/tony873004)



How Does NASA Spot a Near-Earth Asteroid?


(https://www.youtube.com/watch?v=53Js-_vo3mo)


Fonte: Hipertextual
(https://hipertextual.com/2017/10/c2017-u1-exocometas)


Hipertextual - Site Fonte


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sábado, 2 de dezembro de 2017

Os assassinatos macabros de Charles Manson e sua Família


Os assassinatos macabros de Charles Manson e sua Família



Morreu, no domingo 19 de Novembro de 2017, Charles Manson aos 83 anos. Condenado a prisão perpétua, nos EUA, por convencer seus seguidores a levar a cabo assassinatos com requintes de crueldade, Manson nunca teria executado suas vítimas com as próprias mãos.


Charles Manson e seu clã, conhecido como "A Família", foram responsáveis ??pelo episódio mais cruel e sanguinário da história de Hollywood, que continua a ser chocante. Manson era um músico excêntrico, um aficionado por LSD, carismático, emocionalmente desequilibrado e ansioso pela fama e grandeza. Este combo explosivo permitiu que ele formasse ao seu redor uma espécie de harém de mulheres entregues ao seu controle, além de inúmeros seguidores dispostos a realizar seus planos macabros.


Falecimento de Charlie Manson


Seu desequilíbrio mental levou-o a pensar que os Beatles transmitiam mensagens sobre o fim do mundo através do "The White Album" (1968) e a música "Helter Skelter" foi associada ao crime cometido por "A Família" que matou, entre outras vítimas, Sharon Tate.


Manson, Charles Milles - CII 966 856



Foi assim que, em 9 de agosto de 1969, no luxuoso bairro de Beverly Hills, Los Angeles, quatro membros da "Família" entraram em uma mansão para executar a ordem de seu líder. Ali encontravam-se a atriz Sharon Tate, símbolo de seu tempo e esposa do diretor de cinema Roman Polanski, que estava grávida de oito meses e meio, ao lado de seu cabeleireiro e outros três amigos. Os membros do clã (Susan Atkins, conhecida como Sexie Sadie, Patricia Krenwinkel, Leslie van Houten e Tex Watson) não tiveram piedade: atiraram e esfaquearam os cinco. Quando a polícia de Los Angeles chegou à cena, eles encontraram, juntamente com os corpos, os muros da mansão escritos com o sangue das vítimas.



Vítimas da Seita de Mason
Steven Parent, Sharon Tate, Jay Sebring, Gary Hinman Wojciech Frykowski,
Abigail Folgar, Leno LaBianca, Rosemary LaBianca, Donald Shea


Apenas dois dias depois, um casal que vivia ao lado da mansão de Tate e Polanski também foram mortos. Entre as causas alegadas do assassinato, alguns pesquisadores mencionam que a mansão onde os eventos aconteceram tinha pertencido antes a Ferry Melcher, um produtor musical que havia rejeitado uma gravação de Manson, que, por sua vez, teria planejado isso como uma bizarra vingança. Outro fator teria sido a obsessão de Manson com Sharon Tate, de quem ele disse, 45 anos após o assassinato, "vou me manter fiel a ela enquanto viver".



Notícia da carta de ameaça a Marilyn Manson


Manson, que na época foi condenado à morte por esses crimes e outros dois assassinatos, mas cuja sentença foi mudada para prisão perpétua em 1972, vivia na prisão de Corcoran, na Califórnia.


Documentário - Assassinos em Série
Charles Manson - A Família Manson (Legendado em português)

(https://youtu.be/oYWcjkb_znQ)



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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Fósseis na Vitrine - Paleobiologia


Fósseis na Vitrine - Paleobiologia



O besouro ao lado está na mesma posição há 23 milhões de anos. Ele ficou preso no âmbar, uma resina que escorria das árvores e que agora, cristalizada, é uma poderosa aliada da ciência.


O âmbar, com sua forma cristalina, parece uma pedra preciosa. Há séculos pode ser visto em jóias e peças de decoração. Mas seu valor científico cresce de maneira estonteante quando se acham preservados no seu interior insetos e plantas que cresceram nas matas há milhões de anos.



Visualizar os menores detalhes

Quando isso acontece, em um simples pedaço de resina está uma verdadeira relíquia da história natural. E melhor ainda: com grande visibilidade. "O âmbar nos ajuda a reconstruir a aparência e a composição das florestas antigas", diz o paleobiólogo Francis Hueber, do Museu Nacional de História Natural, em Washington, Estados Unidos.

Não são apenas os traços orgânicos que ficam registrados. A resina pegou os insetos de surpresa e congelou também os seus movimentos. Sem ela não teria sido possível observar o primeiro vôo de um ancestral dos besouros ou como uma aranha pré-histórica fabricava a teia. Nestas páginas você vai ver fotos inéditas no Brasil, realizadas com técnicas especiais para tornar ainda mais visíveis os flagrantes que a natureza engenhosamente manteve intactos.


Debutando no vôo
O filhote de besouro primitivo, com apenas meio centímetro, ensaiava o seu primeiro vôo quando uma porção de goma caiu sobre ele. A peça foi achada na década de 30 na República Dominicana



Quando a natureza é a artesã de jóias raras
A produção de pedras tão preciosas para a ciência exigiu uma combinação perfeita dos elementos naturais. Para que plantas e insetos ficassem enclausurados dentro dessas vitrines pré-históricas, as condições tinham de ser mais que favoráveis. Primeiro, eram necessárias árvores que produzissem a resina, como alguns tipos de pinheiros e ciprestes. Depois, um lago ou mar nas proximidades, onde a goma endurecida ficasse protegida da oxidação (veja infográfico nas páginas 38 e 39). Pronto. Aquela pepita estava preparada, lapidada e finalizada para enfrentar a passagem dos anos, dos milhões de anos.

A resina endurecida, apesar de composta de substâncias orgânicas, fica parecida com uma pedra preciosa. "Os maiores depósitos de âmbar que conhecemos hoje se localizam na região do Mar Báltico, na Europa, e têm cerca de 40 milhões de anos", diz o paleobiólogo Conrad Labandeira, do Museu Nacional de História Natural, em Washington. Outro tesouro fica na República Dominicana, América Central. Nesses lugares existem minas de exploração comercial do âmbar. E é lá também que os cientistas conseguem boa parte dos exemplares que estudam, como esses das fotos ao lado.

No Brasil não existe âmbar. Mas, como em outras áreas da América do Sul, há copal, que é muito parecido, só que mais novo. Ele se formou há milhares de anos com a goma de árvores de climas mais quentes, que, em sua maior parte, existem ainda hoje. Embora também se preste à fabricação de ornamentos, o copal é menos valioso. Os cientistas também não se entuasiasmam. Afinal, por ser mais recente, o copal traz informações sobre espécies que ainda estão aí na natureza.


Amuleto custava mais que escravo
O interesse científico pelo âmbar começou faz tempo. Há 2 500 anos o filósofo grego Tales percebeu que, ao esfregar uma peça com um pano, ela passava a atrair pedaços de papel. A essa propriedade ele deu o nome de eletricidade (pois âmbar, em grego, é electron). Tais poderes supostamente sobrenaturais eram valorizados. Os romanos organizavam freqüentes expedições à Alemanha ou ao norte da Europa para buscar pedaços da resina e um amuleto podia custar mais que um escravo saudável.



Teia interrompida
O detalhe mostra a aranha soltando os fios que formam a teia exatamente no momento em que foi paralisada.



Existência efêmera
Este inseto não vive mais que 24 horas, por isso é chamado efemérida. Mas foi pego pela resina e, assim, ficou eterno.



A mesma cara
Os besouros de 25 milhões de anos atrás, embora de outra espécie, já eram bem parecidos com os que existem hoje



Grande angular
Esta cigarra primitiva, encontrada na República Dominicana como os demais insetos desta página, foi ampliada cerca de vinte vezes



Só planta e bichos pequenos ficavam presos
No filme Parque dos Dinossauros, do americano Steven Spielberg, várias espécies de dinossauros foram recriadas a partir de trechos do seu DNA. A molécula estaria no estômago de insetos pré-históricos que haviam picado o monstro e que foram paralisados pelo âmbar logo em seguida.

É uma possibilidade apenas teórica - e põe teórica nisso. Mas os insetos eram realmente as principais vítimas das armadilhas da resina. Os animais grandes, mais fortes, conseguiam se desvencilhar com facilidade. "Alguns répteis abandonavam um pedaço da cauda como tática para escapar da goma", diz Francis Hueber. Bichos inteiros, como o lagartinho encontrado no ano passado em Gdansk, na Polônia (foto ao lado), são muito raros.

Mais comuns do que os insetos, só pedaços de plantas. "Algumas delas são os únicos registros que sobraram de sua espécie", diz Hueber. Os tecidos vegetais são muito mais frágeis do que os animais e apodrecem em poucos dias quando morrem nas florestas. Com sorte, dá para encontrar partes de troncos petrificados. Mas as folhas, os galhos e as flores praticamente desaparecem. Já os pedaços de plantas atingidos pela goma amarela ficam intocadas. Os detalhes são tantos que muitas vezes dá para identificar o tipo de vegetal e saber como eram as espécies que habitavam as matas. Nenhum outro fóssil vegetal é tão bem preservado como os que estão dentro do âmbar. É uma verdadeira vitrine que guarda exposto um passado que o homem só pode ver aos pedaços.


Reviver dinossauro só no cinema
Reconstruir um dinossauro a partir o DNA (célula com as informações genéticas) é uma hipótese mirabolante. A idéia é usar os genes presentes no sangue de um inseto que teria picado o animal antes de ficar preso no âmbar. O projeto só serve mesmo para a ficção científica porque para reconstruir um bicho é preciso ter uma molécula completa do DNA. Acontece que essa molécula deteriora-se rapidamente e é quase impossível achar um DNA de dinossauro inteiro por aí. "Depois, a pele deles era tão dura que dificilmente um inseto poderia furá-la", diz o paleontólogo Reinaldo Bertini, da Universidade Estadual Paulista.
Na flor da idade

O botão não chegou a desabrochar. Em compensação, está aí para ser visto 40 milhões de anos depois de cair do pé



Natal pré-histórico
O broto de um ancestral do pinheirinho de Natal da região do Mar Báltico está guardado há 40 milhões de anos



A caçula
Esta é uma folha, não identificada, que ficou presa em uma resina mais nova, o copal. Tem "apenas" 10 000 anos



Réptil adormecido
O lagarto mede pouco mais de 5 centímetros e foi embalado no cristal há 40 milhões de anos



Uma união duradoura
Conheça a história da mosca que, através dos tempos, carrega um ácaro nas costas. Os dois foram assaltados à traição pela goma de uma árvore.


O caronista
Insetos pequenos como o ácaro tinham o hábito (aliás, têm até hoje) de usar o corpo de bichos maiores como meio de transporte



1. A mosca passeia sobre o tronco de uma árvore, provavelmente um pinheiro. Um ácaro aproveita para pegar uma carona no seu pescoço e, assim, viajar mais longe do que poderia, se fosse sozinho.

2. Para se defender de fungos e cupins, a árvore solta a resina, que atinge a dupla em cheio. Algumas substâncias penetram no corpo deles, matando as bactérias que poderiam destruí-los.

3. Tempos depois, partes da árvore, incluindo a goma com a mosca dentro, vão ao chão. A porção líquida evapora aos poucos e ela se transformou em um bloco mais duro e resistente.

4. Uma chuva forte arrasta a resina para um lago nas proximidades. Dentro da água, ela está protegida dos efeitos do oxigênio, que reagiria com as substâncias presentes no âmbar, estragando-o.

5. Passados 23 milhões de anos, o lago já está seco e resta um depósito onde o âmbar está enterrado. Um explorador recupera a mosca intacta, com o ácaro aproveitador preso a ela.



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terça-feira, 28 de novembro de 2017

O que queríamos dizer aos extraterrestres há 40 anos


O que queríamos dizer aos extraterrestres há 40 anos


Voyager Golden Record foi enviado ao espaço em 1977 com informações
sobre o nosso planeta (Foto: NASA)


Discos de ouro lançados ao espaço em 1977 na missão Voyager levavam mais de cem fotografias, sons e dados sobre a Terra e a humanidade.


Há 40 anos, a humanidade enviou uma referência do que somos ao espaço, na esperança de que possa ser encontrado por outra civilização: em dois discos dourados, cientistas reuniram um pouco do que é a Terra, o ser humano e a nossa sociedade.

O que queríamos falar para os extraterrestres naquela época?

A música "Johnny B. Goode" de Chuck Berry, o barulho da chuva, a imagem de uma mulher amamentando o seu filho, a foto de uma sala de aula. A Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, enviou 27 músicas (90 minutos), 21 sons do planeta e 115 imagens em duas naves, cada uma com uma edição do "Voyager Golden Record", o disco com os registros sobre a vida na Terra.

(https://voyager.jpl.nasa.gov/golden-record/whats-on-the-record/music/)


Algumas das imagens enviadas pela Nasa há 40 anos: uma mulher amamentando, o trânsito, um prédio à noite e uma sala de aula (Foto: UN/DPI Photo/Nasa)


Essas duas "cápsulas do tempo" foram colocadas a bordo das missões Voyager 1 e 2, lançadas em 1977. A ideia principal dessas sondas, no começo, era estudar Júpiter e Saturno. Depois, ocorreram as explorações de Urano e Netuno. Os objetivos de pesquisa dentro do Sistema Solar foram atingidos até 1990 e, então, as naves ultrapassaram a fronteira para viajar a outras partes do universo.



(https://youtu.be/ZFo8-JqzSCM)


O conteúdo dos discos foi selecionado por um comitê presidido por Carl Sagan, astrônomo e autor de conhecido livro sobre a Terra, onde a descreve como um "Pálido ponto azul". As imagens de um astronauta no espaço, de uma partitura de violino, de uma mulher olhando um microscópio, e de um homem da Guatemala também estavam entre as fotos anexadas de forma analógica.

(https://voyager.jpl.nasa.gov/golden-record/whats-on-the-record/images/)


"A nave será encontrada e o disco será tocado apenas se existirem civilizações avançadas no espaço interestelar", declarou Carl Sagan.


Entre os sons do planeta, estavam os ruídos do vento e da chuva, uma risada, o código morse e o estralar de um beijo. O choro de um bebê, o canto dos pássaros e o barulho de um trem passando.
Tudo estava na parte "The Sounds of Earth" (Os Sons da Terra, em inglês), do Voyager Golden Record.

(https://voyager.jpl.nasa.gov/golden-record/whats-on-the-record/sounds/)



Bandeira dos Estados Unidos também foi enviada junto com disco
dourado de imagens e sons (Foto: Nasa/JPL-Caltech)

Há, ainda, seleções musicais de diferentes culturas e eras: a música japonesa "Tsuru No Sugomori", de Goro Yamaguchi; a "Melancholy Blues", de Louis Armstrong; composições de Bach, Beethoven e Mozart.

(https://voyager.jpl.nasa.gov/golden-record/whats-on-the-record/music/)


Há rumores de que a música "Here comes the sun" foi uma sugestão, mas que os Beatles não cederam os direitos para incluir no projeto da Nasa. Em artigo publicado pela revista "The New Yorker" neste ano, Timothy Ferris, que participou da produção dos discos ao lado de Sagan, diz que "não houve um esforço" para incluir a música.

(https://www.newyorker.com/tech/elements/voyager-golden-record-40th-anniversary-timothy-ferris)

"Não é a música mais forte dos Beatles, e o misticismo da canção, mesmo que charmoso a curto prazo, parecia improvável que perdurasse por bilhões de anos", escreveu.


Foram incluídas saudações de pessoas em 55 línguas e mensagem impressas do presidente dos Estados Unidos na época, Jimmy Carter, e do secretário-geral da ONU, Kurt Waldheim.


"Como secretário-geral da ONU, uma organização com 147 estados membros que representam quase todos os habitantes humanos da Terra, envio saudações em nome das pessoas do nosso planeta. Saímos do nosso Sistema Solar para o universo, buscamos apenas paz e amizade", disse o texto de Waldheim.


Entre as saudações, estava uma particularmente simpática em chinês: "Amigos do espaço, como vocês estão? Vocês já comeram? Venham nos visitar se tiverem tempo".



(https://youtu.be/kzhVAnOO45Q)


Mas, sem toca-discos, como os extraterrestres iriam ouvir as músicas e os sons? Cada registro foi fechado em um compartimento de alumínio, junto com um cartucho e uma agulha. Símbolos na frente dos discos explicam a origem e como as gravações devem ser tocadas.

Cada "Voyager Golden Record" foi feito de uma placa de cobre banhada a ouro. Uma amostra ultra pura de urânio-238 foi cravada na capa. Como o urânio-238 tem meia-vida de 4,5 bilhões de anos, os E.T.s que encontrarem o material podem calcular a idade da descoberta.



Placas Pioneer
Anos antes das missões Voyager, em 1972 e 1973, outras duas placas metálicas também foram lançadas com mensagens da Terra.

As placas Pioneer, enviadas com as naves Pioneer 10 e Pioneer 11, eram feitas de uma liga de alumínio e ouro. Elas mostravam desenhos de seres humanos e símbolos com informações sobre a origem da nave, no caso, a Terra.

A Nasa recebeu algumas críticas devido à nudez nessas placas. Por isso, mais tarde, Sagan foi proibido de enviar fotos de seres humanos nus nos discos das missões Voyager – apenas uma silhueta foi incluída.


Pioneer: o design da placa foi feito por Carl Sagan e Frank Drake, e a arte preparada por Linda Salzman Sagan (Foto: Nasa)



Missão Voyager 1977


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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Existe uma gigantesca cavidade secreta dentro da pirâmide de Quéops


Existe uma gigantesca cavidade secreta dentro da pirâmide de Quéops



Descobertas recentes mostram que a Grande Pirâmide de Quéops, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, guarda no seu interior uma enorme cavidade.


O vão tem aproximadamente 30 metros de comprimento, com uma seção transversal com características similares, localizada no fundo da pirâmide, em cima da Grande Galeria. De acordo com a conclusão do ScanPyramids, o projeto que levou a essa descoberta, a cavidade é tão grande quanto um avião.



Pirâmide de Quéops - Pirâmide no Egito


O ScanPyramids foi criado para estudar o interior das pirâmides egípcias aplicando tecnologias não invasivas, como a detecção de múon, ou seja, partículas de energia geradas pelos objetos, pela termografia infravermelha ou pela fotogrametria.



Configurando para fazer a leitura não evasiva.


A descoberta dessa cavidade poderá esclarecer o mistério em torno da construção do monumento, erguido durante o reinado de Khufu (2.550 a.C. a 2.527 a.C.), faraó que Heródoto chamou de Quéops.


Fonte: Infobae
(https://www.infobae.com/america/mundo/2017/11/02/descubren-una-cavidad-del-tamano-de-un-avion-de-200-plazas-en-la-gran-piramide-de-keops/)



Infobae - Site Fonte


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Pesquisadores desenvolvem robô que possui autoconsciência



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sábado, 25 de novembro de 2017

Ovelha Dolly não teve envelhecimento precoce, diz estudo


Ovelha Dolly não teve envelhecimento precoce, diz estudo


Dolly está embalsamada e exposta no Museu Real da Escócia,
em Edimburgo (Foto: Domínio público)


Ela sofria de osteoartrite e foi sacrificada aos seis anos e oito meses devido a doença pulmonar progressiva. Mas suas quatro irmãs idênticas, clonadas a partir da mesma linha celular e nascidas 11 anos depois, continuavam saudáveis aos nove anos de idade.


Quando a ovelha Dolly foi abatida antes do seu sétimo aniversário, em 2003, disseram que ela sofria de osteoartrite relacionada à idade, levantando preocupações de que os clones podem envelhecer mais rápido que o normal.

Mas cientistas afirmaram, nesta quinta-feira (23), que o medo do envelhecimento precoce relacionado à clonagem parece ter sido equivocado. A doença das articulações de Dolly era, na verdade, bastante normal.



Jornal da Tarde - Morre a ovelha Dolly, o primeiro clone


Pesquisadores da Escócia e da Inglaterra basearam sua conclusão em raios X do esqueleto de Dolly, cujo corpo embalsamado está exposto no Museu Real da Escócia (NMS, sigla em inglês), em Edimburgo.

Dolly sofria de osteoartrite no joelho, mas o alcance de sua doença, revelado pelas radiografias, "não é incomum" para uma ovelha concebida naturalmente de entre sete e nove anos de idade.

"As preocupações originais de que a clonagem causou osteoartrite precoce na Dolly foram infundadas", concluíram os pesquisadores, cujo estudo foi publicado na revista Scientific Reports.

Dolly foi abatida aos seis anos e oito meses devido a uma doença pulmonar progressiva. Os exemplares da raça de Dolly, Finn-Dorset, normalmente vivem até os 10-12 anos.



Implante do embrião no útero de ovelha "barriga de aluguel" da raça Scottish Blackface


Os pesquisadores disseram que suas descobertas foram apoiadas por raios X dos esqueletos de Bonnie, a filha de Dolly concebida naturalmente, e de Megan e Morag, ovelhas clonadas usando uma técnica diferente, cujos ossos também pertencem à coleção do NMS.

O único registro formal de osteoartrite em Dolly foi uma "breve menção" em um artigo submetido a uma conferência científica, disseram os pesquisadores. Nenhum dos registros de diagnóstico ou exames originais foi preservado.

A mesma equipe publicou um estudo no ano passado em que relatou que quatro cópias geneticamente idênticas de Dolly tinham envelhecido normalmente, sem sintomas de osteoartrite.

Debbie, Denise, Dianna e Daisy - irmãs idênticas de Dolly, nascidas 11 anos depois - foram feitas a partir da mesma linha celular de glândula mamária que produziu a ovelha mais famosa do mundo.



Irmãs saudáveis
Nenhuma delas tinha problemas no joelho nem apresentava osteoartrite incomum para sua idade.

A osteoartrite é uma condição dolorosa causada por um desgaste da cartilagem nas articulações. Pode ser de origem genética, mas os fatores de risco incluem idade avançada, trauma e obesidade.

Aos nove anos, nenhuma das quatro irmãs de Dolly era diabética, e todas tinham pressão arterial normal - pondo em dúvida as preocupações sobre o envelhecimento precoce em clones.

Ratos de laboratório clonados mostraram, anteriormente, uma propensão à obesidade, diabetes e morte prematura.



Ian Wilmut, o pai de Dolly, com o corpo preservado do animal


Os pesquisadores admitiram que havia algumas limitações para sua pesquisa, como o fato de que apenas os ossos das ovelhas estavam disponíveis, enquanto a osteoartrite é uma doença que atinge toda a articulação, incluindo os nervos e a cartilagem.

Além disso, a evidência de osteoartrite em raios X não reflete necessariamente a extensão da doença experimentada por um animal.



Dolly - O primeiro mamífero clonado


Dolly foi criada por transferência nuclear de células somáticas (SCNT), uma técnica que consiste em remover o núcleo contendo DNA de uma célula que não seja um óvulo ou esperma - uma célula da pele, por exemplo - e injetá-lo em um óvulo não fertilizado cujo núcleo foi removido.

Uma vez transferido, o óvulo reprograma o DNA maduro de volta a um estado embrionário, com a ajuda de um choque elétrico. O óvulo começa a se dividir para formar o embrião de um animal quase idêntico ao doador do DNA original.

A clonagem de animais é utilizada na agricultura, principalmente para criar animais reprodutores, e no negócio de "recriar" animais de estimação mortos.



Leia também:

Sabor de Espuma - Champanhe



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sábado, 25 de novembro de 2017

Nasa divulga vídeo acelerado com o 'mais completo retrato global da vida na Terra'


Nasa divulga vídeo acelerado com o 'mais completo retrato global da vida na Terra'



Mudança no volume de neve ao longo dos anos pode ser visualizada (Foto: BBC)


Por 20 anos, satélites da agência espacial americana filmaram mudanças no planeta, tanto em terra quanto no mar; imagens revelam efeitos da mudança climática.


Por 20 anos, satélites da Nasa, agência especial americana, filmaram a vida na Terra. As imagens, segundo cientistas, formam a "mais completa fotografia" do nosso planeta. Confira, no vídeo abaixo, as mudanças.



(http://www.bbc.com/portuguese/geral-42111829/embed)


“O que estamos tentando aprender aqui não é só a existência e distribuição de padrões de vida na Terra, mas como todo o ecossistema se conecta. Então, não é só uma observação do oceano, não é só uma observação do solo, não é só uma observação da atmosfera, é observar todas essas coisas juntas", diz Jeremy Werdell, oceanógrafo da Nasa.



Terra - Mudança do clima - Variação regionais na Terra ao longo do tempo


As imagens retratam a mudança climática. Dá para ver, por exemplo, a mudança no volume de neve ao longo dos anos, e uma alteração na cor do oceano causada por um conjunto de plantas marinhas chamado fitoplâncton.



O registro das mudanças na Terra pode ajudar até na busca por vida em outros planetas, garantem os cientistas. (Foto: BBC)


"Uma das coisas interessantes que estamos vendo é que, se você olhar para esses desertos (no meio o mar) ali... A área desse roxo está começando a ficar maior e maior com o tempo, e isso é consistente com nosso entendimento de um planeta mais quente”, diz Werdell.

O registro das mudanças na Terra pode ajudar até na busca por vida em outros planetas, garantem os cientistas.



Mudança Climática Global - Alterações nas condições do clima



“Esse é o único lugar onde pode ser estudada a conexão entre nossa vida, a vida das plantas, a vida dos animais, no ecossistema ao redor. Então, ao fazer isso, nós conseguimos compreender melhor como essas conexões são feitas, o que tornará bem mais eficiente a procura por vida em outros planetas”, afirma o oceanógrafo.

A Nasa diz que o projeto está só começando - a agência acaba de lançar um novo satélite, que continuará a "ficar de olho" no nosso ecossistema.



Leia também:

Ciência do Desejo - Bioquimica


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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Caçadores do Invisível - Física


Caçadores do Invisível - Física



Pegue um tijolo de 1 quilo. Aí, divida-o em um bilhão de pedaços. Depois, se conseguir, pegue uma das microlascas e reparta-a em 1 bilhão de grãos. Difícil? É só o começo. Transforme um desses grãos em mais 1 bilhão de subpartículas. Agora imagine que um único desses pontinhos invisíveis tem energia igual à de uma bola de tênis voando a 300 quilômetros por hora. Para isso, ele precisa viajar a uma velocidade próxima à da luz, 3,6 milhões de vezes maior que a da bola.


Não é ficção. Os céus estão cheios de microviajantes assim como o nosso pontinho imaginário. São os zévatrons, a elite da família de raios cósmicos. É isso mesmo, eles se chamam raios mas são partículas - núcleos atômicos, prótons e elétrons que vêm de todos os lados do espaço. Ao chegar à Terra, arrancam pedaços dos átomos do ar em que esbarram, criando uma chuveirada de outras partículas. Não trazem nenhuma ameaça à saúde dos terráqueos, mas representam um mistério que há muito fascina os cientistas.

Que usina celestial acelera assim os zévatrons? De onde vem tanta energia? Agora os físicos se preparam para achar a resposta. Em maio, 150 pesquisadores de dezoito países* se reúnem aqui no Brasil para acertar a construção da maior rede de detectores de zévatrons jamais vista, o projeto Pierre Auger. O pai do projeto, o americano James Cronin, Prêmio Nobel de Física de 1980, está otimista: "Acho que teremos algumas respostas em apenas três anos".

* Alemanha, Argentina, Armênia, Austrália, Bolívia, Brasil, Chile, China, Eslovênia, Estados Unidos, França, Grécia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Vietnã.



Como um raio cósmico se desfaz


A cada cem anos, uma só partícula
Dormir a bordo de uma nave ou estação espacial, na órbita da Terra, tem lá seus incômodos. Os astronautas não deixam de ver estrelas, mesmo com os olhos fechados. Por trás das pálpebras acontece um eterno pipocar de luzes. Os miniflashes nada mais são do que raios cósmicos batendo na retina. É que, acima da camada mais espessa da atmosfera, fica-se exposto às partículas espaciais que mergulham em direção à Terra.

A maioria desses micrometeoros tem baixa energia. A cada segundo caem sobre o planeta uns dez por centímetro quadrado. Essa "garoa radioativa", identificada em 1912, tem sua origem conhecida: ela vem do Sol e de estrelas explodindo, chamadas supernovas. E, afora o pequeno estorvo no descanso dos astronautas, não fazem mal à saúde de ninguém.


Quanto maior a rede, mais fácil caçar
Mistério mesmo são os raios superenergéticos, os zévatrons. Desde sua descoberta, em 1962, eles intrigam os pesquisadores. Que mecanismo celestial lhes imprime uma energia tão absurda? Há várias hipóteses (veja ao lado). Mas só observando a direção de onde essas partículas vêm dá para achar sua fonte. E, para isso, é preciso capturar várias delas.

O problema é que os zévatrons são muito raros: a cada século, um - apenas um - perfura cada quilômetro quadrado da atmosfera terrestre. Se você não estiver no lugar certo, no momento certo, com o detector certo, o bombardeio subatômico em cascata que ele produz não será notado. Por isso é que até hoje não foram identificados mais que oito exemplares. A solução foi aumentar a rede para pescar mais raridades. É aí que entra o projeto Pierre Auger.

O Auger não será uma, mas duas imensas redes de detectores. Uma ficará no Hemisfério Norte (em Utah, Estados Unidos) e outra, no Hemisfério Sul (em Las Leñas, Argentina), cobrindo todo o céu em volta da Terra. "Com elas, temos a esperança de identificar os sinais de umas sessenta partículas por ano", vibra Cronin. Ou seja, num único ano, quase oito vezes mais do que o total de zévatrons capturados em cerca de três décadas de pesquisa.



Como um raio cósmico se forma...


Quando o tédio é o pai da ciência
A idéia surgiu de um queixume entre cientistas. Em 1983, os físicos James Cronin e seu colega Alan Watson, da Universidade de Leeds, na Inglaterra, lamentavam-se um para o outro: as experiências realizadas em laboratório estavam ficando chatas, aborrecidas. Os aceleradores - que provocam choques entre partículas para estraçalhá-las e descobrir do que elas são feitas - não são poderosos o suficiente para produzir microbólidos mais energéticos do que os já conhecidos. Eles pensaram então em voltar a curiosidade para o céu. Por que não construir uma grande armadilha para zévatrons, que jamais aparecem dentro de um laboratório, e estudá-los melhor? Dez anos depois, o projeto de 100 milhões de dólares foi apresentado ao mundo: as duas redes do Pierre Auger. Cada uma delas com 1 600 detectores, distribuídos por uma área de 3 000 quilômetros quadrados (veja ao lado).


Quem sabe achamos alienígenas
O Brasil entrou no consórcio de dezoito países em 1995, com trinta cientistas de onze instituições de pesquisa (entre elas nove universidades federais, estaduais e particulares) e um desembolso de 10 milhões de dólares ao longo da próxima década. "É um dinheiro bem empregado", comenta Ronald Shellard, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, no Rio de Janeiro. "Além de participarmos da busca pela solução de um dos maiores mistérios do Cosmo, a indústria do país estará colaborando com um projeto de tecnologia de ponta."

Na reunião que se realiza em maio, na Ilha de Itacuruçá, Rio de Janeiro, os 150 cientistas vão acertar os ponteiros para a montagem dos primeiros oito detectores de Las Leñas. "Começamos assim a abrir uma poderosa janela para estudar os zévatrons", diz Cronin. "Além disso, quem sabe, topamos com novas partículas alienígenas, que não podem ser vistas nos aceleradores terrestres." A julgar pela animação de Cronin, parece que o tédio de que reclamavam os físicos está mesmo chegando ao fim.



Para saber mais
The Discovery of Subatomic Particles, Steven Weinberg,
Penguin Books, Inglaterra, 1ª edição, 1993


Na Internet
http://www.fisica.unlp.edu.ar/auger/eg_main.html



Boliche de 10 bilhões de partículas



Um raio cósmico entra na atmosfera e vai derrubando pedaços de átomos do ar, feito pinos atingidos por uma bolada.

Nenhum detector capta um zévatron diretamente porque ele não chega ao solo. Os cientistas sabem que topam com um raio desses quando a chuveirada é muito intensa - um dilúvio de 10 bilhões de elétrons, múons e neutrinos numa área de 10 quilômetros quadrados.

Em 1938, o físico francês Pierre Auger, usando um contador Geiger, próprio para medir radiação, identifica uma chuveirada de partículas. Conclui que ela é o rastro deixado pelo choque de raios cósmicos com átomos do ar.



Pico do Meio-Dia 2 872 metros
Em 1962, o americano John Linsley capta no Novo México a primeira bagunça na atmosfera causada por um zévatron, o mais violento e misterioso raio cósmico.


Everest 8 848 metros
Em 1914, o físico alemão Werner Kolhörster coloca balões a 9 000 metros e percebe que a quantidade de raios cresce à medida que a altura aumenta.

Em 1910, o padre jesuíta Theodor Wulf instala um detector rudimentar no alto da Torre Eiffel e acha mais radiação do que esperava. Mas ele não sabe de onde vem tanta energia.

Em 1991, o detector de Utah flagra as marcas do raio mais poderoso jamais visto. Até hoje só se acharam oito zévatrons com tanta energia.

Hoje, balões levam detectores automáticos a 30 000 metros de altura.



O que são então os raios cósmicos ?


Monte Branco 4 807 metros
Em 1912, o austríaco Victor Hess leva detectores a 5 000 metros de altura, num balão, e descobre que a estranha radiação vem do espaço. Ganha o Prêmio Nobel de 1936 pela descoberta dos raios cósmicos.

Hoje, o único detector especialmente desenhado para identificar raios ultra-energéticos é o Agasa, perto de Tóquio. Ele será desligado no ano 2000.

Em 2001, os detectores Pierre Auger já estarão funcionando. Os de Las Leñas começam a ser montados ainda este ano (veja mais na página 78).


1. Um núcleo de átomo ou um próton viaja pelo espaço a uma velocidade próxima à da luz no vácuo (300 000 quilômetros por segundo).

2. Ao chegar à atmosfera, a viajante sideral colide com os átomos do ar e os quebra. Parte da energia liberada nessa trombada vira luz - visível e invisível, como raios gama. Outro tanto sai como matéria - elétrons e mais fragmentos de nomes estranhos, como múons, píons e neutrinos.

3. Esses fragmentos chocam-se por sua vez com novos átomos. A cada impacto são arrancados mais pedaços e é criada mais luz.

4. Quando chegam a pouco mais de 1,5 quilômetro do chão, as sucatas subatômicas mexem com os elétrons dos átomos do ar. O que gera luz ultravioleta. O brilho dessa luz pode ser captado por aparelhos científicos. É aqui que entram os detectores de zévatrons. Eles não capturam o zévatron diretamente, mas os efeitos que ele provoca na atmosfera.


Cinco tentativas de explicação



Os cientistas ainda procuram a origem dos viajantes siderais ultra-energéticos, os zévatrons. Veja algumas suspeitas.


1. Buraco negro
Tudo bem, ele é um corpo com uma tremenda força de gravidade, que devora tudo o que passa por perto, até a luz. Mas um pouquinho escapa e é cuspido para fora, na velocidade da luz. Esses jatos criam ondas de choque no espaço, mais ou menos como uma bala de canhão empurra o ar à sua volta. Os buracos negros poderiam ser a fonte da altíssima energia dos zévatrons, diz a primeira hipótese.


2. Estrelas de nêutrons
São muito densas e giram em torno de si mesmas cerca de 1 000 vezes por segundo. Por isso, geram um campo magnético monstruoso. Toda vez que um corpo cai nessa teia, recebe uma empurrão violento, o que o faz viajar com alta velocidade. Esse processo pode se repetir muitas e muitas vezes. Aí estaria o acelerador de zévatrons.


3. Explosões de raios gama
Acontecem fora da Galáxia e ninguém sabe o que os provoca. Basta um estouro desses para gerar a mesma energia produzida pelo Sol ao longo de 10 bilhões de anos. As ondas de choque produzidas por essas explosões forneceriam energia suficiente para fazer das partículas interestelares os poderosos zévatrons.



4. O inchaço do Universo
Desde o Big Bang, a explosão que fez nascer o Universo há 15 bilhões de anos, o Cosmo está se inflando como se fosse um bexiga. Nesse empurra-empurra, as galáxias, com bilhões de estrelas, "esbarram" umas nas outras. A quarta hipótese diz que a energia dos zévatrons seria gerada pelos campos elétricos criados nesse acotovelamento galáctico.


5. No início dos tempos
Nem tudo foi perfeito no Big Bang. Sobraram pequenos defeitos. Seriam como diminutas caixinhas que ainda guardassem a quantidade brutal de energia que o Universo tinha durante a grande explosão. Por um motivo desconhecido, essas bolhas remanescentes dos primeiros instantes do Universo teriam se rompido, liberando matéria com energia alucinante.



Mais comuns e mais fracos



Os raios bem conhecidos vêm daqui mesmo, da Via Láctea.

Sopro do Sol
A cromosfera, próxima à superfície solar, é uma região com intensos campos magnéticos e onde ocorrem violentas explosões de energia. Essas descargas energéticas lançam partículas elétricas até a Terra. Elas constituem a maioria dos raios cósmicos.

Suspiro da estrela
Uma supernova - a explosão de uma estrela agonizante - gera violentos campos magnéticos. Uma partícula que passe perto desses ímãs naturais recebe milhões de empurrões e ganha velocidade para escapar do pingue-pongue. Mas chega à Terra com uma energia ainda 100 000 vezes mais fraca do que os zévatrons.



Percebendo o intruso pelo rastro



Os detectores do projeto Auger não capturam os raios que chegam do espaço, mas a bagunça subatômica que eles provocam na atmosfera.

No meio da rede de tanques serão instalados vários detectores do tipo olho-de-mosca. Um espelho de 2 metros de diâmetro desvia a luz fluorescente criada pelo choque dos raios cósmicos com as moléculas de nitrogênio da atmosfera, que é detectada por uma câmera.



Esta antena mantém os 1 600 detectores da rede em comunicação.

A posição exata da entrada da partícula atômica que cai no tanque é dada por esta antena. Ela usa o sistema de posicionamento global (GPS). Como as partículas praticamente não se desviam durante a queda pela atmosfera, fica fácil saber de que direção do Cosmo elas vieram.

O Pierre Auger de Las Leñas cobrirá uma área de cerca de 3 000 quilômetros quadrados. Os tanques serão dispostos num losango cuja diagonal maior mede 60 quilômetros.

Cada detector funciona com uma bateria alimentada por um painel solar.

As paredes do tanque são feitas de um tipo de plástico molenga, como aquele das piscinas portáteis, que deixam as partículas passar sem nenhuma resistência.

Os tanques ficarão afastados 1,5 quilômetro um do outro.

O brilho do rastro de luz deixado pelas partículas dentro do tanque (veja no detalhe acima) é amplificado por um fotomultiplicador.



No fundo do tanque ficam os detectores de luz (veja no detalhe acima).

Cada tanque, de 1,20 metro de altura por 3,60 metros de diâmetro, é cheio de água esterilizada e lacrado. Qualquer bactéria pode interferir nos resultados da pesquisa.

Quando um elétron ou outra lasca dos átomos da atmosfera cai no tanque, sua velocidade é ligeiramente maior que a da luz dentro da água, que é de 225 000 quilômetros por segundo, mais ou menos.

Ao mergulhar na água, o elétron emite uma luz azul, que é captada pelos detectores no fundo do tanque. É o chamado efeito Cerenkov. A quantidade desses mergulhos subatômicos indica o nível de energia do raio cósmico.



Fermi Detects Gamma Rays from Nova Cygni 2010



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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Carmilla a história das vampiras lésbicas que surgiu antes de Drácula


Carmilla a história das vampiras lésbicas que surgiu antes de Drácula



Anos antes de Bram Stoker conceber “Drácula”, seu clássico romance e obra fundamental para um novo gênero fantástico, “Carmilla” era escrita na Irlanda - a primeira história sobre vampiros da qual se tem notícia.


Ela foi escrita em 1871 e possui uma narrativa em primeira pessoa de uma personagem chamada Laura, uma jovem inglesa que vive com seu pai em um castelo e que, após um incidente curioso, recebe a visita da bela Carmilla.



Joseph Sheridan Le Fanu y su libro “Carmilla”


Enquanto a relação entre as meninas transmite um certo medo, para depois se transformar em algo ardente e intenso, o pânico toma conta da cidade: as mulheres mais jovens começam a morrer em decorrência de uma doença misteriosa. Chegando perto do fim, se desenvolve uma história sobre vampiros - a primeira no seu gênero.



Os elementos de Carmilla aparecem em Drácula quase de forma idêntica, embora modificados: estética de uma vampira sexualmente irresistível, o caçador de vampiros e relatos em primeira pessoa.



Fonte: Super Curioso
(https://supercurioso.com/historia-vampiras-homosexuales-dracula/)



Supercurioso - Site Fonte



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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Como cidades brasileiras podem ser afetadas pelo derretimento das geleiras e aumento no nível do mar


Como cidades brasileiras podem ser afetadas pelo derretimento das geleiras e aumento no nível do mar


Pesquisadores da Nasa descobriram que quanto mais distante uma cidade está de uma massa de gelo, mais ela pode ser afetada por seu derretimento (Foto: Google Earth)


Modelo criado por engenheiros da Nasa mostra que, quanto mais longe estão de uma massa de gelo, mais as cidades portuárias devem se preocupar com sua dissolução; entre as analisadas estão Belém, Recife e Rio.


O derretimento acelerado de algumas das maiores geleiras do planeta - do Ártico à Antártida - aflige cientistas em todo o mundo há alguns anos. Afinal, a previsão é que o aquecimento global continue desintegrando as grandes massas de gelo do mundo, o que deve elevar o nível dos oceanos e transformar a Terra.

Mas antes que as consequências disso sejam sentidas globalmente, algumas cidades estarão na linha de frente das mudanças. Será que a sua precisa se preocupar?

Uma nova ferramenta desenvolvida por engenheiros do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa tenta prever como 293 cidades portuárias do mundo - entre elas Rio de Janeiro, Recife e Belém - serão afetadas pelo derretimento de porções diferentes de todas as massas de gelo no mundo.

"A maioria dos modelos existentes é feita de um ponto de vista de alguém que está em cima do gelo, tentando entender como seu derretimento vai impactar o nível do mar em outro lugar do mundo", explicou à BBC Brasil o físico e engenheiro mecânico Eric Larour, líder do projeto.

"Mas resolvemos pensar do ponto de vista de alguém que está numa cidade costeira, tentando entender como as áreas geladas ao redor do mundo podem mudar o aumento do nível do mar ali. Por isso tivemos que usar computação reversa."

O estudo reafirmou o que os cientistas vêm dizendo há algum tempo - que o aumento do nível dos oceanos não será exatamente igual em todo o mundo.

Mas trouxe também uma informação surpreendente: não é o derretimento da geleira mais próxima de uma cidade que pode oferecer problemas - é justamente a mais distante.

"Quanto mais longe você está de uma massa de gelo, mais tem que se preocupar com ela. Mas as pessoas acham que é o contrário disso", diz Larour.


"Isso tem consequências muito grandes para o planejamento das estratégias das cidades."



Como o Rio de Janeiro será afetado pelo derretimento do gelo em cada região da Antártida; azul significa que a cidade é pouco sensível ao colapso desse trecho | (Foto: JPL Nasa)



Mapeamento de impressões digitais em gradiente Image caption Belém, apesar de estar mais longe da Antártida, é sensível ao derretimento em todo o continente gelado (Foto: JPL Nasa)


Como o Brasil seria afetado?
As imagens geradas pelo novo modelo, que se chama mapeamento de impressões digitais em gradiente, mostram o nível sensibilidade das cidades brasileiras ao derretimento que ocorre na Antártida, na Groenlândia e em outras 13 massas de gelo - a maiores do mundo, que incluem o Estado americano do Alaska e a cordilheira dos Andes.

Quanto mais vermelha a área do mapa, mais sensível é a cidade ao derretimento naquela parte da massa de gelo. Quanto mais azul, menos impactada ela será.

No caso da Groenlândia, por exemplo, as três cidades brasileiras serão afetadas pela desintegração de qualquer parte do gelo - principalmente Rio e Recife (veja as imagens abaixo).

Já no caso da Antártida, o Rio, mesmo estando no Sudeste, é pouco afetado pelo derretimento na parte do continente que fica mais próxima da América do Sul - justamente o local que os cientistas dizem estar entrando em colapso mais rapidamente.



A maior preocupação para as cidades brasileiras deve ser justamente a parte da Antártida que fica mais próxima da Austrália e da Nova Zelândia. Essa sim pode causar um aumento no nível do mar nelas.

Larour diz, no entanto, que essa região não parece estar sob risco de derretimento no momento.

"A mensagem é que todos devemos nos importar com as massas de gelo, mesmo as que estão mais distante de nós. Aliás, especialmente as que estão mais distantes", afirma.

Usando imagens do satélite Grace, da Nasa, os engenheiros conseguiram mostrar também quanto as massas de gelo no mundo contribuem para cada milímetro de aumento no nível do mar nas cidades.
Veja como a ferramenta funciona clicando no link abaixo:
(https://vesl.jpl.nasa.gov/research/sea-level/slr-gfm/)


Segundo os dados do Grace, o mar do Rio de Janeiro aumentou aproximadamente 3,03 mm por ano até 2015, por exemplo. O novo modelo consegue mostrar que 30% desse aumento vem do derretimento da neve da Groenlândia.

Em Recife, por sua vez, esse percentual é um pouco menor, e em Belém, menor ainda - mesmo que a capital do Pará esteja, a rigor, mais perto da Groenlândia.



Se derretesse de uma vez e por completo, a Groenlândia aumentaria em mais de 6 metros o nível do mar no mundo, mas a água se distribui de formas diferentes (Foto: Google Earth)



Por que isso acontece?
O derretimento da cobertura de gelo da Groenlândia, por exemplo, poderia aumentar os níveis do mar em 6,09 metros, de maneira geral, caso se liquefizesse por completo e de uma só vez. Mas as regiões da ilha estão derretendo em ritmos diferentes.

Eric Larour explicou à BBC Brasil que há três processos-chave que influem no padrão de mudanças do nível do mar no mundo. O primeiro deles é a gravidade. "Do mesmo jeito que corpos celestes como a Lua e o Sol se atraem, o oceano e o gelo se atraem, porque são massas enormes de água", explica.

"As massas de gelo são tão pesadas que, quando derretem, a gravidade em torno delas se modifica. Por isso, o oceano se afasta, seu nível decresce. O derretimento cria uma espécie de declive no oceano por muitos quilômetros."

Nessa perspectiva, é mais seguro, por exemplo, viver perto de uma grande geleira que esteja derretendo do que mais longe.

O modelo dos cientistas mostra, por exemplo, que cidades como Oslo, na Noruega, e Reykjavík, na Islândia, que estão mais próximas da Groenlândia, terão uma diminuição no nível do mar com o derretimento do gelo, não um aumento.

Além disso, o solo por baixo de uma geleira se comporta, segundo Larour, como um colchão, que se expande depois que seu dono se levanta dele pela manhã.

"O leito de rocha é comprimido pelo gelo, que é bastante pesado. Quando o gelo derrete, ele volta a se expandir verticalmente, ou seja, cresce lentamente. Se você está diante de uma praia, por exemplo, o solo 'sobe' e o mar recua", diz.


Apesar de estar no norte do Brasil, Belém é menos afetada pelo derretimento na Groenlândia do que Recife e Rio (Foto: JPL Nasa)



Recife será apenas um pouco menos afetada pelo derretimento da Groenlândia do que o Rio de Janeiro | (Foto: JPL Nasa)



O nível do mar no Rio seria fortemente modificado pela dissolução das geleiras na Groenlândia (Foto: JPL Nasa)


O último fator de mudança é a rotação do planeta. O engenheiro compara o planeta Terra a um pião girando em torno de seu eixo. "Assim como a Terra, o pião não só gira, mas ele também bamboleia, não faz uma rotação perfeita", diz.

"Com o gelo de uma parte da Terra está derretendo, a oscilação do planeta também muda (porque a massa em sua superfície fica distribuída de forma diferente). Isso também redistribui a água dos oceanos."


Por que o mar recuará
Como o derretimento das geleiras pode fazer o nível do mar cair.


A novidade do modelo criado pela equipe de Larour é incorporar todos esses elementos no modelo de previsão, para ter mais detalhes sobre como essa redistribuição acontece.

"Outros estudos já haviam mostrado a atuação desses três fatores, mas agora podemos calcular a sensibilidade exata - numa cidade específica - do nível do mar em relação a cada massa de gelo do mundo."

O objetivo principal, diz ele, é ajudar no planejamento das principais cidades do mundo para os próximos cem anos - sabendo quais geleiras apresentam mais risco e em que velocidade elas estão derretendo, governos podem pensar em como diminuir efeitos do aumento do nível do mar.

Larour ressalta que quase todo o gelo da Terra está em algum estado de derretimento. "Algumas áreas específicas estão aumentando, mas são poucas, e também há poucas que estão no meio do caminho.

A maioria está derretendo ou quebrando, liberando mais icebergs no oceano."



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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

NASA quer modificar o DNA dos astronautas que viajarão a Marte


NASA quer modificar o DNA dos astronautas que viajarão a Marte



Ideia é proteger a tripulação dos efeitos da radiação solar.


Diante da primeira missão tripulada para Marte, planejada para a década de 2030, a agência espacial norte-americana (NASA) está analisando alternativas para proteger os astronautas da radiação. A ideia: modificar a estrutura genética da tripulação.



Douglas Terrier, da NASA, forneceu detalhes sobre um dos problemas mais importantes em uma missão tripulada a Marte: as partículas de radiação espacial destroem o DNA humano e podem causar quadros de câncer ou demência nos astronautas.

O especialista explicou que a tripulação poderá se proteger com armaduras ou campos de força eletromagnéticos, embora, até o momento, as avaliações realizadas sobre alternativas desse tipo não tenham obtido resultados convincentes.



Ele também mencionou a possibilidade de atuar diretamente sobre a estrutura genética ou celular dos astronautas: “Estamos vendo uma série de coisas que vão desde terapias com medicamentos até uma modificação genética mais extrema”.

Por fim, Terrier afirmou que a inteligência artificial será a chave para o desempenho da próxima missão tripulada a Marte. O funcionamento diário da nave espacial, assim como o diagnóstico e tratamento de qualquer doença na tripulação, dependerá dela.



Marte - Conheça missão que isolará astronautas em cápsula


Fonte: El Sol
(https://www.elsol.com.ar/la-nasa-quiere-mutar-el-adn-de-los-astronautas-que-iran-a-marte)



Elsol - Site Fonte


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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

O que diz a última mensagem enviada ao espaço em busca de vida extraterrestre


O que diz a última mensagem enviada ao espaço em busca de vida extraterrestre


A mensagem foi enviada de uma antena que fica na Noruega (Foto: Meti)


Astrônomos enviaram uma mensagem por rádio em direção a uma estrela que fica a pouco mais de 12 anos-luz do nosso planeta; se houver resposta, ela chegará em 25 anos-luz.


Somos os únicos habitantes do universo? Ou em algum canto do espaço infinito existem outras civilizações, inclusive mais avançadas que a nossa?

Essa é uma das perguntas feitas pelo Meti (sigla em inglês para Mensagens a Extraterrestres Inteligentes, organização com sede nos Estados Unidos), que busca respostas enviando mensagens a outros planetas localizados nas chamadas "zonas habitáveis" do espaço - regiões onde a temperatura é adequada para a existência de água e de outros elementos necessários à manutenção da vida, fatores em geral possibilitados por uma distância específica da estrela mais próxima.



[hello, universe]
http://meti.org/mission


A organização enviou sua primeira mensagem em outubro em direção à estrela GJ 273, também conhecida como Estrela de Luyten, que fica a 12 anos-luz do nosso planeta.

Em março, astrônomos descobriram dois planetas orbitando ao redor dessa anã vermelha - como são chamadas estrelas com luz mais fraca, portanto mais frias que o Sol - localizada na constelação Canis Minor. A Estrela de Luyten tem temperaturas em torno de 3.000ºC e um terço do tamanho do Sol.

Um dos dois planetas descobertos, o GJ 273b, é um pouco maior que a Terra e está a uma distância ideal da estrela. Poderia ter água em estado líquido, um fator crucial para a existência de vida.

Segundo estimam os pesquisadores, se houver vida lá e os "extraterrestres" responderem às nossas mensagens, essas respostas chegariam - por causa da distância até o nosso planeta - em 25 anos-luz.



Mensagem leva explicações matemáticas, tutorial sobre contagem do tempo e trechos de músicas (Foto: Meti)


A mensagem
A mensagem de rádio foi enviada durante três dias consecutivos por meio de uma antena em Tromso, uma cidade norueguesa que fica no círculo polar ártico, construída em conjunto pelos organizadores do festival de música espanhol Sónar e o Instituto de Estudos Espaciais da Catalunha.

Ela consiste, basicamente, em informações sobre matemática, aritmética, geometria, trigonometria e uma descrição das ondas de rádio que carregam a comunicação. Também há um tutorial sobre relógios e precisão do tempo - o objetivo é compreender se os alienígenas têm um conceito de tempo similar ao nosso.

Há ainda 33 peças musicais de dez segundos cada uma, de autoria de artistas de diversas origens e trajetórias que traduzem o universo sonoro do festival Sónar.

"Não podemos assumir que os alienígenas vão entender inglês, espanhol ou suaíli. Precisamos começar com algo que tenhamos em comum", destacou Douglas Vakoch, presidente do Meti, em referência à chamada linguagem universal da música.



How Would Humans Treat ET?
http://meti.org/blog/how-would-humans-treat-et


Controvérsia
A ideia de enviar mensagens é controversa. Por um lado, pesa a dificuldade de escolher quem deve ser o encarregado de representar a humanidade e o teor da informação que será enviada. Por outro, há quem creia que, se não sabemos quem está por aí - se é amigável ou perigoso, por exemplo -, é melhor deixar as coisas como estão.

Faz mais de quatro décadas que empresas e pesquisadores enviam mensagens de rádio ao espaço em busca de respostas sobre a existência de vida extraterrestre, mas até hoje, pelo que se sabe, não houve retorno.

"É como começar a gritar em um bosque sem saber de antemão se ali há tigres, leões, ursos ou outros animais perigosos", disse à revista New Scientist o pesquisador Dan Werthimer, do Instituto de Busca por Inteligência Extraterrestre e da Universidade da Califórnia.

Mas Douglas Vakoch, o presidente do instituto que enviou a mais recente mensagem ao espaço, acha que o risco de uma invasão à Terra é inverossímil.

A próxima mensagem em busca de extraterrestres será enviada em abril de 2018.


Cientistas investigam as 'zonas habitáveis' do Universo (Foto: Nasa)



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terça-feira, 21 de novembro de 2017

E se as mulheres fossem fisicamente mais fortes que os homens ?


E se as mulheres fossem fisicamente mais fortes que os homens ?


Se as mulheres ficassem mais fortes do que os homens, elas também teriam que se tornar mais largas, porque são necessários ossos maiores para apoiar músculos maiores (Foto: Scott Webb /Pixabay)

Se as mulheres de repente tivessem mais força física que os homens, o que mudaria na sociedade?


Quando o pai de Judith Gardiner morreu em 1963, sua mãe, uma advogada, tomou a direção do escritório do casal. Naquela época, pouquíssimas mulheres ocupavam essa posição, mas a mãe de Gardiner sempre conseguiu impor sua autoridade.

Ela aumentou a altura de sua mesa de trabalho para que ficasse posicionada um pouco acima dos visitantes homens e sempre garantiu que os almoços ou jantares de negócios já estivessem pagos por ela com antecedência. "Minha mãe bolou maneiras de se antecipar a várias pequenas manifestações diárias da dominação masculina", diz Gardiner, uma professora de Inglês, Gênero e Estudos das Mulheres na Universidade de Illinois, Chicago. "Ela conseguia exercer autoridade e competência em uma situação em que isso não era necessariamente normal".



O que teria acontecido, porém se a mãe de Gardiner de repente não precisasse mais fingir ser mais alta?

E se as dinâmicas de gênero fossem abruptamente invertidas - se as mulheres se tornassem maiores e mais fortes que os homens, sem a ajuda de centenas de milhares de anos de evolução?

Obviamente, é algo pouco provável - mas pedir a especialistas para especular sobre isso pode elucidar como as dinâmicas de gênero estão se transformando no mundo real, bem como revelar as coisas que muitas pessoas não percebem sobre a relação entre os gêneros.

Vale a pena lembrar que, na maioria das espécies do planeta - de insetos até sapos e ostras -, a norma é que as fêmeas sejam maiores que os machos porque elas têm a tarefa de carregar centenas ou milhares de ovos dentro de seus corpos de uma vez só.

A maioria dos vertebrados terrestres, incluindo os humanos, são exceção a essa regra. As mulheres crescem até um certo tamanho e então entram no modo reprodutivo, investindo na produção de gordura em vez de produzir mais músculos e ossos. Os machos, enquanto isso, investiriam esforços evolutivos nos traços que lhes ajudariam na competição por essas fêmeas - tamanho e força, no caso dos humanos.



Se as mulheres ficassem mais fortes do que os homens, elas também teriam que se tornar mais largas, porque são necessários ossos maiores para apoiar músculos maiores (Foto: Sabine Mondestin/Pixabay)

Por mais que as diferenças físicas entre os gêneros estejam diminuindo - mulheres estão se aproximando dos homens em algumas competições atléticas - ainda existem diferenças básicas, desenvolvidas ao longo de milênios. Os homens continuam, em média, maiores e mais fortes do que as mulheres, com 10kg de tecido muscular esquelético, 40% a mais de força na parte superior do corpo e 33% mais força muscular da parte inferior do corpo.

Se as mulheres ficassem mais fortes do que os homens, elas também teriam que se tornar mais largas, porque são necessários ossos maiores para apoiar músculos maiores (uma situação como na série da Netflix Jessica Jones, em que há uma força superhumana em um corpo pequeno, é biologicamente impossível).

Essas mudanças também seriam acompanhadas por um aumento de testosterona e outros hormônios.

Se a sociedade aderisse apenas às leis da natureza, então isso provavelmente significaria uma mudança nos papéis sociais majoritariamente desempenhados hoje por mulheres e homens. "Nós teríamos uma sociedade matriarcal na qual as mulheres estão no comando e os homens cuidam das crianças", diz Daphne Fairbairn, professora emérita da Universidade da Califórnia em Riverside.

Ao mesmo tempo, acrescenta ela, a tarefa da reprodução poderia ser mais difícil para elas. "Se essa mudança ocorresse através de um aumento na testosterona feminina, existiriam consequências negativas óbvias para o desenvolvimento das funções reprodutivas femininas".



Uma força maior também resultaria em ramificações psicológicas, como as que os homens já experimentam, independentemente do uso dos músculos diariamente. Por exemplo, segundo um estudo liderado por Michael Bang Petersen, professor de ciência política da Universidade de Aarhus, homens mais fortes na parte superior do corpo têm uma tendência maior que homens mais fracos a favorecer políticas públicas que os beneficiem. Homens ricos e fortes, por exemplo, tendem a se opôr à redistribuição de dinheiro para aqueles em uma situação pior.

Petersen sugere que esses homens possam ainda ser influenciados por comportamentos ancestrais, segundo os quais pessoas mais fortes fisicamente precisavam de mais recursos. Homens maiores e mais fortes também tendem a favorecer hierarquias e são mais inclinados a competir, diz Petersen.

Nós podemos agradecer ao menos parcialmente à seleção natural por esses traços. Como diz Petersen, "homens não são mais violentos porque são fortes, mas são mais fortes porque eles precisaram ser mais violentos durante a história evolucionária, o que moldou a psicologia masculina de várias maneiras".

Há um debate em aberto sobre até que ponto a natureza ou a criação influenciam aspectos como dominância e agressividade, mas não é impossível que, se as mulheres se tornassem mais fortes, elas experimentariam o aumento desses traços tradicionalmente masculinos.



Female Back Muscle Anatomy



Todas essas mudanças poderiam afetar as relações heterossexuais.

Farbairn afirma que algumas mulheres que sentem a necessidade de "emburrecer" para agradar homens inseguros poderiam não mais precisar recorrer a isso. Em alguns casos, esse cenário já está mudando.

Sua filha de 30 e poucos anos, por exemplo, esteve em encontros desastrosos nos quais os homens claramente queriam inflar o próprio ego. Mas ela é capaz, ativa e tem um doutorado e "se recusa a fingir que não faz reformas na casa sozinha e corre 80 quilômetros com regularidade para que um cara a ache sexy", diz Fairbairn.

Força é uma das únicas características em que os homens em média superam as habilidades das mulheres - mas se isso mudasse, seria mais um fator em que a identidade masculina e a masculinidade tradicional estariam sob desafio.

Nos últimos 50 anos, as mulheres se tornaram mais independentes e em vários casos superaram os homens em rendimentos, conquistas e sucesso. A tecnologia também está diminuindo as diferenças de gênero, abrindo áreas historicamente dominadas por homens às mulheres, como áreas industriais e o Exército, que agora podem contar com intelecto e refinamento manual em vez da força bruta do corpo para, por exemplo, construir carros ou lutar em conflitos.



Como resultado, alguns homens se apegam ao seu maior poder físico como uma justificativa de que "de alguma forma, homens são mais propensos a ter poder", diz Jackson Katz, escritor, professor e presidente da MVP Strategies, uma empresa que oferece treinamento e educação sobre prevenção de violência de gênero. "Como as mulheres começaram a competir com homens em áreas que eles historicamente as excluíam, alguns homens se isolaram nesse mundo onde o tamanho físico e a força importam mais porque é uma área onde eles continuam a ter vantagens sobre as mulheres".

Katz afirma que isso pode ajudar a explicar em parte a popularidade e o crescimento de esportes como futebol americano, boxe, MMA e outras competições físicas violentas. "Um homem pode não ser capaz de entender ou articular isso, mas o pensamento é 'sim, uma mulher pode ganhar mais dinheiro que eu, minha chefe pode ser mulher, minha esposa pode ter um emprego melhor que o meu, mas nenhuma delas pode jogar futebol americano'", diz Katz.

Por outro lado, se as mulheres fossem mais fortes, elas sofreriam menos abusos e violências físicas dos homens e Katz acredita que as taxas de estupro diminuiriam.

Porém, algumas estatísticas sugerem que pode ser errado concluir que uma força feminina superior seria necessariamente positiva. Entre 17% e 45% das lésbicas afirmam ter sofrido abuso físico de uma companheira e, nos casais heterossexuais, 19% dos homens dizem já ter sido atacados pela parceira ao menos uma vez, ainda que as mulheres sejam vítimas em uma escala muito maior. Então, enquanto o abuso doméstico masculino sobre feminino possivelmente diminuiria, os casos contrários poderiam aumentar.

Como desigualdades e discriminações de gênero no campo profissional seriam afetadas é algo menos claro. É verdade que traços masculinos foram associados com posições de poder há muito tempo - basta lembrar da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher treinando a fala com uma voz mais grave para soar mais autoritária, por exemplo, ou o aumento do uso de calças sociais entre as mulheres de negócios nos anos 1970 como uma maneira de buscar respeito e aceitação dos colegas homens. Se as mulheres não tivessem que usar moda, linguagem corporal e treinamento de voz para se masculinizar, então a discriminação de gênero poderia começar a diminuir, na visão de Fairbairn.

Já Gardiner não acredita que seria tão simples assim. Ela lembra que tamanho físico e força não são necessariamente fatores que sustentam desigualdades. "Os brancos não são maiores e mais fortes em média do que as pessoas negras, mas a supremacia branca conseguiu se manter sem nenhuma base física".



Os argumentos para a dominação masculina no mercado de trabalho pode simplesmente se inverter.

"Esses argumentos não são baseados em fatos, mas na supremacia masculina", diz Gardiner. "Os que estão no poder sempre brigarão para continuar no poder usando tudo que puderem para isso". Em outras palavras, mesmo com mais força, as mulheres ainda teriam que lutar para quebrar o teto de vidro em áreas dominadas por homens.

Algumas mulheres poderiam até preferir manter as coisas como estão. Como diz Katz, alguns dos oponentes mais ferozes do feminismo eram mulheres. Em vez de lutar contra o sistema, elas podem optar por adotar maneiras de usá-lo a seu favor e minimizar comportamentos sexistas dizendo que são apenas "papo de mictório".

Os impactos desses movimentos em oposição - alguns a favor da igualdade, outros contra - são visíveis nas políticas atuais. Por um lado, nos Estados Unidos "você tem um cara evocando uma era em que as mulheres eram ornamentais e que foi eleito em parte por apelar para uma masculinidade obsoleta", diz Katz, em referência ao presidente Donald Trump.

Por outro, diz Petersen, conforme as sociedades se tornaram mais complexas, democráticas e pacíficas, o uso de violência e agressão para manter o controle diminuíram. Isso contribuiu para um número crescente de líderes políticas mulheres ocupando posições centrais, como a chanceler alemã Angela Merkel.

Por mais que seja pura fantasia imaginar que as mulheres poderiam de repente ser fisicamente mais fortes que os homens, algumas das mudanças nesse cenário imaginário já estão acontecendo. Como diz Fairbairn, "eu prefiro que as mulheres simplesmente dominem o mundo como estamos fazendo agora".



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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Astrônomos monitoram estranho asteroide em forma de charuto que cruzou Sistema Solar


Astrônomos monitoram estranho asteroide em forma de charuto que cruzou Sistema Solar


Oumuamua está deixando campo de visão dos astrônomos, após passar pelo Sitema Solar | (Foto: ESO/M. Kornmesser)


Rocha espacial vinda do espaço interestelar tem um dos formatos mais alongados já observados por cientistas.


Um asteroide interestelar que visitou o nosso Sistema Solar é considerado por cientistas um dos objetos cósmicos mais alongados já conhecidos.

Ele foi descoberto em 19 de outubro, e sua velocidade e trajetória sugerem que se originou em um sistema planetário que orbita ao redor de outra estrela, e não o Sol.

Astrônomos têm se empenhado em observar essa rocha espacial única, batizada como Oumuamua - em havaiano, "mensageiro de muito longe que chega primeiro" - antes que ela desapareça do nosso campo de visão.

Os resultados dessas observações sugerem que o objeto é pelo menos dez vezes mais comprido do que largo. Essa diferença entre largura e comprimento é a maior observada em qualquer asteroide ou cometa visto no nosso Sistema Solar.

Usando o Very Large Telescope (VLT) do Chile, Karen Meech, do Instituto de Astronomia de Honolulu, no Havaí, e outros colegas pesquisadores verificaram que o objeto tem cerca de 400 metros de comprimento, apresenta uma uma rápida rotação e está sujeito a dramáticas mudanças de luminosidade.

Essas alterações de brilho, inclusive, foram a chave para a descoberta do formato desse asteroide.

Segundo Meech, os astrônomos observaram a base de dados de curvaturas de asteroides para classificar o Oumuamua, e perceberam que só cinco objetos possuíam curvas discretas que sugerem formato alongado.

"Nossa margem de erro é muito pequena, então estamos confiantes de que ele é muito alongado", diz Meech.



A velocidade e trajetória do objeto - representada pela linha com seta nesta imagem divulgada pela Nasa - sugerem que ele se originou fora do Sistema Solar (Foto: Nasa/JPL-Caltech/IAU)


Em alguns aspectos, o Oumuamua se parece com objetos que conhecemos bem na Terra. Pode ser comparado a um charuto, por exemplo.

"Nós descobrimos que ele tem uma coloração avermelhada, similar a outros objetos externos ao Sistema Solar", explica a astrônoma.

Essas propriedades sugerem que o asteroide é composto de pedras e, possivelmente, de metais. Ele não tem água, e sua superfície se avermelhou por causa dos efeitos da radiação de raios cósmicos ao longo do tempo.


Vagando pelo espaço
Embora o Oumuamua tenha se formado ao redor de outra estrela, cientistas acreditam que ele vagou pela Via Láctea, sem estar atrelado a qualquer Sistema Solar, por milhões de anos antes de adentrar o nosso.

"Por décadas nós elaboramos teorias de que esses objetos interestelares existem, e agora - pela primeira vez - temos uma evidência concreta de que eles são reais", diz Thomas Zurbuchen, administrador associado do diretório de missão científica da Nasa em Washington, a capital dos EUA.
"Essa descoberta histórica está abrindo uma janela para o estudo da formação de sistemas solares para além do nosso."

Se planetas se formam ao redor das estrelas da mesma forma que se formaram no nosso Sistema Solar, vários objetos do tamanho do Oumuamua podem estar vagando pelo espaço.

Ou seja: esse visitante interestelar pode ser a primeira evidência desse processo.



Very Large Telescope, que fica no Chile, foi usado para as descobertas (Foto: ESO/F. Kamphues)


A respeito das razões que fizeram o Oumuamua se tornar alongado, Meech explica:
"Às vezes, objetos muito alongados são binários... Ainda assim, as peças seriam mais longas que a maioria das coisas observadas no Sistema Solar, e nossa análise mostra que (o Oumuamua) está rotacionando rápido o suficiente para que essas peças não continuassem grudadas."

"Um membro do nosso time especulou que, durante a formação do sistema planetário, se tiver havido uma colisão grande entre corpos com núcleos fundidos, parte do material pode ter sido ejetado e congelado num formato alongado", conta a astrônoma.

O viajante interestelar foi descoberto por Rob Weryk, um pesquisador de pós-doutorado do Instituto de Astronomia e coautor de uma nova pesquisa que será publicada na revista científica Nature.

Weryk e o pesquisador do Instituto de Astronomia Marco Micheli perceberam que o objeto estava se movendo muito rapidamente - com velocidade suficiente para evitar ser capturado pela força gravitacional do Sol - e que seguia uma trajetória excêntrica.



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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Caverna gigante na Lua poderá ser usada como abrigo humano


Caverna gigante na Lua poderá ser usada como abrigo humano



Local é capaz de proteger exploradores da radiação e da variação de temperatura!


Por meio de um comunicado oficial, a JAXA (Agência Japonesa de Exploração Espacial) anunciou a

descoberta de um túnel gigante debaixo da superfície lunar. A revelação, feita por uma sonda espacial japonesa, foi confirmada posteriormente pela NASA.



Explorações na Lua


A caverna, de 100 metros de largura e 50 quilômetros de extensão, está localizada debaixo das crateras Marius. Os pesquisadores acreditam que, por causa do seu tamanho, a cavidade poderá servir de abrigo para os astronautas que visitarem o satélite nas próximas missões tripuladas, planejadas pela JAXA e pela NASA.



Lua - Satélite Artificial da Terra


Junichi Haruyama, pesquisador da agência japonesa, explicou que ainda não foi possível explorar o interior da caverna, mas que espera que sua análise revele informações de grande importância, já que, nela, podem existir rochas, metais e gases que ainda não foram expostos ao espaço exterior. O cientista também destacou que, além disso, o local oferece condições propícias para proteger os exploradores terrestres das variações de temperatura e das radiações às quais são expostos na superfície lunar.



Fonte: Infobae
(https://www.infobae.com/america/mundo/2017/10/19/hallaron-una-cueva-gigante-en-la-luna-en-la-que-podria-construirse-una-base-capaz-de-sostener-vida-humana/)



Infobae - Site Fonte



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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Exploradores podem ter encontrado a mitológica cidade inca de Paititi


Exploradores podem ter encontrado a mitológica cidade inca de Paititi



Segundo a lenda, o local esconde tesouro das civilizações pré-colombianas.


Um grupo de quatro expedicionários independentes encontrou, perdida na selva cusquenha da província de Calca, no Peru, uma antiga cidadela inca. O local está a quatro dias a pé da cidade de Sacramento, passando por uma complexa região montanhosa de vegetação exuberante.



Paititi - Lendária cidade perdida


Os responsáveis pela descoberta encontraram, no meio da selva, terraços, muros e até mesmo casas que teriam pertencido à era pré-colombiana. Algumas autoridades locais se arriscam a dizer até que as ruínas podem fazer parte da mítica cidade perdida do Paititi, que, de acordo com sua lenda, guardaria um milionário tesouro inca.



Paititi - no mapa


Os exploradores que fizeram a descoberta contaram à imprensa peruana que a existência do local era conhecida pelos anciões da região, que costumavam se referir a uma cidade perdida na selva.



Cusco comuneros anuncian descubrimiento de nuevo conjunto arqueológico

(https://youtu.be/7PECAKFYPyQ)


Embora a expedição tenha sido realizada em conjunto com o Sernanp (Servicio Nacional de Áreas Naturales Protegidas del Estado) e com a Dirección Desconcentrada de Cultura del Cusco, ainda não foi emitido nenhum comunicado oficial sobre a descoberta.



Paititi - Busca


Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/253022-ciudad-perdida-inca-peru)



Actualidad - Site Fonte


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A Face Oculta do Caos - Física



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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Dois ingredientes para se ter uma vida longa


Dois ingredientes para se ter uma vida longa



Após uma longa pesquisa, um grupo de cientistas chegou à conclusão de que os motivos que poderiam explicar a longevidade notável dos habitantes de Cilento, um pequeno vilarejo no sul da Itália.


A Longevidade no local estaria relacionada ao seu consumo diário de alecrim e às suas práticas sexuais "desenfreadas".


Os nativos do local possuem uma média de vida curiosamente maior que o resto do mundo – os homens vivem uma média de 85 e as mulheres, 92. Após vários estudos de campo, que incluíram uma longa estadia na região por estudantes da Universidade de Lund, da Suécia, os pesquisadores acreditam que o alto consumo de alecrim, a popular erva aromática, juntamente com a vida sexual ativa da população local, mesmo na terceira idade, poderiam ser fatores determinantes para entender sua longevidade.



Os resultados clínicos revelaram que os habitantes de Cilento possuem baixos níveis de adrenomedulina, um hormônio com efeito vasodilatador. Sua dieta rica em alecrim e sua atividade física constante podem ser os responsáveis por essa condição.



Cilento - Localização no mapa da Itália


Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/253163-sexo-secreto-vida-larga)



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Conheça os casos reais que aconteceram (e acontecerão) em uma sexta-feira 13



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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Saveiro a Risca - História


Saveiro a Risca - História



A tábua que você vê nestas duas páginas é o graminho. Em seus riscos simples está a receita completa, com as medidas exatas, para quem vai construir o saveiro, tradicional barco baiano. Funcionou direitinho por quatro séculos, mas agora pode desaparecer.


A maioria dos engenheiros navais não sabe o que fazer com o graminho. Na construção de barcos, usam plantas, projetos, computadores. Mas gente que nunca freqüentou universidade vem fabricando embarcações na Bahia há quatro séculos seguindo unicamente este pequeno pedaço de madeira. Nele estão as medidas essenciais do saveiro baiano, uma das marcas registradas do litoral brasileiro. Agora, porém, esse conhecimento popular está ameaçado de ir a pique. O velho saveiro e os artesãos que sabem construí-lo estão perdendo a corrida para os barcos modernos. Na defesa da tradição, o arquiteto baiano Lev Smarcevski, de 73 anos, foi pesquisar as origens do graminho. Descobriu que ele veio da Índia e que pode ter nascido na construção civil de 5 000 anos atrás. Preservá-lo é preservar a cultura.



Lev Smarcevski estuda a tábua de medidas desde os anos 60.
"Se o saveiro fosse música, o graminho seria a partitura", diz ele


Fim de linha
O saveiro está virando raridade. Além de perder espaço para os barcos a motor, ele deixou de ser construído por precisar de muita madeira. Os que sobraram participam todo ano, em janeiro, da regata João das Botas, em Salvador


A rota da carpintaria naval
O graminho do saveiro deve ter chegado ao Brasil no século XVI, na mala de um carpinteiro naval das colônias portuguesas de Goa ou Cochim. Na época, Salvador era parada obrigatória na rota Índia-Portugal. Com o instrumento, os imigrantes passaram a construir os barcos indianos lantxiar e lantxiara, que ficaram conhecidos como "lanxa" e "lanxão". O nome saveiro foi importado de Portugal. Lá, designava pesqueiros parecidos, que serviam para a captura do sávio, peixe da família do arenque. No Brasil há saveiros também no Rio de Janeiro e no Maranhão, mas eles são diferentes da versão baiana.

"As tábuas de medidas foram importantes para a preservação das linhas e da funcionalidade do saveiro", disse o engenheiro naval Célio Taniguchi, diretor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Smarcevski concorda. É dele a hipótese de que o instrumento nasceu na construção civil da Mesopotâmia, cerca de 3 000 anos antes de Cristo. "É semelhante às tábuas dos construtores dos zigurates, feitas de barro." Zigurates eram templos de vários andares. As tábuas representavam as medidas do térreo e traziam uma escala de redução para os pisos superiores.

Na era do computador tudo isso pode parecer bobagem. Mas Smarcevski tem razão em recuperar parte dessa história. É triste deixar um conhecimento que se mostrou útil por milênios naufragar no esquecimento.


Para saber mais
Graminho, a Alma do Saveiro, Lev Samarcevski, Edições Culturais da Organização Odebrecht, Salvador, 1996



Planta resumida



O graminho traz mais de trinta parâmetros para a construção do saveiro. Conheça alguns.


1. Largura máxima
Precisa ser igual a 1/3 do resultado obtido para o comprimento. Ou seja: a medida maior do graminho multiplicada por 50 e dividida por três.


2. Comprimento
Deve ter 50 vezes a medida maior do graminho, o que dá cerca de 20 metros. Com tábuas de medida diferentes variava-se o tamanho dos barcos, mas a proporção era mantida.


3. Coluna vertebral
A quilha deve ter 75% do comprimento e o graminho corresponde, precisamente, a um corte transversal da madeira usada para a peça.


4. Altura dos mastros
Para barcos de carga, com velas quadrangulares, os mastros devem ter comprimento igual ao do barco e/ou da quilha, dependendo do número de mastros.


5. Encaixe dos mastros
O diâmetro do buraco onde são encaixados os mastros deve ser igual à circunferência obtida completando-se as curvas. Se for um mastro só, vale a parte de fora.



Viva Saveiro - Patrimônio naval da Bahia


6. Cobertura
As tábuas do casco e do convés, além de outras, como as da cabine, conhecida como tijupá, devem ter largura igual a 1/4 do graminho.


7. Costelas
A espessura da madeira usada para fazer as costelas (cavernas) do barco e as vigas que atravessam o convés equivale à metade do graminho.


8. Reforços
As tábuas que correm da popa à proa, logo abaixo das bordas do convés, do lado de fora e de dentro do barco, devem ter largura igual a 3/4 do graminho.


9. Arremates
Logo abaixo da tábua de reforço deve correr outra, com largura igual à metade do graminho. A mesma medida vale para a tábua que corre por dentro, na altura da linha-d’água.



Capacidade de carga
O comprimento do barco (50 vezes a medida maior da tábua) deveria ser dividido por dois para indicar quanta carga ele poderia carregar, em tonéis.


Velas
A altura das quadrangulares deve ser 30% menor que a do mastro. O lado superior teria a metade desse comprimento e o de baixo, metade mais um terço (veja outras velas ao lado).


Seis versões



Desenho das velas e quantidade de mastros muda a cara do saveiro.


- A baleeira já foi extinta

- O "lanxão" tem dois mastros

- "Lanxa" leva carga ou passageiros

- Na perua, a frente é arredondada

- O perné lembra as escunas



Lição antiga



Teorema de Pitágoras é usado no corte das velas triangulares.

O corte das velas quadrangulares era simples de obter com o graminho e as outras medidas do barco. Para as triangulares, os construtores se valiam de uma versão popular do Teorema de Pitágoras, conhecida como regra do 3 - 4 - 5. O lado maior, que deveria medir 30% a mais do que o comprimento total do saveiro (obtido com o graminho), recebia o valor 5. Era a hipotenusa. Os outros lados (catetos) recebiam os valores proporcionais 3 e 4, formando um ângulo reto entre si. Para um saveiro com dois mastros, a hipotenusa da vela menor teria comprimento igual ao da quilha.



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sábado, 18 de novembro de 2017

Postagens Populares - Novembro de 2017


Postagens Populares - Novembro de 2017



01-O Japão e sua macabra Unidade 731 – Segunda Guerra Mundial



No ano de 1936, o Exército Imperial Japonês (Dai-Nippon Teikoku Rikugun) criou o Departamento de Purificação da Água e Prevenção de Epidemias, que manteve suas atividades até a dissolução do EIJ em 1945. Sua missão pública, era a de prevenir a proliferaçaõ de epidemias e monitorar os suprimentos de água potável. Neste mesmo ano, o Imperador Hiroíto, assinou um decreto, estendendo as atribuições do Departamento de Purificação da Água e Prevenção de Epidemias ao Exército de Guangdong (japonês: Kantogun). O Exército de Guangdong , ao início do Século XX, era o maior e mais prestigioso comando dentro do EIJ, muitos de seus comandantes, como Hideki Tojo, foram promovidos para altas funções, tanto no governo civil quanto militar.

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02-Bomba Atômica de Hiroshima – o que não contaram na sala de aula



Vocês já se perguntaram se as famosas histórias descritas nos livros ou até mesmo aquelas contadas por muitos professores são reais? será que os fatos são aqueles mesmo? hoje trago uma postagem que pra mim é polêmica pois traz fatos que muitos nunca ouviram falar.

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03-10 Curiosidades sobre a eletricidade



O campo da eletricidade é imenso, vasto e a cada dia novas descobertas são feitas e trazem ao ser humano mais tecnologia e inovação, muitas coisas curiosas são observadas nesta área de estudo. O que promove estas inúmeras descobertas é a curiosidade do ser humano.

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04-20 coisas que você talvez não saiba sobre o nosso maravilhoso planeta terra



A Terra é o nosso lar, nossa casa, ainda o único lugar onde experimentamos viver...

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05-JogosRBL6 – Agora com PLAYSTATION ONE - SONY



JogosRBL6 é um FRONTEND simplificado (VERSÃO 6.0) ao qual foi feito no EXCEL
utilizando recursos do VBA (Active X). Uma listagem simples dos jogos e das capas,
para clicar e jogar.

DOWNLOAD PLUG&PLAY, BASTA BAIXAR E JOGAR !!!

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Clonados e transgênicos que brilham no escuro



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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

400 "portas" misteriosas são encontradas em campo vulcânico


400 "portas" misteriosas são encontradas em campo vulcânico



Construções parecem ter mais de 7 mil anos de idade !


No território de Harrat Khaybar, na Arábia Saudita, foram encontradas, recentemente, quase 400 “portas” construídas em um campo vulcânico. A descoberta só foi possível graças a imagens de satélite, que revelaram a existência dessas estranhas construções nas encostas vulcânicas da região, que parecem datar de mais de 7 mil anos atrás.



Harrat Khaybar - Campo vulcânico na Arábia Saudita


As “portas”, erguidas com várias paredes de pedra, medem entre 13 e 518 metros de altura e formam desenhos retangulares, de cometas ou rodas. Os cientistas responsáveis pela descoberta ainda não foram capazes de determinar qual é a função das estruturas, já que elas parecem estar dispostas como as famosas linhas de Nazca no Peru, de modo a serem observadas de cima.



As construções estão situadas em locais inóspitos para a vida – campos de lava com pouca água e vegetação. No entanto, os pesquisadores ressaltam que, há milhares de anos, a configuração da região era muito mais amigável para o desenvolvimento da vida humana.


Fonte: INFOBAE
(https://www.infobae.com/tendencias/2017/10/17/descubren-400-puertas-misteriosas-en-un-campo-de-volcanes-de-arabia-saudita/)

Imagens: Google Earth/Reprodução



Infobae - Site Fonte


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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O Cortiço - Parte 5 de 5 - Aluísio Azevedo


O Cortiço - Parte 5 de 5 - Aluísio Azevedo

O Cortiço - Aluísio Azevedo



Pátio, disformes, horrorosos, e jaziam entre duas velas acesas, ao
relento, à espera do carro da Misericórdia. Entrava gente da rua para os
ver; descobriam-se defronte deles, e alguns curiosos lançavam
piedosamente uma moeda de cobre no prato que, aos pés dos dois
defuntos, recebia a esmola para a mortalha.

(SEGUE ABAIXO A PARTE FINAL DESTA OBRA COMPLETA)



Em casa de Augusta, sobre uma mesa coberta por uma cerimoniosa toalha de rendas, estava o
cadaverzinho da filha morta, todo enfeitado de flores, com um Cristo
de latão à cabeceira e dois círios que ardiam tristemente. Alexandre,
assentado a um canto da sala, com o rosto escondido nas mãos,
chorava, aguardando o pêsame das visitas; fardara-se, só para isso, com
o seu melhor uniforme, coitado!
O enterro da pequenita foi feito à custa de Léonie, que apareceu às
três da tarde, vestida de cetineta cor de creme, num carrinho dirigido
por um cocheiro de calção de flanela branca e libré agaloada de ouro.
O Miranda apresentou-se na estalagem logo pela manhã, o ar
compungido, porém superior. Deu um ligeiro abraço em João Romão,
falou-lhe em voz baixa, lamentando aquela catástrofe, mas felicitou-o
porque tudo estava no seguro.
O vendeiro, com efeito, impressionado com a primeira tentativa
de incêndio, tratara de segurar todas as suas propriedades; e, com
tamanha inspiração o fez que, agora, em vez de lhe trazer o fogo
prejuízo, até lhe deixaria lucros.
- Ah, ah, meu caro! Cautela e caldo de galinha nunca fizeram
mal a doente!... segredou o dono do cortiço, a rir. Olhe, aqueles é que
com certeza não gostaram da brincadeira! acrescentou, apontando para
o lado em que maior era o grupo dos infelizes que tomavam conta dos
restos de seus tarecos atirados em montão.
- Ah, mas esses, que diabo! nada têm que perder!... considerou o
outro.
E os dois vizinhos foram até o fim do pátio, conversando em voz
baixa.
- Vou reedificar tudo isto! declarou João Romão, com um gesto
enérgico que abrangia toda aquela Babilônia desmantelada.
E expôs o seu projeto: tencionava alargar a estalagem, entrando
um pouco pelo capinzal. Levantaria do lado esquerdo, encostado ao
muro do Miranda, um novo correr de casinhas, aproveitando assim
parte do pátio, que não precisava ser tão grande; sobre as outras
levantaria um segundo andar, com uma longa varanda na frente toda
gradeada. Negociozinho para ter ali, a dar dinheiro, em vez de um


[Linha 6600 de 8202 - Parte 5 de 5]


centena de cômodos, nada menos de quatrocentos a quinhentos, de
doze a vinte e cinco mil-réis cada um!
Ah! ele havia de mostrar como se fazem as coisas bem feitas.
O Miranda escutava-o calado, fitando-o com respeito.
- Você é um homem dos diabos! disse afinal, batendo-lhe no
ombro.
E, ao sair de lá, no seu coração vulgar de homem que nunca
produziu e levou a vida, como todo o mercador, a explorar a boa-fé de
uns e o trabalho intelectual de outros, trazia uma grande admiração pelo
vizinho. O que ainda lhe restava da primitiva inveja transformou-se
nesse instante num entusiasmo ilimitado e cego.
- É um filho da mãe! resmungava ele pela rua, em caminho do
seu armazém. É de muita força! Pena é estar metido com a peste
daquela crioula! Nem sei como um homem tão esperto caiu em
semelhante asneira!
Só lá pelas dez e tanto da noite foi que João Romão, depois de
certificar-se de que Bertoleza ferrara num sono de pedra, resolveu dar
balanço às garrafas de Libório. O diabo é que ele também quase que
não se agüentava nas pernas e sentia os olhos a fecharem-se-lhe de
cansaço. Mas não podia sossegar sem saber quanto ao certo apanhara
do avarento.
Acendeu uma vela, foi buscar a imunda e preciosa trouxa, e
carregou com esta para a casa de pasto ao lado da cozinha.
Depôs tudo sobre uma das mesas, assentou-se, e principiou a
tarefa. Tomou a primeira garrafa, tentou despejá-la, batendo-lhe no
fundo; foi-lhe, porém, necessário extrair as notas, uma por uma, porque
estavam muito socadas e peganhentas de bolor. À proporção que as
fisgava, ia logo as desenrolando e estendendo cuidadosamente em
maço, depois de secar-lhes a umidade no calor das mãos e da vela. E o
prazer que ele desfrutava neste serviço punha-lhe em jogo todos os
sentidos e afugentava-lhe o sono e as fadigas. Mas, ao passar à segunda
garrafa, sofreu uma dolorosa decepção: quase todas as cédulas estavam
já prescritas pelo Tesouro; veio-lhe então o receio de que a melhor parte
do bolo se achasse inutilizada: restava-lhe todavia a esperança de que
fosse aquela garrafa a mais antiga de todas e a pior por conseguinte.
E continuou com mais ardor o seu delicioso trabalho.
Tinha já esvaziado seis, quando notou que a vela, consumida até o
fim, bruxuleava a extinguir-se; foi buscar outra nova e viu ao mesmo
tempo que horas eram. "Oh! como a noite correra depressa!..." Três e
meia da madrugada. "Parecia impossível!" "
Ao terminar a contagem, as primeiras carroças passavam lá fora na
rua.
- Quinze contos, quatrocentos e tantos mil-réis!... disse João
Romão entre dentes, sem se fartar de olhar para as pilhas de cédulas
que tinha defronte dos olhos.
Mais oito contos e seiscentos eram em notas já prescritas. E o
vendeiro, à vista de tão bela soma, assim tão estupidamente
comprometida, sentiu a indignação de um roubado. Amaldiçoou
aquele maldito velho Libório por tamanho relaxamento; amaldiçoou o
governo porque limitava, com intenções velhacas, o prazo da circulação


[Linha 6650 de 8202 - Parte 5 de 5]


dos seus títulos; chegou até a sentir remorsos por não se ter apoderado
do tesouro do avarento, logo que este, um dos primeiros moradores do
cortiço, lhe apareceu com o colchão às costas, a pedir chorando que lhe
dessem de esmola um cantinho onde ele se metesse com sua miséria.
João Romão tivera sempre uma vidente cobiça sobre aquele dinheiro
engarrafado; fariscara-o desde que fitou de perto os olhinhos vivos e
redondos do abutre decrépito, e convenceu-se de todo, notando que o
miserável dava pronto sumiço a qualquer moedinha que lhe caia nas
garras.
- Seria um ato de justiça! concluiu João Romão; pelo menos seria
impedir que todo este pobre dinheiro apodrecesse tão barbaramente!
Ora adeus! mas sete ricos continhos quase inteiros ficavam-lhe nas
unhas. "E depois, que diabo! os outros assim mesmo haviam de ir com
jeito... Hoje impingiam-se dois mil-réis, amanhã cinco. Não nas
compras, mas nos trocos... Por que não? Alguém reclamaria, mas
muitos engoliriam a bucha... Para isso não faltavam estrangeiros e
caipiras!... E demais, não era crime!... Sim! se havia nisso ladroeira,
queixassem-se do governo! o governo é que era o ladrão!"
- Em todo caso, rematou ele, guardando o dinheiro bom e mau e
dispondo-se a descansar; isto já serve para principiar as obras! Deixem
estar, que daqui a dias eu lhes mostrarei para quanto presto!



XIX


Daí a dias, com efeito, a estalagem metia-se em obras. À
desordem do desentulho do incêndio sucedia a do trabalho dos
pedreiros; martelava-se ali de pela manhã até à noite, o que aliás não
impedia que as lavadeiras continuassem a bater roupa e as
engomadeiras reunissem ao barulho das ferramentas o choroso falsete
das suas eternas cantigas.
Os que ficaram sem casa foram aboletados a trouxe e mouxe por
todos os cantos, à espera dos novos cômodos. Ninguém se mudou para
o "Cabeça-de-Gato".
As obras principiaram pelo lado esquerdo do cortiço, o lado do
Miranda; os antigos moradores tinham preferência e vantagens nos
preços. Um dos italianos feridos morreu na Misericórdia e o outro,
também lá, continuava ainda em risco de vida. Bruno recolhera-se à
Ordem de que era irmão, e Leocádia, que não quis atender àquela carta
escrita por Pombinha, resolveu-se a ir visitar o seu homem no hospital.
Que alegrão para o infeliz a volta da mulher, aquela mulher levada dos
diabos, mas de carne dura, a quem ele, apesar de tudo, queria muito.
Com a visita reconciliaram-se, chorando ambos, e Leocádia decidiu
tornar para o São Romão e viver de novo com o marido. Agora fazia-se
muito séria e ameaçava com pancada a quem lhe propunha brejeirices.
Piedade, essa e que se levantou das febres completamente
transformada. Não parecia a mesma depois do abandono de Jerônimo;
emagrecera em extremo, perdera as cores do rosto, ficara feia, triste e


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resmungona; mas não se queixava, e ninguém lhe ouvia falar no nome
do esposo.
Esses meses, durante as obras, foram uma época especial para a
estalagem. O cortiço não dava idéia do seu antigo caráter, tão
acentuado e, no entanto, tão misto: aquilo agora parecia uma grande
oficina improvisada, um arsenal, em cujo fragor a gente só se entende
por sinais. As lavadeiras fugiram para o capinzal dos fundos, porque o
pó da terra e da madeira sujava-lhes a roupa lavada. Mas, dentro de
pouco tempo, estava tudo pronto; e, com imenso pasmo, viram que a
venda, a sebosa bodega, onde João Romão se fez gente, ia também
entrar em obras. O vendeiro resolvera aproveitar dela somente algumas
das paredes, que eram de um metro de largura, talhadas à portuguesa;
abriria as portas em arco, suspenderia o teto e levantaria um sobrado,
mais alto que o do Miranda e, com toda a certeza, mais vistoso. Prédio
para meter o do outro no chinelo; quatro janelas de frente, oito de lado,
com um terraço ao fundo. O lugar em que ele dormia com Bertoleza, a
cozinha e a casa de pasto seriam abobadadas, formando, com a parte de
taverna, um grande armazém, em que o seu comércio iria fortalecer-se e
alargar-se.
O Barão e o Botelho apareciam por lá quase todos os dias, ambos
muito interessados pela prosperidade do vizinho; examinavam os
materiais escolhidos para a construção, batiam com a biqueira do
chapéu de sol no pinho-de-riga destinado ao assoalho, e afetando-se
bons entendedores, tomavam na palma da mão e esfarelavam entre os
dedos um punhado da terra e da cal com que os operários faziam barro.
Às vezes chegavam a ralhar com os trabalhadores, quando lhes parecia
que não iam bem no serviço! João Romão, agora sempre de paletó,
engravatado, calças brancas, colete e corrente de relógio, já não parava
na venda, e só acompanhava as obras na folga das ocupações da rua.
Principiava a tomar tino no jogo da Bolsa; comia em hotéis caros e
bebia cerveja em larga camaradagem com capitalistas nos cafés do
comércio.
E a crioula? Como havia de ser?
Era isto justamente o que, tanto o Barão como o Botelho, morriam
por que lhe dissessem. Sim, porque aquela boa casa que se estava
fazendo, e os ricos móveis encomendados, e mais as pratas e as
porcelanas que haviam de vir, não seriam decerto para os beiços da
negra velha! Conservá-la-ia como criada? Impossível! Todo Botafogo
sabia que eles até ai fizeram vida comum!
Todavia, tanto o Miranda, como o outro, não se animavam a abrir
o bico a esse respeito com o vizinho e contentavam-se em boquejar
entre si misteriosamente, palpitando ambos por ver a saída que o
vendeiro acharia para semelhante situação.
Maldita preta dos diabos! Era ela o único defeito, o senão de um
homem tão importante e tão digno.
Agora, não se passava um domingo sem que o amigo de Bertoleza
fosse jantar à casa do Miranda. Iam juntos ao teatro. João Romão dava
o braço à Zulmira, e, procurando galanteá-la e mais ao resto da família,
desfazia-se em obséquios brutais e dispendiosos, com uma franqueza
exagerada que não olhava gastos. Se tinham de tomar alguma coisa, ele


[Linha 6750 de 8202 - Parte 5 de 5]


fazia vir logo três, quatro garrafas ao mesmo tempo, pedindo sempre o
triplo do necessário e acumulando compras inúteis de doces, flores e
tudo o que aparecia. Nos leilões das festas de arraial era tão feroz a sua
febre de obsequiar a gente do Miranda, que nunca voltava para casa
sem um homem atrás, carregado com os mimos que o vendeiro
arrematava.
E Bertoleza bem que compreendia tudo isso e bem que estranhava
a transformação do amigo. Ele ultimamente mal se chegava para ela e,
quando o fazia, era com tal repugnância, que antes não o fizesse. A
desgraçada muita vez sentia-lhe cheiro de outras mulheres, perfumes
de cocotes estrangeiras e chorava em segredo, sem animo de reclamar
os seus direitos. Na sua obscura condição de animal de trabalho, já não
era amor o que a mísera desejava, era somente confiança no amparo da
sua velhice quando de todo lhe faltassem as forças para ganhar a vida.
E contentava-se em suspirar no meio de grandes silêncios durante o
serviço de todo o dia, covarde e resignada, como seus pais que a
deixaram nascer e crescer no cativeiro. Escondia-se de todos, mesmo
da gentalha do frege e da estalagem, envergonhada de si própria,
amaldiçoando-se por ser quem era, triste de sentir-se a mancha negra, a
indecorosa nódoa daquela prosperidade brilhante e clara.
E, no entanto, adorava o amigo, tinha por ele o fanatismo
irracional das caboclas do Amazonas pelo branco a que se escravizam,
dessas que morrem de ciúmes, mas que também são capazes de
matar-se para poupar ao seu ídolo a vergonha do seu amor. O que
custava aquele homem consentir que ela, uma vez por outra, se
chegasse para junto dele? Todo o dono, nos momentos de bom humor,
afaga o seu cão... Mas qual! o destino de Bertoleza fazia-se cada vez
mais estrito e mais sombrio; pouco a pouco deixara totalmente de ser a
amante do vendeiro, para ficar sendo só uma sua escrava. Como
sempre, era a primeira a erguer-se e a ultima a deitar-se; de manhã
escamando peixe, à noite vendendo-o à porta, para descansar da
trabalheira grossa das horas de sol; sempre sem domingo nem dia santo,
sem tempo para cuidar de si, feia, gasta, imunda, repugnante, com o
coração eternamente emprenhado de desgostos que nunca vinham à
luz. Afinal, convencendo-se de que ela, sem ter ainda morrido, já não
vivia para ninguém, nem tampouco para si, desabou num fundo
entorpecimento apático, estagnado como um charco podre que causa
nojo. Fizera-se áspera, desconfiada, sobrolho carrancudo, uma linha
dura de um canto ao outro da boca. E durante dias inteiros, sem
interromper o serviço, que ela fazia agora automaticamente, por um
hábito de muitos anos, gesticulava e mexia com os lábios,
monologando sem pronunciar as palavras. Parecia indiferente a tudo, a
tudo que a cercava.
Não obstante, certo dia em que João Romão conversou muito com
Botelho, as lágrimas saltaram dos olhos da infeliz, e ela teve de
abandonar a obrigação, porque o pranto e os soluços não lhe deixavam
fazer nada.
Botelho havia dito ao vendeiro:
- Faça o pedido! É ocasião.
- Hein?


[Linha 6800 de 8202 - Parte 5 de 5]


- Pode pedir a mão da pequena. Está tudo pronto!
- O Barão dá-ma?
- Dá.
- Tem certeza disso?
- Ora! se não tivesse não lho diria deste modo!
- Ele prometeu?
- Falei-lhe; fiz-lhe o pedido em seu nome. Disse que estava
autorizado por você. Fiz mal?
- Mal? Fez muito bem. Creio até que não é preciso mais nada!
- Não, se o Miranda não vier logo ao seu encontro é bom você lhe
falar, compreende?
- Ou escrever.
- Também!
- E a menina?
- Respondo por ela. Você não tem continuado a receber as
flores?
- Tenho.
- Pois então não deixe pelo seu lado de ir mandando também as
suas e faça o que lhe disse. Atire-se, seu João, atire-se enquanto o angu
está quente!
Por outro lado, Jerônimo empregara-se na pedreira de São Diogo,
onde trabalhava dantes, e morava agora com a Rita numa estalagem da
Cidade Nova.
Tiveram de fazer muita despesa para se instalarem; foi-lhes preciso
comprar de novo todos os arranjos de casa, porque do São Romão
Jerônimo só levou dinheiro, dinheiro que ele já não sabia poupar. Com o
asseio da mulata a sua casinha ficou, todavia, que era um regalo; tinham
cortinado na cama, lençóis de linho, fronhas de renda, muita roupa
branca, para mudar todos os dias, toalhas de mesa, guardanapos;
comiam em pratos de porcelana e usavam sabonetes finos. Plantaram à
porta uma trepadeira que subia para o telhado, abrindo pela manhã
flores escarlates, de que as abelhas gostavam muito; penduraram
gaiolas de passarinho na sala de jantar; sortiram a despensa de tudo que
mais gostavam; compraram galinhas e marrecos e fizeram um banheiro
só para eles, porque o da estalagem repugnou à baiana que, nesse ponto,
era muito escrupulosa.
A primeira parte da sua lua-de-mel foi uma cadeia de delicias
continuas; tanto ele como ela, pouco ou nada trabalharam; a vida dos
dois resumira-se, quase que exclusivamente, nos oitos palmos de
colchão novo, que nunca chegava a esfriar de todo. Jamais a existência
pareceu tão boa e corredia para o português; aqueles primeiros dias
fugiram-lhe como estrofes seguidas de uma deliciosa canção de amor,
apenas espacejada pelo estribilho dos beijos em dueto; foi um prazer
prolongado e amplo, bebido sem respirar, sem abrir os olhos, naquele
colo carnudo e dourado da mulata, a que o cavouqueiro se abandonara
como um bêbedo que adormece abraçado a um garrafão inesgotável de
vinho gostoso.
Estava completamente mudado. Rita apagara-lhe a última réstia
das recordações da pátria; secou, ao calor dos seus lábios grossos e
vermelhos, a derradeira lágrima de saudade, que o desterrado lançou


[Linha 6850 de 8202 - Parte 5 de 5]


do coração com o extremo arpejo que a sua guitarra suspirou!
A guitarra! substituiu-a ela pelo violão baiano, e deu-lhe a ele uma
rede, um cachimbo, e embebedou-lhe os sonhos de amante prostrado
com as suas cantigas do norte, tristes, deleitosas, em que há caboclinhos
curupiras, que no sertão vêm pitar à beira das estradas em noites de lua
clara, e querem que todo o viajante que vai passando lhes ceda fumo e
cachaça, sem o que, ai deles! o curupira transforma-os em
bicho-do-mato. E deu-lhe do seu comer da Bahia, temperado com
fogoso azeite-de-dendê, cor de brasa; deu-lhe das suas muquecas
escandescentes, de fazer chorar, habituou-lhe a carne ao cheiro sensual
daquele seu corpo de cobra, lavado três vezes ao dia e três vezes
perfumado com ervas aromáticas.
O português abrasileirou-se para sempre; fez-se preguiçoso, amigo
das extravagâncias e dos abusos, luxurioso e ciumento; fora-se-lhe de
vez o espírito da economia e da ordem; perdeu a esperança de
enriquecer, e deu-se todo, todo inteiro, à felicidade de possuir a mulata
e ser possuído só por ela, só ela, e mais ninguém.
A morte do Firmo não vinha nunca a toldar-lhes o gozo da vida;
quer ele, quer a amiga, achavam a coisa muito natural. "O facínora
matara tanta gente; fizera tanta maldade; devia, pois, acabar como
acabou! Nada mais justo! Se não fosse Jerônimo, seria outro! Ele assim
o quis- bem feito!"
Por esse tempo, Piedade de Jesus, sem se conformar com a
ausência do marido, chorava o seu abandono e ia também agora se
transformando de dia para dia, vencida por um desmazelo de chumbo,
uma dura desesperança, a que nem as lágrimas bastavam para adoçar as
agruras. A principio, ainda a pobre de Cristo tentou resistir com
coragem àquela viuvez pior que essa outra, em que há, para elemento de
resignação, a certeza de que a pessoa amada nunca mais terá olhos para
cobiçar mulheres, nem boca para pedir amores; mas depois começou a
afundar sem resistência na lama do seu desgosto, covardemente, sem
forcas para iludir-se com uma esperança fátua, abandonando-se ao
abandono, desistindo dos seus princípios, do seu próprio caráter, sem
se ter já neste mundo na conta de alguma coisa e continuando a viver
somente porque a vida era teimosa e não queria deixá-la ir apodrecer lá
embaixo, por uma vez. Deu para desleixar-se no serviço; as suas
freguesas de roupa começaram a reclamar; foi-lhe fugindo o trabalho
pouco a pouco; fez-se madraça e moleirona, precisando já empregar
grande esforço para não bulir nas economias que Jerônimo lhe deixara,
porque isso devia ser para a filha, aquela pobrezita orfanada antes da
morte dos pais.
Um dia, Piedade levantou-se queixando-se de dores de cabeça,
zoada nos ouvidos e o estômago embrulhado; aconselharam-lhe que
tomasse um trago de parati. Ela aceitou o conselho e passou melhor. No
dia seguinte repetiu a dose; deu-se bem com a perturbação em que a
punha o álcool, esquecia-se um pouco durante algum tempo das
amofinações da sua vida; e, gole a gole, habituara-se a beber todos os
dias o seu meio martelo de aguardente, para enganar os pesares.
Agora, que o marido já não estava ali para impedir que a filha
pusesse os pés no cortiço, e agora que Piedade precisava de consolo, a


[Linha 6900 de 8202 - Parte 5 de 5]


pequena ia passar os domingos com ela. Saíra uma criança forte e
bonita; puxara do pai o vigor físico e da mãe a expressão bondosa da
fisionomia. Já tinha nove anos.
Eram esses agora os únicos bons momentos da pobre mulher, esses
que ela passava ao lado da filha. Os antigos moradores da estalagem
principiavam a distinguir a menina com a mesma predileção com que
amavam Pombinha, porque em toda aquela gente havia uma
necessidade moral de eleger para mimoso da sua ternura um entezinho
delicado e superior, a que eles privilegiavam respeitosamente, como
súditos a um príncipe. Crismaram-na logo com o cognome de
"Senhorinha".
Piedade, apesar do procedimento do marido, ainda no intimo se
impressionava com a idéia de que não devia contrariá-lo nas suas
disposições de pai. "Mas que mal tinha que a pequena fosse ali? Era
uma esmola que fazia à mãe! Lá pelo risco de perder-se... Ora adeus, só
se perdia quem mesmo já nascera para a perdição! A outra não se
conservara sã e pura? não achara noivo? não casara e não vivia
dignamente com o seu marido? Então?!" E Senhorinha continuou a ir à
estalagem, a principio nos domingos pela manhã, para voltar à tarde,
depois já de véspera, nos sábados, para só tornar ao colégio na
segunda-feira.
Jerônimo ao saber disto, por intermédio da professora, revoltou-se
no primeiro ímpeto, mas, pensando bem no caso, achou que era justo
deixar à mulher aquele consolo. "Coitada! devia viver bem aborrecida
da sorte!" Tinha ainda por ela um sentimento compassivo, em que a
melhor parte nascera com o remorso. "Era justo, era! que a pequena aos
domingos e dias santos lhe fizesse companhia!" E então, para ver a
filha, tinha que ir ao colégio nos dias de semana. Quase sempre
levava-lhe presentes de doce, frutas, e perguntava-lhe se precisava de
roupa ou de calçado. Mas, um belo dia, apresentou-se tão ébrio, que a
diretora lhe negou a entrada. Desde essa ocasião, Jerônimo teve
vergonha de lá voltar, e as suas visitas à filha tornaram-se muito raras.
Tempos depois, Senhorinha entregou à mãe uma conta de seis
meses da pensão do colégio, com uma carta em que a diretora
negava-se a conservar a menina, no caso que não liquidassem
prontamente a divida. Piedade levou as mãos à cabeça: "Pois o homem
já nem o ensino da pequena queria dar?! Que lhe valesse Deus! onde
iria ela fazer dinheiro para educar a filha?! "
Foi à procura do marido; já sabia onde ele morava. Jerônimo
recusou-se, por vexame; mandou dizer que não estava em casa. Ela
insistiu; declarou que não arredaria dali sem lhe falar; disse em voz bem
alta que não ia lá por ele, mas pela filha, que estava arriscada a ser
expulsa do colégio; ia para saber que destino lhe havia de dar, porque
agora a pequena estava muito taluda para ser enjeitada na roda!
Jerônimo apareceu afinal, com um ar triste de vicioso
envergonhado que não tem animo de deixar o vicio. A mulher, ao vê-lo,
perdeu logo toda a energia com que chegara e comoveu-se tanto, que as
lágrimas lhe saltaram dos olhos às primeiras palavras que lhe dirigiu. E
ele abaixou os seus e fez-se lívido defronte daquela figura avelhantada,
de peles vazias, de cabelos sujos e encanecidos. Não lhe parecia a


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mesma! Como estava mudada! E tratou-a com brandura, quase a
pedir-lhe perdão, a voz muito espremida no aperto da garganta.
- Minha pobre velha... balbuciou, pousando-lhe a mão larga na
cabeça.
E os dois emudeceram um defronte do outro, arquejantes.
Piedade sentiu ânsias de atirar-se-lhe nos braços, possuída de
imprevista ternura com aquele simples afago do seu homem. Um súbito
raio de esperança iluminou-a toda por dentro, dissolvendo de relance
os negrumes acumulados ultimamente no seu coração. Contava não
ouvir ali senão palavras duras e ásperas, ser talvez repelida
grosseiramente, insultada pela outra e coberta de ridículo pelos novos
companheiros do marido; mas, ao encontrá-lo também triste e
desgostoso, sua alma prostrou-se reconhecida; e, assim que Jerônimo,
cujas lágrimas corriam já silenciosamente, deixou que a sua mão fosse
descendo da cabeça ao ombro e depois à cintura da esposa, ela
desabou, escondendo o rosto contra o peito dele, numa explosão de
soluços que lhe faziam vibrar o corpo inteiro.
Por algum tempo choraram ambos abraçados.
- Consola-te! que queres tu?... São desgraças!... disse o
cavouqueiro afinal, limpando os olhos. Foi como se eu tivesse te
morrido... mas podes ficar certa de que te estimo e nunca te quis mal!...
Volta para casa; eu irei pagar o colégio de nossa filhinha e hei de olhar
por ti. Vai, e pede a Deus Nosso Senhor que me perdoe os desgostos
que te tenho eu dado!
E acompanhou-a até o portão da estalagem.
Ela, sem poder pronunciar palavra, saiu cabisbaixa, a enxugar os
olhos no xale de lã, sacudida ainda de vez em quando por um soluço
retardado.
Entretanto, Jerônimo não mandou saldar a conta do colégio, no
dia seguinte, nem no outro, nem durante todo o resto do mês; e ele,
coitado! bem que se mortificou por isso; mas onde ia buscar dinheiro
naquela ocasião? o seu trabalho mal lhe dava agora para viver junto com
a mulata; estava já alcançado nos seus ordenados e devia ao padeiro e
ao homem da venda. Rita era desperdiçada e amiga de gastar à larga;
não podia passar sem uns tantos regalos de barriga e gostava de fazer
presentes. Ele, receoso de contrariá-la e quebrar o ovo da sua paz, até ai
tão completo com respeito à baiana, subordinava-se calado e afetando
até satisfação; no intimo, porém, o infeliz sofria deveras. A lembrança
constante da filha e da mulher apoquentava-o com pontas de remorso,
que dia a dia alastravam na sua consciência, à proporção que esta ia
acordando daquela cegueira. O desgraçado sentia e compreendia
perfeitamente todo o mal da sua conduta; mas só a idéia de separar-se
da amante punha-lhe logo o sangue doido e apagava-se-lhe de novo a
luz dos raciocínios. "Não! não!! tudo que quisessem, menos isso!"
E então, para fugir àquela voz irrefutável, que estava sempre a
serrazinar dentro dele, bebia em camaradagem com os companheiros e
habituara-se, dentro em pouco, à embriaguez. Quando Piedade, quinze
dias depois da sua primeira visita, tornou lá, um domingo,
acompanhada pela filha, encontrou-o bêbedo, numa roda de amigos.
Jerônimo recebeu-as com grande escarcéu de alegria. Fê-las entrar.


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Beijou a pequena repetidas vezes e suspendeu-a pela cintura, soltando
exclamações de entusiasmo.
Com um milhão de raios! que linda estava a sua morgadinha!
Obrigou-as logo a tomar alguma coisa e foi chamar a mulata;
queria que as duas mulheres fizessem as pazes no mesmo instante. Era
questão decidida!
Houve uma cena de constrangimentos, quando a portuguesa se viu
defronte da baiana.
- Vamos! vamos! Abracem-se! Acabem com isso por uma vez!
bradava Jerônimo, a empurrá-las uma contra a outra. Não quero aqui
caras fechadas!
As duas trocaram um aperto de mão, sem se fitarem. Piedade
estava escarlate de vergonha.
- Ora muito bem! acrescentou o cavouqueiro. Agora para a coisa
ser completa, hão de jantar conosco!
A portuguesa opôs-se, resmungando desculpas, que o
cavouqueiro não aceitou.
- Não as deixo sair! É boa! Pois hei de deixar ir minha filha sem
matar as saudades?
Piedade assentou-se a um canto, impaciente pela ocasião de
entender-se com o marido sobre o negócio do colégio. Rita, volúvel
como toda a mestiça, não guardava rancores, e, pois, desfez-se em
obséquios com a família do amigo. As outras visitas saíram antes do
jantar.
Puseram-se à mesa às quatro horas e principiaram a comer com boa
disposição, carregando no virgem logo desde a sopa. Senhorinha
destacava-se do grupo; na sua timidez de menina de colégio parecia,
entre aquela gente, triste e assustada ao mesmo tempo. O pai
acabrunhava-a com as suas solicitudes brutais e com as suas perguntas
sobre os estudos. À exceção dela, todos os outros estavam, antes da
sobremesa, mais ou menos chumbados pelo vinho. Jerônimo, esse
estava de todo. Piedade, instigada por ele, esvaziara freqüentes vezes o
seu copo e, ao fim do jantar, dera para queixar-se amargamente da vida;
foi então que ela, já com azedume na voz, falou na divida do colégio e
nas ameaças da diretora.
- Ora, filha! disse-lhe o cavouqueiro. Agora estás tu também
pr'aí com essa mastigação! Deixa as tristezas pr'outra vez! Não nos
amargures o jantar!
- Triste sorte a minha!
- Ai, ai! que temos lamúria!
- Como não me hei de queixar, se tudo me corre mal?!
- Sim! Pois se é para isso que aqui vens, melhor será não tornares
cá!... resmungou Jerônimo, franzindo o sobrolho. Que diabo! com
choradeiras nada se endireita! Tenho eu culpa de que sejas infeliz?...
Também o sou e não me queixo de Deus!
Piedade abriu a soluçar.
- Aí temos! berrou o marido, erguendo-se e dando urna punhada
forte sobre a mesa. E aturem-na! Por mais que um homem se não queira
zangar, há de estourar por força! Ora bolas!
Senhorinha correu para junto do pai, procurando contê-lo.


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- Sebo! berrou ele, desviando-a. Sempre a mesma coisa! Pois não
estou disposto a aturar isto! Arre!
- Eu não vim cá por passeio!... prosseguiu Piedade entre
lágrimas!. Vim cá para saber da conta do colégio!...
- Pague-a você, que tem lá o dinheiro que lhe deixei! Eu é que
não tenho nenhum!
- Ah! então com que não pagas?!
- Não! Com um milhão de raios!
- É que és muito pior do que eu supunha!
- Sim, hein?! Pois então deixe-me cá com toda a minha ruindade
e despache o beco! Despache-o, antes que eu faça alguma asneira!
- Minha pobre filha! Quem olhará por ela, Senhor dos Aflitos?!
- A pequena já não precisa de colégio! deixe-a cá comigo, que
nada lhe faltará!
- Separar-me de minha filha? a única pessoa que me resta?!
- Ó mulher! você não está separada dela a semana inteira?... Pois
a pequena, em vez de ficar no colégio, fica aqui, e aos domingos irá
vê-la. Ora aí tem!
- Eu quero antes ficar com minha mãe!... balbuciou a menina,
abraçando-se a Piedade.
- Ah! também tu, ingrata, já me fazes guerra?! Pois vão com
todos os diabos! e não me tornem cá para me ferver o sangue, que já
tenho de sobra com que arreliar-me!
- Vamos daqui! gritou a portuguesa, travando da filha pelo
braço. Maldita a hora em que vim cá!
E as duas, mãe e filha, desapareceram; enquanto Jerônimo,
passeando de um para outro lado, monologava, furioso sob a
fermentação do vinho.
Rita não se metera na contenda, nem se mostrara a favor de
nenhuma das partes. "O homem, se quisesse voltar para junto da
mulher, que voltasse! Ela não o prenderia, porque amor não era
obrigado!"
Depois de falar só por muito espaço, o cavouqueiro atirou-se a
uma cadeira, despejou sombrio dois dedos de laranjinha num copo e
bebeu-os de um trago.
- Arre! Assim também não!
A mulata então aproximou-se dele, por detrás; segurou-lhe a
cabeça entre as mãos e beijou-o na boca, arredando com os lábios a
espessura dos bigodes.
Jerônimo voltou-se para a amante, tomou-a pelos quadris e
assentou-a em cheio sobre as suas coxas.
- Não te rales, meu bem! disse ela, afagando-lhe os cabelos. Já
passou!
- Tens razão! besta fui eu em deixá-la pôr pé cá dentro de casa!
E abraçaram-se com ímpeto, como se o breve tempo roubado pelas
visitas fosse uma interrupção nos seus amores.
Lá fora, junto ao portão da estalagem, Piedade, com o rosto
escondido no ombro da filha, esperava que as lágrimas cedessem um
pouco, para as duas seguirem o seu destino de enxotadas.



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XX


Chegaram a casa às nove horas da noite. Piedade levava o coração
feito em lama; não dera palavra por todo o caminho e logo que recolheu
a pequena, encostou-se à cômoda, soluçando.
Estava tudo acabado! Tudo acabado!
Foi à garrafa de aguardente, bebeu uma boa porção; chorou ainda,
tornou a beber, e depois saiu ao pátio, disposta a parasitar a alegria dos
que se divertiam lá fora.
A das Dores tivera jantar de festa; ouviam-se as risadas dela e a
voz avinhada e grossa do seu homem, o tal sujeito do comércio,
abafadas de vez em quando pelos berros da Machona, que ralhava com
Agostinho. Em diversos pontos cantavam e tocavam a viola.
Mas o cortiço já não era o mesmo; estava muito diferente; mal
dava idéia do que fora. O pátio, como João Romão havia prometido,
estreitara-se com as edificações novas; agora parecia uma rua, todo
calçado por igual e iluminado por três lampiões grandes simetricamente
dispostos. Fizeram-se seis latrinas, seis torneiras de água e três
banheiros. Desapareceram as pequenas hortas, os jardins de quatro a
oito palmos e os imensos depósitos de garrafas vazias. À esquerda, até
onde acabava o prédio do Miranda, estendia-se um novo correr de
casinhas de porta e janela, e daí por diante, acompanhando todo o lado
do fundo e dobrando depois para a direita até esbarrar no sobrado de
João Romão, erguia-se um segundo andar, fechado em cima do
primeiro por uma estreita e extensa varanda de grades de madeira, para
a qual se subia por duas escadas, uma em cada extremidade. De cento e
tantos, a numeração dos cômodos elevou-se a mais de quatrocentos; e
tudo caiadinho e pintado de fresco; paredes brancas, portas verdes e
goteiras encarnadas. Poucos lugares havia desocupados. Alguns
moradores puseram plantas à porta e à janela, em meias tinas serradas
ou em vasos de barro. Albino levou o seu capricho até à cortina de
labirinto e chão forrado de esteira. A casa dele destacava-se das outras;
era no andar de baixo, e cá de fora via-se-lhe o papel vermelho da sala,
a mobília muito brunida, jarras de flores sobre a cômoda, um lavatório
com espelho todo cercado de rosas artificiais, um oratório grande,
resplandecente de palmas douradas e prateadas, toalhas de renda por
toda a parte, num luxo de igreja, casquilho e defumado. E ele, o pálido
lavadeiro, sempre com o seu lenço cheiroso à volta do pescocinho, a sua
calça branca de boca larga, o seu cabelo mole caldo por detrás das
orelhas bambas, preocupava-se muito em arrumar tudo isso,
eternamente, como se esperasse a cada instante a visita de um estranho.
Os companheiros de estalagem elogiavam-lhe aquela ordem e aquele
asseio; pena era que lhe dessem as formigas na cama! Em verdade,
ninguém sabia por que, mas a cama de Albino estava sempre coberta de
formigas. Ele a destruí-las, e o demônio do bichinho a multiplicar-se
cada vez mais e mais todos os dias. Uma campanha desesperadora, que
o trazia triste, aborrecido da vida. Defronte justamente ficava a casa do


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Bruno e da mulher, toda mobiliada de novo, com um grande candeeiro
de querosene em frente à entrada, cujo revérbero parecia olhar
desconfiado lá de dentro para quem passava cá no pátio. Agora,
entretanto, o casal vivia em santa paz. Leocádia estava discreta;
sabia-se que ela dava ainda muito que fazer ao corpo sem o concurso do
marido, mas ninguém dizia quando, nem onde. O Alexandre jurava
que, ao entrar ou sair fora de horas, nunca a pilhara no vicio; e a esposa,
a Augusta Carne-Mole, ia mais longe na defesa, porque sempre tivera
pena de Leocádia, pois entendia que aquele assanhamento por homem
não era maldade dela; era praga de algum boca do diabo que a quis e a
pobrezinha não deixou. - Estava-se vendo disso todos os dias!-
tanto que ultimamente, depois que a criatura pediu a um padre um
pouco de água benta e benzeu-se com esta em certos lugares, o fogo
desaparecera logo, e ela ai vivia direita e séria que não dava que falar a
ninguém! Augusta ficara com a família numa das casinhas do segundo
andar, à direita; estava grávida outra vez; e à noite via-se o Alexandre,
sempre muito circunspecto, a passear ao comprido da varanda,
acalentando uma criancinha ao colo, enquanto a mulher dentro de casa
cuidava de outras. A filharada crescia-lhes, que metia medo. "Era um
no papo outro no saco!" Moravam agora também desse lado os dois
cúmplices de Jerônimo, o Pataca e o Zé Carlos, ocupando juntos o
mesmo cômodo; defronte da porta tinham um fogãozinho e um
fogareiro, em que preparavam eles mesmos a sua comida. Logo adiante
era o quarto de um empregado do correio, pessoa muito calada, bem
vestida e pontual no pagamento; saia todas as manhãs e voltava às dez
da noite invariavelmente; aos domingos só ia à rua para comer, e depois
fechava-se em casa e, houvesse o que houvesse no cortiço, não punha
mais o nariz de fora. E, assim como este, notavam-se por último na
estalagem muitos inquilinos novos, que já não eram gente sem gravata e
sem meias. A feroz engrenagem daquela máquina terrível, que nunca
parava, ia já lançando os dentes a uma nova camada social que, pouco a
pouco, se deixaria arrastar inteira lá para dentro. Começavam a vir
estudantes pobres, com os seus chapéus desabados, o paletó fouveiro,
uma pontinha de cigarro a queimar-lhes a penugem do buço, e as
algibeiras muito cheias, mas só de versos e jornais; surgiram contínuos
de repartições públicas, caixeiros de botequim, artistas de teatro,
condutores de bondes, e vendedores de bilhetes de loteria. Do lado
esquerdo, toda a parte em que havia varanda foi monopolizada pelos
italianos; habitavam cinco a cinco, seis a seis no mesmo quarto, e
notava-se que nesse ponto a estalagem estava já muito mais suja que
nos outros. Por melhor que João Romão reclamasse, formava-se ai
todos os dias uma esterqueira de cascas de melancia e laranja. Era uma
comuna ruidosa e porca a dos demônios dos mascates! Quase que se
não podia passar lá, tal a acumulação de tabuleiros de louça e objetos de
vidro, caixas de quinquilharia, molhos e molhos de vasilhame de
folha-de-flandres, bonecos e castelos de gesso, realejos, macacos, o
diabo! E tudo isso no meio de um fedor nauseabundo de coisas podres,
que empesteava todo o cortiço. A parte do fundo da varanda era
asseada felizmente e destacava-se pela profusão de pássaros que lá
tinham, entre os quais sobressaia uma arara enorme que, de espaço a


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espaço, soltava um formidável sibilo estridente e rouco. Por debaixo
ficava a casa da Machona, cuja porta, como a janela, Nenen trazia
sempre enfeitada de tinhorões e begônias. O prédio do Miranda parecia
ter recuado alguns passos, perseguido pelo batalhão das casinhas da
esquerda, e agora olhava a medo, por cima dos telhados, para a casa do
vendeiro, que lá defronte erguia-se altiva, desassombrada, o ar
sobranceiro e triunfante. João Romão conseguira meter o sobrado do
vizinho no chinelo; o seu era mais alto e mais nobre, e então com as
cortinas e com a mobília nova impunha respeito. Foi abaixo aquele
grosso e velho muro da frente com o seu largo portão de cocheira, e a
entrada da estalagem era agora dez braças mais para dentro, tendo
entre ela e a rua um pequeno jardim com bancos e um modesto repuxo
ao meio, de cimento, imitando pedra. Fora-se a pitoresca lanterna de
vidros vermelhos; foram-se as iscas de fígado e as sardinhas preparadas
ali mesmo à porta da venda sobre as brasas; e na tabuleta nova, muito
maior que a primeira, em vez de "Estalagem de São Romão" lia-se em
letras caprichosas:

"AVENIDA SÃO ROMÃO"

O "Cabeça-de-Gato" estava vencido finalmente, vencido para
sempre; nem já ninguém se animava a comparar as duas estalagens. À
medida que a de João Romão prosperava daquele modo, a outra decaía
de todo; raro era o dia em que a polícia não entrava lá e baldeava tudo
aquilo a espadeirada de cego. Uma desmoralização completa! Muitos
cabeças-de-gato viraram casaca, passando-se para os carapicus, entre os
quais um homem podia até arranjar a vida, se soubesse trabalhar com
jeito em tempo de eleições. Exemplos não faltavam!
Depois da partida de Rita, já se não faziam sambas ao relento com
o choradinho da Bahia, e mesmo o cana-verde 35 pouco se dançava e
cantava; agora o forte eram os forrobodós dentro de casa, com três ou
quatro músicos, ceia de café com pão; muita calça branca e muito
vestido engomado. - E toca a enfiar para ai quadrilhas e polcas ate
romper a manhã!
Mas naquele domingo o cortiço estava banzeiro; havia apenas uns
grupos magros, que se divertiam com a viola à porta de casa. O melhor,
ainda assim, era o da das Dores. Piedade dirigiu-se logo para lá,
sombria e cabisbaixa.
- Com o demo! você anda agora que nem o boi castrado!
exclamou-lhe o Pataca, assentando-se ao lado dela. As tristezas
atiram-se para trás das costas, criatura de Deus! A vida não dá para
tanto! O homem deixou-te? Ora sebo! mete-se com outro e põe o
coração à larga!
Ela suspirou em resposta, ainda triste; porém, a garrafa de parati
correu a roda, de mão em mão, e, à segunda volta, Piedade já parecia
outra. Começou a conversar e a tomar interesse no pagode. Daí a pouco
era, de todos, a mais animada, falando pelos cotovelos, criticando e
arremedando as figuras ratonas da estalagem. O Pataca ria-se, a quebrar
a espinha, caindo por cima dela e passando-lhe o braço na cintura.
- Você ainda é mulher pr'um homem fazer uma asneira!


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- Olha pra que lhe deu o ébrio! Solta-me a perna, estupor!
O grupo achava graça nos dois e aplaudia-os com gargalhadas. E o
parati a circular sempre de mão em mão. A das Dores não descansava
um momento; mal vinha de encher a garrafa lá dentro de casa, tinha de
voltar outra vez para enchê-la de novo. "Olha que estafa! Vão beber pro
diabo!" Afinal apareceu com o garrafão e pousou-o no meio da roda.
- Querem saber! Empinem por aí mesmo, que já estou com os
quartos doendo de tanto andar de lá pra cá!
Essa noite, a bebedeira de Piedade foi completa. Quando João
Romão entrou, de volta da casa do Miranda, encontrou-a a dançar ao
som de palmas, gritos e risadas, no meio de uma grande troça, a saia
levantada, os olhos requebrados, a pretender arremedar a Rita no seu
choradinho da Bahia. Era a boba da roda. Batiam-lhe palmadas no
traseiro e com o pé embaraçavam-lhe as pernas, para a ver cair e
rebolar-se no chão.
O vendeiro, de fraque e chapéu alto, foi direito ao grupo, então
muito mais reforçado de gente, e intimou a todos que se recolhessem.
Aquilo já não eram horas para semelhante algazarra!
- Vamos! Vamos! Cada um para a sua casa!
Piedade foi a única que protestou, reclamando o seu direito de
brincar um pouco com os amigos.
Que diabo! não estava fazendo mal a ninguém!
- Ora vá mas é pra cama cozer a mona! vituperou-lhe João
Romão, repelindo-a. Você, com uma filha quase mulher, não tem
vergonha de estar aqui a servir de palhaço?! Forte bêbada!
Piedade assomou-se com a descompostura, quis despicar-se,
chegou a arregaçar as mangas e sungar a saia; mas o Pataca meteu-se no
meio e conteve-a, pedindo a João Romão que não levasse aquilo em
conta, porque era tudo cachaça.
- Bom, bom, bom! mas aviem-se! Aviem-se!
E não se retirou sem ver a roda dissolvida, e cada qual procurando
a casa.
Recolheram-se todos em silêncio; só o Pataca e Piedade
deixaram-se ficar ainda no pátio, a discutir o ato do vendeiro. O Pataca
também estava bastante tocado. Ambos reconheciam que lhes não
convinha demorar-se ali, porém nenhum dos dois se sentia disposto a
meter-se no quarto.
- Você tem lá alguma coisa que beber em casa?... perguntou ele
afinal.
Ela não sabia ao certo; foi ver. Havia meia garrafa de parati e um
resto de vinho. Mas era preciso não fazer barulho, por'mor da pequena
que estava dormindo.
Entraram em ponta de pés, a falar surdamente. Piedade deu mais
luz ao candeeiro.
- Olha agora! Vamos ficar às escuras! Acabou-se o gás!
O Pataca saiu, para ir a casa buscar uma vela, e de volta trouxe
também um pedaço de queijo e dois peixes fritos, que levou ao nariz da
lavadeira, sem dizer nada. Piedade, aos bordos, desocupou a mesa do
engomado e serviu dois pratos. O outro reclamou vinagre e pimenta e
perguntou se havia pão.


[Linha 7300 de 8202 - Parte 5 de 5]


- Pão há. O vinho é que é pouco!
- Não faz mal! Vai mesmo com a caninha!
E assentaram-se. O cortiço dormia já e só se ouviam, no silêncio da
noite, cães que ladravam lá fora na rua, tristemente. Piedade começou a
queixar-se da vida; veio-lhe uma crise de lágrimas e soluços. Quando
pôde falar contou o que lhe sucedera essa tarde, narrou os pormenores
da sua ida com a filha à procura do marido, o jantar em comum com a
peste da mulata, e afinal a sua humilhação de vir de lá enxovalhada e
corrida.
Pataca revoltou-se, não com o procedimento de Jerônimo, mas
com o dela.
Rebaixar-se àquele ponto! com efeito!... Ir procurar o homem lá na
casa da outra!... Oh!
- Ele tratou-me bem, quando lá fui da primeira vez... Hoje é que
não sei o que tinha: só faltou pôr-me na rua aos pontapés!
- Foi bem feito! Ainda acho pouco! Devia ter-lhe metido o pau,
para você não ser tola!
- É mesmo!
- Pois não! O que não falta são homens, filha! O mundo é
grande! Para um pé doente há sempre um chinelo velho!- E ferrou-lhe
a mão nas pernas:- Chega-te para mim, que te esqueceras do outro!
Piedade repeliu-o. Que se deixasse de asneiras!
- Asneiras! É o que se leva desta vida!
A pequena acordara lá no quarto e viera descalça até à porta da
sala de jantar, para espiar o que faziam os dois.
Não deram por ela.
E a conversa prosseguiu, esquentando a medida que a garrafa de
parati se esvaziava. Piedade deu de mão aos seus desgostos, pôs-se a
papaguear um pouco; as lágrimas foram-se-lhe; e ela manducou então
com apetite, rindo já das pilhérias do companheiro, que continuava a
apalpar-lhe de vez em quando as coxas.
Aquelas coisas, assim, sem se esperar, é que tinham graça!... dizia
ele, excitado e vermelho, comendo com a mão, a embeber pedaços de
peixe no molho das pimentas. Bem tolo era quem se matava!
Depois lembrou que não viria fora de propósito uma xicrinha de
café.
- Não sei se há, vou ver, respondeu a lavadeira, erguendo-se
agarrada à mesa.
E bordejou até à cozinha, a dar esbarrões pela direita e pela
esquerda.
- Tento no leme, que o mar está forte! exclamou Pataca,
levantando-se também, para ir ajudá-la.
Lá perto do fogão agarrou-a de súbito, como um galo abafando
uma galinha.
- Larga! repreendeu a mulher, sem forças para se defender.
Ele apanhou-lhe as fraldas.
- Espera! Deixa!
- Não quero!
E ria-se por ver a atitude cômica do Pataca vergado defronte dela.
- Que mal faz?.. Deixa!


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- Sai daí, diabo!
E, cambaleando, amparados um no outro, foram ambos ao chão.
- Olha que peste! resmungou a desgraçada, quando o adversário
conseguiu saciar-se nela. Marraios te partam!
E deixou-se ficar por terra. Ele pôs-se de pé e, ao encaminhar-se
para a sala de jantar, sentiu uma ligeira sombra fugir em sua frente. Era
a pequena, que fora espiar à porta da cozinha.
Pataca assustara-se.
- Quem anda aqui a correr como gato?... perguntou voltando a
ter com Piedade, que permanecia no mesmo lugar, agora quase
adormecida.
Sacudiu-a.
- Olá! Queres ficar ai, ó criatura! Levanta-te! Anda a ver o café!
E, tentando erguê-la, suspendeu-a por debaixo dos braços.
Piedade, mal mudou a posição da cabeça, vomitou sobre o peito e a
barriga uma golfada fétida.
- Olha o demo! resmungou Pataca. Está que se não pode lamber!
E foi preciso arrastá-la até a cama, que nem uma trouxa de roupa
suja. A infeliz não dava acordo de si.
Senhorinha acudira, perguntando aflita o que tinha a mãe.
- Não é nada, filha! explicou o Pataca. Deixe-a dormir, que isso
passa! Olha! se há limão em casa passa-lhe um pouco atrás da orelha, e
veras que amanhã acorda fina e pronta pra outra!
A menina desatou a soluçar.
E o Pataca retirou-se, a dar encontrões nos trastes, furioso, porque,
afinal, não tomara café.
Sebo!



XXI


Ao mesmo tempo, João Romão, em chinelas e camisola, passeava
de um para outro lado no seu quarto novo. Um aposento largo e forrado
de azul e branco com florinhas amarelas fingindo ouro; havia um tapete
aos pés da cama, e sobre a peniqueira um despertador de níquel, e a
mobília toda era já de casados, porque o esperto não estava para
comprar móveis duas vezes.
Parecia muito preocupado; pensava em Bertoleza que, a essas
horas, dormia lá embaixo num vão de escada, aos fundos do armazém,
perto da comua.
Mas que diabo havia ele de fazer afinal daquela peste?
E coçava a cabeça, impaciente por descobrir um meio de ver-se
livre dela.
É que nessa noite o Miranda lhe falara abertamente sobre o que
ouvira de Botelho, e estava tudo decidido: Zulmira aceitava-o para
marido e Dona Estela ia marcar o dia do casamento.
O diabo era a Bertoleza!...
E o vendeiro ia e vinha no quarto, sem achar uma boa solução para


[Linha 7400 de 8202 - Parte 5 de 5]


o problema.
Ora, que raio de dificuldade armara ele próprio para se coser!...
Como poderia agora mandá-la passear assim, de um momento para
outro, se o demônio da crioula o acompanhava já havia tanto tempo e
toda a gente na estalagem sabia disso?
E sentia-se revoltado e impotente defronte daquele tranqüilo
obstáculo que lá estava embaixo, a dormir, fazendo-lhe em silêncio um
mal horrível, perturbando-lhe estupidamente o curso da sua felicidade,
retardando-lhe, talvez sem consciência, a chegada desse belo futuro
conquistado à força de tamanhas privações e sacrifícios! Que ferro!
Mas, só com lembrar-se da sua união com aquela brasileirinha fina
e aristocrática, um largo quadro de vitórias rasgava-se defronte da
desensofrida avidez da sua vaidade. Em primeiro lagar fazia-se
membro de uma família tradicionalmente orgulhosa, como era, dito por
todos, a de Dona Estela; em segundo lagar aumentava
consideravelmente os seus bens com o dote da noiva, que era rica e, em
terceiro, afinal, caber-lhe-ia mais tarde tudo o que o Miranda possuía,
realizando-se deste modo um velho sonho que o vendeiro afagava
desde o nascimento da sua rivalidade com o vizinho.
E via-se já na brilhante posição que o esperava: uma vez de dentro,
associava-se logo com o sogro e iria pouco a pouco, como quem não
quer a coisa, o empurrando para o lado, até empolgar-lhe o lagar e fazer
de si um verdadeiro chefe da colônia portuguesa no Brasil; depois,
quando o barco estivesse navegando ao largo a todo o pano - tome lá
alguns pares de contos de réis e passe-me para cá o titulo de Visconde!
Sim, sim, Visconde! Por que não? e mais tarde, com certeza,
Conde! Eram favas contadas!
Ah! ele, posto nunca o dissera a ninguém, sustentava de si para si
nos últimos anos o firme propósito de fazer-se um titular mais graduado
que o Miranda. E, só depois de ter o titulo nas unhas, é que iria à
Europa, de passeio, sustentando grandeza, metendo invejas, cercado
de adulações, liberal, pródigo, brasileiro, atordoando o mundo velho
com o seu ouro novo americano!
E a Bertoleza? gritava-lhe do interior uma voz impertinente.
- É exato! E a Bertoleza?... repetia o infeliz, sem interromper o
seu vaivém ao comprido da alcova.
Diabo! E não poder arredar logo da vida aquele ponto negro;
apagá-lo rapidamente, como quem tira da pele uma nódoa de lama!
Que raiva ter de reunir aos vôos mais fulgurosos da sua ambição a idéia
mesquinha e ridícula daquela inconfessável concubinagem! E não
podia deixar de pensar no demônio da negra, porque a maldita ali
estava perto, a rondá-lo ameaçadora e sombria; ali estava como o
documento vivo das suas misérias, já passadas mas ainda palpitantes.
Bertoleza devia ser esmagada, devia ser suprimida, porque era tudo que
havia de mau na vida dele! Seria um crime conservá-la a seu lado! Ela
era o torpe balcão da primitiva bodega; era o aladroado vintenzinho de
manteiga em papel pardo; era o peixe trazido da praia e vendido à noite
ao lado do fogareiro à porta da taberna; era o frege imundo e a lista
cantada das comezainas à portuguesa; era o sono roncado num colchão
fétido, cheio de bichos; ela era a sua cúmplice e era todo seu mal-


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devia, pois, extinguir-se! Devia ceder o lagar à pálida mocinha de mãos
delicadas e cabelos perfumados, que era o bem, porque era o que ria e
alegrava, porque era a vida nova, o romance solfejado ao piano, as
flores nas jarras, as sedas e as rendas, o chá servido em porcelanas caras;
era enfim a doce existência dos ricos, dos felizes e dos fortes, dos que
herdaram sem trabalho ou dos que, a puro esforço, conseguiram
acumular dinheiro, rompendo e subindo por entre o rebanho dos
escrupulosos ou dos fracos. E o vendeiro tinha defronte dos olhos o
namorado sorriso da filha do Miranda, sentia ainda a leve pressão do
braço melindroso que se apoiara ao seu, algumas horas antes, em
passeio pela praia de Botafogo; respirava ainda os perfumes da menina,
suaves, escolhidos e penetrantes como palavras de amor; nos seus
dedos grossos, curtos, ásperos e vermelhos, conservava a impressão da
tépida carícia daquela mãozinha enluvada que, dentro em pouco, nos
prazeres garantidos do matrimônio, afagar-lhe-ia as carnes e os cabelos.
Mas, e a Bertoleza?...
Sim! era preciso acabar com ela! despachá-la! sumi-la por uma
vez!
Deu meia-noite no relógio do armazém. João Romão tomou uma
vela e desceu aos fundos da casa, onde Bertoleza dormia.
Aproximou-se dela, pé ante pé, como um criminoso que leva uma idéia
homicida.
A crioula estava imóvel sobre o enxergão, deitada de lado, com a
cara escondida no braço direito, que ela dobrara por debaixo da cabeça.
Aparecia-lhe uma parte do corpo nua.
João Romão contemplou-a por algum tempo, com asco.
E era aquilo, aquela miserável preta que ali dormia
indiferentemente, o grande estorvo da sua ventura!... Parecia
impossível!
- E se ela morresse?...
Esta frase, que ele tivera, quando pensou pela primeira vez
naquele obstáculo à sua felicidade, tornava-lhe agora ao espírito, porém
já amadurecida e transformada nesta outra:
- E se eu a matasse?
Mas logo um calafrio de pavor correu-lhe por todos os nervos.
Além disso, como?... Sim, como poderia despachá-la, sem deixar
sinais comprometedores do crime?... Envenenando-a?... Dariam logo
pela coisa!... Matá-la a tiro?... Pior! Levá-la a um passeio fora da
cidade, bem longe e, no melhor da festa, atirá-la ao mar ou por um
despenhadeiro, onde a morte fosse infalível?... Mas como arranjar tudo
isso, se eles nunca passeavam juntos?...
Diabo!
E o desgraçado ficou a pensar, abstrato, de castiçal na mão, sem
despregar os olhos de cima de Bertoleza, que continuava imóvel, com o
rosto escondido no braço.
- E se eu a esganasse aqui mesmo?...
E deu, na ponta dos pés, alguns passos para frente, parando logo,
sem deixar nunca de contemplá-la.
Mas a crioula ergueu de improviso a cabeça e fitou-o com os olhos
de quem não estava dormindo.


[Linha 7500 de 8202 - Parte 5 de 5]


- Ah! fez ele.
- Que é, seu João?
- Nada. Vim só ver-te... Cheguei ainda não há muito... Como
vais tu? Passou-te a dor do lado?...
Ela meneou os ombros, sem responder ao certo. Houve um
silêncio entre os dois. João Romão não sabia o que dizer e saiu afinal,
escoltado pelo imperturbável olhar da crioula, que o intimava mesmo
pelas costas.
- Teria desconfiado? pensou o miserável, subindo de novo para o
quarto. Qual! Desconfiar de quê?...
E meteu-se logo na cama, disposto a não pensar mais nisso e
dormir incontinenti. Mas o seu pensamento continuou rebelde a
parafusar sobre o mesmo assunto.
- É preciso despachá-la! É preciso despachá-la quanto antes, seja
lá como for! Ela, até agora, não deu ainda sinal de si; não abriu o bico a
respeito da questão; mas, Dona Estela está a marcar o dia do
casamento; não levará muito tempo para isso... o Miranda naturalmente
comunica a noticia aos amigos... o fato corre de boca em boca... chega
aos ouvidos da crioula e esta, vendo-se abandonada, estoura! estoura
com certeza! E agora o verás! Como deve ser bonito, hein?... Ir tão bem
até aqui e esbarrar na oposição da negra!... E os comentários depois!...
O que não dirão os invejosos lá da praça?... "Ah, ah! ele tinha em casa
uma amiga, uma preta imunda com quem vivia! Que tipo! Sempre há de
mostrar que e gentinha de laia muito baixa!... E aqui a engazopar-nos
com uns ares de capitalista que se trata à vela de libra! Olha o carapicu
pra que havia de dar. Sai sujo!" E, então, a família da menina, com
medo de cair também na boca do mundo, volta atrás e dá o dito por não
dito! Bem sei que ela está a par de tudo; isso, olé, se está! mas finge-se
desentendida, porque conta, e com razão, que eu não serei tão parvo
que espere o dia do casamento sem ter dado sumiço à negra! contam
que a coisa correrá sem o menor escândalo! E eu, no entanto, tão besta
que nada fiz! E a peste da crioula está ai senhora do terreiro como
dantes, e não descubro meio de ver-me livre dela!... Ora já se viu como
arranjei semelhante entalação?... Isto contado não se acredita!
E pisava e repisava o caso, sem achar meio de dar-lhe saída!
Diabo!
- Ela há muito que devia estar longe de mim... fiz mal em não
cuidar logo disso antes de mais nada!... Fui um pedaço d'asno! Se eu a
tivesse despachado logo, quando ainda se não falava no meu
casamento, ninguém desconfiaria da história: "Por que diabo iria o
pobre homem dar cabo de uma mulher, com quem vivia na melhor paz e
que era até, dentro de casa, o seu braço direito?..." Mas agora, depois
de todas aquelas reformas de vida; depois da separação das camas, e
principalmente depois que corresse a noticia do casamento, não faltaria
decerto quem o acusasse, se a negra aparecesse morta de repente!
Diabo!
Deram quatro horas, e o desgraçado nada de pregar olho;
continuava a matutar sobre o assunto, virando-se de um para outro lado
da sua larga e rangedora cama de casados. Só pelo abrir da aurora,
conseguiu passar pelo sono; mas, logo às sete da manhã, teve de pôr-se


[Linha 7550 de 8202 - Parte 5 de 5]


a pé: o cortiço estava todo alvoroçado com um desastre.
A Machona lavava à sua tina, ralhando e discutindo como sempre,
quando dois trabalhadores, acompanhados de um ruidoso grupo de
curiosos, trouxeram-lhe sobre uma tábua o cadáver ensangüentado do
filho. Agostinho havia ido, segundo o costume, brincar à pedreira com
outros dois rapazitos da estalagem; tinham, cabritando pelas arestas do
precipício, subido a uma altura superior a duzentos metros do chão e,
de repente, faltara-lhe o equilíbrio e o infeliz rolou de lá abaixo,
partindo os ossos e atassalhando as carnes.
Todo ele, coitadinho, era uma só massa vermelha; as canelas,
quebradas no joelho, dobravam moles para debaixo das coxas; a
cabeça, desarticulada, abrira no casco e despejava o pirão dos miolos;
numa das mãos faltavam-lhe todos os dedos e no quadril esquerdo
via-se-lhe sair uma ponta de osso ralado pela pedra.
Foi um alarma no pátio quando ele chegou.
Cruzes! que desgraça!
Albino, que lavava ao lado da Machona, teve uma síncope; Nenen
ficou que nem doida, porque ela queria muito àquele irmão; a das Dores
imprecou contra os trabalhadores, que deixavam um filho alheio
matar-se daquele modo em presença deles; a mãe, essa apenas soltou
um bramido de monstro apunhalado no coração e caiu mesquinha junto
do cadáver, a beijá-lo, vagindo como uma criança. Não parecia a
mesma!
As mães dos outros dois rapazitos esperavam imóveis e lívidas
pela volta dos filhos, e, mal estes chegaram à estalagem, cada uma se
apoderou logo do seu e caiu-lhe em cima, a sová-los ambos que metia
medo.
- Mira-te naquele espelho, tentação do diabo! exclamava uma
delas, com o pequeno seguro entre as pernas a encher-lhe a bunda de
chineladas. Não era aquele que devia ir, eras tu, peste! aquele, coitado!
ao menos ajudava a mãe, ganhava dois mil-réis por mês regando as
plantas do Comendador, e tu, coisa-ruim, só serves para me dar
consumições! Toma! Toma! Toma!
E o chinelo cantava entre o berreiro feroz dos dois rapazes.
João Romão chegou ao terraço de sua casa, ainda em mangas de
camisa, e de lá mesmo tomou conhecimento do que acontecera. Contra
todos os seus hábitos impressionou-se com a morte de Agostinho;
lamentou-a no intimo, tomado de estranhas condolências.
Pobre pequeno! tão novo... tão esperto... e cuja vida não
prejudicava a ninguém, morrer assim, desastradamente!... ao passo que
aquele diabo velho da Bertoleza continuava agarrado à existência,
envenenando-lhe a felicidade, sem se decidir a despachar o beco!
E o demônio da crioula parecia mesmo não estar disposta a ir só
com duas razões; apesar de triste e acabrunhada, mostrava-se forte e
rija. Suas pernas curtas e lustrosas eram duas peças de ferro unidas pela
culatra, das quais ela trazia um par de balas penduradas em saco contra
o peito; as róseas lustrosas do seu cachaço lembravam grossos
chouriços de sangue, e na sua carapinha compacta ainda não havia um
fio branco. Aquilo, arre! tinha vida para o resto do século!
- Mas deixa estar, que eu te despacho bonito e asseado!... disse o


[Linha 7600 de 8202 - Parte 5 de 5]


vendeiro de si para si, voltando ao quarto para acabar de vestir-se.
Enfiava o colete quando bateram pancadas familiares na porta do
corredor.
- Então?! Ainda se está em val de lençóis?...
Era a voz do Botelho.
O vendeiro foi abrir e fê-lo entrar ali mesmo para a alcova.
- Ponha-se a gosto. Como vai você?
- Assim. Não tenho passado lá essas coisas...
João Romão deu-lhe noticia da morte do Agostinho e declarou
que estava com dor de cabeça. Não sabia que diabo tinha ele aquela
noite, que não houve meio de pegar direito no sono.
- Calor... explicou o outro. E prosseguiu depois de uma pausa,
acendendo um cigarro: pois eu vinha cá falar-lhe... Você não repare,
mas...
João Romão supôs que o parasita ia pedir-lhe dinheiro e
preparou-se para a defesa, queixando-se inopinadamente de que os
negócios não lhe corriam bem; mas calou-se, porque o Botelho
acrescentou com o olhar fito nas unhas:
- Não devia falar nisto... são coisas suas lá particulares, em que a
gente não se mete, mas...
O taberneiro compreendeu logo onde a visita queria chegar e
aproximou-se dele, dizendo confidencialmente:
- Não! Ao contrário! fale com franqueza... Nada de receios...
- É que... sim, você sabe que eu tenho tratado do seu casamento
com a Zulmirinha... Lá em casa não se fala agora noutra coisa... até a
própria Dona Estela já está muito bem disposta a seu favor... mas...
- Desembuche, homem de Deus!
- É que há um pontinho que é preciso pôr a limpo... Coisa
insignificante, mas...
- Mas, mas! você não desembuchará por uma vez?... Fale, que
diabo!
Um caixeiro do armazém apareceu à porta, prevenindo de que o
almoço estava na mesa.
- Vamos comer, disse João Romão. Você já almoçou?
- Ainda não, mas lá em casa contam comigo...
O vendeiro mandou o seu empregado dizer lá defronte à família
do Barão que seu Botelho não ia ao almoço. E, sem tomar o casaco,
passou com a visita à sala de jantar.
O cheiro ativo dos móveis, polidos ainda de fresco, dava ao
aposento um caráter insociável de lagar desabitado e por alagar. Os
trastes, tão nus como as paredes, entristeciam com a sua fria nitidez de
coisa nova.
- Mas vamos lá! Que temos então?... inquiriu o dono da casa,
assentando-se à cabeceira da mesa, enquanto o outro, junto dele,
tomava lugar à extremidade de um dos lados.
- É que, respondeu o velho em tom de mistério, você tem cá em
sua companhia uma... uma crioula, que... Eu não creio, note-se, mas...
- Adiante!
- É! Dizem que ela é coisa sua... Lá em casa rosnou!... O Miranda
defende-o, afirma que não... Ah! aquilo é uma grande alma! mas Dona


[Linha 7650 de 8202 - Parte 5 de 5]


Estela, você sabe o que são as mulheres!... torce o nariz e... Em uma
palavra: receio que esta história nos traga qualquer embaraço!...
Calou-se, porque acabava de entrar um portuguesinho, trazendo
uma travessa de carne ensopada com batatas.
João Romão não respondeu, mesmo depois que o pequeno saiu;
ficou abstrato, a bater com a faca entre os dentes.
- Por que você a não manda embora?... arriscou o Botelho,
despejando vinho no seu e no copo do companheiro.
Ainda desta vez não obteve logo resposta; mas o outro tomando,
afinal, uma resolução, declarou confidencialmente:
- Vou dizer-lhe toda coisa como ela é... e talvez que você até me
possa auxiliar!...
Olhou para os lados, chegou mais a sua cadeira para junto da de
Botelho e acrescentou em voz baixa:
- Esta mulher meteu-se comigo, quando eu principiava minha
vida... Então, confesso... precisava de alguém nos casos dela, que me
ajudasse... e ajudou-me muito, não nego! Devo-lhe isso! não!
ajudar-me ajudou! mas...
- E depois?
- Depois, ela foi ficando para ai; foi ficando... e agora...
- Agora é um trambolho que lhe pode escangalhar a igrejinha! É
o que é!
- Sim, que dúvida! pode ser um obstáculo sério ao meu
casamento! Mas, que diabo! eu também, você compreende, não a posso
pôr na rua, assim, sem mais aquelas!... Seria ingratidão, não lhe
parece?...
- Ela já sabe em que pé está o negócio?...
- Deve desconfiar de alguma coisa, que não é tola!... Eu, cá por
mim, não lhe toquei em nada...
- E você ainda faz vida com ela?
- Qual! há muito tempo que nem sombras disso...
- Pois, então, meu amigo, é arranjar-lhe uma quitanda em outro
bairro; dar-lhe algum dinheiro e... Boa viagem! O dente que já não
presta arranca-se fora!
João Romão ia responder, mas Bertoleza assomou à entrada da
sala. Vinha tão transformada e tão lívida que só com a sua presença
intimidou profundamente os dois. A indignação tirava-lhe faíscas dos
olhos e os lábios tremiam-lhe de raiva. Logo que falou veio-lhe espuma
aos cantos da boca.
- Você está muito enganado, seu João, se cuida que se casa e me
atira a toa! exclamou ela. Sou negra, sim, mas tenho sentimentos! Quem
me comeu a carne tem de roer-me os ossos! Então há de uma criatura
ver entrar ano e sair ano, a puxar pelo corpo todo o santo dia que Deus
manda ao mundo, desde pela manhãzinha até pelas tantas da noite,
para ao depois ser jogada no meio da rua, como galinha podre?! Não!
Não há de ser assim, seu João!
- Mas, filha de Deus, quem te disse que eu quero atirar-te à
toa?... perguntou o capitalista.
- Eu escutei o que você conversava, seu João! A mim não me
cegam assim só! Você é fino, mas eu também sou! Você está armando


[Linha 7700 de 8202 - Parte 5 de 5]


casamento com a menina de seu Miranda!
- Sim, estou. Um dia havia de cuidar de meu casamento!... Não
hei de ficar solteiro toda a vida, que não nasci para podengo. Mas
também não te sacudo na rua, como disseste; ao contrário agora mesmo
tratava aqui com o seu Botelho de arranjar-te uma quitanda e...
- Não! Com quitanda principiei; não hei de ser quitandeira até
morrer! Preciso de um descanso! Para isso mourejei junto de você
enquanto Deus Nosso Senhor me deu força e saúde!
- Mas afinal que diabo queres tu?!
- Ora essa! Quero ficar a seu lado! Quero desfrutar o que nós
dois ganhamos juntos! quero a minha parte no que fizemos com o nosso
trabalho! quero o meu regalo, como você quer o seu!
- Mas não vês que isso é um disparate?... Tu não te conheces?...
Eu te estimo, filha; mas por ti farei o que for bem entendido e não
loucuras! Descansa que nada te há de faltar!... Tinha graça, com efeito,
que ficássemos vivendo juntos! Não sei como não me propões
casamento!
- Ah! agora não me enxergo! agora eu não presto para nada!
Porém, quando você precisou de mim não lhe ficava mal servir-se de
meu corpo e agüentar a sua casa com o meu trabalho! Então a negra
servia pra um tudo; agora não presta pra mais nada, e atira-se com ela no
monturo do cisco! Não! assim também Deus não manda! Pois se aos
cães velhos não se enxotam, por que me hão de pôr fora desta casa, em
que meti muito suor do meu rosto?... Quer casar, espere então que eu
feche primeiro os olhos; não seja ingrato!
João Romão perdeu por fim a paciência e retirou-se da sala,
atirando à amante uma palavrada porca.
- Não vale a pena encanzinar-se... segredou-lhe o Botelho,
acompanhando-o até a alcova, onde o vendeiro enterrou com toda a
força o chapéu na cabeça e enfiou o paletó com a mão fechada em
murro.
- Arre! Não a posso aturar nem mais um instante! Que vá para o
diabo que a carregue! em casa é que não me fica!
- Calma, homem de Deus! Calma!
- Se não quiser ir por bem, ira por mal! Sou eu quem o diz!
E o vendeiro esfuziou pela escada, levando atrás de si o velhote,
que mal podia acompanhá-lo na carreira. Já na esquina da rua parou e,
fitando no outro o seu olhar flamejante, perguntou-lhe:
- Você viu?!
- É... resmungou o parasita, de cabeça baixa, sem interromper os
passos.
E seguiram em silêncio, andando agora mais devagar; ambos
preocupados.
No fim de uma boa pausa, Botelho perguntou se Bertoleza era
escrava quando João Romão tomou conta dela.
Esta pergunta trouxe uma inspiração ao vendeiro. Ia pensando em
metê-la como idiota no Hospício de Pedro 11, mas acudia-lhe agora
coisa muito melhor: entregá-la ao seu senhor, restituí-la legalmente à
escravidão.
Não seria difícil... considerou ele; era só procurar o dono da


[Linha 7750 de 8202 - Parte 5 de 5]


escrava, dizer-lhe onde esta se achava refugiada e aquele ir logo
buscá-la com a polícia.
E respondeu ao Botelho:
- Era e é!
- Ah! Ela é escrava? De quem?
- De um tal Freitas de Melo. O primeiro nome não sei. Gente de
fora. Em casa tenho as notas.
- Ora! então a coisa é simples!... Mande-a p'ro dono!
- E se ela não quiser ir?...
- Como não?! A polícia a obrigará! É boa!
- Ela há de querer comprar a liberdade...
- Pois que a compre, se o dono consentir!... Você com isso nada
mais tem que ver! E se ela voltar à sua procura, despache-a logo; se
insistir, vá então à autoridade e queixe-se! Ah, meu caro, estas coisas,
para serem bem feiras, fazem-se assim ou não se fazem! Olhe que
aquele modo com que ela lhe falou há pouco é o bastante para você ver
que semelhante estupor não lhe convém dentro de casa nem mais um
instante! Digo-lhe até: já não só pelo fato do casamento, mas por tudo!
Não seja mole!
João Romão escutava, caminhando calado, sem mais vislumbres
de agitação. Tinham chegado à praia.
- Você quer encarregar-se disto? propôs ele ao companheiro,
parando ambos à espera do bonde; se quiser pode tratar, que lhe darei
uma gratificação menos má...
- De quanto?...
- Cem mil-réis!
- Não! dobre!
- Terás os duzentos!
- Está dito! Eu cá, pra tudo que for pôr cobro a relaxamento de
negro, estou sempre pronto!
- Pois então logo mais à tarde lhe darei, ao certo, o nome do
dono, o lugar em que ele residia quando ela veio para mim e o mais que
encontrar a respeito.
- E o resto fica a meu cuidado! Pode dá-la por despachada!



XXII


Desde esse dia Bertoleza fez-se ainda mais concentrada e
resmungona e só trocava com o amigo um ou outro monossílabo
inevitável no serviço da casa. Entre os dois havia agora desses olhares
de desconfiança, que são abismos de constrangimento entre pessoas
que moram juntas. A infeliz vivia num sobressalto constante; cheia de
apreensões, com medo de ser assassinada; só comia do que ela própria
preparava para si e não dormia senão depois de fechar-se a chave. À
noite o mais ligeiro rumor a punha de pé, olhos arregalados, respiração
convulsa, boca aberta e pronta para pedir socorro ao primeiro assalto.
No entanto, em redor do seu desassossego e do seu mal-estar,


[Linha 7800 de 8202 - Parte 5 de 5]


tudo ali prosperava forte em grosso, aos contos de réis, com a mesma
febre com que dantes, em torno da sua atividade de escrava
trabalhadeira, os vinténs choviam dentro da gaveta da venda. Durante
o dia paravam agora em frente do armazém carroças e carroças com
fardos e caixas trazidos da alfândega, em que se liam as iniciais de João
Romão; e rodavam-se pipas e mais pipas de vinho e de vinagre, e
grandes partidas de barricas de cerveja e de barris de manteiga e de
sacos de pimenta. E o armazém, com as suas portas escancaradas sobre
o público, engolia tudo de um trago, para depois ir deixando sair de
novo, aos poucos, com um lucro lindíssimo, que no fim do ano causava
assombros. João Romão fizera-se o fornecedor de todas as tabernas e
armarinhos de Botafogo; o pequeno comércio sortia-se lá para vender a
retalho. A sua casa tinha agora um pessoal complicado de primeiros,
segundos e terceiros caixeiros, além do guarda-livros, do comprador,
do despachante e do caixa; do seu escritório saiam correspondências
em várias línguas e, por dentro das grades de madeira polida, onde
havia um bufete sempre servido com presunto, queijo e cerveja,
faziam-se largos contratos comerciais, transações em que se arriscavam
fortunas; e propunham-se negociações de empresas e privilégios
obtidos do governo; e realizavam-se vendas e compras de papéis; e
concluíam-se empréstimos de juros fortes sobre hipotecas de grande
valor. E ali ia de tudo: o alto e o baixo negociante; capitalistas adulados
e mercadores falidos; corretores de praça, zangões, cambistas;
empregados públicos, que passavam procuração contra o seu ordenado;
empresários de teatro e fundadores de jornais, em aparos de dinheiro;
viúvas, que negociavam o seu montepio; estudantes, que iam receber a
sua mesada; e capatazes de vários grupos de trabalhadores pagos pela
casa; e, destacando-se de todos, pela quantidade, os advogados e a
gente miúda do foro, sempre inquieta, farisqueira, a meter o nariz em
tudo, feia, a papelada debaixo do braço, a barba por fazer, o cigarro
babado e apagado a um canto da boca.
E, como a casa comercial de João Romão, prosperava igualmente a
sua avenida. Já lá se não admitia assim qualquer pé-rapado: para entrar
era preciso carta de fiança e uma recomendação especial. Os preços dos
cômodos subiam, e muitos dos antigos hóspedes, italianos
principalmente, iam, por economia, desertando para o
"Cabeça-de-Gato" e sendo substituídos por gente mais limpa.
Decrescia também o número das lavadeiras, e a maior parte das
casinhas eram ocupadas agora por pequenas famílias de operários,
artistas e praticantes de secretaria. O cortiço aristocratizava-se. Havia
um alfaiate logo à entrada, homem sério, de suíças que cosia na sua
máquina entre oficiais, ajudado pela mulher, uma lisboeta cor de nabo,
gorda, velhusca, com um principio de bigode e cavanhaque, mas
extremamente circunspecta; em seguida um relojoeiro calvo, de óculos,
que parecia mumificado atrás da vidraça em que ele, sem mudar de
posição, trabalhava, da manhã até à tarde; depois um pintor de tetos e
tabuletas, que levou a fantasia artística ao ponto de fazer, a pincel, uma
trepadeira em volta da sua porta, onde se viam pássaros de várias cores
e feitios, muito comprometedores para o crédito profissional do autor;
mais adiante instalara-se um cigarreiro, que ocupava nada menos de


[Linha 7850 de 8202 - Parte 5 de 5]


três números na estalagem e tinha quatro filhas e dois filhos a
fabricarem cigarros, e mais três operárias que preparavam palha de
milho e picavam e desfiavam tabaco. Florinda, metida agora com um
despachante de estrada de ferro, voltara para o São Romão e trazia a
sua casinha em muito bonito pé de limpeza e arranjo. Estava ainda de
luto pela mãe, a pobre velha Marciana, que ultimamente havia morrido
no hospício dos doidos. Aos domingos o despachante costumava
receber alguns camaradas para jantar, e como a rapariga puxava os
feitios da Rita Baiana, as suas noitadas acabavam sempre em pagode
de dança e cantarola, mas tudo de portas adentro, que ali já se não
admitiam sambas e chinfrinadas ao relento. A Machona quebrara um
pouco de gênio depois da morte de Agostinho e era agora visitada por
um grupo de moços do comércio, entre os quais havia um pretendente à
mão de Nenen, que se mirrava já de tanto esperar a seco por marido.
Alexandre fora promovido a sargento e empertigava-se ainda mais
dentro da sua farda nova, de botões que cegavam; a mulher, sempre
indiferentemente fecunda e honesta, parecia criar bolor na sua moleza
úmida e tinha um ar triste de cogumelo; era vista com freqüência a dar
de mamar a um pequerrucho de poucos meses, empinando muito a
barriga para a frente, pelo hábito de andar sempre grávida. A sua
comadre Léonie continuava a visitá-la de vez em quando, aturdindo a
atual pacatez daquele cenóbio com as suas roupas gritadoras. Uma
ocasião em que lá fora, um sábado à tarde, produzira grande alvoroço
entre os decanos da estalagem, porque consigo levava Pombinha, que
se atirara ao mundo e vivia agora em companhia dela.
Pobre Pombinha! no fim dos seus primeiros dois anos de casada já
não podia suportar o marido; todavia, a principio, para conservar-se
mulher honesta, tentou perdoar-lhe a falta de espírito, os gostos rasos e
a sua risonha e fatigante palermice de homem sem ideal; ouviu-lhe,
resignada, as confidências banais nas horas intimas do matrimônio;
atendeu-o nas suas exigências mesquinhas de ciumento que chora;
tratou-o com toda a solicitude, quando ele esteve a decidir com uma
pneumonite aguda; procurou afinar em tudo com o pobre rapaz; não lhe
falou nunca em coisas que cheirassem a luxo, a arte, a estética, a
originalidade; escondeu a sua mal-educada e natural intuição pelo que é
grande, ou belo, ou arrojado, e fingiu ligar interesse ao que ele fazia, ao
que ele dizia, ao que ele ganhava, ao que ele pensava e ao que ele
conseguia com paciência na sua vida estreita de negociante rotineiro;
mas, de repente, zás! faltou-lhe o equilíbrio e a mísera escorregou,
caindo nos braços de um boêmio de talento, libertino e poeta, jogador e
capoeira. O marido não deu logo pela coisa, mas começou a estranhar a
mulher, a desconfiar dela e a espreitá-la, até que um belo dia,
seguindo-a na rua sem ser visto, o desgraçado teve a dura certeza de
que era traído pela esposa, não mais com o poeta libertino, mas com um
artista dramático que muitas vezes lhe arrancara, a ele, sinceras lágrimas
de comoção, declamando no teatro em honra da moral triunfante e
estigmatizando o adultério com a retórica mais veemente e indignada.
Ah! não pôde iludir-se!... e, a despeito do muito que amava à
ingrata, rompeu com ela e entregou-a à mãe, fugindo em seguida para
São Paulo. Dona Isabel, que sabia já, não desta última falcatrua da


[Linha 7900 de 8202 - Parte 5 de 5]


filha, mas das outras primeiras, que bem a mortificaram, coitada!
desfez-se em lágrimas, aconselhou-a a que se arrependesse e mudasse
de conduta; em seguida escreveu ao genro, intercedendo por
Pombinha, jurando que agora respondia por ela e pedindo-lhe que
esquecesse o passado e voltasse para junto de sua mulher. O rapaz não
respondeu à carta, e, daí a meses, Pombinha desapareceu da casa da
mãe. Dona Isabel quase morre de desgosto. Para onde teria ido a
filha?... "Onde está? onde não está? Procura daqui! procura daí!" Só a
descobriu semanas depois; estava morando num hotel com Léonie. A
serpente vencia afinal: Pombinha foi, pelo seu próprio pé, atraída,
meter-se-lhe na boca. A pobre mãe chorou a filha como morta; mas,
visto que os desgostos não lhe tiraram a vida por uma vez e, como a
desgraçada não tinha com que matar a fome, nem forças para trabalhar,
aceitou de cabeça baixa o primeiro dinheiro que Pombinha lhe mandou.
E, desde então, aceitou sempre, constituindo-se a rapariga no seu único
amparo da velhice e sustentando-a com os ganhos da prostituição.
Depois, como neste mundo uma criatura a tudo se acostuma, Dona
Isabel mudou-se para a casa da filha. Mas não aparecia nunca na sala
quando havia gente de fora, escondia-se; e, se algum dos
freqüentadores de Pombinha a pilhava de improviso, a infeliz, com
vergonha de si mesma, fingia-se criada ou dama de companhia. O que
mais a desgostava, e o que ela não podia tolerar sem apertos de coração,
era ver a pequena endemoninhar-se com champanha depois do jantar e
pôr-se a dizer tolices e a estender-se ali mesmo no colo dos homens.
Chorava sempre que a via entrar ébria, fora de horas, depois de uma
orgia; e, de desgosto em desgosto, foi-se sentindo enfraquecer e
enfermar, até cair de cama e mudar-se para uma casa de saúde, onde
afinal morreu.
Agora, as duas cocotes, amigas inseparáveis, terríveis naquela
inquebrantável solidariedade, que fazia delas uma só cobra de duas
cabeças, dominavam o alto e o baixo Rio de Janeiro. Eram vistas por
toda a parte onde houvesse prazer; a tarde, antes do jantar,
atravessavam o Catete em carro descoberto, com a Juju ao lado; à noite,
no teatro, em um camarote de boca chamavam sobre si os velhos
conselheiros desfibrados pela política e ávidos de sensações extremas,
ou arrastavam para os gabinetes particulares dos hotéis os sensuais e
gordos fazendeiros de café, que vinham à corte esbodegar o farto
produto das safras do ano, trabalhadas pelos seus escravos. Por cima
delas duas passara uma geração inteira de devassos. Pombinha, só com
três meses de cama franca, fizera-se tão perita no ofício como a outra; a
sua infeliz inteligência, nascida e criada no modesto lodo da estalagem,
medrou logo admiravelmente na lama forte dos vícios de largo fôlego;
fez maravilhas na arte; parecia adivinhar todos os segredos daquela
vida; seus lábios não tocavam em ninguém sem tirar sangue; sabia
beber, gota a gota, pela boca do homem mais avarento, todo o dinheiro
que a vitima pudesse dar de si. Entretanto, lá na Avenida São Romão,
era, como a mestra, cada vez mais adorada pelos seus velhos e fiéis
companheiros de cortiço; quando lá iam, acompanhadas por Juju, a
porta da Augusta ficava, como dantes, cheia de gente, que as
abençoava com o seu estúpido sorriso de pobreza hereditária e humilde.


[Linha 7950 de 8202 - Parte 5 de 5]


Pombinha abria muito a bolsa, principalmente com a mulher de
Jerônimo, a cuja filha, sua protegida predileta, votava agora, por sua
vez, uma simpatia toda especial, idêntica à que noutro tempo inspirara
ela própria à Léonie. A cadeia continuava e continuaria
interminavelmente; o cortiço estava preparando uma nova prostituta
naquela pobre menina desamparada, que se fazia mulher ao lado de
uma infeliz mãe ébria.
E era, ainda assim, com essas esmolas de Pombinha, que na casa
de Piedade não faltava de todo o pão, porque já ninguém confiava
roupa à desgraçada, e nem ela podia dar conta de qualquer trabalho.
Pobre mulher! chegara ao extremo dos extremos. Coitada! já não
causava dó, causava repugnância e nojo. Apagaram-se-lhe os últimos
vestígios do brio; vivia andrajosa, sem nenhum trato e sempre ébria,
dessa embriaguez sombria e mórbida que se não dissipa nunca. O seu
quarto era o mais imundo e o pior de toda a estalagem; homens
malvados abusavam dela, muitos de uma vez, aproveitando-se da
quase completa inconsciência da infeliz. Agora, o menor trago de
aguardente a punha logo pronta; acordava todas as manhãs apatetada,
muito triste, sem animo para viver esse dia, mas era só correr à garrafa e
voltavam-lhe as risadas frouxas, de boca que já se não governa. Um
empregado de João Romão, que ultimamente fazia as vezes dele na
estalagem, por três vezes a enxotou, e ela, de todas, pediu que lhe
dessem alguns dias de espera, para arranjar casa. Afinal, no dia seguinte
ao último em que Pombinha apareceu por lá com Léonie e deixou-lhe
algum dinheiro, despejaram-lhe os tarecos na rua.
E a mísera, sem chorar, foi refugiar-se, junto com a filha, no
"Cabeça-de-Gato" que, à proporção que o São Romão se engrandecia,
mais e mais ia-se rebaixando acanalhado, fazendo-se cada vez mais
torpe, mais abjeto, mais cortiço, vivendo satisfeito do lixo e da
salsugem que o outro rejeitava, como se todo o seu ideal fosse
conservar inalterável, para sempre, o verdadeiro tipo da estalagem
fluminense, a legitima, a legendária; aquela em que há um samba e um
rolo por noite; aquela em que se matam homens sem a polícia descobrir
os assassinos; viveiro de larvas sensuais em que irmãos dormem
misturados com as irmãs na mesma lama; paraíso de vermes, brejo de
lodo quente e fumegante, donde brota a vida brutalmente, como de
uma podridão.



XXIII


À porta de uma confeitaria da Rua do Ouvidor, João Romão,
apurado num fato novo de casimira clara, esperava pela família do
Miranda, que nesse dia andava em compras.
Eram duas horas da tarde e um grande movimento fazia-se ali. O
tempo estava magnífico; sentia-se pouco calor. Gente entrava e saia, a
passo frouxo, da Casa Pascoal. Lá dentro janotas estacionavam de pé,
soprando o fumo dos charutos, à espera que desocupassem uma das


[Linha 8000 de 8202 - Parte 5 de 5]


mesinhas de mármore preto; grupos de senhoras, vestidas de seda,
faziam lanche com vinho do Porto. Respirava-se um cheiro agradável
de essências e vinagres aromáticos; havia um rumor quente e garrido,
mas bem-educado; namorava-se forte, mas com disfarce, furtando-se
olhares no complicado encontro dos espelhos; homens bebiam ao
balcão e outros conversavam, comendo empadinhas junto às estufas;
algumas pessoas liam já os primeiros jornais da tarde; serventes, muito
atarefados, despachavam compras de doces e biscoitos e faziam, sem
descansar, pacotes de papel de cor, que os compradores levavam
pendurados num dedo. Ao fundo, de um dos lados do salão,
aviavam-se grandes encomendas de banquetes para essa noite,
traziam-se lá de dentro, já prontas, torres e castelos de balas e trouxas
d'ovos e imponentes peças de cozinha caprichosamente enfeitadas;
criados desciam das prateleiras as enormes baixelas de metal branco,
que os companheiros iam embalando em caixões com papel fino
picado. Os empregados das secretarias públicas vinham tomar o seu
vermute com sifão; repórteres insinuavam-se por entre os grupos dos
jornalistas e dos políticos, com o chapéu à ré, ávidos de noticias, uma
curiosidade indiscreta nos olhos. João Romão, sem deixar a porta,
apoiado no seu guarda-chuva de cabo de marfim, recebia
cumprimentos de quem passava na rua; alguns paravam para lhe falar.
Ele tinha sorrisos e oferecimentos para todos os lados; e consultava o
relógio de vez em quando.
Mas a família do Barão surgiu afinal. Zulmira vinha na frente, com
um vestido cor de palha justo ao corpo, muito elegante no seu tipo de
fluminense pálida e nervosa; logo depois Dona Estela, grave, toda de
negro, passo firme e ar severo de quem se orgulha das suas virtudes e
do bom cumprimento dos seus deveres. O Miranda acompanhava-as de
sobrecasaca, fitinha ao peito, o colarinho até ao queixo, botas de verniz,
chapéu alto e bigode cuidadosamente raspado. Ao darem com João
Romão, ele sorriu e Zulmira também; só Dona Estela conservou
inalterável a sua fria máscara de mulher que não dá verdadeira
importância senão a si mesma.
O ex-taverneiro e futuro visconde foi, todavia, ao encontro deles,
cheio de solicitude, descobrindo-se desde logo e convidando-os com
empenho a que tomassem alguma coisa.
Entraram todos na confeitaria e apoderaram-se da primeira mesa
que se esvaziou. Um criado acudiu logo e João Romão, depois de
consultar Dona Estela, pediu sanduíches, doces e moscatel de Setúbal.
Mas Zulmira reclamou sorvete e licor. E só esta falava; os outros
estavam ainda à procura de um assunto para a conversa; afinal o
Miranda que, durante esse tempo contemplava o teto e as paredes, fez
algumas considerações sobre as reformas e novos adornos do salão da
confeitaria. Dona Estela dirigiu, de má, a João Romão várias perguntas
sobre a companhia lírica, o que confundiu por tal modo ao pobre do
homem, que o pôs vermelho e o desnorteou de todo. Felizmente, nesse
instante chegava o Botelho e trazia uma noticia: a morte de um sargento
no quartel; questão entre inferior e superior. O sargento, insultado por
um oficial do seu batalhão, levantara a mão contra ele, e o oficial então
arrancara da espada e atravessara-o de lado a lado. Estava direito! Ah!


[Linha 8050 de 8202 - Parte 5 de 5]


ele era rigoroso em pontos de disciplina militar! Um sargento levantara
a mão para um oficial superior!... devia ficar estendido ali mesmo, que
dúvida!
E faiscavam-lhe os olhos no seu inveterado entusiasmo por tudo
que cheirasse a farda. Vieram logo as anedotas análogas; o Miranda
contou um fato idêntico que se dera vinte anos atrás e Botelho citou
uma enfiada deles interminável.
Quando se levantaram, João Romão deu o braço a Zulmira e o
Barão à mulher, e seguiram todos para o Largo de São Francisco,
lentamente, em andar de passeio, acompanhados pelo parasita. Lá
chegados, Miranda queria que o vizinho aceitasse um lugar no seu
carro, mas João Romão tinha ainda que fazer na cidade e pediu
dispensa do obséquio. Botelho também ficou; e, mal a carruagem
partiu, este disse ao ouvido do outro, sem tomar fôlego:
- O homem vai hoje, sabe? Está tudo combinado!
- Ah! vai? perguntou João Romão com interesse, estacando no
meio do largo. Ora graças! Já não é sem tempo!
- Sem tempo! Pois olhe, meu amigo, que tenho suado o topete!
Foi uma campanha!
- Há que tempo já tratamos disto!...
- Mas que quer você, se o homem não aparecia?... Estava fora!
Escrevi-lhe várias vezes, como sabe, e só agora consegui pilhá-lo. Fui
também à polícia duas vezes e já lá voltei hoje; ficou tudo pronto! mas
você deve estar em casa para entregar a crioula quando eles lá se
apresentarem...
- Isso é que seria bom se se pudesse dispensar... Desejava não
estar presente...
- Ora essa! Então com quem se entendem eles?... Não! tenha
paciência! é preciso que você lá esteja!
- Você podia fazer as minhas vezes...
- Pior! Assim não arranjamos nada! Qualquer dúvida pode
entornar o caldo! É melhor fazer as coisas bem feitas. Que diabo lhe
custa isto?... Os homenzinhos chegam, reclamam a escrava em nome da
lei, e você a entrega - pronto! Fica livre dela para sempre, e daqui a
dias estoura o champanha do casório! Hein, não lhe parece?
- Mas...
- Ela há de choramingar, fazer lamúrias e coisas, mas você põe-se
duro e deixe-a seguir lá o seu destino!... Bolas! não foi você que a fez
negra!...
- Pois vamos lá! creio que são horas.
- Que horas são?
- Três e vinte.
- Vamos indo.
E desceram de novo a Rua do Ouvidor até ao ponto dos bondes
de Gonçalves Dias.
- O de São Clemente não está agora, observou o velho. Vou
tomar um copo d'água enquanto esperamos.
Entraram no botequim do lugar e, para conversar assentados,
pediram dois cálices de conhaque.
- Olhe, acrescentou o Botelho; você nem precisa dizer palavra...


[Linha 8100 de 8202 - Parte 5 de 5]


faça como coisa que não tem nada com isso, compreende?
- E se o homem quiser os ordenados de todo o tempo em que ela
esteve em minha companhia?...
- Como, filho, se você não a alugou das mãos de ninguém?!...
Você não sabe lá se a mulher é ou era escrava; tinha-a por livre
naturalmente; agora aparece o dono, reclama-a e você a entrega, porque
não quer ficar com o que lhe não pertence! Ela, sim, pode pedir o seu
saldo de contas; mas para isso você lhe dará qualquer coisa...
- Quanto devo dar-lhe?
- Aí uns quinhentos mil-réis, para fazer a coisa à fidalga.
- Pois dou-lhos.
- E feito isso - acabou-se! O próprio Miranda vai logo, logo, ter
com você! Verá!
Iam falar ainda, mas o bonde de São Clemente acabava de chegar,
assaltado por todos os lados pela gente que o esperava. Os dois só
conseguiram lugar muito separados um do outro, de sorte que não
puderam conversar durante a viagem.
No Largo da Carioca uma vitória passou por eles, a todo o trote.
Botelho vergou-se logo para trás, procurando os olhos do vendeiro, a
rir-se com intenção. Dentro do carro ia Pombinha, coberta de jóias, ao
lado de Henrique; ambos muito alegres, em pândega. O estudante,
agora no seu quarto ano de medicina, vivia à solta com outros da
mesma idade e pagava ao Rio de Janeiro o seu tributo de rapazola rico.
Ao chegarem à casa, João Romão pediu ao cúmplice que entrasse e
levou-o para o seu escritório.
- Descanse um pouco... disse-lhe.
- É, se eu soubesse que eles se não demoravam muito ficava para
ajudá-lo.
- Talvez só venham depois do jantar, tornou aquele,
assentando-se à carteira.
Um caixeiro aproximou-se dele respeitosamente e fez-lhe várias
perguntas relativas ao serviço do armazém, ao que João Romão
respondia por monossílabos de capitalista; interrogou-o por sua vez e,
como não havia novidade, tomou Botelho pelo braço e convidou-o a
sair.
- Fique para jantar. São quatro e meia, segredou-lhe na escada.
Já não era preciso prevenir lá defronte porque agora o velho
parasita comia muitas vezes em casa do vizinho.
O jantar correu frio e contrafeito; os dois sentiam-se ligeiramente
dominados por um vago sobressalto. João Romão foi pouco além da
sopa e quis logo a sobremesa.
Tomavam café, quando um empregado subiu para dizer que lá
embaixo estava um senhor, acompanhado de duas praças, e que
desejava falar ao dono da casa.
- Vou já, respondeu este. E acrescentou para o Botelho: - São
eles!
- Deve ser, confirmou o velho.
E desceram logo.
- Quem me procura?... exclamou João Romão com disfarce,
chegando ao armazém.


[Linha 8150 de 8202 - Parte 5 de 5]


Um homem alto, com ar de estróina, adiantou-se e entregou-lhe
uma folha de papel.
João Romão, um pouco trêmulo, abriu-a defronte dos olhos e leu-a
demoradamente. Um silêncio formou-se em torno dele; os caixeiros
pararam em meio do serviço, intimidados por aquela cena em que
entrava a polícia.
- Está aqui com efeito... disse afinal o negociante. Pensei que
fosse livre...
- É minha escrava, afirmou o outro. Quer entregar-ma?...
- Mas imediatamente.
- Onde está ela?
- Deve estar lá dentro. Tenha a bondade de entrar...
O sujeito fez sina! aos dois urbanos, que o acompanharam logo, e
encaminharam-se todos para o interior da casa. Botelho, à frente deles,
ensinava-lhes o caminho. João Romão ia atrás, pálido, com as mãos
cruzadas nas costas.
Atravessaram o armazém, depois um pequeno corredor que dava
para um pátio calçado, chegaram finalmente à cozinha. Bertoleza, que
havia já feito subir o jantar dos caixeiros, estava de cócoras, no chão,
escamando peixe, para a ceia do seu homem, quando viu parar defronte
dela aquele grupo sinistro.
Reconheceu logo o filho mais velho do seu primitivo senhor, e um
calafrio percorreu-lhe o corpo. Num relance de grande perigo
compreendeu a situação; adivinhou tudo com a lucidez de quem se vê
perdido para sempre: adivinhou que tinha sido enganada; que a sua
carta de alforria era uma mentira, e que o seu amante, não tendo
coragem para matá-la, restituía-a ao cativeiro.
Seu primeiro impulso foi de fugir. Mal, porém, circunvagou os
olhos em torno de si, procurando escapula, o senhor adiantou-se dela e
segurou-lhe o ombro.
- É esta! disse aos soldados que, com um gesto, intimaram a
desgraçada a segui-los. - Prendam-na! É escrava minha!
A negra, imóvel, cercada de escamas e tripas de peixe, com uma
das mãos espalmada no chão e com a outra segurando a faca de
cozinha, olhou aterrada para eles, sem pestanejar.
Os policiais, vendo que ela se não despachava, desembainharam
os sabres. Bertoleza então, erguendo-se com ímpeto de anta bravia,
recuou de um salto e, antes que alguém conseguisse alcançá-la, já de um
só golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado.
E depois embarcou para a frente, rugindo e esfocinhando
moribunda numa lameira de sangue.
João Romão fugira até ao canto mais escuro do armazém, tapando
o rosto com as mãos.
Nesse momento parava à porta da rua uma carruagem. Era uma
comissão de abolicionistas que vinha, de casaca! trazer-lhe
respeitosamente o diploma de sócio benemérito.
Ele mandou que os conduzissem para a sala de visitas.


FIM --- FIM --- FIM



...


O Cortiço - Parte 1 de 5 - Aluísio Azevedo
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O Cortiço - Parte 2 de 5 - Aluísio Azevedo
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O Cortiço - Parte 3 de 5 - Aluísio Azevedo
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O Cortiço - Parte 4 de 5 - Aluísio Azevedo
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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O Cortiço - Parte 4 de 5 - Aluísio Azevedo


O Cortiço - Parte 4 de 5 - Aluísio Azevedo

O Cortiço - Aluísio Azevedo



Que nunca daria de si ao marido que ia ter uma companheira amiga, leal
e dedicada; pressentiu que nunca o respeitaria sinceramente como a um
ser superior por quem damos a vida; que nunca lhe votaria entusiasmo,
e por conseguinte nunca lhe teria amor; desse de que ela se sentia capaz
de amar alguém, se na terra houvera homens dignos disso.


Ah! não o amaria decerto, porque o Costa era como os outros, passivo e
resignado, aceitando a existência que lhe impunham as circunstâncias,
sem ideais próprios, sem temeridades de revolta, sem atrevimentos de
ambição, sem vícios trágicos, sem capacidade para grandes crimes; era
mais um animal que viera ao mundo para propagar a espécie; um
pobre-diabo enfim que já a adorava cegamente e que mais tarde, com
ou sem razão, derramaria aquelas mesmas lágrimas, ridículas e
vergonhosas, que ela vira decorrendo em quentes camarinhas pelas
ásperas e maltratadas barbas do marido de Leocádia.
E não obstante, até então, aquele matrimônio era o seu sonho
dourado. Pois agora, nas vésperas de obtê-lo, sentia repugnância em
dar-se ao noivo, e, se não fora a mãe, seria muito capaz de dissolver o
ajuste.
Mas, daí a uma semana, a estalagem era toda em rebuliço desde
logo pela manhã. Só se falava em casamento; havia em cada olhar um
sangüíneo reflexo de noites nupciais. Desfolharam-se rosas à porta da
Pombinha. Às onze horas parou um carro à entrada do cortiço com uma
senhora gorda, vestida de seda cor de pérola. Era a madrinha que vinha
buscar a noiva para a igreja de São João Batista. A cerimônia estava
marcada para o meio-dia. Toda esta formalidade embatucava os
circunstantes, que se alinhavam imóveis defronte do número 15, com as
mãos cruzadas atrás, o rosto paralisado por uma comoção respeitosa;
alguns sorriam enternecidos; quase todos tinham os olhos
ressumbrados d'água.


[Linha 4950 de 8202 - Parte 4 de 5]


Pombinha surgiu à porta de casa, já pronta para desferir o grande
vôo; de véu e grinalda, toda de branco, vaporosa, linda. Parecia
comovida; despedia-se dos companheiros atirando-lhes beijos com o
seu ramalhete de flores artificiais. Dona Isabel chorava como criança,
abraçando as amigas, uma por uma.
- Deus lhe ponha virtude! exclamou a Machona. E que lhe dê um
bom parto, quando vier a primeira barriga.
A noiva sorria, de olhos baixas. Uma fímbria de desdém
toldava-lhe a rosada candura de seus lábios. Encaminhou-se para o
portão, cercada pela bênção de toda aquela gente, cujas lágrimas
rebentaram afinal, feliz cada um por vê-la feliz e em caminho da
posição que lhe competia na sociedade.
- Não! aquela não nascera para isto!... sentenciou o Alexandre,
retorcendo o reluzente bigode. Seria lástima se a deixassem ficar aqui!
O velho Libório, cascalhando uma risada decrépita, queixou-se de
que o maganão do Costa lhe passara a perna roubando-lhe a namorada.
Ingrata! Ele que estava disposto a fazer uma asneira!
Nenen deu uma corrida até à noiva, na ocasião em que esta
chegava à carruagem e, estalando-lhe um beijo na boca, pediu-lhe com
empenho que se não esquecesse de mandar-lhe um botão da sua
grinalda de flores de laranjeira.
- Diz que é muito bom para quem deseja casar!... e eu tenho tanto
medo de ficar solteira!... É todo o meu susto!



XIII


À proporção que alguns locatários abandonavam a estalagem,
muitos pretendentes surgiam disputando os cômodos desalugados.
Delporto e Pompeo foram varridos pela febre amarela e três outros
italianos estiveram em risco de vida. O número dos hóspedes crescia; os
casulos subdividiam-se em cubículos do tamanho de sepulturas; e as
mulheres iam despejando crianças com uma regularidade de gado
procriador. Uma família; composta de mãe viúva e cinco filhas
solteiras, das quais destas a mais velha tinha trinta anos e a mais moça
quinze, veio ocupar a casa que Dona Isabel esvaziou poucos dias depois
do casamento de Pombinha.
Agora, na mesma rua, germinava outro cortiço ali perto, o
"Cabeça-de-Gato". Figurava como seu dono um português que
também tinha venda, mas o legitimo proprietário era um abastado
conselheiro, homem de gravata lavada, a quem não convinha, por
decoro social, aparecer em semelhante gênero de especulações. E João
Romão, estalando de raiva, viu que aquela nova república da miséria
prometia ir adiante e ameaçava fazer-lhe à sua, perigosa concorrência.
Pôs-se logo em campo, disposto à luta, e começou a perseguir o rival
por todos os modos, peitando fiscais e guardas municipais, para que o
não deixassem respirar um instante com multas e exigências vexatórias;
enquanto pela sorrelfa plantava no espírito dos seus inquilinos um


[Linha 5000 de 8202 - Parte 4 de 5]


verdadeiro ódio de partido, que os incompatibilizava com a gente do
"Cabeça-de-Gato". Aquele que não estivesse disposto a isso ia
direitinho para a rua, "que ali se não admitiam meias medidas a tal
respeito! Ali: ou bem peixe ou bem carne! Nada de embrulho!" É inútil
dizer que a parte contrária lançou mão igualmente de todos os meios
para guerrear o inimigo, não tardando que entre os moradores da duas
estalagens rebentasse uma tremenda rivalidade, dia a dia agravada por
pequenas brigas e rezingas, em que as lavadeiras se destacavam sempre
com questões de freguesia de roupa. No fim de pouco tempo os dois
partidos estavam já perfeitamente determinados; os habitantes do
"Cabeça-de-Gato" tomaram por alcunha o titulo do seu cortiço, e os de
"São Romão", tirando o nome do peixe que a Bertoleza mais vendia à
porta da taverna, foram batizados por "Carapicus". Quem se desse com
um carapicu não podia entreter a mais ligeira amizade com um
cabeça-de-gato; mudar-se alguém de uma estalagem para outra era
renegar idéias e princípios e ficava apontado a dedo; denunciar a um
contrário o que se passava, fosse o que fosse, dentro do circulo oposto,
era cometer traição tamanha, que os companheiros a puniam a pau. Um
vendedor de peixe, que caiu na asneira de falar a um cabeça-de-gato a
respeito de uma briga entre a Machona e sua filha, a das Dores, foi
encontrado quase morto perto do cemitério de São João Batista.
Alexandre, esse então não cochilava com os adversários: nas suas
partes policiais figurava sempre o nome de um deles pelo menos, mas
entre os próprios polícias havia adeptos de um e de outro partido; o
urbano que entrava na venda do João Romão tinha escrúpulo de tomar
qualquer coisa ao balcão da outra venda. Em meio do pátio do
"Cabeça-de-Gato" arvorara-se uma bandeira amarela; os carapicus
responderam logo levantando um pavilhão vermelho. E as duas cores
olhavam-se no ar como um desafio de guerra.
A batalha era inevitável. Questão de tempo.
Firmo, assim que se instaurara a nova estalagem, abandonou o
quarto na oficina e meteu-se lá de súcia com o Porfiro, apesar da
oposição de Rita, que mais depressa o deixaria a ele do que aos seus
velhos camaradas de cortiço. Daí nasceu certa ponta de discórdia entre
os dois amantes; as suas entrevistas tornavam-se agora mais raras e mais
difíceis. A baiana, por coisa alguma desta vida, poria os pés no
"Cabeça-de-Gato" e o Firmo achava-se, como nunca,
incompatibilizado com os carapicus. Para estarem juntos tinham
encontros misteriosos num caloji de uma velha miserável da Rua de São
João Batista, que lhe cedia a cama mediante esmolas. O capoeira fazia
questão de ficar no "Cabeça-de-Gato", porque ai se sentia resguardado
contra qualquer perseguição que o seu delito motivasse; de resto,
Jerônimo não estava morto e, uma vez bem curado, podia vir sobre ele
com gana. No "Cabeça-de-Gato", o Firmo conquistara rápidas
simpatias e constituíra-se chefe de malta. Era querido e venerado; os
companheiros tinham entusiasmo pela sua destreza e pela sua coragem;
sabiam-lhe de cor a legenda rica de façanhas e vitórias. O Porfiro
secundava-o sem lhe disputar a primazia, e estes dois, só por si,
impunham respeito aos carapicus, entre os quais, não obstante, havia
muito boa gente para o que desse e viesse.


[Linha 5050 de 8202 - Parte 4 de 5]


Mas ao cabo de três meses, João Romão, notando que os seus
interesses nada sofriam com a existência da nova estalagem e, até pelo
contrário, lucravam com o progressivo movimento de povo que se ia
fazendo no bairro, retornou à sua primitiva preocupação com o
Miranda, única rivalidade que verdadeiramente o estimulava.
Desde que o vizinho surgiu com o baronato, o vendeiro
transformava-se por dentro e por fora a causar pasmo. Mandou fazer
boas roupas e aos domingos refestelava-se de casaco branco e de meias,
assentado defronte da venda, a ler jornais. Depois deu para sair a
passeio, vestido de casimira, calçado e de gravata. Deixou de tosquiar o
cabelo à escovinha; pôs a barba abaixo, conservando apenas o bigode,
que ele agora tratava com brilhantina todas as vezes que ia ao barbeiro.
Já não era o mesmo lambuzão! E não parou aí: fez-se sócio de um clube
de dança e, duas noites por semana, ia aprender a dançar; começou a
usar relógio e cadeia de ouro; correu uma limpeza no seu quarto de
dormir, mandou soalhá-lo, forrou-o e pintou-o; comprou alguns móveis
em segunda mão; arranjou um chuveiro ao lado da retrete; principiou a
comer com guardanapo e a ter toalha e copos sobre a mesa; entrou a
tomar vinho, não do ordinário que vendia aos trabalhadores, mas de um
especial que guardava para seu gasto. Nos dias de folga atirava-se para
o Passeio Público depois do jantar ou ia ao teatro São Pedro de
Alcântara assistir aos espetáculos da tarde; do "Jornal do Comércio",
que era o único que ele assinava havia já três anos e tanto, passou a
receber mais dois outros e a tomar fascículos de romances franceses
traduzidos, que o ambicioso lia de cabo a rabo, com uma paciência de
santo, na doce convicção de que se instruía.
Admitiu mais três caixeiros; já não se prestava muito a servir
pessoalmente à negralhada da vizinhança, agora até mal chegava ao
balcão. E em breve o seu tipo começou a ser visto com freqüência na
Rua Direita, na praça do comércio e nos bancos, o chapéu alto derreado
para a nuca e o guarda-chuva debaixo do braço. Principiava a meter-se
em altas especulações, aceitava ações de companhias de títulos ingleses
e só emprestava dinheiro com garantias de boas hipotecas.
O Miranda tratava-o já de outro modo, tirava-lhe o chapéu, parava
risonho para lhe falar quando se encontravam na rua, e às vezes trocava
com ele dois dedos de palestra à porta da venda. Acabou por
oferecer-lhe a casa e convidá-lo para o dia de anos da mulher, que era
daí a pouco tempo. João Romão agradeceu o obséquio, desfazendo-se
em demonstrações de reconhecimento, mas não foi lá.
Bertoleza é que continuava na cepa torta, sempre a mesma crioula
suja, sempre atrapalhada de serviço, sem domingo nem dia santo; essa,
em nada, em nada absolutamente, participava das novas regalias do
amigo; pelo contrário, à medida que ele galgava posição social, a
desgraçada fazia-se mais e mais escrava e rasteira. João Romão subia e
ela ficava cá embaixo, abandonada como uma cavalgadura de que já
não precisamos para continuar a viagem. Começou a cair em tristeza.
O velho Botelho chegava-se também para o vendeiro, e ainda mais
do que o próprio Miranda. O parasita não saia agora depois do almoço
para a sua prosa na charutaria, nem voltava à tarde para o jantar, sem
deter-se um instante à porta do vizinho ou, pelo menos, sem lhe gritar lá


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de dentro: "Então, seu João, isso vai ou não vai?..." E tinha sempre uma
frase amigável para lhe atirar cá de fora. Em geral o taverneiro acudia a
apertar-lhe a mão, de cara alegre, e propunha-lhe que bebesse alguma
coisa.
Sim, João Romão já convidava para beber alguma coisa. Mas não
era à loa que o fazia, que aquele mesmo não metia prego sem estopa!
Tanto assim que uma vez, em que os dois saíram à tardinha para dar um
giro até à praia, Botelho, depois de falar com o costumado entusiasmo
do seu belo amigo Barão e da virtuosíssima família deste, acrescentou
com o olhar fito:
- Aquela pequena é que lhe estava a calhar, seu João!...
- Como? Que pequena?
- Ora morda aqui! Pensa que já não dei pelo namoro?...
Maganão! O vendeiro quis negar, mas o outro atalhou:

- É um bom partido, é! Excelente menina... tem um gênio de
pomba... uma educação de princesa: até o francês sabe! Toca piano
como você tem ouvido... canta o seu bocado... aprendeu desenho...
muito boa mão de agulha!... e...
Abaixou a voz e segredou grosso no ouvido do interlocutor:
- Ali, tudo aquilo é sólido!... Prédios e ações do banco!...
- Você tem certeza disso? Já viu?
- Já! Palavra d'honra!
Calaram-se um instante.
Botelho continuou depois:
- O Miranda é bom homem, coitado! tem lá as suas fumaças de
grandeza, mas não o podemos criminar... são coisas pegadas da mulher;
no entanto acho-o com boas disposições a seu respeito... e, se você
souber levá-lo, apanha-lhe a filha...
- Ela talvez não queira...
- Qual o quê! Pois uma menina daquelas, criada a obedecer aos
pais, sabe lá o que é não querer? Tenha você uma pessoa, de intimidade
com a família; que de dentro empurre o negócio e verá se consegue ou
não! Eu, por exemplo!
- Ah! se você se metesse nisso, que dúvida! Dizem que o
Miranda só faz o que você quer...
- Dizem com razão.
- E você está resolvido a... ?
- A protegê-lo?... Sim, decerto: neste mundo estamos nós para
servir uns aos outros!... apenas, como não sou rico...
- Ah! Isso é dos livros! Arranje-me você o negócio e não se
arrependerá...
- Conforme, conforme...
- Creio que não me supõe um velhaco!...
- Pelo amor de Deus! Sou incapaz de semelhante sacrilégio!
- Então!...
- Sim, sim... em todo o caso falaremos depois, com mais vagar...
Não é sangria desatada!
E desde então, com efeito, sempre que os dois se pilhavam a sós
discutiam o seu plano de ataque à filha do Miranda. Botelho queria


[Linha 5150 de 8202 - Parte 4 de 5]


vinte contos de réis, e com papel passado a prazo de casamento; o outro
oferecia dez.
- Bom! então não temos nada feito... resumiu o velho. Trate você
do negócio só por si; mas já lhe vou prevenindo de que não conte
comigo absolutamente... Compreende?
- Quer dizer que me fará guerra...
- Valha-me Deus, criatura! não faço guerra a ninguém! guerra
está você a fazer-me, que não me quer deixar comer uma migalha da
bela fatia que lhe vou meter no papo!... O Miranda hoje tem para mais
de mil contos de réis! Agora, fique sabendo que a coisa não é assim
também tão fácil, como lhe parece talvez...
- Paciência!
- O Barão há de sonhar com um genro de certa ordem!... Ai
algum deputado... algum homem que faça figura na política aqui da
terra!
- Não! melhor seria um príncipe!...
- E mesmo a pequena tem um doutorzinho de boa família; que
lhe ronda muito a porta... E ela, ao que parece, não lhe faz má cara...
- Ah! nesse caso é deixá-los lá arranjar a vida!
- É melhor, é! Creio até que com ele será mais fácil qualquer
transação...
- Então não falemos mais nisso! Está acabado!
- Pois não falemos!
Mas no dia seguinte voltaram à questão:
- Homem! disse o vendeiro; para decidir, dou-lhe quinze!
- Vinte!
- Vinte, não!
- Por menos não me serve!
- E eu vinte não dou!
- Nem ninguém o obriga... Adeuzinho!
- Até mais ver.
Quando se encontraram de novo, João Romão riu-se para o outro,
sem dizer palavra. O Botelho, em resposta, fez um gesto de quem não
quer intrometer-se com o que não é da sua conta.
- Você é o diabo!... faceteou aquele, dando-lhe no ombro uma
palmada amigável. Então não há meio de chegarmos a um acordo?...
- Vinte!
- E, caso esteja eu pelos vinte, posso contar que...?
- Caso o meu nobre amigo se decida pelos vinte, receberá do
Barão um chamado para lá ir jantar ao primeiro domingo; aceita o
convite, vai, e encontrará o terreno preparado.
- Pois seja lá como você quer! mais vale um gosto do que quatro
vinténs!
O Botelho não faltou ao prometido: dias depois do contrato
selado e assinado, João Romão recebeu uma carta do vizinho,
solicitando-lhe a fineza de ir jantar com ele mais a família;
Ah! que revolução não se feriu no espírito do vendeiro! passou
dias a estudar aquela visita; ensaiou o que tinha que dizer, conversando
sozinho defronte do espelho do seu lavatório; afinal, no dia marcado,
banhou-se em varias águas, areou os dentes até fazê-los bem limpos,


[Linha 5200 de 8202 - Parte 4 de 5]


perfumou-se todo dos pés à cabeça, escanhoou-se com esmero, aparou
e bruniu as unhas, vestiu-se de roupa nova em folha, e às quatro e meia
da tarde apresentou-se, risonho e cheio de timidez, no espelhado e
pretensioso salão de Sua Excelência.
Aos primeiros passos que dera sobre o tapete, onde seus grandes
pés, afeitos por toda vida à independência do chinelo e do tamanco, se
destacavam como um par de tartarugas, sentiu logo o suor dos grandes
apuros inundar-lhe o corpo e correr-lhe em bagada pela fronte e pelo
pescoço, nem que se o desgraçado acabasse de vencer naquele instante
uma légua de carreira ao sol. As suas mãos vermelhas e redondas
gotejavam, e ele não sabia o que fazer delas, depois que o Barão, muito
solicito, lhe tomou o chapéu e o guarda-chuva.
Arrependia-se já de ter lá ido.
- Fique a gosto, homem! bradou-lhe o dono da casa. Se tem calor
venha antes aqui para a janela. Não faça cerimônia! Ó Leonor! traz o
vermute! Ou o amigo prefere tomar um copinho de cerveja?
João Romão aceitava tudo, com sorrisos de acanhamento, sem
animo de arriscar palavra. A cerveja fê-lo suar ainda mais e, quando
apareceram na sala Dona Estela e a filha, o pobre-diabo chegava a
causar dó de tão atrapalhado que se via Por duas vezes escorregou, e
numa delas foi apoiar-se a uma cadeira que tinha rodízios; a cadeira
afastou-se e ele quase vai ao chão.
Zulmira riu-se, mas disfarçou logo a sua hilaridade pondo-se a
conversar com a mãe em voz baixa. Agora, refeita nos seus dezessete
anos, não parecia tão anêmica e deslavada; vieram-lhe os seios e
engrossara-lhe o quadril. Estava melhor assim. Dona Estela, coitada! é
que se precipitava, a passos de granadeiro, para a velhice, a despeito da
resistência com que se rendia; tinha já dois dentes postiços, pintava o
cabelo, e dos cantos da boca duas rugas serpenteavam-lhe pelo queixo
abaixo, desfazendo-lhe a primitiva graça maliciosa dos lábios; ainda
assim, porém, conservava o pescoço branco, liso e grosso, e os seus
braços não desmereciam dos antigos créditos.
À mesa, a visita comeu tão pouco e tão pouco bebeu, que os donos
da casa a censuraram jovialmente, fingindo aceitar o fato como prova
segura de que o jantar não prestava; o obsequiado pedia por amor de
Deus que não acreditassem em tal e jurava sob palavra de honra que se
sentia satisfeito e que nunca outra comida lhe soubera tão bem. Botelho
lá estava, ao lado de um velhote fazendeiro, que por essa ocasião
hospedava-se com o Miranda. Henrique, aprovado no seu primeiro ano
de Medicina, fora visitar a família; em Minas. Isaura e Leonor serviam
aos comensais, rindo ambas à socapa por verem ali o João da venda
engravatado e com piegas de visita.
Depois do jantar apareceu uma família; conhecida, trazendo um
rancho de moças; vieram também alguns rapazes; formaram-se jogos de
prendas, e João Romão, pela primeira vez em sua vida, viu-se metido
em tais funduras. Não se saiu mal todavia.
O chá das dez e meia correu sem novidade; e, quando enfim o
neófito se pilhou na rua, respirou com independência, remexendo o
pescoço dentro do colarinho engomado e soprando com alívio. Uma
alegria de vitória transbordava-lhe do coração e fazia-o feliz nesse


[Linha 5250 de 8202 - Parte 4 de 5]


momento. Bebeu o ar fresco da noite com uma volúpia nova para ele e,
muito satisfeito consigo mesmo, entrou em casa e recolheu-se,
rejubilando com a idéia de que ia descalçar aquelas botas, desfazer-se
de toda aquela roupa e atirar-se à cama, para pensar mais à vontade no
seu futuro, cujos horizontes se rasgavam agora iluminados de
esperança.
Mas a bolha do seu desvanecimento engelhou logo à vista de
Bertoleza que, estendida na cama, roncava, de papo para o ar, com a
boca aberta, a camisa soerguida sobre o ventre, deixando ver o negrume
das pernas gordas e lustrosas.
E tinha de estirar-se ali, ao lado daquela preta fedorenta a cozinha
e bodum de peixe! Pois, tão cheiroso e radiante como se sentia, havia
de pôr a cabeça naquele mesmo travesseiro sujo em que se enterrava a
hedionda carapinha da crioula?...
- Ai! ai! gemeu o vendeiro, resignando-se.
E despiu-se.
Uma vez deitado, sem animo de afastar-se da beira da cama, para
não se encostar com a amiga, surgiu-lhe nítida ao espírito a
compreensão do estorvo que o diabo daquela negra seria para o seu
casamento.
E ele que até aí não pensara nisso!... Ora o demo!
Não pôde dormir; pôs-se a malucar:
Ainda bem que não tinham filhos! Abençoadas drogas que a
Bruxa dera à Bertoleza nas duas vezes em que esta se sentiu grávida!
Mas, afinal, de que modo se veria livre daquele trambolho? E não se ter
lembrado disso há mais tempo!... parecia incrível!
João Romão, com efeito, tão ligado vivera com a crioula e tanto se
habituara a vê-la ao seu lado, que nos seus devaneios de ambição
pensou em tudo, menos nela.
E agora?
E malucou no caso até às duas da madrugada, sem achar furo. Só
no dia seguinte, a contemplá-la de cócoras à porta da venda, abrindo e
destripando peixe, foi que, por associação de idéias, lhe acudiu esta
hipótese:
- E se ela morresse?...



XIV


Iam-se assim os dias, e assim mais de três meses se passaram
depois da noite da navalhada. Firmo continuava a encontrar-se com a
baiana na Rua de São João Batista, mas a mulata já não era a mesma
para ele: apresentava-se fria, distraída, às vezes impertinente, puxando
questão por dá cá aquela palha.
- Hum! hum! temos mouro na costa! rosnava o capadócio com
ciúmes. Ora queira Deus que eu me engane!
Nas entrevistas apresentava-se ela agora sempre um pouco depois
da hora marcada, e sua primeira frase era para dizer que tinha pressa e


[Linha 5300 de 8202 - Parte 4 de 5]


não podia demorar-se.
- Estou muito apertada de serviço! acrescentava à réplica do
amante. Uma roupa de uma família que embarca amanhã para o Norte!
Tem de ficar pronta esta noite! Já ontem fiz serão!
- Agora estás sempre apertada de serviço!... resmungava o
Firmo.
- E que é preciso puxar por ele, filho! Ponha-me eu a dormir e
quero ver do que como e com que pago a casa! Não há de ser com o que
levo daqui!
- Or'essa! Tens coragem de dizer que não te dou nada? E quem
foi que te deu esse vestido que tens no corpo?!
- Não disse que nunca me desse nada, mas com o que você me dá
não pago a casa e não ponho a panela no fogo! Também não lhe estou
pedindo coisa alguma! Oh!
Azedavam-se deste modo as suas entrevistas, esfriando as poucas
horas que os dois tinham para o amor. Um domingo, Firmo esperou
bastante tempo e Rita não apareceu. O quarto era acanhado e sombrio,
sem janelas, com um cheiro mau de bafio e umidade. Ele havia levado
um embrulho de peixe frito, pão e vinho, para almoçarem juntos. Deu
meio-dia e Firmo esperou ainda, passeando na estreiteza da miserável
alcova, como um onça enjaulada, rosnando pragas obscenas; o sobrolho
intumescido, os dentes cerrados. "Se aquela safada lhe aparecesse
naquele momento, ele seria capaz de torcê-la nas mãos!"
À vista do embrulho da comida estourou-lhe a raiva. Deu um
pontapé numa bacia de louça que havia no chão, perto da cama, e soltou
um marro na cabeça.
- Diabo!
Depois assentou-se no leito, esperou ainda algum tempo,
fungando forte, sacudindo as pernas cruzadas, e afinal saiu, atirando
para dentro do quarto uma palavra porca.
Pela rua, durante o caminho, jurava que "aquela caro pagaria a
mulata!" Um sôfrego desejo de castigá-la, no mesmo instante, o atraía
ao cortiço de São Romão, mas não se sentiu com animo de lá ir, e
contentou-se em rondar a estalagem. Não conseguiu vê-la; resolveu
esperar até à noite para lhe mandar um recado. E vagou aborrecido pelo
bairro, arrastando o seu desgosto por aquele domingo sem pagode. Às
duas horas da tarde entrou no botequim do Garnisé, uma espelunca,
perto da praia, onde ele costumava beber de súcia com o Porfiro. O
amigo não estava lá. Firmo atirou-se numa cadeira, pediu um martelo
de parati e acendeu um charuto, a pensar. Um mulatinho, morador no
"Cabeça-de-Gato", veio assentar-se na mesma mesa e, sem rodeios,
deu-lhe a noticia de que na véspera o Jerônimo, tivera alta do hospital.
Firmo acordou com um sobressalto.
- O Jerônimo?!
- Apresentou-se hoje pela manhã na estalagem.
- Como soubeste?
- Disse-me o Pataca.
- Ora ai está o que é! exclamou o capoeira, soltando um murro na
mesa.
- Que é o quê? interrogou o outro.


[Linha 5350 de 8202 - Parte 4 de 5]


- Nada! É cá comigo. Toma alguma coisa?
Veio novo copo, e Firmo resmungou no fim de uma pausa:
- É! não há dúvida! Por isto é que a perua ultimamente me anda
de vento mudado!...
E um ciúme doido, um desespero feroz rebentou-lhe por dentro e
cresceu logo como a sede de um ferido. "Oh! precisava vingar-se dela!
dela e dele! O amaldiçoado resistiu à primeira, mas não lhe escaparia da
segunda!"
- Veja mais um martelo de parati! gritou para o portuguesinho da
espelunca. E acrescentou, batendo com toda a força o seu petrópolis no
chão:
- E não passa de hoje mesmo!
Com o chapéu à ré, a gaforina mais assanhada que de costume, os
olhos vermelhos, a boca espumando pelos cantos, todo ele respirava
uma febre de vingança e de ódio.
- Olha! disse ao companheiro de mesa. Disto, nem pio lá com os
carapicus! Se abrires o bico dou-te cabo da pele! Já me conheces!
- Tenho nada que falar! Pra quê?
- Bom!
E ficaram ainda a beber.
Jerônimo, com efeito, tivera alta e tornara aquele domingo ao
cortiço, pela primeira vez depois da doença. Vinha magro, pálido,
desfigurado, apoiando-se a um pedaço de bambu. Crescera-lhe a barba
e o cabelo, que ele não queria cortar sem ter cumprido certo juramento
feito aos seus brios. A mulher fora buscá-lo ao hospital e caminhava ao
seu lado, igualmente abatida com a moléstia do marido e com as causas
que a determinaram. Os companheiros receberam-no compungidos,
tomados de uma tristeza respeitosa; um silêncio fez-se em torno do
convalescente; ninguém falava senão a meia voz; a Rita Baiana tinha os
olhos arrasados d'água.
Piedade levou o seu homem para o quarto.
- Queres tomar um caldinho? perguntou-lhe. Creio que ainda não
estás de todo pronto...
- Estou! contrapôs ele. Diz o doutor que preciso é de andar, para
ir chamando força às pernas. Também estive tanto tempo preso à cama!
Só de uma semana pra cá é que encostei os pés no chão!
Deu alguns passos na sua pequena sala e disse depois, tornando
junto da mulher:
- O que me saberia bem agora era uma xicrinha de café, mas
queria-o bom como o faz a Rita... Olha! pede-lhe que o arranje.
Piedade soltou um suspiro e saiu vagarosamente, para ir pedir o
obséquio à mulata. Aquela preferência pelo café da outra doía-lhe duro
que nem uma infidelidade.
- Lá o meu homem quer do seu café e torceu nariz ao de casa...
Manda pedir-lhe que lhe faça uma xícara. Pode ser? perguntou a
portuguesa à baiana.
- Não custa nada! respondeu esta. Com poucas está lá!
Mas não foi preciso que o levasse, porque daí a um instante,
Jerônimo, com o seu ar tranqüilo e passivo de quem ainda se não refez
de todo depois de uma longa moléstia, surgiu-lhe à porta.


[Linha 5400 de 8202 - Parte 4 de 5]


- Não vale a pena estorvar-se em lá ir... Se me dá licença, bebo o
cafezinho aqui mesmo...
- Entra, seu Jerônimo.
- Aqui ele sabe melhor...
- Você pega já com partes! Olha, sua mulher anda de pé atrás
comigo! E eu não quero histórias!...
Jerônimo sacudiu os ombros com desdém.
- Coitada!... resmungou depois. Muito boa criatura, mas...
- Cala a boca, diabo! Toma o café e deixa de maldizência! É
mesmo vicio de Portugal: comendo e dizendo mal!
O português sorveu com delícia um gole de café.
- Não digo mal, mas confesso que não encontro nela umas tantas
coisas que desejava...
E chupou os bigodes.
- Vocês são tudo a mesma súcia! Bem tola é quem vai atrás de
lábia de homem! Eu cá não quero mais saber disso... Ao outro
despachei já!
O cavouqueiro teve um tremor de todo o corpo.
- Outro quem?! O Firmo?
Rita arrependeu-se do que dissera, e gaguejou:
- É um coisa-ruim! Não quero saber mais dele!... Um traste!
- Ele ainda vem cá? perguntou o cavouqueiro.
- Aqui? Qual! Nessa não caio! E se vier não lhe abro a porta! Ah!
quando embirro com uma pessoa é que embirro mesmo!
- Isso é verdade, Rita?
- Quê? Que não quero saber mais dele? Esta que aqui está nunca
mais fará vida com semelhante cábula! Juro por esta luz!
- Ele fez-lhe alguma?
- Não sei! não quero! acabou-se!
- É que então você tem outro agora...
- Que esperança! Não tenho, nem quero mais ter homem!
- Por que, Rita?
- Ora! não paga a pena!
- E... se você encontrasse um... que a quisesse deveras... para
sempre?...
- Não é com essas!...
- Pois sei de um que a quer como Deus aos seus!...
- Pois diga-lhe que siga outro oficio!
Ela se chegou para recolher a xícara, e ele apalpou-lhe a cintura.
- Olha! Escuta!
Rita fugiu com uma rabanada, e disse rápido, muito a sério:
- Deixa disso. Pode tua mulher ver!
- Vem cá!
- Logo.
- Quando?
- Logo mais.
- Onde?
- Não sei.
- Preciso muito te falar...
- Pois sim, mas aqui fica feio.


[Linha 5450 de 8202 - Parte 4 de 5]


- Onde nos encontramos então?
- Sei cá!
E, vendo que Piedade entrava, ela disfarçou, dizendo sem
transição:
- Os banhos frios é que são bons para isso. Põem duro o corpo!
A outra, embesourada, atravessou em silêncio a pequena sala, foi
ter com o marido e comunicou-lhe que o Zé Carlos queria falar-lhe,
junto com o Pataca.
- Ah! fez Jerônimo. Já sei o que é. Até logo, Nhá Rita. Obrigado.
Quando quiser qualquer coisa de nós, lá estamos.
Ao sair no pátio, aqueles dois vieram ao seu encontro. O
cavouqueiro levou-os para casa, onde a mulher havia posto já a mesa do
almoço, e com um sinal preveniu-os de que não falassem por enquanto
sobre o assunto que os trouxera ali. Jerônimo comeu às pressas e
convidou as visitas a darem um giro lá fora.
Na rua, perguntou-lhes em tom misterioso:
- Onde poderemos falar à vontade?
O Pataca lembrou a venda do Manuel Pepé, defronte do
cemitério. - Bem achado! confirmou Zé Carlos. Há lá bons fundos
para se conversar.
E os três puseram-se a caminho, sem trocar mais palavras até à
esquina.
- Então está de pé o que dissemos?... indagou afinal aquele
último. - De pedra e cal! respondeu o cavouqueiro.
- E o que é que se faz?
- Ainda não sei... Preciso antes de tudo saber onde o cabra é
encontrado à noite.
- No Garnisé, afirmou o Pataca.
- Garnisé?
- Aquele botequim ali ao entrar da Rua da Passagem, onde está
um galo à tabuleta.
- Ah! Defronte da farmácia nova...
- Justo! Ele vai lá agora todas as noites, e lá esteve ontem, que o
vi, por sinal que num gole...
- Muito bêbado, hein?
- Como um gambá! Aquilo foi alguma, que a Rita Baiana lhe
pregou de fresco!
Tinham chegado à venda. Entraram pelos fundos e assentaram-se
sobre caixas de sabão vazias, em volta de uma mesa de pinho. Pediram
parati com açúcar.
- Onde é que eles se encontravam?... informou-se Jerônimo,
afetando que fazia esta pergunta sem interesse especial. Lá mesmo no
São Romão?...
- Quem? A Rita mais ele? Ora o quê! Pois se ele agora é todo
cabeça-de-gato!...
- Ela ia lá?
- Duvido! Então logo aquela! Aquela é carapicu até o sabugo das
unhas!
- Nem sei como ainda não romperam! interveio Zé Carlos, que
continuou a falar a respeito da mulata, enquanto Jerônimo o escutava


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abstrato, sem tirar os olhos de um ponto.
O Pataca, como se acompanhasse o pensamento do cavouqueiro,
disse-lhe emborcando o resto do copo:
- Talvez o melhor fosse liquidar a coisa hoje mesmo!...
- Ainda estou muito fraco... observou lastimoso o convalescente.
- Mas o teu pau está forte! E além disso cá estamos nós dois. Tu
podes até ficar em casa, se quiseres...
- Isso é que não! atalhou aquele. Não dou o meu quinhão pelos
dentes da boca!
- Eu cá também vou que o melhor seria pespegar-lhe hoje mesmo
a sova... declarou o outro. Pão de um dia para outro fica duro!
- E eu estou-lhe com uma gana!... acrescentou o Pataca.
- Pois seja hoje mesmo! resolveu Jerônimo. E o dinheiro lá está
em casa, quarenta pra cada um! Em seguida à mela corre logo o cobre!
E ao depois vai a gente tomar uma fartadela de vinho fino!
- A que horas nos juntamos? perguntou Zé Carlos.
- Logo ao cair da noite, aqui mesmo. Está dito?
- E será feito, se Deus quiser!
O Pataca acendeu o cachimbo, e os três puseram-se a cavaquear
animadamente sobre o efeito que aquela sova havia de produzir; a cara
que o cabra faria entre três bons cacetes. "Então é que queriam ver até
onde ia a impostura da navalha! Diabo de um calhorda que, por um -
vai tu, irei eu - arrancava logo pelo ferro!..."
Dois trabalhadores, em camisa de meia, entraram na tasca e o
grupo calou-se. Jerônimo fogueou um cigarro no cachimbo do Pataca e
despediu-se, relembrando aos companheiros a hora da entrevista e
atirando sobre a mesa um níquel de duzentos réis.
Foi direito para o cortiço.
- Fazes mal em andar por ai com este sol!... repreendeu Piedade,
ao vê-lo entrar.
- Pois se o doutor me disse que andasse quanto pudesse...
Mas recolheu-se à casa, estirou-se na cama e ferrou logo no sono.
A mulher, que o acompanhara até lá, assim que o viu dormindo,
enxotou as moscas de junto dele, cobriu-lhe a cara com uma cambraia
que servia para os tabuleiros de roupa engomada, e saiu na ponta dos
pés, deixando a porta encostada.
Jantaram daí a duas horas. Jerônimo comeu com apetite, bebeu
uma garrafa de vinho, e a tarde passaram-na os dois de palestra,
assentados à frente de casa, formando grupo com a Rita e a gente da
Machona. Em torno deles a liberdade feliz do domingo punha alegrias
naquela tarde. Mulheres amamentavam o filhinho ali mesmo, ao ar
livre, mostrando a uberdade das tetas cheias. Havia muito riso, muito
parolar de papagaios; pequenos travessavam, tão depressa rindo como
chorando; os italianos faziam a ruidosa digestão dos seus jantares de
festa; ouviam-se cantigas e pragas entre gargalhadas. A Augusta, que
estava grávida de sete meses, passeava solenemente o seu bandulho,
levando um outro filho ao colo. O Albino, instalado defronte de uma
mesinha em frente à sua porta, fazia, à força de paciência, um quadro,
composto de figurinhas de caixa de fósforos, recortadas a tesoura e
grudadas em papelão com goma-arábica. E lá em cima, numa das


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janelas do Miranda, João Romão, vestido de casimira clara, uma
gravata à moda, já familiarizado com a roupa e com a gente fina,
conversava com Zulmira que, ao lado dele, sorrindo de olhos baixos,
atirava migalhas de pão para as galinhas do cortiço; ao passo que o
vendeiro lançava para baixo olhares de desprezo sobre aquela gentalha
sensual, que o enriquecera, e que continuava a mourejar estupidamente,
de sol a sol, sem outro ideal senão comer, dormir e procriar.
Ao cair da noite, Jerônimo foi, como ficara combinado, à venda
do Pepé. Os outros dois já lá estavam. Infelizmente, havia mais alguém
na tasca. Tomaram juntos, pelo mesmo copo, um martelo de parati e
conversaram em voz surda numa conspiração sombria em que as suas
barbas roçavam umas com as outras.
- Os paus onde estão?... perguntou o cavouqueiro.
- Ali, junto às pipas... segredou o Pataca, apontando com
disfarce para uma esteira velha enrolada. Preparei-os ainda há pouco...
Não os quis muito grandes... Deste tamanho.
E abriu a mão contra a terra no lugar do peito.
- Estiveram de molho até agora... acrescentou, piscando o olho.
- Bom! aprovou Jerônimo, esgotando o copo com um último
gole. Agora onde vamos nós! Parece-me ainda cedo para o Garnisé.
- Ainda! confirmou o Pataca. Deixemo-nos ficar por aqui mais
um pouco e ao depois então seguiremos. Eu entro no botequim e vocês
me esperam fora no lugar que marcamos... Se o cabra não estiver lá,
volto logo a dizer-lhes, e, caso esteja, fico... chego-me para ele, procuro
entrar em conversa, puxo discussão e afinal desafio-o pra rua; ele cai na
esparrela, e então vocês dois surgem e metem-se na dança, como quem
não quer a coisa! Que acham?
- Perfeito! aplaudiu Jerônimo, e gritou para dentro: - Olha mais
um martelo de parati!
Em seguida enterrou a mão no bolso da calça e sacou um rolo
grosso de notas.
- Podem enxugar à vontade! disse. Aqui ainda há muito com
quê!
E, ordenando as notas, separou oitenta mil-réis, em cédulas de
vinte.
- Isto é o do ajuste! Este é sagrado! acrescentou, guardando-as
na algibeira do lado esquerdo.
Depois separou ainda vinte mil-réis, que atirou sobre a mesa.
- Esse aí é para festejarmos a nossa vitória!
E fazendo do resto do seu dinheiro um bolo, que ele, um pouco
ébrio, apertava nos dedos, agora, claros e quase descalejados, socou-o
na algibeira do lado direito explicando entre dentes que ali ficava ainda
bastante para o que desse e viesse, no caso de algum contratempo.
- Bravo! exclamou Zé Carlos. Isto é o que se chama fazer as
coisas à fidalga! Haja contar comigo pra vida e pra morte!
O Pataca entendia que podiam tomar agora um pouco de cerveja.
- Cá por mim não quero, mas bebam-na vocês, acudiu Jerônimo.
- Preferia um trago de vinho branco, contraveio o terceiro.
- Tudo o que quiserem! franqueou aquele. Eu tomo também um
pouco de vinho. Não! que o que estamos a beber não é dinheiro de


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navalhista, foi ganho ao sol e à chuva com o suor do meu rosto! É
entornar pra baixo sem caretas, que este não pesa na consciência de
ninguém!
- Então, à sua! brindou Zé Carlos, logo que veio o novo reforço.
Pra que não torne você a dar que fazer à má casta dos boticários!
- À sua, mestre Jerônimo! concorreu o outro.
Jerônimo agradeceu e disse, depois de mandar encher os copos:
- Aos amigos e patrícios com quem me achei para o meu
desforço!
E bebeu.
- À da S'ora Piedade de Jesus! reclamou o Pataca.
- Obrigado! respondeu o cavouqueiro, erguendo-se. Bem! Não
nos deixemos agora ficar aqui toda a noite; mãos a obra! São quase oito
horas.
Os outros dois esvaziaram de um trago o que ainda havia no fundo
dos copos e levantaram-se também.
- É muito cedo ainda... obtemperou Zé Carlos, cuspindo de
esguelha e limpando o bigode nas costas da mão.
- Mas talvez tenhamos alguma demora pelo caminho, advertiu o
companheiro, indo buscar junto às pipas o embrulho dos cacetes.
- Em todo o caso vamos seguindo, resolveu Jerônimo,
impaciente, nem se temesse que a noite lhe fugisse de súbito.
Pagou a despesa, e os três saíram, não cambaleando, mas como
que empurrados por um vento forte, que os fazia de vez em quando dar
para a frente alguns passos mais rápidos. Seguiram pela Rua de
Sorocaba e tomaram depois a direção da praia, conversando em voz
baixa, muito excitados. Só pararam perto do Garnisé.
- Vais tu então, não é? perguntou o cavouqueiro ao Pataca.
Este respondeu entregando-lhe o embrulho dos paus e
afastando-se de mãos nas algibeiras, a olhar para os pés, fingindo-se
mais bêbedo do que realmente estava.



XV


O Garnisé tinha bastante gente essa noite. Em volta de umas doze
mesinhas toscas, de pau, com uma coberta de folha-de-flandres pintada
de branco fingindo mármore, viam-se grupos de três e quatro homens,
quase todos em mangas de camisa, fumando e bebendo no meio de
grande algazarra. Fazia-se largo consumo de cerveja nacional, vinho
virgem, parati e laranjinha. No chão coberto de areia havia cascas de
queijo-de-minas, restos de iscas de fígado, espinhas de peixe, dando
idéia de que ali não só se enxugava como também se comia. Com
efeito, mais para dentro, num engordurado bufete, junto ao balcão e
entre as prateleiras de garrafas cheias e arrolhadas, estava um travessão
de assado com batatas, um osso de presunto e vários pratos de
sardinhas fritas. Dois candeeiros de querosene lumiavam, encarvoando
o teto. E de uma porta ao fundo, que escondia o interior da casa com


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uma cortina de chita vermelha, vinha de vez em quando uma baforada
de vozes roucas, que parecia morrer em caminho, vencida por aquela
densa atmosfera cor de opala.
O Pataca estacou a entrada, afetando grande bebedeira e
procurando, com disfarce, em todos os grupos, ver se descobria o
Firmo. Não o conseguiu; mas alguém, em certa mesa, lhe chamara a
atenção, porque ele se dirigiu para lá. Era uma mulatinha magra, mal
vestida, acompanhada por uma velha quase cega e mais um homem,
inteiramente calvo, que sofria de asma e, de quando em quando,
abalava a mesa com um frouxo de tosse, fazendo dançar os copos.
O Pataca bateu no ombro da rapariga.
- Como vais tu, Florinda?
Ela olhou para ele, rindo; disse que ia bem, e perguntou-lhe como
passava.
- Rola-se, filha. Tu que fim levaste? Há um par de quinze dias
que te não vejo!
- E mesmo. Desde que estou com seu Bento não tenho saído
quase.
- Ah! disse o Pataca, estás amigada? Bom!...
- Sempre estive!
E ela então, muito expansiva com a sua folga daquele domingo e
com o seu bocado de cerveja, contou que, no dia em que fugiu da
estalagem, ficou na rua e dormiu numas obras de uma casa em
construção na Travessa da Passagem, e que no seguinte oferecendo-se
de porta em porta, para alugar-se de criada ou de ama-seca, encontrou
um velho solteiro e agimbado que a tomou ao seu serviço e meteu-se
com ela.
- Bom! muito bom! anuiu Pataca.
Mas o diabo do velho era um safado; dava-lhe muita coisa,
dinheiro até, trazia-a sempre limpa e de barriga cheia, sim senhor! mas
queria que ela se prestasse a tudo! Brigaram. E, como o vendeiro da
esquina estava sempre a chamá-la para casa, um belo dia arribou,
levando o que apanhara ao velho.
- Estás então agora com o da venda?
Não! O tratante, a pretexto de que desconfiava dela com o Bento
marceneiro, pô-la na rua, chamando a si o que a pobre de Cristo
trouxera da casa do outro e deixando-a só com a roupa do corpo e ainda
por cima doente por causa de um aborto que tivera logo que se metera
com semelhante peste. O Bento tomara-a então à sua conta, e ela,
graças a Deus, por enquanto não tinha razões de queixa.
O Pataca olhou em torno de si com o ar de quem procura alguém,
e Florinda, supondo que se tratava do seu homem, acrescentou:
- Não está cá, está lá dentro. Ele, quando joga, não gosta que eu
fique perto; diz que encabula.
- E tua mãe?
- Coitada! foi pro hospício...
E passou logo a falar a respeito da velha Marciana; o Pataca,
porém, já lhe não prestava atenção, porque nesse momento acabava de
abrir-se a cortina vermelha, e Firmo surgia muito ébrio, a dar bordos,
contando, sem conseguir, uma massagada de dinheiro, em notas


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pequenas, que ele afinal entrouxou num bolo e recolheu na algibeira das
calças.
- Ó Porfiro! não vens? gritou lá para dentro, arrastando a voz.
E, depois de esperar inutilmente pela resposta, fez alguns passos
na sala.
O Pataca deu à Florinda um "até logo" rápido e, fingindo-se de
novo muito bêbedo, encaminhou-se na direção em que vinha o mulato.
Esbarraram-se.
- Oh! Oh! exclamou o Pataca. Desculpe!
Firmo levantou a cabeça e encarou-o com arrogância; mas
desfranziu o rosto logo que o reconheceu.
- Ah! és tu, seu galego? Como vai isso? A ladroeira corre?
- Ladroeira tinha a avó na cuia! Anda a tomar alguma coisa.
Queres?
- Que há de ser?
- Cerveja. Vai?
- Vá lá.
Chegaram-se para o balcão.
- Uma Guarda-Velha, ó pequeno! gritou o Pataca.
Firmo puxou logo dinheiro para pagar.
- Deixa! disse o outro. A lembrança foi minha!
Mas, como Firmo insistisse, consentiu-lhe que fizesse a despesa.
E os níqueis do troco rolaram no chão, fugindo por entre os dedos
do mulato, que os tinha duros na tensão muscular da sua embriaguez.
- Que horas são? perguntou Pataca, olhando quase de olhos
fechados o relógio da parede. Oito e meia. Vamos a outra garrafa, mas
agora pago eu!
Beberam de novo, e o coadjutor de Jerônimo observou depois:
- Você hoje ferrou-a deveras! Estás que te não podes lamber!
- Desgostos... resmungou o capoeira, sem conseguir lançar da
boca a saliva que se lhe grudava à língua.
- Limpa o queixo que estás cuspido. Desgostos de quê?
Negócios de mulher, aposto!
- A Rita não me apareceu hoje, sabes? Não foi e eu bem calculo
por quê!
- Por quê?
- Porque a peste do Jerônimo voltou hoje à estalagem!
- Ahn! não sabia!... A Rita está então com ele?...
- Não está, nem nunca há de estar, que eu daqui mesmo vou à
procura daquele galego ordinário e ferro-lhe a sardinha no pandulho!
- Vieste armado?
Firmo sacou da camisa uma navalha.
- Esconde! não deves mostrar isso aqui! Aquela gente ali da
outra mesa já não nos tira os olhos de cima!
- Estou-me ninando pra eles! E que não olhem muito, que lhes
dou uma de amostra!
- Entrou um urbano! Passa-me a navalha!
O capadócio fitou o companheiro, estranhando o pedido.
- É que, explicou aquele, se te prenderem não te encontram
ferro...


[Linha 5750 de 8202 - Parte 4 de 5]


- Prender a quem? a mim? Ora, vai-te catar!
- E ela é boa? Deixa ver!
- Isto não é coisa que se deixe ver!
- Bem sabes que não me entendo com armas de barbeiro!
- Não sei! Esta é que não me sai das unhas, nem para meu pai,
que a pedisse!
- E porque não tens confiança em mim!
- Confio nos meus dentes, e esses mesmo me mordem a língua!
- Sabes quem vi ainda há pouco? Não és capaz de adivinhar!...
- Quem?
- A Rita.
- Onde?
- Ali na Praia da Saudade.
- Com quem?
- Com um tipo que não conheço...
Firmo levantou-se de improviso e cambaleou para o lado da saída.
- Espera! rosnou o outro, detendo-o. Se queres vou contigo; mas
é preciso ir com jeito, porque, se ela nos bispa, foge!
O mulato não fez caso desta observação e saiu a esbarrar-se por
todas as mesas. Pataca alcançou-o já na rua e passou-lhe o braço na
cintura, amigavelmente.
- Vamos devagar... disse; se não o pássaro se arisca!
A praia estava deserta. Caia um chuvisco. Ventos frios sopravam
do mar. O céu era um fundo negro, de uma só tinta; do lado oposto da
bala os lampiões pareciam surgir d'água, como algas de fogo,
mergulhando bem fundo as suas trêmulas raízes luminosas.
- Onde está ela? perguntou o Firmo, sem se agüentar nas pernas.
- Ali mais adiante, perto da pedreira. Caminha, que hás de ver!
E continuaram a andar para as bandas do hospício. Mas dois
vultos surdiram da treva; o Pataca reconheceu-os e abraçou-se de
improviso ao mulato.
- Segurem-lhe as pernas! gritou para os outros.
Os dois vultos, pondo o cacete entre os dentes, apoderaram-se de
Firmo, que bracejava seguro pelo tronco.
Deixara-se agarrar - estava perdido.
Quando o Pataca o viu preso pelos sovacos e pela dobra dos
joelhos, sacou-lhe fora a navalha.
- Pronto! Está desarmado!
E tomou também o seu pau.
Soltaram-no então. O capoeira, mal tocou com os pés em terra,
desferiu um golpe com a cabeça, ao mesmo tempo que a primeira
cacetada lhe abria a nuca. Deu um grito e voltou-se cambaleando. Uma
nova paulada cantou-lhe nos ombros, e outra em seguida nos rins, e
outra nas coxas, outra mais violenta quebrou-lhe a clavícula, enquanto
outra logo lhe rachava a testa e outra lhe apanhava a espinha, e outras,
cada vez mais rápidas, batiam de novo nos pontos já espancados, até
que se converteram numa carga continua de porretadas, a que o infeliz
não resistiu, rolando no chão, a gotejar sangue de todo o corpo.
A chuva engrossava. Ele agora, assim debaixo daquele bate-bate
sem tréguas, parecia muito menor, minguava como se estivesse ao fogo.


[Linha 5800 de 8202 - Parte 4 de 5]


Lembrava um rato morrendo a pau. Um ligeiro tremor convulsivo era
apenas o que ainda lhe denunciava um resto de vida. Os outros três não
diziam palavra, arfavam, a bater sempre, tomados de uma irresistível
vertigem de pisar bem a cacete aquela trouxa de carne mole e
ensangüentada, que grunhia frouxamente a seus pés. Afinal, quando de
todo já não tinham forças para bater ainda, arrastaram a trouxa até a
ribanceira da praia e lançaram-na ao mar. Depois, arquejantes, deitaram
a fugir, à toa, para os lados da cidade.
Chovia agora muito forte. Só pararam no Catete, ao pé de um
quiosque; estavam encharcados; pediram parati e beberam como quem
bebe água. Passava já de onze horas. Desceram pela Praia da Lapa; ao
chegarem debaixo de um lampião, Jerônimo parou suando apesar do
aguaceiro que cala.
- Aqui têm vocês, disse, tirando do bolso as quatro notas de
vinte mil-réis. Duas para cada um! E agora vamos tomar qualquer coisa
quente em lugar seco.
- Ali há um botequim, indicou o Pataca, apontando a Rua da
Glória.
Subiram por uma das escadinhas que ligam essa rua à praia, e daí a
pouco instalavam-se em volta de uma mesa de ferro. Pediram de comer
e de beber e puseram-se a conversar em voz soturna, muito cansados.
A uma hora da madrugada o dono do café pô-los fora. Felizmente
chovia menos. Os três tomaram de novo a direção de Botafogo; em
caminho Jerônimo perguntou ao Pataca se ainda tinha consigo a
navalha do Firmo e pediu-lha, ao que o companheiro cedeu sem
objeção.
- É para conservar uma lembrança daquele bisbórria! explicou o
cavouqueiro, guardando a arma.
Separaram-se defronte da estalagem. Jerônimo entrou sem ruído;
foi até à casa, espiou pelo buraco da fechadura; havia luz no quarto de
dormir; compreendeu que a mulher estava à sua espera, acordada
talvez; pensou sentir, vindo lá de dentro, o bodum azedo que ela punha
de si, fez uma careta de nojo e encaminhou-se resolutamente para a casa
da mulata, em cuja porta bateu devagarinho.
Rita, essa noite, recolhera-se aflita e assustada. Deixara de ir ter
com o amante e mais tarde admirava-se como fizera semelhante
imprudência; como tivera coragem de pôr em prática, justamente no
momento mais perigoso, uma coisa que ela, até ai, não se sentira com
animo de praticar. No intimo respeitava o capoeira; tinha-lhe medo.
Amara-o a principio por afinidade de temperamento, pela irresistível
conexão do instinto luxurioso e canalha que predominava em ambos,
depois continuou a estar com ele por hábito, por uma espécie de vicio
que amaldiçoamos sem poder largá-lo; mas desde que Jerônimo
propendeu para ela, fascinando-a com a sua tranqüila seriedade de
animal bom e forte, o sangue da mestiça reclamou os seus direitos de
apuração, e Rita preferiu no europeu o macho de raça superior. O
cavouqueiro, pelo seu lado, cedendo às imposições mesológicas,
enfarava a esposa, sua congênere, e queria a mulata, porque a mulata era
o prazer, era a volúpia, era o fruto dourado e acre destes sertões
americanos, onde a alma de Jerônimo aprendeu lascívias de macaco e


[Linha 5850 de 8202 - Parte 4 de 5]


onde seu corpo porejou o cheiro sensual dos bodes.
Amavam-se brutalmente, e ambos sabiam disso. Esse amor
irracional e empírico carregara-se muito mais, de parte a parte, com o
trágico incidente da luta, em que o português fora vitima Jerônimo
aureolou-se aos olhos dela com uma simpatia de mártir sacrificado à
mulher que ama; cresceu com aquela navalhada; iluminou-se com o seu
próprio sangue derramado, e, depois, a ausência no hospital veio a
completar a cristalização do seu prestigio, como se o cavouqueiro
houvera baixado a uma sepultura, arrastando atrás de si a saudade dos
que o choravam.
Entretanto, o mesmo fenômeno se operava no espírito de
Jerônimo com relação à Rita: arriscar espontaneamente a vida por
alguém é aceitar um compromisso de ternura, em que empenhamos
alma e coração; a mulher por quem fazemos tamanho sacrifício, sela ela
quem for assume de um só vôo em nossa fantasia as proporções de um
ideal. O desterrado, à primeira troca de olhares com a baiana, amou-a
logo, porque sentiu nela o resumo de todos os quentes mistérios que os
enlearam voluptuosamente nestas terras da luxúria; amou-a muito mais
quando teve ocasião de jogar a existência por esse amor, e amou-a
loucamente durante a triste e dolorosa solidão da enfermaria, em que os
seus gemidos e suspiros eram todos para ela.
A mulata bem que o compreendeu, mas não teve animo de
confessar-lhe que também morria de amores por ele; receou
prejudicá-lo. Agora, com aquela loucura de faltar à entrevista
justamente no dia em que Jerônimo voltava à estalagem, a situação
parecia-lhe muito melindrosa. Firmo, desesperado com a ausência dela,
embebedava-se naturalmente e vinha ao cortiço provocar o
cavouqueiro; a briga rebentaria de novo, fatal para um dos dois, se é
que não seria para ambos. Do que ela sentira pelo navalhista persistia
agora apenas o medo, não como ele era dantes, indeterminado e frouxo,
mas ao contrário, sobressaltado, nervoso, cheio de apreensões que a
punham aflita. Firmo já não lhe aparecia no espírito como um amante
ciumento e perigoso, mas como um simples facínora, armado de uma
velha navalha desleal e homicida. O seu medo transformava-se em uma
mistura de asco e terror. E sem achar sossego na cama, deixava-se
atordoar pelos seus pressentimentos, quando ouviu bater na porta.
- É ele! disse, com o coração a saltar.
E via já defronte de si o Firmo, bêbado, a reclamar o Jerônimo aos
berros, para esfaqueá-lo ali mesmo. Não respondeu ao primeiro
chamado; ficou escutando.
Depois de uma pausa bateram de novo.
Ela estranhou o modo pelo qual batiam. Não era natural que o
facínora procedesse com tanta prudência. Ergueu-se, foi a janela, abriu
uma das folhas e espreitou pelas rótulas.
- Quem está ai?... perguntou a meia voz.
- Sou eu... disse Jerônimo, chegando-se.
Reconheceu-o logo e correu a abrir.
- Como?! É você, Jeromo?
- Chit! fez ele, pondo o dedo na boca. Fala baixo.
Rita começou a tremer: no olhar do português, nas suas mãos


[Linha 5900 de 8202 - Parte 4 de 5]


encardidas de sangue, no seu todo de homem ébrio, encharcado e sujo,
havia uma terrível expressão de crime.
- Donde vens tu?... segredou ela.
- De cuidar da nossa vida... Ai tens a navalha com que fui ferido!
E atirou-lhe sobre a mesa a navalha de Firmo, que a mulata
conhecia como as palmas da mão.
- E ele?
- Está morto.
- Quem o matou?
- Eu.
Calaram-se ambos.
- Agora... acrescentou o cavouqueiro, no fim de um silêncio
arquejado por ambos; estou disposto a tudo para ficar contigo.
Sairemos os dois daqui para onde melhor for... Que dizes tu?
- E tua mulher?...
- Deixo-lhe as minhas economias de muito tempo e continuarei a
pagar o colégio à pequena. Sei que não devia abandoná-la, mas podes
ter como certo que, ainda que não queiras vir comigo, não ficarei com
ela! Não sei! já não a posso suportar! Um homem enfara-se! Felizmente
minha caixa de roupa está ainda na Ordem e posso ir buscá-la pela
manhã.
- E para onde iremos?
- O que não falta é p'r'onde ir! Em qualquer parte estaremos
bem. Tenho aqui sobre mim uns quinhentos mil-réis, para as primeiras
despesas. Posso ficar cá até às cinco horas; são duas e meia; saio sem ser
visto por Piedade; mando-te ao depois dizer o que arranjei, e tu irás ter
comigo... Está dito? Queres?
Rita, em resposta, atirou-se ao pescoço dele e pendurou-se-lhe nos
lábios, devorando-o de beijos.
Aquele novo sacrifício do português; aquela dedicação extrema
que o levava a arremessar para o lado família, dignidade, futuro, tudo,
tudo por ela, entusiasmou-a loucamente. Depois dos sobressaltos desse
dia e dessa noite, seus nervos estavam afiados e toda ela elétrica.
Ah! não se tinha enganado! Aquele homenzarrão hercúleo, de
músculos de touro, era capaz de todas as meiguices do carinho.
- Então? insistiu ele.
- Sim, sim, meu cativeiro! respondeu a baiana, falando-lhe na
boca; eu quero ir contigo; quero ser a tua mulata, o bem do teu coração!
Tu és os meus feitiços! - E apalpando-lhe o corpo:- Mas como estas
ensopado! Espera! espera! o que não falta aqui e roupa de homem pra
mudar!... Podias ter uma recaída, cruzes! Tira tudo isso que está
alagado! Eu vou acender o fogareiro e estende-se em cima o que é
casimira, para te poderes vestir às cinco horas. Tira as botas! Olha o
chapéu como está! Tudo isto seca! Tudo isto seca! Mira, toma já um
gole de parati p'r'atalhar a friagem! Depois passa em todo o corpo! Eu
vou fazer café!
Jerônimo bebeu um bom trago de parati, mudou de roupa e
deitou-se na cama de Rita.
- Vem pra cá... disse, um pouco rouco.
- Espera! espera! O café está quase pronto!


[Linha 5950 de 8202 - Parte 4 de 5]


E ela só foi ter com ele, levando-lhe a chávena fumegante da
perfumosa bebida que tinha sido a mensageira dos seus amores;
assentou-se ao rebordo da cama e, segurando com uma das mãos o
pires, e com a outra a xícara, ajudava-o a beber, gole por gole, enquanto
seus olhos o acarinhavam, cintilantes de impaciência no antegozo
daquele primeiro enlace.
Depois, atirou fora a saia e, só de camisa, lançou-se contra o seu
amado, num frenesi de desejo doido.
Jerônimo, ao senti-la inteira nos seus braços; ao sentir na sua pele a
carne quente daquela brasileira; ao sentir inundar-lhe o rosto e as
espáduas, num eflúvio de baunilha e cumaru, a onda negra e fria da
cabeleira da mulata; ao sentir esmagarem-se no seu largo e pelado colo
de cavouqueiro os dois globos túmidos e macios, e nas suas coxas as
coxas dela; sua alma derreteu-se, fervendo e borbulhando como um
metal ao fogo, e saiu-lhe pela boca, pelos olhos, por todos os poros do
corpo, escandescente, em brasa, queimando-lhe as próprias carnes e
arrancando-lhe gemidos surdos, soluços irreprimíveis, que lhe
sacudiam os membros, fibra por fibra, numa agonia extrema,
sobrenatural, uma agonia de anjos violentados por diabos, entre a
vermelhidão cruenta das labaredas do inferno.
E com um arranco de besta-fera caíram ambos prostrados,
arquejando. Ela tinha a boca aberta, a língua fora, os braços duros, os
dedos inteiriçados, e o corpo todo a tremer-lhe da cabeça aos pés,
continuamente, como se estivesse morrendo; ao passo que ele, de
súbito arremessado longe da vida por aquela explosão inesperada dos
seus sentidos, deixava-se mergulhar numa embriaguez deliciosa,
através da qual o mundo inteiro e todo o seu passado fugiam como
sombras fátuas. E, sem consciência de nada que o cercava, nem
memória de si próprio, sem olhos, sem tino, sem ouvidos, apenas
conservava em todo o seu ser uma impressão bem clara, viva,
inextinguível: o atrito daquela carne quente e palpitante, que ele em
delírio apertou contra o corpo, e que ele ainda sentia latejar-lhe debaixo
das mãos, e que ele continuava a comprimir maquinalmente, como a
criança que, já dormindo, afaga ainda as tetas em que matou ao mesmo
tempo a fome e a sede com que veio ao mundo.



XVI


A essas horas Piedade de Jesus ainda esperava pelo marido.
Ouvira, assentada impaciente à porta de sua casa, darem oito
horas, oito e meia; nove, nove e meia. "Que teria acontecido, Mãe
Santíssima?... Pois o homem ainda não estava pronto de todo e
punha-se ao fresco, mal engolira o jantar, para demorar-se daquele
modo?... Ele que nunca fora capaz de semelhantes tonteiras!..."
- Dez horas! Valha-me Nosso Senhor Jesus Cristo!
Foi até o portão da estalagem, perguntou a conhecidos que
passavam se tinham visto Jerônimo; ninguém dava noticias dele. Saiu,


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correu à esquina da rua; um silêncio de cansaço bocejava naquele resto
de domingo; às dez e meia recolheu-se sobressaltada, com o coração a
sair-lhe pela garganta, o ouvido alerta, para que ela acudisse ao primeiro
toque na porta; deitou-se sem tirar a saia, nem apagar de todo o
candeeiro. A ceia frugal de leite fervido e queijo assado com açúcar e
manteiga ficou intacta sobre a mesa.
Não conseguiu dormir: trabalhava-lhe a cabeça, afastando para
longe o sono. Começou a imaginar perigos, rolos, em que o seu homem
recebia novas navalhadas; Firmo figurava em todas as cenas do delírio;
em todas elas havia sangue. Afinal, quando, depois de muito virar de
um para outro lado do colchão, a infeliz ia caindo em modorra, o mais
leve rumor lá fora a fazia erguer-se de pulo e correr à rótula da janela.
Mas não era o cavouqueiro, da primeira, nem da segunda, nem de
nenhuma das vezes.
Quando principiou a chover, Piedade ficou ainda mais aflita; na
sua sobreexcitação afigurava-se-lhe agora que o marido estava sobre as
águas do mar, embarcado, entregue unicamente à proteção da Virgem,
em meio de um temporal medonho. Ajoelhou-se defronte do oratório e
rezou com a voz emaranhada por uma agonia sufocadora. A cada
trovão redobrava o seu sobressalto. E ela, de joelhos, os olhos fitos na
imagem de Nossa Senhora, sem consciência do tempo que corria,
arfava soluçando. De repente, ergueu-se, muito admirada de se ver
sozinha, como se só naquele instante dera pela falta do marido a seu
lado. Olhou em torno de si, espavorida, com vontade de chorar, de
pedir socorro; as sombras espichadas em volta do candeeiro, tracejando
trêmulas pelas paredes e pelo teto, pareciam querer dizer-lhe alguma
coisa misteriosa. Um par de calças, dependurado à porta do quarto,
com um paletó e um chapéu por cima, representou-lhe de relance o
vulto de um enforcado, a mexer com as pernas. Benzeu-se. Quis saber
que horas eram e não pôde; afigurava-se-lhe terem decorrido já três dias
pelo menos durante aquela aflição. Calculou que não tardaria a
amanhecer, se é que ainda amanheceria: se é que aquela noite infernal
não se fosse prolongando infinitamente, sem nunca mais aparecer o sol!
Bebeu um copo d'água, bem cheio, apesar de haver pouco antes
tomado outro, e ficou imóvel, de ouvido atento, na expectativa de
escutar as horas de algum relógio da vizinhança.
A chuva diminuíra e os ventos principiavam a soprar com
desespero. Lá de fora a noite dizia-lhe segredos pelo buraco da
fechadura e pelas frinchas do telhado e das portas; a cada assobio a
mísera julgava ver surgir um espectro que vinha contar-lhe a morte de
Jerônimo. O desejo impaciente de saber que horas eram punha-a doida:
foi à janela, abriu-a; uma rajada úmida entrou na sala, esfuziando, e
apagou a luz. Piedade soltou um grito e começou a procurar a caixa de
fósforos, aos esbarrões, sem conseguir reconhecer os objetos que
tateava. Esteve a perder os sentidos; afinal achou os fósforos, acendeu
de novo o candeeiro e fechou a janela. Entrara-lhe um pouco de chuva
em casa; sentiu a roupa molhada no corpo; tomou um novo copo
d'água; um calafrio de febre percorreu-lhe a espinha, e ela atirou-se
para a cama, batendo o queixo, e meteu-se debaixo dos lençóis, a tiritar
de febre. Veio de novo a modorra, fechou os olhos; mas ergueu-se logo,


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assentando-se no colchão; parecia-lhe ter ouvido alguém falar lá fora,
na rua; o calafrio voltou; ela, trêmula, procurava escutar. Se se não
enganava, distinguira vozes abafadas, conversando, e as vozes eram de
homem; deixou-se ficar à escuta, concheando a mão atrás da orelha;
depois ouviu baterem, não na sua porta, mas lá muito mais para diante,
na casa da das Dores, da Rita, ou da Augusta. "Devia ser o Alexandre
que voltava do serviço..." Quis ir ter com ele e pedir-lhe notícias de
Jerôrimo, o calafrio, porém, obrigou-a a ficar debaixo das cobertas.
Às cinco horas levantou-se de novo com um salto. "Já havia gente
lá fora com certeza!..." Ouvira ranger a primeira porta; abriu a janela,
mas ainda estava tão escuro que se não distinguia patavina. Era uma
preguiçosa madrugada de agosto, nebulosa, úmida; parecia disposta a
resistir ao dia. "O senhores! aquela noite dos diachos não acabaria
nunca mais?..." Entretanto, adivinhava-se que ia amanhecer. Piedade
ouviu dentro do pátio, do lado contrário à sua casa, um zunzum de duas
vozes cochichando com interesse. "Virgem do céu! dir-se-ia a voz do
seu homem! e a outra era voz de mulher, credo! Ilusão sua com certeza!
ela essa noite estava para ouvir o que não se dava..." Mas aqueles
cochichos dialogados na escuridão causavam-lhe extremo alvoroço.
"Não! Como poderia ser ele?... Que loucura! se o homem estivesse ali
teria sem dúvida procurado a casa!..." E os cochichos persistiam,
enquanto Piedade, toda ouvidos, estalava de agonia.
- Jeromo! gritou ela.
As vozes calaram-se logo, fazendo o silêncio completo: depois
nada mais se ouviu.
Piedade ficou à janela. As trevas dissolveram-se afinal; uma
claridade triste formou-se no nascente e foi, a pouco e pouco, se
derramando pelo espaço. O céu era uma argamassa cinzenta e gorda. O
cortiço acordava com o remancho das segundas-feiras; ouviam-se os
pigarros das ressacas de parati. As casinhas abriam-se; vultos
espreguiçados vinham bocejando fazer a sua lavagem à bica; as
chaminés principiavam a fumegar; recendia o cheiro do café torrado.
Piedade atirou um xale em cima dos ombros e saiu ao pátio; a
Machona, que acabava de aparecer à porta do número 7 com um berro
para acordar a família de uma só vez, gritou-lhe:
- Bons dias, vizinha! Seu marido como vai? melhor?
Piedade soltou um suspiro.
- Ai, não mo pergunte, S'ora Leandra!
- Piorou, filha?
- Não veio esta noite pra casa...
- Olha o demo! Como não veio? Onde ficou ele então?
- Cá está quem não lho sabe responder.
- Ora já se viu?!
- Estou com o miolo que é água de bacalhau! Não preguei olho
durante a noite! Forte desgraça a minha!
- Teria a ele lhe sucedido alguma?...
Piedade pôs-se a soluçar, enxugando as lágrimas no xale de lã; ao
passo que a outra, com a sua voz rouca e forte, que nem o som de uma
trompa enferrujada, passava adiante a nova de que o Jerônimo não se
recolhera aquela noite à estalagem.


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- Talvez voltasse pro hospital... obtemperou Augusta, que lavava
junto a uma tina a gaiola do seu papagaio.
- Mas ele ontem veio de muda... contrapôs Leandra.
- E lá não se entra depois das oito horas da noite, acrescentou
outra lavadeira.
E os comentários multiplicavam-se, palpitando de todos os lados,
numa boa disposição para fazer daquilo o escândalo do dia. Piedade
respondia friamente às perguntas curiosas que lhe dirigiam as
companheiras; estava triste e sucumbida; não se lavou, não mudou de
roupa, não comeu nada, porque a comida lhe crescia na boca e não lhe
passava da garganta; o que fazia só era chorar e lamentar-se.
- Forte desgraça a minha! repetia a infeliz a cada instante.
- Se vais assim, filha, estás bem arranjada! exclamou-lhe a
Machona, chegando à porta de sua casa a dar dentadas num pão
recheado de manteiga. Que diabo, criatura! O homem não te morreu,
pra estares agora ai a carpir desse modo!
- Sei-o eu lá se me morreu?... disse Piedade entre soluços. Vi
tanta coisa esta noite!...
- Ele te apareceu nos sonhos?... perguntou Leandra com
assombro.
- Nos sonhos não, que não dormi, mas vi a modos que
fantasmas...
E chorava.
- Ai, credo, filha!
- Estou desgraçada!
- Se te apareceram almas, decerto; mas põe a fé em Deus,
mulher! e não te rales desse modo, que a desgraça pode ser maior! O
choro puxa muita coisa!
- Ai, o meu rico homem!
E o mugido lúgubre daquela pobre criatura abandonada
antepunha à rude agitação do cortiço uma nota lamentosa e tristonha de
uma vaca chamando ao longe, perdida ao cair da noite num lagar
desconhecido e agreste. Mas o trabalho aquecia já de uma ponta à outra
da estalagem; ria-se, cantava-se, soltava-se a língua; o formigueiro
assanhava-se com as compras para o almoço; os mercadores entravam e
saiam: a máquina de massas principiava a bufar. E Piedade, assentada à
soleira de sua porta, paciente e ululante como um cão que espera pelo
dono, maldizia a hora em que saíra da sua terra, e parecia disposta a
morrer ali mesmo, naquele limiar de granito, onde ela, tantas vezes, com
a cabeça encostada ao ombro do seu homem, suspirava feliz, ouvindo
gemer na guitarra dele os queridos fados de além-mar.
E Jerônimo não aparecia.
Ela ergueu-se finalmente, foi lá fora ao capinzal, pôs-se a andar
agitada, falando sozinha, a gesticular forte. E nos seus movimentos de
desespero, quando levantava para o céu os punhos fechados, dir-se-ia
que não era contra o marido que se revoltava, mas sim contra aquela
amaldiçoada luz alucinadora, contra aquele sol crapuloso, que fazia
ferver o sangue aos homens e metia-lhes no corpo luxúrias de bode.
Parecia rebelar-se contra aquela natureza alcoviteira, que lhe roubara o
seu homem para dá-lo a outra, porque a outra era gente do seu peito e


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ela não.
E maldizia soluçando a hora em que saíra da sua terra; essa boa
terra cansada, velha como que enferma; essa boa terra tranqüila, sem
sobressaltos nem desvarios de juventude. Sim, lá os campos eram frios
e melancólicos, de um verde alourado e quieto, e não ardentes e
esmeraldinos e afogados em tanto sol e em tanto perfume como o deste
inferno, onde em cada folha que se pisa há debaixo um réptil venenoso,
como em cada flor que desabotoa e em cada moscardo que adeja há um
vírus de lascívia. Lá, nos saudosos campos da sua terra, não se ouvia em
noites de lua clara roncar a onça e o maracajá, nem pela manhã, ao
romper do dia, rilhava o bando truculento das queixadas; lá não varava
pelas florestas a anta feia e terrível, quebrando árvores; lá a sucuruju
não chocalhava a sua campainha fúnebre, anunciando a morte, nem a
coral esperava traidora o viajante descuidado para lhe dar o bote
certeiro e decisivo; lá o seu homem não seria anavalhado pelo ciúme de
um capoeira; lá Jerônimo seria ainda o mesmo esposo casto, silencioso e
meigo; seria o mesmo lavrador triste e contemplativo, como o gado que
à tarde levanta para o céu de opala o seu olhar humilde, compungido e
bíblico.
Maldita a hora em que ela veio! Maldita! mil vezes maldita!
E tornando à casa, Piedade ainda mais se enraivecia, porque ali
defronte, no número 9, a mulata baiana, a dançadeira de chorado, a
cobra assanhada, cantava alegremente, chegando de vez em quando à
janela para vir soprar fora a cinza da fornalha do seu ferro de engomar,
olhando de passagem para a direita e para a esquerda, a afetar
indiferença pelo que não era de sua conta, e desaparecendo logo, sem
interromper a cantiga, muito embebida no seu serviço. Ah! essa não fez
comentários sobre o estranho procedimento de mestre Jerônimo, nem
mesmo quis ouvir noticias dele; pouco arredou o pé de dentro de casa e,
nesse pouco que saiu, foi às pressas e sem dar trela a ninguém.
Nada! que as penas e desgostos não punham a panela no fogo!
Entretanto, ah! ah! ela estava bem preocupada. Apesar do alívio
que lhe trouxera ao espírito a morte do Firmo e a despeito do seu
contentamento de passar por uma vez aos braços do cavouqueiro, um
sobressalto vago e opressivo esmagava-lhe o coração e matava-a de
impaciência por atirar-se à procura de noticias sobre as ocorrências da
noite; tanto assim que, às onze horas, mel percebeu que Piedade, depois
de esperar em vão pelo marido, saia aflita em busca dele, disposta a ir
ao hospital, à polícia, ao necrotério, ao diabo, contanto que não voltasse
sem algum esclarecimento, ela atirou logo o trabalho p'ro canto, enfiou
uma saia, cruzou o xale no ombro, e ganhou o mundo, também disposta
a não voltar sem saber tintim por tintim o que havia de novo.
Foi cada uma para seu lado e só voltaram à tarde, quase ao mesmo
tempo, encontrando o cortiço cheio já e assanhado com a noticia da
morte do Firmo e do terrível efeito que esta causara no
"Cabeça-de-Gato", onde o crime era atribuído aos carapicus, contra os
quais juravam-se extremas vinganças de desafronta. Soprava de lá,
rosnando, um hálito morno de cólera malsofrida e sequiosa que crescia
com a aproximação da noite e parecia sacudir no ar, ameaçadoramente,
a irrequieta flâmula amarela.


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O sol descambava para o ocaso, indefeso, e nu, tingindo o céu de
uma vermelhidão pressaga e sinistra.
Piedade entrou carrancuda na estalagem; não vinha triste, vinha
enfurecida; soubera na rua a respeito do marido mais do que esperava.
Soubera em primeiro lugar que ele estava vivo, perfeitamente vivo, pois
fora visto aquele mesmo dia, mais de uma vez, no Garnisé e na Praia da
Saudade, a vagar macambúzio; soubera, por intermédio de um
rondante amigo de Alexandre, que Jerônimo surgira de manhãzinha do
capinzal perto da pedreira de João Romão, o que fazia crer viesse ele
naquele momento de casa, saindo pelos fundos do cortiço; soubera
ainda que o cavouqueiro fora à Ordem buscar a sua caixa de roupa e
que, na véspera, estivera a beber à farta na venda do Pepé, de súcia com
o Zé Carlos e com o Pataca, e que depois seguiram para os lados da
praia, todos três mais ou menos no gole. Sem a menor desconfiança do
crime, a desgraçada ficou convencida de que o marido não se recolhera
aquela noite à casa, porque ficara em grossa pândega com os amigos e
que, voltando tarde e bêbedo, dera-lhe para meter-se com a mulata, que
o aceitou logo. "Pudera! Pois se havia muito a deslambida não queria
outra coisa!..." Com esta convicção inchou-lhe de súbito por dentro um
novelo de ciúmes, e ela correu incontinenti para a estalagem, certa de
que iria encontrar o homem e despejaria contra ele aquela tremenda
tempestade de ressentimentos e despeitos acumulados, que
ameaçavam sufocá-la se não rebentassem de vez. Atravessou o cortiço
sem dar palavra a ninguém e foi direito à casa; contava encontrá-la
aberta e a sua decepção foi cruel ao vê-la fechada como a deixara.
Pediu a chave à Machona, que, ao entregá-la, inquiriu sobre Jerônimo e
pespegou-lhe ao mesmo tempo a noticia do assassinato de Firmo.
Com esta nova é que Piedade não contava. Ficou lívida; um
pavoroso pressentimento varou-lhe o espírito como um raio. Afastou-se
logo, com medo de falar, e foi trêmula e ofegante que abriu a porta e
meteu-se no número 35.
Atirou-se a uma cadeira. Estava morta de cansaço; não tinha
comido nada esse dia e não sentia fome; a cabeça andava-lhe à roda, as
pernas pareciam-lhe de chumbo.
Seria ele?!... interrogou a si própria.
E os raciocínios começaram a surdir-lhe em massa, ensarilhados,
atropelando-lhe a razão. Não conseguia coordená-los; entre todas uma
idéia insubordinava-se com mais teima, a perturbar as outras, ficando
superior, como uma carta maior que o resto do baralho: "Se ele matou o
Firmo, dormiu na estalagem e não veio ter comigo, é porque então
deixou-me de feita pela Rita!"
Tentou fugir a semelhante hipótese; repeliu-a indignada. Não! não
era possível que o Jerônimo, seu marido de tanto tempo, o pai de sua
filha, um homem a quem ela nunca dera razão de queixa e a quem
sempre respeitara e quisera com o mesmo carinho e com a mesma
dedicação, a abandonasse de um momento para outro; e por quem?! por
uma não-sei-que-diga! um diabo de uma mulata assanhada, que tão
depressa era de Pedro como de Paulo! uma sirigaita, que vivia mais para
a folia do que para o trabalho! uma peste, que... Não! Qual! Era lá
possível?! Mas então por que ele não viera?... por que não vinha?... por


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que não dava noticias suas?... por que fora pela manhã à Ordem buscar
a caixa da roupa?...
O Roberto Papa-Defuntos dissera-lhe que o encontrara às duas da
tarde ali perto, ao dobrar da Rua Bambina, e que até pararam um
instante para conversar. Com mais alguns passos chegado à casa! Seria
possível, santos do céu! que o seu homem estivesse disposto a nunca
mais tornar para junto dela?
Nisto entrou a outra, acompanhada por um pequeno descalço.
Vinha satisfeita; estivera com Jerônimo, jantaram juntos, numa casa de
pasto; ficara tudo combinado; arranjara-se o ninho. Não se mudaria
logo para não dar que falar na estalagem, mas levaria alguma roupa e os
objetos mais indispensáveis e que não dessem na vista por ocasião do
transporte. Voltaria no dia seguinte ao cortiço, onde continuaria a
trabalhar; à noite iria ter com o novo amante, e, no fim de uma semana
- zás! fazia-se a mudança completa, e adeus coração! - Por aqui é o
caminho! O cavouqueiro, pelo seu lado, mandaria uma carta a João
Romão, despedindo-se do seu serviço, e outra à mulher, dizendo com
boas palavras que, por uma dessas fatalidades de que nenhuma criatura
está livre, deixava de viver em companhia dela, mas que lhe conservaria
a mesma estima e continuaria a pagar o colégio da filha; e, feito isto,
pronto! entraria em vida nova, senhor da sua mulata, livres e sozinhos,
independentes, vivendo um para o outro, numa eterna embriaguez de
gozos.
Mas, na ocasião em que a baiana, seguida pelo pequeno, passava
defronte da porta de Piedade, esta deu um salto da cadeira e gritou-lhe:
- Faz favor?
- Que é? resmungou Rita, parando sem voltar senão o rosto, e já
a dizer no seu todo de impaciência que não estava disposta a muita
conversa.
- Diga-me uma coisa, inquiriu aquela; você muda-se?
A mulata não contava com semelhante pergunta, assim à
queima-roupa; ficou calada sem achar o que responder.
- Muda-se, não é verdade? insistiu a outra, fazendo-se vermelha.
- E o que tem você com isso? Mude-me ou não, não lhe tenho de
dar satisfações! Meta-se com a sua vida! Ora esta!
- Com a minha vida é que te meteste tu, cigana! exclamou a
portuguesa, sem se conter e avançando para a porta com ímpeto.
- Hein?! Repete, cutruca ordinária! berrou a mulata, dando um
passo em frente.
- Pensas que já não sei de tudo? Maleficiaste-me o homem e
agora carregas-me com ele! Que a má coisa te saiba, cabra do inferno!
Mas deixa estar que hás de amargar o que o diabo não quis! quem to
jura sou eu!
- Pula cá pra fora, perua choca, se és capaz!
Em torno de Rita já o povaréu se reunia alvoroçado; as lavadeiras
deixaram logo as tinas e vinham, com os braços nus, cheios de espuma
de sabão, estacionar ali ao pé, formando roda, silenciosas, sem
nenhuma delas querer meter-se no barulho. Os homens riam e atiravam
chufas às duas contendoras, como sucedia sempre quando no cortiço
qualquer mulher se disputava com outra.


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- Isca! Isca! gritavam eles.
Ao desafio da mulata, Piedade saltara ao pátio, armada com um
dos seus tamancos. Uma pedrada recebeu-a em caminho, rachando-lhe
a pele do queixo, ao que ela respondeu desfechando contra a adversária
uma formidável pancada na cabeça.
E pegaram-se logo a unhas e dentes.
Por algum tempo lutaram de pé, engalfinhadas, no meio de grande
algazarra dos circunstantes. João Romão acudiu e quis separá-las; todos
protestaram. A família do Miranda assomou à janela, tomando ainda o
café de depois do jantar, indiferente, já habituada àquelas cenas. Dois
partidos todavia se formavam em torno das lutadoras; quase todos os
brasileiros eram pela Rita e quase todos os portugueses pela outra.
Discutia-se com febre a superioridade de cada qual delas; rebentavam
gritos de entusiasmo a cada mossa que qualquer das duas recebia; e
estas, sem se desunharem, tinham já arranhões e mordeduras por todo o
busto.
Quando menos se esperava, ouviu-se um baque pesado e viu-se
Piedade de bruços no chão e a Rita por cima, escarranchada sobre as
suas largas ancas, a socar-lhe o cachaço de murros contínuos,
desgrenhada, rota, ofegante, os cabelos caldos sobre a cara, gritando
vitoriosa, com a boca correndo sangue:
- Toma pro teu tabaco! Toma, galinha podre! Toma, pra não te
meteres comigo! Toma! Toma, baiacu da praia!
Os portugueses precipitaram-se para tirar Piedade de debaixo da
mulata. Os brasileiros opuseram-se ferozmente.
- Não pode!
- Enche!
- Não deixa!
- Não tira!
- Entra! Entra!
E as palavras "galego" e "cabra" cruzaram-se de todos os pontos,
como bofetadas. Houve um vavau rápido e surdo, e logo em seguida
um formidável rolo, um rolo a valer, não mais de duas mulheres, mas de
uns quarenta e tantos homens de pulso, rebentou como um terremoto.
As cercas e os jiraus desapareceram do chão e estilhaçaram-se no ar,
estalando em descarga; ao passo que numa berraria infernal, num
fecha-fecha de formigueiro em guerra, aquela onda viva ia arrastando o
que topava no caminho; barracas e tinas, baldes, regadores e caixões de
planta, tudo rolava entre aquela centena de pernas confundidas e
doidas. Das janelas do Miranda apitava-se com fúria; da rua, em todo o
quarteirão, novos apitos respondiam; dos fundos do cortiço e pela
frente surgia povo e mais povo. O pátio estava quase cheio; ninguém
mais se entendia; todos davam e todos apanhavam; mulheres e crianças
berravam. João Romão, clamando furioso, sentia-se impotente para
conter semelhantes demônios. "Fazer rolo aquela hora, que
imprudência!" Não conseguiu fechar as portas da venda, nem o portão
da estalagem; guardou às pressas na barra o que havia em dinheiro na
gaveta, e, armando-se com uma tranca de ferro, pôs-se de sentinela às
prateleiras, disposto a abrir o casco ao primeiro que se animasse a
saltar-lhe o balcão. Bertoleza, lá dentro na cozinha, aprontava uma


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grande chaleira de água quente, para defender com ela a propriedade
do seu homem. E o rolo a ferver lá fora, cada vez mais inflamado com
um terrível sopro de rivalidade nacional. Ouviam-se, num clamor de
pragas e gemidos, vivas a Portugal e vivas ao Brasil. De vez em quando,
o povaréu, que continuava a crescer, afastava-se em massa, rugindo de
medo, mas tornava logo, como a onda no refluxo dos mares. A polícia
apareceu e não se achou com animo de entrar, antes de vir um reforço
de praças, que um permanente fora buscar a galope.
E o rolo fervia.
Mas, no melhor da lata, ouvia-se na rua um coro de vozes que se
aproximavam das bandas do "Cabeça-de-Gato". Era o canto de guerra
dos capoeiras do outro cortiço, que vinham dar batalha aos carapicus,
pra vingar com sangue a morte de Firmo, seu chefe de malta.



XVII


Mal os carapicus sentiram a aproximação dos rivais, um grito de
alarma ecoou por toda a estalagem e o rolo dissolveu-se de improviso,
sem que a desordem cessasse. Cada qual correu à casa, rapidamente,
em busca do ferro, do pau e de tudo que servisse para resistir e para
matar. Um só impulso os impelia a todos; já não havia ali brasileiros e
portugueses, havia um só partido que ia ser atacado pelo partido
contrário; os que se batiam ainda há pouco emprestavam armas uns aos
outros, limpando com as costas das mãos o sangue das feridas.
Agostinho, encostado ao lampião do meio do cortiço, cantava em altos
berros uma coisa que lhe parecia responder à música bárbara que
entoavam lá fora os inimigos; a mãe dera-lhe licença, a pedido dele,
para pôr um cinto de Nenen, em que o pequeno enfiou a faca da
cozinha. Um mulatinho franzino, que até ai não fora notado por
ninguém no São Romão, postou-se defronte da entrada, de mãos
limpas, à espera dos invasores; e todos tiveram confiança nele porque o
ladrão, além de tudo, estava rindo.
Os cabeças-de-gato assomaram afinal ao portão. Uns cem
homens, em que se não via a arma que traziam. Porfiro vinha na frente,
a dançar, de braços abertos, bamboleando o corpo e dando rasteiras
para que ninguém lhe estorvasse a entrada. Trazia o chapéu à ré, com
um laço de fita amarela flutuando na copa.
- Agüenta! Agüenta! Faz frente! clamavam de dentro os
carapicus.
E os outros, cantando o seu hino de guerra, entraram e
aproximaram-se lentamente, a dançar como selvagens.
As navalhas traziam-nas abertas e escondidas na palma da mão.
Os carapicus enchiam a metade do cortiço. Um silêncio arquejado
sucedia à estrepitosa vozeria do rolo que findara. Sentia-se o hausto
impaciente da ferocidade que atirava aqueles dois bandos de capoeiras
um contra o outro. E, no entanto, o sol, único causador de tudo aquilo,
desaparecia de todo nos limbos do horizonte, indiferente, deixando


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atrás de si as melancolias do crepúsculo, que é a saudade da terra
quando ele se ausenta, levando consigo a alegria da luz e do calor.
Lá na janela do Barão, o Botelho, entusiasmado como sempre por
tudo que lhe cheirava a guerra, soltava gritos de aplauso e dava brados
de comando militar.
E os cabeças-de-gato aproximavam-se cantando, a dançar,
rastejando alguns de costas para o chão, firmados nos pulsos e nos
calcanhares.
Dez carapicus saíram em frente; dez cabeças-de-gato se alinharam
defronte deles.
E a batalha principiou, não mais desordenada e cega, porém com
método, sob o comando de Porfiro que, sempre a cantar ou assoviar,
saltava em todas as direções, sem nunca ser alcançado por ninguém.
Desferiram-se navalhas contra navalhas, jogaram-se as cabeçadas
e os voa-pés. Par a par, todos os capoeiras tinham pela frente um
adversário de igual destreza que respondia a cada investida com um
salto de gato ou uma queda repentina que anulava o golpe. De parte a
parte esperavam que o cansaço desequilibrasse as forças, abrindo furo à
vitória; mas um fato veio neutralizar inda uma vez a campanha: imenso
rebentão de fogo esgargalhava-se de uma das casas do fundo, o
número 88. E agora o incêndio era a valer.
Houve nas duas maltas um súbito espasmo de terror.
Abaixaram-se os ferros e calou-se o hino de morte. Um clarão tremendo
ensangüentou o ar, que se fechou logo de fumaça fulva.
A Bruxa conseguira afinal realizar o seu sonho de louca: o cortiço
ia arder; não haveria meio de reprimir aquele cruento devorar de
labaredas. Os cabeças-de-gato, leais nas suas justas de partido,
abandonaram o campo, sem voltar o rosto, desdenhosos de aceitar o
auxilio de um sinistro e dispostos até a socorrer o inimigo, se assim
fosse preciso. E nenhum dos carapicus os feriu pelas costas. A luta
ficava para outra ocasião. E a cena transformou-se num relance; os
mesmos que barateavam tão facilmente a vida, apressavam-se agora a
salvar os miseráveis bens que possuíam sobre a terra. Fechou-se um
entra-e-sai de maribondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas
pelo fogo. Homens e mulheres corriam de cá para lá com os tarecos ao
ombro, numa balbúrdia de doidos. O pátio e a rua enchiam-se agora de
camas velhas e colchões espocados. Ninguém se conhecia naquela
zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas
arrancadas pela dor e pelo desespero. Da casa do Barão saiam clamores
apopléticos; ouviam-se os guinchos de Zulmira que se espolinhava com
um ataque. E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia
dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as
chamas.
Os sinos da vizinhança começaram a badalar.
E tudo era um clamor.
A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha
acesa. Estava horrível; nunca fora tão bruxa. O seu moreno trigueiro, de
cabocla velha, reluzia que nem metal em brasa; a sua crina preta,
desgrenhada, escorrida e abundante como as das éguas selvagens,
dava-lhe um caráter fantástico de fúria saída do inferno. E ela ria-se,


[Linha 6450 de 8202 - Parte 4 de 5]


ébria de satisfação, sem sentir as queimaduras e as feridas, vitoriosa no
meio daquela orgia de fogo, com que ultimamente vivia a sonhar em
segredo a sua alma extravagante de maluca.
Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento
da casa incendiada, que abateu rapidamente, sepultando a louca num
montão de brasas.
Os sinos continuavam a badalar aflitos. Surgiam aguadeiros com
as suas pipas em carroça, alvoroçados, fazendo cada qual maior
empenho em chegar antes dos outros e apanhar os dez mil-réis da
gratificação. A polícia defendia a passagem ao povo que queria entrar.
A rua lá fora estava já atravancada com o despojo de quase toda a
estalagem. E as labaredas iam galopando desembestadas para a direita
e para a esquerda do número 88. Um papagaio, esquecido à parede de
uma das casinhas e preso à gaiola, gritava furioso, como se pedisse
socorro.
Dentro de meia hora o cortiço tinha de ficar em cinzas. Mas um
fragor de repiques de campainhas e estridente silvar de válvulas encheu
de súbito todo o quarteirão, anunciando que chegava o corpo dos
bombeiros.
E logo em seguida apontaram carros à desfilada, e um bando de
demônios de blusa clara, armados uns de archotes e outros de
escadilhas de ferro, apoderaram-se do sinistro, dominando-o
incontinenti, como uma expedição mágica, sem uma palavra, sem
hesitações e sem atropelos. A um só tempo viram-se fartas mangas
d'água chicoteando o fogo por todos os lados; enquanto, sem se saber
como, homens, mais ágeis que macacos, escalavam os telhados
abrasados por escadas que mal se distinguiam; e outros invadiam o
coração vermelho do incêndio, a dardejar duchas em torno de si,
rodando, saltando, piruetando, até estrangularem as chamas que se
atiravam ferozes para cima deles, como dentro de um inferno; ao passo
que outros, cá de fora, imperturbáveis, com uma limpeza de máquina
moderna, fuzilavam de água toda a estalagem, número por número,
resolvidos a não deixar uma só telha enxuta.
O povo aplaudia-os entusiasmado, já esquecido do desastre e só
atenção para aquele duelo contra o incêndio. Quando um bombeiro, de
cima do telhado, conseguiu sufocar uma ninhada de labaredas, que
surgia defronte dele, rebentou cá debaixo uma roda de palmas, e o
herói voltou-se para a multidão, sorrindo e agradecendo.
Algumas mulheres atiravam-lhe beijos, entre brados de ovação.


XVIII


Por esse tempo, o amigo de Bertoleza, notando que o velho
Libório, depois de escapar de morrer na confusão do incêndio, fugia
agoniado para o seu esconderijo, seguiu-o com disfarce e observou que
o miserável, mal deu luz à candeia, começou a tirar ofegante alguma
coisa do seu colchão imundo.
Eram garrafas. Tirou a primeira, a segunda, meia dúzia delas.


[Linha 6500 de 8202 - Parte 4 de 5]


Depois puxou às pressas a coberta do catre e fez uma trouxa. Ia de novo
ganhar a saída, mas soltou um gemido surdo e caiu no chão sem força,
arrevessando uma golfada de sangue e cingindo contra o peito o
misterioso embrulho.
João Romão apareceu, e ele, assim que o viu, redobrou de aflição e
torceu-se todo sobre as garrafas, defendendo-as com o corpo inteiro, a
olhar aterrado e de esguelha para o seu interventor, como se dera cara a
cara com um bandido. E, a cada passo que o vendeiro adiantava, o
tremor e o sobressalto do velho recresciam, tirando-lhe da garganta
grunhidos roucos de animal batido e assustado. Duas vezes tentou
erguer-se; duas vezes rolou por terra moribundo. João Romão
objurgou-lhe que qualquer demora ali seria morte certa: o incêndio
avançava. Quis ajudá-lo a carregar o fardo. Libório, por única resposta,
arregaçou os beiços, mostrando as gengivas sem dentes e tentando
morder a mão que o vendeiro estendia já sobre as garrafas.
Mas, lá de cima, a ponta de uma língua; de fogo varou o teto e
iluminou de vermelho a miserável pocilga. Libório tentou ainda um
esforço supremo, e nada pôde, começando a tremer da cabeça aos pés,
a tremer, a tremer, grudando-se cada vez mais à sua trouxa, e já
estrebuchava, quando o vendeiro lha arrancou das garras com
violência. Também era tempo, porque, depois de insinuar a língua; o
fogo mostrou a boca e escancarou afinal a goela devoradora.
O tratante fugiu de carreira, abraçado à sua presa, enquanto o
velho, sem conseguir pôr-se de pé, rastreava na pista dele,
dificultosamente, estrangulado de desespero senil, já sem fala,
rosnando uns vagidos de morte, os olhos turvos, todo ele roxo, os
dedos enriçados como as unhas de abutre ferido.
João Romão atravessou o pátio de carreira e meteu-se na sua toca
para esconder o furto. Ao primeiro exame, de relance, reconheceu logo
que era dinheiro em papel o que havia nas garrafas. Enterrou a trouxa na
prateleira de um armário velho cheio de frascos e voltou lá fora para
acompanhar o serviço dos bombeiros.
À meia-noite estava já completamente extinto o fogo e quatro
sentinelas rondavam a ruína das trinta e tantas casinhas que arderam. O
vendeiro só pôde voltar à trouxa das garrafas às cinco horas da manhã,
quando Bertoleza, que fizera prodígios contra o incêndio, passava pelo
sono, encostada na cama, com a saia ainda encharcada de água, o corpo
cheio de pequenas queimaduras. Verificou que as garrafas eram oito e
estavam cheias até à boca de notas de todos os valores, que ai foram
metidas, uma a uma, depois de cuidadosamente enroladas e dobradas à
moda de bilhetes de rifa. Receoso, porém, de que a crioula não
estivesse bem adormecida e desse pela coisa, João Romão resolveu
adiar para mais tarde a contagem do dinheiro e guardou o tesouro
noutro lugar mais seguro.
No dia seguinte a polícia averiguou os destroços do incêndio e
mandou proceder logo ao desentulho, para retirar os cadáveres que
houvesse.
Rita desaparecera da estalagem durante a confusão da noite;
Piedade caíra de cama, com um febrão de quarenta graus; a Machona
tinha uma orelha rachada e um pé torcido; a das Dores a cabeça partida;


[Linha 6550 de 8202 - Parte 4 de 5]


o Bruno levara uma navalhada na coxa; dois trabalhadores da pedreira
estavam gravemente feridos; um italiano perdera dois dentes da frente,
e uma filhinha da Augusta Carne-Mole morrera esmagada pelo povo. E
todos, todos se queixavam de danos recebidos e revoltaram-se contra
os rigores da sorte. O dia passou-se inteiro na computação dos prejuízos
e a dar-se balanço no que se salvara do incêndio. Sentia-se um fartum
aborrecido de estorrilho e cinza molhada. Um duro silêncio de
desconsolo embrutecia aquela pobre gente. Vultos sombrios, de mãos
cruzadas atrás, permaneciam horas esquecidas, a olhar imóveis os
esqueletos carbonizados e ainda úmidos das casinhas queimadas. Os
cadáveres da Bruxa e do Libório foram carregados para o meio do


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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O Cortiço - Parte 3 de 5 - Aluísio Azevedo


O Cortiço - Parte 3 de 5 - Aluísio Azevedo

O Cortiço - Aluísio Azevedo



O patrão, meneando a cabeça. Muito bem! Pois agora é tomar conta da
fazenda e, como não gosto de caixeiros amigados, pode procurar
arranjo noutra parte!...


Domingos não respondeu patavina; abaixou o rosto e retirou-se
lentamente.
O grupo das lavadeiras e dos curiosos derramou-se então pela
venda, pelo portão da esta agem, pelo frege, por todos os lados,
repartindo-se em pequenos magotes que discutiam o fato. Principiaram
os comentários, os juízos pró e contra o caixeiro; fizeram-se profecias.
Entretanto, Marciana, sem largar a filha, invadira a casa de João
Romão e perseguia o Domingos que preparava já a sua trouxa.
- Então? perguntou-lhe. Que tenciona fazer?
Ele não deu resposta.
- Vamos! vamos! fale! desembuche!
- Ora lixe-se! resmungou o caixeiro, agora muito vermelho de
cólera. - Lixe-se, não!... Mais devagar com o andor! Você há de casar:
ela é menor!
Domingos soltou uma palavrada, que enfureceu a velha.
- Ah, sim?! bradou esta. Pois veremos!


[Linha 3300 de 8202 - Parte 3 de 5]


E despejou da venda, gritando para todos:
- Sabe? O cara de nabo diz que não casa!
Esta frase produziu o efeito de um grito de guerra entre as
lavadeiras, que se reuniram de novo, agitadas por uma grande
indignação.
- Como, não casa?!...
- Era só o que faltava!
- Tinha graça!
- Então mais ninguém pode contar com a honra de sua filha?
- Se não queria casar pra que fez mal?
- Quem não pode com o tempo não inventa modas!
- Ou ele casa ou sai daqui com os ossos em sopa!
- Quem não quer ser loto não lhe vista a pele!
A mais empenhada naquela reparação era a Machona, e a mais
indignada com o fato era a Dona Isabel. A primeira correra à frente da
venda, disposta a segurar o culpado, se este tentasse fugir. Com o seu
exemplo não tardou que em cada porta, onde era possível uma
escapula, se postassem as outras de sentinela, formando grupos de três
e quatro. E, no meio de crescente algazarra, ouviam-se pragas ferozes e
ameaças:
- Das Dores! toma cuidado, que o patife não espirre por ai!

- Ó seu João Romão, se o homem não casa, mande-no-lo pra cá!
Temos ainda algumas pequenas que lhe convêm!
- Mas onde está esse ordinário?!
- Saia o canalha!
- Está fazendo a trouxa!
- Quer escapar!
- Não deixe sair!
- Chame a polícia!
- Onde está o Alexandre?
E ninguém mais se entendia. À vista daquela agitação, o vendeiro
foi ter com o Domingos.
- Não saia agora, ordenou-lhe. Deixe-se ficar por enquanto.
Logo mais lhe direi o que deve fazer.
E chegando a uma das portas que davam para a estalagem, gritou:
- Vá de rumor! Não quero isto aqui! É safar!
- Pois então o homem que case! responderam.
- Ou dê-nos pra cá o patife!
- Fugir é que não!
- Não foge! não deixa fugir!
- Ninguém se arrede!
E, como a Marciana lhe lançasse uma injúria mais forte,
ameaçando-o com o punho fechado, o taverneiro jurou que, se ela
insistisse com desaforos, a mandaria jogar lá fora, junto com a filha, por
um urbano.
- Vamos! Vamos! Volte cada uma para a sua obrigação, que eu
não posso perder tempo!
- Ponha-nos então pra cá o homem! exigiu a mulata velha.
- Venha o homem! acompanhou o coro.


[Linha 3350 de 8202 - Parte 3 de 5]


- É preciso dar-lhe uma lição!
- O rapaz casa! disse o vendeiro com ar sisudo. Já lhe falei... Está
perfeitamente disposto! E, se não casar, a pequena terá o seu dote! Vão
descansados; respondo por ele ou pelo dinheiro!
Estas palavras apaziguaram os ânimos; o grupo das lavadeiras
afrouxou; João Romão recolheu-se: chamou de parte o Domingos e
disse-lhe que não arredasse pé de casa antes de noite fechada.
- No mais... acrescentou, pode tratar de vida nova! Nada o
prende aqui. Estamos quites.
- Como? se o senhor ainda não me fez as contas?!...
- Contas? Que contas? O seu saldo não chega para pagar o dote
da rapariga!...
- Então eu tenho de pagar um dote?!...
- Ou casar... Ah, meu amigo, este negócio de três vinténs é
assim! Custa dinheiro! Agora, se você quiser, vá queixar-se à policia...
Está no seu direito! Eu me explicarei em juízo!...
- Com que, não recebo nada?...
- E não principie com muita coisa, que lhe fecho a porta e deixo-o
ficar às turras lá fora com esses danados! Você bem viu como estão
todos a seu respeito! E, se há pouco não lhe arrancaram os fígados,
agradeça-o a mim! Foi preciso prometer dinheiro e tenho de cair com
ele, decerto! mas não é justo, nem eu admito, que saia da minha
algibeira porque não estou disposto a pagar os caprichos de ninguém, e
muito menos dos meus caixeiros!
- Mas...
- Basta! Se quiser, por muito favor, ficar aqui até à noite, há de
ficar calado; ao contrário - rua!
E afastou-se.
Marciana resolveu não ir ao subdelegado, sem saber que
providências tomaria o vendeiro. Esperaria até ao dia seguinte "para ver
só!" O que nesse ela fez foi dar uma boa lavagem na casa e arrumá-la
muitas vezes, como costumava, sempre que tinha lá as suas zangas.
O escândalo não deixou de ser, durante o dia, discutido um só
instante. Não se falava noutra coisa; tanto que, quando, já à noite,
Augusta e Alexandre receberam uma visita da comadre, a Léonie, era
ainda esse o principal assunto das conversas.
Léonie, com as suas roupas exageradas e barulhentas de cocote à
francesa, levantava rumor quando lá ia e punha expressões de assombro
em todas as caras. O seu vestido de seda cor de aço, enfeitado de
encarnado sangue de boi, curto, petulante, mostrando uns sapatinhos à
moda com um salto de quatro dedos de altura; as suas lavas de vinte
botões que lhe chegavam até aos sovacos; a sua sombrinha vermelha,
sumida numa nuvem de rendas cor-de-rosa e com grande cabo cheio de
arabescos extravagantes; o seu pantafaçudo chapéu de imensas abas
forradas de velado escarlate, com um pássaro inteiro grudado à copa; as
suas jóias caprichosas, cintilantes de pedras finas; os seus lábios
pintados de carmim; suas pálpebras tingidas de violeta; o seu cabelo
artificialmente louro; tudo isto contrastava tanto com as vestimentas,
os costumes e as maneiras daquela pobre gente, que de todos os lados
surgiam olhos curiosos a espreitá-la pela porta da casinha de Alexandre;


[Linha 3400 de 8202 - Parte 3 de 5]


Augusta, ao ver a sua pequena, a Juju, como vinha tão embonecada e
catita, ficou com os dela arrasados de água.
Léonie trazia sempre muito bem calçada e vestida a afilhada,
levando o capricho ao ponto de lhe mandar talhar a roupa da mesma
fazenda com que fazia as suas e pela mesma costureira; arranjava-lhe
chapéus escandalosos como os dela e dava-lhe jóias. Mas, naquele dia,
a grande novidade que Juju apresentava era estar de cabelos louros,
quando os tinha castanhos por natureza. Foi caso para uma revolução
na estalagem; a noticia correu logo de número a número, e muitos
moradores se abalaram do cômodo para ver a filhita da Augusta "com
cabelos de francesa".
Tal sucesso pôs Léonie radiante de alegria. Aquela afilhada era o
seu luxo, a sua originalidade, a coisa boa da sua vida de cansaços
depravados; era o que aos seus próprios olhos a resgatava das abjeções
do oficio. Prostituta de casa aberta, prezava todavia com admiração e
respeito a honestidade vulgar da comadre; sentia-se honrada com a sua
estima; cobria-a de obséquios de toda a espécie. Nos instantes que
estava ali, entre aqueles seus amigos simplórios, que a matariam de
ridículo em qualquer outro lagar, nem ela parecia a mesma, pois até os
olhos lhe mudavam de expressão. E não queria preferências:
assentava-se no primeiro banco, bebia água pela caneca de folha,
tomava ao colo o pequenito da comadre e, às vezes, descalçava os
sapatos para enfiar os chinelos velhos que encontrasse debaixo da
cama.
Não obstante, o acatamento que lhe votavam Alexandre e a
mulher não tinha limites; pareciam capazes dos maiores sacrifícios por
ela. Adoravam-na. Achavam-na boa de coração como um anjo, e muito
linda nas suas roupas de espavento, com o seu rostinho redondo,
malicioso e petulante, onde reluziam dentes mais alvos que um marfim.
Juju, com um embrulho de balas em cada mão, era carregada de
casa em casa, passando de braço a braço e levada de boca em boca,
como um ídolo milagroso, que todos queriam beijar.
E os elogios não cessavam:
- Rica pequena!...
- É um enlevo olhar a gente pro demoninho!
- É mesmo uma lindeza de criança!
- Uma criaturinha dos anjos!
- Uma boneca francesa!
- Uma menina Jesus!
O pai acompanhava-a comovido, mas solene sempre, parando a
todo momento, como em procissão, à espera que cada qual desafogasse
por sua vez o entusiasmo pela criança. Silenciosamente risonho, com os
olhos úmidos, patenteada em todo o seu carão mulato, de bigode que
parecia postiço, um ar condolente e estúpido de um profundo
reconhecimento por aquela fortuna, que Deus lhe dera à filha,
enviando-lhe dos céus o ideal das madrinhas.
E, enquanto Juju percorria a estalagem, conduzida em triunfo,
Léonie na casa da comadre, cercada por uma roda de lavadeiras e
crianças, discreteava sobre assuntos sérios, falando compassadamente,
cheia de inflexões de pessoa prática e ajuizada, condenando maus atos


[Linha 3450 de 8202 - Parte 3 de 5]


e desvarios, aplaudindo a moral e a virtude. E aquelas mulheres, aliás
tão alegres e vivazes, não se animavam, defronte dela, a rir nem
levantar a voz, e conversavam a medo cochichando, a tapar a boca com
a mão, tolhidas de respeito pela cocote, que as dominava na sua
sobranceria de mulher loura vestida de seda e coberta de brilhantes. A
das Dores sentiu-se orgulhosa, quando Léonie lhe pousou no ombro a
mãozinha enluvada e recendente, para lhe perguntar pelo seu homem. E
não se fartavam de olhar para ela, de admirá-la; chegavam a
examinar-lhe a roupa, revistar-lhe as salas, apalpar-lhe as meias,
levantando-lhe o vestido, com exclamações de assombro à vista de
tanto luxo de rendas e bordados. A visita sorria, por sua vez comovida.
Piedade declarou que a roupa branca da madama era rica nem como a
da Nossa Senhora da Penha. E Nenen, no seu entusiasmo, disse que a
invejava do fundo do coração, ao que a mãe lhe observou que não fosse
besta. O Albino contemplava-a em êxtase, de mão no queixo, o
cotovelo no ar. A Rita Baiana levara-lhe um ramalhete de rosas. Esta
não se iludia com a posição da loureira, mas dava-lhe apreço talvez por
isso mesmo e, em parte, porque a achava deveras bonita. "Ora! era
preciso ser bem esperta e valer muito para arrancar assim da pele dos
homens ricos aquela porção de jóias e todo aquele luxo de roupa por
dentro e por fora!"
- Não sei, filha! pregava depois a mulata, no pátio, a uma
companheira; seja assim ou assado, a verdade é que ela passa muito
bem de boca e nada lhe falta: sua boa casa; seu bom carro para passear
à tarde; teatro toda a noite; bailes quando quer e, aos domingos,
corridas, regatas, pagodes fora da cidade e dinheirama grossa para
gastar à farta! Enfim, só o que afianço é que esta não está sujeita, como
a Leocádia e outras, a pontapés e cachações de um bruto de marido! É
dona das suas ações! livre como o lindo amor! Senhora do seu
corpinho, que ela só entrega a quem muito bem lhe der na veneta!
- E Pombinha?... perguntou a visita. Não me apareceu ainda!...
- Ah! esclareceu Augusta. Não está ai, foi à sociedade de dança
com a mãe.
E, como a outra mostrasse na cara não ter compreendido, explicou
que a filha de Dona Isabel ia todas as terças, quintas e sábados,
mediante dois mil-réis por noite, servir de dama numa sociedade em
que os caixeiros do comércio aprendiam a dançar.
- Foi lá que ela conheceu o Costa... acrescentou.
- Que Costa?
- O noivo! Então a Pombinha já não foi pedida?
- Ah! sei...
E a cocote perguntou depois, abafando a voz:
- E aquilo?... Já veio afinal?...
- Qual! Não é por falta de boa vontade da parte delas, coitadas!
Agora mesmo a velha fez uma nova promessa a Nossa Senhora da
Anunciação... mas não há meio!
Daí a pouco, Augusta apresentou-lhe uma xícara de café, que
Léonie recusou por não poder beber. "Estava em uso de remédios..."
Não disse, porém, quais eram estes, nem para que moléstia os tomava.
- Prefiro um copo de cerveja, declarou ela.


[Linha 3500 de 8202 - Parte 3 de 5]


E, sem dar tempo a que se opusessem, tirou da carteira uma nota
de dez mil-réis, que deu a Agostinho para ir buscar três garrafas de
Carls Berg.
A vista dos copos, liberalmente cheios, formou-se um silêncio
enternecido. A cocote distribuiu-os por sua própria mão aos
circunstantes, reservando um para si. Não chegavam. Quis mandar
buscar mais; não lho permitiram, objetando que duas e três pessoas
podiam beber juntas.
- Para que gastar tanto?... Que alma grande!
O troco ficou esquecido, de propósito, sobre a cômoda, entre uma
infinita quinquilharia de coisas velhas e bem tratadas.
- Quando você, comadre, agora me aparece por lá?... quis saber
Léonie
- Pra semana, sem falta; levo-lhe toda a roupa. Agora, se a
comadre tem precisão de alguma... pode-se aprontar com mais pressa...
- Então é bom mandar-me toalhas e lençóis... Camisas de dormir,
é verdade! também tenho poucas.
- Depois d'amanhã está tudo lá.
E a noite ia-se passando. Deram dez horas. Léonie, impaciente já
pelo rapaz que ficara de ir buscá-la, mandou ver se ele por acaso estaria
no portão, à espera.
- É aquele mesmo que veio da outra vez com a comadre?...
- Não. É um mais alto. De cartola branca.
Correu muita gente até à rua. O rapaz não tinha chegado ainda.
Léonie ficou contrariada.
- Imprestável!... resmungou. Faz-me ir sozinha por ai ou
incomodar alguém que me acompanhe!
- Por que a comadre não dorme aqui?... lembrou Augusta. Se
quiser, arranja-se tudo! Não passará bem como em sua casa, mas uma
noite corre depressa!...
Não! não era possível Precisava estar em casa essa noite: no dia
seguinte pela manhã iriam procurá-la muito cedo.
Nisto chegou Pombinha com Dona Isabel. Disseram-lhes logo à
entrada que Léonie estava em casa do Alexandre, e a menina deixou a
mãe um instante no número 15 e seguiu sozinha para ali, radiante de
alegria. Gostavam-se muito uma da outra. A cocote recebeu-a com
exclamações de agrado e beijou-a nos dentes e nos olhos repetidas
vezes.
- Então, minha flor, como está essa lindeza! perguntou-lhe,
mirando-a toda.
- Saudades suas... respondeu a moça, rindo bonito na sua boca
ainda pura.
E uma conversa amiga, cheia de interesse para ambas,
estabeleceu-se, isolando-as de todas as outras. Léonie entregou à
Pombinha uma medalha de prata que lhe trouxera; uma tetéia que valia
só pela esquisitice, representando uma fatia de queijo com um
camundongo em cima. Correu logo de mão em mão, levantando
espantos e gargalhadas.
- Por um pouco que não me apanhas... continuou a cocote na sua
conversa com a menina. Se a pessoa que me vem buscar tivesse


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chegado já, eu estaria longe. - E mudando de tom, a acarinhar-lhe os
cabelos: - Por que não me apareces!... Não tens que recear: minha casa
é muito sossegada... Já lá têm ido famílias!...
- Nunca vou à cidade... É raro! suspirou Pombinha.
- Vai amanhã com tua mãe; jantam as duas comigo...
- Se mamãe deixar... Olha! ela ai vem. Peça.
Dona Isabel prometeu ir, não no dia seguinte, mas no outro
imediato, que era domingo. E a palestra durou animada até que chegou,
daí a um quarto de hora, o rapaz por quem esperava Léonie. Era um
moço de vinte e poucos anos, sem emprego e sem fortuna, mas vestido
com esmero e muito bem apessoado. A cocote, logo que o viu
aproximar-se, disse baixinho à menina:
- Não é preciso que ele saiba que vais lá domingo, ouviste?
Juju dormia. Resolveram não acordá-la; iria no dia seguinte.
Na ocasião em que Léonie partia pelo braço do amante,
acompanhada até o portão por um séquito de lavadeiras, a Rita, no
pátio, beliscou a coxa de Jerônimo e soprou-lhe à meia voz:
- Não lhe caia o queixo!...
O cavouqueiro teve um desdenhoso sacudir d'ombros.
- Aquela pra cá nem pintada!
E, para deixar bem patente as suas preferências, virou o pé do lado
e bateu com o tamanco na canela da mulata.
- Olha o bruto!... queixou-se esta, levando a mão ao lagar da
pancada. Sempre há de mostrar que é galego!



X


No outro dia a casa do Miranda estava em preparos de festa.
Lia-se no "Jornal do Comércio" que Sua Excelência fora agraciado
pelo governo português com o titulo de Barão do Freixal; e como os
seus amigos se achassem prevenidos para ir cumprimentá-lo no
domingo, o negociante dispunha-se a recebê-los condignamente.
Do cortiço, onde esta novidade causou sensação, via-se nas
janelas do sobrado, abertas de par em par, surgir de vez em quando
Leonor ou Isaura, a sacudirem tapetes e capachos, batendo-lhes em
cima com um pau, os olhos fechados, a cabeça torcida para dentro por
causa da poeira que a cada pancada se levantava, como fumaça de um
tiro de peça. Chamaram-se novos criados para aqueles dias. No salão da
frente, pretos lavavam o soalho, e na cozinha havia rebuliço. Dona
Estela, de penteador de cambraia enfeitado de laços cor-de-rosa, era
lobrigada de relance, ora de um lado, ora de outro, a dar as suas ordens,
abanando-se com um grande leque; ou aparecia no patamar da escada
do fundo, preocupada em soerguer as saias contra as águas sujas da
lavagem, que escorriam para o quintal. Zulmira também ia e vinha, com
a sua palidez fria e úmida de menina sem sangue. Henrique, de paletó
branco, ajudava o Botelho nos arranjos da casa e, de instante a instante,
chegava à janela, para namoriscar Pombinha, que fingia não dar por


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isso, toda embebida na sua costura, à porta do número 15, numa cadeira
de vime, uma perna dobrada sobre a outra, mostrando a meia de seda
azul e um sapatinho preto de entrada baixa; só de longo em longo
espaço, ela desviava os olhos do serviço e erguia-os para o sobrado.
Entretanto, a figura gorda e encanecida do novo Barão,
sobre-casacado, com o chapéu alto derreado para trás na cabeça e sem
largar o guarda-chuva, entrava da rua e atravessava a sala de jantar,
seguia até a despensa, diligente esbaforido, indagando se já tinha vindo
isto e mais aquilo, provando dos vinhos que chegavam em garrafões,
examinando tudo, voltando-se para a direita e para a esquerda, dando
ordens, ralhando, exigindo atividade, e depois tornava a sair, sempre
apressado, e metia-se no carro que o esperava à porta da rua.
- Toca! toca! Vamos ver se o fogueteiro aprontou os fogos!
E viam-se chegar, quase sem intermitência, homens carregados de
gigos de champanha, caixas de Porto e Bordéus, barricas de cerveja,
cestos e cestos de mantimentos, latas e latas de conserva; e outros
traziam perus e leitões, canastras d'ovos, quartos de carneiro e de
porco. E as janelas do sobrado iam-se enchendo de compoteiras de
doce ainda quente, saído do fogo, e travessões, de barro e de ferro, com
grandes peças de carne em vinha d'alhos, prontos para entrar no forno.
À porta da cozinha penduraram pelo pescoço um cabrito esfolado, que
tinha as pernas abertas, lembrando sinistramente uma criança a quem
enforcassem depois de tirar-lhe a pele.
Todavia, cá embaixo, um caso palpitante agitava a estalagem:
Domingos, o sedutor da Florinda, desaparecera durante a noite e um
novo caixeiro o substituía ao balcão.
O vendeiro retorquia atravessado a quem lhe perguntava pelo
evadido:
- Sei cá! Creio que não podia trazê-lo pendurado ao pescoço!...
- Mas você disse que respondia por ele! repontou Marciana, que
parecia ter envelhecido dez anos naquelas últimas vinte e quatro horas.
- De acordo, mas o tratante cegou-me! Que havemos de fazer?...
É ter paciência!
- Pois então ande com o dote!
- Que dote? Você está bêbeda?
- Bêbeda, hein? Ah, corja! tão bom é um como o outro! Mas eu
hei de mostrar!
- Ora, não me amole!
E João Romão virou-lhe as costas, para falar à Bertoleza que se
chegara.
- Deixa estar, malvado, que Deus é quem há de punir por mim e
por minha filha! exclamou a desgraçada.
Mas o vendeiro afastou-se, indiferente às frases que uma ou outra
lavadeira imprecava contra ele. Elas, porém, já se não mostravam tão
indignadas como na véspera; uma só noite rolada por cima do
escândalo bastava para tirar-lhe o mérito de novidade.
Marciana foi com a pequena à procura do subdelegado e voltou
aborrecida, porque lhe disseram que nada se poderia fazer enquanto
não aparecesse o delinqüente. Mãe e filha passaram todo esse sábado
na rua, numa roda-viva, da secretaria e das estações de polícia para o


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escritório de advogados que, um por um, lhes perguntavam de quanto
dispunham para gastar com o processo, despachando-as, sem mais
considerações, logo que se inteiravam da escassez de recursos de ambas
as partes.
Quando as duas, prostradas de cansaço, esbraseadas de calor,
tornaram à tarde para a estalagem, na hora em que os homens do
mercado, que ali moravam, recolhiam-se já com os balaios vazios ou
com o resto da fruta que não conseguiram vender na cidade, Marciana
vinha tão furiosa que, sem dar palavra à filha e com os braços moídos
de esbordoá-la, abriu toda a casa e correu a buscar água para baldear o
chão. Estava possessa.
Vê a vassoura! Anda! Lava! lava, que está isto uma porcaria!
Parece que nunca se limpa o diabo desta casa! É deixá-la fechada uma
hora e morre-se de fedor! Apre! isto faz peste!
E notando que a pequena chorava:
- Agora deste para chorar, hein? mas na ocasião do relaxamento
havias de estar bem disposta!
A filha soluçou.
- Cala-te, coisa-ruim! Não ouviste?
Florinda soluçou mais forte.
- Ah! choras sem motivo?... Espera, que te faço chorar com
razão.
E precipitou-se sobre ela com uma acha de lenha.
Mas a mulatinha, de um salto, pinchou pela porta e atravessou de
uma só carreira o pátio da estalagem, fugindo em desfilada pela rua.
Ninguém teve tempo de apanhá-la, e um clamor de galinheiro
assustado levantou-se entre as lavadeiras.
Marciana foi até o portão, como uma doida e, compreendendo que
a filha a abandonava, desatou por sua vez a soluçar, de braços abertos,
olhando para o espaço. As lágrimas saltavam-lhe pelas rugas da cara. E
logo, sem transição, disparou da cólera, que a convulsionava desde a
manhã da véspera, para cair numa dor humilde enternecida de mãe que
perdeu o filho.
- Para onde iria ela, meu pai do céu?
- Pois você desd'ontem que bate na rapariga!... disse-lhe a Rita.
Fugiu-lhe, é bem feito! Que diabo! ela é de carne, não é de ferro!
- Minha filha!
- É bem feito! Agora chore na cama que é lugar quente!
- Minha filha! Minha filha! Minha filha!
Ninguém quis tomar o partido da infeliz, à exceção da cabocla
velha, que foi colocar-se perto dela, fitando-a imóvel, com o seu
desvairado olhar de bruxa feiticeira.
Marciana arrancou-se da abstração plangente em que caíra, para
arvorar-se terrível defronte da venda, apostrofando com a mão no ar e a
carapinha desgrenhada:
- Este galego e que teve a culpa de tudo! Maldito sejas tu,
ladrão! Se não me deres conta de minha filha, malvado, pego-te fogo
na casa.
A bruxa sorriu sinistramente ao ouvir estas últimas palavras.
O vendeiro chegou à porta e ordenou em tom seco à Marciana que


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despejasse o número 12.
- É andar! É andar! Não quero esta berraria aqui! Bico, ou chamo
um urbano! Dou-lhe uma noite! amanhã pela manhã - rua!
Ah! ele esse dia estava intolerante com tudo e com todos; por mais
de uma vez mandara Bertoleza à coisa mais imunda, apenas porque esta
lhe fizera algumas perguntas concernentes ao serviço. Nunca o tinha
visto assim, tão fora de si, tão cheio de repelões; nem parecia aquele
mesmo homem inalterável, sempre calmo e metódico.
E ninguém seria capaz de acreditar que a causa de tudo isso era o
fato de ter sido o Miranda agraciado com o titulo de Barão.
Sim, senhor! aquele taverneiro, na aparência tão humilde e tão
miserável; aquele sovina que nunca saíra dos seus tamancos e da sua
camisa de riscadinho de Angola; aquele animal que se alimentava pior
que os cães, para pôr de parte tudo, tudo, que ganhava ou extorquia;
aquele ente atrofiado pela cobiça e que parecia ter abdicado dos seus
privilégios e sentimentos de homem; aquele desgraçado, que nunca
jamais amara senão o dinheiro, invejava agora o Miranda, invejava-o
deveras, com dobrada amargura do que sofrera o marido de Dona
Estela, quando, por sua vez, o invejara a ele. Acompanhara-o desde que
o Miranda viera habitar o sobrado com a família; vira-o nas felizes
ocasiões da vida, cheio de importância, cercado de amigos e rodeado
de aduladores; vira-o dar festas e receber em sua casa as figuras mais
salientes da praça e da política; vira-o luzir, como um grosso pião de
ouro, girando por entre damas da melhor e mais fina sociedade
fluminense; vira-o meter-se em altas especulações comerciais e sair-se
bem; vira seu nome figurar em várias corporações de gente escolhida e
em subscrições, assinando belas quantias; vira-o fazer parte de festas de
caridade e festas de regozijo nacional; vira-o elogiado pela imprensa e
aclamado como homem de vistas largas e grande talento financeiro;
vira-o enfim em todas as suas prosperidades, e nunca lhe tivera inveja.
Mas agora, estranho deslumbramento! quando o vendeiro leu no
"Jornal do Comércio" que o vizinho estava barão - Barão! - sentiu
tamanho calafrio em todo o corpo, que a vista por um instante se lhe
apagou dos olhos.
- Barão!
E durante todo o santo dia não pensou noutra coisa. "Barão!...
Com esta é que ele não contava!..." E, defronte da sua preocupação,
tudo se convertia em comendas e crachás; até os modestos dois vinténs
de manteiga, que media sobre um pedaço de papel de embrulho para
dar ao freguês, transformava-se, de simples mancha amarela, em
opulenta insígnia de ouro cravejada de brilhantes.
À noite, quando se estirou na cama, ao lado da Bertoleza, para
dormir, não pôde conciliar o sono. Por toda a miséria daquele quarto
sórdido; pelas paredes imundas, pelo chão enlameado de poeira e sebo,
nos tetos funebremente velados pelas teias de aranha, estrelavam
pontos luminosos que se iam transformando em grã-cruzes, em hábitos
e veneras de toda a ordem e espécie. E em volta do seu espírito, pela
primeira vez alucinado, um turbilhão de grandezas que ele mal conhecia
e mal podia imaginar, perpassou vertiginosamente, em ondas de seda e
rendas, velado e pérolas, colos e braços de mulheres seminuas, num


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fremir de risos e espumar aljofrado de vinhos cor-de-ouro. E nuvens de
caudas de vestidos e abas de casaca lá iam, rodando deliciosamente, ao
som de langorosas valsas e à luz de candelabros de mil velas de todas as
cores. E carruagens desfilavam reluzentes, com uma coroa à portinhola,
o cocheiro teso, de libré, sopeando parelhas de cavalos grandes. E
intermináveis mesas estendiam-se, serpenteando a perder de vista,
acumuladas de iguarias, numa encantadora confusão de flores, luzes,
baixelas e cristais, cercadas de um e de outro lado por luxuoso renque
de convivas, de taça em punho, brindando o anfitrião.
E, porque nada disso o vendeiro conhecia de perto, mas apenas
pelo ruído namorador e fátuo, ficava deslumbrado com o seu próprio
sonho. Tudo aquilo, que agora lhe deparava o delírio, até ai só lhe
passara pelos olhos ou lhe chegara aos ouvidos como o eco e reflexo de
um mundo inatingível e longínquo; um mundo habitado por seres
superiores; um paraíso de gozos excelentes e delicados, que os seus
grosseiros sentidos repeliam; um conjunto harmonioso e discreto de
sons e cores mal definidas e vaporosas; um quadro de manchas pálidas,
sussurrantes, sem firmezas de tintas, nem contornos, em que se não
determinava o que era pétala de rosa ou asa de borboleta, murmúrio de
brisa ou ciciar de beijos.
Não obstante, ao lado dele a crioula roncava, de papo para o ar,
gorda, estrompada de serviço, tresandando a uma mistura de suor com
cebola crua e gordura podre.
Mas João Romão nem dava por ela; só o que ele via e sentia era
todo aquele voluptuoso mundo inacessível vir descendo para a terra,
chegando-se para o seu alcance, lentamente, acentuando-se. E as
dúbias sombras tomavam forma, e as vozes duvidosas e confusas
transformavam-se em falas distintas, e as linhas desenhavam-se nítidas,
e tudo se ia esclarecendo e tudo se aclarava, num reviver de natureza ao
raiar do sol. Os tênues murmúrios suspirosos desdobravam-se em
orquestra de baile, onde se distinguiam instrumentos, e os surdos
rumores indefinidos eram já animadas conversas, em que damas e
cavalheiros discutiam política, artes, literatura e ciência. E uma vida
inteira, completa, real, descortinou-se amplamente defronte dos seus
olhos fascinados; uma vida fidalga, de muito luxo, de muito dinheiro;
uma vida de palácio, entre mobílias preciosas e objetos esplêndidos,
onde ele se via cercado de titulares milionários, e homens de farda
bordada, a quem tratava por tu, de igual para igual, pondo-lhes a mão
no ombro. E ali ele não era, nunca fora, o dono de um cortiço, de
tamancos e em mangas de camisa; ali era o Sr. Barão! O Barão do ouro!
o Barão das grandezas! o Barão dos milhões! Vendeiro! Qual! era o
famoso, o enorme capitalista! o proprietário sem igual! o incomparável
banqueiro, em cujos capitais se equilibrava a terra, como imenso globo
em cima de colunas feitas de moedas de ouro. E viu-se logo montado a
cavaleiras sobre o mundo, pretendendo abarcá-lo com as suas pernas
curtas; na cabeça uma coroa de rei e na mão um cetro. E logo, de todos
os cantos do quarto, começaram a jorrar cascatas de libras esterlinas, e a
seus pés principiou a formar-se um formigueiro de pigmeus em grande
movimento comercial; e navios descarregavam pilhas e pilhas de fardos
e caixões marcados com as iniciais do seu nome; e telegramas


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faiscavam eletricamente em volta da sua cabeça; e paquetes de todas as
nacionalidades giravam vertiginosamente em torno do seu corpo de
colosso, arfando e apitando sem trégua; e rápidos comboios a vapor
atravessam-no todo, de um lado a outro, como se o cosessem com uma
cadeia de vagões.
Mas, de repente, tudo desapareceu com a seguinte frase:
- Acorda, seu João, para ir à praia. São horas!
Bertoleza chamava-o aquele domingo, como todas as manhãs,
para ir buscar o peixe, que ela tinha de preparar para os seus fregueses.
João Romão, com medo de ser iludido, não confiava nunca aos
empregados a menor compra a dinheiro; nesse dia, porém, não se achou
com animo de deixar a cama e disse à amiga que mandasse o Manuel.
Seriam quatro da madrugada. Ele conseguiu então passar pelo
sono.
Às seis estava de pé. Defronte, a casa do Miranda resplandecia já.
Içaram-se bandeiras nas janelas da frente; mudaram-se as cortinas,
armaram-se florões de murta à entrada e recamaram-se de folhas de
mangueira o corredor e a calçada. Dona Estela mandou soltar foguetes
e queimar bombas ao romper da alvorada. Uma banda de música, em
frente à porta do sobrado, tocava desde essa hora. O Barão madrugara
com a família; todo de branco, com uma gravata de rendas, brilhantes
no peito da camisa, chegava de vez em quando a uma das janelas, ao
lado da mulher ou da filha, agradecendo para a rua; e limpava a testa
com o lenço; acendia charutos, risonho, feliz, resplandecente.
João Romão via tudo isto com o coração moído. Certas dúvidas
aborrecidas entravam-lhe agora a roer por dentro: qual seria o melhor e
o mais acertado: - ter vivido como ele vivera até ali, curtindo
privações, em tamancos e mangas de camisa; ou ter feito como o
Miranda, comendo boas coisas e gozando à farta?... Estaria ele, João
Romão, habilitado a possuir e desfrutar tratamento igual ao do
vizinho?... Dinheiro não lhe faltava para isso... Sim, de acordo! mas
teria animo de gastá-lo assim, sem mais nem menos?... sacrificar uma
boa porção de contos de réis, tão penosamente acumulados, em troca
de uma tetéia para o peito?... Teria animo de dividir o que era seu,
tomando esposa, fazendo família; e cercando-se de amigos?... Teria
animo de encher de finas iguarias e vinhos preciosos a barriga dos
outros, quando até ali fora tão pouco condescendente para com a
própria?... E, caso resolvesse mudar de vida radicalmente, unir-se a
uma senhora bem-educada e distinta de maneiras, montar um sobrado
como o do Miranda e volver-se titular, estaria apto para o fazer?...
Poderia dar conta do recado?... Dependeria tudo isso somente da sua
vontade?... "Sem nunca ter vestido um paletó, como vestiria uma
casaca?... Com aqueles pés, deformados pelo diabo dos tamancos,
criados à solta, sem meias, como calçaria sapatos de baile?... E suas
mãos, calosas e maltratadas, duras como as de um cavouqueiro, como
se ajeitariam com a luva?... E isso ainda não era tudo! O mais difícil
seria o que tivesse de dizer aos seus convidados!... Como deveria tratar
as damas e cavalheiros, em meio de um grande salão cheio de espelhos
e cadeiras douradas?... Como se arranjaria para conversar, sem dizer
barbaridades?..."


[Linha 3850 de 8202 - Parte 3 de 5]


E um desgosto negro e profundo assoberbou-lhe o coração, um
desejo forte de querer saltar e um medo invencível de cair e quebrar as
pernas. Afinal, a dolorosa desconfiança de si mesmo e a terrível
convicção da sua impotência para pretender outra coisa que não fosse
ajuntar dinheiro, e mais dinheiro, e mais ainda, sem saber para que e
com que fim, acabaram azedando-lhe de todo a alma e tingindo de fel a
sua ambição e despolindo o seu ouro.
"Fora uma besta!... pensou de si próprio, amargurado: Uma
grande besta!... Pois não! por que em tempo não tratara de habituar-se
logo a certo modo de viver, como faziam tantos outros seus patrícios e
colegas de profissão?... Por que, como eles, não aprendera a dançar? e
não freqüentar sociedades carnavalescas? e não fora de vez em quando
à Rua do Ouvidor e aos teatros e bailes, e corridas e a passeios?... Por
que se não habituara com as roupas finas, e com o calçado justo, e com
a bengala, e com o lenço, e com o charuto, e com o chapéu, e com a
cerveja, e com tudo que os outros usavam naturalmente, sem precisar
de privilégio para isso?... Maldita economia!"
- Teria gasto mais, é verdade!... Não estaria tão bem!... mas, ora
adeus! estaria habilitado a fazer do meu dinheiro o que bem quisesse!...
Seria um homem civilizado!...
- Você deu hoje para conversar com as almas, seu João?...
perguntou-lhe Bertoleza, notando que ele falava sozinho, distraído do
serviço.
- Deixe! Não me amole você também. Não estou bom hoje!
- Ó gentes! não falei por mal!... Credo!
- 'Stá bem! Basta!
E o seu mau humor agravou-se pelo correr do dia. Começou a
implicar com tudo. Arranjou logo uma pega, à entrada da venda, com o
fiscal da rua: "Pois ele era lá algum parvo, que tivesse medo de ameaças
de multas?... Se o bolas do fiscal esperava comê-lo por uma perna,
como costumava fazer com os outros, que experimentasse, para ver só
quanto lhe custaria a festa!... E que lhe não rosnasse muito, que ele não
gostava de cães à porta!... Era andar!" Pegou-se depois com a
Machona, por causa de um gato desta, que, a semana passada, lhe fora
ao tabuleiro do peixe frito. Parava defronte das tinas vazias,
encolerizado, procurando pretextos para ralhar. Mandava, com um
berro, saírem as crianças de seu caminho: "Que praga de piolhos! Arre,
demônio! Nunca vira gente tão danada para parir! Pareciam ratas!" Deu
um encontrão no velho Libório.
- Sai tu também do caminho, fona de uma figa! Não sei que
diabo fica fazendo cá no mundo um caco velho como este, que já não
presta pra nada!
Protestou contra os galos de um alfaiate, que se divertia a fazê-los
brigar, no meio de grande roda entusiasmada e barulhenta. Vituperou
os italianos, porque estes, na alegre independência do domingo, tinham
à porta da casa uma esterqueira de cascas de melancia e laranja, que eles
comiam tagarelando, assentados sobre a janela e a calçada.
- Quero isto limpo! bramava furioso. Está pior que um chiqueiro
de porcos! Apre! Tomara que a febre amarela os lamba a todos! maldita
raça de carcamanos! Hão de trazer-me isto asseado ou vai tudo para o


[Linha 3900 de 8202 - Parte 3 de 5]


olho da rua! Aqui mando eu!
Com a pobre velha Marciana, que não tratara de despejar o número
12, conforme a intimação da véspera, a sua fúria tocou ao delírio. A
infeliz, desde que Florinda lhe fugira, levava a choramingar e
maldizer-se, monologando com persistência maníaca. Não pregou olho
durante toda a noite; saíra e entrara na estalagem mais de vinte vezes,
irrequieta, ululando, como uma cadela a quem roubaram o cachorrinho.
Estava apatetada; não respondia às perguntas que lhe dirigiam.
João Romão falou-lhe; ela nem sequer se voltou para ouvir. E o
vendeiro, cada vez mais excitado, foi buscar dois homens e ordenou
que esvaziassem o numero 12.
- Os tarecos fora! e já! Aqui mando eu! Aqui sou eu o monarca!
E tinha gestos inflexíveis de déspota.
Principiou o despejo.
- Não! aqui dentro não! Tudo lá fora! na rua! gritou ele, quando
os carregadores quiseram depor no pátio os trens de Marciana. Lá fora
do portão! Lá fora do portão!
E a mísera, sem opor uma palavra, assistia ao despejo acocorada na
rua, com os joelhos juntos, as mãos cruzadas sobre as canelas,
resmungando. Transeuntes paravam a olhá-la. Formava-se já um grupo
de curiosos. Mas ninguém entendia o que ela rosnava; era um rabujar
confuso, interminável, acompanhado de um único gesto de cabeça,
triste e automático. Ali perto, o colchão velho, já roto e destripado, os
móveis desconjuntados e sem verniz, as trouxas de molambos úteis, as
louças ordinárias e sujas do uso, tinham, tudo amontoado e sem ordem,
um ar indecoroso de interior de quarto de dormir, devassado em
flagrante intimidade. E veio o homem dos cinco instrumentos, que, aos
domingos, aparecia sempre; e fez-se o entra-e-sai dos mercadores; e
lavadeiras ganharam a rua em trajos de passeio, e os tabuleiros de roupa
engomada, que saiam, cruzaram-se com os sacos de roupa suja, que
entravam; e Marciana não se movia do seu lugar, monologando. João
Romão percorreu o número 12, escancarando as portas, a dar arres e
empurrando para fora, com o pé, algum trapo ou algum frasco vazio que
lá ficara abandonado; e a enxotada, indiferente a tudo, continuava a
sussurrar funebremente. Já não chorava, mas os olhos tinha-os ainda
relentados na sua muda fixidez. Algumas mulheres da estalagem iam
ter com ela de vez em quando, agora de novo compungidas, e
faziam-lhe oferecimentos, Marciana não respondia. Quiseram obrigá-la
a comer; não houve meio. A desgraçada não prestava atenção a coisa
alguma, parecia não dar pela presença de ninguém. Chamaram-na pelo
nome repetidas vezes; ela persistia no seu ininteligível monólogo, sem
tirar a vista de um ponto.
- Cruzes! parece que lhe deu alguma!
- A Augusta chegara-se também.
- Teria ensandecido?... perguntou à Rita, que, a seu lado, olhava
para a infeliz, com um prato de comida na mão. Coitada!
- Tia Marciana! dizia a mulata. Não fique assim!! Levante-se!
Meta os seus trens pra dentro! Vá lá pra casa até encontrar arrumação!...
Nada! O monólogo continuava.
- Olhe que vai chover! Não tarda a cair água! Já senti dois pingos


[Linha 3950 de 8202 - Parte 3 de 5]


na cara.
Qual!
A Bruxa, a certa distancia, fitava-a com estranheza, igualmente
imóvel, como um efeito de sugestão.
Rita afastou-se, porque acabava de chegar o Firmo, acompanhado
pelo Porfiro, trazendo ambos embrulhos para o jantar. O amigo da das
Dores também veio. Deram três horas da tarde. A casa do Miranda
continuava em festa animada cada vez mais cheia de visitas; lá dentro a
música quase que não tomava fôlego, enfiando quadrilhas e valsas;
moças e meninas dançavam na sala da frente, com muito riso;
desarrolhavam-se garrafas a todo instante; os criados iam e vinham, de
carreira, da sala de jantar à despensa e à cozinha, carregados de copos
em salvas; Henrique, suado e vermelho, aparecia de quando em quando
à janela, impaciente por não ver Pombinha, que estava esse dia de
passeio com a mãe em casa de Léonie.
João Romão, depois de serrazinar na venda com os caixeiros e
com a Bertoleza, tornou ao pátio da estalagem queixando-se de que
tudo ali ia muito mal. Censurou os trabalhadores da pedreira,
nomeando o próprio Jerônimo, cuja força física aliás o intimidara
sempre. "Era um relaxamento aquela porcaria de serviço! Havia três
semanas que estava com uma broca à-toa, sem atar, nem desatar; afinal
ai chegara o domingo e não se havia ainda lascado fogo! Uma
verdadeira calaçaria! O tal seu Jerônimo, dantes tão apurado, era agora
o primeiro a dar o mau exemplo! perdia noites no samba! não largava os
rastros da Rita Baiana e parecia embeiçado por ela! Não tinha jeito!"
Piedade, ouvindo o vendeiro dizer mal do seu homem, saltou em
defesa deste com duas pedras na mão, e uma contenda travou-se,
assanhando todos os ânimos. Felizmente, a chuva, caindo em cheio,
veio dispersar o ajuntamento que se tornava sério. Cada um correu para
o seu buraco, num alvoroço exagerado; as crianças despiram-se e
vieram cá fora tomar banho debaixo das goteiras, por pagode, gritando,
rindo, saltando e atirando-se ao chão, a espernearem; fingindo que
nadavam. E lá defronte, no sobrado, ferviam brindes, enquanto a água
jorrava copiosamente, alagando o pátio.
Quando João Romão entrou na venda, recolhendo-se da chuva,
um caixeiro entregou-lhe um cartão de Miranda. Era um convite para lá
ir à noite tomar uma chávena de chá.
O vendeiro, a principio, ficou lisonjeado com o obséquio, primeiro
desse gênero que em sua vida recebia; mas logo depois voltou-lhe a
cólera com mais ímpeto ainda. Aquele convite irritava-o como um
ultraje, uma provocação. "Por que o pulha o convidara, devendo saber
que ele decerto lá não ia?... Para que, se não para o enfrenesiar ainda
mais do que já estava?!... Seu Miranda que fosse à tábua com a sua
festa e com os seus títulos!"
- Não preciso dele para nada!... exclamou o vendeiro. Não
preciso, nem dependo de nenhum safardana! Se gostasse de festas,
dava-as eu!
No entanto, começou a imaginar como seria, no caso que estivesse
prevenido de roupa e aceitasse o convite: figurou-se bem vestido, de
pano fino, com uma boa cadeia de relógio, uma gravata com alfinete de


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brilhantes; e viu-se lá em cima, no meio da sala, a sorrir para os lados,
prestando atenção a um, prestando atenção a outro, discretamente
silencioso e afável, sentindo que o citavam dos lados em voz mortiça e
respeitosa como um homem rico, cheio de independência. E adivinhava
os olhares aprobativos das pessoas sérias; os óculos curiosos das velhas
assestados sobre ele, procurando ver se estaria ali um bom arranjo para
uma das filhas de menor cotação.
Nesse dia serviu mal e porcamente aos fregueses; tratou aos
repelões a Bertoleza e, quando, já as cinco horas, deu com a Marciana,
que, uns negros por compaixão haviam arrastado para dentro da venda,
disparatou:
- Ora bolas! pra que diabo me metem em casa este estupor?!
Gosto de ver tais caridades com o que é dos outros! Isto aqui não é
acoito de vagabundos!...
E, como um polícia, todo encharcado de chuva, entrasse para
beber um gole de parati, João Romão voltou-se para ele e disse-lhe:
- Camarada, esta mulher é gira! não tem domicilio, e eu não hei
de, quando fechar a porta, ficar com ela aqui dentro da venda!
O soldado saiu e, daí a coisa de uma hora, Marciana era carregada
para o xadrez, sem o menor protesto e sem interromper o seu monólogo
de demente. Os cacaréus foram recolhidos ao depósito público por
ordem do inspetor do quarteirão. E a Bruxa era a única que parecia
deveras impressionada com tudo aquilo.
Entretanto, a chuva cessou completamente, o sol reapareceu,
como para despedir-se: andorinhas esgaivotaram no ar; e o cortiço
palpitou inteiro na trêfega alegria do domingo. Nas salas do barão a
festa engrossava, cada vez mais estrepitosa; de vez em quando vinha de
lá uma taça quebrar-se no pátio da estalagem, levantando protestos e
surriadas.
A noite chegou muito bonita, com um belo luar de lua cheia, que
começou ainda com o crepúsculo; e o samba rompeu mais forte e mais
cedo que de costume, incitado pela grande animação que havia em casa
do Miranda.
Foi um forrobodó valente. A Rita Baiana essa noite estava de veia
para a coisa; estava inspirada; divina! Nunca dançara com tanta graça e
tamanha lubricidade!
Também cantou. E cada verso que vinha da sua boca de mulata era
um arrulhar choroso de pomba no cio. E o Firmo, bêbedo de volúpia,
enroscava-se todo ao violão; e o violão e ele gemiam com o mesmo
gosto, grunhindo, ganindo, miando, com todas as vozes de bichos
sensuais, num desespero de luxúria que penetrava até ao tutano com
línguas finíssimas de cobra.
Jerônimo não pôde conter-se: no momento em que a baiana,
ofegante de cansaço, caiu exausta, assentando-se ao lado dele, o
português segredou-lhe com a voz estrangulada de paixão:
- Meu bem! se você quiser estar comigo, dou uma perna ao
demo!
O mulato não ouviu, mas notou o cochicho e ficou, de má cara, a
rondar disfarçadamente o rival.
O canto e a dança continuavam todavia, sem afrouxar. Entrou a


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das Dores. Nenen, mais uma amiga sua, que fora passar o dia com ela,
rodavam de mãos nas cadeiras, rebolando em meio de uma volta de
palmas cadenciadas, no acompanhamento do ritmo requebrado da
musica.
Quando o marido de Piedade disse um segundo cochicho à Rita,
Firmo precisou empregar grande esforço para não ir logo às do cabo.
Mas, lá pelo meio do pagode, a baiana caíra na imprudência de
derrear-se toda sobre o português e soprar-lhe um segredo,
requebrando os olhos. Firmo, de um salto, aprumou-se então defronte
dele, medindo-o de alto a baixo com um olhar provocador e atrevido.
Jerônimo, também posto de pé, respondeu altivo com um gesto igual.
Os instrumentos calaram-se logo. Fez-se um profundo silêncio.
Ninguém se mexeu do lugar em que estava. E, no meio da grande roda,
iluminados amplamente pelo capitoso luar de abril, os dois homens,
perfilados defronte um do outro, olhavam-se em desafio.
Jerônimo era alto, espadaúdo, construção de touro, pescoço de
Hércules, punho de quebrar um coco com um murro: era a força
tranqüila, o pulso de chumbo. O outro, franzino, um palmo mais baixo
que o português, pernas e braços secos, agilidade de maracajá: era a
força nervosa; era o arrebatamento que tudo desbarata no sobressalto
do primeiro instante. Um, sólido e resistente; o outro, ligeiro e
destemido, mas ambos corajosos.
- Senta! Senta!
- Nada de rolo!
- Segue a dança, gritaram em volta.
Piedade erguera-se para arredar o seu homem dali.
O cavouqueiro afastou-a com um empurrão, sem tirar a vista de
cima do mulato.
- Deixa-me ver o que quer de mim este cabra!... rosnou ele.
- Dar-te um banho de fumaça, galego ordinário! respondeu
Firmo, frente a frente; agora avançando e recuando, sempre com um
dos pés no ar, e bamboleando todo o corpo e meneando os braços,
como preparado para agarrá-lo.
Jerônimo, esbravecido pelo insulto, cresceu para o adversário com
um soco armado; o cabra, porém, deixou-se cair de costas,
rapidamente, firmando-se nas mãos o corpo suspenso, a perna direita
levantada; e o soco passou por cima, varando o espaço, enquanto o
português apanhava no ventre um pontapé inesperado.
- Canalha! berrou possesso; e ia precipitar-se em cheio sobre o
mulato, quando uma cabeçada o atirou no chão.
- Levanta-se, que não dou em defuntos! exclamou o Firmo, de
pé, repetindo a sua dança de todo o corpo.
O outro erguera-se logo e, mal se tinha equilibrado, já uma rasteira
o tombava para a direita, enquanto da esquerda ele recebia uma tapona
na orelha. Furioso, desferiu novo soco, mas o capoeira deu para trás um
salto de gato e o português sentiu um pontapé nos queixos.
Espirrou-lhe sangue da boca e das ventas. Então fez-se um clamor
medonho. As mulheres quiseram meter-se de permeio, porém o cabra as
emborcava com rasteiras rápidas, cujo movimento de pernas apenas se
percebia. Um horrível sarilho se formava. João Romão fechou às


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pressas as portas da venda e trancou o portão da estalagem, correndo
depois para o lugar da briga. O Bruno, os mascates, os trabalhadores da
pedreira, e todos os outros que tentaram segurar o mulato, tinham
rolado em torno dele, formando-se uma roda limpa, no meio da qual o
terrível capoeira, fora de si, doido, reinava, saltando a um tempo para
todos os lados, sem consentir que ninguém se aproximasse. O terror
arrancava gritos agudos. Estavam já todos assustados, menos a Rita
que, a certa distancia, via, de braços cruzados, aqueles dois homens a se
baterem por causa dela; um ligeiro sorriso encrespava-lhe os lábios. A
lua escondera-se: mudara o tempo; o céu, de limpo que estava, fizera-se
cor de lousa; sentia-se um vento úmido de chuva. Piedade berrava
reclamando polícia; tinha levado um troca-queixos do marido, porque
insistia em tirá-lo da luta. As janelas do Miranda acumulavam-se de
gente. Ouviam-se apitos, soprados com desespero.
Nisto, ecoou na estalagem um bramido de fera enraivecida: Firmo
acabava de receber, sem esperar, uma formidável cacetada na cabeça. É
que Jerônimo havia corrido à casa e armara-se com o seu varapau
minhoto. E então o mulato, com o rosto banhado de sangue, refilando
as presas e espumando de cólera, erguera o braço direito, onde se viu
cintilar a lamina de uma navalha.
Fez-se uma debandada em volta dos dois adversários, estrepitosa,
cheia de pavor. Mulheres e homens atropelavam-se, caindo uns por
cima dos outros. Albino perdera os sentidos; Piedade clamava,
estarrecida e em soluços, que lhe iam matar o homem; a das Dores
soltava censuras e maldições contra aquela estupidez de se destriparem
por causa de entrepernas de mulher; a Machona, armada com um ferro
de engomar, jurava abrir as fuças a quem lhe desse um segundo coice
como acabava ela de receber um nas ancas; Augusta enfiara pela porta
do fundo da estalagem, para atravessar o capinzal e ir à rua ver se
descobria o marido, que talvez estivesse de serviço no quarteirão. Por
esse lado acudiam curiosos e o pátio enchia-se de gente de fora. Dona
Isabel e Pombinha, de volta da casa de Léonie, tiveram dificuldade em
chegar ao número 15, onde, mal entraram, fecharam-se por dentro,
praguejando a velha contra a desordem e lamentando-se da sorte que as
lançou naquele inferno. Entanto, no meio de uma nova roda, encintada
pelo povo, o português e o brasileiro batiam-se.
Agora a luta era regular: havia igualdade de partidos, porque o
cavouqueiro jogava o pau admiravelmente; jogava-o tão bem quanto o
outro jogava a sua capoeiragem. Embalde Firmo tentava alcançá-lo;
Jerônimo, sopesando ao meio a grossa vara na mão direita, girava-a com
tal perícia e ligeireza em torno do corpo, que parecia embastilhado por
uma teia impenetrável e sibilante. Não se lhe via a arma; só se ouvia um
zunido do ar simultaneamente cortado em todas as direções.
E, ao mesmo tempo que se defendia, atacava. O brasileiro tinha já
recebido pauladas na testa, no pescoço, nos ombros, nos braços, no
peito, nos rins e nas pernas. O sangue inundava-o inteiro; ele rugia e
arfava, iroso e cansado, investindo ora com os pés, ora com a cabeça, e
livrando-se daqui, livrando-se dali, aos pulos e às cambalhotas.
A vitória pendia para o lado do português. Os espectadores
aclamavam-no já com entusiasmo; mas, de súbito, o capoeira


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mergulhou, num relance, até as canelas do adversário e surgiu-lhe rente
dos pés, grupado nele, rasgando-lhe o ventre com uma navalhada.
Jerônimo soltou um mugido e caiu de borco, segurando os
intestinos.
- Matou! Matou! Matou! exclamaram todos com assombro.
Os apitos esfuziaram mais assanhados.
Firmo varou pelos fundos do cortiço e desapareceu no capinzal.
- Pega! Pega!
- Ai, o meu rico homem! ululou Piedade, atirando-se de joelhos
sobre o corpo ensangüentado do marido. Rita viera também de carreira
lançar-se ao chão junto dele, para lhe afagar as barbas e os cabelos.
- É preciso o doutor! suplicou aquela, olhando para os lados à
procura de uma alma caridosa que lhe valesse.
Mas nisto um estardalhaço de formidáveis pranchadas estrugiu no
portão da estalagem. O portão abalou com estrondo e gemeu.
- Abre! Abre! reclamavam de fora.
João Romão atravessou o pátio, como um general em perigo,
gritando a todos:
- Não entra a polícia! Não deixa entrar! Agüenta! Agüenta!
- Não entra! Não entra! repercutiu a multidão em coro.
E todo o cortiço ferveu que nem uma panela ao fogo.
- Agüenta! Agüenta!
Jerônimo foi carregado para o quarto, a gemer, nos braços da
mulher e da mulata.
- Agüenta! Agüenta!
De cada casulo espipavam homens armados de pau, achas de
lenha, varais de ferro. Um empenho coletivo os agitava agora, a todos,
numa solidariedade briosa, como se ficassem desonrados para sempre
se a polícia entrasse ali pela primeira vez. Enquanto se tratava de uma
simples luta entre dois rivais, estava direito! "Jogassem lá as cristas, que
o mais homem ficaria com a mulher!" mas agora tratava-se de defender
a estalagem, a comuna, onde cada um tinha a zelar por alguém ou
alguma coisa querida.
- Não entra! Não entra!
E berros atroadores respondiam às pranchadas, que lá fora se
repetiam ferozes.
A polícia era o grande terror daquela gente, porque, sempre que
penetrava em qualquer estalagem, havia grande estropício; à capa de
evitar e punir o jogo e a bebedeira, os urbanos invadiam os quartos,
quebravam o que lá estava, punham tudo em polvorosa. Era uma
questão de ódio velho.
E, enquanto os homens guardavam a entrada do capinzal e
sustentavam de costas o portão da frente, as mulheres, em desordem,
rolavam as tinas, arrancavam jiraus, arrastavam carroças, restos de
colchões e sacos de cal, formando às pressas uma barricada.

As pranchadas multiplicavam-se. O portão rangia, estalava,
começava a abrir-se; ia ceder. Mas a barricada estava feita e todos
entrincheirados atrás dela. Os que entravam de fora por curiosidade
não puderam sair e viam-se metidos no surumbamba. As cercas das


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hortas voaram A Machona terrível fungara as saias e empunhava na
mão o seu ferro de engomar. A das Dores, que ninguém dava nada por
ela, era uma das mais duras e que parecia mais empenhada na defesa.
Afinal o portão lascou; um grande rombo abriu-se logo; caíram
tábuas; e os quatro primeiros urbanos que se precipitaram dentro foram
recebidos a pedradas e garrafas vazias. Seguiram-se outros. Havia uns
vinte. Um saco de cal, despejado sobre eles, desnorteou-os.
Principiou então o salseiro grosso. Os sabres não podiam alcançar
ninguém por entre a trincheira; ao passo que os projetis, arremessados lá
de dentro, desbaratavam o inimigo. Já o sargento tinha a cabeça partida
e duas praças abandonavam o campo, à falta de ar.
Era impossível invadir aquele baluarte com tão poucos elementos,
mas a polícia teimava, não mais por obrigação que por necessidade
pessoal de desforço. Semelhante resistência os humilhava. Se tivessem
espingardas fariam fogo. O único deles que conseguiu trepar à
barricada rolou de lá abaixo sob uma carga de pau que teve de ser
carregado para a rua pelos companheiros. O Bruno, todo sujo de
sangue, estava agora armado de um refle e o Porfiro, mestre na
capoeiragem, tinha na cabeça uma barretina de urbano.
- Fora os morcegos!
- Fora! Fora!
E, a cada exclamação, tome pedra! tome lenha! tome cal! tome
fundo de garrafa!
Os apitos estridulavam mais e mais fortes.
Nessa ocasião, porém, Nenen gritou, correndo na direção da
barricada.
- Acudam aqui! Acudam aqui! Há fogo no número 12. Está
saindo fumaça!
- Fogo!
A esse grito um pânico geral apoderou-se dos moradores do
cortiço. Um incêndio lamberia aquelas cem casinhas enquanto o diabo
esfrega um olho!
Fez-se logo medonha confusão. Cada qual pensou em salvar o que
era seu. E os policiais, aproveitando o terror dos adversários,
avançaram com ímpeto, levando na frente o que encontravam e
penetrando enfim no infernal reduto, a dar espadeiradas para a direita e
para a esquerda, como quem destroça uma boiada. A multidão
atropelava-se, desembestando num alarido. Uns fugiam à prisão; outros
cuidavam em defender a casa. Mas as praças, loucas de cólera, metiam
dentro as portas e iam invadindo e quebrando tudo, sequiosas de
vingança.
Nisto, roncou no espaço a trovoada. O vento do norte zuniu mais
estridente e um grande pé-d'água desabou cerrado.


XI


A Bruxa, por influência sugestiva da loucura de Marciana, piorou
do juízo e tentou incendiar o cortiço.


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Enquanto os companheiros o defendiam a unhas e dentes, ela,
com todo o disfarce, carregava palha e sarrafos para o número 12 e
preparava uma fogueira. Felizmente acudiram a tempo; mas as
conseqüências foram do mesmo modo desastrosas, porque muitas
outras casinhas, escapando como aquela ao fogo, não escaparam à
devastação da polícia. Algumas ficaram completamente assoladas. E a
coisa seria ainda mais feia, se não viera o providencial aguaceiro apagar
também o outro incêndio ainda pior, que, de parte a parte, lavrava nos
ânimos. A polícia retirou-se sem levar nenhum preso. "A ir um iriam
todos à estação! Deus te livre! Demais, para quê? o que ela queria fazer,
fez! Estava satisfeita!"
Apesar do empenho do João Romão, ninguém conseguiu
descobrir o autor da sinistra tentativa, e só muito tarde cada qual
cuidou de pregar olho, depois de reacomodar, entre plangentes
lamentações, o que se salvou do destroço. O tempo levantou de novo à
meia-noite. Ao romper da aurora já muita gente estava de pé e o
vendeiro passava uma revista minuciosa no pátio, avaliando e carpindo,
inconsolável e furioso, o seu prejuízo. De vez em quando soltava uma
praga. Além do que escangalharam os urbanos dentro das casas, havia
muita tina partida, muito jirau quebrado, lampiões em fanicos, hortas e
cercas arrasadas; o portão da frente e a tabuleta foram reduzidos a
lenha. João Romão meditava, para cobrir o dano, carregar um imposto
sobre os moradores da estalagem, aumentando-lhes o aluguel dos
cômodos e o preço dos gêneros. Viu-se numa dobadoura durante o dia
inteiro; desde pela manhã dera logo as providências para que tudo
voltasse aos seus eixos o mais depressa possível: mandou buscar novas
tinas; fabricar novos jiraus e consertar os quebrados; pôs gente a
remendar o portão e a tabuleta. Ao meio-dia teve de comparecer à
presença do subdelegado na secretaria da polícia. Foi mesmo em
mangas de camisa e sem meias; muitos do cortiço o acompanharam,
quer por espírito de camaradagem, quer por simples curiosidade.
Uma verdadeira patuscada esse passeio à cidade! Parecia uma
romaria; algumas mulheres levaram os seus pequenitos ao colo; um
magote de italianos ia à frente, macarroneando, a fumar cachimbo;
alguns cantavam. Ninguém tomou bonde; e por toda a viagem
discutiram e altercaram em grande troça, comentando com gargalhadas
e chalaças gordas o que iam encontrando, a chamar a atenção das ruas
por onde desfilava a ruidosa farândola.
A sala da polícia encheu-se.
O interrogatório, exclusivamente dirigido a João Romão, era
respondido por todos a um só tempo, a despeito dos protestos e das
ameaças da autoridade, que se viu tonta. Nenhum deles nada esclarecia
e todos se queixavam da polícia, exagerando as perdas recebidas na
véspera.
A respeito de como se travara o conflito e quem o provocara, o
taverneiro declarou que nada podia saber ao certo, porque na ocasião se
achava ausente da estalagem. De que tinha certeza era de que as praças
lhe invadiram a propriedade e puseram em cacos tudo o que
encontraram, como se aquilo lá fosse roupa de francês!
- Bem feito! bradou o subdelegado. Não resistissem!


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Um coro de respostas assanhadas levantou-se para justificar a
resistência. "Ah! Estavam mais que fartos de ver o que pintavam os
morcegos, quando lhes não saia alguém pela frente! Esbodegavam até à
última, só pelo gostinho de fazer mal! Pois então uma criatura, porque
estava a divertir-se um bocado com os amigos, havia de ser aperreada
que nem boi ladrão?... Tinha lá jeito? Os rolos era sempre a polícia quem
os levantava com as suas fúrias! Não se metesse ela na vida de quem
vivia sossegado no seu canto, e não seria tanto barulho!..." Como de
costume, o espírito de coletividade, que unia aquela gente em circulo
de ferro, impediu que transpirasse o menor vislumbre de denúncia. O
subdelegado, depois de dirigir-se inutilmente a um por um, despachou
o bando, que fez logo a sua retirada, no meio de uma alacridade mais
quente ainda que a da ida.
Lá no cortiço, de portas adentro, podiam esfaquear-se à vontade,
que nenhum deles, e muito menos a vitima, seria capaz de apontar o
criminoso; tanto que o médico, que, logo depois da invasão da polícia,
desceu da casa do Miranda à estalagem, para socorrer Jerônimo, não
conseguiu arrancar deste o menor esclarecimento sobre o motivo da
navalhada. "Não fora nada!... Não fora de propósito!... Estavam a
brincar e sucedera aquilo!... Ninguém tivera a menor intenção de
fazer-lhe mossa!..."
Rita mostrou-se de uma incansável solicitude para com o ferido.
Foi ela quem correu a buscar os remédios, quem serviu de ajudante ao
medico e quem serviu de enfermeira ao doente. Muitos lá iam,
demorando-se um instante, para dar fé; ela, porém, desde que Jerônimo
se achou operado, não lhe abandonou a cabeceira; ao passo que
Piedade, aflita e atarantada, não fazia senão chorar e arreliar-se.
A mulata, essa não chorava; mas a sua fisionomia tinha uma
profunda expressão de mágoa enternecida. Agora toda ela se sentia
apegar-se àquele homem bom e forte; àquele gigante inofensivo, àquele
Hércules tranqüilo que mataria o Firmo com uma punhada, mas que, na
sua boa-fé, se deixara navalhar pelo facínora. "E tudo por causa dela!
só por ela!" Seu coração de mulher rendia-se cativo a semelhante
dedicação ensangüentada e dolorosa. E ele, o mísero, interrompia as
contrações do rosto para sorrir defronte dos olhos enamorados da
baiana, feliz naquela desgraça que lhe permitia gozar dos seus carinhos.
E tomava-lhe as mãos, e cingia-lhe a cintura, resignado e comovido,
sem uma palavra, sem um gesto, mas a dizer bem claro, na sua dor
silenciosa e quieta de animal ferido, que a amava muito, que a amava
loucamente.
Rita afagava-o, já sem a menor sombra de escrúpulo, tratando-o
por tu, ameigando-lhe os cabelos sujos de sangue com a polpa macia da
sua mão feminil. E ali mesmo em presença da mulher, dele, só faltava
beijá-lo com a boca, que com os olhos o devorava de beijos ardentes e
sequiosos.
Depois da meia-noite dada, ela e Piedade ficaram sozinhas
velando o enfermo. Deliberou-se que este iria pela manhã para a Ordem
de Santo Antônio, de que era irmão. E, com efeito, no dia imediato,
enquanto o vendeiro e seu bando andavam lá às voltas com a polícia, e
o resto do cortiço formigava, tagarelando em volta do conserto das


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tinas e jiraus, Jerônimo, ao lado da mulher e da Rita, seguia dentro de
um carro para o hospital.
As duas só voltaram de lá à noite, caindo de fadiga. De resto, toda
a estalagem estava igualmente prostrada e morrendo pela cama, se bem
que nesse dia as lavadeiras em geral gazeassem o trabalho; as que
tinham roupa com mais pressa foram lavar fora ou arrastaram bacias de
banho para debaixo das bicas, à falta de melhor vasilha para o serviço.
Discutiu-se a campanha da véspera sem variar o assunto. Aqui era um
que lembrava as suas proezas com os urbanos, descrevendo
entusiasmado os pormenores da luta; ali, outro repetia, cheio de
empáfia, os desaforos que dissera depois nas bochechas da autoridade;
mais adiante trocavam-se queixas e recriminações; cada qual, mulheres
e homens, sofrera o seu prejuízo. ou a sua arranhadura, e mostravam
entre si, numa febre de indignação, os objetos partidos ou a parte do
corpo escoriada.
Mas às nove da noite já não havia viva alma no pátio da estalagem.
A venda fechou-se um pouco mais cedo que de costume. Bertoleza
atirou-se ao colchão, estrompada; João Romão recolheu-se junto dela,
porem não conseguiu dormir; sentia calafrios e pontadas na cabeça.
Chamou pela amiga, a gemer, e pediu-lhe que lhe desse alguma coisa
para suar. Supunha estar com febre.
A crioula só descansou quando, muitas horas adiante, depois de
mudar-lhe a roupa, o viu pegar no sono; e daí a pouco, às quatro da
madrugada, erguia-se ela, com estalos de juntas, a bocejar, fungando
no seu estremunhamento pesadão, e pigarreando forte. Acordou o
caixeiro para ir ao mercado; gargarejou um pouco d'água à torneira da
cozinha e foi fazer fogo para o café dos trabalhadores, riscando
fósforos e acendendo cavacos num fogareiro, donde começaram a
borbotar grossos novelos de fumo espesso.
Lá fora clareava já, e a vida renascia no cortiço. A luta de todos os
dias continuava, como se não houvera interrupção. Principiava o
burburinho. Aquela noite bem dormida punha-os a todos de bom
humor.
Pombinha, entretanto, nessa manhã acordara abatida e nervosa,
sem animo de sair dos lençóis. Pediu café à mãe, bebeu, e tornou a
abraçar-se nos travesseiros, escondendo o rosto.
- Não te sentes melhor hoje, minha filha?... perguntou-lhe Dona
Isabel, apalpando-lhe a testa. Febre não tens.
- Ainda sinto o corpo mole... mas não é nada... isto passa!...
- Foi de tanto gelo, que tomaste em casa de madama!... Não te
dizia?... Agora, o melhor é dar-te um escalda-pés!...
- Não, não, por amor de Deus! Daqui a pouco estou em pé!
Às oito horas, com efeito, levantava-se e fazia, indolentemente, o
alinho da cabeça, defronte do seu modesto lavatório de ferro. Dir-se-ia
sem forças para a menor coisa; toda ela transpirava uma contemplativa
melancolia de convalescente; havia uma doce expressão dolorosa na
limpidez cristalina de seus olhos de moça enferma; um pobre sorriso
pálido a entreabrir-lhe as pétalas da boca, sem lhe alegrar os lábios, que
pareciam ressequidos à mingua de beijos de amor; assim delicada
planta murcha, languesce e morre, se carinhosa borboleta não vai


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sacudir sobre ela as asas prenhes de fecundo e dourado pólen.
O passeio à casa de Léonie fizera-lhe muito mal. Trouxe de lá
impressões de íntimos vexames, que nunca mais se apagariam por toda
a sua vida.
A cocote recebeu-a de braços abertos, radiante com apanhá-la
junto de si, naqueles divãs fofos e traidores, entre todo aquele luxo
extravagante e requintado próprio para os vícios grandes. Ordenou à
criada que não deixasse entrar ninguém, ninguém, nem mesmo o Bebê,
e assentou-se ao lado da menina, bem juntinho uma da outra,
tomando-lhe as mãos, fazendo-lhe uma infinidade de perguntas, e
pedindo-lhe beijos, que saboreava gemendo, de olhos fechados.

Dona Isabel suspirava também, mas de outro modo; na sua parva
compreensão do conforto, aqueles impertinentes espelhos, aqueles
móveis casquilhos e aquelas cortinas escandalosas arrancavam-lhe
saudosas recordações do bom tempo e avivavam a sua impaciência por
melhor futuro.
Ai! assim Deus quisesse ajudá-la!...
Às duas da tarde, Léonie, por sua própria mão serviu às visitas um
pequeno lanche de foie-gras, presunto e queijo, acompanhado de
champanha, gelo e água de Seltz, e, sem se descuidar um instante da
rapariga, tinha para ela extremas solicitudes de namorado; levava-lhe a
comida à boca, bebia do seu copo, apertava-lhe os dedos por debaixo
da mesa.
Depois da refeição, Dona Isabel, que não estava habituada a
tomar vinho, sentiu vontade de descansar o corpo; Léonie
franqueou-lhe um bom quarto, com boa cama, e, mal percebeu que a
velha dormia, fechou a porta pelo lado de fora, para melhor ficar em
liberdade com a pequena.
Bem! Agora estavam perfeitamente a sós!
- Vem cá, minha flor!... disse-lhe, puxando-a contra si e
deixando-se cair sobre um divã. Sabes? Eu te quero cada vez mais!...
Estou louca por ti!
E devorava-a de beijos violentos, repetidos, quentes, que
sufocavam a menina, enchendo-a de espanto e de um instintivo temor,
cuja origem a pobrezinha, na sua simplicidade, não podia saber qual era.
A cocote percebeu o seu enleio e ergueu-se, sem largar-lhe a mão.
- Descansemos nós também um pouco... propôs, arrastando-a
para a alcova.
Pombinha assentou-se, constrangida, no rebordo da cama e, toda
perplexa, com vontade de afastar-se, mas sem animo de protestar, por
acanhamento, tentou reatar o fio da conversa, que elas sustentavam um
pouco antes, à mesa, em presença de Dona Isabel. Léonie fingia
prestar-lhe atenção e nada mais fazia do que afagar-lhe a cintura, as
coxas e o colo. Depois, como que distraidamente, começou a
desabotoar-lhe o corpinho do vestido.
- Não! Para quê!... Não quero despir-me...
- Mas faz tanto calor... Põe-te a gosto...
- Estou bem assim. Não quero!
- Que tolice a tua...! Não vês que sou mulher, tolinha?... De que


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tens medo?... Olha! Vou dar exemplo!
E, num relance, desfez-se da roupa, e prosseguiu na campanha.
A menina, vendo-se descomposta, cruzou os braços sobre o seio,
vermelha de pudor.
- Deixa! segredou-lhe a outra, com os olhos envesgados, a pupila
trêmula.
E, apesar dos protestos, das súplicas e até das lágrimas da infeliz,
arrancou-lhe a última vestimenta, e precipitou-se contra ela, a beijar-lhe
todo o corpo, a empolgar-lhe com os lábios o róseo bico do peito.
- Oh! Oh! Deixa disso! Deixa disso! reclamava Pombinha
estorcendo-se em cócegas, e deixando ver preciosidades de nudez
fresca e virginal, que enlouqueciam a prostituta.
- Que mal faz?... Estamos brincando...
- Não! Não! balbuciou a vitima, repelindo-a.
- Sim! Sim! insistiu Léonie, fechando-a entre os braços, como
entre duas colunas; e pondo em contacto com o dela todo o seu corpo
nu.
Pombinha arfava, relutando; mas o atrito daquelas duas grossas
pomas irrequietas sobre seu mesquinho peito de donzela impúbere e o
rogar vertiginoso daqueles cabelos ásperos e crespos nas estações mais
sensitivas da sua feminilidade, acabaram por foguear-lhe a pólvora do
sangue, desertando-lhe a razão ao rebate dos sentidos.
Agora, espolinhava-se toda, cerrando os dentes, fremindo-lhe a
carne em crispações de espasmo; ao passo que a outra, por cima, doida
de luxúria, irracional, feroz, revoluteava, em corcovos de égua,
bufando e relinchando.
E metia-lhe a língua tesa pela boca e pelas orelhas, e esmagava-lhe
os olhos debaixo dos seus beijos lubrificados de espuma, e mordia-lhe o
lóbulo dos ombros, e agarrava-lhe convulsivamente o cabelo, como se
quisesse arrancá-lo aos punhados. Até que, com um assomo mais forte,
devorou-a num abraço de todo o corpo, ganindo ligeiros gritos, secos,
curtos, muito agudos, e afinal desabou para o lado, exânime, inerte, os
membros atirados num abandono de bêbedo, soltando de instante a
instante um soluço estrangulado.
A menina voltara a si e torcera-se logo em sentido contrário à
adversária, cingindo-se rente aos travesseiros e abafando o seu pranto,
envergonhada e corrida.
A impudica, mal orientada ainda e sem conseguir abrir os olhos,
procurou animá-la, ameigando-lhe a nuca e as espáduas. Mas Pombinha
parecia inconsolável, e a outra teve de erguer-se a meio e puxá-la como
uma criança para o seu colo, onde ela foi ocultando o rosto, a soluçar
baixinho.
- Não chores assim, meu amor!...
Pombinha continuou a soluçar.
- Vamos! Não quero ver-te deste modo!... Estás zangada
comigo?...
- Não volto mais aqui! nunca mais! exclamou por fim a donzela,
desgalgando o leito para vestir-se.
- Vem cá! Não sejas ruim! Ficarei muito triste se estiveres mal
com a tua negrinha!... Anda! Não me feches a cara!...


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- Deixe-me!
- Vem cá, Pombinha!
- Não vou! Já disse!
E vestia-se com movimentos de raiva. Léonie saltara para junto
dela e pôs-se a beijar-lhe, à força. os ouvidos e o pescoço, fazendo se
muito humilde, adulando-a, comprometendo-se a ser sua escrava, e
obedecer-lhe como um cachorrinho, contanto que aquela tirana não se
fosse assim zangada.
- Faço tudo! tudo! mas não fiques mel comigo! Ah! se soubesse
como eu te adoro!...
- Não sei! Largue-me!...
- Espera!
- Que amolação! Oh!
- Deixa de tolice!... Escuta, por amor de Deus!
Pombinha acabava de encasar o último botão do corpinho, e
repuxava o pescoço e sacudia os braços, ajustando bem a sua roupa ao
corpo. Mas Léonie caíra-lhe aos pés, enleando-a pelas pernas e
beijando-lhe as saias.
- Olha!... Ouve!... - Deixa-me sair!
- Não! não hás de ir zangada, ou faço aqui um escândalo dos
diabos! - E que mamãe já acordou com certeza!...
- Que acordasse!
Agora a meretriz defendia a porta da alcova.
- Oh! meu Deus! Deixe-me sair!
- Não deixo, sem fazermos as pazes...
- Que aborrecimento!
- Dá-me um beijo!
- Não dou!
- Pois então não sais!
- Eu grito!
- Pois grita! Que me importa!
- Arrede-se daí, por favor!...
- Faz as pazes...
- Não estou zangada, creia! Estou é indisposta... Não me sinto
boa!
- Mas eu faço questão do beijo!
- Pois bem! Está ai!
E beijou-a.
- Não quero assim! Foi dado de má vontade!...
Pombinha deu-lhe outro.
- Ah! Agora bem! Espera um nada! Deixa arranjar-me! É um
instante!
Em três tempos, lavou-se ligeiramente no bidê, endireitou o
penteado defronte do espelho, num movimento rápido de dedos, e
empoou-se, perfumou-se, e enfiou camisa, anágua e penteador, tudo
com uma expedição de quem está habituada a vestir-se muitas vezes
por dia. E, pronta, correu uma vista de olhos pela menina,
desenrugou-lhe a saia, consertou-lhe melhor os cabelos e, readquirindo
o seu ar tranqüilo de mulher ajuizada, tomou-a pela cintura e levou-a
vagarosamente até à sala de jantar, para tomarem vermute com gasosa.


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O jantar foi às seis e meia. Correu frio, não tanto por parte de
Pombinha, que aliás se mostrava bem incomodada, como porque Dona
Isabel, dormindo até o momento de a chamarem para mesa, sentia-se
aziada com o foie-gras. A dona da casa, todavia, não se forrou a
desvelos e fez por alegrá-las rindo e contando anedotas burlescas. Ao
café apareceu Juju, que a criada levara a passear desde logo depois do
almoço, e uma afetação de agrados levantou-se em torno da
pequerrucha. Léonie pôs-se a conversar com ela, falando como criança,
dizendo-lhe que mostrasse a Dona Isabel "o seu papatinho novo!"
Mais tarde, no terraço, enquanto fumava um cigarro, tomou a mão
de Pombinha e meteu-lhe no dedo um anel com um diamante cercado
de pérolas. A menina recusou o mimo, formalmente. Foi preciso a
intervenção da velha para que ela consentisse em aceitá-lo.
Às oito horas retiraram-se as visitas, seguindo direitinho para a
estalagem. Durante toda a viagem Pombinha parecia preocupada e
triste.
- Que tens tu?... perguntou-lhe a mãe duas vezes.
E de ambas a filha respondeu:
- Nada! Aborrecimento...
No pouco que dormiu essa noite, que foi a do baralho com a
polícia, teve sonhos agitados e passou mal todo o dia seguinte, com
molezas de febre e dores no útero. Não arredou pé de casa, nem para
ver os destroços do conflito. A noticia do defloramento e da fuga de
Florinda, como a da loucura da velha Marciana, produziu-lhe grande
abalo nos nervos.
Na manhã imediata, a despeito de fazer-se forte, torceu o nariz ao
pobre almoço que Dona Isabel lhe apresentou carinhosa. Persistiam-lhe
as dores uterinas, não vivas, mas constantes. Não teve animo de pegar
na costura, e um livro que ela tentou ler, foi por várias vezes repelido.
As onze para o meio-dia era tal o seu constrangimento e era tal o
seu desassossego entre as apertadas paredes do número 15, que,
malgrado os protestos da velha, saiu a dar uma volta por detrás do
cortiço, à sombra dos bambus e das mangueiras.
Uma irresistível necessidade de estar só, completamente só, uma
aflição de conversar consigo mesma, a apartava no seu estreito quarto
sufocante, tão tristonho e tão pouco amigo. Pungia-lhe na brancura da
alma virgem um arrependimento incisivo e negro das torpezas da
antevéspera; mas, lubrificada por essa recordação, toda a sua carne ria e
rejubilava-se, pressentindo delicias que lhe pareciam reservadas para
mais tarde, junto de um homem amado, dentro dela balbuciavam
desejos, até ai mudos e adormecidos; e mistérios desvendavam-se no
segredo do seu corpo, enchendo-a de surpresa e mergulhando-a em
fundas concentrações de êxtase. Um inefável quebranto afrouxava-lhe
a energia e distendia-lhe os músculos com uma embriaguez de flores
traiçoeiras.
Não pôde resistir: assentou-se debaixo das árvores, um cotovelo
em terra, a cabeça reclinada contra a palma da mão.
Na doce tranqüilidade daquela sombra morna, ouvia-se retinir
distante a picareta dos homens da pedreira e o martelo dos ferreiros na
forja. E o canto dos trabalhadores ora mais claro, ora mais duvidoso,


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acompanhando o marulhar dos ventos, ondeava no espaço, melancólico
e sentido, como um coro religioso de penitentes.
O calor tirava do capim um cheiro sensual.
A moça fechou as pálpebras, vencida pelo seu delicioso
entorpecimento, e estendeu-se de todo no chão, de barriga para o ar,
braços e pernas abertas.
Adormeceu.
Começou logo a sonhar que em redor ia tudo se fazendo de um
cor-de-rosa, a princípio muito leve e transparente, depois mais
carregado, e mais, e mais, até formar-se em torno dela uma floresta
vermelha, cor de sangue, onde largos tinhorões rubros se agitavam
lentamente.
E viu-se nua, toda nua, exposta ao céu, sob a tépida luz de um sol
embriagador, que lhe batia de chapa sobre os seios.
Mas, pouco a pouco, seus olhos, posto que bem abertos, nada mais
enxergavam do que uma grande claridade palpitante, onde o sol, feito
de uma só mancha reluzente, oscilava como um pêndulo fantástico.
Entretanto, notava que, em volta da sua nudez alourada pela luz,
iam-se formando ondulantes camadas sangüíneas, que se agitavam,
desprendendo aromas de flor. E, rodando o olhar, percebeu, cheia de
encantos, que se achava deitada entre pétalas gigantescas, no regaço de
uma rosa interminável, em que seu corpo se atufava como em ninho de
veludo carmesim, bordado de ouro, fofo, macio, trescalante e morno.
E suspirando, espreguiçou-se toda num enleio de volúpia ascética.
Lá do alto o sol a fitava obstinadamente, enamorado das suas
mimosas formas de menina.
Ela sorriu para ele, requebrando os olhos, e então o fogoso astro
tremeu e agitou-se, e, desdobrando-se, abriu-se de par em par em duas
asas e principiou a fremir, atraído e perplexo. Mas de repente, nem que
se de improviso lhe inflamassem os desejos, precipitou-se lá de cima
agitando as asas, e veio, enorme borboleta de fogo, adejar
luxuriosamente em torno da imensa rosa, em cujo regaço a virgem
permanecia com os peitos franqueados.
E a donzela, sempre que a borboleta se aproximava da rosa,
sentia-se penetrar de um calor estranho, que lhe acendia, gota a gota,
todo o seu sangue de moça.
E a borboleta, sem parar nunca, doidejava em todas as direções
ora fugindo rápida, ora se chegando lentamente, medrosa de tocar com
as suas antenas de brasa a pele delicada e pura da menina.
Esta, delirante de desejos, ardia por ser alcançada e empinava o
colo. Mas a borboleta fugia.
Uma sofreguidão lúbrica, desensofrida, apoderou-se da moça;
queria a todo custo que a borboleta pousasse nela, ao menos um
instante, um só instante, e a fechasse num rápido abraço dentro das
suas asas ardentes. Mas a borboleta, sempre doida, não conseguia
deter-se; mal se adiantava, fugia logo, irrequieta, desvairada de
volúpia.
- Vem! Vem! suplicava a donzela, apresentando o corpo. Pousa
um instante em mim! Queima-me a carne no calor das tuas asas!
E a rosa, que tinha ao colo, é que parecia falar e não ela. De cada


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vez que a borboleta se avizinhava com as suas negaças, a flor
arregaçava-se toda, dilatando as pétalas, abrindo o seu pistilo vermelho
e ávido daquele contato com a luz.
- Não fujas! Não fujas! Pousa um instante!
A borboleta não pousou; mas, num delírio, convulsa de amor,
sacudiu as asas com mais ímpeto e uma nuvem de poeira dourada
desprendeu-se sobre a rosa, fazendo a donzela soltar gemidos e
suspiros, tonta de gosto sob aquele eflúvio luminoso e fecundante.
Nisto, Pombinha soltou um ai formidável e despertou
sobressaltada, levando logo ambas as mãos ao meio do corpo. E feliz, e
cheia de susto ao mesmo tempo, a rir e a chorar, sentiu o grito da
puberdade sair-lhe afinal das entranhas, em uma onda vermelha e
quente.
A natureza sorriu-se comovida. Um sino, ao longe, batia alegre as
doze badaladas do meio-dia. O sol, vitorioso, estava a pino e, por entre
a copagem negra da mangueira, um dos seus raios descia em fio de ouro
sobre o ventre da rapariga, abençoando a nova mulher que se formava
para o mundo.



XII


Pombinha ergueu-se de um pulo e abriu de carreira para casa.
No lugar em que estivera deitada o capim verde ficou matizado de
pontos vermelhos. A mãe lavava à tina, ela chamou-a com instância,
enfiando cheia de alvoroço pelo número 15. E ai, sem uma palavra,
ergueu as saias do vestido e expôs a Dona Isabel as suas fraldas
ensangüentadas.
- Veio?! perguntou a velha com um grito arrancado do fundo
d'alma.
A rapariga meneou a cabeça afirmativamente, sorrindo feliz e
enrubescida.
As lágrimas saltaram dos olhos da lavadeira.
- Bendito e louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! exclamou
ela, caindo de joelhos defronte da menina e erguendo para Deus o rosto
e as mãos trêmulas.
Depois abraçou-se às pernas da filha e, no arrebatamento de sua
comoção, beijou-lhe repetidas vezes a barriga e parecia querer beijar
também aquele sangue abençoado, que lhes abria os horizontes da vida,
que lhes garantia o futuro; aquele sangue bom, que descia do céu, como
a chuva benfazeja sobre uma pobre terra esterilizada pela seca.
Não se pôde conter: enquanto Pombinha mudava de roupa, saiu
ela ao pátio, apregoando aos quatro ventos a linda noticia. E, se não
fora a formal oposição da menina, teria passeado em triunfo a camisa
ensangüentada, para que todos a vissem bem e para que todos a
adorassem, entre hinos de amor, que nem a uma verônica sagrada de
um Cristo.
- Minha filha é mulher! Minha filha é mulher!


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O fato abalou o coração do cortiço, as duas receberam parabéns e
felicitações. Dona Isabel acendeu velas de cera à frente do seu oratório,
e nesse dia não pegou mais no trabalho, ficou estonteada, sem saber o
que fazia, a entrar e a sair de casa, radiante de ventura. De cada vez que
passava junto da filha dava-lhe um beijo na cabeça e em segredo
recomendava-lhe todo o cuidado. "Que não apanhasse umidade! que
não bebesse coisas frias! que se agasalhasse o melhor possível: e, no
caso de sentir o corpo mole, que se metesse logo na cama! Qualquer
imprudência poderia ser fatal!..." O seu empenho era pôr o João da
Costa, no mesmo instante, ao corrente da grande novidade e pedir-lhe
que marcasse logo o dia do casamento; a menina entendia que não, que
era feio, mas a mãe arranjou um portador e mandou chamar o rapaz com
urgência. Ele apareceu à tarde. A velha convidara gente para jantar;
matou duas galinhas, comprou garrafas de vinho, e, à noite, serviu, às
nove horas, um chá com biscoitos. Nenen e a das Dores
apresentaram-se em trajos de festa; fez-se muita cerimônia;
conversou-se em voz baixa, formando todos em volta de Pombinha
uma solicita cadeia de agrados, uma respeitosa preocupação de bons
desejos, a que ela respondia sorrindo comovida, como que exalando da
frescura da sua virgindade um vitorioso aroma de flor que desabrocha.
E a partir desse dia Dona Isabel mudou completamente. As suas
rugas alegraram-se; ouviam-na cantarolar pela manhã, enquanto varria a
casa e espanava os móveis.
Não obstante, depois do tremendo conflito que acabou em
navalhada, uma tristeza ia minando uma grande parte da estalagem. Já
se não faziam as quentes noitadas de violão e dança ao relento. A Rita
andava aborrecida e concentrada, desde que Jerônimo partiu para a
Ordem; Firmo fora intimado pelo vendeiro a que lhe não pusesse,
nunca mais, os pés em casa, sob pena de ser entregue à polícia; Piedade,
que vivia a dar ais, carpindo a ausência do. marido, ainda ficou mais
consumida com a primeira visita que lhe fez ao hospital; encontrou-o
frio e sem uma palavra de ternura para ela, deixando até perceber a sua
impaciência para ouvir falar da outra, daquela maldita mulata dos
diabos, que, no fim de contas, era a única culpada de tudo aquilo e
havia de ser a sua perdição e mais do seu homem! Quando voltou de lá
atirou-se à cama, a soluçar sem alívio, e nessa noite não pôde pregar
olho, senão já pela madrugada. Um negro desgosto comia-a por dentro,
como tubérculos de tísica, e tirava-lhe a vontade para tudo que não
fosse chorar.
Outro que também, coitado! arrastava a vida muito triste, era o
Bruno. A mulher, que a principio não lhe fizera grande falta, agora o
torturava com a sua distancia; um mês depois da separação, o
desgraçado já não podia esconder o seu sofrimento e ralava-se de
saudades. A Bruxa, a pedido dele, tirou a sorte nas cartas e disse-lhe
misteriosamente que Leocádia ainda o amava.
Só Dona Isabel e a filha andavam deveras satisfeitas. Essas sim!
nunca tinham tido uma época tão boa e tão esperançosa. Pombinha
abandonara o curso de dança; o noivo ia agora visitá-la,
invariavelmente, todas as noites; chegava sempre às sete horas e
demorava-se até às dez; davam-lhe café numa xícara especial, de


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porcelana; às vezes jogavam a bisca, e ele mandava buscar, de sua
algibeira, uma garrafa de cerveja alemã, e ficavam a conversar os três,
cada qual defronte do seu copo, a respeito dos projetos de felicidade
comum; outras vezes o Costa, sempre muito respeitador, muito bom
rapaz, acendia o seu charuto da Bahia e deixava-se cair numa
pasmaceira, a olhar para a moça, todo embebido nela. Pombinha punha
alegrias naqueles serões com as suas garrulices de pomba que prepara o
ninho. Depois do seu idílio com o sol fazia-se muito amiga da
existência, sorvendo a vida em haustos largos, como quem acaba de sair
de uma prisão e saboreia o ar livre. Volvia-se carnuda e cheia, sazonava
que nem uma fruta que nos provoca o apetite de morder. Dona Isabel,
ao lado deles, toscanejava do meio para o fim da visita, traçando cruzes
na boca e afugentando os bocejos com voluptuosas pitadas da sua
insigne tabaqueira.
Fixado o dia do casamento, o assunto inalterável da conversa era o
enxoval da noiva e a casinha que o Costa preparava para a lua-de-mel.
Iriam todos três morar juntos; teriam cozinheiro e uma criada que
lavasse e engomasse. O rapaz trouxera peças de linho e de algodão, e
ali, à luz amarela do velho candeeiro de querosene, enquanto a mãe
talhava camisas e lençóis, a filha cosia valentemente numa máquina que
lhe oferecera o noivo.
Uma vez, eram duas da tarde, ela pregava rendas numa fronha de
almofada, quando o Bruno, cheio de hesitações, a coçar os cabelos da
nuca, pálido e mal asseado, disse-lhe, encostando-se à ombreira da
porta:
- Ora, Nhã Pombinha... tinha-lhe um servicinho a pedir... mas
vosmecezinha anda agora tão tomada com o seu enxoval e não há de
querer dar-se a maços...
- Que queres tu, Bruno?
- N'é nada, é que precisava que vosmecezinha me fizesse uma
carta p'raquele diabo... mas já se vê que não tem cabimento... Fica pr'ao
depois!
- Uma carta para tua mulher, não é?
- Coitada! É mais doida do que ruim! Pois se a gente até dos
brutos tem pena!...
- Pois estás servido. Queres para já?
- Não vale estorvar! Continue seu servicinho! Eu volto pr'outra
vez!...
- Não! anda cá, entra! O que se tem de fazer, faz-se logo!
- Deus lhe pague! Vosmecezinha é mesmo um anjo! Não sei a
quem se chegue a gente ao depois que já lhe não tivermos cá!...
E continuou a louvar a bondade da rapariga, enquanto esta, toda
serviçal, preparava numa mesinha redonda os seus apetrechos de
escrita.
- Vamos lá, Bruno! que queres tu mandar dizer à Leocádia?
- Diga-lhe, antes de mais nada, que aquilo que quebrei dela, que
dou outro! Que ela fez mal em quebrar também o que era meu, mas que
fecho os olhos! Águas passadas não movem moinho! Que sei que ela
agora está desempregada e aos paus; que está a dever para mais de mês
na estalagem; mas que não precisa dar cabeçadas: que me mande cá o


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senhorio, que me entendo com ele. Que acho bom que ela deixe a casa
da crioula onde come, porque a mulher já se queixou e já disse, a quem
quis ouvir, que aquilo lá não era ponto de vadios e mulheres de má vida!
Que ela, se tivesse um pouco de tino, nem precisava estar às migalhas
dos outros, que eu na forja fazia para a trazer de barriga cheia e mais aos
filhos que Deus mandasse... - Principiava a tomar calor. - Que a
culpada de tudo isto é só ela e mais ninguém! tivesse um bocado de
juízo e não precisava envergonhar a cara por ai...
- Isso já está dito, Bruno!
- Pois arrame-lhe outra vez a ver se ela toma brio!
- E que mais?
- Que lhe não quero mal, nem lhe rogo pragas, mas que é bem
feito que ela amargue um pouco do pão do diabo, pra ficar sabendo que
uma mulher direita não deve olhar se não pra seu marido; e que, se ela
não fosse tão maluca...
- Já aí vai você repetir inda uma vez a mesma cantiga!...
- Mas diga-lhe sempre, tenha paciência, Nhã Pombinha!... Que
ainda estaria aqui, comigo, como dantes, sem agüentar repelões de
estranhos!...
- Adiante, Bruno!
- Diga-lhe...
E interrompeu-se.
Ora, que mais ele tinha a dizer?...
Coçou a cabeça.
- Veja, Bruno, você é quem sabe o que precisa escrever a sua
mulher...
- Diga-lhe...
Não se animava.
- Que...
- Diga-lhe... Não! não lhe diga mais nada!...
- Posso então fechar a carta?...
- Está bom... resmungou o ferreiro, decidindo-se. Vá lá!
Diga-lhe que...
- Que...
Houve um silêncio, no qual o desgraçado parecia arrancar de
dentro uma frase que, no entanto, era a única idéia que o levava a
dirigir-se à mulher. Afinal, depois de coçar mais vivamente a cabeça,
gaguejou com a voz estrangulada de soluços:
- Diga-lhe que... se ela quiser tornar pra minha companhia... que
pode vir... Eu esqueço tudo!
Pombinha, impressionada pela transformação da voz dele,
levantou o rosto e viu que as lágrimas lhe desfilavam duas a duas, três a
três, pela cara, indo afogar-se-lhe na moita cerdosa das barbas. E, coisa
estranha, ela, que escrevera tantas cartas naquelas mesmas condições;
que tantas vezes presenciara o choro rude de outros muitos
trabalhadores do cortiço, sobressaltava-se agora com os desalentados
soluços do ferreiro.
Porque, só depois que o sol lhe abençoou o ventre; depois que nas
suas entranhas ela sentiu o primeiro grito de sangue de mulher, teve
olhos para essas violentas misérias dolorosas, a que os poetas davam o


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bonito nome de amor. A sua intelectualidade, tal como seu corpo,
desabrochara inesperadamente, atingindo de súbito, em pleno
desenvolvimento, uma lucidez que a deliciava e surpreendia. Não a
comovera tanto a revolução física Como que naquele instante o mundo
inteiro se despia à sua vista, de improviso esclarecida, patenteando-lhe
todos os segredos das suas paixões. Agora, encarando as lágrimas do
Bruno, ela compreendeu e avaliou a fraqueza dos homens, a fragilidade
desses animais fortes, de músculos valentes, de patas esmagadoras,
mas que se deixavam encabrestar e conduzir humildes pela soberana e
delicada mão da fêmea.
Aquela pobre flor de cortiço, escapando à estupidez do meio em
que desabotoou, tinha de ser fatalmente vitima da própria inteligência.
À mingua de educação, seu espírito trabalhou à revelia, e atraiçoou-a,
obrigando-a a tirar da substância caprichosa da sua fantasia de moça
ignorante e viva a explicação de tudo que lhe não ensinaram a ver e
sentir.
Bruno retirou-se com a carta. Pombinha pousou os cotovelos na
mesa e tulipou as mãos contra o rosto, a cismar nos homens.
Que estranho poder era esse, que a mulher exercia sobre eles, a tal
ponto, que os infelizes, carregados de desonra e de ludibrio, ainda
vinham covardes e suplicantes mendigar-lhe o perdão pelo mal que ela
lhes fizera?...
E surgiu-lhe então uma idéia bem clara da sua própria força e do
seu próprio valor.
Sorriu.
E no seu sorriso já havia garras.
Uma aluvião de cenas, que ela jamais tentara explicar e que até ai
jaziam esquecidas nos meandros do seu passado, apresentavam-se
agora nítidas e transparentes. Compreendeu como era que certos velhos
respeitáveis, cujas fotografias Léonie lhe mostrara no dia que passaram
juntas, deixavam-se vilmente cavalgar pela loureira, cativos e
submissos, pagando a escravidão com a honra, os bens, e até com a
própria vida, se a prostituta, depois de os ter esgotado, fechava-lhes o
corpo. E continuou a sorrir, desvanecida na sua superioridade sobre
esse outro sexo, vaidoso e fanfarrão, que se julgava senhor e que no
entanto fora posto no mundo simplesmente para servir ao feminino;
escravo ridículo que, para gozar um pouco, precisava tirar da sua
mesma ilusão a substância do seu gozo; ao passo que a mulher, a
senhora, a dona dele, ia tranqüilamente desfrutando o seu império,
endeusada e querida, prodigalizando martírios que os miseráveis
aceitavam contritos, a beijar os pés que os deprimiam e as implacáveis
mãos que os estrangulavam.
- Ah! homens! homens!... sussurrou ela de envolta com um
suspiro.
E pegou de novo na costura, deixando que o pensamento vadiasse
à solta, enquanto os dedos iam maquinalmente pregando as rendas
naquela almofada, em que a sua cabeça teria de repousar para receber o
primeiro beijo genital.
Num só lance de vista, como quem apanha uma esfera entre as
pontas de um compasso, mediu com as antenas da sua perspicácia


[Linha 4900 de 8202 - Parte 3 de 5]


mulheril toda aquela esterqueira, onde ela, depois de se arrastar por
muito tempo como larva, um belo dia acordou borboleta à luz do sol. E
sentiu diante dos olhos aquela massa informe de machos e fêmeas, a
comichar, a fremir concupiscente, sufocando-se uns aos outros. E viu o
Firmo e o Jerônimo atassalharem-se, como dois cães que disputam uma
cadela da rua; e viu o Miranda, li defronte, subalterno ao lado da esposa
infiel, que se divertia a fazê-lo dançar a seus pés seguro pelos chifres; e
viu o Domingos, que fora da venda, furtando horas ao sono, depois de
um trabalho de barro, e perdendo o seu emprego e as economias
ajuntadas com sacrifício, para ter um instante de luxúria entre as pernas
de uma desgraçadinha irresponsável e tola; e tornou a ver o Bruno a
soluçar pela mulher; e outros ferreiros e hortelões, e cavouqueiros, e
trabalhadores de toda a espécie, um exército de bestas sensuais, cujos
segredos ela possuía, cujas íntimas correspondências escrevera dia a
dia, cujos corações conhecia como as palmas das mãos, porque a sua
escrivaninha era um pequeno confessionário, onde toda a salsugem e
todas as fezes daquela praia de despejo foram arremessadas
espumantes de dor e aljofradas de lágrimas.
E na sua alma enfermiça e aleijada, no seu espírito rebelde de flor
mimosa e peregrina criada num monturo, violeta infeliz, que um
estrume forte demais para ela atrofiara, a moça pressentiu bem claro


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O Cortiço - Parte 4 de 5 - Aluísio Azevedo
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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O Cortiço - Parte 2 de 5 - Aluísio Azevedo

O Cortiço - Parte 2 de 5 - Aluísio Azevedo

O Cortiço - Aluísio Azevedo



fregueses de roupa, apesar daquela mudança para Botafogo, não a
deixaram quase todos.


Jerônimo, ainda na cidade nova, logo que principiara a ganhar
melhor, fizera-se irmão de uma ordem terceira e tratara de ir pondo
alguma coisinha de parte. Meteu a filha em um colégio, "que a queria
com outro saber que não ele, a quem os pais não mandaram ensinar
nada". Por último, no cortiço em que então moravam, a sua casinha era
a mais decente, a mais respeitada e a mais confortável; porém, com a
morte do seu patrão e com uma reforma estúpida que os sucessores dele
realizaram em todo o serviço da pedreira, o colono desgostou-se dela e
resolveu passar para outra.

Foi então que lhe indicaram a do João Romão, que, depois do
desastre do seu melhor empregado, andava justamente à procura de um
homem nas condições de Jerônimo.
Tomou conta da direção de todo o serviço, e em boa hora o fez,
porque dia a dia a sua influência se foi sentindo no progresso do
trabalho. Com o seu exemplo os companheiros tornavam-se igualmente
sérios e zelosos. Ele não admitia relaxamentos, nem podia consentir que
um preguiçoso se demorasse ali tomando o lagar de quem precisava
ganhar o pão. E alterou o pessoal da pedreira, despediu alguns
trabalhadores, admitiu novos, aumentou o ordenado dos que ficaram,
estabelecendo-lhes novas obrigações e reformando tudo para melhor.
No fim de dois meses já o vendeiro esfregava as mãos de contente e
via, radiante, quanto lucrara com a aquisição de Jerônimo; tanto assim
que estava disposto a aumentar-lhe o ordenado para conservá-lo em sua
companhia. "Valia a pena! Aquele homem era um achado precioso!
Abençoado fosse o Machucas que lho enviara!" E começou a
distingui-lo e respeitá-lo como não fazia a ninguém.
O prestigio e a consideração de que Jerônimo gozava entre os
moradores da outra estalagem donde vinha, foi a pouco e pouco se
reproduzindo entre os seus novos companheiros de cortiço. Ao cabo de
algum tempo era consultado e ouvido, quando qualquer questão difícil
os preocupava. Descobriam-se defronte dele, como defronte de um
superior, até o próprio Alexandre abria uma exceção nos seus hábitos e
fazia-lhe uma ligeira continência com a mão no boné, ao atravessar o
pátio, todo fardado, por ocasião de vir ou ir para o serviço. Os dois
caixeiros da venda, o Domingos e o Manuel, tinham entusiasmo por ele.
"Aquele é que devia ser o patrão, diziam. É um homem sério e
destemido! Com aquele ninguém brinca!" E, sempre que a Piedade de
Jesus ia lá à taverna fazer as suas compras, a fazenda que lhe davam era
bem escolhida, bem medida ou bem pesada. Muitas lavadeiras
tomavam inveja dela, mas Piedade era de natural tão bom e benfazejo
que não deva por isso e a maledicência murchava antes de amadurecer.
Jerônimo acordava todos os dias às quatro horas da manhã, fazia
antes dos outros a sua lavagem à bica do pátio, socava-se depois com
uma boa palangana de caldo de unto, acompanhada de um pão de
quatro; e, em mangas de camisa de riscado, a cabeça ao vento, os
grossos pés sem meias metidos em um formidável par de chinelos de
couro cru, seguia para a pedreira.
A sua picareta era para os companheiros o toque de reunir. Aquela
ferramenta movida por um pulso de Hércules valia bem os clarins de
um regimento tocando alvorada. Ao seu retinir vibrante surgiam do
caos opalino das neblinas vultos cor de cinza, que lá iam, como
sombras, galgando a montanha, para cavar na pedra o pão nosso de
cada dia. E, quando o sol desfechava sobre o píncaro da rocha os seus
primeiros raios, já encontrava de pé, a bater-se contra o gigante de
granito, aquele mísero grupo de obscuros batalhadores.
Jerônimo só voltava a casa ao descair da tarde, morto de fome e de
fadiga. A mulher preparava-lhe sempre para o jantar alguma das


[Linha 1700 de 8202 - Parte 2 de 5]


comidas da terra deles. E ali, naquela estreita salinha, sossegada e
humilde, gozavam os dois, ao lado um do outro, a paz feliz dos simples,
o voluptuoso prazer do descanso após um dia inteiro de canseiras ao
sol. E, defronte do candeeiro de querosene, conversavam sobre a sua
vida e sobre a sua Marianita, a filhinha que estava no colégio e que só os
visitava aos domingos e dias santos.
Depois, até às horas de dormir, que nunca passavam das nove, ele
tomava a sua guitarra e ia para defronte da porta, junto com a mulher,
dedilhar os fados da sua terra. Era nesses momentos que dava plena
expansão às saudades da pátria, com aquelas cantigas melancólicas em
que a sua alma de desterrado voava das zonas abrasadas da América
para as aldeias tristes da sua infância.
E o canto daquela guitarra estrangeira era um lamento choroso e
dolorido, eram vozes magoadas, mais tristes do que uma oração em
alto-mar, quando a tempestade agita as negras asas homicidas, e as
gaivotas doidejam assanhadas, cortando a treva com os seus gemidos
pressagos, tontas como se estivessem fechadas dentro de uma abóbada
de chumbo.


VI


Amanhecera um domingo alegre no cortiço, um bom dia de abril.
Muita luz e pouco calor.
As tinas estavam abandonadas; os coradouros despidos.
Tabuleiros e tabuleiros de roupa engomada saiam das casinhas,
carregados na maior parte pelos filhos das próprias lavadeiras que se
mostravam agora quase todas de fato limpo; os casaquinhos brancos
avultavam por cima das saias de chita de cor. Desprezavam-se os
grandes chapéus de palha e os aventais de aniagem; agora as
portuguesas tinham na cabeça um lenço novo de ramagens vistosas e as
brasileiras haviam penteado o cabelo e pregado nos cachos negros um
ramalhete de dois vinténs; aquelas trancavam no ombro xales de lã
vermelha, e estas de crochê, de um amarelo desbotado. Viam-se
homens de corpo nu, jogando a placa, com grande algazarra. Um grupo
de italianos, assentado debaixo de uma árvore, conversava
ruidosamente, fumando cachimbo. Mulheres ensaboavam os filhos
pequenos debaixo da bica, muito zangadas, a darem-lhes murros, a
praguejar, e as crianças berravam, de olhos fechados, esperneando. A
casa da Machona estava num rebuliço, porque a família ia sair a passeio;
a velha gritava, gritava Nenen, gritava o Agostinho. De muitas outras
saiam cantos ou sons de instrumentos; ouviam-se harmônicas e
ouviam-se guitarras, cuja discreta melodia era de vez em quando
interrompida por um ronco forte de trombone.
Os papagaios pareciam também mais alegres com o domingo e
lançavam das gaiolas frases inteiras, entre gargalhadas e assobios. À
porta de diversos cômodos, trabalhadores descansavam, de calça limpa
e camisa de meia lavada, assentados em cadeira, lendo e soletrando
jornais ou livros; um declamava em voz alta versos de "Os Lusíadas:,


[Linha 1750 de 8202 - Parte 2 de 5]


com um empenho feroz, que o punha rouco. Transparecia neles o prazer
da roupa mudada depois de uma semana no corpo. As casinhas
fumegavam um cheiro bom de refogados de carne fresca fervendo ao
fogo. Do sobrado do Miranda só as duas últimas janelas já estavam
abertas e, pela escada que descia para o quintal, passava uma criada
carregando baldes de águas servidas. Sentia-se naquela quietação de
dia inútil a falta do resfolegar aflito das máquinas da vizinhança, com
que todos estavam habituados. Para além do solitário capinzal do
fundo a pedreira parecia dormir em paz o seu sono de pedra; mas, em
compensação, o movimento era agora extraordinário à frente da
estalagem e à entrada da venda. Muitas lavadeiras tinham ido para o
portão, olhar quem passava; ao lado delas o Albino, vestido de branco,
com o seu lenço engomado ao pescoço, entretinha-se a chupar balas de
açúcar, que comprara ali mesmo ao tabuleiro de um baleiro freguês do
cortiço.
Dentro da taverna, os martelos de vinho branco, os copos de
cerveja nacional e os dois vinténs de parati ou laranjinha sucediam-se
por cima do balcão, passando das mãos do Domingos e do Manuel para
as mãos ávidas dos operários e dos trabalhadores, que os recebiam com
estrondosas exclamações de pândega. A Isaura, que fora num pulo
tomar o seu primeiro capilé, via-se tonta com os apalpões que lhe
davam. Leonor não tinha um instante de sossego, saltando de um lado
para outro, com uma agilidade de mono, a fugir dos punhos calosos dos
cavouqueiros que, entre risadas, tentavam agarrá-la; e insistia na sua
ameaça do costume: "que se queixava ao juiz de orfe", mas não se ia
embora, porque defronte da venda viera estacionar um homem que
tocava cinco instrumentos ao mesmo tempo, com um acompanhamento
desafinado de bombo, pratos e guizos.
Eram apenas oito horas e já muita gente comia e palavreava na
casa de pasto ao lado da venda. João Romão, de roupa mudada como
os outros, mas sempre em mangas de camisa, aparecia de espaço em
espaço, servindo os comensais; e a Bertoleza, sempre suja e tisnada,
sempre sem domingo nem dia santo, lá estava ao fogão, mexendo as
panelas e enchendo os pratos.
Um acontecimento, porém, veio revolucionar alegremente toda
aquela confederação da estalagem. Foi a chegada da Rita Baiana, que
voltava depois de uma ausência de meses, durante a qual só dera
noticias suas nas ocasiões de pagar o aluguei do cômodo.
Vinha acompanhada por um moleque, que trazia na cabeça um
enorme samburá carregado de compras feitas no mercado; um grande
peixe espiava por entre folhas de alface com o seu olhar embaciado e
triste, contrastando com as risonhas cores dos rabanetes, das cenouras e
das talhadas de abóbora vermelha.
- Põe isso tudo ai nessa porta. Ai no número 9, pequeno! gritou
ela ao moleque, indicando-lhe a sua casa, e depois pagou-lhe o carreto.
- Podes ir embora, carapeta!
Desde que do portão a bisparam na rua, levantou-se logo um coro
de saudações.
- Olha! quem ai vem!
- Olé! Bravo! É a Rita Baiana!


[Linha 1800 de 8202 - Parte 2 de 5]


- Já te fazíamos morta e enterrada!
- E não é que o demo da mulata está cada vez mais sacudida?...
- Então, coisa-ruim! por onde andaste atirando esses quartos?
- Desta vez a coisa foi de esticar, hein?!
Rita havia parado em meio do pátio.
Cercavam-na homens, mulheres e crianças; todos queriam novas
dela. Não vinha em traje de domingo; trazia casaquinho branco, uma
saia que lhe deixava ver o pé sem meia num chinelo de polimento com
enfeites de marroquim de diversas cores. No seu farto cabelo, crespo e
reluzente, puxado sobre a nuca, havia um molho de manjericão e um
pedaço de baunilha espetado por um gancho. E toda ela respirava o
asseio das brasileiras e um odor sensual de trevos e plantas aromáticas.
Irrequieta, saracoteando o atrevido e rijo quadril baiano, respondia para
a direita e para a esquerda, pondo à mostra um fio de dentes claros e
brilhantes que enriqueciam a sua fisionomia com um realce fascinador.
Acudiu quase todo o cortiço para recebê-la. Choveram abraços e
as chufas do bom acolhimento.
Por onde andara aquele diabo, que não aparecia para mais de três
meses?
- Ora, nem me fales, coração! Sabe? pagode de roga! Que hei de
fazer? é a minha cachaça velha!...
- Mas onde estiveste tu enterrada tanto tempo, criatura?
- Em Jacarepaguá.
- Com quem?
- Com o Firmo...
- Oh! Ainda dura isso?
- Cala a boca! A coisa agora é séria!
- Qual! Quem mesmo? Tu? Passa fora!
- Paixões da Rita! exclamou o Bruno com uma risada. Uma por
ano! Não contando as miúdas!
- Não! isso é que não! Quando estou com um homem não olho
pra outro!
Leocádia, que era perdida pela mulata, saltara-lhe ao pescoço ao
primeiro encontro, e agora, defronte dela, com as mãos nas cadeiras, os
olhos úmidos de comoção, rindo, sem se fartar de vê-la, fazia-lhe
perguntas sobre perguntas:
- Mas por que não te metes tu logo por uma vez com o Firmo?
por que não te casas com ele?
- Casar? protestou a Rita. Nessa não cai a filha de meu pai!
Casar? Livra! Para quê? para arranjar cativeiro? Um marido é pior que o
diabo; pensa logo que a gente é escrava! Nada! qual! Deus te livre! Não
há como viver cada um senhor e dono do que é seu!
E sacudiu todo o corpo num movimento de desdém que lhe era
peculiar.
- Olha só que peste! considerou Augusta, rindo, muito mole, na
sua honestidade preguiçosa.
Esta também achava infinita graça na Rita Baiana e seria capaz de
levar um dia inteiro a vê-la dançar o chorado.
Florinda ajudava a mãe a preparar o almoço, quando lhe cheirou
que chegara a mulata, e veio logo correndo, a rir-se desde longe,


[Linha 1850 de 8202 - Parte 2 de 5]


cair-lhe nos braços. A própria Marciana, de seu natural sempre triste e
metida consigo, apareceu à janela, para saudá-la. A das Dores, com as
saias arrepanhadas no quadril e uma toalha por cima amarrada pela
parte de trás e servindo de avental, o cabelo ainda por pentear, mas
entrouxado no alto da cabeça, abandonou a limpeza que fazia em casa e
veio ter com a Rita, para dar-lhe uma palmada e gritar-lhe no nariz:
- Desta vez tomaste um fartão, hein, mulata assanhada?...
E, ambas a caírem de riso, abraçaram-se em intimidade de amigas,
que não têm segredos de amor uma para a outra.
A Bruxa veio em silêncio apertar a mão de Rita e retirou-se logo.
- Olha a feiticeira! bradou esta última, batendo no ombro da
idiota. Que diabo você tanto reza, tia Paula? Eu quero que você me dê
um feitiço para prender meu homem!
E tinha uma frase para cada um que se aproximasse. Ao ver Dona
Isabel, que apareceu toda cerimoniosa na sua saia da missa e com o seu
velho xale de Macau, abraçou-a e pediu-lhe uma pitada, que a senhora
recusou, resmungando:
- Sai daí diabo!
- Cadê Pombinha? perguntou a mulata.
Mas, nessa ocasião, Pombinha acabava justamente de sair de casa,
muito bonita e asseada com um vestido novo de cetineta. As mãos
ocupadas com o livro de rezas, o lenço e a sombrinha.
- Ah! Como está chique! exclamou a Rita, meneando a cabeça. É
mesmo uma flor! - e logo que Pombinha se pôs ao seu alcance,
abraçou-lhe a cintura e deu-lhe um beijo. - O João Costa se não te
fizer feliz como os anjos sou capaz de abrir-lhe o casco com o salto do
chinelo! Juro pelos cabelos do meu homem! - E depois, tornando-se
séria, perguntou muito em voz baixa a Dona Isabel: - Já veio?... ao que
a velha respondeu negativamente com um desconsolado e mudo abanar
de orelhas.
O circunspecto Alexandre, sem querer declinar da sua gravidade,
pois que estava fardado e pronto para sair, contentou-se em fazer com a
mão um cumprimento à mulata, ao qual retrucou esta com uma
continência militar e uma gargalhada que o desconcertaram.
Iam fazer comentários sobre o caso, mas a Rita, voltando-se para o
outro lado, gritou:
- Olha o velho Libório! Como está cada vez mais duro!... Não se
entrega por nada o demônio do judeu!
E correu para o lugar, onde estava, aquecendo-se ao belo sol de
abril, um octogenário, seco, que parecia mumificado pela idade, a
fumar num resto de cachimbo, cujo pipo desaparecia na sua boca já sem
lábios.
- Êh! êh! fez ele, quando a mulata se aproximou.
- Então? perguntou Rita, abaixando-se para tocar-lhe no ombro.
Quando é o nosso negócio?... Mas você há de deixar-me primeiro abrir
o bauzinho de folha!...
Libório riu-se com as gengivas, tentando apalpar as coxas da
Baiana, por caçoada, afetando luxúria.
Todos acharam graça nesta pantomimice do velhinho, e então, a
mulata, para completar a brincadeira, deu uma volta entufando as saias


[Linha 1900 de 8202 - Parte 2 de 5]


e sacudiu-as depois sobre a cabeça dele, que se fingiu indignado, a
fungar exageradamente.
E entre a alegria levantada pela sua reaparição no cortiço, a Rita
deu conta de que pintara na sua ausência; disse o muito que festou em
Jacarepaguá; o entrudo que fizera pelo carnaval. Três meses de folia! E,
afinal abaixando a voz, segredou às companheiras que à noite teriam
um pagodinho de violão. Podiam contar como certo!
Esta última noticia causou verdadeiro júbilo no auditório. As
patuscadas da Rita Baiana eram sempre as melhores da estalagem.
Ninguém como o diabo da mulata para armar uma função que ia pelas
tantas da madrugada, sem saber a gente como foi que a noite se passou
tão depressa. Além de que "era aquela franqueza! enquanto houvesse
dinheiro ou crédito, ninguém morria com a tripa marcha ou com a goela
seca!"
- Diz-me cá, ó Leocadinha! quem são aqueles jururus que estão
agora no 35? indagou ela, vendo o Jerônimo à porta da casa com a
mulher.
- Ah! explicou a interrogada, é o Jeromo e mais a Piedade, um
casal que inda não conheces. Entrou ao depois que arribaste. Boa gente,
coitados!
Rita carregou para dentro do seu cômodo as provisões que
trouxera; abriu logo a janela e pôs-se a cantar. Sua presença enchia de
alegria a estalagem toda.
O Firmo, o mulato com quem ela agora vivia metida, o demônio
que a desencabeçara para aquela maluqueira, de Jacarepaguá, ia lá
jantar esse dia com um amigo. Rita declarava isto às companheiras,
amolando uma faquinha no tijolo da sua porta, para escamar o peixe;
enquanto os gatos, aqueles mesmos que perseguiam o sardinheiro,
vinham, um a um, chegando-se todos só com o ruído da afiação do
ferro.
Ao lado direito da casinha da mulata, no número 8, a das Dores
preparava-se também para receber nesse dia o seu amigo e dispunha-se
a fazer uma limpeza geral nas paredes, nos tetos, no chão e nos móveis,
antes de meter-se na cozinha. Descalça, com a saia levantada até ao
joelho, uma toalha na cabeça, os braços arregaçados, viam-na passar de
carreira, de casa para a bica e da bica outra vez para casa, carregando
pesados baldes cheios de água. E daí a pouco apareciam ajudantes
gratuitos para os arranjos do jantar, tanto do lado da das Dores, como
do lado da Rita Baiana. O Albino encarregou-se de varrer e arrumar a
casa desta, entretanto que a mulata ia para o fogão preparar os seus
quitutes do Norte. E veio a Florinda, e veio a Leocádia, e veio a
Augusta, impacientes todas elas pelo pagode que havia de sair à noite,
depois do jantar. Pombinha não apareceu durante o dia, porque estava
muito ocupada, aviando a correspondência dos trabalhadores e das
lavadeiras: serviço este que ela deixava para os domingos.
Numa pequena mesa, coberta por um pedaço de chita, com o
tinteiro ao lado da caixinha de papel, a menina escrevia, enquanto o
dono ou dona da carta ditava em voz alta o que queria mandar dizer à
família. ou a algum mau devedor de roupa lavada. E ia lançando tudo
no papel, apenas com algumas ligeiras modificações, para melhor, no


[Linha 1950 de 8202 - Parte 2 de 5]


modo de exprimir a idéia. Pronta uma carta, sobrescritava-a,
entregava-a ao dono e chamava por outro, ficando a sós com um de
cada vez, pois que nenhum deles queria dar o seu recado em presença
de mais ninguém senão de Pombinha. De sorte que a pobre rapariga ia
acumulando no seu coração de donzela toda a súmula daquelas paixões
e daqueles ressentimentos, às vezes mais fétidos do que a evaporação
de um lameiro em dias de grande calor.
- Escreva lá, Nhã Pombinha! disse junto dela um cavouqueiro,
coçando a cabeça; mas faça letra grande, que é pra mulher entender!
Diga-lhe que não mando desta feita o dinheiro que me pediu, porque
agora não o tenho e estou muito acossado de apertos; mas que lho
prometo pro mês. Ela que se vá arranjando por lá, que eu cá sabe Deus
como me coço; e que, se o Luís, o irmão, resolver de vir, que mo mande
dizer com tempo, para ver se se lhe dá furo à vida por aqui; que isto de
vir sem inda ter p'ronde, é fraco negócio, porque as coisas por cá não
correm lá para que digamos!
E depois que a Pombinha escreveu, acrescentou:
- Que eu tenho sentido muito a sua falta dela; mas também sou o
mesmo e não me meto em porcarias e relaxamento; e que tenciono
mandar buscá-la, logo que Deus me ajude, e a Virgem! Que ela não tem
de que se arreliar por mor do dinheiro não ir desta; que, como lá diz o
outro: quando não há el-rei o perde! Ah! (ia esquecendo!) quanto à
Libânia, é tirar daí o juízo! que a Libânia se atirou aos cães e faz hoje má
vida na Rua de São Jorge; que se esqueça dela por vez e perca o amor às
duas coroas que lhe emprestou!
E a menina escrevia tudo, tudo, apenas interrompendo o seu
trabalho para fitar, com a mão no queixo, o cavouqueiro, à espera de
nova frase.



VII


E assim ia correndo o domingo no cortiço até às três da tarde,
horas em que chegou mestre Firmo, acompanhado pelo seu amigo
Porfiro, trazendo aquele o violão e o outro o cavaquinho.
Firmo, o atual amante de Rita Baiana, era um mulato pachola,
delgado de corpo e ágil como um cabrito; capadócio de marca,
pernóstico, só de maçadas, e todo ele se quebrando nos seus
movimentos de capoeira. Teria seus trinta e tantos anos, mas não
parecia ter mais de vinte e poucos. Pernas e braços finos, pescoço
estreito, porém forte; não tinha músculos, tinha nervos. A respeito de
barba, nada mais que um bigodinho crespo, petulante, onde reluzia
cheirosa a brilhantina do barbeiro; grande cabeleira encaracolada,
negra, e bem negra, dividida ao meio da cabeça, escondendo parte da
testa e estufando em grande gaforina por debaixo da aba do chapéu de
palha, que ele punha de banda, derreado sobre a orelha esquerda.
Vestia, como de costume, um paletó de lustrina preta já bastante
usado, calças apertadas nos joelhos, mas tão largas na bainha que lhe


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engoliam os pezinhos secos e ligeiros. Não trazia gravata, nem colete,
sim uma camisa de chita nova e ao pescoço, resguardando o colarinho,
um lenço alvo e perfumado; à boca um enorme charuto de dois vinténs
e na mão um grosso porrete de Petrópolis, que nunca sossegava, tantas
voltas lhe dava ele a um tempo por entre os dedos magros e nervosos.
Era oficial de torneiro, oficial perito e vadio; ganhava uma semana
para gastar num dia; às vezes, porém, os dados ou a roleta
multiplicavam-lhe o dinheiro, e então ele fazia como naqueles últimos
três meses: afogava-se numa boa pândega com a Rita Baiana. A Rita ou
outra. "O que não faltava por aí eram saias para ajudar um homem a
cuspir o cobre na boca do diabo!" Nascera no Rio de Janeiro, na Corte;
militara dos doze aos vinte anos em diversas maltas de capoeiras;
chegara a decidir eleições nos tempos do voto indireto. Deixou nome
em várias freguesias e mereceu abraços, presentes e palavras de
gratidão de alguns importantes chefes de partido. Chamava a isso a sua
época de paixão política; mas depois desgostou-se com o sistema de
governo e renunciou às lutas eleitorais, pois não conseguira nunca o
lugar de continuo numa repartição pública - o seu ideal! -Setenta
mil-réis mensais: trabalho das nove às três.
Aquela amigação com a Rita Baiana era uma coisa muito
complicada e vinha de longe; vinha do tempo em que ela ainda estava
chegadinha de fresco da Bahia, em companhia da mãe, uma cafuza
dura, capaz de arrancar as tripas ao Manduca da Praia. A cafuza morreu
e o Firmo tomou conta da mulata; mas pouco depois se separaram por
ciúmes, o que aliás não impediu que se tornassem a unir mais tarde, e
que de novo brigassem e de novo se procurassem. Ele tinha "paixa"
pela Rita, e ela, apesar de volúvel como toda a mestiça, não podia
esquecê-lo por uma vez; metia-se com outros, é certo, de quando em
quando, e o Firmo então pintava o caneco, dava por paus e por pedras,
enchia-a de bofetadas, mas, afinal, ia procurá-la, ou ela a ele, e
ferravam-se de novo, cada vez mais ardentes, como se aquelas turras
constantes reforçassem o combustível dos seus amores.
O amigo que Firmo trazia aquele domingo em sua companhia, o
Porfiro, era mais velho do que ele e mais escuro. Tinha o cabelo
encarapinhado. Tipógrafo. Afinavam-se muito os dois tipos com as
suas calças de boca larga e com os seus chapéus ao lado; mas o Porfiro
tinha outra linha: não dispensava a sua gravata de cor saltando em laço
frouxo sobre o peito da camisa; fazia questão da sua bengalinha com
cabeça de prata e da sua piteira de âmbar e espuma, em que ele
equilibrava um cigarro de palha.
Desde a entrada dos dois, a casa de Rita esquentou. Ambos
tiraram os paletós e mandaram vir parati, "a abrideira para muqueca
baiana". E não tardou que se ouvissem gemer o cavaquinho e o violão.
Ao lado chegava também o homem da das Dores, com um
companheiro do comércio; vinham vestidos de fraque e chapéu alto. A
Machona, Nenen e o Agostinho, já de volta do seu passeio à cidade, lá
estavam ajudando. Ficariam para o rega-bofe.
Um rumor quente, de dia de festa, ia-se formando naquele ponto
da estalagem.
Tanto numa casa, como na outra, o jantar seria às cinco horas. Rita


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"botou" vestido branco, de cambraia, encanudado a ferro. Leocádia,
Augusta, o Bruno, o Alexandre e o Albino jantariam com ela no
número 9; e no número 8, com a das Dores, ficariam, além dos parentes
desta, Dona Isabel, Pombinha, Marciana e Florinda.
Jerônimo e sua mulher foram convidados para ambas as mesas,
mas não aceitaram o convite para nenhuma, dispostos a passar a tarde
ao lado um do outro, tranqüilamente como sempre, comendo em boa
paz o seu cozido à moda da terra e bebendo o seu quartilho de verde
pela mesma infusa.
Entretanto, os dois jantares vizinhos principiaram ruidosos logo
desde a sopa e assanharam-se progressivamente.
Meia hora depois vinha das duas casas uma algazarra infernal.
Falavam e riam todos ao mesmo tempo; tilintavam os talheres e os
copos. Cá de fora sentia-se perfeitamente o prazer que aquela gente
punha em comer e beber à farta, com a boca cheia, os beiços
envernizados de molho gordo. Alguns cães rosnavam à porta, roendo
os ossos que traziam lá de dentro. De vez em quando, da janela de uma
das casas aparecia uma das moradoras, chamando a vizinha, para
entregar um prato cheio, permutando as duas entre si os quitutes e as
petisqueiras em que eram mais peritas.
- Olha! gritava a das Dores para o número 9, diz à Rita que prove
deste zorô, pra ver que tal o acha, e que o vatapá estava muito gostoso!
Se ela tem pimentas, que me mande algumas!
Do meio para o fim do jantar o baralho em ambas as casas era
medonho. No número 8 berravam-se brindes e cantos desafinados. O
português amigo da das Dores, já desengravatado e com os braços à
mostra, vermelho, lustroso de suor, intumescido de vinho virgem e
leitão de forno, repotreava-se na sua cadeira, a rir forte, sem calar a
boca, com a camisa a espipar-lhe pela braguilha aberta. O sujeito que a
acompanhara fazia fosquinhas a Nenen, protegido no seu namoro por
toda a roda, desde a respeitável Machona até ao endemoninhado
Agostinho, que não ficava quieto um instante, nem deixava sossegar a
mãe, gritando um contra o outro como dois possessos. Florinda, sempre
muito risonha e esperta, divertia-se a valer e, de vez em quando,
levantava-se da mesa, para ir de carreira levar lá fora ao número 12 um
prato de comida à sua velha que, à última hora, vindo-lhe o
aborrecimento, resolvera não ir ao jantar. À sobremesa o esfogueado
amigo da dona da casa exigiu que a amante se lhe assentasse nas coxas
e dava-lhe beijos em presença de toda a companhia, o que fez com que
Dona Isabel, impaciente por afastar a filha daquele inferno, declarasse
que sentia muito calor e que ia lá para a porta esperar mais à fresca o
café.
Em casa de Rita Baiana a animação era inda maior. Firmo e
Porfiro faziam o diabo, cantando, tocando bestialógicos, arremedando
a fala dos pretos cassanges. Aquele não largava a cintura da mulata e só
bebia no mesmo copo com ela; o outro divertia-se a perseguir o Albino,
galanteando-o afetadamente, para fazer rir à sociedade. O lavadeiro
indignava-se, dava o cavaco". Leocádia, a quem o vinho produzira
delírios hilaridade, torcia-se em gargalhadas, tão fortes e sacudidas que
desconjuntavam a cadeira em que ela estava; e, muito lubrificada pela


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bebedeira, punha os pesados pés sobre os de Porfiro, roçando as pernas
contra as dele e deixando-se apalpar pelo capadócio. O Bruno,
defronte dela, rubro e suado como se estivesse a trabalhar na forja,
falava e gesticulava sem se levantar, praguejando ninguém sabia contra
quem. O Alexandre, à paisana, assentado ao lado da mulher,
conservava quase toda a sua seriedade e pedia que não fizessem tanto
barulho porque podiam ouvir da rua. E notou, em voz misteriosa, que o
Miranda tinha vindo já espiar por várias vezes da janela do sobrado.
- Que espie as vezes que quiser! bradou a Rita. Pois então a gente
não é senhora de estar um domingo em casa a seu gosto e com os
amigos que entender?!... Que vá pro diabo que o lixe! Eu não como
nem bebo do que é dele!
Os dois mulatos e o Bruno também eram da mesma opinião. "Pois
então! Desde que se não ofendia, nem prejudicava a safardana nenhum
com aquele divertimento, não havia de que falar!"
- E que não entiquem muito, ameaçou o Firmo, que comigo é
nove! E o trunfo é paus!
O Porfiro exclamou:
- Se se incomodam com a gente... os incomodados são os que se
mudam! Ora pistolas!
- O domingo fez-se pra gozar!... resmungou o Bruno, deixando
cair a cabeça nos braços cruzados sobre a mesa.
Mas ergueu-se logo, cambaleando, e acrescentou, despindo o
braço direito até o ombro:
- Eles que se façam finos, que os racho!
O Alexandre procurou acalmá-lo, dando-lhe um charuto.
Em uma outra casinha do cortiço acabava de estalar uma nova
sobremesa, engrossando o barulho geral: era o jantar de um grupo de
italianos mascates, onde o Delporto, o Pompeo, o Francesco e o Andréa
representavam as principais figuras. Todos eles cantavam em coro, mais
afinados que nas outras duas casas; quase, porém, que se lhes não podia
ouvir as vozes, tantas e tão estrondosas eram as pragas que soltavam ao
mesmo tempo. De quando em quando, de entre o grosso e macho
vozear dos homens, esguichava um falsete feminino, tão estridente que
provocava réplica aos papagaios e aos perus da vizinhança. E, daqui e
dali, iam rebentando novas algazarras em grupos formados cá e lá pela
estalagem. Havia nos operários e nos trabalhadores decidida disposição
para pandegar, para aproveitar bem, até ao fim, aquele dia de folga. A
casa de pasto fermentava revolucionada, como um estômago de
bêbedo depois de grande bródio, e arrotava sobre o pátio uma baforada
quente e ruidosa que entontecia.
O Miranda apareceu furioso à janela, com o seu tipo de
comendador, a barriga empinada para a frente, de paletó branco, um
guardanapo ao pescoço e um trinchante empunhado na destra, como
uma espada.
- Vão gritar pra o inferno, com um milhão de raios! berrou ele,
ameaçando para baixo. Isto também já é demais! Se não se calam, vou
daqui direito chamar a policia! Súcia de brutos!
Com os berros do Miranda muita gente chegou à porta de casa, e o
coro de gargalhadas, que ninguém podia conter naquele momento de


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alegria, ainda mais o pôs fora de si.
- Ah, canalhas! O que eu devia fazer era atirar-lhes daqui, como
a cães danados!
Uma vaia uníssona ecoou em todo o pátio da estalagem, enquanto
em volta do negociante surgiam várias pessoas, puxando-o para dentro
de casa.
- Que é isso, Miranda! Então! Estás agora a dar palha?...
- O que eles querem é que encordoes!...
- Saia daí papai!
- Olhe alguma pedrada, esta gente é capaz de tudo!
E via-se de relance Dona Estela, com a sua palidez de flor meia
fanada, e Zulmira, lívida, um ar de fastio a fazê-la feia, e o
Henriquinho, cada vez mais bonito, e o velho Botelho, indiferente, a
olhar para toda esta porcaria do mundo com o profundo desprezo dos
que já não esperam nada dos outros, nem de si próprios.
- Canalhas! repisava o Miranda.
O Alexandre, que fora de carreira enfiar a sua farda, apresentou-se
então e disse ao negociante que não era prudente atirar insultos cá pra
baixo. Ninguém o tinha provocado! Se os moradores da estalagem
jantavam em companhia de amigos, lá em cima o Miranda também
estava comendo com os seus convidados! Era mau insultar, porque
palavra puxa palavra, e, em caso de ter de depor na policia, ele,
Alexandre, deporia a favor de quem tivesse razão!...
- Fomente-se! respondeu o negociante, voltando-lhe as costas.
- Já se viu chubregas mais atrevido?! exclamou Firmo, que até ai
estivera calado, à porta da Rita, com as mãos nas cadeiras, a fitar
provocadoramente o Miranda.
E gritando mais alto, para ser bem ouvido:
- Facilita muito, meu boi manso, que te escorvo os galhos na
primeira ocasião!
O Miranda foi arrancado com violência da janela, e esta fechada
logo em seguida com estrondo.
- Deixa lá esse labrego! resmungou Porfiro, tomando o amigo
pelo braço e fazendo-o recolher-se à casa da mulata. Vamos ao café, é o
que é, antes que esfrie!
Defronte da porta de Rita tinham vindo postar-se diversos
moradores do cortiço, jornaleiros de baixo salário, pobre gente
miserável, que mal podia matar a fome com o que ganhava. Ainda
assim não havia entre eles um só triste. A mulata convidou-os logo a
comer um bocado e beber um trago. A proposta foi aceita alegremente.
E a casa dela nunca se esvaziava.
Anoitecia já.
O velho Libório, que jamais ninguém sabia ao certo onde
almoçava ou jantava, surgiu do seu buraco, que nem jabuti quando vê
chuva.
Um tipão, o velho Libório! Ocupava o pior canto do cortiço e
andava sempre a fariscar os sobejos alheios, filando aqui, filando ali,
pedindo a um e a outro, como um mendigo, chorando misérias
eternamente, apanhando pontas de cigarro para fumar no cachimbo,
cachimbo que o sumítico roubara de um pobre cego decrépito. Na


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estalagem diziam todavia que Libório tinha dinheiro aferrolhado,
contra o que ele protestava ressentido, jurando a sua extrema penaria. E
era tão feroz o demônio naquela fome de cão sem dono, que as mães
recomendavam às suas crianças todo o cuidado com ele, porque o
diabo do velho, quando via algum pequeno desacompanhado,
punha-se logo a rondá-lo, a cercá-lo de festas e a fazer-lhe ratices para o
engabelar, até conseguir furtar-lhe o doce ou o vintenzinho que o
pobrezito trazia fechado na mão.
Rita fê-lo entrar e deu-lhe de comer e de beber; mas sob condição
de que o esfomeado não se socasse demais, para não rebentar ali
mesmo.
Se queria estourar, fosse estourar para longe!
Ele pôs-se logo a devorar, sofregamente, olhando inquieto para os
lados, como se temesse que alguém lhe roubasse a comida da boca.
Engolia sem mastigar, empurrando os bocados com os dedos,
agarrando-se ao prato e escondendo nas algibeiras o que não podia de
uma só vez meter para dentro do corpo.
Causava terror aquela sua implacável mandíbula, assanhada e
devoradora; aquele enorme queixo, ávido, ossudo e sem um dente, que
parecia ir engolir tudo, tudo, principiando pela própria cara, desde a
imensa batata vermelha que ameaçava já entrar-lhe na boca, até as duas
bochechinhas engelhadas, os olhos, as orelhas, a cabeça inteira,
inclusive a sua grande calva, lisa como um queijo e guarnecida em redor
por uns pêlos puídos e ralos como farripas de coco.
Firmo propôs embebedá-lo, só para ver a sorte que ele daria. O
Alexandre e a mulher opuseram-se, mas rindo muito; nem se podia
deixar de rir, apesar do espanto, vendo aquele resto de gente, aquele
esqueleto velho, coberto por uma pele seca, a devorar, a devorar sem
tréguas, como se quisesse fazer provisão para uma outra vida.
De repente, um pedaço de carne, grande demais para ser ingerido
de uma vez, engasgou-o seriamente. Libório começou a tossir, aflito,
com os olhos sumidos, a cara tingida de uma vermelhidão apoplética. A
Leocádia, que era quem lhe ficava mais perto, soltou-lhe um murro nas
costas.
O glutão arremessou sobre a toalha da mesa o bocado de carne já
meio triturado.
Foi um nojo geral.
- Porco! gritou Rita, arredando-se.
- Pois se o bruto quer socar tudo ao mesmo tempo! disse Porfiro.
Parece que nunca viu comida, este animal!
E notando que ele continuava ainda mais sôfrego por ter perdido
um instante:
- Espere um pouco, lobo! Que diabo! A comida não foge! Há
muito ai com que te fartares por uma vez! Com efeito!
- Beba água, tio Libório! aconselhou Augusta.
E, boa, foi buscar um copo de água e levou-lho a boca.
O velho bebeu, sem despregar os olhos do prato.
Arre diabo! resmungou Porfiro, cuspindo para o lado. Este é
mesmo capaz de comer-nos a todos nós, sem achar espinhas!
Albino, esse, coitado! é que não comia quase nada e o pouco que


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conseguia meter no estômago fazia-lhe mal. Rita, para bolir com ele,
disse que semelhante fastio era gravidez com certeza.
- Você já começa, hein?... balbuciou o pobre moço,
esgueirando-se com a sua xícara de café.
- Olha, cuidado! gritou-lhe a mulata. Pouco café, que faz mal ao
leite, e a criança pode sair trigueira!
O Albino voltou para dizer muito sério à Rita que não gostava
dessas brincadeiras.
Alexandre, que havia acendido um charuto, depois de oferecer
outros, galantemente, aos companheiros, arriscou, para também fazer a
sua pilhéria, que o sonso do Albino fora pilhado às voltas com a Bruxa
no capinzal dos fundos da estalagem, debaixo das mangueiras.
Só a Leocádia achou graça nisto e riu a bandeiras despregadas.
Albino declarou, quase chorando, que ele não mexia com pessoa
alguma, e que ninguém, por conseguinte, devia mexer com ele.
- Mas afinal, perguntou Porfiro, é mesmo exato que este
pamonha não conhece mulher?...
- Ele é quem pode responder! acudiu a mulata. E esta história vai
ficar hoje liquidada! Vamos lá, ó Albino! confessa-nos tudo, ou mal te
terás de haver com a gente!
- Se eu soubesse que era para isto que me chamaram não tinha
vindo cá, sabe? gaguejou o lavadeiro, amuado. Eu não sirvo de palito!
E ter-se-ia retirado chorando, se a Rita não lhe cortasse a saída,
dizendo, como se falasse a uma criatura do seu sexo, mais fraca do que
ela:
- Ora não sejas tolo! Deixa-te ficar ai! Se deres o cavaco é pior!
Albino limpou as lágrimas e foi sentar-se de novo.
Entretanto, a noite fechava-se, refrescando a tarde com o
sudoeste. Bruno roncava no lugar em que tinha jantado. A Leocádia
passara livremente a perna para cima da de Porfiro, que a abraçava,
bebendo parati aos cálices.
Mas o Firmo lembrou que seria melhor irem lá para fora; e todos,
menos o Bruno, dispuseram-se a deixar a sala, enquanto o velho
Libório! pedia a Alexandre um cigarro para despejar no cachimbo.
Servido, o filante desapareceu logo, correndo ao faro de outros
jantares. Rita, Augusta e Albino ficaram lavando a louça e arrumando a
casa.
Lá fora o coro dos italianos se prolongava numa cadência
monótona e arrastada, em que havia muito peso de embriaguez. Junto à
porta de várias casas faziam-se grupos de pessoas assentadas em
cadeiras ou no chão; mas a roda da Rita Baiana era a maior, porque fora
engrossada pelos convivas da das Dores. O fumo dos cachimbos e dos
charutos elevava-se de toda a parte. Decrescera o ruído geral; fazia-se a
digestão; já ninguém discutia e todos conversavam.
Acendeu-se o lampião do pátio. Iluminaram-se diversas janelas
das casinhas.
Agora, no sobrado do Miranda é que era o maior barulho. Saia de
lá uma terrível gritaria de hipes e hurras, virgulada pelo desarrolhar de
garrafas de champanha.
- Como eles atacam!... observou Alexandre, já de novo sem


[Linha 2300 de 8202 - Parte 2 de 5]


farda.
- E, no entanto, reprovam que a gente coma o que é seu com um
pouco mais de alegria! comentou a Rita. Uma súcia!
Falou-se então largamente a respeito da família do Miranda,
principalmente de Dona Estela e do Henrique. A Leocádia afiançou
que, numa ocasião, espiando por cima do muro, trepada num montão
de garrafas vazias que havia no pátio do cortiço, vira a sirigaita com a
cara agarrada à do estudante, aos beijos e aos abraços, que era obra; e
assim que os dois deram fé que ela os espreitava, deitaram a fugir que
nem cães apedrejados.
A Augusta Carne-Mole benzeu-se, com uma invocação à Virgem
Santíssima, e o companheiro do amigo da das Dores, que insistia no seu
namoro com a Nenen, mostrou-se muito admirado com a noticia,
"supunha Dona Estela um modelo de seriedade".
- Qual! negou Alexandre. Isso por ai é tudo uma
pouca-vergonha, que faz descrer um homem de si mesmo! Eu também
já vi de uma feita bem boas coisas pela sombra dela na parede; mas não
era com o estudante, era com um sujeito que lá ia às vezes, um barbado,
careca e comido de bexigas. E a pequena vai pelo mesmo conseguinte...
Esta novidade produziu grande surpresa no grupo inteiro.
Quiseram os pormenores e o Alexandre não se fez de rogado: o namoro
da Zulmira era com um rapazola magro, de lunetas, bigode louro, bem
vestido, que lhe rondava a casa à noite e às vezes de madrugada.
Parecia estudante!
- O que eles têm feito? inquiriu a das Dores.
- Por enquanto a coisa não passa de namorico da janela para a
rua. Conversam sempre naquela última do lado de lá de fora. Já os
tenho apreciado quando estou de serviço. Ele fala muito em casamento
e a pequena o quer; mas, pelo jeito, o velho é que lhe corta as asas.
- Ele não tem entrada na casa?
- Não! Pois isso é que eu acho feio...! Se ele quer casar com a
menina, devia entender-se com a família e não estar agora daqui
debaixo a fazer-lhe fosquinhas!
- Sim, intrometeu-se o Firmo; mas não vê que aquele mesmo, o
Miranda, vai dar a filha a um estudante! Guarda-a para um dos seus...
Quem sabe até se o bruto não tem já de olho por ai algum cafezista
pé-de-boi!... Eu sei o que é essa gente!
- Por isso é que se vê tanta porcaria por esse mundo de Cristo!
disse a Augusta. Filha minha só se casará com quem ela bem quiser; que
isto de casamentos empurrados à força acabam sempre desgraçando
tanto a mulher como o homem! Meu marido é pobre e é de cor, mas eu
sou feliz, porque casei por meu gosto!
- Ora! Mais vale um gosto que quatro vinténs!
Nisto começou a gemer à porta do 35 uma guitarra; era de
Jerônimo. Depois da ruidosa alegria e do bom humor, em que palpitara
àquela tarde toda a república do cortiço, ela parecia ainda mais triste e
mais saudosa do que nunca:

"Minha vida tem desgostos,
Que só eu sei compreender...


[Linha 2350 de 8202 - Parte 2 de 5]


Quando me lembro da terra
Parece que vou morrer..."

E, com o exemplo da primeira, novas guitarras foram acordando.
E, por fim, a monótona cantiga dos portugueses enchia de uma alma
desconsolada o vasto arraial da estalagem, contrastando com a
barulhenta alacridade que vinha lá de cima, do sobrado do Miranda.

"Terra minha, que te adoro,
Quando é que eu te torno a ver?
Leva-me deste desterro;
Basta já de padecer."

Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados,
iam todos, até mesmo os brasileiros, se concentrando e caindo em
tristeza; mas, de repente, o cavaquinho do Porfiro, acompanhado pelo
violão do Firmo, romperam vibrantemente com um chorado baiano.
Nada mais que os primeiros acordes da música crioula para que o
sangue de toda aquela gente despertasse logo, como se alguém lhe
fustigasse o corpo com urtigas bravas. E seguiram-se outras notas, e
outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. Já não eram dois
instrumentos que soavam, eram lúbricos gemidos e suspiros soltos em
torrente, a correrem serpenteando, como cobras numa floresta
incendiada; eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor; música
feita de beijos e soluços gostosos; carícia de fera, carícia de doer,
fazendo estalar de gozo.
E aquela música de fogo doidejava no ar como um aroma quente
de plantas brasileiras, em torno das quais se nutrem, girando,
moscardos sensuais e besouros venenosos, freneticamente, bêbedos do
delicioso perfume que os mata de volúpia.
E à viva crepitação da música baiana calaram-se as melancólicas
toadas dos de além-mar. Assim à refulgente luz do trópicos amortece a
fresca e doce claridade dos céus da Europa, como se o próprio sol
americano, vermelho e esbraseado, viesse, na sua luxúria de sultão,
beber a lágrima medrosa da decaída rainha dos mares velhos.
Jerônimo alheou-se de sua guitarra e ficou com as mãos
esquecidas sobre as cordas, todo atento para aquela música estranha,
que vinha dentro dele continuar uma revolução começada desde a
primeira vez em que lhe bateu em cheio no rosto, como uma bofetada
de desafio, a luz deste sol orgulhoso e selvagem, e lhe cantou no ouvido
o estribilho da primeira cigarra, e lhe acidulou a garganta o suco da
primeira fruta provada nestas terras de brasa, e lhe entonteceu a alma o
aroma do primeiro bogari, e lhe transtornou o sangue o cheiro animal da
primeira mulher, da primeira mestiça, que junto dele sacudiu as saias e
os cabelos.
- Que tens tu, Jeromo?... perguntou-lhe a companheira,
estranhando-o.
- Espera, respondeu ele, em voz baixa: deixa ouvir!
Firmo principiava a cantar o chorado, seguido por um
acompanhamento de palmas.


[Linha 2400 de 8202 - Parte 2 de 5]


Jerônimo levantou-se, quase que maquinalmente, e seguido por
Piedade, aproximou-se da grande roda que se formara em torno dos
dois mulatos. Ai, de queixo grudado às costas das mãos contra uma
cerca de jardim, permaneceu, sem tugir nem mugir, entregue de corpo e
alma àquela cantiga sedutora e voluptuosa que o enleava e tolhia, como
à robusta gameleira brava o cipó flexível, carinhoso e traiçoeiro.
E viu a Rita Baiana, que fora trocar o vestido por uma saia, surgir
de ombros e braços nus, para dançar. A lua destoldara-se nesse
momento, envolvendo-a na sua coma de prata, a cujo refulgir os
meneios da mestiça melhor se acentuavam, cheios de uma graça
irresistível, simples, primitiva, feita toda de pecado, toda de paraíso,
com muito de serpente e muito de mulher.
Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as
ilhargas e bamboleando a cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita,
como numa sofreguidão de gozo carnal, num requebrado luxurioso que
a punha ofegante; já correndo de barriga empinada; já recuando de
braços estendidos, a tremer toda, como se se fosse afundando num
prazer grosso que nem azeite, em que se não toma pé e nunca se
encontra fundo. Depois, como se voltasse à vida, soltava um gemido
prolongado, estalando os dedos no ar e vergando as pernas, descendo,
subindo, sem nunca parar com os quadris, e em seguida sapateava,
miúdo e cerrado, freneticamente, erguendo e abaixando os braços, que
dobrava, ora um, ora outro, sobre a nuca, enquanto a carne lhe fervia
toda, fibra por fibra, tirilando.
Em torno o entusiasmo tocava ao delírio; um grito de aplausos
explodia de vez em quando, rubro e quente como deve ser um grito
saído do sangue. E as palmas insistiam, cadentes, certas, num ritmo
nervoso, numa persistência de loucura. E, arrastado por ela, pulou à
arena o Firmo, ágil, de borracha, a fazer coisas fantásticas com as
pernas, a derreter-se todo, a sumir-se no chão, a ressurgir inteiro com
um pulo, os pés no espaço, batendo os calcanhares, os braços a querer
fugirem-lhe dos ombros, a cabeça a querer saltar-lhe. E depois, surgiu
também a Florinda, e logo o Albino e até, quem diria! o grave e
circunspecto Alexandre.
O chorado arrastava-os a todos, despoticamente, desesperando
aos que não sabiam dançar. Mas, ninguém como a Rita; só ela, só aquele
demônio, tinha o mágico segredo daqueles movimentos de cobra
amaldiçoada; aqueles requebros que não podiam ser sem o cheiro que a
mulata soltava de si e sem aquela voz doce, quebrada, harmoniosa,
arrogante, meiga e suplicante.
E Jerônimo via e escutava, sentindo ir-se-lhe toda a alma pelos
olhos enamorados.
Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões
que ele recebeu chegando aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era
o calor vermelho das sestas da fazenda; era o aroma quente dos trevos e
das baunilhas, que o atordoara nas matas brasileiras; era a palmeira
virginal e esquiva que se não torce a nenhuma outra planta; era o veneno
e era o açúcar gostoso; era o sapoti mais doce que o mel e era a castanha
do caju, que abre feridas com o seu azeite de fogo; ela era a cobra verde
e traiçoeira, a lagarta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava havia


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muito tempo em torno do corpo dele, assanhando-lhe os desejos,
acordando-lhe as fibras embambecidas pela saudade da terra,
picando-lhe as artérias, para lhe cuspir dentro do sangue uma centelha
daquele amor setentrional, uma nota daquela música feita de gemidos
de prazer, uma larva daquela nuvem de cantáridas que zumbiam em
torno da Rita Baiana e espalhavam-se pelo ar numa fosforescência
afrodisíaca.
Isto era o que Jerônimo sentia, mas o que o tonto não podia
conceber. De todas as impressões daquele resto de domingo só lhe
ficou no espírito o entorpecimento de uma desconhecida embriaguez,
não de vinho, mas de mel chuchurreado no cálice de flores americanas,
dessas muito alvas, cheirosas e úmidas, que ele na fazenda via
debruçadas confidencialmente sobre os limosos pântanos sombrios,
onde as oiticicas trescalam um aroma que entristece de saudade.
E deixava-se ficar, olhando. Outras raparigas dançaram, mas o
português só via a mulata, mesmo quando, prostrada, fora cair nos
braços do amigo. Piedade, a cabecear de sono, chamara-o várias vezes
para se recolherem; ele respondeu com um resmungo e não deu pela
retirada da mulher.
Passaram-se horas, e ele também não deu pelas horas que fugiram.
O circulo do pagode aumentou: vieram de lá defronte a Isaura e a
Leonor, o João Romão e a Bertoleza, desembaraçados da sua faina,
quiseram dar fé da patuscada um instante antes de caírem na cama; a
família do Miranda pusera-se à janela, divertindo-se com a gentalha da
estalagem; reunira povo lá fora na rua; mas Jerônimo nada vira de tudo
isso; nada vira senão uma coisa, que lhe persistia no espírito: a mulata
ofegante a resvalar voluptuosamente nos braços do Firmo.
Só deu por si, quando, já pela madrugada, se calaram de todo os
instrumentos e cada um dos folgadores se recolheu à casa.
E viu a Rita levada para o quarto pelo seu homem, que a arrastava
pela cintura.
Jerônimo ficou sozinho no meio da estalagem. A lua, agora
inteiramente livre das nuvens que a perseguiam, lá ia caminhando em
silêncio na sua viagem misteriosa. As janelas do Miranda fecharam-se.
A pedreira, ao longe, por detrás da última parede do cortiço, erguia-se
como um monstro iluminado na sua paz. Uma quietação densa pairava
já sobre tudo; só se distinguiam o bruxulear dos pirilampos na sombra
das hortas e dos jardins, e os murmúrios das árvores que sonhavam.
Mas Jerônimo nada mais sentia, nem ouvia, do que aquela música
embalsamada de baunilha, que lhe entontecera a alma; e compreendeu
perfeitamente que dentro dele aqueles cabelos crespos, brilhantes e
cheirosos, da mulata, principiavam a formar um ninho de cobras negras
e venenosas, que lhe iam devorar o coração.
E, erguendo a cabeça, notou no mesmo céu, que ele nunca vira
senão depois de sete horas de sono, que era já quase ocasião de entrar
para o seu serviço, e resolveu não dormir, porque valia a pena esperar de
pé.



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VIII


No dia seguinte, Jerônimo largou o trabalho à hora de almoçar e,
em vez de comer lá mesmo na pedreira com os companheiros, foi para
casa. Mal tocou no que a mulher lhe apresentou à mesa e meteu-se logo
depois na cama, ordenando-lhe que fosse ter com João Romão e lhe
dissesse que ele estava incomodado e ficava de descanso aquele dia.
- Que tens tu, Jeromo?...
- Morrinhento, filha... Vai, anda!
- Mas sentes-te mal?
- Ó mulher! vai fazer o que te disse e ao depois então darás à
língua!
- Valha-me a Virgem! Não sei se haverá chá preto na venda!
E ela saiu, aflita. Qualquer novidade no marido, por menor que
fosse, punha-a doida. "Pois um homem rijo, que nunca caia doente?
Seria a febre amarela?... Jesus, Santo Filho de Maria, que nem pensar
nisso era bom! Credo!"
A notícia espalhou-se logo ali entre as lavadeiras.
- Foi da friagem da noite, afirmou a Bruxa, e deu um pulo à casa
do trabalhador para receitar.
O doente repeliu-a, pedindo-lhe que o deixasse em paz; que ele do
que precisava era de dormir. Mas não o conseguiu: atrás da Bruxa
correu a segunda mulher, e a terceira, e a quarta; e, afinal, fez-se
durante muito tempo em sua casa um entrar e sair de saias. Jerônimo
perdeu a paciência e ia protestar brutalmente contra semelhante
invasão, quando, pelo cheiro, sentiu que a Rita se aproximava também.
- Ah!
E desfranziu-se-lhe o rosto.
- Bons dias! Então que é isso, vizinho? Você caiu doente com a
minha chegada? Se tal soubera não vinha!
Ele riu-se. E era a primeira vez que ria desde a véspera
A mulata aproximou-se da cama.
Como principiara a trabalhar esse dia, tinha as saias apanhadas na
cintura e os braços completamente nus e frios da lavagem. O seu
casaquinho branco abria-lhe no pescoço, mostrando parte do peito cor
de canela.
Jerônimo apertou-lhe a mão.
- Gostei de vê-la ontem dançar, disse, muito mais animado.
- Já tomou algum remédio?...
- A mulher falou ai em chá preto...
- Chá! Que asneira! Chá é água morna! Isso que você tem é uma
resfriagem. Vou-lhe fazer uma xícara de café bem forte para você beber
com um gole de parati, e me dirá se sua ou não, e fica depois fino e
pronto para outra! Espera ai!
E saiu logo, deixando todo quarto impregnado dela.
Jerônimo, só com respirar aquele almíscar, parecia melhor.
Quando Piedade tornou, pesada, triste, resmungando consigo mesma,
ele sentiu que principiava a enfará-lo; e, quando a infeliz se aproximou
do marido, este, fora do costume, notou-lhe o cheiro azedo do corpo.


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Voltou-lhe então o mal-estar e desapareceu o último vestígio do sorriso
que ele tivera havia pouco.
- Mas que sentes tu, Jeromo?... Fala, homem! Não me dizes
nada! Assim m'assustas... Que tens, diz'-lo!
- Não cozas o chá. Vou tomar outra coisa...
- Não queres o chá? Mas é o remédio, filhinho de Deus!
- Já te disse que tomo outra mezinha. Oh!
Piedade não insistiu.
- Queres tu um escalda-pés?...
- Toma-lo tu!
Ela calou-se. Ia a dizer que nunca o vira assim tão áspero e seco,
mas receou importuná-lo. "Era naturalmente a moléstia que o punha
rezinguento."
Jerônimo fechara os olhos, para a não ver, e ter-se-ia, se pudesse,
fechado por dentro, para a não sentir. Ela, porém, coitada! fora
assentar-se à beira da cama, humilde e solicita, a suspirar, vivendo
naquele instante, para e exclusivamente, para o seu homem, fazendo-se
muito escrava dele, sem vontade própria, acompanhando-lhe os
menores gestos com o olhar, inquieta, que nem um cão que, ao lado do
dono, procura adivinhar-lhe as intenções.
- 'Stá bem, filha, não vais tratar do teu serviço?...
- Não te dê isso cuidado! Não parou o trabalho! Pedi à Leocádia
que me esfregasse a roupa. Ela hoje tinha pouco que fazer e...
- Andaste mal...
- Ora! Não há três dias que fiz outro tanto por ela... E demais,
não foi que tivesse o homem doente, era a calaçaria do capinzal!
- Bom, bom, filha! não digas mal da vida alheia! Melhor seria
que estivesses à tua tina em vez de ficar ai a murmurar do próximo...
Anda! vai tomar conta das tuas obrigações.
- Mas estou-te a dizer que não há transtorno!...
- Transtorno já é estar eu parado; e o pior será pararem os dois!
- Eu queria ficar a teu lado, Jeromo!
- E eu acho que isso é tolice! Vai! anda!
Ela ia retirar-se, como um animal enxotado, quando deu com a
Rita, que entrava muito ligeira e sacudida, trazendo na mão a
fumegante palangana de café com parati e no ombro um cobertor
grosso para dar um suadouro ao doente.
- Ah! fez Piedade, sem encontrar uma palavra para a mulata.
E deixou-se ficar.
Rita, despreocupadamente, alegre e benfazeja como sempre,
pousou a vasilha sobre a cômoda do oratório e abriu o cobertor.
- Isso é que o vai pôr fino! disse. Vocês também, seus
portugueses, por qualquer coisinha ficam logo pra morrer, com uma
cara da última hora! E ai, ai, Jesus, meu Deus! Ora esperte-se! Não me
seja maricas!
Ele riu-se assentando-se na cama.
- Pois não é assim mesmo? perguntou ela a Piedade, apontando
para o carão barbado de Jerônimo. Olhe só pr'aquela cara e diga-me se
não está a pedir que o enterrem!
A portuguesa não dizia nada, sorria contrafeita, no intimo,


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ressentida contra aquela invasão de uma estranha nos cuidados pelo seu
homem. Não era a inteligência nem a razão o que lhe apontava o perigo,
mas o instinto, o faro sutil e desconfiado de toda a fêmea pelas outras,
quando sente o seu ninho exposto.
- Está-me a parecer que agora te achas melhor, hein?...
desembuchou afinal, procurando o olhar do marido, sem conseguir
disfarçar de todo o seu descontentamento.
- Só com o cheiro! reforçou a mulata, apresentando o café ao
doente. Beba, ande! beba tudo e abafe-se! Quero, quando voltar logo,
encontrá-lo pronto, ouviu? - E acrescentou, falando à Piedade, em
tom mais baixo e pousando-lhe a mão no ombro carnudo: - Ele daqui
a nada deve estar ensopado de suor; mude-lhe toda a roupa e dê-lhe
dois dedos de parati, logo que peça água. Cuidado com o vento!
E saiu expedida, agitando as saias, de onde se evolavam eflúvios
de manjerona.
Piedade chegou-se então para o cavouqueiro, que já tinha sobre as
pernas o cobertor oferecido pela Rita, e, ajudando-o a levar a tigela à
boca, resmungou:
- Deus queira que isto não te vá fazer mal em vez de bem!...
Nunca tomas café, nem gostas!...
- Isto não é por gosto, filha, é remédio!
Ele com efeito nunca entrara com o café e ainda menos com a
cachaça; mas engoliu de uma assentada o conteúdo da tigela, puxando
em seguida o cobertor até às ventas.
A mulher tratou de abafar-lhe bem os pés e foi buscar um xale para
lhe cobrir a cabeça.
- Trata de sossegar! Não te mexas!
E dispôs-se a ficar junto da cama, a vigiá-lo, só andando na ponta
dos pés, abafando a respiração, correndo a cada instante à porta de casa
para pedir que não fizessem tanta bulha lá fora; toda ela
desassossegada, numa aflição quase supersticiosa por aquele incômodo
de seu homem. Mas Jerônimo não levou muito que a não chamasse para
lhe mudar a roupa. O suor inundava-o.
- Ainda bem! exclamou ela, radiante.
E, depois de fechar hermeticamente a porta do quarto e meter um
punhado de roupa suja numa fresta que havia numa das paredes,
sacou-lhe fora a camisa molhada, enfiando-lhe logo outra pela cabeça;
em seguida tirou-lhe as ceroulas e começou, munida de uma toalha, a
enxugar-lhe todo o corpo, principiando pelas costas, passando depois
ao peito e aos sovacos, descendo logo às nádegas, ao ventre e às pernas,
e esfregando sempre com tamanho vigor de pulso, que era antes uma
massagem que lhe dava; e tanto assim que o sangue do cavouqueiro se
revolucionou.
E a mulher, a rir-se, lisonjeada, ralhava:
- Tem juízo! Acomoda-te! Não vês que estás doente?...
Ele não insistiu. Agasalhou-se de novo e pediu água. Piedade foi
buscar o parati.
- Bebe isto, não bebas a água agora.
- Isto é cachaça!
- Foi a Rita que disse para te dar...


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Jerônimo não precisou de mais nada para beber de um trago os
dois dedos de restilo que havia no copo.
Sóbrio como era, e depois daquele dispêndio de suor, o álcool
produziu-lhe logo de pronto o efeito voluptuoso e agradável da
embriaguez nos que não são bêbedos: um delicioso desfalecer de todo
o corpo; alguma coisa do longo espreguiçamento que antecede à
satisfação dos sexos, quando a mulher, tendo feito esperar por ela
algum tempo, aproxima-se afinal de nós, numa avidez gulosa de beijos.
Agora, no conforto da sua cama, na doce penumbra do quarto, com a
roupa fresca sobre a pele, Jerônimo sentia-se bem, feliz por ver-se longe
da pedreira ardente e do sol cáustico; ouvindo, de olhos fechados, o
ronrom monótono da máquina de massas, arfando ao longe, e o zunzum
das lavadeiras a trabalharem, e, mais distante, um interminável cantar
de galos a porfia, enquanto um dobre de sinos rolava no ar, tristemente,
anunciando um defunto da paróquia.
Quando Piedade chegou lá fora, dando parte do bom resultado do
remédio, a Rita correu de novo ao quarto do doente.
- Então, que me diz agora? Sente-se ou não melhorzinho?
Ele voltou para a rapariga o seu olhar de animal prostrado e, por
única resposta, passou-lhe o braço esquerdo na cintura e procurou com
a mão direita segurar a dela. Queria com isto traduzir o seu
reconhecimento, e a mulata assim o entendeu, tanto que consentiu: mal,
porém, a sua carne lhe tocou na carne, um desejo ardente apossou-se
dele; uma vontade desensofrida de senhorear-se no mesmo instante
daquela mulher e possuí-la inteira, devorá-la num só hausto de luxúria,
trincá-la como um caju.
Rita, ao sentir-se empolgar pelo cavouqueiro, escapou-lhe das
garras com um pulo.
- Olhe que peste! Faça-se de tolo, que digo à sua mulher, hein?
Ora vamos lá!
Mas, como a Piedade entrava na salinha ao lado, disfarçou logo,
acrescentando noutro tom:
- Agora é tratar de dormir e mudar de roupa, se suar outra vez
Até logo!
E saiu.
Jerônimo ouviu as suas ultimas palavras já de olhos fechados e,
quando Piedade entrou no quarto, parecia sucumbido de fraqueza. A
lavadeira aproximou-se da cama do marido em ponta de pés, puxou-lhe
o lençol mais para cima do peito e afastou-se de novo, abafando os
passos. À porta da entrada a Augusta, que fora fazer uma visita ao
enfermo, perguntou-lhe por este com um gesto interrogativo; Piedade
respondeu sem falar, pondo a mão no rosto e vergando desse lado a
cabeça, para exprimir que ele agora estava dormindo.
As duas saíram para falar à vontade; mas, nessa ocasião, lá fora no
pátio da estalagem, acabava de armar-se um escândalo medonho. Era o
caso que o Henriquinho da casa do Miranda ficava às vezes à janela do
sobrado, nas horas de preguiça, entre o almoço e o jantar, entretido a
ver a Leocádia lavar, seguindo-lhe os movimentos uniformes do grosso
quadril e o tremular das redondas tetas à larga dentro do cabeção de
chita. E, quando a pilhava sozinha, fazia-lhe sinais brejeiros,


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piscava-lhe o olho, batendo com a mão direita aberta sobre a mão
esquerda fechada. Ela respondia, indicando com o polegar o interior do
sobrado, como se dissesse que fosse procurar a mulher do dono da casa.
Naquele dia, porém, o estudante apareceu à janela, trazendo nos
braços um coelhinho todo branco, que ele na véspera arrematara num
leilão de festa. Leocádia cobiçou o bichinho e, correndo para o
depósito de garrafas vazias, que ficava por debaixo do sobrado, pediu
com muito empenho ao Henrique que lho desse. Este, sempre com seu
sistema de conversar por mímica, declarou com um gesto qual era a
condição da dádiva.
Ela meneou a cabeça afirmativamente, e ele fez-lhe sinal de que o
esperasse por detrás do cortiço, no capinzal dos fundos.
A família do Miranda havia saído. Henrique, mesmo com a roupa
de andar em casa e sem chapéu, desceu à rua, ganhou um terreno que
existia à esquerda do sobrado e, com o seu coelho debaixo do braço,
atirou-se para o capinzal. Leocádia esperava por ele debaixo das
mangueiras.
- Aqui não! disse ela, logo que o viu chegar. Aqui agora podem
dar com a gente!...
- Então onde?
- Vem cá!
E tomou à sua direita, andando ligeira e meio vergada por entre as
plantas. Henrique seguiu-a no mesmo passo, sempre com o coelho
sobraçado. O calor fazia-o suar e esfogueava-lhe as faces. Ouvia-se o
martelar dos ferreiros e dos trabalhadores da pedreira.
Depois de alguns minutos, ela parou num lugar plantado de
bambus e bananeiras, onde havia o resto de um telheiro em ruínas.
- Aqui!
E Leocádia olhou para os lados, assegurando-se de que estavam a
sós. Henrique, sem largar o coelho, atirou-se sobre ela, que o conteve:
- Espera! preciso tirar a saia; está encharcada!
- Não faz mal! segredou ele, impaciente no seu desejo.
- Pode-me vir um corrimento!
E sacou fora a saia de lã grossa, deixando ver duas pernas, que a
camisa a custo só cobria até o joelho, grossas, maciças, de uma brancura
levemente rósea e toda marcada de mordeduras de pulgas e mosquitos.
- Avia-te! Anda! apressou ela, lançando-se de costas ao chão e
arregaçando a fralda até a cintura; as coxas abertas.
O estudante atirou-se, sôfrego, sentindo-lhe a frescura da sua
carne de lavadeira, mas sem largar as pernas do coelho.
Passou-se um instante de silêncio entre os dois, em que as folhas
secas do chão rangeram e farfalharam.
- Olha! pediu ela, faz-me um filho, que eu preciso alugar-me de
ama-de-leite... Agora estão pagando muito bem as amas! A Augusta
Carne-Mole, nesta última barriga, tomou conta de um pequeno ai na
casa de uma família de tratamento, que lhe dava setenta mil-réis por
mês!... E muito bom passadio!... Sua garrafa de vinho todos os dias!...
Se me arranjares um filho dou-te outra vez o coelho!
E o pobre brutinho, cujas pernas o estudante não largava, começou
a queixar-se dos repelões que recebia cada vez mais acelerados.


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- Olha que matas o bichinho! reclamou a lavadeira. Não batas
assim com ele! mas não o soltes, hein!
Ia dizer ainda alguma coisa, mas acudiu-lhe o espasmo e ela
fechou os olhos e pôs-se a dar com a cabeça de um lado para o outro,
rilhando os dentes.
Nisto, passos rápidos fizeram-se sentir galgando as plantas, na
direção em que os dois estavam; e Henrique, antes de ser visto, lobrigou
a certa distancia a insociável figura do Bruno.
Não lhe deu tempo a que se aproximasse; de um salto galgou por
detrás das bananeiras e desapareceu por entre o matagal de bambus, tão
rápido como o coelho que, vendo-se livre, ganhara pela outra banda o
caminho do capinzal.
Quando o ferreiro, logo em seguida, chegou perto da mulher, esta
ainda não tinha acabado de vestir a saia molhada.
- Com quem te esfregavas tu, sua vaca?! bradou ele, a botar os
bofes pela boca.
E, antes que ela respondesse, já uma formidável punhada a fazia
rolar por terra.
Leocádia abriu num berreiro. E foi debaixo de uma chuva de
bofetadas e pontapés que acabou de amarrar a roupa.
- Agora eu vi! sabes! Nega se fores capaz!
- Vá à pata que o pôs! exclamou ela, com a cara que era um
tomate. Já lhe disse que não quero saber de você pra nada, seu bêbedo!
E, vendo que ele ia recomeçar a dança, abaixou-se depressa,
segurou com ambas as mãos um matacão de granito que encontrou a
seus pés, e gritou, erguendo-o sobre a cabeça:
- Chega-te pra cá e verás se te abro aqui mesmo ou não o casco!
O ferreiro compreendeu que ela era capaz de fazer o que dizia e
estacou lívido e ofegante.
- Arme a trouxa e rua! sabe?
- Olha a desgraça! Tinha de muito assentado de ir! Queria era
uma ocasião! Nem preciso de você pra nada, fique sabendo!
E, para meter-lhe mais raiva, acrescentou, empinando a barriga:
- Já cá está dentro com que hei de ganhar a vida! Alugo-me de
ama! Ou pensará que todos são como você, que nem para fazer um filho
serve, diabo do sem-préstimo?
- Mas não me hás de levar nada de casa! Isso te juro eu, biraia!
- Ah, descanse! que não levarei nada do que é seu, nem preciso!
- Põe essa pedra no chão!
- Um corno! Eu arrumo-ta na cabeça se te chegas pra cá!
- Sim, sim, sim, contanto que te musques por uma vez!
- Pois então despache o beco!
Ele virou-lhe as costas e tornou lentamente por onde viera, de
cabeça pendida, as mãos nas algibeiras das calças, aparentando agora
um soberano desprezo pelo que se passava.
Só então foi que ela se lembrou do coelho.
- Ora gaitas! disse, endireitando-se e tomando direção contrária
à do marido.
Este fora ai direito ao cortiço narrar, a quem quisesse ouvir, o que
se acabava de dar. O escândalo assanhou a estalagem inteira, como um


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jato de água quente sobre um formigueiro. "Ora, aquilo tinha de
acontecer mais hoje mais amanhã! - Um belo dia a casa vinha abaixo!
- A Leocádia parecia não desejar senão isso mesmo!" Mas ninguém
atinava com quem diabo pilhara o Bruno a mulher no capinzal.
Fizeram-se mil hipóteses; lembrando-se nomes e nomes, sem se chegar
a nenhum resultado satisfatório. O Albino tentou logo arranjar a
reconciliação do casal, jurando que o Bruno estava enganado com
certeza e que vira mal. "Leocádia era uma excelente rapariga, incapaz
de tamanha safadagem!" O ferreiro tapou-lhe a boca com uma bolacha,
e ninguém mais se meteu a congraçá-los.
Entretanto, o Bruno entrara em casa e lançava pela janela cá para
fora tudo o que ia encontrando pertencente à mulher. Uma cadeira
fez-se pedaços contra as pedras, depois veio um candeeiro de
querosene, uma trouxa de roupas, saias e casaquinhos de chita, caixas
de chapéus cheias de trapos, uma gaiola de pássaros, uma chaleira; e
tudo era arremessado com fúria ao meio da área, entre o silêncio
comovido dos que assistiam ao despejo. Um chim, que entrara para
vender camarões e parara distraído perto da janela do ferreiro, levou na
cabeça com uma bilha da Bahia e berrava como criança que acaba de ser
esbordoada. A Machona, que não podia ouvir ninguém gritar mais alto
do que ela, caiu-lhe em cima aos murros e o pôs fora do portão com
tremenda descompostura. "Era o que faltava que viesse também aquele
salamaleque do inferno para azoinar uma criatura mais do que já
estava!" Dona Isabel, com as mãos cruzadas sobre o ventre, tinha para
aquela destruição um profundo olhar de lástima. Augusta meneava a
cabeça tristemente sem conceber como havia mulheres que procuravam
homem, tendo um que lhes pertencia. A Bruxa, indiferente, não
interrompera sequer o seu trabalho; ao passo que a das Dores, de mãos
nas cadeiras, a sala pelo meio das canelas, um cigarro no canto da boca,
encarava desdenhosa a sanha daquele marido, tão brutal como o dela o
fora.
- Sempre os mesmos pedaços de asno!... comentava franzindo o
nariz. Se a tola da mulher só lhes procura agradar e fazer-lhes o gosto,
ficam enjoados, e, se ela não toma a sério a borracheira do casamento,
dão por paus e por pedras, como esta besta! Uma súcia, todos eles!
Florinda ria, como de tudo, e a velha Marciana queixava-se de que
lhe respingaram querosene na roupa estendida ao sol. Nessa ocasião
justamente, um saco de café, cheio de borra, deu duas voltas no ar e
espalhou o seu conteúdo, pintalgando de pontos negros os coradouros.
Fez-se logo um alarido entre as lavadeiras. "Aquilo não tinha jeito, que
diabo! Armavam lá as suas turras e os outros é que haviam de aturar?!...
Sebo! que os mais não estavam dispostos a suportar as fúrias de cada
um! Quem parira Mateus que o embalasse! Se agora, todas as vezes que
a Leocádia se fosse espojar no capinzal, o bruto do marido tinha de
sujar daquele modo o trabalho da gente, ninguém mais poderia ganhar
ali a sua vida! Que espiga!" Pombinha chegara à porta do número 15,
dando fé do barulho, com uma costura na mão, e Nenen, toda
afogueada do ferro de engomar, perguntava, com um frouxo riso, se o
Bruno ia reformar a mobília da casa. A Rita fingia não ligar importância
ao fato e continuava a lavar à sua tina. "Não faziam tanta festa ao tal


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casamento? Pois que agüentassem! Ela estava bem livre de sofrer uma
daquelas!" O velho Libório chegara-se para ver se, no meio da
confusão, apanhava alguma coisa do despejo, e a Machona, notando
que o Agostinho fazia o mesmo, berrou-lhe do lugar em que se achava:
- Sai daí, safado! Toca lá no quer que seja, que te arranco a pele
do rabo!
Um irmão do santíssimo entrara na estalagem, com a sua capa
encarnada, a sua vara de prata em uma das mãos, na outra a salva do
dinheiro, e parara em meio do pátio, suplicando muito fanhoso: "Uma
esmola para a cera do Sacramento!" As mulheres abandonaram por um
instante as tinas e foram beijar devotamente a colombina imagem do
Espírito Santo. Pingaram na salva moedinhas de vintém.
Todavia, o Bruno acabava de despejar o que era da mulher e saia
de novo de casa, dando uma volta feroz à fechadura. Atravessou por
entre o murmurante grupo dos curiosos que permaneciam defronte de
sua porta, mudo, com a cara fechada, jogando os braços, como quem,
apesar de ter feito muito, não satisfizera ainda completamente a sua
cólera.
Leocádia apareceu pouco depois e, vendo por terra tudo que era
seu, partido e inutilizado, apoderou-se de fúria e avançou sobre a porta,
que o marido acabava de fechar, arremetendo com as nádegas contra as
duas folhas, que cederam logo, indo ela cair lá dentro de barriga para
cima.
Mas ergueu-se, sem fazer caso das risadas que rebentaram cá fora
e, escancarando a janela com arremesso, começou por sua vez a arrasar
e a destruir tudo que ainda encontrara em casa.
Então principiou a verdadeira devastação. E a cada objeto que ela
varria para o pátio, gritava sempre: "Upa! Toma, diabo!"
- Aí vai o relógio! Upa! Toma, diabo!
E o relógio espatifou-se na calçada.
- Aí vai o alguidar!
- Aí vai o jarro!
- Aí vão os copos!
- O cabide!
- O garrafão!
- O bacio!
Um riso geral, comunicativo, absoluto, abafava o baralho da louça
quebrando-se contra as pedras. E Leocádia já não precisava
acompanhar os objetos com a sua frase de imprecação, porque cada um
deles era recebido cá fora com um coro que berrava:
- Upa! Toma, diabo!
E a limpeza prosseguia. João Romão acudiu de carreira, mas
ninguém se incomodou com a presença dele. Já defronte da porta do
Bruno havia uma montanha de cacos acumulados; e o destroço
continuava ainda, quando o ferreiro reapareceu, vermelho como
malagueta, e foi galgando a casa, com um raio de roda de carro na mão
direita.
Os circunstantes o seguiram, atropeladamente, num clamor.
- Não dá!
- Não pode!


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- Prende!
- Não deixa bater!
- Larga o pau!
- Segura!
- Agüenta!
- Cerca!
- Toma o porrete!
E Leocádia escapou afinal das pauladas do marido, a quem o
povaréu desarmara num fecha-fecha.
- Ordem! Ordem! Vá de rumor! exclamava o vendeiro, a quem,
aproveitando a confusão, haviam já ferrado um pontapé por detrás.
O Alexandre, que vinha chegando do serviço nesse momento,
apressou-se a correr para o lugar do conflito e cheio de autoridade
intimou o Bruno a que se contivesse e deixasse a mulher em paz, sob
pena de seguir para a estação no mesmo instante.
- Pois você não vê esta galinha, que apanhei hoje com a boca na
botija, não me vem ainda por cima dar cabo de tudo?!... interrogou o
Bruno, espumando de raiva e quase sem fôlego para falar.
- Porque você pôs em cacos o que é meu! gritou Leocádia.
- Está bom! está bom! disse o polícia, procurando dar à voz
inflexões autoritárias e reconciliadoras. Fale cada um por sua vez! Seu
marido... acrescentou ele, voltando-se para a acusada, diz que a
senhora...
- É mentira! interrompeu ela.
- Mentira?! É boa! Tinhas a saia despida e um homem por cima!
- Quem era? - Quem foi? - Quem era o homem? interrogaram
todos a um só tempo.
- Quem era ele, no fim de contas? inquiriu também Alexandre.
- Não lhe pude ver as fuças!... respondeu o ferreiro; mas, se o
apanho, arrancava-lhe o sangue pelas costas!
Houve um coro de gargalhadas.
- E mentira! repetiu Leocádia, agora sucumbida por uma reação
de lágrimas. Há muito tempo que este malvado anda caçando pretexto
para romper comigo e, como eu não lho dou...
Uma explosão de soluços a interrompeu.
Desta vez não riram, mas um bichanar de cochichos formou-se em
torno do seu pranto.
- Agora... continuou ela, enxugando os olhos na costa da mão;
não sei o que será de mim, porque este homem, além de tudo,
escangalhou-me até o que eu trouxe quando me casei com ele!...
- Não disseste que já tinhas ai dentro com que ganhar a vida?... É
andar!
- É falso! soluçou Leocádia.
- Bem, interveio Alexandre, embainhando o seu refle; está tudo
terminado! Seu marido vai recebê-la em boa paz...
- Eu?! esfuziou o ferreiro. Você não me conhece!
- Nem eu queria! retorquiu a mulher. Prefiro meter-me com um
cavalo de tílburi a ter de aturar este bruto!
E, catando em casa alguma coisa sua que ainda havia, e
recolhendo do montão dos cacos o que lhe pareceu aproveitável, fez de


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tudo uma grande trouxa e foi chamar um carregador.
A Rita saiu-lhe ao encontro.
- Para onde vais tu?... perguntou-lhe em voz baixa.
- Não sei, filha, por ai!... Hei de encontrar um furo!... Os cães
não vivem?...
- Espere um instante... disse a mulata. Olha, empurra a trouxa ai
para dentro do meu cômodo. - E correndo ao Albino, que lavava: -
Passa-me no sabão aquela roupa, ouviste? E, quando Firmo acordar,
diz-lhe que precisei ir a rua.
Depois, deu um pulo ao quarto, mudou a saia molhada, atirou nos
ombros o seu xale de crochê e, batendo nas costas da companheira,
segredou-lhe:
- Anda cá comigo! não ficarás à toa!
E as duas saíram, ambas sacudidas, deixando atrás de si suspensa
a curiosidade do cortiço inteiro.



IX


Passaram-se semanas. Jerônimo tomava agora, todas as manhãs,
uma xícara de café bem grosso, à moda da Ritinha, e tragava dois
dedos de parati "pra cortar a friagem".
Uma transformação, lenta e profunda, operava-se nele, dia a dia,
hora a hora, reviscerando-lhe o corpo e alando-lhe os sentidos, num
trabalho misterioso e surdo de crisálida. A sua energia afrouxava
lentamente: fazia-se contemplativo e amoroso. A vida americana e a
natureza do Brasil patenteavam-lhe agora aspectos imprevistos e
sedutores que o comoviam; esquecia-se dos seus primitivos sonhos de
ambição; para idealizar felicidades novas, picantes e violentas;
tornava-se liberal, imprevidente e franco, mais amigo de gastar que de
guardar; adquiria desejos, tomava gosto aos prazeres, e volvia-se
preguiçoso resignando-se, vencido, às imposições do sol e do calor,
muralha de fogo com que o espírito eternamente revoltado do último
tamoio entrincheirou a pátria contra os conquistadores aventureiros.
E assim, pouco a pouco, se foram reformando todos os seus
hábitos singelos de aldeão português: e Jerônimo abrasileirou-se. A sua
casa perdeu aquele ar sombrio e concentrado que a entristecia; já
apareciam por lá alguns companheiros de estalagem, para dar dois
dedos de palestra nas horas de descanso, e aos domingos reunia-se
gente para o jantar. A revolução afinal foi completa: a aguardente de
cana substituiu o vinho; a farinha de mandioca sucedeu à broa; a
carne-seca e o feijão-preto ao bacalhau com batatas e cebolas cozidas; a
pimenta-malagueta e a pimenta-de-cheiro invadiram vitoriosamente a
sua mesa; o caldo verde, a açorda e o caldo de unto foram repelidos
pelos ruivos e gostosos quitutes baianos, pela muqueca, pelo vatapá e
pelo caruru; a couve à mineira destronou a couve à portuguesa; o pirão
de fubá ao pão de rala, e, desde que o café encheu a casa com o seu
aroma quente, Jerônimo principiou a achar graça no cheiro do fumo e


[Linha 3000 de 8202 - Parte 2 de 5]


não tardou a fumar também com os amigos.
E o curioso é que quanto mais ia ele caindo nos usos e costumes
brasileiros, tanto mais os seus sentidos se apuravam, posto que em
detrimento das suas forças físicas. Tinha agora o ouvido menos
grosseiro para a música, compreendia até as intenções poéticas dos
sertanejos, quando cantam à viola os seus amores infelizes; seus olhos,
dantes só voltados para a esperança de tornar à terra, agora, como os
olhos de um marujo, que se habituaram aos largos horizontes de céu e
mar, já se não revoltavam com a turbulenta luz, selvagem e alegre, do
Brasil, e abriam-se amplamente defronte dos maravilhosos
despenhadeiros ilimitados e das cordilheiras sem fim, donde, de espaço
a espaço, surge um monarca gigante, que o sol veste de ouro e ricas
pedrarias refulgentes e as nuvens tocam de alvos turbantes de
cambraia, num luxo oriental de arábicos príncipes voluptuosos.
Ao passo que com a mulher, a S'ora Piedade de Jesus, o caso
mudava muito de figura. Essa, feita de um só bloco, compacta, inteiriça
e tapada, recebia a influência do meio só por fora, na maneira de viver,
conservando-se inalterável quanto ao moral, sem conseguir, à
semelhança do esposo, afinar a sua alma pela alma da nova pátria que
adotaram. Cedia passivamente nos hábitos de existência, mas no intimo
continuava a ser a mesma colona saudosa e desconsolada, tão fiel às
suas tradições como a seu marido. Agora estava até mais triste; triste
porque Jerônimo fazia-se outro; triste porque não se passava um dia que
lhe não notasse uma nova transformação; triste, porque chegava a
estranhá-lo, a desconhecê-lo, afigurando-se-lhe até que cometia um
adultério, quando à noite acordava assustada ao lado daquele homem
que não parecia o dela, aquele homem que se lavava todos os dias,
aquele homem que aos domingos punha perfumes na barba e nos
cabelos e tinha a boca cheirando a fumo. Que pesado desgosto não lhe
apertou o coração a primeira vez em que o cavouqueiro, repelindo o
caldo que ela lhe apresentava ao jantar, disse-lhe:
- Ó filha! por que não experimentas tu fazer uns pitéus à moda
de cá?...
- Mas é que não sei... balbuciou a pobre mulher.
- Pede então à Rita que to ensine... Aquilo não terá muito que
aprender! Vê se me fazes por arranjar uns camarões, como ela preparou
aqueles doutro dia. Souberam-me tão bem!
Este resvalamento do Jerônimo para as coisas do Brasil penalizava
profundamente a infeliz criatura. Era ainda o instinto feminil que lhe
fazia prever que o marido, quando estivesse de todo brasileiro, não a
queria para mais nada e havia de reformar a cama, assim como reformou
a mesa.
Jerônimo, com efeito, pertencia-lhe muito menos agora do que
dantes. Mal se chegava para ela; os seus carinhos eram frios e
distraídos, dados como por condescendência; já lhe não afagava os
rins, quando os dois ficavam a sós, malucando na sua vida comum;
agora nunca era ele que a procurava para o matrimônio, nunca; se ela
sentia necessidade do marido, tinha de provocá-lo. E, uma noite,
Piedade ficou com o coração ainda mais apertado, porque ele, a
pretexto de que no quarto fazia muito calor, abandonou a cama e foi


[Linha 3050 de 8202 - Parte 2 de 5]


deitar-se no sofá da salinha. Desde esse dia não dormiram mais ao lado
um do outro. O cavouqueiro arranjou uma rede e armou-a defronte da
porta de entrada, tal qual como havia em casa da Rita.
Uma outra noite a coisa ainda foi pior. Piedade, certa de que o
marido não se chegava, foi ter com ele; Jerônimo fingiu-se indisposto,
negou-se, e terminou por dizer-lhe, repelindo-a brandamente:
- Não te queria falar, mas... sabes? deves tomar banho todos os
dias e... mudar de roupa... Isto aqui não é como lá! Isto aqui sua-se
muito! É preciso trazer o corpo sempre lavado, que, ao se não, cheira-se
mel!... Tem paciência!
Ela desatou a soluçar. Foi uma explosão de ressentimentos e
desgostos que se tinham acumulado no seu coração. Todas as suas
mágoas rebentaram naquele momento.
- Agora estás tu a chorar! Ora, filha, deixa-te disso!
Ela continuou a soluçar, sem fôlego, dando arfadas com todo o
corpo.
O cavouqueiro acrescentou no fim de um intervalo:
- Então, que é isto, mulher? Pões-te agora a fazer tamanho
escarcéu, nem que se cuidasse de coisa séria!
Piedade desabafou:
- É que já não me queres! Já não és o mesmo homem para mim!
Dantes não me achavas que pôr, e agora até já te cheiro mal!
E os soluços recrudesciam.
- Não digas asnices, filha!
- Ah! eu bem sei o que isto é!...
- E bobagem tua, é o que é!
- Maldita hora em que viemos dar ao raio desta estalagem! Antes
me tivera caldo um calhau na cabeça!
- Estás a queixar-te da sorte sem razão! Que Deus te não
castigue.
Esta rezinga chamou outras que, com o correr do tempo, se foram
amiudando. Ah! já não havia dúvida que mestre Jerônimo andava meio
caldo para o lado da Rita Baiana; não passava pelo número 9, sempre
que vinha à estalagem durante o dia, que não parasse à porta um
instante, para perguntar-lhe pela "saudinha". O fato de haver a mulata
lhe oferecido o remédio, quando ele esteve incomodado, foi pretexto
para lhe fazer presentes amáveis; pôr os seus préstimos à disposição
dela e obsequiá-la em extremo todas as vezes que a visitava. Tinha
sempre qualquer coisa para saber da sua boca, a respeito da Leocádia,
por exemplo; pois, desde que a Rita se arvorara em protetora da mulher
do ferreiro, Jerônimo afetava grande interesse pela "pobrezinha de
Cristo".
- Fez bem, Nhá Rita, fez bem!... A se'ora mostrou com isso que
tem bom coração...
- Ah, meu amigo, neste mundo hoje por mim, amanha por ti!...
Rita havia aboletado a amiga, a principio em casa de umas
engomadeiras do Catete, muito suas camaradas, depois passou-a para
uma família, a quem Leocádia se alagou como ama-seca; e agora sabia
que ela acabava de descobrir um bom arranjo num colégio de meninas.
- Muito bem! muito bem! aplaudia Jerônimo.


[Linha 3100 de 8202 - Parte 2 de 5]


- Ora, o quê! O mundo é largo! sentenciou a baiana. Há lugar pro
gordo e há lugar pro magro! Bem tolo é quem se mata!
Em uma das vezes em que o cavouqueiro perguntou-lhe, como de
costume, pela pobrezinha de Cristo, a mulata disse que Leocádia estava
grávida.
- Grávida? mas então não é do marido!...
- Pode bem ser que sim. Barriga de quatro meses...
- Ah! mas ela não foi há mais tempo do que isso?...
- Não. Vai fazer agora pelo São João quatro meses justamente.
Jerônimo já nunca pegava na guitarra senão para procurar acertar
com as modinhas que a Rita cantava. Em noites de samba era o primeiro
a chegar-se e o último a ir embora; e durante o pagode ficava de queixo
bambo, a ver dançar a mulata, abstrato, pateta, esquecido de tudo;
babão. E ela, consciente do feitiço, que lhe punha, ainda mais se
requebrava e remexia, dando-lhe embigadas ou fingindo que lhe
limpava a baba no queixo com a barra da saia.
E riam-se.
Não! definitivamente estava caído!
Piedade agarrou-se com a Bruxa para lhe arranjar um remédio que
lhe restituísse o seu homem. A cabocla velha fechou-se com ela no
quarto, acendeu velas de cera, queimou ervas aromáticas e tirou sorte
nas cartas.
E depois de um jogo complicado de reis, valetes e damas, que ela
dispunha sobre a mesa caprichosamente, a resmungar a cada figura que
saia do baralho uma frase cabalística, declarou convicta, muito calma,
sem tirar os olhos das suas cartas:
- Ele tem a cabeça virada por uma mulher trigueira.
- É o diacho da Rita Baiana! exclamou a outra. Bem cá me
palpitava por dentro! Ai, o meu rico homem!
E a chorar, limpando, aflita, as lágrimas no avental de cânhamo,
suplicou à Bruxa, pelas alminhas do purgatório, que lhe remediasse
tamanha desgraça.
- Ai, se perco aquela criatura, S'ora Paula, lamuriou a infeliz
entre soluços; nem sei que virá a ser de mim neste mundo de Cristo!...
Ensine-me alguma coisa que me puxe o Jeromo!
A cabocla disse-lhe que se banhasse todos os dias e desse a beber
ao seu homem, no café pela manhã, algumas gotas das águas da
lavagem; e, se no fim de algum tempo, este regime não produzisse o
desejado efeito, então cortasse um pouco dos cabelos do corpo,
torrasse-os até os reduzir a pó e lhos ministrasse depois na comida.
Piedade ouviu a receita com um silêncio respeitoso e atento, o ar
compungido de quem recebe do médico uma sentença dolorosa para
um doente que estimamos. Em seguida, meteu na mão da feiticeira uma
moeda de prata, prometendo dar-lhe coisa melhor se o remédio tivesse
bons resultados.
Mas não era só a portuguesa quem se mordia com o descaimento
do Jerônimo para a mulata, era também o Firmo. Havia muito já que
este andava com a pulga atrás da orelha e, quando passava perto do
cavouqueiro, olhava-o atravessado.



[Linha 3150 de 8202 - Parte 2 de 5]


O capadócio ia dormir todas as noites com a Rita, mas não morava
na estalagem; tinha o seu cômodo na oficina em que trabalhava. Só
pelos domingos é que ficavam juntos durante o dia e então não
relaxavam o seu jantar de pândega. Uma vez em que ele gazeara o
serviço, o que não era raro, foi vê-la fora das horas do costume e
encontrou-a a conversar junto à tina com o português. Passou sem dizer
palavra e recolheu-se ao número 9, onde ela foi logo ter de carreira.
Firmo não lhe disse nada a respeito das suas apreensões, mas também
não escondeu o seu mau humor; esteve impertinente e rezingueiro toda
a tarde. Jantou de cara amarrada e durante o parati, depois do café, só
falou em rolos, em dar cabeçadas e navalhadas, pintando-se terrível,
recordando façanhas de capoeiragem, nas quais sangrara tais e tais
tipos de fama; "não contando dois galegos que mandara pras minhocas,
porque isso para ele não era gente! - Com um par de cocadas boas
ficavam de pés unidos para sempre!" Rita percebeu os ciúmes do amigo
e fez que não dera por coisa alguma.
No dia seguinte, às seis horas da manhã, quando ele saia da casa
dela, encontrou-se com o português, que ia para o trabalho, e o olhar
que os dois trocaram entre si era já um cartel de desafio. Entretanto,
cada qual seguiu em silêncio para o seu lado.
Rita deliberou prevenir Jerônimo de que se acautelasse. Conhecia
bem o amante e sabia de quanto era ele capaz sob a influência dos
ciúmes; mas, na ocasião em que o cavouqueiro desceu para almoçar, um
novo escândalo acabava de explodir, agora no número 12, entre a velha
Marciana e sua filha Florinda.
Marciana andava já desconfiada com a pequena, porque o fluxo
mensal desta se desregrara havia três meses, quando, nesse dia, não
tendo as duas acabado ainda o almoço, Florinda se levantou da mesa e
foi de carreira para o quarto. A velha seguiu-a. A rapariga fora vomitar
ao bacio.
- Que é isto?... perguntou-lhe a mãe, apalpando-a toda com um
olhar inquiridor.
- Não sei, mamãe...
- Que sentes tu?...
- Nada...
- Nada, e estás lançando?... Hein?!
- Não sinto nada, não senhora!...
A mulata velha aproximou-se, desatou-lhe violentamente o
vestido, levantou-lhe as saias e examinou-lhe todo o corpo,
tateando-lhe o ventre, já zangada. Sem obter nenhum resultado das
suas diligências, correu a chamar a Bruxa, que era mais que entendida
no assunto. A cabocla, sem se alterar, largou o serviço, enxugou os
braços no avental, e foi ao número 12; tenteou de novo a mulatinha,
fez-lhe várias perguntas e mais à mãe, e depois disse friamente:
- Está de barriga.
E afastou-se, sem um gesto de surpresa, nem de censura.
Marciana, trêmula de raiva, fechou a porta da casa, guardou a
chave no seio e, furiosa, caiu aos murros em cima da filha. Esta,
embalde tentando escapar-lhe, berrava como uma louca.
Abandonaram-se logo todas as tinas do pátio e algumas das mesas


[Linha 3200 de 8202 - Parte 2 de 5]


do frege, e o populacho, curioso e alvoroçado, precipitou-se para o
número 12, batendo na porta e ameaçando entrar pela janela.
Lá dentro, a velha escarranchada sobre a rapariga que se debatia
no chão, perguntava-lhe gritando e repetindo:
- Quem foi?! Quem foi?!
E de cada vez desfechava-lhe um sopapo pelas ventas.
- Quem foi?!
A pequena berrava, mas não respondia.
- Ah! não queres dizer por bem? Ora espera!
E a velha ergueu-se para apanhar a vassoura no canto da sala.
Florinda, vendo iminente o cacete, levantou-se de um pulo,
ganhou a janela e caiu de um salto lá fora, entre o povo amotinado.
Coisa de uns nove palmos de altura.
As lavadeiras a apanharam, cuidando em defendê-la da mãe, que
surgiu logo à porta, ameaçando para o grupo, terrível e armada de pau.
Todos procuraram chamá-la à razão:
- Então que é isso, tia Marciana?! Então que é isso?!
- Que é isto?! É que esta assanhada está de barriga! Está ai o que
é! Para tanto não lhe faltou jeito, nem foi preciso que a gente andasse
atrás dela se matando, como sucede sempre que há um pouco mais de
serviço e é necessário puxar pelo corpo! Ora está ai o que é!
- Bem, disse a Augusta, mas não lhe bata agora, coitada! Assim
você lhe dá cabo da pele!
- Não! Eu quero saber quem lhe encheu o bandulho! E ela há de
dizer quem foi ou quebro-lhe os ossos!
- Então, Florinda, diz logo quem foi... É melhor! aconselhou a
das Dores.
Fez-se em torno da rapariga um silêncio ávido, cheio de
curiosidade.
- Estão vendo?... exclamou a mãe. Não responde, este diabo!
Mas esperem, que eu lhes mostro se ela fala, ou não!
E as lavadeiras tiveram de agarrar-lhe os braços e tirar-lhe o
cacete, porque a velha queria crescer de novo para a filha.
Ao redor desta a curiosidade assanhava-se cada vez mais.
Estalavam todos por saber quem a tinha emprenhado. "Quem foi?!
Quem foi?!" esta frase apertava-a num torniquete. Afinal, não houve
outro remédio:
- Foi seu Domingos... disse ela, chorando e cobrindo o rosto com
a fralda do vestido, rasgado na luta.
- O Domingos!...
- O caixeiro da venda!...
- Ah! foi aquele cara de nabo? gritou Marciana. Vem cá!
E, agarrando a filha pela mão, arrastou-a até à venda.
Os circunstantes acompanharam-na ruidosamente e de carreira.
A taverna, como a casa de pasto, fervia de concorrência.
Ao balcão daquela, o Domingos e o Manuel aviavam os fregueses,
numa roda-viva. Havia muitos negros e negras. O baralho era enorme.
A Leonor lá estava, sempre aos pulos, mexendo com um, mexendo com
outro, mostrando a dupla fila de dentes brancos e grandes, e levando
apalpões rudes de mãos de couro nas suas magras e escorridas nádegas


[Linha 3250 de 8202 - Parte 2 de 5]


de negrinha virgem Três marujos ingleses bebiam gengibirra, cantando,
ébrios, na sua língua e mascando tabaco.
Marciana na frente do grande grupo e sem largar o braço da filha,
que a seguia como um animal puxado pela coleira, ao chegar à porta
lateral da venda, berrou:
- Ó seu João Romão!
- Que temos lá? perguntou de dentro o vendeiro, atrapalhado de
serviço.
Bertoleza, com uma grande colher de zinco gotejante de gordura,
apareceu à porta, muito ensebada e suja de tisna; e, ao ver tanta gente
reunida, gritou para seu homem:
- Corre aqui, seu João, que não sei o que houve!
Ele veio afinal.
Que diabo era aquilo?
- Venho entregar-lhe esta perdida! Seu caixeiro a cobriu, deve
tomar conta dela!
João Romão ficou perplexo.
- Hein! Que é lá isso?!
- Foi o Domingos! disseram muitas vozes.
- O seu Domingos!
O caixeiro respondeu: "Senhor..." com uma voz de delinqüente.
- Chegue cá!
E o criminoso apresentou-se, lívido de morte.
- Que fez você com esta pequena?
- Não fiz nada, não senhor!...
- Foi ele, sim! desmentiu-o a Florinda. - O caixeiro desviou os
olhos, para a não encarar. - Um dia de manhãzinha, às quatro horas,
no capinzal, debaixo das mangueiras...
O mulherio em massa recebeu estas palavras com um coro de
gargalhadas.
- Então o senhor anda-me aqui a fazer conquistas, hein?!... disse


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O Cortiço - Parte 3 de 5 - Aluísio Azevedo
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...


O Cortiço - Parte 1 de 5 - Aluísio Azevedo
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O Cortiço - Parte 2 de 5 - Aluísio Azevedo
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O Cortiço - Parte 3 de 5 - Aluísio Azevedo
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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O Cortiço - Parte 1 de 5 - Aluísio Azevedo


O Cortiço - Parte 1 de 5 - Aluísio Azevedo

O Cortiço - Aluísio Azevedo



Tendo como cenário uma habitação coletiva, o romance difunde as teses naturalistas, que explicam o comportamento dos personagens com base na influência do meio, da raça e do momento histórico.

(SEGUE ABAIXO OBRA COMPLETA DIVIDIDA EM 5 POSTAGENS)


Resumo
O livro narra inicialmente a saga de João Romão rumo ao enriquecimento. Para acumular capital, ele explora os empregados e se utiliza até do furto para conseguir atingir seus objetivos. João Romão é o dono do cortiço, da taverna e da pedreira. Sua amante, Bertoleza, o ajuda de domingo a domingo, trabalhando sem descanso.

------------------------------------------------------


I


João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de
um vendeiro que enriqueceu entre as quatro paredes de uma suja e
obscura taverna nos refolhos do bairro do Botafogo; e tanto
economizou do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao
retirar-se o patrão para a terra, lhe deixou, em pagamento de ordenados
vencidos, nem só a venda com o que estava dentro, como ainda um
conto e quinhentos em dinheiro.
Proprietário e estabelecido por sua conta, o rapaz atirou-se à
labutação ainda com mais ardor, possuindo-se de tal delírio de
enriquecer, que afrontava resignado as mais duras privações. Dormia
sobre o balcão da própria venda, em cima de uma esteira, fazendo
travesseiro de um saco de estopa cheio de palha. A comida
arranjava-lha, mediante quatrocentos réis por dia, uma quitandeira sua
vizinha, a Bertoleza, crioula trintona, escrava de um velho cego
residente em Juiz de Fora e amigada com um português que tinha uma
carroça de mão e fazia fretes na cidade.
Bertoleza também trabalhava forte; a sua quitanda era a mais bem
afreguesada do bairro. De manhã vendia angu, e à noite peixe frito e
iscas de fígado; pagava de jornal a seu dono vinte mil-réis por mês, e,
apesar disso, tinha de parte quase que o necessário para a alforria. Um
dia, porém, o seu homem, depois de correr meia légua, puxando uma
carga superior às suas forças, caiu morto na rua, ao lado da carroça,
estrompado como uma besta.
João Romão mostrou grande interesse por esta desgraça, fez-se
até participante direto dos sofrimentos da vizinha, e com tamanho
empenho a lamentou, que a boa mulher o escolheu para confidente das
suas desventuras. Abriu-se com ele, contou-lhe a sua vida de
amofinações e dificuldades. "Seu senhor comia-lhe a pele do corpo!
Não era brinquedo para uma pobre mulher ter de escarrar pr'ali, todos
os meses, vinte mil-réis em dinheiro!" E segredou-lhe então o que tinha
juntado para a sua liberdade e acabou pedindo ao vendeiro que lhe
guardasse as economias, porque já de certa vez fora roubada por
gatunos que lhe entraram na quitanda pelos fundos.
Daí em diante, João Romão tornou-se o caixa, o procurador e o
conselheiro da crioula. No fim de pouco tempo era ele quem tomava
conta de tudo que ela produzia e era também quem punha e dispunha
dos seus pecúlios, e quem se encarregava de remeter ao senhor os vinte
mil-réis mensais. Abriu-lhe logo uma conta corrente, e a quitandeira,
quando precisava de dinheiro para qualquer coisa, dava um pulo até à
venda e recebia-o das mãos do vendeiro, de "Seu João", como ela dizia.
Seu João debitava metodicamente essas pequenas quantias num


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caderninho, em cuja capa de papel pardo lia-se, mal escrito e em letras
cortadas de jornal: "Ativo e passivo de Bertoleza".
E por tal forma foi o taverneiro ganhando confiança no espírito da
mulher, que esta afinal nada mais resolvia só por si, e aceitava dele,
cegamente, todo e qualquer arbítrio. Por último, se alguém precisava
tratar com ela qualquer negócio, nem mais se dava ao trabalho de
procurá-la, ia logo direito a João Romão.
Quando deram fé estavam amigados.
Ele propôs-lhe morarem juntos e ela concordou de braços abertos,
feliz em meter-se de novo com um português, porque, como toda a
cafuza, Bertoleza não queria sujeitar-se a negros e procurava
instintivamente o homem numa raça superior à sua.
João Romão comprou então, com as economias da amiga, alguns
palmos de terreno ao lado esquerdo da venda, e levantou uma casinha
de duas portas, dividida ao meio paralelamente à rua, sendo a parte da
frente destinada à quitanda e a do fundo para um dormitório que se
arranjou com os cacarecos de Bertoleza. Havia, além da cama, uma
cômoda de jacarandá muito velha com maçanetas de metal amarelo já
mareadas, um oratório cheio de santos e forrado de papel de cor, um
baú grande de couro cru tacheado, dois banquinhos de pau feitos de
uma só peça e um formidável cabide de pregar na parede, com a sua
competente coberta de retalhos de chita.
O vendeiro nunca tivera tanta mobília.
- Agora, disse ele à crioula, as coisas vão correr melhor para você.
Você vai ficar forra; eu entro com o que falta.
Nesse dia ele saiu muito à rua, e uma semana depois apareceu com
uma folha de papel toda escrita, que leu em voz alta à companheira.
- Você agora não tem mais senhor! declarou em seguida à leitura,
que ela ouviu entre lágrimas agradecidas. Agora está livre. Doravante o
que você fizer é só seu e mais de seus filhos, se os tiver. Acabou-se o
cativeiro de pagar os vinte mil-réis à peste do cego!
- Coitado! A gente se queixa é da sorte! Ele, como meu senhor,
exigia o jornal, exigia o que era seu!
- Seu ou não seu, acabou-se! E vida nova!
Contra todo o costume, abriu-se nesse dia uma garrafa de vinho
do Porto, e os dois beberam-na em honra ao grande acontecimento.
Entretanto, a tal carta de liberdade era obra do próprio João Romão, e
nem mesmo o selo, que ele entendeu de pespegar-lhe em cima, para dar
à burla maior formalidade, representava despesa porque o esperto
aproveitara uma estampilha já servida. O senhor de Bertoleza não teve
sequer conhecimento do fato; o que lhe constou, sim, foi que a sua
escrava lhe havia fugido para a Bahia depois da morte do amigo.
- O cego que venha buscá-la aqui, se for capaz... desafiou o
vendeiro de si para si. Ele que caia nessa e verá se tem ou não pra pêras!
Não obstante, só ficou tranqüilo de todo daí a três meses, quando
lhe constou a morte do velho. A escrava passara naturalmente em
herança a qualquer dos filhos do morto; mas, por estes, nada havia que
recear: dois pândegos de marca maior que, empolgada a legitima,
cuidariam de tudo, menos de atirar-se na pista de uma crioula a quem
não viam de muitos anos àquela parte. "Ora! bastava já, e não era


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pouco, o que lhe tinham sugado durante tanto tempo!"
Bertoleza representava agora ao lado de João Romão o papel
tríplice de caixeiro, de criada e de amante. Mourejava a valer, mas de
cara alegre; às quatro da madrugada estava já na faina de todos os dias,
aviando o café para os fregueses e depois preparando o almoço para os
trabalhadores de uma pedreira que havia para além de um grande
capinzal aos fundos da venda. Varria a casa, cozinhava, vendia ao
balcão na taverna, quando o amigo andava ocupado lá por fora; fazia a
sua quitanda durante o dia no intervalo de outros serviços, e à noite
passava-se para a porta da venda, e, defronte de um fogareiro de barro,
fritava fígado e frigia sardinhas, que Romão ia pela manhã, em mangas
de camisa, de tamancos e sem meias, comprar à praia do Peixe. E o
demônio da mulher ainda encontrava tempo para lavar e consertar,
além da sua, a roupa do seu homem, que esta, valha a verdade, não era
tanta e nunca passava em todo o mês de alguns pares de calças de
zuarte e outras tantas camisas de riscado.
João Romão não saia nunca a passeio, nem ia à missa aos
domingos; tudo que rendia a sua venda e mais a quitanda seguia
direitinho para a caixa econômica e daí então para o banco. Tanto assim
que, um ano depois da aquisição da crioula, indo em hasta pública
algumas braças de terra situadas ao fundo da taverna, arrematou-as
logo e tratou, sem perda de tempo, de construir três casinhas de porta e
janela.
Que milagres de esperteza e de economia não realizou ele nessa
construção! Servia de pedreiro, amassava e carregava barro, quebrava
pedra; pedra, que o velhaco, fora de horas, junto com a amiga, furtavam
à pedreira do fundo, da mesma forma que subtraiam o material das
casas em obra que havia por ali perto.
Estes furtos eram feitos com todas as cautelas e sempre coroados
do melhor sucesso, graças à circunstância de que nesse tempo a polícia
não se mostrava muito por aquelas alturas. João Romão observava
durante o dia quais as obras em que ficava material para o dia seguinte,
e à noite lá estava ele rente, mais a Bertoleza, a removerem tábuas,
tijolos, telhas, sacos de cal, para o meio da rua, com tamanha habilidade
que se não ouvia vislumbre de rumor. Depois, um tomava uma carga e
partia para casa, enquanto o outro ficava de alcatéia ao lado do resto,
pronto a dar sinal, em caso de perigo; e, quando o que tinha ido voltava,
seguia então o companheiro, carregado por sua vez.
Nada lhes escapava, nem mesmo as escadas dos pedreiros, os
cavalos de pau, o banco ou a ferramenta dos marceneiros.
E o fato é que aquelas três casinhas, tão engenhosamente
construídas, foram o ponto de partida do grande cortiço de São
Romão.
Hoje quatro braças de terra, amanhã seis, depois mais outras, ia o
vendeiro conquistando todo o terreno que se estendia pelos fundos da
sua bodega; e, à proporção que o conquistava, reproduziam-se os
quartos e o número de moradores.
Sempre em mangas de camisa, sem domingo nem dia santo, não
perdendo nunca a ocasião de assenhorear-se do alheio, deixando de
pagar todas as vezes que podia e nunca deixando de receber,


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enganando os fregueses, roubando nos pesos e nas medidas,
comprando por dez réis de mel coado o que os escravos furtavam da
casa dos seus senhores, apertando cada vez mais as próprias despesas,
empilhando privações sobre privações, trabalhando e mais a amiga
como uma junta de bois, João Romão veio afinal a comprar uma boa
parte da bela pedreira, que ele, todos os dias, ao cair da tarde,
assentado um instante à porta da venda, contemplava de longe com um
resignado olhar de cobiça.
Pôs lá seis homens a quebrarem pedra e outros seis a fazerem
lajedos e paralelepípedos, e então principiou a ganhar em grosso, tão em
grosso que, dentro de ano e meio, arrematava já todo o espaço
compreendido entre as suas casinhas e a pedreira, isto é, umas oitenta
braças de fundo sobre vinte de frente em plano enxuto e magnífico para
construir.
Justamente por essa ocasião vendeu-se também um sobrado que
ficava à direita da venda, separado desta apenas por aquelas vinte
braças; de sorte que todo o flanco esquerdo do prédio, coisa de uns
vinte e tantos metros, despejava para o terreno do vendeiro as suas
nove janelas de peitoril. Comprou-o um tal Miranda, negociante
português, estabelecido na Rua do Hospício com uma loja de fazendas
por atacado. Corrida uma limpeza geral no casarão, mudar-se-ia ele
para lá com a família, pois que a mulher, Dona Estela, senhora
pretensiosa e com fumaças de nobreza, já não podia suportar a
residência no centro da cidade, como também sua menina, a
Zulmirinha, crescia muito pálida e precisava de largueza para enrijar e
tomar corpo.
Isto foi o que disse o Miranda aos colegas, porém a verdadeira
causa da mudança estava na necessidade, que ele reconhecia urgente,
de afastar Dona Estela do alcance dos seus caixeiros. Dona Estela era
uma mulherzinha levada da breca: achava-se casada havia treze anos e
durante esse tempo dera ao marido toda sorte de desgostos. Ainda
antes de terminar o segundo ano de matrimônio, o Miranda pilhou-a em
flagrante delito de adultério; ficou furioso e o seu primeiro impulso foi
de mandá-la para o diabo junto com o cúmplice; mas a sua casa
comercial garantia-se com o dote que ela trouxera, uns oitenta contos
em prédios e ações da divida publica, de que se utilizava o desgraçado
tanto quanto lhe permitia o regime dotal. Além de que, um rompimento
brusco seria obra para escândalo, e, segundo a sua opinião, qualquer
escândalo doméstico ficava muito mal a um negociante de certa ordem.
Prezava, acima de tudo, a sua posição social e tremia só com a idéia de
ver-se novamente pobre, sem recursos e sem coragem para recomeçar a
vida, depois de se haver habituado a umas tantas regalias e afeito à
hombridade de português rico que já não tem pátria na Europa.
Acovardado defronte destes raciocínios, contentou-se com uma
simples separação de leitos, e os dois passaram a dormir em quartos
separados. Não comiam juntos, e mal trocavam entre si uma ou outra
palavra constrangida, quando qualquer inesperado acaso os reunia a
contragosto.
Odiavam-se. Cada qual sentia pelo outro um profundo desprezo,
que pouco a pouco se foi transformando em repugnância completa. O


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nascimento de Zulmira veio agravar ainda mais a situação; a pobre
criança, em vez de servir de elo aos dois infelizes, foi antes um novo
isolador que se estabeleceu entre eles. Estela amava-a menos do que lhe
pedia o instinto materno por supô-la filha do marido, e este a detestava
porque tinha convicção de não ser seu pai.
Uma bela noite, porém, o Miranda, que era homem de sangue
esperto e orçava então pelos seus trinta e cinco anos, sentiu-se em
insuportável estado de lubricidade. Era tarde já e não havia em casa
alguma criada que lhe pudesse valer. Lembrou-se da mulher, mas
repeliu logo esta idéia com escrupulosa repugnância. Continuava a
odiá-la. Entretanto este mesmo fato de obrigação em que ele se colocou
de não servir-se dela, a responsabilidade de desprezá-la, como que
ainda mais lhe assanhava o desejo da carne, fazendo da esposa infiel
um fruto proibido. Afinal, coisa singular, posto que moralmente nada
diminuísse a sua repugnância pela perjura, foi ter ao quarto dela.
A mulher dormia a sono solto. Miranda entrou pé ante pé e
aproximou-se da cama. "Devia voltar!... pensou. Não lhe ficava bem
aquilo!..." Mas o sangue latejava-lhe, reclamando-a. Ainda hesitou um
instante, imóvel, a contemplá-la no seu desejo.
Estela, como se o olhar do marido lhe apalpasse o corpo, torceu-se
sobre o quadril da esquerda, repuxando com as coxas o lençol para a
frente e patenteando uma nesga de nudez estofada e branca. O
Miranda não pôde resistir, atirou-se contra ela, que, num pequeno
sobressalto, mais de surpresa que de revolta, desviou-se, tornando logo
e enfrentando com o marido. E deixou-se empolgar pelos rins, de olhos
fechados, fingindo que continuava a dormir, sem a menor consciência
de tudo aquilo.
Ah! ela contava como certo que o esposo, desde que não teve
coragem de separar-se de casa, havia, mais cedo ou mais tarde, de
procurá-la de novo. Conhecia-lhe o temperamento, forte para desejar e
fraco para resistir ao desejo.
Consumado o delito, o honrado negociante sentiu-se tolhido de
vergonha e arrependimento. Não teve animo de dar palavra, e retirou-se
tristonho e murcho para o seu quarto de desquitado.
Oh! como lhe doía agora o que acabava de praticar na cegueira da
sua sensualidade.
- Que cabeçada!... dizia ele agitado. Que formidável
cabeçada!...
No dia seguinte, os dois viram-se e evitaram-se em silêncio, como
se nada de extraordinário houvera entre eles acontecido na véspera.
Dir-se-ia até que, depois daquela ocorrência, o Miranda sentia crescer o
seu ódio contra a esposa. E, à noite desse mesmo dia, quando se achou
sozinho na sua cama estreita, jurou mil vezes aos seus brios nunca mais,
nunca mais, praticar semelhante loucura.
Mas, daí a um mês, o pobre homem, acometido de um novo acesso
de luxúria, voltou ao quarto da mulher.
Estela recebeu-o desta vez como da primeira, fingindo que não
acordava; na ocasião, porém, em que ele se apoderava dela febrilmente,
a leviana, sem se poder conter, soltou-lhe em cheio contra o rosto uma
gargalhada que a custo sopeava. O pobre-diabo desnorteou, deveras


[Linha 250 de 8202 - Parte 1 de 5]


escandalizado, soerguendo-se, brusco, num estremunhamento de
sonâmbulo acordado com violência.
A mulher percebeu a situação e não lhe deu tempo para fugir;
passou-lhe rápido as pernas por cima e, grudando-se-lhe ao corpo,
cegou-o com uma metralhada de beijos.
Não se falaram.
Miranda nunca a tivera, nem nunca a vira, assim tão violenta no
prazer. Estranhou-a. Afigurou-se-lhe estar nos braços de uma amante
apaixonada: descobriu nela o capitoso encanto com que nos
embebedam as cortesãs amestradas na ciência do gozo venéreo.
Descobriu-lhe no cheiro da pele e no cheiro dos cabelos perfumes que
nunca lhe sentira; notou-lhe outro hálito, outro som nos gemidos e nos
suspiros. E gozou-a, gozou-a loucamente, com delírio, com verdadeira
satisfação de animal no cio.
E ela também, ela também gozou, estimulada por aquela
circunstância picante do ressentimento que os desunia; gozou a
desonestidade daquele ato que a ambos acanalhava aos olhos um do
outro; estorceu-se toda, rangendo os dentes, grunhindo, debaixo
daquele seu inimigo odiado, achando-o também agora, como homem,
melhor que nunca, sufocando-o nos seus braços nus, metendo-lhe pela
boca a língua úmida e em brasa. Depois, um arranco de corpo inteiro,
com um soluço gutural e estrangulado, arquejante e convulsa,
estatelou-se num abandono de pernas e braços abertos, a cabeça para o
lado, os olhos moribundos e chorosos, toda ela agonizante, como se a
tivessem crucificado na cama.
A partir dessa noite, da qual só pela manhã o Miranda se retirou do
quarto da mulher, estabeleceu-se entre eles o hábito de uma felicidade
sexual, tão completa como ainda não a tinham desfrutado, posto que no
intimo de cada um persistisse contra o outro a mesma repugnância
moral em nada enfraquecida.
Durante dez anos viveram muito bem casados; agora, porém,
tanto tempo depois da primeira infidelidade conjugal, e agora que o
negociante já não era acometido tão freqüentemente por aquelas crises
que o arrojavam fora de horas ao dormitório de Dona Estela; agora, eis
que a leviana parecia disposta a reincidir na culpa, dando corda aos
caixeiros do marido, na ocasião em que estes subiam para almoçar ou
jantar.
Foi por isso que o Miranda comprou o prédio vizinho a João
Romão.
A casa era boa; seu único defeito estava na escassez do quintal;
mas para isso havia remédio: com muito pouco compravam-se umas dez
braças daquele terreno do fundo que ia até à pedreira, e mais uns dez ou
quinze palmos do lado em que ficava a venda.
Miranda foi logo entender-se com o Romão e propôs-lhe negócio.
O taverneiro recusou formalmente.
Miranda insistiu.
- O senhor perde seu tempo e seu latim! retrucou o amigo de
Bertoleza. Nem só não cedo uma polegada do meu terreno, como ainda
lhe compro, se mo quiser vender, aquele pedaço que lhe fica ao fundo
da casa!


[Linha 300 de 8202 - Parte 1 de 5]


- O quintal?
- É exato.
- Pois você quer que eu fique sem chácara, sem jardim, sem
nada?
- Para mim era de vantagem...
- Ora, deixe-se disso, homem, e diga lá quanto quer pelo que lhe
propus.
- Já disse o que tinha a dizer.
- Ceda-me então ao menos as dez braças do fundo.
- Nem meio palmo!
- Isso é maldade de sua parte, sabe? Eu, se faço tamanho
empenho, é pela minha pequena, que precisa, coitada, de um pouco de
espaço para alargar-se.
- E eu não cedo, porque preciso do meu terreno!
- Ora qual! Que diabo pode lá você fazer ali? Uma porcaria de
um pedaço de terreno quase grudado ao morro e aos fundos de minha
casa! quando você, aliás, dispõe de tanto espaço ainda!
- Hei de lhe mostrar se tenho ou não o que fazer ali!
- É que você é teimoso! Olhe, se me cedesse as dez braças do
fundo, a sua parte ficaria cortada em linha reta até à pedreira, e
escusava eu de ficar com uma aba de terreno alheio a meter-se pelo
meu. Quer saber? não amuro o quintal sem você decidir-se!
- Então ficará com o quintal para sempre sem muro, porque o que
tinha a dizer já disse!
- Mas, homem de Deus, que diabo! pense um pouco! Você ali
não pode construir nada! Ou pensará que lhe deixarei abrir janelas sobre
o meu quintal!...
- Não preciso abrir janelas sobre o quintal de ninguém!
- Nem tampouco lhe deixarei levantar parede, tapando-me as
janelas da esquerda!
- Não preciso levantar parede desse lado...
- Então que diabo vai você fazer de todo este terreno?...
- Ah! isso agora é cá comigo!... O que for soará!
- Pois creia que se arrepende de não me ceder o terreno!...
- Se me arrepender, paciência! Só lhe digo é que muito mal se
sairá quem quiser meter-se cá com a minha vida!
- Passe bem!
- Adeus!
Travou-se então uma lata renhida e surda entre o português
negociante de fazendas por atacado e o português negociante de secos
e molhados. Aquele não se resolvia a fazer o muro do quintal, sem ter
alcançado o pedaço de terreno que o separava do morro; e o outro, por
seu lado, não perdia a esperança de apanhar-lhe ainda, pelo menos,
duas ou três braças aos fundos da casa; parte esta que, conforme os seus
cálculos, valeria ouro, uma vez realizado o grande projeto que
ultimamente o trazia preocupado - a criação de uma estalagem em
ponto enorme, uma estalagem monstro, sem exemplo, destinada a
matar toda aquela miuçalha de cortiços que alastravam por Botafogo.
Era este o seu ideal. Havia muito que João Romão vivia
exclusivamente para essa idéia; sonhava com ela todas as noites;


[Linha 350 de 8202 - Parte 1 de 5]


comparecia a todos os leilões de materiais de construção; arrematava
madeiramentos já servidos; comprava telha em segunda mão; fazia
pechinchas de cal e tijolos; o que era tudo depositado no seu extenso
chão vazio, cujo aspecto tomava em breve o caráter estranho de uma
enorme barricada, tal era a variedade dos objetos que ali se apinhavam
acumulados: tábuas e sarrafos, troncos de árvore, mastros de navio,
caibros, restos de carroças, chaminés de barro e de ferro, fogões
desmantelados, pilhas e pilhas de tijolos de todos os feitios, barricas de
cimento, montes de areia e terra vermelha, aglomerações de telhas
velhas, escadas partidas, depósitos de cal, o diabo enfim; ao que ele,
que sabia perfeitamente como essas coisas se furtavam, resguardava,
soltando à noite um formidável cão de fila.
Este cão era pretexto de eternas resingas com a gente do Miranda,
a cujo quintal ninguém de casa podia descer, depois das dez horas da
noite, sem correr o risco de ser assaltado pela fera.
- É fazer o muro! dizia o João Romão, sacudindo os ombros.
- Não faço! replicava o outro. Se ele é questão de capricho eu
também tenho capricho!
Em compensação, não caia no quintal do Miranda galinha ou
frango, fugidos do cercado do vendeiro, que não levasse imediato
sumiço. João Romão protestava contra o roubo em termos violentos,
jurando vinganças terríveis, falando em dar tiros.
- Pois é fazer um muro no galinheiro! repontava o marido de
Estela.
Daí a alguns meses, João Romão, depois de tentar um derradeiro
esforço para conseguir algumas braças do quintal do vizinho, resolveu
principiar as obras da estalagem.
- Deixa estar, conversava ele na cama com a Bertoleza; deixa
estar que ainda lhe hei de entrar pelos fundos da casa, se é que não lhe
entre pela frente! Mais cedo ou mais tarde como-lhe, não duas braças,
mas seis, oito, todo o quintal e até o próprio sobrado talvez!
E dizia isto com uma convicção de quem tudo pode e tudo espera
da sua perseverança, do seu esforço inquebrantável e da fecundidade
prodigiosa do seu dinheiro, dinheiro que só lhe saia das unhas para
voltar multiplicado.
Desde que a febre de possuir se apoderou dele totalmente, todos
os seus atos, todos, fosse o mais simples, visavam um interesse
pecuniário. Só tinha uma preocupação: aumentar os bens. Das suas
hortas recolhia para si e para a companheira os piores legumes, aqueles
que, por maus, ninguém compraria; as suas galinhas produziam muito e
ele não comia um ovo, do que no entanto gostava imenso; vendia-os
todos e contentava-se com os restos da comida dos trabalhadores.
Aquilo já não era ambição, era uma moléstia nervosa, uma loucura, um
desespero de acumular; de reduzir tudo a moeda. E seu tipo baixote,
socado, de cabelos à escovinha, a barba sempre por fazer, ia e vinha da
pedreira para a venda, da venda às hortas e ao capinzal, sempre em
mangas de camisa, de tamancos, sem meias, olhando para todos os
lados, com o seu eterno ar de cobiça, apoderando-se, com os olhos, de
tudo aquilo de que ele não podia apoderar-se logo com as unhas.
Entretanto, a rua lá fora povoava-se de um modo admirável.


[Linha 400 de 8202 - Parte 1 de 5]


Construía-se mal, porém muito; surgiam chalés e casinhas da noite para
o dia; subiam os aluguéis; as propriedades dobravam de valor.
Montara-se uma fábrica de massas italianas e outra de velas, e os
trabalhadores passavam de manhã e às Ave-Marias, e a maior parte
deles ia comer à casa de pasto que João Romão arranjara aos fundos da
sua varanda. Abriram-se novas tavernas; nenhuma, porém, conseguia
ser tão afreguesada como a dele. Nunca o seu negocio fora tão bem,
nunca o finório vendera tanto; vendia mais agora, muito mais, que nos
anos anteriores. Teve até de admitir caixeiros. As mercadorias não lhe
paravam nas prateleiras; o balcão estava cada vez mais lustroso, mais
gasto. E o dinheiro a pingar, vintém por vintém, dentro da gaveta, e a
escorrer da gaveta para a barra, aos cinqüenta e aos cem mil-réis, e da
burra para o banco, aos contos e aos contos.
Afinal, já lhe não bastava sortir o seu estabelecimento nos
armazéns fornecedores; começou a receber alguns gêneros diretamente
da Europa: o vinho, por exemplo, que ele dantes comprava aos quintos
nas casas de atacado, vinha-lhe agora de Portugal às pipas, e de cada
uma fazia três com água e cachaça; e despachava faturas de barris de
manteiga, de caixas de conserva, caixões de fósforos, azeite, queijos,
louça e muitas outras mercadorias.
Criou armazéns para depósito, aboliu a quitanda e transferiu o
dormitório, aproveitando o espaço para ampliar a venda, que dobrou de
tamanho e ganhou mais duas portas.
Já não era uma simples taverna, era um bazar em que se encontrava
de tudo, objetos de armarinho, ferragens, porcelanas, utensílios de
escritório, roupa de riscado para os trabalhadores, fazenda para roupa
de mulher, chapéus de palha próprios para o serviço ao sol, perfumarias
baratas, pentes de chifre, lenços com versos de amor, e anéis e brincos
de metal ordinário.
E toda a gentalha daquelas redondezas ia cair lá, ou então ali ao
lado, na casa de pasto, onde os operários das fábricas e os trabalhadores
da pedreira se reuniam depois do serviço, e ficavam bebendo e
conversando até as dez horas da noite, entre o espesso fumo dos
cachimbos, do peixe frito em azeite e dos lampiões de querosene.
Era João Romão quem lhes fornecia tudo, tudo, até dinheiro
adiantado, quando algum precisava. Por ali não se encontrava
jornaleiro, cujo ordenado não fosse inteirinho parar às mãos do
velhaco. E sobre este cobre, quase sempre emprestado aos tostões,
cobrava juros de oito por cento ao mês, um pouco mais do que levava
aos que garantiam a divida com penhores de ouro ou prata.
Não obstante, as casinhas do cortiço, à proporção que se
atamancavam, enchiam-se logo, sem mesmo dar tempo a que as tintas
secassem. Havia grande avidez em alugá-las; aquele era o melhor ponto
do bairro para a gente do trabalho. Os empregados da pedreira
preferiam todos morar lá, porque ficavam a dois passos da obrigação.
O Miranda rebentava de raiva.
- Um cortiço! exclamava ele, possesso. Um cortiço! Maldito seja
aquele vendeiro de todos os diabos! Fazer-me um cortiço debaixo das
janelas!... Estragou-me a casa, o malvado!
E vomitava pragas, jurando que havia de vingar-se, e protestando


[Linha 450 de 8202 - Parte 1 de 5]


aos berros contra o pó que lhe invadia em ondas as salas, e contra o
infernal baralho dos pedreiros e carpinteiros que levavam a martelar de
sol a sol.
O que aliás não impediu que as casinhas continuassem a surgir,
uma após outra, e fossem logo se enchendo, a estenderem-se unidas por
ali a fora, desde a venda até quase ao morro, e depois dobrassem para o
lado do Miranda e avançassem sobre o quintal deste, que parecia
ameaçado por aquela serpente de pedra e cal.
O Miranda mandou logo levantar o muro.
Nada! aquele demônio era capaz de invadir-lhe a casa até a sala de
visitas!
E os quartos do cortiço pararam enfim de encontro ao muro do
negociante, formando com a continuação da casa deste um grande
quadrilongo, espécie de pátio de quartel, onde podia formar um
batalhão.
Noventa e cinco casinhas comportou a imensa estalagem.
Prontas, João Romão mandou levantar na frente, nas vinte braças
que separavam a venda do sobrado do Miranda, um grosso muro de
dez palmos de altura, coroado de cacos de vidro e fundos de garrafa, e
com um grande portão no centro, onde se dependurou uma lanterna de
vidraças vermelhas, por cima de uma tabuleta amarela, em que se lia o
seguinte, escrito a tinta encarnada e sem ortografia:
"Estalagem de São Romão. Alugam-se casinhas e tinas para
lavadeiras".
As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por dia; tudo pago
adiantado. O preço de cada tina, metendo a água, quinhentos réis;
sabão à parte. As moradoras do cortiço tinham preferência e não
pagavam nada para lavar.
Graças à abundância da água que lá havia, como em nenhuma
outra parte, e graças ao muito espaço de que se dispunha no cortiço para
estender a roupa, a concorrência às tinas não se fez esperar; acudiram
lavadeiras de todos os pontos da cidade, entre elas algumas vindas de
bem longe. E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, um canto
onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem de pretendentes a
disputá-los.
E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia, agitada e
barulhenta, com as suas cercas de varas, as suas hortaliças verdejantes e
os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciam como
manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e
o revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas sobre os
lustrosos bancos de lavar. E os gotejantes jiraus, cobertos de roupa
molhada, cintilavam ao sol, que nem lagos de metal branco.
E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente
e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma
coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo,
daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.


II



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Durante dois anos o cortiço prosperou de dia para dia, ganhando forças,
socando-se de gente. E ao lado o Miranda assustava-se, inquieto com aquela
exuberância brutal de vida, aterrado defronte daquela floresta implacável que lhe
crescia junto da casa, por debaixo das janelas, e cujas raízes, piores e mais grossas
do que serpentes, minavam por toda a parte, ameaçando rebentar o chão em torno
dela, rachando o solo e abalando tudo.
Posto que lá na Rua do Hospício os seus negócios não corressem
mal, custava-lhe a sofrer a escandalosa fortuna do vendeiro "aquele
tipo! um miserável, um sujo, que não pusera nunca um paletó, e que
vivia de cama e mesa com uma negra!"
À noite e aos domingos ainda mais recrudescia o seu azedume,
quando ele, recolhendo-se fatigado do serviço, deixava-se ficar
estendido numa preguiçosa, junto à mesa da sala de jantar, e ouvia, a
contragosto, o grosseiro rumor que vinha da estalagem numa exalação
forte de animais cansados. Não podia chegar à janela sem receber no
rosto aquele bafo, quente e sensual, que o embebedava com o seu
fartum de bestas no coito.
E depois, fechado no quarto de dormir, indiferente e habituado às
torpezas carnais da mulher, isento já dos primitivos sobressaltos que lhe
faziam, a ele, ferver o sangue e perder a tramontana, era ainda a
prosperidade do vizinho o que lhe obsedava o espírito,
enegrecendo-lhe a alma com um feio ressentimento de despeito.
Tinha inveja do outro, daquele outro português que fizera fortuna,
sem precisar roer nenhum chifre; daquele outro que, para ser mais rico
três vezes do que ele, não teve de casar com a filha do patrão ou com a
bastarda de algum fazendeiro freguês da casa!
Mas então, ele Miranda, que se supunha a última expressão da
ladinagem e da esperteza; ele, que, logo depois do seu casamento,
respondendo para Portugal a um ex-colega que o felicitava, dissera que
o Brasil era uma cavalgadura carregada de dinheiro, cujas rédeas um
homem fino empolgava facilmente; ele, que se tinha na conta de
invencível matreiro, não passava afinal de um pedaço de asno
comparado com o seu vizinho! Pensara fazer-se senhor do Brasil e
fizera-se escravo de uma brasileira mal-educada e sem escrúpulos de
virtude! Imaginara-se talhado para grandes conquistas, e não passava
de uma vitima ridícula e sofredora!... Sim! no fim de contas qual fora a
sua África?... Enriquecera um pouco, é verdade, mas como? a que
preço? hipotecando-se a um diabo, que lhe trouxera oitenta contos de
réis, mas incalculáveis milhões de desgostos e vergonhas! Arranjara a
vida, sim, mas teve de aturar eternamente uma mulher que ele odiava! E
do que afinal lhe aproveitar tudo isso? Qual era afinal a sua grande
existência? Do inferno da casa para o purgatório do trabalho e
vice-versa! Invejável sorte, não havia dúvida!
Na dolorosa incerteza de que Zulmira fosse sua filha, o
desgraçado nem sequer gozava o prazer de ser pai. Se ela, em vez de
nascer de Estela, fora uma enjeitadinha recolhida por ele, é natural que
a amasse e então a vida lhe correria de outro modo; mas naquelas
condições, a pobre criança nada mais representava que o documento
vivo do ludibrio materno, e o Miranda estendia até à


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inocentezinhad'África o ódio que sustentava contra a esposa.
Uma espiga a tal da sua vida!
- Fui uma besta! resumiu ele, em voz alta, apeando-se da cama,
onde se havia recolhido inutilmente.
E pôs-se a passear no quarto sem vontade de dormir, sentindo que
a febre daquela inveja lhe estorricava os miolos.
Feliz e esperto era o João Romão! esse, sim, senhor! Para esse é
que havia de ser a vida!... Filho da mãe, que estava hoje tão livre e
desembaraçado como no dia em que chegou da terra sem um vintém de
seu! esse, sim, que era moço e podia ainda gozar muito, porque quando
mesmo viesse a casar e a mulher lhe saísse uma outra Estela era só
mandá-la para o diabo com um pontapé! Podia fazê-lo! Para esse é que
era o Brasil!
- Fui uma besta! repisava ele sem conseguir conformar-se com a
felicidade do vendeiro. Uma grandíssima! No fim de contas que diabo
possuo eu?... Uma casa de negócio, da qual não posso separar-me sem
comprometer o que lá está enterrado! um capital metido numa rede de
transações que não se liquidam nunca, e cada vez mais se complicam e
mais me grudam ao estupor desta terra, onde deixarei a casca! Que
tenho de meu, se a alma do meu crédito é o dote, que me trouxe aquela
sem-vergonha e que a ela me prende como a peste da casa comercial me
prende a esta Costa d'África?
Foi da supuração fétida destas idéias que se formou no coração
vazio do Miranda um novo ideal - o título. Faltando-lhe
temperamento próprio para os vícios fortes que enchem a vida de um
homem; sem família, a quem amar e sem imaginação para poder gozar
com as prostitutas, o náufrago agarrou-se àquela tábua, como um
agonizante, consciente da morte, que se apega à esperança de uma vida
futura. A vaidade de Estela, que a principio lhe tirava dos lábios
incrédulos sorrisos de mofa, agora lhe comprazia à farta. Procurou
capacitar-se de que ela com efeito herdara sangue nobre, que ele, por
sua vez, se não o tinha herdado, trouxera-o por natureza própria, o que
devia valer mais ainda; e desde então principiou a sonhar com um
baronato, fazendo disso o objeto querido da sua existência, muito
satisfeito no intimo por ter afinal descoberto uma coisa em que podia
empregar dinheiro, sem ter, nunca mais, de restituí-lo à mulher, nem ter
de deixá-lo a pessoa alguma.
Semelhante preocupação modificou-o em extremo. Deu logo para
fingir-se escravo das conveniências, afetando escrúpulos sociais,
empertigando-se quanto podia e disfarçando a sua inveja pelo vizinho
com um desdenhoso ar de superioridade condescendente. Ao
passar-lhe todos os dias pela venda, cumprimentava-o com proteção,
sorrindo sem rir e fechando logo a cara em seguida, muito sério.
Dados os primeiros passos para a compra do titulo abriu a casa e
deu festas. A mulher, posto que lhe apontassem já os cabelos brancos,
rejubilou com isso.
Zulmira tinha então doze para treze anos e era o tipo acabado da
fluminense; pálida, magrinha, com pequeninas manchas roxas nas
mucosas do nariz, das pálpebras e dos lábios, faces levemente
pintalgadas de sardas. Respirava o tom úmido das flores noturnas, uma


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brancura fria de magnólia; cabelos castanho-claros, mãos quase
transparentes, unhas moles e curtas, como as da mãe, dentes pouco
mais claros do que a cútis do rosto, pés pequeninos, quadril estreito mas
os olhos grandes, negros, vivos e maliciosos.
Por essa época, justamente, chegava de Minas, recomendado ao
pai dela, o filho de um fazendeiro importantíssimo que dava belos
lucros à casa comercial de Miranda e que era talvez o melhor freguês
que este possuía no interior.
O rapaz chamava-se Henrique, tinha quinze anos e vinha terminar
na corte alguns preparatórios que lhe faltavam para entrar na Academia
de Medicina. Miranda hospedou-o no seu sobrado da Rua do Hospício
mas o estudante queixou-se, no fim de alguns dias, de que ai ficava mal
acomodado, e o negociante, a quem não convinha desagradar-lhe,
carregou com ele para a sua residência particular de Botafogo.
Henrique era bonitinho, cheio de acanhamentos, com umas
delicadezas de menina. Parecia muito cuidadoso dos seus estudos e tão
pouco extravagante e gastador, que não despendia um vintém fora das
necessidade de primeira urgência. De resto, a não ser de manhã para as
aulas, que ia sempre com o Miranda, não arredava pé de casa senão em
companhia da família, deste. Dona Estela, no cabo de pouco tempo,
mostrou por ele estima quase maternal e encarregou-se de tomar conta
da sua mesada, mesada posta pelo negociante, visto que o Henriquinho
tinha ordem franca do pai.
Nunca pedia dinheiro; quando precisava de qualquer coisa,
reclamava-a de Dona Estela, que por sua vez encarregava o marido de
comprá-la, sendo o objeto lançado na conta do fazendeiro com uma
comissão de usurário. Sua hospedagem custava duzentos e cinqüenta
mil-réis por mês, do que ele todavia não tinha conhecimento, nem
queria ter. Nada lhe faltava, e os criados da casa o respeitavam como a
um filho do próprio senhor.
À noite, às vezes, quando o tempo estava bom, Dona Estela saia
com ele, a filha e um moleque, o Valentim, a darem uma volta ate à
praia e, em tendo convite para qualquer festa em casa das amigas,
levava-o em sua companhia.
A criadagem da família, do Miranda compunha-se de Isaura,
mulata ainda moça, moleirona e tola, que gastava todo o vintenzinho
que pilhava em comprar capilé na venda de João Romão; uma negrinha
virgem, chamada Leonor, muito ligeira e viva, lisa e seca como um
moleque, conhecendo de orelha, sem lhe faltar um termo, a vasta
tecnologia da obscenidade, e dizendo, sempre que os caixeiros ou os
fregueses da taverna, só para mexer com ela, lhe davam atracações:
"Óia, que eu me queixo ao juiz de orfe!", e finalmente o tal Valentim,
filho de uma escrava que foi de Dona Estela e a quem esta havia
alforriado.
A mulher do Miranda tinha por este moleque uma afeição sem
limites: dava-lhe toda a liberdade, dinheiro, presentes, levava-o
consigo a passeio, trazia-o bem vestido e muita vez chegou a fazer
ciúmes à filha, de tão solicita que se mostrava com ele. Pois se a
caprichosa senhora ralhava com Zulmira por causa do negrinho! Pois, se
quando se queixavam os dois, um contra o outro, ela nunca dava razão


[Linha 650 de 8202 - Parte 1 de 5]


à filha! Pois se o que havia de melhor na casa era para o Valentim! Pois,
se quando foi este atacado de bexigas e o Miranda, apesar das súplicas
e dos protestos da esposa, mandou-o para um hospital, Dona Estela
chorava todos os dias e durante a ausência dele não tocou piano, nem
cantou, nem mostrou os dentes a ninguém? E o pobre Miranda, se não
queria sofrer impertinências da mulher e ouvir sensaborias defronte dos
criados, tinha de dar ao moleque toda a consideração e fazer-lhe
humildemente todas as vontades.
Havia ainda, sob as telhas do negociante, um outro hóspede além
do Henrique, o velho Botelho. Este, porém, na qualidade de parasita.
Era um pobre-diabo caminhando para os setenta anos, antipático,
cabelo branco, curto e duro, como escova, barba e bigode do mesmo
teor; muito macilento, com uns óculos redondos que lhe aumentavam o
tamanho da pupila e davam-lhe à cara uma expressão de abutre,
perfeitamente de acordo com o seu nariz adunco e com a sua boca sem
lábios: viam-se-lhe ainda todos os dentes, mas, tão gastos, que
pareciam limados até ao meio. Andava sempre de preto, com um
guarda-chuva debaixo do braço e um chapéu de Braga enterrado nas
orelhas. Fora em seu tempo empregado do comércio, depois corretor de
escravos; contava mesmo que estivera mais de uma vez na África
negociando negros por sua conta. Atirou-se muito às especulações;
durante a guerra do Paraguai ainda ganhara forte, chegando a ser bem
rico; mas a roda desandou e, de malogro em malogro, foi-lhe escapando
tudo por entre as suas garras de ave de rapina. E agora, coitado, já
velho, comido de desilusões, cheio de hemorróidas, via-se totalmente
sem recursos e vegetava à sombra do Mirada, com quem por muitos
anos trabalhou em rapaz, sob as ordens do mesmo patrão, e de quem se
conservara amigo, a principio por acaso e mais tarde por necessidade.
Devorava-o, noite e dia, uma implacável amargura, uma surda
tristeza de vencido, um desespero impotente, contra tudo e contra
todos, por não lhe ter sido possível empolgar o mundo com as suas
mãos hoje inúteis e trêmulas. E, como o seu atual estado de miséria não
lhe permitia abrir contra ninguém o bico, desabafava vituperando as
idéias da época.
Assim, eram às vezes muito quentes as sobremesas do Miranda,
quando, entre outros assuntos palpitantes, vinha à discussão o
movimento abolicionista que principiava a formar-se em torno da lei
Rio Branco. Então o Botelho ficava possesso e vomitava frases
terríveis, para a direita e para a esquerda, como quem dispara tiros sem
fazer alvo, e vociferava imprecações, aproveitando aquela válvula para
desafogar o velho ódio acumulado dentro dele.
- Bandidos! berrava apoplético. Cáfila de salteadores!
E o seu rancor irradiava-lhe dos olhos em setas envenenadas,
procurando cravar-se em todas as brancuras e em todas as claridades. A
virtude, a beleza, o talento, a mocidade, a força, a saúde, e
principalmente a fortuna, eis o que ele não perdoava a ninguém,
amaldiçoando todo aquele que conseguia o que ele não obtivera; que
gozava o que ele não desfrutara; que sabia o que ele não aprendera. E,
para individualizar o objeto do seu ódio, voltava-se contra o Brasil, essa
terra que, na sua opinião, só tinha uma serventia: enriquecer os


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portugueses, e que, no entanto, o deixara, a ele, na penúria.
Seus dias eram consumidos do seguinte modo: acordava às oito
da manhã, lavava-se mesmo no quarto com uma toalha molhada em
espírito de vinho; depois ia ler os jornais para a sala de jantar, à espera
do almoço; almoçava e sala, tomava o bonde e ia direitinho para uma
charutaria da Rua do Ouvidor, onde costumava ficar assentado até às
horas do jantar, entretido a dizer mal das pessoas que passavam lá fora,
defronte dele. Tinha a pretensão de conhecer todo o Rio de Janeiro e os
podres de cada um em particular. Às vezes, poucas, Dona Estela
encarregava-o de fazer pequenas compras de armarinho, o que o
Botelho desempenhava melhor que ninguém? Mas a sua grande paixão,
o seu fraco, era a farda, adorava tudo que dissesse respeito a
militarismo, posto que tivera sempre invencível medo às armas de
qualquer espécie, mormente às de fogo. Não podia ouvir disparar perto
de si uma espingarda, entusiasmava-se porém com tudo que cheirasse a
guerra; a presença de um oficial em grande uniforme tirava-lhe lágrimas
de comoção; conhecia na ponta da língua o que se referia à vida de
quartel; distinguia ao primeiro lance de olhos o posto e o corpo a que
pertencia qualquer soldado e, apesar dos seus achaques, era ouvir tocar
na rua a corneta ou o tambor conduzindo o batalhão, ficava logo no ar,
e, muita vez, quando dava por si, fazia parte dos que acompanhavam a
tropa. Então, não tornava para casa enquanto os militares neo se
recolhessem. Quase sempre voltava dessa loucura às seis da tarde,
moído a fazer dó, sem poder ter-se nas pernas, estrompado de marchar
horas e horas ao som da música de pancadaria. E o mais interessante é
que ele, ao vir-lhe a reação, revoltava-se furioso contra o maldito
comandante que o obrigava àquela estopada, levando o batalhão por
uma infinidade de ruas e fazendo de propósito o caminho mais longo.
- Só parece, lamentava-se ele, que a intenção daquele malvado
era dar-me cabo da pele! Ora vejam! Três horas de marche-marche por
uma soalheira de todos os diabos!
Uma das birras mais cômicas do Botelho era o seu ódio pelo
Valentim. O moleque causava-lhe febre com as suas petulâncias de
mimalho, e, velhaco, percebendo quanto elas o irritavam, ainda mais
abusava, seguro na proteção de Dona Estela. O parasita de muito que o
teria estrangulado, se não fora a necessidade de agradar à dona da casa.
Botelho conhecia as faltas de Estela como as palmas da própria
mão. O Miranda mesmo, que o via em conta de amigo fiel, muitas e
muitas vezes lhas confiara em ocasiões desesperadas de desabafo,
declarando francamente o quanto no intimo a desprezava e a razão por
que não a punha na rua aos pontapés. E o Botelho dava-lhe toda a
razão; entendia também que os sérios interesses comerciais estavam
acima de tudo.
- Uma mulher naquelas condições, dizia ele convicto, representa
nada menos que o capital, e um capital em caso nenhum a gente
despreza! Agora, você o que devia era nunca chegar-se para ela...
- Ora! explicava o marido. Eu me sirvo dela como quem se serve
de uma escarradeira!
O parasita, feliz por ver quanto o amigo aviltava a mulher,
concordava em tudo plenamente, dando-lhe um carinhoso abraço de


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admiração. Mas por outro lado, quando ouvia Estela falar do marido,
com infinito desdém e até com asco, ainda mais resplandecia de
contente.
- Você quer saber? afirmava ela, eu bem percebo quanto aquele
traste do senhor meu marido me detesta, mas isso tanto se me dá como
a primeira camisa que vesti! Desgraçadamente para nós, mulheres de
sociedade, não podemos viver sem esposo, quando somos casadas; de
forma que tenho de aturar o que me caiu em sorte, quer goste dele quer
não goste! Juro-lhe, porém, que, se consinto que o Miranda se chegue às
vezes para mim, é porque entendo que paga mais à pena ceder do que
puxar discussão com uma besta daquela ordem!
O Botelho, com a sua encanecida experiência do mundo, nunca
transmitia a nenhum dos dois o que cada qual lhe dizia contra o outro;
tanto assim que, certa ocasião, recolhendo-se à casa incomodado, em
hora que não era do seu costume, ouviu, ao passar pelo quintal,
sussurros de vozes abafadas que pareciam vir de um canto afogado de
verdura, onde em geral não ia ninguém.
Encaminhou-se para lá em bicos de pés e, sem ser percebido,
descobriu Estela entalada entre o muro e o Henrique. Deixou-se ficar
espiando, sem tugir nem mugir, e, só quando os dois se separaram, foi
que ele se mostrou.
A senhora soltou um pequeno grito, e o rapaz, de vermelho que
estava, fez-se cor de cera; mas o Botelho procurou tranqüilizá-los,
dizendo em voz amiga e misteriosa:
- Isso é uma imprudência o que vocês estão fazendo!... Estas
coisas não é deste modo que se arranjam! Assim como fui eu, podia ser
outra pessoa... Pois numa casa em que há tantos quartos, é lá preciso vir
meterem-se neste canto do quintal?...
- Nós não estávamos fazendo nada! disse Estela, recuperando o
sangue-frio.
- Ah! tornou o velho, aparentando sumo respeito: então
desculpe, pensei que estivessem... E olhe que, se assim fosse, para mim
seria o mesmo, porque acho isso a coisa mais natural do mundo e
entendo que desta vida a gente só leva o que come!... Se vi, creia, foi
como se nada visse, porque nada tenho a cheirar com a vida de cada
um!... A senhora está moça, está na força dos anos; seu marido não a
satisfaz, é justo que o substitua por outro! Ah! isto é o mundo, e, se é
torto, não fomos nós que o fizemos torto!... Até certa idade todos
temos dentro um bichinho-carpinteiro, que é preciso matar, antes que
ele nos mate! Não lhes doam as mãos!... apenas acho que, para outra
vez, devem ter um pouquinho mais de cuidado e...
- Está bom! basta! ordenou Estela.
- Perdão! eu, se digo isto, é para deixá-los bem tranqüilos a meu
respeito. Não quero, nem por sombra, que se persuadam de que...
O Henrique atalhou, com a voz ainda comovida:
- Mas, acredite, seu Botelho, que...
O velho interrompeu-o também por sua vez, passando-lhe a mão
no ombro e afastando-o consigo:
- Não tenha receio, que não o comprometerei, menino!
E, como já estivessem distantes de Estela, segredou-lhe em tom


[Linha 800 de 8202 - Parte 1 de 5]


protetor:
- Não torne a fazer isto assim, que você se estraga... Olhe como
lhe tremem as pernas!
Dona Estela acompanhou-os a distancia, vagarosamente,
afetando preocupação em compor um ramalhete, cujas flores ela ia
colhendo com muita graça, ora toda vergada sobre as plantas rasteiras,
ora pondo-se na pontinha dos pés para alcançar os heliotrópios e os
manacás.
Henrique seguiu o Botelho até ao quarto deste, conversando sem
mudar de assunto.
- Você então não fala nisto, hein? Jura? perguntou-lhe.
O velho tinha já declarado, a rir, que os pilhara em flagrante e que
ficara bom tempo à espreita.
- Falar o quê, seu tolo?... Pois então quem pensa você que eu
sou?... Só abrirei o bico se você me der motivo para isso, mas estou
convencido que não dará... Quer saber? eu até simpatizo muito com
você, Henrique! Acho que você é um excelente menino, uma flor! E
digo-lhe mais: hei de proteger os seus negócios com Dona Estela...
Falando assim, tinha-lhe tomado as mãos e afagava-as.
- Olhe, continuou, acariciando-o sempre; não se meta com
donzelas, entende?... São o diabo! Por dá cá aquela palha fica um
homem em apuros! agora quanto às outras, papo com elas! Não mande
nenhuma ao vigário, nem lhe doa a cabeça, porque, no fim de contas,
nas circunstâncias de Dona Estela, é até um grande serviço que você lhe
faz! Meu rico amiguinho, quando uma mulher já passou dos trinta e
pilha a jeito um rapazito da sua idade, é como se descobrisse ouro em
pó! sabe-lhe a gaitas! Fique então sabendo de que não é só a ela que
você faz o obséquio, mas também ao marido: quanto mais escovar-lhe
você a mulher, melhor ela ficará de gênio, e por conseguinte melhor será
para o pobre homem, coitado! que tem já bastante com que se aborrecer
lá por baixo, com os seus negócios, e precisa de um pouco de descanso
quando volta do serviço e mete-se em casa! Escove-a, escove-a! que a
porá macia que nem veludo! O que é preciso é muito juizinho, percebe?
Não faça outra criançada como a de hoje e continue para diante, não só
com ela, mas com todas as que lhe caírem debaixo da asa! Vá passando!
menos as de casa aberta, que isso é perigoso por causa das moléstias;
nem tampouco donzelas! Não se meta com a Zulmira! E creia que lhe
falo assim, porque sou seu amigo, porque o acho simpático, porque o
acho bonito!
E acarinhou-o tão vivamente dessa vez, que o estudante,
fugindo-lhe das mãos, afastou-se com um gesto de repugnância e
desprezo, enquanto o velho lhe dizia em voz comprimida:
- Olha! Espera! Vem cá! Você é desconfiado!...


III


Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os
olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas.


[Linha 850 de 8202 - Parte 1 de 5]


Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete
horas de chumbo. Como que se sentiam ainda na indolência de neblina
as derradeiras notas da ultima guitarra da noite antecedente,
dissolvendo-se à luz loura e tenra da aurora, que nem um suspiro de
saudade perdido em terra alheia.
A roupa lavada, que ficara de véspera nos coradouros, umedecia o
ar e punha-lhe um farto acre de sabão ordinário. As pedras do chão,
esbranquiçadas no lugar da lavagem e em alguns pontos azuladas pelo
anil, mostravam uma palidez grisalha e triste, feita de acumulações de
espumas secas.
Entretanto, das portas surgiam cabeças congestionadas de sono;
ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas;
pigarreava-se grosso por toda a parte; começavam as xícaras a tilintar; o
cheiro quente do café aquecia, suplantando todos os outros;
trocavam-se de janela para janela as primeiras palavras, os bons-dias;
reatavam-se conversas interrompidas à noite; a pequenada cá fora
traquinava já, e lá dentro das casas vinham choros abafados de crianças
que ainda não andam. No confuso rumor que se formava,
destacavam-se risos, sons de vozes que altercavam, sem se saber onde,
grasnar de marrecos, cantar de galos, cacarejar de galinhas. De alguns
quartos saiam mulheres que vinham pendurar cá fora, na parede, a
gaiola do papagaio, e os louros, à semelhança dos donos,
cumprimentavam-se ruidosamente, espanejando-se à luz nova do dia.
Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma
aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros,
lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria
da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres
precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar;
via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam,
suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não
se preocupavam em não molhar o pêlo, ao contrário metiam a cabeça
bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas,
fossando e fungando contra as palmas da mão. As portas das latrinas
não descansavam, era um abrir e fechar de cada instante, um entrar e
sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda
amarrando as calças ou as saias; as crianças não se davam ao trabalho de
lá ir, despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por detrás da
estalagem ou no recanto das hortas.
O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias
acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído
compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras na
venda; ensarilhavam-se discussões e resingas; ouviam-se gargalhadas e
pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação
sangüínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os
pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de
existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra.
Da porta da venda que dava para o cortiço iam e vinham como
formigas; fazendo compras.
Duas janelas do Miranda abriram-se. Apareceu numa a Isaura, que
se dispunha a começar a limpeza da casa.


[Linha 900 de 8202 - Parte 1 de 5]


- Nhá Dunga! gritou ela para baixo, a sacudir um pano de mesa;
se você tem cuscuz de milho hoje, bata na porta, ouviu?
A Leonor surgiu logo também, enfiando curiosa a carapinha por
entre o pescoço e o ombro da mulata.
O padeiro entrou na estalagem, com a sua grande cesta à cabeça e
o seu banco de pau fechado debaixo do braço, e foi estacionar em meio
do pátio, à espera dos fregueses, pousando a canastra sobre o cavalete
que ele armou prontamente. Em breve estava cercado por uma nuvem
de gente. As crianças adulavam-no, e, à proporção que cada mulher ou
cada homem recebia o pão, disparava para casa com este abraçado
contra o peito. Uma vaca, seguida por um bezerro amordaçado, ia,
tilintando tristemente o seu chocalho, de porta em porta, guiada por um
homem carregado de vasilhame de folha.
O zunzum chegava ao seu apogeu. A fábrica de massas italianas,
ali mesmo da vizinhança, começou a trabalhar, engrossando o barulho
com o seu arfar monótono de máquina a vapor. As corridas até à venda
reproduziam-se, transformando-se num verminar constante de
formigueiro assanhado. Agora, no lugar das bicas apinhavam-se latas
de todos os feitios, sobressaindo as de querosene com um braço de
madeira em cima; sentia-se o trapejar da água caindo na folha. Algumas
lavadeiras enchiam já as suas tinas; outras estendiam nos coradouros a
roupa que ficara de molho. Principiava o trabalho. Rompiam das
gargantas os fados portugueses e as modinhas brasileiras. Um carroção
de lixo entrou com grande barulho de rodas na pedra, seguido de uma
algazarra medonha algaraviada pelo carroceiro contra o burro.
E, durante muito tempo, fez-se um vaivém de mercadores.
Apareceram os tabuleiros de carne fresca e outros de tripas e fatos de
boi; só não vinham hortaliças, porque havia muitas hortas no cortiço.
Vieram os ruidosos mascates, com as suas latas de quinquilharia, com
as suas caixas de candeeiros e objetos de vidro e com o seu
fornecimento de caçarolas e chocolateiras, de folha-de-flandres. Cada
vendedor tinha o seu modo especial de apregoar, destacando-se o
homem das sardinhas, com as cestas do peixe dependuradas, à moda
de balança, de um pau que ele trazia ao ombro. Nada mais foi preciso
do que o seu primeiro guincho estridente e gutural para surgirem logo,
como por encanto, uma enorme variedade de gatos, que vieram
correndo acercar-se dele com grande familiaridade, roçando-se-lhe nas
pernas arregaçadas e miando suplicantemente. O sardinheiro os
afastava com o pé, enquanto vendia o seu peixe à porta das casinhas,
mas os bichanos não desistiam e continuavam a implorar, arranhando os
cestos que o homem cuidadosamente tapava mal servia ao freguês. Para
ver-se livre por um instante dos importunos era necessário atirar para
bem longe um punhado de sardinhas, sobre o qual se precipitava logo,
aos pulos, o grupo dos pedinchões.
A primeira que se pôs a lavar foi a Leandra, por alcunha a
"Machona", portuguesa feroz, berradora, pulsos cabeludos e grossos,
anca de animal do campo. Tinha duas filhas, uma casada e separada do
marido, Ana das Dores, a quem só chamavam a "das Dores" e outra
donzela ainda, a Nenen, e mais um filho, o Agostinho, menino levado
dos diabos, que gritava tanto ou melhor que a mãe. A das Dores morava


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em sua casinha à parte, mas toda a família habitava no cortiço.
Ninguém ali sabia ao certo se a Machona era viúva ou desquitada;
os filhos não se pareciam uns com os outros. A das Dores, sim,
afirmavam que fora casada e que largara o marido para meter-se com
um homem do comércio; e que este, retirando-se para a terra e não
querendo soltá-la ao desamparo, deixara o sócio em seu lugar. Teria
vinte e cinco anos.
Nenen dezessete. Espigada, franzina e forte, com uma proazinha
de orgulho da sua virgindade, escapando como enguia por entre os
dedos dos rapazes que a queriam sem ser para casar. Engomava bem e
sabia fazer roupa branca de homem com muita perfeição.
Ao lado da Leandra foi colocar-se à sua tina a Augusta
Carne-Mole, brasileira, branca, mulher de Alexandre, um mulato de
quarenta anos, soldado de policia, pernóstico, de grande bigode preto,
queixo sempre escanhoado e um luxo de calças brancas engomadas e
botões limpos na farda, quando estava de serviço. Também tinham
filhos, mas ainda pequenos, um dos quais, a Juju, vivia na cidade com a
madrinha que se encarregava dela. Esta madrinha era uma cocote de
trinta mil-réis para cima, a Léonie, com sobrado na cidade. Procedência
francesa.
Alexandre, em casa, à hora de descanso, nos seus chinelos e na sua
camisa desabotoada, era muito chão com os companheiros de
estalagem, conversava, ria e brincava, mas envergando o uniforme,
encerando o bigode e empunhando a sua chibata, com que tinha o
costume de fustigar as calças de brim, ninguém mais lhe via os dentes e
então a todos falava teso e por cima do ombro. A mulher, a quem ele só
dava tu quando não estava fardado, era de uma honestidade proverbial
no cortiço, honestidade sem mérito, porque vinha da indolência do seu
temperamento e não do arbítrio do seu caráter.
Junto dela pôs-se a trabalhar a Leocádia, mulher de um ferreiro
chamado Bruno, portuguesa pequena e socada, de carnes duras, com
uma fama terrível de leviana entre as suas vizinhas.
Seguia-se a Paula, uma cabocla velha, meio idiota, a quem
respeitavam todos pelas virtudes de que só ela dispunha para benzer
erisipelas e cortar febres por meio de rezas e feitiçarias. Era
extremamente feia, grossa, triste, com olhos desvairados, dentes
cortados à navalha, formando ponta, como dentes de cão, cabelos lisos,
escorridos e ainda retintos apesar da idade. Chamavam-lhe "Bruxa".
Depois seguiam-se a Marciana e mais a sua filha Florinda. A
primeira, mulata antiga, muito seria e asseada em exagero: a sua casa
estava sempre úmida das consecutivas lavagens. Em lhe apanhando o
mau humor punha-se logo a espanar, a varrer febrilmente, e, quando a
raiva era grande, corria a buscar um balde de água e descarregava-o
com fúria pelo chão da sala. A filha tinha quinze anos, a pele de um
moreno quente, beiços sensuais, bonitos dentes, olhos luxuriosos de
macaca. Toda ela estava a pedir homem, mas sustentava ainda a sua
virgindade e não cedia, nem à mão de Deus Padre, aos rogos de João
Romão, que a desejava apanhar a troco de pequenas concessões na
medida e no peso das compras que Florinda fazia diariamente à venda.
Depois via-se a velha Isabel, isto é, Dona Isabel, porque ali na


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estalagem lhes dispensavam todos certa consideração, privilegiada
pelas suas maneiras graves de pessoa que já teve tratamento: uma pobre
mulher comida de desgostos. Fora casada com o dono de uma casa de
chapéus, que quebrou e suicidou-se, deixando-lhe uma filha muito
doentinha e fraca, a quem Isabel sacrificou tudo para educar,
dando-lhe mestre até de francês. Tinha uma cara macilenta de velha
portuguesa devota, que já foi gorda, bochechas moles de pelancas
rechupadas, que lhe pendiam dos cantos da boca como saquinhos
vazios; fios negros no queixo, olhos castanhos, sempre chorosos
engolidos pelas pálpebras. Puxava em bandos sobre as fontes o escasso
cabelo grisalho untado de óleo de amêndoas doces. Quando saia à rua
punha um eterno vestido de seda preta, achamalotada, cuja saia não
fazia rugas, e um xale encarnado que lhe dava a todo o corpo um feitio
piramidal. Da sua passada grandeza só lhe ficara uma caixa de rapé de
ouro, na qual a inconsolável senhora pitadeava agora, suspirando a
cada pitada.
A filha era a flor do cortiço. Chamavam-lhe Pombinha. Bonita,
posto que enfermiça e nervosa ao último ponto; loura, muito pálida,
com uns modos de menina de boa família. A mãe não lhe permitia lavar,
nem engomar, mesmo porque o médico a proibira expressamente.
Tinha o seu noivo, o João da Costa, moço do comércio, estimado
do patrão e dos colegas, com muito futuro, e que a adorava e conhecia
desde pequenita; mas Dona Isabel não queria que o casamento se
fizesse já. É que Pombinha, orçando aliás pelos dezoito anos, não tinha
ainda pago à natureza o cruento tributo da puberdade, apesar do zelo
da velha e dos sacrifícios que esta fazia para cumprir à risca as
prescrições do médico e não faltar à filha o menor desvelo. No entanto,
coitadas! daquele casamento dependia a felicidade de ambas, porque o
Costa, bem empregado como se achava em casa de um tio seu, de quem
mais tarde havia de ser sócio, tencionava, logo que mudasse de estado,
restituí-las ao seu primitivo circulo social. A pobre velha desesperava-se
com o fato e pedia a Deus, todas as noites, antes de dormir, que as
protegesse e conferisse à filha uma graça tão simples que ele fazia, sem
distinção de merecimento, a quantas raparigas havia pelo mundo; mas,
a despeito de tamanho empenho, por coisa nenhuma desta vida
consentiria que a sua pequena casasse antes de "ser mulher", como dizia
ela. E "que deixassem lá falar o doutor, entendia que não era decente,
nem tinha jeito, dar homem a uma moça que ainda não fora visitada
pelas regras! Não! Antes vê-la solteira toda a vida e ficarem ambas
curtindo para sempre aquele inferno da estalagem!"
Lá no cortiço estavam todos a par desta história; não era segredo
para ninguém. E não se passava um dia que não interrogassem duas e
três vezes a velha com estas frases:
- Então? Já veio?
- Por que não tenta os banhos de mar?
- Por que não chama outro médico?
- Eu, se fosse a senhora, casava-os assim mesmo!
A velha respondia dizendo que a felicidade não se fizera para ela.
E suspirava resignada.
Quando o Costa aparecia depois da sua obrigação para visitar a


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noiva, os moradores da estalagem cumprimentavam-no em silêncio
com um respeitoso ar de lástima e piedade, empenhados tacitamente
por aquele caiporismo, contra o qual não valiam nem mesmo as virtudes
da Bruxa.
Pombinha era muito querida por toda aquela gente. Era quem lhe
escrevia as cartas; quem em geral fazia o rol para as lavadeiras; quem
tirava as contas; quem lia o jornal para os que quisessem ouvir.
Prezavam-na com muito respeito e davam-lhe presentes, o que lhe
permitia certo luxo relativo. Andava sempre de botinhas ou sapatinhos
com meias de cor, seu vestido de chita engomado; tinha as suas
joiazinhas para sair à rua, e, aos domingos, quem a encontrasse à missa
na igreja de São João Batista, não seria capaz de desconfiar que ela
morava em cortiço.
Fechava a fila das primeiras lavadeiras, o Albino, um sujeito
afeminado, fraco, cor de espargo cozido e com um cabelinho castanho,
deslavado e pobre, que lhe caia, numa só linha, até ao pescocinho mole
e fino. Era lavadeiro e vivia sempre entre as mulheres, com quem já
estava tão familiarizado que elas o tratavam como a uma pessoa do
mesmo sexo; em presença dele falavam de coisas que não exporiam em
presença de outro homem; faziam-no até confidente dos seus amores e
das suas infidelidades, com uma franqueza que o não revoltava, nem
comovia. Quando um casal brigava ou duas amigas se disputavam, era
sempre Albino quem tratava de reconciliá-los, exortando as mulheres à
concórdia. Dantes encarregava-se de cobrar o rol das colegas, por
amabilidade; mas uma vez, indo a uma república de estudantes,
deram-lhe lá, ninguém sabia por quê, uma dúzia de bolos, e o
pobre-diabo jurou então, entre lágrimas e soluços, que nunca mais se
incumbiria de receber os róis.
E daí em diante, com efeito, não arredava os pezinhos do cortiço,
a não ser nos dias de carnaval, em que ia, vestido de dançarina, passear
à tarde pelas ruas e à noite dançar nos bailes dos teatros. Tinha
verdadeira paixão por esse divertimento; ajuntava dinheiro durante o
ano para gastar todo com a mascarada. E ninguém o encontrava,
domingo ou dia de semana, lavando ou descansando, que não estivesse
com a sua calça branca engomada, a sua camisa limpa, um lenço ao
pescoço, e, amarrado à cinta, um avental que lhe caia sobre as pernas
como uma saia. Não fumava, não bebia espíritos e trazia sempre as
mãos geladas e úmidas.
Naquela manhã levantara-se ainda um pouco mais lânguido que
do costume, porque passara mal a noite. A velha Isabel, que lhe ficava
ao lado esquerdo, ouvindo-o suspirar com insistência, perguntou-lhe o
que tinha.
Ah! muita moleza de corpo e uma pontada do vazio que o não
deixava!
A velha receitou diversos remédios, e ficaram os dois, no meio de
toda aquela vida, a falar tristemente sobre moléstias.
E, enquanto, no resto da fileira, a Machona, a Augusta, a
Leocádia, a Bruxa, a Marciana e sua filha conversavam de tina a tina,
berrando e quase sem se ouvirem, a voz um tanto cansada já pelo
serviço, defronte delas, separado pelos jiraus, formava-se um novo


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renque de lavadeiras, que acudiam de fora, carregadas de trouxas, e
iam ruidosamente tomando lagar ao lado umas das outras, entre uma
agitação sem tréguas, onde se não distinguia o que era galhofa e o que
era briga. Uma a uma ocupavam-se todas as tinas. E de todos os casulos
do cortiço saiam homens para as suas obrigações. Por uma porta que
havia ao fundo da estalagem desapareciam os trabalhadores da
pedreira, donde vinha agora o retinir dos alviões e das picaretas. O
Miranda, de calças de brim, chapéu alto e sobrecasaca preta, passou lá
fora, em caminho para o armazém, acompanhado pelo Henrique que ia
para as aulas. O Alexandre, que estivera de serviço essa madrugada,
entrou solene, atravessou o pátio, sem falar a ninguém, nem mesmo à
mulher, e recolheu-se à casa, para dormir. Um grupo de mascates, o
Delporto, o Pompeo, o Francesco e o Andréa, armado cada qual com a
sua grande caixa de bugigangas, saiu para a peregrinação de todos os
dias, altercando e praguejando em italiano.
Um rapazito de paletó entrou da rua e foi perguntar à Machona
pela Nhá Rita.
- A Rita Baiana? Sei cá! Faz amanhã oito dias que ela arribou!
A Leocádia explicou logo que a mulata estava com certeza de
pândega com o Firmo.
- Que Firmo? interrogou Augusta.
- Aquele cabravasco que se metia às vezes ai com ela. Diz que é
torneiro.
- Ela mudou-se? perguntou o pequeno.
- Não, disse a Machona; o quarto está fechado, mas a mulata tem
coisas lá. Você o que queria?
- Vinha buscar uma roupa que está com ela.
- Não sei, filho, pergunta na venda ao João Romão, que talvez te
possa dizer alguma coisa.
- Ali?
- Sim, pequeno, naquela porta, onde a preta do tabuleiro está
vendendo! Ó diabo! olha que pisas a boneca de anil! Já se viu que
sorte? Parece que não vê onde pisa este raio de criança!
E, notando que o filho, o Agostinho, se aproximava para tomar o
lugar do outro que já se ia:
- Sai daí, tu também, peste! Já principias na reinação de todos os
dias? Vem para cá, que levas! Mas, é verdade, que fazes tu que não vais
regar a horta do Comendador?
- Ele disse ontem que eu agora fosse à tarde, que era melhor.
- Ah! E amanhã, não te esqueças, recebe os dois mil-réis, que é
fim do mês. Olha! Vai lá dentro e diz a Nenen que te entregue a roupa
que veio ontem à noite.
O pequeno afastou-se de carreira, e ela lhe gritou na pista:
- E que não ponha o refogado no fogo sem eu ter lá ido!
Uma conversa cerrada travara-se no resto da fila de lavadeiras a
respeito da Rita Baiana.
- É doida mesmo!... censurava Augusta. Meter-se na pândega
sem dar conta da roupa que lhe entregaram... Assim há de ficar sem um
freguês...
- Aquela não endireita mais!... Cada vez fica até mais


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assanhada!... Parece que tem fogo no rabo! Pode haver o serviço que
houver, aparecendo pagode, vai tudo pro lado! Olha o que saiu o ano
passado com a festa da Penha!...
- Então agora, com este mulato, o Firmo, é uma pouca-vergonha!
Est'ro dia, pois você não viu? levaram ai numa bebedeira, a dançar e
cantar à viola, que nem sei o que parecia! Deus te livre!
- Para tudo há horas e há dias!...
- Para a Rita todos os dias são dias santos! A questão é aparecer
quem puxe por ela!
- Ainda assim não e má criatura... Tirante o defeito da
vadiagem...
- Bom coração tem ela, até demais, que não guarda um vintém
pro dia de amanhã. Parece que o dinheiro lhe faz comichão no corpo!
- Depois é que são elas!... O João Romão já lhe não fia!
- Pois olhe que a Rita lhe tem enchido bem as mãos; quando ela
tem dinheiro é porque o gasta mesmo!
E as lavadeiras não se calavam, sempre a esfregar, e a bater, e a
torcer camisas e ceroulas, esfogueadas já pelo exercício. Ao passo que,
em torno da sua tagarelice, o cortiço se embandeirava todo de roupa
molhada, de onde o sol tirava cintilações de prata.
Estavam em dezembro e o dia era ardente. A grama dos
coradouros tinha reflexos esmeraldinos; as paredes que davam frente
ao Nascente, caiadinhas de novo, reverberavam iluminadas, ofuscando
a vista. Em uma das janelas da sala de jantar do Miranda, Dona Estela
e Zulmira, ambas vestidas de claro e ambas a limarem as unhas,
conversavam em voz surda, indiferentes à agitação que ia lá embaixo,
muito esquecidas na sua tranqüilidade de entes felizes.
Entretanto, agora o maior movimento era na venda à entrada da
estalagem. Davam nove horas e os operários das fábricas chegavam-se
para o almoço. Ao balcão o Domingos e o Manuel não tinham mãos a
medir com a criadagem da vizinhança; os embrulhos de papel amarelo
sucediam-se, e o dinheiro pingava sem intermitência dentro da gaveta.
- Meio quilo de arroz!
- Um tostão de açúcar!
- Uma garrafa de vinagre!
- Dois martelos de vinho!
- Dois vinténs de fumo!
- Quatro de sabão!
E os gritos confundiam-se numa mistura de vozes de todos os
tons.
Ouviam-se protestos entre os compradores:
- Me avie, seu Domingos! Eu deixei a comida no fogo!
- Ó peste! dá cá as batatas, que eu tenho mais o que fazer!
- Seu Manuel, não me demore essa manteiga!
Ao lado, na casinha de pasto, a Bertoleza, de saias arrepanhadas
no quadril, o cachaço grosso e negro, reluzindo de suor, ia e vinha de
uma panela à outra, fazendo pratos, que João Romão levava de carreira
aos trabalhadores assentados num compartimento junto. Admitira-se
um novo caixeiro, só para o frege, e o rapaz, a cada comensal que ia
chegando, recitava, em tom cantado e estridente, a sua interminável


[Linha 1200 de 8202 - Parte 1 de 5]


lista das comidas que havia. Um cheiro forte de azeite frito
predominava. O parati circulava por todas as mesas, e cada caneca de
café, de louça espessa, erguia um vulcão de fumo tresandando a milho
queimado. Uma algazarra medonha, em que ninguém se entendia!
Cruzavam-se conversas em todas as direções, discutia-se a berros, com
valentes punhadas sobre as mesas. E sempre a sair, e sempre a entrar
gente, e os que saiam, depois daquela comezaina grossa, iam radiantes
de contentamento, com a barriga bem cheia, a arrotar.
Num banco de pau tosco, que existia do lado de fora, junto à
parede e perto da venda, um homem, de calça e camisa de zuarte,
chinelos de couro cru, esperava, havia já uma boa hora, para falar com o
vendeiro.
Era um português de seus trinta e cinco a quarenta anos, alto,
espadaúdo, barbas ásperas, cabelos pretos e maltratados caindo-lhe
sobre a testa, por debaixo de um chapéu de feltro ordinário: pescoço de
touro e cara de Hércules, na qual os olhos todavia, humildes como os
olhos de um boi de canga, exprimiam tranqüila bondade.
- Então ainda não se pode falar ao homem? perguntou ele, indo
ao balcão entender-se com o Domingos.
- O patrão está agora muito ocupado. Espere!
- Mas são quase dez horas e estou com um gole de café no
estômago!
- Volte logo!
- Moro na cidade nova. É um estirão daqui!
O caixeiro gritou então para a cozinha, sem interromper o que
fazia:
- O homem que ai está, seu João, diz que se vai embora!
- Ele que espere um pouco, que já lhe falo! respondeu o vendeiro
no meio de uma carreira. Diga-lhe que não vá!
- Mas é que ainda não almocei e estou aqui a tinir!... observou o
Hércules com a sua voz grossa e sonora.
- Ó filho, almoce ai mesmo! Aqui o que não falta é de comer. Já
podia estar aviado!
- Pois vá lá! resolveu o homenzarrão, saindo da venda para entrar
na casa de pasto, onde os que lá se achavam o receberam com ar
curioso, medindo-o da cabeça aos pés, como faziam sempre com todos
os que ai se apresentavam pela primeira vez.
E assentou-se a uma das mesinhas, vindo logo o caixeiro
cantar-lhe a lista dos pratos.
- Traga lá o pescado com batatas e veja um martelo de vinho.
- Quer verde ou virgem?
- Venha o verde; mas anda com isso, filho, que já não vem sem
tempo!



IV


Meia hora depois, quando João Romão se viu menos ocupado, foi


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ter com o sujeito que o procurava e assentou-se defronte dele, caindo
de fadiga, mas sem se queixar, nem se lhe trair a fisionomia o menor
sintoma de cansaço.
- Você vem da parte do Machucas? perguntou-lhe. Ele falou-me
de um homem que sabe calçar pedra, lascar fogo e fazer lajedo.
- Sou eu.
- Estava empregado em outra pedreira?
- Estava e estou. Na de São Diogo, mas desgostei-me dela e
quero passar adiante.
- Quanto lhe dão lá?
- Setenta mil-réis.
- Oh! Isso é um disparate!
- Não trabalho por menos...
- Eu, o maior ordenado que faço é de cinqüenta.
- Cinqüenta ganha um macaqueiro...
- Ora! tenho aí muitos trabalhadores de lajedo por esse preço!
- Duvido que prestem! Aposto a mão direita em como o senhor
não encontra por cinqüenta mil-réis quem dirija a broca, pese a pólvora
e lasque fogo, sem lhe estragar a pedra e sem fazer desastres!
- Sim, mas setenta mil-réis é um ordenado impossível!
- Nesse caso vou como vim... Fica o dito por não dito!
- Setenta mil-réis é muito dinheiro!...
- Cá por mim, entendo que vale a pena pagar mais um pouco a
um trabalhador bom, do que estar a sofrer desastres, como o que sofreu
sua pedreira a semana passada! Não falando na vida do pobre de Cristo
que ficou debaixo da pedra!
- Ah! O Machucas falou-lhe no desastre?
- Contou-mo, sim senhor, e o desastre não aconteceria se o
homem soubesse fazer o serviço!
- Mas setenta mil-réis é impossível. Desça um pouco!
- Por menos não me serve... E escusamos de gastar palavras!
- Você conhece a pedreira?
- Nunca a vi de perto, mas quis me parecer que é boa. De longe
cheirou-me a granito.
- Espere um instante.
João Romão deu um pulo à venda, deixou algumas ordens,
enterrou um chapéu na cabeça e voltou a ter com o outro.
- Ande a ver! gritou-lhe da porta do frege, que a pouco e pouco
se esvaziara de todo.
O cavouqueiro pagou doze vinténs pelo seu almoço e
acompanhou-o em silêncio.
Atravessaram o cortiço.
A labutação continuava. As lavadeiras tinham já ido almoçar e
tinham voltado de novo para o trabalho. Agora estavam todas de
chapéu de palha, apesar das toldas que se armaram. Um calor de
cáustico mordia-lhes os toutiços em brasa e cintilantes de suor. Um
estado febril apoderava-se delas naquele rescaldo; aquela digestão feita
ao sol fermentava-lhes o sangue. A Machona altercava com uma preta
que fora reclamar um par de meias e destrocar uma camisa; a Augusta,
muito mole sobre a sua tábua de lavar, parecia derreter-se como sebo; a


[Linha 1300 de 8202 - Parte 1 de 5]


Leocádia largava de vez em quando a roupa e o sabão para coçar as
comichões do quadril e das virilhas, assanhadas pelo mormaço; a Bruxa
monologava, resmungando numa insistência de idiota, ao lado da
Marciana que, com o seu tipo de mulata velha, um cachimbo ao canto
da boca, cantava toadas monótonas do sertão:

"Maricas tá marimbando,
Maricas tá marimbando,
Na passage do riacho
Maricas tá marimbando."

A Florinda, alegre, perfeitamente bem com o rigor do sol, a rebolar
sem fadigas, assoviava os chorados e lundus que se tocavam na
estalagem, e junto dela, a melancólica senhora Dona Isabel suspirava,
esfregando a sua roupa dentro da tina, automaticamente, como um
condenado a trabalhar no presídio; ao passo que o Albino,
saracoteando os seus quadris pobres de homem linfático, batia na tábua
um par de calças, no ritmo cadenciado e miúdo de um cozinheiro a
bater bifes. O corpo tremia-lhe todo, e ele, de vez em quando,
suspendia o lenço do pescoço para enxugar a fronte, e então um gemido
suspirado subia-lhe aos lábios.
Da casinha número 8 vinha um falsete agudo, mas afinado. Era a
das Dores que principiava o seu serviço; não sabia engomar sem cantar.
No número 7 Nenen cantarolava em tom muito mais baixo; e de um dos
quartos do fundo da estalagem saia de espaço a espaço uma nota áspera
de trombone.
O vendeiro, ao passar por detrás de Florinda, que no momento
apanhava roupa do chão, ferrou-lhe uma palmada na parte do corpo
então mais em evidência.
- Não bula, hein?!... gritou ela, rápido, erguendo-se tesa.
E, dando com João Romão:
- Eu logo vi. Leva implicando aqui com a gente e depois, vai-se
comprar na venda, o safado rouba no peso! Diabo do galego Eu não te
quero, sabe?
O vendeiro soltou-lhe nova palmada com mais força e fugiu,
porque ela se armara com um regador cheio de água.
- Vem pra cá, se és capaz! Diabo da peste!
João Romão já se havia afastado com o cavouqueiro.
- O senhor tem aqui muita gente!... observou-lhe este.
- Oh! fez o outro, sacudindo os ombros, e disse depois com
empáfia: - Houvesse mais cem quartos que estariam cheios! Mas é
tudo gente séria! Não há chinfrins nesta estalagem; se aparece uma
rusga, eu chego, e tudo acaba logo! Nunca nos entrou cá a policia, nem
nunca a deixaremos entrar! E olhe que se divertem bem com as suas
violas! Tudo gente muita boa!
Tinham chegado ao fim do pátio do cortiço e, depois de
transporem uma porta que se fechava com um peso amarrado a uma
corda, acharam-se no capinzal que havia antes da pedreira.
- Vamos por aqui mesmo que é mais perto, aconselhou o
vendeiro.


[Linha 1350 de 8202 - Parte 1 de 5]


E os dois, em vez de procurarem a estrada, atravessaram o capim
quente e trescalante.
Meio-dia em ponto. O sol estava a pino; tudo reverberava a luz
irreconciliável de dezembro, num dia sem nuvens. A pedreira, em que
ela batia de chapa em cima, cegava olhada de frente. Era preciso
martirizar a vista para descobrir as nuanças da pedra; nada mais que
uma grande mancha branca e luminosa, terminando pela parte de baixo
no chão coberto de cascalho miúdo, que ao longe produzia o efeito de
um betume cinzento, e pela parte de cima na espessura compacta do
arvoredo, onde se não distinguiam outros tons mais do que nódoas
negras, bem negras, sobre o verde-escuro.
À proporção que os dois se aproximavam da imponente pedreira,
o terreno ia-se tornando mais e mais cascalhudo; os sapatos
enfarinhavam-se de uma poeira clara. Mais adiante, por aqui e por ali,
havia muitas carroças, algumas em movimento, puxadas a burro e
cheias de calhaus partidos; outras já prontas para seguir, à espera do
animal, e outras enfim com os braços para o ar, como se acabassem de
ser despejadas naquele instante. Homens labutavam.
À esquerda, por cima de um vestígio de rio, que parecia ter sido
bebido de um trago por aquele sol sedento, havia uma ponte de tábuas,
onde três pequenos, quase nus, conversavam assentados, sem fazer
sombra, iluminados a prumo pelo sol do meio-dia. Para adiante, na
mesma direção, corria um vasto telheiro, velho e sujo, firmado sobre
colunas de pedra tosca; ai muitos portugueses trabalhavam de canteiro,
ao barulho metálico do picão que feria o granito. Logo em seguida,
surgia uma oficina de ferreiro, toda atravancada de destroços e objetos
quebrados, entre os quais avultavam rodas de carro; em volta da
bigorna dois homens, de corpo nu, banhados de suor e alumiados de
vermelho como dois diabos, martelavam cadenciosamente sobre um
pedaço de ferro em brasa; e ali mesmo, perto deles, a forja escancarava
uma goela infernal, de onde saiam pequenas línguas de fogo,
irrequietas e gulosas.
João Romão parou à entrada da oficina e gritou para um dos
ferreiros:
- O Bruno! Não se esqueça do varal da lanterna do portão!
Os dois homens suspenderam por um instante o trabalho.
- Já lá fui ver, respondeu o Bruno. Não vale a pena consertá-lo;
está todo comido de ferragem! Faz-se-lhe um novo, que é melhor!
- Pois veja lá isso, que a lanterna está a cair!
E o vendeiro seguiu adiante com o outro, enquanto atrás
recomeçava o martelar sobre a bigorna.
Em seguida via-se uma miserável estrebaria, cheia de capim seco e
excremento de bestas, com lugar para meia dúzia de animais. Estava
deserta, mas, no vivo fartum exalado de lá, sentia-se que fora habitada
ainda aquela noite. Havia depois um depósito de madeiras, servindo ao
mesmo tempo de oficina de carpinteiro, tendo à porta troncos de
arvore, alguns já serrados, muitas tábuas empilhadas, restos de cavernas
e mastros de navio.
Daí à pedreira restavam apenas uns cinqüenta passos e o chão era
já todo coberto por uma farinha de pedra moída que sujava como a cal.


[Linha 1400 de 8202 - Parte 1 de 5]


Aqui, ali, por toda a parte, encontravam-se trabalhadores, uns ao
sol, outros debaixo de pequenas barracas feitas de lona ou de folhas de
palmeira. De um lado cunhavam pedra cantando; de outro a quebravam
a picareta; de outro afeiçoavam lajedos a ponta de picão; mais adiante
faziam paralelepípedos a escopro e macete. E todo aquele retintim de
ferramentas, e o martelar da forja, e o coro dos que lá em cima
brocavam a rocha para lançar-lhe fogo, e a surda zoada ao longe, que
vinha do cortiço, como de uma aldeia alarmada; tudo dava a idéia de
uma atividade feroz, de uma luta de vingança e de ódio. Aqueles
homens gotejantes de suor, bêbados de calor, desvairados de insolação,
a quebrarem, a espicaçarem, a torturarem a pedra, pareciam um
punhado de demônios revoltados na sua impotência contra o
impassível gigante que os contemplava com desprezo, imperturbável a
todos os golpes e a todos os tiros que lhe desfechavam no dorso,
deixando sem um gemido que lhe abrissem as entranhas de granito. O
membrudo cavouqueiro havia chegado a fralda do orgulhoso monstro
de pedra; tinha-o cara a cara, mediu-o de alto a baixo, arrogante, num
desafio surdo.
A pedreira mostrava nesse ponto de vista o seu lado mais
imponente. Descomposta, com o escalavrado flanco exposto ao sol,
erguia-se altaneira e desassombrada, afrontando o céu, muito íngreme,
lisa, escaldante e cheia de cordas que mesquinhamente lhe escorriam
pela ciclópica nudez com um efeito de teias de aranha. Em certos
lugares, muito alto do chão, lhe haviam espetado alfinetes de ferro,
amparando, sobre um precipício, miseráveis tábuas que, vistas cá de
baixo, pareciam palitos, mas em cima das quais uns atrevidos pigmeus
de forma humana equilibravam-se, desfechando golpes de picareta
contra o gigante.
O cavouqueiro meneou a cabeça com ar de lástima. O seu gesto
desaprovava todo aquele serviço.
- Veja lá! disse ele, apontando para certo ponto da rocha. Olhe
para aquilo! Sua gente tem ido às cegas no trabalho desta pedreira.
Deviam atacá-la justamente por aquele outro lado, para não contrariar
os veios da pedra. Esta parte aqui é toda granito, é a melhor! Pois olhe
só o que eles têm tirado de lá - umas lascas, uns calhaus que não
servem para nada! É uma dor de coração ver estragar assim uma peça
tão boa! Agora o que hão de fazer dessa cascalhada que ai está senão
macacos? E brada aos céus, creia! ter pedra desta ordem para
empregá-la em macacos!
O vendeiro escutava-o em silêncio, apertando os beiços,
aborrecido com a idéia daquele prejuízo.
- Uma porcaria de serviço! continuou o outro. Ali onde está
aquele homem é que deviam ter feito a broca, porque a explosão punha
abaixo toda esta aba que é separada por um veio. Mas quem tem ai o
senhor capaz de fazer isso? Ninguém; porque é preciso um empregado
que saiba o que faz; que, se a pólvora não for muito bem medida, nem
só não se abre o veio, como ainda sucede ao trabalhador o mesmo que
sucedeu ao outro! É preciso conhecer muito bem o trabalho para se
poder tirar partido vantajoso desta pedreira! Boa é ela, mas não nas
mãos em que está! É muito perigosa nas explosões; é muito em pé!


[Linha 1450 de 8202 - Parte 1 de 5]


Quem lhe lascar fogo não pode fugir senão para cima pela corda, e se o
sujeito não for fino leva-o o demo! Sou eu quem o diz!
E depois de uma pausa, acrescentou, tomando na sua mão, grossa
como o próprio cascalho, um paralelepípedo que estava no chão:
- Que digo eu?! Cá está! Macacos de granito! Isto até é uma
coisa que estes burros deviam esconder por vergonha!
Acompanhando a pedreira pelo lado direito e seguindo-a na volta
que ela dava depois, formando um ângulo obtuso, é que se via quanto
era grande. Suava-se bem antes de chegar ao seu limite com a mata.
- Que mina de dinheiro!... dizia o homenzarrão, parando
entusiasmado defronte do novo pano de rocha viva que se desdobrava
na presença dele.
- Toda esta parte que se segue agora, declarou João Romão,
ainda não é minha.
E continuaram a andar para diante.
Deste lado multiplicavam-se as barraquinhas; os macaqueiros
trabalhavam à sombra delas, indiferentes àqueles dois. Viam-se panelas
ao fogo, sobre quatro pedras, ao ar livre, e rapazitos tratando do jantar
dos pais. De mulher nem sinal. De vez em quando, na penumbra de um
ensombro de lona, dava-se com um grupo de homens, comendo de
cócoras defronte uns dos outros, uma sardinha na mão esquerda, um
pão na direita, ao lado de uma garrafa de água.
- Sempre o mesmo serviço malfeito e mal dirigido!... resmungou
o cavouqueiro.
Entretanto, a mesma atividade parecia reinar por toda a parte.
Mas, lá no fim, debaixo dos bambus que marcavam o limite da pedreira,
alguns trabalhadores dormiam à sombra, de papo para o ar, a barba
espetando para o alto, o pescoço intumescido de cordoveias grossas
como enxárcias de navio, a boca aberta, a respiração forte e tranqüila de
animal sadio, num feliz e pletórico resfolgar de besta cansada.
- Que relaxamento! resmungou de novo o cavouqueiro. Tudo
isto está a reclamar um homem teso que olhe a sério para o serviço!
- Eu nada tenho que ver com este lado! observou Romão.
- Mas lá da sua banda hão de fazer o mesmo! Olará!
- Abusam, porque tenho de olhar pelo negócio lá fora...
- Comigo aqui é que eles não fariam cera. isso juro eu! Entendo
que o empregado deve ser bem pago, ter para a sua comida à farta, o seu
gole de vinho, mas que deve fazer serviço que se veja, ou, então, rua!
Rua, que não falta por ai quem queira ganhar dinheiro! Autorize-me a
olhar por eles e verá!
- O diabo é que você quer setenta mil-réis... suspirou João
Romão.
- Ah! nem menos um real!... Mas comigo aqui há de ver o que lhe
faço entrar para algibeira! Temos cá muita gente que não precisa estar.
Para que tanto macaqueiro, por exemplo? Aquilo é serviço para
descanso; é serviço de criança! Em vez de todas aquelas lesmas, pagas
talvez a trinta mil-réis...
- É justamente quanto lhes dou.
- ... melhor seria tomar dois bons trabalhadores de cinqüenta,
que fazem o dobro do que fazem aqueles monos e que podem servir


[Linha 1500 de 8202 - Parte 1 de 5]


para outras coisas! Parece que nunca trabalharam! Olhe, é já a terceira
vez que aquele que ali está deixa cair o escopro! Com efeito!

João Romão ficou calado, a cismar, enquanto voltavam. Vinham
ambos pensativos.
- E você, se eu o tomar, disse depois o vendeiro, muda-se cá para
a estalagem?...
- Naturalmente! não hei de ficar lá na cidade nova, tendo o
serviço aqui!...
- E a comida, forneço-a eu?...
- Isso é que a mulher é quem a faz; mas as compras saem-lhe da
venda...
- Pois está fechado o negócio! deliberou João Romão,
convencido de que não podia, por economia, dispensar um homem
daqueles. E pensou lá de si para si: "Os meus setenta mil-réis
voltar-me-ão à gaveta. Tudo me fica em casa!"
- Então estamos entendidos?...
- Estamos entendidos!
- Posso amanhã fazer a mudança?
- Hoje mesmo, se quiser; tenho um cômodo que lhe há de calhar.
É o número 35. Vou mostrar-lho.
E aligeirando o passo, penetraram na estrada do capinzal com
direção ao fundo do cortiço.
- Ah! é verdade! como você se chama?
- Jerônimo, para o servir.
- Servir a Deus. Sua mulher lava?
- É lavadeira, sim senhor.
- Bem, precisamos ver-lhe uma tina.
E o vendeiro empurrou a porta do fundo da estalagem, de onde
escapou, como de uma panela fervendo que se destapa, uma baforada
quente, vozeria tresandante à fermentação de suores e roupa ensaboada
secando ao sol.



V


No dia seguinte, com efeito, ali pelas sete da manhã, quando o
cortiço fervia já na costumada labutação, Jerônimo apresentou-se junto
com a mulher, para tomarem conta da casinha alugada na véspera.
A mulher chamava-se Piedade de Jesus; teria trinta anos, boa
estatura, carne ampla e rija, cabelos fortes de um castanho fulvo, dentes
pouco alvos, mas sólidos e perfeitos, cara cheia, fisionomia aberta; um
todo de bonomia toleirona, desabotoando-lhe pelos olhos e pela boca
numa simpática expressão de honestidade simples e natural.
Vieram ambos à boleia da andorinha que lhes carregou os trens.
Ela trazia uma saia de sarja roxa, cabeção branco de paninho de
algodão e na cabeça um lenço vermelho de alcobaça; o marido a mesma
roupa do dia anterior.


[Linha 1550 de 8202 - Parte 1 de 5]


E os dois apearam-se muito atrapalhados com os objetos que não
confiaram dos homens da carroça; Jerônimo abraçado a duas
formidáveis mangas de vidro, das primitivas, dessas em que se podia à
vontade enfiar uma perna; e a Piedade atracada com um velho relógio
de parede e com uma grande trouxa de santos e palmas bentas. E assim
atravessaram o pátio da estalagem, entre os comentários e os olhares
curiosos dos antigos moradores, que nunca viam sem uma pontinha de
desconfiança os inquilinos novos que surgiam.
- O que será este pedaço de homem? indagou a Machona da sua
vizinha de tina, a Augusta Carne-Mole.
- A modos, respondeu esta, que vem para trabalhar na pedreira.
Ele ontem andou por lá um ror de tempo com o João Romão.
- Aquela mulher que entrou junto será casada com ele?
- É de crer.
- Ela me parece gente das ilhas.
- Eles o que têm é muito bons trastes de seu! interveio a
Leocádia. Uma cama que deve ser um regalo e um toucador com um
espelho maior do que aquela peneira!
- E a cômoda, você viu, Nhá Leocádia? perguntou Florinda,
gritando para ser ouvida, porque entre ela e a outra estavam a Bruxa e a
velha Marciana.
- Vi, Rico traste!
- E o oratório, então? Muito bonito!...
- Vi também. É obra de capricho. Não! eles sejam lá quem for,
são gente arranjada... Isso não se lhes pode negar!
- Se são bons ou maus só com o tempo se saberá!... arriscou Dona
Isabel.
- Quem vê cara não vê corações... sentenciou o triste Albino,
suspirando.
- Mas o número 35 não estava ocupado por aquele homem muito
amarelo que fazia charutos?... inquiriu Augusta.
- Estava, confirmou a mulher do ferreiro, a Leocádia, porém
creio que arribou, devendo não sei quanto, e o João Romão então
esvaziou-lhe ontem a casa e tomou conta do que era dele.
- É! acudiu a Machona; ontem, pelo cair das duas da tarde, o
Romão andava aí às voltas com os cacarecos do charuteiro. Quem sabe,
se o pobre homem não levou a breca, como sucedeu àquele outro que
trabalhava de ourives?
- Não! Este creio que está vivo...
- O que lhe digo é que aquele número 35 tem mau agouro! Eu cá
por mim não o queria nem de graça! Foi lá que morreu a Maricas do
Farjão!
Três horas depois, Jerônimo e Piedade achavam-se instalados e
dispunham-se a comer o almoço, que a mulher preparara o melhor e o
mais depressa que pôde. Ele contava aviar até a noite uma infinidade
de coisas, para poder começar a trabalhar logo no dia seguinte.
Era tão metódico e tão bom como trabalhador quanto o era como
homem.
Jerônimo viera da terra, com a mulher e uma filhinha ainda
pequena, tentar a vida no Brasil, na qualidade de colono de um


[Linha 1600 de 8202 - Parte 1 de 5]


fazendeiro, em cuja fazenda mourejou durante dois anos, sem nunca
levantar a cabeça, e de onde afinal se retirou de mãos vazias e uma
grande birra pela lavoura brasileira. Para continuar a servir na roça tinha
que sujeitar-se a emparelhar com os negros escravos e viver com eles no
mesmo meio degradante, encurralado como uma besta, sem aspirações,
nem futuro, trabalhando eternamente para outro.
Não quis. Resolveu abandonar de vez semelhante estupor de vida
e atirar-se para a Corte, onde, diziam-lhe patrícios, todo o homem bem
disposto encontrava furo. E, com efeito, mal chegou, devorado de
necessidades e privações, meteu-se a quebrar pedra em uma pedreira,
mediante um miserável salário. A sua existência continuava dura e
precária; a mulher já então lavava e engomava, mas com pequena
freguesia e mal paga. O que os dois faziam chegava-lhes apenas para
não morrer de fome e pagar o quarto da estalagem.
Jerônimo, porém, era perseverante, observador e dotado de certa
habilidade. Em poucos meses se apoderava do seu novo ofício e, de
quebrador de pedra, passou logo a fazer paralelepípedos; e depois
foi-se ajeitando com o prumo e com a esquadria e meteu-se a fazer
lajedos; e finalmente, à força de dedicação pelo serviço, tornou-se tão
bom como os melhores trabalhadores de pedreira e a ter salário igual ao
deles. Dentro de dois anos, distinguia-se tanto entre os companheiros,
que o patrão o converteu numa espécie de contramestre e elevou-lhe o
ordenado a setenta mil-réis.
Mas não foram só o seu zelo e a sua habilidade o que o pôs assim
para a frente; duas outras coisas contribuíram muito para isso: a força
de touro que o tornava respeitado e temido por todo o pessoal dos
trabalhadores, como ainda, e, talvez, principalmente, a grande
seriedade do seu caráter e a pureza austera dos seus costumes. Era
homem de uma honestidade a toda prova e de uma primitiva
simplicidade no seu modo de viver. Sala de casa para o serviço e do
serviço para casa, onde nunca ninguém o vira com a mulher senão em
boa paz; traziam a filhinha sempre limpa e bem alimentada, e, tanto um
como o outro, eram sempre os primeiros à hora do trabalho. Aos
domingos iam às vezes à missa ou, à tarde, ao Passeio Público; nessas
ocasiões, ele punha uma camisa engomada, calçava sapatos e enfiava
um paletó; ela o seu vestido de ver a Deus, os seus ouros trazidos da
terra, que nunca tinham ido ao monte de socorro, malgrado as
dificuldades com que os dois lutaram a principio no Brasil.
Piedade merecia bem o seu homem, muito diligente, sadia,
honesta, forte, bem acomodada com tudo e com todos, trabalhando de
sol a sol e dando sempre tão boas contas da obrigação, que os seus


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O Cortiço - Parte 2 de 5 - Aluísio Azevedo
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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O Cortiço - Parte 1 de 5 - Aluísio Azevedo


O Cortiço - Parte 1 de 5 - Aluísio Azevedo

O Cortiço - Aluísio Azevedo



Tendo como cenário uma habitação coletiva, o romance difunde as teses naturalistas, que explicam o comportamento dos personagens com base na influência do meio, da raça e do momento histórico.

(SEGUE ABAIXO OBRA COMPLETA DIVIDIDA EM 5 POSTAGENS)


Resumo
O livro narra inicialmente a saga de João Romão rumo ao enriquecimento. Para acumular capital, ele explora os empregados e se utiliza até do furto para conseguir atingir seus objetivos. João Romão é o dono do cortiço, da taverna e da pedreira. Sua amante, Bertoleza, o ajuda de domingo a domingo, trabalhando sem descanso.

------------------------------------------------------


I


João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de
um vendeiro que enriqueceu entre as quatro paredes de uma suja e
obscura taverna nos refolhos do bairro do Botafogo; e tanto
economizou do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao
retirar-se o patrão para a terra, lhe deixou, em pagamento de ordenados
vencidos, nem só a venda com o que estava dentro, como ainda um
conto e quinhentos em dinheiro.
Proprietário e estabelecido por sua conta, o rapaz atirou-se à
labutação ainda com mais ardor, possuindo-se de tal delírio de
enriquecer, que afrontava resignado as mais duras privações. Dormia
sobre o balcão da própria venda, em cima de uma esteira, fazendo
travesseiro de um saco de estopa cheio de palha. A comida
arranjava-lha, mediante quatrocentos réis por dia, uma quitandeira sua
vizinha, a Bertoleza, crioula trintona, escrava de um velho cego
residente em Juiz de Fora e amigada com um português que tinha uma
carroça de mão e fazia fretes na cidade.
Bertoleza também trabalhava forte; a sua quitanda era a mais bem
afreguesada do bairro. De manhã vendia angu, e à noite peixe frito e
iscas de fígado; pagava de jornal a seu dono vinte mil-réis por mês, e,
apesar disso, tinha de parte quase que o necessário para a alforria. Um
dia, porém, o seu homem, depois de correr meia légua, puxando uma
carga superior às suas forças, caiu morto na rua, ao lado da carroça,
estrompado como uma besta.
João Romão mostrou grande interesse por esta desgraça, fez-se
até participante direto dos sofrimentos da vizinha, e com tamanho
empenho a lamentou, que a boa mulher o escolheu para confidente das
suas desventuras. Abriu-se com ele, contou-lhe a sua vida de
amofinações e dificuldades. "Seu senhor comia-lhe a pele do corpo!
Não era brinquedo para uma pobre mulher ter de escarrar pr'ali, todos
os meses, vinte mil-réis em dinheiro!" E segredou-lhe então o que tinha
juntado para a sua liberdade e acabou pedindo ao vendeiro que lhe
guardasse as economias, porque já de certa vez fora roubada por
gatunos que lhe entraram na quitanda pelos fundos.
Daí em diante, João Romão tornou-se o caixa, o procurador e o
conselheiro da crioula. No fim de pouco tempo era ele quem tomava
conta de tudo que ela produzia e era também quem punha e dispunha
dos seus pecúlios, e quem se encarregava de remeter ao senhor os vinte
mil-réis mensais. Abriu-lhe logo uma conta corrente, e a quitandeira,
quando precisava de dinheiro para qualquer coisa, dava um pulo até à
venda e recebia-o das mãos do vendeiro, de "Seu João", como ela dizia.
Seu João debitava metodicamente essas pequenas quantias num


[Linha 50 de 8202 - Parte 1 de 5]


caderninho, em cuja capa de papel pardo lia-se, mal escrito e em letras
cortadas de jornal: "Ativo e passivo de Bertoleza".
E por tal forma foi o taverneiro ganhando confiança no espírito da
mulher, que esta afinal nada mais resolvia só por si, e aceitava dele,
cegamente, todo e qualquer arbítrio. Por último, se alguém precisava
tratar com ela qualquer negócio, nem mais se dava ao trabalho de
procurá-la, ia logo direito a João Romão.
Quando deram fé estavam amigados.
Ele propôs-lhe morarem juntos e ela concordou de braços abertos,
feliz em meter-se de novo com um português, porque, como toda a
cafuza, Bertoleza não queria sujeitar-se a negros e procurava
instintivamente o homem numa raça superior à sua.
João Romão comprou então, com as economias da amiga, alguns
palmos de terreno ao lado esquerdo da venda, e levantou uma casinha
de duas portas, dividida ao meio paralelamente à rua, sendo a parte da
frente destinada à quitanda e a do fundo para um dormitório que se
arranjou com os cacarecos de Bertoleza. Havia, além da cama, uma
cômoda de jacarandá muito velha com maçanetas de metal amarelo já
mareadas, um oratório cheio de santos e forrado de papel de cor, um
baú grande de couro cru tacheado, dois banquinhos de pau feitos de
uma só peça e um formidável cabide de pregar na parede, com a sua
competente coberta de retalhos de chita.
O vendeiro nunca tivera tanta mobília.
- Agora, disse ele à crioula, as coisas vão correr melhor para você.
Você vai ficar forra; eu entro com o que falta.
Nesse dia ele saiu muito à rua, e uma semana depois apareceu com
uma folha de papel toda escrita, que leu em voz alta à companheira.
- Você agora não tem mais senhor! declarou em seguida à leitura,
que ela ouviu entre lágrimas agradecidas. Agora está livre. Doravante o
que você fizer é só seu e mais de seus filhos, se os tiver. Acabou-se o
cativeiro de pagar os vinte mil-réis à peste do cego!
- Coitado! A gente se queixa é da sorte! Ele, como meu senhor,
exigia o jornal, exigia o que era seu!
- Seu ou não seu, acabou-se! E vida nova!
Contra todo o costume, abriu-se nesse dia uma garrafa de vinho
do Porto, e os dois beberam-na em honra ao grande acontecimento.
Entretanto, a tal carta de liberdade era obra do próprio João Romão, e
nem mesmo o selo, que ele entendeu de pespegar-lhe em cima, para dar
à burla maior formalidade, representava despesa porque o esperto
aproveitara uma estampilha já servida. O senhor de Bertoleza não teve
sequer conhecimento do fato; o que lhe constou, sim, foi que a sua
escrava lhe havia fugido para a Bahia depois da morte do amigo.
- O cego que venha buscá-la aqui, se for capaz... desafiou o
vendeiro de si para si. Ele que caia nessa e verá se tem ou não pra pêras!
Não obstante, só ficou tranqüilo de todo daí a três meses, quando
lhe constou a morte do velho. A escrava passara naturalmente em
herança a qualquer dos filhos do morto; mas, por estes, nada havia que
recear: dois pândegos de marca maior que, empolgada a legitima,
cuidariam de tudo, menos de atirar-se na pista de uma crioula a quem
não viam de muitos anos àquela parte. "Ora! bastava já, e não era


[Linha 100 de 8202 - Parte 1 de 5]


pouco, o que lhe tinham sugado durante tanto tempo!"
Bertoleza representava agora ao lado de João Romão o papel
tríplice de caixeiro, de criada e de amante. Mourejava a valer, mas de
cara alegre; às quatro da madrugada estava já na faina de todos os dias,
aviando o café para os fregueses e depois preparando o almoço para os
trabalhadores de uma pedreira que havia para além de um grande
capinzal aos fundos da venda. Varria a casa, cozinhava, vendia ao
balcão na taverna, quando o amigo andava ocupado lá por fora; fazia a
sua quitanda durante o dia no intervalo de outros serviços, e à noite
passava-se para a porta da venda, e, defronte de um fogareiro de barro,
fritava fígado e frigia sardinhas, que Romão ia pela manhã, em mangas
de camisa, de tamancos e sem meias, comprar à praia do Peixe. E o
demônio da mulher ainda encontrava tempo para lavar e consertar,
além da sua, a roupa do seu homem, que esta, valha a verdade, não era
tanta e nunca passava em todo o mês de alguns pares de calças de
zuarte e outras tantas camisas de riscado.
João Romão não saia nunca a passeio, nem ia à missa aos
domingos; tudo que rendia a sua venda e mais a quitanda seguia
direitinho para a caixa econômica e daí então para o banco. Tanto assim
que, um ano depois da aquisição da crioula, indo em hasta pública
algumas braças de terra situadas ao fundo da taverna, arrematou-as
logo e tratou, sem perda de tempo, de construir três casinhas de porta e
janela.
Que milagres de esperteza e de economia não realizou ele nessa
construção! Servia de pedreiro, amassava e carregava barro, quebrava
pedra; pedra, que o velhaco, fora de horas, junto com a amiga, furtavam
à pedreira do fundo, da mesma forma que subtraiam o material das
casas em obra que havia por ali perto.
Estes furtos eram feitos com todas as cautelas e sempre coroados
do melhor sucesso, graças à circunstância de que nesse tempo a polícia
não se mostrava muito por aquelas alturas. João Romão observava
durante o dia quais as obras em que ficava material para o dia seguinte,
e à noite lá estava ele rente, mais a Bertoleza, a removerem tábuas,
tijolos, telhas, sacos de cal, para o meio da rua, com tamanha habilidade
que se não ouvia vislumbre de rumor. Depois, um tomava uma carga e
partia para casa, enquanto o outro ficava de alcatéia ao lado do resto,
pronto a dar sinal, em caso de perigo; e, quando o que tinha ido voltava,
seguia então o companheiro, carregado por sua vez.
Nada lhes escapava, nem mesmo as escadas dos pedreiros, os
cavalos de pau, o banco ou a ferramenta dos marceneiros.
E o fato é que aquelas três casinhas, tão engenhosamente
construídas, foram o ponto de partida do grande cortiço de São
Romão.
Hoje quatro braças de terra, amanhã seis, depois mais outras, ia o
vendeiro conquistando todo o terreno que se estendia pelos fundos da
sua bodega; e, à proporção que o conquistava, reproduziam-se os
quartos e o número de moradores.
Sempre em mangas de camisa, sem domingo nem dia santo, não
perdendo nunca a ocasião de assenhorear-se do alheio, deixando de
pagar todas as vezes que podia e nunca deixando de receber,


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enganando os fregueses, roubando nos pesos e nas medidas,
comprando por dez réis de mel coado o que os escravos furtavam da
casa dos seus senhores, apertando cada vez mais as próprias despesas,
empilhando privações sobre privações, trabalhando e mais a amiga
como uma junta de bois, João Romão veio afinal a comprar uma boa
parte da bela pedreira, que ele, todos os dias, ao cair da tarde,
assentado um instante à porta da venda, contemplava de longe com um
resignado olhar de cobiça.
Pôs lá seis homens a quebrarem pedra e outros seis a fazerem
lajedos e paralelepípedos, e então principiou a ganhar em grosso, tão em
grosso que, dentro de ano e meio, arrematava já todo o espaço
compreendido entre as suas casinhas e a pedreira, isto é, umas oitenta
braças de fundo sobre vinte de frente em plano enxuto e magnífico para
construir.
Justamente por essa ocasião vendeu-se também um sobrado que
ficava à direita da venda, separado desta apenas por aquelas vinte
braças; de sorte que todo o flanco esquerdo do prédio, coisa de uns
vinte e tantos metros, despejava para o terreno do vendeiro as suas
nove janelas de peitoril. Comprou-o um tal Miranda, negociante
português, estabelecido na Rua do Hospício com uma loja de fazendas
por atacado. Corrida uma limpeza geral no casarão, mudar-se-ia ele
para lá com a família, pois que a mulher, Dona Estela, senhora
pretensiosa e com fumaças de nobreza, já não podia suportar a
residência no centro da cidade, como também sua menina, a
Zulmirinha, crescia muito pálida e precisava de largueza para enrijar e
tomar corpo.
Isto foi o que disse o Miranda aos colegas, porém a verdadeira
causa da mudança estava na necessidade, que ele reconhecia urgente,
de afastar Dona Estela do alcance dos seus caixeiros. Dona Estela era
uma mulherzinha levada da breca: achava-se casada havia treze anos e
durante esse tempo dera ao marido toda sorte de desgostos. Ainda
antes de terminar o segundo ano de matrimônio, o Miranda pilhou-a em
flagrante delito de adultério; ficou furioso e o seu primeiro impulso foi
de mandá-la para o diabo junto com o cúmplice; mas a sua casa
comercial garantia-se com o dote que ela trouxera, uns oitenta contos
em prédios e ações da divida publica, de que se utilizava o desgraçado
tanto quanto lhe permitia o regime dotal. Além de que, um rompimento
brusco seria obra para escândalo, e, segundo a sua opinião, qualquer
escândalo doméstico ficava muito mal a um negociante de certa ordem.
Prezava, acima de tudo, a sua posição social e tremia só com a idéia de
ver-se novamente pobre, sem recursos e sem coragem para recomeçar a
vida, depois de se haver habituado a umas tantas regalias e afeito à
hombridade de português rico que já não tem pátria na Europa.
Acovardado defronte destes raciocínios, contentou-se com uma
simples separação de leitos, e os dois passaram a dormir em quartos
separados. Não comiam juntos, e mal trocavam entre si uma ou outra
palavra constrangida, quando qualquer inesperado acaso os reunia a
contragosto.
Odiavam-se. Cada qual sentia pelo outro um profundo desprezo,
que pouco a pouco se foi transformando em repugnância completa. O


[Linha 200 de 8202 - Parte 1 de 5]


nascimento de Zulmira veio agravar ainda mais a situação; a pobre
criança, em vez de servir de elo aos dois infelizes, foi antes um novo
isolador que se estabeleceu entre eles. Estela amava-a menos do que lhe
pedia o instinto materno por supô-la filha do marido, e este a detestava
porque tinha convicção de não ser seu pai.
Uma bela noite, porém, o Miranda, que era homem de sangue
esperto e orçava então pelos seus trinta e cinco anos, sentiu-se em
insuportável estado de lubricidade. Era tarde já e não havia em casa
alguma criada que lhe pudesse valer. Lembrou-se da mulher, mas
repeliu logo esta idéia com escrupulosa repugnância. Continuava a
odiá-la. Entretanto este mesmo fato de obrigação em que ele se colocou
de não servir-se dela, a responsabilidade de desprezá-la, como que
ainda mais lhe assanhava o desejo da carne, fazendo da esposa infiel
um fruto proibido. Afinal, coisa singular, posto que moralmente nada
diminuísse a sua repugnância pela perjura, foi ter ao quarto dela.
A mulher dormia a sono solto. Miranda entrou pé ante pé e
aproximou-se da cama. "Devia voltar!... pensou. Não lhe ficava bem
aquilo!..." Mas o sangue latejava-lhe, reclamando-a. Ainda hesitou um
instante, imóvel, a contemplá-la no seu desejo.
Estela, como se o olhar do marido lhe apalpasse o corpo, torceu-se
sobre o quadril da esquerda, repuxando com as coxas o lençol para a
frente e patenteando uma nesga de nudez estofada e branca. O
Miranda não pôde resistir, atirou-se contra ela, que, num pequeno
sobressalto, mais de surpresa que de revolta, desviou-se, tornando logo
e enfrentando com o marido. E deixou-se empolgar pelos rins, de olhos
fechados, fingindo que continuava a dormir, sem a menor consciência
de tudo aquilo.
Ah! ela contava como certo que o esposo, desde que não teve
coragem de separar-se de casa, havia, mais cedo ou mais tarde, de
procurá-la de novo. Conhecia-lhe o temperamento, forte para desejar e
fraco para resistir ao desejo.
Consumado o delito, o honrado negociante sentiu-se tolhido de
vergonha e arrependimento. Não teve animo de dar palavra, e retirou-se
tristonho e murcho para o seu quarto de desquitado.
Oh! como lhe doía agora o que acabava de praticar na cegueira da
sua sensualidade.
- Que cabeçada!... dizia ele agitado. Que formidável
cabeçada!...
No dia seguinte, os dois viram-se e evitaram-se em silêncio, como
se nada de extraordinário houvera entre eles acontecido na véspera.
Dir-se-ia até que, depois daquela ocorrência, o Miranda sentia crescer o
seu ódio contra a esposa. E, à noite desse mesmo dia, quando se achou
sozinho na sua cama estreita, jurou mil vezes aos seus brios nunca mais,
nunca mais, praticar semelhante loucura.
Mas, daí a um mês, o pobre homem, acometido de um novo acesso
de luxúria, voltou ao quarto da mulher.
Estela recebeu-o desta vez como da primeira, fingindo que não
acordava; na ocasião, porém, em que ele se apoderava dela febrilmente,
a leviana, sem se poder conter, soltou-lhe em cheio contra o rosto uma
gargalhada que a custo sopeava. O pobre-diabo desnorteou, deveras


[Linha 250 de 8202 - Parte 1 de 5]


escandalizado, soerguendo-se, brusco, num estremunhamento de
sonâmbulo acordado com violência.
A mulher percebeu a situação e não lhe deu tempo para fugir;
passou-lhe rápido as pernas por cima e, grudando-se-lhe ao corpo,
cegou-o com uma metralhada de beijos.
Não se falaram.
Miranda nunca a tivera, nem nunca a vira, assim tão violenta no
prazer. Estranhou-a. Afigurou-se-lhe estar nos braços de uma amante
apaixonada: descobriu nela o capitoso encanto com que nos
embebedam as cortesãs amestradas na ciência do gozo venéreo.
Descobriu-lhe no cheiro da pele e no cheiro dos cabelos perfumes que
nunca lhe sentira; notou-lhe outro hálito, outro som nos gemidos e nos
suspiros. E gozou-a, gozou-a loucamente, com delírio, com verdadeira
satisfação de animal no cio.
E ela também, ela também gozou, estimulada por aquela
circunstância picante do ressentimento que os desunia; gozou a
desonestidade daquele ato que a ambos acanalhava aos olhos um do
outro; estorceu-se toda, rangendo os dentes, grunhindo, debaixo
daquele seu inimigo odiado, achando-o também agora, como homem,
melhor que nunca, sufocando-o nos seus braços nus, metendo-lhe pela
boca a língua úmida e em brasa. Depois, um arranco de corpo inteiro,
com um soluço gutural e estrangulado, arquejante e convulsa,
estatelou-se num abandono de pernas e braços abertos, a cabeça para o
lado, os olhos moribundos e chorosos, toda ela agonizante, como se a
tivessem crucificado na cama.
A partir dessa noite, da qual só pela manhã o Miranda se retirou do
quarto da mulher, estabeleceu-se entre eles o hábito de uma felicidade
sexual, tão completa como ainda não a tinham desfrutado, posto que no
intimo de cada um persistisse contra o outro a mesma repugnância
moral em nada enfraquecida.
Durante dez anos viveram muito bem casados; agora, porém,
tanto tempo depois da primeira infidelidade conjugal, e agora que o
negociante já não era acometido tão freqüentemente por aquelas crises
que o arrojavam fora de horas ao dormitório de Dona Estela; agora, eis
que a leviana parecia disposta a reincidir na culpa, dando corda aos
caixeiros do marido, na ocasião em que estes subiam para almoçar ou
jantar.
Foi por isso que o Miranda comprou o prédio vizinho a João
Romão.
A casa era boa; seu único defeito estava na escassez do quintal;
mas para isso havia remédio: com muito pouco compravam-se umas dez
braças daquele terreno do fundo que ia até à pedreira, e mais uns dez ou
quinze palmos do lado em que ficava a venda.
Miranda foi logo entender-se com o Romão e propôs-lhe negócio.
O taverneiro recusou formalmente.
Miranda insistiu.
- O senhor perde seu tempo e seu latim! retrucou o amigo de
Bertoleza. Nem só não cedo uma polegada do meu terreno, como ainda
lhe compro, se mo quiser vender, aquele pedaço que lhe fica ao fundo
da casa!


[Linha 300 de 8202 - Parte 1 de 5]


- O quintal?
- É exato.
- Pois você quer que eu fique sem chácara, sem jardim, sem
nada?
- Para mim era de vantagem...
- Ora, deixe-se disso, homem, e diga lá quanto quer pelo que lhe
propus.
- Já disse o que tinha a dizer.
- Ceda-me então ao menos as dez braças do fundo.
- Nem meio palmo!
- Isso é maldade de sua parte, sabe? Eu, se faço tamanho
empenho, é pela minha pequena, que precisa, coitada, de um pouco de
espaço para alargar-se.
- E eu não cedo, porque preciso do meu terreno!
- Ora qual! Que diabo pode lá você fazer ali? Uma porcaria de
um pedaço de terreno quase grudado ao morro e aos fundos de minha
casa! quando você, aliás, dispõe de tanto espaço ainda!
- Hei de lhe mostrar se tenho ou não o que fazer ali!
- É que você é teimoso! Olhe, se me cedesse as dez braças do
fundo, a sua parte ficaria cortada em linha reta até à pedreira, e
escusava eu de ficar com uma aba de terreno alheio a meter-se pelo
meu. Quer saber? não amuro o quintal sem você decidir-se!
- Então ficará com o quintal para sempre sem muro, porque o que
tinha a dizer já disse!
- Mas, homem de Deus, que diabo! pense um pouco! Você ali
não pode construir nada! Ou pensará que lhe deixarei abrir janelas sobre
o meu quintal!...
- Não preciso abrir janelas sobre o quintal de ninguém!
- Nem tampouco lhe deixarei levantar parede, tapando-me as
janelas da esquerda!
- Não preciso levantar parede desse lado...
- Então que diabo vai você fazer de todo este terreno?...
- Ah! isso agora é cá comigo!... O que for soará!
- Pois creia que se arrepende de não me ceder o terreno!...
- Se me arrepender, paciência! Só lhe digo é que muito mal se
sairá quem quiser meter-se cá com a minha vida!
- Passe bem!
- Adeus!
Travou-se então uma lata renhida e surda entre o português
negociante de fazendas por atacado e o português negociante de secos
e molhados. Aquele não se resolvia a fazer o muro do quintal, sem ter
alcançado o pedaço de terreno que o separava do morro; e o outro, por
seu lado, não perdia a esperança de apanhar-lhe ainda, pelo menos,
duas ou três braças aos fundos da casa; parte esta que, conforme os seus
cálculos, valeria ouro, uma vez realizado o grande projeto que
ultimamente o trazia preocupado - a criação de uma estalagem em
ponto enorme, uma estalagem monstro, sem exemplo, destinada a
matar toda aquela miuçalha de cortiços que alastravam por Botafogo.
Era este o seu ideal. Havia muito que João Romão vivia
exclusivamente para essa idéia; sonhava com ela todas as noites;


[Linha 350 de 8202 - Parte 1 de 5]


comparecia a todos os leilões de materiais de construção; arrematava
madeiramentos já servidos; comprava telha em segunda mão; fazia
pechinchas de cal e tijolos; o que era tudo depositado no seu extenso
chão vazio, cujo aspecto tomava em breve o caráter estranho de uma
enorme barricada, tal era a variedade dos objetos que ali se apinhavam
acumulados: tábuas e sarrafos, troncos de árvore, mastros de navio,
caibros, restos de carroças, chaminés de barro e de ferro, fogões
desmantelados, pilhas e pilhas de tijolos de todos os feitios, barricas de
cimento, montes de areia e terra vermelha, aglomerações de telhas
velhas, escadas partidas, depósitos de cal, o diabo enfim; ao que ele,
que sabia perfeitamente como essas coisas se furtavam, resguardava,
soltando à noite um formidável cão de fila.
Este cão era pretexto de eternas resingas com a gente do Miranda,
a cujo quintal ninguém de casa podia descer, depois das dez horas da
noite, sem correr o risco de ser assaltado pela fera.
- É fazer o muro! dizia o João Romão, sacudindo os ombros.
- Não faço! replicava o outro. Se ele é questão de capricho eu
também tenho capricho!
Em compensação, não caia no quintal do Miranda galinha ou
frango, fugidos do cercado do vendeiro, que não levasse imediato
sumiço. João Romão protestava contra o roubo em termos violentos,
jurando vinganças terríveis, falando em dar tiros.
- Pois é fazer um muro no galinheiro! repontava o marido de
Estela.
Daí a alguns meses, João Romão, depois de tentar um derradeiro
esforço para conseguir algumas braças do quintal do vizinho, resolveu
principiar as obras da estalagem.
- Deixa estar, conversava ele na cama com a Bertoleza; deixa
estar que ainda lhe hei de entrar pelos fundos da casa, se é que não lhe
entre pela frente! Mais cedo ou mais tarde como-lhe, não duas braças,
mas seis, oito, todo o quintal e até o próprio sobrado talvez!
E dizia isto com uma convicção de quem tudo pode e tudo espera
da sua perseverança, do seu esforço inquebrantável e da fecundidade
prodigiosa do seu dinheiro, dinheiro que só lhe saia das unhas para
voltar multiplicado.
Desde que a febre de possuir se apoderou dele totalmente, todos
os seus atos, todos, fosse o mais simples, visavam um interesse
pecuniário. Só tinha uma preocupação: aumentar os bens. Das suas
hortas recolhia para si e para a companheira os piores legumes, aqueles
que, por maus, ninguém compraria; as suas galinhas produziam muito e
ele não comia um ovo, do que no entanto gostava imenso; vendia-os
todos e contentava-se com os restos da comida dos trabalhadores.
Aquilo já não era ambição, era uma moléstia nervosa, uma loucura, um
desespero de acumular; de reduzir tudo a moeda. E seu tipo baixote,
socado, de cabelos à escovinha, a barba sempre por fazer, ia e vinha da
pedreira para a venda, da venda às hortas e ao capinzal, sempre em
mangas de camisa, de tamancos, sem meias, olhando para todos os
lados, com o seu eterno ar de cobiça, apoderando-se, com os olhos, de
tudo aquilo de que ele não podia apoderar-se logo com as unhas.
Entretanto, a rua lá fora povoava-se de um modo admirável.


[Linha 400 de 8202 - Parte 1 de 5]


Construía-se mal, porém muito; surgiam chalés e casinhas da noite para
o dia; subiam os aluguéis; as propriedades dobravam de valor.
Montara-se uma fábrica de massas italianas e outra de velas, e os
trabalhadores passavam de manhã e às Ave-Marias, e a maior parte
deles ia comer à casa de pasto que João Romão arranjara aos fundos da
sua varanda. Abriram-se novas tavernas; nenhuma, porém, conseguia
ser tão afreguesada como a dele. Nunca o seu negocio fora tão bem,
nunca o finório vendera tanto; vendia mais agora, muito mais, que nos
anos anteriores. Teve até de admitir caixeiros. As mercadorias não lhe
paravam nas prateleiras; o balcão estava cada vez mais lustroso, mais
gasto. E o dinheiro a pingar, vintém por vintém, dentro da gaveta, e a
escorrer da gaveta para a barra, aos cinqüenta e aos cem mil-réis, e da
burra para o banco, aos contos e aos contos.
Afinal, já lhe não bastava sortir o seu estabelecimento nos
armazéns fornecedores; começou a receber alguns gêneros diretamente
da Europa: o vinho, por exemplo, que ele dantes comprava aos quintos
nas casas de atacado, vinha-lhe agora de Portugal às pipas, e de cada
uma fazia três com água e cachaça; e despachava faturas de barris de
manteiga, de caixas de conserva, caixões de fósforos, azeite, queijos,
louça e muitas outras mercadorias.
Criou armazéns para depósito, aboliu a quitanda e transferiu o
dormitório, aproveitando o espaço para ampliar a venda, que dobrou de
tamanho e ganhou mais duas portas.
Já não era uma simples taverna, era um bazar em que se encontrava
de tudo, objetos de armarinho, ferragens, porcelanas, utensílios de
escritório, roupa de riscado para os trabalhadores, fazenda para roupa
de mulher, chapéus de palha próprios para o serviço ao sol, perfumarias
baratas, pentes de chifre, lenços com versos de amor, e anéis e brincos
de metal ordinário.
E toda a gentalha daquelas redondezas ia cair lá, ou então ali ao
lado, na casa de pasto, onde os operários das fábricas e os trabalhadores
da pedreira se reuniam depois do serviço, e ficavam bebendo e
conversando até as dez horas da noite, entre o espesso fumo dos
cachimbos, do peixe frito em azeite e dos lampiões de querosene.
Era João Romão quem lhes fornecia tudo, tudo, até dinheiro
adiantado, quando algum precisava. Por ali não se encontrava
jornaleiro, cujo ordenado não fosse inteirinho parar às mãos do
velhaco. E sobre este cobre, quase sempre emprestado aos tostões,
cobrava juros de oito por cento ao mês, um pouco mais do que levava
aos que garantiam a divida com penhores de ouro ou prata.
Não obstante, as casinhas do cortiço, à proporção que se
atamancavam, enchiam-se logo, sem mesmo dar tempo a que as tintas
secassem. Havia grande avidez em alugá-las; aquele era o melhor ponto
do bairro para a gente do trabalho. Os empregados da pedreira
preferiam todos morar lá, porque ficavam a dois passos da obrigação.
O Miranda rebentava de raiva.
- Um cortiço! exclamava ele, possesso. Um cortiço! Maldito seja
aquele vendeiro de todos os diabos! Fazer-me um cortiço debaixo das
janelas!... Estragou-me a casa, o malvado!
E vomitava pragas, jurando que havia de vingar-se, e protestando


[Linha 450 de 8202 - Parte 1 de 5]


aos berros contra o pó que lhe invadia em ondas as salas, e contra o
infernal baralho dos pedreiros e carpinteiros que levavam a martelar de
sol a sol.
O que aliás não impediu que as casinhas continuassem a surgir,
uma após outra, e fossem logo se enchendo, a estenderem-se unidas por
ali a fora, desde a venda até quase ao morro, e depois dobrassem para o
lado do Miranda e avançassem sobre o quintal deste, que parecia
ameaçado por aquela serpente de pedra e cal.
O Miranda mandou logo levantar o muro.
Nada! aquele demônio era capaz de invadir-lhe a casa até a sala de
visitas!
E os quartos do cortiço pararam enfim de encontro ao muro do
negociante, formando com a continuação da casa deste um grande
quadrilongo, espécie de pátio de quartel, onde podia formar um
batalhão.
Noventa e cinco casinhas comportou a imensa estalagem.
Prontas, João Romão mandou levantar na frente, nas vinte braças
que separavam a venda do sobrado do Miranda, um grosso muro de
dez palmos de altura, coroado de cacos de vidro e fundos de garrafa, e
com um grande portão no centro, onde se dependurou uma lanterna de
vidraças vermelhas, por cima de uma tabuleta amarela, em que se lia o
seguinte, escrito a tinta encarnada e sem ortografia:
"Estalagem de São Romão. Alugam-se casinhas e tinas para
lavadeiras".
As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por dia; tudo pago
adiantado. O preço de cada tina, metendo a água, quinhentos réis;
sabão à parte. As moradoras do cortiço tinham preferência e não
pagavam nada para lavar.
Graças à abundância da água que lá havia, como em nenhuma
outra parte, e graças ao muito espaço de que se dispunha no cortiço para
estender a roupa, a concorrência às tinas não se fez esperar; acudiram
lavadeiras de todos os pontos da cidade, entre elas algumas vindas de
bem longe. E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, um canto
onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem de pretendentes a
disputá-los.
E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia, agitada e
barulhenta, com as suas cercas de varas, as suas hortaliças verdejantes e
os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciam como
manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e
o revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas sobre os
lustrosos bancos de lavar. E os gotejantes jiraus, cobertos de roupa
molhada, cintilavam ao sol, que nem lagos de metal branco.
E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente
e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma
coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo,
daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.


II



[Linha 500 de 8202 - Parte 1 de 5]



Durante dois anos o cortiço prosperou de dia para dia, ganhando forças,
socando-se de gente. E ao lado o Miranda assustava-se, inquieto com aquela
exuberância brutal de vida, aterrado defronte daquela floresta implacável que lhe
crescia junto da casa, por debaixo das janelas, e cujas raízes, piores e mais grossas
do que serpentes, minavam por toda a parte, ameaçando rebentar o chão em torno
dela, rachando o solo e abalando tudo.
Posto que lá na Rua do Hospício os seus negócios não corressem
mal, custava-lhe a sofrer a escandalosa fortuna do vendeiro "aquele
tipo! um miserável, um sujo, que não pusera nunca um paletó, e que
vivia de cama e mesa com uma negra!"
À noite e aos domingos ainda mais recrudescia o seu azedume,
quando ele, recolhendo-se fatigado do serviço, deixava-se ficar
estendido numa preguiçosa, junto à mesa da sala de jantar, e ouvia, a
contragosto, o grosseiro rumor que vinha da estalagem numa exalação
forte de animais cansados. Não podia chegar à janela sem receber no
rosto aquele bafo, quente e sensual, que o embebedava com o seu
fartum de bestas no coito.
E depois, fechado no quarto de dormir, indiferente e habituado às
torpezas carnais da mulher, isento já dos primitivos sobressaltos que lhe
faziam, a ele, ferver o sangue e perder a tramontana, era ainda a
prosperidade do vizinho o que lhe obsedava o espírito,
enegrecendo-lhe a alma com um feio ressentimento de despeito.
Tinha inveja do outro, daquele outro português que fizera fortuna,
sem precisar roer nenhum chifre; daquele outro que, para ser mais rico
três vezes do que ele, não teve de casar com a filha do patrão ou com a
bastarda de algum fazendeiro freguês da casa!
Mas então, ele Miranda, que se supunha a última expressão da
ladinagem e da esperteza; ele, que, logo depois do seu casamento,
respondendo para Portugal a um ex-colega que o felicitava, dissera que
o Brasil era uma cavalgadura carregada de dinheiro, cujas rédeas um
homem fino empolgava facilmente; ele, que se tinha na conta de
invencível matreiro, não passava afinal de um pedaço de asno
comparado com o seu vizinho! Pensara fazer-se senhor do Brasil e
fizera-se escravo de uma brasileira mal-educada e sem escrúpulos de
virtude! Imaginara-se talhado para grandes conquistas, e não passava
de uma vitima ridícula e sofredora!... Sim! no fim de contas qual fora a
sua África?... Enriquecera um pouco, é verdade, mas como? a que
preço? hipotecando-se a um diabo, que lhe trouxera oitenta contos de
réis, mas incalculáveis milhões de desgostos e vergonhas! Arranjara a
vida, sim, mas teve de aturar eternamente uma mulher que ele odiava! E
do que afinal lhe aproveitar tudo isso? Qual era afinal a sua grande
existência? Do inferno da casa para o purgatório do trabalho e
vice-versa! Invejável sorte, não havia dúvida!
Na dolorosa incerteza de que Zulmira fosse sua filha, o
desgraçado nem sequer gozava o prazer de ser pai. Se ela, em vez de
nascer de Estela, fora uma enjeitadinha recolhida por ele, é natural que
a amasse e então a vida lhe correria de outro modo; mas naquelas
condições, a pobre criança nada mais representava que o documento
vivo do ludibrio materno, e o Miranda estendia até à


[Linha 550 de 8202 - Parte 1 de 5]


inocentezinhad'África o ódio que sustentava contra a esposa.
Uma espiga a tal da sua vida!
- Fui uma besta! resumiu ele, em voz alta, apeando-se da cama,
onde se havia recolhido inutilmente.
E pôs-se a passear no quarto sem vontade de dormir, sentindo que
a febre daquela inveja lhe estorricava os miolos.
Feliz e esperto era o João Romão! esse, sim, senhor! Para esse é
que havia de ser a vida!... Filho da mãe, que estava hoje tão livre e
desembaraçado como no dia em que chegou da terra sem um vintém de
seu! esse, sim, que era moço e podia ainda gozar muito, porque quando
mesmo viesse a casar e a mulher lhe saísse uma outra Estela era só
mandá-la para o diabo com um pontapé! Podia fazê-lo! Para esse é que
era o Brasil!
- Fui uma besta! repisava ele sem conseguir conformar-se com a
felicidade do vendeiro. Uma grandíssima! No fim de contas que diabo
possuo eu?... Uma casa de negócio, da qual não posso separar-me sem
comprometer o que lá está enterrado! um capital metido numa rede de
transações que não se liquidam nunca, e cada vez mais se complicam e
mais me grudam ao estupor desta terra, onde deixarei a casca! Que
tenho de meu, se a alma do meu crédito é o dote, que me trouxe aquela
sem-vergonha e que a ela me prende como a peste da casa comercial me
prende a esta Costa d'África?
Foi da supuração fétida destas idéias que se formou no coração
vazio do Miranda um novo ideal - o título. Faltando-lhe
temperamento próprio para os vícios fortes que enchem a vida de um
homem; sem família, a quem amar e sem imaginação para poder gozar
com as prostitutas, o náufrago agarrou-se àquela tábua, como um
agonizante, consciente da morte, que se apega à esperança de uma vida
futura. A vaidade de Estela, que a principio lhe tirava dos lábios
incrédulos sorrisos de mofa, agora lhe comprazia à farta. Procurou
capacitar-se de que ela com efeito herdara sangue nobre, que ele, por
sua vez, se não o tinha herdado, trouxera-o por natureza própria, o que
devia valer mais ainda; e desde então principiou a sonhar com um
baronato, fazendo disso o objeto querido da sua existência, muito
satisfeito no intimo por ter afinal descoberto uma coisa em que podia
empregar dinheiro, sem ter, nunca mais, de restituí-lo à mulher, nem ter
de deixá-lo a pessoa alguma.
Semelhante preocupação modificou-o em extremo. Deu logo para
fingir-se escravo das conveniências, afetando escrúpulos sociais,
empertigando-se quanto podia e disfarçando a sua inveja pelo vizinho
com um desdenhoso ar de superioridade condescendente. Ao
passar-lhe todos os dias pela venda, cumprimentava-o com proteção,
sorrindo sem rir e fechando logo a cara em seguida, muito sério.
Dados os primeiros passos para a compra do titulo abriu a casa e
deu festas. A mulher, posto que lhe apontassem já os cabelos brancos,
rejubilou com isso.
Zulmira tinha então doze para treze anos e era o tipo acabado da
fluminense; pálida, magrinha, com pequeninas manchas roxas nas
mucosas do nariz, das pálpebras e dos lábios, faces levemente
pintalgadas de sardas. Respirava o tom úmido das flores noturnas, uma


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brancura fria de magnólia; cabelos castanho-claros, mãos quase
transparentes, unhas moles e curtas, como as da mãe, dentes pouco
mais claros do que a cútis do rosto, pés pequeninos, quadril estreito mas
os olhos grandes, negros, vivos e maliciosos.
Por essa época, justamente, chegava de Minas, recomendado ao
pai dela, o filho de um fazendeiro importantíssimo que dava belos
lucros à casa comercial de Miranda e que era talvez o melhor freguês
que este possuía no interior.
O rapaz chamava-se Henrique, tinha quinze anos e vinha terminar
na corte alguns preparatórios que lhe faltavam para entrar na Academia
de Medicina. Miranda hospedou-o no seu sobrado da Rua do Hospício
mas o estudante queixou-se, no fim de alguns dias, de que ai ficava mal
acomodado, e o negociante, a quem não convinha desagradar-lhe,
carregou com ele para a sua residência particular de Botafogo.
Henrique era bonitinho, cheio de acanhamentos, com umas
delicadezas de menina. Parecia muito cuidadoso dos seus estudos e tão
pouco extravagante e gastador, que não despendia um vintém fora das
necessidade de primeira urgência. De resto, a não ser de manhã para as
aulas, que ia sempre com o Miranda, não arredava pé de casa senão em
companhia da família, deste. Dona Estela, no cabo de pouco tempo,
mostrou por ele estima quase maternal e encarregou-se de tomar conta
da sua mesada, mesada posta pelo negociante, visto que o Henriquinho
tinha ordem franca do pai.
Nunca pedia dinheiro; quando precisava de qualquer coisa,
reclamava-a de Dona Estela, que por sua vez encarregava o marido de
comprá-la, sendo o objeto lançado na conta do fazendeiro com uma
comissão de usurário. Sua hospedagem custava duzentos e cinqüenta
mil-réis por mês, do que ele todavia não tinha conhecimento, nem
queria ter. Nada lhe faltava, e os criados da casa o respeitavam como a
um filho do próprio senhor.
À noite, às vezes, quando o tempo estava bom, Dona Estela saia
com ele, a filha e um moleque, o Valentim, a darem uma volta ate à
praia e, em tendo convite para qualquer festa em casa das amigas,
levava-o em sua companhia.
A criadagem da família, do Miranda compunha-se de Isaura,
mulata ainda moça, moleirona e tola, que gastava todo o vintenzinho
que pilhava em comprar capilé na venda de João Romão; uma negrinha
virgem, chamada Leonor, muito ligeira e viva, lisa e seca como um
moleque, conhecendo de orelha, sem lhe faltar um termo, a vasta
tecnologia da obscenidade, e dizendo, sempre que os caixeiros ou os
fregueses da taverna, só para mexer com ela, lhe davam atracações:
"Óia, que eu me queixo ao juiz de orfe!", e finalmente o tal Valentim,
filho de uma escrava que foi de Dona Estela e a quem esta havia
alforriado.
A mulher do Miranda tinha por este moleque uma afeição sem
limites: dava-lhe toda a liberdade, dinheiro, presentes, levava-o
consigo a passeio, trazia-o bem vestido e muita vez chegou a fazer
ciúmes à filha, de tão solicita que se mostrava com ele. Pois se a
caprichosa senhora ralhava com Zulmira por causa do negrinho! Pois, se
quando se queixavam os dois, um contra o outro, ela nunca dava razão


[Linha 650 de 8202 - Parte 1 de 5]


à filha! Pois se o que havia de melhor na casa era para o Valentim! Pois,
se quando foi este atacado de bexigas e o Miranda, apesar das súplicas
e dos protestos da esposa, mandou-o para um hospital, Dona Estela
chorava todos os dias e durante a ausência dele não tocou piano, nem
cantou, nem mostrou os dentes a ninguém? E o pobre Miranda, se não
queria sofrer impertinências da mulher e ouvir sensaborias defronte dos
criados, tinha de dar ao moleque toda a consideração e fazer-lhe
humildemente todas as vontades.
Havia ainda, sob as telhas do negociante, um outro hóspede além
do Henrique, o velho Botelho. Este, porém, na qualidade de parasita.
Era um pobre-diabo caminhando para os setenta anos, antipático,
cabelo branco, curto e duro, como escova, barba e bigode do mesmo
teor; muito macilento, com uns óculos redondos que lhe aumentavam o
tamanho da pupila e davam-lhe à cara uma expressão de abutre,
perfeitamente de acordo com o seu nariz adunco e com a sua boca sem
lábios: viam-se-lhe ainda todos os dentes, mas, tão gastos, que
pareciam limados até ao meio. Andava sempre de preto, com um
guarda-chuva debaixo do braço e um chapéu de Braga enterrado nas
orelhas. Fora em seu tempo empregado do comércio, depois corretor de
escravos; contava mesmo que estivera mais de uma vez na África
negociando negros por sua conta. Atirou-se muito às especulações;
durante a guerra do Paraguai ainda ganhara forte, chegando a ser bem
rico; mas a roda desandou e, de malogro em malogro, foi-lhe escapando
tudo por entre as suas garras de ave de rapina. E agora, coitado, já
velho, comido de desilusões, cheio de hemorróidas, via-se totalmente
sem recursos e vegetava à sombra do Mirada, com quem por muitos
anos trabalhou em rapaz, sob as ordens do mesmo patrão, e de quem se
conservara amigo, a principio por acaso e mais tarde por necessidade.
Devorava-o, noite e dia, uma implacável amargura, uma surda
tristeza de vencido, um desespero impotente, contra tudo e contra
todos, por não lhe ter sido possível empolgar o mundo com as suas
mãos hoje inúteis e trêmulas. E, como o seu atual estado de miséria não
lhe permitia abrir contra ninguém o bico, desabafava vituperando as
idéias da época.
Assim, eram às vezes muito quentes as sobremesas do Miranda,
quando, entre outros assuntos palpitantes, vinha à discussão o
movimento abolicionista que principiava a formar-se em torno da lei
Rio Branco. Então o Botelho ficava possesso e vomitava frases
terríveis, para a direita e para a esquerda, como quem dispara tiros sem
fazer alvo, e vociferava imprecações, aproveitando aquela válvula para
desafogar o velho ódio acumulado dentro dele.
- Bandidos! berrava apoplético. Cáfila de salteadores!
E o seu rancor irradiava-lhe dos olhos em setas envenenadas,
procurando cravar-se em todas as brancuras e em todas as claridades. A
virtude, a beleza, o talento, a mocidade, a força, a saúde, e
principalmente a fortuna, eis o que ele não perdoava a ninguém,
amaldiçoando todo aquele que conseguia o que ele não obtivera; que
gozava o que ele não desfrutara; que sabia o que ele não aprendera. E,
para individualizar o objeto do seu ódio, voltava-se contra o Brasil, essa
terra que, na sua opinião, só tinha uma serventia: enriquecer os


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portugueses, e que, no entanto, o deixara, a ele, na penúria.
Seus dias eram consumidos do seguinte modo: acordava às oito
da manhã, lavava-se mesmo no quarto com uma toalha molhada em
espírito de vinho; depois ia ler os jornais para a sala de jantar, à espera
do almoço; almoçava e sala, tomava o bonde e ia direitinho para uma
charutaria da Rua do Ouvidor, onde costumava ficar assentado até às
horas do jantar, entretido a dizer mal das pessoas que passavam lá fora,
defronte dele. Tinha a pretensão de conhecer todo o Rio de Janeiro e os
podres de cada um em particular. Às vezes, poucas, Dona Estela
encarregava-o de fazer pequenas compras de armarinho, o que o
Botelho desempenhava melhor que ninguém? Mas a sua grande paixão,
o seu fraco, era a farda, adorava tudo que dissesse respeito a
militarismo, posto que tivera sempre invencível medo às armas de
qualquer espécie, mormente às de fogo. Não podia ouvir disparar perto
de si uma espingarda, entusiasmava-se porém com tudo que cheirasse a
guerra; a presença de um oficial em grande uniforme tirava-lhe lágrimas
de comoção; conhecia na ponta da língua o que se referia à vida de
quartel; distinguia ao primeiro lance de olhos o posto e o corpo a que
pertencia qualquer soldado e, apesar dos seus achaques, era ouvir tocar
na rua a corneta ou o tambor conduzindo o batalhão, ficava logo no ar,
e, muita vez, quando dava por si, fazia parte dos que acompanhavam a
tropa. Então, não tornava para casa enquanto os militares neo se
recolhessem. Quase sempre voltava dessa loucura às seis da tarde,
moído a fazer dó, sem poder ter-se nas pernas, estrompado de marchar
horas e horas ao som da música de pancadaria. E o mais interessante é
que ele, ao vir-lhe a reação, revoltava-se furioso contra o maldito
comandante que o obrigava àquela estopada, levando o batalhão por
uma infinidade de ruas e fazendo de propósito o caminho mais longo.
- Só parece, lamentava-se ele, que a intenção daquele malvado
era dar-me cabo da pele! Ora vejam! Três horas de marche-marche por
uma soalheira de todos os diabos!
Uma das birras mais cômicas do Botelho era o seu ódio pelo
Valentim. O moleque causava-lhe febre com as suas petulâncias de
mimalho, e, velhaco, percebendo quanto elas o irritavam, ainda mais
abusava, seguro na proteção de Dona Estela. O parasita de muito que o
teria estrangulado, se não fora a necessidade de agradar à dona da casa.
Botelho conhecia as faltas de Estela como as palmas da própria
mão. O Miranda mesmo, que o via em conta de amigo fiel, muitas e
muitas vezes lhas confiara em ocasiões desesperadas de desabafo,
declarando francamente o quanto no intimo a desprezava e a razão por
que não a punha na rua aos pontapés. E o Botelho dava-lhe toda a
razão; entendia também que os sérios interesses comerciais estavam
acima de tudo.
- Uma mulher naquelas condições, dizia ele convicto, representa
nada menos que o capital, e um capital em caso nenhum a gente
despreza! Agora, você o que devia era nunca chegar-se para ela...
- Ora! explicava o marido. Eu me sirvo dela como quem se serve
de uma escarradeira!
O parasita, feliz por ver quanto o amigo aviltava a mulher,
concordava em tudo plenamente, dando-lhe um carinhoso abraço de


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admiração. Mas por outro lado, quando ouvia Estela falar do marido,
com infinito desdém e até com asco, ainda mais resplandecia de
contente.
- Você quer saber? afirmava ela, eu bem percebo quanto aquele
traste do senhor meu marido me detesta, mas isso tanto se me dá como
a primeira camisa que vesti! Desgraçadamente para nós, mulheres de
sociedade, não podemos viver sem esposo, quando somos casadas; de
forma que tenho de aturar o que me caiu em sorte, quer goste dele quer
não goste! Juro-lhe, porém, que, se consinto que o Miranda se chegue às
vezes para mim, é porque entendo que paga mais à pena ceder do que
puxar discussão com uma besta daquela ordem!
O Botelho, com a sua encanecida experiência do mundo, nunca
transmitia a nenhum dos dois o que cada qual lhe dizia contra o outro;
tanto assim que, certa ocasião, recolhendo-se à casa incomodado, em
hora que não era do seu costume, ouviu, ao passar pelo quintal,
sussurros de vozes abafadas que pareciam vir de um canto afogado de
verdura, onde em geral não ia ninguém.
Encaminhou-se para lá em bicos de pés e, sem ser percebido,
descobriu Estela entalada entre o muro e o Henrique. Deixou-se ficar
espiando, sem tugir nem mugir, e, só quando os dois se separaram, foi
que ele se mostrou.
A senhora soltou um pequeno grito, e o rapaz, de vermelho que
estava, fez-se cor de cera; mas o Botelho procurou tranqüilizá-los,
dizendo em voz amiga e misteriosa:
- Isso é uma imprudência o que vocês estão fazendo!... Estas
coisas não é deste modo que se arranjam! Assim como fui eu, podia ser
outra pessoa... Pois numa casa em que há tantos quartos, é lá preciso vir
meterem-se neste canto do quintal?...
- Nós não estávamos fazendo nada! disse Estela, recuperando o
sangue-frio.
- Ah! tornou o velho, aparentando sumo respeito: então
desculpe, pensei que estivessem... E olhe que, se assim fosse, para mim
seria o mesmo, porque acho isso a coisa mais natural do mundo e
entendo que desta vida a gente só leva o que come!... Se vi, creia, foi
como se nada visse, porque nada tenho a cheirar com a vida de cada
um!... A senhora está moça, está na força dos anos; seu marido não a
satisfaz, é justo que o substitua por outro! Ah! isto é o mundo, e, se é
torto, não fomos nós que o fizemos torto!... Até certa idade todos
temos dentro um bichinho-carpinteiro, que é preciso matar, antes que
ele nos mate! Não lhes doam as mãos!... apenas acho que, para outra
vez, devem ter um pouquinho mais de cuidado e...
- Está bom! basta! ordenou Estela.
- Perdão! eu, se digo isto, é para deixá-los bem tranqüilos a meu
respeito. Não quero, nem por sombra, que se persuadam de que...
O Henrique atalhou, com a voz ainda comovida:
- Mas, acredite, seu Botelho, que...
O velho interrompeu-o também por sua vez, passando-lhe a mão
no ombro e afastando-o consigo:
- Não tenha receio, que não o comprometerei, menino!
E, como já estivessem distantes de Estela, segredou-lhe em tom


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protetor:
- Não torne a fazer isto assim, que você se estraga... Olhe como
lhe tremem as pernas!
Dona Estela acompanhou-os a distancia, vagarosamente,
afetando preocupação em compor um ramalhete, cujas flores ela ia
colhendo com muita graça, ora toda vergada sobre as plantas rasteiras,
ora pondo-se na pontinha dos pés para alcançar os heliotrópios e os
manacás.
Henrique seguiu o Botelho até ao quarto deste, conversando sem
mudar de assunto.
- Você então não fala nisto, hein? Jura? perguntou-lhe.
O velho tinha já declarado, a rir, que os pilhara em flagrante e que
ficara bom tempo à espreita.
- Falar o quê, seu tolo?... Pois então quem pensa você que eu
sou?... Só abrirei o bico se você me der motivo para isso, mas estou
convencido que não dará... Quer saber? eu até simpatizo muito com
você, Henrique! Acho que você é um excelente menino, uma flor! E
digo-lhe mais: hei de proteger os seus negócios com Dona Estela...
Falando assim, tinha-lhe tomado as mãos e afagava-as.
- Olhe, continuou, acariciando-o sempre; não se meta com
donzelas, entende?... São o diabo! Por dá cá aquela palha fica um
homem em apuros! agora quanto às outras, papo com elas! Não mande
nenhuma ao vigário, nem lhe doa a cabeça, porque, no fim de contas,
nas circunstâncias de Dona Estela, é até um grande serviço que você lhe
faz! Meu rico amiguinho, quando uma mulher já passou dos trinta e
pilha a jeito um rapazito da sua idade, é como se descobrisse ouro em
pó! sabe-lhe a gaitas! Fique então sabendo de que não é só a ela que
você faz o obséquio, mas também ao marido: quanto mais escovar-lhe
você a mulher, melhor ela ficará de gênio, e por conseguinte melhor será
para o pobre homem, coitado! que tem já bastante com que se aborrecer
lá por baixo, com os seus negócios, e precisa de um pouco de descanso
quando volta do serviço e mete-se em casa! Escove-a, escove-a! que a
porá macia que nem veludo! O que é preciso é muito juizinho, percebe?
Não faça outra criançada como a de hoje e continue para diante, não só
com ela, mas com todas as que lhe caírem debaixo da asa! Vá passando!
menos as de casa aberta, que isso é perigoso por causa das moléstias;
nem tampouco donzelas! Não se meta com a Zulmira! E creia que lhe
falo assim, porque sou seu amigo, porque o acho simpático, porque o
acho bonito!
E acarinhou-o tão vivamente dessa vez, que o estudante,
fugindo-lhe das mãos, afastou-se com um gesto de repugnância e
desprezo, enquanto o velho lhe dizia em voz comprimida:
- Olha! Espera! Vem cá! Você é desconfiado!...


III


Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os
olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas.


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Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete
horas de chumbo. Como que se sentiam ainda na indolência de neblina
as derradeiras notas da ultima guitarra da noite antecedente,
dissolvendo-se à luz loura e tenra da aurora, que nem um suspiro de
saudade perdido em terra alheia.
A roupa lavada, que ficara de véspera nos coradouros, umedecia o
ar e punha-lhe um farto acre de sabão ordinário. As pedras do chão,
esbranquiçadas no lugar da lavagem e em alguns pontos azuladas pelo
anil, mostravam uma palidez grisalha e triste, feita de acumulações de
espumas secas.
Entretanto, das portas surgiam cabeças congestionadas de sono;
ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas;
pigarreava-se grosso por toda a parte; começavam as xícaras a tilintar; o
cheiro quente do café aquecia, suplantando todos os outros;
trocavam-se de janela para janela as primeiras palavras, os bons-dias;
reatavam-se conversas interrompidas à noite; a pequenada cá fora
traquinava já, e lá dentro das casas vinham choros abafados de crianças
que ainda não andam. No confuso rumor que se formava,
destacavam-se risos, sons de vozes que altercavam, sem se saber onde,
grasnar de marrecos, cantar de galos, cacarejar de galinhas. De alguns
quartos saiam mulheres que vinham pendurar cá fora, na parede, a
gaiola do papagaio, e os louros, à semelhança dos donos,
cumprimentavam-se ruidosamente, espanejando-se à luz nova do dia.
Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma
aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros,
lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria
da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres
precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar;
via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam,
suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não
se preocupavam em não molhar o pêlo, ao contrário metiam a cabeça
bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas,
fossando e fungando contra as palmas da mão. As portas das latrinas
não descansavam, era um abrir e fechar de cada instante, um entrar e
sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda
amarrando as calças ou as saias; as crianças não se davam ao trabalho de
lá ir, despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por detrás da
estalagem ou no recanto das hortas.
O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias
acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído
compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras na
venda; ensarilhavam-se discussões e resingas; ouviam-se gargalhadas e
pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação
sangüínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os
pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de
existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra.
Da porta da venda que dava para o cortiço iam e vinham como
formigas; fazendo compras.
Duas janelas do Miranda abriram-se. Apareceu numa a Isaura, que
se dispunha a começar a limpeza da casa.


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- Nhá Dunga! gritou ela para baixo, a sacudir um pano de mesa;
se você tem cuscuz de milho hoje, bata na porta, ouviu?
A Leonor surgiu logo também, enfiando curiosa a carapinha por
entre o pescoço e o ombro da mulata.
O padeiro entrou na estalagem, com a sua grande cesta à cabeça e
o seu banco de pau fechado debaixo do braço, e foi estacionar em meio
do pátio, à espera dos fregueses, pousando a canastra sobre o cavalete
que ele armou prontamente. Em breve estava cercado por uma nuvem
de gente. As crianças adulavam-no, e, à proporção que cada mulher ou
cada homem recebia o pão, disparava para casa com este abraçado
contra o peito. Uma vaca, seguida por um bezerro amordaçado, ia,
tilintando tristemente o seu chocalho, de porta em porta, guiada por um
homem carregado de vasilhame de folha.
O zunzum chegava ao seu apogeu. A fábrica de massas italianas,
ali mesmo da vizinhança, começou a trabalhar, engrossando o barulho
com o seu arfar monótono de máquina a vapor. As corridas até à venda
reproduziam-se, transformando-se num verminar constante de
formigueiro assanhado. Agora, no lugar das bicas apinhavam-se latas
de todos os feitios, sobressaindo as de querosene com um braço de
madeira em cima; sentia-se o trapejar da água caindo na folha. Algumas
lavadeiras enchiam já as suas tinas; outras estendiam nos coradouros a
roupa que ficara de molho. Principiava o trabalho. Rompiam das
gargantas os fados portugueses e as modinhas brasileiras. Um carroção
de lixo entrou com grande barulho de rodas na pedra, seguido de uma
algazarra medonha algaraviada pelo carroceiro contra o burro.
E, durante muito tempo, fez-se um vaivém de mercadores.
Apareceram os tabuleiros de carne fresca e outros de tripas e fatos de
boi; só não vinham hortaliças, porque havia muitas hortas no cortiço.
Vieram os ruidosos mascates, com as suas latas de quinquilharia, com
as suas caixas de candeeiros e objetos de vidro e com o seu
fornecimento de caçarolas e chocolateiras, de folha-de-flandres. Cada
vendedor tinha o seu modo especial de apregoar, destacando-se o
homem das sardinhas, com as cestas do peixe dependuradas, à moda
de balança, de um pau que ele trazia ao ombro. Nada mais foi preciso
do que o seu primeiro guincho estridente e gutural para surgirem logo,
como por encanto, uma enorme variedade de gatos, que vieram
correndo acercar-se dele com grande familiaridade, roçando-se-lhe nas
pernas arregaçadas e miando suplicantemente. O sardinheiro os
afastava com o pé, enquanto vendia o seu peixe à porta das casinhas,
mas os bichanos não desistiam e continuavam a implorar, arranhando os
cestos que o homem cuidadosamente tapava mal servia ao freguês. Para
ver-se livre por um instante dos importunos era necessário atirar para
bem longe um punhado de sardinhas, sobre o qual se precipitava logo,
aos pulos, o grupo dos pedinchões.
A primeira que se pôs a lavar foi a Leandra, por alcunha a
"Machona", portuguesa feroz, berradora, pulsos cabeludos e grossos,
anca de animal do campo. Tinha duas filhas, uma casada e separada do
marido, Ana das Dores, a quem só chamavam a "das Dores" e outra
donzela ainda, a Nenen, e mais um filho, o Agostinho, menino levado
dos diabos, que gritava tanto ou melhor que a mãe. A das Dores morava


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em sua casinha à parte, mas toda a família habitava no cortiço.
Ninguém ali sabia ao certo se a Machona era viúva ou desquitada;
os filhos não se pareciam uns com os outros. A das Dores, sim,
afirmavam que fora casada e que largara o marido para meter-se com
um homem do comércio; e que este, retirando-se para a terra e não
querendo soltá-la ao desamparo, deixara o sócio em seu lugar. Teria
vinte e cinco anos.
Nenen dezessete. Espigada, franzina e forte, com uma proazinha
de orgulho da sua virgindade, escapando como enguia por entre os
dedos dos rapazes que a queriam sem ser para casar. Engomava bem e
sabia fazer roupa branca de homem com muita perfeição.
Ao lado da Leandra foi colocar-se à sua tina a Augusta
Carne-Mole, brasileira, branca, mulher de Alexandre, um mulato de
quarenta anos, soldado de policia, pernóstico, de grande bigode preto,
queixo sempre escanhoado e um luxo de calças brancas engomadas e
botões limpos na farda, quando estava de serviço. Também tinham
filhos, mas ainda pequenos, um dos quais, a Juju, vivia na cidade com a
madrinha que se encarregava dela. Esta madrinha era uma cocote de
trinta mil-réis para cima, a Léonie, com sobrado na cidade. Procedência
francesa.
Alexandre, em casa, à hora de descanso, nos seus chinelos e na sua
camisa desabotoada, era muito chão com os companheiros de
estalagem, conversava, ria e brincava, mas envergando o uniforme,
encerando o bigode e empunhando a sua chibata, com que tinha o
costume de fustigar as calças de brim, ninguém mais lhe via os dentes e
então a todos falava teso e por cima do ombro. A mulher, a quem ele só
dava tu quando não estava fardado, era de uma honestidade proverbial
no cortiço, honestidade sem mérito, porque vinha da indolência do seu
temperamento e não do arbítrio do seu caráter.
Junto dela pôs-se a trabalhar a Leocádia, mulher de um ferreiro
chamado Bruno, portuguesa pequena e socada, de carnes duras, com
uma fama terrível de leviana entre as suas vizinhas.
Seguia-se a Paula, uma cabocla velha, meio idiota, a quem
respeitavam todos pelas virtudes de que só ela dispunha para benzer
erisipelas e cortar febres por meio de rezas e feitiçarias. Era
extremamente feia, grossa, triste, com olhos desvairados, dentes
cortados à navalha, formando ponta, como dentes de cão, cabelos lisos,
escorridos e ainda retintos apesar da idade. Chamavam-lhe "Bruxa".
Depois seguiam-se a Marciana e mais a sua filha Florinda. A
primeira, mulata antiga, muito seria e asseada em exagero: a sua casa
estava sempre úmida das consecutivas lavagens. Em lhe apanhando o
mau humor punha-se logo a espanar, a varrer febrilmente, e, quando a
raiva era grande, corria a buscar um balde de água e descarregava-o
com fúria pelo chão da sala. A filha tinha quinze anos, a pele de um
moreno quente, beiços sensuais, bonitos dentes, olhos luxuriosos de
macaca. Toda ela estava a pedir homem, mas sustentava ainda a sua
virgindade e não cedia, nem à mão de Deus Padre, aos rogos de João
Romão, que a desejava apanhar a troco de pequenas concessões na
medida e no peso das compras que Florinda fazia diariamente à venda.
Depois via-se a velha Isabel, isto é, Dona Isabel, porque ali na


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estalagem lhes dispensavam todos certa consideração, privilegiada
pelas suas maneiras graves de pessoa que já teve tratamento: uma pobre
mulher comida de desgostos. Fora casada com o dono de uma casa de
chapéus, que quebrou e suicidou-se, deixando-lhe uma filha muito
doentinha e fraca, a quem Isabel sacrificou tudo para educar,
dando-lhe mestre até de francês. Tinha uma cara macilenta de velha
portuguesa devota, que já foi gorda, bochechas moles de pelancas
rechupadas, que lhe pendiam dos cantos da boca como saquinhos
vazios; fios negros no queixo, olhos castanhos, sempre chorosos
engolidos pelas pálpebras. Puxava em bandos sobre as fontes o escasso
cabelo grisalho untado de óleo de amêndoas doces. Quando saia à rua
punha um eterno vestido de seda preta, achamalotada, cuja saia não
fazia rugas, e um xale encarnado que lhe dava a todo o corpo um feitio
piramidal. Da sua passada grandeza só lhe ficara uma caixa de rapé de
ouro, na qual a inconsolável senhora pitadeava agora, suspirando a
cada pitada.
A filha era a flor do cortiço. Chamavam-lhe Pombinha. Bonita,
posto que enfermiça e nervosa ao último ponto; loura, muito pálida,
com uns modos de menina de boa família. A mãe não lhe permitia lavar,
nem engomar, mesmo porque o médico a proibira expressamente.
Tinha o seu noivo, o João da Costa, moço do comércio, estimado
do patrão e dos colegas, com muito futuro, e que a adorava e conhecia
desde pequenita; mas Dona Isabel não queria que o casamento se
fizesse já. É que Pombinha, orçando aliás pelos dezoito anos, não tinha
ainda pago à natureza o cruento tributo da puberdade, apesar do zelo
da velha e dos sacrifícios que esta fazia para cumprir à risca as
prescrições do médico e não faltar à filha o menor desvelo. No entanto,
coitadas! daquele casamento dependia a felicidade de ambas, porque o
Costa, bem empregado como se achava em casa de um tio seu, de quem
mais tarde havia de ser sócio, tencionava, logo que mudasse de estado,
restituí-las ao seu primitivo circulo social. A pobre velha desesperava-se
com o fato e pedia a Deus, todas as noites, antes de dormir, que as
protegesse e conferisse à filha uma graça tão simples que ele fazia, sem
distinção de merecimento, a quantas raparigas havia pelo mundo; mas,
a despeito de tamanho empenho, por coisa nenhuma desta vida
consentiria que a sua pequena casasse antes de "ser mulher", como dizia
ela. E "que deixassem lá falar o doutor, entendia que não era decente,
nem tinha jeito, dar homem a uma moça que ainda não fora visitada
pelas regras! Não! Antes vê-la solteira toda a vida e ficarem ambas
curtindo para sempre aquele inferno da estalagem!"
Lá no cortiço estavam todos a par desta história; não era segredo
para ninguém. E não se passava um dia que não interrogassem duas e
três vezes a velha com estas frases:
- Então? Já veio?
- Por que não tenta os banhos de mar?
- Por que não chama outro médico?
- Eu, se fosse a senhora, casava-os assim mesmo!
A velha respondia dizendo que a felicidade não se fizera para ela.
E suspirava resignada.
Quando o Costa aparecia depois da sua obrigação para visitar a


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noiva, os moradores da estalagem cumprimentavam-no em silêncio
com um respeitoso ar de lástima e piedade, empenhados tacitamente
por aquele caiporismo, contra o qual não valiam nem mesmo as virtudes
da Bruxa.
Pombinha era muito querida por toda aquela gente. Era quem lhe
escrevia as cartas; quem em geral fazia o rol para as lavadeiras; quem
tirava as contas; quem lia o jornal para os que quisessem ouvir.
Prezavam-na com muito respeito e davam-lhe presentes, o que lhe
permitia certo luxo relativo. Andava sempre de botinhas ou sapatinhos
com meias de cor, seu vestido de chita engomado; tinha as suas
joiazinhas para sair à rua, e, aos domingos, quem a encontrasse à missa
na igreja de São João Batista, não seria capaz de desconfiar que ela
morava em cortiço.
Fechava a fila das primeiras lavadeiras, o Albino, um sujeito
afeminado, fraco, cor de espargo cozido e com um cabelinho castanho,
deslavado e pobre, que lhe caia, numa só linha, até ao pescocinho mole
e fino. Era lavadeiro e vivia sempre entre as mulheres, com quem já
estava tão familiarizado que elas o tratavam como a uma pessoa do
mesmo sexo; em presença dele falavam de coisas que não exporiam em
presença de outro homem; faziam-no até confidente dos seus amores e
das suas infidelidades, com uma franqueza que o não revoltava, nem
comovia. Quando um casal brigava ou duas amigas se disputavam, era
sempre Albino quem tratava de reconciliá-los, exortando as mulheres à
concórdia. Dantes encarregava-se de cobrar o rol das colegas, por
amabilidade; mas uma vez, indo a uma república de estudantes,
deram-lhe lá, ninguém sabia por quê, uma dúzia de bolos, e o
pobre-diabo jurou então, entre lágrimas e soluços, que nunca mais se
incumbiria de receber os róis.
E daí em diante, com efeito, não arredava os pezinhos do cortiço,
a não ser nos dias de carnaval, em que ia, vestido de dançarina, passear
à tarde pelas ruas e à noite dançar nos bailes dos teatros. Tinha
verdadeira paixão por esse divertimento; ajuntava dinheiro durante o
ano para gastar todo com a mascarada. E ninguém o encontrava,
domingo ou dia de semana, lavando ou descansando, que não estivesse
com a sua calça branca engomada, a sua camisa limpa, um lenço ao
pescoço, e, amarrado à cinta, um avental que lhe caia sobre as pernas
como uma saia. Não fumava, não bebia espíritos e trazia sempre as
mãos geladas e úmidas.
Naquela manhã levantara-se ainda um pouco mais lânguido que
do costume, porque passara mal a noite. A velha Isabel, que lhe ficava
ao lado esquerdo, ouvindo-o suspirar com insistência, perguntou-lhe o
que tinha.
Ah! muita moleza de corpo e uma pontada do vazio que o não
deixava!
A velha receitou diversos remédios, e ficaram os dois, no meio de
toda aquela vida, a falar tristemente sobre moléstias.
E, enquanto, no resto da fileira, a Machona, a Augusta, a
Leocádia, a Bruxa, a Marciana e sua filha conversavam de tina a tina,
berrando e quase sem se ouvirem, a voz um tanto cansada já pelo
serviço, defronte delas, separado pelos jiraus, formava-se um novo


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renque de lavadeiras, que acudiam de fora, carregadas de trouxas, e
iam ruidosamente tomando lagar ao lado umas das outras, entre uma
agitação sem tréguas, onde se não distinguia o que era galhofa e o que
era briga. Uma a uma ocupavam-se todas as tinas. E de todos os casulos
do cortiço saiam homens para as suas obrigações. Por uma porta que
havia ao fundo da estalagem desapareciam os trabalhadores da
pedreira, donde vinha agora o retinir dos alviões e das picaretas. O
Miranda, de calças de brim, chapéu alto e sobrecasaca preta, passou lá
fora, em caminho para o armazém, acompanhado pelo Henrique que ia
para as aulas. O Alexandre, que estivera de serviço essa madrugada,
entrou solene, atravessou o pátio, sem falar a ninguém, nem mesmo à
mulher, e recolheu-se à casa, para dormir. Um grupo de mascates, o
Delporto, o Pompeo, o Francesco e o Andréa, armado cada qual com a
sua grande caixa de bugigangas, saiu para a peregrinação de todos os
dias, altercando e praguejando em italiano.
Um rapazito de paletó entrou da rua e foi perguntar à Machona
pela Nhá Rita.
- A Rita Baiana? Sei cá! Faz amanhã oito dias que ela arribou!
A Leocádia explicou logo que a mulata estava com certeza de
pândega com o Firmo.
- Que Firmo? interrogou Augusta.
- Aquele cabravasco que se metia às vezes ai com ela. Diz que é
torneiro.
- Ela mudou-se? perguntou o pequeno.
- Não, disse a Machona; o quarto está fechado, mas a mulata tem
coisas lá. Você o que queria?
- Vinha buscar uma roupa que está com ela.
- Não sei, filho, pergunta na venda ao João Romão, que talvez te
possa dizer alguma coisa.
- Ali?
- Sim, pequeno, naquela porta, onde a preta do tabuleiro está
vendendo! Ó diabo! olha que pisas a boneca de anil! Já se viu que
sorte? Parece que não vê onde pisa este raio de criança!
E, notando que o filho, o Agostinho, se aproximava para tomar o
lugar do outro que já se ia:
- Sai daí, tu também, peste! Já principias na reinação de todos os
dias? Vem para cá, que levas! Mas, é verdade, que fazes tu que não vais
regar a horta do Comendador?
- Ele disse ontem que eu agora fosse à tarde, que era melhor.
- Ah! E amanhã, não te esqueças, recebe os dois mil-réis, que é
fim do mês. Olha! Vai lá dentro e diz a Nenen que te entregue a roupa
que veio ontem à noite.
O pequeno afastou-se de carreira, e ela lhe gritou na pista:
- E que não ponha o refogado no fogo sem eu ter lá ido!
Uma conversa cerrada travara-se no resto da fila de lavadeiras a
respeito da Rita Baiana.
- É doida mesmo!... censurava Augusta. Meter-se na pândega
sem dar conta da roupa que lhe entregaram... Assim há de ficar sem um
freguês...
- Aquela não endireita mais!... Cada vez fica até mais


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assanhada!... Parece que tem fogo no rabo! Pode haver o serviço que
houver, aparecendo pagode, vai tudo pro lado! Olha o que saiu o ano
passado com a festa da Penha!...
- Então agora, com este mulato, o Firmo, é uma pouca-vergonha!
Est'ro dia, pois você não viu? levaram ai numa bebedeira, a dançar e
cantar à viola, que nem sei o que parecia! Deus te livre!
- Para tudo há horas e há dias!...
- Para a Rita todos os dias são dias santos! A questão é aparecer
quem puxe por ela!
- Ainda assim não e má criatura... Tirante o defeito da
vadiagem...
- Bom coração tem ela, até demais, que não guarda um vintém
pro dia de amanhã. Parece que o dinheiro lhe faz comichão no corpo!
- Depois é que são elas!... O João Romão já lhe não fia!
- Pois olhe que a Rita lhe tem enchido bem as mãos; quando ela
tem dinheiro é porque o gasta mesmo!
E as lavadeiras não se calavam, sempre a esfregar, e a bater, e a
torcer camisas e ceroulas, esfogueadas já pelo exercício. Ao passo que,
em torno da sua tagarelice, o cortiço se embandeirava todo de roupa
molhada, de onde o sol tirava cintilações de prata.
Estavam em dezembro e o dia era ardente. A grama dos
coradouros tinha reflexos esmeraldinos; as paredes que davam frente
ao Nascente, caiadinhas de novo, reverberavam iluminadas, ofuscando
a vista. Em uma das janelas da sala de jantar do Miranda, Dona Estela
e Zulmira, ambas vestidas de claro e ambas a limarem as unhas,
conversavam em voz surda, indiferentes à agitação que ia lá embaixo,
muito esquecidas na sua tranqüilidade de entes felizes.
Entretanto, agora o maior movimento era na venda à entrada da
estalagem. Davam nove horas e os operários das fábricas chegavam-se
para o almoço. Ao balcão o Domingos e o Manuel não tinham mãos a
medir com a criadagem da vizinhança; os embrulhos de papel amarelo
sucediam-se, e o dinheiro pingava sem intermitência dentro da gaveta.
- Meio quilo de arroz!
- Um tostão de açúcar!
- Uma garrafa de vinagre!
- Dois martelos de vinho!
- Dois vinténs de fumo!
- Quatro de sabão!
E os gritos confundiam-se numa mistura de vozes de todos os
tons.
Ouviam-se protestos entre os compradores:
- Me avie, seu Domingos! Eu deixei a comida no fogo!
- Ó peste! dá cá as batatas, que eu tenho mais o que fazer!
- Seu Manuel, não me demore essa manteiga!
Ao lado, na casinha de pasto, a Bertoleza, de saias arrepanhadas
no quadril, o cachaço grosso e negro, reluzindo de suor, ia e vinha de
uma panela à outra, fazendo pratos, que João Romão levava de carreira
aos trabalhadores assentados num compartimento junto. Admitira-se
um novo caixeiro, só para o frege, e o rapaz, a cada comensal que ia
chegando, recitava, em tom cantado e estridente, a sua interminável


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lista das comidas que havia. Um cheiro forte de azeite frito
predominava. O parati circulava por todas as mesas, e cada caneca de
café, de louça espessa, erguia um vulcão de fumo tresandando a milho
queimado. Uma algazarra medonha, em que ninguém se entendia!
Cruzavam-se conversas em todas as direções, discutia-se a berros, com
valentes punhadas sobre as mesas. E sempre a sair, e sempre a entrar
gente, e os que saiam, depois daquela comezaina grossa, iam radiantes
de contentamento, com a barriga bem cheia, a arrotar.
Num banco de pau tosco, que existia do lado de fora, junto à
parede e perto da venda, um homem, de calça e camisa de zuarte,
chinelos de couro cru, esperava, havia já uma boa hora, para falar com o
vendeiro.
Era um português de seus trinta e cinco a quarenta anos, alto,
espadaúdo, barbas ásperas, cabelos pretos e maltratados caindo-lhe
sobre a testa, por debaixo de um chapéu de feltro ordinário: pescoço de
touro e cara de Hércules, na qual os olhos todavia, humildes como os
olhos de um boi de canga, exprimiam tranqüila bondade.
- Então ainda não se pode falar ao homem? perguntou ele, indo
ao balcão entender-se com o Domingos.
- O patrão está agora muito ocupado. Espere!
- Mas são quase dez horas e estou com um gole de café no
estômago!
- Volte logo!
- Moro na cidade nova. É um estirão daqui!
O caixeiro gritou então para a cozinha, sem interromper o que
fazia:
- O homem que ai está, seu João, diz que se vai embora!
- Ele que espere um pouco, que já lhe falo! respondeu o vendeiro
no meio de uma carreira. Diga-lhe que não vá!
- Mas é que ainda não almocei e estou aqui a tinir!... observou o
Hércules com a sua voz grossa e sonora.
- Ó filho, almoce ai mesmo! Aqui o que não falta é de comer. Já
podia estar aviado!
- Pois vá lá! resolveu o homenzarrão, saindo da venda para entrar
na casa de pasto, onde os que lá se achavam o receberam com ar
curioso, medindo-o da cabeça aos pés, como faziam sempre com todos
os que ai se apresentavam pela primeira vez.
E assentou-se a uma das mesinhas, vindo logo o caixeiro
cantar-lhe a lista dos pratos.
- Traga lá o pescado com batatas e veja um martelo de vinho.
- Quer verde ou virgem?
- Venha o verde; mas anda com isso, filho, que já não vem sem
tempo!



IV


Meia hora depois, quando João Romão se viu menos ocupado, foi


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ter com o sujeito que o procurava e assentou-se defronte dele, caindo
de fadiga, mas sem se queixar, nem se lhe trair a fisionomia o menor
sintoma de cansaço.
- Você vem da parte do Machucas? perguntou-lhe. Ele falou-me
de um homem que sabe calçar pedra, lascar fogo e fazer lajedo.
- Sou eu.
- Estava empregado em outra pedreira?
- Estava e estou. Na de São Diogo, mas desgostei-me dela e
quero passar adiante.
- Quanto lhe dão lá?
- Setenta mil-réis.
- Oh! Isso é um disparate!
- Não trabalho por menos...
- Eu, o maior ordenado que faço é de cinqüenta.
- Cinqüenta ganha um macaqueiro...
- Ora! tenho aí muitos trabalhadores de lajedo por esse preço!
- Duvido que prestem! Aposto a mão direita em como o senhor
não encontra por cinqüenta mil-réis quem dirija a broca, pese a pólvora
e lasque fogo, sem lhe estragar a pedra e sem fazer desastres!
- Sim, mas setenta mil-réis é um ordenado impossível!
- Nesse caso vou como vim... Fica o dito por não dito!
- Setenta mil-réis é muito dinheiro!...
- Cá por mim, entendo que vale a pena pagar mais um pouco a
um trabalhador bom, do que estar a sofrer desastres, como o que sofreu
sua pedreira a semana passada! Não falando na vida do pobre de Cristo
que ficou debaixo da pedra!
- Ah! O Machucas falou-lhe no desastre?
- Contou-mo, sim senhor, e o desastre não aconteceria se o
homem soubesse fazer o serviço!
- Mas setenta mil-réis é impossível. Desça um pouco!
- Por menos não me serve... E escusamos de gastar palavras!
- Você conhece a pedreira?
- Nunca a vi de perto, mas quis me parecer que é boa. De longe
cheirou-me a granito.
- Espere um instante.
João Romão deu um pulo à venda, deixou algumas ordens,
enterrou um chapéu na cabeça e voltou a ter com o outro.
- Ande a ver! gritou-lhe da porta do frege, que a pouco e pouco
se esvaziara de todo.
O cavouqueiro pagou doze vinténs pelo seu almoço e
acompanhou-o em silêncio.
Atravessaram o cortiço.
A labutação continuava. As lavadeiras tinham já ido almoçar e
tinham voltado de novo para o trabalho. Agora estavam todas de
chapéu de palha, apesar das toldas que se armaram. Um calor de
cáustico mordia-lhes os toutiços em brasa e cintilantes de suor. Um
estado febril apoderava-se delas naquele rescaldo; aquela digestão feita
ao sol fermentava-lhes o sangue. A Machona altercava com uma preta
que fora reclamar um par de meias e destrocar uma camisa; a Augusta,
muito mole sobre a sua tábua de lavar, parecia derreter-se como sebo; a


[Linha 1300 de 8202 - Parte 1 de 5]


Leocádia largava de vez em quando a roupa e o sabão para coçar as
comichões do quadril e das virilhas, assanhadas pelo mormaço; a Bruxa
monologava, resmungando numa insistência de idiota, ao lado da
Marciana que, com o seu tipo de mulata velha, um cachimbo ao canto
da boca, cantava toadas monótonas do sertão:

"Maricas tá marimbando,
Maricas tá marimbando,
Na passage do riacho
Maricas tá marimbando."

A Florinda, alegre, perfeitamente bem com o rigor do sol, a rebolar
sem fadigas, assoviava os chorados e lundus que se tocavam na
estalagem, e junto dela, a melancólica senhora Dona Isabel suspirava,
esfregando a sua roupa dentro da tina, automaticamente, como um
condenado a trabalhar no presídio; ao passo que o Albino,
saracoteando os seus quadris pobres de homem linfático, batia na tábua
um par de calças, no ritmo cadenciado e miúdo de um cozinheiro a
bater bifes. O corpo tremia-lhe todo, e ele, de vez em quando,
suspendia o lenço do pescoço para enxugar a fronte, e então um gemido
suspirado subia-lhe aos lábios.
Da casinha número 8 vinha um falsete agudo, mas afinado. Era a
das Dores que principiava o seu serviço; não sabia engomar sem cantar.
No número 7 Nenen cantarolava em tom muito mais baixo; e de um dos
quartos do fundo da estalagem saia de espaço a espaço uma nota áspera
de trombone.
O vendeiro, ao passar por detrás de Florinda, que no momento
apanhava roupa do chão, ferrou-lhe uma palmada na parte do corpo
então mais em evidência.
- Não bula, hein?!... gritou ela, rápido, erguendo-se tesa.
E, dando com João Romão:
- Eu logo vi. Leva implicando aqui com a gente e depois, vai-se
comprar na venda, o safado rouba no peso! Diabo do galego Eu não te
quero, sabe?
O vendeiro soltou-lhe nova palmada com mais força e fugiu,
porque ela se armara com um regador cheio de água.
- Vem pra cá, se és capaz! Diabo da peste!
João Romão já se havia afastado com o cavouqueiro.
- O senhor tem aqui muita gente!... observou-lhe este.
- Oh! fez o outro, sacudindo os ombros, e disse depois com
empáfia: - Houvesse mais cem quartos que estariam cheios! Mas é
tudo gente séria! Não há chinfrins nesta estalagem; se aparece uma
rusga, eu chego, e tudo acaba logo! Nunca nos entrou cá a policia, nem
nunca a deixaremos entrar! E olhe que se divertem bem com as suas
violas! Tudo gente muita boa!
Tinham chegado ao fim do pátio do cortiço e, depois de
transporem uma porta que se fechava com um peso amarrado a uma
corda, acharam-se no capinzal que havia antes da pedreira.
- Vamos por aqui mesmo que é mais perto, aconselhou o
vendeiro.


[Linha 1350 de 8202 - Parte 1 de 5]


E os dois, em vez de procurarem a estrada, atravessaram o capim
quente e trescalante.
Meio-dia em ponto. O sol estava a pino; tudo reverberava a luz
irreconciliável de dezembro, num dia sem nuvens. A pedreira, em que
ela batia de chapa em cima, cegava olhada de frente. Era preciso
martirizar a vista para descobrir as nuanças da pedra; nada mais que
uma grande mancha branca e luminosa, terminando pela parte de baixo
no chão coberto de cascalho miúdo, que ao longe produzia o efeito de
um betume cinzento, e pela parte de cima na espessura compacta do
arvoredo, onde se não distinguiam outros tons mais do que nódoas
negras, bem negras, sobre o verde-escuro.
À proporção que os dois se aproximavam da imponente pedreira,
o terreno ia-se tornando mais e mais cascalhudo; os sapatos
enfarinhavam-se de uma poeira clara. Mais adiante, por aqui e por ali,
havia muitas carroças, algumas em movimento, puxadas a burro e
cheias de calhaus partidos; outras já prontas para seguir, à espera do
animal, e outras enfim com os braços para o ar, como se acabassem de
ser despejadas naquele instante. Homens labutavam.
À esquerda, por cima de um vestígio de rio, que parecia ter sido
bebido de um trago por aquele sol sedento, havia uma ponte de tábuas,
onde três pequenos, quase nus, conversavam assentados, sem fazer
sombra, iluminados a prumo pelo sol do meio-dia. Para adiante, na
mesma direção, corria um vasto telheiro, velho e sujo, firmado sobre
colunas de pedra tosca; ai muitos portugueses trabalhavam de canteiro,
ao barulho metálico do picão que feria o granito. Logo em seguida,
surgia uma oficina de ferreiro, toda atravancada de destroços e objetos
quebrados, entre os quais avultavam rodas de carro; em volta da
bigorna dois homens, de corpo nu, banhados de suor e alumiados de
vermelho como dois diabos, martelavam cadenciosamente sobre um
pedaço de ferro em brasa; e ali mesmo, perto deles, a forja escancarava
uma goela infernal, de onde saiam pequenas línguas de fogo,
irrequietas e gulosas.
João Romão parou à entrada da oficina e gritou para um dos
ferreiros:
- O Bruno! Não se esqueça do varal da lanterna do portão!
Os dois homens suspenderam por um instante o trabalho.
- Já lá fui ver, respondeu o Bruno. Não vale a pena consertá-lo;
está todo comido de ferragem! Faz-se-lhe um novo, que é melhor!
- Pois veja lá isso, que a lanterna está a cair!
E o vendeiro seguiu adiante com o outro, enquanto atrás
recomeçava o martelar sobre a bigorna.
Em seguida via-se uma miserável estrebaria, cheia de capim seco e
excremento de bestas, com lugar para meia dúzia de animais. Estava
deserta, mas, no vivo fartum exalado de lá, sentia-se que fora habitada
ainda aquela noite. Havia depois um depósito de madeiras, servindo ao
mesmo tempo de oficina de carpinteiro, tendo à porta troncos de
arvore, alguns já serrados, muitas tábuas empilhadas, restos de cavernas
e mastros de navio.
Daí à pedreira restavam apenas uns cinqüenta passos e o chão era
já todo coberto por uma farinha de pedra moída que sujava como a cal.


[Linha 1400 de 8202 - Parte 1 de 5]


Aqui, ali, por toda a parte, encontravam-se trabalhadores, uns ao
sol, outros debaixo de pequenas barracas feitas de lona ou de folhas de
palmeira. De um lado cunhavam pedra cantando; de outro a quebravam
a picareta; de outro afeiçoavam lajedos a ponta de picão; mais adiante
faziam paralelepípedos a escopro e macete. E todo aquele retintim de
ferramentas, e o martelar da forja, e o coro dos que lá em cima
brocavam a rocha para lançar-lhe fogo, e a surda zoada ao longe, que
vinha do cortiço, como de uma aldeia alarmada; tudo dava a idéia de
uma atividade feroz, de uma luta de vingança e de ódio. Aqueles
homens gotejantes de suor, bêbados de calor, desvairados de insolação,
a quebrarem, a espicaçarem, a torturarem a pedra, pareciam um
punhado de demônios revoltados na sua impotência contra o
impassível gigante que os contemplava com desprezo, imperturbável a
todos os golpes e a todos os tiros que lhe desfechavam no dorso,
deixando sem um gemido que lhe abrissem as entranhas de granito. O
membrudo cavouqueiro havia chegado a fralda do orgulhoso monstro
de pedra; tinha-o cara a cara, mediu-o de alto a baixo, arrogante, num
desafio surdo.
A pedreira mostrava nesse ponto de vista o seu lado mais
imponente. Descomposta, com o escalavrado flanco exposto ao sol,
erguia-se altaneira e desassombrada, afrontando o céu, muito íngreme,
lisa, escaldante e cheia de cordas que mesquinhamente lhe escorriam
pela ciclópica nudez com um efeito de teias de aranha. Em certos
lugares, muito alto do chão, lhe haviam espetado alfinetes de ferro,
amparando, sobre um precipício, miseráveis tábuas que, vistas cá de
baixo, pareciam palitos, mas em cima das quais uns atrevidos pigmeus
de forma humana equilibravam-se, desfechando golpes de picareta
contra o gigante.
O cavouqueiro meneou a cabeça com ar de lástima. O seu gesto
desaprovava todo aquele serviço.
- Veja lá! disse ele, apontando para certo ponto da rocha. Olhe
para aquilo! Sua gente tem ido às cegas no trabalho desta pedreira.
Deviam atacá-la justamente por aquele outro lado, para não contrariar
os veios da pedra. Esta parte aqui é toda granito, é a melhor! Pois olhe
só o que eles têm tirado de lá - umas lascas, uns calhaus que não
servem para nada! É uma dor de coração ver estragar assim uma peça
tão boa! Agora o que hão de fazer dessa cascalhada que ai está senão
macacos? E brada aos céus, creia! ter pedra desta ordem para
empregá-la em macacos!
O vendeiro escutava-o em silêncio, apertando os beiços,
aborrecido com a idéia daquele prejuízo.
- Uma porcaria de serviço! continuou o outro. Ali onde está
aquele homem é que deviam ter feito a broca, porque a explosão punha
abaixo toda esta aba que é separada por um veio. Mas quem tem ai o
senhor capaz de fazer isso? Ninguém; porque é preciso um empregado
que saiba o que faz; que, se a pólvora não for muito bem medida, nem
só não se abre o veio, como ainda sucede ao trabalhador o mesmo que
sucedeu ao outro! É preciso conhecer muito bem o trabalho para se
poder tirar partido vantajoso desta pedreira! Boa é ela, mas não nas
mãos em que está! É muito perigosa nas explosões; é muito em pé!


[Linha 1450 de 8202 - Parte 1 de 5]


Quem lhe lascar fogo não pode fugir senão para cima pela corda, e se o
sujeito não for fino leva-o o demo! Sou eu quem o diz!
E depois de uma pausa, acrescentou, tomando na sua mão, grossa
como o próprio cascalho, um paralelepípedo que estava no chão:
- Que digo eu?! Cá está! Macacos de granito! Isto até é uma
coisa que estes burros deviam esconder por vergonha!
Acompanhando a pedreira pelo lado direito e seguindo-a na volta
que ela dava depois, formando um ângulo obtuso, é que se via quanto
era grande. Suava-se bem antes de chegar ao seu limite com a mata.
- Que mina de dinheiro!... dizia o homenzarrão, parando
entusiasmado defronte do novo pano de rocha viva que se desdobrava
na presença dele.
- Toda esta parte que se segue agora, declarou João Romão,
ainda não é minha.
E continuaram a andar para diante.
Deste lado multiplicavam-se as barraquinhas; os macaqueiros
trabalhavam à sombra delas, indiferentes àqueles dois. Viam-se panelas
ao fogo, sobre quatro pedras, ao ar livre, e rapazitos tratando do jantar
dos pais. De mulher nem sinal. De vez em quando, na penumbra de um
ensombro de lona, dava-se com um grupo de homens, comendo de
cócoras defronte uns dos outros, uma sardinha na mão esquerda, um
pão na direita, ao lado de uma garrafa de água.
- Sempre o mesmo serviço malfeito e mal dirigido!... resmungou
o cavouqueiro.
Entretanto, a mesma atividade parecia reinar por toda a parte.
Mas, lá no fim, debaixo dos bambus que marcavam o limite da pedreira,
alguns trabalhadores dormiam à sombra, de papo para o ar, a barba
espetando para o alto, o pescoço intumescido de cordoveias grossas
como enxárcias de navio, a boca aberta, a respiração forte e tranqüila de
animal sadio, num feliz e pletórico resfolgar de besta cansada.
- Que relaxamento! resmungou de novo o cavouqueiro. Tudo
isto está a reclamar um homem teso que olhe a sério para o serviço!
- Eu nada tenho que ver com este lado! observou Romão.
- Mas lá da sua banda hão de fazer o mesmo! Olará!
- Abusam, porque tenho de olhar pelo negócio lá fora...
- Comigo aqui é que eles não fariam cera. isso juro eu! Entendo
que o empregado deve ser bem pago, ter para a sua comida à farta, o seu
gole de vinho, mas que deve fazer serviço que se veja, ou, então, rua!
Rua, que não falta por ai quem queira ganhar dinheiro! Autorize-me a
olhar por eles e verá!
- O diabo é que você quer setenta mil-réis... suspirou João
Romão.
- Ah! nem menos um real!... Mas comigo aqui há de ver o que lhe
faço entrar para algibeira! Temos cá muita gente que não precisa estar.
Para que tanto macaqueiro, por exemplo? Aquilo é serviço para
descanso; é serviço de criança! Em vez de todas aquelas lesmas, pagas
talvez a trinta mil-réis...
- É justamente quanto lhes dou.
- ... melhor seria tomar dois bons trabalhadores de cinqüenta,
que fazem o dobro do que fazem aqueles monos e que podem servir


[Linha 1500 de 8202 - Parte 1 de 5]


para outras coisas! Parece que nunca trabalharam! Olhe, é já a terceira
vez que aquele que ali está deixa cair o escopro! Com efeito!

João Romão ficou calado, a cismar, enquanto voltavam. Vinham
ambos pensativos.
- E você, se eu o tomar, disse depois o vendeiro, muda-se cá para
a estalagem?...
- Naturalmente! não hei de ficar lá na cidade nova, tendo o
serviço aqui!...
- E a comida, forneço-a eu?...
- Isso é que a mulher é quem a faz; mas as compras saem-lhe da
venda...
- Pois está fechado o negócio! deliberou João Romão,
convencido de que não podia, por economia, dispensar um homem
daqueles. E pensou lá de si para si: "Os meus setenta mil-réis
voltar-me-ão à gaveta. Tudo me fica em casa!"
- Então estamos entendidos?...
- Estamos entendidos!
- Posso amanhã fazer a mudança?
- Hoje mesmo, se quiser; tenho um cômodo que lhe há de calhar.
É o número 35. Vou mostrar-lho.
E aligeirando o passo, penetraram na estrada do capinzal com
direção ao fundo do cortiço.
- Ah! é verdade! como você se chama?
- Jerônimo, para o servir.
- Servir a Deus. Sua mulher lava?
- É lavadeira, sim senhor.
- Bem, precisamos ver-lhe uma tina.
E o vendeiro empurrou a porta do fundo da estalagem, de onde
escapou, como de uma panela fervendo que se destapa, uma baforada
quente, vozeria tresandante à fermentação de suores e roupa ensaboada
secando ao sol.



V


No dia seguinte, com efeito, ali pelas sete da manhã, quando o
cortiço fervia já na costumada labutação, Jerônimo apresentou-se junto
com a mulher, para tomarem conta da casinha alugada na véspera.
A mulher chamava-se Piedade de Jesus; teria trinta anos, boa
estatura, carne ampla e rija, cabelos fortes de um castanho fulvo, dentes
pouco alvos, mas sólidos e perfeitos, cara cheia, fisionomia aberta; um
todo de bonomia toleirona, desabotoando-lhe pelos olhos e pela boca
numa simpática expressão de honestidade simples e natural.
Vieram ambos à boleia da andorinha que lhes carregou os trens.
Ela trazia uma saia de sarja roxa, cabeção branco de paninho de
algodão e na cabeça um lenço vermelho de alcobaça; o marido a mesma
roupa do dia anterior.


[Linha 1550 de 8202 - Parte 1 de 5]


E os dois apearam-se muito atrapalhados com os objetos que não
confiaram dos homens da carroça; Jerônimo abraçado a duas
formidáveis mangas de vidro, das primitivas, dessas em que se podia à
vontade enfiar uma perna; e a Piedade atracada com um velho relógio
de parede e com uma grande trouxa de santos e palmas bentas. E assim
atravessaram o pátio da estalagem, entre os comentários e os olhares
curiosos dos antigos moradores, que nunca viam sem uma pontinha de
desconfiança os inquilinos novos que surgiam.
- O que será este pedaço de homem? indagou a Machona da sua
vizinha de tina, a Augusta Carne-Mole.
- A modos, respondeu esta, que vem para trabalhar na pedreira.
Ele ontem andou por lá um ror de tempo com o João Romão.
- Aquela mulher que entrou junto será casada com ele?
- É de crer.
- Ela me parece gente das ilhas.
- Eles o que têm é muito bons trastes de seu! interveio a
Leocádia. Uma cama que deve ser um regalo e um toucador com um
espelho maior do que aquela peneira!
- E a cômoda, você viu, Nhá Leocádia? perguntou Florinda,
gritando para ser ouvida, porque entre ela e a outra estavam a Bruxa e a
velha Marciana.
- Vi, Rico traste!
- E o oratório, então? Muito bonito!...
- Vi também. É obra de capricho. Não! eles sejam lá quem for,
são gente arranjada... Isso não se lhes pode negar!
- Se são bons ou maus só com o tempo se saberá!... arriscou Dona
Isabel.
- Quem vê cara não vê corações... sentenciou o triste Albino,
suspirando.
- Mas o número 35 não estava ocupado por aquele homem muito
amarelo que fazia charutos?... inquiriu Augusta.
- Estava, confirmou a mulher do ferreiro, a Leocádia, porém
creio que arribou, devendo não sei quanto, e o João Romão então
esvaziou-lhe ontem a casa e tomou conta do que era dele.
- É! acudiu a Machona; ontem, pelo cair das duas da tarde, o
Romão andava aí às voltas com os cacarecos do charuteiro. Quem sabe,
se o pobre homem não levou a breca, como sucedeu àquele outro que
trabalhava de ourives?
- Não! Este creio que está vivo...
- O que lhe digo é que aquele número 35 tem mau agouro! Eu cá
por mim não o queria nem de graça! Foi lá que morreu a Maricas do
Farjão!
Três horas depois, Jerônimo e Piedade achavam-se instalados e
dispunham-se a comer o almoço, que a mulher preparara o melhor e o
mais depressa que pôde. Ele contava aviar até a noite uma infinidade
de coisas, para poder começar a trabalhar logo no dia seguinte.
Era tão metódico e tão bom como trabalhador quanto o era como
homem.
Jerônimo viera da terra, com a mulher e uma filhinha ainda
pequena, tentar a vida no Brasil, na qualidade de colono de um


[Linha 1600 de 8202 - Parte 1 de 5]


fazendeiro, em cuja fazenda mourejou durante dois anos, sem nunca
levantar a cabeça, e de onde afinal se retirou de mãos vazias e uma
grande birra pela lavoura brasileira. Para continuar a servir na roça tinha
que sujeitar-se a emparelhar com os negros escravos e viver com eles no
mesmo meio degradante, encurralado como uma besta, sem aspirações,
nem futuro, trabalhando eternamente para outro.
Não quis. Resolveu abandonar de vez semelhante estupor de vida
e atirar-se para a Corte, onde, diziam-lhe patrícios, todo o homem bem
disposto encontrava furo. E, com efeito, mal chegou, devorado de
necessidades e privações, meteu-se a quebrar pedra em uma pedreira,
mediante um miserável salário. A sua existência continuava dura e
precária; a mulher já então lavava e engomava, mas com pequena
freguesia e mal paga. O que os dois faziam chegava-lhes apenas para
não morrer de fome e pagar o quarto da estalagem.
Jerônimo, porém, era perseverante, observador e dotado de certa
habilidade. Em poucos meses se apoderava do seu novo ofício e, de
quebrador de pedra, passou logo a fazer paralelepípedos; e depois
foi-se ajeitando com o prumo e com a esquadria e meteu-se a fazer
lajedos; e finalmente, à força de dedicação pelo serviço, tornou-se tão
bom como os melhores trabalhadores de pedreira e a ter salário igual ao
deles. Dentro de dois anos, distinguia-se tanto entre os companheiros,
que o patrão o converteu numa espécie de contramestre e elevou-lhe o
ordenado a setenta mil-réis.
Mas não foram só o seu zelo e a sua habilidade o que o pôs assim
para a frente; duas outras coisas contribuíram muito para isso: a força
de touro que o tornava respeitado e temido por todo o pessoal dos
trabalhadores, como ainda, e, talvez, principalmente, a grande
seriedade do seu caráter e a pureza austera dos seus costumes. Era
homem de uma honestidade a toda prova e de uma primitiva
simplicidade no seu modo de viver. Sala de casa para o serviço e do
serviço para casa, onde nunca ninguém o vira com a mulher senão em
boa paz; traziam a filhinha sempre limpa e bem alimentada, e, tanto um
como o outro, eram sempre os primeiros à hora do trabalho. Aos
domingos iam às vezes à missa ou, à tarde, ao Passeio Público; nessas
ocasiões, ele punha uma camisa engomada, calçava sapatos e enfiava
um paletó; ela o seu vestido de ver a Deus, os seus ouros trazidos da
terra, que nunca tinham ido ao monte de socorro, malgrado as
dificuldades com que os dois lutaram a principio no Brasil.
Piedade merecia bem o seu homem, muito diligente, sadia,
honesta, forte, bem acomodada com tudo e com todos, trabalhando de
sol a sol e dando sempre tão boas contas da obrigação, que os seus


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O Cortiço - Parte 2 de 5 - Aluísio Azevedo
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O Cortiço - Parte 3 de 5 - Aluísio Azevedo
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O Cortiço - Parte 5 de 5 - Aluísio Azevedo
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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Bill Gates compra terreno de 100 km² para construir 'cidade do futuro'


Bill Gates compra terreno de 100 km² para construir 'cidade do futuro'



O que você faria se tivesse US$ 88 bilhões depois de realizar seus sonhos de consumo imediatos e resolver suas necessidades básicas pelo resto da vida?


Se você pensar como Bill Gates, um dos seus próximos passos seria comprar um terreno gigantesco no meio do deserto para criar uma cidade inteligente planejada para abraçar a tecnologia e a conectividade.

O projeto fica por conta da Belmont Partners, uma das empresas de investimento de Bill Gates, que pagou US$ 80 milhões por um terreno de aproximadamente 100 quilômetros quadrados na região sudoeste do estado do Arizona, nos Estados Unidos.



A ideia é criar uma comunidade completamente planejada, com 15 km² dos 100 km² dedicados a abrigar escritórios, espaços comerciais e lojas. Já uma área de 2 km² será destinada à construção de escolas públicas. Além disso, a comunidade contará com 80 mil residências, com a expectativa de receber uma população de 182 mil pessoas. Para referência, com essa estimativa, Belmont teria uma população próxima a de cidades como Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e Itu, em São Paulo.

“Belmont criará uma comunidade com pensamento para frente, com comunicação e uma infraestrutura que abraça a tecnologia de ponta, criada ao redor de redes digitais de alta velocidade, data centers, novas tecnologias de produção e modelos de distribuição, veículos autônomos e centros de logísticas autônomos”, diz o comunicado da Belmont Partners.



Tonopah - Arizona - USA


Abraçando a internet e tecnologias futuristas, a empresa espera “transformar uma ‘lousa em branco’ em uma cidade criada com propósito ao redor de uma infraestrutura flexível”, ao contrário de outras localidades, onde a infraestrutura ultrapassada acaba servindo como limitador para a qualidade de vida da população.

Apesar da aquisição, ainda não há previsão para o início das construções. A expectativa, porém, é que a tecnologia sirva como espinha dorsal da cidade, e não seja apenas o propósito de sua existência.


Dailymail - Site Fonte



Leia também:

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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

A Mística dos Diamantes - Geologia


A Mística dos Diamantes - Geologia



Uma exposição minuciosa mostra todas as formas e cores do brilhante, a mais preciosa das pedras. E revela que os cristais guardam segredos sobre a origem da nossa galáxia.


Um diamante de 1 quilate, ou um quinto de grama, pode valer 1 milhão de dólares. Descoberto na Índia, o brilhante mais precioso fascinou gregos e romanos e conquistou todos os reis da Europa. Deixou de ser privilégio da aristocracia, mas nunca perdeu a aura de distinção. Não é só a beleza que o torna tão especial. Os fragmentos que enfeitam um brinco podem ter 3 bilhões de anos. Um diamante é a matéria mais velha que alguém pode possuir.



Diamante - Pedra Preciosa


Quem for a Nova York até o dia 30 de agosto poderá ver a mais completa exposição já realizada sobre o tema, A Natureza dos Diamantes, no Museu Americano de História Natural. Ela reúne jóias de tirar o fôlego, cristais crus incrustados em rochas vindas do fundo do Terra, gemas de muitos usos e utilidades e tecnologias sofisticadas, da mineração à reprodução artificial.

Entre tantos tesouros magníficos, uma pedra negra passa quase despercebida. Mas não deveria. Trata-se de um pedaço do meteoro Allende, caído em 1969 na cidade mexicana que deu nome à rocha. Incrustado nele, cientistas acharam, em 1987, minúsculos grãos de diamante, nanodiamantes, visíveis apenas em microscópio, mais velhos do que o Sol. Têm entre 4,6 bilhões e 12 bilhões de anos, a idade da estrela e a idade da nossa galáxia, respectivamente.

São diamantes ETs, vindos não se sabe de onde. E em sua composição química carregam informações inéditas sobre a explosão que formou o nosso sistema solar. "São as amostras mais velhas que temos", disse à SUPER o físico George Harlow, curador da exposição. "Elas podem desvendar fatos ainda não conhecidos sobre a nossa origem" (veja na página 62).



Quebrando a banca
O Incomparável é o terceiro maior diamante do mundo. Tem 407,48 quilates (81 gramas) e foi cortado de um bloco de cristal bruto (ao lado), achado na África do Sul, que pesava 890 quilates (178 gramas). Em 1984, um milionário suíço comprou-o, num leilão na loja Christie’s, em Nova York, por 13,2 milhões de dólares.



Mensagem subliminar
A bela Marilyn Monroe seduziu meio mundo no filme Os Homens Preferem as Loiras, de 1953, cantando a música Os Diamantes São os Melhores Amigos das Garotas. Seu carisma ajudou a popularizar a imagem glamourosa dos cristais e seu comércio. Desde 1930, as grandes joalherias vinham emprestando brilhantes gratuitamente aos estúdios de Hollywood para as atrizes exibirem em filmes. Mas estes, que Marilyn usou, eram de vidro.



A pedra mística que deu a volta ao mundo
Lorelei Lee, a nem tão ingênua garota que amava diamantes, interpretada por Marilyn Monroe em Os Homens Preferem as Loiras, talvez fosse até feminista. No filme, ela retruca ao sogro que a acusa de querer o dinheiro do filho: "Quem, eu? Eu, não. Você não sabe que a riqueza do homem é como a beleza da mulher? Você pode não se casar com uma garota só porque ela é bonita. Mas, meu Deus, ajuda, não é?" Para Lorelei, os diamantes são uma espécie de seguro das mulheres contra as juras de amor fáceis dos homens. Bem mais confiáveis.

Nem sempre os cristais foram apreciados pelo valor econômico. Na Índia, textos religiosos do século IV antes de Cristo já descrevem a beleza das gemas como a essência da pureza. Na cultura hindu, a durabilidade da pedra ganhou significação mística e poderes supostamente mágicos.

As caravanas levaram os cristais do Oriente para a Grécia. No século I, os romanos usavam anéis de diamante como talismã contra o azar, mas a pedra não era considerada preciosa. No primeiro milênio em que o cristianismo se expandiu, ela foi quase esquecida na Europa. No Oriente, entretanto, conquistou reis da Pérsia e sultões islâmicos.



Proibido pela lei
O culto europeu começou quando o rei da França Luís IX (1214-1270), proibiu as mulheres de usarem os diamantes, reservando-os ao soberano. No século XV, a insinuante Agnes Sorel, amante do rei Charles VII (1403-1461), tornou-se a primeira mulher a desafiar a lei. E toda a corte francesa imitou-a.

Veneza, capital do comércio com o Oriente, foi o primeiro centro de cristais. A descoberta da rota marítima para as Índias aumentou a oferta deles. No século XV, as alianças de diamantes passaram a freqüentar casamentos nobres, simbolizando, pela durabilidade, os ideais românticos do amor cortesão.

Em 1730, quando já rareavam na Índia, descobriu-se diamante em Minas Gerais. A produção brasileira inundou a Europa, o preço baixou e o culto generalizou-se. Até 1840, o Brasil foi o maior produtor.

Em 1869, o garimpo brasileiro já estava esgotado, mas a abertura das minas na África do Sul ampliou a oferta, novamente. A aura dos brilhantes passou a ser disputada pelas famílias burguesas. Adotada por Hollywood, seu valor tornou-se universal. Lorelei fez milhões de seguidoras.



O maioral
O Golden Jubilee é o maior diamante do mundo. Tem 545,67 quilates (109 gramas). Foi descoberto na África do Sul, em 1994, e pertence à mineradora De Beers. Em 1997, um grupo de empresários tailandeses quis comprá-lo para dar de presente ao rei da Tailândia, por ocasião dos seus 50 anos de reinado. Mas a crise financeira da Ásia abortou o projeto. O preço foi mantido em segredo.



Amor eterno
O Diamante Krupp, com 33,19 quilates (6,5 gramas), foi comprado pelo ator Richard Burton para Elizabeth Taylor, sua esposa, por 305 000 dólares, em 1968. Era um símbolo de eterna fidelidade. Mas o casamento não durou mais que doze anos.



Do Brasil para Portugal
Tiara de 25 estrelas da rainha Maria Pia (1847-1911), de Portugal. Tem 502 diamantes. O do centro da estrela maior tem 21,6 quilates (4,3 gramas). A estrutura é de ouro e prata. Foi feita em 1866, com pedras brasileiras. Pertence ao Museu do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa. O valor é inestimável.



O arco-íris
Uma amostra de raros diamantes coloridos naturais. Há uma gema com cor para cada 10 000 transparentes. O que tinge os cristais é a combinação de impurezas e átomos não-carbônicos, como o nitrogênio e o boro.



O segredo imemorial dos ETs de pedra
Quando o Sistema Solar se formou, muitos ingredientes originais se derreteram ou se vaporizaram, perdendo sua identidade química. Mas os diamantes saíram ilesos do inferno. Em 1987, os químicos Roy Levis e Edward Anders, da Universidade de Chicago, descobriram grãos de brilhante nos meteoros Allende, que caiu no México em 1969, e Murchison, caído na Austrália, no mesmo ano. Tinham entre 1 e 5 milionésimos de milímetro.

Em 1996, o geólogo Tyrone Daulton, do Laboratório Nacional Aargonne, nos Estados Unidos, descobriu que os nanodiamantes dos meteoros se condensaram no ambiente rico em carbono gerado pela morte de estrelas gigantes vermelhas, há bilhões de anos, quando a nossa galáxia estava se formando. Mais antigos do que o Sol, esses grãos abriram uma janela com vista panorâmica para a evolução das estrelas (veja infográfico, ao lado).

O conhecimento da origem do Sistema Solar depende do exame da composição da nuvem primordial de gás e poeira. Os cristais ETs constituem uma fração dessas partículas que formaram tudo, inclusive nós, os seres humanos. "São uma fonte preciosa de informações", disse Daulton à SUPER. "Vários átomos de carbono do nosso corpo já foram diamantes pré-solares".

A microestrutura dos cristais gravou segredos sobre os ciclos de evolução estelar, suas condições químicas e a escala atômica dos mecanismos de condensação. Pode desvendar os graus de pressão, de temperatura e a composição do ambiente das estrelas. O que não é pouco, nota Daulton: "Fica mais fácil descobrir a receita familiar secreta do suflê do seu amigo quando você conhece todos os ingredientes".



Choque criativo
Meteoros também "fabricam" diamantes. Colisões cósmicas causam o que os geólogos chamam de "choque metamórfico": um impacto capaz de transformar em cristal o carbono das rochas atingidas. Foi o que aconteceu na cratera de Popigari, na Sibéria (veja infográfico abaixo). Já foram descobertos diamantes em nove das 150 crateras de meteoros da Terra.

Há 65 milhões de anos, lembra Goerge Harlow, um grande impacto cósmico, entre os períodos Cretáceo e Terciário, coincidiu com a extinção dos dinossauros. Os diamantes também registraram isso. "Esta área de pesquisa", afirma o curador da exposição, "deverá contribuir com descobertas incríveis."



O método Super-Homem
O personagem de quadrinhos, inventado em 1938 por Jerry Siegel e Joe Shuster, transformava carvão em diamante com as mãos. Seu filho, numa história de 1991, também. A idéia é delirante, mas, teoricamente, possível. Basta aquecer o carvão com visão de raios X até a temperatura de 1 400 graus Celsius e apertá-lo com a pressão de 55 000 quilobares - o equivalente ao peso da Torre Eiffel (2,3 milhões de quilos) sobre uma moeda de 1 centavo. Brincadeira, para o superbebê.



Um ET em 3x4
Asteróides caídos na Terra trouxeram grãos de diamantes incrustados, como mostra esta imagem de microscópio de um cristal de 0,0000020 milímetro do meteoro Allende. A estrutura cristalina está colorida de azul. Os pontos pretos correspondem às colunas de átomos de carbono.



Viagenzinha longa
Durante a explosão das estrelas gigantes vermelhas, ocorrida entre o nascimento do Sol, há 4,6 bilhões de anos, e a formação da nossa galáxia, há 12 bilhões de anos, a condensação dos gases criou grãos de poeira e microdiamantes.



A união e a força
Diamante e grafite são dois tipos de cristal de carbono. A diferença entre eles está no arranjo das moléculas: a ligação entre os átomos faz do diamante a substância mais dura que existe.



O diamante é composto de bilhões de blocos iguais, formados por 8 átomos de carbono, cada um ligado fortemente a 4 vizinhos. A célula tem a forma de cubo. Se você der uma martelada, a pedra nem sente; quem sai perdendo é o martelo.

O grafite é formado por anéis de 6 átomos de carbono, bastante distanciados entre si e sem conexões adjacentes. Quebra fácil. Basta ver a ponta do lápis, que é feita de grafite.



Uma cápsula enviada do fundo da Terra
A maioria dos diamantes formados no planeta têm 3 bilhões de anos. Vêm de 150 quilômetros abaixo da crosta terrestre, da camada do manto superior, onde a temperatura ultrapassa 1000 graus Celsius e a pressão chega a 60 quilobares (1 bar é o peso da coluna de ar que vai do chão até a atmosfera, concentrado em cima de 1 centímetro quadrado).

As gemas concentram-se em dois tipos de rocha, a harzburgita e a eclogita, que sobem à superfície de carona no magma de um vulcão profundo, o kimberlito. Vulcões comuns têm até 60 quilômetros de profundidade e crateras de até 200 quilômetros quadrados. Os kimberlitos chegam a 150 quilômetros de profundidade, com crateras de apenas 1,5 quilômetro quadrado. Parecem uma cenoura enterrada (veja infográfico). O nome vem da mina de Kimberly, na África do Sul.

Hoje, a mineração concentra-se nas regiões árticas do Canadá, Sibéria, Escandinávia e Groenlândia. Mas ainda há diamantes de aluvião, levados para a superfície pelos vulcões e espalhados pela erosão. E depósitos marinhos, no fundo do oceano e em praias.



Mil e uma utilidades
Cem milhões de quilates de gemas naturais são extraídas anualmente e 400 milhões são fabricados em laboratório para fins industriais. Dos naturais, só 25 milhões de quilates acabam em jóias. É claro que os diamantes artificiais não têm o valor dos naturais: podem ser comprados por 1 dólar por quilate.

Poucas substâncias foram tão estudadas. O diamante é utilizado para cortar, modelar e polir. Penetra em tudo, e nada consegue riscá-lo, a não ser outro diamante. As sondas de perfuração de poços de petróleo usam cristais na ponta. As brocas que nos fazem sofrer no dentista têm diamante. A ponta de brilhante de certos bisturis cirúrgicos está sempre limpa e afiada porque ele repele a água, o sangue e os tecidos molhados.

A resistência à alta temperatura e a transparência tornam o diamante o material ideal para janelas de espaçonaves, como a da sonda Pioneer, feita de cristal artificial, que agüentou, em Vênus, uma pressão atmosférica 100 vezes maior do que a da Terra, em 1978.

O campo mais fértil é o dos microchips. A condutividade térmica dos diamantes promete supercomputadores que não esquentam. Graças à força indestrutível dos cristais, as máquinas do futuro poderão ter muito mais potência e velocidade.



O grande buraco
Em 1874, a mina de Kimberley (ao lado) era um pandemônio parecido com o de Serra Pelada, no Pará. Baldes pendurados em cordas levavam a terra escavada para ser examinada na superfície. A mina funcionou de 1869 a 1914, produzindo 150 milhões de quilates de diamantes (30 toneladas). Deixou um enorme buraco vazio, The Big Hole (foto maior), de 200 metros de profundidade.



Mineração na praia

Mina CDM, no litoral sudoeste da África do Sul. Um dique de areia de 15 metros de altura protege a escavação do mar. Retirada a areia, usam-se jatos de ar para procurar diamantes no leito.



Para saber mais

The Nature of Diamonds. Editado por George Harlow.

New York, American Museum of Natural History, 1997.

Em Nova York: Exposição no American Museum of Natural

History. Central Park West com 79th Street. Até 30 de agosto.



As jóias da coroa
Em 1905, um bloco de mais de meio quilo de diamante bruto, 3,106 quilates, 621 gramas exatamente, foi descoberto na mina de Kimberley, na África do Sul. O governo da província do Transvaal deu-o de presente ao rei Eduardo VII, da Inglaterra. A pedra foi dividida em nove brilhantes. O Cullinan I, de 530 quilates (106 gramas, o segundo maior diamante do mundo), foi instalado no cetro real (à direita), e o Cullinan II, de 317 quilates (63 gramas), foi montado na coroa. Em 1953, quando subiu ao trono, a jovem rainha Elizabeth II usou as jóias reais na sua foto oficial (acima). Tinha 27 anos.



Trombada metamórfica
A queda de asteróides na Terra pode transformar pedra em diamante.

1. Há 35 milhões de anos, um meteoro despencou na Terra, formando a cratera de Popigari, na Sibéria, com 60 quilômetros de diâmetro.

2. O choque esmagou rochas que possuíam átomos de carbono. A pressão enorme sobre elas e a temperatura, altíssima, provocaram uma metamorfose.

3. O grafite rico em carbono que havia na cratera virou cristal, formando diamantes de até 1 centímetro de diâmetro.



O cano de magma
A maior parte dos diamantes do planeta é extraída de um vulcão chamado kimberlito.



Cratera estreita
Os kimberlitos transbordam de crateras estreitas e têm entre 50 milhões a 1,6 bilhão de anos. Carregam cristais do fundo que chegam a ter 3,3 bilhões de anos.

Tubo profundo
Um tubo longo e estreito carrega para a superfície a erupção do kimberlito. Ela funciona como um elevador de cristais.

Massa quente
O magma sobe 150 quilômetros do manto da terra até a superfície, através de fissuras geológicas, transportando rochas de harzburgita e eclogita que contêm diamantes.



Como produzir um diamante
Métodos de laboratório cada vez mais simples fabricam cristais.

Diamantes sintéticos, como os da ponta desta broca (foto), podem ser condensados pelo processo CVD (sigla em inglês para Deposição de Vapor Químico). Na teoria, é simples: junta-se um pouco de hidrogênio, uma pitada de metano, uma fatia de silício e leva-se a mistura a um forno de microondas de alta potência. A uma temperatura de 800 graus Celsius, as microondas quebram as moléculas dos gases e formam um plasma, onde grãos de cristal se condensam, leatoriamente. À medida que a operação prossegue, os núcleos se multiplicam e fundem-se, criando um cristal contínuo.



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terça-feira, 14 de novembro de 2017

Existe uma maneira de fabricar oxigênio em Marte


Existe uma maneira de fabricar oxigênio em Marte



Tecnologia será fundamental para permitir colonização humana num futuro próximo.


Cerca de 96% da atmosfera marciana é composta de dióxido de carbono, um gás extremamente tóxico para os seres humanos. Diante dessa barreira natural para a atividade do homem em Marte, os engenheiros criaram uma possível solução.



Oxigênio - Elemento químico - Essencial para os humanos


O fato é que uma elevada concentração atmosférica de dióxido de carbono possibilita também a produção de oxigênio por meio de um processo chamado decomposição. Esse processo, que separa o oxigênio do carbono, seria um caminho viável para criar uma atmosfera respirável.



Marte - Planeta


Desse modo, quando o oxigênio for liberado na atmosfera marciana, as condições no planeta serão mais propícias para sua colonização. E cientistas de diferentes universidades do mundo já demonstraram que isso é possível.

Para esse propósito, será usado plasma em baixa temperatura, um método tão seguro quanto eficiente, que não só permite separar as moléculas de oxigênio, mas que também pode ser utilizado para produzir o combustível utilizado pelos equipamentos e foguetes que operarem em Marte.



Por que a vida seria difícil em Marte
Temperaturas Extremas / Atmosfera tóxica / Clima terrível


Fonte: HIPERTEXTUAL
(https://hipertextual.com/2017/10/oxigeno-plasma-marte)


Hipertextual - Site Fonte


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terça-feira, 14 de novembro de 2017

Encontrado no Marrocos - O mais antigo fóssil humano tem 300 mil anos


Encontrado no Marrocos - O mais antigo fóssil humano tem 300 mil anos



Fósseis mais antigos da espécie humana

A descoberta histórica aumenta em pelo menos 100 mil anos a existência comprovada de humanos na Terra


As evidências fósseis mais antigas de representantes da espécie humana foram descobertas por cientistas no Marrocos e revelam que o Homo sapiens já se espalhava por toda a África há 300 mil anos. A descoberta histórica, publicada na quarta-feira, 7 (07/06/2017), na revista Nature, aumenta em pelo menos 100 mil anos a existência comprovada de humanos na Terra.

Até agora, o registro do mais antigo fóssil da espécie era um esqueleto de 195 mil anos, desenterrado em 1967 em Omo Kibish, na Etiópia. De acordo com os autores do estudo, a descoberta revela que a espécie humana tem uma história evolutiva muito mais complexa do que se imaginava, envolvendo todo o continente africano.



Homens de Kibish - Sítio arqueológico na Etiópia
"Os homens de Kibish são fósseis de Homo sapiens arcaico, encontrados na formação rochosa de Kibish, vale do rio Omo, no sul da Etiópia, descobertos em 1967 por Richard Leakey."



"Acreditávamos que o berço da humanidade havia sido o leste da África, há 200 mil anos, mas nossos novos dados revelam que o Homo sapiens já havia se espalhado por todo o continente há cerca de 300 mil anos", disse o paleoantropólogo Jean-Jacques Hublin, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva (Alemanha), que liderou a equipe internacional responsável pelos estudos.

Os fósseis foram desenterrados em Jebel Irhoud, no oeste do Marrocos. Na década de 1960, haviam sido encontrados no local seis fósseis humanos e diversos artefatos da Idade da Pedra, mas a datação dos fósseis ainda permanecia incerta. Um novo projeto de escavação em Jebel Irhoud, iniciado em 2004, revelou 16 novos fósseis de Homo sapiens, envolvendo crânios, dentes e ossos longos de pelo menos cinco indivíduos.



Djebel Irhoud, Jebel Ighoud ou Adrar Ighud é um sítio arqueológico localizado junto à aldeia homônima, cerca de 100 km a oeste de Marraquexe, 80 km a sudeste de Safim e 45 km a noroeste de Chichaoua, no Marrocos.


Os cientistas conseguiram definir a idade dos fósseis graças às novas tecnologias. Eles utilizaram um método de datação por termoluminscência em pedras de sílex encontradas nos mesmos depósitos. Além disso, eles aprimoraram as técnicas de ressonância paramagnética eletrônica para refazer o cálculo direto da idade de três mandíbulas de Jebel Irhoud, que anteriormente havia sido estimada em 160 mil anos.



Jebel Irhoud - Localização no Mapa


Arcaico
Utilizando microtomografias computadorizadas e análises estatísticas morfológicas com base em centenas de medições 3D, os cientistas mostraram que os fósseis de Jebel Irhoud têm rostos e dentes semelhantes aos dos humanos modernos. A caixa craniana, porém, tem ainda um formato arcaico, mais alongado que o do homem atual.



Comparação com outros crânios humanos



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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

20 coisas que você talvez não saiba sobre o nosso maravilhoso planeta terra


20 coisas que você talvez não saiba sobre o nosso maravilhoso planeta terra



A Terra é o nosso lar, nossa casa, ainda o único lugar onde experimentamos viver...


1 – Dentro do Sol caberiam 1,3 milhão do nosso planeta, sabia?

2 – Se você fizesse um túnel que ligasse um lado da Terra ao outro e saltasse dele, você levaria 42 minutos para atravessá-lo;

3 – A Rainha Elizabeth é dona de um sexto das superfícies da Terra;

4 – A Terra também tem fases, quando é vista da Lua;

5 – A luz que sai do Sol e chega até a Terra viaja durante oito minutos e 20 segundos;



Terra - Planeta


6 – Existem mais organismos vivos em uma colher cheia de terra do que pessoas no planeta inteiro;

7 – Um terço da superfície terrestre é total ou parcialmente deserto;

8 – Antes das árvores, nosso planeta era coberto por cogumelos gigantescos;

9 – Na Via Láctea, existem provavelmente 2 bilhões de planetas como a Terra;

10 – Existem cerca de 7.500.000.000.000.000.000 grãos de areia no planeta;



Terra - Seu interior


11 – O núcleo da Terra é tão quente quanto o Sol;

12 – A Terra perdeu 40% de sua vida selvagem nos últimos 40 anos;

13 – Os soviéticos cavaram o buraco mais profundo do planeta ao longo de 14 anos; ele tem 12.262 metros de profundidade;



Mapa Mundi



14 – Existem cerca de 22 mil objetos feitos pelo homem orbitando nosso planeta no momento;

15 – Todos os dias, entre 100 e 300 toneladas de poeira estelar entram na atmosfera terrestre;

16 – Todos os anos, 500 mil terremotos são identificados no planeta: 100 mil deles podem ser sentidos, e 100 podem causar estragos;

17 – Se não tivéssemos uma Lua, nossos dias durariam apenas seis horas;



Sistema Solar


18 – A região mais seca do planeta é o deserto do Atacama, no Chile, onde há regiões nas quais nunca houve registros de chuva;

19 – Para cada grão de areia nas praias do mundo, existem 10 mil estrelas no Universo;

20 – De todo o oxigênio do planeta, 20% é produzido pela Floresta Amazônica.



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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Saiba o que é a 'nomofobia', quando o uso de tecnologias vira doença


Saiba o que é a 'nomofobia', quando o uso de tecnologias vira doença


A forte presença das tecnologias na vida moderna pode dificultar a identificação do problema (Foto: Free-Photos/Pixabay/CC0 Creative Commons)


O Instituto Delete, na UFRJ, trata brasileiros com dependência de internet. Para pesquisador, linha entre dependência e uso excessivo é tênue.


Como muitos de sua geração, o estudante L.L., 29 anos, ama computadores. Mas o apego à tecnologia começou a afetar os estudos, o trabalho, o relacionamento com a família e amigos. Virou uma forma de evitar as pessoas. Foi quando viu que precisava de ajuda.

L.L. sofre de dependência digital, ou nomofobia (do original "no mobile fobia"), uma patologia com consequências psíquicas, sociais e físicas.

Em setembro, ele iniciou o tratamento no Instituto Delete, o primeiro do Brasil especializado em detox digital e que presta atendimento gratuito.

Instalado no Instituto de Psiquiatria (Ipub) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Delete foi criado em 2013 pela psicóloga Anna Lucia King e desde então avaliou 800 pessoas com algum tipo de dependência tecnológica.



"Comecei a perceber que os pacientes tinham dependência de tecnologias como celular, computador. Uma dependência não natural, mas relacionada a algum transtorno", conta Anna Lucia.

Os recém-chegados passam por uma triagem da equipe multidisciplinar do Delete e são submetidos a questionários para identificar a origem da dependência.

"Fazemos uma entrevista psicológica. Depois o psiquiatra avalia se há algum transtorno relacionado. Pode ser transtorno de ansiedade, pânico, obsessão compulsiva, fobia social", explica Anna Lucia, que cita WhatsApp, Facebook, Instagram e jogos on-line como as tecnologias com maior registro de dependência.



30% dos casais apenas compartilham as senhas de suas redes sociais
38% disseram tratar assuntos complexo através de mensagens online pelo celular



Tratar os transtornos relacionados - ou transtornos de base - pode exigir medicação. Além de problemas emocionais, a nomofobia também causa prejuízos físicos.

A fisioterapeuta Mariana King Pádua, que atende no Delete, explica que o uso prolongado de smartphones, por exemplo, causa tanta pressão no pescoço que faz a cabeça pesar de seis a dez vezes mais que o normal, devido aos longos períodos em que fica inclinada.

"A musculatura do pescoço não é preparada para sustentar essa carga", explica.
O tratamento é oferecido durante algumas horas por semana e sua duração varia conforme o caso. Os pacientes são divididos em três categorias: consciente, abusivo e dependente.



Linha tênue
O objetivo do tratamento não é demonizar as tecnologias, mas fazer com que os dependentes aprendam a usá-las de forma saudável.

Exercícios, trocas de experiências e ensinamento da chamada "etiqueta digital", ou seja, as boas práticas no uso das tecnologias, ajudam a transformar o uso abusivo em consciente.

Segundo o pesquisador e orientador especializado em Mídias Digitais no Delete, Eduardo Guedes, usar muito a tecnologia por si só não indica dependência, mas todo usuário dependente sempre a utiliza de forma exagerada.

"O uso abusivo é quando o virtual atrapalha o real, e você perde o controle. Esse nível de perda de controle é algo muito tênue", explica.


Esclavo del celular / Escravo do celular - Vítima de Nomofobia



Uso consciente
A forte presença das tecnologias na vida moderna pode dificultar a identificação do problema. Muitas vezes, o próprio usuário não percebe como a dependência afeta sua vida e precisa da interferência de pessoas próximas para procurar ajuda.

Foi o caso do estudante H.B, de 24 anos, levado pela mãe ao Delete, onde trata desde agosto a dependência em jogos de computador.

"Nem fui eu que notei [o problema]. A gente se acostuma com isso, é difícil largar", conta.

A moderação é difícil de se alcançar em um mundo onde tecnologias como a Internet são onipresentes.

Segundo relatório da ONU sobre economia da informação, publicado em outubro, o Brasil é o quarto país mais conectado do mundo em número de usuários na Internet.



pós avaliação, pacientes são divididos em três categorias: consciente, abusivo e dependente (Foto: Rede Globo)


O informe "Economia da Informação 2017: Digitalização, Comércio e Desenvolvimento", da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), mostra que em 2015 o país tinha mais da metade da população (120 milhões de pessoas) conectada à Internet, atrás de China (705 milhões), Índia (333 milhões) e Estados Unidos (242 milhões).

As atividades principais dos brasileiros se relacionam à comunicação (85%), como o envio de mensagens pelo WhatsApp e o uso de redes sociais como Facebook, Instagram ou Snapchat (77%), segundo o Comitê Gestor de Internet no Brasil, encarregado da utilização e desenvolvimento da web no país.



Sintomas de Nomofóbico



No Brasil, a nomofobia ainda é um tema relativamente novo, mas Coreia do Sul, Japão e China já consideram essa dependência um problema de saúde pública e têm centros de reabilitação.

Pacientes e terapeutas do Delete acreditam ser possível viver em harmonia com as tecnologias.

"Estou melhorando, fazendo exercícios. O problema do uso intensivo da Internet é que você acaba deixando outras áreas da vida desguarnecidas", diz L.L.

Anna Lucia explica que o fim do tratamento não significa que os pacientes ficarão sem apoio.
"Muitos naturalmente deixam o grupo, mas fica em aberto. Quando acham necessário, eles podem voltar", conclui.



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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

O tubarão 'pré-histórico' com 300 dentes capturado por acidente


O tubarão 'pré-histórico' com 300 dentes capturado por acidente



Dentes do tubarão-enguia chamam atenção (Foto: Marian Torres)

Espécie, que habita as profundezas do oceano, está na Terra antes dos homens; mas muitas incógnitas ainda cercam sua existência.


Quando os biólogos marinhos se depararam com ele na rede de pesca, viram de cara que não se tratava de um animal comum.

Não se parecia com nada que haviam visto antes. Tinha uma cabeça redonda e uma longa fileira de 300 dentes finos e afiados, típicos de um predador.



Tubarão-cobra ou Tubarão-Enguia / Chlamydoselachus



Em pouco tempo, constataram que estavam diante do Chlamydoselachus anguineus, chamado popularmente de tubarão-enguia, uma espécie pré-histórica pouco conhecida.

O animal foi capturado, em agosto, próximo a Algarve, no sul de Portugal.



'Fóssil vivo'
Embora seja considerado um "fóssil vivo", o tubarão-enguia é uma espécie que se encontra bem distribuída geograficamente. Está presente de Angola ao Chile, da Guiana à Nova Zelândia, da Espanha ao Japão.

Mas pouco se sabe sobre seus hábitos e o tamanho da sua população. Eles costumam viver a muitos metros de profundidade, o que torna difícil encontrá-los e monitorá-los.

No caso do tubarão capturado em Portugal, o animal foi apanhado por uma rede lançada a 700 metros de profundidade.

Mas o que o torna tão especial?



Sobrevivente
"Esse tubarão pertence à única espécie sobrevivente de uma família de tubarões em que todos os outros foram extintos", disse à BBC Margarida Castro, professora e pesquisadora do Centro de Ciências Marinhas da Universidade de Algarve.

"Alguns acreditam que essa espécie remonta ao período Jurássico tardio. Pode ser um pouco mais recente, mas, de qualquer jeito, estamos falando de dezenas de milhares de anos. Por isso, é muito antigo em termos evolutivos. Está na Terra certamente antes do homem", acrescenta.

Castro faz parte do projeto MINOUW, uma iniciativa para minimizar o desperdício de animais que são descartados nos navios de pesca europeus, o que explica a presença de pesquisadores em um barco de pesca comercial.



Predador
Embora a maioria dos tubarões tenha uma cabeça chata, e a do tubarão-enguia seja redonda, as barbatanas e toda parte inferior do corpo não deixam dúvidas de que se trata de um tubarão, e não de uma espécie de enguia.

Mas, segundo a pesquisadora, o que é realmente único neste animal são os dentes.


Tubarão-enguia capturado Image caption Diferentemente da maioria dos tubarões, esta espécie tem uma cabeça redonda, e não achatada (Foto: Marian Torres)


"Ele tem uma grande fileira de dentes perpendiculares à mandíbula. São muito afiados, finos e apontam para dentro. Isso permite a ele pegar presas grandes e não deixá-las escapar, os dentes as impedem de sair", explica Castro.

"Claramente se trata de um predador muito agressivo", completa.

A espécie capturada em Portugal era um macho adulto de 1,5 metro de comprimento. Quando o animal foi retirado do mar, já estava morto.

"A partir dessa profundidade, a maioria dos peixes chega morta. A rede sobe muito rápido, e eles não sobrevivem à súbita mudança de pressão", esclarece.



Risco de extinção?
A escassez de informação sobre a espécie dificulta saber, inclusive, se ela corre risco de extinção.

A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN, na sigla em inglês) classifica o tubarão-enguia como uma espécie "quase ameaçada", devido ao receio de que a expansão da pesca em águas profundas aumente os casos de captura acidental.

Para Castro, no entanto, ainda é muito difícil responder se é realmente uma espécie ameaçada.

"Não sabemos qual é a proporção de captura. Se a taxa de pesca é proporcional ao quão rara é sua presença no oceano, então estamos diante de uma espécie ameaçada de extinção, mas não temos essa informação neste momento", aponta.



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quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Estátua de quase 10 mil anos esconde até hoje mensagem indecifravel


Estátua de quase 10 mil anos esconde até hoje mensagem indecifravel



O Ídolo de Shigir é a estátua de madeira mais antiga que se tem noticia.


Acredita-se que o artefato tenha sido feito há mais de 9,5 mil anos, durante o período Mesolítico. O ídolo de Shigir foi descoberto em 1890 nos arredores da Sibéria. Suas partes unidas medem mais de 5 metros de altura.

Embora o tamanho pareça representar uma figura humana, não há consenso científico sobre o significado dos símbolos gravados nela. Enquanto alguns acham que são costelas humanas, outros afirmam que poderia ser um mapa. Há inclusive quem diga que se trata de uma mensagem grafada milhares de anos antes da primeira escrita conhecida.



O professor Zhilin, cientista do Instituto de Arqueologia da Academia de Ciências da Rússia, dedicado ao estudo da estátua, afirma que ela possui características únicas e que, possivelmente, todos os tamanhos presentes nela sejam um código complexo de informações criptografadas.

As mensagens do ídolo de Shigir continuam sendo um mistério absoluto para os pesquisadores.



Fonte: CRONICA
(https://www.cronica.com.ar/suplementos/Misterioso-mensaje-indescifrable-en-una-estatua-de-9.500-anos-20170910-0038.html)



Cronica - Site Fonte


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quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Brinquedo mais antigo do mundo é encontrado na Turquia


Brinquedo mais antigo do mundo é encontrado na Turquia



Pequena carrugem tem pelo menos 5 mil anos de idade


A peça fui encontrada em escavações realizadas por uma equipe de arqueólogos turcos na cidade de Sogmatar. Entre muitos outros objetos, foi achado o que hoje representa o brinquedo mais antigo descoberto até hoje.

No túmulo de um menino que viveu durante a Idade de Bronze, os arqueólogos encontraram uma carruagem de quatro rodas em miniatura, datada de 5 mil anos de idade. Ela seria, então, uma precursora dos atuais carrinhos de brinquedo.



Sogmatar, a área escavada, é um dos sítios arqueológicos mais abundantes da Turquia. E isso se dá não apenas por causa de sua grande extensão, mas também pela sua relevância histórica.

A carruagem em miniatura tira o posto do que, até pouco tempo, era considerado o brinquedo mais antigo já encontrado: um chocalho de 4 mil anos de idade, descoberto na cidade de Kültepe, província de Kayseri, na região turca da Anatólia Central.



Fonte: INFOBAE

(https://www.infobae.com/america/mundo/2017/10/19/arqueologos-hallaron-al-sur-de-turquia-el-juguete-mas-antiguo-del-mundo/)



Infobae - Site Fonte



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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Cientistas descobrem fósseis de um dos primeiros ancestrais do homem e outros mamíferos


Cientistas descobrem fósseis de um dos primeiros ancestrais do homem e outros mamíferos


Mamíferos costumavam sair à noite para caçar insetos (Foto: Mark Witton)

Dentes com 145 milhões de anos de idade estavam em amostras de rochas de penhascos do sul da Inglaterra, em uma região conhecida como Costa Jurássica.


Fósseis dos mais antigos ancestrais conhecidos dos mamíferos atuais, inclusive de seres humanos, foram descobertos no sul da Inglaterra.

Dentes dessas criaturas estavam em rochas de penhascos de Dorset, em uma região conhecida como Costa Jurássica. Cientistas que identificaram esses materiais dizem que eles têm 145 milhões de anos.
Esses mamíferos antigos eram muito pequenos e peludos, e provavelmente tinham hábitos noturnos. O menor deles possivelmente vivia em buracos sob a terra e se alimentava de insetos. O outro, um pouco maior, pode ter comido também plantas.

Seus dentes eram muito desenvolvidos e capazes de perfurar, cortar e triturar comida.

"Também estavam muito gastos, o que sugere que os animais atingiram uma idade avançada para sua espécie", afirma o cientista Steve Sweetman, da Universidade de Portsmouth, que examinou os fósseis.

"É um grande feito levando em conta que eles compartilhavam seu habitat com dinossauros predadores."

Os fósseis foram achados por Grant Smith, então um estudante universitário. Ele estava analisando amostras de rocha coletadas para seu trabalho de conclusão de curso quando encontrou um tipo de dente nunca antes visto em pedras dessa época.


Dentes estavam em rochas coletadas por estudante universitário para seu trabalho de conclusão de curso (Foto: Steve Sweetman)

"Novos segredos estão sempre vindo à tona na Costa Jurássica, e acredito que descobertas parecidas continuarão a ser feitas em nosso quintal", diz Dave Martill, da Universidade de Portsmouth, que supervisionou o projeto.

Uma das novas espécies foi batizada como Durlstotherium newmani, em homenagem a Charlie Newman, dono de um bar próximo ao lugar onde os dentes foram encontrados, e que é colecionador de fósseis. A segunda foi chamada de Dulstodon ensomi, por causa de Paul Ensom, um paleontólogo local. Os achados foram publicados no periódico científico Acta Palaeontologica Polonica.

As descobertas estão entre as mais novas evidências trazidas à tona em uma área de estudos marcada por debates acalorados.

Descobertas recentes na China fizeram com que a idade do mamífero mais antigo conhecido fosse ampliada para 160 milhões de anos. Mas isso é colocado em questão por outros especialistas, que se baseiam em estudos moleculares.

Uma pesquisa que veio a público nesta semana indica que os primeiros mamíferos eram criaturas noturnas, que só passaram a ter hábitos diurnos após a extinção dos dinossauros.

Publicada no periódico Nature Ecology and Evolution, ela poderia explicar por que muitos mamíferos atuais são noturnos.



Professor David Martill - http://www.port.ac.uk


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terça-feira, 7 de novembro de 2017

Os 5 lugares mais secretos e inacessíveis do mundo


Os 5 lugares mais secretos e inacessíveis do mundo



Você provavelmente nunca esteve em qualquer um deles !


Preservados em recônditos desconhecidos e longínquos, há vários lugares no mundo que são simplesmente inacessíveis para um mero mortal. Escondidos, blindados e mais proibidos que qualquer outro local de acesso restrito, esses espaços representam uma fonte inesgotável de curiosidade e inspiração.


Conheça cinco deles:


Área 51: É estritamente proibido o acesso a pessoas não autorizadas. Essa base da Força Aérea americana é provavelmente o local mais citado nos relatórios ufológicos e teorias conspiratórias, especialmente por causa do famoso Caso Roswell.



Cofre do fim do mundo: No arquipélago norueguês de Svalbar, está o também chamado “banco mundial de sementes”, um depósito subterrâneo gigante construído para preservar milhares de sementes de plantas de cultivo no caso de eventuais cataclismos mundiais.


(https://www.youtube.com/watch?v=y1wSmm5ndi0)



Cheyenne Mountain Complex: Dentro da montanha Cheyenne, no estado do Colorado, nos Estados Unidos, está localizada a principal instalação do Comando de Defesa Aerospacial da América do Norte. O edifício está literalmente enterrado debaixo de meio quilômetro de granito, e todos seus acessos são blindados com portas de 25 toneladas.



Fort Knox: Nessa base, no estado do Kentucky, estão armazenadas aproximadamente 5 mil toneladas de ouro. É por esse motivo que se trata da instalação mais segura do seu tipo no mundo inteiro. Não só protege metais preciosos como abriga documentos históricos de grande importância, como a Declaração da Independência dos Estados Unidos.



Bunker Yamantau: Na Rússia, em alguma região desconhecida do Monte Yamantau, está localizada uma instalação subterrânea tão secreta que seu objetivo é absolutamente desconhecido. Enquanto alguns rumores dizem que poderia se tratar de um depósito para mísseis nucleares, outros afirmam que seria um abrigo destinado a abrigar milhares de pessoas.



Fonte: INFOBAE
(https://www.infobae.com/tendencias/2017/10/23/prohibido-pasar-los-7-lugares-mas-secretos-y-misteriosos-a-los-que-nadie-puede-entrar/)


infobae - Site Fonte


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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Para vigiar a floresta - Tecnologia


Para vigiar a floresta - Tecnologia



Depois de cinco séculos de abandono e 530 000 quilômetros quadrados de floresta queimados - uma área equivalente à da França -, depois do tráfico de drogas e das mineradoras ilegais, chegou a hora. Já é tempo de vigiar a Amazônia.


Apesar do atraso, o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) deslanchou. A idéia original era montar um sistema de controle de tráfego aéreo para a região, por onde passam 300 000 vôos por ano orientados só por instrumentos de bordo, o que é arriscado. Mas, diante das ameaças sobre o ambiente e de muita violação das leis, o projeto cresceu. Agora, o que vem por aí é um sistema único. Se der certo, o Brasil terá uma parafernália de vigilância sem igual.


Amazônia - Floresta no Amazonas


Desde a proposta, em 1990, foram sete anos de controvérsia. Mas, agora, a implantação já começou. "Serão cinco satélites, 25 radares e centenas de instrumentos meteorológicos e sensores", conta Tarcísio Muta, da empresa Atech, que faz o software do sistema. "Tudo isso, sincronizado, vai dar informações a órgãos como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama)." Só o sensor Erieye, uma das estrelas do Sivam, enxergará até 2 metros abaixo do chão e 50 metros debaixo d’água.



Mapa da ecorregião amazônica definida pelo WWF


Uma vasta massa de dados metereológicos, geológicos, hidrológicos e ambientais será coletada regularmente e repassada. Cerca de 1 000 órgãos de governo, instituições de pesquisa e organizações não-governamentais vão se beneficiar.


A Polícia Federal não sabe exatamente quantas pistas clandestinas existem na região, mas passam de 700. Servem a contrabandistas, traficantes de drogas e donos de garimpos ilegais.



O desmatamento da Amazônia já chegou a 530 000 quilômetros quadrados, 13% da área de floresta. Metade foi devastado ilegalmente por pecuaristas, agricultores e madeireiros.



Por ano, são extraídos 28 milhões de metros cúbicos de madeira. O suficiente para encher 3 milhões de caminhões. Mais da metade é retirada contra a lei por madeireiras clandestinas.



Só em 1997, entre junho e novembro, foram registrados, diariamente, mais de 1 000 focos de queimada. As regiões mais afetadas são o nordeste e sudeste do Pará, o norte de Mato Grosso e Rondônia.



Mas ainda é preciso esperar até o ano 2002
Desde outubro, pesquisadores da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, estudam, in loco, os melhores lugares para colocar os equipamentos na selva, protegendo-os das condições ambientais. Os radares serão instalados no ano 2000, pela multinacional Raytheon. Sim, a Raytheon é aquela mesma do escândalo que tomou conta dos jornais em 1995. Foi tanto que, no final daquele ano, funcionários do governo e o ministro da Aeronáutica, Mauro Gandra, demitiram-se sob acusações de favorecimento à empresa. Aí, uma comissão do Senado investigou o contrato durante seis meses. Em maio de 1996, afinal, ele foi aprovado.

Cientistas brasileiros notáveis, como o físico Rogério Cerqueira Leite e o ex-presidente do Conselho Nacional de Pesquisas, Aldo Vieira da Rosa, protestaram contra a pouca participação de empresas nacionais no projeto. Mas o major Marcos Antônio de Oliveira, presidente da Comissão Coordenadora do Sivam, defendeu, para a SUPER, a decisão: "O nosso parque industrial infelizmente não produz equipamentos de ponta como o projeto requer". O custo do Sivam, 1,4 bilhão de dólares, engrossa a polêmica. É muito dinheiro - mas também é muita tecnologia. Agora, vamos ver se ela vai dar conta do recado.



Para saber mais

Na Internet
www.ibama.gov.br



Três elogios e três críticas



"Nós, do Ibama, somos uma espécie de garoto-propaganda do Sivam. Com sua implantação, além das queimadas poderemos conferir até a exploração seletiva de madeira, o corte só de árvores nobres."
Eduardo Martins, presidente do Ibama

"Sou amplamente favorável ao projeto. O Sivam seria desnecessário se a Amazônia não sofresse um processo de exploração predatória."
Márcio Nogueira Barbosa, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

"O uso de equipamentos eletrônicos de última geração é a única saída recomendável para controlar uma região tão grande."
Fernando Gabeira, deputado federal do Partido Verde (RJ)



"O projeto não deveria ser tocado por uma empresa americana e financiado por banco americano. Deixaram que os economistas tomassem conta do Sivam."
Luiz Pinguelli Rosa, diretor da COPPE

"O sistema peca por não se preocupar com a educação do povo da região, sem o qual é impossível fazer uma defesa muito eficiente."
Sérgio Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência

"A tecnologia não basta. As prioridades são a implementação de uma política agroflorestal, uma de desenvolvimento econômico e um zoneamento ecológico."
Marina Silva, senadora do Partido dos Trabalhadores (AC)



Muitos olhos e ouvidos



A novidade do Sivam é conjugar informações recolhidas por várias fontes. A "conversa" entre os equipamentos vai facilitar a rotina de quem protege a Amazônia - e infernizar o dia-a-dia dos criminosos.


Sinal de fumaça
Os responsáveis pelo Sivam prometem que mais de 1 000 pesquisadores receberão, de graça, laptops equipados com modem para alimentar o banco de dados do sistema e enviar alarme sobre fumaça na selva. Os aviões de sensoriamento também detectam os focos de calor das queimadas.



Água suja
Uma área desmatada perto do rio é esquadrinhada pelos satélites. Ali perto, plataformas de coleta de dados instaladas no rio detectam uma quantidade anormal de partículas estranhas na água. Processando os dados, descobre-se que a sujeira do rio vem de um garimpo ilegal.



Mira orbital
Satélites como o Landsat e o Radarsat fotografam uma área e registram desmatamento. Na mesma região, sensores de comunicação interceptam ondas de rádio e detectam movimentação de barcos. Para o Ibama, isso faz soar o alarme. Pode ser um transporte ilegal de madeira.



Ondas de rádio
Radares em terra e em aviões de vigilância descobrem os teco-tecos que circulam baixo, a serviço do crime. A comunicação por rádio é interceptada. Os satélites localizam as pistas clandestinas. Avisada de uma suspeita de tráfico de drogas, a Polícia Federal pode agir com rapidez.



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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

O certo é "biscoito" ou "bolacha" ?


O certo é "biscoito" ou "bolacha" ?



Vamos a um debate de como este delicioso alimento é chamado nas diversas regiões do Brasil...


Ambos são corretos, mas "biscoito" entrou primeiro na língua portuguesa, e esse é o único critério em que é possível apontar um vencedor



Biscoito - Doçaria - Alimento


Ambos são corretos, mas “biscoito” entrou primeiro na língua portuguesa, e esse é o único critério em que é possível apontar um vencedor. Os dois termos são equivalentes no que diz respeito à legislação e também são ambos válidos quando se aplica sua etimologia ao modo que o alimento é produzido hoje no Brasil. O país é atualmente o segundo maior produtor de biscoitos/bolachas do mundo, com 1,2 mil tonelada fabricada por ano, segundo a Associação Nacional da Indústria de Biscoitos (Anib). Também segundo o órgão, o produto está presente em 99,9% dos lares brasileiros e a média adquirida pelas pessoas em cada visita ao mercado é de 700 g.



Embalagem - Negresco - Nestlê



Duelo de titãs

O resultado definitivo da briga mais famosa da Internet

Round 1: Etimologia do biscoito
“Biscoito” vem do latim bis (duas vezes) + coctus (cozido) e chegou ao português pela palavra francesa “bescuit”, que surgiu no século 12. O nome vem da prática de assar o alimento duas vezes para que ficasse menos úmido e durasse mais sem estragar. A prática de assar mais de uma vez se aplica à bolacha (biscoito recheado) dos dias de hoje, porque ela vai ao forno quatro vezes


Round 2: Etimologia da bolacha
“Bolacha” vem de “bolo” (do latim “bulla”, objeto esférico) com o sufixo “acha”, que indica diminutivo. A palavra holandesa “koekje” significa a mesma coisa e gerou termos como “cookie” e “cracker”. Para diferenciar dos biscoitos, convencionou-se que koekje e derivados são os que utilizam um componente levantador, como o fermento. Os produtos brasileiros utilizam, então podemos chamar de bolachas



Embalagem - Passatempo - Nestlê



Round 3: Legislação
Quem regula o produto é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que considera os dois termos como sinônimos. Eles são definidos como: “produto obtido pelo amassamento e cozimento conveniente de massa preparada com farinhas, amidos, féculas fermentadas, ou não, e outras substâncias alimentícias”. E, sim, o órgão leva em consideração as variações com cobertura e recheio e diz que é mesmo tudo igual


Round 4: Inserção na língua portuguesa
O desempate vem do fato de que as duas palavras entraram na língua portuguesa em momentos diferentes. O registro mais antigo que a reportagem encontrou para “bolacha” é de 1543. Já para “biscoito”, o registro encontrado é de 1317, ainda na forma “bíscoyto”. Há quem diga, porém, que “biscoito” só entrou no português no século 15 – ainda assim, décadas antes de “bolacha”



UM PAÍS DIVIDIDO

Como se fala em cada estado do Brasil


Biscoito ou bolacha


O que dizem as fabricantes

Perguntamos às cinco maiores produtoras do Brasil como elas nomeiam seus produtos



Nestlé –“A Nestlé entende os dois termos como corretos, porém utiliza “biscoito” em suas marcas por essa ser uma convenção da indústria brasileira”

Bauducco –“Não há um motivo específico para a nomenclatura “biscoito”, é uma convenção da categoria. Não existe um termo correto, tanto que a legislação utiliza o termo ‘biscoito ou bolacha'”

M. Dias Branco -“O uso da nomenclatura é uma questão regional. A M. Dias Branco usa “biscoito” como padrão para definir seus produtos”



Biscoito no Brasil e pelo mundo e em SP


Mondelez -“Na Mondelez Brasil, os produtos são denominados “biscoitos”. A justificativa para o uso do termo é que é o mesmo da entidade de classe Anib”

Marilan -Procurada pela reportagem, a empresa não se pronunciou até o fechamento desta edição

FONTES: Associação Nacional da Indústria de Biscoitos (Anib), livros Tratado de Hygiene Naval, de J.B. Fonssagrives, O Português Arcaico: Uma Aproximação, de Rosa Virgínia Mattos e Silva, e Descobrimentos Portugueses: Documentos para a Sua História. Publicados e Prefaciados por João Martins da Silva Marques; teses “Novidade de Pallavras” no Português do Século XV, de Mário José Silva Meleiro, e O Tratado da Cozinha Portuguesa – Códice I.E 33: Aspectos Culturais e Linguísticos, de Antonieta Buriti Hosokawa



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Uma Universidade no Far West - Stanford



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sábado, 4 de novembro de 2017

História - Robespierre, o Incorruptível


História - Robespierre, o Incorruptível



Uma das figuras mais controversas da Revolução Francesa, Robespierre não escapou do mesmo destino que muitos tiveram durante o período do "Terror".


No dia 28 de julho de 1794, Robespierre, líder do Partido Jacobino na Convenção Nacional, foi guilhotinado após ser acusado de manter o endurecimento do “Terror”. A trajetória de sua vida mostra um homem firme em suas convicções que o fez ganhar a alcunha de "o incorruptível”.

Uma das figuras mais emblemáticas da Revolução Francesa, Maximilien François Marie Isidore de Robespierre – ou simplesmente, Robespierre – nasceu no dia 6 de maio de 1758 na cidade de Arras, no interior do França. Filho de um advogado, Robespierre fazia parte da pequena burguesia.

Órfão desde os cinco anos de idade, Robespierre foi criado pelo avô. Dedicou-se aos estudos quando recebeu uma bolsa no colégio Louis-le-Grand, em Paris. Foi onde descobriu Rosseau, tornando-se seu grande modelo em pleitear um Estado voltado para o bem comum e a vontade geral baseada na democracia. Foi um excelente aluno e escolhido para recitar um texto de boas-vindas durante uma visita do rei ao colégio.



Em 1781, retornou à sua cidade natal para exercer a advocacia. Ganhou notoriedade ao defender os mais pobres contra as arbitrariedades da justiça. Por sua austeridade e dedicação passou a ser chamado de o “incorruptível”.

Foi eleito deputado em 1789 para representar sua cidade na Assembleia dos Estados Gerais. Um ótimo orador, na Assembleia tornou-se líder do partido jacobino, grupo radical que defendia os interesses da pequena burguesia. Nos primeiros anos da Assembleia Constituinte, Robespierre ganhou destaque por reivindicar sufrágio universal e educação gratuita.

Com a queda dos girondinos do poder, Robespierre chegou ao controle junto com os jacobinos e implementou o regime do “Terror”. Justificava o regime, o qual “nada mais é do que a justiça rápida, violenta e inexorável. É, portanto, uma expressão da virtude”. O “Terror” foi implementado com a justificativa de defender a Revolução.



Wojciech Pszoniak como Robespierre no filme "Danton - O Processo da Revolução" (1982), de Andrzej Wajda.


O regime ditatorial durou na França entre 1793 e 1794. Robespierre suspendeu a Constituição e foram criados o Tribunal Revolucionário e o Comitê de Salvação Pública, onde o “incorruptível” tomou parte. No Comitê, mostrou sua face mais feroz na defesa dos ideais da liberdade e da igualdade.

A guilhotina funcionou sem parar durante o período ditatorial já que a ideia era que todos os inimigos do estado deveriam ser executados. A sanha por justiça confundia amigos e aliados. O clima de conspiração contra a Revolução se tornou uma paranoia. Para se ter uma noção, Georges-Jacques Danton, um dos membros do partido jacobino, foi executado na guilhotina.

Estima-se que o “Terror” tenha provocado a morte de dezenas de milhares de pessoas pela França. Entre elas está o químico Antoine Laurent de Lavoisier, pois foi considerado inimigo ao pertencer a Ferme Générale, uma sociedade privada que tinha o direito de cobrar impostos em nome da coroa francesa. Viva-se um período em que ninguém estava livre da morte na guilhotina. Nem mesmo Robespierre.

Em julho de 1794, um golpe comandado pelos girondinos acabou com o Comitê de Salvação Pública. Robespierre e seus companheiros foram presos e condenados à morte. Na prisão, tentou se matar com um tiro abaixo do queixo, porém o que conseguiu apenas foi estraçalhar seu maxilar. O grande orador, agora não podia mais falar. No dia 27 de julho de 1794, foi guilhotinado ao lado de outros jacobinos.

Maximilien de Robespierre é um dos personagens mais controversos da Revolução Francesa. Para alguns, é visto como um defensor dos mais pobres, dos oprimidos e advogado intransigente dos ideais democráticos. Para outros, Robespierre foi um dos primeiros ditadores da era moderna.

Em 2014, quando o jogo "Assassin’s Creed Unity" foi lançado, a forma como Robespierre foi retratado no game de sucesso causou polêmicas na França. No jogo, Robespierre era um vilão (aliado dos Templários) e um sanguinário psicopata. Políticos franceses chegaram a dizer que o jogo denegria a imagem histórica de Robespierre afirmando que o game fazia parte de uma “conspiração capitalista”. A produtora do jogo, Ubisoft, se defendeu dizendo que liberdades criativas foram tomadas para a confecção de "Assassin’s Creed Unity" e que alguns eventos retratados foram exagerados para fins narrativos.



Robespierre em "Assassin's Creed Unity"


De qualquer forma, seja na realidade ou na ficção, Robespierre, o incorruptível, continuará a inspirar aqueles que veem nele uma figura de convicção e força.


FONTES:

DHÔTEL, Gérard. A Revolução Francesa, passo a passo. 1ª ed. São Paulo: Claro Enigma, 2015.

Revista História Viva Grandes Temas nº 2: Revolução Francesa.

http://www.dw.com/pt-br/1794-robespierre-%C3%A9-executado-na-guilhotina/a-319705

https://educacao.uol.com.br/biografias/robespierre.htm

https://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/novo-assassins-creed-irrita-franceses-por-retratar-robespierre-como-um-vilao-psicopata-14588745

http://www.canalciencia.ibict.br/personalidades_ciencia/Antoine_Lavoisier.html



O Globo - Site Fonte



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sábado, 4 de novembro de 2017

Cientistas solucionam parte do mistério dos Moais


Cientistas solucionam parte do mistério dos Moais



A questão mais intrigante, por outro lado, continua sem explicação


Os Moais, cabeças gigantes da Ilha de Páscoa, intrigam os arqueólogos há séculos. Mas agora uma nova pesquisa poderá fornecer dados cruciais para revelar o mistério de sua construção.

Quando os navegantes europeus chegaram à ilha, em 1722, encontraram quase 900 estátuas espalhadas pela região, uma quantidade desproporcional, se considerarmos que, no local, viviam apenas 1.700 pessoas.


Evolução dos Moais

Um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, realizou recentemente uma projeção histórica da população da ilha e concluiu que, no seu auge, podem ter vivido quase 18 mil pessoas na região.

Embora esses novos dados possam esclarecer o mistério da construção dos Moais, o modo com que os nativos, por séculos completamente isolados do resto do mundo, conseguiram transportar as esculturas monumentais continua sendo um mistério.



Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/251896-arqueologos-revelar-misterio-construccion-moai-isla-pascua)



actualidad - Site Fonte


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O dia da semana mais mortal de todos



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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

A Teoria da Felicidade que Albert Einstein escreveu de próprio punho


A Teoria da Felicidade que Albert Einstein escreveu de próprio punho



São duas frases super sucintas, porém cheias de significado !


A história é tão curiosa quanto genial. Einstein estava em Tóquio e tinha acabado de receber a visita de um mensageiro. Assim que lhe foi entregue o comunicado, o físico se dispôs a dar uma gorjeta ao portador, mas, como não tinha moedas no seu bolso (ou, pelo menos, é o que se acredita), ele lhe entregou uma nota escrita de próprio punha na qual detalhava de forma sucinta sua teoria para alcançar uma vida feliz. Hoje, 95 anos depois, o manuscrito ganhou conhecimento público.



Albert Einstein - Físico Teórico - Teoria da Relatividade


O fato ocorreu em 1922, quando o maior físico de todos os tempos realizava uma turnê pelo Japão, palestrando em várias conferências. Na época, corria o boato de que ele seria homenageado com o Prêmio Nobel - um segredo guardado a sete chaves. Ao hotel em que o alemão estava hospedado chegou um mensageiro que, após deixar o recado, teria se recusado a receber gorjeta ou simplesmente não ganhou nenhuma compensação monetária por falta de trocado nos bolsos de Einstein.



A felicidade esta na simplicidade


Seja como for, a verdade é que Einstein não deixou que o homem saísse com as mãos vazias. De acordo com um familiar do mensageiro, proprietário atual dos manuscritos, o cientista escreveu duas notas à mão, com as quais retribuiu ao homem pelos seus serviços. “Talvez, se você tiver sorte, essas notas acabarão sendo muito mais valiosas que uma simples gorjeta”, Einstein disse ao mensageiro.



Em uma das notas, escritas em um papel timbrado do Imperial Hotel Tokyo, o cientista escreveu que “uma vida simples e tranquila traz mais alegria que a busca pelo sucesso em uma inquietação constante”. A outra nota, escrita em uma folha simples, afirma que “onde há um desejo, há um caminho”. Biógrafos de Einstein afirmam que não é possível saber se o físico se baseou em reflexões sobre sua própria fama.



"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas,
em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta" - Albert Einstein


Fonte: INFOBAE
(https://www.infobae.com/america/mundo/2017/10/22/la-desconocida-teoria-de-la-felicidad-que-einstein-escribio-con-su-puno-y-regalo-a-un-mensajero/)



Infobae - Site Fonte


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04 - 1.185 jogos de Mega Drive - http://bit.ly/1GSTaj2
05 - Ler Scans e Quadrinhos Digitais - Um mundo DIGITAL - http://bit.ly/2cYfdkS
06 - Poeira das Estrelas - Documentário - http://bit.ly/2eLj1ni
07 - Retrô - Relembre as caixas de videogames e jogos lançados no Brasil - http://bit.ly/2hDNdEi
08 - Cachorro-quente no espetinho - Lanche da tarde - http://bit.ly/2lwFSEJ
09 - Coleção Saiba Mais - Completa - http://bit.ly/2lBVIyO
10 - Compilação de 4226 Postagens - 16/02/2017 - http://bit.ly/2lZYwoQ
11 - Literatura Clássica Brasileira - http://bit.ly/2ne9ngz
12 - As 5564 Cidades do Brasil - http://bit.ly/2mykDTg
13 - JogosRBL4 - Jogos Retro grátis no seu PC - http://bit.ly/2uLgDHd
14 - JogosRBL6 -Agora com Playstation One - http://bit.ly/2gjEatl
15 - 945 Filmes Legendados - Coleção Setembro de 2017 - http://bit.ly/2wOM0Ra
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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

5 Tesouros da Segunda Guerra que estão perdidos até hoje


5 Tesouros da Segunda Guerra que estão perdidos até hoje



Bilhões de dólares em joias, obras de arte e antiguidades nunca foram recuperados.


Após a Segunda Guerra Mundial, bilhões de dólares em joias, obras de arte e antiguidades foram declarados roubados. Ainda hoje, grande parte dessa pilhagem continua desaparecida. Abaixo, cinco tesouros roubados na guerra que nunca foram encontrados:


Trem de ouro nazista: Em 2015, uma pista que poderia levar a um grande tesouro confiscado pelo Terceiro Reich deixou o mundo em alerta. No entanto, o trem, repleto de joias roubadas pelo Nazismo, nunca foi encontrado, apesar da busca intensa.



A câmara de âmbar: Originalmente localizada no Palácio de Catarina, em Tsarskoye Selo, próximo a São Petersburgo, a câmara, considerada a oitava maravilha do mundo, desapareceu durante a Segunda Guerra Mundial. Acredita-se que ela poderia estar escondida em algum lugar da Polônia.



Ouro de Yamashita: Assim é chamado o tesouro roubado pelos soldados japoneses no Sudeste Asiático durante a guerra. Há rumores de que ele poderia estar escondido em cavernas, túneis ou complexos subterrâneos nas Filipinas.



Fortaleza alpina: Uma fortaleza construída nos Alpes para abrigar a cúpula nazista no caso de uma eventual derrota. Há rumores de que enormes tesouros de guerra foram levados ao local, porém nunca encontrados.



MV Awa Maru: O navio, utilizado pela marinha japonesa, foi interceptado e afundado no estreito de Taiwan por um submarino americano. Ele transportava bilhões de dólares em joias e ouro. Seus restos nunca foram encontrados.



Fonte: WAR HISTORY ONLINE
(https://www.warhistoryonline.com/whotube-2/treasures-still-missing-today-x.html)



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Fascinio nas alturas - Alpinismo - Waldemar Niclevicz



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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Coleção 656 CD-ROM's - Parte 3 de 3 - Outubro de 2017 - Final

Coleção 656 CD-ROM's - Parte 3 de 3 - Outubro de 2017 - Final



PARTE FINAL - (Links para as outras partes no final desta postagem)


Listagem em Fotos - Parte 3 de 3 (401 ao 656):



Abaixo temos a listagem completa em melhor qualidade dividida em 4 arquivos PDF.

Download dos PDF's no Media Fire:
https://www.mediafire.com/folder/uai4kldeugi3r/656-CDROMs-PDF

...

COLEÇÃO ORGANIZADA EM PASTAS:

G1 - 001 ao 100
G2 - 101 ao 270
G3 - 271 ao 390
G4 - 391 ao 460
G5 - 461 ao 510
G6 - 511 ao 656

...

LISTA COMPLETA - 001 ao 656

CD001 - E_Esp_Vest2
CD002 - Emuladores08
CD003 - BestGames_Vol3
CD004 - GEEKESP30
CD005 - E_Esp_LD
CD006 - PCBCursos
CD007 - GEGS
CD008 - cd-rom165
CD009 - PCBE
CD010 - PC Mundo 01
CD011 - OneClick11
CD012 - click6
CD013 - PCM_03
CD014 - CURSOS_DE_INFO
CD015 - C_C_02
CD016 - CUCO009
CD017 - MCCS031
CD018 - GKES048
CD019 - GKES
CD020 - EMUL
CD021 - Excel_01
CD022 - VESTIBULAR2
CD023 - cd-rom167
CD024 - FVDigital2
CD025 - cdrom124
CD026 - Kurumin
CD027 - MULTIPLIQUE
CD028 - cdr02
CD029 - MP3_MAGAZINE
CD030 - BestGames_Vol4
CD031 - CDROM100
CD032 - MP3MAGAZINE
CD033 - CDROM112
CD034 - WINXPMAG10
CD035 - Mod-X_Esp08
CD036 - pocketpc
CD037 - PCBH025
CD038 - PC Money
CD039 - PCMY003
CD040 - ONCK020
CD041 - GEEK_33
CD042 - GEEK_13
CD043 - videosom
CD044 - MODX7
CD045 - cdrom143
CD046 - GAMERS
CD047 - cdrom160
CD048 - DVD-ROM189
CD049 - MP3_MAGAZINE
CD050 - BestGames30005
CD051 - FACIL147
CD052 - PBH021
CD053 - cdrom139
CD054 - 20141013_2258
CD055 - DVD-ROM184
CD056 - cdrom118
CD057 - CDRom108
CD058 - PCMX010
CD059 - CGC_19
CD060 - HardwareCD3
CD061 - PBH023
CD062 - HACKER
CD063 - Pc_Br_Esp10
CD064 - Fire-0.4a
CD065 - PCBRESP_14
CD066 - JOEX008
CD067 - MP3MAGAZINE
CD068 - Pendrive1
CD069 - PCBRESP06
CD070 - command
CD071 - DVD-ROM190
CD072 - DVD-ROM191
CD073 - PENDRIVE2
CD074 - cdrom156
CD075 - Ubuntu 9.10 i386
CD076 - CDROM162
CD077 - ONCE023
CD078 - DVD-ROM188
CD079 - UPDATE_04
CD080 - DM_18
CD081 - UPDATE_02
CD082 - ONCE17
CD083 - cdrom169
CD084 - CECO
CD085 - TopGamesEsp23
CD086 - WMEEsp3
CD087 - hardzone01
CD088 - PBH020
CD089 - DVD-ROM192
CD090 - PCBH
CD091- CDROM105
CD092 - cdrom127
CD093 - CDROM103
CD094 - pch02
CD095 - TOPGAMES7
CD096 - ToGamesEsp36
CD097 - TOPESP29
CD098 - GEGA007
CD099 - GEGA008
CD100 - PCBH031
CD101 - FACIL135
CD102 - TOP_SURPRESA_8
CD103 - Atari 80
CD104 - DVD-ROM193
CD105 - megagames10
CD106 - PNP ESP 1
CD107 - TC H.A.W.X PC
CD108 - FACIL135
CD109 - 010318_1420
CD110 - TOP6
CD111 - EXTREME
CD112 - EMULADORES_
CD113 - TOPGAMES12
CD114 - TopEsp5
CD115 - Top_Ex
CD116 - TopEvo24
CD117 - TOP11
CD118 - TOPGAMES9
CD119 - Games
CD120 - 400WIN
CD121 - PORTATEIS
CD122 - 411GAMES_HK
CD123 - LUTA1
CD124 - SG2
CD125 - SURPRESA3
CD126 - 1001Jogos
CD127 - TopEsp11
CD128 - 0204080309
CD129 - 600JOGOS
CD130 - 404-6
CD131 - Click404
CD132 - TopEsp20
CD133 - Classicos
CD134 - 400V2
CD135 - TopEsp12
CD136 - geekesp-16
CD137 - 3500Vol.7
CD138 - 3500-6
CD139 - Counter Strike
CD140 - PCM Esp 11
CD141 - CounterStrike2
CD142 - PME04
CD143 - MC_10
CD144 - Mod-X42
CD145 - CT
CD146 - Meu Disco
CD147 - Mod-X 06
CD148 - PCMesp12
CD149 - CS_03
CD150 - PCMesp13
CD151 - ModX2
CD152 - GEEK_27
CD153 - PCM ESP 6
CD154 - PC MundoEsp10
CD155 - PCME08
CD156 - JOEX
CD157 - GEEK_24
CD158 - PC_GameZone01
CD159 - TopGamesNext43
CD160 - GEEKGAMES2
CD161 - Games_Anos_80
CD162 - PCG_JUNE_96_
CD163 - 020723_751
CD164 - 031105_2154
CD165 - GG001
CD166 - Gameover
CD167 - PLUGCD
CD168 - Gravação_15
CD169 - PC Games
CD170 - MP3WORLD
CD171 - PORT004
CD172 - EMUL016
CD173 - EMUESP03
CD174 - Mod-X_Vol10
CD175 - Emuladores06
CD176 - MOD-X09
CD177 - Plug 25
CD178 - MODX_ESP_06
CD179 - Plug 24
CD180 - PCBR_ESP
CD181 - DRGA003
CD182 - Plug
CD183 - EMUL
CD184 - MP3MAGAZINE
CD185 - HENTAI
CD186 - JOEX003
CD187 - EMUL
CD188 - MG
CD189 - GAMERS
CD190 - cdrom137
CD191 - PCBH029
CD192 - Fedora-8-Live-6
CD193 - MEGAGAMES 7
CD194 - cgcompleto13
CD195 - MOBS001
CD196 - Gravacão_15
CD197 - 010920_1450
CD198 - MP3MAGAZINE
CD199 - MP3_MAGAZINE
CD200 - MP3MAGAZINE
CD201 - MP3MAGAZINE
CD202 - CDROM_10
CD203 - CDROM11
CD204 - CDROM12
CD205 - CDROM13
CD206 - CDROM14
CD207 - CDROM15
CD208 - CDROM16
CD209 - CDROM17
CD210 - CDROM18
CD211 - CDROM19
CD212 - CDROM20
CD213 - CDROM21
CD214 - CDROM22
CD215 - CDROM23
CD216 - CDROM24
CD217 - CDROM25
CD218 - CDROM26
CD219 - CDROM27
CD220 - CDROM28
CD221 - CDROM29
CD222 - CDROM30
CD223 - CDROM31
CD224 - CDROM32
CD225 - HYPERBLADE
CD226 - CDROM34
CD227 - CDROM35
CD228 - CDROM36
CD229 - CDROM37
CD230 - SPEEDSTER
CD231 - CDROM38
CD232 - CDROM39
CD233 - CDROM40
CD234 - CDROM41
CD235 - CDROM42
CD236 - CDROM43
CD237 - CDROM44
CD238 - CDROM45
CD239 - CDROM46
CD240 - CDROM47
CD241 - CDROM48
CD242 - CDROM49
CD243 - CDROM50
CD244 - CDROM56
CD245 - CDROM57
CD246 - CDROM58
CD247 - CDRom61
CD248 - CDRom61
CD249 - CDRom63
CD250 - CDROM68
CD251 - CDROM71
CD252 - CDROM74
CD253 - CDROM76
CD254 - CDROM82
CD255 - CDROM78
CD256 - CDROM83
CD257 - CDROM84
CD258 - CDROM85
CD259 - CDROM88
CD260 - CDROM92
CD261 - CDROM94
CD262 - CDROM95
CD263 - CDROM97
CD264 - CDROM98
CD265 - CDROM101
CD266 - CDROM99
CD267 - CDROM102
CD268 - CDROM106
CD269 - CDRom110
CD270 - facil111
CD271 - CDRom114
CD272 - cdrom115
CD273 - cdrom116
CD274 - cdrom117
CD275 - MSX Stuff
CD276 - cdrom118
CD277 - cdrom121
CD278 - cdrom122
CD279 - cdrom123
CD280 - cdrom125
CD281 - cdrom126
CD282 - cdrom128
CD283 - cdrom144
CD284 - cdrom145
CD285 - cdrom146
CD286 - cdrom148
CD287 - cdrom149
CD288 - cdrom150
CD289 - cdrom151
CD290 - cdrom152
CD291 - cdrom153
CD292 - cdrom154
CD293 - cdrom155
CD294 - DVD-ROM189
CD295 - CDFERIAS
CD296 - CDBRINDE
CD297 - ESPECWIN
CD298 - GEEK21
CD299 - Suporte2
CD300 - MCE 3
CD301 - El8
CD302 - PLAY4
CD303 - PCHELP
CD304 - ONCE11
CD305 - E-Learning 09
CD306 - HACKESP6
CD307 - PORTATEIS_05
CD308 - PORTATEIS2
CD309 - GEEK_08
CD310 - PORTATEIS
CD311 - PLUG
CD312 - multinfo7
CD313 - PCMundo2
CD314 - MEUCOMP4
CD315 - ONCK029
CD316 - PCBRASIL05
CD317 - MeuComp8
CD318 - GEEK_32
CD319 - geek40
CD320 - HACK_PROG
CD321 - MP3
CD322 - KURUMIN
CD323 - HACKER13
CD324 - OCK004
CD325 - PCBrasil20
CD326 - click
CD327 - click4
CD328 - CLICK7
CD329 - CLICK8
CD330 - CLICK14
CD331 - CLICK11
CD332 - CLICK2
CD333 - CLICK10
CD334 - GEEK_ESP_15
CD335 - TopGamesEsp23
CD336 - Portateis02
CD337 - GEEK11
CD338 - COMPUTER_E_GAMES
CD339 - Slackware Install
CD340 - Portateis
CD341 - wwwcombr11
CD342 - MP3MAGAZINE
CD343 - geek9
CD344 - geek1
CD345 - geek7
CD346 - GEEK_27
CD347 - GeekEsp11
CD348 - geek10
CD349 - GEEK_ESP_13
CD350 - GEEKCURSOS
CD351 - Facil74
CD352 - GEEK21
CD353 - GEEK14
CD354 - GEEK_31
CD355 - GEEK_19
CD356 - GEEK_29
CD357 - geek6esp
CD358 - Meu Disco
CD359 - Kurumin
CD360 - ONCK023
CD361 - MP3MAGAZINE
CD362 - MP3_MAGAZINE
CD363 - ONCK024
CD364 - Linux
CD365 - MP3_MAGAZINE
CD366 - SNAPSHOT
CD367 - GEEK15
CD368 - BUGIGANG
CD369 - Bugigangue
CD370 - Bugigang
CD371 - PCBR029
CD372 - GKES
CD373 - windowsmag12
CD374 - GEEK18
CD375 - GEEK17
CD376 - TELELISTAS
CD377 - C_ACCESSHJ
CD378 - LISTAS_RJSP
CD379 - PCMaster26
CD380 - PCMASTER27
CD381 - PCMaster31
CD382 - MASTER25
CD383 - PCMaster41
CD384 - MandrakeLinux9.1 cd1
CD385 - MandrakeLinux9.1 cd2
CD386 - MandrakeLinux9.1 cd3
CD387 - Kurumin
CD388 - webmaster3
CD389 - BL_02
CD390 - PCBR_ESP_05_HARD
CD391 - MEUCOMP02
CD392 - Band_Lan01
CD393 - Kurumin
CD394 - pcmaster51
CD395 - port003
CD396 - PCBRASIL
CD397 - guiacompleto8
CD398 - PCMX010
CD399 - Emuladores_12
CD400 - PC_BRASIL_9
CD401 - PCBEsp3
CD402 - windowsmagazine
CD403 - LBT_BR
CD404 - CASPER
CD405 - LinuxCD
CD406 - Kubuntu 6.06.1 i
CD407 - CDROM
CD408 - Linux
CD409 - CDROM
CD410 - PCMASTER59
CD411 - PCMaster43
CD412 - CD_GUIA_43
CD413 - ESCOLA1
CD414 - Escola2
CD415 - ESCOLA1
CD416 - Escola4
CD417 - VESTIBULAR
CD418 - ESCOLA6
CD419 - Escola7
CD420 - ESCOLA8
CD421 - ELEARNING_5
CD422 - ELEARNING04
CD423 - geekesp7
CD424 - e-Learning12
CD425 - Clipart3
CD426 - BIBLIOTECA
CD427 - EL_10
CD428 - e-Learning11
CD429 - CI4
CD430 - ELEAR02
CD431 - STUDIO_VEST
CD432 - STUDIO_VEST
CD433 - STUDIO_VEST
CD434 - STUDIO_VEST
CD435 - STUDIO_VEST
CD436 - STUDIO_VEST
CD437 - Kit2002
CD438 - Brasil
CD439 - biblioteca
CD440 - xpmagazine09
CD441 - Humano
CD442 - SENHAESP1
CD443 - Cliparts 8
CD444 - cdrom135
CD445 - cdrom136
CD446 - RELIGIAO.COM_01
CD447 - MeuComp17
CD448 - BIBLIA
CD449 - Shammah3
CD450 - Erdos vs 2
CD451 - TABUADA
CD452 - Online_2
CD453 - ASP3
CD454 - NETRAPIDA5
CD455 - pchard04
CD456 - COMMAND
CD457 - megagames6
CD458 - QSLMAGAZINE
CD459 - MP3MAGAZINE
CD460 - MP3MAGAZINE
CD461 - XP-EXPERT
CD462 - DeusEx_v100
CD463 - VIDEO DIGITAL 2
CD464 - C-E-1
CD465 - XP_03
CD466 - GRAFICOS3
CD467 - MP3MAGAZINE
CD468 - MP3MAGAZINE
CD469 - Disc
CD470 - GKES
CD471 - MEGAGAMES12
CD472 - winmag15
CD473 - COMMAND
CD474 - AOL60BR
CD475 - MP3MAGAZINE
CD476 - COMMAND
CD477 - Gameone
CD478 - Xtreme02
CD479 - COMMAND
CD480 - Command
CD481 - PCE_41
CD482 - multi dig 2
CD483 - Celular
CD484 - CorelDRAW 6
CD485 - PCE_35
CD486 - enem100_mod1
CD487 - enem100_mod2
CD488 - enem100_mod3
CD489 - enem100_mod4
CD490 - enem100_mod5
CD491 - enem100_mod6
CD492 - enem100_mod7
CD493 - enem100_mod8
CD494 - enem100_mod9
CD495 - enem100_mod10
CD496 - enem100_mod11
CD497 - enem100_mod12
CD498 - enem100_mod13
CD499 - enem100_mod14
CD500 - enem100_mod15
CD501 - Biblioteca_DM17
CD502 - PSWE010
CD503 - excel 7
CD504 - SUPER
CD505 - clipart6
CD506 - PACK2
CD507 - 980709_0745
CD508 - 980709_0608
CD509 - 980709_0421
CD510 - 980709_0421
CD511 - CHP6_1
CD512 - CHP6_2
CD513 - CHP6_3
CD514 - CHP6_4
CD515 - CHP6_5
CD516 - CHP6_6
CD517 - Leo_Photo
CD518 - H10_PORSPA_7_1
CD519 - P_MASTER
CD520 - GMMDINO
CD521 - DKMMSCIE
CD522 - GMMAVE
CD523 - GMMHIST
CD524 - DKMMBODY
CD525 - CRIAR
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CD532 - Supercd5
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CD535 - AG02
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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Coleção 656 CD-ROM's - Parte 2 de 3 - Outubro de 2017


Coleção 656 CD-ROM's - Parte 2 de 3 - Outubro de 2017



(Links para as outras partes no final desta postagem)


Listagem em Fotos - Parte 2 de 3 (201 ao 400):



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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Coleção 656 CD-ROM's - Parte 1 de 3 - Outubro de 2017


Coleção 656 CD-ROM's - Parte 1 de 3 - Outubro de 2017



COLEÇÃO com 656 CD-ROMs (700MB) e DVD-ROMs (8 Gigas). O melhor da época da internet discada ao qual comprávamos Revistas acompanhadas de CDs e DVDs.


Foi criado um GRUPO SECRETO

https://t.me/joinchat/???

Este grupo é PRIVADO, então o LINK de acesso ao mesmo foi removido da listagem abaixo, somente possível ENTRAR se adicionado pelo ADM.


Listagem em Fotos - Parte 1 de 3 (001 ao 200):



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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Arqueólogos acreditam ter achado o local da batalha que decidiu o destino da Europa por dois milênios


Arqueólogos acreditam ter achado o local da batalha que decidiu o destino da Europa por dois milênios


Ilustração por Albert Koch, 1909 | Crédito: Wikimedia Commons


A Batalha de Teutoburg marcou o fim da expansão romana contra os germânicos


Escavações feitas nas proximidades do vilarejo Kalkriese, na Alemanha, revelaram artefatos romanos e uma estrutura de areia, terra, madeira que lembra o layout clássico de um forte romano.

“Parece ser uma construção improvisada que foi erguida com pressa por uma força relativamente pequena e sob pressão”, disse o líder da escavação, Salvatore Ortísi, da Universidade de Munique, para o The Times. “Os traços de luta dentro da construção sugerem que o forte foi invadido.”



Bramsche - Batalha de Teutoburg

Bramsche é uma cidade localizada no distrito de Osnabrück, no estado da Baixa Saxônia, noroeste da Alemanha. Foi lá que, no ano 9 d.C., ocorreu a famosa Batalha de Teutoburgo.



Ortísi acredita que topou om os restos de um forte improvisado, construído por legiões do Império Romano durante a Batalha da Floresta de Teutoburg (ou Teutoburgo).



Reencenamento da batalha, em 2013


Batalha decisiva
Foi basicamente como tivessem sido encontradas as ruínas da Batalha de Waterloo ou do bombardeio atômico de Hiroshima. O que aconteceu naquele campo, e só agora está aberto a ser entendido por arqueólogos, foi um dos eventos militares mais importantes de todos os tempos.

A Batalha de Teutoburg, no ano 9, também conhecida como Desastre de Varo, foi o conflito entre tribos germânicas chefiadas por Armínio (em alemão, Hermann) contra três legiões romanas, lideradas por Públio Quintílio Varo. Armínio era um chefe germânico, tido por aliado pelos romanos - inclusive tinha cidadania.



Batalha da Floresta de Teutoburgo


Após convencer os romanos de que havia uma revolta a ser dizimada, conduziu três legiões, com até 36 mil soldados, para uma emboscada. Os bárbaros saltaram da floresta e dizimaram 20 mil deles, fazendo outros de escravos. A catástrofe para o Exército de Roma estabeleceu o rio Reno como fronteira do Império e conteve o avanço romano sobre o território alemão.



Mapa - Conflitos - 9 d.C.


É difícil estimar os efeitos dessa decisão. Graças a ela a cultura germânica não seria dissolvida numa identidade romana, como aconteceu com os celtas da Península Ibérica e França. Seria por essas fronteiras que viriam aqueles que terminariam por derrubar o Império Romano no ocidente. E a economia escravocrata romana dependia de constante expansão - a falta delas contribuiu para a longa queda.



Mapa - Detalhes do conflito



Leia também:

Traição ajudou evolução da espécie humana, defende pesquisadora

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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

50 coisas sobre Eletrônica e Eletricidade


50 coisas sobre Eletrônica e Eletricidade



Toma aí 50 coisas, fatos, curiosidades e dicas sobre eletrônica e eletricidade [1].



1. Eletricidade mata! Parece óbvio (e é), mas muita gente ignora este simples fato. [2]

2. É quase impossível projetar um circuito eletrônico 100% à prova de raios. O circuito pode até sobreviver a uma descarga, mas ficará comprometido. [3]


Pipa de Benjamin Franklin

3. O experimento da pipa de Benjamin Franklin provavelmente nunca aconteceu.
(http://www.telegraph.co.uk/news/science/science-news/3308983/Benjamin-Franklin-faked-kite-experiment.html)

4. Eletricidade estática danifica semicondutores. Não adianta vir com aquela conversa: "Trabalho a n anos com eletrônica e nunca vi queimar com estática". Queima sim...
(https://www.minicircuits.com/app/AN40-005.pdf)

5. Moto perpétuo não existe. [4]

6. A "lei de Murphy" não é só uma piada. O Murphy realmente existiu.
(https://en.wikipedia.org/wiki/Edward_A._Murphy_Jr.)

7. K maiúsculo é Kelvin (unidade de temperatura) e k minúsculo é x1000. Então não é KW e KO, o correto é kW e kO.

8. A eletrônica digital é um caso particular da eletrônica analógica (Linear). [5]



9. O calor é o inimigo da precisão. [6]

10. Resistores (ou qualquer condutor) geram ruído quanto maior a temperatura e maior o seu valor. É o chamado ruído térmico ou ruído Johnson-Nyquist.

11. Na imensa maioria dos casos um resistor defeituoso estará aberto. Nos poucos casos em que não estiver aberto ele estará com seu valor alterado para cima [7]. Nunca vi e nunca ouvi falar de um resistor que tenha entrado em curto.

12. E um resistor defeituoso em um circuito quase sempre é um sintoma de um problema maior. [8]

13. Potenciômetros comuns aguentam no máximo 500mW. Aqueles para PCB ou deslizantes aguentam menos ainda. Mas ninguém calcula a potência sobre o pobre componente. Muito comum o pot fritar em circuitos de dimmer.



14. Componentes eletrônicos envelhecem. E envelhecem muito mais rápido quanto maior a temperatura. Embora os capacitores eletrolíticos sejam mais conhecidos por este efeito ele acontece com todos os componentes.

15. É relé e não relê.

16. Antenas não amplificam! Embora seja chamado de ganho, aquele valor em dB está ligado a direcionalidade da antena.



17. Fios e cabos comuns (ainda) não são supercondutores. Em alguns casos é bom levar em conta a resistência deles para não ter surpresas futuras.

18. O layout da placa de circuito impresso é parte do circuito. E isso é mais evidente quanto maior for a frequência de operação.

19. O mapa de karnaugh tem o formato de um toróide.
Mapa de Karnaugh é um toróide



20. A redação e o laboratório da revista Elektor funcionam num castelo do século 13 em Libricht (Holanda). [9]

21. Tesla não foi tudo isso que dizem na Internet.
(https://www.forbes.com/sites/alexknapp/2012/05/18/nikola-tesla-wasnt-god-and-thomas-edison-wasnt-the-devil/#610788af1a21)

22. Tá, você que fala mal do Edison e idolatra o Tesla, já ouviu falar de Oliver Heaviside? Pois então, foi ele quem criou as palavras admitância, condutância, impedância, indutância, permeabilidade e relutância. Também é o inventor do cabo coaxial e "brincava" com matemática. Procure saber sobre ele...

23. A grande maioria dos multímetros digitais são, na verdade, frequencímetros. O motivo pra isso é que os conversores tensão/frequência possuem uma linearidade muito melhor que um conversor AD SAR. Os ADs também perdem no quesito precisão para os frequencímetros.



24. Aquele LM antes de alguns circuitos integrados significa "Linear Monolitic" (monolítico = tudo em um único pedaço de silicio). E tem os LF que significa "Linear FET". Queria saber o que significa TDA.

25. O último equipamento eletrônico residencial com válvulas é o forno de microondas. E está com os dias contados, pois já existem transistores de potência para esta aplicação.

26. O forno de microondas foi inventado meio que por acidente. Um dos engenheiros estava trabalhando com magnetrons quando notou que uma barra de chocolate em seu bolso havia derretido. Ele resolveu testar depois com pipoca e um ovo (que acabou explodindo na cara de um dos engenheiros). [10]


(https://www.youtube.com/watch?v=4h1ESUz2H3E)

27. Fora de casa ainda existem alguns lugares onde as válvulas superam os transistores, como nos transmissores de alta potência. Um exemplo é a 4CM2500KG da Eimac, uma das mais potentes válvulas já fabricadas (senão a maior). São 2.5MW (MEGA WATT) de potência, com filamento alimentado por 15.5V e corrente de 640A. A tensão de operação é de 24kV. Refrigeração liquida, claro.


Válvula Eimac 4CM2500KG

28. O termo Nixie usado para nomear as válvulas indicadoras é igual usar Gillette para lamina de barbear ou Bombril para esponja de aço. Na época existiam também as válvulas Digitron, Numicator ou as Numitron (7 segmentos), mas o nome que pegou foi Nixie.

29. Se você precisa enviar um circuito com um 555 para o espaço, a melhor opção é o SE555-SP tolerante a radiação, em encapsulamento cerâmico.

30. O 555 não se chama 555 por causa de três resistores de 5k no divisor interno. Isso é lenda.
(http://www.semiconductormuseum.com/Transistors/LectureHall/Camenzind/Camenzind_Page2.htm)

31. Potência PMPO não existe em qualquer sistema de padronização de medidas.



32. O CI regulador de tensão monolítico (tudo dentro da pastilha de silício, incluindo o transistor de potência) foi declarado como impossível de ser feito em um artigo de Junho de 1969. Todo mundo acreditou, mas em Fevereiro de 1970, em outro artigo, foi apresentado o circuito do CI LM109, contrariando tudo do artigo anterior. O autor dos dois artigos era o mesmo: Bob Widlar.
(http://readingjimwilliams.blogspot.com.br/2012/04/my-favorite-widlar-story.html)

33. Todos os CIs com dois amplificadores operacionais ("dual op amp") em encapsulamento DIP de 8 pinos são pino a pino compatíveis. [11]

34. Quase todos os CIs com quatro amplificadores operacionais ("quad op amp") em encapsulamento de 14 pinos são pino a pino compatíveis. Única exceção é o LM4136. [12]



35. Capacitores causam distorções nos sinais elétricos. O nível de distorção depende dos materiais e dos métodos de fabricação do capacitor. [13]

36. Arduino é o nome do bar onde os criadores da plataforma se encontravam. E o nome do bar vem do rei Arduino da Itália que reinou do ano 1002 a 1014. Pronto, já tá bom de Arduino.
(https://it.wikipedia.org/wiki/Arduino_d%27Ivrea)

37.2N3055 é o transistor com mais resultados na busca do Google.

38. O código de cores dos resistores foi criado para facilitar a gravação nos pequenos componentes. E facilita a leitura também, pra quem não enxerga direito. Mas acho que esqueceram os daltônicos...



39. Em 1972 um engenheiro da Signetics criou um datasheet falso para uma tal WOM "Write Only Memory" (memória somente de escrita?). A brincadeira só foi notada depois que alguns clientes começaram a pedir cotações para o produto.

40. O cara que "criou" a WOM da Signetics se baseou em outra brincadeira, mais antiga: a válvula 1Z2Z da Wemac. A 1Z2Z conseguiria oscilar, modular e amplificar ao mesmo tempo enquanto (também) calculava o imposto de renda.
(http://www.sigwom.com/?p=186)

41. Por aqui tivemos o caso da revista Nova Eletrônica que caiu num artigo de primeiro de Abril. Alguém traduziu um texto da revista "Audio" e não notou que era brincadeira. O texto falava do "Sistema Veicular de Reprodução de Discos" [14], um toca discos onde o disco ficava parado e um carrinho ficava rodando sobre ele com a agulha. Mais um projeto da LIRPA Labs.
Revista Nova Eletrônica número 19 LIRPA



42. O primeiro produto da HP, o gerador de áudio 200A, foi feito a partir da tese de mestrado de Bill Hewllet [15] A pedido dos estúdios Disney o equipamento foi modificado e surgiu o modelo 200B. 8 destes aparelhos foram usados para testar os sistemas de som para o filme Fantasia de 1940.
(http://www.hp.com/hpinfo/abouthp/histnfacts/museum/earlyinstruments/0008/index.html)

43. Os circuitos integrados soviéticos usavam um espaçamento entre pinos de 2,5 mm e não de 2,54 mm como os ocidentais. É um submúltiplo de um negócio chamado "polegada métrica".

44. A primeira escola técnica de eletrônica do Brasil foi construída para gerar mais casamentos.
(http://emporiodenoticias.blogspot.com.br/2012/06/o-verdadeiro-motivo-da-criacao-da.html)

45. Em 1987 Jim Williams escreveu um application note para a Linear Technology deixando a última página em branco. Seu chefe viu a AN e disse que a empresa estava pagando por aquela página. Então Jim fez um desenho a mão na área em branco, que acabou saindo na versão final. [16] E estes desenhos acabaram se tornando uma marca de suas AN. [17]

46. Um multímetro digital embora mais preciso não é tão ágil quanto um analógico. A taxa de atualização de um multímetro digital comum (baseado no CI ICL7106 ou parecido) é de 3 medidas por segundo.

47. Existem resistores fixos na faixa de Tera Ohms e capacitores maiores que 5kF (5000F).

48. O "maior transistor do mundo" fica no antigo complexo da Bell Labs em Holmdel, Nova Jersey. É uma caixa d'água com três "pés", no formato dos primeiros transistores.
(https://en.wikipedia.org/wiki/Bell_Labs_Holmdel_Complex#/media/File:AT%26T_Homdel_and_water_tower.jpg)

49. CIs do mesmo modelo, mas de fabricantes diferentes, podem ter comportamentos diferentes em um mesmo circuito. Embora tenham o mesmo nome os circuitos internos podem não ser os mesmos. Um exemplo é o clássico 741 com 20 ou 24 transistores internamente. Isso também acontece com reguladores de tensão da série 78XX e com o 555. [18]
Clássico 741(http://www.righto.com/2015/10/inside-ubiquitous-741-op-amp-circuits.html)
78XX (http://www.righto.com/2014/09/reverse-engineering-counterfeit-7805.html)

50. No século passado a Philips lançou o CI TEA1063 (hibrida para telefonia) que não funcionava direito nas linhas brasileiras. Ela então aprimorou e lançou uma "versão brasileira", o TEA1064.


----------------------------------------------------------------------


[1] Grande parte do post veio de um arquivo de texto onde anoto idéias para posts ou vídeos. Era pra ter virado um vídeo, mas por enquanto vai em texto mesmo. Talvez eu escreva mais sobre um ou outro tópico no futuro.

[2] Conheci dois caras que brincavam colocando o dedo na tomada dizendo "aqui dá choque" e ficavam segurando. Não sei se não sentiam nada ou se sentiam e aguentavam a dor. Só sei que um deles teve problemas depois de um tempo.

[3] Vi muitos casos quando trabalhava numa fábrica de alarmes e quando consertava telefones públicos.

[4]Sério que preciso colocar a fonte desta afirmação?

[5] Em frequências mais altas pode não existir diferença.

[6] Pease, Robert A. - "Troubleshooting Analog Circuits", Newnes 1991, página 98



[7] Isso ocorre principalmente com resistores de alto valor (1M Ohm).

[8] Idem [6], página 26.

[9] Acho que é a única revista de eletrônica em atividade com laboratório próprio.

[10] Já aconteceu comigo. Tentei cozinhar um ovo no microondas. Pareceu tudo certo até que tentei cortar o maldito, que explodiu na minha cara.

[11] No caso de encapsulamentos SMD (SOP8, TSSOP8, etc) existem algumas exceções (conheço um caso da LTC).

[12] Isso só vale para amplificadores operacionais. Comparadores (como o LM339) e amplificadores Norton (como o LM2900) podem ter pinagens diferentes.

[13] Bateman, Cyril - "Capacitor Sound" - Electronics World (Julho de 2002 até Janeiro de 2003).

[14] Edição 19, de Setembro de 1978, página 53


[15] Esta história (e uma aula de eletrônica analógica) é brilhantemente contada no livro "Analog Circuit Design: Art, Science and personalities" de Jim Willians no capítulo 7: "Max Wien, Mr Hewllet and a rainy Sunday afternoon".



[16] AN25 - Switching Regulators for Poets - Linear Technology - Setembro de 1987.
(http://cds.linear.com/docs/en/application-note/an25fa.pdf)

[17] Todas as AN de Jim Willians estão disponíveis em PDF no site da LTC.
(http://www.linear.com/doclist/?tt=&ci=&dt=2&au=Jim+Williams&pn=&fd=&td=)

[18] Lembro de um circuito de telefone público que só aceitava um CI TTL da Texas ou Philips. Tivemos que descartar um lote de CIs da ST que não funcionavam de jeito algum.



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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Produtor revela a verdade por trás do vídeo da autópsia de um alienigena


Produtor revela a verdade por trás do vídeo da autópsia de um alienigena



Brincadeira ou realidade, o fato é que repercussão da filmagem fugiu do controle


Em 1995, um vídeo abalou a opinião pública. Tratava-se da suposta filmagem da autópsia realizada em um dos extraterrestres encontrados em Roswell, nos Estados Unidos, em 1947. A fita causou inúmeras controvérsias: enquanto alguns questionavam sua veracidade, outros defendiam a ferro e fogo sua autenticidade. Agora, 22 anos depois, a verdade veio à tona.



O produtor britânico Spyros Melaris revelou que o famoso vídeo da “Autópsia de Roswell” foi filmado em um apartamento no centro de Londres, em 1995. O corpo do alienígena foi feito pelo escultor John Hunphreys, um especialista em efeitos especiais, e os utensílios utilizados durante a filmagem foram adquiridos em lojas especializadas em antiguidades. O vídeo foi gravado em uma película de 16mm que foi colocada dentro de uma lata de 1947 que, originalmente, continha uma partida de beisebol.



Melaris contou que tudo foi pensado como uma brincadeira, mas que a repercussão da fita acabou fugindo do controle deles.


Alien Autopsy - The Original Alien Autopsy footage - 1995


(https://www.youtube.com/watch?v=pukbzCC3cfQ)


Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/viral/251145-autopsia-extraterrestre-productor-video-roswell)



Actualidad - Site Fonte



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sábado, 21 de outubro de 2017

Postagens Populares - Outubro de 2017


Postagens Populares - Outubro de 2017



01 - Morre Stanislav Petrov - O homem que salvou o mundo de um holocausto nuclear



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02 - 7 Crianças que mudaram o mundo para sempre



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03 - 5 ilhas-prisão que existem pelo mundo



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04 - 10 Curiosidades sobre a eletricidade



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05 - NORMAS REGULAMENTADORAS - ABNT



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06 - JogosRBL6 – Agora com PLAYSTATION ONE - SONY



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Tempestade desenterra estátua romana em Israel



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sábado, 21 de outubro de 2017

Os Bruzundangas - Parte 4 de 4 - Lima Barreto


Os Bruzundangas - Parte 4 de 4 - Lima Barreto

Os Bruzundangas - Lima Barreto



Em seguida, convenceu o Mandachuva que o país devia ser conhecido na Europa por
meio de uma imensa comissão de propaganda e de anúncios nos jornais, cartazes nas ruas,
berreiros de camelots, letreiros luminosos, nas esquinas e em outros lugares públicos.



A sua vontade foi feita; e a curiosa nação, em Paris foi muitas vezes apregoada nos
boulevards como o último específico de farmácia ou como uma marca de automóveis.
Contam-se até engraçadas anedotas.
Nos anúncios luminosos, então, a sua imaginação foi fértil. Houve um que ficou
célebre e assim rezava: "Bruzundanga, País rico -- Café, cacau e borracha. Não há pretos".
Não ficou aí. Mostrou a necessidade de uma esquadra poderosa e o Mandachuva
encomendou uma custosíssima, para o serviço da qual o país não tinha marinheiros dignos,
arsenais, é que pôs de alcatéia a República das Planícies.
Tudo isto e mais a transformação da capital, da noite para o dia, fato a que já aludi,
endividaram sobremodo o país e, com a vinda de um inepto Mandachuva, para cuja ascensão
ele muito concorreu, a Bruzundanga veio a ficar na miséria.
Por essas e outras, foi Pancome proclamado o maior estadista da nação, embora a
situação interna, durante o seu longo ministério (quase dez anos), piorasse sempre e cada vez
mais, sem que ele apresentasse ou lembrasse medidas para remediar um tal estado de
descalabro.
Tirassem-no das coisas fantasmagóricas e berrantes que feriam a vaidade pueril do
povo, fazendo este supor que a Bruzundanga era respeitada na Europa; tirassem-no daí que
ninguém era capaz de sacar-lhe da cachola uma idéia de governo, um alvitre de verdadeiro
estadista.
Basta dizer, para se avaliar a triste situação interna da extravagante nação de que lhes
dou notícias, que, nos arredores da capital, se morria à míngua, à fome, as terras estavam
abandonadas e invadidas pelas depredadoras saúvas, a população roceira não tinha direitos
nem justiça e vivia à mercê de cúpidos e ferozes senhores de latifúndios, cuja sabedoria
agronômica era igual à dos seus capatazes ou feitores.
Mas o povo, graças aos poetas e jornalistas simoníacos, não queria capacitar-se de
que Pancome era simplesmente decorativo e continuou a admirá-lo como um semideus.
E ele fazia o que queria e se agora estava atrapalhado com a nomeação de um
amanuense, não era porque fosse do seu natural respeitar as leis.
Há um pequeno e passageiro temor da natureza daquele que sentem os heróis quando
vão entrar em combate.
Já nomeara pouco mais de meia dúzia por meio de concurso mas não estava satisfeito
com essas nomeações.
E verdade que os que nomeara, trajavam regularmente, engraxavam as botas e não
tinham nunca o colarinho sujo. Eram já grandes qualidades, porque de tal forma viera a
encontrar o pessoal da secretaria, esbodegado, relaxado, vestindo roupas baratas, morando nos
subúrbios, que foi necessário toda a sua energia para que ele modificasse tão maus hábitos.
As verbas do ministério pagaram a quase todos, desde o servente até um chefe de
secção, ternos bem talhados, camisas finas, botinas de bom cabedal, etc. Assim, conseguira dar
um ar de Foreign Office ou de Quai d'Orsay à modesta Secretaria de Estrangeiros do modesto
país da Bruzundanga.
A sua atrapalhação estava na tal história do concurso, pois até ali, devido a tão tola
formalidade, não conseguira ter nos cargos de amanuenses moços bonitos e demais, para fazer
concursos, sempre apareciam uns rebarbativos candidatos de raça javanesa, com os quais ele
embirrava solenemente.
Da última vez, até, quase que um atrevido javanês puro consegue o primeiro lugar, tal
era o brilho de suas provas; Pancome, porém, arranjou as cousas tão lealmente diplomáticas
que o rapaz perdeu a última prova.


[Linha 2850 de 3733 - Parte 4 de 4]


Não queria que a cousa se repetisse e estudava o modo de, evitando o concurso,
encontrar um candidado bonito, bem bonito, não sendo em nada javanês, que pudesse oferecer
aos olhares do ministro da Coréia ou do Afganistão um belo exemplar da beleza masculina da
Bruzundanga.
Todos os candidatos que se haviam apresentado não preenchiam essa exigência do
seu alto critério governamental.
Alguns eram mesmo feios, outros tinham toques de javanês, e nenhum a beleza
radiante que ele queria ver nos amanuenses.
Essas suas sábias medidas, para recrutamento do seu pessoal, levaram para a sua
secretaria moços bonitos e excelentes mediocridades, que ainda procuravam demonstrar a sua
principal qualidade intelectual, publicando borracheiras idiotas ou compilações rendosas e
pesadas ao Tesouro; entretanto, em certo e determinado sentido, foram profícuas, como teve
ocasião de verificar o sucessor de Pancome.
Este, por ocasião de uma festa de sustância, encontrou nos amanuenses e oficiais da
escola do visconde, soberbos estofadores, magníficos tapeceiros, exímios ornamentadores de
salas; e, de tal forma um dado arrumou retratos nas paredes de seu salão, que o Ministro da
Inglaterra ofereceu-lhe um bem remunerado lugar na domesticidade do castelo de Windsor.
O obstáculo do concurso fazia o visconde pensar a toda a hora e instante na vaga de
amanuense, e ele já se resolvera a removê-lo por completo, sem dar nenhuma satisfação a quem
quer que fosse, quando, ao despachar o expediente daquele dia, lhe veio ter às mãos um
requerimento com fotografias apensas.
Em geral, os ministros não lêem o que despacham; limitam-se a rubricar o despacho
do secretário ou oficial de gabinete. Pancome não fazia exceção na regra, mas aquele papel,
com fotografias, despertou-lhe a atenção. Leu-o. Tratava-se do bacharel Sune Wolfe, que
requeria ser provido no lugar vago de amanuense; e, para que avaliar pudesse o senhor
Ministro da sua beleza física, juntava aqueles dos retratos, um de perfil e outro de frente.
A secretaria tinha exigido selos de juntada em tais documentos e o despacho do
secretário era nesse sentido. O visconde, como sempre, pouco disposto a obedecer às leis, não
se incomodou; e, cheio de admiração pela boniteza do requerente riscou o despacho e escreveu
com a sua letra um outro, determinando que o candidato comparecesse à sua presença.
No dia seguinte o rapaz foi ter com o ministro, que ficou embasbacado diante do
lindo candidato.
De fato, era bonito, bonitinho mesmo, desbotado de cútis, e parecia até fabricado em
Saxe ou em Sèvres. Tinha uns lindos dentes, um belo cabelo cuidado, não era alto, mas era
bem apessoado. Merecia muito bem um bom casamento rico; contudo, o visconde quis melhor
examiná-lo e perguntou:
-- O senhor sabe sorrir bem?
O candidato não se atrapalhou e acudiu com firmeza:
-- Sei, Excelência.
-- Vamos ver.
E o lindo moço repuxou os lábios, entortou o pescoço de um lado, gracilmente,
ajeitou os olhos e todo ele foi uma lindeza de impressionar o pacato secretário que, ao lado,
assistia ao exame, completamente embrulhado em um fraque venerável e cheio de
embevecimento.
Contente com isto, o ministro tratou de ir mais longe na experiência das excepcionais
qualidades que o candidato revelava e convidou-o com voz paternal:
-- Aperte a mão, ali, do Major Marmeleiro (o secretário). Faça o favor.
O examinando não se fez de rogado. Juntou os pés, curvou docemente o busto,
levantou o braço e, sempre sorrindo, cumprimentou:
-- Senhor Major Marmeleiro...


[Linha 2900 de 3733 - Parte 4 de 4]


Pancome não cabia em si de contentamento com a sideral aquisição que estava ali.
Que elegância! Que lindeza! Dessa feita é que ele ia fazer uma nomeação justa e sábia. Arre!
Não era sem tempo...
Era preciso, porém, ver se o donzel conhecia algumas outras cousas de sociedade.
-- O senhor sabe dançar? perguntou.
-- Sei, Excelentíssimo.
-- Vamos ver.
-- Mas só e sem música, senhor visconde?!
Ordenou o ministro que o contínuo fosse chamar um certo empregado, exímio em
dança; e, enquanto ele ia buscar o funcionário, disse Pancome a Marmeleiro:
-- Você sabe assoviar, major?
O secretário estava sempre disposto a responder afirmativamente ao visconde e não
se deteve um minuto:
-- Sei, senhor visconde.
-- Bem, disse Pancome, assovie aí uma valsa.
A "dama" já tinha chegado e Marmeleiro agora hesitava.
-- Não sabe? indagou o ministro severamente.
-- Só sei as "Laranjeiras".
-- De quem é isso? perguntou Pancome.
-- É do Hamélio.
-- Não é lá muito elegante, considerou o visconde, mas... serve, serve!
Marmeleiro começou a assoviar com todo o recato que o lugar exigia -- fiu, fiu,
fiu... -- e os dois dançaram com todas as cerimônias e ademanes dignos de gabinete tão
diplomático e do respeito que merecia a presença daquele alto herói ministerial. Pancome
verificou com um júbilo paternal que o tal Sune continuava a ser uma maravilha! Que soberbo
amanuense ia ele ser! Bendita Bruzundanga que produzia daquilo!
Acabaram de valsar ao som do melodioso assovio de Marmeleiro, e o visconde falou,
então, com mansuetude, ao candidato:
-- Descanse um pouco, meu filho; e, depois, escreva-me uma carta ao ministro de
Interior sobre a necessidade da Bruzundanga se fazer representar no Congresso de
Encaixotamento de Pianos em Seul.
O lindo Wolfe esteve a pensar um pouco e retrucou titubeando:
-- Vossa Excelência compreende que... Eu! De uma hora para outra... Compreende
Vossa Excelência que não tenho prática... Com o tempo... Mais tarde...
Era só redigir cartas o que ele não sabia; mas, sendo elegante, bonitinho, bom
dançador, tinha todas as boas qualidades para um aperfeiçoado amanuense do extraordinário
Pancome.
Tendo em vista as necessidades da representação da Bruzundanga, o visconde
nomeou-o logo, sem detença alguma. Foi uma acertada nomeação, e sábia, que veio provar o
quanto são tolos os regulamentos e as leis que exigem dos amanuense a vetusta ciência de
saber redigir cartas.
Se não fosse um herói, uma notabilidade universal o Ministro, talvez o galante Sune
não tivesse sido aproveitado e os estrangeiros não teriam uma favorável idéia da boniteza dos
homens da Bruzundanga; mas era, felizmente, e pôde, portanto, pôr de parte as tolas
exigências legais, e o país, com tal aquisição para o seu funcionalismo, adiantou um século.
É verdade que o Marechal Soult, duque da Dalmácia, e Guizot que em celebridade e
notoriedade universal talvez não invejassem as de Pancome, foram ministros de França, e, ao
que consta, nunca desrespeitaram ostensivamente as leis do seu tempo. Isto aconteceu em
França; mas na Bruzundanga as cousas se passam de outro modo e aquele país só tem ganho
com tal proceder, como acabamos de ver.


[Linha 2950 de 3733 - Parte 4 de 4]


Feito amanuense, aprendeu logo a copiar minutas e, em menos de seis anos, Sune, o
tal da carta, acabou eleito, por unanimidade, membro da Academia de Letras da
Bruzundanga.
Ficou sendo o que aqui se chama -- um "expoente".


XXII
Notas soltas


UM anúncio de livraria, na Bruzundanga:
"Acaba de aparecer o extraordinário romance -- Meu caro senhor..., de Dona Adhel
Karatá (pseudônimo de Hiralhema Sokothara Lomes, filha do grande poeta e escritor
Sokothara Lomes, cujas assombrosas glórias literárias ela continua com muito brilho, e irmã do
fino estilista e elegante parlamentar Carol Sokothara Lomes). À venda, etc., etc."
***
Lá, na Bruzundanga, os Mandachuvas, quando são eleitos, e empossados, tratam
logo de colocar em bons lugares os da sua clientela. Fazem reformas, inventam repartições,
para executarem esse seu alto fim político.
Há, porém, dous cargos estrictamente municipais e atinentes à administração local da
capital da Bruzundanga, que todos os matutos amigos dos Mandachuvas disputam. Os
Mandachuvas, em geral, são do interior do país. Estes cargos são: o de Prefeito de polícia e o
de Almotacé-mor da cidade. Não só eles são rendosos, pelos vencimentos marcados em lei,
como dão direito a propinas e outros achegos.
O de chefe de polícia rende, na nossa moeda, cerca de vinte contos por ano, só nas
taxas cobradas às mulheres públicas; o de Almotacé-mor da cidade, esse então não se fala...
Sendo, assim, lugares em que se pode enriquecer, não faltam doutores da roça que os
queiram e empreguem todas as armas para obtê-los.
Eles mal conhecem a cidade. Se a visitaram ou se mesmo residiram nela, nunca lhes
foi possível passar das ruas principais e daquela em que estiveram morando; de forma que lhe
ignoram as necessidades, os defeitos a corrigir, a sua história, a sua economia e as queixas de
sua população.
Houve um prefeito de policia que, vindo diretamente da província das Jazidas para a
sua prefeitura em Bosomsy, nada sabia da cidade, nem mesmo as ruas principais. Metódico,
econômico, por estar muito preocupado em desagravar as suas propriedades, de hipotecas, nos
primeiros meses de sua gestão limitava-se a ir de casa para a Prefeitura no seu automóvel
oficial, e voltar dela para a sua residência, também no seu automóvel burocrático.
Certo dia cismou em percorrer, a pé, um dos mais centrais boulevards da cidade. Esta
recente via pública corfava muitas outras estreitas da antiga cidade e, em todas as esquinas, ele
encontrou os urbanos (guarda civis) nos seus postos. Todos estes modestos policiais da cidade
o cumprimentavam respeitosamente e o Prefeito ficou muito contente com a sua
administração. Chegou, porém, em um dado cruzamento de rua donde, de uma estreitinha,
tanto da direita como da esquerda, saíam e entravam magotes de povo. Que reboliço será esse?
pensou ele. Será uma greve? Um motim? Que será?
O prefeito, assustado, medita logo providências, quando se lembra de pedir ao
urbano explicações diretas, sem ir pelos canais competentes:
-- Que quer dizer tanto povo aí, nessa rua? perguntou ele esquecido da celestial altura
em que estava.
-- Não há nada, senhor prefeito. É sempre assim, acudiu o urbano, levando a mão ao
boné.


[Linha 3000 de 3733 - Parte 4 de 4]


-- Como?
-- Vossa Excelência não sabe que esta é a rua mais transitada da cidade, e que é a
antiga Rua do Desembargador?
O prefeito não conhecia, senão de ouvido, a rua mais célebre do país, dentre todas as
ruas célebres das suas principais cidades.
Com um Almotacé-mor da cidade, deu-se um caso quase semelhante. Este arconte
tinha nascido na província dos Bois, e, apesar de viver desde há muitos anos na capital da
Bruzundanga, pouco a conhecia. Quando foi provido no seu cargo, quis fazer em horas o que
não havia feito em anos. Tomou o automóvel oficial (certamente) e mandou tocá-lo para os
arredores de Bosomsy. Admirou-se muito de que não houvesse por eles, matadouros de gado
bovino, pois nos da sua pequena, pequeníssima cidade natal, os havia em quantidade. Não viu
senão essa falta e deixou de ver as terras abandonadas, incultas, as estradas esburacadas, terras
em que um bom Almotacé ainda podia, com proveito, animar o plantio de árvores frutíferas,
hortaliças, legumes e a criação de pequeno gado, na zona rural.
Com essa decepção na alma, pois não podia admitir que uma cidade não tivesse nos
arredores matadouros, para o fabrico da carne salgada, resolveu certo dia visitar as
dependências da sua repartição. Chegou ao arquivo. O arquivista, que era zeloso e conhecia
bem a história da cidade, prontificou-se a mostrar-lhe os documentos curiosos da vida passada
da linda capital:
-- Vossa Excelência vai ver as atas das sessões do Senado da Câmara, que...
Eram documentos escritos dos mais antigos, não só da história da cidade, como da
do país inteiro; mas o Almotacé, com grande surpresa de toda a comitiva, exclamou amuado:
-- Como? O quê?
-- ...as atas do Senado da Câmara, Excelência.
-- Qual! Senado é uma cousa e Câmara é outra. Como Senado da Câmara? Que
embrulho? Cada um se governa por si... A Constituição...
-- Mas...
-- Não tem mas, não tem nada. Mande o que é do Senado, para o Senado; e o que é
da Câmara, para a Câmara.
Um grande filósofo afirmou que, para bem se conhecer uma instituição, uma ciência,
um país, era necessário saber-lhes a história; e ninguém, penso, pode admitir que se possa
administrar bem qualquer coisa sem a conhecer perfeitamente.
Os administradores de Bosomsy nada conhecem, como já disse, da cidade, cujos
destinos vão reger e cuja vida vão superintender. Exemplifico.
Um Prefeito de polícia, como lhes contei, não lhe conhecia a rua principal; e um
Almotacé-mor, encarregado da administração geral do muicípio, não lhe conhecia a natureza
de suas produções nem a sua história, como ficou contado. Ele não sabia que a antiga Câmara
dos Edis chamava-se -- Senado da Câmara.
Como estes muitos outros se repetem na administração da capital.
* * *
Via eu todos os dias passar na rua principal de Bosomsy um sujeito cheio de
imponência e ademanes fidalgos; perguntei a um amigo:
-- Quem é aquele? É algum duque? É marquês?
-- Qual! E um tabelião.
* * *
"O Senhor F. de Tal, redator da Warkad-Gazette, contratou casamento com a
Senhorita Hilvia Kamond, filha da viúva Almirante Bartel Kamond", informava um jornal.
É caso de perguntar: que diabo de cousa é esta -- "viúva almirante"? Por que a noiva
não é logo e simplesmente filha do falecido almirante?
* * *


[Linha 3050 de 3733 - Parte 4 de 4]


-- Quem é aquele sujeito que ali vai?
-- Não lhe sei o nome. Sei, porém, que vive muito bem e é o marido da Klarindhah.
* * *
-- O doutor Sicrano já escreveu alguma coisa?
-- Por que perguntas?
-- Não dizem que ele vai ser eleito para a Academia de Letras?
-- Não é preciso escrever coisa alguma, meu caro; entretanto, quando esteve na
Europa, enviou lindas cartas aos amigos e...
-- Quem as leu?
-- Os amigos, certamente; e, demais, é um médico de grande clínica. Não é bastante?

Sobre o teatro

TENDO lido na Warkad-Gazetre uma notícia elogiosa da estréia da revista "Mel de
Pau", no Teatro Mundhéu, lá fui uma noite. Quando entrei já o espetáculo tinha começado e
uma dama, em fraldas de camisa, fumando um cigarro, cantava ao som de uma música
roufenha:
Eu hei de saber
Quem foi aquela
A dizer ali em frente
Que eu chupava
Charuto de canela.

Por aí os pratos estridulavam, o bombo roncava e a orquestra iniciava alguns
compassos de tango, ao som dos quais a dama bamboleava as ancas As palmas choviam e,
quase sempre, a cantora repetia a maravilha, que tanto fazia rir a platéia.
Na noite seguinte, passando pelo "Harapuka-Palace", li no cartaz: "Todo o serviço",
revista hilariante, em três atos, etc.
Entrei. No palco uma dama, em fraldas de camisa, fumando um cigarro, cantava
acompanhada de uma música rouca:
Eu hei de saber
Quem foi aquela
A dizer ali em frente
Que eu chupava
Charuto de canela.

Acabando os pratos eram feridos, o bombo trovejava, a música inteira iniciava uns
compassos de "maxixe" e a dama, com as mãos nos quadris, bamboleava as ancas. Risos,
palmas e o portento era repetido.
Interessei-me por tão variado teatro e foi com agrado que em certa noite, muito
próxima destas duas últimas, aceitei um convite para ir ao "Mussuah Theatre". Lá dei com uma
outra dama, em fraldas de camisa, fumando e cantando, sob a direção da batuta do maestro:
Eu hei de saber
Quem foi aquela
A dizer ali em frente
Que eu chupava
Charuto de canela.

Risos, palmas, pratos, chocalhos, bombos; a música iniciava alguns compassos, e a
dama remexia bem os quadris. Tratava-se da revista "Está pra tudo".


[Linha 3100 de 3733 - Parte 4 de 4]


Assim, fui a três ou quatro teatros e sempre dei com uma dama a cantar esta cousa
tão linda:
Eu hei de saber
etc., etc., etc.

Sobre os literatos


-- QUANTAS cartas tens aí! disse-lhe eu ao vê-lo abrir a carteira para tirar uma nota
com que pagasse a despesa.
-- São "pistolões".
-- Pra tanta gente?
-- Sim; para os críticos dos jornais e das revistas. Não sabes que vou publicar um
livro?


Sobre os jornais


NOVIDADES telegráficas sensacionais:
"Cocos, 2 -- Foi aposentado o Primeiro Escriturário da Intendência F. (A, A.),
Correio Vespertino, de 3-6-07."
"Caranguejos, 22 -- Os padres maristas comemoraram ontem com grandes festas o
centenário da fundação da respectiva ordem (J. C., ed. t., de 22-6-17)."
"Guarabariha, 22 -- Foi desligado do quadro da administração dos Correios daqui o
praticante de segunda classe Virgílio César, por ter sido removido para os Correios de Santa
Catarina.
-- Chegaram a esta capital os doutores Ascendino Cunha e Guilherme Silveira (J. C.,
ed. t., de 22-6-17)."


Erudição


"COSTUMAVA Tito Lívio dizer que tinha ganho o seu dia sempre que lhe era dado
realizar um benefício." (Correio Matutino, de 2-11-13).
Tito Lívio foi imperador?
"E é o motivo dessa antecipação que está sendo explicado, agora, nos jornais da
Fortaleza, pelos entendidos na matéria, um dos quais acusa como razão desse desequilíbrio a
abertura do canal de Panamá, que pôs em contato duas grandes massas d'água de nível
diferente." (O Himparcial, de 12-11-15).
A que fica reduzida a tal história do equilíbrio dos líquidos em vasos comunicantes?
Pobre Ganot, quer o grande quer o pequeno!


Sobre a administração


"A extração deste combustível na América do Sul se eleva, contudo, a mais de
1.500.000 toneladas, produzindo o México 500.000 toneladas e o Chile o restante" (Relatório


[Linha 3150 de 3733 - Parte 4 de 4]


oficial sobre -- A Indústria Siderúrgica no Mundo, pelo general F. M. de S. A., pág. 198)
O México na América do Sul? Que terremoto!
Coisas maravilhosas de um tradutor burocrático:
1.o) arbustos de serra (arbrisseaux de serre)
2.o) bilhetes de bilhar (billes de billard)
3.o) Tecidos de... cânhamo ou de ramia (ramie)
4.o) fetos de serra (fougères de serre)
5.o) berloques, colorados... (breloques, coloriées),
Todas estas e muitas outras lindezas semelhantes vieram publicadas no D.O. da
Bruzundanga, em 23 de março de 1917: e o ato era assinado pelo grande
Ministro -- Kallokeras.
"A seleção nas repartições é feita inversamente de forma que os empregados mais
graduados são os mais néscios e inscientes. Houve quem propusesse para corrigir tal defeito
que se mudasse a hierarquia burocrática: o cargo de diretor passava a ser o primeiro da escala e
o de praticante, o último."

No gabinete do ministro


-- O senhor quer ser diretor do Serviço Geológico da Bruzundanga? pergunta o
Ministro.
-- Quero, Excelência.
-- Onde estudou geologia?
-- Nunca estudei, mas sei o que é vulcão.
-- Que é?
-- Chama-se vulcão a montanha que, de uma abertura, em geral no cimo, jorra
turbilhões de fogo e substâncias em fusão.
-- Bem. O senhor será nomeado.
* * *
Pancome, quando se deu uma vaga de amanuense na sua secretaria de Estado, de
acordo com o seu critério não abriu concurso, como era de lei, e esperou o acaso para
preenchê-la convenientemente.
Houve um rapaz que, julgando que o poderoso Visconde queria um amanuense chic e
lindo, supondo-se ser tudo isso, requereu o lugar, juntando os seus retratos, tanto de perfil
como de frente. Pancome fê-lo vir à sua presença. Olhou o rapaz e disse:
-- Sabe sorrir?
-- Sei, Excelentíssimo Senhor Ministro.
-- Então mostre.
Pancome ficou contente e indagou ainda:
-- Sabe cumprimentar?
-- Sei, Senhor Visconde.
-- Então, cumprimente ali o Major Marmeleiro.
Este major era o seu secretário e estava sentado, em outra mesa, ao lado da do
Ministro, todo ele embrulhado em uma vasta sobrecasaca.
O rapaz não se fez de rogado e cumprimentou o major com todos os "ff" e "rr"
diplomáticos.
O Visconde ficou contente e perguntou ainda:
-- Sabe dançar?
-- Sei. Excelentíssimo Senhor Visconde.
-- Dance.


[Linha 3200 de 3733 - Parte 4 de 4]


-- Sem música?
O visconde não se atrapalhou. Determinou ao secretário:
-- Marmeleiro, ensaia aí uma valsa.
-- Só sei "Morrer sonhando" (exemplo).
-- Serve.
O candidato dançou às mil maravilhas e o Visconde não escondia o grande
contentamento de que sua alma exuberava.
Indagou afinal.
-- Sabe escrever com desembaraço?
-- Ainda não, doutor.
-- Não faz mal. O essencial, o senhor sabe. O resto o senhor aprenderá com os outros.
E foi nomeado, para bem documentar, aos olhos dos estranhos, a beleza dos homens
da Bruzundanga.


Sobre os sábios
(a desenvolver)

OS engenheiros, tanto os civis como os militares, mais estes que aqueles, julgam-se
geômetras. Não o são absolutamente; os melhores são simples professores.
* * *
Os médicos da Bruzundanga imaginam-se sábios e literatos.
Pode-se afirmar que não são nem uma cousa nem outra.
* * *
É sábio, na Bruzundanga, aquele que cita mais autores estrangeiros; e quanto mais de
país desconhecido, mais sábio é. Não é, como se podia crer, aquele que assimilou o saber
anterior e concorre para aumentá-lo com os seus trabalhos individuais. Não é esse o conceito
de sábio que se tem em tal pais.
Sábio, é aquele que escreve livros com as opiniões dos outros.
Houve um que, quando morreu, não se pôde vender-lhe a biblioteca, pois todos os
livros estavam mutilados. Ele cortava-lhes as páginas para pregar no papel em que escrevia os
trechos que citava e evitar a tarefa maçante de os copiar.
* * *
Há mais de século que se estudam nas suas escolas superiores, as altas ciências;
entretanto os sábios da Bruzundanga não têm contribuído com cousa alguma para o avanço
delas.
Em toda a parte, os sábios, de qualquer natureza, são homens de recursos medianos,
modestos, retraídos, pouco mundanos, mesmo quando ricos. Na Bruzundanga, não; os sábios
são nababos, têm carros e automóveis de luxo, palácios; freqüentam teatros caros, durante
temporadas completas; dão festas suntuosas nos seus hotéis, etc., etc.
* * *
Não há médico afreguesado que não seja considerado um sábio pela gente da
Bruzundanga, e, para firmar tal reputação, não fabrique uma compilação escrita em sânscrito.
O médico sábio não pode escrever em outra língua que o sânscrito. Isto lhe dá foros de literato
e aumenta-lhe a clínica.
Com a vida dos sábios da Bruzundanga ninguém poderia escrever Os Mártires da
Ciência. Têm eles a precaução preliminar de inaugurarem a sua sabedoria com um casamento
rico.



[Linha 3250 de 3733 - Parte 4 de 4]


Sobre a música


A música, na Bruzundanga, é, em geral, a arte das mulheres. É raro aparecer no país
uma obra musical.

Sobre a indústria


A indústria nacional da Bruzundanga tem por fim espoliar o povo com os altos
preços dos seus produtos. É nacional, mas recebe a matéria-prima, já em meia manufatura, do
estrangeiro.

A última nota solta

A habilidade dos governantes da Bruzundanga é tal, e com tanto e acendrado
carinho velam pelos interesses da população, que lhes foram confiados, que os produtos mais
normais à Bruzundanga, mais de acordo com a sua natureza, são comprados pelos estrangeiros
por menos da metade do preço pelo qual os seus nacionais os adquirem.


OUTRAS HISTÓRIAS DOS BRUZUNGANGAS


As letras na Bruzundanga

"A solenidade que aqui nos reúne e para a qual foram
convocados os poderes do Céu e da Terra, e o mar, é de tanta
magnitude que a não podemos avaliar senão rastreando, através
das sombras do Tempo, a sua projeção no Futuro."

Coelho Neto.
Discurso na inauguração da piscina do Fluminense F.C.


O meu livro de viagem à República dos Estados Unidos da Bruzundanga está a sair
das mãos do editor carioca Jacinto Ribeiro dos Santos; por isso nada lhe posso adicionar,
senão quando estiver em segunda edição, caso tenha ele essa felicidade.
Nesse meio tempo, porém, tenho recebido notícias de lá que, sem implicar numa total
modificação dos costumes e hábitos daquele notável povo e daquela curiosa terra, observados
já por mim, revelam, entretanto, pequenas alterações interessantes que não devem ficar sem
registro. Uma delas é a que se está passando com os seus literatos e poetas.
Em todos os tempos os homens de letras, maus ou bons, geniais ou medíocres, ricos
ou pobres, glorioso ou ratés, sempre se julgaram inspirados pelos Deuses e confabulando
intimamente com eles. A vida dos escritores, poetas, comediógrafos, romancistas, etc., está
cheia de episódios que denunciam esse singular orgulho deles mesmo e da missão da arte de
escrever a que se dedicam. Todos eles se deixariam morrer à fome ou de miséria, antes de
transformar a sua Musa em passatempo de poderosos e ricaços. Entregaram essa função aos
bufões, aos histriões, aos bobas da corte, etc.
Mesmo quando um duque ou um príncipe tinha um poeta a seu soldo, o estro dele só


[Linha 3300 de 3733 - Parte 4 de 4]


era empregado para solenizar os grandes acontecimentos privados ou públicos em que o duque
ou o príncipe estivesse de qualquer forma metido. Se se tratasse de um batizado na família, de
um casamento, do aniversário da duquesa, de uma vitória ganha pelo príncipe, de sua
nomeação para embaixador junto à corte de Grão-Mongol, sim! O poeta palaciano tinha que
puxar a mitologia do tempo, escrever uma ode, um epinício, um ditirambo ou mesmo um
simples soneto, conforme fosse a natureza da festa. Mesmo para as mortes havia a elegia com
todas as suas regras marcadas na retórica e poética daqueles tempos de reis, marqueses e
duques.
Esses fidalgos mesmo aceitavam de bom grado o orgulho profissional dos seus
poetas attachés. Alguns destes mereciam até homenagens excepcionais, como um tal Alain
Chartier, poeta francês do século XV. Conta-se que a delfina Margarida da Escócia, passando
com o seu séqüito de damas e cavalheiros de honor, por uma sala em que estava cochilando o
poeta, não trepidou em beijá-lo na boca diante de todo o seu acompanhamento. A mulher do
príncipe que foi mais tarde o sombrio e velhaco Luís XI de França justificou o ato dizendo que
apesar do desgracioso físico de Alain, a encerrar, contudo, tão belo espírito, daquela boca
tinham saído tantas palavras douradas, que ele merecia aquela sua imprevista homenagem. As
crônicas do tempo contam esse episódio que me parece não ter eu adulterado e, além deste,
muitos outros interessantes, em que se mostra até que ponto os homens de pena eram prezados
pelos poderosos de antanho, e como eles tinham em grande conta a sua missão de troveiros e
trovadores.
Na Bruzundanga, até bem pouco, era assim também. A sua nobreza territorial e
agrícola estimava muito, a seu jeito, os homens de inteligência, sobremodo os poetas, aos quais
ela perdoava todos os vícios e defeitos Essa fidalguia à roceira daquele país era assim
semelhante aos nossos "fazendeiros", antes da lei de 13 de maio; e poeta, ou mesmo poetastro,
que aportasse nas suas fazendas, que lá são chamadas -- "ampliúdas" -- tinha casa, comida,
roupa nova, quando dela precisasse, e lavada toda a semana, podendo demorar-se no
latifúndio o tempo que quisesse, e fazendo o que bem lhe parecesse, desde que nada tentasse
contra a decência e a honra da família. Por agradecimento, então, em dia festivo da família ou
da religião, ao jantar cerimonioso e votivo, o vate recitava uma poesia inédita, alusiva ou não
ao ato, e tomava uma grande e alegre carraspana.
Houve um até -- uma espécie do nosso Fagundes Varela -- que é ainda lá muito
célebre, recitador nas salas, e cujas obras têm tido muitas edições que viveu anos inteiros em
peregrinações de "ampliúda" para "ampliúda", sem saber o que era uma moeda, por mais
insignificante que fosse de valor, comendo, bebendo, fumando, sem que nada lhe faltasse, a
não ser dinheiro de que ele mesmo não sentia nenhuma necessidade. Tinha tudo...
Recentemente, na Bruzundanga, uma revolução social e, logo em seguida, uma
política, deslocaram essa boa gente da fortuna, e muitos deles, até, dos seus domínios, que
vieram a cair nas mãos de aventureiros recentemente chegados à terra ou, quando nascidos
nela, eram de primeira geração, descendendo diretamente de imigrantes recentes cujo único
pensamento era fazer fortuna do pé para a mão, cheios de uma avidez monetária e
inescrupulosa que transmitiram decuplicada aos filhos, e logo os lindos costumes de antiga
nobreza agrária se perderam. Os poetas foram postos à margem e não tiveram mais nem
consideração nem desprezo. Era como se não existissem, como se fosse possível isso, seja em
sociedade humana, fora de qualquer grau de civilização que ela esteja.
Aos poucos, porém, os parvenus viram bem que era preciso pôr um pouco de beleza e
de sonho nas suas existências de mascates broncos e ferozes saqueadores legais. Deram em
pagar sonetos que festejassem o nascimento dos filhos e elegias que lhes dessem lenitivo por
ocasião da morte dos pais. Pagavam bem e pontualmente, como hoje se pagam as missas de
sétimo dia aos sacerdotes que oficiam nelas, ou em outras cerimônias menos tristes.
Alguns, porém, quiseram mais ainda e, tendo notícias que os nobres feudais, de


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espada e cavalo de batalha encouraçado e intrépido, tinham os seus vates e trovadores, nos
seus castelos e manoirs, pensaram em tê-los também, pagando-os a bom preço, a fim de que
contribuíssem com as suas "palavras douradas" para o brilho de suas festas.
Um desses milionários, caprichoso e voluntarioso, quis ir mais longe ainda. Tendo
construído nos fundos de sua chácara, situada em um pitoresco arrabalde da capital da
República da Bruzundanga, um tanque imenso, para dar banho aos cavalos de raça das suas
opulentas cavalariças, teimou que havia de inaugurá-los soberbamente, com notícias nos
jornais, bênçãos religiosas e um discurso feito pelo maior literato de Bruzundanga, ou tido
como tal, enfim, pelo mais famoso.
Não posso garantir que o Creso tivesse pago ao celebérrimo poeta ou que este lhe
devesse algum dinheiro; mas o certo é que, desprezando a dignidade de sua Arte e a Glória, a
reputação literária mais absorvente e mais tirânica da Bruzundanga, pescou latim, grego, a
cabala judaica, o Ramâiana, os Evangelhos e inaugurou com um discurso assim pomposo, e
grandiloqüente, no estilo hugeano, o banheiro dos ginetes do multimilionário Har-al-Nhardo
Ben Khénly.
O altitudo!

O Parafuso, São Paulo, 12-3-1919.


A arte

O país da Bruzundanga, hoje República dos Estados Unidos da Bruzundanga,
antigamente império, tem-se na conta de civilizado e, para isso, entre outras coisas, possui
escolas para o ensino de belas-artes.
Naturalmente dessas escolas saem competências em pintura, escultura, gravura e
arquitetura que devem ter mais ou menos talento; entretanto, ninguém lhes dá importância,
seja qual for o seu mérito.
Se não conseguem lugares de professores, mesmo de desenho linear, nenhum favor
público ou particular recebem da sua nação e do seu povo.
Houve um até, pintor de mérito, que se fez fabricante de tabuletas para poder viver;
os mais, quando perdida a força de entusiasmo da mocidade, se entregam a narcóticos,
especialmente a uma espécie da nossa cachaça, chamada lá sodka, para esquecer os sonhos de
arte e glória dos seus primeiros anos.
Dá-se o mesmo com os poetas, principalmente os pouco audazes, aos quais os jornais
nem notícia dão dos livros.
Conheci um dos maiores, de mais encanto, de mais vibração, de mais estranheza,
que, apesar de ter publicado mais de dez volumes, morreu abandonado num subúrbio da
capital da Bruzundanga, bebendo sodka com tristes e humildes pessoas que nada entendiam
de poesia; mas o amavam.
A gente solene da Bruzundanga dizia dele o seguinte: "E um javanês (equivalente ao
nosso "mulato" aqui) e não sabe sânscrito".
Essa gente sublime daquele país é quase sempre mais ou menos javanesa e, quase
nunca, sabe sânscrito.
Todo estímulo se vai e uma arte própria lá não se cria por falta de correspondência
entre o herói artístico e a sua sociedade.
Não é que ela não tenha necessidade dessa atividade do espírito humano, tanto assim
que os jornais da Bruzundanga vêm pejados de notícias, encômios, ditirambos às
mediocridades mais ou menos louras do que as de lá.
Tenho aqui adiante dos olhos um jornal da Bruzundanga que trata de um poeta da


[Linha 3400 de 3733 - Parte 4 de 4]


Austrália, cujos melhores versos são como estes:
Fui lá em cima ver meu Deus;
Voltei triste, por nada encontrar.
Mas se tiver forças hei de voltar
Para vê-lo de novo outra vez.
A notícia está assinada com o nome do autor e justifica os elogios que lhe faz, com
estas palavras, cuja aplicação devia caber aos seus camaradas e contemporâneos, para
animá-los a fazer grandes coisas. Ei-las:
"Nada mais agradável e, sobretudo, nada mais útil que aplaudir aos espíritos que
apenas desabotoam, ainda cheios do calor dos primeiros sonhos, ainda ressoantes da vibração
dos primeiros vôos. Para eles não deve ser a crítica um instrumento frio, insensível, com as
asperezas de uma medida certa, senão uma voz de estímulo, uma alentadora voz que embale o
coração e penetre, carinhosamente, a inteligência que reponta. O comentário, sem ser
exagerado, para não se tornar prejudicial, sem ser frívolo, para não se transformar em elemento
nocivo, em fonte de erros e vícios, deve procurar os aspectos mais significativos do
temperamento que surge, apontando, com amoroso intuito, as insuficiências, as indecisões da
primeira hora, as dúvidas e as hesitações peculiares aos que começam. Geralmente, porém, não
costumam os críticos profissionais usar de tais cautelas antes preferem exercer o seu mister,
com rudeza e impassibilidade, confundindo autores novos, sem responsabilidades literárias
ainda firmadas, para os quais o maior rigor é brandura."
É engraçado que seja só maior rigor a brandura quando se trata de poetas da
Austrália; mas quando se trata de vates da Bruzundanga a aior brandura é o rigor.
Não é só assim em poesia. Nas artes plásticas, na música, tudo é assim.
Chega à capital da Bruzundanga um pintor que se diz pintor e espanhol, a quem
ninguém nunca viu ou conheceu, e logo os críticos dos jornais, viajados e lidos, finos e limpos
de colarinhos, logo dizem: "Este Dom Tuas y Trias é Velázquez, é Zurbarán, é o Greco, é
Goya, etc., etc."
Os quadros que ele traz, talvez, não sejam dele; são de uma banalidade de concepção
e de uma infantilidade de execução lamentáveis; mas os tais homens lidos, viajados, que
desprezam os javaneses (os mulatos de lá), afirmam que o homem é extraordinário.
Dito isto, logo todos os bobos ricos, enriquecidos com o tráfico do ópio e outras
maléficas, a fim de imitarem os príncipes da Renascença -- já se viu! -- correm à exposição e
compram os quadros a preço de ouro, enquanto os pobres diabos naturais ou vivendo na
Bruzundanga, que são conscienciosos do seu mister, morrem em ofícios humildes ou de sodka.
E assim o gosto da gente superior da Bruzundanga, gente feita de doutores e
aventureiros, ambas dadas à chatinagem e à veniaga, desde os primeiros caçando casamentos
ricos e os segundos na cavação comercial e industrial, sem ter tido tempo para se deter nessas
coisas de pensamento e arte.
Quando ficam ricos, estão completamente embotados, para não dizer mais...
Houve um pintor viriático que veio com uns quadros dramáticos. cenográficos para a
Bruzundanga, precedido de uma fama de todos os diabos, a ponto de um guarda-livros,
Filinto não hesitar em dizer que era Leonardo Da Vinco.
Quando publicar estas notas em volume, que está a aparecer em edição de Jacinto
Ribeiro dos Santos, meu bom amigo e camarada, hei de juntar uma reprodução do retrato
eqüestre de um rei dele, o pintor, que é o modelo mais perfeito do maneirismo, do apelo aos
uniformes, aos chamalotes, às plumas que conheço, em pintura.
Estas notas foram escritas ao correr da pena; mas, entretanto, poderei desenvolvê-las
se os interessados me provocarem. Escrevo em dia oportuno.

ABC, Rio, 7-9-1919.


[Linha 3450 de 3733 - Parte 4 de 4]



Lei de promoções
(Crônica Militar)
O que tem até agora regulado as promoções, quer no exército e armada, quer na
polícia e guarda nacional, é o arbítrio, o capricho e a ignorância cega dos elementos da
genesíaca cartesiana, que os metafísicos definem erroneamente como aplicação da álgebra à
geometria.
No semi-século genial e fecundo que medeou entre Descartes e Leibnitz, muita
conquista útil foi obtida, no terrena da análise transcendente, mesmo antes da sua completa
sistematização pelo gênio do último daqueles filósofos.
Fermat, Cavallieri, Roberval e outros muitos concorreram para o estabelecimento
definitivo do instrumento leibnitziano -- uma imortal conquista científica, para obtenção da
qual o espírito humano estava assaz maduro, tanto assim que Newton, pela mesma época,
apresentou o seu cálculo das fluxões.
Todo esse lento e paciente trabalho que absorveu o espírito de tantos grandes homens
da Humanidade, obriga-nos a dispensar um culto acendrado à memória deles, por isso lhes cito
aqui os nomes, ao lembrar as suas descobertas que muito lucraram com o rigor e a justiça das
promoções nos batalhões dos colégios equiparados e linhas de tiro.
Nestas unidades, o acesso ao posto imediato é determinado por um processo
rigorosamente científico, de um rigor verdadeiramente astronômico.
É preciso estendê-lo ao resto das forças armadas.
Suponhamos um sargento que quer ser alferes. Pega-se o candidato e faz-se engolir a
seguinte beberagem:

Ácido azótico ........................................... 5 g.
Oxalato de potássio ................................... 7 g.
Magnésia calcinada .................................. 3 g.
Bicloreto de mercúrio ............................... 2 g.
Água destilada ......................................... 100 g.

Deve-se dar ao paciente tudo isto de uma só vez. Se o sujeito não bater a bota,
examinam-se as fezes com o papel tournesol, que, no caso de avermelhar-se, indica que o tipo
pode ser alferes. No contrário, não.
Isto não tem nada que ver com Leibnitz, nem com o seu cálculo infinitesimal; mas
não me ficava bem deixar de citar o imortal filósofo e a sua magna obra, podendo, se assim
não procedesse, ser confundido com um qualquer legislador metafísico e anarquizado, por aí,
que não é senhor do saber integral da humanidade.
A dosagem que indiquei, deve variar quando se tratar de polícias, guardas nacionais
e oficiais de fazenda. Para os primeiros carregar no ácido azótico, para os segundos e terceiros,
dobrar a dose de bicloreto de mercúrio.
Com o emprego deste método que é rigorosamente científico, o governo pode ter, em
breve, um corpo de oficiais perfeitamente selecionados pela Morte e um povoamento rápido e
instantâneo dos cemitérios -- o que, afinal, é o fim natural de todas as guerras a que os oficiais,
sejam desta ou daquela corporação, são obrigados a servir com todos os riscos e vantagens.
Há, porém, o método empírico que é mais humano e compatível com o grau de
adiantamento a que chegou a nossa humanidade atualmente. Não há morte, nem sangue, nem
bravura, nem salvas.
Este método é muito usado na guarda nacional e poucas outras entidades
(vocabulário do football) militares. Vamos ver em que consiste.
Um tal método tem por princípio básico só admitir à promoção, oficiais que nunca


[Linha 3500 de 3733 - Parte 4 de 4]


tenham visto soldados, fortalezas, quartéis, etc.
Por esse processo, estão fatalmente eliminados todos os oficiais que hajam servido
em guarnições longínquas.
O mais relevante conhecimento exigido, para as promoções de acordo com esse
processo empírico, é o de uma perfeita sabedoria nas marcas de papel de ofícios, de grampos,
colchetes e alfinetes, para papéis. Contam-se como ultrameritórios os serviços pacíficos em
linhas telegráficas, em leitura de pluviômetros, em conversas com bugres filósofos e em
construção de estradas de ferro que não acabam mais.
Em caso de merecimento igual, entre os candidatas, promovido será o que tiver
melhor "pistolão".
Para isso, o oficial precavido não se deve afastar da capital do país; e, nela, sempre
cultivar a amizade de poderosos políticos e pessoas de seu amor e amizade; e é, por isso, que
os oficiais que servem em guarnições longínquas, fronteiras, etc., não podem entrar na lista das
promoções, determinação que se subentende nesse sistema empírico que a sabedoria dos
tempos consagrou com alguns retoques.
Não falei nas promoções nos bombeiros. Emendo a mão. Nos
bombeiros -- corporação reduzida -- as promoções devem ser feitas em família. É o melhor.
O que acabo de dizer, são como o croquis das minhas idéias sobre promoções nas
classes armadas, sendo que algumas não me pertencem propriamente, antes a todos os
militares, suas mulheres, filhas e noivas. Eis aí. Capitão Ortiz y Valdueza (Do Exército da
Bruzundanga).
Reconheço a rubrica supra e a letra do Capitão Ortiz y Valdueza, do Corpo de
Submarinos do Exército da República os Estados Unidos da Bruzundanga.
(Tenho o sinal público e, à margem, "grátis"), -- O COPISTA.
Careta, Rio, 29-1-21.

Rejuvenescimento
(Crônica Militar)


"Todas as medidas esperadas para resolver o problema do rejuvenescimento dos
quadros do Exército, das discutidas no Congresso, não conseguiram sair do campo
das discussões.
Rejuvenescer os quadros não significa somente melhorar o futuro dos oficiais; é
concorrer para que não reine o desânimo, para que seja mantido o ardor profissional.
Não é possível esperar dum oficial que moireja de seis a oito anos em cada posto,
que ele tenha sempre o mesmo entusiasmo, que a própria idade consegue arrefecer.
E com a idade vem naturalmente a diminuição do vigor físico exigido para o
desempenho do árduo trabalho de oficial de tropa."

É assim que se exprime sabiamente um jornal desta cidade. Estamos de pleno acordo
com as opiniões do nosso colega diário; mas julgamos, no nosso humilde parecer, que ele só
encara uma face do problema. É nossa opinião que essa questão de rejuvenescimento, é uma
questão geral e interessa, não só aos militares, como também a outras classes da sociedade.
Que ardor profissional pode ter um carpinteiro que tem cinqüenta anos de idade e
trabalha no ofício desde os dezesseis?
A sua obra há de se ressentir da fadiga dos seus músculos cansados e do desinteresse
que traz a monotonia de fazer durante anos a mesma tarefa. A sociedade perde muito com
isso, pois os seus trabalhos não terão a perfeição que havia nos que executava com trinta anos
de vida.


[Linha 3550 de 3733 - Parte 4 de 4]


Seria inútil repetir exemplos como este, pois eles estão aí aos pontapés, para mostrar o
quanto é indispensável decretar medidas que rejuvenesçam os quadros de todas as profissões.
Para as funções públicas, inclusive as militares, já o célebre filósofo político-militar
dinamarquês, Hans Reykavyk propôs dois métodos para obter o remoçamento dos quadros:
Um, aparente meramente, e de origem feminina; o segundo substancial e
rigorosamente científico.
O primeiro método se baseia nas pinturas, pomadas e massagens. Não há negar que o
seu emprego, quando executado por operador hábil, dá ao indivíduo que a ele se sujeita a
aparência de mocidade; mas é só aparência e não restitui a quantidade de força vital que o
indivíduo perdeu com o correr dos anos.
De resto, ele ia levar para a caserna hábitos de camarim de atriz.
A guerra em si mesma nada tem de teatral; só acham essa cousa nela os pintores de
batalhas que recebem encomendas dos governos, e os literatos da moda.
A guerra em si é uma cousa brutal e horrendamente ignóbil; a única consideração que
rege a batalha, se há uma, está na cabeça de quem a dirige, e isto não é matéria para tela, nem
para páginas literárias, mas notas e riscos numa carta topográfica, em escala conveniente com
convenções adequadas.
Além disto, introduzindo hábitos teatrais no viver guerreiro, iria isso perturbar a ação
dos combatentes, diminuir-lhes a eficiência com a suposição de que deviam tomar belas
atitudes, para obter o aplauso da galeria, distraindo-lhes do verdadeiro objetivo de sua ação
que é dar cabo do inimigo, por fas ou nefas.
Esse sistema de academia de beleza não pode ser adotado, sendo essa também a
conclusão a que chega, depois de exaustiva análise, o grande filósofo dinamarquês que nos
guia nestas despretensiosas notas.
Resta o método científico que se estriba na psicologia experimental e é corrigido pela
sociologia transcendente.
Não posso transcrever aqui todas as considerações que precedem a exposição que o
Senhor Hans Reykavyk faz desse método.
Bastará dizer-lhes que, depois de expor fatos concretos em abundância, ele
estabelece o postulado de que o general deve ser moço; de menos de trinta anos, pois é nessa
idade que os homens têm o máximo de iniciativa.
Saído das escolas militares o oficial será logo general, ganhando como tenente,
depois irá descendo de graduação de forma a chegar aos sessenta como tenente, ganhando
como general.
Eis em linhas gerais o plano de rejuvenescimento dos quadros de oficiais militares, a
que chega o ilustre Reykavyk, após uma análise detalhada das conclusões da psicologia
experimental, convenientemente corrigidas pela sociologia transcendente.
Além de outras vantagens, tem este método a de fazer que os tenentes deixem, por
morte, para as viúvas, filhos, filhas, genros e netos um montepio que porá estes a coberto de
todas as necessidades -- montepio de general.
Pelo seu caráter geral e abstrato, com as necessárias modificações, ele pode
aplicar-se, não só a todas as corporações militares, como também a quaisquer outras civis,
estipendiadas pelo governo.
Não é preciso mais dizer, a fim de pôr em evidência o grande alcance do sistema do
pensador dinamarquês e chamar para ele a atenção do legislativo brasileiro.
Creio que, fazendo isso, cumpro um dos deveres da missão militar de que me acho
incumbido no Brasil.
Capitão Ortiz y Valdueza, do corpo de Submarinos dos Estados Unidos da
Bruzundanga.
Pela tradução do "bengali". -- Lima Barreto -- (Tradutor público ad-hoc).


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Careta, Rio, 19-3-1921.

No salão da marquesa


NA República da Bruzundanga, nunca houve grande gosto pelas cousas de espírito.
A atividade espiritual daquelas terras se limita a uns doutorados de sabedoria equívoca;
entretanto, alguns espíritos daquele Fonkim se esforçavam por dar um verniz esperitual à
sociedade da terra. Escreviam livros e folhetos, revistas e revistecas de modo que,
artificialmente, o país tinha uma certa atividade espiritual.
Notavam todos a falta de salas literárias, de salões espirituais, tais aqueles que tanto
brilho deram ao século XVIII francês, revelando não só grandes escritores e filósofos, mas
também espíritos femininos que, pela sua graça, pelo seu talento de penetração, muito
distinguiram o sexo amável, antes desse feminismo truculento e burocrático que anda por aí.
Consciente desta falta, a Marquesa de Borós, uma senhora de alta estirpe e não
menos alta inteligência, tomou o alvitre de fundar um salão literário.
Ela residia em um grande palácio que se dependurava sobre a cidade capital, do alto
de uma verdejante colina, e nele em certas e determinadas tardes reunia os intelectuais do país.
Em começo, recebeu alguns de valia; mas, bem depressa, os fariseus e simuladores de
talento tomaram conta da sala.
A sua delicadeza e a sua bondade se vira obrigada a receber toda essa chusma de
mediocridades que, sem ter talento nem vocação, se julgam literatos e artistas, como se se
tratasse de condecorações e títulos fornecidos pelo presidente da República do Cunany.
A esse pessoal, acompanhou o equivalente feminino; e era de ver como Cathos fazia
pendant ao farmacêutico Homais; Madelon ao gramático Vaugelas; e Filaminta ao artista
Pèlerin.
Uma sociedade, ou antes: este salão começou a dominar a atividade espiritual do
país; e não havia recompensa do esforço intelectual em que ele não se metesse e até pusesse o
seu veto.
O parecer dele era sempre sobremodo néscio e tolo.
Para uns, ele opinava:
-- O Jagodes receber prêmio -- qual! Um filho natural! Não é possível!
Para outros, ele sentenciava:
-- Não julgo o Fagundes digno de figurar no Grêmio Literário Nacional... Ele não
bebe champagne!
A propósito destoutro, ele dogmatizava:
-- O Bustamante não pode receber a medalha. É verdade que ele tem merecimento;
mas veste-se muito mal...
Essa opinião acabava de ser pronunciada pelo ilustre literato Manuel das Regras, cuja
obra por ser desconhecida era de alto valor, quando, num canto da sala, foi visto um sujeito
mal vestido, relaxado, sujo mesmo, com um todo de homem de outros tempos.
Todos se entreolharam com certo medo, apesar do estranho não ter nenhum ar de
existência sobrenatural.
Um mais animoso resolveu-se a falar ao intruso:
-- Quem é o senhor?!
-- Eu! Eu sou Francisco II, rei da Prússia.
E toda aquela miudeza de gente escafedeu-se por todas as portas e janelas da sala.

Careta, Rio, 5-11-21.


[Linha 3650 de 3733 - Parte 4 de 4]



Outras noticias

DA minha viagem à República dos Estados Unidos da Bruzundanga, tenho
publicado, no A.B.C., algumas notas com as quais organizei um volume que deve sair dentro
em breve das mãos do editor Jacinto Ribeiro dos Santos.
Estou fora da Bruzundanga há alguns anos; mas, de quando em quando, recebo
cartas de amigos que lá deixei, dando-me notícias de tão interessante terra.
De algumas vale a pena dar conhecimento ao público que se interessa pela vida
desses povos exóticos e paradoxais.
Diz-me um amigo, em carta de meses atrás, que a Bruzundanga declarou guerra ao
império dos Ogres; mas não mandou tropas para combatê-los ao lado dos outros países que já
o faziam. Tratou unicamente de vender uma grande partida de tâmaras dos seus virtuais
aliados, com o que o intermediário ganhou uma fabulosa comissão.
Outra carta que de lá recebi, mais tarde, conta-me que os governantes da
Bruzundanga resolveram afinal mandar uma esquadra para auxiliar os países amigos que
combatiam os Ogres.
Logo toda a Bruzundanga se entusiasmou e batizou a sua divisão naval de
"Invencível Armada".
Como lá não houvesse um Duque de Medina Sidonia, como na Espanha de Felipe II,
foi escolhido um simples almirante para comandá-la.
A esquadra levou longos meses a preparar-se e com ela, mas em paquete, partiu
também uma missão médica, para tratar dos feridos da guerra contra os Ogres.
Tanto a esquadra como a missão chegaram a um porto intermediário, onde, em
ambas, se declarou uma peste pouco conhecida. Chamado o chefe da comissão médica, este
respondeu:
-- Não entendo disto... Não é comigo... Sou parteiro.
Um outro doutor da missão dizia:
-- Sou psiquiatra.
E não saiu daí.
-- Não sei -- acudiu um terceiro, ao se lhe pedir os seus serviços profissionais -- não
curo defluxos. Sou ortopedista.
Não houve meio de vencer-lhes a vaidade de suas especialidades, de anúncio de
jornal.
Assim, sem socorros médicos, a "Invencível Armada" demorou-se longo tempo no tal
porto, de modo que chegou aos mares da batalha, quando a guerra tinha acabado.
Melhor assim...
Não foram só estas duas cartas que me trouxeram novas excelentes da Bruzundanga.
Muitas outras me chegaram às mãos; a mais curiosa, porém, é a que me narra a
nomeação de um papagaio para um cargo público, feita pelo poder executivo, sem que
houvesse lei regular que a permitisse.
Um ministro de lá muito jeitoso, que andava fabricando em vida, ele mesmo, as
peças de sua estátua, julgou que fazendo uma tal nomeação... tinha já em bronze o baixo
relevo do monumento futuro à sua glória.
Consultou um dos seus empregados que estudava leis e a interpretação delas em
Bugâncio, sabia a casuística jesuítica, além de conhecer as sutilezas da Escolástica, a ponto de
ser capaz de provar com a mesma solidez a tese e a antítese, desde que os interessados em uma
e na outra o retribuíssem bem.
Dizia a lei fundamental da Bruzundanga:


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"Todos os cargos públicos são acessíveis aos bruzundanguenses, mediante as provas
de capacidade que a lei exigir".
O exegeta ministerial, depois de verificar que o papagaio tinha nascido na
Bruzundanga, e era, portanto, bruzundanguense, concluiu, muito logicamente, que ele podia e
lhe assistia todo o direito de ser provido em um cargo público de seu país.
Argumentou mais com Augusto Comte que incorporava à Humanidade certos
animais; com o "artemismo", crença de determinados povos primitivos que se julgam
descendentes ou parentes de tal ou qual animal, para mostrar que o anelo íntimo dos homens é
elevar esses seus semelhantes e companheiros de sofrimentos na terra. Emancipá-los.
A Arte, dizia ele, foi sempre por eles. Citava as esculturas assírias, egípcias, gregas,
góticas que, embora idealizados ou estilizados, denunciavam um culto pelos animais que,
injustamente, chamamos inferiores.
Na arte escrita, para demonstrar o que o sábio consultor vinha asseverando, lembrava
La Fontaine, com as suas fábulas, e modernamente, Julcs Renard, com as suas interessantes
Histoires Naturelles.
Nas modernas artes plásticas, nem se falava, continuava ele. A representação artística
de animais, por meio delas, já constituía uma especialidade.
Foi por aí...
E, de resto, dizia ele quase no fim, quem não se lembra do papagaio de Robinson
Crusoé?
Devemos, portanto, exalçar o papagaio, que é um animal que fala, rematou afinal.
O ministro gostou muito do parecer; julgou dispensável pedir uma lei ao corpo
legislativo que, na Bruzundanga, é composto de duas câmaras: a dos vulgares e dos doutores;
não julgou também necessário avisar os outros papagaios da sua resolução, para que
concorressem e nomeou o do seu amigo Fagundes...
E foi assim, segundo me conta a missiva que recebi, que um "louro" bem falante foi
nomeado arauto d'armas da Secretaria de Estado de Mesuras e Salamaleques da República dos
Estados Unidos da Bruzundanga.

A.B.C., Rio, 23-11-18.



FIM --- FIM --- FIM


...


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Os Bruzundangas - Lima Barreto - Parte 3 de 4
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sábado, 21 de outubro de 2017

Os Bruzundangas - Parte 3 de 4 - Lima Barreto


Os Bruzundangas - Parte 3 de 4 - Lima Barreto

Os Bruzundangas - Lima Barreto



À vista do seu exemplo, nenhum ministro quis ficar atrás. Todos porfiaram nos
gastos. Anos depois, os deficits aumentavam, os impostos aumentavam, os preços de todos os
gêneros aumentavam; mas a gente do país não deu pela origem da crise, tanto assim que,
quando Pancome morreu, lhe fez a maior apoteose que lá se há visto. Os heróis e o povo
da República dos Estados Unidos da Bruzundanga, são assim, caros senhores.



XII

A sociedade


É deveras difícil dizer qualquer cousa sobre a sociedade da Bruzundanga. É difícil
porque lá não há verdadeiramente sociedade estável. Em geral, a gente da terra que forma a
sociedade, só figura e aparece nos lugares do tom, durante muito pouco tempo. Os nomes
mudam de trinta em trinta anos, no máximo. Não há, portanto, na sociedade do momento
tradição, cultura acumulada e gosto cultivado em um ambiente propício. São todos arrivistas e
viveram a melhor parte da vida tiranizados pela paixão de ganhar dinheiro, seja como for. Os
melhores e os mais respeitáveis são aqueles que enriqueceram pelo comércio ou pela indústria,
honestamente, se é possível admitir que se enriqueça honestamente.
Esses, porém, fatigados, embotados, não formam bem a sociedade, embora as suas
filhas e mulheres façam parte dela.
Os que formam direitamente a grande sociedade, são os médicos ricos, os advogados
afreguesados, os tabeliães, os políticos, os altos funcionários e os acumuladores de empregos
públicos.
Por mais que se esforcem, por mais que queiram, semelhantes homens, atarefados dia
e noite, nos escritórios, nas repartições, nos tribunais, nos cartórios, na indústria política, não
podem ter o repouso de espírito, o ócio mental necessário à contemplação desinteressada e à
meditação carinhosa das altas cousas. Limitam-se a pousar sobre elas um olhar ligeiro e
apressado; e a preocupação de manter os empregos e fazer render os cartórios, tirar-lhes-á o
sossego de espírito para apreciar as grandes manifestações da inteligência humana e da
natureza.
Pode ser definida a feição geral da sociedade da Bruzundanga com a


[Linha 1900 de 3733 - Parte 3 de 4]


palavra -- medíocre.
Vem-lhe isto não de uma incapacidade nativa, mas do contínuo tormento de cavar
dinheiro, por meio de empregos e favores governamentais, do sentimento de insegurança de
sua própria situação.
Em uma sala, se se ouve conversa das senhoras (digo senhoras), a preocupação não é
outra senão saber se fulano será ministro, para dar tal ou qual comissão ao marido ou ao filho.
Uma outra criticará tal ou qual pessoa poderosa porque não arranjou para o pai uma concessão
qualquer. É assim.
Uma tão vulgar preocupação pauta toda a vida intelectual da sociedade
bruzundanguense, de modo que, nas salas, nos salões, nas festas, o tema geral dos comensais é
a política; são as combinações de senatorias, de governanças, de províncias e quejandos.
A política não é aí uma grande cogitação de guiar os nossos destinos; porém uma
vulgar especulação de cargos e propinas.
Sendo assim, todas as manifestações de cultura dessa sociedade são inferiores. A não
ser em música, isto mesmo no que toca somente a executantes, os seus produtos intelectuais
são de uma pobreza lastimável.
Há lá salões literários e artísticos, mas de nenhum deles surgiu um Montesquieu com
o Espírito das Leis, como saiu do de Mme. du Deffand, As obras mais notáveis que lá têm
aparecido são escritas por homens que vivem arredados da sociedade bruzundanguense.
Em uma sala desse país, quando não se trata de intrigas políticas ou coisas frívolas de
todos os dias, surge logo um tédio inconcebível. Ele sepulta o pensamento, antes de matá-lo:
enterra-o vivo. Mereceria detalhes, mas só fazendo romance ou comédia.
A gente da Bruzundanga gosta de raciocinar por aforismos. Sobre todas as cousas,
eles têm etiquetadas uma coleção deles.
Se se fala em uma sala ou em outro qualquer lugar de sociedade de coisas literárias,
logo um aforista sentencia:
-- A arte deve ser impessoal. Os grandes artistas, etc.
Naturalmente, ele se lembrou de Dante, que pôs no inferno os seus inimigos e no céu
os seus amigos.
Incapaz de fazer aparecer no seu seio razoáveis manifestações intelectuais, ela é
ainda mais incapaz de apoiar as que nascem fora dela.
A pintura, que sempre foi arte dos ricos e abastados, não tem, na Bruzundanga,
senão raros amadores. Os pintores vivem à míngua e, se querem ganhar algum dinheiro, têm
que se rojar aos pés dos poderosos, para que estes lhes encomendem quadros, por conta do
governo.
Porque eles não os compram com o dinheiro seu, senão os de vagas celebridades
estrangeiras que aportam às plagas do país com grandes carregações de telas. É outro feitio da
gente imperante da Bruzundanga de só querer ser generosa com os dinheiros do Estado.
Quando aquilo foi Império, não era assim; mas, desde que passou a República, apesar da
fortuna particular ter aumentado muito, a moda da generosidade à custa do governo se
generalizou.
Se um desses engraçados Mecenas julga que deve proteger tal ou qual pessoa; que
esta precisa viajar à Europa, aperfeiçoar-se, não lhe subvenciona a viagem, não tira nem um
ceitil dos seus mil e mais contos. Sabem o que faz? Influi para que ele receba um pagamento
indevido do Tesouro ou promove uma fantástica comissão para o indivíduo.
É assim o mecenato da Bruzundanga. A falta de generosidade e a sua inquietude
pelo dia de amanhã ferem logo a quem examina a sociedade daquele país, mesmo
perfunctoriamente.
Basta ler os testamentos dos seus ricos e compará-los com os que fazem os humildes
iberos que lá enriqueceram em misteres humildes, para sentir a inferioridade moral da


[Linha 1950 de 3733 - Parte 3 de 4]


sociedade da Bruzundanga.
Nestes últimos, há mesmo um grande pensamento da hora da morte, quando fazem
legados a amigos, a parentes afastados, a criados, a instituições de caridade; mais, nos
daqueles, só se topa com o mais atroz egoísmo. Lembro-me de um ricaço de lá que, ao morrer,
fez avultados legados aos netos, filhos de sua filha, com a condição de que deviam usar o
nome dele -- cousa que, como se sabe, se não é contrária às leis, ofende os costumes. O
sobrenome tira-se do do pai, lá como aqui.
Por falar em cousas de morte, convém recordar que os cemitérios dessa gente, ou por
outra, os túmulos das pessoas da alta roda da Bruzundanga são outra manifestação da sua
pobreza mental.
São caros jazigos ou carneiros de mármore de Carrara, mas os ornatos, as estátuas,
toda a concepção deles, enfim, é de uma grande indigência artística. Raros são aqueles que
pedem a escultores que os façam. Todos os encomendam a simples marmoristas, que os
recebem, aos montes, da Itália.
As suas casas são desoladoras arquitectonicamente. Há modas para elas. Houve
tempo em que era a de compoteiras na cimalha; houve tempo das cúpulas bizantinas;
ultimamente era de mansardas falsas. Carneiros de Panúrgio...
A sua capital, que é um dos lugares mais pitorescos do mundo, não tem nos arredores
casas de campo, risonhas e plácidas, como se vêem em outras terras.
Tudo lá é conforme a moda. Um antigo arrabalde da capital que, há quantos anos era
lugar de chácaras e casas roceiras, passou a ser bairro aristocrático; e logo os panurgianos ricos,
os que se fazem ricos ou fingem sê-lo, banalizaram o subúrbio, que ainda assim é lindo.
Um dos toques da mediocridade da sociedade da Bruzundanga é a sua incapacidade
para manter um teatro nacional.
O teatro é por excelência uma arte de sociedade, de gente rica. Ele exige vestuários
caros, jóias, carros -- tudo isso que só se pode obter com a riqueza. Pois os ricos da
Bruzundanga, não animam as tentativas que se têm feito para fazer surgir um teatro indígena,
e todas têm fracassado.
Ela se contenta com a ópera italiana ou com as representações de celebridades
estrangeiras.
Poderia ainda falar nas suas festas íntimas, nos seus casamentos, nos seus batizados,
nas suas datas familiares; mas, por hoje, basta o que vai dito, e é o bastante para mostrar de
que maneira a aristocracia da Bruzundanga é incapaz de representar o papel normal das
aristocracias: criar o gosto, afinar a civilização, suscitar e amparar grandes obras.
Se falei aqui em aristocracia, foi abusando da retórica. O meu intento é designar com
tão altissonante palavra, não uma classe estável que detenha o domínio da sociedade da
Bruzundanga, e a represente constantemente; mas os efêmeros que, por instantes, representam
esse papel naquele interessante país.
Explicado este ponto, posso ir adiante nas minhas breves "notas" sobre o país da
Bruzundanga.


XIV

As eleições

DENTRE as muitas superstições políticas do nosso tempo, uma das mais curiosas é
sem dúvida a das eleições. Admissíveis quando se trata de pequenas cidades, para a escolha
de autoridades verdadeiramente locais, quase municipais, como eram na antiguidade, elas
tomam um aspecto de sortilégio, de adivinhação, ao serem transplantadas para os nossos


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imensos estados modernos. Um deputado eleito por um dos nossos imensos distritos eleitorais,
com as nossas dificuldades de comunicação, quer materiais, quer intelectuais, sai das urnas
como um manipanso a quem se vão emprestar virtudes e poderes que ele quase sempre não
tem. Os seus eleitores não sabem quem ele é, quais são os seus talentos, as suas idéias políticas,
as suas vistas sociais, o grau de interesse que ele pode ter pela causa pública; é um puro nome
sem nada atrás ou dentro dele. O eleito, porém, depois de certos passes e benzeduras legais,
vai para a Câmara representar-lhes a vontade, os desejos e, certamente, procurar minorar-lhes
os sofrimentos, sem nada conhecer de tudo isto.
A superstição eleitoral é uma das nossas coisas modernas que mais há de fazer rir os
nossos futuros bisnetos.
Na Bruzundanga, como no Brasil, todos os representantes do povo, desde o vereador
até ao Presidente da República, eram eleitos por sufrágio universal, e, lá, como aqui, de há
muito que os políticos práticos tinham conseguido quase totalmente eliminar do aparelho
eleitoral este elemento perturbador -- "o voto".
Julgavam os chefes e capatazes políticos que apurar os votos dos seus concidadãos
era anarquizar a instituição e provocar um trabalho infernal na apuração porquanto cada qual
votaria em um nome, visto que, em geral, os eleitores têm a tendência de votar em conhecidos
ou amigos. Cada cabeça, cada sentença; e, para obviar os inconvenientes de semelhante fato,
os mesários da Bruzundanga lavravam as atas conforme entendiam e davam votações aos
candidatos, conforme queriam.
Na capital da Bruzundanga, Bosomsy, onde assisti diversas eleições, o espetáculo
delas é o mais ineditamente pitoresco que se pode imaginar.
As ruas ficam quase desertas, perdem o seu trânsito habitual de mulheres e homens
atarefados; mas para compensar tal desfalque passam constantemente por elas, carros,
automóveis, pejados de passageiros heterogêneos. O doutor-candidato vai neles com os mais
cruéis assassinos da cidade, quando ele mesmo não é um assassino; o grave chefe de secção,
interessado na eleição de F., que prometeu fazê-lo diretor; o grave chefe, o homem severo com
os vadios de sua burocracia, não trepida em andar de cabeça descoberta, com dous ou três
calaceiros conhecidíssimos.
A fisionomia aterrada e curiosa da cidade dá a entrever que se está à espera de uma
verdadeira batalha; e a julgar-se pelas fisionomias que se amontoam nas secções, nos carros,
nos cafés, e botequins, parece que as prisões foram abertas e todos os seus hóspedes soltos,
naquele dia.
Raro é o homem de bem que se faz eleitor, e se se alista, para atender a pedidos de
amigos, não tarda que o seu diploma sirva a outro cidadão mais prestante, que no dia do
pleito, para fins eleitorais, muda de nome e toma o do pacato burguês que se deixa ficar em
casa, e vota com eles. Isto é o que lá se chama: -- "um fósforo".
Às vezes semelhantes eleitores votam até com nomes de mortos, cujos diplomas
apresentam aos mesários solenes e hieráticos que nem sacerdotes de antigas religiões. Quer um,
quer outro serviço eleitoral, constituem os préstimos mais relevantes que se podem prestar aos
políticos de profissão.
Tais costumes eleitorais da Bruzundanga são fonte de muitos casos cômicos, mas,
por serem quase semelhantes aos que se passam entre nós, abstenho-me de narrá-los.
Entretanto, vou dar-lhes o depoimento de um ingênuo e inteligente eleitor, que descreve a sua
iniciação eleitoral na Bruzundanga e os característicos do exercício dos direitos políticos que a
sua Constituição outorga aos cidadãos.
Trata-se de uma das melhores relações que travei naquele país. Ao tempo em que nos
conhecemos, ele tinha ai os seus vinte e seis anos e já havia publicado algumas memórias
interessantes sobre a paleontologia da Bruzundanga.
Não sei, ao certo, se continuou com brilho a sua estréia brilhante; mas, suspeito que


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não.
A sociedade da Bruzundanga mata os seus talentos, não porque os desdenhe, mas
porque os quer idiotamente mundanos, cheios de empregos, como enfeites de sala banal.
O meio inconsciente de que ela se serve para tal fim, é o casamento.
O rapaz começa a fazer ruído e logo todos o cercam, já os de sua camada, já os de
camada superior, se é de extração modesta.
É natural que ele encontre entre tantas damas da roda que o cerca a do seu
pensamento.
Ei-lo casado; a mulher, porém, não pode compreender sábio que não ganhe muito
dinheiro e viva modestamente. Não compreende nem Spinosa, nem Fabre. Se não se faz
católico praticamente, o rapaz, para arranjar bons empregos, faz-se charlatão, acólito de
políticos, já não medita, perde a pertinácia, para as pesquisas originais, publica compilações
rendosas e enche-se de cargos públicos e particulares. É esta a trajetória de todas as
"esperanças" intelectuais da Bruzundanga.
Penso, por isso, que o meu amigo, Halaké Ben Thoreca, como todos os seus iguais, se
banalizou com o casamento e a conseqüente cavação de empregos. Tratemos, porém, da sua
estréia eleitoral, como ele me contou. Vamos ouvi-lo:
"Pelos meus vinte e dous anos, uma manhã, li um artigo eloqüente em que se
lembrava aos bruzundanguenses a necessidade, o dever de inscrever os seus nomes no próximo
alistamento eleitoral. Li e fiquei convencido. Depois de árduos trabalhos, obtive o diploma; e,
nas vésperas da eleição, pus-me a estudar os manifestos dos candidatos ao cargo espinhoso de
deputado. Fiquei perplexo.
Julho Ben Khosta, com mais de vinte anos de prática no ofício de candidato,
prometia, caso fosse eleito, propugnar a disseminação de livros e estampas; e, hoje mesmo,
apesar de homem feito, passa horas e horas a folheá-los. A promessa de Julho Ben Khosta
demoveu-me a empenhar-lhe o meu voto. Não durou muito essa minha resolução. Na mesma
Coluna dos apelidos do jornal, a plataforma do doutor Karaban acenava-me com uma grande
esperança.
Este doutor gastava frases e juramentos, prometendo que faria decretar a aprovação
compulsória dos estudantes reprovados.
Calculem que eu tinha quatro bombas em mecânica e, por aí, poderão imaginar como
fiquei contente com semelhante candidato.
Foi tiro e queda: decidi votar no doutor Karaban. Saí bem cedo, para almoçar
qualquer cousa.
Na pensão um meu amigo pediu-me que votasse no Kasthriotoh. E um moço muito
pobre, está quase na miséria, disse-me o amigo, cheio de família; precisa muito do subsídio.
Tive dó e, quando deixei o almoço, tinha o arraigado propósito de votar no indigente
Kasthriotoh. Dirigi-me, no dia próprio, para a secção eleitoral, e esperei. Chamaram-me, afinal.
Quase a tremer, no alevantado fito de influir nos destinos da Pátria consegui
atravessar por entre duas filas de homens de aspecto feroz, que me olhavam desdenhosamente.
Sentei-me, mostrei o meu título, assinei um livro, depus a cédula na urna e fiquei um
momento cismando diante da esbelteza de um longo arco abatido que, de uma única enjambée
e com uma flecha relativamente diminuta, vencia, com suave elegância, toda a largura do átrio
do palácio vice-real, onde funcionava a secção eleitoral.
Creio que me demorei indecentemente nessa admiração, porque vi as minhas cismas
interrompidas pelo grito enérgico do coronel mesário-presidente:
-- O senhor não se levanta! berrou o homem. Obedecendo, afastei-me corrido de
vergonha e atravessei de novo por entre aquelas mesmas caras ferozes que me tinham visto
passar um pouco antes, no alevantado intuito de influir nos destinos da Pátria.
Aguardei o resultado quieto, a um canto.


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Estava seriamente interessado em impedir que o pobre Kasthriotoh morresse de
fome, com a mulher, filhos, sogra, cunhadas, etc.
Estive assim cerca de duas horas, ao fim das quais alguns daqueles sujeitos horrendos
se aproximaram e, fingindo que o faziam às ocultas, começaram a examinar facas, punhais,
estoques, garruchas, revólveres, que traziam. Via perfeitamente tais armas e descobri que
mesmo para isso é que eles tal cousa faziam.
Fascinaram-me e não pude desviar o olhar. Foi a minha desgraça, Deus dos Céus!
Um deles ergueu o chapéu ao alto da cabeça e fez para mim, encarando-me com horrorosa
catadura:
-- Que está olhando?
-- Nada, não senhor; respondi eu.
-- Vá... Você está aí com parte de siri sem unha... Arreda!
E, sem saber como, vi-me envolvido em um formidável rolo e levei uma porção de
pauladas e quatro facadas.
Mandaram-me para a Santa Casa, onde meu amigo Hanthônio me foi visitar:
-- Que foi isto? perguntou-me.
-- Direitos políticos.
Depois de restabelecido, vim a saber que o Kasthriotoh não tivera um único voto e
arranjara um emprego modesto que lhe dava para fazê-lo viver e mais a família com café e pão
sem manteiga. A ata (eu a pude ver mais tarde) estava um primor de autenticidade, pois tinha
sido falsificada com toda a perfeição por um espanhol que vivia do ofício eleitoral de falsificar
atas de eleições. Eis como foi a minha estréia eleitoral."
Os meus leitores poderão verificar que, no ponto de vista eleitoral, a Bruzundanga
nada tem que invejar da nossa cara pátria.

XV

Uma consulta médica

NA Bruzundanga, quando lá estive, a fama do doutor Adhil Ben Thaft não cessava
de crescer.
Não havia dia em que os jornais não dessem notícia de mais uma proeza por ele feita,
dentro ou fora da medicina. Em tal dia, um jornal dizia: "O doutor Adhil, esse maravilhoso
clínico e excelente goal-keeper acaba de receber um honroso convite do Libertad Football
Club, de São José de Costa Rica, para tomar parte na sua partida anual com o Ayroca Football
Club, de Guatemala. Todo o mundo sabe a importância que tem esse desafio internacional e o
convite ao nosso patrício representa uma alta homenagem à ciência da nossa terra e ao football
nacional. O celebrado mestre, porém, não pôde aceitar o convite, pois a sua atividade mental
anda agora norteada para a descoberta da composição da Pomada Vienense, específico muito
conhecido para a cura dos calos".
O extraordinário clínico vivia assim mais citado nos jornais que o próprio
Mandachuva e o seu nome era encontrado em todas as secções dos quotidianos. A secção
elegante do O Conservador, logo ao dia seguinte da notícia acima, editada nos sueltos do
Jornal ocupou-se do famoso médico da seguinte maneira:
"O doutor Adhil apareceu ontem no Lírico inteiramente fashionable.
"O milagroso clínico saltou do seu coupé completamente nu. Não se descreve o
interesse das senhoras e o maior ainda de muitos homens. Eu fiquei babado de gozo."
A fama do doutor corria assim desmedidamente. Deixou em instantes de ser médico
do bairro ou da esquina, como dizia Mlle. Lespinasse, para ser o médico da capital do país, o
lente sábio, o literato ilegível, à João de Barros, o herói do football, o obrigado papa-banquetes


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diários; o Cícero das enfermarias, o mágico dos salões, o poeta dos acrósticos, o dançador dos
bailes do tom, etc., etc...
O seu consultório vivia tão cheio que nem a avenida em dia de carnaval; e havia
quem dissesse que muitos rapazes preferiam-no para as proezas daquelas que os nossos
cinematógrafos são o teatro habitual.
Era procurado sobretudo pelas senhoras ricas, remediadas e pobres, e todas elas
tinham garbo, orgulho, satisfação, emoção na voz quando diziam:
Estou me tratando com o doutor Adhil.
Moças pobres sacrificavam os orçamentos domésticos para irem à consulta do doutor
Adhil e muitas houve que deixavam de comprar o sapato ou o chapéu da moda para pagar o
exame perfunctório do famoso doutor. De uma eu sei que lá foi com enorme sacrifícios para
curar-se de um defluxo; e curou-se, embora o doutor Adhil não lhe tivesse receitado um
xarope qualquer, mas um específico de nome arrevesado, grego ou copta, Mutrat Todotata.
Porque o maravilhoso clínico não gostava das fórmulas e medicamentos vulgares; ele
era original na botica que empregava.
O seu consultório ficava em uma rua central, ocupando todo um primeiro andar. As
ante-salas eram mobiliadas com gosto e tinham mesmo pela parede quadros e mapas de cousas
da arte de curar.
Havia mesmo, no corredor, algumas gravuras de combate ao alcoolismo e era de
admirar que estivessem no consultório de um médico, cuja glória o obrigava a ser conviva de
banquetes diários, bem e fartamente regados.
Para se ter a felicidade de sofrer um exame de minutos do milagroso clínico, era
preciso que se adquirisse a entrada, isto é, o cartão, com antecedência, às vezes, de dias. O
preço era alto, para evitar que os viciosos do grande clínico não atrapalhassem os que
verdadeiramente necessitavam das luzes do célebre clínico...
Custava a consulta cera de cinqüenta mil-réis, na nossa moeda; mas apesar de tão alto
preço, o escritório da celebridade médica era objeto de uma verdadeira romaria e toda cidade
o tinha como uma espécie de Aparecida médica.
Cator Krat Ben, sócio principal da firma Suza & Cia, estabelecido com armazém de
secos e molhados, lá pelas bandas de um arrabalde afastado da cidade, andava sofrendo de
umas dores no estômago que não o deixavam comer com toda liberdade o seu bom cozido,
rico de couves e nabos, farto de toucinho e abóbora vermelha, nem mesmo saborear, a seu
contento, o caldo que tantas saudades lhe dava de sua aldeia natal.
Consultou mezinheiros, curandeiros, espíritas, médicos locais e não havia meio de lhe
passar de todo aquela insuportável dorzinha que não lhe permitia comer, com satisfação e
abundância, o cozido e tirava-lhe de qualquer modo o sabor do caldo que tanto amava e
apreciava.
Era ir para a mesa, lá lhe aparecia a dor e o cozido com os seus pertences, muito
cheiroso, rico de couves, farto de toucinho e abóbora, olhava-o, namorava-o e ele namorava o
cozido sem ânimo de mastigá-lo, de devorá-lo, de enguli-lo com aquele ardor que a sua
robustez e o seu desejo exigiam.
Krat Ben Suza era solteiro e quase casto.
Na sua ambição de pequeno comerciante, de humilde aldeão tangido pela vida e pela
sociedade para a riqueza e para a fortuna, tinha recalcado todas as satisfações da vida, o amor
fecundo ou infecundo, o vestuário, os passeios, a sociabilidade, os divertimentos, para só
pensar nos contos de réis que lhe dariam a forra mais tarde, com toda a certeza, do seu quase
ascetismo atual, no balcão de uma venda dos subúrbios.
À mesa, porém, ele sacrificava um pouco do seu ideal de opulência e gastava sem
pena na carne, nas verduras, nos legumes, no peixe, nas batatas, no bacalhau que, depois do
cozido, era o seu prato predileto.


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Desta forma, aquela dorzita no estômago o fazia sofrer extraordinariamente. Ele se
privava do amor; - mas que importava se daqui a anos, ele pagaria para seu gozo, em dinheiro,
em jóias, em carruagens, em casamento até, corpos macios, veludosos, cuidados, perfumados,
os mais cama que houvesse aqui ou na Europa; ele se privava de teatros, de roupas finas, mas
que importava, se dentro de alguns anos, ele poderia ir aos primeiros teatros daqui ou da
Europa com as mais caras que escolhesse; mas deixar de comer -- isto não! Era preciso que o
corpo estivesse sempre bem nutrido para aquela faina de quatorze ou quinze horas por dia, a
servir ao balcão, a ralhar com os caixeiros, a suportar os desaforos dos fregueses e a ter
cuidado com os calotes.
Certo dia, ele leu nos jornais a notícia que o doutor Adhil Ben Thaft tinha tido
permissão do governo para dar alguns tiros com os grandes canhões do grande couraçado da
esquadra do país -- "Witopá".
Leu a notícia toda e feriu-lhe o fato da informação dizer: "Esse maravilhoso clínico é,
certamente, um exímio artilheiro..."
Clínico maravilhoso! Com muito esforço de memória, pôde conseguir recordar-se de
que aquele nome já por ele fora lido em qualquer parte. Maravilhoso clínico! Quem sabe se ele,
não curaria daquela dorzita ali, no estômago? Meditava assim, quando lhe entra pela venda
adentro, o Sr. Hutekle, empregado na Repartição das Arapucas, funcionário público, homem
sério e pontual no pagamento.
Krat foi-lhe logo perguntando:
-- Senhor Hutekle, o senhor conhece o doutor Adhil Ben Tad?
-- Thaft, emendou o outro.
-- Isto mesmo. Conhece-o, Senhor Hutekle?
-- Conheço.
-- E bom médico?
-- Milagroso. Monta a cavalo, joga xadrez, escreve muito bem, é um excelente
orador, grande poeta, músico, pintor, goal-keeper dos primeiros...
-- Então é um bom médico, não é meu caro senhor?
-- É. Foi quem salvou a minha mulher. Custou-me caro... Duas consultas...
-- Quanto?
-- Cinqüenta mil-réis cada uma... Some.
O merceeiro guardou a informação, mas não se resolveu imediatamente a ir consultar
o famoso taumturgo urbano. Cinqüenta mil-réis!
E se não ficasse curado com uma única consulta? Mais cinquenta...
Viu na mesa o cozido, olente, fumegante, farto de nabos e couves, rico de toucinho e
abóbora vermelha, a namorá-lo e ele a namorar o prato, sem poder gozá-lo com o ardor e a
paixão que o seu desejo pedia. Pensou dias e afinal decidiu-se a descer até à cidade, para ouvir
a opinião do doutor Adhil Ben Thaft sobre a sua dor no estômago, que lhe aparecia de onde
em onde.
Vestiu-se o melhor que pôde, dispôs-se a suportar o suplício das botas, pôs ao colete
o relógio, a corrente e o medalhão de ouro com a enorme estrela de brilhante que parece ser o
distintivo dos pequenos e grandes negociantes de todas as terras, e encaminhou-se para a
estação da estrada de ferro. Ei-lo no centro da cidade.
Adquiriu a entrada, isto é, o cartão, nas mãos do contínuo do consultório,
despedindo-se dos seus cinqüenta mil-réis com a dor de pai que leva um filho ao cemitério.
Ainda se o doutor fosse seu freguês... Mas qual! Aqueles não voltariam mais...
Sentou-se entre 'cavalheiros bem vestidos e damas perfumadas. Evitou encarar os
cavalheiros e teve medo das damas... Sentia bem o seu opróbrio, não de ser taverneiro, mas de
só possuir de economias duas miseráveis dezenas de contos... Se tivesse algumas
centenas -- então, sim, ele! -- ele poderia olhar aquela gente com toda a segurança da fortuna,


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de dinheiro, que havia de alcançar certamente, dentro de anos, o mais breve possível.
Um a um, iam eles entrando para o interior do consultório; e pouco se demoravam.
Suza, começou a ficar desconfiado... Diabo! Assim tão depressa?
Boa profissão, a de médico! Ah! Se o pai tivesse sabido disso... Mas qual!
Pobre pai! Ele mal podia com o peso da mulher e dos filhos, como havia de pagar-lhe
mestres? Cada um enriquece como pode...
Foi, por fim, à presença do doutor. Krat gostou do homem. Tinha um olhar doce, os
cabelos já grisalhos, apesar de sua fisionomia moça, umas mãos alvas, polidas.
Perguntou-lhe o médico com muita macieza de voz:
-- Que sente o senhor?
Krat Ben Suza foi-lhe dizendo logo o terrível mal no estômago de que vinha
sofrendo, há tanto tempo, mal que aparecia e desaparecia mas que não o deixava nunca. O
doutor Adhil Ben Thaft fê-lo tirar o paletó, o colete, auscultou-o bem, examinou-o
demoradamente, tanto de pé, como deitado, sentou-se depois, enquanto o negociante
recompunha a sua modesta toilette.
Suza sentou-se também, e esperou que o médico saísse de sua meditação.
Foi rápida. Dentro de um segundo, o famoso clínico dizia com toda segurança:
-- O senhor não tem nada.
O humilde vendeiro ergueu-se de um salto da cadeira e exclamou indignado:
-- Então, senhor doutor, eu pago cinquenta mil-réis e não tenho nada! Esta é boa!
Noutra não caio eu!
E saiu furioso do consultório que merecia da cidade uma romaria semelhante à da
milagrosa Lourdes, no doce país de França.


XVI

A organização do entusiasmo


A curiosa República de que me venho ocupando, é acusada pelos seus filósofos de
não ter costumes originais. É um erro de que participam quase todos os seus naturais -- erro
muito naturalmente explicável, pois mergulhados na sua vida, não possuem pontos de
referência para aquilatar da originalidade das usanças especiais de sua terra.
Os estrangeiros, porém, logo as percebem e contam nos seus livros. Li muitos livros
de viagem na Bruzundanga; e, em nenhum deles vi referências a um costume curioso daquele
país -- "a manifestação".
Chama-se isto ao ato de fazer ressaltar uma dada personalidade com aclamação, o
vivório de muitos outros. Esta é a grande manifestação; há também as pequenas que consistem
em banquetes, saraus, piqueniques, em honra de um dado sujeito.
Convém fazer observar que tanto uma espécie como a outra visam a publicação de
longas notícias nos jornais, de modo a fazer crer ao público que o "manifestado" é mesmo
homem de valor(às vezes o é) e merece dos poderes públicos todo o acatamento e toda a
proteção. E este o fim oculto da "manifestação", grande ou pequena.
Houve lá um rapaz que, graças aos banquetes que lhe eram oferecidos e cujas notícias
saíam em colunas pelos jornais afora, foi de segundo Tenente da Marinha a contra-almirante,
em cinco anos, sem nunca ter comandado uma falua.
Um senhor que conheci, fez-se uma celebridade em astronomia, com auxílio dos
saraus que lhe eram oferecidos pelos amigos. Ele tinha em casa um óculo de bordo, montado
sobre uma tripeça, que, por sua vez, se alcandorava em um mangrulho erguido na sua chácara;


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lia o Flammarion; e isto tudo com mais uns amigos dedicados a lhe oferecer bailes, por ocasião
das suas portentosas descobertas nos céus ignotos, levaram o governo da Bruzundanga a
nomeá-lo diretor de um dos Observatórios Astronômicos da República.
Esses casos são de pequenas homenagens levadas ao cabo por amigos cuja amizade e
vinhos generosos são bastantes para incutir-les entusiasmo, por ocasião de tais manifestações.
Mas, para as grandes, para aquelas feitas a políticos, a capitalistas, a embaixadores;
para aquelas em que se exige multidão, o entusiasmo não era fácil de obter-se assim do pé pra
mão e quando eram realizadas, além desse "defeito" apresentavam alguns outros.
Muitas vezes até os organizadores verificavam que os manifestantes não sabiam bem
o nome do grande homem a festejar. Era uma lástima! Uma vergonha!
Acontecia em certas ocasiões que um grupo gritava -- Viva o doutor Clarindo! -- o
outro exclamava: -- Viva o doutor Carlindo -- e um terceiro expectorava -- Viva o doutor
Arlindo! -- quando o verdadeiro nome do doutor era -- Gracindo!
Para obviar tais inconvenientes, houve alguém que teve a idéia de "canalizar, de
disciplinar" o entusiasmo do povo bruzundanguense, entusiasmo tão necessário às
manifestações que lá há constantemente, e tão indispensáveis são ao fabrico de grandes
homens que dirijam os destinos da grande e formosa República dos Estados Unidos da
Bruzundanga.
Esse alguém, esse homem de gênio, cujo nome infelizmente me escapa agora,
delineou -- a "Guarda do Entusiasmo".
Os fins a que a organização de semelhante corpo manifestante devia obedecer, foram
expostos pelo seu criador, mais ou menos, nas seguintes palavras que, se não são transcritas do
seu manifesto, podem ser tomadas como verdadeiras, pois me gabo de ter muito boa memória.
Ei-las:
"As sucessivas e continuadas festas que Bosomsy (capital da Bruzundanga) tem
dado a vários personagens nacionais e estrangeiros, nestes últimos tempos, sugerem a idéia de
se organizar um corpo de dez mil homens, convenientemente fardados, armados e
disciplinados, encarregados das aclamações, dos vivórios e todas as outras cousas que os
jornais englobam sob o título -- 'Uma Entusiástica Recepção'.
É conveniente que esse corpo tenha uma organização adequada e fique sujeito à
suprema direção de um dos nossos ministérios, por intermédio de uma Diretoria Geral de
Manifestações e Festejos, que deve ser criada oportunamente.
O nosso catita Ministério de Estrangeiros está naturalmente indicado para
superintender os destinos superiores dessa 'Guarda do Entusiasmo', e da diretoria, que fará
parte naturalmente da respectiva Secretaria de Estado.
O aproveitamento da energia entusiástica desses dez mil homens obter-se-á com uma
disciplina inteligente e uma hierarquia conveniente.
Cada soldado, pelo menos, deverá dar dois 'vivas' por minuto; os sargentos e demais
inferiores, nos intervalos dos 'vivas', baterão palmas, muitas palmas, seguidas e nervosas; os
oficiais serão encarregados de soltar foguetes e traques; o general fará, por intermédio do
corneta, os sinais da ordenança, de modo a graduar, a marcar a aclamação delirante.
Ter-se-á assim a canalização, a organização do entusiasmo, e a população de
Bosomsy mediante um pequeno imposto, ficará desembaraçada do ônus manifestante.
O fardamento não custará lá grande cousa. Roupas usadas, velhos chapéus de
funcionários sobrecarregados de família, botas acalcanhadas de empregados de advogados,
emprestarão aos soldados o aspecto mais popular possível. Os oficiais vestirão a sobrecasaca
de sarja das grandes ocasiões; o general e o seu estado-maior virão em carro descoberto.
A 'Guarda do Entusiasmo' não formará, por completo, para toda e qualquer
homenagem.
Um embaixador belíssimo terá direito à metade; um chefe de Estado feio, a toda ela.


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O Governo, como atualmente procede com as bandas de música militares, poderá
alugar fracções da 'Guarda', ou mesmo ela completa, a particulares que pretendam realizar
manifestações honestas e republicanas; e, com isto, obterá uma segura fonte de renda para o
erário nacional.
Tudo indica que nela haja algumas centenas de praças e uma ou duas dúzias de
oficiais conhecedores do entusiasmo inglês, francês, china e abexim para as manifestações a
grandes personagens abexins, chineses, franceses e ingleses.
Toda a corporação congênere deve ser proibida pelo governo, e na 'Guarda' é bom
que o comandante admita algumas dezenas de homens robustos capazes de puxar carros de
heróis ambulantes ou atrizes fascinadoras. Às vezes, temos visto o entusiasmo exigir esse
glorioso serviço...
Se no mercado comum de homens robustos não se encontrarem músculos capazes
para tão nobre atividade, é bom que sejam contratados alguns lutadores de luta romana,
mesmo porque, procurando dar às manifestações um cunho de novidade, pode haver quem
proponha levantar-se a carruagem dos 'manifestados' de sobre o vulgar chão de asfalto".
Estas palavras vinham eivadas de tanta lógica que logo convenceram os governantes
da Bruzundanga da verdade e da necessidade que encerravam; e não demorou um mês que a
"Guarda" fosse organizada, apesar de se terem apresentado como candidatos a lugares dela
quase todos os habitantes de Bosomsy.


XVII

Ensino prático

NOTANDO os grandes estadistas da Bruzundanga que o comércio do país estava
nas mãos de estrangeiros, resolveram com todo o patriotismo retirar o monopólio da
mercancia, quer por atacado quer a varejo, das mãos de estranhos ao país.
Os economistas tinham mesmo verificado que a exportação de dinheiro que os
grandes e pequenos negociantes faziam para os seus países de origem, sobrepujava à do café;
e, longe do comércio da nação enriquecê-la, empobrecia-a mais até do que a da venda aos
estrangeiros da famosa rubiácea que constituía a sua riqueza.
Foi então que para sanar tão lastimável estado de cousas, para nacionalizar o
comércio, alguns homens de boa vontade tomaram a iniciativa de fundar, em Bosomsy, um
alto estabelecimento de instrução comercial, nos moldes alemães e americanos, isto é,
inteiramente prático. Vou em rápidas palavras dizer-lhes como eles o projetaram e para tal,
nada mais farei do que transcrever para aqui as partes essenciais do programa que estavam
distribuindo quando saí da grande República e as conversas que com eles tive.
Era intuito dos fundadores da Academia Comercial banir do seu ensino todo o
pedantismo, todo o luxo teórico; fazê-lo prático, moderno, à yankee. De tal modo o queriam
assim que ao fim de um curso de pequena duração, o aluno pudesse, sem dificuldades e
hesitações, colocar-se à testa de uma loja e geri-la com o desembaraço e a segurança de velho
negociante com vinte anos de prática.
Além de negociantes propriamente, a Academia visava sobretudo formar magníficos
caixeiros, magnéticos, com virtudes de ímã, capazes de solicitar, de empolgar, de atrair a
freguesia.
Para a boa Compreensão dos leitores que mal conhecem certamente os usos daquele
país e os aspectos da sua capital, os exemplos locais de hábitos de comércio, que me foram
fornecidos pelos fundadores da Academia, serão por mim dados aqui com similares cariocas.
Continuemos.


[Linha 2400 de 3733 - Parte 3 de 4]


Os cursos da Academia Comercial da Bruzundanga não ficarão instalados em um
enorme edifício, grandioso e inútil para os fins a que se destina, e sobremodo favorável à
criação de um espírito de escola, de camaradagem, indigno da luta comercial. As aulas
funcionarão em pequenas casas, situadas nas regiões da capital em que atualmente mais
florescem os gêneros de comércio que os alunos pretenderem aprender.
Conversando com um dos iniciadores, tive ocasião de receber a confidência da
metodologia própria ao estabelecimento. Lembro ainda que os exemplos são transferidos das
coisas de lá para as daqui.
Assim, em uma espécie de Rua da Alfândega de Bosomsy, entre as equivalentes de
lá às nossas do Núncio e São Jorge, será estabelecido o curso de venda ambulante de fósforos.
A aula ficará a cargo de um velho "turco" afeito ao negócio, cujas calças curtas,
denticuladas nas extremidades, beijam a fugir os canos das botinas muito grandes e deixam
ver, de quando em quando, dous bons pedaços de suas canelas felpudas.
Possuidor de voz roufenha e lenta mas penetrante e persuasiva, toda a manhã, o
venerável catedrático, no centro de jovens discípulos, marcando o ritmo com uma varinha
auxiliar, fá-los-á repetir uma, duas, mil vezes: -- "fofo barato! fofo barato! duas caixa um
tostão!"
Este curso durará seis meses, dando direito a um atestado de freqüência.
A aula de jornalismo (venda ambulante das gazetas) ia ser instalada em frente do
popularíssimo quotidiano de lá -- Bosomsy-Gazetto; e tencionavam os fundadores da
Academia realizá-lo de madrugada, admitindo um número restricto de alunos, sendo-lhe
exigida a apresentação de atestados valiosos de que sabiam tomar bondes em movimento.
Os cocheiros de bondes (ainda eram de tracção animal), os respectivos recebedores e
os baleiros eram pessoas idôneas para passar o atestado.
A aula de "frege" cuja sede seria uma espécie de Largo da Sé de lá, ficará dividida em
duas partes: cantata da lista e encomenda de pratos à cozinha.
Os discípulos serão obrigados a repetir em coro e na toada de uso, todo um
pantagruélico e imaginário menu: "seca desfiada, caldo à portuguesa, arroz com repolho,
feijoada Camões, tripas à portuense, bifes à Itália", etc., etc...
O lente, um exemplar de homem assim como um gordo proprietário de casa de pasto
da Rua da Misericórdia, sentado a uma mesinha, coberta com uma toalha eloqüentemente
imunda, dirá subitamente a um dos alunos:
-- Traga-me um arroz e um bacalhau, "Seu" Manuel.
O discípulo correrá até ao fundo da sala e, com a voz clássica do ofício, gritará para a
fantástica cozinha:
-- Salta um "chim" e um bacalhau.
O tirocínio acadêmico durará um ano, conferindo o título de bacharel em lista
cantada e dando direito ao uso de um anel simbólico.
Afora estes, haverá o curso de barbeiro, de botequim, de compra de ferro velho, e
outros. O mais difícil, porém, há de ser o de armarinho, cujas aulas funcionarão em uma rua
principal da cidade, em uma rua como a nossa do Ouvidor, e terão lugar em grandes salas,
guarnecidas de assentos em anfiteatro, como nas grandes escolas superiores.
Alguma dama facilmente adaptável figurará como freguesa atendida, pelo professor,
que perpetrará os lânguidos olhares de uso nesse tráfico, ajudando-a na escolha das fazendas,
cortando o padrão com elegância e dizendo as frases amáveis, espirituosas e adequadas a tão
alto comércio: "em si, toda a fazenda vai bem; quem quer cassa, caça", etc., etc.
Durará dous anos este curso e conferirá, ao aluno que o terminar, o grau de doutor
em artigos de armarinho e boas maneiras.
Semanalmente, haverá duas aulas gerais, cuja freqüência será obrigatória aos alunos
de todas as aulas; a de dança e a de coisas de carnaval.


[Linha 2450 de 3733 - Parte 3 de 4]


Eis aí como, em linhas gerais, iria ser, conforme me disseram, a Academia Comercial
da Bruzundanga.


XVIII

A religião


SEGUNDO afirmam os compêndios de geografia do país, tanto os nacionais como
os estrangeiros, a religião dominante é a católica apostólica romana; entretanto, é de admirar
que, sendo assim, a sua população, atualmente já considerável, não seja capaz de fornecer os
sacerdotes, quer regulares, quer seculares, exigidos pelas necessidades do seu culto.
Há muitas igrejas e muitos conventos de frades e monjas que, em geral, são
estrangeiros.
Não há mais que dizer sobre tão relevante assunto.

XIX

Q. E. D.


ANIMADO pela alta e dignificadora curiosidade de estudar o mecanismo
administrativo da República da Bruzundanga, voltei, em certa ocasião, as minhas vistas para o
exame das funções, de secretário de Ministro, cujas responsabilidades sempre me disseram ser
grandes e que, de longe, parece ser de importância transcendente. Dou aqui o resultado parcial
dos meus estudos, observando-lhe o serviço sobre-humano, e por demais intelectual, nas
passagens mais características do exercício do seu cargo.
O secretário, como verão, é um funcionário indispensável ao complexo
funcionamento do aparelho governamental da Bruzundanga. Imaginem só o seguinte caso que
prova a contento do mais exigente o que afirmo.
Um dia, ao gabinete de um tal Ministro da Bruzundanga, foi ter um industrial,
pedindo-lhe que fosse visitar a sua fábrica que estava inaugurando uma nova indústria no país.
Ficava longe, cinco léguas de Bosomsy; e, para se ir ter lá, era preciso tomar a barca
muito cedo, muito mesmo, às seis horas, ou antes, da manhã.
O ministro tinha já concordado em ir, quando, da sua mesa respeitosamente pequena,
o secretário ergueu-se e lembrou:
-- Vossa Excelência não pode apanhar o orvalho da manhã.
-- Homem, é verdade! fez o ministro.
Se não fosse a memória pronta do secretário e a sua dedicação à causa pública
quantas ocorrências graves não iriam perturbar a marcha das cousas governamentais, se o
ministro, com a imprudência que ia fazer, apanhasse um resfriado qualquer? Quantas? Um
defluxo, papéis atrasados, terremotos, pestes, inundações, etc.
Graças a Deus, porém, a gente da Bruzundanga inventou o ofício de secretário de
Ministro que é capaz, a tempo, de evitar tantas desgraças...
Continuemos a demonstração. Creio que as aranhas, tanto as daqui como as da
Bruzundanga, não têm em grande conta o cargo de Ministro de Estado. É de lastimar que
insetos de tanto talento desconheçam a importância de tão sublimado bímano; entretanto, não
está nos poderes humanos obrigá-las a respeitar o que respeitamos, senão devíamos fazê-lo, ara
que tais aracnídeos não procedessem como um deles procedeu irreverentemente com um


[Linha 2500 de 3733 - Parte 3 de 4]


ministro da Bruzundanga.
Caso foi que uma aranha comum, totalmente despida de qualquer notoriedade entre
as aranhas, completamente sem destaque entre as suas iguais, teve o desaforo de pôr-se a tecer
a sua teia no próprio teto do gabinete de um Ministro da Bruzundanga e bem por cima de sua
majestosa cadeira.
Houve, quando o trabalho ia adiantado, não sei que espécie de cataclismo, próprio ao
universo das aranhas; e, tão forte foi ele, que um bom pedaço de labor do engenhoso
articulado veio a cair em cima da sobrecasaca da poderosa autoridade da República da
Bruzundanga.
Apesar do seu imenso poder e da sua forte visão de seguro guia de povos, o grave
Ministro não deu conta do desrespeito -- involuntário, é verdade, mas desrespeito -- de que
acabava de ser objeto, por parte de uma miserável aranha, hedionda e minúscula.
Mas, não dando pelo fato, tratou de tomar o coupé para ir ao despacho coletivo,
levando tão estranha condecoração(?) nas costas, quando o secretário, chapéu na mão, todo
mesuroso, pedindo licença, tirou a prova da indignidade do bichinho das vestes do seu amo. E
ele já entrava no carro!...
Suponhamos que tal não se tivesse dado, isto é, que o ministro entrasse para o alto
sínodo cuja presidência competia ao Mandachuva, com aquele evidente atestado de
relaxamento.
Que pensaria o Supremo da Bruzundanga? Naturalmente, penso eu, que os negócios
da pasta que lhe havia confiado, mereciam-lhe o mesmo cuidado que a sua sobrecasaca.
Ah!, Os secretários de Ministro! Como são úteis!
Além desses préstimos tão relevantes de que eles não se poupam, ainda por cima são
às vezes mártires. Duvidam? Pois vou provar-lhes como é verdade.
O deputado Fur-hi-Bhundo tinha um pedido a outro Ministro da Bruzundanga. Este
por qualquer motivo não lhe pôde servir e atendeu a outro "pistolão". Sabedor da coisa,
Fur-hi-Bhundo voou que nem uma frecha para a respectiva Secretaria de Estado.
Arrebatadamente entra pelo gabinete ministerial adentro e, dando com o secretário,
pois o Ministro não estava, desanda no dedicado serventuário uma feroz descompostura em
que o chama de lacaio, de capacho, de toma-larguras, de lavador de tinteiros, etc., etc.
Entretanto, o secretário não merecia tão feroz objurgatória, pois, em geral, esses
abnegados serventuários da Bruzundanga são pessoas ternas, meigas, de bom coração,
especialmente com os filhos dos Ministros.
Em dias de festas, das festas familiares dos Ministros, é de ver como tratam os
pimpolhos ministeriais; é de ver como suportam resignadamente o peso de um nas costas, o de
um outro nos joelhos, além do incômodo de um terceiro que lhe passou um barbante na boca e
simula guiá-lo como cavalo de tílburi.
Não vão para a copa; mas -- coitados! -- aturam coisas muito piores.
Disse, no começo desta "nota", que o secretário de Ministro era indispensável ao
complexo funcionamento do aparelho governamental da Bruzundanga.
Pelos fatos que expus, estou certo de que provei esta asserção; e posso concluir com
orgulho, com aquele orgulho de um jovem estudante, quando acaba de demonstrar com
segurança um teorema de geometria e dizer, como ele ou como o velho compêndio de
Euclides, que demonstrei o que era preciso demonstrar -- quod erat demonstradum, Q. E. D.
como abreviam os compêndios.


XX

Uma província


[Linha 2550 de 3733 - Parte 3 de 4]



AS províncias da República da Bruzundanga, que são dezoito ou vinte, gozam, de
acordo com a Carta Constitucional daquele país, da mais ampla autonomia, até ao ponto de
serem, sob certos aspectos, quase como países independentes.
Seria enfastiar o leitor querer dar detalhes das prerrogativas que usufruem as
províncias. Com isto, faria obra de estudioso de cousas legislativas e não de viajante curioso
que quer transmitir aos seus concidadãos detalhes de costumes, que mais o feriram em terras
estranhas. Faço trabalho de touriste superficial e não de erudito que não sou.
Das províncias da Bruzundanga, aquela que é tida por modelar, por exemplar, é a
província do Kaphet. Não há viajante que lá aporte, a quem logo não digam: vá ver Kaphet,
aquilo sim! Aquilo é a jóia da Bruzundanga.
A mim -- é bem de ver-se -- os magnatas de lá não me fizeram semelhante convite;
mas à tal província fui por minha própria iniciativa e sem os tropeços de cicerones oficiais que
me impedissem de ver e examinar tudo com a máxima liberdade.
Pela leitura, sabia que a gente rica da província se tem na conta de aristocratas, de
nobres e organizam a sua genealogia de modo que as suas casas tomem origem em certos
antropófagos, como eram os primitivos habitantes da província, dos quais todos eles querem
descender. Singular nobreza!
Sempre achei curioso que a presunção pudesse levar a tanto, mas, em lá chegando,
observei que podia levar mais longe. O traço característico da população da província do
Kaphet, da República da Bruzundanga, é a vaidade. Eles são os mais ricos do país; eles são os
mais belos; eles são os mais inteligentes; eles são os mais bravos; eles têm as melhores
instituições, etc., etc.
E isto de tal forma está apegado ao espírito daquela gente toda, que não há modesto
mestre-escola que não se julgue um Diderot ou um Aristóteles, e mais do que isso, pois,
deixando de parte a teoria, se julgam também capazes de exercer qualquer profissão deste
mundo; e, se se fala em ser oficial de marinha, eles se dizem capazes de sê-lo do pé pra mão,
e assim de artilharia, de cavalaria. Imaginam-se prontos para serem astrônomos, pintores,
químicos, domadores de feras, pescadores de pérolas, remadores de canoas, niveladores, o
diabo!
Tudo isto porque a província faz questão de que conste nos panegíricos dela que o
seu ensino é uma maravilha; as suas escolas normais, cousa nunca vista; e os seus professores
sem segundos no mundo.
Domina nos grandes jornais e revistas elegantes da província, a opinião de que a arte,
sobretudo a de escrever, só se deve ocupar com a gente rica e chic, que os humildes, os
médios, os desgraçados, os feios, os infelizes não merecem atenção do artista e tratar deles
degrada a arte. De algum modo, tais estetas obedecem àquela regra da poética clássica,
quando exigia, para personagens da tragédia, a condição de pessoas reais e principais.
Mas, como eles não têm dessa gente lá; não têm nem Orestes, nem Ájax, nem
Ismênia, nem Antígone, os Sófocles da província se contentam com algumas gordas
fazendeiras ricas e saltitantes filhas de abastados negociantes ou com uns bacharéis
enfadonhos, quando não tratam de solertes atravessadores de café.
Um dos traços mais evidentes da vaidade deles, não está só no que acabo de contar.
Há manifestações mais ingênuas.
Quando lá estive, deu-me vontade de ir ver a pinacoteca e a gliptoteca locais. Já
havia visto as da capital da Bruzundanga. Eram modestas, possuindo um ou outro quadro ou
mármore de autor de grande celebridade. Eram modestas, mas probas e honestas.
Tinham-me dito cousas portentosas da galeria de quadros e estátuas da capital da
província do Kaphet. Fui até lá, como quem fosse para a de Munich ou para o Louvre. Adquiri


[Linha 2600 de 3733 - Parte 3 de 4]


um catálogo e logo topei com esta indicação: "La Gioconda", quadro de Leonardo da Vinci.
Fiquei admirado, assombrado com aquelas palavras do catálogo. Teria a França
vendido a célebre criação do mestre florentino? Poderia tanto o dinheiro do café? Corri à sala
indicada e dei -- sabem com quê? Com a reprodução fotográfica do célebre retrato a óleo de
Mona Lisa del Gioconda, uma reprodução da Casa Braün!
Não quis ir adiante para ver a "Ronda Noturna", de Rembrandt, um Corot, um
Watteau, nem tampouco na secção de escultura, a "Vitória de Samotrácia" e a "La Pietá", de
Miguel Ângelo.
Eles, os da província, falam muito em arte, na cultura artística daquele rincão da
Bruzundanga; mas o certo é que não lhe vi nenhuma manifestação palpável. Vão ter uma
prova.
Durante os dias em que lá estive apuravam-se as provas do concurso aberto para a
escolha das armas da capital. Vi os desenhos. Que cousas hediondas! Quanta insuficiência
artística! Não havia talvez dous desenhos, já não direi de acordo com as regras da heráldica,
mas do gosto. Eram verdadeiros rótulos de cerveja marca "barbante".
Não falo de música, porque pouco observei sobre tal arte; mas, no que toca à
arquitetura, posso dizer, com convicção, que lá não há um arquiteto de talento. Devia citar-lhes
o nome aqui; mas, ao se tratar de tal gente, podia parecer que queria arranjar dinheiro. Não
preciso.
Outra pretensão curiosa da gente daquela província da Bruzundanga é afirmar que a
sua casquilha capital é uma cidade européia. Há tantos tipos de cidades européias que tenho
vontade de perguntar se ela é do tipo Atenas, do tipo Veneza, do tipo Carcassone, do tipo
Madrid, do tipo Florença, do tipo Estocolmo -- de que tipo será afinal? Certamente do de
Paris. Ainda bem, que ela não quer ser ela mesma.
O mal da província não está só nessas pequenas vaidades inofensivas; o seu pior mal
provém de um exagerado culto ao dinheiro. Quem não tem dinheiro nada vale, nada pode
fazer, nada pode aspirar com independência. Não há metabolia de classes. A inteligência pobre
que se quer fazer, tem que se curvar aos ricos e cifrar a sua atividade mental em produções
incolores, sem significação, sem sinceridade, para não ofender os seus protetores. A
brutalidade do dinheiro asfixia e embrutece as inteligências.
Não há lá independência de espírito, liberdade de pensamento.
A polícia, sob este ou aquele disfarce, abafa a menor tentativa de crítica aos
dominantes. Espanca, encarcera, deporta sem lei hábil, atemorizando todos e impedindo que
surjam espíritos autônomos. É o arbítrio; é a velha Rússia.
E isso a polícia faz para que a província continue a ser uma espécie de República de
Veneza, com a sua nobreza de traficantes a dominá-la, mas sem sentimento das altas cousas de
espírito.
Ninguém pode contrariar as cinco ou seis famílias que governam a província, em cujo
proveito, de quando em quando, se fazem umas curiosas valorizações dos seus produtos. Ai
daquele que o fizer!
A mentalidade desses oligarcas é tal, que não trepidaram em fazer votar uma lei
colonial, uma verdadeira disposição de Carta Régia, para, diziam eles, aumentar o preço da
"medida" (cerca de quinze quilos) do café. O seu aparelho governativo decretou, em certa
ocasião, a proibição do plantio de mais um pé de café que fosse, da data daquela lei em diante.
A lei, ao que parece, caiu em desuso. Não era de esperar outra coisa...
Havia muito ainda a dizer a respeito; mas bastam estes traços para os brasileiros
julgarem o que é uma província modelo na República dos Estados Unidos da Bruzundanga.

XXI



[Linha 2650 de 3733 - Parte 3 de 4]


Pancome, as suas idéias e o amanuense


ESTE caso do amanuense e alguns outros que aqui vão ser contados na maioria,
aconteceram na alta administração da Bruzundanga, quando foi Ministro de Estrangeiros o
Visconde de Pancome.
Mas, dentre todos os seus atos, aquele que fez propriamente escola, foi a nomeação
de um amanuense para a sua secretaria; e os demais, quer quando foi ministro, quer antes, se
entrelaçam tanto com a célebre nomeação, esclarecem de tal modo o seu espírito de governo e
a sua capacidade de estadista, que tendo de narrar aquele provimento de um modesto cargo,
me vejo obrigado a relatar muitos outros casos de natureza quiçá diversa. Entro na matéria.
Andava o poderoso secretário de Estado atrapalhado para preencher um simples
cargo de amanuense que havia vagado na sua secretaria.
Em lei, o caminho estava estabelecido: abria-se concurso e nomeava-se um dos
habilitados; mas Pancome nada tinha que ver com as leis, embora fosse ministro e, como tal,
encarregado de aplicá-las bem fielmente e respeitá-las cegamente.
A sua vaidade e certas quizílias faziam-no desobedecê-las a todo o instante.
Ninguém lhe tomava contas por isso e ele fazia do seu ministério coisa própria e sua.
Nomeava, demitia, gastava as verbas como entendia, espalhando dinheiro por todos
os toma-larguras que lhe caíam em graça, ou lhe escreviam panegíricos hiperbólicos.
Uma das suas quizílias era com os feios e, sobretudo, com os bruzundanguenses de
origem javanesa -- cousa que equivale aqui aos nossos mulatos.
Constituíam o seu pesadelo, o seu desgosto e não julgava os indivíduos dessas duas
espécies apresentáveis aos estrangeiros, constituindo eles a vergonha da Bruzundanga, no seu
secreto entender.
Esta preocupação, nele, chegava às raias da obsessão, pois o seu espírito de herói da
Bruzundanga não se orientava, no que toca à sua atividade governamental, pelos aspectos
sociais e tradicionais do país, não se preocupava em descobrir-lhe o seu destino na civilização
por este ou aquele tênue indício a fim de com mais proveito, auxiliar a marcha de sua pátria
pelos anos em fora. Ao contrário: secretamente revoltava-se contra o determinismo de sua
história, condicionado pela sua situação geográfica, pelo seu povoamento, pelos seus climas,
pelos seus rios, pelos seus acidentes físicos, pela constituição do seu solo, etc.; e desejava
muito infantilmente fabricar, no palácio do seu ministério, uma Bruzundanga peralvilha e
casquilha, gênero boulevard, sem os javaneses, que incomodavam tanto os estrangeiros e
provocavam os remoques dos caricaturistas da República das Planícies, limítrofe, e tida como
rival da Bruzundanga.
Enfim, ele não era ministro, para felicitar os seus concidadãos, para corrigir-lhe os
defeitos em medidas adequadas para acentuar as suas qualidades, para aperfeiçoá-las, para
encaminhar melhor a evolução do país, acelerando-a como pudesse; o visconde era ministro
para evitar aos estranhos, aos touristes, contratempos e maus encontros com javaneses. Ele
chegou até a preparar uma guerra criminosa para ver se dava cabo destes últimos...
Mas como ia dizendo, Pancome, no seu ministério, fazia tudo o que entendia; mas,
mesmo assim, não se atrevia a romper abertamente com aquela história de concursos, com os
quais desde muito andava escarmentado, devido a razão que lhes hei de contar mais tarde.
Era, afinal, uma pequena hesitação no espírito de um homem que tinha tido até ali
tão audazes atrevimentos para desrespeitar todas as leis, todos os regulamentos e todas as
praxes administrativas.
É bastante dizer que, não contente em residir no próprio edifício do Ministério sem
autorização legal, Pancome não trepidou em estabelecer na chácara do mesmo um redondel de
touradas, um campo de football, um café-concerto, para obsequiar respectivamente os


[Linha 2700 de 3733 - Parte 3 de 4]


diplomatas espanhóis, ingleses e suecos.
Como já tive ocasião de dizer, tal ministro só trabalhava para impressionar os
estrangeiros, e, apesar de não ter feito obra alguma de alcance social para a Bruzundanga, o
povo o adorava porque o julgava admirado pelos países estranhos e seus sábios.
Se alguém se lembrava de censurar esse seu desavergonhado modo e governar, logo
os jornalistas habituados a canonizações simoníacas e parlamentares que gostavam do
pot-de-vin, gritavam: que tipo mesquinho! Criticar esse patrimônio nacional que é o Visconde
de Pancome, por causa de ninharias! Ingrato!
Diante dessa desculpa de patrimônio nacional, toda a gente se calava e o país ia
engolindo as afrontas que o seu ministro fazia às suas leis e aos seus regulamentos.
De onde -- hão de perguntar -- lhe tinha vindo tal prestígio? fácil de explicar.
Ele veio, no fim, da tal história das condecorações que já lhes contei -- fato que
encheu de júbilo todo o povo daquela pátria, porque a República das Planícies que Pancome
trabalhava para sempre andar às turras com a Bruzundanga, não as tinha obtido, apesar de
disputá-las. Antes disso, porém, ele já tinha um ascendente bem forte, devido a uma grande
proeza. Pancome tinha subido ao cume do Tiaya, o modesto Himalaia da corografia da
República da Bruzundanga, dois mil e novecentos a três mil metros de altitude. Vou-lhes
contar como a cousa foi.
Um dia, estando Pancome nas proximidades dessa montanha, anunciou a todos os
quadrantes que ia escalá-la.
Os bruzundanguenses do lugar sorriram diante do projeto daquele homem gordo e
pesado. Aquilo (o monte) diziam, era muito alto e ele não teria fôlego para chegar ao cume;
havia fatalmente de rolar pelas encostas abaixo, antes de atingir o meio da jornada.
O visconde, porém, não se temorizou, subiu e dizem que foi ao pico da montanha.
A vista de semelhante proeza, os naturais do país, logo que a nova se espalhou,
exultaram, pois andavam de há muito necessitados de um herói. Não contentes da notícia da
façanha ter corrido toda a nação, telegrafaram para as cinco partes do mundo exaltando a
ousadia ainda mais.
E verdade que, antes de Pancome, muitos outros, entre os quais o Kaetano
Phulgêncio, um roceiro do local, tinham subido o Tiaya várias vezes, em aventuras de caça, e
até esse Phulgêncio serviu-lhe de guia; mas isto não foi lembrado e Pancome passou por ser o
primeiro a fazê-lo.
De tal proeza e das consequências que dela advieram, nasceu a fama do visconde, a
sua consideração de herói nacional, tanto mais que os clubes alpinos da Europa tomaram nota
do ilustre feito e, graças à diplomacia da Bruzundanga, o retrato e a biografia do portentoso
varão foram estampados nas revistas especiais de sport.
Durante um mês, os jornais da capital do interessante país que ora nos ocupa, não
deixaram um só dia de publicar telegramas do seguinte teor ou parecidos: "La Vie au Grand
Air, importante revista francesa, publica o retrato do Visconde de Pancome, o destemido herói
do Tiaya, e os seus traços biográficos".
Um outro quotidiano dizia: "Army, Navy and Sport, célebre magazine inglês,
estampando o retrato do Visconde de Pancome, essa legítima glória do nosso país, afirma que
a sua ascensão ao cume do Tiaya é sem precedentes na história do alpinismo"; e assim
transcreviam ou noticiavam referências de outras revistas alemãs, italianas, sírias, gregas,
tcheques, etc.
Recebendo esse impulso do estrangeiro, os jornais da Bruzundanga, os mais lidos e
os mais obscuros, e as revistas de toda a natureza redobraram a sua habitual gritaria em casos
tais. Enchiam-se de artigos louvando o herói que fizera a Bruzundanga conhecida na Europa,
afirmação essa em que logo o povo do país acreditou piamente; mostraram também com
períodos bem caídos, como o fato tinha um alcance excepcional e proclamaram o homem o


[Linha 2750 de 3733 - Parte 3 de 4]


primeiro de todos os bruzudanguenses.
A seguir-se aos jornais, vieram os poetas louvaminheiros com as suas odes, poemas,
sonetos, cantatas, erguendo às nuvens o visconde e a sua extraordinária proeza. Eles sacavam
com atilamento sobre o futuro, porquanto, quando Pancome veio a ser ministro, os encheu de
propinas e fartos jantares.
É ocasião de notar aqui uma singular feição dos poetas da Bruzundanga.
Todos os vates de lá, em geral, são incapazes de comparação, de critica e impróprios
para a menor reflexão mais detida, e, com a sua mentalidade de parvenus aperuados, estão
sempre dispostos a bajular os titulares ou os apatacados burgueses, para terem o prazer de ver
mais perto as suas mulheres e filhas, pois se persuadiram que são elas feitas de outra substância
diferente daquela que forma as cozinheiras e os pequenos burgueses.
Tão tolos são eles que não se lembram que tais marqueses e mais barões da sua terra
são de origem tão humilde e tão vexatória em face do critério nobiliárquico que os próprios
portadores de tais títulos fidalgos ocultam o mais que podem a sua ascendência. Mas é preciso
voltar ao nosso Visconde de Pancome.
A custa de todas essas vociferações, o povo não permitia que ninguém lhe tocasse na
reputação e ficou convencido de que o homem era mesmo um demiurgo e consubstanciou a
sua admiração ingênua nesta fórmula simples: "é um bruzundanguense conhecido na Europa".
Porque a mania daquele povo é querer à força que o seu país e os seus homens sejam
conhecidos no estrangeiro, embora ele não possua uma atividade, de qualquer natureza, nem
mesmo um homem notável que possa atrair a curiosidade dos estranhos sobre a região e as suas
coisas.
De modo que, qualquer referência a ele ou a um natural dele, se ela é favorável e
elogiosa, logo alvorota o povo da Bruzundanga, que fica crente de que em todas as aldeias de
países afastados não se fala em outra cousa senão na sua nação.
Quando, porém, se diz lá fora que, na sua população, há milhões de javaneses e
mestiços deles (o que é verdade), imediatamente todos se aborrecem, zangam-se, lançando
tristemente o labéu de vergonha sobre os seus compatriotas de tal extração.
É uma tolice deles (aí entram também muitos javaneses), pois tanto os de origem
javanesa como os de outras raízes raciais têm dado inteligências e atividades que se equivalem.
Não há este de tal procedência que sobrepuje aquele de outra procedência, nem mesmo na
quantidade; os de uma origem não sobrelevam os de outra, isto dura há três séculos e poucos;
e, pode-se dizer, que é uma prova perfeitamente experimental, obtida no laboratório da
história. Tão bom como tão bom...
Com tal mania, não é de admirar que, de uma hora para outra, Pancome ficasse sendo
o ídolo da Bruzundanga; e o governo, para premiá-lo e satisfazer a opinião pública, apressou-se
em nomeá-lo embaixador junto ao governo de uma potência européia, e foi (lembro-me agora)
quando embaixador, que obteve as condecorações a que aludi em capítulo anterior.
E de tal forma a população do país se convenceu da imensa inteligência, das geniais
vistas do visconde, de que ele era admirado no mundo inteiro, e de que, também todos os
sábios do Universo respeitavam-no religiosamente, que ao chegar ele da estranja para assumir a
pasta do Exterior, toda ela correu em massa para a rua, quase lhe desatrelam, os mais
entusiastas, os cavalos do carro, aclamando-o freneticamente pelas ruas em que passou, como
se recebesse a cidade Júlio César vitorioso ou Descartes, caso a natureza da glória deste se
compadecesse com admirações irrefletidas.
Além daquelas medidas que citei em um dos capítulos passados, logo no início do
seu ministério, tomou o visconde estas primordiais; usar papel de linho nos ofícios, estabelecer
uma cozinha na sua secretaria e baixar uma portaria, determinando que os seus funcionários
engraxassem as botas todos os dias. Na cozinha, porém, é que estava o principal das suas
reformas, pois era o seu fraco a mesa farta, atulhada.

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Os Bruzundangas - Lima Barreto - Parte 4 de 4
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sábado, 21 de outubro de 2017

Os Bruzundangas - Parte 2 de 4 - Lima Barreto


Os Bruzundangas - Parte 2 de 4 - Lima Barreto

Os Bruzundangas - Lima Barreto



Já lhes contei aqui como o doutor Felixhimino Ben Karpatoso, tido como grande
financista naquele país, se saiu quando se tratou de resolver, grandes dificuldades financeiras da nação.



Pois bem: esse senhor não é o único exemplo da singular capacidade mental dos
homens públicos da Bruzundanga.
Outros muitos eu poderia citar. Há lá um que, depois de umas exibições vaidosas de
retratos nos jornais e cousas equivalentes, se casou rico e deu para ser católico praticante.
Encontrou o caminho de Damasco que é ainda uma cidade opulenta.
Entretanto, eu quando freqüentei a Universidade da Bruzundanga, o conheci como
adepto do positivismo do rito do nosso Teixeira Mendes. Quis meter-se na política, fugiu do
positivismo e, antes de dez anos, ei-lo de balandrau e vara a acompanhar procissões.
Depois da sua conversão, foi eleito definidor, fabriqueiro, escrivão de várias
irmandades e ordens terceiras.
Aliás, na Bruzundanga, não há sujeito ateu ou materialista em regra que, ao se casar
com mulher rica, não se faça instantaneamente católico apostólico romano. Assim fez esse meu
antigo colega.
Esse homem, ou antes este rapaz, que tão rapidamente se passou de uma idéia
religiosa para a outra, esse rapaz cuja insinceridade é evidente, é ajudado em todas as suas
pretensões, veleidades, desejos, pelos bispos, frades, padres e irmãs de caridade.


[Linha 950 de 3733 - Parte 2 de 4]


As irmãs de caridade gozam, lá na Bruzundanga, de uma, influência poderosa. Não
quero negar que, como enfermeiras de hospitais, elas prestem serviços humanitários dignos de
todo o nosso respeito; mas não são essas que os cínicos ambicioaos da Bruzundanga cortejam.
Eles cortejam aquelas que dirigem colégios de meninas ricas. Casando-se com uma destas,
obtêm eles a influência das colegas, casadas também com grandes figurões, para arranjarem
posições e lugares rendosos.
Toda a gente sabe como o pessoal eclesiástico consegue manter a influência sobre os
seus discípulos, mesmo depois de terminarem os seus cursos. Anatole France, em L'Église et lu
République, mostrou isso muito bem. Os padres, freiras, irmãs de caridade não abandonam os
seus alunos absolutamente. Mantêm sociedades, recepções, etc., para os seus antigos
educandos; seguem-lhes a vida de toda a forma, no casamento, nas carreiras, nos seus lutos,
etc.
De tal froma fazem isto que constituem uma espécie de maçonaria a influir no
espírito dos homens, através das mulheres que eles esposam.
E os malandros que sabem dessa teia formada acima dos néscios, dos sinceros e dos
honestas de pensamento, tratam de cavar um dote e uma menina das irmãs, o que vem a ser
uma e única cousa.
Disse-nos um velho que conheceu escravos na Bruzundanga que foram elas, as irmãs
dos colégios ricos, as mais tenazes inimigas da abolição da escravidão. Dominando as filhas e
mulheres dos deputados, senadores, ministros, dominavam de fato os deputados, os senadores
e os ministros. Ce que femme veut...
Na Bruzundanga, onde os casamentos desastrosos abundam como em toda a parte,
não é lei o divórcio por causa dessa influência hipócrita e tola, provinda dos ricos colégios de
religiosos, onde se ensina a papaguear o francês e acompanhar a missa.
Esta dissertação não foi à toa, em se tratando de política e políticos da Bruzundanga,
porque estes últimos são em geral casados com moças educadas pelas religiosas e estas fazem a
política do país.
Com esse apoio forte, apoio que resiste às revoluções, às mudanças de regímen, eles
tratam, no poder, não de atender as necessidades da população, não de lhes resolver os
problemas vitais, mas de enriquecerem e firmarem a situação dos seus descendentes e
colaterais.
Não há lá homem influente que não tenha, pelo menos, trinta parentes ocupando
cargos do Estado; não há lá político influente que não se julgue com direito a deixar para os
seus filhos, netos, sobrinhos, primos, gordas pensões pagas pelo Tesouro da República.
No entanto, a terra vive na pobreza; os latifúndios abandonados e indivisos; a
população rural, que é a base de todas as nações, oprimida por chefões políticos, inúteis,
incapazes de dirigir a cousa mas fácil desta vida.
Vive sugada; esfomeada, maltrapilha, macilenta, amarela, para que, na sua capital,
algumas centenas de parvos, com títulos altissonantes disso ou daquilo, gozem vencimentos,
subsídios, duplicados e triplicados, afora rendimentos que vêm de outra e qualquer origem,
empregando um grande palavreado de quem vai fazer milagres.
Um povo desses nunca fará um haro, para obter terras.
A República dos Estados Unidos da Bruzundanga tem o governo que merece. Não
devemos estar a perder o latim com semelhante gente; eu, porém, que me propus a estudar os
seus usos e costumes, tenho que ir até ao fim.
Não desanimarei e ainda mais uma vez lembro, para bem esclarecer o que fica dito
acima, que o grande Bossuet disse que a política tinha por fim fazer a felicidade dos povos e a
vida cômoda.
A Águia de Meaux, creio eu, não afirmou isso somente para edificação de algumas
beatas...


[Linha 1000 de 3733 - Parte 2 de 4]



V

As riquezas da Bruzundanga



QUANDO abrimos qualquer compêndio de geografia da Bruzundanga; quando se lê
qualquer poema patriótico desse pais, ficamos com a convicção de que essa nação é a mais rica
da terra.
"A Bruzundanga, diz um livro do grande sábio Volkate Ben Volkate, possui nas
entranhas do seu solo todos os minerais da terra.
"A província das Jazidas tem ouro, diamantes; a dos Bois, carvão de pedra e turfa; a
dos Cocos, diamantes, ouro, mármore, safiras, esmeraldas; a dos Bambus, cobre, estanho e
ferro. No reino mineral, nada pede o nosso país aos outros. Assim também no vegetal, em que
é sobremodo rica a nossa maravilhosa terra.
"A borracha, continua ele, pode ser extraída de várias árvores que crescem na nossa
opulenta nação; o algodoeiro é quase nativo; o cacau pode ser colhido duas vezes por ano; a
cana-de-açúcar nasce espontaneamente; o café, que é a sua principal riqueza, dá quase sem
cuidado algum e assim todas as plantas úteis nascem na nossa Bruzundanga com facilidade e
rapidez, proporcionando ao estrangeiro a sensação de que ela é o verdadeiro paraíso terrestre".
Nesse tom, todos os escritores, tanto os mais calmos e independentes como os de
encomenda, cantam a formosa terra da Bruzundanga.
Os seus acidentes naturais, as suas montanhas, os seus rios, os seus portos são
também assim decantados. Os seus rios são os mais longos e profundos do mundo; os seus
portos, os mais fáceis ao acesso de grandes navios e os mais abrigados, etc., etc.
Entretanto, quem examinar com calma esse ditirambo e o confrontar com a realidade
dos fatos há de achar estranho tanto entusiasmo.
A Bruzundanga tem carvão, mas não queima o seu nas fornalhas de suas
locomotivas. Compra-o à Inglaterra, que o vende por bom preço. Quando se pergunta aos
sábios do país porque isto se dá, eles fazem um relatório deste tamanho e nada dizem. Falam
em calorias, em teor de enxofre, em escórias, em grelhas, em fornalhas, em carvão americano,
em briquettes, em camadas e nada explicam de todo. Os do povo, porém, concluem logo que o
tal carvão de pedra da Bruzundanga não serve para fornalhas, mas, com certeza, pode ser
aproveitado como material de construção, por ser de pedra.
O que se dá,com o carvão, dá-se com as outras riquezas da Bruzundanga. Elas
existem, mas ninguém as conhece. O ouro, por exemplo, é tido como uma das fortunas da
Bruzundanga, mas lá não corre uma moeda desse metal. Mesmo, nas montras dos cambistas,
as que vemos são estrangeiras. Podem ser turcas, abexins, chinas, gregas, mas do pais não há
nenhuma. Contudo, todos afirmam que o país é a pátria do ouro.
O povo da Bruzundanga é doce e crente, mais supersticioso do que crente, e entre as
suas superstições está esta do ouro. Ele nunca o viu, ele nunca sentiu o seu brilho fascinador;
mas todo o bruzundanguense está certo de que possui no seu quintal um filão de ouro.
Com o café dá-se uma cousa interessante. O café é tido como uma das maiores
riquezas do país; entretanto é uma das maiores pobrezas. Sabem por quê? Porque o café é o
maior "mordedor" das finanças da Bruzundanga.
Eu me explico. O café, ou antes, a cultura do café é a base da oligarquia política que
domina a nação. A sua árvore é cultivada em grandes latifúndios pertencentes a essa gente,
que, em geral, mal os conhece, deixando-os entregues a administradores, senhores, nessas


[Linha 1050 de 3733 - Parte 2 de 4]


vastas terras, de baraço e cutelo, distribuindo soberanamente justiça, só não cunhando moeda,
porque, desde séculos, tal cousa é privilégio do Rei.
Os proprietários dos latifúndios vivem nas cidades, gastando à larga, levando vida
de nababos e com fumaças de aristocratas. Quando o café não lhes dá o bastante para as suas
imponências e as da família, começam a clamar que o país vai à garra; que é preciso salvar a
lavoura; que o café é a base da vida econômica do país; e -- zás -- arranjam meios e modos do
governo central decretar um empréstimo de milhões para valorizar o produto.
Curiosos economistas que pretendem elevar o valor de uma mercadoria cuja oferta
excede às necessidades da procura. Mais sábios, parece, são os donos de armarinho que dizem
vender barato para vender muito...
Arranjando o empréstimo, está a coisa acabada. Eles, os oligarcas, nadam em ouro
durante cinco anos, todo o país paga os juros e o povo fica mais escorchado de impostos e
vexações fiscais. Passam-se os anos, o café não dá o bastante para o luxo dos doges, dogaresas
e dogarinhas da baga rubra, e logo eles tratam de arranjar uma nova valorização.
A manobra da "valorização" consiste em fazer que o governo compre o café por um
preço que seja vantajoso aos interessados e o retenha em depósito; mas, acontece que os
interessados são, em geral, governo ou parentes dele, de modo que os interessados fixam para
eles mesmos o preço da venda, preço que lhes dê fartos lucros, sem se incomodar que "o café"
venha a ser, senão a pobreza, ao menos a fonte da pobreza da Bruzundanga, com os tais
empréstimos para as valorizações.
Além disto, o café esgota as terras, torna-as maninhas, de modo que regiões do país,
que foram opulentas pela sua cultura, em menos de meio século ficaram estéreis e sáfaras.
Sobre a cultura do café nas terras da Bruzundanga, eu podia muito dizer e podia
também muito epilogar. Não me despeço do assunto totalmente; talvez, mais tarde volte a ele.
Há matéria para escrever sobre ela, muito; dá tanta assunto quanto os matadouros de Chicago.
O cultivo da cana e o fabrico de aguardente e açúcar são matéria de que me abstenho
de tratar. Abstenho-me porque lá diz o ditado que, com teu amo, não jogues as peras. Le
sage...
A riqueza mais engraçada da Bruzundanga é a borracha. De fato, a árvore da
borracha é nativa e abundante no país. Ela cresce em terras que, se não são alagadiças, são
doentias e infestadas de febres e outras endemias. A extração do látex é uma verdadeira
batalha em que são ceifadas inúmeras vidas. É cara, portanto. Os ingleses levaram sementes e
plantaram a árvore da borracha nas suas colônias, em melhores condições que as espontâneas
da Bruzundanga. Pacientemente, esperaram que as árvores crescessem; enquanto isto, os
estadistas da Bruzundanga taxavam a mais não poder o produto.
Durante anos, essa taxa fez a delícia da província dos Rios. Palácios foram
construídos, teatros, hipódromos, etc.
Das margens do seu rio principal, surgiram cidades maravilhosas e os seus magnatas
faziam viagens à Europa em iates ricos. As cocottes caras infestavam aa ruas da cidade. O
Eldorado...
Veio, porém, a borracha dos ingleses e tudo foi por água abaixo, porque o preço de
venda da da Bruzundanga mal dava para pagar os impostos. A riqueza fez-se pobreza...
A província deixou de pagar as dívidas e houve desembargadores dela a mendigar
pelas ruas, por não receberem os vencimentos desde mais de dous anos.
Eis como são as riquezas do país da Bruzunganda.

VI

O ensino na Bruzundanga



[Linha 1100 de 3733 - Parte 2 de 4]



Já vos falei na nobreza doutoral desse país; é lógico, portanto, que vos fale do ensino
que é ministrado nas suas escolas, donde se origina essa nobreza. Há diversas espécies de
escolas mantidas pelo governo geral, pelos governos provinciais e por particulares. Estas
últimas são chamadas livres e as outras oficiais, mas todas elas são equiparadas entre si e os
seus diplomas se equivalem. Os meninos ou rapazes, que se destinam a elas, não têm medo
absolutamente das dificuldades que o curso de qualquer delas possa apresentar. Do que eles
têm medo, é dos exames preliminares. De forma que os filhos dos poderosos fazem os pais
desdobrar bancas de exames, pôr em certas mesas pessoas suas, conseguindo aprovar os
pequenos em aritmética sem que ao menos saibam somar frações, outros em francês sem que
possam traduzir o mais fácil autor. Com tais manobras, conseguem sair-se da alhada e lá vão,
cinco ou seis anos depois, ocupar gordas sinecuras com a sua importância de "doutor".
Há casos tão escandalosos que, só em contá-los, metem dó.
Passando assim pelo que nós chamamos preparatórios, os futuros diretores da
República dos Estados Unidos da Bruzundanga acabam os cursos mais ignorantes e
presunçosos do que quando para lá entraram. São esses tais que berram: "Sou formado! Está
falando com um homem formado!"
Ou senão quando alguém lhes diz:
-- "Fulano é inteligente, ilustrado...", acode o homenzinho logo:
-- É formado?
-- Não.
-- Ahn!
Raciocina ele muito bem. Em tal terra, quem não arranja um título como ele obteve o
seu, deve ser muito burro, naturalmente.
Há outros, espertos e menos poderosos, que empregam o seguinte truc. Sabem, por
exemplo, que, na província das Jazidas, os exames de matemática elementar são mais fáceis.
Que fazem eles? Inscrevem-se nos exames de lá, partem e voltam com as certidões de
aprovação.
Continuam eles nessas manobras durante o curso superior. Em tal Escola são mais
fáceis os exames de tais matérias. Lá vão eles para a tal escola, freqüentam o ano, decoram os
pontos, prestam ato e, logo aprovados, voltam correndo para a escola ou faculdade mais
famosa, a fim de receberem o grau. O ensino superior fascina todos na Bruzundanga. Os seus
títulos, como sabeis, dão tantos privilégios, tantas regalias, que pobres e ricos correm para ele.
Mas só são três espécies que suscitam esse entusiasmo: o de médico, o de advogado e o de
engenheiro.
Houve quem pensasse em torná-los mais caros, a fim de evitar a pletora de doutores.
Seria um erro, pois daria o monopólio aos ricos e afastaria as verdadeiras vocações. De resto, é
sabido que os lentes das escolas daquele país são todos relacionados, têm negócios com os
potentados financeiros e industriais do país e quase nunca lhes reprovam os filhos.
Extinguir-se as escolas seria um absurdo, pois seria entregar esse ensino a seitas
religiosas, que tomariam conta dele, mantendo-lhe o prestigio na opinião e na sociedade.
Apesar de não ser da Bruzundanga, eu me interesso muito por ela, pois lá passei uma
grande parte da minha meninice e mocidade.
Meditei muito sobre os seus problemas e creio que achei o remédio para esse mal que
é o seu ensino. Vou explicar-me sucintamente.
O Estado da Bruzundanga, de acordo com a sua carta constitucional, declararia livre
o exercício de qualquer profissão, extinguindo todo e qualquer privilégio de diploma.
Feito isso, declararia também extintas as atuais faculdades e escolas que ele mantém.
Substituiria o atual ensino seriado, reminiscência da Idade Média, onde, no trivium ,
se misturava a gramática com a dialética e, no quadrivium, a astronomia e a geometria com a


[Linha 1150 de 3733 - Parte 2 de 4]


música, pelo ensino isolado de matérias, professadas pelos atuais lentes, com os seus
preparadores e laboratórios.
Quem quisesse estudar medicina, freqüentaria as cadeiras necessárias à especialidade
a que se destinasse, evitando as disciplinas que julgasse inúteis.
Aquele que tivesse vocação para engenheiro de estrada de ferro, não precisava estar
perdendo tempo estudando hidráulica. Freqüentaria tão-somente as cadeiras de que precisasse,
tanto mais que há engenheiros que precisam saber disciplinas que até bem pouco só se exigiam
dos médicos, tais como os sanitários; médicos -- os higienistas -- que têm de atender a dados
de construção, etc.; e advogados a estudos de medicina legal.
Cada qual organizaria o programa do seu curso, de acordo com a especialidade da
profissão liberal que quisesse exercer, com toda a honestidade e sem as escoras de privilégio
ou diploma todo poderoso.
Semelhante forma de ensino, evitando o diploma e os seus privilégios, extinguiria a
nobreza doutoral; e daria aos jovens da Bruzundanga mais bonestidade no estudo, mais
segurança nas profissões que fossem exercer, com a força que vem da concorrência entre
homens de valor e inteligência nas carreiras que seguem.
Eu não suponho, não tenho a ilusão que alguém tome a sério semelhante idéia.
Mas desejava bem que os da Bruzundanga a tomassem, para que mais tarde não
tenham que se arrepender.
A nobreza doutoral, lá, está se fazendo aos poucos irritante, e até sendo hereditária.
Querem ver? Quando por lá andei, ouvi entre rapazes este curto diálogo:
-- Mas T. foi reprovado?
-- Foi.
-- Como? Pois se é filho do doutor F.?
Os pais mesmo têm essa idéia; as mães também; as irmãs da mesma forma, de modo
a só desejarem casar-se com os doutores. Estes vão ocupar os melhores lugares, as gordas
sinecuras, pois o povo admite isto e o tem achado justo até agora. Há algumas famílias que são
de verdadeiros Polignacs doutorais. Ao lado, porém, delas vai se formando outra corrente,
mais ativa, mais consciente da injustiça que sofre, mais inteligente, que, pouco a pouco, há de
tirar do povo a ilusão doutoral.
É bom não termos que ver, na minha querida Bruzundanga, aquela cena que a
nobreza de sangue provocou, a Taine, no começo da sua grande obra Origens da França
Contemporânea, descreve em poucas e eloqüentes palavras. Eu as traduzo:
"Na noite de 14 para 15 de julho de 1789, o Duque de Larochefoucaud-Liancourt
fez despertar Luís XVI para lhe anunciar a tomada da Bastilha.
-- É. uma revolta? diz o rei.
-- Sire, respondeu o duque, -- é uma revolução".


VII

A diplomacia da Bruzundanga


O ideal de todo e qualquer natural da Bruzundanga é viver fora do pais. Pode-se
dizer que todos anseiam por isso; e, como Robinson, vivem nas praias e nos morros, à espera
do navio que os venha buscar.
Para eles, a Bruzundanga é tida como pais de exílio ou mais do que isso: como uma
ilha de Juan Fernández, onde os humanos perdem a fala, por não terem com quem conversar e
não poderem entender o que dizem os pássaros, os animais silvestres e mesmo as cabras


[Linha 1200 de 3733 - Parte 2 de 4]


semi-selvagens.
Um dos meios de que a nobreza doutoral lança mão para safar-se do país, é obter
empregos diplomáticos ou consulares, em falta destes os de adidos e "encostados" às legações
e consulados.
Convém notar que, quando digo que a ânsia geral é viver fora do país, excetuo os
ativos, aqueles que sugam dos ministérios subvenções, propinas, percentagens e obtêm
concessões, privilégios, etc. Estes demoram-se pouco fora dele e, seja governo o partido
radical, seja governo o partido conservador, esteja o erário cheio, esteja ele vazio, sabem
sempre obter fartos e abundantes recursos monetários de um modo de que só eles têm o
segredo.. Estes senhores gostam muito da Bruzundanga e são ferozes patriotas.
Mas, como lhes contava, os nobres doutores tratam logo de representar o país em
terras estranhas.
Não fazem questão de lugar. Seja no Turquestão ou na Groenlândia, eles aceitam os
cargos diplomáticos.
A um, perguntei:
-- Mas tu vais mesmo para o Anam?
-- Por que não? Não há lá mulheres?
O sonho do jovem diplomático não é ser Talleyrand, é ser Don Juan para usa externo.
Ia até bastante satisfeito, disse-me em seguida, porquanto, lá, não se distinguindo
bem a mulher anamita do homem, devia acontecer surpresas bem agradáveis com
semelhante "engano d'arma ledo e cego".
A sua aprendizagem para o ofício é simples. Além do corriqueiro francês e os usos da
sociedade, os aspirantes a diplomatas começam nos passeios e reuniões da capital da
República a ensaiar o uso de roupas, mais ou menos à última moda. Não esquecem nem o
modo chic de atar os cordões dos sapatos, nem o jeito ultra fashionable de agarrar a bengala;
estudam os modos apurados de cumprimentar, de sorrir; e, quando se os vê na rua,
descobrindo-se para aqui, chapéu tirado da cabeça até à calçada para ali, balouçando a cabeça,
lembramo-nos logo dos cavalos do Cabo de coupé de casamento rico.
Outra cousa que um recomendável aspirante a diplomata deve possuir, são títulos
literários. Não é possível que um milhar de candidatos, pois sempre os há nesse número,
tenham todos talento literário, mas a maior parte deles não se atrapalham com a falta.
Os mais escrupulosos escrevem uns mofinos artigos e tomam logo uns ares de
Shakespeare; alguns publicam livros estafantes e solicitam dos críticos honrosas referências;
outros, quando já empregados no ministério, mandam os contínuos copiar velhos ofícios dos
arquivos, colam as cópias com goma-arábica em folhas de papel, mandam a cousa para a
Tipografia Nacional do país, põem um título pomposo na cousa, são aclamados historiadores,
sábios, cientistas e logram conseguir boas nomeações.
Houve um até que não teve escrúpulo em copiar grandes trechos do Carlos Magno e
os doze pares de França, para ter um soberbo título intelectual, capaz de fazê-lo secretário de
legação, como ainda o é atualmente.
O mais notável caso de acesso na "carreira" foi o que obteve o adido à Secretaria de
Estrangeiros Horlando. Em um jantar de luxo, houve uma disputa entre dous convidados
sobre uma qualidade de peixe que viera à mesa. Um dizia que era garoupa; o outro que era
bijupirá. Não houve meio de concordarem. Horlando foi chamado para árbitro. Levou
amostras para casa. Mandou tirar fotografias, fez que desenhassem estampas elucidativas,
escreveu um relatório de duzentas páginas, e concluiu que não era nem garoupa, nem bijupirá,
mas cação. O seu trabalho foi tido como um modelo da mais pura erudição culinária e o moço
foi logo encarregado de negócios na Guatemala. É hoje considerado como um dos luzeiros da
diplomacia da Bruzundanga.
Cada mandachuva novo traz sempre em mente aumentar o número de legações, de


[Linha 1250 de 3733 - Parte 2 de 4]


modo que não há país no mundo em que a Bruzundanga não tenha um batalhão de
representantes. Muitos desses países não mantêm, com a curiosa república que venho
descrevendo, relações de espécie alguma; mas, como é preciso mandar alguns filhos de
"figurões" para o estrangeiro, a munificência dos poderes públicos não trepida em criar nelas
legações dispendiosas. Há lá até quem reze para que certos países se desmanchem e surjam da
separação novos independentes, permitindo o aumento de legações.
Os rapazes, que vão para elas, saem do país muito bons rapazinhos, às vezes mesmo
mais ricos de influência que de dinheiro; quando, porém, de lá voltam, só porque viram o emir
de Afganistão ou o sultão de Baçora, acreditam-se da melhor nobreza... certamente
muçulmana.
Os seus modos são outros, os seus gestos estudados, pisam à última moda do centro
da Ásia e encetam a conversa sobre qualquer cousa, começando sempre assim:
-- Estava eu em Cabul, quando a mulher do ministro russo...
Cabul soa aí como se fosse Paris, Londres ou Roma e os seus auditores consentem
em admitir que a capital de Afganistão seja mesmo um depósito de elegâncias superiores.
Pelo simples fato de terem palmilhado terras estranhas e terem visto naturalmente
algumas obras-primas, os diplomatas da Bruzundanga se julgam todos eles artistas, literatos,
homens finos, gentlemen.
Não pensem que eles publiquem obras maravilhosas, profundas de pensamentos,
densas de idéias; não é isso bem o que publicam.
Afora um ou outro que não se veste pelo figurino da maioria, o que eles publicam são
sonetos bem rimadinhos, penteadinhos, perfumadinhos, lambidinhos, cantando as espécies de
jóias e adereços que se encontram nas montras dos ourives.
A isto, eles batizam, por conta própria, de aristocracia da arte, arte superior, arte das
delicadezas impalpáveis.
Publicam esses catálogos de ourivesaria, quando não são de modistas e alfaiates, em
edições luxuosas; e, imediatamente, apresentam-se candidatos à Academia de Letras da
Bruzundanga.
Houve tempo em que ela os aceitava sem detença; mas, ultimamente devido à sua
senilidade precoce, desprezou-os e só vai aceitando os taumaturgos da cidade.
Não há médico milagreiro e afreguesado que não entre para ela e pretira os
diplomatas.
Nem sempre foi assim a diplomacia da Bruzundanga. Mesmo depois de lá se ter
proclamado a República, os seus diplomatas não tinham o recheio de ridículo que atualmente
têm.
Eram simples homens como quaisquer, sem pretensões do que não eram, sem
fumaças de aristocracia, nada casquilhos, nem arrogantes.
Apareceu, porém, um embaixador gordo e autoritário, megalômano e inteligente, o
Visconde de Pancome, que fizeram ministro dos Estrangeiros, e ele transformou tudo.
Empossado no ministério, a primeira cousa que fez foi acabar com as leis e
regulamentos que governavam o seu departamento. A lei era ele. O novo ministro era muito
popular na Bruzundanga; e vinha a sua popularidade do fato de ter obtido do Rei da
Inglaterra a comenda de Jarreteira para o Mandachuva e seus ministros, assim como o Tosão
de Ouro da Espanha para os generais e almirantes.
Todos os senhores hão de se admirar que tal cousa tenha feito o homem popular. É
que os bruzundanguenses babam-se inteiramente por esse negócio de condecorações e
comendas; e, embora cada qual não tivesse recebido uma, eles se julgavam honrados pelo fato
do Mandachuva, do ministro, dos generais e almirantes terem recebido condecorações tão
famosas no mundo inteiro.
São assim como nós que temos grande admiração pelo Barão do Rio Branco por ter


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adjudicado ao Brasil não sei quantos milhares de quilômetros quadrados de terras, embora, em
geral, nenhum de nós tenha de seu nem os sete palmos de terra para deitarmos o cadáver.
O visconde, exaltado no ministério, tendo por lei a sua vontade, baseado na
popularidade, fez o que entendeu e a sua preocupação máxima foi dar à representação externa
da Bruzundanga um brilho de beleza masculina, cujo cânon ele guardava secretamente para si.
Daí veio essa total modificação no espírito da representação exterior do país e não houve
bonequinho mais ou menos vazio e empomadado que ele não nomeasse para esta ou aquela
legação.
O seu sucessor seguiu-lhe logo as pegadas, não só neste ponto como em outros mais.
O Visconde de Pancome era de fato um escritor; o novo ministro não o era
absolutamente, mas como substituiu aquele, julgou-se no direito de o ser também e também
membro da Academia de Letras, como tinha sido o seu predecessor.
Publicou em papelão um discurso, impresso em letras garrafais, conseguindo assim
organizar um volume e foi daí em diante igual ao antecessor em tudo.
Não há mal algum que seja assim a diplomacia daquelas paragens. A Bruzundanga é
um país de terceira ordem e a sua diplomacia é meramente decorativa. Não faz mal, nem bem:
enfeita.
E, se os maridos e pais da Bruzundanga têm que andar cheios de cuidados, é melhor
que tais zelos fiquem ao cargo dos estrangeiros. A diplomacia do país tem a sua utilidade...


VIII

A Constituição

QUANDO se reuniu a Constituinte da República da Bruzundanga, houve no país
uma grande esperança. O país tinha, até aí, sido governado por uma lei básica que datava de
cerca de um século e todos os jovens julgavam-na avelhentada e já caduca. Os militares do
Exército, iniciados nas sete ciências do Pitágoras de Montpellier, -- criticavam-na da seguinte
forma: "Qual! Esta constituição não presta! Os que a fizeram não sabiam nem aritmética; como
podiam decidir em sociologia?"
Escusado é dizer que isto não era verdade, mas o critério histórico deles e o seu
orgulho escolar pediam fosse.
Os outros doutores também achavam a Constituição monárquica absolutamente tola,
porque, desde que ela fora promulgada, havia surgido um certo jurista alemão ou aparecido um
novo remédio para erisipelas. A nova devia ser uma perfeição e trazer a felicidade de todos.
Reuniu-se, pois, a Constituinte com toda a solenidade. Vieram para ela, jovens
poetas, ainda tresandando à grossa boêmia; vieram para ela, imponentes tenentes de artilharia,
ainda cheirando aos "cadernos" da escola; vieram para ela, velhos possuidores de escravos,
cheios de ódio ao antigo regímen por haver libertado os que tinham; vieram para ela, bisonhos
jornalistas da roça recheados de uma erudição à flor da pele, e também alguns dos seus colegas
da capital, eivados do Lamartine, História dos girondinos, e entusiastas dos caudilhos das
repúblicas espanholas da América. Era mais ou menos esse o pessoal de que se compunha a
nova Constituinte.
Tinham entrado no ritual da nova República os banquetes pantagruélicos; e, nas
vésperas da reunião, houve um de estrondo.
À sessão inaugural, prestou guarda de honra uma brigada; mas, bem contando, era
unicamente um batalhão.
Quando saíram os constituintes, Z., um deles, perguntava de si para si:
-- Que vou propor eu?


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H. excogitava:
-- Devo ser pelo divórcio? Esses padrões...
B. meditava:
-- Antes não me metesse nisto. O imperador pode voltar e é o diabo...
Quase todos, porém, consideravam com toda a convicção, com todo o
acendramento, com um recolhimento religioso:
-- Qual a Constituição que devemos imitar?
Em geral, eles esperavam ser escolhidos para a comissão dos vinte e um que tinha de
redigir o projeto da futura lei básica, e era justo que tivessem semelhante preocupação
absorvente:
-- Qual a Constituição que devemos imitar?
Votado o regimento interno da grande assembléia e tomadas todas as outras
disposições secundárias, a comissão dos vinte e um membros, encarregada de redigir o projeto,
foi escolhida; e, em reunião, houve entre os seus membros caloroso debate a respeito de quem
deveria ser o relator ou os relatores.
Escolheram, afinal, três sumidades: Felício, Gracindo e Pelino, todos
eles -- ben -- qualquer cousa.
O resto pôs-se a descansar e os três, em sala separada, no dia seguinte, juntaram-se e
trataram dos moldes em que devia ser elaborada a nova Magna Carta.
Pelino foi de parecer que a Constituição futura devia ser vazada no cadinho em que
fora a do país dos Huyhnms.
-- É um país de cavalos! exclamou Gracindo.
-- Que tem isto? retrucou Pelino. Nós somos bastante parecidos com eles.
-- Não, não queremos, objetaram os dous outros.
-- Então, como vai ser? perguntou Pelino. Se não querem à moda dos cavalos, não
podemos achar outro modelo, pois o país dos camelos não tem Constituição.
-- Façamos a Constituição aos modos da de Lilliput, fez Felício.
-- Não me serve! exclamou Pelino. Semelhante gente não pesa, é muito pequena!
-- Então ao jeito da de Brobdingnag, o país dos gigantes.
Todos acharam justa a proposta e começaram a redigir o projeto de Constituição da
Bruzundanga republicana, conforme o paradigma da do país dos gigantes.
Quando Gulliver lá esteve (creio que os senhores se lembram disso), figurou como
um verdadeiro brinquedo. Ninguém o levava a sério como homem; era antes um boneco que
dormia com as moças e tinha outras: intimidades que, se não foram contadas, podem ser
adivinhadas.
A população da Bruzundanga, tirante um atributo ou outro, não era composta de
pessoas diferentes do doutor Gulliver; eram minúsculos bonecos, portanto, que queriam
possuir uma Constituição de gigantes.
Felizmente, porém, já na grande comissão, já no plenário a imitação foi modificada;
e, em muitos pontos, a Carta da Bruzundanga veio a afastar-se da de Brobdingnag.
Houve mesmo disposições originais que merecem ser citadas. Assim, por exemplo, a
exigência principal para ser ministro era a de que o candidato não entendesse nada das cousas
da pasta que ia gerir.
Por exemplo, um ministro da Agricultura não devia entender cousa alguma de
agronomia. O que se exigia dele é que fosse um bom especulador, um agiota, um judeu,
sabendo organizar trusts, monopólios, estancos, etc.
Os deputados não deviam ter opinião alguma, senão aquelas dos governadores das
províncias que os elegiam. As províncias não poderiam escolher livremente os seus
governantes; as populações tinham que os escolher entre certas e determinadas famílias,
aparentadas pelo sangue ou por afinidade.


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Havia artigos muito bons, como por exemplo o que determinava a não acumulação de
cargos remunerados e aquele que estabelecia a liberdade de profissão; mas, logo, surgiu um
deputado prudente que estabeleceu o seguinte artigo nas disposições gerais: "Toda a vez que
um artigo desta Constituição ferir os interesses de parentes de pessoas da 'situação' ou de
membros dela, fica subentendido que ele não tem aplicação no caso".
Na constituinte, todos esperavam ficar na "situação", de modo que o artigo acima foi
aprovado unanimemente.
Com este artigo a Lei Suprema da Bruzundanga tomou uma elasticidade
extraordinária. Os presidentes de província, desde que estivessem de acordo com o presidente
da República, -- na Bruzundanga chama-se Mandachuva -- faziam o que queriam.
Se algum recalcitrante, à vista de qualquer violação da Constituição, apelava para a
Justiça (lá se chama Chicana), logo a Corte Suprema indagava se feria interesses de parentes
de pessoas da situação e decidia conforme o famoso artigo.
Um certo governador de uma das províncias da Bruzundanga, grande plantador de
café, verificando a baixa de preço que o produto ia tendo, de modo a não lhe dar lucros
fabulosos, proibiu o plantio de mais um pé que fosse da "preciosa rubiácea".
Era uma lei colonial, uma verdadeira disposição da carta régia. Houve então um
cidadão que pediu habeas corpus para plantar café. A Suprema Corte, à vista do tal artigo
citado, não o concedeu, visto ferir os interesses do presidente da província, que pertencia à
"situação".
Como todo o mundo não podia pertencer à "situação", os que ficavam fora dela,
vendo os seus direitos postergados, começavam a berrar, a pedir justiça, a falar em princípios,
e organizavam, desta ou daquela maneira, masorcas.
Se eram vitoriosos, formavam a sua "situação" e começavam a fazer o mesmo que os
outros.
Havia apelo para a "Chicana", mas a Suprema Corte, considerando bem o tal artigo já
citado, decidia de acordo com a 'situação". Era tudo a "situação".
Todos os partidos que não pertenciam a ela, pregavam a reforma da Constituição;
mas, logo que a ela aderiam, repeliam a reforma como um sacrilégio.
A Constituição afirmava que ninguém podia ser obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma cousa, senão em virtude de lei. Não havia lei que permitisse as províncias deportar
indivíduos de uma para outra, mas o Estado do Kaphet, graças ao tal artigo, deportava quem
queria e ainda encomendava aos jornais que o chamassem de província modelo.
A Constituição da Bruzundanga era sábia no que tocava às condições para
elegibilidade do Mandachuva, isto é, o Presidente.
Estabelecia que devia unicamente saber ler e escrever; que nunca tivesse mostrado ou
procurado mostrar que tinha alguma inteligência; que não tivesse vontade própria; que fosse,
enfim, de uma mediocridade total.

Nessa parte a Constituição foi sempre obedecida.

A República dura, na Bruzundanga, há cerca de trinta anos. Têm passado pela curul
presidencial nada menos do que seis Mandachuvas, e não houve, talvez, um que infringisse tão
sábias disposições.
A Carta da Bruzundanga, que começou imitando a do país dos gigantes, foi
inteiramente obedecida nessa passagem, e de um modo religioso.
No que toca ao resto, porém, ela tem sofrido várias mutilações, desfigurações e
interpretações de modo a não me permitir continuar a dar mais apanhados dela, a menos que
quisesse escrever um livro de seiscentas páginas.



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IV

Um mandachuva


OS leitores que têm seguido estas rápidas notas sobre os usos e costumes, leis e
superstições da República da Bruzundanga, não devem ter esquecido que o seu presidente é
chamado "Mandachuva", e oficialmente.
Já dei até algumas das exigências constitucionais que os candidatos têm de
preencher, a fim de ascenderem à curul presidencial daquele país, que fica próximo da ilha dos
Lagartos, tão bem descrita pelo meu concidadão Antônio José, que as fogueiras da Inquisição
queimaram em Lisboa.
O que pretendo agora, nestas linhas, é fornecer aos leitores o tipo de um presidente
da curiosa República, infelizmente tão mal conhecida entre nós -- cousa de lastimar, pois ela
nos podia fornecer modelos que nos levassem de vez a completo desastre. Il faut finir, pour
recommencer...
A não ser que suba ao poder, por uma revolta mais ou menos disfarçada, um General
mais ou menos decorativo, o Mandachuva é sempre escolhido entre os membros da nobreza
doutoral; e, dentre os doutores, a escolha recai sobre um advogado.
É justo, pois são os advogados ou bacharéis em direito que devem ter obrigação de
conhecer a barafunda de leis de toda a natureza, embora a arte de governar, segundo o critério
dos que filosofam sobre o Estado e o admitem necessário, não peça unicamente o seco
conhecimento de textos de leis, de artigos de códigos, de opiniões de praxistas e hermeneutas.
As leis são o esqueleto das sociedades, mas a feição de saúde ou doença destas, as
suas necessidades terapêuticas ou cirúrgicas, são dadas pelo prévio conhecimento e exame, no
momento, do estado de certas partes externas e dos seus órgãos vitais, que são o seu comércio,
a sua indústria, as suas artes, os sonhos do seu povo, os sofrimentos dele -- toda essa parte
mutável das comunhões humanas, cambiantes e fugidia, que só os fortes observadores, com
grande inteligência, colhem em alguns instantes, sugerindo os remédios eficazes e as
providências adequadas, para tal ou qual caso.
Como dizia, porém, na Bruzundanga, em geral, o Mandachuva é escolhido entre os
advogados, mas não julguem que ele venha dos mais notáveis, dos mais ilustrados, não: ele
surge e é indicado dentre os mais néscios e os mais medíocres. Quase sempre, é um leguleio da
roça que, logo após a formatura, isto é, desde os primeiros anos de sua mocidade até aos
quarenta, quando o fizeram deputado provincial, não teve outro ambiente que a sua
cidadezinha de cinco a dez mil habitantes, mais outra leitura que a dos jornais e livros comuns
da profissão -- indicadores, manuais, etc.; e outra convivência que não a do boticário, do
médico local, do professor público e de algum fazendeiro menos dorminhoco, com os quais
jogava o solo, ou mesmo o "truque" nos fundos da botica.
É este homem que assim viveu a parte melhor da vida, é este homem que só viu a
vida de sua pátria na pacatez de quase uma aldeia; é este homem que não conheceu senão a
sua camada e que o seu estulto orgulho de doutor da roça levou a ter sempre um desdém
bonanchão pelos inferiores; é este homem que empregou vinte anos, ou pouco menos, a
conversar com o boticário sobre as intrigas políticas de seu lugarejo; é este homem cuja cultura
artística se cifrou em dar corda no gramofone familiar; é este homem cuja única habilidade se
resume em contar anedotas; é um homemdestes, meus senhores, que depois de ser deputado
provincial, geral, senador, presidente de província, vai ser o Mandachuva da Bruzundanga.
Hão de dizer que, passando por tão-altos cargos que se exercem em grandes cidades,
nas capitais, o futuro Mandachuva há de ter recebido outras impressões e ganhar, portanto,


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idéias mais amplas. Naturalmente, ele há de adquirir algumas, mas não tantas que modifiquem
a sua primitiva estrutura mental.
Durante este longo tempo em que ele passa como deputado, senador, isto e aquilo, o
esperançoso Mandachuva é absorvido pelas intrigas políticas, pelo esforço de ajeitar os
correligionários, pelo trabalho de amaciar os influentes e os preponderantes, na política geral e
regional. A sua atividade espiritual limita-se a isto.
Os preponderantes e influentes têm todo o interesse em não fazer subir os
inteligentes, os ilustrados, os que entendem de qualquer cousa; e tratam logo de colocar em
destaque um medíocre razoável que tenha mais ambição de subsídios do que mesmo a vaidade
do poder.
Além disso, eles têm que atender aos capatazes políticos das localidades das
províncias; e, em geral, estes últimos indicam, para os primeiros postos políticos, os seus filhos,
os seus sobrinhos e de preferência a estes: os seus genros.
A ternura do pai quer sempre dar essa satisfação à vaidade das filhas.
O futuro chefe do governo da Bruzundanga começa a sua carreira política pela mão
do sogro; e, relacionando-se com os bonzos de sua província, se é esperto e apoucado de
inteligência e saber, faz-se ainda mais; na maioria dos casos, porém, não é preciso tanto. Os
caides ficam logo contentes com ele. Mandam-no para a Câmara Geral; e, durante a primeira
legislatura, encarregam-no de comprar ceroulas, pares de meias, espingardas de dous canos,
óculos de grau tanto, de ir às repartições ver tal requerimento, de empenhar-se pelos exames
dos nhonhôs, etc...
Quando acaba a legislatura, o Messias anunciado para salvar a Bruzundanga é
possuidor de todo esse acervo de serviços ao partido. É reeleita. A sua lealdade e o seu natural
prestativo indicam-no logo para leader da bancada, senão da Câmara. Ei-lo em evidência. Os
jornalistas, grandes e pequenos, não o deixam, elogiam-no, dão-lhe o retrato nas folhas, fazem
pilhérias a respeito do homem; e ele autoriza a publicação de atos oficiais do governo de sua
província, cujas contas o erário departamental paga generosamente aos seus jornais e revistas.
Os calenders provincianos estão cada vez mais contentes com ele e o nosso homem já
economizou, sobre subsídios, mais do que a mulher trouxe para a sociedade conjugal.
É um homem metódico, pontual nos pagamentos, não gasta dinheiro em cousas
inúteis, como seja em livros.
Uma noite ou outra, vai ao Teatro Lírico, mas logo se aborrece, não só ele como a
futura Mme. Mandachuva. Preferia, madame, estar a dormir naquela hora, e ele a jogar solo na
botica, antes do que permanecerem ali, apertados nos vestuários, a ouvir umas cantorias em
língua que não entendem. Que saudades do gramofone! Para ele, há secas piores...
Ainda a música ele suporta um tanto, mas as tais exposições de pintura, as sessões de
Academias... Irra! Que estafa!
Foge de ir a elas; e todo o seu medo é vir a ser presidente da Bruzundanga, pois será
obrigado a comparecer a tais festas.
A sua leitura continua a ser os jornais, porém não pega mais nos manuais, nos
indicadores de legislação.
As necessidades artísticas de sua natureza se cifram no gramofone doméstico e nos
cinemas urbanos ou do arrabalde em que reside. Faz coleção dos programas destes últimos e,
com eles, organiza a sua opulenta biblioteca literária.
A proporção que sobe, mostra-se mais carola; não falta à missa, aos sermões,
comunga, confessa-se e os padres e irmãs de caridade têm-no já por aliado. Ah! Quem o visse
contar certas anedotas sobre padres, jogando o "truque", nos fundos da botica de sua terra!...
História antiga! O homem, hoje, é sinceramente católico, e tanto assim que acompanha
procissões de opa ou balandrau.
A ascensão dele a Senador até coincidiu com a sua eleição para irmão fabriqueiro da


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Santíssima Irmandade e Santo Afonso de Ligório e também com a de definidor da Santíssima
e Venerável Irmandade de Santo Onofre.
As cousas vão assim marchando; e ele, sempre calado, deixa-se ficar, rodando a
manivela do gramofone e do seu moinho de rezas.
Há uma complicação na escolha do Governador da província das Jazidas, onde ele
nasceu. Os caides não se entendem e o seu nome é apontado como conciliador, escolhido e
eleito. Aborrece-se um pouco, pois já estava habituado com a capital do país, e muito gostava
dela, apesar de mal a conhecer. Toma posse, entretanto. Surge, ao meio do seu governo
regional, não entre os caides, mas na comunhão dos emires que governam o país, um
desaguisado, com o problema da sucessão do Mandachuva, cujo tempo está a acabar. O nosso
homem não se define. Continua a dar corda no seu enorme e fanhoso gramofone e a rodar a
manivela do seu moinho de rezas. Os padres, que são seus aliados, não o abandonam; e nos
bastidores, por intermédio das mulheres dos políticos, insinuam-lhe o nome para o alto cargo
de Mandachuva. Ei-lo eleito, toma posse do cargo e do alcatifado palácio que a nação lhe dá
para residência.
O seu primeiro cuidado, e também da mulher, é fechar diversos aposentos para
diminuir o número de serviçais, de modo afazer economias na verba de representação.
O cargo dá-lhe certos incômodos, mas muitas vantagens: não paga selo nas cartas,
não paga bonde, trem, nem teatros, onde continua a quase não ir. O que o aborrece, sobretudo,
são as audiências públicas -- uma importunação para esse parente de São Luiz. Mais o amolar
que lhe dão fadiga. Ao sair de uma delas, diz à mulher:
-- Que povo aborrecido!
-- Mas que tem você com o povo? -- pergunta Mme. Mandachuva, a Egéria conjugal.
Para distrair-se, o esclarecido Mandachuva compra um bom gramofone e instala no
palácio um cinema.
É conveniente lembrar que, nesse mesmo palácio, ao tempo em que a Bruzundanga
era Império, executores famosos no mundo inteiro tinham tocado obras-primas musicais, no
violino e no piano. Houve progresso...
Eis aí um Mandachuva perfeito.


X

Força armada


NA Bruzundanga não existe absolutamente força armada. Há, porém, cento e setenta
e cinco generais e oitenta e sete almirantes. Além disto, há quatro ou cinco milheiros de
oficiais, tanto de terra como de mar, que se ocupam em fazer ofícios nas repartições. O fim
principal dessas repartições, no que toca ao Exército, é estudar a mudança de uniformes dos
mesmos oficiais. Os grandes costureiros de Paris não têm tanto trabalho em imaginar modas
femininas como os militares da Bruzundanga em conceber, de ano em ano, novos fardamentos
para eles.
Quando não lhes é possível de todo mudá-los, reformam o feitio do boné ou do
calçado. É assim que já usaram os oficiais do Exército de lá, coturnos, borzeguins, sandálias,
sabots e aquilo que nós chamamos aqui -- tamancos.
Entretanto, o Exército da Bruzundanga merece consideração, pois tem boas
qualidades que desculpam esses pequenos defeitos. É às vezes abnegado e quase sempre
generoso, e eu, que vivi entre os seus oficiais muito tempo, tendo tido muitas questões com
eles, posso dizer que jamais os supus tão tolerantes. Foi, no que me toca, um traço que, além


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de me surpreender, me cativou imensamente. Demais, apesar de toda e qualquer presunção que
se lhes possa atribuir, eles têm sempre um sincero respeito pelas manifestações da inteligência,
partam elas de onde partirem.
O mesmo não se pode dizer da Marinha. Ela é estrictamente militar e os seus oficiais
julgam-se descendentes dos primeiros homens que saíram de Pamir. Não há neles a
preocupação de constante mudança de fardamento; mas há a de raça, para que a Bruzundanga
não seja envergonhada no estrangeiro possuindo entre os seus oficiais de mar alguns de origem
javanesa. Os mestiços de javaneses, entretanto, têm dado grandes inteligências ao país, e
muitas.
A marinha da Bruzundanga, porém, com muito pouco entra para o inventário
intelectual da pátria que ela diz representar no estrangeiro com os seus navios paralíticos.
Se, de fato, lá houvesse Marinha, podia-se dizer que era mantida pelo povo da
Bruzundanga para gáudio e alegria dos países estranhos.
As principais produções dos arsenais de guerra do país são brinquedos aperfeiçoados;
e os da Marinha são muito estimados na nação pela perfeição das redes de pescaria que lhe
saem dos estaleiros.
Uma das curiosidades da Armada daquele país é a indolência tropical dos seus
navios que, às vezes, por mero capricho, teimam em não andar.
Enfim, a força armada da Bruzundanga é a cousa mais inocente deste mundo. Em
face dela, todo o pacifismo ou humanitarismo é perfeitamente ridículo.


XI

Um ministro


ESTAS "notas" sobre a Bruzundanga ameaçam não acabar mais. Temo, ao
escrevê-las tão longas como as Histórias de Heródoto, não virem elas, apesar disso, merecer a
imortalidade da obra do viajante grego.
Contudo, se a posteridade não encontrar nelas algum ensinamento, e as desprezar, os
contemporâneos do meu país podem achar nestas rápidas narrações de coisas de nação tão
remota, moldes, receitas e meios para esbodegar de vez o Brasil.
Esbocei em um capítulo antecedente o tipo de Mandachuva da Bruzundanga; agora,
vou ver se debuxo o de um ministro daquele país.
A Bruzundanga, como o Brasil, é um país essencialmente agrícola; e, como o Brasil,
pode-se dizer que não tem agricultura.
O regímen de propriedade agrícola lá, regímen de latifúndios com toques feudais, faz
que o trabalhador agrícola seja um pária, quase sempre errante de fazenda em fazenda, donde
é expulso por dá cá aquela palha, sem garantias de espécie alguma -- situação mais agravada
ainda pela sua ignorância, pela natureza das culturas, pela politicagem roceira e pela
incapacidade e cupidez dos proprietários.
Estes, em geral, são completamente inábeis para dirigir qualquer coisa, indignos da
função que a obscura marcha das coisas depositou em suas mãos. Pouco instruídos, apesar de
formados, nisto ou naquilo, e sem iniciativa de qualquer natureza, despidos de qualquer
sentimento de nobreza e generosidade para com os seus inferiores, mais ávidos de riqueza que
o mais feroz taverneiro, pimpãos e arrogantes, as suas fazendas ou usinas são governadas por
eles, quando o são, com a dureza e os processos violentos de uma antiga fazenda brasileira de
escravos.
Todos eles são políticos, senão de destaque, ao menos com influência nos lugares em


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que têm as suas fazendas agrícolas; e, apoiados na política, fazem o que querem, são senhores
de baraço e cutelo, eles ou os seus prepostos.
O pária agrícola (chamam lá colono ou caboclo), quando se estabelece nas suas
propriedades, tem todas as promessas e todas as garantias verbais. Constrói o seu rancho, que
é uma cabana de taipa coberta com o que nós chamamos sapê, e começa a trabalhar para o
barão, desta ou daquela maneira. Não me alongo mais sobre a vida deles, porque pouco vivi na
roça da Bruzundanga; mas posso asseverar que o trabalhador agrícola daquele país -- esteja o
café em alta, esteja em baixa, suba o açúcar, desça o açúcar -- há trinta anos ganha o mesmo
salário, isto é, dez tônios por dia, a seco, o que quer dizer, na nossa moeda, mil quinhentos e
dous mil-réis, sem alimentação.
Todos os salários têm subido na Bruzundanga, menos os dos trabalhadores agrícolas.
A parte povoada e cultivada do país tem já uma razoável população e talvez suficiente para as
suas necessidades, mas, à vista do pouco lucro que os trabalhadores agrícolas tiram do seu
suor, em breve deixam-se cair em marasmo, em desânimo, ou vêm a morrer de miséria nas
cidades, onde se sentem mais garantidos contra o arbítrio dos fazendeiros e seus prepostos.
Como os grandes agricultores e seus parentes são políticos, e deputados, e senadores,
e ministros, logo que sentem o êxodo dos naturais, começam a berrar que há falta de braços.
Publicam uns fascículos desonestamente optimistas, onde há as maiores hipérboles laudatórias
ao clima e à fertilidade da Bruzundanga e atraem emigrantes incautos.
Os primeiros que chegam com aquele fervor de quem "queimou os seus navios",
trabalham vigorosamente e abarrotam de dinheiro os régulos das feitorias; mas já seus filhos
não são assim. Logo se enchem do mesmo desânimo que os seus patrícios mais antigos, na
terra, e começam a cair naquele marasmo, naquela apatia, naquela tristeza, que se evola, com
um grande apelo à embriaguez sexual, das cantigas populares do país e cobre a roça da
Bruzundanga de um sudário impalpável.
A manobra dos fazendeiros e outros agricultores é mudar, de quando em quando, a
nacionalidade dos emigrantes que vão buscar. Assim, eles conseguem manter o fogo sagrado e
ter trabalhadores abnegados.
Tudo isto se dá porque o fazendeiro ou grande agricultor da Bruzundanga quer ter
da sua cultura lucros imensos que lhe proporcionem uma vida de fausto, a ele, aos filhos que
estudam para doutor, às filhas para casarem com a nobreza do país. O crédito agrícola é, por
isso, até prejudicial à lavoura da paradoxal República.
Em geral, vivem fora das propriedades, nas grandes cidades, sob o pretexto de
educarem as filhas e os filhos mas com o secreto intuito de arranjar bons partidos matrimoniais
para as meninas.
Foi entre semelhantes morubixabas que certo Mandachuva escolheu um seu Ministro
da Agricultura. Remontemos as origens desse cacique do açúcar, os piores da Bruzundanga,
pois lidam em geral com os naturais do pais que não têm a quem se queixar. Na província das
Canas, houvera um turumbamba mais ou menos oficialmente protegido por um Mandachuva,
motivo esse que derrubou a oligarquia da família dos Cravhos. Um usineiro muito rico da
mesma província, Phrancisco Novilho Ben Kosta, mais conhecido por Chico Caiana, tinha
adiantado dinheiro e assoldadado gente para que o general Tupinambá tomasse o lugar do
soba-mor Cravho Ben Mathos. O general vitorioso ficou muito agradecido ao Chico, e
prometeu dar-lhe uma posição de destaque na política.
Chico era o tipo do grande agricultor da Bruzundanga: nada entendia de agricultura,
mesmo daquela que dizia exercer.
As canas que moía nos seus engenhos, eram plantadas por outros, a quem ele
impunha o preço do carro como bem entendia; e, no que toca à moagem e preparo do açúcar,
aí já de indústria, ele nada ou pouco conhecia.
Apesar de bacharel em direito, mal lia os jornais e o seu forte, em aritmética, era a


[Linha 1700 de 3733 - Parte 2 de 4]


conta de juros, de cabeça. A sua usina era de fato dirigida por um francês boêmio, Ormesson,
a quem chamavam de doutor, apesar de ter ele unicamente um simples curso do Conservatoire
des Arts et Métiers, de Paris.
Charles Ormesson, o tal francês, com o ser prático e hábil no ofício, era um
extravagante incorrigível; e, como tal, pouco exigente de dinheiro e facilmente explorável.
Bebia desregradamente e fazia do feroz doutor Chico Novilho gato e sapato. O doutor
Novilho não o despedia, apesar de seus pruridos disciplinadores até à tirania, por sordícia.
Caiana nada entendia daqueles mistérios de fazer da cana, açúcar; e, se fosse mexer nos
aparelhos, nas turbinas, dosar o caldo, etc., etc., a cousa era capaz de explodir como pólvora.
Acrescia mais ainda que ele conseguia pagar a Ormesson o que bem entedia; e, se quisesse
substituí-lo, o outro talvez custasse mais caro. Aturava o francês e explorava-o. Conservando
Ormesson, reservava o seu autoritarismo para os outros pobres diabos de empregados
subalternos, colonos e mais gente sob o seu guante.
Toda a manhã, em tempo de safra, inteiramente de branco, montado no "Quitute",
um cavalo ruço-malhado, Caiana, corria os canaviais; e, se se encontrava com um comboio de
canas, nas usineiras linhas Decauville, olhava a pequena locomotiva e sempre se lembrava de
admoestar o foguista-maquinista:
-- Olhe o manômetro que não está limpo.
Eis aí a sua agricultura, de que veio tirá-lo o braço forte do general Tupinambá.
Vejamos como. Ascendendo à governança da Província das Canas, Tupinambá tratou logo de
eleger senador da Bruzundanga o seu forte esteio eleitoral, o doutor Chico Caiana. Arranjaram
as atas e mandaram-nas, e mais ele, para a capital do país.
Quando saltou, era um gozo ver o Chico Caiana atravessar as ruas com um ostentoso
chapéu Panamá, terno de linho branco, botinas inteiriças de pelica amarela e açoiteira pendente
do pulso direito. Olhava tudo alvarmente; e, de quando em quando, ficava surpreendido de
que ninguém o conhecesse. O doutor Chico Caiana, da usina do Cambambu! Não conhecem?
Que gente fútil!
O Senado não o quis reconhecer; porém, Mandachuva, que tinha a palavra
empenhada com Tupinambá, arranjou as cousas. Determinou que o Ministro da Guerra fosse
estudar na Europa o fabrico dos mais modernos medicamentos alemães; transferiu o Ministro
da Agricultura para a pasta da Guerra e nomeou Caiana para aquela outra.
Tomando posse, o famoso e prático usineiro imediatamente teve uma grande
admiração.
-- Onde está aqui agricultura?... Estes papéis... Isto não é prático!... Quero cousas
práticas!... Canaviais... Engenhos... Qual! Isto não é prático! Vou fazer uma reforma!
Mandou chamar Ormesson para ajudá-lo e, nesse ínterim, andou às cristas com os
seus subalternos. Vinha o chefe da Contabilidade e ele gritava:
-- Qual verba 29, letra A! Isto é uma trapalhada! Quero cousas práticas! Vou chamar
o Félix, o meu guarda-livros, lá do Cambambu, a minha usina. Conhece?
O inspetor do serviço de veterinária vinha pedir-lhe autorização para instalar um
laboratório e Caiana berrava:
-- Qual laboratório! Qual nada! Tudo isto é pomada! Vou mandar chamar o
Nicodemo. Conhece? Pois trata toda a espécie de moléstias de animais com sangria ou óleo de
andaiaçu. Quero cousas práticas! Práticas, está ouvindo?
Tendo chegado o francês e o guarda-livros, ele recomendou ao primeiro:
-- Ormesson, vê como havemos de fazer isto aqui ser mesmo de agricultura. Quero
cousa prática! Hein? Vê lá, se vais beber! Hein?
Ao guardo-livros, ele disse:
-- Tome conta dessas cousas de papéis aí, que não pesco nada disso.
A Nicodemo, nada o doutor Chico recomendou, porque o alveitar não quis deixar as


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Canas.
O francês não bebeu e, dias depois, trouxe o projeto de transformar a chácara da
Secretaria em campo agrícola.
-- Amendoim! -- exclamou o Ministro. -- Não dá nada! Se fosse cana... "Mindobi", só
para preta velha vender torrado...
Ele não conhecia, não admitia outra cultura que não fosse a da cana-de-açúcar.
Ormesson convenceu-o e o ministro determinou o plantio aconselhado. Um dos diretores
pediu autorização para admitir trabalhadores.
-- Trabalhadores! Ponha lá os escriturários, esses escreventes todos...
-- Mas...
-- Não tem mas, não tem nada! Quem não quiser, deixe o lugar, que eu arranjo outros
mais baratos.
Não houve remédio senão os oficiais da sua Secretaria de Estado irem puxar o rabo
da enxada.
Houve, no ano seguinte, uma complicação internacional e o açúcar começou a ser
procurado. Chico Caiana não se importou mais com as cousas do ministério e aproveitou a
posição para ganhar dinheiro. Durante muito tempo, o Mandachuva não o viu. O guarda-livros
era quem lhe levava os atos necessitados da assinatura presidencial.
Um dia o chefe do governo perguntou ao auxiliar do grande agricultor:
-- Onde está o doutor Phrancisco Novilha?
-- Está ocupado com coisas práticas.

XII

Os heróis


A República da Bruzundanga, como toda a pátria que se preza, tem também os seus
heróis e as suas heroínas.
Não era possível deixar de ser assim, tanto mais que a prática sempre foi feita para os
heróis, e estes, sinceros ou não, cobrem e desculpam o que ela tem de sindicato declarado.
Um país como a Bruzundanga precisa ter os seus heróis e as suas heroínas para
justificar aos olhos do seu povo a existência fácil e opulenta das facções que a têm dirigido.
O mais curioso herói da pátria bruzundanguense é sem dúvida uma senhora que nada
fez por ela, antes perturbou-lhe a vida, auxiliando um aventureiro estrangeiro que se meteu nas
suas guerras civis.
Para bem compreenderem o meu pensamento, é preciso que antes lhes recorde por
alto alguns pontos da história política da Bruzundanga. Vou fazê-lo.
A atual república consta de territórios descobertos pelos iberos e povoados por eles e
por outros povos das mais variadas origens.
Os colonizadores fundaram várias feitorias; e, quando fizeram a independência da
Bruzundanga, essas feitorias ficaram sendo províncias do Império que foi criado.
Feita a República, elas ficaram mais ou menos como eram, com mais independência e
outras regalias. Portanto, é claro que a evolução política da Bruzundanga tinha por expressão a
unidade dessas províncias, e era mesmo o seu fim. Qualquer pessoa que tenha tentado, ou
venha a tentar, o desmembramento dessas províncias, não pode ser tido como herói nacional.
Pois bem: um senhor estrangeiro, cheio de qualidades, talvez, meteu-se de parceria
com uns rebeldes, para separar uma dessas províncias do bloco bruzundanguense. Isto ao
tempo do império. Em caminho, em uma de suas correrias, encontrou-se com uma moça da
Bruzundanga que se apaixonou por ele. Seguiu-o nas suas aventuras e combates contra a união


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bruzundanguense.
Até aí nada de novo. É comum, até. Mas querer fazer de semelhante dama heroína
da Bruzundanga, é que nunca pude compreender. Eu me ponho aqui no ponto de vista dos
patriotas, para os quais a pátria é una e indivisível. Se me pusesse sob qualquer outro ponto de
vista, então a tal dama heroína nada de notável teria a meus olhos a não ser a dedicação até ao
sacrifício pelo seu amante, mais tarde seu marido. Isto mesmo, porém, não é virtude que torne
uma mulher excepcional, pois é comum nelas, a menos que tal dedicação sirva de moldura às
qualidades excepcionais do seu marido ou do seu amante. No caso, porém, encarando-o
estrictamente sob o aspecto da evolução política da Bruzundanga, o seu marido não era mais
do que um aventureiro.
É semelhante senhora que lá, naquelas plagas, comparam à Jeanne d'Arc. Admirável!
Por aí, podem os senhores ver de que estofo são os heróis da Bruzundanga; mas há
outros.
Como sabem, a Bruzundanga foi, durante um século, Império ou Monarquia. Há seis
ou sete lustros os oficiais do seu exército começaram a ficar descontentes e juntaram-se a
outros descontentes civis, que tinham achado para resumir as suas vagas aspirações a palavra
República. Começaram a agitar-se e, em breve, tinham a adesão dos senhores de escravos, cuja
libertação os fizera desgostosos com o trono da Bruzundanga.
Os amigos do Império, vendo que as cousas perigavam, trataram de enfrentar a
corrente com decisão e chamaram, para condestável da Bruzundanga, um velho general que
vivia retirado nas suas propriedades agrícolas.
Era de crer que semelhante condestável pudesse ser vencido, mas que confabulasse
com os inimigos que vinha combater, não era possível admitir! Pois foi o que ele fez. Não sou
eu quem o diz; são os seus próprios companheiros. Ainda há meses, recebi um jornal da
Bruzundanga, em que um grande e notável fabricante da República de lá contava como as
cousas se tinham passado. Narra esse senhor, como o condestável, nas vésperas da
proclamação da República, enganara aqueles que tinham depositado confiança nele, para servir
os contrários. Eis aí os começos de um herói da República dos Estados Unidos da
Bruzundanga! Ele, porém, ainda nos merece mais algumas palavras. Este último herói é lá
chamado Consolidador da República. Sabem por quê? Porque não consolidou cousa alguma.
Não houve Mandachuva, pois ele o foi, da Bruzundanga, quem mais desrespeitasse as leis da
República. Entender-se-ia que a havia consolidado se o seu governo fosse fecundo dentro das
leis da Bruzundanga. Ele, porém, saltou por cima de todas elas e governou a seu talante.
Mostrou que as leis da República não prestavam e, longe de consolidá-las, abalou-as nos seus
fundamentos. Tal cousa, na hipótese do seu governo ter sido bom e fecundo; mas não o foi.
Isto, porém, não nos interessa. Ele é um dos heróis da Bruzundanga que, em falta de um
Carlyle, teve um aqui escultor que lhe fez um monumento, erecto em uma das praças da
capital, monumento tão curioso que precisa de um guia, de um tratado escrito, para ser
compreendido. Arte do futuro; Beyreuth da Bruzundanga.
Outro herói da Bruzundanga é o Visconde de Pancome. Este senhor era de fato um
homem inteligente, mesmo de talento; mas lhe faltava o senso do tempo e o sentimento do seu
país. Era um historiógrafo; mas não era um historiador. As suas idéias sobre história eram as
mais estreitas possíveis: datas, fatos estes mesmos políticos. A história social, ele não a sentia e
não a estudava. Tudo nele se norteava para a ação política e, sobretudo, diplomática. Para ele
(os seus atos deram a entender isto) um país só existe para ter importância diplomática nos
meios internacionais. Não se voltava para o interior do país, não lhe via a população com as
suas necessidades e desejos. Pancome sempre tinha em mira saber como havia de pesar, lá
fora, e ter o aplauso dos estrangeiros.
Sabendo bem a história política da Bruzundanga, julgava conhecer bem a nação.
Sabendo bem a geografia da Bruzundanga, imaginava ter o país no coração.


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Entretanto, forçoso é dizer que Pancome desconhecia as ânsias, as dificuldades, as
qualidades e defeitos de seu povo. A história econômica e social da Bruzundanga ainda está
por fazer, mas um estadista (critério clássico) deve tê-la no sentimento. Pancome não a tinha
absolutamente. A sua visão era unicamente diplomática e tradicionalista.
Estava como embaixador em um país qualquer e um Mandachuva fê-lo Ministro de
Estrangeiros. Logo que tomou posse, o seu primeiro cuidado foi mudar o fardamento dos
contínuos. Pôs-lhes umas longas sobrecasacas com botões dourados. A primeira reforma.
Tendo conseguido adjudicar à Bruzundanga vastos territórios, graças à leitura atenta de
modestos autores esquecidos, a sua influência sobre o ânimo do Mandachuva, era imensa.
Convenceu-o que devia modificar radicalmente o aspecto da capital. Era preciso, mas devia
ser feito lentamente. Ele não quis assim e eis a Bruzundanga, tornando dinheiro emprestado,
para pôr as velhas casas de sua capital abaixo. De uma hora para outra, a antiga cidade
desapareceu e outra surgiu como se fosse obtida por uma mutação de teatro. Havia mesmo na
cousa muito de cenografia.
Não contente com isto, convenceu o Mandachuva que devia adquirir uma esquadra
poderosa. Eis a Bruzundanga a pedir dinheiro aos judeus da City para construir uma esquadra
poderosa. E as festas? E os anúncios?

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Os Bruzundangas - Lima Barreto - Parte 3 de 4
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sábado, 21 de outubro de 2017

Os Bruzundangas - Parte 1 de 4 - Lima Barreto


Os Bruzundangas - Parte 1 de 4 - Lima Barreto

Os Bruzundangas - Lima Barreto



Pode-se dizer que um escritor duplamente injustiçado no Brasil é Lima Barreto. Isso porque, na sua época, ser pobre e mulato, além de escrever com linguagem mais próxima do homem comum, foram elementos que o impediram de ter o reconhecimento merecido por sua obra (vale destacar que seu nome foi negado duas vezes para a Academia Brasileira de Letras); já no nosso tempo, temos o cruel fator vestibular, que muitas vezes relega excelentes autores a uma mera lista de características a serem memorizadas, retirando todo o brilho de seus escritos. Pois o objetivo deste texto é justamente reabilitar um pouco de Lima Barreto para o público, mostrando a graça e a atualidade de sua escrita. Os Bruzundangas, compilada e publicada postumamente em 1923.



PREFÁCIO

Hais tous maux où qu'ils soient,
très doux Fils.
Joinville. São Luís.

Na Arte de furtar, que ultimamente tanto barulho causou entre os eruditos, há um
capítulo, o quarto, que tem como ementa esta singular afirmação: "Como os maiores ladrões
são os que têm por oficio livrar-nos de outros ladrões".
Não li o capítulo, mas abrindo ao acaso um exemplar do curioso livro, achei
verdadeira a cousa e boa para justificar a publicação destas despretensiosas "Notas".
A "Bruzundanga" fornece matéria de sobra para livrar-nos, a nós do Brasil, de piores
males, pois possui maiores e mais completos. Sua missão é, portanto, como a dos "maiores" da
Arte, livrar-nos dos outros, naturalmente menores.
Bem precisados estávamos nós disto quando temos aqui ministros de Estado que são
simples caixeiros de venda, a roubar-nos muito modestamente no peso da carne-seca, enquanto
a Bruzundanga os tem que se ocupam unicamente, no seu ofício de ministro, de encarecerem o
açúcar no mercado interno, conseguindo isto com o vendê-lo abaixo do preço da usina aos
estrangeiros. Lá, chama-se a isto prover necessidades públicas; aqui, não sei que nome teria...
E semelhante ministro daqueles "maiores" de que a Arte nos fala, destinados a
ensinar-nos como nos livrar dos nossos modestos caixeiros de mercearias ministeriais.
Não contente com ter dessas cousas, a Bruzundanga possui outras muitas que
desejava enumerar todas, pois todas elas são dignas de apreço e portadoras de ensinamentos
proveitosos.
Como não poderíamos aproveitar aquele caso de um doutor da Bruzundanga, ele
mesmo açambarcador de cebolas, que vai para uma comissão, nomeada para estudar as causas
da carestia da vida, e propõe que se adotem leis contra os estancadores de mercadorias?
É que este doutor dos "maiores" de que nos fala o célebre livrinho sabia
perfeitamente que não estancava e tinha o hábito de reservas mentais. Não açambarcava, mas
"aliviava" logo uma grande porção de mercadorias para o estrangeiro, por qualquer cousa, de
modo que... Le pauvre homme! Podia até iludir o nosso pobre Peckmann!
Com este exemplo, os menores daqui poderão ser denunciados por este grandalhão
de lá, tão generoso e desinteressado, e o nosso povo poderá livrar-se deles.
Conheci na Bruzunganga um rapaz (creio que está nas "Notas"), de rabona de sarja e
ares de familiar do Santo Ofício, mas tresandando a Comte, senão a anticlericalismo, que, de
uma hora para a outra, se fez reitor do Asilo de Enjeitados, apandilhado com padres e frades,
depois de ter arranjado um rico casamento eclesiástico, a fim de ver se, com o apoio da sotaina
e do solidéu, se fazia ministro ou mesmo mandachuva da República. Que "maior" não acham?
E aquele que, tendo sido ministro do imperador da Bruzundanga e seu conselheiro,
se transformou em açougueiro para vender carne aos vizinhos a dez mil-réis de mel coado,
graças às isenções que obteve com o prestígio do seu nome, dos seus amigos, da sua família e
das suas antigas posições, enquanto os seus patrícios pagavam-lhe o dobro?
Quantos exemplos de lá, bem grandes, nos irão precaver contra os pequeninos de


[Linha 50 de 3733 - Parte 1 de 4]


cá... A Arte fala a verdade...
Outra cousa curiosa da Bruzunganga, das grandes, das extraordinárias, é a sua
"Defesa Nacional".
Lá, como em toda a parte, se devia entender por isso a aquisição de armamentos,
munições, equipamentos, adestramento de tropas, etc., mas os doges do Kaphet (vide texto)
entenderam que não; que era dar-lhes dinheiro, para elevar artificialmente o preço de sua
especiaria. De que modo? Retendo o produto, proibindo-lhe a exportação desde certo limite,
conquanto se houvessem tenazmente oposto a que semelhante medida fosse tomada no que
toca às utilidades indispensáveis a nossa vida: cereais, carnes, algodão, açúcar, etc.
É preciso notar que tais utilidades, como já fiz notar, iam para o estrangeiro por
metade do preço, menos até.
Aprendamos por aí a conhecer os nossos "menores".
Poderia muito bem falar de outros grossos casos de li, capazes de nos livrar doa tais
pequenos daqui; mas, para quê?
As páginas que se seguem vão rever-los e eu me dispenso de narrá-los neste curto
prefácio, Pobre terra da Bruzundanga! Velha, na sua maior parte, como o planeta, toda a sua
missão tem sido criar a vida e a fecundidade para os outros, pois nunca os que nela nasceram,
as que nela viveram, os que a amaram e sugaram-lhe o leite, tiveram sossego sobre o seu solo!
Ainda hoje, quando o geólogo encontra nela um queixal de Magatherium ou um
fêmur de Propithecus tem vontade de oferecer à Minerva uma hecatombe de bois brancos!
Vivos, os bona são tangidos daqui para ali, corridos, vexados, se têm grandes ideais;
mortos, os seus ossos esperam que os grandes rios da Bruzunganga os levem para fecundar a
terra dos outros, lá embaixo, muito longe...
Tudo nela é caprichoso, e vário e irregular. Aqui terreno fértil, úbere; acolá, bem
perto, estéril, arenos.
Se a jusante sobra cal, falta água; se há para montante, falta cal...
As suas florestas são caprichosas também; as essências não se associam. Vivem
orgulhosamente isoladas, tornando-lhes penosa a exploração. Aqui, está uma espécie e outra
semelhante só sé encontrará mais além, distante...
Envelheceu, está caduca e tudo que vem para ela sofre-lhe o contágio da sua
antiguidade: caduquece!
Contudo, e talvez por isso mesmo, os seus costumes e hábitos podem servir-nos de
ensinamento, pois, conforme a Arte de furtar diz: "os maiores ladrões são os que têm por
ofício livrar-nos de outros ladrões".
Por intermédio dos dela, dos dessa velha e ainda rica terra da Bruzundanga,
livremo-nos dos nossos: é o escopo deste pequeno livro.

LIMA BARRETO

Todos os Santos, 2-9-17.

Capítulo especial

Os samoiedas


Vazios estais de Cristo, vós que vos justificais pela lei; da graça tendes caído.

SÃO PAULO aos Gálatas



[Linha 100 de 3733 - Parte 1 de 4]



QUERIA evitar, mas me vejo obrigado a falar na literatura da Bruzundanga. E um
capítulo dos mais delicados, para tratar do qual não me sinto completamente habilitado.
Dissertar sobre uma literatura estrangeira supõe, entre muitas, o conhecimento de
duas cousas primordiais : idéias gerais sobre literatura e compreensão fácil do idioma desse
povo estrangeiro. Eu cheguei a entender perfeitamente a língua da Bruzundanga, isto é, a
língua falada pela gente instruída e a escrita por muitos escritores que julguei excelentes; mas
aquela em que escreviam os literatos importantes, solenes, respeitados, nunca consegui
entender, porque redigem eles as suas obras, ou antes, os seus livros, em outra muito diferente
da usual, outra essa que consideram como sendo a verdadeira, a lídima, justificando isso por
ter feição antiga de dous séculos ou três.
Quanto mais incompreensível é ela, mais admirado é o escritor que a escreve, por
todos que não lhe entenderam o escrito.
Lembrei-me, porém, que as minhas noticias daquela distante república não seriam
completas, se não desse algumas informações sobre as suas letras; e resolvi vencer a hesitação
imediatamente, como agora venço.
A Bruzundanga não podia deixar de tê-las, pois todo o povo, tribo, clã, todo o
agregado humano, enfim, tem a sua literatura e o estudo dessas literaturas muito tem
contribuído para nós nos conhecermos a nós mesmos, melhor nos compreendermos e mais
perfeitamente nos ligarmos em sociedade, em humanidade, afinal.
Seria uma falha minha nada dizer eu sobre as belas-letras da Bruzundanga que as tem
como todos os países, a não ser o nosso que, conforme sentenciou a Gazeta de Notícias, não
merece tê-las, pois o literato não tem função social na nossa sociedade, provocando tal opinião
o protesto de um sociólogo inesperado. Devem estar lembrados deste episódio -- creio eu.
Continuemos, porém, na Bruzundanga.
Nela, há a literatura oral e popular de cânticos, hinos, modinhas, fábulas, etc.; mas
todo esse folk-lore não tem sido coligido e escrito, de modo que, dele, pouco lhes posso
comunicar.
Porém, um canto popular que me foi narrado com todo o sabor da ingenuidade e dos
modismos peculiares ao povo, posso reproduzir aqui, embora a reprodução não guarde mais
aquele encanto de frase simples e imagens familiares das anônimas narrações das coletividades
humanas.
Na versão dos populares da curiosa república, o conto se intitula -- "O GENERAL E
O DIABO" -- havendo uma variante sob a alcunha de -- "O PADRE E O DIABO". Como não
tivesse de cor nem as palavras da versão mais geral, nem as da variante, aproveitei o tema,
alguma cousa do corpo da "história" e narro-a aqui, certamente muito desfigurada, sob a
crisma de:

SUA EXCELÊNCIA

O ministro saiu do baile da embaixada, embarcando logo no carro. Desde duas horas
estivera a sonhar com aquele momento, Ansiava estar só, só com o seu pensamento, pesando
bem as palavras que proferira, relembrando as atitudes e os pasmos olhares dos circunstantes.
Por isso entrara no coupé depressa, sôfrego, sem mesmo reparar se, de fato, era o seu. Vinha
cegamente, tangido por sentimentos complexos: orgulho, força, valor, vaidade.
Todo ele era um poço de certeza. Estava certo do seu valor intrínseco; estava certo
das suas qualidades extraordinárias e excepcionais. A respeitosa atitude de todos e a
deferência universal que o cercava eram nada mais, nada menos que o sinal da convicção geral
de ser ele o resumo do país, a encarnação dos seus anseios. Nele viviam os doridos queixumes
dos humildes e os espetaculosos desejos dos ricos. As obscuras determinações das coisas,


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acertadamente, haviam-no erguido até ali, e mais alto levá-lo-iam, visto que só ele, ele só e
unicamente, seria capaz de fazer o país chegar aos destinos que os antecedentes dele
impunham...
E ele sorriu, quando essa frase lhe passou pelos olhos, totalmente escrita em
caracteres de imprensa, em um livro ou em um jornal qualquer, Lembrou-se do seu discurso de
ainda agora:
"Na vida das sociedades, como na dos indivíduos"...
Que maravilha! Tinha algo de filosófico, de transcendente. E o sucesso daquele
trecho? Recordou-se dele por inteiro:
"Aristóteles, Bacon, Descartes, Spinosa e Spencer, como Sólon, Justiniano, Portalis
e Ihering, todos os filósofos, todos os juristas afirmam que as leis devem se basear nos
costumes"...
O olhar, muito brilhante, cheio de admiração -- o olhar do leader da oposição -- foi o
mais seguro penhor do efeito da frase...
E quando terminou! Oh!
"Senhor, o nosso tempo é de grandes reformas; estejamos com ele: reformemos!"
A cerimônia mal conteve, nos circunstantes, o entusiasmo com que esse final foi
recebido.
O auditório delirou. As palmas estrugiram; e, dentro do grande salão iluminado,
pareceu-lhe que recebia as palmas da Terra toda.
O carro continuava a voar. As luzes da rua extensa apareciam como um só traço de
fogo; depois sumiram-se.
O veículo agora corria vertiginosamente dentro de uma névoa fosforescente. Era em
vão que seus augustos olhos se abriam desmedidamente; não havia contornos, formas, onde
eles pousassem.
Consultou o relógio. Estava parado? Não; mas marcava a mesma hora, o mesmo
minuto da sua saída da festa.
-- Cocheiro, onde vamos?
Quis arriar as vidraças. Não pôde; queimavam.
Redobrou os esforços, conseguindo arriar as da frente.
Gritou ao cocheiro:
-- Onde vamos? Miserável, onde me levas?
Apesar de ter o carro algumas vidraças arriadas, no seu interior fazia um calor de
forja. Quando lhe veio esta imagem, apalpou bem, no peito, as grã-cruzes magníficas. Graças a
Deus, ainda não se haviam derretido. O Leão da Birmânia, o Dragão da China, o Lingão da
Índia estavam ali, entre todas as outras, intactas.
-- Cocheiro, onde me levas?
Não era o mesmo cocheiro, não era o seu. Aquele homem de nariz adunco, queixo
longo com uma barbicha, não era o seu fiel Manuel!
-- Canalha, pára, pára, senão caro me pagarás!
O carro voava e o ministro continuava a vociferar:
-- Miserável! Traidor! Pára! Pára!
Em uma dessas vezes voltou-se o cocheiro; mas a escuridão que se ia, aos poucos
fazendo quase perfeita, só lhe permitiu ver os olhos do guia da carruagem, a brilhar de um
brilho brejeiro, metálico e cortante. Pareceu-lhe que estava a rir-se.
O calor aumentava. Pelos cantos o carro chispava. Não podendo suportar o calor,
despiu-se. Tirou a agaloada casaca, depois o espadim, o colete, as calças...
Sufocado, estonteado, parecia-lhe que continuava com vida, mas que suas pernas e
seus braços, seu tronco e sua cabeça dançavam, separados.
Desmaiou; e, ao recuperar os sentidos, viu-se vestido com uma reles "libré" e uma


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grotesca cartola, cochilando à porta do palácio em que estivera ainda há pouco e de onde, saíra
triunfalmente, não havia minutos.
Nas proximidades um coupé estacionava.
Quis verificar bem as coisas circundantes; mas não houve tempo.
Pelas escadas de mármore, gravemente, solenemente, um homem (pareceu-lhe isso)
descia os degraus, envolvido no fardão que despira, tendo no peito as mesmas magníficas
grã-cruzes...
Logo que o personagem pisou na soleira, de um só ímpeto aproximou-se e,
abjectamente, como se até ali não tivesse feito outra coisa, indagou:
-- Vossa Excelência quer o carro?
Como esta há, na Bruzundanga, muitas outras "histórias" que correm de boca em
boca e se transmitem de pai a filho.
Os literatos, propriamente, aqueles de bons vestuários e ademanes de encomenda,
não lhes dão importância, embora de todo não desprezem a literatura oral. Ao contrário: todos
eles quase não têm propriamente obras escritas; a bagagem deles consta de conferências,
poesias recitadas nas salas, máximas pronunciadas na intimidade de amigos, discursos em
batizados ou casamentos, em banquetes de figurões ou em cerimônias escolares, cifrando-se,
as mais das vezes, a sua obra escrita em uma plaquette de fantasia de menino, coletâneas de
ligeiros artigos de jornal ou num maçudo compêndio de aula, vendidos, na nossa moeda, à
razão de quinze ou vinte mil-réis o volume.
Estes tais são até os escritores mais estimados e representativos, sobretudo quando
empregam palavras obsoletas e são médicos com larga freguesia.
São eles lá, na Bruzundanga, conhecidos por "expoentes" e não há moça rica que não
queira casar com eles. Fazem-no depressa porque vivem pouco e menos que os seus livros
afortunados. Há outros aspectos. Vamos ver um peculiar.
O que caracteriza a literatura daquele país, é uma curiosa escola literária lá conhecida
por "Escola Samoieda".
Não que todo o escritor bruzundanguense pertença a semelhante rito literário; os
mais pretenciosos, porém, e os que se têm na conta de sacerdotes da Arte, se dizem
graduados, diplomados nela. Digo -- "caracteriza", porque, como os senhores verão no correr
destas notas, não há na maioria daquela gente uma profundeza de sentimento que a impila a ir
ao âmago das cousas que fingem amar, de decifrá-las pelo amor sincero em que as têm, de
querê-las totalmente, de absorvê-las. Só querem a aparência das cousas. Quando (em geral)
vão estudar medicina, não é a medicina que eles pretendem exercer, não é curar, não é ser um
grande médico, é ser doutor; quando se fazem oficiais do exército ou da marinha, não é
exercer as obrigações atinentes a tais profissões, tanto assim que fogem de executar o que é
próprio a elas. Vão ser uma ou outra cousa, pelo brilho do uniforme. Assim também são os
literatos que simulam sê-lo para ter a glória que as letras dão, sem querer arcar com as dores,
com o esforço excepcional, que elas exigem em troca. A glória das letras só as tem, quem a
elas se dá inteiramente; nelas, como no amor, só é amado quem se esquece de si inteiramente e
se entrega com fé cega. Os samoiedas, como vamos ver, contentam-se com as aparências
literárias e a banal simulação de notoriedade, umas vezes por incapacidade de inteligência, em
outras por instrução insuficiente ou viciada, quase sempre, porém, por falta de verdadeiro
talento poético, de sinceridade, e necessidade, portanto, de disfarçar os defeitos com
pelotiquices e passes de mágica intelectuais.
Tendo convivido com alguns poetas samoiedas, pude estudar um tanto
demoradamente os princípios teóricos dessa escola e julgo estar habilitado a lhes dar um
resumo de suas regras poéticas e da sua estética.
Esses poetas da Bruzundanga, para dar uma origem altissonante e misteriosa à sua
escola, sustentam que ela nasceu do poema de um príncipe samoieda, que viveu nas margens


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do Ártico, nas proximidades do Óbi ou do Lena, na Sibéria, um original que se alimentava da
carne de mamutes conservados há centenas de séculos nas geleiras daquelas regiões.
Essa espécie de alimentação do longínquo príncipe poeta dava aos olhos de todos
eles, singular prestígio aos seus versos e aos do fundador, embora pouco eles os conhecessem.
O príncipe chamava-se Tuque-Tuque Fit-Fit e o seu poema Parikáithont Vakochan, o
que quer dizer no nosso calão -- O silêncio das renas no campo de gelo.
Tuque-Tuque Fit-Fit era descrito pelos "samoiedas" da Bruzundanga como sendo
uma beleza sem par e triunfal entre as deidades daquelas regiões árticas.
Tudo isto era fantástico, mas graças à credulidade dos sábios do país, só um ou outro
desalmado tinha a coragem de contestar tais lendas.
Como todos nós sabemos, a raça samoieda é de estatura baixa, pouco menos que a
dos lapões, cabelos longos, duros e negros de jade, vivendo da carne de renas, de urso branco,
quando a felicidade lhe fornece um. Tais homens andam em trenós e fazem kayacs de peles de
renas ou focas que eles empregam para capturar estas últimas.
As suas concepções religiosas são reduzidas, e os seus ídolos, manipansos hediondos,
tocos de pau besuntados de pinturas incoerentes. Vestem-se, os samoiedas, com peles de renas
e outros animais hiperbóreos.
Entretanto, na opinião dos poetas daquela república, que dizem seguir as teorias da
literatura do Oceano Ártico, não são os samoiedas assim, como o contam os mais autorizados
viajantes; mas sim os mais belos espécimens da raça humana, possuindo uma civilização digna
da Grécia antiga.
Esta Grécia serve para tudo, especialmente na Bruzundanga...
Em geral, os vates bruzundanguenses adeptos da tal escola samoieda, como os
senhores vêem, não primam pela ilustração; e, quando se conteste no tocante à beleza de tais
esquimós, respondem categoricamente que a devem ter extraordinária, pois quanto mais fria é
a região, mais belos são os tipos, mais altos, mais louros, e os samoiedas vivem em zona
frigidíssima.
Não há como discutir com eles, porque todos se guiam por idéias feitas, receitas de
julgamentos e nunca se aventuram a examinar por si qualquer questão, preferindo resolvê-las
por generalizações quase sempre recebidas de segunda ou terceira mão, diluídas e desfiguradas
pelas sucessivas passagens de uma cabeça para outra cabeça.
Atribuem, sem base alguma, a esse tal Tuque-Tuque a fundação da escola, apesar de
nunca lhe terem lido as poesias nem a sua arte poética.
Sempre procurei saber por que se enfeitavam com esse exótico avoengo; as razões
psicológicas, eu as encontrei na vaidade deles, no seu desejo de disfarçar a sua inópia poética
com um padrinho esquisito e misterioso; mas o núcleo da lenda, o grãozinho de areia em torno
do qual se concretizava o mito ártico da escola, só ultimamente pude encontrar.
Consegui descobrir entre os livros de um inglês meu amigo, Senhor Parsons, um
volume do Senhor H. T. Switbilter, de Bristol (Inglaterra) -- Literature of the Stingy Peoples; e
encontrei nele alguns versos samoiedas. São anônimos, mas o estudioso de Bristol declara que
os recolheu da boca de um certo Tuck-Tuck, samoieda de nação, que ele conheceu em 1867,
quando foi encarregado pela Sociedade Paleontológica de Bristol de descobrir na embocadura
dos grandes rios da Sibéria monstros antediluvianos conservados no gelo, como escaparam de
encontrar, quase intactos, o naturalista Pallas, nos fins do século XVIII, e o viajante Adams,
em 1806. A história do tal príncipe Tuque-Tuque alimentar-se de carne de elefantes fósseis,
parece ter origem no fato bem sabido de terem os cães devorado as carnes do mamute, cujo
esqueleto Adams trouxe para o museu de São Petersburgo; e o príncipe já sabemos quem é.
O Senhor Switbilter pouco acrescenta a algumas poesias que publica; e as que estão
no volume, traduzidas, são por demais monstruosas, sempre com um mesmo pensamento
denunciando uma concepção estreita da vida e do universo, muito explicável em bárbaros


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glaciais.
O viajante inglês que conhece o samoieda, entretanto, diz aqui e ali, que elas são
enfáticas, sem quantidade de sentimento ou um acento musical agradável e individual,
descaindo quase sempre para a melopéia ou o "tantã" ignaro, quando não alternam uma cousa e
outra.
Mas não foi no livro do Senhor Switbilter que os augustos poetas da Bruzundanga
foram encontrar as bases da sua escola. Eles não conhecem esse autor, pois nunca os vi citá-lo.
Eles, os "samoiedas" da Bruzundanga, encontraram o mestre nos escritos de um tal
Chamat ou Chalat, um aventureiro francês que parece ter estado no país daquela gente ártica,
aprendido um pouco da língua dela e se servido do livro do viajante inglês para defender uma
poética que lhe viera à cabeça.
Esse Chamat ou Chalat, Flaubert, quando esteve no Egito, encontrou-o por lá, como
médico do exército quedival; e ele se ocupava nos ócios de sua provável mendicância em rimar
uma tragédia clássica, Abdelcáder, em cinco atos, onde havia um célebre verso de que o
grande romancista nunca se esqueceu. É o seguinte :

"C'est de Id par Allah! qu' Abd-Allah s'en alla".

O esculápio do Cairo insistia muito nele e esforçava-se por demonstrar que, com
semelhante "harmonia imitativa" como os antigos chamavam, obtinha traduzir, em verso, o
sonido do galope de cavalo.
Havia mais belezas de igual quilate e outras originalidades. Não obstante, quando
apareceu, foi um louco sucesso de riso muito parecido com o do Tremor de terra de Lisboa,
aquela célebre tragédia do cabeleireiro André, a quem Voltaire invejou e escreveu, entretanto,
ao receber-lhe a obra, que continuasse a fazer sempre cabeleiras -- "toujours des perruques",
Senhor André.
Chalat afrontou a crítica e não podendo defender-se com os clássicos franceses,
apelou para a poesia em língua samoieda, que conhecia um pouco por ter sido marinheiro de
um baleeiro que naufragou nas proximidades da terra desses lapões, entre os quais passou
alguns meses. Não desconhecia o livro do Senhor Switbilter, como tive ocasião de verificar
nos fragmentos de um seu tratado poético, citado na tradução da obra de um seu discípulo
basco por onde os "samoiedas" da Bruzundanga estudaram a escola que verdadeiramente
Chalat ou Chamat fundara.
O seu desafio à crítica, escudado na poética e estética das margens do glacial Ártico,
trouxe-lhe logo uma certa notoriedade e discípulos.
Estes vieram muito naturalmente, pois, dada a indigência mental daquela espécie de
esquimós, a sua pobreza de impressões e sensações, a sua incapacidade para as idéias gerais, os
hinos, os cânticos, os rondós dos mesmos, citados pelo medicastro, facilitavam muito o ofício
de fazer verso, desde que se tivesse paciência; e a facilidade seduziu muitos dos seus patrícios
e determinou a admiração dos bardos bruzundanguenses.
Os discípulos de Chalat ou Chamat tiraram da sua obra regras infalíveis para fazer
poetas e poesias e um certo até aplicou a teoria dos erros à sua arte poética.
A instrução do grosso dos menestréis bruzundanguenses não permitia esse apelo à
matemática; e contentaram-se com umas regras simples que tinham na ponta da língua, como
as beatas as rezas que não lhes passam pelo coração, e outros desenvolvimentos teóricos.
Era pois essa poética e essa estética que dominavam entre os literatos da
Bruzundanga; era assim como o seu dogma de arte donde se originavam as suas fórmulas
litúrgicas, o seu ritual, os seus esconjuros, enfim, o seu - culto à tal harmonia imitava, que tanto
prezava Chalat.
Além desta deusa, havia outras divindades: o ritmo, o estilo, a nobreza das palavras,


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a aristocracia dos assuntos e dos personagens, quando faziam romances, contos ou drama e a
medição dos versos que exigiam fosse feita como se se tratasse da base de uma triangulação
geodésica. Ninguém, no entanto, podia sacar-lhes da cabeça uma concepção geral e larga de
arte ou obter o motivo deles conceberem separados da obra d'arte, esses acessórios,
transformando-os em puros manipansos, fetiches, isolando-os, fazendo-os perder a sua função
natural que supõe sempre a obra literária como fim. É ela, a sua concepção, a idéia anterior que
a domina e o seu destino necessário, que unicamente regulam o emprego deles, graduam o seu
uso, a sua necessidade, e como que ela mesma os dita.
Todos os samoiedas limitavam-se quando se tratava dos tais assuntos, a falar muito
de um modo confuso, esotericamente, em forma e fundo, com trejeitos de feiticeiros tribais.
Não nego que houvesse entre eles alguns de valor, mas os preconceitos da escola os
matava.
A maioria ia para ela, porque era cômoda no fundo, pois não pedia se comunicasse
qualquer emoção, qualquer pensamento, qualquer importante revelação de nossa alma que
interessasse outras almas; que se dissesse usando dos processos artísticos, novos ou velhos, de
um pouco do universal que há em nós, alguma cousa do mistério do universo que o nosso
espírito tivesse percebido e determinasse transmiti-la; enfim um julgamento, um conceito que
pudesse influir no uso da vida, na nossa conduta e no problema do nosso destino, empregando
os fatos simples, elementares, as imagens e os sons que por si sós não exprimiriam a idéia que
se procura, mas que se acha com eles e se vai além por meio deles.
Isto de Hegel, de Taine, de Brunetière não era com os samoiedas; a questão deles era
encontrar uma espécie de tabuada que lhes fizesse multiplicar a versalhada. Como as tais
regras poéticas do suposto príncipe eram bem acessíveis à sua paciência de correcionais,
adotaram-nas como artigos de fé, exageraram-nas até ao absurdo.
Convinham elas por ir ao encontro da sua falta de uma larga inteligência do mundo e
do homem e facilitar-lhes uma crítica terra-à-terra de seminaristas mnemônicos.
Para mais perfeito ensinamento dos leitores vou-lhes repetir um trecho de conversa
que ouvi entre três dos tais poetas da Bruzundanga, adeptos extremados da Escola Samoieda.
Quando cheguei, eles já estavam sentados em torno da mesa do café. Acabava eu de
assistir uma aula de geologia na Faculdade de Ciências do país; o meu espírito vinha cheio de
silhuetas de monstros de outras épocas geológicas. Eram ictiossauros, megatérios, mamutes;
era do sinistro pterodáctilo que eu me lembrava; e não sei por que, quando deparei os três
poetas samoiedas, me deu vontade de entrar no botequim e tomar parte na conversa deles.
A Bruzundanga, como sabem, fica nas zonas tropical e subtropical, mas a estética da
escola pedia que eles se vestissem com peles de urso, de renas, de martas e raposas árticas.
É um vestuário barato para os samoiedas autênticos, mas caríssimo para os seus
parentes literários dos trópicos.
Estes, porém, crentes na eficácia da vestimenta para a criação artística, morrem de
fome, mas vestem-se à moda da Sibéria.
Estavam assim vestidos, naquela tarde, quente, ali naquele café da capital da
Bruzundanga, três dos seus novos e soberbos vates; estavam ali: Kotelniji, Wolpuk e Korspikt,
o primeiro que tinha aplicado o vernier para "medir" versos.
Abanquei-me e pude perceber que acabavam de ouvir uma poesia do poeta Worspikt.
Tratava de lua, de iceberg, -- descobri eu por uma e outra consideração que fizeram.
Nenhum deles tinha visto um iceberg, mas gabavam os ouvintes a moção com que o
outro traduzira em verso o espetáculo desse fenômeno das circunvizinhanças dos pólos.
Num dado momento Kotelniji disse para Worspikt:
-- Gostei muito desse teu verso: -- "há luna loura linda leve, luna bela!"
O autor cumprimentado retrucou:
-- Não fiz mais do que imitar Tuque-Tuque, quando encontrou aquela soberba


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harmonia imitativa para dar idéia do luar -- "Loga Kule Kulela logalam", no seu poema
"Kulelau".
Wolpuk, porém, objetou:
-- Julgo a tua excelente, mas teria escolhido a vogal forte "u", para basear a minha
sugestão imitativa do luar.
-- Como? perguntou Worspikt.
Eu teria dito: Ui! "lua uma pula, tu moo! sulla nuit!"
-- Há muitas línguas nela, objetou Kotelniji.
-- Quantas mais melhor, para dar um caráter universal à poesia que deve sempre tê-lo,
como ensina o mestre, defendeu-se Wolpuk.
-- Eu, porém, aduziu Kotelniji, conquanto permita nos outros certas licenças poéticas,
tenho por princípio obedecer às mais duras e rígidas regras, não me afastar delas, encarcerar
bem o meu pensamento. No meu caso, eu empregaria a vogal "a" para a harmonia em vista.
-- Mas Tuque-Tuque... fez Worspikt.
-- Ele empregou o "e" no tal verso que você citou, devido à pronunciação que essa
letra lá tem. É um "e" molhado que evoca bem o luar deles, mas...
-- E com "a", como é? indagou Wolpuk.
-- O "a" é o espanto; seria ai o espanto do homem dos. trópicos, diante da estranheza
do fenômeno ártico que ele não conhece e o assombra.
-- Mas Kotelniji, eu visava o luar.
-- Que tem isso? Na harmonia em "a" também entra esse fenômeno que é o
provocador do teu espanto, causado pela sua singularidade local, e pela hirta presença do
iceberg, branco, fantástico, que, a lua ilumina.
-- Bem, perguntou o autor da poesia; como você faria, Kotelniji?
-- Eu diria: "A lua acaba de calar a caraça parva".
-- Mas não teria nada que ver com o tema da poesia, objetou Wolpuk.
-- Como? O iceberg toma as formas mais variadas... Demais, há sempre onde
encaixar, seja qual for a poesia, uma feliz "imitativa".
-- Você tem razão, aplaudiu Wolpuk.
Worspikt concordou também e prometeu aproveitar a maravilhosa trouvailhe do
amigo de letras.
Kotelniji era considerado como um grande poeta "samoieda" e tinha mesmo
estabelecido com assentimento de todos eles, as leis científicas da escola perfeita, "a
samoieda", que ele definia como tendo por escopo não exprimir cousa alguma com relação ao
assunto visado, ou dizer sobre ele, pomposamente, as mais vulgares banalidades.
Dentre as leia que estatuía, eu me lembro de algumas. Ei-las:
1.o -- Sendo a poesia o meio de transportar o nosso espírito do real para o ideal, deve
ela ter como principal função provocar o sono, estado sempre profícuo ao sonho.
2.o -- A monotonia deve ser sempre procurada nas obras poéticas; no mundo, tudo é
monótono (Tuque-Tuque).
3.o -- A beleza de um trabalho, poético não deve ressaltar desse próprio trabalho,
independente de qualquer explicação; ela deve ser encontrada com as explicações ou
comentários fornecidos pelo autor ou por seus íntimos.
4.o -- A composição de um poema deve sempre ser regulada pela harmonia imitativa
em geral e seus derivados.
E muitas outras de que me esqueci, mas julgo que só estas ilustram perfeitamente o
absurdo da qualificação de leis científicas da arte. Alhos com bugalhos!
Denuncia tal denominação, de modo cabal, a sua incapacidade para grupar idéias,
noções e imagens. Que pensaria ele de ciência? Qual era a sua concepção de arte? Será
possível decifrar essa história de "leis científicas da arte"? Qual!


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Era assim o grande poeta samoieda.
Além de uma gramaticazinha que nós aqui chamamos de tico-tico e da arte poética
de Chalat aumentada e explicada com uma lógica de gafanhotos, não possuía ele um acervo de
noções gerais, de idéias, de observações, de emoções próprias e diretas do mundo, de
julgamentos sobre as cousas, tudo isso que forma o fundo do artista e que, sob a ação de uma
concepção geral, lhe permite fazer grupamentos ideais, originalmente, criar enfim.
A importância do vate lhe vinha de redigir A Kananga, órgão das casas de
perfumarias, leques, luvas e receitas para doces, onde alguns rapazes, sob o seu olhar cioso,
escreviam, para ganhar os cigarros, algumas coisas ligeiras.
O bardo samoieda tomava, entretanto, a cousa a sério, como se estivesse escrevendo
para a Revue de Deux Mondes uma fórmula de mãe-benta; e evitava o mais possível que
alguém tomasse pé na pueril A Kananga. Era essa a sua máxima preocupação de artista.
De todos os postiços literários, usava, e de todas as mesquinhezas da profissão,
abusava.
Era este de fato um samoieda típico no intelectual, no moral, no físico. Tinha fama.
Poderia mais esclarecer semelhante escola, os seus processos, as suas regras, as suas
superstições; mas não convém fazer semelhante cousa, porque bem podia acontecer que alguns
dos meus compatriotas a quisessem seguir.
Já temos muitas bobagens e são bastantes.
Fico nisto.

I

I

Um grande financeiro


A República dos Estados Unidos da Bruzundanga tinha, como todas as repúblicas
que se prezam, além do presidente e juízes de várias categorias, um Senado e uma Câmara de
Deputados, ambos eleitos por sufrágio direto e temporários ambos, com certa diferença na
duração do mandato: o dos senadores, mais longo; o dos deputados, mais curto.
O país vivia de expedientes, isto é, de cinqüenta em cinqüenta anos, descobria-se
nele um produto que ficava sendo a sua riqueza. Os governos taxavam-no a mais não poder,
de modo que os países rivais, mais parcimoniosos na decretação de impostos sobre produtos
semelhantes, acabavam, na concorrência, por derrotar a Bruzundanga; e, assim, ela fazia
morrer a sua riqueza, mas não sem os estertores de uma valorização duvidosa. Daí vinha que a
grande nação vivia aos solavancos, sem estabilidade financeira e econômica; e, por isso
mesmo, dando campo a que surgissem, a toda a hora, financeiros de todos os seus cantos e,
sobretudo, do seu parlamento.
Naquele ano, isto há dez anos atrás, surgiu na sua Câmara um deputado que falava,
muito em assuntos de finanças, orçamentos, impostos diretos e indiretos e outras cousas
cabalísticas da ciência de obter dinheiro para o Estado.
A sua ciência e saber foram logo muito gabados, pois o Tesouro da Bruzundanga,
andando quase sempre vazio, precisava desses mágicos financeiros, para não se esvaziar de
todo.
Chamava-se o deputado -- Felixhimino Ben Karpatoso. Se era advogado, médico,
engenheiro ou mesmo dentista, não se sabia bem; mas todos tratavam-no de doutor.
O doutor Karpatoso tinha uma erudição sólida e própria em matéria de finanças. Não
citava Leroy-Beaulieu absolutamente. Os seus autores prediletos eram o russo-polaco Ladislau


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Poniatwsky, o australiano Gordon O'Neill, o chinês Ma-Fi-Fu, o americano William Farthing e,
sobretudo, o doutor Caracoles y Mientras, da Universidade de Caracas, capital da Venezuela,
que, por ser país sempre em bancarrota, dava grande autoridade ao financista de sua principal
universidade.
O físico do deputado era dos mais simpáticos. Tinha um ar de Gil-Blas de Santillana,
em certas ilustrações do romance de Le Sage, com as suas barbas negras, cerradas, longas e
sedosas, muito cuidadas e aparadas à tesoura diariamente. A tez era de um moreno espanhol;
os cabelos, abundantes e de azeviche; os olhos, negros e brilhantes; e não largava a piteira de
âmbar, com guarnições de ouro, onde fumegava sempre um charuto caro.
O seu saber em matéria de finanças e economia política determinava a sua constante
escolha para relator do orçamento da receita. Era de ver como ele escrevia um substancial
prefácio ao seu relatório. Não me recordo de todas as passagens importantes de alguns deles;
mas, de certas, e é pena que sejam tão poucas, eu me lembro perfeitamente. Eis aqui algumas.
Para o orçamento de 1908, o doutor Karpatoso escreveu o seguinte trecho profundo: "Os
governos não devem pedir às populações que dirigem, em matéria de impostos, mais do que
elas possam dar, afirma Ladislau Poniatwsky. A nossa população é em geral pobríssima e nós
não devemos sobrecarregá-la fiscalmente". Não impediu isto que ele propusesse o aumento da
taxa sobre o bacalhau da noruega, pretextando haver produtos similares nas costas do país.
No orçamento do ano seguinte, ainda como relator da receita, ele dizia: "É missão
dos governos modernos, em países de fraca iniciativa individual (o nosso o é), fomentar o
aparecimento de riquezas novas, no dizer de Gordon O'Neill. A província das Jazidas,
segundo um sábio professor francês, é um coração de ouro sob um peito de ferro. O pico de
Ytabhira, etc.".
E lembrava à Câmara que indicasse medidas práticas para o aproveitamento do ouro
e do ferro da província das Jazidas. A Câmara e o Senado ouviram-no e votaram algumas
centenas de contos para uma comissão que estudasse o meio prático de aproveitar o ferro da
rica província central. A comissão foi nomeada, montaram o escritório de pesquisas na capital,
em lugar semelhante ao Largo da Carioca, e o pico de Ytabhira ficou intacto.
A fama do doutor Karpatoso subia e a sua elegância também. Fez uma viagem à
Europa, para estudar o mecanismo financeiro dos países do Velho Mundo. Voltou de lá
naturalmente mais sábio; o que, porém, ele trouxe de fato, nas malas, e foi verificado pelos
elegantes do país, foram fatos, botas, chapéus, bengalas, dernier bateau, como dizem os smarts
das colônias francesas da Ásia, da África, da América e da Oceania.
Arreado de novo e inteiramente europeu, o doutor Karpatoso começou a figurar nas
secções mundanas dos jornais, e, vencendo o Senhor Mikel de Longueville, outro deputado da
Bruzundanga, foi tido como o parlamentar mais chic do Congresso Nacional.
"A elegância do doutor Mikel de la Tour d'Auvergne é um tanto pesada; tem algo da
solidez lusitana quando enrijou os músculos ao machado nos cepos dos açougues; a do doutor
Ben Karpatoso é mais leve, mais ligeira, mais nervosa. Parece ter sido obtida com o exercício
do florete."
Tudo isto foi dito na secção elegante -- "De Cócoras" -- do Diário Mercantil, jornal
da capital, secção redigida por escritor que tinha, em matéria de compor romances, um grande
parentesco com aquela raposa das uvas, cuja história La Fontaine contou. "Ils sont trop verts,
et bons pour des goujats", disse a raposa quando não pôde atingir as uvas. Lembram-se?
O elogio que o tal senhor fez aos ademanes do doutor Karpatoso tinha origem no
boato a correr de que, muito em breve, ele seria indicado para ministro da Fazenda, e o tal
redator da secção -- "De Cócoras" -- tinha sempre em mira descobrir os ministros futuros,
para ulteriores serviços de sua profissão e recompensas conseqüentes.
Mikel de Bouillon é que ficou aborrecido com a cousa; mas como tinha certeza de
sair, pelo menos, vice-presidente da Bruzundanga, abafou o azedume, encerou bem os bigodes


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e continuou a pisar os passeios das ruas centrais da capital, com uma estudada
solenidade -- lento, erecto como um soba africano que tivesse envergado um fardão de oficial
de marinha e se coberto com o respectivo chapéu armado, encontrados nos salvados de um
naufrágio, em uma praia deserta. Via-se bem que Turenne Calmon era daqueles que se
satisfazem em ser o segundo em Roma, e que segundo!
Desde que se rosnou que o doutor Karpatoso seria ministro da Fazenda do futuro
quadriênio, a sua casa começou a encher-se. Kaipatoso era casado com uma senhora da roça,
muito segura das suas origens nobres; ela pertencia à família dos Kilvas, cujo armorial e
pergaminhos não tinham sido outorgados por nenhum príncipe soberano. Como Napoleão que,
segundo dizem, na sua sagração de imperador, pôs ele mesmo a coroa na cabeça, Dona
Hengrácia Ben Manuela Kilva tinha ela mesmo se enobrecido.
Felixhimino, como bom financeiro que era, possuía qualidades harpagonescas de
economia e poupança, de forma que se zangava muito com aquelas despesas de chá e
biscoutos, que era obrigado a oferecer aos visitantes. A fim de não mexer nas economias que
fazia sobre seu subsídio teve a idéia genial de fundar uma casa de herbanário, em uma espécie
de Rua Larga de São Joaquim da capital da República da Bruzundanga. Arranjou uma pessoa
de confiança, que pôs à testa do negócio; e ei-lo a vender chá mineiro, alfavaca,
"língua-de-vaca", cipó-chumbo, malícia-de-mulher, erva-cidreira, jurubeba, catinga-de-bode,
mata-pão, erva-tostão, bicuíba, óleo de capivara, cascos de jacarés, corujas empalhadas,
caramujos, sapos secos, jabutis, etc. Em breve, ficou sendo o principal fornecedor dos
feiticeiros da cidade, e os lucros foram grandes, de modo que ele pôde, sem mais gravame nas
suas finanças, sustentar o seu salão.
Mme. Hengrácia Ben Karpatoso, centro de conversa, não se cansava de gabar os
árduos trabalhos do marido.
Certa ver, em que houvera recepção na casa do famoso deputado, quando ele já se
tinha retirado para os aposentos do andar superior, a fim de estudar não sei o que sua mulher
ficou na sala de visitas a conversar com algumas amigas e alguns amigos. Alguém, a um tempo
da conversa, observou:
-- Isto vai tão mal, que não sei mesmo quem nos salvará.
Mme. Hengrácia, tal e qual Mme. de Girardin, em certa ocasião, apontou o dedo para
o teto e disse sacerdotalmente.
-- Ele!
Todos se entreolharam e o doutor Moscoso completou:
-- Sim: Deus!
-- Não, -- observou Dona Hengrácia. -- Ele, o Felixhimino, quando for ministro da
Fazenda. Ele há de sê-lo em breve.
Todos concordaram. Não se cumpriu, porém, a profecia da pitonisa conjugal, pois o
novo presidente da Bruzundanga -- Idle Bhras -- não fez Ben Karpatoso Ministro do Tesouro.
O sábio deputado continuou, porém, na sua atividade financeira, a relatar orçamentos
com saldos, mas que sempre, ao fim do exercício, se fechavam com deficits.
Certo dia, Idle Bhras de Grafofone e Cinema mandou-o chamar a palácio e disse-lhe:
-- Karpatoso, o orçamento fecha-se sempre com deficit. Este cresce de ano para
ano... Tenho que satisfazer compromissos no estrangeiro... Espero que você me arranje um jeito
de aumentarmos a receita. Você tem estudos sobre finanças e não será difícil para você...
A isto Felixhimino respondeu com toda a segurança:
-- Não há dúvidas! Vou arranjar a cousa.
Três dias após, ele tinha as idéias salvadoras: aumentava do triplo a taxa sobre o açúcar, o café,
o querosene, a carne-seca, o feijão, o arroz, a farinha de mandioca, o trigo e o bacalhau; do
dobro, os tecidos de algodão, os sapatos, os chapéus, os fósforos, o leite condensado, a taxa
das latrinas, a água, a lenha, o carvão, o espírito de vinho; criava um imposto de 50% sobre as


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passagens de trens, bondes e barcas, isentando a seda, o veludo, o champagne, etc., de
qualquer imposto. Calculando tudo, ele obtinha trinta mil contos. Levou a cousa a Idle Bhrás
de Grafofone e Cinema, que gabou muito o trabalho de Ben Karpatoso:
-- Tu és um Colbert e mais ainda: és o João Ben Venanko, aquele -- não sabes? -- que
foi presidente da Câmara de Guaporé, minha terra. Ele sempre teve idéias semelhantes às tuas,
mas não as aceitava, por isso nunca o município prosperou. Entretanto, era um pobre
meirinho... Que financeiro!
Apresentadas as idéias de Felixhimino à Câmara, muitos deputados se insurgiram
contra elas.
Um objetou:
-- Vossa Excelência quer matar de fome o povo da Bruzundanga.
-- Não há tal; mas mesmo que viessem a morrer muitos, seria até um benefício, visto
que o preço da oferta é regulado pela procura e, desde que a procura diminua com a morte de
muitos, o preço dos gêneros baixará fatalmente.
Um outro observou:
-- Vossa Excelência vai obrigar o povo a andar nu.
-- Não apoiado. O vestuário deve ser uma cousa majestosa e imponente, para bem
impressionar os estrangeiros que nos visitem. A seda e a lã ficarão pouco mais caras que os
tecidos de algodão. Toda a gente vestir-se-á de seda ou de lã e as populações das nossas
cidades terão um ar de abastança que muito favoravelmente há de impressionar os estran-
geiros.
Um outro refletiu:
-- Vossa Excelência vai impedir o movimento de passageiros dentro da cidade e
dentro do país.
-- Será um benefício. O barateamento das passagens só traz a desmoralização da
família. Com as passagens caras, diminuirão os passeios, os bailes, as festas, as visitas, os
piqueniques, conseguintemente os encontros de namorados, a procura de casas suspeitas, etc.,
de forma que os adultérios e as seduções sensivelmente hão de ser mais raros.
Dessa maneira, o genial Karpatoso, êmulo do meirinho Ben Venanko, o financeiro,
foi arredando uma por uma as objeções que eram feitas ao seu projeto de orçamento da receita.
Houve uma crise no ministério e logo ele foi nomeado ministro da Fazenda, com o
orçamento que fizera votar. Foram tais os processos de contrabando que teve de estudar, tanto
meditou sobre eles, que um dia, telegrafou a um seu subalterno que apreendera um grande, um
imenso contrabando e prendera os infractores, desta forma: "Fuzile todos".
O homem estava louco e morreu pouco depois. A secção elegante de um jornal de lá,
o Diário Mercantil -- "De Cócoras" -- fez-lhe o necrológio; o novo ministro, entretanto, não
pagou, ao redator dela, nada pelo serviço assombroso que prestar-a às letras do país.


II

A nobreza de Bruzundanga

UM leitor curioso e simpático, por ser curioso, escreveu-me uma amável cartinha,
pedindo-me esclarecimentos sobre os usos, os costumes, as instituições civis sociais e políticas
da República dos Estados Unidos da Bruzundanga.
Diz-me ele que procurou informações de tal país em compêndios de geografia, em
dicionários da mesma disciplina e várias obras, nada encontrando a respeito.
O meu simpático leitor não me disse que obras consultou, mas certamente ele não
procurou informações nos livros que o governo da Bruzundanga manda imprimir, dando


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fabulosos lucros aos impressores e editores, livros escritos em várias línguas e destinados a
fazer a propaganda do país no estrangeiro.
É estranho; pois que, por meio de tais livros, muita gente tem feito fortuna e
adquirido notoriedade nos corredores das Secretarias e nos desvãos do Tesouro da República
da Bruzundanga.
Pode ter acontecido, entretanto, que o meu leitor amigo os tivesse procurado nas
livrarias principais; mas não é aí que eles podem ser encontrados.
As obras que a república manda editar para a propaganda de suas riquezas e
excelências, logo que são impressas completamente, distribuem-se a mancheias por quem as
queira. Todos as aceitam e logo passam adiante, por meio de venda. Não julgue o meu
correspondente que os "sebos" as aceitem. São tão mofinas, tão escandalosamente mentirosas,
tão infladas de um optimismo de encomenda que ninguém as compra, por sabê-las falsas e
destituídas de toda e qualquer honestidade informativa, de forma a não oferecer nenhum lucro
aos revendedores de livros, por falta de compradores.
Onde o meu leitor poderá encontrá-las, se quer ter informações mais ou menos
transbordantes de entusiasmo pago, é nas lojas de merceeiros, nos açougues, nas quitandas,
assim mesmo em fragmentos, pois todos as pedem nas repartições públicas para vendê-las a
peso aos retalhistas de carne verde, aos vendeiros e aos vendedores de couves.
Contudo, a fim de que o meu delicado missivista não fique fazendo mau juízo a meu
respeito, vou dar-lhe algumas informações sobre o poderoso e rico país da Bruzundanga.
Hoje lhe falarei das nobrezas da grande Nação; proximamente, em artigos sucessivos,
tratarei de outras instituições e costumes.
A nobreza da Bruzundanga se divide em dous grandes ramos. Talqualmente como na
França de outros tempos, em que havia a nobreza de Toga e a de Espada, na Bruzundanga
existe a nobreza doutoral e uma outra que, por falta de nome mais adequado, eu chamarei de
palpite.
A aristocracia doutoral é constituída pelos cidadãos formados nas escolas, chamadas
superiores, que-são as de medicina, as de direito e as de engenharia. Há de parecer que não
existe aí nenhuma nobreza; que os cidadãos que obtêm títulos em tais escolas vão exercer uma
profissão como outra qualquer. É um engano. Em outro qualquer país, isto pode se dar; na
Bruzundanga, não.
Lá, o cidadão que se asma de um título em uma das escolas citadas, obtém
privilégios especiais, alguns constantes das leis e outros consignados nos costumes. O povo
mesmo aceita esse estado de cousas e tem um respeito religioso pela sua nobreza de doutores.
Uma pessoa da plebe nunca dirá que essa espécie de brâmane tem carta, diploma; dirá: tem
pergaminho. Entretanto, o tal pergaminho é de um medíocre papel de Holanda.
As moças ricas não podem compreender o casamento senão com o doutor; e as
pobres, quando alcançam um matrimônio dessa natureza, enchem de orgulho a família toda, os
colaterais, e os afins. Não é raro ouvir alguém dizer com todo o orgulho:
-- Minha prima está casada com o doutor Bacabau.
Ele se julga também um pouco doutor. Joana d'Arc não enobreceu os parentes?
A formatura é dispendiosa e demorada, de modo que os pobres, inteiramente pobres,
isto é, sem fortuna e relações, poucas vezes podem alcança-la.
Cousa curiosa! O que mete medo aos candidatos à nobreza doutoral, não são os
exames da escola superior; são os exames preliminares, aqueles das matrículas que constituem
o nosso curso secundário...
Em geral, apesar de serem lentos e demorados, os cursos são medíocres e não
constituem para os aspirantes senão uma vigília de armas para serem armados cavaleiros.
O título -- doutor -- anteposto ao nome, tem na Bruzundanga o efeito
do -- dom -- em terra de Espanha. Mesmo no Exército, ele soa em todo o seu prestígio


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nobiliárquico. Quando se está em face de um coronel com o curso de engenharia, o modo de
tratá-lo é matéria para atrapalhações protocolares. Se só se o chama tout court -- doutor
Kamisão --, ele ficará zangado porque é coronel; se se o designa unicamente por coronel, ele
julgará que o seu interlocutor não tem em grande consideração o seu título
universitário-militar.
Os prudentes, quando se dirigem a tais pessoas, juntam os dous títulos, mas há
ainda aí uma dificuldade na precedência deles, isto é, se se devem designar tais senhores
por -- doutor coronel -- ou -- coronel doutor.
Está aí um problema que deve merecer acurado estudo do nosso sábio Mayrinck. Se
o nosso grande especialista em cousas protocolares resolver o problema, muito ganhará a fama
da inteligência brasileira.
Quanto aos costumes, é isto que se observa em relação à nobreza doutoral. Temos,
agora, que ver no tocante às leis.
O nobre doutor tem prisão especial, mesmo em se tratando dos mais repugnantes
crimes. Ele não pode ser preso como qualquer do povo. Os regulamentos rezam isto, apesar da
Constituição, etc., etc.
Tendo crescido imensamente o número de doutores, eles, os seus pais, sogros, etc.,
trataram de reservar o maior número de lugares do Estado para eles. Capciosamente, os
regulamentos da Bruzundanga vão conseguindo esse desideratum.
Assim, é que os simples lugares de alcaides de polícia, equivalentes aos nossos
delegados, cargos que exigem o conhecimento de simples rudimentos de direito, mas muito
tirocínio e hábito de lidar com malfeitores, só podem ser exercidos por advogados, nomeados
temporariamente.
A Constituição da Bruzundanga proíbe as acumulações remuneradas, mas as leis
ordinárias acharam meios e modos de permitir que os doutores acumulassem. São cargos
técnicos que exigem aptidões especiais, dizem. A Constituição não fez exceção, mas os
doutores hermeneutas acharam uma.
Há médicos que são ao mesmo tempo clínicos do Hospital dos Indigentes, lentes da
Faculdade de Medicina e inspetores dos telégrafos; há, na Bruzundanga, engenheiros que são
a um só tempo professores de grego no Ginásio Secundário do Estado, professores de oboé,
no Conservatório de Música, e peritos louvados e vitalícios dos escombros de incêndios.
Quando lá estive, conheci um bacharel em direito que era consultor jurídico da
principal estrada de ferro pertencente ao governo, inspetor dos serviços metalúrgicos do
Estado e examinador das candidatas a irmãs de caridade.
Como vêem, eles exercem conjuntamente cargos bem técnicos e atinentes aos seus
diplomas.
Um empregado público qualquer que não seja graduado, não pode ser eleito
deputado; mas a mesma lei eleitoral faz exceção para aqueles funcionários que exercem cargos
de natureza técnica, isto é, doutores. Já vimos que espécie de técnica é a tal tão estimada na
Bruzundanga. Convém, entretanto, contar um fato elucidativo. Um doutor de lá que era até
lente da Escola dos Engenheiros, apesar de ter outros empregos rendosos, quis ser inspetor da
carteira cambial do banco da Bruzundanga. Conseguiu e, ao dia seguinte de sua nomeação,
quando se tratou de afixar a taxa do câmbio, vendo que, na véspera havia sido de 15 3/16, o
sábio doutor mandou que o fizesse no valor de 15 3/32. Um empregado objetou:
-- Vossa Excelência quer fazer descer o câmbio?
-- Como descer? Faça o que estou mandando! Sou doutor em matemática.
E a cousa foi feita, mas o sábio deixou o lugar, para estudar aritmética.
Continuemos a citar fatos para que esta narração tenha o maior cunhode verdade,
apesar de que muita coisa possa parecer absurda aos leitores.
Certo dia li nos atos oficiais do Ministério de Transportes e Comunicações daquele


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país, o seguinte:
"F., amanuense dos Correios da província dos Cocos, pedindo fazer constar de seus
assentamentos o seu título de doutor em medicina. -- Deferido".
O pedido e o despacho dispensam qualquer comentário; e, por eles, todos podem
aquilatar até que ponto chegou, na Bruzundanga, a superstição doutoral. Um amanuense que
se quer recomendar por ser médico, é fato que só se vê no interessante país da Bruzundanga.
Outros casos eloqüentemente comprobativos do que venho expondo, posso ainda
citar.
Vejamos.
Há pouco tempo, no Conselho Municipal daquele longínquo país, votou-se um
orçamento, dobrando e triplicando todos os impostos. Sabem os que ele diminuiu? Os
impostos sobre os médicos e advogados. Ainda mais.
Quando se tratou de organizar uma espécie de serviço militar obrigatorio, o governo
da Bruzundanga, não podendo isentar totalmente os aspirantes a doutor, consentiu que eles
não residissem e comessem nos quartéis, no intuito piedoso de não lhes interromper os
estudos. Entretanto, um caixeiro que fosse sorteado perderia o emprego, como todo e qualquer
empregado de casa particular.
Há nessa nobreza doutoral uma hierarquia como em todas as aristocracias. O
mandarinato chinês, ao qual muito se assemelha essa nobreza da Bruzundanga, tem os seus
mandarins botões de safira, de topázio, de rubi, etc. No país em questão, eles não se
distinguem por botões, mas pelos anéis. No intuito de não fatigar os leitores, vou dar-lhes um
quadro sintético de tal nobreza da Bruzundanga com a sua respectiva hierarquia colocada em
ordem descendente. Guardem-no bem. Ei-lo, com as pedras dos anéis:

- Médicos (Esmeralda)
/ Advogados (Rubi)
/ Engenheiros (Safira)
/ Engenheiros militares (Turqueza)
Doutores
\ Engenheiros geógrafos (Safira e certos sinais no arco do
anel)
\ Farmacêutico (Topázio)
- Dentista (Granada)

Em linhas gerais, são estas as características mais notáveis da nobreza doutoral da
Bruzundanga. Podia acrescentar outras, sobre todos os seus graus. Lembrarei, porém, ao meu
correspondente que os três primeiros graus são mais ou menos equivalentes; mas os três
últimos gozam de um abatimento de 50% sobre o conceito que se faz dos primeiros.
Da outra nobreza, tratarei mais tarde, deixando de lado as meninas das Escolas
Normais, com os seus bonés de universidade americana, e os bacharéis em letras da
Bruzundanga, porque lá não são considerados nobres. Entretanto, as primeiras têm um anel
distintivo que parece uma montra de joalheria, pela quantidade de pedras que possui; e os
últimos anunciam o seu curso com uma opala vulgar. Ambos esses formados são lá
considerados como falsa nobreza.


III

A outra nobreza da Bruzundanga



[Linha 800 de 3733 - Parte 1 de 4]



NO artigo precedente, dei rápidas e curtas indicações sobre a primeira espécie da
nobiliarquia da República da Bruzundanga. Falei da nobreza doutoral. Agora vou falar de uma
outra mais curiosa e interessante.
A nobreza dos doutores se baseia em alguma cousa. No conceito popular, ela é
firmada na vaga superstição de que os seus representantes sabem; no conceito das moças
casadeiras é que os doutores têm direito, pelas leis divinas e humanas, a ocupar os lugares mais
rendosos do Estado; no pensar dos pais de família, ele se escuda no direito que têm os seus
filhos graduados nas faculdades em trabalhar pouco e ganhar muito.
Enfim, em falta de outra qualquer base, há o tal pergaminho, mais ou menos
carimbado pelo governo, com um fitão e uma lata de prata, onde há um selo, e na tampa uma
dedicatória à dama dos pensamentos do gentil cavalheiro que se fez doutor.
A outra nobreza da Bruzundanga, porém, não tem base em cousa alguma; não é
firmada em lei ou costume; não é documentada por qualquer espécie de papel, édito, código,
carta, diploma, lei ou o que seja. Foi por isso que eu a chamei de nobreza de palpite. Vou dar
alguns exemplos dessa singular instituição, para elucidar bem o espírito dos leitores.
Um cidadão da democrática República da Bruzundanga chamava-se, por exemplo,
Ricardo Silva da Conceição. Durante a meninice e a adolescência foi conhecido assim em
todos os assentamentos oficiais. Um belo dia, mete-se em especulações felizes e enriquece.
Não sendo doutor, julga o seu nome muito vulgar. Cogita mudá-lo de modo a parecer mais
nobre. Muda o nome e passa a chamar-se: Ricardo Silva de la Concepción. Publica o anúncio
no Jornal do Comércio local e está o homem mais satisfeito da vida. Vai para a Europa e, por
lá, encontra por toda a parte príncipes, duques, condes, marqueses da Birmânia, do Afganistão
e do Tibete. Diabo! pensa o homem. Todos são nobres e titulares e eu não sou nada disso.
Começa a pensar muito no problema e acaba lendo em um romance folhetim de A.
Carrillo, -- nos Cavalheiros do amor, por exemplo -- um título espanhol qualquer. Suponhamos
que seja: Príncipe de Luna y Ortega. O homem diz lá consigo: "Eu me chamo Concepción,
esse nome é espanhol, não há dúvida que eu sou nobre"; e conclui logo que é descendente do
tal Príncipe de Luna y Ortega. Manda fazer cartões com a coroa fechada de príncipe, acaba
convencido de que é mesmo príncipe, e convencendo os seus amigos da sua prosápia elevada.
Com um destes que se improvisou príncipe assim de uma hora para outra, aconteceu
uma anedota engraçada.
Ele se chamava assim como Ferreira, ou cousa que o valha. Fez uma viagem à Europa
e voltou príncipe não sei de quê.
Foi visitar as terras dos pais e dos avós que estavam abandonadas e entregues a
antigos servidores.
Um dos mais velhos destes, veio visitá-lo arrimado a um bastão que escorava a sua
grande velhice. Falou ao homem, ao filho do seu antigo patrão como falara ao menino a quem
ensinara a armar laços e arapucas.
O novel príncipe formalizou-se e disse:
-- Você não sabe, Heduardo, que eu sou príncipe?
-- Quá o quê, nhonhô. Vancê não pode sê príncipe. Vancê não é fio de imperadô,
cumo é?
O recente nobre, ci-devant Ferreira, estomagou-se e não quis mais conversas com
aquele velho decrépito que tinha da nobreza idéias tão caducas. Não lhe deu mais trela.
Essa improvisação de títulos se dá pelas formas as mais estranhas.
Um rapaz de certos haveres, cujo pai mourejera muito para arranjar alguns cobres, foi
um dia para o estrangeiro, bem enroupado, com algumas libras no bolso. Fora das vistas
paternas e sentindo longe a hipocrisia da Bruzundanga, meteu-se em todas as pândegas que
lhe passou pela cabeça.


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Uma noite, em que estava cercado de damas alegres, em uma mesa de café cantante,
uma delas deu na telha de tratá-lo de marquês. Era senhor marquês, para aqui; senhor marquês
para ali.
O rapaz espantou-se a princípio, mas com o calor da conversa e a insistência da
dama, ele perguntou ingenuamente:
-- Mas eu sou marquês?
-- É -- disse a dama galante.
-- Como?
-- Vou já mostrar ao senhor marquês. Dê-me vinte francos e os nomes de seus pais,
que já lhe dou a prova.
Ele assim fez e, dentro de vinte minutos, o rapazola recebia a sua árvore genealógica,
donde se concluía que descendia dos marqueses de Libreville.
A vista de tão poderoso documento, o cidadão que partira da Bruzundanga
simplesmente chamando-se Carlos Chavantes (E uma hipótese), voltou da estranja com o
altissonante título de Marquês de Libreville. O pai continuou a chamar-se Chavantes; ele,
porém, era marquês. O' manes de d'Hozier!
Alguns nobres da casta dos doutores acumulam também a outra nobreza. São condes
ou duques e doutores; e usam alternativamente o título de uma e o da outra aristocracia.
Passam assim a ser conhecidos por dous nomes -- cousa que é quase verificada entre os
malfeitores e outros conhecidos da polícia.
Essa recrudescência de títulos nobiliárquicos apareceu desde que a Bruzundanga se
fez república, e desconheceu os títulos de nobreza porque o país havia sido governado pelo
regímen monárquico, com uma nobreza modesta não hereditária, que mais parecia o tchin
russo, isto é, uma nobreza de burocratas, do que mesmo uma nobreza feudal. O rei que a criou
não a chamava mesmo "nobreza", mas taffetas.
No país, esses titulares de palpite não têm-importância alguma na massa popular. Os
do povo respeitam mais um modesto doutor de farmácia pobre do que um altissonante Medina
Sidonia de última hora; a élite, porém, a nata, -- essa sim! -- tem por eles o respeito que se
devia aos antigos nobres.
O povo sempre os recebe com o respeito que nós tínhamos, aqui, pelo Príncipe Ubá
II, d'Africa.
A gente civilizada e rica, entretanto, não pensa assim, leva-os a sério e os seus títulos
são berrados nos salões como se estivessem ali um Montmorency, um Conde de Vidigueira,
um Duque d'Alba, que, por sinal, foi tomado para ascendente de um grave senhor da
Bruzundanga, que desejava a incorporação do proletário à sociedade moderna.
Os costumes daquele longínquo país são assim interessantes e dignos de acurado
estudo. Eles têm uma curiosa mistura de ingenuidade infantil e idiotice senil. Certas vezes,
como que merecem invectivas de profeta judaico; mas, quase sempre, o riso bonanchão de
Rabelais.
O que ficou dito sobre as suas duas nobrezas, penso eu, justifica esse juízo. E para
elas ainda é bom não esquecer que devemos julgá-las como aconselha Anatole France; com
ironia e piedade.

IV

A política è os políticos da Bruzundanga

A minha estadia na Bruzundanga foi demorada e proveitosa. O país, no dizer de
todos, é rico, tem todos os minerais, todos os vegetais úteis, todas as condições de riqueza,
mas vive na miséria. De onde em onde, faz uma "parada" feliz e todos respiram. As cidades


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vivem cheias de carruagens; as mulheres se arreiam de jóias e vestidos caros; os cavalheiros
chics se monstram, nas ruas, com bengalas e trajos apurados; os banquetes e as recepções se
sucedem.
Não há amanuense do Ministério do Exterior de lá que não ofereça banquetes por
ocasião de sua promoção ao cargo imediato.
Isto dura dois ou três anos; mas, de repente, todo esse aspecto da Bruzundanga
muda. Toda a gente começa a ficar na miséria. Não há mais dinheiro. As confeitarias vivem às
moscas; as casas de elegâncias põem à porta verdadeiros recrutadores de fregueses; e os judeus
do açúcar e das casas de prego começam a enriquecer doidamente.
Por que será tal coisa? hão de perguntar.
E que a vida econômica da Bruzundanga é toda artificial e falsa nas suas bases,
vivendo o país de expedientes.
Entretanto, o povo só acusa os políticos, isto é, os seus deputados, os seus ministros,
o presidente, enfim.
O povo tem em parte razão. Os seus políticos são o pessoal mais medíocre que há.
Apegam-se a velharias, a cousas estranhas à terra que dirigem, para achar solução às
dificuldades do governo.
A primeira cousa que um político de lá pensa, quando se guinda às altas posições, é
supor que é de carne e sangue diferente do resto da população.
O valo de separação entre ele e a população que tem de dirigir faz-se cada vez mais
profundo.
A Nação acaba não mais compreendendo a massa dos dirigentes, não lhe entendendo
estes a alma, as necessidades, as qualidades e as possibilidades.
Em face de um país com uma população já numerosa em relação ao território
ocupado efetivamente -- na Bruzundanga, os seus políticos só pedem e proclamam a
necessidade de introduzir milhares e milhares de forasteiros.
Dessa maneira, em vez de procurarem encaminhar para a riqueza e para o trabalho a
população-que já está, eles, por meio de capciosas publicações, mentirosas e falsas, atraem para
a nação uma multidão de necessitados cuja desilusão, após certo tempo de estadia, mais
concorre para o mal-estar do país.
Bossuet dizia que o verdadeiro fim da política era fazer os povos felizes, o
verdadeiro fim da política dos políticos da Bruzundanga é fazer os povos infelizes.

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Os Bruzundangas - Lima Barreto - Parte 2 de 4
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Os Bruzundangas - Lima Barreto - Parte 1 de 4
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Os Bruzundangas - Lima Barreto - Parte 2 de 4
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Os Bruzundangas - Lima Barreto - Parte 3 de 4
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Os Bruzundangas - Lima Barreto - Parte 4 de 4
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sábado, 21 de outubro de 2017

As mortes de Papas mais terríveis da História


As mortes de Papas mais terríveis da História



Crucificação, afogamento, decapitação: Roma não tinha piedade dos líderes cristãos


Nos primeiros séculos da Era Cristã muitos papas foram brutalmente assassinados. O primeiro deles foi ninguém menos que São Pedro, o apóstolo a quem Jesus encomendou pessoalmente a criação da igreja.



São Pedro foi crucificado por ordens expressas do imperador Nero. Como o apóstolo se considerava indigno de ser crucificado do mesmo modo que Jesus, seu último pedido foi ser crucificado de cabeça para baixo.

No final do século I d. C., o papa Clemente I foi capturado por ordens do imperador Trajano e levado à prisão, onde criou uma comunidade cristã ao lado de outros prisioneiros. Como castigo, foi amarrado a uma âncora e jogado no mar.


Papa Clemente I


Outro papa assassinado de forma terrível foi Estêvão I, que, por ordens do imperador Valeriano, um ex-aliado dos cristãos, foi decapitado na frente dos paroquianos enquanto rezava a missa de seu trono.



Papa Estêvão I


Fonte: SUPER CURIOSO
(https://supercurioso.com/peores-muertes-de-papas/)


Supercurioso - Site Fonte



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E se... Os Espanhóis tivessem perdido na América



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sábado, 21 de outubro de 2017

Este vilão épico realmente existiu - E foi muito mais perverso que na ficção


Este vilão épico realmente existiu - E foi muito mais perverso que na ficção



Imperador Romando desenvolveu gosto pela morte e pela tortura ainda pequeno.


O filme superpremiado de Ridley Scott, “Gladiador”, foi um sucesso mundial e significou um retorno da indústria cinematográfica ao cinema épico. O filme conta a história de um gladiador durante o reinado do cruel imperador romano Cômodo, mas a maldade desse vilão real supera a ficção.



Lúcio Aurélio Cómodo - Imperador Romano - Cruel


Cômodo Antonino nasceu em 161 d.C.. Filho de Marco Aurélio, desde uma idade muito precoce ele demonstrou sinais de uma crueldade inusitada e uma inclinação evidente à violência e à megalomania.

As crônicas da época contam que, quando criança, ele gostava de torturar seus colegas que ousavam contradizê-lo e que inclusive chegou a mandar matar um escravo que preparava um banho muito frio para ele.


Cómodo Antonino - Dinastia Nerva Antonina

Na adolescência, Cômodo desenvolveu uma obsessão pelos gladiadores, obrigando-os a treinar com ele para, depois, assassiná-los cruelmente.

Cômodo gostava de participar do circo romano. Suas entradas na arena muitas vezes começavam com a tortura de pessoas com deficiência. Além disso, o imperador cobrava quantias altíssimas de dinheiro por suas atuações, o que acabou colocando Roma à beira de um colapso econômico.



Fonte: INFORME INSOLITO
(http://informeinsolito.com/comodo-sanguinario-emperador-gladiador)



Informeinsolito - Site Fonte



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Darwin - A evolução de um homem



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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Mais próximo da cura - Cientistas criam anticorpos que atacam 99% das cepas do HIV


Mais próximo da cura - Cientistas criam anticorpos que atacam 99% das cepas do HIV



Antivirual utiliza inteligência genética para eliminar o vírus


Pela aplicação da engenharia genética, os cientistas conseguiram desenvolver um anticorpo capaz de combater 99% das cepas do HIV, de acordo com estudos preliminares em primatas. Desse modo, o antiviral de “três cabeças” atua sobre três partes fundamentais do vírus para eliminá-lo com segurança.



Ciclo do vírus da AIDS


A descoberta foi possível graças a muitos anos de pesquisa. O organismo humano, diante da presença de um vírus, cria defesas para atacá-lo. Isso não é tão simples no caso do HIV, porque o vírus modifica seu aspecto a ponto de ficar irreconhecível para o organismo.


HIV no Mundo (2014)


Contudo, para a surpresa dos especialistas, depois de vários anos de infecção, alguns pacientes acabam desenvolvendo “anticorpos neutralizantes de amplo espectro”, ou seja, defesas que são capazes de matar um grande número de cepas do vírus e conter sua expansão.

Com base nesse fenômeno, eles combinaram geneticamente três anticorpos neutralizantes de amplo espectro em apenas um. “Ao contrário dos anticorpos naturais, esse antiviral triplo ataca vários objetos infecciosos em uma única molécula”, afirmou Gary Nabel, autor principal do estudo.



HIV - Estimativa Global



Fonte: PLAYGROUND MAG
(http://www.playgroundmag.net/noticias/actualidad/disenan_geneticamente-anticuerpo-combate_VIH-99_0_2052394766.html)



playgroundmag - Site Fonte



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Celebre os 100 anos da Teoria da Relatividade com 15 fatos sobre Einstein



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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Você sabe a importancia do cais do Valongo para a História do Brasil


Você sabe a importancia do cais do Valongo para a História do Brasil



O Cais do Valongo foi o maior porto de entrada de pessoas escravizadas na América. Fica no centro do Rio de Janeiro.


Há muitas pesquisas sobre o número de pessoas escravizadas que chegaram ao Valongo. A maioria fala, no mínimo, em 1 milhão.


Cais do Valongo - Zona portuária do Rio de Janeiro - RJ

Aqueles que chegavam mortos da tortuosa viagem, e não eram poucos, eram enterrados no cemitério dos pretos novos, na região do cais.

A primeira parte desse vídeo foi gravada no dia de uma comemoração importante para a história negra, para a história do Brasil: o Cais do Valongo acabou de se tornar Patrimônio Mundial da Humanidade, título da Unesco.



Cais do Valongo ou Cais da Imperatriz - Rio de Janeiro em 1820 - Mapa


O tráfico de pessoas foi proibido em 1831 e aquela região, que depois ganharia o nome de pequena África, foi um ponto de acolhimento de negros libertos, negros que por ventura vinham de outros estados...

Naquela região surgiu uma das mulheres mais importantes para história do samba. Tia Ciata, mãe de santo, enfrentou os perigos da repressão para encobertar as rodas de samba.


Foto antiga do cais Valongo - Rio de Janeiro - RJ


Agora...por qual motivo nós precisamos falar do Cais do Valongo e nunca deixarmos que essa memória seja esquecida?


Aperte o play e veja os números do final do vídeo.


(https://youtu.be/RyXOPW_ufSY)



Título de Patrimônio Cultural
O Cais do Valongo pode ganhar o título de Patrimônio Cultural. A candidatura foi feita pelo comitê científico do projeto Rota do Escravo a Unesco. O sítio arqueológico foi redescoberto em 2011 a partir das obras de revitalização da Zona Portuária. O cais é de 1811 e por ele entraram no Brasil cerca de um milhão de africanos escravizados o que o caracteriza como o maior porto escravagista da história. O sítio arqueológico registrado no Iphan aguarda o fim do processo de tombamento para que a Unesco avalie sua candidatura

“O Cais do Valongo, construído para ser ponto de desembarque e comércio de escravos africanos, em 1843 foi transformado no Cais da Imperatriz( foto a esquerda/ 1904) para receber Teresa Cristina, que se casaria com dom Pedro II. Em 1911, foi aterrado e deu lugar à Praça do Commercio. Um século depois, sua história voltaria à tona com as obras do Porto Maravilha. “

"Desde 1565, ano de fundação da cidade, lá desembarcavam negros escravos, que formaram grande parte da população dos bairros de Saúde e Gamboa. Naquela época, o local era chamado Cais do Valongo. Em 03 de setembro de 1843, aportou no cais uma figura ilustre: Teresa Cristina, que vinha da Itália para se tornar esposa de D. Pedro II (o casamento já tinha sido realizado por procuração em Nápoles, quando a mão de Teresa Cristina foi simbolicamente entregue a D. Pedro II por meio do embaixador brasileiro da época). Grandjean de Montigny foi responsável por embelezar o cais do Valongo para recebê-la: as primeiras esculturas de mármore Carrara chegaram ao Rio para adornar o local. Além de decorado e embelezado, o cais também mudou de nome: passou a ser Cais da Imperatriz, cujo monumento marca até hoje o local onde desembarcou a terceira (e última) imperatriz do Brasil. "



Placa turística - Cais da Imperatriz



UNESCO
A UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação e a Cultura, inscreveu, no ano passado dia 9 de Julho de 2016, na sua lista de Património Mundial da Humanidade, o Cais do Valongo. Trata-se de um Sítio Arqueológico situado no centro do Rio de Janeiro e que engloba toda a atual Praça do Comércio. É a zona portuária mais antiga do Rio.

O Cais foi construído em pedra a partir de 1811 para o desembarque de pessoas levadas da África como escravas para a América do Sul.


Placa no Cais do Valongo


Esse Sítio Arqueológico é um grande testemunho do sofrimento e da superação do mesmo pelos africanos que, com a sua presença, enriqueceram o Brasil não só economicamente mas também humana e culturalmente, como revelam as palavras dos estudiosos, Milton Guran, Marta Abreu e Luís António Simas, no vídeo da autoria de Toninho Muricy “Memória do Cais do Valongo” que se pode encontrar no You Tube.



A Rota do Escravo - Rio de Janeiro


Mas a elevação do Cais do Valongo a Património Mundial da Humanidade é também uma oportunidade de reflexão sobre as questões raciais no Brasil e sobre a escravidão, por forma a que tudo isso não volte a acontecer e se possa construir um Brasil melhor – sublinha Rebeca Otero, Coordenadora interina da Cultura da UNESCO/Brasil.

Para essa Dirigente, com a proclamação do Cais a Património Mundial da Humanidade, inicia uma nova fase de trabalho, em colaboração com a Prefeitura do Rio de Janeiro, para atividades de sensibilização e educação acerca da presença africana no Brasil.



Placa - Neste local existiu o cais da Imperatriz



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Silêncio: Som demais - Ambiente



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terça-feira, 17 de outubro de 2017

OS 100 JOGOS DESCONHECIDOS DO SUPER NINTENDO


OS 100 JOGOS DESCONHECIDOS DO SUPER NINTENDO



Sim amigos, eu reuni aqui 100 jogos do querido Super Nintendo, 100 jogos que, acredito eu, poucos de vocês conhecem. Se conhecerem metade eu acho muito, pois eu fui vasculhar nas entranhas dos pacotes de roms, testei jogo por jogo, renomeei, enfim, fiz o que podia pra poder montar uma lista que ao menos siga a proposta inicial e tenha um mínimo de qualidade. Eu espero que todos gostem! A lista não está em ordem de preferência, apenas numerei para ficar algo mais organizado, como é comum nestes posts aqui no nosso blog de variedades.


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Bom, mas é isso. Com vocês, os 100 jogos do Super Nintendo que pouca gente conhece. Abraços à todos e boa jogatina!


100 - Corn Buster
Corn Buster, antes de mais nada, é um jogo inacabado. Sendo um clone de Arkanoid com um sistema de progressão vertical, apesar de não ter sido finalizado (a rom foi distribuida gratuitamente pela produtora), tem seu grau de diversão. Jogando com alguém ou sozinho, o objetivo é não deixar a bolinha cair e ir subindo na tela, destruindo blocos, inimigos e pegando dinheiro e power-ups pelo caminho.


Um belo clone de Arkanoid com progressão vertical

O que me chamou a atenção não foi nem o fato do jogo não ter sido finalizado. O que é bizarro aqui é sua trilha sonora lembrar BASTANTE as músicas da dupla Pet Shop Boys. Façam seus testes e comprovem comigo: a coisa lembra DEMAIS a sonoridade deles misturada com alguma coisa de A-Ha. O mundo não deixa de me surpreender dia a dia...



99 - Dragon Ball Z - Super Gokuuden Kakusei Hen
Eu precisava escolher um dos diversos jogos da saga Dragon Ball para colocar aqui, então, resolvi pegar o menos conhecido. Super Gokuuden Kakusei Hen conta a história original, a primeira, onde Goku ainda é uma criança, conhece a Bulma, as esferas e tudo aquilo que os fãs já sabem. O jogo é um RPG, mas um RPG diferente: aqui o negócio é LER, LER e LER! Praticamente não existe outra ação além de avançar telas e escolher míseras opções.


Eu não joguei muito, mas dá pra perceber pelas imagens que os fãs vão ter orgasmos com isso

Apesar do visual interessante e da tradução (caseira) estar bem feitinha, vale apenas para os fãs incondicionais da série. Eu gosto de DBZ, mas jogar isso só quando eu não tiver mais nada pra fazer na vida. NA VIDA!



98 - Fire Striker
Fire Striker é um criativo jogo onde controlamos um guerreiro com a missão de rebater uma bola de energia nos blocos e fazê-la subir para passar os níveis. Sim, é um Arkanoid feito de outra forma, uma verdadeira reinvenção do "gênero" criado, talvez, pelo sexagenário Pong. Cada guerreiro atua de uma forma diferente, sendo que para libertar outros é preciso avançar nas fases e destruir os chefes.


Mais um clone de Arkanoid, mas dessa vez usando personagens pra rebater a bolinha

O jogo fica muito mais divertido se jogado com algum amigo, pois, mesmo que prefira jogar sozinho, o segundo guerreiro fica lá na parte baixa da tela, parado, esperando ansiosamente um controle apertar START. No game é possível coletar bolinhas verdes chamadas de POW que jogam a bola na vertical com mais força, bem como energia para nosso personagem e outros itens. Bastante criativo.



97 - Iron Commando - Koutetsu no Senshi
Um beat'em up esquecido do SNES, Iron Commando segue a linha de difíceis beat'em ups, onde os inimigos o cercam à todo momento e se livrar deles logo acaba ficando cansativo. Podendo escolher entre 2 personagens, onde só muda realmente a skin deles, o jogador vai seguindo pelas fases manjadas em cidades, geralmente à noite, até conseguir encontrar o chefe de tudo.


Dá pra se divertir por uns 10 minutos, o que pega aqui é que o jogo cansa fácil

Juro que tentei jogar isso, mas morri logo após destruir o carro dos mafiosos, uma espécie de mini-boss. Lutar aqui acaba ficando em segundo plano, já que seus golpes ficam limitados à combear ou dar voadoras. Até o ato de pegar itens, coisa normal em qualquer jogo do estilo, aqui depende um botão exclusivamente pra isso, o que incomoda e confunde na maioria das vezes.



96 - Supapoon DX
Supapoon tem duas versões para SNES, a comum e essa DX, com mais fases. Trata-se de um clone bem bacana de Arkanoid, onde o objetivo é rebater a bolinha na vertical até destruir todas as bolinhas amarelas, para então passar de fase. Não é um jogo complicado, tão pouco complexo, mas que pode dar trabalho em fases adiantadas.


Como clonaram o Arkanoid no SNES em? e aposto que você nem sabia (nem eu)

O diferencial de Supapoon está nas regras de cada fase: cada uma delas tem uma bolinha especial que simboliza o chefe, é preciso destruir todas dessas pra poder passar. Os cristais comuns dão itens que vão desde um rebatedor maior até estrelas que fazem com que a bolinha atravesse tudo em sua frente. É bem divertido.



95 - Kamen Rider
Ao invés de inventarem moda, os produtores desse jogo foram felizes: colocaram Kamen Rider pra bater num monte de vagabundo em um ótimo jogo de beat'em up. Aqui controlamos Kamen Rider no seriado de 1971, sim, o primeiro deles, onde após algumas fases podemos usar o henshin e se transformar no herói japonês mais bizarro de todos: Kamen Rider!!


As primeiras fases você joga sem a transformação...
Ou isso ou eu não soube me transformar no início...

O jogo segue o padrão beat'em up, mas repetitivo demais. Os inimigos raramente mudam o padrão e bater sem parar acaba cansando com o tempo. Se preferir, dá pra jogar com alguém, aí a coisa fica mais divertida.



94 - Inindo - Way of the Ninja
Inindo - Way of the Ninja é mais um jogo traduzido por fãs. Diferente da maioria, esse jogo é bem rude, no sentido de cru mesmo, lembrando inclusive RPGs de Nintendinho, principalmente pelo visual pobre. A história, como todo ninja, envolve vingança e o caminho que seu herói vai percorrer, se fortalecer até conseguir seu objetivo.


A simplicidade lembra bastante os JRPGs do NES

O problema do jogo fica mesmo pela simplicidade extrema: nem as músicas escaparam disso, sendo composições toscas e sem nenhuma qualidade visível. Vale pela curiosidade ou para os amantes de RPGs de turno, sejam eles como forem.



93 - Hiouden Legend of the Scarlet King - The Demonic Oath
Quem diria que o SNES tinha um autêntico JRPG de estratégia no melhor estilo point and click? Pois é, Hidouden Legend of the Scarlet King funciona mais ou menos como qualquer RPG de PC da década de 90, onde clicar e apontar pra onde vai a sua party no extenso mapa era a regra. Aqui a coisa flui com o controle mesmo, as unidades ao encontrar inimigos atacam automaticamente, sobrando ao jogador apenas a função de manter todos vivos e bem equipados, além de explorar o mapa em busca de baús.


É um JRPG meio bagunçado, mas acho que dá pra se acostumar com o tempo

O visual é bacana, apesar de tudo ser muito minúsculo na tela, inclusive os ícones. "Clicar" em lugares corretos, como por exemplo, em unidades ou baús é meio estranho de começo, pois a precisão do indicador é falha talvez pela perspectiva ser isométrica. Mas, nada que não dê pra acostumar com o tempo. Hiouden ficou exclusivo no Japão por muito tempo, até a rom ser completamente traduzida pro inglês dando a oportunidade de todos conhecerem o jogo.



92 - Dragon Quest V & VI
Resolvi pegar logo os dois últimos capítulos pra SNES e que foram traduzidos por grupos caseiros. Quando me refiro à "grupos caseiros", quero dizer grupos de tradução não oficiais, que o fazem apenas por paixão aos jogos e nos dão a oportunidade de conhecer jóias raras como esses dois games. Os responsáveis pela tradução de ambos vem do grupo já tradicional nesse "ramo", o DeJap, portanto, podem esperar uma ótima qualidade dos textos.


Belos JRPGs completamente jogáveis no SNES graças aos tradutores

Dragon Quest é Dragon Quest, quem joga videogame há mais de 10 anos, pelo menos, conhece a série de cabo a rabo. Se não conhece, deveria conhecer. Tratam-se de RPGs puros e simples, principalmente em seus combates. Essas duas últimas versões para o 16 bits da Nintendo são mais caprichadas visualmente, mostrando que a série não tem somente um bom enredo, mas um visual chamativo, principalmente no sexto game.



91 - Time Trax
Fui totalmente surpreendido pela qualidade desse jogo! Já fui meio desconfiado, com esse título, baseado em série de TV, coisa muito boa talvez não fosse, mas... o jogo é muito bom! Você controla um policial que é mandado ao passado para resolver alguns problemas. O jogo é totalmente em plataforma e seu personagem é bastante versátil, podendo socar, chutar, atirar com um taser, pular em canos, se defender e ainda usar o poder de retardar o tempo à seu favor!


Um ótimo visual e um bom desafio em Time Trax

O visual do jogo é bem feito e o level design ajuda muito. Nessa primeira etapa no esgoto, a fase se desenrola por um labirinto de canos, com itens escondidos, inimigos por todo canto e uma boa dose de exploração. Gostei muito das músicas também, não são nenhuma maravilha, mas cumprem bem seu papel. É um daqueles jogos pra pegar numa tarde chuvosa e detonar de uma vez só!



90 - Super Noah's Ark 3D
A produtora Wisdom Tree foi responsável por diversos títulos envolvendo o cristianismo na época dos 16 bits. Com vários deles lançados para o Mega Drive, ela atacou também no SNES, onde criou este Super Noah's Ark 3D! O game é basicamente uma cópia de Doom no visual, mas tendo Noé como protagonista e um monte de bodes e vacas no cenário... Bom, bodes também existiam em Doom, mas bodes com 3 metros de altura e armados com um canhão de fazer inveja à Rambo...

Enfim, o objetivo aqui é, além de vencer as fases, por pra dormir os animais, pois Noah usa um estilingue (risos) com algum tipo de pedra tranquilizante (mais risos) e quando a munição acaba, ele pode usar sementes.... Ainda estou tentando entender as razões da Wisdom Tree, eu devo ter problemas...


Uma pena o avatar do Noé não se desfigurar com os coices das cabras...

O jogo é interessante, mas não espere a profundidade de um pires nele. Tudo é voltado para a fé cristã, sendo que bíblias recuperam sua energia, maçãs podem ser juntadas (acho que é daí que ele tira as sementes) e outras traquitanas do velhote. É um jogo para matar a curiosidade, nem sei se o visual ou as fases mudam com o tempo, mas acredito que não.


89 - Super Gussun Oyoyo 2
Se alguém aqui já jogou Tetris Plus, com certeza vai pegar o lance do Super Gussun Oyoyo 2 na hora. Continuação do jogo de mesmo nome, Super Gussun Oyoyo 2 consiste em formar uma escada para que o personagem chegue até os ovos na tela. Para isso é preciso saber empilhar blocos que caem do teto, como se fosse um tetris interativo. Caso você entupa a tela e não consiga, perde uma vida, mas fique tranquilo: o jogo tem um quick save bem interessante, se você desligar o console (ou sair do jogo) ele salva seu progresso automaticamente!



Se não me engano, esse jogo saiu para fliperamas também... ou alguma coisa parecida com isso...

Nem preciso dizer que as fases vão ficando cada vez mais complicadas e cheias de itens e até mesmo inimigos andando pelo cenário. Fazer com que o pobre Gussun chegue até seus ovos acaba se tornando uma tarefa que beira o impossível em alguns levels, mas nada que muita paciência e inteligência na hora de agrupar os blocos não resolve a parada. Para ajudar, bombas são lançadas randomicamente pra você poder destruir aquele bloquinho maldito colocado no lugar errado pela pressa.



88 - The 7th Saga
Um dos RPGs lançados nos primórdios do SNES, The 7th Saga pode ser considerado um dos pilares dos RPGs modernos. Baseado em turnos e com uma história diferente, já no começo nota-se como a produtora Enix era ousada na época: escolhe-se entre 7 guerreiros, cada um com uma classe diferente, sendo dois magos, um anão, um robô, um ogro e por aí vai. A missão é resgatar as 7 runas espalhadas pelo mundo, pois tais runas dão poderes inimagináveis ao portador.


É aquele negócio: pelas fotos não parece ser lá grande coisa, mas comece a jogar pra você ver...

Após escolher seu personagem e ouvir a história, começa uma verdadeira corrida pra ver quem pegará todas as runas primeiro. Seu personagem vai encontrar com os outros durante a história, podendo unir forças ou até mesmo enfrentá-los. A dificuldade do jogo é o chamariz, sendo bem complicado no início até se conseguir alguns levels. O que me chamou a atenção é o sistema de mapa/batalha: há uma espécie de lupa (chamada no jogo de Crystal Ball) no canto superior esquerdo, mostrando a área e os inimigos (pontinhos brancos) se movendo, tornando possível desviar ou evitá-los. Claro, os inimigos são bem rápidos e se movem aleatoriamente, mas é uma novidade bacana.
Uma curiosidade é que o jogo rendeu uma continuação, o Mystic Ark...



87 - Battle Zeque Den
Battle Zeque Den é uma espécie de Final Fight de meninas saídas de algum anime obscuro do Japão. Por essa descrição, muitos devem estar comemorando, mas não é bem assim. O jogo é um beat'em up lateral, em 2D, sem nenhuma profundidade como a série da Capcom. Aliás, de Final Fight aqui só sobrou a porradaria mesmo. O jogo é interessante, mas é lento em sua execução e repetitivo ao extremo. As 3 meninas são parecidas em combate, sendo a primeira (de cabelo vermelho) a melhorzinha e com golpes mais interessantes. Há um especial que consome HP (soltado com três botões ao mesmo tempo) e um outro que dura alguns segundos e gasta uma bolinha, que fica logo abaixo da barra de HP.


Pancadaria em 2D

Os personagens evoluem, mas não notei muita diferença do level 1 pro level 2. Talvez a barra de energia aumente e ganha-se mais bolinhas pra usar o especial. De resto, Battle Zeque Den é um jogo bem medíocre. Serve como curiosidade, mas não espere muita coisa dele.



86 - Arcana
Mais um RPG, dessa vez mais tradicional e eu diria até que arcaico. Arcana segue o padrão Shining in the Darkness, ou seja: um RPG em primeira pessoa, tanto em vilarejos como em dungeons. Você controla Rook, um descendente de uma guerra que busca se fortalecer para vingar seus pais. No caminho, como em todo RPG, você encontrará amigos que formarão um grupo. O padrão do jogo é todo em primeira pessoa, com uma leve mudança nos mapas, onde você vê o grupo se locomovendo de cidade em cidade (mas sem poder controlar nada).


Um RPG graúdo completamente no nosso idioma!

As dungeons são no melhor estilo Phantasy Star, ainda que esse se saia melhor visualmente falando.
Mesmo pra um jogo da geração passada à Arcana, a movimentação em Phantasy Star nos calabouços em "3D" é muito mais suave do que aqui, onde o jogo sofre de uma lentidão grotesca e cansativa. Explorar as masmorras gigantes nesse passo é exaustivo. As batalhas são simples, os inimigos mal se movimentam e são representados por cartas. Tudo é escolhido via menus, não que isso seja ruim, mas o jogo é muito paradão, apesar de ter uma história intrigante.



85 - Whizz
Em Whizz controlamos um coelho numa visão isométrica, o que por si só já deve causar calafrios em quem sofre com esse tipo de jogo. Sim, os comandos são meio confusos e só com um tempinho de jogo dá pra se acostumar. A missão sempre envolve pegar algum item pra abrir caminho, evitar os variados inimigos no cenário e correr contra o tempo. Eu diria que o TEMPO é seu maior inimigo em Whizz! Não dá, definitivamente, pra ficar explorando os cenários.


Olha o visual fofinho te ferrando a cada segundo

Pra quem jogou Landstalker vai pegar o jeito rápido, mas lembre-se: apesar de todo colorido e fofinho, Whizz esconde um desafio descabelante!



84 - Torneko no Daibouken - Fushigi no Dungeon
Um roguelike de responsa com um personagem secundário de Dragon Quest IV? Mas por que não? Torneko no Daibouken lembra muito o simpático Dragon Crystal do Master System, onde você controla, no caso, um gordinho mercador com a missão de desvendar uma dungeon gigantesca numa caverna. Apesar de parecer, seu personagem não é livre pra atacar, você só pode mirar em um inimigo por vez e diferente de Dragon Crystal, onde você tinha que manter o direcional na direção do inimigo para atacá-lo, aqui é preciso apertar o botão A para atacar. Alternando seus ataques, os inimigos em sua volta também atacam, então, não é uma boa idéia tentar enfrentar mais de um inimigo por vez.


As dungeons desse jogo são geradas aleatoriamente cada vez que você entra na caverna

O jogo tem um bom visual e uma historinha interessante. Ele foi traduzido pro inglês há pouco tempo, podendo agora ser melhor aproveitado e descoberto.



83 - Undercover Cops
Undercover Cops é um excelente port de um beat'em up dos arcades direto pro SNES. Trata-se de um beat'em up que lembra bastante o estilo gráfico dos jogos da SNK, com atenção extrema aos detalhes dos sprites. Claro, no SNES a movimentação e resolução são menores, mas o jogo não ficou devendo não, tá muito bom isso aqui.


Nada é mais prazeroso num beat'em up do que levantar um POSTE e enfiar no CRÂNIO inimigo

Escolhemos entre 3 personagens e saímos descendo o braço nos inimigos. O interessante desse jogo é poder usar elementos do cenário como postes e descer a lenha nas costas dos inimigos, algo bem divertido.



82 - Spark World
Spark World é o Bomberman com carros e baterias explosivas! Exatamente isso! Aqui controlamos um carrinho que anda com duas rodas, em pé, com o objetivo de destruir todos numa arena usando para isso baterias explosivas, similares às bombas de Bomberman. Alguns itens são bem parecidos com a série da Hudson, enquanto outros dão uma incrementada interessante ao gameplay.


Bomberman estiloso, dessa vez com carros

Existe um item, por exemplo, que forma uma contagem regressiva sobre algum personagem. Ele pode tocar em outros para se livrar dela, pois quando ela acaba, o jogador que estiver com ela morre na hora.

É divertido! O visual é bem agradável e, apesar de estar todo em japonês, dá pra jogar numa boa com uma galera.



81 - Sky Blazer
Skyblazer foi uma das melhores surpresas pra mim no SNES. Descobri ele faz um tempinho já e fiz uma resenha para os amigos. O jogo tem um visual muito agradável e uma jogabilidade variada. Sky, o protagonista, pode escalar, pular, planar, socar, dar voadoras e usar alguns poderes conforme o avanço pelo jogo.


Um jogo que já começa no temporal não tem como ser ruim

O game se desenrola por um mapa simples, mostrando as fases e, vez ou outra, permitindo que o jogador siga pelo caminho que achar melhor, podendo inclusive revisitar áreas para coletar mais vidas e energia.



80 - Rex Ronan - Experimental Surgeon
Imagine que, um belo dia, você, fumante, acaba adoecendo vítima de seu vício. Sim, você está internado e a única opção do corpo médico é introduzir o cirurgião no seu corpo para que ele mesmo remova as células cancerígenas e a nicotina impregnada em suas entranhas. Pois é, essa é a história de Rex Ronan - Experimental Surgeon, um jogo da produtora Raya Systems, famosa na época por criar jogos voltados à educação quanto à saúide das crianças. É da Raya Systems também o já meio conhecido Captain Novolin, Packy & Marlon e o Bronkie the Bronchiasaurus, todos voltados à algum tema relacionado à saúde, seja diabetes, excesso de açúcar ou até mesmo asma.


Rex Ronan, o faxineiro do organismo

Bom, deixando isso de lado, vamos falar sobre o jogo. Nele controlamos Rex Ronan, renomado cirurgião que vai parar dentro do SEU organismo com a missão de eliminar tudo de ruim que ali existir. Armado com uma espécie de CANHÃO, o jogo consiste em seguir em frente matando ROBÔS, ANTENAS e outros malefícios.... A quem estou querendo enganar, o jogo é bizarro, não tem como não descrevê-lo de outra forma! A ambientação é até aceitável, como quando estamos descendo pelos tubos do pulmão, passando pelos brônquios até a cavidade interna. Ronan usa uma nave para trafegar entre as artérias, numa espécie de shooter simples ao extremo. Durante o gameplay é possível responder algumas perguntas relacionados ao tabagismo e ganhar assim energia.



79 - Oscar
Vocês devem conhecer Bubsy.... Sim, é claro que conhecem, o jogo rendeu duas continuações, sendo que um deles é o fatídico jogo pro Playstation 1 que... deixa pra lá. Enfim, Oscar é quase um Bubsy, exceto por uma coisa: conseguiu ser mais estranho e bugado ainda! O visual é uma bagunça: Oscar é um personagem grande, que pula muito alto, que anda muito rápido e, juntando isso num cenário psicodélico onde você mal consegue reconhecer o que é um inimigo ou item, a morte é só uma consequência.


Encontre Oscar na primeira tela e ganhe um brinde

O mais estranho desse jogo, por mais incrível que possa parecer, é o som dele: os efeitos sonoros estão num volume MUITO MAIOR do que a própria música das fases! Isso num jogo comercializado oficialmente é imperdoável! Imaginem Sonic tendo o barulho das argolas SOBREPONDO A MÚSICA DA GREEN HILL ZONE? Pois é, é quase isso. Fora que quando você leva algum dano, Oscar dá um gritinho de "aí"....



78 - The Peace Keepers
Rushing Beat foi uma série bacana de beat'em up lançada no começo da década de 90. A trilogia toda foi lançada para arcades e portada para o SNES (e se não me engano pro NeoGeo também). As versões americanas são diferentes em vários aspectos das japonesas, mas não vou me ater em mostrar as diferenças aqui. Peace Keepers é um beat'em up bem competente, possuindo 4 personagens selecionáveis e uma boa gama de golpes com cada um.


Um belo beat'em up pra jogar com amigos naquelas tardes ensolaradas de sábado

Esse terceiro e último jogo da franquia ficou muito bem feito, o visual dos lutadores e cenários foram bem caprichados e o jogo possui até bifurcações nas fases (não sei se isso altera o enredo). Um ótimo game de porrada de rua, excelente pra se jogar com alguém, mas ainda não supera a trilogia Final Fight da Capcom.



77 - Neugier
Neugier é mais um dos jogos que jamais foram lançados desse lado do mundo. Se não fossem os habilidosos tradutores, jamais conheceríamos esse ótimo jogo, que lembra bastante a série Y's pelo seu estilo. Uma coisa que gostei bastante em Neugier é a possibilidade do personagem PULAR! Sim, em jogos desse estilo, pular é uma dádiva, visto que isso amplia a exploração à níveis elevados, não ficando na mesmice de apenas atacar, atacar e andar.


Simpático RPG de ação, onde dá inclusive pra PULAR

O visual dele é simples, mas cativante. A história eu não pude acompanhar muito, mas o começo é aquela tradicional invasão ao navio onde Neugier está, princesa raptada, naufrágio, acordar em uma praia, aliás, ser acordado por uma bela moça em uma praia, entrar na caverna e aí sim conhecer o jogo de fato. É um daqueles jogos que merecem um bom tempo para ser melhor entendido e apreciado. Nota: não está completamente traduzido, o menu de save está em japonês.



76 - Magic Boy
Me senti jogando um daqueles Bubble Bobble com esse Magic Boy. A premissa é parecida, convenhamos, até as telas são parecidas... Enfim, em Magic Boys sua missão é, além de engordar comendo todo tipo de guloseima, doces e afins, caçar os bichos pelo cenário e prendê-los em sacos. Para isso, nosso gordinho usa uma varinha mágica que dispara... bolinhas.


É outro game que só engana com uma carinha fofa: a dificuldade é alta aqui

Ao acertar os inimigos, basta tocar neles para ensacá-los e depois apertar um botão pra jogá-los nas... seriam lápides aquilo na parte baixa da tela? Itens de todo tipo brotam das caixas com [!] e existem bônus caso você pegue tudo de cada tela. É divertido, mas enjoa fácil.



75 - Lagoon
Lagoon é um RPG que o Gagá (do Gaga Games) já falou uma vez: "esse é o jogo tosco que eu mais gosto do SNES". Enfim, o game é um RPG de ação nos moldes de Zelda, mas lembrando muito mais a série Y's, até mesmo pelo hud na tela. Por ser um RPG simplista ao extremo, o jogo não ficou muito conhecido.


Para mais informações sobre Lagoon, recomendo o post do Gagá citado acima

O visual dele é amigável, mas não espere nenhuma profundidade em combates ou em dungeons: tudo é muito arcaico, desde como desferir ataques e explorar masmorras e cavernas. Pra quem gosta de um RPG de ação sem muitas firulas, eu recomendo. E o Gagá também.



74 - Keeper
Keeper é um criativo jogo onde controlamos um gatinho com a missão de juntar blocos da mesma cor ou mesmo símbolo. O tabuleiro comporta um número limitado de blocos e estes vão surgindo randomicamente no cenário, obrigando o jogador a pensar rápido e agir mais rápido ainda na hora de juntar 3 ou mais blocos da mesma cor ou com o mesmo símbolo.


O negócio fica tão tenso perto do fim que é complicado fugir de um
aneurisma tentando encaixar tudo na velocidade da luz.

É um jogo bacana, mas é necessário nervos de aço e uma mão rápida nos comandos para conseguir avançar. O modo puzzle é mais chamativo por não ter a pressão de blocos surgindo, mas te obriga a pensar bastante pra resolver os problemas com os movimentos corretos.



73 - Ghost Chaser Densei
Ghost Chaser Densei é o nome do port de Denjinmakai, beat'em up lançado para arcades em 1994. No jogo escolhemos entre 3 heróis pra sair dando porrada em tudo que encontrar pela frente. E quando digo tudo, quero dizer desde inimigos até robôs, carros e caixas. O jogo tem um interessante sistema de combos especiais que o diferencia dos demais do gênero, onde para soltar o especial é preciso fazer uma combinação correta de botões.


Mais um beat'em up que pouca gente deve conhecer

O visual dele é simples, até a movimentação dos personagens deixa a desejar. Mas, a diversão, que é importante em títulos assim, está presente e vai agradar quem gosta do gênero.



72 - Energy Breaker
Observem as telas desse jogo e me digam: não lembra bastante Final Fantasy Tactics? Pois é, a Taito, em 1996, lançou um dos mais bonitos RPGs do SNES e que, se não fosse o grupo de tradução Dinesquick (que não sei se é um grupo ou uma única pessoa - eles também foram responsáveis pela tradução de Tales of Phantasia, segundo o site romhacking.net) jamais iríamos conseguir jogá-lo de
forma satisfatória.


Que negócio carismático esse jogo, jogaria por dias se tivesse tempo

O jogo conta a história de Myra, que vive numa ilha fictícia chamada de Zamlia. Myra perdeu a memória recentemente e o jogo começa com ela acordando num belo dia e ouvindo o aviso de que o mundo vai acabar. Belo início! O jogo vai se desenvolvendo em algumas reviravoltas, pessoas entrando na party com Myra, etc. O estilo isométrico do jogo contribuiu bastante para criar uma identidade só dele, mostrando um cenário que, apesar de limitado, rico em detalhes.



71 - Donald Duck Mahou no Boushi
Donald não foi muito feliz nos 16 bits, não pelo menos no SNES. Apesar do grandioso jogo dele com o Mickey (o terceiro da série Circus Mistery), ele ficou renegado à este Donald Duck Mahou no Boushi, algo como "Donald e o Tapete Mágico". No game, o pato estressado precisa realizar um monte de favores à alguns personagens da Disney, como limpar vidraças, entregar correspondências (no melhor estilo Paperboy, mas, no caso, "Paperduck") ou livrar a casa da vovó Donalda de ladrões.


Único jogo estrelado unicamente por Donald no Super NES


O jogo tem um visual muito bonito, Donald apresenta uma movimentação caprichada, mas o jogo em si é fraco, pois as tarefas dele entregam que o game é direcionado totalmente às crianças, não apresentando nenhum desafio digno de consumir seu tempo.



70 - Cyborg 009
Não muito o que se dizer de Cyborg 009, apenas que ele é um jogo de ação baseado no anime de mesmo nome.Você escolhe 3 personagens entre vários deles e segue por fases de plataforma, usando suas habilidades únicas para conseguir avançar. Existem personagens que conseguem correr, se teleportar e até se transformar em alguns inimigos, o que garante alguma variedade de gameplay ao jogo.


Boa variedade de personagens pra escolher logo no início

O visual dele é bem chamativo, mas os comandos são meio duros. O jogo foi traduzido pro inglês por fãs, pois oficialmente ele nunca saiu do Japão.



69 - Dark Half
Dark Half é mais promissor RPG que ficou esquecido no Japão. O game foi parcialmente traduzido até agora, então, saber sua história fica quase impossível se você não entender japonês. O estilo de jogo lembra um pouco Diablo pela visão isométrica, mas a movimentação do personagem na tela é meio dura e deficiente.


Uma pena estar parcialmente traduzido e com essa fonte porca

De início, o jogo se mostra bem interessante. Os combates se dão por turnos numa espécie de tabuleiro, onde cada personagem/inimigo andam determinado número de casas e escolhem a ação, lembrando o clássico da Nintendo, Fire Emblem. O visual é bem caprichado, o que me faz torcer pra um dia ver esse jogo completamente traduzido pro inglês (e com uma fonte decente pra ler também).



68 - Alcahest
Um RPG de ação de qualidade e que nunca veio para o ocidente por meios tradicionais. Se não fossem as boas almas do grupo de tradução Akujin & Cia, o belo Alcahest seria apenas um apetitoso amontoado de símbolos indecifráveis para nós, meros mortais.


Alcahest é um RPG de ação diferente que faz uso de um parceiro controlado pela CPU

O jogo é um típico RPG de ação com grande foco no combate. Seu personagem, Alen, tem a missão de selar Alcahest, um demônio que surge no céu de mil em mil anos. Para lhe ajudar, você encontrará 5 guerreiros durante a jornada que lhe ajudarão com magias de cura, de ataque ou simplesmente descendo a espada nos inimigos ao teu lado. Alen pode atacar e andar, sendo que para pular de uma região à outra, apenas usando um botão especial no chão que o arremessa nas várias partes do cenário. Ao encontrar um dos amigos, este é controlado pela CPU e ataca junto com Alen de forma bastante satisfatória, além de ter um poder máximo que consome uma pequena barrinha no rodapé da tela.



67 - Brandish 2 - The Planet Buster
Eu já fiz uma análise de Brandish 1 e uma resenha. O jogo tem um aspecto visual bem diferente dos outros RPGs/adventures, sendo que assim que você vira seu personagem, todo o cenário roda junto, deixando o jogador meio perdido de início. Brandish 2 permanece com essa característica e aumenta exponencialmente o jogo. Agora as dungeons estão muito maiores, com mais inimigos e itens escondidos. Se o jogo já causava sérias enxaquecas em quem se arriscava nele (eu incluso), dessa vez então um aneurisma pode ser considerado, visto que leva muito mais tempo pra se descobrir o que fazer e pra onde ir do que antes.


Brandish segue o esquema de câmera do primeiro, mas agora o personagem é mais versátil.

O visual do jogo pouco mudou, exceto que agora temos personagens maiores e uma maior quantidade de texto. Mas as paredes ainda continuam escondendo segredos e precisam ser vasculhadas em cada sinal diferente do cenário...



66 - Dream Maze - The Kigurumi Adventure
Eis aqui um jogo bem inovador pra época. Trata-se de um RPG em primeira pessoa, no melhor estilo Doom/Quake (sem os tiros) e baseado num mundo de doces.... OK, vamos devagar. Dream Maze te joga na pele de um garotinho, preso de um mundo de sonhos e doces, tendo como objetivo ajudar Kigurumi, um simpático animalzinho a livrar seu mundo do mal. Para tal, é preciso explorar os cenários, enfrentar inimigos (combates em turnos aqui) e evoluir, além de colecionar doces e usá-los para comprar itens e armas.


Isso que eu chamo de RPG DIFERENTE...

Tirando o diabetes animal, o jogo é interessante. O visual dele chama a atenção por não ter muito slowdown, mesmo quando exploramos as masmorras de pirulito e cavernas feitas de bombom e marshmellow. Fica a curiosidade pra ver as partes finais do mesmo, pois o jogo tem sistema de levels onde o personagem principal ganha atributos chamados "talents".



65 - Ganbare Daiku no Gensan
A versão de Hamerrin' Harry para SNES não deve em nada para os arcades e digo mais: o negócio aqui ficou muitíssimo caprichado. Talvez seu maior defeito foi ter ficado restrito ao Japão, assim poucas pessoas devem conhecer o jogo ou sequer saber que ele existe. Em Ganbare Daiku controlamos Harry, um garotinho com uma marreta e a missão de limpar o mundo dos trabalhadores maléficos, gatos malditos e outras bizarrices japonesas.


O pequeno Harry em SD no SNES

O jogo tem controles bacanas, apesar do salto de Harry complicar um pouco quando é necessária alguma precisão. O visual é muito bem feito e caprichado, limpo e com personagens grandes na tela. Vale com certeza uma tarde jogando, mesmo em japonês, já que o idioma aqui não significa nenhum empecilho.



64 - Jutei Senki
Mais um jogo de estratégia, mais um jogo esquecido no Japão e mais uma pérola desenterrada aqui. Jutei Senki é um autêntico jogo de estratégia envolvendo generais e exércitos, no melhor estilo Advanced Wars do GBA. Aqui o negócio é impedir que os inimigos avancem até sua torre e, além disso, invadir a torre inimiga, fazendo uso das unidades presentes ou comprando novas conforme o avanço.


Jutei Senki lembra, além de Advanced Wars, o bacanudo Langrisser

O jogo acaba se tornando viciante assim que se pega o jeitão dele. O visual não ajuda muito, mas na hora dos ataques, uma telinha mostra uma animação muito bacana do general daquele grupo atacando os inimigos e diminuindo suas unidades, bem como o contra-ataque em seguida. Um jogo muito bem feito e agora jogável graças à uma versão traduzida para o inglês.



63 - Lennus II - Paladins Quest 2
Lennus 2 é um RPG meio diferente do tradicional. Aqui temos apenas um membro, sendo que os outros podem ser trocados e dispensados quando o jogado preferir. Só por isso eu diria que Lennus 2 é um jogo audacioso. Em plenos 1996, com o SNES já quase enterrado, lançar um RPG nesses moldes é um passo arriscado para a produtora. Enfim, o jogo é bonito, tem uma gama de cores diferente, agradável.


Até o filtro meio roxo/púrpura do jogo ajuda a entrar no clima de Lennus

Acho que, de todos os diferenciais, o sistema de batalha do Lennus 2 é o mais intrigante. Farus, o personagem principal, usa magias para atacar, baseadas em 8 espíritos da natureza, mais ou menos considerados os elementais. Para lhe ajudar, ele convoca mercenários, que são a party, podendo recrutá-los ou dispensá-los quando quiser. Farus evolui de acordo com sidequests, aumentando a capacidade de magias e podendo estocá-las em maior número. Sem dúvidas, um RPG pra ser explorado de todas as formas, ainda mais agora, com sua tradução completa para o inglês.



62 - Out to Lunch
Um game com o nome de "saída pro almoço" ou algo assim nunca poderia ser boa coisa, certo? Mais ou menos, eu diria. Out to Lunch é um jogo que também lembra Bubble Bobble por sua natureza vertical. Controlamos um cozinheiro com a missão de recuperar os alimentos que por algum motivo cósmico se revoltaram e acharam que ficar saltando na grama de plataformas flutuantes seria muito mais interessante do que cozinhar vivo numa panela de pressão.

Para tal, o cozinheiro usa uma REDE que caça os alimentos fujões!


O queijo é um dos alimentos mais chatos de se perseguir...

E não pense que é fácil: alguns tipos de alimentos simplesmente saem CORRENDO, sabendo talvez que seu destino seja a panela. O jogo é divertido, tem opção para dois jogadores e deve ser uma bagunça entre amigos.



61 - Putty Squad
Putty Squad é mais um jogo que veio do Amiga e é também a continuação de Putty, que também saiu para SNES. A missão aqui é resgatar os amigos de Putty, perdidos e aprisionados pelos inimigos. Pra quem não manjou, Putty é uma simpática gosminha azul que se transforma nas mais variadas coisas para resolver os puzzles e abater os inimigos no caminho.


Esse é mais um dos jogos fofinhos que te arranca os cabelos

O jogo tem um visual bonito, uma ótima movimentação tanto de Putty quanto dos inimigos e apresenta uma variedade interessante no gênero plataforma. Resgatar as outras bolinhas gosmentas perdidas vai dar um bom trabalho, mas é bem divertido também.


60 - Doraemon 4 - Nobita to Tsuki no Oukoku
Doraemon é um personagem conhecido dos desenhos animados japoneses, exclusivo daquelas terras. Eu pelo menos não me recordo de ver nenhum desses personagens por aqui, entretanto, seus jogos fizeram um certo sucesso que acabaram chamando a atenção desse lado do mundo. Ou isso ou eu estou falando bobagens ao acaso...


Imaginem um Parodius com pernas...

Pois bem, o quarto game da série (e nem me perguntem onde estão os outros três) foi traduzido por um grupo de fãs e está disponível como rom em qualquer site de download. Sobre o game? Digamos que você controla uma criança previamente escolhida e o Doraemon vem lhe ajudar em uma determinada parte da fase. O game funciona como um shooter de plataforma, onde os personagens jogam uma espécie de PÓ nos inimigos, mandando-os pra fora da tela. Ou isso ou eu mais uma vez estou divagando feito um maluco... Preciso parar de jogar jogos japoneses...



59 - GS Mikami - Joreishi ha Nice Body
Gs Mikami (título completo: Ghost Sweeper Mikami, algo como Mikami: a Faxineira dos Fantasmas) é mais um jogo baseado no anime homônimo e que ficou restrito às terras do sol nascente. O game é bem interessante, pois mistura uma jogabilidade meio Castlevania IV com muitas plataformas pra saltar e um toque de terror aos cenários e inimigos.


Um belo e desconhecido jogo, o problema é entender a história...

Controlando Mikami, uma simpática mocinha que usa uma espécie de espada mágica para "limpar" os inimigos, é possível coletar desde power-ups até itens de cura e de magias. O jogo é bem simpático e, se está procurando apenas uma diversão descompromissada e não faz questão da história, recomendo uma jogada.



58 - Jaki Crush
Jaki Crush é a versão para SNES do famoso Devil's Crush ou Dragon's Fury, um jogaço de pimball para o Mega Drive. Diferente do rival 16 bits, Jak Crush é, entre as versões da série Crush, o mais fraco das quatro. Até Alien Crush, o pioneiro, consegue ser mais divertido que isso aqui. E não é pela falta de física na bolinha nem nada disso. Aliás, a física aqui é melhor implementada que na versão do Mega, mas falta o carisma e principalmente: a diversão.


O jogo é divertido, mas as versões do Mega Drive, na minha opinião, são melhores

Jaki Crush acabou se tornando muito impiedoso com o jogador: bastou um erro nas alavancas e adeus jogada, coisa que no Devil's Crush ainda haviam meios para não perder a preciosa bolinha. Falo isso pois já terminei Devil's Crush do Mega, inclusive a continuação dele, Dragon's Revenge, que acaba sendo pior que o original, mas ainda melhor que esta daqui do 16 bits da Nintendo.



57 - King of Demons
E aqui temos mais um clone bacana de Castlevania, misturando armas de fogo e demônios pra todo lado. King of Demons é mais um jogo traduzido pro inglês por vias obscuras, já que se dependesse de sua produtora, o jogo jamais seria jogado em outra língua à não ser o japonês. O game dá uma boa misturada no estilo consagrado por Castlevania, um toque VICE: Project Doom no que diz respeito à jogabilidade com arma de fogo e muita mitologia demoníaca.


Divertido, muito bonito e bem difícil, é uma jóia perdida do SNES

O visual é interessante: enquanto seu personagem é minúsculo, alguns chefes são gigantescos. Derrotar uma larva gigante usando uma pistolinha de fogo nunca foi tão prazeroso quanto nesse game.



56 - Lethal Weapon
Quem diria, um jogo do filme Máquina Mortífera no SNES. Eu, pelo menos, não conheci esse jogo na época, sequer soube de sua existência, mas parece que ele saiu sim, por meios legais inclusive. O game é pífio, mas serve de alento pra quem procura alguma coisa sobre o filme nos videogames.


Ao menos podemos controlar os dois protagonistas do filme

No jogo controlamos os dois protagonistas, quando um morre o outro assume. O jogo é de plataformas com algum tiroteio, mas é tudo muito mal feito e mal acabado. Saltar e atirar são ações que deveriam ser simples e intuitivas, como num Metal Slug, por exemplo, mas aqui é sofrível. Você vai morrer muitas vezes sem nem entender pra onde ir ou o que fazer.



55 - Xardion
Controlando um mech invocado, Xardion é um bom jogo de tiro e plataforma, ambientado numa estação espacial. O jogo tem controles meio duros, mas, por algum motivo, eu gostei do game. Ele tem um design de fases bacana e alguns power-ups para serem coletados. Alguns inimigos parecem, à primeira vista, implacáveis, mas basta você se acostumar com o jogo e dá pra ir avançando aos poucos sem levar muito dano.


Controlar um robozão sempre vai ser legal... ou não

A música de Xardion é frenética e lembra um pouco alguns jogos do Mega Drive como Alien Soldier. Apesar do visual não ser lá grande coisa, o jogo entrete bem, principalmente aqueles jogadores que gostam de avançar aos poucos nos games, observando detalhes e inimigos.



54 - Treasure Hunter G
Treasure Hunter G tem a fama de ser o último jogo da Square pro SNES. Trata-se de um RPG por turnos, misturado com tático e com um visual que lembra Donkey Kong Country. Os combates mesclam os sistemas de turno e estratégia, sendo que os ataques não são por meios de menus, mas sim, ao apertar os botões mesmo. A movimentação dos personagens quando em batalha é determinada por um raio de ação limitado e são gastos pontos de AP para poder caminhar. Esse sistema é parecido com Chrono Trigger, principalmente durante a exploração dos cenários.


Mais um belíssimo e intrincado RPG para o SNES, dessa vez misturando ação com estratégia

O jogo é muito bonito e tem músicas excelentes. Ainda não pude explorá-lo por completo, mas sei que o game é longo.



53 - Super Ninja-kun
A premissa de Super Ninja Kun (continuação de Ninja Kun/Kid, lançado para NES e uma porrada de sistemas anteriormente) é parecida com Teddy Boy, da Sega: eliminar inimigos em diversos planos na vertical e horizontal. Como é um ninja, suas armas vão desde estrelinhas até bombas conseguidas com o avanço do jogador. Cada inimigo abatido deixa uma espécie de alma que, ao ser coletada, aumenta uma barrinha no rodapé da tela. Com ela cheia, é possível executar uma magia.


O colorido de Super Ninja-kun é convidativo

O visual do game é convidativo, o lance de plataformas é bem executado e controlar o pequeno ninjinha pelas telas é agradável. O jogo tem diversas telas onde achar a saída é o mais importante, além de itens, energia e almas para gastar com magias. Os chefes também estão presentes, mas são bem simples de se enfrentar.



52 - Spriggan Powered
Eis um belo shoot'em up, mas dessa vez horizontal! Spriggan Powered é o terceiro jogo da série, sendo que os outros dois foram lançados apenas para o Turbografx-16. Controlando um robô voador, o objetivo é limpar a tela da enorme quantidade de inimigos que vão surgindo. A primeira coisa que chama atenção é o visual dele, com um belo efeito logo na primeira fase.


O visual do jogo realmente chama a atenção, mas Spriggan é também um ótimo shooter

Os tiros em Spriggan Powered não são muito variados e não podem receber upgrade, mas são úteis mesmo assim. Eu aconselho a pegar o item verde e ficar com ele, pois é o último que segue os inimigos, facilitando muito a vida.



51 - Run Saber
Run Saber é, resumidamente, o "Strider do SNES". Tudo nele lembra o clássico da Capcom para o Mega: um herói topetudo, espada de plasma que aumenta de tamanho, muitas escaladas, inclusive no teto, inimigos que explodem ao levar um ataque, chefes bizarros, lugares bizarros, etc. Tudo aqui foi inspirado por Strider e isso não é um ponto negativo, de forma alguma. Eu diria que o jogo até flui de forma mais suave que Strider, sem tanta coisa na tela pra atrapalhar.


Belo clone de Strider, que deveria ter tido mais continuações

Apesar das similaridades, Run Saber não é um mero clone, ele tem suas próprias características que o diferenciam da obra da Capcom. Por exemplo, podemos jogar com alguém, coisa que não dá pra fazer em Strider nenhum. A dificuldade aqui eu achei mais insana do que no Strider, tendo inclusive lugares que se você não tomar o devido cuidado de avançar lentamente, morrerá tão rápido que nem vai dar pra ver de onde vieram os tiros.



50 - Psycho Dream
Psycho Dream nos coloca em um mundo pós-apocalíptico, onde podemos escolher entre dois heróis típicos japoneses: Ryo ou Maria. Ryo usa uma espada e Maria um chicote. Tirando esse fato e o visual, mais nada muda, mas acredito que jogando com Ryo é mais fácil pelo alcance da espada. Ambos podem coletar orbs coloridos que permitem melhorar a arma principal e acumular uma espécie de poder que varre a tela toda.


Controlar Ryo é mais fácil devido ao alcance da espada

O jogo tem um visual bacana e uma movimentação digna de um Castlevania. O game saiu exclusivamente no Japão e nunca foi portado pra esse lado do mundo, mas é jogável, pois o idioma aqui não é muito importante. Não pelo menos até onde eu cheguei.



49 - Popeye - Tale of Teasing Sea Hag
Popeye já apareceu por aqui no blog também. Trata-se de um jogo de plataformas onde é preciso percorrer um tabuleiro através de uma roleta. Quanto maior o número atingido, mais espaços você podera andar, podendo assim, programar seu avanço, caindo em casas de bônus, lojas ou chefes pelo caminho. O jogo é bem competente, possuindo um ótimo visual e uma ost razoável.


Popeye merecia uma continuação ou ao menos uma versão oficial deste lado do mundo

Interessante notar que esse deve ser o segundo jogo do Popeye no mundo. O primeiro, que me lembro, foi um para Atari que com certeza deve ter sido portado para inúmeros consoles na época.



48 - Operation Logic Bomb
Seguindo uma lógica parecida com Mercs (entre tantos outros parecidos), Operation Logic Bomb é um jogo bem divertido e difícil. Divertido porque jogos nesse estilo, meio Mercs, meio Alien Syndrome, são sempre divertidos. E difícil porque os inimigos são duros na queda, vão-se aí muitos tiros para derrubar simples andróides pelo caminho.


Se você gosta do estilo de Mercs, vai gostar muito de Operation Logic Bomb

E não pense que o jogo te dá muita moleza também: não encontrei um mísero recarregador de energia até chegar no chefe. O game conta com um mapa bem bacana e útil acessado com o select, mostrando desde o caminho até inimigos escondidos.



47 - Lester the Unlikely
Quem acompanha o Nerd Revoltado (James) já deve ter visto esse game. Em Lester, the Unlikely, controlamos Lester, um nerd transportado para um mundo cheio de perigos, onde seres nefastos querem seu sangue para que possam usá-lo num ritual e ressuscitar Baalamã, demônio das impurezas que desfruta de fetos no café da manhã! Mentira, Lester está preso numa praia paradisíaca onde seu maior desafio não é desviar ou chutar carangueijos ou tartarugas, mas sim, lidar com esse controle pútrido que os produtores enfiaram no game.


É uma bizarrice atrás da outra nesse jogo

Não fosse apenas o fato dos comandos serem lentos e desajeitados, o próprio personagem é um poço de chatisse. Lester tenta imitar vergonhosamente movimentos de Prince of Persia/Flashback, pulando embeiradas, subindo e descendo, mas falha miseravelmente. Ele também tenta ser engraçadão, o nerd engraçado, medroso, mas o negócio é muito sem sal. Vale uma testada, mesmo que de cinco minutos, apenas para verem que não estou mentindo.



46 - Musya
Musya é um jogo bastante confundido com Hagane, outro jogo onde controlamos um samurai enfrentando demônios e toda a horda do mal. Só que aqui, o negócio é mais simples e centrado: Musya não é um jogo muito recepetivo, sua dificuldade é embasada principalmente no controle do personagem, não dependendo muito de power-ups, como em Hagane.


Um belo visual, que esconde uma dificuldade cacetuda

Controlar o guerreiro é sofrível pelos controles duros: ele só ataca pra frente e abaixado, nada de atacar para cima, por exemplo, que em casos como nesse jogo, é fundamental. Some isso á inimigos chatos em cada metro quadrado e temos um autêntico jogo que sugará sua paciência mais rápido do que o Kirby engole os inimigos.



45 - Nosferatu
Já falei de Nosferatu por aqui. O game lembra um pouco os antigos Castlevanias, mas com um belo toque de Prince of Persia. Controlando um herói destemido, a missão é invadir o castelo do Drácula (Nosferatu) e salvar sua amada, a tão linda donzela em perigo. Como já mencionei, os comandos aqui lembram bastante Prince of Persia e até Flashback, mas nosso herói consegue até desferir socos nos inimigos.


Um castelo cheio de puzzles te espera em Nosferatu

O jogo tem um avanço que mistura puzzles com botões/avalavancas/pisos com muita porrada e correria. O visual é bem chamativo e é um jogo que eu diria que envelheceu muito bem. Recomendado pra quem gosta de jogos do estilo e de desvendar quebra-cabeças enquanto soca alguns lobisomens.



44 - Pieces
Descobri Pieces numa antiga revista Ação Games, daquelas gigantes. Na época eu já fazia uso de emuladores para jogar meus jogos clássicos, então, dali pra baixar o jogo e se apaixonar, foram minutos. Pieces é um criativo jogo de quebra-cabeças para o SNES, onde quem montar mais rápido o quadro/desenho, ganha. Para tal, faz-se uso de poderes para trapacear ou atrasar o oponente, sendo que o mesmo também pode fazê-lo.


No começo parece simples vencer os inimigos, mas avance um pouco e terá um desafio descabelante

O jogo tem gráficos simples, mas não é nem necessário muita sofisticação nesse departamento. O principal, a diversão, está ali. E se você resolver jogar com alguém, comprovará o que eu digo! Se quiser saber mais, eu fiz uma análise aqui faz um bom tempo.



43 - The Shadow
Esse talvez seja o único jogo baseado nesse personagem dos quadrinhos, O Sombra. Tomando emprestado o estilo beat'em up, ele segue com jeitão meio Batman Returns do SNES, mas sem o capricho do mesmo. Aqui o negócio é a mesmice bata, bata, soque e às vezes use uma voadora ou um golpe especial. Nada de jogar inimigos nas vitrines. Nada de chefes mirabolantes. Nada de nada.


Simples e pura pancadaria de rua, tão simples que cansa em pouco tempo

O visual é interessante, com personagens grandes na tela, mas é só. Só fiz questão de colocá-lo na lista por se tratar de um jogo que, acredito eu, pouquíssimas pessoas sabem da existência.



42 - Crystal Beans From Dungeon Explorer
Traduzido pro inglês meio que recentemente, Crystal Beans From Dungeon Explorer é um RPG nos moldes de Gauntlet, onde escolhemos um entre vários tipos de personagens para vasculhar calabouços, cavernas e dungeons. O game é uma espécie de continuação de Dungeon Explorer do Turbo Grafx 16, mas com mudanças significativas, tanto gráficas quanto de gameplay.


Um Gauntlet sofisticado

Cada um dos 8 personagens possui um estilo de ataque, sejam rajadas, espadas, flechadas, etc. Os atributos mudam de personagem pra personagem também, sendo que os magos aqui são mais fáceis de manejar, apesar do pouco HP. O game não funciona apenas em calabouços, existem cidades com NPCs e lojas para comprar itens.



41 - Go Go Ackman 3
Go Go Ackman é uma série bastante conhecida no Japão, tanto é que existem 3 jogos por lá que nunca foram lançados oficialmente deste lado do mundo. O terceiro deles, o mais divertido e completo, é um dos melhores jogos de plataforma que já pude experimentar. Controlando Ackman, uma espécie de Trunks do Dragon Ball Z, desferimos espadadas, jogamos bombas e outras armas malucas nos mais diversos inimigos, enquanto um pequeno demônio, parceiro de Ackman, vai coletando a alma de todos.


Toda a trilogia Ackman merece ser jogada, mesmo em japonês

O jogo é muito divertido, o único porém é estar inteirinho em japonês, o que não permite entender a história. Se serve como console, pelo menos o primeiro jogo da série recebeu uma tradução e a rom dele é bem fácil de ser encontrada.



40 - The Ignition Factor
Diferente do The Firemen, analisado no blog neste link, The Ignition Factor, mesmo dividindo o mesmo tema (bombeiros salvando pessoas e apagando incêndios), consegue ser muito mais burocrático e, por esse mesmo motivo, chato. Aqui controlamos um bombeiro onde decidimos desde seu equipamento (o que vai ocasionar no peso que ele carregará, o impossibilitando, por exemplo, de correr ou saltar) até o local onde estacionar o caminhão dos bombeiros (você pode chamar ajuda do caminhão, apagando o fogo de algumas salas dependendo da posição dele).


Aqui tudo é escasso, menos o fogo, esse tem pra todo lado

O problema real do jogo é o tom de realismo praticado pelo mesmo: você tem um tempo escasso para conseguir controlar as chamas ou pelo menos salvar algumas pessoas. Seu jato de água é escasso, tendo que toda vez esperar ele recarregar para poder usá-lo novamente. O bombeiro usa diversos equipamentos que devem ser selecionados na tela de pause, causando uma enorme perda de tempo, que já é escasso. E se levar muita coisa consigo, mal conseguirá andar, pois até a força desse desgraçado bombeiro é ESCASSA! É um jogo díficil, mas, pra quem tiver paciência, é um prato cheio, pois o visual é bem bacana e o jogo conta com muitas vozes.



39 - Kendo Rage
Kendo Rage eu costumo chamar de "Valis de pobre", pelas semelhanças com a famosa série anime. Apesar da piadinha infame, Kendo Rage tem suas qualidades. No game controlamos Josephine, uma americana em férias no Japão e... bom, se considerarmos a mistura de Valis com Parodius já dá pra se ter uma boa idéia de Kendo Rage.


Adoro essas mudanças bruscas de clima nesses jogos, vamos de uma área montanhosa pra um deserto de gelo em cinco minutos...

A "heroína" usa uma roupa curta, uma espada de plasma que carrega o poder aos poucos e enfrenta inimigos do tipo fantasmas, ursos sorridentes entre outras esquisitices. O primeiro chefe é uma menina cabeçuda que lança bombas e espinhos por todo canto. Bom, acho que já deu pra se ter uma idéia. O game tem um visual bacana e controles bem mais ou menos.



38 - King Arthur's World
Se algum dia alguém se perguntou se Lemmings tinha algum jogo similar, a resposta está aqui: King Arthur's World é um jogo bem no estilo Lemmings, mas com suas particularidades. Ao invés de tentar salvar uma tropa de personagens da morte usando para isso as habilidades dos mesmos, aqui o negócio é fazer com que o Rei Arthur chegue até o final da tela vivo. Para tal, é possível usar algumas unidades como arqueiros, atiradores, guerreiros e os famosos homens-bomba, tudo pra ir abrindo caminho até a vitória.


Lemmings evoluiu e se tornou King Arthur's World

Os obstáculos vão desde inimigos arremessando pedras de torres altas até guerreiros bem posicionados, pontes que se transformam em armadilhas e caldeirões que despejam brasa quente nos pobres heróis. O jogo é criativo, o que cansa é a mesma música toda hora, além de que não dá pra apressar o Arthur, mesmo quando todo o cenário já está livre de perigos.



37 - Nankoku Shounen Papuwa-kun
Nankoku é um jogo bem bacana e RARO pro SNES. Ele é de plataforma, o personagem parece saído de um desenho de Dragon Ball devido aos seus golpes e tem toda bizarrice japonesa que você já conhece. Os controles aqui funcionam bem e a dificuldade é elevada. O jogo está parcialmente traduzido, apenas, acredito eu, a intro das fases e alguns pormenores permanecem em japonês, pois todos os diálogos estão em inglês.


Observem a bela obra e agradeçam os tradutores

Pra quem conhece o Jackie Chan do NES vai gostar de Nankoku, pois a premissa é a mesma. O personagem, além de voadoras e socos, desfere uma rajada que consome sua própria energia, mas acaba com todo mundo na tela. O game tem alguma coisa de exploração nos cenários, o que instiga aquele jogador que gosta de fuçar tudo pelas fases (eu incluso).



36 - Otoboke Ninja Colosseum
Imagine se no lugar do simpático Bomberman colocásse-mos ninjas... Não precisa nem tentar imaginar, Otoboke Ninja Colosseum já fez isso por você, e de forma jogável e divertida! Controlando ninjas pelos cenários, o jogo é uma cópia fiel em partes do clássico da abelhinha da Hudson: aqui o importante é SABER colocar as estrelinhas explosivas em locais para acertar todos os inimigos e passar a fase.


Otoboke copia o estilão de Bomberman mas adiciona boas novidades

Cada estrela-bomba (novo termo!) que exploda, lança uma estrelinha nas 4 direções que percorrem o caminho todo, à menos que haja um bloqueio nele. Isso dispensa os itens que aumentam a explosão, como acontece no Bomberman tradicional. Alguns inimigos precisam levar 4, 5 danos pra morrer e aí entra a parte de estratégia. Coloque 4 estrelas-bomba em fileira e terá 4 danos no inimigo caso esse esteja ali na hora da explosão! Simples? Nem tanto!

Em algumas fases o negócio fica CABELUDO e passar se torna realmente desafiador. Junte isso à inimigos que só morrem com determinados ataques (seu ninja pode soltar uma bola de espinhos presa por uma corrente) e temos um verdadeiro inferno com uma pitada de estratégia e muita diversão!



35 - Push-Over
Push-Over foi lançado originalmente para Amiga e portado para DOS, Atari ST e também no SNES. Apesar de meio desconhecido, é um interessante puzzle envolvendo dominó. O principal objetivo aqui é fazer com que a pedra listrada caia, usando pra isso as outras pedras do cenário numa reação em cadeia, igual aqueles vídeos bizarros de vários dominós enfileirados que, ao levar um toque, desmontam um cenário inteiro.


Reação em cadeia é o mote aqui

Push-Over inseriu algumas inovações, como pedras especiais que não caem ou que rebatem, o que faz com que o jogador pense bastante antes de resolver cada tela. Não sei quantas telas o jogo tem, mas a julgar pela premissa, acho que lá pelo final a coisa fica extremamente complicada...



34 - Rendering Ranger R2
Outro jogo de ação com tiros no SNES, dessa vez mais futurista. Aqui controlamos um guerreiro armado com um canhão que faz uso dos mais diversos tipos de tiro, tudo para combater a eterna invasão alienígena neste pobre planeta. O visual dele é bem chamativo e a dificuldade também é alta, com cinco míseros acertos você perde uma vida brincando...


Um Contra mais futurista que Contra 3

Uma curiosidade é que o produtor do jogo é também o criadora da série Turrican, por isso as semelhanças, tanto no visual quanto nos diversos tipos de tiros coloridos. O jogo saiu em 1995 exclusivamente no Japão e hoje é tido como um dos mais raros do SNES, alcançado valores exorbitantes em sites de leilões.



33 - Space Megaforce
Alguns sabem que eu não sou lá muito fã de jogos de navinha, os ditos shoot'em ups. Claro, gosto bastante de R-Type, mas não o suficiente para me considerar fã do estilo. Space Megaforce (também conhecido como Super Aleste) eu gostei bastante, tanto pela variedade de tiros, pelo jeitão frenético e também por lembrar um antigo shoot'em up chamado Xevious.


As semelhanças com Xevious são grandes

Acredito que o jogo não seja tão desconhecido assim, mas resolvi colocá-lo aqui, pois nenhum shoot'em up ainda havia aparecido na lista. Por se tratar de um jogo excelente e pouco lembrado, fica o registro!



32 - Super Tekkyuu Fight!
Esse é um daqueles jogos que reúnem vários heróis japoneses (Tokusatsu) em SD (super deformed), seja para corridas, lutas ou, nesse caso, clonar Bomberman. Antes de fazer esse especial, eu não tinha idéia de como a idéia da Hudson havia sido clonada e, muitas vezes, muito bem clonada. É o caso desse Super Tekkyuu Fight, um clone de Bomberman, mas sem as bombas, onde tudo acontece é na base da porrada mesmo!


Como esse negócio vicia, basta jogar para ver...

Controlando um dos 4 heróis (só identifiquei dois deles: o Kamen Rider e o Ultraman) o objetivo é destruir os inimigos em cenários temáticos como gelo, floresta ou vulcão. Seu ataque consiste numa bola de espinhos presa numa corrente, que pode tanto acertar os inimigos quanto destruir alguns blocos pelo cenário para pegar itens. Esses itens vão desde aumentar o alcance da corrente, lhe dar maior velocidade ou acumular bombas que dá uma ajuda e tanto no cenário. É um jogo muito divertido principalmente se jogado com alguém, onde o idioma japonês pouco atrapalha.



31 - Skuljagger - Revolt of the Westicans
Skuljagger me lembrou bastante outro jogo do Master System (que veio dos arcades): Captain Silver! Guardadas as devidas proporções, o esquema é idêntico: avance com sua espada, mate piratas e monstros e vá coletando jóias, que no caso de Captain Silver, são as letras de seu nome. A energia é escassa e se levar 3 ou 4 golpes é o suficiente pra morrer.


não se engane pela simplicidade, o jogo é viciante

O interessante desse jogo é que a cada golpe levado, você perde algumas jóias. Se ficar sem elas, a morte é iminente!



30 - On the Ball
On the Ball é a versão de Calmetry pro SNES, jogo que nasceu nos arcades e apareceu por aqui como um jogo raro no especial de 50 Relíquias Perdidas dos Arcades. Se o jogo já é meio raro nos fliperamas, que dirá a versão do SNES, que eu sequer conhecia a existência!


Não tem como largar isso depois de começar, vão por mim

O game segue a versão original, que consistia em girar a tela (dessa vez nos direcionais) para que a bolinha vá caindo até achar a saída. Blocos para quebrar no caminho e armadilhas vão aparecendo conforme o avanço. É jogo para pessoas que não enjoam jogando Sonic (sério, conheci uma pessoa que vomitou a primeira vez que viu Sonic correr por um looping...).



29 - Power Piggs of the Dark Age
Mais um jogo que passou por aqui! Aqui controlamos um entre três porcos na era medieval, fazendo uso da espada em ambientes vastos e cheios de caminhos para escolher. A dificuldade fica mesmo por conta do jogador explorar os cenários em busca de vidas e itens, além de aprender na marra a física bizarra dos porcos, bem mais pesados que a maioria dos protagonistas da época!


Acredito que o maior problema aqui são os saltos com os porcos

O visual do jogo é bem competente, mas o tom marrom que prevalece pode cansar os olhos com o tempo. A dificuldade em fases adiantadas é outro fator que pode afastar os menos pacientes.



28 - Realm
Esse jogo saiu no fim da vida do SNES, em 1996 sendo que na Europa um ano depois. Por estes motivos, é de se imaginar que o jogo deve ter explorado quase todo potencial do console, não? Arram... não. Realm é um simples jogo de plataforma e tiro, onde controlamos um carinha no ano de 5069 (sim, os caras foram BEM LONGE) com a missão de destruir a ameaça alienígena que devastou o planeta.


Talvez a única coisa interessante de Realm sejam as armas variadas

Para tal, ele usa diversas armas e acredito que é nisso que o jogo se apoia totalmente. São muitas armas diferentes, todas com tiros diferentes, coloridos, etc. Os inimigos são genéricos ao extremo, o jogo tem controles razoáveis e a dificuldade é alta.



27 - Little Magic
Little Magic lembra bastante aquele jogo de empurrar caixas que teve dezenas de adaptações, o Shove It. Shove It se resume em empurrar caixas e com isso abrir caminho para terminar cada etapa. Em Little Magic a coisa é mais ou menos assim, com a diferença de ter que encaixar um símbolo estranho no local correto e correr pra escada. Cada etapa mostra coisas novas e, há de se ressaltar, o jogo muitas vezes deixa que o jogador se vire sozinho, não dando uma mísera pista do que fazer.


Não consegui sair da fase da segunda telinha, em vermelho.... sério...

Aí entra o famoso "aperte todos os botões" pra ver o que acontece. É divertido, mas é complicado e exige um bom tempo e paciência.



26 - Jungle no Ouja Tar-Chan - Sekai Manyuu Dai Kakutou no Maki
Uma vez, jogando o saudoso Pitfall, me surgiu na cabeça uma pergunta: tirando a Disney, será que existiu realmente um jogo sobre o Tarzã? E a resposta veio do Japão, sempre ele. Jungle no Ouja Tar-Chan é um autêntico jogo do homem de tanga, baseado na série publicada no jornal Shonen Jump no começo da década de 90. A série, parodiando o famoso personagem, virou um jogo para SNES e, vamos dizer a verdade: o jogo ficou muito bom e é realmente uma pena ter ficado restrito ao Japão.


Um jogo do Tarzã japonês no SNES que imita Flashback...

Tarzan aqui pode saltar, socar, dar voadoras, ganchos e ainda fazer pose de fisioculturistas nas horas vagas (entenda: quando está parado!). O jogo inteiro tem o característico humor de mangás japonseses e isso é muito agradável. Agradável também é a jogabilidade, Tarzan é um autêntico alpinista, podendo agarrar bordas para subir em plataformas altas, além de socar paredes pra abrir passagens, usar seus amigos animais para prosseguir e muito mais! Recomendadíssimo!



25 - Inspector Gadget
Inspetor Bugiganga, quem tem mais de 30 anos com certeza vai lembrar desse desenho. Apesar da fama momentânea dele, o desenho acabou gerando dois jogos (que eu conheço): um para o Playstation e esse, para Super NES. Essa versão do SNES é a mais conhecida, pois o estilo de jogo lembra um pouco Mario pelas plataformas, mas o diferencial, obviamente, fica nas armas e tranqueiras que o Inspetor usa.


A quantidade de bugigangas do Inspetor Bugiganga é realmente alta

As bugigangas vão desde mãos para agarrar argolas no ar, bombas, itens que revelam blocos secretos, desentupidores que servem pra alcançar lugares altos até as próprias mãos, pernas e a cabeça do inspetor, que ele usa para atacar os inimigos. O jogo não é lá muito fácil e aprender o uso de cada arma/acessório é essencial para avançar e descobrir lugares secretos nas fases.



24 - Jikkyou Oshaberi Parodius
Não há muito o que ser dito sobre Parodius. Se você não conhece, trata-se da série maluca da Konami, um shooter divertido e desafiador com um monte de figura bizarra, incluindo aí a lendária Vic Viper da série Gradius. Novamente, além dos personagens e inimigos bizarros, o sistema de upgrades dos tiros é o chamariz do jogo, onde uma dose de estratégia em usar o tiro adequado pode facilitar ou complicar sua vida.


Me abstenho de descrever essas imagens...

O visual do jogo continua muito bacana, com muitos inimigos, tiros e coisas gigantes na tela pra abater. Vozes pipocam toda hora na tela e, por se tratar de uma versão exclusiva japonesa, não dá pra entender nada. Não que eu busque entender ou compreender um jogo da série Parodius, longe disso.



23 - Legend
Legend é um jogo beat'em up medieval, onde controlamos um bombado com uma espada com a missão de descer o ferro em tudo e todos que surgirem. Ponto. Nada mais é preciso ser dito, apenas que o jogo é fraco e falha miseravelmente em tentar imitar os medalhões da Capcom, como King of Dragons, por exemplo.


A magia é bacana e lembra Golden Axe... só nessa hora também...

O visual é competente, os personagens na tela são grandes, apesar dos poucos frames de movimentação. O problema mesmo é a repetição, os golpes são os mínimos possíveis e os inimigos se repetem ao extremo. Entre um chefe e outro, mudam os inimigos e dá pra soltar uma magia cabulosa que pega a tela inteira.



22 - Holy Umbrella - Dondera Wild
Holy Umbrella já pintou por aqui no blog no passado, trata-se de um projeto de tradução muito bacana, que viabilizou muita gente a aproveitar mais esse jogão, que era exclusivo do Japão até então. Aqui controlamos um pequeno rapazinho que, ao encontrar uma sombrinha (ou guarda-chuva, como desejarem) acaba sendo teleportado pra um mundo estranho e diferente.


Holy Umbrella era um dos jogos mais requisitados pelas equipes de tradução

Funcionando como um clássico jogo de plataforma em 2D e tendo uma visão de cima em cidades, Holy Umbrella é muito cativante. Ainda não tive a oportunidade de avançar muito no jogo, mas se quiserem mais informações sobre ele, sugiro a publicação minha sobre este jogo aqui.



21 - Little Master - Nijiiro no Maseki
Eu também já falei uma vez aqui no blog sobre Little Master - Nijiiro no Maseki, numa resenha breve sobre o mesmo. Breve porque o game não é totalmente traduzido, o que INFELIZMENTE não me permitiu aproveitar mais o mesmo. Little Master é um jogo de estratégia e dos melhores, mostrando personagens desenhados e caricatos, com inúmeros golpes e magias diferentes.


Uma pena não estar completamente traduzido, pois é um jogão de estratégia

O jogo se preservou no idioma original por muito tempo até que alguém teve a brilhante idéia de traduzi-lo pro inglês. O problema é que ele não foi totalmente traduzido ainda. E aí, alguém se habilita a terminar o serviço?


20 - Stone Protectors
Stone Protectores até fez alguma fama no SNES por se tratar de um beat'em up mais infantil, mas, convenhamos, o jogo era fácil até dizer chega. São vários personagens, todos esteriotipados para escolher, mas que não mudam muito na hora no gameplay. O jogo segue o padrão mais simples possível de um beat'em up: ande, bata em todo mundo e colete itens. É cansativo e enjoativo com o tempo, sendo muito melhor aproveitado em duas pessoas.


Diverte no começo, mas enjoa rápido

Vale lembrar que o jogo é baseado numa série de desenhos animados que também é baseada em uma linha de brinquedos com essa galerinha colorida aí. Daí pra um jogo de videogame foi um passo apenas.



19 - The Twisted Tales of Spike McFang
Spike McFang foi uma grata surpresa. Com uma ambientação meio Zelda A Link to the Past, o jogo tem como protagonista Spike, um pequeno vampiro contra o inimigo zumbi General Von Hessler, que pretende invadir seu reino e escravizar todo mundo. O estilo de jogo lembra bastante Zelda, inclusive com direito à coleta de experiência e moedas de inimigos abatidos. Spike usa dois tipos de armas: sua capa, que rodopia e pode inclusive atordoá-lo caso use muitas vezes seguidas e sua cartola, item arremessável que acerta inimigos voadores.


não consegui mensurar a profundidade desse jogo, mas ele deve ser bem longo e divertido

Além disso, cards especiais conferem magias ao pequeno guerreiro, como invisibilidade, ataques elementais, recuperar a energia, etc. É um jogo bem divertido e, estranhamente, raramente é comentado pela internet.



18 - Slayers
Slayers é baseado numa obra mangá (que, obviamente, se tornou anime também) bem famosa no Japão. Por esse mesmo motivo, nunca saiu de lá por meios normais, até que um grupo resolveu traduzi-lo para o inglês e agora sim, podemos ver do que se trata o jogo. Jogando como Lina, a missão é explorar o mundo, convocar ajuda e acabar com o mal, nada muito diferente da maioria dos RPGs.


Essa mulherada do jogo já chega com um monte de magia no seu grupo

Seu sistema de combate é similar à Dragon Quest/Phantasy Star, onde vemos os inimigos de frente e podemos usar desde ataques físicos até magias. Aliás, falando nelas, acredito que essa seja a principal característica do jogo: o game possui MUITAS magias. Cada personagem entra no seu time já com um número considerável delas, podendo fortalecê-las e aumentar a quantidade com o tempo. Um RPG bem bacana e que, como todo e qualquer RPG, requer um bom tempo de jogatina.



17 - Hyper Iria
Hyper Iria é outro jogo baseado em um anime. Aqui controlamos Iria, uma mercenária em um cenário futurista, que faz uso desde pistolas e até bombas para avançar pelos complicados labirintos do jogo. Obviamente, por ser restrito ao público japonês, entender os complicados caracteres é necessário para avançar e, infelizmente, o jogo ainda não recebeu nenhuma tradução pelo menos em inglês para que nós, mero mortais, pudéssemos apreciar esta bela obra.


Eis jogo difícil pacas, é preciso avançar meticulosamente

O jogo segue um ritmo meio Metroid, pelo que andei lendo, com labirintos cheios de indas e vindas, itens, armas e inimigos por todo canto. Dá pra jogar um pouco mesmo japonês, mas infelizmente, avançar muito requer conhecimentos nipônicos.



16 - Arabian Nights - Desert Spirit King
Arabian Nights é mais um daqueles RPGs com um visual lindo e que, se não fossem as boas almas desse mundo, jamais iríamos conhecer ou jogar. Exclusivamente lançado no Japão e traduzido pelo Lost Templar para o inglês, Arabian Nights tem uma das histórias mais bacanas que eu já vi num RPG.

Controlamos Shukran, uma jovem menina recém-orfã que acaba encontrando um anel estranho no pátio de seu vilarejo. Ao pegar o anel, acaba libertando uma entidade conhecida como Ifrit, que se diz o Rei dos Djinns. Ifrit havia acabado de ser selado no anel por seu mentor e criador e busca vingança para com o mesmo. Agora, imaginem a cena, uma entidade espiritual líder de sua raça sendo libertado por uma garotinha rebelde e tendo que acatar suas ordens para que possa voltar ao seu reino e ter sua vingança...


Um belo jogo, o problema é ter saco pra tanta batalha aleatória

O visual do jogo chama bastante atenção e acredito que foi um dos principais motivadores da tradução do mesmo. Enquanto em cidades e dungeons, o game lembra bastante clássicos como Final Fantasy e Tales of Phantasya, enquanto nas batalhas o sistema de turnos impera. Aliás, falando nelas, acredito que o único contra esteja aqui: são muitas, muitas batalhas mesmo, você mal anda pelo mapa e já pisca uma batalha randômica, o que pode cansar os mais afoitos ou com menos paciência.



15 - Ganpuru - Gunman's Proof
Ganpuru - Gunman's Proof sofreu daquele mal que todo console em final de vida sofre: saiu quando o SNES já estava perdendo o interesse e, por esse motivo, ficou restrito ao Super Famicom, no Japão. O game, como podem ver as telinhas, lembra BASTANTE o saudoso Zelda A Link to the Past, mas as semelhanças acabam no visual mesmo. Zero, o protagonista, vive em um mundo ambientado no faroeste, usa pistolas infinitas pra atirar e, até onde eu sei, não fica por aí erguendo vasos e empurrando blocos pra resolver puzzles.


Uma espécie de Zelda, só que mais simples e colorido

O jogo é bem divertido, principalmente agora que existe a rom traduzida pro inglês, onde dá pra perceber que o humor é o ponto alto do enredo. Piadas de todo tipo pipocam à todo momento da tela, desde tirando sarro de outros jogos (Zelda é só a cereja do bolo aqui) até dele próprio, quando o protagonista ganha suas armas iniciais, por exemplo. Recomendado, mas reserve um bom tempo pra apreciar a história inicial, que tem uma intro bem longa.



14 - Super Dany
A primeira impressão que eu tive de Super Dany foi ótima: o jogo, apesar do apelo infantil, parecia ser desafiador, com um garoto preso em uma espécie de jogo onde resolver enigmas era o principal objetivo para sobreviver. Aí vieram os lances de escalar plataformas e atirar em esqueletos e inimigos. OK, até então, tudo bem. Fiz umas duas ou três tarefas, voltei e estava seguindo meu caminho quando me deparo com um desafio que não soube resolver. Morri e o jogo me voltou TUDO! ABSOLUTAMENTE TUDO!


Infelizmente não consegui sair dessa tela...

Não mudei minha opinião, o jogo parece ser muito bom e realmente desafiador. Você precisa manusear alavancas e botões no fundo do cenário com Dany, abrindo portas e destruindo obstáculos com isso.

Mas, para isso, vai ser necessário também muita paciência, pois morrer significa fazer todo o cenário DENOVO E DENOVO! O visual ajuda mas os efeitos sonoros são cansativos.



13 - Esparks - Ijikuu Kara no Raihousha
Gostam de Legend of Zelda A Link to the Past? Então eu vou lhes apresentar um jogo que vai deixar muita gente com vontade de aprender japonês. Esparks é praticamente um clone de Zelda, mas, diferente de Gunman's Proof, segundo o único detonado que encontrei dele no Gamefaqs, esse jogo segue quase à risca o sistema de itens e puzzles do A Link to the Past, sendo inclusive mais complicado que o jogo supracitado.


Outro clone de Zelda, mas sem tradução ainda...

Esparks é a prova cabal de que existem muitos jogos que sequer conhecemos e que seriam muito bem aceitos desse lado do mundo. Por estar totalmente em japonês e não existir sequer no horizonte alguma tradução, o que nos resta é imaginar como são as dungeons, calabouços e nos contentar com reviews de quem manja desses caracteres.


12 - The Adventures of Dr. Frank
Eu concordo que um game desse naipe foi feito exclusivamente para agradar as crianças na época. Mas, poxa vida, custava os caras colocarem controles melhores? A criatura executa até vários movimentos, mas todos meio duros de sair.


é até divertido dar voadoras, mas o jogo ficou devendo muito

Fora isso, o design das fases não deixa lá muito claro por onde ir e o que fazer, parecendo que esse jogo foi feito às pressas e sem nenhum cuidado. Vasculhar as fases em busca de itens acaba se tornando uma tarefa cansativa e sem graça.



11 - Cosmo Police Galivan II - Arrow of Justice
Quando o universo conspira contra nosso planetinha, os policiais do futuro surgem para nos defender. Tá certo que eles mais parecem uns bonecos de arame com sérios problemas de cãibras, mas, ao menos eles tentam!


Essa voadora amigos... observem a desenvoltura... senhor...

O jogo segue o estilo beat'em up, com porrada pra todo lado, mas não é lá muito profundo. Os golpes são sempre os mesmos, assim como os inimigos, que se repetem quase infinitamente enquanto avançamos pela cidade.



10 - Lode Runner Twin - Justy to Liberty no Daibouken
Eu sempre gostei de Lode Runner, isso desde quando descobri a versão do Playstation 1. É uma série criativa, divertida e que te obriga a achar caminhos e espaços para poder avançar, te obriga a traçar estratégias ou se virar na última hora.


Toda fase tem um mapinha útil abaixo da tela pra você se localizar e ver onde estão os tesouros

Essa versão do SNES, apesar de ser mais voltada ao público infantil (pelo menos no visual dela), é bem bacana também. É difícil pra caramba e está inteirinho em japonês, mas é um jogo com o DNA dos Lode Runner.



9 - Umihara Kawase
Eis um jogo diferente, acredito eu, de TUDO que você já jogou na vida! O objetivo em Umihara Kawase é achar a porta de saída de cada tela, fazendo uso de uma espécie de anzol preso à uma corda, escalando e subindo plataformas. A personagem principal, Umihara, uma estudante japonesa, precisa alcançar a saída e não tocar em nenhum inimigo no caminho.


Acreditem, algumas fases vão dar MUITO trabalho pra achar a saída...

O seu anzol serve também para atordoar os inimigos e recolhê-los em sua mochila, adicionando pontos no processo. O jogo tem uma música tão grudenta que vai ser difícil você esquecer dela por um bom tempo.



8 - Feda - The Emblem of Justice
Imaginem Shining Force no 16 bits da Nintendo.... Claro, muitos vão falar de Fire Emblem, mããããss... lembrem-se que Fire Emblem passou quase invisível nessa geração da Nintendo, então, Feda - TheEmblem of Justice pode saciar o apetite dos fãs de jogos de estratégia no SNES. Com um sistema muito parecido com a série clássica da Sega, inclusive em combates, o jogo não deixa a desejar em nada, apresentando uma história densa envolvendo várias raças enquanto o povo, indefeso, fica no meio do fogo cruzado tentando de defender.


Um belo SRPG pro SNES completamente em inglês e pouco conhecido

O visual chama bastante atenção, principalmente nos embates: a câmera mostra o ataque e a defesa ou contra-ataque do inimigo, similar ao que vemos em Shining Force, mas com algumas cenas à mais. Os mapas são bem feitos e espere muita dificuldade. Apesar de ter ficado restrito no Japão, as almas bondosas traduziram pro inglês e lançaram a rom na internet há alguns anos.



7 - Dark Law - Meaning of Death
Com toda certeza, alguns jogos entre os que nunca saíram do Japão, como Dark Law, chamam bastante a atenção. Uma vez eu peguei pra explorar esse jogo, a versão traduzida pro inglês dele e posso dizer: o game tem um estilo muito único e eu diria que até ousado pra época. Não se trata de um RPG tradicional, apesar das imagens entregarem seu estilo voltado mais pra ação. Mas Dark Law envolve muitos puzzles, MUITOS MESMO!


Que jogo surpreendente, quando você sair da primeira área vai entender o que eu digo

Aqui o negócio é ficar de olho no cenário e vasculhar cada cantinho realmente pra achar a saída ou algum item chave. Só esse começo, nas montanhas, me levou um bom tempo pra descobrir COMO descer. É um jogo que requer um tempo para ser aproveitado, mas que vale cada segundo se você gosta do estilo.



6 - Magical Pop'n
Magical Pop'n é um jogo constantemente citado nessas listas de jogos raros e desconhecidos de SNES. Tudo porque o mesmo jamais foi lançado fora do Japão e seu estilo é bem cativante, um jogo de plataforma bem bonito e bacana. O jogo foi traduzido pro inglês há algum tempo e a rom é bem fácil de ser encontrada.


Joguinho bonito, divertido e difícil

No game controlamos uma pequena garotinha que faz uso de diversos poderes. Cada um deles tem duas formas de serem usados, ou na forma de projéteis de arremesso ou usando um poder carregado que geralmente explode a tela toda, num bonito efeito. Ambos gastam estrelas, que podem ser encontradas destruindo os inimigos. O jogo também oferece corações escondidos que aumentam a barra de vida da nossa pequena heroína.



5 - Silva Saga II - The Legend of Light and Darkness
O Dynamic Designs é um portal de tradução que trabalha com diversos jogos, principalmente de Super NES. Os caras traduzem sem cobrar nada, é um serviço, acredito eu, feito por amor aos games e que nos permite experimentar alguns jogos que sequer poderíamos sair da tela inicial, ao menos quem não conhece japonês. Pois bem, Silva Saga II foi bem comemorado quando saiu o patch de tradução. Pelas imagens no site, eu não dei nada pro jogo, parecia um mero RPG de turnos como tantos no sistema. Mas, ao experimentá-lo, acabei gostando do seu jeitão meio PHANTASY STAR!


Se você gosta de Final Fantasy e Dragon Quest, Silva Saga II foi feito pra você

Sim, o jogo lembra muito Phantasy Star (e Dragon Quest/Warrior também, por que não?) pelas cidades e mapa, mas é no combate em que ele realmente se parece com o clássico da Sega. O combate em Silva Saga II é em primeira pessoa, onde você só vê o corte das lâminas nos inimigos, tendo sua party representada apenas por uma foto mostrando HP e MP. É um RPG nos moldes clássicos, com muito grind, muitas cidades pra visitar, muito texto pra ler, ou seja: somente para fãs do estilo mesmo.



4 - Tactics Ogre - Let Us Cling Together
O Aeon Genesis, um famoso grupo de tradução, nos brindou, FINALMENTE, com a versão em inglês desse verdadeiro clássico dos RPGs táticos! Tactics Ogre: Let Us Cling Together, foi inspirador do não menos famoso Final Fantasy Tactics, que se tornou uma espécie de referência no estilo. O jogo tem um visual muito foda e está inteirinho em inglês. Antes do Aeon Genesis meter o dedo na ferida, só poderíamos saborear esse jogo em inglês no Playstation, que é onde ele foi portado e que por onde a maioria deve conhecer.


Belíssimo SRPG, finalmente em inglês no SNES

Surpreendentemente, a versão do SNES não deixa nada a desejar pra versão do 32 bits da Sony, exceto, claro, uma resolução menor ali, um sprite com menos animação aqui, mas o teor do jogo mesmo, está tudo ali, intacto. É mais uma excelente obra pros donos de SNES aproveitarem, mesmo fazendo uso de algum Everdrive da vida.



3 - Dual Orb II
A história de Dual Orb II já começa dramática: um mago em aprendizado, enviado às montanhas para poder ser promovido à guardião do rei, acaba por encontrar um bebê. Tal bebê é entregue por um grupo de soldados, juntamente com um rosário e os dizeres: "faça de tudo para que ele seja bom e forte!". O mago volta ao reino, já com sua peregrinação completa e leva o bebê consigo. Lá o rei o interroga e fica curioso tanto sobre a história que o mago conta, quanto pelo rosário que o bebê carrega consigo. Apesar da curiosidade, o rei confia ao seu fiel escudeiro que cuide da criança e a torne forte e fiel à seu reino.


Esse foi um dos jogos que mais me surpreendeu,as batalhas lembram bastante o clássico do PS1, Suikoden 2

Bom, com um pano de fundo desses de apresentação, não há como não esperar nada menor do que uma puta história. E ela está presente em Dual Orb, um RPG restrito ao Japão e que, graças aos bons tradutores, agora podemos experimentar também. O game tem um visual bastante chamativo quando não em batalhas, mas o real charme dele é quando lutamos. A perspectiva isométrica e os personagens dispostos na tela dão uma boa impressão de espaço. Isso juntamente com a excelente movimentação dos personagens deixa tudo muito agradável. Dá a impressão de que estamos jogando um game de PS1 tamanha a qualidade do mesmo.

Sinceramente, pra quem gosta de um bom RPG, com uma boa história e visuais dignos de um 32 bits
(sim, não é somente em Final Fantasy VI ou Tales of Phantasia que o SNES se supera), podem correr jogar Dual Orb. E, agora, totalmente em inglês!



2 - Wrecking Crew '98
Antes de mais nada: QUE JOGO VICIANTE! Como eu nunca ouvi falar de Wrecking Crew '98? Ah sim, o jogo é exclusivo do Japão, assim como seu antecessor, do NES. E não, não há patch de tradução. Não entendo como um jogo tão bacana ficou preso por lá, coisas que só a Nintendo mesmo entende... Ao menos dá pra jogar numa boa o modo história, mesmo com o menu todo em japa.


Meu conselho: reserve um bom tempo pra jogar isso aqui ou você corre o risco de perder algum compromisso...

O game é puro e simplesmente, puzzle! Controlando Mario com uma marreta, seu objetivo é quebrar blocos e alinhá-los em 3 ou mais da mesma cor, tanto na vertical quanto na horizontal. Nisso, seu oponente do outro lado da tela também faz o mesmo. Quem fizer mais combos de cores manda inimigos pro outro lado, atrapalhando o rival. Quem fizer o outro entupir a tela até o teto, ganha, similar ao Tetris.

O game acompanha também a versão do NES, pra quem quiser conhecer!



1 - Chaos Seed
Tendo seu lançamento da tradução (finalmente) no dia 15 de Abril de 2014, Chaos Seed finalmente poderá ser apreciado pelos entendedores da língua inglesa. Mas do que se trata Chaos Seed? Bom, o jogo mistura vários estilos em um só e requer um tempinho pra aprender a jogá-lo. Primeiro, é um autêntico RPG de ação focado em puzzles e combates. Segundo, sua party é completamente customizável (sim, uma party em um RPG de ação nos moldes de Zelda), como se fossem Pokémons, você os contrata, evolui, eles ganham magias, ficam mais fortes, etc.


Um dos maiores e mais intrincados jogos do SNES, finalmente em inglês

O visual do mesmo é talvez o que mais chame a atenção: os detalhes são incríveis para um jogo de 16 bits, rivalizando inclusive com jogos tidos como mais belos do SNES, como Yoshi's Island e Tales of Phantasia. A movimentação dos personagens é um show à parte, dá pra sentir cada golpe dado, seja ele físico ou através de feitiços. O jogo demorou para ser traduzido, pois seu cartucho tem um chip especial que complicou a vida de quem se arriscava a entender suas entranhas. A compilação do patch pode ser baixada tanto no famoso romhacking.com quanto no próprio site dos desenvolvedores, o Dynamic Designs.

Bom, esses foram os 100 jogos desconhecidos do Super NES, o querido 16 bits da Nintendo!



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JogosRBL6 – Agora com PLAYSTATION ONE - SONY
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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Ascensão e queda do homem mais poderosos do mundo


Ascensão e queda do homem mais poderosos do mundo



Ele se considerava um filho direto dos deuses, mas acabou esquecendo de que não era imortal...


Júlio César foi, sem dúvida, o homem mais poderoso de sua época: estrategista militar brilhante, imperador de meio mundo e ditador cruel. Sua passagem pelo trono romano marcou um antes e um depois na história do Ocidente.


Júlio César - Ditador Romano


Nascido no ano de 100 a.C., em uma família patrícia, mas de riqueza escassa, Caio Júlio César começou sua carreira política graças ao seu tio Caio Mário. Após um sucesso precipitado na hierarquia religiosa, ele sofreu uma tentativa de assassinato e se afastou da capital em direção às frentes asiáticas, onde se destacou como militar brilhante. Depois de seu retorno triunfal, Júlio César deu início a uma rápida escalada política que o transformou em ditador vitalício da antiga república romana.


Primeiro Triunvirato - Crasso, Pompeu e Júlio César


Porém, mais além do enorme poder acumulado, que, inclusive, o levou a se proclamar filho direto dos deuses, Júlio César continuava sendo um mortal. Alguns adversários que lutavam contra sua tirania criaram um plano para assassiná-lo, o que foi concretizado em 44 a.C., quando ele morreu esfaqueado no Teatro de Pompeu, onde o senado romano se reunia.


Júlio César - Recebeu o título de Ditador



Fonte: INFOBAE
(https://www.infobae.com/cultura/2017/09/04/vida-mujeres-literatura-gloria-y-muerte-del-hombre-mas-poderoso-de-roma-y-en-algun-momento-del-mundo/)



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sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Mega Bomba da Segunda Guerra Mundial provoca evacuação em massa na Alemanha


Mega Bomba da Segunda Guerra Mundial provoca evacuação em massa na Alemanha



50 mil pessoas tiveram que sair de suas casas para que o artefato fosse desativado.


Recentemente, dois construtores alemães encontraram na cidade de Frankfurt uma bomba lançada pela aviação britânica na Segunda Guerra Mundial. A megabomba, de 1,4 toneladas, não explodiu durante o conflito e representava uma séria ameaça para os habitantes da região, que tiveram que ser evacuados para desativar o artefato com segurança.


Especialistas em desarmar bombas tiraram foto ao lado do artefato


Durante a operação, mais de 50 mil cidadãos foram obrigados a deixar seus lares, inclusive 100 pacientes internados em hospitais da região, que tiveram que ser transferidos para outros centros de atendimento. O esquadrão responsável pela desativação advertiu que se a bomba explodisse espontaneamente, ela seria capaz de destruir uma rua inteira.


Esta megabomba de 1,4 toneladas foi encontrada em um canteiro de obras


Calcula-se que na Alemanha ainda existam mais de 350 artefatos explosivos, os quais, depois de serem lançados na guerra, não chegaram a explodir. Os especialistas advertem que as bombas se tornam mais instáveis ao longo do tempo, por isso é imprescindível localizá-las e desativá-las controladamente para evitar mortes.

O país também conta com um corpo especializado nesses procedimentos, o Kampfmittelbeseitigungsdienst (KMBD), que, desde 2000, perdeu 11 técnicos em acidentes ocorridos durante a remoção de bombas.


O Helicóptero da policia equipado com uma câmera térmica procurou no local possíveis
pessoas que ainda estivessem em casa, depois de não encontrar ninguém os
especialistas começaram a desarmar o artefato



Fonte: BBC
(http://www.bbc.com/news/world-europe-41140949)



BBC - Site Fonte


Leia também:

Deu a louca nos neurônios



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sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Por trás da cortina de fumaça - Maconha


Por trás da cortina de fumaça - Maconha



A Organização Mundial da Saúde publica o mais completo relatório sobre os efeitos da maconha. E afasta a onda de desinformação que cerca a droga ilegal mais consumida do mundo.


Era para ser uma festa. Era para ser o triunfo da pesquisa médica em seu esforço de separar, cientificamente, o que é mito e o que é fato sobre os efeitos da Cannabis, conhecida como maconha. Mas o relatório sobre a droga publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), das Nações Unidas, teve uma outra recepção. A entidade começou a trabalhar em 1993. Convocou os maiores especialistas do mundo e incumbiu-os de, nos cinco anos seguintes, examinar o resultado de centenas de pesquisas. Finalmente, em dezembro do ano passado, as conclusões dessa equipe foram reunidas num documento de 49 páginas, publicado sob o título Cannabis: uma Perspectiva de Saúde e Agenda de Pesquisa. Surgia o mais completo relatório produzido sobre a maconha nos últimos quinze anos.

Aí, o que era para ser uma festa virou guerra política. O trabalho da OMS mal foi lido. Até o início do mês de março, pouco mais de 500 cidadãos, nos cinco continentes, tinham tido acesso a ele. Quase não houve repercussão. O motivo é que seu conteúdo foi encoberto pela campanha dos que pregam a legalização da droga. Nada contra a polêmica, que pode ser até saudável. Mas o fato é que, no caso, ela fez sombra sobre o texto da OMS e favoreceu a onda de desinformação.


A confusão chegou ao ápice quando a revista semanal inglesa New Scientist, na sua edição de 21 de fevereiro, pôs em sua capa uma reportagem explosiva em que acusava a OMS de ter suprimido do documento, por motivos políticos, um capítulo mostrando que a maconha seria menos perniciosa do que o álcool e o tabaco. A OMS admitiu a supressão do capítulo, mas negou os motivos. Declarou que o texto comparando as três drogas fora excluído por prudência, pois os estudos nos quais ele se apoiava não eram conclusivos. De fato, isso só levaria a mais confusão.

Tanto é que a confusão, com capítulo ou sem capítulo, alastrou-se. E desviou, ainda mais, a atenção do público daquilo que, afinal, era o mais importante - o próprio relatório da OMS. Quem foi apanhado de surpresa pela guerra de versões pode ter ficado desorientado. E pode até estar pensando que a maconha nem é tão perigosa. Mas ela faz mal, sim, e cria riscos sérios para a saúde.

Quem tem dúvida, é só consultar o relatório. "Ele confirma diversas conseqüências nocivas comumente apontadas em relação à maconha", resume a psicobióloga brasileira Maristela Monteiro, da OMS, uma das responsáveis pela versão final do texto. "E além disso aponta novos perigos." Ao mesmo tempo, o trabalho desmontou mitos antigos, livrando a droga de acusações que ainda hoje se escutam. A verdade é que não, a maconha não reduz o número de espermatozóides nos homens, não induz à violência nem tira a disposição para o trabalho e para o estudo.

Nas páginas seguintes, a SUPER vai esmiuçar o conteúdo do relatório para você. Os resultados apresentados pela OMS ajudam, e muito, a reverter a maré de dúvidas e de mistificações em torno da droga. Para começar, admite que ela possa ter aplicações medicinais (e sobre isso a SUPER já publicou uma reportagem de capa, em agosto de 1995). Mas aponta, com precisão científica, os males que o uso indiscriminado dessa substância pode causar. Não são poucos. E não são suaves. É bom você se informar a respeito e escapar da cortina de fumaça - que ainda esconde muitos riscos.



Cérebro aberto à investigação



O efeito sobre as funções nobres do cérebro, embora não seja tão pesado quanto se pinta, pode prejudicar o comportamento dos usuários. O risco da dependência é pequeno, mas não é nada desprezível.



A capacidade de aprender e de raciocinar e a memória diminuem.

(Verdade)
Há somente três anos, parecia não haver sinais de que a droga pudesse afetar as atividades cerebrais mais refinadas, aquelas que os especialistas chamam de funções cognitivas, as ligadas ao processo de conhecimento. Uma das novidades dos relatório é que agora há provas disso. Quem fuma regularmente por muitos anos tem dificuldade para organizar grandes quantidades de informações complicadas. Num tipo de teste, um cidadão empilha cartas segundo regras que o paciente precisa deduzir, apenas observando o "jogo". Com o tempo, as regras vão sendo mudadas. Quem não fuma, deixa de perceber cinco de cada 100 mudanças de regra. Fumantes pesados cometem o mesmo erro oito vezes. "A diferença é sutil", afirma o relatório. "Mas é ratificada por novos estudos, realizados em 1995 e 1996."



Os neurônios ficam estragados.

(Mentira)
A idéia de que a maconha afeta as funções do cérebro porque causa algum tipo de dano aos neurônios não está comprovada. As pesquisas dão resultados ambíguos. Certas imagens das células cerebrais de ratos, obtidas por tomógrafo, parecem ligeiramente deformadas, especialmente nos pontos em que elas tocam umas nas outras, chamados sinapses. Mas em outras experiências não se vê alteração nenhuma. Logo, não é possível tirar uma conclusão definitiva. Diante da relevância do assunto, o relatório da OMS sugere que se façam estudos mais aprofundados sobre ele.



Quem fuma muito tempo pode acabar caindo na dependência.

Verdade
Grande parte dos usuários pesados, desses que fumam diariamente durante meses, acaba se viciando. As estatísticas indicam que até metade dos fumantes desse tipo perdem o controle sobre o hábito e precisam de tratamento para se recuperar. Entre os que não conseguem a cura, muitos apresentam sintomas que agravam a dependência. Ficam desmotivados para qualquer coisa, tornam-se menos produtivos em suas atividades, sofrem de depressão e têm a auto-estima abalada.



Então, todos ficam viciados.

Mentira
Apenas fumantes pesados caem na dependência, e eles, de acordo com os dados do relatório, são cerca de 10% de todos os que experimentam a droga. Dito de outra maneira, o vício nem é inevitável, nem acontece com freqüência. "Fumar é um hábito de adolescentes", lê-se no relatório. Tanto nos Estados Unidos como na Europa, eles representam a grande maioria de usuários - perto de 70% do total - e a proporção de adultos não cresce.



Quem usa maconha pode partir para drogas mais pesadas.

Verdade
Meninos e meninas, especialmente nos últimos anos, têm, sim, seguido essa trilha. "Nota-se que a experiência com a canabis precede o interesse por outras substâncias", diz o documento. São as colas de sapateiro, as anfetaminas, a cocaína e a heroína. Os especialistas também escrevem que, "quanto mais cedo se começa a fumar, maior é o envolvimento com a maconha". E concluem que, entre os jovens nessa situação, é maior a possibilidade de contato com coisas mais perigosas.



Sempre que um usuário procura outras drogas, a culpa é da maconha.

Mentira
Mas atenção: apesar de ser verdade que muitos jovens ampliam o coquetel de drogas depois de experimentar a maconha, isso não quer dizer que a culpa caiba exclusivamente a ela. O próprio hábito de recorrer à canabis pode ter tido causa mais profunda, como problemas familiares, falta de perspectiva e assim por diante. Aí, o fumante da canabis amplia o seu repertório de drogas pelos mesmos motivos. Essa, aliás, é a explicação preferida dos pesquisadores reunidos pela OMS. Como reforço, eles lembram que "a imensa maioria dos usários de maconha não usa a cocaína e a heroína".



A maconha provoca desastres de trânsito.

Verdade
Essa é uma nova preocupação dos especialistas. Sob ação da droga, fica mais difícil executar desde tarefas simples, como datilografar, até as de maior responsabilidade, como dirigir um automóvel. Em simulações, motoristas que fumaram 1 hora antes do teste brecam em hora errada e demoram para reagir aos sinais de trânsito.



O motorista perde totalmente a capacidade de se controlar.

Mentira
Alguns testes sugerem que o fumante percebe a diminuição da coordenação motora e procura compensar essa deficiência, concentrando-se mais no que está fazendo. Nos desastres de trânsito em que o motorista demonstra ter fumado maconha, é comum ele também ter bebido álcool. Com a mistura, é óbvio que a erva não tem culpa sozinha no cartório.



A erva no planeta



Número de usuários
A avaliação mais recente, divulgada em 1997, indicava que eles eram 140 milhões, 2,5% da população da Terra.

Crescimento
Mas esse número vai aumentar, diz a OMS. "O uso vem crescendo dramaticamente nos últimos anos".

Evolução
O consumo começou a subir na década de 70, chegou ao ápice em 1979 e depois caiu, voltando a avançar a partir de 1994.

Estados Unidos
É onde as estatísticas são mais completas. Em 1992, 4% da população tragava a canabis.



Uso e dependência de Maconha no Brasil



Um checkup de corpo inteiro

A barriga das mulheres vira um palco de distúrbios hormonais. A desconfiança de que os bebês podem herdar tumores devido ao hábito das mães não está comprovada, mas também não foi descartada.


A fumaça traz danos ao pulmão e está associada ao aparecimento da bronquite.

Verdade
O efeito sobre o aparelho respiratório, em conseqüência de doses elevadas da erva tóxica, está solidamente comprovado. Aparecem lesões na traquéia, nos brônquios e, em menor intensidade, em algumas células de defesa do organismo chamadas macrófagos alveolares. Os usuários, então, ficam um pouco mais vulneráveis do que o resto da população. Especialmente à bronquite obstrutiva crônica.



Causa câncer com certeza.

Mentira
A fumaça da maconha contém algumas das substâncias do tabaco que estão ligadas ao câncer. E até em maior quantidade. Sabendo disso, os pesquisadores ficaram em estado de alerta ao descobrir tumores malignos no aparelho respiratório de alguns usuários jovens. Mas até agora só o que há é uma desconfiança. Ainda é preciso examinar mais pacientes, pois aqueles em que os tumores foram identificados também consumiam álcool e tabaco. Não há conclusão possível, resume o relatório.



A produção de hormônios sexuais femininos pode ficar reduzida, alterando o ciclo menstrual.

Verdade
Existem indícios de que a droga deixa o organismo com falta de diversas substâncias essenciais à reprodução, entre as quais os hormônios. A carência ocorre durante uma das etapas da menstruação, a chamada fase luteal, e a ovulação demora mais do que demoraria normalmente. Esse efeito ainda não está bem esclarecido nas mulheres porque em alguns exames ele aparece e em outros, não. Mas os especialistas reunidos pela OMS estão convencidos de que ele existe, pois, nos testes com ratos e macacos, a queda de produção pôde ser medida com precisão. A conclusão do pesquisadores é que a ação da maconha sobre o aparelho reprodutor feminino não deve ser menosprezada.



Os homens produzem menos espermatozóides.

Mentira
Caiu por terra o mito de que os homens que fumam a droga passam a produzir menor quantidade do hormônio testosterona. Essa hipótese, que havia sido levantada nos primeiros estudos sobre o assunto, na década de 70, não se sustenta mais. Também não fica mais de pé a suposição de que o número de espermatozóides diminui. Nesse aspecto, o documento é claro: do ponto de vista dos homens, "não se deve esperar nenhuma conseqüência significativa para a reprodução".



Fumar durante a gravidez prejudica a criança.

Verdade
É uma das novidades mais assustadoras apontadas pelo relatório. "Usar a droga antes ou durante a gestação pode deixar as crianças mais suscetíveis a certos tipos raros de câncer." Entre os tumores observados está o da chamada leucemia não-linfoblástica, que contamina o sangue, e o do rabdomiosarcoma, que ataca os tecidos nervosos. Mas ainda não há certeza de que a canabis esteja mesmo associada a esses males porque, se existe alguma outra causa, as pesquisas já feitas não conseguiram detectar. O relatório da OMS declara que é preciso investigar a hipótese mais a fundo. Um outro problema são as crianças que nascem pesando abaixo do normal devido ao contato prévio da mãe com a erva tóxica. Sobre esse ponto quase não restam dúvidas.



O sistema de defesa do organismo fica desorientado.

Mentira
Diversos estudos médicos, nos últimos anos, avaliaram os danos que a maconha poderia ter sobre o conjunto do sistema imunológico, que protege o organismo dos micróbios. A suposição era que a droga criaria confusão, mobilizando o exército orgânico sem necessidade ou debilitando-o quando fosse preciso contra-atacar. Esses efeitos não foram confirmados. Há mesmo indícios de que o sistema de defesa resiste bem à droga.



As crises de esquizofrenia podem ficar mais fortes nos pacientes que fumam.

Verdade
Como alguns pacientes de esquizofrenia entram em crise pouco tempo depois de fumar, levantou-se a hipótese que a droga poderia estar associada à doença. As pesquisas revelam que a ligação existe. Em algumas situações, nota-se que, se a dose de canabis é grande, cresce também a chance de uma crise.



A erva pode levar o usuário à esquizofrenia.

Mentira
Não dá para provar que a maconha provoque a doença. O motivo é simples: pode ser que, justamente por terem esse tipo de problema mental, os pacientes desenvolvam propensão ao consumo da erva. Ou seja, é como se o hábito de fumar fosse causado pelo mal, e não o contrário. O resultado das pesquisas nesse campo deve ser considerado inconclusivo por enquanto.



Mapa do tráfico na América do Norte



Para saber mais

Se Liga! O Livro das Drogas, Myltainho
Severiano da Silva, Editora Record, RJ, 1997.



Efeitos da Maconha no Cérebro


De volta no tempo

Origem
A primeira referência à maconha aparece num tratado médico chinês de 2 737 antes de Cristo.

Costume tribal
Há 1 000 anos, já servia de tempero e remédio para povos da África e da Ásia, e era fumada em rituais.

No Brasil
Ela teria sido trazida logo após 1500, contrabandeada pelos escravos.

Proibição
Aqui, o uso e a venda foram proibidos pela Câmara de Comércio do Rio de Janeiro desde 1930.



Uso da Maconha medicinal ao longo da História



Tabaco: também perigoso, mas incentivado

O cigarro faz mal à saúde, muito mal. Mas será que a pressão para reduzir os apelos da publicidade vão chegar ao Brasil?

A maconha é prejudicial e ilícita. Mas o tabaco é um assassino e, paradoxalmente, é oferecido nos meios de comunicação como um irresistível objeto de desejo. Segundo a OMS, o cigarro é o réu principal em 80% dos cânceres do pulmão, 75% das bronquites e dos enfisemas do mundo, e aumenta em quase dez vezes as chances de derrame cerebral. A situação é tão delicada que diversos países, entre os quais a Alemanha e a França, proibiram o patrocínio dos carros de Fórmula 1 por companhias de cigarro. Existe pressão para que todos os países façam a mesma coisa a partir do ano 2000. No Brasil, um país em que o piloto Ayrton Senna virou herói nacional e ídolo das crianças usando as cores e a marca de um fabricante de cigarro, ainda não se combate com a necessária energia a propaganda do tabaco.



Viagem pelas engrenagens da mente



A canabis reage com moléculas dos neurônios em diversas partes do cérebro. Localize os principais focos de sua ação.

1. Córtex frontal
Controla o comportamento. A euforia nasce aqui

2. Núcleo acumbens
Pode sediar o mecanismo que causa dependência

3. Hipocampo
É o setor que guarda informações. Se atingido, perde memória

4. Cerebelo
Responde pelas alterações na coordenação motora



Senado debate maconha



As mazelas engarrafadas
Os males da bebida são conhecidos, mas os hospitais continuam cheios de cidadãos estragados pelo poder corrosivo do álcool.

Beber é uma satisfação que os arqueólogos dizem ter sido descoberta pelo homem há cerca de 5 000 anos. Hoje, centenas de milhões de cidadãos cultivam os prazeres do álcool, há campanhas vendendo marcas e mais marcas de bebida e a lei não as proíbe - o que não quer dizer que elas não sejam ameaçadoras. Nenhuma droga pode concorrer com o copo em matéria de perigo: ele é responsável por mais da metade de todas as mortes provocadas pelas substâncias tóxicas consumidas na atualidade. Tomado por longo tempo, o álcool tem efeito corrosivo sobre os órgãos. No fígado, destrói as células e leva à cirrose. No sistema nervoso, as lesões desativam os sentidos e os reflexos, e cortam ordens do cérebro aos sistemas vitais, como o da respiração e o da circulação sanguínea. O colapso desses sistemas é uma das maneiras que a bebida tem de matar.



Consequencias do uso abusivo de alcool



Do pulmão ao sexo do homem e da mulher



Veja quais são os pontos do corpo que mais atraem a atenção dos pesquisadores. Alguns deles sofrem danos reais ou estão sob suspeita.

1. Esquizofrenia
As crises estão associadas à droga, mas podem não ser causadas por ela

2. Pulmão
Há uma clara ligação entre a droga e a bronquite. Ela predispõe à doença.

3. Aparelho reprodutor
Nas mulheres, surgem perturbações hormonais. Fumar na gravidez afeta a criança. No homem, não há efeito. O número de espermatozóides não se reduz.



O consumo de DROGAS pelo mundo



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Quando os Gênios se encaram no fim do mundo - Física



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quinta-feira, 12 de outubro de 2017

7 Crianças que mudaram o mundo para sempre


7 Crianças que mudaram o mundo para sempre



A pouca idade não foi um impedimento para que algumas delas ajudassem a dar um novo rumo à humanidade, elas são (ou foram) inventoras, ativistas, escritoras ou ícones de um período conturbado da nossa história. Conheça sete crianças mais do que especiais a seguir:


Claudette Colvin (1939)



Em 1955, com apenas 15 anos de idade, Claudette se revoltou contra a segregação racial que tomava conta dos Estados Unidos na época. Ela se recusou a ceder seu assento em um ônibus a uma pessoa branca. Presa pela “ousadia”, acabou expondo o quanto a lei que separava brancos e pretos em transportes públicos era ridícula. O caso acabou chegando à suprema corte e serviu como pontapé inicial para acabar de vez com essa regra.



Louis Braille (1809-1852)



Um acidente tirou a visão do pequeno Louis aos três anos de idade. Decidido a criar uma relação com o mundo das letras, ele foi desenvolvendo, aos 12 anos de idade, um sistema de leitura baseado em pontos e relevos que facilitaria a leitura do alfabeto por pessoas cegas. E assim nasceu o Braille, uma linguagem se mantém praticamente inalterada por quase 200 anos.



Jack Andraka (1997)



Com apenas 16 anos, o americano Jack Andraka descobriu um método simples, barato e descomplicado de detectar câncer de pâncreas, ovários e pulmão. Sua invenção permite que doença seja identificada ainda em estágio inicial, apenas com base em uma proteína encontrada na urina. Ele já ajudou a salvar milhões de vida mundo afora.



Iqbal Masih (1983-1995)



Iqbal tinha apenas 4 anos quando foi vendido como escravo para uma fábrica de tapetes no Paquistão. Sua rotina de trabalho, com essa idade, ultrapassava as 12 horas diárias. Ele permaneceu assim até os 10 anos, quando conseguiu escapar e revelou sua triste história para o mundo. Iqbal tornou-se um importante porta-voz pelo fim da escravidão e do trabalho infantil. Ele ajudou a libertar pelo menos 3.000 crianças, mas não teve tempo de assistir às suas conquistas. Com apenas 12 anos de idade, Iqbal foi assassinado pela máfia dos tapetes em seu país.



Malala Yousafzai (1997)



Quanto tinha 11 anos de idade, Malala Yousafzai denunciou os abusos contras meninas praticados pelo Talibã em seu país natal, o Paquistão – especialmente os ligados à educação. Sua voz começou a ser ouvida no mundo e, por isso, não demorou até ela ser baleada na cabeça por militantes islamitas. Na ocasião, tinha apenas 15 anos e conseguiu escapar por muito pouco. Transferida para o Reino Unido, Malala tornou-se a porta-voz pela educação de meninas e mulheres pelo mundo – e deixou bem claro que não iria recuar diante de ameaças terroristas. Tornou-se a figura mais jovem a receber o prêmio Nobel da Paz. Também foi eleita pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.



Anne Frank (1929-1945)



A jovem Anne Frank passou dois anos de sua vida escondida num porão em um prédio comercial na Holanda. Anne era judia e tentava fugir da perseguição nazista. Capturada pela polícia de Hitler, foi levada a um campo de concentração na Alemanha e lá morreu de tifo poucos meses depois. Para o mundo, Anne deixou uma herança preciosa: os diários que escreveu durante todo o tempo que passou escondida. O emocionante texto foi traduzido para mais de 60 línguas, transformando sua autora num dos ícones universais de resistência, sensibilidade e vontade de viver.



Hector Pieterson (1964–1976)



Com apenas 12 anos, Hector se transformou no ícone da luta contra o apartheid na África do Sul. A foto em que aparece morrendo nos braços de um colega, tirada em 1976, tomou o mundo e chamou a atenção para o problema naquela região. Até hoje, o dia 16 de junho é conhecido como o dia da resistência contra a brutalidade do regime sul-africano na época. Em 2002 foi aberto um memorial em sua homenagem no exato local em que foi baleado, no bairro de Soweto.



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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Morre Stanislav Petrov - O homem que salvou o mundo de um holocausto nuclear


Morre Stanislav Petrov - O homem que salvou o mundo de um holocausto nuclear



Ele quebrou os protocolos soviéticos e evitou uma tragédia desnecessária


Stanislav Petrov evitou uma tragédia nuclear quando desempenhava uma das funções mais críticas durante a Guerra Fria. Embora sua história tenha sido representada no documentário “The Man Who Saved the World” (O Homem que Salvou o Mundo, na tradução), ele morreu em Moscou praticamente no anonimato, em maio deste ano, aos 77 anos de idade.


The Man Who Saved the World Trailer 1 (2015)
Stanislav Petrov, Kevin Costner Documentary HD


(https://www.youtube.com/watch?v=VaPXVJWHji4)


A notícia sobre sua morte não teria sido divulgada se o diretor de cinema alemão Karl Schumacher, autor do documentário, não tivesse ligado para a casa de Petrov para lhe dar os parabéns por seu aniversário, no mês passado. Foi então que seu filho Dmitry Petrov lhe informou sobre seu falecimento.



Stanislav Petrov - Oficial do Exército


Durante a Guerra Fria, Stanislav Petrov atuou como oficial do exército soviético em um dos centros de alerta precoce, monitorando radares. Certo dia, em setembro de 1983, os sistemas informáticos dispararam os alarmes após detectarem o lançamento de mísseis americanos.



A União Soviética e os Estados Unidos tinham enormes
arsenais nuclares durante a Guerra Fria

Apesar de ser uma negligência flagrante do cumprimento de suas funções, Petrov decidiu que provavelmente seria um falso alarme e não relatou o incidente aos seus superiores. Anos depois, ficou-se sabendo que sua ação salvou o mundo de uma possível guerra nuclear, já que o protocolo soviético ordenava uma retaliação imediata diante de uma agressão nuclear.


ICBMs


De fato, investigações sobre o caso concluíram que os satélites soviéticos teriam interpretado erroneamente o reflexo da luz solar nas nuvens, confundindo esse fenômeno com os indícios de motores de mísseis balísticos intercontinentais.


O Poder de destruição atual - Estados Unidos x Rússia


Fonte: BBC
(http://www.bbc.com/mundo/noticias-internacional-41320236)



BBC - Site Fonte


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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Bomba Antimatéria - Muito mais poderosa que a nuclear


Bomba Antimatéria - Muito mais poderosa que a nuclear



Existe arma mais destruidora que a bomba nuclear? Embora pareça incrível, a resposta é sim.


O mundo foi testemunha do terrível poder destrutivo das bombas nucleares durante a Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos as utilizaram sobre Hiroshima e Nagasaki. Até hoje, mais de 70 anos depois, as consequências dessas bombas continuam se manifestando.



Antimatéria - 1 grama custa 62,5 trilhões de dolares


Mas nesse meio tempo, as potências nucleares criaram artefatos centenas de vezes mais poderosos. A Rússia, por exemplo, tem em seu poder a Tsar, cujo poder destrutivo é três mil vezes maior que o da bomba de Hiroshima.



Comparação entre o poder de destruição entre as Bombas Nucleares


Ainda assim, a Tsar parece fichinha perto desta que, se fosse produzida, chegaria a ser cinco vezes mais poderosa que a russa. A bomba em questão utilizaria a “antimatéria”, que, assim como a matéria, teve sua origem no Big Bang. São partículas com propriedades exatamente contrárias à matéria. Sabe-se que, quando uma partícula e uma antipartícula interagem, é causada uma destruição entre elas e ambas são aniquiladas.



Se os cientistas conseguirem criar e conservar átomos de antimatéria nas condições necessárias para ser utilizadas, seus efeitos seriam catastróficos para a vida do planeta Terra. Felizmente, as complicações para criar essa bomba são muitas, e a primeira é o seu valor: acredita-se que para obter 1 g de antimatéria seriam necessários algo em torno de 62,5 trilhões de dólares.



Módulo da bomba de antimatéria



Fonte: VIX
(https://www.vix.com/es/ciencia/182317/la-bomba-de-antimateria-la-unica-arma-mas-poderosa-que-la-bomba-nuclear)



VIX - Site Fonte



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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Como a busca por um 'raio da morte' militar levou à descoberta do radar


Como a busca por um 'raio da morte' militar levou à descoberta do radar


Radares aeronáuticos são essenciais para a aviação moderna (Foto: Getty Images)

Cientistas britânicos dos tempos da Segunda Guerra tiveram um papel vital no desenvolvimento do radar, essencial para a aviação segura.


É possível atribuir nossa confiança em viagens aéreas a muitas invenções. O motor a jato, talvez. Ou o próprio avião.

Mas às vezes, invenções precisam de outras invenções para atingir todo o seu potencial.

Para a indústria da aviação, um momento decisivo foi a tentativa de inventar um "raio da morte", em 1935.

Na época, oficiais do ministério britânico da Aeronáutica estavam preocupados com a possibilidade de serem ultrapassados pelos nazistas na corrida armamentista.

Eles estavam intrigados com a ideia do "raio da morte" e ofereceram um prêmio de mil libras para qualquer um que conseguisse "desintegrar" uma ovelha a 250 pés (76 metros) de distância.

Até então, ninguém tinha conseguido o feito. E o ministério não encontrava caminhos ou ideias a sugerir.


Harry Grindell Matthews afirmava ter inventado um raio da morte em 1923,
mas não conseguiu convencer o governo britânico a comprá-lo (Foto: Getty Images)


Informalmente, eles sondaram Robert Watson Watt, do centro de pesquisas de laboratório Radio Research Station.

Watt, por sua vez, abordou um colega, Skip Wilkins, com uma espécie de "desafio matemático".



"Suponha que você tem 4,5 litros de água, a 1 km do chão", disse Watt a Wilkins.
"Suponha que a água esteja a 37° Celsius, e que você quer aquecê-la a 40°.
Qual a potência necessária para isso, a uma distância de 5 km?"


Skip Wilkins não era ingênuo. Ele sabia que 4,5 litros é a quantidade de sangue em um adulto, e que 37° é temperatura normal do corpo humano. Aquecer o sangue a 40° é suficiente para matar alguém, ou então fazer a pessoa desmaiar – o que, se você está pilotando um avião, dá na mesma.

Wilkins e Watt se entenderam e concordaram rapidamente que um "raio da morte" estava fora de cogitação: precisaria de muita potência. Mas a dupla viu uma oportunidade.

O ministério claramente tinha um dinheiro para gastar em pesquisa. Talvez os dois pudessem propor alguma maneira alternativa e útil de usar essa verba?


Robert Watson Watt teve um papel essencial na criação do radar (Foto: Getty Images)


Wilkins sugeriu que talvez fosse possível transmitir ondas de rádio e detectar – a partir dos ecos – a localização de aeronaves muito antes de poder vê-las.

Watt consultou o recém-criado comitê para pesquisas científicas do ministério: eles estariam interessados na ideia?

Eles estavam. E o que Wilkins estava descrevendo é o que mais tarde acabou sendo chamado de "radar".

Como Robert Buderi descreveu no livro A Invenção que Mudou o Mundo, os alemães, os japoneses e os americanos também estavam pesquisando a tecnologia independentemente.


Avanço espetacular
Mas foram os britânicos que, em 1940, tinham feito um avanço espetacular, ao desenvolver a válvula termoiônica magnetron, um transmissor de radar bem mais potente que seus predecessores.

Sob constante ameaça dos bombardeiros nazistas, as fábricas britânicas teriam dificuldade em produzir o mecanismo. Mas a indústria americana conseguiria fazê-lo.

Por meses, líderes britânicos planejaram usar o magnetron como moeda de troca por segredos americanos em outras áreas.

Mas quando Winston Churchill assumiu o cargo de primeiro-ministro, este, convencido de que tempos difíceis clamavam por medidas difíceis, decidiu que os britânicos iriam simplesmente compartilhar o que tinham com os americanos e pedir ajuda.



Tensa jornada
Então, em agosto de 1940, o físico britânico Eddie Bowen enfrentou uma tensa e longa jornada com um baú de metal negro levando uma dúzia de protótipos de magnetrons.

Primeiro, ele teve que cruzar Londres de táxi. Como o motorista se negou a deixá-lo levar o baú dentro do carro, ele teve que torcer para que este não caísse do rack no teto.

Em seguido, pegou um trem até Liverpool. Teve que dividir o compartimento com um homem misterioso e bem vestido, que tinha ares militares e passou a viagem inteira ignorando o jovem cientista e lendo um jornal.

Bowen então pegou um navio para cruzar o Atlântico. E se o navio fosse atingido por um submarino alemão? Os nazistas não podiam tomar posse dos mecanismos. Dois buracos foram feitos no baú para garantir que ele afundasse em caso de naufrágio. Mas o navio não foi atacado.

O magnetron deixou os americanos estarrecidos. A pesquisa deles estava anos atrasada.

O presidente americano, Franklin Roosevelt, aprovou financiamento para um novo laboratório no MIT, o renomado Instituto de Tecnologia de Massachusetts; um raro caso entre os esforços americanos de guerra de uma pesquisa com fins militares administrada por um entidade civil.



Lento começo
O Laboratório de Radiação do MIT, conhecido como Rad Lab, foi um sucesso em todos os critérios. Dele vieram dez pesquisadores agraciados com o Prêmio Nobel. O radar que desenvolveu ajudou a vencer a guerra ao detectar aviões e submarinos.



O radar foi crucial para os aliados vencerem a Segunda Guerra Mundial (Foto: Getty Images)


Mas a urgência dos tempos da guerra pode rapidamente ser esquecida em tempos de paz.
Parece óbvio que a aviação civil também precisaria de radares, considerando o quanto estava se expandindo.

Em 1945, no final da guerra, linhas domésticas nos EUA levaram 7 milhões de passageiros. Em 1955, o número tinha chegado a 38 milhões. E quanto mais cheio estivesse o céu, mais útil seria o radar.

Mas sua instalação para prevenir colisões foi lenta e irregular. Alguns aeroportos instalaram, outros não. Na maior parte do espaço aéreo, aviões não eram rastreados. Pilotos apresentavam seus planos de voo com antecedência, o que teoricamente garantiria que dois aviões não estivessem no mesmo lugar ao mesmo tempo.

Na prática, no entanto, evitar colisões era uma questão de ver e ser visto.


Colisão desastrosa
Em 30 de junho de 1956, dois voos de passageiros partiram do aeroporto de Los Angeles com três minutos de diferença. Um ia para Kansas City, o outro para Chicago. Seus planos de vôo se cruzavam acima do Grand Canyon, mas a diferentes alturas.

Quando nuvens pesadas tomaram conta do céu, o piloto de um dos aviões pediu autorização por rádio para voar acima da tempestade. O controlador liberou.

Ninguém sabe ao certo o que aconteceu então: aviões não tinham caixas-pretas e não houve sobreviventes. Pouco antes das 10h31, o controlador de tráfego ouviu uma truncada transmissão dizendo: "Pra cima! Estamos indo em..."

Pelos destroços que sobraram, espalhados por quilômetros através do cânion, os aviões parecem ter se aproximado um do outro a um ângulo de 25 graus, possivelmente através das nuvens.

Investigadores especularam que ambos os pilotos estavam distraídos tentando encontrar vãos entre as nuvens para que os passageiros pudessem ver a paisagem.



Problema atual
A questão de céus muito cheios está voltando à tona com o advento de drones e veículos aéreos não pilotados. Eles já estão sendo usados para várias tarefas: de colher imagens para filmes a pulverizar colheitas.

E empresas como a Amazon esperam que logo os céus estejam cheios de entregas feitas com os drones.

Autoridades responsáveis pela aviação civil estão lidando com a questão e decidindo o que aprovar.

Drones têm uma tecnologia de detectar e evitar outras aeronaves. Mas será boa o suficiente?

O trágico acidente ocorreu sobre o Grand Canyon certamente fez muita gente concordar que, se havia tecnologia disponível para evitar desastres desse tipo, por que não usá-la?

Em dois anos, foi criado o que hoje se conhece como Administração Federal de Aviação dos EUA.

Os céus do país hoje estão bem mais agitados - cerca de 20 vezes a mais.

Os aeroportos hoje têm decolagens e pousos a uma média de dois por minuto. Colisões são extremamente raras, não importa o quão nublado esteja o tempo. Isso graças a muitos fatores – mas principalmente graças ao radar.



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terça-feira, 10 de outubro de 2017

70 Jogos do PC Engine que você precisa conhecer


70 Jogos do PC Engine que você precisa conhecer



Chegou a hora de comemorar o Dia das Crianças! Como é tradição por aqui, a maioria das comemorações do blog é feita por uma lista com vários jogos de um determinado console.


Já passaram por aqui o Master System, Mega Drive, Super NES, NES, Arcades e até o Atari 2600. Desta vez, o escolhido é um pequeno notável, conhecido por essas bandas como Turbografx-16, ou, como comumente é chamado na internet, PC-Engine, ou PCE.

Lançado em outubro de 1987 no Japão e em 1989 na Europa e nos Estados Unidos, o PCE fez um relativo sucesso, principalmente no Japão, onde a maioria dos seus jogos vendeu o suficiente pro console ser cultuado até hoje. Mais tarde, entre tantas versões diferentes, o console foi relançado com um drive de CD, comportando jogos maiores em mídia de disco, algo até então inédito.

Mas, o post de hoje não é apenas para falar do PC-Engine, mas sim, do seu principal atrativo: os jogos.

Nessa matéria, tentei reunir os jogos do sistema que todos deveriam ao menos experimentar. Então, nessa lista teremos desde jogos mais conhecidos até alguns não tão conhecidos, jogos ótimos, jogos bons e alguns jogos razoáveis, mas que fazem parte da biblioteca do sistema. E, todo sistema tem jogo bom e jogo ruim também. Enfim, espero que gostem, pois deu trabalho pra montar isso e deixar a lista o mais abrangente possível! Vamos relembrar ou conhecer os jogos do PC-Engine e do PC-Engine CD!

Antes de mais nada, é sempre bom lembrar uma coisa nessas listas do blog: a ordem dos jogos não indica preferência do autor ou algum tipo de "do pior para o melhor". A numeração é unicamente para que seja mais fácil encontrar jogo "X" na lista. Dito isso, vamos em frente!


PARTE 1 - PC-Engine

Começaremos com uma lista de 50 jogos do PCE que todos deveriam conhecer ou pelo menos experimentar. São jogos bacanas... tá, nem todos são tão bacanas assim, mas tem seu diferencial e por isso merecem alguma atenção por estarem no PC-Engine. Boa leitura!



50 - Atomic Robo-Kid Special
Lançamento: 1990
Por: ULP

Atomic Robo-Kid recebeu inúmeros ports desde quando saiu para os arcades, em 1988. Em 1990, chegou a vez do PC-Engine receber sua versão, uma versão que ficou muito parecida com a dos arcades devido à qualidade da mesma. No game, controlamos uma espécie de droid (ou robô) armado com vários tipos de tiros diferentes, tendo a missão de trafegar por diversos cenários, alguns labirínticos, e destruir todos os inimigos que forem aparecendo.



Um dos diferenciais que torna Atomic Robo-Kid diferente da maioria dos shmups da época é, além dele ser um robô, a habilidade de caminhar ou voar pelos cenários, dando uma ampla gama de ataques e adicionando uma boa estragégia ao avanço do jogador. Não é um jogo punitivo, mas não espere facilidade também.



49 - Bonk's Adventure
Lançamento: 1990
Por: Hudson Soft

Conhecido como PC-Genjin e BC Kid em terras européias, Bonk fez sua estréia ao mundo no PC-Engine em 1989, até então exclusivamente para o console da NEC. Sendo um personagem símbolo do console, o game é uma grande aventura na idade das pedras, onde controlamos Bonk, um simpático menino que usa sua enorme cabeça para resolver seus problemas.



De fato, a jogabilidade, além do visual cartunesco caprichado, chama muito a atenção nesse jogo. Os controles são simples e intuitivos, Bonk pode dar sua cabeça para frente ou então saltar e mergulhar de cabeça nos inimigos desavisados. Além disso, ele usa sua boca para escalar paredes e ainda fica furioso quando consegue comer um belo e suculento pedaço de carne, saindo destruindo tudo em seu caminho.



48 - Cross Wiber - Cyber Combat Police
Lançamento: 1990
Por: Face

Nesse jogo controlamos um policial com o dever de limpar a cidade das máquinas que tomaram conta de tudo. Com um apelo meio Power Rangers de ser, saímos por aí distribuindo socos e chutes, enquanto tentamos nos manter vivos no meio de um monte de inimigos bizarros.



A premissa do game lembra um pouco a mecânica mostrada em Vigilante, dos arcades: saia batendo e chutando todos. Só que em Cross Wiber, temos algumas boas novidades, como fases em um puro shmup horizontal. É um jogo divertido, mas que pode se tornar repetitivo ao extremo conforme as fases seguem.



47 - Darkwing Duck
Lançamento: 1992
Por: Turbo Technologies Inc.

Eis um jogo RUIM, mas ruim mesmo, com o lendário pato espião, Darkwing Duck. Diferente da ótima versão do NES, aqui temos um jogo com controle horríveis, detecção de colisão praticamente inexistente, itens escassos e uma dificuldade absurda. Não bastasse isso, a sensação de estar perdido no jogo é enorme, você nunca sabe ao certo pra onde ir e o que fazer.



Em aspectos gráficos, o jogo é bonito, Darkwing Duck mesmo é um personagem grande e bem desenhado na tela e tudo tem um ar de desenho animado no jogo. Se não fosse esse design bizarro de fases (subir ruas desviando de skatistas?) e essa detecção de colisão completamente mal feita, o jogo teria tido mais destaque na plataforma. Mas por que ele apareceu na lista então? Por dois motivos!

Primeiro, como curiosidade! Segundo, apenas para lembrá-los de uma coisa: fiquem com a versão de NES.



46 - The Legendary Axe
Lançamento: 1988
Por: Victor Musical Industries

Diferente do jogo anterior dessa lista, The Legendary Axe é um dos melhores jogos do PC-Engine. Ele mescla de forma interessante estilo de jogos como Castlevania e Rastan, com um toque de Golden Axe pelo personagem principal usar um machadão como arma. Além disso, o visual dele é muito chamativo, com ótimos gráficos e animações dos personagens.



O level design de Legendary Axe, aliado à sua dificuldade moderada, fazem dele um clássico instantâneo do sistema. Existe também uma segunda versão do jogo, mas que perdeu um pouco da essência do original e se parece mais com Rastan, da Taito. De qualquer forma, este é um excelente jogo exclusivo da plataforma da NEC.



45 - Power Gate
Lançamento: 1991
Por: Pack in Video

Uma das melhores coisas quando você se propõe a fazer uma lista grande de jogos de um sistema, é justamente descobrir jogos novos, ainda mais se tratando de um sistema até bem pouco conhecido como o PC-Engine. Power Gate é um jogo que me lembrou muito Aerial Assault do Master System, seja pela temática de aviões de guerra, seja por ser um ótimo shmup (navinha). O jogo parece lento no começo, mas é só pegar os primeiros power-ups pra perceber que ele é robusto e bem difícil.



A trilha sonora é outro chamariz de Power Gate. Temas rápidos, grudentos, bem casados com o jogo em si, tem tudo pra cativar o jogador. Realmente, uma pérola num mar de jogos excelentes desse gênero para o PC-Engine.



44 - Turrican
Lançamento: 1991
Por: Accolade

Turrican do PC-Engine não é muito diferente das outras versões. Excetuando uma animação um pouco melhor, todo o resto é igual, inclusive a dificuldade enorme! É quase impossível evitar morrer nesse jogo, já que os inimigos parecem vir em ondas e arrancam toda sua vida se você não estiver acostumado com os controles do jogo.



Aliás, controles devem ser a maior dificuldade aqui: apesar de ser um run gun, em Turrican você não consegue atirar pra cima, o que acaba fazendo uma falta enorme num jogo desses!



43 - Valkyrie no Densetsu
Lançamento: 1990
Por: Namco

Sendo sequência de um jogo de Famicom e tendo saído primeiramente nos arcades, Valkyrie no Densetsu é um game tipo shmup, mas com uma heroína que trafega por planícies, cavernas e outros lugares místicos. Seu poder está em sua espada, que atira projéteis e pode ser melhorada nas lojas do jogo. Mesmo estando em japonês, dá pra jogar tranquilamente, apesar do jogo ser bem difícil (herança dos arcades).



O visual do jogo é muito bem feito, além das músicas serem caprichadas também. É difícil você largar o game depois de começá-lo, pois tudo nele acaba atraindo: diversão, controles, gráficos e desafio.

Valkyrie no Densetsu ainda teve um port para Playstation e para celulares japoneses mais recentemente, em 2005.



42 - Vigilante
Lançamento: 1989
Por: Irem

Vigilante segue os passos de suas outras versões, para Arcade, Master System e afins. É o mesmo jogo, mas com um visual um pouco mais caprichado, notando-se pela variedade maior de casas na rua, maior quantidade de inimigos e detalhes gráficos. Apesar disso tudo, eu acho que o som dele foi piorado, tudo parece correr numa midi bem mal trabalhada.



Vigilante é um jogo carismático, seja em qual versão for. Então, se você já gosta do original, vai acabar gostando dessa versão do PC-Engine também, apesar do som um pouco piorado.



41 - Magical Chase
Lançamento: 1991
Por: Palsoft/Quest

Trata-se de um belo shmup diferenciado para o PC-Engine. Aqui controlamos uma espécie de bruxinha (semelhanças com Cotton) chamada Ripple, munida de sua vassoura e mais dois ajudantes estrelas, com a missão de capturar seis demônios que ela mesmo acabou soltando por acidente de um livro mágico. Além de colorido e com boas músicas, o jogo cativa por ter um gameplay simples e fácil de se acostumar.



Durante o jogo coletamos alguns cubos azuis e verdes que dão dinheiro, podendo ser gasto em lojas que aparecem no meio das fases. Ripple possui uma barra de energia, o que torna menos frustrante o confronto com inimigos e diferencia Magical Chase dos demais shmups. Power-ups para Ripple podem ser comprados nas lojas, bem como energia extra e até mesmo melhorias para a vassoura, como maior velocidade. Recomendo bastante!



40 - Alien Crush
Lançamento: 1988
Por: Naxat

Alien Crush vem da mesma escola de Devil's Crash, para o Mega Drive, mas ambientado em uma mesa com toda a temática de aliens e monstros, ao invés dos demônios de Devil's Crash. Aqui o objetivo é o mesmo: fazer pontos e destruir os chefes escondidos em lugares de difícil acesso na mesa.



Diferente dos outros jogos da série, essa versão do PC-Engine tem um revés que, ao meu ver, conforme o tempo que se joga, pode incomodar bastante: a mesa é dividida em duas telas. Ao invés da câmera acompanhar a bolinha como na versão do Mega Drive, aqui a tela pisca toda hora que se sobe pra parte alta da mesa ou se cai, tornando-se difícil acompanhar a bolinha se você ficar mudando de tela muitas vezes. Fora isso, o jogo é divertido.



39 - Double Dungeons
Lançamento: 1989
Por: NCS/Masaya

Joguinho interessante e frustrante ao mesmo tempo. Aqui o negócio funciona como os labirintos do primeiro Phantasy Star, inclusive com um visual bastante fluído. Escolhemos um dos vários labirintos para explorar enquanto lidamos com gosmas verdes, abelhas, formigas, monstros e todo tipo de inimigo lá dentro. Os combates são por turnos e é possível evitá-los desde que você não toque nos inimigos.



Ao vencer, experiência e dinheiro são ganhos. Se por acaso morrer em batalha, voltará ao início do labirinto, mas mantendo seu nível e sua experiência (seu dinheiro é perdido também). É um jogo curioso, mas confuso e que vai depender de um mapa à parte sendo desenhado se quiser obter êxito.



38 - Juuouki
Lançamento: 1989
Por: NEC Avenue/SEGA

Esse aqui é bem conhecido da galera da Sega principalmente, já que Altered Beast vinha com o Mega Drive original. Aqui no PC-Engine, além do nome ser Juuouki (por ser uma versão japonesa), a versão é bastante competente, mas tem um problema grave com a detecção de colisão, tornando uma versão pouco amigável pra quem já conhece a versão do console da Sega.



Em termos de visuais, o jogo não faz feio, tendo inclusive alguns efeitos não vistos na versão do Mega Drive, como os membros dos inimigos voando pra frente da tela. Fora isso, todo o resto é praticamente igual, mudando alguns tons nas cores do protagonista e de alguns inimigos.


37 - Ninja Ryukenden
Lançamento: 1991
Por: Hudson Soft/Tecmo

Conhecido por essas bandas como Ninja Gaiden, a versão para o PC-Engine traz algumas diferenças gráficas. Comparando-a com a versão de NES, temos um visual melhor acabado e menos "sujo", o que pode ser bom pra alguns e não tão bom assim para outros. Em termos de controles, as coisas meio que se igualam, principalmetne na jogabilidade, que permanece a mesma.



É interessante pensar que a Tecmo, quando portou os jogos para o Super NES naquela coletânea, optou pela versão do NES ao invés de colocar essa versão do PC-Engine no pacote, haja vista que poucos devem ter conhecido a mesma, afinal, o PC-Engine não foi tão conhecido assim nesse lado do planeta.

De qualquer forma, hoje o jogo está disponível para que todos experimentem e serve como um bônus pra quem já conhece decorada a versão do NES!



36 - New Adventure Island
Lançamento: 1992
Por: Hudson Soft

Eis uma ótima versão de um jogo famoso do NES para o PC-Engine. Além do visual revitalizado no console da NEC, o jogo não perdeu as características originais e ainda incluiu algumas novidades na jogabilidade, como o bumerangue como arma, novos inimigos e design levemente diferente nas fases.



Apesar de ser praticamente o mesmo jogo (itens em ovos, frutas pra pegar no caminho, tempo correndo sem parar), vale a pena jogar New Adventure Island. É como se fosse o original, mas com uma roupagem toda 16 bits!



35 - Air Zonk
Lançamento: 1992
Por: Hudson Soft/RED

Nosso amigo Bonk pegou um óculos escuro estiloso e se tornou Air Zonk, um jogo de navinha muito bacana e exclusivo do PC-Engine. Aqui controlamos Zonk, o herói do jogo, com a missão de salvar o mundo dos inimigos e todo aquele blablabla de sempre. O importante a ser dito é o seguinte: se você gosta do gênero shmup, vá correndo jogar Air Zonk.



Além de muito divertido, o jogo ainda conta com uma trilha sonora muito interessante, visual caprichado e uma dificuldade não tão punitiva como a maioria dos jogos de navinha da época. Recomendadíssimo!



34 - R-Type
Lançamento: 1988
Por: Hudson Soft/Irem

Baseando-se nas inúmeras conversões para os diversos consoles que R-Type teve, posso dizer que a versão para o PC-Engine é uma das que mais se aproxima da original, de arcade. Além do visual manter a qualidade do mesmo, o aspecto sonoro também merece ser mencionado, já que tudo foi mantido quase que realmente fiel.



R-Type é um jogo já bem conhecido do pessoal, principalmente de quem curte jogos de navinha. A versão do PC-Engine é mais uma das muitas lançadas, mas que vale a sua atenção também.



33 - Bomberman '93
Lançamento: 1992
Por: Hudson Soft

Existem algumas versões de Bomberman para o PC-Engine. Além desta de '93 e do primeiro jogo, temos também a '93 Special (que é uma versão voltada apenas para o multiplayer) e o Bomberman '94, que aliás foi a versão convertida para o Mega Drive na época. Como a '93 é a menos comentada, resolvi pegar ela pra colocar no especial.



Acredito que todos devam conhecer Bomberman. Mas essa versão '93 traz algumas idéias que poderiam ter seguido para os outros jogos posteriores da franquia. Por exemplo, quando você limpa a tela dos inimigos, os blocos que contém itens ficam piscando, facilitando e muito a sua busca por itens sem tornar a tarefa cansativa. Recomendo bastante a jogatina dele.



32 - Bonk's Revenge
Lançamento: 1990
Por: Hudson Soft/RED

Sequência direta de Bonk's Adventure, em Revenge o visual levou um tapa e algumas novidades foram incluídas, como fases maiores, mais poderes para Bonk e alguns bônus diferentes. Todo o resto é a velha e querida fórmula de Bonk's Adventure, sem tirar nem por.



Por ser um símbolo do console, poderiam ter caprichado mais em seu maior mascote, mas Revenge ainda garante boas horas de diversão com um gameplay sólido e ótimos controles! Pra quem curte o gênero plataforma, é imperdível!



31 - Die Hard
Lançamento: 1990
Por: Pack in Video

Die Hard me lembra, guardadas as devidas proporções, o primeiro Metal Gear para MSX/NES. Talvez pela visão superior, ou pela temática inicial numa selva, um homem armado tendo que se virar sozinho, sei lá. Os gráficos do jogo são bem agradáveis e os controles, apesar de duros, são fáceis de se acostumar.



Pelo caminho, podemos entrar em alguns edifícios e matar os inimigos lá dentro, que geralmente deixam recuperadores de energia. São várias armas que podem ser encontradas também, todas com munição limitada, o que adiciona alguma estratégia ao jogo, já que, se ficar se munição, terá que se virar com socos apenas. Além disso, seu personagem pode saltar e atirar durante o salto, o que deixam as coisas mais dinâmicas.



30 - Mr. Heli no Daibouken
Lançamento: 1989
Por: Irem

Eis um port direto dos arcades para o PC-Engine - e exclusivo pra ele também! Mr. Heli é um jogo de estratégia e tiro, no qual controlamos um pequeno e simpático helicóptero com a missão de coletar diamantes enquanto despacha seus inimigos em terra ou pelo ar. O game é criativo por misturar mecânicas diferentes no mesmo gameplay, além de exigir uma atenção extra do jogador por conta dos diversos percalços pelo caminho.



Aqui é preciso destruir tanto os inimigos que vem pela frente, por trás, por cima e também de baixo. Para isso, temos um botão que atira pra frente, outro que atira pra cima e, quando pousamos o helicóptero, o botão que atira pra cima joga bombas no solo. Os blocos de terra devem ser destruídos para coletar diamantes, que valem dinheiro e permitem comprar novos equipamentos em lojas escondidas no cenário. É um game muito viciante e criativo, mas que exige um bom pulso para conseguir dominá-lo.



29 - Metal Stoker
Lançamento: 1991
Por: Face

Com um estilo que lembra muito Granada do Mega Drive, em Metal Stoker controlamos uma pequena nave em vários corredores labirínticos, fazendo uso apenas de seus canhões para eliminar os inimigos no caminho. O jogo todo é dividido por setores, onde no final de cada um, um pequeno chefe aparecerá. O visual do jogo é ótimo, assim como seus controles, bastante simples de aprender.



A dificuldade em Metal Stoker é manobrar a nave corretamente e avançar devagar, tornando ele um jogo bem cadenciado. Não adianta sair correndo tentando furar os bloqueios inimigos, isso só vai atrasar sua vida e lhe tirar preciosas vidas. É possível, com o segundo botão do controle, acionar o "strafe", que consiste em fixar o canhão da nave em uma direção enquanto percorre outra. Esse movimento é essencial em diversas partes do jogo, já que o mesmo, ao menos no início, é todo labiríntico de uma via só.



28 - Ghost Manor
Lançamento: 1992
Por: Turbo Technologies Inc./Icom

Ghost Manor, à princípio, me lembrou um pouco Ghouls'n Ghosts, talvez pela temática do jogo. Ao começar a jogar notam-se claras diferenças, principalmente no protagonista e nos controles: é difícil manter o personagem vivo nesse jogo, assim como em Ghouls'n Ghosts, mas pelos motivos errados.



Os controles do personagem são escorregadios demais e ele morre ao simples contato com o fogo. Além disso, eu caí num buraco logo no início e precisava encontrar uma chave pra poder subir, só que a mesma fica num local bem alto e cercado de... fogo. Seu personagem ainda pode atacar usando uma espécie de poder roxo, mas é limitado. Se quiser experimentar, vá em frente, mas vá sabendo que a coisa é muito mais complicada do que aparenta.



27 - Dragon Spirit
Lançamento: 1988
Por: Namco

Mais um jogo portado dos arcades, mais um port de qualidade para o PC-Engine. Guardadas as devidas proporções, essa versão de Dragon Spirit é ótima. Tem bom visual, controles ótimos e uma dificuldade bem acentuada, eu diria que até mais acentuada que a versão de NES.



Em Dragon Spirit comandamos um pequeno dragão num jogo basicamente de navinha, podendo atingir inimigos com tiros de fogo tanto no alto quanto em terra, no cenário lá embaixo. Isso agrega um pouco de estratégia ao título, fazendo com que o jogador fique atento à todo momento no que acontece na tela.



26 - Jackie Chan's Action Kung Fu
Lançamento: 1991
Por: Hudson Soft

Muito antes de Jackie Chan ser o queridinho do cinema, jogos bons com ele já pintavam nos videogames da época. Esse jogo em especial, Action Kung Fu, recebeu versões para o NES e PC-Engine. Ambas são bem parecidas, mas guardam suas peculiaridades. São mínimas, mas existentes.



Além do visual no PC-Engine ser melhor (o que é óbvio), aqui temos diferenças também no gameplay (mais firme e preciso no console da NEC) e algumas diferenças nos bônus encontrados também. Fora isso, temos o mesmo ótimo jogo de plataforma. Se ainda não conhece, recomendo ambas as versões, com forte ênfase nesta do PC-Engine.



25 - Psycho Chaser
Lançamento: 1990
Por: Naxat

Trata-se de um belíssimo "shump de robôs", com scroll vertical automático. É bem frenético, cheio de power-ups e, naturalmente do estilo, difícil pra burro! O visual do jogo é ótimo, com seu personagem sendo um robô enorme na tela. Os inimigos também não ficam pra trás, trazendo uma bela seleção de sprites que dificilmente se repetem.



Apesar de ser algumas vezes frenético e difícil, dá pra se virar bem em Psycho Chaser caso você insista bastante e decore alguns trechos. É um jogo difícil, mas nem de longe punitivo. São muitos power ups e upgrades que o jogador pode fazer na sua máquina de guerra, tornando ele cada vez melhor a cada etapa vencida. Definitivamente, recomendado!



24 - Son Son II
Lançamento: 1989
Por: NEC Avenue/Capcom

Desenvolvido pela Capcom em conjunto com a NEC, Son Son II é mais um jogo que conta a história de Son Goku, o menino com rabo de macaco, baseado na lenda chinesa Monkey King. O game em si é um ótimo jogo de plataforma, bem acabado em todos os sentidos, caprichado no visual, nos aspectos sonoros, jogabilidade e na dificuldade também. É um daqueles jogos de plataforma prazerosos de se jogar e de se explorar também.



Controlando Son Goku, fazemos uso do seu tradicional bastão para bater nos inimigos. Muitos deles vão derrubar frutas, que valem dinheiro. Com essa graninha, dá pra comprar upgrades pro personagem em lojas espalhadas em lugares escondidos. Alguns upgrades são vitalícios, outros, como repositor de energia ou até mesmo magias, são limitados. Comece a jogar isso aqui e veja a hora sumir de tão bom que é.



23 - Dungeon Explorer
Lançamento: 1989
Por: Hudson Soft/Atlus

Com um aspecto de jogabilidade muito similar à série Gauntlet, Dungeon Explorer começou sua jornada no PC-Engine e acabou indo parar até mesmo no Super Famicom. O primeiro jogo da série, no entanto, ficou restrito ao console da NEC e não faz feio pra muito jogo da época e até mesmo depois dele.



Controlando um dos 8 (sim, oito) personagens de diferentes classes, seguimos por mapas abertos cheios de inimigos e também por algumas cidades, como num RPG tradicional. As dungeons, como o próprionome do jogo entrega, são o prato principal, então, estar perdido nelas enquanto mata inimigos e evolui seu personagem é a tarefa mais comum aqui. Mesmo assim, o jogo cativa pelas possibilidades de exploração, variedade de personagens e pela jogabilidade bem divertida.



22 - Final Blaster
Lançamento: 1990
Por: Namco

Final Blaster, um excelente shmup para o PC-Engine com umas das trilhas sonoras mais marcantes do sistema também! Apesar da dificuldade alta e uma curva de aprendizado acentuada, o jogo faz bonito com ótimos visual, trilha sonora espetacular e controles ótimos. Sendo um jogo de navinha, é natural que power-ups apareçam e por aqui eles vem em dois tipos, tanto para melhorar seu tiro quanto pra melhorar a sua nave, adicionando os famosos "options" à ela.



Aliás, essa é uma característica de Final Blaster: ele empresta diversos conceitos e até mesmo inimigos e trechos de outros jogos famosos. Em uma determinada parte, por exemplo, encontrei aqueles quadrados rodando no ar similares aos existentes em Xevious, por exemplo. Não deixa de ser uma bela homenagem, mas Final Blaster consegue brilhar por suas qualidades próprias. Recomendo para os "navinheiros" e até pra quem não é muito fã, vai acabar gostando também.



21 - 1941 - Counter Attack
Lançamento: 1991
Por: Hudson Soft/Capcom

Counter Attack saiu para PC-Engine em 1991 e é mais uma das inúmeras versões dessa série que perdura até os dias atuais. No console da NEC, a coisa alcança outro padrão em termos frenéticos: incrívelmente tudo acontece mais rápido que o normal por aqui, o que acaba dificultando mais ainda o jogo que já é difícil por natureza.



Apesar disso, o visual dele compensa bastante, além do fato do jogo ter continues infinitos (pelo menos eu gastei vários deles e nada de acabar). As músicas ficaram inferiores, repetitivas demais, mas os efeitos sonoros seguem o padrão "arcade" de ser. É um jogo pra quem já manja bem de jogos de nave, pois ele é implacável já na primeira etapa. Não deixa de ser, entretanto, uma boa opção de jogatina no PC-Engine.



20 - Legend of Hero Tonma
Lançamento: 1991
Por: Irem

O PC-Engine foi o único console de mesa por muitos anos a ter Legend of Hero Tonma em sua biblioteca exclusivamente. Portado direto dos arcades, o game de plataforma da Irem (famosa por R-Type) faz bonito no console da NEC. Controlamos Tonma por fases repletas de inimigos, coletando moedas em baús além de power ups para melhorar seu ataque. Uma mínima encostada no inimigo te leva uma preciosa vida e te faz retornar um pedaço da fase.



Implacável como todo jogo da Irem, Legend of Hero Tonma no PC-Engine não mudou sua natureza. É ainda um jogo bem difícil, dependente de decorar as fases pra poder se dar bem. O visual dele é bem agradável, assim como os efeitos sonoros e a música que acompanha o herói. Pode jogar sem medo.



19 - Terra Cresta II - Mandrer no Gyakushuu
Lançamento: 1992
Por: Nichibutsu

Mais um jogo de navinha muito interessante para o PC-Engine, que não cansa de nos surpreender com ótimos jogos. Terra Cresta II é bem difícil, bem divertido e com ótimos visuais de deixar qualquer fã do gênero babando. Além disso, como eu já mencionei, a dificuldade aqui é bem elevada, mas o jogo não é tão punitivo pois te dá várias vidas pra começar jogando.



O game ainda conta com alguns modos de jogo interessantes, como os modos com tempo contado.
Neles, o objetivo é conseguir fazer o maior número de pontos com o relógio cronometrado, que pode ser de 2 ou 5 minutos. De fato, é um incentivo e tanto para a jogatina de placares!



18 - Neutopia
Lançamento: 1989
Por: Hudson Soft

E eis que chegamos no "Zelda do PCE". Neutopia fez um relativo sucesso entre os fãs do sistema na época, pois ele combina o que existe de melhor no gênero, lembrando e muito o clássico da Nintendo.

Controlando um guerreiro, nosso objetivo é reaver os medalhões mágicos e salvar o mundo, tendo que, pra isso, desbravar masmorras, campos e todo tipo de lugar repleto de inimigos, enquanto juntamos experiência, dinheiro e novos armamentos.



De fato, o jogo é bem chamativo até nos dias de hoje. Tanto o visual quanto as músicas e efeitos sonoros de Neutopia estão entre o que há de melhor no gênero. Talvez minha única reclamação mesmo sejam os controles: é impossível, por exemplo, andar nas diagonais. E esse fator que parece simples, num jogo como esse, faz uma falta enorme. Tirando isso, dá pra passar dias jogando Neutopia e se divertindo enquanto explora o mundo. Uma continuação para Neutopia saiu em 1992 nos EUA e também vale muita a pena a jogatina!



17 - Ninja Spirit
Lançamento: 1990
Por: Irem

Mais uma conversão decente de um jogo arcade pro PC-Engine. Ninja Spirit, antes de mais nada, é implacável! Controlamos um ninja armado com uma espada mágica, pegando power ups, matando inimigos e tentando se manter vivo. No mesmo esquema de Shinobi, onde um hit é fatal pro ninja! Mas aqui o problema é quando a tela se enche de inimigos - e isso é bem comum no jogo!



Contando com um belo visual e uma dificuldade absurda, Ninja Spirit é um daqueles jogos em que é preciso morrer muito e ir decorando o padrão das fases, de onde aparecem inimigos e os power ups adequados pra cada situação. Recomendo, mas pra quem tem paciência pra aprender a jogar.



16 - Dragon's Curse
Lançamento: 1990
Por: Hudson Soft

Trata-se da versão PC-Engine de Wonderboy Dragon's Trap. É idêntica à versão de Master System, mas, claro, com o visual de um 16 bits, além das músicas retrabalhadas para o sistema da NEC. Pra quem gosta do original, é uma boa pedida, já que o mesmo se parece mais com um remake 16 bits do que outra coisa.



A conversão foi bem interessante. Tanto as músicas, como o visual, foram retrabalhados de forma a aproveitar o potencial do PC-Engine. Existem algumas singelas nuances nos gráficos, como uma animação mais fluída, personagens levemente maiores e cenários mais caprichados.



15 - Final Soldier
Lançamento: 1991
Por: Hudson Soft

Fazer listas grandes de jogos menos conhecidos causam um problema sério (além do tempo para serem feitas): você acaba enroscando em vários jogos excelentes e desconhecidos! No caso do PC-Engine, são vários jogos que eu tive que largar pra poder continuar escrevendo, mas que provavelmente voltarei à eles o mais rápido possível! E Final Soldier é um deles!



Do gênero shmup (navinha), Final Soldier é talvez um dos jogos mais amigáveis do estilo. Tanto é que cheguei na terceira fase sem morrer nenhuma vida, apenas fazendo uso inteligente das bombas e dos vários tipos de tiros diferentes. A jogabilidade dele é uma delícia, assim como os controles e o visual bem acabado. Pra fechar o pacote, o jogo conta com músicas maravilhosas, que grudam no seu cérebro mesmo após desligar o jogo. Vá jogar agora!



14 - Mesopotamia
Lançamento: 1991
Por: Atlus

Também conhecido como Somer Assault, em Mesopotamia controlamos um ser que mais parece uma daquelas molas de brinquedo, mas preso no cenário com o objetivo de avançar e chegar até o fim dos labirintos. Para isso, contamos com canhões no corpo dessa mola, para atirar nos obstáculos e inimigos pela frente. Unindo uma jogabilidade completamente diferente do padrão e uma dificuldade alta, bem por conta disso também, a Atlus criou um jogo bem diferente.



Ao iniciar o game, pode-se escolher sua data de nascimento, o que me parece que não interfere em muita coisa. O porém de Mesopotamia é que ele se torna repetitivo rápido. Mesmo com diversos power ups que os inimigos soltam, a jogabilidade praticamente não muda. Aliada à dificuldade alta, é mais provável que você desista do jogo logo na segunda fase...



13 - Toilet Kids
Lançamento: 1992
Por: Media Ring

História: menino vai ao banheiro fazer o "número 2" e a privada explode, jogando-o num mundo bizarro onde ele controla uma nave... Sim amigos, Toilet Kids é justamente isso que você pensou: um menino montado numa privada que atira, num mundo com temática inteira baseada em... fezes.



Não sei de quem foi a idéia original do jogo, mas, apesar do tema de gosto duvidoso, o jogo funciona até que bem para o gênero de navinha. Os controles da... privada voadora, são decentes e a jogabilidade funciona num esquema parecido com Dragon Spirit, onde temos que acertar inimigos no ar no solo. Ah sim, a dificuldade é extrema.



12 - Batman
Lançamento: 1990
Por: Sunsoft

Esse é um dos jogos do Batman mais diferentes e mais divertidos já feitos! Controlamos o homem morcego por labirintos cheios de inimigos, capangas e itens espalhados. Os itens, muitas vezes, valem pontos, mas existem alguns que dão power-ups para o herói, além de vidas e energia. O objetivo sempre é achar a saída de cada fase, que vai se tornando cada vez mais complicada.



O visual meio infantil, por mais incrível que pareça, deu muito certo nesse jogo. Além disso, as músicas e efeitos sonoros são ótimos, assim como a dificuldade não apelativa e os controles ótimos. É um jogo pra se jogar calma, entretanto. No início, você logo pega o jeito, mas os inimigos nas fases adiantadas mudam padrão e armam até emboscadas nos labirintos, te obrigando a aprender o uso de alguns itens.



11 - Aldynes
Lançamento: 1991
Por: Hudson Soft

Mais um excelente jogo de navinha pro PC-Engine, mas dessa vez horizontal. Aldynes é um jogo bastante implacável com novatos no gênero, vide o meu progresso no jogo que foi pífio. Mas, mesmo assim, deu pra curtir bastante a trilha sonora dele, além dos controles responderem muito bem. Em Aldynes, o sistema de power-ups conta com os famosos "options", que podem ser dispersados da nave principal para agirem independemente, algo muito similar com a R9 de R-Type.



O visual do jogo é muito bacana. Mesmo sendo bem difícil, é um daqueles jogos que dá gosto de tentar inúmeras vezes só pra ver os chefes ficando cada vez maiores na tela.



10 - Ordyne
Lançamento: 1989
Por: Namco

Esse é outro shmup horizontal, mas dessa vez com uma temática um pouco mais infantil. Ordyne é um jogo divertido onde somos um piloto de um avião que parece ter saído de algum desenho animado. Seus inimigos seguem o padrão "infantilizado" do jogo, com muito colorido vindo de todos os cantos da tela.



Mas não se engane pelo visual: Ordyne é um jogo bastante implacável com o jogador. Pra começar, os power-ups aqui só podem ser comprados nas lojas que aparecem nas fases vez ou outra. Para isso, será preciso juntar pontos nos inimigos. Se destruir um conjunto dos mesmos inimigos, um balão com mil pontos vai aparecer flutuando. É a única forma de conseguir se fortalecer para os chefes.



9 - Burning Angels
Lançamento: 1990
Por: Naxat

Burning Angels é outro shmup para o PC-Engine, e outro jogo de nave com dificuldade bem alta. Aqui, uma das principais dificuldades é manter seus power-ups e os "options" que surgem durante o jogo. É difícil desviar de tudo, já que o jogo é bem frenético.



Mesmo sua nave possuindo barra de energia, perder seus ajudantes ou acabar morrendo é bem comum.
E como o game só lhe apresenta uma vida, a frustração pode ser alta. Apesar disso tudo, o jogo conta com ótimos visuais e uma trilha sonora bem empolgante. Recomendo apenas para os fãs do gênero, já que, no geral, ele é bem simples.



8 - Saint Dragon
Lançamento: 1990
Por: Aicom

Nesse shmup controlamos um dragão, num jogo bastante similar ao Dragon Breed da Irem, mas sem o personagem montado no bicho. Aqui é tudo na raça mesmo, com seu dragão atirando pela boca nos inimigos que vem surgindo. Além disso, se tocar no cenário (teto e solo), sua vida será tomada. É um jogo difícil, mas bem bacana e conta com uma ótima trilha sonora também (lugar comum nesse tipo de jogo do PC-Engine).



O visual do jogo é bem dark, com elementos gráficos que simulam animais mecânicos o tempo todo (inclusive seu dragão, que mais parece um robô). Os power-ups vem em itens presos no cenário, onde é preciso atirar para conseguir ver seu conteúdo, e vão desde mais velocidade para o dragão até itens que aumentam seu poder de tiro. Como vidas são escassas e o jogo é relativamente cadenciado, dá pra jogar numa boa, mesmo que você seja um zero à esquerda em shmups como este que vos escreve.



7 - Gokuraku! Chuuka Taisen
Lançamento: 1992
Por: Taito

Chuuka Taisen provavelmente é mais conhecido aqui no Brasil com o nome de Cloud Master, já que sua versão para o Master System fez um relativo sucesso por aqui. O game é um shmup simples e diferente dos outros, já que controlamos um garotinho sobre uma nuvem atirando em seres bizarros e lendários, geralmente baseados na mitologia japonesa.



Mesmo o jogo sendo relativamente conhecido por essas bandas com outro nome (e para outro sistema), a versão do PC-Engine é bastante agradável. Tanto o visual caprichado, como a dificuldade bem alta e as músicas, fazem deste um belo port para o console da NEC. Recomendo bastante, mesmo que já conheça as outras versões.



6 - Sinistron
Lançamento: 1990
Por: IGS

Sinistron é um jogo muito bacana de naves, dessa vez funcionando na horizontal. Aqui controlamos uma nave com uma peculiaridade: podemos abrir seu "bico" e expandir seu poder de fogo, bem como fazer também o contrário para concentrá-lo num só alvo! Só essa particularidade afeta todo o gameplay do jogo, fazendo dele algo único na vasta biblioteca de shmups do PC-Engine.



Com se não bastasse, a trilha sonora é ótima também. O visual chega perto do que encontramos na série R-Type, inclusive na velocidade da nave, mais lenta, cadenciada. É um ótimo jogo pros amantes do gênero e até pra quem não aprecia muito jogos de navinha.



5 - Makai Prince Dorabocchan
Lançamento: 1990
Por: Naxat

Eis um jogo de plataforma bastante simpático para o PC-Engine. Apesar de também ser conhecido como Kid Dracula, Makai Prince não tem absolutamente nada a ver com sua versão para NES: aqui seu personagem lembra mais algum mágico comum do que o Drácula em si. Armado com uma espécie de magia, ao derrotar seus inimigos surgem desde tomates (que por algum motivo são os colecionáveis do jogo) e também alguns power-ups que permitem desde tiros mais poderosos até um segundo pulo no ar.



O visual, como era de se esperar, é bastante infantil e simples. Apesar disso, a jogabilidade dele é fácil de ser aprendida e dominada, bastando apenas ter cuidado quando se está sem power-up algum, já que a arma do personagem tem um alcance bem curto. Fora isso, é aquele tipo de jogo pra uma tarde, pra ser jogado e terminado no mesmo dia.



4 - Fushigi No Yume No Alice
Lançamento: 1990
Por: Face

Esse jogo trata-se de uma versão do filme Alice no País das Maravilhas e, numa primeira avaliação, bem como o teor do filme, é voltado para crianças. Mas, ao experimentar o jogo em si, nota-se que, apesar do visual, de fácil e infantil o jogo não tem nada! Na verdade, é um jogo de plataforma bem cruel até mesmo para os adultos, pois seus controles não respondem tão bem assim, tornando obrigatório acostumar-se aos pulos e ataques da Alice o tempo todo pra poder conseguir avançar.



Tirando esse percalço, o jogo tem um design de fases interessante. O visual é agradável e as músicas ao menos não atrapalham. Recomendo se você procura um jogo de plataforma para o PC-Engine que não seja tão fácil como Makai Prince, por exemplo.



3 - Coryoon - Child of Dragon
Lançamento: 1991
Por: Naxat

Mais um shmup, mas dessa vez com um visual bastante infantil que esconde um gameplay robusto por busca das pontuações mais altas! Em Coryoon, controlamos um pequeno filhote de dragão, pegando power-ups para melhorar suas baforadase, principalmente frutas! Aliás, coletar frutas pra aumentar seus pontos é mote principal aqui.

A despeito do visual de desenho animado, Coryoon, como eu já mencionei, esconde uma busca incessante por pontos. Cada inimigo derrotado deixa cair uma fruta, que vale uma boa quantia de pontos.



Como são muitos inimigos na tela, o negócio complica se você quiser sair pegando frutas, pois é fácil encostar em algum projétil e perder uma vida. Em resumo, Coryoon é uma insanidade em busca de pontuação, mas uma insanidade bem organizada e prazerosa de se jogar!



2 - Cratermaze
Lançamento: 1989
Por: Hudson Soft

Eis um jogo daqueles pra jogar depois de um dia cansativo de trabalho. Cratermaze é uma mistura de coleta de itens + mecânica de Lode Runner. Você precisa coletar as diversas caixas em cada fase pra liberar uma chave e sair pela portinha. Para despistar os inimigos, cave buracos para que eles caiam e prossiga na sua caça. Sim, é uma mecânica simples, mas aliada à um visual agradável e ótimos controles, sempre dá certo.



Desnecessário dizer que a dificuldade só aumenta conforme formos avançando no jogo. As primeiras fases servem apenas como treino, já que, em outras mais avançadas, os inimigos ficam mais rápidos e inteligentes pra escapar das suas armadilhas. Não se esqueça de sempre pegar as iniciais NEC assim que pegar todas as caixas da fase: elas valem 20 mil pontos!



1 - Cybercore
Lançamento: 1990
Por: IGS

Com a temática emprestada de Insector X, em Cybercore controlamos uma mariposa que, ao pegar os famosos power-ups, vai se transformando e evoluindo, ganhando novos tiros mais fortes e ficando mais resistente. Sendo um shmup, espere por chuva de inimigos e de tiros, mas sem um segundo sequer de slowdown.



O visual de Cybercore é bastante chamativo, com muitos inimigos e cenários bem detalhados. Você pode tanto atirar normalmente quanto usar as bombas para pegar os inimigos no solo (ou na água em algumas fases). Recomendo bastante, pois apesar da dificuldade, ele não é tão punitivo assim.



PARTE 2 - PC-Engine CD (ou Turbografx CD)

Como falar de PC-Engine e não mencionar seu irmão mais novo, o PC-Engine CD, seria uma heresia sem tamanho, eis mais 20 títulos indispensáveis pra quem quer começar a conhecer a biblioteca do console.

Lembrando sempre: não são os 15 jogos memoráveis, nem os mais importantes, mas uma lista de jogos que todos deveriam ao menos conhecer, padrão GAMER.



20 - Kaze Kiri - Ninja Action
Lançamento: 1994
Por: Naxat



Poderíamos classificar Kaze Kiri como um "beat'em up 2D com a temática ninja", pois é justamente isso que ele é. Confesso que, quando comecei a jogar, achei que fosse um jogo voltado tanto para o combate quanto para exploração, mas de exploração ele tem o mínimo. Os inimigos brotam tanto da direita quanto da esquerda e todos possuem uma barra de energia que deve ser esgotada antes de prosseguir. Apesar dos gráficos e movimentação bem feitos, o jogo pode se tornar tedioso pra quem não aprecia muito estilo.



19 - Final Zone II
Lançamento: 1990
Por: Renovation/Telenet



Final Zone II lembra muitos jogos como Ikari Warriors e Mercs, te colocando no meio do calor da batalha no comando de um soldado azul bem armado. Existe uma boa variedade de telas e inclusive de personagens/veículos, indo desde os soldados a pé mesmo até helicópteros sobre cidades, onde o jogo se torna um autêntico shmup. Vale mencionar ainda o belo visual e a trilha sonora empolgante do jogo.



18 - Beyond Shadowgate
Lançamento: 1993
Por: Icom



Em Beyond Shadowgate temos um point-&-click para o PC-Engine CD, talvez o único jogável desse estilo.
Como não eram muito comuns na época (de cabeça me lembro apenas do Scooby Doo do Mega Drive), é sempre bom ter essa opção no console e Beyond Shadowgate não faz feio. Muito pelo contrário! Tanto as animações do personagem, como os cenários muito bem desenhados, puzzles aos montes e a trilha sonora dão o toque principal da aventura, que envolve um jovem príncipe tentando escapar do calabouço enquanto procura pistas do assassinato de seu pai, o rei. Para tal, conte com saltos, socos e uso de itens para solucionar os diversos quebra-cabeças das inúmeras telas do jogo.



17 - Hiho Densetsu - Chris no Boken
Lançamento: 1991
Por: Pack in Video

Também conhecido como Chris's Adventure, aqui controlamos uma heroína num jogo bem simpático de plataforma 2D. Mas, como quase tudo no PC-Engine (inclusive no CD), a dificuldade aqui é alta e a camada "infantil" por cima do jogo com esse visual só camufla o quão cruel ele pode ser com o jogador.



Apesar disso, ele tem controles ótimos, uma trilha sonora excelente e bom visual, lembrando bastante o clássico da Capcom, Ghouls 'n Ghosts em alguns momentos. Uma das particularidades do jogo é que sua passagem da noite pro dia determina seu tempo pra terminar as fases: há um contador de dias no canto inferior direito mostrando o sol e lua passando e os dias diminuindo. Criativo, pra dizer o mínimo.



16 - Galaxy Deka Gaivan
Lançamento: 1993
Por: Intec



Galaxy Deka é mais um beat'em up em 2D, total sidescrolling, com um apelo mais infantil mas, ainda assim, um pouco mais variado e melhor que Kaze Kiri, por exemplo. O jogo, além de longo, traz transformações para o herói ou heroína, e também cenas animadas entre as fases. Como está tudo em japonês, fica complicado entender o enredo, mas o jogo é totalmente jogável mesmo assim. É um bom título, com um ótimo visual, efeitos sonoros bacanas de socos e gritos, além da trilha sonora cheia de guitarras. Pegue pra jogar com tempo, pois, como já dito, ele é meio longo.



15 - Gain Ground SX
Lançamento: 1992
Por: NEC Avenue/Sega



A versão portada para o PCE-CD saiu em 1992 e é ligeiramente diferente de todas as outras já lançadas (incluindo aquela do PS2 também). A versão para o console da NEC conta com um visual mais aproximado da tela, tanto dos personagens, mais detalhados pela aproximação, quanto do cenário em si, onde agora ocorrem os deslocamentos devido ao tamanho da tela. Diferente da versão mais famosa do Mega Drive, as fases não são dispostas inteiramente na mesma tela fixa, mas com scroll vertical em todas elas, como se estivessem em um zoom in. As músicas são mais elaboradas também, com instrumentos reais, devido à qualidade do CD, são todas orquestradas.

Notei também uma dificuldade maior, principalmente com relação à versão do Master System. Aqui os personagens para se recrutar estão em número bem menor. No mais, é um jogo bem interessante, uma versão que vale a pena principalmente pra quem gosta das versões do Mega, Arcade e do Master System, pois apresenta um jeito de jogar diferente.



14 - Psychic Storm
Lançamento: 1992
Por: Laser Soft/Telenet



Mais um shmup, mais uma jogo lendário no PCE-CD. Aqui temos um sólido jogo de naves, com ótimo visual e algumas particularidades interessantes. Antes de tudo, saiba que aqui a sua nave pode se transformar num inseto gigante e retalhar qualquer coisa pelo caminho, desde que tenha power-ups para tal. Como se isso não bastasse, junte então o visual espetacular que somente os sprites bem animados do PCE-CD podem gerar. Eis um jogo pra "navinheiro" nenhum botar defeito!



13 - Lords of Thunder
Lançamento: 1993
Por: Hudson Soft/RED



Com conversão para o Sega CD na época, Lords of Thunder (Winds of Thunder no Japão) é a sequência direta de Gate of Thunder, também para o mesmo sistema e presente nesta lista. Trata-se de um shmup com cavaleiros e monstros lendários, gráficos parrudos, uma jogabilidade viciante e uma trilha sonora heavy metal! Indispensável para os fãs do estilo!



12 - Crest Of Wolf
Lançamento: 1993
Por: Hudson Soft/Westone



Também conhecido como Riot Zone, Crest of Wolf é um razoável beat'em up para o PCE-CD, com sprites grandes e uma movimentação meio falha. Entrou pra lista por ser um dos raros jogos no estilo para o console, mas existem coisas melhores pra ele. O jogo em si imita bem o estilão "Final Fight" de ser, com gangues de rua implorando para serem espancadas. Vale uma jogada.



11 - Double Dragon 2 - The Revenge
Lançamento: 1993
Por: Naxat



O port de Double Dragon 2 para o PCE-CD divide opiniões. Enquanto alguns o consideram um bom port, outros acham que, além dele ser tecnicamente ruim, descaracterizaram muito o jogo original. Em se tratando de visual, realmente, não lembra em nada a versão de Arcade ou Mega Drive, as mais famosas do jogo. Mas isso eu não vejo como um contra. Agora, em termos técnicos, o jogo peca um pouco novamente na animação dos personagens: são poucos quadros, o que deixa aparentando que são bonecos duros lutando. Tirando isso, a parte sonora é ótima, tanto para músicas quanto para os efeitos sonoros. Se você gosta de uma pancadaria e admira a série da Technos, recomendo uma jogadinha.



10- Mystic Formula
Lançamento: 1993
Por: Micro Cabin



Pense num Arcus Odyssey (do Mega Drive/SNES) em um arcade e terão algo próximo do que é Mystic Formula. O jogo, além de envolvente, conta com cenas em anime e uma dificuldade acentuada que não vai te deixar ir tão longe sem treino. Apesar de tudo isso, o game é viciante e com certeza vai te prender por horas derrotando monstros em labirintos.



9 - Valis IV - The Phantasm Soldier
Lançamento: 1991
Por: Laser Soft/Telenet



Mais uma vez o mundo de Vecanti e o mundo real são ameaçados por mais um demônio! E novamente uma heroína surge para salvá-los. O jogo segue o padrão dos anteriores, obviamente, com tudo melhorado. Agora a heroína precisa, além de salvar o mundo, resgatar outras guerreiras dos outros jogos que foram raptadas. O game tem o estilão plataforma de sempre, com bons gráficos, controles firmes e uma boa trilha sonora. Vale muito a pena, mas não espere facilidade por aqui.



8 - Terra Forming
Lançamento: 1992
Por: Right Stuff



Conhecido também como Syd Mead's Terraforming, o jogo de nave da Right Stuff é um belo exemplo de lindos gráficos no PC-Engine CD. Syd Mead é o cara por trás de lendas do cinema como Blade Runner e Aliens, e parece não ter poupado na produção de Terraforming. Desde as primeiras etapas, nota-se um capricho enorme tanto nos elementos da tela quanto no cenário, com um efeito de parallax de fazer inveja. Como se não bastasse, a trilha sonora do jogo é espetacular também! Corra atrás se você aprecia um bom jogo de nave!



7 - Ginga Fukei Densetsu - Sapphire
Lançamento: 1995
Por: Hudson Soft



Sapphire é mais um excelente shmup para o PC-Engine CD, mas, diferente da maioria, ele mistura elementos poligonais na tela junto com sprites. Essa mistura deu um ótimo resultado ao jogo, Trazendo alguma variedade de inimigos e chefes únicos aqui. Além da trilha sonora espetacular comum nesse tipo de jogo para o sistema, contamos também com chefes gigantescos e uma dificuldade razoável. É uma boa pedida, principalmente pra quem deseja algo mais variado mas ainda no estilo "navinha".



6 - Fausseté Amour
Lançamento: 1993
Por: Naxat



No meio de um mar de jogos de nave, um melhor que o outro, eis que surge Fausseté Amour, um game de plataforma estrelado por uma guerreira com espada.... Sim, pelo resumo, parece muito com Valis. De fato, o jogo em si é a essência de Valis, mas Fausseté tem suas particularidades. Primeiramente, ele é mais cadenciado (pra não dizer lento) que qualquer jogo da série Valis. Segundo, a arma da heroína Coruk (!?) é uma espada com corrente que pode ser inclusive girada no ar. E, terceiro, esse jogo tem fanservice aos montes. Coruk quando "morre", perde toda a armadura e aparece quase pelada enquanto some da tela. Além disso, várias cutscenes mostram mais de... perto a heroína, dando uma noção do quão sua armadura é enxuta...



5 - Ys IV - Dawn of Ys
Lançamento: 1993
Por: Hudson Soft/Falcom



Praticamente um retorno às origens, já que Y's III foge completamente do que foi Y's e Y's II, em Y's IV voltamos a controlar Adol em uma aventura por terras novas e antigas. Todo o esquema de jogabilidade, com o ataque tradicional da série retornou nesse jogo, que faz jus à tudo de bom que Y's representou no passado. Tanto visual quanto sonoramente, Y's IV é um banquete pros amantes do gênero. Muitas vozes dubladas e cenas de anime estão presentes durante toda a aventura de Adol. E, se a língua japonesa for um obstáculo pra você apreciar essa obra, saiba que o jogo já tem patch de tradução para o inglês! Inclusive das falas!



4 - Sylphia
Lançamento: 1993
Por: Tokin House



Apesar de muito mais frenético (e, por isso mesmo, muito mais difícil), Sylphia pode muito bem ser comparado à Phelios, do Mega Drive/Arcade ou até mesmo Legendary Wings, que recebeu um port para o NES. No game, controlamos uma fada com a velha missão de acabar com um monte de demônios que assola o seu mundo. Munida de vários poderes diferentes, o game é um shmup de muita qualidade e relativamente esquecido do PC-Engine CD.



3 - Rayxanber III
Lançamento: 1992
Por: Data West



Com uma das melhores trilhas sonoras de todos os tempos para um jogo de nave (sim, exatamente isso que você leu), Rayxanber III (existe uma segunda versão também para o PCE-CD) é mais um excelente jogo de naves, dessa vez horizontal para o PCE-CD. O game lembra muito jogos consagrados como Gradius pelo estilo gráfico adotado. Apesar da dificuldade acentuada, não é um jogo tão punitivo quanto os demais shmups para o PC-Engine CD! Jogue tranquilamente enquanto seus ouvidos são agraciados com a trilha sonora do jogo!



2 - Kaizou Chojin Shubibinman 3 - Ikai no Princess
Lançamento: 1992
Por: NCS/Masaya



Já falei sobre um dos jogos paralelos à essa série aqui no blog, com a versão Zero do Super Famicom, distribuída unicamente pelo serviço online do sistema na época. A série Kaizou Chojin Shubibinman nasceu no PC-Engine, e foi nele também a derradeira versão final, em CD, com áudio de extrema qualidade e visual impecáveis. Como jogo, ele funciona como um simples jogo de plataforma, onde controlamos um guerreiro (ou guerreira) armado com uma espada e com a missão de destruir tudo e todos. Como tudo está em japonês, fico devendo as nuances da história, mas prepare-se para um jogo recheado de cenas em anime.



1 - Akumajou Dracula X - Chi no Rondo
Lançamento: 1993
Por: Konami



Esse é um jogo até bem conhecido atualmente, mas que se eu não colocasse ele nessa lista, seria massacrado por muitos! Então, falar do "Dracula X do PC-Engine" é chover no molhado: é uma das versões mais bem acabadas e bem feitas de toda a série Castlevania! Desde uma abertura (e encerramento) em anime, ótimos visuais e uma trilha sonora caprichadíssima, no jogo ainda temos uma missão nada fácil, vários caminhos alternativos, que levam à áreas novas com chefes novos e até mesmo missões novas! Se você, por algum motivo, ainda não jogou esse capítulo da série, eu recomendo fortemente! Caso já conheça, vá rejogar agora!



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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Esta é a única evidência arqueológica de crucificação encontrada até hoje


Esta é a única evidência arqueológica de crucificação encontrada até hoje



Embora haja muito material histórico escrito sobre o uso da crucificação como método de execução por várias culturas antigas, entre elas a assíria, grega, romana, persa e cartaginesa, são praticamente inexistentes as evidências arqueológicas.


Primeiro, porque as madeiras sobre as quais os condenados eram pregados eram materiais de rápida decomposição; segundo, porque os pregos utilizados eram considerados objetos mágicos e retirados do corpo para a comercialização no mercado negro.



A crucificação de Jesus Cristo é a mais famosa, mas somente uma
evidência encontrada para comprovar a prática deste método de execução.


Há, porém, uma única evidência arqueológica de crucificação. Trata-se de um corpo encontrado em Jerusalém em 1968, conhecido como Yehohanan. Seus restos foram analisados por vários especialistas que foram capazes de determinar que o homem, de 25 anos de idade, morreu crucificado no século I. Em um dos calcanhares, ainda está conservado um dos pregos com os quais ele foi pendurado. No ossário, também foram encontrados os ossos de uma criança identificada como o filho do condenado.



Algumas posições pouco conhecidas utilizadas para crucificação



Pregos de ferro utilizados na antiguidade



Fonte: LA BRÚJULA VERDE
(https://www.labrujulaverde.com/2017/07/yehohanan-la-unica-evidencia-arqueologica-encontrada-de-crucifixion-en-la-antiguedad)



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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Múmias Plebéias - Arqueologia


Múmias Plebéias - Arqueologia



Esta mão sóbria, retinta de resina negra, com dedos rugosos e unhas amareladas pelo pó do deserto, tem 2 000 anos. Não pertence a nenhum rei ou faraó. Serviu a um lavrador anônimo, em um instante quase perdido da História. Arqueólogos descobriram, no Egito, a maior população homogênea de múmias já encontrada. Elas revelam uma rica história plebéia, sem pompa ou eloqüência. O dia-a-dia da aldeia de Ain Labakha, há dois milênios.


O flagrante despojado de uma história monumental

Olhe bem estes rostos. A historiadora Françoise Dunanc, da Universidade de Strasbourg, na França, acha que é possível até "captar um pouco da personalidade das pessoas olhando suas expressões mortuárias" - 2 000 anos depois. Será possível?



"O Egito", salienta, "é a única civilização que oferece esse tipo de evidência, graças às suas múmias."

Não são uma nem duas evidências, mas 450. Em 1994, arqueólogos da Inspetoria de Antiguidades do Egito descobriram, no oásis de Kharga, a oeste do rio Nilo, escavada em grutas na montanha e repleta de múmias, a necrópole de Ain Labakha.



A aldeia chegou a ter 1 000 habitantes entre os séculos I antes de Cristo e III da nossa era, habitada por lavradores, pastores, soldados a serviço dos romanos, mulheres, crianças e sacerdotes. Foram contemporâneos de Jesus Cristo.

Não foi a primeira descoberta do gênero - outro cemitério popular foi encontrado em 1982, na localidade de Douch, 120 quilômetros mais ao sul - mas o de Ain Labakha é o maior e, de longe, o mais fascinante.



Em 1997, uma equipe francesa - Françoise Dunanc, o antropólogo Jean-Louis Heim, do Museu de História Natural de Paris, e o casal de radiologistas Roger e Martine Lichtenberg - foi convidada a estudar as grutas. Os exames com raio X revelaram a idade com que cada múmia morreu, a causa da morte, o estado de saúde do morto, seu provável ofício, sua dieta e até as "doenças ocupacionais" da época (veja página 36).

As pirâmides e os monumentos egípcios atraem os historiadores como ímãs. São as maiores expressões materiais do poder dos faraós. Mas as múmias plebléias contam uma história igualmente rica, tão banal quanto verdadeira: a crônica do homem comum.



O último baluarte da fronteira romana



Era o fim de uma era. O império dos faraós, que vivera o auge entre 1 500 aC. e 1 000 aC., desmoronara. Alexandre Magno (356 aC.- 323 aC.) invadira o Egito em 331 aC. e proclamara-se faraó. Depois da sua morte, o país ficou com um de seus generais gregos, Ptolomeu, fundador de uma dinastia de 300 anos. Em 30 aC. os romanos invadiram e converteram o território em província. Com a fundação de Constantinopla, em 324, o Egito ficou sob órbita bizantina até a conquista árabe, em 641.



Ain Labakha era um posto da fronteira sul do império romano. Era o fim do mundo. Além da necrópole na encosta da montanha, restaram as ruínas do forte romano, dois templos e um poço seco. "Não conhecemos nem o nome antigo da aldeia", disse Françoise Dunanc. "Encontramos inscrições em potes de cerâmica, em egípcio e grego demótico, mas ainda não deciframos. Na parede dos templos havia grafites gregos. Mas não temos um documento sobre a vila ou sua população." No século IV aC., acredita Dunanc, o lençol d’água que alimentava a agricultura irrigada esgotou-se, as terras secaram e Ain Labakha foi abandonada.

Entre os século I aC. e III, as técnicas de mumificação estavam enraizadas na cultura há milênios. Os egípcios acreditavam que a morte era uma passagem para a segunda vida, eterna. O deus Osíris governava o mundo dos mortos junto com sua esposa, Ísis. Para entrar nesse reino, o corpo deveria manter-se intacto para a alma retornar a ele depois de uma jornada de iniciação em que prestava conta de seus atos aos deuses. Portanto, todos deveriam ser mumificados.

No século V, Teodósio I, o imperador cristão da seita copta, que prosperou no Egito, proibiu as práticas ditas pagãs, inclusive a mumificação. Mas elas continuaram até a dominação árabe, no século VII.



Fila de Espera



Rígidas e negras, cobertas de resina de betume, múmias de várias idades esperam a vez de ser examinadas pelo raio X. Durante 2 000 anos elas descansaram esquecidas. Note o vulto etéreo de um pesquisador andando pela sala. Talvez seja uma ironia do outro mundo: nesta foto, o único que parece fantasma é quem está vivo



Vida austera e trabalho duro



Roger e Martine Lichtenberg examinaram com o raio X 130 múmias de Ain Labakha e de Douch, o outro cemitério do oásis de Kharga descoberto em 1982. "Nosso objetivo", disse Roger, "é perceber o modo de vida de uma população egípcia antiga por meio do estudo das múmias. Você pode chamar isso de paleoetnologia."

A radiologia revelou à História detalhes preciosos. Os ossos de certos indivíduos em Ain Labakha mostram sinais de crescimento raquítico, marcas de má nutrição e doenças recorrentes durante a juventude. "São uma indicação da vida social nada rósea dos camponeses. Pode ter certeza de que eles às vezes passavam fome."



Morria-se cedo, aos 50 anos. A mortalidade infantil era alta e as mulheres morriam de parto. Para os pesquisadores, uma patologia reveladora, descoberta nas múmias, é a esquistossomose, infecção provocada por um parasita no intestino, típica de quem ganha a vida com os pés dentro d’água, em lavouras irrigadas. Várias múmias apresentaram sinais de reumatismo na coluna, evidência de trabalho físico intenso e do transporte de cargas pesadas. Quatro corpos de uma mesma gruta mostravam sinais de tuberculose. "Podemos imaginar que pertenciam à mesma família", diz Lichtenberg.

Os radiologistas encontraram mais múmias sem dentes em Ain Labakha do que em Douch. "Isso mostra que tinham mais açúcar na dieta." A base da alimentação era cereais, uvas e azeitonas. Havia carência de proteína (carne). Mas se as colheitas fossem boas, passavam bem.



Apesar da proximidade do Sudão e das populações negras da antiga Núbia, nenhuma múmia era negra. "Todos eram brancos de cabelos pretos. A constituição, as medidas e a altura média de 1,65 metro são claramente mediterrâneas." Algumas eram circuncidadas, provavelmente sacerdotes dos templos.

Eram homens, mulheres e crianças camponesas, lavradores, fazendeiros e soldados que trabalhavam duro e penavam. Todos se preparavam para a vida eterna. "As múmias dos ricos estão em melhor estado, evisceradas e desidratadas por um tratamento de primeira classe", explica Roger Lichtenberg. "Mas um grande número, talvez a maioria, teve só o cérebro removido e o corpo enchido de betume. E também há casos piores, que nem chegam a isso. Você tira os trapos de linho e os ossos desandam, podres, sinal de que quase não houve mumificação. Esses, sim, eram os pobres."

Ain Labakha não tem futuro como atração turística. Está longe do circuito badalado de viagens nas margens do Nilo e sua necrópole não tem atrativo, comparada com o esplendor dos túmulos do Vale dos Reis. É uma sorte. Depois de terem sido despertados para revelar seus segredos, os cientistas devolveram os corpos às tumbas e fecharam as grutas, em novembro de 1997. Agora, as múmias já podem voltar à vida eterna.



Uma tecnologia de desidratação



O processo de mumificação exigia 70 dias de trabalho e oferecia tratamentos diferenciados. Veja o que foi feito na múmia desta menina de 8 anos.

Uma incisão atrás da cabeça iniciava a remoção do cérebro. O crânio vazio era enchido de resina quente, à base de betume Uma incisão atrás da cabeça iniciava a remoção do cérebro. O crânio vazio era enchido de resina quente, à base de betume

Abrindo-se o peito, abaixo do pescoço, e o abdômen, retiravam-se as entranhas e órgãos: coração, pulmões, fígado e intestinos. Sem vísceras, o corpo resistia à putrefação

Os órgãos retirados eram desidradatados. Primeiro, recebiam uma aplicação de sal de natrão (sódio natural). Depois, secavam. O natrão vinha de lagos salgados do oásis de Kharga

Uma vez secas, as vísceras eram envoltas em linho e recolocadas dentro do abdômen e do peito. Depressões e cavidades eram "emassadas" com ungüentos e betume

Das múmias da gente mais pobre, extraía-se só o cérebro. O corpo era "salgado" com natrão para desidratar, coberto com uma camada espessa de betume e enfaixado em linho. Quanto mais rudimentar o tratamento, menos resistência ao tempo tinham os corpos embalsamados



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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

4 lugares que o homem transformou em verdadeiros infernos


4 lugares que o homem transformou em verdadeiros infernos



A intervenção humana é capaz de destruir cidades e paisagens, mas às vezes a gente exagera.

Abaixo, seguem quatro exemplos de lugares devastados pelo homem:


Picher, Oklahoma, Estados Unidos: Esta cidade fantasma era o epicentro da mineração de chumbo. Aos poucos, a má administração de resíduos a transformou em um lugar inabitável. Várias pessoas morreram de envenenamento por chumbo, o que deu início a um êxodo que desencadeou no fechamento da cidade, em 2009.



Mar de Aral, Ásia Central: Este mar interior, ou lago endorreico, localizado na fronteira do Cazaquistão com o Uzbequistão, foi, até algumas décadas atrás, uma região próspera para ambas as nações. Atualmente, seu volume diminuiu 90% devido à mudança climática, o que transformou o lugar em um deserto altamente contaminado.



Centralia, Pensilvânia, Estados Unidos: Em 1981, o vilarejo tinha uma população de mais de mil habitantes, mas, por causa do incêndio de uma antiga mina de carvão subterrânea, que ainda queima debaixo da terra, seus habitantes fugiram precipitadamente. Atualmente, ainda se conservam as casas e os negócios, mas o clima torna o lugar inabitável.



Wittenoom, Austrália: Esta cidade paradisíaca da Austrália Ocidental foi fechada em 2016 por causa do alto nível de contaminação do ar. Lá, funcionava uma grande fábrica de amianto e as partículas contaminantes desse material tornaram seu território perigosamente tóxico.



Fonte: SUPER CURIOSO
(https://supercurioso.com/4-lugares-malditos-por-culpa-del-ser-humano/)


Supercurioso - Site Fonte



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Catedrais de Papel - Cultura



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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Game de Stranger Things é lançado gratuitamente


Game de Stranger Things é lançado gratuitamente



Um game de Stranger Things foi lançado na App Store e na Google Play Store. A melhor notícia? É gratuito. O jogo, que também não possui microtransações, saiu antes da segunda temporada do seriado, que chega ao Netflix em 27 de outubro.


O título tem um estilo visual que remete aos títulos de aventura dos anos 80, completo com arte pixel e uma trilha sonora 8-bit (não sabia, mas esse game é tudo que sempre quis).


Stranger Things: The Game - Release Trailer

(https://www.youtube.com/watch?v=VgLQLA2CQMI)

AppStore:
(https://itunes.apple.com/br/app/stranger-things-the-game/id1220479307?mt=8&uo=8&at=1001lzp)

GooglePlayStorie:
(https://play.google.com/store/apps/details?id=com.bonusxp.legend)


Você pode jogar com os personagens da série, como o xerife Hopper, a Nancy e os meninos. Cada um tem habilidades únicas para resolver os quebra-cabeças presentes no jogo: Nancy pode bater em tudo o seu taco de baseball, enquanto o xerife tem um poderoso soco.



Stranger Things - Seriado de Televisão - Netflix


Muitos dos locais que aparecem no seriado retornam no game, como a floresta Mirkwood, o laboratório de Hawkins e o Mundo Invertido, além de novas localizações que ainda não foram apresentadas.


Stranger Things (1ª Temporada) - Trailer Legendado


(https://www.youtube.com/watch?v=5gM6Dcq8EGo)



Stranger Things (2ª Temporada) - Trailer Legendado


(https://www.youtube.com/watch?v=t16qky6tMow)


Um dos grandes elementos-chave do título são os itens colécionáveis. Os jogadores poderão encontrar Eggos (uma marca de waffles), gnomos e até fitas de vídeo-cassetes (os famigerados VHS). Com essas conquistas, certos segredos, como novos personagens ou conteúdo exclusivo, serão desbloqueados.



O game mobile pode ser jogado em duas dificuldades, o Normal e o Classic. O jogo receberá uma atualização em 27 de outubro, coincidindo com o lançamento da segunda temporada de Stranger Things.

Recentemente a Netflix enviou uma carta hilária a um bar por conta da sua decoração temática (e sem autorização) de Stranger Things.



A CARTA:



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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Encontrado o túmulo mais antigo de um governante Maia


Encontrado o túmulo mais antigo de um governante Maia



Restos mortais têm pelo menos 1.700 anos !


Uma descoberta arqueológica recente conseguiu determinar que o túmulo de um governante maia, escavado na cidade de Perú-Waka e conhecido como “Enterro 80”, corresponde aos primeiros anos da dinastia Wak.



Guatemala - El Perú Waka


Perú-Waka fica no norte da Guatemala, a 40 quilômetros de Tikal, um dos maiores sítios arqueológicos da civilização Wak, no Parque Nacional Laguna del Tigre.



Durante o período clássico, essa cidade real dominou as rotas comerciais mais importantes da região e acredita-se que uma das primeiras dinastias conhecidas, a Wak, tenha se assentado lá durante o segundo século da Era Cristã.

De acordo com os resultados preliminares do estudo, o Enterro 80 abrigaria supostamente os restos do rei Te ‘Chan Ahk, um monarca Wak que governou no século IV. Trata-se do túmulo real mais antigo jamais descoberto nessa região, com, pelo menos, 1.700 anos de história.



Na tumba, também foram encontrados recipientes de cerâmica, enfeites de jade, conchas de Spondylus e um pingente talhado em forma de crocodilo. Além disso, um levantamento topográfico com Laser Scanning 3D permitiu a descoberta de uma rede antiquíssima de passagens que interligavam as pirâmides maias do local.

Fonte: NODAL CULTURA
(http://www.nodalcultura.am/2017/09/descubren-en-guatemala-el-sepulcro-mas-antiguo-de-un-gobernante-maya/)



Cultura Maia



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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Morre Hugh Hefner fundador da Playboy - As 15 melhores capas


Morre Hugh Hefner fundador da Playboy - As 15 melhores capas



Empresário faleceu de causas naturais em sua mansão nos EUA, ele tinha 91 anos.


Hugh Hefner, fundador da revista Playboy, morreu nesta quarta-feira (27/09/2017) de causas naturais.

O empresário tinha 91 anos. A notícia foi oficializada pelos familiares via Twitter.

Segundo nota divulgada, ele morreu em “paz e cercado por membros da família na sua cama na Mansão Playboy”.


Hugh Hefner - Empresário


Hefner foi um verdadeiro porta-voz da liberdade sexual. Com a fundação da Playboy Enterprises, em 1953, construiu um verdadeiro império de mídia.

A primeira edição trouxe ninguém menos que Marilyn Monroe na capa!



Visto como um maldito pela sociedade conservadora da época, não pensou duas vezes em aderir às lutas libertárias. Apoiou Martin Luther King e Jesse Jackson, posicionou-se a favor do aborto e contra a perseguição aos comunistas na década de 1950. Além disso, abriu espaço em seus canais de mídia para artistas negros oprimidos.

“Meu pai viveu uma vida excecional e impactou a vida de muitos. Ele defendeu movimentos culturais importantes para o nosso tempo e falou a favor da liberdade de expressão, direitos civis e liberdade sexual”, declarou Cooper Hafner, filho do empresário.



A Playboy foi um marco na revolução de costumes que marcou as décadas de 1960 e 70. Além de apresentar celebridades completamente nuas, abordava nas páginas da revista conteúdos políticos, literários e culturais totalmente liberais – um afronte à sociedade da época.

Hefner virou símbolo de um estilo de vida bon-vivant. Mesmo com mais de 80 anos, era visto frequentemente cercado de belas mulheres. As festas que dava na Mansão Playboy tornaram-se lendárias. Em 2010 casou-se com a modelo Crystal Harris, 60 anos mais jovem.

O empresário deixou a mulher, Crystal, seus filhos, Cooper, David e Marston, e sua filha, Christie.



COMO A PLAYBOY MUDOU O MUNDO - O COMEÇO:



Relembre 15 capas históricas da Playboy americana

Marylin Monroe, Drew Berrymore e Naomi Campbell estão entre as estrelas que já foram fotografadas para a revista líder em entretenimento masculino

O lançamento da revista Playboy em 1953, feito por Hugh Hefner, marcou o início de uma era de ressignificação do corpo feminino, da nudez e do entretenimento masculino.

Para resgatar a memória desse grande líder que pertencia ao mercado editorial, nos resolvemos relembrar 15 capas indiscutivelmente históricas que foram publicadas na Playboy, um ícone atemporal de entretenimento masculino e glamour feminino. Confira!



Marylin Monroe (1953)


Marilyn Monroe na capa da revista playboy em 1953

Como já dito anteriormente, foi em 1953 que a revista Playboy dos EUA inaugurou a marca no mercado e a faz se espalhar pelo resto do mundo. No entanto, nem todo mundo deve saber que a primeira capa do periódico foi estrelada pelo maior símbolo de sensualidade e feminilidade de todos os tempos: Marilyn Monroe.



Donna Michelle (1964)

Em 1964, a modelo e atriz Donna Michelle estampou a capa da Playboy

Com um pouquinho mais de uma década a frente, mais uma capa fez história na trajetória do periódico de entretenimento erótico mais querido dos homens. Em uma das capas da Playboy de 1964, a estrela foi a modelo e atriz americada Donna Michelle, que foi eleita como “coelhinha” do ano na mesma época.



Darine Stern (1971)

Darine Stern foi a primeiro modelo negra a estampar a capa da Playboy sozinha

No caso de Darine Stern, o marco também é difícil de ser esquecido. Foi por meio da beleza da modelo americana que as páginas da revista tiveram, pela primeira vez, uma mulher negra como protagonista. Esta que, inclusive, também estrelou a capa sozinha. Após o trabalho na revista em 1971, ainda mais portas se abriram para Stern no mercado da moda.



Farrah Fawcett (1978)

Farrah Fawcett foi capa da Playboy americana em 1978

É quase impossível não olhar de forma admirável para uma capa como essa. Em 1978, a revista já tinha mais de 20 anos de existência e vinha mostrando cada vez mais estrelas estonteantes nas capas. Farrah Fawcett seguiu a regra. Com pouca roupa e um fundo azul que realçou a cor de seus olhos, a artista brilhou na primeira página da Playboy no fim da década de 70.



Pamela Anderson (1992)

Pamela Anderson é uma das queridinhas da Playboy: entre as vezes que
a atriz já posou estão os anos de 1989, 1992 e em 2016

Para os que acompanham as publicações da Playboy, não é segredo que Pamela Anderson é uma das principais queridinhas da revista por ter saído mais de uma vez na capa. Em 1992, a atriz encarnou a vaqueira sexy e reiterou mais uma vez que era (e ainda é) um verdadeiro sexy symbol que não perde por nada esse caráter, não importa o tempo que passe.



Anna Nicole Smith (1993)

Anne Nicole Smith foi capa da Playboy americana em 1993

Anne Nicole Smith quando foi intitulada "coelhinha" do ano aqui, vem mais uma que fez história não só por ter aparecido nas capas da Playboy, mas também por ter representado a marca em si. Em junho de 1993, a loira Anna Nicole Smith estrelou a capa do periódico masculino depois de ter sido eleita a “coelhinha” do ano. Em 2007, a modelo morreu de overdose.



Nancy Sinatra (1995)

A cantora Nancy Sinatra também fez história nas capas da Playboy e posou em 1995

Três anos após a publicação da capa de cair o queixo estrelada por Pamela Anderson, a vez de tirar o fôlego dos fãs da Playboy foi da cantora Nancy Sinatra. Envolvida em lençóis e apenas com um travesseiro tampando suas partes íntimas, a loira registrou um bom momento de conforto que comprovou que é possível explorar o sex appeal de qualquer forma.



Naomi Campbell (1999)

Naomi Campbell está entre as poucas mulheres negras que
estamparam a capa da Playboy dos EUA

Após o caminho aberto por Darine Stern em 1971, a Playboy parece ter dado espaço para mais algumas modelos negras (ainda que o número maior de estrelas na capa esteja na conta de mulheres brancas). Prova disso é o fato de uma das edições do ano de 1999 ter carregado a top model Naomi Campbell na capa.



Drew Berrymore (1999)

Drew Berrymore é uma das estrelas de Hollywood que já
posou para a revista Playboy americana

Além das modelos estonteantes e que não estavam diretamente sob os holofotes da mídia, a Playboy também não perdia a chance de exaltar estrelas de Hollywood. Entre elas, está a atriz Drew Berrymore, que estampou a capa da revista em 1999 e ficou famosa por filmes como “E.T. – O Extraterrestre” (1982) e “Nunca Fui Beijada” (1999).



Jenny McCarthy (2005)

Jenny McCarthy já posou para a Playboy em 1994, 2005 e 2012

Seis anos depois da capa histórica de Drew Berrymore, a atriz Jenny McCarthy também voltou a estrelar as capas do periódico. Em 1994, a atriz já havia estampado a primeira página da revista e, após 18 anos, topou mais um novo ensaio. Vendo a capa de 2005 dá para entender bem porque a Playboy convidou a loira tantas e tantas vezes para fotografar...



Kim Kardashian (2007)

A socialite Kim Kardashian foi capa da Playboy americana em 2007

Arrasar no mundo dos ricaços não é o limite dos tiros que uma socialite como a Kim Kardashian pode dar. Em 2007, a celebridade também estrelou a capa da revista líder em entretenimento masculino e erótico do mercado editorial e provou, mais uma vez, o quão poderoso é seu potencial de sedução.



Marge Simpson (2009)

Ilustrar a capa da Playboy dos EUA com a Marge Simpson foi uma
tentativa de atrair um público mais jovem para a revista

E não é que até a Marge Simpson estrelou a capa da Playboy? Na época, a intenção da diretoria da revista era atrair um público mais jovem com o remake em ilustração da foto feita por Darine Stern em 1971. Marge Simpson é uma personagem do desenho animado americano “Os Simpsons” (1989), de Matt Groening.



Lindsay Lohan (2012)

Lindsay Lohan estrelou a capa da revista Playboy americana em 2012

O vermelho dos cabelos originalmente ruivos de Lindsay Lohan não é a única cor capaz de impressionar na companhia da atriz. Em uma das capas da Playboy de 2012, a celebridade polêmica ficou ainda mais bela sentada em uma cadeira vermelho sangue, além de estar envolta com os dizeres amarelos que a introduziam na edição.



Kate Moss (2014)

Kate Moss foi capa da Playboy dos EUA em 2014

Dois anos passados da histórica capa de Linsday, a vez de deixar os queixos de muitos marmanjos no chão foi a da top model britânica Kate Moss. Em 2014, a celebridade, que já foi capa da Vogue mais de 30 vezes, estrelou a primeira página da Playboy encarnando, literalmente, a essência da marca.



Halsey (2017)

Halsey é a capa mais recente da Playboy americana, publicada em setembro de 2017

Atualmente, uma das capas publicadas pela Playboy que merece ser marcada como histórica é a que foi feita com a cantora americana Halsey. Neste ano, 2017, no mês de setembro, a artista acompanhada de rosa por todos os lados, brilhou na primeira página da revista e falou sobre o poder da música.


Fonte: The New York Times
(https://www.nytimes.com/2017/09/27/obituaries/hugh-hefner-dead.html)



Hugh Hefner Fotos



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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A dama dos anéis - Saturno - Sistema solar


A dama dos anéis - Saturno - Sistema solar



Uma das espaçonave terráquea que esteve em Saturno foi a Voyager 2, que passou a 38.000 quilômetros de distância do planeta, em 1981.


Antes dela, duas outras sondas já tinham voado por lá: a Pioneer 11, em 1979, e a Voyager 1, em 1980. As três pioneiras enviaram imagens incríveis, descobriram seis das vinte luas conhecidas e dois novos anéis. Mas, como sobrevoaram Saturno uma única vez, acabaram levantando mais mistérios do que respostas. De onde vieram os anéis? O que provoca o vento de 1 800 quilômetros por hora que move as nuvens de Saturno? Do que são feitas as suas luas?



Agora, a nave Cassini, da Nasa e da Agência Espacial Européia (ESA), vai fazer uma visita mais demorada. Lançada em outubro passado, ela deve chegar a seu destino em 2004 e passar quatro anos em órbita do planeta. A lua Titã vai merecer um presente especial: o pouso da sonda filhote Huygens. Espera-se que, debaixo das suas fechadas nuvens, a Huygens tope com um cenário como o da Terra de 3,8 bilhões de anos atrás. Tudo isso para colocar mais uma peça no quebra-cabeça da história do Sistema Solar.


Saturno - Planeta


Microônibus celeste
A Cassini tem este nome em homenagem ao astrônomo ítalo-francês Gian Domenico Cassini (1625-1712), que descobriu quatro das vinte luas conhecidas de Saturno (suspeita-se que haja mais, não detectáveis da Terra). A nave tem 6,8 metros de altura e 4 metros de diâmetro. Seus equipamentos estão interligados por 12 quilômetros de cabos.


Mãe e filha
A Cassini leva uma sonda filhote, chamada Huygens em referência ao astrônomo holandês Christiaan Huygens (1629-1695), descobridor da lua Titã. Medindo 2,7 metros de diâmetro e pesando 373 quilos, a sondinha vai mergulhar e espiar por baixo das espessas nuvens que encobrem o satélite, o maior de Saturno e o único do Sistema Solar com uma atmosfera densa.



Christiaan Huygens - Físico



Como sulcos de um LP
São sete anéis principais, separados por algumas faixas vazias. Sua espessura é de menos de 1 quilômetro e a largura varia entre 50 e 300 000 quilômetros. Cada anel é dividido em milhares de círculos concêntricos, como sulcos num disco long play, que podem ser retorcidos ou trançados.


Corrida em círculos
As partículas que compõem os anéis variam do tamanho de um grão de açúcar ao de uma casa. As mais próximas da superfície dão uma volta completa no planeta a cada 8 horas. Se todo esse material fosse juntado, formaria um corpo de 392 quilômetros de diâmetro, cerca de nove vezes menor que a Lua da Terra.


Nove vezes maior
Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar, só menor que Júpiter. Com diâmetro de cerca de 120 000 quilômetros (quase dez vezes maior que o da Terra), é um gigante gasoso, com um pequeno núcleo rochoso. Um dia saturniano dura apenas 10 horas e meia. Em compensação, seu ano corresponde a 29,5 anos terrestres. É que Saturno está a 1,4 bilhão de quilômetros do Sol, quase dez vezes mais longe que a Terra.



Anéis de Saturno - Divisão de Encke e Divisão de Cassini


Longe da Terra, perto das origens
A vedete da aventura cassiniana é Titã. A nave mãe deve estudar a pesada atmosfera de nitrogênio e compostos orgânicos dessa lua (veja ao lado), durante mais de quarenta sobrevôos. E buscar resposta para algumas questões básicas, como saber de onde vem tanto nitrogênio. Das nuvens para baixo, a tarefa é da sonda Huygens. Ela vai pousar na superfície do satélite e transmitir preciosos dados e imagens. Acredita-se que a sondinha possa topar com lagos e oceanos de moléculas de carbono e hidrogênio, semelhantes aos que um dia existiram na Terra de 3,8 bilhões de anos atrás. "Temos muito a aprender ali sobre a química terrestre antes do surgimento da atividade biológica", entusiasma-se o astrônomo Jonathan Lunine, da Universidade do Arizona.



Lunine conta com as duas exploradoras para fazer de Titã uma espécie de máquina do tempo que o leve de volta às nossas origens. A confiança do pesquisador tem fundamento. Saturno jamais foi visitado por equipamentos tão sofisticados. As câmeras da Cassini podem focar uma moeda a 4 quilômetros de distância. E a Huygens, caso aterrisse numa poça de substâncias orgânicas, precisará de apenas 3 minutos para fazer a análise completa da composição do material.


Ziguezague por entre os planetas
Para atravessar a distância entre a Terra e Saturno, de cerca de 1 bilhão de quilômetros, a Cassini vai levar sete anos, a contar de seu lançamento, em outubro do ano de 1997. No total, percorrerá 3,5 bilhões de quilômetros, numa série de voltinhas pelo Sistema Solar. É que, nas viagens interplanetárias, é preciso pegar impulso pelo caminho.

A nave chegou ao seu destino, em 2004, e vasculhou Saturno e suas luas até 2008. E depois? Se tudo correr bem, pode continuar em órbita do planeta por mais dois séculos. Com combustível e bateria suficientes para enviar dados à Terra ainda por vários anos. Os engenheiros estudam, então, a melhor opção para a dama dos anéis, a partir de 2008. Ela pode mergulhar no penúltimo anel de Saturno. Ou entrar em órbita de Titã para aprofundar a análise da atmosfera dessa lua. Ou, enfim, escapar para um novo destino, ainda incerto.

A escolha de qualquer dessas opções depende das verbas destinadas às agências espaciais. Por ora, o que é certo é que a Cassini tem uma visita a Saturno com hora marcada. Ela tem quatro anos para caçar pistas sobre a origem dos anéis e do Sistema Solar.



Para saber mais

Na Internet:
http://www.jpl.nasa.gov/cassini



Um pires voador na sopa orgânica



Ao mergullhar nas nuvens de Titã, a sonda Huygens vai voltar na história do planeta Terra.

A bela adormecida
A sonda Huygens foi construída pela ESA e carrega alguns instrumentos da Agência Espacial Italiana. Durante os sete anos de viagem até Saturno, ela só será ligada a cada seis meses, para um check-up geral de 3 horas.

Minúscula xereta
A sonda tem a forma de um disco voador. Ela carrega seis instrumentos científicos para analisar a estrutura e a composição da atmosfera de Titã, medir seus ventos e fotografar o solo.

Sem o cordão umbilical
Ela vai se soltar da nave mãe Cassini em novembro de 2004. Durante 2 horas e meia, mergulhará nas nuvens de Titã. Um pára-quedas vai brecá-la, e um escudo protetor, protegê-la do calor criado pelo atrito com a atmosfera titaniana.


Hyugens - Nave Espacial - Sonda


No seco ou no molhado
Os instrumentos a bordo da sonda informarão o tipo de solo em que ela pousou, se sólido ou líquido. As baterias devem durar entre 3 minutos e meia hora. Parece pouco mas é o suficiente para seus instrumentos fazerem uma boa análise do ambiente.

Um mundo como o nosso
Com diâmetro de 5 100 quilômetros, Titã é a maior das luas de Saturno (compare com a Lua, que tem 3 500 quilômetros de diâmetro). Por baixo das nuvens ricas em nitrogênio e compostos carbônicos, podem existir oceanos de substâncias orgânicas, semelhantes aos da Terra antes do surgimento dos primeiros microrganismos.



Depois de soltar a cria



Após lançar a sonda Huygens em Titã, a nave mãe Cassini continuará sua missão por quatro anos. Veja aqui o que mais ela vai estudar em Saturno e sua vizinhança.

A Cassini vai verificar como o campo magnético de Saturno captura partículas atômicas, e como esse imenso ímã afeta o movimento dos satélites e a formação dos anéis.

Seus equipamentos vão vasculhar a fechada cortina gasosa que encobre Saturno - a composição exata, a temperatura e a densidade dos gases, e como surgem os violentos ventos que mexem com as nuvens.

Ela vai fotografar de perto quatro dos principais satélites de Saturno: Enceladus, Dione, Réia e Iapetus (na foto acima). Esta é uma das luas mais curiosas, com um hemisfério negro, outro branco.



Sete anos de peregrinação



Daqui até Saturno são 1 bilhão de quilômetros. Mas a Cassini vai viajar três vezes mais.

1. Partida da Terra
Em outubro de 1997, a Cassini foi lançada pelo foguete Titan IV, na direção oposta ao planeta Saturno.

2. Escala em Vênus
Em abril agora, ela passa a apenas 300 quilômetros de Vênus. Aqui pega seu primeiro impulso (veja no quadro abaixo).

3. Volta a Vênus
Em junho de 1999, encontra Vênus de novo. Ela vai cruzar o planeta a 1 530 quilômetros de distância.



Sonda Cassini



4. Despedida final
A terceira etapa da viagem é aqui mesmo, na Terra. Em agosto de 1999, passa a 800 quilômetros do planeta.

5. Duplo efeito
Quando a nave passar a 9,6 milhões de quilômetros de Júpiter, em dezembro do ano 2000, ela será acelerada para 57 600 quilômetros por hora. Como a toda ação corresponde uma reação, a nave vai frear o planeta em 30 centímetros em 1 trilhão de anos.

6. Enfim, a chegada
A Cassini finalmente chegou ao seu destino em julho de 2004. Para não ser engolida pela gravidade do planeta, ela liga seus retromotores por 1 hora e meia. Desse modo, a queda é freada e ela se equilibra em órbita.



Com um empurrão dos céus



Entenda como a força de gravidade de um planeta pode ser usada para dar impulso a uma espaçonave, como um estilingue cósmico.

Um foguete leva a espaçonave para a órbita da Terra. Mas a velocidade de partida da nave é menor do que a velocidade com que o planeta gira em torno do Sol.

Com essa velocidade menor, a nave não consegue acompanhar o planeta em seu trajeto em torno do Sol. E cai em direção a ele. Só que encontra Vênus no caminho, que a atrai.



Site Cassini


Como a Terra e todos os outros planetas do Sistema Solar, Vênus também está girando em torno do Sol. E girando a uma velocidade maior do que a velocidade com que a nave chega lá.

A força de gravidade de Vênus atrai a nave, que fica "amarrada" a ele. Ao acompanhar o planeta por algum tempo, ela ganha parte da velocidade com que Vênus gira ao redor do Sol.

E por que a nave não cai em Vênus? É que ela se aproximou rápido o suficiente para escapar da gravidade do planeta. Pela tangente e mais veloz do que chegou.



Sonda Huygens - aterrissagem em Titã - narração em português BR

Confira o vídeo original que mostra o pouso da sonda Huygens na superfície da lua Titã, a enigmática lua de Saturno. Narração em português do Brasil.


(https://youtu.be/1pk3UyPInw0)



Leia também:

100 Anos do Titanic - Naufrágio do Século


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terça-feira, 3 de outubro de 2017

A doença que surgiu de uma mutação genética de nossos antepassados


A doença que surgiu de uma mutação genética de nossos antepassados



O pior é que o problema afeta milhões de pessoas no mundo inteiro


Estamos falando da artrite - uma condição que se manifesta por meio de uma série de causas distintas, desde doenças autoimunes até a deterioração das articulações com o passar do tempo.



Uma pesquisa realizada pelas universidades de Stanford e Harvard, nos Estados Unidos, descobriu uma mutação genética que pode ser determinante para desenvolver a doença e que teria sido útil para que os primeiros humanos enfrentassem o frio depois que saíram da África.



Essa mesma mutação genética, que hoje duplica as chances de sofrer artrite, pode ter sido um fator-chave para que os seres humanos da pré-história se tornassem menores e mais ágeis, ajudando também a fortalecer seus ossos e evitar fraturas ao escorregarem no gelo.

Após essa descoberta, os especialistas esperam conseguir desenvolver novos tratamentos e métodos de prevenção para a artrite.


Artrose x Artrite - Diferenças


Fonte: VIX
(https://www.vix.com/es/ciencia/185601/la-artritis-podria-ser-una-mutacion-de-nuestros-antepasados-para-protegerse)



Vix - Site Fonte



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terça-feira, 3 de outubro de 2017

Descoberto uma "formiga do inferno" com mandibula de aço - Na Birmânia


Descoberto uma "formiga do inferno" com mandibula de aço - Na Birmânia



Espécie era tão voraz que foi apelidada de "formiga do inferno"


No tempo em que a Terra era o império de dinossauros enormes, houve uma série de criaturas, tão pequenas quanto fascinantes, que conseguiram se adaptar a um mundo difícil. Entre elas, um conjunto de formigas que a ciência catalogou sob o apelido de “formigas do inferno”. Algumas espécies encontradas em um âmbar extraído de Myanmar desenvolveram um chifre reforçado por metais. A descoberta surpreendeu a comunidade científica.



A formiga foi chamada de “Linguamyrmex vladi”. Ela utilizava as mandíbulas impressionantes para capturar e furar suas presas. O estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia de Nova Jersey, nos Estados Unidos, analisou um espécime enclausurado em âmbar há quase cem milhões de anos. O corpo dessa formiga apresenta uma espécie de chifre em forma de asa.



Nas últimas duas décadas, os especialistas conseguiram identificar outras seis espécies extintas. Os espécimes foram encontrados em pedaços de âmbar procedentes de Myanmar, França e Canadá. Em todos os casos, destacam-se as mandíbulas assustadoras e a alimentação, que diferem de qualquer formiga atual. De acordo com os cientistas, essas formigas teriam vivido em vastas regiões do planeta até, pelo menos, 20 milhões de anos atrás.


Em comparação aqui temos as mandíbulas de um tipica formiga moderna


Fonte: RT, Science Alert

(https://actualidad.rt.com/viral/249788-hormigon-prehistorico-peligrosas-mandibulas-metal)

(https://www.sciencealert.com/newly-discovered-hell-ant-has-a-metal-spike-on-its-head-and-was-probably-a-vampire)


Science Alert - Site Fonte



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terça-feira, 3 de outubro de 2017

As 5 mulheres mais crueis que o mundo já conheceu


As 5 mulheres mais crueis que o mundo já conheceu



Você nem imagina as atrocidades que elas foram capazes de cometer !


Antonina Makárova foi uma enfermeira russa que, ao ver-se cercada por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, não hesitou em aceitar um trabalho como algoz e executar 1.500 compatriotas em troca de 30 marcos alemães por cabeça.



Daria Saltykova foi uma aristocrata russa nascida em 1730 e conhecida por ter torturado e matado 75 de seus criados – a maioria mulheres jovens que ela chicoteava, jogava em água fervendo ou queimava os cabelos antes de deixá-las completamente nuas nas ruas, no frio do seu país.



Irma Grese, o “anjo da morte”, como era conhecida entre as prisioneiras dos campos de concentração de Auschwitz, Bergen-Belsen e Ravensbrück, na Segunda Guerra Mundial, assassinou a chicotadas centenas de pessoas, torturou crianças e praticou abusos sexuais, dentre outras atrocidades.



Belle Gunness é a serial killer mais famosa da história dos Estados Unidos. Acredita-se que ela tenha matado seus cinco filhos biológicos, sua filha adotiva e seus dois maridos para ficar com o dinheiro dos seus seguros de vida. Além disso, conta-se que ela publicou um anúncio para encontrar um novo marido, mas que nunca mais se soube dos pretendentes que foram fazer as entrevistas.



Maria Tudor se tornou a rainha da Inglaterra em 1553 e entrou para a história por causa de sua personalidade cruel. Ela executou na fogueira mais de 300 católicos durante seu breve reinado de quatro anos. Tudor é lembrada por ter submetido a Inglaterra novamente à autoridade do papa, utilizando métodos que lhe valeram o famoso apelido de “Bloody Mary”, o qual, séculos depois, serviria de inspiração para o nome de um drink popular.



Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/248703-top-mujeres-crueles-distintas-epocas)



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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Os Guerreiros de Esparta - História


Os Guerreiros de Esparta - História



O Estado se encarregava de treinar os meninos como guerreiros, que seriam os militares mais capacitados, temidos, odiados e perfeitos da Antiguidade


Os meninos eram apartados de casa quando faziam 7 anos. O Estado se encarregava de treiná-los como guerreiros. Não qualquer guerreiro. Eles seriam soldados espartanos, o militar mais capacitado, temido, odiado e perfeito da Antiguidade. Para quem assistiu à primeira parte de 300, ou a sequência que chegou aos cinemas este ano, 300 – A Ascensão do Império, os feitos dos esparciatas são bem conhecidos (ainda que com visual de história em quadrinhos). Mas qual era o segredo da cidade para forjar militares tão formidáveis? A origem da tradição talvez resida nas Leis de Licurgo, legislador provavelmente mitológico do século 8 a.C. que deixou um código não escrito determinando praticamente tudo na vida de um espartano.



Esparta - Lacedemônia - Lacedemónia - Grécia Antiga


Antes disso, a cidade era algo bem diferente da que conhecemos. Esparta é central na Ilíada, que narra a Guerra de Troia, por volta de 1200 a.C. Da cidade veio Helena, a esposa do rei Menelau que, ao ser raptada pelo príncipe troiano Páris, deu início ao confronto. “Achados arqueológicos atestam o amor pelo luxo, humor e mesmo frivolidade no período arcaico, que dificilmente relembram os sisudos e militaristas espartanos da imaginação antiga e contemporânea”, diz o historiador Nigel M. Kennell, do Centro de Estudos Helênicos e Mediterrâneos, em Atenas.

Por volta do ano 1000 a.C., a cidade foi conquistada pelos dóricos, que se consideravam descendentes do semideus Héracles (o Hércules romano). Eles estabeleceram uma monarquia dual, com reis de diferentes dinastias. “A dualidade levava a conselhos divididos, rivalidades dinásticas, ansiedades de sucessão, luta faccional”, diz Paul Cartledge, da Universidade de Cambridge. Os reis podiam não se bicar, mas não tinham muito poder. As decisões mais importantes eram tomadas por cinco éforos eleitos e pela gerúsia, formada por 28 cidadãos com mais de 60 anos – sempre com base nas Leis de Licurgo. E o principal tópico da legislação era que o cidadão de Esparta não trabalhava na terra, não praticava o comércio nem ganhava a vida como artesão. A única atividade nobre para um homem era a guerra. E eles passavam a vida treinando para ela.

Eles eram legendários porque, enquanto em outras cidades gregas as pessoas dividiam o tempo entre o treinamento militar e os afazeres cotidianos, a vida do espartano era focada no combate. O estado estava tão impregnado na vida privada que cabia à gerúsia decidir quais bebês deveriam viver (nas outras cidades, que também praticavam o infanticídio, a decisão cabia ao pai, não ao governo). Esparta era tão superior que a cidade não tinha muralhas. Não havia o que temer.



Esparta - Mapa


Missão suicida
O primeiro encontro militar entre espartanos e persas se deu na celebrada Batalha das Termópilas, entre 8 e 10 de setembro de 480 a.C., durante a segunda incursão persa à Grécia – a primeira foi repelida pelos atenienses, dez anos antes. Celebrizada, estilizada e romantizada no filme e nos quadrinhos 300, muito do que vem a partir daqui deve ser familiar para quem os viu, menos isto: os 300 espartanos lideravam 7 mil soldados. Somados à tropa de elite do rei Leônidas, havia mais 700 periecos, homens livres, mas sem direitos políticos, e 900 hilotas, escravos espartanos, que atuavam como arqueiros ou armados de fundas. Além de milhares de aliados de cidades como Tebas e Corinto. Periecos e hilotas eram os moradores encarregados das atividades que não cabiam aos esparciatas.

Era uma missão suicida e eles sabiam. Os 300 foram selecionados apenas entre os que já tinham filhos homens para passar seu legado. Do outro lado, havia no mínimo 70 mil persas, talvez até 250 mil, de acordo com estimativas modernas. O historiador mais influente do século 5 a.C., Heródoto, disse que eram 1,7 milhão.

Para frustração dos persas, a superioridade numérica não bastava. Termópilas era uma garganta com meros 100 m de largura. Por mais tropas que houvesse, elas eram forçadas a lutar com uma unidade de cada vez. Atirar flechas, sua tática favorita, era inútil: os espartanos levantavam os escudos, que tinham uma extensão de tecido para desviar flechas, e esperavam a chuva passar. Dienekes, um dos 300, foi informado que as flechas eram suficientes para tapar o sol. Saiu-se com uma das maiores tiradas do humor lacônico: “Melhor assim, combateremos à sombra”.

Homem por homem, os persas não tinham chance contra os espartanos, donos de melhores armaduras, lanças mais longas e escudos que protegiam melhor. Além de tudo, lutavam como ninguém. “Os espartanos usaram o tipo de tática que só um exército treinado e disciplinado poderia contemplar – falsas retiradas seguidas por uma súbita meia-volta e o massacre de seus perseguidores”, diz Carledge. Em três dias, os persas perderam 20 mil soldados, contra 2 mil no lado grego. Os números seriam muito maiores se um traidor grego, Efialtes, não tivesse indicado um caminho pelas montanhas. Num ataque em duas direções, os 300 e outros 1 200 aliados foram, enfim, massacrados.



Guerra de Esparta e Atenas



Comportamento
Em tese uma derrota, a Batalha das Termópilas inspirou os vizinhos a resistir. “O fator moral no comportamento dos espartanos explica o sucesso final dos gregos”, diz Cartledge. O comportamento de um espartano era bastante curioso. Até os 30 anos, ele não tinha uma casa para chamar de sua. Morava com a tropa, em geral em barracos, na periferia da cidade ou em tendas de campanha – arqueólogos nunca encontraram nada parecido com um “quartel-general”, algo esperado para quem nasceu para guerrear. Segundo o historiador Scott Rusch, autor de Sparta at War (sem tradução), a razão é que eles eram apenas jovens cidadãos, ainda que focados no combate. Como não eram soldados, não fazia sentido viver em quartéis.



The Battle of Thermopylae and movements to Salamis


Em uma Esparta com poucas mulheres, submetidas a humilhações até na hora do casamento e que passavam boa parte do tempo longe dos filhos e dos maridos, a condição feminina era bem distinta se comparada a outras cidades gregas. Elas faziam exercícios ao ar livre, usavam pouca roupa e tinham senso de humor. Um ateniense perguntou a Gero, mulher do general Leônidas, por que as espartanas mandavam nos homens. “Por que somos as únicas que podem gerar homens”, respondeu. Elas podiam ter até casamentos poliândricos, se os maridos concordassem – como a geração de novos guerreiros era a prioridade, casamentos múltiplos tornaram-se um jeito de resolver o problema.



Batalha de Termópilas - O Filme 300


Guerra fria
A guerra contra os persas uniu as cidades gregas, mas, com o invasor derrotado, restou saber o que fazer da Grécia após a vitória na Batalha de Plateias, em agosto de 479 a.C. A aliança entre Atenas e Esparta era precária. Durante o século 5 a.C., a Grécia se dividiu em dois campos. Ao lado de Atenas, ficaram as cidades democráticas da Liga de Delos. Com Esparta, as oligarquias da Liga do Peloponeso. Sem um inimigo externo, os modos de vida opostos entraram em confronto. Esparta era uma sociedade rigidamente oligárquica e tradicional, que rejeitava o comércio. Atenas era uma vibrante e democrática metrópole de comerciantes. Os espartanos haviam ajudado, por acidente, a instalar a democracia ateniense em 510 a.C., ao removerem o tirano Hípias do poder da cidade. Três anos depois, o novo regime foi instaurado, uma experiência radical e profundamente perturbadora para uma sociedade petreamente ligada à ordem, como Esparta.



A Batalha de Plateia - O Conflito Decisivo


As tensões começaram logo depois da guerra, quando os espartanos sugeriram que os atenienses seguissem seu exemplo e não reconstruíssem seus muros. Eles viram isso como uma tentativa de criar uma ameaça constante de forma a dominar a cidade, mantendo-a sob ameaça dos hoplitas espartanos.

Sua recusa foi tomada como uma afronta. Em 465 a.C., um grande terremoto atingiu a Lacônia. Sentindo a fraqueza dos seus mestres, os hilotas iniciaram uma grande revolta. Atenas se dispôs a enviar um contingente de 4 mil hoplitas para ajudar seus ainda formalmente aliados. Então ocorreu o primeiro conflito ideológico direto.

“Devem ter sido intensos o choque e a surpresa dos atenienses ao descobrir que os ‘escravos’ hilotas não eram bárbaros, mas gregos com orgulhosas tradições”, afirma Paul Cartledge. Notando a relutância, os espartanos dispensaram seus aliados, o que gelou as relações entre as duas cidades.

Com uma série de episódios de hostilidade entre Atenas e os aliados de Esparta, em 431, um congresso da Liga do Peloponeso foi convocado para decidir pela guerra. De forma atípica, o rei Arquídamo II fez um discurso pedindo por paciência. O éforo Estelenides usou o estilo espartano típico: “Os atenienses são culpados de quebrar a paz, então vamos para a guerra!” A decisão ficou empatada. Estelenides propôs separar os votantes em duas alas. Sendo quem eram, nenhum espartano quis ser visto no lado da paz, e o “sim” ganhou por larga margem. Era o início da Guerra do Peloponeso.



A Batalha de Plateia - Mapa


No verão do mesmo ano, os espartanos estavam em frente aos muros que tanto odiavam. Esparta podia ser ainda a melhor força terrestre do mundo, mas não entendia nada de navios. Atenas era uma das maiores potências navais da época. O plano era simplesmente cercar a cidade até os atenienses morrerem de fome ou saírem para enfrentá-los. Nada disso aconteceu: com sua frota livre para fazer comércio, os atenienses simplesmente importaram alimentos.

A Guerra do Peloponeso se estenderia, com períodos de paz precária, por 35 anos, até o espartano Lisandro fazer uma espécie de pacto com o diabo. Buscando auxílio entre os persas, conseguiu que eles providenciassem uma frota naval para Esparta. Ainda que não conseguissem aniquilar os atenienses no mar, os espartanos fizeram um bloqueio naval. Com a fome ameaçando acabar com a cidade, em 404 a.C. Atenas se rendeu. Ao som de flautas tocadas por moças espartanas, os muros foram destruídos, assim como a democracia. No lugar foram colocados 30 tiranos, ditadores que respondiam à cidade vizinha.


O fim de uma era
A hegemonia espartana não duraria muito tempo. Um ano depois, os tiranos foram depostos e a democracia foi restaurada em Atenas. Em 395 a.C., eles estariam de volta ao combate contra Esparta na Guerra de Corinto, que terminou em empate. Mediando a paz, estava ninguém menos que o rei da Pérsia.

A forma de guerrear estava mudando, e Esparta já não era mais tudo isso. “O Estado reacionário espartano estava menos pronto que as cidades-estados da época para adotar um número adequado de auxiliares e cavalaria, em grande parte porque sua infantaria era superior”, afirma o historiador militar Victor Davis Hanson, da Universidade Stanford. Mas essa superioridade estava em risco. O terremoto, as revoltas e as guerras haviam cobrado seu preço à população.



A Guerra do Peloponeso - The Peloponnesian War


Havia apenas 400 esparciatas durante a Batalha de Leuctra, em 371 a.C., um dos muitos conflitos locais que se seguiram à Guerra de Corinto. Espartanos ainda podiam ser fortes, mas eram previsíveis. E o general Epaminondas, líder de Tebas, faria uso disso. Hoplitas colocavam suas melhores forças sempre à direita. Epaminondas formou uma coluna de 50 linhas com suas tropas mais capazes, e posicionou-as à esquerda, de forma a enfrentarem a elite espartana primeiro. Mil soldados morreram só nessa parte do combate. “No período da vida adulta de um homem, a cidade passou de líder indisputável dos gregos para um pequeno jogador na cena local”, diz o historiador Nigel Kennel. Pela primeira vez, os espartanos viram exércitos inimigos em suas fronteiras.

Além disso, um grande personagem entrava em campo. Os macedônios, sob Felipe II (382-336 a.C.), criariam um novo tipo de exército, baseado no uso combinado de infantaria e cavalaria. Esparta acabou deixada de lado por Felipe e seu filho, Alexandre, o Grande. Mas a Liga do Peloponeso foi extinta em 338 a.C., e todos os antigos aliados juntaram-se aos exércitos macedônicos, quando conquistaram a Pérsia.



A Queda de Esparta

Com Esparta isolada e acumulando derrotas no século 3 a.C., o rei Cleômenes III, que ascendeu ao trono em 236 a.C., estabeleceu reformas radicais, confiscando e dividindo as terras igualmente, transformando periecos em cidadãos e adotando um exército ao estilo macedônico. Confiante na modernização, começou a conquistar o entorno, a partir da cidade-estado de Argos, a única cidade da região a não se unir à Liga do Peloponeso. A Liga Aqueia, que reunia os ex-aliados de Esparta, reagiu unindo-se à Macedônia. Cleômenes foi derrotado na Batalha de Selásia, em 222 a.C.

Seguiram-se dez anos de vácuo no poder, até que, em 207 a.C., o tirano Nabis executou os membros das duas famílias reais, exilou ou matou os nobres resistentes e libertou os hilotas. De forma ainda mais subversiva, construiu muros em Esparta. Uma guerra internacional foi convocada contra ele, trazendo como aliada a nova potência internacional, Roma.

Em 189 a.C., a Liga Aqueia decidiu pôr fim à independência de Esparta. A cidade foi capturada no ano seguinte e as Leis de Licurgo, revogadas. Incorporada a Roma em 146 a.C., a cidade se tornaria atração turística para romanos ricos que queriam ver os hábitos bárbaros de seus habitantes. Triste fim para os melhores guerreiros da História.



Os Reis da Macedonia



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A Evolução em Delírio - Paleontologia


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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Como os EUA capturaram um submarino da URSS sem que os soviéticos soubessem


Como os EUA capturaram um submarino da URSS sem que os soviéticos soubessem


O submarino K-129 era uma unidade da classe Project 629A, designação Golf II da OTAN

A CIA (Central Intelligence Agency) tem uma frase favorita: "Nós não podemos confirmar nem negar".

A frase nasceu como parte de um estranho drama da Guerra Fria, envolvendo Howard Hughes, que agora tem um novo significado.


Em março de 1968, um submarino soviético com seus mísseis nucleares sofreu um acidente catastrófico e foi parar no fundo escuro e frio do Pacífico. Todos os 98 tripulantes morreram.

Os soviéticos enviaram uma grande força de resgate, mas após dois meses de busca, finalmente desistiram. O submarino estava a mais de 3 milhas (5.500 metros) abaixo da superfície no meio do Oceano Pacífico.

Mas, da perspectiva dos EUA, essa era uma mina de ouro de inteligência potencial, depositada ali. E os EUA tinham uma grande vantagem.

A Marinha Americana e a Força Aérea possuíam sofisticados dispositivos de escuta acústica em todo o Pacífico. Ambos os sistemas captaram algo estranho do acidente do submarino e compararam os dados.

“Alguém tinha cérebro na Marinha para dizer, bom, vamos conversar com a Força Aérea. Acontece que, eles podiam identificar o ruído em uma certa área”, disse o historiador naval Norman Polmar. Ele co-escreveu um livro sobre este episódio, Project Azorian: The CIA and the Raising of the K-129. (https://www.usni.org/store/books/audio-books/project-azorian)


Project Azorian - The CIA and the Raising of the K-129

O projeto Azorian foi o nome dado pela CIA à sua operação secreta para encontrar — e capturar — o submarino, que era conhecido como K-129.


Um submarino soviético Golf II acompanhado na superfície pela fragata USS Pharris (FF-1094) ao largo de Copenhagen, em fevereiro de 1978


Os soviéticos acreditavam — erroneamente — que um submarino americano tinha colidido com seu submarino, conhecido como K-129, fazendo com que ele afundasse.

Documentos da CIA recentemente lançados mostram que os soviéticos também acreditavam que os EUA nunca seriam capazes de localizar ou recuperar o submarino.

A CIA não revela suas fontes, contudo os documentos mostram que a Marinha Soviética concluiu em 1970 que “não valia a pena temer que os americanos resgatassem o submarino. Em primeiro lugar, eles ainda não possuíam equipamentos apropriados. Em segundo lugar, o submarino ainda precisava ser descoberto no fundo do mar, que a essa profundidade, era muito difícil”.



Localização do K-129


Os EUA não tinham na época nenhum submarino que pudesse realmente ir tão fundo. Entretanto, submarino americano, o Halibut, baixou uma sonda com uma câmera e conseguiu tirar milhares de fotos do submarino soviético, mostrando que ainda estava em grande parte intacto.

Mas como se resgataria um submarino soviético de 2.000 toneladas sem que ninguém percebesse?

É aí que entra Howard Hughes.



Restos do K-129 no fundo do mar



Plano detalhado do submarino Golf II. Observar os três silos de mísseis balísticos na vela (clicar na imagem para ampliar)



Perfil do submarino Golf II, Project 629A


Hughes, um bilionário excêntrico e recluso, concordou em ser o disfarce da CIA. Ele encenou um plano inventado pela agência, anunciando que ele construiria um enorme navio para explorar minas valiosas de nódulos de manganês no fundo do mar.


Parecia plausível.
Na realidade, este navio único tinha um veículo submersível com uma enorme garra para arrancar o submarino soviético de sua cova aquosa.

“Era um ótimo disfarce. Ao escolher alguém que era tão conhecido, ninguém acreditaria que era um disfarce”, disse Polmar.



O navio Hughes Glomar Explorer


O projeto não era nem barato nem rápido. Foram necessários centenas de milhões de dólares e seis anos de construção antes do Hughes Glomar Explorer zarpar de Long Beach, Califórnia, em junho de 1974.

O disfarce ainda estava firme nos EUA. Mas os soviéticos estavam claramente desconfiando.

Sherman Wetmore, agora com 82 anos, era engenheiro no navio. Ele disse que um navio soviético, depois substituído por um segundo, acompanhou de perto os americanos enquanto ancoravam acima do submarino soviético. Havia até um helicóptero que circulava acima dele, tirando fotos.

“Observaram tudo o que fizemos, e o disfarce ainda estava funcionando”, disse Wetmore.



Ilustração do Glomar içando uma parte do K-129


O Hughes Glomar Explorer precisava de duas semanas para descer seu veículo submersível a 3 milhas de profundidade e prender a garra gigante no submarino soviético. Foi uma façanha notável da engenharia marítima que nunca antes havia sido experimentada, e ninguém tinha certeza de que funcionaria.

Mas depois de alguns percalços, isso aconteceu. O submarino soviético foi suspenso mais de uma milha ao longo de vários dias, embora ainda tivesse 2 milhas a percorrer.

Então, de repente, o Hughes Glomar Explorer estremeceu.

“Se você já esteve em um pequeno terremoto na Califórnia, sentiria isso por provavelmente 10

segundos”, disse Wetmore. “Você saberia que era algo sério”.

O submarino havia se partido — e a maior parte dele voltou para o fundo.

A CIA teria que se contentar com um pedaço de cerca de 12 metros do submarino de mais de 90 metros de comprimento.



No entanto, esses navios soviéticos nunca descobriram exatamente o que estavam testemunhando.

Wetmore disse que o plano era levar o submarino para o navio à noite com a esperança de que os soviéticos não percebessem.

Mas, à medida que o submarino se aproximava da superfície, o barco soviético “soprou seu apito três vezes, que é um símbolo de “te vejo mais tarde”, adeus, e eles foram embora”, disse Wetmore.

Pouco depois, os restos do submarino foram trazidos a bordo do Hughes Glomar Explorer. O navio então dirigiu-se ao Havaí. Toda a jornada durou pouco mais de dois meses.

Então, o que a CIA encontrou?

Dois torpedos de ogiva nuclear e alguns manuais de submarinos. Coisas muito interessantes, embora não fossem o que a inteligência esperava.

A operação começou a vazar seis meses depois, com uma série de reportagens na mídia dos EUA no início de 1975.

A revista Rolling Stone apresentou um pedido pela Lei da Liberdade de Informação para obter mais detalhes. A CIA ainda não queria confirmar a operação, porém, não podia mais negá-la.

Daí a frase “Nós não podemos confirmar nem negar”.

O embaixador soviético em Washington, Anatoly Dobrynin, exigiu uma resposta do secretário de Estado Americano, Henry Kissinger.


Anatoli Dobrynin - Embaixador da União Soviética - de 1962 a 1986



Henry Kissinger - Ex-secretário de Estado dos Unidos - Entre 1968 e 1976


Os documentos da CIA, citando oficiais soviéticos, dizem que Kissinger “admitiu essencialmente o sucesso parcial”.

Após a Guerra Fria, em 1992, os Estados Unidos deram à Rússia um vídeo que mostra os americanos no navio sepultando respeitosamente no mar os restos de seis marinheiros soviéticos encontrados no submarino:


(https://youtu.be/kFWMo7aHDRo)


Meio século depois da missão, Polmar ainda pensa que valeu a pena.

“A CIA, ao longo de um período de seis anos, fez um trabalho fenomenal de construir a capacidade de resgate para capturar um submarino, a 16.000 pés de profundidade, no meio do Oceano Pacífico, com a Marinha Soviética observando, e os soviéticos não tinham ideia do que estava acontecendo”, disse ele.


Duas notas finais:
O Hughes Glomar Explorer viveu o resto da sua vida marítima perfurando poços de petróleo no mar profundo. Há dois anos ele foi para o desmanche para virar uma pilha de sucata, vítima dos baixos preços do petróleo.

Quando a CIA inaugurou sua conta no Twitter em 2014, começou assim: “Nós não podemos confirmar nem negar que este é o nosso primeiro tweet”.

Greg Myre é um correspondente de segurança nacional



(https://youtu.be/8h6rGrzD2VY)


FONTE: NPR
(http://www.npr.org/sections/parallels/2017/09/18/549535352/how-the-cia-found-a-soviet-sub-without-the-soviets-knowing)



npr.org - Site Fonte



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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Subindo Paredes - Alpinismo - Aventura


Subindo Paredes - Alpinismo - Aventura



Para atingir objetivos cada vez mais altos, os alpinistas enfrentam o perigo e até a morte. Precisam de coragem e de disciplina - além da prodigiosa tecnologia que você vai conhecer agora.


Equipamentos de primeira contra o perigo
O vento é de 50 quilômetros por hora e a neve não cai, derrama. A 6 000 metros de altura, o alpinista pode morrer de frio ou ser levado por uma avalanche, o que já aconteceu muitas vezes. Uma caverna seria o ideal. Mas caverna não há. Por sorte, ele tem uma pá na mochila. Se a natureza não for cruel demais, a ferramenta, forte e leve, pode ajudá-lo a permanecer vivo. Rápido, ele começa a cavar. O buraco, comprido e horizontal, funcionará como um saco de dormir.



Deixados para Morrer - 1996 - Filme
Beck Weathers - Stephen G. Michaud


"Sem essa simples pazinha eu já estaria morto", conta o paranaense Waldemar Niclevicz, 31 anos. "No Monte McKinley, no Alasca, tive que ficar enterrado 2 horas." Em setembro de 1997, carregado de equipamentos eficientes como esse, ele conquistou o Monte Carstensz, em Irian Jaya, Indonésia, com 4 484 metros. Tornou-se o primeiro brasileiro a subir os sete maiores picos do mundo. "Alcançar o topo até que foi fácil", conta. "Difícil foi entrar no país, em plena guerra civil." As escaladas estão proibidas desde 1995, quando oito alpinistas foram mortos por guerrilheiros. Após um ano de tentativas frustradas, o paranaense chegou de helicóptero, com apoio diplomático e militar, à base do pico.

Paciência, como se vê, é característica necessária a alpinistas. E coragem. Mas, acima de tudo, garante Niclevicz, é preciso saber usar a parafernália tecnológica desenvolvida para o esporte (veja o infográfico).


Os maiores alpinistas do Mundo



Emoção grande mesmo em rocha pequena
Como o poder é a meta do político e o aplauso é o sonho do cantor, pisar os picos mais altos é a ambição dos alpinistas. Mas eles também não desdenham montanhas menores. Mesmo o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, de apenas 398 metros, pode ser um respeitável desafio. A redução na altura não significa, de jeito nenhum, uma redução de adrenalina. Pelo contrário. Só vence o Pão de Açúcar quem é cobra na escalada de rochas. Embora o aventureiro aqui não precise de tanto tempo de planejamento nem de uma equipe tão numerosa como os grupos que sobem um Everest, os equipamentos com a tecnologia apropriada não podem faltar (veja o infográfico ao lado). São eles que garantem a segurança. Na escalada de um paredão não é incomum o alpinista ficar pendurado por mais de 10 minutos num ganchinho do tamanho de um dedo, tão fino quanto uma régua (o clif), enquanto parafusa um grampo na rocha. Quem é que toparia fazer isso se não tivesse total confiança naquela peça minúscula?



10 Pontos mais altos do Brasil


Romantismo cedeu lugar à técnica
A palavra alpinismo vem de Alpes. O termo surgiu no final do século XVIII, para designar a prática do pessoal que escalava os Alpes Suíços. O Mont Blanc (veja infográfico na página 58), a mais alta daquelas montanhas, foi alcançado em 1786. No século XX, a meta passou a ser os montes com mais de 8 000 metros. Em 1953, uma expedição britânica subiu o Everest, no Nepal, o pico mais alto o mundo. Com as principais façanhas consolidadas, a técnica passou a perna no romantismo e o esporte foi se tornando mais radical. Nos anos 80, o equipamento era levado só por segurança. A progressão era feita na unha. Hoje, a maioria dos praticantes prefere a chamada escalada artificial, com equipamentos móveis, que não descaracterizam as rochas.



Esquadrinhando o Pão de Açúcar
A primeira a subir o morro foi a inglesa Henrieta Carsteirs, em 1817. Hoje há setenta rotas que levam ao topo. Conheça algumas.



Projetos para todos os gostos
À parte toda a técnica, o alpinismo é um esporte de sonhadores. E sonhos não têm limites. Conquistar os sete picos - as montanhas mais altas da Europa, da África, da Oceania, da Ásia, da América do Sul, da América do Norte e da Antártida - é apenas um dos objetivos dos craques. Niclevicz foi o 28º do mundo a chegar lá. Mas só dez alpinistas conseguiram realizar outro grande projeto do esporte: pôr os pés nos cumes das catorze montanhas acima de 8 000 metros do planeta.

Dessas, o brasileiro só subiu uma, o Everest. Este ano, pretende escalar mais três. Em 1999, quer conquistar os 8 611 metros do Chogori, ou K2, apelidado de "montanha assassina" porque já matou 53, quase um terço, dos que tentaram escalá-lo.

A aventura poderá ser acompanhada pela Internet (www.sagarmatha.com.br). Para participar dela você não precisa de ferramentas - basta o seu micro. Mas para Niclevicz, que continuará encarando nas alturas os próprios limites de ousadia e resistência, o equipamento será decisivo. Nos picos gelados, onde o homem não pode errar, a tecnologia tem que ser leve, eficiente, exata, simplesmente
perfeita.



Os 10 picos mais altos do Mundo



Colado no gelo
Escalada no frio requer 30 quilos de equipamentos.

Isolante térmico
Vai embaixo do saco de dormir. O ar preso nas bolhas da espuma reduz a perda de calor.

Pá ultra-resistente
Feita de um plástico duro, muito usado na indústria automobilística.

Saco de dormir
Recheado com penas de ganso. A forma cônica retém calor nos pés. Dá proteção a até 35 graus negativos.

Comida
É liofilizada ou desidratada. Como estas sopas preparadas apenas com a mistura de água quente.
Orientação por satélite
O sistema chamado GPS fornece latitude e longitude. Também tem altímetro e bússola.

Barraca
Testada em túnel de vento para resistir a rajadas de 120 quilômetros por hora. Pesa 4 quilos.
Bastões de esqui
Ajudam o alpinista a ficar de pé. Têm altura regulável e molas para amortecer a passada.

Serrote
Leve, forte e afiado, corta gelo para um iglu, por exemplo. É de titânio.
Roldanas
Presas ao corpo, ajudam a içar equipamento.

Grampos
De titânio ou cromo-molibdênio, não quebram. Parafusados no gelo, suportam quedas eventuais.

Roupas
Têm de três a quatro camadas. A externa é de Gorotex, tecido impermeável que bloqueia o vento mas deixa o suor sair.

Piolet
Feito da liga encontrada nas bicicletas mais resistentes, serve para bater grampos, fazer degraus e sustentar o corpo.

Manta descartável
Tecido isolante prateado, mantém a temperatura do corpo.

Fósforos
Com a cabeça de pólvora prolongada e película impermeável, resistem ao vento.

Fogareiro
Usa benzina líquida, combustível com alto poder calorífero.

Panela
De aço inoxidável, é forrada com um material que reflete calor para gastar menos combustível.

Bota
De plástico por fora e tecido por dentro, não deixa o calor escapar nem a umidade entrar. Com as garras, o par pesa 1 quilo e meio.



Colado no gelo


Um ambiente nada amigável

Falta de oxigênio e frio maltratam o organismo.
Acima de 5 000 metros, o corpo sofre. Com a escassez de oxigênio, o ritmo da respiração é multiplicado por três e o organismo fabrica mais glóbulos vermelhos (que levam o ar até as células). Em conseqüência, o sangue fica denso, forçando as veias, o que pode causar mal-estar, dor de cabeça ou até a morte. Por isso, não é nada recomendável enfrentar os cumes mais altos sem oxigênio extra. Também não dá para esquecer as luvas, pois o frio pode congelar extremidades do corpo. Na foto acima, você vê como ficam as pontas dos dedos. Brancas de frio, onde foi necessário fazer enxerto.


Pequenos e essenciais

Dezenas de pecinhas prendem o homem nas fendas da rocha.

Kit grampo

Furadeira e martelo para fixar grampos com alça.

Cadeirinha ou boldrier

É o cinto de utilidades. Carrega todo o equipamento e é onde fica presa a corda de segurança.


Nuts e pitons
Peças de tamanhos e formas variadas para serem encaixadas em pequenas fendas, sustentando o alpinista.

Capacete
Diminui em cinco vezes o risco de morte numa queda.

Oito ou blocante
Preso na cintura, trava a corda e segura o companheiro em caso de queda.

Coperhead
Lâmina fina que serve para extrair nuts e pitons da rocha.

Friend
Equipamento que se enrosca nas fendas da rocha para ajudar na subida.

Mosquetão
Parece aqueles chaveiros que se prendem no passador do cinto. É a ligação entre o alpinista e qualquer ponto de apoio, para rocha e gelo.

Fita tubular
Presa ao mosquetão, agüenta trancos de até 3 000 quilos, também é básico para escalada em gelo.


Big bros
Pino com mola de alta pressão que o faz aumentar de tamanho quando inserido numa fenda. Serve de ponto de apoio.

Saco de magnésio
O pó de carbonato de magnésio é usado para manter as mãos secas e menos escorregadias.

Clif
Gancho do tamanho de um dedo que prende a cintura em saliências da rocha.

Sapatilhas
O solado é feito de uma borracha superaderente, que foi desenvolvida a partir do material dos pneus da Fórmula 1.

Cordas
Sua função é absorver parte da energia de impacto produzida em uma queda, para isso são um pouco elásticas. Ficam presas ao cinto e passam por todos os equipamentos fixados na rocha. Feitas de fibras sintéticas, mais resistentes do que o sisal.


Pequenos e essenciais



Materiais que salvam vidas
Algumas das tralhas que ajudam alpinistas precisam ser testadas por organizações internacionais. É o caso das cordas, sem as quais qualquer escorregão seria fatal. São elas que seguram os corpos que despencam. Por isso, devem obedecer às normas estabelecidas pela União Internacional de Associações de Alpinismo (UIAA), com sede na França. Aquelas com 10 a 11 milímetros de diâmetro suportam impactos de um adulto em queda livre de até 10 metros. Mas não são eternas. Por isso, vêm acompanhadas de um manual no qual devem ser anotados todos os tombos. Depois de doze esticões violentos elas perdem a elasticidade e precisam ser aposentadas.


Tal qual uma aranha
Veja como alguns equipamentos funcionam na rocha.

Amigo de verdade
Quanto mais força se põe no cabo central do friend, mais os seus braços se abrem, ficando presos na rocha.

Ponto fixo
Em cada grampo parafusado, passa-se a corda. Se o alpinista de cima cair, ficará preso por essa costura.

Segurança em oito
Quem vai embaixo vai soltando corda para o de cima, mas ela passa por esta peça que, a qualquer movimento do fio para o lado, trava na hora.

Segunda pele
Maleável, a sola da sapatilha deve se moldar na rocha, ampliando a área de aderência.

Garras artificiais
Assim são os passos do balé ascendente no gelo.

Unha de gato
Com 3 ou 4 centímetros do piolet (picareta) enterrados, o alpinista pode ficar tranqüilo. É o suficiente para agüentar seu peso.

Ajuda da natureza
Colunas salientes do gelo são aproveitadas para a passagem de uma fita que dá segurança.

Parafusos
O pino com rosca é o ideal para montar o arranjo e passar a corda.

Firmeza
Oito a doze garras afiadas na bota garantem a fixação dos pés mesmo em paredes verticais.



Tal qual uma aranha



O Brasil perde um craque
Quando fechávamos esta edição, recebemos a notícia de uma tragédia. Mozart Catão, um dos astros do alpinismo entrevistados para esta reportagem, morreu sob uma avalanche no pico Aconcágua, na Argentina. Experiente, Catão aguardava apenas uma oprtunidade para escalar o Carstensz e assim completar o sonho dos sete picos (veja acima). Já tinha subido várias vezes o Aconcágua. Seu grupo estava se preparando para pernoitar a mais de 6 000 metros quando veio o desastre. Dois outros brasileiros também morreram: Alexandre Oliveira, de 24 anos, e Othon Leonardos, de 23. Mozart Catão tinha 35 anos.



O sonho dos sete picos

Conheça nas fotos de Niclevicz os pontos culminantes que mais fascinam.

McKinley
O mais alto da América do Norte, com 6 194 metros. Fica no Alasca. Primeira conquista: 1913.

Mont Blanc
O monte francês é o mais alto da Europa ocidental, com 4 807 metros. Primeira conquista: 1786.

Vinson
É o campeão da Antártida, com 4 897 metros. Primeira conquista: 1966.

Carstensz
Maior montanha da Oceania, tem 4 848 metros e fica na Ilha de Irian Jaya, na Indonésia. Primeira conquista: 1962.

Kilimanjaro
Localizado na Tanzânia, perto do Quênia, é o mais alto da África, com 5 895 metros. Primeira conquista: 1889.

Aconcágua
Fica na Argentina e é o maior gigante da América do Sul, com 6 959 metros. Primeira conquista: 1897.

Everest
O mais elevado da Ásia e do mundo, com 8 848 metros. Fica no Nepal, perto do Tibet. Primeira conquista: 1953.

Elbrus
Fica no sul da Rússia. É o maior cume da Europa oriental, com 5 642 metros. Primeira conquista: 1874.


O sonho dos sete picos



UM DOS MAIORES MONTANHISTA DO MUNDO - Fred Backey
Acompanhe a entrevista de Fred Backey concedida ao Jornal americano The New York Times aos seu 85 anos falando sobre o prazer do contato com a natureza e o prazer que tem em escalar uma montanha. Isso sim é uma exemplo de vida.



(https://www.youtube.com/watch?v=98MAVoCwe9U)



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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Os soldados da borracha na Segunda Guerra - Heróis Esquecidos


Os soldados da borracha na Segunda Guerra - Heróis Esquecidos


Mais borracha para a vitória

Muitos homens, em especial nordestinos, foram convocados para a Segunda Guerra Mundial. Estamos em 1942.


Muitos homens foram recrutados para irem lutar contra o Eixo ( Alemanha, Itália e Japão). Muitos homens foram recrutados para contribuírem nos seringais da Amazônia.

Como isso rolou?

Getúlio Vargas, depois de namorar o nazi-fascismo, tinha resolvido lutar ao lado dos aliados.



Vida nova na Amazônia


Franklin Roosevelt, presidente dos Estados Unidos, pediu ao Getúlio uma contribuição mais extensiva na produção de borracha, importante produto para o desenvolvimento bélico americano na Europa.

Solução? Levar militares para a região. Colocar marcha 5 na extração do látex.



Vai também para a Amazônia - Protegido pelo SEMTA


O governo do Brasil prometeu aos militares que estavam indo para a Amazônia os mesmos direitos daqueles que estavam indo rumo à Itália.

Esses homens, que vestiam fardas militares, tinham os mesmos rituais e deveres de todos os outros militares, que se embrenharam no meio da selva, ficaram conhecidos com Soldados da Borracha.



Brasil - Cada um no seu lugar - Para a vitória


Quando a Segunda Guerra Mundial acabou e chegou a hora de voltar pra casa, um gosto amargo de desilusão tomou conta da turma.

Quer saber qual foi a desilusão? O que foi prometido aconteceu? Você quer saber mais sobre esses guerreiros? Aperta o play.



(https://youtu.be/ZcZqcF7ZrsI)



Soldados da Borracha - Os Heróis Esquecidos



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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Os Quadrinhos Selvagens de Conan - O Bárbaro!


Os Quadrinhos Selvagens de Conan - O Bárbaro!



Eram realmente muitos músculos…

Conheça uma breve história de Conan nas páginas dos quadrinhos

“O que é o melhor na vida?” Todos nós sabemos a resposta. Porque Conan, o Bárbaro, a maior criação de Robert E. Howard, é um dos personagens mais bacanas que surgiram na literatura pulp do início do século passado. Claro, a frase acima deriva da famosa adaptação com Arnold Schwarzenegger – amada por alguns fãs, odiada por outros – mas não é dela que falaremos aqui.


Porque Conan se tornou muito maior do que um personagem apenas da literatura ou dos cinemas. Pelo contrário, uma de suas melhores versões, cuja qualidade se equipara – e, para alguns, até mesmo supera – ao material original escrito pelo próprio Howard está na Nona Arte. Os quadrinhos de Conan são peças insuperáveis de fantasia e aventura.

Mas estamos nos adiantando. Afinal, algum amigo leitor pode não conhecer muito bem a trajetória do Bárbaro. Afie sua espada, e prepare-se para os ventos mais gélidos. Estamos cavalgando para a Ciméria.



Conan - O Bárbaro - Filme


Lembranças de uma época nunca antes sonhada!
Um cimério dos ermos nórdicos da era Hiboriana, Conan habitou uma terra e um tempo para os quais Howard criou toda uma história, geografia e mitologia, não apenas para dar aos seus personagens e histórias um contexto que aumentaria o envolvimento dos leitores, mas também com o qual ele não precisaria se preocupar em realizar o tipo de pesquisa história necessária se as aventuras de Conan se passassem em um período e local reais do mundo.

Embora ele nunca tenha ido tão a fundo como Tolkien foi, que, como sabemos, chegou a criar os idiomas usados pelas raças que habitam sua Terra-Média, os mapas e a história de Howard para a Era Hiboriana dão a esta profundidade e riqueza, e são particularmente úteis a respeito das alianças e inimizades que existem entre regiões e líderes. Sabe tudo o que você adora em As Crônicas do Fogo e Gelo do Martin?

Pois bem, Howard já trilhava esse caminho algumas décadas antes.

A primeira aparição impressa de Conan aconteceu em 1932, em uma história escrita por Howard chamada The Phoenix on the Sword. Ela foi publicada em Weird Tales, uma revista pulp, que também publicava trabalhos de um certo H. P. Lovecraft, de quem posteriormente Howard se tornaria amigo e correspondente – e que influenciaria a obra de Howard com tons mais sombrios. Phoenix é uma história que introduz Conan em um ponto já maduro da sua vida, onde ele se tornou rei da Aquilônia, após uma vida de exploração e aventura.



The Phoenix on the sword - Robert E. Howard

E ele já parecia com o Schwarzenegger. É sério, veja a semelhança!

Mas a maneira como ele se torna rei não poderia ser mais típica de Conan: estrangulando o ocupante anterior do trono enquanto ele ainda estava sentado no mesmo – Howard demonstrando a quedinha que Conan sempre teve por gestos chamativos desde o início. De fato, em uma história anterior do autor, People of the Dark, também estrelava um Conan (chamado de Conan, The Reaver (Saqueador))), que tinha muito em comum com O Bárbaro; ao menos em termos de descrição física.

De qualquer forma, Phoenix é uma maneira interessante de introdução do personagem, dando uma perspectiva da vida de Conan em um momento onde ele já havia conquistado todas a glórias – e também por apresentar diversas outras marcas que seriam características das histórias de Conan, como monstros, demônios e magos. Uma espécie de Beowulf, contado ao contrário.

Através de outras 29 histórias que Howard escreveu, Conan teve diversas ocupações em suas aventuras – um pirata, um ladrão, um mercenário, um guerreiro e um rei. Quando o autor havia vendido sua sexta história para a Weird Tales, The Pool of the Black One, estava bastante claro, segundo uma carta de Howard para seu amigo Clark Ashton, que Conan era um personagem extremamente simples de se escrever, detalhando sobre como, por semanas, ele não havia feito nada que não fosse escrever histórias de Conan.

Outra grande característica da escrita de Howard é o seu fascínio com os horizontes distantes – e o que existe além deles, a marca dos grandes escritores da fantasia. Esse senso de que as histórias podem te levar para qualquer lugar, e encontrar qualquer coisa lá é uma das principais características e pilares de toda grande saga fantástica já escrita. Mas para ser realmente convincente, elas requerem que o leitor acredite e se entregue àquilo que está sendo dito e descrito para ele.

Robert E. Howard certamente tinha um dom. Conan é, de muitas formas, um dos grandes heróis (ou anti-heróis, se preferir) da cultura pop ocidental, um personagem cuja influência é muita mais extensa e profunda do que um leitor incauto pode imaginar. Mas basta olhar para outros personagens da ficção, tais quais O Homem Sem Nome de Leone, o Roland Deschain de Stephen King, ou mesmo um Wolverine de Len Wein – a combinação do lutador e andarilho pragmático e solitário encontrado em todos eles já estava ali em Conan. Talvez Howard não tenha criado esse estereótipo; mas ele certamente é uma coisa antes e depois de Conan.

Conan ainda apareceu em outras quatro histórias que Howard escreveu, mas que a Weird Tales originalmente rejeitou – contos que foram descobertos entre suas posses após a sua morte. The Frost Giant’s Daughter, The Vale of Lost Women e The Black Stranger foram todas publicadas entre 1952 e 1967, em uma variedade de publicações. No entanto, nenhuma dessas histórias alcançou o tamanho das melhores histórias de Conan.

Não alcançaram, talvez, na literatura. Porque acabaram se tornando alguns dos melhores textos quando foram acompanhados da belíssima arte de nomes como Barry Windsor-Smith e Cary Nord. Após trilhar inúmeros caminho na literatura durante quase quatro décadas, Conan encontrou um novo horizonte, ainda inexplorado, no início dos anos 70: as histórias em quadrinhos.


Afiando a espada de Conan
Curiosamente, a primeira publicação de Conan nos quadrinhos surgiu em um local inusitado: no México.

O Conan de Howard surgiu hablando contra seus inimigos em La Reina de la Costa Negra, inspirada em uma das histórias originais de Conan, Queen of the Black Coast, na antologia miniatura mexicana chamada Cuentos de Abuelito #8 (1952), publicada pela Corporacion Editorial Mexicana, AS. A série apresentava seus protagonistas, Conan e Bêlit – apesar de Conan ser desenhado com cabelos loiros, no lugar dos já conhecidos cabelos negros.

As edições 8 até 12 adaptavam as histórias originais de Howard, enquanto edições subsequentes apresentavam material original. A publicação continuou em praticamente cada uma das edições de Cuentos de Abuelito até o seu número 65.

Uma versão isolada e em tamanho de bolso da série La reina de la Costa Negra foi publicada pela Ediciones Mexicanas Asocidas entre 1959 e 1959, e durou aproximadamente onze edições. Entre 1965 e 1966, ainda, a Ediciones Joma publicou uma versão em tamanho padrão do quadrinho La Reina de la Costa Negra, e o sucesso da HQ simplesmente não diminuía: durou por pelo menos 53 edições.

Mas, mesmo antes dessa aparição “oficial” de Conan nos quadrinhos, outras versões claramente inspiradas no personagem já haviam povoado os quadrinhos de fantasia. Ainda nos anos 50, Gardner Fox e John Giunta se inspiraram abertamente em Conan e seu universo para criar Crom, O Bárbaro, para a publicação Out of this World. No melhor estilo sword-and-sorcery de ser, Crom resgata escandalosamente belas mulheres de situações difíceis, enquanto luta contra monstros e serpentes gigantes.

Assim como Conan, Crom conquista um reino pela força da espada, mas se sente desconfortável com os limites impostos pela civilização. Depois das três aventuras de Crom, não houve nenhuma contribuição significativa para o gênero de fantasia nos quadrinhos, até que o lendário Wally Wood criasse quatro histórias de fantasia e magia para a antologia de horror da Marvel, Tower of Shadows, bem no início dos anos 70. E foi aí que, com o perdão do trocadilho, a mágica aconteceu.

Cada história apresentava um protagonista diferente. A terceira, em particular, que apresentava um bárbaro chamado Vandal combatendo um feiticeiro, era chamada “Of Swords and Sorcery!” No início desse mesmo ano, em uma outra antologia de horror da Marvel, chamada Chamber of Darkness, uma história realizada pela dupla Roy Thomas e Barry Windsor-Smith chamada “The Sword and the Sorcerers!” apresentava um outro guerreiro chamado Starr the Slayer, que era um esboço quase perfeito do Conan que Smith desenharia na estreia do personagem nos quadrinhos – oficialmente – no final daquele mesmo ano.



Ali, em “secret of the silver sword”? É a história que você está procurando.
(Chamber of Darkness - And the Monster Man came walking.. walking..)


A parte curiosa é que Chamber of Darkness, como dito, era uma antologia de horror, não de fantasia, e a participação de uma história de feitiçaria parecia uma decisão editorial estranha, para dizer o mínimo.

Mas isso não importa muito, porque foi de fato, onde Conan aportou na Nona Arte. Os leitores não perceberam isso na época. Mas tudo bem, porque, aparentemente, nem o escritor e o artista da HQ perceberam também.


Thomas, O Bárbaro
Roy Thomas já era uma lenda no mundo dos quadrinhos nessa época. Como ele mesmo descreveu em algumas entrevistas, no final dos anos 60 leitores começaram a bombardear a Marvel com cartas exigindo o que eles chamavam de quadrinhos “sword and sorcery” – fantasia, para nós aqui. Ele queriam versões nas quatro cores das aventuras de personagens como Frodo da Terra-Média de Tolkien, ou o John Carter em Barsoon de Edgar Rice Burroughs. Ou o Conan na Era Hiboriana de Robert E. Howard.

Conan, em particular, estava bem fresco na mente dos leitores, como provaram as vendas da reimpressão da série Lancer, que apresentaram, no meio dos anos 60, as belíssimas e icônicas artes de Frank Frazetta para o personagem.


Sim, você já viu essa imagem um milhão de vezes. Vai ver mais uma.


De acordo com Thomas, o editor-chefe da Marvel no período, um tal de Stan Lee, estava bastante ciente do interesse dos seus leitores em materiais análogos a fantasia de Conan – mesmo que nem ele, nem Thomas, tivessem qualquer tipo de experiência com esse gênero. Thomas menciona, de fato, ele nunca havia lido mais do que algumas páginas de qualquer história de Howard quando Lee lhe pediu para escrever um memorando para Martin Goodman, o cara da grana, para tentar convence-lo a ir atrás dos direitos para licenciar um dos personagens de fantasia que estavam fervilhando na cultura pop da época.

Thomas diz que Goodman foi persuadido, mas que não estava muito disposto a fazer uma aposta tão grande com um gênero não-testado. Lembrando que, no início dos anos 60, a Marvel ainda era “apenas” uma editora de super-heróis que havia evoluído de uma editora de histórias de monstros. Sujeitos com espadas em um mundo fantástico demasiadamente exagerado de um pseudo-passado era algo além da esfera de experiência dos envolvidos. Mas Goodman estava disposto a liberar uma pequena – mesmo para os padrões da época – quantia de 150 doláres por edição para licenciar o personagem.

Mais ou menos na mesma época em que Thomas recebeu a luz verde para ir atrás de um personagem licenciado por um punhado de dólares – uma tarefa que parecia virtualmente impossível (mesmo que, segundo o próprio Thomas, suas memórias sobre a época estejam um pouco bagunçadas) – ele escreveu uma história curta para o número 4 de Chamber of Darkness, com o jovem artista Barry Smith comandando o lápis. A história tratava de um rei bárbaro com músculos de sobra.

Essa história: a supracitada “The Sword and the Sorcerers”. A estrela, Starr, claramente a descrição de Conan. A única desculpa para não dizer que essa é explicitamente uma história de Conan é a temática da narrativa – no lugar de uma pancadaria bem direta no estilo do cimério, a história descreve o escritor pulp Len Carson, atormentado e finalmente assassinado pela sua própria criação fictícia.

Nas reimpressões da história de Starr, ela é às vezes chamada de “teste” para Conan. Mas não era. Era uma história descartável, sem dúvida alimentada pelas discussões de bastidores que Thomas estava tendo com Lee sobre a crescente popularidade de personagens de fantasia.

E então, temos essa pequena curiosidade: quando Thomas de fato teve aprovação para ir atrás de uma personagem licenciado de fantasia, ele não foi atrás da propriedade de Howard. Ele decidiu ir atrás de Lin Carter, e fazer uma tentativa com Thongor.

Se o amigo leitor não faz IDEIA de quem seja essa camarada, fique tranquilo. Thongor está, de fato, praticamente esquecido hoje em dia. Mas também é um fato que o personagem atingiu uma popularidade respeitável nos anos 60, com seis livros sendo lançados entre 1965 e 1970. O bárbaro Thongor era, incidentalmente, um tributo de Carter ao Conan de Howard, sendo o próprio Carter um dos editores da série Lancer de livros de bolso de Conan – assim, ele era certamente considerado um especialista em tudo relacionado aos estudos hiborianos da época.


Thongor, O Exigente
Thongor - In the city of magicians - Thongor battles the satanic power of zaar's science
and sorcery - armed only with his Valkarthan broadsword


Conforme o próprio Thomas coloca, “Stan e eu descobrimos que Conan, que estava em um sem-número de livros de bolso na época, estaria completamente fora da nossa realidade financeira. O próprio Lin gostava de quadrinhos, assim como gostava da ideia de ver Thongor se tornar um herói Marvel”. Mas o agente de Carter queria mais do que 150 dólares por edição para o então todo-poderoso Thongor de Lemuria. Goodman não ia bancar. Fim das negociações.


A Carteira Selvagem de Roy Thomas
Com cada vez mais exigências de leitores entupindo a caixa de correios da editora, e nenhum personagem de fantasia para aplacar a fome voraz deles – com exceção de Starr the Slayer, em sua breve e irônica aparição – Thomas fez uma aposta desesperada, enviando uma carta para os proprietários das licenças de Howard, oferecendo 200 dólares por edição (astutamente não-autorizados por Goodman) para utilizar Conan como um herói Marvel.

Para alegria geral dos leitores de quadrinhos do planeta – e total surpresa de Thomas – os proprietários aceitaram imediatamente, somente para o autor perceber que ele mesmo teria que escrever os roteiros.

Não por total amor ao personagem, mas porque agora ele devia para a Marvel uma soma razoável.

“Então eu percebi”, disse Thomas, “que era melhor eu começar a escrever pelo menos as primeiras edições para que, se Goodman percebesse a diferença e quisesse seus 50 mangos de volta, eu poderia tirar essa soma do meu próprio vencimento”. Assim, Thomas, que não muito posteriormente sucederia a Stan Lee no cargo de editor-chefe, começou sua carreira como o mais duradouro escritor de Conan de todos os tempos, escrevendo centenas de edições para as aventuras do Bárbaro na Marvel.

Mas mesmo com o personagem devidamente licenciado e com um roteirista a postos, ainda havia um problema. Quem desenharia a bagaça? John Buscema teria sido a escolha perfeita – bem, para qualquer coisa, claro – com o seu notável desdém por super-heróis e sua habilidade sobrenatural para desenhar idílicas paisagens e vigorosos heróis. Mas com 200 doláres indo direto para os proprietários de Conan, não sobrava muito para a Marvel bancar um de seus melhores – e mais caros – artistas no projeto.

Surge Barry Smith, hoje mais conhecido com o “Windsor” no meio dos dois nomes, então um artista de apenas 22 anos oriundo da Inglaterra, que bateu na porta da Marvel dois anos antes com páginas simples que pareciam muito bem ter sido desenhadas por Jack Kirby – ou alguém muito talentoso tentando imita-lo. Smith estava preenchendo vagas em X-Men e Vingadores, e fazendo alguns quebra-galhos aqui e ali, mas suas enérgicas páginas “kirbeanas” e suas sólidas figuras o tornavam perfeito para Conan, o Bárbaro.

Conforme o próprio Smith se lembra, em uma entrevista de 1998 para a Comic Book Artist #2, “eu acredito que Stan não apoiava completamente a ideia de um quadrinho de Conan e, se eu me lembro bem, ele era contra colocar um artista importante em uma HQ que provavelmente iria afundar. Obviamente, eu não era considerado um artista importante no período”.

Smith, agora vastamente considerado um dos maiores artistas da história dos quadrinhos, também foi o mesmo desenhista que, como dissemos, trabalhou com Thomas em Starr the Slayer no ano anterior. E quando foi a hora de realizar Conan, Smith deu a versão da Marvel do personagem de Howard um visual praticamente idêntico ao mostrado por Starr the Slayer naquela fatídica edição de Chamber of Darkness, completada com o elmo de chifres e o medalhão no pescoço. É por isso que Starr é rotulado, retroativamente, um aquecimento para Conan, um tipo de beta, mesmo que nem Thomas nem Smith soubessem disso na época.

Assim, quando Conan o Bárbaro estreou em Outubro de 1970, com uma chamativa capa que anunciava em letras bem chamativas, no melhor estilo da época, “Pela Primeira Vez nos Quadrinhos!”, podemos dizer que elas estavam tecnicamente corretas – e poderosas. Esse quadrinho, desenhado por Smith e escrito pelo agora especialista na obra de Howard, Roy Thomas, certamente foi fundamental para que Conan chegasse ao século XXI com total vigor.



Smith pondo Conan em maus lençóis já na saída.

A série de Conan não começou com o 100% de aprovação que ela possui hoje. De fato, Thomas chegou a mencionar que, pelas primeiras três ou quatro edições, ele acreditava que os temores de Lee e Goodman eram justificados, e que talvez as vendas meio frias dessas edições mostrassem que seu público ainda não estava completamente preparado para esse novo gênero nos quadrinhos – ou pior, que simplesmente não tivessem tanto interesse assim. Thomas, que jamais pode ser acusado de não confiar no seu próprio taco, bancou a série, a si mesmo e a Smith. Foi a melhor coisa que ele poderia ter feito.

Não muito tempo depois, as vendas começaram a vir – massivamente. Não demorou muito, na verdade, para o cimério começar a surrar mesmo alguns dos heróis mais poderosos – e hoje, emblemáticos – da Casa das Ideias, competindo com eles cabeça a cabeça nas planilhas de mais vendidos do mês. Esse sucesso rendeu a Thomas e Smith um novo patamar de reconhecimento – em particular, para o último – o que também consolidou algumas das melhores parcerias da história dos quadrinhos. Smith permaneceu pelas primeiras 24 edições, e partiu para alçar novos voos. Quem entrou em seu lugar?

Pois bem, se John Buscema era então caro demais para uma série que era uma incógnita, agora ele teria que manter a barra de uma das séries mais populares da Marvel no auge, onde ele a encontrou. Mas nós estamos falando de John Buscema, e é claro que o homem deitou e rolou em cima do personagem – sua versão é considerada quase que unanimemente a definitiva do personagem.

O título Conan, o Bárbaro continuou por 275 edições, entre 1970 e 1993. Após uma breve aparição em Savage Tales, Conan se tornou o astro de sua própria revista em preto-e-branco, A Espada Selvagem de Conan, que seguiu ininterruptamente entre 1974 e 1995. Existe também um Rei Conan, título que durou 55 edições, entre 1980 e 1989. Sete graphic novels da Marvel lançadas entre 1985 e 1992 eram dedicadas ao bárbaro cimério.


Imitadores indignos de Crom!
A popularidade da série de Conan deixou a Marvel a postos para tentar a sorte com outras propriedades do universo de fantasia de Robert E. Howard. Kull, O Conquistador, o primeiro de três quadrinhos com esse título, apareceu pela primeira vez ainda em 1971.

Kull, assim como outros personagens de Howard, fizeram aparições nos títulos da Marvel como Savage Tales, além de também terem figurado n’A Espada Selvagem de Conan. Em 1975, haviam três edições de Kull and the Barbarians apresentando Kull, Red Sonja, e Solomon Kane. Red Sonja, talvez o mais famoso spin-off de Conan, ganhou seu primeiro de três títulos na Marvel em 1976.



Kull, a outra criação de Howard!


Surfando na crista da onda que ela mesma criou, a Marvel abriu suas asinhas em busca de novos reinos de fantasia para conquistar. E adivinha onde ela foi pousar? Exato, na Lemuria de Thongor! A Marvel acabou por ir atrás da obra de Carter novamente, dessa vez, devidamente bancada por um sucesso colossal – o mesmo personagem que havia inspirado a criação de Carter. Desnecessário dizer, as negociações foram rápidas e tranquilas dessa vez. A partir de Creatures on the Loose #22, de 1973, Thongor e Conan passaram a lutar lado a lado pela glória e honra da Marvel.

Junto com eles, um obscuro Brak, O Bárbaro, de John Jakes, também chegou a figurar nas páginas de Savage Tales da Marvel. Mas os bárbaros estavam na moda, e, como era de praxe ainda nos anos 70, as outras editoras logo correram para publicar suas próprias versões do cimério.

Nomes como Dagar, O Invencível, publicado pela Gold Key em 1972, proclamava aventuras de fantasia na sua capa. Dax, O Guerreiro, realizado de maneira intrincada por Esteban Maroto, apreceu em doze edições da revista Eerie, publicada pela Warren, também em 1972. Duas outras séries heroicas de fantasia, Haxtur e Hoggarth, se seguiram a ela. Em 1975, a Atlas publicou quatro edições de Ironjaw, um bárbaro desfigurado que era mais seguro que a maioria.

A própria DC começou a publicar uma série de doze edições de Claw, The Unconquered, sobre um típico bárbaro que havia sido amaldiçoado com uma poderosa, mas indesejada, mão demoníaca. Claw chegou a retornar em 2006, com duas minisséries.

Com tanto material análogo de Conan – além de uma quantidade razoável de material do próprio – os editores de quadrinhos começaram a procurar por outros heróis de fantasia que rompessem com o modelo de bárbaro-de-olhos-abatidos-que-perdura.

A série de fantasia e ciência da lenda Gil Kane, Blackmark, foi publicada como livro de bolso pela Bantam em 1971, e em 1974 reimpressa como reforço nas quatro primeiras edições de Espada Selvagem de Conan. Decepcionada com as vendas do primeiro livro, a Bantam decidiu não publicar a sequência que Kane já havia planejado, sendo que o trabalho não veio a público até 1979, quando apareceu em uma edição da revista Marvel Preview.

O Ironwolf de Howard Chaykin debutou nas três edições finais de Weird Worlds entre 1973 e 1974.

Chaykin ainda retornaria ao personagem em 1992, na graphic novel Ironwolf: Fires of the Revolution.

Talvez Ironwolf seja, na verdade, muito mais space opera do que é fantasia somente, mas as histórias tinham o visual e a pegada de uma fantasia heroica.

Algumas das mais conhecidas alternativas ao modelo Conan de bárbaro/rei/herói vem de dois verdadeiros titãs do gênero de fantasia heroica: Fritz Leiber e Michael Moorcock. Os incompatíveis rebeldes da fantasia de Leiber, o enorme bárbaro Fafhrd e o estiloso Gray Mouser, fizeram sua primeira aparição nos quadrinhos em uma história da Mulher-Maravilha, em 1972, assinada pela lenda da ficção científica, Samuel R. Delaney.

No ano seguinte, a DC lançaria o volume Sword of Sorcery, estrelando a dupla. O título durou apenas cinco edições, mas o escritor Dennis O’Neil, e os artistas Chaykin, Walt Simonson e Jim Starlin ofereceram algumas excelentes adaptações e histórias originais. Fafhrd e Gray Mouser não apareceriam nos quadrinhos novamente até uma minissérie de 1991, pelo selo Marvel Imprint, escrita por Howard Chaykin e desenhada por Mike Mignola.

O introspectivo e relutante campeão de Moorcock, Elric, não poderia estar mais distante do expansivo e vigoroso Conan. Após um par de aparições como coadjuvante em Conan, O Bárbaro, e em um one-shot de 1973 pela Windy City Publications, um Elric mais completamente realizado emergiu em 1982, quando a Marvel publicou o volume Elric: The Dreaming City, por Roy Thomas e P. Craig Russell.



Uma edição devidamente autografada por Russell, e que de forma alguma foi a primeira que achamos no Google.

No ano seguinte, Thomas e Russell acabaram embarcando em uma sequência curta de edições de Elric para a Pacific Comics. Entre 1985 e 1988, Thomas, trabalhou com Russell e outros artistas para adaptar os romances de Elric em quatro minisséries publicadas pela First Comics. No final dos anos 80, a First também publicou adaptações das aventuras de Corum e Hawkmoon, outro aspecto do eterno campeão de Moorcock. Em 1997, Russell ainda escreveu e desenhou uma minissérie adaptando o romance final de Elric para a Dark Horse. Incidentalmente, o próprio Moorcock escreveu uma série do personagem, além de uma graphic novel para a DC em 2007.


Para o inferno com você, Marvel!
Depois dos anos 70, o frisson com os bárbaros deu uma grande acalmada. Conan sobreviveu durante um bom tempo após a derrocada da fantasia enquanto gênero nos quadrinhos, mas não para sempre. Na metade dos anos 90, a franquia começou a perder força. Entre 1994 e 1995, o único título que continuou a ser publicado em formato regular era Conan, The Adventurer, cujo título era retirado de um desenho animado que estava indo ao ar na mesma época.

Em 1995, a Marvel reiniciou o título, e tentou capturar novamente o sucesso de Espada Selvagem de Conan com Conan, The Savage. Ambos os títulos acabaram sendo cancelados no ano seguinte. A Marvel preencheu o vácuo de publicações do personagem com oito minisséries, entre 1997 e 2000, mas Conan não mais vingava na Marvel. O bárbaro iria para uma geladeira mais fria do que os ventos hiperbóreos.

Mas não por muito tempo. A Dark Horse resolveu que um nome como o de Conan era bom e grande demais para ser deixado no limbo. Dessa forma, eles foram atrás do personagem, e o conseguiram, Já em 2003, eles recrutaram ninguém menos do que Kurt Busiek para reapresentar o personagem ao público.

E, pelo jeito, a receita saiu melhor do que se esperava. A partir de um one-shot, que serve como prólogo, intitulado Conan #0: Conan, The Legend, a Dark Horse introduziu uma interpretação renovada do personagem, incorporando adaptações de materiais originais de Howard a novas histórias, sem qualquer tipo de conexão prévia com as muitas séries da Marvel ou qualquer outro material pós-Howard. A série é narrada como se fosse uma lenda, ditada por um personagem chamado Wazir para seu príncipe – ambos vivendo séculos, senão milênios, depois da Era Hiboriana.

De 2004 até hoje, a Dark Horse segue firme e forte publicando o bárbaro, em diversas séries, espalhadas por Conan (2004-2008); Conan the Cimmerian (2008-2010); Conan: Road of Kings (2010-2012); King Conan (2011-2016); Conan the Barbarian (2012-2014); Conan the Avenger (2014-2016); e Conan the Slayer (2016-2017). A editora ainda publicou meia dúzia de edições únicas, e quase uma dúzia de minisséries do personagem, tornando-o um dos seus carros-chefe. A Mythos está publicando uma parte desse material agora no Brasil.



Conan, na arte de Cary Nord!


Dessa forma, Conan, O Bárbaro octagenário, permanece um símbolo de virilidade, brutalidade e aventura tão poderoso quanto sempre foi. E o fato de assim o ser nos reconforta, pois existem poucas viagens mais instigantes e satisfatórias do que contemplar as tundras selvagens da Ciméria na Era Hiboriana.

Pois antes, era um tempo nunca antes sonhado. Hoje, ele é parte de nossos sonhos e aventuras!

Este artigo foi baseado nas pesquisas de Tim Callahan, M. Keith Booker, Phil Beresford, e nas entrevistas de Roy Thomas.



Conan - HQs



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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

4 Lendas urbanas que vão tirar seu sono


4 Lendas urbanas que vão tirar seu sono



Algumas, inclusive, aconteceram de verdade !!!

Separamos quatro das mais assustadoras:


A mulher da tesoura: Segundo essa lenda japonesa, um samurai, irado com as suspeitas de infidelidade de sua esposa, cortou o rosto da mulher com uma tesoura e perguntou: “Quem te achará bonita agora?”. Hoje, a mulher vaga pelas ruas, cobrindo seu rosto com uma máscara e, ocasionalmente, pergunta aos transeuntes: “Você acha que eu sou bonita?”. Se a resposta é negativa, ela os assassina; se é afirmativa, corta o rosto deles. Nos dois casos, ela utiliza uma tesoura.



O palhaço: Antes de sair para jantar com sua esposa, um magnata californiano deixou instruções claras à babá: assim que as crianças estivessem na cama, ela deveria ir para a sala para ver TV, sem perambular pela casa. A babá o obedeceu, mas, depois de sentada na sala, sentiu-se intimidada pela estátua de um palhaço, localizada em uma esquina, que olhava para ela fixamente. A babá telefonou ao magnata para contar o que acontecia e ele respondeu que ela deveria chamar imediatamente a polícia – as crianças sempre reclamavam de um palhaço que olhava para elas enquanto dormiam, mas, na casa, nunca existiu a estátua de um palhaço.



Quando a realidade supera a ficção: Esse caso é real e tem o colecionador russo Anatoly Moskvina como protagonista. Ele teve a ideia de acrescentar à sua coleção de bonecas uma série de corpos retirados ilegalmente de um cemitério. Moskvina os vestiu com trajes suntuosos e colocou perucas neles, formando um cenário aterrorizante. Quando foi descoberto, a polícia encontrou um total de 26 cadáveres na sua casa.



O prédio da morte: Em Hong Kong, há um prédio que já pertenceu a uma família rica. Durante a Segunda Guerra Mundial, os habitantes abandonaram o imóvel, fugindo da invasão japonesa. Conhecido como Nam Koo Terrace, o prédio foi utilizado pelos japoneses para aprisionar as mulheres locais, que eles sequestravam para fazer de escravas sexuais por vários anos. Hoje, o local está completamente abandonado e, em torno dele, foram criadas diversas lendas urbanas. As pessoas que se atreveram a entrar no prédio afirmam que é possível ver mulheres decapitadas e escutar o grito de meninas desesperadas. Além disso, é o cenário predileto para o último ato dos suicidas.



Fonte: VIX
(http://www.vix.com/es/imj/mundo/153611/5-leyendas-urbanas-que-te-dejaran-con-la-boca-abierta)



Vix.com - Site Fonte



Lendas Urbanas



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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Dom Casmurro - P4de4 - Machado de Assis


Dom Casmurro - P4de4 - Machado de Assis

Dom Casmurro - Machado de Assis



No mais, tudo corria bem. Capitu gostava de rir e divertir-se, e, nos primeiros tempos, quando íamos a passeios ou espetáculos, era como um pássaro que saísse da gaiola. Arranjava-se com graça e modéstia. Embora gostasse de jóias,como as outras moças, não queria que eu lhe comprasse muitas nem caras, e um dia afligiu-se tanto que prometi não comprar mais nenhuma; mas foi só por pouco tempo.


A nossa vida era mais ou menos plácida. Quando não estávamos com a família ou com amigos, ou se não íamos a algum espetáculo ou serão particular (e estes eram raros) passávamos as noites à nossa janela da Glória, mirando o mar e o céu, a sombra das montanhas e dos navios, ou a gente que passava na praia. As vezes, eu contava a Capitu a história da cidade, outras dava-lhe notícias de astronomia; notícias de amador que ela escutava atenta e curiosa, nem sempre tanto que não cochilasse um pouco.

Não sabendo piano, aprendeu depois de casada, e depressa, e daí a pouco tocava nas casas de

amizade. Na Glória era uma das nossas recreações; também cantava, mas pouco e raro, por não ter voz;

um dia chegou a entender que era melhor não cantar nada e cumpriu o alvitre. De dançar gostava, e

enfeitava-se com amor quando ia a um baile; os braços é que... Os braços merecem um período.

Eram belos, e na primeira noite que os levou nus a um baile, não creio que houvesse iguais na cidade,

nem os seus, leitora, que eram então de menina, se eram nascidos, mas provavelmente estariam ainda

no mármore, donde vieram, ou nas mãos do divino escultor. Eram os mais belos da noite, a ponto que me

encheram de desvane acontecimento. Conversava mal com as outras pessoas, só para vê-los, por mais

que eles se entrelaçassem aos das casacas alheias. lá não foi assim no segundo baile;

nesse, quando vi que os homens não se fartavam de olhar para eles, de os buscar, quase de os pedir, e

que roçavam por eles as mangas pretas, fiquei vexado e aborrecido. Ao terceiro não fui, e aqui tive o

apoio de Escobar, a quem confiei candidamente os meus tédios, concordou logo comigo.

--Sanchinha também não vai, ou irá de mangas compridas;


[Linha 5750 de 7623 - Parte 4 de 4]



o contrário parece-me indecente.

--Não é? Mas não diga o motivo; hão de chamar-nos seminaristas. Capitu já me chamou assim.

Nem por isso deixei de contar a Capitu a aprovação de Escobar.

Ela sorriu e respondeu que os braços de Sanchinha eram mal feitos, mas cedeu depressa, e não foi ao

baile; a outros
foi, mas
levou-os meio vestidos de escumilha ou não sei que, que nem cobria nem descobria inteiramente, como o

cendal de
Camões.

CAPÍTULO CVI / DEZ LIBRAS ESTERLINAS

Eu já disse que era poupada, ou fica dito agora, e não só de dinheiro mas também de cousas usadas,

dessas que se
guardam
por tradição, por lembrança ou por saudade. Uns sapatos, por exemplo, uns sapatinhos rasos de fitas

pretas que se
cruzavam no peito do pé e princípio da perna, os últimos que usou antes de calçar botinas, trouxe-os para

casa, e
tirava-os
de longe em longe da gaveta da cômoda, com outras velharias, dizendo-me que eram pedaços de criança.

Minha mãe,
que
tinha o mesmo gênio, gostava de ouvir falar e fazer assim. Quanto às puras economias de dinheiro, direi

um caso, e
basta.

Foi justamente por ocasião de uma lição de astronomia, à Praia da Glória. Sabes que alguma vez a fiz

cochilar um
pouco.
Uma noite perdeu-se em fitar o mar, com tal força e concentração, que me deu ciúmes.

--Você não me ouve, Capitu.

--Eu? Ouço perfeitamente.

--O que é que eu dizia?

--Você...você falava de Sírius.

--Qual Sírius, Capitu. Há vinte minutos que eu falei de Sírius.

--Falava de... falava de Marte, emendou ela apressada.

Realmente, era de Marte, mas é claro que só apanhara o som da palavra, não o sentido. Fiquei sério, e o

ímpeto que
me deu
foi deixar a sala, Capitu, ao percebê-lo, fez-se a mais mimosa das criaturas, começou-me na mão,

confessou-me que
estivera
contando, isto é, somando uns dinheiros para descobrir certa parcela que não achava. Tratava-se de uma

conversão
de
papel em ouro. A princípio supus que era um recurso para desenfadar-me, mas daí a pouco estava eu

mesmo
calculando
também, já então com papel e lápis, sobre o joelho, e dava a diferença que ela buscava.



[Linha 5800 de 7623 - Parte 4 de 4]


-- Mas que libras são essas? perguntei-lhe no fim.

Capitu fitou-me rindo, e replicou que a culpa de romper o segredo era minha. Ergueu-se, foi ao quarto e

voltou com
dez
libras esterlinas, na mão; eram as sobras do dinheiro que eu lhe dava mensalmente para as despesas.

-- Tudo isto?

--Não é muito, dez libras só; é o que a avarenta de sua mulher pôde arranjar, em alguns meses, concluiu

fazendo tinir o
ouro
na mão.

-- Quem foi o corretor?

-- O seu amigo Escobar.

--Como é que ele não me disse nada?

--Foi hoje mesmo.

-- Ele esteve cá?

--Pouco antes de você chegar; eu não disse para que você não desconfiasse.

Tive vontade de gastar o dobro do ouro em algum presente comemorativo, mas Capitu deteve-me. Ao

contrário,
consultou-me sobre o que havíamos de fazer daquelas libras.

--São suas, respondi.

--São nossas, emendou.

--Pois você guarde-as.

No dia seguinte, fui ter com Escobar ao armazém, e ri-me do segredo de ambos. Escobar sorriu e disse-

me que estava
para
ir ao meu escritório contar-me tudo. A cunhadinha (continuava a dar este nome a Capitu) tinha-lhe falado

naquilo por
ocasião
da nossa última visita a Andaraí, e disse-lhe a razão do segredo.

--Quando contei isto a Sanchinha, concluiu ele, ficou espantada:

"Como é que Capitu pode economizar, agora que tudo está tão caro?"--"Não sei, filha; sei que arranjou

dez libras."

--Vê se ela aprende também.

--Não creio; Sanchinha não é gastadeira, mas também não poupada; o que lhe dou chega, mas só chega.

Eu, depois de alguns instantes de reflexão:

--Capitu é um anjo!


[Linha 5850 de 7623 - Parte 4 de 4]



Escobar concordou de cabeça, mas sem entusiasmo, como quem sentia não poder dizer o mesmo da

mulher. Assim
pensarias m também, tão certo é que as virtudes das pessoas próximas nos dão te ou qual vaidade,

orgulho ou
consolação.

CAPÍTULO CVII / CIÚMES DO MAR

Se não fosse a astronomia, não descobriria eu tão cedo as dez libras de Capitu; mas não é por isso que

torno a ela, é
para
que não cuides que a vaidade de professor é que me fez padecer com a desatenção de Capitu e ter

ciúmes do mar.
Não,
meu amigo. Venho explicar-te que tive tais ciúmes pelo que podia estar na cabeça de minha mulher, não

fora ou
acima dela.
É sabido que as distrações de uma pessoa podem ser culpadas, metade culpadas, um terço, um quinto,

um décimo de
culpadas, pois que em matéria de culpa a graduação é infinita. A recordação de uns simples olhos basta

para fixar
outros que
os recordem e se deleitem com a imaginação deles. Não é mister pecado efetivo e mortal, nem papel

trocado, simples
palavra, aceno, suspiro ou sinal ainda mais miúdo e leve. Um anônimo ou anônima que passe na esquina

da rua faz
com que
metamos Sírius dentro de Marte, e tu sabes, leitor, a diferença que há de um a outro na distancia e no

tamanho, mas a
astronomia tem dessas confusões. Foi isto que me fez empalidecer, calar e querer fugir da sala para

voltar, Deus sabe
quando; provavelmente, dez minutos depois. Dez minutos depois, estaria eu outra vez na sala, ao piano

ou à janela,
continuando a lição interrompida:

--Marte está a distancia de...

Tão pouco tempo? Sim, tão pouco tempo, dez minutos. Os meus ciúmes eram intensos, mas curtos; com

pouco
derrubaria
tudo, mas com o mesmo pouco ou menos reconstruiria o céu, a terra e as estrelas.

A verdade é que fiquei mais amigo de Capitu, se era possível, ela ainda mais meiga, o ar mais brando, as

noites mais
claras, e
Deus mais Deus. E não foram propriamente as dez libras esterlinas que fizeram isto, nem o sentimento

de economia
que
revelavam e que eu conhecia, mas as cautelas que Capitu empregou para o fim de descobrir-me um dia o

cuidado de
todos
os dias. Escobar também se me fez mais pegado ao coração. As nossas visitas foram-se tornando mais

próximas, e as
nossas
conversações mais íntimas.

CAPÍTULO CVIII / UM FILHO

Pois nem tudo isso me matava a sede de um filho, um triste menino que fosse, amarelo e magro, mas um

filho, um
filho
próprio da minha pessoa. Quando íamos a Andaraí e víamos a filha de Escobar e Sancha, familiarmente

Capituzinha,
por
diferençá-la de minha mulher, visto que lhe deram o mesmo nome à pia, ficávamos cheios de invejas. A

pequena era
graciosa
e gorducha, faladeira e curiosa. Os pais, como os outros pais, contavam as travessuras e agudezas da

menina, e nós,
quando


[Linha 5900 de 7623 - Parte 4 de 4]


voltávamos à noite para a Glória, vínhamos suspirando as nossas invejas, e pedindo mentalmente ao

céu que no-las
matasse...

...As invejas morreram, as esperanças nasceram, e não tardou que viesse ao mundo o fruto delas. Não

era escasso nem
feio,
como eu já pedia, mas um rapagão robusto e lindo.

A minha alegria quando ele nasceu, não sei dizê-la; nunca a tive igual, nem creio que a possa haver

idêntica, ou que de
longe
ou de perto se pareça com ela. Foi uma vertigem e uma loucura. Não cantava na rua por natural vergonha,

nem em
casa para
não afligir Capitu convalescente. Também não caía, porque há um deus para os pais novos. Fora, vivia

com o espírito
no
menino; em casa, com os olhos a observá-lo, a mirá-lo, a perguntar-lhe donde vinha, e por que é que eu

estava tão
inteiramente nele, e várias outras tolices sem palavras, mas pensadas ou deliradas a cada instante.

Talvez perdi
algumas
causas no toro por descuido.

Capitu não era menos terna para ele e para mim. Dávamos as mãos um ao outro, e, quando não

olhávamos para o
nosso
filho, conversávamos de nós, do nosso passado e do nosso futuro. As horas de maior encanto e mistério

eram as de
amamentação. Quando eu via o meu filho chupando o leite da mãe, e toda aquela união da natureza para

a nutrição
e vida de
um ser que não fora nada, mas que o nosso destino afirmou que seria, e a nossa constância e o nosso

amor fizeram
que
chegasse a ser. ficava que não sei dizer nem digo; positivamente não me lembra, e receio que o que

dissesse me saísse
escuro. Escusai minúcias. Assim que, não é preciso contar a dedicação da minha mãe e de Sancha, que

também foi
passar
com Capitu os primeiros dias e noites. Quis rejeitar o obséquio de Sancha; respondeu me que eu não

tinha nada com
isso;
também Capitu, em solteira, fora tratá-la à Rua dos Inválidos.

--Não se lembra que o senhor foi lá vê-la?

--Lembra-me; mas Escobar...

--Eu virei jantar com vocês, e às noites sigo para Andaraí; oito dias, e está tudo passado. Bem se vê que

você é pai de
primeira viagem.

--Também você- onde está a segunda?

Usávamos então estas graças em família. Hoje, que me recolhi à minha casmurrice, não sei se ainda há

tal linguagem,
mas
deve haver. Escobar cumpriu o que disse; jantava conosco, e ia-se à noite. Sobre tarde descíamos à praia

ou íamos ao
Passeio Público, fazendo ele os seus cálculos, eu os meus sonhos. Eu via o meu filho médico, advogado,

negociante,
meti-o
em várias universidades e bancos, e até aceitei a hipótese de ser poeta. A possibilidade de político foi

consultada, e cri
que
me saísse orador, e grande orador.



[Linha 5950 de 7623 - Parte 4 de 4]


--Pode ser, redargüia Escobar; ninguém diria o que veio a se Demóstenes.

Escobar acompanhava muita vez as minhas criancices; também interrogava o futuro. Chegou a falar da

hipótese de
casar o
pequeno com a filha. A amizade existe; esteve toda nas mãos com que apertei as de Escobar, ao ouvir-

lhe isto, e na
total
ausência de palavras com que ali assinei o pacto, estas vieram depois, de atropelo, afinadas pelo

coração, que batia
com
grande força. Aceitei a lembrança, e propus que os encaminhássemos a este fim, pela educação igual e

comum, pela
infância
unida e correta.

Era minha idéia que Escobar fosse padrinho do pequeno; a madrinha devia ser e seria minha mãe. Mas a

primeira
parte se
trocou por intervenção do tio Cosme, que, ao ver a criança, disse-lhe entre outros carinhos:

--Anda, toma a bênção a teu padrinho, velhaco.

E, voltando-se para mim:

--Não desisto do favor; e há de ser depressa o batizado, antes que a minha doença me leve de vez.

Contei discretamente a anedota a Escobar, para que ele me compreendesse e desculpasse; riu-se e não

se magoou. Fez
mais, quis que o almoço do batizado fosse na chácara dele, e foi. Eu ainda tentei espaçar a cerimônia a

ver se tio
Cosme
sucumbia primeiro à doença, mas parece que esta era mais de aborrecer que de matar. Não houve

remédio senão levar
o
menino à pia, onde se lhe deu o nome de Ezequiel; era o de Escobar, e eu quis suprir deste modo a falta

de compadrio.

CAPÍTULO CIX / UM FILHO ÚNICO

Ezequiel, quando começou o capítulo anterior, não era ainda gerado; quando acabou era cristão e

católico. Este outro
é
destinado a fazer chegar o meu Ezequiel aos cinco anos, um rapagão bonito, com os seus olhos claros,

já inquietos,
como se
quisessem namorar todas as moças da vizinhança, ou quase todas.

Agora, se considerares que ele foi único, que nenhum outro veio, certo nem incerto, morto nem vivo, um

só e único,
imaginarás os cuidados que nos deu, os sonos que nos tirou, e que sustos nos meteram as crises dos

dentes e outras, a
menor
febrícula, toda a existência comum das crianças. A tudo acudíamos, segundo cumpria e urgia, cousa que

não era
necessário
dizer, mas há leitores tão obtusos, que nada entendem, se lhes não relata tudo e o resto. Vamos ao resto.

CAPÍTULO CX / RASGOS DA INFÂNCIA

O resto come-me ainda muitos capítulos; há vidas que os têm menos, e fazem-se ainda assim completas

e acabadas.

Aos cinco e seis anos, Ezequiel não parecia desmentir os meus sonhos da Praia da Glória- ao contrário,
adivinhavam-se nele


[Linha 6000 de 7623 - Parte 4 de 4]


todas as vocações possíveis, desde vadio até apóstolo. Vadio é aqui posto no bom sentido, no sentido de

homem que
pensa
e cala; metia-se às vezes consigo, e nisto fazia lembrar a mãe, desde pequena. Assim também, agitava-

se todo e
instava por
ir persuadir às vizinhas que os doces que eu lhe trazia eram doces deveras; não o fazia antes de farto

deles, mas
também os
apóstolos não levam a boa doutrina senão depois de a terem toda no coração. Escobar, bom negociante,

opinava que
a
causa principal desta outra inclinação, talvez fosse convidar implicitamente as vizinhas a igual

apostolado, quando os
pais lhe
trouxessem doces; e ria-se da própria graça, e anunciava-me que o fana seu sócio.

Gostava de música, não menos que de doce, e eu disse a Capitu que lhe tirasse ao piano o pregão do

preto das cocadas
de
Matacavalos...

--Não me lembra.

--Não diga isso; você não se lembra daquele preto que vendia doce, às tardes...

--Lembra-me de um preto que vendia doce, mas não sei mais da toada.

-- Nem das palavras?

--Nem das palavras.

A leitora, que ainda se lembrará das palavras, dado que me tenha lido com atenção, ficará espantada de

tamanho
esquecimento, tanto mais que lhe lembrarão ainda as vozes da sua infância e adolescência haverá

olvidado algumas,
mas nem
tudo fica na cabeça. Assim me replicou Capitu, e não achei tréplica. Fiz, porém, o que ela não esperava;

corri aos meus
papéis velhos. Em S. Paulo, quando estudante, pedi a um professor de música que me transcrevesse a

toada do
pregão; ele o
fez com prazer (bastou-me repetir-lho de memória), e eu guardei o papelinho; fui procurá-lo. Daí a pouco

interrompi
um
romance que ela tocava, com o pedacinho de papel na mão. Expliquei-lho- ela teclou as dezesseis notas.

Capitu achou à toada um sabor particular, quase delicioso- contou ao filho a história do pregão, e assim o

cantava e
teclava.
Ezequiel aproveitou a música para pedir-me que desmentisse o texto dando-lhe algum dinheiro.

Fazia de médico de militar, de ator e bailarino. Nunca lhe dei oratórios; mas cavalos de pau e espada à

cinta eram com
ele.
Já não falo dos batalhões que passavam na rua, e que ele corria a ver; todas as crianças o fazem. O que

nem todas
fazem é
ter os olhos que esta tinha. Em nenhuma vi as ansias de gosto com que assistia à passagem da tropa e

ouvia tocar a
marcha
dos tambores.

-- Olha, papai! olha!



[Linha 6050 de 7623 - Parte 4 de 4]


--Estou vendo, meu filho!

-- Olha o comandante! Olha o cavalo do comandante! Olha os soldados!

Um dia amanheceu tocando corneta com a mão- dei-lhe uma cornetinha de metal. Comprei-lhe

soldadinhos de
chumbo,
gravuras de batalhas que ele mirava por muito tempo, querendo que lhe explicasse uma peça de

artilharia, um soldado
caído,
outro de espada alçada, e todos os seus amores iam para o de espada alçada. Um dia (ingênua idade!),

perguntou-me
impaciente:

-- Mas, papai, por que é que ele não deixa cair a espada de uma vez?

-- Meu filho, é porque é pintado.

-- Mas então por que é que ele se pintou?

Ri-me do engano e expliquei-lhe que não era o soldado que se tinha pintado no papel, mas o gravador, e

tive de
explicar
também o que era gravador e o que era gravura: as curiosidades de Capitu, em suma.

Tais são os principais rasgos da infância: mais um e acabo o capítulo Um dia. na chácara de Escobar,

deu com um
gato que
tinha um rato atravessado na boca. O gato nem deixava a presa, nem via por onde fugisse. Ezequiel não

disse nada,
deteve-se, acocorou-se, e ficou olhando. Ao vê-lo assim atento, perguntamos-lhe de longe o que era; fez-

nos sinal que
nos
calássemos. Escobar concluiu:

--Vão ver que é o gato que apanhou algum rato. Os ratos continuam a infestar-me a casa, que é o diabo.

Vamos ver
Capitu
quis também ver o filho; acompanhei-os. Efetivamente, era um gato e um rato, lance banal, sem interesse

nem graça.
A única
circunstancia particular era estar o rato vivo, esperneando, e o meu pequeno enlevado. De resto, o

instante foi curto. O
gato,
logo que sentiu mais gente, dispôs-se a correr; o menino, sem tirar-lhe os olhos de cima, fez-nos outro

sinal de silêncio; e
o
silêncio não podia ser maior. Ia dizer religioso, risquei a palavra, mas aqui a ponho outra vez, não só por

significar a
totalidade do silêncio, mas também porque havia naquela ação do gato e do rato alguma cousa que

prendia com
ritual. O
único rumor eram os últimos guinchos do rato, aliás frouxíssimos- as pernas mal se lhe moviam e

desordenadamente.
Um
tanto aborrecido, bati palmas para que o gato fugisse, e o gato fugiu. 0s outros nem tiveram tempo de

atalhar-me,
Ezequiel
ficou abatido.

--Ora, papai!

--Que foi? A esta hora o rato está comido.

--Pois sim, mas eu queria ver.


[Linha 6100 de 7623 - Parte 4 de 4]



Os dous riram-se; eu mesmo achei-lhe graça.

CAPÍTULO CXI / CONTADO DEPRESSA

Achei-lhe graça, e não lhe nego ainda agora, apesar do tempo passado, dos sucessos ocorridos, e da tal

ou qual
simpatia ao
rato que acho em mim; teve graça. Não me pesa dizê-lo; os que amam a natureza como ela quer ser

amada, sem
repúdio
parcial nem exclusões injustas, não acham nela nada inferior. Amo o rato, não desamo o gato. Já pensei

em os fazer
viver
juntos, mas vi que são incompatíveis. Em verdade, um rói-me os livros, outro o queijo; mas não é muito

que eu lhes
perdoe,
se já perdoei a um cachorro que me levou o descanso em piores circunstancias. Contarei o caso

depressa.

Foi quando nasceu Ezequiel; a mãe estava com febre, Sancha vivia ao pé dela, e três cães na rua latiam

toda a noite.
Procurei
o fiscal, e foi como se procurasse o leitor, que só agora sabe disto. Então resolvi matá-los; comprei

veneno, mandei
fazer três
bolas de carne, e eu mesmo inseri nelas a droga. De noite, saí; era uma hora; nem a doente. nem a

enfermeira podiam
dormir,
com a bulha dos cães. Quando eles me viram, afastaram-se, dous desceram para o lado da Praia do

Flamengo, um
ficou a
curta distancia, como que esperando. Fui-me a ele, assobiando e dando estalinhos com os dedos. O

diabo ainda latiu,
mas
fiado nos sinais de amizade, foi-se calando, até que se calou de todo. Como eu continuasse, ele veio a

mim, devagar,
mexendo a cauda, que é o seu modo de rir deles; eu tinha já na mão as bolas envenenadas, e ia deitar-

lhe uma delas,
quando
aquele riso especial, carinho, confiança ou o que quer que seja, me atou a vontade; fiquei assim não sei

como, tocado
de
pena e guardei as bolas no bolso. Ao leitor pode parecer que foi o cheiro da carne que remeteu o cão ao

silêncio. Não
digo
que não; eu cuido que ele não me quis atribuir perfídia ao gesto, e entregou-se-me. A conclusão é que se

livrou.

Tal não faria Ezequiel. Não comporia bolas envenenadas, suponho, mas não as recusaria também. O que

faria com
certeza
era ir atrás dos cães, a pedrada, até onde lhe dessem as pernas. E se tivesse um pau, iria a pau. Capitu

morria por
aquele
batalhador futuro.

--Não sai a nós, que gostamos da paz, disse-me ela um dia. mas papai em moço era assim também;

mamãe é que
contava.

--Sim não sairá maricas, repliquei, eu só lhe descubro um defeitozinho gosta de imitar os outros.

--Imitar como?

--Imitar os gestos, os modos, as atitudes; imita prima Justina, imita José Dias; já lhe achei até um jeito

dos pés de
Escobar e
dos olhos...


[Linha 6150 de 7623 - Parte 4 de 4]



Capitu deixou-se estar pensando e olhando para mim, e disse afinal que era preciso emendá-lo. Agora

reparava que
realmente era vezo do filho, mas parecia-lhe que era só imitar por imitar, como sucede a muitas pessoas

grandes, que
tomam
as maneiras dos outros; e para que não fosse mais longe...

--Também não vamos mortificá-lo. Sempre há tempo de corrigi-lo.

--Há, vou ver. Você também não era assim, quando se zangava com alguém...

--Quando me zangava, concordo; vingança de menino.

--Sim, mas eu não gosto de imitações em casa.

--E naquele tempo gostavas de mim? disse eu batendo-lhe na face.

A resposta de Capitu foi um riso doce de escárnio, um desses risos que não se descrevem, e apenas se

pintarão, depois
estirou os braços e atirou-mos sobre os ombros, tão cheios de graça que pareciam (velha imagem!) um

colar de flores.
Eu fiz
o mesmo aos meus, e senti não haver ali um escultor que nos transferisse a atitude a um pedaço de

mármore. Só
brilharia o
artista, é certo. Quando uma pessoa ou um grupo saem bem, ninguém quer saber de modelo, mas da

obra, e a obra é
que
fica. Não importa; nós saberíamos que éramos nós.

CAPÍTULO CXIII / EMBARGOS DE TERCEIRO

Por falar nisto, é natural que me perguntes se, sendo antes tão cioso dela, não continuei a sê-lo apesar

do filho e dos
anos.
Sim. senhor, continuei. Continuei, a tal ponto que o menor gesto me afligia, a mais ínfima palavra, uma

insistência
qualquer;
muita vez só a indiferença bastava. Cheguei a ter ciúmes de tudo e de todos. Um vizinho, um par de

valsa, qualquer
homem,
moço ou maduro, me enchia de terror ou desconfiança. É certo que Capitu gostava de ser vista, e o meio

mais próprio
a tal
fim (disse-me uma senhora, um dia) é ver também, e não há ver sem mostrar que se vê.

A senhora que me disse isto cuido que gostou de mim, e foi naturalmente por não achar da minha parte
correspondência aos
seus afetos que me explicou daquela maneira os seus olhos teimosos. Outros olhos me procuravam

também, não
muitos, e
não digo nada sobre eles, tendo aliás confessado a princípio as minhas aventuras vindouras, mas eram

ainda
vindouras.
Naquele tempo, por mais mulheres bonitas que achasse, nenhuma receberia a mínima parte do amor que

tinha a
Capitu. A
minha própria mãe não queria mais que metade. Capitu era tudo e mais que tudo; não vivia nem

trabalhava que não
fosse
pensando nela. Ao teatro íamos juntos; só me lembra que fosse duas vezes sem ela, um benefício de

ator, e uma
estréia de
ópera, a que ela não foi por ter adoecido, mas quis por força que eu fosse. Era tarde para mandar o

camarote a


[Linha 6200 de 7623 - Parte 4 de 4]


Escobar, saí,
mas voltei no fim do primeiro ato. Encontrei Escobar à porta do corredor.

--Vinha falar-te, disse-me ele.

Expliquei-lhe que tinha saído para o teatro donde voltara receoso de Capitu, que ficara doente.

--Doente de quê? perguntou Escobar.

--Queixava-se da cabeça e do estômago.

--Então, vou-me embora. Vinha para aquele negócio dos embargos...

Eram uns embargos de terceiro; ocorrera um incidente importante, e, tendo ele jantado na cidade, não

quis ir para casa
sem
dizer-me o que era, mas já agora falaria depois...

--Não, falemos já, sobe; ela pode estar melhor. Se estiver pior, desces.

Capitu estava melhor e até boa. Confessou-me que apenas tivera uma dor de cabeça de nada, mas

agravara o
padecimento
para que eu fosse divertir-me. Não falava alegre, o que me fez desconfiar que mentia, para me não meter

medo, mas
jurou
que era a verdade pura. Escobar sorriu e disse:

--A cunhadinha está tão doente como você ou eu. Vamos aos embargos.

CAPÍTULO CXIV / EM QUE SE EXPLICA O EXPLICADO

Antes de ir aos embargos, expliquemos ainda um ponto que já ficou explicado, mas não bem explicado.

Viste que eu
pedi
(cap. CX) a um professor de música de S. Paulo que me escrevesse a toada daquele pregão de doces de

Mata-cavalos.
Em
si, a matéria é chocha, e não vale a pena de um capítulo, quanto mais dous; mas há matérias tais que

trazem
ensinamentos
interessantes, senão agradáveis. Expliquemos o explicado.

Capitu e eu tínhamos jurado não esquecer mais aquele pregão; foi em momento de grande ternura, e o

tabelião divino
sabe as
cousas que se juram em tais momentos, ele que as registra nos livros eternos.

--Você jura?

--Juro, disse ela estendendo tragicamente o braço.

Aproveitei o gesto para beijar-lhe a mão; estava ainda no seminário. Quando fui para S. Paulo, querendo

um dia
relembrar a
toada, vi que a ia perdendo inteiramente; consegui recordá-la e corri ao professor, que me fez o obséquio

de a escrever
no
pedacinho de papel.


[Linha 6250 de 7623 - Parte 4 de 4]



Foi para não faltar ao juramento que fiz isto. Mas hás de crer que quando corri aos papéis velhos,

naquela noite da
Glória,
também não me lembrava já da toada nem do texto? Fiz-me de pontual ao juramento, e este é que foi o

meu pecado;
esquecer, qualquer esquece.

Ao certo, ninguém sabe se há de manter ou não um juramento. Cousas futuras! Portanto, a nossa

constituição política,
transferindo o juramento à afirmação simples, é profundamente moral. Acabou com um pecado terrível.

Faltar ao
compromisso é sempre infidelidade, mas a alguém que tenha mais temor a Deus que aos homens não

lhe importará
mentir,
uma vez ou outra, desde que não mete a alma no purgatório. Não confudam purgatório com inferno, que é

o eterno
naufrágio. Purgatório é uma casa de penhores, que empresta sobre todas as virtudes, a juro alto e prazo

curto. Mas os
prazos renovam-se, até que um dia uma ou duas virtudes medianas pagam todos os pecados grandes e

pequenos.

CAPÍTULO CXV / DÚVIDAS SOBRE DÚVIDAS

Vamos agora aos embargos... E por que iremos aos embargos? Deus sabe o que custa escrevê-los,

quanto mais
contá-los.
Da circunstancia nova que Escobar me trazia apenas digo o que lhe disse então, isto é, que não valia

nada.

--Nada?

--Quase nada.

--Então vale alguma cousa.

-- Para reforçar as razões que já temos vale menos que o chá que você vai tomar comigo.

--É tarde para tomar chá.

--Tomaremos depressa.

Tomamos depressa. Durante ele, Escobar olhava para mim descer fiado, como se cuidasse que eu

recusava a
circunstancia
nova para forrar-me a escrevê-la, mas tal suspeita não ia com a nossa amizade.

Quando ele saiu, referi as minhas dúvidas a Capitu; ela as desfez com a arte fina que possuía, um jeito

uma graça
toda sua,
capaz de dissipar as mesmas tristezas de Olímpio.

--Seria o negócio dos embargos, concluiu; e ele que veio até aqui. a esta hora, é que está impressionado

com a
demanda.

--Tens razão.

Palavra puxa palavra, falei de outras dúvidas. Eu era então um poço delas; coaxavam dentro de mim,

como
verdadeiras rãs,
a ponto de me tirarem o sono algumas vezes. Disse-lhe que começava a achar minha mãe um tanto fria e

arredia com
ela.
Pois aqui mesmo valeu a arte fina de Capitu.


[Linha 6300 de 7623 - Parte 4 de 4]



--Já disse a você o que é; cousas de sogra. Mamãezinha tem ciúmes de você; logo que eles passem e as

saudades
aumentem, ela torna a ser o que era. Em lhe faltando o neto...

--Mas eu tenho notado que já é fria também com Ezequiel Quando ele vai comigo, mamãe não lhe faz as

mesmas
graças.

--Quem sabe se não anda doente?

--Vamos nós jantar com ela amanhã?

--Vamos... Não... Pois vamos.

Fomos jantar com a minha velha. Já lhe podia chamar assim, posto que os seus cabelos brancos não o

fossem todos
nem
totalmente, e o rosto estivesse comparativamente fresco- era uma espécie de mocidade qüinquagenária

ou de
ancianidade
viçosa, à escolha... Mas nada de melancolias; não quero falar dos olhos molhados, à entrada e à saída.

Pouco entrou
na
conversação. Também não era diferente da costumada. José Dias falou do casamento e suas belezas, da

política, da
Europa
e da homeopatia, tio Cosme das suas moléstias, prima Justina da vizinhança, ou de José Dias, quando

este saía da
sala.

Quando voltamos, à noite, viemos por ali a pé, falando das minhas dúvidas. Capitu novamente me

aconselhou que
esperássemos. Sogras eram todas assim; lá vinha um dia e mudavam. Ao passo que me falava,

recrudescia de ternura.
Dali
em diante foi cada vez mais doce comigo; não me ia esperar à janela, para não espertar-me os ciúmes,

mas quando eu
subia,
via no alto da escada, entre as grades da cancela, a cara deliciosa da minha amiga e esposa, risonha

como toda a
nossa
infância. Ezequiel às vezes estava com ela; nós o havíamos acostumado a ver o ósculo da chegada e da

saída. e ele
enchia-me a cara de beijos.

CAPÍTULO CXVI / FILHO DO HOMEM

Apalpei José Dias sobre as maneiras novas de minha mãe; ficou espantado. Não havia nada, nem podia

haver cousa
nenhuma, tantos eram os louvores incessantes que ele ouvia "à bela e virtuosa Capitu."

--Agora, quando os ouço, entro também no coro, mas a princípio ficava envergonhadíssimo. Para quem

chegou, como
eu, a
arrenegar deste casamento, era duro confessar que ele foi uma verdadeira bênção do céu. Que digna

senhora nos saiu
a
criança travessa de Mata-cavalos. O pai é que nos separou um pouco, enquanto não nos conhecíamos,

mas tudo
acabou em
bem. Pois, sim, senhor, quando D. Glória elogia a sua nora e comadre...

--Então mamãe?...

--Perfeitamente!


[Linha 6350 de 7623 - Parte 4 de 4]



--Mas, por que é que não nos visita há tanto tempo?

--Creio que tem andado mais achacada dos seus reumatismos. Este ano tem feito muito frio... Imagine a

aflição dela,
que
andava o dia inteiro; agora é obrigada a estar quieta, ao pé do irmão, que lá tem o seu mal...

Quis observar-lhe que tal razão explicava a interrupção das visitas, e não a frieza quando íamos nós a

Mata-cavalos;
mas não
estendi tão longe a intimidade do agregado. José Dias pediu para ver o nosso "profetazinho" (assim

chamava a
Ezequiel) e
fez-lhe as festas do costume. Desta vez falou ao modo bíblico (estivera na véspera a folhear o livro de

Ezequiel, como
soube
depois) e perguntava-lhe: "Como vai isso, filho do homem?" "Dize-me, filho do homem, onde estão os

teus
brinquedos?"
"Queres comer doce, filho do homem?"

--Que filho do homem é esse? perguntou-lhe Capitu agastada.

--São os modos de dizer da Bíblia.

--Pois eu não gosto deles, replicou ela com aspereza.

--Tem razão, Capitu, concordou o agregado. Você não imagina como a Bíblia é cheia de expressões cruas

e grosseiras.
Eu
falava assim para variar... Tu como vais, meu anjo? Meu anjo, como é que eu ando na rua?

--Não, atalhou Capitu; já lhe vou tirando esse costume de imitar os outros.

--Mas tem muita graça; a mim, quando ele copia os meus gestos, parece-me que sou eu mesmo,

pequenino. Outro dia
chegou a fazer um gesto de D. Glória, tão bem que ela lhe deu um beijo em paga. Vamos, como é que eu

ando?

--Não, Ezequiel, disse eu, mamãe não quer.

Eu mesmo achava feio tal sestro. Alguns dos gestos já lhe iam ficando mais repetidos, como os das

mãos e pés de
Escobar,
ultimamente, até apanhara o modo de voltar a cabeça deste, quando falava, e o de deixá-la cair, quando

ria. Capitu
ralhava.
Mas o menino era travesso, como o diabo; apenas começamos a falar de outra cousa, saltou ao meio da

sala, dizendo
a José
Dias:

--O senhor anda assim.

Não podemos deixar de rir, eu mais que ninguém. A primeira pessoa que fechou a cara, que o repreendeu

e chamou a
si foi
Capitu.

--Não quero isso, ouviu?



[Linha 6400 de 7623 - Parte 4 de 4]


CAPÍTULO CXVII / AMIGOS PRÓXIMOS

Já então Escobar deixara Andaraí e comprara uma casa no Flamengo, casa que ainda ali vi, há dias,

quando me deu
na gana
experimentar se as sensações antigas estavam mortas ou dormiam só; não posso dizê-lo bem, porque

os sonos,
quando são
pesados, confundem vivos e defuntos, a não ser a respiração. Eu respirava um pouco, mas pode ser que

fosse do mar,
meio
agitado. Enfim, passei, acendi um charuto, e dei por mim no Catete, tinha subido pela Rua da Princesa,

uma rua
antiga... o
ruas antigas! ó casas antigas! ó pernas antigas! Todos nós éramos antigos, e não é preciso dizer que no

mau sentido, no
sentido de velho e acabado.

Velha é a casa, mas não lhe alteraram nada. Não sei até se ainda tem o mesmo número. Não digo que

número é para
não
irem indagar e cavar a história. Não é que Escobar ainda lá more nem sequer viva; morreu pouco depois,

por um modo
que
hei de contar. Enquanto viveu, uma vez que estávamos tão próximos, tínhamos por assim dizer uma só

casa- eu vivia
na dele,
ele na minha, e o pedaço de praia entre a Glória e o Flamengo era como um caminho de uso próprio e

particular.
Fazia-me
pensar nas duas casas de Mata-cavalos, com o seu muro de permeio.

Um historiador da nossa língua, creio que João de Barros, põe na boca de um rei bárbaro algumas

palavras mansas,
quando
os portugueses lhe propunham estabelecer ali ao pé uma fortaleza, dizia o rei que os bons amigos

deviam ficar longe
uns dos
outros, não perto, para se não zangarem como as águas do mar que batiam furiosas no rochedo que eles

viam dali.
Que a
sombra do escritor me perdoe, se eu duvido que o rei dissesse tal palavra nem que ela seja verdadeira.

Provavelmente
foi o
mesmo escritor que a inventou para adornar o texto, e não fez mal, porque é bonita; realmente, é bonita.

Eu creio que
o mar
então batia na pedra, como é seu costume, desde Ulisses e antes. Agora que a comparação seja

verdadeira é que não.
Seguramente há inimigos contíguos, mas também há amigos de perto e do peito. E o escritor esquecia

(salvo se ainda
não era
do seu tempo) esquecia o adágio: longe dos olhos, longe do coração. Nós não podíamos ter os corações

agora mais
perto.
As nossas mulheres viviam na casa uma da outra, nós passávamos as noites cá ou lá conversando,

jogando ou
mirando o
mar. Os dous pequenos passavam dias, ora no Flamengo, ora na Glória.

Como eu observasse que podia acontecer com eles o que se dera entre mim e Capitu, acharam todos que

sim, e
Sancha
acrescentou que até já se iam parecendo. Eu expliquei:

--Não; é porque Ezequiel imita os gestos dos outros.

Escobar concordou comigo, e insinuou que alguma vez as crianças que se freqüentam muito acabam

parecendo-se
umas com


[Linha 6450 de 7623 - Parte 4 de 4]


as outras. Opinei de cabeça, como me sucedia nas matérias que eu não sabia bem nem mal. Tudo podia

ser. O certo é
que
eles se queriam muito, e podiam acabar casados, mas não acabaram casados.

CAPÍTULO CXVIII / A MÃO DE SANCHA

Tudo acaba, leitor; é um velho truísmo, a que se pode acrescentar que nem tudo o que dura muito tempo.

Esta
segunda parte
não acha crentes fáceis, ao contrário, a idéia de que um castelo de vento dura mais que o mesmo vento

de que é feito,
dificilmente se despegará da cabeça, e é bom que seja assim, para que se não perca o costume daquelas

construções
quase
eternas.

O nosso castelo era sólido, mas um domingo... Na véspera tínhamos passado a noite no Flamengo, não

só os dous
casais
inseparáveis, como ainda o agregado e prima Justina. Foi então que Escobar, falando-me à janela,

disse-me que
fôssemos lá
jantar no dia seguinte; precisávamos falar de um projeto em família, um projeto para os quatro.

--Para os quatro? Uma contradança.

--Não. Não és capaz de adivinhar o que seja, nem eu digo. Vem amanhã.

Sancha não tirava os olhos de nós durante a conversa, ao canto da janela. Quando o marido saiu, veio ter

comigo.
Perguntou-me de que é que faláramos- disse-lhe que de um projeto que eu não sabia qual fosse, ela

pediu-me segredo e
revelou-me o que era: uma viagem à Europa dali a dous anos. Disse isto de costas para dentro, quase

suspirando. O
mar
batia com grande força na praia; havia ressaca.

--Vamos todos? perguntei por fim.

--Vamos.

Sancha ergueu a cabeça e olhou para mim com tanto prazer que eu, graças às relações dela e Capitu, não

se me daria
beijá-la na testa. Entretanto, os olhos de Sancha não convidavam a expansões fraterais, pareciam

quentes e
intimativos,
diziam outra cousa, e não tardou que se afastassem da janela, onde eu fiquei olhando para o mar,

pensativo. A noite
era
clara.

Dali mesmo busquei os olhos de Sancha, ao pé do piano; encontrei-os em caminho. Pararam os quatro e

ficaram
diante uns
dos outros, uns esperando que os outros passassem, mas nenhum passavam. Tal se dá na rua entre

dous teimosos. A
cautela
desligou-nos eu tornei a voltar-me para fora. E assim posto entrei a cavar na memória se alguma vez

olhara para ela
com a
mesma expressão, e fiquei incerto. Tive um certeza só, é que um dia pensei nela, como se pensa na bela

desconhecida
que
passa; mas então dar-se-ia que ela adivinhando... Talvez o simples pensamento me transluzisse cá fora,

e ela me
fugisse


[Linha 6500 de 7623 - Parte 4 de 4]


outrora irritada ou acanhada, e agora por um movimento invencível... Invencível; esta palavra foi como

uma bênção
de padre
à missa, que a gente recebe e repete em si mesma.

--O mar amanhã está de desafiar a gente, disse-me a voz de Escobar, ao pé de mim.

--Você entra no mar amanhã?

--Tenho entrado com mares maiores, muito maiores. Você não imagina o que é um bom mar em hora

bravia. É preciso
nadar
bem, como eu, e ter estes pulmões disse ele batendo no peito, e estes braços; apalpa.

Apalpei-lhe os braços, como se fossem os de Sancha. Custa-me esta confissão, mas não posso suprimi-

la; era jarretar
a
verdade. Nem só os apalpei com essa idéia, mas ainda senti outra cousa, achei-os mais grossos e fortes

que os meus, e
tive-lhes inveja; acresce que sabiam nadar.

Quando saímos, tornei a falar com os olhos à dona da casa. A mão dela apertou muito a minha, e

demorou-se mais
que de
costume

A modéstia pedia então, como agora, que eu visse naquele gesto de Sancha uma sanção ao projeto do

marido e um
agradecimento. Assim devia ser. mas o fluido particular que me correu todo o corpo desviou de mim a

conclusão que
deixo
escrita. Senti ainda os dedos de Sancha entre os meus, apertando uns aos outros. Foi um instante de

vertigem e de
pecado.
Passou depressa no relógio do tempo; quando cheguei o relógio ao ouvido, trabalhavam só os minutos

da virtude e da
razão.

-- ...Uma senhora deliciosíssima, concluiu José Dias um discurso que vinha fazendo.

--Deliciosíssima! repeti com algum ardor, que moderei logo, emendando-me: Realmente, uma bela noite!

--Como devem ser todas as daquela casa, continuou o agregado. Cá fora, não, cá fora o mar está

zangado; escute.

Ouvia-se o mar forte,--como já se ouvia de casa,--a ressaca era grande e, a distancia, viam-se crescer as

ondas. Capitu
e
prima Justina, que iam adiante, detiveram-se numa das voltas da praia, e fomos conversando os quatro,

mas eu
conversava
mal. Não havia meio de esquecer inteiramente a mão de Sancha nem os olhos que trocamos. Agora

achava-lhes isto,
agora
aquilo. Os instantes do Daho intercalavam-se nos minutos de Deus, e o relógio foi assim marcando

alternativamente a
minha
perdição e a minha salvação. José Dias despediu-se de nós à porta. Prima Justina dormiu em nossa

casa; iria embora,
no dia
seguinte, depois do almoço e da missa. Eu recolhi-me ao meu gabinete, onde me demorei mais que de

costume.

O retrato de Escobar, que eu tinha ali, ao pé do de minha mãe, falou-me como se fosse a própria pessoa.

Combati
sinceramente os impulsos que trazia do Flamengo, rejeitei a figura da mulher do meu amigo, e chamei-me

desleal.
Demais,


[Linha 6550 de 7623 - Parte 4 de 4]


quem me afirmava que houvesse alguma intenção daquela espécie no gesto da despedida e nos

anteriores? Tudo
podia
ligar-se ao interesse da nossa viagem. Sancha e Capitu eram tão amigas que seria um prazer mais para

elas irem
juntas.
Quando houvesse alguma intenção sexual, quem me provaria que não era mais que uma sensação

fulgurante,
destinada a
morrer com a noite e o sono? Há remorsos que não nascem de outro pecado, nem têm maior duração.

Agarrei-me a
esta
hipótese que se conciliava com a mão de Sancha, que eu sentia de memória dentro da minha mão, quente

e
demorada,
apertada e apertando...

Sinceramente, eu achava-me mal entre um amigo e a atração. A timidez pode ser que fosse outra causa

daquela crise;
não é
só o céu que dá as nossas virtudes, a timidez também, não contando o acaso, mas o acaso é um mero

acidente; a
melhor
origem delas é o céu. Entretanto, como a timidez vem do céu, que nos dá a compleicão, a virtude, filha

dela, é,
genealogicamente, o mesmo sangue celestial. Assim refletiria se pudesse, mas a princípio vaguei à toa.

Paixão não era
nem
insinuação. Capricho seria ou quê? Ao fim de vinte minutos era nada, inteiramente nada. O retrato de

Escobar pareceu
falar-me- vi-lhe a atitude franca e simples, sacudi a cabeça e fui deitar-me.

CAPÍTULO CXIX / NÃO FAÇA ISSO, QUERIDA!

A leitora, que é minha amiga e abriu este livro com o fim de descansar da cavatina de ontem para a valsa

de hoje,
quer
fechá-lo às pressas, ao ver que beiramos um abismo. Não faça isso, querida; eu mudo de rumo.

CAPÍTULO CXX / OS AUTOS

Na manhã seguinte acordei livre das abominações da véspera; chamei-lhes alucinações, tomei café,

percorri os jornais
e fui
estudar uns autos. Capitu e prima Justina saíram para a missa das nove, na Lapa. A figura de Sancha

desapareceu
inteiramente no meio das alegações da parte adversa, que eu ia lendo nos autos, alegações falsas,

inadmissíveis, sem
apoio na
lei nem nas praxes. Vi que era fácil ganhar a demanda- consultei Dalloz, Pereira e Sousa...

Uma só vez olhei para o retrato de Escobar. Era uma bela fotografia tirada um ano antes. Estava de pé,

sobrecasaca
abotoada, a mão esquerda no dorso de uma cadeira, a direita metida ao peito, o olhar ao longe para a

esquerda do
espectador. Tinha garbo e naturalidade. A moldura que lhe mandei pôr não encobria a dedicatória, escrita

embaixo,
não nas
costas do cartão: "Ao meu querido Bentinho o seu querido Escobar 20-4-70." Estas palavras

fortaleceram-me os
pensamentos daquela manhã, e espancaram de todo as recordações da véspera. Naquele tempo a minha

vista era
boa; eu
podia lê-las do lugar em que estava. Tornei aos autos.

CAPÍTULO CXXI / A CATÁSTROFE

No melhor deles, ouvi passos precipitados na escada, a campainha soou, soaram palmas, golpes na

cancela, vozes,
acudiram


[Linha 6600 de 7623 - Parte 4 de 4]


todos, acudi eu mesmo. Era um escravo da casa de Sancha que me chamava

--Para ir lá... sinhô nadando, sinhô morrendo.

Não disse mais nada, ou eu não lhe ouvi o resto. Vesti-me, deixei recado a Capitu e corri ao Flamengo.

Em caminho, fui adivinhando a verdade. Escobar meteu-se a na dar, como usava fazer, arriscou-se um

pouco mais
fora que
de costume, apesar do mar bravio, foi enrolado e morreu. As canoas que acudiram mal puderam trazer-lhe

o cadáver.

CAPÍTULO CXXII / O ENTERRO

A Viúva... Poupo-vos as lágrimas da viúva, as minhas, as da outra gente. Saí de lá cerca de onze horas;

Capitu e prima
Justina esperavam-me, uma com o parecer abatido e estúpido, outra enfastiada apenas.

--Vão fazer companhia à pobre Sanchinha; eu vou cuidar do enterro.

Assim fizemos. Quis que o enterro fosse pomposo, e a afluência dos amigos foi numerosa. Praia, ruas,

Praça da Glória,
tudo
eram carros, muitos deles particulares. A casa não sendo grande, não podiam lá caber todos, muitos

estavam na praia,
falando do desastre, apontando o lugar em que Escobar falecera, ouvindo referir a chegada do morto.

José Dias ouviu
também falar dos negócios do finado, divergindo alguns na avaliação dos bens, mas havendo acordo em

que o
passivo devia
ser pequeno. Elogiavam as qualidades de Escobar, um ou outro discutia o recente gabinete Rio Branco-

estávamos em
março de 1871. Nunca me esqueceu o mês nem o ano.

Como eu houvesse resolvido falar no cemitério, escrevi algumas linhas e mostrei-as em casa a José

Dias, que as achou
realmente dignas do morto e de mim. Pediu-me o papel, recitou lentamente o discurso, pesando as

palavras, e
confirmou a
primeira opinião; no Flamengo espalhou a notícia. Alguns conhecidos vieram interrogar-me:

--Então, vamos ouvi-lo?

--Quatro palavras.

Poucas mais seriam. Tinha-as escrito com receio de que a emoção me impedisse de improvisar. No

tílburi em que andei
uma
ou duas horas, não fizera mais que recordar o tempo do seminário, as relações de Escobar, as nossas

simpatias, a
nossa
amizade, começada, continuada e nunca interrompida, até que um lance da fortuna fez separar para

sempre duas
criaturas
que prometiam ficar por muito tempo unidas. De quando em quando enxugava os olhos. O cocheiro

aventurou duas
ou três
perguntas sobre a minha situação moral; não me arrancando nada, continuou o seu ofício. Chegando a

casa, deitei
aquelas
emoções ao papel; tal seria o discurso.

CAPÍTULO CXXIII / OLHOS DE RESSACA

Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero

daquele lance


[Linha 6650 de 7623 - Parte 4 de 4]


consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a

viúva, parecia
vencer-se
a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou

alguns
instantes para
o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e

caladas...

As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente

que estava
na sala.
Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento

houve em
que os
olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e

abertos, como
a vaga
do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.

CAPÍTULO CXXIV / O DISCURSO

--Vamos, são horas...

Era José Dias que me convidava a fechar o ataúde. Fechamo-lo, e eu peguei numa das argolas; rompeu o

alarido final.
Palavra que, quando cheguei à porta, vi o sol claro, tudo gente e carros, as cabeças descobertas, tive um

daqueles meus
impulsos que nunca chegavam à execução: foi atirar à rua caixão, defunto e tudo. No carro disse a José

Dias que se
calasse.
No cemitério tive de repetir a cerimônia da casa, desatar as correias, e ajudar a levar o féretro à cova. O

que isto me
custou
imagina. Descido o cadáver à cova, trouxeram a cal e a pá; sabes disto, terás ido a mais de um enterro,

mas o que não
sabes
nem pode saber nenhum dos teus amigos, leitor, ou qualquer outro estranho, é a crise que me tomou

quando vi todos
os
olhos em mim, os pés quietos, as orelhas atentas, e, ao cabo de alguns instantes de total silêncio, um

sussurro vago,
algumas
vozes interrogativas, sinais, e alguém, José Dias, que me dizia ao ouvido:

--Então, fale.

Era o discurso. Queriam o discurso. Tinham jus ao discurso anunciado. Maquinalmente, meti a mão no

bolso, saquei o
papel
e li-o aos trambolhões, não todo, nem seguido, nem claro; a voz parecia-me entrar cm vez de sair, as

mãos
tremiam-me. Não
era só a emoção nova que me fazia assim, era o próprio texto, as memórias do amigo, as saudades

confessadas, os
louvores
à pessoa e aos seus méritos; tudo isto que eu era obrigado a dizer e dizia mal. Ao mesmo tempo,

temendo que me
adivinhassem a verdade, forcejava por escondê-la bem. Creio que poucos me ouviram, mas o gesto geral

foi de
compreensão c de aprovação. As mãos que me deram a apertar eram de solidariedade; alguns diziam:

"Muito bonito!
muito
bem! magnífico!" José Dias achou que a eloqüência estivera na altura da piedade. Um homem, que me

pareceu
jornalista,
pediu-me licença para levar o manuscrito e imprimi-lo. Só a minha grande turvação recusaria um

obséquio tão
simples.

CAPÍTULO CXXV / UMA COMPARAÇÃO


[Linha 6700 de 7623 - Parte 4 de 4]



Príamo julga-se o mais infeliz dos homens, por beijar a mão daquele que lhe matou o filho. Homero é que

relata isto, e
é um
bom autor, não obstante contá-lo em verso, mas há narrações exatas em verso, e até mau verso.

Compara tu a
situação de
Príamo com a minha; eu acabava de louvar as virtudes do homem que recebera, defunto, aqueles olhos...

É
impossível que
algum Homero não tirasse da minha situação muito melhor efeito, ou quando menos igual. Nem digas que

nos faltam
Homeros, pela causa apontada em Camões; não, senhor, faltam-nos, é certo, mas é porque os Príamos

procuram a
sombra
e o silêncio. As lágrimas, se as têm, são enxugadas atrás da porta, para que as caras apareçam limpas e

serenas, os
discursos
são antes de alegria que de melancolia, e tudo passa como se Aquiles não matasse Heitor.

CAPÍTULO CXXVI / CISMANDO

Pouco depois de sair do cemitério, rasguei o discurso e deitei os pedaços pela portinhola fora, sem

embargo dos
esforços de
José Dias para impedi-lo.

--Não presta para nada, disse-lhe eu, e como posso ter a tentação de dá-lo a imprimir, fica já destruído de

uma vez.
Não
presta, não vale nada.

José Dias demonstrou longamente o contrário, depois elogiou o enterro, e por último fez o panegírico do

morto, uma
grande
alma, espírito ativo, coração reto, amigo, bom amigo, digno da esposa amantíssima que Deus lhe dera...

Neste ponto do discurso, deixei-o falar sozinho e peguei a cismar comigo. O que cismei foi tão escuro e

confuso que
não me
deixou tomar pé. No Catete mandei parar o carro, disse a José Dias que fosse buscar as senhoras ao

Flamengo e as
levasse
para casa; eu iria a pé.

-- Mas...

--Vou fazer uma visita.

A razão disto era acabar de cismar, e escolher uma resolução que fosse adequada ao momento. O carro

andaria mais
depressa que as pernas- estas iriam pausadas ou não, podia afrouxar o passo. parar, arrepiar caminho, e

deixar que a
cabeça
cismasse à vontade. Fui andando e cismando. Tinha já comparado o gesto de Sancha na véspera e o

desespero
daquele dia;
eram inconciliáveis. A viúva era realmente amantíssima. Assim se desvaneceu de todo a ilusão da minha

vaidade.
Não seria o
mesmo caso de Capitu. Cuidei de recompor-lhe os olhos, a posição em que a vi, o ajuntamento de

pessoas que devia
natural
mente impor-lhe a dissimulação, se houvesse algo que dissimular. O que aqui vai por ordem lógica e

dedutiva, tinha
sido
antes uma barafunda de idéias e sensações, graças aos solavancos do carro e às interrupções de José

Dias. Agora,


[Linha 6750 de 7623 - Parte 4 de 4]


porém,
raciocinava e evocava claro e bem. Concluí de mim para mim que era a antiga paixão que me ofuscava

ainda e me
fazia
desvairar como sempre.

Quando cheguei a esta conclusão final, chegava também à porta de casa, mas voltei para trás, e subi

outra vez a Rua
do
Catete. Eram as dúvidas que me afligiam ou a necessidade de afligir Capitu com a minha grande demora?

Ponhamos
que
eram as duas causas; andei largo espaço, até que me senti sossegar, e endireitei para casa. Batiam oito

horas numa
padaria.

CAPÍTULO CXXVII / O BARBEIRO

Perto de casa, havia um barbeiro, que me conhecia de vista, amava a rebeca e não tocava inteiramente

mal. Na
ocasião em
que ia passando, executava não sei que peça. Parei na calçada a ouvi-lo (tudo são pretextos a um

coração agoniado),
ele
viu-me, e continuou a tocar. Não atendeu a um freguês, e logo a outro, que ali foram, a despeito da hora e

de ser
domingo,
confiar-lhe as caras à navalha. Perdeu-os sem perder uma nota- ia tocando para mim. Esta consideração

fez-me
chegar
francamente à porta da loja, voltado para ele. Ao fundo, levantando a cortina de chita que fechava o

interior da casa,
vi
apontar uma moça trigueira, vestido claro, flor no cabelo. Era a mulher dele, creio que me descobriu de

dentro, e veio
agradecer-me com a presença o favor que eu fazia ao marido. Se me não engano, chegou a dizê-lo com

os olhos.
Quanto ao
marido, tocava agora com mais calor; sem ver a mulher, sem ver fregueses, grudava a face ao

instrumento, passava a
alma ao
arco, e tocava, tocava...

Divina arte! Ia-se formando um grupo, deixei a porta da loja e vim andando para casa; enfiei pelo corredor

e subi as
escadas
sem estrépito. Nunca me esqueceu o caso deste barbeiro, ou por estar ligado a um momento grave da

minha vida, ou
por
esta máxima, que os compiladores podem tirar daqui e inserir nos compêndios de escola. A máxima é

que a gente
esquece
devagar as boas ações que pratica, e verdadeiramente não as esquece nunca. Pobre barbeiro! perdeu

duas barbas
naquela
noite, que eram o pão do dia seguinte, tudo para ser ouvido de um traunseunte. Supõe agora que este, em

vez de ir-se
embora, como eu fui, ficava à porta a ouvi-lo e a enamorar-lhe a mulher, então é que ele, todo arco, todo

rebeca,
tocaria
desesperadamente. Divina arte!

CAPÍTULO CXXVIII / PUNHADO DE SUCESSOS

Como ia dizendo, subi as escadas sem estrépito, empurrei a cancela, que estava apenas encostada, e

dei com prima
Justina e
José Dias jogando cartas na saleta próxima. Capitu levantou-se do canapé e veio a mim. O rosto dela era

agora sereno
e


[Linha 6800 de 7623 - Parte 4 de 4]


puro. Os outros suspenderam o jogo, e todos falamos do desastre e da viúva. Capitu censurou a

imprudência de
Escobar, e
não dissimulou a tristeza que lhe trazia a dor da amiga. Perguntei-lhe por que não ficara com Sancha

aquela noite.

--Tem lá muita gente; ainda assim ofereci-me, mas não quis. Também lhe disse que era melhor vir para

cá, e passar
aqui uns
dias conosco.

--Também não quis?

--Também não.

--Entretanto, a vista do mar há de ser-lhe penosa, todas as manhãs, ponderou José Dias, e não sei como

poderá...

-- Mas passa; o que é que não passa? atalhou prima Justina.

E como em torno desta idéia começássemos uma troca de palavras, Capitu saiu para ir ver se o filho

dormia. Ao
passar pelo
espelho, concertou os cabelos tão demoradamente que pareceria afetação, se não soubéssemos que ela

era muito
amiga de
si. Quando tornou, trazia os olhos vermelhos; disse-nos que, ao mirar o filho dormindo, pensara na

filhinha de Sancha,
e na
aflição da viúva. E, sem se lhe dar das visitas, nem reparar se havia algum criado, abraçou-me e disse-

me que, se
quisesse
pensar nela, era preciso pensar primeiro na minha vida. José Dias achou a frase "lindíssima", e

perguntou a Capitu por
que é
que não fazia versos. Tentei meter o caso à bulha, e assim acabamos a noite.

No dia seguinte, arrependi-me de haver rasgado o discurso, não que quisesse dá-lo a imprimir, mas era

lembrança do
finado.
Pensei em recompô-lo, mas só achei frases soltas, que uma vez juntas não tinham sentido. Também

pensei em fazer
outro,
mas era já difícil, e podia ser apanhado em falso pelos que me tinham ouvido no cemitério. Quanto a

recolher os
pedacinhos
de papel deitados à rua, era tarde; estariam já varridos.

Inventariei as lembranças de Escobar, livros, um tinteiro de bronze, uma bengala de marfim, um pássaro,

o álbum de
Capitu,
duas paisagens do Paraná e outras. Também ele as possuía de minha mão. Vivemos assim a trocar

memórias e
regalos, ora
em dia de anos, ora sem razão particular. Tudo isso me empanava os olhos... Vieram os jornais do dia:

davam notícia
do
desastre e da morte de Escobar, os estudos e os negócios deste, as qualidades pessoais, a simpatia do

comércio, e
também
falavam dos bens deixados, da mulher e da filha. Tudo isso foi na segunda-feira. Na terça-feira foi aberto

o
testamento, que
me nomeava segundo testamenteiro; o primeiro lugar cabia a mulher. Não me deixava nada, mas as

palavras que me
escrevera em carta separada eram sublimes de amizade e estima. Capitu desta vez chorou muito; mas

compôs-se
depressa.



[Linha 6850 de 7623 - Parte 4 de 4]


Testamento, inventário, tudo andou quase tão depressa como aqui vai dito. Ao cabo de pouco tempo,

Sancha
retirou-se
para a casa dos parentes no Paraná.

CAPÍTULO CXXIX / A D. SANCHA

D. Sancha, peço-lhe que não leia este livro; ou, se o houver lido até aqui, abandone o resto. Basta fechá-

lo; melhor será
queimá-lo, para lhe não dar tentação e abri-lo outra vez. Se, apesar do aviso, quiser ir até o fim, a culpa é

sua; não
respondo
pelo mal que receber. O que já lhe tiver feito, contando os gestos daquele sábado, esse acabou, uma vez

que os
acontecimentos, e eu com eles, desmentimos a minha ilusão; mas o que agora a alcançar, esse é

indelével. Não, amiga
minha,
não leia mais. Vá envelhecendo, sem marido nem filha, que eu faço a mesma cousa, e é ainda o melhor

que se pode
fazer
depois da mocidade. Um dia. iremos daqui até à porta do céu, onde nos encontraremos renovados, como

as plantas
novas,
come piante novelle,

Rinovellate di novelle fronde.

O resto em Dante.

CAPÍTULO CXXX / UM DIA...

Por enquanto, um dia Capitu quis saber o que é que me fazia andar calado e aborrecido. E propôs-me a

Europa,
Minas,
Petrópolis, uma série de bailes, mil desses remédios aconselhados aos melancólicos. Eu não sabia que

lhe respondesse;
recusei as diversões. Como insistisses repliquei-lhe que os meus negócios andavam mal. Capitu sorriu

para animar-me.
E que
tinha que andassem mal? Tornariam a andar bem, e até lá as jóias, os objetos de algum valor seriam

vendidos, e
iríamos
residir em algum beco. Viveríamos sossegados e esquecidos; depois tornaríamos à tona da água. A

ternura com que
me disse
isto era de comover as pedras. Pois nem assim. Respondi-lhe secamente que não era preciso vender

nada. Deixei-me
estar
calado e aborrecido. Ela propôs-me jogar cartas ou damas, um passeio a pé, uma visita a Mata-cavalos;

e, como eu
não
aceitasse nada, foi para a sala, abriu o piano, e começou a tocar; eu aproveitei a ausência, peguei do

chapéu e saí.

...Perdão, mas este capítulo devia ser precedido de outro, em que contasse um incidente, ocorrido poucas

semanas
antes,
dous meses depois da partida de Sancha. Vou escrevê-lo; podia antepô-lo a este antes de mandar o livro

ao prelo, mas
custa muito alterar o número das páginas; vai assim mesmo, depois a narração seguirá direita até o fim.

Demais, é
curto.

CAPÍTULO CXXXI / ANTERIOR AO ANTERIOR

Foi o caso que a minha vida era outra vez doce e plácida, a banca do advogado rendia-me bastante,

Capitu estava
mais bela,
Ezequiel ia crescendo. Começava o ano de 1872.


[Linha 6900 de 7623 - Parte 4 de 4]



--Você já reparou que Ezequiel tem nos olhos uma expressão esquisita? perguntou-me Capitu. Só vi duas

pessoas
assim, um
amigo de papai e o defunto Escobar. Olha, Ezequiel; olha firme, assim, vira para o lado de papai, não

precisa revirar os
olhos, assim, assim...

Era depois de jantar, estávamos ainda à mesa, Capitu brincava com o filho, ou ele com ela, ou um com

outro, porque,
em
verdade, queriam-se muito, mas é também certo que ele me queria ainda mais a mim. Aproximei-me de

Ezequiel,
achei que
Capitu tinha razão; eram os olhos de Escobar, mas não me pareceram esquisitos por isso. Afinal não

haveria mais que
meia
dúzia de expressões no mundo, e muitas semelhanças se dariam naturalmente. Ezequiel não entendeu

nada, olhou
espantado
para ela e para mim, e afinal saltou-me ao colo:

--Vamos passear, papai?

--Logo, meu filho.

Capitu, alheia a ambos, fitava agora a outra borda da mesa; mas, dizendo-lhe eu que, na beleza, os olhos

de Ezequiel
saíam
aos da mãe, Capitu sorriu abanando a cabeça com um ar que nunca achei em mulher alguma,

provavelmente porque
não
gostei tanto das outras. As pessoas valem o que vale a afeição da gente, e é daí que mestre Povo tirou

aquele adágio
que
quem o feio ama bonito lhe parece. Capitu tinha meia dúzia de gestos únicos na terra. Aquele entrou-me

pela alma
dentro.
Assim fica explicado que eu corresse à minha esposa e amiga e lhe enchesse a cara de beijos; mas este

outro incidente
não é
radicalmente necessário à compreensão do capítulo passado e dos futuros; fiquemos nos olhos de

Ezequiel.

CAPÍTULO CXXXII / O DEBUXO E O COLORIDO

Nem só os olhos, mas as restantes feições, a cara, o corpo, a pessoa inteira, iam-se apurando com o

tempo. Eram
como um
debuxo primitivo que o artista vai enchendo e colorindo aos poucos, e a figura entra a ver, sorrir, palpitar,

falar quase,
até
que a família pêndula o quadro na parede, em memória do que foi e já não pode ser. Aqui podia ser e era.

O costume
valeu
muito contra o efeito da mudança; mas a mudança fez-se, não à maneira de teatro, fez-se como a manhã

que aponta
vagarosa, primeiro que se possa ler uma carta, depois lê-se a carta na rua, em casa, no gabinete, sem

abrir as janelas; a
luz
coada pelas persianas basta a distinguir as letras. Li a carta, mal a princípio e não toda, depois fui lendo

melhor.
Fugia-lhe, é
certo, metia o papel no bolso, corria a casa, fechava-me, não abria as vidraças, chegava a fechar os

olhos. Quando
novamente abria os olhos e a carta, a letra era clara e a notícia claríssima.

Escobar vinha assim surgindo da sepultura, do seminário e do Flamengo para se sentar comigo à mesa,

receber-me na
escada, beijar-me no gabinete de manhã, ou pedir-me à noite a bênção do costume. Todas essas ações

eram


[Linha 6950 de 7623 - Parte 4 de 4]


repulsivas; eu
tolerava-as e praticava as, para me não descobrir a mim mesmo e ao mundo. Mas o que pudesse

dissimular ao
mundo, não
podia fazê-lo a mim, que vivia mais perto de mim que ninguém. Quando nem mãe nem filho estavam

comigo o meu
desespero
era grande, e eu jurava matá-los a ambos, ora de golpe, ora devagar, para dividir pelo tempo da morte

todos os
minutos da
vida embaçada e agoniada. Quando, porém, tornava a casa e via no alto da escada a criaturinha que me

queria e
esperava,
ficava desarmado e diferia o castigo de um dia para outro.

O que se passava entre mim e Capitu naqueles dias sombrios, não se notará aqui, por ser tão miúdo e

repetido, e já tão
tarde
que não se poderá dizê-lo sem falha nem canseira. Mas o principal irá. E o principal é que os nossos

temporais eram
agora
contínuos e terríveis.

Antes de descoberta aquela má terra da verdade, tivemos outros de pouca dura; não tardava que o céu se

fizesse azul,
o sol
claro e o mar chão, por onde abríamos novamente as velas que nos levavam às ilhas e costas mais

belas do universo,
até que
outro pé de vento desbaratava tudo, e nós, postos à capa, esperávamos outra bonança, que não era

tardia nem dúbia,
antes
total, próxima e firme.

Releva-me estas metáforas; cheiram ao mar e à maré que deram morte ao meu amigo e comborço

Escobar. Cheiram
também aos olhos de ressaca de Capitu. Assim, posto sempre fosse homem de terra, conto aquela parte

da minha
vida,
como um marujo contaria o seu naufrágio.

Já entre nós só faltava dizer a palavra última; nós a líamos, porém, nos olhos um do outro, vibrante e

decisiva, e
sempre que
Ezequiel vinha para nós não fazia mais que separar-nos. Capitu propôs metê-lo em um colégio, donde só

viesse aos
sábados;
custou muito ao menino aceitar esta situação.

--Quero ir com papai! Papai há de ir comigo! bradava ele.

Fui eu mesmo que o levei um dia de manhã, uma segunda-feira. Era no antigo Largo da Lapa, perto da

nossa casa.
Levei-o a
pé, pela mão, como levara o ataúde do outro. O pequeno ia chorando e fazendo perguntas a cada passo,

se voltaria
para
casa, e quando, e se eu iria vê-lo...

--Vou.

--Papai não vai!

--Vou sim.



[Linha 7000 de 7623 - Parte 4 de 4]


--Jura, papai!

--Pois sim.

--Papai não diz que jura.

--Pois juro.

E lá o levei e deixei. A ausência temporária não atalhou o mal, e toda a arte fina de Capitu para fazê-lo

atenuar, ao
menos, foi
como se não fosse; eu sentia-me cada vez pior. A mesma situação nova agravou a minha paixão.

Ezequiel vivia agora
mais
fora da minha vista; mas a volta dele, ao fim das semanas, ou pelo descostume em que eu ficava, ou

porque o tempo
fosse
andando e completando a semelhança, era a volta de Escobar mais vivo e ruidoso. Até a voz, dentro de

pouco, já me
parecia a mesma. Aos sábados, buscava não andar em casa e só entrar quando ele estivesse dormindo;

mas não
escapava
ao domingo, no gabinete, quando eu me achava entre jornais e autos. Ezequiel entrava turbulento,

expansivo, cheio de
riso e
de amor, porque o demo do pequeno cada vez morria mais por mim. Eu, a falar verdade, sentia agora

uma aversão
que mal
podia disfarçar, tanto a ela como aos outros. Não podendo encobrir inteiramente esta disposição moral,

cuidava de me
não
fazer encontradiço com ele, ou só o menos que pudesse; ora tinha trabalho que me obrigava a fechar o

gabinete, ora
saía ao
domingo para ir passear pela cidade e arrabaldes o meu mal secreto.

CAPÍTULO CXXXIII / UMA IDÉIA

Um dia--era uma sexta-feira,--não pude mais. Certa idéia, que negrejava em mim, abriu as asas e entrou a

batê-las de
um
lado para outro, como fazem as idéias que querem sair. O ser sexta-feira creio que foi acaso, mas

também pode ter
sido
propósito; fui educado no terror daquele dia. ouvi cantar baladas, em casa, vindas da roça e da antiga

metrópole, nas
quais a
sexta-feira era o dia de agouro. Entretanto, não havendo almanaques no cérebro, é provável que a idéia

não batesse
as asas
senão pela necessidade que sentia de vir ao ar e à vida. A vida é tão bela que a mesma idéia da morte

precisa de vir
primeiro
a ela, antes de se ver cumprida. Já me vais entendendo; lê agora outro capítulo.

CAPÍTULO CXXXIV / O DIA DE SÁBADO

A idéia saiu finalmente do cérebro. Era noite, e não pude dormir, por mais que a sacudisse de mim.

Também nenhuma
noite
me passou tão curta. Amanheceu, quando cuidava não ser mais que uma ou duas horas.

Saí, supondo deixar a idéia em casa; ela veio comigo. Cá fora tinha a mesma cor escura, as mesmas

asas trépidas, e
posto
avoasse com elas, era como se fosse fixa; eu a levava na retina, não que me encobrisse as cousas

externas, mas via-as


[Linha 7050 de 7623 - Parte 4 de 4]


através dela, com a cor mais pálida que de costume, e sem se demorarem nada.

Não me lembra bem o resto do dia. Sei que escrevi algumas cartas, comprei uma substancia, que não

digo, para não
espertar
o desejo de prová-la. A farmácia faliu, é verdade; o dono fez-se banqueiro, e o banco prospera. Quando

me achei com
a
morte no bolso senti tamanha alegria como se acabasse de tirar a sorte grande, ou ainda maior, porque o

prêmio da
loteria
gasta-se, e a morte não se gasta. Fui a casa de minha mãe, com o fim de despedir-me, a título de visita.

Ou de verdade
ou
por ilusão, tudo ali me pareceu melhor nesse dia. minha mãe menos triste, tio Cosme esquecido do

coração, prima
Justina da
língua. Passei uma hora em paz. Cheguei a abrir mão do projeto. Que era preciso para viver? Nunca mais

deixar
aquela casa
ou prender aquela hora a mim mesmo...

CAPÍTULO CXXXV / OTELO

Jantei fora. De noite fui ao teatro. Representava-se justamente Otelo, que eu não vira nem lera nunca;

sabia apenas o
assunto, e estimei a coincidência. Vi as grandes raivas do mouro, por causa de um lenço. --um simples

lenço!--e aqui
dou
matéria à meditação dos psicólogos deste e de outros continentes, pois não me pude furtar à observação

de que um
lenço
bastou a acender os ciúmes de Otelo e compor a mais sublime tragédia deste mundo. Os lenços

perderam-se. hoje são
precisos os próprios lençóis; alguma vez nem lençóis há e valem só as camisas. Tais eram as idéias

que me iam
passando pela
cabeça, vagas e turvas, à medida que o mouro rolava convulso, e Iago destilava a sua calúnia. Nos

intervalos não me
levantava da cadeira- não queria expor-me a encontrar algum conhecido. As senhoras ficavam quase

todas nos
camarotes,
enquanto os homens iam fumar. Então eu perguntava a mim mesmo se alguma daquelas não teria amado

alguém
que jazesse
agora no cemitério, e vinham outras incoerências, até que o pano subia e continuava a peça. O último ato

mostrou-me
que
não eu, mas Capitu devia morrer. Ouvi as súplicas de Desdêmona, as suas palavras amorosas e puras, e

a fúria do
mouro, e
a morte que este lhe deu entre aplausos frenéticos do público.

--E era inocente, vinha eu dizendo rua abaixo; -- que faria o público, se ela deveras fosse culpada, tão

culpada como
Capitu?
E que morte lhe daria o mouro? Um travesseiro não bastaria; era preciso sangue e fogo, um fogo intenso

e vasto, que a
consumisse de todo, e a reduzisse a pó, e o pó seria lançado ao vento, como eterna extinção...

Vaguei pelas ruas o resto da noite. Ceei, é verdade um quase nada, mas o bastante para ir até à manhã.

Vi as últimas
horas
da noite e as primeiras do dia, vi os derradeiros passeadores e os primeiros varredores, as primeiras

carroças, os
primeiros
ruídos, os primeiros albores, um dia que vinha depois do outro e me veria ir para nunca mais voltar. As

ruas que eu
andava
como que me fugiam por si mesmas. Não tornaria a contemplar o mar da Glória, nem a serra dos órgãos,

nem a
fortaleza de


[Linha 7100 de 7623 - Parte 4 de 4]


Santa Cruz e as outras. A gente que passava não era tanta, como nos dias comuns da semana, mas era

já numerosa e
ia a
algum trabalho, que repetiria depois; eu é que não repetiria mais nada.

Cheguei a casa, abri a porta devagarinho, subi pé ante pé, e meti-me no gabinete, iam dar seis horas.

Tirei o veneno do
bolso, fiquei em mangas de camisa, e escrevi ainda uma carta, a última, dirigida a Capitu. Nenhuma das

outras era
para ela;
senti necessidade de lhe dizer uma palavra em que lhe ficasse o remorso da minha morte.

Escrevi dous textos. O primeiro queimei-o por ser longo e difuso. O segundo continha só o necessário,

claro e breve.
Não
lhe lembrava o nosso passado, nem as lutas havidas, nem alegria alguma; falava-lhe só de Escobar e da

necessidade
de
morrer.

CAPÍTULO CXXXVI / A XÍCARA DE CAFÉ

O meu plano foi esperar o café, dissolver nele a droga e ingeri-la. Até lá, não tendo esquecido de todo a

minha história
romana, lembrou-me que Catão, antes de se matar, leu e releu um livro de Platão. Não tinha Platão

comigo; mas um
tomo
truncado de Plutarco, em que era narrada a vida do célebre romano, bastou-me a ocupar aquele pouco

tempo, e para
em
tudo imitá-lo, estirei-me no canapé. Nem era só imitá-lo nisso; tinha necessidade de incutir em mim a

coragem dele,
assim
como ele precisara dos sentimentos do filósofo, para intrepidamente morrer. Um dos males da ignorância

é não ter este
remédio à última hora. Há muita gente que se mata sem ele, e nobremente expira, mas estou que muita

mais gente
poria termo
aos seus dias, se pudesse achar essa espécie de cocaína moral dos bons livros. Entretanto, querendo

fugir a qualquer
suspeita
de imitação, lembra-me bem que, para não ser encontrado ao pé de mim o livro de Plutarco, nem ser dada

a notícia
nas
gazetas com a da cor das calças que eu então vestia, assentei de pô-lo novamente no seu lugar, antes de

beber o
veneno.

O copeiro trouxe o café. Ergui-me, guardei o livro, e fui para a mesa onde ficara a xícara. Já a casa estava

em
rumores; era
tempo de acabar comigo. A mão tremeu-me ao abrir o papel em que trazia a droga embrulhada. Ainda

assim tive
animo de
despejar a substancia na xícara, e comecei a mexer o café, os olhos vagos, a memória em Desdêmona

inocente; o
espetáculo
da véspera vinha intrometer-se na realidade da manhã. Mas a fotografia de Escobar deu-me o animo que

me ia
faltando; lá
estava ele, com a mão nas costas da cadeira, a olhar ao longe...

"Acabemos com isto", pensei.

Quando ia a beber, cogitei se não seria melhor esperar que Capitu e o filho saíssem para a missa;

beberia depois; era
melhor.
Assim disposto, entrei a passear no gabinete. Ouvi a voz de Ezequiel no corredor, vi-o entrar e correr a

mim bradando:



[Linha 7150 de 7623 - Parte 4 de 4]


--Papai! papai!

Leitor, houve aqui um gesto que eu não descrevo por havê-lo inteiramente esquecido, mas crê que foi

belo e trágico.
Efetivamente, a figura do pequeno fez-me recuar até dar de costas na estante. Ezequiel abraçou-me os

joelhos,
esticou-se na
ponta dos pés, como que rendo subir e dar-me o beijo do costume; e repetia, puxando-me:

--Papai! papai!

CAPÍTULO CXXXVII / SEGUNDO IMPULSO

Se eu não olhasse para Ezequiel, é provável que não estivesse aqui escrevendo este livro, porque o meu

primeiro
ímpeto foi
correr ao café e bebê-lo. Cheguei a pegar na xícara, mas o pequeno beijava-me a mão, como de costume,

e a vista
dele,
como o gesto, deu-me outro impulso que me custa dizer aqui;- mas vá lá, diga-se tudo. Chamem me

embora
assassino; não
serei eu que os desdiga ou contradiga; o meu segundo impulso foi criminoso. Inclinei-me e perguntei a

Ezequiel se já
tomara
café.

--Já, papai; vou à missa com mamãe.

--Toma outra xícara, meia xícara só.

--E papai?

-- Eu mando vir mais; anda, bebe!

Ezequiel abriu a boca. Cheguei-lhe a xícara, tão trêmulo que quase a entornei, mas disposto a fazê-la cair

pela goela
abaixo,
caso o sabor lhe repugnasse, ou a temperatura, porque o café estava frio... Mas não sei que senti que me

fez recuar.
Pus a
xícara em cima da mesa, e dei por mim a beijar doudamente a cabeça do menino.

--Papai! papai! exclamava Ezequiel.

--Não, não, eu não sou teu pai!

CAPÍTULO CXXXVIII / CAPITU QUE ENTRA

Quando levantei a cabeça, dei com a figura de Capitu diante de mim. Eis aí outro lance, que parecerá de

teatro, e é tão
natural como o primeiro, uma vez que a mãe e o filho iam à missa, e Capitu não saía sem falar-me. Era já

um falar
seco e
breve; a maior parte das vezes, eu nem olhava para ela. Ela olhava sempre, esperando.

Desta vez, ao dar com ela, não sei se era dos meus olhos, mas Capitu pareceu-me lívida. Seguiu-se um

daqueles
silêncios, a
que, sem mentir, se pode chamar de um século, tal é a extensão do tempo nas grandes crises. Capitu

recompôs-se;
disse ao


[Linha 7200 de 7623 - Parte 4 de 4]


filho que se fosse embora, e pediu-me que lhe explicasse...

--Não há que explicar, disse eu.

--Há tudo, não entendo as tuas lágrimas nem as de Ezequiel. Que houve entre vocês?

--Não ouviu o que lhe disse?

Capitu respondeu que ouvira choro e rumor de palavras. Eu creio que ouvira tudo claramente mas

confessá-lo seria
perder a
esperança do silêncio e da reconciliação por isso negou a audiência e confirmou unicamente a vista. Sem

lhe contar o
episódio do café, repeti-lhe as palavras do final do capítulo.

--O quê? perguntou ela como se ouvira mal.

--Que não é meu filho.

Grande foi a estupefação de Capitu, e não menor a indignação que lhe sucedeu, tão naturais ambas que

fariam
duvidar as
primeiras testemunhas de vista do nosso foro. Já ouvi que as há para vários casos, questão de preço; eu

não creio,
tanto mais
que a pessoa que me contou isto acabava de perder uma demanda. Mas, haja ou não testemunhas

alugadas, a minha
era
verdadeira; a própria natureza jurava por si, e eu não queria duvidar dela. Assim que, sem atender à

linguagem de
Capitu,
aos seus gestos, à dor que a retorcia, a cousa nenhuma, repeti as palavras ditas duas vezes com tal

resolução que a
fizeram
afrouxar. Após alguns instantes, disse-me ela:

--Só se pode explicar tal injúria pela convicção sincera; entretanto você que era tão cioso dos menores

gestos, nunca
revelou
a menor sombra de desconfiança. Que é que lhe deu tal idéia? Diga,-- continuou vendo que eu não

respondia nada, --
diga
tudo; depois do que ouvi, posso ouvir o resto, não pode ser muito. Que é que lhe deu agora tal convicção?

Ande,
Bentinho,
fale! fale! Despeça-me daqui, mas diga tudo primeiro.

--Há cousas que se não dizem.

--Que se não dizem só metade; mas já que disse metade, diga tudo.

Tinha-se sentado numa cadeira ao pé da mesa. Podia estar um tanto confusa, o porte não era de acusada.

Pedi-lhe
ainda
uma vez que não teimasse.

--Não, Bentinho, ou conte o resto, para que eu me defenda, se você acha que tenho defesa, ou peço-lhe

desde já a
nossa
separação: não posso mais!

--A separação é cousa decidida, redargüi pegando-lhe na proposta. Era melhor que a fizéssemos por

meias palavras ou


[Linha 7250 de 7623 - Parte 4 de 4]


em
silêncio; cada um iria com a sua ferida. Uma vez, porém, que a senhora insiste, aqui vai o que lhe posso

dizer, e é tudo.

Não disse tudo; mas pude aludir aos amores de Escobar sem proferir-lhe o nome. Capitu não pôde deixar

de rir, de um
riso
que eu sinto não poder transcrever aqui; depois, em um tom juntamente irônico e melancólico:

--Pois até os defuntos! Nem os mortos escapam aos seus ciúmes!

Concertou a capinha e ergueu-se. Suspirou, creio que suspirou, enquanto eu, que não pedia outra cousa

mais que a
plena
justificação dela, disse-lhe não sei que palavras adequadas a este fim. Capitu olhou para mim com

desdém, e
murmurou:

--Sei a razão disto; é a casualidade da semelhança... A vontade de Deus explicará tudo... Ri-se? É natural-

apesar do
seminário não acredita em Deus; eu creio... Mas não falemos nisto; não nos fica bem dizer mais nada.

CAPÍTULO CXXXIX / A FOTOGRAFIA

Palavra que estive a pique de crer que era vítima de uma grande ilusão, uma fantasmagoria de alucinado;

mas a
entrada
repentina de Ezequiel, gritando:--"Mamãe! mamãe! é hora da missa!" restituiu-me à consciência da

realidade. Capitu e
eu,
involuntariamente, olhamos para a fotografia de Escobar, e depois um para o outro. Desta vez a confusão

dela fez-se
confissão pura. Este era aquele; havia por força alguma fotografia de Escobar pequeno que seria o nosso

pequeno
Ezequiel.
De boca, porém, não confessou nada; repetiu as últimas palavras, puxou do filho e saíram para a missa.

CAPÍTULO CXL / VOLTA DA IGREJA

Ficando só, era natural pegar do café e bebê-lo. Pois, não, senhor; tinha perdido o gosto à morte. A morte

era uma
solução;
eu acabava de achar outra, tanto melhor quanto que não era definitiva, e deixava a porta aberta à

reparação, se
devesse
havê-la. Não disse perdão, mas reparação, isto é, justiça. Qualquer que fosse a razão do ato, rejeitei a

morte, e esperei
o
regresso de Capitu. Este foi mais demorado que de costume; cheguei a temer que ela houvesse ido à

casa de minha
mãe, mas
não foi.

--Confiei a Deus todas as minhas amarguras, disse-me Capitu ao voltar da igreja; ouvi dentro de mim que

a nossa
separação
é indispensável, e estou às suas ordens.

Os olhos com que me disse isto eram embuçados, como espreitando um gesto de recusa ou de espera.

Contava com a
minha
debilidade ou com a própria incerteza em que eu podia estar da paternidade do outro, mas falhou tudo.

Acaso haveria
em
mim um homem novo, um que aparecia agora, desde que impressões novas e fortes o descobriam?

Nesse caso era um
homem apenas encoberto. Respondi-lhe que ia pensar, e faríamos o que eu pensasse. Em verdade vos

digo que tudo


[Linha 7300 de 7623 - Parte 4 de 4]


estava
pensado e feito.

No intervalo, evocara as palavras do finado Gurgel, quando me mostrou em casa dele o retrato da mulher,

parecido
com
Capitu. Hás de lembrar-te delas; se não, relê o capítulo, cujo número não ponho aqui, por não me lembrar

já qual seja,
mas
não fica longe. Reduzem-se a dizer que há tais semelhanças inexplicáveis... Pelo dia adiante, e nos

outros dias,
Ezequiel ia ter
comigo ao gabinete, e as feições do pequeno davam idéia clara das do outro, ou eu ia atentando mais

nelas. De
envolta,
lembravam-me episódios vagos e remotos, palavras, encontros e incidentes, tudo em que a minha

cegueira não pôs
malícia, e
a que faltou o meu velho ciúme. Uma vez em que os fui achar sozinhos e calados, um segredo que me

fez rir, uma
palavra
dela sonhando, todas essas reminiscências vieram vindo agora, em tal atropêlo que me atordoaram... E

por que os não
esganei um dia. quando desviei os olhos da rua onde estavam duas andorinhas trepadas no fio

telegráfico? Dentro, as
minhas
outras andorinhas estavam trepadas no ar, os olhos enfiados nos olhos, mas tão cautelosos que se

desenfiaram logo,
dizendo-me uma palavra amiga e alegre. Contei-lhes o namoro das andorinhas de fora, e acharam-lhe

graça; Escobar
declarou que, para ele, seria melhor se as andorinhas, em vez de trepadas no fio de arame, estivessem à

mesa do jantar
cozidas. "Nunca comi os ninhos delas, continuou, mas devem ser bons, se os chins os inventaram." E

ficamos a tratar
dos
chins e dos clássicos que falaram deles, enquanto Capitu, confessando que a aborrecíamos, foi a outros

cuidados.
Agora
lembrava-me tudo o que então me pareceu nada.

CAPÍTULO CXLI / A SOLUÇÃO

Aqui está o que fizemos. Pegamos em nós e fomos para a Europa, não passear, nem ver nada, novo nem

velho;
paramos na
Suíça. Uma professora do Rio Grande, que foi conosco, ficou de companhia a Capitu, ensinando a língua

materna a
Ezequiel,
que aprenderia o resto nas escolas do país. Assim regulada a vida, tornei ao Brasil.

Ao cabo de alguns meses, Capitu começara a escrever-me cartas, a que respondi com brevidade e

sequidão. As dela
eram
submissas, sem ódio, acaso afetuosas, e para o fim saudosas; pedia-me que a fosse ver. Embarquei um

ano depois,
mas não
a procurei, e repeti a viagem com o mesmo resultado. Na volta, os que se lembravam dela, queriam

notícias, e eu
dava-lhes,
como se acabasse de viver com ela; naturalmente as viagens eram feitas com o intuito de simular isto

mesmo, e
enganar a
opinião. Um dia, finalmente...

CAPÍTULO CXLII / UMA SANTA

Entenda-se que, se nas viagens que fiz à Europa, José Dias não foi comigo, não é que lhe faltasse

vontade; ficava de
companhia a tio Cosme, quase inválido e a minha mãe, que envelheceu depressa. Também ele estava

velho, posto
que rijo. Ia


[Linha 7350 de 7623 - Parte 4 de 4]


a bordo despedir-se de mim, e as palavras que me dizia, os gestos de lenço, os próprios olhos que

enxugava eram tais
que
me comoviam também. A última vez não foi a bordo.

--Venha...

--Não posso.

--Está com medo?

--Não; não posso. Agora, adeus, Bentinho, não sei se me verá mais; creio que vou para a outra Europa, a

eterna...

Não foi logo; minha mãe embarcou primeiro. Procura no cemitério de S. João Batista uma sepultura sem

nome, com
esta
única indicação: Uma santa. É aí. Fiz fazer essa inscrição com alguma dificuldade. O escultor achou-a

esquisita, o
administrador do cemitério consultou o vigário da paróquia; este ponderou-me que as santas es tão no

altar e no céu.

-- Mas, perdão, atalhei, eu não quero dizer que naquela sepultura está uma canonizada. A minha idéia é

dar com tal
palavra
uma definição terrena de todas as virtudes que a finada possuiu na vida. Tanto é assim que, sendo a

modéstia uma
delas,
desejo conservá-la póstuma, não lhe escrevendo o nome.

--Todavia, o nome, a filiação, as datas...

-- Quem se importará com datas, filiação, nem nomes, depois que eu acabar?

-- Quer dizer que era uma santa senhora, não?

--Justamente. O protonotário Cabral, se fosse vivo, confirmaria aqui o que lhe digo.

--Nem eu contesto a verdade, hesito só, na fórmula. Conheceu então o protonotário?

-- Conheci-o. Era um padre-modelo.

-- Bom canonista, bom latinista, pio e caridoso, continuou o vigário.

--E possuía algumas prendas de sociedade, disse eu; lá em casa sempre ouvi que era insigne parceiro ao

gamão...

--Tinha muito bom dado! suspirou lentamente o vigário. Um dado de mestre!

--Então, parece-lhe...?

--Uma vez que não há outro sentido, nem poderia havê-lo, sim, senhor, admite-se...

José Dias assistiu a estas diligências, com grande melancolia. No fim, quando saímos, disse mal do

padre, chamou-lhe
meticuloso. Só lhe achava desculpa por não ter conhecido minha mãe, nem ele nem os outros homens do

cemitério.

--Não a conheceram; se a conhecessem mandariam esculpir santíssima.



[Linha 7400 de 7623 - Parte 4 de 4]


CAPÍTULO CXLIII / O ÚLTIMO SUPERLATIVO

Não foi o último superlativo de José Dias. Outros teve que não vale a pena escrever aqui, até que veio o

último, o
melhor
deles, o mais doce, o que lhe fez da morte um pedaço de vida. Já então morava comigo; posto que minha

mãe lhe
deixasse
uma pequena lembrança, veio dizer-me que, com legado ou sem ele, não se separaria de mim. Talvez a

esperança dele
fosse
enterrar-me. Correspondia-se com Capitu, a que pedia que lhe mandasse o retrato de Ezequiel; mas

Capitu ia adiando
a
remessa de correio a correio, até que ele não pediu mais nada, a não ser o coração do jovem estudante;

pedia-lhe
também
que não deixasse de falar a Ezequiel no velho amigo do pai e do avô, "destinado pelo céu a amar o

mesmo sangue."
Era
assim que ele preparava os cuidados da terceira geração; mas a morte veio antes de Ezequiel. A doença

foi rápida.
Mandei
chamar um médico homeopata.

--Não, Bentinho, disse ele- basta um alopata; em todas as escolas se morre. Demais, foram idéias da

mocidade, que o
tempo levou; converto-me à fé de meus pais. A alopatia é o catolicismo da medicina...

Morreu sereno, após uma agonia curta. Pouco antes ouviu que o céu estava lindo, e pediu que

abríssemos a janela.

--Não, o ar pode fazer-lhe mal.

--Que mal? Ar é vida.

Abrimos a janela. Realmente, estava um céu azul e claro. José Dias soergueu-se e olhou para fora; após

alguns
instantes,
deixou cair a cabeça, murmurando: Lindíssimo! Foi a última palavra que proferiu neste mundo. Pobre

José Dias! Por
que hei
de negar que chorei por ele?

CAPÍTULO CXLIV / UMA PERGUNTA TARDIA

Assim chorem por mim todos os olhos de amigos e amigas que deixo neste mundo, mas não é provável.

Tenho-me
feito
esquecer. Moro longe e saio pouco. Não é que haja efetivamente ligado as duas pontas da vida. Esta

casa do Engenho
Novo, conquanto reproduza a de Mata-cavalos, apenas me lembra aquela, e mais por efeito de

comparação e de
reflexão
que de sentimento. Já disse isto mesmo.

Hão de perguntar-me por que razão, tendo a própria casa velha, na mesma rua antiga, não impedi que a

demolissem e
vim
reproduzi-la nesta. A pergunta devia ser feita a princípio, mas aqui vai a resposta. A razão é que, logo que

minha mãe
morreu, querendo ir para lá, fiz primeiro uma longa visita de inspeção por alguns dias, e toda a casa me

desconheceu.
No
quintal a aroeira e a pitangueira, o poço, a caçamba velha e o lavadouro, nada sabia de mim. A casuarina

era a
mesma que
eu deixara ao fundo, mas o tronco, em vez de reto, como outrora, tinha agora um ar de ponto de

interrogação;


[Linha 7450 de 7623 - Parte 4 de 4]


naturalmente
pasmava do intruso. Corri os olhos pelo ar, buscando algum pensamento que ali deixasse, e não achei

nenhum. Ao
contrário,
a ramagem começou a sussurrar alguma cousa que não entendi logo, e parece que era a cantiga das

manhãs novas.
Ao pé
dessa música sonora e jovial, ouvi também o grunhir dos porcos, espécie de troça concentrada e

filosófica.

Tudo me era estranho e adverso. Deixei que demolissem a casa, e, mais tarde, quando vim para o

Engenho Novo,
lembrou-me fazer esta reprodução por explicações que dei ao arquiteto, segundo contei em tempo.

CAPÍTULO CXLV / O REGRESSO

Ora, foi já nesta casa que um dia. estando a vestir-me para almoçar, recebi um cartão com este nome:

EZEQUIEL A. DE SANTIAGO

--A pessoa está aí? perguntei ao criado.

--Sim senhor, ficou esperando.

Não fui logo, logo; fi-lo esperar uns dez ou quinze minutos na sala. Só depois é que me lembrou que

cumpria ter certo
alvoroço e correr, abraçá-lo, falar-lhe na mãe. A mãe,--creio que ainda não disse que estava morta e

enterrada.
Estava; lá
repousa na velha Suíça. Acabei de vestir-me às pressas. Quando saí do quarto, com ares de pai, um pai

entre manso e
crespo, metade Dom Casmurro Ao entrar na sala, dei com um rapaz, de costas, mirando o busto de

Massinissa,
pintado na
parede. Vim cauteloso, e não fiz rumor Não obstante, ouviu-me os passos, e voltou-se depressa.

Conhece-me pelos
retratos
e correu para mim. Não me mexi; era nem mas nem menos o meu antigo c jovem companheiro do

seminário de José,
um
pouco mais baixo, menos cheio de corpo e, salvo as cores que eram vivas, o mesmo rosto do meu

amigo. Trajava à
moderna
naturalmente, e as maneiras eram diferentes, mas o aspecto geral reproduzia a pessoa morta. Era o

próprio, o exato, o
verdadeiro Escobar. Era o meu comborço; era o filho de seu pai. Vestia de luto pela mãe; eu também

estava de preto.
Sentamo-nos.

--Papai não faz diferença dos últimos retratos, disse-me ele

A voz era a mesma de Escobar, o sotaque era afrancesado. Expliquei-lhe que realmente pouco diferia do

que era, e
comecei
um interrogatório para ter menos que falar e dominar assim a minha emoção. Mas isto mesmo dava

animação à cara
dele, e o
meu colega do seminário ia ressurgindo cada vez mais do cemitério. Ei-lo aqui. diante de mim, com igual

riso e maior
respeito; total, o mesmo obséquio e a mesma graça. Ansiava por ver-me. A mãe falava muito em mim,

louvando-me
extraordinariamente, como o homem mais puro do mundo, o mais digno de ser querido.

-- Morreu bonita, concluiu.

--Vamos almoçar.



[Linha 7500 de 7623 - Parte 4 de 4]


Se pensas que o almoço foi amargo, enganas-te. Teve seus minutos de aborrecimento, é verdade; a

princípio doeu-me
que
Ezequiel não fosse realmente meu filho, que me não completasse e continuasse. Se o rapaz tem saído à

mãe, eu
acabava
crendo tudo, tanto mais facilmente quando que ele parecia haver-me deixado na véspera evocava a

meninice, cenas e
palavras, a ida para o colégio...

--Papai ainda se lembra quando me levou para o colégio? perguntou rindo.

--Pois não hei de lembrar-me?

--Era na Lapa; eu ia desesperado, e papai não parava, dava-me cada puxão, e eu com as perninhas...

Sim, senhor,
aceito.

Estendeu o copo ao vinho que eu lhe oferecia, bebeu um gole, e continuou a comer. Escobar comia assim

também,
com a
cara metida no prato. Contou-me a vida na Europa, os estudos, particularmente os de arqueologia, que era

a sua
paixão.
Falava da antiguidade com amor, contava o Egito e os seus milhares de séculos, sem se perder nos

algarismos; tinha a
cabeça aritmética do pai. Eu, posto que a idéia da paternidade do outro me estivesse já familiar, não

gostava da ressurreição. Às vezes, fechava os olhos para não ver gestos nem nada, mas o diabrete

falava e ria, e o
defunto
falava e ria por ele.

Não havendo remédio senão ficar com ele, fiz-me pai deveras. A idéia de que pudesse ter visto alguma

fotografia de
Escobar, que Capitu por descuido levasse consigo, não me acudiu, nem se acudisse, persistiria. Ezequiel

cria em mim
como
na mãe. Se fosse vivo José Dias, acharia nele a minha própria pessoa. Prima Justina quis vê-lo, mas

estando enferma,
pediu-me que o levasse lá. Conhecia aquela parenta. Creio que o desejo de ver Ezequiel era para o fim de

verificar no
moço
o debuxo que porventura houvesse achado no menino. Seria um regalo último; atalhei-o a tempo.

--Está muito mal, disse eu a Ezequiel que queria ir vê-la, qualquer emoção pode trazer-lhe a morte.

Iremos vê-la,
quando
ficar melhor.

Não fomos; a morte levou-a dentro de poucos dias. Ela descansa no Senhor ou como quer que seja.

Ezequiel viu-lhe a
cara
no caixão e não a conheceu, nem podia, tão outra a fizeram os anos e a morte. No caminho para o

cemitério, iam-lhe
lembrando uma porção de cousas, alguma rua, alguma torre, um trecho de praia, e era todo alegria. Assim

acontecia
sempre
que voltava para casa, ao fim do dia; contava-me as recordações que ia recebendo das ruas e das casas.

Admirava-se
que
muitas destas fossem as mesmas que ele deixara, como se as casas morressem meninas.

Ao cabo de seis meses, Ezequiel falou-me em uma viagem à Grécia, ao Egito, e à Palestina, viagem

científica,
promessa feita
a alguns amigos.



[Linha 7550 de 7623 - Parte 4 de 4]


--De que sexo? perguntei rindo.

Sorria vexado, e respondeu-me que as mulheres eram criaturas tão da moda e do dia que nunca haviam

de entender
uma
ruína de trinta séculos. Eram dous colegas da universidade. Prometi-lhe recursos, e dei-lhe logo os

primeiros dinheiros
precisos. Como disse que uma das conseqüências dos amores furtivos do pai era pagar eu as

arqueologias do filho;
antes lhe
pagasse a lepra... Quando esta idéia me atravessou o cérebro, senti-me tão cruel e perverso que peguei

no rapaz e quis
apertá-lo ao coração, mas recuei; encarei-o depois, como se faz a um filho de verdade; os olhos que ele

me deitou
foram
ternos e agradecidos.

CAPÍTULO CXLVI / NÃO HOUVE LEPRA

Não houve lepra, mas há febres por todas essas terras humanas, sejam velhas ou novas. Onze meses

depois, Ezequiel
morreu de uma febre tifóide, e foi enterrado nas imediações de Jerusalém, onde os dous amigos da

universidade lhe
levantaram um túmulo com esta inscrição, tirada do profeta Ezequiel, em grego: "Tu eras perfeito nos teus

caminhos."
Mandaram-me ambos os textos, grego e latino, o desenho da sepultura, a conta das despesas e o resto

do dinheiro que
ele
levava; pagaria o triplo para não tornar a vê-lo.

Como quisesse verificar o texto, consultei a minha Vulgata, achei que era exato, mas tinha ainda um

complemento:
"Tu eras
perfeito nos teus caminhos, desde o dia da tua criação." Parei e perguntei calado: "Quando seria o dia da

criação de
Ezequiel?" Ninguém me respondeu. Eis aí mais um mistério para ajuntar aos tantos deste mundo. Apesar

de tudo,
jantei bem
e fui ao teatro.

CAPÍTULO CXLVII / A EXPOSIÇÃO RETROSPECTIVA

Já sabes que a minha alma, por mais lacerada que tenha sido, não ficou aí para um canto como uma flor

lívida e
solitária. Não
lhe dei essa cor ou descor. Vivi o melhor que pude, sem me faltarem amigas que me consolassem da

primeira.
Caprichos de
pouca dura, é verdade. Elas é que me deixavam como pessoas que assistem a uma exposição

retrospectiva, e, ou se
fartam
de vê-la, ou a luz da sala esmorece. Uma só dessas visitas tinha carro à porta e cocheiro de libré. As

outras iam
modestamente, calcante pede, e, se chovia, eu é que ia buscar um carro de praça, e as metia dentro, com

grandes
despedidas, e maiores recomendações.

-- Levas o catálogo?

-- Levo; até amanhã.

--Até amanhã.

Não voltavam mais. Eu ficava à porta, esperando, ia até à esquina, espiava, consultava o relógio, e não

via nada nem
ninguém. Então, se aparecia outra visita, dava-lhe o braço, entrávamos, mostrava-lhe as paisagens, os

quadros
históricos ou
de gênero, uma aquarela, um pastel, uma gouache, e também esta cansava, e ia embora com o catálogo

na mão...


[Linha 7600 de 7623 - Parte 4 de 4]



CAPÍTULO CXLVIII / E BEM, E O RESTO?

Agora , por que é que nenhuma dessas caprichosas me fez esquecer a primeira amada do meu coração?

Talvez porque
nenhuma tinha os olhos de ressaca, nem os de cigana oblíqua e dissimulada. Mas não é este

propriamente o resto do
livro. O
resto é saber se a Capitu da Praia da Glória já estava dentro da de Mata-cavalos, ou se esta foi mudada

naquela por
efeito
de algum caso incidente. Jesus, filho de Sirach, se soubesse dos meus primeiros ciúmes, dir-me-ia, como

no seu cap. IX,
vers. 1: "Não tenhas ciúmes de tua mulher para que ela não se meta a enganar-te com a malícia que

aprender de ti".
Mas eu
creio que não, e tu concordarás comigo; se te lembras bem da Capitu menina, hás de reconhecer que uma

estava
dentro da
outra, como a fruta dentro da casca.

E bem, qualquer que seja a solução, uma cousa fica, e é a suma das sumas, ou o resto dos restos, a

saber, que a minha
primeira amiga e o meu maior amigo, tão extremosos ambos e tão queridos também, quis o destino que

acabassem
juntando-se e enganando-me... A terra lhes seja leve! Vamos à "História dos Subúrbios.


FIM - - - FIM - - - FIM


Dom Casmurro - Parte 1 de 4 - Machado de Assis
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Dom Casmurro - Parte 2 de 4 - Machado de Assis
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Dom Casmurro - Parte 3 de 4 - Machado de Assis
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Dom Casmurro - Parte 4 de 4 - Machado de Assis
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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Dom Casmurro - P3de4 - Machado de Assis


Dom Casmurro - P3de4 - Machado de Assis

Dom Casmurro - Machado de Assis



Era justo, calei-me e obedeci. Outra cousa em que obedeci às suas reflexões foi, logo no primeiro sábado, quando eu fui à casa dela, e, após alguns minutos de conversa, me aconselhou a ir embora.

--Hoje não fique aqui mais tempo; vá para casa, que eu lá vou logo. É natural que D. Glória queira estar com você muito tempo, ou todo, se puder.


Em tudo isso mostrava a minha amiga tanta lucidez que eu bem podia deixar de citar um terceiro exemplo, mas os exemplos

não se fizeram senão para ser citados, e este é tão bom que a omissão seria um crime. Foi à minha terceira ou quarta vinda à casa. Minha mãe, depois que lhe respondi às mil perguntas que me fez sobre o tratamento que me davam, os estudos, as relações, a disciplina, e se me doía alguma cousa, e se dormia bem, tudo o que a ternura das mães inventa para cansar a paciência de um filho, concluiu voltando-se para José Dias:

--Sr. José Dias, ainda duvida que saia daqui um bom padre?

--Excelentíssima...

--E você, Capitu, interrompeu minha mãe voltando-se para a filha do Pádua que estava na sala, com ela,--você não
acha que
o nosso Bentinho dará um bom padre?

--Acho que sim, senhora, respondeu Capitu cheia de convicção.

Não gostei da convicção. Assim lhe disse, na manhã seguinte, no quintal dela, recordando as palavras da véspera, e
lançando-lhe em rosto, pela primeira vez, a alegria que ela mostrara desde a minha entrada no seminário, quando eu
vivia
curtido de saudades. Capitu fez-se muito séria, e perguntou-me como é que queria que se portasse, uma vez que
suspeitavam
de nós; também tivera noites desconsoladas, e os dias, em casa dela, foram tão tristes como os meus; podia indagá-lo
do pai
e da mãe. A mãe chegou a dizer-lhe, por palavras encobertas, que não pensasse mais em mim.

--Com D. Glória e D. Justina mostro-me naturalmente alegre, para que não pareça que a denúncia de José Dias é


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verdadeira. Se parecesse, elas tratariam de separar-nos mais, e talvez acabassem não me recebendo... Para mim, basta
o
nosso juramento de que nos havemos de casar um com outro.

Era isto mesmo, devíamos dissimular para matar qualquer suspeita, e ao mesmo tempo gozar toda a liberdade
anterior, e
construir tranqüilos o nosso futuro. Mas o exemplo completa-se com o que ouvi no dia seguinte, ao almoço; minha
mãe,
dizendo tio Cosme que ainda queria ver com que mão havia eu de abençoar o povo à missa, contou que, dias antes,
estando
a falar de moças que se casam cedo, Capitu lhe dissera: "Pois a mim quem me há de casar há de ser o padre Bentinho,
eu
espero que ele se ordene!" Tio Cosme riu da graça, José Dias não dessorriu, só prima Justina é que franziu a testa, e
olhou
para mim interrogativamente. Eu, que havia olhado para todos, não pude resistir ao gesto da prima, e tratei de comer.
Mas
comi mal, estava tão contente com aquela grande dissimulação de Capitu que não vi mais nada, e, logo que almocei,
corri a
referir-lhe a conversa e a louvar-lhe a astúcia. Capitu sorriu de agradecida.

--Você tem razão, Capitu, concluí eu; vamos enganar toda esta gente.

--Não é? disse ela com ingenuidade.

CAPÍTULO LXVI / INTIMIDADE

Capitu ia agora entrando na alma de minha mãe. Viviam o mais do tempo juntas, falando de mim, a propósito do sol
e da
chuva, ou de nada; Capitu ia lá coser, às manhãs; alguma vez ficava para jantar.

Prima Justina não acompanhava a parenta naquelas finezas, mas não tratava de todo mal a minha amiga. Era assaz
sincera
para dizer o mal que sentia de alguém, e não sentia bem de pessoa alguma Talvez do marido, mas o marido era morto;
em
todo caso, não existiria homem capaz de competir com ele na afeição, no trabalho e na honestidade, nas maneiras e
na
agudeza de espírito. Esta opinião, segundo tio Cosme, era póstuma, pois em vida andavam às brigas, e os últimos seis
meses
acabaram separados. Tanto melhor para a justiça dela; o louvor dos mortos é um modo de orar por eles. Também
gostaria
de minha mãe, ou se algum mal pensou dela foi entre si e o travesseiro. Compreende-se que, de aparência, lhe desse a
estima
devida. Não penso que ela aspirasse a algum legado- as pessoas assim dispostas excedem os serviços naturais,
fazem-se
mais risonhas, mais assíduas, multiplicam os cuidados, precedem os fâmulos. Tudo isso era contrário à natureza de
prima
Justina, feita de azedume e de implicância. Como vivesse de favor na casa, explica-se que não desestimasse a dona e
calasse
os seus ressentimentos, ou só dissesse mal dela a Deus e ao Diabo.



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Caso tivesse ressentimentos de minha mãe, não era uma razão mais para detestar Capitu, nem ela precisava de razões
suplementares. Contudo, a intimidade de Capitu fê-la mais aborrecível à minha parenta Se a princípio não a tratava
mal, com
o tempo trocou de maneiras e acabou fugindo-lhe. Capitu, atenta, desde que a não via, indagava dela e ia procurá-la.
Prima
Justina tolerava esses cuidados. A vida é cheia de obrigações que a gente cumpre, por mais vontade que tenha de as
infringir
deslavadamente. Demais, Capitu usava certa magia que cativa, prima Justina acabava sorrindo, inda que azedo mas
a sós
com minha mãe achava alguma palavra ruim que dizer da menina.

Como minha mãe adoecesse de uma febre, que a pôs às portas da morte, quis que Capitu lhe servisse de enfermeira.
Prima
Justina, posto que isto a aliviasse de cuidados penosos, não perdoou à minha amiga a intervenção. Um dia.
perguntou-lhe se
não tinha que fazer em casa, outro dia. rindo, soltou-lhe este epigrama: "Não precisa correr tanto; o que tiver de ser seu
às
mãos lhe há de ir".

CAPÍTULO LXVII / UM PECADO

Já agora não tiro a doente da cama sem contar o que se deu comigo. Ao cabo de cinco dias, minha mãe amanheceu
tão
transtornada que ordenou me mandassem buscar ao seminário. Em vão tio Cosme:

--Mana Glória, você assusta-se sem motivo, a febre passa...

--Não! não! mandem buscá-lo! Posso morrer, e a minha alma não se salva, se Bentinho não estiver ao pé de mim.

--Vamos assustá-lo.

--Pois não lhe digam nada, mas vão buscá-lo, já, já, não se demorem.

Cuidaram fosse delírio- mas, não custando nada trazer-me, José Dias foi incumbido do recado. Entrou tão atordoado
que me
assustou. Contou particularmente ao reitor o que havia, e recebi licença para ir a casa. Na rua, íamos calados, ele não
alterando o passo do costume,-- a premissa antes da conseqüência, a conseqüência antes da conclusão,--mas
cabisbaixo e
suspirando, eu temendo ler no rosto dele alguma notícia dura e definitiva. Só me falara na doença, como negócio
simples;
mas o chamado, o silêncio, os suspiros podiam dizer alguma cousa mais. O coração batia-me com força, as pernas
bambeavam-me, mais de uma vez cuidei cair...

O anseio de escutar a verdade complicava-se em mim com o temor de a saber. Era a primeira vez que a morte me
aparecia
assim perto, me envolvia, me encarava com os olhos furados e escuros. Quanto mais andava aquela Rua dos
Barbonos, mais
me aterrava a idéia de chegar a casa, de entrar, de ouvir os prantos, de ver um corpo defunto... Oh! eu não poderia
nunca
expor aqui tudo o que senti naqueles terríveis minutos. A rua, por mais que José Dias andasse superlativamente


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devagar,
parecia fugir-me debaixo dos pés, as casas voavam de um e outro lado, e uma corneta que nessa ocasião tocava no
quartel
dos Municipais Permanentes ressoava aos meus ouvidos como a trombeta do juízo final.

Fui, cheguei aos Arcos, entrei na Rua de Mata-cavalos. A casa não era logo ali, mas muito além da dos inválidos, perto
da
do Senado. Três ou quatro vezes, quisera interrogar o meu companheiro, sem ousar abrir a boca; mas agora, já nem
tinha tal
desejo. Ia só andando, aceitando o pior, como um gesto do destino, como uma necessidade da obra humana, e foi
então que
a Esperança, para combater o Terror, me segredou ao coração, não estas palavras, pois nada articulou parecido com
palavras, mas uma idéia que poderia ser traduzida por elas: "Mamãe defunta, acaba o seminário".

Leitor, foi um relâmpago. Tão depressa alumiou a noite, como se esvaiu, e a escuridão fez-se mais cerrada, pelo efeito
do
remorso que me ficou. Foi uma sugestão da luxúria e do egoísmo. A piedade filial desmaiou um instante, com a
perspectiva
da liberdade certa, pelo desaparecimento da dívida e do devedor; foi um instante, menos que um instante, o centésimo
de um
instante, ainda assim o suficiente para complicar a minha aflição com um remorso.

José Dias suspirava. Uma vez olhou para mim tão cheio de pena que me pareceu haver-me adivinhado, e eu quis
pedir-lhe
que não dissesse nada a ninguém, que eu ia castigar-me, etc. Mas a pena trazia tanto amor, que não podia ser pesar do
meu
pecado; mas então era sempre a morte de minha mãe... Senti uma angústia grande, um nó na garganta, e não pude
mais,
chorei de uma vez.

--Que é, Bentinho?

--Mamãe...?

--Não! não! Que idéia é essa? O estado dela é gravíssimo, mas não é mal de morte, e Deus pode tudo. Enxugue os
olhos,
que é feio um mocinho da sua idade andar chorando na rua. Não há de ser nada, uma febre... As febres, assim como
dão
com força, assim também se vão embora... Com os dedos, não; onde está o lenço?

Enxuguei os olhos, posto que de todas as palavras de José Dias uma só me ficasse no coração; foi aquele gravíssimo.
Vi
depois que ele só queria dizer grave, mas o uso do superlativo faz a boca longa, e, por amor do período, José Dias fez
crescer a minha tristeza se achares neste livro algum caso da mesma família, avisa-me, leitor para que o emende na
segunda
edição; nada há mais feio que dal pernas longuíssimas a idéias brevíssimas. Enxuguei os olhos, repito, e fui andando,
ansioso
agora por chegar a casa, e pedir perdão a minha mãe do ruim pensamento que tive. Enfim, chegamos, entramos, subi
trêmulo
os seis degraus da escada, e daí a pouco, debruçado sobre a cama, ouvia as palavras ternas de minha mãe que me


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apertava
muito as mãos, chamando-me seu filho. Estava queimando os olhos ardiam nos meus, toda ela parecia consumida
por um
vulcão interno. Ajoelhei-me ao pé do leito, mas como este era alto, fiquei longe das suas carícias:

--Não, meu filho, levanta, levanta!

Capitu, que estava na alcova, gostou de ver a minha entrada, os meus gestos, palavras e lágrimas, segundo me disse
depois;
mas não suspeitou naturalmente todas as causas da minha aflição. Entrando no meu quarto, pensei em dizer tudo a
minha
mãe, logo que ela ficasse boa, mas esta idéia não me mordia, era uma veleidade pura, uma ação que eu não faria
nunca, por
mais que o pecado me doesse Então levado do remorso, usei ainda uma vez do meu velho meio das promessas
espirituais, e
pedi a Deus que me perdoasse e salvasse a vida de minha mãe, e eu lhe rezaria dous mil padre-nossos. Padre que me
lês,
perdoa este recurso; foi a última vez que o empreguei A crise em que me achava, não menos que o costume e a fé,
explica
tudo. Eram mais dous mil; onde iam os antigos? Não paguei uns nem outros, mas saindo de almas cândidas e
verdadeiras tais
promessas são como a moeda fiduciária,--ainda que o devedor as não pague, valem a soma que dizem.

CAPÍTULO LXVIII / ADIEMOS A VIRTUDE

Poucos teriam animo de confessar aquele meu pensamento da Rua de Mata-cavalos. Eu confessarei tudo o que
importar à
minha história. Montaigne escreveu de si: ce ne sont pas mes gestes que j'escris, c'est moi, c'est mon essence. Ora, há só
um
modo de escrever a própria essência, é contá-la toda, o bem e o mal. Tal faço eu, à medida que me vai lembrando e
convidando à construção ou reconstrução de mim mesmo. Por exemplo, agora que contei um pecado, diria com muito
gosto
alguma bela ação contemporânea, se me lembrasse, mas não me lembra; fica transferida a melhor oportunidade.

Nem perderás em esperar, meu amigo; ao contrário, acode-me agora que... Não só as belas ações são belas em
qualquer
ocasião como são também possíveis e prováveis, pela teoria que tenho dos pecados e das virtudes, não menos simples
que
clara. Reduz-se a isto que cada pessoa nasce com certo número deles e delas, aliados por matrimônio para se
compensarem
na vida. Quando um de tais cônjuges é mais forte que o outro, ele só guia o indivíduo, sem que este, por não haver
praticado
tal virtude ou cometido tal pecado se possa dizer isento de um ou de outro; mas a regra é dar-se a prática simultânea
dos
dous, com vantagem do portador de ambos, e alguma vez com resplendor maior da terra e do céu. ç pena que eu não
possa
fundamentar isto com um ou mais casos estranhos; falta-me tempo.

Pelo que me toca, é certo que nasci com alguns daqueles casais, e naturalmente ainda os possuo. Já me sucedeu, aqui
no


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Engenho Novo, por estar uma noite com muita dor de cabeça, desejar que o trem da Central estourasse longe dos
meus
ouvidos e interrompesse a linha por muitas horas, ainda que morresse alguém; e no dia seguinte perdi o trem da mesma
estrada, por ter ido dar a minha bengala a um cego que não trazia bordão. Voilà mes gestes, voilà mon essence.

CAPÍTULO LXIX / A MISSA

Um dos gestos que melhor exprimem a minha essência foi a devoção com que corri no domingo próximo a ouvir missa
em S.
Antônio dos Pobres. O agregado quis ir comigo, e principiou a vestir-se, mas era tão lento nos suspensórios e nas
presilhas,
que não pude esperar por ele. Demais, eu queria estar só. Sentia necessidade de evitar qualquer conversação que me
desviasse o pensamento do fim a que ia, e era reconciliar-me com Deus, depois do que se passou no Capítulo LXVII.
Nem
era só pedir-lhe perdão do pecado, era também agradecer o restabelecimento de minha mãe, e, visto que digo tudo,
fazê-lo
renunciar ao pagamento da minha promessa. Jeová, posto que divino, ou por isso mesmo, é um Rothschild muito mais
humano, e não faz moratórias, perdoa as dívidas integralmente, uma vez que o devedor queira deveras emendar a
vida e
cortar nas despesas. Ora, eu não queria outra cousa; dali em diante não faria mais promessas que não pudesse pagar, e
pagaria logo as que fizesse.

Ouvi missa; ao levantar a Deus, agradeci a vida e saúde de minha mãe; depois pedi perdão do pecado e revelação da
dívida,
e recebi a bênção final do oficiante como um ato solene de reconciliação. No fim, lembrou-me que a Igreja
estabeleceu no
confessionário um cartório seguro, e na confissão o mais autêntico dos instrumentos para o ajuste de contas morais
entre o
homem e Deus. Mas a minha incorrigível timidez me fechou essa porta certa; receei não achar palavras com que dizer
ao
confessor o meu segredo. Como o homem muda! Hoje chego a publicá-lo.

CAPÍTULO LXX / DEPOIS DA MISSA

Rezei anda, persignei-me, fechei o livro de missa e caminhei para a porta. A gente não era muita, mas a igreja também
não é
grande, e não pude sair logo, logo, mas devagar. Havia homens e mulheres, velhos e moços, sedas e chitas, e
provavelmente
olhos feios e belos, mas eu não vi uns nem outros. Ia na direção da porta, com a onda, ouvindo as saudações e os
cochichos.
No adro, onde se fez claro, parei e olhei para todos. Vi então uma moça e um homem, que saíam da igreja e pararam;
e a
moça olhava para mim falando ao homem, e o homem olhava para mim, ouvindo a moça. E chegaram-me estas
palavras:

--Mas que queres?

--Queria saber dela; papai pergunte.

Era sinhazinha Sancha, a companheira de colégio de Capitu que queria notícias de minha mãe. O pai veio a mim;


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disse-lhe
que estava restabelecida. Depois saímos, mostrou-me a casa dele, e, como eu vinha na mesma direção, viemos juntos.
Gurgel era homem de quarenta anos ou pouco mais, com propensão a engrossar o ventre; era muito obsequioso;
chegando à
porta da casa, quis por força que eu fosse almoçar com ele.

-- Obrigado; mamãe espera-me. [

-- Manda-se lá um preto dizer que o senhor fica almoçando, e ira mais tarde.

--Venho outro dia.

Sinhazinha Sancha, voltada para o pai, ouvia e esperava. Não ela feia; só se lhe podia notar a semelhança do nariz,
que
também acabava grosso, mas há feições que tiram a graça de uns para dá-la a outros. Vestia simples. Gurgel era viúvo
e
morria pela filha. Como eu recusasse o almoço, quis que descansasse alguns minutos. Não pude recusar e subi. Quis
saber a
minha idade, os meus estudos, a minha fé, e dava-me conselhos para o caso de vir a ser padre; disse me o número do
armazém, Rua da Quitanda. Enfim, despedi-me veio ao patamar da escada; a filha deu-me recomendações para
Capitu e
para minha mãe. Da rua olhei para cima; o pai estava à janela e fez-me um gesto largo de despedida.

CAPÍTULO LXXI / VISITA DE ESCOBAR

Em casa, tinham já mentido dizendo a minha mãe que eu voltara e estava mudando de roupa.

"A missa das oito já há de ter acabado... Bentinho devia está de volta... Teria acontecido alguma cousa, mano
Cosme?...
Mandem ver..." Assim falava ela, de minuto a minuto, mas eu entrei e comigo a tranqüilidade.

Era o dia das boas sensações. Escobar foi visitar-me e saber da saúde de minha mãe. Nunca me visitara até ali, nem as
nossas relações estavam Já tão estreitas, como vieram a ser depois- mas sabendo a razão da minha saída, três dias
antes,
aproveitou o domingo para ir ter comigo e perguntar se continuava o perigo ou não. Quando lhe disse que não,
respirou.

--Tive receio, disse ele.

--Os outros souberam?

--Parece que sim: alguns souberam.

Tio Cosme e José Dias gostaram do moço; o agregado disse-lhe que vira uma vez o pai no Rio de Janeiro. Escobar era
muito polido e, conquanto falasse mais do que veio a falar depois ainda assim não era tanto como os rapazes da
nossa idade;
naquele dia achei-o um pouco mais expansivo que de costume. Tio Cosme quis que jantasse conosco. Escobar refletiu
um
instante e acabou dizendo que o correspondente do pai esperava por ele. Eu, lembrando-me das palavras do Gurgel,
repeti-as:


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--Manda-se lá um preto dizer que o senhor janta aqui, e irá depois.

--Tanto incômodo!

--Incômodo nenhum, interveio tio Cosme.

Escobar aceitou e jantou. Notei que os movimentos rápidos que tinha e dominava na aula, também os dominava
agora, na
sala como na mesa. A hora que passou comigo foi de franca amizade. Mostrei-lhe os poucos livros que possuía.
Gostou
muito do retrato de meu pai; depois de alguns instantes de contemplação, virou-se e disse-me:

--Vê-se que era um coração puro!

Os olhos de Escobar, claros como já disse, eram dulcíssimos; assim os definiu José Dias, depois que ele saiu, e
mantenho
esta palavra, apesar dos quarenta anos que traz em cima de si. Nisto não houve exageração do agrado. A cara rapada
mostrava uma pele alva e lisa. A testa é que era um pouso baixa, vindo a risca do cabelo quase em cima da
sobrancelha
esquerda- mas tinha sempre a altura necessária para não afrontar as outras feições, nem diminuir a graça delas.
Realmente,
era interessante de rosto, a boca fina e chocarreira, o nariz curvo e delgado. Tinha o sestro de sacudir o ombro direito,
de
quando em quando e veio a perdê-lo, desde que um de nós lhe notou um dia no seminário; primeiro exemplo que vi de
que
um homem pode corrigir-se muito bem dos defeitos miúdos.

Nunca deixei de sentir tal ou qual desvanecimento em que os meus amigos agradassem a todos. Em casa, ficaram
querendo
bem a Escobar; a mesma prima Justina achou que era um moço muito apreciável, apesar... Apesar de quê?
perguntou-lhe
José Dias, vendo que ela não acabava a frase. Não teve resposta, nem podia tê-la; prima Justina provavelmente não
viu
defeito claro ou importante no nosso hóspede; o apesar era uma espécie de ressalva para algum que lhe viesse a
descobrir
um dia.; ou então foi obra de uso velho, que levou a restringir, onde não achara restrição.

Escobar despediu-se logo depois de jantar; fui levá-lo à porta, onde esperamos a passagem de um ônibus. Disse-me
que o
armazém do correspondente era na Rua dos Pescadores, e ficava aberto até às nove horas: ele é que se não queria
demorar
fora. Separamo-nos com muito afeto: ele, de dentro do ônibus, ainda me disse adeus, com a mão. Conservei-me à
porta, a
ver se, ao longe, ainda olharia para trás, mas não olhou.

--Que amigo é esse tamanho? perguntou alguém de uma janela ao pé.

Não é preciso dizer que era Capitu. São cousas que se adivinham na vida, como nos livros, sejam romances, sejam
histórias


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verdadeiras. Era Capitu, que nos espreitara desde algum tempo, por dentro da veneziana, e agora abrira inteiramente a
janela, e aparecera. Viu as nossas despedidas tão rasgadas e afetuosas, e quis saber quem era que me merecia tanto.

--É o Escobar, disse eu indo pôr-me embaixo da janela, a olhar para cima.

CAPÍTULO LX / UMA REFORMA DRAMÁTICA

Nem eu, nem tu, nem ela, nem qualquer outra pessoa desta história poderia responder mais, tão certo é que o destino,
como
todos os dramaturgos, não anuncia as peripécias nem o desfecho. Eles chegam a seu tempo, até que o pano cai,
apagam-se
as luzes, e os espectadores vão dormir. Nesse gênero há porventura alguma cousa que reformar, e eu proporia, como
ensaio,
que as peças começassem pelo fim. Otelo mataria a si e a Desdêmona no primeiro ato, os três seguintes seriam dados à
ação
lenta e decrescente do ciúme, e o último ficaria só com as cenas iniciais da ameaça dos turcos, as explicações de Otelo
e
Desdêmona, e o bom conselho do fino lago: "Mete dinheiro na bolsa." Desta maneira, o espectador, por um lado,
acharia no
teatro a charada habitual que os periódicos lhe dão, por que os últimos atos explicam o desfecho do primeiro, espécie
de:
conceito, e, por outro lado, ia para a cama com uma boa impressão de ternura e de amor:

Ela amou o que me afligira,

Eu amei a piedade dela.

CAPÍTULO LXXIII / O CONTRA-REGRA

O destino não é só dramaturgo, é também o seu próprio contra-regra, isto é, designa a entrada dos personagens em
cena,
dá-lhes as cartas e outros objetos, e executa dentro os sinais correspondentes ao diálogo, uma trovoada, um carro, um
tiro.
Quando eu era moça representou-se aí, em não sei que teatro, um drama que acabar pelo juízo final. O principal
personagem
era Asaverus, que no último quadro concluía um monólogo por esta exclamação: "Ouço a trombeta do arcanjo!" Não
se
ouviu trombeta nenhuma. Asaverus, envergonhado, repetiu a palavra, agora mais alto, para advertir o contra-regra,
mas ainda
nada. Então caminhou para o fundo, disfarçadamente trágico, mas efetivamente com o fim de falar ao bastidor, e
dizer em
voz surda: "O pisão! o pisão! o pisão!" O público ouviu esta palavra e desatou a rir, até que, quando a trombeta soou
deveras, e Asaverus bradou pela terceira vez que era a do arcanjo, um gaiato da platéia corrigiu cá de baixo: "Não,
senhor, é
o pistão do arcanjo"

Assim se explicam a minha estada debaixo da janela de Capitu e a passagem de um cavaleiro, um dandy, como então
dizíamos. Montava um belo cavalo alazão, firme na sela, rédea na mão esquerda a direita à cinta, botas de verniz,
figura e
postura esbeltas: a cara não me era desconhecida. Tinham passado outros, e ainda outros viriam atrás; todos iam às


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suas
namoradas. Era uso do tempo namorar a cavalo. Relê Alencar: "Porque um estudante (dizia um dos seus personagens
de
teatro de 1858) não pode estar sem estas duas cousas, um cavalo e uma namorada." Relê Alvares de Azevedo. Uma
das
suas poesias é destinada a contar (1851) que residia em Catumbi, e, para ver a namorada no Catete, alugara um
cavalo por
três mil-réis... Três mil-réis! tudo se perde na noite dos tempos!

Ora, o dandy do cavalo baio não passou como os outros; era a trombeta do juízo final e soou a tempo; assim faz o
Destino.
que é o seu próprio contra-regra. O cavaleiro não se contentou de ir andando, mas voltou a cabeça para o nosso lado,
o
lado de Capitu e olhou para Capitu, e Capitu para ele; o cavalo andava, a cabeça do homem deixava-se ir voltando
para
trás. Tal foi o segundo dente de ciúme que me mordeu. A rigor, era natural admirar as belas figuras; mas aquele sujeito
costumava passar ali, às tardes; morava no antigo Campo da Aclamação, e depois... e depois... Vão lá raciocinar com
um
coração de brasa, como era o meu! Nem disse nada a Capitu; saí da rua à pressa, enfiei pelo meu corredor, e, quando
dei
por mim, estava na sala de visitas.

CAPÍTULO LXXIV / A PRESILHA

Na sala de visitas, tio Cosme e José Dias conversavam, um sentado, outro andando e parando. A vista de José Dias
lembrou-me o que ele me dissera no seminário: "Aquilo enquanto não pegar algum peralta da vizinhança que case
com ela..."
Era certamente alusão ao cavaleiro. Tal recordação agravou a impressão que eu trazia da rua; mas não seria essa
palavra,
inconscientemente guardada, que me dispôs a crer na malícia dos seus olhares? A vontade que tive foi pegar em José
Dias
pela gola, levá-lo ao corredor e perguntar-lhe se falara de verdade ou por hipótese; mas José Dias, que parara ao
ver-me
entrar, continuou a andar e a falar. Eu, impaciente, queria ir à casa ao pé, imaginava que Capitu saísse da janela
assustada e
não tardasse a aparecer, para indagar e explicar... E os dous falavam, até que tio Cosme ergueu-se para ir ver a doente,
e
José Dias veio ter comigo, ao vão da outra janela.

Há um instante tinha eu desejo de lhe perguntar o que havia entre Capitu e os peraltas do bairro; agora, imaginando
que vinha
justamente dizer-mo, fiquei com medo de ouvi-lo. Quis tapar-lhe a boca. José Dias viu no meu rosto algum sinal
diferente da
expressão habitual, e perguntou-me com interesse:

--Que é, Bentinho?

Para não fitá-lo, deixei cair os olhos. Os olhos, caindo, viram que uma das presilhas das calças do agregado estava
desabotoada, e, como ele insistisse em saber o que é que eu tinha, respondi apontando com o dedo:



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--Olhe a presilha, abotoe a presilha.

José Dias inclinou-se, eu saí correndo.

CAPÍTULO LXXV / O DESESPERO

Escapei ao agregado, escapei a minha mãe não indo ao quarto dela, mas não escapei a mim mesmo. Corri ao meu
quarto, e
entrei atrás de mim. Eu falava-me, eu perseguia-me, eu atirava-me à cama, e rolava comigo, e chorava, e abafava os
soluços
com a ponta do lençol. Jurei não ir ver Capitu aquela tarde, nem nunca mais, e fazer-me padre de uma vez. Via-me já
ordenado, diante dela, que choraria de arrependimento e me pediria perdão, mas eu, frio e sereno, não teria mais que
desprezo, muito desprezo; voltava-lhe as costas. Chamava-lhe perversa. Duas vezes dei por mim mordendo os dentes,
como
se a tivesse entre eles.

Da cama ouvi a voz dela, que viera passar o resto da tarde com minha mãe, e naturalmente comigo, como das outras
vezes;
mas, por maior que fosse o abalo que me deu, não me fez sair do quarto e Capitu ria alto, falava alto, como se me
avisasse;
eu continuei surdo, a sós comigo e o meu desprezo. A vontade que me dava era cravar-lhe as unhas no pescoço,
enterrá-las
bem, até ver-lhe sair a vida com o sangue...

CAPÍTULO LXXVI / EXPLICAÇÃO

Ao fim de algum tempo, estava sossegado, mas abatido. Como me achasse estirado na cama, com os olhos no tecto,
lembrou-me a recomendação que minha mãe fazia de me não deitar depois do jantar para evitar alguma congestão.
Ergui-me
de golpe, mas não saí do quarto. Capitu ria agora menos e falava mais baixo; estaria aflita E com a minha reclusão,
mas nem
por isso me abalou.

Não ceei e dormi mal. Na manhã seguinte não estava melhor, estava diferente. A minha dor agora complicava-se do
receio
de haver ido além do que convinha, deixando de examinar o negócio. Posto que a cabeça me doesse um pouco,
simulei
maior incômodo, com o fim de não ir ao seminário e falar a Capitu. Podia estar zangada comigo, podia não querer-me
agora
e preferir o cavaleiro. Quis resolver tudo, ouvi-la e julgá-la; podia ser que tivesse defesa e explicação.

Tinha ambas as cousas. Quando soube a causa da minha reclusão da véspera, disse-me que era grande injúria que lhe
fazia;
não podia crer que depois da nossa troca de juramentos, tão leviana a julgasse que pudesse crer... E aqui
romperam-lhe
lágrimas, e fez um gesto de separação; mas eu acudi de pronto, peguei-lhe das mãos e beijei as com tanta alma e calor
que as
senti estremecer. Enxugou os olhos com os dedos, eu os beijei de novo, por eles e pelas lágrimas; depois suspirou,
depois
abanou a cabeça. Confessou-me que não conhecia o rapaz, senão como os outros que ali passavam às tardes, a


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cavalo ou a
pé. Se olhara para ele, era prova exatamente de não haver nada entre ambos; se houvesse, era natural dissimular.

--E que poderia haver, se ele vai casar? concluiu.

--Vai casar?

Ia casar, disse-me com quem, com uma moça da Rua dos Barbonos. Esta razão quadrou-me mais que tudo, e ela o
sentiu no
meu gesto; nem por isso deixou de dizer que, para evitar nova equivocação, deixaria de ir mais à janela.

--Não! não! não! não lhe peço isto!

Consentiu em retirar a promessa, mas fez outra, e foi que, à primeira suspeita da minha parte, tudo estaria dissolvido
entre
nós Aceitei a ameaça, e jurei que nunca a haveria de cumprir; era a primeira suspeita e a última.

CAPÍTULO LXXVII / PRAZER DAS DORES VELHAS

Contando aquela crise do meu amor adolescente, sinto uma cousa que não sei se explico bem, e é que as dores
daquela
quadra, a tal ponto se espiritualizaram com o tempo que chegam a diluir-se no prazer. Não é claro isto, mas nem tudo
é claro
na vida ou nos livros A verdade é que sinto um gosto particular em referir tal aborrecimento, quando é certo que ele me
lembra outros que não quisera lembrar por nada.

CAPÍTULO LXXVIII / SEGREDO POR SEGREDO

De resto, naquele mesmo tempo senti tal ou qual necessidade de contar a alguém o que se passava entre mim e Capitu.
Não
referi tudo, mas só uma parte, e foi Escobar que a recebeu. Quando voltei ao seminário, na quarta-feira, achei-o
inquieto;
disse-me que era sua intenção ir ver-me, se eu me demorasse mais um dia em casa. Perguntava-me com interesse o que
é
que tivera, e se estava bom de todo.

--Estou.

Ouvia, espetando-me os olhos. Três dias depois disse que me estavam achando muito distraído; era bom disfarçar o
mais
que pudesse. Ele, à sua parte, tinha razões para andar distraído também, mas buscava ficar atento.

--Então parece-lhe?...

--Sim, você às vezes está que não ouve nada. olhando para ontem; disfarce, Santiago.

--Tenho motivos...

--Creio; ninguém se distrai à toa.



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--Escobar...

Hesitei; ele esperou.

--Que é?

--Escobar, você é meu amigo, eu sou seu amigo também; aqui ao seminário você é a pessoa que mais me tem entrado
no
coração, e lá fora, a não ser a gente da família, não tenho propriamente um amigo.

--Se eu disser a mesma cousa, retorquiu ele sorrindo, perde a graça; parece que estou repetindo. Mas a verdade é que
não
tenho aqui relações com ninguém, você é o primeiro e creio que já notaram, mas eu não me importo com isso.

Comovido, senti que a voz se me precipitava da garganta.

--Escobar, você é capaz de guardar um segredo?

--Você que pergunta é porque duvida, e nesse caso. ..

--Desculpe, é um modo de falar. Eu sei que é moço sério, e faço de conta que me confesso a um padre.

--Se precisa de absolvição, está absolvido.

--Escobar, eu não posso ser padre. Estou aqui, os meus acreditam, e esperam; mas eu não posso ser padre.

--Nem eu, Santiago.

--Nem você?

--Segredo por segredo; também eu tenho o propósito de não acabar o curso; meu desejo é o comércio, mas não diga
nada,
absolutamente nada- fica só entre nós. E não é que eu não seja religioso; sou religioso, mas o comércio é a minha
paixão.

--Só isso?

--Que mais há de ser?

Dei duas voltas e sussurrei a primeira palavra da minha confidência, tão escassa e surda, que não a ouvi eu mesmo; sei
porém
que disse "uma pessoa..." com reticência. Uma pessoa?... Não foi preciso mais para que ele entendesse. Uma pessoa
devia
ser uma moça. Nem cuides que pasmou de me ver namorado; achou até natural e espetou-me outra vez os olhos.
Então
contei-lhe por alto o que podia, mas demoradamente para ter o gosto de repisar o assunto Escobar escutava com
interesse;
no fim da nossa conversação declarou-me que era segredo enterrado em cemitério. Deu-me de conselhos que não me
fizesse
padre. Não podia levar para a igreja um coração que não era do céu, mas da terra; seria um mau padre, nem seria


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padre. Ao
contrário, Deus protegia os sinceros; uma vez que eu só podia servi-lo no mundo, aí me cumpria ficar.

Não calculas o prazer que me deu a confidência que lhe fiz. Era como que uma felicidade mais. Aquele coração moço
que
me ouvia e me dava razão, trazia a este mundo um aspecto extraordinário. Era um grande e belo mundo, a vida uma
carreira
excelente, e eu nem mais nem menos um mimoso do céu; eis a minha sensação. Nota que eu não lhe disse tudo, nem o
melhor; não lhe referi o Capítulo do penteado, por exemplo, nem outros assim; mas o contado era multo.

Que voltamos ao assunto, não é preciso dizê-lo. Voltamos uma e muitas vezes: eu louvava as qualidades morais de
Capitu,
matéria adequada à admiração de um seminarista, a simpleza, a modéstia. O amor do trabalho e os costumes
religiosos. Não
lhe tocava nas graças físicas, nem ele me perguntava por elas; apenas insinuei a conveniência de a conhecer de vista.

--Agora não é possível, disse-lhe na primeira semana, ao voltar de casa; Capitu vai passar uns dias com uma amiga da
Rua
dos Inválidos. Quando ela vier, você irá lá; mas pode ir antes, pode ir sempre; por que não foi ontem jantar comigo?

--Você não me convidou.

-- Pois precisa convidar? Lá em casa todos ficaram gostando muito de você.

--Também eu fiquei gostando de todos, mas é possível fazer distinção, confesso-lhe que sua mãe é uma senhora
adorável.

--Não é verdade? retorqui cheio de alvoroço.

CAPÍTULO LXXIX / VAMOS AO CAPÍTULO

Com efeito, gostei de ouvi-lo falar assim. Sabes a opinião que eu tinha de minha mãe. Ainda agora, depois de
interromper
esta linha para mirar-lhe o retrato que pende da parede, acho que trazia no rosto impressa aquela qualidade. Nem de
outro
modo se explica a opinião de Escobar, que apenas trocara com ela quatro palavras Uma só bastava a penetrar-lhe a
essência
íntima; sim, sim, minha mãe era adorável. Por mais que me estivesse então obrigando a uma carreira que eu não
queria, não
podia deixar de sentir que era adorável, como uma santa.

E porventura era certo que me obrigava à carreira eclesiástica? Aqui chego a um ponto, que esperei viesse depois tanto
que
já pesquisava em que altura lhe daria um Capítulo. Realmente, não cabia dizer agora o que só mais tarde presumi
descobrir,
mas, uma vez que toquei no ponto, melhor é acabar com ele. É grave e complexo, delicado e sutil, um destes em que o
autor
tem de atender ao filho, e o filho há de ouvir o autor, para que um e outro digam a verdade, só a verdade, mas toda a
verdade. Cabe ainda notar que esse ponto é que torna justamente a santa mais adorável, sem prejuízo (ao contrário!)
da


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parte humana e terrestre que havia nela. Basta de prefácio ao Capítulo; vamos ao Capítulo.

CAPÍTULO LXXX / VENHAMOS AO CAPÍTULO

Venhamos ao Capítulo. Minha mãe era temente a Deus; sabes disto, das suas práticas religiosas, e da fé pura que as
animava. Nem ignoras que a minha carreira eclesiástica era objeto de promessa feita quando fui concebido. Tudo está
contado oportunamente. Outorgam, sabes que para o fim de apertar o vínculo moral da obrigação, confiou os seus
projetos e
motivos a parentes e familiares. A promessa, feita com fervor, aceita com misericórdia, foi guardada por ela, com
alegria, no
mais íntimo do coração. Penso que lhe senti o sabor da felicidade no leite que me deu a mamar. Meu pai, se vivesse, é
possível que alterasse os planos, e, como tinha a vocação da política, é provável que me encaminhasse somente à
política,
embora os dous ofícios não fossem nem sejam inconciliáveis, e mais de um padre entre na luta dos partidos e no
governo dos
homens. Mas meu pai morrera sem saber nada, e ela ficou diante do contrato, como única devedora.

Um dos aforismos de Franklin é que, para quem tem de pagar na páscoa, a quaresma é curta. A nossa quaresma não
foi
mais longa que as outras, e minha mãe, posto me mandasse ensinar latim e doutrina, começou a adiar a minha
entrada no
seminário. É o que se chama, comercialmente falando, reformar uma letra. O credor era arquimilionário, não dependia
daquela quantia para comer, e consentiu nas transferências de pagamento, sem sequer agravar a taxa do juro. Um dia.
porém, um dos familiares que serviam de endossantes da letra, falou da necessidade de entregar o preço ajustado; está
num
dos Capítulos primeiros. Minha mãe concordou e recolhi-me a S. José.

Ora, nesse mesmo Capítulo, verteu ela umas lágrimas, que enxugou sem explicar, e que nenhum dos presentes nem tio
Cosme, nem prima Justina, nem o agregado José Dias entendeu absolutamente: eu, que estava atrás da porta, não as
entendi
mais que eles. Bem examinadas, apesar da distancia, vê-se que eram saudades prévias, a mágoa da separação, -- e
pode ser
também (é o princípio do ponto), pode ser que arrependimento da promessa. Católica e devota, sentia muito bem que
as
promessas se cumprem; a questão é se é oportuno e adequado fazê-las todas, e naturalmente inclinava-se à negativa.
Por
que é que Deus a puniria, negando-lhe um segundo filho? A vontade divina podia ser a minha vida, sem necessidade
de lhe
dedicar ab ovo. Era um raciocínio tardio: devia ter sido feito no dia em que fui gerado. Em todo caso, era uma
conclusão
primeira; mas, não bastando concluir para destruir, tudo se manteve, e eu fui para o seminário.

Um cochilo da fé teria resolvido a questão a meu favor, mas a fé velava com os seus grandes olhos ingênuos. Minha
mãe
faria, st pudesse, uma troca de promessa, dando parte dos seus anos para conservar-me consigo, fora do clero, casado
e
pai: é o que presumo, assim como suponho que rejeitou tal idéia, por lhe parecer uma deslealdade. Assim a senti
sempre na
corrente da vida ordinária.



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Sucedeu que a minha ausência foi logo temperada pela assiduidade de Capitu. Esta começou a fazer-se-lhe
necessária.
Pouco a pouco veio-lhe a persuasão de que a pequena me faria feliz. Então (é o final do ponto anunciá-lo), a
esperança de
que o nosso amor, tornando-me absolutamente incompatível com o seminário, me levasse a não ficar lá nem por Deus
nem
pelo Diabo, esta esperança íntima e secreta entrou a invadir o coração de minha mãe. Neste caso, eu romperia o
contrato
sem que ela tivesse culpa. Ela ficava comigo sem ato propriamente seu. Era como se, tendo confiado a alguém a
importância
de uma dívida para levá-la ao credor o portador guardasse o dinheiro consigo e não levasse nada. Na vida comum, o
ato de
terceiro não desobriga o contratante; mas a vantagem de contratar com o céu é que intenção vale dinheiro.

Hás de ter tido conflitos parecidos com esse, e, se és religioso, haverás buscado alguma vez conciliar o céu e a terra, por
modo idêntico ou análogo. O céu e a terra acabam conciliando-se; eles são quase irmãos gêmeos, tendo o céu sido
feito no
segundo dia e a terra no terceiro. Como Abraão, minha mãe levou o filho ao monte da Visão, e mais a lenha para o
holocausto, o fogo e o cutelo. E atou Isaac em cima do feixe de lenha, pegou do cutelo e levantou-o ao alto. No
momento de
fazê-lo cair, ouve a voz do anjo que lhe ordena da parte do Senhor: "Não faças mal algum a teu filho; conheci que
temes a
Deus". Tal seria a esperança secreta de minha mãe.

Capitu era naturalmente o anjo da Escritura. A verdade é que minha mãe não podia tê-la agora longe de si. A afeição
crescente era manifesta por atos extraordinários. Capitu passou a ser a flor da casa, o sol das manhãs, o frescor das
tardes, a
lua das noites; lá vivia horas e horas, ouvindo, falando e cantando. Minha mãe apalpava-lhe o coração, revolvia-lhe
os olhos,
e o meu nome era entre ambas como a senha da vida futura.

CAPÍTULO LXXXI / UMA PALAVRA

Assim contado o que descobri mais tarde, posso trasladar para aqui uma palavra de minha mãe. Agora se entenderá
que ela
me dissesse, no primeiro sábado, quando eu cheguei a casa, e soube que Capitu estava na Rua dos Inválidos, com
sinhazinha
Gurgel:

--Por que não vais vê-la? Não me disseste que o pai de Sancha te ofereceu a casa?

--Ofereceu.

--Pois então? Mas é se queres. Capitu devia ter voltado hoje para acabar um trabalho comigo; certamente a amiga
pediu-lhe
que dormisse lá.

--Talvez ficassem namorando, insinuou prima Justina.

Não a matei por não ter à mão ferro nem corda, pistola nem punhal- mas os olhos que lhe deitei, se pudessem matar,


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teriam
suprido tudo. Um dos erros da Providência foi deixar ao homem unicamente os braços e os dentes, como armas de
ataque, e
as pernas como armas de fuga ou de defesa. Os olhos bastavam ao primeiro efeito. Um mover deles faria parar ou cair
um
inimigo ou um rival, exerceriam vingança pronta, com este acréscimo que, para desnortear a justiça, os mesmos olhos
matadores seriam olhos piedosos, e correriam a chorar a vítima. Prima Justina escapou aos meus; eu e que não escapei
ao
efeito da insinuação, e no domingo, às onze horas, corri à Rua dos Inválidos.

O pai de Sancha recebeu-me em desalinho e triste. A filha estava enferma- caíra na véspera com uma febre, que se ia
agravando. Como ele queria muito à filha, pensava já vê-la morta, e anunciou-me que se mataria também. Eis aqui
um
Capítulo fúnebre como um cemitério, mortes, suicídios e assassinatos. Eu ansiava por um raio de luz clara e céu azul.
Foi
Capitu que os trouxe à porta da sala, vindo dizer ao pai de Sancha que a filha o mandara chamar.

--Está pior? perguntou Gurgel assustado.

--Não, senhor, mas quer falar-lhe.

--Fique aqui um bocadinho, disse-lhe ele; e voltando-se para mim: E a enfermeira de Sancha, que não quer outra; eu já
volto.

Capitu trazia sinais de fadiga e comoção, mas tão depressa me viu, ficou toda outra, a mocinha de sempre, fresca e
lepida,
não menos que espantada. Custou-lhe a crer que fosse eu. Falou-me, quis que lhe falasse, e efetivamente conversamos
por
alguns minutos, mas são tão baixo e abafado que nem as paredes ouviram, elas que têm ouvidos. De resto, se elas
ouviram
algo, nada entenderam, nem elas nem os móveis, que estavam tão tristes como o dono.

CAPÍTULO LXXXII / O CANAPÉ

Deles, só o canapé pareceu haver compreendido a nossa situação moral, visto que nos ofereceu os serviços da sua
palhinha,
com tal insistência que os aceitamos e nos sentamos. Data daí a opinião particular que tenho do canapé. Ele faz aliar
a
intimidade e o decoro, e mostra a casa toda sem sair da sala. Dous homens sentados nele podem debater o destino de
um
império, e duas mulheres a graça de um vestido- mas, um homem e uma mulher só por aberração das leis naturais
dirão outra
cousa que não seja de si mesmos. Foi o que fizemos, Capitu e eu. Vagamente lembra-me que lhe perguntei se a
demora ali
seria grande...

--Não sei- a febre parece que cede... mas...

Também me lembra, vagamente, que lhe expliquei a minha visita à Rua dos inválidos, com a pura verdade, isto é, a
conselho


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de minha mãe.

--Conselho dela? murmurou Capitu.

E acrescentou com os olhos, que brilhavam extraordinariamente -- Seremos felizes!

Repeti estas palavras, com os simples dedos, apertando os dela. O canapé, quer visse ou não, continuou a prestar os
seus
serviço às nossas mãos presas e às nossas cabeças juntas ou quase juntas.

CAPÍTULO LXXXIII / O RETRATO

Gurgel tornou à sala e disse a Capitu que a filha chamava por ela. Eu levantei-me depressa e não achei compostura;
metia os
olhos pelas cadeiras. Ao contrário, Capitu ergueu-se naturalmente e perguntou-lhe se a febre aumentará.

--Não, disse ele.

Nem sobressalto nem nada, nenhum ar de mistério da parte de Capitu; voltou-se para mim, e disse-me que levasse
lembranças a minha mãe e a prima Justina, e que até breve, estendeu-me a mão e enfiou pelo corredor. Todas as
minhas
invejas foram com ela. Como era possível que Capitu se governasse tão facilmente e eu não?

--Está uma moça, observou Gurgel olhando também para ela.

Murmurei que sim. Na verdade, Capitu ia crescendo às carreiras as formas arredondavam-se e avigoravam-se com
grande
intensidade moralmente a mesma cousa. Era mulher por dentro e por fora, mulher à direita e à esquerda, mulher por
todos os
lados, e desde os pés até à cabeça. Esse arvorecer era mais apressado, agora que eu a via de dias a dias; de cada vez
que
vinha a casa achava-a mais alta e mais cheia; os olhos pareciam ter outra reflexão, e a boca outro império. Gurgel,
voltando-se para a parede da sala, onde pendia um retrato de moça, perguntou-me se Capitu era parecida com o
retrato.

Um dos costumes da minha vida foi sempre concordar com a opinião provável do meu interlocutor, desde que a
matéria não
me agrava, aborrece ou impõe. Antes de examinar se efetivamente Capitu era parecida com o retrato, fui respondendo
que
sim. Então ele disse que era o retrato da mulher dele, e que as pessoas que a conheceram diziam a mesma cousa.
Também
achava que as feições eram semelhantes, a testa principalmente e os olhos. Quanto ao gênio, era um, pareciam irmãs.

-- Finalmente, até a amizade que ela tem a Sanchinha- a mãe não era mais amiga dela... Na vida há dessas
semelhanças
assim esquisitas.

CAPÍTULO LXXXIV / CHAMADO

No saguão e na rua, examinei ainda comigo se efetivamente ele teria desconfiado alguma cousa, mas achei que não e


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pus-me
a andar. Ia satisfeito com a visita, com a alegria de Capitu, com os louvores de Gurgel, a tal ponto que não acudi logo
a uma
voz que me chamava:

--Sr. Bentinho! Sr. Bentinho!

Só depois que a voz cresceu e o dono dela chegou à porta é que eu parei e vi o que era e onde estava. Estava já na Rua
de
Matacavalos. A casa era uma loja de louça, escassa e pobre: tinha as portas meio cerradas, e a pessoa que me
chamava era
um pobre homem grisalho e mal vestido.

--Sr. Bentinho, disse-me ele chorando; sabe que meu filho Manduca morreu?

--Morreu?

--Morreu há meia hora, enterra-se amanhã. Mandei recado a sua mãe agora mesmo, e ela fez-me a caridade de
mandar
algumas flores para botar no caixão. Meu pobre filho! Tinha de morrer, e foi bom que morresse, coitado, mas apesar
de tudo
sempre dói. Que vida que ele teve!... Um dia destes ainda se lembrou do senhor, e perguntou se estava no seminário...
Quer
vê-lo? Entre, ande vê-lo...

Custa-me dizer isto, mas antes peque por excessivo que por diminuto. Quis responder que não, que não queria ver o
Manduca, e fiz até um gesto para fugir. Não era medo; noutra ocasião pode ser até que entrasse com facilidade e
curiosidade, mas agora ia tão contente! Ver um defunto ao voltar de uma namorada... Há cousas que se não ajustam
nem
combinam. A simples notícia era já uma turvação grande. As minhas idéias de ouro perderam toda a cor e o metal
para se
trocarem em cinza escura e feia, e não distingui mais nada. Penso que cheguei a dizer que tinha pressa, mas
provavelmente
não falei por palavras claras, nem sequer humanas, porque ele, encostado ao portal, abria-me espaço com o gesto, e
eu, sem
alma para entrar nem fugir, deixei ao corpo fazer o que pudesse, e o corpo acabou entrando.

Não culpo ao homem; para ele, a cousa mais importante do momento era o filho. Mas também não me culpem a
mim; para
mim, a cousa mais importante era Capitu. O mal foi que os dous casos se conjugassem na mesma tarde, e que a morte
de um
viesse meter o nariz na vida do outro. Eis o mal todo. Se eu passasse antes ou depois, ou se o Manduca esperasse
algumas
horas para morrer, nenhuma nota aborrecida viria interromper as melodias da minha alma. Por que morrer
exatamente há
meia hora? Toda hora é apropriada ao óbito; morre-se muito bem às seis ou sete horas da tarde.

CAPÍTULO LXXXV / O DEFUNTO

Tal foi o sentimento confuso com que entrei na loja de louça. A loja era escura, e o interior da casa menos luz tinha,


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agora
que as janelas da área estavam cerradas. A um canto da sala de jantar vi a mãe chorando; à porta da alcova duas
crianças
olhavam espantadas para dentro, com o dedo na boca. O cadáver jazia na cama; a cama...

Suspendamos a pena e vamos à janela espairecer a memória. Realmente, o quadro era feio, já pela morte, já pelo
defunto,
que era horrível... Isto aqui, sim, é outra cousa. Tudo o que vejo lá fora respira vida, a cabra que rumina ao pé de uma
carroça, a galinha que marisca no chão da rua, o trem da Estrada Central que bufa, assobia, fumega e passa, a
palmeira que
investe para o céu, e finalmente aquela torre de igreja, apesar de não ter músculos nem folhagem. Um rapaz, que ali no
beco
empina um papagaio de papel, não morreu nem morre, posto também se chame Manduca.

Verdade é que o outro Manduca era mais velho. Teria dezoito ou dezenove anos, mas tanto lhe darias quinze como
vinte e
dous, a cara não permitia trazer a idade à vista antes a escondia nas dobras da... Vá, diga-se tudo; é morto, os seus
parentes
são mortos, se existe algum não é em tal evidência que se vexe ou doa. Diga-se tudo, Manduca padecia de uma cruel
enfermidade, nada menos que a lepra. Vivo era feio- morto pareceu-me horrível. Quando eu vi, estendido na cama, o
triste
corpo daquele meu vizinho, fiquei apavorado e desviei os olhos. Não sei que mão oculta me compeliu a olhar outra
vez, ainda
que de fugida; cedi, olhei, tornei a olhar, até que recuei de todo e saí do quarto.

--Padeceu muito! suspirou o pai.

--Coitado de Manduca! soluçava a mãe.

Eu cuidei de sair, disse que era esperado em casa, e despedi-me O pai perguntou-me se lhe faria o favor de ir ao
enterro;
respondi com a verdade, que não sabia, faria o que minha mãe quisesse. E rápido saí, atravessei a loja, e saltei à rua.

CAPÍTULO LXXXVI / AMAI, RAPAZES!

Era tão perto, que antes de três minutos me achei em casa. Parei no corredor, a tomar fôlego- buscava esquecer o
defunto,
pálido e disforme, e o mais que não disse para não dar a estas páginas um aspecto repugnante, mas podes imaginá-lo.
Tudo
arredei da vista, em poucos segundos; bastou-me pensar na outra casa, e mais na vida e na cara fresca e lépida de
Capitu...
Amai, rapazes! e, principalmente, amai moças lindas e graciosas; elas dão remédio ao mal, aroma ao infecto, trocam a
morte
pela vida... Amai, rapazes!

CAPÍTULO LXXXVII / A SEGE

Chegara ao último degrau, e uma idéia me entrou no cérebro, como se estivesse a esperar por mim, entre as grades da
cancela. Ouvi de memória as palavras do pai de Manduca pedindo-me que fosse ao enterro no dia seguinte. Parei no
degrau.


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Refleti um instante; sim, podia ir ao enterro, pediria a minha mãe que me alugasse um carro...

Não cuides que era o desejo de andar de carro, por mais que tivesse o gosto da condução. Em pequeno, lembra-me que
ia
assim muita vez com minha mãe às visitas de amizade ou de cerimônia e à missa, se chovia. Era uma velha sege de
meu pai,
que ela conservou o mais que pôde. O cocheiro, que era nosso escravo, tão velho como a sege, quando me via à porta,
vestido, esperando minha mãe, dizia-me rindo:

--Pai João vai levar nhonhô!

E era raro que eu não lhe recomendasse:

--João, demora muito as bestas; vai devagar.

--Nhã Glória não gosta.

--Mas demora!

Fica entendido que era para saborear a sege, não pela vaidade, porque ela não permitia ver as pessoas que iam dentro.
Era
uma velha sege obsoleta, de duas rodas, estreita e curta, com duas cortinas de couro na frente, que corriam para os
lados
quando era preciso entrar ou sair. Cada cortina tinha um óculo de vidro, por onde eu gostava de espiar para fora.

--Senta, Bentinho!

--Deixa espiar, mamãe!

E em pé, quando era mais pequeno, metia a cara no vidro, e via o cocheiro com as suas grandes botas, escanchado na
mula
da esquerda, e segurando a rédea da outra; na mão levava o chicote grosso e comprido. Tudo incômodo, as botas, o
chicote
e as mulas, mas ele gostava e eu também. Dos lados via passar as casas, lojas ou não, abertas ou fechadas, com gente
ou
sem ela, e na rua as pessoas que iam e vinham, ou atravessavam diante da sege, com grandes pernadas ou passos
miúdos.
Quando havia impedimento de gente ou de animais, a sege parava, e então o espetáculo era particularmente
interessante; as
pessoas paradas na calçada ou à porta das casas, olhavam para a sege e falavam entre si, naturalmente sobre quem
iria
dentro. Quando fui crescendo em idade imaginei que adivinhavam e diziam: "É aquela senhora da Rua de
Mata-cavalos, que
tem um filho, Bentinho..."

A sege ia tanto com a vida recôndita de minha mãe, que quando já não havia nenhuma outra, continuamos a andar
nela, e era
conhecida na rua e no bairro pela "sege antiga." Afinal minha mãe consentiu em deixá-la, sem a vender logo; só abriu
mão
dela porque as despesas de cocheira a obrigaram a isso. A razão de a guardar inútil foi exclusivamente sentimental; era


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a
lembrança do marido. Tudo o que vinha de meu pai era conservado como um pedaço dele, um resto da pessoa, a
mesma
alma integral e pura. Mas o uso, esse era filho também do carrancismo que ela confessava aos amigos. Minha mãe
exprimia
bem a fidelidade aos velhos hábitos, velhas maneiras, velhas idéias, velhas modas. Tinha o seu museu de relíquias,
pentes
desusados, um trecho de mantilha; umas moedas de cobre datadas de 1824 e 1825, e, para que tudo fosse antigo, a si
mesma se queria fazer velha; mas já deixei dito que, neste ponto, não alcançava tudo o que queria.

CAPÍTULO LXXXVIII / UM PRETEXTO HONESTO

Não, a idéia de ir ao enterro não vinha da lembrança do carro e suas doçuras. A origem era outra: era porque,
acompanhando o enterro no dia seguinte, não iria ao seminário, e podia fazer outra visita a Capitu, um tanto mais
demorada.
Bis aí o que era. A lembrança do carro podia vir acessoriamente depois, mas a principal e imediata foi aquela. Voltaria
à Rua
dos Inválidos, a pretexto de saber de sinhazinha Gurgel. Contava que tudo me saísse como naquele dia. Gurgel aflito,
Capitu
comigo no canapé, as mãos presas, o penteado...

--Vou pedir a mamãe.

Abri a cancela. Antes de transpô-la, assim como ouvira da memória a palavra do pai do morto, ouvi agora a da mãe, e
repeti
a meia voz:

--Coitado de Manduca!

Minha Mãe ficou perplexa quando lhe pedi para ir ao enterro.

--Perder um dia de seminário

Fiz-lhe notar a amizade que o Manduca me tinha, e depois era gente pobre... Tudo o que me lembrou dizer, disse.
Prima
Justina opinou pela negativa.

--Você acha que não deve ir? perguntou-lhe minha mãe.

--Acho que não. Que amizade é essa que eu nunca vi?

Prima Justina venceu. Quando referi o caso ao agregado, este sol riu, e disse-me que o motivo escondido da prima era
provavelmente não dar ao enterro "o lustre da minha pessoa". Fosse o que fosse, fiquei amuado; no dia seguinte,
pensando
no motivo, não me desagradou; mais tarde achei-lhe um sabor particular.

CAPÍTULO XC / A POLÊMICA

No dia seguinte, passei pela casa do defunto, sem entrar nem parar --ou, se parei, foi só um instante, ainda mais breve
que


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este em que vo-lo digo. Se me não engano, andei até mais depressa, receando que me chamassem como na véspera.
Uma
vez que não ia ao enterro antes longe que próximo. Fui andando e pensando no pobre-diabo.

Não éramos amigos, nem nos conhecíamos de muito. Intimidade que intimidade podia haver entre a doença dele e a
minha
saúde? Tivemos relações breves e distantes. Fui pensando nelas, recordando algumas. Reduziam-se todas a uma
polêmica,
entre nós, dous anos antes, a propósito... Mal podeis crer a que propósito foi. Foi a guerra da Criméia.

Manduca vivia no interior da casa, deitado na cama, lendo por desfastio. Ao domingo, sobre a tarde, o pai enfiava-lhe
uma
camisola escura, e trazia-o para o fundo da loja, donde ele espiava um palmo da rua e a gente que passava. Era todo
o seu
recreio. Foi ali que o vi uma vez, e não fiquei pouco espantado; a doença ia-lhe comendo parte das carnes, os dedos
queriam
apertar-se; o aspecto não atraía decerto. Tinha eu de treze para quatorze anos. Da segunda vez que o vi ali, como
falássemos
da guerra da Criméia, que então ardia e andava nos jornais, Manduca disse que os aliados haviam de vencer, e eu
respondi
que não.

--Pois veremos, tornou ele. Só se a justiça não vencer neste mundo, o que é impossível, e a justiça está com os aliados.

--Não, senhor, a razão é dos russos.

Naturalmente, íamos com o que nos diziam os jornais da cidade transcrevendo os de fora, mas pode ser também que
cada
um de nós tivesse a opinião do seu temperamento. Fui sempre um tanto moscovita nas minhas idéias. Defendi o direito
da
Rússia, Manduca fez o mesmo ao dos aliados, e o terceiro domingo em que entrei na loja tocamos outra vez no
assunto.
Então Manduca propôs que trocássemos a argumentação por escrito, e na terça ou quarta-feira recebi duas folhas de
papel
contendo a exposição e defesa do direito dos aliados, e da integridade da Turquia, concluindo por esta frase profética:

"Os russos não hão de entrar em Constantinopla!"

Li-a e meti-me a refutá-la. Não me recorda um só dos argumentos que empreguei, nem talvez interesse conhecê-los,
agora
que o século está a expirar; mas a idéia que me ficou deles é que eram irrespondíveis. Fui eu mesmo levar-lhe o meu
papel.
Fizeram-me entrar na alcova, onde ele jazia estirado na cama, mal coberto por uma colcha de retalhos. Ou gosto da
polêmica ou qualquer outra causa que não alcanço, não me deixou sentir toda a repugnância que saía da cama e do
doente, e
o prazer com que lhe dei o papel foi sincero. Manduca, pela sua parte, por mais nojosa que tivesse então a cara, o
sorriso
que a acendeu dissimulou o mal físico. A convicção com que me recebeu o papel e disse que ia ler e responderia é que
não
tem palavras nossas nem alheias que a digam de todo e com verdade; não era exaltada, não era ruidosa, não tinha


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gestos,
nem a moléstia os permitiria, era simples, grande, profunda, um gozo infinito de vitória, antes de saber os meus
argumentos.
Tinha já papel, pena e tinta ao pé da cama. Dias depois recebi a réplica; não me lembra se trazia cousas novas ou não;
o
calor é que crescia, e o final era o mesmo:

"Os russos não hão de entrar em Constantinopla!"

Trepliquei, e daí continuou por algum tempo uma polêmica ardente, em que nenhum de nós cedia, defendendo cada
um os
seus clientes com força e brio. Manduca era mais longo e pronto que eu. Naturalmente a mim sobravam mil cousas
que
distraíam, o estudo, os recreios, a família, e a própria saúde, que me chamava a outros exercícios. Manduca, salvo o
palmo
de rua ao domingo de tarde, tinha só esta guerra, assunto da cidade e do mundo, mas que ninguém ia tratar com ele. O
acaso
dera-lhe em mim um adversário; ele, que tinha gosto à escrita, deitou-se ao debate, como a um remédio novo e radical.
As
horas tristes e compridas eram agora breves e alegres; os olhos desaprenderam de chorar, se porventura choravam
antes.
Senti esta mudança dele nas próprias maneiras do pai e da mãe.

--Não imagina como ele anda agora, depois que o senhor lhe escreve aqueles papéis, dizia-me o dono da loja, uma vez,
à
porta da rua. Fala e ri muito. Logo que eu mando o caixeiro levar-lhe os papéis dele, entra a indagar da resposta, e se
demorará muito, e que pergunte ao moleque, quando passar. Enquanto espera, relê jornais e toma notas. Mas
também,
apenas recebe os seus papéis, atira-se a lê-los, e começa logo a escrever a resposta. Há ocasiões em que não come ou
come mal; tanto que eu queria pedir-lhe uma cousa, é que não os mande à hora do almoço ou de jantar...

Fui eu que cansei primeiro. Comecei a demorar as respostas, até que não dei mais nenhuma- ele ainda teimou duas ou
três
vezes depois do meu silêncio, mas não recebendo contestação alguma, por fadiga também ou por não aborrecer,
acabou de
todo com as suas apologias. A última como a primeira, como todas, afirmava a mesma predição eterna:

"Os russos não hão de entrar em Constantinopla!"

Não entraram, efetivamente, nem então, nem depois, nem até agora. Mas a predição será eterna? Não chegarão a
entrar
algum dia? Problema difícil. O próprio Manduca, para entrar na sepultura, gastou três anos de dissolução, tão certo é
que a
natureza, como a história, não se faz brincando. A vida dele resistiu como a Turquia se afinal cedeu foi porque lhe
faltou uma
aliança como a anglo-francesa, não se podendo considerar tal o simples acordo da medicina e da farmácia. Morreu
afinal,
como os Estados morrem; r nosso caso particular, a questão é saber, não se a Turquia morre porque a morte não
poupa a
ninguém, mas se os russos entrara algum dia em Constantinopla; essa era a questão para o meu vizinho leproso,


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debaixo da
triste, rota e infecta colcha de retalhos...

CAPÍTULO XCI / ACHADO QUE CONSOLA

É claro que as reflexões que aí deixo não foram feitas então, a caminho do seminário, mas agora no gabinete do
Engenho
Novo Então não fiz propriamente nenhuma, a não ser esta: que servi de alívio um dia ao meu vizinho Manduca. Hoje
pensando melhor, acho que não só servi de alívio, mas até lhe dei felicidade. E o achado consola-me; já agora não
esquecerei mais que dei dous ou três meses de felicidade a um pobre-diabo, fazendo-lhe esquecer o mal e o resto. É
alguma
cousa na liquidação da minha vida. Se há no outro mundo tal ou qual prêmio para as virtudes sem intenção, esta
pagará um
ou dous dos meus muitos pecados. Quanto ao Manduca, não creio que fosse pecado opinar contra a Rússia, mas, se
era, ele
estará purgando há quarenta anos a felicidade que alcançou em dous ou três meses,--donde concluirá (já tarde) que
era
ainda melhor haver gemido somente, sem opinar cousa nenhuma.

CAPÍTULO XCII / O DIABO NÃO É TÃO FEIO COMO SE PINTA

Manduca enterrou-se sem mim. A muitos outros aconteceu a mesma cousa, sem que eu sentisse nada, mas este caso
afligiu-me particular mente pela razão já dita. Também senti não sei que melancolia ao recordar a primeira polêmica
da vida,
o gosto com que ele recebia os meus papéis e se propunha a refutá-los, não contando o gosto do carro... Mas o tempo
apagou depressa todas essas saudades e ressurreições. Nem foi só ele; duas pessoas vieram ajudá-lo, Capitu, cuja
imagem
dormiu comigo na mesma noite, e outra que direi no Capítulo que vem. O resto deste Capítulo é só para pedir que, se
alguém
tiver de ler o meu livro com alguma atenção mais da que lhe exigir o preço do exemplar, não deixe de concluir que o
Diabo
não é tão feio como se pinta. Quero dizer...

Quero dizer que o meu vizinho de Mata-cavalos, temperando o mal com a opinião anti-russa, dava à podridão das
suas
carnes um reflexo espiritual que as consolava. Há consolação maiores, decerto e uma das mais excelentes é não
padecer esse
nem outro mal algumas a natureza é tão divina que se diverte com tais contrastes, e aos mais nojentos ou mais aflitos
acena
com uma flor. E talvez saia assim a flor mais bela, o meu jardineiro afirma que as violetas, para terem um cheiro
superior, hão
mister de estrume de porco. Não examinei, mas deve ser verdade.

CAPÍTULO XCIII / UM AMIGO POR UM DEFUNTO

Quanto à outra pessoa que teve a força obliterativa, foi o meu colega Escobar que no domingo, antes do meio-dia,
veio ter a
Mata-cavalos. Um amigo supria assim um defunto, e tal amigo que durante cerca de cinco minutos esteve com a
minha mão
entre as suas, como se me não visse desde longos meses.


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--Você janta comigo, Escobar?

--Vim para isto mesmo.

Minha mãe agradeceu-lhe a amizade que me tinha, e ele respondeu com muita polidez, ainda que um tanto atado,
como se
carecesse de palavra pronta. Já viste que não era assim, a palavra obedecia-lhe, mas o homem não é sempre o mesmo
em
todos os instantes. O que ele disse, em resumo, foi que me estimava pelas minhas boas qualidades e aprimorada
educação;
no seminário todos me queriam bem, nem podia deixar de ser assim, acrescentou. Insistia na educação, nos bons
exemplos,
"na doce e rara mãe" que o céu me deu... Tudo isso com a voz engasgada e trêmula.

Todos ficaram gostando dele. Eu estava tão contente como se Escobar fosse invenção minha. José Dias desfechou-lhe
dous
superlativos, tio Cosme dous capotes, e prima Justina não achou tacha que lhe pôr; depois, sim, no segundo ou terceiro
domingo, veio ela confessar-nos que o meu amigo Escobar era um tanto metediço e tinha uns olhos policiais a que não
escapava nada.

--São os olhos dele, expliquei.

--Nem eu digo que sejam de outro.

--São olhos refletidos, opinou tio Cosme.

--Seguramente, acudiu José Dias; entretanto, pode ser que a senhora D. Justina tenha alguma razão. A verdade é que
uma
cousa não impede outra, e a reflexão casa-se muito bem à curiosidade natura. Parece curioso, isso parece, mas...

--A mim parece-me um mocinho muito sério, disse minha mãe.

--Justamente! confirmou José Dias, para não discordar dela.

Quando eu referi a Escobar aquela opinião de minha mãe (sem lhe contar as outras naturalmente) vi que o prazer dele
foi
extraordinário. Agradeceu, dizendo que eram bondades, e elogiou também minha mãe, senhora grave, distinta e moça,
muito
moça... Que idade teria?

--Já fez quarenta, respondi eu vagamente por vaidade.

--Não é possível! exclamou Escobar. Quarenta anos! Nem parece trinta- está muito moça e bonita. Também a alguém
há de
você sair, com esses olhos que Deus lhe deu; são exatamente os dela. Enviuvou há muitos anos?

Contei-lhe o que sabia da vida dela e de meu pai. Escobar escutava atento, perguntando mais, pedindo explicação das
passagens omissas ou só escuras. Quando eu lhe disse que não me lembrava nada da roça, tão pequenino viera,
contou-me


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duas ou três reminiscências dos seus três anos de idade, ainda agora frescas. E não contávamos voltar

--Não, agora não voltamos mais. Olhe, aquele preto que ali vai passando, é de lá. Tomás!

--Nhonhô!

Estávamos na horta da minha casa, e o preto andava em serviço; chegou-se a nós e esperou.

--É casado, disse eu para Escobar. Maria onde está?

-- Está socando milho, sim, senhor.

--Você ainda se lembra da roça, Tomás?

--Alembra, sim, senhor.

-- Bem, vá-se embora.

Mostrei outro, mais outro, e ainda outro, este Pedro, aquele José, aquele outro Damião...

--Todas as letras do alfabeto, interrompeu Escobar.

Com efeito, eram diferentes letras, e só então reparei nisto; apontei ainda outros escravos, alguns com os mesmos
nomes,
distinguindo-se por um apelido, ou da pessoa, como João Fulo, Maria Gorda ou de nação como Pedro Benguela,
Antônio
Moçambique...

-- E estão todos aqui em casa? perguntou ele.

--Não, alguns andam ganhando na rua, outros estão alugados Não era possível ter todos em casa. Nem são todos os
da
rosa: a maior parte ficou lá.

-- O que me admira é que D. Glória se acostumasse logo a viver, em casa da cidade, onde tudo é apertado; a de lá é
naturalmente grande.

--Não sei, mas parece. Mamãe tem outras casas maiores que esta; diz porém que há de morrer aqui. As outras estão
alugadas. Algumas são bem grandes, como a da Rua da Quitanda...

--Conheço essa, é bonita.

--Tem também no Rio Comprido, na Cidade-Nova, uma no Catete...

--Não lhe hão de faltar tectos, concluiu ele sorrindo com simpatia.

Caminhamos para o fundo. Passamos o lavadouro; ele parou um instante aí, mirando a pedra de bater roupa e
fazendo
reflexões a propósito do asseio; depois continuamos. Quais foram as reflexões não me lembra agora; lembra-me só
que as


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achei engenhosas, e ri, ele riu também. A minha alegria acordava a dele, e o céu estava tão azul, e o ar tão claro, que a
natureza parecia rir também conosco. São assim as boas horas deste mundo. Escobar confessou esse acordo do
interno com
o externo, por palavras tão finas e altas que me comoveram; depois, a propósito da beleza moral que se ajusta à
física,
tornou a falar de minha mãe, "um anjo dobrado", disse ele.

CAPÍTULO XCIV / IDÉIAS ARITMÉTICAS

Não digo o mais, que foi muito. Nem ele sabia só elogiar é pensar, sabia também calcular depressa e bem. Era das
cabeças
aritméticas de Holmes (2 + 2 = 4). Não se imagina a facilidade com que ele somava ou multiplicava de cor. A divisão
que foi
sempre uma das operações difíceis para mim, era para ele como nada: cerrava um pouco os olhos, voltados para
cima, e
sussurrava as denominações dos algarismos: estava pronto. Isto com sete, treze, vinte algarismos. A vocação era tal
que o
fazia amar os próprios sinais das somas, e tinha esta opinião que os algarismos, sendo poucos, eram muito mais
conceituosos
que as vinte e cinco letras do alfabeto.

--Há letras inúteis e letras dispensáveis, dizia ele. Que serviço diverso prestam o d e o t? Têm quase o mesmo som. O
mesmo digo do b e do p, o mesmo do s, do c e do z, o mesmo do k e do g, etc. São trapalhices caligráficas. Veja os
algarismos: não há dous que façam o mesmo ofício; 4 é 4, e 7 é 7. E admire a beleza com que um 4 e um 7 formam
esta
cousa que se exprime por 11. Agora dobre 11 e terá 22; multiplique por igual número, dá 484, e assim por diante. Mas
onde
a perfeição é maior é no emprego do zero. O valor do zero é, em si mesmo, nada; mas o ofício deste sinal negativo é
justamente aumentar. Um 5 sozinho é um 5; ponha-lhe dous 00, é 500. Assim, o que não vale nada faz valer muito,
cousa
que não fazem as letras dobradas, pois eu tanto aprovo com um p como com dous pp.

Criado na ortografia de meus pais, custava-me a ouvir tais blasfêmias, mas não ousava refutá-lo. Contudo, um dia.
proferi
algumas palavras de defesa, ao que ele respondeu que era um preconceito, e acrescentou que as idéias aritméticas
podiam ir
ao infinito, com a vantagem que eram mais fáceis de menear. Assim que, eu não era capaz de resolver de momento
um
problema filosófico ou lingüístico, ao passo que ele podia somar. em três minutos, quaisquer quantias.

--Por exemplo... dê-me um caso, dê-me uma porção de números que eu não saiba nem possa saber antes... olhe, dê-me
o
número das casas de sua mãe e os aluguéis de cada uma, e se eu não disser a soma total em dous, em um minuto,
enforque-me!

Aceitei a aposta, e na semana seguinte levei-lhe escritos em um papel os algarismos das casas e dos aluguéis. Escobar
pegou
o papel, passou-os pelos olhos a fim de os decorar. e enquanto eu fitava o relógio, ele erguia as pupilas, cerrava as
pálpebras, e sussurrava... Oh! o vento não é mais rápido! Foi dito e feito; em meio minuto bradava-me:



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--Dá tudo 1:070$000 mensais.

Fiquei pasmado. Considera que eram não menos de nove casas, e que os aluguéis variavam de uma para outra, indo
de
70$000 a 180$000. Pois tudo isto em que eu gastaria três ou quatro minutos, --e havia de ser no papel,--fê-lo Escobar
de
cor, brincando. Olhava-me triunfalmente, e perguntava se não era exato. Eu, só por lhe mostrar que sim, tirei do bolso
o
papelinho que levava com a soma total, e mostrei-lho; era aquilo mesmo, nem um erro: 1:070$000.

--Isto prova que as idéias aritméticas são mais simples, e portanto mais naturais. A natureza é simples. A arte é
atrapalhada.

Fiquei tão entusiasmado com a facilidade mental do meu amigo, que não pude deixar de abraçá-lo. Era no pátio;
outros
seminaristas notaram a nossa efusão; um padre que estava com eles não gostou.

--A modéstia, disse-nos, não consente esses gestos excessivos podem estimar-se com moderação.

Escobar observou-me que os outros e o padre falavam de inveja e propôs-me viver separados. Interrompi-o dizendo
que
não inveja, tanto pior para eles.

--Quebremos-lhe a castanha na boca!

-- Mas...

-- Fiquemos ainda mais amigos que até aqui.

Escobar apertou-me a mão às escondidas, com tal força que ainda me doem os dedos. É ilusão, decerto, se não é
efeito das
longas horas que tenho estado a escrever sem parar. Suspendamos a pena por alguns instantes...

CAPÍTULO XCV / O PAPA

A amizade de Escobar fez-se grande e fecunda; a de José Dias não lhe quis ficar atrás. Na primeira semana disse-me
este em
casa:

--Agora é certo que você vai sair já do seminário.

--Como?

--Espere até amanhã. Vou jogar com eles que me chamaram, amanhã, lá no quarto, no quintal, ou na rua, indo à
missa,
conto-lhe o que há. A idéia é tão santa que não está mal no santuário. Amanha, Bentinho.

-- Mas é cousa certa?

--Certíssima!


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No dia seguinte revelou-me o mistério. Ao primeiro aspecto confesso que fiquei deslumbrado. Trazia uma nota de
grandeza e
de espiritualidade que falava aos meus olhos de seminarista. Era não menos que isto. Minha mãe, ao parecer dele,
estava
arrependida do que fizera, e desejaria ver-me cá fora, mas entendia que o vínculo moral da promessa a prendia
indissoluvelmente. Cumpria rompê-lo, e para tanto valia a Escritura, com o poder de desligar dado aos apóstolos.
Assim que,
ele e eu iríamos a Roma pedir a absolvição do papa... Que me parecia?

-- Parece-me bem, respondi depois de alguns segundos de reflexão. Pode ser um bom remédio.

--É o único, Bentinho, é o único! Vou já hoje conversar com D. Glória, expondo-lhe tudo, e podemos partir daqui a
dous
meses, ou antes...

-- Melhor é falar domingo que vem; deixe-me pensar primeiro...

-- Oh! Bentinho! interrompeu o agregado. Pensar em quê? Você o que quer... Digo? Não se amofina com o seu velho?
Você o que quer é consultar a uma pessoa.

Rigorosamente, eram duas pessoas, Capitu e Escobar, mas eu neguei a pés juntos que quisesse consultar ninguém. E
que
pessoa, o reitor? Não era natural que lhe confiasse tal assunto. Não, nem reitor, nem professor, nem ninguém; era só o
tempo
de refletir, uma semana, no domingo daria a resposta, e desde já lhe dizia que a idéia não me parecia má.

-- Não?

--Pois resolvamos hoje mesmo.

--Não se vai a Roma brincando.

--Quem tem boca vai a Roma, e boca no nosso caso é a moeda. Ora, você pode muito bem gastar consigo... Comigo,
não;
um par de calças, três camisas e o pão diário, não preciso mais. Serei como S. Paulo, que vivia do ofício enquanto ia
pregando a palavra divina. Pois eu vou, não pregá-la, mas buscá-la. Levaremos cartas do internúncio e do bispo,
cartas para
o nosso ministro, cartas de capuchinhos... Bem sei a objeção que se pode opor a esta idéia; dirão que é dado pedir a
dispensa cá de longe; mas, além do mais que não digo, basta refletir que é muito mais solene e bonito ver entrar no
Vaticano,
e prostrar-se aos pés do papa o próprio objeto do favor, o levita prometido, que vai pedir para sua mãe terníssima e
dulcíssima a dispensa de Deus. Considere o quadro, você beijando o pé ao príncipe dos apóstolos; Sua Santidade, com
o
sorriso evangélico, inclina-se, interroga, ouve, absolve e abençoa. Os anjos o contemplam, a Virgem recomenda ao
santíssimo filho que todos os seus desejos, Bentinho, sejam satisfeitos, e que o que você amar na terra seja igualmente
amado
no céu...

Não digo mais, porque é preciso acabar o capítulo, e ele não acabou o discurso. Falou a todos os meus sentimentos de


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católico e de namorado. Vi a alma aliviada de minha mãe, vi a alma feliz de Capitu, ambas em casa, e eu com elas, e
ele
conosco, tudo mediante uma pequena viagem a Roma, que eu só geograficamente sabia onde ficava; espiritualmente,
também, mas a distancia que estaria da vontade de Capitu é que não. Eis o ponto essencial. Se Capitu achasse longe,
não
iria- mas era preciso ouvi-la, e assim também a Escobar, que me daria um bom conselho.

CAPÍTULO XCVI / UM SUBSTITUTO

Expus a Capitu a idéia de José Dias. Ouviu-me atentamente. e acabou triste.

--Você indo, disse ela, esquece-me inteiramente.

--Nunca!

--Esquece. A Europa dizem que é tão bonita, e a Itália principalmente. Não é de lá que vêm as cantoras? Você
esquece-me,
Bentinho. E não haverá outro meio? D. Glória está morta para que você saia do seminário.

--Sim, mas julga-se presa pela promessa.

Capitu não achava outra idéia, nem acabava de adotar esta. De caminho, pediu-me que, se acaso fosse a Roma,
jurasse que
no fim de seis meses estaria de volta.

--Juro.

--Por Deus?

--Por Deus, por tudo. Juro que no fim de seis meses estarei de volta.

Mas se o papa não tiver ainda soltado a você? Mando dizer isso mesmo.

E se você mentir?

Esta palavra doeu-me muito, e não achei logo que lhe replicasse Capitu meteu o negócio à bulha, rindo e
chamando-me
disfarçado Depois, declarou crer que eu cumpriria o juramento, mas ainda assim não consentiu logo; ia ver se não
haveria
outra cousa. e eu que visse também por meu lado.

Quando voltei ao seminário, contei tudo ao meu amigo Escobar que me ouviu com igual atenção e acabou com a
mesma
tristeza da outra. Os olhos, de costume fugidios, quase me comeram de contemplação. De repente, vi-lhe no rosto um
clarão,
um reflexo de idéia e ouvi-lhe dizer com volubilidade:

--Não, Bentinho, não é preciso isso. Há melhor, --não dizia melhor, porque o Santo Padre vale sempre mais que
tudo,--mas
ha cousa que produz o mesmo efeito.


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-- Que é?

--Sua mãe fez promessa a Deus de lhe dar um sacerdote não é? Pois bem, dê-lhe um sacerdote, que não seja você. Ela
pode muito bem tomar a si algum mocinho órfão, fazê-lo ordenar à sua custa, está dado um padre ao altar, sem que
você...

--Entendo, entendo, é isso mesmo.

--Não acha? continuou ele. Consulte sobre isto o protonotário: ele lhe dirá se não é a mesma cousa, ou eu mesmo
consulto,
se quer e se ele hesitar, fala-se ao Sr. bispo.

Eu, refletindo:

--Sim, parece que é isso; realmente, a promessa cumpre-se, não se perdendo o padre.

Escobar observou que, pelo lado econômico, a questão era fácil minha mãe gastaria o mesmo que comigo, e um órfão
não
precisaria grandes comodidades. Citou a soma dos aluguéis das casas, ... 1.070$000, além dos escravos...

--Não há outra cousa, disse eu.

--E saímos juntos.

--Você também?

--Também eu. Vou melhorar o meu latim e saio; nem dou teologia. O próprio latim não é preciso; para que no
comércio?

--In hoc signo vinces, disse eu rindo.

Sentia-me pilhérico. Oh! como a esperança alegra tudo. Escobar sorriu, parecendo gostar da resposta. Depois ficamos a
cuidar de nós mesmos, cada um com os seus olhos perdidos, provavelmente. Os dele estavam assim. quando tornei de
longe,
e agradeci de novo o plano lembrado; não podia havê-lo melhor. Escobar ouviu-me contentíssimo.

-- Ainda uma vez, disse ele gravemente, a religião c a liberdade fazem boa companhia.

CAPÍTULO XCVII / A SAÍDA

Tudo se fez por esse teor. Minha mãe hesitou um pouco, mas acabou cedendo, depois que o Padre Cabral, tendo
consultado o bispo. voltou a dizer-lhe que sim, que podia ser. Saí do seminário no fim to ano.

Tinha então pouco mais de dezessete... Aqui devia ser o meio do livro, mas a inexperiência fez-me ir atrás da pena, e
chego
quase ao fim do papel, com o melhor da narração por dizer. Agora não há mais que levá-la a grandes pernadas,
capítulo
sobre capítulo, pousa emenda, pouca reflexão, tudo em resumo. Já esta página vale por meses, outras valerão por
anos, e


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assim chegaremos ao fim. Um dos sacrifícios que faço a esta dura necessidade é a análise das minhas emoções dos
dezessete
anos. Não sei se alguma vez tiveste dezessete anos. Se sim, deves saber que é a idade em que a metade do homem e a
metade do menino formam um só curioso. Eu era um curiosíssimo, diria o meu agregado José Dias, e não diria mal. O
que
essa qualidade superlativa me rendeu não poderia nunca dizê-lo aqui, sem cair no erro que acabo de condenar; a
análise das
minhas emoções daquele tempo é que entrava no meu plano. Posto que filho do seminário e de minha mãe, sentia já,
debaixo
do recolhimento casto, uns assomos de petulância e de atrevimento; eram do sangue, mas eram também das moças
que na
rua ou da janela não me deixavam viver sossegado. Achavam-me lindo, e diziam-mo; algumas queriam mirar de mais
perto a
minha beleza, e a vaidade é um princípio de corrupção.

CAPÍTULO XCVIII / CINCO ANOS

Venceu a razão; fui-me aos estudos.

Passei os dezoito anos, os dezenove, os vinte, os vinte e um; aos vinte e dous era bacharel em Direito.

Tudo mudara em volta de mim. Minha mãe resolvera-se a envelhecer; ainda assim os cabelos brancos vinham de má
vontade, aos poucos e espalhadamente; a touca, os vestidos, os sapatos rasos e surdos eram os mesmos de outrora. Já
não
andaria tanto de um lado para outro. Tio Cosme padecia do coração e ia descansar. A prima Justina apenas estava
mais
idosa. José Dias também, não tanto que me não fizesse a fineza de ir assistir à minha graduação, e descer comigo a
serra,
lépido e viçoso, como se o bacharel fosse ele. A mãe de Capitu falecera, o pai aposentara-se no mesmo cargo em que
quis
dar demissão da vida.

Escobar começava a negociar em café depois de haver trabalhado quatro anos em uma das primeiras casas do Rio de
Janeiro. Era opinião de prima Justina que ele afagara a idéia de convidar minha mãe a segundas núpcias; mas, se tal
idéia
houve, cumpre não esquecer a grande diferença de idade. Talvez ele não pensasse em mais que associá-la aos seus
primeiros
tentamens comerciais, e de fato, a pedido meu, minha mãe adiantou-lhe alguns dinheiros, que ele lhe restituiu, logo que
pôde,
não sem este remoque: "D. Glória é medrosa e não tem ambição."

A separação não nos esfriou. Ele foi o terceiro na troca das cartas entre mim e Capitu. Desde que a viu animou-me
muito no
nosso amor. As relações que travou com o pai de Sancha estreitaram as que já trazia com Capitu, e fê-lo servir a
ambos nós,
como amigo. A princípio, custou-lhe a ela aceitá-lo, preferia José Dias, mas José Dias repugnava-me por um resto de
respeito de criança. Venceu Escobar posto que vexada, Capitu entregou-lhe a primeira carta, que foi mãe e avó das
outras.
Nem depois de casado suspendeu ele o obséquio... Que ele casou,--adivinha com quem,--casou com a boa Sancha a
amiga


[Linha 5450 de 7623 - Parte 3 de 4]


de Capitu, quase irmã dela, tanto que alguma vez, escrevendo-me, chamava a esta a "sua cunhadinha." Assim se
formam as
afeições e os parentescos, as aventuras e os livros.

CAPÍTULO XCIX / O FILHO É A CARA DO PAI

Minha mãe, quando eu regressei bacharel quase estalou de felicidade Ainda ouço a voz de José Dias, lembrando o
evangelho
de São João, e dizendo ao ver-nos abraçados:

-- Mulher, eis aí o teu filho! Filho, eis aí a tua mãe!

Minha mãe, entre lágrimas:

-- Mano Cosme, é a cara do pai, não é?

--Sim, tem alguma cousa, os olhos, a disposição do rosto. É o pai, um pouco mais moderno, concluiu por chalaça. E
diga-me
agora mana Glória, não foi melhor que ele não teimasse em ser padres Veja se este peralta daria um padre capaz.

--Como vai o meu substituto?

--Vai indo, ordena-se para o ano, respondeu tio Cosme. Hás de ir ver a ordenação; eu também, se o meu senhor
coração
consentir. É bom que te sintas na alma do outro, como se recebesses em ti mesmo a sagração.

--Justamente! exclamou minha mãe. Mas veja bem, mano Cosme, veja se não é a figura do meu defunto. Olha,
Bentinho,
olha bem para mim. Sempre achei que te parecias com ele, agora é muito mais. O bigode é que desfaz um pouco...

--Sim, mana Glória, o bigode realmente... mas é muito parecido.

E minha mãe beijava-me com uma ternura que não sei escrever Tio Cosme, para alegrá-la, chamava-me doutor, José
Dias
também, e todos em casa, a prima, os escravos, as visitas, Pádua, a filha, e ela mesma repetiam-me o título.

CAPÍTULO C / "TU SERÁS FELIZ, BENTINHO"

No quarto, desfazendo a mala e tirando a carta de bacharel de dentro da lata, ia pensando na felicidade e na glória.
Via o
casamento e a carreira ilustre, enquanto José Dias me ajudava calado e zeloso. Uma fada invisível desceu ali, e me
disse em
voz igualmente macia e cálida: "Tu serás feliz, Bentinho; tu vais ser feliz."

--E por que não seria feliz? perguntou José Dias, endireitando o tronco e fitando-me.

--Você ouviu? perguntei eu erguendo-me também. espanta

--Ouviu o quê?



[Linha 5500 de 7623 - Parte 3 de 4]


--Ouviu uma voz que dizia que eu serei feliz?

--É boa! Você mesmo é que está dizendo...

Ainda agora sou capaz de jurar que a voz era da fada; naturalmente as fadas, expulsas dos contos e dos versos,
meteram-se
no coração da gente e falam de dentro para fora. Esta, por exemplo, muita vez a ouvi clara e distinta. Há de ser prima
das
feiticeiras da Escócia: "Tu serás rei, Macbeth!" -- "Tu serás feliz, Bentinho!" Ao cabo, é a mesma predição, pela mesma
toada universal e eterna. Quando voltei do meu espanto, ouvi o resto do discurso de José Dias:

-- Há de ser feliz, como merece, assim como mereceu esse diploma que ali está, que não é favor de ninguém. A
distinção que
tirou em todas as matérias é prova disso; já lhe contei que ouvi da boca dos lentes, em particular, os maiores elogios.
Demais, a felicidade não é só a glória, é também outra cousa... Ah! você não confiou tudo ao velho José Dias! O pobre
José
Dias está aí para um canto, é caju chupado, não vale nada; agora são os novos, os Escobares... Não lhe nego que é
moço
muito distinto, e trabalhador, e marido de truz; mas, enfim, velho também sabe amar...

--Mas que é?

--Que há de ser? Quem é que não sabe tudo?... Aquela intimidade de vizinhos tinha de acabar nisto, que é
verdadeiramente
uma bênção do céu, porque ela é um anjo, é um anjíssimo... Perdoe a cincada, Bentinho, foi um modo de acentuar a
perfeição daquela moça. Cuidei o contrário, outrora; confundi os modos de criança com expressões de caráter, e não
vi que
essa menina travessa e já de olhos pensativos era a flor caprichosa de um fruto sadio e doce... Por que é que não me
contou
também o que outros sabem, e cá em casa está mais que adivinhado e aprovado?

--Mamãe aprova deveras?

--Pois então? Temos falado sobre isso, e ela fez-me o favor de pedir a minha opinião. Pergunte-lhe o que é que eu lhe
disse
em termos claros e positivos; pergunte-lhe. Disse-lhe que não podia desejar melhor nora para si, boa, discreta,
prendada,
amiga da gente... e uma dona de casa, que não lhe digo nada. Depois da morte da mãe, tomou conta de tudo. Pádua,
agora
que se aposentou, não faz mais que receber o ordenado e entregá-lo à filha. A filha é que distribui o dinheiro, paga as
contas,
faz o rol das despesas, cuida de tudo, mantimento, roupa, luz; você já a viu o ano passado. E quanto à formosura
você sabe
melhor que ninguém...

--Mas, deveras, mamãe consultou o senhor sobre o nosso casamento?

--Positivamente, não; fez-me o favor de perguntar se Capitu não daria uma boa esposa; eu é que, na resposta, falei em
nora.
D. Glória não negou e até deu um ar de riso.


[Linha 5550 de 7623 - Parte 3 de 4]



--Mamãe sempre que me escrevia, falava de Capitu.

--Você sabe que elas se dão muito, e por isso é que sua prima anda cada vez mais amuada. Talvez agora case mais
depressa.

--Prima Justina?

--Não sabe? São contos, naturalmente; mas enfim, o Doutor João da Costa enviuvou há poucos meses, e dizem (não
sei, o
protonotário é que me contou) dizem que os dous andam meio inclinados a acabar com a viuvez, entre si, casando-se.
Há de
ver que não ha nada, mas não é fora de propósito, contanto ela sempre achasse que o doutor era um feixe de ossos...
Só se
ela é um cemitério, comentou rindo; e logo sério: Digo isto por gracejo...

Não ouvi o resto. Ouvia só a voz da minha fada interior, que me repetia mas já então sem palavras: "Tu serás feliz,
Bentinho!"
E a voz de Capitu me disse a mesma cousa, com termos diversos, e assim também a de Escobar, os quais ambos me
confirmaram a notícia de José Dias pela sua própria impressão. Enfim, minha mãe, algumas semanas depois, quando
lhe fui
pedir licença para casar, além do consentimento, deu-me igual profecia, salva a redação própria de mãe: "Tu serás
feliz, meu
filho!

CAPÍTULO CII/ NO CÉU

Pois sejamos felizes de uma vez, antes que o leitor pegue em si, morto de esperar, e vá espairecer a outra parte;
casemo-nos.
Foi em 1865, uma tarde de março, por sinal que chovia. Quando chegamos ao alto da Tijuca, onde era o nosso ninho
de
noivos, o céu recolheu a chuva e acendeu as estrelas, não só as já conhecidas, mas ainda as que só serão descobertas
daqui
a muitos séculos. Foi grande fineza e não foi única. S. Pedro, que tem as chaves do céu, abriu-nos as portas dele,
fez-nos
entrar, e depois de tocar-nos com o báculo, recitou alguns versículos da sua primeira epístola: "As mulheres sejam
sujeitas a
seus maridos... Não seja o adorno delas o enfeite dos cabelos riçados ou as rendas de ouro, mas o homem que está
escondido no coração... Do mesmo modo, vós, maridos, coabitai com elas, tratando-as com honra, como a vasos mais
fracos, e herdeiras convosco da graça da vida..." Em seguida, fez sinal aos anjos, e eles entoaram um trecho do
cântico, tão
concertadamente, que desmentiriam a hipótese do tenor italiano, se a execução fosse na terra; mas era no céu. A
música ia
com o texto, como se houvessem nascido juntos, à maneira de uma ópera de Wagner. Depois, visitamos uma parte
daquele
lugar infinito. Descansa que não farei descrição alguma, nem a língua humana possui formas idôneas para tanto.

Ao cabo, pode ser que tudo fosse um sonho, nada mais natural a um ex-seminarista que ouvir por toda a parte latim e
Escritura. A verdade que Capitu, que não sabia Escritura nem latim, decorou algumas palavras, como estas, por
exemplo:


[Linha 5600 de 7623 - Parte 3 de 4]


"Sentei-me à sombra daquele que tanto havia desejado." Quanto às de S. Pedro, disse-me no dia seguinte que estava
por
tudo, que eu era a única renda e o único enfeite que jamais poria em si. Ao que eu repliquei que a minha esposa teria
sempre
as mais finas rendas deste mundo.

CAPÍTULO CII / DE CASADA

Imagina um relógio que só tivesse pêndulo, sem mostrador, de maneira que não se vissem as horas escritas. O pêndulo
iria de
um lado para outro mas nenhum sinal externo mostraria a marcha do tempo. Tal foi aquela semana da Tijuca.

De quando em quando, tornávamos ao passado e divertíamo-nos em relembrar as nossas tristezas e calamidades, mas
isso
mesmo era um modo de não sairmos de nós. Assim vivemos novamente a nossa longa espera de namorados, os anos
da
adolescência, a denúncia que está nos primeiros capítulos, e ríamos de José Dias que conspirou a nossa desunião, e
acabou
festejando o nosso consórcio. Uma ou outra vez, falávamos em descer, mas as manhãs marcadas eram sempre de
chuva ou
de sol, e nós esperávamos um dia encoberto, que teimava em não vir.

Não obstante, achei que Capitu estava um tanto impaciente por descer. Concordava em ficar, mas ia falando do pai e
de
minha mãe, da falta de notícias nossas, disto e daquilo, a ponto que nos arrufamos um pouco. Perguntei-lhe se já
estava
aborrecida de mim.

--Eu?

--Parece.

--Você há de ser sempre criança, disse ela fechando-me a cara entre as mãos e chegando muito os olhos aos meus.
Então eu
esperei tantos anos para aborrecer-me em sete dias? Não, Bentinho; digo isto porque é realmente assim, creio que eles
podem estar desejosos de, ver-nos e imaginar alguma doença, e, confesso, pela minha parte, que queria ver papai.

--Pois vamos amanhã.

--Não; há de ser com tempo encoberto, redargüiu rindo.

Peguei-lhe no riso e na palavra, mas a impaciência continuou, e descemos com sol.

A alegria com que pôs o seu chapéu de casada, e o ar de casada com que me deu a mão para entrar e sair do carro, e o
braço para andar na rua, tudo me mostrou que a causa da impaciência de Capitu eram os sinais exteriores do novo
estado.
Não lhe bastava ser casada entre quatro paredes e algumas árvores; precisava do resto do mundo também. E quando
eu me
vi embaixo, pisando as ruas com ela, parando, olhando, falando, senti a mesma cousa. Inventava passeios para que
me


[Linha 5650 de 7623 - Parte 3 de 4]


vissem, me confirmassem e me invejassem. Na rua, muitos voltavam a cabeça curiosos, outros paravam, alguns
perguntavam:
"Quem são?" e um sabido explicava: "Este é o Doutor Santiago, que casou há dias com aquela moça, D. Capitolina,
depois
de uma longa paixão de crianças; moram na Glória, as famílias residem em Mata-cavalos." E ambos os dous: "A uma
mocetona!"

CAPÍTULO CIII / A FELICIDADE TEM BOA ALMA

Mocetona é vulgar; José Dias achou melhor. Foi a única pessoa cá de baixo que nos visitou na Tijuca, levando
abraços dos
nossos e palavras suas, mas palavras que eram músicas verdadeiras; não as ponho aqui para ir poupando papel, mas
foram
deliciosas. Um dia. comparou-nos a aves criadas em dous vãos de telhados contíguos. Imagina o resto, as aves
emplumando
as asas e subindo ao céu, e o céu agora mais largo para poder contê-las também. Nenhum de nós riu, ambos
escutávamos
comovidos e convencidos, esquecendo tudo, desde a tarde de 1858... A felicidade tem boa alça.

CAPÍTULO CIV / AS PIRÂMIDES

José Dias dividia-se agora entre mim e minha mãe, alternando os jantares da Glória com os almoços de Mata-cavalos.
Tudo
corria bem.

Ao fim de dous anos de casado, salvo o desgosto grande de não ter um filho, tudo corria bem. Perdera meu sogro, é
verdade, e o tio Cosme estava por pouco, mas a saúde de minha mãe era boa; a nossa excelente.

Eu era advogado de algumas casas ricas, e os processos vinham chegando. Escobar contribuíra muito para as minhas
estréias
no foro. Interveio com um advogado célebre para que me admitisse à sua banca, e arranjou-me algumas procurações,
tudo
espontaneamente.

Demais, as nossas relações de família estavam previamente feitas; Sancha e Capitu continuavam depois de casadas a
amizade
da escola, Escobar e eu a do seminário. Eles moravam em Andaraí, aonde que riam que fôssemos muitas vezes, e, não
podendo ser tantas como desejávamos, íamos lá jantar alguns domingos, ou eles vinham fazê-lo conosco. Jantar é
pouco,
íamos sempre muito cedo, logo depois do almoço, para gozarmos o dia compridamente, e só nos separávamos às
nove, dez
e onze horas, quando não podia ser mais. Agora que penso naqueles dias de Andaraí e da Glória, sinto que a vida e o
resto
não sejam tão rijos como as Pirâmides.

Escobar e a mulher viviam felizes, tinham uma filhinha. Em tempo ouvi falar de uma aventura do marido, negócio de
teatro,
não sei que atriz ou bailarina, mas se foi certo, não deu escândalo. Sancha era modesta, o marido trabalhador. Como
eu um
dia dissesse a Escobar que lastimava não ter um filho, replicou-me:


[Linha 5700 de 7623 - Parte 3 de 4]



--Homem, deixa lá. Deus os dará quando quiser, e se não der nenhum é que os quer para si, e melhor será que fiquem
no
céu.

--Uma criança, um filho é o complemento natural da vida.

--Virá, se for necessário.

Não vinha. Capitu pedia-o em suas orações, eu mais de uma vez dava por mim a rezar e a pedi-lo. Já não era como
em
criança; agora pagava antecipadamente, como os aluguéis da casa.

CAPÍTULO CV / OS BRAÇOS

No mais, tudo corria bem. Capitu gostava de rir e divertir-se, e, nos primeiros tempos, quando íamos a passeios ou espetáculos, era como um pássaro que saísse da gaiola. Arranjava-se com graça e modéstia. Embora gostasse de jóias, como as outras moças, não queria que eu lhe comprasse muitas nem caras, e um dia afligiu-se tanto que prometi não comprar.


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Dom Casmurro - Parte 4 de 4 - Machado de Assis
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Dom Casmurro - Parte 2 de 4 - Machado de Assis
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Dom Casmurro - Parte 3 de 4 - Machado de Assis
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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Dom Casmurro - P2de4 - Machado de Assis


Dom Casmurro - P2de4 - Machado de Assis

Dom Casmurro - Machado de Assis



Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca?

Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca.


Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros, mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me. Quantos minutos gastamos naquele jogo? Só os relógios do céu terão marcado esse tempo infinito e breve. A eternidade tem as suas pêndulas; nem por não acabar nunca deixa de querer saber a duração das felicidades e dos suplícios. Há de dobrar o gozo aos bem-aventurados do céu conhecer a soma dos tormentos que já terão padecido no inferno os seus inimigos; assim também a quantidade das delícias que terão gozado no céu os seus desafetos aumentará as dores aos condenados do inferno. Este outro suplício escapou ao divino Dane; mas eu não estou aqui para emendar poetas. Estou para contar que, ao cabo de um tempo não marcado, agarrei-me definitivamente aos cabelos de Capitou, mas então com as mãos, e disse-lhe,--para dizer alguma cousa,--que era capaz de os pentear, se quisesse.

--Você?

--Eu mesmo.

--Vai embaraçar-me o cabelo todo, isso sim.

--Se embaraçar, você desembaraça depois.

--Vamos ver.

CAPÍTULO XIXI / O PENTEADO

E Capitu deu-me as costas, voltando-se para o espelhando. Peguei-lhe dos cabelos, colhi-os todos e

entrei a alisá-los
com o
pente, desde a testa até as últimas pontas, que lhe desciam à cintura. Em pé não dava jeito: não

esquecestes que ela
era um
nadinha mais alta que eu, mas ainda que fosse da mesma altura. Pedi-lhe que se sentasse.

--Senta aqui, é melhor.

Sentou-se. "Vamos ver o grande cabeleireiro", disse-me rindo. Continuei a alisar os cabelos, com muito cuidado, e dividi-os em duas porções iguais, para compor as duas tranças. Não as fiz logo, nem assim depressa, como podem supor os cabeleireiros de ofício, mas devagar, devagarinho, saboreando pelo tacto aqueles fios grossos, que eram parte dela. O


[Linha 1950 de 7623 - Parte 2 de 4]


trabalho era atrapalhado, às vezes por desazo, outras de propósito para desfazer o feito e refazê-lo. Os

dedos roçavam
na
nuca da pequena ou nas espáduas vestidas de chita, e a sensação era um deleite. Mas, enfim, os

cabelos iam
acabando, por
mais que eu os quisesse intermináveis. Não pedi ao céu que eles fossem tão longos como os da Aurora,

porque não
conhecia
ainda esta divindade que os velhos poetas me apresentaram depois; mas, desejei penteá-los por todos

os séculos dos
séculos, tecer duas tranças que pudessem envolver o infinito por um número inominável de vezes. Se

isto vos parecer
enfático, desgraçado leitor, é que nunca penteastes uma pequena, nunca pusestes as mãos adolescentes

na jovem
cabeça de
uma ninfa... Uma ninfa! Todo eu estou mitológico. Ainda há pouco, falando dos seus olhos de ressaca,

cheguei a
escrever
Tétis; risquei Tétis, risquemos ninfa, digamos somente uma criatura amada, palavra que envolve todas

as potências
cristãs e
pagãs. Enfim acabei as duas tranças. Onde estava a fita para atar-lhes as pontas Em cima da mesa, um

triste pedaço
de fita
enxovalhada. Juntei as pontas das tranças, uni-as por um laço, retoquei a obra, alargando aqui,

achatando ali, até que
exclamei:

--Pronto!

--Estará bom?

--Veja no espelho.

Em vez de ir ao espelho, que pensais que fez Capitu? Não vos esqueçais que estava sentada, de costas

para mim.
Capitu
derreou a cabeça, a tal ponto que me foi preciso acudir com as mãos e ampará-la; o espaldar da cadeira

era baixo.
Inclinei-me depois sobre ela rosto a rosto, mas trocados, os olhos de uma na linha da boca do outro.

Pedi-lhe que
levantasse
a cabeça, podia ficar tonta, machucar o pescoço. Cheguei a dizer-lhe que estava feia; mas nem esta razão

a moveu.

--Levanta, Capitu!

Não quis, não levantou a cabeça, e ficamos assim a olhar um para o outro, até que ela abrochou os

lábios, eu desci os
meus,
e...

Grande foi a sensação do beijo; Capitu ergueu-se, rápida, eu recuei até à parede com uma espécie de

vertigem, sem
fala, os
olhos escuros. Quando eles me clarearam vi que Capitu tinha os seus no chão. Não me atrevi a dizer

nada; ainda que
quisesse, faltava-me língua. Preso. atordoado, não achava gesto nem ímpeto que me descolasse da

parede e me
atirasse a ela
com mil palavras cálidas e mimosas... Não mofes dos meus quinze anos, leitor precoce. Com dezessete,

Des Grieux (e
mais
era Des Grieux) não pensava ainda na diferença dos sexos.

CAPÍTULO XXXIV / SOU HOMEM!

Ouvimos passos no corredor; era D. Fortunata. Capitu compôs-se depressa, tão depressa que, quando a

mãe apontou


[Linha 2000 de 7623 - Parte 2 de 4]


à
porta, ela abanava a cabeça e ria. Nenhum laivo amarelo, nenhuma contração de acanhamento, um riso

espontâneo
e claro,
que ela explicou por estas palavras alegres:

--Mamãe, olhe como este senhor cabeleireiro me penteou; pediu-me para acabar o penteado, e fez isto.

Veja que
tranças!

--Que tem? acudiu a mãe, transbordando de benevolência . Está muito bem, ninguém dirá que é de

pessoa que não
sabe
pentear.

--O que, mamãe? Isto? redargüiu Capitu, desfazendo as tranças. Ora, mamãe!

E com um enfadamento gracioso e voluntário que às vezes tinha, pegou do pente e alisou os cabelos

para renovar o
penteado. D. Fortunata chamou-lhe tonta, e disse-me que não fizesse caso, não era nada, maluquices da

filha. Olhava
com
ternura para mim e para ela. Depois, parece-me que desconfiou. Vendo-me calado, enfiado, cosido à

parede, achou
talvez
que houvera entre nós algo mais que penteado, e sorriu por dissimulação...

Como eu quisesse falar também para disfarçar o meu estado, chamei algumas palavras cá de dentro, e

elas acudiram
de
pronto, mas de atropelo, e encheram-me a boca sem poder sair nenhuma. O beijo de Capitu fechava-me

os lábios.
Uma
exclamação, um simples artigo, por mais que investissem com força, não logravam romper de dentro. E

todas as
palavras
recolheram-se ao coração, murmurando: "Eis aqui um que não fará grande carreira no mundo, por menos

que as
emoções o
dominem..."

Assim, apanhados pela mãe, éramos dous e contrários, ela encobrindo com a palavra o que eu publicava

pelo silêncio.
D.
Fortunata tirou-me daquela hesitação, dizendo que minha mãe me mandara chamar para a lição de latim;

o Padre
Cabral
estava à minha espera. Era uma saída; despedi-me e enfiei pelo corredor. Andando, ouvi que a mãe

censurava as
maneira da
filha, mas a filha não dizia nada.

Corri ao meu quarto, peguei dos livros, mas não passei à sala da lição; sentei-me na cama, recordando o

penteado e o
resto.
Tinha estremeções, tinha uns esquecimentos em que perdia a consciência de mim e das cousas que me

rodeavam,
para viver
não sei onde nem como. E tornava a mim, e via a cama, as paredes, os livros, o chão, ouvia algum som

de fora, vago,
próximo ou remoto, e logo perdia tudo para sentir somente os beiços de Capitu Sentia-os estirados,

embaixo dos meus,
igualmente esticados para os dela, e unindo-se uns aos outros. De repente, sem querer, sem pensar,

saiu-me da boca
esta
palavra de orgulho:

--Sou homem!


[Linha 2050 de 7623 - Parte 2 de 4]



Supus que me tivessem ouvido, porque a palavra saiu em voz alta, e corri à porta da alcova. Não havia

ninguém fora.
Voltei
para dentro, e, baixinho, repeti que era homem. Ainda agora tenho o eco aos meus ouvidos. O gosto que

isto me deu
foi
enorme. Colombo não o teve maior, descobrindo a América, e perdoai a banalidade em favo; do

cabimento- com
efeito, há
em cada adolescente um mundo encoberto, um almirante e um sol de outubro. Fiz outros achados mais

tarde; nenhum
me
deslumbrou tanto. A denúncia de José Dias alvoroçara-me, a lição do velho coqueiro também, a vista dos

nossos
nomes
aberto por ela no muro do quintal deu-me grande abalo, como vistes; nada disso valeu a sensação do

beijo. Podiam
ser
mentira ou ilusão. Sendo verdade, eram os ossos da verdade, não eram a carne e o sangue dela. As

próprias mãos
tocadas,
apertadas, como que fundidas, não podiam dizer tudo.

--Sou homem!

Quando repeti isto, pela terceira vez, pensei no seminário, mas como se pensa em perigo que passou,

um mal abortado,
um
pesadelo extinto; todos os meus nervos me disseram que homens não são padres. O sangue era da

mesma opinião.
Outra
vez senti os beiços de Capitu. Talvez abuso um pouco das reminiscências osculares, mas a saudade é

isto mesmo; é o
passar
e repassar das memórias antigas Ora, de todas as daquele tempo creio que a mais doce é esta, a mais

nova, a mais
compreensiva, a que inteiramente me revelou a mim mesmo. Outras tenho, vastas e numerosas, doces

também, de
vária
espécie, muitas intelectuais, igualmente intensas. Grande homem que fosse, a recordação era menor que

esta.

CAPÍTULO XXXV / O PROTONOTÁRIO APOSTÓLICO

Enfim, peguei dos livros e corri à lição. Não corri precisamente; a meio caminho parei, advertindo que

devia ser muito
tarde,
e podiam ler-me no semblante alguma cousa. Tive idéia de mentir, alegar uma vertigem que me houvesse

deitado no
chão,
mas o susto que causaria a minha mãe fez-me rejeitá-la. Pensei em prometer algumas dezenas de

padre-nossos; tinha,
porém,
outra promessa em aberto e outro favor pendente... Não, vamos ver; fui andando, ouvi vozes alegres,

conversavam
ruidosamente. Quando entrei na sala, ninguém ralhou comigo.

O Padre Cabral recebera na véspera um recado do internúncio; foi ter com ele, e soube que, por decreto

pontifício,
acabava
de ser nomeado protonotário apostólico. Esta distinção do papa dera-lhe grande contentamento e a todos

os nossos.
Tio
Cosme e prima Justina repetiam o título com admiração- era a primeira vez que ele soava i aos nossos

ouvidos,
acostumados
a cônegos, monsenhores, bispos, núncios, e internúncios; mas que era protonotário apostólico? O Padre

Cabral
explicou que
não era propriamente o cargo da cúria, mas as honras dele. Tio Cosme viu exalçar-se no parceiro de

voltarete, e


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repetia:

--Protonotário apostólico!

E voltando-se para mim:

--Prepara-te, Bentinho, tu podes vir a ser protonotário apostólico Cabral ouvia com gosto a repetição do

título. Estava
em
pé, dava alguns passos, sorria ou tamborilava na tampa da boceta. O tamanho do título como que lhe

dobrava a
magnificência, posto que, para ligá-lo ao nome, era demasiado comprido- esta segunda reflexão foi tio

Cosme que a
fez.
Padre Cabral acudiu que não era preciso dizê-lo todo, bastava que lhe chamassem o protonotário Cabral.
Subentendia-se
apostólico.

--Protonotário Cabral.

--Sim, tem razão; protonotário Cabral.

--Mas, Sr. protonotário, -- acudiu prima Justina para se ir acostumando ao uso do título,--isto o obriga a ir a

Roma?

--Não, D. Justina.

--Não, são só as honras, observou minha mãe.

--Agora, não impede,--disse Cabral, que continuava a refletir, --não impede que nos casos de maior

formalidade, atos
públicos, cartas de cerimônia, etc; se empregue o título inteiro: protonotário apostólico. No uso comum,

basta
protonotário.

--Justamente, assentiram todos.

José Dias, que entrou pouco depois de mim, aplaudia a distinção, e recordou, a propósito, os primeiros

atos políticos de
Pio
IX, grandes esperanças da Itália; mas ninguém pegou do assunto; o principal da hora e do lugar era o

meu velho
mestre de
latim. Eu, voltando a mim do receio, entendi que devia cumprimentá-lo também, e este aplauso não lhe foi

menos ao
coração
que os outros. Bateu-me na bochecha paternalmente, e acabou dando-me férias. Era muita felicidade para

uma só
hora. Um
beijo e férias! Creio que o meu rosto disse isto mesmo, porque tio Cosme, sacudindo a barriga, chamou-

me peralta;
mas
José Dias corrigiu a alegria:

--Não tem que festejar a vadiação; o latim sempre lhe há de ser preciso, ainda que não venha a ser padre.

Conheci aqui o meu homem. Era a primeira palavra, a semente lançada à terra, assim de passagem,

como para
acostumar os
ouvidos da família. Minha mãe sorriu para mim, cheia de amor e de tristeza, mas respondeu logo:

--Há de ser padre, e padre bonito.


[Linha 2150 de 7623 - Parte 2 de 4]



--Não esqueça, mana Glória, e protonotário também. Protonotário apostólico.

--O protonotário Santiago, acentuou Cabral.

Se a intenção do meu mestre de latim era ir acostumando ao uso do título com o nome, não sei bem; o

que sei é que
quando
ouvi o meu nome ligado a tal título, deu-me vontade de dizer um desaforo. Mas a vontade aqui foi antes

uma idéia,
uma idéia
sem língua, que se deixou ficar quieta e muda, tal como daí a pouco outras idéias... Aliás essas pedem

um Capítulo
especial.
Rematemos este dizendo que o mestre de latim falou algum tempo da minha ordenação eclesiástica,

ainda que sem
grande
interesse. Ele buscava um assunto alheio para se mostrar esquecido da própria glória, mas era esta que

o deslumbrava
na
ocasião. Era um velho magro, sereno, dotado de qualidades boas. Alguns defeitos tinha; o mais excelso

deles era ser
guloso,
não propriamente glutão; comia pouco, mas estimava o fino e o raro, e a nossa cozinha, se era simples,

era menos
pobre que
a dele. Assim, quando minha mãe lhe disse que viesse jantar, a fim de se lhe fazer uma saúde, os olhos

com que
aceitou
seriam de protonotário, mas não eram apostólicos. E para agradar a minha mãe novamente pegou em

mim,
descrevendo o
meu futuro eclesiástico, e queria saber se ia para o seminário agora, no ano próximo, e oferecia-se a falar

ao "senhor
bispo",
tudo marchetado do "protonotário Santiago."

CAPÍTULO XXXVI / IDÉIA SEM PERNAS E IDÉIA SEM BRAÇOS

Deixe-os, a pretexto de brincar, e fui-me outra vez a pensar na aventura da manhã. Era o que melhor

podia fazer, sem
latim,
e até com latim. Ao cabo de cinco minutos, lembrou-me ir correndo à casa vizinha, agarrar Capitu,

desfazer-lhe as
tranças,
refazê-las e concluí Ias daquela maneira particular, boca sobre boca. E isto vamos é isto... Idéia só! idéia

sem pernas!
As
outras pernas não queriam correr nem andar. Muito depois é que saíram vagarosamente e levaram-me à

casa de
Capitu.
Quando ali cheguei, dei com ela na sala, na mesma sala, sentada na marquesa, almofada no regaço,

cosendo em paz.
Não
me olhou de rosto, mas a furto e a medo, ou, se preferes a fraseologia do agregado, oblíqua e

dissimulada. As mãos
pararam, depois de encravada a agulha no pano. Eu, do lado oposto da mesa, não sabia que fizesse e

outra vez me
fugiram
as palavras que trazia Assim gastamos alguns minutos compridos, até que ela deixou inteiramente a

costura, ergueu-se
e
esperou-me. Fui ter com ela, e perguntei se a mãe havia dito alguma cousa; respondeu-me que não A

boca com que
respondeu era tal que cuido haver-me provocado um gesto de aproximação. Certo é que Capitu recuou um

pouco.

Era ocasião de pegá-la, puxá-la e beijá-la... Idéia só! idéia sem braços! Os meus ficaram caídos e mortos.

Não
conhecia
nada da Escritura. Se conhecesse, é provável que o espírito de Satanás me fizesse dar à língua mística

do Cântico um


[Linha 2200 de 7623 - Parte 2 de 4]


sentido
direto e natural. Então obedeceria ao primeiro versículo: "Aplique ele os lábios, dando-me o ósculo da sua

boca". E
pelo que
respeita aos braços, que tinha inertes, bastaria cumprir o vers. 6.° do cap. II: "A sua mão esquerda se pôs

já debaixo da
minha cabeça, e a sua mão direita me abraçará depois". Vedes aí a cronologia dos gestos. Era só

executá-la; mas
ainda que
eu conhecesse o texto, as atitudes de Capitu eram agora tão retraídas, que não sei se não continuaria

parado. Foi ela,
entretanto, que me tirou daquela situação.

CAPÍTULO XXXVII / A ALMA E CHEIA DE MISTÉRIOS

-- Padre Cabral estava esperando há muito tempo?

--Hoje não dei lição; tive férias.

Expliquei-lhe o motivo das férias. Contei-lhe também que o Padre Cabral falara da minha entrada no

seminário,
apoiando a
resolução de minha mãe, e disse dele cousas feias e duras. Capitu refletiu algum tempo, e acabou

perguntando-me se
podia ir
cumprimentar o padre, à tarde em minha casa.

--Pode, mas para quê?

--Papai naturalmente há de querer ir também, mas é melhor que ele vá à casa do padre, é mais bonito. Eu

não, que já
sou
meia moça, concluiu rindo.

O riso animou-me. As palavras pareciam ser uma troça consigo mesma, uma vez que, desde manhã, era

mulher, como
eu era
homem. Achei-lhe graça, e, para dizer tudo, quis provar-lhe que era moça inteira. Peguei-lhe levemente na

mão direita,
depois na esquerda, e fiquei assim pasmado e trêmulo. Era a idéia com mãos. Quis puxar as de Capitu,

para obrigá-la
a vir
atrás delas, mas ainda agora a ação não respondeu à intenção. Contudo, achei-me forte e atrevido. Não

imitava
ninguém-
não vivia com rapazes, que me ensinassem anedotas de amor. Não conhecia a violação de Lucrécia. Dos

romanos
apenas
sabia que falavam pela artinha do Padre Pereira e eram patrícios de Pôncio Pilatos. Não nego que o final

do penteado
da
manhã era um Brande passo no caminho da movimentação amorosa, mas o gesto de então foi justamente

o contrário
deste.
De manhã, ela derreou a cabeça, agora fugia-me; nem é só nisso que os lances diferiam; em outro ponto,

parecendo
haver
repetição, houve contraste.

Penso que ameacei puxá-la a mim. Não juro, começava a estar tão alvoroçado, que não pude ter toda a

consciência
dos
meus atos; mas concluo que sim, porque ela recuou e quis tirar as mãos das minhas; depois, talvez por

não poder
recuar
mais, colocou um dos pés adiante e o outro atrás, e fugiu com o busto. Foi este gesto que me obrigou a

reter-lhe as
mãos


[Linha 2250 de 7623 - Parte 2 de 4]


com força. O busto afinal cansou e cedeu, mas a cabeça não quis ceder também, e caída para trás,

inutilizava todos
os meus
esforços, porque eu já fazia esforços, leitor amigo. Não conhecendo a lição do Cântico, não me acudiu

estender a mão
esquerda por baixo da cabeça dela; demais, este gesto supõe um acordo de vontades, e Capitu, que me

resistia agora,
aproveitaria o gesto para arrancar-se à outra mão e fugir-me inteiramente. Ficamos naquela luta, sem

estrépito, porque
apesar do ataque e da defesa, não perdíamos a cautela necessária para não sermos ouvidos lá de

dentro; a alma é
cheia de
mistérios. Agora sei que a puxava; a cabeça continuou a recuar; até que cansou; mas então foi a vez da

boca. A boca
de
Capitu iniciou um movimento inverso, relativamente à minha, indo para um lado, quando eu a buscava do

outro
oposto.
Naquele desencontro estivemos, sem que ousasse um pouco mais, e bastaria um pouco mais...

Nisto ouvimos bater à porta e falar no corredor. Era o pai de Capitu, que voltava da repartição um pouco

mais cedo,
como
usava às vezes. "Abre, Nanata! Capitu, abre!" Aparentemente era o mesmo lance da manhã, quando a

mãe deu
conosco,
mas só aparentemente verdade, era outro. Considerai que de manhã tudo estava acabado, e o passo de

D. Fortunata
foi um
aviso para que nos compuséssemos. Agora lutávamos com as mãos presas, e nada estava sequer

começado.

Ouvimos o ferrolho da porta que dava para o corredor interno era a mãe que abria. Eu, uma vez que

confesso tudo,
digo
aqui que não tive tempo de soltar as mãos da minha amiga; pensei nisso, cheguei a tentá-lo, mas Capitu,

antes que o
pai
acabasse de entrar, fez um gesto inesperado, pousou a boca na minha boca, e deu de vontade o que

estava a recusar à
força.
Repito, a alma é cheia de mistérios.

CAPÍTULO XXXVIII / QUE SUSTO, MEU DEUS!

Quando Pádua, vindo pelo interior, entrou na sala de visitas, Capitu, em pé, de costas para mim, inclinada

sobre a
costura,
como a recolhê-la, perguntava em voz alta:

--Mas, Bentinho, que é protonotário apostólico?

--Ora, vivam! exclamou o pai.

-- Que susto, meu Deus!

Agora é que o lance é o mesmo; mas se conto aqui, tais quais, ou dous lances de há quarenta anos, é

para mostrar que
Capitu não se dominava só em presença da mãe, o pai não lhe meteu mais medo No meio de uma

situação que me
atava a
língua, usava da palavra com a maior ingenuidade deste mundo. A minha persuasão é que coração não

lhe batia mais
nem
menos. Alegou susto, e deu à cara um ar meio enfiado; mas eu, que sabia tudo, vi que era mentira e

Fiquei com inveja.
Foi
logo falar ao pai, que apertou a minha mão, e quis saber por que a filha falava em protonotário apostólico.

Capitu
repetiu-lhe


[Linha 2300 de 7623 - Parte 2 de 4]


o que ouvira de mim, e opinou logo que o pai devia ir cumprimentar o padre em casa dele; ela iria à

minha. E coligindo
os
petrechos da costura, enfiou pelo corredor, bradando infantilmente:

-- Mamãe, jantar, papai chegou!

CAPÍTULO XXXIX / A VOCAÇÃO

Padre Cabral estava naquela primeira hora das honras em que as mínimas congratulações valem por

odes. Tempo
chega em
que os dignificados recebem os louvores como um tributo usual, cara morta, sem agradecimentos. O

alvoroço da
primeira
hora é melhor, esse estado da alma que vê na inclinação do arbusto, tocado do vento, um parabém da

flora universal,
traz
sensações mais íntimas e finas que qualquer outro. Cabral ouviu as palavras de Capitu com infinito

prazer.

--Obrigado, Capitu, muito obrigado; estimo que você goste também. Papai está bom? E mamãe? A você

não se
pergunta-
essa cara é mesmo de quem vende saúde. E como vamos de rezas?

A todas as perguntas Capitu ia respondendo prontamente e bem trazia um vestidinho melhor e os sapatos

de sair. Não
entrou
com a familiaridade do costume, deteve-se um instante à porta da sala antes de ir beijar a mão a minha

mãe e ao
padre.
Como desse a este duas vezes em cinco minutos, o título de protonotário, José Dias para se desforrar da

concorrência,
fez
um pequeno discurso em honra "ao coração paternal e augustíssimo de Pio IX."

--Você é um grande prosa, disse tio Cosme, quando ele acabou José Dias sorriu sem vexame. Padre

Cabral confirmou
os
louvores do agregado, sem os seus superlativos; ao que este acrescentou que o Cardeal Mastai

evidentemente fora
talhado
para a tiara desde o princípio dos tempos. E, piscando-me o olho, concluiu:

--A vocação é tudo. O estado eclesiástico é perfeitíssimo, contanto que o sacerdote venha já destinado do

berço. Não
havendo vocação, falo de vocação sincera e real, um jovem pode muito bem estudar as letras humanas,

que também
são
úteis e honradas.

Padre Cabral retorquia:

--A vocação é muito, mas o poder de Deus é soberano. Um homem pode não ter gosto à igreja e até

persegui-la, e um
dia a
voz de Deus lhe fala, e ele sai apóstolo; veja S. Paulo.

--Não contesto, mas o que eu digo é outra cousa. O que eu digo é que se pode muito bem servir a Deus

sem ser padre cá
fora; pode-se ou não se pode?

--Pode-se.



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--Pois então? exclamou José Dias triunfalmente, olhando em volta de si. Sem vocação é que não há bom

padre, e em
qualquer profissão liberal se serve a Deus, como todos devemos.

--Perfeitamente, mas vocação não é só do berço que se traz.

--Homem, é a melhor.

--Um moço sem gosto nenhum à vida eclesiástica pode acabar por ser muito bom padre; tudo é que Deus

o determine.
Não
me quero dar por modelo, mas aqui estou eu que nasci com a vocação da medicina- meu padrinho, que

era coadjutor
de
Santa Rita, teimou com meu pai para que me metesse no seminário; meu pai cedeu. Pois, senhor, tomei

tal gosto aos
estudos
e à companhia dos padres, que acabei ordenando-me. Mas, suponha que não acontecia assim, e que eu

não mudava
de
vocação, o que é que acontecia? Tinha estudado no seminário algumas matérias que é bom saber, e são

sempre
melhor
ensinadas naquelas casas.

Prima Justina interveio:

--Como? Então pode-se entrar para o seminário e não sair padre?

Padre Cabral respondeu que sim, que se podia, e, voltando-se para mim, falou da minha vocação, que era

manifesta;
os
meus brinquedos foram sempre de igreja, e eu adorava os ofícios divinos. A prova não provava; todas as

crianças do
meu
tempo eram devotas. Cabral acrescentou que o reitor de S. José, a quem contara ultimamente a promessa

de minha
mãe,
tinha o meu nascimento por milagre; ele era da mesma opinião. Capitu, cosida às saias de minha mãe,

não atendia
aos olhos
ansiosos que eu lhe mandava; também não parecia escutar a conversação sobre o seminário e suas

conseqüências, e,
aliás,
decorou o principal, como vim a saber depois. Duas vezes fui à janela, esperando que ela fosse também,

e ficássemos
à
vontade, sozinhos, até acabar o mundo, se acabasse, mas Capitu não me apareceu. Não deixou minha

mãe, senão
para ir
embora. Eram ave-marias, despediu-se.

--Vai com ela, Bentinho, disse minha mãe.

--Não precisa, não, D. Glória, acudiu ela rindo, eu sei o caminho. Adeus, Sr. protonotário...

--Adeus, Capitu.

Tendo dado um passo no sentido de atravessar a sala, é claro que o meu dever, o meu gosto, todos os

impulsos da
idade e
da ocasião eram atravessá-la de todo, seguir a vizinha corredor fora, descer à chácara, entrar no quintal,

dar-lhe
terceiro
beijo, e despedir-me. Não me importou a recusa, que cuidei simulada, e enfiei pelo corredor; mas, Capitu

que ia


[Linha 2400 de 7623 - Parte 2 de 4]


depressa,
estacou e fez-me sinal que voltasse. Não obedeci; cheguei-me a ela.

--Não venha, não; amanhã falaremos.

--Mas eu queria dizer a você...

--Amanhã.

--Escuta!

--Fica!

Falava baixinho; pegou-me na mão, e pôs o dedo na mão. Uma preta, que veio de dentro acender o

lampião do
corredor,
vendo-nos naquela atitude, quase às escuras, riu de simpatia e murmurou em tom que ouvíssemos

alguma cousa que
não
entendi bem nem mal. Capitu segredou-me que a escrava desconfiara, e ia talvez contar às outras.

Novamente me
intimou
que ficasse, e retirou-se; eu deixei-me estar parado, pregado, agarrado ao chão.

CAPÍTULO XL / UMA ÉGUA

Ficando só, refleti algum tempo, e tive uma fantasia. Já conheceis as minhas fantasias. Contei-vos a da

visita imperial;
disse-vos a desta casa de Engenho Novo, reproduzindo a de Mata-cavalos... A imaginação foi a

companheira de toda
a
minha existência, viva, rápida, inquieta, alguma vez tímida e amiga de empacar, as mais delas capaz de

engolir
campanhas e
campanhas, correndo. Creio haver lido em Tácito que as éguas iberas concebiam pelo vento, se não foi

nele, foi noutro
autor
antigo, que entendeu guardar essa crendice nos seus livros. Neste particular, a minha imaginação era

uma grande égua
ibera;
a menor brisa lhe dava um potro, que saía logo cavalo de Alexandre; mas deixemos metáforas atrevidas

e impróprias
dos
meus quinze anos. Digamos o caso simplesmente. A fantasia daquela hora foi confessar a minha mãe os

meus amores
para
lhe dizer que não tinha vocação eclesiástica. A conversa sobre vocação tornava-me agora toda inteira. e,

ao passo que
me
assustava, abria-me uma porta de saída. "Sim, é isto, pensei; vou dizer a mamãe que não tenho vocação,

e confesso o
nosso
namoro; se ela duvidar, conto-lhe o que se passou outro dia. o penteado e o resto..."

CAPÍTULO XLI / A AUDIÊNCIA SECRETA

O resto fez-me ficar mais algum tempo, no corredor, pensando. Vi entrar o Doutor João da Costa, e

preparou-se logo o
voltarete do costume. Minha mãe saiu da sala, e, dando comigo, perguntou se acompanhara Capitu.

--Não, senhora, ela foi só.

E quase investindo para ela:


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--Mamãe, eu queria dizer-lhe uma cousa.

--Que é?

Toda assustada, quis saber o que é que me doía, se a cabeça, se o peito, se o estômago, e apalpava-me

a testa para ver
se
tinha febre.

--Não tenho nada não, senhora.

-- Mas então que é?

-- É uma cousa, mamãe... Mas, escute, olhe, é melhor depois do chá; logo... Não é nada mau; mamãe

assusta-se por
tudo;
não é cousa de cuidado.

--Não é moléstia?

--Não, senhora.

É, isso é volta de constipação. Disfarças para não tomar suadouro, mas tu estás constipado; conhece-se

pela voz.

Tentei rir, para mostrar que não tinha nada. Nem por isso permitiu adiar a confidência, pegou em mim,

levou-me ao
quarto
dela, acenda vela, e ordenou-me que lhe dissesse tudo. Então eu perguntei-lhe, para principiar, quando é

que ia para o
seminário.

--Agora só para o ano, depois das férias.

--Vou... para ficar?

--Como ficar?

--Não volto para casa?

--Voltas aos sábados e pelas férias; é melhor. Quando te ordenares padre, vens morar comigo.

Enxuguei os olhos e o nariz. Ela afagou-me, depois quis repreender-me, mas creio que a voz lhe tremia, e

pareceu-me
que
tinha os olhos úmidos. Disse-lhe que também sentia a nossa separação. Negou que fosse separação; era

só alguma
ausência,
por causa dos estudos; só os primeiros dias. Em pouco tempo eu me acostumaria aos companheiros e

aos mestres, e
acabaria gostando de viver com eles.

--Eu só gosto de mamãe.

Não houve cálculo nesta palavra, mas estimei dizê-la, por fazer crer que ela era a minha única afeição;

desviava as
suspeitas
de cima de Capitu. Quantas intenções viciosas há assim que embarcam, a meio caminho, numa frase

inocente e pura!


[Linha 2500 de 7623 - Parte 2 de 4]


Chega
a fazer suspeitar que a mentira é muita vez tão involuntária como a transpiração. Por outro lado, leitor

amigo, nota
que eu
queria desviar as suspeitas de cima de Capitu, quando havia chamado minha mãe justamente para

confirmá-las; mas
as
contradições são deste mundo. A verdade é que minha mãe era cândida como a primeira aurora, anterior

ao primeiro
pecado; nem por simples intuição era capaz de deduzir uma cousa de outra, isto é, não concluiria da

minha repentina
oposição que eu andasse em segredinhos com Capitu, como lhe dissera José Dias. Calou-se durante

alguns instantes;
depois
replicou-me sem imposição nem autoridade, o que me veio animando à resistência. Daí o falar-lhe na

vocação que se
discutira naquela tarde, e que eu confessei não sentir em mim.

--Mas tu gostavas tanto de ser padre, disse ela; não te lembras que até pedias para ir ver sair os

seminaristas de S. José,
com as suas batinas? Em casa, quando José Dias te chamava Reverendíssimo, tu rias com tanto gosto!

Como é que
agora?...
Não creio, não, Bentinho. E depois... Vocação? Mas a vocação vem com o costume, continuou repetindo

as reflexões
que
ouvira ao meu professor de latim.

Como eu buscasse contestá-la, repreendeu-me sem aspereza, mas com alguma força, e eu tornei ao filho

submisso que
era.
Depois, ainda falou gravemente e longamente sobre a promessa que fizera; não me disse as

circunstâncias nem a
ocasião,
nem os motivos dela, cousas que só vim a saber mais tarde. Afirmou o principal, isto é, que a havia de

cumprir, em
pagamento a Deus.

--Nosso Senhor me acudiu, salvando a tua existência, não lhe hei de mentir nem faltar, Bentinho; são

cousas que não
se
fazem sem pecado, e Deus que é grande e poderoso, não me deixaria assirn, não, Bentinho; eu sei que

seria castigada e
bem
castigada. Ser padre é bom e santo; você conhece muitos, como o Padre Cabral, que vive tão feliz com a

irmã; um tio
meu
também foi padre, e escapou de ser bispo, dizem... Deixa de manha, Bentinho.

Creio que os olhos que lhe deitei foram tão queixosos que ela emendou logo a palavra; manha, não, não

podia ser
manha,
sabia muito bem que eu era amigo dela, e não seria capaz de fingir um sentimento que não tivesse.

Moleza é o que
queria
dizer, que me deixas de moleza, que me fizesse homem e obedecesse ao que cumpria, em benefício dela

e para bem
da
minha alma. Todas essas cousas e outras foram ditas um pouco atropeladamente, e a voz não lhe saía

clara, mas
velada e
esganada. Vi que a emoção dela era outra vez grande, mas não recuava dos seus propósitos, e

aventurei-me a
perguntar-lhe:

--E se mamãe pedisse a Deus que a dispensasse da promessa?

--Não, não peço. Estás tonto, Bentinho? E como havia de saber que Deus me dispensava?

--Talvez em sonho; eu sonho às vezes com anjos e santos.


[Linha 2550 de 7623 - Parte 2 de 4]



--Também eu, meu filho; mas é inútil... Vamos, é tarde; vamos para a sala. Está entendido: no primeiro ou

no segundo
mês
do ano que vem, irás para o seminário. O que eu quero é que saibas bem os livros que estás estudando;

é bonito, não

para ti, como para o Padre Cabral. No seminário há interesse em conhecer-te, porque o Padre Cabral fala

de ti com
entusiasmo.

Caminhou para a porta, saímos ambos. Antes de sair, voltou-se para mim, e quase a vi saltar-me ao colo

e dizer-me
que não
seria padre. Este era já o seu desejo íntimo, à proporção que se aproximava o tempo. Quisera um modo

de pagar a
dívida
contraída, outra moeda, que valesse tanto ou mais, e não achava nenhuma.

CAPÍTULO XLII / CAPITU REFLETINDO

No dia seguinte fui à casa vizinha, logo que pude. Capitu despedia-se de três amigas que tinham ido

visitá-la, Paula e
Sancha,
companheiras de colégio, aquela de quinze, esta de dezessete anos" primeira filha de um médico, a

segunda de um
comerciante de objetos americanos. Estava abatida, trazia um lenço atado na cabeça; a mãe contou-me

que fora
excesso de
leitura na véspera, antes e depois do chá, na sala e na cama, até muito depois da meia-noite, e com

lamparina...

--Se eu acendesse vela, mamãe zangava-se. Já estou boa.

E como desatasse o lenço, a mãe disse-lhe timidamente que era melhor atá-lo, mas Capitu respondeu que

não era
preciso,
estava boa.

Ficamos sós na sala; Capitu confirmou a narração da mãe, acrescentando que passara mal por causa do

que ouvira
em minha
casa. Também eu lhe contei o que se dera comigo, a entrevista com minha mãe, as minhas súplicas, as

lágrimas dela, e
por
fim as últimas respostas decisivas: dentro de dous ou três meses iria para o seminário. Que faríamos

agora? Capitu
ouvia-me
com atenção sôfrega, depois sombria; quando acabei, respirava a custo, como prestes a estalar de

cólera, mas
conteve-se.

Há tanto tempo que isto sucedeu que não posso dizer com segurança se chorou deveras, ou se somente

enxugou os
olhos;
cuido que os enxugou somente. Vendo-lhe o gesto peguei-lhe na mão para animá-la, mas também eu

precisava ser
animado.
Caímos no canapé, e ficamos a olhar para o ar. Minto- ela olhava para o chão. Fiz o mesmo, logo que a vi

assim...
Mas eu
creio que Capitu olhava para dentro de si mesma, enquanto que eu fitava deveras o chão, o roído das

fendas, duas
moscas
andando e um pé de cadeira lascada. Era pouco, mas distraía-me da aflição. Quando tornei a olhar para

Capitu, vi
que não
se mexia, e fiquei com tal medo que a sacudi brandamente. Capitu tornou cá para fora e pediu-me que

outra vez lhe
contasse


[Linha 2600 de 7623 - Parte 2 de 4]


o que se passara com minha mãe. Satisfi-la, atenuando o texto desta vez, para não amofiná-la. Não me

chames
dissimulado,
chama-me compassivo; é certo que receava perder Capitu, se lhe morressem as esperanças todas, mas

doía-me vê-la
padecer. Agora, a verdade última, a verdade das verdades, é que já me arrependia de haver falado a

minha mãe, antes
de
qualquer trabalho efetivo por parte de José Dias; examinando bem, não quisera ter ouvido um desengano

que eu
reputava
certo, ainda que demorado. Capitu refletia, refletia, refletia...

CAPÍTULO XLIII / VOCÊ TEM MEDO?

De repente, cessando a reflexão, fitou em mim os olhos de ressaca, e perguntou-me se tinha medo.

--Medo?

--Sim, pergunto se você tem medo.

--Medo de quê?

--Medo de apanhar, de ser preso, de brigar, de andar, de trabalhar...

Não entendi. Se ela me tem dito simplesmente: "Vamos embora!" pode ser que eu obedecesse ou não;

em todo caso,
entenderia. Mas aquela pergunta assim, vaga e solta, não pude atinar o que era.

--Mas... não entendo. De apanhar?

--Sim.

--Apanhar de quem? Quem é que me dá pancada?

Capitu fez um gesto de impaciência. Os olhos de ressaca não se mexiam e pareciam crescer. Sem saber

de mim, e, não
querendo interrogá-la novamente, entrei a cogitar donde me viriam pancadas, e por que, e também por

que é que seria
preso, e quem é que me havia de prender. Valha-me Deus! vi de imaginação o aljube, uma casa escura e

infecta.
Também vi
a presiganga, o quartel dos Barbonos e a Casa de Correção. Todas essas belas instituições sociais me

envolviam no seu
mistério, sem que os olhos de ressaca de Capitu deixassem de crescer para mim, a tal ponto que as

fizeram esquecer de
todo. O erro de Capitu foi não deixá-los crescer infinitamente, antes diminuir até às dimensões normais, e

dar-lhe o
movimento do costume. Capitu tornou ao que era, disse-me que estava brincando, não precisava afligir-

me, e, com
um gesto
cheio de graça, bateu-me na cara, sorrindo, e disse:

--Medroso!

--Eu? Mas...

Não é nada, Bentinho. Pois quem é que há de dar pancada ao prender você? Desculpe que eu hoje estou

meia maluca;
quero brincar, e...

--Não, Capitu; você não está brincando; nesta ocasião, nenhum de nós tem vontade de brincar.



[Linha 2650 de 7623 - Parte 2 de 4]


--Tem razão, foi só maluquice; até logo.

--Como até logo?

--Está-me voltando a dor de cabeça; vou botar uma rodela de limão nas fontes.

Fez o que disse, e atou o lenço outra vez na testa. Em seguida, acompanhou-me ao quintal para se

despedir de mim;
mas,
ainda aí nos detivemos por alguns minutos, sentados sobre a borda do poço. Ventava, o céu estava

coberto. Capitu
falou
novamente da nossa separação, como de um fato certo e definitivo, por mais que eu. receoso disso

mesmo, buscasse
agora
razões para animá-la. Capita, quando não falava, riscava no chão, com um pedaço de taquara, narizes e

perfis. Desde
que se
metera a desenhar, era uma das suas diversões; tudo lhe servia de papel e lápis. Como me lembrassem

os nossos
nomes
abertos por ela no muro, quis fazer o mesmo no chão, e pedi-lhe a taquara. Não me ouviu ou não me

atendeu.

CAPÍTULO XLIV / O PRIMEIRO FILHO

--Dê cá, deixe escrever uma cousa.

Capitu olhou para mim, mas de um modo que me fez lembrar a definição de José Dias, oblíquo e

dissimulado;
levantou o
olhar, sem levantar os olhos. A voz, um tanto sumida, perguntou-me:

--Diga-me uma cousa, mas fale verdade, não quero disfarce; há de responder com o coração na mão.

--Que é? Diga.

--Se você tivesse de escolher entre mim e sua mãe, a quem é que escolhia?

-- Eu?

Fez-me sinal que sim.

--Eu escolhia... mas para que escolher? Mamãe não é capaz de me perguntar isso.

--Pois sim, mas eu pergunto. Suponha você que está no seminário e recebe a notícia de que eu vou

morrer...

--Não diga isso!

-- ...Ou que me mato de saudades, se você não vier logo, e sua mãe não quiser que você venha, diga-me,

você vem?

--Venho.

--Contra a ordem de sua mãe?

--Contra a ordem de mamãe.



[Linha 2700 de 7623 - Parte 2 de 4]


--Você deixa seminário, deixa sua mãe, deixa tudo, para me ver morrer?

--Não fale em morrer, Capitu!

Capitu teve um risinho descorado e incrédulo, e com a taquara escreveu uma palavra no chão, inclinei-me

e li:
mentiroso.

Era tão estranho tudo aquilo, que não achei resposta. Não atinava com a razão do escrito, como não

atinava com a
do
falado. Se me acudisse ali uma injúria grande ou pequena, é possível que a escrevesse também, com a

mesma
taquara, mas
não me lembrava nada. Tinha a cabeça vazia. Ao mesmo tempo tomei-me de receio de que alguém nos

pudesse ouvir
ou ler.
Quem, se éramos sós? D. Fortunata chegara uma vez à porta da casa, mas entrou logo depois. A solidão

era completa.
Lembra-me que umas andorinhas passaram por cima do quintal e foram para os lados do morro de Santa

Teresa;
ninguém
mais. Ao longe, vozes vagas e confusas, na rua um tropel de bestas, do lado da casa o chilrear dos

passarinhos do
Pádua.
Nada mais, ou somente este fenômeno curioso, que o nome escrito por ela, não só me espiava do chão

com gesto
escarninho, mas até me pareceu que repercutia no ar. Tive então uma idéia ruim; disse-lhe que, afinal de

contas, a vida
de
padre não era má, e eu podia aceitá-la sem grande pena. Como desforço, era pueril; mas eu sentia a

secreta esperança
de
vê-la atirar-se a mim lavada em lágrimas. Capitu limitou-se a arregalar muito os olhos, e acabou por

dizer:

--Padre é bom, não há dúvida; melhor que padre só cônego, por causa das meias roxas. O roxo é cor

muito bonita.
Pensando bem, é melhor cônego.

--Mas não se pode ser cônego sem ser primeiramente padre, disse-lhe eu mordendo os beiços.

--Bem; comece pelas meias pretas, depois virão as roxas. O que eu não quero perder é a sua missa

nova; avise-me a
tempo
para fazer um vestido à moda saia balão e babados grandes. . . Mas talvez nesse tempo a moda seja

outra. A igreja há
de ser
grande, Carmo ou S. Francisco.

--Ou Candelária.

--Candelária também. Qualquer serve, contanto que eu ouça a missa nova. Hei de fazer um figurão. Muita

gente há de
perguntar: "Quem é aquela moça faceira que ali está com um vestido tão bonito?"--"Aquela é D. Capitolina,

uma
moça que
morou na Rua de Mata-cavalos... "

--Que morou? Você vai mudar-se?

--Quem sabe onde é que há de morar amanhã? disse ela com um tom leve de melancolia; mas tornando

logo ao
sarcasmo: E
você no altar, metido na alva, com a capa de ouro por cima, cantando... Pater noster...

Ah! como eu sinto não ser um poeta romântico para dizer que isto era um duelo de ironias! Contaria os

meus botes e


[Linha 2750 de 7623 - Parte 2 de 4]


os dela,
a graça de um e a prontidão de outro, e o sangue correndo, e o furor na alma, até ao meu golpe final que

foi este:

--Pois sim, Capitu, você ouvirá a minha missa nova, mas com uma condição.

Ao que ela respondeu:

--Vossa Reverendíssima pode falar.

--Promete uma cousa?

--Que é?

--Diga se promete.

--Não sabendo o que é, não prometo.

--A falar verdade são duas cousas, continuei eu, por haver-me acudido outra idéia.

--Duas? Diga quais são.

--A primeira é que só se há de confessar comigo, para eu lhe dar a penitência e a absolvição. A segunda é

que...

--A primeira está prometida, disse ela vendo-me hesitar, e acrescentou que esperava a segunda.

Palavra que me custou, e antes não me chegasse a sair da boca: não ouviria o que ouvi, e não escreveria

aqui uma
cousa que
vai talvez achar incrédulos.

-- A segunda... sim... é que... Promete-me que seja eu o padre que case você?

--Que me case? disse ela um tanto comovida.

Logo depois fez descair os lábios, e abanou a cabeça.

--Não, Bentinho, disse, seria esperar muito tempo, você não vai ser padre já amanhã, leva muitos anos...

Olhe, prometo
outra cousa; prometo que há de batizar o meu primeiro filho.

CAPÍTULO XLV / ABANE A CABEÇA, LEITOR

Abane a cabeça leitor; faça todos os gestos de incredulidade. Chegue a deitar fora este livro, se o tédio já

o não obrigou
a
isso antes tudo é possível. Mas, se o não fez antes e só agora, fio que torne a pegar do livro e que o abra

na mesma
página,
sem crer por isso na veracidade do autor. Todavia, não há nada mais exato. Foi assim mesmo que Capitu

falou, com
tais
palavras e maneiras. Falou do primeiro filho, como se fosse a primeira boneca.

Quanto ao meu espanto, se também foi grande, veio de mistura com uma sensação esquisita.

Percorreu-me um fluido.
Aquela


[Linha 2800 de 7623 - Parte 2 de 4]


ameaça de um primeiro filho, o primeiro filho de Capitu, o casamento dela com outro, portanto, a

separação absoluta,
a
perda, a aniquilação, tudo isso produzia um tal efeito, que não achei palavra nem gesto fiquei estúpido.

Capitu sorria;
eu via o
primeiro filho brincando no chão...

CAPÍTULO XLVI / AS PAZES

As Pazes fizeram-se como a guerra, depressa. Buscasse eu neste livro a minha glória, e diria que as

negociações
partiram de
mim, mas não, foi ela que as iniciou. Alguns instantes depois, como eu estivesse cabisbaixo, ela abaixou

também a
cabeça,
mas voltando os olhos para cima a fim de ver os meus. Fiz-me de rogado; depois quis levantar-me para ir

embora;
mas nem
me levantei, nem sei se iria. Capitu fitou-me uns olhos tão ternos, e a posição os fazia tão súplices, que

me deixei ficar,
passei-lhe o braço pela cintura, ela pegou-me na ponta dos dedos, e...

Outra vez D. Fortunata apareceu à porta da casa; não sei para que, se nem me deixou tempo de puxar o

braço;
desapareceu
logo. Podia ser um simples descargo de consciência, uma cerimônia, como as rezas de obrigação, sem

devoção, que se
dizem de tropel; a não ser que fosse para certificar aos próprios olhos a realidade que o coração lhe

dizia...

Fosse o que fosse, o meu braço continuou a apertar a cintura da filha, e foi assim que nos pacificamos. O

bonito é que
cada
um de nós queria agora as culpas para si, e pedíamos reciprocamente perdão. Capitu alegava a insônia,

a dor de
cabeça, o
abatimento do espírito, e finalmente "os seus calundus." Eu, que era muito chorão por esse tempo, sentia

os olhos
molhados...
Era amor puro, era efeito dos padecimentos da amiguinha, era a ternura da reconciliação.

CAPÍTULO XLVII / "A SENHORA SAIU"

--Está bom, acabou, disse eu finalmente; mas, explique-me só uma cousa, por que é que você me

perguntou se eu
tinha
medo de apanhar?

--Não foi por nada, respondeu Capitu, depois de alguma hesitação... Para que bulir nisso?

--Diga sempre. Foi por causa do seminário?

--Foi; ouvi dizer que lá dão pancada... Não? Eu também não creio.

A explicação agradou-me; não tinha outra. Se, como penso, Capitu não disse a verdade, força é

reconhecer que não
podia
dizê-la, e a mentira é dessas criadas que se dão pressa em responder às visitas que "a senhora saiu",

quando a senhora
não
quer falar a ninguém. Há nessa cumplicidade um gosto particular; o pecado em comum iguala por

instantes a
condição das
pessoas, não contando o prazer que dá a cara das visitas enganadas, e as costas com que elas

descem... A verdade não
saiu,


[Linha 2850 de 7623 - Parte 2 de 4]


ficou em casa, no coração de Capitu, cochilando o seu arrependimento. E eu não desci triste nem

zangado; achei a
criada
galante, apetecível. melhor que a ama.

As andorinhas vinham agora em sentido contrário, ou não seriam as mesmas. Nós é que éramos os

mesmos; ali
ficamos
somando as nossas ilusões, os nossos temores, começando já a somar as nossas saudades.

CAPÍTULO XLVIII / JURAMENTO DO POÇO

--Não! exclamei de repente.

--Não quê?

Tinha havido alguns minutos de silêncio, durante os quais refleti muito e acabei por uma idéia; o tom da

exclamação,
porém,
foi tão alto que espantou a minha vizinha.

--Não há de ser assim, continuei. Dizem que não estamos em idade de casar, que somos crianças,

criançolas,--já ouvi
dizer
criançolas. Bem; mas dous ou três anos passam depressa. Você jura uma cousa? lura que só há de casar

comigo?

Capitu não hesitou em jurar, e até lhe vi as faces vermelhas de prazer. Jurou duas vezes e uma terceira:

--Ainda que você case com outra, cumprirei o meu juramento, não casando nunca.

--Que eu case com outra?

--Tudo pode ser. Bentinho. Você pode achar outra moça que lhe queira, apaixonar-se por ela e casar.

Quem sou eu
para
você lembrar-se de mim nessa ocasião?

--Mas eu também juro! Juro, Capitu, juro por Deus Nosso Senhor que só me casarei com você. Basta isto?

--Devia bastar, disse ela; eu não me atrevo a pedir mais. Sim, você jura... Mas juremos por outro modo;

juremos que
nos
havemos de casar um com outro, haja o que houver.

Compreendeis a diferença, era mais que a eleição do cônjuge, era a afirmação do matrimônio. A cabeça

da minha
amiga
sabia pensar claro e depressa. Realmente, a fórmula anterior era limitada, apenas exclusiva. Podíamos

acabar
solteirões,
como o sol e a lua, sem mentir ao juramento do poço. Esta fórmula era melhor, e tinha? a vantagem de

me fortalecer
o
coração contra a investidura eclesiástica. Juramos pela segunda fórmula, e ficamos tão felizes que todo

receio de
perigo
desapareceu. Éramos religiosos, tínhamos o céu por testemunha. Eu nem já temia o seminário.

--Se teimarem muito, irei; mas faço de conta que é um colégio qualquer; não tomo ordens.



[Linha 2900 de 7623 - Parte 2 de 4]


Capitu temia a nossa separação, mas acabou aceitando este alvitre, que era o melhor. Não afligíamos

minha mãe, e o
tempo
correria até o ponto em que o casamento pudesse fazer-se. Ao contrário, qualquer resistência ao

seminário confirmaria
a
denúncia de José Dias. Esta reflexão não foi minha, mas dela.

CAPÍTULO XLIX / UMA VELA AOS SÁBADOS

Eis aqui como, após tantas canseiras, tocávamos o porto a que nos devíamos ter abrigado logo. Não nos

censures,
piloto de
má morte, não se navegam corações como os outros mares deste mundo. Estávamos contentes,

entramos a falar do
futuro.
Eu prometia à minha esposa uma vida sossegada e bela, na roça ou fora da cidade. Viríamos aqui uma

vez por ano.
Se fosse
em arrabalde, seria longe, onde, ninguém nos fosse aborrecer. A casa, na minha opinião, não devia ser

grande nem
pequena,
um meio-termo; plantei-lhe flores, escolhi móveis, uma sege e um oratório. Sim, havíamos de ter um

oratório bonito,
alto, de
jacarandá, com a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Demorei-me mais nisto que no resto, em parte

porque
éramos
religiosos, em parte para compensar a batina que eu ia deitar às urtigas- mas ainda restava uma parte

que atribuo ao
intuito
secreto e inconsciente de captar a proteção do céu. Havíamos de acender uma vela aos sábados...

CAPÍTULO L / UM MEIO-TERMO

Meses depois fui para o seminário de S. José. Se eu pudesse contar as lágrimas que chorei na véspera e

na manhã,
somaria
mais que todas as vertidas desde Adão e Eva. Há nisto alguma exageração; mas é bom ser enfático, uma

ou outra
vez, para
compensar este escrúpulo de exatidão que me aflige. Entretanto, se eu me ativer só à lembrança da

sensação, não fico
longe
da verdade; aos quinze anos, tudo é infinito. Realmente, por mais preparado que estivesse, padeci muito.

Minha mãe
também
padeceu, mas sofria com alma e coração; demais, o Padre Cabral achara um meio-termo, experimentar-

me a
vocação; se no
fim de dous anos, eu não revelasse vocação eclesiástica, seguiria outra carreira.

--As promessas devem ser cumpridas conforme Deus quer. Suponha que Nosso Senhor nega disposição

a seu filho, e
que o
costume do seminário não lhe dá o gosto que me concedeu a mim, é que a vontade divina é outra. A

senhora não
podia pôr
em seu filho, antes de nascido, uma vocação que Nosso Senhor lhe recusou...

Era uma concessão do padre. Dava a minha mãe um perdão antecipado, fazendo vir do credor a

relevação da dívida.
Os
olhos dela brilharam, mas a boca disse que não. José Dias, não tendo alcançado ir comigo para a Europa,

agarrou-se
ao
mais próximo, e apoiou o "alvitre do Sr. protonotário"; só lhe parecia que um ano era bastante.



[Linha 2950 de 7623 - Parte 2 de 4]


--Estou certo, disse ele, piscando-me o olho, que dentro de um ano a vocação eclesiástica do nosso

Bentinho se
manifesta
clara e decisiva. Há de ser um padre de mão-cheia. Também, se não vier em um ano...

E a mim, mais tarde, em particular:

--Vá por um ano; um ano passa depressa. Se não sentir gosto nenhum, é que Deus não quer, como diz o

padre, e nesse
caso, meu amiguinho, o melhor remédio é a Europa.

Capitu deu-me igual conselho, quando minha mãe lhe anunciou a minha ida definitiva para o seminário:

--Minha filha, você vai perder o seu companheiro de criança...

Fez-lhe tão bem este tratamento de filha (era a primeira vez que minha mãe lhe dava), que nem teve

tempo de ficar
triste;
beijou-lhe a mão, e disse-lhe que já sabia disso por mim mesmo. Em particular animou-me a suportar

tudo com
paciência; no
fim de um ano as cousas estariam mudadas, e um ano andava depressa. Não foi ainda a nossa

despedida; esta fez-se
na
véspera, por um modo que pede Capítulo especial. O que unicamente digo aqui é que, ao passo que nos

prendíamos
um ao
outro, ela ia prendendo minha mãe, fez-se mais assídua e terna, vivia ao pé dela, com os olhos nela.

Minha mãe era de
natural
simpático, e igualmente sensível; tanto se doía como se aprazia de qualquer cousa. Entrou a achar em

Capitu uma
porção de
graças novas, de dotes finos e raros; deu-lhe um anel dos seus e algumas galanterias. Não consentiu em

fotografar-se,
como
a pequena lhe pedia, para lhe dar um retrato; mas tinha uma miniatura, feita aos vinte e cinco anos, e,

depois de
algumas
hesitações, resolveu dar-lha. Os olhos de Capitu, quando recebeu o mimo, não se descrevem, não eram

oblíquos, nem
de
ressaca, eram direitos, claros, lúcidos. Beijou o retrato com paixão, minha mãe fez-lhe a mesma cousa a

ela. Tudo isto
me
lembra a nossa despedida.

CAPÍTULO LI / ENTRE LUZ E FUSCO

Entre luz e fusco, tudo há de ser breve como esse instante. Nem durou muito a nossa despedida, foi o

mais que pôde,
em
casa dela, na sala de visitas, antes do acender das velas; aí é que nos despedimos de uma vez. Juramos

novamente
que
havíamos de casar um com outro, e não foi só o aperto de mão que selou o contrato, como no quintal, foi

a
conjunção das
nossas bocas amorosas... Talvez risque isto na impressão, se até lá não pensar de outra maneira; se

pensar. fica. E
desde já
fica, porque, em verdade, é a nossa defesa. O que o mandamento divino quer é que não juremos em vão

pelo santo
nome de
Deus. Eu não ia mentir ao seminário, uma vez que levava um contrato feito no próprio cartório do céu.

Quanto ao
selo, Deus,
como fez as mãos limpas, assim fez os lábios limpos, e a malícia está antes na tua cabeça perversa que

na daquele


[Linha 3000 de 7623 - Parte 2 de 4]


casal de
adolescentes... Oh! minha doce companheira da meninice, eu era puro, e puro fiquei, e puro entrei na aula

de S. José, a
buscar de aparência a investidura sacerdotal, e antes dela a vocação. Mas a vocação eras tu, a

investidura eras tu.

CAPÍTULO LII / O VELHO PÁDUA

Já agora conto também os adeuses do velho Pádua. Logo cedo veio à nossa casa. Minha mãe disse-lhe

que fosse
falar-me
ao quarto.

--Dá licença? perguntou metendo a cabeça pela porta.

Fui apertar-lhe a mão; ele abraçou-me com ternura.

--Seja feliz! disse-me. A mim e a toda a minha gente creia que ficam muitas saudades. Todos nós

estimamos muito ao
senhor, como merece. Se lhe disserem outra cousa, não acredite. São intrigas. Também eu, quando me

casei, fui vítima
de
intrigas; desfizeram-se. Deus é grande e descobre a verdade. Se algum dia perder sua mãe e seu tio,--

cousa que eu, por
esta
luz que me alumia, não desejo, porque são boas pessoas, excelentes pessoas, e eu sou grato às finezas

recebidas... Não,
eu
não sou como outros, certos parasitas, vindos de fora para desunião das famílias, aduladores baixos,

não- eu sou de
outra
espécie; não vivo papando os jantares nem morando em casa alheia... Enfim, são os mais felizes!

"Por que falará assim? pensei. Naturalmente sabe que José Dias diz mal dele."

--Mas, como ia dizendo, se algum dia perder os seus parentes, pode contar com a nossa companhia. Não

é suficiente
em
importância, mas a afeição é imensa, creia. Padre que seja, a nossa casa está às suas ordens. Quero só

que me não
esqueça;
não esqueça o velho Pádua...

Suspirou e continuou:

--Não esqueça o seu velho Pádua, e, se tem algum trapinho que me deixe em lembrança, um caderno

latino, qualquer
cousa,
um botão de colete, cousa que já lhe não preste para nada. O valor é a lembrança. Tive um sobressalto.

Havia
embrulhado
em um papel um cacho dos meus cabelos, tão grandes e tão bonitos, cortados na véspera. A intenção era

levá-los a
Capitu,
ao sair; mas tive idéia de dá-lo ao pai, a filha saberia tomá-lo e guardá-lo. Peguei do embrulho e dei-lho.

--Aqui está, guarde.

--Um cachinho dos seus cabelos! exclamou Pádua abrindo e fechando o embrulho. Oh! obrigado! obrigado

por mim e
pela
minha gente! Vou dá-lo à velha, para guardá-lo, ou à pequena, que é mais cuidadosa que a mãe. Que

lindos que são!
Como
é que se corta uma beleza destas? Dê cá um abraço! outro! mais outro! adeus!


[Linha 3050 de 7623 - Parte 2 de 4]



Tinha os olhos úmidos deveras; levava a cara dos desenganados, como quem empregou em um só

bilhete todas as
suas
economias de esperanças, e vê sair branco o maldito número,--um número tão bonito!

CAPÍTULO LIII / A CAMINHO!

Fui para o seminário. Poupa-me as outras despedidas. Minha mãe apertava-me ao peito. Prima Justina

suspirava.
Talvez
chorasse mal ou nada. Há pessoas a quem as lágrimas não acodem logo nem nunca, diz-se que

padecem mais que as
outras.
Prima Justina disfarçava naturalmente os seus padecimentos íntimos, emendando os descuidos de

minha mãe,
fazendo-me
recomendações, dando ordens. Tio Cosme, quando eu lhe beijei a mão em despedida, disse-me rindo:

--Anda lá, rapaz, volta-me papa!

José Dias, composto e grave, não dizia nada a princípio; tínhamos falado na véspera, no quarto dele,

onde fui ver se
era
ainda possível evitar o seminário. Já não era, mas deu-me esperanças e principalmente animou-me

muito. Antes de
um ano
estaríamos a bordo. Como eu achasse muito breve, explicou-se.

--Dizem que não é bom tempo de atravessar o Atlântico, vou indagar; se não for, iremos em março ou

abril.

--Posso estudar medicina aqui mesmo.

José Dias correu os dedos pelos suspensórios com um gesto de impaciência, apertou os beiços, até que

formalmente
rejeitou
o alvitre.

--Não duvidaria aprovar a idéia, disse ele, se na Escola de Medicina não ensinassem, exclusivamente, a

podridão
alopata. A
alopatia é o erro dos séculos, e vai morrer; é o assassinato, é a mentira, é a ilusão. Se lhe disserem que

pode aprender
na
Escola de Medicina aquela parte da ciência comum a todos os sistemas, é verdade; a alopatia é erro na

terapêutica.
Fisiologia, anatomia, patologia, não são alopáticas nem homeopáticas, mas é melhor aprender logo tudo

de uma vez,
por
livros e por língua de homens cultores da verdade...

Assim falara na véspera e no quarto. Agora não dizia nada, ou proferia algum aforismo sobre a religião e

a família;
lembro-me
deste: "Dividi-lo com Deus é ainda possuí-lo". Quando minha mãe me deu o último beijo: "Quadro

amantíssimo!"
suspirou
ele. Era manhã de um lindo dia. Os moleques cochichavam; as escravas tomam a bênção: "Bênção, nhô

Bentinho!
não se
esqueça de sua Joana! Sua Miquelina fica rezando por vosmecê!" Na rua José Dias insistiu nas

esperanças:

--Agüente um ano; até lá tudo estará arranjado.



[Linha 3100 de 7623 - Parte 2 de 4]


CAPÍTULO LIV / PANEGÍRICO DE SANTA MÔNICA

No Seminário... Ah! não vou contar o seminário, nem me bastaria a isso um Capítulo. Não, senhor meu

amigo; algum
dia.
sim, é possível que componha um abreviado do que ali vi e vivi, das pessoas que tratei, dos costumes,

de todo o resto.
Esta
sarna de escrever, quando pega aos cinqüenta anos, não despega mais. Na mocidade é possível curar-se

um homem
dela; e,
sem ir mais longe, aqui mesmo no seminário tive um companheiro que compôs versos, à maneira dos de

Junqueira
Freire,
cujo livro de frade-poeta era recente. Ordenou-se anos depois encontrei-o no coro de S. Pedro e pedi-lhe

que me
mostrasse
os versos novos.

--Que versos? perguntou meio espantado.

--Os seus. Pois não se lembra que no seminário...

--Ah! sorriu ele.

Sorriu, e continuando a procurar num livro aberto a hora em que tinha de cantar no dia seguinte,

confessou-me que
não fizera
mais versos depois de ordenado. Foram cócegas da mocidade; coçou-se, passou, estava bom. E falou-me

em prosa de
uma
infinidade de cousas do dia. a vida cara, um sermão do padre X..., uma vigairaria mineira...

Contrário a isso foi um seminarista que não seguiu a carreira. Chamava-se... Não é preciso dizer o nome;

baste o caso.
Tinha
composto um Panegírico de Santa Mônica, elogiado por algumas pessoas e então lido entre os

seminaristas. Alcançou
licença de imprimi-lo, e dedicou-o a Santo Agostinho. Tudo isso é história velha; o que é mais moço é que

um dia. em
1882,
indo ver certo negócio em repartição de marinha, ali dei com este meu colega, feito chefe de uma seção

administrativa.
Deixara seminário, deixara letras, casara e esquecera tudo, menos o Panegírico de Santa Mônica, umas

vinte e nove
páginas,
que veio distribuindo pela vida fora. Como eu precisasse de algumas informações, fui pedir-lhas, e seria

impossível
achar
melhor nem mais pronta vontade; deu-me tudo, claro, certo, copioso Naturalmente conversamos do

passado,
memórias
pessoais, casos de estudo, incidentes de nada, um livro, um verbo, um mote, toda a velha palhada saiu

cá fora, e rimos
juntos, e suspiramos de companhia. Vivemos algum tempo do nosso velho seminário. Ou porque eram

dele, ou porque
éramos então moços, as recordações traziam tal poder de felicidade que, se alguma sombra contrária

houve então,
não
apareceu agora. Ele confessou-me que perdera de vista todos os companheiros do seminário.

--Também eu, quase todos; uma vez ordenados, voltaram naturalmente às suas províncias, e os daqui

tomaram
vigairarias
fora.

-- Bom tempo! suspirou ele.



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E, após alguma reflexão, fitando em mim uns olhos murchos e teimosos, perguntou-me:

--Conservou o meu Panegírico?

Não achei que dizer; tentei mover os beiços, mas não tinha palavra, afinal perguntei:

--Panegírico? Que panegírico?

--O meu Panegírico de Santa Mônica.

Não me lembrou logo, mas a explicação devia bastar; e depois de alguns instantes de pesquisa mental,

respondi que
por
muito tempo o conservara, mas as mudanças, as viagens...

--Hei de levar-lhe um exemplar.

Antes de vinte e quatro horas estava em minha casa, com o folheto, um velho folheto de vinte e seis

anos, encardido,
manchado do tempo, mas sem lacuna, e com uma dedicatória manuscrita e respeitosa.

--É o penúltimo exemplar, disse-me; agora só me resta um, que não posso dar a ninguém.

E como me visse folhear o opúsculo:

--Veja se lhe lembra algum pedaço, disse-me.

Vinte e seis anos de intervalo fazem morrer amizades mais estreitas e assíduas, mas era cortesia, era

quase caridade
recordar
alguma lauda; li uma delas, acentuando certas frases para lhe dar a impressão de que achavam eco em

minha
memória.
Concordou que fossem belas, mas preferia outras, e apontou-as.

--Recorda-se bem?

--Perfeitamente. Panegírico de Santa Mônica! Como isto me faz remontar os anos da minha mocidade!

Nunca me
esqueceu
o seminário, creia. Os anos passam, os acontecimentos vêm uns sobre outros, e as sensações também,

e vieram
amizades
novas que também se foram depois, como é lei da vida... Pois, meu caro colega, nada fez apagar aquele

tempo da
nossa
convivência, os padres, as lições, os recreios... os nossos recreios, lembra-se? o Padre Lopes, oh! o

Padre Lopes...

Ele, com os olhos no ar, devia estar ouvindo, e naturalmente ouvia, mas só me disse uma palavra, e

ainda assim
depois de
algum tempo de silêncio, recolhendo os olhos e um suspiro!

--Tem agradado muito este meu Panegírico!

CAPÍTULO LV / UM SONETO

Dita a palavra, apertou-me as mãos com as forças todas de um vasto agradecimento, despediu-se e saiu.

Fiquei só


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com o
Panegírico, e o que as folhas dele me lembraram foi tal que merece um Capítulo ou mais. Antes, porém, e

porque
também eu
tive o meu Panegírico, contarei a história de um soneto que nunca fiz: era no tempo do seminário, e o

primeiro verso é
o que
ides ler:

Oh! flor do céu! oh! flor cândida e pura!

Como e por que me saiu este verso da cabeça, não sei; saiu assim, estando eu na cama como uma

exclamação solta,
e, ao
notar que tinha a medida de verso, pensei em compor com ele alguma cousa, um soneto. A insônia, musa

de olhos
arregalados, não me deixou dormir uma longa hora ou duas; as cócegas pediam-me unhas, e coçava-me

com alma.
Não
escolhi logo, logo, o soneto; a princípio cuidei de outra forma, e tanto de rima como de verso solto. r afinal

ative-me ao
soneto. Era um poema breve e prestadio. Qual à idéia, o primeiro verso não era ainda uma idéia, era uma

exclamação;
a
idéia viria depois. Assim na cama, envolvido no lençol. tratei de poetar. Tinha o alvoroço da mãe que

sente o filho, e o
primeiro filho. Ia ser poeta, ia competir com aquele monge da Bahia pouco antes revelado, e então na

moda; eu,
seminarista,
diria em verso as minhas tristezas, como ele dissera as suas no claustro. Decorei bem o verso, e

repetia-o em voz baixa,
aos
lençóis; francamente achava-o bonito, e ainda agora não me parece mau:

Oh! flor do céu! oh! flor cândida e pura!

Quem era a flor? Capitu, naturalmente; mas podia ser a virtude, a poesia, a religião, qualquer outro

conceito a que
coubesse
a metáfora da flor, e flor do céu. Aguardei o resto, recitando sempre verso, e deitado ora sobre o lado

direito, ora sobre
o
esquerdo; afinal deixei-me estar de costas, com os olhos no tecto, mas nem assim. vinha mais nada.

Então adverti que
os
sonetos mais gabados eram os que concluíam com chave de ouro, isto é, um desses versos capitas no

sentido e na
forma.
Pensei em forjar uma de tais chaves, considerando que o verso final, saindo cronologicamente dos treze

anteriores,
com
dificuldade traria a perfeição louvada; imaginei que tais chaves eram fundidas antes da fechadura. Assim

foi que me
deter
minei a compor o último verso do soneto, e, depois de muito suar, saiu este:

Perde-se a vida, ganha-se a batalha!

Sem vaidade, e falando como se fosse de outro, era um verso magnífico. Sonoro, não há dúvida. E tinha

um
pensamento, a
vitória ganha à custa da própria vida, pensamento alevantado e nobre. Que não fosse novidade, é

possível, mas
também não
era vulgar; e ainda agora não explico por que via misteriosa entrou numa cabeça de tão poucos anos.

Naquela ocasião
achei-o sublime. Recitei uma e muitas vêzes a chave de ouro, depois repeti os dous versos

seguidamente, e dispus-me a
ligá-los pelos doze centrais. A idéia agora, à vista do último verso, pareceu-me melhor não ser Capitu;

seria a justiça.
Era


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mais próprio dizer que, na pugna pela justiça, perder-se-ia acaso a vida, mas a batalha ficava ganha.

Também me
ocorreu
aceitar a batalha, no sentido natural, e fazer dela a luta pela pátria, por exemplo; nesse caso a flor do céu

seria a
liberdade.
Esta acepção porém, sendo o poeta um seminarista, podia não caber tanto como a primeira, e gastei

alguns minutos
em
escolher uma ou outra. Achei melhor a justiça, mas afinal aceitei definitivamente uma idéia nova a

caridade, e recitei
os dous
versos, cada um a seu modo, um languidamente:

Oh! flor do céu! oh! flor cândida e pura

e o outro com grande brio:

Perde-se a vida, ganha-se a batalha!

A sensação que tive é que ia sair um soneto perfeito. Começar bem e acabar bem não era pouco. Para me

dar um
banho de
inspiração, evoquei alguns sonetos célebres, e notei que os mais deles eram facílimos; os versos saíam

uns dos outros,
com a
idéia em si, tão naturalmente, que se não acabava de crer se ela é que os fizera, se eles é que a

suscitavam. Então
tornava ao
meu soneto, e novamente repetia o primeiro verso e esperava o segundo; o segundo não vinha, nem

terceiro, nem
quarto;
não vinha nenhum. Tive alguns ímpetos de raiva, e mais de uma vez pensei em sair da cama e ir ver tinta

e papel;
pode ser
que, escrevendo, os versos acudissem, mas...

Cansado de esperar, lembrou-me alterar o sentido do último verso, com a simples transposição de duas

palavras,
assim:

Ganha-se a vida, perde-se a batalha!

O sentido vinha a ser justamente o contrário; mas talvez isso mesmo trouxesse a inspiração. Neste caso,

era uma
ironia: não
exercendo a caridade, pode-se ganhar a vida, mas perde-se a batalha do céu. Criei forças novas e

esperei. Não tinha
janela;
se tivesse, é possível que fosse pedir uma idéia à noite. E quem sabe se os vagalumes luzindo cá

embaixo, não seriam
para
mim como rimas das estrelas, e esta viva metáfora não me daria os versos esquivos, com os seus

consoantes e sentidos
próprios?

Trabalhei em vão, busquei, catei, esperei, não vieram os versos. Pelo tempo adiante escrevi algumas

páginas em prosa,
e
agora estou compondo esta narração, não achando maior dificuldade que escrever, bem ou mal. Pois,

senhores, nada
me
consola daquele soneto que não fiz. Mas, como eu creio que os sonetos existem feitos, como as odes e

os dramas, e as
demais obras de arte, por uma razão de ordem metafísica, dou esses dous versos ao primeiro

desocupado que os
quiser. Ao
domingo, ou se estiver chovendo, ou na roça, em qualquer ocasião de lazer, pode tentar ver se o soneto

sai. Tudo é


[Linha 3300 de 7623 - Parte 2 de 4]


dar-lhe
uma idéia e encher o centro que falta.

CAPÍTULO LVI / UM SEMINARISTA

Tudo meia repetindo o diabo do opúsculo, com as suas letras velhas e citações latinas. Vi sair daquelas

folhas muitos
perfis
de seminaristas, os irmãos Albuquerques, por exemplo, um dos quais é cônego na Bahia, enquanto o

outro seguiu
medicina e
dizem haver descoberto um específico contra a febre amarela. Vi o Bastos, um magricela, que está de

vigário em
Meia-Ponte, se não morreu já; Luís Borges, apesar de padre, fez-se político, e acabou senador do

império... Quantas
outras
caras me fitavam das páginas frias do Panegírico! Não, não eram frias; traziam o calor da juventude

nascente, o calor
do
passado, o meu próprio calor. Queria lê-las outra vez, e lograva entender algum texto, tão recente como

no primeiro
dia.
ainda que mais breve. Era um encanto ir por ele; às vezes, inconscientemente, dobrava a folha como se

estivesse lendo
de
verdade; creio que era quando os olhos me caíam na palavra do fim da página, e a mão, acostumada a

ajudá-los,
fazia o seu
ofício...

Eis aqui outro seminarista. Chamava-se Ezequiel de Sousa Escobar era um rapaz esbelto, olhos claros,

um pouco
fugitivos,
como as mãos, como os pés, como a fala, como tudo. Quem não estivesse acostumado com ele podia

acaso sentir-se
mal,
não sabendo por onde lhe pegasse. Não fitava de rosto, não falava claro nem seguido as mãos não

apertavam as
outras, nem
se deixavam apertar delas, por que os dedos, sendo delgados e curtos, quando a gente cuidava tê-los

entre os seus, já
não
tinha nada. O mesmo digo dos pés, que lia depressa estavam aqui como lá. Esta dificuldade em pousar

foi a maior
obstáculo
que achou para tomar os costumes do seminário. O sorriso era instantâneo, mas também ria folgado e

largo. Uma
cousa não
seria tão fugitiva, como o resto, a reflexão; íamos dar com ele, muita vez, olhos enfiados em si,

cogitando.
Respondia-nos
sempre que meditava algum ponto espiritual, ou então que recordava a lição da véspera. Quando ele

entrou na minha
intimidade pedia-me freqüentemente explicações e repetições miúdas, e tinha memória para guardá-las

todas, até as
palavras.
Talvez esta faculdade prejudicasse alguma outra.

Era mais velho que eu três anos, filho de um advogado de Curitiba, aparentado com um comerciante do

Rio de
Janeiro, que
servia de correspondente ao pai. Este era homem de fortes sentimentos católicos. Escobar tinha uma

irmã, que era um
anjo,
dizia ele.

--Não é só na beleza que é um anjo, mas também na bondade. Não imagina que boa criatura que ela é.

Escreve-me
muita
vez, hei de mostrar-lhe as cartas dela.


[Linha 3350 de 7623 - Parte 2 de 4]



De fato, eram simples e afetuosas, cheias de carícias e conselhos. Escobar contava-me histórias dela,

interessantes,
todas as
quais vinham a dar na bondade e no espírito daquela criatura; tais eram que me fariam capaz de acabar

casando com
ela se
não fosse Capitu. Morreu pouco depois. Eu, seduzido pelas palavras dele, estive quase a contar-lhe logo,

logo, a minha
história. A princípio, fui tímido, mas ele fez-se entrado na minha confiança. Aqueles modos fugitivos,

cessavam
quando ele
queria, e o meio e o tempo os fizeram mais pousados. Escobar veio abrindo a alma toda, desde a porta

da rua até o
fundo
do quintal. A alma da gente, como sabes, é uma casa assim disposta, não raro com janelas para todos os

lados, muita
luz e ar
puro. Também as há fechadas e escuras, sem janelas ou com poucas e gradeadas, à semelhança de

conventos e
prisões.
Outrossim, capelas e bazares, simples alpendres ou paços suntuosos.

Não sei o que era a minha. Eu não era ainda casmurro, nem dom casmurro; o receio é que me tolhia a

franqueza, mas
como
as portas não tinham chaves nem fechaduras, bastava empurrá-las, e Escobar empurrou-as e entrou. Cá o

achei
dentro, cá
ficou, até que...

CAPÍTULO LVII / DE PREPARAÇÃO

Ah! Mas não eram só os seminaristas que me iam saindo daquelas folhas velhas do Panegírico. Elas me

trouxeram
também
sensações passadas, tais e tantas que eu não poderia dizê-las todas, sem tirar espaço ao resto. Uma

dessas, e das
primeiras
quisera contá-la aqui em latim. Não é que a matéria não ache termos honestos em nossa língua, que é

casta para os
castos,
como pode ser torpe para os torpes. Sim, leitora castíssima, como diria o meu finado José Dias podeis ler

o Capítulo
até ao
fim, sem susto nem vexame.

Já agora meto a história em outro Capítulo. Por mais composto que este me saia, há sempre no assunto

alguma cousa
menos
austera, que pede umas linhas de repouso e preparação. Sirva este de preparação. E isto é muito, leitor

meu amigo; o
coração, quando examina a possibilidade do que há de vir, as proporções dos acontecimentos e a cópia

deles, fica
robusto e
disposto, e o mal é menor mal. Também, se não fica então, não fica nunca. E aqui verás tal ou qual

esperteza minha;
porquanto, ao ler o que vais ler, é provável que o aches menos cru do que esperavas.

CAPÍTULO LVIII / O TRATADO

Foi o caso que, uma segunda-feira, voltando eu para o seminário, vi cair na rua uma senhora. O meu

primeiro gesto,
em tal
caso, devia ser de pena ou de riso; não foi uma nem outra cousa, porquanto (e é isto que eu quisera dizer

em latim),
porquanto a senhora tinha as meias mui lavadas, e não as sujou, levava ligas de seda, e não as perdeu.

Várias pessoas
acudiram, mas não tiveram tempo de a levantar; ela ergueu-se muito vexada, sacudiu-se, agradeceu, e

enfiou pela rua
próxima.


[Linha 3400 de 7623 - Parte 2 de 4]



--Este gosto de imitar as francesas da Rua do Ouvidor, dizia-me José Dias andando e comentando a

queda, é
evidentemente
um erro. As nossas moças devem andar como sempre andaram, com seu vagar e paciência, e não este

tique-tique
afrancesado...

Eu mal podia ouvi-lo. As meias e as ligas da senhora branqueavam e enroscavam-se diante de mim, e

andavam,
caíam,
erguiam-se e iam-se embora. Quando chegamos à esquina, olhei para a outra rua, e vi, a distancia, a

nossa desastrada,
que ia
no mesmo passo, tique-tique, tique-tique...

--Parece que não se machucou, disse eu.

--Tanto melhor para ela, mas é impossível que não tenha arranhado os joelhos; aquela presteza é

manha...

Creio que foi "manha" que ele disse; eu fiquei "nos joelhos arranhados". Dali em diante, até o seminário,

não vi mulher
na rua,
a quem não desejasse uma queda, a algumas adivinhei que traziam as meias esticadas e as ligas

justas... Tal haveria
que nem
levasse meias... Mas eu as via com elas... Ou então... Também é possível...

Vou esgarçando isto com reticências para dar uma idéia das minhas idéias, que eram assim difusas e

confusas; com
certeza
não dou nada. A cabeça ia-me quente, e o andar não era seguro. No seminário, a primeira hora foi

insuportável. As
batinas
traziam ar de saias, e lembravam-me a queda da senhora. Já não era uma só que eu via cair; todas as

que eu
encontrara na
rua, mostravam-me agora de relance as ligas azuis; eram azuis. De noite, sonhei com elas. Uma multidão

de
abomináveis
criaturas veio andar à roda de mim, tique-tique... Eram belas, umas finas, outras grossas, todas ágeis

como o diabo.
Acordei,
busquei afugentá-las com esconderijos e outros métodos, mas tão depressa dormi como tornaram, e, com

as mãos
presas
em volta de mim, faziam um vasto círculo de saias ou, trepadas no ar, choviam pés e pernas sobre a

minha cabeça.
Assim fui
até madrugada. Não dormi mais; rezei padre-nossos, ave-marias, e credos, e sendo este livro a verdade

pura, é força
confessar que tive de interromper mais de uma vez as minhas orações para acompanhar no escuro uma

figura ao
longe,
tique-tique, tique-tique... Pegava depressa na oração, sempre no meio para concertá-la bem, como se não

tivesse
havido
interrupção, mas certamente não unia a frase nova à antiga.

Vindo o mal pela manhã adiante, tentei vencê-lo, mas por um modo que o não perdesse de todo. Sábios

da Escritura,
adivinhai o que podia ser. Foi isto. Não podendo rejeitar de mim aqueles quadros, recorri a um tratado

entre a minha
consciência e a minha imaginação. As visões feminis seriam de ora avante consideradas como simples

encarnações
dos
vícios, e por isso mesmo contempláveis, como o melhor modo de temperar o caráter e aguerri-lo para os

combates
ásperos
da vida. Não formulei isto por palavras, nem foi preciso; o contrato fez-se tacitamente, com alguma

repugnância, mas


[Linha 3450 de 7623 - Parte 2 de 4]


fez-se.
E por alguns dias, era eu mesmo que evocava as visões para fortalecer-me, e não as rejeitava, senão

quando elas
mesmo de
cansadas, se iam embora.

CAPÍTULO LIX / CONVIVAS DE BOA MEMÓRIA

Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou a língua as publique. Um antigo dizia

arrenegar de
conviva
que tem boa memória. A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter

a memória
fraca
seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta.

Não, não, a minha memória não é boa. Ao contrário, é comparável a alguém que tivesse vivido por

hospedarias, sem
guardar
delas nem caras nem nomes, e somente raras circunstancias. A quem passe a vida na mesma casa de

família, com os
seus
eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela continuidade e repetição.

Como eu invejo
os
que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a das que enfiei ontem

Juro só que
não eram
amarelas porque execro essa cor; mas isso mesmo pode ser olvido e confusão.

E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos livros confusos, mas tudo se

pode meter nos
livros
omissos. Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim,

é cerrar os
olhos e
evocar todas as cousas que não achei nele. Quantas idéias finas me acodem então! Que de reflexões

profundas! Os
rios, as
montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas, todos me aparecem agora com as suas águas, as

suas árvores, os
seus
altares, e os generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins soltam as notas que

dormiam no
metal, e
tudo marcha com uma alma imprevista que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim

preencho as
lacunas
alheias; assim podes também preencher as minhas.

CAPÍTULO LX / QUERIDO OPÚSCULO

Assim fiz eu ao Panegírico de Santa Mônica, e fiz mais: pus-lhe não só o que faltava da santa, mas ainda

cousas que
não
eram dela. Viste o soneto, as meias, as ligas, o seminarista Escobar e vários outros. Vais agora ver o

mais que naquele
dia
me foi saindo das páginas amarelas do opúsculo.

Querido opúsculo, tu não prestavas para nada, mas que mais presta um velho par de chinelas?

Entretanto, há muita
vez no
casal de chinelas um como aroma e calor de dous pés. Gastas e rotas, não deixam de lembrar que uma

pessoa as
calçava de
manhã, ao erguer da cama, ou as descalçava à noite, ao entrar ela. E se a comparação não vale, porque

as chinelas


[Linha 3500 de 7623 - Parte 2 de 4]


são ainda
uma parte da pessoa e tiveram o contacto dos pés, aqui estão outras lembranças, como a pedra da rua, a

porta da
casa, um
assobio particular, um pregão de quitanda, como aquele das cocadas que contei no cap. XVIII.

Justamente, quando
contei o
pregão das cocadas, fiquei tão curtido de saudades que me lembrou fazê-lo escrever por um amigo,

mestre de música,
e
grudá-lo às pernas do Capítulo. Se depois jarretei o Capítulo, foi porque outro músico, a quem o mostrei,

me confessou
ingenuamente não achar no trecho escrito nada que lhe acordasse saudades. Para que não aconteça o

mesmo aos
outros
profissionais que porventura me lerem, melhor é poupar ao editor do livro o trabalho e a despesa da

gravura. Vês que
não
pus nada, nem ponho. Já agora creio que não basta que os pregões de rua, como os opúsculos de

seminário, encerrem
casos, pessoas e sensações; é preciso que a gente os tenha conhecido e padecido no tempo, sem o que

tudo é calado e
incolor.

Mas, vamos ao mais que me foi saindo das páginas amarelas.

CAPÍTULO LXI / A VACA DE HOMERO

O mais foi muito. Vi saírem os primeiros dias da separação, duros e opacos, sem embargo das palavras

de conforto
que me
deram os padres e os seminaristas, e as de minha mãe e tio Cosme, trazidas por José Dias ao

seminário.

--Todos estão saudosos, disse-me este, mas a maior saudade está naturalmente no maior dos corações;

e qual é ele?
perguntou escrevendo a resposta nos olhos.

--Mamãe, acudi eu.

José Dias apertou-me as mãos com alvoroço, e logo pintou a tristeza de minha mãe, que falava de mim

todos os dias,
quase
a todas as horas. Como a aprovasse sempre, e acrescentasse alguma palavra relativamente aos dotes

que Deus lhe
dera, o
desvanecimento de minha mãe nessas ocasiões era indescritível; e contava-me tudo isso cheio de uma

admiração
lacrimosa.
Tio Cosme também se enternecia muito.

--Ontem até se deu um caso interessante. Tendo eu dito à Excelentíssima que Deus lhe dera, não um

filho, mas um
anjo do
céu e doutor ficou tão comovido que não achou outro modo de vencer o choro senão fazendo-me um

daqueles elogios
de
galhofa que só ele sabe. Não é preciso dizer que D. Glória enxugou furtivamente uma lágrima. Ou ela não

fosse mãe!
Que
coração amantíssimo!

-- Mas, Sr. José Dias, e a minha saída daqui?

-- Isso é negócio meu. A viagem à Europa é o que é preciso, mas pode fazer-se daqui a um ou dous anos,

em 1859 ou
1860.



[Linha 3550 de 7623 - Parte 2 de 4]


--Tão tarde!

--Era melhor que fosse este mesmo ano, mas demos tempo em tempo. Tenha paciência, vá estudando,

não se perde
nada
em ir sabendo já daqui alguma cousa; e, demais, ainda não acabando padre a vida do seminário é útil, e

vale sempre
entrar
no mundo ungido com os santos óleos da teologia...

Neste ponto,--lembra-me como se fosse hoje,--os olhos de José Dias fulguraram tão intensamente que me

encheram de
espanto As pálpebras caíram depois, e assim ficaram por alguns instantes, até que novamente se

ergueram, e os olhos
fixaram-se na parede do pátio, como que embebidos em alguma cousa, se não era em si mesmos, depois
despegaram-se da
parede e entraram a vagar pelo pátio todo. Podia compará-lo aqui à vaca de Homero; andava e gemia em

volta da
cria que
acabava de parir. Não lhe perguntei o que é que tinha, já por acanhamento, já porque dous lentes, um

deles de
teologia,
vinham caminhando na nossa direção. Ao passarem por nós, o agregado, que os conhecia, cortejou-os

com as
deferências
devidas, e pediu-lhes notícias minhas.

--Por ora nada se pode afiançar, disse um deles, mas parece que dará conta da mão.

--O que eu lhe dizia agora mesmo, acudiu José Dias. Conto ouvir-lhe a missa nova; mas ainda que não

chegue a
ordenar-se,
no pode ter melhores estudos que os que fizer aqui. Para a viagem da existência, concluiu demorando

mais as
palavras, irá
ungido com os santos óleos da teologia...

Desta vez a fulguração dos olhos foi menor, as pálpebras não lhe caíram nem as pupilas fizeram os

movimentos
anteriores.
Ao contrário, todo ele era atenção e interrogação; quando muito, um sorriso claro e amigo lhe errava nos

lábios. O
lente de
teologia gostou da metáfora, e disse-lho; ele agradeceu, explicando que eram idéias que lhe escapavam

no correr da
conversação; não escrevia nem orava. Eu é que não gostei nada; e logo que os lentes se foram, sacudi a

cabeça:

--Não quero saber dos santos óleos da teologia; desejo sair daqui o mais cedo que puder, ou já...

--Já, meu anjo, não pode ser; mas pode suceder que muito antes do que imaginamos. Quem sabe se este

mesmo ano
de 58?
Tenho um plano feito, e penso já nas palavras com que hei de expô-lo a D. Glória; estou certo que ela

cederá e irá
conosco.

--Duvido que mamãe embarque.

--Veremos. Mãe é capaz de tudo; mas, com ela ou sem ela, tenho por certa a nossa ida, e não haverá

esforço que eu
não
empregue, deixe estar. Paciência é que é preciso. E não faça aqui nada que dê lugar a censuras ou

queixas; muita
docilidade
e toda a aparente satisfação. Não ouviu o elogio do lente? É que você tem-se portado bem. Pois continue.



[Linha 3600 de 7623 - Parte 2 de 4]


--Mas, 1859 ou 1860 é muito tarde.

--Será este ano, replicou José Dias.

--Daqui a três meses?

--Ou seis.

--Não; três meses.

--Pois sim. Tenho agora um plano, que me parece melhor que outro qualquer. É combinar a ausência de

vocação
eclesiástica
e a necessidade de mudar de ares. Você por que não tosse?

--Por que não tusso?

--Já, já, não, mas eu hei de avisar você para tossir, quando for preciso, aos poucos, uma tossezinha

seca, e algum
fastio; eu
irei preparando a Excelentíssima... Oh! tudo isto é em benefício dela. Uma vez que o filho não pode servir

a Igreja,
como
deve ser servida, o melhor modo de cumprir a vontade de Deus é dedicá-lo a outra cousa. O mundo

também é igreja
para os
bons...

Pareceu-me outra vez a vaca de Homero, como se este "mundo também é igreja para os bons", fosse

outro bezerro,
irmão
dos "santos óleos da teologia." Mas não dei tempo à ternura materna, e repliquei:

--Ah! entendo! mostrar que estou doente para embarcar, não é?

José Dias hesitou um pouco, depois explicou-se:

--Mostrar a verdade, porque, francamente, Bentinho, eu há meses que desconfio do seu peito. Você não

anda bom do
peito.
Em pequeno, teve umas febres e uma ronqueira... Passou tudo, mas há dias em que está mais

descorado. Não digo que

seria o mal, mas o mal pode vir depressa. Numa hora cai a casa. Por isso, se aquela santa senhora não

quiser ir
conosco,--ou para que vá mais depressa, acho que uma boa tosse... Se a tosse há de vir de verdade,

melhor é
apressá-la...
Deixe estar, eu aviso...

--Bem, mas em saindo daqui não há de ser para embarcar logo; saio primeiro, depois cuidaremos do

embarque; o
embarque
é que pode ficar para o ano. Não dizem que o melhor tempo é abril ou Maio? Pois seja maio. Primeiro

deixo o
seminário
daqui a dous meses...

E porque a palavra me estivesse a pigarrear na garganta, dei uma volta rápida, e perguntei-lhe à queima-

roupa:

--Capitu como vai?


[Linha 3650 de 7623 - Parte 2 de 4]



CAPÍTULO LXII / UMA PONTA DE IAGO

A pergunta era imprudente, na ocasião em que eu cuidava de transferir o embarque. Equivalia a confessar

que o
motivo
principal ou único da minha repulsa ao seminário era Capitu, e fazer crer Improvável a viagem.

Compreendi isto
depois que
falei; quis emendar-me, mas nem soube como, nem ele me deu tempo.

--Tem andado alegre, como sempre; é uma tontinha. Aquilo enquanto não pegar algum peralta da

vizinhança, que
case com
ela...

Estou que empalideci; pelo menos, senti correr um frio pelo corpo todo. A notícia de que ela vivia alegre,

quando eu
chorava
todas as noites, produziu-me aquele efeito, acompanhado de um bater de coração, tão violento, que ainda

agora cuido
ouvi-lo. Há alguma exageração nisto; mas o discurso humano é assim mesmo, um composto de partes

excessivas e
partes
diminutas, que se compensam, ajustando-se. Por outro lado, se entendermos que a audiência aqui não é

das orelhas,
senão
da memória, chegaremos à exata verdade. A minha memória ouve ainda agora as pancadas do coração

naquele
instante.
Não esqueças que era a emoção do primeiro amor. Estive quase a perguntar a José Dias que me

explicasse a alegria de
Capitu, o que é que ela fazia, se vivia rindo, cantando ou pulando, mas retive-me a tempo, e depois outra

idéia...

Outra idéia, não,--um sentimento cruel e desconhecido, o pulo ciúme, leitor das minhas entranhas. Tal foi

o que me
mordeu,
ao repetir comigo as palavras de José Dias: "Algum peralta da vizinhança." Em verdade, nunca pensara

em tal
desastre. Vivia
tão nela, dela e para ela, que a intervenção de um peralta era como uma noção sem realidade; nunca me

acudiu que
havia
peraltas na vizinhança, vária idade e feitio, grandes passeadores das tardes. Agora lembrava-me que

alguns olhavam
para
Capitu,--e tão senhor me sentia dela que era como se olhassem para mim, um simples dever de

admiração e de inveja.
Separados um do outro pelo espaço e pelo destino, o mal aparecia-me agora, não só possível mas certo.

E a alegria de
Capitu confirmava a suspeita; se ela vivia alegre é que já namorava a outro, acompanhá-lo-ia com os

olhos na rua,
falar-lhe-ia à janela, às ave-marias, trocariam flores e...

E... quê? Sabes o que é que trocariam mais- se o não achas por ti mesmo, escusado é ler o resto do

Capítulo e do livro,
não
acharás mais nada, ainda que eu o diga com todas as letras da etimologia. Mas se o achaste,

compreenderás que eu,
depois
de estremecer, tivesse um ímpeto de atirar-me pelo portão fora, descer o resto dai ladeira, correr, chegar

à casa do
Pádua,
agarrar Capitu e intimar-lhe que me confessasse quantos, quantos, quantos já lhe dera o peralta da

vizinhança. Não
fiz nada.
Os mesmos sonhos que ora conto não tiveram, naqueles três ou quatro minutos, esta lógica de

movimentos e
pensamentos.
Eram soltos, emendados e mal emendados, com o desenho truncado e torto, uma confusão, um turbilhão,

que me
cegava e


[Linha 3700 de 7623 - Parte 2 de 4]


ensurdecia. Quando tornei a mim, José Dias concluía uma frase, cujo princípio não ouvi, e o mesmo fim

era vago: "A
conta
que dará de si." Que conta e quem? Cuidei naturalmente que falava ainda de Capitu, e quis perguntar-lho,

mas a
vontade
morreu ao nascer, como tantas outras gerações delas. Limitei-me a inquirir do agregado quando é que iria

a casa ver
minha
mãe.

-- Estou com saudades de mamãe. Posso ir já esta semana?

--Vai sábado.

--Vai sábado.

--Sábado? Ah! sim! sim! Peça a mamãe que me mande buscar sábado! Sábado! Este sábado, não? Que

me mande
buscar,
sem falta.

CAPÍTULO LXIII / METADES DE UM SONHO

Fiquei ansioso pelo sábado. Até lá os sonhos perseguiam-me, ainda acordado, e não os digo aqui para

não alongar esta
parte do livro. Um só ponho, e no menor número de palavras, ou antes porei dous, porque um nasceu de

outro, a não
ser
que ambos formem duas metades de um só. Tudo isto é obscuro, dona leitora, mas a culpa é do vosso

sexo, que
perturbava
assim a adolescência de um pobre seminarista. Não fosse ele, e este livro seria talvez uma simples

prática paroquial, se
eu
fosse padre, ou uma pastoral, se bispo, ou uma encíclica, se papa, como me recomendara tio Cosme:

"Anda lá, meu
rapaz,
volta-me papa!" Ah! por que não cumpri esse desejo? Depois de Napoleão, tenente e imperador, todos os

destinos
estão
neste século.

Quanto ao sonho foi isto. Como estivesse a espiar os peraltas da vizinhança, vi um destes que

conversava com a
minha amiga
ao pé da janela. Corri ao lugar, ele fugiu; avancei para Capitu, mas não estava só tinha o pai ao pé de si,

enxugando
os olhos
e mirando um triste bilhete de loteria. Não me parecendo isto claro, ia pedir a explicação, quando ele de

si mesmo a
deu; o
peralta fora levar-lhe a lista dos prêmios da loteria, e o bilhete saíra branco. Tinha o número 4004.

Disse-me que esta
simetria de algarismos era misteriosa e bela, e provavelmente a roda andara mal; era impossível que

não devesse ter a
sorte
grande. Enquanto ele falava, Capitu dava-me com os olhos todas as sortes grandes e pequenas. A maior

destas devia
ser
dada com a boca. E aqui entra a segunda parte do sonho. Pádua desapareceu, como as suas esperanças

do bilhete,
Capitu
inclinou-se para fora, eu relancei os olhos pela rua, estava deserta. Peguei-lhe nas mãos, resmunguei

não sei que
palavras, e
acordei sozinho no dormitório.



[Linha 3750 de 7623 - Parte 2 de 4]


O interesse do que acabas de ler não está na matéria do sonho, mas nos esforços que fiz para ver se

dormia
novamente e
pegava nele outra vez. Nunca dos nuncas poderás saber a energia e obstinação que empreguei em

fechar os olhos,
apertá-los
bem, esquecer tudo para dormir, mas não dormia. Esse mesmo trabalho fez-me perder o sono até à

madrugada. Sobre
a
madrugada, consegui conciliá-lo, mas então nem peraltas, nem bilhetes de loterias, nem sortes grandes

ou
pequenas,--nada
dos nadas veio ter comigo. Não sonhei mais aquela noite, e dei mal as lições daquele dia.

CAPÍTULO LXIV / UMA IDÉIA E UM ESCRÚPULO

Relendo o Capítulo passado, acode-me uma idéia e um escrúpulo. O escrúpulo é justamente de escrever

a idéia, não a
havendo mais banal na terra, posto que daquela banalidade do sol e da lua, que o céu nos dá todos os

dias e todos os
meses.
Deixei o manuscrito, e olhei para as paredes. Sabes que esta casa do Engenho Novo, nas dimensões,

disposições e
pinturas,
é reprodução da minha antiga casa de Mata-cavalos. Outrossim, como te disse no Capítulo II, o meu fim

em imitar a
outra foi
ligar as duas pontas da vida, o que aliás na alcancei. Pois o mesmo sucedeu àquele sonho do seminário,

por mais que
tentasse dormir e dormisse. Donde concluo que um dos oficiais do homem é fechar e apertar muito os

olhos a ver se
continua
pela noite velha o sonho truncado da noite moça. Tal é a idéia banal e nova que eu não quisera pôr aqui e


provisoriamente
a escrevo.

Antes de concluir este Capítulo, fui à janela indagar da noite por que razão os sonhos hão de ser assim

tão tênues que
se
esgarçam ao menor abrir de olhos ou voltar de corpo, e não continuam mais A noite não me respondeu

logo. Estava
deliciosamente bela, os morros palejavam de luar e o espaço morria de silêncio. Como eu insistisse,

declarou-me que os
sonhos já não pertencem à sua jurisdição Quando eles moravam na ilha que Luciano lhes deu, onde ela

tinha o seu
palácio, e
donde os fazia sair com as suas caras de vária feição, dar-me-ia explicações possíveis. Mas os tempos

mudaram tudo.
Os
sonhos antigos foram aposentados, e os modernos moram no cérebro da pessoa. Estes, ainda que

quisessem imitar os
outros, não poderiam fazê-lo; a ilha dos sonhos, como a dos amores, como todas as ilhas de todos os

mares, são agora
objeto da ambição e da rivalidade da Europa e dos Estados Unidos.

Era uma alusão às Filipinas. Pois que não amo a política, e ainda menos a política internacional, fechei a

janela e vim
acabar
este capítulo para ir dormir. Não peço agora os sonhos de Luciano, nem outros, filhos da memória ou da

digestão;
basta-me
um sono quieto e apagado. De manhã, com a fresca, irei dizendo o mais da minha história e suas

pessoas.

CAPÍTULO LXV / A DISSIMULAÇÃO

Chegou Sábado, chegaram outros sábados, e eu acabei afeiçoando me à vida nova. Ia alternando a casa

e o
seminário. Os
padres gostavam de mim, os rapazes também, e Escobar mais que os rapazes e os padres. No fim de

cinco semanas
estive


[Linha 3800 de 7623 - Parte 2 de 4]


quase a contar a este as minhas penas e esperanças; Capitu refreou-me.

--Escobar é muito meu amigo, Capitu!

--Mas não é meu amigo.

--Pode vir a ser; ele já me disse que há de vir cá para conhecer mamãe.

--Não importa; você não tem direito de contar um segredo que não é só seu, mas também meu, e eu não

lhe dou
licença de
dizer nada a pessoa nenhuma.

Era justo, calei-me e obedeci. Outra cousa em que obedeci às suas reflexões foi, logo no primeiro

sábado, quando eu...


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Dom Casmurro - Parte 3 de 4 - Machado de Assis
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.
.

Dom Casmurro - Parte 1 de 4 - Machado de Assis
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Dom Casmurro - Parte 2 de 4 - Machado de Assis
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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Dom Casmurro - P1de4 - Machado de Assis


Dom Casmurro - P1de4 - Machado de Assis

Dom Casmurro - Machado de Assis



Publicado pela primeira vez em 1899, "Dom Casmurro" é uma das grandes obras de Machado de Assis e confirma o olhar certeiro e crítico que o autor estendia sobre toda a sociedade brasileira. Também a temática do ciúme, abordada com brilhantismo nesse livro, provoca polêmicas em torno do caráter de uma das principais personagens femininas da literatura brasileira: Capitu.


Resumo
O romance inicia-se numa situação posterior a todos os seus acontecimentos. Bento Santiago, já um homem de idade, conta ao leitor como recebeu a alcunha de Dom Casmurro. A expressão fora inventada por um jovem poeta, que tentara ler para ele no trem alguns de seus versos. Como Bento cochilara durante a leitura, o rapaz ficou chateado e começou a chamá-lo daquela forma.


CAPÍTULO PRIMEIRO / DO TÍTULO

Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse osversos no bolso.

-- Continue, disse eu acordando.

-- Já acabei, murmurou ele.

-- São muito bonitos.

Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia seguinte
entrou a
dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos
reclusos
e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zanguei. Contei a anedota aos amigos da cidade,
e
eles, por graça, chamam-me assim, alguns em bilhetes: "Dom Casmurro, domingo vou jantar com você."--"Vou para
Petrópolis, Dom Casmurro; a casa é a mesma da Renania; vê se deixas essa caverna do Engenho Novo, e vai lá passar
uns
quinze dias comigo."--"Meu caro Dom Casmurro, não cuide que o dispenso do teatro amanhã; venha e dormirá aqui
na
cidade; dou-lhe camarote, dou-lhe chá, dou-lhe cama; só não lhe dou moça."

Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem
calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também
não
achei melhor título para a minha narração - se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta
do trem
ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua.

livros que apenas terão isso dos seus autores; alguns nem tanto.

CAPÍTULO II/ DO LIVRO

Agora que expliquei o título, passo a escrever o livro. Antes disso, porém, digamos os motivos que me põem a pena na


[Linha 50 de 7623 - Parte 1 de 4]


mão.

Vivo só, com um criado. A casa em que moro é própria; fi-la construir de propósito, levado de um desejo tão particular
que
me vexa imprimi-lo, mas vá lá. Um dia. há bastantes anos, lembrou-me reproduzir no Engenho Novo a casa em que
me criei
na antiga Rua de Mata-cavalos, dando-lhe o mesmo aspecto e economia daquela outra, que desapareceu. Construtor
e
pintor entenderam bem as indicações que lhes fiz: é o mesmo prédio assobradado, três janelas de frente, varanda ao
fundo,
as mesmas alcovas e salas. Na principal destas, a pintura do tecto e das paredes é mais ou menos igual, umas grinaldas
de
flores miúdas e grandes pássaros que as tomam nos blocos, de espaço a espaço. Nos quatro cantos do tecto as figuras
das
estações, e ao centro das paredes os medalhões de César, Augusto, Nero e Massinissa, com os nomes por baixo... Não
alcanço a razão de tais personagens. Quando fomos para a casa de Mata-cavalos, já ela estava assim decorada;
vinha do
decênio anterior. Naturalmente era gosto do tempo meter sabor clássico e figuras antigas em pinturas americanas. O
mais é
também análogo e parecido. Tenho chacarinha, flores, legume, uma casuarina, um poço e lavadouro. Uso louça velha
e
mobília velha. Enfim, agora, como outrora, há aqui o mesmo contraste da vida interior, que é pacata, com a exterior,
que é
ruidosa.

O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consegui
recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só me faltassem os outros,
vá um
homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mais falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo. O que aqui está
é, mal
comparando, semelhante à pintura que se põe na barba e nos cabelos, e que apenas conserva o hábito externo, como
se diz
nas autópsias; o interno não agüenta tinta. Uma certidão que me desse vinte anos de idade poderia enganar os
estranhos,
como todos os documentos falsos, mas não a mim. Os amigos que me restam são de data recente; todos os antigos
foram
estudar a geologia dos campos-santos. Quanto às amigas, algumas datam de quinze anos, outras de menos, e quase
todas
crêem na mocidade. Duas ou três fariam crer nela aos outros, mas a língua que falam obriga muita vez a consultar os
dicionários, e tal freqüência é cansativa.

Entretanto, vida diferente não quer dizer vida pior, é outra cousa a certos respeitos, aquela vida antiga aparece-me
despida
de muitos encantos que lhe achei; mas é também exato que perdeu muito espinho que a fez molesta, e, de memória,
conservo
alguma recordação doce e feiticeira. Em verdade, pouco apareço e menos falo. Distrações raras. O mais do tempo é
gasto
em hortar, jardinar e ler; como bem e não durmo mal.

Ora, como tudo cansa, esta monotonia acabou por exaurir-me também. Quis variar, e lembrou-me escrever um livro.


[Linha 100 de 7623 - Parte 1 de 4]


Jurisprudência. filosofia e política acudiram-me, mas não me acudiram as forças necessárias. Depois, pensei em fazer
uma
"História dos Subúrbios" menos seca que as memórias do Padre Luís Gonçalves dos Santos relativas à cidade; era obra
modesta, mas exigia documentos e datas como preliminares, tudo árido e longo. Foi então que os bustos pintados nas
paredes entraram a falar-me e a dizer-me que, uma vez que eles não alcançavam reconstituir-me os tempos idos,
pegasse da
pena e contasse alguns. Talvez a narração me desse a ilusão, e as sombras viessem perpassar ligeiras, como ao poeta,
não o
do trem, mas o do Fausto: Aí vindes outra vez, inquietas sombras?...

Fiquei tão alegre com esta idéia, que ainda agora me treme a pena na mão. Sim, Nero, Augusto, Massinissa, e tu,
grande
César, que me incitas a fazer os meus comentários, agradeço-vos o conselho, e vou deitar ao papel as reminiscências
que me
vierem vindo. Deste modo, viverei o que vivi, e assentarei a mão para alguma obra de maior tomo. Eia, comecemos a
evocação por uma célebre tarde de novembro, que nunca me esqueceu. Tive outras muitas, melhores, e piores, mas
aquela
nunca se me apagou do espírito. É o que vais entender, lendo.

CAPÍTULO III/ A DENÚNCIA

Ia entrar na sala de visitas, quando ouvi proferir o meu nome e escondi-me atrás da porta. A casa era a da Rua de
Mata-cavalos, o mês novembro, o ano é que é um tanto remoto, mas eu não hei de trocar as datas à minha vida só
para
agradar às pessoas que não amam histórias velhas; o ano era de 1857.

--D. Glória, a senhora persiste na idéia de meter o nosso Bentinho no seminário? É mais que tempo, e já agora pode
haver
uma dificuldade.

--Que dificuldade?

--Uma grande dificuldade.

Minha mãe quis saber o que era. José Dias, depois de alguns instantes de concentração, veio ver se havia alguém no
corredor; não deu por mim, voltou e, abafando a voz, disse que a dificuldade estava na casa ao pé, a gente do Pádua.

--A gente do Pádua?

--Há algum tempo estou para lhe dizer isto, mas não me atrevia. Não me parece bonito que o nosso Bentinho ande
metido
nos cantos com a filha do Tartaruga, e esta é a dificuldade, porque se eles pegam de namoro, a senhora terá muito que
lutar
para separá-los.

--Não acho. Metidos nos cantos?

--É um modo de falar. Em segredinhos, sempre juntos. Bentinho quase que não sai de lá. A pequena é uma
desmiolada; o pai
faz que não vê; tomara ele que as cousas corressem de maneira, que... Compreendo o seu gesto; a senhora não crê em


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tais
cálculos, parece-lhe que todos têm a alma candida...

--Mas, Sr. José Dias, tenho visto os pequenos brincando, e nunca vi nada que faça desconfiar. Basta a idade; Bentinho
mal
tem quinze anos. Capitu fez quatorze à semana passada; são dous criançolas. Não se esqueça que foram criados
juntos,
desde aquela grande enchente, há dez anos, em que a família Pádua perdeu tanta cousa; daí vieram as nossas
relações. Pois
eu hei de crer?. . . Mano Cosme, você que acha? Tio Cosme respondeu com um "Ora!" que, traduzido em vulgar,
queria
dizer: "São imaginações do José Dias os pequenos divertem-se, eu divirto-me; onde está o gamão?"

--Sim, creio que o senhor está enganado.

--Pode ser minha senhora. Oxalá tenham razão; mas creia que não falei senão depois de muito examinar...

--Em todo caso, vai sendo tempo, interrompeu minha mãe; vou tratar de metê-lo no seminário quanto antes.

--Bem, uma vez que não perdeu a idéia de o fazer padre, tem-se ganho o principal. Bentinho há de satisfazer os
desejos de
sua mãe e depois a igreja brasileira tem altos destinos. Não esqueçamos que um bispo presidiu a Constituinte, e que o
Padre
Feijó governou o Império...

-- Governo como a cara dele! atalhou tio Cosme, cedendo a antigos rancores políticos.

--Perdão, doutor, não estou defendendo ninguém, estou citando O que eu quero é dizer que o clero ainda tem grande
papel
no Brasil.

--Você o que quer é um capote; ande, vá buscar o gamão. Quanto ao pequeno, se tem de ser padre, realmente é melhor
que
não comece a dizer missa atrás das portas. Mas, olhe cá, mana Glória, há mesmo necessidade de fazê-lo padre?

-- É promessa, há de cumprir-se.

--Sei que você fez promessa... mas uma promessa assim... não sei... Creio que, bem pensado... Você que acha, prima
Justina?

-- Eu?

--Verdade é que cada um sabe melhor de si, continuou tio Cosme- Deus é que sabe de todos. Contudo, uma promessa
de
tantos anos... Mas, que é isso, mana Glória? Está chorando? Ora esta pois isto é cousa de lágrimas?

Minha mãe assoou-se sem responder. Prima Justina creio que se levantou e foi ter com ela. Seguiu-se um alto silêncio,
durante o qual estive a pique de entrar na sala, mas outra força maior, outra emoção... Não pude ouvir as palavras que
tio
Cosme entrou a dizer. Prima Justina exortava: "Prima Glória! Prima Glória!" José Dias desculpava-se: "Se soubesse,


[Linha 200 de 7623 - Parte 1 de 4]


não teria
falado, mas falei pela veneração, pela estima, pelo afeto, para cumprir um dever amargo, um dever amaríssimo... "

CAPÍTULO IV / UM DEVER AMARÍSSIMO!

José Dias amava os superlativos. Era um modo de dar feição monumental às idéias; não as havendo, servia a
prolongar as
frases. Levantou-se para ir buscar o gamão, que estava no interior da casa. Cosi-me muito à parede, e vi-o passar com
as
suas calças brancas engomadas, presilhas, rodaque e gravata de mola. Foi dos últimos que usaram presilhas no Rio de
Janeiro, e talvez neste mundo. Trazia as calças curtas para que lhe ficassem bem esticadas. A gravata de cetim preto,
com um
arco de aço por dentro, imobilizava-lhe o pescoço; era então moda. O rodaque de chita, veste caseira e leve, parecia
nele
uma casaca de cerimônia. Era magro, chupado, com um princípio de calva; teria os seus cinqüenta e cinco anos.
Levantou-se
com o passo vagaroso do costume, não aquele vagar arrastado se era dos preguiçosos, mas um vagar calculado e
deduzido,
um silogismo completo, a premissa antes da conseqüência, a conseqüência antes da conclusão. Um dever amaríssimo!

CAPÍTULO V / O AGREGADO

Nem sempre ia naquele passo vagaroso e rígido. Também se descompunha em acionados, era muita vez rápido e
lépido nos
movimentos, tão natural nesta como naquela maneira. Outrossim, ria largo, se era preciso, de um grande riso sem
vontade,
mas comunicativo, a tal ponto ás bochechas, os dentes, os olhos, toda a cara, toda a pessoa, todo o mundo pareciam
rir
nele. Nos lances graves, gravíssimo.

Era nosso agregado desde muitos anos; meu pai ainda estava na antiga fazenda de Itaguaí, e eu acabava de nascer.
Um dia
apareceu ali vendendo-se por médico homeopata; levava um Manual e uma botica. Havia então um andaço de
febres; José
Dias curou o feitor e uma escrava, e não quis receber nenhuma remuneração. Então meu pai propôs-lhe ficar ali
vivendo,
com pequeno ordenado. José Dias recusou, dizendo que era justo levar a saúde à casa de sapé do pobre.

--Quem lhe impede que vá a outras partes? Vá aonde quiser, mas fique morando conosco.

--Voltarei daqui a três meses.

Voltou dali a duas semanas, aceitou casa e comida sem outro estipêndio, salvo o que quisessem dar por festas.
Quando meu
pai foi eleito deputado e veio para o Rio de Janeiro com a família, ele veio também, e teve o seu quarto ao fundo da
chácara.
Um dia, reinando outra vez febres em Itaguaí, disse-lhe meu pai que fosse ver a nossa escravatura. José Dias deixou-se
estar
calado, suspirou e acabou confessando que não era médico. Tomara este título para ajudar a propaganda da nova
escola, e


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não o fez sem estudar muito e muito; mas a consciência não lhe permitia aceitar mais doentes.

--Mas, você curou das outras vezes.

--Creio que sim; o mais acertado, porém, é dizer que foram os remédios indicados nos livros. Eles, sim, eles, abaixo de
Deus. Eu era um charlatão... Não negue; os motivos do meu procedimento podiam ser e eram dignos; a homeopatia é
a
verdade, e, para servir à verdade, menti; mas é tempo de restabelecer tudo.

Não foi despedido, como pedia então; meu pai já não podia dispensá-lo. Tinha o dom de se fazer aceito e necessário;
dava-se por falta dele, como de pessoa da família. Quando meu pai morreu, a dor que o pungiu foi enorme,
disseram-me;
não me lembra. Minha mãe ficou-lhe muito grata, e não consentiu que ele deixasse o quarto da chácara; ao sétimo
dia. depois
da missa, ele foi despedir-se dela.

--Fique, José Dias.

--Obedeço, minha senhora.

Teve um pequeno legado no testamento, uma apólice e quatro palavras de louvor. Copiou as palavras, encaixilhou-as
e
pendurou-as no quarto, por cima da cama. "Esta é a melhor apólice", dizia ele muita vez. Com o tempo, adquiriu certa
autoridade na família, certa audiência, ao menos; não abusava, e sabia opinar obedecendo. Ao cabo, era amigo, não
direi
ótimo, mas nem tudo é ótimo neste mundo. E não lhe suponhas alma subalterna; as cortesias que fizesse vinham
antes do
cálculo que da índole. A roupa durava-lhe muito; ao contrário das pessoas que enxovalham depressa o vestido novo,
ele
trazia o velho escovado e liso, cerzido, abotoado, de uma elegância pobre e modesta. Era lido, posto que de atropelo, o
bastante para divertir ao serão e à sobremesa, ou explicar algum fenômeno, falar dos efeitos do calor e do frio, dos
pólos e
de Robespierre. Contava muita vez uma viagem que fizera à Europa, e confessava que a não sermos nós, já teria
voltado
para lá; tinha amigos em Lisboa, mas a nossa família, dizia ele, abaixo de Deus, era tudo.

--Abaixo ou acima? perguntou-lhe tio Cosme um dia.

--Abaixo, repetiu José Dias cheio de veneração.

E minha mãe, que era religiosa, gostou de ver que ele punha Deus no devido lugar, e sorriu aprovando. José Dias
agradeceu
de cabeça. Minha mãe dava-lhe de quando em quando alguns cobres. Tio Cosme, que era advogado, confiava-lhe a
cópia
de papéis de autos.

CAPÍTULO VI / TIO COSME

Tio Cosme vivia com minha mãe, desde que ela enviuvou. Já então era viúvo, como prima Justina; era a casa dos três
viúvos.


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A fortuna troca muita vez as mãos à natureza. Formado para as serenas funções do capitalismo, tio Cosme não enriquecia noforo: ia comendo. Tinha o escritório na antiga Rua das Violas, perto do júri, que era no extinto Aljube. Trabalhava no crime.

José Dias não perdia as defesas orais de tio Cosme. Era quem lhe vestia e despia a toga, com muitos cumprimentos no
fim.
Em casa, referia os debates. Tio Cosme, por mais modesto que quisesse ser. sorria de persuasão.

Era gordo e pesado, tinha a respiração curta e os olhos dorminhocos. Uma das minhas recordações mais antigas era
vê-lo
montar todas as manhãs a besta que minha mãe lhe deu e que o levava ao escritório. O preto que a tinha ido buscar à
cocheira segurava o freio, enquanto ele erguia o pé e pousava no estribo - a isto seguia-se um minuto de descanso ou
reflexão. Depois, dava um impulso, o primeiro, o corpo ameaçava subir, mas não subia; segundo impulso, igual efeito.
Enfim,
após alguns instantes largos, tio Cosme enfeixava todas as forças físicas e morais, dava o último surto da terra, e desta
vez
caía em cima do selim. Raramente a besta deixava de mostrar por um gesto que acabava de receber o mundo. Tio
Cosme
acomodava as carnes, e a besta partia a trote.

Também não me esqueceu o que ele me fez uma tarde. Posto que nascido na roça (donde vim com dous anos) e
apesar dos
costumes do tempo, eu não sabia montar, e tinha medo ao cavalo. Tio Cosme pegou em mim e escanchou-me em
cima da
besta. Quando me vi no alto (tinha nove anos), sozinho e desamparado, o chão lá embaixo, entrei a gritar
desesperadamente:
"Mamãe! mamãe!" Ela acudiu pálida e trêmula, cuidou que me estivessem matando, pegou-me, afagou-me, enquanto
o irmão
perguntava:

--Mana Glória, pois um tamanhão destes tem medo de besta mansa?

--Não está acostumado.

--Deve acostumar-se. Padre que seja, se for vigário na roça, é preciso que monte a cavalo; e, aqui mesmo, ainda não
sendo
padre, se quiser florear como os outros rapazes, e não souber, há de queixar-se de você, mana Glória.

--Pois que se queixe; tenho medo.

--Medo! Ora, medo!

A verdade é que eu só vim a aprender equitação mais tarde, menos por gosto que por vergonha de dizer que não sabia
montar. "Agora é que ele vai namorar deveras", disseram quando eu comecei as lições. Não se diria o mesmo de tio
Cosme.
Nele era velho costume e necessidade. Já não dava para namoros. Contam que, em rapaz, foi aceito de muitas damas,
além
de partidário exaltado; mas os anos levaram-lhe o mais do ardor político e sexual, e a gordura acabou com o resto de
idéias


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públicas e específicas. Agora só cumpria as obrigações do ofício e sem amor. Nas horas de lazer vivia olhando ou
jogava.
Uma ou outra vez dizia pilhérias.

CAPÍTULO VII / D. GLÓRIA

Minha Mãe era boa criatura. Quando lhe morreu o marido, Pedro de Albuquerque Santiago, contava trinta e um anos
de
idade, e podia voltar para Itaguaí. Não quis; preferiu ficar perto da igreja em que meu pai fora sepultado. Vendeu a
fazendola
e os escravos, comprou alguns que pôs ao ganho ou alugou, uma dúzia de prédios, certo número de apólices, e
deixou-se
estar na casa de Mata-cavalos, onde vivera os dous últimos anos de casada. Era filha de uma senhora mineira,
descendente
de outra paulista, a família Fernandes.

Ora, pois, naquele ano da graça de 1857, D. Maria da Glória Fernandes Santiago contava quarenta e dous anos de
idade.
Era ainda bonita e moça, mas teimava em esconder os saldos da juventude, por mais que a natureza quisesse
preservá-la da
ação do tempo. Vivia metida em um eterno vestido escuro, sem adornos, com um xale preto, dobrado em triângulo e
abrochado ao peito por um camafeu. Os cabelos, em bandós, eram apanhados sobre a nuca por um velho pente de
tartaruga; alguma vez trazia a touca branca de folhas. Lidava assim, com os seus sapatos de cordovão rasos e surdos,
a um
lado e outro, vendo e guiando os serviços todos da casa inteira, desde manhã até à noite.

Tenho ali na parede o retrato dela, ao lado do do marido, tais quais na outra casa. A pintura escureceu muito, mas
ainda dá
idéia de ambos. Não me lembra nada dele, a não ser vagamente que era alto e usava cabeleira grande; o retrato
mostra uns
olhos redondos, que me acompanham para todos os lados, efeito da pintura que me assombrava em pequeno. O
pescoço sai
de uma gravata preta de muitas voltas, a cara é toda rapada, salvo um trechozinho pegado às orelhas. O de minha
mãe
mostra que era linda. Contava então vinte anos, e tinha uma flor entre os dedos. No painel parece oferecer a flor ao
marido.
O que se lê na cara de ambos é que, se a felicidade conjugal pode ser comparada à sorte grande, eles a tiraram no
bilhete
comprado de sociedade.

Concluo que não se devem abolir as loterias. Nenhum premiado as acusou ainda de imorais, como ninguém tachou de
má a
boceta de Pandora, por lhe ter ficado a esperança no fundo; em alguma parte há de ela ficar. Aqui os tenho aos dous
bem
casados de outrora, os bem-amados, os bem-aventurados, que se foram desta para a outra vida, continuar um sonho
provavelmente. Quando a loteria e Pandora me aborrecem, ergo os olhos para eles, e esqueço os bilhetes brancos e a
boceta fatídica. São retratos que valem por originais. O de minha mãe, estendendo a flor ao marido, parece dizer: "Sou
toda
sua, meu guapo cavalheiro!" O de meu pai, olhando para a gente, faz este comentário: "Vejam como esta moça me
quer..."


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Se padeceram moléstias, não sei, como não sei se tiveram desgostos: era criança e comecei por não ser nascido. Depois
da
morte dele, lembra-me que ela chorou muito; mas aqui estão os retratos de ambos, sem que o encardido do tempo lhes
tirasse a primeira expressão. São como fotografias instantâneas da felicidade.

CAPÍTULO VIII / E TEMPO

Mas é tempo de tornar àquela tarde de novembro, uma tarde clara e fresca, sossegada como a nossa casa e o trecho
da rua
em que morávamos. Verdadeiramente foi o princípio da minha vida; tudo o que sucedera antes foi como o pintar e
vestir das
pessoas que tinham de entrar em cena, o acender das luzes, o preparo das rabecas, a sinfonia... Agora é que eu ia
começar a
minha ópera. "A vida é uma ópera", dizia-me um velho tenor italiano que aqui viveu e morreu... E explicou-me um dia
a
definição, em tal maneira que me fez crer nela. Talvez valha a pena dá-la; é só um Capítulo.

CAPÍTULO IX / A ÓPERA

Já não tinha voz, mas teimava em dizer que a tinha. "O desuso é que me faz mal", acrescentava. Sempre que uma
companhia
nova chegava da Europa, ia ao empresário e expunha-lhe todas as injustiças da terra e do céu; o empresário cometia
mais
uma, e ele saía a bradar contra a iniqüidade. Trazia ainda os bigodes dos seus papéis. Quando andava, apesar de
velho,
parecia cortejar uma princesa de Babilônia. As vezes, cantarolava, sem abrir a boca, algum trecho ainda mais idoso
que ele
ou tanto - vozes assim abafadas são sempre possíveis. Vinha aqui jantar comigo algumas vezes. Uma noite, depois de
muito
Chianti, repetiu-me a definição do costume, e como eu lhe dissesse que a vida tanto podia ser uma ópera, como uma
viagem
de mar ou uma batalha, abanou a cabeça e replicou:

--A vida é uma ópera e uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos
comprimirás, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos
mesmos
comprimirás. Há coros a numerosos, muitos bailados, e a orquestração é excelente...

--Mas, meu caro Marcolini...

--Quê...

E depois, de beber um gole de licor, pousou o cálix, e expôs-me a história da criação, com palavras que vou resumir.

Deus é o poeta. A música é de Satanás, jovem maestro de muito futuro, que aprendeu no conservatório do céu. Rival
de
Miguel, Raiael e Gabriel, não tolerava a precedência que eles tinham na distribuição dos prêmios. Pode ser também
que a
música em demasia doce e mística daqueles outros condiscípulos fosse aborrecível ao seu gênio essencialmente
trágico.


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Tramou uma rebelião que foi descoberta a tempo, e ele expulso do conservatório. Tudo se teria passa do sem mais
nada, se
Deus não houvesse escrito um libreto de ópera do qual abrira mão, por entender que tal gênero de recreio era impróprio
da
sua eternidade. Satanás levou o manuscrito consigo para o inferno. Com o fim de mostrar que valia mais que os
outros, e
acaso para reconciliar-se com o céu,--compôs a partitura, e logo que a acabou foi levá-la ao Padre Eterno.

--Senhor, não desaprendi as lições recebidas, disse-lhe. Aqui tendes a partitura, escutai-a emendai-a, fazei-a executar, e
se a
achardes digna das alturas, admiti-me com ela a vossos pés...

--Não, retorquiu o Senhor, não quero ouvir nada.

--Mas, Senhor...

--Nada! nada!

Satanás suplicou ainda, sem melhor fortuna, até que Deus, cansado e cheio de misericórdia, consentiu em que a ópera
fosse
executada, mas fora do céu. Criou um teatro especial, este planeta, e inventou uma companhia inteira, com todas as
partes,
primárias e comprimárias, coros e bailarinos.

--Ouvi agora alguns ensaios!

--Não, não quero saber de ensaios. Basta-me haver composto o libreto; estou pronto a dividir contigo os direitos de
autor.

Foi talvez um mal esta recusa; dela resultaram alguns desconcertos que a audiência prévia e a colaboração amiga
teriam
evitado com efeito, há lugares em que o verso vai para a direita e a música, para a esquerda. Não falta quem diga que
nisso
mesmo está a além da composição, fugindo à monotonia, e assim explicam o terceto do Aden, a ária de Abel, os coros
da
guilhotina e da escravidão. Não é raro que os mesmos lances se reproduzam, sem razão suficiente. Certos motivos
cansam à
força de repetição. Também há obscuridades; o maestro abusa das massas corais, encobrindo muita vez o sentido por
um
modo confuso. As partes orquestrais são aliás tratadas com grande perícia. Tal é a opinião dos imparciais.

Os amigos do maestro querem que dificilmente se possa acha obra tão bem acabada. Um ou outro admite certas
rudezas e
tais ou quais lacunas, mas com o andar da ópera é provável que estas sejam preenchidas ou explicadas, e aquelas
desapareçam inteiramente, não se negando o maestro a emendar a obra onde achar que não responde de todo ao
pensamento sublime do poeta. Já não dizem c mesmo os amigos deste. Juram que o libreto foi sacrificado, que a
partitura
corrompeu o sentido da letra, e, posto seja bonita em alguns lugares, e trabalhada com arte em outros, é
absolutamente
diversa e até contrária ao drama. O grotesco, por exemplo, não está no texto do poeta; é uma excrescência para imitar


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as
Mulheres Patuscas de Windsor. Este ponto é contestado pelos satanistas com alguma aparência de razão. Dizem eles
que, ao
tempo em que o jovem Satanás compôs a grande ópera, nem essa farsa nem Shakespeare eram nascidos. Chegam a
afirmar
que o poeta inglês não teve outro gênio senão transcrever a letra da ópera, com tal arte e fidelidade, que parece ele
próprio o
autor da composição; mas, evidentemente, é um plagiário.

--Esta peça, concluiu o velho tenor, durará enquanto durar o teatro, não se podendo calcular em que tempo será ele
demolido por utilidade astronômica. O êxito é crescente. Poeta e músico recebem pontualmente os seus direitos
autorais, que
não são os mesmos, porque a regra da divisão é aquilo da Escritura: "Muitos são os chamados, poucos ao escolhidos".
Deus
recebe eu ouro, Satanás em papel.

--Tem graça...

--Graça? bradou ele com fúria; mas aquietou-se logo, e replicou: Caro Santiago, eu não tenho graça, eu tenho horror à
graça. Isto que digo é a verdade pura e última. Um dia. quando todos os livros forem queimados por inúteis, há de
haver
algum, pode ser que tenor, e talvez italiano, que ensine esta verdade aos homens. Tudo é música, meu amigo. No
princípio
era o dó, e do dó fez-se ré, etc. Este cálix (e enchia-o novamente), este cálix é um breve estribilho. Não se ouve?
Também
não se ouve o pau nem a pedra, mas tudo cabe na mesma ópera...

CAPÍTULO X / ACEITO A TEORIA

Que é demasiada metafísica para um só tenor, não há dúvida; mas a perda da voz explica tudo, e há filósofos que
são, em
resumo, tenores desempregados.

Eu, leitor amigo, aceito a teoria do meu velho Marcolini, não só pela verossimilhança, que é muita vez toda a verdade,
mas
porque a minha vida se casa bem à definição. Cantei um duo tecnicismo, depois um trio, depois um quatro... Mas não
adiantemos; vamos à primeira parte, em que eu vim a saber que já cantava, porque a denúncia de José Dias, meu caro
leitor,
foi dada principalmente a mim. A mim é que ele me denunciou.

CAPÍTULO XI / A PROMESSA

Tão depressa vi desaparecer o agregado no corredor, deixei o esconderijo, e corri à varanda do fundo. Não quis saber
de
lágrimas nem da causa que as fazia verter a minha mãe. A causa eram provavelmente os seus projetos eclesiásticos, e
a
ocasião destes é a que vou dizer, por ser já então história velha; datava de dezesseis anos.

Os projetos vinham do tempo em que fui concebido. Tendo-lhe nascido morto o primeiro filho, minha mãe pegou-se
com


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Deus para que o segundo vingasse, prometendo, se fosse varão, metê-lo na Igreja. Talvez esperasse uma menina. Não
disse
nada a meu pai, nem antes, nem depois de me dar à luz, contava fazê-lo quando eu entrasse para a escola, mas
enviuvou
antes disso. Viúva, sentiu o terror de separar-se de mim; mas era tão devota, tão temente a Deus, que buscou
testemunhas
da obrigação, confiando a promessa a parentes e familiares. Unicamente, para que nos separássemos o mais tarde
possível,
fez-me aprender em casa primeiras letras, latim e doutrina, por aquele Padre Cabral, velho amigo do tio Cose, que ia lá
jogar
às noites.

Prazos largos são fáceis de subscrever; a imaginação os faz infinitos. Minha mãe esperou que os anos viessem vindo.
Entretanto ia-me afeiçoando à idéia da Igreja; brincos de criança, livros devotos. imagens de santos, conversações de
casa,
tudo convergia para o altar quando íamos à missa, dizia-me sempre que era para aprender a ser padre, e que reparasse
no
padre, não tirasse os olhos do padre. Em casa, brincava de missa,--um tanto às escondidas, porque minha mãe dizia
que
missa não era cousa de brincadeira. Arranjávamos um altar, Capitu e eu. Ela servia de sacristão, e alterávamos o
ritual, no
sentido de dividirmos a hóstia entre nós, a hóstia era sempre um doce. No tempo em que brincávamos assim, era muito
comum ouvir à minha vizinha: "Hoje há missa?" Eu já sabia o que isto queria dizer, respondia afirmativamente, e ia
pedir
hóstia por outro nome Voltava com ela, arranjávamos o altar, engrolávamos o latim e precipitávamos as cerimônias.
Dominus, non sum dignus... Isto, que eu devia dizer três vezes, penso que só dizia uma, tal era a gulodice do padre e do
sacristão. Não bebíamos vinho nem água; não tínhamos o primeiro, e a segunda viria tirar-nos o gosto do sacrifício.

Ultimamente não me falavam já do seminário, a tal ponto que eu supunha ser negócio findo. Quinze anos, não
havendo
vocação, podiam antes o seminário do mundo que o de S. José. Minha mãe ficava muita vez a olhar para mim, como
alma
perdida, ou pegava-me na mão, a pretexto de nada, para apertá-la muito.

CAPÍTULO XII / NA VARANDA

Parei na varanda; ia tonto, atordoado, as pernas bambas, o coração parecendo querer sair-me pela boca fora. Não me
atrevia a descer à chácara, e passar ao quintal vizinho. Comecei a andar de um lado para outro, estacando para
amparar-me,
e andava outra vez e estacava. Vozes confusas repetiam o discurso do José Dias:

"Sempre juntos..."

"Em segredinhos..."

"Se eles pegam de namoro..."

Tijolos que pisei e repisei naquela tarde, colunas amareladas que me passastes à direita ou à esquerda, segundo eu ia
ou
vinha, em vós me ficou a melhor parte da crise, a sensação de um gozo novo, que me envolvia em mim mesmo, e logo


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me
dispersava, e me trazia arrepios, e me derramava não sei que bálsamo interior. Às vezes dava por mim, sorrindo, um ar
de
riso de satisfação, que desmentia a abominação do meu pecado. E as vozes repetiam-se confusas;

"Em segredinhos..."

"Sempre juntos..."

"Se eles pegam de namoro..."

Um coqueiro, vendo-me inquieto e adivinhando a causa, murmurou de cima de si que não era feio que os meninos de
quinze
anos andassem nos cantos com as meninas de quatorze, ao contrário, os adolescentes daquela idade não tinham outro
ofício,
nem os cantos outra utilidade. Era um coqueiro velho, e eu cria nos coqueiros velhos, mais ainda que nos velhos livros.
Pássaros, borboletas, uma cigarra que ensaiava o estilo, toda a gente viva do ar era da mesma opinião.

Com que então eu amava Capitu, e Capitu a mim? Realmente, andava cosido às saias dela, mas não me ocorria nada
entre
nós que fosse deveras secreto. Antes dela ir para o colégio, eram tudo travessuras de criança; depois que saiu do
colégio, é
certo que não estabelecemos logo a antiga intimidade, mas esta voltou pouco a pouco, e no último ano era completa.
Entretanto, a matéria das nossas conversações era a de sempre. Capitu chamava-me às vezes bonito, mocetão, uma
flor -
outras pegava-me nas mãos para contar-me os dedos. E comecei a recordar esses e outros gestos e palavras, o prazer
que
sentia quando ela me passava a mão pelos cabelos, dizendo que os achava lindíssimos. Eu, sem fazer o mesmo aos
dela, dizia
que os dela eram muito mais lindos que os meus. Então Capitu abanava a cabeça com uma grande expressão de
desengano e
melancolia, tanto mais de espantar quanto que tinha os cabelos realmente admiráveis - mas eu retorquia
chamando-lhe
maluca. Quando me perguntava se sonhara com ela na véspera, e eu dizia que não, ouvia-lhe contar que sonhara
comigo, e
eram aventuras extraordinárias, que subíamos ao Corcovado pelo ar, que dançávamos na lua, ou então que os anjos
vinham
perguntar-nos pelos nomes, a fim de os dar a outros anjos que acabavam de nascer. Em todos esses sonhos
andávamos
unidinhos. Os que eu tinha com ela não eram assim, apenas reproduziam a nossa familiaridade, e muita vez não
passavam da
simples repetição do dia. alguma frase, algum gesto. Também eu os contava. Capitu um dia notou a diferença,
dizendo que os
dela eram mais bonitos que os meus, eu, depois de certa hesitação, disse-lhe que eram como a pessoa que sonhava...
Fez-se
cor de pitanga.

Pois, francamente, só agora entendia a comoção que me davam essas e outras confidências. A emoção era doce e
nova, mas
a causa dela fugia-me, sem que eu a buscasse nem suspeitasse. Os silêncios dos últimos dias, que me não descobriam


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nada,
agora os sentia como sinais de alguma cousa, e assim as meias palavras, as perguntas curiosas, as respostas vagas, os
cuidados, o gosto de recordar a infância. Também adverti que era fenômeno recente acordar com o pensamento em
Capitu,
e escutá-la de memória, e estremecer quando lhe ouvia os passos. Se se falava nela, em minha casa, prestava mais
atenção
que dantes, e, segundo era louvor ou crítica, assim me trazia gosto ou desgosto mais intensos que outrora, quando
éramos
somente companheiros de travessuras. Cheguei a pensar nela durante as missas daquele mês, com intervalos, é
verdade, mas
com exclusivismo também.

Tudo isto me era agora apresentado pela boca de José Dias, que me denunciara a mim mesmo, e a quem eu perdoava
tudo,
o mal que dissera, o mal que fizera, e o que pudesse vir de um e de outro. Naquele instante, a eterna Verdade não
valeria
mais que ele, nem a eterna Bondade, nem as demais Virtudes eternas. Eu amava Capitu! Capitu amava-me! E as
minhas
pernas andavam, desandavam, estacavam, trêmulas e crentes de abarcar o mundo. Esse primeiro palpitar da seiva,
essa
revelação da consciência a si própria, nunca mais me esqueceu, nem achei que lhe fosse comparável qualquer outra
sensação
da mesma espécie. Naturalmente por ser minha. Naturalmente também por ser a primeira.

CAPÍTULO XIII / CAPITU

De repente, ouvi bradar uma voz de dentro da casa ao pé:

E no quintal:

--Mamãe!

E outra vez na casa:

--Vem cá!

Não me pude ter. As pernas desceram-me os três degraus que davam para a chácara, e caminharam para o quintal
vizinho.
Era costume delas, às tardes, e às manhãs também. Que as pernas também são pessoas, apenas inferiores aos braços,
e
valem de si mesma, quando a cabeça não as rege por meio de idéias. As minhas chegaram ao pé do muro. Havia ali
uma
porta de comunicação mandada rasgar por minha mãe, quando Capitu e eu éramos pequenos. A porta não tinha
chave nem
taramela- abria-se empurrando de um lado ou puxando de outro, e fechava-se ao peso de uma pedra pendente o uma
corda.
Era quase que exclusivamente nossa. Em crianças, fazíamos visita batendo de um lado, e sendo recebidos do outro
cor,
muitas mesuras. Quando as bonecas de Capitu adoeciam, o médico era eu. Entrava no quintal dela com um pau
debaixo do


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braço, para imitar o bengalão do Doutor João da Costa, tomava o pulso à doente e pedia-lhe que mostrasse a língua.

surda, coitada!", exclamava Capitu. Então eu coçava o queixo, como o doutor, e acabava mandando aplicar-lhe
umas
sanguessugas ou dar-lhe um vomitório: era a terapêutica habitual do médico.

--Capitu!

--Mamãe!

--Deixa de estar esburacando o muro - vem cá.

A voz da mãe era agora mais perto, como se viesse já da porta dos fundos. Quis passar ao quintal, mas as pernas, há
pouco
tão andarilhas, pareciam agora presas ao chão. Afinal fiz um esforço, empurrei a porta, e entrei. Capitu estava ao pé
do muro
fronteiro, voltada para ele, riscando com um prego. O rumor da porta fê-la olhar para trás; ao dar comigo, encostou-se
ao
muro, como se quisesse esconder alguma cousa. Caminhei para ela; naturalmente levava o gesto mudado, porque ela
veio a
mim, e perguntou-me inquieta:

--Que é que você tem?

--Eu? Nada.

--Nada, não; você tem alguma cousa.

Quis insistir que nada, mas não achei língua. Todo eu era olhos e coração, um coração que desta vez ia sair, com
certeza,
pela boca fora. Não podia tirar os olhos daquela criatura de quatorze anos, alta, forte e cheia, apertada em um vestido
de
chita, meio desbotado. Os cabelos grossos, feitos em duas tranças, com as pontas atadas uma à outra, à moda do
tempo,
desciam-lhe pelas costas. Morena, olhos claros e grandes, nariz reto e comprido, tinha a boca fina e o queixo largo. As
mãos, a despeito de alguns ofícios rudes, eram curadas com amor, não cheiravam a sabões finos nem águas de
toucador,
mas com água do poço e sabão comum trazia-as sem mácula. Calçava sapatos de duraque, rasos e velhos, a que ela
mesma
dera alguns pontos.

--Que é que você tem? repetiu.

--Não é nada, balbuciei finalmente.

E emendei logo.

--É uma notícia.

--Notícia de quê?


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Pensei em dizer-lhe que ia entrar para o seminário e espreitar a impressão que lhe faria. Se a consternasse é que
realmente
gostava de mim; se não, é que não gostava. Mas todo esse cálculo foi obscuro e rápido; senti que não poderia falar
claramente, tinha agora a vista não sei como...

--Então?

--Você sabe...

Nisto olhei para o muro, o lugar em que ela estivera riscando, escrevendo ou esburacando, como dissera a mãe. Vi uns
riscos abertos e lembrou-me o gesto que ela fizera para cobri-los. Então quis vê-los de perto, e dei um passo. Capitu
agarrou-me, mas, ou por temer que eu acabasse fugindo, ou por negar de outra maneira, correu adiante e apagou o
escrito.
Foi o mesmo que acender em mim o desejo de ler o que era.

CAPÍTULO XIV / A INSCRIÇÃO

Tudo o que contei no fim do outro Capítulo foi obra de um instante. O que se lhe seguiu foi ainda mais rápido. Dei um
pulo, e
antes que ela raspasse o muro, li estes dous nomes, abertos ao prego, e sim dispostos:

BENTO

CAPITOLINA

Voltei-me para ela; Capitu tinha os olhos no chão. Ergueu-os logo, devagar, e ficamos a olhar um para o outro...
Confissão
de crianças, tu valias bem duas ou três páginas, mas quero ser poupado. Em verdade, não falamos nada; o muro falou
por
nós. Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se,
fundindo-se. Não marquei a hora exata daquele gesto. Devia tê-la marcado; sinto a falta de uma nota escrita naquela
mesma
noite, e que eu poria aqui com os erros de ortografia que trouxesse, mas não traria nenhum, tal era a diferença entre o
estudante e o adolescente. Conhecia as regras do escrever, sem suspeitar as do amar; tinha orgias de latim e era virgem
de
mulheres.

Não soltamos as mãos, nem elas se deixaram cair de cansadas ou de esquecidas. Os olhos fitavam-se e desfitavam-se,
e
depois de vagarem ao perto, tornavam a meter-se uns pelos outros... Padre futuro, estava assim diante dela como de
um
altar, sendo uma das faces a Epístola e a outra o Evangelho. A boca podia ser o cálix, os lábios a patena. Faltava dizer
a
missa nova, por um latim que ninguém aprende e é a língua católica dos homens. Não me tenhas por sacrilégio, leitora
minha
devota a limpeza da intenção lava o que puder haver menos curial no estilo. Estávamos ali com o céu em nossas
mãos,
unindo os nervos, faziam das duas criaturas uma só, mm uma só criatura seráfica. Os olhos continuaram a dizer
cousas


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infinitas, as palavras de boca é que nem tentavam sair, tornavam ao coração caladas como vinham...

CAPÍTULO XV / OUTRA VOZ REPENTINA

Outra voz repentina, mas desta vez uma voz de homem:

--Vocês estão jogando o siso?

Era o pai de Capitu, que estava à porta dos fundos, ao pé da mulher. Soltamos as mãos depressa, e ficamos
atrapalhados.
Capitu foi ao muro, e, com o prego, disfarçadamente, apagou os nossos nomes escritos.

-- Capitu!

--Papai!

--Não me estragues o reboco do muro.

Capitu riscava sobre o riscado, para apagar bem o escrito. Pádua saiu ao quintal, a ver o que era, mas já a filha tinha
começado outra cousa, um perfil, que disse ser o retrato dele, e tanto podia ser dele como da mãe - fê-lo rir, era o
essencial.
De resto, ele chegou sem cólera, todo meigo, apesar do gesto duvidoso, ou menos que duvidoso em que nos apanhou.
Era
um homem baixo e grosso, pernas e braços curtos, costas abauladas, donde lhe veio a alcunha de Tartaruga, que José
Dias
lhe pôs. Ninguém lhe chamava assim lá em casa; era só o agregado.

--Vocês estavam jogando o siso? perguntou.

Olhei para um pé de sabugueiro que ficava perto: Capitu respondeu por ambos.

--Estávamos, sim, senhor, mas Bentinho ri logo, não agüenta.

--Quando eu cheguei à porta, não ria.

--Já tinha rido das outras vezes; não pode. Papai quer ver?

E séria, fitou em mim os olhos, convidando-me ao jogo. O susto é naturalmente sério - eu estava ainda sob a ação do
que
trouxe, entrada de Pádua, e não fui capaz de rir, por mais que devesse fazê-lo, para legitimar a resposta de Capitu.
Esta,
cansada de esperar, desviou o rosto, dizendo que eu não ria daquela vez por estar ao pé do pai. E nem assim ri. Há
cousas
que só se aprendem tarde é mister nascer com elas para fazê-las cedo. E melhor é naturalmente cedo que
artificialmente
tarde. Capitu, após duas voltas, foi ter com a mãe, que continuava à porta da casa, deixando-nos a mim e ao pai
encantados
dela; o pai, olhando para ela e para mim, dizia-me, cheio de ternura:

--Quem dirá que esta pequena tem quatorze anos? Parece dezessete. Mamãe está boa? continuou voltando-se


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inteiramente
para mim.

--Está.

--Há muitos dias que não a vejo. Estou com vontade de dar um capote ao doutor, mas não tenho podido, ando com
trabalhos da repartição, em casa; escrevo todas as noites que é um desespero; negócio de relatório. Você já viu o meu
gaturamo? Está ali no fundo. Ia agora mesmo buscar a gaiola; ande ver.

Que o meu desejo era nenhum, crê-se facilmente, sem ser preciso jurar pelo céu nem pela terra. Meu desejo era ir atrás
de
Capitu e falar-lhe agora do mal que nos esperava; mas o pai era o pai, e demais amava particularmente os
passarinhos.
Tinha-os de vária espécie, cor e tamanho. A área que havia no centro da casa era cercada de gaiolas de canários, que
faziam
cantando um barulho de todos os diabos. Trocava pássaros com outros amadores, comprava-os, apanhava alguns, no
próprio quintal, armando alçapões. Também, se adoeciam, tratava deles como se fossem gente.

CAPÍTULO VI / O ADMINISTRADOR INTERINO

Pádua era empregado em repartição dependente do Ministério da Guerra. Não ganhava muito, mas a mulher gastava
pouco,
e a vida era barata. Demais, a casa em que morava, assobradada como a nossa, posto que menor, era propriedade
dele.
Comprou-a com a sorte grande que lhe saiu num meio bilhete de loteria, dez contos de réis. A primeira idéia do Pádua,
quando lhe saiu o prêmio, foi comprar um cavalo do Cabo, um adereço de brilhantes para a mulher, uma sepultura
perpétua
de família, mandar vir da Europa alguns pássaros, etc.; mas a mulher, esta D. Fortunata que ali está à porta dos
fundos da
casa, em pé, falando à filha, alta, forte, cheia, como a tia, a mesma cabeça, os mesmos olhos claros, a mulher é que
lhe disse
que o melhor era comprar a casa, e guardar o que sobrasse para acudir às moléstias grandes. Pádua hesitou muito;
afinal,
teve de ceder aos conselhos de minha mãe, a quem D. Fortunata pediu auxílio. Nem foi só nessa ocasião que minha
mãe lhes
valeu; um dia chegou a salvar a vida ao Pádua. Escutai; a anedota é curta.

O administrador da repartição em que Pádua trabalhava teve de ir ao Norte, em comissão. Pádua, ou por ordem
regulamentar, ou por especial designação, ficou substituindo o administrador com os respectivos honorários. Esta
mudança
de fortuna trouxe-lhe certa vertigem; era antes dos dez contos. Não se contentou de reformar a roupa e a copa,
atirou-se às
despesas supérfluas, deu jóias à mulher, nos dias de festa matava um leitão, era visto em teatros, chegou aos sapatos
de
verniz. Viveu assim vinte e dous meses na suposição de uma eterna interinidade. Uma tarde entrou em nossa casa,
aflito e
desvairado, ia perder o lugar, porque chegara o efetivo naquela manhã. Pediu à minha mãe que velasse pelas infelizes
que
deixava; não podia sofrer a desgraça, matava-se. Minha mãe falou-lhe com bondade, mas ele não atendia a cousa
nenhuma.


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--Não, minha senhora, não consentirei em tal vergonha! Fazer descer a família, tornar atrás... Já disse, mato-me! Não
hei de
confessar à minha gente esta miséria. E os outros? Que dirão os vizinhos? E os amigos? E o público?

--Que público, Sr. Pádua? Deixe-se disso; seja homem. Lembre se que sua mulher não tem outra pessoa... e que há de
fazer? Pois um homem... Seja homem, ande.

Pádua enxugou os olhos e foi para casa, onde viveu prostrado alguns dias, mudo, fechado na alcova,--ou então no
quintal, ao
pé do poço, como se a idéia da morte teimasse nele. D. Fortunata ralhava:

--Joãozinho, você é criança?

Mas, tanto lhe ouviu falar em morte que teve medo, e um dia correu a pedir à minha mãe que lhe fizesse o favor de
ver se lhe
salvava o marido que se queria matar. Minha mãe foi achá-lo à beira do poço, e intimou-lhe que vivesse. Que
maluquice era
aquela de parecer que ia ficar desgraçado, por causa de uma gratificação menos, e perder um emprego interino? Não,
senhor, devia ser homem, pai de família, imitar a mulher e a filha... Pádua obedeceu; confessou que acharia forças
para
cumprir a vontade de minha mãe.

--Vontade minha, não; obrigação sua.

--Pois seja obrigação; não desconheço que é assim mesmo.

Nos dias seguintes, continuou a entrar e sair de casa, cosido à parede, cara no chão. Não era o mesmo homem que
estragava o chapéu em cortejar a vizinhança, risonho, olhos no ar, antes mesmo da administração interina. Vieram as
semanas, a ferida foi sarando Pádua começou a interessar-se pelos negócios domésticos, a cuidar dos passarinhos, a
dormir
tranqüilo as noites e as tardes, a conversa e dar notícias da rua. A serenidade regressou; atrás dela veio a alegria, um
domingo, na figura de - dous amigos, que iam jogar o solo, a tentos. Já ele ria, já brincava, tinha o ar do costume; a
ferida
sarou de todo.

Com o tempo veio um fenômeno interessante. Pádua começou s falar da administração interina, não somente sem as
saudades dos honorários, nem o vexame da perda, mas até com desvanecimento e orgulho. A administração ficou
sendo a
hégira, donde ele contava para diante e para trás.

--No tempo em que eu era administrador...

Ou então:

--Ah! sim, lembra-me, foi antes da minha administração, ou um dous meses antes... Ora espere; a minha
administração
começou. É isto, mês e meio antes; foi mês e meio antes, não foi mais.

Ou ainda:


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--Justamente; havia já seis meses que eu administrava...

Tal é o sabor póstumo das glórias interinas. José Dias bradava que era a vaidade sobrevivente; mas o Padre Cabral,
que
levava tudo para a Escritura, dizia que com o vizinho Pádua se dava a lição de Elifás a Jó: "Não desprezes a correção
do
Senhor; Ele fere e cura"

CAPÍTULO XVII / OS VERMES "ELE FERE E CURA!"

Quando, mais tarde, vim a saber que a lança de Aquiles também curou uma ferida que fez, tive tais ou quais
veleidades de
escrever uma dissertação a este propósito. Cheguei a pegar em livros velhos, livros mortos, livros enterrados, a abri-los,
a
compará-los, catando o texto e o sentido, para achar a origem comum do oráculo pagão e do pensamento israelita.
Catei os
próprios vermes dos livros, para que me dissessem o que havia nos textos roídos por eles.

--Meu senhor, respondeu-me um longo verme gordo, nós não sabemos absolutamente nada dos textos que roemos,
nem
escolhermos o que roemos, nem amamos ou detestamos o que roemos; nós roemos.

Não lhe arranquei mais nada. Os outros todos, como se houvessem passado palavra, repetiam a mesma cantilena.
Talvez
esse discreto silêncio sobre os textos roídos fosse ainda um modo de roer o roído.

CAPÍTULO XVIII / UM PLANO

Pai nem mãe foram ter conosco, quando Capitu e eu, na sala de visitas, falávamos do seminário. Com os olhos em
mim,
Capitu queria saber que notícia era a que me afligia tanto. Quando lhe disse o que era, fez-se cor de cera.

--Mas eu não quero, acudi logo, não quero entrar em seminários; não entro, é escusado teimarem comigo, não entro.

Capitu, a princípio, não disse nada. Recolheu os olhos, meteu-os em si e deixou-se estar com as pupilas vagas e surdas,
a
boca entreaberta, toda parada. Então eu, para dar força às afirmações, comecei a jurar que não seria padre. Naquele
tempo
jurava muito e rijo, pela vida e pela morte. Jurei pela hora da morte. Que a luz me faltasse na hora da morte se fosse
para o
seminário. Capitu não parecia crer nem descrer, não parecia sequer ouvir; era uma figura de pau. Quis chamá-la,
sacudi-la,
mas faltou-me animo. Essa criatura que brincara comigo, que pulara, dançara, creio até que dormira comigo,
deixava-me
agora com os braços atados e medrosos. Enfim, tornou a si, mas tinha a cara lívida, e rompeu nestas palavras
furiosas:

--Beata! carola! papa-missas!



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Fiquei aturdido. Capitu gostava tanto de minha mãe, e minha mãe dela, que eu não podia entender tamanha
explosão. É
verdade que também gostava de mim, e naturalmente mais, ou melhor, ou de outra maneira, cousa bastante a
explicar o
despeito que lhe trazia a ameaça da separação; mas os impropérios, como entender que lhe chamasse nomes tão
feios, e
principalmente para deprimir costumes religiosos, que eram os seus? Que ela também ia à missa, e três ou quatro vezes
minha
mãe é que a levou, na nossa velha sege. Também lhe dera um rosário, uma cruz de ouro e um livro de Horas... Quis
defendê-la, mas Capitu não me deixou, continuou a chamar-lhe beata e carola, em voz tão alta que tive medo fosse
ouvida
dos pais. Nunca a vi tão irritada como então; parecia disposta a dizer tudo a todos. Cerrava os dentes, abanava a
cabeça...
Eu, assustado, não sabia que fizesse, repetia os juramentos, prometia ir naquela mesma noite declarar em casa que,
por nada
neste mundo, entraria no seminário.

--Você? Você entra.

--Não entro.

--Você verá se entra ou não.

Calou-se outra vez. Quando tornou a falar, tinha mudado; não e ainda a Capitu do costume, mas quase. Estava séria,
sem
aflição, falava baixo. Quis saber a conversação da minha casa; eu contei-lha toda, menos a parte que lhe dizia
respeito.

--E que interesse tem José Dias em lembrar isto? perguntou-me no fim.

--Acho que nenhum; foi só para fazer mal. É um sujeito muito ruim; mas, deixe estar que me há de pagar. Quando eu
for
dono d. casa, quem vai para a rua é ele; você verá; não me fica um instante Mamãe é boa demais; dá-lhe atenção
demais.
Parece até que chorou.

--José Dias?

--Não, mamãe.

--Chorou por quê?

--Não sei; ouvi só dizer que ela não chorasse, que não era cousa de choro... Ele chegou a mostrar-se arrependido, e
saiu; eu
então, para não ser apanhado, deixei o canto e corri para a varanda. Mas, deixe estar, que ele me paga!

Disse isto fechando o punho, e proferi outras ameaças. Ao relembrá-las, não me acho ridículo; a adolescência e a
infância
não são, neste pontos ridículas; é um dos seus privilégios. Este mal ou este perigo começa na mocidade, cresce na
madureza


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e atinge o maior grau na velhice. Aos quinze anos, há até certa graça em ameaçar muito e não executar nada.

Capitu refletia. A reflexão não era cousa rara nela, e conheciam-se as ocasiões pelo apertado dos olhos. Pediu-me
algumas
circunstâncias mais, as próprias palavras de uns e de outros, e o tom delas. Como eu não queria dizer o ponto inicial da
conversa, que era ela mesma, não lhe pude dar toda a significação. A tenção de Capitu estava agora particularmente
nas
lágrimas de minha mãe; não acabava de entendê-las. Em meio disto, confessou que certamente não era por mal que
minha
mãe me queria fazer padre; era a promessa antiga que ela, temente a Deus, não podia deixar de cumprir. Fiquei tão
satisfeito
de ver que assim espontaneamente reparava as injúrias que lhe saíram do peito, pouco antes, que peguei da mão dela
e
apertei-a muito. Capitu deixou-se ir, rindo; depois a conversa entrou a cochilar e dormir. Tínhamos chegado à janela;
um
preto, que, desde algum tempo, vinha apregoando cocadas, parou em frente e perguntou:

--Sinhazinha, qué cocada hoje?

--Não, respondeu Capitu.

--Cocadinha tá boa.

--Vá-se embora, replicou ela sem rispidez.

--Dê cá! disse eu descendo o braço para receber duas.

Comprei-as, mas tive de as comer sozinho; Capitu recusou. Vi que em meio da crise, eu conservava um canto para as
cocadas, o que tanto pode ser perfeição. como imperfeição, mas o momento não é para definições tais; fiquemos em
que a
minha amiga, apesar de equilibrada e lúcida, não quis saber de doce, e gostava muito de doce. Ao contrário, o pregão
que o
preto foi cantando, o pregão das velhas tardes, tão sabido do bairro e da nossa infância:

Chora, menina, chora

Chora, porque não tem

Vintém,

a modo que lhe deixara uma impressão aborrecida. Da toada não era; ela a sabia de cor e de longe, usava repeti-la nos
nossos jogos da puerícia, rindo, saltando, trocando os papéis comigo, ora vendendo, ora comprando um doce ausente.
Creio
que a letra, destinada a picar a vaidade das crianças, foi que a enojou agora, porque logo depois me disse:

--Se eu fosse rica, você fugia, metia-se no paquete e ia para a Europa.

Dito isto, espreitou-me os olhos, mas creio que eles não lhe disseram nada, ou só agradeceram a boa intenção. Com
efeito, o
sentimento era tão amigo que eu podia escusar o extraordinário da aventura.


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Como vês, Capitu, aos quatorze anos, tinha já idéias atrevidas, muito menos que outras que lhe vieram depois; mas
eram só
atrevidas em si, na prática faziam-se hábeis, sinuosas, surdas, e alcançavam o fim proposto, não de salto, mas aos
saltinhos.
Não sei se me explico bem. Suponde uma concepção grande executada por meios pequenos. Assim, para não sair do
desejo
vago e hipotético de me mandar para a Europa, Capitu, se pudesse cumpri-lo, não me faria embarcar no paquete e
fugir;
estenderia uma fila de canoas daqui até lá, por onde eu, parecendo ir à fortaleza da Laje em ponte movediça, iria
realmente
até Bordéus, deixando minha mãe na praia, à espera. Tal era a feição particular do caráter da minha amiga; pelo que,
não
admira que, combatendo os meus projetos de resistência franca, fosse antes pelos meios brandos, pela ação de
empenho, da
palavra, da persuasão lenta e diuturna, e examinasse antes as pessoas com quem podíamos contar. Rejeitou tio
Cosme, era
um "boa-vida", se não aprovava a minha ordenação, não era capaz de dar um passo para suspendê-la. Prima Justina
era
melhor que ele, e melhor que os dous seria o Padre Cabral, pela autoridade, mas o padre não havia de trabalhar contra
a
Igreja; só se eu lhe confessasse que não tinha vocação...

--Posso confessar?

--Pois, sim, mas seria aparecer francamente, e o melhor é outra cousa. José Dias...

--Que tem José Dias?

--Pode ser um bom empenho.

--Mas se foi ele mesmo que falou...

--Não importa, continuou Capitu; dirá agora outra cousa. Ele gosta muito de você. Não lhe fale acanhado. Tudo é que
você
não tenha medo, mostre que há de vir a ser dono da casa, mostre que quer e que pode. Dê-lhe bem a entender que não
é
favor. Faça-lhe também elogios; ele gosta muito de ser elogiado, D. Glória presta-lhe atenção; mas o principal não é
isso; é
que ele, tendo de servir a vocês falará com muito mais calor que outra pessoa.

--Não acho, não, Capitu.

-- Então vá para o seminário.

-- Isso não.

-- Mas que se perde em experimentar? Experimentemos; façam que lhe digo. Dona Glória pode ser que mude de
resolução;
se não mudar, faz-se outra cousa, mete-se então o Padre Cabral. Você não se lembra como é que foi ao teatro pela


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primeira
vez há dous meses D. Glória não queria e bastava isso para que José Dias não teimasse; mas ele queria ir, e fez um
discurso,
lembra-se?

--Lembra-me; disse que o teatro era uma escola de costumes.

--Justo; tanto falou que sua mãe acabou consentindo, e pagou a entrada aos dous... Ande, peça, mande. Olhe, diga-lhe
que
está pronto a ir estudar leis em São Paulo.

Estremeci de prazer. S. Paulo era um frágil biombo, destinado a ser arredado um dia. em vez da grossa parede
espiritual e
eterna Prometi falar a José Dias nos termos propostos. Capitu repetiu, acentuando alguns como principais; e
inquiria-me
depois sobre eles, a ver se entendera bem, se não trocara uns por outros. E insistia em que pedisse com boa cara, mas
assim
como quem pede um copo de água a pessoa que tem obrigação de o trazer. Conto estas minúncias cias para que
melhor se
entenda aquela manhã da minha amiga; logo virá a tarde, e da manhã e da tarde se fará o primeiro dia, como no
Gênesis,
onde se fizeram sucessivamente sete.

CAPÍTULO XIX / SEM FALTA

Quando voltei casa era noite. Vim depressa, não tanto, porém, que não pensasse nos termos em que falaria ao
agregado.
Formulei o pedido de cabeça, escolhendo as palavras que diria e o tom delas, entre seco e benévolo. Na chácara, antes
de
entrar em casa, repeti-as comigo, depois em voz alta, para ver se eram adequadas e se obedeciam às recomendações
de
Capitu: "Preciso falar-lhe, sem falta. amanhã; escolha o lugar e diga-me". Proferi-as lentamente, e mais lentamente
ainda as
palavras sem falta, como para sublinhá-las. Repeti-as ainda, e então achei-as secas demais, quase ríspidas, e,
francamente,
impróprias de um criançola para um homem maduro. Cuidei de escolher outras e parei.

Afinal disse comigo que as palavras podiam servir, tudo era dizê-las em tom que não ofendesse. E a prova é que,
repetindo-as novamente, saíram-me quase súplices. Bastava não carregar tanto, nem adoçar muito, um meio-termo.
"E
Capitu tem razão, pensei, a casa é minha, ele é um simples agregado... Jeitoso é, pode muito bem trabalhar por mim, e
desfazer o plano de mamãe."

CAPÍTULO XX / MIL PADRE-NOSSOS E MIL AVE-MARIAS

Levantei os olhos ao céu, que começava a embruscar-se, mas não foi para vê-lo coberto ou descoberto. Era ao outro
céu
que eu erguia a minha alma; era ao meu refúgio, ao meu amigo. E então disse de mim para mim: "Prometo rezar mil
padre-nossos e mil ave-marias, se José Dias arranjar que eu não vá para o seminário".



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A soma era enorme. A razão é que eu andava carregado de promessas não cumpridas. A última foi de duzentos
padre-nossos e duzentas ave-marias, se não chovesse em certa tarde de passeio a Santa Teresa. Não choveu, mas eu
não
rezei as orações. Desde pequenino acostumara-me a pedir ao céu os seus favores, mediante orações que diria, se eles
viessem. Disse as primeiras, as outras foram adiadas, e à medida que se amontoavam iam sendo esquecidas. Assim
cheguei
aos números vinte, trinta, cinqüenta. Entrei nas centenas e agora no milhar. Era um modo de peitar a vontade divina
pela
quantia das orações; além disso, cada promessa nova era feita e jurada no sentido de pagar a dívida antiga. Mas vão
lá matar
a preguiça de uma alma que a trazia do berço e não a sentia atenuada pela vida! O céu fazia-me o favor, eu adiava a
paga.
Afinal perdi-me nas contas.

"Mil, mil", repeti comigo.

Realmente, a matéria do benefício era agora imensa, não menos que a salvação ou o naufrágio da minha existência
inteira.
Mil, mil, mil. Era preciso uma soma que pagasse os atrasados todos. Deus podia muito bem, irritado com os
esquecimentos,
negar-se a ouvir-me sem muito dinheiro... Homem grave, é possível que estas agitações de menino te enfadem, se é
que não
as achas ridículas. Sublimes não eram. Cogitei muito no modo de resgatar a dívida espiritual. Não achava outra
espécie em
que, mediante a intenção, tudo se cumprisse, fechando a escrituração da minha consciência moral sem deficit.
Mandar dizer
cem missas, ou subir de joelhos a ladeira da Glória para ouvir uma, ir à Terra Santa, tudo o que as velhas escravas me
contavam de promessas célebres, tudo me acudia sem se fixar de vez no espírito. Era muito duro subir uma ladeira de
joelhos; devia feri-los por força. A Terra Santa ficava muito longe. As missas eram numerosas, podiam empenhar-me
outra
vez a alma...

CAPÍTULO XXI / PRIMA JUSTINA

Na varanda achei prima Justina, passeando de um lado para outro. Veio ao patamar e perguntou-me onde estivera.

--Estive aqui ao pé, conversando com D. Fortunata, e distraí-me. É tarde, não é? Mamãe perguntou por mim?

--Perguntou, mas eu disse que você já tinha vindo.

A mentira espantou-me, não menos que a franqueza da notícia. Não é que prima Justina fosse de biocos, dizia
francamente a
Pedro o mal que pensava de Paulo, e a Paulo o que pensava de Pedro; mas, confessar que mentira é que me pareceu
novidade. Era quadragenária, magra e pálida, boca fina e olhos curiosos. Vivia conosco por favor de minha mãe, e
também
por interesse; minha mãe queria ter uma senhora íntima ao pé de si, e antes parenta que estranha.

Passeamos alguns minutos na varanda, alumiada por um lampião. Quis saber se eu não esquecera os projetos
eclesiásticos de
minha mãe, e dizendo-lhe eu que não, inquiriu-me sobre o gosto que eu tinha à vida de padre. Respondi esquivo:


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--Vida de padre é muito bonita.

-- Sim, é bonita; mas o que pergunto é se você gostaria de ser padre, explicou rindo.

--Eu gosto do que mamãe quiser.

--Prima Glória deseja muito que você se ordene, mas ainda que não desejasse, há cá em casa quem lhe meta isso na
cabeça.

--Quem é?

--Ora, quem! Quem é que há de ser? Primo Cosme não é, que não se importa com isso; eu também não.

--José Dias? concluí.

--Naturalmente.

Enruguei a testa interrogativamente, como se não soubesse nada Prima Justina completou a notícia dizendo que ainda
naquela
tarde José Dias lembrara a minha mãe a promessa antiga.

--Prima Glória pode ser que, em passando os dias, vá esquecendo a promessa; mas como há de esquecer se uma
pessoa
estiver sempre, nos ouvidos, zás que darás, falando do seminário? E os discursos que ele faz, os elogios da Igreja, e que
a
vida de padre é isto e aquilo, tudo com aquelas palavras que só ele conhece, e aquela afetação... Note que é só para
fazer
mal, porque ele é tão religioso como este lampião. Pois é verdade, ainda hoje. Você não se dê por achado... Hoje de
tarde
falou como você não imagina...

--Mas falou à toa? perguntei, a ver se ela contava a denúncia do meu namoro com a vizinha.

Não contou; fez apenas um gesto como indicando que havia outra cousa que não podia dizer. Novamente me
recomendou
que não me desse por achado, e recapitulou todo o mal que pensava de José Dias e não era pouco, um intrigante, um
bajulador, um especulador, e, apesar da casca de polidez, um grosseirão. Eu, passados alguns instantes, disse:

--Prima Justina, a senhora era capaz de uma cousa?

--De quê?

--Era capaz de... Suponha que eu gostasse de ser padre... a senhora podia pedir a mamãe...

--Isso não, atalhou prontamente; prima Glória tem este negócio firme na cabeça, e não há nada no mundo que a faça
mudar
de resolução; só o tempo. Você ainda era pequenino, já ela contava isto a todas as pessoas da nossa amizade, ou só
conhecidas. Lá avivar-lhe a memória, não, que eu não trabalho para a desgraça dos outros; mas também, pedir outra
cousa,


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não peço, Se ela me consultasse bem; se ela me dissesse: "Prima Justina, você que acha?", a minha resposta era:
"Prima
Glória, eu penso que, se ele gosta de ser padre, pode ir; mas, se não gosta, o melhor é ficar". É o que eu diria e direi se
ela
me consultar algum dia. Agora, ir falar-lhe sem ser chamada, não faço.

CAPÍTULO XXII / SENSAÇÕES ALHEIAS

Não alcancei mais nada, e para o fim arrependi-me do pedido: devia ter seguido o conselho de Capitu. Então, como eu
quisesse ir para dentro, prima Justina reteve-me alguns minutos, falando do calor e da próxima festa da Conceição,
dos meus
velhos oratórios, e finalmente de Capitu. Não disse mal dela; ao contrário insinuou-me que podia vir a ser uma moça
bonita.
Eu, que já a achava lindíssima, bradaria que era a mais bela criatura do mundo, se o receio me não fizesse discreto.
Entretanto, como prima Justina se metesse a elogiar-lhe os modos, a gravidade, os costumes, o trabalhar para os seus,
o
amor que tinha a minha mãe, tudo isto me acendeu a ponto de elogiá-la também. Quando não era com palavras, era
com o
gesto de aprovação que dava a cada uma das asserções da outra, e certamente com a felicidade que devia
iluminar-me a
cara. Não adverti que assim confirmava a denúncia de José Dias, ouvida por ela, à tarde, na sala de visitas, se é que
também
ela não desconfiava já. Só pensei nisso na cama. Só então senti que os olhos de prima Justina, quando eu falava,
pareciam
apalpar-me, ouvir-me, cheirar-me, gostar-me, fazer o ofício de todos os sentidos. Ciúmes não podiam ser; entre um
pirralho
da minha idade e uma viúva quarentona não havia lugar para ciúmes. É certo que, após algum tempo, modificou os
elogios a
Capitu, e até lhe fez algumas críticas, disse-me que era um pouco trêfega e olhava por baixo; mas ainda assim, não
creio que
fossem ciúmes. Creio antes... sim... sim, creio isto. Creio que prima Justina achou no espetáculo das sensações alheias
uma
ressurreição vaga das próprias. Também se goza por influição dos lábios que narram.

CAPÍTULO XXIII / PRAZO DADO

--Preciso falar-lhe amanhã, sem falta; escolha o lugar e diga-me.

Creio que José Dias achou desusado este meu falar. O tom não me saíra tão imperativo como eu receava, mas as
palavras o
eram, e o não interrogar, não pedir, não hesitar, como era próprio da criança e do meu estilo habitual, certamente lhe
deu
idéia de uma pessoa nova e de uma nova situação. Foi no corredor, quando íamos para o chá. José Dias vinha
andando
cheio de leitura de Walter Scott que fizera a minha mãe e a prima Justina. Lia cantado e compassado. Os castelos e os
parques saíam maiores da boca dele, os lagos tinham mais água e a "abóbada celeste" contava alguns milhares mais
de
estrelas centelhantes. Nos diálogos, alternava o som das vozes, que eram levemente grossas ou finas, conforme o sexo
dos
interlocutores, e reproduziam com moderação a ternura e a cólera.


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Ao despedir-se de mim, na varanda, disse-me ele:

--Amanhã, na rua. Tenho umas compras que fazer, você pode ir comigo, pedirei a mamãe. É dia de lição?

--A lição foi hoje.

--Perfeitamente. Não lhe pergunto o que é; afirmo desde já que é matéria grave e pura.

--Sim, senhor.

--Até amanhã.

Fez-se tudo o melhor possível. Houve só uma altercarão; minha mãe achou o dia quente e não consentiu que eu fosse
a pé;
entramos no ônibus, à porta de casa.

--Não importa, disse-me José Dias; podemos apear-nos à porta do Passeio Público.

CAPÍTULO XXIV / DE MÃE E DE SERVO

José Dias tratava-me com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui logo que comecei a
andar
fora, foi dispensar-me o pajem; fez-se pajem, ia comigo à rua. Cuidava dos meus arranjos em casa, dos meus livros,
dos
meus sapatos, da minha higiene e da minha prosódia. Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da
desinência
exata, ele a corrigia, meio sério para dar autoridade à lição, meio risonho para obter o perdão da emenda Ajudava
assim o
mestre de primeiras letras. Mais tarde, quando o Padre Cabral me ensinava latim, doutrina e história sagrada, ele
assistia às
lições, fazia reflexões eclesiásticas, e, no fim, perguntava ao padre: "Não é verdade que o nosso jovem amigo caminha
depressa?" Chamava-me "um prodígio"; dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes, mas que
eu
excedia a todos esses, sem contar que, para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas. Eu,
posto
não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio.

CAPÍTULO XXV / NO PASSEIO PÚBLICO

Entramos no Passeio Público. Algumas caras velhas, outras doentes ou só vadias espalhavam-se melancolicamente no
caminho que vai da porta ao terraço. Seguimos para o terraço. Andando, para me dar animo, falei do jardim:

--Há muito tempo que não venho aqui, talvez um ano.

--Perdoe-me, atalhou ele, não há três meses que esteve aqui com o nosso vizinho Pádua; não se lembra?

--É verdade, mas foi tão de passagem. . .

--Ele pediu a sua mãe que o deixasse trazer consigo, e ela, que é boa como a mãe de Deus, consentiu; mas ouça-me, já


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que
falamos nisto, não é bonito que você ande com o Pádua na rua.

--Mas eu andei algumas vezes...

--Quando era mais jovem; em criança, era natural, ele podia passar por criado. Mas você está ficando moço e ele vai
tomando confiança. D. Glória, afinal, não pode gostar disso. A gente Pádua não é de todo má. Capitu, apesar daqueles
olhos
que o Diabo lhe deu... Você já reparou nos olhos dela? São assim de cigana oblíqua e dissimulada. Pois, apesar deles,
poderia passar, se não fosse a vaidade e a adulação. Oh! a adulação! D. Fortunata merece estima, e ele não nego que
seja
honesto, tem um bom emprego, possui a casa em que mora, mas honestidade e estima não bastam, e as outras
qualidades
perdem muito de valor com as más companhias em que ele anda. Pádua tem uma tendência para gente reles. Em lhe
cheirando a homem chulo é com ele. Não digo isto por ódio, nem porque ele fale mal de mim e se ria, como se riu, há
dias,
dos meus sapatos acalcanhados...

--Perdão, interrompi suspendendo o passo, nunca ouvi que falasse mal do senhor; pelo contrário, um dia. não há muito
tempo, disse ele a um sujeito, em minha presença, que o senhor era "um homem de capacidade e sabia falar como um
deputado nas camaras."

José Dias sorriu deliciosamente, mas fez um esforço grande e fechou outra vez o rosto; depois replicou:

--Não lhe agradeço nada. Outros, de melhor sangue, me têm feito o favor de juízos altos. E nada disso impede que ele
seja o
que lhe digo.

Tínhamos outra vez andado, subimos ao terraço, e olhamos para o mar.

--Vejo que o senhor não quer senão o meu benefício, disse eu depois de alguns instantes.

--Pois que outra cousa, Bentinho?

--Neste caso, peço-lhe um favor.

--Um favor? Mande, ordene, que é?

--Mamãe...

Durante algum tempo não pude dizer o resto, que era pouco, e vinha de cor. José Dias tornou a perguntar o que era,
sacudia-me com brandura, levantava-me o queixo e espetava os olhos em mim, ansioso também, como a prima
Justina na
véspera.

--Mamãe quê? Que é que tem mamãe?

--Mamãe quer que eu seja padre, mas eu não posso ser padre, disse finalmente.

José Tobias endireitou-se pasmado.


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--Não posso, continuei eu, não menos pasmado que ele, não tenho jeito, não gosto da vida de padre. Estou por tudo o
que
ela quiser, mamãe sabe que eu faço tudo o que ela manda; estou pronto a ser o que for do seu agrado, até cocheiro de
ônibus. Padre, não; não posso ser padre. A carreira é bonita, mas não é para mim.

Todo esse discurso não me saiu assim, de vez, enfiado natural mente, peremptório, como pode parecer do texto, mas
aos
pedaços, mastigado, em voz um pouco surda e tímida. Não obstante, José Dias ouvira-o espantado. Não contava
certamente com a resistência, por mais acanhada que fosse; mas o que ainda mais o assombrou foi esta conclusão:

--Conto com o senhor para salvar-me.

Os olhos do agregado escancararam-se, as sobrancelhas arquearam-se, e o prazer que eu contava dar-lhe com a
escolha da
proteção não se mostrou em nenhum dos músculos. Toda a cara dele era pouca para a estupefação. Realmente, a
matéria do
discurso revelara em mim uma alma nova; eu próprio não me conhecia. Mas a palavra final é que trouxe um vigor
único. José
Dias ficou aturdido. Quando os olhos tornaram às dimensões ordinárias:

--Mas que posso eu fazer? perguntou.

--Pode muito. O senhor sabe que, em nossa casa, todos o apreciam Mamãe pede muita vez os seus conselhos, não é?
Tio
Cosme diz que o senhor é pessoa de talento...

--São bondades, retorquiu lisonjeado. São favores de pessoas dignas, que merecem tudo... Aí está! nunca ninguém me
há de
ouvir dizer nada de pessoas tais, por quê? porque são ilustres e virtuosas. Sua mãe é uma santa, seu tio é um cavalheiro
perfeitíssimo Tenho conhecido famílias distintas; nenhuma poderá vencer a sua em nobreza de sentimentos. O talento
que seu
tio acha em mim confesso que o tenho, mas é só um,--é o talento de saber o que é bom e digno de admiração e de
apreço.

--Há de ser também o de proteger os amigos, como eu.

--Em que lhe posso valer, anjo do céu? Não hei de dissuadir sua mãe de um projeto que é, além de promessa, a
ambição e
O sonho de longos anos. Quando pudesse, é tarde. Ainda ontem fez-me o favor de dizer: "José Dias, preciso meter
Bentinho
no seminário".

Timidez não é tão ruim moeda, como parece. Se eu fosse destemido, é provável que, com a indignação que
experimentei,
rompesse a chamar-lhe mentiroso, mas então seria preciso confessar-lhe que estivera à escuta, atrás da porta, e uma
ação
valia outra. Contentei-me de responder que não era tarde.

--Não é tarde, ainda é tempo, se o senhor quiser.


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-- Se eu quiser? Mas que outra cousa quero eu, senão servi-lo. Que desejo, senão que seja feliz, como merece?

--Pois ainda é tempo. Olhe, não é por vadiação. Estou pronto: para tudo; se ela quiser que eu estude leis, vou para S.
Paulo...

CAPÍTULO XXVI / AS LEIS SÃO BELAS

Pela cara de José Dias passou algo parecido com o reflexo de uma idéia, -- uma idéia que o alegrou
extraordinariamente.
Calou se alguns instantes; eu tinha os olhos nele, ele voltara os seus para o lado da barra. Como insistisse:

--É tarde, disse ele, mas, para lhe provar que não há falta de vontade, irei falar a sua mãe. Não prometo vencer, mas
lutar;
trabalharei com alma. Deveras, não quer ser padre? As leis são belas; meu querido... Pode ir a S. Paulo, a Pernambuco,
ou
ainda mais longe. Há boas universidades por esse mundo fora. Vá para as leis, se tal é a sua vocação. Vou falar a D.
Glória,
mas não conte só comigo, fale também a seu tio.

--Hei de falar.

--Pegue-se também com Deus,-- com Deus e a Virgem Santíssima, concluiu apontando para o céu.

O céu estava meio enfarruscado. No ar, perto da praia, grandes pássaros negros faziam giros, avançando ou pairando,
e
desciam a roçar os pés, na água, e tornavam a erguer-se para descer novamente. Mas nem as sombras do céu, nem as
danças fantásticas dos pássaros me desviavam o espírito do meu interlocutor. Depois de lhe responder que sim,
emendei-me:

--Deus fará o que o senhor quiser.

--Não blasfeme. Deus é dono de tudo; ele é, só por si, a terra e o céu, o passado, o presente e o futuro. Peça-lhe a sua
felicidade que eu não faço outra cousa... Uma vez que você não pode ser padre, e prefere as leis... As leis são belas,
sem
desfazer na teologia que é melhor que tudo, como a vida eclesiástica é a mais santa...

Por que não há de ir estudar leis fora daqui? Melhor é ir logo para alguma universidade, e ao mesmo tempo que estuda,
viaja:
Podemos ir juntos, veremos as terras estrangeiras, ouviremos inglês, francês, italiano, espanhol, russo e até sueco. D.
Glória
provavelmente não poderá acompanhá-lo; ainda que possa e vá, não quererá guiar os negócios, papéis, matrículas, e
cuidar
de hospedarias, e andar com você de um lado para outro... Oh! as leis são belíssimas!

--Está dito, pede a mamãe que me não meta no seminário?

--Pedir, peço, mas pedir não é alcançar. Anjo do meu coração, se vontade de servir é poder de mandar, estamos aqui,
estamos a bordo! Ah! você não imagina o que é a Europa; Oh! a Europa...



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Levantou a perna e fez uma pirueta. Uma das suas ambições era tornar à Europa, falava dela muitas vezes, sem
acabar de
tentar minha mãe nem tio Cosme, por mais que louvasse os ares e as belezas... Não contava com esta possibilidade de
ir
comigo, e lá ficar durante a eternidade dos meus estudos.

--Estamos a bordo, Bentinho, estamos a bordo!

CAPÍTULO XXVII / AO PORTÃO

No portão do Passeio, um mendigo estendeu-nos a mão. José Dias passou adiante, mas eu pensei em Capitu e no
seminário,
tirei dous vinténs do bolso e dei-os ao mendigo. Este beijou a moeda; eu pedi-lhe que rogasse a Deus por mim, a fim de
que
eu pudesse satisfazer todos os meus desejos.

--Sim, meu devoto!

--Chamo-me Bento, acrescentei para esclarecê-lo.

CAPÍTULO XXVIII / NA RUA

José Dias ia tão contente que trocou o homem dos momentos graves, como era à rua, pelo homem dobradiço e
inquieto.
Mexia-se todo, falava de tudo, fazia-me parar a cada passo diante de um mostrador ou de um cartaz de teatro.
Contava-me
o enredo de algumas peças, recitava monólogos em verso. Fez os recados todos, pagou contas, recebeu aluguéis de
casa;
para si comprou um vigésimo de loteria. Afinal, o homem teso rendeu o flexível, e passou a falar pausado, com
superlativos.
Não vi que a mudança era natural; temi que houvesse mudado a resolução assentada, e entrei a tratá-lo com palavras
e
gestos carinhosos, até entrarmos no ônibus.

CAPÍTULO XXIX / O IMPERADOR

Em caminho, encontramos o Imperador, que vinha da Escola de Medicina. O ônibus em que íamos parou, como todos
os
veículos; os passageiros desceram à rua e tiraram o chapéu, até que o coche imperial passasse. Quando tornei ao meu
lugar,
trazia uma idéia fantástica, a idéia de ir ter com o Imperador, contar-lhe tudo e pedir-lhe a intervenção. Não confiaria
esta
idéia a Capitu. "Sua Majestade pedindo, mamãe cede", pensei comigo.

Vi então o Imperador escutando-me, refletindo e acabando por dizer que sim, que iria falar a minha mãe; eu
beijava-lhe a
mão, com lágrimas. E logo me achei em casa, à esperar até que ouvi os batedores e o piquete de cavalaria; é o
Imperador! é
o Imperador! toda a gente chegava as janelas para vê-lo passar, mas não passava, o coche parava à nossa porta, o
Imperador apeava-se e entrava. Grande alvoroço na vizinhança: "O Imperador entrou em casa de D. Glória! Que será?


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Que
não será?" A nossa família saía a recebê-lo; minha mãe era a primeira que lhe beijava a mão. Então o Imperador,
todo
risonho, sem entrar na sala ou entrando, --não me lembra bem, os sonhos são muita vez confusos,--pedia a minha mãe
que
me não fizesse padre, -- e ela, lisonjeada e obediente, prometia que não.

--A medicina, por que lhe não manda ensinar medicina?

--Uma vez que é do agrado de Vossa Majestade..

--Mande ensinar-lhe medicina; é uma bonita carreira, e nós temos aqui bons professores. Nunca foi à nossa Escola? É
uma
bela Escola. Já temos médicos de primeira ordem, que podem ombrear com os melhores de outras terras. A medicina é
uma
grande ciência; basta só isto de dar a saúde aos outros, conhecer as moléstias. combatê-las, vencê-1as... A senhora
mesma
há de ter visto milagres Seu marido morreu, mas a doença era fatal, e ele não tinha cuidado em si... É uma bonita
carreira:
mande-o para a nossa Escola. Faça isso por mim, sim? Você quer, Bentinho?

-- Mamãe querendo.

-- Quero, meu filho. Sua Majestade manda.

Então o Imperador dava outra vez a mão a beijar, e saía, acompanhado de todos nós, a rua cheia de gente, as janelas
atopetadas, um silêncio de assombro: o Imperador entrava no coche. inclinava-se e fazia um gesto de adeus, dizendo
ainda:
"A medicina, a nossa Escola." E o coche partia entre invejas e agradecimentos.

Tudo isso vi e ouvi. Não, a imaginação de Ariosto não é mais fértil que a das crianças e dos namorados, nem a visão
do
impossível precisa mais que de um recanto de ônibus. Consolei-me por instantes, digamos minutos, até destruir-se o
plano e
voltar-me para as caras sem sonhos dos meus companheiros.

CAPÍTULO XXX / O SANTÍSSlMO

Terás entendido que aquela lembrança do Imperador acerca da medicina não era mais que a sugestão da minha
pouca
vontade de sair do Rio de Janeiro. Os sonhos do acordado são como os outros sonhos, tecem-se pelo desenho das
nossas
inclinações e das nossas recordações. Vá que fosse para S. Paulo, mas a Europa... Era muito longe, muito mar e muito
tempo. Viva a medicina! Iria contar estas esperanças a Capitu.

--Parece que vai sair o Santíssimo, disse alguém no ônibus. Ouço um sino; é, creio que é em Santo Antônio dos Pobres.
Pare, Sr. recebedor!

O recebedor das passagens puxou a correia que ia ter ao braço do cocheiro, o ônibus parou, e o homem desceu. José
Dias


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deu duas voltas rápidas à cabeça, pegou-me no braço e fez-me descer consigo. Iríamos também acompanhar o
Santíssimo.
Efetivamente, o sino chamava os fiéis àquele serviço da última hora. Já havia algumas pessoas na sacristia. Era a
primeira vez
que me achava em momento tão grave; obedeci, a princípio constrangido, mas logo depois satisfeito, menos pela
caridade do
serviço que por me dar um ofício de homem. Quando o sacristão começou a distribuir as opas, entrou um sujeito
esbaforido,
era o meu vizinho Pádua, que também ia acompanhar o Santíssimo. Deu conosco, veio cumprimentar-nos. José Dias
fez um
gesto de aborrecido, e apenas lhe respondeu com uma palavra seca, olhando para o padre que lavava as mãos.
Depois,
como Pádua falasse ao sacristão, baixinho, aproximou-se deles; eu fiz a mesma cousa. Pádua solicitava do sacristão
uma das
varas do pálio. José Dias pediu uma para si.

--Há só uma disponível, disse o sacristão.

--Pois essa, disse José Dias.

--Mas eu tinha pedido primeiro, aventurou Pádua.

--Pediu primeiro, mas entrou tarde, retorquiu José Dias; eu já cá estava. Leve uma tocha.

Pádua, apesar do medo que tinha ao outro, teimava em querer a vara, tudo isto em voz baixa e surda. O sacristão
achou
meio de conciliar a rivalidade, tomando a si obter de um dos outros seguradores do pálio que cedesse a vara ao Pádua,
conhecido na paróquia, como José Dias. Assim fez, mas José Dias transtornou ainda esta combinação. Não, uma vez
que
tínhamos outra vara disponível, pedia-a para mim, "jovem seminarista", a quem esta distinção cabia mais
diretamente. Pádua
ficou pálido, como as tochas. Era pôr à prova o coração de um pai. O sacristão, que me conhecia de me ver ali com
minha
mãe, aos domingos, perguntou de curioso se eu era deveras seminarista.

--Ainda não, mais vai sê-lo, respondeu José Dias piscando o olho esquerdo para mim, que, apesar do aviso, fiquei
zangado.

--Bem, cedo ao nosso Bentinho, suspirou o pai de Capitu.

Pela minha parte, quis ceder-lhe a vara; lembrou-me que ele costumava acompanhar o Santíssimo Sacramento aos
moribundos levando uma tocha, mas que a última vez conseguira uma vara do pálio. A distinção especial do pálio
vinha de
cobrir o vigário e o sacramento; para tocha qualquer pessoa servia. Foi ele mesmo que me contou e explicou isto, cheio
de
uma glória pia e risonha. Assim fica entendido o alvoroço com que entrara na igreja; era a segunda vez do pálio, tanto
que
cuidou logo de ir pedi-lo. E nada! E tornava à tocha comum, outra vez a interinidade interrompida; o administrador
regressava ao antigo cargo... Quis ceder-lhe a vara; o agregado tolheu-me esse ato de generosidade, e pediu ao
sacristão


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que nos pusesse, a ele e a mim, com as duas varas da frente, rompendo a marcha do pálio.

Opas enfiadas, tochas distribuídas e acesas, padre e cibório prontos, o sacristão de hissope e campainha nas mãos,
saiu o
préstito à rua. Quando me vi com uma das varas, passando pelos fiéis, que se ajoelhavam. fiquei comovido. Pádua
roía a
tocha amargamente.

É uma metáfora, não acho outra forma mais viva de dizer a dor e a humilhação do meu vizinho. De resto, não pude
mirá-lo
por muito tempo, nem ao agregado, que, paralelamente a mim, erguia a cabeça com o ar de ser ele próprio o Deus dos
exércitos. Com pouco, senti-me me cansado; os braços caíam-me, felizmente a casa era perto, na Rua do Senado.

A enferma era uma senhora viúva, tísica, tinha uma filha de quina ou dezesseis anos que estava chorando à porta do
quarto.
A moça não era formosa, talvez nem tivesse graça, os cabelos caíam despenteados, e as lágrimas faziam-lhe
encarquilhar os
olhos. Não obstante o total falava e cativava o coração. O vigário confessou a doente, deu-lhe a comunhão e os
santos
óleos. O pranto da moça redobrou tanto que senti os meus olhos molhados e fugi. Vim para perto de uma janela. Pobre
criatura! A dor era comunicativa em si mesma complicada da lembrança de minha mãe, doeu-me mais, e, quando
enfim
pensei em Capitu, senti um ímpeto de soluçar também, enfiei pelo corredor, e ouvi alguém dizer-me:

--Não chore assim!

A imagem de Capitu ia comigo, e a minha imaginação, assim como lhe atribuíra lágrimas, há pouco, assim lhe encheu
a boca
de riso agora; vi-a escrever no muro, falar-me, andar à volta, com os braços no ar; ouvi distintamente o meu nome, de
uma
doçura que me embriagou, e a voz era dela. As tochas acesas, tão lúgubres na ocasião tinham-me ares de um lustre
nupcial...
Que era lustre nupcial Não sei; era alguma cousa contrária à morte, e não vejo outra mais que bodas. Esta nova
sensação me
dominou tanto que José Dias veio a mim, e me disse ao ouvido, em voz baixa:

--Não ria assim!

Fiquei sério depressa. Era o momento da saída. Peguei da minha vara; e, como já conhecia a distancia, e agora
voltávamos
para a igreja, o que fazia a distancia menor, -- o peso da vara era mui pequeno. Demais, o sol cá fora, a animação da
rua, os
rapazes da minha idade que me fitavam cheios de inveja, as devotas que chegavam às janelas ou entravam nos
corredores e
se ajoelhavam à nossa passagem, tudo me enchia a alma de lepidez nova.

Pádua, ao contrário, ia mais humilhado. Apesar de substituído por mim, não acabava de se consolar da tocha, da
miserável
tocha. E contudo havia outros que também traziam tocha, e apenas mostravam a compostura do ato; não iam
garridos, mas


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também não iam tristes. Via-se que caminhavam com honra.

CAPÍTULO XXXI / AS CURIOSIDADES DE CAPITU

Capitu preferia tudo ao seminário. Em vez de ficar abatida com a ameaça da larga separação, se vingasse a idéia da
Europa,
mostrou se satisfeita. E quando eu lhe contei o meu sonho imperial:

-- Não, Bentinho, deixemos o Imperador sossegado, replicou; fiquemos por ora com a promessa de José Dias. Quando
é
que ele disse que falaria a sua mãe?

--Não marcou dia; prometeu que ia ver; que falaria logo que pudesse, e que me pegasse com Deus.

Capitu quis que lhe repetisse as respostas todas do agregado, as alterações do gesto e até a pirueta, que apenas lhe
contara.
Pedia o som das palavras. Era minuciosa e atenta; a narração e o diálogo, tudo parecia remoer consigo. Também se
pode
dizer que conferia, rotulava e pregava na memória a minha exposição. Esta imagem é porventura melhor que a outra,
mas a
ótima delas é nenhuma. Capitu era Capitu, isto é, uma criatura mui particular, mais mulher do que eu era homem. Se
ainda o
não disse, aí fica. Se disse, fica também. Há conceitos que se devem incutir na alma do leitor, à força de repetição.

Era também mais curiosa. As curiosidades de Capitu dão para um Capítulo. Eram de vária espécie, explicáveis e
inexplicáveis, assim úteis como inúteis, umas graves, outras frívolas; gostava de saber tudo. No colégio onde, desde os
sete
anos, aprendera a ler, escrever e contar, francês, doutrina e obras de agulha, não aprendeu, por exemplo, a fazer renda-
por
isso mesmo, quis que prima Justina lhe ensinasse. Se não estudou latim com o Padre Cabral foi porque o padre, depois
de
lhe propor gracejando, acabou dizendo que latim não era língua de meninas. Capitu confessou-me um dia que esta
razão
acendeu nela o desejo de o saber. Em compensação, quis aprender inglês com um velho professor amigo do pai e
parceiro
deste ao solo, mas não foi adiante. Tio Cosme ensinou-lhe gamão.

--Anda apanhar um capotinho, Capitu, dizia-lhe ele.

Capitu obedecia e jogava com facilidade, com atenção, não sei se diga com amor. Um dia fui achá-la desenhando a
lápis um
retrato; dava os últimos rasgos, e pediu-me que esperasse para ver se estava parecido. Era o de meu pai, copiado da
tela
que minha mãe tinha na sala e que ainda agora está comigo. Perfeição não era; ao contrário, os olhos saíram
esbugalhados, e
os cabelos eram pequenos círculos uns sobre outros. Mas, não tendo ela rudimento algum de arte, e havendo feito
aquilo de
memória em poucos minutos, achei que era obra de muito merecimento- descontai-me a idade e a simpatia. Ainda
assim,
estou que aprenderia facilmente pintura, como aprendeu música mais tarde. Já então namorava o piano da nossa


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casa, velho
traste inútil, apenas de estimação. Lia os nossos romances, folheava os nossos livros de gravuras, querendo saber das
ruínas,
das pessoas, das campanhas, o nome, a história, o lugar. José Dias dava-lhe essas notícias com certo orgulho de
erudito. A
erudição deste não avultava muito mais que a sua homeopatia de Cantagalo.

Um dia. Capitu quis saber o que eram as figuras da sala de visitas. O agregado disse-lho sumariamente, demorando-se
um
pouco mais em César, com exclamações em latim:

--César! Júlio César! Grande homem! Tu quoque, Brute?

Capitu não achava bonito o perfil de César, mas as ações citadas por José Dias davam-lhe gestos de admiração. Ficou
muito
tempo com a cara virada para ele. Um homem que podia tudo! que fazia tudo! Um homem que dava a uma senhora
uma
pérola do valor de seis milhões de sestércio!

--E quanto valia cada sestércio?

José Dias, não tendo presente o valor do sestércio, respondeu entusiasmado:

--É o maior homem da história!

A pérola de César acendia os olhos de Capitu. Foi nessa ocasião que ela perguntou a minha mãe por que é que já não
usava
as jóias do retrato; referia-se ao que estava na sala, com o de meu pai, tinha um grande colar, um diadema e brincos.

--São jóias viúvas, como eu, Capitu.

-- Quando é que botou estas?

-- Foi pelas festas da Coroação.

--Oh! conte-me as festas da Coroação!

Sabia já o que os pais lhe haviam dito, mas naturalmente tinha para si que eles pouco mais conheceriam do que o que
se
passou nas ruas. Queria a notícia das tribunas da Capela Imperial e dos salões dos bailes. Nascera muito depois
daquelas
festas célebres. Ouvindo falar várias vezes da Maioridade, teimou um dia em saber o que fora este acontecimento;
disseram-lho, e achou que o Imperador fizera muito bem em querer subir ao trono aos quinze anos. Tudo era matéria
às
curiosidades de Capitu, mobílias antigas, alfaias velhas, costumes, notícias de Itaguaí, a infância e a mocidade de
minha mãe,
um dito daqui, uma lembrança dali, um adágio dacolá...

CAPÍTULO XXXII / OLHOS DE RESSACA



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Tudo era matéria às curiosidades de Capitu. Caso houve, porém, no qual não sei se aprendeu ou ensinou, ou se fez
ambas as
cousas, como eu. É o que contarei no outro Capítulo. Neste direi somente que, passados alguns dias do ajuste com o
agregado, fui ver a minha amiga; eram dez horas da manhã. D. Fortunata, que estava no quintal nem esperou que eu
lhe
perguntasse pela filha.

--Está na sala penteando o cabelo, disse-me; vá devagarzinho para lhe pregar um susto.

Fui devagar, mas ou o pé ou o espelho traiu-me. Este pode ser que não fosse; era um espelhinho de pataca (perdoai a
barateza), comprado a um mascate italiano, moldura tosca, argolinha de latão, pendente da parede, entre as duas
janelas. Se
não foi ele, foi o pé. Um ou outro, a verdade é que, apenas entrei na sala, pente, cabelos, toda ela voou pelos ares, e só
lhe
ouvi esta pergunta:

--Há alguma cousa?

--Não há nada, respondi; vim ver você antes que o Padre Cabral chegue para a lição. Como passou a noite?

--Eu bem. José Dias ainda não falou?

--Parece que não.

-- Mas então quando fala?

--Disse-me que hoje ou amanhã pretende tocar no assunto; não vai logo de pancada, falará assim por alto e por longe,
um
toque. Depois, entrará em matéria. Quer primeiro ver se mamãe tem a resolução feita...

-- Que tem, tem, interrompeu Capitu. E se não fosse preciso alguém para vencer já, e de todo, não se lhe falaria. Eu já
nem
sei se José Dias poderá influir tanto; acho que fará tudo, se sentir que você realmente não quer ser padre, mas poderá
alcançar?... Ele é atendido; se, porém... É um inferno isto! Você teime com ele, Bentinho.

--Teimo- hoje mesmo ele há de falar.

--Você jura?

--Juro. Deixe ver os olhos, Capitu.

Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, "olhos de cigana oblíqua e dissimulada." Eu não sabia o que
era
obliqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar. Só me
perguntava o
que era, se nunca os vira, eu nada achei extraordinário; a cor e a doçura eram minhas conhecidas. A demora da
contemplação creio que lhe deu outra idéia do meu intento; imaginou que era um pretexto para mirá-los mais de perto,
com
os meus olhos longos, constantes, enfiados neles, e a isto atribuo que entrassem a ficar crescidos, crescidos e sombrios,
com


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tal expressão que...

Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu.
Não me
acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca?
Vá, de
ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que...



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Dom Casmurro - Parte 2 de 4 - Machado de Assis
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/09/dom-casmurro-p2de4-machado-de-assis.html

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Dom Casmurro - Parte 1 de 4 - Machado de Assis
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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

As máquinas que fizeram a Revolução Industrial


As máquinas que fizeram a Revolução Industrial



Da força das mãos e dos braços à força das máquinas.


Um elemento primordial relacionado a Revolução Industrial e o emprego das máquinas na produção. O século 18 termina de uma forma bem diferente do qual havia começado, as máquinas tornaram-se soberanas.

No início do século 18, grande parte da população inglesa estava concentrada em atividades agropecuárias. O crescimento do comércio do algodão levou os burgueses a começarem a utilizar inovações técnicas em suas manufaturas colocando a indústria têxtil no pioneirismo da Revolução Industrial.


Revolução Industrial - Entre 1820 a 1840 - Inglaterra, Reino Unido


O caminho dos meios de produção que culminou com a mecanização do processo elevando a quantidade de mercadorias começou com o modo artesanal ou caseiro.

Nesse processo que se desenvolveu no século 15, os artesãos eram donos dos instrumentos e participavam de todas as fases de produção que dependia da habilidade humana empregada, porém esse processo não garantia uma grande produção.



Iron and Coal (1855-60) por William Bell Scott


Ainda no século 15, surgia a manufatura, onde homens de negócio passaram a reunir os artesãos em grandes galpões controlando melhor a forma de produção. Na manufatura, a produção era dividia em etapas diferentes realizada por um trabalhador que tinha o auxílio de algumas ferramentas e máquinas simples. Nesse processo, o artesão deixa de ser dono dos meios de produção e do local e passou a trocar sua força de trabalho por um salário. O trabalhador também deixou de atuar em todas as fases da produção.

Na segunda metade do século 18, a manufatura foi substituída pela maquinofatura com o advento da Revolução Industrial.



As máquinas movidas a vapor aumentaram a velocidade da produção e a função do trabalhador era alimentar a máquina, controlar e cuidar do seu funcionamento. Na maquinofatura, a produção dependia da tecnologia cuja eficiência era medida pela quantidade que produzia e o quanto economizava na produção.


A noção de “tempo é dinheiro” simboliza o que se esperava da indústria mecânica: menor tempo de produção, barateamento do custo e maior venda.

As máquinas que fizeram a revolução foram sendo desenvolvidas entre o final do século 18 e o início do 19.

Em 1735, John Kay criou a lançadeira volante que permitia a fabricação de tecidos largos.

Em 1764, James Hargreaves criou a “spinning Jenny”, uma roca manual de vários fios que permitia que uma pessoa realizasse o trabalho de oito trabalhadores.



Spinning Jenny


Em 1769, James Watt desenvolveu um equipamento que utilizava o vapor da água para gerar energia capaz de fazer funcionar as máquinas. Com a invenção da máquina a vapor, o processo de substituição da mão-de-obra humana pela força mecanizada tornou-se irreversível.



Motor a vapor de James Watt


Nos anos seguintes, a invenção de Watt foi passando por diversos aperfeiçoamentos:

Em 1758, Edmund Cartwright criou o tear mecânico que possibilitou a mecanização da tecelagem. O motor a vapor passou a ser usado na industrial têxtil.



Tear mecânico


Em 1807 é criado o navio a vapor. Essa invenção é atribuída a Robert Fulton, apesar das experiências já realizadas anteriormente.


Navio a vapor


Em 1814 é criada a primeira locomotiva a vapor. A invenção é de George Stephenson. A primeira locomotiva funcionou na Inglaterra em 1825.


A primeira locomotiva de Stephenson


Todas as mudanças provenientes dessas inovações tecnológicas ficaram conhecidas como Revolução Industrial. Transformações que não alteraram apenas o método de produção, mas também as relações humanas em diversas partes do mundo.


FONTE:

Seriacopi, Gislane Campos Azevedo. História: volume único. 1. ed. São Paulo: Ática, 2005.

Apolinário, Maria Raquel. Projeto Araribá: História/ensino fundamental (6º ano). 2 ed. São Paulo: Moderna, 2007.



Revolução Industrial - Máquinas



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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

A empresa que está transformando pessoas mortas em discos de vinil


A empresa que está transformando pessoas mortas em discos de vinil



De discos de vinil a xícaras de café, vasos de flores e diamantes - a indústria da morte tem novas maneiras de preservar seus entes queridos.


ohn Hobson está ouvindo uma gravação de conversas suas com sua falecida mãe. Em sua maioria, bate-papos sobre a família.

O conteúdo, porém, está registrado em um disco de vinil que vai muito além de uma gravação de memórias.

As cinzas de Madge Hobson foram misturadas ao vinil, que traz uma fotografia e detalhes de sua biografia impressas no encarte.

"É o registro familiar perfeito, pode ser transmitido por gerações", diz Jason Leach, de 46 anos, fundador da companhia britânica And Vinyly, que produziu o disco.

A empresa faz parte de um setor em rápida ascensão na chamada indústria da morte. As cinzas da cremação não precisam mais ser armazenadas em uma urna ou espalhadas ao vento - agora é possível vestir ou exibir uma pequena parte do que resta de seu ente querido.

Hobson, um escultor de 69 anos, diz que sua mãe, uma devota fiel de uma igreja, aprovaria integralmente a decisão.

"Eu tive que medir a quantidade de cinzas (que tinham sido mantidas em uma urna) e colocar o equivalente a uma colher de chá em diversos sacos plásticos pequenos, um para cada vinil", explica.

No total, foram gravados 15 discos para parentes e amigos.

"Acredito que a And Vinyly ajudou, sem dúvida, a manter a memória de minha mãe viva", diz Hobson.



Jason Leach diz que pretende aumentar a produção para atender à crescente demanda (Foto: AND VINYLY)


Reflexão sobre a mortalidade
Leach começou a aventar a possibilidade de transformar cinzas em discos há cerca de dez anos.

Não havia um plano de negócios. Ele estava apenas refletindo sobre a mortalidade, questão que ganhou força quando sua mãe começou a trabalhar em uma empresa funerária.

"Fiquei impressionado como eu e alguns amigos quase não considerávamos ou aceitávamos nossa própria mortalidade e com o quanto muitos de nós evitamos conversas sobre a morte", diz.

"Não era minha intenção abrir um negócio. Isso foi resultado de um pouco de diversão com algo inevitável e que no momento parecia ser chocante e desconcertante."

O processo é o mesmo usado para fazer um disco de vinil convencional. As cinzas (humana ou de animais de estimação) são adicionadas em uma fase específica da produção.

"Há um equilíbrio entre adicionar cinzas suficientes para ficarem visíveis, mas não tanto para afetar a rotação", diz Leach.

"Haverá, naturalmente, alguns estalos e crepitações extras provocados pela inclusão das cinzas - mas gostamos disso, já que é você ".

Os preços variam de acordo com os pedidos. Um pacote básico custa cerca de 900 libras (R$ 3,6 mil), podendo chegar a 3 mil libras (R$ 12,2 mil).

As opções incluem discos de 7 ou 12 polegadas, música composta especialmente para a ocasião, retrato pintado no disco e vinil colorido.



Diamante da Algordanza, produzido a partir de cinzas humanas (Foto: ALGORDANZA)



Demanda crescente
Leach, produtor musical e dono de um selo de músicas, grava atualmente cerca de dois discos com cinzas humanas por mês, usando os equipamentos que já possui.

Mas está no processo de angariar mais recursos para atender à crescente demanda. Ele também está se associando a empresas funerárias que vão passar a oferecer o serviço.

"O conceito se vende por si só", diz ele.
"Claro, há aqueles que acham isso estranho, até assustador, mas a maioria das pessoas muda de ideia", acrescenta.

E os planos para um disco próprio? O projeto inclui declarações dele, de sua companheira há mais de 25 anos e das duas filhas, além de algumas composições de sua autoria.

"Eu gosto de imaginar meus netos e bisnetos me ouvindo. Isso é o mais próximo da viagem no tempo que eu vou conseguir chegar", diz.


Diamantes
Em Domat/Ems, na Suíça, Rinaldo Willy, de 37 anos, encontrou outra maneira de manter as memórias vivas - transformando as cinzas em diamantes.

"Fui diagnosticado com câncer aos 21 anos e, portanto, tocado pelo tema da morte", conta.
Quando era estudante de negócios, em 2003, ele leu sobre como isolar carbono de cinzas para criar diamantes sintéticos. Um ano depois, com seu professor, fundou a Algordanza.



Em Curitiba, no início de julho, a viúva Leroy da Silva, 73 anos, resolveu transformar
as cinzas do marido, morto em 1994 por complicações cardíacas, num diamante.


Um diamante é composto por 99,9% de carbono, enquanto o corpo humano tem 20%. Após a cremação, cerca de 1-5% de carbono permanece.

Os diamantes naturais - símbolos do amor e da eternidade - são criados sob uma enorme pressão e altas temperaturas dentro da Terra. Algordanza reproduz o processo em seu laboratório, criando pedras em questão de semanas.

Cerca de 85 diamantes são produzidos por mês e custam entre cerca de R$ 11,3 mil e R$ 51,6 mil.

O investimento inicial na Algordanza foi de R$ 1,2 milhão, e Willy usou todas as suas economias. "Após seis anos, conseguimos nos pagar um salário adequado", diz.

O negócio gera atualmente 60 empregos em todo o mundo, sendo 12 postos baseados na sede, na Suíça.

Muitos clientes da Algordanza passaram por um grande trauma.

"Temos famílias que perderam alguém em eventos e incidentes como o tsunami na Tailândia, o terremoto no Chile, soldados que perderam suas vidas em serviço no Afeganistão, no atentado terrorista em Madri, no acidente aéreo da Germanwings", relata Willy.


Cerâmica
Em Santa Fé, nos Estados Unidos, Justin Crowe, de 29 anos, usa cinzas da cremação como matéria-prima para cerâmica.

Formado em Belas Artes, Crowe fundou a Chronicle Cremation Designs em 2016. Ele já dirigia um estúdio de cerâmica, então precisava de um investimento inicial mínimo. Mas agora arrecadou US$ 100 mil (R$ 314 mil) para uma expansão.



Na Chronicle Cremation, Justin Crowe transforma cinzas em objetos de decoração e joias (Foto: LIFEWARE)

Um esmalte de cerâmica típico é composto de pedras, minerais e argila.

"Desenvolvemos uma receita de esmalte especial que incorpora os restos da cremação, que, em última instância, funcionam para formar o brilho que você vê na superfície da obra", explica Crowe.

A linha de produtos Lifeware inclui vasos, urnas e copos de café. Os itens mais populares são luminárias a vela e joias. Os preços variam de US$ 195 (R$ 612) para um colar até US$ 995 (R$ 3,1 mil) para um vaso grande.

Ele recebe muitos pedidos inusitados, como por exemplo de uma mulher que queria transformar as cinzas de sua irmã e de dois cachorros em xícaras de café.

Crowe reconhece que para algumas pessoas converter alguém em um pedaço de utensílio doméstico é desrespeitoso. Mas, segundo ele, um vaso de flores ou um suporte de vela fornecem recordações diárias de seus entes queridos.

"Em última análise, as peças significam manter as memórias por perto no dia a dia."



Cinzas são usadas para esmaltar cerâmicas (Foto: CHRONICLE CREMATION)



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terça-feira, 19 de setembro de 2017

5 avanços impressionantes conquistados pela Engenharia Genética


5 avanços impressionantes conquistados pela Engenharia Genética



Embora existam controvérsias éticas, a técnica trouxe avanços notáveis no campo da medicina.

Abaixo, alguns dos fatos mais surpreendentes dos últimos anos:


Prevenção da malária: A malária continua causando centenas de milhares de mortes humanas todos os anos. Em 2015, cientistas da Imperial College London, no Reino Unido, identificaram três genes responsáveis pela fertilidade do mosquito transmissor da doença, o que poderia reduzir drasticamente as taxas de infecção.


Infográfico do Plasmódio picando o ser humano



Dor crônica: Em março deste ano, pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, conseguiram modificar os genes responsáveis pela inflamação dos tecidos causadores da dor crônica.


A Dor crônica



HIV: Um grupo de cientistas das universidades Temple e de Pittsburgh, nos Estados Unidos, foi capaz de inibir o vírus causador do HIV e impedir que ele continuasse se reproduzindo nos corpos de diferentes animais infectados.



Indice Mundial de Contaminação pelo HIV


Câncer: Em 2016, um paciente chinês que sofria de câncer de pulmão foi a primeira pessoa no mundo a receber um tratamento inovador. Trata-se de uma injeção no sangue, pela qual os genes causadores da propagação cancerígena foram inibidos.



Os cinco tipos de câncer mais comuns entre mulheres e homens



Cegueira congênita: A empresa americana Editas criou uma terapia genética que será testada em seres humanos no final deste ano. Ela seria capaz de reparar as mutações genéticas causadoras da cegueira infantil conhecida como neuropatia ótica hereditária de Leber.



Fonte: VIX
(http://www.vix.com/es/ciencia/185827/7-fascinantes-cosas-que-la-ciencia-ha-logrado-con-la-edicion-genetica-crispr)



Engenharia Genética - Trabalha com os genes dos organismos vivos



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sábado, 16 de setembro de 2017

Postagens Populares - Setembro de 2017


Postagens Populares - Setembro de 2017



01-11 Filmes sobre o 11 de Setembro



Os ataques às Torres Gêmeas e as feridas do terrorismo retratados em filmes e documentários.
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02-Uma das maiores previsões cientificas de todos os tempos foi cumprida em 2017



há 80 anos cientistas tentavam transformar hidrogênio em metal. Agora eles conseguiram
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03-JogosRBL6 – Agora com PLAYSTATION ONE - SONY



JogosRBL6 é um FRONTEND simplificado (VERSÃO 6.0) ao qual foi feito no EXCEL
utilizando recursos do VBA (Active X). Uma listagem simples dos jogos e das capas,
para clicar e jogar.
DOWNLOAD PLUG&PLAY, BASTA BAIXAR E JOGAR !!!
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04-DNA revela que lider Viking de alto escalão era na verdade uma mulher


Ela ainda desenhava estratégias de Guerras !!!
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/09/dna-revela-que-lider-viking-de-alto.html



PublicadosBrasil - 16/09/2017



Leia também:

O fim de um mistério ancestral: é revelada a identidade do “homem da máscara de ferro”


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sábado, 16 de setembro de 2017

Encontrado 3 tumbas milenares ao sul do Cairo


Encontrado 3 tumbas milenares ao sul do Cairo



Local pode ter abrigado antiga civilização


O Ministério de Antiguidades do Egito anunciou recentemente a descoberta de três tumbas milenares na região de Al Kamin Al Sahrawi, província de Minia, ao sul do Cairo.

Uma equipe de arqueólogos que trabalha na região desde 2015 foi responsável pela descoberta. São três tumbas pertencentes ao período greco-romano (entre 332 a.C. e o século IV), localizadas em um cemitério construído durante a XXVII dinastia (525 a 404 a.C.).



Ayman Achmawy, porta-voz da pesquisa, disse que, no local, foi encontrada “uma coleção de sarcófagos de diferentes formas e tamanhos, assim como pedaços de argila”. Quatro dos sarcófagos encontrados em uma das tumbas possuem rostos humanos esculpidos neles.

A descoberta indicaria que, nas proximidades da jazida arqueológica, poderá ter existido uma grande cidade, já que também foram encontrados vários restos ósseos que teriam pertencido a homens, mulheres e crianças de diferentes idades.



Egito - País - Antigas Civilizações


Fonte: BIOBIOCHILE
(http://www.biobiochile.cl/noticias/ciencia-y-tecnologia/inventos-y-descubrimientos/2017/08/16/arqueologos-descubren-tres-tumbas-milenarias-en-el-sur-de-egipto.shtml)



biobiochile.cl - Site Fonte



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sábado, 16 de setembro de 2017

Mulher Maravilha e a "terra de ninguém" - Cinema


Mulher Maravilha e a terra de ninguém - Cinema



Em sua primeira aventura no cinema, a Princesa das Amazonas enfrenta os horrores da Primeira Guerra Mundial, demonstrando como a humanidade sofreu neste período de morte e carnificina.


Mais de 75 anos depois de sua criação, a Mulher-Maravilha ganhou sua primeira adaptação cinematográfica como parte do universo compartilhado dos super-heróis da DC Comics. Tendo agradado grande parte do público e crítica, o filme narra o surgimento da heroína durante o período da Primeira Guerra Mundial. Com a missão de derrotar o poderoso Ares (Deus da Guerra), a Mulher-Maravilha testemunha o horror do conflito mundial, demonstrando que os humanos são capazes das piores e mais heroicos atos em tempos de Guerra.

Criada por William Moulton Marston e desenhada por Harry G. Peter, a Mulher-Maravilha fez sua primeira aparição na revista All Star Comics #8, de 1941. Sua origem remete a cultura greco-romana, mas precisamente ao mito das amazonas, mulheres guerreiras que habitavam numa nação exclusivamente feminina.



Na adaptação cinematográfica dirigida por Patty Jenkins, os elementos míticos gregos da origem da personagem são mantidos: a "Mulher-Maravilha" chama-se Diana e é filha da rainha Hipólita, sendo assim a Princesa das Amazonas, que habitava a ilha de Temiscira, referência a cidade mitológica que estaria localizada no Ponto Euxino, na foz do Rio Termodonte, onde estaria o palácio das amazonas. Porém, o filme toma um rumo distante de tantas outras versões da personagem: ambienta a primeira aventura da Mulher-Maravilha no “mundo dos homens” durante a tão sofridaPrimeira Guerra Mundial.



Para a Princesa das Amazonas, Ares tem influenciado a humanidade à guerra. Dessa forma, encontrar e derrotar o temível deus é o passo principal para acabar com o conflito mundial. Acompanhada por Steve Trevor, a Mulher-Maravilha vai em direção à frente de batalha.

A Primeira Guerra Mundial, ou "Grande Guerra" como foi denominada naquela época, foi o conflito que começou em 1914 e terminou em 1918. Promovida pelos choques imperialistas, a guerra teve como estopim o assassinato do arquiduque austríaco Francisco Ferdinando.



Francisco Fernando da Áustria-Hungria - Herdeiro presuntivo


Deflagrada a guerra, sua primeira fase é marcada por movimentos nos territórios e pelo jogo das “alianças” que arrastaram os países para dentro do conflito. A segunda fase da guerra ficou denominada como “guerra de trincheiras” em referências as trincheiras construídas nos campos de batalha.

As trincheiras eram grandes valas construídas para a proteção dos soldados. Geralmente eram abertas pela tropa e mediam 2,3 metros de profundidade e 2 m de largura. No parte mais alta, eram colocados sacos de areia e arames farpados. Existia também o “fire step”, um degrau interno que permitia a observação dos inimigos.



Construída para proteger os soldados, as trincheiras logo se transformaram em inimigas. Soldados se amontavam nesses espaços marcado pela insalubridade. Os mortos que se acumulavam nas trincheiras transformaram-se num grande chamariz de ratos. Doenças se espalharam, a mais conhecida era a “febre de trincheira”, cujos sintomas eram fortes dores no corpo e febre alta. Havia também o “pé de trincheira”, uma espécie de micose que poderia provocar gangrena e até mesmo a amputação do pé.



Confira abaixo o depoimento de um soldado da Grande Guerra:

“O odor fétido nos penetra garganta a dentro ao chegarmos em nossa nova trincheira, a direita de Éparges. Chove torrencialmente e nos protegemos com o que tem de lonas e tendas de campanha afiançadas nos muros da trincheira. Ao amanhecer do dia seguinte constatamos estarrecidos que nossas trincheiras estavam feitas sobre um montão de cadáveres e que as lonas que nossos predecessores haviam colocado estavam para ocultar da vista os corpos e restos humanos que ali haviam.” - Raymond Naegelen.

Fonte:
https://pt.slideshare.net/Profernanda/primeira-guerra-mundial-depoimentos-de-soldados-sobreviventes


Entre as trincheiras, havia o terreno que não fora conquistado por ninguém e não fornecia nenhum tipo de proteção, era a “Terra de Ninguém”. O termo foi criado pelos ingleses para designar o espaço que se estendia entre as trincheiras. Para se ter uma noção, o front ocidental que se estendia por 654 km, é estimado que 40 mil km era ocupado pelas trincheiras, sistema que se colocado em linha reta seria possível contornar o planeta.



Armas da Primeira Guerra Mundial - 1914 a 1918


A “Terra de Ninguém” era um território de morte certa. Sem oferecer proteção, era coberto pelo fogo das metralhadoras e canhões de artilharia, com arame farpado e podia ter também a presença de minas em áreas próximas as trincheiras que eram reforçadas por lança-chamas. Tornando-se um obstáculo intransponível desde o início da guerra, a “Terra de Ninguém” foi enfim superada em 20 de novembro de 1917, quando tanques ingleses conseguiram atravessar a área e avançar entre as trincheiras alemãs.



Em uma das cenas mais importantes do filme, a Mulher-Maravilha chega a uma dessas trincheiras no campo de batalha. Diana testemunha os horrores do conflito e se compadece com o sofrimento de homens, mulheres, crianças e animais. Desafiando o bom senso de se manter protegida na trincheira mesmo com todos os alertas de Steve Trevor, que lembra que a Terra de Ninguém é mortal, a Mulher-Maravilha surge e avança sobre o território hostil desviando de balas e inspirando coragem em seus aliados.



A cena torna-se mais impactante não por apenas ser o momento em que a heroína nasce (exibindo-se em ação com seu uniforme dos quadrinhos), mas também pelo suporte histórico que aquele momento oferece.

Desafiar o espaço da “Terra de Ninguém” torna a Mulher-Maravilha capaz de fazer o impossível tornar-se possível. As palavras de Steve Trevor carregam o temor, a preocupação e o desafio que somente ela poderia enfrentar. E assim ela o faz.



Primeira Guerra Mundial - Guerra Militar - Período: 1914 a 1918


Fontes:

(http://www.oarquivo.com.br/temas-polemicos/historia/284-as-trincheiras-na-primeira-guerra-mundial-parte-1.html)

(http://brasilescola.uol.com.br/historiag/a-vida-nas-trincheiras.htm)

(https://pt.wikipedia.org/wiki/Mulher-Maravilha)

(http://www.megacurioso.com.br/mito-ou-verdade/45470-mulheres-guerreiras-as-mitologicas-amazonas-realmente-existiram.htm)

(http://www.infoescola.com/historia/primeira-guerra-mundial/)

(http://www.sohistoria.com.br/ef2/primeiraguerra/)



A Primeira Guerra Mundial - 1914 a 1918


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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

O outro mundo é aqui - Fundo do mar


O outro mundo é aqui - Fundo do mar



A mais de 2 000 metros de profundidade, na escuridão absoluta e sob uma pressão que esmagaria qualquer bicho que você conhece, moram os seres mais estranhos já vistos pelo homem. São vermes gigantescos, camarões com olhos nas costas e bactérias que transformam venenos em comida. É nesse mundo alienígena que parece ter começado a vida na Terra. E ele ainda pode dar ao homem pistas sobre onde devem ser procurados os ETs.


Ancestrais de ETs no nosso porão
Tatear a escuridão a mais de 2 000 metros de profundidade sob a descomunal massa de água dos oceanos já é uma aventura de arrepiar o esqueleto. Mas encontrar monstros vivos nessas trevas abissais, aí, sim, é uma visão que dá calafrios na alma. São vermes maiores do que um jogador de basquete, moluscos do tamanho de melancias, caranguejos cegos e outros seres mais esquisitos ainda. Para completar o cenário, enormes chaminés que parecem esguichar fumaça negra - na verdade, água a 400 graus Celsius. Ciência ou alucinação?



"É uma experiência do outro mundo", admitiu o biólogo Chuck Fisher, da Universidade Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Fischer foi um dos 59 felizardos que, em setembro do ano passado, participaram de uma expedição à Cordilheira Juan de Fuca, no fundo do Pacífico, a 290 quilômetros da costa do Oregon, Estados Unidos. Em junho, o grupo deve voltar lá para levar a cabo um projeto digno de Hércules: rebocar uma daquelas chaminés até a superfície. Metade vai ser escarafunchada em laboratórios. A outra metade ficará exposta ao público no Museu Americano de História Natural, em Nova York.

É espantoso, mas até vinte anos atrás, quando o homem já tinha ido à Lua, ninguém imaginava a existência de um lugar assim. A supresa foi maior quando se descobriu nesses porões do planeta um micróbio incrível, chamado arqueobactéria. Capaz de sobreviver no escuro, a temperaturas altíssimas, e de tirar alimento de substâncias venenosas, ele pode ter sido um dos primeiros a habitar o planeta. Um dos nossos mais antigos ancestrais. E são também fortes candidatos a ancestrais de possíveis ETs. Isso mesmo. "As arqueobactérias podem nos dizer onde a vida teria sido capaz de vingar fora da Terra", disse a oceanógrafa Veronique Robigou, da Universidade de Washington, em Seattle.

Saturno, Vênus, Júpiter e suas luas Io e Europa, além de Marte, têm ou tiveram ambientes bem semelhantes aos habitados pelas arqueobactérias aqui na Terra. Um mistério e tanto, mas não o único escondido nesses estranhos ecossistemas. O DNA de suas espécies bizarras deve esconder segredos extraordinários. E ainda há, em torno das chaminés, ouro, prata, petróleo e cobre, o que é preocupante. A torcida dos pesquisadores é para que a mineração se mostre cara o suficiente para desencorajar os interessados. Seria lamentável destruir um laboratório tão formidável.

"Os campos de chaminés são tão fantásticos quanto os ambientes que eu posso imaginar em outros planetas."


Chuck Fisher, biólogo, Universidade Estado da Pensilvânia


Astronautas no fundo dos oceanos
Se você pudesse cheirar um pouquinho daquela água que jorra das chaminés, provavelmente desmaiaria. Foi o que quase aconteceu com os pesquisadores que passaram por essa desagradável experiência pela primeira vez, em 1977. Riquíssimo em enxofre, o líquido fede como ovo podre. Mas o que seria nauseante e até mortal para a maioria dos animais só faz bem para a fauna desses lugares. É o enxofre que alimenta os bichos. E são as arqueobactérias, abundantes no lugar até debaixo do solo, que cuidam da culinária. Elas usam compostos de enxofre vindos do fundo da Terra para transformar dióxido de carbono, água e nitratos (ácidos corrosivos) em nutrientes. Constituem a base da cadeia alimentar em torno das chaminés e, pelo jeito, produzem ótimos pratos. Além de práticos.

Os vermes tubulares, seus principais fregueses, crescem a até 3 metros de comprimento, apesar de não possuírem boca ou sistema digestivo. Em lugar de estômago ou intestinos, eles apenas carregam uma bolsa cheia de bactérias. Na hora da reprodução, jogam ovos e espermatozóides para se combinarem na água, mas ninguém sabe como as bactérias entram no filhote. Talvez um kit inicial já faça parte do próprio ovo.

Além do ambiente tóxico e fervilhante, os habitantes dos campos de chaminés sobrevivem à pressão de cerca de 200 atmosferas. Algo como se você colocasse 10 toneladas sobre o seu corpo - que, com todo o respeito, viraria uma panqueca. Entre eles há seres que os biólogos desconfiam serem ancestrais de outras espécies. Fósseis vivos. Até os anos 70, ninguém afirmava que animais poderiam existir em lugares assim. Ninguém queria passar por biruta. Todos concordavam que nas profundidades em que se formam as chaminés, entre 2 000 e 3 000 metros, só havia pressão, frio e trevas. Mas em 1977 cientistas a bordo de um pequeno submarino desceram às montanhas submersas perto das Ilhas Galápagos e tomaram um susto. Havia uma fauna estranhíssima lá embaixo.

Hoje já se conhecem mais de 300 espécies que se dão bem por ali. "É um mundo totalmente alien", avalia o geólogo Edmond Mathez, do Museu de História Natural. Stephen Schaeffer, geneticista da Universidade Estado da Pensilvânia, que estuda o mecanismo de obtenção de energia dos vermes tubulares, pensa o mesmo. "Eu queria ser astronauta quando era menino, nos anos 60", confessou para a nós. "Não fui para o espaço, mas já posso dizer que explorei o desconhecido." No fim das contas, Schaeffer conhece um ambiente desbravado há menos tempo do que o solo da Lua.

"As arqueobactérias podem nos dar chaves valiosas para entender como a vida evoluiu neste planeta."



Sthephen Schaeffer, biólogo Universidade Estado da Pensilvânia


Cenas de um cruzeiro científico
Aos 32 anos, o submersível Alvin, que levou os cientistas à Cadeia Juan de Fuca, é um veterano. Tem mais de 3 000 mergulhos no currículo e já levou 9 300 pesquisadores para bisbilhotar as produndezas. Foi ele quem chegou às chaminés pela primeira vez, em 1977. Junto com o robô Jason, também participou da exploração do Titanic naufragado, em 1986, como bem se vê na superprodução de James Cameron para o cinema.

Não se trata, definitivamente, de um veículo confortável. A cabine comporta três adultos encolhidos e tem três janelinhas minúsculas de um vidro com 12 centímeros de espessura. É pouco o que se pode ver com a iluminação dos seus faróis. Quem enxerga melhor são as câmaras de vídeo e de fotografia presas do lado de fora.

Contruído pela Instituição Oceanográfica Woods Hole, em Massachusetts, Estados Unidos, o Alvin chega à profundidade máxima de 4 000 metros em mergulhos de 8 a 10 horas. Nesse período, quem submerge tem que se conformar com a ausência de banheiro. Os mais precavidos levam garrafas estratégicas, mas fazem tudo para deixá-las vazias, é claro.

A maior parte do tempo os pesquisadores passam no navio de pesquisa Atlantis, também da Woods Hole, que leva o Alvin e o Jason para os locais de mergulho. Ele parece um campus universitário, cheio de laboratórios e equipamentos. Das 59 pessoas que participaram da última expedição, pelo menos trinta estavam envolvidas na condução do navio e dos submarinos.

Apesar da trabalheira, as expedições não deixam de ser divertidas. Na mais recente, em setembro passado, houve alguns imprevistos. Chuva, defeitos nos equipamentos do Jason e até o rompimento de um cabo - que derrubou uma amostra de 1 tonelada de água no convés, felizmente sem machucar ninguém - impediram alguns mergulhos. Sem ter o que fazer, o jeito foi jogar o que a geóloga Margaret Carruthers, do Museu Americano de História Natural, chamou de pingue-pongue marinho. "A bola segue o curso, mas a mesa se mexe", contou ela em um e-mail a uma amiga. "Eu nunca tinha pensado que este podia ser um esporte aeróbico, mas, quando o navio se inclina 25 graus, você é obrigado a subir correndo ou deslisar atrás da bola. É revigorante."

Mandar e-mails, aliás, virou mania no navio. Edmond Mathez, que estava mapeando o fundo com o uso de câmeras e sonares dos submarinos, trocava cartas quase que diariamente com a filha Anais, de 8 anos. "Não, os vermes tubulares não dariam bons bichos de estimação", teve que explicar numa das missivas.

"Vistas pelas câmeras através da escuridão, as chaminés parecem ruínas de castelos medievais."



Edmond Mathez, geólogo, Museu Americano de História Natural


Vulcão cresce mais rápido do que planta
Ninguém sabe direito quanto tempo leva uma chaminé para se formar. Os cientistas fazem uma larga aposta que vai de alguns anos a algumas décadas. Bem pouco tempo para formações geológicas. Uma, que foi acompanhada, aumentou 6 metros em menos de um ano. Uma loucura. Não há plantas que cresçam tão rápido. A maior chaminé que se conhece, batizada como Godzilla, tem quase 50 metros de altura. É bem possível que haja exemplares mais altos.

A amostra escolhida para ser rebocada na próxima expedição tem cerca de 5 metros de altura por 1 de diâmetro e pesa umas 8 toneladas. Trazê-la para a superfície não vai ser um trabalho simples. De acordo com o geólogo Edmond Mathez, os equipamentos a serem usados na operação ainda estão sendo desenhados. O plano, no entanto, é proceder como mostra o infográfico ao lado.

É impossível não pensar que a idéia vai maltratar o ambiente, mas mesmo pesquisadores que não estão ligados ao projeto acreditam que a interferência vale a pena. "As chaminés estão nascendo e morrendo num espaço curto de tempo. Esse exemplar será logo reposto", diz o biólogo Stephen Schaeffer. "O benefício que a retirada da amostra trará para a ciência e para a educação do público a respeito do ambiente supera suas potenciais conseqüências negativas", concorda Anja Schulze, pós-graduanda de Biologia da Universidade de Vitória, Canadá.

O fato é que os cientistas estão todos ansiosos por ampliar suas possibilidades de estudar as chaminés. "Eu precisaria de muito tempo para dizer como é maravilhoso o meu trabalho", tenta explicar o químico David Butterfield, da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), que estuda o fluido que jorra das chaminés desde 1984. Frases como a dele saem constantemente da boca dos cientistas que procuram desvendar aquele ecossistema. Alguns chegam a extrapolar. "A hipótese de que uma biosfera inteira pode existir abaixo da crosta oceânica é fascinante", diz a oceanógrafa Veronique Robigou, da Universidade de Washington, dando uma prova de que a ciência permite o sonho. É pouco provável que essa "intrasfera" exista, mas é certo que as chaminés escondem mistérios. Mistérios que quando desvendados poderão mudar a relação do homem com a Terra, com o Universo e até com possíveis habitantes de mundos ainda desconhecidos.

"Há a suspeita de que se toda a vida na Terra se extinguisse estes seriam os lugares onde ela poderia brotar de novo."



Anja Shulze, bióloga, Universidade de Vitória, Canadá


Cordilheiras submersas
As chaminés nascem ao longo dos 50 000 quilômetros de montanhas que percorrem o fundo dos oceanos.

A crosta terrestre é como uma casca de ovo, mas dividida em pedaços por pequenas rachaduras. Esses pedaços são as placas tectônicas. Os campos de chaminés aparecem nos encontros das placas que se afastam.

Quando as placas se afastam 1, o magma sobe 2 e forma solo novo no fundo do oceano. Como a crosta mais superficial é cheia de pequenas rachaduras, permite a formação das chaminés (à direita).


Vulcões de água
Os esguichos são resultado da interação entre o fundo gelado do mar e a câmara de magma quente logo abaixo.

1. A 2 graus Celsius, água do mar escoa pelas pequenas rachaduras e caminha em direção ao magma.

2. À medida que vai esquentando e passando pelas rochas vulcânicas, a água vai dissolvendo e carregando substâncias químicas.

3. Aquecido a cerca de 1 000 graus, o caldo é empurrado para cima de novo através de diques.

4. Quando sai, a mais ou menos 400 graus Celsius, o líquido parece fumaça, de tão carregado de partículas que está. Não borbulha porque a pressão é muito alta.

5. Parte das partículas cai sobre o topo da chaminé e ela vai aumentando de tamanho.



Uma fauna muito especial
Os surpreendentes animais que povoam as águas temperadas com enxofre em volta das chaminés submarinas.

Visitantes
Grandes polvos já foram vistos passeando em volta de chaminés perto das Ilhas Galápagos, mas são raros e ainda não se sabe que diferenças guardam com relação a outras espécies semelhantes

Eventual
Peixes como este, o Pinkish eelpout, que parece uma cobra, aparecem vez por outra para nadar em volta das chaminés

Retrovisor
Embora morem nas trevas, estes camarões que formam colônias nas torres de pedra têm olhos nas costas. Já foi constatado que detectam radiações muito fracas. Alguns cientistas acham que podem ser indício da presença de luz no fundo do oceano, talvez emitida pelas chaminés, que jogam água quente nas profundezas geladas

Avantajado
Como os vermes tubiformes, os moluscos brancos carregam bactérias em seu interior. Eles chegam a ter 40 centímetros de comprimento

O começo de tudo
Antes de 1977, a chamada "árvore da vida" dos biólogos tinha dois ramos: bactérias e eucariontes (grupo ao qual pertencem as células humanas). As primeiras têm o DNA solto; nos segundos, o DNA fica no núcleo celular. As arqueobactérias inauguraram um galho novo nessa árvore. Seu DNA fica solto, mas é mais parecido com o dos homens do que com o das bactérias

Serelepes
Caranguejos, siris e lagostas brancos e cegos vagueiam entre as chaminés. Ao encontrar as "nuvens" de água quente, eles apenas se assustam e correm. Outras espécies ficariam cozidas, ou melhor, passariam do ponto

Adaptação
O enxofre, a pressão alta e o calor não incomodam e pelo jeito deixam as anêmonas mais vistosas ainda

Batom gigante
Quando assustados, os vermes tubulares, os mais típicos habitantes dos campos de chaminés, escondem a cabeça vermelha dentro de suas casas brancas. Eles podem ter de alguns centímetros a até 3 metros de comprimento



Sem luxo nem mordomia
O navio e os submarinos empregados na expedição pertencem à Instituição Oceanográfica Woods Hole.

Campus flutuante
O navio Atlantis, de 82 metros, custou 550 milhões de dólares.


Depósito
Sala escura para preparo de imagens

Sala limpa para análises biológicas

No freezer são conservadas as amostras

Laboratório de informática

Laboratório para estudo da água

Plataforma de lançamento do Alvin


Olhos abertos
O Jason carrega nove câmeras de vídeo e fotografia.

A Medea carrega amostras recolhidas e fornece luz para o Jason trabalhar

Cabo de fibras ópticas faz a comunicação

O robô, que tem carcaça de titânio, pesa 1,3 tonelada

Uma das câmeras é estéreo e capta imagens tridimensionais


Eficiência e desconforto
A cabine do Alvin tem só 2,20 metros de diâmetro.

Braço mecânico para coleta e manipulação de amostras

Janela de observação com 10 centímetros de diâmetro e 12 de espessura

Esfera de titânio agüenta a pressão do fundo do mar

Sistema auxiliar de lastros, com garrafões de ar e de água

Lastros de aço, somando 450 quilos, ajudam na submersão e depois são deixados no fundo



Operação resgate
Mostra em primeira mão como é o plano de retirada da chaminé de 8 toneladas do fundo do mar.

1. Corte cuidadoso
O primeiro passo será cortar a base da chaminé, porém sem soltá-la totalmente do solo, para que não despenque. Isso será feito com a ajuda de uma serra circular apropriada para funcionar debaixo d’água. A ferramenta provavelmente será manipulada por um submarino robô.

2. Pesca de gaiola
Do navio, descerá uma grande gaiola metálica. Também controlada com a ajuda do submarino, a estrutura, feita sob medida, será encaixada de modo a cobrir todo o edifício de pedra. Concluída esta etapa, a chaminé será amarrada à sua nova casa com cabos de aço.

3. Missão cumprida
Capturada a presa, o navio puxará a gaiola de maneira a quebrar o pedaço da base que ainda a mantinha grudada no solo. Aí, a chaminé será erguida e colocada a bordo. A idéia é parti-la ao meio, longitudinalmente. Metade vai para os laboratórios da Universidade de Washington e metade para o Museu Americano de História Natural.

Com a amostra de uma chaminé completa, os cientistas não terão mais que se contentar com pedaços como este, que os têm socorrido em suas pesquisas



Faça a sua própria chaminé
Simule em casa o que acontece no fundo do mar.

1. Pegue um recipiente grande de vidro, um aquário por exemplo, e encha-o com água fria.

2. Coloque água quente com anilina em uma garrafa pequena e amarre um fio no seu gargalo.

3. Levante cuidadosamente a garrafa pelo fio e a deposite, em pé, no fundo do recipiente maior.

4. Parte da água tingida vai sair na descida. Mas quando o vidro estiver no fundo, você vai ver como é uma chaminé entrando em erupção.



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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Qual é o final de "Caverna do Dragão" ???


Qual é o final de "Caverna do Dragão" ???



Quem foi criança nas décadas de 80 e 90 certamente acompanhou pelo menos um episódio da série de desenhos “Caverna do Dragão”, clássico exibido pela Rede Globo e que até hoje possui uma legião de fãs.


Baseado no jogo de RPG "Dungeons and Dragons", a animação produzida pela Marvel contava a história de seis jovens que, durante um passeio em uma montanha russa de um parque de diversões, eram transportados para outra dimensão, onde encontrariam os personagens Mestre dos Magos, uma espécie de conselheiro do grupo, e Vingador, o vilão que fazia de tudo para evitar que os adolescentes voltassem para casa.


Final de “Caverna do Dragão”


(https://youtu.be/LGUgLczMGzc)

Ao todo, a série teve 27 episódios produzidos e foi cancelada sem a exibição de um final, fato que, além de entristecer os fãs, foi capaz de render inúmeras teorias sobre o verdadeiro sentido da atração.

Durante anos foi disseminado o boato de que o final do desenho nunca havia sido exibido por, teoricamente, ter um conteúdo inadequado para crianças. A história supostamente revelaria que os personagens haviam morrido no parque e estavam, sem saber, no inferno. E mais: o Mestre dos Magos seria, na verdade, um vilão que apenas manipulava os jovens.



Dungeons & Dragons - Caverna do Dragão - RPG - Animação

Michael Reaves, um dos roteiristas da atração, revelou que os rumores sobre o sombrio último episódio não são verdadeiros pelo simples fato de que, na época, os produtores sequer se interessaram em colocar um ponto final no desenho. Portanto, saiba que o desfecho para a saga foi apenas roteirizado, mas nunca produzido.

Coube ao cartunista brasileiro Reinaldo Rocha criar as imagens do episódio final de “Caverna dos Dragão”, intitulado "Requiem" e lançado em quadrinhos. A história mostra que, de fato, o Mestre dos Magos era um personagem dúbio e que enganava os jovens para que eles ajudassem a recuperar Vingador que, na verdade, era seu filho que seguiu para o caminho do mal.

Para quem nunca viu vai gostar, e para quem é fã é sempre um prazer relembrar, quem também já jogou muito RPG, Dungeons & Dragons fez parte da Histórias de muitos...



Caverna do Dragão - Episodio 1 - Completo - Dublado


(https://www.youtube.com/watch?v=zAeJ3_Wwt5Q)



Caverna do Dragão - Episodio 2 - Completo - Dublado


(https://www.youtube.com/watch?v=6TFVGiblu78)



Caverna do Dragão - Episodio 3 - Completo - Dublado


(https://www.youtube.com/watch?v=J5Kmh5KV1BM)



Caverna do Dragão - Episodio 4 - Completo - Dublado


(https://www.youtube.com/watch?v=9La2i1xXhAY)



Caverna do Dragão - Episodio 5 - Completo - Dublado


(https://www.youtube.com/watch?v=e2yOlUo7fMg)



Caverna do Dragão - Episodio 6 - Completo - Dublado


(https://www.youtube.com/watch?v=K2B8U-lr0q4)



Caverna do Dragão - Episodio 7 - Completo - Dublado


(https://www.youtube.com/watch?v=vhrtOgjGD2A)



Leia também:


O DIA EM QUE O VINGADOR TENTOU AJUDAR HITLER A GANHAR A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - CAVERNA DO DRAGÃO
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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Cientistas desvendam mistério dos gigantescos desenhos no solo do Acre


Cientistas desvendam mistério dos gigantescos desenhos no solo do Acre



Geoglifos foram cravados na Amazônia há mais de 2 mil anos!
Para grupo de pesquisadores finlandeses e brasileiros, desenhos milenares no solo do Acre têm origem em rituais espirituais.


Eles começaram a ser descobertos há quarenta anos e, desde então, se tornaram uma imensa interrogação na cabeça dos cientistas: quem seria responsável pelos imensos desenhos cravados no solo do Acre?

Depois de muita pesquisa, cientistas da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Universidade de Helsinki, na Finlândia, finalmente encontraram uma resposta para os mais de 500 desenhos encontrados até agora.

Um artigo, publicado na revista acadêmica American Anthropologist, revela que os geoglifos têm, na verdade, a função de conectar os universos materiais e espirituais. Eles foram criados por populações locais entre os anos 3.000 a.C. e 1.000 d.C.



Os desenhos começaram a ser encontrados com o processo de devastação da Amazônia. Num voo panorâmico é possível encontrá-los em diferentes formatos: quadrados, em U, círculos, elipses e octógonos. Alguns chegam a ter quatro metros de profundidade.

Para os pesquisadores, a inspiração para as formas dos desenhos veio das padronagens encontradas nas peles dos animais da região – as mesmas que podem ser vistas em cerâmicas, tecidos e joias locais.



Hoje, muitos estão ameaçados pela construção de fazendas e estradas. Para evitar que sumam, podem ser declarados patrimônio da humanidade pela Unesco a qualquer momento.

Além dos desenhos do Acre, é possível encontrar inscrições semelhantes no Peru e no deserto do Atacama, no Chile.

Fonte: G1
(https://g1.globo.com/natureza/noticia/portal-para-espiritos-cientistas-dizem-ter-desvendado-segredo-dos-geoglifos-gigantes-da-amazonia.ghtml)



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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

DNA revela que lider Viking de alto escalão era na verdade uma mulher


DNA revela que lider Viking de alto escalão era na verdade uma mulher



Ela ainda desenhava estratégias de Guerras !!!


Resultados de testes de DNA realizados nos restos mortais de um líder viking, encontrados no ano de 1880 na cidade sueca de Birka, apontam que o esqueleto era, na verdade, de uma mulher.

Durante todo esse tempo, pesquisadores acreditaram tratar-se de um homem pela quantidade de ornamentos “nobres” enterrados junto com o corpo.

Os exames, no entanto, mostraram a verdadeira história. Tratava-se de uma mulher com cerca de 1,7 metro de altura e que foi morta aos 30 e poucos anos. O esqueleto tem mais de mil anos de idade.



Tumulo Viking - Lider guerreira Viking


A sepultura é uma das mais enigmáticas da história viking. Junto aos restos mortais foram encontrados escudo, espada, machado e esqueletos de dois cavalos – o equipamento completo de um guerreiro de alta patente. Havia também um tabuleiro de guerra, o que indica que a mulher era responsável por pensar em estratégias de ataque e defesa, e que provavelmente liderava equipes
O estudo foi conduzido por equipes das universidades de Estocolmo e Uppsala, na Suécia.



@Archasa - Burial 581 is one of the most impressive.
Used as model of Viking warriors. Osteological analysis said female, was doubted.


Ossadas de outras guerreiras viking já foram encontradas antes, mas nesse grau de patente é a primeira vez.


Na série "Viking", a atriz "Katheryn Winnick" interpreta Lagertha, uma habilidosa guerreira que possui grande destreza manejando o seu escudo.


Fonte: G1, Veja e Hypeness.

(http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/cientistas-comprovam-que-um-importante-lider-guerreiro-viking-era-uma-mulher.ghtml)

(http://veja.abril.com.br/ciencia/importante-guerreiro-viking-era-na-verdade-uma-mulher/)

(http://www.hypeness.com.br/2017/09/dna-mostra-que-lider-guerreiro-do-alto-escalao-viking-era-uma-mulher/)



Katheryn Winnick - Lagertha - Muro de escudos - Shield Wall



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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Uma das maiores previsões cientificas de todos os tempos foi cumprida em 2017


Uma das maiores previsões cientificas de todos os tempos foi cumprida em 2017



há 80 anos cientistas tentavam transformar hidrogênio em metal. Agora eles conseguiram


Ao longo do tempo, foram milhares os experimentos realizados para confirmar a previsão de que o hidrogênio se transformaria em metal diante de uma pressão gigantesca. As dificuldades técnicas impediram que isso fosse possível. Agora, finalmente, uma equipe de cientistas da Universidade de Harvard conseguiu fazer a transformação.


(https://youtu.be/1qitm5fteL0)


Para isso, os especialistas pressionaram o hidrogênio entre duas cabeças de diamante, um dos materiais mais duros da natureza. Dessa forma, conseguiram exercer a pressão necessária para que o elemento hidrogênio se tornasse reflexivo, uma propriedade essencial dos metais. Não existe, na Terra, nenhuma forma de hidrogênio metálico! Portanto, é uma substância inteiramente nova!



Transparent Hydrogen Insulator - Presure - Black Hydrogen Semiconductor -
Presure - Atomic Metallic Hydrogen


Além de validar a previsão científica, esse marco abre as portas para um suposto novo supercondutor, já que o metal hidrogênio seria capaz de conduzir eletricidade sem oferecer nenhuma resistência, ou seja, sem causar perda de energia em forma de calor.



(http://www.independent.co.uk/news/science/hydrogen-metal-revolution-technology-space-rockets-superconductor-harvard-university-a7548221.html)



Fonte: Live Science, Independent e CIBERIA.

(https://www.newscientist.com/article/2119442-metallic-hydrogen-finally-made-in-lab-at-mind-boggling-pressure/)

(http://www.independent.co.uk/news/science/hydrogen-metal-revolution-technology-space-rockets-superconductor-harvard-university-a7548221.html)

(https://ciberia.com.br/fisicos-transformaram-hidrogenio-metal-9985)



Tabela Periódica dos Elementos



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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

O DIA EM QUE O VINGADOR TENTOU AJUDAR HITLER A GANHAR A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - CAVERNA DO DRAGÃO


O DIA EM QUE O VINGADOR TENTOU AJUDAR HITLER A GANHAR A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - CAVERNA DO DRAGÃO



Acostumado a mostrar dragões, mágicos e duendes, o desenho "Caverna do Dragão" teve um episódio com uma temática muito séria. Poucas vezes exibido no Brasil, "Apagando-se o Tempo" faz clara alusão ao nazismo ao mostrar o Vingador tentando interferir nos rumos da Segunda Guerra Mundial.



O plano do Vingador é alterar a história para evitar o nascimento de Hank, Sheila, Bobby, Diana, Eric e Presto. Para isso, ele busca através de um portal para Terra um guerreiro capaz de mudar os acontecimentos do passado. A ideia é colocada em prática quando o vilão consegue equipar um piloto alemão com uma avião super moderno. Assim, ele seria capaz de ganhar a guerra para Hitler e evitar que as crianças nasçam.


Vingador e o piloto nazista no episódio mais diferente de Caverna do Dragão


A ligação mais clara com o nazismo é quando o piloto Josef Muller fala que pertence à Luftwaffe, a força aérea alemã no Terceiro Reich. O uniforme tem um emblema bem parecido com aquele que os pilotos alemães usavam na guerra, além de uma tarja que lembra muito a suástica.

As crianças não demoram muito para descobrir que Josef é um nazista, mas não o encaram como inimigo. E se sentem traídas quando ele, supostamente, se alia ao Vingador. Mas é claro que o plano do vilão não dá certo. O piloto, em vez de ajudar o Vingador, acaba destruindo portal e se tornando um embaixador da paz.



Simbolo usado pelo piloto no episódio parece com a suástica


Exibido em 1985, no auge da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética, o desenho passa o recado de que mesmo os maiores inimigos podem se unir me torno de um bem comum. "A coragem dele ajudará a criar um mundo no qual vocês estarão prontos para nascer e se criar", filosofa o Mestre dos Magos no final do episódio.


O desenho faz referência a Franz Josef Müller, que serviu Wehrmacht no front francês, mas que no decorrer da guerra voltou-se contra ideais nazistas, não existindo referência de ser piloto, mas participou de um movimento de resistência chamado "White Rose", sendo condenado pelo Regime Nazista por isso, escapou da morte por ser branco e de "raça ariana". Com o final da Guerra mudou-se para os EUA, tendo inclusive recebido uma medalha do Estado de Israel pelo reconhecimento de sua participação na resistência, seu nome esta escrito no Memorial de Hans e Sophie Scholl e a Rosa Branca, na frente dos Ludwig-Maximilians-University , Munique. Este episódio homenageou Franz Josef Muller, que morreu em 2015 aos 90 anos.?



Caverna do Dragão - Dungeons & Dragons



Leia também:

Qual é o final de "Caverna do Dragão" ???
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Sabe da última - Comportamento

Correr pode deixar você mais inteligente

A vida dentro de um ovo - Biologia



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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Descoberto um imenso oceano no interior da Terra



Descoberto um imenso oceano no interior da Terra



Pela primeira vez, Geólogos encontram prova de um grande corpo subterrâneo de água.


Apesar de todos os avanços tecnológicos das últimas décadas, a composição do interior da Terra continua a ser uma grande interrogação científica. Uma hipótese, entretanto, ganha força entre os geólogos encarregados de elucidar o mistério: trata-se da possibilidade de que abaixo do manto terrestre, a uma profundidade entre 410 e 660 quilômetros, exista um gigantesco oceano.



Gem Discovery - Points to subterranean oceans - Brazil


Embora essa teoria venha sendo estudada há muito tempo, a primeira evidência apareceu em 2008, após a descoberta de um pequeno diamante, com apenas 3 milímetros de largura e pouco valor comercial. Na composição da pedra foi encontrado um mineral chamado ringwoodita, capaz de conter grandes proporções de água.



Água na Terra - Diagrama de barras da distribuição de água na Terra


Após anos de análises, foi possível determinar que o diamante vem exatamente das profundidades da Terra, o que consiste na primeira prova da presença de um grande corpo subterrâneo de água. Se as evidências avançarem nesse sentido, se trataria de uma verdadeira revolução para a geologia e a compreensão do planeta.



Exploração nas profundezas - Fossa das Marianas



A Descoberta foi feita no Brasil:



Diamante JUc29 - Ringwoodite - University of Alberta



Fonte: VIX e Riosvivos.org
(http://www.vix.com/es/btg/curiosidades/5698/hay-un-oceano-en-el-interior-de-la-tierra)

(http://riosvivos.org.br/cientistas-descobrem-outro-oceano-debaixo-da-terra/)



Comparação entre oceanos e continentes
Profundidade dos oceanos e altitude dos continentes



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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

11 Filmes sobre o 11 de Setembro


11 Filmes sobre o 11 de Setembro



Os ataques às Torres Gêmeas e as feridas do terrorismo retratados em filmes e documentários.


O atentado terrorista às Torres Gêmeas do World Trade Center no dia 11 de setembro de 2001, foi um dos fatos mais marcantes da história recente. As conseqüências políticas e econômicas da tragédia se desenrolaram nos meses seguintes provocando guerras e mudando a geopolítica de alguns países. No plano cultural, o 11 de Setembro também foi inspiração para filmes, séries, músicas, quadrinhos e documentários. Abaixo você confere uma lista de 11 filmes que abordam a temática do 11 de Setembro.



Fahrenheit 9/11 (2004)
Direção: Michael Morre



O diretor Michael Moore investiga como os Estados Unidos se tornaram alvo de terroristas, a partir dos eventos ocorridos no atentado de 11 de setembro de 2001. Os paralelos entre as duas gerações da família Bush que já comandaram o país e ainda as relações entre o atual Presidente americano, George W. Bush, e Osama Bin Laden.

O documentário de Michael Moore ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes e o ex-presidente George W. Bush foi escolhido como “Pior Ator” na premiação do Framboesa de Ouro.



As Torres Gêmeas (2006)
Direção: Oliver Stone



11 de setembro de 2001. Will Jimeno (Michael Pena), integrante do Departamento da Polícia Portuária, parte para mais um dia de trabalho. O sargento John McLoughlin (Nicolas Cage), veterano do Departamento, já estava acordado há algumas horas, em decorrência de sua ronda diária de uma hora e meia até a cidade. Jimeno, McLoughlin e seus colegas partem para o centro de Manhattan, como se fosse um dia qualquer. Até que um ataque terrorista ao World Trade Center muda completamente a situação, fazendo com que toda a equipe do Departamento seja convocada com urgência ao local do ataque. A 1ª equipe a entrar na torre não-atingida é composta por 5 homens, entre eles Jimeno e McLoughlin. Porém enquanto eles estão dentro do prédio, tentando ajudar os sobreviventes da torre em chamas, um 2º ataque terrorista atinge o World Trade Center, exatamente no prédio que ainda não tinha sido atingido.

O papel interpretado por Kevin Costner estava destinado a principio ao ator Kevin Costner, mas a Paramount Pictures vetou a participação do ator, pois temia que a parceria Stone e Costner suscitasse que o filme levantasse teorias de conspiração sobre o atentado, já que os dois haviam trabalhados juntos em JFK: A Pergunta Que Não Quer Calar.



11’09’’01 – 11 de Setembro (2002)
Direção: Youssef Chahine, Amos Gitaï, Alejandro González Iñárritu, Shohei Imamura, Claude Lelouch, Ken Loach, Samira Makhmalba, Mira Nair, Idrissa Ouedraogo, Sean Penn e Danis Tanovic.



Onze curta-metragens abordando diversos aspectos dos ataques terroristas aos Estados Unidos, ocorridos em 11 de setembro de 2001. Danis Tanovic e Ken Loach relacionam a data do atentado a outros acontecimentos. Tanovic lembra-se do dia 11 de julho de 1995, quando ocorreu o massacre em Srebrnica e Loach rememora que Salvador Allende foi deposto do governo chileno em 11 de setembro de 1973. Idrissa Ouedraogo realizou uma comédia reflexiva sobre Burkina Faso. Samira Makhmalbaf mostra uma professora que tenta explicar o ataque a um grupo de crianças. Sean Penn evoca a vida de uma viúva que morava à sombra das duas torres desabadas. Claude Lelouch descreve as reações de vários surdos ao evento ou que testemunharam o evento. Shonei Imamura recorre às memórias japonesas da Segunda Guerra Mundial e Mira Nair mostra os problemas das minorias étnicas. Amos Gitai dá a sua interpretação sobre o papel da mídia em uma informação de significado internacional. Alejandro González Iñárritu apresenta 11 minutos de preces na escuridão, enquanto Youssef Chahine reflete a perspectiva do Oriente Médio.

O documentário foi vencedor do Prêmio UNESCO no Festival de Veneza e o projeto Fo idealizado pelo produtor artístico Alain Brigand que pediu que 11 diretores contribuíssem cada um com um curta-metragem obedecendo a condição de durarem 11 minutos, 9 segundos e 1 frame, o que explica o título do projeto.



Reine Sobre Mim (2007)
Direção: Mike Binder



Charlie Fineman (Adam Sandler) perdeu sua família nos atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York. Ele procura apoio em um antigo amigo da faculdade, o dentista bem sucedido Alan Johnson (Don Cheadle), que também passa por problemas. Mesmo tendo família e emprego, muitas vezes Alan se sente bastante sozinho. Ao se ajudarem mutuamente, a vida de Charlie começa a melhorar bastante e o vínculo entre eles, perdido há algum tempo, volta a se fortalecer.
Além de ser baseado em fatos reais, o fime é interessante por vermos o ator Adam Sandler interpretado um papel muito diferente daqueles que está acostumado a fazer. O próprio ator recusou o papel por temer uma reação negativa, mas aceitou depois de ter lido o roteiro e amado o personagem.



Voo United 93 (2006)
Direçao: Paul Greengrass



Em 11 de setembro de 2001 o vôo 93 da United Airlines é sequestrado por terroristas, que têm por objetivo abatê-lo junto a algum símbolo norte-americano. Durante 90 minutos o avião permanece no ar, sendo que neste período os passageiros decidem reagir para evitar que os planos terroristas sejam concluídos.

O filme aborda os fatos reais do avião derrubado na Pensilvânia. Os atores tiveram que estudar a vida dos passageiros e tiveram o apoio das famílias dos passageiros do voo. Parte da bilheteria do filme arrecadada no final de semana de estreia foi doada para um memorial construído aos mortos do voo 93.



11/9 (2001)
Direção: Jules Naudet, Gedeon Naudet e James Hanlon



Na manhã de 11 de setembro de 2001, os irmãos Jules e Gedeon Naudet estavam filmando um documentário sobre um bombeiro principiante em Nova York. Ouvindo um rugido no céu, Jules virou sua câmera para cima, no exato momento de filmar a única imagem existente do primeiro avião colidindo com o World Trade Center. Por sorte do destino, Jules e Gedeon tornaram-se testemunhas oculares do mais chocante e decisivo acontecimento do nosso tempo.
Falei do documentário em um texto aqui no blog, confira: 11/9



Tão Perto, Tão Forte (2012)
Direção: Stephen Daldry



Oskar Schell (Thomas Horn) é um garoto muito apegado ao pai, Thomas (Tom Hanks), que inventou que Nova York tinha um distrito hoje desaparecido para fazer com que o filho tivesse iniciativa e aprendesse a falar com todo tipo de pessoa. Thomas estava no World Trade Center no fatídico 11 de setembro de 2001, tendo falecido devido aos ataques terroristas. A perda foi um baque para Oskar e sua mãe, Linda (Sandra Bullock). Um ano depois, Oskar teme perder a lembrança do pai. Um dia, ao vasculhar o guarda-roupas dele, quebra acidentalmente um pequeno vaso azul. Dentre há um envelope onde aparece escrito Black e, dentro dele, uma misteriosa chave. Convencido que ela é um enigma deixado pelo pai para que pudesse desvendar, Oskar inicia uma expedição pela cidade de Nova York, em busca de todos os habitantes que tenham o sobrenome Black.

O filme é baseado no livro "Extremamente Alto e Incrivelmente Perto", escrito por Jonathan Safran Foer.



A Hora Mais Escura (2012)
Direção: Kathryn Bigelow



Os ataques terroristas sofridos pelos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001 deram início a uma época de medo e paranoia do povo americano em relação ao inimigo, onde todos os esforços foram realizados na busca pelo líder da Al Qaeda, Osama bin Laden. Maya (Jessica Chastain) é uma agente da CIA que está por trás dos principais esforços em capturar Laden, por ter descoberto os interlocutores do líder do grupo terrorista. Com isso ela participa da operação que levou militares americanos a invadir o território paquistanês, com o objetivo de capturar e matar bin Laden.

O filme foi idealizado para ser sobre a caçada a Osama Bin Laden, mas o produção foi surpreendida com a notícia de que o terrorista havia sido capturado e morto. O roteiro foi reescrito e passou a centrar no assassinato de Bin Laden. O Pentágono investigou a produção do filme para saber se nenhuma informação confidencial estava sendo divulgada.



O Juramento à Jihad (2010)
Direção: Laura Poitras



Abu Jandal conheceu Salim Hamdan em 1996 no Iêmen, quando procurava homens para acompanhá-lo na jihad no Tadjiquistão. Atraído pelo carismático Jandal, Hamdan juntou-se a ele em troca de trabalho e amizade. Foram até o Afeganistão, onde Jandal tornou-se o guarda-costas e mestre de cerimônias de Osama Bin Laden, e Hamdan seu motorista. Hoje, Jandal é motorista de táxi no Iêmen e continua a atrair os jovens com seus discursos. Já Hamdan, preso em Guantánamo, não foi libertado após ter ganhado a causa no tribunal. A história dos dois fornece outra visão da “Guerra ao Terror” dos americanos.



Guerra ao Terror (2010)
Direção: Kathryn Bigelow



JT Sanborn (Anthony Mackie), Brian Geraghty (Owen Eldridge) e Matt Thompson (Guy Pearce) integram o esquadrão anti-bombas do exército americano, em ação em pleno Iraque. Eles trabalham na destruição de um explosivo, fazendo com que seja detonado sem que atinja alguém. Entretanto, um erro faz com que o artefato exploda e mate Thompson. Em seu lugar é enviado o sargento William James (Jeremy Renner), que possui grande sangue frio em ação. Isto gera alguns desentendimentos com Sanborn, que o considera irresponsável. Apesar disto, o trio segue na ativa, tendo consciência de que cada dia concluído de trabalho é um dia a mais de vida.



Meu Nome é Khan (2010)
Direção: Karan Johar



Rizwan Khan, um muçulmano da região Borivali de Mumbai, sofre do transtorno de Asperger, uma síndrome do espectro autista que causa certas dificuldades na socialização. Mas Rizwan consegue viver praticamente de forma normal, chegando até a se casar com uma mulher em São Francisco, Estados Unidos. Depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, Rizwan é detido por engano pelas autoridades americanas no aeroporto de Los Angeles por causa de seu incomum comportamento. É quando ele conhece Radha, uma terapeuta que vai ajudar o rapaz a lidar com sua situação e sua aflição. O problema é que agora Rizwan tem seu nome numa lista de suspeitos. Para resolver essa questão, ele decide fazer uma jornada ao encontro do presidente americano Barak Obama e limpar sua ficha.

FONTE: AdoroCinema, Psicologia & Cinema, e-Pipoca.
(http://www.adorocinema.com/)
(http://www.psicologiaecinema.com/2012/02/meu-nome-e-khan.html)
(http://www.epipoca.com.br/filmes/ficha/23533/o-juramento-a-jihad)



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sábado, 9 de setembro de 2017

Uma ovelha do barulho - Bioética - Clonagem


Uma ovelha do barulho - Bioética - Clonagem


Dolly e seu "pai" Ian Wilmut

Pressionado pelas dúvidas que pipocam sobre o método de clonagem que gerou a ovelha Dolly, o escocês Ian Wilmut terá de repetir a experiência (isto foi a 20 anos, direto do túnel do tempo). Enquanto isso, aumenta o número de cientistas que promentem, anunciam ou simplesmente alertam: mais dia menos dia, alguém vai tentar clonar alguém.


Consta que o autor foi capitão da Força Aérea americana, um tal Edward Murphy. Num dia qualquer de 1949, depois de perceber que haviam montado incorretamente um equipamento que ele mesmo tinha projetado, o capitão Edward, consumido pelo desalento, falou sua frase imortal: "Se algo pode dar errado, dará". Pronto. Estava promulgada a Lei de Murphy. Desde então, ela tem servido de consolo para os equipamentos que não funcionam e para todos os intentos que fracassam, um lugar-comum dos pessimistas resignados.



Ovelha Dolly - O primeiro mamífero e ser clonado com sucesso


A Lei de Murpy agora ameaça o maior acontecimento científico do ano passado, a clonagem que fez nascer a ovelha Dolly. Como você verá nesta reportagem, pesquisadores renomados estão falando que pode ter havido erro ali. Tanto que o próprio escocês Ian Wilmut, autor da proeza, admitiu repetir todo o processo. Mas as contestações, embora questionem o modo como foi conduzido o experimento, não põem em dúvida, pelo menos até agora, a tese que Wilmut tentou demonstrar, a de que é possível transformar o núcleo de uma célula normal em um embrião e, assim, duplicar animais adultos. O que quer dizer: ao menos em tese, dá para clonar gente.

Assim, enquanto o escocês trabalha para neutralizar seus críticos, outros se preparam para vôos mais ambiciosos. Em dezembro, o americano Richard Seed, especialista em reprodução artificial, anunciou seus planos de produzir réplicas humanas dentro de um ano e meio. Em fevereiro, um médico da África do Sul, Mohamed Casim, proclamou-se pronto para aplicar a técnica em sua clínica. Só depende de autorização legal.



Clonagem - Processo passo a passo



"Ato contra a natureza"
A perspectiva, claro, assusta. Se a Lei de Murphy está tirando o sono de Wilmut, uma outra lei começa a virar um pesadelo ético para o resto da humanidade. É uma lei ainda não declarada, e que poderíamos formular aqui em primeira mão: "Se algo pode ser feito, será". Vamos chamá-la de Lei da Inevitabilidade Prática. Se o clone humano for mesmo possível, ele virá.

Irados protestos moralistas não resolvem grande coisa nessas horas. "Com esse ato contra a natureza e intrinsecamente mau, a humanidade pode estar dando um passo perigoso na direção do futuro." A frase, publicada em 1978 e atribuída ao porta-voz do Vaticano, dom Pier Pastore, tinha como alvo a inglesinha Louise Brown, o primeiro bebê de proveta da história. Agora nascem centenas de bebês de proveta todos os anos e ninguém mais se preocupa com isso. Louise vai fazer 20 anos no próximo dia 24 de julho e passa bem.

É difícil imaginar um futuro em que a clonagem humana seja tão corriqueira quanto os bebês de proveta. Afinal, os clones fabricados a partir de células normais são gerados sem que seja necessário um único espermatozóide, são filhos que não têm pai biológico. Tudo isso preocupa, sobretudo a técnica for mesmo comprovada empiricamente e se, depois disso, cair na Lei da Inevitabilidade Prática. Aconteceu isso com tecnologias destrutivas, como a da bomba atômica, que podia ser construída e foi. Aconteceu isso com técnicas mais amenas, como os próprios bebês de proveta. Será o mesmo o destino dos clones?



A mãe da cópia
O óvulo, nome da célula sexual feminina, é a chave da clonagem. Ele pode vir de qualquer mulher e é dentro dele que vão ficar os genes do indivíduo a ser replicado. Para isso, retira-se o núcleo do óvulo, colocando-se no lugar o núcleo de uma célula qualquer do candidato, ou candidata, à clonagem. Em tese, é esse o processo que gera o embrião que vai crescer até virar uma criança



Quem quer copiar o semelhante
Polêmico, esnobado pela comunidade científica, o físico Richard Seed mostrou no passado que tem competência no campo da inseminação artificial. Agora, sai na frente na corrida para fabricar fotocópias humanas.

No final do ano passado, uma euforia clônica se espalhava pelo mundo. A disputa pela inauguração da primeira clínica de clonagem aberta à clientela humana já tinha começado. Quem largou na frente foi o americano Richard Seed. Num simpósio científico em Chicago, no dia 5 de dezembro, ele chocou a audiência ao anunciar que em dezoito meses pretendia começar suas atividades comerciais. Logo vieram as reações. "É um cientista marginal", fuzila o biólogo Arthur Caplan, diretor do Centro para Ética Biológica da Universidade da Pensilvânia e uma das maiores autoridades mundiais no assunto. "Ele está se apossando de um tema para atingir seus próprios objetivos, pois não tem laboratórios nem habilidade técnica para realizar o que promete."

Boa parte da comunidade científica americana segue o julgamento de Caplan. Afinal, Seed já fracassou outras vezes. Doutor em Física pela Universidade de Harvard, teve seus momentos de glória nos anos 70, ao montar duas empresas que tiveram sucesso financeiro e reconhecimento científico. Numa delas, tornou-se pioneiro em implantar embriões criados em tubo de ensaio no útero de mulheres estéreis. Mas foi à falência e, nos últimos dez anos, perdeu tudo. Hoje mora de graça na casa de um filho, o programador de computadores Robert. Mas está longe de ser um perdedor.


Richard Seed - Entre a ousadia e a bravata



O bebê de 300 000 dólares
"Ele pode parecer meio louco", disse Robert, "mas é perfeitamente capaz de fazer a primeira clonagem humana." Lori Andrews, professora de genética e direito da Faculdade Chicago-Kent, organizadora do simpósio em que Seed fez seu anúncio bombástico, concorda: "É preciso levá-lo a sério, pois ele já provou ser muito competente em fertilidade humana. E é persistente."



Futuro do passado - Louise Brown - Festa de 15 anos


O que Caplan e os críticos de Richard Seed não negam é a possibilidade da clonagem, ao menos em tese. Se comprovada a experiência de Wilmut, muitos admitem que os primeiros clones humanos podem nascer dentro de, no máximo, cinco anos. A advogada Lori Andrews falava em dois ou três anos, apenas. O geneticista-médico brasileiro Walter Pinto Jr., da Unicamp, especializado em inseminação artificial, com mais de 100 nascimentos no currículo, confia na nova técnica, mas alerta para dificuldades que persistem. A principal é a da quantidade.

Para que Dolly nascesse, foram necessários 277 núcleos de células comuns, que, depois, foram enxertados em 277 óvulos. Só treze viraram embriões e, desses, apenas um sobreviveu. Nas mesmas bases, uma clínica teria de dispor de 277 óvulos para tentar clonar alguém. Seria uma epopéia. Uma mulher normal produz só um óvulo por mês. Com remédios, chega no máximo a dez. A saída seria recrutar trinta voluntárias, que teriam de ser monitoradas o tempo todo. "Calculo que, hoje, o preço final de uma tentativa ficaria por volta de 300 000 dólares", estima Walter Pinto Jr.

Mas, por ora, a palavra de ordem é cautela. A euforia clônica levou um senhor balde de água fria no dia 30 de janeiro, quando a revista americana Science publicou uma carta dos renomados cientistas Norton Zinder, da Universidade Rockefeller, e Vittorio Sgaramella, da Universidade da Calábria, na Itália, apontando incorreções na experiência de Dolly. A doadora da célula adulta - ou seja, a "mãe" da Dolly - já tinha morrido quando a "filha" nasceu. Aí ficou impossível comparar a cópia com a matriz para garantir que as duas tinham os mesmos genes. Pior: a doadora estava grávida, o que complica tudo. Uma das células fetais, que existem normalmente no sangue das fêmeas nesse estado, poderia teoricamente ter se misturado àquelas que foram colhidas para a experiência. Se algo assim tivesse ocorrido, e se fosse exatamente o núcleo dessa célula fetal que entrou no óvulo que deu origem à Dolly, não haveria novidade na experiência (já se duplicam artificialmente células fetais há 20 anos). Wilmut afirma, com razão, que essa hipótese é "extraordinariamente improvável"; a chance de ela acontecer seria de uma em muitos milhões. Mesmo assim, ele, que antes se negava a repetir o experimento, dizendo que isso seria "aborrecido e sem imaginação", vai refazer tudo. Agora, com mais cuidado.

Apesar dos senões, bastante graves, por sinal, ninguém diz que o trabalho de Wilmut é uma fraude. Depois, a mais importante alegação que ele tentou demonstrar - a de que é possível fazer uma célula comum, tirada de um animal adulto, virar embrião - já foi confirmada por Neal First, da Universidade do Wisconsin. First produziu pela mesma técnica embriões de rato, de macaco, de ovelha e de porco. Embora todos tenham morrido antes do nascimento, sua breve existência já é, parcialmente, uma reafirmação do trabalho do escocês, o que não é pouca coisa.


Perto da fronteira mas longe da lei
Na Internet, existem sites exóticos, nada confiáveis, oferecendo o serviço de copiagem humana. Para fugir a uma possível proibição nos Estados Unidos, prometem montar o serviço num país de leis mais flexíveis, mas bem pertinho da clientela americana.

Com o próprio presidente Bill Clinton empenhado em proibi-la, a possível clonagem de gente enfrenta resistências ferrenhas nos Estados Unidos. Sobre ela, há sete projetos de lei em tramitação no Congresso americano. O mais brando, assinado pelo senador Edward Kennedy, aceita que se façam experiências, mas elimina suas aplicações práticas. Se a lei for aprovada, não será permitido implantar óvulos clonados no útero de uma mulher. O projeto menos conciliador considera que basta alguém tentar estudar o processo para incorrer em crime.

Mas está claro, desde já, que esse tipo de argumento não vai intimidar os cientistas que acreditam nos benefícios da clonagem. Sem falar nos loucos de todo gênero, que esses não se dobram mesmo. Para conhecer alguns deles, abra a Internet e confirme: já existem pelo menos três sites oferecendo clones já. Se você digitar www.clonaid.com, vai entrar no mais conhecido, dirigido pela médica Brigitte Boisselier. É folclórico, você não deve levar a sério, mas dá uma boa dimensão da temperatura do debate. O site mistura teses exóticas, como a de que Jesus Cristo era um clone, com a oferta de assistência àqueles que queiram replicar-se artificialmente. Para garantir-se, a Clonaid diz que irá se instalar num país em que a legislação autorize a atividade.


Rota de fuga à lei
Nesse caminho, o de fugir de uma provável proibição americana, a opção que tem mais chance de funcionar é a que foi sugerida pelo próprio Richard Seed. Se não puder trabalhar em seu país, Seed declarou que vai para o México. Mas ali as coisas encareceriam um pouco, segundo projetou. Para conquistar a boa vontade dos mexicanos, procuraria prestar algum tipo de serviço médico à população pobre da cidade em que se estabelecer, "provavelmente Tijuana", a menos de 30 quilômetros de San Diego, na Califórnia. É um método meio demagógico para ganhar legitimidade, mas o médico se defente: "Não podemos impingir os padrões de comportamento americanos a outras partes do mundo". Com isso, o custo saltaria dos 2 milhões de dólares, necessários para montar a clínica nos Estados Unidos, para 2,5 milhões.

Mas, de novo, é preciso ir com cuidado. Dizer que a clonagem é factível é completamente diferente de dizer que ela deve ser aplicada. A primeira afirmação tem a ver com o grau de domínio que se tem sobre uma tecnologia que está nascendo. A segunda, com o que é direito, ou com o que a humanidade considera que seja digno, justo e bom. Que a técnica traz vantagens, ninguém discute. Inclusive porque não serve para atacar problemas de infertilidade, apenas, mas pode ajudar toda a Medicina. Já se sabe que, depois de aprimorada, poderá ser decisiva no combate de diversas doenças, da leucemia ao mal de Parkinson.

Imagine um paciente com leucemia, que é causada por um defeito nas células do sangue. O plano é substituir essas "peças estragadas" por outras perfeitas. Para isso dá para fazer um clone, mas não do indivíduo inteiro: basta copiar uma parte de sua medula espinhal, o órgão responsável pela fabricação do sangue (veja na página ao lado). Introduzido no paciente, a réplica de medula purificaria a circulação, destruindo o câncer pela base.

É por motivos assim que muitos cientistas contrários à clonagem no plano ético não fazem coro com a onda proibicionista. Nenhum nome ilustra melhor essa tendência recente do que o de Arthur Caplan, ele mesmo, o crítico mais feroz de Richard Seed. Embora considere que a clonagem humana não deve ser permitida por enquanto, ele sabe que não é bom impor freios muito rigorosos à investigação científica, pois isso poderia retardar as pesquisas potencialmente úteis à Medicina. Pela mesma razão, a revista americana Time, em sua edição de 9 de fevereiro, esclareceu seus leitores: "Os benefícios dessa ousada técnica superam os riscos".

Essa mudança nos humores americanos, ainda que improvável, pode ser esclarecedora. Se se dissiparem os medos, muitas vezes injustificados, ficará muito mais fácil debater os prós e os contras. A clonagem é uma técnica, não um pecado por antecipação. Claro, é sempre bom levar em conta que toda técnica, depois de inventada, acaba ganhando vida própria, e tem o risco de fugir ao controle - o que nos leva de volta ao nosso ponto de partida, à nossa Lei da Inevitabilidade Prática. Se algo pode ser feito, será. Mas a técnica não é o problema. A sua inevitabilidade também não é o problema. O problema é, como sempre foi, o uso que a civilização faz - para o bem ou para mal - de suas próprias invenções.



Clonagem - Doadores no processo



Um clone chamado cavalo
Muitas experiências com bichos ainda vêm por aí.

Agora, até um garanhão de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, pode vir a ressuscitar. Trata-se do Turbante, que gerou 1 654 descendentes da raça manga-larga no Brasil. Morto em janeiro, ele seria reproduzido a partir de células da pele congeladas antes da morte. Mas o teste mais aguardado é o do americano Don Wolf, que quer duplicar macacos resus na Univesidade de Oregon. Os filhotes virão em dezembro. "Se tivermos êxito", disse Wolf, "os cientistas vão ficar muito mais convencidos de que dá para fazer a mesma coisa com gente."


Gestação em marcha
O embrião é um óvulo que recebeu um núcleo de célula a ser xerocada. Implantado no útero, ele se multiplica e cresce até virar feto



Com o câncer na mira
Veja como a cópia de células poderá curar a leucemia.



A doença
Ela surge porque as células do sangue, feitas pela medula espinal, proliferam sem controle.
De uma célula do paciente tira-se o núcleo para implantá-lo num óvulo. Este vira embrião.
O embrião recebe drogas, os fatores de crescimento, que mudam seu destino.

O remédio
A cura viria com células sadias, geradas por um clone da medula, que tomam o lugar das doentes.
Poderiam ser fabricadas, desse modo, células da medula prontas para ser implantadas no paciente.
As drogas não deixam surgir um novo ser, que teria células variadas. O embrião cresce, mas todas as suas células são de um único tipo.

De olho na saúde
A idéia de combater doenças atrai a atenção dos médicos.
Se a técnica de Wilmut for mesmo capaz de reproduzir um organismo, que é formado de muitas células diferentes, também pode gerar um "pacote" de células idênticas, que seriam vitais para a Medicina. Imagine criar células sadias da pele para quem perdeu as originais em queimaduras. Ou células da medula para substituir as do sangue, em quem tem leucemia (veja o infográfico na página ao lado). Ou, então, neurônios novos, que recuperem a capacidade mental dos pacientes do mal de Parkinson. Essa lista crescente, é claro, está fazendo com que os médicos vejam a clonagem com mais simpatia.



O que virá
Um embrião crescido vira um feto e ganha, aos poucos, feições de criança. Não demora muito, uma delas pode nascer de células adultas, sem precisar de espermatozóide.



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sábado, 9 de setembro de 2017

Mais uma capacidade fascinante do cérebro humano é descoberta


Mais uma capacidade fascinante do cérebro humano é descoberta



A revista Nature publicou recentemente um artigo assinado por Thomas Andrillon, pesquisador da L’université de recherche Paris Sciences et Lettres, na França, no qual são detalhadas suas descobertas com relação à capacidade do cérebro humano para aprender durante o período de sono.


Andrillon e sua equipe fizeram 20 voluntários escutarem um padrão de ruído branco. Alguns foram expostos a sequências de sons durante a vigília, outros na fase REM do sonho e outros enquanto dormiam profundamente.



Funções do cérebro humano


Mais tarde, os pesquisadores confirmaram que os sujeitos que haviam escutado o ruído branco durante a fase REM (movimento rápido dos olhos, na sigla em inglês) eram capazes de reconhecer o padrão com muito mais facilidade que outros voluntários.



Conheça as fases do sono - Fase 1 ao REM


Andrillon explicou em uma entrevista concedida à BBC: “O que fizemos foi usar uma forma peculiar de assimilação chamada aprendizagem do som acústico. É uma forma de aprender bastante complexa porque o material que você assimila é o ruído branco acústico, que é completamente aleatório”.

Essa descoberta pode fornecer dados conclusivos sore a relação estreita entre o processo do sonho e a memória. Além disso, e de acordo com cientistas, ela poderá ajudar a desenvolver métodos terapêuticos úteis para apagar lembranças traumáticas e combater fobias.



Aprendizado - Como absorvemos informação



Fonte: BBC
(http://www.bbc.com/portuguese/geral-40942702)



Pirâmide do aprendizado - Do assistir uma aula ao ensinando outras pessoas



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sábado, 9 de setembro de 2017

A tribo africana que vive até hoje como os humanos de 40 mil anos atrás


A tribo africana que vive até hoje como os humanos de 40 mil anos atrás



Hábitos peculiares do grupo podem fornecer dados importantes sobre como nosso sistema digestivo se desenvolveu.


Os hadza são um grupo étnico que habita há aproximadamente 40 mil anos o Grande Vale do Rift, perto das planícies de Serengeti, na Tanzânia. Um censo de 2009 determinou que o grupo é formado por cerca de mil pessoas, das quais 30% continuam subsistindo à base da caça e da coleta de frutos e tubérculos, assim como faziam os primeiros seres humanos.



Hadza ou Hadzabe'e - Tanzânia - Lago Eyasi - Vale do Rift - Planicie do Serengeti


A tribo não pratica a agricultura nem a pecuária, e é exatamente essa particularidade que levou um grupo de cientistas a pesquisar a composição bacteriana de seus intestinos. Esse estudo poderá fornecer explicações fundamentais para entender como o sistema digestivo humano se desenvolveu.



The Hadza - Photographs by Martin Schoeller


A dieta variada dos hadza, composta principalmente por bagas, tubérculos e carne de animais selvagens faz com que seu microbioma (comunidade bacteriana que, em uma pessoa adulta, pode pesar até 2 kg) seja muito mais variado que o de outros grupos étnicos. Esse dado é essencial para determinar qual é a dieta adequada para os seres humanos, uma vez que os micro-organismos desempenhariam um papel fundamental na formação do sistema imunológico.



They once moved freely over 4,000-plus square miles of the Great Rift Valley
Eles se deslocam livremente por mais de 4 mil milhas quadradas no Vale do Rift



Mapa - localização - HADZA

Shifting Ground - The hadza, who once moved freely over 4,000-plus square miles of the Great Rift Valley, are down to a quarter of their homeland as farms and livestock expand. Some Tanzanians see the group as em embarrassment for a modernizing nation

Os Hadza se deslocam livremente em mais de 4.000 milhas quadradas no vale Rift, menos de 1/4 do tamanho da sua terra natal, isto à medida que as fazendas e gado se expandem. Alguns Tanzanianos vêem o grupo como uma vergonha para uma nação modernizada


Fonte: LA NACIÓN
(http://www.lanacion.com.ar/2050607-los-secretos-que-guarda-la-tribu-que-ha-vivido-durante-40000-anos-en-el-lugar-donde-se-origino-el-homo-sapiens)



Hadza - Fotos



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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

945 FILMES LEGENDADOS - COLEÇÃO SETEMBRO DE 2017


945 FILMES LEGENDADOS - COLEÇÃO SETEMBRO DE 2017



Só filmes legendados em PT-BR, o que garante a qualidade com áudio original.
Agora vamos conhecer os bons filmes deste ACERVO.

(Setembro de 2017) - (Listagem de Posters e depois dos nomes, logo abaixo).



945 FILMES LEGENDADOS - COLEÇÃO SETEMBRO DE 2017


LISTAGEM



[1/945] - 007 Contra Spectre (2015)

[2/945] - 01-Alien (1979) DC

[3/945] - 02-Aliens (1986) Special Edition

[4/945] - 03-Alien³ (1992) Special Edition

[5/945] - 04-Alien Resurrection (1997)

[6/945] - 10 Things I Hate About You (1999)

[7/945] - 12 Angry Men (1957)

[8/945] - 127 Hours (2010)

[9/945] - 13 Hours The Secret Soldiers Of Benghazi (2016)

[10/945] - 2001 A Space Odyssey - 1968

[11/945] - 3 Days to Kill (2014)

[12/945] - 5 to 7 (2014)

[13/945] - 500 Days Of Summer (2009)

[14/945] - 50-50 (2011)

[15/945] - 7 Minutes (2014)

[16/945] - 71 (2014)

[17/945] - 96 Minutes (2011)

[18/945] - A Beautiful Mind (2001)

[19/945] - A Bela e a Fera (2014)

[20/945] - A Brief History of Time (1991)

[21/945] - A Brilliant Young Mind (2014)

[22/945] - A Case of You (2013)

[23/945] - A Civil Action (1998)

[24/945] - A Clockwork Orange (1971)

[25/945] - A Colina Escarlate - 2016

[26/945] - A Few Best Men (2011)

[27/945] - A Fighting Man (2014)

[28/945] - A Good Day to Die Hard (2013)

[29/945] - A Good Marriage (2014)

[30/945] - A Hologram For The King (2016)

[31/945] - A Knights Tale (2001)

[32/945] - A Little Chaos (2014)

[33/945] - A Long Way Down - 2014

[34/945] - A Lot Like Love (2005)

[35/945] - A Most Violent Year (2014)

[36/945] - A Perfect Day (2015)

[37/945] - A Promise (2013)

[38/945] - A Room with a View (1985)

[39/945] - A Series Of Unfortunate Events (2004)

[40/945] - A Walk Among the Tombstones (2014)

[41/945] - About Alex (2014)

[42/945] - About Last Night (2014)

[43/945] - Accidental Love (2015)

[44/945] - Across the Universe (2007)

[45/945] - Adaptation (2002)

[46/945] - Afflicted (2013)

[47/945] - Air (2015)

[48/945] - Alex Of Venice (2014)

[49/945] - Alexander and the Terrible, Horrible, No Good, Very Bad Day (2014)

[50/945] - Alice in Wonderland (2010)

[51/945] - Alien Outpost (2014)

[52/945] - Alien Vs Predator 2 Requiem (2007)

[53/945] - Alien Vs Predator 2 Requiem (2007)

[54/945] - All Creatures Big and Small (2015)

[55/945] - Allegiant (2016)

[56/945] - Almost Human (2013)

[57/945] - Aloft (2014)

[58/945] - Aloha (2015)

[59/945] - Amelie (2001)

[60/945] - American Beauty (1999)

[61/945] - American History X (1998)

[62/945] - American Justice (2015)

[63/945] - American Psycho (2000)

[64/945] - American Psycho (2000)

[65/945] - American Sniper (2014)

[66/945] - American Ultra - 2015

[67/945] - Amnesiac (2015)

[68/945] - An Eye for Beauty - 2014

[69/945] - An Inconvenient Truth

[70/945] - Anesthesia (2015)

[71/945] - Angels & Demons (2009)

[72/945] - Anna Karenina (2012)

[73/945] - Any Day Now (2012)

[74/945] - Argo (2012)

[75/945] - Arrietty (2010)

[76/945] - As Aventuras de Paddington (2015)

[77/945] - At War with the Army (1950)

[78/945] - Attack on Titan Part 1 - 2015

[79/945] - Attack on Titan Part 2 - 2015

[80/945] - Autómata (2014)

[81/945] - Avengers Age of Ultron - 2015

[82/945] - AVP Alien vs. Predator (2004) UNRATED

[83/945] - Back to the Future (1985)

[84/945] - Back to the Future II (1989)

[85/945] - Back to the Future III (1990)

[86/945] - Bad Words (2013)

[87/945] - Batman - The Dark Knight (2008)

[88/945] - Batman vs Superman - Dawn of Justice - Extend - 2016

[89/945] - Beastly (2011)

[90/945] - Beasts of No Nation - 2015

[91/945] - Beautiful Creatures (2013)

[92/945] - Before I Go to Sleep (2014)

[93/945] - Before Midnight (2013)

[94/945] - Before Sunrise - 1995

[95/945] - Before Sunset (2004)

[96/945] - Before We Go - 2014

[97/945] - Begin Again (2013)

[98/945] - Beginners (2011)

[99/945] - Behaving Badly (2014)

[100/945] - Best Night Ever (2013)

[101/945] - Beyond the Reach (2014)

[102/945] - Big Eyes (2014)

[103/945] - Birdman (2014)

[104/945] - Black Mass - 2015

[105/945] - Black or White (2014)

[106/945] - Black Swan (2010)

[107/945] - Blackhat (2015)

[108/945] - Blended (2014)

[109/945] - Blindness (2008)

[110/945] - Blood Ties (2013)

[111/945] - Blue Ruin (2013)

[112/945] - Blue Valentine (2010)

[113/945] - Bølgen aka The Wave (2015)

[114/945] - Boulevard (2014)

[115/945] - Boy 7 - 2015

[116/945] - Boyhood (2014)

[117/945] - Braveheart (1995)

[118/945] - Brick Mansions (2014)

[119/945] - Brooklyn (2015)

[120/945] - Buck Wild (2013)

[121/945] - Burn After Reading (2008)

[122/945] - By the Gun (2014)

[123/945] - By The Sea (2015)

[124/945] - Byzantium (2012)

[125/945] - Cake (2014)

[126/945] - Calvary (2014)

[127/945] - Caminhos Da Floresta (2015) LEG

[128/945] - Camp X Ray (2014)

[129/945] - Candy (2006)

[130/945] - Captain America - The First Avenger (2011)

[131/945] - Captain America Civil War (2016)

[132/945] - Careful What You Wish For (2015)

[133/945] - Carol (2015)

[134/945] - Casablanca (1942)

[135/945] - Cell (2016)

[136/945] - Changeling (2008)

[137/945] - Changing Lanes (2002)

[138/945] - Chaplin (1992)

[139/945] - Chappie (2015)

[140/945] - Charlie Chaplin - City Lights (1931)

[141/945] - Charlie Chaplin - Modern Times (1936)

[142/945] - Charlie Chaplin - The Circus (1928)

[143/945] - Charlie Chaplin - The Gold Rush (1925)

[144/945] - Charlie Chaplin - The Great Dictator (1940)

[145/945] - Child 44 (2015)

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[148/945] - Citizenfour (2014)

[149/945] - Closer (2004)

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[151/945] - Clouds of Sils Maria (2014)

[152/945] - Cobain Montage of Heck - 2015

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[156/945] - Comet (2014)

[157/945] - Concussion (2015)

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[171/945] - Danny Collins (2015)

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[175/945] - Dark Victory - 1939

[176/945] - Das Leben der Anderen (2006)

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[192/945] - Dirty Grandpa (2016)

[193/945] - Django Unchained (2012)

[194/945] - Dom Hemingway (2013)

[195/945] - Don Verdean (2015)

[196/945] - Donnie Darko DIRECTORS CUT (2001)

[197/945] - Dope (2015)

[198/945] - Dr. Strangelove or How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb (1964)

[199/945] - Draft Day (2014)

[200/945] - Dragon Nest Warriors' Dawn (2014)

[201/945] - Dragonheart (1996)

[202/945] - Dragonheart 3 The Sorcerer's Curse (2015)

[203/945] - Dying of the Light (2014)

[204/945] - Eat Pray Love (2010)

[205/945] - Eddie The Eagle (2016)

[206/945] - Elektra DIRECTORS CUT (2005)

[207/945] - Elizabeth The Golden Age - 2007

[208/945] - Elizabeth The Golden Age - 2007

[209/945] - Elsa and Fred (2014)

[210/945] - End of Watch (2012)

[211/945] - Endless Love (2014)

[212/945] - Enemy (2013)

[213/945] - Enter the Dangerous Mind (2013)

[214/945] - Entertainment - 2015

[215/945] - Entourage (2015)

[216/945] - Entre Abelhas - 2015

[217/945] - Entre Nós

[218/945] - Equals (2015)

[219/945] - Eragon (2006)

[220/945] - Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004)

[221/945] - Eu Não Faço a Menor Ideia do que... - 2013

[222/945] - Evereste - 2015

[223/945] - Every Thing Will Be Fine (2015)

[224/945] - Everybody's Fine (2009)

[225/945] - Ex Machina (2015) DUB

[226/945] - Extraction (2015)

[227/945] - Extraterrestrial (2014)

[228/945] - Extremely Loud and Incredibly Close (2011)

[229/945] - Eye In The Sky (2015)

[230/945] - Eyes Wide Shut (1999)

[231/945] - Fading Gigolo (2013)

[232/945] - Far from the Madding Crowd (2015)

[233/945] - Fargo (1996)

[234/945] - Fathers and Daughters - 2015

[235/945] - Feast of Love (2007)

[236/945] - Felony (2013)

[237/945] - Fight Club (1999)

[238/945] - Filmage The Story of Descendents.All (2013)

[239/945] - Final Destination (2000)

[240/945] - Final Destination 2 (2003)

[241/945] - Final Destination 5 (2011)

[242/945] - Finale Destination 3 (2006)

[243/945] - Flight (2012)

[244/945] - Flipped (2010)

[245/945] - Forgetting the Girl (2012)

[246/945] - Forrest Gump (1994)

[247/945] - Foxcatcher (2014)

[248/945] - Frances ha (2012)

[249/945] - Frank (2014)

[250/945] - Freeheld (2015)

[251/945] - Freetown (2015)

[252/945] - Frequencies (2013)

[253/945] - Fried Green Tomatoes (1991)

[254/945] - Fruitvale Station (2013)

[255/945] - Full Metal Jacket (1987)

[256/945] - Furious Seven (2015)

[257/945] - Fury (2014)

[258/945] - Game Change (2012)

[259/945] - Gangs of New York (2002)

[260/945] - Gattaca (1997)

[261/945] - Generation Iron (2013)

[262/945] - Get A Job (2016)

[263/945] - Get Hard (2015)

[264/945] - Get Smart (2008)

[265/945] - Ghandi (1982)

[266/945] - Ghost World (2001)

[267/945] - Ghostbusters (1984)

[268/945] - Gimme Shelter (2013)

[269/945] - Girl on a Bicycle - 2013

[270/945] - Godzilla (2014)

[271/945] - Golpe Duplo (2015)

[272/945] - Gone Girl (2014)

[273/945] - Gone With The Wind (1939)

[274/945] - Good Bye Lenin (2003)

[275/945] - Good People (2014)

[276/945] - Goodbye World (2013)

[277/945] - Grace of Monaco (2014)

[278/945] - Grand Piano (2013)

[279/945] - Green Street Hooligans (2005)

[280/945] - Gremlins (1984)

[281/945] - Gremlins 2 The New Batch (1990)

[282/945] - Grown Ups (2010)

[283/945] - Guardians of the Galaxy (2014)

[284/945] - Guerra dos Monstros - 2016

[285/945] - Gun Woman (2014)

[286/945] - Hachiko A Dog's Story - 2009

[287/945] - Hackers (1995)

[288/945] - Hail, Caesar! (2016)

[289/945] - Hairspray (2007)

[290/945] - Hanna (2011)

[291/945] - Hannibal (2001)

[292/945] - Hansel and Gretel Witch Hunters (2013)

[293/945] - Hardcore Henry (2015)

[294/945] - Hector and the Search for Happiness (2014)

[295/945] - Hellion (2014)

[296/945] - Hello I Must Be Going (2012)

[297/945] - Her (2013)

[298/945] - Hercules (2014)

[299/945] - Hes Just Not That Into You (2009)

[300/945] - Hick (2011)

[301/945] - High-Rise (2015)

[302/945] - Hit and Run (2012)

[303/945] - Hitman Agent 47 - 2015

[304/945] - Holding The Man (2015)

[305/945] - Holidays (2016)

[306/945] - Home Sweet Hell (2015)

[307/945] - Honeymoon (2014)

[308/945] - Horrible Bosses (2011)

[309/945] - Horrible Bosses 2 (2014)

[310/945] - Hot Fuzz (2007)

[311/945] - Hot Pursuit (2015)

[312/945] - Hot Tub Time Machine (2010)

[313/945] - Hot Tub Time Machine 2 (2015)

[314/945] - How Do You Know (2010)

[315/945] - How To Be Single (2016)

[316/945] - How To Lose Friends & Alienate People (2008)

[317/945] - How To Train Your Dragon (2010)

[318/945] - How to Train Your Dragon 2 (2014)

[319/945] - Howard the Duck (1986)

[320/945] - Hugo (2011)

[321/945] - Hulk (2003)

[322/945] - I Am Belfast (2015)

[323/945] - I am Legend (2007)

[324/945] - I give It a Year - 2013

[325/945] - I Origins (2014)

[326/945] - I Robot (2004)

[327/945] - I, Frankenstein (2014)

[328/945] - If I Stay (2014)

[329/945] - I'll Follow You Down (2013)

[330/945] - In a Better World (2010)

[331/945] - In a World... (2013)

[332/945] - In the Blood (2014)

[333/945] - In The Heart Of The Sea (2015)

[334/945] - In Their Skin (2012)

[335/945] - In Your Eyes (2014)

[336/945] - Incendies (2010)

[337/945] - Inception (2010)

[338/945] - Infini (2015)

[339/945] - Inglorious Bastards (2009)

[340/945] - Interestelar (2014)

[341/945] - Into the Storm (2014)

[342/945] - Into The Wild (2007)

[343/945] - Iron Man (2008)

[344/945] - Iron Man 2 (2010)

[345/945] - It Follows (2014)

[346/945] - Its Kind of a Funny Story (2010)

[347/945] - Jack e a Mecânica do Coração - 2015

[348/945] - Jack Ryan Shadow Recruit (2014)

[349/945] - Jack the Giant Slayer (2013)

[350/945] - Jamesy Boy (2014)

[351/945] - Jane Eyre (1943)

[352/945] - Jane Eyre (2011)

[353/945] - Jane Got A Gun (2015)

[354/945] - Janis Little Girl Blue (2015)

[355/945] - Jeff, Who Lives at Home (2011)

[356/945] - Jenny's Wedding (2015)

[357/945] - Jezebel - 1938

[358/945] - Jimmy's Hall (2014)

[359/945] - Jinn (2014)

[360/945] - Jodorowsky's Dune (2013)

[361/945] - Joe (2013)

[362/945] - John Doe Vigilante (2014)

[363/945] - John Wick (2014)

[364/945] - Journey to Italy (1954)

[365/945] - Joy Ride 3 (2014)

[366/945] - Juno (2007)

[367/945] - Jupiter Ascending (2015)

[368/945] - Jurassic Park I (1993)

[369/945] - Jurassic Park II - The Lost World (1997)

[370/945] - Jurassic Park III (2001)

[371/945] - Jurassic World (2015)

[372/945] - Just Before I Go (2014)

[373/945] - Justice League Vs. Teen Titans (2016)

[374/945] - Justice League War (2014)

[375/945] - Keanu (2016)

[376/945] - Kid Cannabis (2014)

[377/945] - Kidnapping Mr. Heineken (2015)

[378/945] - Kill Bill Vol 1 (2003)

[379/945] - Kill Bill Vol 2 (2004)

[380/945] - Kill Me Three Times (2014)

[381/945] - Kill Them Softly (2012)

[382/945] - Kill Your Darlings (2013)

[383/945] - Kill Your Friends (2015)

[384/945] - King Kong (1976)

[385/945] - King Kong (2005)

[386/945] - Kingsman The Secret Service (2014)

[387/945] - Kite (2014)

[388/945] - Knock Knock (2015)

[389/945] - Krampus (2015)

[390/945] - Kumiko, the Treasure Hunter (2014)

[391/945] - Kung Fu Panda 3 - 2016

[392/945] - La Famille Bélier (2014)

[393/945] - La Loi Du Marche (2015)

[394/945] - La Vie En Rose - 2007

[395/945] - Labor Day (2013)

[396/945] - Laggies (2014)

[397/945] - Last Knights (2015)

[398/945] - Last Shift (2014)

[399/945] - Lawrence of Arabia (1962)

[400/945] - Le Week End (2013)

[401/945] - Leave The World Behind (2014)

[402/945] - Legend - 2015

[403/945] - Legion (2010)

[404/945] - Les Misérables (2012)

[405/945] - Letters from Iwo Jima - 2006

[406/945] - Life (2015)

[407/945] - Life In A Day (2011)

[408/945] - Life Is Beautiful

[409/945] - Life of Pi (2012)

[410/945] - Life Partners - 2014

[411/945] - Like Crazy (2011)

[412/945] - Like Sunday Like Rain - (2014)

[413/945] - Lila and Eve (2015)

[414/945] - Limitless (2011)

[415/945] - Listen Up Philip (2014)

[416/945] - Little Accidents (2014)

[417/945] - Little Boy (2015)

[418/945] - Little Miss Sunshine (2006)

[419/945] - Little Thirteen - 2012

[420/945] - Locke (2013)

[421/945] - London Has Fallen (2016)

[422/945] - Lone Survivor (2013)

[423/945] - Loosies (2012)

[424/945] - Lost River (2014)

[425/945] - Louder Than Bombs (2015)

[426/945] - Love & Friendship (2016)

[427/945] - Love and Mercy (2014)

[428/945] - Love Happens (2009)

[429/945] - Love Is Strange (2014)

[430/945] - Love, Rosie (2014)

[431/945] - Lucy (2014)

[432/945] - Macbeth (2015)

[433/945] - Mad Max - Estrada Da Fúria (2015)

[434/945] - Mad Max (1979)

[435/945] - Mad Max 2 The Road Warrior (1981)

[436/945] - Mad Max 3 TRAILER

[437/945] - Mad Max Beyond Thunderdome (1985)

[438/945] - Madame Bovary (2014)

[439/945] - Maggie (2015)

[440/945] - Maggie's Plan (2015)

[441/945] - Magic in the Moonlight (2014)

[442/945] - Mamma Mia (2008)

[443/945] - Man On Wire - 2008

[444/945] - Man Up (2015)

[445/945] - Mandela Long Walk to Freedom (2013)

[446/945] - Manglehorn (2014)

[447/945] - Manhattan Night (2016)

[448/945] - Maniac (2012)

[449/945] - Manny Lewis (2015)

[450/945] - Mansfield Park (1999)

[451/945] - Maps to the Stars (2014)

[452/945] - Margin Call (2011)

[453/945] - Marie Antoinette (2006)

[454/945] - Marley and Me (2008)

[455/945] - Mary and Max (2009)

[456/945] - Matchstick Men (2003)

[457/945] - Matilda (1996)

[458/945] - Max (2015)

[459/945] - Maze Runner - Prova de Fogo (2015)

[460/945] - McFarland, USA (2015)

[461/945] - Me and Earl and the Dying Girl (2015) [1080p]

[462/945] - Me Before You (2016)

[463/945] - Mega Shark vs. Mecha Shark (2014)

[464/945] - Melancholia (2011)

[465/945] - Memento (2000)

[466/945] - Memoirs of a Geisha (2005)

[467/945] - Meu Passado Me Condena 2 (2015) 720p - Alan_680

[468/945] - Midnight In Paris (2011)

[469/945] - Midnight Special (2016)

[470/945] - Milk (2008)

[471/945] - Million Dollar Baby (2004)

[472/945] - Minions (2015) Dublado

[473/945] - Misconduct (2016)

[474/945] - Miss Meadows (2014)

[475/945] - Miss You Already (2015)

[476/945] - Mission Impossible Rogue Nation - 2015

[477/945] - Money Monster (2016)

[478/945] - Moneyball (2011)

[479/945] - Mononoke hime - Princess Mononoke (1997)-

[480/945] - Morning Glory (2010)

[481/945] - Morrendo e Aprendendo 2016

[482/945] - Mortdecai (2015)

[483/945] - Mother's Day (2016)

[484/945] - Mr and Mrs Smith (2005)

[485/945] - Mr Holmes - 2015

[486/945] - Mr Holmes -2015 - TRAILER

[487/945] - Mr Nobody (2009)

[488/945] - Mr. Peabody and Sherman (2014)

[489/945] - Mr. Turner (2014)

[490/945] - Munich (2005)

[491/945] - My Big Fat Greek Wedding 2 (2016)

[492/945] - My Myself and Irene (2000)

[493/945] - My Sisters Keeper (2009)

[494/945] - My Sweet Orange Tree - 2012

[495/945] - Narcopolis (2015)

[496/945] - Need for Speed (2014)

[497/945] - Neighbors 2 Sorority Rising (2016)

[498/945] - Never Let Me Go (2010)

[499/945] - Night Train to Lisbon (2013)

[500/945] - Nightcrawler (2014)

[501/945] - No Country For Old Men (2007)

[502/945] - No Good Deed (2002)

[503/945] - Non Stop (2014)

[504/945] - Northmen A Viking Saga (2014)

[505/945] - Now You See Me 2 (2016)

[506/945] - Nowhere Boy - 2009

[507/945] - O Conto da Princesa Kaguya - 2015

[508/945] - Oblivion (2013)

[509/945] - October Gale (2014)

[510/945] - Oldboy (2013)

[511/945] - On The Road (2012)

[512/945] - Once (2006)

[513/945] - Once Upon a Time in the West (1968)

[514/945] - One And Two (2015)

[515/945] - One Day (2011)

[516/945] - One Flew Over The Cuckoo's Nest (1975)

[517/945] - Only Lovers Left Alive (2013)

[518/945] - Open Grave (2013)

[519/945] - Os Pinguins De Madagascar (2015) DUB

[520/945] - Palo Alto (2013)

[521/945] - Pan (2015)

[522/945] - Paper Planes (2014)

[523/945] - Paper Towns (2015)

[524/945] - Paperman (2012)

[525/945] - Paranoia (2013)

[526/945] - Paris, Texas (1984)

[527/945] - Parker (2013)

[528/945] - Particle Fever (2013)

[529/945] - Paths of Glory (1957)

[530/945] - Pay It Forward (2000)

[531/945] - People Like Us (2012)

[532/945] - Perevozchik Nasledie D (2015)

[533/945] - Perfect Sense (2011)

[534/945] - Perfume - The Story Of A Murderer (2006)

[535/945] - Persepolis (2007)

[536/945] - Persona (1966)

[537/945] - Philomena (2013)

[538/945] - Pink Floyd- Live at Pompeii - The Directors Cut

[539/945] - Pirates of the Caribbean 1 - Curse of the Black Pearl (2003)

[540/945] - Pirates of the Caribbean 2 - Dead Man's Chest (2006)

[541/945] - Pirates of the Caribbean 3 - At Worlds End (2007)

[542/945] - Pirates of the Caribbean 4 - On Stranger Tides (2011)

[543/945] - Pitch Perfect 1 (2012)

[544/945] - Pitch Perfect 2 (2015)

[545/945] - Pleasure or Pain (2013)

[546/945] - Point Break (1991)

[547/945] - Pompeii (2014)

[548/945] - Ponte dos Espiões - 2016

[549/945] - Pound of Flesh (2015)

[550/945] - Precious Cargo (2016)

[551/945] - Predestination (2014)

[552/945] - Premium Rush (2012)

[553/945] - Preservation (2014)

[554/945] - Pride (2014)

[555/945] - Pride and Glory (2008)

[556/945] - Pride And Prejudice And Zombies (2016)

[557/945] - Priest (2011)

[558/945] - Projeto Almanaque (2015) DUB

[559/945] - Prometheus (2012)

[560/945] - Pubic Enemies (2009)

[561/945] - Pulp Fiction (1994)

[562/945] - Puncture Wounds (2014)

[563/945] - Quarteto Fantastico (2015)

[564/945] - Rango (2009)

[565/945] - Ratatouille (2007)

[566/945] - Reasonable Doubt (2014)

[567/945] - Red Dragon (2002)

[568/945] - Red Lights (2012)

[569/945] - Red Road (2006)

[570/945] - Redirected (2014)

[571/945] - Regression (2015)

[572/945] - Reign Of Fire (2002)

[573/945] - Remember Me (2010)

[574/945] - Requiem for a Dream DIRECTORS CUT (2000)

[575/945] - Resident Evil 1 (2002)

[576/945] - Resident Evil 2 Apocalypse (2004)

[577/945] - Resident Evil 3 Extinction (2007)

[578/945] - Resident Evil 4 Afterlife (2010)

[579/945] - Resident Evil 5 Retribution (2012)

[580/945] - Results (2015)

[581/945] - Revolutionary Road (2008)

[582/945] - Ride (2014)

[583/945] - Ride Along 1 (2014)

[584/945] - Ride Along 2 (2016)

[585/945] - Rise of the Guardians (2012)

[586/945] - Road Games (2015)

[587/945] - RoboCop 1 (1987)

[588/945] - RoboCop 2 (1990)

[589/945] - RoboCop 2014 (2014)

[590/945] - RoboCop 3 (1993)

[591/945] - Rock Of Ages EXTENDED (2012)

[592/945] - Rocky 1 (1976)

[593/945] - Rocky 2 (1979)

[594/945] - Rocky 3 (1982)

[595/945] - Rocky 4 (1985)

[596/945] - Rocky 5 (1990)

[597/945] - Rocky 6 Rocky Balboa (2006)

[598/945] - Room (2015)

[599/945] - Ruby Sparks (2012)

[600/945] - Rudderless (2014)

[601/945] - Run All Night (2015)

[602/945] - Runner Runner (2013)

[603/945] - Rushmore (1998)

[604/945] - Sabotage (2014)

[605/945] - Safe House - TRAILER

[606/945] - Safe House (2012)

[607/945] - Safety Not Guaranteed (2012)

[608/945] - Salt DIRECTORS CUT (2010)

[609/945] - Salting the Battlefield (2014)

[610/945] - San Andreas (2015)

[611/945] - Savages UNRATED (2012)

[612/945] - Saving Mr. Banks (2013)

[613/945] - Scenic Route (2013)

[614/945] - Schindlers List (1993)

[615/945] - Scott Pilgrim vs the World (2010)

[616/945] - Scream 1 (1996)

[617/945] - Scream 2 (1997)

[618/945] - Scream 3 (2000)

[619/945] - Scream 4 (2011)

[620/945] - Se7en (1995)

[621/945] - Search Party (2014)

[622/945] - Searching for Sugar Man (2012)

[623/945] - Secret Window (2004)

[624/945] - Seeking a Friend For The End of The World (2012)

[625/945] - Self Less (2015)

[626/945] - Selma (2014)

[627/945] - Septembers Of Shiraz (2015)

[628/945] - Shakespeare In Love (1998)

[629/945] - Shaun Of The Dead (2004)

[630/945] - Shelter (2012)

[631/945] - Sherrybaby (2006)

[632/945] - Shutter Island (2010)

[633/945] - Sicario (2015)

[634/945] - Sideways (2004)

[635/945] - Silver Linings Playbook (2012)

[636/945] - Sin City A Dame to Kill For (2014)

[637/945] - Sing Street (2016)

[638/945] - Sisters (2015)

[639/945] - Skating to New York (2013)

[640/945] - Skin Trade (2014)

[641/945] - Skyfall (2012)

[642/945] - Slow West (2015)

[643/945] - Slumdog Millionaire (2008)

[644/945] - Snow White and the Huntsman EXTENDED (2012)

[645/945] - Sob o Mesmo Céu (2015)

[646/945] - Someone Marry Barry (2014)

[647/945] - Source Code (2011)

[648/945] - Southpaw (2015)

[649/945] - Sparks (2013)

[650/945] - Speak (2004)

[651/945] - Spider-Man 1 (2002)

[652/945] - Spider-Man 3 (2007)

[653/945] - Spooks The Greater Good (2015)

[654/945] - Spotlight (2015)

[655/945] - Star Wars Episode I The Phantom Menace (1999)

[656/945] - Star Wars Episode II Attack of the Clones (2002)

[657/945] - Star Wars Episode III Revenge of the Sith (2005)

[658/945] - Star Wars Episode IV A New Hope (1977)

[659/945] - Star Wars Episode V The Empire Strikes Back (1980)

[660/945] - Suffragette (2015)

[661/945] - Survivor (2015)

[662/945] - Sweeney Todd (2007)

[663/945] - Swerve (2011)

[664/945] - Sword of Vengeance (2015)

[665/945] - Synchronicity (2015)

[666/945] - Syriana (2005)

[667/945] - Taken 1 - Extended Cut (2008)

[668/945] - Taken 2 (2012)

[669/945] - Taken 3 (2014)

[670/945] - Tarzan (2013)

[671/945] - Taxi Driver (1976)

[672/945] - Terminator 1 (1984)

[673/945] - Terminator 2 Judgement Day (1991)

[674/945] - Terminator 3 Rise Of the Machines (2003)

[675/945] - Terminator 4 Salvation (2009)

[676/945] - Terminator 5 Genisys (2015)

[677/945] - Testament of Youth (2014)

[678/945] - The 33 - 2015

[679/945] - The 5th Wave (2016)

[680/945] - The Age of Adaline (2015)

[681/945] - The Amazing Spiderman 1 (2012)

[682/945] - The Angriest Man in Brooklyn (2014)

[683/945] - The Art of the Steal (2013)

[684/945] - The Artist (2011)

[685/945] - The Aviator (2004)

[686/945] - The Best Exotic Marigold Hotel (2011)

[687/945] - The Best Offer (2013)

[688/945] - The Big Lebowski (1998)

[689/945] - The Big Short (2015)

[690/945] - The Blind Side (2009)

[691/945] - The Book of Esther (2013)

[692/945] - The Book of Life (2014)

[693/945] - The Boss (2016)

[694/945] - The Bourne identity (2002)

[695/945] - The Bourne Legacy (2012)

[696/945] - The Bourne Supremacy (2004)

[697/945] - The Bourne Ultimatum (2007)

[698/945] - The Boxtrolls (2014)

[699/945] - The Boy (2015)

[700/945] - The Boy in the Striped Pyjamas (2008)

[701/945] - The Breakfast Club (1985)

[702/945] - The Brothers Grimsby (2016)

[703/945] - The C.N. - Prince Caspian (2008)

[704/945] - The C.N. - The Lion, The Witch, and The Wardrobe (2005)

[705/945] - The C.N. - Voyange of the Dawn Tredder (2010)

[706/945] - The Captive (2014)

[707/945] - The Challenger Disaster (2013)

[708/945] - The Choice (2016)

[709/945] - The Cobbler (2014)

[710/945] - The Confirmation (2016)

[711/945] - The Curious Case of Benjamin Button (2008)

[712/945] - The D Train (2015)

[713/945] - The Da Vinci Code (2006)

[714/945] - The Danish Girl (2015)

[715/945] - The Darjeeling Limited (2007)

[716/945] - The Darkness (2016)

[717/945] - The Departed (2006)

[718/945] - The Descendants(2011)

[719/945] - The Details (2011)

[720/945] - The Devil Wears Prada (2006)

[721/945] - The Double (2013)

[722/945] - The Dreamers (2003)

[723/945] - The Dressmaker (2015)

[724/945] - The Drop (2014)

[725/945] - The Drownsman (2014)

[726/945] - The Duchess (2008)

[727/945] - The Duke of Burgundy (2014)

[728/945] - The End of the Tour 2015

[729/945] - The English Teacher (2013)

[730/945] - The Equalizer (2014)

[731/945] - The Expendables 1 (2010)

[732/945] - The Expendables 2 (2012)

[733/945] - The Expendables 3 (2014)

[734/945] - The Final Destination (2009)

[735/945] - The Finest Hours (2016)

[736/945] - The Fundamentals of Caring - 2016

[737/945] - The Godfather 1 (1972)

[738/945] - The Godfather 2 (1974)

[739/945] - The Godfather 3 (1990)

[740/945] - The Golden Compass (2007)

[741/945] - The Good Lie (2014)

[742/945] - The Grand Budapest Hotel (2014)

[743/945] - The Great Beauty - 2013

[744/945] - The Great Gatsby (2013)

[745/945] - The Guest (2014)

[746/945] - The Gunman (2015)

[747/945] - The Hateful Eight (2015)

[748/945] - The Help (2011)

[749/945] - The Hitchhiker's Guide to the Galaxy (2005)

[750/945] - The Hobbit 1 - An Unexpected Journey (2012)

[751/945] - The Hobbit 3 - The Battle of the Five Armies (2014)

[752/945] - The Holiday (2006)

[753/945] - The Hunger Games Mockingjay - Part 1 (2014)

[754/945] - The Hunger Games Mockingjay - Part 2 (2015)

[755/945] - The Hunt for Red October (1990)

[756/945] - The Huntsman Winter's War (2016)

[757/945] - The Hurt Locker (2008)

[758/945] - The Identical (2014)

[759/945] - The Imaginarium Of Doctor Parnassus (2009)

[760/945] - The Imitation Game (2014)

[761/945] - The Impossible (2012)

[762/945] - The Incredible Hulk (2008)

[763/945] - The Incredibles (2004)

[764/945] - The Informant! (2009)

[765/945] - The Intern - 2015

[766/945] - The Intern - TRAILER

[767/945] - The Internship (2013)

[768/945] - The Interview (2014)

[769/945] - The Intouchables (2011)

[770/945] - The Invention of Lying (2009)

[771/945] - The Invisible Woman (2013)

[772/945] - The Invitation (2015)

[773/945] - The Iron Lady (2011)

[774/945] - The Judge (2014)

[775/945] - The Jungle Book (2016)

[776/945] - The Kids Are All Right (2010)

[777/945] - The King of Comedy (1982)

[778/945] - The Kings of Summer (2013)

[779/945] - The King's Speech (2010)

[780/945] - The Kite Runner - 2007

[781/945] - The Lady In The Van (2015)

[782/945] - The Last Five Years (2014)

[783/945] - The Last King of Scotland (2006)

[784/945] - The Last Survivors (2014)

[785/945] - The Last Witch Hunter - TRAILER

[786/945] - The Last Witch Hunter (2015)

[787/945] - The Lazarus Effect (2015)

[788/945] - The Lego Movie (2014)

[789/945] - The Lifeguard (2013)

[790/945] - The Lincoln Lawyer (2011)

[791/945] - The Little Death (2014)

[792/945] - The Little Prince (2015)

[793/945] - The Lobster (2015)

[794/945] - The Loft (2014)

[795/945] - The Lone Ranger (2013)

[796/945] - The Longest Ride (2015)

[797/945] - The Lord of the Rings 1 - The Fellowship of the Ring EXTENDED (2001)

[798/945] - The Lord of the Rings 2 - The Two Towers EXTENDED (2002)

[799/945] - The Lord of the Rings 3 - The Return of the King EXTENDED (2003)

[800/945] - The Love Punch (2013)

[801/945] - The Lovely Bones (2009)

[802/945] - The Lovers (2015)

[803/945] - The Man from U.N.C.L.E (2015)

[804/945] - The Man Who Knew Infinity (2015)

[805/945] - The Man with the Iron Fists 1 (2012)

[806/945] - The Man with the Iron Fists 2 (2015)

[807/945] - The Martian (2015)

[808/945] - The Matrix 1 (1999)

[809/945] - The Matrix Reloaded 2 (2003)

[810/945] - The Matrix Revolutions 3 (2003)

[811/945] - The Maze Runner (2014)

[812/945] - The Men Who Stare at Goats (2009)

[813/945] - The Monuments Men (2014)

[814/945] - The Mule (2014)

[815/945] - The Neverending Story 1 (1984)

[816/945] - The Neverending Story 2 - The Next Chapter (1990)

[817/945] - The Neverending Story 3 (1994)

[818/945] - The Nice Guys (2016)

[819/945] - The Normal Heart (2014)

[820/945] - The November Man (2014)

[821/945] - The Number 23 (2007)

[822/945] - The Nut Job (2014)

[823/945] - The One I Love (2014)

[824/945] - The Ones Below (2015)

[825/945] - The Other Woman (2014)

[826/945] - The Perks of Being a Wallflower (2012)

[827/945] - The Physician (2013)

[828/945] - The Pianist (2002)

[829/945] - The Pirate Bay Away From Keyboard (2013)

[830/945] - The Prince (2014)

[831/945] - The Program (2015)

[832/945] - The Punisher (2004)

[833/945] - The Purge Anarchy (2014)

[834/945] - The Pursuit of Happyness (2006)

[835/945] - The Pyramid (2014)

[836/945] - The Queen (2006)

[837/945] - The Quiet Ones (2014)

[838/945] - The Railway Man (2013)

[839/945] - The Reader (2008)

[840/945] - The Remaining (2014)

[841/945] - The Revenant (2015)

[842/945] - The Right Kind of Wrong (2013)

[843/945] - The Riot Club (2014)

[844/945] - The Rise of the Krays (2015)

[845/945] - The Rite (2011)

[846/945] - The Road Within (2014)

[847/945] - The Second Best Exotic Marigold Hotel (2015)

[848/945] - The Secret in Their Eyes (2009)

[849/945] - The Selfish Giant (2013)

[850/945] - The Shawshank Redemption (1994)

[851/945] - The Shining (1980)

[852/945] - The Signal (2014)

[853/945] - The Silence Of The Lambs (1991)

[854/945] - The Skeleton Twins (2014)

[855/945] - The Social Network (2010)

[856/945] - The Sound of Music (1965)

[857/945] - The Spectacular Now (2013)

[858/945] - The Stanford Prison Experiment - TRAILER

[859/945] - The Stanford Prison Experiment (2015)

[860/945] - The Stranger (2014)

[861/945] - The Survivalist (2015)

[862/945] - The Switch (2010)

[863/945] - The Tempest (2010)

[864/945] - The Theory of Everything (2014)

[865/945] - The Third Man (1949)

[866/945] - The Town EXTENDED (2010)

[867/945] - The Tree of Life (2011)

[868/945] - The Trip (2010)

[869/945] - The Two Faces of January (2014)

[870/945] - The Untouchables (1987)

[871/945] - The Usual Suspects (1995)

[872/945] - The Visit (2015)

[873/945] - The Voices (2014)

[874/945] - The Vow (2012)

[875/945] - The Walk (2015)

[876/945] - The Water Diviner (2014)

[877/945] - The Witch (2015)

[878/945] - The Wolfpack (2015)

[879/945] - The Words (2012)

[880/945] - The World Made Straight (2015)

[881/945] - The World's End (2013)

[882/945] - The Young Victoria (2009)

[883/945] - The Zero Theorem (2013)

[884/945] - There Will Be Blood (2007)

[885/945] - This Is the End (2013)

[886/945] - This Is Where I Leave You (2014)

[887/945] - Thor - The Dark World (2014)

[888/945] - Thor (2011)

[889/945] - Time Lapse (2014)

[890/945] - Time Out of Mind (2014)

[891/945] - Tinker Bell and the Legend of the NeverBeast (2014)

[892/945] - Tokarev (2014)

[893/945] - Tomorrowland (2015)

[894/945] - Top Five (2014)

[895/945] - Toxin (2015)

[896/945] - Toy Story 3 (2010)

[897/945] - Tracers (2015)

[898/945] - Tracks (2013)

[899/945] - Trainwreck (2015)

[900/945] - Transcendence (2014)

[901/945] - Trash - A Esperança Vem Do Lixo (2015)

[902/945] - Triple 9 (2016)

[903/945] - Tropic Thunder (2008)

[904/945] - True Story (2015)

[905/945] - Trumbo (2015)

[906/945] - Truth (2015)

[907/945] - Turks and Caicos (2014)

[908/945] - Two Men in Town (2014)

[909/945] - Uma Noite no Museu 3 - O Segredo da Tumba (2015)

[910/945] - Up (2009)

[911/945] - Upside Down (2012)

[912/945] - Uzhastiki - 2015

[913/945] - Vacation (2015)

[914/945] - Valentine's Day (2010)

[915/945] - Vanilla Sky (2001)

[916/945] - Velozes & Furiosos 7 (2015)

[917/945] - Vendetta (2015)

[918/945] - Veronica Mars (2014)

[919/945] - Vertigo (1958)

[920/945] - Walk the Line EXTENDED (2005)

[921/945] - WALL-E (2008)

[922/945] - Water For Elephants (2011)

[923/945] - We Are Still Here (2015)

[924/945] - Welcome to Me (2014)

[925/945] - Welcome to the Punch (2013)

[926/945] - We'll Never Have Paris (2014)

[927/945] - We're the Millers (2013)

[928/945] - What If (2013)

[929/945] - What Maisie Knew (2012)

[930/945] - What To Expect When Youre Expecting (2012)

[931/945] - What We Did on Our Holiday (2014)

[932/945] - What We Do in the Shadows (2014)

[933/945] - Whiplash (2014)

[934/945] - Whiskey Tango Foxtrot (2016)

[935/945] - Wiener-Dog (2016)

[936/945] - Wild (2014)

[937/945] - Wild Card (2015)

[938/945] - Wimbledon (2004)

[939/945] - Winter's Tale (2014)

[940/945] - Woman in Gold (2015)

[941/945] - Wreck-It Ralph (2012)

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[943/945] - X-Men (2000)

[944/945] - X-Men Origins Wolverine (2009)

[945/945] - X-Men The Last Stand (2006)



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terça-feira, 5 de setembro de 2017

Qual a diferença entre bomba de hidrogênio e bomba atômica


Qual a diferença entre bomba de hidrogênio e bomba atômica



Saiba quais são as características fundamentais da bomba termonuclear, que a Coreia do Norte diz ter testado, e da bomba atômica – duas das armas mais destrutivas da história.


A Coreia do Norte anunciou no último fim de semana ter realizado um teste com uma bomba de hidrogênio, também conhecida como bomba termonuclear, se distanciando assim de seus experimentos com armas nucleares de primeira geração. Mas qual a diferença entre uma bomba atômica e a bomba de hidrogênio ou bomba H, mais avançada?



Arsenais atômicos pelo mundo


Detonação
A diferença fundamental entre uma bomba de hidrogênio e uma bomba atômica é o processo de detonação. Em bombas atômicas, como as que foram detonadas em Nagasaki e Hiroshima em 1945, o poder explosivo resulta da liberação repentina de energia após a separação (fissão) dos núcleos de um elemento químico pesado, como o plutônio. Esse procedimento é conhecido como fissão nuclear.



Fissão Nuclear e fusão nuclear - Diferenças


Anos após a primeira bomba atômica ser desenvolvida no estado americano do Novo México, os Estados Unidos criaram uma arma que tinha como base a tecnologia da bomba atômica, mas que expandiu o processo de detonação para criar uma explosão mais forte. Essa arma é conhecida como bomba termonuclear, bomba de hidrogênio ou bomba H.

O processo de detonação de uma bomba termonuclear inclui várias etapas, começando com a detonação de uma bomba atômica. A primeira explosão gera temperaturas de milhões de graus, criando energia suficiente para forçar a aproximação de seus dois núcleos leves, combinando-os num segundo estágio conhecido como fusão nuclear – no caso, de isótopos de hidrogênio.



Fusão Nuclear x Fissão Nuclear



Forma
Segundo especialistas, a bomba mais recente da Coreia do Norte demonstra uma clara diferença em relação às armas anteriores e possui uma câmara que sugere uma bomba de hidrogênio de duas etapas.

"As imagens mostram uma forma mais completa de uma possível bomba de hidrogênio, com uma bomba primária de fissão e um segundo estágio de fusão conectados em forma de ampulheta", disse Lee Choon-geun, pesquisadora do Instituto de Políticas de Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul.



Comparação das explosões nucleares no mundo


Potência
A potência destrutiva de uma bomba termonuclear pode ser de centenas a milhares de vezes maior que a de uma bomba atômica.

O poder explosivo de uma bomba atômica frequentemente é medido em quilotoneladas (kt), ou mil toneladas de trinitrotolueno (TNT), enquanto as explosões de bombas termonucleares são geralmente medidas em megatoneladas, ou o equivalente a uma detonação de um milhão de toneladas de TNT.



Explosões - Diferença na potência



A conquista da Bomba H - Como se proteger da explosão



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terça-feira, 5 de setembro de 2017

O único trabalho que os robôs não vão conseguir roubar de você


O único trabalho que os robôs não vão conseguir roubar de você



Quem for bom em lidar com pessoas poderá ganhar rio de dinheiro no futuro !


À medida que a tecnologia avança, os robôs passam a ocupar um lugar cada vez maior nos postos de trabalho, os quais costumavam ser desempenhados por seres humanos. Estudos revelam que aproximadamente 40% dos empregos existentes nos EUA e dois terços das vagas nos países em desenvolvimento estão ameaçadas pelas novas tecnologias.



No entanto, a inteligência artificial dos robôs está muito longe de conseguir transmitir empatia. Por isso, os empregos que exigem habilidades emocionais, ou seja, que dizem respeito à conexão com outros seres humanos, são praticamente impossíveis de serem automatizados. Isso significa que trabalhos desse tipo, geralmente mal remunerados hoje em dia, passarão a ter uma grande demanda nas próximas décadas.



Os setores que mais exigirão essas habilidades são os da a saúde e o da educação. Para cuidar de pacientes, é preciso realizar tarefas com empatia, enquanto o ensino a crianças pede uma interação humana que permita motivá-las e detectar potenciais problemas de desenvolvimento.



Por esses motivos, será cada vez mais necessário investir os lucros resultantes da automatização de outros setores na formação de trabalhadores com habilidades emocionais, para fazer com que o salário que eles recebem reflita a importância das tarefas que realizam.



Fonte: BBC
(http://www.bbc.com/news/technology-34066941)



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O único trabalho que os robôs não vão conseguir roubar de você


O único trabalho que os robôs não vão conseguir roubar de você



Quem for bom em lidar com pessoas poderá ganhar rio de dinheiro no futuro !


À medida que a tecnologia avança, os robôs passam a ocupar um lugar cada vez maior nos postos de trabalho, os quais costumavam ser desempenhados por seres humanos. Estudos revelam que aproximadamente 40% dos empregos existentes nos EUA e dois terços das vagas nos países em desenvolvimento estão ameaçadas pelas novas tecnologias.



No entanto, a inteligência artificial dos robôs está muito longe de conseguir transmitir empatia. Por isso, os empregos que exigem habilidades emocionais, ou seja, que dizem respeito à conexão com outros seres humanos, são praticamente impossíveis de serem automatizados. Isso significa que trabalhos desse tipo, geralmente mal remunerados hoje em dia, passarão a ter uma grande demanda nas próximas décadas.



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Por esses motivos, será cada vez mais necessário investir os lucros resultantes da automatização de outros setores na formação de trabalhadores com habilidades emocionais, para fazer com que o salário que eles recebem reflita a importância das tarefas que realizam.



Fonte: BBC
(http://www.bbc.com/news/technology-34066941)



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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

34 REVELAÇÕES QUE VÃO DESTRUIR A SUA INFÂNCIA


34 REVELAÇÕES QUE VÃO DESTRUIR A SUA INFÂNCIA



Na sua memória, estes filmes, desenhos, games e brinquedos pareciam coisa de criança. Mas todos eles guardavam segredos bem adultos, a lista abaixo é LONGA e PESADA...


1. He-Man foi criado para vender bonequinhos encalhados do Conan
No anos 80, a Mattel adquiriu os direitos de produzir bonecos do filme Conan, O Bárbaro. Mas o produto encalhou: os pais acharam a história muito violenta. Para não ficar no preju, a empresa inventou a linha de bonecos Mestres do Universo, trocando a cabeça de Conan pela de He-Man e outros personagens. (É por isso que todos eram tão bombados: Conan foi interpretado por Arnold Schwarzenegger!). A empresa então desenvolveu o universo do herói, criou uniformes, armas e mais personagens. Depois, para turbinar a vendas, encomendou à Filmation Studios uma animação, que teve 130 episódios, exibidos entre 1983 e 1985.



2. Lula Molusco é, na verdade, um polvo
O próprio criador de Bob Esponja, Stephen Hillenburg, confirmou a real natureza do personagem. Os outros tentáculos só não foram desenhados para não sobrecarregar seu visual. Mas um deles está lá e você não notou: nos polvos, o tentáculo central (hectótilo) age como aparelho reprodutor. Aquele nariz talvez não seja um nariz…



3. Barbie foi inspirada numa boneca inflável
A primeira edição da Barbie, lançada em 1959, foi baseada em uma boneca erótica alemã, a Bild Lilli Doll. A semelhança era tanta que a fabricante Mattel precisou pagar indenizações.



4. No livro original, Pinóquio mata o Grilo Falante
Na obra de Carlo Collodi, Pinóquio é um péssimo filho. Ele foge assim que aprende a andar e deixa Gepeto ser preso pela polícia, por abuso infantil. O Grilo Falante tenta avisar que a desobediência é perigosa, mas o menino mata o inseto a pauladas! A previsão do Grilo se concretiza e o boneco chega a ser enforcado por uma raposa e um gato, a caminho do teatro de marionetes, mas consegue sobreviver.



5. A Nintendo ajudou a criar o PlayStation
No fim dos anos 80, a Nintendo queria criar um Super Nintendo que rodasse CDs. Então fez um acordo com a Sony, especialista em tocadores de CD. Mas a parceira se deu conta de que podia ganhar muita grana nessa área e começou a projetar seu próprio console por baixo dos panos, usando o que aprendia com a empresa do Super Mario. O SuperFamicon-CD não saiu do papel, o PlayStation sim e a hegemonia da Nintendo ruiu.



6. “Ragatanga”, do Rouge, é a adaptação de um rap dos anos 70
Se você foi criança no início dos anos 2000, provavelmente dançou e cantou os versos “aserehe, ha, de re”, sem entender sequer uma palavra (não, isso não é espanhol!). Mas sua cabeça vai fundir mesmo quando descobrir que ela é uma adaptação (bem maluca) de “Rapper¿s Delight”, sucesso do grupo Sugarhill Gang em 1979! “Aserejé, já”, por exemplo, era na verdade “I said hip hop” (“Eu disse hip-hop”). Assista abaixo ao vídeo desse clássico do rap e tire suas próprias conclusões:



https://youtu.be/q5-ASsIa37w



7. Foi a saída de Seu Madruga quem acabou com Chaves
As brigas entre Carlos Villagran (Kiko) e Roberto Bolaños (Chaves) já são famosas. Mas a série acabou não quando Villagran foi expulso, e sim quando Ramon Valdés (Seu Madruga) decidiu largar o show, em solidariedade ao amigo. Chaves resistiu por mais nove meses, mas Seu Madruga era essencial: pai da Chiquinha, rival da Florinda, paixão da Bruxa do 71, vítima do Senhor Barriga e figura paterna do Chaves.



8. Os anões de O Mágico de Oz faziam festas barra-pesada
Sid Luft, ex-marido de Judy Garland (que interpretava Dorothy no filme), revelou em sua autobiografia que os intérpretes dos Munchkins realizavam grandes festas regadas a álcool, sexo e drogas no Culver Hotel, onde todo o elenco estava hospedado durante as filmagens. Baixava até polícia!



9. Alf, O ETeimoso, terminou com ele preso pelo governo dos EUA
Nesta popular sitcom dos anos 80, um alienígena tagarela ia morar com os Tanner, uma típica família norte-americana. O tom era leve, mas o final fugiu à regra: agentes do governo finalmente prendiam o extraterrestre, separando-o da família. Segundo os produtores, o plano era resolver esse gancho na temporada seguinte, mas a série foi cancelada e terminou assim.



10. Cubone, de POKÉMON, usa o crânio da própria mãe
Até que, para um jogo infantojuvenil, Pokémon tem algumas histórias bem macabras. A mais assustadora é a de Cubone, a criatura número 104 no Pokédex: o crânio que ele usa como proteção é de sua própria mãe! Que mórbido! Para piorar, ele sempre chora à noite, e esse “capacete” age como uma câmara de reverberação, fazendo o triste barulho ecoar longe.



11. A Ranger Amarela era um homem
A jovem Trini era interpretada pela atriz Thuy Trang. Mas, nos momentos em que ela já estava “morfada”, dá para notar um certo “volume” entre as pernas da “garota”… Isso porque as cenas de luta eram reaproveitadas de um seriado japonês, em que o Ranger Amarelo era um homem! É por isso que a Rosa tem saia, e a Amarela não.



12. O Ranger Azul sofria bullying por ser gay
David Yost, o ator que interpretava Billy, declarou que abandonou a franquia por sofrer com a homofobia constante dos criadores, roteiristas e produtores do seriado. Um dia, em 1996, ele simplesmente foi embora e nunca mais voltou. O efeito foi perverso: ele tentou diversos métodos para “se curar”, até ter um colapso e ser internado.



13. Os atores ganhavam tanto quanto um funcionário do McDonald’s
Segundo Austin St. John (o Ranger Vermelho), o cachê do sexteto principal na primeira temporada equivalia ao de um atendente do McDonald’s. Eles trabalhavam 15 horas por dia, seis dias por semana, sem contrato nem filiação a sindicato. Não por acaso, a relação do grupo com o criador do show, Haim Saban, não é das melhores.



14. Birdo, de Super Mario, é transgênera
O manual japonês de Super Mario Bros. 2, em que a personagem surgiu, a descrevia como “um garoto que acha que é uma garota e preferiria ser chamado de Birdetta”. Isso em 1988! Claro que deu polêmica e a Nintendo mudou o gênero da personagem várias vezes ao longo dos jogos seguintes. Mas, para vários estudiosos, Birdo é a primeira transgênera dos games.



15. Assoprar fitas de videogame podia estragá-las
Nos anos 80 e 90, quando um cartucho de videogame “dava pau”, o truque era soprar a parte externa do circuito. Uma pesquisa de 2012, porém, mostrou que isso não ajudava em nada – e podia até piorar o defeito! Durante um mês, o jornalista especializado em tecnologia Chris Higgins deu dez assoprões diários em uma fita, enquanto outra, do mesmo jogo, permaneceu intacta. Ao fim do período, a soprada apresentava defeitos, possivelmente porque a umidade do sopro corroeu as placas de circuito.



16. As crianças de Carrossel roubavam e fumavam nos bastidores
Em uma entrevista de 2016, Gabriela Rivero, que interpretava a Professora Helena, contou que, por trás das câmeras, a novela mexicana de 1989 não era tão pura assim. Com apenas 8 anos, o ator Pedro Javier Viveros (sim, o ingênuo Cirilo!) roubava cigarros de sua bolsa e levava para os coleguinhas fumarem nos camarins.



17. Daniel Radcliffe filmou Harry Potter bêbado
A fama avassaladora e o medo de fracassar levaram o ator ao alcoolismo. Ele confessou ter gravado várias cenas de O Enigma do Príncipe embriagado: “Eu ficava no meu apartamento por dias bebendo sozinho”. Hoje, Daniel já está livre do vício.



18. “Macarena” era uma música sobre traição
O hit de 1995 da dupla espanhola Los Del Río não é uma simples música inocente. Ela conta a história de uma moça que traiu seu namorado com dois amigos, enquanto ele estava servindo no Exército.



19. Os bastidores de Glee eram repletos de pegação, brigas, drogas e joguinhos sexuais
O seriado musical da Fox tinha uma visão bem romântica do mundo, celebrando a amizade e as diferenças. A biografia da atriz Naya Rivera (que interpretava a Santana), porém, revela que, nos bastidores, a história era outra. A pegação corria solta: o apartamento dividido pelos atores Kevin McHale (Artie) e Jenna Ushkowitz (Tina) era o ponto de encontro das transas casuais e das festas – inclusive aquelas em que novatos no elenco passavam por um trote ao estilo “Verdade ou Desafio”, que incluía desde atos sexuais até o uso de drogas. Naya se envolveu com Mark Salling (Puck), mas teve que manter o namoro escondido a pedido dos produtores. Quando descobriu que ele a estava traindo, destruiu o carro dele e o encheu de ovo, Coca-Cola e ração de cachorro. Lea Michele (Rachel) era abertamente odiada por todo o resto do elenco. Ela e Naya não trocaram uma única palavra durante o sexto ano.



20. Comandos em Ação e Rambo usavam armas “laser” para driblar a censura
Nestes desenhos dos anos 80, tanques, bombas e jatos se assemelhavam à tecnologia da época… mas as armas atiravam laser, como se fosse Star Wars! (E o raio nem machucava quando atingia alguém.) Isso porque, se disparassem balas “reais”, o sistema de classificação etária nos EUA os proibiria para crianças, por considerá-los muito violentos.



21. “Häagen-Dazs” não significa nada
O empresário Reuben Mattus inventou esse nome, com jeitão meio alemão, meio escandinavo, para dar um ar europeu a seu produto. Assim, ele ficava mais “sofisticado” e justificava o preço mais alto. A empresa nem europeia é: surgiu no Bronx, em Nova York.



22. A Família Dinossauro morre no último episódio
Na conclusão da série, exibida em 1994 nos EUA, os protagonistas foram “extintos” – mas não por causa de um meteoro. O patriarca Dino tenta solucionar um desastre ambiental, mas não consegue. Na cena final, resta à família assistir à chegada de uma Era Glacial pelo telejornal. O âncora se despede com um adeus, a câmera vai se afastando e mostra a casa dos Silva Sauro sendo encoberta pela neve…



23. Bozo apresentava seu programa drogado
O ator Arlindo Barreto, que interpretou o palhaço no SBT entre 1984 e 1986, revelou em uma entrevista que usava cocaína para aguentar as oito horas de filmagens diárias. Ele chegou a gravar com algodões no nariz para evitar sangramento (consequência do consumo do pó). “Eu adorava ser o Bozo. Só que não conseguia ter toda aquela alegria sem usar drogas”, contou.



24. A frase “omelette du fromage”, de Dexter, estava errada
Em um episódio de Laboratório de Dexter, uma máquina criada pelo cientista geninho para lhe ensinar francês dá pau e ele só aprende a frase “omelette du fromage” (“omelete de queijo”). Para sua sorte, as coisas sempre dão certo quando ele se arrisca a dizer a expressão. Mas tem um porém: a expressão correta é “omelette au fromage”.



25. Os saiyajins de Dragon Ball só são loiros por preguiça do desenhista
No anime, os saiyajins tinham cabelo amarelo. Isso porque no mangá original, em preto e branco, o cabelo deles era branco. Akira Toriyama, criador da franquia, explicou que decidiu isso para diminuir o trabalho do assistente, pois ele perdia muito tempo pintando o cabelo de Goku de preto em todos os quadros.



26. Metade das Princesas Disney não são princesas
As regras da maioria das monarquias reservam o título só para filhas do rei e da rainha. Quem se casa com príncipe recebe outro título – como Kate Middleton, que se tornou duquesa de Cambridge após se casar com o príncipe William, em 2011. Sendo assim, na Disney…

São princesas:
– Branca de Neve, de Branca de Neve e os Sete Anões
– Aurora, de A Bela Adormecida
– Ariel, de A Pequena Sereia
– Rapunzel, de Enrolados
– Anna e Elsa, de Frozen
– Jasmine, de Aladdin

Não são princesas:
– Cinderela, de Cinderela
– Tiana, de A Princesa e o Sapo
– Bela, de A Bela e a Fera
– Mulan, de Mulan
– Pocahontas, de Pocahontas
– Alice, de Alice no País das Maravilhas



27. Em Donkey Kong, Mario era o vilão
De acordo com o manual do clássico arcade Donkey Kong, de 1981, o gorila era o animal de estimação de Jumpman (aquele personagem que você controlava, e que futuramente originaria o Mario). Só que Jumpman abusava fisicamente do coitado! É por isso que o bicho fugiu e sequestrou a namorada do “herói”. Dá para culpá-lo?



28. Chiquititas e Zac Efron dublavam suas músicas
High School Musical lançou o galã Zac Efron, mas ele nunca cantou uma única nota no primeiro filme dessa franquia musical da Disney. Na verdade, ele era dublado pelo cantor Andrew Selley – que, inclusive, o substituiu nos shows ao vivo de HSM pelo mundo. Idem para as Chiquititas: na novela do SBT de 1997, Fernanda Souza e suas amiguinhas eram dubladas por cantoras profissionais.



29. Huguinho, Zezinho e Luisinho quase mataram o próprio pai
Em sua primeira aparição nas HQs, em 1937, o trio foi entregue a Donald com uma carta da mãe deles. Ela conta que os pestinhas esconderam fogos de artifício onde o pai estava sentado e a explosão o deixou gravemente ferido. As crianças ficariam com o tio temporariamente, só enquanto o pai estivesse no hospital, mas a mãe nunca mais foi buscá-las…



30. A série de “documentários” Faces da Morte era forjada
Nos anos 80 e 90, não havia filme de terror que assustasse tanto quanto as fitas de VHS Faces da Morte. Essas compilações de vídeos amadores “proibidos” mostravam, sem censura, mortes escabrosas – gente comida por cães, explodida por bombas ou esmagada por tanques. Mas, no lançamento do DVD de 30 anos da série, os produtores confirmaram que era tudo armação. Os participantes eram atores. “Cérebros” eram feitos de couve-flor; e vísceras, de geleia.



31. Xuxa teve uma propaganda proibida com “frases de pornô”
Para promover o lançamento das sandálias “Love Xu” nos EUA, a apresentadora infantil participou de um comercial em que crianças demonstravam seu “amor” pelo produto de um jeito bem estranho: com declarações “acaloradas” que pareciam frases de filme pornô. Meninas na faixa dos 6 anos gemiam com frases como “Yes, yes, yes!” e “Come on, baby, come on!” Os EUA proibiram o anúncio, mas ele está no YouTube. Assista logo abaixo de olhos fechados:



https://youtu.be/CXxq2SsPevo



32. No conto original, o Flautista de Hamelin mata crianças afogadas
Infestada por ratos, a cidade alemã de Hamelin contrata um homem que se diz um “caçador de pragas”. Com sua flauta mágica, ele encanta os roedores e afoga-os no rio. Mas a cidade decide não pagá-lo, alegando que ele não entregou o corpo dos bichos como prova. Para se vingar, o flautista usa seu instrumento para hipnotizar todas as crianças, matando-as do mesmo jeito que os ratos. Este conto tem origens históricas: várias crianças realmente sumiram em Hamelin, por volta de 1300. Mas, provavelmente, foi só uma migração em massa.



33. No início, Betty Boop era um poodle
Quando foi criada em 1930, a personagem não era humana. Ela era uma espécie de cão humanoide da raça poodle! Os brincos de argola que ela usa hoje foram criados para substituir suas orelhas pendentes de cachorro.



34. A Fantástica Fábrica de Chocolate foi filmado para vender chocolates
Quando o diretor Mel Stuart sugeriu adaptar o livro Charlie e a Fábrica de Chocolate, o produtor David Wolpert sacou que ali havia uma mina de ouro. Ele sabia que a fabricante de alimentos Quaker (aquela da aveia) estava em busca de divulgação para a nova barra de chocolate que estava criando. Não deu outra: a empresa aceitou financiar o longa, desde que o título (em inglês) mudasse para Willy Wonka e a Fábrica de Chocolate, já que Wonka seria a marca do produto lançado. O filme saiu em 1971, mas o doce só chegou ao público em 1975. E logo deixou de ser fabricado por um simples motivo: ninguém gostou do sabor.



FONTES: Livro 52 Mitos Pop, de Pablo Miyazawa, Sorry Not Sorry: Dreams, Mistakes, and Growing Up, de Naya Rivera, Judy and I: My Life with Judy Garland, de Sid Luft e Randy L. Schmidt, O Lado Sombrio dos Contos de Fadas, de Karin Hueck; sites Legião dos Heróis, Sponge Bob Wikia, IMDb, Books Many Books, Folha de S.Paulo, Aliança Francesa, Refinery 29, Bulbapedia, Cracked, Geekness e Closed Caption



Leia também:

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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

JogosRBL6 – Agora com PLAYSTATION ONE - SONY


JogosRBL6 – Agora com PLAYSTATION ONE - SONY



JogosRBL6 é um FRONTEND simplificado (VERSÃO 6.0) ao qual foi feito no EXCEL
utilizando recursos do VBA (Active X). Uma listagem simples dos jogos e das capas,
para clicar e jogar.

DOWNLOAD PLUG&PLAY, BASTA BAIXAR E JOGAR !!!



Nesta versão de "JogosRBL6" estão presentes: (Mais abaixo tem a versão atualizada para 8990 Jogos)

Atari 2600 - 51 Jogos
Nintendo 8 bits - 92 Jogos
Genesis - 64 Jogos
Mega Drive – 370 Jogos
Super Nintendo - 123 Jogos
Playstation One – 1 Jogo

Total: 701 Jogos


01-LINK PARA DOWNLOAD:
https://www.mediafire.com/folder/0o6wb3ikx2e38/JogosRBL

(*ANTES DE BAIXAR LEIA MAIS DETALHES NO TEXTO ABAIXO, POIS EXISTE UM LINK PARA A VERSÃO ATUALIZADA LOGO ABAIXO COM 8990 JOGOS - 'JogosRBL6 Plus V2')


JogosRBL6 - Testando com novos jogos adicionados no PLAYSTATION ONE:



Desta vez a captura amadora de vídeo não ficou centralizada, mas consegui
demonstrar alguns jogos adicionados a listagem do PLAYSTATION ONE,
e até fazer um TOUR pelos outros consoles.


01-LINK PARA DOWNLOAD: (Versões 4.0, 5.0 e agora 6.0)
https://www.mediafire.com/folder/0o6wb3ikx2e38/JogosRBL



JogosRBL6 PLUS V2 - Atualizada

Agora com 4 FULLSET's e 8 Jogos PS1


https://www.youtube.com/watch?v=wGNFoVhcIc4
Mais um vídeo amador improvisado não editado, e que serve como
uma demonstração desta coleção 'JogosRBL6 Plus V2' atualizada

02-JogosRBL6 Plus V2 - Download e Listagem dos 8990 Jogos
http://aa280518.blogspot.com/2019/05/jogosrbl6-plus-v2-listagem-dos-8990.html



OBS: Como demonstração a listagem de jogos do Playstation One tem somente um jogo, (na versão atualizada 'JogosRBL6 Plus V2' você encontra 8 jogos para o PS1 e 4 Fullsets) que é o “Metal Slug”, pois devido ao tamanho dos jogos adicionais não ficaria possível compilar esta versão em uma ISO de CD. Basta baixar mais jogos do PLAYSTATION ONE e adicionar na listagem usando o botão ADD JOGO.

LISTAGEM DOS JOGOS

Existem funções extras nesta versão de JogosRBL6 ao qual você ativa na
LISTAGEM DE JOGOS usando o teclado do seu computador.

ENTER: Abre o jogo selecionado na listagem.

ESPAÇO: Abre uma pesquisa sobre o jogo no Google.com

ESC: Volta para a tela dos CONSOLES.


ABRINDO A PLANILHA JogosRBL6



Entre na pasta e clique no arquivo “JogosRBL6” para abrir esta Planilha Eletrônica do Excel, as propriedades deste arquivo estão na ilustração acima.



Ativando JogosRBL6: Clique no botão “Opções” e ative esta planilha



Clique em “Habilitar este conteúdo” e depois no botão “OK”.



Tela do MENU PRINCIPAL dos consoles, aqui você pode clicar na foto do CONSOLE ou no botão com o seu nome.

Nesta versão JogosRBL6 adicionamos o PLAYSTATIO ONE, mas com somente um jogo para demonstração, o nosso apreciado “Metal Slug”.


OBSERVAÇÕES:
O JogosRBL6 é uma planilha eletrônica do programa Excel, ele pertence ao pacote Microsoft Office (compatível com a versão 2007 ou posterior). Então para utilizar esta planilha eletrônica (JogosRBL6) é necessário que você tenha
o Excel instalado no seu computador.

Esta planilha é um arquivo de extensão .xlsm e por isto esta habilitada para
executar macros e objetos Active X.

Para que todas as funções sejam executadas é necessária a autorização explicita do usuário (ver detalhes nas instruções acima).

Esta planilha não faz modificações em arquivos ou programas fora da sua pasta de trabalho (salvo quando utiliza a pasta temporários para registrar dados por esta sendo executado em CD ou DVD), portanto esta seguramente certificada, a partir do momento que se faça download de fonte confiável.



Tela com a listagem dos JOGOS do PLAYSTATION ONE: Nesta tela você encontra de inicio somente um jogo, isto para que a compilação pudesse ser distribuída em uma única ISO de CD (Máximo 700 MB).

Clicando no botão “ADD Jogo” você pode adicionar novos jogos a esta listagem. Basta que você faça download, depois crie uma pasta com o mesmo nome do jogo, copie para dentro desta pasta o arquivo que baixou e uma foto da capa deste jogo. Esta mesma pasta deverá ser copiada para dentro da pasta “cdimages”.

No canto direito da tela você pode visualizar a foto dos outros consoles que pertencem a esta compilação “JogosRBL6”:

Atari 2600 - 51 Jogos
Nintendo 8 bits - 92 Jogos
Mega Drive – 370 Jogos
Super Nintendo - 123 Jogos


Para acessar estes consoles basta dar um clique sobre a foto do mesmo, mas não faça isto antes de conhecer a outras funcionalidades abaixo.



Ao clicar no botão “ADD Jogo” a tela acima PASSO 01 vai aparecer, agora copie a pasta do jogo que você montou que deve obedecer a uma simples organização:

0 1- Crie uma pasta com o nome do jogo.
0 2- Copie o arquivo do jogo para dentro desta pasta.
0 3- Copie uma foto da capa do jogo para dentro desta mesma pasta.

Esta pasta criada deve ser copiada para o caminho “psone\cdimages”, a pasta “cdimages” fica dentro da pasta do emulador “psxfin”.

Se você clicar no botão “Clique aqui para abrir a pasta psone\cdimages” a planilha vai abrir esta pasta para você, facilitando em muito, pois indica onde colar a pasta do jogo a ser adicionado.



Passo 02: Nesta tela você encontra uma informação, onde deve ficar as pastas dos jogos no seu PC, basta clicar no único botão desta tela e selecionar o arquivo do jogo.



Normalmente o arquivo do JOGO é o maior arquivo presente na pasta, neste caso de exemplo acima o jogo esta em formato .bin mas pode aparecer em outros diversos formatos, como .iso - .img – etc...

Após selecionar o arquivo do jogo clicando nele, clique no botão “Abrir”.



Passo 03: Agora é a parte em que selecionamos a figura ou foto da capa que vai representar o JOGO na tela de LISTAGEM.



Nesta parte você só vai conseguir visualizar na pasta arquivos no formato .jpg então evita que selecione erradamente outro formato levando a um erro no cadastro do novo jogo.

No exemplo acima utilizamos a imagem de cadastramento da capa do “Namco Museum 1”, mas este jogo não acompanha esta compilação (JogosRBL6).



Se você fez o passo a passo corretamente na tarefa de adicionar um novo jogo na listagem do PS One, a mensagem acima irá aparecer anunciando que o JOGO foi adicionado com sucesso.

Esta mensagem trás duas informações adicionais, onde esta o arquivo do jogo mais a sua extensão no final (neste caso .iso), e o caminho para a capa do jogo no formato .jpg deixando bem claro os reais dados que foram adicionados no cadastro.






Ao terminar o cadastro voltamos a tela de listagem dos jogos do OS One, você vai ver que o novo jogo foi adicionado na lista como demonstra a imagem acima.

(Basta pressionar ENTER para executar o jogo selecionado)

Toda vez que um novo jogo for adicionado a planilha vai organizar o cadastro em ordem alfabética, e é nesta ordem que o jogo será carregado na listagem.

Nesta tela de listagem dos jogos basta pressionar a tecla “barra de espaço” para abrir o seu navegador com uma pesquisa a respeito do jogo.

Lembramos que para acessar os consoles que estão sendo exibidos do lado direito da tela, basta clicar na imagem dos mesmos.

Ao abrir a listagem dos jogos na parte inferior da tela você vai poder ver o último jogo executado, para maiores detalhes veja a planilha “Jogatina”.

Na parte logo abaixo e com uma coloração amarela, você pode ver uma noticia ONLINE, para visitar esta noticia basta clicar sobre o titulo da mesma, que ela será aberta no seu navegador de internet.



Então voltamos a tela do Passo 01 ao qual existem outras funções extras as serem comentadas.

DELETER JOGO !!! – Vai abrir a tela que deleta os jogos, basta selecionar o jogo desejado e pressionar ENTER, fica bem claro que isto só elimina o jogo da listagem de jogos, não alterando em nada os arquivos presente na pasta “cdimagens”.

Emulador PSONE 2 (EPSXe 1.7.0) – Aqui temo outro emulador como opção para executar manualmente os jogos, o diferencial maior é a possibilidade de jogar com outras pessoas ONLINE, claro que naqueles jogos que permitem mais um jogador.

Ativar modo “Planilha Invisível” – Aqui você entra em uma opção de tornar ocultas (Modo Invisível) as planilhas de fundo, aconselhamos utilizar com cuidado esta função, já que em algumas situações faz com que a planilha desapareça da barra de tarefas, se outro programa abrir, a tela “JogosRBL6” ficará oculta, somente sendo possível ser acessada pela combinação de teclas Alt+Tab que o faz navegar entre as telas dos programas abertos.


CONFIGURANDO O CONTROLE



Para configurar o controle primeiro entre na pasta do emulador e clique no programa “psxfin” como demonstra a imagem acima.

OBS: O controle já vem configurado para ser utilizado o seu teclado como botões de comandos para os jogos:

Start = X / Select = Z
Triangulo = W / Quadrado = Q / Xis = A / Circulo = S
L1 = E / L2 = R / R1 = D / R2= F



As teclas do seu teclado (como demonstradas acima na imagem) fazem as funções dos botões presentes no controle do PSONE.



Como demonstrado na imagem acima, clique no botão “Arquivo” do emulador e e escolha a opção “Configurações”.



Clique na aba “Controles”...



Clique na caixa de texto que aparece com conteúdo em preto como na imagem acima, neste caso o UP é o comando do direcional PARA CIMA, automáticamente a janela abaixo será selecionada pedindo o botão LEFT que é o direcional PARA ESQUERDA.

Seguindo esta lógica todos os botões serão pedidos um a um, cuidado para não usar uma mesma tecla para comandos iguais.

No final clique no botão “Aplicar” para ficar registrado as configurações de controle que você acaba de fazer.

Se você conectar um controle USB antes de abrir emulador, na parte de DISPOSITIVO vai aparecer a opção de CONTROLE USB, então você vai poder configurar este controle assim como fez com o seu teclado.



SALVANDO O STATUS DO JOGO



Uma das vantagens em usar emuladores é que eles permitem que você salve o jogo no momento em que quiser fazer isto.

Para cada jogo você tem 5 Slots para armazenar 5 momentos diferentes no jogo, (F6 = Slot 1 = Momento 1 no jogo), ao pressionar a tecla F6 você grava o momento do jogo ao qual esta jogando. Para carregar este momento exato basta iniciar o jogo e pressionar a tecla F1.

Nesta lógica você tem 5 teclas (do F6 ao F10) para guardar 5 momentos de cada jogo, e 5 teclas (do F1 ao F5) para carregar estes momentos salvos.



EMULADOR DO PLAYSTATION ONE (pSX v1.13)

Aqui utilizamos o emulador pSX v1.3 para executar os jogos pela listagem, uma observação é necessária.
Caso este emulador esteja sendo executado de um CD ou DVD, casos em que a planilha não pode atualizar a localização do arquivo de BIOS, ele vai abrir uma janela pedindo a localização do arquivo “SCPH1001.bin”.




Este arquivo de bios esta na pasta \bios localizada dentro da pasta \psone como deveria ficar (\psone\bios), mas por algum motivo de projeto deste emulador, ele não consegue localizar sem o devido caminho completamente salvo nas suas configurações. E como o emulador esta sendo executado em um lugar onde a planilha não pode alterar as configurações (CD ou DVD), ele vai pedir este arquivo toda vez que for executar um jogo do PS One.



Então para que você execute os jogos do PSOne sem problemas, recomendamos que copie a pasta JogosRBL6 para dentro do seu PC, de preferência no diretório raiz do seu HD, evite caminhos muito longos, pois alguns emuladores não funcionam muito bem longe do diretório raiz do Sistema.

Em último caso a planilha vai tentar usar a pasta de arquivos temporários do WINDOWS para resolver esta questão de registro da localização do arquivo \bios, assim ela executa pelo CD ou DVD sem alterações no funcionamento deste emulador, só que os SAVES ficam salvos dentro do seu PC, não seguindo a compilação de jogos.

OBS: Caso não ocorra problemas deste tipo, a planilha conseguiu uma alternativa para “resolver” este bug do emulador.

Outra observação de quando o JogosRBL6 esta sendo executado de dentro de um CD ou DVD (Local onde não se pode salvar arquivos), a planilha vai pedir toda vez que sair para ser salva, então clique em não, já que salvar a planilha em outro lugar, não vai fazer ela funcionar corretamente.



Propriedades do emulador principal:



Emulador alternativo: (ePSXe 1.7.0)



Também segue nesta compilação o emulador (“ePSXe.exe” v1.7.0), ele possibilita partidas online em jogos onde é possível mais de um jogador. Para você acessar ele basta pressionar o botão “ADD Jogo” na listagem de jogos do PS One:

No Passo 01 tem um botão (Emulador PSOne 2) em “Outras funções:” , clicar nele para abrir este emulador.



OUTROS CONSOLES DO JOGOSRBL6

Para saber mais sobre os outros consoles presentes nesta compilação do “JogosRBL6” basta visitar esta página:


http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/07/jogosrbl4-jogos-retro-gratis-no-seu-pc.html


http://soo.gd/uB9g



Página online com detalhes sobre os outros consoles, QRCODE LINK logo abaixo.



Você também pode consultar o “JogosRBL5 passo a passo” que acompanha este documento, e esta presente na pasta de downloads:

LINK PARA A PASTA DE DOWNLOAD (Media Fire):
https://www.mediafire.com/folder/0o6wb3ikx2e38/JogosRBL


Pasta de download no 4shared.com:

https://www.4shared.com/folder/ceNL77fA/JogosRBL.html

http://jogosrbl.4shared.com

http://soo.gd/W7Vs

OBS: Caso no ato de adicionar um jogo a listagem do PSone, você cancele no momento de escolher a foto da capa, será utilizado UMA IMAGEM PADRÃO, para representar o jogo que não possui capa.

Veja ela na imagem abaixo:



Att. Renato Aplicativos 2017



Playstation One - Ficha Técnica



Especificações Técnicas:



Playstation One - Acessórios





https://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/08/jogosrbl6-agora-com-playstation-one-sony.html



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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Postagens Populares - Agosto de 2017


Postagens Populares - Agosto de 2017



01-O caso "real" de um homem que acordou do coma no ano 3906



Relatos do futuro mostram que o salto evolutivo da raça humana só vai acontecer daqui a 1.365 anos!
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/05/o-caso-real-de-um-homem-que-acordou-do.html



02-Saiba quais foram as Top 10 armas da Segunda Guerra Mundial



Preparamos uma lista com as Top 10 armas da Segunda Guerra Mundial, que são consideradas as mais importantes no confronto. A lista contém algumas que já são muito conhecidas, como M1 Garand e Thompson, mas também há algumas surpresas! Veja abaixo:
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2015/10/saiba-quais-foram-as-top-10-armas-da.html



03-5 Técnicas medicinais do antigo Egito que são usadas até hoje



Milhares de anos mais tarde, ensinamentos dos antigos egípcios seguem firmes e fortes.
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/08/5-tecnicas-medicinais-do-antigo-egito.html



04-Bomba Atômica de Hiroshima – o que não contaram na sala de aula



Vocês já se perguntaram se as famosas histórias descritas nos livros ou até mesmo aquelas contadas por muitos professores são reais? será que os fatos são aqueles mesmo? hoje trago uma postagem que pra mim é polêmica pois traz fatos que muitos nunca ouviram falar.
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2016/08/bomba-atomica-de-hiroshima-o-que-nao.html



Leia também:

Encontrado um erro na construção da Grande Pirâmide de Gizé

Mais 4 soldados que valiam por um exército inteiro

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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Cientistas criam bactéria 'ciborgue' que gera combustível verde a partir da luz do sol


Cientistas criam bactéria 'ciborgue' que gera combustível verde a partir da luz do sol


Cientistas cultivaram bactérias cobertas em painéis solares minúsculos
feitos de sulfureto de cádmio (Foto: Kelsey Sakimoto)


Micro-organismos produzem ácido acético, que pode ser transformado em combustível e em plástico.


Cientistas criaram micro-organismos cobertos por semicondutores que, assim como as plantas, podem gerar energia a partir da luz do sol, dióxido de carbono e água, mas de forma muito mais eficiente.

As bactérias "ciborgues" produzem ácido acético, que pode ser transformado em combustível e em plástico.

Durante testes realizados em laboratório, a bactéria se provou muito mais eficiente em absorver energia do sol do que as plantas.

O estudo foi apresentado em um encontro da Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em inglês) em Washington, nos Estados Unidos.

Há muitos anos cientistas vinham tentando replicar artificialmente a fotossíntese.


Ciborgues
Na natureza, a clorofila é a chave para esse processo, ajudando as plantas a converter gás carbônico e água, usando a energia solar, em oxigênio e glicose.

Mas cientistas dizem que esse processo, embora funcione, é relativamente ineficiente.

Isso tem representado um grande problema para a maioria dos sistemas artificiais desenvolvidos até agora. O experimento busca aprimorar essa eficiência ao equipar a bactéria com "painéis solares".

Depois de estudarem a antiga literatura sobre a microbiologia, pesquisadores perceberam que algumas bactérias têm uma defesa natural contra cádmio, mercúrio ou chumbo, o que permite a esses micro-organismos transformar metais pesados em um sulfureto, caracterizado por um minúsculo semicondutor cristalino em suas superfícies.

"É ridiculamente simples, aproveitamos uma habilidade natural dessas bactérias que nunca foi examinada através das lentes dos microscópios", diz Kelsey Sakimoto, da Universidade de Harvard, em Massachusetts, nos Estados Unidos.

"Nós as cultivamos e introduzimos uma pequena quantidade de cádmio, e organicamente essas bactérias produzem cristais de sulfeto de cádmio que então se aglomeram no topo de seus corpos", acrescenta.

"Você as cultiva em um líquido e adiciona pequenas gotas de solução de cádmio. Após alguns dias, aparecem esses organismos fotossintéticos", explica Sakimoto.
"É tudo muito simples, é como uma alquimia."

Essas bactérias "encorpadas" produzem ácido acético, essencialmente vinagre, a partir do gás carbônico, água e luz. A eficiência do processo é de 80%, quatro vezes maior do que o nível de painéis solares comerciais e mais do que seis vezes o nível da clorofila.



Micro-organismo é capaz de fazer fotossíntese de forma muito mais eficiente do que plantas
(Foto: Kelsey Sakimoto)


Luz solar
Sakimoto diz acreditar que essas bactérias podem ser mais eficientes do que outras iniciativas de gerar combustível verde a partir de fontes biológicas.

Atualmente, outras técnicas de fotossíntese artificial exigem eletrodos sólidos e caros.

Já o processo que usa a bactéria "ciborgue" só exige vasos grandes cheios de líquido expostos ao sol - a partir daí, as bactérias se autorreplicam e se autorregeneram.

Trata-se, portanto, de uma tecnologia de baixo resíduo e que deve gerar mais resultados em áreas rurais ou em países em desenvolvimento.

As pesquisas foram realizadas na Universidade da Califórnia em Berkeley, no laboratório de Peidong Yang.

"O objetivo da pesquisa no meu laboratório é essencialmente "superalimentar" bactérias não fotossintéticas ao fornecer a elas energia na forma de elétrons de semicondutores, como sulfureto de cádmio, que absorvem a luz de forma mais eficiente", diz Yang.

"Agora estamos buscando absorvedores de luz mais benignos do que o sulfureto de cádmio para fornecer à bactéria a energia que vem da luz", acrescenta.

Os pesquisadores dizem acreditar que o processo, embora constitua um passo novo e importante, pode não ser a tecnologia que prevalecerá.

"Há tantos sistemas surgindo e realmente só começamos a explorar as diferentes formas de combinar química e biologia", explica Sakimoto.

"Há uma possibilidade real de que há alguma tecnologia que vai surgir e melhorar nosso sistema", conclui.



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terça-feira, 22 de agosto de 2017

A Intimidade da Rosa - Botânica


A Intimidade da Rosa - Botânica



Contra o assédio
Herbívoros comilões que se cuidem. Quem ousar chegar perto demais vai esbarrar numa das lanças curtas e pontudas que a rosa carrega no caule. O espinho (ampliado na foto seis vezes) nada mais é do que um ramo modificado. O tamanho e a quantidade dessas armas de defesa variam de espécie para espécie, mas todas são bem afiadas.



O lado masculino
Quando o assunto é sexo, uma rosa se basta. É que ela é hermafrodita, isto é, carrega tanto órgãos reprodutores masculinos quanto femininos (veja o infográfico). O órgão masculino são os estames. A ponta, que se chama antera (na foto ao lado, ampliada 83 vezes), é feita de bolsas com grãos de pólen. Os insetos pousam ali, lambuzam-se de pólen e derrubam os grãos sobre o órgão feminino da flor.


Esta pele acetinada
O segredo da maciez da pétala está nestas corcovas avermelhadas, que se chamam papilas (480 vezes maiores que o tamanho original, na foto). Cobertas por uma espécie de cera, as papilas são impermeáveis e não deixam a água sair. Assim, a rosa mantém aquele frescor tão sugestivo.



O lado feminino
A entrada do órgão feminino são os estigmas, na ponta dos pistilos (na foto, aumentados 66 vezes). É ali que os insetos derrubam os grãos de pólen, que escorregam até o ovário, onde vão fecundar os óvulos para formar a semente.



Bem alimentada e úmida
Os estômatos, pequenos poros que ficam na parte inferior das folhas, trabalham em tempo integral. De dia, com a luz, suas bordas se abrem para facilitar a entrada do gás carbônico e soltar oxigênio no ambiente. De noite, no escuro, eles se fecham para evitar a perda de umidade pela folha. Na foto, um estômato ampliado 1 900 vezes.



Penugem venenosa
Precavida, ela tem uma arma sutil para dar o fora nas pragas. São os pêlos que revestem a sépala - aquelas folhinhas na base das pétalas, que protegem o botão ainda fechado. Os maiores, parecidos com palitos de fósforo (na foto ao lado, aumentados 153 vezes), secretam substâncias que afugentam os agressores.



Partes das Flores



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terça-feira, 22 de agosto de 2017

'Invasão' de algas pode ter revolucionado a vida na Terra


'Invasão' de algas pode ter revolucionado a vida na Terra


As moléculas foram encontradas em óleo extraído de rochas profundas (Foto: Stuart Hay/ANU)

Estudo encontra vestígios em deserto australiano que seriam evidência de proliferação ocorrida há 650 milhões de anos que possibilitou a evolução de organismos maiores e mais complexos no planeta.


A vida na Terra que conhecemos deve muito a uma "invasão" ocorrida há 650 milhões.

Segundo uma equipe internacional de cientistas, a proliferação de uma alga marinha possibilitou que os primeiros animais microscópicos evoluíssem.



Este é o principal argumento de uma pesquisa publicada nessa semana na revista científica Nature, com base em um estudo geoquímico que encontrou vestígios de biomoléculas em escavações no Deserto Australiano.

Essas moléculas indicam uma "explosão" na quantidade de algas nos oceanos, o que provocou mudanças fundamentais na cadeia alimentar.

"Foi uma das mais profundas transições ecológicas e evolucionárias na história da Terra", disse à BBC o alemão Jochen Brocks, que coordenou o estudo.


Jochen J. Brocks - PHD - University of Sydney


A proliferação das algas ocorreu 100 milhões de anos antes do que paleontólogos definem como a Explosão Cambriana - uma erupção de formas mais complexas de vida, registrada em fósseis e que sempre indicou a existência de algum tipo de pré-história biológica.

Vestígios destes organismos multicelulares precursores já foram identificados, mas o mecanismo evolucionário que levou à sua emergência é fruto de intensos debates.



Organismo multicelular - Biologia


Nick Butterfield, paleontólogo da Universidade de Cambridge, classifica o período como o mais revolucionário na história da Terra, não apenas por conta da rapidez das mudanças biológicas, mas também por violentas guinadas climáticas - dois fenômenos que cientistas há algum tempo suspeitam estar conectados.


Professor Nicholas J. Butterfield - University of Cambridge



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terça-feira, 22 de agosto de 2017

Um simples fungo pode acabar com o sonho de colonizar Marte


Um simples fungo pode acabar com o sonho de colonizar Marte



Organismo é nocivo aos seres humanos e se reproduz mesmo em ambientes hostis.


Um estudo recente, publicado pela NASA, alerta sobre o sério perigo que os astronautas selecionados para explorar Marte estariam correndo. Entre outras doenças, eles poderão sofrer de asma, alergias e infeções na pele – tudo isso por causa de um fungo conhecido como Hitchhiking ou Autostop.



Marte - Planeta


“Classificar e entender as possíveis mudanças e sucessões de espécies fúngicas é extremamente importante, já que esses organismos não são perigosos apenas para os habitantes, mas também representam um grande impacto para a deterioração dos habitats”, afirmou Kasthuri Venkateswaran, do Jet Propulsion Laboratory, na NASA.



Os resultados do estudo foram obtidos através de vários experimentos realizados com seres humanos, que ficaram alojados em uma cápsula chamada ILMAH. Nela, foi simulado o ambiente de um voo espacial.

Com isso, os cientistas puderam detectar que as colônias de fungos cresceram exponencialmente,incluindo também as linhagens mais nocivas.

“O conhecimento profundo do microbioma viável permitirá o desenvolvimento dos procedimentos necessários para a manutenção e limpeza de um habitat fechado como o ILMAH, e também evitará que ele se deteriore e se transforme em um perigo para a saúde dos seus ocupantes”, concluiu Venkateswaran.



Traje de proteção para ir a Marte



Fonte: Infobae
(http://www.infobae.com/salud/ciencia/2017/07/13/un-virus-podria-destruir-el-sueno-de-colonizar-marte/)


infobae - Site Fonte



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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Cientistas encontram indícios de água na lua



Cientistas encontram indícios de água na lua



Próximo passo é descobrir se o líquido existe também no interior do satélite.


Um estudo publicado na revista Nature Geoscience afirma que pode existir água nos reservatórios vulcânicos distribuídos por toda a superfície da Lua. Uma equipe de cientistas da Universidade de Brown, nos Estados Unidos, chegou a essa conclusão após analisar várias amostras da superfície do satélite obtidas pelas missões Apollo 15 e Apollo 17.


Lua - Satélite natural da Terra


Os pesquisadores examinaram porções de cristais vulcânicos lunares e confirmaram a presença do líquido em grande parte delas, o que indicaria que a água está presente tanto na superfície da Lua quanto, possivelmente, no seu manto.

A teoria de que o interior do satélite terrestre pode conter água gera algumas dúvidas sobre a sua origem.



Lua e suas fases


A ciência acredita que a Lua se formou nos primórdios do Sistema Solar por restos deixados quando um objeto do tamanho de Marte se chocou contra a Terra. As novas descobertas sugerem duas hipóteses: que a água foi capaz de sobreviver de algum modo ao calor da explosão ou que ela chegou após a explosão, antes que a Lua estivesse completamente solidificada, a bordo de asteroides ou de cometas.


Na tarde de 16 de julho de 1969, a nave Apollo 11, que foi lançada de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), levou à órbita da Lua os astronautas Neil Armstrong, Edwin “Buzz” Aldrin e Michael Collins. Quatro dias depois, Armstrong entrou para a história como o primeiro ser humano a pisar na superfície lunar.


Fonte: Infobae
(http://www.infobae.com/america/mundo/2017/07/24/un-grupo-de-cientificos-encontro-nuevas-evidencias-de-agua-en-la-luna/)



infobae - Site Fonte



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sábado, 19 de agosto de 2017

5 Técnicas medicinais do antigo Egito que são usadas até hoje


5 Técnicas medicinais do antigo Egito que são usadas até hoje



Milhares de anos mais tarde, ensinamentos dos antigos egípcios seguem firmes e fortes.


Quando a humanidade ainda não conhecia os limites entre a ciência e a magia, no Antigo Egito costumava-se acreditar que as doenças obedeciam a castigos sobrenaturais de divindades furiosas ou espíritos malignos.

Entretanto, essa civilização foi capaz de conciliar rituais e alguns dos procedimentos técnicos mais avançados, a ponto de, hoje, milhares de anos depois, continuarem em uso e com força total.



Imhotep - Fundador da Medicina - 2980 A.C.


1. Cirurgias: Os antigos egípcios eram especialistas em mumificação e tinham um conhecimento profundo sobre a anatomia humana, especialmente os órgãos internos, aos quais eles relacionavam a várias doenças. Eles realizaram diversas cirurgias, desde trepanações (perfuração de ossos) até remoções de tumores.


2. Saúde bucal: Os dentes podres provocavam a formação de buracos e infecções. O Papiro Ebers, possivelmente o tratado medicinal mais antigo de que se tem notícia, contém prescrições para preencher esses buracos e para fazer pomadas desinfetantes.


Ponte Dentária praticada pelos Egípcios até em trabalhadores braçais



3. Prótese: Os antigos egípcios criaram próteses tanto para os vivos quanto para os mortos, e deram atenção especial aos últimos, uma vez que a crença indicava que o corpo deveria estar completo na hora de fazer sua viagem para o além.


Há muito tempo... 300 A.C. - Museu do Cairo



4. Circuncisão: Por razões que ultrapassam questões médicas e religiosas, a circuncisão foi uma prática habitual nas civilizações antigas, e os egípcios não foram exceção. Um pênis circuncidado representava uma verdadeira curiosidade para essa cultura.



5. Assistência médica estatal: Os governos do Antigo Egito administravam o acesso das pessoas aos cuidados médicos. Havia institutos para formar doutores que também recebiam e tratavam os pacientes.



O conhecimento anatômico levou as técnicas de mumificação



Os Antigos Egípcios foram preparadores de drogas


Fonte: BBC
(http://www.bbc.com/portuguese/geral-40634202)



BBC Portuguese - Site Fonte



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sábado, 19 de agosto de 2017

Afinal o NAZISMO foi ou não foi um movimento de esquerda ?


Afinal o NAZISMO foi ou não foi um movimento de esquerda ?



Antes de cair matando nos comentários, respire fundo e leia com atenção os argumentos que põem essa relação em perspectiva.


Em tempos de pós-verdade, em que até os fatos históricos podem ser distorcidos, uma discussão estranha deu as caras nas redes sociais nos últimos meses: seria o nazismo um movimento de esquerda?



Há quem afirme que sim, que Hitler tinha uma ideologia voltada ao socialismo, apesar de todas as evidências que mostram o contrário.

Quem sustenta a tese de que o nazismo era de esquerda parte de dois pressupostos principais: a palavra “socialista” no nome do partido nazista e a estatização da propriedade privada.

Mas será que isso é o bastante para ser considerado um movimento de esquerda? Veja a seguir algumas respostas para as principais perguntas que rondam o tema:



1. A ESSÊNCIA DO NAZISMO ERA SOCIALISTA?
Não, não era. Inclusive, quando surgiu, o nazismo fazia oposição ferrenha ao governo socialista que havia se instalado na União Soviética depois da revolução de 1917.

No entanto, o partido de Hitler também fazia ao capitalismo ultraliberal vigente na maior parte do mundo na época.

O nazismo nasceu como uma espécie de terceira via. Só que a proposta de governo de Hitler era, na verdade, bastante confusa.

Ele defendia, por exemplo, que bens privados fossem apropriados pelo governo – mas somente os bens de judeus e outras pessoas consideradas “indesejadas”.

O lucro e a propriedade privada estavam liberados para os alemães “puros”.



Diario de Noticias
"Estamos fartos de receber prescripções da Inglaterra sobre se podemos tomar café ou não"
"Agora prefiro combater até char a uma situação clara"
- Sensacional discurso de Hitler



2. SE NÃO ERA DE ESQUERDA, POR QUE ENTÃO O PARTIDO SE CHAMAVA ‘NACIONAL-SOCIALISTA’?

Um dos pontos mais debatidos da ideia de que o nazismo foi um movimento de esquerda é a palavra “socialista” no nome do partido.

Num pensamento simplista, se há o termo "socialista" é de esquerda, certo?

Para matar essa charada, basta conhecer o cenário geral e se atentar ao termo “nacional” em vez do “socialista”.

O partido nazista estava fortemente ligado à ideia de supremacia branca, de uma Alemanha para alemães arianos, de uma nação em que só os escolhidos poderiam usufruir das benesses políticas e sociais. Não havia nada verdadeiramente de esquerda ali.



Partido Socialista Alemão dos Trabalhadores
Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei



3. O NAZISMO TAMBÉM PREGAVA GRANDE INTERFERÊNCIA DO ESTADO NA ECONOMIA. ISSO NÃO É DE ESQUERDA?

Sim, o nazismo pregava, na teoria, que houvesse mais igualdade e distribuição de riquezas, mas somente entre o povo alemão “puro”. Judeus, estrangeiros, ciganos e gays, por exemplo, estavam de fora. O estado deveria interferir na economia para garantir justiça apenas aos favorecidos pelo regime.

Só que durante o nazismo, curiosamente, quem mais lucrou na Alemanha foram as empresas privadas do setor bélico e de extermínio. Sindicatos foram extintos e os setores mais ricos da sociedade passaram a ser privilegiados.



Ascensão do Partido Nazista



4. AH, MAS E QUANTO AOS REGIMES SOCIALISTAS TOTALITÁRIOS?

O totalitarismo não escolhe lado. Pode ser de esquerda, pode ser de direita. O fato é que o nazismo foi um regime totalitário e o comunismo em alguns países, como na extinta União Soviética, também foi. Eles tinham em comum a perseguição política, a presença extensiva da propaganda governamental e o controle total da vida pública e privada dos cidadãos. Mas isso diz respeito ao totalitarismo e não ao fato de serem de esquerda ou direita.

Além disso, o nazismo criou uma ideia falsamente científica de que era preciso purificar a raça, o que significava se livrar de judeus, homossexuais, ciganos, estrangeiros, testemunhas de Jeová, negros, socialistas, entre outros grupos. Por ser pautado por pretextos xenofóbicos, homofóbicos e racistas, trata-se indubitavelmente de um movimento de extrema direita.



AINDA TEM DÚVIDAS? ENTÃO DÊ UMA LIDA NOS DISCURSOS DE HITLER

Existem diversas transcrições dos discursos de Hitler disponíveis na internet. O leitor interessado em matar a charada do esquerda-direita vai perceber que na maioria deles há uma crítica pesada ao regime socialista e às ideias marxistas.

O discurso nacional-socialista que tomou conta da Alemanha nazista apontava, inclusive, os judeus como criadores tanto do marxismo (esquerda) como do ultraliberalismo (direita) – ou seja: para florescerem socialmente, os arianos precisavam estar livres das duas ameaças. As consequências desse pensamento você já conhece.



Discurso de Hitler - "E a sua entidade contudo, será como uma ordem religiosa."


Fonte: BBC
(http://www.bbc.com/portuguese/salasocial-39809236)



BBC Brasil - Site Fonte



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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Quatro toneladas de ouro encontradas em navio naufragado na Segunda Guerra


Quatro toneladas de ouro encontradas em navio naufragado na Segunda Guerra



O SS Minden partiu do Rio de Janeiro com destino à Alemanha poucos dias depois da eclosão da Guerra.


Uma equipe de mergulhadores da empresa britânica Advanced Marine Services anunciou a descoberta de um cofre contendo ouro, que, segundo os cálculos preliminares, poderia valer até 130 milhões de dólares.



Hittler - OTesouro Nazista


No total, são quatro toneladas de ouro, encontradas no navio de carga alemão SS Minden, que naufragou em 24 de setembro de 1939, a 190 quilômetros do sudeste da Islândia. O ouro teria sido retirado pelos nazistas de diferentes bancos sul-americanos.


Noticia no Estadão
http://internacional.estadao.com.br/blogs/radar-global/navio-nazista-que-saiu-do-brasil-em-1939-e-encontrado-na-islandia-diz-imprensa-britanica/



O SS Minden teria partido do Rio de Janeiro com destino à Alemanha em 6 de setembro de 1939. A bordo, carregava uma quantidade enorme de ouro, que teria sido retirado do Banco Germânico da América do Sul, uma sucursal do Dresdner Bank da Alemanha, e de outras reservas financeiras.



Local do Naufrágio - MAPA


Pouco depois de partir, o navio foi interceptado por dois contratorpedeiros ingleses. Sem possibilidades de fuga, o próprio Adolf Hitler teria ordenado ao capitão que afundasse o barco, para evitar que o tesouro fosse parar em mãos inimigas.

Fonte: Elonce
(http://www.elonce.com/secciones/internacionales/514193-hallaron-millonario-tesoro-en-un-barco-nazi-hundido-en-la-segunda-guerra-mundial.htm)



Elonce - Site Fonte



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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Estrela Partida - Astrofísica


Estrela Partida - Astrofísica



O brasileiro Augusto Damineli revela que sob a nuvem de gás e poeira que envolve a gigantesca Eta Carina não existe apenas uma, mas duas estrelas. É a dupla estelar mais poderosa já vista no Cosmo.


Monstros como a Eta Carina não se acham todos os dias no céu. Apesar de ser invisível a olho nu, pois está a 72 quatrilhões de quilômetros da Terra, ela emite, sozinha, tanta luz quanto 5 milhões de estrelas como o Sol. Foi isso que fez dela um prato cheio para o astrofísico Augusto Damineli - que vem estudando as estrelas gigantes desde que se formou, em 1973, pela Universidade de São Paulo.

Ele conta que começou a observar a Eta Carina em 1989, três anos antes de começar a escrever a seção Universo, para a qual colaborou até sua ida para a Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, em 1996 (veja na página 54). Nesse meio tempo, Damineli encontrou a chave para desvendar a estrela: ele notou que ela estava piscando. "De uma hora para outra, ela perdeu o equivalente à luz de 3 000 sóis e depois voltou ao normal", contou ele à nós.

Intrigado, o cientista vasculhou dados antigos do astro e percebeu que seu escurecimento era repetia-se a cada 2 017 dias. Previu, então, que o blecaute tornaria a acontecer agora, na virada do ano. E acertou na mosca. Para ele, o acende-apaga se deve ao fato de que a Eta Carina não é uma, mas duas estrelas em órbita. O ciclo de 2 017 corresponde ao tempo que uma leva para completar a órbita e passar perto da outra. Nesse momento, um mecanismo ainda desconhecido reduz a luz dos astros, como se o encontro criasse uma sombra. Que, ao ser registrada pelo brasileiro, iluminou o nosso conhecimento sobre a Eta Carina.



Envolvidas no casulo


Uma imensa nuvem de gás e poeira normalmente esconde o par de astros da vista dos telescópios


No mundo dos astros, o tamanho define o futuro
Segundo o astrofísico Augusto Damineli, as duas estrelas da Eta Carina nasceram há 2,5 milhões de anos e já vieram ao mundo condenadas a uma existência atribulada. O motivo é que elas eram muito grandes: a maior tinha 114 vezes mais massa que o Sol e a menor, 88 vezes mais, o que criava uma pressão imensa sobre o coração dos astros. Com isso, as reações nucleares lá dentro ocorriam em ritmo acelerado e geravam uma quantidade avassaladora de luz - capaz de, volta e meia, dilacerar o corpo das estrelas, mandando para o espaço boa parte de suas camadas externas.

A mais recente erupção da dupla aconteceu há 7 655 anos e fez as estrelas perderem muita massa: a que era maior ficou "apenas" 66 vezes mais pesada que o Sol e a que era menor, 68 vezes. Assim surgiu uma nuvem de poeira e gás que cobre inteiramente as estrelas e que durante décadas desafiou o esforço de grandes astrônomos para deduzir o que estava acontecendo lá dentro.


Charada secular
Coube ao astrofísico brasileiro encontrar a chave, ajudado por Dalton Lopes, da USP, Francisco Xavier, do Observatório Nacional do Rio de Janeiro, e Peter Conti, da Universidade do Colorado. As observações da equipe mostraram que a luz da Eta Carina fica mais fraca a cada 2 017 dias. Esse fato sugere que há dois corpos em órbita dentro da nuvem de matéria, e sempre que um passa na frente do outro, o brilho cai. "Damineli matou uma charada secular", disse à nos Kris Davidson, da Universidade de Minnesota, o maior especialista no assunto. Ele diz que ainda tem dúvida sobre a existência da dupla na Eta Carina. Mas reconhece que vai ser difícil achar outro jeito de explicar o ciclo de 2 017 dias.

Ou seja, ainda há trabalho à frente. Mas, com um grande número de astrônomos já convencidos de que a interpretação de Damineli está correta, ele marca um ponto definitivo em sua carreira. O reconhecimento é um prêmio justo para quem sempre gostou dos astros gigantes. E, daqui para a frente, passa a ser conhecido como o descobridor da dupla mais portentosa até hoje encontrada no Universo.


A anatomia da Eta Carina



Raios de gás
São criados pela matéria que evapora continuamente das estrelas. Para se ter uma idéia, elas ejetam gás a um ritmo 100 milhões de vezes maior do que o do Sol.

Números monumentais
De uma ponta à outra, os lóbulos do homúnculo medem 5 trilhões de quilômetros. Ou seja, já são 500 vezes maiores que o Sistema Solar. E ainda estão em expansão, crescendo à taxa de 180 000 quilômetros por hora.

Nebulosa externa
Esta massa informe de gás e poeira espalhada no vácuo interestelar contém restos de explosões que as estrelas sofreram há muitos milhares de anos.

Contorno do homúnculo
É o nome destes dois lóbulos de gás e poeira, nascidos durante a mais recente erupção das estrelas, há 7 655 anos. Sua imagem chegou à Terra em 1843 devido à distância de Eta Carina, de 7 500 anos-luz (1 ano-luz mede 9,5 trilhões de quilômetros).



Roteiro orbital



A estrela menor leva 2 017 dias para dar uma volta completa em torno da maior. Na virada do ano, a menor passou por um ponto em que, devido a um mecanismo ainda desconhecido, parte de sua luz foi bloqueada pela maior.



Eta Carinae Homunculus Nebula



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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

O que é a 'evolução rápida', que transformou um lagarto brasileiro em apenas 15 anos


O que é a 'evolução rápida', que transformou um lagarto brasileiro em apenas 15 anos


A cabeça e a boca dessa espécie de lagarto aumentaram
em apenas 15 anos no Brasil


A evolução não precisa demorar milhões de anos para acontecer. E um dos exemplos mais extraordinários de que a chamada "evolução rápida" é possível vem de um réptil brasileiro.


Uma espécie de lagarto no Brasil desenvolveu uma cabeça maior em apenas 15 anos - muito pouco tempo em termos evolutivos -, segundo um novo estudo publicado na PNAS, a revista da Academia de Ciências dos Estados Unidos.

E ainda que se conheçam outros exemplos de evolução rápida, o caso do lagarto é excepcional, porque mostra o impacto da atividade humana na transformação das espécies.

Em 1996, a criação da Usina Hidrelétrica Serra da Mesa inundou uma área de cerrado na cidade de Minacu, em Goiás.



Minaçu - Municipio em Goiás


A inundação criou cerca de 300 pequenas ilhas nas partes mais altas do terreno. Muitas espécies de lagartos desapareceram delas, provavelmente porque não havia comida suficiente para suas necessidades energéticas.

Mas uma espécie de lagarto menor, Gymnodactylus amarali, que se alimenta de insetos, continuou presente em algumas das ilhas.

Os cupins maiores, antes consumidos apenas por répteis grandes, agora passaram a ficar "disponíveis" para esses animais menores.

Só que havia um grande problema. As cabeças pequenas dos lagartos, de apenas um centímetro de largura, eram quase do mesmo tamanho dos cupins.

Para eles, comer esses insetos era um desafio tão grande quanto um gato comer um esquilo.



Gymnodactylus Amarali



Cabeças maiores
Para determinar se os lagartos realmente haviam evoluído, alguns animais foram capturados em cinco das ilhas que surgiram no meio da represa da hidrelétrica pela equipe da bióloga brasileira Mariana Eloy de Amorim, da Universidade de Brasília (UnB).

Em seguida, foram comparados com lagartos que viviam em cinco áreas em volta da represa - zonas que não estavam isoladas.



As espécies de lagartos estudadas vivem em ilhas criadas por
uma represa na Serra da Mesa, no Estado de Goiás


Os investigadores mediram o tamanho da cabeça dos lagartos e, depois de sacrificá-los, abriram seus estômagos para ver o que haviam comido.

Os resultados foram surpreendentes. Apesar de apenas 15 anos terem se passado desde a criação da represa, os lagartos que viviam nas ilhas tinham cabeças 4% maiores que seus vizinhos.

Esses 4% podem não parecer uma mudança significativa, mas foram suficientes para que os lagartos agora pudessem consumir os cupins.


Mas por que o corpo todo não cresceu?
O motivo é que os corpos maiores demandam mais energia para se manter. Assim, esses répteis perderiam a vantagem potencial de ter mais alimento disponível se tivessem que consumir mais comida, explicou Janet Hoole, professora de biologia da Keele University, na Inglaterra.

Uma das coisas mais interessantes é que os lagartos de todas as cinco ilhas estudadas desenvolveram cabeças maiores, ainda que estivessem isolados uns dos outros.

Para Hoole, "isso sugere que aumentar o tamanho da cabeça, sem crescer o tamanho do corpo, é a forma mais eficiente de aproveitar a oportunidade de uma dieta mais variada que a usual para essa espécie".


As aves de Darwin
Outros casos de evolução rápida são as aves fringilídeos das Ilhas Galápagos, que Charles Darwin estudou para formular a teoria da evolução das espécies, afirmou Hoole em uma coluna para o site acadêmico The Conversation.



Charles Darwin - Naturalista



Uma espécie de fringilídeo de Darwin (nome que inclui 15 espécies) reduziu o tamanho médio de seu bico em apenas 22 anos, depois que um competidor com um bico maior colonizou sua ilha, de acordo com um estudo de 2006 dos investigadores Peter e Rosemary Grant.

O competidor comia as sementes maiores com cascas duras. Assim, ter um bico grande sem poder competir era uma desvantagem. Por isso, os fringilídeos com bicos menores começaram a prosperar.
"É um princípio da biologia: se não precisa de uma estrutura particular, então não vale a pena mantê-la, e é melhor economizar essa energia", assinalou Hoole.



Cordeiros menores
Outro caso de evolução rápida apontado por Hoole é o que ocorreu com uma espécie de lagartixa na Flórida, a anolis verde (Anolis carolinensis), com a chegada de outra espécie muito maior, o anolis marrom cubana.

O anolis verde rapidamente se retirou para viver nas copas das árvores e, em um período de 20 gerações, desenvolveu patas maiores e com maior capacidade de se aderir em uma superfície, características úteis para a vida nas plantas.

A evolução rápida também foi constatada nas ovelhas da raça soay. A raça é nativa da ilha de Soay, no arquipélago de St. Kilda, na Escócia.

Em um período de 25 anos, o tamanho dos animais diminuiu.

Uma das possíveis explicações é que os invernos menos frios devido ao aquecimento global permitiram a sobrevivência de cordeiros menores, o que diminuiu o tamanho médio de toda a população desse animal.

Adaptados depois de um inverno Os três casos acima, no entanto, não foram acompanhados de estudos genéticos.

E esses estudos são necessários, segundo alguns pesquisadores, para constatar se são casos de evolução ou de um fenômeno chamado "plasticidade fenotípica" - mudanças em resposta a alterações no meio ambiente que não são acompanhadas de modificações genéticas.

Um caso de evolução rápida comprovada por estudos genéticos foi publicado essa semana na revista Science e outra vez os protagonistas são os anolis verdes.

Neste caso, os anolis mudaram sua resposta muscular e nervosa ao frio em um período de apenas alguns meses.

Shane Campbell Staton, então estudante de pós-graduação em Harvard, investigou durante muitos anos cinco populações de anolis que viviam em diferentes latitudes.

Quando o ambiente é muito frio, esses animais perdem a coordenação necessária para se endireitar. Após um período de frio intenso no Texas em 2013-2014, os lagartos que só conseguiam fazer isso a partir dos 11°C passaram a ter essa capacidade a uma temperatura menor, de 6°C.



E essa mudança se refletiu a nível genético.
Campbell-Staton, atualmente na Universidade de Illinois, Estados Unidos, e seus colegas constataram que o repertório de genes ativos nos fígados dos animais se assemelhava mais ao de espécies que viviam mais ao norte. E incluía também genes que influem no funcionamento dos sistemas muscular e nervoso.



O perigo da atividade humana
Janet Hoole assinala que poderemos ver muito mais exemplos de evolução rápida devido ao aquecimento global.

"O novo estudo sobre lagartos no Brasil mostra que a atividade humana também pode interferir no processo de evolução."

Fica a dúvida: à medida que aumenta o impacto do ser humano na natureza, podem ocorrer mais casos de evolução rápida?

Apesar da mudança no tamanho da cabeça e na boca dos lagartos parecer algo positivo, "devemos nos lembrar de que isso ocorreu devido à extinção de outras quatro espécies devido às inundações provocadas pela represa", adverte Hoole.

"É um lembrete oportuno de que a mudança climática não é o único desafio para a biodiversidade e os processos evolutivos".



A Atividade Humana



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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

A estranha batalha que os Persas venceram com arremesso de gatos


A estranha batalha que os Persas venceram com arremesso de gatos



Estratégia nada convencional adiou a conquista da Pérsia pelo Egito!


Ao longo da história, muitas guerras foram vencidas com a criatividade humana. Desde ataques surpresa até ferramentas hipertecnológicas, as estratégias bélicas constituem um dos campos mais excêntricos e originais. Esse é o caso da Batalha de Pelúsio, um confronto em que os persas venceram os egípcios arremessando gatos.



Império Persa - Persa Empire - MAPA


A batalha ocorreu no Baixo Egito, no ano de 525 a.C.. Nela, os exércitos do rei persa Cambises II e os do faraó Psamético III se enfrentaram. O Egito era, nessa época, o único reino não controlado pela Pérsia, e sua conquista parecia apenas uma questão de tempo.



Armas dos Persas


Quando entraram na cidade, as tropas de Cambises II levavam gatos amarrados nas suas armaduras. Esse animal, considerado sagrado pelos egípcios, impediu que o exército invadido pudesse se defender de forma natural. Além disso, os animais inocentes eram lançados como catapultas, o que obrigou os atacados a se renderem e perder uma batalha decisiva na conquista persa do Egito.



Persas marchando para a batalha



Persas e suas vestimentas



Fonte: La Brújula Verde
(http://www.labrujulaverde.com/2017/07/pelusium-la-batalla-que-los-persas-ganaron-a-los-egipcios-lanzandoles-gatos)



labrujulaverde.com / Site Fonte



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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Astronautas do Mar - Tecnologia - Whitbread



Astronautas do Mar - Tecnologia - Whitbread



Dez veleiros superequipados com a melhor tecnologia do ramo aportam este mês no Brasil. São os participantes da regata Whitbread, que faz a volta ao mundo desafiando os instrumentos náuticos e a coragem dos pilotos.


Para se atirar ao mar, dar a volta ao mundo e vencer é preciso coragem e muito mais. É necessária também uma dose cavalar de tecnologia. Assim pensam os participantes da Whitbread, a maior corrida de veleiros do planeta. A cada quatro anos, as embarcações partem da Inglaterra, atravessam os oceanos e voltam aos portos britânicos cerca de nove meses depois. Mas, mesmo usando materiais de última geração, informática, satélites e conhecimentos de Física, a prova continua tendo sabor de aventura.



Longo Passeio - Whitbread - Mapa com a rota da Regata:
1-Southamptom / 2-Cape Town / 3-Perth / 4-Sidney
5-Auckland / 6-São Sebastião / 7-Fort Lauderdale / 8-Baltimor / 9-La Rochelle


Os velejadores enfrentam calor insuportável, tempestades terríveis e até icebergs. Isso sem falar em acidentes imprevisíveis como trombadas com baleias. O Brunel Sunergy, que bateu num solitário mamífero desses na costa noroeste da África, no começo da regata, em junho passado, precisou rumar até Recife para reparos. Para compensar o desvio de quase 2 000 quilômetros, a tripulação agora praticamente não descansa e aproveita até as brisas para alcançar os concorrentes.



Equipamentos e técnicos vão de avião



Embora tenham sido planejados para agüentar o tranco e usem tecnologia de fazer inveja a grandes navios, os barcos da classe W60 não passam impunes pelo desafio da Whitbread. Paradas para reparos são indispensáveis. Por isso, a corrida não é contínua, mas dividida em trechos, ou pernas, como dizem os concorrentes. São nove etapas, com escalas em vários lugares do mundo (veja o mapa na página 63). No Brasil, o porto escolhido foi o de São Sebastião, no litoral de São Paulo, aonde os veleiros chegam por volta do dia 20 deste mês, vindos, pelo Pacífico, de Auckland, na Nova Zelândia. O percurso, de aproximadamente 12 000 quilômetros, é considerado o mais perigoso, pois inclui a travessia do temido Cabo Horn, no extremo sul das Américas. Lá as ondas chegam a mais de 10 metros de altura, os icebergs sempre aparecem e as tempestades são constantes. "Tudo o que passamos até agora não chega nem aos pés do que vamos enfrentar", desabafou para a SUPER, em conversa pela Internet, Christine Guillou, comandante do EF Education, tripulado pela única equipe feminina da regata. "Só quem conhece o Cabo Horn sabe o que esperar ali", diz ela. Não é por acaso que todos os capitães da corrida possuem esse pré-requisito.



Whitbread - 1985 a 1986


Após a travessia da Oceania até aqui, todos os barcos vão precisar de reformas. Para cuidar disso, antes da chegada das naves terão aterrissado no Brasil seis aviões cheios de técnicos e equipamentos. Como a Fórmula 1, a Whitbread carrega o seu circo por vários países. Cada equipe tem cerca de vinte integrantes que só botam o pé na embarcação quando ela está ancorada. Essa turma cuida da manutenção, espiona os adversários e participa da pilotagem, enviando aos capitães possíveis rotas para evitar turbulências, tempo adverso ou falta de vento.



1973-1974

Perigo na largada



A primeira Whitbread foi a mais perigosa. Nela morreram três marinheiros, varridos do convés pelas ondas. Um quarto, Paul Waterhouse, do veleiro italiano Tauranga (foto), ficou 15 minutos agarrado na vela enquanto o vendaval o sacudia. Caiu na água e só foi achado 45 minutos depois.



1977-1978

Pássaros sinaleiros



Na corrida de 1977, uma tempestade destruiu sete das nove velas a bordo do barco inglês Heath´s Condor. O proeiro Bill Abram (foto) foi jogado na água, depois de levar um tapa de uma corda solta. Por sorte, os albatrozes o confundiram com comida e ficaram voando sobre ele, marcando sua posição.



1985-1986

Salvos pela cama



Um improviso salvou a tripulação do barco belga Rucanor Tristar, que perdeu o leme na quarta Whitbread. A cama de um marujo (foto) serviu para a confecção da peça substituta. Ajudada pelo rústico conserto, a embarcação, que também tinha um furo no casco, conseguiu chegar à costa africana.



1993-1994

Agulha à vista



Na regata de 1993 estrearam os W60. Um deles, o Intrum Justitia, teve o velame rasgado numa tormenta e o tripulante Lawrie Smith subiu no mastro (no detalhe, a foto que ele tirou de lá) e costurou-o. A ousadia quase lhe custou um olho. Jogada pela agitação do ar, a agulha espetou-se bem perto da sua vista.



1997-1998

Enxame de icebergs



Nos mares ao sul da África, já se sabe, circulam icebergs. Mas, quando passavam por lá no final do ano passado, os participantes da Whitbread que aportam este mês no Brasil levaram um susto. Dezenas de blocos de gelo (foto) apareceram de uma só vez. Era, na verdade, uma única pedra gigantesca, já derretendo. Seis barcos tiveram o casco avariado.



1997-1998

Horas de fome



A 72 horas de parar na Austrália, o Silk Cut, um dos barcos que chegam este mês a São Paulo, enfrentou um problema sério: o equipamento dessalinizador quebrou depois que uma onda inundou a cabine (foto). O estoque de água doce foi reservado para beber, deixando a cozinha a descoberto. Uma tentativa de preparar a comida com água do mar causou enjôos em todos. O jeito foi agüentar a fome.



Nove meses de regime espartano



Apoiada pela Marinha inglesa, que esperava treinar velejadores para depois convencê-los a se alistar, a primeira regata Whitbread (1973-1974) não contava com quase nenhuma tecnologia. Nem regras. Havia barcos de 10 e de 28 metros de comprimento. Um bom exemplo daquela época é o Clach Nasula, veleiro inglês que hoje pertence ao brasileiro Yuri Sanada. Feito com arame, ferro e concreto, parece mais uma casa. "A falta de petróleo na época fez sumir a fibra de vidro do mercado e foi preciso adotar o ferro-cimento", explica Sanada, presidente do Clube dos Cruzeiristas do Brasil. Os W60 de hoje pesam vinte vezes menos que o Clach Nasula. E materiais leves são mais eficientes, sem dúvida. Mas isso não vale para os doze marujos. Eles não podem ser magros demais, pois em algumas situações servem como contrapeso para vencer o vento.



Whitbread - Regata de volta ao mundo


De pessoal, a tripulação só pode levar escova, pasta de dentes, uma foto da família e duas mudas de roupa. CDs, fitas e walkmans, nem pensar, pois tiram a concentração no trabalho. Estressados, alguns já abandonaram a prova. Em 1981, um capitão se suicidou no meio da viagem. Contando os acidentes, sete pessoas já morreram nas corridas, a maioria jogada na água ou vítima de uma batida da retranca, o suporte da vela principal, na cabeça.

Ao contrário do que seria de se esperar, os riscos não desanimam os velejadores. Segundo o francês Gerard Rogiveu, 39 anos, da equipe do Brunnel Sunergy, que disputa sua quinta Whitbread, a corrida atrai "porque junta dois anseios que acompanham o homem desde os tempos mais remotos: o de conquistar os oceanos e o de chegar primeiro". A evolução da tecnologia e o acúmulo de conhecimento sobre o clima se encarregam de renovar o desafio da primazia a cada quatro anos.



Brinquedo caro



Comissão de frente
Para usar melhor o empurrão do ar, o barco leva um estoque de oito velas para serem usadas na frente. São as genoas (veja alguns de seus desenhos ao lado). Com vento muito forte, levantam-se as mais baixas. Impulso fraco pede os modelos mais altos.

Casco
Para combinar resistência e baixo peso, é feito de uma fibra de arame (1) revestida por fibra de vidro (2). As peças e encaixes são de fibra de carbono, material forte, muito usado na indústria automobilística.

Balão
Comum em barcos grandes, essa vela aproveita ao máximo o vento que vem de trás.

Quilha
Comprida, fina e com um bulbo de ferro ou chumbo na parte inferior (1), a quilha responde por mais da metade do peso do barco, fazendo com que ele pareça um joão-bobo, que não vira com o vento. Seu desenho aproveita o fluxo de água (2) para direcionar o barco para a frente, ainda que o vento o empurre para o lado.

Velame
É feito de um sanduíche de tecidos. Uma malha de chumbo ultrafina (1) fica entre duas camadas de um náilon grosso (2).

Vela mestra
É a única móvel.

Retranca
O suporte, no qual é presa a vela mestra, gira 180 graus.

Leme
O volante do barco.



Orientação


Na cabine, as decisões são tomadas com a ajuda de instrumentos. Os principais são a bússola digital (1), mais precisa do que as comuns, o Global Positioning System, conhecido como GPS (2), que indica altitude e longitude com a ajuda de satélites, e o Velocity Measure Gear, o VMG (3), que informa continuamente a velocidade e a aceleração do barco. Com os dados, o capitão pode fazer ajustes precisos, às vezes cruciais, de apenas 1 centímetro nas velas.

Popa
Como o comprimento da parte submersa do veleiro (que lhe dá estabilidade) é limitado, pelas regras da competição, a 17,5 metros, os projetistas fizeram uma malandragem tecnológica no desenho da parte de trás. A popa é alta e, assim, fica fora d’água (1) quando o barco está parado, momento em que é medido pelos organizadores. Quando começa a navegação, ela afunda (2).



O time e as manobras



A tripulação do W60 é composta de doze marinheiros. Veja o que cada um faz e como eles tiram o melhor proveito do vento.

Os arranjos das velas
O vento vindo de trás é o melhor. A velas mestra e a genoa devem ser abertas uma para cada lado. A balão dobra o impulso.

Com o vento de lado, o ideal é deixar a mestra e a genoa semifechadas. A barriga formada aumenta o impulso. A balão é recolhida.

No vento contra, deve-se alinhar as duas velas no sentido do comprimento do barco, diminuindo a área de resistência.

Helmsmen
São dois. Fazem qualquer conserto. Improvisam peças e costuram velas.
São os únicos que sobem ao topo do mastro.

Navegador
Usa os intrumentos da cabine para escolher os melhores caminhos. Transmite as opções ao skipper, que decide qual será adotada.

Sailmaker
É o responsável pela posição das velas. Decide qual subir, qual descer, o quanto abrir e o quanto fechar. Mantém concentração total na ventania.

Skipper
É o capitão, que tem autoridade sobre o resto da equipe. Dele partem todas as decisões importantes.

Co-skipper
O subcomandante. Reveza o turno com o skipper e dá as ordens quando este não está presente.

Apoio
Quatro tripulantes se revezam entre a cozinha e convés, servindo de contrapeso quando necessário. Pelo menos um tem que ser médico.

Proeiros
São dois e revezam o turno. Ficam na frente do barco. Amarram cabos e sobem velas. Em locais de risco, ficam de olho em icebergs.



Caminho mais curto



Num veleiro, a distância depende do movimento do ar. Se ele vem da frente, ir contra pode levar tempo demais. É melhor fazer um desvio, mantendo a força sempre na lateral. Veja duas estratégias para enfrentar a situação. Pelo caminho mais curto, o barco (1) levou 30 minutos. O barco (2) desviou, andou mais, mas levou só 21 minutos.



Regata Whitbread - Selo postal do Uruguai - Uruguay



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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Pesquisadores encontram "Casa dos Mortos" perto do Stonehenge


Pesquisadores encontram "Casa dos Mortos" perto do Stonehenge



Local abriga restos mortais de trabalhadores que viveram há mais de 5 mil anos!


Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Reading, na Inglaterra, descobriu, recentemente, entre os monumentos megalíticos de Stonhenge e Avebury, uma “casa dos mortos”, que data de 5.600 anos atrás.



Stonehenge - Marco Histórico na Inglaterra


Os arqueólogos encontraram no local, que fica no condado britânico de Wiltshire, um túmulo conhecido como Cat’s Brain (Cérebro de Gato), composto por duas valetas que servem de limite para uma câmara funerária. Antigamente, acreditava-se que essas construções tinham sido feitas com fins agrícolas, mas, agora, sabe-se que é possível que, no seu interior, estejam os restos dos construtores de dois dos monumentos pré-históricos mais famosos do mundo.



Stonehenge


Além de ossos neolíticos, os cientistas esperam encontrar no local artefatos e ferramentas que possam trazer mais informações sobre como era a vida humana por volta do ano de 3.600 a.C..



Local das escavações - "Casa dos Mortos"


Nos próximos meses, serão realizadas escavações que poderão trazer à tona informações novas sobre a construção desses dois assentamentos gigantes e feitos de pedra.



ASSISTA AO VÍDEO DO LOCAL:

Andy Burn - Cue the ride of the Valkeries... Trench N
https://www.facebook.com/andy.burns.7528/videos/10213689816344565/



Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/244248-video-fotos-descubren-stonehenge-casa-muertos)



Actualidad.rt.com / Site Fonte



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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

O Ateneu - Parte 4 de 4 - Raul Pompéia


O Ateneu - Parte 4 de 4 - Raul Pompéia



Ideávamos vagamente, mas inteiramente, na meditação sem palavras do sentimento, quadro de manchas sem contorno, ideávamos bem as cenas que líamos da singela narrativa, almas que se encontram, dois coqueiros esbeltos crescendo juntos, erguendo aos poucos o feixe de grandes folhas franjadas, ao calor da felicidade e do trópico. Compreendíamos os pequeninos amantes de um ano, confundidos no berço, no sono, na inocência.


Revivíamos o idílio todo, instintivo e puro. "Virginie, elle sera heureuse!..." Animávamo-nos da
animação daquelas correrias de crianças na liberdade agreste, gozávamos o sentido daquela topografia de denominações originais - Descobertas da Amizade, Lágrimas Enxugadas, ou de alusões à pátria distante. Ouvíamos palmear a revoada dos pássaros, disputando, ao redor de Virgínia, a ração de migalhas. Percebíamos sem raciocínios a filosofia sensual da mimosa entrevista.

"Est-ce par ton esprit? Mais nos mères en ont plus que nous deux. Est-ce par tes caresses? Mais elles m'embrassent plus souvent que toi... Je crois que c'est par ta bonté... Mais, auparavant, repose-toi sur mon sein et je serai délassé. - Tu me demandes pourquoi tu m'aimes. Mais tout ce qui a été élevé ensemble s'aime. Vois nos oiseaux élevés dans les mêmes nids, ils s'aiment comme nous; ils sont toujours ensemble comme nous. Écoute comme ils s'appellent et se répondent d'un arbre à l'autre..."

Confrangia-nos, enfim, ao voltar das páginas, a dificuldade cruel das objeções de fortuna e de classe, o divórcio das almas irmãs, quando os coqueiros ficavam juntos. E a iminência constritora do austro, da catástrofe, a lua cruenta de presságios sobre um céu de ferro...

E guardávamos do livro, cântico luminoso de amor sobre a surdina escura dos desesperos da escravidão colonial, uma lembrança, misto de pesar, de encanto, de admiração. Que tanto pôde o poeta: sobre o solo maldito, onde o café floria e o níveo algodão e o verde claro dos milhos de uma


[Linha 3600 de 4767 - Parte 4 de 4]


rega de sangue, altear a imagem fantástica da bondade. Virgínia coroada; como o capricho onipotente do sol, formando em glória os filetes vaporosos que os muladares fumam, que um raio chama acima e doura.

Com o Egbert experimentei-me às escondidas no verso. Esboçamos em colaboração um romance, episódios medievais, excessivamente trágicos, cheios de luar, cercados de ogivas, em que o mais notável era um combate devidamente organizado, com fuzilaria e canhões, antecipando-se de tal maneira a invenção de Schwartz, que ficávamos para todo o sempre, em literatura, a salvo da increpação de não descobrir a pólvora.

Quando ouvi-lhe o nome, à chamada dos comprometidos no processo, sofri como a surpresa de
um golpe. Desesperou-me não achar o meio de compartir com ele a vergonha.

Qual a espécie de cumplicidade que se atribuía? Não quis saber; fosse o mais torpe dos réus, era o meu amigo: tudo que sofresse, muito culpado embora, era, no meu conceito, uma provação da fatalidade. E fazia-me estremecer a idéia de que iam maltratar criatura tão mansa, tão complacente,
tão amável, feita de sensibilidade e brandura, contra quem o mal seria sempre uma injustiça, que eu
prezaria com todos os defeitos, com todas as máculas, na facilidade de perdão das cegueiras sentimentais, estranhezas da preferência, que envolve tudo, no ser querido, a frase límpida do olhar
ou o cheiro acre, mesmo impuro, da carne.

Quando nos tornamos a ver, nenhum teve para o outro a mínima palavra; ficamos a um banco,
lado a lado, em expansivo silêncio. E nunca, depois, nem por alusão distante, nos referimos ao caso.
Coincidência instintiva de um respeito recíproco, ódio talvez comum de uma recordação ominosa.
Desde o mês de julho do ano anterior, cursava os estudos elementares das línguas, alegrando-me
a aquisição do vocábulo estrangeiro, comércio com a linguagem dos grandes povos, como se provasse a goles a civilização, como se bebesse a realidade do movimento humano nos países remotos que os cosmoramas pintam, em que vagamente acreditávamos como se acredita em romances.

Seguiu-se a maçada dos intermináveis temas.

Nas aulas superiores, a facilidade adquirida amenizava o trabalho. As páginas sorriam de
literatura, com o sorriso conhecido dos objetos familiares.

Os professores eram bons e moderados. O de francês, M. Delille, nome de poeta aplicado a um
urso, honrado urso, inofensivo e benévolo; saudoso do terceiro império, cujo desastre o deportara
para a vida de aventuras além-mar; barbado como um colchão de crinas, por um vigor de cabelo
denso, luxuriante, ruivo queimado no lugar da boca, mais longe preto, através do qual passavam-nos
simultaneamente baforadas expressivas de cachaça e regras de Halbout. O professor de inglês, Dr.
Velho Júnior, nome de contradição ainda, o melhor dos homens; zeloso, explicador detalhado, sem
exaltar-se nunca, calvo como a ocasião, mas que excelente ocasião de se estimar e querer bem!

A companhia do Egbert ultimava a situação e o estudo era uma festa.
O Professor Venâncio lecionava também inglês; escapei-lhe às garras, felizmente: uma fera!
chatinho sob o diretor, terrível sobre os discípulos; a um deles arremessou-o contra um registro de
gás, quebrando-lhe os dentes. Mânlio, além das primeiras letras, regia a cadeira especial de português.

Graças ao estudo do outro ano, alcancei sofrivelmente o meu atestado de vernaculismo,
garantido pela competência oficial; graças também às tinturas do latim, em que me iniciara o padre-mestre Frei Ambrósio, respeitável, de nariz entupido, gesticulando com o Alcobaça, rezando a artinha com a entonação oca e funda das missas contadas, consumidor de rapé por um convento, culpado, assim, de cheirar-me ainda hoje a Paulo Cordeiro o magnífico idioma do qui, quoe, quod, e produzir-me espirros uma simples reminiscência de Salústio.

Era costume no Ateneu licenciar-se um pouco do regimento da casa a estudante de certa ordem,
que estivesse em véspera de exame. Saia-se então para o jardim com os livros e a comodidade do trabalho a bel-prazer. Companheiros sempre, aproveitávamos, eu e o Egbert, com toda vontade, a regalia consuetudinária. Antes da data memorável do francês, muito passeamos pelas avenidas de sombra Chateaubriand, Corneille, Racine, Molière. O teatro clássico dava para grandes efeitos de declamação. Quanta tragédia perdida sobre as folhas secas! Quanto gesto nobre desperdiçado!


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Quantas soberbas falas confiadas à viração leviana e passageira!
Um era Augusto, outro Cina; um Nearco, outro Poliúto; um Horácio, outro Curiácio, D. Diogo
e o Cid, Joas e Joad, Nero e Burro, Filinto e Alceste, Tartufo e Cleanto. O arvoredo era um cenário
deveras. Dialogávamos, com toda a força das encarnações dramáticas, a bravura cavalheiresca, o
civismo romano, as apreensões de rei ameaçado, o heroísmo da fé, os arrufos da misantropia, as
sinuosidades do hipócrita. Uma estátua de deusa anônima, de louça esfolada, verde de velhice,
constituía o auditório, auditório atento fixamente, comedido, sem demasias de aplauso nem
reprovação, mas constante e infatigável.
Para o desempenho dos papéis femininos havia dificuldades; cada um queria a parte mais
enérgica do recitativo. Tirava-se a sorte; e, segundo o acaso, um de nós ou o outro enfiava sem
cerimônia as saias de qualquer dama e ia perfeita a toilette do sentimento, noivado de Chimène,
desespero de Camila, luto de Paulina, ambição de Agripina, soberania de Ester, astúcia de Elmira,
dubiedade de Celiméne. Outro papel custoso de distribuir era o de Burro, papel honesto, entretanto,
e altamente simpático. Ninguém o queria fazer, o virtuoso conselheiro de Nero.
Melhor que a prerrogativa do estudo livre era uma espécie de prêmio, não catalogado nos
estatutos, com que Aristarco gentilmente obsequiava os distintos. Levava-os a jantar em sua casa,
uma honra! à mesma toalha com a Princesa Melica, dos olhos grandes.
Quis o bom fado que obtivéssemos, os dois amigos, a prezada nota, e, registre-se perene!
examinados pelo Professor Courroux, o tremendo Catão das bolas pretas, terror universal dos
bichos!
O diretor recebeu-me da Instrução com um abraço contrafeito de estilo; percebi que ainda
escorria a fístula dos ressentimentos. Convidado Egbert, força era que o fosse eu também, e o fui, de
mi vontade, por fórmula. Cumpria-me forjar pretexto e recusar o convite, mas atraia-me certo número
de curiosidades, por exemplo: ver como comia a Melica, uma coisa de subido interesse.
Lembro-me, entretanto, que havia f ores sobre a mesa, que estava a queimar a sopa; não reparei
sequer se esteve presente a filha rio diretor.
Uma atenção absorveu-me exclusiva e única. D. Ema reconheceu-me: era aquele pequeno das
madeixas compridas! Conversou muito comigo. Um fiapo branco pousava-me ao ombro do
uniforme; a boa senhora tomou-o finamente entre os dedos, soltou-o e mostrou-me, sorrindo, o fio
levíssimo a cair lentamente no ar calmo... Estava desenvolvido! Que diferença do que era há dois
anos. Tinha idéia de haver estado comigo rapidamente, no dia da exposição artística...
- Um peraltinha! interrompeu Aristarco, entre mordaz e condescendente, de uma janela a cujo
vão conversava com o Professor Crisóstomo.
Eu quis inventar uma boa réplica sem grosseria, mas a senhora me prendia a mão nas dela,
maternalmente, suavemente, de tal modo que me prendia a vivacidade também, prendia-me todo,
como se eu existisse apenas naquela mão retida.
Depois da interrupção de Aristarco, não sei mais nada precisamente do que se passou na tarde.
Miragem sedutora de branco, fartos cabelos negros colhidos para o alto com infinita graça, uma
rosa nos cabelos, vermelha como são vermelhos os lábios e os corações, vermelha como um grito de
triunfo. Nada mais. Ramalhetes à mesa, um caldo ardente, e sempre a obsessão adorável do branco e
a rosa vermelha.
Estava a meu lado, pertinho, deslumbrante, o vestuário de neve. Serviam-me alguns pratos,
muitas carícias; eu devorava as carícias; Não ousava erguer a vista. Uma vez ensaiei. Havia sobre mim
dois olhos perturbadores, vertendo a noite. Parece que me olhava também, neo tenho certeza, do
outro lado, por entre as flores, o Professor Crisóstomo.
Empossado no seu grande orgulho, que mesmo em casa fazia valer, Aristarco presidia: tão alto,
porém, e tão longe, que dir-se-ia um ausente.
De volta ao Ateneu, senti-me grande. Crescia-me o peito indefinivelmente, como se me estivesse
a fazer homem por dilatação. Sentia-me elevado, vinte anos de estatura, um milagre. Examinei então
os sapatos, a ver se haviam crescido os calcanhares. Nenhum dos sintomas estranhos constatei. Mas


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uma coisa apenas: olhava agora para Egbert como para uma recordação e para o dia de ontem.
Daí começou a esfriar o entusiasmo da nossa fraternidade.

X


Bem diferente esta exaltação deliciosa do abatimento espavorido da véspera, da manhã mesmo,
na secretaria da Instrução Pública. A expectativa mortal das chamadas; uma insignificância: o terror
acadêmico! que nos sobressalta, que nos deprime como o que há de mais grave. E por ocasião das
provas de francês já não era estreante.
A estréia do primeiro exame foi de fazer febre. Três dias antes pulavam-me as palpitações; o
apetite desapareceu; o sono depois do apetite; na manhã do ato, as noções mais elementares da
matéria com o apetite e com o sono. Memoria in albis.
O professor Mânlio animava; a animação, lembrando o perigo, assustava mais. Esmagava-me
por antecipação o peso enorme da bastilha da Rua dos Ourives, como os tribunais ferozes, sem apelo;
a terrível campainha penetrante da abertura da solenidade, os reposteiros plúmbeos de espesso verde,
sopesando as armas imperiais, as formidáveis paredes de alvenaria secular. Que barbaridade aquela
conspiração toda contra mim, contra um, de todos aqueles perfis rebarbativos, contínuos, o Matoso,
o Neves Leão, as comissões, qual mais poderosa e carrancuda; o Conselho da Instrução no fundo,
coisa desconhecida, mitológica, entrevista como as pinturas religiosas das abóbadas sombrias, onde
as vozes da nave engrossam de ressonância, emprestando a força moral à justiça das comissões, com
o prestigio da elevação e do inacessível; mais alto que tudo, o Ministro do império, o Executivo, o
Estado, a Ordem Social, aparato enorme contra uma criança.
Entrava-se pela Rua da Assembléia, para o saguão ladrilhado.
Ali estive não sei que tempo, como um condenado em oratório. Em redor de mim, morriam de
palidez outros infelizes, esperando a chamada. Um, o mais velho de todos, cadavérico, ar de Cristo,
tinha a barba rente, pretíssima, como um queixo de ébano adaptado a uma cara de marfim velho.
De repente abre-se uma porta. De dentro, do escuro, saia uma voz, uma lista de nomes: um,
outro, outro... ainda não era o meu... Afinal! Não houve nem tempo para um desmaio.
Empurraram-me; a porta fechou-se; sem consciência dos passos, achei-me numa sala grande, silente,
sombria, de teto baixo, de vigas pintadas, que fazia dobrar-se a cabeça instintivamente. Uma parede
vidraçada em toda a altura, de vidros opacos de fumaça, cor de pergaminho, coava para o interior um
crepúsculo fatigado, amarelento, que pregava máscaras de icterícia às fisionomias.
Entre as vidraças e os lugares que eram destinados aos examinandos, ficava a mesa
examinadora: à direita um velho calvo, baixinho, de alouradas cãs, rodeando a calva em franja de
dragonas, barba da cor dos cabelos, reclinava-se ao espaldar da poltrona e lia um pequeno volume
com o esforço dos míopes, esfregando as páginas ao rosto. A esquerda, um homem de trinta anos,
barba rareada por toda a face, pálpebras inclusive, óculos escuros, cabelo seco, caracolando. A
claridade, batendo pelas costas, denegria-lhe confusamente as feições. O terceiro, presidente da
comissão, não se via bem, encoberto pela urna verde de frisos amarelos.
Distribuiu-se o papel rubricado. Um dos examinadores levantou-se, apanhou com um
movimento circular um punhado de pontos e lançou-os à urna. A urna de folha cantava irônica sob o
cair dos números, sonoramente.
Tirou-se o ponto; momento de angústia ainda .
Depois: estrofe dos Lusíadas! Estávamos livres da expectativa. Não me preocupou mais a
dificuldade do ponto.
Depois do ditado, como em relaxamento de cansaço do espírito, esqueci o inventário natural
dos conhecimentos que a prova reclamava. Pus-me a pensar nas primeiras leituras de Camões, no
Sanches, nos banhos da natação, na maneira de rir de Ângela, no criado assassinado, no processo do
assassino, que fora julgado havia pouco... Três pancadinhas que senti no calcanhar, chamaram-me das


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distrações.
Voltei-me: era o meu vizinho da mesa de trás, o queixo de ébano que pedia socorro. "Valha-me
que estou perdido, não atino com a ordem direta!"
O ruído desta frase balbuciada, sibilou bem forte para atrair a atenção da mesa. Atirei-lhe a
oração principal, mas tive medo de acudir inteiramente. Além disso, precisava cuidar do próprio
interesse. Deixei o pobre Cristo de marfim entregue ao desespero de uma lauda deserta. De vez em
quando, o infeliz espetava-me as costas com a caneta.
Para a prova oral fui mais animado. A nota da escrita era tranqüilizadora.
Os exames orais eram todos nas salas de cima. Entrava-se pela Rua dos Ourives. Os
examinandos estavam em geral mais calmos. Além destes, enchia-se o saguão da escada com a
turbamulta dos assistentes, confusão de fardetas, fraques surrados, sobrecasacas, todas as idades,
todos os colégios representados, além dos estudantes avulsos de aulas particulares, em cujo número
confundiam-se caras suspeitas de farroupilhas, exemplares definidos de vagabundagem.
O Ateneu era invejado. Vitimas do uniforme, os discípulos de Aristarco passeavam entre os
grupos dos colégios rivais, sofrendo dichotes, com uma paciência recomendada de boa educação.
Fumava-se. No ambiente sem luz pairava fixo o nevoeiro dos hálitos e um cheiro de sarro
intolerável; emplastravam-se de cusparadas as paredes; passeava-se arrastando os pés na areia do
ladrilho; ressoavam grandes gargalhadas de ship-chandler; chasqueava-se a palavrões. Alguns
rapazes de sorrisos frouxos, sem expressão, maneiras reles, arrebitavam para o alto, com as costas da
mão, chapéus de palha suja, e passeavam gingando. Os mais distintos devam caminho, repuxando um
canto desdenhoso de lábios, perfilando mais a elegância.
Um rebuliço extraordinário agitou a multidão. Acabava-se de descobrir na cal, coberta de
epigramas e rabiscos, uma nova inscrição de muito espírito: versalhada satírica contra o Professor
Courroux, da mesa de francês, rimando em u, sempre em u, de cima a baixo, com uma fertilidade
pasmosa de epítetos.
Nem de propósito! na mesma ocasião entrava e lançava-se precipitadamente pela escada o
terrível professor. "Não o conhece? Lá vai!" indicou-me um companheiro mais próximo.
- Não o conhecia...
Vi-o, magro, anguloso, feio, olhando com ferocidade continua, não se sabia felizmente para
quem, porque era estrábico. Por ele começou o meu improvisado informante, e conhecendo que eu
andava atrasado a respeito, não me deixou mais: "Se tem empenho, fura; se não tem, babau. Bancas
de peixe! O peixe é caro às vezes, mas é sempre peixe de mercado. Olhe o Meireles da filosofia,
aquele compridão de barba russa; o empenho é a Ritinha Pernambucana da Rua dos Arcos; o Simas
da mesa de geografia, um pançudo apelidado esfera terrestre, mimoseiem-no com um par de galos de
briga... o Barros Andrade... comprem-lhe os pontos..., aquele diabo da retórica que me bombeou há
dias... falem-lhe nos versos, que não há suíças mais amáveis. O seu diretor é que os compreende.
Quando entra aqui é uma onça; o próprio teto branco empalidece; levantam-se, saúdam o soberano!
Agora, há homens respeitáveis: o velho Moreira, o simpático Ramiro, de sorriso patriarcal..."
Do topo da escada gritaram para o saguão que ia principiar a chamada dos de português.
Quando subia, vi um movimento enorme de rapazes na rua: um rolo! Silvavam os apitos.
Atracavam-se os estudantes com os carroceiros a sopapos de ida e volta, segundo o belo costume do
tempo.
Prestavam-se os exames numa grande sala de muitas janelas, de velhos caixilhos em xadrez
apertado, vidros grossos, antigos, mal fundidos, oferecendo espessuras desiguais e densidades
verdes. Um parapeito de ferro em grade dividia o salão por dois lances; o mais espaçoso para os
assistentes. No outro havia duas mesas de exame; a de matemáticas, perto da entrada, a de português,
mais adiante, e tão chegadas que se fundiam as respostas de uma com as perguntas da outra,
resultando admiráveis efeitos de aplicação das ciências exatas à filologia.
Antes da cerimônia palestrava-se, a meia voz. Um sujeito entrou, deixando cair a bengala.
Olharam todos. "Não conhece?" indagou-me o oficioso companheiro.


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Um sexagenário, encanecido e helicoidal, cara lambida de padre, cabelos brancos ondeando
pelos ombros em bossa, sobrecasaca ilimitada riscando o chão a cada passo. "O Conselheiro Vilela,
ou, melhor, o Conselheiro Tieitch, uma instituição! Vai presidir às matemáticas. Preside a tudo,
conforme é preciso. Incorruptível! Catão e Bruto somados... Na banca de inglês, há uns anos,
reprovava a todos... Como neo?! dizia; se erram escandalosamente no tieitch! Muito depois,
apanharam-no consultando o Tautphoeus: Que diabo, Barão, é este célebre tieitch em que tanto se
erra?..."
Quando no dia do jantar subi para o dormitório com o Egbert, dançava-me no espírito, reduzida
a miniatura, a imagem de Ema (era agradável suprimir o D.), pequenina como uma abelha de ouro,
vibrante e incerta.
Sonhei: ela sentada na cama, eu no verniz do chão, de joelhos. Mostrava-me a mão, recortada
em paro jaspe, unhas de rosa, como pétalas incrustadas. Eu fazia esforços para colher a mão e beijar,
a mão fugia; chegava-se um pouco, escapava para mais alto; baixava de novo, fugia mais longe ainda,
para o teto, para o céu, e eu a via inatingível na altura, clara, aberta como um astro.
Ela ria do meu desespero, mostrava-me o pé descalço, que a calçasse; não permitia mais.
Calçar-lhe apenas o arminho que ali estava, o pequeno sapato, branco, exânime, voltando a sola, sem
o conforto cálido do pé que o pisava, que o vivificava. Eu me inclinava, invejoso do arminho, sobre o
crivo de seda da meia, milagre de indústria para o qual concorrera cada dia do século industrial com
um esforço, tecido impalpável, de fibras vivas, filtrando a transparência branda do sangue, invólucro
sutil de um mimo de joelho, de perna, de tornozelo, irremediavelmente desfalcado do espólio
glorioso da estatuária pagã. Calçá-la apenas! Mas eu a fazia torcer-se, calçando-a, de dores numa
tortura ardente de beijos, exalando eu próprio a alma toda em chama.
Que outra criatura eu era ao despertar! A aparição encantadora extinta; mas eu sofria da reação
de trevas que sucede aos deslumbramentos.
Continuava cordialmente com o Egbert. Parecia-me, entretanto, a sua amizade agora uma coisa
insuficiente como se houvesse em mim uma selvageria amordaçada de afetos.
Egbert parecia às vezes um intruso. Passeando com ele, que diferença de outrora! produzia-me
o efeito de uma terceira pessoa. Eu preferia andar só.
Não sei por que conveniência de acomodação, fui transferido para o dormitório dos maiores.
Esta mudança distanciava-me ainda mais do Egbert; passamos a nos encontrar somente à tarde, no
campo.
Depois das aulas, subia para o dormitório, aproveitando-me do relaxamento da policia do salão.
O inspetor responsável era o Silvino. Receoso de uma represália dos grandes, o prudente bedel
deixava andar.
Eu deitava-me preguiçoso, ouvindo a grita do pátio, como coisa absolutamente alheia à minha
vida. Contava as tábuas do teto, porção de traços paralelos que se perdiam num reflexo da tinta. Às
vezes lia narrativas de Dumas, que não distraiam. Em outras camas, deitados como eu, de cara para
cima, cruzando os botins, alguns colegas fumavam, soprando, devagarinho, colunas de fumo que
subiam verticalmente, e rodavam azuis. A um canto, no fim do salão, jogavam três parceiros,
bocejantes, acentuando sem entusiasmo as alternativas do azar como uma partida de sonâmbulos.
Muita vez na modorra pesada da sesta, as costas aquecidas da posição, fechando-se-me os olhos, ao
brilho do sol que adivinhava li fora no terreiro abrasado, eu adormecia. À hora da aula ou do jantar,
um companheiro puxava-me.
Estes intervalos de dormência sem sonho, sem idéias, sem definida cisma, eram o meu sossego.
Pensar era impacientar-me. Que desejava eu? Sempre o desespero da reclusão colegial e da idade.
Vinham-me crises nervosas de movimento, e eu cruzava de passos frenéticos o pátio, sôfrego,
acelerando-me cada vez mais, como se quisesse passar adiante do tempo. Nem me interessavam as
intrigas do salão. E que intrigas! exatamente a substância do afamado mistério do chalé.
A uma das extremidades do comprido salão, armava-se o biombo do Silvino, grande caixão de
pinho a meia altura do teto, com uma porta e uma janela de palmo quadrado, donde saiam emanações


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de roupas suadas e várias outras, cheiros indecifráveis de pouco asseio; donde saia mais, durante a
noite, crescendo, decrescendo, um roncar enorme, fungado de narigudo.
Os rapazes furavam orifícios com verrumas para espiar, e tinham achado a legenda do Silvino.
Depois disto, vinha a demografia especial da terceira classe, a distribuição por famílias regulares, ou
por aproximações eventuais, conforme os caracteres, sob a divisa comum do nada haver, ou como
entendiam outros nada a ver. Louvavam-se os exemplos de fidelidade; comentavam-se as traições;
censuravam-se as tentativas de sedução; improvisava-se a teoria do lar e do leito; cantava-se o hino
báquico dos caprichos volantes, do entusiasmo passageiro. Chamavam-me a mim o Sérgio do Alves.
Fazia-se a critica dos novos sob um ponto de vista inteiramente deles. Apostavam a ver quem seria
primeiro, exigiam juramento de segredo, para passar adiante uma história que tinham por sua vez
jurado não contar a ninguém. Serviam-se mutuamente em pasto às boas risadas, anedotas espessas,
com ou sem aplicação, conforme o pedido e o paladar do ensejo. Toda a crônica obscura do Ateneu
redigia-se ali, em termos explícitos e fortes, expurgada dos arrebiques de recato, de inverdade, pelo
escrúpulo das comissões investigadoras. O Silvino que se fosse! Não tinha nada com a conversa dos
rapazes. Uma das melhores máximas do chalé era esta, característica: - Fica revogado o diretor.
Tudo que na primeira classe e na segunda era extraordinário, ali era normal e corrente. Todas as
idades, desde o Cândido até o Sanches.
Das classes inferiores, havia quem fizesse empenho em mudar para a terceira. No ambiente torvo
da intriga, insinuava-se o vaivém silencioso das ficções, drama joco-sério dos instintos, em ilusão
convencional e grosseira. E investiam-se dos diversos caracteres convictamente os mancebos,
explorando o momento efêmero da pele, novidade tenra do semblante, como elemento de artifício,
deleitando-se no engano, tomando a peito a caricatura da sensualidade.
Havia o que afetava moderação no capricho, conhecendo o desvio em regra, como o ladrão
sabe ser honesto no roubo; com o ar sério, espantadiço das femmes qui sortent; havia os ingênuos,
perpetuamente infantis, não fazendo por mal, risonhos de riso solto, com o segredo de adiar a
inocência intata através dos positivos extremos; havia os entusiastas da profissão, conscientes,
francos, impetuosos, apregoando-se por gosto, que não perdoavam à natureza o erro original da
conformação: ah! não ser eu mulher para melhor o ser! Estes faziam grupo à parte, conhecidos
publicamente e satisfeitos com isto, protegidos por um favor de simpatia geral, inconfessado mas
evidente, beneplácito perverso e amável de tolerância que favoneia sempre a corrupção como um
aplauso. Eles, os belos efebos! exemplos da graça juvenil e da nobreza da linha. Às vezes traziam
pulseiras; ao banho triunfavam, nus, demorando atitudes de ninfa, à beira d'água, em meio da
coleção mesquinha de esqueletos sem carnes nas tangas de meia, e carnes sem forma. Havia os
decaídos, portadores miseráveis de desprezo honesto, culpados por todos os outros, gastos às vezes
antes do consumo, atormentados pela propensão de um lado, pela repulsa de outro, mendigos de
compaixão sem esmola, reduzidos ao extremo de conformar-se deploravelmente com a solidão.
Com estes em contraposição, os de orgulho masculino, peludos, morenos, nodosos de músculos,
largos de ossada, e outros mirrados de malícia, insaciáveis, de voz trêmula e narinas ávidas de bode,
os gorduchos de beiço vermelho relaxado, fazendo praça de uma superioridade porque nem sempre
zelaram antes da madureza das banhas.
Ângela dominava-os a todos; vencia-os.
As janelas abertas para o quintal do diretor eram fortemente gradeadas de madeira; por entre as
travessas olhávamos.
Ângela fazia-se menina para brincar e correr com vivacidades de gata. Rolava no chão,
envolvendo a cara nos cabelos, secos, soltos. Saltava agitando o ar com as roupas; colhia flores e
jogava, distribuindo por igual a todos, que ela a todos queria bem. Quando não havia muitos, às
grades do salão, descuidava-se, aparecia em corpinho e saia branca, afrouxando o cordão sobre o
seio, mostrando o braço desde a espádua, espreguiçando-se com as mãos ambas à nuca e os cotovelos
para cima, contando para a janela histórias que não acabavam mais, enquanto às axilas, em fofos de
camisa, ia escapando a indiscrição dos fios fulvos. Sempre ao sol! sempre alegre! filha selvagem da


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luz, fauna indomável das regiões quentes, afrontando a temperatura como as leoas, insensível e
sobranceira.
Cantava.
Só no canto era triste; canções nostálgicas repassadas do sentimento de coisas distantes, um lar
amigo de pais, um coração de adolescente, conhecido uma vez antes da emigração para sempre,
canções da ilha em que se ouvia o murmúrio do oceano calmo e das brisas viajadas, e o grito
angustiado das gaivotas e a celeuma longe da maruja à faina, acompanhando um estribilho insistente
de amor, amor malandro de gente pobre à beira-mar, feito de peixe, de ociosidade triste e de calor.
Às vezes era grosseira: dialogava ao desafio em chacota desbocada, com quem quisesse;
impacientava-se abruptamente e desaparecia, arremessando uma praga de bem acabada torpeza.
Fazia pilhéria; tinha um colégio também para receber internos, externos, meio-pensionistas. Batia no
ventre.
E com a grosseria, com a chacota, com o estribilho sentimental, com os descuidos do corpinho,
com as flores, com as turbulências de criança sem modos, Ângela era a rainha da atenção e da
curiosidade: inflamava-se o chalé em conflagrações de entusiasmo. Se passava algum tempo sem
aparecer, colavam-se às grades, perscrutando a sombra das árvores do quintal, carinhas sem conta,
chapadas de saudade.
E divertia-se a apreciar os ardores engaiolados dos seus meninos, entretendo-se a desesperá-los
como quem atiça o braseiro para ver a erupção das fagulhas, o rodopiar dos rubis candentes, com um
prazer graduado entre o orgulho da castelã requestada de cem paladinos e a expectativa palpitante do
carname em postas de um festim de jaula.
Com o tempo vim a descobrir que uma camarilha de espertos conseguira sofismar alguns paus da
grade da última janela, três ou quatro leitos além do meu, e passavam de noite, quando o silêncio se
fazia, a tomar fresco no jardim do diretor. Preferiam as noites escuras, que têm mais estrelas e mais
segredo, e preferiam as noites de chuva, que em questão de fresco são decisivas. Desciam por uma
corda de lençóis torcidos e voltavam às vezes como pintos, mas refrescados sempre. Por medida de
prudência, não passeavam mais de dois por noite, fazendo sentinela um durante a ausência do outro.
Disse que me não interessavam as intrigas e preocupações gerais do salão; não fui preciso; e não
sei como possa ser neste ponto sem recorrer às modalidades de expressão - atualmente,
virtualmente, que o anacronismo injusto condenou. Pouco se me davam fatos; o espírito seduzia.
Talvez por isso fiz a descoberta do sofisma da camarilha; incomodando-me a liberdade secreta, o
rega-bofe às altas horas, como um roubo feito a mim, aos companheiros, iludidos no sono, traição
odiosa à nossa tolice de descuidados. Veio-me uma noite a tentação violenta de espalhar o segredo
por todos, desmoralizar os finórios, conduzir o Silvino e mostrar-lhe os sarrafos ajeitados à
deslocação, trair merecidamente aos traidores. Medi as objeções: além de feia delação de voluntário
da espionagem, podia ser asneira. Talvez soubessem todos, menos eu, simplesmente por estar de
pouco na terceira classe. Experimentei. Conservei-me acordado até à hora, com uma paciência e um
esforço de caçador de emboscada. No momento flagrante, ergui-me na cama, esfregando os olhos,
fingindo-me admirado. Não houve remédio senão iniciar-me. Os dois da noite contaram. Malheiro
era o chefe da troça, uma troça de nove, muito discretos, muito hábeis; também quem traísse
apanhava.
A minha irritação contra o sofisma abrandou sem desfazer-se. Sempre que por acaso algum
rapaz surpreendia os expedicionários da frescata, era incontinenti aliciado para as vantagens e sob as
ameaças. O marro fabuloso do Malheiro era a sanção.
Não quis as vantagens, mesmo murro à parte. Não que me não escaldassem as horas noturnas do
chalé! Ah! o passeio livre no jardim! as grades abertas do cárcere forçado! Mas uma hesitação
prendia-me, de compromissos antigos comigo mesmo, compromissos de linha reta, não sei como
diga, razões velhas de vaidade vertebrada; aversão ao subterfúgio; ou talvez um medo que me
ocorreu por último, sem fundamento: fosse uma vez, e de volta não achasse mais a corda para subir.
Outro sinal de que não escapava à psicologia comum do chalé foi um acesso de furor que tive de


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sufocar, um dia que falaram de D. Ema diante de mim. Que me importava D. Ema? Uma boa
senhora, nada mais, que me festejara com excesso de complacência, nos limites, porém, da
hospitalidade de rigor para muitas pessoas amáveis. Deixara uma simples lembrança de gratidão, que
começava a apagar-se.
Repetiam as murmurações do Professor Crisóstomo, frioleiras de maldade. Pelas janelas
gradeadas indicavam junto do muro da natação as venezianas da enfermaria e faziam a apologia da
enfermeira, enfermeirazinha caidadosa, com um jeito incomparável para o tratamento dos casos
graves do coração. E vinham com histórias de estudantes muito mal de imaginárias moléstias...
Doeu-me aquilo, como se me houvessem ferido o mais santo escrúpulo de sentimento. Uma infâmia,
uma infâmia, esta afirmação de coisas improvadas!
No meio desta temporada de descontentamento, tive um dia de prazer, prazer malvado, mas
completo. Dormia no chalé o famoso Rômulo. Ocupava a cama inteira de ferro com a fartura de
ádipo e ressonava, no extremo oposto do salão, com a mesma intensidade que o Silvino falava fino o
diabo e roncava grosso. Era um dos tais da troça do Malheiro.
Quando tocava-lhe a vez, reforçavam-se os lençóis e saiam mais dois paus.
Uma noite que o vi descer, tive idéia de pregar-lhe uma peça. Arriscadíssima, como vão ver, mas
eu contava com o concurso, depois, do interesse de todos em abafar o negócio.
Lembram-se do receio infundado de que falei. Estava de sentinela o companheiro, que
recolocava a grade, até que um aviso do quintal pedisse a corda. Ofereci-me para substituí-lo. O
colega foi dormir.
Com o sangue-frio das boas vinganças, sem a menor pressa. evoquei a memória da afronta que
me devia Rômulo. Era justo. Recolhi pouco a pouco a corda de lençóis, firmei forte as barras da grade
e fui dormir. Chovia a potes; tanto melhor: a injúria, que o sangue não lava, bem pode lavar uma
ducha de enxurro.
Estava vingado!
No outro dia apareceu o gorducho entanguido, encatarrado, furibundo, em chinelos sem meias,
calças, camisas de náufrago, miserando, cercado pelo espanto de todos e pela galhofa.
Passara a noite sob a janela pedindo misericórdia ao sarrafo impassível, toda a noite, inundado
pelo aguaceiro, até que, ao romper do dia, Aristarco o foi achar no lastimoso estado.
A noiva não viu, que acordava tarde. O sogro atinou espertamente com a aventura. Fez-se de
esquerdo.
"Ora o rapaz!..." exclamou com uma satisfação muito íntima.
E estranhou apenas que o bom do genro se deixasse pegar como um lorpa.


XI


O Dr. Cláudio encetou uma série de preleções aos sábados, à imitação das que fazia às quintas
Aristarco sobre lugares-comuns de moralidade. Filosofia, ciência, literatura, economia política,
pedagogia, biografia, até mesmo política e higiene, tudo era assunto; interessantíssimas, sem pesadas
minuciosidades. Depois da astronomia do diretor, nenhuma curiosidade me valera tão bons minutos
de atenção.
Narrava-nos a vida. As festas plutonianas do movimento, da ignição; a gênese das rochas,
fecundidade infernal do incêndio primitivo, do granito, do pórfiro, primogênitos do fogo; o grande
sono milenário dos sedimentos, perturbado de convulsões titânicas.
Falava do antracito e da hulha, o luto feito pedra, lembrança trágica de muitas eras orgulhosas
do planeta, monumento da pré-história das árvores, negro, que a indústria dos homens devasta.
Descrevia a escadaria dos terrenos, onde existe a pegada impressa do gênio das metamorfoses,
subindo, desde a vegetação florestal dos fetos até ao homem quaternário. Falava-nos de Cuvier e da


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procissão dos monstros ressurgidos, caminho dos museus, o megatério potente, tardo, balançando as
passadas, sujo, descamando saibro e as concreções secas do lobo diluviano, solene, cônscio da carga
de séculos que transporta.
Vinha depois a aluvião moderna das zonas formadas, o solo fecundo, lavradio. E o mestre
passava a descrever a vida na umidade, na semente, a evolução da floresta, o gozo universal da
clorofila na luz. Falava-nos do cerne, o generoso madeiro, o tronco, que sangra em Dante, que
sustenta nos mares o comércio, Netuno inglês do tridente de ouro. Falava-nos da poesia ignorada da
vegetação marinha nos abismos, e da giesta, isolada nas altas neves, flor do ermo, a degradada eterna
do inacessível.
Depois, a história dos brutos, os grandes bramidos de macho nas regiões virgens, os dramas do
egoísmo na selva, do egoísmo rude da força que pode, cego, formidável, sagrado como a fatalidade.
E corria inteira a série das classificações, mostrando a vida no infinitésimo, a microbia invisível,
onipotência do número, sociedade inconsciente da mônada, solidária para a morte e para as
reconstruções imperecíveis da Terra.
O homem finalmente - ventre, coração e cérebro, política, poemas, critério; a alma, universo de
universo, imagem de Deus, refletor imenso, antropocêntrico, do dia, das cores, que o Sol inflama, que
o Sol não sente.
Falava uma vez sobre educação.
Discutiu a questão do internato. Divergia do parecer vulgar, que o condena.
É uma organização imperfeita, aprendizagem de corrupção, ocasião de contato com indivíduos
de toda origem? O mestre é a tirania, a injustiça, o terror? O merecimento não tem cotação, cobrejam
as linhas sinuosas da indignidade, aprova-se a espionagem, a adulação, a humilhação, campeia a
intriga, a maledicência, a calúnia, oprimem os prediletos do favoritismo, oprimem os maiores, os mais
fortes, abundam as seduções perversas, triunfam as audácias dos nulos? A reclusão exacerba as
tendências ingênitas?
Tanto melhor: é a escola da sociedade.
Ilustrar o espírito é pouco; temperar o caráter é tudo. É preciso que chegue um dia a desilusão do
carinho doméstico. Toda a vantagem em que se realize o mais cedo.
A educação não faz almas: exercita-as. E o exercício moral não vem das belas palavras de
virtude, mas do atrito com as circunstâncias.
A energia para afrontá-las é a herança de sangue dos capazes da moralidade, felizes na loteria do
destino. Os deserdados abatem-se.
Ensaiados no microcosmo do internato, não há mais surpresas no grande mundo li fora, onde se
vão sofrer todas as convivências, respirar todos os ambientes; onde a razão da maior força é a
dialética geral, e nos envolvem as evoluções de tudo que rasteja e tudo que morde, porque a perfídia
terra-terra é um dos processos mais eficazes da vulgaridade vencedora; onde o aviltamento é quase
sempre a condição do êxito, como se houvesse ascensões para baixo; onde o poder é uma redoma de
chumbo sobre as aspirações altivas; onde a cidade é franca para as dissoluções babilônicas do
instinto; onde o que é nulo, flutua e aparece, como no mar as pérolas imersas são ignoradas, e
sobrenadam ao dia as algas mortas e a espuma.
O internato é útil; a existência agita-se como a peneira do garimpeiro: o que vale mais e o que
vale menos, separam-se.
Cada mocidade representa uma direção. Hão de vir os disfarces, as hipocrisias, as sugestões da
habilidade, do esclarecimento intelectual; no fundo a direção do caráter é invariável. A constância da
bússola é uma; temos todos um norte necessário: cada um leva às costas o sobrescrito da sua
fatalidade. O colégio não ilude: os caracteres exibem-se em mostrador de franqueza absoluta. O que
tem de ser, é já. E tanto mais exato, que o encontro e a confusão das classes e das fortunas equipara
tudo, suprimindo os enganos de aparato, que tanto complicam os aspectos da vida exterior, que no
internato apagam-se no socialismo do regulamento.
E não se diga que é um viveiro de maus germens, seminário nefasto de maus princípios, que hão


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de arborescer depois. Não é o internato que faz a sociedade; o internato a reflete. A corrupção que ali
viceja, vai de fora. Os caracteres que ali triunfam, trazem ao entrar o passaporte do sucesso, como os
que se perdem, a marca da condenação.
O externato é um meio-termo falso em matéria de educação moral; nem a vida exterior
impressiona, porque a família preserva, nem o colégio vive socialmente para instruir a observação,
porque falta a convivência de mundo à parte, que só a reclusão do grande internato ocasiona. O
internato com a soma dos defeitos possíveis é o ensino prático da virtude, a aprendizagem do ferreiro
à forja, habilitação do lutador na luta. Os débeis sacrificam-se; não prevalecem. Os ginásios para os
privilegiados da saúde. O reumatismo deve ser um péssimo acrobata. Erro grave combater o
internato.
Cumpre que se institua, que se desenvolva, que floresça e se multiplique a escola positiva do
conflito social com os maus educadores e as companhias perigosas, na comunhão corruptora, no tédio
de claustro, de inação, de cárcere; cumpre que os generosos ardores da alma primitiva e ingênua se
disciplinem na desilusão crua e prematura, que nunca é cedo para sentir que o futuro importa em mais
que flanar facilmente, mãos às costas, fronte às nuvens, através das praças desimpedidas da república
de Platão.
Durante a conferência pensei no Franco. Cada uma das opiniões do professor, eu aplicava
onerosamente ao pobre eleito da desdita, pagando por trimestre o seu abandono naquela casa, alaguei
do desprezo. Lembrava-me do desembargador em Mato Grosso e da carta que eu lera e da irmã
raptada, da vingança extravagante dos cacos, da timidez baixa das maneiras, da concentração muda
de ódios, dos movimentos incompletos de revolta, da submissão final de escorraçado que se resigna.
Tive pena.
Depois da conferência fui visitá-lo.
Estava de cama no salão verde, à direita, perto das janelas. Andava adoentado desde a última
vez que fora à prisão.
Embaixo da casa. Fazia-se entrada pelo saguão cimentado dos lavatórios; sentia-se uma
impressão de escuro absoluto; para os lados, a distancia, brilhavam vivamente, como olhos brancos,
alguns respiradouros gradeados daquela espécie de imensa adega. O chão era de terra batida, mal
enxuta. Impressionava logo um cheiro úmido de cogumelos pisados. Com a meia claridade dos
respiradouros, habituando-se a vista, distinguia-se no meio uma espécie de gaiola ou capoeira de
travessões fortes de pinho. Dentro da gaiola um banco e uma tábua pregada, por mesa. Sobre a mesa
um tinteiro de barro. Era a cafua.
Engaiolava-se o condenado na amável companhia dos remorsos e da execração; ainda em cima,
uma tarefa de páginas para a qual o mais difícil era arranjar luz bastante. De espaço a espaço,
galopava um rato no invisível; às vezes vinham subir às pernas do condenado os animaizinhos
repugnantes dos lugares lôbregos. À soltura surgia o preso, pálido como um redivivo, espantado do ar
claro como de uma coisa incrível. Alguns achavam meio de voltar verdadeiramente abatidos.
Franco saiu doente.
Alguns colegas mostravam interesse por ele. Franco respondia com aspereza; não tinha nada!
Eram todos culpados; havia de adoecer, havia de adoecer gravemente para que tivessem remorsos,
eles mesmos, o Silvino, Aristarco, todos os seus algozes! Raciocinava como as vitimas da antiga
escola, que se deixavam morrer fiadas no espectro. E ocultou que sofria.
Devorou-o por semanas uma febre ligeira, mas impertinente. Expunha-se à soalheira, ao sereno,
de propósito.
Um dia não pôde levantar-se.
Dorzinha de cabeça, explicava. Vinham-lhe náuseas, ele corria à janela. Embaixo havia um pé de
magnólias, copado como um bosque; ele no intervalo dos arrancos entretinha-se em aprumar o fio
visguento do vômito contra as amplas flores alvas.
Encontrei-o mal.
Com a cabeça afundada no travesseiro, sumido sob a porção de cobertores que os vizinhos


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haviam cedido, afetava o descuido infantil, na fisionomia, a indiferença horripilante, suprema dos
que não vão longe. Fiquei surpreendido e aterrado.
O médico, a chamado de Aristarco, viera duas vezes. Condenou a idéia de remover-se o doente;
recomendou cuidado com as vidraças; diagnosticou uma febre qualquer, redigindo o récipe, partindo
ambas as vezes com a discrição hermética que faz a importância da classe.
Perguntei ao Franco como passava. Ele agitou devagar as pálpebras e sorriu-se. Nunca lhe
conheci tão belo sorriso, sorriso de criança à morte. Oito horas da noite. O gás atenuado produzia
eflúvios contristadores de claridade. Retirei-me sem aprofundar a vista pelos outros dormitórios, em
cujas vidraças espelhantes devia passar sucessivamente a minha sombra. Procurei o diretor e
comuniquei-lhe os meus terrores.
No dia seguinte, um domingo alegre, Franco estava morto.
O correspondente compareceu em pessoa para as indispensáveis providências. Transferiu-se o
corpo para a capela, onde se erigia a essa. Aristarco chorou; mas o saimento foi modesto; não
convinha ao colégio o aparato de um grande enterro, pregão talvez de insalubridade.
Eu nada vi; quando subi ao salão verde novamente, estava tudo acabado. Alguns rapazes
revolviam curiosos na gaveta do Franco o espólio da morte, uma escova de dentes esfiapada, tingida
do carmim de um pó chinês, uma velha correia sem fivela, uma fotografia gorda de mulher despindo
os seios, cartas à-toa e um maço considerável de boas notas, arranjadas ninguém sabe como, com
assinaturas falsas de professores, e o nome de Franco, fraude de sucesso com que o pobre pretendia
maravilhar o magistrado de Cuiabá.
Desmanchando-se a cama, caiu dos lençóis um cartão; uma gravara, Santa Rosália! a minha
padroeira desaparecida. Morrera talvez beijando-a, o pária.
Pouco tempo depois, o Ateneu em festa.
Preparava-se a solenidade da distribuição bienal dos prêmios. As benemerências andavam
famintas de coroas. Suspenderam-se as aulas. Era preciso começar o preparativo com grande
anterioridade, porque se projetava coisa nunca vista. Alguns discípulos tinham prevenido ao diretor,
guardavam-lhe uma surpresa: a oferta de um busto de bronze! Aristarco predispunha-se para a
surpresa com todas as veras da alma. Um basto! era a remuneração que chegava dos impagáveis
esforços, a sonhada estátua. Vinha-lhe aos pedaços. Começavam pela cabeça; mais tarde,
oferecer-lhe-iam o abdome, bela pança metálica e magnífico umbigo de bonzo gordo, saliente como
um marro; depois, o prolongamento do corpo, aos roletes, gradualmente... Ah! quando lhe
oferecessem as botas!... Depois, não seria preciso mais: o pedestal, ele mesmo oferecer-se-ia para
adiantar. E parafusaria, acumuladas, as peças do seu orgulho, a pilha dos seus anelos, a estátua!
surgida aos poucos da sinceridade vagarosa das oblações, como dificilmente a glória, do escrutínio
demorado dos tempos.
Devia ser uma solenidade sem memória nos fastos da pedagogia triunfante, um obelisco de
despesas, de luxo, de esplendor, a cuja ponta, como a erupção de uma cratera, saltasse a surpresa,
galardão das altas qualidades e pirraça suprema à concorrência dos rivais.
Não havia sala no Ateneu que comportasse tão vasta festividade; nem o próprio lagar dos
recreios abrigados. Resolveu-se cobrir de lona o pátio central, sobre grandes mastros plantados
convenientemente. Uma barraca incalculável, a maior barraca que a imaginação humana tem
concebido, que abrangesse na sombra quatro mil pessoas, com o pano emprestado aos toldos, ao
velame de uma esquadra. Embaixo, as arquibancadas; reservando-se, no meio, espaçosa arena para a
exibição dos laureados. Por intermédio do ajudante-general da Armada, que tinha dois filhos no
estabelecimento, podia-se comodamente obter a lona.
Durante alguns dias chegaram ao Ateneu cargas imensas de pano. Espichavam-se os rolos no
pátio, ao longo das paredes. Apareceram em seguida as madeiras e os carpinteiros, um povo de
carpinteiros.
Em meio dos operários iam e vinham os estudantes, ajudando, atrapalhando, às carreiras, aos
saltos, aos gritos, pressentindo a felicidade do dia solene. Aristarco aprovava o tumulto; queria vê-los


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alegres. A morte do Franco produzira uma penumbra de pânico; alguns rapazes tinham ido para casa,
receosos da febre.
O alvoroço dos preparativos reanimava o Ateneu. Em poucos dias atravancou-se o pátio de
postes e travessões, tábuas e pés de serra, como um desmedido estaleiro. Os martelos batiam por
todos os cantos com a crepitação continua dos tiroteios. Desaparecia a terra sob a poeira dos paus
cortados. Aristarco fiscalizava o serviço como mestre-de-obras, rondando calado, sério, sorvendo
satisfeito as emanações da serragem fresca, cheiro de oficina, cheiro do trabalho, ouvindo atritar os
serrotes com um rumor de fábrica, que lembrava os haustos de ofego do vapor ao vaivém poderoso
dos êmbolos. Havia um prazer especial naquilo; crescer do chão em três dias por honra sua a floresta
das vigas e barrotes, ao esforço de tantos homens ativos e azafamados; cantarem as tábuas sob os
malhos, desdobrando-se escadas e bancadas como um desafio às exaltações, e prejulgar do efeito
total, quando tudo fosse belbutina e paninho, e o concurso da população invadisse, e assomasse, de
um terremoto de aclamações, o busto, altaneiro e luzente.
Certo não foi tão nobre o orgulho daqueles monarcas das pirâmides, idiotas macabros e
colossais, arquitetos inúteis de sepulcros.
Partiram os carpinteiros, apresentaram-se os armadores. Estenderam-se sobre o vigamento os
toldos, as velas, como um céu de lona. As janelas do pátio abriam-se para o anfiteatro como tribunas.
Os armadores comprometeram em sanefas todo o pundonor do talento. Tudo que pode produzir
de aparatoso o bem combinado das cores vivas e os apanhados de cassa flutuante, e os lambrequins
pintados do coreto, e as colunatas de papelão; tudo que pode a concordância assombrosa da
cenografia e da ripa, armou-se no pátio profusamente.
Na arena central expandia-se um tapete pardo, de flores claras. Em parte da arquibancada,
convenientemente disposta, alinhavam-se cadeiras. Os estudantes e os assistentes somenos
sentar-se-iam na tábua dura. As abertas de construção que não podiam ficar assim em osso, foram
empanadas de veludo com frisos de galão. Vermelho e ouro. Acima dos assentos havia uma linha de
balaústres espiralados de fitas. Em cada balaústre um escudo com o nome de um pedagogo célebre.
Por delicadeza incluíram o nome de Aristarco várias vezes. Aristarco não reparou.
Um dos lados do tapete ondeava-se em quatro degraus para um longo estrado, fronteiro à
entrada do anfiteatro, apoiado à parede da sala geral de estudo. Erguia-se ali um trono, sob um
dossel, para a Princesa Regente. De vez em quando, Aristarco, cansado de tanto mover-se, subia ao
trono, sentava-se. Fazia-lhe bem o dossel por cima. E dava regras aos armadores, de li, como um
soberano precavido ditando o esplendor da coroação.
Os iniciadores da subscrição do busto haviam concluído a tarefa. Eram dois: o Clímaco, aluno
gratuito, e o professor de desenho. Clímaco, moço de espírito prático, não levou muito a ruminar uma
feliz idéia. E se oferecêssemos um basto ao nosso diretor? Lembrou-se a principio de congregar os
gratuitos; mas repetiu imediatamente a lembrança por inexeqüível. A gratidão podia-se subscrever
por todos; saía mais barato. Entrou em campo. Os primeiros assaltados pelo convite ficaram frios.
Diabo! não estavam dispostos assim, a ser gratos de uma hora para outra. Consultasse os colegas, que,
se a idéia pegasse, não teriam dúvida. Alguns mais acanhados assinaram logo; alguns, ainda, dos
pequenos assinaram sem saber claramente o que significava a coisa. Em poucos minutos a existência
da subscrição estava no domínio público. Começou a pressão irresistível de fato. Que miséria! hesitar
por dez mil-réis! Quem teria coragem de furtar-se ao testemunho público de agradecimento que a
oferta do busto significava? Era uma desfeita ao diretor! Os primeiros signatários encarniçavam-se
com despeito em coagir os outros, como se não quisessem ser os únicos sangrados.
Já não era preciso esforço do iniciador. A idéia ganhava terreno por si; em dois dias inteirava-se
a subscrição. Muitos pegavam à vista; os que não tinham dinheiro iam tirar ao escritório, e o
guarda-livros em segredo debitava o valor, despesas diversas, na conta do trimestre.
Diante da facilidade de obter o dinheiro, Clímaco resolveu sensatamente dispensar do rateio os
gratuitos; aderiam com a intenção sincera. Razoável. Quando principiaram os preparativos da
solenidade, já o busto, obra de zeloso artista, estava fundido.


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No dia 13 de novembro, às nove horas, começou a afluência. O anfiteatro do pátio estava
fechado ainda. Os convidados que apareciam, depois de cumprimentar o diretor, espalhavam-se a
passear em grupos pelo jardim, ou percorriam as salas do estabelecimento, examinando os aparelhos
escolares, as cartas de parede, as máximas sábias, meditando a seriedade do ensino naquela casa. A
afluência aumentou. Os convites tinham sido distribuídos largamente pela cidade. Às onze horas era
difícil circular no Ateneu. A festa principiava às duas. Ao meio-dia franqueou-se o anfiteatro.
Foi como se se houvera aberto o seio de Abraão. A última demão dos armadores fora digna do
primeiro esforço. Cruzavam-se, fazendo volta às arquibancadas, no alto, em bambinela, em faixas
entrelaçadas, balançantes, o cor-de-rosa dos sorrisos infantis com uma tira alaranjada do arrebol;
imediatamente depois, uma zona de vivo escarlate, ferindo sangue às veias do mais subido júbilo;
aprumavam-se as colunatas dos escudos; debaixo dos escudos, oito soberbos degraus da
arquibancada, veludo e galões. Perto do trono, elevava-se um palanque para o corpo docente; ao lado
oposto, simetricamente, outro palanque para a banda de música e para os cantores. Não se via mais o
teto de lona: alças enormes de ramaria e flores enredavam-se ao alto em graciosa desordem, flácidas,
pendentes, como um dilúvio de primavera a desprender-se. Entre o verdor carregado dos festões do
teto e o tapete pardo, vagava a serenidade obscura das catedrais e das florestas, neblina penetrante de
recolhimento. As pessoas que entravam guardavam silêncio. O pouco que se ouvia de vozes era
baixinho, cochichos de missa, surdina aveludada, amortecida, como se estivesse falando o tapete. A
cornija sanefas vibrava em desconcerto com a melancolia religiosa do recinto. Algumas nesgas da
lona sobre a folhagem contrastavam ainda mais, abrindo-se à irrupção do dia.
Os alunos entravam fardados, subiam, abancavam-se à esquerda, fazendo tremer o edifício todo
de carpintaria. Aristarco veio ficar à porta. Imenso reposteiro, rubro, de grandes borlas, desviava-se
acima dele como para mostrá-lo. Calças pretas, casaca, peito blindado de condecorações, uma fita de
dignitário ao pescoço, que o enforcava de nobreza. Mirando! A suprema correção, a envergadura
imponente do talhe, a majestade dominadora da presença, fundia-se tudo numa mesma umbigada de
empáfia.. Os rapazes olhavam com o prazer do soldado que se orgulha do comandante. O Mestre
invejável, desempenado, brilhante para a festa, como se houvesse engolido um armador.
Ao redor de Aristarco, ajudantes-de-ordens, apressavam-se os membros de uma comissão de recepção, composta
de professores de bela presença, e alunos em condições semelhantes. Realizavam com o diretor um cerimonial
interessante de hospitalidade. Na entrada do anfiteatro comprimia-se a multidão, dos convidados. Aristarco e os
ajudantes espiavam, farejavam, descobriam os pais, as famílias dos de mais elevada posição social, que pescavam
para o ingresso preterindo os mais próximos. Os escolhidos eram levados para as arquibancadas de cadeiras. Se
encontravam nos lugares especiais quem para li não houvessem conduzido, convidavam delicadamente a levantar-se;
que a família do Visconde de Três Estrelas não podia ir para as tábuas nuas. Este rigor de etiqueta fazia suar a comissão,
embaraçada na massa da concorrência. Aristarco aproveitava também para desforrar-se dos pagadores morosos da
escrituração. Afinal deu na vista a pescaria dos seletos. Houve murmúrios, estremecimento de surda revolta; os convites
eram todos iguais! e a pretexto de haver crescido a multidão, foram-se muitos esgueirando sem mais ver diretor nem
comissionados de cortesia.
O anfiteatro encheu-se tumultuariamente.
A Princesa Sereníssima, com o augusto esposo, chegou pontual às duas horas, acedendo ao
convite que recebera primeiro que ninguém.
As duas e três minutos, subia à tribuna Aristarco. Não preciso dizer que a caranguejola sofrera
mais uma das grandes comoções da malfadada existência. Ali estava, paciente e quadrada, no
exercício efetivo de porta-retórica. Ficava à direita do sólio da princesa e diante do Orfeão.
Aristarco inclinou-se ligeiramente para a Graciosa Senhora. Passeou um olhar sobre o anfiteatro.
Não pôde dizer palavra. Pela primeira vez na vida sentiu-se mal diante de um auditório. A massa de
ouvintes apertava-se curiosa na linha das bancadas, em curva de ferradura. A cor preta das casacas e
paletós generalizava-se no espaço como uma escuridão desnorteadora; amedrontava-o o semicírculo
negro, enorme. A impressão simultânea do público impedia-lhe reconhecer uma fisionomia amiga que
o animasse. Mas urgia improvisar alguma coisa antes da eloquência rabiscada que trazia em tiras de


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papel... Quando o olhar foi ter a um objeto que o chamou à consciência de si mesmo. Diante da
tribuna erigia-se uma peanha de madeira lustrosa; sobre a peanha uma forma indeterminada,
misteriosamente envolta numa capa de lã verde. A surpresa! Era ele, que ali estava encapado na
expectativa da oportunidade; ele bronze impertérrito, sua efígie, seu estimulo, seu exemplo: mais ele
ate do que ele próprio, a tremer; porque bronze era a verdade do seu caráter, que um momento
absurdo de fraqueza desfigurava e subtraía. Lembrou-se de que o vasto barracão, as alças de flores, o
vigamento, a belbutina, a arquitetura dos palanques, os galões alfinetados, todas as sanefas de
paninho, o olhar dos discípulos, a presença da população, o busto na capa verde, tudo era o seu
triunfo por seu triunfo, e o embaraço desvaneceu-se. A inspiração ferveu-lhe de engulho à goela,
vibrou-lhe elétrica na língua, e ele falou. Falou como nunca, esqueceu o calhamaço sobressalente que
trouxera, improvisou como Demóstenes, inundou a arena, os degraus do trono, as ordens todas da
arquibancada até à oitava, com o mais espantoso chorrilho de facúndia que se tem feito correr na
terra.
O assunto conjetura-se. Agradecimentos, o elogio de seus penares de apóstolo. Abria a casaca e
mostrava. Debaixo das comendas tinha as cicatrizes. As setas que lhe varavam a alma não se podiam
ver bem por causa do colete. Avaliava-se pela descrição: devia ser horrível. Depois dos sofrimentos,
os serviços.
O educador é como a música do futuro, que se conhece em um dia para se compreender no
outro: a posteridade é que havia de julgar. Quanto ao seu passado, nem falemos! não olhava para trás
por modéstia, para não virar monumento, como a mulher de Ló. Com o Ateneu estava satisfeito: uma
sementeira razoável; não se fazia rogar para florescer. Corações de terra roxa, onde as lições do bem
pegavam vivo. Era cair a semente e a virtude instantânea espipocava. Uma maravilha, aquela horta
fecunda! Antes de maldizerem do hortelão, caluniadores e invejosos julgassem-lhe os repolhos,
pesassem-lhe os nabos, as tronchudas couves, crespas, modestas, serviçais, as cândidas alfaces, as
sensíveis cebolas de lágrima tão fácil quanto sincera, as instruídas batatas, as delicadas abóboras, que
todos vão plantar e ninguém planta; os alhos, tipos eternos, às vezes porros, da vivacidade bem
aproveitada; sem contar os arrepiados maxixes, nem as congestas berinjelas, nem os mastruços
inomináveis, nem os agriões amargos, nem os espinafres insignificantes, nem o caruru, a bertalha, a
trapoeraba dos banhos, que tem uma flor galante, mas que afinal é mato. Horta paradisíaca que
ufanava-se de cultivar! A distribuição dos prêmios mostraria.
Podia concluir voltando à vaca-fria do louvor em boca própria; preferiu uma simples bomba
qualquer de retórica, porque o mestrículo Venâncio ia também falar, e, na qualidade de pajem por
dedicação, disputava-lhe sempre uma ponta para carregar do manto de glórias.
Seguiram-se algumas peças da banda do Ateneu e os hinos escolares.
Na parte concertante diziam que Aristarco mandara encartar um solo de zabumba para exibir o
genro. Caçoadas.
A premiação foi, como devia ser, exuberante. Aristarco leu um relatório do movimento literário
nos dois últimos anos. Lembrou o nome dos alunos de medalhas de ouro e prata, desde a fundação da
casa, e convidou o secretário a evocar, por ordem de merecimento, os novos premiados. Extensa lista.
A cada nome descia um aluno, branco de emoção, atrapalhando os passos; e transpunha a arena.
À esquerda do trono estava uma longa mesa, a que sentavam-se o Exmo. ministro do império e
vários figurões da Instrução Pública.
Diante deles, a cavaleiro, encobrindo-os, erguia-se uma pirâmide verde de coroas de carvalho,
papel e arame, e outra de coroas de ouro, idem, idem. Ouro para os de medalha; carvalho para o resto,
em quantidade.
No estrado, a pouca distancia, ramas de livros luxuosamente encadernados. O premiado recebia
três, dois, um daqueles volumes, a medalha, a menção honrosa, um sermãozinho amável do ministro,
e saia com tudo, zonzo.
Em caminho, pelas costas, à traição, um inspetor enfiava-lhe um dos diademas de papel; até os
olhos, quando era grande demais; e pior ainda quando era pequeno, porque o mísero laureado tinha


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de o agüentar em equilíbrio até à bancada.
O público batia palmas, talvez ao prêmio, talvez à sorte.
Ribas, o Mata Corcundinha, Nearco, o Saulo das distinções e mais outro, alcançaram medalha
de ouro. Rômulo, Malheiro, Clímaco Sanches, Maurílio, Barreto, mais uns quinze, medalha de prata.
Eu, o Egbert, o Cruz da doutrina, o açafroado Barbalho, o Almeidinha, o Negrão e numerosíssimos
outros, a singela menção honrosa. Aos não contemplados, ficava a compensação de desfazer raso na
justiça distribuída.
Na massa dos convidados, diversas centenas de representantes da boa sociedade, havia pessoas
verdadeiramente notáveis: titulares de sólida grandeza, argentários de mais sólidos títulos, vultos
políticos de bela estampa e tradições sonoras, uns exibindo à fronte as neves pensativas do hibernal
senado, outros a energia moça da câmara temporária, médicos celebrizados por façanhas cirúrgicas,
ou simplesmente pela vivissecção recíproca de mazelas em pleno logradouro público dos "a pedidos".
Havia jornalistas, literatos, pintores, compositores; entre as senhoras, acumuladas
principalmente nas bancadas especiais, distinguiam-se perfis soberbos de rainha em toda a
eflorescência da formosura, que a claridade branda do lugar vaporizava idealmente; havia
ostentações de pedraria e vestuários que impressionavam; havia juventudes de lábios e de olhar
enervantes ou arrebatadores, morenas, forçando magicamente o torpor da sesta sensual sob a carícia
opressora de um pequenino pé vitorioso, louras convidando a um enlace de transporte a nuvem, mais
alto! ao retiro etéreo onde vivem amor as estrelas duplas... Nada disso era o grande atrativo, nada
conseguia altear-se para nós um palmo na perspectiva geral da multidão; o nosso grande cuidado era
o poeta, "o poeta!" murmurava o colégio, uns à procura, outros indicando. Era aquele de pé, mão ao
quadril, vistosamente, no palanque do professorado, entornando para as duas bandas, sobre as
pessoas mais próximas, uma profusão assombrosa de suíças.
Dentre as suíças, como um gorjeio do bosque, saia um belo nariz alexandrino de dois
hemistíquios, artisticamente longo, disfarçando o cavalete da cesura, tal qual os da última moda no
Parnaso. À raiz do poético apêndice brilhavam dois olhos vivíssimos, redondos, de coruja, como os
de Minerva. Tão vivos ao fundo das órbitas cavas, que bem se percebia ali como deve brilhar o fundo
na fisionomia da estrofe. O grande Dr. Ícaro de Nascimento! Vinha ao Ateneu exclusivamente para
declamar uma poesia famosa, que havia algum tempo era o sucesso obrigado das festas escolares do
Rio: O Mestre. Logo depois dos prêmios, teve a palavra.
Durante meia hora houve uma coisa estranha: uma convulsão angustiosa de barbas no espaço.
Crescente. Desapareceu o poeta, desapareceu o palanque, encheu-se o anfiteatro, foi-se o trono com
a Alteza Regente, a longa mesa com Aristarco e o Exmo. do império, enovelaram-se as
arquibancadas, desapareceu tudo numa expansão incalculável de suíças, jubileu de queixos.
Ninguém mais se via, nada mais, no caos tormentoso de pêlos, onde uma voz passava atroadora,
carga tremenda de esquadrões pela noite espessa, calcando versos como patadas, esmagando,
rompendo avante.
Até que tornamos a ver o nariz. Acalmaram pouco a pouco as barbas. Recolheram-se como uma
inundação que se retira. Estava acabada a poesia. Ninguém percebeu palavra do berreiro, porém a
impressão foi formidável.
Depois de uma parte de concerto, que foi como descanso reparador, seguiu-se a oferta do basto.
Teve a palavra o Professor Venâncio.
Aristarco, na grande mesa, sofreu o segundo abalo de terror daquela solenidade. Fez um
esforço, preparou-se. É preciso às vezes tanta bravura para arrostar o encômio face a face, como as
agressões. A própria vaidade acovarda-se. Venâncio ia falar: coragem! A oscilação do turíbulo pode
fazer enjôo. Ele receava uma coisa que talvez seja a enxaqueca dos deuses: tonturas do muito
incenso. Gostava do elogio, imensamente. Mas o Venâncio. era demais. E ali, diante daquele mundo!
Não importa! Viva o heroísmo.
Era conveniente postar-se em atitude severa bastante e olímpica, para corresponder à
glorificação de Venâncio. Pronto.


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O orador acumulou paciente todos os epítetos de engrandecimento, desde o raro metal da
sinceridade até o cobre dútil, cantante das adulações. Fundiu a mistura numa fogueira de calorosas
ênfases, e sobre a massa bateu como um ciclope, longamente, até acentuar a imagem monumental do
diretor.
Aristarco depois do primeiro receio esquecia-se na delícia de uma metamorfose. Venâncio era o
seu escultor.
A estátua não era mais uma aspiração: batiam-na ali. Ele sentia metalizar-se a carne à medida que
o Venâncio. falava. Compreendia inversamente o prazer de transmutação da matéria bruta que a alma
artística penetra e anima: congelava-lhe os membros uma frialdade de ferro; à epiderme, nas mãos, na
face, via, adivinhava reflexos desconhecidos de polimento. Consolidavam-se as dobras das roupas
em modelagem resistente e fixa. Sentia-se estranhamente maciço por dentro, como se houvera bebido
gesso.
Parava-lhe o sangue nas artérias comprimidas. Perdia a sensação da roupa; empedernia-se,
mineralizava-se todo. Não era um ser humano: era um corpo inorgânico, rochedo inerte, bloco
metálico, escória de fundição, forma de bronze, vivendo a vida exterior das esculturas, sem
consciência, sem individualidade, morto sobre a cadeira, oh, glória! mas feito estátua.
"Coroemo-lo!" bradou de súbito Venâncio.
Neste momento, o Clímaco estrategicamente postado, puxou com força um cordão. Da capa
verde dilacerada, emergiu a surpresa: o busto da oferta. Um pouco de sol rasteiro, passando a lona,
vinha de encomenda estilhaçar-se contra o metal novo.
- Coroemo-lo! repetia Venâncio. num vendaval de aclamações. E sacando da tribuna
esplêndida coroa de louros, que ninguém vira, colocou-a sobre a figura.
Aristarco caiu em si. Referia-se ao basto toda a oração encomiástica de Venâncio. Nada para ele
das belas apóstrofes! Teve ciúmes. O gozo da metamorfose fora uma alucinação. O aclamado, o
endeusado era o busto: ele continuava a ser o pobre Aristarco, mortal, de carne e osso. O próprio
Venâncio. o fiel Venâncio. abandonava-o. E por causa daquilo, daquela coisa mesquinha sobre a
peanha, aquele pedaço de Aristarco, que nem ao menos era gente!
Mal acabou de falar o professor, viu-se Aristarco levantar-se, atravessar freneticamente o espaço
atapetado, arrancar a coroa de louros ao busto.
Louvaram todos a magnanimidade da modéstia.
Mas o dia acabou insípido para o diretor. Ruminava confusamente a tristeza daquela rivalidade
nova - o bronze invencível.
Por que não usam os grandes homens, em vez de poltronas, pedestais?
Que vale a estátua, se não somos nós? A adoção do pedestal nas mobílias teria ao menos a
vantagem de facilitar a provação da glória, de vez em quando, da glória efetiva, glória atual, glória
prática.
Tinha-se ali a um canto a coluna. Era vir a necessidade, nada mais fácil: galgava-se a elevação,
ensaiava-se a postura, esperava-se imóvel que cedesse o espasmo. Mas... não! força era aceitar a
verdade amarga.
O monumento prescinde do herói, não o conhece, demite-o por substituição, sopeia-o, anula-o.
Com os diabos! Por que há de ser isto afinal a imortalidade: um pedaço de mármore sobre um
defunto?!
À noitinha retiravam-se os convidados, as famílias multidão confusa de alegrias e despeitos. As
mães acariciando muito o filho sem prêmio, os pais odiando o diretor, olhando como vencidos para os
que passavam satisfeitos, os outros pais, os colegas do filho, menos enfatuados da própria vitória que
da humilhação alheia.
Humilde, a um canto, à beira da corrente dos que iam, pouco além da entrada do anfiteatro,
mostraram-me uma família de luto - a família do Franco. O desembargador, de chapéu na mão,
esquecendo de cobrir-se: homem baixo, fisionomia acabrunhada, longas barbas grisalhas, calvo,
olhos miúdos, pálpebras em bolsa.


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Tinha vindo de Mato Grosso um ano mais tarde do que pretendia. O correspondente dera a
noticia.
Andava agora mostrando à família o Rio de Janeiro. Viera a festa colegial, ao colégio do filho,
para distrair a filha, a raptada, que ali estava com a mãe e duas irmãs menores, muito pálida, delgada,
num idiotismo sombrio, insanável de melancolia e mudez, pestanas caídas, olhar na terra, como quem
pensa encontrar alguma coisa.


XII


Música estranha, na hora cálida. Devia ser Gottschalk. Aquele esforço agonizante dos sons,
lentos, pungidos, angústia deliciosa de extremo gozo em que pode ficar a vida porque fora uma
conclusão triunfal. Notas graves, uma, uma; pausas de silêncio e treva em que o instrumento sucumbe
e logo um dia claro de renascença, que ilumina o mundo como o momento fantástico do relâmpago,
que a escuridão novamente abate...
Há reminiscências sonoras que ficam perpetuas, como um eco do passado. Recorda-me, às
vezes, o piano, ressurge-me aquela data.
Do fundo repouso caído de convalescente, serenidade extenuada em que nos deixa a febre,
infantilizados no enfraquecimento como a recomeçar a vida, inermes contra a sensação por um
requinte mórbido da sensibilidade - eu aspirava a música como a embriaguez dulcíssima de um
perfume funesto; a música envolvia-me num contágio de vibração, como se houvesse nervos no ar.
As notas distantes cresciam-me n'alma em ressonância enorme de cisterna; eu sofria, como das
palpitações fortes do coração quando o sentimento exacerba-se - a sensualidade dissolvente dos
sons.
Lasso, sobre os lençóis, em conforto ideal de túmulo, que a vontade morrera, eu deixava
martirizar-me o encanto. A imaginação de asas crescidas, fugia solta.
E reconhecia visões antigas, no teto da enfermaria, no papel das paredes rosa desmaiado, cor
própria, enferma e palejante... Aquele rosto branco, cabelos de ondina, abertos ao meio, desatados,
negríssimos, desatados para os ombros, a adorada dos sete anos que me tivera uma estrofe, paródia
de um almanaque, valha a verdade, e que lhe fora entregue, sangrento escárnio! pelo próprio noivo;
outra igualmente clara, a pequenina, a morta, que eu prezara tanto, cuja existência fora no mundo
como o revoar das roupas que os sonhos levam, como a frase fugitiva de um hino de anjos que o azul
embebe... Outras lembranças confusas, precipitadas, mutações macias, incansáveis de nuvens,
enlevando com a tonteira da elevação; lisas escapadas por um plano oblíquo de vôo, oscilação de
prodigioso aeróstato, serena, em plena atmosfera...
Panoramas completos, uma partida, abraços, lágrimas, o steamer preto, sobre a água esmeralda,
inquieta e sem fundo, a gradezinha de cordas brancas cercando a popa, os salva-vidas como grandes
colares achatados, cabos que se perdiam para cima, correntes que se dissolviam na espessura vítrea do
mar; a câmara dourada, baixa, sufocante, o torvelinho dos que se acomodam para ficar, dos que se
apressam para descer aos escaleres...
Uma janela. Embaixo, o coradouro, espaçoso; para diante mangueiras arredondando a copa
sombria na tela nítida do céu; além das mangueiras, conglobações de cúmulos crescendo a olhos
vistos, floresta colossal de prata; de outro lado, montanhas arborizadas, expondo num ponto e
noutro, saliências peitorais de ferrugem como armaduras velhas. No coradouro estendidas, peças de
roupa, iriadas de sabão, meias compridas de ourela vermelha, desenroladas na relva, saudosas da
perna ausente, grandes lençóis, vestidos rugosos de molhados; acima do coradouro, cordas, às cordas
camisas transparentes, decotadas, rendadas, sem manga, lacrimejando espaçadamente a lavagem
como se suassem ao sol a transpiração de muitas fadigas; saias brancas que dançavam na brisa a
lembrança coreográfica da soirée mais recente.


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Quando o vento era mais forte, enfunava as roupas estendidas, inflando ventres de mulher nas
saias, nas camisas. Ângela aparecia. Sempre no seu raio de sol, como as fadas no raio de lua.
Saudava-me à janela com uma das exclamações vivas de menino surpreso. Sem paletó, às mãos,
empilhados, dois montes de roupa enxaguada. Ajudava a lavadeira para distrair-se. Falava olhando
para cima, afrontando o dia sem cobrir os olhos.
Estava aborrecida, uma preguiça! uma preguiça! uma vontade de deitar no colo! começava as
infinitas histórias, narradas devagar, como derretidas no lábio quente, muito repisadas, de quando era
pequena, aventuras da imigração, as casas onde trabalhara; contava as origens do drama do outro
ano... tratara de acomodar os dois para ver se as coisas chegavam a bom termo; a desgraça não quis.
Agora, para falar a verdade, gostava mais do que morreu. O assassino era muito mau, exigia coisas
dela como se fosse uma escrava; era bruto, bruto. Mas era de Espanha, companheiros de viagem, e um
homem bonito! sacudido, eu bem tinha conhecido; mas judiava dela; batia, empurrava: olhe, ainda
tinha sinais, e levantava candidamente o vestido para mostrar, no joelho, na coxa, cicatrizes, manchas
antigas que eu não via absolutamente, nem ela.
Cessava a música...
As venezianas abertas davam entrada à claridade do tempo. Entrava simultaneamente um
burburinho imperceptível de árvores, falando longe, gorjeios ciciados de pássaros, gritos humanos
indistintamente, atenuados pela imensa distancia, marteladas miúdas de canteiro, tremor de carros
nas ruas, miniatura extrema de trovão, parcelas ínfimas da vida pulverizadas na luz...
A porta da enfermaria descerrava-se devagarinho e na matinée de musselina elegante e frouxa
aparecia a amável senhora. Vinha verificar se eu dormia, saber como passava agora.
Bastava a sua presença para reanimar-me no leito. Tão boa, tão boa no seu carinho de
enfermeira, de mãe.
Junto da cama, um velador modesto e uma cadeira. Ema sentava-se. Pousava os cotovelos à
beira do colchão, o olhar nos meus olhos - aquele olhar inolvidável, negro, profundo como um
abismo, bordado pelas seduções todas da vertigem. Eu não podia resistir, fechava as pálpebras; sentia
ainda na pálpebra com o hálito de velado a carícia daquela atenção.
Ao fim de algum tempo, a senhora, a ver se eu tinha febre, demorava-me a pequenina mão sobre
a testa, finíssima, fresca, deliciosa como um diadema de felicidade.
Eu me perdia numa sonolência sem nome que jamais lograram produzir os mais suaves vapores
do narcotismo oriental.
Com o regime fortificante desta terapêutica, voltava-me rapidamente a saúde.
Logo depois da festa de educação física, que foi alguns dias depois da grande solenidade dos
prêmios, eu adoecera. Sarampos, sem mais nem menos. Por motivo dos seus padecimentos, meu pai
seguira para a Europa, levando a família. Eu ficara no Ateneu, confiado ao diretor, como a um
correspondente.
Meia dúzia de rapazes eram meus companheiros. Que terrível soledade o Ateneu deserto. No
pátio, o silêncio dormia ao sol, como um lagarto. Vagávamos, bocejando pelas salas desmontadas,
despidas; as carteiras amontoadas num canto, na caliça os pregos somente das cartas com alguns
quadros restantes de máximas, por maior insipidez, os mais teimosos conselhos morais. Nos
dormitórios, as camas desfeitas mostravam o esqueleto de ferro pintado, o xadrez das chapas
cruzadas. Principiava um serviço vasto de lavagem, envernizagem, caiação; vieram pintores reformar
os aspectos do edifício que se renovavam todos os anos.
Os tristes reclusos das férias, ficávamos, no meio daquela restauração geral, como coisas
antigas, do outro ano, com o deplorável inconveniente de se não poder caiar de novo e pintar.
Nesta situação, como do excesso de brilho das paredes em sol, que debatiam fulgores na
melancolia morna de circunvizinhança dos morros, começaram a doer-me os olhos até à lágrima,
forrou-me a língua um sabor desagradável de castanhas cruas. Seria isso o gosto do aborrecimento?
Pesava-me a cabeça, o corpo todo, como se eu me cobrisse de chumbo.
Assim passei alguns dias, sem me queixar. Certa manhã, descubro no corpo um formigueiro de


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pintinhas rubras. Aristarco fez-me recolher na enfermaria, um prolongamento de sua residência para
os lados da natação. Veio o médico, o mesmo do Franco; não me matou. D. Ema foi para mim o
verdadeiro socorro. Sabia tanto zelar, animar, acariciar, que a própria agonia aos cuidados do seu
trato fora uma ressurreição.
A enfermaria era um simples lance da casa, espécie de pavilhão lateral, com entrada
independente pela chácara e comunicando por dentro com as outras peças.
A senhora não deixava a enfermaria. Vigiava-me o sono, as crises de delírio, como uma irmã de
caridade.
Aristarco surgia às vezes solenemente, sem demorar. Ângela nunca. Fora-lhe proibida a entrada
Junto da cama, D. Ema comovia-se, mirando a prostração pálida, ao reabrir os olhos de um
desses períodos de sono dos enfermos, que tão bem fingem de morte. Tirava-me a mão, prendia nas
dela tempo esquecido; luzia-lhe no olhar um brilho de pranto. A alimentação da dieta era ela quem
trazia, quem servia. Às vezes por gracejo carinhoso queria levar-me ela mesma o alimento à boca, a
colherinha de sagu, que primeiro provava com um adorável amuo de beijo. Se precisava andar no
aposento para mudar um frasco, entreabrir a janela, caminhava como uma sombra por um chão de
paina.
Eu me sentia pequeno deliciosamente naquele circulo de conchego como em um ninho.
Quando entrei em convalescença, a graciosa enfermeira tornou-se alegre. Às escondidas do
médico, embriagava-me, com aquela medicina de risos, gargarejo inimitável de pérolas a todo
pretexto. Tagarelava, agitava-se como um pássaro preso. Cantava, às vezes, para adormecer-me,
músicas desconhecidas, tão finamente, tão sutilmente, que os sons morriam-lhe quase nos lábios,
brandos como o adejo brando da borboleta que expira. Quando me julgava adormecido,
arranjava-me ao ombro a colcha, alisando-a sobre o corpo; uma vez beijou-me na têmpora. E
retirava-se, insensivelmente, evaporava-se.
Por um acaso da distribuição acústica dos compartimentos da casa, ouvia-se bem,
agradavelmente amaciado, o som do piano do salão. A amável senhora, para mandar-me da sua
ausência alguma coisa ainda, que acariciasse, que me fosse agradável, traduzia no teclado com a
mesma brandura sentida as musicas que sabia cantar. Nenhuma violência de execução. Sentimento,
apenas, sentimento, sucessão melódica de sons profundos, destacados como o dobre, em novembro,
dos bronzes; depois, uma enfiada brilhante de lágrimas, colhidas num lago de repouso, final, sereno,
consolado... efeitos comoventes da música de Schopenhaeur; forma sem matéria, turba de espíritos
aéreos.
A primeira vez que me levantei, trêmulo da fraqueza, Ema amparou-me até à janela. Dez horas.
Havia ainda a frescura matinal na terra. Diante de nós o jardim virente, constelado de margaridas;
depois, um muro de hera, bambus à direita; uma zona do capinzal fronteiro; depois, casas, torres, mais
casas adiante, telhados ainda a distancia, a cidade. Tudo me parecia desconhecido, renovado.
Curioso esplendor revestia aquele espetáculo. Era a primeira vez que me encantavam assim aquelas
gradações de verde, o verde-negro, de faiança, luzente da hera, o verde flutuante mais claro dos
bambus, o verde claríssimo do campo ao longe sobre o muro, em todo o fulgor da manhã. Tetos de
casas, que novidade! que novidade o perfil de uma chaminé riscando o espaço! Ema entregava-se,
como eu, ao prazer dos olhos. Sustinha-me em leve enlace; tocava-me com o quadril em descanso.
Absorvendo-me na contemplação da manhã, penetrado de ternura, inclinei a cabeça para o
ombro de Ema, como um filho, entrecerrando os cílios, vendo o campo, os tetos vermelhos como
coisas sonhadas em afastamento infinito, através de um tecido vibrante de luz e ouro.
Desde essa ocasião, fez-se-me desesperada necessidade a companhia da boa senhora. Não! eu
não amara nunca assim a minha mãe. Ela andava agora em viagem por países remotos, como se não
vivesse mais para mim. Eu não sentia a falta. Não pensava nela... Escureceu-me as recordações aquele
olhar negro, belo, poderoso, como se perdem as linhas, as formas, os perfis, as tintas, de noite, no
aniquilamento uniforme da sombra... Bem pouco, um resto desfeito de saudades para aquela inércia
intensa, avassalando.


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Apavorava-me apenas um susto, alarma eterno dos felizes, azedume insanável dos melhores
dias: não fosse subitamente destruir-se a situação. A convalescença progredia; era um desgosto.
No pequeno aposento da enfermaria, encerrava-se o mundo para mim. O meu passado eram as
lembranças do dia anterior, um especial afago de Ema, uma atitude sedutora que se me firmava na
memória como um painel presente, as duas covinhas que eu beijava, que ela deixava dos cotovelos no
colchão premido, ao partir, depois da última visita à noite, em que ficava como a esperar que eu
dormisse, apoiando o rosto nas mãos, os braços na cama, impondo-me a letargia magnética do vasto
olhar.
O meu futuro era o despertar precoce, a ansiada esperança da primeira visita. Saltava da cama,
abria imprudentemente a vidraça, a veneziana. Ainda escuro. Uma luz em frente, longínqua, irradiava
solitária, reforçando pelo contraste a obscuridade. Por toda a parte firmamento limpo. O mais
completo silêncio. Dir-se-ia ouvir no silêncio azul das alturas a crepitação das estrelas ardendo.
Eu tornava ao leito. Esperava. Não dormia mais. Ao fim de muito tempo, entrava na enfermaria,
vinha ter aos lençóis, de mansinho, como uma insinuação derramada de leite, a primeira manifestação
da alvorada. O arvoredo movia-se fora com um bulício progressivo de folhagem que acorda. A luz
meiga, receosa, desenvolvia-se docemente pelo soalho, pelas paredes.
Havia no aposento um grande cromo de paisagem, montanhas de neve no fundo, mais à vista,
uma vivenda desmantelada, uma cachoeira de anil e pinheiros espectrais, trabalhados, encanecidos
por um século de tormentas. A madrugada subia ao quadro, como se amanhecesse também na região
dos pinheiros. Eu esperando. A madrugada progredia.
Toucava-se a vegetação de cores diurnas. Dialogava o primeiro trilar da passarada. Eu
esperando ainda. E ela vinha... com a aurora.
Trouxe-me uma vez uma carta, de Paris, de meu pai.
"... Salvar o momento presente. A regra moral é a mesma da atividade Nada para amanhã, do
que pode ser hoje; salvar o presente Nada mais preocupe. O futuro é corruptor, o passado é
dissolvente, só a atualidade é forte. Saudade, uma covardia, apreensão outra covardia. O dia de
amanhã transige; o passado entristece e a tristeza afrouxa.
Saudade, apreensão, esperança, vãos fantasmas, projeções inanes de miragem; vive apenas o
instante atual e transitório. É salvá-lo! salvar o náufrago do tempo.
Quanto a linha de conduta: para diante. É a honesta lógica das ações.
Para diante, na linha do dever, é o mesmo que para cima. Em geral, a despesa de heroísmo é
nenhuma. Pensa nisto. Para que a mentira prevaleça, é mister um sistema completo de mentiras
harmônicas. Não mentir é simples.
... Estou numa grande cidade, interessante, movimentada. As casas são mais altas que lá; em
compensação, os tetos, mais baixos. Dir-se-ia que o andar de cima esmaga-nos. E como cada um tem
sobre a cabeça um vizinho mais pobre, parece que a opressão, aqui, pesa da miséria sobre os ricos.
A agitação não me faz bem.
Abro a janela para o bulevar: uma efervescência de animação, de ruído, de povo, a festa
iluminada dos negócios, das tentativas, das fortunas... Mas todos vêm, passam diante de mim,
afastam-se, desaparecem. Que espetáculo para um doente. Parece que é a vida que foge.
Dou-te a minha bênção..."
Momento presente... Eu tinha ainda contra a face a mão que me dera a carta; contra a face,
contra os lábios, venturosamente, ardentemente, como se fosse aquilo o momento, como se bebesse
na linda concha da palma o gozo imortal da viva verdade.
"Ah! tem ainda um pai", disse Ema, "uma querida mãe, irmãos que o amam... Eu nada tenho;
todos mortos... Aparecem-me às vezes à noite... sombras. Ninguém por mim. Nesta casa sou demais...
Deixemos essas coisas.
Não sabe o que é um coração isolado como eu... Todos mentem. Os que se aproximam são os
mais traidores..."
A convivência cotidiana na solidão do aposento estabelecera a entranhada familiaridade dos


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casais.
Ema afetava não ter mais para mim avarezas de colchete. "Sérgio meu filhinho." Dava-me os
bons-dias. Sala, voltava fresca, com o grande, vernal sorriso rorejado ainda do orvalho das abluções.
Rindo sem causa: da claridade feliz da manhã, de me ver forte, quase bom.
Debruçava-se expansiva, resplendendo a formosura sobre mim, na gola do peignoir, como um
derramamento de flores de uma cornucópia.
Tomava-me a fronte nas mãos, colava à dela; arredava-se um pouco e olhava-me de perto, bem
dentro dos olhos, num encontro inebriante de olhares. Aproximava o rosto e contava, lábios sobre
lábios, mimosas historietas sem texto, em que falava mais a vivacidade sangüínea da boca, do que a
imperceptível confusão de arrulhos cantando-lhe na garganta como um colar sonoro.
Achava-me pequenino, pequenino. Sentava-se à cadeira. Tomava-me ao colo, acalentava-me,
agitava-me contra o seio como um recém-nascido, inundando-me de irradiações quentes de
maternidade, de amor. Desprendia os cabelos e com um ligeiro movimento de espáduas fazia cair
sobre mim uma tenda escura. De cima, sobre as faces, chegava-me o bafejo tépido da respiração. Eu
via, ao fundo da tenda, incerto como em sonhos, a fulguração sideral de dois olhos.
E fora preciso que soubesse ferir o coração e escrever com a própria vida uma página de sangue
para fazer a história dos dias que vieram, os últimos dias...
E tudo acabou com um fim brusco de mau romance...
Um grito súbito fez-me estremecer no leito: fogo! fogo! Abri violentamente a janela. O Ateneu
ardia.
As chamas elevavam-se por cima do chalé, na direção do edifício principal. Imenso globo de
fumo convulsionava-se nos ares, tenebroso da parte de cima, que parecia chegar ao céu, iluminado
inferiormente por um clarão cor de cobre.
Na casa de Aristarco reinava o maior silêncio.
As portas abertas, todos tinham saído. Precipitei-me para fora da enfermaria.
Entre os reclusos das férias, contava-se um rapaz, matriculado de pouco, o Américo. Vinha da
roça. Mostrou-se contrariado desde o primeiro dia. Aristarco tentou abrandá-lo; impossível: cada vez
mais enfezado. Não falava a ninguém. Era já crescido e parecia de robustez não comum. Olhavam
todos para ele como para uma fera respeitável. De repente desapareceu. Passado algum tempo vieram
três pessoas reconduzindo-o: o pai, o correspondente e um criado. O rapaz, amarelo, com manchas
vermelhas, movediças, no rosto, mordia os beiços até ferir. O pai pediu contra ele toda a severidade.
Aristarco, que tinha veleidades de amansador, gloriando-se de saber combinar irresistivelmente a
energia com o modo amoroso, tranqüilizou o fazendeiro: "Tenho visto piores".
Carregando a vista com toda a intensidade da força moral, segurou o discípulo rijamente pelo
braço e fê-lo sentar-se. "Tu ficarás, meu filho!" O moço limitou-se a responder, cabisbaixo, possuído
de repentina complacência: "Eu fico". Dizem que o pai o tratava terrivelmente, vendo-o apresentar-se
em casa, evadido.
Com a proximidade da festa dos prêmios o caso do desertor ficou esquecido, e ninguém foi
jamais como ele exemplo de cordura.
Ardia efetivamente o Ateneu. Transpus a correr a porta de comunicação entre a casa de
Aristarco e o colégio.
Não havia ainda começado serviço sério de extinção. A maior parte dos criados eram
licenciados por ocasião das férias; os poucos restantes andavam como doidos, incertos, gritando:
fogo!
Fui achar Aristarco no terraço lateral, agitado, bradando pelas bombas, que estava perdido, que
aquilo era a sua completa desgraça! Ao redor dele pessoas do povo, que tinham acudido, trabalhavam
para salvar o escritório, antes que viessem as chamas.
O incêndio principiara no saguão das bacias.
Por maior incremento no desastre, ardia também, no pátio, uma porção de madeira que ficara
das arquibancadas, aquecendo as paredes próximas, ressecando o travejamento, favorecendo a


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propagação do fogo
O susto de tal maneira me surpreendera, que eu não tinha exata consciência do momento
Esquecia-me a ver os dragões dourados revoando sobre o Ateneu as salamandras imensas de fumaça
arrancando para a altura, desdobrando contorções monstruosas, mergulhando na sombra cem metros
acima
O jardim era invadido pela multidão; vociferavam lamentações, clamavam por socorro.
Dominando a confusão das vozes, ouvia-se o apito da policia em alarma, cortante, elétrico, e o rebate
plangente de um sino, a distancia, como o desanimo de um paralítico que quisera vir.
O fogo crescia ímpetos de entusiasmo, como alegrado dos próprios clarões, desfeiteando a noite
com a vergasta das labaredas
Sobre o pátio, sobre o jardim, por toda a circunvizinhança choviam fagulhas, contrastando a
mansidão da queda com os tempestuosos arrojos do incêndio Por toda a parte caiam escórias
incineradas, que a atmosfera flagrante repetia para longe como folhas secas de imensa árvore
sacudida
Quando as bombas apareceram, desde muito tinham começado os desabamentos De instante a
instante um estrondo prolongado de descarga, às vezes surdo, agitando o solo como explosões
subterrâneas. Às vezes, a um novo alento das chamas, a coluna ardente desenvolvia-se muito, e
avistavam-se as árvores terrificadas, imóveis, as mais próximas crestadas pelas ondas de ar tórrido
que o incêndio despedia As alamedas, subitamente esclarecidas, multiplicavam as caras lívidas,
olhando Na rua, ouvia-se arquejar pressurosamente uma bomba a vapor; as mangueiras, como
intermináveis serpentes, insinuavam-se pelo chão, colavam-se às paredes, desapareciam por uma
janela Nas cimalhas, destacando-se em silhueta, sobre as cores terríveis do incêndio, moviam-se os
bombeiros
Perdido completamente o lance principal do edifício sala de entrada, capela, dormitórios todos
da primeira e da segunda classes. Uma turma de salvação procurava isolar o refeitório e as salas
próximas, entregando-se a um serviço completo de vandalismo, abatendo o telhado, cortando o
vigamento, destruindo a mobília.
Para o terraço lateral, onde conservava-se Aristarco, impassível sob a chuva chamuscante das
fagulhas, chegavam continuamente os destroços miserandos da salvação: armários despedaçados,
aparelhos, quadros de ensino inutilizados, mil fragmentos irreconhecíveis de pedagogia sapecada.
A frente do Ateneu apresentava o aspecto mais terrível. De vários pontos do telhado,
semelhando colunas torcidas, espiralavam grossas erupções de fumo: às janelas superiores o fumo
irrompia também por braços imensos, que pareciam suster a mole incalculável de vapores no alto.
Com a falta de vento, as nuvens, acumuladas e comprimidas, pareciam consolidar-se em vaporosos
rochedos inquietos. As janelas do primeiro andar as chamas apareciam, tisnando os umbrais,
enegrecendo as vergas. Tratadas a fogo, as vidraças estalavam. Distinguia-se na tempestade de
rumores o barulho cristalino dos vidros na pedra das sacadas, como brindes perdidos da saturnal da
devastação.
Nos lugares ainda não alcançados, bombeiros e outros dedicados arremessavam para fora camas
de ferro, trastes diversos, veladores, que vinham espatifar-se no jardim, com um fracasso
esmagamento. As imagens da capela tinham sido salvas no principio do incêndio. Estavam
enfileiradas ao sereno, a beira de um gramal, voltadas para o edifício como entretidas a ver. A Virgem
da Conceição chorava. Santo Antônio, com o menino Jesus ao colo, era o mais abstrato, equilibrando
a custo um resplendor desproporcional, oferecendo ante os terrores a amostra de impassibilidade do
sorriso palerma, que lhe emprestara um santeiro pulha.
O trabalho das bombas, nesse tempo das circunscrições lendárias, era uma vergonha. Os
incêndios acabavam de cansaço. A simples presença do Coronel irritava as chamas, como uma
impertinência de petróleo. Notava-se que o incêndio cedia mais facilmente sem o empenho dos
profissionais do esguicho.
No sinistro do Ateneu a coisa foi evidente. Depois das bombas, a violência das chamas chegou


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ao auge. Do interior do prédio, como das entranhas de um animal que morre, exalava-se um rugido
surdo e vasto. Pelas janelas, sem batentes, sem bandeira, sem vidraça, estaladas, carbonizadas, via-se
arder o teto; desmembrava-se o telhado, furando-se bocas hiantes para a noite. Os barrotes, acima de
invisíveis braseiros, como animados pela dor, recurvavam crispações terríveis precipitando-se no
sumidouro.
No meio da multidão comentava-se, explicava-se, definia-se o incêndio.
"Que felicidade ser o desastre em tempo de férias! -Dizem que foi proposital..." Afirmava-se
que o fogo começara de uma sala onde estavam em pilha os colchões, retirados para a lavagem da
casa. Diziam que começara simultaneamente de vários cantos, por arrombamentos do tubo de gás
perto do soalho. Alguns suspeitavam de Aristarco e aventuravam considerações a respeito das
circunstâncias financeiras do estabelecimento e do luxo do diretor.
A notícia do incêndio, apesar da hora, espalhara-se em grande parte da cidade. Nas ruas do
arrabalde havia um movimento de festa. Grande número de alunos tinham concorrido a testemunhar.
Alguns empenhavam-se com bravura no serviço. Outros cercavam o diretor, em silêncio, ou fazendo
exclamações sem nexo e manifestando os sintomas da mais perigosa desolação.
Aristarco, que se desesperava a principio, refletiu que o desespero não convinha à dignidade.
Recebia com toda a calma as pessoas importantes que o procuravam, autoridades, amigos, esforçados
em minorar-lhe a mágoa com o lenitivo profícuo dos oferecimentos. Afrontava a desgraça
soberanamente, contemplando o aniquilamento de sua fortuna com a tranqüilidade das grandes
vitimas.
Aceitava o rigor da sorte.
"Et comme il voit en nous des âmes peu communes
Hors de l'ordre commun il nous fait des fortunes."

.........................................................

Depois de algumas horas de sono, voltei ao colégio. O fogo abatera. Parte da casa tinha
escapado. Refeitório, cozinha, copa, uma ou duas salas. Foram respeitados os pavilhões
independentes, do pátio. Funcionavam ainda as bombas, refrescando o entalho carbonizado e as
paredes. De todos os lados, como de extensa solfatara, nasciam filetes de fumaça, mantendo um
nevoeiro terroso e um cheiro forte de madeiras queimadas. As paredes mestras sustentavam-se
firmes, varadas de janelas, como arrombamentos iguais, negrejantes como da ação continua de
muitas idades de ruína.
Sobre as paredes internas que restavam, equilibravam-se pontas de vigamento, revestidas de um
bolor claro de cinza, tições enormes, apagados. Na atmosfera luminosa da manhã flutuava o sossego
fúnebre que vem no dia seguinte sobre o teatro de um grande desastre.
Informaram-me de coisas extraordinárias. O incêndio fora propositalmente lançado pelo
Américo, que para isso rompera o encanamento do gás no saguão das bacias. Desaparecera depois do
atentado.
Desaparecera igualmente durante o incêndio a senhora do diretor.
Dirigi-me para o terraço de mármore do outão. Lá estava Aristarco, tresnoitado, o infeliz. No
jardim continuava a multidão dos basbaques. Algumas famílias em toilette matinal, passeavam. Em
redor do diretor muitos discípulos tinham ficado desde a véspera, inabaláveis e compadecidos. Lá
estava, a uma cadeira em que passara a noite, imóvel, absorto, sujo de cinza como um penitente, o pé
direito sobre um monte enorme de carvões, o cotovelo espetado na perna, a grande mão felpuda
envolvendo o queixo, dedos perdidos no bigode branco, sobrolho carregado.
Falavam do incendiário. Imóvel! Contavam que não se achava a senhora. Imóvel! A própria
senhora com quem ele contava para o jardim de crianças! Dor veneranda! Indiferença suprema dos
sofrimentos excepcionais! Majestade inerte do cedro fulminado! Ele pertencia ao monopólio da
mágoa. O Ateneu devastado! O seu trabalho perdido, a conquista inapreciável dos seus esforços!...


[Linha 4750 de 4767 - Parte 4 de 4]


Em paz!... Não era um homem aquilo; era um de profundis.
Lá estava; em roda amontoavam-se figuras torradas de geometria, aparelhos de cosmografia
partidos, enormes cartas murais em tiras, queimadas, enxovalhadas, vísceras dispersas das lições de
anatomia, gravuras quebradas da história santa em quadros, cronologias da história pátria, ilustrações
zoológicas, preceitos morais pelo ladrilho, como ensinamentos perdidos, esferas terrestres
contundidas, esferas celestes rachadas; borra, chamusco por cima de tudo: despojos negros da vida,
da história, da crença tradicional, da vegetação de outro tempo, lascas de continentes calcinados,
planetas exorbitados de uma astronomia morta, sóis de ouro destronados e incinerados...
Ele, como um deus caipora, triste, sobre o desastre universal de sua obra.
Aqui suspendo a crônica das saudades. Saudades verdadeiramente? Puras recordações,
saudades talvez se ponderarmos que o tempo é a ocasião passageira dos fatos, mas sobretudo - o
funeral para sempre das horas.


Rio de Janeiro, março de 1888.


FIM. FIM. FIM - DA OBRA COMPLETA - THE END


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O Ateneu - Parte 1 de 4 - Raul Pompéia
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O Ateneu - Parte 2 de 4 - Raul Pompéia
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O Ateneu - Parte 3 de 4 - Raul Pompéia
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O Ateneu - Parte 4 de 4 - Raul Pompéia
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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

O Ateneu - Parte 3 de 4 - Raul Pompéia


O Ateneu - Parte 3 de 4 - Raul Pompéia



A perfectibilidade evolutiva dos organismos em função, manifestando. se prodigiosamente
complexa, no tipo humano, corresponde à revelação, na ordem animal, do misterioso fenômeno
personalidade, capaz de fazer a critica do instinto, como o instinto faz a critica da sensação.


A informação de reportagem de cada sentido não desperta, portanto, no homem a atividade
cerebral dos impulsos de preferência, de repugnância, simplesmente, como nos outros animais; mas
amplia, pela psicologia inteira dos fenômenos espirituais, a variedade infinita das comparações,
permutadas de mil modos na unidade do espírito como as peças de um jogo maravilhoso sobre o
mesmo pano.
Duas são as representações elementares do agradável realizado: nutrição e amor.
Os animais inferiores, não favorecidos por um razoável coeficiente de progresso, produzem
secularmente a condição da inferioridade; olham, tocam, farejam, ouvem, não provam com
demasiado escrúpulo e devoram grosseiramente para depois amar, como sempre fizeram.
O homem, por desejo de nutrição e de amor, produziu a evolução histórica da humanidade.
A nutrição reclamou a caçada fácil - inventaram-se as armas; o amor pediu um abrigo,
ergueram-se as cabanas. A digestão tranqüila e a perfilhação sem sobressaltos precisaram de proteção


[Linha 2400 de 4767 - Parte 3 de 4]


contra os elementos, contra os monstros, contra os malfeitores, - os homens tacitamente se
contrataram para o seguro mútuo, pela força maior da união: nasceu a sociedade, nasceu a linguagem,
nasceu a primeira paz e a primeira contemplação. E os pastores viram pela vez primeira que havia no
céu a estrela Vésper, expandida e pálida como o suspiro.
Mas era preciso que fossem leitos de amor as crinas de ouro e fogo dos leões, e que houvesse
marfim, metais luzentes, pedraria, sobre a alvura láctea da carne amada, que não bastavam beijos para
vestir; era preciso deliciar a gustação, como requinte das estranhezas. E os homens levaram a
conquista aos reis da floresta, ao ventre do solo; foram colher aos ares os íncolas mais raros,
emplumados de luz como criações canoras do sol; e foram buscar às ondas os mais esquivos viajores
do abismo, singrando céleres, fantásticos, na sombra azul, em cauda um reflexo vago de escamas, -
para morder-lhes a vida.
Urgiu ainda a fome, urgiu mais o amor e veio a guerra, a violência, a invasão. Curvaram-se os
cativos ao látego vencedor e foram abatidas as escravas sob a garra da lascívia sanguinária, faminta
de membros avulsos, olhos sem alma, lábios sem palavra, formas sem vontade, pretexto miserável de
espasmos. Formaram-se os ódios de raça, as opressões de classe, as corrupções vingadoras e
demolidoras.
Mas a cisma evoluiu também, aquela cisma poética da pastoral primeva que buscara os astros no
céu para adereço dos idílios. O fundo tranqüilo e obscuro das almas, aonde não chega o tumultuar de
vagas da superfície inflamou-se de fosforescências; geraram-se as auréolas dos deuses, coalharam-se
os discos das glórias olímpicas: as religiões nasceram.
Mas era preciso que fosse palpável o espectro da divindade; as rochas descascaram-se em
estátuas, os metais se fizeram carne e houve cultos, houve leis, vieram profetas e pontífices
ambiciosos. E esta evolução da cisma que fora amante, feita instrumento da tirania, deu lagar às
práticas do terror, aos apostolados do morticínio.
Mas uma lira ficara da geração primeira de cismadores, e as cordas cantavam ainda e os sons
falaram no ar as epopéias do Oriente e da Grécia. Roubou-se aos sacerdotes tiranos o monopólio dos
deuses para jungi-los à atrelagem do metro; que levassem através dos séculos, o carro triunfal da
estrofe, onda sonora de vibrações imortais.
E os esculpidores dos ídolos legaram o segredo da fábrica revelando que vinham de um molde
de barro aquelas arrogâncias de bronze, que se fazem deuses como as ânforas. E os artistas modernos
recomeçaram, chamando a religião ao atelier, como um modelo de hora paga; e gravaram em tinta,
pelos muros, as visões místicas da crença.
A nitidez artística das formas fizera crer aos homens que morava realmente um espírito sagrado
na porosidade do mármore, e que realmente havia em proporções infinitas uma tela de olimpos e
paraísos, onde as cores do antropoformismo artístico viviam soberanas, olhando o mundo lá embaixo,
vazando a urna providencial das penas e das alegrias.
Decaídas as fantasias sentimentais, reformou-se o aspecto do mundo. Os deuses foram banidos
como efeitos importunos do sonho. Depois da ordem em nome do Alto proclamou-se a ordem
positivamente em nome do Ventre. A fatalidade nutrição foi erigida em principio: chamou-se
indústria, chamou-se economia política, chamou-se militarismo. Morte aos fracos! Alcançando a
bandeira negra do darwinismo espartano, a civilização marcha para o futuro, impávida, temerária,
calcando aos pés o preconceito artístico da religião e da moralidade.
Sobrevive, porém, o poema consolador e supremo, a eterna lira...
Reinou primeiro o mármore e a forma; reinaram as cores e o contorno, reinam agora os sons, -
a música e a palavra. Humanizou-se o ideal. O hino dos poetas do mármore, do colorido, que
remontava ao firmamento, fala agora aos homens, advogado enérgico do sentimento.
Sonho, sentimento artístico ou contemplação, é o prazer atento da harmonia, da simetria, do
ritmo, do acordo das impressões, com a vibração da sensibilidade nervosa. É a sensação
transformada.
A história do desenvolvimento humano nada mais é do que uma disciplina longa de sensações.


[Linha 2450 de 4767 - Parte 3 de 4]


A obra de arte é a manifestação do sentimento.
Dividindo-se as sensações em cinco espécies de sentidos, devem os sentimentos corresponder a
cinco espécies e igualmente as obras de arte.
Da sensação acústica vem a estesia acústica: sentimento nos sons, nas palavras - eloqüência e
música; da sensação da vista, a estesia visual, o sentimento na forma, no traço e no colorido, -
escultura, arquitetura, pintura; da sensação palatal e olfativa nasce o sentimento do gosto e do
perfume, - artes menos consideradas pela relativa inferioridade dos seus efeitos. A sensação do
tato, secundada por todas as outras, dá lugar ao sentimento complexo do amor, arte das artes, arte
matriz, razão de ser de todas as espécies de estesia.
O primeiro momento contemplativo de um amoroso foi o advento da estética, no gozo visual
das linhas da formosura, na delicie auditiva de uma expressão inarticulada, que fosse emitida com
expressão, na comoção de um contato, na aspiração inebriante do aroma indefinido da carne. A obra
d'arte do amor é a prole; o instrumento é o desejo.
Depois da arte primitiva e fundamental do tato, a arte do ouvido. A obra de arte é a frase
sentida, hábil para produzir emoção; o instrumento é a linguagem.
Esta arte devia mais tarde ramificar-se em eloqüência propriamente e poesia popular, graças à
aproximação híbrida de terceira arte, do ouvido, a música.
Com o progresso humano, o sentimento artístico da simetria e da harmonia destacou-se
analiticamente da arte de amar. E, depois da arte primordial, descendente imediata do instinto
erótico, da qual se desprendera, sob a forma selvagem das interjeições primitivas, a arte da
eloqüência; e em seguida, sob a forma de expressões homométricas, a poesia popular e a primeira
música; nasceram as artes intencionais, de imitação, da escultura, da arquitetura, do desenho. Depois
da poesia popular, amorosa ou heróica, veio a rapsódia.
Ainda mais, segundo um traçado naturalíssimo de filiação, o sentimento da simetria, trasladado
para a esfera das relações sociais, serviu de plano à organização das religiões, filhas do pavor, e das
moralidades, invenção das maiorias de fracos. Com o predomínio insensato das religiões, o amor
deixou de ser um fenômeno, passou a ser um ridículo ou uma coisa obscena.
Por um raciocínio de retrocesso, se ponderarmos que a moralidade é a organização simétrica da
fraqueza comum, que a religião é a organização simétrica do terror, que a simetria, isto é, harmonia e
proporção, é a norma artística das imitações plásticas da ingênua admiração da criatura primitiva, e
que esta admiração prazenteira, testemunhada por uma tentativa de desenho ou de estátua, por um
canto popular ou por uma interjeição veemente, nada mais é do que um modo acentuado de um
esforço de atenção, e que a primeira atenção dos homens do principio, - a lenda de Adão que o diga,
- devia ser do indivíduo de um sexo para o indivíduo de outro sexo, teremos averiguado o aforismo
paradoxal de que a arte subjetivamente, o sentimento artístico nas suas mais elevadas, mais etéreas
manifestações, é simplesmente - a evolução secular do instinto da espécie.
Esta é a sua grandeza, e por isso vai zombando, através das idades, das vicissitudes
tempestuosas do combate pela nutrição, dos próprios exasperos homicidas do amor.
A arte é primeiro espontânea, depois intencional.
Manifesta-se primeiro grosseiramente, por erupções de sentimento, e faz o amor concreto, a
interjeição, a eloqüência rudimentar, a poesia primitiva, o primitivo canto. Manifesta-se mais tarde,
progressivamente, por efeitos de cálculo e meditação e dá o epos, a eloqüência culta, a música
desenvolvida, o desenho, a escultura, a arquitetura, a pintura, os sistemas religiosos, os sistemas
morais, as ambições de síntese, as metafísicas, até as formas literárias modernas, o romance, feição
atual do poema no mundo.
As manifestações espontâneas são coevas de todas as sociedades; a poesia popular, por
exemplo, não desaparece, nem a eloqüência, ainda menos o amor. As manifestações intencionais,
ampliações, aperfeiçoamentos do modo primitivo de expressão sentimental, sujeitam-se aos
movimentos e vacilações de tudo que progride.
O coração é o pêndulo universal dos ritmos. O movimento isócrono do músculo é como o


[Linha 2500 de 4767 - Parte 3 de 4]


aferidor natural das vibrações harmônicas, nervosas, luminosas, sonoras. Graduam-se pela mesma
escala os sentimentos e as impressões do mundo. Há estados d'alma que correspondem à cor azul, ou
às notas graves da música; há sons brilhantes como a luz vermelha, que se harmonizam no sentimento
com a mais vivida animação.
A representação dos sentimentos efetua-se de acordo com estas repercussões.
O estudo da linguagem demonstra.
A vogal, símbolo gráfico da interjeição primitiva, nascida espontaneamente e instintivamente do
sentimento, sujeita-se à variedade cromática do timbre como os sons dos instrumentos de música.
Gradua-se, em escala ascendente u, o, a, e, i, possuindo uma variedade infinita de sons
intermediários, que o sentimento da eloqüência sugere aos lábios, que se não registram, mas que
vivem vida real nas palavras e fazem viver a expressão, sensivelmente enérgica, emancipada do
preceito pedagógico, de improviso, quase inventada pelo momento.
Há ainda na linguagem o ritmo de cada expressão. Quando o sentimento fala, a linguagem não
se fragmenta por vocábulos, como nos dicionários. É a emissão de um som prolongado, a crepitar de
consoantes, alteando-se ou baixando, conforme o timbre vogal.
O que move o ouvinte é uma impressão de conjunto. O sentimento de uma frase penetra-nos,
mesmo enunciado em desconhecido idioma.
O timbre da vogal, o ritmo da frase dão alma à elocução. O timbre é o colorido, o ritmo é a linha
e o contorno. A lei da eloqüência domina na música, colorido e linha, seriação de notas e andamentos;
domina na escultura, na arquitetura, na pintura: ainda a linha e o colorido.
Na sua qualidade de representação primária do sentimento, depois do fato do amor, a
eloqüência é a mais elevada das artes. Daí a supremacia das artes literárias, - eloqüência escrita.
A eloqüência foi a principio livre, fiel ao ritmo do sentimento; influenciada pela música
monótona dos mais antigos tempos, cadenciou-se em metro regular e monótono como a música.
Aproveitada como recurso mnemônico, libertou-se da música, guardando, porém, a forma do metro
igual e da quantidade equivalente, que havia de ser um dia a metrificação da sílaba, que havia de dar
em resultado a monstruosidade da rima, o calembur feito milagre de perfeição.
A música seguiu à parte a sua evolução.
Na arte da eloqüência da atualidade acentua-se uma reação poderosa contra o metro clássico; a
critica espera que dentro de alguns anos o metro convencional e postiço terá desaparecido das
oficinas da literatura. O sentimento encarna-se na eloqüência, livre como a nudez dos gladiadores e
poderoso. O estilo derribou o verso. As estrofes medem-se pelos fôlegos do espírito, não com o
polegar da gramática.
Hoje, que não há deuses nem estátuas, que não há templos nem arquitetura, que não há dies iroe
nem Miguel Ângelo; hoje que a mnemônica é inútil, o estilo triunfa, e triunfa pela forma primitiva,
pela sinceridade veemente, como nos bons tempos em que o coração para bem amar e o dizer não
precisava crucificar a ternura as quatro dificuldades de um soneto.
Qual a missão da arte? Originaria da propensão erótica fora do amor, a arte é inútil, - inútil
como o esplendor corado das pétalas sobre a fecundidade do ovário. Qual a missão das pétalas
coradas? De que nos serve a primavera ser verde? As aves cantam. Que se aproveita do cantar das
aves? A arte é uma consequência e não um preparativo. Nasce do entusiasmo da vida, do vigor do
sentimento, e o atesta. Agrada sempre, porque o entusiasmo é contagioso como o incêndio. A alma
do poeta invade-nos. A poesia é a interpretação de sentimentos nossos. Não tem por fim agradar.
E, depois, reclamar títulos de utilidade às divagações graciosas de uma energia da alma, que
significa em primeira manifestação a própria perpetuidade da espécie?!
Além de inútil, a arte é imoral. A moral é o sistema artístico da harmonia transplantado para as
relações de coletividade. Arte sui generis. Se é possível eficazmente o regime social das simetrias da
justiça e da fraternidade, o futuro há de provar. Em todo caso é arte diferente e as artes não se
combinam senão em produtos falsos, de convenção.
Poema intencionalmente moral é o mesmo que estátua polícroma ou pintura em relevo. Apenas


[Linha 2550 de 4767 - Parte 3 de 4]


uma coisa possível, nada mais; há também quem faça flores, com asas de barata e pernas.
A verdadeira arte, a arte natural, não conhece moralidade. Existe para o indivíduo sem atender
à existência de outro indivíduo. Pode ser obscena na opinião da moralidade: Leda; pode ser cruel:
Roma em chamas, que espetáculo!
Basta que seja artística.
Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade
humana - acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima da ciência
que se corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase.
E desdenha dos séculos efêmeros.
À vista da tranqüilidade do auditório, subentende-se que não estavam presentes os dois heróis
da primeira sessão solene: o Dr. Zé Lobo não viera, para não encontrar o Senador; o Senador Rubim
não viera, para não encontrar o Dr. Zé Loto: impulsos equivalentes em sentido contrário anulam-se.
Havia na sala diversos ouvintes que se distraiam de perseguir com atenção a galopada de
hipógrifo, em que se elevava a eloqüência do orador.
Bento Alves, um; outro o Malheiro, moreno, nervoso, carrancudo, o primeiro ginasta; outro,
Barbalho.
A preocupação de Bento Alves era uma injúria. Entre ele e Malheiro havia rixa de velha de
emulação. Malheiro não lhe perdoava a culpa de ser bravo. Os próprios prodígios da força e
agilidade, aplaudidos e proclamados pelo Ateneu, não davam para saciar a vaidade. De que valia ser
forte, se era impossível a aplicação do seu esforço para afrouxar uma fibra à musculatura do Bento?
Ah! não ser possível por sugestão desfiar uma a uma aquelas meadas de arame, reduzir a infantilidade
débil aquela corpulência odiosa! Por que não iriam os desejos da inveja, como vampiros, sorver o
sangue àquela força, a vida, gota a gota, àquele vigor de ferro?
Bento Alves não dava mostras de perceber a rivalidade. Malheiro evitava-o. Era impossível
conservar-se um momento perto do colega, que lhe não dessem ímpetos de assaltá-lo.
A façanha da prisão efetuada pelo rival definitivamente retirava-lhe a glória de valoroso único.
Malheiro entrou em melancolia trancada. O rosto moreno amorenou-se mais; a animação de um brilho
não lhe chegava à janela do olhar; o sorriso nos lábios não abria a porta. Dir-se-ia um frontispício de
luto.
Ficou a ruminar o projeto de um encontro.
O meu bom amigo, exagerado em mostrar-se melhor, sempre receoso de importunar-me com
uma manifestação mais viva, inventava cada dia nova surpresa e agrado. Chegara ao excesso das
flores. A principio, pétalas de magnólia seca com uma data e uma assinatura, que eu encontrava entre
folhas de compêndio. As pétalas começaram a aparecer mais frescas e mais vezes; vieram as flores
completas. Um dia, abrindo pela manhã a estante numerada do salão do estudo, achei a imprudência
de um ramalhete. Santa Rosália da minha parte nunca tivera um assim. Que devia fazer uma
namorada? Acariciei as flores, muito agradecido, e escondi-as antes que vissem.
Mas o Barbalho espiava, ultimamente constituído fiscal oculto dos meus passos.
As circunstâncias o tinham aproximado do Malheiro, e o açafroado caolho pretendia manejar a
rivalidade dos dois maiores: um conflito entre Malheiro e Bento podia ser a vergonha para mim.
O Malheiro, com o vozeirão grave de contrabaixo, começou a infernizar-me por epigramas.
Queria incomodar o Alves mortificando-me, julgando que me queixasse. Eu devorava as afrontas do
marmanjo sem descobrir o meio de tirar correta desforra. Barbalho lembrou-se de tomar as dores.
Depois de incitar o Malheiro contra mim, incitou o Bento contra o Malheiro. Procurou-o
misteriosamente e informou: "o Malheiro não passa pelo Sérgio que não pergunte quando é o
casamento... é preciso casar... Ainda hoje pediu convite para as bodas. O Sérgio esta desesperado".
O furor do Alves não se descreve, furor poderoso dos calados. Uma onda de apoplexia
ruborizou-lhe as faces. Por único movimento de indignação contraiu os dedos, como estrangulando.
Procurou o Malheiro e com a voz talvez alterada, mas sem ódio, fez intimação: "amanhã é a sessão de
encerramento; em meio da festa salmos ambos; preciso falar-lhe das bodas".


[Linha 2600 de 4767 - Parte 3 de 4]


Malheiro percebeu: era o sonhado encontro!
Apenas desceu da tribuna o presidente efetivo do Grêmio, os adversários deixaram as cadeiras.
Barbalho saiu pouco depois. Notei o movimento e adivinhei mais ou menos.
Quando saímos do pavilhão, finda a solenidade, um criado entregou-me um envelope, uma
carta do Alves, a lápis. "Estou preso; antes que te digam que por alguma indignidade, previno: por ter
dado uma lição ao Malheiro."
Minutos depois, Franco, muito satisfeito, contava a todos: "tinham lutado no jardim o Malheiro
e o Alves; que briga dos dois brutos!" Alves saíra ferido com um golpe no braço, acreditam que de
navalha; Malheiro estava no dormitório. Avisados pelo Alves, os criados tinham ido buscá-lo sem
sentidos, ao fundo de um bosquete no parque. "Sem sentidos!" garantia o Franco; "que pândega! que
sopapos! ora o Malheiro malhado!"
Soube-se que Barbalho espreitara o combate através dos arbustos. Antes de o ver acabado,
correra ativo, e concentrando a vesgueira numa só atenção de intrigante, preparara as coisas de modo
que, ao voltar do jardim, Bento Alves foi surpreendido por uma ordem de prisão do diretor.
Não denunciar nunca é preceito sagrado de lealdade no colégio. Os contendores recusaram-se a
explicações. Bento Alves negou o braço a exame e a curativo; Malheiro, em panos de sal, fingindo-se
muito prostrado, oferecia o mais impenetrável silêncio às indagações de Aristarco e protestava
esborrachar as ventas a quem caísse na asneira de insinuar o bedelho no que não era da sua conta.
"Ora o malhado!..." resmungavam os colegas; mas tratavam de esquecer o caso.
Por minha parte, entreguei-me de coração ao desespero das damas romanceiras, montando
guarda de suspiros à janela gradeada de um cárcere onde se deixava deter o gentil cavalheiro, para o
fim único de propor assunto às trovas e aos trovadores medievos.

V I I


O tédio é a grande enfermidade da escola, o tédio corruptor que tanto se pode gerar da monotonia do trabalho
como da ociosidade.
Tínhamos em torno da vida o ajardinamento em floresta do parque e a toalha esmeraldina do campo e o diorama
acidentado das montanhas da Tijuca, ostentosas em curvatura torácica e frentes felpudas de colosso; espetáculos de
exceção, por momentos, que não modificavam a secura branca dos dias, enquadrados em pacote nos limites do pátio
central, quente, insuportável de luz, ao fundo daquelas altíssimas paredes do Ateneu, claras da caiação, do tédio, claras,
cada vez mais claras.
Quando se aproxima o tempo das férias. o aborrecimento é maior.
Os rapazes, em grande parte dotados de tendências animadoras para a vida prática, forjicavam
mil meios de combater o enfado da monotonia. A folgança fazia época como as modas,
metamorfoseando-se depressa como uma série de ensaios.
A peteca não divertia mais, palmeada com estrépito, subindo como foguete, caindo a rodopiar
sobre o cocar de penas? Inventavam-se as bolas elásticas. Fartavam-se de borracha? Inventavam-se
as pequenas esferas de vidro. Acabavam-se as esferas? Vinham os jogos de salto sobre um tecido de
linhas a giz no soalho, ou riscadas a prego na areia, a amarela, e todas as suas variantes, primeira casa,
segunda casa, terceira casa, descanso, inferno, céu, levando-se à ponta de pé o seixozinho chato em
arriscada viagem de pulos. Era depois a vez dos jogos de corrida, entre os quais figurava
notavelmente o saudoso e rijo chicote-queimado. Variavam os aspectos da recreação, o pátio central
animava-se com a revoada das penas, o estalar elástico das bolas, passando como obuses, ferindo o
alvo em pontaria amestrada, o formigamento multicor das esferas de vidro pela terra, com a gritaria
de todas as vozes do prazer e do alvoroço.
Depois havia os jogos de parada, em que circulavam como preço as penas, os selos postais, os
cigarros, o próprio dinheiro. As especulações moviam-se como o bem conhecido ofídio das
corretagens. Havia capitalistas e usurários, finórios e papalvos; idiotas que se encarregavam de levar


[Linha 2650 de 4767 - Parte 3 de 4]


ao mercado, com a facilidade de que dispunham fora do colégio, fornecimentos inteiros,
valiosíssimos, de Mallats e Guillots que os hábeis limpavam com a gentileza de figurões da bolsa, e
selos inestimáveis que os colecionadores práticos desmereciam para tirar sem custo; fumantes ébrios
de fumo alheio, adquirido facilmente no movimento da praça, repimpados à turca sobre os coxins da
barata fartura.
As transações eram proibidas pelo código do Ateneu. Razão demais para interessar. Da letra da
lei, incubados sob a pressão do veto, surgiam outros jogos, mais expressamente característicos, dados
que espirravam como pipocas, naipes em leque, que se abriam orgulhosos dos belos trunfos,
entremostrando a pança do rei, o sorriso galhardo do valete, a simbólica orelha da sota, a paisagem
ridente do ás; roletas miúdas de cavalinhos de chumbo; uma aluvião de fichas em cartão, pululantes
como os dados e coradas como os padrões do carteiro.
A principal moeda era o selo.
Pelo sinete da posta dava-se tudo. Não havia prêmios de lição que valessem o mais vulgar
daqueles cupons servidos. Sobre este preço, permutavam-se os direitos do pão, da manteiga ao
almoço, da sobremesa, as delicias secretas da nicotina, o próprio decoro pessoal em si.
A raiva dos colecionadores caprichando em exibir cada qual o álbum mais completo, mais rico,
transmitia-se a outros, simples agentes de especulação; destes ainda a outros com a sedução do
interesse. No colégio todo, só Rebelo talvez e o Ribas, o primeiro fundeado no porto da misantropia
senil que o distanciava do mundo tempestuoso, o outro a fazer perpetuamente de anjo feio aos pés de
Nossa Senhora, escapavam à mania geral do selo, melhor, à geral necessidade de premunir-se com
valor corrente para as emergências.
No comércio do selo é que fervia a agitação de empório, contratos de cobiça, de agiotagem, de
esperteza, de fraude. Acumulavam-se valores, circulavam, frutificavam; conspiravam os sindicatos,
arfava o fluxo, o refluxo das altas e das depreciações. Os inexpertos arruinavam-se, e havia
banqueiros atilados, espapando banhas de prosperidade.
Falava-se, com a reserva tartamuda dos caudatários do milhão, de fortunas imponderáveis...
Certo felizardo que possuía aqueles imensos exemplares da primeira posta na Inglaterra, os dois
raríssimos, ambos! o azul e o branco, de 1840, com a estampa nítida de Mulrady: a Grã-Bretanha,
braços abertos sobre as colônias, sobre o mundo; à direita, a América, a propaganda civilizadora, a
conquista da savana; à esquerda, o domínio das Índias, cules sob fardos, dorsos de elefantes
subjugados; ao fundo, para o horizonte, navios, o trenó canadiano que foge à disparada das renas; no
alto, como as vozes aladas da fama, os mensageiros da metrópole.
Jóias deste preço imobilizavam-se nas coleções, inalienáveis por natureza como certos
diamantes. Nem por isso era menos ardente a mercancia na massa febril da pequena circulação; da
quantidade infinita dos outros selos, retangulares, octogonais, redondos, elipsoidais, alongados
verticalmente, transversalmente, quadrados, lisos, denteados, antiqüíssimos ou recentes, ingleses,
suecos, da Noruega, dinamarqueses, de cetro e espada, suntuosos Hannover, como retalhos de
tapeçaria, cabeças de águia de Lubeck, torres de Hamburgo, águia branca da Prússia, águia em relevo
da moderna Alemanha, austríacos, suíços de cruz branca, da França, imperiais e republicanos, de
toda a Europa, de todos os continentes, com a estampa de um pombo, de navios, de um braço
armado; gregos com a efígie de Mercúrio, o deus único que ficou de Homero, sobrevivo do Olimpo
depois de Pã; selos da China com um dragão espalhando garras; do Cabo, triangulares; da república
de Orange com uma laranjeira e três trompas; do Egito com a esfinge e as pirâmides; da Pérsia de
Nassered-Din com um penacho; do Japão, bordados, rendilhados como panos de biombo e de
ventarolas; da Austrália, com um cisne; do reino de Havaí, do Rei Kamehameha III; da Terra Nova
com uma foca em campo da neve; dos Estados Unidos, de todos os presidentes; da república de São
Salvador com uma auréola de estrelas sobre um vulcão; do Brasil, desde os enormes malfeitos de
1843; do Peru com um casal de lhamas; todas as cores, todos os sinetes com que os estados tarifam as
correspondências sentimentais ou mercantis, explorando indistintamente um desconto mínimo nas
especulações gigantescas e o imposto de sangue sobre as saudades dos emigrados da fome.


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A sala geral do estudo, comprida, com as quatro galerias de carteiras e a parede oposta de
estantes e a tribuna do inspetor, era um microcosmo de atividade subterrânea. Estudo era pretexto e
aparência, as encadernações capeavam mais a esperteza do que os próprios volumes.
A certas horas reunia-se ali o colégio inteiro, desde os elementos de primeiras letras até os mais
adiantados cursos. Agrupavam-se por ordem de habilitações; o abc diante da porta de entrada, à
direita; à extrema esquerda, os filósofos, cogitadores do Barbe, os latinistas abalizados, os
admiráveis estudantes do alemão e do grego. Baralhavam-se as três classes de idades; podia estar um
marmanjo empacado à direita na carteira dos analfabetos, e podia estar um bebê prodígio a
desmamar-se na filosofia da esquerda. O acaso da colocação podia sentar-me entre o Barbalho e o
Sanches, como podia da afeição do Alves desterrar-me uma légua. Dependia tudo do adiantamento.
Como compensação destas desvantagens havia os telégrafos e a correspondência de mão em
mão. Os fios telegráficos eram da melhor linha de Alexandre 80, sutilíssimos e fortes, acomodados
sob a tábua das carteiras, mantidas por alças de alfinete. Em férias desarmavam-se. Dois amigos
interessados em comunicar-se estabeleciam o aparelho; a cada extremidade, um alfabeto em fita de
papel e um ponteiro amarrado ao fio; legitimo Capanema. Tantas as linhas, que as carteiras vistas de
baixo apresentavam a configuração agradável de citaras encordoadas, tantas, que às vezes
emaranhava-se o serviço e desafinava a citara dos recadinhos em harpa de carcamano.
Havia o gênio inventivo no Ateneu, esperanças de riqueza, por alguma descoberta milagrosa que
o acaso deparasse à maneira do pomo de Newton. Ocorre-me um perspicaz que contava fazer fortuna
com um privilégio para explorar ouro nos dentes chumbados dos cadáveres, uma mina! Foi assim a
invenção malfadada do telégrafo-martelinho. Tantas pancadinhas, tal letra; tantas mais, tantas
menos, tais outras. Os inventores achavam no sistema dos sinais escritos a desvantagem de não servir
à noite. O elemento base desta reforma era uma confiança absoluta na surdez dos inspetores;
aventuroso fundamento, como se provou.
As primeiras pancadinhas passaram; apenas os estudantes mais próximos sorriam disfarçando.
Mas o martelinho continuou a funcionar e ganhou coragem. No silêncio da sala, gotejavam as
pancadas, miúdas, como o debicar de um pintainho no soalho.
No alto da tribuna, o Silvino coçou a orelha e ficou atento; começava a implicar com aquilo.
Silêncio... silêncio, e as pancadinhas de vez em quando.
Foi o diabo. Inesperadamente precipitou-se do alto assento como um abutre, e com a finura do
oficio foi cair justo sobre o melhor de um despacho. Seguiu-se a devastação. Examinando a carteira,
descobriu a rede considerável dos outros telégrafos. Foi tudo raso. Brutal como a fúria, implacável
como a guerra - oh Havas! - o Silvino não nos deixou um fio, um só fio ao novelo das
correspondências! De carteira em carteira, por entre pragas, arrancou, arrebentou, destruiu tudo, o
vândalo, como se não fosse o fio telegráfico listrando os céus a pauta larga dos hinos do progresso e
a nossa imitação modesta uma homenagem ao século.
A violência não fez mais que aumentar o tráfego dos bilhetinhos e suspender temporariamente a
telegrafia.
De mão em mão como as epístolas, corriam os periódicos manuscritos e os romances proibidos.
Os periódicos levavam pelos bancos a troça mordaz, aos colegas, aos professores, aos bedéis: mesmo
a pilhéria blasfema contra Aristarco, uma temeridade. Os romances, enredados de atribulações
febricitantes, atraindo no descritivo, chocantes no desenlace, alguns temperados de grosseira
sensualidade, animavam na imaginação panoramas ideados da vida exterior, quando não há mais
compêndios, as lutas pelo dinheiro e pelo amor, o ingresso nos salões, o êxito da diplomacia entre
duquesas, a festejada bravura dos duelos, o pundonor de espada à cinta; ou então o drama das
paixões ásperas, tormentos de um peito malsinado e sublime sobre um cenário sujo de bodega, entre
vômitos de mau vinho e palavradas de barregã sem preço.
Com a proximidade das férias de ano, tudo desaparecia. O aborrecimento imperava.
A impaciência da expectativa de livramento fazia intolerável a reclusão dos últimos dias.
Organizavam-se os preparativos para a grande exposição de trabalhos da aula de desenho, as


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aulas primárias estavam a ponto de entrar em exames, dos particulares semestrais, em que o diretor
sondava o aproveitamento. Estes cuidados não podiam combater a inércia expectante dos ânimos.
No salão do estudo poucos abriam livro. Os rapazes alargavam os cotovelos sobre a carteira,
fincavam o queixo nas costas da mão e abstraíam-se com o olhar imóvel, idiotismo de espera, como se
tentassem perceber o curso das horas no espaço. Por trás da casa, no quintal do diretor, ouvia-se
cantando Ângela, cantilenas espanholas, sinuosas de moleza; mais longe, muito mais, em zumbido
indistinto, como um horizonte sonoro, as cigarras trilavam, agitando o ar quente com uma vibração de
fervura.
Nas horas longuíssimas do recreio, os rapazes passeavam calados, destruindo a comunhão usual
dos brincos, como se temessem estragar mais alegria naquele cativeiro, certo de melhor emprego
breve. Pelas paredes a carvão, pelas tábuas negras a traços brancos, arranhada na caliça, escrita a lápis
ou a tinta, por todos os cantos via-se esta proclamação: Viva às férias! determinando a ansiedade
geral, como um pedido, uma intimativa ao tempo que fosse menos tardo, opondo, cruel, a resistência
impalpável, invencível dos minutos, dos segundos, à chegada festiva da boa data.
Bento Alves, depois de assegurar que unicamente por mim se havia sujeitado à humilhação que
sofrera, andava propositalmente arredio.
Eu, solitário, ia e vinha como os outros, percorrendo o pátio, marcando a bocejos os prazos
alternados de impaciência e resignação, vendo pairar por cima do recreio um papagaio que soltavam
meninos da rua para as bandas do Ateneu. Invejava-lhe a sorte, ao papagaio cabeceando alegre,
ondeando a balouçar, estatelando-se no vento, pássaro caprichoso, dominando vermelho o vasto
retângulo azul que as paredes cortavam no firmamento, solitário, solitário como eu, cativo também -
mas ao alto e lá fora.
Relaxava-se o horário; professores faltavam; era menos rude a inspeção. Os alunos iam por toda
parte à vontade. Faziam roda de palestra nos dormitórios, pilando enfastiadamente os mais duros
assuntos, murmarações esmoídas, escabrosidades pulverizadas, trituradas malícias, algumas vezes
malícias ingênuas se é possível, caracterizando-se no conciliábulo o azedume tagarela do cansaço
podre de um ano, conforme a psicologia de cada salão.
Os dormitórios apelidavam-se poeticamente, segundo a decoração das paredes: salão pérola, o
das crianças policiado por uma velha, mirrada e má, que erigira o beliscão em preceito único
disciplinar, olhos mínimos, chispando, boca sumida entre o nariz e o queixo, garganta escarlate, uma
população de verrugas, cabeça penugenta de gipaeto sobre um corpo de bruxa; salão azul, amarelo,
verde, salão floresta, dos ramos do papel, aos quais se recolhia a classe inumerável dos médios. O
salão dos grandes, independente do edifício, sobre o estudo geral, conhecia-se pela denominação
amena de chalé. O chalé fazia vida em separado e misteriosa.
O policiamento dos dormitórios competia aos diversos inspetores, convenientemente
distribuídos.
Na época atenuavam-se os zelos da policia. O próprio gipaeto do pérola batia as asas para a
folia, uma inocente folia de noventa anos.
A palestra corria desassombrada.
Deitavam-se uns a uma cama, outros cercavam agrupados nas camas próximas e atacavam os
assuntos:
No salão dos médios:
"D. Ema... D. Ema... não se murmura à toa... Reparem na maneira de falar do Crisóstomo... Tem
motivo, um rapagão... Palavra que os apanhei sozinhos, juntinhos, conversando, a distancia de um
beijo..."
- O melhor é que o Crisóstomo não vai para a rua... Que diabo, nem tanto vale o grego, que se
pague a beijocas descontadas pela mulher... tenho para mim que o negócio ainda acaba mal e
porcamente, kakós kai ruparós, com uma estralada...
- Ora, diretores! empresários! fabricantes de ciência barata e prodígios de carregação, com que
empulham os papais basbaques... O que querem é a freqüência do negócio... Falam cá em anúncios...


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Mulher ao balcão... Que chamariz, uma carinha sedutora! Eu por mim, se fosse diretor, inaugurava
um Kindergarten para taludos; uma bonita diretora à testa e quatro adjuntas amáveis... Não haveria
nhonhô graúdo que não morresse pelo ensino intuitivo. Como não haviam de pagar para cortar
pauzinhos no meu jardim! E que serviço ao progresso do meu pais: estimular à Froebel as
inteligências perrengues e as adolescências atrasadas...
- Pois eu seria capaz de guerrear o estabelecimento. Se fosse diretor, teria o cuidado de ser
também ministro do império... Revogava a Instrução Pública e aprovava a minha gente por decreto,
tudo de pancada e com distinção.
- Qual! eu, se fosse diretor, seria safado! Não há nada neste mundo como ser safado! Uma
bonita meninada, que festança! Os meninos gostam da gente, a gente gosta dos meninos e o colégio
cresce: crescite!... Daí a pouco tanta matricula, que precisaríamos mudar de casa...
- Que canalha! Que lingüinhas... Safa! Pois eu cá só digo mal daquele tipo do Liceu. Marcelo,
que tem na face a costura cicatrizada do talho que lhe fez um discípulo em certa aventura com o mais
pacífico dos utensílios, e que, ainda assim, foi apanhado no Cassino deixando aberto num divã o
carnet de baile, caidadosamente ilustrado de símbolos... pedagógicos.
A palestra no pérola era muito mais cândida, e, principalmente, nada pessoal.
Curso improvisado de obstétrica elementar, para especulação. Todos queriam saber;
apertavam-se vinte pequenos em roda do problema, como aquelas figuras da lição de Rembrandt.
Qual a origem das espécies? Eram investigadores. Ninguém adiantava um passo. Estava ausente o
gipaeto, que talvez pudesse explicar. Feliz quem pode conhecer a causa das coisas! Como é a entrada
na vida? Ordem dórica? jônica? compósita? As imaginações trabalhadas formigavam avidamente
sobre a questão; ninguém penetrava. Desenrolavam-se as teorias domésticas, angélico-ginecológicas.
Havia em Paris uma grande empresa de exportação, da qual eram agentes em todo o mundo os
porteiros, e comissária central no Rio Mme. Durocher. Vinha o gênero nos berços, encaixotados,
mijadinhos e chorosos. Esta teoria tinha o merecimento filosófico de prescindir das causas finais. Os
metafísicos inclinavam-se mais para a intervenção da sobrenatureza: por ocasião do Natal havia de
noite uma distribuição geral de herdeirozinhos pela terra, chuva de pimpolhos, para compensar a
matança dos inocentes, tão prejudicial no tempo de Herodes. Inútil dizer que os referidos inocentes
vinham outrora ao mundo pela mão dos mesmos portadores das credenciais da revelação, hoje em
desuso.
E a academiazinha de investigadores arrumava documentos, sorrindo alguns da credulidade
dos outros, exibindo em refutação credulidade de diverso quilate; alguns, mais positivos, aduzindo
observações próprias, porque os meninos espiam, oferecendo à opinião dos colegas uma nota
ponderosa, edificando-se lentamente o sistema como os sistemas se edificam, aproveitando-se
apenas o elemento franqueado pelo apoio comum.
Dois últimos pareceres concorreram oportunamente para desatar os embaraços e a assembléia
dispersou-se. Um cearensezinho, de cabelo à escova, inteligente e silencioso, amigo de responder por
um jeito especial de virar os olhos. senhor de um sorriso desconcertante que sabia armar a propósito,
falando baixinho e explícito, introduziu no debate a descrição minuciosa, sem perda de fofos nem
apanhados, da toilette balneária das mulheres do sertão na província, descendo ao rio, de um belo
pano simpático em que o raio do sol nascente representa de fio mais grosso. Outro parecer foi a
grosseira chacota de um caturra barrigudinho, fronte de novilho, miniatura de arrieiro, brutal e
maroto, filho de um criador abastado do Paraná e instruído para todas as exigências práticas da
indústria paterna. Estava ali a ouvir desde o principio sem dizer palavra, esperando a conclusão.
Supondo que o cearense ia fazer a luz, atirou-se adiante, interrompeu-o e concluiu largando o
enxurro, esponjando-se farto na garotada, como a cria da estância no lodo fresco.
A vadiagem dos dormitórios não consistia só em palestra. Depravados pelo aborrecimento e
pela ociosidade, inventavam extravagâncias de cinismo.
O Cerqueira, ratazana, sujeito cômico, cara feita de beiços, rachada em boca como as romãs
maduras, de mãos enormes como um disfarce de pés, galopava a quatro pelos salões, zurrando em


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fraldas de camisa, escoucinhando uma alegria sincera de mu. Maurílio, o dos quinaus, neo era
exclusivamente o campeão da tatuada que conhecemos; tinha outra habilidade notável e prestava-se
com aplauso a uma experiência original de fluidos inflamáveis. Este rapaz escapou de morrer, em um
dos últimos naufrágios da nossa costa; um ex-colega escreveu-lhe: Quem os semeia, colhe
tempestades.
As provocações no recreio eram freqüentes, oriundas do enfado; irritadiços todos como feridas;
os inspetores a cada passo precisavam intervir em conflitos; as importunações andavam em busca das
suscetibilidades; as suscetibilidades a procurar a sarna das importunações. Viam de joelhos o Franco,
puxavam-lhe os cabelos. Viam Rômulo passar, lançavam-lhe o apelido: mestre cook!
Esta provocação era, além de tudo, inverdade. Cozinheiro, Rômulo! só porque lembrava a
culinária, com a carnosidade bamba, fofada dos pastelões, ou porque era gordo das enxúndias
enganadoras dos fregistas, dissolução mórbida de sardinha e azeite, sob os aspectos de mais
volumosa saúde? Rômulo era simplesmente e completamente o confeiteiro das esperanças doces de
Aristarco.
Anafado de aparência, e ainda mais ancho de fortuna, significava bem o que se diz um bom
partido. Aristarco tinha uma filha; saúde, fortuna: um genro ideal; ainda por cima bonachão e pacato.
A Melica, a altiva e requebrada Amália, lambisgóia, proporções de vareta, fina e longa, morena
e airosa, levava o tempo a fazer de princesa. Dois grandes olhos pretos, exagero dos olhos pretos da
mãe, tomavam-lhe a face, dando-lhe de frente a semelhança justa de um belo I com dois pingos. Por
estes olhos e por sobre os ombros, que tinha erguidos e mefistofélicos, derramavam se desdéns sobre
tudo e sobre todos. Possuía e petiscava a certeza fácil de que o Ateneu em peso andava caído por ela,
e morava no andor imaginário daquela idolatria de trezentos. Trezentos corações, trezentos desdéns.
A eminência do pai sobre aquele mundozinho desprezível dava-lhe vida à vanglória, e ela gostava de
visitar o colégio para ter ocasião de exercitar a altivez culminante, misturada, do sexo e da hierarquia.
Quanto a Rômulo, era o primeiro no seu desprezo. Timbrava em não prestar-lhe atenção. Designava-o
esplendidamente: - o parvo. Melica era bem conservada e preciosa.
Rômulo filosofava por Epicuro. Desdéns não matam. Havia de bom naquela atitude de noivado
perene, uma série de utilidade: cargo de vigilante, privilégios de benevolência, um jantar de vez em
quando com o diretor, - isto é, uma folga ao paladar imaginada em sonho por quantas bocas, no
regime obrigatório e destemperado da casa, menu permanente, inviolável como a letra das
constituições.
Quando vinha Melica ao Ateneu, era Rômulo o primeiro a aproximar-se, o último a ser visto.
Aristarco chamava-o às vezes e levava a passeio com a menina. Melica, toda donaire e orgulho,
passava adiante e permitia, quando muito, que Rômulo a seguisse cabisbaixo e mudo, como um
hipopótamo domesticado. Diga-se, a bem da verdade, que o gorducho esperava rir por último ao pai
e à filha.
Em um estabelecimento de rumorosa fama como o Ateneu não se podia deixar de incluir no
quadro das artes a música de pancadaria.
Passava despercebido o harmonium do Sampaio, religioso e bálbuce. Estimava-se como coisa
somenos a rabequinha do Cunha, choramingas e expressiva, nas mãos do esguio violinista; manhoso
o instrumento como uma casa de maternidade, pálido o músico, espichadinho e clorótico; dando ares
de graça à linguagem das cravelhas por meio de sons que imitavam a quase afasia timorata e infantil
do Cunha, descambando em síncopes, de vez em quando, estendendo guinchos histéricos de amor
vadio, saltitando pizzicatos como as biqueiras de verniz do Cunha, amigo de valsar, ágil no baile
como as fitas, as plumas e as evaporadas tules.
Considerava-se razoavelmente o piano do Alberto Souto, bochechas largas de maestro em
efígie, pianista portento que viera parar ao Ateneu, depois de percorrer a Europa à cata de triunfos,
redondo, curto e musical como um cilindro de realejo; famoso pela gargalhada soez, bagaço
espremido da vaidade, da cobiça, que lhe ficara dos sucessos do palco e das surras da aprendizagem;
e pela estupidez seca nos estudos, como se a inteligência lhe houvesse escapado pelos dedos para os


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teclados em deserção definitiva.
Mas a predileção de Aristarco era pela banda, pela pancadaria, grita vibrante dos cobres,
fuzilaria das vaquetas, levando gente à janela quando o Ateneu passava, dando rebate à admiração
das esquinas, o estrépito das caixas troando à marcha dobrada como um eco de combates, furor
infrene, irresistível, de zabumbada em feira.
A banda tinha casa própria e um professor bem pago. Os instrumentistas gozavam de particular
favor nos relaxamentos de disciplina; nas ocasiões de festa eram mimoseados com um brinde de
gulodices; condecoravam-se com distintivos de prata, que nem os harmoniosos concertantes do
Orfeão logravam pilhar.
Ainda na banda graduava-se a predileção de Aristarco, segundo a importância de sonoridade
dos timbres. O grave bombardão, o oficlide, a trompa, o trombone, o próprio sax, destinados ao
mister secundário de acompanhamento, recuando, como lacaios, na encenação sonora, homens e
armas servilmente bravos nas investidas brilhantes, ou tímidos pajens, arrepanhando o abandono de
caudas escapadas ao luxo régio das grandes notas do canto, - valiam menos ainda, na estima do
diretor, que na marcação da partitura.
Predileto era o flautim, florete feito som, tênue, penetrante, perfuração de agulhas: predileta era
a requinta, espécie de flautim rachado, agressiva como a vibração do dardo das serpentes; o fagote,
aumentativo de requinta, único aparelho capaz de produzir artificialmente a fanhosidade colérica das
sogras; o claro oboé, laringe metálica de um cantor de epopéias, heróico e belo; o pistão frenético e
vivo, estandarte à mostra sobre a celeuma, harmonizando, centralizando a instrumentação como um
regimento de cavalheiros. Prediletos porque gritavam mais! Prediletos principalmente o tambor e o
bombo tonante, primazia do estrondo, a trovoada das peles tesas, que a tormenta sobraça nos
arroubos de carnaval canalha dos seus dias e que sobraçava, no Ateneu Rômulo, o graxo Rômulo, o
nédio, o opulento, o caríssimo genro das esperanças caras.
Foi exatamente por esta seriação de preferências acústicas que chegou Aristarco à descoberta do
seu favorito. E por acaso.
Durante uma festa escolar, exibia-se a banda. Distrai-se o bombo e solta fora de tempo um
magnífico tiro, que ia bem à composição executada como uma gota de tinta Monteiro numa aquarela.
Metade dos ouvintes acreditaram que aquilo era um capricho wagneriano enxertado de propósito;
outra metade não conteve o riso.
Aristarco admirava o bombo em solo, solidão das salvas em pleno mar, fator grandioso de
sonoridade que o Zé Pereira multiplica Mas o riso dos convidados incomodou-o.
Acabada a festa, mandou vir a presença o artista do estampido. Apresenta-se o músico e não sei
como se entenderam que, em vez de castigo, retirou-se Rômulo do gabinete com os forais vantajosos
de genro ad honorem.
O escandaloso favor suscitou uma reação de inveja.
Rômulo era antipatizado. Para que o não manifestassem excessivamente, fazia-se temer pela
brutalidade. Ao mais insignificante gracejo de um pequeno, atirava contra o infeliz toda a
corpulência das infiltrações de gordura solta, desmoronava-se em socos. Dos mais fortes vingava-se,
resmungando intrepidamente.
Para desesperá-lo, aproveitavam-se os menores do escuro. Rômulo, no meio, ficava tonto,
esbravejando juras de morte, mostrando o punho. Em geral procurava reconhecer algum dos
impertinentes e o marcava para a vindita. Vindita inexorável.
No decorrer enfadonho das últimas semanas, foi Rômulo escolhido, principalmente, para
expiatório do desfastio. Mestre cook! via-se apregoado por vozes fantásticas, saídas da terra; mestre
cook! por vozes do espaço, rouquenhas ou esganiçadas. Sentava-se acabrunhado, vendo se se
lembrava de haver tratado panelas algum dia na vida; a unanimidade impressionava. Mais
freqüentemente, entregava-se a acessos de raiva. Arremetia bufando, espumando, olhos fechados,
punhos para trás, contra os grupos. Os rapazes corriam a rir, abrindo caminho, deixando rolar adiante
aquela ambulância danada de elefantíase.


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A uma das vaias estive presente. Rômulo marcou-me. Pouco depois encontrávamo-nos no longo
corredor que levava à biblioteca do Grêmio. Situação embaraçosa. Eu vinha, ele ia. Parar? Recuar?
Enquanto hesitava, fui-me adiantando. Rômulo, de salto, empolgou-me a gola da blusa. Sacudia a
ponto de macerar-me o peito. "Então, seu cachorro (sic), diga me aqui, se é capaz, quem é mestre."
A injúria equilibrou-me do espanto. Estava tudo perdido. Deitei bravura. "Mestre, mestríssimo
cook!" gritei-lhe à barba. Não sei bem do que houve. Quando dei por mim, estava estendido embaixo
de uma escada. Entraram-me na cabeça três pregos, que havia nos últimos degraus. Ponderando que
tinha no futuro tempo de sobra para vingança, levantei-me e sacudi da roupa a poeira humilhante da
derrota.
Afinal, o dia chegou dos exames primários.
Provas de formalidade para as transições do curso elementar: primeira aula, para a segunda,
segunda para a terceira, terceira para o ensino secundário.
Levavam-se assentos e mesas para o salão do oratório, o altar de um reposteiro, e repotreava-se
a comissão solene, da qual faziam parte personagens da instrução Pública, com o diretor e os
professores.
Aristarco representava, na mesa, o voto pensado do guarda-livros. Contas justas: aprovação
com louvor, cambiando às vezes para distinção simples; atraso de trimestre, aprovação plena com
risco de simplificação; atraso de semestre, reprovado.
Havia no Ateneu, fora desta regra, alunos gratuitos, dóceis criaturas, escolhidas a dedo para o
papel de complemento objetivo de caridade, tímidos como se os abatesse o peso do beneficio; com
todos os deveres, nenhum direito, nem mesmo o de não prestar para nada. Em retorno, os professores
tinham obrigação de os fazer brilhar, porque caridade que não brilha é caridade em pura perda.
Nas provas do terceiro ano, as distinções foram tão numerosas, que me veio ter às mãos uma,
sem escândalo aliás, que desde muito perdera o medo e começava a quadrar-me a aisance das
demonstrações, como um mal contaminado do diretor. Fiz um figurão, apanhei a deliciosa nota, que
levei a mostrar em casa, como um bichinho raro, mimando-lhe o pêlo fino, beijocando-lhe a
focinheira. Sanches teve louvor; Maurílio, louvor; Cruz, louvor também, graças à especialidade da
cartilha, em que era provecto, espantando a comissão julgadora com a ladainha toda de Nossa
Senhora e ameaçando-nos com o calendário de cor. Santo por Santo, observações adjacentes, mais a
designação das festas móveis e das luas, como o próprio Doutor Ayer das pílulas catárticas o não
faria, Gualtério, palhaço, foi reprovado. Nascimento, o bicanca, fungou de satisfação: plenamente.
Negrão, Almeidinha, Álvares, distinção. Contra a distinção deste último, o Professor Mânlio
protestou surdamente; o bronco do Álvares com distinção! Batista Carlos, o bugre das setas, bomba!
Diante da comissão mostrou-se muito surpreendido das perguntas, como se tivesse alguma coisa com
aquilo; Barbalho, bomba. Barbalho pai andava atrasado semestre e meio e Barbalho filho não deixou
de salvar as aparências com uma escrupulosa colaboração de asneiras. O ótimo, o venerável Rebelo
não compareceu: deixara o colégio, havia meses, por causa dos olhos.
Enquanto na sala verde, emparedada de pórfiro polido, esperava, com os colegas, que
aparecesse à porta o inspetor que devia ler o resultado do escrutínio, foi-me parar a vista aos quadros
de alto-relevo, das artes e das indústrias. os risonhos meninos nus fraternais, em gesso puro e inocên-
cia. Senti-me velho. Que longa viagem de desenganos! Alguns meses apenas, desde que vira, à
primeira vez, as ideais crianças vivificadas no estuque pelo contágio do entusiasmo ingênuo, ronda
feliz do trabalho... Agora, um por um que os interpretasse, aos pequenos hipócritas mostrando as
nádegas brancas com um reverso igual de candura, um por um que os julgasse, e todo aquele gesso
das facezinhas rechonchudas coraria de uma sanção geral e esfoladora de palmadas. Não me
enganavam mais os pequeninos patifes. Eram infantis, alegres, francos, bons, imaculados, saudade
inefável dos primeiros anos, tempos da escola que não voltam mais!... E mentiam todos!... Cada rosto
amável daquela infância era a máscara de uma falsidade, o prospecto de uma traição. Vestia-se ali de
pureza a malícia corruptora, a ambição grosseira, a intriga, a bajulação. a covardia, a inveja, a
senssualidade brejeira das caricaturas eróticas, a desconfiança selvagem da incapacidade, a emulação


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deprimida do despeito, a impotência, o colégio, barbaria de humanidade incipiente, sob o fetichismo
do Mestre, confederação de instintos em evidência, paixões, fraquezas, vergonhas, que a sociedade
exagera e complica em proporção de escala, respeitando o tipo embrionário, caracterizando a hora
presente, tão desagradável para nós, que só vemos azul o passado, porque é ilusão e distância.
Para a exposição dos desenhos foram retiradas as carteiras da sala de estudo, forradas de cetim
escuro as paredes e os grandes armários. Sobre este fundo, alfinetaram-se as folhas de Carson,
manchadas a lápis pelo sombreado das figuras, das paisagens, pregaram-se, nas molduras de friso de
ouro, os trabalhos reputados dignos desta nobilitação.
Eu fizera o meu sucessozinho no desenho, e a garatuja evoluíra no meu traço, de modo a merecer
encômios. A principio, o bosquejo simples, linear, experiência da mão; depois, os esbatimentos de
tons que consegui logo como um matiz de nuvem: depois, as vistas de campo, folhagem rendilhada
em bicos, pardieiros em demolição pitoresca da escola francesa, como ruínas de pau podre, armadas
para os artistas. Depois de muito moinho velho, muita vivenda de palha, muito casarão deslombado,
mostrando as misérias como um mendigo, muita pirâmide de torre aldeã esboçada nos últimos
planos, muita figurinha vaga de camponesa, lenço em triângulo pelas costas, rotundas ancas, saias
grossas em pregas, sapatões em curva, passei ao desenho das grandes copias, pedaços de rosto
humano, cabeças completas, cabeças de corcel; cheguei à ousadia de copiar com toda a magnificência
das sedas, toda a graça forte do movimento, uma cabra de Tibete!
Depois da distinção do curso primário, foi esta cabra o meu maior orgulho. Retocada pelo
professor, que tinha o bom gosto de fazer no desenho tudo quanto não faziam os discípulos, a cabra
tibetana, meio metro de altura, era aproximadamente obra-prima. Ufanava-me do trabalho. Não quis
a sorte que me alegrasse por muito. Negaram-me à bela cabra a moldura dos bons trabalhos; ainda em
cima - considerem o desespero! exatamente no dia da exposição, de manhã, fui encontrá-la borrada
por uma cruz de tinta, larga, de alto a baixo, que a mão benigna de um desconhecido traçara. Sem
pensar mais nada, arranquei à parede o desgraçado papel e desfiz em pedaços o esforço de tantos dias
de perseverança e carinho.
Quando os visitantes invadiram a sala, notaram na linha dos trabalhos suspensas duas
enigmáticas pontas de papel rasgado. Estranhavam, ignorando que ali estava, interessante, em último
capitulo, a história de uma cabra, de uma cruz, drama de desespero e espólio miserando de uma
obra-prima que fora.
As exposições artísticas eram de dois em dois anos, alternadamente com as festas dos prêmios.
Conseguia-se assim uma quantidade fabulosa de papel riscado para maior riqueza das galerias.
Cobria-se o metim desde o soalho até ao teto. Havia de tudo, não só desenhos. Alguns quadros a
óleo, do Altino, risonhas aguarelas acidentando a monotonia cinzenta do Fáber, do Conté, do fusain.
Os futuros engenheiros aplicavam se às aguadas de arquitetura, aos desenhos coloridos de máquinas.
Entre as cabeças a creiom retinto, crinas de ginete, felpas de onagro lanzudo, inclinando o funil
das orelhas, cerdosas frontes hirsutas de javalis, que arreganhavam presas, perfis de audácia em
colarinhos de renda, abas atrevidas de feltro, plumas revoltas, fisionomias de marujo, selvagens,
arrepiadas, num sopro de borrasca, barbas incultas, carapaça esmurrada sobre a testa, cachimbo aos
dentes; entre todas estas caras, avultava uma coleção notável de retratos do diretor.
O melindroso assunto fora inventado pela gentileza de um antigo mestre. Preparou-se modelo;
um aluno copiou com êxito; e, depois, não houve mais desenhista amável que não entendesse
zeladamente dever ensaiar-se na respeitável verônica. Santo Deus! que ventas arranjavam ao pobre
Aristarco! Era até um desaforo! Que olhos de blefarite! que bocas de beiços pretos! que calúnia de
bigodes! que invenção de expressões aparvalhadas para o digno rosto do nobre educador!
Não obstante, Aristarco sentia-se lisonjeado pela intenção. Parecia-lhe ter na face a cocegazinha
sutil do creiom passando, brincando na ruga mole da pálpebra, dos pés-de-galinha, contornando a
concha da orelha, calcando a comissura dos lábios, entrevista na franja dos fios brancos, definindo a
severa mandíbula barbeada, subindo pelas dobras oblíquas da pele ao nariz, varejando a pituitária,
extorquindo um espirro agradável e desopilante.


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Por isso eram acatados os desenhistas da verônica.
Os retratos todos, bons ou maus, eram alojados indistintamente nas molduras de recomendação.
Passada a festa, Aristarco tomava ao quadro o desenho e levava para casa. Tinha-os já às resmas. Às
vezes, em momentos de esplim, profundo esplim de grandes homens, desarrumava a pilha; forrava de
retratos, mesas, cadeiras, pavimento. E vinha-lhe um êxtase de vaidade. Quantas gerações de
discípulos lhe haviam passado pela cara! Quantos afagos de bajulação à efígie de um homem
eminente! Cada papel daqueles era um pedaço de ovação, um naco de apoteose.
E todas aquelas coisas malfeitas animavam-se e olhavam brilhantemente. "Vê, Aristarco",
diziam em coro, "vê; nós que aqui estamos, nós somos tu, e nós te aplaudimos!" E Aristarco, como
ninguém na terra, gozava a delícia inaudita, ele incomparável, único capaz de bem se compreender e
de bem se admirar - de ver-se aplaudido em chusma por alter egos, glorificado por uma multidão de
si-mesmos. Primus inter pares.
Todos, ele próprio, todos aclamando-o.

VIII


No ano seguinte, o Ateneu revelou-se-me noutro aspecto. Conhecera-o interessante, com as
seduções do que é novo, com as projeções obscuras de perspectiva, desafiando curiosidade e receio;
conhecera-o insípido e banal como os mistérios resolvidos, caiado de tédio; conhecia-o agora
intolerável como um cárcere, murado de desejos e privações.
Desenvolvido à força e habilitado no torvelinho moral do internato, aproveitara os dois meses
de feriado para espreitar a animação da vida exterior. A sala, a sociedade, os negócios da praça
pública, que na infância são como contatos de nevoeiros resvalando pela imaginação, que nos
despertam com um estardalhaço de pesadelo, que fogem, que somem-se, deixando-nos
readormecidos no esquecimento da idade, ao tempo em que preferimos da soirée os bens-bocados,
das toilettes os laços de cores rútilas, ignorando que há talvez na vida alguma coisa mais açúcar que o
açúcar, e que o toque macio pode uma vez levar vantagem à coloração fulgurante, quando invejamos
das posições sociais modestamente o garbo de Faetonte nos carros de praça ou a bravura rubente de
umas calças de grande uniforme, sem saber que as ambições vão mais alto e que há comendadores; o
movimento do grande mundo não me aparecia mais como um teatro de sombras. Comecei a penetrar
a realidade exterior como palpava a verdade da existência no colégio. Desesperava-me então ver-me
duplamente algemado à contingência de ser irremissivelmente pequeno ainda e colegial. Colegial,
quase calceta! marcado com um número, escravo dos limites da casa e do despotismo da
administração.
Havia a escassa compensação dos passeios. Uniformizava-se de branco o colégio como para as
festas de ginástica, com os gorros de cadarço e saiamos a dois, a quatro de fundo, tambores, clarins à
frente.
No ano anterior, os passeios tinham sido insignificantes, marchas alegres pelo arrabalde.
Vinham ao peitoril as mocinhas, e nós todos, anchos de militarismo, despendíamos elegância
prodigamente. Eram melhores as excursões à montanha. Subíamos aos Dois irmãos, caminho do
Corcovado, marchávamos até à Caixa-d'Água. Ai debandávamos na ameníssima chapada.
Os passeios eram depois do jantar. À noitinha voltávamos, dando balanço às notas de
sensações, um deslumbramento verde de floresta, um retalho de afogueado crepúsculo, um canto de
cidade ao longe diluído em fumaça cor de pérola, ou o olhar de uma dama e o sorriso de outra,
projetis inofensivos de namoro que na hipótese de andar a gente em forma têm o defeito da incerteza,
se vêm expressamente a nós, se ao vizinho, e a nós apenas por uma casualidade de ricochete - o
ciúme eterno dos cerra-filas que a Praia Vermelha conhece.
Os nossos passeios foram mais consideráveis.
Primeiro ao Corcovado, assalto ao gigante, hoje domado pela vulgaridade da linha férrea.


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Às 2 horas da noite, troaram os tambores como em quartel assaltado. Os rapazes, que mal
havíamos dormido, na excitação das vésperas, precipitaram-se dos dormitórios. Às 3 e pouco
estávamos na serra.
Aristarco rompia a marcha, valente como um mancebo, animando a desfilada como Napoleão
nos Alpes.
Passeio noturno de alegria sem nome. As árvores beiravam a estrada de muros de sombra num e
noutro ponto rendada de frestas para o céu límpido. No caminho, trevas de túnel e agitação confusa
das roupas, malhada a esmo de placas de luar brando - reptil imenso de cinza e leite em vagarosa
subida. Que sonho de cócegas experimentaria o colosso, na dormência de pedra que o prostrava
ainda, espezinhado pela invasão! Subíamos. Pelas abertas do arvoredo devassávamos abismos; ao
fundo, a iluminação pública por enfiadas, como rosários de ouro sobre veludo negro.
A boa altura, acampamos para o café. Criados que nos precediam com o farnel, improvisaram
um balcão, e nos serviam sucessivamente na ordem da forma. Felizes alguns, conseguiram uma gota
de fino Porto, mais quente que o café, reforçando com um banho interno de conforto contra a
umidade da altitude e da hora, inflamando a coragem como um punch, avivando a alegria como um
brinde de fogo.
O espaço aparecia mais claro sobre a renda das ramas; as últimas estrelas por entre as folhas
emurcheciam como jasmins, e fechavam-se. Aristarco deu ordens à banda. A subida recomeçou em
festa, um dobrado triunfal rasgou o silêncio das montanhas espavorindo a noite; o bombo de Rômulo
trovejou robusto, com imensa admiração da passarada que o espiava metendo o bico à beira dos
ninhos, que o cobiçava talvez para genro, aturdindo os ecos com um repente brutal de alvorada.
Ao passo que nos elevávamos, elevava-se igualmente o dia nos ares. Apostava-se a ver quem
primeiro cansava. Cada avanço da luz no espaço era como um excitante novo para a jornada,
suavizando a doçura do alvorecer todo o esforço da ascensão. Quando a música parava, ouvíamos na
alvenaria do grande encanamento, pelos respiradouros, as águas do Carioca, ciciando queixas
poéticas de náiade emparedada.
Avistávamos por hiatos de perspectiva a baia, o Oceano vastamente desdobrado em chamas,
extenso cataclismo de lava.
No planalto do Chapéu de Sol paramos. O diretor convencionou que, ao sinal de debandar,
assaltaríamos na carreira o espigão de granito empinado à extrema do monte. A rapaziada aclamou a
proposta e, com um alarido bárbaro de peleja, arrojamo-nos à conquista da altura.
Chegou na frente o Tonico, meninote nervoso, de São Fidélis, especialista invicto da carreira,
corredor de prática e princípios, que de cada exame da Instrução Pública fugia duas vezes à chamada,
entendendo que a fuga é a expressão verdadeira da força, e a bravura uma invenção artificial dos que
não podem correr.
Rômulo fez a asneira de tentar o espigão; ficou a meio caminho, sufocado, inanimado, roncando
por terra.
Almoçamos às dez horas, cada um para seu lado, depois da distribuição frugal do mantimento.
Fartos de paisagem, formamos para a descida.
Descida penosa. Tínhamos imprudentemente esgotado as forças na folgança. A marcha de volta
foi uma miséria. Formamos ainda, mas já não havia quem olhasse para o alinhamento. As correias
frouxas escapavam à cintura, as blusas às correias; os pés cambavam, mal equilibrados no calçado,
bambeavam os joelhos passadas de bêbado.
As crianças adiante voltavam os olhos dolorosamente para o diretor, segurando-se uns aos
outros pelos ombros, seguindo em grupos atropelados como carneiros para a matança. Aristarco, tão
lépido como na subida, estimulava o seu povinho, chasqueando compadecidas ironias.
Quis recorrer ao estimulante da música. Os músicos, derreados, haviam deixado os instrumentos
na carroça da matalotagem que vinha longe. Nem tambores, nem clarins; apenas Rômulo, atrás de
todos, trazia o bombo de roldão pela estrada como uma pipa.
Por maior tormento, fundia-se a soalheira em chumbo ardente sobre nós, acendendo reflexos


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insuportáveis na areia da estrada, enquanto reverberava o dia lá embaixo, sobre as casas, pelos jardins
nublados de vaporizações de estio, sobre a vegetação das montanhas, a florescer das tristes flores da
Paixão da aleluia.
Voltávamos de um dia alegre como soldados batidos. A ordem de marcha decompôs-se aos
poucos. Quando chegamos ao Rio Comprido, íamos por bandos dispersos, arquejantes, os de maior
fôlego na vanguarda; depois, em cauda interminável de alquebramento, os mais fracos, até aqueles
que ficavam pelo chão como enfermos, e que os inspetores buscavam como gado perdido.
No portão do Ateneu, mãos às cadeiras, dentinhos brancos à vista, esperava-nos Ângela, fresca
e forte, e recebia com uma vaia de risadas aquela entrada de vencidos, homens e moços.
Quando, tempos passados, anunciou-se o grande piquenique ao Jardim Botânico, certo não foi
objeção a lembrança deste descalabro de fadiga. Tínhamos almoçado na montanha; tratava-se agora
de ir jantar ao jardim. Prontos!
Ao meio-dia, apeava o Ateneu dos bondes especiais à porta do grande parque. Atravessamos
cantando um dos hinos do colégio as arcarias elevadas de palmas. Junto ao lago da avenida,
debandamos.
No bosque dos bambus, à esquerda, estavam armadas as longas mesas para o banquete das
quatro horas. Graças à boa vontade dos pais, prevenidos oportunamente, vergavam as tábuas, sobre
cavaletes, ao peso de uma quantidade rabelaisiana de acepipes. À parte, em cestos, no chão,
amontoavam-se frutas, caixas e frascos de confeitaria.
Era por um desses dias caprichosos, possíveis todo o ano, mais freqüentes de verão, em que as
bátegas de chuva fazem alternativa com as mais sadias expansões de sol, deliciosos e traidores, em
que, parece, a alma feminina se faz clima com as incertezas de pranto e riso.
Chovera uma vez ao partirmos, outra vez em viagem; havia no jardim muita umidade na relva e
sob as folhas caídas; às alamedas de mais sombra, via-se a areia crivada recentemente dos pequeninos
frutos que cava o gotejar do arvoredo. Mas eram tão claros os trechos de bom tempo, no intervalo dos
nimbos, que não podiam apreensões de aguaceiro entibiar a franqueza de alegria a que estávamos
preparados.
A rapaziada dispersou-se pelos gramados para a montanha, para os canaviais e pomares de
ingresso vedado. Alguns, munidos de anzóis, acocoravam-se à beira do açude, como batráquios,
enquanto esperavam que picasse a probabilidade difícil de um peixe.
Os de espírito calmo buscavam sítios de soledade, iam passear a cisma silenciosa; os
sentimentais, com o instinto dos fotógrafos paisagistas, ensaiavam, comparavam, aplaudiam os
melhores pontos de vista, ou, simplesmente, dois a dois, íntimos, seguiam para longe, braços pela
cintura, balbuciando diálogos lentos. Os menores corriam, armando animadíssimos brincos,
atiravam-se às borboletas, iam pelos cursos d'água canalizada através do parque, perseguindo a fuga
de um graveto, trépido, inalcansável na evasão rápida da linfa. Nos enredamentos obscuros do
bosque, exatamente onde o artista grego incluiria um sátiro, podia-se surpreender sob uma blusa o
confiado abandono bucólico de outros colegas.
De quando em quando, um sinal de clarim. Tocava-se a reunir e fazia-se a distribuição das
gulodices. Muitos não compareciam.
Às quatro horas a banda de música assinalou com o hino nacional o grande momento da festa
campestre.
De todos os pontos do jardim começaram a chegar magotes pressurosos de uniformes brancos.
Os vigilantes, enérgicos, regularizavam a ocupação dos lugares.
Ao correr da mesa, fechou-se o bloqueio ameaçador de dentaduras. No centro alinhavam-se as
peças, sem conta, frias, sem molho, apetitosas, entretanto, da cor tostada e do aroma suculento.
Os garfos agitavam-se inimigos, amolavam-se os trinchantes nas mãos dos copeiros...
Obrigados a uma sobranceria estóica de filósofos, depois da provação definitiva do forno, nem
os perus, nem os leitões, nem os tímidos frangos mostravam aperceber-se da situação arriscada.
Os frangos, de pernas para trás, sobre o dorso, cabeça escondida na asa, pareciam dormir


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sonhando o calembur das penas perdidas; os redondos bácoros, encouraçados na bela cor de
torresmo, serviam-se dos olhos de azeitona para não mais ver as seduções mentidas da existência,
empenhados em ensinar aos homens como se leva a cabo o suplício culinário dos palitos, com a
agravante azeda dos limões em rodela; os perus, soberbos até à última e menos filosóficos,
prescindiam francamente da cabeça, orgulhosos apenas da vastidão do peito, enfunando a vaidade
cheia do papo, hipertrofia de farofa.
Guarnecendo os assados, perfilavam-se as garrafas pretas desarrolhadas, conglobavam-se
montes de maças, peras, laranjas, apoiadas às nacionalíssimas bananas, como um traço de nativismo.
Os pudins, as marmeladas, as compotas enchiam os vãos da toalha, com um zelo apertado de
mediador plástico. Mesmo sem meter em conta as postas de rosbife com que contribuirá Aristarco,
percebe-se que era de truz o jantar.
Quando os rapazes sentaram-se, em bancos vindos do Ateneu de propósito, e um gesto do
diretor ordenou o assalto, as tábuas das mesas gemeram. Nada pôde a severidade dos vigilantes
contra a selvageria da boa vontade. A licença da alegria exorbitou em canibalismo.
Aves inteiras saltavam das travessas; os leitões, à unha, hesitavam entre dois reclamos
igualmente enérgicos, dos dois lados da mesa. Os criados fugiram. Aristarco, passando, sorria do
espetáculo como um domador poderoso que relaxa. As garrafas, de fundo para cima, entornavam rios
de embriaguez para os copos, excedendo-se pela toalha em sangueira. Moderação! moderação!
clamavam os inspetores, afundando a boca em aterros de farofa dignos do Sr. Revy. Alguns rapazes
declamavam saúdes, erguendo, em vez de taça, uma perna de porco. À extremidade da última das
mesas um pequeno apanhara um trombone e aplicava-se, muito sério, a encher-lhe o tubo de carne
assada. Maurílio descobriu um repolho recheado e devorava-o às gargalhadas, afirmando que era
munição para os dias de gala. Cerqueira, ratazana, curvado, redobrado, sobre o prato, comia como
um restaurante, comia, comia, comia como as sarnas, como um cancro. Sanches, meio embriagado,
beijava os vizinhos, caindo, com os beiços em tromba. Ribas, dispéptico, era o único retraído;
suspirava de longe, anjo que era, diante dos reprovados excessos da bacanal.
Em meio do tumulto ebrifestante, ouviram-se palmas. À cabeceira da mesa principal,
apresentavam-se de pé Aristarco e o empertigadinho e cúprico Professor Venâncio. Era a poesia!
Venâncio de Lemos costumava improvisar, mais ou menos previamente, estrofes análogas nas festas
campestres...
Outros professores, que tinham concorrido ao piquenique, davam-se à faina grosseira de jantar.
Ele, não.
Havia um quarto de hora que andava misteriosamente por uma aléia de bambus, esfiapando as
barbicas, a gaforina, palpando a testa, arrancando inspiração ao couro cabeludo, passando, nervoso,
repassando, espiado furtivamente pela nossa admiração. Ninguém ousava acercar-se, temendo
perturbar a elaboração do gênio.
Muxoxos adoráveis das brisas, que andais pela mata, gemedoras fontes, que desfiais à toa as
lágrimas de vossos penares, amáveis sabiás cantores, que viveis de plantão na palmeira da literatura
indígena, sem que vos galardoe uma verba da secretaria do império, vinde comigo repartir o segredo
do vosso encanto! Sedutoras rolinhas, um pouco da vossa ternura! Vividos colibris, a mim! que sois
como os animados tropos no poema frondoso da floresta... E as inspirações vieram. Primeiro,
cerimoniosamente, à altura, volteando espirais de urubu sobre a carniça; depois, de chofre, caindo-lhe
às bicadas sobre o estro. O estro entorpecido acordou. Fez-se hipogrifo um asno morto. O poeta foi
registrando as estrofes.
Quadras de rima fácil de particípios, espancados pelo camartelo contundente dos agudos.
Sustou-se em toda a linha o furor gastronômico dos rapazes. Ficamos a ouvir, surpresos.
Murmuraram as brisas; as fontes correram; tomaram a palavra os sabiás; surgiram palmeiras em
repuxo; houve revoadas de juritis, de beija-flores; todas essas coisas, de que se alimentam versos
comuns e de que morrem à fome os versejadores. Súbito, no melhor das quadras, exatamente quando
o poeta apostrofava o dia sereno e o sol, comparando a alegria dos discípulos com o brilho dos


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prados, e a presença do Mestre com o astro supremo, mal dos improvisos prévios! desata-se das
nuvens espessadas uma carga-d'água diluvial, única, sobre o banquete, sobre o poeta, sobre a
miseranda apóstrofe sem culpa.
Venâncio não se perturbou. Abriu um guarda-chuva para não ser inteiramente desmentido pelas
goteiras e continuou, na guarita, a falar entusiasticamente ao sol, a limpidez do azul.
Não querendo desprestigiar o estimável subalterno, Aristarco fingia acreditar no improviso e,
indiferente, deixava cair o aguaceiro. As abas do chapéu de palha murchavam-lhe ao redor da cabeça,
o rodaque branco desengomava-se em pregas verticais gotejantes.
Para os rapazes a chuva foi novo sinal de desordem. Deixou-se o poeta com a sua inspiração
arrebatadora de bom tempo; recomeçou a investida aos pratos.
A abóbada de folhagem que nos cobria, em vez de atenuar a violência das águas, concorria para
fazer mais grossos os pingos. Pouco importava. A filosofia impermeável do diretor servia-nos
também de capa. Que chovesse! Era o molho dos manjares que nos faltava. As frutas lavadas luziam
com um verniz de frescura que o próprio outono não possui. O vinho estendia-se pela toalha
encharcada numa generalização solene de púrpura. O banho oportuno do banquete vinha temperar a
demasiada aridez das farinhas de recheio. "Acabamos pela sopa, descobriu Nearco, o penetrante, por
onde o vulgo principia!"
Qual acabávamos! Ninguém acabou. Sucedeu que, com os fundilhos molhados, ninguém quis
mais sentar-se. Girou o atropelo ao redor das mesas; os bancos foram repelidos a pontapés.
Repartia-se o doce sem eqüidade; quem não avançava a tempo ficava sem ele. Dois inspetores, João
Numa e o Conselheiro, a pretexto de decidir uma contenda, arranjaram-se com uma caixa de
pessegada e desapareceram.
A chuva desculpava a bebida. Era inacreditável o consumo de brindes. Brindes a Aristarco,
brindes aos companheiros, ao Silvino, ao poeta, ao sol, aos temporais, ao trovão escandinavo;
inimigos figadais, no transporte do prazer, reconciliaram-se; Barbalho saudou-me fogosamente.
Rômulo, já tonto, afastado das mesas, brindava o copeiro que lhe arranjara uma garrafa; depois
brindou a noiva; o criado, bebendo também, tocou-lhe o copo.
Como escurecia, o diretor fez o clarim chamar à forma.
Debaixo do aguaceiro que não cessava, o colégio alinhou-se como bem pôde. Muitos,
queixando-se de saúde delicada, obtiveram dispensa desta inoportuna disciplina de equilíbrio;
seguiram adiante para o portão abrigado do jardim... Após, fomos os outros, em marcha regular,
pingando de molhados. A fita vermelha dos gorros desbotava-se-nos pelo rosto em fios sanguíneos.
Quando chegamos ao portão, já nos esperavam os bondes especiais. Do outro lado da rua, à
entrada do conhecido restaurante, apareceu a família do Aristarco com alguns professores, que lá
tinham jantado. D. Ema, pelo braço do Crisóstomo, a Melica altivamente só e distanciada.
No colégio, tivemos ordem de subir a descanso nos dormitórios. Preventivo louvável de
prudência, depois dos excessos e da tempestade sofrida. O descanso foi simplesmente um
prolongamento da pândega do passeio. Para cessar a desordem, tocou-se a estudo... Baixamos ao
salão geral. Aristarco, reassumindo a dureza olímpica da seriedade habitual, apresentou-se e
perguntou asperamente se pretendíamos que a vida passasse a ser agora um piquenique perpétuo na
desmoralização. Tacitamente negamos e a tranqüilidade normal entrou nos eixos.
Não sabíamos que, a essas horas, preparava o segredo da alta justiça uma trama de intrigas, que
devia estragar em terrores a lembrança do grande passeio.
A hora da ceia, na mesma porta em que se lia a gazetilha das aulas, sombrio como nunca,
vagaroso como os compassos de réquiem, tétrico como o Juízo Final, entrou o diretor.
Pausa preliminar, frêmito de sensação pelo refeitório: "Tenho a alma triste", começou,
cavernosamente. Uma cinta de trovões no horizonte, restos da tormenta da tarde, faziam fundo às
palavras em coro esquiliano.
"Tenho a alma triste. Senhores! A imoralidade entrou nesta casa! Recusei-me a dar crédito,
rendi-me à evidência..." Com todo o vigor tenebroso dos quadros trágicos, historiou-nos uma


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aventura brejeira. Uma carta cômica e um encontro marcado no Jardim. "Ah! mas nada me escapa...
tenho cem olhos. Se são capazes, iludam-me! Está em meu poder um papel, monstruoso corpo de
delito! assinado por um nome de mulher! Há mulheres no Ateneu, meus senhores!"
Era uma carta do Cândido, assinada Cândida.
"Esta mulher, esta cortesã fala-nos da segurança do lugar, do sossego do bosque, da solidão a
dois... um poema de pouca-vergonha! É muito grave o que tenho a fazer. Amanhã é o dia da justiça!
Apresento-me agora para dizer somente: serei inexorável, formidando! E para prevenir: todo aquele
que direta ou indiretamente se acha envolvido nesta miséria... tenho a lista dos comprometidos... e
que negar espontâneo auxilio ao procedimento da justiça, será reputado cúmplice e como tal:
punido!"
Este convite era um verdadeiro arrastão. Remexendo a gaveta da consciência e da memória,
ninguém havia, pode-se afirmar, que não estivesse implicado na comédia colegial dos sexos, ao
menos pelo enredo remoto do ouvi dizer. Ouvir dizer e não denunciar logo, era um crime, dos grandes
na jurisprudência costumeira. A devassa prometida fazia alarma geral. Como prever as complicações
do processo? Como adivinhar o segredo tremendo da lista?
Aristarco ufanava-se de perspicácia de inquisidor. Sob a saraivada das perguntas, ameaças,
promessas, o interrogado perturbava-se, comprometia-se, entregava-se e traia os outros; nos
processos do gabinete, os fatos floresciam em carimbo, frutificavam em cacho; a pesquisa de uma
culpa descobria três, sem contar as ramificações da cumplicidade de outiva.
Ao retirar-se, o diretor deixou na sala uma estupefação de pavor.
Eu, particularmente, tinha valiosos motivos de sobressalto. A guerra latente que já me ligava ao
diretor, como as conjunções disjuntivas, exacerbara-se com um episódio gravíssimo, rompimento
decisivo.
A caminho da biblioteca, no mesmo lagar do infeliz encontro com o enorme Rômulo, achei-me
inesperadamente com o Bento Alves.
As simpatias do excelente companheiro não tinham diminuído. Durante as férias, fora ver-me
em casa, travando relações com a minha família Fui recomendado insistidamente ao amigo, que me
valesse, nas dificuldades da vida colegial, contra o constante perigo da camaradagem perniciosa.
Durante o mês de janeiro não nos vimos. Por ocasião da abertura das aulas, notei-lhe um calor novo
de amizade, sem efusões como dantes, mas evidentemente testemunhado por tremores da mão ao
apertar a minha, embaraços na voz de amoroso errado, bisonho desviar dos olhos, denunciando a
relutância de movimentos secretos e impetuosos. Às vezes mesmo, um reflexo assustador de loucura
acentuava-se-lhe nos traços.
Interessava-me aquela agonia comprimida. Estranha coisa, a amizade que, em vez da
aproximação franca dos amigos, podia assim produzir a incerteza do mal-estar, uma situação
prolongada de vexame, como se a convivência fosse um sacrifício e o sacrifício uma necessidade.
Durante os primeiros dias do ano, poucos alunos chegados, ficávamos horas inteiras em
companhia. Trouxera-me um presente de livros, com dedicatória a cores de bela caligrafia, inscrita em
rosas entrelaçadas de cromo. Recordo-me também de um dulcíssimo cofre dourado de partilhas e
outras ridicularias de amabilidade que me oferecia, passado de vergonha pela insignificância do
obséquio. Confusamente ocorria-me a lembrança do meu papelzinho de namorada faz-de-conta, e eu
levava a seriedade cênica a ponto de galanteá-lo, ocupando-me com o laço da gravata dele, com a
mecha de cabelo que lhe fazia cócega aos olhos; soprava-lhe ao ouvido segredos indistintos para
vê-lo rir, desesperado de não perceber. Uma das irmãs casara no Rio Grande; ele mostrou-me o
retrato do noivo, um par de bigodes negros descaídos, com a noiva, um rosto oval correto e paro, o
turbilhão nevoento dos véus. Deu-me um botão de flor de laranjeira que tinham remetido.
Andavam assim as coisas, em pé de serenidade, quando ocorreu a mais espantosa mudança.
Não sei que diabo de expressão notei-lhe no semblante, de ordinário tão bom. Desvairamento
completo. Apenas me reconheceu, atirou-se como fizera Rômulo e igualmente brutal. Rolamos ao
fundo escuro do vão da escada. Derribado, contundido, espancado, não descurei da defesa. Entrevi


[Linha 3350 de 4767 - Parte 3 de 4]


na meia obscuridade do recanto um grande sapato embolorado. Lutando na poeira, sob o joelho
esmagador do assaltante, ataquei-lhe a cabeça, a cara, a boca, a formidáveis golpes de tacão,
apurando a energia de sola ferrada com a onipotência dos extremos. Bento Alves deixou-me
bruscamente.
Tínhamos lutado em silêncio, sem que nada mais se ouvisse do que os encontrões pelo soalho.
No corredor, entretanto, vimos Aristarco que chegava como em socorro. Bento Alves passou;
imobilizou-o com o olhar sem vista, esgazeado, medonho, de quem acaba de perpetrar um homicídio
e desapareceu, trôpego, manchado de pó, lábios inflamados, desordem nos cabelos.
Aristarco veio sobre mim. Que explicasse a briga! Eu estava como o adversário, empoeirado e
sujo como de rolar sobre escarros.
Respondi-lhe com violência.
"Insolente!" rugiu o diretor. Com uma das mãos prendendo-me a blusa, a estalar os botões, com
a outra pela nuca, ergueu-me ao ar e sacudiu. "Desgraçado! desgraçado, torço-te o pescoço!
Bandalhozinho impudente! Confessa-me tudo ou mato-te."
Em vez de confessar, segurei-lhe o vigoroso bigode. Fervia-me ainda a excitação do primeiro
combate; não podia olhar conveniências de respeito. Esperneei, contorci-me no espaço como um
escorpião pisado. O diretor arremessou-me ao chão. E, modificando o tom, falou: "Sérgio! ousaste
tocar-me!"
- Fui primeiro tocado! repliquei fortemente.
- Criança! feriste um velho!
Reparei que havia no chão fios brancos de bigode.
- Fui vilmente injuriado, disse. Ah! meu filho, ferir a um mestre é como ferir ao próprio pai, e
os parricidas serão malditos.
O tom comovido deste final inesperado impressionou-me até o intimo da alma. Estava vencido.
Fiquei por um minuto horrorizado de mim mesmo. De volta do atordoamento, achei-me só no
corredor. A saída dramática do diretor aumentou-me ainda remorsos. Houve uma reação de esforço
moral e desatei nervosamente em pranto, chorei a valer, amparando-me ao peitoril de uma janela.
Contava certo com um castigo excepcional, uma cominação qualquer do célebre código do
arbítrio, em artigo cujo grau mínimo fosse a expulsão solene.
Esperei um dia, dois dias, três: o castigo não veio. Soube que Bento Alves despedira-se do
Ateneu na mesma tarde do extraordinário desvario. Acreditei algum tempo que a minha impunidade
era um caso especial do afamado sistema das punições morais e que Aristarco delegara ao abutre da
minha consciência o encargo da sua justiça e desafronta. Hoje penso diversamente: não valia a pena
perder de uma vez dois pagadores prontos, só pela futilidade de uma ocorrência, desagradável, não
se duvida, mas sem testemunhas.
O caso morreu em segredo de discrição, encontrando-nos eu e o diretor num conchavo bilateral
de reserva, como se nada houvesse.
O ressentimento, porém, devia ser fundo e a perspectiva tormentosa do processo ameaçava-me
como o ensejo iminente da desforra.
Não foi possível dormir tranqüilo.
À hora do primeiro almoço, como prometera, Aristarco mostrou-se em toda a grandeza fúnebre
dos justiçadores. De preto. Calculando magnificamente os passos pelos do diretor, seguiam-no em
guarda de honra muitos professores. À porta fronteira, mais professores de pé e os bedéis ainda, e a
multidão bisbilhoteira dos criados.
Tão grande a calada, que se distinguia nítido o tique-taque do relógio, na sala de espera,
palpitando os ansiados segundos.
Aristarco soprou duas vezes através do bigode, inundando o espaço com um bafejo de
todo-poderoso.
E, sem exórdio:
"Levante-se, Sr. Cândido Lima!


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"Apresento-lhes, meus senhores, a Sr.a D. Cândida", acrescentou com uma ironia desanimada.
"Para o meio da casa! e curve-se diante dos seus colegas!"
Cândido era um grande menino, beiçudo, louro, de olhos verdes e maneiras difíceis de
indolência e enfado. Atravessou devagar a sala, dobrando a cabeça, cobrindo o rosto com a manga,
castigado pela curiosidade pública.
"Levante-se, Sr. Emílio Tourinho...
Este é o cúmplice, meus senhores!"
Tourinho era um pouco mais velho que o outro, porém mais baixo; atarracado, moreno, ventas
arregaladas, sobrancelhas crespas, fazendo um só arco pela testa. Nada absolutamente conformado
para galã; mas era com efeito o amante.
"Venha ajoelhar-se com o companheiro.
"Agora, os auxiliares..."
Desde as cinco horas da manhã trabalhava Aristarco no processo. O interrogatório, com o
apêndice das delações da polícia da polícia secreta e dos tímidos, comprometera apenas dez alunos.
A chamado do diretor, foram deixando os lugares e postando-se de joelhos em seguimento dos
principais culpados.
"Estes são os acólitos da vergonha, os co-réus do silêncio!"
Cândido e Tourinho, braço dobrado contra os olhos, espreitavam-se a furto, confortando-se na
identidade da desgraça, como Francesca e Paolo no inferno.
Prostrados os doze rapazes perante Aristarco, na passagem alongada entre as cabeceiras das
mesas, parecia aquilo um ritual desconhecido de noivado: a espera da bênção para o casal à frente.
Em vez da bênção chovia a cólera.
"... Esquecem pais e irmãos, o futuro que os espera, e a vigilância inelutável de Deus!... Na face
estanhada não lhes pegou o beijo santo das mães... caiu-lhes a vergonha como um esmalte postiço...
Deformada a fisionomia, abatida a dignidade, agravam ainda a natureza; esquecem as leis sagradas
do respeito à individualidade humana... E encontram colegas assaz perversos, que os favorecem,
calando a reprovação, furtando-se a encaminhar a vingança da moralidade e a obra restauradora da
justiça!..."
Não posso atear toda a retórica de chamas que ali correu sobre Pentápolis. Fica uma amostra do
enxofre.
Isto, porém, era um começo. Conduzidos pelos inspetores, saíram os doze como uma leva de
convictos para o gabinete do diretor, onde deviam ser literalmente seviciados, segundo a praxe da
justiça do arbítrio.
Consta que houve mesmo pancada de rijo. Os condenados negaram, depois. Em todo caso, era
de efeito o simples consta, engrandecido pela refração nebulosa do boato.
Concluída a chamada dos indiciados, a sala inteira respirou desafogo. No recreio, a rapaziada
dispersou-se com gritos festivos.
Franco, sobretudo, estava de um contentamento nunca visto. Casualmente em liberdade, por
não ter havido leitura das notas, fazia da circunstância uma pirraça contra o Silvino: "Eu é que sou o
mau", repetia andando à roda, "eu é que sou o bandalho, a peste do colégio!... O mau sou eu só!..."
Silvino foi gradualmente perdendo a paciência. Atirou-se por fim ao Franco, desesperado, lançou-o à
terra, meteu-lhe os pés. Alguns rapazes protestaram com gritos, Silvino ameaçou. Fogosos da
exaltação desordeira do passeio da véspera, que por momentos dominara o terror do processo,
reuniram-se em massa contra o Silvino. O inspetor salvou a força moral refugiando-se no alto da
escada e fazendo de cima trejeitos enérgicos com a carteira e o lápis.
À tardinha, em nome do diretor, foram convocados a castigo os cabeças do motim.
Eu no meio. Fomos alinhados vinte e tantos no corredor que partia do refeitório. Na qualidade
de presos políticos, vitimas de generosa sedição, não nos vexava a penitência. Uns conversavam
gracejando, outros sentavam-se no soalho. Junto de mim ficava um armário dos aparelhos escolares,
revestindo-se a vidraça de uma tela protetora de metal. Através do arame, na última luz vespertina, eu


[Linha 3450 de 4767 - Parte 3 de 4]


espiava lá dentro os queridos planetas de vago brilho, como a noite encarcerada ainda.
Por trás do armário, havia uma porta. Conversavam do outro lado, na sala das visitas, Aristarco
e o guarda-livros. Chegavam-me palavras perdidas "... De boa família dois, um descrédito! Vão
pensar... Expulsar não é corrigir... Isto é o menos; não há gratuitos?... Sim, sim. Quanto a mim...
desagradável sempre riscar... borra a escrita... Em suma... mocidade..."
Acabavam de acender a iluminação do Ateneu.
Decididamente, era um dia nefasto. Do corredor, ouvimos enorme barulho no pátio.
Recomeçavam as vaias. Protegidos pela noite, mostravam-se mais alvoroçados os rapazes. Era um
tumulto indescritível, vozear de populaça em revolta, silvos, brados, injúrias, em que os gritos
estrídulos dos pequenos destacavam-se como arestas da massa confusa de clamores.
Os inspetores chegaram aterrados a procurar o diretor, mostrando a cara salpicada de verrugas
vermelhas. Adivinhei. Era a revolução da goiabada! Uma velha queixa.
A comida do Ateneu não era péssima.
O razoável para algumas centenas de tolinhos. Possuía mesmo o condimento indispensado das
moscas, um regalo. Mas aborrecia a impertinência insistida de certos pratos. Uma epidemia, por
exemplo, de fígados guisados, o ano todo! Ultimamente, havia três meses, a goiabada mole de
bananas, manufatura econômica do despenseiro.
Aristarco empalideceu de despeito. Visava-o diretamente a desaforada insurreição. E isto no
mesmo dia em que fizera espetáculo da justiça tremenda. Não quis, entretanto, arriscar o prestigio.
Vimo-lo no corredor, incerto, sem sangue, mandando que voltassem os bedéis a acalmar.
Torturava-o ainda em cima o ser ou não ser das expulsões. Expulsar... expulsar... falir talvez. O
código, em letra gótica, na moldura preta, li estava imperioso e formal como a Lei, prescrevendo a
desligação também contra os chefes da revolta... Moralidade, disciplina, tudo ao mesmo tempo... Era
demais! era demais!... Entrava-lhe a justiça pelos bolsos como um desastre. O melhor a fazer era
chimpar um murro no vidro amaldiçoado, rasgar ao vento a letra de patacoadas, aquela porqueira
gótica de justiça!
Quando informaram qual o motivo das assuadas, saiu-lhe um peso do coração! "Ah! Tinham
motivo... Mas aquilo era patota do despenseiro... Pedras que lhe atirassem seria pouco... Mas não
tinha culpa... Era indústria secreta a goiabada de bananas!..."
A sineta, chamando à ceia, pacificou os ânimos. Espalhou-se que Aristarco rendia-se à revolta e
ia falar.
À mesma porta em que aparecera formidável de manhã, surgiu-nos transformado, manso, liso
como a própria cordura e a lealdade; altivo, contudo, quanto comportava a submissão.
"Mas por quê, meus amigos, não formularam uma representação? A representação é o motim
reduzido à expressão ordeira e papeliforme! Qual a necessidade da representação por assuadas? Têm
todos razão... Perdôo a todos... Mas eu sou tão enganado como os senhores... Até hoje estava
convencido de que a goiabada era de goiaba... A verba consagrada é para a legitima de Campos...
Nesta casa não há misérias!... Quando alguma coisa faltar, reclamem que aqui estou eu para as
providências, vosso Mestre, vosso pai!... Legitimo cascão de Campos... Aqui têm as latas... Mais
latas!... leiam o rótulo... Como podia eu suspeitar..."
Enquanto o diretor falava, ia-lhe um copeiro amontoando em torno quanta lata vazia encontrou
na copa. Grandes caixas redondas de folha, espelhantes como luas, com o letreiro em barra. Aristarco
mirava-se nos luminosos documentos da sua inteireza. "Legitimo cascão! legitimo cascão, meus
senhores!" garantia, tamborilando com os nós dos dedos numa tampa.
Escangalhavam-se as pilhas fragorosamente pelo soalho, mas o montão subia, em desordem,
cintilando reflexos amarrotados do gás. Aristarco avultava sobre as latas, como o principio salvo da
autoridade. A justificação era completa. Mais algumas palavras azeitadas de ternura, e todo
ressentimento cedia, e nós saudávamos o diretor, grande ali, como sempre, sobre o chamejamento do
Flandres.



[Linha 3500 de 4767 - Parte 3 de 4]



IX


A anistia dos revolucionários aproveitou por extensão aos execrandos réus da moralidade. Já
frouxa a fibra dos rigores, Aristarco despediu-os do gabinete com a penitência de algumas dezenas
de páginas de escrita e reclusão por três dias numa sala. Desprestigiava-se a Lei, salvavam-se, porém,
muitas coisas, entre as quais o crédito do estabelecimento, que nada tinha a lucrar com o escândalo de
um grande número de expulsões. Quanto ao encerramento dos culpados na trevosa cafua, impossível,
que lá estava o Franco, por exigência expressa do Silvino, como causador primeiro das inqualificáveis
perturbações da ordem no Ateneu.
Esta resolução agradou-me sumamente. Pena seria, em verdade, que perdesse eu, logo depois
do Bento Alves, tão desastradamente concluído na história sentimental das minhas relações, o meu
amigo Egbert.
Adquirira-o com a transição para as aulas secundárias, onde o encontrei com outros adiantados.
Vizinhos de banco, compreendemo-nos, mutuamente simpáticos, como se um propósito secreto de
coisa necessária tivesse guiado o acaso da colocação.
Conheci pela primeira vez a amizade. A insignificância cotidiana da vida escolar em que a gente
se aborrece é favorável ao desenvolvimento de inclinações mais sérias que as de simples conveniência
menineira. O aborrecimento é um feitio da ociosidade, e da mãe proverbial dos vícios gera-se também
o vicio de sentir.
A convivência do Sanches fora apenas como o aperfeiçoamento aglutinante de um sinapismo,
intolerável e colado, espécie de escravidão preguiçosa da inexperiência e do temor; a amizade de
Bento Alves fora verdadeira, mas do meu lado havia apenas gratidão, preito à força, comodidade da
sujeição voluntária, vaidade feminina de dominar pela fraqueza, todos os elementos de uma forma
passiva de afeto, em que o dispêndio de energia é nulo, e o sentimento vive de descanso e de sono.
Do Egbert, fui amigo. Sem mais razões, que a simpatia não se argumenta. Fazíamos os temas de
colaboração; permutávamos significados, ninguém ficava a dever. Entretanto, eu experimentava a
necessidade deleitosa da dedicação. Achava-me forte para querer bem e mostrar. Queimava-me o
ardor inexplicável do desinteresse. Egbert merecia-me ternuras de irmão mais velho.
Tinha o rosto irregular, parecia-me formoso. De origem inglesa, tinha os cabelos castanhos
entremeados de louro, uma alteração exótica na pronúncia, olhos azuis de estrias cinzentas, oblíquos,
pálpebras negligentes, quase a fechar, que se rasgavam, entretanto, a momentos de conversa, em
desenho gracioso e largo.
Vizinhos ao dormitório, eu, deitado, esperava que ele dormisse para vê-lo dormir e acordava
mais cedo para vê-lo acordar. Tudo que nos pertencia, era comum. Eu por mim positivamente
adorava-o e o julgava perfeito. Era elegante, destro, trabalhador, generoso. Eu admirava-o, desde o
coração, até a cor da pele e à correção das formas. Nadava como as toninhas. A água azul fugia-lhe
diante em marulho, ou subia-lhe aos ombros banhando de um lustre de marfim polido a brancura do
corpo. Dizia as lições com calma, dificilmente às vezes, embaraçado por aspirações ansiosas de
asfixia. Eu mais o prezava nos acessos doentios da angustia. Sonhava que ele tinha morrido, que
deixara bruscamente o Ateneu; o sonho despertava-me em susto, e eu, com alívio, avistava-o
tranqüilo, na cama próxima, uma das mãos sob a face, compassando a respiração ciciante. No recreio,
éramos inseparáveis, complementares como duas condições recíprocas de existência. Eu lamentava
que uma ocorrência terrível não viesse de qualquer modo ameaçar o amigo, para fazer valer a coragem
do sacrifício, trocar-me por ele no perigo, perder-me por uma pessoa de quem nada absolutamente
desejava. Vinham-me reminiscências dos exemplos históricos de amizade; a comparação pagava
bem.
No campo dos exercícios, à tarde, passeávamos juntos, voltas sem fim, em palestra sem assunto,
por frases soltas, estações de borboleta sobre as doçuras de um bem-estar mútuo, inexprimível.


[Linha 3550 de 4767 - Parte 3 de 4]


Falávamos baixo, bondosamente, como temendo espantar com a entonação mais alta, mais áspera, o
favor de um gênio benigno que estendia sobre nós a amplidão invisível das asas. Amor unus erat.
Entrávamos pelo gramal. Como ia longe o burburinho de alegria vulgar dos companheiros! Nós
dois sós! Sentávamo-nos à relva. Eu descansando a cabeça aos joelhos dele, ou ele aos meus.
Calados, arrancávamos espiguilhas à grama. O prado era imenso, os extremos escapavam já na
primeira solução de crepúsculo. Olhávamos para cima, para o céu. Que céus de transparência e de luz!
Ao alto, ao alto, demorava-se ainda, em cauda de ouro, uma lembrança de sol. A cúpula funda
descortinava-se para as montanhas, diluição vasta, tenuíssima de arco-íris. Brandos reflexos de
chama; depois, o belo azul de pano, depois a degeneração dos matizes para a melancolia noturna,
prenunciada pela última zona de roxo doloroso. Quem nos dera ser aquelas aves, duas, que
avistávamos na altura, amigas, declinando o vôo para o ocaso, destino feliz da luz, em pleno dia
ainda, quando na terra iam por tudo as sombras!
Outras vezes, subíamos ao duplo trapézio. Embalávamo-nos primeiro brando, afrontando a
carícia rápida do ar. Pouco a pouco aumentava o balanço e arriscávamos loucuras de arremesso,
assustando o Ateneu, levados em vertigem, distendidos os braços, pés para frente, cabeça para baixo,
cabelos desfeitos, ébrios de perigos, ditosos se as cordas rompessem e acabássemos os dois, ali, como
uma só vida, no mesmo arranco.
Líamos muito em companhia. Páginas que não terminavam, de leituras delicadas, fecundas em
cisma: Robinson Crusoé, a solidão e a indústria humana; Paulo e Virgínia, a solidão e o sentimento.
Construíamos risonhas hipóteses: que faria um de nós, vendo-se nos aparos de uma ilha deserta?
- Eu, por mim, iniciava logo uma furiosa propaganda a favor da imigração e ia clamar às praias,
até que me ouvisse o mundo.
- Eu faria coisa melhor: decretava preventivamente o casamento obrigatório e punha-me a
esperar pelo tempo.
A pastoral de Bernardin de Saint-Pierre foi principalmente o nosso enlevo. Parecia-nos ter o
poema no coração. A baia do Túmulo, de águas profundas e sombrias, festejada apenas algumas
horas pelo sol a prumo, em suave tristeza sempre; ao longe, por uma bocaina, a fachada, à vista, branca, da igreja rústica de Pamplemousses.


CONTINUE A LEITURA NA PARTE 4 DE 4 NO LINK ABAIXO:

O Ateneu - Parte 4 de 4 - Raul Pompéia
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O Ateneu - Parte 1 de 4 - Raul Pompéia
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/08/o-ateneu-parte-1-de-4-raul-pompeia.html


O Ateneu - Parte 2 de 4 - Raul Pompéia
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/08/o-ateneu-parte-2-de-4-raul-pompeia.html


O Ateneu - Parte 3 de 4 - Raul Pompéia
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/08/o-ateneu-parte-3-de-4-raul-pompeia.html


O Ateneu - Parte 4 de 4 - Raul Pompéia
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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

O Ateneu - Parte 2 de 4 - Raul Pompéia


O Ateneu - Parte 2 de 4 - Raul Pompéia



Aquele sofrimento eu o desejava, na humildade devota da minha disposição atual. Chorava à
noite, em segredo, no dormitório; mas colhia as lágrimas numa taça, como fazem os mártires
das estampas bentas, e oferecia ao céu, em remissão dos meus pobres pecados, com as notas
más boiando.


No recreio, andava só e calado como um monge. Depois do Sanches não me aproximava
de nenhum colega, senão incidentemente, por palavras indispensáveis. Rebelo tentou
atrair-me; eu desviava. Sanches, rancoroso, perseguia-me como um demônio. Dizia coisas

imundas. "Deixa estar, jurava entre dentes, que ainda hei de tirar-te a vergonha." Na qualidade
de vigilante levava-me brutalmente à espada. Eu tinha as pernas roxas dos golpes; as canelas
me incharam. Se Barbalho se lembra de vingar a bofetada, creio que me submetia à letra
evangélica 1S
Durante este período de depressão contemplativa uma coisa apenas magoava-me: não
tinha o ar angélico do Ribas, não cantava tão bem como ele. Que faria se morresse. entre os
anjos, sem saber cantar?
Ribas, quinze anos, era feio, magro, linfático. Boca sem lábios, de velha carpideira,
desenhada em angústia - a súplica feita boca, a prece perene rasgada em beiços sobre dentes;
o queixo fugia-lhe pelo rosto, infinitamente, como uma gota de cera pelo fuste de um círio...
Mas, quando, na capela, mãos postas ao peito, de joelhos, voltava os olhos para o
medalhão azul do teto, que sentimento! Que doloroso encanto! que piedade! um olhar
penetrante, adorador, de enlevo, que subia, que furava o céu como a extrema agulha de um
templo gótico!
E depois cantava as orações com a doçura feminina de uma virgem aos pés de Maria, alto,
trêmulo, aéreo, como aquele prodígio celeste de garganteio da freira Virgínia em um romance
do conselheiro Bastos.
Oh! não ser eu angélico como o Ribas! Lembro-me bem de o ver ao banho: tinha as
omoplatas magras para fora, como duas asas!
E eu era feliz nesse tempo, quando invejava o Ribas.
Havia na minha febre religiosa certo número de reservas, que pareciam o germe de futuro
libertino, como dizem os padres mineiros; eu não admitia a confissão, não pensava em
comunhão, estranhava os exageros do culto público, votava antipatia aos homens de batina.
Santa Rosália era a minha devoção.
Por que Santa Rosália? Não havia motivo: era uma pequena imagem em cartão, gravara
de aço e aguadas de fino colorido, lembrança que me dera uma prima, então morta, e eu
guardava em memória amável.
Era boa a priminha. Mais velha do que eu três anos, carinhosa, maternal comigo. Brincava
pouco, velava pelos irmãos, pela ordem da casa, como uma senhora. Tinha os olhos grandes,
grandes, que pareciam crescer ainda quando fitavam, negros, animados de um movimento
suave de nuvem sobre céu macio; o semblante claro, branco, puro, de marmórea pureza,
coando uma transparência de sangue a cada face. Raro falava; desconhecia a agitação,
ignorava a impaciência. Sabia talvez que ia morrer. Ao vê-la passar, sem rumor, como os
espectros femininos do sonhador americano - leve na terra como o rogar da veste de um anjo,
sentia-se com aperto de coração que não pertencia ao mundo aquela criança: buscava, errante
na vida, buscava apenas o repouso da forma, sob a campa, em sitio calmo, de muito sol, onde
chorassem as rosas pela manhã - e a liberdade etérea do sentimento.
Um dia, não sei se do pranto que tinha nos olhos, vi animar-se o rosto à pequenina
gravura. Eu pensava na prima; descobri na imagem uma identidade comovente de traços
fisionômicos com a pequenina morta. Guardei então, como um retrato, Santa Rosália?
Com a evolução de misticismo era natural completar-se a consagração da estampa,
canonizada triunfalmente no concilio ecumênico dos meus mais íntimos votos.
Era a sala geral do estudo, à beira do pátio central, uma peça incomensurável, muito mais
extensa do que larga. De uma das extremidades, quem não tivesse extraordinária vista custaria
a reconhecer outra pessoa na extremidade oposta. A um lado, encarreiravam-se quatro ordens
de carteiras de pau envernizado e os bancos. À parede, em frente, perfilavam-se grandes
armários de portas numeradas, correspondentes a compartimentos fundos; depósito de livros.
Livros é o que menos se guardava em muitos compartimentos. O dono pregava um cadeado à
portinha e formava um interior à vontade. Uns, os futuros sportmen, criavam ratinhos,
cuidadosamente desdentados a tesoura, que se atrelavam a pequenos carros de papelão;


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outros, os políticos futuros, criavam cameleões e lagartixas, declarando-se-lhes precoce a
propensão pelo viver de rastos e pela cambiante das peles; outros, entomologistas, enchiam de
casulos dormentes a estante e vinham espiar a eflorescência das borboletas; os colecionadores,
Ladislaus Netos um dia, fingiam museus mineralógicos, museus botânicos, onde abundavam
as delicadas rendas secas de filamentos das folhas descarnadas; outros davam-se à zoologia e
tinham caveiras de passarinhos, ovos vazados, cobras em cachaça. Um destes últimos sofreu
uma decepção. Guardava preciosamente o crânio de não sei que fenomenal quadrúpede
encontrado em escavações de uma horta, quando verificou-se que era uma carcaça de galinha!
Eu tive a idéia de armar em capela o compartimento do meu número. Havia
compartimentos enfeitados de cromos e desenhos: o meu seria um bosque de flores, e eu
acharia uma lâmpada minúscula para conservar li dentro acesa. Ao fundo, em dourado
passe-partout alojaria Santa Rosália, a padroeira.
O projeto caiu pela dificuldade das flores. Pagando a um criado, mal conseguia um
bogari, um botão qualquer por dia. Tive de acomodar a gravura na gaveta do móvel que
possuíamos ao dormitório, perto da cama, para as escovas e os pentes.
E todos os dias, sobre o papel, testemunho de assídua veneração, depositava uma flor,
mantendo na gaveta o clima tépido dos meus fervores, simbolizados num tributo de perfume.
Quando, no dia primeiro, sorriram as rosas místicas de maio, saudei-as enternecido do
alto das janelas do salão azul, como as mensageiras do amor de Maria.
Iam começar os hinos pela manhã no oratório do Ateneu. Abençoados momentos de
contrição e ternura, em que à disposição venturosa do corpo, depois do banho, vivia um pouco
o recolhimento da poesia cristã, no magnífico salão, guardando ainda, como os vapores
matinais das escarpas, as ultimas sombras da noite por entre os crespos do estuque.
O sol vinha também à capela e colava de fora a fronte às vidraças, brando ainda do
despertar recente, fresco da toilette da aurora, com medo de entrar, corado da vergonha de não
rezar, pobre astro ateu. Pelas janelas abertas, esgalhavam-se para dentro frondosas ramas de
jasmineiro, como uma invasão de floresta; e os jasmins da véspera, cansados, debulhavam-se
conchinhas de nácar pelo soalho, mortos, expirando no ambiente a alma livre do aroma.
Nós, ajoelhados, ressentidos da influência moral do cenário, orávamos sinceramente. Não
havia muito mal a colher nos corações daquela mocidade, naquele instante, repousando na
trégua da oração das miseriazinhas da hora comum.
Eu não olhava para o altar. Li estava rica, no trono iluminado, sobre três ordens de
palmas, a imagem da Senhora da Conceição imaculada, alteando à fronte a coroa de prata,
onde engastavam pedraria os reflexos das luzes. A minha contrição, o meu canto pertenciam a
Santa Rosália, ao querido cartão singelo que eu trazia dentro da blusa de brim, que comprimia
ao peito com a mão, exacerbando o êxtase da fé pelo magnetismo do santo contato.
O mês de maio foi a culminação do período anagógico de crença. Coincidiu com essa
época levarem-no ao leito os incômodos de meu pai, impedindo-lhe as visitas do costume ao
Ateneu. Eu pensava nos seus sofrimentos, e era isto mais um tema para as variações do
misticismo.
A neblina de melancolia, baixada sobre o colégio da altura da cordilheira, repercussão da
tristeza verde das matas, pesava-me aos ombros como a loba de um seminarista, como o voto
de um frade; eu passeava na circunscrição do recreio como num claustro, olhando as paredes,
brancas como túmulos caiados, limitando as preocupações do espírito à minha humilhação
diante de Deus, sem olhar para cima, na modéstia curvada dos brutos - anulando-me a mim
mesmo na angústia do pensamento religioso, como no saco de pano bicudo, preto, do
farricoco.
O céu, que a imaginação buscara dantes, como os cânticos buscam os zimbórios, cala
agora sobre mim como um solidéu de bronze.
Triste e feliz.


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Ninguém sabia dos sonhos e atribuíam à excentricidade o meu amor à solidão e ao
sossego.
Durante o hino do anjo da guarda, no recreio abrigado, ao meio-dia, os estudantes,
afogueados e transpirando ainda dos folguedos, paletós empapuçados sobre a cinta de couro,
cabelos revoltos, não tomavam o rito a sério, e era a dureza dos vigilantes que os constrangia ao
respeito daqueles dez minutos de religião. Só o Ribas e eu... e se não diminuíam as aflições da
terra e os nossos apertos, não é que o não pedíssemos ao Anjo...
Cantávamos a primeira estrofe (o Ribas marcava o diapasão) e as seguintes, ate à última,
que acabavam todas por uma longa nota esfusiada em foguete, cantávamos com um esforço de
adoração que bem compensaria, em caso de balanço, a leviandade irreverente de todos os
colegas.
O diapasão do Ribas era uma deliciosa nota, tratada a pastilhas, guardada a cachenê nos
dias frios, furto sem dúvida ao tesouro de gorjeios de algum sabiá descuidado. Aristarco
adorava esta nota. Às vezes, na aula de música chamava o Ribas e pedia-lhe aquela, aquela... a
do hino...
Ribas candidamente, por agradar ao diretor, punha de fora a mimosa nota, como uma
balinha de parto, cor de âmbar, na ponta da língua. Ao meio-dia era o momento. Ribas volvia
os olhos e deixava partir, primeiro que todos, o preciso som. O colégio entoava depois, e as
vozes iam todas, as nossas, em perseguição da primeira. Baldado esforço; que a do Ribas
recolhia-se aos coros celestiais, festejada na cordialidade fraternal dos harmônicos, ao passo
que as nossas, desenganadas, voltavam da investida num retrocesso icário, desmembradas,
desengonçadas, espaços a baixo como um bando de garças tontas. A distancia, o conjunto
podia passar por um cântico.
Uma hora de oração que aborrecia era a da noite, antes do recolher.
O movimento do dia sobrecarregava-nos com uma reação irresistível de fadiga. O sono
chumbava-nos as pestanas como linhas de tarrafa. O harmônio da capela, dedilhado pelo
Sampaio, hoje médico parteiro, e aplicado a extrair vagidos como outrora extraía os acordes -
produzia vagarosamente roncos de soneira da sesta de um tigre, fungados sonoros da digestão
dormida de um abade. Alguns meninos cantavam cabeceando, desmaiando a voz em vastos
bocejos. Nas primeiras linhas, dos pequenos, estavam muitos de olhos fechados, bem longe
dos cuidados da prece. Eu gozava o prazer da mortificação, sustendo-me fervoroso durante a
reza noturna.
Para isso, levava no bolso um punhado de pedrinhas, com que formava no soalho um
genuflexório despertador, fitando arregaladamente os olhos, ardidos de sono, na lingüeta
tiritante do fogo das velas...

Aludi várias vezes ao revestimento exterior de divindade com que se apresentava
habitualmente Aristarco.
Era um manto transparente, da natureza daquele tecido leve de brisas trancadas de
Gautier, manto sobrenatural que Aristarco passava aos ombros, revelando do estofo nada mais
que o predicado de majestade, geralmente estranho à indústria pouco abstrata dos tecelões e à
trama concreta das lançadeiras.
Ninguém conseguiria tocar com o dedo a misteriosa púrpura. Sentia-se, porém, o influxo
da realeza impalpável.
Assim é que um simples olhar do diretor imobilizava o colégio fulminantemente, como se
levasse no brilho ameaças de todo um despotismo cruento.
O diretor manobrava este talento de império com a perícia do corredor sobre o pur sang
sensível.
A sala geral do estudo tinha inúmeras portas. Aristarco fazia aparições, de súbito, a
qualquer das portas, nos momentos em que menos se podia contar com ele.


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Levava as aparições às aulas, surpreendendo professores e discípulos. Por meio deste
processo de vigilância de inopinados, mantinha no estabelecimento por toda a parte o risco
perpétuo do flagrante como uma atmosfera de susto. Fazia mais com isso que a espionagem de
todos os bedéis. Chegava o capricho a ponto de deixar algumas janelas ou portas como
votadas a fechamento para sempre, com o fim único de um belo dia abri-las bruscamente sobre
qualquer maquinação clandestina da vadiagem. Sorria então no intimo, do efeito pavoroso das
armadilhas, e cofiava os majestosos bigodes brancos de marechal, pausadamente, como lambe
o jaguar ao focinho a pregustação de um repasto de sangue.
Nos momentos de ira e de exaltações eloqüentes é que sabia fazer-se em verdade divino.
Era mais que uma revelação temerosa do Olimpo; era como se Júpiter mandasse Mercúrio catar
à terra os raios já disparados e os unisse ao estoque inavaliável dos arsenais do Etna, para soltar
tudo, de uma só vez, de uma só cólera, num só trovão, aniquilando a natureza sob a bombarda
onipotente.
Mas não somente parodiava ele os furores olímpicos Aquela alma dúctil de artista sabia
decair até à blandícia, até à lágrima a propósito.
Júpiter guardava para a oportunidade a carícia de edredom, o gesto flexuoso do soberano
cisne. Expandia-se às vezes sobre o Ateneu em rompimento de amor paterno, tão derramado,
tão jeitosamente sincero, que não tínhamos remédio senão replicar no mesmo tom, por um
madrigal de enternecimento de filhos.
E admirávamos.
A hora solene do meio-dia Aristarco aproveitava para distribuir uma merenda de
conselhos, depois do canto e antes de outra de fatias, incomparavelmente mais bem recebida.
Muitas vezes não eram só conselhos. Também reprimendas em massa por culpas coletivas,
arrecadações de cigarros, ou pequenos processos sumários em que se averiguava a autoria de
delitos importantes, como encher de papel picado uma sala, cuspir às paredes, molhar a
privada, e mesmo muito mais graves, como num episódio do Franco, que se prende ao período
beato das minhas reminiscências.
Assistia o Mestre com atenção do costume à reza cantada, fazendo girar nos dedos uma
medalha do relógio sobre o colete, na abertura do fraque. Ao final, depois de um intervalo
preparatório, aperitivo de emoções, tomou a palavra num tom solene de revelação e referiu,
com toda a grandeza de que era suscetível, a hipótese, reclamando a indignação vingadora do
Ateneu.
Franco, no domingo da véspera, aproveitando a largura da vigilância no dia vago, fora
vadiar ao jardim. E para tomar água de um poço aí existente, cuja bomba não funcionava em
regra, deliberou, imaginem! umedecer a bucha aspiradora com um líquido que Moisés seria
capaz de obter no árido deserto, sem milagre mesmo e sem Horeb. Agora considerem que o
referido poço fornecia água para a lavagem dos pratos.
Um murmúrio de horror elevou-se das alas de estudantes.
"Adianta-te, Franco", mandou Aristarco.
Com a insensibilidade pétrea que o encouraçava para as humilhações, saiu Franco do
lugar e de cabeça baixa, como um cão, foi parar no centro da sala. Ali esteve por alguns
segundos, exposto, no meio do enorme quadrado de alunos. Os olhares caiam-lhe em cima,
como os projéteis de um fuzilamento.
O que mais indignava, era pensar que se havia comido em pratos lavados depois da
profanação irremediável da linfa. Passado este efeito, com que contava para a punição moral,
o diretor concluiu o libelo. Ficássemos tranqüilos, estavam puros os lábios. Franco tinha sido
surpreendido por um copeiro que o prendera, e fora a bomba incontinenti declarada -
interdita.
Muita gente duvidou da oportunidade da interdição. Limpavam com asco a língua no
lenço, esfregavam a boca até esfolar.


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"O porco!" bramia Aristarco. "O grandíssimo porco!" repetia como um deus fora de si.
Em redor todos apoiavam a energia da corrigenda. Resolveu-se, porém, deixar com vida o
criminoso.
Aristarco marcou apenas dez páginas de castigo escrito à noite, e passar de joelhos as
horas de recreio, a começar da presente.
Formulado o veredicto, Franco caiu de rótulas no soalho com estampido, como se
repentinamente se lhe houvesse estalado às pernas uma mola.
"Ai não! aqui, tratante! " gritou o diretor, indicando a porta do salão. Cantava-se a oração
do meio-dia, como sabem, na casa das recreações em dia de chuva, que alargava três boas
portas para o pátio central. Aristarco estava perto da do meio.
De joelhos neste ponto, Franco, ao pelourinho: diante das chufas dos maus e da alegria
livre de todos. Como esta porta era caminho dos rapazes até as bandejas onde se elevavam as
pilhas sedutoras da merenda, ficava ainda o condenado com um reforçozinho de pena.
Passando por ele, os mais enfurecidos deram empurrões, beliscaram-lhe os braços,
injuriaram-no. Franco respondia a meia voz, por uma palavrinha porca, repetida rapidamente, e
cuspia-lhes, sujando a todos com o arremesso dos únicos recursos da sua posição.
Até que um grande, mais estouvado, fê-lo cair contra o portal, ferindo a cabeça. A este,
Franco não respondeu; pôs-se a chorar.
Os inspetores fiscalizavam o serviço do pão, prevenindo espertezas inconvenientes.
Escaparam-lhes os maus tratos.
As desventuras do pobre rapaz e as minhas próprias haviam-me levado para o Franco. Eu
me constituíra para ele um quase amigo. Franco era silencioso, como arreceado de todos,
tristonho, de uma melancolia parente da imbecilidade; tinha acessos refreados de raiva,
queixas que não sabia formular. Os livros, causa primeira de seus desgostos, faziam-lhe horror.
A necessidade de escrever por castigo promovera nele a habilidade dos galés: adquirira um
desembaraço pasmoso na faina de encher de garranchos páginas e páginas. Esta interminável
escrita fizera-lhe calos ao canto das unhas: meus dedos perderam o brio, dizia ele nos
momentos de amargo humor, em que improvisava sarcasmos contra si mesmo.
A principio fugia de mim, resmungando coisas indecifráveis. Depois aceitou-me. Mas
não excediam as suas confidências o restritíssimo limite de uns grunhidos de aversão, histórias
de desastres pândegos que sabia, ingênuas observações a respeito de assuntos infantis,
referências de ódio aos superiores.
Uma vez recebeu carta da província, uma das poucas que lhe chegavam por ano. Depois
da leitura percebi que tinha lágrimas nos olhos. O pranto era-lhe um acontecimento na
fisionomia, invariavelmente de uma pasmaceira de máscara de arame. Interessei-me por aquele
sofrimento; ele deu-me a carta a ler. O pai do Franco era um pobre desembargador desterrado
nos confins de Mato Grosso, com oito filhos. Uma carta dolorosa. Fora entregue diretamente
pelo caixeiro do correspondente, escapando à curiosidade do diretor, que gostava de espiar a
correspondência dos alunos. Falava em vir à corte no fim do ano, com todos os sacrifícios,
falava em encontrar o filho bom menino, educado, estudioso. Contava depois, entre
exclamações consternadas, que uma filha, a mais velha, desaparecera do colégio onde estava,
em companhia de um professor de piano, homem casado, sendo encontrada três ou quatro dias
depois ao abandono. Em vão tinham feito perguntas à infeliz no interesse da punição do
culpado; sepultara-se a mocinha num mutismo desolador, como se houvesse perdido a voz,
recusando alimento, não tirando do chão os olhos desvairados, escravos da contemplação
demente da vergonha.
- Como tem descido Sérgio, lastimavam os inspetores, palestrando a ordem do dia com
o diretor, é o intimo do Franco.
Ainda que isso não fosse rigorosamente exato, não foi surpresa para mim ver o
excomungado convidar-me para uma extraordinária empresa à noite. "Vingar-me da corja!"


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murmurava, gargarejando um riso incompleto e azedo. Isto à tardinha, depois da ginástica, no
mesmo dia do processo da bomba.
Conseguira no lusco-fusco escapar à sala onde o haviam encerrado para a tarefa das
páginas. E juntos eu e ele, porque eu lhe aceitara o convite com uma facilidade que ainda hoje
não compreendo, galgamos um canto de muro que havia no pátio e saltamos para o jardim
florestal.
Embaixo das árvores era já noite espessa. Demos uma volta no escuro acompanhando a
curva de uma alameda. O Franco ia adiante calado, andando leve e rápido como uma sombra
no ar. Eu o seguia irresistivelmente como sonhando, num sonho de curiosidade e de espanto.
Que ia fazer o Franco? Aonde ia ele? Chegamos ao capinzal, a um de cujos lados extremos
ficava a natação. Logo ao portão de ingresso nesse terreno, havia um depósito de lixo, onde os
jardineiros acumulavam as varreduras da chácara, negrejando putrefatas, virando estrume ao
tempo.
Franco deteve-se junto ao monturo. Sempre em silêncio e ativamente, como para não
perder aquele raro estimulo de vontade que o impelia, foi examinando o lixo com o pé.
A um canto, entre tocos de bambu, tiniram garrafas. Franco abaixou-se e como em ação
mecânica, sem se voltar, apanhou uma garrafa, outra e outra; foi-me dando, sobraçou ainda
outras e prosseguimos, o Franco adiante, leve e rápido, sempre no seu andar de sombra, como
suspenso e difuso na névoa quase lúcida do campo aberto.
Atravessamos o capinzal quase sumidos entre as altas bandas de capim-d'angola, cuja
escura vastidão se constelava de vaga-lumes e vibrava da grita intensa dos grilos e do clamor
dos sapos. Diante da natação o Franco parou e me fez parar. "A minha vingança!" disse entre
dentes, e me indicou a toalha d'água do grande tanque. A massa liquida, imóvel, na calma da
noite, tinha o aspecto de lustrosa calçada de azeviche; algumas estrelas repetiam-se na
superfície negra com uma nitidez perfeita.
Com o mesmo modo atarefado de todo aquele singular empreendimento, o Franco
acercou-se de mim, tirou-me as garrafas que me dera e desapareceu da minha vista.
Eu ouvi que ele quebrava as garrafas uma por uma. Daí pouco reaparecia, trazendo as abas
da blusa em regaço. E começou a lançar então com o maior sossego ao tanque, para todos os
lados, aqui, ali, dispersamente, como semeando, as lascas do vidro que partira. Um breve
rumor de mergulho borbulhava à flor d'água, abrindo-se em círculos concêntricos os reflexos
do céu. Eu vi muitas vezes contra o albor mais claro do muro fronteiro, passando, repassando,
a sombra do sinistro semeador.
"A minha vingança!" repetiu-me ainda o Franco. "Para o sangue, sangue, acrescentou
com o risinho seco. Amanhã rirei da corja!... Trouxe-te aqui para que alguém soubesse que eu
me vingo!"
Ao falar mostrava-me o lenço que enxugara o sangue do golpe à testa.
O justo terror da aventura, em lugar vedado, por aquelas horas, só me assaltou quando, a
pular o muro do pátio, fui cair entre as mãos do Silvino. Nos aparos da alhada, mal vi o Franco
seguro pelo pescoço, como um ladrão em flagrante.
Em presença do diretor, no escritório inquisitorial improvisei uma mentira. Fôramos
colher sapotis, afirmei explicando à tremenda argüição a estranheza da surtida. O diretor
marcou a pena de oito páginas. Franco, que andava com um déficit de vinte pelo menos, teve
de acrescentar mais estas ao passivo insolvável. Pela vergonha da tentativa de furto e no
sistema dos castigos morais, adicionou-se a observação suplementar: passaríamos, os
delinqüentes, no outro dia, as horas do almoço e do jantar, ao refeitório, de pé carregando em
cada mão quantos sapotis coubessem.
Todo o requinte de punição não me deu cuidado; pelo contrário, estava nas condições do
meu programa de pequeno mártir ad majorem gloriam. Ao deixar o escritório outra coisa
preocupava-me. Ardia de remorsos; tinha cacos de garrafa na consciência. A armadilha


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sanguinária de Franco obsedava-me como um delito meu.
Depois das horas do serão de estudo, quando se retiravam os estudantes para os
dormitórios, fiquei com o Franco a trabalhar. Tive que suspender, ao fim de quatro páginas.
Devorava-me o remorso como uma febre; aterrava-me a idéia do banho na manhã seguinte, os
rapazes atirando-se à vingança pérfida, a água toldada de rubro. Impossível fazer mais uma
linha. Deixei o companheiro e fugi para o salão dos médios.
A excitação recrudesceu; eu rolava na cama sobre um tormento de lascas cortantes. Que
fazer? Denunciar o Franco de madrugada? Correr, às escuras, e abrir o escoadouro ao tanque?
Prevenir aos colegas pedindo que espalhassem? A controvérsia avultava-me no crânio como
uma inchação de meninges. Dar-se-ia caso que Franco, possuído de arrependimento, fosse
apresentar cedinho aos inspetores a delação do próprio feito? Cheguei a tentar o engodo da
consciência com a ponderação de que talvez não saltassem ao tanque muitos de uma vez, e o
primeiro ferido salvaria os outros. Mas a febre vencia, com a perspectiva do sangue. Dez, vinte,
trinta rapazes, à borda, gemendo, extraindo dificilmente da carne as lascas encravadas! E eu,
cúmplice, que o permitira, e maior culpado, que me não cegava a razão, em suma, de justa
desforra...
Ergui-me da cama, e descalço nas tábuas frias, para ver se me acalmava o mal-estar, errei
pelos salões adormecidos.
Os colegas, tranqüilos, na linha dos leitos, afundavam a face nas almofadas, palejante da
anemia de um repouso sem sonhos. Alguns afetavam um esboço comovedor de sorriso ao
lábio; alguns, a expressão desanimada dos falecidos, boca entreaberta, pálpebras
entrecerradas, mostrando dentro a ternura embaciada da morte. De espaço a espaço, os lençóis
alvos ondeavam do hausto mais forte do peito, aliviando-se depois por um desses longos
suspiros da adolescência, gerados, no dormir da vigília inconsciente do coração. Os menores,
mais crianças, conservavam uma das mãos ao peito, outra a pender da cama, guardando no
abandono do descanso uma atitude ideal de vôo. Os mais velhos, contorcidos no espasmo de
aspirações precoces, vergavam a cabeça e envolviam o travesseiro num enlace de carícias. O ar
de fora chegava pelas janelas abertas, fresco, temperado da exalação noturna das árvores;
ouvia-se o grito compassado de um sapo, martelando os segundos, as horas, a pancadas de
tanoeiro; outros e outros, mais longe. O gás, frouxamente, nas arandelas de vidro fosco,
bracejando dos balões de asa de mosca, dispersava-se igual sobre as camas. doçura dispersa de
um olhar de mãe.
Que venturosa segurança naquele museu de sono! E amanhã, pobres colegas! o banho, a
volta, pés ensangüentados, listrando de vestígios vermelhos o caminho!
Voltei ao meu salão. Tirei da gaveta a imagem de Santa Rosália; beijei-a com lágrimas,
pedi conselho como um filho. A inquietação não passava. Atravessei ainda os dormitórios,
devagarinho, que me não ouvisse o Margal, acomodado num biombo a um dos ângulos do
salão azul. Uma crepitação dos ossos do tornozelo esteve a ponto de me comprometer. Dentro
do biombo, tossiram; parei um momento; curou-se a tosse; prossegui.
Desci ao primeiro andar do edifício; entrei na capela.
A capela em trevas, de um negrume absoluto de merinó preto. A escuridão dava-lhe uma
amplitude de subterrâneo, misteriosamente sentida no espaço. Não tive medo. Fui até ao altar.
Tropecei no estrado. Ajoelhei-me no chão e descansei a testa nos braços a um dos ângulos do
estrado do oratório. Rezei.
Na qualidade de mau estudante não sabia até ao fim nenhuma oração. Rogava por minha
conta, improvisando súplicas, veementes, angustiosas, que deviam forçar a ombro a porta de
São Pedro. Implorava de Deus diretamente, sem o intermediário empenho da minha padroeira.
Até que, não posso dizer como, adormeci.
Uma palmada acordou-me. Era dia. Ergui-me vexado, de camisola, diante do Margal e de
uma porção de colegas que miravam. "É sonâmbulo, é sonâmbulo", explicavam.


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Esta saída dispensava-me de dizer a que fora ali; encampei a explicação, concordando.
"Que horas são?" perguntei. "Seis horas, responderam. Chegamos agora mesmo do banho."
Tinham os cabelos empastados sobre os olhos. "E os cacos?!" gritei espavorido. Examinei os
pés dos companheiros. Nas chinelas com que desciam ao banho não via sangue! Esclarecia-se:
houvera ordem de banhos de chuva no competente banheiro, alojado em um dos cômodos
baixos do Ateneu, pelo motivo de ter servido seis vezes a água da natação. Graças ao Senhor!
Vinha-me do céu esta solução de águas sujas, alcançada pela minha prece. Dilatou-se-me a
alma em ditoso alívio.
À minha interjeição explosiva de cacos, os colegas supuseram tontura de sono. Não assim
o inspetor, que me chamou a indagar. Nova mentira: durante a escapada dos sapotis, uma
garrafa, que arremessei de mau jeito, fizera-se em cacos contra o muro, sobre o tanque.
Providenciou-se. O criado encarregado de varrer o tanque, com o zelo da domesticidade,
chamou atenção para o número dos fragmentos; tão extraordinária era a hipótese da intenção
perversa que não pegou.
No mesmo dia estive com o Franco, durante os recreios, a completar a pena. Não me disse
palavra acerca da decepção da sua vingança. Julgando-se comprometido, concentrava-se na
insensibilidade de carapaça que o defendia, esperando tudo, a minha delação, uma trovoada
de doestos, a cafua, um acréscimo ao déficit permanente da divida penal. Aborrecia-se, porém,
da necessidade de ser punido por um fiasco de tentativa.
Quanto ao requinte da exposição no refeitório, mãos cheias de sapotis, não houve meio de
obrigar-me Aristarco. Concordara em ficar de pé; não era pouco. Franco naturalmente
submeteu-se e lá esteve, braços abertos, a fazer de fruteira no interesse do sistema das punições
morais. Tanto melhor para o sistema.
À vista da relutância, calculou-se em páginas de escrita quanto podiam valer dois
punhados de sapotis; redução difícil, que a justiça colegial alcançou matematicamente,
pronunciando uma condenação que me daria que fazer até mais de meia-noite.
Este rasgo de vigor mentia ao meu religioso papel de submissão e sofrimento. Foi o
repentino prenúncio de próxima reforma no interior espiritual. E, como as evoluções da
vontade sabem extrair de qualquer fato a hermenêutica do determinismo, deu-se
imediatamente uma ocorrência que ponderou muito na transformação.

De noite, novamente ao lado do Franco, a fatigar-me na tarefa das páginas, tive que ficar
até tarde numa das salas do primeiro andar. Pelas dez e meia, o diretor, antes de sair para casa,
veio ver-nos. "Ainda escrevem... estes peraltas?..." disse-nos de enorme altura, à guisa de
boas-noites, e desapareceu confiando-nos ao amável João Numa, bácoro, inspetor das salas de
cima. Na sua qualidade de gorducho, o João não era diligente. Apenas viu parar Aristarco,
trancou a última porta do Ateneu e foi dormir.
Acabrunhado pela noitada anterior, estava eu de sono que mal podia erguer a cabeça. De
uma vez que cedi ao cansaço fui despertado por sentir que me alisavam a mão. Adormecera
sobre o braço direito contra a carteira, pousando o rosto na tinta do castigo, deixando cair o
braço esquerdo para o banco. Um instante depois estava fora da sala, de um pulo, como se
tivesse reconhecido em sonhos que o Franco era um monstro.
Ao dia imediato saí da cama como de uma metamorfose. Imaginei, generalizando errado,
que a contemplação era um mal, que o misticismo andava traidoramente a degradar-me: a
convivência fácil com o Franco era a prova. O Ateneu honrava-me, por esse tempo, com um
conceito que só depois avaliei. Eu não me julgava assim tão apeado, mas supus-me diretamente
a caminho de um mergulho. Se a alma tivesse cabelos, eu registraria neste ponto um fenômeno
de horripilação moral.
Fiquei perplexo.
O triunfo na escola podia ser o Sanches; em compensação, a humildade vencida era o


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Franco. Entre os dois extremos repugnantes, revelavam-se-me três amostras típicas à linha do
bem viver: Rebelo, um ancião; Ribas, um angélico; Mata, o corcunda, um policia secreta. Para
angélico decididamente não tinha jeito, estava provado, nem omoplatas magras; para ancião,
não tinha idade, nem óculos azuis, nem mau hálito; para ser o Mata, faltava-me o justo caráter
e a corcova... Onde estava o dever? Na cartilha? Na opinião de Aristarco? Na misantropia senil
dos óculos azuis?
Salteou-me nisto, às avessas, o relâmpago de Damasco: independência.

V


Devo, entretanto, à minha efeméride religiosa a maior soma de gratidão. Suavizou-me
com a complacência divina o período de vadiação profunda e amolecimento hipnótico com
que me pesou a atmosfera do Ateneu. Toda a perseguição de castigos, sem prejuízo da minha
delicadeza moral, resvalava pelo cilício da penitência; eu emergia forte das provações. Que
tranqüilidade, na apatia, ter por fiador a Deus!
Íamos à missa nos domingos. Todos abriam os livrinhos, para que o diretor os visse
atentos. Eu não abria o meu. Deixava apenas fugir-me o espírito para o alto e aderir à abóbada
como as decorações sagradas, ajustar-se estreitamente nos detalhes da arquitetura do templo
como o ouro sutil dos douradores, conservar-se lá em cima, ávido ainda de ascensão,
ambicioso de céu como a baforada dos turíbulos.
Havia acessos comunicativos de tosse que lavravam nas fileiras. Eu não tossia. Havia
convulsões de riso, mal contidas no lenço, mal dominadas por um olhar de Aristarco, de
joelhos à frente do colégio e mãos cruzadas sobre o castão do unicórnio; como certa vez que
um cão brejeiro e sem princípios, mesmo ao elevar-se a santa Partícula, entrou e escapou-se
com o casquete de um fiel contrito. Eu resistia ao riso.
Cantávamos ao coro em dias solenes. Melhor organização vocal possuiria o Orfeão do
que a minha; mas se cantassem os corações em vez dos lábios, nenhum hino evolaria mais largo,
mais belo que o meu. Traziam-nos água com açúcar num jarro de vidro para molhar as cordas
vocais. Eu rejeitava esta doçura terrena.
O Ateneu concorria para o brilhantismo das procissões. Eu me embrulhava amplamente na
opa, encarnada como os sacrifícios, que me podia enrolar três vezes: empunhava uma tocha
que me martirizava os dedos com os pingos ardentes de cera. E lá ia, cobiçando ainda a força
lombar dos mascates para ter às costas, eu só, aqueles pesados andores; invejando o garbo ao
presidente da Filarmônica particular Prazer do Rio Comprido, que vinha após no préstito, com
o estandarte S.P.M.P.R.C., e o punho atlético de um equilibrista de perchas para levar correto
e rijo os balançados guiões.
Com que tristeza, ao entrar a procissão, quando o diretor nos mandava seguir para o
colégio, com que tristeza não espiava de longe, pela porta, o interior flamejante do templo! Lá
ficava a festa de Deus... e nós para o Ateneu soturno, em marcha inexorável! Eu sacudia a
cabeça com desespero; não podia sofrer a privação daquela alegria, gozar na alma a orgia de
fogo dos altares, subir com o pensamento, degrau, degraus, ao trono cintilante, arrojando-se
para cima na escalada da Glória.
Depois desses entusiasmos foi-se-me a religião escurecendo.
Era meu vizinho, na sala geral do estudo, Barreto, um personagem duplo, que
representava, nas horas de recreio, a folgança em pessoa e tinha momentos de meditação
trevosa com esgares de terror e falava da morte, da outra vida, rezava muito, tinha figas de
pau, bentinhos, medalhazinhas em cordões, que saltavam fora do seio ao brinquedo.
Iniciara-me Sanches no Mal; Barreto instruiu-me na Punição. Abria a boca e mostrava
uma caldeira do inferno; as palavras eram chamas; ao calor daquelas práticas, as culpas ardiam


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como sardinhas em frege.
Barreto andara num seminário rigoroso, regime de nitro para congelar as ardências da
idade. Era magro, testa de Alexandre Herculano, beiços finos, olhos pretos, refulgentes,
saídos, fisionomia geral de caveira em pele ressecada de múmia. No queixo viam-se-lhe dois
fios únicos de barba, em caracol, cada um para a sua banda.
Só ele, talvez, conheceu-me as preocupações beatas. Senhor do meu fraco, pôs-se a
informar dos pavores da fé com a ênfase satisfeita de um cicerone. Recordo-me de um
assunto: a comunhão sacrílega! A propósito, Barreto me deu um livro a ler, um livro cruel, que
descrevia coisas dignas de Moloc: crianças diretamente justiçadas pela celeste cólera, uma
delas que, por haver comungado sem confissão prévia, iludindo ao sacerdote, fora apanhada
pela roupa entre dois cilindros de aço duma máquina e reduzida a pasta, acabando
impenitente, maldita, sem tempo para um ai-jesus... Era-me incrível que de uma simples hóstia
pudesse a taumaturgia da crendice obter tantos efeitos de terror.
Barreto comentava reforçando. Metia medo aceso em iras santas de pregador,
demonstrando quão longe ainda estavam os castigos da Providência, na terra, dos suplícios da
eternidade. Descrevia o inferno como se tivesse visto. Rúbida caverna, dragões verde-negros,
cor de limo, serpentes de ferro em brasa enroscando os condenados, demônios fulvos
revolvendo tachos de asfalto em fusão, outros espíritos caudatos levando a chuço magotes,
para os tachos, de inconsoláveis réprobos.
Li a Nova floresta, de Bernardes. O reverendíssimo autor veio retocar a obra do Barreto,
com as suas narrativas de iluminado terrifico.
Comecei a achar a religião de insuportável melancolia. Morte certa, hora incerta, inferno
para sempre, juízo rigoroso; nada mais negro!
Era cedo demais, para que eu pudesse pesar filosoficamente a revelação; encontrei,
todavia, embaraço invencível no ritual das cerimônias. Eu que, nos melhores dias, não
conseguira formular literalmente uma só prece do catecismo, esbarrei definitivamente, na
prescrição fastidiosa do preceito. Ir à missa, muito bem; mas o resto e ainda mais a
dependência dos senhores ministros do culto... Em duas palavras: a sacristia e o inferno,
prováveis escândalos e horrores inevitáveis, desgostaram-me de tudo. Demais, eu tinha por
vezes tentado dar boa conta, estudando um pouco e rezando muitíssimo, com um pequeno
jejum ainda por cima; ao dia seguinte, nota má! Era um descrédito para o favor divino. Que
custava à suma Onipotência modificar em lição sabida uma ignorância sofrível, como
transmutara em fartura sem conta uma miséria de cinco pães?
Ia-se por esta forma a exaltação dos meus fervores, quando me achei envolvido no
episódio dos cacos. A atribulação do remorso reacendeu por um momento a chama decadente;
o resultado da minha súplica nesse duro transe não provara mal; muito adiantada, porém, ia a
decomposição do meu êxtase. Eu esqueci a circunstância com a ingratidão fácil dos
pretendentes servidos. E cheguei à conclusão audaz.
Não tendo força para estacar de arranco a torrente dos séculos cristãos, consegui ao
menos ficar a margem. Ignorante do ateísmo, limitei-me a voltar o rosto aos fantasmas do
eterno. Subi ao dormitório, tirei da gaveta Santa Rosália, guardei a flor da última oferenda,
seca, porque a minha pontualidade de culto falseava já, depus-lhe em despedida um ósculo, e,
sem mais profanação, fi-la baixar à sala de estudo, onde lhe cometi o modesto encargo de
marcar as páginas de um volume. Estava demitida a minha padroeira!
Pouco depois, algum apaixonado de gravuras raptou-ma, e eu lamentei apenas perder a
lembrança da saudosa prima.
Maio tinha passado e as rosas; acabaram-se as orações à Virgem. Sem os hinos da manhã,
sem o sorriso a cores de Santa Rosália, restava-me o Deus dos novíssimos, das comunhões
sacrílegas, o Deus selvagem do Barreto. Positivamente não quis saber do carrasco, alijei a
metafísica como um pesadelo. E me achei de novo sozinho no Ateneu; sozinho mais do que


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nunca. Com os astros apenas do meu compêndio, panorama da noite consoladora.
E ainda bem, que voltava da crença pela via-láctea, como para a crença fora. Retirada
honrosa de um desengano.
Os dias de saída eram de quinze em quinze. Partia-se ao domingo, depois da missa;
voltava-se à segunda-feira, antes das nove da manhã. Os dias santos de guarda ocasionavam
saídas de véspera. O comissário dos gêneros e despenseiro insistia com o diretor afrouxasse
mais o sistema de feriados. Os rapazes precisam passear, grifava ele, com a liberdade de
mordomo confidente. Aristarco replicava com a invenção cordata dos gêneros de terceira,
elasticidade insensível dos orçamentos.
Havia, porém, saídas extraordinárias de prêmio ou de obséquio.

A cada lição julgada boa, o professor assinava um papelucho amarelo, bom ponto, e
entregava ao distinto. Dez prêmios destes equivaliam a um cartão impresso, boa nota, como
dez vezes vinte réis em cobre valem um níquel de duzentos. O sistema decimal aplicava-se
mais à conquista de um diploma honroso, equivalente a um baralho de dez cartões de boa nota.
Com tal diploma era o estudante candidato à condecoração final de uma medalha, de prata ou
de ouro, conforme fosse mais ou menos ótimo nos diversos superlativos do merecimento
escolar. Reduzia-se assim a papel o valor pessoal, na clearing house da diretoria; ou, melhor:
adaptava-se a teoria de Fox ao processo das recompensas, com todos os riscos de um câmbio
incerto, sujeito aos pânicos de bancarrota, sem um critério de justiça a garantir, sob a
ostentação do papel-moeda, a realidade de um numerário de bem aquilatada virtude.
Fosse como fosse, certo é que, com os bilhetes de boa nota, comprava-se uma saída, e isto
era o importante, como nos países de más finanças: desde que o papel tem curso, de que vale o
valor?
Inútil é dizer que me não chegavam nunca as saídas de prêmio. Tanto melhor me sabiam
as outras.
Durante a primeira quinzena de colégio, o pensamento de um feriado e regresso à família
inebriou-me como a ansiedade de um ideal fabuloso. Quando tornei a ver os meus, foi como se
os houvesse adquirido de uma ressurreição milagrosa. Entrei em casa desfeito em pranto,
dominado pela exuberância de uma alegria mortal. Surpreendia-me a ventura incrível de
mirar-me ainda nos olhos queridos, depois da eternidade cruel de duas semanas. Não! A
magnanimidade do cataclismo temido favorecera o meu teto. Deus permitira, na largueza
pródiga da sua bondade, que eu revisse a nossa casa sobre os alicerces, o nosso tão lembrado
teto e a chaminé tranqüila a fumar o esplim infinito das coisas imóveis e elevadas.
Com o tempo habituei-me à feliz probabilidade de achar na mesma os prezados lares, e
ousei nos momentos da cisma colegial fundamentar projetos de divertimento sobre a esperança
de que, abusando a minha ausência e só para me atormentar o coração, a terra se não havia de
abrir e devorar exata e exclusivamente o que me era mais caro.
Não foram, porém, preocupações pueris de temor, nem prospectos de folguedo que levei
ao primeiro dia de saída depois da demissão de Santa Rosália.
Vinha buscar-me um criado. Eu, adiante do portador, na minha fardeta de botões
dourados, parti do Ateneu, grave e mudo como um diplomata a caminho da conferência. Ia
efetivamente ruminando a mais séria das intenções: afrontar uma entrevista franca com meu
pai, descrever-lhe corajosamente a minha situação no colégio e obter um auxilio para reagir.
Meu pai acabava de deixar o leito. Nada sabia dos meus últimos insucessos. Ficou
admirado e consternado. Daí o êxito completo da minha entrevista.
Dias depois, no colégio, eu era um pequeno potentado. Derrubei o Sanches; consegui
revogação da disciplina das espadas; reconquistei a benevolência de Mânlio; levantei a cerviz!
Desembaraçado do arbítrio pretensioso de um vigilante, o trabalho agradou-me. Um conselho
de casa afirmou-me que havia a nobre opinião de Aristarco e a opinião ainda melhor da


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cartilha, mas havia uma terceira - a minha própria, que se não era tão boa, tão abalizada como
as outras, tinha a vantagem alta da originalidade. Com uma palavra fez-se um anarquista.
Daí por diante era fatal o conflito entre a independência e a autoridade. Aristarco tinha
de roer. Em compensação, adeus esperanças de ser um dia vigilante! principalmente: adeus
indolência feliz dos tempos beatos!
Para a campanha da reação, armazenei uma abastança inextinguível de vaidade e
deliberei menosprezar do melhor modo prêmios e aplausos com que se diplomavam os grandes
estudantes Habituado à vida do internato, nutria a certeza de conseguir sozinho quanto não
pudera com o amparo de um amigo, nem com a ajuda de Deus. No firme propósito de me não
fazer exemplar nem me aplicar ao cobrejamento de habilidade a que o papel de modelo
obrigava, estabeleci, contudo, a razoável mediocridade sem compromissos, de um novo
programa.
Poucos prêmios ganhava dos papeluchos amarelos; em contrapeso facilitava aos poucos
que me vinham a emancipação boêmia do cisco. Por esta escala foram ter alguns com o meu
nome ao gabinete do diretor. Agravo de desdém que se não perdoaria jamais.
Desenvolveu-se nas alturas uma antipatia por mim, que me lisonjeava como uma das
formas da consideração. Chegava eu assim, por trajeto muito diferente do que sonhara, à
desejada personificação moral de pequeno homem.
Invejosos da minha altivez, os inimigos fizeram partido. Sanches era o chefe, na cortina;
Barbalho era o líder abertamente. Eu sorria vaidoso, levando de vencida a guerrinha, como a
espuma à proa de um barco.
Este foi o caráter que mantive, depois de tão várias oscilações. Porque parece que as
fisionomias do caráter chegamos por tentativas, semelhante a um estatuário que amoldasse a
carne no próprio rosto, segundo a plástica de um ideal; ou porque a individualidade moral a
manifestar-se, ensaia primeiro o vestuário no sortimento psicológico das manifestações
possíveis.
Reinavam no Ateneu duas perniciosas influências que contrabalançavam eficazmente o
porejamento de doutrina a transudar das paredes, nos conceitos de sabedoria decorativa dos
quadros, e ainda mesmo a policia das aparições ubíquas e subitâneas do diretor. Coisa difícil
de precisar, como a disseminação na sociedade, do principio do mal, elemento primário do
dualismo teogônico. O meio, filosofemos, é um ouriço invertido: em vez da explosão
divergente dos dardos - uma convergência de pontas ao redor. Através dos embaraços
pungentes cumpre descobrir o meato de passagem, ou aceitar a luta desigual da epiderme
contra as puas. Em geral, prefere-se o meato.
As máximas, o diretor, a inspeção dos bedéis, por exemplo, eram três espinhos; as
referidas influências eram mais dois. A mocidade ia transigindo do melhor jeito com as
bicudas imposições das circunstâncias.
Representavam-se as influências dissolventes por duas espécies de encarnação, fundidas
em hibridismo de disparate - a da forma feminina personificada em Ângela, a canarina, ou
antes a camareira de D. Ema, e a de um encontro de tábuas humildes, conjuntadas às pressas,
por força do prosaísmo incivil de um episódio da economia orgânica.
Falavam assim à imaginação, impressões de relance, um olhar banhado de lascívia, a
tempestade galopante das roupas, em desordem de fuga, calculada para efeitos de irritação,
um descuido de alças afrouxadas ao corpinho, um propósito de poças d'água em dias de
chuva, obrigando a saias curtas e canelas nuas; ora a uma porta em rápida passagem, ora através
do parque frondoso; ou ao escritório, por motivo de recados de D. Ema cuja freqüência
desesperava o diretor; ou sobre o muro da natação, ou a qualquer canto com os copeiros, em
dueto de idílio que se espiava; ou em graçola aventurada aos inspetores, que se babavam.
Os grandes pilheriavam; os pequenos, sérios, olhavam como quem aprende.
Depois, a conspiração dos sarrafos, o favor ao vicio à sombra do pinho alcatroado, a


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penúria do fumo, a mendicidade das fumaças concedidas por beneplácito de dedicação, a
pontinha do bird's eye de boca em boca, como o chimarrão do Rio Grande, mordida, salivada,
saboreada com todo o gosto acre do que se esconde e que é vedado, e a lembrança solitária,
devastadora das imagens do mal, distantes, inalcançadas, dança de flores doidas ao vento; a
correspondência covarde acolhida num interstício de traves como em asilo de ínfima miséria;
as obscenas leituras, e o alvoroço do receio perpétuo, adubo cáustico de prazer mau; a vaidade
de iludir, a secreta mofa, o apetite de cupim pela demolição invisível do que está constituído,
a urdidura preocupada, extenuante de uma tramazinha de hipocrisias mínimas e complicadas
- vivescência vermicular dos estímulos torpes, respirada no ambiente corrompido do retiro,
nascida de baixo, de um buraco, propaganda obscura da lama.
E diluía-se pelos semblantes a palidez creme, cavavam-se olhares vítreos das regiões do
impaludismo endêmico.
Soavam-me ainda aos ouvidos as prédicas de ascetismo do Barreto. Para ele o mal era
fêmea. O Sanches entendia que era macho. Amarrava-lhe um rabo ao cóccix e criava o Satanás
bilontra, imoral e alegre. A cauda do demônio do Barreto era de rendas. Na Rua do Ouvidor,
faria o Satanás - fanfreluche. Uma coisa horrível, com dois olhos, destinados à perdição dos
homens. Saia digna de consideração, só a de padre, que, por sinal, é batina, não é saia. O mais
não passava de pretexto da moda parisiense para disfarçar o pé de cabra. Cuidado com Satanás
sorriso! um sorriso com duas pernas, um abraço com dois seios, uma pantomima do inferno,
faceira e traidora, graciosa e comburente, donde por descuido e por acaso vai-se desprendendo
a humanidade, como as cobrinhas pirotécnicas de Faraó. O menor descuido, desgraça eterna!
Contou-me que o porteiro do seminário em que estivera, para não ser despedido, fora
intimado a separar-se da própria irmã. Deus, para vir ao mundo, tinha severamente elaborado o
mistério excepcional de uma virgindade sem mancha. E, se não fossem as profecias, que não
podiam ficar comprometidas, o veículo a Conceição, por amor da insexual pureza, teria sido o
carapina José, ou mesmo o velho Zacarias, ainda mais respeitável pela calva.
A teologia do Barreto me calara fundo, e eu resolvera piedoso enxotar quanta imagem de
sorriso viesse pousar-me à idéia. Virando a página dos fervores, a teoria ficou-me de resto, do
Satanás feminino. Com a pureza a mais, natural da idade, ia zombando de Ângela e pompas
adjacentes. Fechado o peito como a paz de Jano, e exteriormente a vaidade me amparava.
Para me prevenir ainda mais, veio uma ocorrência provar pelo fato que o Barreto tinha
razão acerca da influência feminina; uma ocorrência que ensangüentou os anais do
estabelecimento, entristecendo o diretor, embora afinal se lhe tornasse agradável pelo muito
que fez falar do Ateneu.
Tínhamos acabado de jantar e corria como sempre a recreação, que precedia a hora da
ginástica. Das bandas da copa, ordinariamente sossegada, chegou-nos subitamente um rumor
de algazarra. Era estranho.
O alarido cresceu; uma altercação violenta; depois fragor de luta, o estrondo de uma mesa
tombando. Depois gritos de socorro; mais gritos; a voz de Aristarco aguda, dando ordens
como em combate. Estávamos atônitos.
De repente vimos assomar à porta, que dominava o pátio sobre a escada de cantaria, um
homem coberto de sangue. Um grito de horror escapou a todos. O homem precipitou-se em
dois pulos para o recreio. Trazia um ferro na mão gotejando vermelho, uma faca de lamina
estreita ou um punhal.
"Matou! matou!" gritavam da copa; "Pega o assassino!"
Sobre os passos do fugitivo vinham diversas pessoas. João Numa, gordinho, lívido e
trêmulo, ao descer a escada, rolou, partindo os óculos na pedra.
Aristarco, a uma janela, bem certo da inviolabilidade pessoal, ao peitoril, desenvolvia
uma energia sem limites, mandando pegar o homem da faca. Os inspetores do recreio tinham
azulado. Os rapazes berravam como loucos.


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Inesperadamente reaparece o Silvino, muito branco, com as suíças mais pretas, pelo
contraste do medo.
"Esperem! esperem!" dizia convulso, como quem traz na algibeira um expediente
salvador. "Esperem!"
Exatamente no meio do pátio abriu as imensas pernas de Rodes magro, e levou à boca um
apito.
Infelizmente, com a força do sopro engasgou-se o assobio, depois de dois chilros falhos.
Cercado pelos criados que o perseguiam com trancas e cacetes, o homem da faca, cuja
intenção era escapulir para o jardim, encostou-se a uma parede. "Deixem-me passar, que mato
mais um", rosnava, com a fisionomia faiscante. "Caminho para mim!" repetia, agitando o ferro
num frêmito de cascavéis.
Alguns moços destemidos tinham-se avizinhado e completavam o imprudente cerco.
"Abre!" rugiu praguejando o criminoso acuado. E, de um salto de fera, arremessou-se
contra os sitiantes, brandindo a faca.
Com a milagrosa destreza do instinto de conservação, cada um safou-se como pôde; o
perseguido passou como um tiro. "Fugiu!" clamavam de todos os lados.
Quando o vimos cair de braços.
Alguém se precipitara inesperadamente ao seu encontro e, escorando-o com o joelho e
empolgando-o pelo gasnete, com o punho o fizera rodar por terra.
Era o Bento Alves!... com uma das mãos, o bravo colega oprimia a cara ao sujeito contra
o solo, ralando-a na areia, com a outra, por um prodígio de vigor, imobilizava-lhe o braço
armado. Com o esquerdo livre, o criminoso firmava, tentando erguer-se. Esmagava-o a pressão
de um monólito.
Quando foram em auxilio, já o Bento Alves desarmara o adversário, coagindo por meio
da tenaz dos dedos com que lhe ferrava o congote.
De toda parte, aclamavam-no herói. À janela, de longe, Aristarco, entusiasmado,
esquecia o divino aprumo e bracejava como um moinho de vento, sem conseguir dar voz à
emoção.
Bento Alves retirou-se com a faca em troféu, deixando o criminoso sob uma pilha de
valentes da última hora e criados que o sufocavam.
Quando o pobre-diabo pôde tomar pé, manietado, amarrado de mil maneiras por cintas
de couro, como as múmias no envoltório de tiras, acercou-se dele o Silvino e o agrediu
covardemente com sermão de moral.
Era criminoso, dizia-se. De que crime? Dentro de alguns momentos o colégio inteiro o
sabia.
O homem da faca era um dos jardineiros do Ateneu. Durante o jantar enfrentara-se de
razões com um criado da casa de Aristarco e o matara. Havia algum tempo que disputavam os
dois a primazia no coração de Ângela uma terrível pendência. O criado de Aristarco julgava-se
na legítima posse desse escrínio de afetos, pela convivência ao lado da bela, consorciados
maritalmente na intimidade dos alguidares, onde as mãos se confundiam como as louças ou na
sociedade afetuosa do serviço dos aposentos do diretor e da senhora, permutando entre si
dichotes açucarados, à flagelação dos tapetes.
O jardineiro, patrício da camareira, dava por si a razão de nacionalidade, o fato de
haverem chegado à América na mesma turma de imigrantes e uma autuação completa de
juramentos idôneos da sedutora.
Levados a tal aperto os nós da paixão não se desatam; cortam-se. O jardineiro cortou. Por
mor azedume da situação, dizem que Ângela de parte a parte estimulava os adversários
declarando a cada um por sua vez preferi-lo exclusivamente.
Confiado o assassino aos urbanos, tornou-se a vitima o objeto das atenções.
Era este um rapagão de trinta anos, pardo e simpático. O assassino era mais escuro,


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espécie de andaluz de touradas, baixo, sólido, grosso como um cepo de açougue.
Apenas desapareceu o criminoso, o colégio inteiro assaltou a escada, desejosos de ver o
assassinado À porta do refeitório, porém, Aristarco despachou: "não têm que ver!" Ao mesmo
tempo a sineta importuna badalava chamando à forma. O Professor Bataillard, de branco, no
cinturão vermelho, apareceu ao lado do diretor. Os rapazes morderam-se de raiva. E não houve
nunca no mundo dois superiores mais odiados.
Mas a teia da disciplina tinha malhas de maior largura. Alguns rapazes acharam meio de
se esgueirar até à copa, e eu também com eles.
Desde muito, andava querendo ver um cadáver, espetáculo real, de mãos contraídas,
revirados beiços. As cartas iconográficas de parede deixavam-me impassível, com as estampas
teóricas de cérebros a descoberto, globos oculares exorbitados, ventres golpeados em abas,
mostrando vísceras, figuras humanas de pé, descansando a um quadril, movendo a supinação
num jeito de complacência passiva, esfolados para que lhes víssemos as veias, modelos vivos
da ciência em pose de suplício, constância de brâmane, como à espera que houvéssemos
aprendido de cor a circunvolução do sangue, para vestir de novo a pele e os músculos
deslocados. Não me bastava.
Nos grandes armários havia melhor: peças anatômicas de massa, sangrando verniz
vermelho, legitima hemorragia; corações enormes, latejantes, úmidos à vista, mas que se
destampavam como terrinas; olhos de ciclope, arrancados, que pareciam viver ainda
estranhamente a vida solitária e inútil da visão; mas olhos que se abriam como formas de
projéteis de entrudo Mas eu queria a realidade. a morte ao vivo.
Lembrava-me de ter visto um anjinho, entre velas no caixão agaloado, simples carinha
amarelenta, sombreada de azul em nódoas dispersas, em mãos crispadas numa fita,
cobrindo-se de flores a imobilidade do último sono. Vira ainda uma velha, na essa elevada,
uma opulenta velha que morrera sem herdeiros. Ao redor, choravam muito as tochas pranto de
cera cor de mel, inconsoláveis, espichando compridas chamas, que pareciam subir ao teto com
um filete de fumo. Distinguiam-se bem os dois pés para dentro, em botinas de pano; e o nariz
pronunciando-se sob o lenço de rendas.
Isto não era ter visto cadáver. Eu queria o cadáver flagrante, despido dos artifícios de
armação e religiosidade, que fazem do defunto simples pretexto para um cerimonial de
aparato. O que me convinha era o galho por terra, ao capricho da queda, decepado da árvore da
existência, tal qual.
O cadáver do criado estava em condições; com a vantagem do adereço dramático do
sangue e do crime, como nos teatros.
Encaminhava-me, pois, para a cozinha e sentia palpitações fortes, abalando-me certo
modo de agradável pavor. A cozinha do Ateneu, além dos alojamentos da copa, era espaçosa
como um salão. Às paredes cintilava o trem completo de cobre areado, em linha as peças
redondas como uma galeria de broquéis. No centro uma comprida mesa servia de refeitório à
criadagem.
Naquela ocasião havia muita gente perto da mesa. Vi pelas costas pessoas alheias ao
estabelecimento. Disseram-me que estava presente a autoridade e tratava de remover o morto.
Aquela gente toda devia ser, de costas, a autoridade policial, feição do poder público que eu
não discriminava ainda bem, mas já considerava. Caído ao soalho, vi o cadáver sobre uma
esteira de sangue.
Guardava ainda a contorção esquerda da agonia; à boca fervia-lhe um crivo de espuma
rosada; trajava colete fechado, calças de casimira grossa. Os ferimentos não se viam. Os olhos
estavam-lhe inteiramente abertos e de tal maneira virados que me fizeram estremecer.
Alguns minutos depois de minha entrada, chegaram dois sujeitos com uma rede. Os
copeiros ajudaram a apanhar o corpo; os homens da rede o levaram.
Impressionou-me para sempre o desfalecimento flácido dos membros, quando


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levantaram o cadáver, a moleza da cabeça, rodando nos ombros, com um movimento próprio
dos que padecem intolerável angústia, e um choque súbito para trás que me gelou o sangue,
empinando-se o queixo e o nó da garganta, rasgando-se a boca, brusco, como se o ferido
vomitasse um resto tenaz da vida.
Após a rede, pela escada da cozinha, saíram todos; eu fiquei. Examinava ainda o chão
alagado de sangue quando alguém, passando, afagou-me os cabelos: era Ângela!
- Morió, disse, indicando o sangue, arregalando as sobrancelhas, e desapareceu com o
andar de bamboleio.
Primeira vez que reparei que era bonita a canarina. Sim, senhor! E para o demônio culpado
de tão horrível, incidente fui de uma benevolência tal de opinião que me nasceram remorsos.
Ângela tinha cerca de vinte anos; parecia mais velha pelo desenvolvimento das
proporções. Grande, carnuda, sanguínea e fogosa, era um desses exemplares excessivos do
sexo que parecem conformados expressamente para esposas da multidão - protestos
revolucionários contra o monopólio do tálamo.
Atirada de modos, como o ditirambo do amor efêmero; vazia como as estátuas ocas; sem
sentimentos, material e estúpida, possuía, entretanto, um segredo satânico de graduar os largos
olhos de sépia e ouro, animar expressões no rosto que dir-se-ia viver-lhe na face uma alma de
superfície, possante, capaz dos altos martírios da ternura e de interpretar os poemas trágicos da
dedicação.
Gostava de arregaçar as mangas para mostrar os braços, luxo de alvura, braços perfeitos
de princesa, que davam que pensar ao espanador humilde no serviço da manhã. Exposta às
soalheiras, revestia-se a cor branca do rosto de um moreno cálido, tom fugitivo de magnólias
fanadas, invulnerável aos rigores de ar livre, como deve ter sido outrora a epiderme de Ceres.
Ferissem-lhe a tez os dardos corrosivos da insolação, vinha-lhe apenas ao rosto um rubor mais
belo, e não lhe tirava mais o sol à mocidade da carne do que à própria terra, sob a calcinação
dos ardores: uma primavera de rosas.
Consciente da formosura, Ângela abusava.
E era do mal livrar-se. Começava por um jogo de virtude. Enxugava em ar de seriedade os
lábios úmidos; as pálpebras, de longas pestanas, baixavam sobre os olhos, sobre o rosto, viseira
impenetrável do pudor. Convidava à adoração colhendo aos ombros o manto da candura,
refugiando-se na indiferença hierática das vestais. Depois, uma pontinha de ingênuo sorrir,
olhos fechados ainda; gradação de infantilidade que substituía à vestal uma criança esquiva e
tímida, rindo, voltando a cara. Os olhos, por fim, aventuravam-se de relance, uma temeridade
de noiva possível, nada mais, volvendo ao retraimento cismador. Depois, a contemplação
confiada; romance inteiro, linha por linha, de uma virgindade. Até que súbito, meu castíssimo
Barreto! aquela virtude, aquela meiguice, aquela esquiva candura, aquela nubilidade
melancólica, aquela fisionomia honesta, pesarosa talvez de ser amável, fendia-se em dois
batentes de porta mágica e rodava em explosão o sabbat das lascívias.
Os olhos riam, destilando uma lágrima de desejo; as narinas ofegavam, adejavam
trêmulas por intervalos, com a vivacidade espasmódica do amor das aves; os lábios, animados
de convulsões tetânicas, balbuciavam desafios, prometendo submissão de cadela e a doçura
dos sonhos orientais. Dominava então pela oferta abusiva, de repente; abatia-se à derradeira
humilhação, para atrair de baixo, como as vertigens. Ali estava, por terra, a prostituição da
vestal, o himeneu da donzela, a deturpação da inocente, três servilismos reclamando um dono;
apetite, apetite para esta orgia rara sem convivas!
Não escolhia amores. Era de todos como os elementos; como os elementos, sem remorso
das desordens e depredações. Franqueava-se à concorrência. Havia lugar para todos à sombra
dos cabelos castanhos, que lhe podiam vestir as copiosas formas, fartos, perpetuamente secos,
que ela sacudia a correr como uma poeira de feno.
Aquele modo de olhar, passando, de Ângela! clarificou-me a imaginação das sombras de


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terror em que me enleava o alvoroço do acontecimento da tarde e a vista horrível, do cadáver.
Depois da façanha, Bento Alves, o herói, sumiu-se; comentavam-lhe demais a bravura.
Nem aos exercícios do campo compareceu.
Bento Alves era um misterioso. Misteriosos são no colégio os que não andam a atravancar
o espaço com as gatimanhas das suas expansões. Freqüentava as aulas superiores; sem que
fosse um estudante de rumoroso mérito, fazia-se respeitar dos mestres e condiscípulos. Sisudo
como certos rapazes de inteligência menor que se arreceiam do ridículo, não somente pela
sisudez impunha-se ao respeito. Consideravam-no principalmente pela nomeada de hercúleo.
Os fortes constituem realmente uma fidalguia de privilégios no internato. No tumulto da
existência em comum, fundem-se as distinções de classe na democracia do coleguismo: as
cambiantes de fortuna apagam-se no figurino geral das blusas pardas. Os títulos de
superioridade prevalecem primitivamente no critério semibárbaro dos verdes anos; o punho
válido chega a fazer vantagem sobre a própria vantagem do favoritismo.
Alves não alardeava de forte; evitava disputas, não jogava o pulso, preferia exercitar-se à
ginástica sem espectadores. Às vezes, por ginástica sem espectadores. Às vezes, por
brinquedo, cingia o braço a um colega entre o polegar e o médio e fechava-lhe sob a manga um
bracelete roxo dolorido. Aqueles que se sujeitavam ao formidável ensaio de tatuagem por
compressão, acercavam-se, Daí por diante, de Bento Alves com os escrúpulos da mais
reservada prudência.
Entretanto era mole, da preguiça monumental dos animais pujantes. Veloz, detestava a
carreira; alegre, fugia aos folguedos. Gostava do seu sossego; desviava os incômodos da
convivência distribuída, transbordante dos estimados. Não se falava dele no Ateneu.
Limitavam-se a temê-lo em silêncio.
Depois da valorosa façanha a que o tinha levado a casualidade, teve de ver-se herói à
força. Um desespero. Se algum companheiro caia na tolice de dizer-lhe alguma coisa
relativamente ao crime do jardineiro, Bento Alves rasgava a conversa com um monossílabo de
impaciência, encrespando-se como um javali. Apesar de tudo foi o pobre modesto percutido,
laminado sobre a bigorna da notoriedade.
Felizmente o barulho da entrada para o Ateneu de um moço célebre veio modificar a
odiosa voga.
Acabava de matricular-se Nearco da Fonseca, pernambucano de ilustre estirpe.
Apresentou-se com o pai, vulto político em galarim no tempo. Era um mancebo de
dezessete anos, rosto cavado, cabelos abundantes, de talento não comum, olhar vivo, moroso
de importância, nariz adunco, avançado, seco, quase translúcido como um nariz de vidro.
Franzino como a infância desvalida, magro como uma preleção de osteologia,
surpreendeu-nos, entre outras, uma recomendação a seu respeito, pelo próprio diretor às barbas
do pai: - Nearco da Fonseca era um grande ginasta!
Talentoso que fosse, concebíamos, se por nada mais, ao menos pela cabeleira... Mas um
ginasta aquele espectro da necessidade!
A juventude, entretanto, é a eterna esperança; nós esperamos por uma exibição
comprobante.
Abalou-se a tribo dos acrobatas, dos atletas; toda a rapaziada de brio, o Luís à frente, que
localizava na protuberância nodosa do bíceps o pundonor supremo da criatura, preparou na
mais vasta admiração um aposento considerável para acolher o confrade.
Formados trezentos, à tarde, diante dos aparelhos, foi em movimento de avidez que
ouvimos Bataillard, com o cavalheirismo que o distinguia, convidar a exibir-se o grande
Nearco.
Estava presente o diretor; estava presente o respeitável progenitor de Blondin. O Ateneu
olhava. Nearco deixou a forma, rompendo a marcha com o pé esquerdo, a regra, mãos à
ilharga, sério como um bispo, e encaminhou-se para o trapézio com o passo medido das emas,


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imperturbável como quem sabe profundamente a técnica do marchar. Perto do aparelho,
sempre de mãos à cinta, volta a volver! virou-se para o colégio, teso, e quebrou para nós um
duro salamaleque, conservando por segundos a efracção angular das figurinhas delineadas,
representando a lavoura, na cantaria histórica do Egito.
Assuntávamos ansiosos.
Depois do cumprimento, Nearco empunhou a barra do trapézio, polegar para baixo,
segundo a pragmática das posições. E fez uma flexão. Ah! não sabeis, profanos que sois,
quanto vale a flexão dos membros superiores! A fórmula no mundo ideal da mecânica é a
alavanca de Arquimedes; da aplicação prática e contundente é o marro britânico. Consiste
nisto: encolher as munhecas.
Nearco fez uma, duas, fez cinco! seguiu-se uma viravolta, e Nearco ao trapézio, de
cócoras, pôde perambular sobre o pasmo circunstante o pausado beque... Não era tudo, porém!
Nearco arranjou mais umas fantasias de cambalhotas, capazes de transformar radicalmente os
princípios fumados da arte dos trambolhões, e beneficiou-nos, suando, com um sorriso
triunfal.
Faltava a sorte do fim. Nearco espichou quanto pôde a lamentável ausência de músculos
e deu-nos... uma sereia! A sereia é tudo que há de mais elementar, de mais pulha, de mais
tolamente ostentoso em matéria de aparelhos. O sujeito segura-se às cordas, levanta os pés da
barra, mete os pés pelas mãos e de cabeça para a terra empurra o ventre. O pobre Nearco,
desbarrigado, não tinha ventre para empurrar.
Não empurrou coisa nenhuma; quando muito uns ossinhos que lhe saíam à altura do
umbigo como cabos de faca. Pulou ao chão.
Estava exibido o acrobata! Nós olhávamos uns para os outros, bestificados, em
compostura abatida de caras-de-asnos. Aristarco percebeu e repreendeu-nos com o
sobrecenho. Nós compreendemos delicadamente: estava ali o respeitável pai de um colega...
Uma roda de palmas, claras, estrepitantes, inacabáveis, percorreu as fileiras com a
eletricidade comunicativa das aclamações.
Nearco, altivo, agradeceu com o nariz.

VI


O futuro tinha reservado para Nearco um feixe de melhores palmas, uma galhada de
louros mais legítimos como tempero de vitória.
O Grêmio Literário Amor ao Saber, instituição recente, seria o verdadeiro teatro dos seus
soberbos alcances.
Duas vezes ao mês congregavam-se os amigos das letras, numa das salas de cima; a
mesma das lições astronômicas de Aristarco. Havia ainda para iluminar as sessões pedaços de
matéria cósmica pelos cantos, esfrangalhada pela análise do mestre. Não quer dizer que
merecesse as eternas luminárias da ironia a benemérita associação.
Às suas reuniões comparecia eu timidamente, para nada mais que simplesmente abusar,
por excessivo consumo, de um direito dos estatutos: podiam os alunos, todos do Ateneu, em
silêncio humilde, mariscar o que fossem deixando os segadores do trigal das literaturas.
Assistente infalível, saia cheio com a retórica espigada, que ia espalmar, prensando no
dicionário, conservas de espírito, relíquia inapreciável do Belo.
A dificuldade que encontrava um estudante para forrar-se ao privilégio de gremista,
fazia-me mais a fundo venerá-lo.
Nearco não teve o menor embaraço. Entrara para o estabelecimento muito adiantado. Foi
imediatamente proposto, aceito e empossado. À primeira sessão, depois do triunfo ao trapézio,
tive ocasião de apreciá-lo à ginástica do verbo.


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Debatia-se este problema, dos inesgotáveis das agremiações congêneres. Quem foi maior,
Alexandre ou César? indagação histórica difícil evidentemente de levar a cabo sem o auxilio
da trena.
Nearco arranjou a coisa a olho e distinguiu-se com a esperada galhardia. Falou durante
hora e meia com uma fluência que lhe angariava para sempre o epíteto de facundo. Justapôs
com o primor de um varejista de fazendas - César sobre Alexandre. César protestou contra a
maneira, de barriga para o ar, que nada tinha de artística; além disso espetava-o a armadura de
Alexandre. Aquilo faria rir a Pompeu no armário das legendas e a maledicência do senado,
comprometendo-se a seriedade secular do homem que foi, viu e venceu... Nearco manteve-o
inexoravelmente durante o percurso do paralelo critico. César não podia contar com os
legionários do bom tempo; ali esteve a fazer caretas na sujeição inerme, anima vilis dos
documentos. Alexandre, que afora o capacete, via-se ainda maiorzinho que o outro, teve mais
paciência, deixando-se medir até à peroração, com a boa vontade de um defunto. Venceu com
efeito. Nearco proclamou-o magno dos magnos, diversas polegadas maior que o temerário do
Rubicon.
O Grêmio esclarecido rejubilou. A discussão encerrou-se, não havendo mais quem
falasse. Também havia cinco sessões que eram os pobres guerreiros tratados a metro.
Por este memorável dia arvorou-se Nearco em notabilidade firmada. Esqueceram todos
que ele fora matriculado sob o quase compromisso de não dar um passo que não fosse um
salto-mortal, não descansar senão de pernas para cima em cadeiras equilibradas sobre garrafas,
não ter outro recreio que não fosse a corda bamba, por não destoar da percorrida fama. Ficou
em olvido a estréia acrobática. O Grêmio Amor ao Saber tomou-o a si, em posse exclusiva,
como um orgulho.
Não faltavam, entretanto, poetas, jornalistas, polemistas, romancistas, críticos,
folhetinistas. A sociedade tinha o seu órgão, O Grêmio, impresso no Lombaerts, de que
podiam ser canudos à vontade os sócios quites e ainda, por maior riqueza de harmonias, os
honorários.
Entre os honorários figurava Aristarco, presidente, colaborando sempre no periódico com
a transcrição em avulso das máximas de parede, e mandando sempre para a quarta página um
anúncio garrafal do Ateneu, que pagava para auxiliar à empresa. Na interessante publicação
apareciam quadrinhas místicas do Ribas e sonetos lúbricos do Sanches. Barreto publicava
meditações, espécie de harpa do crente em prosa arrebentada.
O rodapé-romance era uma imitação d'O Guarani, emplumada de vocábulos indígenas e
assinada - Aimbiré.
Nearco atirou-se à especialidade dos paralelos. Começou logo por dois de pancada: Cila
e Mário, Tito e Nero. No expediente prometia-se um terceiro curiosíssimo: Plutarco e os
beócios.
Esta queda para as linhas eqüidistantes, talento aliás de carril urbano e anexos muares, foi
mais uma razão de prestigio para o extraordinário rapaz.
A eloqüência representava-se no Grêmio por uma porção de categorias. Cícero tragédia
- voz cavernosa, gestos de punhal, que parece clamar de dentro do túmulo, que arrepia os
cabelos ao auditório, franzindo com fereza o sobrolho, que, se a retórica fosse suscetível de
assinatura, acrescentaria ao fim de cada discurso pesadamente: a mão do finado; Cícero
modéstia - formulando excelentes coisas, atrapalhadamente, no embaraço de um perpétuo
début, desculpando-se muito em todos os exórdios e ainda mais em todas as confirmações,
lágrimas na voz, dificuldade no modo, seleto e engasgado; Cícero circunspecção -
enunciando-se por frases cortadas como quem encarreira tijolos, homem da regra e da
legalidade, calcando os que e os CUJO, longo, demorado, caprichoso em mostrar-se mais raso
do que o muito que realmente é, amigo dos períodos quadrados e vazios como caixões,
atenuando mais em cada conceito a atenuante do conceito anterior, conservador e


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ultramontano, porque as coisas estabelecidas dispensam de pensar, apologista ferrenho de
Quintiliano, retardando com intervalos o discurso impossível para provar que divide bem a sua
elocução, com todos os requisitos da oratória, pureza, clareza, correção, precisão, menos uma
coisa - a idéia; Cícero tempestade - verborrágico, por paus e por pedras, precipitando-se
pela fluência como escadas abaixo, acumulando avalanches como uma liquidação boreal do
inverno, anulando o efeito de assombroso destampatório pelo assombro do destampatório
seguinte, eloqüência suada, ofegante, desgrenhada, ensurdecedora, pontuada a murros como
uma cena de pugilato; Cícero franqueza - positivo, indispensável para o encerramento das
discussões, dizendo a coisa em duas palavras, em geral grosseiro e malfalante, pronto para
oferecer ao adversário o encontro em qualquer terreno, espécie perigosa nas assembléias;
Cícero sacerdócio - sacerdotal, solene, orando em trêmulo, alçando a testa como uma mitra,
pedindo uma catedral para cada proposição, calçando aos pés dois púlpitos em vez de sapatos,
espécie venerada e acatada.
Nearco introduziu o tipo ausente do Cícero penetração - incisivo, fanhoso e implicante,
gesticulando com a mãozinha à altura da cara e o indicador em croque, marcando precisamente
no ar, no soalho, na palma da outra mão o lugar de cada coisa que diz, mesmo que se não
perceba, pasmando de não ser entendido, impacientando-se até ao desejo de vazar os olhos ao
público com as pontas da sua clareza, ou derreando-se em frouxos de compaixão pela desgraça
de nos não compreendermos, porcos e pérolas.
O gesto incisivo, mais a facúndia desimpedida, mais o talento histórico dos paralelos,
consagrou a primazia do gremista.
O presidente efetivo da sociedade era o Dr. Cláudio, professor da casa, homem de
capacidade, benévolo para os desgarros de tolice da juventude, que teria desgosto para uma
semana, se imaginassem que faltara a uma sessão por menosprezo. Esta constância do chefe era
o grande elemento de prosperidade do Amor ao Saber. O Dr. Cláudio conduzia os trabalhos
com verdadeira perícia de automedonte, esclarecia os imbróglios, forjava adjetivos de
encômio que ia dando a cada um por sua vez e a todos os estimáveis consócios, propunha
algumas teses e achava graça em outras. Nas sessões solenes pronunciava o discurso oficial.
A maior utilidade do Grêmio para mim era a biblioteca. Uma coleção de quinhentos a
seiscentos volumes de variado texto, zelados pela vigilância cerberesca do Bento Alves,
bibliotecário, eleito de voto unânime.
Alves era da associação como quase todos os alunos do curso superior. Filiava-se ao
grupo simpático dos silenciosos, usufruindo os lucros da circunstância de não ser do regimento
a taramela obrigatória. Fora da biblioteca, os seus serviços aos intuitos do Grêmio resumiam-se
no apoiado! consciencioso e firme, à disposição sempre da melhor idéia em questões elevadas,
e do mais sábio alvitre em questões de ordem.
Alguns rapazes, não do Grêmio, e que não houvessem, nas letras, manifestado
gramaticalmente notável jeito para a conjugação sub-reptícia do verbo adquirir, podiam obter
do presidente o direito de ingresso na sala dos livros. Eu, como amigo que era das bonitas
páginas impressas, apresentei candidatura. E como não divertia bastante o jogo da barra ao sol,
nem o rapa-tira-deixa-põe das penas de aço e das carrapetas, nem o correr à panelinha das bolas
de vidro espiraladas de cores, fez-se-me a biblioteca a recreação habitual.
Esta freqüência angariou-me dois amigos, dois saudosos amigos - Bento Alves e Júlio
Verne.
Ao famoso contador do Tour du Monde devo uma multidão numerosa dos amáveis
fantasmas da primeira imaginação, excêntricos como Fogg, Paganel, Thomas Black, alegres
como Joe, Passepartout, o negro Nab, nobres como Glenarvan Letourneur, Paulina Barnett,
atraentes como Aouda, Mary Grant. Sobre todos, grande como um semideus, barba nitente,
luminosa como a neblina dos sonhos, o lendário Nemo da Ilha Misteriosa, taciturno da
lembrança das justiças de vingador, esperando que um cataclismo lhe cavasse um jazigo no


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seio do Oceano, seu vassalo, seu cúmplice, seu domínio, pátria sombria do expatriado.
Possuía minha literatura completa de tesouros de meninos, contos de Schmidt; visitara
uma por uma no meu burrinho as feiras da sabedoria de Simão de Nântua; estudara
profundamente pelas aventuras de Gulliver as vacilações da vida, onde, mal acabamos de
zombar da pequenez extrema, vem sobre nós o ludibrio da extrema grandeza, espécie de Pascal
de mamadeira entre Liliput e Brobdingnak; chegara à perfeição de duvidar das empresas de
Münchhausen. Isto tudo sem falar nos Lusíadas do Sanches, no reverendo Bernardes, na
refinada pilhéria do Bertoldo e no Testamento do Galo, símbolo aliás muito filosófico da
odiosidade das sucessões, que por ventura do herdeiro autoriza o destripamento do galináceo
como a tortura skakespeariana de Lear.
Júlio Verne foi festejado como uma migração de novidade. Onde quer que me levasse o
Forward ou o Duncan, o Nautilus ou o balão Vitória, a columbíada da Florida ou criptograma
de Saknussen, lá ia eu, esfaimado de desenlaces, prazenteiro, ávido como os três dias de
Colombo antes da América, respirando no cheiro das encadernações as variantes climatéricas
da leitura, desde as areias africanas ate aos campos de cristal do Ártico, desde os grandes frios
siderais até à aventura do Stromboli.
A amizade do Bento Alves por mim, e a que nutri por ele, me faz pensar que, mesmo sem
o caráter de abatimento que tanto indignava ao Rebelo, certa efeminação pode existir como
um período de constituição moral. Estimei-o femininamente, porque era grande, forte, bravo;
porque me podia valer; porque me respeitava, quase tímido, como se não tivesse animo de ser
amigo. Para me fitar esperava que eu tirasse dele os meus olhos. A primeira vez que me deu um
presente, gracioso livro de educação, retirou-se corado, como quem foge. Aquela timidez, em
vez de alertar, enternecia-me, a mim que aliás devia estar prevenido contra escaldos de água
fria. interessante é que vago elemento de materialidade havia nesta afeição de criança, tal qual
se nota em amor, prazer do contato fortuito, de um aperto de mãos, da emanação da roupa,
como se absorvêssemos um pouco do objeto simpático.
Na biblioteca, Bento Alves escolhia-me as obras: imaginava as que me podiam interessar;
e propunha a compra, ou as comprava e oferecia ao Grêmio, para dispensar-se de mas dar
diretamente. No recreio não andávamos juntos; mas eu via de longe o amigo, atento,
seguindo-me o seu olhar como um cão de guarda.
Soube depois que ameaçava torcer o pescoço a quem pensasse apenas em me ofender; seu
irmão adotivo! confirmava.
Eu, que desde muito assumira entre os colegas um belo ar de impávida altania,
modificava-me com o amigo, e me sentia bem na submissão voluntária, como se fosse artificial
a bravura, à maneira da conhecida petulância feminina.
A malignidade do Barbalho e seu grupo não dormia. Tremendo de represália do Alves,
faziam pelos cantos escorraçada maledicência, digna deles.
Às vezes na biblioteca, enquanto eu lia, Alves olhava-me do outro lado da mesa central
de pano verde, com a mão à fronte e os dedos mergulhados nos cabelos. Olhava-me e eu o
sentia sem levantar a vista, compreendendo no mais fino refolho de ninada vaidade que aquela
contemplação traduzia o horror do ridículo, proverbial em Bento Alves, manietando-lhe
rijamente uma demonstração efusiva. Não fosse a critica uma criatura do tempo, eu poderia
achar cômica a situação dos personagens desta cena de platonismo. Não havendo a critica para
falsear a psicologia por desdobramento, limitava-me a ser sincero, como o pobre amigo. Às
vezes vinha-lhe a pálpebra uma lágrima sem origem.
No movimento geral da existência do internato, desvelava-se caprichosamente; sabia ser,
de modo inexprimível, fraternal, paternal, quase digo amante, tanta era a minudência dos seus
cuidados. Não havia regalo, dessas mesquinhas coisas de preço enorme na carestia perpétua da
prisão escolar, de que se não privasse o Alves, em meu proveito, desesperando-se, a fazer pena,
se eu tentava recusar. À conversa, falava da família no Rio Grande do Sul; tinha duas irmãs;


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falava delas, do tempo passado que não as via, muito claras, de belos olhos, uma de quinze
anos, outra de doze; ele tinha dezoito. Falava de cuidados higiênicos meus, mudar de cama no
salão azul, que estava muito perto das janelas, e isto havia de ser nocivo... Outras ninharias, em
tom de sentida brandura, como se desejasse decrescer das proporções sólidas de sua
conformação para reduzir-se à exigüidade balbuciante de uma carcaçazinha de avó, minguada
de velhice, animada, ainda e apenas, pela febre do último alento, pela necessidade de carregar
ainda alguns dias um coração, um afeto.
Os estatutos do Grêmio marcavam duas ocasiões de solenidades: as festas anuais de
abertura e do encerramento dos trabalhos. Além destas, as sessões comemorativas que a casa
resolvesse.
Para as festas literárias, levava-se ao pavilhão do recreio um grande estrado, três mesas
que se alinhavam para a diretoria, sob um rico pano cor de vinho, de ramagens negras que
lembravam tinteiros entornados de mau agouro, e uma tribuna familiarmente apelidada
caranguejola.
Esta caranguejola, enorme e pesada, que parecia protestar, a cada solavanco, contra o
caráter de móvel que lhe queriam à força impingir, fazia figura em todas as salas do Ateneu,
conforme as exigências da retórica. Localizada a conferência, a preleção, a prática solene,
abalava-se a mísera e punha-se em caminho, aos encontrões, seguindo o fadário de mostrador
ambulante de eloqüência. Nestas circunstâncias não era uma simples tribuna, era um
verdadeiro prognóstico. Em se movendo a caranguejola, discurseira iminente. Teve um dia de
razoável orgulho: dela serviu-se no Ateneu o Professor Hartt, para uma conferência de
antropologia.
Quando a vimos andar um dia e soubemos que aquilo significava a instalação do Amor ao
Saber, congregou-se o Ateneu, unificado no mesmo impulso de entusiasmo, e pela primeira vez
a tribuna marchou sem o cerimonial das topadas. Despedimos os criados. tomamo-la nós aos
ombros: levamo-la em ovação.
A festa inaugural esteve animada. Mais do que se esperava, infelizmente.
Encheu-se de bancos e cadeiras austríacas o vastíssimo salão. Ao centro, em frente, a
mesa da diretoria; à esquerda, os convidados; à direita, os outros alunos, o resto, como se diz
das maiorias, sem voz ativa.
Sobre o pano avinhado de ramagens, abria-se a pasta do secretário; sobre a tribuna
cintilava cristalino o copo das urgências instantes.
Poucos oradores. Aristarco, presidente honorário, abriu a sessão com a chave do
peregrino verbo, recomendando a nova associação como um tentame honroso e de muito fruto
para os moços aplicados, que teriam ensejo de se dar ao cultivo da oratória e das belas-letras.
Subiu em seguida à tribuna o presidente efetivo.
Com a facilidade da sua elocução, fez o Dr. Cláudio a critica geral da literatura brasileira:
a galhofa de Gregório de Matos e Antônio José, a epopéia de Durão, o idílio da escola mineira,
a unção de Sousa Caldas e S. Carlos, a influência de Magalhães, os ensaios do romance
nacional, a glória de Gonçalves Dias e José de Alencar.
E passou a estudar a atualidade.
O auditório que escutava, interessado, mas tranqüilo, começou a agitar-se.
O orador representava a nação como um charco de vinte províncias estagnadas na
modorra peludosa da mais desgraçada indiferença. Os germes da vida perdem-se na vasa
profunda; à superfície de coágulos de putrefação, borbulha, espaçadamente, o hálito mefítico
do miasma, fermentado ao sol, subindo a denegrir o céu, com a vaporização da morte. Os
pássaros calados fogem; as poucas árvores próximas no ar parado, debruçam-se uniformes
sobre si mesmas num desanimo vegetativo, que parece crescer, descendo, - prosperidade
melancólica de salgueiros. O horizonte limpo, remato, desfere golpes de luz oblíqua, reptil, que
resvalam, espelhando faixas paralelas, imóveis, sobre o dormir da lama.


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Por entre os raros caniços, emergem olhos de sapo, meditando a vantagem daquela paz
sombria, indolência negra, em que chega a ser vigor de vontade estrebuchar quatro arrancos
através da onda grossa em busca da fêmea. A arte significa a alegria do movimento, ou um
grito de suprema dor nas sociedades que sofrem. Entre nós, a alegria é um cadáver. Ao menos
se sofrêssemos... A condição da alma é a prostração comatosa de uma inércia mórbida. Quem
nos dera a tonicidade letal de uma vasca. Trituramos a vida por igual como um osso; roemos o
dia, pacientes, de rojo, sobre o ventre, como cães ao pasto. Fosse manjar o crânio de Rogério,
ao menos teríamos a tragédia... Nada! A condição é o descanso ininterrupto do aniquilamento
no plano infinito da monotonia. E não é o teto de brasa dos estios tropicais que nos oprime.
Ah! como é profundo o céu do nosso clima material! Que irradiação de escapadas para o
pensamento a direção dos nossos astros! O pântano das almas é a fábrica imensa de um grande
empresário, organização de artifício, tão longamente elaborada, que dir-se-ia o empenho
madrepórico de muitos séculos, dessorando em vez de construir. É a obra moralizadora de um
reinado longo, é o transvasamento de um caráter, alargando a perder de vista a superfície moral
de um império - o desmancho nauseabundo, esplanado, da tirania mole de um tirano de
sebo!...
Calculem agora que estava entre os convidados o Dr. Zé Loto, pai de um aluno, devoto
jurado e confirmado das instituições, irmão de não sei quantas ordens terceiras, primo de todos
os conventos, advogado de causas religiosas, conservador em suma, enraivado e militante. O
sebo da tirania caiu-lhe nos melindres como um pingo de vela benta.
"Protesto!" rugiu, rubro e rouquenho, dilacerando as barbas e erguendo o punho. Não
podia admitir que viessem à sua vista ensebar as instituições! Por maior desgraça estava
também presente o Senador Rubim, avó de outro aluno, senador de maus bofes, um pai da
pátria padrasto, sem considerações nem papas na língua.
"Quem protesta contra o sebo da tirania é barro! " redargüiu ao apartista com a pachorra
temível dos velhos insolentes.
- Burro, não! clamou o outro, empalidecendo sob a vergasta da injúria, nervoso,
perturbado pela atenção da sala inteira que o encarava. Burro, não! tais expressões são indignas
de V. Ex.a, um senador e um velho!...
- Burro, sim!... repetia o outro vagarosamente, com um arreganho enfastiado de insulto.
Burro, sim!...
Aristarco conservava-se a presidência, na pasmaceira de pau dos ídolos afrontados. O
salão enorme, alunos e convidados, tumultuava em vagalhões, fragmentado em partidos
opostos, uns pelo senador e pela anarquia, outros pelo advogado e pela ordem pública. Muitos
gesticulavam de pé; havia estudantes gritando em cima dos bancos. Os insultos voavam como
pelouros; os protestos rangiam como escudos feridos; havia mãos pelo ar que pediam espadas.


Aproveitando-se do escarcéu, o advogado ousara arremessar uns desaforos ao senador. O outro,
sem ouvir bem, ia replicando com a impertinência do seu estribilho: "Burro, sim", até que, impaciente,
pôs remate à polêmica com as cinco letras da energia popular que Waterloo fez heróicas, Vítor Hugo
fez épicas e Zola fez clássicas.
Sob o peso da conclusão, Zé Loto cedeu.
Aristarco achou que era tempo de funcionar a presidência e sacudiu sobre o tumulto o badalo da
ordem.
O orador na tribuna, ereto e calmo, promontório sobre a tormenta, esperava que o alvoroço
chegasse a termo. Apenas viu arrefecer o furor dos impropérios: "Corramos um véu sobre o cenário
desolador", continuou; "venha em socorro a esperança de um renascimento". E por ai
habilidosamente conduzindo a oração, acabou por um quadro de futuro, armado em aurora sobre a
tribuna, pórtico de luz, jorrando um deslumbramento que extasiou os ouvintes com o encanto dos


[Linha 2350 de 4767 - Parte 2 de 4]


vaticínios felizes, levando o sopro da viração matutina as nuvens do desanimo esfumadas antes sobre
o panorama.
Tiveram a palavra, ainda, dois estudantes, que moeram uma quantidade profusa de frases
comuns a propósito de letras e literatos. O filho do diretor, o republicanozinho que conhecem, tinha
no bolso dez tiras, dez brulotes de eloqüência incendiária, que resolveu sufocar depois do escândalo
colossal do sebo.
A segunda sessão solene do Grêmio, conquanto mais pacifica, não foi menos importante.
Realizou-se em princípios de outubro, pelas imediações das férias. A concorrência foi maior,
compareceram senhoras em grande número, o que não sucedera na de instalação; houve mais
capricho de ornatos nas salas; forrou-se a tribuna de verde e amarelo; inscreveram-se os mais
aproveitados campeões da oratória do Amor ao Saber. O colégio compareceu fardado; a diretoria, de
casaca.
A conferência do Dr. Cláudio foi subversiva, mas em sentido diverso da primeira. Versou não mais sobre a
literatura no Brasil, porém sobre a arte em geral:

..................................................................................................

Arte, estética, estesia é a educação do instinto sexual.
A manutenção da existência indivídua tem a razão de ser no instinto de vitalidade da espécie. O
momento presente das gerações nada mais é que a ligação prolífica do passado com a posteridade. E
a razão de ser das espécies? A indagação não perscruta.
Para que o indivíduo perdure, momento genésico da existência especifica no tempo, é
indispensável adaptar-se as imposições do meio universal. O rio a correr não despreza o detalhe do
mais insignificante remanso, nem pode sofismar o obstáculo do menor rochedo no alvéu. O critério
inconsciente do instinto é o guia da adaptação.
O esforço da vida humana, desde o vagido do berço até o movimento do enfermo, no leito de
agonia, buscando uma posição mais cômoda para morrer, é a seleção do agradável. Os sentidos são
como as antenas salvadoras do inseto titubeante; vão ao encontro das impressões, avisadores
oportunos e cautelosos.
A cada mundo de sensações notáveis corresponde um sentido. Os sentidos, teoricamente
delimitados, são cinco, múltipla transformação de processo de um único - o tato, exatamente o
sentido rudimentar das antenas.
Faz-se, tateando instintivamente à procura dos agradáveis: agradável visual, agradável
gustativo, agradável tangível, em suma. O agradável é essencialmente vital; se é às vezes funesto, é
porque o instinto pode ser atraiçoado pelas ilusões.


CONTINUE A LEITURA NA PARTE 3 DE 4 NO LINK ABAIXO:

O Ateneu - Parte 3 de 4 - Raul Pompéia
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/08/o-ateneu-parte-3-de-4-raul-pompeia.html


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O Ateneu - Parte 1 de 4 - Raul Pompéia
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/08/o-ateneu-parte-1-de-4-raul-pompeia.html


O Ateneu - Parte 2 de 4 - Raul Pompéia
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/08/o-ateneu-parte-2-de-4-raul-pompeia.html


O Ateneu - Parte 3 de 4 - Raul Pompéia
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/08/o-ateneu-parte-3-de-4-raul-pompeia.html


O Ateneu - Parte 4 de 4 - Raul Pompéia
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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

O Ateneu - Parte 1 de 4 - Raul Pompéia


O Ateneu - Parte 1 de 4 - Raul Pompéia



O Ateneu é um romance do escritor brasileiro Raul Pompeia, considerado como o único exemplar de romance impressionista na literatura brasileira.

Publicado pela primeira vez em 1888, o livro conta a história de Sérgio, um menino que é enviado para um colégio interno renomado na cidade do Rio de Janeiro, denominado Ateneu. Comandado pelo diretor Aristarco, o colégio mantém regras rígidas e princípios da aristocracia da época. A obra critica a sociedade brasileira do final do século XIX, tomando como metáfora o Ateneu, seu reflexo, um lugar onde vence sempre o mais forte.

(SEGUE ABAIXO ESTA OBRA COMPLETA DIVIDIDA EM 4 POSTAGENS)


A história é narrada pelo personagem principal, Sérgio, já adulto, em primeira pessoa e de forma não linear. O livro inicia-se com os primeiros contatos de Sérgio com o Ateneu, colégio interno no qual o seu pai o matricula, ainda mesmo antes de passar pela entrevista de admissão do rígido, mas aparentemente afável, diretor do estabelecimento, Aristarco. A entrada de Sérgio no Ateneu representa, para o próprio, a passagem para a maturidade, por conta de seu afastamento dos pais, sobretudo dos carinhos e da proteção materna. Antes disso, cursara apenas algumas aulas num externato familiar e tivera aulas com um preceptor.



O Ateneu - Raul Pompéia

"Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta."
Bastante experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de
criança educada exoticamente na estufa de carinho que é o regime do amor doméstico,
diferente do que se encontra fora, tão diferente, que parece o poema dos cuidados maternos
um artifício sentimental, com a vantagem única de fazer mais sensível a criatura à impressão
rude do primeiro ensinamento, têmpera brusca da vitalidade na influência de um novo clima
rigoroso. Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita, dos felizes tempos; como se a
mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora e não viesse
de longe a enfiada das decepções que nos ultrajam.
Eufemismo, os felizes tempos, eufemismo apenas, igual aos outros que nos alimentam, a
saudade dos dias que correram como melhores. Bem considerando, a atualidade é a mesma em
todas as datas. Feita a compensação dos desejos que variam, das aspirações que se
transformam, alentadas perpetuamente do mesmo ardor, sobre a mesma base fantástica de
esperanças, a atualidade é uma. Sob a coloração cambiante das horas, um pouco de ouro mais
pela manhã, um pouco mais de púrpura ao crepúsculo - a paisagem é a mesma de cada lado
beirando a estrada da vida.
Eu tinha onze anos.
Freqüentara como externo, durante alguns meses, uma escola familiar do Caminho Novo,
onde algumas senhoras inglesas, sob a direção do pai, distribuíam educação à infância como
melhor lhes parecia. Entrava às nove horas, timidamente, ignorando as lições com a maior
regularidade, e bocejava até às duas, torcendo-me de insipidez sobre os carcomidos bancos
que o colégio comprara, de pinho e usados, lustrosos do contato da malandragem de não sei
quantas gerações de pequenos. Ao meio-dia, davam-nos pão com manteiga. Esta recordação
gulosa é o que mais pronunciadamente me ficou dos meses de externato; com a lembrança de
alguns companheiros - um que gostava de fazer rir à aula, espécie interessante de mono louro,
arrepiado, vivendo a morder, nas costas da mão esquerda, uma protuberância calosa que tinha;
outro adamado, elegante, sempre retirado, que vinha à escola de branco, engomadinho e
radioso, fechada a blusa em diagonal do ombro à cinta por botões de madrepérola. Mais ainda:
a primeira vez que ouvi certa injúria crespa, um palavrão cercado de terror no estabelecimento,
que os partistas denunciavam às mestras por duas iniciais como em monograma.
Lecionou-me depois um professor em domicílio.
Apesar deste ensaio da vida escolar a que me sujeitou a família, antes da verdadeira
provação, eu estava perfeitamente virgem para as sensações novas da nova fase. O internato!
Destacada do conchego placentário da dieta caseira, vinha próximo o momento de se definir a
minha individualidade. Amarguei por antecipação o adeus às primeiras alegrias; olhei triste os
meus brinquedos, antigos já! os meus queridos pelotões de chumbo! espécie de museu militar
de todas as fardas, de todas as bandeiras, escolhida amostra da força dos estados, em
proporções de microscópio, que eu fazia formar a combate como uma ameaça tenebrosa ao
equilíbrio do mundo; que eu fazia guerrear em desordenado aperto, - massa tempestuosa das
antipatias geográficas, encontro definitivo e ebulição dos seculares ódios de fronteira e de
raça, que eu pacificava por fim, com uma facilidade de Providência Divina, intervindo
sabiamente, resolvendo as pendências pela concórdia promíscua das caixas de pau. Força era
deixar à ferrugem do abandono o elegante vapor da linha circular do lago, no jardim, onde
talvez não mais tornasse a perturbar com a palpitação das rodas a sonolência morosa dos


[Linha 50 de 4767 - Parte 1 de 4]


peixinhos rubros, dourados, argentados, pensativos à sombra dos tinhorões, na transparência
adamantina da água...
Mas um movimento animou-me, primeiro estímulo sério da vaidade: distanciava-me da
comunhão da família, como um homem! ia por minha conta empenhar a luta dos
merecimentos; e a confiança nas próprias forças sobrava. Quando me disseram que estava a
escolha feita da casa de educação que me devia receber, a notícia veio achar-me em armas para
a conquista audaciosa do desconhecido.
Um dia, meu pai tomou-me pela mão, minha mãe beijou-me a testa, molhando-me de
lágrimas os cabelos e eu parti.
Duas vezes fora visitar o Ateneu antes da minha instalação.
Ateneu era o grande colégio da época. Afamado por um sistema de nutrido reclame,
mantido por um diretor que de tempos a tempos reformava o estabelecimento, pintando-o
jeitosamente de novidade, como os negociantes que liquidam para recomeçar com artigos de
última remessa; o Ateneu desde muito tinha consolidado crédito na preferência dos pais, sem
levar em conta a simpatia da meninada, a cercar de aclamações o bombo vistoso dos anúncios.
O Dr. Aristarco Argolo de Ramos, da conhecida família do Visconde de Ramos, do
Norte, enchia o império com o seu renome de pedagogo. Eram boletins de propaganda pelas
províncias, conferências em diversos pontos da cidade, a pedidos, à substância, atochando a
imprensa dos lugarejos, caixões, sobretudo, de livros elementares, fabricados às pressas com o
ofegante e esbaforido concurso de professores prudentemente anônimos, caixões e mais
caixões de volumes cartonados em Leipzig, inundando as escolas públicas de toda a parte com
a sua invasão de capas azuis, róseas, amarelas, em que o nome de Aristarco, inteiro e sonoro,
oferecia-se ao pasmo venerador dos esfaimados de alfabeto dos confins da pátria. Os lugares
que os não procuravam eram um belo dia surpreendidos pela enchente, gratuita, espontânea,
irresistível! E não havia senão aceitar a farinha daquela marca para o pão do espírito. E
engordavam as letras, à força, daquele pão. Um benemérito. Não admira que em dias de gala,
íntima ou nacional, festas do colégio ou recepção da coroa, o largo peito do grande educador
desaparecesse sob constelações de pedraria, opulentando a nobreza de todos os honoríficos
berloques.
Nas ocasiões de aparato é que se podia tomar o pulso ao homem. Não só as conde-
corações gritavam-lhe do peito como uma couraça de grilos: Ateneu! Ateneu! Aristarco, todo
era um anúncio. Os gestos, calmos, soberanos, eram de um rei - o autocrata excelso dos
silabários; a pausa hierática do andar deixava sentir o esforço, a cada passo, que ele fazia para
levar adiante, de empurrão, o progresso do ensino publico; o olhar fulgurante, sob a crispação
áspera dos supercílios de monstro japonês, penetrando de luz as almas circunstantes - era a
educação da inteligência; o queixo, severamente escanhoado, de orelha a orelha, lembrava a
lisura das consciências limpas - era a educação moral. A própria estatura, na imobilidade do
gesto, na mudez do vulto, a simples estatura dizia dele: aqui está um grande homem... não
vêem os cavados de Golias?!... Retorça-se sobre tudo isto um par de bigodes, volutas maciças
de fios alvos, torneadas a capricho, cobrindo os lábios fecho de prata sobre o silêncio de ouro,
que tão belamente impunha como o retraimento fecundo do seu espírito, - teremos esboçado,
moralmente, materialmente, o perfil do ilustre diretor. Em suma, um personagem que, ao
primeiro exame, produzia-nos a impressão de um enfermo, desta enfermidade atroz e estranha:
a obsessão da própria estátua. Como tardasse a estátua, Aristarco interinamente satisfazia-se
com a afluência dos estudantes ricos para o seu instituto. De fato, os educandos do Ateneu
significavam a fina flor da mocidade brasileira.
A irradiação da réclame alongava de tal modo os tentáculos através do país, que não
havia família, de dinheiro, enriquecida pela setentrional borracha ou pela charqueada do sul,
que não reputasse um compromisso de honra com a posteridade doméstica mandar dentre seus
jovens, um, dois, três representantes abeberar-se à fonte espiritual do Ateneu.


[Linha 100 de 4767 - Parte 1 de 4]


Fiados nesta seleção apuradora, que é comum o erro sensato de julgar melhores famílias
as mais ricas, sucedia que muitas, indiferentes mesmo e sorrindo do estardalhaço da fama, lá
mandavam os filhos. Assim entrei eu.
A primeira vez que vi o estabelecimento, foi por uma festa de encerramento de trabalhos.
Transformara-se em anfiteatro uma das grandes salas da frente do edifício, exatamente a
que servia de capela; paredes estucadas de suntuosos relevos, e o teto aprofundado em largo
medalhão, de magistral pintura, onde uma aberta de céu azul despenhava aos cachos deliciosos
anjinhos, ostentando atrevimentos róseos de carne, agitando os minúsculos pés e as
mãozinhas, desatando fitas de gaza no ar. Desarmado o oratório, construíram-se bancadas
circulares, que encobriam o luxo das paredes. Os alunos ocupavam a arquibancada. Como a
maior concorrência preferia sempre a exibição dos exercícios ginásticos, solenizada dias depois
do encerramento das aulas, a acomodação deixada aos circunstantes era pouco espaçosa; e o
público, pais e correspondentes em geral, porém mais numeroso do que se esperava, tinha que
transbordar da sala da festa para a imediata. Desta ante-sala, trepado a uma cadeira, eu
espiava. Meu pai ministrava-me informações. Diante da arquibancada, ostentava-se uma mesa
de grosso pano verde e borlas de ouro. Lá estava o diretor, o ministro do império, a comissão
dos prêmios. Eu via e ouvia. Houve uma alocução comovente de Aristarco; houve discursos de
alunos e mestres; houve cantos, poesias declamadas em diversas línguas. O espetáculo
comunicava-me certo prazer repeitoso. O diretor, ao lado do ministro, de acanhado físico,
fazia-o incivilmente desaparecer na brutalidade de um contraste escandaloso. Em grande
tenue dos dias graves, sentava-se, elevado no seu orgulho como em um trono. A bela farda
negra dos alunos, de botões dourados, infundia-me a consideração tímida de um militarismo
brilhante, aparelhado para as campanhas da ciência e do bem. A letra dos cantos, em coro dos
falsetes indisciplinados da puberdade; os discursos, visados pelo diretor, pançudos de sisudez,
na boca irreverente da primeira idade, como um Cendrillon malfeito da burguesia
conservadora, recitados em monotonia de realejo e gestos rodantes de manivela, ou
exagerados, de voz cava e caretas de tragédia fora de tempo, eu recebia tudo convictamente,
como o texto da bíblia do dever; e as banalidades profundamente lançadas como as sábias
máximas do ensino redentor. Parecia-me estar vendo a legião dos amigos do estudo, mestres à
frente, na investida heróica do obscurantismo, agarrando pelos cabelos, derribando, calcando
aos pés a Ignorância e o Vício, misérrimos trambolhos, consternados e esperneantes.
Um discurso principalmente impressionou-me. À direita da comissão dos prêmios, ficava
a tribuna dos oradores. Galgou-a firme, tesinho, O Venâncio, professor do colégio, a quarenta
mil-réis por matéria, mas importante, sabendo falar grosso, o timbre de independência, mestiço
de bronze, pequenino e tenaz, que havia de varar carreira mais tarde. O discurso foi o
confronto chapa dos torneios medievais com o moderno certame das armas da inteligência;
depois, uma preleção pedagógica, tacheada de flores de retórica a martelo; e a apologia da vida
de colégio, seguindo-se a exaltação do Mestre em geral e a exaltação, em particular, de
Aristarco e do Ateneu. "O mestre, perorou Venâncio, é o prolongamento do amor paterno, é o
complemento da ternura das mães, o guia zeloso dos primeiros passos, na senda escabrosa que
vai às conquistas do saber e da moralidade. Experimentado no labutar cotidiano da sagrada
profissão, o seu auxílio ampara-nos como a Providência na Terra; escolta-nos assíduo como um
anjo da guarda; a sua lição prudente esclarece-nos a jornada inteira do futuro. Devemos ao pai
a existência do corpo; o mestre cria-nos o espírito (sorites de sensação), e o espírito, é a força
que impele, o impulso que triunfa, o triunfo que nobilita, o enobrecimento que glorifica, e a
glória é o ideal da vida, o louro do guerreiro, o carvalho do artista, a palma do crente! A
família, é o amor no lar, o estado é a segurança civil; o mestre, com amor forte que ensina e
corrige, prepara-nos para a segurança íntima inapreciável da vontade. Acima de Aristarco -
Deus! Deus tão-somente; abaixo de Deus - Aristarco."
Um último gesto espaçoso, como um jamegão no vácuo, arrematou o rapto de eloqüência.


[Linha 150 de 4767 - Parte 1 de 4]


Eu me sentia compenetrado daquilo tudo; não tanto por entender bem, como pela
facilidade da fé cega a que estava disposto. As paredes pintadas da ante-sala imitavam pórfiro
verde; em frente ao pórtico aberto para o jardim, graduava-se uma ampla escada, caminho do
andar superior. Flanqueando a majestosa porta desta escada, havia dois quadros de
alto-relevo; à direita, uma alegoria das artes e do estudo; à esquerda, as indústrias humanas,
meninos nus como nos frisos de Kaulbach, risonhos, com a ferramenta simbólica - psicologia
pura do trabalho, modelada idealmente na candura do gesso e da inocência. Eram meus
irmãos! Eu estava a esperar que um deles, convidativo, me estendesse a mão para o bailado
feliz que os levava. Oh! que não seria o colégio, tradução concreta da alegoria, ronda angélica
de corações à porta de um templo, dulia permanente das almas jovens no ritual austero da
virtude!
Por ocasião da festa da ginástica, voltei ao colégio.
O Ateneu estava situado no Rio Comprido, extremo ao chegar aos morros.
As eminências de sombria pedra e a vegetação selvática debruçavam sobre o edifício um
crepúsculo de melancolia, resistente ao próprio sol a pino dos meios-dias de novembro. Esta
melancolia era um plágio ao detestável pavor monacal de outra casa de educação, o negro
Caraça de Minas. Aristarco dava-se palmas desta tristeza aérea - a atmosfera moral da
meditação e do estudo, definia, escolhida a dedo para maior luxo da casa, como um apêndice
mínimo da arquitetura.
No dia da festa da educação física, como rezava o programa (programa de arromba,
porque o secretário do diretor tinha o talento dos programas) não percebi a sensação de ermo
tão acentuada em sítios montanhosos, que havia de notar depois. As galas do momento faziam
sorrir a paisagem. O arvoredo do imenso jardim, entretecido a cores por mil bandeiras, brilhava
ao sol vivo com o esplendor de estranha alegria; os vistosos panos, em meio da ramagem,
fingiam flores colossais, numa caricatura extravagante de primavera; os galhos frutificavam
em lanternas venezianas, pomos de papel enormes, de uma uberdade carnavalesca. Eu ia
carregado, no impulso da multidão. Meu pai prendia-me solidamente o pulso, que me não
extraviasse.
Mergulhado na onda, eu tinha que olhar para cima, para respirar. Adiante de mim, um
sujeito mais próximo fez-me rir; levava de fora a fralda da camisa... Mas não era fralda;
verifiquei que era o lenço. Do chão subia um cheiro forte de canela pisada; através das árvores,
com intervalos, passavam rajadas de música, como uma tempestade de filarmônicas.
Um último aperto mais rijo, estalando-me as costelas, espremeu-me, por um estreito corte
de muro, para o espaço livre.
Em frente, um gramal vastíssimo. Rodeava-o uma ala de galhardetes, contentes no
espaço, com o pitoresco dos tons enérgicos cantando vivo sobre a harmoniosa surdina do
verde das montanhas. Por todos os lados apinhava-se o povo. Voltando-me, divisei, ao longo
do muro, duas linhas de estrado com cadeiras quase exclusivamente ocupadas por senhoras,
fulgindo os vestuários, em violenta confusão de colorido. Algumas protegiam o olhar com a
mão enluvada, com o leque, à altura da fronte, contra a rutilação do dia num bloco de nuvens
que crescia do céu. Acima do estrado balouçavam docemente e sussurravam bosquetes de
bambu, projetando franjas longuíssimas de sombra pelo campo de relva.
Algumas damas empunhavam binóculos. Na direção dos binóculos distinguia-se um
movimento alvejante. Eram os rapazes. "Aí vêm! disse-me meu pai; vão desfilar por diante da
princesa." A princesa imperial, Regente nessa época, achava-se à direita em gracioso palanque
de sarrafos.
Momentos depois, adiantavam-se por mim os alunos do Ateneu. Cerca de trezentos;
produziam-me a impressão do inumerável. Todos de branco, apertados em larga cinta
vermelha, com alças de ferro sobre os quadris e na cabeça um pequeno gorro cingido por um
cadarço de pontas livres. Ao ombro esquerdo traziam laços distintivos das turmas. Passaram a


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toque de clarim, sopesando os petrechos diversos dos exercícios. Primeira turma, os halteres;
segunda, as maças; terceira, as barras.
Fechavam a marcha, desarmados, os que figurariam simplesmente nos exercícios gerais.
Depois de longa volta, a quatro de fundo, dispuseram-se em pelotões, invadiram o gramal
e, cadenciados pelo ritmo da banda de colegas, que os esperava no meio do campo, com a
certeza de amestrada disciplina, produziram as manobras perfeitas de um exército sob o
comando do mais raro instrutor.
Diante das fileiras, Bataillard, o professor de ginástica, exultava envergando a altivez do
seu sucesso na extremada elegância do talhe, multiplicando por milagroso desdobramento o
compêndio inteiro da capacidade profissional, exibida em galeria por uma série infinita de
atitudes. A admiração hesitava a decidir-se pela formosura masculina e rija da plástica de
músculos a estalar o brim do uniforme, que ele trajava branco como os alunos, ou pela nervosa
celeridade dos movimentos, efeito elétrico de lanterna mágica, respeitando-se na variedade
prodigiosa a unidade da correção suprema.
Ao peito tilintavam-se as agulhetas do comando, apenas de cordões vermelhos em trança.
Ele dava as ordens fortemente, com uma vibração penetrante de corneta que dominava a
distancia, e sorria à docilidade mecânica dos rapazes. Como oficiais subalternos,
auxiliavam-no os chefes de turma, postados devidamente com os pelotões, sacudindo à manga
distintivos de fita verde e canutilho.
Acabadas as evoluções, apresentaram-se os exercícios. Músculos do braço, músculos do
tronco, tendões dos jarretes, a teoria toda do corpore sano foi praticada valentemente ali,
precisamente, com a simultaneidade exata das extensas máquinas. Houve após, o assalto aos
aparelhos. Os aparelhos alinhavam-se a uma banda do campo, a começar do palanque da
Regente. Não posso dar idéia do deslumbramento que me ficou desta parte. Uma desordem de
contorções, deslocadas e atrevidas; uma vertigem de volteios à barra fixa, temeridades
acrobáticas ao trapézio, às perchas, às cordas, às escadas; pirâmides humanas sobre as
paralelas, deformando-se para os lados em curvas de braços e ostentações vigorosas de tórax;
formas de estatuária viva, trêmulas de esforço, deixando adivinhar de longe o estalido dos
ossos desarticulados; posturas de transfiguração sobre invisível apoio; aqui e ali uma cabecinha
loura, cabelos em desordem cacheados à testa, um rosto injetado pela inversão do corpo, lábios
entreabertos ofegando, olhos semicerrados para escapar à areia dos sapatos, costas de suor,
colando a blusa em pasta, gorros sem dono que caíam do alto e juncavam a terra; movimento,
entusiasmo por toda a parte e a soalheira, branca nos uniformes, queimando os últimos fogos
da glória diurna sobre aquele triunfo espetaculoso da saúde, da força, da mocidade.
O Professor Bataillard, enrubescido de agitação, rouco de comandar, chorava de prazer.
Abraçava os rapazes indistintamente. Duas bandas militares revezavam-se ativamente,
comunicando a animação à massa dos espectadores. O coração pulava-me no peito com um
alvoroço novo, que me arrastava para o meio dos alunos, numa leva ardente de fraternidade.
Eu batia palmas; gritos escapavam-me, de que me arrependia quando alguém me olhava.
Deram fim à festa os saltos, os páreos de carreira, as lutas romanas e a distribuição dos
prêmios de ginástica, que a mão egrégia da Sereníssima Princesa e a pouco menos do Esposo
Augusto alfinetavam sobre os peitos vencedores. Foi de ver-se os jovens atletas aos pares
aferrados, empuxando-se, constringindo-se, rodopiando, rolando na relva com gritos
satisfeitos e arquejos de arrancada; os corredores, alguns em rigor, respiração medida, beiços
unidos, punhos cerrados contra o corpo, passo miúdo e vertiginoso; outros, irregulares,
bracejantes prodigalizando pernadas, rasgando o ar a pontapés, numa precipitação
desengonçada de avestruz, chegando estofados, com placas de poeira na cara, ao poste da
vitória.
Aristarco arrebentava de júbilo. Pusera de parte o comedimento soberano que eu lhe
admirara na primeira festa. De ponto em branco, como a rapaziada, e chapéu-do-chile,


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distribuía-se numa ubiqüidade impossível de meio ambiente. Viam-no ao mesmo tempo a
festejar os príncipes com o risinho nasal, cabritante, entre lisonjeiro e irônico, desfeito em
etiquetas de reverente súdito e cortesão; viam-no bradando ao professor de ginástica, a
gesticular com o chapéu seguro pela copa; viam-no formidável, com o perfil leonino rugir sobre
um discípulo que fugira aos trabalhos, sobre outro que tinha limo nos joelhos, de haver lutado
em lugar úmido, gastando tal veemência no ralho, que chegava a ser carinhoso.
O figurino campestre rejuvenescera-o. Sentia as pernas leves e percorria celerípede a
frente dos estrados, cheio de cumprimentos para os convidados especiais e de interjetivos
amáveis para todos. Perpassava como uma visão de brim claro, súbito extinta para reaparecer
mais viva noutro ponto. Aquela expansão vencia-nos; ele irradiava de si, sobre os alunos, sobre
os espectadores, o magnetismo dominador dos estandartes de batalha. Roubava-nos dois
terços da atenção que os exercícios. pediam; indenizava-nos com o equivalente em surpresas
de vivacidade, que desprendia de si, profusamente, por erupções de jorro em roda, por
ascensões cobrejantes de girândola, que iam às nuvens, que baixavam depois serenamente,
diluídas na viração da tarde, que os pulmões bebiam. Ator profundo, realizava ao pé da letra,
a valer, o papel diáfano, sutil, metafísico, de alma da festa e alma do seu instituto.
Uma coisa o entristeceu, um pequenino escândalo. Seu filho Jorge, na distribuição dos
prêmios, recusara-se a beijar a mão da princesa, como faziam todos ao receber a medalha. Era
republicano o pirralho! Tinha já aos quinze anos as convicções ossificadas na espinha inflexível
do caráter! Ninguém mostrou perceber a bravura. Aristarco, porém, chamou o menino à parte.
Encarou-o silenciosamente e - nada mais. E ninguém mais viu o republicano! Consumira-se
naturalmente o infeliz, cremado ao fogo daquele olhar! Nesse momento as bandas tocavam o
hino da monarquia jurada, última verba do programa.
Começava a anoitecer, quando o colégio formou ao toque de recolher. Desfilaram
aclamados, entre alas de povo, e se foram do campo, cantando alegremente uma canção
escolar.
À noite houve baile nos três salões inferiores do lance principal do edifício e iluminação
no jardim.
Na ocasião em que me ia embora, estavam acendendo luzes variadas de Bengala diante
da casa. O Ateneu, quarenta janelas, resplendentes do gás interior, dava-se ares de
encantamento com a iluminação de fora. Erigia-se na escuridão da noite, como imensa muralha
de coral flamante, como um cenário animado de safira com horripilações errantes de sombra,
como um castelo fantasma batido de luar verde emprestado à selva intensa dos romances
cavalheirescos, despertado um momento da legenda morta para uma entrevista de espectros e
recordações. Um jacto de luz elétrica, derivado de foco invisível, feria a inscrição dourada
ATHENÆUM em arco sobre as janelas centrais, no alto do prédio. A uma delas, à sacada,
Aristarco mostrava-se. Na expressão olímpica do semblante transpirava a beatitude de um
gozo superior. Gozava a sensação prévia, no banho luminoso, da imortalidade a que se julgava
consagrado. Devia ser assim: - luz benigna e fria, sobre bustos eternos, o ambiente glorioso
do Panteão. A contemplação da posteridade embaixo.
Aristarco tinha momentos destes, sinceros. O anúncio confundia-se com ele, suprimia-o,
substituía-o, e ele gozava como um cartaz que experimentasse o entusiasmo de ser vermelho.
Naquele momento, não era simplesmente a alma do seu instituto, era a própria feição palpável,
a síntese grosseira do título, o rosto, a testada, o prestígio material de seu colégio, idêntico com
as letras que luziam em auréola sobre a cabeça. As letras, de ouro; ele, imortal: única diferença.
Guardei, na imaginação infantil, a gravura desta apoteose com o atordoamento ofuscado,
mais ou menos de um sujeito partindo à meia
noite de qualquer teatro, onde, em mágica beata, Deus Padre pessoalmente se houvesse
prestado a concorrer para a grandeza do último quadro.
- Conheci-o solene na primeira festa, jovial na segunda; conheci-o mais tarde em mil


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situações, de mil modos; mas o retrato que me ficou para sempre do meu grande diretor, foi
aquele - o belo bigode branco, o queixo barbeado, o olhar perdido nas trevas, fotografia
estática, na aventura de um raio elétrico.
É fácil conceber a atração que me chamava para aquele mundo tão altamente interessante,
no conceito das minhas impressões. Avaliem o prazer que tive, quando me disse meu pai que
eu ia ser apresentado ao diretor do Ateneu e à matrícula. O movimento não era mais a vaidade,
antes o legítimo instinto da responsabilidade altiva; era uma conseqüência apaixonada da
sedução do espetáculo, o arroubo de solidariedade que me parecia prender à comunhão
fraternal da escola. Honrado engano, esse ardor franco por uma empresa ideal de energia e de
dedicação premeditada confusamente, no calculo pobre de uma experiência de dez anos.
O diretor recebeu-nos em sua residência, com manifestações ultra de afeto. Fez-se
cativante, paternal; abriu-nos amostras dos melhores padrões do seu espírito, evidenciou as
faturas do seu coração. O gênero era bom sem dúvida nenhuma; que apesar do paletó de seda
e do calçado raso com que se nos apresentava, apesar da bondosa familiaridade com que
declinava até nós, nem um segundo o destituí da altitude de divinização em que o meu critério
embasbacado o aceitara.
Verdade é que não era fácil reconhecer ali, tangível e em carne, uma entidade outrora da
mitologia das minhas primeiras concepções antropomórficas; logo após Nosso Senhor, o qual
eu imaginara velho, feiíssimo, barbudo, impertinente, corcunda, ralhando por trovões,
carbonizando meninos com o corisco. Eu aprendera a ler pelos livros elementares de Aristarco,
e o supunha velho como o primeiro, porém rapado, de cara chupada, pedagógica, óculos
apocalípticos, carapuça negra de borla, fanhoso, onipotente e mau, com uma das mãos para trás
escondendo a palmatória e doutrinando à humanidade o bê-á-bá.
As impressões recentes derrogavam o meu Aristarco; mas a hipérbole essencial do
primitivo transmitia-se ao sucessor por um mistério de hereditariedade renitente. Dava-me
gosto então a peleja renhida das duas imagens e aquela complicação imediata do paletó de
seda e do sapato raso, fazendo aliança com Aristarco II contra Aristarco I, no reino da
fantasia. Nisto afagaram-me a cabeça. Era Ele! Estremeci.
"Como se chama o amiguinho?" perguntou-me o diretor.
- Sérgio... dei o nome todo, baixando os olhos e sem esquecer o "seu criado" da estrita
cortesia.
- Pois, meu caro Sr. Sérgio, o amigo há de ter a bondade de ir ao cabeleireiro deitar fora
estes cachinhos... Eu tinha ainda os cabelos compridos, por um capricho amoroso de minha
mãe. O conselho era visivelmente salgado de censura. O diretor, explicando a meu pai,
acrescentou com o risinho nasal que sabia fazer: "Sim, senhor, os meninos bonitos não provam
bem no meu colégio..."
- Peço licença para defender os meninos bonitos... objetou alguém entrando.
Surpreendendo-nos com esta frase, untuosamente escoada por um sorriso, chegou a
senhora do diretor, D. Ema. Bela mulher em plena prosperidade dos trinta anos de Balzac,
formas alongadas por graciosa magreza, erigindo, porém, o tronco sobre quadris amplos, fortes
como a maternidade; olhos negros, pupilas retintas, de uma cor só, que pareciam encher o talho
folgado das pálpebras; de um moreno rosa que algumas formosuras possuem, e que seria
também a cor do jambo, se jambo fosse rigorosamente o fruto proibido. Adiantava-se por
movimentos oscilados, cadência de minueto harmonioso e mole que o corpo alternava. Vestia
cetim preto justo sobre as formas, reluzente como pano molhado; e o cetim vivia com ousada
transparência a vida oculta da carne. Esta aparição maravilhou-me.
Houve as apresentações de cerimônia, e a senhora com um nadinha de excessivo
desembaraço sentou-se no divã perto de mim.
- Quantos anos tem? perguntou-me.
- Onze anos...


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- Parece ter seis, com estes lindos cabelos.
Eu não era realmente desenvolvido. A senhora colhia-me o cabelo nos dedos:
- Corte e ofereça à mamãe, aconselhou com uma carícia; é a infância que ali fica, nos
cabelos louros... Depois, os filhos nada mais têm para as mães.
O poemeto de amor materno deliciou-me como uma divina música. Olhei furtivamente
para a senhora. Ela conservava sobre mim as grandes pupilas negras, lúcidas, numa expressão
de infinda bondade! Que boa mãe para os meninos, pensava eu. Depois, voltada para meu pai,
formulou sentidamente observações a respeito da solidão das crianças no internato.
- Mas o Sérgio é dos fortes, disse Aristarco, apoderando-se da palavra. Demais, o meu
colégio é apenas maior que o lar doméstico. O amor não é precisamente o mesmo, mas os
cuidados de vigilância são mais ativos. São as crianças os meus prediletos. Os meus esforços
mais desvelados são para os pequenos. Se adoecem e a família está fora, não os confio a um
correspondente... Trato-os aqui, em minha casa. Minha senhora é a enfermeira. Queria que o
vissem os detratores...
Enveredando pelo tema querido do elogio próprio e do Ateneu, ninguém mais pôde
falar...
Aristarco, sentado, de pé, cruzando terríveis passadas, imobilizando-se a repentes
inesperados, gesticulando como um tribuno de meetings, clamando como para um auditório de
dez mil pessoas, majestoso sempre, alçando os padrões admiráveis, como um leiloeiro, e as
opulentas faturas, desenrolou, com a memória de uma última conferência, a narrativa dos seus
serviços à causa santa da instrução. Trinta anos de tentativas e resultados, esclarecendo como
um farol diversas gerações agora influentes no destino do país! E as reformas futuras? Não
bastava a abolição dos castigos corporais, o que já dava uma benemerência passável. Era
preciso a introdução de métodos novos, supressão absoluta dos vexames de punição,
modalidades aperfeiçoadas no sistema das recompensas, ajeitação dos trabalhos, de maneira
que seja a escola um paraíso; adoção de normas desconhecidas cuja eficácia ele pressentia,
perspicaz como as águias. Ele havia de criar... um horror, a transformação moral da sociedade!
Uma hora trovejou-lhe à boca, em sangüínea eloqüência, o gênio do anúncio. Miramo-lo
na inteira expansão oral, como, por ocasião das festas, na plenitude da sua vivacidade prática.
Contemplávamos (eu com aterrado espanto) distendido em grandeza épica - o homem
sanduíche da educação nacional, lardeado entre dois monstruosos cartazes. As costas, o seu
passado incalculável de trabalhos; sobre o ventre, para a frente, o seu futuro: a réclame dos
imortais projetos.

I I


Abriam-se as aulas a 15 de fevereiro.
De manhã, à hora regulamentar, compareci. O diretor, no escritório do estabelecimento,
ocupava uma cadeira rotativa junto à mesa de trabalho. Sobre a mesa, um grande livro abria-se
em colunas maciças de escrituração e linhas encarnadas.
Aristarco, que consagrava as manhãs ao governo financeiro do colégio, conferia,
analisava os assentamentos do guarda-livros. De momento a momento entravam alunos.
Alguns acompanhados.
A cada entrada, o diretor lentamente fechava o livro, marcando a página com um alfanje
de marfim; fazia girar a cadeira e soltava interjeições de acolhimento, oferecendo
episcopalmente a mão peluda ao beijo contrito e filial dos meninos. Os maiores, em regra,
recusavam-se à cerimônia e partiam com um simples aperto de mão.
O rapaz desaparecia, levando o sorriso pálido na face, saudoso da vadiação ditosa das
férias. O pai, o correspondente, o portador, despedia-se, depois de banais cumprimentos, ou


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palavras a respeito do estudante, amenizadas pela gracinha da bonomia superior de Aristarco,
que punha habilmente um sujeito fora de portas com o riso fanhoso e o simples modo impelido
de segurar-lhe os dedos.
A cadeira girava de novo à posição primitiva; o livro da escrituração espalmava outra vez
as páginas enormes; e a figura paternal do educador desmanchava-se, volvendo a
simplificar-se na esperteza atenta e seca do gerente.
A este vaivém de atitudes, feição dupla de uma mesma individualidade e contingência
comum dos sacerdócios, estava tão habituado o nosso diretor, que nenhum esforço lhe custava
a manobra. O especulador e o levita ficavam-lhe dentro em camaradagem intima, bras dessus,
bras dessous. Sabiam, sem prejuízo da oportunidade, aparecer por alternativa ou
simultaneamente; eram como duas almas inconhas num só corpo.
Soldavam-se nele o educador e o empresário uma perfeição rigorosa de acordo, dois
lados da mesma medalha: opostos, mas justapostos.
Quando meu pai entrou comigo, havia no semblante de Aristarco uma pontinha de
aborrecimento. Decepção talvez de estatística; o número dos estudantes novos não
compensando o número dos perdidos, as novas entradas não contrabalançando as despesas do
fim do ano. Mas a sombra de despeito apagou-se logo, como o resto de túnica que apenas tarda
a sumir-se numa mutação à vista; e foi com uma explosão de contentamento que o diretor nos
acolheu.
Sua diplomacia dividia-se por escaninhos numerados, segundo a categoria de recepção
que queria dispensar. Ele tinha maneiras de todos os graus, segundo a condição social da
pessoa. As simpatias verdadeiras eram raras. No âmago de cada sorriso, morava-lhe um
segredo de frieza que se percebia bem. E duramente se marcavam distinções políticas,
distinções financeiras, distinções baseadas na crônica escolar do discípulo, baseadas na razão
discreta das notas do guarda-livros. Às vezes, uma criança sentia a alfinetada no jeito da mão
a beijar. Sala indagando consigo o motivo daquilo, que não achava em suas contas escolares...
O pai estava dois trimestres atrasado.
Por diversas causas a minha recepção devia ser das melhores. Efetivamente; Aristarco
levantou-se ao nosso encontro e nos conduziu à sala especial das visitas.
Saiu depois a mostrar o estabelecimento, as coleções, em armários, dos objetos próprios
para facilitar o ensino. Eu via tudo curiosamente, sem perder os olhares dos colegas
desconhecidos, que me fitavam muito ancho na dignidade do uniforme em folha. O edifício
fora caiado e pintado durante as férias, como os navios que aproveitam o descanso nos portos
para uma reforma de apresentação. Das paredes pendiam as cartas geográficas, que eu me
comprazia de ver como um itinerário de grandes viagens planejadas. Havia estampas coloridas
em molduras negras, assuntos de história santa e desenho grosseiro, ou exemplares zoológicos
e botânicos, que me revelavam direções de aplicação estudiosa em que eu contava triunfar.
Outros quadros vidraçados exibiam sonoramente regras morais e conselhos muito meus
conhecidos de amor à verdade, aos pais, e temor de Deus, que estranhei como um código de
redundância. Entre os quadros, muitos relativos ao Mestre - os mais numerosos; e se
esforçavam todos por arvorar o mestre em entidade incorpórea, argamassada de pura essência
de amor e suspiros cortantes de sacrifício, ensinando-me a didascalolatria que eu, de mim para
mim, devotamente, jurava desempenhar à risca. Visitamos o refeitório, adornado de trabalhos
a lápis dos alunos, a cozinha de azulejo, o grande pátio interno dos recreios, os dormitórios, a
capela... De volta à sala de recepção, adjacente à da entrada lateral e fronteira ao escritório, fui
apresentado ao Professor Mânlio, aula superior de primeiras letras, um homem aprumado, de
barba toda grisalha e cerrada, pessoa excelente, desconfiando por sistema de todos os
meninos.
Durante o tempo da visita, não falou Aristarco senão das suas lutas, suores que lhe
custava a mocidade e que não eram justamente apreciados. "Um trabalho insano! Moderar,


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animar, corrigir esta massa de caracteres, onde começa a ferver o fermento das inclinações;
encontrar e encaminhar a natureza na época dos violentos ímpetos; amordaçar excessivos
ardores; retemperar o animo dos que se dão por vencidos precocemente; espreitar, adivinhar os
temperamentos; prevenir a corrupção; desiludir as aparências sedutoras do mal; aproveitar os
alvoroços do sangue para os nobres ensinamentos; prevenir a depravação dos inocentes; espiar
os sítios obscuros; fiscalizar as amizades; desconfiar das hipocrisias; ser amoroso, ser violento,
ser firme; triunfar dos sentimentos de compaixão para ser correto; proceder com segurança,
para depois duvidar; punir para pedir perdão depois... Um labor ingrato, titânico, que extenua
a alma, que nos deixa acabrunhados ao anoitecer de hoje, para recomeçar com o dia de
amanhã... Ah! meus amigos, conclui ofegante, não é o espírito que me custa, não é o estudo
dos rapazes a minha preocupação... É o caráter! Não é a preguiça o inimigo, é a imoralidade!"
Aristarco tinha para esta palavra uma entonação especial, comprimida e terrível, que nunca
mais esquece quem a ouviu dos seus lábios. "A imoralidade!"
E recuava tragicamente, crispando as mãos. "Ah! mas eu sou tremendo quando esta
desgraca nos escandaliza. Não! Estejam tranqüilos os pais! No Ateneu, a imoralidade não
existe! Velo pela candura das crianças, como se fossem, não digo meus filhos: minhas próprias
filhas! O Ateneu é um colégio moralizado! E eu aviso muito a tempo... Eu tenho um código..."
Neste ponto o diretor levantou-se de salto e mostrou um grande quadro à parede. "Aqui está o
nosso código. Leiam! Todas as culpas são prevenidas, uma pena para cada hipótese: o caso da
imoralidade não está lá. O parricídio não figurava na lei grega. Aqui não está a imoralidade. Se
a desgraça ocorre, a justiça é o meu terror e a lei é o meu arbítrio! Briguem depois os senhores
pais!..."
Afianço-lhes que o meu tremeu por mim. Eu, encolhido, fazia em superlativo a metáfora
sabida das varas verdes. Notando a minha perturbação, o diretor desvaneceu-se em afagos.
"Mas para os rapazes dignos eu sou um pai!... os maus eu conheço: não são as crianças,
principalmente como você, o prazer da família, e que há de ser, estou certo, uma das glórias do
Ateneu. Deixem estar..." Eu tomei a sério a profecia e fiquei mais calmo.
Quando meu pai saiu, vieram-me lágrimas, que eu tolhi a tempo de ser forte. Subi ao salão
azul, dormitório dos médios, onde estava a minha cama; mudei de roupa, levei a farda ao
número 54 do depósito geral, meu número. Não tive coragem de afrontar o recreio. Via de
longe os colegas, poucos àquela hora, passeando em grupos, conversando amigavelmente, sem
animação, impressionados ainda pelas recordações de casa; hesitava em ir ter com eles,
embaraçado da estréia das calças longas, como um exagero cômico, e da sensação de nudez à
nuca, que o corte recente dos cabelos desabrigara em escândalo. João Numa, inspetor ou bedel,
baixote, barrigudo, de óculos escuros, movendo-se com vivacidade de bácoro alegre, veio
achar-me indeciso, à escada do pátio. "Não desce, a brincar?" perguntou bondosamente.
"Vamos, desça, vá com os outros." O amável bácoro tomou-me pela mão e descemos juntos.
O inspetor deixou-me entre dois rapazinhos, que me trataram com simpatia.
Às onze horas, a sineta deu o sinal das aulas. Os meus bons companheiros, de classes
atrasadas, indicaram a sala de ensino superior de primeiras letras, que devia ser a minha, e se
despediram.
O Professor Mânlio, a quem eu fora recomendado, recomendou-me por sua vez ao mais
sério dos seus discípulos, o honrado Rebelo. Rebelo era o mais velho e tinha óculos escuros
como João Numa. O vidro curvo dos óculos cobria-lhe os olhos vigorosamente,
monopolizando a atenção no interesse único da mesa do professor. Como se fosse pouco, o
zeloso estudante fazia concha com as mãos às têmporas, para impedir o contrabando evasivo
de algum olhar escapado ao monopólio do vidro.
Este luxo de aplicação não provinha do simples empenho de fazer atitude de exemplar.
Rebelo sofria da vista, tanto que muito tarde pudera entregar-se aos estudos. Recebeu-me com
um sorriso benévolo de avô; afastou-se um pouco para me dar lagar e esqueceu-me


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incontinenti, para afundar-se na devoradora atenção que era o seu apanágio.
Os companheiros de classe eram cerca de vinte; uma variedade de tipos que me divertia.
O Gualtério, miúdo, redondo de costas, cabelos revoltos, motilidade brusca e caretas de símio
- palhaço dos outros, como dizia o professor; o Nascimento, o bicanca, alongado por um
modelo geral de pelicano, nariz esbelto, curvo e largo como uma foice; o Álvares, moreno,
cenho carregado, cabeleira espessa e intonsa de vate de taverna, violento e estúpido, que
Mânlio atormentava, designando-o para o mister das plataformas de bonde, com a chapa
numerada dos recebedores, mais leve de carregar que a responsabilidade dos estudos; o
Almeidinha, claro, translúcido, rosto de menina, faces de um rosa doentio, que se levantava
para ir à pedra com um vagar lânguido de convalescente; o Maurílio, nervoso, insofrido,
fortíssimo em tabuada: cinco vezes três, vezes dois, noves fora, vezes sete?... Ia estava
Maurílio, trêmulo, sacudindo no ar o dedinho esperto... olhos fúlgidos rosto moreno, marcado
por uma pinta na testa; o Negrão, de ventas acesas, lábios inquietos, fisionomia agreste de
cabra, canhoto e anguloso, incapaz de ficar sentado três minutos, sempre à mesa do professor
e sempre enxotado, debulhando um risinho de pouca-vergonha, fazendo agrados ao mestre,
chamando-lhe bonzinho, aventurando a todo ensejo uma tentativa de abraço que Mânlio
repelia, precavido de confianças; Batista Carlos, raça de bugre, válido, de má cara, coçando-se
muito, como se o incomodasse a roupa no corpo, alheio às coisas da aula, como se não tivesse
nada com aquilo, espreitando apenas o professor para aproveitar as distrações e ferir a orelha
aos vizinhos com uma seta de papel dobrado. Às vezes a seta do bugre ricochetava até à mesa
de Mânlio. Sensação; suspendiam-se os trabalhos; rigoroso inquérito. Em vão, que os partistas
temiam-no e ele era matreiro e sonso para disfarçar.
Dignos de nota havia ainda o Cruz, tímido, enfiado, sempre de orelha em pé, olhar
covarde de quem foi criado a pancadas, aferrado aos livros, forte em doutrina cristã, fácil
como um despertador para desfechar as lições de cor, perro como uma cravelha para ceder uma
idéia por conta própria; o Sanches, finalmente, grande, um pouco mais moço que o venerando
Rebelo, primeiro da classe, muito inteligente, vencido apenas por Maurílio, na especialidade
dos noves fora vezes tanto, cuidadoso dos exercícios, êmulo do Cruz na doutrina, sem
competidor na análise, no desenho linear, na cosmografia.
O resto, uma cambadinha indistinta, adormentados nos últimos bancos, confundidos na
sombra preguiçosa do fundo da sala.
Fui também recomendado ao Sanches. Achei-o supinamente antipático: cara extensa,
olhos rasos, mortos, de um pardo transparente, lábios úmidos, porejando baba, meiguice
viscosa de crápula antigo. Era o primeiro da aula. Primeiro que fosse do coro dos anjos, no meu
conceito era a derradeira das criaturas.
Entretinha-me a espiar os companheiros, quando o professor pronunciou o meu nome.
Fiquei tão pálido que Mânlio sorriu e perguntou-me, brando, se queria ir à pedra. Precisava
examinar-me.
De pé, vexadíssimo, senti brumar-se-me a vista, numa fumaça de vertigem. Adivinhei
sobre mim o olhar visguento do Sanches, o olhar odioso e timorato do Cruz, os óculos azuis do
Rebelo, o nariz do Nascimento, virando devagar como um leme; esperei a seta do Carlos, o
quinau do Maurílio, ameaçador, fazendo cócegas ao teto, com o dedo feroz; respirei no
ambiente adverso da maldita hora, perfumado pela emanação acre das resinas do arvoredo
próximo, uma conspiração contra mim da aula inteira, desde as bajulações de Negrão até à
maldade violenta do Álvares. Cambaleei até à pedra. O professor interrogou-me; não sei se
respondi. Apossou-se-me do espírito um pavor estranho. Acovardou-me o terror supremo das
exibições, imaginando em roda a ironia má de todos aqueles rostos desconhecidos.
Amparei-me à tábua negra, para não cair; fugia-me o solo aos pés, com a noção do momento;
envolveu-me a escuridão dos desmaios, vergonha eterna! liquidando-se a última energia... pela
melhor das maneiras piores de liquidar-se uma energia.


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Do que se passou depois, não tenho idéia. A perturbação levou-me a consciência das
coisas. Lembro-me que me achei com o Rebelo, na rouparia, e o Rebelo animava-me com um
esforço de bondade sincero e comovedor.
Rebelo retirou-se e eu, em camisa, acabrunhado, amargando o meu desastre, enquanto o
roupeiro procurava o gavetão 54, fiquei a considerar a diferença daquela situação para o ideal
de cavalaria com que sonhara assombrar o Ateneu.
Como tardava o criado, apanhei aborrecido um folheto que ali estava à mesa dos
assentos, entradas de enxoval, registros de lavanderia. Curioso folheto, versos e estampas...
Fechei-o convulsamente com o arrependimento de uma curiosidade perversa. Estranho
folheto! Abri-o de novo. Ardia-me à face inexplicável incêndio de pudor, constrangia-me a
garganta esquisito aperto de náusea. Escravizava-me, porém, a sedução da novidade. Olhei
para os lados com um gesto de culpado; não sei que instinto me acordava um sobressalto de
remorso. Um simples papel, entretanto, borrado na tiragem rápida dos delitos de imprensa.
Arrostei-o. O roupeiro veio interromper-me. "Larga daí! disse com brutalidade, isso não é para
menino!" E retirou o livrinho.
Esta impressão viva de surpresa curou-me da lembrança do meu triste episódio,
crescendo na imaginação como as visões, absorvendo-me as idéias. Zumbia-me aos ouvidos a
palavra aterrada de Aristarco... Sim, devia ser isto: um entravamento obscuro de formas
despidas, roupas abertas, um turbilhão de frades bêbados, deslocados ao capricho de todas as
deformidades de um monstruoso desenho, tocando-se, saltando a sarabanda diabólica sem
fim, no empastado negrume da tinta do prelo; aqui e ali, o raio branco de uma falha,
fulminando o espetáculo e a gravura, como o estigma complementar do acaso.
A rouparia ocupava grande parte do subchão do imenso edifício, entre o vigamento do
soalho e a terra cimentada. Outra parte era destinada aos lavatórios, centenas de bacias, ao
longo das paredes e pouco acima num friso de madeira os copos e as escovas de dentes.
Terceiro compartimento, além destes, acomodava o arsenal dos aparelhos ginásticos e o
dormitório da criadagem. Da rouparia para o recreio central atravessava-se obliquamente o
saguão das bacias. Logo a sair ao pátio encontrei o benévolo Rebelo, que me esperava. Insistiu
com um requinte importuno de complacência sobre o meu incidente, desculpando-me,
explicando-me, absolvendo-me; tornou-se insuportável. Para mudar de conversa, pedi
informações acerca do nosso professor. Deu-mas ótimas, nem outras daria um aluno exemplar
como ele. Nenhum mestre é mau para o bom discípulo, afirmava uma das máximas da parede.
Era hora de descanso; passeávamos, conversando. Falamos dos colegas. Vi então, de
dentro da brandura patriarcal do Rebelo, descascar-se uma espécie de inesperado Tersito,
produzindo injúrias e maldições. "Uma corja! Não imagina, meu caro Sérgio. Conte como uma
desgraça ter de viver com esta gente." E esbeiçou um lábio sarcástico para os rapazes que
passavam. "Ai vão as carinhas sonsas, generosa mocidade... Uns perversos! Têm mais pecados
na consciência que um confessor no ouvido; uma mentira em cada dente, um vicio em cada
polegada de pele. Fiem-se neles. São servis, traidores, brutais, adulões. Vão juntos. Pensa-se
que são amigos... Sócios de bandalheira! Fuja deles, fuja deles. Cheiram a corrupção,
empestam de longe. Corja de hipócritas! Imorais! Cada dia de vida tem-lhes vergonha da
véspera. Mas você é criança; não digo tudo o que vale a generosa mocidade. Com eles mesmos
há de aprender o que são... Aquele é o Malheiro, um grande em ginástica. Entrou graúdo,
trazendo para cá os bons costumes de quanto colégio por ai. O pai é oficial. Cresceu num
quartel no meio da chacota das praças. Forte como um touro, todos o temem, muitos o cercam,
os inspetores não podem com ele; o diretor respeita-o; faz-se a vista larga para os seus abusos...
Este que passou por nós, olhando muito, é o Cândido, com aqueles modos de mulher, aquele
arzinho de quem saiu da cama, com preguiça nos olhos... Este sujeito... Há de ser seu
conhecido. Mas faço exceções: ali vem o Ribas, está vendo? feio, coitadinho! como tudo, mas
uma pérola. É a mansidão em pessoa. Primeira voz do Orfeão, uma vozinha de moça que o


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diretor adora. É estudioso e protegido. Faz a vida cantando como os serafins. Uma pérola!"
- Ali está um de joelhos...
- De joelhos... Não há perguntar; é o Franco. Uma alma penada. Hoje é o primeiro dia,
ali está de joelhos o Franco. Assim atravessa as semanas, os meses, assim o conheço, nesta
casa, desde que entrei. De joelhos como um penitente expiando a culpa de uma raça. O diretor
chama-lhe cão, diz que tem calos na cara. Se não tivesse calos no joelho, não haveria canto do
Ateneu que ele não marcasse com o sangue de uma penitência. O pai é de Mato Grosso;
mandou-o para aqui com uma carta em que o recomendava como incorrigível, pedindo
severidade. O correspondente envia de tempos a tempos um caixeiro que faz os pagamentos e
deixa lembranças. Não sai nunca... Afastemo-nos que aí vem um grupo de gaiatos.
Um tropel de rapazes atravessou-nos a frente, provocando-me com surriadas.
"Viu aquele da frente, que gritou calouro? Se eu dissesse o que se conta dele... aqueles
olhinhos úmidos de Senhora das Dores... Olhe; um conselho; faça-se forte aqui, faça-se
homem. Os fracos perdem-se.
"Isto é uma multidão; é preciso força de cotovelos para romper. Não sou criança, nem
idiota; vivo só e vejo de longe; mas vejo. Não pode imaginar. Os gênios fazem aqui dois sexos,
como se fosse uma escola mista. Os rapazes tímidos, ingênuos, sem sangue, são brandamente
impelidos para o sexo da fraqueza; são dominados, festejados, pervertidos como meninas ao
desamparo. Quando, em segredo dos pais, pensam que o colégio é a melhor das vidas, com o
acolhimento dos mais velhos, entre brejeiro e afetuoso, estão perdidos... Faça-se homem, meu
amigo! Comece por não admitir protetores."
Ia por diante Rebelo com os extraordinários avisos, quando senti puxarem-me a blusa.
Quase cai. Voltei-me; vi a distancia uma cara amarela, de gordura balofa, olhos vesgos sem
pestanas, virada para mim, esgarçando a boca em careta de riso cínico. Um sujeito
evidentemente mais forte do que eu. Não obstante apanhei com raiva um pedaço de telha e
arremessei O tratante livrou-se, injuriando-me com uma gargalhada, e sumiu-se. "Muito bem",
aplaudiu Rebelo. E à pergunta que fiz, informou: aquele desagradável rapaz era o Barbalho,
que havia de ser um dia preso como gatuno de jóias, nosso companheiro da aula primária, do
número dos esquecidos nos bancos do fundo.
O Professor Mânlio teve a bondade de adiar o meu exame, e, para salvar-me das
conseqüências do escárnio do desastrado incidente da primeira aula, obsequiou-me na
seguinte com as melhores palavras de animação. Os rapazes foram generosos. Maurílio,
acariciou-me a cabeça mimosamente, provando que sabia ser bom o dedinho implacável dos
argumentos. Só o amarelo dos olhos vesgos teimava em fazer gaifonas à socapa.
Depois do jantar não tornei a ver o Rebelo. Como freqüentava algumas aulas
extraordinárias do curso superior, recolhia-se a certas horas para as salas de cima.
A sala do Professor Mânlio era ao nível do pátio, em pavilhão independente do edifício
principal, com duas outras do curso primário, o alojamento da banda de música e o salão
suplementar de recreio, vantajoso em dias de chuva. Formando ângulo reto com esta casa, uma
extensa construção de tijolo e tábuas pintadas, sala geral do estudo no pavimento térreo e
dormitório em cima, concorria para fechar metade do quadrilátero do pátio, que o grande
edifício completava, estendendo-se em duas alas, como os braços da reclusão severa. No
fundo desta caixa desmedida de paredes, dilatava-se um areal claro, estéril, insípido como a
alegria obrigatória, algumas árvores de cambucá mostravam, em roda, a folhagem fixa, com o
verdor morto das palmas de igreja, alourada a esmo da senilidade precoce dos ramos que
sofrem, como se não coubesse a vegetação no internato; a um canto, esgalgado cipreste subia
até às goteiras, tentando fugir pelos telhados.
Sem o Rebelo, achei-me ai como perdido, em meio dos rapazes. Os conhecidos da aula
desapareciam no tumulto que as salas todas despejavam.
Nem um só de quem me pudesse aproximar. Rente com a parede, para que me não dessem


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atenção, insinuei-me até o lugar donde o inspetor Silvino, um grande magro, de avultado nariz
e suíças dilaceradas, olhar miado e vivo como chispas, em órbitas de antro, fiscalizava o
recreio, graduando a folgança, à mercê de um temível canhenho. Sentava-se à entrada do
portão do lavatório. Um pouco além da cadeira do Silvino, fiquei a salvo. Do seguro retiro
avistava, no terreiro, fresco das largas sombras da hora, o movimento dos colegas.
Num ponto e noutro formavam-se pequenos sarilhos, condensando irregularmente a
dispersão dos alunos. Eram os pobres novatos que os veteranos sovavam à cacholeta,
fraternalmente.
Perto de mim vi o Franco. Sempre de penitência; em pé, cara contra a parede. Como
Silvino dava-lhe as costas, divertia-se a pegar moscas para arrancar a cabeça e ver morrer o
bichinho na palma da mão. Perguntei-lhe por que estava de castigo. Sem olhar, de mau modo:
"Lá sei! disse ele. Porque me mandaram". E continuou a pegar as moscas. Franco era um
rapazola de quatorze anos, raquítico, de olhos pasmados, face lívida, pálpebras pisadas. À
fronte, com a expressão vaga dos olhos e obliqüidade dolorida dos supercílios, pousava-lhe
uma névoa de aflição e paciência, como se vê no Flos sanctorum. A parte inferior do semblante
rebelava-se; um canto dos lábios franzia-se em contração constante de odiento desprezo.
Franco não ria nunca. Sorria apenas, assistindo a uma briga séria, interessando-se pelo
desenlace como um apostador de rinha, enfurecendo-se quando apartavam. Uma queda
alegrava-o, principalmente perigosa. Vivia isolado no circulo da excomunhão com que o
diretor, invariavelmente, o fulminava todas as manhãs, lendo no refeitório perante o colégio as
notas da véspera.
Os professores já sabiam. À nota do Franco, sempre má, devia seguir-se especial
comentário deprimente, que a opinião esperava e ouvia com delícia, fartando-se de desprezar.
Nenhum de nós como ele! E o zelo do mestre cada dia retemperava o velho anátema. Não
convinha expulsar. Uma coisa destas aproveita-se como um bibelô do ensino intuitivo,
explora-se como a miséria do hilota, para a lição fecunda do asco. A própria indiferença
repugnante da vitima é útil.
Três anos havia que o infeliz, num suplício de pequeninas humilhações cruéis, agachado,
abatido, esmagado, sob o peso das virtudes alheias mais que das próprias culpas, ali estava, -
cariátide forçada no edifício de moralização do Ateneu, exemplar perfeito de depravação
oferecido ao horror santo dos puros.
Várias vezes nessa tarde fui assaltado pela chacota impertinente do Barbalho. O
endemoninhado caolho puxava-me a roupa, esbarrava-me encontrões e fugia com grandes
risadas falsas, ou parava-me de súbito em frente, e revestindo-se de quanta seriedade lhe era
suscetível o açafrão da cara, perguntava: "Mudas as calças?" Um inferno. Até que afinal o meu
desespero estourou.
Foi à noite, pouco antes da ceia. Estávamos a um canto mal iluminado do pátio, quase sós.
O biltre reconheceu-me e arreganhou uma inexprimível interjeição de mofa. Não esperei por
mais. Estampei-lhe uma bofetada. Meio segundo depois, rolávamos na poeira, engalfinhados
como feras. Uma luta rápida. Avisaram-nos que vinha o Silvino. Barbalho evadiu-se. Eu
verifiquei que tinha o peito da blusa coberto de sangue que me corria do nariz.
Uma hora mais tarde, na cama de ferro do salão azul, compenetrado da tristeza de
hospital dos dormitórios, fundos na sombra do gás mortiço, trincando a colcha branca, eu
meditava o retrospecto do meu dia.
Era assim o colégio. Que fazer da matalotagem dos meus planos?
Onde meter a máquina dos meus ideais naquele mundo de brutalidade, que me
intimidava com os obscuros detalhes e as perspectivas informes, escapando à investigação da
minha inexperiência? Qual o meu destino, naquela sociedade que o Rebelo descrevera
horrorizado, com as meias frases de mistério, suscitando temores indefinidos, recomendando
energia, como se coleguismo fosse hostilidade? De que modo alinhar a norma generosa e


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sobranceira de proceder com a obsessão pertinaz do Barbalho? Inutilmente buscara reconhecer
no rosto dos rapazes o nobre aspecto da solenidade dos prêmios, dando-me idéia da legião dos
soldados do trabalho, que fraternizavam no empenho comum, unidos pelo coração e pela
vantagem do coletivo esforço. Individualizados na debandada do receio, com as observações
ainda mais da critica do Rebelo, bem diverso sentimento inspiravam-me. A reação do
contraste induzia-me a um conceito de repugnância que o hábito havia de esmorecer, que me
tirava lágrimas àquela noite. Ao mesmo tempo oprimia-me o pressentimento da solidão moral,
fazendo adivinhar que as preocupações mínimas e as concomitantes surpresas inconfessáveis
dariam pouco para as efusões de alívio, a que corresponde o conselho, a consolação.
Nada de protetor, dissera Rebelo. Era o ermo. E, na solidão, conspiradas, as adversidades
de toda a espécie, falsidade traiçoeira dos afetos, perseguição da malevolência, espionagem da
vigilância; por cima de tudo, céu de trovões sobre os desalentos, a fúria tonante de
Júpiter-diretor, o tremendo Aristarco dos momentos graves.
Lembranças da família desviaram-me o curso às reflexões. Não havia mais a mão querida
para acalentar-me o primeiro sono, nem a oração, tão longe nesse momento, que me protegia à
noite como um dossel de amor; o abandono apenas das crianças sem lar que os asilos da miséria
recolhem.
A convicção do meu triste infortúnio lentamente, suavemente, aniquilou-me num
conforto de prostração e eu dormi.
Pela noite adentro, comparsas de pesadelo, perseguiram-me as imagens várias do
atribulado dia; a pegajosa ternura do Sanches, a cara amarela do Barbalho, a expressão de
tortura do Franco, os frades descompostos do roupeiro. Sonhei mesmo em regra. Eu era o
Franco. A minha aula, o colégio inteiro, mil colégios, arrebatados, num pé-de-vento, voavam
léguas afora por uma planície sem termo. Gritavam todos, urravam a sabatina de tatuadas com
um entusiasmo de turbilhão. O pó crescia em nuvens do solo; a massa confusa ouriçava-se de
gestos, gestos de galho sem folhas em tormenta agoniada de inverno; sobre a floresta dos
braços, gesto mais alto, gesto vencedor, a mão magra do Maurílio, crescida, enorme, preta,
torcendo, destorcendo os dedos sôfregos, convulsionados da histeria do quinau... E eu caia,
único vencido! E o tropel, de volta, vinha sobre mim, todos sobre mim! sopeavam-me,
calcavam-me, pesados, carregando prêmios, prêmios aos cestos!
A sineta, tocando a despertar, livrou-me da angústia. Cinco horas da manhã.

I I I


Se em pequeno, movido por um vislumbre de luminosa prudência, enquanto aplicavam-se
os outros à peteca, eu me houvesse entregado ao manso labor de fabricar documentos
autobiográficos, para a oportuna confecção de mais uma infância célebre, certo não registraria,
entre os meus episódios de predestinado, o caso banal da natação, de conseqüências,
entretanto, para mim, e origem de dissabores como jamais encontrei tão amargos.
Natação chamava-se o banheiro, construído num terreno das dependências do Ateneu,
vasta toalha d'água ao rés da terra, trinta metros sobre cinco, com escoamento para o Rio
Comprido, e alimentada por grandes torneiras de chave livre. O fundo, invisível, de ladrilho,
oferecia uma inclinação, baixando gradualmente de um extremo para outro. Acusava-se ainda
mais esta diferença de profundidade por dois degraus convenientemente dispostos para que
tomassem pé as crianças como os rapazes desenvolvidos. Em certo ponto a água cobria um
homem.
Por ocasião dos intensos calores de fevereiro e marco e do fim do ano, havia ai dois
banhos por dia. E cada banho era uma festa, naquela água gorda, salobra da transpiração
lavada das turmas precedentes, que as dimensões do tanque impediam a devida renovação;


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turbulento debate de corpos nus, estreitamente cingidos no calção de malha rajado a cores,
enleando-se os rapazes como lampreias, uns imergindo, reaparecendo outros, olhos injetados,
cabelos a escorrer pela cara, vergões na pele de involuntárias unhadas dos companheiros, entre
gritos de alegria, gritos de susto, gritos de terror; os menores agrupados no raso, dando-se as
mãos em cacho, espavoridos, se algum mais forte chegava.
Dos maiores, alguns havia que faziam medo realmente, singrando a braçadas, levando a
ombro a resistência d'água; outros se precipitavam cabeça para baixo, volteando os pés no ar
como cauda de peixe, prancheando sem ver a quem. E, borbulhando entre os nadadores, fartas
ondas de ressaca se embarcavam e iam transbordar pelas imediações do banheiro alagando
tudo.
Ao longo do tanque, corria o muro divisório, além do qual ficava a chácara particular do
diretor. A distancia, viam-se as janelas de uma parte da casa, onde às vezes eram recolhidos os
estudantes enfermos, fechadas sempre a venezianas verdes.
Trepada ao muro e meio escondida por uma moita de bambus e ramos de hera, vinha
Ângela, a canarina, ver os banhos da tarde. Lançava pedrinhas aos rapazes; os rapazes
mandavam-lhe beijos e mergulhavam, buscando o seixo. Ângela, torcendo os pulsos,
reclinando-se para trás, ria perdidamente um grande riso, desabrochado em carola de flor
através dos dentes alvos.
Ao primeiro banho, amedrontou-me a desordem movimentada.
Procurei o recanto dos menores. Determinava a disciplina a divisão dos banhistas em três
turmas, conforme as classes de idade. Mas, o descuido da fiscalização permitia que as turmas
se confundissem e o inspetor de serviço, com a varinha destinada aos retardatários, vigiava,
afastado, de sorte que ficavam expostos os mais fracos aos abusos dos marmanjos que as
espadanas d'água acobertavam. Mal tinha eu entrado, senti que duas mãos, no fundo,
prendiam-me o tornozelo, o joelho. A um impulso violento cai de costas; a água abafou-me os
gritos, cobriu-me a vista. Senti-me arrastado. Num desespero de asfixia, pensei morrer. Sem
saber nadar, vi-me abandonado em ponto perigoso; e bracejava, à toa, imerso a desfalecer,
quando alguém me amparou. Um grande tomou-me ao ombro e me depôs à borda, estendido,
vomitando água. Levei algum tempo para me inteirar do que ocorrera. Esfreguei por fim os
olhos e verifiquei que o Sanches me tinha salvo. "Ia afogar-se!" disse ele, amparando-me a
cabeça enquanto me desempastava os cabelos de cima dos olhos. Meio aturdido ainda,
contei-lhe efusivamente o que me haviam feito. "Perversos!" observou-me o colega com pena,
e atribuiu a brutalidade a qualquer peste que fugira no atropelo dos nadadores, desvelando-se
em solicitudes por tranqüilizar-me. Tive depois motivo, para crer que o perverso e a peste
fora-o ele próprio, na intenção de fazer valer um bom serviço.
Mas a conseqüência imediata do fato foi que forcei a repugnância que o Sanches me
causava e me fiz todo gratidão para com ele e intima amizade. Curiosa e acidentada tinha de
ser essa minha aventura de apego e confiança.
No Ateneu formávamos a dois para tudo. Para os exercícios ginásticos, para a entrada na
capela, no refeitório, nas aulas, para a saudação ao anjo da guarda, ao meio-dia, para a
distribuição do pão seco depois do canto. Por amor da regularidade da organização militar,
repartiam-se as três centenas de alunos em grupos de trinta, sob o direto comando de um
decurião ou vigilante. Os vigilantes eram escolhidos por seleção de aristocracia, asseverava
Aristarco. Vigilante era o Malheiro, o herói do trapézio; vigilante era o Ribas, a melhor
vocalização do Orfeão; vigilante era o Mata, mirrado, corcundinha, de espinha quebrada,
apelidado o mascate, melífluo no trato, nunca punido ninguém sabia por quê, reputação de
excelente porque ninguém se lembrava de verificar, que, entretanto, Rebelo apontava como
chefe da policia secreta do diretor; vigilante o Saulo, que tinha três distinções na instrução
pública; vigilante Rômulo, mestre cook, por alcunha, uma besta, grandalhão, último na
ginástica pela corpulência bamba, último nas aulas, dispensado do Orfeão pela garganta


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rachada de requinta velha, mas exercendo no colégio, por exceção de saliência na largura chata
da sua incapacidade, as complexas e delicadas funções de zabumba da banda. Não sei se este
jeito particular para o bombo, fórmula musical do anúncio, não sei se uma célebre herança que
Rômulo esperava de afortunados parentes, verdade é que entre todos fora Rômulo apurado
por Aristarco para o invejável privilégio de seu futuro genro.
Diversos outros vigilantes contavam-se como estes, eleitos por um critério que dava
ensejo a que o escolhido por valentia à barra fixa representava no estudo um papel
contristador; vice-versa, outro, como Ribas, exemplar nas aulas, magricela e esgotado, mal
podia ao trapézio vacilar a acrobacia simplificada do prumo.
Sanches era também vigilante.
Estes oficiais inferiores da milícia da casa faziam-se tiranetes por delegação da suprema
ditadura. Armados de sabres de pau com guardas de couro, tomavam a sério a investidura do
mando e eram em geral de uma ferocidade adorável. Os sabres puniam sumariamente as
infrações da disciplina na forma: duas palavras ao cerra-fila, perna frouxa, desvio notável do
alinhamento. Regime siberiano, como se vê, do que resultava que os vigilantes eram altamente
conceituados.
No caso particular da nossa fortuita aproximação, não podia deixar de influir
consideravelmente a bela importância colegial do vigilante Sanches. Mas outras circunstâncias
concertaram-se para determinar a nova feição das minhas disposições conforme se acentuou
depois do incidente do banho.
Já me era lícito julgar iniciado na convivência intima da escola. Chamado por Mânlio a
provas, consegui agradar, conquistando uma aura que me devia por algum tempo favorecer.
Encontrei o Barbalho. Tinha a face marcada pelas minhas unhas; evitou-me. No recreio cometi
a injustiça de ir deixando o Rebelo. Também o amável camarada tinha na boca um mau cheiro
que lhe prejudicava a pureza dos conselhos; demais, falava prendendo a gente com dedos de
torquês e soltando os aforismos a queima-roupa. Por seu lado o venerando colega
correspondeu ao movimento massando-se comigo, e amuando. Durante as aulas, em que nos
sentávamos perto um do outro, absorvia-se em sua desesperada atenção e era como se estivesse
a muitas milhas. Se, todavia, por imprescindível necessidade tinha de me falar, então,
dirigia-me a palavra com a habitual afabilidade de jovem cura.
Estava aclimado, mas eu me aclimara pelo desalento, como um encarcerado no seu
cárcere.
Depois que sacudi fora a tranca dos ideais ingênuos, sentia-me vazio de animo; nunca
percebi tanto a espiritualidade imponderável da alma: o vácuo habitava-me dentro. Premia-me
a força das coisas; senti-me acovardado. Perdeu-se a lição viril de Rebelo: prescindir de
protetores. Eu desejei um protetor, alguém que me valesse, naquele meio hostil e
desconhecido, e um valimento direto mais forte do que palavras.
Se não houvesse olvidado as práticas, como a assistência pessoal do Rebelo, eu notaria
talvez que pouco a pouco me ia invadindo, como ele observara, a efeminação mórbida das
escolas. Mas a teoria é frágil e adormece como as larvas friorentas, quando a estação obriga. A
letargia mora! pesava-me no declive. E, como se a alma das crianças, à maneira do físico,
esperasse realmente pelos dias para caracterizar em definitivo a conformação sexual do
indivíduo, sentia-me possuído de certa necessidade preguiçosa de amparo, volúpia de
fraqueza em rigor imprópria do caráter masculino. Convencido de que a campanha do estudo
e da energia moral não era precisamente uma cavalgada cotidiana, animada pelo clarim da
retórica, como nas festas, e pelo verso enfático dos hinos, entristeceu-me a realidade crua.
Desiludi-me dos bastidores da gloriosa parada, vendo-a pelo avesso. Nem todos os dias do
militarismo enfeitam-se com a animação dos assaltos e das voltas triunfais; desmoralizava-me
o ranram estagnado da paz das casernas, o prosaísmo elementar da faxina.
Com esta crise do sentimento casava-se o receio que me infundia o microcosmo do


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Ateneu. Tudo ameaça os indefesos. O desembaraço tumultuoso dos companheiros a recreação,
a maneira fácil de conduzir o trabalho, pareciam-me traços de esmagadora superioridade;
espantava-me a viveza dos pequenos, tão pequenos alguns! O braço do Sanches vinha assim
salvar-me, segunda vez, de submersão, acudindo na vertigem do momento.
Eu não estudava; a minha conta era, entretanto, regular, por um concurso de elementos
eventuais; direitos da recente matricula à benevolência, a minha recomendação ao Professor
Mânlio, com os retalhos alinhavados de ciência anterior. Mantinha-me em satisfatória média;
mas o risco da decadência era constante. O método constituía o pior obstáculo; sem o auxilio
de alguém, mais prático, estava perdido. Sanches havia sem dúvida de valer-me com a sua
capacidade de grande estudante, sobretudo com a boa vontade insinuativa que
desinteressadamente manifestava. Sem falar no proveito que rendia esta afeição, empunhando
por meu favor o terrível sabre de vigilante, com guardas de couro!
Com efeito não tardou que ele me desse a mão como a Minerva benigna de Fénelon.
Entrei pela geografia como em casa minha. As anfractuosidades marginais dos
continentes desfaziam-se nas cartas, por maior brevidade do meu trabalho; os rios
dispensavam detalhes complicados dos meandros e afluíam-me para a memória, abandonando
o pendor natural das vertentes; as cordilheiras, imensa tropa de amestrados elefantes,
arranjavam-se em sistemas de orografia facílima; reduzia-se o número das cidades principais
do mundo, sumindo-se no chão, para que eu não tivesse de decorar tanto nome;
arredondava-se a cota das populações, perdendo as frações importunas, com prejuízo dos
recenseamentos e maior gravame dos úteros nacionais; uma mnemônica feliz ensinava-me a
enumeração dos estados e das províncias. Graças à destreza do Sanches, não havia incidente
estudado da superfície terrestre que se me não colasse ao cérebro como se fosse minha cabeça,
por dentro, o que é por fora a esfera do mundo.
A seu turno a gramática abria-se como um cofre de confeitos pela Páscoa. Cetim cor de
céu e açúcar. Eu escolhia a bel-prazer os adjetivos, como amêndoas adocicadas pelas
circunstâncias adverbiais da mais agradável variedade; os amáveis substantivos! voavam-me à
roda, próprios e apelativos, como criaturinhas de alfenim alado; a etimologia, a sintaxe, a
prosódia, a ortografia, quatro graus de doçura da mesma gustação. Quando muito, as exceções
e os verbos irregulares desgostavam-me a principio; como esses feios confeitos crespos de
chocolate: levados a boca saborosíssimos.
A história pátria deliciou-me em quanto pôde. Desde os missionários da catequese
colonizadora, que vinham ao meu encontro, com Anchieta, visões de bondade, recitando
escolhidas estrofes do evangelho das selvas, mandando adiante, coroados de flores, pela
estrada larga de areia branca, os columins alegres, aprendizes da fé e da civilização,
acompanhados da turba selvagem do gentio cor de casca de árvores, emplumados,
sarapintados de mil tintas, em respeitosa contrição de fetichismo domado, avultando do seio,
do fundo da mata escura, como uma marcha fantástica de troncos. Até às eras da
independência, evocação complicada de sarrafos comemorativos das alvoradas do Rocio e de
anseios de patriotismo infantil; um príncipe fundido, cavalgando uma data, mostrando no
lenço aos povos a legenda oficial do Ipiranga; mais abaixo, pontuadas pelas salvas do Santo
Antônio, as aclamações de um povo mesclado que deixou morrer Tiradentes para se esbofar
em vivas ao ramo de café da Domitila.
Cada página era um encanto, prefaciadas pela explicação complacente do colega. Graças
à habilidade das suas apresentações, apertei a mão aos mais truculentos figurões do passado,
aos mais poderosos. Antônio Salema, o cruel, sorriu-me; o Vidigal foi gentil; D. João VI
deixou-me rapé nos dedos. Conheci de vista Mem de Sá, Maurício de Nassau, vi passar o herói
mineiro, calmo, mãos atadas como Cristo, barba abundante de apóstolo das gentes, um toque
de sol na fronte lisa e vasta, escavada pelo destino para receber melhor a coroa do martírio.
A história santa revelou-me este épico, quem o diria? - o cônego Roquette! E eu bebi a


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embriaguez musical dos capítulos como o canto profundo das catedrais. Ouvi suspirar a
Crença, o idílio do Éden, o amor primitivo do Gênesis, invejado dos anjos, sob o olhar
magnânimo dos leões; ouvi a queixa terna do primeiro par banido para a dor, para o trabalho;
Adão vergonhoso, vestindo as parras da primeira pruderie, Eva a envolver a nudez jovem de
lírios na túnica de ouro das madeixas, cobrindo com as mãos o ventre, obscenidade das mães,
estigmatizada pela maldição de Deus.
E crescia o canto na abóbada e o órgão falava à tradição inteira do sofrimento humano
suplantado pela divindade. Modulava-se a harmonia em suave gorjeio, entoando a elevação
dos salmos, o êxtase sensual do Cântico dos Cânticos na boca da Sulamita, e a sedução de
Booz enredado no estratagema honesto da ternura, e a melancolia trágica de Judite, e a serena
glória de Ester, a princesa querida.
Subitamente, entreabria-se o quadro sonoro para irromper o coro das lamentações.
Acabavam no ar, lucíolas extintas, os derradeiros sons da harpa de Davi; perdia-se em ecos a
derradeira antístrofe Salomão; sumiu-se à extremidade do campo a imagem de Rute, ao braço
o feixe louro de trigo; entrou a Hebréia sombria na tenda de Holofernes, levando nos lábios o
beijo assassino; cobriu-se a aparição luminosa de Ester com o sono da noite de Mardoqueu. Era
a gama dolente dos terrores. Clamavam as imprecações do dilúvio, os desesperos de Gomorra;
flamejava no firmamento a espada do anjo de Senaqueribe; dialogavam em concerto tétrico as
súplicas do Egito, os gemidos de Babilônia, as pedras condenadas de Jerusalém. Vozeava o
tenebroso grave das pregações dos profetas. Embalde o fulgor das transfigurações, como o
lívido fuzil, escancarava abertas de luz sobre a tormenta noturna; Ezequiel tinha a visão do
Eterno; Elias visitava o Mistério numa escapada de chamas. Nada. A música solene era o
miserere. Nem o clarão da alvorada de Belém na Judéia debelava a sombra, nem a miragem
viva do Tabor. A epopéia agonizava ao rodar do século, ecoava numa caverna onde havia um
túmulo; bradava triunfo um momento pela Ressurreição do Justo; morria, enfim, lento, lento
com a prece dos mártires do anfiteatro, com a longínqua prece subterrânea dos refugiados das
Catacumbas.
A doutrina cristã, anotada pela proficiência do explicador, foi ocasião de dobrado ensino
que muito me interessou. Era o céu aberto, rodeado de altares, para todas as criações
consagradas da fé. Curioso encarar a grandeza do Altíssimo; mas havia janelas para o
purgatório a que o Sanches se debruçava comigo, cuja vista muito mais seduzia. E o preceptor
tinha um tempero de unção na voz e no modo, uma sobranceria de diretor espiritual, que fala
do pecado sem macular a boca. Expunha quase compungido, fincando o olhar no teto, fazendo
estalar os dedos, num enlevo de abstração religiosa; expunha, demorando os incidentes, as
mais cabeludas manifestações de Satanás no mundo. Nem ao menos dourava os chifres, que
me não fizessem medo; pelo contrário, havia como que o capricho de surpreender com as
fantasias do Mal e da Tentação, e, segundo o lineamento do Sanches, a cauda do demônio
tinha talvez dois metros mais que na realidade. Insinuou-me, é certo, uma vez, que não é tão
feio o dito, como o pintam.

O catecismo começou a infundir-me o temor apavorado dos oráculos obscuros. Eu não
acreditava inteiramente. Bem pensando, achava que metade daquilo era invenção malvada do
Sanches. E quando ele punha-se a contar histórias de castidade, sem atenção à parvidade da
matéria do preceito teológico, mulher do próximo, Conceição da Virgem, terceiro-luxúria,
brados ao céu pela sensualidade contra a natureza, vantagens morais do matrimônio, e porque
a carne, a inocente carne, que eu só conhecia condenada pela quaresma e pelos monopolistas
do bacalhau, a pobre carne do beef, era inimigo da alma; quando retificava o meu engano, que
era outra a carne e guisada de modo especial e muito especialmente trinchada, eu mordia um
pedacinho de indignação contra as calúnias à santa cartilha do meu devoto credo. Mas a coisa
interessava e eu ia colhendo as informações para julgar por mim oportunamente.


[Linha 950 de 4767 - Parte 1 de 4]


Na tabuada e no desenho linear, eu prescindia do colega mais velho; no desenho, porque
achava graça em percorrer os caprichosos traços, divertindo-me a geometria miúda como um
brinquedo; na tatuada e no sistema métrico, porque perdera as esperanças de passar de
medíocre como ginasta de cálculos, e resolvera deixar a Maurílio ou a quem quer que fosse o
primado das cifras.
Em dois meses tínhamos vencido por alto a matéria toda do curso; e, com este preparo,
sorria-me o agouro de magnífico futuro, quando veio a fatalidade desandar a roda.
Referi que Sanches me provocava uma repugnância de gosma. Depois do caso da
natação, o reconhecimento predominou sobre a repulsa e eu admiti as assiduidades com que de
então por diante me quis beneficiar o companheiro. Afinal, porém, tornou-me a aparecer o
afastamento instintivo que me separava do rapaz.
Descrente da fraternidade do colégio, cuja personificação representava-me o Barbalho,
eu temia o alvoroço do recreio. Conservar-me na sala das lições era uma medida de prudência.
Estes intervalos regulamentares de descanso, aproveitava-os para me adiantar no curso. Pois
bem, durante estes momentos de aplicação excepcional em que ficávamos a sós, eu e o grande,
definiu-se o fundamento da antipatia pressentida. A franqueza da convivência aumentou dia a
dia, em progresso imperceptível. Tomávamos lugar no mesmo banco. Sanches foi-se
aproximando. Encostava-se, depois, muito a mim. Fechava o livro dele e lia no meu,
bafejando-me o rosto com uma respiração de cansaço. Para explicar alguma coisa,
distanciava-se um pouco; tomava-me, então, os dedos e amassava-me até doer a mão, como se
fosse argila, cravando-me olhares de raiva injustificada. Volvia nova" mente às expressões de
afeto e a leitura prosseguia, passando-me ele o braço ao pescoço como um furioso amigo.
Eu deixava tudo, fingindo-me insensível, com um plano de rompimento em idéia,
embargado, todavia, pela falta de coragem. Não havia mal naquelas maneiras amigas;
achava-as, simplesmente, despropositadas e importunas, máxime não correspondendo à mais
insignificante manifestação da minha parte.
Notei que ele variava de atitude quando um inspetor mostrava a cabeça à entrada da sala
e quando pretendia informar-me de alguma disciplina transcendente.
Então o mestre singular formalizava-se de gravidade severa e distante. Esta inconstância
era o meu alarme. Foi afinal um entretenimento. Eu perdia muitas vezes o fio da leitura para
atender às artimanhas daquela novíssima comédia.
Por um dia de muito calor, acabava ele de enunciar como um padre uma página de
religião, os diversos atos de Contrição, de Atrição, de Fé, de Esperança, de Caridade, quando
propôs que eu lhos repetisse sentado aos seus joelhos. Achei inútil a comodidade e repeti a
lição passeando pela sala. Que diabo! Aquele sujeito queria tratar-me definitivamente como
um bebê! Com pouco mais lhe daria o excesso de extremos para me oferecer uma volta de
cueiros! Ah! que se ainda me vivesse no animo a bravura audaz que trouxera de casa, sem
dúvida nenhuma há muito tempo que eu tinha despachado o Sanches com a cartilha pelas
ventas. Mas eu era outro, e a vontade vegetava tenra e dúctil como um renovo, depois do
aniquilamento da primeira decepção. Fui transferindo o conflito.
Às vezes a minha resistência passiva desapontava o preceptor. Ele encarava-me terrível, e
como quem diz: "perde a proteção de um vigilante!", ou disfarçava a impertinência em riso
amarelo, numa abstrata expressão de fisionomia, que era aliás o facies de uma idéia fixa.
Os exercícios corporais efetuavam-se à tarde, uma hora depois do jantar, hora excelente,
que habituava a digestão a segurar-se no estômago e não escorrer pela goela quando os
estudantes se balançavam à barra fixa, pelas curvas.
Reconheci o belo campo das manobras quando lá fui pela primeira vez, depois da
matricula; tive saudade das flâmulas sobre o gramal verde. Mesmo, porém, desmontada a
alegria de encomenda das festas, era um sitio ameníssimo o campo. Descoberto a todo o céu,
parecia mais abundante de ar; eu lá vingava os pulmões da compressão cerrada do regime


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interno.
Findos os exercícios, partia o Professor Bataillard, e, guardados por dois inspetores, o
Silvino e o João Numa ou João Numa e o velho Margal, venerando inválido espanhol querido
de todos, ou o Margal e o Conselheiro tínhamos, os alunos, um prazo de recreio até cair a noite.
Uma vez, ao escurecer, passeando eu calado, com o Sanches igualmente, vendo escapar o
dia para além das montanhas, percebi que o meu companheiro balbuciava uma pergunta. Falou
desatento, admirando o crepúsculo com a testa franzida, na meia abstração que era o seu ricto
costumeiro. Estávamos a um rodeio da avenida que circundava o gramal, oposto à cancela
onde conversavam os inspetores. Os colegas jogavam barra através da grama, ou se divertiam
ao saut-de-mouton em pontos afastados. Como não apreendi a pergunta, o Sanches repetiu.
Escapou-me involuntário o riso... Abarbava-me a mais rara espécie de pretendente! Eu ria com
franqueza, mas abismado. Era de uma extravagância original aquele Sanches! Hoje, ele é
engenheiro em uma estrada de ferro do sul, um grave engenheiro...
Vendo que não nos podíamos entender, meteu entre nós o esplendor da tarde, e
resolvemos o embaraço concordando ambos num parecer unânime a respeito.
Durante os dias que se seguiram, Sanches esteve frio. Tive medo de perdê-lo. Deu-me as
lições sem uma só das intragáveis ternuras. Exprimia-se brevemente, entre enfezado e triste.
Suspeitei uma revolução de caráter e julguei ter achado o que me convinha: um amigo
moderado, que me livrasse dos vexames da vida colegial dos pequenos. O caso era outro.
Sanches compreendera que a ingenuidade tinha contraminado os zelos do seu ensino.
Manobrava, então, para voltar à carga. Entretanto, deu-se o cuidado de insistir na preparação
edificante.
Inventou uma análise dos Lusíadas, livro de exame, cuja dificuldade não cessava de
encarecer.
Guiou-me ao canto nono, como a uma rua suspeita. Eu gozava criminosamente o
sobressalto dos inesperados. Mentor levou-me por diante das estrofes, rasgando na face nobre
do poema perspectivas de bordel a fumegar alfazema. Bárbaro! Havia um trajo de modéstia
sobre a verdade do vocábulo; ele rasgava as túnicas de alto a baixo, grosseiramente. Fazia do
meneio grácil de cada verso uma brutalidade ofensiva. Eu acompanhava-o sem remorso;
reputava-me vagamente vitima, e me dava à crueldade, submisso, adormecido na vantagem da
passividade. A análise aguilhoava as rimas; as rimas passavam, deixando a lembrança de um
requebro impudente. E o ar severo do Sanches imperturbável.
Tomava cada período, cada oração, altamente, com o ademã sisudo do anatomista:
sujeito, verbo, complementos, orações subordinadas; depois o significado, zás! um corte de
escalpelo, e a frase rolava morta, repugnante, desentranhando-se em podridões infectas.
Iniciou da mesma forma um curso pitoresco de dicionário. O dicionário é o universo.
Baba-se de esclarecimentos, mas atordoa, à primeira vista, como a agitação das grandes
cidades desconhecidas. Encarreirados nas páginas consideráveis, os nomes seguem
estranhamente com a numerosa prole dos derivados, ou sós, petits-maîtres faceiros, os
galicismos; vaidosos dandies os de proveniência albiônica. Molestam-nos com a maneira
desdenhosa, porque os não conhecemos. As dignificações prolongam-se intérminas,
entrecruzam-se em confusa rede topográfica. O inexperiente não conquista um passo na
imensa capital das palavras. Sanches estava afeito. Penetrou comigo até aos últimos albergues
da metrópole, até à cloaca máxima dos termos chulos. Descarnou-me em caricatura de
esqueleto a circunspeção magistral do Lexicon, como poluíra a elevação parnasiana do poema.
Eu me sentia amesquinhado sob o peso das revelações. Causava terror aquela sabedoria
de coisas nunca sonhadas. O honrado diretor espiritual percebeu que havia agora um
ascendente de domínio que me curvava. Olhava-me então de frente e tinha ousados risos de
malícia. Depois dos dias de reserva, chegou-se de novo com uma segurança de possuidor forte.
Eu andava num deplorável desmantelo de energia. Rebelo, de vez em quando,


[Linha 1050 de 4767 - Parte 1 de 4]


acabrunhava-me, através dos óculos azuis, com um olhar de desprezo ou condolência ainda
mais aviltante. Meu pai vinha ver-me todas as semanas; eu mostrava os prêmios de aplicação,
conversava de casa; o resto calava. Sempre desconfiado e receoso dos outros, o meu
companheiro era quase exclusivamente Sanches. Sempre juntos eu e ele. Sabia-se no Ateneu
que ele era meu explicador, supunham até que pago. Não causavam estranheza as nossas
relações.
Contudo Sanches, como os mal-intencionados, fugia dos lugares concorridos. Gostava
de vaguear comigo, à noite, antes da ceia, cruzando cem vezes o pátio de pouca luz,
cingindo-me nervosamente, estreitamente até levantar-me do chão. Eu aturava, imaginando
em resignado silêncio o sexo artificial da fraqueza que definira Rebelo.
Estimulado pelo abandono, que lhe parecia assentimento tácito, Sanches precipitou um
desenlace. Por uma tarde de aguaceiro errávamos pelo saguão das bacias, escuro, úmido,
recendendo ao cheiro das toalhas mofadas e dos ingredientes dentifrícios, solidão favorável,
multiplicada pelos obstáculos à vista que ofereciam enormes pilares quadrados em ordem a
sustentar o edifício, - quando, sem transição, o companheiro chegou-me a boca ao rosto e
falou baixinho.
Só a voz, o simples som covarde da voz, rastejante, colante, como se fosse cada sílaba
uma lesma, horripilou-me, feito o contato de um suplício imundo. Fingi não ter ouvido; mas
houve intimamente a explosão de todo o meu asco por semelhante indivíduo e muito calmo,
desviando apenas a vista, pretextei a falta de um lenço, que me endefluxara a friagem e... fui
buscá-lo.
Fora da zona magnética em que me cativava o bom amigo, concertaram-se os meus
instintos sopitados de revolta e Sanches passou a ser um desconhecido. Sacrificava-se de
golpe o amigo, o explicador e o vigilante: um rasgo de heroicidade. Ao primeiro encontro
depois do rompimento, o homem viu que estava tudo acabado. Andou a rondar-me,
temperando o olhar com um brilho de facadas.
A ocasião é que não era a melhor para o conflito. Conveniências do ensino tinham feito
dividir-se em duas turmas a aula do Professor Mânlio, e eu fora incluído na seção confiada ao
Sanches, como auxiliar idôneo. A conseqüência foi o que devia ser. Maltratado e condenado
pelo ajudante, provando mal em razão do sobressalto no exame de verificação a que me
sujeitou o professor, desmoralizado em repreensão solene com grande regozijo do Sanches,
jurei vingança. Escandalizaria o mundo com uma vadiação sem exemplo! Percorrera a matéria
toda em rápida antecipação de estudo. Isto, porém, não bastava. Bastasse! foi o meu lema. E
toca a desandar. Fiquei abaixo do Barbalho, aliás fora de classificação decente; fiquei abaixo
do Álvares. Fui o último da aula! Resultado razoável, para emprego de uma energiazinha que
despontava.
Ao mesmo tempo, como os filósofos atribulados, busquei a doce consolação dos astros.
Aristarco iniciara um curso noturno de cosmografia.
Estrelas era com ele. O nobre ensino! Nenhum professor, sob pena de expulsão,
abalançava-se a intrometer-se nas onze varas da camisola de astrólogo. E vissem-no, à janela,
indicando as constelações, impelindo-as através da noite com o pontudo dedo! Nós
discípulos, não víamos nada; mas admirávamos. Bastava ele delinear sabiamente um
agrupamento estelino às alturas, para cada um de nós por seu lado ficar mais a quo. E voava,
fugindo, a poeira fosforescente.
Quanto a mim, o que sobretudo me maravilhava era a coragem com que Aristarco fisgava
os astros, quando todos sabem que apontar estrelas faz criar verrugas.
Uma vez, muito entusiasmado, o ilustre mestre mostrou-nos o Cruzeiro do Sul. Pouco
depois, cochichando com o que sabíamos de pontos cardeais, descobrimos que a janela fazia
frente para o norte; não atinamos. Aristarco reconheceu o descuido: não quis desdizer-se. Lá
ficou a contragosto o Cruzeiro estampado no hemisfério da estrela polar.


[Linha 1100 de 4767 - Parte 1 de 4]


Eu tomei amor às coisas do espaço e estudava profundamente a mecânica do infinito pelo
compêndio de Abreu.
Para as noites brumosas, Aristarco tinha os aparelhos. Uma infinidade de maquinismos
do ensino astronômico, exemplificando o sistema solar, a teoria dos eclipses, a gravitação dos
satélites, as esferas concêntricas, terrestre e celeste; a de dentro, de cartão lustrado; a de fora,
de vidro. Um atravancamento indescritível, sobre a mesa, de estrelas e arames torcidos, rodas
dentadas de latão, lâmpadas frouxas de nafta parodiando o sol. Aristarco dava à manivela e
girava tudo. Com o pince-nez grosso de tartaruga, à ponta do nariz, dominava o tropel dos
mundos.
"Vêem, dizia, explicando a natureza, vêem a minha mão aqui?"
Mostrava a mão direita, ao realejo, bela manopla felpuda de fazer inveja a Esaú:
"É a mão da Providência!"

IV


Período sereno da minha vida moral, capitulo a escrever sobre uma banqueta de altar, ou
com o alfabeto azul que delineia o fumo do incenso no ar tranqüilo, inolvidáveis tréguas de
íntimo sossego em toda a minha juventude, eis em que se tornou a minha amarga descida ao
fundo descrédito escolar.
A astronomia, como os céus do salmo, levou-me à contemplação. O mal na terra, descrito
pelo Sanches com uma perícia de conhecedor e praticante, tomou vulto no seio das minhas
cogitações. A incredulidade primeira acabou em meu espírito, reconhecendo o descalabro
deste val de lágrimas em que vivemos. Ao tempo que devia consagrar à minha reabilitação nos
estudos, pus-me a estudar, como Inácio de Loiola, talvez na mesma idade, a reabilitação do
mundo.
Encarnei o pecado na figura de Sanches e carreguei. Nutria talvez no intimo o ambicioso
interesse de um dia reformar os homens com o meu exemplo pontifical de virtudes no sólio de
Roma; mas a verdade é que me dediquei conscienciosamente ao santo empenho de merecer
essa exaltação, preparando-me com tempo. Perdido o ideal cenográfico de trabalho e
fraternidade, que eu quisera que fosse a escola, tinha que soltar para outras bandas os pombos
da imaginação. Viveiro seguro era o céu. Ficava-me a vendagem da eterna felicidade, que se
não contava.
Acresce que predispunha ao enlevo a tristeza opressa de discípulo mau em que eu jazia. E
como aos pequenos esforços que tentava para me reerguer ninguém dava atenção, deixei-me
ficar insensível, resignado, como em desmaio sob um desmoronamento. Tinha a consciência
em paz, a consciência que é o espetáculo de Deus. Servia-me a crença como um colchão brando
de malandrice consoladora. Note-se de passagem que apesar dos anseios de bem-aventurança,
eu ia mal no catecismo como no resto.
A mais terrível das instituições do Ateneu não era a famosa justiça do arbítrio, não era
ainda a cafua, asilo das trevas e do soluço, sanção das culpas enormes. Era o Livro das notas.
Todas as manhãs, infalivelmente, perante o colégio em peso, congregado para o primeiro
almoço, às oito horas, o diretor aparecia a uma porta, com a solenidade tarda das aparições, e
abria o memorial das partes.
Um livro de lembranças comprido e grosso, capa de couro, rótulo vermelho na capa,
ângulos do mesmo sangue. Na véspera cada professor, na ordem do horário, deixava ali a
observação relativa à diligência dos seus discípulos. Era o nosso jornalismo. Do livro aberto,
como as sombras das caixas encantadas dos contos de maravilha, nascia, surgia, avultava,
impunha-se a opinião do Ateneu. Rainha caprichosa e incerta, tiranizava essa opinião sem
corretivo como os tribunais supremos. O temível noticiário, redigido ao saber da justiça


[Linha 1150 de 4767 - Parte 1 de 4]


suspeita de professores, muita vez despedidos por violentos, ignorantes, odiosos, imorais,
erigia-se em censura irremissível de reputações. O julgador podia ser posto fora por uma
evidenciação concludente dos seus defeitos; a difamação estampada era irrevogavél.
E pior é que lavrava o contágio da convicção e surpreendia-se cada um consecutivamente
de não haver reparado que era mesmo tão ordinário tal discípulo, tal colega, reforçando-se
passivamente o conceito, até consumar-se a obra de vilipêndio quando, por último, o
condenado, sem mais uma sugestão de revolta, achava aquilo justo e baixava a cabeça. A
opinião é um adversário infernal que conta com a cumplicidade, enfim, da própria vitima.
Com exceção dos privilegiados, os vigilantes, os amigos do peito, os que dormiam à
sombra de uma reputação habilmente arranjada por um justo conchavo de trabalho e cativante
doçura, havia para todos uma expectativa de terror antes da leitura das notas. O livro era um
mistério.
À medida que se desenrolava a gazetilha, as ânsias iam serenando. Os vitimados fugiam,
acabrunhados de vergonha, oprimidos sob o castigo incalculável de trezentas carinhas de
ironia superior ou compaixão de ultraje. Passavam junto de Aristarco ao sair para a tarefa penal
de escrita. O diretor, arrepiando uma das cóleras olímpicas que de um momento para outro
sabia fabricar, descarregava com o livro às costas do condenado, agravante de injúria e
escárnio à pena de difamação. O desgraçado sumia-se no corredor, cambaleando.
Quando a coisa não dava para cóleras, Aristarco limitava-se a sublinhar com uma
ponderação qualquer a sentença catedrática; ora uma exclamativa de espanto, ora uma ameaça,
ora um insulto vivo e breve, ora um conselho amortalhado em fúnebre dó.
Às vezes enlaçava com dois dedos o menino pela nuca e o voltava, fremente e submisso,
para o colégio atento, oferecendo-o às bofetadas da opinião: "Vejam esta cara!..."
A criança, lívida, fechava os olhos.
Em compensação, não havia expressa mente punições corporais.
O Professor Mânlio, sempre considerando a recomendação, polpou-me longamente ao
castigo formidável das partes. Perdeu por fim a paciência e fulminou-me.
No dia seguinte ao almoço, amargava eu, sem açúcar que me bastasse, o resto do café
quinado da expectativa (porque Mânlio tinha-me prevenido), quando ouvi Aristarco,
alargando pausas dramáticas de comoção, ler, claro, severo: "O Sr. Sérgio tem degenerado..."
Eu havia figurado já na gazetilha do Ateneu com algumas notas de louvor; guardou-se a
sensação para a nota má. O diretor olhou-me sombrio.
No fundo do silêncio comum do refeitório, cavou-se um silêncio mais fundo, como um
poço depois de um abismo. Senti-me devorado por este silêncio hiante. A congregação
justiceira dos colegas voltou-se para mim, contra mim. Os vizinhos de lagar à mesa
afastaram-se dos dois lados, para que eu melhor fosse visto. De longe, da copa, chegava um
ruído argentino, horrível, de colheres à lavagem; os tamarineiros no parque ciciavam ao vento.
Aristarco foi clemente. Era a primeira vez, perdoou.
A pior hipótese do sistema do pelourinho era quando o estudante ganhava o calo da
habitualidade, um assassinato do pudor, como sucedia com o Franco.
Dias depois da terrível nota, voltava eu a figurar com outra má, menos filosoficamente
redigida, porém agravada de reincidência. Aristarco não perdoou mais. Houve ainda terceira,
quarta, por diante. Cada uma delas doía-me intensamente; contudo não me indignavam.


CONTINUE A LEITURA NA PARTE 2 DE 4 NO LINK ABAIXO:

O Ateneu - Parte 2 de 4 - Raul Pompéia
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/08/o-ateneu-parte-2-de-4-raul-pompeia.html


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O Ateneu - Parte 1 de 4 - Raul Pompéia
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/08/o-ateneu-parte-1-de-4-raul-pompeia.html


O Ateneu - Parte 2 de 4 - Raul Pompéia
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/08/o-ateneu-parte-2-de-4-raul-pompeia.html


O Ateneu - Parte 3 de 4 - Raul Pompéia
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/08/o-ateneu-parte-3-de-4-raul-pompeia.html


O Ateneu - Parte 4 de 4 - Raul Pompéia
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/08/o-ateneu-parte-4-de-4-raul-pompeia.html


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terça-feira, 8 de agosto de 2017

De acordo com a ciência canhotos são mais inteligentes


De acordo com a ciência canhotos são mais inteligentes



Pesquisas mostram que os lados do cérebro dos canhotos são mais conectados que os dos destros.


Várias pesquisas realizadas trouxeram resultados surpreendentes sobre a diferença marcante entre o cérebro das pessoas canhotas e o das destras. Os canhotos teriam o hemisfério direito muito mais desenvolvido – este é o que está relacionado à localização espacial e ao pensamento abstrato. Além disso, as análises feitas demonstram que aqueles que são mais habilidosos com o lado esquerdo possuem um corpo caloso maior, o que poderia indicar que os dois hemisférios de seus cérebros estão mais bem conectados.



Dia do Canhoto - 13 de Agosto


Um novo estudo, realizado por várias universidades europeias, e que mediu o desempenho matemático de 2.300 voluntários de idades diferentes, também demonstrou que os canhotos obtiveram pontuações melhores nos problemas mais complexos, o que sugere que eles teriam habilidades cognitivas superiores.



Left Power - O Poder dos Canhotos


Embora os resultados não sejam conclusivos, esses estudos revelam novos aspectos sobre o funcionamento complexo do cérebro humano.

Certamente muitos de nossos leitores assíduos deste lindo blog são canhotos, então este post vai ser útil para conhecer alguns fatos interessantes sobre eles.



Cérebro - Hemisférios - Canhotos



Então confira esta lista com 10 coisas que você precisa saber sobre os canhotos!

Se ambos os pais são canhotos, 50% dos filhos também será. Pais destros têm apenas 2% de chances.
Segundo estatísticas quando uma mulher mais velha engravida, tem mais probabilidade de dar à luz um bebê canhoto.



Canhotos - Fatos interessantes


Desafiando as probabilidades, 4 dos 5 designers originais do Mac eram canhotos e dos últimos cinco presidentes dos Estados Unidos, três são canhotos: Obama, Clintone Bush Jr.

Acredita-se que os canhotos atingem a puberdade cerca de 4 a 5 meses após os destros.

Os canhotos são mais suscetíveis de serem alcoólicos que os destros.

Um estudo descobriu que os homens canhotos são em média 26% mais ricos do que homens destros depois que se formam na faculdade.

Os canhotos tem mais chances de serem gênios. Talvez seja por isso que 20% das pessoas que compõem o MENSA (http://www.mensa.org.br/) sejam canhotos.



Site: www.mensa.org.br


De acordo com um estudo realizado por cientistas norte-americanos, 15% das pessoas do mundo são canhotos.

Os homens são duas vezes mais propensas a serem canhotos do que as mulheres.



Bill Gates é canhoto

Segundo estudos realizados na Inglaterra, os canhotos têm expectativa de vida menor do que os destros.

E você, é destro ou canhoto! Deixe seu recado para conhecermos!

Compartilhem com seus amigos canhotos ou não !!!



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PS: Sim, Einstein era canhoto!


Fonte: Pijama Surf
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terça-feira, 8 de agosto de 2017

Uma montanha de ciência - Boulder


Uma montanha de ciência - Boulder



Você nunca deve ter ouvido falar em Boulder, uma cidade de 85 000 habitantes ao pé das Montanhas Rochosas, no interior dos Estados Unidos. Pois é nos seus laboratórios que o mundo da ciência está virando de pernas para o ar. A equipe foi até lá ver qual é a mágica da montanha.


"Vocês são cientistas?" A pergunta do motorista de táxi que nos levava do aeroporto ao hotel não deixava dúvidas: estávamos no lugar certo. Já sabíamos que havia muita ciência em Boulder, Colorado, bem no centro dos Estados Unidos. Por isso tínhamos ido até lá. O que não imaginávamos era que todo mundo falassse do assunto. Depois de esclarecermos a David, um ex-hippie que estuda medicina transcendental e pratica massagem, que éramos jornalistas, perguntamos se ele sabia das importantes experiências científicas que estavam sendo feitas na cidade. Nova supresa: sim, ele sabia, e conhecia o nome dos pesquisadores.



Boulder - Cidade no Colorado


É que toda a atividade econômica em Boulder, com exceção do turismo, gira em torno da indústria de alta tecnologia e da ciência. São 20 000 empregados na Universidade do Colorado, nos institutos de pesquisa e nas empresas de computação e aeroespaciais instaladas na cidade. Além do mais, 95% dos habitantes têm diploma universitário (o próprio David havia cursado alguns anos de biologia) e um quarto da população fez pós-graduação. Para completar, muitos cientistas vão para lá só para morar perto das montanhas, definitivamente encantadoras, vizinhas da famosa e badalada estação de esqui de Aspen. Por isso é que ali estão acontecendo experimentos incríveis, como o do quinto estado da matéria e o do átomo que fica em dois lugares ao mesmo tempo. Nas próximas páginas você vai conhecer alguns dos felizardos que têm a sorte de pesquisar nesse paraíso da ciência.



Essa máfia só pensa em enxergar longe



Ao chegar a Boulder, procuramos um velho amigo, o astrônomo Augusto Damineli, que, por quatro anos, de 1992 a 1996, assinou a seção Universo. Damineli escolheu um recanto no alto da montanha para nos falar do trabalho que desenvolve no Instituto Associado e Laboratório de Astrofísica da Universidade do Colorado. "Estou alucinado", confessou. "Não consigo fazer mais nada, nem entender um extrato bancário." Sua excitação é compreensível. Quando foi para Boulder, há um ano e meio, Damineli ingressou no primeiríssimo time mundial de pesquisadores de estrelas de grande massa e passa pelo momento mais emocionante de sua carreira. No final do ano passado, telescópios do mundo inteiro - até o Hubble - estiveram voltados para a estrela Eta Carina, para ver se, como o brasileiro insistia, não se tratava de uma, mas de duas estrelas. Ele estava certo (veja na página XX). "Acordava todas as noites refazendo os cálculos", revela Damineli.

Tarefas assim é que levam gente como ele a Boulder. Damineli que passa a maior parte do tempo grudado no computador. Outro dia ficou sabendo que seu vizinho de sala, Claude Cohen-Tannondji, tinha ganhado o Nobel de Física. "Dessa vez passei perto", brinca. Vez por outra, sobe dois andares para trocar idéias com seu guru e chefe Peter Conti, que tem na porta um cartaz sugestivo: Máfia das Estrelas de Grande Massa.

Nós também fomos lá. De bermuda e sandálias, o "capo" dessa estranha organização nos recebeu sorrindo. E quando começou a falar de suas pesquisas protagonizou um frenético balé. Ajoelhou, levantou, sentou, andou de um lado para o outro, procurou fotografias e não achou, procurou artigos e não achou. Parecia um garoto explicando as últimas descobertas feitas no laboratório do colégio. Ninguém diria que se trata do mais importante cientista do mundo no estudo de monstruosos corpos celestes que chegam a ser até 100 vezes maiores do que o Sol.



Prédio do Laboratório de Astrofísica



Professores que todos querem ter



O professor Peter Conti, 62 anos, é um sujeito bonachão que costuma tocar na gente enquanto fala, o que é raro num americano. Foi ele quem, nos anos 70, descobriu que as estrelas Wolf-Rayet, uns corpos superluminosos da família das Estrelas de Grande Massa, tidas desde 1867 como uma raridade cósmica, eram na verdade muito abundantes. Em 1984, analisando um punhado de Wolf-Rayet, concluiu que elas formavam outra família, a das Variáveis Luminosas Azuis. Nos anos 90, descobriu galáxias com até 100 000 estrelas da nova espécie. Tudo isso é importante porque, classificando os astros em grupos, fica mais fácil compará-los e estabelecer relações de idade, massa, brilho e composição química. E assim entender melhor toda a mecânica do Universo.

Mas por que Boulder, que nem sequer tem um observatório, atrai tanto os astrônomos? Conti não vacila. Ele ergue o braço e dirige os olhos para a janela. "Quem é que resiste a esta paisagem?", pergunta.

O que é bom, no entanto, também tem efeitos negativos. "Um terço dos alunos da Universidade do Colorado, em Boulder, está aqui só para esquiar e não vai dar mesmo em nada", queixa-se o cientista, que leciona no Instituto Associado e Laboratório de Astrofísica. Mas logo emenda: "Nos outros dois terços há estudantes brilhantes que serão bons de qualquer jeito e outro tanto que precisa ser conquistado pelos professores. Esse é nosso desafio". Para sorte dos que estão no meio do caminho, em Boulder há grandes professores. Que aluno não gostaria de aprender com Peter Conti? Ou com Carl Wieman (veja o quadro à esquerda), o pesquisador que confirmou a teoria de que havia um quinto estado da matéria?



Doidos para ir aonde ninguém foi



Alguns dos institutos de pesquisas ligados à Universidade do Colorado, em Boulder, se assemelham a playgrounds. Pelo menos para quem gosta de ciência. "Meu pai veio aqui outro dia e disse que se sentiu como no set de filmagens de Apolo 13", conta Sean Hitchings, 21 anos, estudante do quarto ano de Física no Laboratório de Física Atmosférica Espacial (Lasp), referindo-se ao filme estrelado por Tom Hanks. Cercado por computadores, Hitchings tem muito trabalho cuidando do satélite SNOE, construído por colegas seus, que ele é encarregado de monitorar. O satélite, que vai medir e analisar a densidade de óxido nítrico na atmosfera, substância ligada à estabilidade da camada de ozônio, é a menina dos olhos do diretor do instituto, Daniel Baker. "Será o primeiro satélite totalmente feito e controlado por estudantes", gaba-se o físico de 50 anos que deixou a Nasa porque queria fazer um trabalho "mais variado".

Boulder e o Lasp proporcionaram o que Baker queria. O Lasp colocou 26 instrumentos em diferentes missões científicas no espaço, como a Mars Pathfinder, e que estão ajudando a desvendar mistérios em Marte, Júpiter e outros recantos do Universo. Dá trabalho organizar tudo isso, dar aulas e ainda bater de vez em quando na porta da velha e boa Nasa para vender propostas de novas missões, como a Ariel, projeto de uma nave não-tripulada que ele quer mandar a Mercúrio. Tudo isso é ciência de primeira, mas o Lasp não se contenta em enviar equipamentos de pesquisa para o céu. Treze ex-alunos já se tornaram astronautas e um décimo-quarto está treinando para ir ao espaço em breve.

"Precisamos nos preparar para chegar aonde ninguém mais sonhou em ir", fala Baker, parodiando o comandante Kirk, personagem da série Jornada nas Estrelas. A frase, numa versão mais fiel ao seriado, também está entalhada numa pedra na calçada do Lasp: "Arrojadamente indo aonde nenhum homem foi antes." É essa a missão assumida pelos cientistas do Lasp.



Deste prédio saem naves foguetes e até astronautas



Cura para o câncer e vespas no espaço



Jeff, 24 anos, aluno do curso de Biologia que entrevistamos perto da biblioteca central, nem sabia que no mesmo prédio em que assiste a aulas trabalha um dos mais respeitados bioquímicos do planeta, Thomas Cech, 52 anos, que ganhou o Nobel em 1989, por suas descobertas a respeito do RNA (ácido ribonucléico). Cech revelou ao mundo que o RNA controla todas as reações químicas da célula. Na continuação de seu trabalho, o cientista descobriu, recentemente, como copiar um gene que ajuda a célula a produzir telomerase, enzima relacionada ao envelhecimento e a doenças como o câncer. Jeff é uma prova das preocupações do astrônomo Peter Conti com o real interesse pela ciência dos estudantes que chegam à Universidade do Colorado.

Em todo caso, não vai ser por falta de estímulo que Jeff ficará sem saber quem é Cech. Em Boulder existem pesquisas em todas as áreas, mas a Biologia de Cech, a Física de Wieman e o Espaço de Baker são as que conseguem os mais incríveis resultados. Algumas vezes as três disciplinas se casam para realizar experiências interessantes, como a criação de pequenas vespas no espaço. A pesquisa, já em andamento, deve tomar fôlego com a instalação da Estação Espacial Internacional a partir de 1999. O que se espera é que um dia esses insetos venham a colaborar na decomposição do lixo humano em ecossistemas fechados no espaço. Quer dizer, se você ou seus netos vierem mesmo a morar Universo afora, é bem provável que tenham a companhia das tais vespas inventadas em Boulder.



Craques do tempo e do clima juntos



Uma parte do sucesso de Boulder na ciência se deve ao governo americano, que escolheu a cidade para sediar alguns centros nacionais de pesquisa. Estão lá departamentos do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST), com seus relógios atômicos, do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas (NCAR), com seus modelos climáticos, e da Administração Nacional para a Atmosfera e os Oceanos (NOAA), com suas análises de poluição.

Não é pouca coisa. Só o NCAR já ganhou três prêmios Nobel por estudos sobre a camada de ozônio. Isso sem falar nos projetos que têm tornado a navegação aérea mais segura. No ano passado, um de seus modelos de previsão das mudanças no clima da Terra nos próximos 100 anos foi premiado e escolhido para ficar exposto ao público no Instituto Smithsonian, em Washington. Ele simula o impacto sobre o planeta de mudanças nas práticas da agricultura, emissão de combustíveis fósseis, desmatamento e outras atividades humanas. Para isso, trinta cientistas, durante três anos, fizeram 100 trilhões de cálculos num supercomputador Cray. Uma das conclusões é que as previsões que vêm sendo feitas são catastróficas demais. Outra é que o aquecimento global não é resultado apenas da atividade humana. Mudanças naturais, inevitáveis, respondem por uma parcela considerável das alterações climáticas que estão ocupando a cabeça de cientistas de todo o mundo.

A escolha de Boulder para sediar tantas pesquisas sobre o clima não foi proposital, mas é curioso como o assunto está bem localizado ali. Uma semana antes de a equipe chegar, duas casas e algumas plantações haviam sido destruídas por um tornado. As geleiras estavam derretendo e o Rio Boulder, que corta a cidade, começava a invadir os parques nas suas margens. Isso sem falar que o vento costuma virar caminhões nas estradas.

"Desde criança, eu queria entender toda essa confusão climática", conta Roger Hendershot, 46 anos, um dos responsáveis pelo modelo climático premiado no Smithsonian. "Meu pai era fazendeiro e nossas vidas giravam em torno do clima. Trabalhando aqui, estou entendendo o meu lugar no planeta." Nós também.


Desenhos evitam que aves trombem nas janelas do NCAR



Tornados dentro e fora dos laboratórios



Tornados, quase tanto quanto as montanhas, são objeto de fascínio em Boulder. Quando há notícia de um chegando, todos devem correr para o subsolo dos prédios. Mas não há quem convença os estudantes da Universidade do Colorado a fazê-lo. A maioria prefere subir para o telhado. Por sorte, até hoje não houve acidentes. Al Bedard, 51 anos, professor do Departamento de Engenharia Espacial, também fica doido para seguir os alunos, mas prefere criar seus próprios tornados no laboratório. Eles são pequenos, coisa de meio metro de altura, mas propagam o mesmo tipo de ondas de som que o fenômeno de verdade emite. O que o pesquisador quer com seu brinquedo é desenvolver sistemas de alarme baratos e eficientes que avisem, nas casas, da aproximação dos vórtices destrutivos de ar. Como a maioria deles se move entre 8 e 16 quilômetros por hora, haveria tempo para evacuação dos lugares. "Parece que há uma relação inversa entre a freqüência das ondas de som e o tamanho do tornado", diz Bedard, que também é pesquisador da NOAA, a agência governamental que cuida de Atmosfera e Oceanos. Foi ele quem criou o Observatório Total de Tornados, conhecido como TOTO, de onde surgiu a base do instrumento que viria a inspirar a Dorothy, máquina usada pelos caçadores de tornados do filme Twister (1996).



Ciência, religião e ecologia



Ao mesmo tempo que é um centro de excelência científica, Boulder funciona também como ponto de atração religiosa. Além dos tradicionais católicos e protestantes, há grande procura pelo budismo. Existe até uma universidade budista, o Instituto Naropa, do qual fazem e fizeram parte escritores e filósofos importantes, como o poeta beat Allen Ginsberg, morto em 1995. Fundado em 1974, o Naropa é uma conseqüência da grande afluência de hippies para a cidade nos anos 60 e 70. Para se ter uma idéia, o Dalai Lama, que não é hippie, já visitou Boulder catorze vezes. Tudo isso casa muito bem com o apego à ecologia que existe na região. "Outro dia, havia um cartaz na porta principal do Laboratório de Astrofísica", conta Augusto Damineli: "‘Use a saída dos fundos, há pássaros do outro lado desta porta’." Damineli foi ver o que era e encontrou um ninho de pardais. Para não desalojar o ninho, a entrada principal foi desativada.

Em Boulder é assim. Discute-se pelos jornais a possível proibição de plantar grama nos jardins das casas. É que os defensores do mato nativo ficam furiosos com a importação de plantas. E a briga também é boa entre os donos de gatos domésticos e os defensores dos leões das montanhas. Às vezes os maiores devoram os menores.

Pendengas desse tipo são os maiores transtornos que se pode encontrar na cidade. Quase não há ocorrências policiais. Não se vêem mendigos nas ruas. Uma família média ganha quase 5 000 dólares por mês. Como se vê, condições ideais para alguém dedicar-se às obras do pensamento.

Não por acaso há na pequena cidade cinco bibliotecas, que recebem quase 2 milhões de visitas a cada ano. Isso explica por que o motorista de táxi nos perguntou se éramos cientistas. Em Boulder, quase todos, à sua maneira, são.



O hit-parade de Boulder



Em dezembro de 1995, Carl Wieman e Eric Cornell confirmaram a teoria de Albert Einsten e Satyendra Nath Bose de que havia um quinto estado da matéria. Resfriado quase ao zero absoluto, o átomo passou a se comportar como luz.

Em agosto de 1996, a equipe chefiada por David Wineland comprovou em laboratório a hipótese de Erwin Schrödinger de que o átomo poderia ficar em dois lugares ao mesmo tempo.

Em 1997, o bioquímico Thomas Cech, da Universidade do Colorado, copiou em laboratório um gene que ajuda a fabricar, nas células, a molécula chamada telomerase. A façanha pode ajudar no combate ao câncer.

Em 1998, entrará em operação o autonowcaster, um sistema automático de previsão imediata de chuvas desenvolvido pelo Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas (NCAR).



Ele seguiu os passos de Einstein



Rotina de cientista famoso não é fácil. Mesmo antes de confirmar a tese de Albert Einstein de que havia um quinto estado da matéria, em 1995, Carl Wieman, da Universidade do Colorado, já gastava tempo correndo o mundo para falar em congressos. Numa dessas viagens, acabou perdendo a melhor parte da festa. Foi por telefone que ficou sabendo do sucesso final de seus experimentos de quinze anos. "Fiquei feliz assim mesmo", conforma-se. Depois, as coisas pioraram. Ele teve que contratar uma secretária. "Teria sido impossível atender ao telefone sozinho. Por um ano, não consegui trabalhar direito", conta, com bom humor.
Quem pensa que sua batalha já acabou engana-se. Agora Wieman está aprendendo a controlar o quinto estado da matéria, no qual átomos submetidos a temperaturas incrivelmente baixas passam a marchar em uníssono, como se fossem uma única onda. "Ainda temos muito o que aprender", diz ele no laboratório que ficou conhecido como "the coolest place in the Universe", expressão que tanto pode significar o lugar mais frio como, em gíria, o lugar mais bacana do mundo. Claro, uma descoberta como essa abre possibilidades sem fim. Wieman acha que dá até para sonhar com aplicações malucas. "Se a matéria age como a luz podemos pensar até em transmitir objetos pelo telefone", exagera o pesquisador.

Aos 46 anos, Wieman já pesquisou em escolas importantes como Stanford, na Califórnia, e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Cambridge. Há dez anos em Boulder, ele não tem planos de mudar-se. "É o melhor lugar do mundo", garante. "Já encontrei ursos a 500 metros de minha casa. Onde mais isso existe?" Quando olha para trás, o físico não consegue entender como chegou ao que é. Filho de um lenhador, ele nasceu nas florestas do Oregon, no norte dos Estados Unidos. "Não havia cidade, não havia nada. Tenho sorte por ter conseguido estudar." Se para ele foi sorte, para a ciência foi um belo presente.



Cientista troca o carro pelo esqui



Quem quer ficar perto do céu sem sair da Terra também tem um lugar para fazer ciência em Boulder: a Estação de Pesquisa da Montanha, a 40 quilômetros da cidade e a mais de 3 000 metros de altitude. É a única estação de pesquisa em ambiente alpino - semelhante ao encontrado nos Alpes, na Europa - dos Estados Unidos. Para nós, que estamos acostumados com a biodiversidade das florestas tropicais, parece pouco interessante estudar esses lugares onde só se vêem pinheiros e neve. Mas o ambiente tem sido valioso não só para a compreensão daquela ecologia como para as pesquisas sobre os efeitos da chuva ácida (precipitação com alta concentração de ácido sulfúrico, provocada pela emissão de monóxido de carbono). Estão sendo coletadas também amostras de ar que registram as mudanças na química da atmosfera terrestre.
Ali existem apenas 120 espécies. Além de ursos e leões da montanha, só um mamífero dá as caras no inverno: o pyka, esquilinho que virou caso científico quando se descobriu que usa um produto químico presente em certas plantas, o fenol, para conservar alimentos no período de frio. Apesar do clima, não dá para negar que o trabalho naquele lugar é um prazer. No inverno, Thomas Swanson, 47 anos, engenheiro que cuida da manutenção dos coletores de ar, é obrigado a trocar o carro pelo esqui. "É uma farra", ele confessa. O biólogo William Bowman, que dirige a estação, também não reclama. Ele passa a maior parte do ano num confortável chalé ao lado da estação, na companhia de um velho cão husky siberiano, o Lars. No verão, sua mulher e os filhos de 5 e 2 anos também sobem a serra sem se queixar. "Só temos um problema: os ursos." Há poucos meses, um deles entrou na casa de Bowman, comeu o que quis, derramou óleo no chão e foi embora, deixando pegadas por todos os lados. Sorte que não tinha ninguém em casa.



Átomos sob controle na busca pela precisão



No ano passado, você ganhou 1 segundo. No dia 30 de junho, especialistas do NIST em Boulder e em Washington, junto com o Escritório de Investigação da Hora, na França, decidiram adicionar o pequeno acréscimo à hora internacional. Para isso, tiveram que desligar seu relógio atômico, o NIST 7, um pouquinho. O NIST 7 é tão preciso que ganha ou perde menos de 1 milionésimo de segundo a cada ano. Mas a rotação da Terra é mais atrapalhada. Ela varia vários milionésimos de segundo por dia. Como não dá para colocá-la em um ritmo uniforme, os relógios é que devem ser alterados. Apesar de já ter alcançado essa precisão maior até do que a da Terra, o NIST não está satisfeito. Quer controlar os movimentos do átomo, pelos quais se pode medir melhor o tempo. Nessa busca, o pesquisador David Wineland e equipe ganharam as manchetes das publicações científicas há um ano. Eles conseguiram colocar um átomo em dois lugares ao mesmo tempo. Incrível? Wineland, 53 anos, não acha. "Foi muito simples", considera, modesto. De pesquisas como a sua, no entanto, vão surgir tecnologias futuristas como os computadores quânticos, que usarão átomos para fazer contas.
Wineland trabalha num escritório que assusta pela desorganização. Num canto, roupas amontoadas. Noutro, três bicicletas. "Tenho cinco", ele confessa. "Assim, sempre posso decidir ir ou voltar pedalando, se quiser."

Mas o NIST faz mais do que buscar incessantemente a precisão no tempo. Ele é o lugar onde todas as medidas são aferidas. Nuns galpões imensos, com paredes forradas de espuma, se calibram até antenas de radioastronomia. Outra atividade do instituto é datar terrenos. Em 1989, o paleontólogo do NIST Robert Bakker descobriu uma espécie nova de dinossauro. É o único bicho que tem no nome a sigla de uma instituição governamental. O Drinker nisti exisitiu há 135 milhões de anos, tinha uns 60 centímetros de altura, era herbívoro e pesava cerca de 9 quilos.



Mais eficiência para o Hubble



Lembra-se de quando, no começo de 1997, um grupo de astronautas foi fazer uma reforma no telescópio espacial Hubble? Eles estavam levando cinco instrumentos construídos pela Nasa, a agência espacial americana, em conjunto com a Ball Aerospace & Technologies. A Nasa, você sabe, tem laboratórios espalhados por vários cantos dos Estados Unidos. A Ball também, e um de seus principais centros de pesquisa fica em Boulder.
Especializada em fabricar embalagens - latas, garrafas, caixinhas de leite longa vida -, a Ball foi criada no século passado. Começou a investir em tecnologia aeroespacial em 1956.

Em 1960 lançou oito satélites de observação solar. Daí não parou mais, sempre trabalhando junto com a Universidade do Colorado. No momento, eles estão construindo uma câmara para captar a luz ultravioleta emitida por estrelas e galáxias distantes. Com as informações obtidas, vão poder ser estudadas as condições físicas da época do Big Bang.

Os astrônomos estão ansiosos para que 2002, quando a câmara será instalada, chegue logo. "Esse instrumento vai ser vinte vezes mais sensível do que qualquer outro no espaço hoje", diz James Green, um dos líderes do projeto. Chamada COS (Cosmic Origins Spectrograph), a câmara subirá na última viagem de acertos no Hubble. Tem mais ou menos o tamanho de uma cabine telefônica e aproveita peças que foram retiradas do telescópio na viagem do começo do ano. Vai custar, ao todo, 25 milhões de dólares. Quase nada comparado ao que se poderá ficar sabendo a respeito do Universo. A própria Universidade do Colorado, que está bancando metade do projeto, já anunciou que um belo lote de teses de mestrado e doutorado será levado a cabo com o novo equipamento.



Se você for, não perca



Boulder tem hotéis para todos os bolsos. No Aeroporto de Denver, você pega um microônibus que vai deixá-lo na porta de qualquer um deles.

Esquilos e veados são abundantes nos arredores de Boulder. Para ver ursos e leões da montanha, você terá de ir mais longe, ao Rocky Mountain Park.



De táxi, você gasta 80 dólares, ida e volta, para visitar a Estação de Pesquisas da Montanha. Alugar um carro, no entanto, pode ser mais divertido. Você pára quando quer para ver a paisagem.



Se estiver estressado, faça uma massagem. Nas ruas do centro pode-se encontrar especialistas nas mais diversas técnicas.

O campus centenário da Universidade do Colorado é lindo. Tem cerca de 200 prédios, por entre os quais não se pode circular de carro. Tente alugar uma bicicleta. E não deixe de visitar o Museu de Antropologia.



Universidade do Colorado


Quase semanalmente há shows e peças ao ar livre pela cidade. Dê uma olhada na programação dos jornais.

Vale a pena marcar uma visita guiada ao NCAR. Você vai aprender a criar tornados e nuvens em garrafas e adquirir um bocado de informações sobre a física da natureza. Procure René Muñoz, no telefone 001 303 497 1173.



Não deixe de visitar a loja Into the Wind (Pearl Street, 1408, telefone 001 303 449 5906) no centro de Boulder. Ela está cheia de brinquedos científicos e holografias incríveis. Aliás, não perca também a loja de holografias no Aeroporto de Denver. Mas prepare o bolso.



Boulder - Mapa - World Guides



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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Teoria diz que Cristóvão Colombo era Português - Sera?


Teoria diz que Cristóvão Colombo era Português - Sera?



Pesquisadores afirmam que nome original do navegador era Pedro Ataíde e que fugia de perseguição.


As origens do conquistador Cristóvão Colombo são, até hoje, um grande mistério. Enquanto a hipótese mais popular afirma que o navegante era de origem genovesa, vários historiadores acreditam que ele poderia ter nascido na Catalunha, na Galícia ou, até mesmo, em Portugal.



Cristovão Colombo - Navegador - Possivelmente Português


O historiador Fernando Branco publicou em 2012 seu livro “Cristóvão Colombo, Nobre Português”, no qual fornece vários dados que poderiam provar sua teoria: a de que Colombo era, na verdade, o navegante português Pedro Ataíde e que teria mudado seu nome para fugir de uma perseguição em seu país natal.



Ataíde foi dado como morto em uma batalha em 1473, mesma época em que teria adotado a identidade de Colombo e atravessado a fronteira portuguesa a nado até o litoral espanhol.



Cristóvão Colombo - Diários da Descoberta da América
"O Primeiro livro de realismo mágico" - G Garcia Márquez


Essa é a linha de pesquisa seguida por uma equipe de estudiosos da Universidade de Coimbra e do Instituto Superior Técnico de Lisboa, que planeja analisar o DNA dos ossos do primo de Pedro Ataíde e comparar seu material genético com os restos do filho de Colombo.



Viagens de Cristovão Colombo


Enquanto aguardam a autorização oficial para extrair as amostras, os cientistas dizem estar otimistas com relação à possibilidade de conhecer a verdadeira origem do descobridor da América.



Pintura em homenagem ao DIA DE COLOMBO - 12 de Outubro
Descobrimento da América - Dia de la Raza - 1492



Fonte: Los Andes
(http://www.losandes.com.ar/article/misterio-historico-quieren-saber-si-cristobal-colon-era-portugues)



losandes.com.ar - Site Fonte



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sábado, 5 de agosto de 2017

Eletrônica - State Of Art


Eletrônica - State Of Art



A eletrônica (português brasileiro) ou eletrónica (português europeu) é a ciência que estuda a forma de controlar a energia elétrica por meios elétricos nos quais os elétrons têm papel fundamental.


Divide-se em analógica e em digital porque suas coordenadas de trabalho optam por obedecer estas duas formas de apresentação dos sinais elétricos a serem tratados.

Numa definição mais abrangente, podemos dizer que a eletrônica é o ramo da ciência que estuda o uso de circuitos formados por componentes elétricos e eletrônicos, com o objetivo principal de representar, armazenar, transmitir ou processar informações além do controle de processos e servo mecanismos. Sob esta ótica, também se pode afirmar que os circuitos internos dos computadores (que armazenam e processam informações), os sistemas de telecomunicações (que transmitem informações), os diversos tipos de sensores e transdutores (que representam grandezas físicas - informações - sob forma de sinais elétricos) estão, todos, dentro da área de interesse da eletrônica.



Eletrônica Industrial


Complementar à definição acima, a eletrotécnica é o ramo da ciência que estuda uso de circuitos formados por componentes elétricos e eletrônicos, com o objetivo principal de transformar, transmitir, processar e armazenar energia, utilizando a eletrônica de potência. Sob esta definição, as usinas hidrelétricas, termoelétricas e eólicas (que geram energia elétrica), as linhas de transmissão (que transmitem energia), os transformadores, retificadores e inversores (que processam energia) e as baterias (que armazenam energia) estão, todos, dentro da área de interesse da eletrotécnica.

Entre os mais diversos ramos que a abrangem, estuda a transmissão da corrente elétrica no vácuo e nos semicondutores. Também é considerada um ramo da eletricidade que, por sua vez, é um ramo da Física onde se estudam os fenômenos das cargas elétricas elementares, as propriedades e comportamento, do elétron, fótons, partículas elementares, ondas eletromagnéticas, etc.


Eletrônica analógica
A eletrônica analógica desenvolveu-se com o advento do controle das grandezas físicas variáveis ou não, formas oscilatórias em baixas ou altas frequências e que são utilizados em quase todos os tipos de equipamentos e quando da necessidade de manipulação das tensões e correntes existentes num circuito, formando circuitos capazes de realizar amplificações de sinais, comutação de máquinas e possibilitou a diversificação das telecomunicações que a principio só trabalhavam com modulações de sinais.


Retificador de onda completa


Seus principais componentes são os chamados transistores, além dos resistores, capacitores, bobinas, potenciômetros e circuitos integrados, cristais e outros. A eletrônica analógica se baseia nos princípios da lei de ohm.

Na eletrônica analógica, seus valores, quantidades ou sinais, variam de modo contínuo numa escala. Os valores dos sinais não precisam ser inteiros.


Transistores bipolares
Transistores bipolares de porta isolada (IGBTs)

O transistor bipolar de porta isolada (IGBT) destaca-se pelas características de baixa queda de tensão no estado ligado do Transistor Bipolar de Junção (BJT) com as excelentes características de chaveamento, que traz um circuito de acionamento da porta bem simplificado e com alta impedância de entrada do mosfet. Existem no mercado transistores IGBTs com os valores nominais de corrente e de tensão bem acima dos valores encontrados para Mosfets de potência.



Transistores Bipolar - Encapsulados


Os IGBTs estão gradativamente substituindo os mosfets que se dizem em aplicações de alta tensão, onde as perdas na condução precisam ser mantidas em valores baixos. Mesmo as velocidades de chaveamento dos IGBTs sejam maiores (até 50 kHz) do que as do BJTs e as do mosfets.

Ao contrário do ocorrido no MOSFET, o IGBT não tem nenhum diodo reverso internamente, sendo assim este fator torna sua capacidade de bloqueio para tensões inversas muito baixa, podendo suportar uma tensão inversa máxima em menos de 10 volts.


Princípios de operação do IGBT A operação do IGBT é muito similar à dos MOSFETs de potência. Para colocá-lo no estado ligado, basta polarizá-lo positivamente no terminal do coletor (C+) em relação ao terminal do emissor (E -). De igual maneira, uma tensão positiva VG aplicada na porta (G) fará o dispositivo passar para o estado ligado (ON), quando a tensão no gate (G) exceder a tensão de limiar. O IGBT passara para o estado desligado (OFF) quando houver o corte de tensão do terminal da porta (G).

Curva Característica de tensão-corrente do IGBT A curva característica e uma plotagem da corrente de coletor (IC) x a tensão do coletor-emissão (VCE).

Quando não houver a tensão aplicada na porta, o transmissor IGBT estará no estado desligado (OFF), onde a corrente (IC) é igual a zero (0) e a tensão que passa através da chave é igual a tensão da fonte. Se a tensão > VGE(th) for aplicada na porta, o dispositivo passará para o estado ligado e permitira a passagem da corrente IC. Essa corrente é limitada pela tensão da fonte e pela resistência de carga. No estado ligado, a tensão através da chave se define a zero.


Eletrônica digital
Na eletrônica digital este controle se faz digitalizando o sinal de controle no seu estágio de geração para evitar as variações térmicas ou de envelhecimento a que todo material está sujeito (desde o sensor até o relé final de um sistema analógico); no mais, o sinal digitalizado pode ter a forma de uma corrente pulsante cuja frequência de pulsação represente fielmente o sinal "variação de resistência por efeito da temperatura".



Eletrônica Digital - Circuitos lógicos


O efeito da variação de parâmetros (e aumento do erro de medição) por termo-agitação e envelhecimento é cumulativo nos sistemas analógicos pois as variações de parâmetros devidas ao aumento da temperatura no forno (a medir) são produzidas pelo mesmo processo interno atômico que origina a "deriva", "agitação indesejável" "movimento eletrônico caótico" e se tornam parte das variações espúria que mascaram a medição, e ainda mais serão amplificadas por componentes que têm sua própria agitação térmica que se tornam cumulativos.


Componentes
Considera-se o primeiro componente eletrônico puro a célula fotovoltaica (1839) seguida pela válvula termoiônica (Ver Efeito Édison), ou termiônica e alguns diodos à base de Selênio (Se).

A válvula termiônica, também chamada de válvula eletrônica, é um dispositivo que controla a passagem da corrente elétrica através do vácuo (ver John Ambrose Fleming), dentro de um bulbo de vidro, sendo utilizada em larga escala até meados da década de 1960. Aos poucos, foi substituída pelos transístores.



Componentes eletrônicos


Um transístor é um dispositivo que controla a passagem da corrente elétrica através de materiais semi condutores inteiramente sólidos. Assim, por definição, ambos são componentes eletrônicos que servem para executar trabalhos idênticos, o segundo porém mais moderno que o primeiro.

A eletrônica, ao passar do tempo, acabou por desenvolver e estudar novos circuitos eletrônicos além de transístores, diodos, fotocélulas, capacitores, indutores, resistores, etc.

A tecnologia de miniaturização desenvolveu os circuito integrados, os microcircuitos, as memória eletrônicas, os microprocessadores, além de miniaturizar os capacitores, indutores, resistores, entre outros.



Medidas eletrônicas - Unidades do Sistema Internacional

São as seguintes as unidades do Sistema Internacional de Unidades:

V = volt = medida de tensão elétrica ou diferença de potencial

A = ampère = medida de intensidade da corrente elétrica

C = coulomb = medida de carga elétrica

s = segundo = medida de tempo

O = ohm = medida de resistência elétrica

S = siemens = medida de condutância elétrica



Multíplos e submúltiplos da unidade


J = joule = medida de energia

W = watt = medida de potência

Hz = hertz = medida de frequência

F = farad = medida de capacitância

H = henry = medida de indutância

Wb = Weber = medida de fluxo magnético

T = Tesla = medida de densidade do fluxo magnético

VA - Voltampere = é a unidade utilizada na medida de potência aparente em sistemas elétricos de corrente alternada (AC).


Outras unidades:
As unidades abaixo ainda são utilizadas, embora não façam parte do Sistema Internacional

hp = horse power (cavalo de força) = medida de potência Obs: 1 hp = 746 W

cv = cavalo vapor = medida de potência. Obs: 1 cv = 736 W



História da Eletrônica
A evolução da eletrônica foi lenta no início, porém com o passar do tempo, acelerou-se. Nos séculos XVII, XVIII e XIX, foram informações dispersas, aleatórias.

Em 1835, Munk, ao gerar centelhas de alta tensão próximo de certos pós metálicos, observou que estes mudavam sua condutividade elétrica. Isto ficou registrado, mas não se encontrou uma utilidade prática para o fenômeno.



Acredita-se que o dispositivo eletrônico mais antigo foi uma célula fotovoltaica construída em 1839 por Becquerel. Embora funcional, sua utilidade era meramente para curiosidade científica.

A partir de 1850, a físico-química passou a se interessar nos fenômenos do comportamento da AT (Alta Tensão) e dos gases. A experiência de Julius Plücker pode ser considerada como ponto de partida para tal.

O pesquisador, ao conectar tensão elétrica muito alta em dois eletrodos, inseridos numa ampola de vidro com atmosfera rarefeita, mostrou o fenômeno da descarga dos gases. Durante sua demonstração, observou-se um efeito eletroluminescente de cor púrpura sobre as paredes do vidro.

Em 1861, foi descoberto o efeito fotocondutivo do selênio. Posteriormente, em 1873, Willoughby Smith investigou o efeito e delineou as primeiras leis da fotocondutividade.



Eletrônica de Potência


Em 1866, Varley novamente observou a mudança de condutividade de pós metálicos na presença de centelhas elétricas, da mesma forma que Munk em 1835, porém, o fenômeno continuou a parecer meramente curiosidade científica.

A válvula termiônica teve seus primórdios em 1873, quando Francis Guthrie aqueceu uma esfera metálica e a aproximou de um eletroscópio carregado. Ao fazer isso, o dispositivo se descarregava.

Braun descobriu o efeito semicondutor no ano de 1874, observando os sulfetos de chumbo e de ferro.

Alexander Graham Bell e Charles Sumner Tainter em 1878, utilizaram a célula de selênio para fazer experiências com um telefone sem fio, utilizando ondas luminosas.

David Edward Hughes descobriu como gerar ondas eletromagnéticas em 1874, independentemente do trabalho de James Clerk Maxwell. A intenção de Hughes não era a geração de ondas em si, mas sua detecção através de dispositivos (diodos) semicondutores que consistiam numa agulha de ferro em contato com um glóbulo de mercúrio, que resultava num filme de óxido de mercúrio. Este contato resultava no efeito da retificação por semicondutividade.

Hughes, na verdade, se antecipou à geração de radiofrequência em cinco anos a Hertz e em dez anos em sua detecção.

Julius Elster e Hans Geitel, no início de 1880, encerraram um filamento de uma lâmpada incandescente e uma placa metálica numa ampola com vácuo. O efeito observado foi uma corrente elétrica que fluiu do filamento à placa através do vácuo. Ao mesmo tempo Flemming, naquela época empregado de Thomas Edison, estava investigando o porquê do escurecimento do vidro de uma lâmpada de filamento. Inseriu uma placa metálica e fez uma ligação externa ao dispositivo. Ao fazê-lo, observou que ao se aplicar um potencial positivo à placa em relação ao filamento, imediatamente fluía uma corrente elétrica pelo vácuo.



Alessandro Volta e sua pilha


Ao inverter a polaridade, a corrente não fluía. A este efeito se deu o nome de Efeito Edison.

Calzecchi Onesti, em 1884, voltou a observar a mudança de condutividade de pós metálicos na presença de centelhas elétricas, da mesma forma que Munk em 1835, porém, novamente o fenômeno continuou a parecer meramente curiosidade científica.

Hertz, no ano de 1887, observou o efeito fotoemissivo, que foi aprimorado em 1890 por Ebert, Wilhelm Hallwachs e Wiedemann. Em 1890, Julius Elster e Hans Geitel desenvolveram a primeira válvula eletrônica fotoemissiva.

De novo, agora na pessoa de Édouard Branly, em 1890, houve a observação da mudança de condutividade de pós metálicos na presença de centelhas elétricas, da mesma forma que Munk em 1835, porém, o fenômeno ainda continuou a parecer meramente curiosidade científica, sem uso prático.



Eletrônica de Potência - Distribuição de Energia


Minchin e Oliver Lodge, de forma independente, sugeriram que o fenômeno da alteração da condutividade de pós metálicos na presença de centelhas elétricas era ocasionada por ondas que se propagavam pelo espaço que emanavam das centelhas. Lodge então, em 1894, preparou um tubo com limalhas de ferro, seguindo o método de Branly. Descobriu que este método poderia servir para detectar ondas hertzianas.

Ao dispositivo foi dado o nome de coesor, porque quando as ondas eletromagnéticas passavam por si, as limalhas se aglutinavam e tinham que ser extraídas antes de outra emissão de radiofreqüência.

A partir de 1850, com as experiências de Julius Plücker sobre a eletroluminescência, Hittorf, William Crookes e Eugen Goldstein, iniciaram uma investigação dos efeitos da alta tensão. Crookes inseriu um eletrodo em forma de cruz de malta no tubo de vidro, foi observado que o brilho produzido pelos raios invisíveis, era devido à aceleração de algum tipo de partícula ou raio que provinha do eletrodo negativo para o positivo. A este tipo de manifestação se deu o nome de "raios catódicos", pois acreditou-se que sua carga era negativa. A experiência foi confirmada por Hallwachs. Em 1897, Thomson estudou o efeito e deu o nome de elétrons às partículas aceleradas no tubo de raios catódicos.


Válvula Eletrônica



Circuito integrado híbrido
Tommasina reinventou o detector de radiofrequência de Hughes em 1899. Ao dispositivo foi dado o nome de coesor de auto-restauração de Castelli, de Solari, ou coesor de auto-restauração da Marinha Italiana.

O padre Roberto Landell de Moura, em 1893, iniciou as experiências com um telefone sem fio utilizando radiofreqüência. Dia 3 de junho de 1900 fez uma demonstração pública.



Circuito Integrado Hibrido


Em 1901, Marconi recebeu os primeiros sinais de rádio através do Atlântico. O detector utilizado foi um retificador de glóbulo de ferro mercúrio idêntico ao inventado por Hughes em 1874.

As descobertas do século XIX só vieram a ser compiladas no início do século XIX. Com a utilização prática para a emissão termoiônica através da utilização do diodo termiônico, triodo termiônico, tetrodos, pentodos, etc, iniciou-se a era da eletrônica termoiônica, ou termiônica, quando John Ambrose Fleming utilizou estes efeitos para a amplificação de sinais.



Diodo de Fleming



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sábado, 5 de agosto de 2017

10 fatos sobre o aleitamento materno


10 fatos sobre o aleitamento materno


Semana Internacional do Aleitamento Materno é celebrada de 1º a 7 de agosto (Foto: Pixabay)

Celebrada entre 1º e 7 de agosto, a Semana Internacional do Aleitamento Materno reforça a importância da amamentação. Além de nutrir, o leite materno ajuda no desenvolvimento do sistema imunológico e na digestão.


1. Como o leite materno se forma?
O leite materno começa a se formar durante a gravidez. Cerca de 24 horas depois do parto, os hormônios progesterona e prolactina colocam as glândulas mamárias em funcionamento. Com a primeira amamentação, a criança dá o sinal de partida definitivo para a produção de leite. Além disso, o hormônio prolactina regula o sistema nervoso da mãe e a quantidade que deve ser produzida.


2. Por que o leite materno faz tão bem para o bebê?
Dizem que o leite materno tem poderes quase mágicos. Nas primeiras semanas de vida, ele protege a criança de infecções intestinais, gases e prisão de ventre, além de auxiliar na digestão. O leite materno também ajuda o bebê a desenvolver seu sistema imunológico e se armar contra alergias. Além disso, o movimento feito pela boca do bebê auxilia no desenvolvimento do palato e da mandíbula.


3. Qual é a composição do leite materno?
A lista de ingredientes é muito grande. Os mais importantes são minerais, vitaminas, gordura e aminoácidos. Além disso, o leite contém nucleotídeos, que fornecem as bases para o DNA; carboidratos, que dão energia; fatores de crescimento, substâncias que auxiliam na maturação da mucosa intestinal; e fatores antimicrobianos, utilizados pelo sistema imunológico para identificar partículas estranhas e neutralizá-las.



Se você quer um motivo para dar o peito, nos damos dez



4. Fases do leite materno
A composição do leite materno está em constante modificação. Nos primeiros dias do aleitamento, as glândulas mamárias produzem o colostro, um primeiro leite muito rico em nutrientes. A partir do quarto dia, ele se transforma num leite de transição, e, somente no décimo dia, as glândulas mamárias produzem o leite maduro. Mas, esse também se modifica permanentemente ao longo do crescimento da criança.


5. Qual é a quantidade de leite produzida?
Uma mulher produz até um litro de leite por dia. Uma criança bebe por amamentação entre 200 e 250 mililitros. Mas as glândulas mamárias podem se orientar rapidamente pelas necessidades do bebê e oferecer mais ou menos leite.


6. Por quanto tempo uma criança deve ser amamentada?
Esse é um tema controverso. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno pelo menos até o sexto mês de vida da criança, e como fonte de alimentação exclusiva até o quarto mês.



Aleitamento materno e alimentação complementar



7. Diferenças culturais
O tempo do aleitamento materno difere entre as culturas. Assim, na República Centro-Africana, as mulheres amamentam seus filhos até o 53º mês de vida, ou seja, quase quatro anos e meio. Para isso, uma mãe produz até 16 mil litros de leite. A média mundial é de 30 meses.


8. Leite materno
Antigamente, as crianças eram amamentadas com "leite feminino". O termo leite materno passou a ser usado após uma campanha promovida no século 18, que estimulava o aleitamento materno, em vez de essa função ser repassada a amas de leite. As crianças deveriam ser amamentadas por suas mães, e não por "qualquer" mulher.


9. Controvérsia em lugares públicos
Uma mãe que amamenta em locais públicos não costuma ser bem vista, principalmente em países anglo-saxões. Nessas regiões, fotos de mulheres amamentando postadas no Facebook são excluídas imediatamente.



Anatomia - Posição para amamentar



10. Aleitamento materno no mundo animal
Quando se trata da alimentação de filhotes, seres humanos e animais não são tão parecidos. Enquanto o ser humano pode desamamentar seu filho a qualquer momento ou até mesmo não amamentá-lo, os filhotes de mamíferos dependem do leite de suas mães por um longo período. Eles só podem ficar sem o líquido materno quando estão hábeis a conseguir alimento por conta própria. Um macaco da família dos hominídeos, por exemplo, é amamentado durante cinco a sete anos.



Técnicas de Amamentação



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sábado, 5 de agosto de 2017

A imensa e crescente zona morta do Golfo do México - Onde a vida marinha não sobrevive


A imensa e crescente zona morta do Golfo do México - Onde a vida marinha não sobrevive


Golfo do México é cercado pelas costas de Cuba, Estados Unidos e México. A 'zona morta' fica na foz do rio Mississipi, perto de Nova Orleans (Foto: Lumcon)

Cientistas alertam para as consequências desta expansão, que afeta espécies, ecossistemas marinhos e a economia local.


Nestas regiões, o nível de oxigênio na água é tão baixo que a vida marinha torna-se inviável.

São as chamadas "zonas mortas", onde as espécies só têm duas alternativas: a migração ou a morte.

A "zona morta" do Golfo do México atingiu neste ano seu maior tamanho na história, conforme informou nesta semana a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês). É a segunda maior do mundo, ficando atrás apenas da zona morta do Mar Báltico.

Ela está localizada na foz do Rio Mississippi, que atravessa 10 Estados dos EUA antes de chegar ao Golfo do México, perto de Nova Orleans, no sudeste do país.



Cientistas usam sensor especial para coletar água no Golfo do México e medir os níveis de oxigênio (Foto: NOAA)


De acordo com os cientistas, a zona morta está com nada menos do que 22.729 km², quase a área total de El Salvador e 15 vezes o tamanho da Cidade do México.

Trata-se da maior extensão alcançada por esta região desde que começou a ser monitorada em 1985.
O que aconteceu?

Robert Magnien, diretor do Centro de Pesquisas de Patrimônio de Oceanos Costeiros da NOAA, explicou à BBC que o crescimento sem precedentes da zona morta do Golfo do México está relacionado principalmente a atividades humanas.

Segundo o especialista, resíduos gerados pela população, o aumento da agricultura na região e o uso de fertilizantes e outros produtos químicos influenciaram a expansão da área, onde a vida marinha é impraticável.



As 'zonas mortas', áreas com baixo nível de oxigênio, estão localizadas fundamentalmente nas costas (Foto: Water Resources Institute)


O tamanho alcançado pela zona morta mostra que a contaminação causada por fertilizantes, principalmente em decorrência das atividades agrícolas, afetam cada vez mais os recursos costeiros e habitats de espécies no golfo.

Os nutrientes de fertilizantes são levados pela correnteza do rio Mississipi e estimulam o crescimento de algas e plâncton, que ao se decompor consomem oxigênio, vital para a existência de vida marinha na região.

Além disso, a decomposição destes organismos aumenta os níveis de nitrogênio e fósforo na água.
De acordo com Magnien, "várias espécies e ecossistemas ambientais são afetados pela expansão da zona morta", uma vez que a falta de oxigênio provoca a perda do habitat dos peixes, obrigando que eles se mudem para outras áreas para sobreviver.

Outro efeito é a redução da capacidade de reprodução e a diminuição do tamanho médio das espécies.
Há áreas do Golfo do México que foram atingidas ainda por vazamento de petróleo.



Consequências



Além das consequências ambientais, o crescimento da zona morta tem impactos econômicos que afetam a população que vive na região do golfo.

A diminuição do tamanho e da quantidade de camarão, cuja pesca é uma das principais atividades na área, é um dos efeitos.
Um estudo recente encomendado pelo NOAA à Universidade de Duke, nos Estados Unidos, mostra que a expansão da zona morta provocou o aumento do preço do camarão-marrom devido à sua escassez, afetando não só a economia local, mas o mercado de frutos do mar.

Steven Thur, diretor da NOAA, explica que as medições desta região são importantes para antecipar tendências e evitar possíveis impactos negativos.

"Essas medições permitem traçar as melhores estratégias para reduzir os impactos sobre a sustentabilidade, a produtividade dos nossos recursos costeiros e a economia", afirma.
Recorde

Até agora, a maior expansão da "zona morta" do Golfo do México havia sido registrada em 2002, quando atingiu 22 mil km².

Nos últimos cinco anos, o tamanho médio da região girou em torno de 15 mil km².

Um grupo de trabalho ligado à Agência de Proteção Ambiental dos EUA tem o objetivo de fazer com que a "zona morta" cubra menos de 5 mil km² de área marinha.

Entre as atividades promovidas pelo governo americano para reduzir o tamanho da região, está a negociação com agricultores do Golfo do México para que o impacto do uso de fertilizantes na bacia do Mississippi seja menor, fazendo com que menos nutrientes desemboquem na foz do rio.

Estima-se que haja mais de 350 zonas mortas no mundo - número que aumenta a cada ano.



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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

A surpreendente descoberta sobre o núcleo do Sol que intriga os cientistas


A surpreendente descoberta sobre o núcleo do Sol que intriga os cientistas



Descoberta foi baseada em dados fornecidos pela sonda SoHo, projeto da NASA em parceria com a Agência Espacial Europeia (Foto: NASA)

Cientistas analisaram comportamento de ondas acústicas na atmosfera e concluíram que o centro do Sol gira quase 4 vezes mais rápido que a superfície da estrela.


O núcleo do Sol gira quase quatro vezes mais rápido do que a superfície da estrela.

A descoberta, publicada na revista "Astronomy and Astrophysics", surpreendeu os cientistas.

A ideia de que o núcleo solar pudesse girar mais rápido do que sua superfície era motivo de especulação há mais de duas décadas, mas o fenômeno nunca tinha sido de fato medido.



Sonda SoHo - Solar and Heliospheric Observatory - Nave Espacial


"A explicação mais plausível é que a rotação do núcleo seja um resquício do período em que o Sol se formou, há cerca de 4,6 bilhões de anos", afirma Roger Ulrich, professor emérito da Universidade da Califórnia em Los Angeles e um dos autores do estudo.

"É muito emocionante pensar que descobrimos uma relíquia da formação do Sol", acrescenta o cientista, que estuda o interior do astro há mais de 40 anos.



Quando o Sol nasceu



A rotação do núcleo solar pode dar pistas sobre o processo de formação da estrela.

De acordo com Ulrich, após o nascimento do Sol, o vento solar provavelmente desacelerou a rotação da parte mais externa da estrela.

A rotação também pode ter impacto sobre as manchas solares, segundo o especialista.

As manchas solares são áreas do Sol com uma temperatura mais baixa do que o ambiente e elevada atividade magnética.

Uma única mancha pode ter diâmetro semelhante ao da Terra.



Oscilações



Os pesquisadores analisaram as ondas acústicas na superfície da atmosfera solar - algumas penetram no núcleo e interagem com outras ondas.

Ao medir as ondas sonoras, os cientistas determinaram com precisão o tempo que essas ondas levam para ir e voltar da superfície para o centro do Sol.

Os cálculos foram baseados em dados coletados durante 16 anos de observações com um instrumento chamado Golf, sigla para Global Oscillations at Low Frequency (Oscilações Globais de Baixa Frequência).

O instrumento se encontra, por sua vez, em uma sonda especial chamada SoHo, abreviação para Solar and Heliospheric Observatory (Observatório Solar e Heliosférico), projeto da NASA em parceria com a Agência Espacial Europeia.



15 milhões de graus



O núcleo do Sol também se diferencia da superfície em outro sentido.

A temperatura do núcleo é de cerca de 27 milhões de graus Fahrenheit ou 15 milhões de graus Celsius. Já a superfície da estrela é menos quente, com temperatura de aproximadamente 10 mil graus Fahrenheit ou 5,5 mil graus Celsius.

Enviada ao espaço em 2 de dezembro de 1995 para estudar o núcleo do Sol, a atmosfera solar e os ventos solares, a sonda SoHo segue em operação.



Veja o nosso Sol ao vivo - Sonda SoHo em Tempo REAL


(https://www.youtube.com/watch?v=PTbO6N-pKY4)



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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

5 Mulheres que discretamente governaram o mundo


5 Mulheres que discretamente governaram o mundo



Apesar do papel de subordinação ao qual se tentou colocar as mulheres ao longo da história, muitas delas conseguiram, graças à sua inteligência e habilidade política, exercer seu poder nas sombras.


Cinco delas se sobressaem:



Imperatriz Nur Jahan: Mulher do imperador mongol Jahangir, Nur Jahan foi quem de fato governou durante seu reinado, já que o homem era alcoólatra e viciado em ópio. Estrategista política e militar habilidosa, após a sua morte, em 1645, a imperatriz recebeu a condecoração póstuma de “Luz do Mundo”.



Imperatriz Zoé: Governou o Império Bizantino de 1028 a 1050. Por ser mulher, teve que exercer seu poder por meio de seus três maridos (dos quais dois foram assassinados) que ocuparam o cargo oficial.



Faraó Hatshepsut: Foi a única mulher faraó do Antigo Egito. Ela governou de 1490 a 1468 a.C.. Para poder exercer seu cargo, costumava aparecer vestida de homem e usando, inclusive, uma barba falsa.



Imperatriz Wei: No século VIII, durante a Dinastia Tang, a imperatriz Wei governou o destino da China, escondida na sombra de seu marido, o imperador Zhongtong. Depois da morte do monarca, Wei foi assassinada por seus próprios soldados.



Papisa Joana: Segundo consta na história, no século IX, uma mulher conseguiu enganar todo o poder eclesiástico se disfarçando de homem para ter acesso ao cargo mais importante da Igreja Católica, tornando-se, em 855 d.C., o Papa Bento III.


Fonte: VIX
(http://www.vix.com/es/mundo/183301/5-grandes-mujeres-que-gobernaron-el-mundo-en-forma-secreta)



vix.com - site fonte



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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Medicina - ahhhhhhhhhh - Diagnóstico


Medicina - ahhhhhhhhhh - Diagnóstico



Com a língua de fora
Quando o médico pede para você abrir a boca e botar a língua para fora, ele não está com inveja do seu dentista. Quer apenas observar a quantidade de saliva, o que indica se você está bem hidratado. "Também o estado da língua revela muita coisa", explica o gastrenterologista Thomas Szegö, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Se ela estiver lisa, é sinal de má nutrição. Além disso, aftas na mucosa da boca costumam indicar problemas gástricos. Inflamações na garganta também podem ser detectadas nesse exame.


Cabeça, tronco e membros


No início, é olho no olho



Quando o médico puxa sua pálpebra inferior, está examinando os pequenos vasos sanguíneos que irrigam a região. Se a cor vermelha estiver esmaecida, é sinal de anemia, ou seja, falta de glóbulos vermelhos no sangue. Ele também observa a parte branca dos olhos, chamada de conjuntiva ocular. Quando ela está amarelada, é sinal de icterícia, resultado de uma disfunção do fígado ou da vesícula biliar.



Checando as defesas



Após um olhar atento sobre o crânio e a face, à procura de assimetrias ou calombos, o médico checa, com a ponta dos dedos, os gânglios linfáticos (foto). Esses grânulos, que parecem caroços de uva, fazem parte do sistema imunológico, encarregado de tarefas fundamentais na defesa do organismo. Quando o corpo é invadido por vírus ou bactérias, os gânglios ficam inchados e doloridos. O pescoço é um dos lugares do corpo onde eles estão mais presentes. Lembra-se de como ele ficou inchado quando você teve caxumba?



Volta completa



Na cabeça, os gânglios se concentram em três lugares: na região submandibular, embaixo do queixo; na retroauricular, a parte do pescoço abaixo dos ouvidos (foto); e na região cervical, acompanhando as vértebras do pescoço. Outras áreas de concentração de gânglios são as axilas e a virilha. Eles agem como filtros, retirando os corpos estranhos da corrente sanguínea. Com o toque dos dedos, o médico verifica se os gânglios apresentam alguma alteração.



Centro regulador



Na parte da frente do pescoço, junto ao pomo-de-Adão, mais visível nos homens do que nas mulheres, o médico sente a glândula tireóide. Ela produz boa parte dos hormônios que regulam o metabolismo, o conjunto de processos físico-químicos do corpo. Quando o médico percebe que a tireóide está grande demais, é possível que o diagnóstico seja bócio, doença em que há atividade exagerada da glândula. Na pior das hipóteses, a dilatação também pode ser um efeito de processos cancerígenos.



Por que dizer 33?



Você já deve ter ficado intrigado quando o médico encostou o estetoscópio nas suas costas e pediu para você pronunciar o número 33. Esse ato se chama auscultação. O estetoscópio permite escutar, de forma ampliada, o ruídos da passagem do ar pelos pulmões.

E o 33? Por que não 47? Ou 62? É que a pronúncia dos erres do 33 provoca uma vibração dentro do seu tórax.

Ao ouvi-la, o médico detecta se há acúmulo de líquido, muco ou secreções dentro dos pulmões, em conseqüência de inflamações ou infecções.



Som entre as costelas



Há uma hora em que o médico deixa de lado o estetoscópio e passa a confiar apenas no ouvido. Com uma das mãos, ele acomoda os dedos no espaço entre as suas costelas. Com dois dedos da outra mão, dá leves batidinhas sobre os dedos que estão em contato com as suas costas. Este procedimento se chama percussão toráxica. Pelo som, dá para o médico sentir se o pulmão está apenas cheio de ar ou se apresenta alguma obstrução. Quanto mais o som se parecer com o de um tambor, melhor.



Tum tum, bate coração



O estetoscópio volta à cena. Com o aparelho encostado no lado esquerdo do seu peito, o médico ouve os ruídos da circulação do sangue dentro dos ventrículos e das aurículas, os compartimentos internos do coração. Pelo som, ele verifica o funcionamento das válvulas cardíacas. Dá para descobrir, por exemplo, se há sopro, ou seja, o refluxo do sangue numa das válvulas, o que soa no estetoscópio como uma lufada de vento, daí o nome.



Entrando no ritmo



Chegou a vez de conferir o ritmo do coração. Com a ponta dos dedos, o médico pressiona a artéria radial contra o osso rádio, do braço. Ele sente as pulsações da artéria, que no caso de um adulto normal são de 80 por minuto, em média. A contagem dura 15 segundos e o resultado, então, é multiplicado por quatro.



Medida antiga



Para medir a pressão sanguínea, o médico usa um instrumento que é inflado de modo a pressionar a artéria do seu braço até interromper a circulação. A seguir, ele retira gradualmente o ar do aparelho, liberando o fluxo de sangue. Com o estetoscópio, o médico ouve o exato momento em que o sangue volta a passar. O resultado aparece nos ponteiros do manômetro. Uma pressão normal é de doze por oito. Esses números significam 120 por 80 milímetros de mercúrio, que era antigamente a escala da pressão do manômetro. Hoje em dia não se usa mais mercúrio, mas as unidades de medida permanecem, por tradição. O primeiro número corresponde ao momento em que o coração se contrai, o segundo ao instante em que ele se dilata.


Mãos de raios X



Barriga sob controle



Terminada a inspeção da cabeça e do tórax, é chegado o momento do abdome. Pressionando levemente sua barriga com as mãos, o médico faz um exame geral da região, sentindo a presença de qualquer calombo estranho na área do estômago e dos intestinos.



Toque no fígado



A seguir, o médico pede para você encher os pulmões. Com isso, o diafragma desce e empurra o fígado, sendo possível senti-lo do lado direito, logo abaixo das costelas. Com os dedos, ele detecta eventuais anomalias. Se o fígado de um adulto estiver rugoso, por exemplo, pode ser cirrose. A dor levanta a suspeita de hepatite.



Batucada intestinal



Da mesma forma como foi feito no exame dos pulmões, o médico utiliza a técnica da percussão sobre a barriga. Sons como os de um tambor refletem a presença de gases no intestino. Um barulho mais seco revela a presença de algum corpo sólido. Geralmente, isso quer dizer apenas prisão de ventre, mas, em casos excepcionais, pode significar um tumor.



Perna também tem pulso



A medição do pulso também pode ser feita nos membros inferiores, ou seja, nas pernas do paciente, a fim de verificar se elas estão recebendo a devida irrigação sanguínea. O médico pressiona a parte de trás da articulação do joelho. Também pode verificar a pressão no peito do pé.



Apertadinha na canela



Uma forma de saber se você apresenta um quadro de edema, ou seja, se o seu organismo está retendo líquido de forma exagerada, é apertando de leve a parte da frente da canela, bem sobre o osso tíbia. Ao tirar o dedo, observa-se o local da pressão. Se a marca da pressão permanecer por alguns instantes, é sinal da existência de um edema, ou seja, uma área de retenção de líquido no organismo. O excesso de sal na comida pode ser o culpado.



Martelada no joelho



O famoso exame do martelinho no joelho já não é um procedimento obrigatório nas consultas dos médicos de clínica geral, mas continua a ser praticado. Consiste em dar uma leve batida com um martelinho especial sobre o joelho do paciente e observar o seu reflexo, que é o de dar um pequeno chute para a frente. Isso comprova que o sistema nervoso está funcionando bem.



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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Game Informer cria sua lista dos 100 melhores RPGs de todos os tempos!


Game Informer cria sua lista dos 100 melhores RPGs de todos os tempos!



RPG é uma expressão de origem inglesa "Role Playing Game", e também é um dos gêneros mais marcantes e amados do mundo dos games. Portanto a Game Informer decidiu eleger os 100 melhores RPGs de todos os tempos.


A Game Informer é uma Revista dos Estados Unidos especializada em videogames, muito conceituada e fundada em 1991. Suas publicações são análises, artigos, notícias e estratégias de jogos, tanto para Consoles quanto para PC.



Lembrando que a lista é na ordem de importância de acordo com a visão da Game Informer. Já vamos adiantar que a empresa elegeu The Elder Scrolls V: Skyrim como melhor RPG de toda história dos games.


Segue a lista:

01- The Elder Scrolls V: Skyrim
02- Final Fantasy VI
03- Chrono Trigger
04- Mass Effect 2
05- The Witcher 3: Wild Hunter
06- World of Warcraft
07- Star Wars: Knights of the Old Republic
08- Diablo II
09- Baldur's Gate II: Shadow of Amn
10- Final Fantasy Tactis
11- Bloodborne
12- Fallout 3
13- Planescape: Torment
14- Deus Ex
15- Pokémon Red & Blue
16- Secret of Mana
17- Ultima Online
18- Final Fantasy VII
19- Persona 5
20- Diablo



21- The Elder Scrolls III: Morrowind
22- Everquest
23- Final Fantasy IV
24- Dark Souls
25- Kingdom Hearts II
26- Dragon Age: Origins
27- Earthbound
28- Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars
29- Suikoden II
30- Persona 4
31- Ultima VII: The Black Gate
32- Valkyrie Profile
33- Final Fantasy
34- Phantasy Stars IV: The End of the Milennium
35- Final Fantasy X
36- Fallout: New Vegas
37- Diablo III
38- System Shock 2
39- Fallout
40- NeverWinter Nights



41- Xenosaga: Episode 1- Derwille zur Macht
42- Shadowrun
43- Wizardry: Proving Grounds of the Mad Overlord
44- Fire Emblem: Awakening
45- Mass Effect 3
46- Demon's Souls
47- The Legend of Zelda: Breath of the Wild
48- Persona 3
49- Xenogears
50- Pokémon Gold & Silver
51- Dragon Quest VIII: The Journey of the Cursed King
52- The Elder Scrolls IV: Oblivion
53- Star Ocean: The Second Story
54- Grandia II
55- Skies of Arcadia
56- Fable II
57- Dragon Age: Inquisition
58- Tale of Unknown Volume 1: The Bard's Tale
59- Chrono Cross
60- IceWind Dale II



61- The Witcher 2: Assassins of Kings
62- Baldur's Gate
63- Valkyria Chronicles
64- Darkest Dungeon
65- Mass Effect
66- XCOM: Enemy Unknown
67- Path of Exile
68- Divinity: Original Sin
69- Disgaea: Hour of Darkness
70- Undertale
71- Jade Empire
72- Paper Mario
73- Castlevania: Symphony of the Night
74- Monster Hunter Generations
75- Shadow Hearts: Covenant
76- Ultima IV: Quest of the Avatar
77- Radiant Historia
78- Wasteland
79- Dragon's Dogma
80- Odin Sphere



81- Destiny
82- South Park: The Stick of Truth
83- Xenoblade Chronicles
84- Horizon Zero Dawn
85- Migth of Magic: World of Xeen
86- Pool of Radiance
87- Vagrant Story
88- Radiata Stories
89- Tales of Symphonia
90- Panzer Dragon Saga
91- Bastion
92- Tactics Ogre: Let Us Cling Together
93- Pillars of Eternity
94- Golden Sun
95- The World Ends With You
96- Lost Odyssey
97- Dark Cloud 2
98- Vampire: The Masquerade Bloodlines
99- Dragon Quest III
100- Torment: Tides of Numera



E você jogador, concorda com essas escolhas? comente e aproveite para dizer os seus favoritos.


Fonte (s): Game Informer
(http://www.gameinformer.com/b/news/archive/2017/05/02/june-cover-revealed-top-100-rpgs-of-all-time.aspx)



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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

IBM e Sony colocam 330 TB em um pequeno cartucho de fita magnética


IBM e Sony colocam 330 TB em um pequeno cartucho de fita magnética



Duas gigantes da indústria de tecnologia, IBM e Sony, se uniram para desenvolver um novo sistema de armazenamento de dados que mistura conceitos antigos e novos. Trata-se de uma fita magnética, parecida com a que se encontrava em cartuchos dos anos 1980 e 1990, mas capaz de armazenar até 330 TB.


A nova fita permite o armazenamento de 201 gigabits por polegada quadrada, o que, em tese, pode levar à fabricação de pequenos cartuchos, do tamanho da palma de uma mão, com espaço para 330 TB.



Evolução do Armazenamento - Do Cartão perfurado até o Pendrive


Atualmente, as fitas magnéticas que ainda são vendidas têm espaço para, no máximo, 15 TB. Já outras unidades de armazenamento mais modernas, como o SSD Seagate, da Sony, oferecem o armazenamento de até 60 TB. O diferencial dessa nova fita magnética, feita pelas duas empresas, está no processo de fabricação, que é mais lento, um pouco mais caro, mas leva à produção de fitas muito mais densas.



UNISERVO - Primeiro dispostivo UNIVAC I - 128 bits por polegada (1951)


A fita em si foi desenvolvida pela Sony, enquanto a IBM trabalhou em sistemas capazes de ler e extrair o conteúdo dessas unidades. Não há previsão de quando cartuchos com essa nova tecnologia serão vendidos, mas, de acordo com o site Ars Technica, o público-alvo é o setor empresarial e data centers. Ou seja, será difícil achar uma dessas na papelaria.



Fita Cassete - Invento da Empresa Philips - 660kB por lado (1972)



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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Cientistas mudam DNA de embriões humanos pela 1ª vez nos EUA com nova técnica de edição genética


Cientistas mudam DNA de embriões humanos pela 1ª vez nos EUA com nova técnica de edição genética



Ilustração mostra atividade da CRISPR alterando a sequencia genética de molécula de DNA (Foto: S. Dixon/F. Zhang/Divulgação)


Artigo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts foi publicado nesta quarta-feira e diz que avanço científico foi recebido com "admiração, inveja e um pouco de alarme".


Cientistas dos Estados Unidos usaram uma nova e revolucionária técnica de edição genética para modificar o DNA de embriões humanos. O avanço foi divulgado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, sigla em inglês) nesta quarta-feira (26) e foi recebido com "admiração, inveja e um pouco de alarme", de acordo com o artigo.

A comunidade científica está alarmada porque a técnica envolve um longo debate ético com relação à modificação do DNA humano. O método Crispr-Cas9 é um dos maiores avanços científicos recentes. Em resumo, consegue "recortar" o DNA de forma barata e rápida -- antes a edição genética era uma técnica cara e sem uma possibilidade fácil de expansão.



O Mundo do CRISPR


Após cientistas conseguirem aprimorar o Crispr para uso prático em 2012, em 2015 sua popularidade explodiu e seus usos são incontáveis. Já foi usado para criar cães extramusculosos, porcos que não contraem viroses, amendoins antialérgicos e trigo resistente a pragas. O debate ético gira ao redor disso: devemos criar seres humanos com material genético editado?



Como EDITAR o DNA


A resposta dos pesquisadores do Crispr é que a técnica deverá ser regulamentada. O seu principal objetivo, segundo os cientistas, é mostrar que é possível erradicar ou corrigir genes que causam doenças hereditárias. A técnica é apontada como uma futura solução para a cura de doenças como o Alzheimer, câncer e a Aids.

Esta é a primeira vez que os embriões são modificados em terras norte-americanas. O esforço foi liderado por Shoukhrat Mitalipov, da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, e envolveu a mudança de um grande número de embriões, de acordo como texto do MIT. A técnica já havia sido usada para editar embriões humanos em outras três ocasiões, todas as vezes na China.


Entenda o que é o Crispr


(https://www.youtube.com/watch?v=FNqGjHdV2kE)


Nenhum dos embriões editados pelos pesquisadores dos EUA conseguiu se desenvolver por mais de alguns dias -- e, por enquanto, não houve uma tentativa de implantá-los em um útero. De qualquer forma, o texto publicado pelo MIT diz que "os experimentos são um marco para o que pode se revelar uma jornada inevitável para o nascimento do primeiro humano geneticamente modificado".



Edición ADN - Edição do DNA


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quarta-feira, 26 de julho de 2017

A Cruzada do Descobrimento - História


A Cruzada do Descobrimento - História



Domingo, 8 de março de 1500, Lisboa. Terminada a missa campal, o rei d. Manuel I sobe ao altar, montado no cais da Torre de Belém, toma a bandeira da Ordem de Cristo e a entrega a Pedro Álvares Cabral. O capitão vai içá-la na principal nave da frota que partirá daí a pouco para a Índia. Era uma esquadra respeitável, a maior já montada em Portugal, com treze navios e 1 500 homens. Além do tamanho, tinha outro detalhe incomum. O comandante não possuía a menor experiência como navegador. Cabral só estava no comando da esquadra porque era cavaleiro da Ordem de Cristo e, como tal, tinha duas missões: criar uma feitoria na Índia e, no caminho, tomar posse de uma terra já conhecida, o Brasil.


A presença de Cabral à frente do empreendimento era indispensável, porque só a Ordem de Cristo, uma companhia religiosa-militar autônoma do Estado e herdeira da misteriosa Ordem dos Templários (veja na página 40), tinha autorização papal para ocupar - tal como nas cruzadas - os territórios tomados dos infiéis (no caso brasileiro, os índios). No dia 26 de abril de 1500, quatro dias depois de avistar a costa brasileira, o cavaleiro Pedro Álvares Cabral cumpriu a primeira parte da sua tarefa. Levantou onde hoje é Porto Seguro a bandeira da Ordem e mandou rezar a primeira missa no novo território. O futuro país estava sendo formalmente incorporado às propriedades da organização. O escrivão Pero Vaz de Caminha, que reparava em tudo, escreveu para o rei sobre a solenidade: "Ali estava com o capitão a bandeira da Ordem de Cristo, com a qual saíra de Belém, e que sempre esteve alta." Para o monarca português, a primazia da Ordem era conveniente. É que atrás das descobertas dos novos cruzados vinham as riquezas que faziam a grandeza e a glória do reino de Portugal. Nas próximas páginas, você vai entender como essa organização transformou a pequena nação ibérica em um império espalhado pelos quatro cantos do planeta.



Uma idéia delirante leva os portugueses ao mar


Pedro Álvares Cabral não tinha experiência náutica antes de vir ao Brasil, mas era um cruzado
de grande valor militar. Quando chegou a Índia, bombardeou o porto de Calicute durante quinze dias.


No começo do século XV, Portugal era um reino pobre. A riqueza estava na Itália, na Alemanha e em Flandres (hoje parte da Bélgica e da Holanda). Então como foi que os lusitanos encabeçaram a expansão européia? A rica Ordem de Cristo foi o seu trunfo decisivo. Fundada por franceses em Jerusalém em 1119, com o nome de Ordem dos Templários, acabou transferindo-se para Portugal em 1307, época em que o rei da França desencadeou contra ela uma das mais sanguinárias perseguições da História (veja na página 40). Quando o infante d. Henrique, terceiro filho do rei d. João I, tornou-se grão-mestre da Ordem, em 1416, a organização encontrou o respaldo para colocar em prática um antigo e ousado projeto: circunavegar a África e chegar à Índia, ligando o Ocidente ao Oriente sem a intermediação dos muçulmanos, que então controlavam os caminhos por terra entre os dois cantos do mundo.



Visão do Mundo no século XV


No momento em que d. Henrique, à frente da Ordem de Cristo, resolveu dar a volta no continente africano, a idéia parecia uma doidice. Havia pouca tecnologia para navegar em oceano aberto (o Meditarrâneo é um mar fechado) e nenhum conhecimento sobre como se orientar no Hemisfério Sul, porque só o céu do norte estava mapeado. Mais ainda: acreditava-se que, ao sul, os mares estavam cheios de monstros terríveis (veja na página ao lado). De onde teria vindo então a informação de que era possível encontrar um novo caminho para o Oriente? Possivelmente dos templários, que durante as cruzadas, além de se especializarem no transporte marítimo de peregrinos para a Terra Santa, mantiveram intenso contato com viajantes de toda a Ásia.



Aventura religiosa


O castelo medieval de Tomark sede em Ordem de Cristo, de 1307 até 1500,
está em pé ainda hoje,100 quilômetros a nordeste de Lisboa


A proposta visionária recebeu o aval do papa Martinho V, em 1418, na bula Sane Charissimus, que deu caráter de cruzada ao empreendimento. As terras tomadas dos infiéis passariam à Ordem de Cristo, que teria sobre elas tanto o poder temporal, de administração civil, quanto o espiritual, isto é, o controle religioso e a cobrança de impostos eclesiásticos.



Papa Martinho V


Entre o lançamento oficial da empreitada e a conquista do objetivo último decorreria um longo tempo, precisamente oitenta anos. Apenas em 1498, o cavaleiro Vasco da Gama conseguiria chegar à Índia. Morto em 1460, d. Henrique não assistiu ao triunfo da sua cruzada. Mas chegou a ver como, no rastro dela, Portugal ia se tornando a maior potência marítima da Terra.



Um porto aberto na encruzilhada do mundo
D. Henrique sagrou-se cavaleiro em 1415, na batalha de Ceuta, no Marrocos, em que os portugueses expulsaram os muçulmanos da cidade. No ano seguinte, o príncipe virou comandante da Ordem. Como a sucessão do trono português caberia a seu irmão mais velho, d. Duarte, Henrique assumiu o cargo de governador do Algarve. Solteiro e casto, dividia o seu tempo entre o castelo de Tomar, sede da Ordem, e a vila de Lagos, no Algarve. Em Tomar, cuidava das finanças, da diplomacia e da carreira dos pilotos iniciados nos segredos do empreendimento cruzado. O castelo era um cofre de recursos e informações secretas. Lagos era a base naval e uma corte aberta. Vinham viajantes de todo o mundo, de "desvairadas nações de gentes tão afastadas de nosso uso", escreveu o cronista Gomes Eanes de Zurara, na Crônica da Tomada de Guiné. Os personagens desse livro revelam um pouco do cosmopolitanismo do porto de Lagos: havia gente das Ilhas Canárias, caravaneiros do Saara, mercadores do Timbuctu (hoje Mali), monges de Jerusalém, navegadores venezianos, alemães e dinamarqueses, cartógrafos italianos e astrônomos judeus.



O Livro: As Viagens Marco Polo


Uma das regras de ouro da diplomacia era presentear. Assim, o príncipe juntou uma biblioteca preciosa. Entre mapas, plantas e tabelas havia um exemplar manuscrito das Viagens de Marco Polo. Não por acaso a primeira edição impressa dessa obra foi feita não em latim ou em italiano, mas em português, em 1534.



A Ordem combatente dos padres-soldados



Conquistada pelos cristãos na Primeira Cruzada, em 1098, Jerusalém estava de novo cercada pelos árabes em 1116. Foi quando os nobres franceses Hugo de Poiens e Geoffroi de Saint-Omer juraram, na Igreja do Santo Sepulcro (o templo dos cristãos), viver em perpétua pobreza e defender os peregrinos que vinham à Terra Santa. Nascia a Ordem dos Cavaleiros Pobres de Cristo, renomeada, em 1119, como Ordem dos Cavaleiros do Templo - a Ordem dos Templários.

Na época, várias organizações católicas congregavam devotos sob regimento próprio. A dos Templários, entretanto, era diferente: seus membros eram monges-guerreiros. As normas da Ordem eram secretas e só conhecidas, na totalidade, pelo comandante- em-chefe (o grão-mestre) e pelo papa. Desde o início, os templários foram desobrigados de obedecer aos reis. Podiam, assim, ter interesses próprios. Ao entrar na companhia, o novato conhecia só uma parte das regras que a guiavam e, à medida em que era promovido, sempre em batalha, tinha acesso a mais conhecimentos, reservados aos graus hierárquicos superiores. Ritos de iniciação marcavam as promoções. Foi essa estrutura que permitiu, mais tarde, à Ordem de Cristo manter secreto os conhecimentos de navegação no Atlântico.


Banqueiros pobres



Enquanto as cruzadas empolgaram a Europa, os templários receberam milhares de propriedades por doação ou herança e desenvolveram intensa atividade econômica. Nos seus feudos, introduziram métodos racionais de produção e foram os primeiros a criar linhagens de cavalos em estábulos limpos. Uma rede de postos bancários logo se espalhou por vários países. Peregrinos a caminho da Terra Santa depositavam seus bens no ponto de partida e ganhavam uma carta de crédito com o direito de retirar o equivalente em moeda local em qualquer estabelecimento templário. Daí para gerirem as finanças de reis como o da França foi um passo.



Mas a sua exuberância gerou inveja. Enquanto houve cruzadas, os templários exibiram orgulhosamente o manto branco com a cruz vermelha - a mesma que depois as naus portuguesas usariam. Com a queda da Cidade Santa, em 1244, e a expulsão das tropas cristãs da Palestina, em 1291, a mística se dissipou e a oposição monárquica tornou-se explícita. Nas décadas seguintes, a confraria seria extinta em toda a Europa. Com a exceção de Portugal.



Calúnia e difamação contra os guerreiros



O rei da França, Felipe IV, o Belo, devia dinheiro à Ordem dos Templários. Os templários franceses eram os mais poderosos da Europa. Controlavam feudos e construções no interior e em Paris. Entre eles, o Templo, um conjunto de igrejas e oficinas que, reformado em 1319, virou o presídio da Bastilha, mais tarde destruído durante a Revolução Francesa.

As derrotas no Oriente Médio alimentaram uma onda de calúnias segundo as quais os cavaleiros teriam feito acordos com os muçulmanos, fugido de campos de batalha e traído os cristãos. Aproveitando o clima, em 13 de outubro de 1307, Felipe invadiu, de surpresa, as sedes templárias em toda a França. Só em Paris foram detidos 500 cavaleiros, muitos sendo degolados.



França - A ganância do Rei Filipe, o Belo


Dois processos foram abertos: um dirigido pelo rei contra os presos e o outro conduzido pelo papa Clemente V contra a Ordem. O papa era francês, morava em Avignon e era aliado do rei. Torturas brutais e confissões arrancadas pela Inquisição viraram peças difamatórias escandalosas. O sigilo da Ordem foi usado contra ela e as etapas dos rituais de iniciação foram convertidas em monstruosidades. Os santos guerreiros foram acusados de cuspir na cruz, adorar o diabo, cultuar Maomé, manter práticas homossexuais e queimar crianças. Todos os seus bens foram confiscados. Esperava-se uma fortuna, mas, como pouco foi efetivamente recolhido, criou-se a lenda de que tesouros teriam sido transferidos em segurança para outro país.


Santuário de fugitivos
Para muitos, esse país teria sido Portugal. O rei d. Diniz (1261-1325) decidiu garantir a permanência da Ordem em terras portuguesas: sugeriu uma doação formal dos seus bens à Coroa, mas nomeou um administrador templário para cuidar deles. Nem o processo papal nem a execução do grão-mestre Jacques de Molay, em 1314, o intimidaram. Em 1317, reiterando que os templários não haviam cometido crime em Portugal, d. Diniz transferiu todo o patrimônio dos cruzados para uma nova organização recém-fundada: a Ordem de Cristo.



O Rei d. Diniz (1261-1325)


Assim, Portugal virou refúgio para perseguidos em toda a Europa. De vários países chegavam fugitivos, carregando o que podiam. O castelo de Tomar virou a caixa-forte dos segredos que a Inquisição não conseguiu arrancar. Dois anos depois, em 1319, um novo papa, João XXII, reconheceu a Ordem de Cristo. Começava para os cavaleiros uma nova era, com uma nova missão.



De cavaleiros a funcionários do Estado



Nas primeiras décadas de existência da Ordem de Cristo, os ex-templários estabeleceram estaleiros em Lisboa, fizeram contratos de manutenção de navios e dedicaram-se à tecnologia náutica, aproveitando o conhecimento adquirido no transporte marítimo de peregrinos entre a Europa e o Oriente Médio durante as cruzadas. Ao mesmo tempo, preparavam planos para voltar à ação, contornando a África por mar e, aliando-se a cristãos orientais, expulsar os mouros do comércio de especiarias.

Em 1416, quando assumiu o cargo de grão-mestre, d. Henrique lançou-se à diplomacia. Passaram-se cem anos desde que os templários haviam sido condenado nos processos de Paris e o Vaticano estava preocupado com a pressão muçulmana sobre a Europa, que crescera muito no século XIV. Com isso, em 1418, o Infante consegue do papa um aval ao projeto expansionista. Daí em diante, cada avanço para o sul e para o oeste será seguido da negociação de novos direitos. Em um século, os papas emitiram onze bulas privilegiando a Ordem com monopólios da navegação na África, posse de terras, isenção de impostos eclesiásticos e autonomia para organizar a ação da Igreja nos locais descobertos.

Até a metade do século XV, os cavaleiros saíram na frente, sem esperar pelo Estado português. Uma vez iniciada a colonização, eventualmente doavam à família real o domínio material dos territórios, mantendo o controle espiritual. À corte, interessada em promover o desenvolvimento da produção de riquezas e do comércio, cabia então consolidar a posse do que havia sido descoberto.



Pilhando mouros
No Marrocos, os novos cruzados atacaram Tânger, em 1437, e Alcácer-Ceguer, em 1458. O ímpeto guerreiro preponderou sobre o mercantilismo real até 1461, quando o cavaleiro Pedro Sintra encontrou ouro na Guiné. Aí, a pressão comercial da monarquia começou a ficar maior. Mesmo assim, ainda houve expedições contra os mouros marroquinos em Asilah e Tânger, outra vez, em 1471. Mas à medida que foi sendo consolidado o comércio na rota das Índias, a partir da sua descoberta em 1498, a coroa foi absorvendo gradualmente os poderes da Ordem. Até que em 1550 o rei d. João III fez o papa Júlio III fundir as duas instituições. Com isso, o grão-mestre passa a ser sempre o rei de Portugal, e o seu filho tem o direito de sucedê-lo também no comando dos cruzados.



Outros parceiros entram no jogo
A Ordem de Cristo controlou o conhecimento das rotas e o acesso às tecnologias de navegação enquanto pôde. Mas com o ouro descoberto na Guiné, em 1461, o monopólio da pilotagem passa a ser cada vez mais desafiado. A partir de então, multiplicaram-se os contratos com comerciantes e as cessões de domínio ao rei para exploração das regiões descobertas. Aos poucos, a sabedoria secreta guardada em Tomar foi sendo passada para mercadores de Lisboa, Flandres e Espanha. Portugal naquela época fervilhava de espiões, especialmente espanhóis e italianos, que procuravam os preciosos mapas ocultados pelos cruzados.



Livro: A Ordem de Criso e o Brasil


Enquanto o tesouro de dados marítimos esteve sob a sua guarda, a estrutura secreta da Ordem garantiu a exclusividade para os portugueses. Em Tomar e em Lagos, os navegadores progrediam na hierarquia apenas depois que a sua lealdade era comprovada, se possível em batalha. Só então eles podiam ler os relatórios reservados de pilotos que já haviam percorrido regiões desconhecidas e ver preciosidades como as tábuas de declinação magnética, que permitiam calcular a diferença entre o pólo norte verdadeiro e o pólo norte magnético que aparecia nas bússolas. E, à medida que as conquistas avançavam no Atlântico, eram feitos novos mapas de navegação astronômica, que forneciam orientação pelas estrelas do Hemisfério Sul, a que também unicamente os iniciados tinham acesso.


Competição acirrada
Mas o sucesso atraía a competição. A Espanha, tradicional adversária, também fazia política no Vaticano para minar os monopólios da Ordem, em ação combinada com seu crescente poderio militar. Em 1480, depois de vencer Portugal numa guerra de dois anos na fronteira, os reis Fernando, de Leão, e Isabel, de Castela, começaram a se interessar pelas terras d’além- mar. Com a viagem vitoriosa de Colombo à América, em 1492, o papa Alexandre VI, um espanhol de Valencia, reconheceu em duas bulas, as Inter Caetera, o direito de posse dos espanhóis sobre o que o navegante genovês havia descoberto. E rejeitou as reclamações de d. João II de que as novas terras pertenceriam a Portugal. O rei não se conformou e ameaçou com outra guerra. A controvérsia induziu os dois países a negociarem, frente a frente, na Espanha, em 1494, um tratado para dividir o vasto novo mundo que todos pressentiam: o Tratado de Tordesilhas.



Vitória da experiência em Tordesilhas



Na volta da viagem à América, em 1493, Cristóvão Colombo fez uma escala em Lisboa para visitar o rei de Portugal, d. João II. Um gesto corajoso. O soberano estava dividido entre dois conselhos: prender o genovês ou reclamar do papa direitos sobre as terras descobertas.

Para sorte de Colombo, decidiu pela segunda alternativa. Como a reivindicação não foi atendida, acabou sendo obrigado a enviar os melhores cartógrafos e navegadores da Ordem de Cristo, liderados pelo experiente Duarte Pacheco Pereira, a Tordesilhas, na Espanha, para tentar um tratado definitivo, mediado pelo Vaticano, com os espanhóis. Apesar de toda a contestação a seus atos, a Santa Sé ainda era o único poder transnacional na Europa do século XV. Só ela podia mediar e legitimar negociações entre países.



Frei Bartolomeu de las Casas - Retratado pelo pintor mexicano Félix Parra em 1875


O cronista espanhol das negociações, frei Bartolomeu de las Casas, invejou a competência da missão portuguesa. No livro História de las Indias, escreveu: "Ao que julguei, tinham os portugueses mais perícia e mais experiência daquelas artes, ao menos das coisas do mar, que as nossas gentes". Sem a menor dúvida. Era a vantagem dada pela estrutura secreta da Ordem.

Não deu outra. Portugal saiu-se bem no acordo. Pelas bulas Inter Caetera, os espanhóis tinham direito às terras situadas mais de 100 léguas a oeste e sul da ilha dos Açores e Cabo Verde. Pelo acordo de Tordesilhas, a linha divisória imaginária, que ia do pólo norte ao pólo sul, foi esticada para 370 léguas, reservando tudo que estivesse a leste desse limite para os portugueses - o Brasil inclusive.



Trabalhando em silêncio



Graças à Ordem e à sua política de sigilo, os portugueses sabiam da existência das terras na parte do globo onde hoje está o Brasil sete anos antes da viagem de Cabral. E, trinta anos antes da viagem de Colombo, todos os mapas lusitanos mostravam ilhas com o nome de "Antílias", a oeste de Cabo Verde. O mais famoso cartógrafo italiano da época, Paolo Toscanelli, escreveu a um amigo português, em 1474, falando da "Ilha de Antília, que vós conheceis". Nesse ano, também há notícia de que o navegador cruzado João Vaz da Corte Real explorou o Caribe e foi até a Terra Nova (o Canadá). Mas os documentos comprobatórios dessa viagem, como quase tudo da Ordem, nunca foram encontrados.



O mistério da origem do nome Brasil
Diz a tradição que o nome Brasil vem de pau-brasil, madeira cor-de-brasa. Mas a tradição é insuficiente quando se sabe que, desde 1339, o nome Brasil aparece em mapas. No século XIV, os planisférios dos cartógrafos Mediceu, Solleri, Pinelli e Branco mostravam uma Ilha Brasil, sempre a oeste dos Açores. O historiador brasileiro Sérgio Buarque de Holanda acreditava que a origem do nome é uma lenda céltica que fala de uma "terra de delícias", vista entre nuvens.



A primeiro carta geográfica onde aparecem referências seguras ao Brasil real é o mapa de Cantino. Nele se podem ver papagaios, florestas e o contorno do litoral desde o norte até o sudeste. O trabalho foi encomendado pelo espião italiano Alberto Cantino, em 1502, a um cartógrafo de Lisboa e enviado ao seu senhor, o duque de Ferrara. É um mistério como ele foi feito. Afinal, as únicas viagens oficiais de espanhóis e portugueses ao Brasil até 1502 foram as de Vicente Pinzón, ao estuário do Amazonas, e Pedro Álvares Cabral, até onde hoje é a Bahia. Como explicar, então, a presença, na carta, do desenho do litoral desde Cabo Frio até o Amazonas?



Quem andou por aqui?



Fruto provável do suborno do cartógrafo, a se julgar pela conta salgada apresentada por Cantino ao duque, o mapa deixa claro que já havia conhecimento profundo das terras a oeste do Atlântico. Além de 4 000 quilômetros de litoral brasileiro aparecem no mapa a Flórida, a Terra Nova (hoje Canadá) e a Groenlândia. Historiadores portugueses modernos, como Jorge Couto e Luciano Pereira da Silva, acham que Duarte Pacheco Pereira, o navegador que negociou Tordesilhas e autor do importante livro Esmeraldo de Situ Orbius, sobre as navegações portuguesas, escrito em 1505, deixou indicações de que esteve no Brasil. Teria visitado a costa do Maranhão e a foz do Amazonas, em 1498, quatro anos depois de Tordesilhas. Mesmo assim há questões do mapa de Cantino não-respondidas. A única certeza é que entre a versão e o fato agiam em sigilo os cavaleiros da Ordem de Cristo - cuja documentação jamais foi encontrada.


Para saber mais

A Missão Templária nos Descobrimentos, Rainer Daehnhardt, Nova Acrópole, Lisboa, 1993.

Colombo, a Cabala e o Delírio, Luiz de Lancastre e Távora, Quetzal Editores, Lisboa, 1991.



A diplomacia do príncipe navegador



A Escola de Sagres foi uma lenda criada por poetas românticos portugueses do século XIX. Na verdade, foi do porto de Lagos, no sudoeste de Portugal, que a Ordem de Cristo, liderada por d. Henrique, deflagrou a expansão marítima do século XV.

Pedro Álvares Cabral não tinha experiência náutica antes vir ao Brasil, mas era um cruzado de grande valor militar. Quando chegou à Índia, bombardeou o porto de Calicute durante quinze dias

O castelo medieval de Tomar, sede da Ordem de Cristo, de 1307 até 1550, está em pé ainda hoje, 100 quilômetros a nordeste de Lisboa. Nele foram guardados os segredos das grandes navegações

D. Henrique (1394-1460) era um articulador discreto. Raramente ia à corte, em Lisboa. Ficava entre o castelo de Tomar, sede da Ordem, e a base naval de Lagos



Os navegadores achavam que havia monstros no Atlântico



Do outro lado do Mar Tenebroso
Águas fervilhantes, ares envenenados, animais fantásticos e canibais monstruosos espreitavam a imaginação dos que desciam o Atlântico em direção ao sul.

Quando o navegador da Ordem de Cristo Gil Eanes passou o Cabo Bojador, um pouco ao sul das Ilhas Canárias, em 1434, mais do que realizar um avanço náutico, estava desmontando uma mitologia milenar. Acreditava-se que depois do cabo, localizado no que é hoje o Saara Ocidental, começava o Mar Tenebroso, onde a água fumegaria sob o sol, imensas serpentes comeriam os desgraçados que caíssem no oceano, o ar seria envenenado, os brancos virariam pretos, haveria cobras com rostos humanos, gigantes, dragões e canibais com a cabeça embutida no ventre.

O estrondo das ondas nos penhascos do litoral, que podia ser ouvido a quilômetros de distância, as correntes fortíssimas e as névoas de areia reforçavam o pânico dos pilotos. Quando finalmente reuniu coragem e viu que do outro lado não havia nada de especial, Eanes abriu o caminho para o sul.


A vanguarda do ideal cruzado



Dois cavaleiros em um só cavalo era o símbolo do voto de pobreza dos templários. As regras da Ordem obrigavam-os a combater mesmo quando estivessem em minoria. Toda a sua carreira era um treinamento para lutar em condições desvantajosas.

Na Palestina, os padres-combatentes da Ordem dos Templários participaram de numerosas batalhas, como a de Daniete, em 1229, retratada na gravura de Gustave Doré

Na pintura medieval, Felipe IV, o Belo (1268-1314), rei da França, recebe leis enviadas pelo papa francês Clemente V. Os dois conspiraram juntos para extinguir os templários

Em 18 de março de 1314, depois de torturas infames e confissões forjadas pela Inquisição, o grão-mestre Jacques de Molay e vários líderes templários foram queimados em praça pública em Paris



Os dois cavaleiros em um só cavalo também apareciam no sinete da Ordem, usado para identificar as mensagens oficiais da organização. A maior parte dos documentos, no entanto, jamais foi encontrada



Um símbolo milenar



Os cruzados tomaram como emblema uma das cruzes mais antigas da cristandade.

Cruz copta
No século II, uma dissidência cristã, chamada copta, adotou esta cruz.

Cruz templária
Em 1119, a Ordem dos Templários criou um distintivo derivado da cruz copta.



Em busca do reino perdido



Com a idéia de reconquistar Jerusalém, os portugueses passaram décadas procurando o lendário reino do Preste João, que seria um núcleo cristão remanescente em terras orientais. Por fim, em 1492, encontraram, na Etiópia, uma monarquia cristã.

O rei d. João II, que governou de 1481 a 1495, estimulou a atividade mercantil e a colonização dos territórios africanos, contendo o ímpeto guerreiro dos cruzados da Ordem de Cristo

Em 1541, os cristãos etíopes pediram ajuda a Portugal contra os turcos. O rei português mandou uma expedição de 400 soldados, liderada por Cristóvão Gama. Gama morreu, mas os cristãos venceram. Os portugueses foram recompensados e muitos ficaram na Etiópia. Em 1544, o rei etíope, Galawdewos, escreveu a d. João III a carta ao lado, agradecendo a ajuda.



Mapas muito intrigantes



Desde 1339, o nome do Brasil aparece em planisférios. Os portugueses sabiam muito mais sobre as terras à oeste do que reconheciam publicamente. O país não foi descoberto por acaso. Os navegadores portugueses haviam estado aqui antes de 1500.

A linha de Tordesilhas ia de um pólo a outro, passando 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. À sua esquerda, tudo era da Espanha; à direita, de Portugal

Em 1494, Portugal e Espanha, com a mediação do Vaticano, assinaram o Tratado de Tordesilhas. Duarte Pacheco Pereira (no círculo) foi o principal negociador português

Mapa de 1482, feito pelo cartógrafo Gracioso Benincasa, em Ancona, na Itália, indica: (1) costa portuguesa; (2) costa africana; (3) "Isola de Braçill"; (4) "Antilia"

Mapa de 1502, roubado de Portugal pelo espião Alberto Cantino, já mostra desenho da costa brasileira de norte a sudeste.



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terça-feira, 25 de julho de 2017

Cientista desvenda a origem do WOW - A maior evidêncida de vida alienígena


Cientista desvenda a origem do WOW - A maior evidência de vida alienígena



Astrônomo localiza a fonte do sinal extraordinariamente poderoso que chegou à Terra em 1977.


Em 1977, mais exatamente no dia 15 de agosto, um estranho fenômeno foi detectado por um radiotelescópio da Universidade Estadual de Ohio, nos EUA, dentro do projeto SETI, que explorava o céu em busca de sinais de vida inteligente alienígena.

Na época, foi registrado um sinal extraordinariamente poderoso, que durou 72 segundos, até desaparecer para sempre. Jerry Ehman, o operador de plantão, não conseguia abandonar seu espanto e desenhou um círculo vermelho em volta dos números que refletiam as medições com a legenda Wow!.



O Sinal foi diretamente impresso em papel - maneira na época de armazenar dados


Desde então, o fenômeno detectado seria lembrado como “o sinal Wow!” - a maior evidência científica até o momento de uma suposta vida extraterrestre. O acontecimento foi amplamente discutido pelos cientistas ao longo desse tempo e em todo o mundo.

Agora, ficamos sabendo dos resultados de um estudo iniciado em 2016 pelo astrônomo Antonio Paris, que há muito tempo suspeitava que as medições do sinal Wow! não tinham a ver com civilizações alienígenas.



Seti Institute - Instituto de Procura de Vida Extraterrestre Inteligênte


De fato, ele parece ter provado sua teoria, ao descobrir que o cometa 266P/Christensen, o que visitou as proximidades da Terra também em 1977 emite exatamente o mesmo sinal captado pelo radiotelescópio do projeto SETI.

Aproveitando o ciclo de sete anos, que é o tempo transcorrido até que o cometa se aproxime novamente da Terra, Paris mediu os sinais emitidos e descobriu que são idênticos ao Wow!.



SETI - Rádio-telescópio de Arecibo, em Porto Rico



Fonte: Infobae
(http://www.infobae.com/salud/ciencia/2017/06/07/descubrieron-que-ocasiono-la-senal-wow-la-mayor-evidencia-de-vida-alienigena/)



infobae.com / Site Fonte



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terça-feira, 25 de julho de 2017

As Peças do Axé - Cultura


As Peças do Axé - Cultura



Sabe o que os baianos tinham no Carnaval no século XIX? Acredite se quiser: ópera. "Não havia música carnavalesca", conta o pesquisador Paulo Miguez, da Universidade Federal da Bahia. "Cantavam-se trechos operísticos na rua." É que a influência do batuque negro ainda era tímida. A folia baiana sempre teve algum reflexo da cultura dos escravos, "pela forma de se exibir, desfilando e cantando, que lembrava os traços das festividades nigerianas do Damurixá e do Gueledé", segundo o sociólogo Antônio Risério, autor de Carnaval de Ijexá. Só que, no começo, os descendentes de africanos ainda estavam confinados à periferia de Salvador.


Em 1895, sete anos depois da abolição da escravatura, a cidade parou, atônita, quando um grupo de negros da etnia nagô vestiu batas da África e desfilou, pelo centro, no Embaixada Africana, o primeiro afoxé. Na língua iorubá, da Nigéria, afoxé significa encenação ritual. Ele deu ao desfile um enredo e uma dança cadenciada, o ijexá, marcada pelo atabaque, tambor que se toca direto com a mão, e o agogô, duas campânulas de ferro percutidas com uma vareta de metal. A partir daí os afoxés tomaram conta do pedaço.



Carnaval de Salvador


Até os anos 50, o Carnaval branco ocorria dentro dos clubes e o negro, na rua. Houve, então, uma revolução tecnológica, a do trio elétrico. Atrás dele, surgiram multidões enlouquecidas, pulando e misturando frevo, marchinhas e música popular em geral. Os negros ainda tentaram resistir, mas, em 1987, depois que o bloco Olodum aderiu ao caminhão eletrificado, a inspiração africana juntou-se à cultura pop dos trios. Nasceu, assim, o Carnaval do axé. Uma fusão escaldante de culturas e ritmos de várias origens, mas com a raiz africana dando o têmpero geral.



A usina de cultura afro-baiana



São sete dias de farra e não quatro, como em outras cidades. Ela começa antes, na quarta-feira, e invade a quarta seguinte, a de Cinzas, sem a menor cerimônia. O Carnaval baiano é assim, exagerado, e se renova a cada ano com a vitalidade extraída da raiz africana. Não por acaso, axé, palavra que significa força, energia e saúde em iorubá, virou símbolo da festa. Com 2,7 milhões de habitantes, 81% dos quais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), negros e mulatos, Salvador é indiscutivelmente a capital afro do Brasil, mantendo uma forte identidade local. A difusão da cultura norte-americana nos anos 70 trouxe forte influência da soul music e dos movimentos de afirmação racial, como o black power, mas os habitantes da cidade souberam incorporá-las às próprias tradições. "Os jovens que criam e dirigem hoje os novos afoxés e blocos afros", afirma Antônio Risério, "foram os que viveram a passagem do soul ao ijexá, do black ao afro, do funk ao afoxé".

Para Paulo Miguez, as sucessivas transformações do Carnaval criaram uma "maior identificação da população com a festa, diminuindo a separação entre palco e platéia". Tanto que o Rio promove espetáculos memoráveis - os desfiles das escolas de samba -, mas a cidade continua praticamente normal. Em Recife também há muita vibração, mas os cinemas abrem e há ônibus no centro. "Em Salvador fecha tudo", diz Miguez. "O envolvimento com a festa é total." São 1,5 milhão de pessoas na rua por dia.


Carnaval no Farol da Barra



Requebro sustentado
O Carnaval baiano sustenta um mercado próprio de trios elétricos, bandas, gravadoras (são 35, só em Salvador). Os sucessos regionais, que chegam a vender até 500 000 CDs por ano, agora estão sendo exportados para outras regiões do país. Em 1997, 62 trios e blocos famosos levaram a diversão baiana, fora de época, para cidades como Brasília, Campina Grande, Recife, Maceió e Goiânia. Neste carnaval se apresentarão 120 trios elétricos. E muita gente vai se contorcer com a dança do ventre, a coqueluche de 1998. Ela é a sucessora legítima da linhagem rebolativa que deu o requebra, o fricote, o galope, o deboche, o brown, o tortinho, o tititi, o tchaco, o quebra, o põe-põe - a lista é interminável -, a dança do bumbum, do sanduíche, da bicicleta, do trenzinho, do robô, da galinha, do crocodilo, do cachorro, da tartaruga, do macaco, da garrafa e, ufa, a do tchan - lembra, no ano passado? Os passos mudam, mas o espírito é o mesmo: sensualidade pura.



A sinfônica da loucura



Prático e eficiente, o trio elétrico é um grande palco que, transportado por um caminhão, é capaz de circular no meio dos foliões. Um, novinho, custa 500 000 reais. Veja como ele funciona.


Estourando os ouvidos
O som das caixas pode ser escutado a 1 quilômetro. A prefeitura limita o nível de ruído a 115 decibéis, mas os trios têm potência para 150. Se ela fosse usada no máximo, arrebentaria os vidros e os tímpanos num raio de 100 metros.

Camarim relaxante
Lugar de descanso e concentração dos artistas. Mede 2 metros por 3,5. Acomoda até doze artistas. Têm ar-condicionado, isolamento acústico, sofás, espelhos e um banheiro anexo. Os músicos se revezam no descanso.

Palco elevado
Fica a 4,40 metros de altura, bem visível. Mede 3,20 metros de largura por 14 de extensão. O piso é de madeira, com revestimento emborrachado, antiderrapante. Acomoda doze músicos, quatro dançarinos e dois técnicos de som.

Jamanta poderosa
A carroceria, com dois andares, carrega um gerador de 200 kilowatts, capaz de iluminar uma cidade de 100 000 habitantes, 86 amplificadores e 72 caixas de som. Leva também doze câmeras de TV, que filmam a multidão.



A dupla do trio



Em 1950, os violonistas e eletrotécnicos Adolfo Nascimento, o Dodô, e Osmar Macedo (à esquerda, acima), instalaram alto-falantes em um Ford 1929 e saíram por Salvador tocando frevo com cavaquinho e violão elétricos ligados à bateria do carro. Em 1951, passaram para uma pick-up Chrysler Fargo 1949, chamaram o amigo Temístocles Aragão, e a dupla virou trio. Aos poucos, o sucesso aumentou.
A consagração veio em 1973, com os versos de Caetano Veloso que diziam: "Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu." O Trio Elétrico Dodô e Osmar virou lenda. Os pioneiros morreram, mas os filhos continuam a tradição.


A geografia da confusão



Da Praça da Sé a Ondina, da Praça Castro Alves ao Farol da Barra, 1,5 milhão de pessoas brincam e assistem ao desfile dos blocos e trios. É uma passarela de 17 quilômetros. Veja as principais atrações.

1. Alegria na praia
Orquestra percussiva de timbaus, um tambor derivado do atabaque, criada pelo músico Carlinhos Brown em 1993. Conta com 200 timbaus, um trio elétrico, uma ala de metais e bloco uniformizado de 2 000 passistas. Desfila quinta-feira à noite, desde a Praia da Barra até a Praia de Ondina. São 7 quilômetros. Arrasta milharesde banhistas.


2. Policamente incorreto
Misturando negros, mulatos e brancos, os Comanches, os Cheyennes e os Apaches do Tororó surgiram nos anos 60. Tidos como arruaceiros, foram limitados a 2 000 por bloco. Em 1973, os Comanches escandalizaram os politicamente corretos com o desfile Tributo ao General Custer, o general norte-americano que guerreou contra os índios sioux e cheyennes.Os blocos de índios circulam pelo Campo Grande durante todo o Carnaval.


3. A praça é do povo
Da meia-noite da terça-feira gorda até as 9 horas da manhã da quarta de cinzas, dez a quinze dos trios elétricos famosos se apresentam em um superconcerto na Praça Castro Alves. É o momento culminante do Carnaval. Um de cada vez, tocam os sucessos e apresentam suas bandas. O repertório pode ir desde o Hino ao Senhor do Bonfim até a Ave Maria, de Gonnot.



Carnaval com Trio Elétrico moderno



4. Comunidade organizada
Bloco afro criado em 1979 por moradores do centro histórico de Salvador. Em 1983 começou a desenvolver idéias de organização comunitária. Foi o primeiro a desfilar com trio elétrico. Tem 3 000 sócios, cinco bandas, grupos de teatro e de dança, duas butiques e uma escola de percussão.Sai sexta, às 23 horas, do Pelourinho, cheio de colunáveis.


5. Graça e beleza
Apesar da influência matriarcal no candomblé, as mulheres são minoria no Carnaval organizado. O bloco mais famoso é o Didá, criado em 1992, com 3 000 membros, que já tem uma Escola de Artes e a Banda Didá. Sai do Pelourinho, no domingo, às 14 horas.



Bahia - Carnaval - Axé pra você


6. O afoxé da paz
Fundado em 1949, por um grupo de estivadores do cais impressionados pelo assassinato do líder pacifista indiano Mahatma Ghandi. Seu afoxé mistura candomblé e pacifismo e tem a cor branca como símbolo. São 3 000 componentes, todos homens. Desfilam com trio elétrico e carros alegóricos. Sai do Pelourinho na segunda-feira às 15 horas.


7. Vanguarda negra
Bloco afro criado em 1974, animado por ideais de afirmação racial. Já foi chamado de racista por proibir mulatos nos seus desfiles, acusação sempre rechaçada pelos líderes. Usa apenas percussão, rejeitando os trios elétricos. Sua coreografia inclui bailarinos de escolas de dança. Sai sábado, às 22 horas, no bairro da Liberdade.



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segunda-feira, 24 de julho de 2017

Como cientista francês desvendou mistério das areias cantantes do deserto


Como cientista francês desvendou mistério das areias cantantes do deserto


Cientista francês ensina a fazer música com as areias do deserto (Foto: Mathias Théry)

Físico Stéphane Douady se deparou por acaso, há mais de uma década, com 'canto' de dunas e, desde então, busca respostas para esse fenômeno.


Se você for a uma área no norte do deserto do Saara, no Marrocos, poderá ouvir - e ficar intrigado - com uma misteriosa música. Ela não vem de tendas, casas ou oásis, ela vem das dunas de areia.

No século 13, o explorador Marco Polo já descrevia esse ruído estranho. Ele o comparava a cavalos trotando em batalha ou a espíritos assombrando viajantes. Em outros momentos, dizia que ele "preenchia o ar com sons de todos os tipos de instrumentos musicais", conta o livro As Viagens de Marco Polo.

Por muito tempo, o motivo do fenômeno natural raro permaneceu um mistério. Mas o físico francês Stéphane Douady tem buscado - e obtido - respostas sobre o fenômeno desde 2001.

Confira, no vídeo do link abaixo, como o cientista estudou músicas do deserto.
(http://www.bbc.com/portuguese/geral-40583058)



Canto do acaso

Douady e sua equipe se depararam com os sons do deserto por acaso, quando estavam em missão para estudar a formação das dunas e notaram que elas emitiam um som "fascinante".

"Já a primeira duna que visitamos era uma 'cantora' excepcional", disse o pesquisador, em entrevista por email à BBC Brasil.

O ruído surgiu quando um dos pesquisadores da equipe descia pelo monte de areia. A cada passo, ouvia-se um "uoooook", descreve Douady.

"Foi um momento mágico, (ouvimos) um som muito alto, de 110 decibéis, comparado ao de um pequeno avião sobre você", acrescentou ao programa Outlook, da BBC.

E se alguém corresse ou manuseasse a areia com a mão, o tom mudava. Eles, então, passaram o dia ali coletando dados e testando diferentes sons com os grãos de areia.

"Foi um dos melhores momentos da minha carreira", continua. "Primeiro porque era intelectualmente estimulante, pois as coisas que se pensava que eram sabidas na verdade não eram. E, ao mesmo tempo, estávamos nos divertindo tanto que parecíamos crianças no playground."

Mas, até aquele momento, não entendiam ainda as razões por trás dos sons. "O mistério que era o mais excitante", afirma Douady.



Deserto de Badan Jilin, na China, não produzia sons como no Marrocos (Foto: Stéphane Douady)



Areia na mala

Para estudar o fenômeno, os pesquisadores levaram areia do deserto até o Laboratório de Matéria e Sistemas Complexos (CNRS, na sigla em francês), em Paris.

Cada um dos quatro integrantes da missão encheu seis garrafas de vinho com areia e as colocou em sua bagagem. "Isso seria o suficiente para fazer uma 'avalanche' cantante no laboratório", conta o pesquisador.

Nas pesquisas em Paris, a primeira descoberta foi que o som era produzido pelo movimento sincronizado dos grãos de areia, e que o volume e a variação tonal eram influenciados pelo tamanho desses grãos.

A partir daí, sua equipe visitou outros países para checar a teoria. Eles notaram que cada deserto tinha seu próprio timbre.

Os grãos do deserto de Atacama no Chile eram parecidos e tão cantantes quanto os do Marrocos. Seus grãos eram mais homogêneos e tinham um som mais "puro". Em Omã, com grãos mais irregulares, o som era mais "duro". Eles visitaram ainda Estados Unidos e China, onde o acesso era difícil, e as areias produziam menos sons.


Pesquisador estuda movimento dos grãos de areia dos desertos (Foto: Stéphane Douady)



Por que cantam

Descobrir por que algumas dunas cantavam e outras não acabou virando a motivação do físico francês. "Estava ficando até um pouco obcecado com isso", conta.

Depois de meses de estudo, Douady notou momentos em que as areias paravam de cantar, e teve, então, a ideia de submergir os grãos em água salgada, como a do mar.

Mais descobertas começaram a surgir. O deserto precisa ser seco, mas com "um pouco de água salgada para fazer a mágica", diz Douady.

Outros fatores estão nos grãos: precisam ser redondos para rolarem com facilidade e serem cobertos por um tipo de verniz de minerais, como magnésio, alumínio e ferro.

Esse verniz produz uma cor preta, que transluz. O pesquisador acredita que esse verniz é essencial para produzir o som, mas ainda não entende o motivo.

"Então o mistério ainda está lá", comenta Douady sobre o próximo passo da pesquisa. "É incrível saber que ainda há outras coisas para se descobrir".



Deserto de Atacama no Chile e suas areias cantantes (Foto: Stéphane Douady)



Viagem de transformação

Douady afirma que a expedição às dunas cantantes mudou sua vida. Seu interesse foi além do comportamento físico das areias.

"Com todos aqueles sons, eu queria fazer música. Então busquei um artista que pudesse combinar gravações desses sons para fazer uma peça de música", conta Douady, que promoveu o lançamento do CD Le Chant des Dunes, de Estelle Coquin.

"Tenho muito carinho por esse assunto. Não apenas porque é poético e musical, mas também porque é um fenômeno raro e não há muitas dunas no mundo que 'cantam' bem. E porque há fenômenos simples ao nosso redor que ainda são misteriosos e precisam ser explicados."

O som das dunas despertou o interesse do documentarista Mathias Théry que, em 2008, voltou ao deserto na companhia de Douady, e fez um documentário, Cherche Toujours, que tem trechos disponíveis no YouTube.



(https://www.youtube.com/watch?v=4yFaMsUawi4)



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segunda-feira, 24 de julho de 2017

A Arte da Capoeira - Parte 3 de 3 - Camille Adorno


A Arte da Capoeira - Parte 3 de 3 - Camille Adorno
A Arte da Capoeira - Camille Adorno



Tanto pode ser incluído na categoria de cítaras, quanto algumas formas
se encaixam com maior facilidade na classe das harpas. Mais uma vez,
qualquer que seja a opinião seguida, o arco musical se fez presente nas
antigas culturas egípcia, assíria, caldéia, fenícia, persa, indú. Na África,
muitas espécies de arco musical podem ser encontradas entre tribos de
Uganda, pigmeus do Congo, em Angola e noutras regiões.


Como não foram efetuadas pesquisas em profundidade no Brasil
e continente africano antes do final do século passado, não existem
informações documentais quanto à presença e uso do arco musical, na
forma por nós conhecida como berimbau, antes dessa época. Com
certeza existiam - já que são utilizados tradicionalmente - há muito
tempo no continente africano. O que não podemos é precisar desde
quando.
Informações importantes foram prestadas por inúmeros
exploradores, viajantes e pesquisadores do período final do século
passado e alguns mais recentes, que apesar de fazerem narrativas um
tanto superficiais e sem detalhes, nos permitem estabelecer a presença
do nosso berimbau na África, originando sua presença também no
Brasil, pois além das formas idênticas, são iguais em construção e
tocados do mesmo modo. Resumindo, registram o mesmo instrumento,
seja qual for a denominação dada em cada lugar.
O mais antigo desenho desse instrumento é dos exploradores
Capelo e Ivens, que fizeram o desenho de um arco musical em tudo
semelhante ao berimbau em 'De Benguela às terras de Iaca', Lisboa,
1881. O texto, porém, não traz nenhum comentário a respeito do
instrumento.
Ladislau Batalha, no livro Angola, editado no ano de 1889, em
Lisboa fez a seguinte descrição do berimbau: "O humbo é o tipo dos
instrumentos de corda. Consta geralmente de metade de uma cabaça,
oca e bem seca. Furam-na no centro, em dois pontos próximos. À parte,
fazem um arco como de flecha, com a competente corda. Amarram a
extremidade do arco, com uma cordinha do mato, à cabaça, por via dos
dois orifícios; então, encostando o instrumento à pele do peito que
serve neste caso de caixa sonora, fazem vibrar a corda do arco, por meio
de uma palhinha."


[Linha 2600 de 3846 - Parte 3 de 3]


A descrição não deixa dúvidas. Em que pese a ausência de
detalhes mais específicos, o humbo é realmente nosso velho e
conhecido berimbau. O mesmo Ladislau Batalha torna a referir-se a ele
em Costumes Angolenses, de 1890, também publicado em Lisboa: "Um
negralhão toca no seu humbo, espécie de guitarra de uma só corda a
que o corpo nu do artista serve de caixa sonora."
No mesmo ano de 1890, ainda em Lisboa, Henrique Augusto Dias
de Carvalho, em sua Etnografia e História Tradicional dos Povos da
Lunda, desenhou o mesmo instrumento, sozinho e com outros,
incluindo a denominação rucumbo e a descrição seguinte: "O rucumbo,
constituído de uma corda distendida em arco de madeira flexível, que
tem numa das extremidades uma pequena cabaça a servir de caixa de
ressonância; o arco fica entalado entre o corpo e o braço esquerdo, indo
a mão correspondente segurar nele a certa altura, e os sons são obtidos
com a mão direita, por intermédio de uma pequena varinha que tange a
corda em diferentes alturas."
O major Dias de Carvalho afirma ainda que "os lundas
chamam-lhe violôm. Tocam-no quando passeiam e também quando
estão deitados nas cubatas". Diz ainda que o instrumento era "muito
cômodo e portátil".
Do Álbum Etnográfico de José Redinha, Luanda, s.d., consta um
desenho de instrumento com a descrição a seguir: "Um monocórdio,
lucungo, com caixa de ressonância, constituída por um copo de
cabaça."
Outra informação da existência africana do berimbau decorre de
Albano de Neves e Souza, consultado por Luis da Câmara Cascudo, e
que afirmou: "(...) um instrumento aí chamado de Berimbau e que nós
chamamos hungu ou m'bolumbumba, conforme os lugares e que é
tipicamente pastoril, instrumento esse que segue os povos pastoris até
a Swazilândia, na costa oriental da África."
No Brasil, um dos primeiros a fazer o registro da presença do
berimbau foi Henry Koster, que descreveu o instrumento da seguinte
forma: "(...) um grande arco com uma corda tendo uma meia quenga de
coco no meio, ou uma pequena cabaça amarrada. Colocam-na contra o
abdome e tocam a corda com o dedo ou com um pedacinho de pau."
Jean Baptiste Debret, em Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil,
deixou-nos o desenho de um tocador de berimbau e uma descrição do
instrumento, ao qual denomina urucungo: "E finalmente o urucungo,
aqui representado. Este instrumento se compõe da metade de uma
cabaça aderente a um arco formado por uma varinha curva com um fio
de latão, sobre o qual se bate ligeiramente. Pode-se ao mesmo tempo
estudar o instinto musical do tocador que apoia a mão sobre a frente
descoberta da cabaça, a fim de obter pela vibração um som mais grave e
harmonioso. Este efeito, quando feliz, só pode ser comparado ao som de
uma corda e tímpano, pois é obtido batendo-se ligeiramente sobre a
corda com uma pequena vareta que se segura entre o indicador e o
dedo médio da mão direita."
Outra descrição acompanha a gravura que reproduz um
instrumento em tudo idêntico ao berimbau, colocado à mão de um
vendedor e que nos foi deixada por Johhan Emmanuel Pohl, em


[Linha 2650 de 3846 - Parte 3 de 3]


Viagem no Interior do Brasil, de 1832, onde afirma: "Os negros gostam
muito de música. Consta da gritaria monótona de um entoador, como
estribilho e seguido por todo o coro de maneira igualmente monótona,
ou, quando instrumental, do sonido de uma corda retesada num
pequeno arco, num simples instrumento que descansa sobre uma
cabaça esvaziada que dá, no máximo, três tons..."
Estas são as descrições e referências mais antigas ao berimbau
conhecidas até o momento. Apesar de ligeiras discordâncias quanto à
denominação e detalhes menores, de há muito o berimbau se faz
presente ao lado do negro, garantindo-lhe a presença da música no
momento desejado.

A CONSTRUÇÃO DO BERIMBAU

O primeiro passo para o fabrico do berimbau é a obtenção de uma
madeira flexível e resistente, que suporte arqueamento e pressão sem
ceder demasiado. Escolhe-se uma vara sem muitos nós ou grandes
curvas, que bem pode ser "biriba" (a preferida pela maioria dos
capoeiras ) ou guatambú (mais facilmente encontrada). O
guatambú se apresenta como a madeira indicada - ao lado da taipoca e
outras espécies nativas - na construção do berimbau, por se tornarem
suas varas muito leves, após secas, sendo comuns longas hastes muito
regulares, apresentando grossura mais ou menos uniforme de uma
extremidade a outra. Tirada a vara, que não seja demasiado grossa ou
muito fina. O tamanho ideal é de aproximadamente 1.20 m.
Quando a madeira ainda está verde, caso não seja perfeitamente
reta, basta passá-la sobre o calor do fogo, ainda com casca, para que
sejam corrigidas eventuais curvas, dando-lhe a forma reta necessária. A
casca do guatambú sai com facilidade, passando uma faca de lâmina
afiada de ponta a ponta da vara, removendo longas tiras.
Passamos, a seguir, à confecção propriamente dita do berimbau.
Esculpe-se uma pequena ponta na extremidade mais grossa da vara,
que irá servir como conexão para se ajustar o arame do berimbau. A
outra ponta deve ser bem acertada, pois irá receber um pequeno
pedaço de sola de couro, que impedirá o arame de rachar a madeira.
O arame - que cumprirá o papel de corda do instrumento - é um
fio de aço com um comprimento maior que a vara cerca de 20 cm e
recebe em sua extremidade um laço de diâmetro adequado para se
encaixar na ponta esculpida na madeira - que será o pé do instrumento
- enquanto que no outro extremo recebe uma laçada menor, onde será
amarrado o cordão que irá prendê-lo à madeira. Após esta primeira
fase, o berimbau é vergado - ou "armado" para o ajuste da corda,
formando o arco - com o emprego de um pé flexionando a madeira,
enquanto uma das mãos apoia a extremidade superior da vara e a outra
amarra o arame. Pronto o berimbau, já se tornou comum
acrescentar-lhe discreta pintura, manchas de fogo e verniz, com a
finalidade de embelezá-lo. Esta pintura às vezes possui um significado
especial para o tocador, quando é este que confecciona o instrumento.
O próximo passo é a elaboração da caixa de ressonância,
indispensável ao arco do berimbau. Para isto, utiliza-se uma cabaça que


[Linha 2700 de 3846 - Parte 3 de 3]


serve à perfeição ao nosso propósito. De preferência, que a cabaça se
encontre já bem seca e não tenha sido colhida madura. Que a casca
não seja demasiado grossa ou muito fina. O tamanho ideal terá um
circunferência de aproximadamente 18 cm - quando se pretenda fazer
um berimbau gunga, de timbre grave; caso se pretenda um berimbau
viola, de timbre agudo, o tamanho deverá ser menor, com cerca de 11
cm.
Escolhida a cabaça, primeiramente façamos uma abertura tal que
seja possível a saída de um som claro. Esta abertura será proporcional
ao diâmetro máximo alcançado pela cabaça e feita na extremidade
oposta à que se prende a haste, quando ainda no pé. Concluída a
abertura - feita com uma serra fina - se a cabaça for demasiado grossa
é conveniente que coloquemos água em seu interior e deixar por 48h,
para depois raspá-lo até que a casca se torne da espessura desejada.
Isso para que a ressonância obtida seja de boa qualidade. Depois, com o
emprego de uma lixa, daremos à abertura da cabaça o acabamento
necessário.
Terminado este preparo, a cabaça receberá no seu fundo dois
furos paralelos em uma distância de aproximadamente 3 cm um do
outro, por onde irá passar o cordão que a manterá fixa ao arco. O
tamanho deste cordão irá depender do grau de curvatura obtido pelo
arco, para que a cabaça fique presa de forma tal que aperte o arame e
proporcione ao tocador a necessária firmeza para segurar o
instrumento, apoiando-o sobre o dedo mínimo através deste cordão.
Servirá ainda para afinar o instrumento, conforme a pressão exercida
sobre a corda.
Na escolha da vareta a ser utilizada na percussão do arame são
preferidas pequenas varas tiradas de pedaços de bambu, da grossura
aproximada de um lápis e comprimento de mais ou menos 30 cm.
Outra espécie de vareta muito apreciada é de bambu fino, do tipo das
varas de pesca, obedecendo às dimensões citadas. A vareta será
usada segura entre os dedos indicador e polegar, apoiada sobre o dedo
médio de uma mão, enquanto a outra sustenta o instrumento e prende
o dobrão. A percussão da corda se dá numa altura pouco superior ao
ponto onde o dobrão pressiona o arame. As batidas devem ser firmes.
O dobrão - denominação popular das antigas moedas de 40 réis -
é empregado com a finalidade de pressionar o arame quando se
pretende obter uma nota aguda, já que o berimbau emite dois tons
básicos (grave e agudo) e outros efeitos. É por seu intermédio que o
tocador estica ainda mais a corda do instrumento, provocando em
conseqüência a modificação do tom grave para o agudo ou um chiado
característico. Muitos capoeiras preferem o uso de pedras lisas e
resistentes no lugar das moedas de cobre, por considerarem o som
obtido mais agradável, além da escolha das pedras possibilitar o
emprego daquela de formato mais conveniente para o manuseio do
tocador.

O CAXIXI

Na execução do berimbau, um outro instrumento constitui
acessório indispensável: o caxixi, que é usado como chocalho.
Caxixi é o nome que se dá ao pequeno cesto de alças, feito com
tiras de junco trançadas, contendo em seu interior contas de lágrimas,
pequenas conchas marinhas ou búzios. O seu fundo é feito de pedaços
de cabaça.
Além do seu emprego como complemento ao berimbau, Edison
Carneiro nos informa em Candomblés da Bahia acerca de outros usos
do caxixi.
"Caxixi, s.m. Saquinho de palha trançada que contém sementes
de bananeira-do-mato, usado pelos pais dos candomblés de Angola
para acompanhar certos cânticos, especialmente a ingorôssi. (...)
Ingorôssi, s.m. Reza da nação Angola. O tata, agitando um caxixi, fica
no meio das filhas, que sentadas em esteiras, batem com a mão
espalmada sobre a boca, respondendo ao solo. (...) O chefe do
candomblé acrescenta à orquestra, quando Nagô ou Jeje, o som do
adjá, uma ou duas campânulas compridas que, sacudidas ao
movimento da filha, ajudam a manifestação do orixá, e quando Angola
ou Congo, o som do caxixi, um saquinho de palha trançada cheio de
sementes. (...) Os candomblés de Angola e do Congo saúdam
conjuntamente os inkices com um cantochão lúgubre, o ingorôssi, que
se compõe de mais de trinta cantigas diferentes. As muzenzas se
sentam em esteiras, em volta do tata, que, com um caxixi na mão, faz o
solo, respondido por um coro de gritos entrecortados por pequenas
pancadas na boca."
No acompanhamento do berimbau o caxixi é usado prendendo-se
a sua alça entre os dedos anular e médio da mão que segura a vareta.
Tem destaque especial na marcação rítmica dos toques.


A RODA DE CAPOEIRA

"Chibata na mão/Capoeira no pé/pega esse negro que é de
Nazaré.."

As cantigas estão presentes no jogo desde o momento em que se
forma a roda. O canto inicial - em geral conduzido pelo mestre, ou
capoeira mais antigo - pode constituir-se na apresentação da roda, do
lugar onde é feito o jogo.
Quando um capoeira visita uma roda formada por grupo que não
freqüente habitualmente, o canto de abertura pode ser seu, o que
demonstrará deferência e homenagem ao visitante.
O toque do berimbau agrupa os capoeiras em círculo. A princípio,
somente se ouve o som do gunga; em seguida entram no ritmo os
demais berimbaus. O viola e o violinha, com seu timbre ainda mais
agudo. Agora é a vez do atabaque, com sua marcação forte, pesada. Um
a um se apresentam para a roda o agogô, reco-reco, pandeiro, ganzá.
Os capoeiras acompanham com palmas o som dos instrumentos.
Todos permanecem de pé. O toque inicial é Angola, e o canto - um solo:
a ladainha - pode ser costumeiro àquela roda ou improvisado, como
esta cantiga de autoria do mestre Canjiquinha: .


[Linha 2800 de 3846 - Parte 3 de 3]


'Meu Deus o que eu faço/para viver nesse mundo/se ando
limpo, sou malandro/se ando sujo, sou imundo/oh que mundo
véio grande/oh que mundo enganadô/se eu não brigo, sou
covarde/se mato sou assassino/se eu não falo, sou calado/se
falo, sou faladô/eu digo dessa maneira/meu mestre que me
ensinô...'
Durante a ladainha não há jogo. Os capoeiras ouvem
atentamente o canto. Neste momento o mestre-capoeira transmite
uma mensagem à roda ou a determinado capoeira. É na cantiga que o
capoeira expressa sua vivência no jogo.
'Quando eu tinha dinheiro/levei a vida a vadiar/
comi na mesa de ioiô/deitei na cama de iaiá/
o dinheiro acabou/me mandaram trabalhar...
Às vezes a ladainha traz à lembrança fatos passados, relembrados
como aviso aos jovens, e assim o capoeira guarda até hoje a história do
jogo e dos jogadores, instrumento de preservação da memória e
transmissão das tradições de cada época e da sua arte.
'Tava lá em casa/sem pensar, nem 'maginar/quando ouvi
bater na porta/mandaram me chamar/para ajudar a vencer/a
guerra do Paraguai/eu que nunca fui de luta/nem pretendia
lutar/botei a arma na mão/era tempo de brigar/era hora de
lutar...'
Pode acontecer ainda de estar mesclada à alegria da brincadeira
a tristeza pela ausência do capoeira que já morreu e o canto busca
exprimir estes sentimentos.
'Adeus Bahia, zum, zum, zum/Cordão de Ouro
eu vou partir/porque mataram o meu Besouro...'
Os que ouvem procuram estar atentos ao conteúdo do canto, que
pode conter uma advertência ou observação, um exemplo prático, uma
lição para a vida.
'Mataram o capoeira/dentro da delegacia
delegado me chamou/p'ra prestar depoimento
daquilo que eu não sabia...'
Ao terminar a ladainha o mestre inicia um refrão, que é o sinal
para a entrada do coro, acompanhando o canto.
'Iê, viva meu Deus/viva meu mestre/galo cantou/é hora, é
hora/da volta ao mundo/que o mundo deu/que o mundo
dá/camará'
Antes de iniciar o jogo, entrando na roda, os capoeiras executam
um movimento de reverência, de saudação à Capoeira, ao berimbau, à
roda, de respeito aos camaradas presentes. É uma demonstração de
obediência ao jogo e às suas regras.
Os capoeiras firmam o corpo sobre as mãos apoiadas ao solo,
braços flexionados - um sob o corpo, o outro em posição paralela. A
perna que corresponde ao braço utilizado em apoio permanece acima
do solo, flexionada; a outra se coloca em posição ainda mais alta,
estirada.
Deste modo, em uma demonstração de habilidade, domínio do
corpo e equilíbrio, os capoeiras anunciam sua disposição dentro da
roda: a brincadeira, a disputa baseada no respeito aos fundamentos da


[Linha 2850 de 3846 - Parte 3 de 3]


arte.
Feita a saudação, os capoeiras se cumprimentam e entram na
roda. À medida em que o jogo se desenvolve, o canto acompanha as
situações que acontecem na roda, quando não as provoca, como ocorre
quando um jogador procura demonstrar sua superioridade ao outro.
'Pega esse negro/derruba no chão
esse negro é valente/esse negro é o cão..'.
Quando há intenção de provocar alguém, da assistência ou
dentro da roda, o capoeira que conduz o canto pode entoar:
E é tu que é moleque/moleque é tu/mas é tu que é
moleque/moleque é tu/moleque te pego/te jogo no
chão/castiga o moleque/conforme a razão...
O canto pode servir para brincar com uma mulher que entra na
roda:
Se essa mulher fosse minha/eu ensinava a viver
dava mamão com farinha/de noite e de dia
p'ra ela aprender...
A brincadeira do canto pode envolver uma advertência velada aos
jogadores, se um deles é atingido ou provocado de forma perigosa.
Noutras vezes a cantiga também narra acontecimentos ocorridos dentro
do jogo, de significação própria:
Siri botou/gameleira no chão
botou, botou/gameleira no chão...
Pode ser que a música sirva de consolo a um capoeira que não se
dê bem no jogo, em linguagem peculiar:
A canoa virou/marinheiro
no fundo do mar/tem dinheiro...
É comum ainda o canto em que há referência a determinado
orixá, da devoção do jogador; outros mencionam o nome de um
capoeira, em sua homenagem.
As letras trazem uma característica comum: a linguagem, em
geral, é figurada, sendo sua compreensão restrita aos capoeiras. Com
isto, para os que ignoram sua função, são apenas cantigas...
Os capoeiras prosseguem no jogo, nos seus gestos de enorme
beleza. Sem se tocarem, na comunicação dos movimentos imprevistos e
súbitos. O bom capoeira jamais explicita seus golpes. Age
sorrateiramente e só atacando quando o adversário está vulnerável.
Parece milagre que as pernas percorram o mesmo espaço sem se
chocarem. Ninguém é ferido, não há agressão. A luta existe no esforço
de suplantar o adversário pela habilidade na execução do jogo.
A roda pode durar horas, prendendo os espectadores na agilidade
e alegria dos cantos e movimentos, na sucessão de cenas emocionantes,
onde um minuto de desatenção pode levar um dos capoeiras ao solo.
Mas não se deixem enganar...a dança pode ser um jogo camuflando a
luta e a brincadeira pode ter um final inesperado:
São Salvador, Bahia/A tarde morria devagar
E berimbau se ouvia/ Gente na rua a passar
Alguém no desejo da briga/Fazia cantiga de provocar São
Salvador, Bahia/ Um homem passando escutou/ Isso é comigo! e
falou:/Se quer jogar vamos lá/


[Linha 2900 de 3846 - Parte 3 de 3]


Eu ia pra lá mas não vou/E dizendo se ajoelhou/
Dois homens fizeram oração/Começaram jogando no chão/
Jogaram Angola, Santa Maria/ São Bento Pequeno/ Cavalaria/
E o povo assistia/ tremendo/Capoeira pra matar/ Faca de ponta/
Rabo de arraia Na dança da morte do lugar/ São Salvador,
Bahia
Quando a polícia chegou/ Um corpo no chão havia
Em volta o silêncio dizendo/ Seu moço, essa briga acabou/ São
Salvador, Bahia/ Bahia de São Salvador"



O JOGO DA CAPOEIRA

"Capoeira é luta de bailarinos. É dança
de gladiadores. É duelo de camaradas. É jogo, é bailado, é
disputa - simbiose perfeita de força e ritmo, poesia e agilidade.
Única em que os movimentos são comandados pela música e pelo
canto. A submissão da força ao ritmo. Da violência à melodia. A
sublimação dos antagonismos.
Na Capoeira, os contendores não são adversários, são
'camaradas'. Não lutam, fingem lutar. Procuram -
genialmente - dar a visão artística de um combate. Acima do
espírito de competição, há neles um sentido de beleza. O
capoeira é um artista e um atleta, um jogador e um poeta."
Dias Gomes

Para compreender esse jogo é preciso primeiramente entender o
propósito dos capoeiras ao entrarem na roda. A leitura gestual do jogo
de Capoeira desvenda-o como um modo particular de fazer política: as
estratégias baseada sobretudo no enfrentamento indireto.
A luta-dança-jogo expressa o modo como os negros inverteram,
a seu favor, a força visível e explícita dos poderosos, fugindo do
enfrentamento direto a partir de regras que não foram definidas por
eles.
A aparente oposição entre a rebeldia passiva e a rebeldia ativa
determina a dubiedade do jogo de Capoeira: os seus movimentos
corporais indicam uma negociação, mais do que rebelião. Durante o
confronto os corpos negociam e a ginga significa a possibilidade da
barganha, atuando no sentido de moderar o conflito. Ao menor sinal de
distração do oponente, quando "as chances de falhar são mínimas"
(como ensinava mestre Pastinha), explode o contra-ataque, como um
relâmpago, deflagrando-se então o conflito.
Esse é um jogo de considerável complexidade - apesar da
aparência simples -, onde há objetividade em todos os gestos e uma
filosofia intrínseca determinando o sentido da movimentação. A disputa
às vezes transcorre de forma tão sutil que muitos não se apercebem
da sua existência, ou não conseguem entendê-la. O capoeira pretende
suplantar o oponente: só que é dada ênfase especial à malícia na


[Linha 2950 de 3846 - Parte 3 de 3]


movimentação; a inteligência é privilegiada na execução dos golpes, em
detrimento da aplicação de movimentos de força e potência. Predomina
particularmente a astúcia nos contra-ataques irresistíveis.
Não há o objetivo de superar o adversário na base do vale-tudo.
Os gestos são naturalmente estudados, permitindo a observação detida
de um camarada pelo outro. Se um movimento é executado de forma
irrefletida, seu autor não perde por esperar... De pronto está criada a
oportunidade de uma sucessão de ataques e contra-ataques. Cada gesto
é executado com muita atenção em todos os detalhes. A hora exata de
empregá-lo é aquela que diminua as possibilidades de deixar uma
brecha para a defesa. É imprescindível estar atento às reações do
oponente, procurar iludi-lo, chamá-lo para a armadilha. Tudo de forma
calculada, treinada, assimilada durante horas de exercício e prática.
Este é o princípio fundamental do jogo de Capoeira: nada de
explosões de violência. Não se trata de uma briga, mas de um
entretenimento. Deve prevalecer a aceitação das regras. Malícia,
manha, astúcia, esperteza, são sinônimos do jogo. Não se pretende a
demonstração ou exibição de nada que não seja a competência na
disputa.
A movimentação do jogo acontece basicamente no chão. Isto não
quer dizer que não podem ser executados movimentos altos; significa
que o capoeira busca explorar as facilidades de locomoção pelo solo,
fazendo uso de todos os recursos colocados ao seu dispor graças aos
treinos, destinados a habilitar o praticante a gestos aparentemente
inofensivos.
Se um capoeira interrompe um movimento já iniciado, por
encontrar-se o adversário demasiado longe, é bem provável que o outro
capoeira reaja de forma insólita: se aproximando do oponente aos
saltos, como se fosse um símio, para desferir potente cabeçada. Pode
ser ainda que o seu parceiro escapula do ataque correndo pelo solo,
como se fosse um gato.
No jogo da Capoeira se desconfia de imediato do capoeira que
afivela um sorriso fixo ao rosto, como se tudo não passasse de uma
grande piada. Essa pode ser a forma encontrada para criar-se um clima
descontraído, onde as defesas ficarão abertas, permitindo o ataque
desconcertante.
Em razão do espírito bem-humorado e descontraído do jogo de
gestos soltos e naturais, tanto faz se o capoeira é um garotão bem
nutrido, cheio de músculos e espelhando vigor, ou se é um velho
mestre. O que importa é a vivência, a experiência, a sabedoria, a
prática: vale mais o conhecimento dos fundamentos da Capoeira.
As oportunidades de atingir o adversário não são procuradas com
a ferocidade típica do combate entre irracionais. O capoeira sabe -
simplesmente ao encostar o pé no adversário - que seus movimentos
podem ser fatais. Então, para que atirar o adversário à distância,
nocauteado, talvez inutilizado?
A essência da Capoeira é compreender o jogo como uma
brincadeira entre amigos, que se respeitam e vêem na luta uma
diversão amistosa. Nesse brinquedo vale mais um movimento
desnorteante que um chute arrasador. É preciso malícia, manha, para


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suplantar o oponente. Saber esperar sem perder o espírito
malandreado do jogo. Na hora certa surgirá a oportunidade; basta ter
calma. A própria circularidade do jogo e de seus movimentos assegura
ao capoeira que eventualmente se encontre em desvantagem, a
oportunidade ideal para recuperar terreno.
O capoeira busca o jogo no chão por saber que ali os recursos
físicos se igualam: a vantagem só poderá ser encontrada com muita da
habilidade. Cada gesto envolve grande margem de risco, em razão de
detalhes aparentemente insignificantes. Um movimento executado de
forma que deixe parte do tronco ou da cabeça desprotegidos é de
imediato aproveitado pelo contendor, que logo procura atacar a região
desguarnecida. No momento seguinte o capoeira que levou vantagem se
afasta sorridente - e quando ninguém estiver esperando, inicia o
contra-ataque, tirando proveito de cada brecha na defesa do adversário.
As iniciativas de ataque e defesa se sucedem, uma após a outra,
exigindo total concentração dos jogadores
As oportunidades de superar o adversário não são forçadas. O
clima de brincadeira entre companheiros não é quebrado por cenas de
violência banal. A superioridade de um capoeira em relação a outro - ou
mesmo o equilíbrio entre ambos - se manifesta tanto na oportunidade
bem aproveitada para evidenciar esperteza, quanto no modo educado
de reconhecer o momento de vacilação.
A tradição do jogo não admite que o capoeira em desvantagem
busque a desforra ou o revide a qualquer custo. O capoeira sabe que se
no passado o aspecto de brinquedo e diversão do jogo representava
sobretudo uma estratégia política para ocultar o aspecto combativo,
proeminente na capoeira da sociedade escravista, até hoje essa
natureza dúplice (brincadeira e combate) está presente e contamina
todos os elementos do sistema cultural da Capoeira.
As táticas dos capoeiras no jogo se baseiam no disfarce e na
camuflagem dos verdadeiros objetivos. Exemplo disso é o berimbau: é
um instrumento musical mas ao mesmo tempo pode ser uma arma: e
fala-se em "armar" o berimbau para poder tocá-lo; montar o
instrumento e afiná-lo, esticando-se o arame, prendendo-o a uma das
extremidades da madeira envergada e depois ajustando a cabaça na
outra extremidade - e em "desarmar" o berimbau, ao final de uma
roda
No jogo da Capoeira há movimentos corporais cujos nomes nos
remetem ao terreno das brincadeiras de infância (pião, balão) e há
aqueles que supõem o combate (armada, arpôo de cabeça, asfixiante); e
existe a chamada de Angola, que é um momento de ruptura na roda de
capoeira, quando os dois jogadores se movimentam emparelhados para
a frente e para trás até que um, subitamente, "desarma" a chamada,
isto é, aplica um golpe qualquer sobre o adversário, reiniciando assim o
jogo.
A combinação das ações do jogo (tais como golpes e floreios,
avanços e recuos, ataques e esquivas) é dúbia como as próprias cantigas
de Capoeira, que falam do jogo que "todos podem aprender, general
até doutor", ao mesmo tempo em que avisam do perigo da brincadeira:
"Capoeira é ligeira, ela é brasileira, ela é de matar".


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Luta coletiva que incorpora séculos de resistência cultural,
expressando corporalmente a linguagem de um povo que
tradicionalmente resistiu à dominação, a Capoeira é fundamentalmente
um jogo de contrapoder. Atuando nos vazios do adversário,
aproveitando-se das lacunas provocadas pelos movimentos do próprio
atacante, o importante para o capoeira é saber aproveitar o espaço vazio
deixado pelo outro; só quando há oportunidade de êxito o capoeira
parte para o embate direto. Percebe-se, então, que o mesmo corpo que
aparentemente conformara-se, na ocasião oportuna insurge-se e ataca:
inesperado, surpreendente, invertendo as regras do jogo que garantem
a dominação; e aquele que já se acostumava ao aparente domínio da
situação poderá, num instante, 'levar uma rasteira' e tornar-se, ele
próprio, o dominado.
A surpresa é o elemento essencial nas estratégias de ação e
reação da Capoeira, subvertendo e invertendo as regras do jogo da
dominação: a principal intenção é sempre a de desequilibrar o outro, o
qual, por sua vez, deve evitar cair. Afinal, cair é ficar em desvantagem:
perder o domínio, o poder. Todos os movimentos da luta da Capoeira se
encaixam nesse mesmo propósito: derrubar o outro. E para que isso
ocorra, mais do que força física o capoeira deve ter fundamentalmente
mandinga, malícia. Essa regra do jogo garante há séculos a unidade da
Capoeira como prática de camaradas. Mesmo que um deles acabe
derrubado, no chão. Afinal...
'Capoeira que é bom/ não cai
E se um dia ele cai/ cai bem...'
Vinícius de Moraes & Baden Powell, Berimbau

A PREPARAÇÃO DO CAPOEIRA

Quando se afirma ser a Capoeira luta, dança, arte, mandinga, fica
implícita a diversidade das técnicas e processos existentes em sua
aprendizagem. A mandinga, a astúcia e a agilidade se sobrepõem à
força física, posto que o mais forte não é aquele fisicamente mais
avantajado mas o mais malicioso, o mais mandingueiro.
A metodologia utilizada com este objetivo exige o emprego de
instrumental adequado ao que se propõe: fazer um capoeira, para que
este possa jogá-la, corporificá-la. Estabelecido este propósito, cabe ao
mestre verificar individualmente a medida na qual o iniciante possui
alguns requisitos básicos: ritmo, flexibilidade articular, elasticidade e
força muscular, etc.
Esta observação ocorre quando o iniciante demonstra facilidade -
ou não - na execução dos movimentos voltados à educação e
condicionamento corporal.
O primeiro passo pode consistir em andar engatinhando, ou seja,
o corpo apoiado nas mãos, braços e pernas mantidos flexionados,
deslocando lentamente pelo solo.
Este treinamento possui finalidades essenciais para o jogador,
sob os aspectos do desenvolvimento físico e de retomar-se a intimidade
homem-terra. A locomoção executada desta forma exige força muscular
diretamente proporcional ao corpo, perfeita coordenação entre os


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movimentos dos membros inferiores e superiores, mantidos sob intenso
trabalho aeróbico.
Outra posição indispensável na preparação do capoeira é a
denominada parada, ou parada de mãos, em que o corpo fica imóvel na
postura vertical, com a cabeça para baixo, sustentado pelos braços
estirados e as mãos abertas apoiadas ao solo.
Tendo o praticante desenvolvido suficiente força e equilíbrio, o
exercício seguinte é andar com as mãos, usando a mesma posição
vertical da parada, agora com as pernas flexionadas nos joelhos.
Os músculos do tronco e membros superiores, muito solicitados
no jogo, são trabalhados especificamente com a prática de flexões dos
braços, na postura descrita acima. Nestes exercícios o corpo permanece
na vertical, cabeça para baixo. As pernas se encontram dobradas nos
joelhos, a coluna vertebral com pequena arqueação, os pés auxiliando o
equilíbrio, deslizando sobre uma superfície vertical (que pode ser uma
parede), paralela ao corpo.


OS MOVIMENTOS

"Olha a armada/meia lua e cabeçada
a rasteira e a queixada/ p'ra matar..."



A GINGA

A ginga é a movimentação corporal essencial da capoeira. Passo
de dança, passo de luta. Primeiro, para aprender-se o jogo. Cadência,
movimentação oscilante, meneio do corpo, que desconcerta e engana,
no jeito bamboleante, na dança de todo o corpo.
A sua característica principal é permitir a descontração,
a entrega aos ritmos da Capoeira. Funciona como armação para outros
movimentos, permitindo deslocações constantes.
Como se fora uma dança - nem por isto obrigada a ter propósitos
inofensivos - estabelece harmonia entre a Capoeira e a própria
natureza do jogador: versátil, dinâmica, criativa.
Permitindo que a um só tempo o corpo lute aparentando dançar,
a ginga camufla o potencial letal dos movimentos. É a ginga que
predispõe o jogador a um jogo situado entre a brincadeira e o combate.
A ginga não é unicamente uma base para o arremesso de golpes. E os
movimentos da Capoeira não são somente golpes.
Existe um princípio de movimentação em equilíbrio, com as ações
circulares típicas do jogo, que determina uma forma de ginga para cada


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jogador, atendendo a suas características e preferências. Afinal, não
podemos esquecer as peculiaridades do jogo.
As padronizações - ou estilizações - levam à diminuição do espaço
reservado à arte, aos improvisos de cada jogador, empobrecendo e
descaracterizando o jogo, invertendo suas finalidades.
As tentativas de estabelecer-se um estilo único de ginga,
geralmente são o resultado das iniciativas de alguns professores, que
buscam ajustá-la às razões pelas quais praticam a Capoeira, sejam a
promoção de shows ou o ensino de pugilato. Isso contraria o
fundamental: a arte se presta à luta e pode ser vista como
demonstração, mas sua natureza vai muito além destas meras
possibilidades.
Qualquer comparação que implique em limitação, exclusão de
componentes do seu conteúdo, provoca deturpações. Principalmente se
referentes a modalidades pugilísticas, por relacionarem a Capoeira com
manifestações inseridas em outro contexto cultural.
Não serão menos equivocadas comparações com outras danças,
entendidas conforme os conceitos geralmente adotados para sua
compreensão. Isso importaria em excluir a possibilidade do emprego
ofensivo-defensivo, existente desde o surgimento do jogo, de forma
implícita ou explícita.
É importante observar a ginga, notando o intenso magnetismo a
desprender-se do capoeira dançando com todo o corpo, balançando os
braços, sorridente frente ao adversário que por força quer atingi-lo.
Os braços se posicionam sempre de forma tal que fica garantida
proteção à cabeça, quando se faça necessário, para - na ocasião
apropriada - prepararem um ataque. As pernas alternam passos que
permitem a execução de outros movimentos. Na mobilidade dos quadris
se encontra uma das causas da agilidade com que os capoeiras se
esquivam ante ataques, sendo recurso auxiliar no arremesso de
movimentos com os pés, mãos ou cabeça.
Além de incluir uma sucessão de posições de guarda do capoeira,
a ginga possibilita o início e velocidade nos ataques e defesas. Esta
premissa estabelece, portanto, a necessidade do pleno conhecimento
da sua mecânica. À medida que o jogador se entrega ao ritmo de forma
descontraída, deve personalizá-la, ajustando-a sempre conforme seu
temperamento e intenções.
Ao gingar o capoeira se permite improvisos e inovações,
considerando o essencial: defender um lado do corpo enquanto o outro
se prepara (ou executa) um ataque. Deve ser considerada
imprescindível a manutenção do equilíbrio do corpo. Nestas condições,
o emprego de figurações e gestos destinados a desviar a atenção do
adversário, camuflando o propósito de ataques e defesas, acontece de
acordo com a criatividade de cada um. O desenvolvimento da maneira
própria de gingar depende de imaginação e prática constante.
É importante o treinamento da ginga pelo capoeira defronte a um
camarada, executando apenas gestos destinados a desviar a atenção do
adversário, aplicando diversas formas de truques ao seu alcance, para
enganar o oponente, assim como a execução intensiva individual.



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Movimento de locomoção do capoeira na roda, permite
aproximar-se ou afastar-se do oponente, armando ataques e
executando uma defesa.
NEGATIVA



Aqui o capoeira desce sobre uma perna, que flexionará sob o peso
do corpo, ao abaixar-se. Com isto, temos o corpo sobre uma perna,
apoiado no calcanhar, enquanto a ponta do pé (flexionada) firma a base
no chão. A outra perna é lançada à frente, esticada, o calcanhar
tocando o solo. O braço deste lado apoia a mão ao solo, garantindo ao
capoeira três pontos de apoio e uma posição que permite locomoção
rápida.
Geralmente os capoeiras aperfeiçoam a execução da negativa
treinando a troca de negativas, que consiste em alternar
sucessivamente os pontos de apoio do corpo, de um lado e de outro, em
rápidos movimentos
RESISTÊNCIA
É uma defesa onde o capoeira se abaixa sobre as pernas
flexionadas, colocando o peso do corpo sobre uma perna. O braço
correspondente a esta perna mantêm a mão apoiada no solo, enquanto
o tronco é ligeiramente curvado, a outra mão à frente da cabeça.






Ao treinar a resistência o capoeira se prepara para outros
movimentos, sendo comum conjugar sua execução com o aú.
MEIA-LUA DE FRENTE



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Ao fazer este movimento o capoeira descreve uma meia-lua com
uma perna estirada, arremessada com o pé passando à altura do
adversário e completando um semicírculo, para então voltar com o pé
ao ponto inicial, retornando à ginga.
BÊNÇÃO




O capoeira ao aplicar a Bênção levanta a perna que se encontra
atrás na ginga, puxa-a em direção a si e - num movimento rápido -
empurra-a contra o peito do adversário, buscando atingi-lo com o
calcanhar.
ESQUIVA



Neste movimento o capoeira se desloca sem recuar o corpo,
porém evitando a trajetória de um gesto contrário, se abaixando
lateralmente.
CABEÇADA



Em uma posição semelhante à da esquiva, o capoeira projeta seu
tronco para a frente, sobre uma perna flexionada servindo como base,
buscando atingir o adversário com a cabeça.
RASTEIRA
Na execução da rasteira o capoeira cai sobre uma das pernas, que
se flexiona sob o peso do corpo.
Se a perna flexionada for a esquerda, tendo por pontos de apoio o
pé desta perna e as duas mãos sobre o solo, o capoeira traça um


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semicírculo à sua frente, com a perna direita, o pé desta perna
passando rente ao solo, buscando varrer o adversário. O movimento
prossegue até que se complete o círculo, quando o capoeira se levanta
já defronte ao oponente.
MARTELO BAIXO

O capoeira desce ao solo, apoiando-se às mãos, executando um
giro sobre o pé da perna que se encontra à frente, arremessando a
perna de trás, até voltar à posição inicial.
CHAPÉU DE COURO
Na execução do chapéu de couro, o capoeira principia uma
rasteira e interrompe a certa altura, para voltar com a mesma perna em
direção contrária à inicial, desferindo um movimento idêntico ao
anterior.
QUEIXADA
Aqui o capoeira se posiciona defronte ao adversário, dá um passo
lateral e em seguida, numa torção do tronco, arremessa a perna da
frente, desferindo um movimento semicircular à altura da cabeça do
adversário.



O golpe prossegue até a descida da perna até o solo.
ARMADA



O capoeira executa um giro de todo o corpo, aparentemente
dando as costas ao adversário, posicionando-se sobre a perna que se
encontra à frente, arremessando a outra perna, em um movimento que
completa o giro do corpo, tendo como objetivo a cabeça do oponente.
MEIA-LUA DE COMPASSO
Neste movimento o capoeira se abaixa até o solo, apoiando as
duas mãos ao solo e desferindo um giro com a perna de trás,
arremessando-a à altura do tronco do adversário. O giro é executado
sobre a perna base, como se fosse um compasso. Durante todo o
movimento a cabeça se encontra entre os braços, os olhos atentos ao
adversário.



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No treinamento básico, é útil a execução em seguida à
resistência, exigindo um maior controle da meia-lua e mantendo o
corpo bem próximo ao solo durante toda a movimentação.
Ao treinar contra-ataques à meia-lua, um movimento pouco
convencional, porém de certa utilidade, é o de puxar a perna de apoio
de quem arremessa o golpe, com a mão, provocando a interrupção e
queda do capoeira.
CHAPA LATERAL
Este movimento é executado de forma semelhante à Bênção. A
perna é puxada pelo capoeira (joelho flexionado) e distendida em um
gesto súbito, procurando atingir o oponente com a parte inferior do pé.
CHAPA DE COSTAS



Neste movimento o capoeira se abaixa até o solo, numa posição
próxima à da meia lua de compasso, quando então desfere um golpe
idêntico à chapa lateral, agora contando com o apoio das duas mãos ao
solo e se aproveitando do fato de estar de costas para o adversário.
CHAPA-PÉ RODADO
Ao executar este chute o capoeira faz um giro de todo o corpo
sobre uma perna base que se encontra à frente, dando as costas ao
adversário. Neste momento, aproveitando o impulso do movimento de
rotação do corpo, desfere vigoroso chute na posição da chapa lateral,
em direção ao tronco do adversário.
TESOURA DE COSTAS
Na tesoura o capoeira parte de um aú ou de posição idêntica
àquela inicial da meia-lua de compasso. Em um rápido salto, deve
buscar prender entre suas pernas as do adversário, mantendo a frente
do corpo para o solo, apoiando-se sobre as mãos.







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Em seguida, encaixado o movimento, um dos braços é levantado
do solo para fazer um gesto no sentido de rotação do tronco, servindo o
outro como base para o corpo ser girado de lado, tesourando a base de
apoio do adversário e arremessando-o ao solo.
PONTE



Movimento usado como fuga de um ataque, onde o capoeira -
saindo de uma posição igual à da resistência - executa uma curvatura
do tronco e coluna, apoiando as mãos ao solo, para levantar-se com o
apoio dos braços.
COICE
Como se percebe pelo nome, o coice é um movimento onde o
capoeira se apoia sobre os braços e desfere um potente chute duplo.







As pernas são encolhidas e depois arremessadas contra o
adversário.
RABO DE ARRAIA
No rabo de arraia o capoeira se aproxima do adversário e se atira
ao solo, apoiado às mãos, lançando um dos pés em direção ao rosto do
oponente, enquanto a outra perna dá equilíbrio ao movimento.
VÔO DO MORCEGO



Na execução deste movimento o capoeira pula em direção ao
adversário, com as pernas e braços encolhidos. No ar, as pernas são


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distendidas e os pés empurrados com força contra o oponente. Ao cair
no solo, o capoeira amortece a queda com as mãos.
PARAFUSO
O capoeira executa um giro em tudo semelhante ao da armada.
Quando a perna começa a efetuar o semicírculo, o capoeira dá um salto
e desfere um pontapé lateral com a outra perna, girando no ar, graças
ao impulso obtido durante toda a movimentação.
MEIA-LUA SOLTA




Na execução do giro, o calcanhar da perna que descreve a
meia-lua procura passar à altura da cabeça do oponente.
Neste movimento o capoeira faz um giro de tronco, preparando-se
para executar a meia-lua solta. Em seguida arremessa o corpo num giro
sobre uma perna flexionada, no ar, como se fizesse uma meia-lua de
compasso acima do chão.
VARIAÇÕES DO AÚ
Em geral os movimentos da Capoeira são executados pelo jogador
de forma pessoal, cada um acrescentando características que os tornem
mais adequados a um momento particular do jogo. O aú é um dos
movimentos que já tem consagrado o uso da maior quantidade de
variantes. Temos assim o aú aberto, o aú fechado, o aú com martelo, em
que o capoeira na posição do aú desfere um pontapé no adversário, o
aú com rolê, quando o capoeira conclui o movimento na posição de
negativa, aú compasso, executado sobre uma das mãos, procurando
cair com uma perna esticada atingindo o oponente com o calcanhar, aú
com queda de rins e aú camaleão.





A CAPOEIRA NO SÉCULO XX

Não é karatê e não é kung-fu
maculelê, maracatu...'

A Capoeira permaneceu na ilegalidade até os anos 30 e 40 deste
século, quando foram abertas em Salvador, Bahia, as primeiras
"academias" com licença oficial para o ensino da capoeira como uma
prática esportiva.
Neste empreendimento destacaram-se dois mestres baianos
negros e originários das camadas pobres da cidade, Bimba e Pastinha,


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considerados pelos capoeiras atuais como os "heróis culturais" desta
luta.
Para viabilizar seu projeto regional e étnico, estabeleceram duas
estratégias diferentes.
O criador da capoeira Regional Baiana, mestre Bimba, não viu
nenhum inconveniente em "mestiçar" essa luta, incorporando à mesma
movimentos de lutas ocidentais e orientais (tais como box, catch,
savate, jiu-jitsu e luta greco-romana).
Por outro lado, o mestre Pastinha, outro nome famoso da capoeira
baiana, contemporâneo de Bimba e igualmente empenhado na
legitimação da prática do jogo, reagindo àquela "mestiçagem" da
capoeira, afirmou a "pureza africana" da lute, difundindo o estilo da
capoeira Angola e procurando distingui-lo da Regional.
Diferentemente do século XIX, quando a prática da Capoeira,
tolerada como contravenção ou criminalizada, empurrava os negros
pare fora da sociedade brasileira, com a capoeira esporte os negros
foram absorvidos: estão do lado de dentro, "no jogo".
Bimba e Pastinha serviram-se de táticas distintas, defendendo
maneiras diferentes de inserção social. Suas escolas propuseram por
intermédio da Capoeira, estratégias simbólicas e políticas diferenciadas
que visavam, em última instancia, ampliar o espaço político dos negros
na sociedade brasileira, indicando dois caminhos possíveis. De um lado
foi organizado o estilo Regional, que embora incorpore elementos de
lutas ocidentais, guarda elementos que reafirmam a identidade étnica
negra nas músicas, nos toques do berimbau e nos próprios movimentos
que, conforme depoimento de mestre Bimba, são provenientes também
do batuque e do maculelê.
A Capoeira Regional coloca em contato sistemas de valores
distintos e, portanto, construções corporais distintas (movimentos
corporais de brancos e negros), operando uma mediação, criando um
campo simbólico ambíguo e ambivalente.
Sob esse aspecto a Capoeira Regional oferece uma afirmação de
identidade mais ampla que a da Capoeira Angola afirmando a presença
do negro enquanto parte da sociedade brasileira e, finalmente,
enquanto símbolo da nação como um todo. A Regional admite por
exemplo, a incorporação de elementos de outras formas de luta e novos
conceitos quanto à maximização dos efeitos dos golpes; e permite a
construção de uma nova presença negra no cenário nacional. Um preço
foi pago por isso, no plano político: renunciar à afirmação de uma
diferença na identidade negra.
A Capoeira que se quer pura, representada pelo estilo Angola é
uma forma inequívoca de afirmação da identidade étnica: em sua
própria designação os praticantes reafirmam sua origem e ao conservar
a pureza da construção corporal negra, demarcam uma forma
culturalmente distinta de jogar capoeira. Os defensores da Capoeira
Angola consideram que existindo como resistência no momento de
inclusão do negro na sociedade brasileira, ela só é revalorizada como
reafirmação dessa mesma resistência em função da recuperação de
uma identidade negra específica, no bojo da construção política de uma
consciência negra. A construção dessa identidade é possível a partir


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de uma postura conservadora, que reinventa a tradição e só se mantém
com a recuperação simultânea dos outros elementos que, no plano
simbólico, organizam essa visão de mundo negra. Exemplo disso é a
afirmação da origem africana da capoeira a partir do ritual de iniciação
denominado dança da zebra ou N'Golo.
A oposição Capoeira Angola versus Capoeira Regional é matizada:
o estilo Regional preserva as características ambíguas e mantém
elementos que assinalam as fronteiras culturais e étnicas dos negros,
mesmo com a incorporação de movimentos corporais de lutas brancas.
A prática da Capoeira Angola não é tão somente voltar ao
passado, mas buscar na Capoeira uma visão do mundo que questionou,
desde o princípio, diversos conceitos e padrões da cultura ocidental.
Afinal, quando surgiu a Regional, já existia uma tradição consolidada
na Capoeira, principalmente nas rodas de rua do Rio de Janeiro e da
Bahia
Depoimentos obtidos junto aos velhos mestres de Capoeira da
Bahia lembram personagens importantíssimos na história da luta no
século XX, tais como Traíra, Cobrinha Verde, Onça Preta, Pivô, Nagé,
Samuel Preto, Geraldo Chapeleiro, Daniel Noronha, Totonho de Maré,
Juvenal, Canário Pardo, Aberrê, Livino, Bilusca, Cabelo Bom e outros.
Inúmeras cantigas lembram os nomes e as proezas destes capoeiras,
mantendo-os vivos na memória coletiva da Capoeira.
Destacou-se entre os que defendiam a escola tradicional o
mestre Waldemar, do bairro da Liberdade, em Salvador, falecido em
1990. Desde 1940 conduzindo a roda de Capoeira que viria a ser o mais
importante ponto de encontro dos capoeiras da capital bahiana,
infelizmente mestre Waldemar não teve na velhice o reconhecimento
que merecia. Não foram muitos os capoeiras mais jovens que tiveram a
honra de conhecê-lo e ouvi-lo contar suas histórias. Lamentavelmente,
morreu na pobreza, como os mestres Pastinha, Bimba e muitos
outros.
Alguns mestres-capoeiras, antigos freqüentadores das famosas
rodas de Capoeira tradicional de Salvador, apesar da idade avançada
ainda dão sua contribuição ao desenvolvimento do jogo, ministrando
cursos, palestras e mesmo ensinando regularmente em instituições no
Brasil e em outros países.
Com a boa aceitação obtida pela escola de mestre Bimba,
dividiu-se o universo da Capoeira em tendências divergentes: alguns se
voltaram para a preservação das tradições e outros procuraram
desenvolver um estilo mais direcionado para o combate, à feição das
lutas marciais. Conforme ensinam os velhos mestres da Capoeira
baiana, a expressão 'Capoeira Angola' ou 'Capoeira de Angola' somente
surgiu após a criação da 'Regional', com o objetivo de estabelecer-se
uma designação diferente entre esta e a Capoeira tradicional, já
amplamente difundida. Até então não se fazia necessária a
diferenciação e o jogo se chamava simplesmente Capoeira.
Se o trabalho desenvolvido por mestre Bimba mudou os rumos da
Capoeira, muitos capoeiras se preocuparam em mostrar que a Angola
não precisaria sofrer modificações, pois já continha elementos para
uma eficaz defesa pessoal. A cisão ficou mais intensa, levando a uma


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autêntica polarização, a partir da fundação, em 1941, do Centro
Esportivo de Capoeira Angola, em Salvador, sob a liderança do mestre
Pastinha, reconhecido como o mais importante representante dessa
escola.
A ampla expansão da Regional, principalmente como uma
modalidade de luta, contribuiu para difundir a falsa idéia de que a
Angola não dispunha de recursos para o enfrentamento, afirmando-se
ainda que as antigas rodas de Capoeira, anteriores a mestre Bimba, não
apresentavam situações reais de com ate. Entretanto, os velhos mestres
fazem questão de dizer que estes ocorriam de uma forma diferente da
atual, em que os jogadores se valiam mais da agilidade e da malícia, da
mandinga, do que da força propriamente dita.
No seu livro Capoeira Angola, mestre Pastinha afirma que "sem
dúvida, a Capoeira Angola se assemelha a uma graciosa dança onde a
ginga maliciosa mostra a extraordinária flexibilidade dos capoeiras.
Mas, Capoeira Angola é, antes de tudo, luta e luta violenta".
Prática comum no cotidiano das primeiras décadas do século XX,
a Capoeira não exigia de seus praticantes nenhuma indumentária
especial. O capoeira entrava no jogo calçado com a roupa do dia-a-dia.
Nas rodas mais tradicionais, aos domingos, alguns dos capoeiras mais
destacados faziam questão de se apresentar trajando refinados ternos
de linho branco, como era comum até meados desse século.
O ensino da antiga Capoeira Angola ocorria de forma espontânea.
Os mais novos aprendiam com os mais experimentados, diretamente,
com a participação na roda. O aprendizado informal nas ruas e praças
das cidades brasileiras predominou até 1960.
Expressivo número de capoeiras se refere atualmente à Angola
como uma das formas de jogo, não propriamente como um estilo
metodizado de Capoeira.
Lembramos, como já foi dito neste livro, que a velocidade e outras
características do jogo da Capoeira estão diretamente relacionados com
o tipo de 'toque' executado pelo berimbau. Entre outros, existe aquele
denominado toque de Angola, que tem a característica de ser lento e
compassado. Jogar Angola consiste, na maioria dos casos, em jogar
Capoeira ao som do toque de Angola.
A compreensão do autêntico significado da Capoeira Angola vem
mudando com o enorme trabalho das escolas tradicionais, que realizam
um sério e valioso trabalho de divulgação e difusão dos fundamentos
dessa modalidade.
No meio da Capoeira, durante décadas os discípulos de mestre
Bimba e de mestre Pastinha alimentaram divergências. A Angola,
desvalorizada durante as décadas de 60 e 70, momento do auge da
Regional - que procurava conquistar o mercado então aberto às
chamadas artes marciais - seria, ao longo da década de 80 e desde o
início dos anos 90, revalorizada como depositária da tradição, no bojo
da valorização da negritude e do crescimento da consciência negra.
A grande parte das academias, escolas e associações de Capoeira
dedicam algum tempo ao jogo de Angola quando realizam suas rodas,
que nem sempre corresponde àquilo que os antigos capoeiristas
denominavam Capoeira Angola. E o jogo acaba resumindo-se à


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constante utilização das mãos como apoio no chão e execução de
movimentos de pouca eficiência combativa, golpes mais baixos e lentos,
realizados visando maior efeito estético com a exploração do equilíbrio e
da flexibilidade do capoeira.
Evidentemente, seria tarefa dificílima reproduzir detalhadamente
antigas movimentações e rituais da Capoeira. Afinal, como qualquer
manifestação dinâmica, o jogo tem sofrido modificações ao longo de sua
história. O esforço dos capoeiras dedicados ao ensino da arte
que viveram uma intensa preocupação de recuperar o saber ancestral
da Capoeira, mediante o contato com os velhos mestres, demonstra
uma saudável preocupação com a preservação das suas raízes
históricas, recuperando informações junto aos antigos capoeiras, que
vivenciaram inúmeras situações interessantes, acumulando experiência
valiosa ao longo de muitos anos de prática e ensino.
Graças a essa proveitoso intercâmbio podem ser encontradas na
maioria dos capoeiras algumas das mais relevantes características da
Angola, como a continuidade do jogo, quando os jogadores procuram
explorar ao máximo a movimentação evitando interrupções na dinâmica
do jogo; as esquivas, fundamentais na Angola, em que o capoeira evita
ao máximo o bloqueio dos movimentos do adversário, procurando
trabalhar dentro dos golpes, aproveitando-se dos desequilíbrios e falhas
na guarda do outro; a improvisação, típica dos jogadores de capoeira
ambientados nas "rodas de rua" e que pela experiência diante de
situações de enfrentamento real sabem que os golpes e outras técnicas
treinadas no dia-a-dia são um ponto de partida para a luta, mas
precisam ser moldadas rápida e criativamente à situação de momento.
A maioria das escolas não adotam a denominação de Angola ou
Regional para a Capoeira que ensinam. E entre as que se identificam
como Regional, poucas demonstram relação direta com o trabalho de
mestre Bimba: na imensa maioria, os mestres afirmam jogar e ensinar
uma forma mista, conciliando elementos tradicionais com as inovações
introduzidas por mestre Bimba.
Os fundamentos da luta tradicional ensinados às novas gerações
pelos velhos mestres da Bahia, como Waldemar, Caiçara,
Canjiquinha, João Grande, João Pequeno, Paulo dos Anjos, Ferreirinha
e Curió, entre outros, contribuíram decisivamente para o avanço na
organização dos grupos e na retomada das antigas tradições.
Nas últimas décadas do século XX a tendência constatada na
grande maioria das escolas foi de que a Capoeira incorpore as
características das duas escolas. Importante, portanto, que os capoeiras
conheçam a sua história, praticando sua luta de forma consciente.
Angola e Regional possuem valioso conteúdo histórico e não se
excluem: completam-se


Indiscutivelmente, o jogo da Capoeira é uma das mais
significativas contribuições dos africanos e seus descendentes para a
formação da nossa identidade cultural, inserindo-se na nossa história e
preservando a lembrança das lutas sociais que forjaram a cidadania
brasileira. Promover o resgate das tradições da Capoeira significa


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recuperar a consciência da identidade brasileira. Divulgando essa
belíssima linguagem corporal estamos expressando a voz de uma
nacionalidade construída na luta de resistência à dominação cultural.
Lutar pela recuperação da memória brasileira é lembrando dos heróis
saídos do seio do povo. Não nos esqueçamos do exemplo recente de
Pastinha, Bimba, Querido de Deus, Besouro e tantos dos nossos irmãos
que corporificam a cultura brasileira.
A ação desses mestres permitiu a preservação da Capoeira
enquanto luta e arte, jogo e dança, aspectos essenciais numa
manifestação cultural cujo valor depende dessa complexa dubiedade.
Vale ressaltar a importância do trabalho desenvolvido pelos
mestres e capoeiras espalhados por todo o mundo, que têm
desenvolvido esforços proveitosos pela continuidade dessa luta, única e
original.
A sobrevivência da Capoeira estará assegurada pela ação dos
inúmeros praticantes que compreendam a importância dessa forma
exclusiva e magnífica de expressão corporal, cultivando a graça e leveza
dos movimentos, as possibilidades técnicas e plásticas de traduzir
fisicamente elasticidade, flexibilidade e controle. Tudo isso temperado
com muita malícia. E o que é mais importante, sem esquecer a
finalidade da luta: a liberdade - que resume o objetivo a ser alcançado e
o caminho a percorrer.
Fortalecido pelas tradições ricas em caracteres e componentes, os
negros construíram a unidade da sua resistência em torno dos seus
valores, determinando assim as ações da sua resistência social e
cultural. Mesmo assumindo uma língua que não era a deles, adotando
uma forma de comunicação totalmente estranha aos seus costumes - a
escrita -, o negro preservou no corpo a memória da sua identidade.
Essa memória corporal constitui-se na fonte de saber, no banco de
dados que dá suporte à memória dos usos, costumes e tradições. tem
na Capoeira o mais importante discurso de liberdade e autonomia
memorizado no corpo. E é a partir dessa significativa interferência
não-verbal que os negros participaram da definição da nossa cultura:
sentindo na pele a emergência dos problemas políticos e sociais,
resgataram da sua memória corporal a luta de resistência da Capoeira.
O jogo da capoeira é um dos caminhos para a grande aventura da
redescoberta: a construção da cidadania brasileira Por que não tentar?


BIBLIOGRAFIA

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VANDRÉ, Geraldo. Hora de Lutar. LP PPL122202. CONTINENTAL.
CONSULTA COMPLEMENTAR
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TAVARES, Odorico. Bahia: imagens da terra e do povo. Rio de Janeiro,
CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA, 1961.
VIEIRA, Emílio. Na roda do berimbau. Goiânia, ORIENTE, 1973.


(FIM DA OBRA - OBRA COMPLETA)


A Arte da Capoeira - Parte 1 de 3 - Camille Adorno
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/07/a-arte-da-capoeira-parte-1-de-3-camille.html


A Arte da Capoeira - Parte 2 de 3 - Camille Adorno
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/07/a-arte-da-capoeira-parte-2-de-3-camille.html


A Arte da Capoeira - Parte 3 de 3 - Camille Adorno
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/07/a-arte-da-capoeira-parte-3-de-3-camille.html



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segunda-feira, 24 de julho de 2017

A Arte da Capoeira - Parte 2 de 3 - Camille Adorno


A Arte da Capoeira - Parte 2 de 3 - Camille Adorno
A Arte da Capoeira - Camille Adorno



Inclusive nas escolas e quartéis, surgindo aqui uma nova representação
social para essa prática, vista agora como "herança da mestiçagem no
conflito das raças" e, portanto, "nacional" (Moraes
Filho,1893/1979:257).



Muitos dos nossos escritores empolgaram-se com a Capoeira e
seus adeptos. Joaquim Manuel de Macedo, em Memórias de Um
Sargento de Milícias; Aluízio de Azevedo, em O Cortiço, são alguns dos
que buscaram retratar cenas do período em que capoeiras pontificavam,
nas suas lutas.
Desde o Império (1822-1889) a presença da Capoeira na vida
brasileira foi acentuada. Consta que possuía D. Pedro I um capoeira
como guarda-costas, servindo-lhe de proteção em suas andanças
noturnas. E não eram poucos os nobres que dominavam recursos da
Capoeira. Os negros encarregados dos serviços domésticos muitas vezes
ensinavam aos sinhozinhos alguns de seus segredos. Cada vez mais a
luta era praticada, rompendo todas as barreiras.


O capoeira dessa época tinha por escola as praças, ruas e
corredores. Formavam bandos perigosos, que se davam a conhecer
entre si pelas características dos chapéus, lenços, roupas, fitas e tantas
convenções quanto era possível imaginar.
A criminalização da capoeira não foi consensual mas significou a
vitória política de uma determinada facção da classe dirigente nacional.
Em 11 de outubro de 1890 foi promulgada a Lei nº 487, de
autoria de Sampaio Ferraz, proibia a prática da capoeira e previa
punição de 2 a 6 meses de trabalho forçado na ilha de Fernando de
Noronha. No artigo 402, que tratava "Dos vadios capoeira", lia-se:
'Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e
destreza corporal conhecidos pela denominação capoeiragem; andar em
correrias, com armas ou instrumentos capazes de produzir uma lesão
corporal, provocando tumulto ou desordem, ameaçando pessoa certa ou
incerta, ou incutindo temor de algum mal. Pena - prisão celular de dois
a seis meses. Parágrafo único: é considerada circunstância agravante
pertencer o capoeira a algum bando ou malta. Aos chefes e cabeças se
imporá a pena em dobro".
Como não eram apenas os negros e mestiços que praticavam a
Capoeira, a lei acabou atingindo importantes pessoas da nobreza.
Exemplo disso foi o conhecido caso de José Elísio dos Reis. Seu pai era
o conde de Matosinhos, proprietário do jornal O País. Conhecido de
todos como praticante da Capoeira, Juca Reis, antes da aprovação da lei
estava em Portugal. Quando retornou ao Brasil foi preso por Sampaio
Ferraz. A sua liberdade foi conseguida graças à influência de Quintino
Bocaiúva, ministro das Relações Exteriores no primeiro governo
republicano brasileiro. Quintino ameaçou renunciar ao cargo se Juca
Reis não fosse liberto. O ministro teve seu pedido aceito pelo marechal-
presidente Deodoro: o capoeira Juca Reis foi solto e retornou a
Portugal.
Os capoeiras foram perseguidos por todo o século XIX. Se por um
lado a sua ação provocava verdadeiro pânico numa parcela da
população - especialmente nas elites! - que apoiava a repressão
policial, muita gente desconfiava dessa ação. O texto publicado no
jornal Diário de Notícias, da cidade do Rio de Janeiro, em 19 de janeiro
de 1890, é uma amostra irônica da reação popular à violenta campanha
policial:
"É polícia das primeiras/É levadinha do diabo/Deu cabo
dos capoeiras/Vai dos gatunos dar cabo/Já da navalha
afiada/A ninguém o medo aperta/Vai poder a
burguesada/Ressonar com a porta aberta
A ir assim poderemos/Andar mui sossegadinhos/Nessa
terra viveremos/Como Deus com seus anjinhos/Ai!
Assim continuando/A polícia hemos de ver/As suas
portas fechando/Por não ter mais que fazer"
Melo Moraes Filho, em Festas e Tradições Populares do Brasil
(1893), fala a respeito dos grupos que formavam - as maltas - e suas
proezas ao tempo do Império: "A categoria de chefe da malta só atingia
aquele cuja valentia o tornava inexcedível e de chefe dos chefes o mais
afoito entre estes, mais refletido e prudente.
'Os capoeiras, até quarenta anos passados, prestavam juramento


[Linha 1350 de 3846 - Parte 2 de 3]


solene e o lugar escolhido para isso eram as torres das igrejas. As
questões de freguesia ou de bairro não os desligavam, quando as
circunstâncias exigiam desagravo comum; por exemplo: um senhor, por
motivo de capoeiragem, vendia para as fazendas um escravo filiado a
qualquer malta; eles reuniam-se e designavam o que havia de vingá-lo.
'No tempo em que os enterramentos faziam-se nas igrejas e que
as festas religiosas amiudavam-se, as torres enchiam-se de capoeiras,
famosos sineiros que montados na cabeça dos sinos acompanhavam
toda a impulsão dos dobres, abençoando das alturas o povo que os
admirava, apinhado nas praças ou nas ruas."
Em seguida, passa o memorialista a descrever alguns movimentos
da Capoeira, com riqueza de detalhes que nos leva a supor não lhe
serem desconhecidos os segredos dessa arte: "A capoeiragem antiga e
a moderna tem a sua gíria e sua maneira de expressão, pela qual são
compreendidos os lances do jogo. Deveras arriscados, difíceis e
dependendo de rapidez e hábito, não é sem longa prática que
conseguem tais contendores fazerem-se notáveis. Para darmos uma
pálida idéia da gíria e do jogo, ajustamos por aquela algumas evoluções
deste. Um dos preparativos mais rudimentares do capoeira é o 'rabo de
arraia'. Consiste ele na firmeza de um pé sobre o solo e na rotação
instantânea da perna livre, varrendo a horizontal, de sorte que a parte
dorsal vá bater no flanco do contendor, seguindo-se após a cabeçada ou
a rasteira, infalíveis corolários da iniciação do combate.
'Por 'escorão' entendem eles amparar inesperadamente o pé de
encontro ao ventre do adversário, o que é um subterfúgio que difere do
'pé de panzina', que é o mesmo resultado porém feito não como um
recurso do jogo, mas deixando à destreza tempo de varrê-lo.
'O 'passo a dois' (gíria moderna) é um sapateado rápido que
antecede à cabeçada e a rasteira, da qual o acometido se livra armando
o 'clube x', que quer dizer o afastamento completo das tíbias e união
dos joelhos, que formando larga base, estabelece equilíbrio, recebendo
no embate o salto da botina, que ainda ofende o adversário.
'O 'tombo da ladeira' é tocar no ar, com o pé, o indivíduo que
pula; a 'rasteira a caçador' é o meio ginástico de que servem-se para -
deixando-se cair sobre as costas, ao mesmo tempo que firmam-se sobre
as mãos - derrubarem o contrário imprimindo-lhe com o pé violenta
pancada na articulação tíbio tersianal."
Melo Moraes traça um retrato de fatos sociais do Rio de Janeiro e
da intensa repressão policial à Capoeira, associada à criminalidade.
"As escolas de capoeiragem multiplicavam nesta cidade,
pertencendo cada turma de discípulos a esta ou aquela freguesia.
'Desde a dos caxinguelês, meninos que iam à frente das maltas
provocar inimigos, até a dos mestres que serviam para exercícios
preparatórios, esses cursos regulares funcionavam sendo os mais
freqüentados o da Praia do Flamengo, o do morro da Conceição, o da
Praia de Santa Luzia, não falando nas torres das igrejas - ninhos
atroados de capoeiras de profissão.
'Alistados nos batalhões da guarda nacional os capoeiras
exerciam poderosa influência nos pleitos eleitorais, decidiam das
votações, porque ninguém melhor do que eles arregimentavam votos,


[Linha 1400 de 3846 - Parte 2 de 3]


emprenhavam urnas, afugentavam votantes, etc.
'Muitos dos comandantes dos corpos e grande parte dos
aficionados entendia do jogo, ou eram habilíssimos na arte.
'Os desafios entre as freguesias transmitiam-se por meio de
pancadas de sino convencionais e em horas determinadas. Os combates
davam-se nas praças, nas ruas, em sítios mais ou menos distantes e
desertos.
'Às vezes, interrompendo a marcha de uma procissão, o desfilar
de um cortejo, ouvia-se, aos gritos das senhoras correndo espavoridas,
dos negros levando senhores moços ao colo, dos pais de família pondo
no abrigo a mulher e os filhos, o horroroso 'Fecha! Fecha!'. Os
caxinguelês voavam na frente, a capoeiragem disparava indômita,
seguindo-se aos distúrbios cabeças quebradas, lampiões apedrejados,
facadas, mortes, etc...
'A polícia, amedrontada e sem força, fazia constar que perseguia
os desordeiros, acontecendo raríssimas vezes ser preso este ou aquele
que respondia a processo.
'Pertencendo à segunda fase da capoeiragem no Rio de Janeiro,
essas cenas tiveram lugar durante a administração policial de Eusébio
de Queiroz e de seus sucessores, desaparecendo totalmente com a
guerra do Paraguai, que não acabou somente com os capoeiras, porém
assinalou o termo do patriotismo brasileiro."
Em seguida o cronista passa a reportar-se às personalidades
eminentes da época que se notabilizaram também pelos conhecimentos
do jogo da Capoeira.
"É geralmente sabido pela tradição que no Senado, na Câmara
dos Deputados, no Exército, na Marinha, no funcionalismo público, na
cena dramática e mesmo nos claustros, havia capoeiras de fama, cujos
nomes nos são conhecidos.
'Nas garrafadas de março, um dos nossos mais eloqüentes
oradores sacros fez prodígios nesse jogo, livrando-se de seus
agressores; recordamo-nos de um frade do Carmo que por ocasião de
uma procissão de enterro, debandou a cabeçadas e rasteiras um grupo
de indivíduos imprudentes que o provocaram.
'Pergunte-se por aí qual o ator cuja valentia e destreza como
capoeira eram respeitados, e acreditai que a popularidade precisaria
muito para atingir-lhe o pedestal.
'Quando estudamos no Colégio de Pedro II foi nosso lente de
francês o bacharel Gonçalves, bom professor e melhor capoeira.
'O Dr. D. M., jurisconsulto eminente e deslumbrante glória da
tribuna criminal, cultivou em sua mocidade essa luta nacional,
entusiasticamente levada a excessos pelo povo baixo, que a afogou nas
desordens, em correrias reprováveis, em homicídios horrorosos.
'Pode-se dizer que de 1870 para cá os capoeiras não existem e se
um ou outro, verdadeiramente digno desse nome pela lealdade antiga,
pela confiança própria e pelo conhecimento da arte resta por aí, veio
daquele tempo em que a capoeiragem tinha disciplina e dirigia-se a
seus fins.
'Navalhar à traição, deixar-se prender por dois ou três soldados e
espancar a um pobre velho, ser vagabundo e ratoneiro, nunca


[Linha 1450 de 3846 - Parte 2 de 3]


constituíram os espantosos feitos das maltas do passado, que brigavam
freguesia com freguesia, disputavam eleições arriscadas, levavam à
distância cavalaria e soldados de permanentes quando intervinham em
conflitos de suscetibilidade comum.
'O capoeira isolado, naqueles tempos, trabalhava, constituía
família, a vadiagem lhe era proibida, não era gatuno, afrontava a força
pública e só se entregava morto ou quase morto.
'Como fizemos ver em princípio, as turmas militantes
condensavam as classe operárias e os escravos, expressão nítida da
capoeiragem de rua."
Em outro momento da sua narrativa, Melo Moraes fala da
presença de portugueses e demais cidadãos no meio da Capoeira, à
época assimilada como costume popular.
"Não sendo estranhos ao jogo, portugueses havia que se aliavam
às maltas avulsas, distinguindo-se entre eles homens de inaudita
coragem e espantosa agilidade.
'Luzidas companhias de batalhões da guarda nacional, de que
tinham orgulho briosos comandantes, reuniam magnífica rapaziada, de
onde eram tirados praças para diligências perigosas, servindo
igualmente para as campanhas eleitorais.
'A prova de que a capoeiragem entrava nos nossos costumes está
em que não havia menino que não botasse o boné à banda e soubesse
gingar, nem escolas que se não desafiassem para brigar, sendo de data
recente as lutas entre os famosos colégios Sabino, Pardal e Vitorio."
Mello Moraes Filho dá uma idéia precisa da simulação e
dissimulação da intenção durante o jogo de capoeira:
"O capoeira, colocado em frente a seu contendor, investe, salta,
esgueira-se, pinoteia, simula, deita-se, levanta-se e, em um só instante,
serve-se dos pés, da cabeça, das mãos, da faca, da navalha, e não é raro
que um apenas leve de vencida dez ou vinte homens" .
Ao encerrar a reportagem da Capoeira no começo do século XIX,
traça Melo Moraes o perfil do famoso capoeira Manduca da Praia.
"O Manduca da Praia era um pardo claro, alto, reforçado, gibento
e quando o vimos usava barba crescida em ponta, grisalha e cor de
cobre.
'De chapéu de castor branco ou de palha ao alto da cabeça, de
olhos injetados e grandes, de andar compassado e resoluto, a sua figura
tinha alguma coisa que infundia temor e confiança.
'Trajando com decência, nunca dispensava o casaco grosso
comprido, grande corrente de ouro que prendia o relógio, sapatos de
bico revirado, gravata de cor com anel corrediço, trazendo somente
como arma uma bengala fina de cana da Índia.
'O Manduca tinha uma banca de peixe na praça do Mercado, era
liso em seus negócios, ganhava bastante e trabalhava com regalo.
'Constante morador da Cidade Nova, não recebia influências da
capoeiragem local nem de outras freguesias, fazendo vida à parte,
sendo capoeira por sua conta e risco.
'Destro como uma sombra, foi no curro da rua do Lavradio, canto
da do Senado, onde é hoje uma cocheira de andorinhas, que ele iniciou
a sua carreira de rapaz destemido e valentão, agredindo touros bravios


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sobre os quais saltava, livrando-se.
'Nas eleições de S. José dava cartas, pintava o diabo com as
cédulas.
'Nos esfaqueamentos e sarilhos próprios do momento ninguém
lhe disputava a competência.
'Um dia, na festa da Penha, o Manduca da Praia bateu-se com
tanta vantagem contra um grupo de romeiros armados de pau, que
alguns ficaram estendidos e os mais inutilizados na luta.
'O fato que mais o celebrizou nesta cidade remonta à chegada do
deputado Sant'ana, cavalheiro distintíssimo e invencível jogador de
pau, dotado de uma força muscular prodigiosa.
'Sant'ana, que gostava de brigas e não recuava diante de quem
quer que fosse, tendo notícia do Manduca, procurou-o.
'Encontrando-se os dois, houve o desafio, acontecendo àquele
saltar aos ares ao primeiro canelo do nosso capoeira, depois do que
beberam champagne ambos e continuaram amigos."
Outro capoeira famoso no começo do século XX foi Prata Preta,
um dos principais líderes populares da Revolta da Vacina (1904), que se
notabilizou por seus confrontos com a policia durante o conflito. Sobre
essa época é interessante a leitura do relato de Lima Campos, em artigo
intitulado "A Capoeira", publicado em 1906 na Revista Kosmos.
trazendo o registro de um flagrante testemunhado pelo jornalista: "A
alma do capoeira é o olhar; uma esgrima sutil, ágil, firme, atenta, em
que a retina é o florete flexível, penetrante, indo quase devassar a
intenção ainda oculta, o desejo apenas pensado, voltada sempre para
o adversário, apanhando-lhe todos os movimentos, surpreendendo-lhe
os mais insignificantes ameaços, para desviá-los, em tempo, com a
destreza defensiva dos braços em rebates lépidos ou evitá-los com os
desvios laterais e os recuos saltados do corpo, leve, sobre ponta de pés,
até facultar e perceber a aberta e entrar, 'para ver como é, para contar
como foi', segundo o calão próprio.
'O capoeira não inutiliza unicamente o adversário pelos seus
golpes; inutiliza-o também, e pior, pelo ridículo.
'Não lutava em silêncio, proferia sempre termos grosseiros
visando exasperar, ridicularizar o contendor. Na churumela (cabeçada),
por exemplo, que eles denominavam 'levar a torre do pensamento ao
aparelho mastigante do poeta', o adversário era atingido com a cabeça
num golpe vigoroso, desfechado embaixo do queixo, projetado no
espaço e finalmente, esborrachava-se de ventre no chão, ou em
cambalhotas com pernas para cima".
O jornalista e escritor Coelho Neto (1864-1934), professor de
Literatura e Teatro, formado pela Faculdade de Direito do Largo do São
Francisco, autor de mais de cem obras literárias e um dos fundadores
da Academia Brasileira de Letras (cadeira nº 2), também praticou a
Capoeira. Em 'O Nosso Jogo', um dos capítulos do seu livro Bazar,
também registra suas impressões sobre as características da arte no
seu tempo:
"O que matou a capoeiragem entre nós foi... a navalha. Essa
arma, entretanto, sutil e covarde, raramente aparecia na mão de um
chefe de malta, de um verdadeiro capoeira, que se teria por desonrado


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se, para derrotar um adversário, se houvesse de servir do ferro".
Em outra passagem Coelho Neto esclarece que a arma era
descartada pelo capoeira que sabia aplicar com eficiência os golpes,
tirando de ação o adversário: "O capoeira digno não usava navalha:
timbrava em mostrar as mãos limpas quando saía de um turumbamba
(briga, desordem). Generoso, se trambolhava (aplicava queda violenta) o
adversário, esperava que ele se levantasse para continuar a luta porque
"não batia em homem deitado"; outros diziam, com mais desprezo, "em
defunto".
É interessante observar os contornos do perfil do capoeira carioca
descrito por Coelho Neto: 'O capoeira que se prezava tinha ofício ou
emprego, vestia com apuro e, se defendia uma causa, como aconteceu
com a do Abolicionismo, não o fazia como mercenário.
'Quanto às provas de superioridade da capoeiragem sobre os
demais esportes de agilidade e força são tantas que seria prolixa a
enumeração.
'Além dos feitos dos contemporâneos de Boca Queimada e
Manduca da Praia, heróis do período áureo do nosso desestimado
esporte, citarei, entre outros, a derrota de famoso jogador de pau,
guapo rapagão minhoto, que Augusto Mello duas vezes atirou de
catrambias (desprezo) no pomar da sua chacarinha em Vila Isabel onde,
depois da luta e dos abraços de cordialidade, foi servida vasta feijoada.
'Outro: a tunda infligida por Zé Caetano e dois cabras destorcidos
a grupo de marinheiros franceses, de uma corveta Palas. A maruja não
esteve com muita delonga e, vendo que a coisa não lhe cheirava bem
em terra, atirou-se ao mar, salvando-se a nado, da agilidade dos três
turunas, que a não deixavam tomar pé".
O escritor Manoel Querino, no Jornal de Notícias, da cidade de
Salvador, na Bahia, do dia 2 de junho de 1914, em depoimento
intitulado 'A Combuca Eleitoral' trata das disputas entre liberais e
conservadores e do papel dos capoeiras a soldo dos partidos, na ocasião
em que se realizavam as eleições.
"O capoeira fora sempre figura indispensável nos pleitos
eleitorais, fazendo respeitar a opinião de correligionários, provocando a
desordem, sempre que se fazia necessário; espancando o adversário e
contribuindo desse modo para a formação da Câmara dos Fagundes."
Prosseguindo em sua narrativa Manoel Querino descreve o dia do
pleito eleitoral: "Chegado que fosse o dia da eleição, estavam as hostes
preparadas para a luta, cada partido arregimentava o seu pessoal,
composto de votantes, turbulentos, capoeiras e aderentes. Todos a
postos, começava a chamada, no campo da matriz da paróquia. Na
ocasião aprazada, dava-se um conflito, era o meio de perturbar a
eleição. Chamava-se um cidadão para votar; o grupo político que
dispunha de maior número de desordeiros, gritava: - É fósforo! - É!
- Não é!... E fechava-se o tempo... Gritos, protestos, doestos, uma
vozeria ensurdecedora, e, por fim, recorriam ao argumento decisivo - o
cacete; e o sangue dos partidários ensopava as lajes do templo, sendo
alguma vez interdito pela autoridade diocesana.
'Aproveitando a confusão do momento, o votante mais sagaz
introduzia na urna um maço de chapas. Chamava-se esta ação -


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emprenhar a urna. De modo que a vitória das urnas estava na razão de
quem dispunha dos maiores elementos de desordem, fossem paisanos
ou militares."
O mesmo sistema que gerava a miséria provocava as turbulências
no contexto social: fabricava aquele estado de coisas. Os capoeiras
faziam uso da violência, indistintamente, contra membros de uma
sociedade que sobrevivia às custas da escravidão, a violência
institucionalizada sempre gerando mais violência. Enquanto isso, a
Capoeira fazia mais adeptos, em todas os segmentos sociais. Segundo
Francisco Pereira da Silva, o escritor Coelho Neto era exímio na arte:
"Ágil na pena quanto destro na rasteira, duas vezes publicamente se
valeu do ensino da capoeiragem recebido nos tempos de rapaz. Josué
Montello refere-se a um destes episódios, precisando a data de 6 de
agosto de 1886, quando à noite em meeting de abolicionistas no Teatro
Politeama do Rio de Janeiro, discursava Quintino Bocaiúva. A certa
altura, capoeiristas a soldo dos escravocratas irrompem das galerias e
armam tremendo salseiro. Luzes apagadas, vem Coelho Neto e realiza a
incrível proeza de desarmar o chefe do bando, que outro não era senão
Benjamim - o mais temível capoeira carioca."
De outra feita, o mesmo romancista Coelho Neto, em episódio
também narrado por Josué Montello e aqui transcrito de Pereira da
Silva, demonstrou seus atributos de destreza e valentia: "Na Academia
Brasileira de Letras, fizera o tribuno maranhense referência em
desfavor de um colega de imortalidade. Dias depois lhe apareceu um
filho do suposto ofendido exigindo satisfação. Gravemente
desentenderam-se e o jovem, que era atleta, não retardou seu golpe de
jiu-jitsu. Instantaneamente e com agilidade felina, partiu Coelho Neto
para o rabo de arraia levando o insolente a beijar o pó da calçada e a
sumir no oco do mundo..."
Do capoeira da Bahia, no século passado, traçou Manoel Querino
um perfil da sua figura inconfundível, que em muito se assemelhava à
do seu contemporâneo capoeira do Rio de Janeiro: "Era um indivíduo
desconfiado e sempre prevenido. Andando nos passeios, ao
aproximar-se de uma esquina tomava imediatamente a direção do meio
da rua; em viagem se uma pessoa fazia o gesto de cortejar a alguém, o
capoeira, de súbito, saltava longe, com a intenção de desviar uma
agressão, embora imaginária.
'Eram conhecidos à primeira vista pela atitude singular do corpo,
pelo andar arrevesado, pelas calças de boca larga, ou pantalona,
cobrindo toda a parte anterior do pé, pela argolinha de ouro na orelha,
como insígnia de força e valentia, e o nunca esquecido chapéu à
banda."
Muitos foram os capoeiras que deixaram seus nomes e feitos
inscritos nas páginas dos cronistas da história, deixando evidente a
aptidão para feitos de coragem e bravura. Exemplo disso são as páginas
do jornalista e escritor Monteiro Lobato, cronista e romancista, criador
do Sítio do Pica-pau Amarelo e seus personagens, obra que o
imortalizaria como maior nome da literatura infantil brasileira. O seu
testemunho sobre o 22 do Marajó foi transcrito por João Lyra Filho, em
Introdução à Sociologia dos Desportos: "Trata-se de um marinheiro,


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mestre em desordens, habituado a revirar de pernas para o ar
quiosques portugueses; imperava na Saúde, onde suas proezas de
capoeira exímio andavam de boca em boca. Tantas fez que o governo o
mandou para o Norte, onde foi servir no Alto Amazonas. Ali aclimado,
tornou-se rapaz sereno. Com boa pinta, ferrou namoro com a mulher
de um ship-chandler, tornando-se seu amante. Mas o trio teve pouca
duração; o marido enganado morreu. O marujo casou-se com a viúva,
herdeira de bons pacotes, pediu baixa e seguiu para a Europa. No velho
mundo, permaneceu dois anos, ao cabo dos quais veio morar no Rio de
Janeiro.
'O marinheiro já era outro; transformado em perfeito cavalheiro,
embasbacava a rua do Ouvidor com o apuro dos trajes, as polainas de
gala, as luvas de pelica e a cartola café-com-leite. Ninguém sabia quem
ele era, embora parecesse um fidalgo. Impávido, petroneando de
monóculo, olhava de cima. De hábitos certos, todos os dias passava pelo
largo São Francisco, assim como paca pelo carreiro. O logradouro era
ponto de encontro preferido por alguns rapazes grã-finos, fortemente
despeitados ante a esmagadora elegância do desconhecido. Este passou
a ser visto como um rival, sobretudo no jogo lúdico do namoro com as
donzelas. Os rapazes decidiram quebrar a proa do novo êmulo. Certa
vez em que este passava, mais imponente do que nunca, coincidiu
aproximar-se da roda um capoeira 'mordedor', que se gabava de ser um
mestre em soltas. 'Solta' era uma cabeçada desferida no adversário,
sem encosto da mão.
'Veio a hora da 'mordida' e com ela a hora da forra. Os rapazes
selaram o trato: o capoeira embolsaria cinco mil réis, desde que
sapecasse uma solta naquele freguês de monóculo. 'É pra já', disse o
valentão, já indo ao encontro do rival. Postou-se perto, na calçada por
onde caminhava o '22', desperdiçando passos de lorde e esticado dentro
do croisô confeccionado em Londres Um, dois, três. Quando o antigo
marujo o defrontou, o capoeira avançou e despejou-lhe primorosa
cabeçada. Mas o adversário, surpreendido, quebrou o corpo e mandou a
cabeçada do agressor beijar a parede. Ao mesmo tempo, com um pé
bem manobrado, plantou-o no chão com uma rasteira de placa. O
'mordedor' ergueu-se, tonto e confuso, para desabar, novamente, com
outra rasteira de estilo. De agressor passara a agredido; desnorteado,
deu sebo às canelas e foi amansar o galo da cabeça a cem passos
adiante.
'O Petrônio ficou por ali mesmo, onde estava, dando-se ao
conserto do laço da gravata. Mas não perdeu o ímpeto transformado no
desprezo dirigido aos rapazes grã-finos e mofinos da roda elegante: '- Só
uma besta desta dá soltas sem negaça. Já o Cincinato Quebra-Louça
dizia que soltas sem negaça só em lampião de esquina; se grampeasse,
vá lá. O Trinca-Espinha, o Estrepolia e o Zé da Gamboa admitem soltas
neste caso. Mas, assim mesmo, só quando o semovente não é firme de
letra.' E, num giro de bengala entre os dedos, rematou com um suspiro
de saudade: '- Já gostei desse divertimento. Hoje, minha posição social
não me permite cultivá-lo. Mas vejo, com tristeza, que a arte está
decaindo.' E lá se foi, imperturbável e superior, monologando. 'Soltas
sem negaça...Forte besta!'


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'Mas os rapazes não se deram por vencidos. Recuperados após o
estupor, uma nova tentativa de desforra cresceu no ânimo deles. A
desforra deveria ser contundente. Já então, a surra deveria ser
mediante contrato: adjudicaram a empresa ao famoso Dente de Ouro,
da Saúde, que haveria de romper o baluarte e quebrar de vez a proa ao
estranho figurão. Tudo bem assentado, foram colocar-se no momento
aprazado junto ao carreiro, com o rompe-e-rasga à frente. 'É aquele lá' -
apressaram-se em dizer, assim que ao longe repontou a cartola
café-com-leite do sobranceiro lutador. Dente de Ouro avançou para o
desconhecido; ao defrontá-lo, entreparou e abriu-se num grande riso
palerma: 'Ei 22! Você por aqui?' E a resposta: '- Cala o bico, moleque,
e tome lá para o cigarro. Afasta-te que hoje sou gente; não ando em
más companhias.' E o 22 do Marajó seguiu caminho honesto, depois de
meter uma pelega de dez na mão do Dente de Ouro. Este, alisando a
nota, voltou ao grupo dos grã-finos. 'Então?' - um dos rapazes
interrogou-o, desnorteado com o imprevisto desfecho. - 'Cês tão besta?
Aquele é o 22 do Marajó, tem corpo fechado para sardinha e pé que
nunca melou saque!' "
Em A Alma Encantada das Ruas, João do Rio, pseudônimo de
Paulo Barreto, jornalista, romancista, cronista, teatrólogo e contista,
autor de Dentro da Noite, A mulher e Os Espelhos, e dos livros de
reportagens As Religiões do Rio e Movimento Literário, nascido em 1880
e que veio a falecer em 1921, na crônica Presepes, aborda um grupo
carnavalesco formado por negros da Bahia, que tem sua sede na praia
Formosa, o Rei de Ouros. Descrevendo suas conversas com Dudú, um
dos integrantes do grupo, quanto à composição do Presepes, indagou:
"- Mas porque, continuo eu curioso, põem vocês junto do rei
Baltazar aquele boneco de cacete?
- Aquele é o rei da capoeiragem. Está perto do rei Baltazar porque
deve estar. Rei preto também viu a estrela. Deus não esqueceu a gente.
Ora, não sei se V.S. conhece que Baltazar é pai da raça preta. Os
negros de Angola quando vieram para a Bahia trouxeram uma dança
cungú, em que se ensinava a brigar. Cungú com o tempo virou
mandinga e S. Bento.
- Mas o que tem tudo isso?
- Isso, gente, são nomes antigos da capoeiragem. Jogar capoeira é
o mesmo que jogar mandinga. Rei da capoeiragem tem seu lugar junto
de Baltazar. Capoeiragem tem sua religião.
Abri os olhos pasmados. O negro riu.
- V.S, não conhece a arte? Hoje está por baixo. Valente de
verdade só há mesmo uns dez: João da Sé, Tito da Praia, Chico Bolivar,
Marinho da Silva, Manoel Piquira, Ludgero da Praia, Manoel Tolo,
Moisés, Mariano da Piedade, Cândido Baianinho e outros... Esses
cabras sabiam jogar mandingas como homens...
- Então os capoeiras estão nos presepes para acabar com as
presepadas.
- Sim senhor. Capoeiragem é uma arte, cada movimento tem um
nome. É mesmo como sorte de jogo. Eu agacho, prendo V.S. pelas
pernas e viro: - V.S. virou balão e eu entrei de baixo. Se eu cair virei
boi. Se eu lançar uma tesoura eu sou um porco, porque tesoura não se


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usa mais. Mas posso arrestar-lhe uma tarrafa mestra.
- Tarrafa?
- É uma rasteira com força. Ou esperar o dégas de galho, assim
duro, com os braços para o ar e se for rapaz da luta, passar-lhe o tronco
na queda, ou, se for arara, arrumar-lhe mesmo o baú, pontapé na
pança. Ah! V.S. não imagina que porção de nomes tem o jogo. Só
rasteira, quando é deitada, chama-se banda, quando com força, tarrafa,
quando no ar, para bater na cara do cabra, meia lua...
- Mas é um jogo bonito!, fiz para contentá-lo.
- Vai até o auê, salto mortal, que se inventou na Bahia.
'Para aquela lição intempestiva, já se havia formado um grupo de
temperamentos bélicos. Um rapazola falou:
- E a encruzilhada?
- É verdade, não disseste nada da encruzilhada?
'E a discussão cresceu. Parecia que iam brigar...
'Fora, a chuva jorrava torrencial. Um relógio pôs-se a bater
preguiçosamente meia-noite. As mulatinhas cantavam tristes: 'Meu rei
de Ouros quem te matou?/Foi um pobre caçadô'
'Mas Dudú saltou para o meio da sala. Houve um choque de
palmas. E diante do quarto, onde se confundia o mundo em adoração a
Deus, o negro cantou acompanhado pelo coro:
'Já deu meia noite/O sol está pendente
Um quilo de carne/ Para tanta gente!'
'Oh! Suave ironia dos malandros! Na baiúca havia alegria, parati,
álcool, fantasia, talvez o amor nascido de todas aquelas danças e do
insuportável cheiro do éter floral...
'Não havia, porém, com que comer. Diante de Jesus, que só lhes
dera o dia de amanhã, a queixa se desfazia num quase riso. Um quilo
de carne para tanta gente!
'Talvez nem isso! Saí, deixei o último presepe.
'De longe, a casinhola com as suas iluminações tinha um ar de
sonho sob a chuva, um ar de milagre, o milagre da crença, sempre
eterna e vivaz, saudando o natal de Deus, através da ingenuidade dos
pobres. Como seria bom dar-lhes de comer, ó Deus Poderoso!
'Como lhes daria eu um farto jantar se, como eles, não tivesse
apenas a esperança de amanhã obter um quilo de carne só para mim!"
João Moniz, poeta nascido em Santo Amaro da Purificação, na
Bahia, deixou nas páginas do jornal A Tarde um relato das suas
impressões acerca do famoso capoeira Besouro, personagem que até os
dias de hoje é cantado nas rodas do jogo. Com palavras de evidente
admiração, afirmou o poeta: "Besouro foi a maior atração de minha
infância. Seus combates simulados com Doze Homens, Ioiô, Nicori e
outros capoeiristas seus amigos, ao som do berimbau e do pandeiro,
eram espetáculos magníficos de força, agilidade e delicadeza, em que os
suarentos e leais contendores se aplicavam, mutuamente, os perigosos
preceitos de ataque e defesa, cuidadosos de se não machucarem, por
que não saíssem mal-avindos do brinquedo. E Besouro, então, primava
por essas atitudes de nobreza, ele que era respeitado como o primus
inter pares, no recôncavo e no costeiro baianos, da luta, que lhe
levaria o nome, em situação privilegiada, ao nosso folclore.


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'Conheci Besouro na pujança dos seus vinte e poucos anos. Era
amável, brincalhão, amigo das crianças e 'respeitador dos brancos'. De
uma coragem pessoal que parecia loucura, gostava de 'buli' com a
polícia. E não raro explodia um turundundum dos diabos em frente à
cadeia velha, sua terra natal. Era Besouro, que, noite velha, havia
acordado o destacamento para um 'brinquedo', que se prolongava em
correrias e tiros, e de que ele saía ileso e sempre sorrindo, como
entrava.
'Às vezes, no calor da luta, tirava um pouco de 'tinta' nos praças,
mas nunca matou ninguém. Tinha tanto horror a palavra assassino
quanto adorava o termo valente, que lhe cabia a rigor."
A respeito de uma versão - até hoje bastante acreditada - da
morte de Besouro, onde este teria sido "morto traiçoeiramente pela
polícia, por ter abatido oito praças com a capoeira, de uma só vez",
versão esta que foi publicada em reportagem assinada por Cláudio
Tuiuty Tavares, em O Cruzeiro, afirmou João Moniz em sua crônica:
"Aquele particípio - abatido - empregado pelo repórter, deixa
entender que Besouro matou oito soldados e por isso foi morto. Não, já
deixei dito que Besouro nunca matou ninguém, e posso afirmar, com
absoluta segurança, que não foi morto pela polícia.
'Contam-se duas versões da morte de Besouro. Uma, inverídica,
resultante de perfídia política, e a outra, verdadeira, em que Besouro,
embriagado, fora ferido a punhal, traiçoeiramente, por um rapazelho
subestimado por ele à vista de outros, quando bebiam numa venda. E
não morreu propriamente do golpe, mas, de mau trato, que o deixaram
no chão por mais de um dia, o intestino à mostra, antes que o
trouxessem para a Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro, onde
fechou os olhos para a vida, cercado de amigos, admiradores e
curiosos."
Além do famoso Besouro, muitos capoeiras se notabilizaram,
sendo que alguns se tornaram conhecidos mundialmente, como é o
caso do pescador Samuel Querido de Deus, de Salvador, numa fase em
que havia cessado a repressão ao jogo da Capoeira e sua prática já não
era mais proibida. Jorge Amado, em Bahia de Todos os Santos, traçou o
perfil do Querido de Deus, no ano de 1944, quando o pescador ainda
vivia, sob o título O Capoeira: "Já começaram os fios de cabelo branco
na carapinha de Samuel Querido de Deus. Sua cor é indefinida.
Mulato, com certeza. Mas mulato claro ou mulato escuro, bronzeado
pelo sangue indígena ou com traços de italiano no rosto anguloso?
Quem sabe? Os ventos do mar nas pescarias deram ao rosto do Querido
de Deus essa cor que não é igual a nenhuma cor conhecida, nova para
todos os pintores. Ele parte com seu barco para os mares do sul do
estado onde é farto o peixe. Quantos anos terá? É impossível saber
nesse cais da Bahia, pois de há muitos anos que o saveiro de Samuel
atravessa o quebra-mar para voltar, dias depois, com peixe para a banca
do mercado Modelo. Mas o velhos canoeiros poderão informar que mais
de sessenta invernos já se passaram desde que Samuel nasceu. Pois
sua cabeça já não tem fios brancos na carapinha que parece
eternamente molhada de água do mar?
'Mais de sessenta anos. Com certeza. Porém ainda assim, não há


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melhor jogador de capoeira, pelas festas de Nossa Senhora da
Conceição da Praia, na primeira semana de dezembro, que o Querido
de Deus. Que venha Juvenal, jovem de vinte anos, que venha o mais
ágil, o mais técnico, que venha qualquer um, e Samuel, o Querido de
Deus, mostra que ainda é o rei da capoeira da Bahia de Todos os
Santos. Os demais são seus discípulos e ainda olham espantados
quando ele se atira no rabo-de-arraia, porque elegância assim nunca se
viu... E já sua carapinha tem cabelos brancos...
'Existem muitas histórias a respeito de Samuel Querido de Deus.
Muitas histórias que são contadas no Mercado e no cais. Americanos do
norte já vieram para vê-lo lutar. E pagaram muito caro por uma exibição
do velho lutador.
'Certa vez seu amigo escritor foi procurá-lo. Dois
cinematografistas queriam filmar uma luta de capoeira. Samuel chegara
da pescaria, dez dias no mar e trazia ainda nos olhos um resto de vento
sul. Prontificou-se. Fomos em busca de Juvenal. E, com as máquinas de
som e de filmagem, dirigimo-nos todos para a Feira de Água dos
Meninos. A luta começou e foi soberba. Os cinematografistas rodavam
suas máquinas. Quando tudo terminou, Juvenal estendido na areia,
Samuel sorrindo, o mais velho dos operadores perguntou quanto era.
Samuel disse uma soma absurda na sua língua atrapalhada. Fora
quanto os americanos haviam pago para vê-lo lutar. O escritor explicou
então que aqueles eram cinematografistas brasileiros, gente pobre.
Samuel Querido de Deus abriu os dentes num sorriso compreensivo.
Disse que não era nada e convidou todo mundo para comer sarapatel
no botequim em frente.
'Podeis vê-lo de quando em quando no cais. De volta de uma
pescaria com seu saveiro. Mas com certeza o vereis na festa da
Conceição da Praia, derrotando os capoeiras, pois ele é o maior de
todos. Seu nome é Samuel Querido de Deus."
Os principais estudiosos da cultura brasileira, no passado
recente, imortalizaram o jogo da Capoeira em páginas magistrais. É este
o caso de Eunice Catunda, que concorreu com suas observações para
fixar análise do jogo e das suas tradições, em artigo intitulado Capoeira
no Terreiro de Mestre Waldemar, publicado em Fundamentos - Revista
de Cultura Moderna, no ano de 1952, em São Paulo.
"Todo artista que não acredita no fato de que só o povo é o eterno
criador, que só dele nos pode vir a força e a verdadeira possibilidade de
expressão artística, deveria assistir a uma capoeira baiana. Ali a força
criadora se evidencia, vigorosa, livre dos preconceitos mesquinhos do
academismo, tendo como lei primordial e soberana a própria vida que
se expressa em gestos, em música, em poesia. Ali se exprime a vida
magnífica e bela, em nada prejudicada pela capacidade limitada dos
instrumentos musicais primitivos, aos quais se adapta sem ser por eles
diminuída.
'O senso de realização coletiva, própria essência da arte, se revela
no tríplice aspecto da capoeira, que é uma fusão de três artes: música,
poesia e coreografia."
Em seguida, Eunice Catunda acrescenta sua opinião quanto ao
lugar ocupado pela Capoeira no contexto das artes, abalizada por sua


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formação musical erudita: "A dança da capoeira, na Bahia, é o que
jamais deixou de ser a verdadeira arte: não um divertimento, mas uma
necessidade. Aliás, é esse um dos fatores a que se deve a força mil
vezes mais viva da arte popular quando a comparamos à música
erudita: esse caráter funcional, esse aspecto de necessidade imperiosa
que tem toda arte que o povo cultua. Ao passo que a música erudita soa
cada vez mais falsa, se revela sempre mais um simples gozo de
sibaritas, sem função, desnecessária.
'Na Bahia, a arte da capoeira é atividade domingueira, tão normal
e querida quanto o nosso grande esporte nacional, o futebol. E quem a
exerce é, na maioria, o povo trabalhador: operários da construção civil,
carregadores do mercado, gente de profissão definida, que passa a
semana inteira no duro batente, lutando para garantir o pão de cada
dia, para si e para sua família."
Na apreciação da Capoeira e suas características, a cronista
prossegue registrando a função do mestre-capoeira e seu papel junto
aos praticantes, guardando uma tradição que continua no correr dos
anos: "O ritual, a tradição a que obedecem os participantes da capoeira,
são muito rígidos. O mestre é o conhecedor da tradição. Daí ser ele,
também a autoridade máxima. Supervisiona o conjunto todo,
determinando a música, o andamento, tirando ou indicando os cantos
ou indicando a pessoa que o faça.
'Os concorrentes novatos dançam entre si. Mas quando algum
bailarino se destaca, o mestre dança com ele, apontando-o, por meio
dessa distinção à atenção dos veteranos, novatos e assistentes. Essa
autoridade do Mestre é uma das coisas mais admiráveis e comoventes
que tenho visto. O respeito a ele demonstrado pela coletividade, o
carinho com que o cercam, fariam inveja a muito regente de música
erudita. Prova isto que o espírito de disciplina é mais vivo no povo rude
e inculto da nossa terra, quando este se organiza, que entre as camadas
superiores, já mais habituados à organização conseqüente da própria
instrução e do exercício de atividades culturais e que, por isso mesmo,
teriam maior obrigação de compreender a necessidade e a importância
da disciplina na coletividade. Acontece porém que o mestre nunca
abusa de seus direitos. Não se atribui poderes ditatoriais. Sabe que sua
autoridade emana da própria coletividade e comporta-se como parte
integrante desta."
Ao entrar na descrição do terreiro onde aprecia a Capoeira, as
anotações descrevem as condições de vida da gente anônima e humilde
que resiste com a luta: "O terreiro de mestre Waldemar localiza-se no
célebre bairro proletário da Liberdade. Bairro de grande densidade de
população, sem pretensões, esquecido da Prefeitura que se preocupa
em embelezar e cuidar só daqueles trechos da Cidade do Salvador que
se encontram à vista do turista. Quanto ao bairro da Liberdade, não é
para 'gringo' ver. Como todo bairro operário, não tem calçamento, é
cheio de valas onde, em tempo de chuva, as águas parecem envoltas em
nuvens de mosquitos; seus incontáveis casebres mal se têm de pé, e se
o fazem é por pura teimosia. Abundam as vendolas onde se compra
desde o jabá até a caninha. É um bairro repleto de vida e de
movimento, corajoso e revoltado."


[Linha 1950 de 3846 - Parte 2 de 3]


A descrição da Capoeira praticada à época evidencia a beleza do
jogo tradicional, na perícia e habilidade no manejo do corpo, sem
resvalar para o confronto aberto.
"Quando chegamos ao terreiro a capoeira já começara. Dois
dançarinos coleavam rentes ao chão, enquanto dois berimbaus e três
pandeiros acompanhavam com estranhos ritmos e sons aquela dança
magnífica e arrebatadora, de gente combativa e forte. Os dançarinos do
momento eram um carregador do mercado de Água dos Meninos e um
operário da construção civil. O operário estava todo de branco, sapatos
brilhando, camisa alvejando. Era um dos melhores dançarinos. É
costume da fina-flor dos capoeiristas o dançar assim, 'de ponto branco'
como se costuma dizer, para demonstrar sua perícia. Chegam ao
cúmulo da dançar de chapéu e os bailarinos hábeis se gabam de sair da
dança sem uma só mancha de terra na roupa, limpos e bem arrumados
como se ainda não houvessem entrado em função.
'A dança da capoeira é a representação simbólica de antigas lutas
autênticas. Na Capoeira de Angola, os dançarinos volteiam quase rentes
ao chão, realizando paradas de braço, em posição horizontal, girando,
escorregando como enguias e escapulindo por sob o corpo do
adversário. Os golpes são constatados por mesuras e pelas exclamações
dos assistentes. Aliás, não fora a precisão daqueles movimentos, muitos
dos golpes seriam mortais. Esse é o caso das célebres cabeçadas
assestadas contra o peito e cujo impulso é sustado só no
derradeiríssimo momento, quando a cabeça de um dos bailarinos já
aflorou o corpo do outro. A violência latente nunca se desencadeia e
esse extraordinário domínio de paixões mantêm a assistência numa
incrível tensão de nervos, empolgando a todos numa espécie de
hipnotismo coletivo quase indescritível. Só aqueles que assistiram a
uma demonstração de Capoeira de Angola poderão compreender a
monstruosa força e controle exigidos para que realize cada um daqueles
movimentos, sem que se dê lugar a qualquer agressão, sem que se
perca a elegância e a graça felina de cada gesto, absolutamente medido,
calculado por uma espécie de instinto, já que os elementos atuantes se
acham inteiramente entregues a aquela arte aparentemente tão
impulsiva e espontânea.
'Apesar da violência latente, não sobrevêm a hostilidade. Há no
meio daquilo tudo imensa fraternidade e júbilo. Verificam-se passes
espirituosos de bailarinos brincalhões e sorridentes, a realizar difíceis e
perigosíssimos passos e golpes. E entre os assistentes estouram
sonoras risadas... Jamais vi, em danças de conjunto, nacionais ou
estrangeiras, tão arrebatadora beleza, aliada a tal rapidez, precisão e
força reprimida, dominada por uma inteira disciplina e lucidez.
'Tivemos ocasião de admirar um menino de sete anos que dançou
com o próprio mestre Waldemar, de quem é aluno, e com aquele
operário exímio de quem já falei. Não se pode imaginar quanto era
comovente acompanhar a frágil figurinha infantil, hábil, compenetrada,
a competir com o homem mais velho, em cujo rosto se iluminava um
sorriso afetuoso, porém nada complacente. Concentrado, o menino
aplicava cabeçadas e rasteiras, escapulindo matreira e agilmente das
rasteiras e cabeçadas do mestre, cônscio de sua dignidade de futuro


[Linha 2000 de 3846 - Parte 2 de 3]


capoeirista, de futuro artista popular, imperturbável, sob os olhares e
exclamações dos espectadores.
'A voz masculina, pura e profunda, se elevava acima do pulsar do
conjunto instrumental, suave e intensa, muitas vezes modal, para só
dar lugar ao côro, verdadeiro canto recitativo. Depois a voz continuava,
fazendo floreios sobre a mesma base, sem nunca repetir, impossível
quase de anotar com exatidão por meios não mecânicos.
'Os solistas se alternavam, dando à melodia a característica
própria de seu temperamento humano. Umas eram mais vivas, mais
espirituosas, enquanto outras eram sonhadoras, singelas. Mas todos os
textos profundamente poéticos.
'Lembro-me bem de uma voz que se elevou para cantar a beleza
dos saveiros de velas enfunadas, louvando o mar generoso e o vento
que os conduz. Descreveu o vento a acumular nuvens para depois
dissolvê-las em gotinhas de chuva, sobre a branca vela dos saveiros que
embalou. Era a poesia popular que se fazia presente no esplendor típico
da arte única que é a Capoeira de Angola. E a tudo isso o côro
continuava a responder pela boca de todos os assistentes e
participantes: 'Eh! Paraná, eh! Paraná, camará...' enquanto os
dançarinos voltejando, girando, desviando os corpos das cabeçadas,
rindo alto, aos saltos, elásticos como gatos."

VICENTE FERREIRA PASTINHA -
O MESTRE DA CAPOEIRA ANGOLA

Capoeira eu sou Angola/valha-me Deus, senhor São
Bento/tanto jogo para cima/
como jogo para o chão...'

Vicente Ferreira Pastinha, nascido em 1889, dizia não ter
aprendido a Capoeira em escola, mas "com a sorte": foi o destino o
responsável pela iniciação do pequeno Pastinha no jogo, ainda garoto.
Em depoimento prestado no ano de 1967, no Museu da Imagem e
do Som, mestre Pastinha relatou a história da sua vida: "Quando eu
tinha uns dez anos - eu era franzininho - um outro menino mais taludo
do que eu tornou-se meu rival. Era só eu sair para a rua - ir na venda
fazer compra, por exemplo - e a gente se pegava em briga. Só sei que
acabava apanhando dele, sempre. Então eu ia chorar escondido de
vergonha e de tristeza (...)"
A vida iria dar ao moleque Pastinha a oportunidade de um
aprendizado que marcaria todos os anos da sua longa existência.
"Um dia, da janela de sua casa, um velho africano assistiu a uma
briga da gente. 'Vem cá, meu filho', ele me disse, vendo que eu chorava
de raiva depois de apanhar. Você não pode com ele, sabe, porque ele é
maior e tem mais idade. O tempo que você perde empinando raia vem
aqui no meu cazuá que vou lhe ensinar coisa de muita valia. Foi isso
que o velho me disse e eu fui (...)"
Começou então a formação do mestre que dedicaria sua vida à
transferência do legado da cultura africana a muitas gerações. Segundo
ele, a partir deste momento, o aprendizado se dava a cada dia, até que


[Linha 2050 de 3846 - Parte 2 de 3]


aprendeu tudo. Além das técnicas, muito mais lhe foi ensinado por
Benedito, o africano seu professor.
"Ele costumava dizer: não provoque, menino, vai botando
devagarzinho ele sabedor do que você sabe (...). Na última vez que o
menino me atacou fiz ele sabedor com um só golpe do que eu era
capaz. E acabou-se meu rival, o menino ficou até meu amigo de
admiração e respeito (...).
'Aos doze anos, em 1902, eu fui para a Escola de Aprendiz de
Marinheiro. Lá ensinei Capoeira para os colegas. Todos me chamavam
de 110. Saí da Marinha com 20 anos (...). Vida dura, difícil. Por causa
de coisas de gente moça e pobre, tive algumas vezes a Polícia em cima
de mim. Barulho de rua, presepada. Quando tentavam me pegar eu
lembrava de mestre Benedito e me defendia. Eles sabiam que eu jogava
Capoeira, então queriam me desmoralizar na frente do povo. Por isso,
bati alguma vez em polícia desabusado, mas por defesa de minha moral
e de meu corpo(...). Naquele tempo, de 1910 a 1920, o jogo era livre.
'Passei a tomar conta de uma casa de jogo. Para manter a ordem.
Mas, mesmo sendo capoeirista, eu não me descuidava de um
facãozinho de doze polegadas e de dois cortes que sempre trazia
comigo. Jogador profissional daquele tempo andava sempre armado.
Assim, quem estava no meio deles sem nenhuma arma bancava o
besta. Vi muita arruaça, algum sangue, mas não gosto de contar casos
de briga minha. Bem, mas só trabalhava quando minha arte negava
sustento. Além do jogo trabalhei de engraxate, vendia gazeta, fiz
garimpo, ajudei a construir o porto de Salvador. Tudo passageiro,
sempre quis viver de minha arte. Minha arte é ser pintor, artista (...)."
O ritmo da sua vida foi alterado quando um ex-aluno o levou para
apresentar aos mestres que faziam uma roda de Capoeira tradicional,
na Ladeira da Pedra, no bairro da Gingibirra, em Salvador, no ano de
1941.
"Na roda só tinha mestre. O mais mestre dos mestres era
Amorzinho, um guarda civil. No apertar da mão me ofereceu tomar
conta de uma academia. Eu dei uma negativa, mas os mestres todos
insistiram. Confirmavam que eu era o melhor para dirigir a Academia e
conservar pelo tempo a Capoeira de Angola."
Foi na atividade do ensino da Capoeira que Pastinha se
distinguiu. Ao longo dos anos, a competência maior foi demonstrada no
seu talento como pensador sobre o jogo da Capoeira e na capacidade de
comunicar-se.
"Mas tem muita história sobre o começo da Capoeira que
ninguém sabe se é verdadeira ou não. A do jogo da zebra é uma. Diz
que em Angola, há muito tempo, séculos mesmo, fazia-se uma festa
todo ano em homenagem às meninas que ficavam moças. Primeiros elas
eram operadas pelos sacerdotes, ficando igual, assim, com as mulheres
casadas. Depois, enquanto o povo cantava, os homens lutavam do jeito
que fazem as zebras, dando marradas e coices. Os vencedores tinham
como prêmio escolher as moças mais bonitas (...). Bem, mas de uma
coisa ninguém duvida: foram os negros trazidos de Angola que
ensinaram Capoeira pra nós. Pode ser até que fosse bem diferente
dessa luta que esses dois homens estão mostrando agora. Me contaram


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que tem coisa escrita provando isso. Acredito. Tudo muda. Mas a que a
gente chama da Capoeira de Angola, a que aprendi, não deixei mudar
aqui na Academia. Essa tem pelo menos 78 anos. E vai passar dos 100,
porque meus discípulos zelam por mim. Os olhos deles agora são os
meus. Eles sabem que devem continuar. Sabem que a luta serve para
defender o homem (...). Saem daqui sabendo tudo, sabendo que a luta é
muito maliciosa e cheia de manhas. Que a gente tem de ser calmo. Que
não é uma luta atacante, ela espera. Capoeirista bom tem obrigação de
chorar no pé do seu agressor. Está chorando, mas os olhos e o espírito
estão ativos. Capoeirista não gosta de abraço e aperto de mão. Melhor
desconfiar sempre das delicadezas. Capoeirista não dobra uma esquina
de peito aberto. Tem de tomar dois ou três passos à esquerda ou à
direita para observar o inimigo. Não entra pela porta de uma casa onde
tem corredor escuro. Ou tem com o que alumiar os esconderijos da
sombra ou não entra. Se está na rua e vê que está sendo olhado,
disfarça, se volta rasteiro e repara de novo no camarada. Bem, se está
olhando ainda, é inimigo e o capoeirista se prepara para o que der e
vier (...)."
Os conceitos do mestre Pastinha formaram seguidores em todo o
país. A originalidade do método de ensino, a prática do jogo enquanto
expressão artística formaram uma escola que privilegia o trabalho físico
e mental para que o talento se expanda em criatividade.
"Capoeira de Angola só pode ser ensinada sem forçar a
naturalidade da pessoa, o negócio é aproveitar os gestos livres e
próprios de cada qual. Ninguém luta do meu jeito mas no jeito deles há
toda a sabedoria que aprendi. Cada um é cada um (...). Não se pode
esquecer do berimbau. Berimbau é o primitivo mestre. Ensina pelo
som. Dá vibração e ginga ao corpo da gente. O conjunto da percussão
com o berimbau não é arranjo moderno não, é coisa dos princípios.
Bom capoeirista, além de jogar, deve saber tocar berimbau e cantar. E
jogar precisa ser jogado sem sujar a roupa, sem tocar no chão com o
corpo. Quando eu jogo, até pensam que o velho está bêbado, porque
fico todo mole e desengonçado, parecendo que vou cair. Mas ninguém
ainda me botou no chão, nem vai botar (...)"
Vicente Ferreira Pastinha se calou no ano de 1981. Durante
décadas dedicou-se ao ensino da Capoeira. Mesmo completamente
cego, não deixava seus discípulos. E continua vivo nos capoeiras, nas
rodas, nas cantigas, no jogo.
"Tudo o que eu penso da Capoeira, um dia escrevi naquele
quadro que está na porta da Academia. Em cima, só estas três palavras:
Angola, capoeira, mãe. E embaixo, o pensamento: Mandinga de escravo
em ânsia de liberdade, seu princípio não tem método e seu fim é
inconcebível ao mais sábio capoeirista".


MANOEL DOS REIS MACHADO:
O MESTRE BIMBA

"Chora capoeira/capoeira chora/chora capoeira/ mestre
Bimba foi embora..."


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No dia 23 de novembro de 1899 nasceu no bairro de Engenho
Velho, freguesia de Brotas, cidade de Salvador, Bahia, Manoel dos Reis
Machado. Teve como pai Luis Cândido Machado, caboclo de Feira de
Santana. Sua mãe, Maria Martinha do Bonfim, era uma crioula de
Cachoeira.
Logo ao nascer o garoto ganhou um nome que se tornaria símbolo
e sinônimo da Capoeira. Isso graças a uma frase dita à hora do parto: -
olha a bimbinha dele! Esta exclamação definiu o resultado de uma
aposta entre a mãe da criança - que imaginava uma menina - e a
parteira, que previra um menino. Ninguém seria capaz de pensar,
naquele momento, que Bimba passaria a ser um nome destinado a
acompanhar o futuro capoeira em sua entrada na história do jogo.
O aprendizado de lutas se iniciou com o pai, à época famoso
lutador de batuque - uma antiga forma de luta negra. Aos 12 anos
começou a aprender Capoeira com o africano Bentinho, capitão da Cia.
de Navegação Bahiana. Segundo suas palavras, o sistema de aulas à
época era bastante violento. As rodas eram formadas na Estrada das
Boiadas (atual bairro da Liberdade), em Salvador, num ritmo bravio ao
som do berimbau. Mestre Bimba costumava recordar um golpe
formidável aplicado por Bentinho, que o acertara na cabeça, provocando
um desmaio até o dia seguinte...
Seu trabalho como mestre-capoeira iria distinguir-se pela
divulgação do jogo em todos os recantos do país e a elaboração de um
sistema próprio de treinamento e transmissão dos conhecimentos e
técnicas do jogo: a Capoeira Regional Bahiana.
Graças aos seus esforços foi aberta a primeira Academia de
Capoeira com autorização oficial. Esta seria a forma adotada por
inúmeros mestres para obter e legalizar um espaço, onde a prática do
jogo não sofreria o perigo de perseguições. Afinal, era o ano de 1937 e o
país vivia sob uma ditadura - período que sempre se destaca pela
generalização das arbitrariedade e cometimento de toda sorte de
violências pelos detentores do poder. E o que era tolerado em um dia
poderia ser reprimido no outro.
Em sua vida Bimba foi trapicheiro, doqueiro, carroceiro,
carpinteiro. Mas acima de qualquer coisa e por todo o tempo,
mestre-capoeira. Um dos maiores nomes deste ofício.
Ninguém melhor que um contemporâneo de Bimba para
descrevê-lo brincando a Capoeira. Ramagem Badaró - de conhecida
família bahiana da zona de cultivo do cacau, que foi enfocada por
Jorge Amado em Terras do Sem Fim -, jornalista, advogado e escritor,
autor do romance O Sol, deixou interessante relato acerca do mestre,
no artigo intitulado 'Os negros lutam suas lutas misteriosas; Bimba é o
grande rei negro do misterioso rito africano', publicado em Saga -
magazine das Américas, no ano de 1944, em Salvador.
"Tinha uma difícil missão a cumprir. Encontrar um assunto para
uma reportagem que não fosse sobre guerras, suicídios ou crime. Um
assunto diferente que não proviesse da fonte comum de todas as
reportagens da cidade. Das delegacias de polícia, do Necrotério ou da
Assistência. Porque os casos de delegacia são sempre os mesmos:


[Linha 2200 de 3846 - Parte 2 de 3]


roubo, crime e sedução. Os de Necrotério são anacrônicos e os de
Assistência, banalíssimos.
'Estava nesse dilema, quando passou um negro de andar
gingante de capoeira. Tinha resolvido o problema. Lembrei-me de
mestre Bimba e da velha Roça do Lobo. Fui até o bairro elegante dos
Barris, em cujos flancos se derramam em desordem as casas de taipa
da vala do Dique. Presépios de palha da miséria sem esperança dos
homens do povo. Quando comecei a descer pela picada aberta na
ladeira pelos pés descalços e calosos daquela gente que nasce com o
atavismo dos párias e a herança do infortúnio, já os sons dos berimbaus
traziam aos meus ouvidos o cartão de boas vindas do terreiro de mestre
Bimba. Continuei descendo, até que de repente o caminho se alargou e
se confundiu com o terreiro onde os homens lutavam Capoeira. O povo
formava um círculo ao redor dos dois homens lutando. Jogando
Capoeira no centro do círculo.
'O berimbau batia compassadamente, tin-tin-tin... tin-tin-tin...
tin-tin-tin... enquanto os homens pulavam, caíam, levantavam-se num
salto e deixavam-se cair outra vez, se golpeando mutuamente. O povo
batia palmas acompanhando a música dos berimbaus e cantando o
estribilho da Capoeira:
Zum, zum, zum, zum/ Capoeira mata um
Zum, zum, zum, zum/ No terreiro fica um...
Caí também no meio da turma e comecei a bater palmas e a
tentar cantar o zum, zum da Capoeira (...)."
Badaró narra o instante que precede a entrada do mestre Bimba
no jogo e a emoção que tomou conta dos espectadores.
"De súbito, o tin-tin nervoso dos berimbaus sumiu, calou-se,
parou. Os berimbaus deixaram de tocar. Os homens que estavam
lutando também pararam. Com as roupas molhadas de suor
desenhando nas dobras do corpo os músculos possantes. Os
assistentes aplaudiram os homens que tinham acabado de lutar. E eles
cantaram um corrido, agradecendo os aplausos.
Ai-ai de lelô/ Iem-ien de lalá
Adeus meus irmãos/ Nós vamos rezar
'Nesse momento gritaram:
- Mestre Bimba vai lutar!
'Todo mundo se voltou para trás, batendo palmas e gritando:
- Mestre Bimba... mestre... viva... viva... vivôôôôôô.
'Um preto agigantado entrou no círculo formado pelo povo.
Sorrindo. A multidão aplaudiu com mais força. O sol bateu-lhe de rijo
no rosto escuro, iluminando-lhe as feições. Era de fato, alto. O rosto
oval. Os olhos fundos escondidos numa testa saliente. Nariz chato.
Carapinha rala quase careca. E um bigode pequeno, ralo, em forma de
triângulo sobre os lábios grossos. Mas no conjunto era simpático.
O jornalista narra a forma como Bimba se prepara para jogar,
enfatizando a aura de respeito que envolvia o famoso mestre. Uma
disputa de versos antecede o confronto na roda de Capoeira.
"Quando Bimba entrou no círculo os berimbaus começaram a
ensaiar uns toques. E a multidão que enchia o terreiro aplaudia
freneticamente o seu ídolo. Nisso, um crioulo possante entrou no


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círculo, aceitando o desafio. E o povo comentou a coragem daquele
homem que ia lutar com Bimba. Porque entrar numa luta com Bimba
sem ser convidado por ele é procurar encrenca. Mesmo sendo mera
demonstração. Porque ele é o rei da Capoeira. Os berimbaus ensaiaram
um toque e um dos homens perguntou:
- Qual é o toque? - São Bento Grande Repicado, Santa Maria, Ave
Maria, Benguela, Cavalaria, Calambolô, Tira-de-lá-bota-cá, Idalina, ou
Conceição da Praia?
'Bimba pensou rapidamente e disse:
- Toque Amazonas e depois Benguela.
'Os berimbaus começaram a tocar. O crioulo aproximou-se e
mestre Bimba apertou-lhe a mão. E o povo começou a acompanhar o
tin-tin-tin dos berimbaus, batendo palmas. Bimba balanceou o corpo e
cantou:
No dia que eu amanheço/ Dentro de Itabaianinha
Homem não monta cavalo/ Nem mulher deita galinha
As freiras que estão rezando/ Se esquecem da ladainha
'Mas o crioulo não ficou atrás e cantou, negaceando o corpo no
compasso dos berimbaus.
A iúna é mandingueira/ Quando está no bebedor
Foi sabida e é ligeira/Mas capoeira matou
'Palmas festejaram o repente do crioulo. Porém, Bimba não deu
tréguas à vitória do outro. E respondeu:
Oração de braço forte/ Oração de São Mateus
Pro cemitério vão os ossos/ Os seus ossos, não os meus
'Novamente o povo aplaudiu e cantou o estribilho da Capoeira:
Zum, zum, zum, zum/ Capoeira mata um
Zum, zum, zum, zum/ No terreiro fica um
'O crioulo, entretanto, não deixou cair a quadra de mestre Bimba
e replicou:
E eu nasci no sábado/No domingo me criei
E na segunda-feira/ A Capoeira joguei
'A multidão deu vivas e bateu palmas para os dois lutadores no
centro do círculo. Uma preta comentou:
- Bom menino! Se é bom na briga como é no canto, boa parada
para Bimba.
Começa então a disputa na roda e Ramagem Badaró conta com
detalhes o momento final: "Os dois lutadores negaceavam os corpos ao
som da música dos berimbaus. Um defronte do outro. Olhando-se
dentro dos olhos, se estudando mutuamente. O crioulo foi o primeiro a
começar. Fazendo algumas fintas, procurando descobrir as partes fracas
do adversário. E mestre Bimba aparentemente deixava-se cair nas
ciladas do outro. O crioulo foi começando a tomar gosto e abrindo mais
a própria guarda, concentrado no ataque. A multidão no terreiro da
Roça do Lobo, continuava acompanhando com as mãos o tin-tin-tin dos
berimbaus. E a cantar em coro o estribilho da Capoeira:
Zum, zum, zum, zum/ Capoeira mata um
Zum, zum, zum, zum/ No terreiro fica um
'Enquanto isso os lutadores continuavam negaceando os corpos,
procurando descobrir os pontos fracos do adversário.


[Linha 2300 de 3846 - Parte 2 de 3]


'De repente, pararam de súbito. E ficaram mudos de atenção,
apreciando o ataque. O crioulo avançou rápido, levantou uma perna e
deu uma meia-lua-armada pela direita de Bimba. Porém, não deu
resultado, porque Bimba foi mais rápido. Deixou-se cair na guarda,
enquanto tentava puxar o adversário numa rasteira. Mas, o crioulo
também era ligeiro e livrou-se do golpe com um aú pela esquerda.
Bimba insistiu, tornando a atacá-lo. Tentando pegá-lo numa cabeçada
presa. Porém o crioulo contra-atacou com uma calcanheira
violentíssima. Entretanto Bimba livrou-se agilmente com um formidável
pulo mortal.
'Os berimbaus tocavam com mais frenesi. Demonstrando a
excitação nervosa dos tocadores. Também as palmas de
acompanhamento diminuíram muito, quase cessando.
'Enquanto isso a assistência completamente em suspenso,
apreciava a luta nos seus mínimos detalhes.
'Bimba notou que tinha bom adversário. O crioulo era bom de
verdade. Manhoso, ágil e corajoso. O crioulo começou a se afastar de
Bimba como se fosse dar-lhe as costas numa fuga. Bimba percebeu de
relance o truque do adversário e ficou em guarda. Os músculos
completamente controlados, prontos para aproveitar aquela
oportunidade. Como ele esperava, o crioulo deu-lhe completamente as
costas, como se fugisse da luta. Esperando que ele caísse no velho
truque da Capoeira e mergulhasse num arpão de cabeça, dando-lhe a
oportunidade de contra-atacar com um mortífero arpão de joelho.
Mestre Bimba, que já previra o golpe, defendeu-se com uma negativa.
Puxando ao mesmo tempo a única perna do crioulo apoiada no chão,
com uma violenta rasteira. Pegado de surpresa, o crioulo perdeu o
equilíbrio, subiu e desabou no terreiro. Uma gritaria retumbante
festejou a sagacidade de Bimba. Todo mundo ficou excitado, menos
mestre Bimba.
'O capoeirista caído, levantou-se com a mesma rapidez com que
caíra. Porém, estava raivoso, com o sangue fervendo nas veias. Danado
de raiva e meio descontrolado. E afastou-se de Bimba, sempre
negaceando o corpo, procurando desanuviar a cabeça. A assistência
gritava e batia palmas acompanhando o tin-tin-tin nervoso da orquestra
dos berimbaus e o xique-xique dos chocalhos de vime, cantando
sempre o estribilho da capoeira:
Zum, zum, zum, zum/Capoeira mata um
Zum, zum, zum, zum/No terreiro fica um
'Nesse instante o crioulo voltou novamente para o centro do
círculo. E avançou para Bimba tentando pegá-lo numa vingativa pela
esquerda. Não acertou e tomou uma vaia. O crioulo se descontrolou e
avançou louco de raiva. Tentou apanhar Bimba com um golpe de
cotovelo e um sopapo galopante. Mas Bimba não se deixava alcançar.
Continuava negaceando o corpo, sempre fintando, por meio de rápidas
escapadas. A multidão delirava. Isso, entretanto, lhe distraiu a atenção.
Fazendo com que relaxasse a vigilância da sua guarda. E o crioulo
soube tirar partido desse descuido. Aproximou-se veloz, levantou a
perna e deu-lhe uma bênção em pleno peito. Mestre Bimba pressentiu
o golpe e tentou livrar-se. Foi ligeiro. Mas não o suficiente para se livrar


[Linha 2350 de 3846 - Parte 2 de 3]


completamente do golpe. O peito lhe doeu e a sua vaidade também.
Porque as palmas do público festejavam o crioulo.
'Bimba não deu tréguas à vitória do outro. Avançou para o crioulo
fingindo ir dar um balão açoitado. Depois, ensaiou uma palma e
levantou a perna como se fosse dar uma bênção. O crioulo ficou todo
confuso com a rapidez e a sucessão dos golpes. Pensou que aquele
último golpe era o verdadeiro ataque que Bimba queria fazer e procurou
defender-se caindo numa rasteira. Viu o seu erro e tentou derrubar
Bimba com uma encruzilhada. Também errou e mestre Bimba
dominou-o com um tronco de pescoço, antes que ele pudesse livrar-se
num balão. Tinha vencido a luta. O povo invadiu o terreiro aplaudindo
o rei da Capoeira. Bimba abraçou o adversário. E o crioulo mostrou que
era homem mesmo. Cantou:
Santo Antônio pequenino/Amansador de burro brabo
Amansai-me em Capoeira/com setenta mil diabos
'Bimba gostou do elogio e retribuiu, cantando:
Conheci um camarada/Quando nós andarmos juntos
Não vai haver cemitérios/P'ra caber tantos defuntos
'A multidão tornou a aplaudir e mestre Bimba abraçou o crioulo
(...)."
Com sua incursão no terreiro de mestre Bimba, Ramagem Badaró
conseguiu sua reportagem e escreveu bonita página sobre a Capoeira
desse tempo, mostrando-nos mais uma vez o quanto é solidária a
autêntica manifestação da luta, nessa arte.
Mestre Bimba dedicou-se ao jogo até o final dos seus dias. Em
seus últimos anos de vida, deixou a Bahia e veio para Goiás, atraído
pela possibilidade de encontrar o reconhecimento a que fazia jus. No
ano de 1974 mestre Bimba deixou definitivamente o convívio da
família, amigos e discípulos e passou a ocupar lugar de destaque na
memória da Capoeira.



III


NA RODA DA CAPOEIRA

'Ritmo na luz/ ritmo na cor/ ritmo no movimento
ritmo nas gretas sangrentas dos pés descalços
ritmo nas unhas descarnadas/Mas ritmo/ ritmo.
Ó vozes dolorosas de África!
Agostinho Neto, Fogo e ritmo.

A MÚSICA DA CAPOEIRA

Berimbau já fez chamada/é hora de lutar
essa dança Capoeira, oi sinhá/ é de matar...'


[Linha 2400 de 3846 - Parte 2 de 3]



Como as primeiras manifestações musicais não deixaram
vestígios seguros, é impossível precisar como e quando surgiu a música.
A maior parte dos estudiosos sequer se arrisca a fazer especulações;
outros abordam hipóteses com base no que se sabe sobre a vida
humana pré-histórica e preenchem as lacunas óbvias com forte dose de
imaginação. Entretanto, nenhuma teoria afirma com certeza o momento
em que os primitivos começaram a fazer arte por meio de sons.
Ao que tudo indica, o homem das cavernas conferia à sua música
um sentido religioso, considerando-a um presente dos deuses e
atribuindo-lhe funções mágicas. Associada à dança, a música assumia
um caráter ritual, por meio do qual era possível reverenciar o
Desconhecido, agradecendo-lhe a fertilidade da terra, a abundância da
caça. Com o ritmo saído de movimentos elementares - batendo as mãos
e os pés - talvez eles buscassem também celebrar fatos da sua
realidade: vitórias nas guerras, descobertas surpreendentes. Com o
passar do tempo, além do uso das batidas de mãos e pés, suas danças
passaram a ser ritmadas com pancadas na madeira, a princípio de
forma simples e depois mais trabalhadas, para soarem de modo
diferente. Pode ter surgido daí o instrumento de percussão.
Não é difícil imaginar o quanto os barulhos da natureza deviam
fascinar o homem daqueles tempos, inspirando-lhe a vontade de imitar
o ruído das águas, o sopro do vento, os sons dos demais animais. Como
para isso o ritmo não era suficiente e o artesanato ainda não
possibilitava a invenção de instrumentos melódicos, estranhos sons
emitidos pela garganta devem ter constituído as formas rudimentares
de canto. Isto junto com o ritmo resultou numa mistura de palmas,
gritos e batidas. Era tudo ao alcance do homem primitivo. E certamente
terá sido um estilo que resistiu por muito tempo.
Segundo os conceitos atuais de música, essas tentativas de
expressão foram demasiado pobres para se enquadrarem na categoria
de arte musical. Do ponto de vista histórico, entretanto, tiveram uma
importância enorme, pois a rítmica elementar então desenvolvida
acompanhou o homem em sua caminhada, se espalhando sobre a terra,
preponderantes na elaboração de culturas e civilizações. E continuou
evoluindo com ele, acumulando todas as transformações vividas pela
humanidade até os dias atuais, sendo que muitas de suas antigas
descobertas permanecem em pleno uso, com pequenas modificações

NA RODA DO BERIMBAU

A roda se enche de sons. É uma festa de ritmos e cantos bravios,
onde a sensibilidade se manifesta livremente. E acontece a dança e o
canto em meio à luta.
Na Capoeira a musicalidade é fundamental. Raiz e corpo da arte,
a melodia flui de toda parte. Berimbaus, atabaques, ganzás, agogôs,
pandeiros, tudo é som e movimento.
As cantigas estão presentes no jogo desde quando se forma o
círculo. E o primeiro canto - geralmente conduzido pelo capoeira mais
antigo presente à roda - pode ser um improviso.


[Linha 2450 de 3846 - Parte 2 de 3]


Se o berimbau toca Angola, o canto inicial é um solo denominado
ladainha. Neste momento, enquanto é ouvida a cantiga, não há jogo. A
atenção de todos está no conteúdo da música. Pode estar sendo
transmitida uma mensagem onde o capoeira dá expressão à sua
vivência na roda ou às experiências adquiridas ao longo da vida. Pode
ser ainda que a ladainha rememore fatos passados, trazidos à
lembrança como aviso aos jovens, enquanto perpetua um pouco da
história do jogo e dos capoeiras.
A música é um dos instrumentos de preservação da memória,
transmitindo as tradições de diferentes épocas do passado da Capoeira.
O canto às vezes exprime tristeza pela ausência de um camarada que já
morreu, encerrando ainda uma advertência ou observação, um exemplo
prático, uma lição para a vida. Ao encerrar a ladainha é iniciado pelo
solista um refrão, sinal para a entrada do coro formado pelos capoeiras.
À medida em que o jogo tenha seu desenvolvimento, as cantigas
irão acompanhar e descrever - numa linguagem peculiar - as situações
que acontecem na roda, quando não ocorre do canto determinar, de
forma sutil, o desenvolvimento das ações.
A poesia pode significar uma provocação a alguém ou uma
brincadeira com qualquer dos capoeiras; pode traduzir uma advertência
à forma muita das vezes perigosa em que transcorre o jogo; pode ser
ainda a reverência a um orixá. De qualquer forma, as cantigas trazem
uma característica comum - a linguagem figurada e de compreensão
restrita aos jogadores.
A sonoridade vibrante dos berimbaus é magnética. Agora tocam a
Iúna. Dizem os antigos que neste toque ressoa o canto da ave Inhuma
(ou Anhuma) e conta a lenda que ela é portadora de uma força mágica.
Encantada, dos seus pios de desprende a magia dos deuses...
Ouçamos o toque. Num dado momento se destacam os sons
agudos de um berimbau para no instante seguinte serem suplantados
por outro, que vibra com profunda gravidade. É o diálogo das Iúnas.
Como se dois seres mitológicos, tomados de profunda paixão,
tornassem audível seu canto de amor. Que às vezes ecoa aparentando
entendimento, para subitamente transfigurar-se no embate inarmônico
de apaixonado desencontro.
Ao final prevalece a compreensão entre berimbaus gunga e viola -
de timbres grave e agudo, respectivamente - mas fica a nítida impressão
que de repente começará tudo mais um vez.
O atabaque traz evocações que transportam ao mundo da magia.
O ritmo misterioso descobre - à visão da mente - um cenário de
realismo fantástico. A força dos sons invade o capoeira, arrastando o
pensamento, que se perde num turbilhão de emoções e pode levar à
trilha do sobrenatural: empolgação e fascínio se traduzem em agilidade
e força. E se descortina a África viva em cada um de nós. Misteriosa,
como a exaltação que brota bem de dentro, aos jorros, atinge a
superfície da pele e transborda, em gestos de força e beleza. Até que
sobrevenha a calma e sossego, como numa estranha dança.
Os tons do agogô se destacam num claro contraponto entre a
marcação discreta e a dissonância que fere os sentidos, despertando-os.
Essa é sua função, e à medida em que esses sons se fazem ouvir, se


[Linha 2500 de 3846 - Parte 2 de 3]


perde a noção do tempo e espaço, na excitação que atordoa: tudo se
torna encanto.
Ao fundo o ganzá impõe o balanço do som capaz de prender - no
seu movimento compassado - o fluxo da vontade, arrastando-a e
somente liberando o capoeira após conquistada sua alma. Só aí ele
retorna, entre surpreso e extasiado, ao confronto com a realidade.
Talvez uma serpente mítica tenha sacudido os guizos, em meio ao
torvelinho dos sentidos livres, e tenha capturado sua presa, tornando-a
semelhante, dando-lhe suas características de contida agressividade e
determinação.
O troar constante do reco-reco pode impelir o ouvinte a quedar-se
surpreso. A atenção é desviada para o soar imprevisível, que causa a
sensação de uma chibata imaginária, provocando estalos que ressoam
dentro do capoeira, os açoites despertando arrepios de coragem e
repercutindo na luta.
Noutro momento o berimbau toca Angola. Está prestes a
acontecer o jogo de maior importância, que define o espírito da
Capoeira. A voz do mestre se levanta, com um acento de tristeza e
lamento, entoando um canto de forte sabor nostálgico. O berimbau
gunga acompanha gravemente as modulações da voz, repicando de
forma compassada e realçando cada verso da cantiga. E talvez resida
nisto a grande musicalidade das ladainhas, todas de extrema
simplicidade.
Enquanto o gunga se ajusta à voz que puxa a cantoria, formando
um dueto, o berimbau viola acrescenta ao conjunto o timbre agudo,
despontando em improvisos que se sucedem numa riqueza de variações
impressionante.
Cada instrumento acrescenta à música colorido especial, dando
vida à Capoeira. Africanos pela origem, nascidos do sangue e natureza
do negro, construíram a brasilidade. Graças a eles, cantores nativistas
são capazes de encontrar elementos para a composição de uma
expressão musical brasileira, representativa dos sentimentos comuns à
nossa gente. O som vai prosseguir por horas a fio, fazendo a delícia dos
jogadores entregues à arte, embevecendo os que assistem à roda e
ensinando um caminho para a redescoberta de outras formas de
comunicação.

AS ORIGENS DO BERIMBAU

Talvez desde a pré-história o arco musical se constitui numa das
formas de instrumento encontradas pelo homem, na busca da
expressão sonora que lhe permitisse exteriorizar o íntimo. E o
acompanhou no decorrer da sua evolução, presente em diversas
culturas até os dias atuais.
Acreditam alguns pesquisadores que o arco musical resultaria do
desenvolvimento do arco de caça - cuja invenção pode ter ocorrido em
algum momento entre cerca de 20.000 a 15.000 anos passados, no
norte da África. Outros já supuseram exatamente o contrário: o arco de
caça é que teria se originado do arco musical... E para aumentar o
elenco de possibilidades, existem opiniões que discordam das


[Linha 2550 de 3846 - Parte 2 de 3]


anteriores: o arco musical e o arco de caça tiveram origem e
desenvolvimento completamente independentes um do outro...
Dentre a diversidade de teorias a respeito do arco musical
predomina certa concordância, ao ser fixado o período por volta de
15.000 a.C. como época em que possivelmente ocorreria o seu uso pelo
homem primitivo. Pinturas localizadas em uma caverna (Les Trois
Fréres) na região sudeste da França, feitas nesse período da
pré-história, retratam um homem que se veste com peles de bisão,
trazendo seguro um objeto que se parece com o arco, mantido próximo
do rosto. O pesquisador Abbé Breuil identificou o desenho como de um
homem tocando um arco musical.
De todo modo, relatos mais recentes de exploradores e viajantes,
particularmente do século XIX, trazem outras evidências do arco
musical na África Central, do Sul, Patagônia, Novo México, Brasil...
Existem formas diversas de classificação do arco musical. Assim,


(Continue a leitura na parte 3 clicando no link abaixo)


A Arte da Capoeira - Parte 3 de 3 - Camille Adorno
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/07/a-arte-da-capoeira-parte-3-de-3-camille.html



A Arte da Capoeira - Parte 1 de 3 - Camille Adorno
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/07/a-arte-da-capoeira-parte-1-de-3-camille.html


A Arte da Capoeira - Parte 2 de 3 - Camille Adorno
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/07/a-arte-da-capoeira-parte-2-de-3-camille.html


A Arte da Capoeira - Parte 3 de 3 - Camille Adorno
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segunda-feira, 24 de julho de 2017

A Arte da Capoeira - Parte 1 de 3 - Camille Adorno


A Arte da Capoeira - Parte 1 de 3 - Camille Adorno
A Arte da Capoeira - Camille Adorno



Prefácio
Herança africana legada à cultura brasileira, o jogo da Capoeira
significa valioso contributo à formação da nossa identidade cultural.
Neste livro estabelecemos os caracteres delineadores da
Capoeira, propiciando uma oportunidade de iniciação à arte. Na leitura
desse tema ampliam-se as possibilidade de compreensão da nossa
história, onde se insere a Capoeira e que preservou a lembrança das
lutas sociais que forjaram a cidadania brasileira.
Esta obra é um passo para se promover o resgate das tradições
da Capoeira divulgando essa bela expressão nacional.

Kleber Adorno


ÍNDICE

PREFÁCIO

I - O CAMINHO DA CAPOEIRA

O QUE É A CAPOEIRA?
ITINERÁRIOS
AS ORIGENS DA CAPOEIRA
ZUMBI DOS PALMARES: O MESTRE DA RESISTÊNCIA
A LEI ÁUREA

TÍTULO II - CAPOEIRA&CAPOEIRAS

A CAPOEIRA NO PASSADO
MESTRE PASTINHA
MESTRE BIMBA

TÍTULO III - NA RODA DE CAPOEIRA

A MÚSICA
A RODA
O JOGO DE ANGOLA
OS MOVIMENTOS
A CAPOEIRA HOJE
NOTA DO AUTOR
BIBLIOGRAFIA



I
O CAMINHO DA CAPOEIRA

"Em nome do Deus de todos os nomes
Javé, Obatalá, Olorum, Oió.
Em nome de Deus, que a todos os Homens
nos faz da ternura e do pó.
Em nome do Povo que espera
na graça da fé, à voz do Xangô
o Quilombo Páscoa que o libertará.
Em nome do Povo sempre deportado
pelas brancas velas no exílio dos mares
marginalizados no cais, nas favelas e até nos altares.
Em nome do povo que fez seu Palmares,
que ainda fará Palmares de novo
Palmares, Palmares, Palmares do Povo."
missa dos Quilombos


[Linha 100 de 3846 - Parte 1 de 3]



O QUE É A CAPOEIRA?

'Os negros usavam a Capoeira
para defender sua liberdade.'
Mestre Pastinha

Capoeira é luta, jogo e dança. Brincadeira de movimentos
perigosos executados com graça, malícia e muitos rituais. Dança negra
em que prevalece a agilidade da esquiva e a esperteza da fuga. Os pés
que deslizam sobre o chão podem desferir golpes fatais: de repente,
ante os olhos surpresos do adversário, o gesto rápido. O ataque
fulminante. Então, prostrado, o inimigo se dá conta de que foi vítima da
mandinga. Isto, se ainda tiver vida... Essa dança - enquanto forma
de expressão corporal - possui uma linguagem onde cada gesto significa
e representa idéias e sentimentos, emoções. Sensações.
"No tempo em que o negro chegava/fechado em gaiola/Nasceu
no Brasil/Quilombo e quilombola/E todo dia/Negro fugia/
juntando a curriola/De estalo de açoite, de ponta de faca/ e
zunido de bala/Negro voltava p'ra argola/ no meio da
senzala/E ao som do tambor primitivo/ berimbau, maraca e
viola/Negro gritava: abre ala! Vai ter jogo de Angola"
Mauro Duarte & Paulo Cesar Pinheiro,
Jogo de Angola
O jogo da Capoeira é a síntese da dança. A sua essência,
disfarçada em brinquedo: vadiação; distração de quem busca extravasar
cada função interior nos gestos exteriores. Nessa dança se manifesta a
tradição milenar da cultura negra de reverenciar as origens, cada vez
que se repetem gestos ancestrais,. renovados: o jogo da Capoeira é um
vínculo com antepassados que praticaram os mesmos atos. A
habilidade, agilidade e destreza do capoeira estão expressos com
astúcia no balanço dos braços, no arremesso oportuno dos pés, no
meneio desconcertante do tronco, na harmonia de todo o corpo em
gestos circulares que não perdem a continuidade - como se fora um
ininterrupto perambular pelo círculo, em estreita ligação com o solo.
A Capoeira consiste numa dança onde o emprego dos
movimentos arriscados - dado à circunstância de camuflar possível
contenda - envolve os participantes e contagia quem assiste. A natureza
dúplice de luta disfarçada em brincadeira dá forma a um jogo de
movimentos combinando objetividade e precisão no ataque com defesas
velozes, originais, em que o corpo é utilizado no limite dos recursos de
elasticidade e flexibilidade muscular, compondo assim uma bela
plástica humana em gestos despojados, naturais, numa estranha dança
do perigo. É ainda mais a dança da Capoeira: o contato com o chão,
intenso como o vínculo dos filhos com a mãe terra,. que envolve e
protege, gera e alimenta a vida, acolhendo a dança que é também em
seu louvor.
A postura respeitosa dos capoeiras uns com os outros, para com o
jogo, o "chão", o berimbau e o atabaque, se explica no propósito maior
da dança: unir. Ligar estreitamente, como as mãos que se apertam ao


[Linha 150 de 3846 - Parte 1 de 3]


final de cada jogo, na saudação dos camarás.
O jogo da Capoeira é o corpo e a essência de 500 anos de luta de
resistência negra, constituindo-se na primeira e original manifestação
libertária da cultura brasileira; é o corpo e a força dos ritos que
preservam os mitos e os arquétipos da nossa gente. Participando
ativamente da resistência comum às variadas formas de dominação
física e cultural, desde o seu aparecimento nas terras brasileiras a
Capoeira insurge-se em defesa da construção de uma nova identidade
coletiva: esse jogo não foi somente um fermento revolucionário; é
realmente um instrumento de transformações firmado nas mais antigas
raízes culturais do povo brasileiro; instrumento e voz de um povo na
luta por um diálogo igualitário, respeitoso e fraterno entre todas as
pessoas.
"Dança guerreira/Corpo do negro é de mola
Na Capoeira/ Negro embola e desembola/E a dança que era
uma festa pro povo da terra/Virou a principal defesa do negro
na guerra/Pelo que se chamou libertação/E por toda força,
coragem e rebeldia/Louvado será todo dia/Que esse povo
cantar e lembrar o jogo de Angola/Da escravidão no Brasil"
Nas rodas do jogo a luta da Capoeira é um brinquedo guerreiro,
uma diversão entre camaradas unidos na mesma luta, irmãos no
combate da cidadania. Quando o jogo degenera em luta explícita, já não
ocorre a Capoeira. O objetivo da luta é tornar o capoeira senhor de si
mesmo e integrado ao grupo: é no recesso da comunidade que ocorre o
aprendizado e a prática do jogo, de forma coletiva e fraterna. E, se às
vezes isto não acontece, não se pode falar em Capoeira na plenitude;
quando muito em adestramento nos movimentos básicos, de forma
desvinculada dos objetivos e fundamentos da arte.
O ponto alto da luta sempre foi resistir: contra o preconceito, a
discriminação disfarçada; contra oportunistas e aproveitadores
astuciosos que se apropriam dos valores da nossa cultura e tentam
adulterá-la, fazendo isto de tal forma que ao negro é mesmo vedado o
acesso à manifestação que deram origem. O jogo da Capoeira é a luta
de resistência de um povo que sempre reagiu à dominação das elites
que detêm o poder: a luta da Capoeira é insubordinação, é subversão, é
reação, mais que nunca reafirmando os principal valor do homem:
liberdade.
"Capoeira vai lutar/já cantou e já dançou/não pode mais
esperar.../Não há mais o que falar/cada um dá o que
tem/Capoeira vai lutar.../Vem de longe, não tem pressa/mas
tem hora p'ra chegar/ já deixou de lado sonhos/dança, canto
e berimbau/abram alas, batam palmas
poeira vai levantar/ quem sabe da vida espera
dia certo p'ra chegar/ Capoeira não tem pressa/mas na hora
vai lutar..."
Geraldo Vandré, Hora de Lutar
Luta negra. Presente no cotidiano dos morros, terreiros, favelas,
praças e ruas. Companheira do trabalho e diversão das feiras e festas,
acompanhando o negro em qualquer ambiente social.



[Linha 200 de 3846 - Parte 1 de 3]


ITINERÁRIOS

"Fomos ao rio de Meca/ Pelejamos e roubamos/E muito risco
passamos/ e vela./E árvore seca./(...) A renda que
apanhais/O melhor que vós podeis,/Nas igrejas não
gastais/Aos pobres pouco dais/E não sei o que lhe fazeis."
Gil Vicente,
Exortação da Guerra

PORTUGAL, ÁFRICA E BRASIL:
A AVENTURA TRANSOCEÂNICA
O período histórico onde se situa o descobrimento do Brasil e a
conseqüente formação da nossa cultura teve o valioso testemunho dos
relatos e narrativas deixadas por escritores portugueses da época.
A literatura lusa - constituída ainda no período medieval -
alcançou o apogeu com Gil Vicente, Camões e Fernão Mendes Pinto,
justamente na fase em que é completada a expansão do povo português
no mundo. O Brasil, portanto, é contemporâneo dessa expansão, nela
se inserindo tanto o fato primordial da sua descoberta e colonização,
quanto o dos belos trabalhos produzidos pela talentosa literatura
portuguesa terem por motivo inspirador os fatos decorrentes da sua
descoberta - além da conquista na África.
A língua portuguesa, instrumento dessa literatura e que com ela
se aprimorou, deriva do latim popular, que teria chegado à Península
Ibérica no século III antes de Cristo.
Na história literária - assim como na história geral - encontramos
divisões em épocas ou períodos, compreendendo fases de tempo em
evolução cronológica e englobando conjuntos de obras literárias com
características comuns. Nesse trabalho, os historiadores da literatura
consideram se as obras obedecem aproximadamente à mesma ordem
de valores estáticos, ao reuni-las com vistas à exposição histórica.
Segundo o Prof. Fidelino Figueiredo, dividindo a literatura
portuguesa em eras, temos as seguintes: medieval (do século XII até
1502), clássica (1502 a 1825) e romântica (de 1825 aos dias atuais).
O período medieval da literatura portuguesa se caracteriza pela
poesia, reunida em repositórios coletivos (os Cancioneiros), que são os
seguintes: o Cancioneiro Português da Biblioteca Vaticana, o
Cancioneiro Português Colocci-Brancuti e o Cancioneiro Português da
Ajuda.
Esta fase medieval é geralmente considerada como finda no
começo do século XVI - quando é representada a primeira obra teatral
de Gil Vicente, o Monólogo do Vaqueiro, em 1502. Começa então o
período clássico (já contemporâneo do Brasil), onde a literatura produz
obras importantes para a compreensão da gente que realizaria a
colonização, evidenciando o seu caráter e a perspectiva em que
encaravam a nossa terra.
Na fase clássica encontramos os trabalhos literários que mais
diretamente se relacionam à nossa história, abordando as conquistas
na África, os costumes de Portugal, as viagens de descobrimento na
América e análises e observações importantes acerca da sociedade da


[Linha 250 de 3846 - Parte 1 de 3]


época.
Salientamos a importância da consulta às obras de Gil Vicente
(1460-1536), fundador do teatro português, autor das farsas Juiz da
Beira, Clérigo da Beira, Inês Pereira e Quem tem Farelos; dos autos da
Barca da Glória, da Barca do Inferno e da Barca do Purgatório. Gil
Vicente distinguiu-se ainda como poeta e cronista de costumes ao
retratar a vida portuguesa do seu tempo.
Outro vulto de destaque para a compreensão do que era a gente
portuguesa é Luis de Camões (1524-1580), não somente o grande poeta
lírico do período clássico mas o mais importante poeta da língua
portuguesa, como épico em Os Lusíadas, ou lírico, com as Rimas.
Dramaturgo, distinguiu-se com as comédias El-Rei Seleuco, Anfitriões e
Filodemo.
Muitos foram os poetas e romancistas deste período, cujo talento
não se ofusca ante o infausto brilho das conquistas na África e no
Brasil. Destacam-se: Bernardim Ribeiro (1475-1553), poeta e
romancista, autor famoso de Menina e Moça; Francisco de Sá Miranda
(1495-1558), poeta e teatrólogo: Antonio Ferreira (1528-1559), também
poeta e teatrólogo; João de Barros (1496-1570), autor das Décadas da
Ásia, prosador e historiador; Damião de Góis (1502-1574), autor da
Crônica do Príncipe D. João; Fernão Mendes Pinto (1509-1580) viajante
e prosador, autor do relato Peregrinação, de suas viagens ao Oriente; e
Diogo do Couto (1542-1616), continuador das Décadas da Ásia,
companheiro de Camões em Moçambique, autor do Soldado Prático.
À época, destacaram-se como historiadores mais especificamente
do descobrimento e início da colonização do Brasil: Pero de Magalhães
Gandavo ( ? - 1576), autor da História da Província de Santa Cruz e do
Tratado da Terra do Brasil; Gabriel Soares de Sousa (1540-1592), autor
do Tratado Descritivo do Brasil; e Frei Luis de Sousa (1555-1632), autor
da Vida de D. Frei Bartolomeu dos Mártires.
Dentre os escritores brasileiros, um dos primeiros historiadores
foi o Frei Vicente do Salvador (1564-1639), nascido na Bahia, o
primeiro a fazer uso da prosa literária em sua História do Brasil, que
somente seria publicada em 1889. Segundo o crítico José Veríssimo, ao
fazermos a lista dos nossos clássicos, com certeza Frei Vicente do
Salvador seria o primeiro.
Estes são alguns dos principais autores e trabalhos que nos
permitem uma introdução à história do Brasil e seus problemas, com
vistas a formarmos a nossa própria crítica do processo de surgimento da
civilização brasileira.
Aos amantes da leitura, fica a sugestão para pesquisa e estudo

.AS ORIGENS DA CAPOEIRA


'São dois pra bater no negro/de pau, chicote e facão/p'ra se
safar tem o negro/só dois pés e duas mãos/é a mão pelo pé/
é o pé pela mão
bate na cara/derruba no chão
Sérgio Ricardo, Brincadeira de Angola


[Linha 300 de 3846 - Parte 1 de 3]



As origens do jogo da Capoeira se encontram no princípio da
nação brasileira, e seu desenvolvimento acompanhou o relacionamento
de negros, brancos e índios no continente americano. A terra
descoberta aos olhos do colonizador seria o berço de uma nova cultura -
fruto das peculiaridades do ambiente e da forma em que se
processavam as relações entre os conquistadores europeus; os
ameríndios - primeiros senhores do continente; e os africanos - trazidos
à força para realizar todo o trabalho.
No entender do descobridor o novo mundo deveria ser explorado
em todos os aspectos, como fonte supridora da necessidade de riquezas
fáceis sentida na Europa. E nada mais natural que o emprego do
trabalho escravo. De nativos e africanos. Afinal, a nobreza que
governava o mundo ocidental gozava do privilégio de ser ociosa. Para as
agruras de todos os serviços, somente seres inferiores, aí incluídos
todos que não tivessem a pele branca.
A presença dos portugueses na África tem registro desde meados
de 1430. Lá, o europeu incentivava astuciosamente as diferenças
tribais, fomentando rivalidades entre grupos. Depois, adquiria os
prisioneiros feitos por ocasião dos conflitos, negociando com
exploradores de toda espécie a aquisição de seres humanos para o
trabalho forçado.
A chegada dos colonizadores significava destruição completa para
os nativos da África - o provável berço da humanidade, segundo
recentes estudos. Os africanos apresados eram obrigados a trabalhar
nas plantações canavieiras das ilhas do Atlântico. À época da
descoberta do Brasil, Portugal já vivia da exploração de colônias na
África, Ásia e no Atlântico. Seu caráter já amolecera na aventura da
escravidão. Luis de Camões, que via muito bem com seu único olho, se
lamentava de ver sua pátria mergulhada "no gosto da cobiça e na
rudeza/de uma austera, apagada e vil tristeza".
Em 1441, Antão Gonçalves levou a D. Henrique dez negros que
trocara por dez mouros colhidos na costa da África. Segundo Azorara,
que além de chefe de expedições portuguesas que praticaram
massacres nas terras africanas revelou pendores literários, manifestos
em crônicas aduladoras, D. Henrique mostrou-se "ledo" ao ver os
africanos. Não pelo número, acentuou o cronista, "mas pella sperança
dos outros que podya aver". No ano de 1444 fundou-se a Companhia de
Lagos, cuja finalidade era intensificar o tráfico de escravos. No fim do
século, Portugal recebia em média 12.000 escravos por ano,
provenientes a princípio de Guiné, São Tomé, Príncipe e mais tarde, de
Angola, Moçambique e demais regiões africanas. A escravidão
tornara-se a mais próspera indústria do país.
O empreendimento desumano cresceu de tal forma que cerca de
um século após iniciado, o flamengo Nicolaus Cleynaerts, humanista
que se encontrava na corte portuguesa como preceptor dos filhos de D.
João III, fez as seguintes observações a respeito do reino ibérico: "Tudo
ali pulula de escravos, todos os trabalhos são executados por negros e
cativos, dos quais Portugal está tão cheio que, segundo creio, existem
em Lisboa mais escravos e escravas dessa espécie do que portugueses livres."


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Foi aí que entramos na história. Os interesses econômicos e
ideológicos dos portugueses - "a dilatação da Fé e do Império" - segundo
Camões -, não estavam voltados exclusivamente para o Oriente fértil
das ricas especiarias, sedas, objetos de valor como tapetes, perfumes,
produtos medicinais. Vasco da Gama retornara da Índia com um
carregamento de pimenta que permitiu lucros de até 6.000%, quando
vendido na Europa. Mas no seu Diário de Viagem ele contava ter
percebido sinais seguros da existência de terras a oeste de sua rota. A
Espanha já tinha descoberto novos mundos na sua tentativa de chegar
ao oriente navegando sempre para ocidente. E Portugal já tinha
assegurado para si uma parte desse território, com a Capitulação da
Partição do Mar Oceano, mais conhecida como Tratado de Tordesilhas,
assinado entre as duas potências de então, em 1494.
Não é absurdo supor que Cabral recebera orientação no sentido
de afastar-se ao máximo da costa africana, podendo confirmar a
existência dessas terras e delas tomar posse. Essa seria outra tarefa de
sua expedição. O descobrimento do Brasil é apenas um episódio da
expansão marítima européia, no momento da transição do feudalismo
para o capitalismo. As práticas mercantilistas e a predominância dos
interesses econômicos sobre os aspectos religiosos e ideológicos se
refletem até no nome definitivo que a terra ganha, provocando
protestos do cronista João de Barros: "Por artes diabólicas se mudava o
nome de Santa Cruz, tão pio e devoto, para o de um pau de tingir
panos".
O início da colonização das terras brasileiras se deu sob o reinado
de D. João III, conhecido como O Colonizador em razão das expedições
que organizou. Em 1530 uma nova esquadra veio para o Brasil sob o
comando de Martim Afonso de Sousa, com instruções similares àquelas
emitidas aos navegadores que o antecederam: as suas cinco
embarcações explorariam o litoral compreendido entre o Maranhão e o
Rio da Prata, capturando os contrabandistas encontrados ao longo da
Costa do Pau-Brasil. Entretanto, eram mais amplos os objetivos
específicos do Capitão: fundamentar a efetiva invasão da terra,
implantando núcleos de povoamento dos portugueses. Pero Lopes de
Sousa, irmão de Martim Afonso, relata como isso aconteceu, em seu
Diário: "A todos nos pareceu tão bem esta terra que o capitão
determinou de a povoar, e deu a todos os homens terras para fazerem
fazendas: e fez uma vila na ilha de São Vicente e outra nove léguas a
dentro pelo sertão, à borda de um rio que se chama Piratininga; e
repartiu a gente nestas duas vilas e fez nelas oficinas, e fez tudo em
boa obra de justiça."
Em meados de 1532 foi introduzido no Brasil o cultivo da
cana-de-açúcar e no seu desenvolvimento os colonos fixaram-se à terra,
adquirindo glebas e se instalando com plantações e engenhos.
Surgiram as duas primeiras vilas brasileiras no mesmo ano: São
Vicente e Piratininga. Desobedecendo às ordens reais as povoações não
se localizavam na chamada Costa do Pau-Brasil: revelava-se a
prioridade dos portugueses - que era a busca dos metais preciosos. A
escolha do local para a fundação das vilas facilitava a procura das minas


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do Peru e do Paraguai, à época em conquista - a ferro e fogo! - pelos
espanhóis chefiados por Francisco Pizarro, que destruiriam o Império
Inca.
A sede da riqueza dos metais levou os lusitanos a explorarem o
estuário platino, organizando entradas com destino ao interior, saindo
de Cananéia e Guanabara. A entrada que partiu de Cananéia foi
dizimada pelas populações indígenas da região do atual Paraná,
mostrando que a dominação das novas terras não seria uma tarefa fácil.
Quem era a gente portuguesa que se propunha a empreender
uma tarefa que não se apresentava como das mais fáceis? Àquela
altura, segundo Fernando Palha, Portugal importava tudo, desde o pão
que comia até a lã que fiava. Nenhum português queria fazer nada:
"A prática bissecular da pilhagem no seu próprio país (os
impostos escorchantes), a aventura oceânica e o tráfico negreiro, tudo
isso minou a resistência moral do povo, dando-lhe até repugnância pelo
trabalho."
Como o Brasil só era habitado por silvícolas, ninguém queria vir
para cá - além dos que seriam proprietários das terras. Francisco de Sá
Miranda, grande poeta português, mas inegavelmente dominado pela
ambição, refere-se ao fascínio das especiarias da Ásia e da África - que o
Brasil não tinha - com estas palavras: "ao cheiro desta canela/o reino
nos despovoa". Antonio Ferreira, poeta renascentista, retrata bem o
espírito da época em Portugal, a ambição do reino pelos metais
preciosos: "tudo obedece a este só Tirano/Esta é a idade que chamaram
de ouro/Tanto valho, Senhor, quanto entesouro". Ainda sobre o
caráter da nobreza e do povo português ao tempo da descoberta e
exploração, fala melhor o holandês Cleynaerts. Diz ele que "se há povo
algum dado à preguiça, sem ser o português, então não sei eu onde ele
exista (...)". Esse tal Cleynaerts foi ainda mais direto em suas
considerações: "em Portugal somos todos nobres, e tem-se como uma
grande desonra exercer uma profissão qualquer". Outro que também se
queixou do caráter dos compatriotas foi Diogo do Couto: "(é) muito
antiga esta miséria portuguesa de não saber dar lugar às virtudes nem
engrandecer honrosos pensamentos". Quanto à moral da nobreza - a
começar pela família real, que tinha origem bastarda - era a pior
possível. Frei Luis de Sousa disse que nela "o vício era posto a cavalo".
Revela Fernão Lopes que D. Pedro I (de Portugal) confessara um dia a
Nuno Freire que alguém lhe dissera ter ele um filho de nome João que
subiria muito alto, mas ele próprio não sabia qual fosse, pois tinha
vários filhos com o mesmo nome, inclusive um deles com a bela Inês de
Castro...
Apesar da ausência de ouro e prata, São Vicente adquire
contornos definitivos: a primeira unidade produtora de açúcar - o
Engenho do Senhor Governador - foi instalada em 1533. Passado um
ano chegam as primeiras cabeças de gado provenientes de Cabo Verde.
Logo ficou evidente a insuficiência dos núcleos isolados de
povoamento para assegurar o domínio português. A maior extensão do
litoral brasileiro continuava à mercê de incursões estrangeiras. É hora
de D. João III mais uma vez justificar o cognome de Colonizador:
seguindo conselhos de um descendente de colonos das ilhas do


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Atlântico, Cristóvão Jacques, do reitor da Universidade de Bordéus e de
outros destaques da corte, resolve implementar a colonização. A tantos
bons conselhos se acrescentou a cobiça, objetivamente: manter o
monopólio oriental era muito dispendioso e a notícia da descoberta de
ouro e prata na América Espanhola valorizou ainda mais o novo mundo.
A ocupação e colonização do Brasil era um imenso desafio para
um reino de dois milhões de habitantes. A saída, como no caso do
extrativismo vegetal do Pau-Brasil, foi transferir a particulares os
encargos desse empreendimento. Baseando-se nas informações
emitidas por Martim Afonso, foi estabelecida a divisão do litoral
brasileiro em 14 faixas lineares - as Capitanias Hereditárias. Era a
repetição da experiência realizada nas ilhas de Açores, Cabo Verde,
Madeira, Porto Santo, São Tomé e Príncipe e no Território de Angola,
no continente africano. As capitanias foram entregues a 12 membros da
pequena nobreza - os donatários - dependentes do aparelho burocrático
do Estado. Alguns nem vieram ao Brasil. O pequeno interesse e a
ausência de significação econômica destes aventureiros evidencia que a
iniciativa privada não acreditava nas possibilidades da terra.
D. João III procurou incentivar os donatários concedendo-lhes
amplos poderes, utilizando a ideologia feudal de prestígio e poder
associados a extensos domínios territoriais: cada capitão era um rei.
O embasamento jurídico da ocupação da terra era garantido pela
Carta de Doação e pelo Foral. A Carta cedia ao donatário uma
propriedade de 10 léguas de terra ao longo da costa, em quatro ou
cinco lotes, não sujeita a tributos, com exceção do dízimo. Sobre o
território total da capitania, apenas a posse. Havia ainda os privilégios
da montagem de engenhos, venda de 24 índios por ano em Portugal,
redízima das rendas pertencentes à coroa, vintena do Pau-Brasil e
dízima do quinto real sobre metais. O Foral era uma espécie de código
tributário, destinando os rendimentos dos produtos da terra ao
donatário e os da produção do subsolo, mata e mar, cabendo à Coroa.
Era ainda pelo Foral que o donatário concedia sesmarias, que não podia
retomar - direito privativo do rei. Estabelecia ainda a liberdade de
circulação de mantimentos e munições na capitania, definindo a
responsabilidade de defesa da terra ao donatário e colonos.
Algumas das características desse processo de colonização são
medievais: extensas faixas territoriais entregues a senhores que
dispõem de poder absoluto sobre coisas e pessoas. Mas do feudalismo
só tivemos alguns traços na estrutura política e jurídica do sistema das
Hereditárias. A base econômica era a produção escravista e
exportadora, concentrada no mercado externo. O trabalho nunca foi
essencialmente servil nem a produção dominial, fechada. E a estrutura
de clãs não era propriamente feudal, parental: limitava-se à existência
dos laços familiares nobiliárquicos e do enorme poder militar e político
dos senhores de terras e escravos.
Genericamente, por intermédio do sistema de capitanias foram
consolidados os objetivos de colonização e posse da terra. É comum a
avaliação do pouco progresso da colônia neste período
responsabilizando os índios e seus ataques. Ora, a resistência à
dominação portuguesa era a simples defesa da terra pelos seus


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legítimos proprietários. Isso além de disporem os invasores de
superioridade militar. O problema maior foi a falta de investimentos e a
total ausência de interesse em estabelecer relações fraternas com os
índios.
Para coordenar as iniciativas de povoamento - então muito
isoladas - D. João III criou o Governo Geral. Era sua função combater
tribos rebeldes (de preferência aliando-se a outras), promover entradas
à procura de riquezas, fomentar a construção naval (que garantiria a
defesa contra ataques externos), incentivar a catequese e organizar os
colonos na defesa do território, entre outros. Uma das promoções do
primeiro governador-geral, Tomé de Sousa, foi a vinda de jovens órfãs
que iriam constituir famílias católicas com os colonos.
O verdadeiro poder político da época estava nas unidades
produtoras em mãos da classe proprietária. E a máquina governamental
atendia a seus interesses.
A classe dominante colonial estava voltada para suas fazendas.
Seu poder (e prestígio) estava evidente nas câmaras, milícias, no clero.
A civilização do mundo da cruz se impunha pelo arcabuz. Autênticos
caudilhos, os senhores de escravos e terras, os homens bons é que
conferiam vida às câmaras do período colonial, o que perduraria
durante a época imperial. O povo não participava da administração nem
dispunha de representação.
Foi nascendo um Brasil bem diferente daquele que sequer tinha
esse nome. Nascia também uma nova sociedade, de poucos senhores e
muitos trabalhadores, a maioria escravos. Surgiram pequenas vilas,
grandes plantações, casas grandes das fazendas e fortificações. Os
primeiros donos da terra se refugiaram no interior enquanto o litoral
era transformado em canaviais.
Isso tudo não acontecia por acaso. A explicação do expansionismo
europeu está no mercantilismo e suas práticas: com o desenvolvimento
das muitas formas de acumulação de capital, foi acelerada a transição
do feudalismo para o capitalismo. A burguesia mercantil portuguesa
(com apoio do Estado absolutista) se estabeleceu na Ásia e África,
montando feitorias para a guarda do marfim, metais preciosos,
especiarias, tecidos de luxo e homens escravizados. O negócio era
excelente - para os mercadores, claro. A venda de tudo isso na Europa
ou na colônia do novo mundo dava lucros fabulosos... E não precisava
produzir nada: apenas fazer circular as mercadorias.
A simples existência de feitorias não se mostrou satisfatória na
América. Para que as novas terras se tornassem um negócio ainda mais
lucrativo, aumentando a acumulação capitalista, era imperioso
produzir. E para isto, intensificar a colonização. A agricultura comercial
foi uma das soluções, baseada na produção de gêneros tropicais,
conforme as necessidades do mercado externo; o comércio
determinando o empreendimento produtivo. A economia central
(metropolitana) era complementada pela colônia.
Houve variações nas formas dos esforços colonizadores nas
Américas. Nas colônias tropicais de zona temperada se desenvolveram
as denominadas colônias de povoamento, recebendo o excedente
demográfico da Europa, como algumas colônias inglesas da América do


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Norte; nos trópicos surgiram as colônias chamadas de exploração, com
uma composição social completamente original, como as colônias
portuguesas e espanholas na América do Sul. O traço mais original é
que a sociedade se baseava no latifúndio, na extensa propriedade
agro-exportadora, denominadas plantation ou hacienda. Nesta
sociedade há um terrível contraste entre a riqueza dos colonos
branco-europeus, mozambos (filhos de portugueses) ou criollos (filhos
de espanhóis) se contrapondo à extrema miséria das populações a eles
submetidas, nativas ou africanas. Enfim, a peculiaridade de uma
sociedade constituída essencialmente para benefício da metrópole.
Para exercitar a dominação política e econômica, o monopólio é
fundamental aos interesses da classe proprietária. Segundo o Bispo
Azeredo Coutinho, um dos teóricos do colonialismo português do século
XVIII, temos o seguinte enunciado para estabelecer as atividades na
colônia: "(...) É necessário que as colônias, de sua parte, sofram: 1) que
só possam comerciar diretamente com a metrópole, excluída toda e
qualquer outra nação, ainda que lhes faça um comércio mais vantajoso;
2) que não possam ter fábricas, principalmente de algodão, linho e
seda, e que sejam obrigados a vestir-se das manufaturas e das
indústrias da metrópole. Desta sorte, os justos interesses e as relativas
dependências mutuamente serão ligadas."
A exclusividade da metrópole e o total domínio das atividades
pelos reinóis, comerciantes portugueses, foi garantida com a criação
das Companhias Privilegiadas de Comércio. Limitações foram impostas
à imprensa e à circulação de livros. Como em todas as épocas, este tipo
de censura visava impedir que idéias novas sugerissem à população que
essa exploração não era justa e nem resultava da vontade de Deus...
São acrescidos impostos, taxas e proibições, definindo que a função
econômica da colônia é suprir o que a metrópole não tem condições de
produzir - e não concorrer com ela. O lucro deve ser máximo: outro
indicativo de que o modelo escravista é a solução. Contra o trabalho
livre, o interesse dos proprietários em impedir que os assalariados, com
o tempo, se apropriassem de glebas e desenvolvessem atividades de
subsistência - já que havia abundância de terras. Ficava assim
impedida (por meio da escravidão) a incômoda presença de
trabalhadores livres.
Para as elites dominantes a escravidão no Brasil era duplamente
lucrativa: incrementava a circulação da mercadoria humana -
possibilitando à burguesia traficante a acumulação de lucros -, e
garantia elevados índices de produtividade com mão-de-obra escrava de
custo mínimo. Enquanto mercadoria o africano trazia altíssimos lucros
para os comerciantes da metrópole - o que não era o caso da escravidão
dos indígenas, apenas um "negócio local". Quanto aos lucros na
produção, a exploração da força do escravo garantia os recursos para a
renovação dos meios de trabalho, assalariamento dos poucos
trabalhadores especializados e a continuidade do tráfico. Aliás, a
manutenção do tráfico era fundamental, visto que o crescimento
vegetativo da população negra era insuficiente para atender à
demanda. Essas razões terminaram dominando os religiosos que vieram
para o Brasil e não apenas deram cobertura ideológica à escravidão,


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como a praticaram em larga e proveitosa escala. O padre Vieira, a quem
se deve tanta indignação contra a exploração dos índios, colocado certa
vez diante do dilema de ficar ao lado dos escravistas do Maranhão ou do
lado dos silvícolas, não fugiu à conclusão de que era "fácil conciliar a
consciência com o interesse". Foi assim que tivemos desde o século XVI
o Poder Temporal e o Poder Espiritual conciliando a consciência com o
interesse, a cruz com o arcabuz, a castidade com o estupro, a
fraternidade com a escravidão, o direito com a força.

NAVEGAR É PRECISO...

A expansão marítima teve como significado a escravização dos
africanos. Desde meados do século XV os negros foram submetidos ao
trabalho nas plantações do sul de Portugal (Algarve), nas minas da
Espanha e serviços domésticos em geral na França e Inglaterra.
No decorrer do tempo e como resultado da valorização do tráfico
negreiro - uma atividade comercial altamente lucrativa - as formas de
exploração sobre o continente negro foram se sofisticando. Chefes de
grupos tribais eram corrompidos por mercadores europeus em troca de
tecidos, jóias, metais preciosos (como ouro e cobre), armas, tabaco,
algodão, cachaça e mesmo búzios - considerados objetos sagrados, e até
funcionando como moeda.
As incursões com o objetivo de apresar nativos foram se tornando
raras, já que os sobas, chefes locais, se encarregavam da apreensão da
mercadoria, inclusive organizando ataques a outras tribos. O comércio
começava a ser feito harmonicamente...
Ao serem embarcados nos portos da África os negros eram
batizados pelos padres encarregados de convertê-los ao cristianismo e
marcados com ferro quente. A marca servia também para distinguir os
batizados daqueles que ainda não haviam recebido os sacramentos...
Viajando nos porões dos navios negreiros, chamados tumbeiros,
amontoados como coisas, na mais completa promiscuidade, inúmeros
africanos morriam em razão dos maus tratos e doenças, dos ferimentos
diversos e ainda sucumbindo ante a condição desumana a que eram
submetidos. A dor imensa causada pela perda da liberdade, o
afastamento de tudo que lhes era caro, provocava o banzo - sentimento
de revolta, dor, pesar e nostalgia. Depois, vinha a morte. Rugendas fez
o registro: "Tenha-se a imagem cruel do negro em face da separação de
tudo quanto lhe era caro e sejam recordados os efeitos do mais
profundo abatimento ou mais terrível desespero de espírito, unido às
privações do corpo e às provações da viagem. Então não se estranhará a
baixa mortal de tantos, no alto-mar."
Na chegada às terras brasileiras os negros eram leiloados. E as
melhores peças de imediato adquiridas por capatazes ou pelos próprios
senhores, que não raro se dedicavam à escolha cuidadosa dos cativos.
A vida rural predominava com características de exploração que
perduram até os dias atuais. Aliás, têm um forte sabor de atualidade as
observações feitas por frei Vicente do Salvador a respeito dos hábitos
extrativistas cultivados pelos colonizadores europeus: "Não só os que de
lá vieram, mas também os que nasceram cá, não usam da terra como


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senhores, mas como usufrutuários, só para a desfrutarem e a deixarem
destruída."
Os africanos trabalhavam nas lavouras e tarefas domésticas nas
casas dos senhores. Viviam nas senzalas, quase sempre formadas de
muitas construções apertadas umas às outras. Na senzala e na casa
grande, onde moravam os donos dos engenhos, o proprietário era
senhor absoluto. Os negros eram submetidos aos trabalhos forçados e
cabia aos feitores estabelecer a disciplina e garantir a produtividade dos
escravos.
Nos séculos XVI e XVII o Rio de Janeiro, Salvador e Recife foram
os mais importantes centros receptores de negros sudaneses - como os
iorubás, geges, haussas e minas; de bantos - como os angolas e os
cabindas; e de malês, de idioma árabe e islamizados.
Um alto preço foi pago em razão da cruel valorização mercantilista
do homem negro, absurda fonte da riqueza dos que traficavam e dos
que o utilizavam, como afirma Herbert Aptheker: "Em quatro séculos,
do XV ao XIX, a África perdeu, entre escravizados e mortos, 65 a 75
milhões de pessoas e estas constituem uma parte selecionada da
população, uma vez que ninguém, intencionalmente, escraviza os
velhos, os aleijados, os doentes".
Afonso Taunay estima que teriam entrado no Brasil, nos séculos
XVI, XVII e XVIII, respectivamente 100.000, 600.000 e 1.300.000
negros escravizados. Arrancados à força da sua terra, uma vida de
sacrifícios os aguardava: trabalho árduo de sol a sol nas grandes
fazendas-engenhos de açúcar, por exemplo. Tão grande era o esforço
que um africano sobrevivia em média de sete a dez anos. Chegar ao
Brasil já era uma demonstração de incrível resistência: cerca de 40%
dos negros malungos, denominação para os aprisionados e
transportados, pereciam durante a viajem.
Charles Ribeyrolles discorreu longamente acerca dos trabalhos
desenvolvidos pelos negros no Brasil: "Quem cavou a terra, quem abriu
as galerias, desviou as correntes, lavou as areias, achou o ouro e os
diamantes? Os negros. As tribos dos índios foram escorraçadas pelos
colonos proprietários, de floresta em floresta ou de morro em morro.
Mas quem arroteou os terrenos e cultivou o solo, ou quem semeou,
plantou e colheu? Os negros. Quem aprontou os trabalhos do campo,
tão rudes e penosos, em plena zona tórrida, e quem se encontrava a
mourejar nas usinas, moinhos, estaleiros e estradas? Os negros."
Já foi dito que os escravos faziam de tudo. Eram as mãos e pés do
senhor de engenho. As riquezas produzidas no Brasil dependiam
desses trabalhadores. André João Antonil, jesuíta que analisou nossa
vida econômica e social em seu Cultura e Opulência do Brasil por Suas
Drogas e Minas, escrito no início do século XVIII, noticia a necessidade
da importação de trabalhadores escravizados por serem indispensáveis.
Afirmou Antonil: "(...) É necessário comprar cada ano algumas peças e
reparti-las pelos partidos, roças, serrarias e barcas."
As tarefas mais especializadas (de caldeireiro, carpinteiro,
tacheiro e marinheiro) eram realizadas pelos negros que se adaptavam
mais rapidamente à nova situação. Serviços brutais eram realizados por
homens e mulheres que também pegavam na foice e na enxada, nos


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canaviais, nas oficinas ou na casa grande; e um número pequeno de
trabalhadores livres, assalariados, desempenhando funções de
vigilância ou que exigiam conhecimento técnico - como no caso do
preparo do açúcar - aumentavam a enorme multidão de explorados.
Formadas de roças e pomares, as grandes fazendas alcançavam
praticamente a auto-suficiência. Era comum os escravos terem um dia
na semana para plantarem para si; o básico em sua alimentação era a
mandioca. Havia ainda nos engenhos outros homens livres e
expropriados, que não foram integrados à produção mercantil. Como
trabalhavam nas roças de subsistência eram chamados roceiros. Como
pagamento do seu trabalho os escravos recebiam castigos: "pau, pano e
pão". E reagiam. Em troca dos tormentos, assassinavam feitores,
suicidavam-se, evitavam a reprodução, eliminavam capitães-do-mato e
mesmo proprietários. A resistência se manifestava nos seus cultos,
onde a dominação era simbolicamente contestada. O candomblé foi - e
ainda é - um ritual de liberdade, protesto, reação à crueldade e
opressão do Deus dos brancos. Dançar, batucar, rezar e cantar eram
modos encontrados para alívio da asfixia da escravidão. A dominação
era contestada também ao nível do real - na fuga das fazendas e na
formação de quilombos, aldeias de negros foragidos, onde tentavam
reconstituir em matas brasileiras o modo de vida que levavam na África.
Em seu esforço para estabelecer a verdade quanto ao autêntico
trabalho de construção do Brasil, informa Ribeyrolles: "Nas chácaras,
nas fazendas, nas moradas urbanas, nas ruas e nas praças das grandes
cidades, sobre quem recaíam os trabalhos servis e domésticos? Nas
fábricas e nas oficinas, quem girava as molas, acendia os fornos,
esfregava, suava, carregava e se incumbia, numa só palavra, dos mais
baixos misteres? Os negros, os negros, quase unicamente os negros. O
trabalho africano, em todas as coisas e todas as tarefas, foi o
instrumento, a mão, a roda e a ferramenta, intervindo em tudo como
agente de produção, dos transportes e das mudanças, vivendo para
todos os serviços e todos os encargos."
Os castigos corporais eram uma constante. Punições
inimagináveis aplicadas sem compaixão. O trabalho diário constituía
jornada estafante e muitos senhores estabeleciam que os negros
deviam prover o próprio sustento, através do cultivo, fora das horas de
trabalho - no que seria o período de descanso - das lavouras para a
subsistência. Com isto, não havia repouso suficiente para a reposição
de forças. Tudo acontecia sob os olhos atentos dos prepostos dos
senhores, vigilantes a qualquer sinal de rebeldia.
A grande maioria dos negros se situava entre a oposição aberta à
escravidão e a submissão conformada.
Pouco a pouco, os africanos passavam a ter conhecidas as
características de seu comportamento frente à escravidão. Os
escravistas puderam formar conceitos quanto à natureza de cada tipo;
muitos jamais aceitaram a dominação.
Quando esgotavam as possibilidades de barganhas e concessões
partia-se para a ruptura ? o confronto direto.
As fugas eram rotineiras e havia aqueles que se prestavam ao
papel de tentar recapturá-los, de preferência com vida, para retornarem


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ao cativeiro; se fosse preciso, mortos - para servirem como exemplo e
desencorajar novas tentativas. O aprisionamento dos fugitivos competia
aos capitães-do-mato, que contavam com auxiliares e a colaboração
oficial da Justiça colonial.
O ambiente das senzalas era o que restava aos negros para tentar
a preservação das suas dimensões humanas, até que surgisse a
oportunidade propícia à fuga. Sob o disfarce de cantigas e danças
sobreviviam suas crenças e ritos, como a mais inocente forma de
diversão.
Gravuras e desenhos feitos pelos primeiros estudiosos que
visitaram as terras americanas, registraram cenas da vida na sociedade
colonial, onde se encontra impressa a força das manifestações da
cultura africana.
Ao som dos atabaques permanecia vivo o culto aos orixás e outras
danças das quais se perdeu a memória, mas de onde nasceria o jogo da
Capoeira: os movimentos de corpo dos africanos - gestos ancestrais
preservados em suas danças - serviram com base para a elaboração de
uma luta coletiva; afinal, os meneios de corpo, o jeito solto e ágil,
servem perfeitamente tanto ao fascínio da dança quanto à magia da
luta.
Sabe-se que os negros eram insuperáveis na luta corpo a corpo,
também numa conseqüência direta do vigor físico comprovado no
estafante trabalho muscular que exigia alta carga de força. Habituados
aos rigores da vida na África, as tarefas que antes se constituíam em
atividade necessária na terra natal eram instituídas como trabalho
forçado no Brasil. A aparente submissão era o modo dos cativos de
costumes e culturas diferentes ganharem o tempo necessário para criar
- ou simplesmente aproveitar - a oportunidade de fuga, dificultada pelo
fato de sequer possuírem uma língua comum.
A expressão corporal nos ensina há milênios uma linguagem que
permite a comunicação sem palavras, estabelecendo a fraternidade nos
gestos comuns: a dança revela os sentimentos e evidencia idéias, na
plástica e harmonia dos movimentos. Pois disto se serviram os negros:
protestando e se insurgindo, individual ou coletivamente, expressando
a linguagem do corpo na revolta, na insubordinação às regras do jogo
do sistema colonial: formando quilombos, promovendo fugas, e
assassinando senhores; mas sua luta passou especialmente pela
afirmação de sua cultura.
As fugas dos escravos se tornaram cada vez mais organizadas. É
fácil imaginar o negro desarmado, porém exímio no manejo do corpo, a
desfechar o golpe certeiro, no momento oportuno - para em seguida
ganhar a liberdade. Livre, o terreno de pouco mato era adequado à
manutenção da liberdade, permitindo o enfrentamento dos
perseguidores. A vegetação rasteira, denominada em língua tupy
caá-puera iria dar nome aos guerreiros e à sua luta: Capoeira.
A Capoeira é um bom exemplo de como os negros agiam com
malícia dissimulando sua verdadeira intenção ao enfrentar os senhores
e seus agentes. Para disfarçá-la, a ginga ? que fazia dela ao mesmo
tempo uma luta e uma dança!
Cada negro recapturado trazia em si a certeza da liberdade. Tudo


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apenas uma questão de tentar sempre. Na próxima tentativa... E as
fugas se sucediam.
Nas matas, os negros que conquistavam a liberdade formavam
quilombos, onde viviam segundo regras próprias. Estas comunidades
foram numerosas desde meados do século XVI, havendo-as em todas as
capitanias e principalmente na região de Pernambuco e Alagoas. Aí
houve uma verdadeira nação, conhecida como Palmares, que enfrentou
bravamente os escravocratas.
A destruição de Palmares aconteceu depois de cerca de sessenta
anos de luta, por forças comandadas pelo paulista Domingos Jorge
Velho e o pernambucano Bernardo Vieira de Melo. Mas este fato não
significou derrota total. Cresceu daí a consciência da própria força no
povo negro e a certeza de que poderia encontrar a liberdade, nas terras
para onde veio trazido como escravo.
Palmares ficou como ponto de referência de uma gente espalhada
por todas as partes deste país, simbolizando uma luta secular de
libertação de um povo que se identifica não somente pela pigmentação
da pele, mas pela mesma herança cultural. A luta do povo de Palmares
está viva como ponto de partida para chegarmos a uma sociedade livre.
Desde a época da campanha dos escravistas contra o Quilombo
de Palmares ficou o registro da luta heróica em defesa da autonomia
cultural.
A existência da Capoeira resulta da longa luta por
reconhecimento cultural travada ao longo dos quatro séculos de
cativeiro. E o termo capoeira, nome dos guerreiros das capoeiras e de
sua estranha forma de luta, que tornava homens desarmados capazes
de enfrentar e vencer vários adversários, corporifica ainda hoje nos
jovens praticantes do século XXI. Assim é que a luta dos africanos e
seus descendentes afro-brasileiros subsiste no jogo da Capoeira.
A respeito das origens remotas da Capoeira é interessante
transcrever Albano de Neves e Souza, que escreveu de Luanda, Angola,
a Luis da Câmara Cascudo, afirmando: "Entre os Mucope do sul de
Angola, há uma dança da zebra N'Golo, que ocorre durante a Efundula,
festa da puberdade das raparigas, quando essas deixam de ser
muficuemas, meninas, e passam à condição de mulheres, aptas ao
casamento e à procriação. O rapaz vencedor do N'Golo tem o direito de
escolher esposa entre as novas iniciadas e sem pagar o dote
esponsalício. O N'Golo é a Capoeira."
Em seguida, Albano de Neves e Souza passa a expor sua teoria a
respeito da evolução do N'Golo no Brasil: "Os escravos das tribos do sul
que foram através do entreposto de Benguela levaram a tradição de luta
de pés. Com o tempo, o que era em princípio uma tradição tribal foi-se
transformando numa arma de ataque e defesa que os ajudou a subsistir
e a impor-se num meio hostil". Neves de Souza acrescenta algumas
informações e conclui pela origem africana da Capoeira: "Os piores
bandidos de Benguela em geral são muxilengues, que na cidade usam
os passos do N'Golo como arma. (...) Outra das razões que me levam a
atribuir a origem da Capoeira ao N'Golo é que no Brasil é costume os
malandros tocarem um instrumento aí chamado de Berimbau e que
nós chamamos hungu ou m'bolumbumba, conforme os lugares, e que é


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tipicamente pastoril, instrumento esse que segue os povos pastoris até
a Swazilândia, na costa oriental da África."
Estes relatos ilustram hipóteses quanto às origens da Capoeira.
Note-se que essas danças são conhecidas no Brasil apenas através da
literatura sobre o assunto. A história da Capoeira aguarda pesquisa
minuciosa em terras africanas com o objetivo de constatar nessas
danças os possíveis elementos formadores da Capoeira. Danças com
características de luta já foram identificadas em Cuba, Martinica, na
Venezuela e em outras localidades das Américas, mas discute-se se
teriam origens comuns à Capoeira. Concretamente, temos a luta dos
negros, elaborada a partir de gestos e movimentos próprios dos
africanos, cuja fonte primária é a terra de onde vieram os guerreiros : a
África. De lá veio o elemento matriz no processo que culminou no jogo
da Capoeira - o negro! - e os movimentos corporais da capoeira atual
são fragmentos atualizados da memória negra afro-brasileira. Recriando
a cultura africana nessa terra, os negros não ficaram passivos diante de
sua nova condição. Desterrados e escravizados, combateram o poder
escravista com uma rica produção cultural, conquistando espaços e
recriando sua autonomia e identidade étnica em solo brasileiro. E
acabou brasileira esse jogo-luta, como testemunhou Charles
Ribeyrolles, um francês que aproveitou o tempo vivido em nossa terra -
exilado por Napoleão III - para retratar os costumes da nação que se
formava: "No sábado à noite, finda a última tarefa da semana, e nos dias
santificados, que trazem folga e descanso, concedem-se aos escravos
uma ou duas horas para a dança. Reúnem-se no terreiro, chamam-se,
agrupam-se, incitam-se e a festa principia. Aqui é a capoeira, espécie de
dança pírrica, de evoluções atrevidas e combativas, ao som do tambor
do congo."

A ORIGEM DO TERMO CAPOEIRA

É de aceitação geral a hipótese do jogo de agilidade corporal ter
sido o instrumento utilizado pelos escravos fugitivos na defesa contra
seus perseguidores, representados pela figura do capitão-do-mato. E
era no mato que se travava a luta decisiva. Pois foi desse tipo de mato -
a capoeira - onde os negros buscavam refúgio e ofereciam resistência
aos perseguidores, que surgiu também a polêmica que por longo tempo
consumiu em debates intermináveis inúmeros intelectuais.
Uma das teorias quanto à origem da expressão capoeira
estabelece a língua tupy como aquela de onde procederia a
vernaculização: caá-puêra (caá = mato; puêra = que já foi) resultaria nos
brasileirismos capuíra, capoêra e capoeira. Outros estudiosos afirmam
que a acepção capoeira designa um tipo especial de cesto, usado no
transporte de galinhas, que eram conduzidas por escravos aos
mercados. A esses escravos teria se estendido o emprego da
denominação primeiramente aplicada às gaiolas. Segundo os
defensores dessa hipótese, enquanto aguardavam a chegada dos
comerciantes, os escravos se divertiam na prática do brinquedo que
também seria abrangido pelo nome capoeira. Fora da discussão da
origem do termo - assunto para filólogos, como Plínio Ayrosa e Antenor


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Nascentes - temos concretamente o 'jogo da capoeira' com definição
única e universal. Resta ainda a palavra capoeiragem, empregada
para nomear a prática desse jogo e utilizada no Código Penal de 1890
pelos juristas da época, que puniam a prática do jogo, classificando-o
como atividade criminosa.

ZUMBI: O MESTRE DA RESISTÊNCIA


"Zumbi, comandante-guerreiro/Ogum-iê, ferreiro mor,
capitão/Da capitania da minha cabeça/Mandai alforria pro
meu coração"
Gilberto Gil & Walid Salomão,
Zumbi, a felicidade guerreira

Na língua dos negros, 'quilombo' significava povoação, capital,
união; no Brasil, teve por significado local de refúgio. Os quilombos
eram divididos em aldeias de nome mocambo. Seus integrantes eram
chamados quilombolas, calhambolas, mocambeiros.
Zumbi nasceu no quilombo de Palmares por volta de 1655.
Décadas antes do seu nascimento este quilombo havia sido fundado por
um grupo de escravos fugidos de um engenho no sul de Pernambuco.
Localizado bem no alto de uma serra, onde estão hoje situadas partes
dos Estados de Alagoas e Pernambuco, de lá era possível a visão
privilegiada das imediações.
Herói do povo afro-brasileiro, coube a Zumbi liderar a gente do
quilombo num momento decisivo da luta contra os escravistas,
empenhados em sufocar a semente da liberdade que teimava por
crescer no solo brasileiro.
A história daquele que seria o Zumbi começa quando um grupo
de expedicionários liderados por um comandante chamado Brás da
Rocha ataca Palmares, no ano de 1655, levando um recém-nascido,
entre os adultos capturados. A criança foi entregue ao chefe da coluna
atacante, que por sua vez resolveu fazer um presente ao padre Melo,
cura de Porto Calvo. O religioso decidiu chamá-lo Francisco. O garoto
aprendeu a língua latina, o português e dando mostras da inteligência.
A grande batalha do chefe guerreiro Zumbi, zelando dia e noite
pela segurança do seu povo e lutando para que não fosse extinto o ideal
de se formarem comunidades onde conviviam negros, índios e brancos,
começou ao completar quinze anos, em 1670. Nesse ano Francisco
fugiu do padre Melo e voltou para Palmares. Livre desde que nasceu,
deixou para trás uma vida muito diferente daquela que iria levar.
Quando Francisco voltou a Palmares, o quilombo havia se
transformado numa fortaleza. Segundo estudos recentes, dez mil
pessoas, aproximadamente, viviam no local Eram negros fugidos,
mulheres capturadas, além de índios e brancos que se escondiam da
justiça colonial portuguesa. Plantava-se de tudo para o sustento da
população quilombola: feijão, milho, mandioca, cana-de-açúcar, batata.
E muitos desses artigos eram comercializados clandestinamente com as
cidades vizinhas, pobres em gêneros alimentícios porque se dedicavam


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a uma única cultura: o plantio da cana-de-açúcar, base da economia de
exportação predominante nessa época.
O quilombo de Palmares era uma pequena África onde os negros
procuravam resgatar suas raízes, inclusive abandonando os nomes
recebidos dos escravistas e trocando por outros de origem africana. À
frente desse povoado estava Ganga Zumba e nas pequenas aldeias
lideravam chefes locais.
Ao retornar a Palmares, Francisco, com seus quinze anos, passou
a ser Zumbi. Vale lembrar que o Deus principal de Camarões e do
Congo é chamado Nzambi; em Angola denominavam Zambi o que
morreu; e no Caribe, Zumbis são mortos-vivos, criaturas que mesmo no
além jamais descansam.
Em Palmares foi livremente constituída sua família - pai, irmãos,
tias e tios. O principal dentre seus parentes: Ganga Zumba. Pouco
depois de retornar ao quilombo, Zumbi já era chefe de um desses
mocambos e defendia a região com imensa habilidade.
Palmares sofreu diversas investidas durante quase cem anos.
Quando os holandeses invadiram o Brasil, por volta de 1624, esses
ataques diminuíram muito: os colonos lusitanos estavam mais
preocupados em defender o território das ameaças externas. Foi nessa
época que o Quilombo mais se desenvolveu. Entretanto, após a
expulsão holandesa em 1654, uma verdadeira campanha contra
Palmares se fez surgir. Dezessete expedições organizadas por vilas
próximas, bem como pelo próprio governo de Pernambuco,
embrenharam-se pela mata para derrubar os palmarinos.
Em 1677, um tal Fernão Carrilho, exímio caçador de negros
entrou em ação. Marchando contra Palmares com seus combatentes,
Carrilho conseguiu derrubar alguns chefes de mocambos e matar vários
quilombolas. Neste ataque, Ganga Zumba foi ferido, mas ainda assim
conseguiu fugir. Em decorrência disso, foi levado a aceitar um tratado
de paz proposto pelo governador de Pernambuco em que se prometia
liberdade apenas aos nascidos no Quilombo.
Aos 23 anos, Zumbi rejeitou a paz dos escravistas, paz que
garantia sua liberdade - pois nascera em Palmares. Desmoralizado por
aceitar a proposta, Ganga Zumba viu-se diante de uma operação dos
quilombolas organizados para depô-lo, sob a liderança de Zumbi, que
nesse contexto tornou-se o líder maior do quilombo. Ganga Zumba
desistiu de tudo, partiu para Cacaú, ao sul de Pernambuco, onde viria a
morrer envenenado pouco tempo depois. Acredita-se que tenha sido
morto por enviados de Zumbi.
Zumbi assumiu o posto de chefe maior e reorganizou toda a
estrutura de Palmares. Preparou seus homens para os combates que
estavam por vir. Durante esse período, o governador de Pernambuco e a
própria Coroa procuraram negociar, garantindo vida ao líder e a seus
familiares, caso aceitasse a rendição. Zumbi preferiu lutar a entregar
seu povo: sua dignidade não tinha preço.
Os senhores de engenho não aceitavam as perdas de escravos,
mercadorias muito valiosas; o governo colonial não suportava mais
tanta derrota. Foi quando surgiu a idéia de contratar os bandeirantes
paulistas, conhecidos por serem grandes desbravadores e verdadeiros


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assassinos.
Na guerra contra Zumbi e o povo de Palmares o sistema escravista
pretendia varrer da memória coletiva até a lembrança da existência de
possibilidades reais das populações oprimidas construírem uma
alternativa à estrutura social baseada na exploração do trabalho
forçado. O combatente que representava os civilizados escravagistas:
Domingos Jorge Velho.
Sobre este paulista, encarregado de destruir Palmares, escreveu
em 1697 um seu contemporâneo, o Bispo de Pernambuco: "Este
homem é um dos maiores selvagens com que tenho topado... tendo sido
sua vida, desde que teve razão - se é que teve, de sorte a perdeu tanto
que entendo não a achará com facilidade - até o presente, andar pelos
matos à caça dos índios, e de índias, estas para o exercício das suas
torpezas e aqueles para o granjeio de seus interesses."
Após uma primeira derrota, Domingos Jorge Velho iria travar a
batalha definitiva no ano de 1694. Antes de completar 25 anos de vida,
Zumbi se recusou a desistir de lutar pela liberdade sem adjetivos,
concessões ou condições: combateria até o fim.
Apesar de toda a violência e da selvageria dos prepostos do
sistema colonial, não foi possível derrotar o símbolo do heroísmo do
povo brasileiro. Após muitos anos de luta os escravistas não
conseguiram submeter a alma dos resistentes. Cada guerreiro morto
em defesa do direito à liberdade é um exemplo de que só existimos na
plenitude quando somos livres. E morrer nessa luta significa dar a vida
pela própria vida.
Símbolo da resistência à dominação, Zumbi dos Palmares é
referência legada tanto às gerações africanas trazidas ao Brasil quanto
aos seus descendentes afro-brasileiros. Mestre na luta pela liberdade,
seu vulto se confunde com o caminho para a consciência do povo
brasileiro.
"Minha espada espalha o sol da guerra
Rompe mato, varre céus e terra
a felicidade do negro é uma felicidade guerreira
Do maracatu, do maculelê e do moleque bamba
Minha espada espalha o sol da guerra
Meu quilombo incandescendo a serra
Taliqual o leque, o sapateado do mestre-escola de samba
Tombo da ladeira, rabo de arraia, fogo de liamba..."
Acompanhado de um grupo considerável de combatentes
fortemente armados, Domingos Jorge Velho se lançou em direção à
Cerca Real do Macaco, onde se encontravam Zumbi e todo o seu
exército. Grande foi sua surpresa ao encontrar o esquema de defesa
montado pelos quilombolas. Muros gigantescos de pedra e madeira
formavam três fileiras, seguidas logo após por buracos camuflados com
estacas pontiagudas em seu interior. Em seguida, uma outra muralha
mais comprida, contava com guaritas que abrigavam atiradores.
Amedrontado, Jorge Velho mandou buscar canhões de Recife e
construiu, paralelamente à muralha de Zumbi, uma outra muralha. O
ataque foi fatal. O grande chefe dos quilombolas foi apanhado de
surpresa pelo descuido de um sentinela. Muitos morreram combatendo


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ou se suicidaram; outros tentaram fugir pelo lado esquerdo da Cerca
Real, onde havia enorme precipício. Zumbi foi um dos que conseguiu
sobreviver à matança, mas Palmares foi inteiramente destruída.
Zumbi comandou seus guerreiros e venceu inúmeras batalhas
empregando com talento as técnicas da guerra de guerrilhas. No
combate em posição fixa encontrou o fracasso. Perdeu o domínio da
Serra da Barriga, onde se estabeleceram - entre disputas e conflitos
pessoais - os vencedores: bandeirantes, militares e "homens de bem" de
Pernambuco e Alagoas. Só restava uma alternativa: retornar à
estratégia da guerra do mato. Eram cerca de mil homens. Os guerreiros
foram divididos em dois bandos e foi confiada a chefia de um dos
grupos a um companheiro chamado Antônio Soares, que sofreu uma
emboscada. Soares foi preso e enviado sob forte escolta para Recife.
Nesse trajeto a escolta se encontrou com uma bandeira, chefiada
por André Furtado. Soares foi seqüestrado e por longo tempo sofreu
violentas torturas aplicadas por seus captores: queriam que revelasse
onde era o esconderijo de Zumbi. Como não obtinha êxito, Furtado
mudou de tática: garantia sua vida e liberdade se cooperasse. Deu
certo. Soares era da confiança de Zumbi. Foram em sua procura, e
quando Zumbi se preparava para abraçar o companheiro, foi
surpreendido: Soares cravou-lhe uma faca na barriga.
Nos olhos de Zumbi deve ter surgido então um outro brilho: de
tristeza e desencanto. Dos seis guerreiros que o acompanhavam, a
fuzilaria que saía do mato ao redor derrubou cinco, de imediato. Ferido
e sozinho, lutou até o último momento: matou um dos atacantes e feriu
outros. Amanhecia o dia 20 de novembro de 1695.
Zumbi foi esfaqueado, baleado e mutilado, tendo seu pênis
decepado e enfiado em sua boca. Era um homem magro, pequeno e
coxo; muito diferente da imagem construída a seu respeito. Seu corpo
foi reconhecido pelo padre Antônio Melo, o mesmo que batizara o
pequenino Francisco. Segundo o padre, algumas vezes Zumbi desceu a
Porto Calvo para visitar seu antigo tutor e numa dessas visitas o
guerreiro já estava com a perna afetada por um ferimento sofrido em
combate.
A violência contra Zumbi não parou aí: sua cabeça foi cortada,
mergulhada em sal e mandada para Recife, com a finalidade de ser
vista pelo povo que o considerava imortal. Mas isso de nada disso foi
suficiente para impedir que renascesse num mito: sua coragem, sua
força se tornaram eternas para os que continuaram resistindo contra a
escravidão. Assim é que nos muitos quilombos que se formaram pelo
Brasil nos séculos seguintes e para os que hoje relembram a sua
história de luta, Zumbi permanece vivo na lição de resistência.
De forma exemplar, Zumbi encarna os horrores do escravismo.
Zumbi permanece vivo na lição de resistência e é - para sempre! - um
cadáver insepulto, um morto vivo. Sua lembrança sobreviverá aos
tempos que nos obrigam a sonhar, à historiografia oficial que insiste em
ignorar sua real importância. Permanecerá como símbolo das
atrocidades infindáveis do poder ilimitado, arbitrário, prepotente.
Ficará, acima de tudo, como exemplo a todos que resistem à opressão e
lutam por liberdade e justiça.


[Linha 1100 de 3846 - Parte 1 de 3]


"Em cada estalo, em todo estopim, no pó do motim
Em cada intervalo de guerra sem fim
Eu canto, eu canto, eu canto assim
A felicidade do negro é uma felicidade guerreira...


II

CAPOEIRA & CAPOEIRAS

"Meu chapéu de lado/tamanco arrastando
lenço no pescoço/ navalha no bolso,
eu passo gingando/ provoco desafio,
eu tenho orgulho de ser vadio.
Sei que eles falam desse meu proceder,
eu vejo quem trabalha andar no miserê.
Eu sou vadio porque tive inclinação.
Quando era criança, tirava samba-canção."
Wilson Batista, Lenço no Pescoço.

HISTÓRIAS DA CAPOEIRA

"Vou contar uma história/do tempo da escravidão/ vou
contar com muita dor/muita dor no coração"

Fornecendo elementos para a história do Brasil, jogo da Capoeira
se fez presente em todos os períodos, desde a colônia. Inúmeros
memorialistas e cronistas de costumes fixaram a imagem de capoeiras
célebres e suas peripécias, sendo possível flagrar a construção da
identidade brasileira através do acompanhamento da história da
capoeira.
Acredita-se que a existência da Capoeira remonte às senzalas,
às fugas dos negros e aos quilombos brasileiros da época colonial: os
escravos fugitivos, pare se defenderem, fazendo do próprio corpo uma
arma. As origens da Capoeira estão nesse ambiente, onde os negros
relembravam suas velhas danças e rituais da África. A maioria dos
golpes assemelha-se às defesas e ataques de animais: a marrada do
touro, o coice do cavalo, a fisgada do rabo de arraia. Ou então guardam
relação com instrumentos de trabalho cuja ação é semelhante aos
movimentos do corpo dos capoeiras: o martelo batendo, a foice roçando
o mato.
Não há indicações seguras de que a Capoeira, conforme a
conhecemos no Brasil ainda hoje, tenha se desenvolvido em qualquer
outra parte do mundo. Não existem pesquisas históricas a respeito da
capoeira nos séculos XVI a XVIII. Não é possível, portanto,
reconstruirmos o processo que levou ao deslocamento da capoeira do
campo à cidade. Esse processo deve ter ocorrido por volta do começo do
século XIX, considerando que datam desse período as primeiras
referências históricas (até agora conhecidas) referentes aos capoeiras
urbanos.


[Linha 1150 de 3846 - Parte 1 de 3]


No século XIX, os três principais centros históricos da capoeira
eram as cidades do Rio de Janeiro, Salvador e Recife. Destacava-se a
Capoeira carioca em virtude da presença maciça e organizada das
maltas de capoeiras, as quais distribuíam-se por todas as freguesias da
Corte.
À época do Brasil colonial, a presença da Capoeira já se
encontrava de tal forma sedimentada na sociedade que os capoeiras
passaram a formar uma classe. Premidos pelas circunstâncias, faziam
usos variados da habilidade que a arte lhes conferia. Com o emprego de
diversos instrumentos de ataque e defesa, passaram a prestar serviços
aos membros das classes dominantes, que deles se serviam para a
execução de crimes que garantiam a continuidade no poder.
As descrições do século passado revelam o emprego da mandinga
como estratégia eficiente de luta dos capoeiras.
O pintor Rugendas (1835), retratou a Capoeira na gravura
intitulada Jogar capoeira ou dança da guerra. Nela dois negros gingam
ao som de um atabaque - tocado por um negro sentado - diante de uma
assistência composta por nove negros (dentre os quais três mulheres).
O cronista refere-se ao que vê como uma "dança da guerra" ou um
"folguedo guerreiro", onde há "campeões" e "adversários" e como uma
"briga" na qual as "facas" acabam com a "brincadeira".
Discorrendo sobre os "usos e costumes dos negros", após
mencionar uma "espécie de dança militar" Rugendas faz a seguinte
descrição: "(...) um outro folguedo guerreiro, muito mais violento, a
'capoeira': dois campeões se precipitam um contra o outro, procurando
dar com a cabeça no peito do adversário que desejam derrubar. Evita-se
o ataque com saltos de lado e paradas igualmente hábeis; mas,
lançando-se um contra o outro mais ou menos como bodes,
acontece-lhes chocarem-se fortemente cabeça contra cabeça, o que faz
com que a brincadeira não raro degenere em briga e que as facas
entrem em jogo ensangüentando-a".
O cronista Luiz Edmundo fez interessante registro do capoeira
dessa época, em 'O Rio de Janeiro no Tempo dos Vice-Reis', retratando
o "Capoeira Carioca": "De volta, pelo caminho que vai à vala,
penetramos a rua dos Ourives, das de maior concorrência na cidade.
'À porta do estanco de tabaco está um homem diante de um frade
nédio e rubicundo. Mostra um vasto capote de mil dobras, onde a sua
figura escanifrada mergulha e desaparece deixando ver apenas, de fora,
além de dois canelos finos, de ave pernalta, uma vasta, uma hirsuta
cabeleira, onde naufraga em ondas tumultuosas alto feltro espanhol.
'Fala forte. Gargalha. Cheira a aguardente e discute. É o capoeira.
'Sem ter do negro a compleição atlética ou sequer o ar rijo e sadio
do reinol é, no entanto, um ser que toda a gente teme e o próprio
quadrilheiro da justiça, por cautela, o respeita.
'Encarna o espírito da aventura, da malandragem e da fraude; é
sereno e arrojado e na hora da refrega ou da contenda, antes de pensar
na chupa ou na navalha, sempre ao manto cosida, vale-se de sua
esplêndida destreza, com ela confundindo e vencendo os mais armados
e fortes contendores.
'Nessa hora o homem franzino e leve transfigura-se. Atira longe o


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seu feltro chamorro, seu manto de saragoça e aos saltos, como um
símio, como um gato, corre, recua, avança e rodopia, ágil, astuto, cauto
e decidido. Nesse manejo inopinado e célere, a criatura é um ser que
não se toca, ou não se pega, um fluido, o imponderável, pensamento,
relâmpago. Surge e desaparece.
'Mostra-se de novo e logo se tresmalha. Toda sua força reside
nessa destreza elástica que assombra e diante da qual o tardo europeu
vacila atônito, o africano se trasteja.
'Embora na hora da luta traga ele entre a dentuça podre o ferro
da hora extrema, é da cabeça, braço, mão e perna ou pé que se vale
para abater o êmulo minaz.
'Com a cabeça em meio aos pulos em que anda, atira a cabeçada
sobre o ventre daquele com quem luta e o derruba. Com a perna lança
a trave, o calço. A mão joga a tapona e com o pé a rasteira, o pião e
ainda o rabo de arraia.
'Tudo isso numa coreografia de gestos que confunde. Luta com
dois, com três, e até quatro ou cinco. E os vence a todos. Quando os
quadrilheiros chegam com suas armas e os seus gritos de justiça, sobre
o campo de luta nem traço mais se vê do capoeira feroz que se fez
nuvem, fumaça e desapareceu.
'Na hora da paz ama a música, a doçura sensual do brejeiro
lundu, dança a fôfa, a chocaina e a sarambeque pelos lugares onde haja
vinho, jogo, fumo e mulatas. Freqüenta os pátios das tabernas, os
antros da maruja para os lados do Arsenal. Usa e abusa da moral da
ralé, moral oblíqua, reclamando pelourinho, degredo e às vezes, forca.
'Tem sempre por amigo do peito um falsário, por companheiro de
enxerga um matador profissional e por comparsa, na hora da taberna,
um ladrão. No fundo, ele é mau porque vive onde há o comércio do vício
e do crime. Socialmente, é um cisto, como poderia ser uma flor. Não lhe
faltam, a par dos instintos maus, gestos amáveis e enternecedores. É
cavalheiresco para com as mulheres. Defende os fracos. Tem alma de
Dom Quixote. E com muita religião. Muitíssima. Pode faltar-lhe ao sair
de casa o aço vingador, a ferramenta de matar, até a própria coragem,
mas não esquece do escapulário sobre o peito e traz na boca, sempre, o
nome de Maria ou de Jesus.
'Por vezes, quando a sombra da madrugada ainda é um grande
capuz sobre a cidade, está ele de joelhos, compassivo e piedoso,
batendo no peito, beijando humildemente o chão, em prece, diante de
um nicho iluminado, numa esquina qualquer. Está rezando pela alma
do que sumiu do mundo, do que matou.
'É de crer que, como sentimento, o capoeira é realmente um tipo
encantador..."
Durante a primeira metade do século XIX, a Capoeira parece ter
se configurado como uma experiência essencialmente escrava.
Entretanto, a partir dos anos 1850, altera-se a composição étnica e
social de seus praticantes, com a incorporação de libertos e livres,
muitos dos quais brancos. Dentre esses últimos havia alguns membros
da elite e também inúmeros estrangeiros, predominantemente
portugueses. Tal ampliação introduz mudanças na prática da capoeira
como a disseminação do uso da navalha, característico dos fadistas


[Linha 1250 de 3846 - Parte 1 de 3]


lusitanos.
Durante o segundo reinado, algumas maltas de capoeira tiveram
intensa atuação política, inclusive atuando junto aos partidos da época.
A aproximação com a política monárquica lhes acarretará uma
implacável perseguição por parte dos republicanos sendo que estes, ao
assumirem o poder, incluirão a prática da capoeira como um crime
previsto pelo Código Penal de 1890.
Já em 1872 levantavam-se as primeiras vozes pedindo a
criminalização da capoeira. Reconhecendo os esforços da polícia para
reprimir a "audácia" dos capoeiras, "terror da população pacífica", o
chefe de polícia do Rio de Janeiro reclama, em seu relato anual, da
dificuldade de se reprimir a capoeira posto que esta "não é um crime de
acordo com o Código Criminal" (Holloway,1989:669).
Seis anos depois, novamente se fala sobre o assunto, porém
observa-se uma diferença qualitativa na razão da perseguição aos
capoeiras. Se, até aqui, os capoeiras são perseguidos, principalmente,
porque oferecem algum tipo de ameaça física aos "pacíficos cidadãos",
seja quando "cometem ferimentos" ou ``provocam desordens", agora o
argumento primordial é outro. Referindo-se à capoeira como uma
"doença moral" que prolifera na "grande e civilizada cidade", o chefe de
policia da Corte ressalta a necessidade de se formalizar a criminalização
da capoeira, sugerindo a deportação dos estrangeiros e o envio dos
brasileiros para colônias penais (op. cit. 1989:669).
Nesse período muda o motivo central da argumentação policial: o
discurso da repressão passa a coadunar-se com os pressupostos
evolucionistas vigentes àquela época. Esses conceitos, pautados numa
abordagem biológica do social, pressupunham a inferioridade racial do
negro. Assim, o temor do "contágio moral" da "barbárie negra" orientava
a ação das autoridades.
No entanto, a Capoeira, ao mesmo tempo em que sofre uma
intensificação da perseguição policial, começará também a ser descrita
por alguns literatos cariocas, não apenas pelo que "tem de mau e
bárbaro" mas também como uma "excellente gymnastica", a ser adotada



(Continue a leitura na parte 2 clicando no link abaixo)

A Arte da Capoeira - Parte 2 de 3 - Camille Adorno
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/07/a-arte-da-capoeira-parte-2-de-3-camille.html



A Arte da Capoeira - Parte 1 de 3 - Camille Adorno
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/07/a-arte-da-capoeira-parte-1-de-3-camille.html


A Arte da Capoeira - Parte 2 de 3 - Camille Adorno
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/07/a-arte-da-capoeira-parte-2-de-3-camille.html


A Arte da Capoeira - Parte 3 de 3 - Camille Adorno
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/07/a-arte-da-capoeira-parte-3-de-3-camille.html



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domingo, 23 de julho de 2017

O que Einstein pensava sobre Deus ?


O que Einstein pensava sobre Deus ?



Correspondência com amigo revela o que o genial cientista alemão achava da existência divina.


Uma série de cartas escritas por Albert Einstein ao seu amigo David Bohm, em 1951, dão pequenas pistas do que o maior físico da humanidade pensava a respeito de Deus.



Albert Einstein - Físico Teórico


Numa delas, Einstein fala sobre o vínculo que Bohm havia estabelecido entre a teoria quântica e a da Relatividade. “Devo confessar que não estou em condições de adivinhar como essa unificação poderia ocorrer”, afirma Einstein.


inRead invented by Teads


Uma das cartas de Einstein


Em outra, escrita em 1954, Einstein se solidariza com as dificuldades teóricas que Bohm atravessava durante um complexo trabalho científico. “Se Deus criou o mundo, sua maior preocupação certamente não era facilitar nossa compreensão dele. Vejo isso com clareza há 50 anos”, ele afirmou.



Einstein - E=MC2


Por último, uma outra carta, também de 1954, reflete a opinião de Einstein com relação ao fato de seu amigo Bohm se instalar no Estado de Israel, que havia sido fundado seis anos antes. “Israel é intelectualmente vivo e interessante, mas tem possibilidades muito reduzidas, e viajar para lá com a intenção de abandonar o país na primeira oportunidade seria lamentável”, ele opinou.



Albert Einstein - Nasceu em 1879 e morreu em 1955 - TEORIA DA RELATIVIDADE


A casa Winners leiloará uma série de cartas nas quais Albert Einstein compartilha com seu amigo David Bohm várias reflexões sobre Deus, o Estado de Israel e assuntos relacionados à física. Elas foram escritas em inglês, entre 1951 e 1954.

Fonte e imagem da carta: Clarín
(https://www.clarin.com/sociedad/pensaba-albert-einstein-dios_0_rJ1_St6Gb.html)



clarin.com - Site Fonte



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sábado, 22 de julho de 2017

Assuntos extraordinários no jantar - As lembranças de infância da filha de Stephen Hawking


Assuntos extraordinários no jantar - As lembranças de infância da filha de Stephen Hawking


À BBC, Lucy Hawking diz se lembrar dos jantares com amigos cientistas do físico na casa da família, nos quais ela e o irmão podiam "perguntar o que quisessem".


"Você se transformaria em um espaguete."

Foi assim que o prestigiado físico britânico Stephen Hawking respondeu a uma pergunta de um amigo do neto, que quis saber o que aconteceria se ele "caísse em um buraco negro".


Quem relembra a história é Lucy, filha de Hawking, em entrevista à BBC.


Lucy, filha do renomado cientista Stephen Hawking (Foto: BBC/ Lucy Hawking )


"Acho que era a festa de aniversário de oito ou nove anos do meu filho. E um dos amigos dele perguntou ao meu pai: 'Stephen, o que aconteceria comigo se eu caísse num buraco negro'", diz.

"Todo mundo ficou muito interessado e esperando pela resposta. Claro que todas as crianças ficaram maravilhadas e entenderam completamente a resposta. E todos os adultos fingiram que entenderam também", acrescenta ela.

Lucy diz que, quando ela era criança, os amigos cientistas do pai costumavam jantar na casa da família "praticamente toda a noite".

"Eles discutiam assuntos extraordinários; nenhum ficava de fora", recorda.


Foto de arquivo mostra Lucy ao lado do pai (Foto: BBC/ Lucy Hawking)


"Quando criança, você podia fazer qualquer pergunta e recebia uma resposta", acrescenta.

Lucy se lembra dos momentos em que ela e o irmão mais velho corriam ao lado do pai com sorvetes, enquanto ele "dirigia sua cadeira de rodas motorizada por toda Cambridge (cidade da Inglaterra)".

"Acho que provocava horror, espanto e choque. Como um deficiente físico estava na rua sozinho? O que aquelas crianças estavam fazendo", recorda.



Lucy ao lado do irmão, com os pais ao fundo (Foto: Lucy Hawking / BBC)


"As pessoas ficavam espantadas. Ficavam nos olhando. Não podiam processar aquilo direito", acrescenta.

Segundo Lucy, o pai serve de inspiração a muita gente.

"Pessoas que viveram em zonas de guerra ou em circunstâncias extremas parecem ver algo de muito inspirador no exemplo de perseverança e persistência, em sua habilidade de se sobrepor ao sofrimento e ainda querer falar com humor sobre temas profundos com o resto do mundo."



Stephen Hawking com os filhos (Foto: Lucy Hawking / BBC)



Stephen Hawking - Físico Teórico



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sábado, 22 de julho de 2017

Substância da picada da formiga é transformada em combustível para ônibus


Substância da picada da formiga é transformada em combustível para ônibus


Team Fast em frente ao protótipo do ônibus que usa ácido fórmico para se mover (Foto: Christ Clijsen)

Um grupo de estudantes na Holanda desenvolveu uma forma de armazenar energia que pode ser mais barata, mais prática e mais sustentável que os combustíveis renováveis existentes.


O ácido fórmico, encontrado na natureza em formigas e outros insetos, que o usam em suas picadas. Ou por plantas como a urtiga.

"Criamos o primeiro ônibus no mundo que usa o ácido fórmico como combustível - uma solução muito mais barata do que o hidrogênio gasoso e que traz os mesmos benefícios ambientais", afirmou Lucas van Cappellen, da Team Fast, empresa derivada da Universidade de Tecnologia de Eindhoven.
"Estamos construindo um novo futuro".



Ácido Metanoico - Ácido Fórmico


Cerca de 40 de estudantes trabalham no projeto de um novo meio de transporte que reduza emissões de carbono e ajude no combate ao aquecimento global.

O ácido já é usado em processamentos têxteis e de couro, em conservantes de alimentos para animais e em removedores domésticos.

Mas a Team Fast encontrou agora uma forma de fazer o ácido transportar de maneira eficiente os ingredientes necessários para células de combustível usadas para alimentar veículos elétricos.

O combustível, que a equipe chamou de hidrozina (não confundir com hidrazina), é um líquido, o que o tornaria de fácil transporte e abastecimento, como os combustíveis tradicionais. A diferença é que ele é muito mais limpo.

"As emissões do escapamento são apenas CO2 e água", explica Van Cappellen. "Não são emitidos outros gases nocivos como óxido nítrico, fuligem ou óxidos sulfúricos".

Para testar o conceito no mundo real, um ônibus elétrico abastecido com esse tipo de combustível sairá às ruas da Holanda ainda neste ano, fazendo rotas tradicionais e aparecendo em feiras e eventos tradicionais da indústria.



Ácido Fórmico


O ônibus tem um sistema elétrico de direção, desenvolvido pela fabricante de ônibus VDL, que recebe energia adicional do sistema de células de combustível de ácido fórmico montado em uma extensão na parte de trás do veículo.

"Nosso tanque tem cerca de 300 litros, então vamos estender a capacidade de rodagem do ônibus em 200km. E é claro que a gente poderia fazer um tanque maior muito facilmente", explicou Van Cappellen.

As células de combustível de hidrogênio que existem hoje em dia têm uma capacidade de rodagem de 400km.

Mas por que desenvolver um ônibus em vez de um carro?
"Se construíssemos um carro, iríamos competir com carros elétricos. Mas acreditem, carros movidos a bateria são uma ótima solução para muitas pessoas", disse Van Cappellen.



Essa parte será acoplada do lado de trás do ônibus com o tanque de hidrozina (Foto: Team Fast)

"Mas se nós provarmos que podemos fazer um ônibus que supre todas as necessidades das empresas de ônibus, com capacidade de rodar centenas de quilômetros, e de rápido abastecimento, nós mostraremos o potencial da hidrozina em um segmento em que não há nenhuma opção sustentável na concorrência."

A hidrozina é criada por meio de uma reação química entre água (H2O) e dióxido de carbono (CO2). "Em um reator, água e CO2 são ligados usando uma eletricidade sustentável. Isso é um processo eletroquímico direto e sustentável", explica o estudante.

A hidrozina é, então, quebrada por um catalisador em hidrogênio e dióxido de carbono dentro de um aparelho kit chamado reformador - que o Team Fast está tentando patentear.



O reformador recém-projetado é um décimo do tamanho dos aparelhos deste tipo existentes, e por isso agora é aplicável em equipamentos de transporte pela primeira vez, segundo os estudantes.

O hidrogênio é, então, colocado em uma célula de combustível onde reage com o oxigênio para gerar a eletricidade que ativa o motor elétrico.

"Nós estamos constantemente buscando novas tecnologias que possam conseguir o objetivo de emissões zero de uma forma mais simples", disse Menno Kleingeld, diretor administrativo da VDL Enabling Transport Solutions.

"A decomposição do ácido fórmico em gás hidrogênio é uma dessas novas e promissoras tecnologias."

Mas isso realmente seria uma oportunidade de encontrar uma solução comercialmente viável?
"Custa cerca de 35 mil euros (R$ 127 mil) para converter um posto de petróleo tradicional em um posto de abastecimento de hidrozina, um procedimento que envolve essencialmente substituir os tubos e revestir os tanques", disse Van Cappellen.



Sendo assim, seria "100 vezes mais barato" lançar uma rede de abastecimento de hidrazina do que para fazer o mesmo com hidrogênio gasoso, ele garante.

"A hidrozina é atualmente mais barata que o petróleo e mais cara que o díesel na Holanda, mas no futuro ficará mais barata do que os dois", acrescentou.

Apesar de o ônibus ainda emitir CO2, a Team Fast argumenta que o CO2 original usado para criar a hidrozina é tirado de fontes já existentes, como fumaça de escape, para que nenhum dióxido de carbono adicional seja produzido - seria um ciclo de carbono fechado, no jargão.


Alguns especialistas acreditam que a tecnologia é promissora.
"A Team Fast tem um projeto muito bom", disse Richard van de Sanden, chefe do Instituto Holandês de Pesquisa Energética Fundamental.

"Eles trabalham em uma questão bastante importante: o armazenamento de energia renovável em uma forma que ela realmente pode ser usada."

Muitas empresas estão apoiando o projeto. "O que nós estamos trabalhando juntos é uma versão de energia renovável que pode combinar energia renovável com a captura de CO2", disse Martiijn de Graaf, gerente de desenvolvimento de negócios na TNO Industry.



TNO Industry


"Se conseguirmos, isso vai nos dar um futuro mais estável."
O próprio compromisso dos alunos é impressionante, com 15 dos 40 trabalhando em tempo integral no projeto, e o resto contribuindo pelo menos 20-25 horas por semana.

"Nós não recebemos nota mais alta por isso, mas você pode aprender muito na universidade sobre a experiência prática das coisas", diz Van Cappellen.



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sábado, 22 de julho de 2017

JOGOSRBL4 - JOGOS RETRO GRÁTIS NO SEU PC


JogosRBL4 – Jogos Retro grátis no seu PC



JogosRBL4 é um FRONTEND simplificado (VERSÃO 4.0) ao qual foi feito no EXCEL
utilizando recursos do VBA (Active X). Uma listagem simples dos jogos e das capas,
para clicar e jogar, com o acréscimo de uma acesso interativo e uma exibição
dinâmica de 10 em 10 Artes (Jogos).

DOWNLOAD PLUG&PLAY, BASTA BAIXAR E JOGAR !!!



Neste DOWNLOAD de "JogosRBL4" estão compilados juntos:

Atari 2600 - (51 Jogos)
Nintendo 8 Bits - (92 Jogos)
Genesis - (64 Jogos)
Mega Drive (370 Jogos)

LINK PARA DOWNLOAD:
https://www.mediafire.com/folder/0o6wb3ikx2e38/JogosRBL

(*ANTES DE BAIXAR LEIA MAIS DETALHES NO TEXTO ABAIXO)

Em futuras versões serão adicionados novos consoles e jogos (emuladores e roms) aproveitando a facilidade de listagem e exibição da arte dos cartuchos.


JogosRBL4 - Jogando SHADOWRUN do MEGA DRIVE:


(https://www.youtube.com/watch?v=_wIiI8algDE)



JogosRBL5 - Uma nova versão (VERSÃO 5.0) ao qual adicionamos o "SUPER NINTENDO" mais algumas funções extras, veja no vídeo abaixo e no PASSO A PASSO dentro da pasta de DOWNLOADS, pasta esta que é a mesma do JogosRBL4.


(https://www.youtube.com/watch?v=Wsj2Cpey4ws)



LINK PARA DOWNLOAD: (Versões 4.0 e 5.0)
https://www.mediafire.com/folder/0o6wb3ikx2e38/JogosRBL



Estamos sempre encontrando:

A Internet é um campo vasto para a criatividade, fazer e distribuir uma criação para milhares de pessoas com custo zero é uma realidade, para quem gosta de compartilhar é o melhor lugar. Sendo de graça melhor ainda, a verdadeira doação da criatividade humana compartilhada das mais diversas formas.

Quando o compartilhado são jogos retro, com certeza é coisa boa, pois se trata da infância querida que não volta mais...

Quem cresceu da década de 80 e 90 não pode deixar de conhecer os pioneiros na arte do game, simples e bom, da loja para a sua casa, uma verdadeira reunião dos amigos para aquela jogatina no final de semana prolongado.

Tivemos primeiro o Atari 2600 (lançado em 1983 no Brasil) que reinou por muito tempo, depois veio o Nintendo 8 Bits (1985 no Brasil) e mais tarde o Genesis (como é chamado na América do Norte), conhecido no Brasil como Mega Drive (1990).



Estas maravilhas da “State of Art” foram bons motivos para ficar na frente da TV horas e horas jogando o que a criatividade humana conseguiu produzir na época. Hoje são clássicos, são os desbravadores da “Industria dos Games” que superam em muitos lançamentos até a arrecadação da Sétima Arte que é o Cinema.

Então vamos voltar no tempo? Basta clicar no link abaixo e fazer o download desta compilação que baixou jogou, sem mais problemas, tudo organizado com as capas e nomes, e uma visualização e execução rápida dos jogos.



A diferença maior daquela época é que hoje no PC você pode salvar o jogo onde quiser e depois carregar ele na hora que desejar, facilitando e muito a jogatina sem repetir toda uma fase por causa de um simples erro.



Botões de ação e função SALVAR (no seu teclado):


ATARI 2600: (Emulador “Stella”)
Direcional – Movimenta o personagem: cima, baixo, esquerda e direita.
Barra de espaço – Botão de ação, tiro.
F1 – Selecionar opções dentro do jogo.
F2- Iniciar jogo.

-------Salvando o jogo:
F9 - Salva o jogo na situação atual.
F10 - Muda o SLOT de save (tem 10 lugares para salvar por jogo).
F11 - Carrega o jogo salvo no SLOT atual. (Utilize o F10 para carregar jogos salvos em outros SLOTS).


Atari 2600 - Controle do Atari 2600



NINTENDO 8 BITS: (Emulador “Jnes”)
Direcional – Movimenta o personagem: cima, baixo, esquerda e direita.
A-Botão 1 de ação.
S-Botão 2 de ação.
Z-Botão selecionar.
X-Botão Start

-------Salvando o jogo:
F5 - Salva o jogo.
F7 - Carrega o jogo salvo.
Ele salva em um arquivo .jst com o nome do jogo, para carregar utilizar também este padrão de nome. Para SALVAR com outro nome basta sair da tela cheia e clicar no menu SISTEMA, e depois em SALVAR COMO...


Nintendo 8 Bits - Controle



Genesis e Mega Drive: (Emulador “Fusion 3.64”)
Direcional – Movimenta o personagem: cima, baixo, esquerda e direita.
A-Botão 1 de ação.
S-Botão 2 de ação.
D-Botão 3 de ação.
Z-Botão selecionar.
X-Botão Start.

-------Salvando o jogo:
F5 - Salva o Jogo.
F8 - Carrega o jogo salvo.
F6 ou F7 - Muda o Slot onde se salva ou carrega o jogo.


OBS: Todos os emuladores oferece opção de configurar controles USB, ao qual facilita a jogabilidade nos jogos que precisam de mais agilidade, para maiores informações consulte no google.com o modo de configuração dos controles. Como exemplo iremos demonstrar abaixo como configurar os controles para Mega Drive / Genesis


Mega Drive ou Genesis - Controle



CONFIGURANDO CONTROLE USB PARA O MEGA DRIVE / GENESIS:


01-Conecte o seu Controle USB, então entre na pasta
do emulador e clique no arquivo gens.exe



02-Quando o emulador abrir clique em "Options" e depois em "Set Config..."



03- Clique na aba "Controllers"



04-Selecione a opção 3: "USB Joystick"



05-Clique em "Define"



06-O emulador vai perguntar quais são os botões para cada
função no controle, e você deve pressionar o que ele pede.
Na listagem abaixo coloquei na ordem que o
emulador vai pedir, com a tradução para o português.


UP = Direcional para cima.
DOWN = Direcional para baixo.
LEFT = Direcional para a esquerda.
RIGHT = Direcional para a esquerda.
BUTTON A = Botão A.
BUTTON B = Botão B.
BUTTON C = Botão C.
START BUTTON = Botão Start.
BUTTON X = Botão turbo X.
BUTTON Y = Botão turbo Y.
BUTTON Z = Botão turbo Z .
MODE BUTTON = Botão Select.



07 - Finalize clicando no botão "Aplicar", ele vai salvar as configurações
passando imediatamente para a cor cinza. Então feche o emulador e entre
nele novamente, seu controle USB foi configurado com sucesso.



Um pouco da História:


Atari 2600 – “é um videogame projetado por Jay Miner e lançado em 11 de setembro de 1977 nos Estados Unidos e em 1983 no Brasil. Considerado um símbolo cultural dos anos 80, foi um fenômeno de vendas no Brasil entre os anos de 1984 a 1986 e seus jogos permanecem na memória de muitos que viveram a juventude nesta época.”


Atari 2600



Nintendo Entertainment System – “Sistema de Entretenimento Nintendo ou simplesmente NES (no Brasil apelidado como Nintendinho), é um console lançado pela Nintendo na América do Norte, Europa, Ásia, Austrália e Brasil. Originalmente lançado no Japão em 1983 com o nome de Nintendo Family Computer, ou apenas Famicom, o sistema foi redesenhado e recebeu o novo nome para ser lançado no mercado americano em 1985. O NES/Famicom foi o videogame de maior sucesso comercial na sua época, ajudou a indústria de videogames a se recuperar da crise de 1983 e estabeleceu novos padrões que seriam seguidos pela indústria. Também foi o primeiro console a ser produzido por terceiros, o que ajudou a divulgar o sistema em todo o mundo. O NES também foi um dos primeiros consoles a se apoiar em jogos feitos por terceiros (não só pela própria fabricante). Seu código de modelo é NES-001.”


Nintendo 8 Bits



Genesis ou Mega Drive – “Conhecido como Sega “Genesis” na América do Norte, é um console de video game de 16 bits da Sega que concorria diretamente com o Super Nintendo Entertainment System. O console fez grande sucesso na década de 1990, perdendo espaço após o surgimento e popularização da nova geração de consoles de 32 bits.”


Genesis



Mega Drive



O JogosRBL4 é uma planilha eletrônica do programa Excel, ele pertence ao
pacote Microsoft Office (compatível com a versão 2007 ou posterior). Então
para utilizar esta planilha eletrônica (JogosRBL4) é necessário que você tenha
o Excel instalado no seu Windows.

Esta planilha é um arquivo de extensão .xlsm e por isto esta habilitada para
executar macros e objetos Active X. Para que todas as funções sejam
executadas é necessária a autorização explicita do usuário (veja abaixo).

Esta planilha não faz modificações em arquivos ou programas fora da sua
pasta de trabalho, portanto esta seguramente certificada, a partir do momento
que se faça download de fonte confiável.



Download da planilha

Deixo bem claro que ao fazer o download você baixa a compilação COMPLETA, tanto a planilha como os jogos e os emuladores, todos já configurados para começar jogando.



JogosRBL4 - Propriedades do arquivo ZIP



DOWNLOAD NO MEDIA FIRE "JOGOSRBL4":

https://www.mediafire.com/folder/0o6wb3ikx2e38/JogosRBL


Apos escolher DOWNLOAD na listagem de arquivos da pasta
vai aparecer a tela cima, clique no botão VERDE para BAIXAR.



DOWNLOAD NO 4SHARED: (Opção 2 para baixar)

https://www.4shared.com/folder/-unm4BFz/01-Arquivo_unico.html

http://jogosrbl4.4shared.com

http://soo.gd/jHVB



PASSO A PASSO - PDF - VISUALIZAR:
https://www.4shared.com/web/preview/pdf/EqdIqjngei?

LISTAGEM DOS JOGOS - PDF - VISUALIZAR:
https://www.4shared.com/web/preview/pdf/ZwPGSYmDei?

DOWNLOAD DO ARQUIVO "JogosRBL4.zip" (360 MB) :
https://www.4shared.com/zip/MvcaJy86ca/JogosRBL4.html



Partes da Planilha


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Listagem dos Jogos:



Mega Drive 370 Jogos:



Exibição das artes dos cartuchos



LISTAGEM DOS JOGOS


Atari 2600 (51 Jogos):



(1) - Activision Decathlon, The (USA) | (2) - Adventure (USA) | (3) - Asteroids (USA)

(4) - Atlantis (USA) | (5) - Bank Heist (USA) | (6) - Berzerk (USA)

(7) - Bobby Is Going Home (Europe) | (8) - Boxing (USA) | (9) - Breakout (USA)

(10) - Centipede (USA) | (11) - Combat (USA) | (12) - Crystal Castles (USA)

(13) - Defender (USA) | (14) - Dig Dug (USA) | (15) - Donkey Kong (USA)

(16) - Donkey Kong Junior (USA) | (17) - Dragonfire (USA) | (18) - Enduro (USA)

(19) - Fishing Derby (USA) | (20) - Frogger (USA) | (21) - Frogger II - Threeedeep! (USA)

(22) - Frostbite (USA) | (23) - Halloween (USA) | (24) - Kaboom! (USA)

(25) - Keystone Kapers (USA) | (26) - Mario Bros. (USA) | (27) - MegaMania - A Space Nightmare (USA)

(28) - Missile Command (USA) | (29) - Montezuma's Revenge - Featuring Panama Joe (USA) | (30) - Moon Patrol (USA)

(31) - Mouse Trap (USA) | (32) - Mr. Postman (Europe) | (33) - Pac-Man (USA)

(34) - Pitfall II - Lost Caverns (USA) | (35) - Pitfall! - Pitfall Harry's Jungle Adventure (USA) | (36) - Plaque Attack (USA)

(37) - Pole Position (USA) | (38) - Popeye (USA) | (39) - RealSports Boxing (USA)

(40) - River Raid (USA) | (41) - River Raid II (USA) | (42) - Seaquest (USA)

(43) - Skiing (USA) | (44) - Sky Jinks (USA) | (45) - Sneak 'n Peek (USA)

(46) - Solaris (USA) | (47) - Space Invaders (USA) | (48) - Spider-Man (USA)

(49) - Superman (USA) | (50) - Turmoil (USA) | (51) - Yars' Revenge (USA)



Nintendo 8 Bits (92 Jogos):



(1) - 10-Yard Fight (USA, Europe) | (2) - 1942 (Japan, USA) | (3) - 1943 - The Battle of Midway (USA)

(4) - Advanced Dungeons & Dragons - Dragon Strike (USA) | (5) - Advanced Dungeons & Dragons - Heroes of the Lance (USA) | (6) - Advanced Dungeons & Dragons - Hillsfar (USA)

(7) - Advanced Dungeons & Dragons - Pool of Radiance (USA) | (8) - American Gladiators (USA) | (9) - Arkanoid (USA)

(10) - Back to the Future (USA) | (11) - Back to the Future Part II & III (USA) | (12) - Battletoads & Double Dragon - The Ultimate Team (USA)

(13) - Battletoads (USA) | (14) - Bionic Commando (USA).nes | (15) - Blades of Steel (USA)

(16) - Bomberman (USA) | (17) - Bomberman II (USA) | (18) - Bubble Bobble (USA)

(19) - Castlevania (USA) (Rev A) | (20) - Castlevania II - Simon's Quest (USA) | (21) - Castlevania III - Dracula's Curse (USA)

(22) - Commando (USA) | (23) - Conflict (USA) | (24) - Contra (USA)

(25) - Contra Force (USA) | (26) - Darkwing Duck (USA) | (27) - Donkey Kong (World) (Rev A)

(28) - Donkey Kong 3 (World) | (29) - Donkey Kong Classics (USA, Europe) | (30) - Donkey Kong Jr. (World) (Rev A)

(31) - Donkey Kong Jr. Math (USA, Europe) | (32) - Double Dragon (USA) | (33) - Double Dragon II - The Revenge (USA) (Rev A)

(34) - Double Dragon III - The Sacred Stones (USA) | (35) - Dungeon Magic - Sword of the Elements (USA) | (36) - Excitebike (Japan, USA)

(37) - F-15 Strike Eagle (USA) | (38) - Family Feud (USA) | (39) - Galaga - Demons of Death (USA)

(40) - Ghostbusters (USA) | (41) - Ghostbusters II (USA) | (42) - Ghosts'n Goblins (USA)

(43) - Gradius (USA) | (44) - Gradius II (Japan) | (45) - Ice Hockey (USA)

(46) - Ivan 'Ironman' Stewart's Super Off-Road (USA) | (47) - Jackal (USA) | (48) - Jurassic Park (USA)

(49) - Kabuki - Quantum Fighter (USA) | (50) - Kid Icarus - Angel Land Story (USA, Europe) | (51) - Kirby's Adventure (USA) (Rev A)

(52) - Kung Fu (USA) | (53) - Legend of Zelda, The (USA) (Rev A) | (54) - Life Force (USA)

(55) - Marble Madness (USA) | (56) - Mario is Missing! (USA) | (57) - Mega Man (USA)

(58) - Mega Man 2 (USA) | (59) - Mega Man 3 (USA) | (60) - Mega Man 4 (USA) (Rev A)

(61) - Mega Man 5 (USA) | (62) - Mega Man 6 (USA) | (63) - Metal Gear (USA)

(64) - Metroid (USA) | (65) - Micro Machines (USA) (Unl) | (66) - Mighty Final Fight (USA)

(67) - Monopoly (USA) | (68) - Ninja Gaiden (USA) | (69) - Ninja Gaiden Episode II - The Dark Sword of Chaos (USA)

(70) - Ninja Gaiden Episode III - The Ancient Ship of Doom (USA) | (71) - Paperboy (USA) | (72) - Paperboy 2 (USA)

(73) - Rampage (USA) | (74) - Skate or Die 2 - The Search for Double Trouble (USA) | (75) - Skate or Die! (USA)

(76) - Super Mario Bros. (World) | (77) - Super Mario Bros. 2 (USA) (Rev A) | (78) - Super Mario Bros. 3 (USA) (Rev A)

(79) - Tecmo Bowl (USA) (Rev A) | (80) - Tecmo Super Bowl (USA) | (81) - Teenage Mutant Ninja Turtles - Tournament Fighters (USA)

(82) - Teenage Mutant Ninja Turtles (USA) | (83) - Teenage Mutant Ninja Turtles II - The Arcade Game (USA) | (84) - Teenage Mutant Ninja Turtles III - The Manhattan Project (USA)

(85) - Tennis (Japan, USA) | (86) - Tetris (USA) | (87) - Tiny Toon Adventures (USA)

(88) - Tiny Toon Adventures 2 - Trouble in Wackyland (USA) | (89) - Top Gun - The Second Mission (USA) | (90) - WWF Wrestlemania Challenge (USA)

(91) - Yoshi (USA) | (92) - Yoshi's Cookie (USA)



Genesis (64 Jogos):



(1) - Aladdin (USA) | (2) - Alien Soldier (Europe) | (3) - Altered Beast (USA, Europe)

(4) - Atomic Robo-Kid (USA) | (5) - B.O.B. (USA, Europe) | (6) - Battletoads (World)

(7) - Battletoads-Double Dragon (USA) | (8) - Castlevania - Bloodlines (USA) | (9) - Comix Zone (USA)

(10) - Contra - Hard Corps (USA, Korea) | (11) - Death and Return of Superman, The (USA) | (12) - Double Dragon (USA, Europe)

(13) - Double Dragon 2 - The Revenge (Japan) | (14) - Double Dragon 3 - The Arcade Game (USA, Europe) | (15) - ESWAT - City Under Siege (USA, Europe)

(16) - Forgotten Worlds (World) (v1.1) | (17) - Ghostbusters (World) (v1.1) | (18) - Ghouls 'n Ghosts (USA, Europe) (Rev A)

(19) - Golden Axe (World) (v1.1) | (20) - Golden Axe II (World) | (21) - Golden Axe III (Japan)

(22) - Gunstar Heroes (USA) | (23) - Kid Chameleon (USA, Europe) | (24) - Mazin Saga - Mutant Fighter (USA)

(25) - Michael Jackson's Moonwalker (World) | (26) - Mighty Morphin Power Rangers - The Movie (USA) | (27) - Mortal Kombat (World) (v1.1)

(28) - Mortal Kombat 3 (USA) | (29) - Mortal Kombat II (World) | (30) - NBA Jam (USA, Europe) (v1.1)

(31) - Phantasy Star IV (USA) | (32) - Pulseman (Japan) | (33) - Punisher, The (USA)

(34) - QuackShot Starring Donald Duck (World) (v1.1) | (35) - Rambo III (World) (v1.1) | (36) - Revenge of Shinobi, The (USA, Europe) (Rev B)

(37) - Ristar - The Shooting Star (Japan, Korea) | (38) - Road Rash (USA, Europe) | (39) - Road Rash 3 (USA, Europe)

(40) - Road Rash II (USA, Europe) (v1.2) | (41) - Rock n' Roll Racing (USA) | (42) - Rocket Knight Adventures (USA)

(43) - Shinobi III - Return of the Ninja Master (USA) | (44) - Simpsons, The - Bart Vs The Space Mutants (USA, Europe) (Rev A) | (45) - Simpsons, The - Bart's Nightmare (USA, Europe)

(46) - Sonic & Knuckles (World) | (47) - Sonic & Knuckles + Sonic the Hedgehog (World) | (48) - Sonic & Knuckles + Sonic the Hedgehog 2 (World)

(49) - Sonic & Knuckles + Sonic the Hedgehog 3 (World) | (50) - Sonic The Hedgehog (USA, Europe) | (51) - Sonic The Hedgehog 2 (World)

(52) - Sonic The Hedgehog 3 (USA) | (53) - Spider-Man . Venom - Maximum Carnage (World) | (54) - Splatterhouse 2 (USA)

(55) - Splatterhouse 3 (USA) | (56) - Streets of Rage (USA) | (57) - Streets of Rage 2 (USA)

(58) - Streets of Rage 3 (USA) | (59) - Teenage Mutant Ninja Turtles - The Hyperstone Heist (USA) | (60) - The Tick (USA)

(61) - Toki - Going Ape Spit (USA, Europe) | (62) - Ultimate Mortal Kombat 3 (USA) | (63) - Venom . Spider-Man - Separation Anxiety (USA, Europe) (64) - World of Illusion Starring Mickey Mouse and Donald Duck (USA, Korea)



Mega Drive (370 Jogos):



(1) - 1607 A.D. Adventure | (2) - 688 Attack Sub | (3) - Aero Blaster

(4) - Aero the Acrobat | (5) - Aero The Acrobat 2 | (6) - Aerobiz Supersonic

(7) - Afterburner 2 | (8) - Air Diver | (9) - Aleste

(10) - Alexx Kid in the Enchanted Castle | (11) - Alien 3 | (12) - Alien Soldier

(13) - Alien Storm | (14) - Alisia Dragon | (15) - Altered Beast

(16) - Animaniacs | (17) - Archrivals | (18) - Arcus Odissey

(19) - Arrow Flash | (20) - Art of fighting | (21) - Atomic Runner

(22) - Awesome Possum | (23) - B.O.B. | (24) - Back to the Future III

(25) - BallZ | (26) - Bart Vs. Space Mutants | (27) - Batman

(28) - Batman & Robin | (29) - Batman Returns | (30) - Batman: Revenge of the Joker

(31) - Battle Master | (32) - Battle Squadron | (33) - Battletech

(34) - Battletoads | (35) - Battletoads & Double Dragon | (36) - Beauty & The Beast: Belle's Quest

(37) - Beauty & The Beast: Roar of the Beast | (38) - Beavis & Butthead | (39) - Best of the Best Championship Karate

(40) - Beyond Oasis | (41) - Bill Walsh College Football | (42) - Bimini Run

(43) - Bio Hazard Battles | (44) - Blaster Master 2 | (45) - BlockOut

(46) - Blood Shoot Battle Frenzy | (47) - Body Count | (48) - BoogerMan

(49) - Brutal Paws of Fury | (50) - Bubsy | (51) - Bubsy 2

(52) - Buck Rogers: Countdown to Doonsday | (53) - Cadash | (54) - Caesar's Palace

(55) - Cal Ripken Jr. Baseball | (56) - Caliber 50 | (57) - California Games

(58) - Captain America & Avengers | (59) - Castle of Illusions | (60) - Castlevania: Bloodlines

(61) - Castlevania: The New Generation | (62) - Centurion: Defender of Rome | (63) - Chakan: The Forever Man

(64) - Champion World's Classic Soccer | (65) - Championship Pool | (66) - Championship Pro-AM

(67) - Cheese CatAstrophe: Speedy Gonzalez | (68) - Chester Chetaah 2 | (69) - Clay Fighter

(70) - College Football USA'97 | (71) - Columns | (72) - Columns: Revenge of Columns

(73) - Combat Cars | (74) - Comic Zone | (75) - Contra: Hard Corps

(76) - Cool Spot | (77) - Course | (78) - CrackDown

(79) - Crossfire | (80) - CrueBall | (81) - Crusader of Centy

(82) - Cyborg Justice | (83) - D&D: Warriors of Eternal Sun | (84) - D.J. Boy

(85) - Darius II | (86) - Dark Castle | (87) - David Robinson Supreme Court

(88) - Daze Before Christmas | (89) - DecapAttack | (90) - Demolition Man

(91) - Desert Strike | (92) - Devil Crash | (93) - Devilish

(94) - Dick Tracy | (95) - Disney's Aladdin | (96) - Disney's Jungle Book

(97) - Disney's Lion King | (98) - Disney's Pocahontas | (99) - Disney's Toy Story

(100) - DoomTroopers: The Mutant Chronicles | (101) - Double Dragon | (102) - Double Dragon 2

(103) - Double Dragon 3 | (104) - Double Dragon 5 | (105) - Dr. Robotnics Mean Bean Machine

(106) - Dracula | (107) - Dragon Ball Z | (108) - Dragon's Revenge

(109) - Dragon: The Bruce Lee Story | (110) - Dune 2 | (111) - Dynamite Duck

(112) - Dynamite Headdy | (113) - E-SWAT: City Under Siege | (114) - EarthWorm Jim

(115) - EarthWorm Jim 2 | (116) - Ecco The Dolphin | (117) - Ecco The Dolphin II: Tides of Time

(118) - El Viento | (119) - Elemental Master | (120) - Elimination Down

(121) - Ernest Evans | (122) - Eternal Champions | (123) - Evander Hollyfield Boxing

(124) - Exile | (125) - ExoSquad | (126) - F-15 Strike Eagle II

(127) - F-22 Interceptor | (128) - Fantasia Featuring Mickey Mouse | (129) - Fatal Fury

(130) - Fatal Fury 2 | (131) - Fatal Labyrinth | (132) - Fifa Soccer

(133) - Fifa Soccer '96 | (134) - Fifa Soccer '97 | (135) - Final Zone

(136) - Fist of the North Star | (137) - FlashBack | (138) - Flicky

(139) - Foremar: For Real | (140) - Forgotten Worlds | (141) - FunCar Rally

(142) - G-Loc Air Battle | (143) - Gaiares | (144) - Gain Ground

(145) - Garfield | (146) - GemFire | (147) - General Chaos

(148) - GhostBusters | (149) - Ghouls'n Ghosts | (150) - Gods

(151) - Golden Axe | (152) - Golden Axe 2 | (153) - Golden Axe 3

(154) - Goofy Hysterical History Tour | (155) - Green Dog | (156) - Grind Storm

(157) - Growl | (158) - Gunstar Heroes | (159) - Gynoug

(160) - HardBall '94 | (161) - HardWired | (162) - HellFire

(163) - High Sea's Havoc | (164) - Home Alone | (165) - Hook

(166) - Hyper Dunk | (167) - IMG International Tour Tennis | (168) - Indiana Jones & The Last Crusade

(169) - Insector X | (170) - Itchy Scratchy | (171) - James "Buster" Douglas Boxing

(172) - James Pond | (173) - James Pond 2 | (174) - Joe Montana Football 2

(175) - John Madden Football '97 | (176) - Jungle Strike | (177) - Jurassic Park

(178) - Jurassic Park: Rampage Edition | (179) - Jurassic Park: The Lost World | (180) - Kid Chameleon

(181) - King of the Monsters | (182) - King Salmon | (183) - King's Bounty

(184) - Klax | (185) - Last Battle | (186) - Legend of Toki

(187) - Lethal Enforcers | (188) - Lethal Enforcers 2 | (189) - Light Crusader

(190) - Magical Taluluto | (191) - M.L.B.P.A. BaseBall | (192) - Marble Madness

(193) - Mario Lemieux Hockey | (194) - Marvel Land | (195) - Master of Monsters

(196) - Maui Mallard in Cold Shadow | (197) - Maximun Carnage | (198) - Mega Bomberman

(199) - Mega Panel | (200) - Mega Turrican | (201) - MegaMan: The Wily War

(202) - Mercs | (203) - Mick & Mack: Global Gladiators | (204) - Mickey Mania

(205) - Mickey's Ultimate Challenge | (206) - Micro Machines | (207) - Midnight Resistance

(208) - Might & Magic | (209) - Mortal Kombat | (210) - Mortal Kombat 2

(211) - Mortal Kombat 3 - Ultimate | (212) - Mr. Nutz | (213) - Ms. PacMan

(214) - Mutant League Football | (215) - Mutant League Hockey | (216) - Mystic Defender

(217) - Mystical Fighter | (218) - NBA Hangtime | (219) - NBA Jam

(220) - NHL Hockey '92 | (221) - NHL Hockey '93 | (222) - NHL Hockey '94

(223) - NHL Hockey '95 | (224) - Ninja Gaiden | (225) - Nitemare Circus

(226) - Operation Europe | (227) - PacAttack | (228) - PacMan 2

(229) - PacMania | (230) - PaperBoy 2 | (231) - PGA Tour Golf '96

(232) - Phantasy Star 2 | (233) - Phantasy Star 3 | (234) - Phantasy Star 4

(235) - Phelios | (236) - Pit Fighter | (237) - Pitfall

(238) - Populous 2 | (239) - Power Rangers | (240) - Primal Rage

(241) - Prince of Persia | (242) - PulseMan | (243) - Puyo Puyo

(244) - Quack Shot | (245) - Race Driving | (246) - Ragnascent

(247) - Rampart | (248) - Ranger-X | (249) - Rastan Saga II

(250) - RBI 3 BaseBall | (251) - RBI 4 BaseBall | (252) - Ren & Stimpy's Invention

(253) - ResQ | (254) - Rings of Power | (255) - Ristar

(256) - Road Runner: Desert Demolition | (257) - RoboCop Vs. Terminator | (258) - Rock'n Roll Racing

(259) - Rocket Knight's Adventures | (260) - Rolling Thunder 2 | (261) - Rugby WorldCup '95

(262) - Shadow Dancer | (263) - Shadow of the Beast | (264) - Shadowrun

(265) - Shaq-Fu | (266) - Shinning Forces | (267) - Shinning Forces (USA)

(268) - Shinning Forces 2 | (269) - Shinning in the Darkness | (270) - Shinobi 3

(271) - Side Pocket | (272) - Slaughter Sports | (273) - Snake Rattle'n Roll

(274) - Sonic & Knucles | (275) - Sonic Spinball | (276) - Sonic The Hedgehog

(277) - Sonic The Hedgehog 2 | (278) - Sonic The Hedgehog 3 | (279) - Sonic The Hedgehog 3D

(280) - Sorcerer's Kingdom | (281) - Space Harrier 2 | (282) - Sparkster

(283) - Speed Ball 2 | (284) - SpiderMan Vs. KingPin | (285) - SplatterHouse 2

(286) - SplatterHouse 3 | (287) - Star Flight | (288) - StarTrek: The Next Generation

(289) - StormLord | (290) - Street Fighter 2 'SE' | (291) - Street Racer

(292) - Street Smart | (293) - Streets of Rage | (294) - Streets of Rage 2

(295) - Streets of Rage 3 | (296) - Strider | (297) - Strider 2

(298) - Subterranea | (299) - Sunset Rider | (300) - Super Hydlide

(301) - Super WrestleMania | (302) - SuperMan | (303) - Sword of Sodan

(304) - Sword of Vermilion | (305) - Syd of Valis | (306) - Target Earth

(307) - Task Force Harrier | (308) - Taz Mania | (309) - TechnoClash

(310) - Tecmo SuperBowl | (311) - Teenage Mutant Ninja Turtles | (312) - Tetris

(313) - The (Mis)Adventures of Flink | (314) - The Addams Family | (315) - The Bart's Nightmare

(316) - The Faery Tale Adventure: Book I | (317) - The Flinstones | (318) - The History of Thor

(319) - The Immortal | (320) - The Incredible Hulk | (321) - The Pirates of Dark Water

(322) - The Punisher | (323) - The Revenge of Shinobi | (324) - The Second Samurai

(325) - The Snow Brothers | (326) - The Terminator | (327) - The Terminator 2: Arcade Game

(328) - The Tick | (329) - Thunder Force 2 | (330) - Thunder Force 3

(331) - Thunder Force 4 | (332) - Tiny Toons Adventures | (333) - TNN Bass Tournament '96

(334) - Toejam & Earl 1 | (335) - Toejam & Earl 2 | (336) - Traysia

(337) - Truxton | (338) - Twin Hawk | (339) - Two Crude Dudes

(340) - UltraMan | (341) - Undeadline | (342) - Urban Strike

(343) - Valis | (344) - Valis 3 | (345) - Vapor Trail

(346) - VectorMan | (347) - VectorMan 2 | (348) - ViewPoint

(349) - Virtua Fighter 2 | (350) - Wacky Races | (351) - Wardner

(352) - Warlock | (353) - We're Back: A Dinosaur Tale | (354) - Whip Rush

(355) - Wimblendon | (356) - Wiz'n Liz | (357) - Wolverine

(358) - Wonderboy 3 | (359) - Wonderboy 5 | (360) - Wonderboy in MonsterLand 4

(361) - World of Illusions | (362) - X-Men | (363) - X-Men 2

(364) - Xenon 2 | (365) - Ys 3: Wanderers of Ys | (366) - Zero the Kamikaze Squirrel

(367) - Zero Tolerance | (368) - ZeroWing | (369) - Zombie Ate My Neighbours (370) - Zool



FIM - FIM - FIM... UFA !!!



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sexta-feira, 21 de julho de 2017

Plano da Elite diante de um ataque nuclear incluia comer animais de estimação e salvar secretárias


Plano da Elite diante de um ataque nuclear incluía comer animais de estimação e salvar secretárias



A verdade é que o governo dos EUA nunca se preocupou em salvar a população em geral.
dailymail.co.uk revelou os detalhes...


Era a Guerra Fria e, portanto, havia uma ameaça iminente de guerra nuclear quando os EUA construíram sua primeira rede secreta de bunkers debaixo da terra. Embora o governo tenha anunciado que a assistência seria dada a toda a população, a verdade é que esconderijos desse tipo eram destinados a poucos funcionários de primeiro escalão, começando pelo presidente e sua família.


Um dos mais famosos "Abrigos Secretos" esta localizado embaixo da Casa Branca.
Ele foi construído nos anos 50 e usado pela primeira vez no 11 de Setembro (9/11)


“O governo protegeria a si mesmo e deixaria que o restante de nós morresse”, afirma o especialista em segurança nacional Garrett M. Graff, que, recentemente, publicou o livro “Raven Rock: The Story of the US Government’s Secret Plan to Save Itself” (“Raven Rock: A História do Plano Secreto do Governo Americano para Salvar a Si Mesmo”). O autor afirma que as presidências de Kennedy, Roosevelt e Truman nunca pensaram em salvar a população.

A primeira simulação de um ataque nuclear em grande escala ocorreu em 1955, quando 22 mil civis e 14 mil funcionários do governo dos EUA participaram de um treino chamado Apple Jack, que encenou a explosão de uma bomba sobre o Brooklyn. Os resultados ficaram muito longe de ser satisfatórios. Dwight D. Eisenhower, presidente da época, desapareceu sem deixar rastros e não permitiu que ninguém soubesse seu destino, o que levou à imposição de uma lei marcial que deixou o país sob o controle do exército.



O complexo militar de "The Raven Rock"


“As esposas dos membros do gabinete também se incomodaram quando perceberam que não havia nenhum objetivo de salvá-las. No entanto, as secretárias de seus maridos estariam, sim, a salvo nos bunkers”, afirma-se no livro. Além disso, um relatório instruía a criação de “áreas de sepultamento”, onde os cadáveres seriam identificados e os caminhões de correio seriam designados como transporte logístico de feridos.

Segundo o cálculo das autoridades, seria possível reunir aproximadamente 900 toneladas de alimento, entre as reservas próprias e o estoque em lojas. A isso se somariam as porções plausíveis de comida a serem encontradas na natureza: 11 milhões de porções diárias de carne de coelho, 10 milhões de porções de carne de aves silvestres e 5 milhões de carne de peixe. Eram consideradas também 20 milhões de porções de comida proveniente dos animais de estimação.


Fonte: The Daily Mail
(http://www.dailymail.co.uk/news/article-4618354/How-government-elites-plan-survive-nuclear-attack.html)



dailymail.co.uk / Site Fonte



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sexta-feira, 21 de julho de 2017

Astrônomos capturam imagem detalhada de estrela 1.400 vezes maior que o sol


Astrônomos capturam imagem detalhada de estrela 1.400 vezes maior que o sol



Betelgeuse é tão grande e brilhante que pode ser vista da Terra!


Uma equipe internacional de astrônomos utilizou o maior radiotelescópio do mundo para obter uma imagem de alta definição da famosa estrela Betelgeuse, uma das mais brilhantes no céu noturno do planeta Terra.



Betelgeuse - Estrela


Trata-se da imagem mais detalhada que se conseguiu até a presente data, o que ocorreu graças ao radiotelescópio ALMA (Atacama Large Millimeter Array). Com ele, é possível obter novos dados sobre essa estrela supergigante vermelha, localizada na constelação de Orion, a 600 anos-luz de nosso planeta.

“Esta é a primeira vez que o ALMA analisou a superfície de uma estrela, e essa primeira tentativa resultou na imagem de Betelgeuse com a maior resolução disponível”, afirmou um porta-voz do Observatório Europeu do Sul.



Luminosidade (Unidades solares)


A imagem revela que a temperatura atmosférica da estrela não é nada homogênea, o que ajudaria a explicar como as atmosferas desses corpos são aquecidas e como seu material é transportado para o espaço interestelar.


Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/242680-imagen-detallada-estrella-grande-sol)



actualidad.rt.com / Site fonte



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sexta-feira, 21 de julho de 2017

Fotos impressionantes revelam horrores do "Holocausto dos Loucos"


Fotos impressionantes revelam horrores do 'Holocausto dos Loucos'



Imagens mostram como era a vida nos manicômios até o início dos anos 80.


Não faz muito tempo que bastava um pequeno desvio de conduta para ser considerado louco - uma bebedeira, uma pulada de cerca ou um surto de estresse, por exemplo.



Hospital Colônia de Barbacena - "Auschwitz Mineira"


Para essas pessoas não havia tratamento possível além da internação em um manicômio. Nessas "casas de acolhimento", ao longos dos séculos, foram realizados experimentos tão crueis que podem ser facilmente associados ao Holocausto. Lobotomia, choques elétricos, prisão, exposição a elementos radioativos - tinha de tudo o que você pode imaginar de mais aterrador.



Hospital Colônia de Barbacena - Um campo de concentração


Algumas fotos que listamos aqui foram tiradas em manicômios do final do século XIX até a década de 1980. Parecem cenas de filmes de terror. E teve no Brasil também (veja mais abaixo).



No Brasil o terror foi o mesmo. Por aqui tivemos o Hospital Colônia de Barbacena, no interior de Minas Gerais, que carrega consigo o título nada honroso de "Auschwitz Mineira". Em quase 80 anos de funcionamento - foi fundado em 1903 e fechado no início dos anos 80 - foi responsável pela morte de mais de 60 mil pessoas consideradas loucas. O volume de corpos era tão grande que o cemitério da cidade não conseguia mais atender à demanda, de forma que os cadáveres tinham que ser enviados para outras cidades ou vendidos para faculdades de Medicina.



'Holocausto Brasileiro' - Documentário:


(https://youtu.be/CVMGZqV2cP4)



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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Estas são as 5 drogas mais viciantes, de acordo com a Ciência


Estas são as 5 drogas mais viciantes, de acordo com a Ciência



Legais ou não, estas são as cinco drogas mais viciantes que o homem consome, de acordo com a ciência:


Nicotina: As estatísticas indicam que um terço das pessoas que experimentam o cigarro ficarão viciadas nele. Ele é viciante assim porque fumar eleva rapidamente os níveis de dopamina no cérebro, entre 25 e 50%.



Nicotina - Alcaloide Básica



Barbitúricos: Essa droga é encontrada em medicamentos para regular a ansiedade e interfere nos sinais do cérebro para alcançar sensações de euforia. São rápidos e eficazes, tanto que seus consumidores ficam viciados quase que imediatamente.



Barbitúrico - malonilureia ou hidropirimidina


Cocaína: Vinte e um porcento daqueles que a experimentam, embora somente uma vez, desenvolverão alguma dependência. Essa substância eleva os níveis de dopamina no cérebro em até três vezes.



Cocaína



Álcool: O fácil acesso a essa substância e sua aprovação social fazem com que as pessoas bebam sem qualquer culpa, mesmo que em excesso. Vinte e dois porcento das pessoas que o experimentam ficam viciadas. Seu consumo aumenta o nível de dopamina entre 40 e 360%.


Álcool - Bebida Alcoólica


Heroína: Uma droga altamente viciante e letal. Uma dose que ultrapasse somente cinco vezes o nível tolerado pode causar a morte. A heroína dispara os níveis de dopamina em até 200%.



Heroína - Diacetilmorfina


Fonte: VIX
(http://www.vix.com/es/btg/curiosidades/64231/las-5-drogas-mas-adictivas-del-mundo-segun-la-ciencia)
]


Vix.com - Site fonte



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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Grupo diz ter resolvido os mistério das linhas de Nazca


Grupo diz ter resolvido os mistério das linhas de Nazca



Linhas eram uma forma de agradecer aos deuses.


Conhecidos mundialmente como as linhas de Nazca, os antigos geoglifos localizados nos Pampas de Jumana, no deserto de Nazca, representam possivelmente um dos maiores mistérios da era pré-colombiana. Agora, uma equipe de cientistas afirma ter descoberto seu significado.



Imagens das linhas de Nazca


Adotando todos os tipos de formas, como espirais ou animais, a exemplo de lhamas e macacos, os geoglifos possuem 30 cm de profundidade, abrangendo um território de 500 km², e foram criados entre os anos 100 e 700 d.C.. Eles só podem ser observados em sua totalidade a partir de uma vista aérea.

Graças ao estudo com imagens de satélite, não só dos geoglifos, mas principalmente de um dos buracos em forma de espiral que são chamados “puquios”, especialistas do Conselho Nacional de Pesquisa de Roma puderam determinar que os buracos se conectavam a canais de água subterrâneos.



Linhas e Geóglifos de Nasca e das Pampas de Jumana


Rosa Lasaponara, integrante da equipe científica, afirma que o povo Nazca “foi capaz de usar a água subterrânea para a irrigação e os aquedutos para auxiliar na sua atividade agrícola”, conseguindo, desse modo, “transformar o deserto em um jardim”.

Os puquios enigmáticos permitiram à civilização nazca transportar água. Dessa forma, aproveitando a força do vento que corria por esses poços, a água era conduzida pelos canais subterrâneos até chegar às casas e às plantações.



“Está muito evidente que os puquios e as linhas de Nazca têm o mesmo significado, porque a água era o modo de sobrevivência em um ambiente desértico. Por isso, as linhas de Nazca eram uma forma de agradecer aos deuses”, conclui Lasaponara.

Fonte: Motherboard
(https://motherboard.vice.com/en_us/article/785dwg/satellite-images-revealed-the-secret-meaning-of-these-ancient-desert-spirals)



motherboard.vice.com / site fonte



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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Descoberta antiga cidade de "gigantes" Chineses


Descoberta antiga cidade de "gigantes" Chineses



Esqueletos são de pessoas com mais de 1,90 de altura - algo incomum para a época.


Uma equipe de arqueólogos descobriu recentemente, na província de Shandong, no leste da China, restos humanos pertencentes a uma civilização neolítica que viveu nas margens do Rio Amarelo há aproximadamente 5 mil anos. Os ossos encontrados teriam pertencido a indivíduos com mais de 1,90 m de altura.



Shandong - Província da China

Fang Hui, chefe do Centro de Estudos de História e Cultura da Universidade de Shandong, acredita que essas características físicas tão incomuns para a região teriam sido consequência da grande quantidade de recursos alimentares disponíveis. Os antigos habitantes do local foram grandes pescadores e criadores de porcos. Além disso, eles eram agricultores notáveis.

A jazida arqueológica está sendo estudada desde 2016 e, no local, já foram encontrados mais de 100 prédios, 200 túmulos e aproximadamente 20 poços de sacrifício.

Os arqueólogos acreditam que os restos ósseos pertençam à tribo Longshan, estabelecida na bacia do rio Amarelo no final do período neolítico.

Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/243406-descubrir-china-restos-gigantes)



actualidad.rt.com / Site fonte



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quarta-feira, 19 de julho de 2017

Cientistas finalmente desvendam origem de misterioso sinal espacial


Cientistas finalmente desvendam origem de misterioso sinal espacial



As rajadas rápidas de rádio têm intrigado os cientistas há anos.


As rajadas rápidas de rádio (FRB, na sigla em inglês) têm intrigado os cientistas há anos. Os misteriosos sinais rítmicos de rádio provenientes do espaço exterior levantaram várias teorias mirabolantes que, agora, poderão ser desmentidas por uma nova pesquisa.



Graças a novas imagens captadas com o poderoso telescópio Hubble, foi possível determinar o local exato onde é originado o sinal FRB 121102, um ponto complexo da constelação Auriga, a 2,4 milhões de anos-luz da Terra, onde são formadas novas estrelas de nêutrons.

Os pesquisadores responsáveis por analisar o fenômeno acreditam que os pulsos rápidos de rádio poderão vir de estrelas recém-formadas, objetos superdensos capazes de emitir ondas com características similares às captadas pelos radares terrestres.



Faltaria determinar o ponto espacial onde acontecem outras rajadas para apoiar a hipótese, mas os cientistas estão otimistas com os resultados obtidos.


Astrônomos Detectam Origem da FRB 121102 - Space Today TV Ep.565


(https://www.youtube.com/watch?v=J_AZ_Jf99Xs)


Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/227732-astronomos-revelan-origen-misteriosas-senales-espaciales)


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terça-feira, 18 de julho de 2017

Primeiro ser humano surgiu 100 mil anos antes do que se imaginava


Primeiro ser humano surgiu 100 mil anos antes do que se imaginava



Descoberta reforça teoria de que os primeiros homo sapiens estiveram presentes em todo o continente africano.


Um grupo de pesquisadores liderado pelo paleoantropólogo francês Jean-Jacques Hublin, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva de Leipzig, na Alemanha, anunciou recentemente que foram encontrados os restos mais antigos do homo sapiens do qual se tem notícia. A descoberta poderá revolucionar tudo o que se acreditava sobre a história dos hominídeos.



Jean Jacques Hublin - Antropologia - Humanidade


Os restos cranianos foram achados em Djebel Irhoud, um sítio arqueológico localizado a 150 km de Rabat, a capital do Marrocos. Os responsáveis pela descoberta calculam que o fóssil possui aproximadamente 315 mil anos de idade, 115 mil a mais que o homo rhodesiensis e o homo heidelbergensis da Etiópia, que, até o momento, eram considerados os espécimes mais antigos do homo sapiens.

Hublin descreveu o crânio como “um mosaico de características, incluindo morfologia facial, mandibular e dental, que equiparam o material encontrado em Irhoud a restos humanos primitivos ou considerados anatomicamente modernos”.



Homo heidelbergensis - Primata - 500 mil anos


O cientista acredita que essa descoberta poderá provar que os primeiros homo sapiens estiveram presentes em todo o continente africano.

Fonte: AMBITO
(http://www.ambito.com/885731-el-primer-homo-sapiens-aparecio-100000-anos-antes-de-lo-que-se-pensaba)



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terça-feira, 18 de julho de 2017

Existe um super planeta habitável perto da Terra


Existe um super planeta habitável perto da Terra



Planeta tem quase três vezes o tamanho da Terra e está a 21 anos-luz de distância.


Alejandro Suárez Mascareño, líder da equipe de astrônomos do Instituto de Astrofísica das Canárias, na Espanha, anunciou recentemente a descoberta de um planeta potencialmente habitável a apenas 21 anos-luz da Terra.

Os cientistas estudaram por três anos e meio a estrela anã GJ 625 até encontrarem em sua órbita o exoplaneta GJ 625 b, um astro com 2,8 vezes o tamanho da Terra e que possui uma atmosfera nebulosa.



Localização da estrela GJ 625 b


O exoplaneta rochoso orbita a borda interior da zona habitável da estrela GJ 625. Dadas as temperaturas relativamente frias da estrela, os pesquisadores acreditam que é provável que em sua atmosfera haja água em estado líquido. Porém, serão necessárias análises mais aprofundadas para confirmar essa hipótese.

Se for comprovada a habitabilidade dessa super Terra, seria um dos exoplanetas mais próximos onde se poderia começar a procurar vida extraterrestre.


Earth-like planets: GJ 625 b (2017)


(https://www.youtube.com/watch?v=FSsXob4VW10)



Fonte: Europa Press
(http://www.europapress.es/ciencia/astronomia/noticia-descubre-supertierra-cercana-solo-veces-masa-20161111163104.html)


"GJ 625 b is an exoplanet orbiting the star GJ 625, located about 21.2 light-years ( 6.5 pc) away from Solar System. Its discovery was publicly announced on 2017.
The host star GJ 625 has apparent magnitude of 10.2, with absolute magnitude of 11.1.
It is 0.3 times more massive and 0.3 times bigger compared with our Sun. The surface temperature is 3499 with its spectral types of M2
In this planetary system, the extrasolar planet GJ 625 b orbits around the star GJ 625 every 14.6 days with its orbital distance of 0.08 AU ( 11728323.5 km)"


(Projected orbit of GJ 625 b around its host star GJ 625)


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terça-feira, 18 de julho de 2017

POSTAGENS POPULARES - JULHO DE 2017


POSTAGENS POPULARES - JULHO DE 2017



01-As mais famosas Casas Mal Assombradas



Casa assombrada ou Casa mal-assombrada é o nome dado a uma casa onde supostamente acontecem eventos insólitos sem que se encontre uma causa física para os mesmos. Tais eventos podem ir desde ruídos ou movimentação de objetos até alegadas aparições de vultos mais ou menos distintos aos quais se chama de assombrações ou fantasmas.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2012/04/as-mais-famosas-casas-mal-assombradas.html)



02-Saiba quais foram as Top 10 armas da Segunda Guerra Mundial



Preparamos uma lista com as Top 10 armas da Segunda Guerra Mundial, que são consideradas as mais importantes no confronto. A lista contém algumas que já são muito conhecidas, como M1 Garand e Thompson, mas também há algumas surpresas! Veja no link abaixo:
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2015/10/saiba-quais-foram-as-top-10-armas-da.html)



03-O Japão e sua macabra Unidade 731 – Segunda Guerra Mundial



No ano de 1936, o Exército Imperial Japonês (Dai-Nippon Teikoku Rikugun) criou o Departamento de Purificação da Água e Prevenção de Epidemias, que manteve suas atividades até a dissolução do EIJ em 1945.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2015/04/o-japao-e-sua-macabra-unidade-731.html)



04-Bomba Atômica de Hiroshima – O que não contaram na sala de aula



Vocês já se perguntaram se as famosas histórias descritas nos livros ou até mesmo aquelas contadas por muitos professores são reais? será que os fatos são aqueles mesmo? hoje trago uma postagem que pra mim é polêmica pois traz fatos que muitos nunca ouviram falar.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2016/08/bomba-atomica-de-hiroshima-o-que-nao.html)



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terça-feira, 18 de julho de 2017

5 Invenções da Grécia antiga que usamos até hoje


5 Invenções da Grécia antiga que usamos até hoje



A Grécia Antiga exerceu uma enorme influência na história do Ocidente. Além de suas contribuições no campo da política, ciência, arte e filosofia, muitas invenções gregas continuam sendo utilizadas atualmente.


Despertador: Os gregos usavam um mecanismo de relógio sonoro que funcionava com água ou seixos rolados que caíam. Diz-se que Platão possuía um desses artefatos.



(https://youtu.be/J-ZWl6Lx7lA)



Moinho de água: Utilizados para moer grãos em diversos trabalhos têxteis e de forja de metais, os primeiros moinhos de água foram construídos na Grécia Antiga por volta do século III a.C.



Cartografia: Anaximandro, nascido no século VII a.C., é considerado por muitos o pai da cartografia. Ele criou os primeiros mapas-múndi de que se tem notícia e foi um verdadeiro pioneiro dessa arte.



Odômetro: Esse aparelho, usado para medir as distâncias percorridas, foi inventado pelos gregos no século I a.C.. Atualmente, o dispositivo continua sendo utilizado, embora, geralmente, sejam versões digitais dele.



Olimpíadas: Os primeiros Jogos Olímpicos foram celebrados na Grécia Antiga, no ano de 776 a.C.. O evento era dedicado aos deuses do Olimpo e realizado a cada quatro anos. Milhares de pessoas iam às planícies de Olímpia para ver o espetáculo.



Fonte: La Brujula Verde
(http://www.labrujulaverde.com/2015/10/10-inventos-y-descubrimientos-de-la-antigua-grecia-que-han-llegado-a-nuestros-dias)



labrujulaverde.com - Site fonte



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terça-feira, 18 de julho de 2017

A trágica história por trás do clipe de 'See you Again' - Que se tornou o vídeo mais visto na história do YouTube


A trágica história por trás do clipe de 'See you Again' - Que se tornou o vídeo mais visto na história do YouTube



"See you again" superou Gangnam Style como o mais visto na plataforma de vídeos; seus compositores se inspiraram não só em morte de ator em 2013, mas também em experiências pessoais.


A comovente música "See you again" se tornou na semana passada o vídeo mais visto na história do YouTube, com 2.909.402.388 visualizações.

Para chegar ao primeiro lugar, teve que desbancar um "peso pesado" da plataforma de vídeos online: o hit sul-coreano "Gangnam Style" que, cinco anos depois de ter alçado o cantor Psy à fama, reinava absoluto.

A nova música número um é interpretada pelo rapper Wiz Khalifa e pelo cantor Chris Puth e faz parte da trilha sonora do filme "Velozes e Furiosos".



Wiz Khalifa - Rapper


Também contou com a produção de Justin Franks (conhecido como DJ Frank E), um jovem músico de Los Angeles.

Em comum, todos eles buscaram inspiração em um mesmo tema: a morte - e como lidaram com o trauma de ter perdido amigos ou parentes.

"See you again" foi lançada em 2015 para promover o sétimo lançamento da franquia "Velozes e furiosos", que também tinha um tom de luto: foi o primeiro filme lançado depois da morte de um de seus protagonistas, Paul Walker, em um acidente de carro em novembro de 2013.


História
A saga nunca chamou atenção por oferecer momentos sensíveis, profundos ou melodramáticos. São filmes repletos de ação, que seguem à risca o manual de como produzir um blockbuster em Hollywood.



Paul Walker em 'Velozes e furiosos 6' (2013). (Foto: Divulgação)


No entanto, a morte de Walker, enquanto dirigia um Porsche em uma estrada na Califórnia, não poderia ser ignorada nos longas seguintes.

Por isso, a Universal Pictures, dona da franquia, convocou uma série de músicos para compor uma música que pudesse servir de homenagem ao ator.

Frank diz que se inspirou em uma perda irreparável: a morte de um de seus melhores amigos.



Paul Walker / Ator / Norte-americano


"Não lembro de ter escrito uma letra e imediatamente depois ter chorado por um longo tempo como aconteceu com essa música", confessa Franks à BBC.

"Essa perda teve um efeito profundo na minha vida e, pelos números do vídeo, é claro que não estou sozinho nesse sentimento".

Segundo o produtor, "eu já havia composto músicas para a rádio, para alguns clubes, mas esta foi a primeira vez em que senti que uma música minha importava. Importava para a família do meu amigo e para a de Paul Walker".

Puth passou por uma experiência semelhante.

"Eu não conhecia Frank, mas, quando nos encontramos pela primeira vez, vimos que compartilhávamos a mesma experiência sobre a morte de amigos próximos. Decidimos falar sobre essas perdas na canção. E, depois de interpretá-la no piano, a enviamos para a Universal", diz ele ao jornal americano Los Angeles Times.

Uma dessas perdas foi a de Vail Cerullo, um colega de Puth na Universidade de Berkeley, onde ambos estudavam música. Cerullo morreu em um acidente de moto em 2012.

Esse sentimento é transmitido na letra: "How can we not talk about family when family's all that we got?/Everything I went through you were standing there by my side", que pode ser traduzido como "Como podemos não falar de família, quando a família é tudo que temos?/Você sempre esteve ao meu lado durante tudo que passei".



Velozes e Furiosos 7 - Capa do DVD


"Quando a vimos pronta, eu a cantei para minha família. Caí em prantos diante deles e pude ver a reação em seus rostos. Foi algo muito poderoso", diz Franks. "Depois a interpretamos para a família do meu melhor amigo e do amigo de Charlie (Puth). Sentimos que havíamos composto algo que importava".

Assim, a música foi escolhida para a última cena do filme, em que há uma homenagem a Walker.



Wiz Khalifa - See You Again ft. Charlie Puth [Official Video] Furious 7 Soundtrack


(https://www.youtube.com/watch?v=RgKAFK5djSk)



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domingo, 16 de julho de 2017

Cientista Russo explica o que acontece com o cérebro após a morte


Cientista Russo explica o que acontece com o cérebro após a morte



O neurocientista russo e doutor em filosofia Yuri Serdiukov se dedicou, por anos, à análise dos processos psíquicos e fisiológicos da morte clínica.


Em uma conferência internacional sobre a neurofilosofia dada recentemente na Universidade Estatal de Moscou, Serdiukov explicou o que ocorre no cérebro após a morte e como essa experiência se relaciona com a ideia de paraíso e inferno.



Após a morte, a atividade cerebral continua ativa por um período indeterminado. O doutor explicou que, nesses estados, o sujeito perde as capacidades lógicas e verbais e mergulha em um estado onírico prolongado, criado pela atividade espontânea do cérebro.

Aparentemente, o conteúdo desses sonhos post-mortem é dado por vários fatores, como a condição psíquica de cada pessoa, as recordações acumuladas desde a fase uterina e as diversas estruturas genéticas ativadas em decorrência do estresse causado pela morte clínica. É por isso que certas experiências são relatadas como prazerosas ou paradisíacas e outras como obscuras ou infernais.



Serdiukov afirma que é possível treinar o cérebro para que ele tenha acesso a uma morte prazerosa. Além disso, ressaltou que, uma vez que não existe noção do tempo nesse estado, a experiência pode ser percebida como infinita.



Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/239827-filosofo-ruso-explicar-vida-muerte-ciencia)



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domingo, 16 de julho de 2017

Conheça Onna Bugeisha - O Clã das mulheres samurais


Conheça Onna Bugeisha - O Clã das mulheres samurais



Gladiadoras japonesas eram especializadas em lanças, flechas e luta com punhais.


Ao contrário do que se acredita, no Japão feudal existiram várias samurais mulheres dedicadas desde a infância ao treinamento das artes marciais e ao uso de armas de guerra.



As Onna Bugeisha (mestras das artes marciais) tiveram um papel fundamental nos períodos de guerra. As mulheres gladiadoras do Japão seguiam, assim como seus companheiros, os ensinamentos do código Bushido, mas se especializavam no uso da naginata, uma lança com uma lâmina curva, que compensava a desvantagem corporal que elas tinham em relação aos homens. Além disso, as samurais eram arqueiras experientes e especialistas na luta com punhais.



Durante o período Edo (1603-1868), foram criadas, inclusive, várias escolas de guerra femininas, administradas e mantidas por mulheres.



A entrada na era neoconfuciana marcou o início do fim para essas guerreiras terríveis. Os novos preceitos religiosos incumbiam as mulheres ao lar e ao casamento, o que causou um declínio rápido no número de samurais femininas e seu esquecimento precoce na história universal.



Fonte: QFEM
(http://www.qfem.es/post/14959)



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domingo, 16 de julho de 2017

A verdade sobre a Fíbula Prenestina - A inscrição latina mais antiga já descoberta


A verdade sobre a Fíbula Prenestina - A inscrição latina mais antiga já descoberta



Inscrição foi questionada por mais de um século, até que um exame moderno trouxe a verdade à tona.


Era o ano de 1887 quando o arqueólogo Wolfgang Helbig apresentou ao Instituto Arqueológico Alemão, em Roma, uma fíbula de ouro de 10 cm de comprimento, utilizada na época para prender togas e outros vestuários semelhantes.



Scientists - "Beyond any reasonable doubt" - Daniele F. Maras


Segundo Helbig, ela havia sido descoberta em 1871, na antiga cidade latina de Palestrina, durante uma série de escavações que levaram à descoberta de outros objetos datados do século VI a.C.

O arqueólogo não mencionou o fato na época, mas, com o passar do tempo, soube-se que o objeto não tinha sido encontrado por ele, mas comprado de Francesco Martinetti, um traficante de antiguidades e falsificador renomado.



Marguerita Guarducci - Livro - Book
Tra antiquari, eruditi e falsari nella Roma Dell'otiocento


Essa informação pôs em xeque a descoberta de Helbig, a quem recaiu, então, a suspeita de fraude – não pela fíbula em si (já haviam sido encontradas muitas outras, anteriormente), mas pela inscrição em latim nela esculpida, a mais antiga até os dias de hoje.

A inscrição dataria do século VII a.C. e diz: “Manios med fhefhaked Numaiosi”, que significa “Manio me fez para Numério”, em português. A boa reputação de Helbig, no entanto, ajudou-o a superar as suspeitas, e a fíbula foi considerada uma peça autêntica.



Il falso della Fibula Prenestina


Porém, em 1980, um livro colocou novamente em dúvida sua autenticidade – não da fíbula, mas da inscrição. Martinetti foi, exclusivamente, o culpado por ter falsificado a inscrição esculpida em latim.

Mas, por fim, em 2011, a inscrição foi analisada com a última tecnologia disponível e se constatou que tanto a fíbula quanto a inscrição são autênticas. Além disso, demonstrou-se que ela era muito mais antiga que se imaginava.



Fibula Prenestina - Manius me fecit numerio


Dessa forma, a Fíbula Prenestina representa, hoje, a inscrição em latim mais antiga de que se tem notícia.

Fonte: La Brújula Verde
(http://www.labrujulaverde.com/2017/06/la-controvertida-fibula-prenestina-que-contiene-la-inscripcion-latina-mas-antigua-descubierta)



Labrujulaverde.com - Site fonte



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domingo, 16 de julho de 2017

Porque o dia virou noite durante a crucificação de Jesus


Porque o dia virou noite durante a crucificação de Jesus



Cientistas conseguem explicar - em parte - porque o Sol escureceu durante três horas no momento da crucificação.


O chamado Eclipse do Século acontece no próximo dia 21 de agosto. O fenômeno será visível dos EUA, onde o dia ficará completamente escuro. Em vista desse evento, muitas pessoas começaram a perguntar se o relato do Evangelho sobre a crucificação, que descreve um dia de Sol que ficou escuro, poderia ter a ver com um eclipse total do Sol, como o que se aproxima.



“Era por volta do meio-dia. O Sol se eclipsou e a escuridão cobriu toda a Terra até as três da tarde. O véu do Templo foi rasgado ao meio” (Lucas 23,44-45; A História do Povo de Deus). Embora as palavras pareçam claras, são muitos os estudiosos que afirmam que não se refere necessariamente a um eclipse solar. De fato, existem traduções que não mencionam um eclipse, mas, simplesmente, que o Sol escureceu.



Modo alternativo da crucificação - BBC


Muitos teólogos afirmam que Jesus foi crucificado em 3 de abril do ano de 33. Segundo documentos históricos e cálculos baseados nas equações de Kepler, nesse dia ocorreu um eclipse lunar e não solar, que teria sido visível de Jerusalém. Uma recriação digital permite ver como a Lua começou a ficar vermelha precisamente às 3 da tarde, momento em que Jesus dava seu último suspiro.



A Tortura de Cristo


Acontece que um eclipse lunar, supostamente ocorrido no dia que Jesus foi crucificado, não justifica as três horas de escuridão descritas pelo Evangelho durante o evento. De modo que o fenômeno capaz de gerar um eclipse desse tipo continua sendo um mistério para a ciência.


Crucificação - Pintura
Peter Paul Rubens - Christ on the Cross between the Two Thieves


Fonte: Aleteia
(https://es.aleteia.org/2017/06/26/la-oscuridad-de-la-crucifixion-fue-un-eclipse-solar/)



Crucificação - Alternativa



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domingo, 16 de julho de 2017

Ciência explica um dos milagres mais famosos da Igreja Católica


Ciência explica um dos milagres mais famosos da Igreja Católica



A versão dos cientistas é bem diferente do que conta a igreja.


Desde 1389, na Basílica de Santa Clara, Itália, é possível ver três vezes por ano como o sangue do mártir San Genaro, solidificado dentro de um relicário, liquefaz e aumenta seu volume diante dos seus devotos.



San Genaro


De acordo com a mitologia católica, San Genaro, bispo de Benevento, foi decapitado em 305 d.C., durante as perseguições de Maximiano e Diocleciano. Uma mulher teria coletado seu sangue milagroso, que foi mantido por séculos e séculos. A verdade é que não se soube da existência do relicário até o início do século XII.



Miracolo San Gennaro


Em 1902, utilizando a tecnologia da época, um grupo de cientistas afirmou que o líquido contido na relíquia era possivelmente um fluido tixotrópico, capaz de solidificar quando parado e liquefazer quando exposto ao movimento.



Martírio de San Gennaro (Girolamo Pesce)


Os especialistas acreditam que algum alquimista do século XII poderia ter fabricado o estranho líquido, o qual, atualmente, ainda é venerado como um milagre desse santo.



Papa Francisco com o Sangue de San Gennaro


Fonte: Super Curioso
(https://supercurioso.com/se-licua-la-sangre-de-san-genaro/)



La teca - Il Mistero della liquefazione del sangue di San Gennaro



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domingo, 16 de julho de 2017

ETNIA DAS ILHAS SALOMÃO É UM QUEBRA-CABEÇA GENÉTICO



ETNIA DAS ILHAS SALOMÃO É UM QUEBRA-CABEÇA GENÉTICO



A pele negra e o cabelo loiro natural são causados por uma rara mutação.

Dentre os habitantes das Ilhas Salomão, um pequeno país insular localizado no Pacífico sul, está uma das maiores curiosidades genéticas do mundo. Grande parte de sua população possui a pele negra (a mais escura que existe fora da África) e o cabelo loiro.


Por séculos, o fenômeno foi associado à colonização da região, momento em que comerciantes europeus tiveram relações sexuais com os nativos. No entanto, novas pesquisas indicam que o aspecto físico particular dessas pessoas é causada por uma rara mutação genética.



Ilhas Salomão - Pais na Oceania


Em 2012, um grupo de cientistas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, e da Faculdade de Medicina, da Universidade de Stanford, nos EUA, viajou ao local e conseguiu coletar várias amostras de cabelo e saliva de seus habitantes. Após uma análise rigorosa, os pesquisadores chegaram à conclusão de que o cabelo peculiar dos salomonenses se deve ao gene TYRP1.



MAPA - Ilhas Salomão


Os cientistas responsáveis pela pesquisa reafirmaram a necessidade de estudar vários grupos étnicos isolados geograficamente, para poder desenvolver tratamentos médicos que levem em consideração a diversidade genética.



Mapa - Localização mundial


Fonte: Infobae
(http://www.infobae.com/salud/ciencia/2017/01/31/el-misterio-detras-de-la-exotica-etnia-que-desafia-la-genetica/)


Ilhas Salomão - Negros loiros



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quinta-feira, 6 de julho de 2017

10 jogos antigos que você não pode morrer sem jogar!


10 jogos antigos que você não pode morrer sem jogar!



Quando falamos de gosto por jogos, os estilos podem variar imensamente de jogador para jogador.

Entretanto existem certos títulos realmente importantes de ter em seu repertório de jogos finalizados, seja por seu valor histórico de contribuição para a indústria, ou simplesmente pelo fato que depois de tantos anos eles ainda continua excelentes títulos para se jogar!


Confira nossa lista de sugestões de jogos que você não pode deixar essa existência sem ter experimentado um pouquinho que seja.

Como sempre, contribuam com a lista, comentem jogos que acham que ficaram de fora e compartilhem seus motivos para tal escolha.



Duke Nukem 3D

Duke Nukem 3D foi desenvolvido pela 3D Realms e publicado pela GT Interactive em Maio de 1996, utilizando o motor de jogo Build que inovou bastante os jogos de tiro em primeira pessoa da época. Mas o importante é chutar uns traseiros com toda a marra possível!

O jogo ganhou uma boa visibilidade e credibilidade pela qualidade na riqueza de detalhes em cenários, e vamos lembrar a época em que o jogo foi feito, ok? Duke Nukem foi conhecido como um dos principais responsáveis pela popularização do jogo em primeira pessoa, o famoso FPS.

Talvez tenha popularizado o protagonista bad boy desbocado desse estilo também, vai saber.



Sonic: The Hedgehog

Não vá dessa para melhor se arrependendo de não ter jogado Sonic, é sério!

Dispensando qualquer tipo de apresentação. O mascote da Sega teve seu primeiro jogo em 1991 com o lançamento de Sonic the Hedgehog para o Mega Drive. Desde então a corrida de Sonic para o sucesso foi instantânea.

Contando com um protagonista carismático, um level design muito bem feito e uma trilha sonora cativante, Sonic: The Hedgehog foi um sucesso absoluto e um dos maiores clássicos de toda a história dos jogos.



The Legend of Zelda a Link to The Past

Todos temos um jogo preferido de Zelda, mas se tem um jogo antigo da franquia que você precisa jogar para ser uma "porta para drogas mais pesadas", é The Legend of Zelda a Link to the Past.

O jogo feito para SNES foi lançado em 21 de novembro de 1991 e foi o primeiro passo para o grande sucesso que se tornaria a franquia. Para não ser injusto, vamos aproveitar o item para também indicar Ocarina of Time que em muitos rankings de especialistas é considerado o melhor jogo da história.

Depois se prepare para o Breath of The Wild, porque serão algumas centenas de horas investidas ali, facilmente!



Pokémon Red/BLue

Em 27 de Fevereiro de 1996, história era feita.

Pokémon é uma das franquias de maior sucesso no mundo todo, seja nos jogos, mangás, animes ou em mercadorias relacionadas à franquia. Não precisamos lembrar para vocês a febre de Pokémon GO, nem o sucesso que foi o lançamento dos atuais Pokémon Sun/Moon, certo?

Mas vale frisar também que Pokémon é algo tão grande que temos uma empresa exclusiva para cuidar apenas da franquia, a Pokémon Company. Então nada mais justo do que você dedicar um tempo da sua vida para jogar onde tudo isso começou, Pokémon Red/Blue!



Super Mario Bros

Eu acho que é seguro dizer que, se hoje nós temos essa indústria dos games, uma boa parte do agradecimento deve ir para o mais famoso encanador italiano e bigodudo do mundo.

Seria fácil indicar para que você jogasse Super Mario World, era até esperado por você. Até porque, Super Mario World, por muito tempo, foi o carro chefe do Super Nintendo, um console que marcou toda uma geração. Mas que tal voltarmos um pouquinho mais no tempo, e indicar Super Mario Bros? Lançado em 1985 para o famoso "Nintendinho", popularizando a tecnologia do side scrolling e sendo o jogo mais vendido da história.

É praticamente um rito de passagem jogar essa belezinha!



Golden Axe

Golden Axe é um dos jogos que, infelizmente, não teve o melhor dos sucessos ao longo dos anos. Mas em 1989, quando teve seu lançamento para arcade e, no começo da década de 90, quando foi para os consoles Mega Drive e Master System, o jogo era indispensável e um dos melhores Beat’em Up que existiam.

Dê uma chance a si mesmo e inclua esse no seu repertório de títulos jogados!



Castlevania: Symphony of the Night

Se for para dizer que jogou pelo menos um Castlevania na sua vida, que tenha sido pelo menos esse jogo!

Symphony of the Night é praticamente uma obra prima dos games, lançado em 1997 para Playstation, trazendo o filho de Drácula como protagonista, com excelentes elementos de jogos de plataforma, misturados com RPG, a ambientação sinistra e gótica de Castlevania e uma trilha sonora que é lembrada com carinho até hoje.



Super Metroid

Metroid já vinha sendo uma franquia de sucesso em seus dois jogos anteriores, mas foi no terceiro jogo, o Super Metroid, lançado em 1994 para Super Nintendo, que Samus Aran foi catapultada para o estrelato.

Sendo o primeiro a conter 24-megabits no cartucho do SNES, o que foi um avanço na época, com gráficos mais apurados e som de ótima qualidade, Super Metroid foi aclamado pela crítica devido a sua jogabilidade, atmosfera e som.



Franquia Megaman

Simplesmente seria uma injustiça completa escolher qualquer um Megaman para indicar. Desde seu primeiro jogo, lançado em 1987 para o Nintendinho, passando pelos avanços gráfico à partir do 7º jogo em 1995, quando foi lançado para Snes, ou quando tivemos o amadurecimento da franquia com a chegada de Megaman X.

Simplesmente não dá para escolher um jogo para indicar, qualquer um que você escolher (até o Megaman X5), você estará bem servido da franquia criada por Keiji Inafune.



Chrono Trigger

E é óbvio que não daria pra fazer uma lista como essa e deixar a obra prima das obras primas de fora!

Chrono Trigger é considerado por muitos um dos melhores RPG’s feitos na história dos games. Desenvolvido pela Square, o jogo foi lançado para o console Super Nintendo no Japão em março de 1995. Foi considerado por muitos especialistas como um jogo revolucionário para a época, pois exigia bastante do console.

A equipe de produção do jogo contou com o melhor time que a empresa possuía, incluindo o lendário criador da série Dragon Ball, Akira Toriyama e até hoje arranca jogadores fiéis, por cada detalhe técnico do jogo, incluindo o fato de que ele possui diversos finais diferentes.

Os personagens são outro destaque. Apaixonantes e com histórias que cativam e emocionam o jogador.

Me deem licença que vou ali jogar de novo o meu!



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quarta-feira, 28 de junho de 2017

OS 300 MELHORES VÍDEOS - JUNHO DE 2017


OS 300 MELHORES VÍDEOS - JUNHO DE 2017



Vídeo: 1 / 300

Olha quem ganhou na loteria - kkk


Publicado em: 26 de dezembro de 2016 ·

Duração do vídeo: 00:48



Vídeo: 2 / 300

BARCO PORTÁTIL - PRÁTICO DE MONTAR E DESMONTAR
BARCO PORTÁTIL - PRÁTICO DE MONTAR E DESMONTAR

Publicado em: 26 de dezembro de 2016 ·

Duração do vídeo: 01:36



Vídeo: 3 / 300

Zeca Pagodinho no Jô soares - SBT


Publicado em: 26 de dezembro de 2016 ·

Duração do vídeo: 02:07



Vídeo: 4 / 300

O FUTURO DOS ROBÔS NO MERCADO DE TRABALHO


Publicado em: 27 de dezembro de 2016 ·

Duração do vídeo: 02:19



Vídeo: 5 / 300

Um pai e seu filho - Esteja com ele enquanto pode...


Publicado em: 27 de dezembro de 2016 ·

Duração do vídeo: 01:05



Vídeo: 6 / 300

Trilha com Bike - Moscovo - Russia - Radical


Publicado em: 27 de dezembro de 2016 ·

Duração do vídeo: 03:39



Vídeo: 7 / 300

Nossos filhos felizes neste natal - FELIZ 2017


Publicado em: 27 de dezembro de 2016 ·

Duração do vídeo: 08:04



Vídeo: 8 / 300

Ninja Gaiden Trilogy - SNES - 1995
Data de lançamento inicial: 10 de agosto de 1995 Série: Ninja Gaiden Desenvolvedor: Tecmo Estúdio: Tecmo Plataforma: Super Nintendo Entertainment System #Jogo #Game #NinjaGaidenTrilogy #Trilogy #SNES #Ano1995 #Tecmo #Ninja #Ação #SuperNintendo #Nintendo #NinjaGaiden

Publicado em: 28 de dezembro de 2016 ·

Duração do vídeo: 01:42



Vídeo: 9 / 300

RIR SEMPRE É O MELHOR REMÉDIO - KKK


Publicado em: 28 de dezembro de 2016 ·

Duração do vídeo: 02:28



Vídeo: 10 / 300

Este é um entretenimento para quem tem coragem - kkk



Publicado em: 2 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 01:01



Vídeo: 11 / 300

Canada - a maior rede de trilhas - lindas paisagens


Publicado em: 2 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 01:07



Vídeo: 12 / 300

DESFILE MILITAR NO IRÃ - SOLDADOS NÃO CONSEGUEM QUEBRAR POTE E FICAM HUMILHADOS - KKK


Publicado em: 3 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 01:26



Vídeo: 13 / 300

NBA Jam Tournament Edition - SNES - 1994
Data de lançamento inicial: 1994 Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Arcade. Desenvolvedores: Midway Games, High Voltage Software, Acclaim Studios Austin Estúdios: Midway Games, Acclaim Entertainment, Atari Prêmio: Nickelodeon Kids' Choice Award: Videogame Favorito #Jogo #Game #SNES #SuperNintendo #Ano1994 #MidwayGames #Basquete #Esporte #Nintendo

Publicado em: 3 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:42



Vídeo: 14 / 300

NATUREZA - AJUDANDO MAIS UMA VIDA


Publicado em: 3 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 02:08



Vídeo: 15 / 300

A ZUMBIFICAÇÃO PELO CELULAR


Publicado em: 3 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 01:01



Vídeo: 16 / 300

Doom - 1994 - ID SOFTWARE
Doom - 1994 - ID SOFTWARE Doom (comercializado como DOOM) é um jogo de computador lançado em 1993 pela id Software e um dos títulos que geraram o gênero tiro em primeira pessoa. Combinando gráficos 3D com violência gráfica e personagens 2D, ele tornou-se tanto controverso quanto imensamente popular, com um lançamento em versão shareware que estima-se ter sido jogada por 15 milhões de pessoas. Além de definir muitos elementos dos games de tiro em primeira pessoa, Doom estabeleceu uma sub-cultura por popularizar os jogos em rede e permitir expansões criadas pelos jogadores (arquivos WADs). O sucesso do jogo influenciou o boom de jogos nos anos 90 até chegar ao ponto desses jogos serem algumas vezes chamados de "clones do Doom". #Jogo #Game #PC #Ano1993 #Doom #DoomGuy #IdSoftware #Computador #PrimeiraPessoa

Publicado em: 4 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:43



Vídeo: 17 / 300

UFC DAS MAQUINAS - MINOTAURO BR X BLACKSMITH USA
O robô brasileiro Minotaur destruiu o norte-americano Blacksmith numa espécie de "UFC de máquinas" nos EUA. BRASIL VENCE ESTADOS UNIDOS...

Publicado em: 4 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 03:30



Vídeo: 18 / 300

Quem não quer este app ?


Publicado em: 4 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:06



Vídeo: 19 / 300

Ninja Gaiden - 1988 - Arcade - Tecmo
#Jogo #Game #Arcade #Ano1988 #Luta #NinjaGaiden #Ninja #Tecmo #TeamNinja

Publicado em: 5 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:53



Vídeo: 20 / 300

Virtua Racing Deluxe - Sega CD - 1992
#Jogo #Game #Console #SegaCD #VirtuaRacing #VirtuaRAcingDeLuxe #Sega #Ano1992 #Corrida

Publicado em: 6 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:43



Vídeo: 21 / 300

A máquina da sua vida - kkk


Publicado em: 6 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 01:41



Vídeo: 22 / 300

Sonic Blast Man - SNES - 1992 - Taito
Sonic Blast Man é uma franquia de videogames criada pela Taito Corporation estrelada pelo superherói do título. O game começou originalmente como um jogo de arcade, mas eventualmente deu seu lugar ao Super NES, com um gameplay diferente. Data de lançamento inicial: 1992 Desenvolvedor: Taito Corporation Estúdio: Taito Corporation Gênero: Beat 'em up Modo: Jogo eletrônico para um jogador Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Arcade #Jogo #Game #Console #SNES #SuperNintendo #Nintendo #SonicBlastMan #Ano1992 #Taito #Gameplay

Publicado em: 10 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 01:42



Vídeo: 23 / 300

UMA PREVIA DAS OLIMPIADAS NO JAPÃO - KKK


Publicado em: 10 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:31



Vídeo: 24 / 300

Tem alguém embaixo da minha casa - Tuck me in (short film 2014) Caso você não entenda inglês, este é o diálogo do vídeo: – Hora de dormir, Alex. – Você pode me cobrir? – É claro. Boa noite, Alex. – Você se esqueceu de olhar debaixo da cama. – Claro. Desculpa, amigão. – Pai, tem alguém na minha cama. ?????? ?????? ???? ?????????????? ?? ?????? ?????????? ?????? ???????????? ?? ???????? ?????????????????? ?????? ??????ê?

Publicado em: 10 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 01:00



Vídeo: 26 / 300

Neo Geo Pocket Color - SNK - 1999
O Neo Geo Pocket Color é um console portátil que foi lançado pela SNK em 1999, para combater o Game Boy Color da Nintendo e substituir o Neo Geo Pocket. Tecnicamente, o Neo Geo Pocket Color é igual ao Neo Geo Pocket tradicional, sendo as únicas diferenças o ecrã, as cores e a possibilidade de ser ligado ao Dreamcast, da Sega. O console foi descontinuado em 2001. #Jogo #Game #Console #Portátil #NeoGeoPocketColor #PocketColor #SNK #Ano1999

Publicado em: 12 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:56



Vídeo: 27 / 300

OBAMA SE DESPEDE DA PRESIDÊNCIA DEMONSTRANDO HUMILDADE
Família Obama se despede dos funcionários que os serviram por oito anos, servindo-os, mostrando que bons exemplos obrigatoriamente deve vir de cima para baixo!

Publicado em: 12 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:48



Vídeo: 28 / 300

Super Pang II - NES - 1992 - Sachen
#Jogo #Game #Console #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #SuperPangII #Ano1992 #Sachen

Publicado em: 13 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:32



Vídeo: 29 / 300

COMO UMA COBRA SOBE EM ÁRVORES - INCRÍVEL MOVIMENTO


Publicado em: 13 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:26



Vídeo: 30 / 300

Mini gerador eólico - Agora pode carregar seu celular fora da civilização



Publicado em: 13 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:52



Vídeo: 31 / 300

Alien vs Predator- Aquela água fria depois da descarga - kkk - Bathroom Edition


Publicado em: 13 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:15



Vídeo: 32 / 300

WWF WrestleMania - The Arcade Game - 1995 . WWF WrestleMania é um jogo arcade de wrestling profissional lançado pela Midway Manufacturing Co. em 1995. O game é baseado na World Wrestling Federation. Data de lançamento inicial: 1995 Série: WWE WrestleMania Plataformas: Arcade, Super Nintendo Entertainment System, Mega Drive, PlayStation, Sega 32X, Sega Saturn, DOS, MS-DOS Desenvolvedores: Midway Games, Sculptured Software Estúdios: Acclaim Entertainment, Midway Games, Sculptured Software, Acclaim Japan, Ltd. . #Jogo #Game #Arcade #WWF #WrestleMania #MidwayGames #AcclaimEntertainment

Publicado em: 14 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:43



Vídeo: 33 / 300

TurboGrafx 16 - PC Engine - 1987 - NEC
TurboGrafx-16, conhecido no Japão como PC Engine, é um console de videogame lançado em 1987 pela NEC e Hudson Soft. Após seu lançamento no Japão e sua aceitação nesse país, foi lançado em 1988 nos Estados Unidos batizado de Turbo Grafx-16. Apesar do TG-16 ser mais potente que seus concorrentes atuais (Master System e NES) teve pouca aceitação do público americano. Embora seja considerado um console de 16 bits, seu CPU principal é de 8 bits e sua PPU (Picture Processing Unit - responsável pelos gráficos) é que é de 16 bits. Os jogos eram distribuídos em cartões de memória chamados de HuCard (ou TurboChip nos EUA) e eram praticamente do mesmo tamanho de uma cartão de crédito. #Console #TurboGrafx16 #PCEngine #Nec #Ano1987 #16bits #8bits #PPU #HudsonSoft

Publicado em: 16 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:56



Vídeo: 34 / 300

PAISAGENS QUE FAZEM SONHAR - Dream Views


Publicado em: 16 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 01:57



Vídeo: 35 / 300

ROUBANDO CELULAR ELÉTRICO - KKK

Publicado em: 16 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 04:29



Vídeo: 36 / 300

Stormproof Matches - Fósforo que continua acesso até mergulhado na água
Você conhece o Stormproof Matches? Esse palito de fósforo é coisa de doido. Chamado de “Stormproof Matches”, ele resiste a qualquer intempérie que normalmente apagaria um palito de fósforo comum. O produto simplesmente continua queimando mesmo embaixo d’água ou em ambiente sem oxigênio.

Publicado em: 18 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 02:30



Vídeo: 37 / 300

Construa um caiaque de PVC com 100 reais - Pura criatividade


Publicado em: 19 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 02:07



Vídeo: 38 / 300

Kit que converte IPHONE em câmera de laboratório - Microscopio


Publicado em: 19 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:54



Vídeo: 39 / 300

Flex Tape - Fita adesiva super forte - resistente a água e emborrachada - Conserta qualquer coisa Introducing FLEX TAPE ™, the super strong, rubberized, waterproof tape that can patch, bond, seal and repair virtually everything! To purchase FLEX TAPE ™, click the link below Flexsealproducts.com

Publicado em: 19 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 01:41



Vídeo: 40 / 300

Ícones pop da década de 80 - Internacional
Não é só de nostalgia que vive o homem, mas o homem nostálgico sabe como é bom a vida... :) (y) #TheBestOf80... #Anos80 #Music80...

Publicado em: 19 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 08:21



Vídeo: 41 / 300

As melhores músicas dos anos 90 - Best songs of the year 1990
Agora pousando na década de 90, onde a música também deixou saudade, totalmente influenciada pela tecnologia que já começava a distribuir conteúdo digital entre os Geeks... #Anos90 #Music90

Publicado em: 19 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 04:38



Vídeo: 42 / 300

Ristar - Mega Drive - Sega - 1995
Ristar é um jogo de plataforma publicado pela Sega e desenvolvido pela Sonic Team para a Mega Drive e Game Gear em 1995. Data de lançamento inicial: 16 de fevereiro de 1995 Gênero: Jogo eletrônico de plataforma Plataformas: Mega Drive, Wii, Microsoft Windows, Nintendo GameCube Desenvolvedores: Sega, Sonic Team Projetistas: Yuji Naka, Yuji Uekawa Estúdios: Sega, SEGA of America, Inc. #Jogo #Game #Sega #MegaDrive #YujiNaka #Ristar #Aventura #Ano1995 #YujiUekawa

Publicado em: 20 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 01:43



Vídeo: 43 / 300

Você já viu um aquario invertido - Have you ever seen an inverted aquarium

Publicado em: 20 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:44



Vídeo: 44 / 300

Feijão a vácuo - não precisa de geladeira

Publicado em: 23 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 01:40



Vídeo: 45 / 300

Blackthorne - SNES - 1994 - Blizzard Entertainment
. Blackthorne, também conhecido como Blackhawk, é um jogo de plataforma lançado em 1994, desenvolvido pela Blizzard Entertainment e pela Interplay para o PC, GameBoy dvance, Sega 32X e Super Nintendo. . Data de lançamento inicial: 1994 Modo: Jogo eletrônico para um jogador Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, mais Estúdios: Blizzard Entertainment, Game Boy Advance, mais Desenvolvedores: Blizzard Entertainment . . #Jogo #Game #SNES #Blackthorne #Ano1994 #BlizzardEntertainment #Blackhawk #Aventura #SuperNintendo #Nintendo16Bits . . . .

Publicado em: 23 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 01:14



Vídeo: 46 / 300

OS ADULTOS TAMBÉM PRECISAM TER MAIS PACIÊNCIA - KKK


Publicado em: 23 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:15



Vídeo: 47 / 300

APARELHO ORTODONTICO EM AÇÃO - DENTES ALINHADOS SEMPRE


Publicado em: 23 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:20



Vídeo: 48 / 300

A força de uma F-1000 turbo - kkk


Publicado em: 24 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 02:18



Vídeo: 49 / 300

Desenhando em uma tela digital

Publicado em: 24 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 01:38



Vídeo: 50 / 300

Chega de fingir que é normal - Governo do Estado do Paraná


Publicado em: 24 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 02:01



Vídeo: 51 / 300

Land Rover 2017- Vision - Mais opções para o seu conforto


Publicado em: 24 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 01:36



Vídeo: 52 / 300

Dunkmania - Arcade - 1995 - Nanco
#Jogo #Game #Arcade #DunkMania #Ano1995 #Nanco #Basquete #3D #Esporte #NBA

Publicado em: 25 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:36



Vídeo: 53 / 300

Darxide - Sega 32X - 1995 - Sega
Data de lançamento inicial: 1995 Desenvolvedor: Frontier Developments Estúdio: Sega Projetista: David Braben Gênero: Shoot 'em up Plataformas: Sega 32X, Mega Drive #Jogo #Game #Sega32X #Darxide #Nave #Sega #FrontierDevelopments #ShootEmUp #Ação

Publicado em: 27 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:42



Vídeo: 54 / 300

Cataratas do Iguaçu - Paisagem de rara beleza


Publicado em: 27 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:39



Vídeo: 55 / 300

Devemos fazer boas ações sempre...


Publicado em: 27 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 03:06



Vídeo: 56 / 300

Pop Cap - Empresa - Seattle - EUA
PopCap Games é uma desenvolvedora e públicadora de jogos casuais, baseada em Seattle, Washington, Estados Unidos. A empresa foi fundada em 2000 por John Vechey, Brian Fiete e Jason Kapalka. Emprega atualmente mais de 180 pessoas. CEO: David Roberts (2005–) Fundada em: 2000, Seattle, Washington, EUA Sede: Seattle #Empresa #Jogos #Games #PopCap #QuebraCabeça #Tetris #Zuma

Publicado em: 30 de janeiro de 2017

Duração do vídeo: 00:56



Vídeo: 57 / 300

#friendsday #DiaDoAmigo...


Publicado em: 2 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:51



Vídeo: 58 / 300

The Magical Quest - SNES - 1992 - Capcom
Data de lançamento inicial: 20 de novembro de 1992 Série: Disney's Magical Quest Desenvolvedor: Capcom Projetista: Tokuro Fujiwara Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Game Boy Advance Estúdios: Nintendo, Capcom #Jogo #Game #TheMagicalQuest #SNES #Ano1992 #Capcom #SuperNintendo #Nintendo #Aventura #Mickey

Publicado em: 3 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 01:43



Vídeo: 59 / 300

Uma casa feita em papelão em 5 minutos - para as crianças


Publicado em: 3 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 01:18



Vídeo: 60 / 300

JOVEM DE HOJE TENTANDO USAR UM K7 EM UM WALKMAN



Publicado em: 3 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:12



Vídeo: 61 / 300

Zombies Ate My Neighbors - SNES - 1993 - LucasArts
Zombies Ate My Neighbors é um jogo de ação e tiro produzido pela LucasArts e lançado pela Konami em 19 de Julho de 1993 nos EUA e no começo de 1994 na região PAL. É conhecido na Europa apenas como Zombies. Data de lançamento inicial: 19 de julho de 1993 Projetista: Mike Ebert Desenvolvedor: LucasArts Gênero: Shoot 'em up Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Mega Drive, Wii Estúdios: LucasArts, Konami #Jogo #Game #SNES #SuperNintendo #Nintendo #ZombiesAteMyNeighbors #Ano1993 #LucasArts #Ação #Konami

Publicado em: 4 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:53



Vídeo: 62 / 300

MAMÃE VS PAPAI - KKK


Publicado em: 4 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:47



Vídeo: 63 / 300

Como bater em um oponente - 100 socos em 1 segundo - Super Slow Motion - kkk


Publicado em: 4 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 02:29



Vídeo: 64 / 300

Shadow Of The Beast - Amiga - 1989 - SCE Studio Liverpool
Data de lançamento inicial: 1989 Série: Shadow of the Beast Gênero: Jogo eletrônico de plataforma Plataformas: Amiga, Mega Drive, Commodore 64... Desenvolvedores: SCE Studio Liverpool, Ubisoft Reflections, TecMagik Estúdios: SCE Studio Liverpool, Electronic Arts, Psygnosis, Atari. #Jogo #Game #Amiga #Ano1989 #ShadowOfTheBeast #Ação #Plataforma

Publicado em: 5 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:43



Vídeo: 65 / 300

COITADO DO CACHORRO QUE SOFREU DOIS ATENTADOS - UM PELA DONA E OUTRO PELO GATO


Publicado em: 5 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:39



Vídeo: 66 / 300

BC Racers - SegaCD - 1995 - Core Design
BC Racers é um jogo de corrida lançado pela Core Design em 1994 em Sega CD, em 1995 em Sega 32X e 3DO, e também lançado para computador como freeware em 1995. O jogo foi projetado por Toby Gard, que depois criou Lara Croft. Data de lançamento inicial: 1995 Desenvolvedor: Core Design Projetista: Toby Gard Gênero: Jogo eletrônico de corrida Plataformas: Sega CD, Sega 32X, Mega Drive, 3DO Interactive Multiplayer, DOS Estúdios: Core Design, LG Electronics, SoftKey, Front Street Publishing #Jogo #Game #BCRacers #SegaCD #Ano1995 #CoreDesign #Corrida #TobyGard #Sega

Publicado em: 7 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:42



Vídeo: 67 / 300

RETRÔ - COMERCIAL DA NINTENDO - NES - This vintage NES commercial brings back some memories

Publicado em: 7 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:31



Vídeo: 68 / 300

Imagem Projetada 3D - Ilusão de Óptica


Publicado em: 8 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 01:16



Vídeo: 69 / 300

AMIGOS - CÃO E GATO

Publicado em: 8 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:04



Vídeo: 70 / 300

Instalac¸a~o Kit Reuso 600 e 1000 - Cisterna Tecnotri


Publicado em: 8 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 02:05



Vídeo: 71 / 300

Filhote de raposa aprende como sentar - Baby fox learns how to sit


Publicado em: 8 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 01:46



Vídeo: 72 / 300

Metal Slug - Future Pinball
#Jogo #Game #MetalSlug #Pinball #FuturePinball #Mesa #3D #Pinwizkid

Publicado em: 9 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:38



Vídeo: 73 / 300

Chuveiros sobre rodas para as pessoas sem lar - Melhor higiene mais saúde


Publicado em: 9 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 01:03



Vídeo: 74 / 300

ESTE É UM GATIL - KKK

Publicado em: 10 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:04



Vídeo: 75 / 300

ESTE É UM GATIL - KKK

Publicado em: 10 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:04



Vídeo: 76 / 300

ESTE É UM GATIL - KKK

Publicado em: 10 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:04



Vídeo: 77 / 300

Garoto x Lixeira - final round - kkk


Publicado em: 10 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:46



Vídeo: 78 / 300

Cachorro que gosta de banana - Is there anything cuter than this tiny puppy munching on a banana


Publicado em: 10 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:50



Vídeo: 79 / 300

Bignose and the Witchdoctor - NES - Camerica - 1992
#Jogo #Game #Console #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #Ação #BignoseAndTheWitchdoctor #Bignose #Witchdoctor

Publicado em: 11 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:22



Vídeo: 80 / 300

Space Harrier - Arcade - 1985 - Sega
Data de lançamento inicial: 1985 Projetista: Yu Suzuki Modo: Jogo eletrônico para um jogador Plataformas: Arcade, Sega Master System, Nintendo 3DS... Desenvolvedores: Sega, Sega-AM2, Elite Systems, Amusement Vision, Rutubo Games, 3D Ages Estúdios: Sega, Nintendo, Takara, Elite Systems, 3D Ages... #Jogo #Game #SpaceHarrier #Arcade #Ano1985 #Sega #YuSuzuki

Publicado em: 12 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:41



Vídeo: 81 / 300

Eu não sou um robô - I'm not a robot - kkk


Publicado em: 13 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:32



Vídeo: 82 / 300

Vai encarar - Tem certeza - kkk


Publicado em: 13 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:08



Vídeo: 83 / 300

Quando tem episódio inédito de TWD - kkk


Publicado em: 14 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:13



Vídeo: 84 / 300

Bonitinho - Sera que é gostoso - kkk


Publicado em: 14 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:08



Vídeo: 85 / 300

Papai - em uma missão quase impossivel - kkk


Publicado em: 15 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 01:57



Vídeo: 86 / 300

Primal Rage - Arcade - 1994 - Atari Primal Rage é um jogo de luta desenvolvido e publicado pela Atari Games, lançado originalmente para arcades em 1994. Data de lançamento inicial: 1994 Gênero: Jogo eletrônico de luta Plataformas: Arcade, Super Nintendo Entertainment System, mais Desenvolvedores: Atari Games, Acclaim Studios London Estúdios: Atari Games, Sega, Time Warner Interactive #Jogo #Game #PrimalRage #Arcade #Ano1994 #Atari #Sega #Luta #Combate

Publicado em: 16 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:41



Vídeo: 87 / 300

De bem com a vida - Como fazer massagem corretamente


Publicado em: 16 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 01:20



Vídeo: 88 / 300

Elegante Bebê quer colo - Quero ver quando crescer - kkk - Lap elephants


Publicado em: 16 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 01:03



Vídeo: 89 / 300

Donald Duck - Maui Mallard in Cold Shadow - Mega Drive - 1995
Maui Mallard in Cold Shadow, conhecido como Donald Starring in Maui Mallard na Europa, é um jogo de plataforma de 1995. O jogo foi desenvolvido pela Eurocom e lançado pela Disney Interactive. O jogo foi um dos primeiros a ser lançado pela Disney Interactive. Produtora: Eurocom Editora: Disney Interactive Plataformas: Mega Drive, SNES, Game Boy, PC, Super Famicom Datas de lançamento: Mega Drive: Europa 12 de Agosto de 1995 SNES: Europa 28 de Novembro de 1996 Game Boy: 1998 PC: 30 de Setembro de 1996 Gênero: Plataforma Modos de jogo: Single Player #Jogo #Game #DonaldDuck #MauiMallard #ColdShadow #MegaDrive #Ano1995 #Eurocom #DisneyInteractive #SinglePlayer

Publicado em: 18 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 01:36



Vídeo: 90 / 300

Quero só um pedaço - kkk


Publicado em: 18 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:12



Vídeo: 91 / 300

Gato que devora banana - kkk


Publicado em: 19 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:09



Vídeo: 92 / 300

O BRASIL EM DETALHES
#Brasil #Povo #Geografia #Praias #Turismo #Comida #Gastronomia #História #Arte #Paisagem #View #People #History #Food.

Publicado em: 19 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:42



Vídeo: 93 / 300

Painel solar moderno que segue o sol - This blooming sunflower collects energy


Publicado em: 19 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:48



Vídeo: 94 / 300

SolPad - O futuro da energia sustentável personalizada chegou


Publicado em: 19 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 01:02



Vídeo: 95 / 300

Até para ele é duro a despedida


Publicado em: 19 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:54



Vídeo: 96 / 300

Secret of Evermore - SNES - Square Co. - 1995
Secret of Evermore é um RPG eletrônico desenvolvido para o vídeo game Super Nintendo. Foi o primeiro videogame posto à venda pela Squaresoft no estrangeiro. Data de lançamento inicial: 1 de outubro de 1995 Desenvolvedor: Square Co. Projetista: Doug Smith Gênero: RPG eletrônico de ação Estúdios: Nintendo, Square Co. Plataforma: Super Nintendo Entertainment System #Jogo #Game #SecretOfEvermore #SNES #SuperNintendo #16Bits #Nintendo #Ano1995 #RPG #SquareCo #DougSmith #Console #Ação

Publicado em: 20 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 01:08



Vídeo: 97 / 300

Solução para os engarrafamentos - kkk


Publicado em: 20 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:05



Vídeo: 98 / 300

CABOS ENERGIZADOS CAEM NO SEU CARRO - O QUE FAZER PARA NÃO MORRER #NR10 #Segurança #Eletricídade #Perigo #Carro #Poste #Colisão #Acidente #Dicas #Morte #Energizado #Eletrocutado #Veículo

Publicado em: 20 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 04:45



Vídeo: 99 / 300

DIGA NÃO AO ABUSO DE ANIMAIS - COMPARTILHE
#ProtejaOsAnimais #Natureza #Maldade #Prisão #Zoológico #Abuso #Animais #Compartilhe

Publicado em: 20 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:56



Vídeo: 100 / 300

RATOEIRAS MODERNAS - MUITO PRÁTICAS



#Ratoeiras #Modernas #Práticas #Caseiras #PET #Artesanal #Reciclagem...

Publicado em: 20 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 02:38



Vídeo: 101 / 300

Penguin and Seal - NES - 1989 - Sachen
#Jogo #Game #Console #NES #Nintendinho #Nintendo8Bits #PenguinAndSeal #Ano1989 #Sachen

Publicado em: 21 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:35



Vídeo: 102 / 300

V - A batalha final - cena clássica que marcou a nossa geração


Publicado em: 21 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:13



Vídeo: 103 / 300

Motocross Championship - Sega 32X - 1994 - Sega
Data de lançamento inicial: 1994 Estúdio: Sega Plataforma: Sega 32X Desenvolvedores: Sega, Artech Digital Entertainment #Jogo #Game #MotocrossChampionship #Sega32X #Ano1994 #Sega #ArtechDigitalEntertainment #Moto #Corrida

Publicado em: 22 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:42



Vídeo: 104 / 300

Demonstração da tecnologia 7D no Japão - INCRÍVEL


Publicado em: 22 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 01:24



Vídeo: 105 / 300

Quando eu vejo comida - kkk


Publicado em: 22 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:03



Vídeo: 106 / 300

O parque de diversão mais insano que você ja viu - kkk


Publicado em: 22 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 01:36



Vídeo: 107 / 300

Pyramid - Tetris - NES
#Jogo #Console #NES #Nintendinho #Nintendo #Nintendo8Bits #Pyramid #Tetris

Publicado em: 23 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:35



Vídeo: 108 / 300

O mundo da atração e repulsão - Física


Publicado em: 23 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:16



Vídeo: 109 / 300

Eles voltaram mais velozes - kkk


Publicado em: 23 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:10



Vídeo: 110 / 300

Virtual Figther 2 - Arcade - 1994 - Sega
Virtua Fighter 2 é o segundo jogo na série de jogos de luta 3D da Sega. Foi criado pelo estúdio Sega-AM2 dirigido por Yu Suzuki e foi lançado para arcades em 1994. Data de lançamento inicial: novembro de 1994 Série: Virtua Fighter Projetista: Yu Suzuki Estúdio: Sega Plataformas: Arcade, Sega Saturn, Mega Drive, PlayStation 3, PlayStation 2, Xbox 360, Wii, Microsoft Windows, iOS, R-Zone Desenvolvedores: Sega, Sega-AM2, 3D Ages #Jogo #Game #Arcade #VirtualFigther #VirtualFigther2 #VF2 #Ano1994 #Sega #Luta

Publicado em: 24 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 01:39



Vídeo: 111 / 300

Meu hamster esta doidão - kkk - I think my hamster is broken


Publicado em: 24 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:31



Vídeo: 112 / 300

CÃO QUE LADRA NÃO MORDE - KKK
#CãoQueLadraNãoMorde #KKK...

Publicado em: 24 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:29



Vídeo: 113 / 300

Este é fera - kkk


Publicado em: 24 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:08



Vídeo: 114 / 300

O meu gato participa do meu trabalho - kkk


Publicado em: 24 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:06



Vídeo: 115 / 300

Deixa conversar que se entendem - kkk


Publicado em: 25 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:17



Vídeo: 116 / 300

Cafeteira do homem de ferro
#CháDeUrubu #Café #Vício #Marvel #HomemDeFerro #IronMan.

Publicado em: 25 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:16



Vídeo: 117 / 300

Lightening Force - Quest for the Darkstar - Mega Drive - 1992
#Jogo #Game #Console #MegaDrive #Genesis #LighteningForce #QuestForTheDarkStar #Ano1992 #Nave #ThunderForceIV #SideScrollingShoot

Publicado em: 26 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 01:43



Vídeo: 118 / 300

SE VOCÊ QUER QUE O SEU FILHO AME STAR WARS - Fatherly - This dude took DIY to a whole nother galaxy


Publicado em: 26 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:38



Vídeo: 119 / 300

Family Feud - Game TV Show
#FamilyFeud #Game #TV #Show

Publicado em: 27 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 01:35



Vídeo: 120 / 300

Este cara é melhor que o Chapolin Colorado - kkk


Publicado em: 27 de fevereiro de 2017

Duração do vídeo: 00:12



Vídeo: 121 / 300

Nova técnica para escalada - Criativo e prático


Publicado em: 3 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:15



Vídeo: 122 / 300

Na hora do leite a turminha fica animada - kkk


Publicado em: 3 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:45



Vídeo: 123 / 300

Bin Guo 75 - NES - 1990 - Sachen
#Jogo #Game #Console #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #Ano1990 #Sachen #Cassino #CaçaMoeda

Publicado em: 4 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:45



Vídeo: 124 / 300

Então inventaram a roda - kkk


Publicado em: 4 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:13



Vídeo: 125 / 300

MOISÉS DA VIDA - KKK


Publicado em: 4 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:15



Vídeo: 126 / 300

O hospital permitiu que um cão entrasse na UTI para se despedir
Este cão panheiro fez o maldito suor hétero escorrer pelos olhos, ai um catioro que merecia a camisa 10... (y) #MelhorAmigoDoHomem #Hospital #UTI #CTI #Comovente #Cachorro #Cão #Cadela

Publicado em: 4 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:00



Vídeo: 127 / 300

Final Fantasy - Mystic Quest - SNES - 1992 - RPG - Square Co
Final Fantasy Mystic Quest, lançado no Japão como Final Fantasy USA: Mystic Quest, é um jogo eletrônico de RPG desenvolvido e publicado pela SquareSoft para o Super Nintendo Entertainment System. . . Data de lançamento inicial: 5 de outubro de 1992 Desenvolvedor: Square Co. Série: Final Fantasy Projetista: Chihiro Fujioka Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Wii, Wii U Estúdios: Nintendo, Square Co. . . #Jogo #Game #Console #FinalFantasy #MysticQuest #SNES #SuperNintendo #Nintendo #Nintendo16Bits #RPG #SquareCo #ChihiroFujioka

Publicado em: 6 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:35



Vídeo: 128 / 300

SHTF - CONSTRUINDO E USANDO UM FOGAREIRO BÁSICO - MUITO PRÁTICO


Publicado em: 6 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:31



Vídeo: 129 / 300

Capcom Play System III - Arcade - 1996
CPS-3 ou Capcom Play System 3 é uma placa de arcade lançada pela Capcom em 1996 com o jogo Red Earth (também conhecido como Warzard). Era na época um sistema com capacidades 2D sem paralelo; muitos fãs de jogos de luta ficavam impressionados com a fluidez na animação em jogos como Street Fighter III e outros para o sistema, que foi o último fabricado pela Capcom (que passaria a utilizar outras plataformas como o Sega NAOMI e o System 246). #Jogo #Arcade #Capcom #CPS3 #Ano1996 #SegaNaomi #System246

Publicado em: 7 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:08



Vídeo: 130 / 300

Serra de corrente e circular movidas a pedal - Woodworking Tips


Publicado em: 7 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:45



Vídeo: 131 / 300

Technocop - Mega Drive - 1990 - Razorsoft
#Jogo #Console #MegaDrive #Genesis #Technocop #Tiro #Ano1990 #Razorsoft

Publicado em: 8 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:35



Vídeo: 132 / 300

Usando o eletromagnetismo para fazer um trem - Amazing Science


Publicado em: 8 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:10



Vídeo: 133 / 300

NÃO É PARA COMER CARNE DE GADOT - EXTINÇÃO GRILL - KKK


Publicado em: 8 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:29



Vídeo: 134 / 300

SHTF - COMO FAZER FOGO COM UM SACO PLASTICO E UM POUCO DE ÁGUA - INCRÍVEL


Publicado em: 8 de março de 2017

Duração do vídeo: 02:23



Vídeo: 135 / 300

Pegadinha - Não deixem este vídeo morrer - kkk


Publicado em: 8 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:00



Vídeo: 136 / 300

NBA Live 96 - Mega Drive - 1996 - EA Sports
NBA Live 96 é a parcela de 1996 da série NBA Live de vídeo games. A tampa apresenta Shaquille O'Neal do Orlando Magic. O jogo foi desenvolvido pela EA Sports e lançado em 01 de janeiro de 1996. Data de lançamento inicial: 1995 Série: NBA Live Gênero: Jogo eletrônico de esporte (Basquetebol) Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Mega Drive, PlayStation, Game Boy, Microsoft Windows, DOS Desenvolvedores: EA Sports, EA Canada, Tiertex Design Studios, Hitmen Productions Estúdios: Electronic Arts, THQ #Jogo #Game #Console #MegaDrive #Genesis #NBALive96 #Ano1996 #EASports #Esporte

Publicado em: 9 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:57



Vídeo: 137 / 300

A TEMPERATURA E OS BRASILEIROS - CLIMA TEMPO - KKK


Publicado em: 9 de março de 2017

Duração do vídeo: 03:10



Vídeo: 138 / 300

Spider-Man & Venom - SNES - 1994 - Acclaim Entertainment
#Jogo #Game #Spiderman #Venon #Ano1994 #AcclaimEntertainment #JohnPickford #MarkFlitman #ChrisJojo

Publicado em: 13 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:34



Vídeo: 139 / 300

CUIDANDO DO SEU BEBÊ - AUTOMAÇÃO COM ARDUINO - KKK


Publicado em: 13 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:16



Vídeo: 140 / 300

E você só ensina seu cão a sentar - What's better than teaching your dog how to sit


Publicado em: 14 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:01



Vídeo: 141 / 300

COMO É QUE O PROPRIETÁRIO EXPLICA UM CASO DESTE AO SEGURO - INACREDITÁVEL


Publicado em: 14 de março de 2017

Duração do vídeo: 02:48



Vídeo: 142 / 300

Trabalhando no ramo offshore - Plataforma P51
#Petróleo #Gás #Offshore #Plataforma #Extração #Exploração #Savatagem #Trabalho #Petrobras #Brasil #BR #BaciaDeCampos #Macaé #Energia #Combustível

Publicado em: 14 de março de 2017

Duração do vídeo: 03:33



Vídeo: 143 / 300

Testando uma fábula famosa - Putting the famous fable to the test


Publicado em: 15 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:10



Vídeo: 144 / 300

O gato não ficou impressionado com a sua roupa - kkk - Cat not impressed with outfit


Publicado em: 15 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:13



Vídeo: 145 / 300

Invenção de interior - Cancela para carros


Publicado em: 17 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:11



Vídeo: 146 / 300

New Super Mario Bros - Nintendo DS - 2006 - Nintendo
New Super Mario Bros. é um jogo eletrônico 2D de plataforma publicado e desenvolvido pela Nintendo para o portátil Nintendo DS. Estúdio: Nintendo Série: Mario, New Super Mario Bros series Desenvolvedores: Nintendo, Nintendo Entertainment Analysis and Development Plataforma: Nintendo DS Projetistas: Shigeru Miyamoto, Takashi Tezuka, Shigeyuki Asuke, Taku Matoba, Masahiro Imaizumi Prêmios: Satellite Award de Melhor Videogame, GAMES 100 Best New Puzzle/Arcade Game (Electronic) #Jogo #NewSuperMarioBros #NintendoDS #Nintendo #Ano2006 #Aventura

Publicado em: 17 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:15



Vídeo: 147 / 300

Elbow K7 Player - Um novo aparelho para as velhas fitas K7 - Elbow is a new cassette player design
#K7 #Tape #Fita #Som #Sony #FitaK7 #FitaCassete #Retrô #New #Moderno #Elbow #ElbowK7Player

Publicado em: 17 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:46



Vídeo: 148 / 300

Mandando informações para o passado - kkk
#História #Escrita #Invenção #Paradoxo #Religião #KKK

Publicado em: 17 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:21



Vídeo: 149 / 300

Como começam os Tornados - Tocando Slayer no formigueiro


Publicado em: 18 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:38



Vídeo: 150 / 300

Tetris Attack - SNES - 1995 - Nintendo



Data de lançamento inicial: 27 de outubro de 1995 Série: Puzzle League Estúdio: Nintendo Gênero: Jogo eletrônico de quebra-cabeça Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Game Boy, Nintendo 3DS Desenvolvedores: Nintendo, Intelligent Systems, Nintendo Research & Development 1 #Jogo #Game #TetrisAttack #SNES #Ano1995 #Nintendo #SuperNintendo #PuzzleLeague #Tetris

Publicado em: 20 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:31



Vídeo: 151 / 300

The Jungle Book - SNES - 1993 - Virgin Interactive
Data de lançamento inicial: 1993 Série: The Jungle Book Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, mais Desenvolvedores: Virgin Interactive, Virgin Group, Eurocom, Syrox Development Estúdios: Virgin Interactive, Virgin Group, Majesco Entertainment #Jogo #Game #SNES #SuperNintendo #Nintendo #16Bits #TheJungleBook #Ano1993 #VirginInteractive #Aventura .

Publicado em: 22 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:34



Vídeo: 152 / 300

As melhores amigas compartilhando segredos - kkk


Publicado em: 22 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:15



Vídeo: 153 / 300

VAMOS AOS LUGARES ONDE ESTÁ A ARTE


Publicado em: 22 de março de 2017

Duração do vídeo: 02:06



Vídeo: 154 / 300

VAMOS ASSISTIR UM FILME - EU NO MEIO DO FILME - KKK


Publicado em: 22 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:01



Vídeo: 155 / 300

Carro para engarrafamento - Eu preciso disto - Jeep People - I NEED IT
#Carro #car #Engarrafamento #TrafficJam #EuPrecisoDisto #INeedIT #Jeep

Publicado em: 22 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:51



Vídeo: 156 / 300

Falsificadores de peças automotivas são presos em Maringá no Paraná - TELEJORNAL
#Carro #Peças #Automotivas #Falsificadores #Maringá #Paraná #Brasil #Brazil #Maracutaia #TeleJornal

Publicado em: 22 de março de 2017

Duração do vídeo: 02:14



Vídeo: 157 / 300

TECTOY BRASIL - O ATARI VOLTOU POR 500 REAIS


Publicado em: 22 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:39



Vídeo: 158 / 300

COLANDO NA PROVA EM MODO EXPERT - MARQUE SEUS AMIGOS - KKK #Cola #Escola #Prova #Faculdade #OAB #Truque #Borracha #Artimanha...

Publicado em: 22 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:22



Vídeo: 159 / 300

After Burner Complete - Arcade - 1987 - Sega
After Burner é um jogo eletrônico simulador de combate áereo, lançado pela primeira vez em julho de 1987. Foi desenvolvido pela Sega-AM2. Este é o primeiro jogo de Yu Suzuki. Data de lançamento inicial: 1987 Projetista: Yu Suzuki Plataformas: Arcade, Sega Master System, mais Desenvolvedores: Sega, Sega-AM2 Estúdios: Sega, Activision, Activision Blizzard, CRI Middleware Co, Tengen, The Hit Squad, Dempa Shimbunsha Gênero: Simulador de combate aéreo, Shoot 'em up #Jogo #Game #Arcade #AfterBurner #Ano1987 #Sega #Activision #YuSuzuki

Publicado em: 23 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:38



Vídeo: 160 / 300

Trem-Bala - Ana Vilela - Não é sobre ter todas as pessoas do mundo


Publicado em: 23 de março de 2017

Duração do vídeo: 02:44



Vídeo: 161 / 300

Sega CD - Mega Drive - 1991
Sega CD (como é conhecido nos Estados Unidos e Brasil) ou Mega CD (como é conhecido no Japão e Europa) é um videogame acoplado no Mega Drive e funciona com mídia CD. Foi lançado no Brasil, oficialmente, pela Tec Toy em 1993. Na época havia uma "enxurrada" de jogos em FMV, tais como Night Trap, Road Avenger, entre outros. O Sega CD era um periférico que se ligava ao Mega Drive e disponibilizava assim a execução de jogos gravados em CD, novidade para a época. Ele foi feito para enfrentar o, também periférico, TurboGrafx-CD, que havia sido lançado em Agosto de 1990 e que tinha o mesmo conceito, rodar jogos a partir de CD-ROM. O acessório poderia ser usado em conjunto até com o 32x, tendo potência equivalente a um PlayStation ou Sega Saturn. Mas o console nunca decolou, por causa de seu alto preço e jogos já lançados em cartucho. Anos depois, a Sega lançou um aparelho com o hardware do Mega Drive já acoplado com o Sega CD, chamado de Sega CDX, sendo possível jogar os jogos das ambas plataformas, além de seus respectivos acessórios. #Acessório #MegaDrive #Sega #SegaCD #Ano1991 #MegaCD

Publicado em: 25 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:02



Vídeo: 162 / 300

Meu melhor amigo como segundo passageiro - kkk - My best friend as a second passenger


Publicado em: 25 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:48



Vídeo: 163 / 300

Scooby Doo Mystery - SNES - 1995 - Argonaut Software
Data de lançamento inicial: 1995 Gênero: Jogo eletrônico de aventura Modo: Jogo eletrônico para um jogador Desenvolvedores: Argonaut Software, Illusions Gaming Company Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Mega Drive Estúdios: Acclaim Entertainment, Sun Corporation of America #Jogo #Game #Console #SNES #SuperNintendo #Nintendo #Nintendo16Bits #ScooyDooMystery #Ano1995 #ArgonautSoftware #Aventura #Detetive #Pistas #DesenhoAnimado #ScoobyDoo

Publicado em: 27 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:34



Vídeo: 164 / 300

Homem foi preso no Paraná com armas Nazistas - Ele diz ser colecionador
#Nazismo #SegundaGuerra #Armas #Brasil #Weapon #NAZI #Telejornal #Curitiba #Paraná

Publicado em: 27 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:39



Vídeo: 165 / 300

A humanidade conseguiria aprender com os animais - Friends For Life
#Amizade #Carinho #CaminhoNatural #Vida #Amor #Paz #Humanidade...

Publicado em: 27 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:09



Vídeo: 166 / 300

Indiana Jones - Greatest Adventures - SNES - 1994 - LucasArts
Data de lançamento inicial: 11 de outubro de 1994 Série: Indiana Jones Video Games Projetista: Julian Eggebrecht Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Wii Desenvolvedores: LucasArts, Factor 5 Estúdios: LucasArts, JVC #Jogo #Game #Console #SNES #SuperNintendo #Nintendo #Nintendo16Bits #IndianaJones #GreatestAdventure #Ano1994 #LucasArts

Publicado em: 28 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:00



Vídeo: 167 / 300

TRADUTOR INSTANTÂNEO - Nextshark - The future is here


Publicado em: 28 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:17



Vídeo: 168 / 300

SÓ COM A PROTEÇÃO DIVINA - MAS PRECISA TER FÉ
#Deus #ProteçãoDivina #Milagre #Salvo #PorPouco #Acidente ##Perigo #Morte #Vida #VidaOuMorte

Publicado em: 28 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:39



Vídeo: 169 / 300

Walt Disney e sua equipe descobriram o Brasil e o carnaval carioca - em 1942
#RioDeJaneiro #RJ #Ano1942 #WaltDisney #Brasil #Brazil #Carnaval #Carioca #ZéCarioca...

Publicado em: 28 de março de 2017

Duração do vídeo: 10:54



Vídeo: 170 / 300

Atari Jaguar - Console - 1993
Atari Jaguar foi um console de videogame lançado pela Atari em 1993. Ele foi desenvolvido para superar o Mega Drive e o Super Nintendo em poder de processamento. Ele disputou mercado com o 3DO e posteriormente com os consoles de videogame de quinta geração. O Jaguar foi lançado inicialmente em algumas cidades selecionadas dos Estados Unidos em Novembro de 1993 e posteriormente no resto do país em 1994. Embora tenha sido promovido como primeiro console de 64 bits, o Jaguar provou ser um fracasso comercial, e levou a Atari a abandonar o mercado de consoles domésticos. Apesar de haver sido um fracasso comercial, o Jaguar possui muitos fãs e estes produziram muitos jogos Homebrew, fazendo do console um clássico. #Console #AtariJaguar #Atari #Jaguar #Ano1993 #Homebrew #64Bits #QuintaGeração #Videogame

Publicado em: 30 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:51



Vídeo: 171 / 300

ACORDADO PELO CÃO AMIGO - KKK


Publicado em: 30 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:43



Vídeo: 172 / 300

CAMA DESPERTADOR - KKK #AcordarCedo #Dorminhoco #Preguiça #Despertar #Despertador #Relógio #Sacudir #kkk

Publicado em: 30 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:24



Vídeo: 173 / 300

Quando a fome é grande - Ele viaja - kkk


Publicado em: 30 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:55



Vídeo: 174 / 300

Mala de ferramentas multiuso power 8

Publicado em: 30 de março de 2017

Duração do vídeo: 03:06



Vídeo: 175 / 300

FILHOS - Tocando o terror de madrugada - KKK


Publicado em: 30 de março de 2017

Duração do vídeo: 01:59



Vídeo: 176 / 300

Desert Strike - Master System - 1992 - Sega
#Jogo #Game #Console #DesertStrike #MasterSystem #Ano1992 #Sega #Guerra #Helicóptero

Publicado em: 31 de março de 2017

Duração do vídeo: 02:20



Vídeo: 177 / 300

O MELHOR PRESENTE PARA SE RECEBER NESTA PÁSCOA - MARQUE SEUS AMIGOS
#Páscoa #Chocolate #MuitoBom #Presente #Chocólatra #Doce #Delícia #Cozinha #Comemoração #Crianças #Amigos #Compartilhe...

Publicado em: 31 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:29



Vídeo: 178 / 300

GATOS - AGORA ELES APRENDERAM A PEDIR COMIDA - NINGUÉM PARA ESTA TURMA - KKK


Publicado em: 31 de março de 2017

Duração do vídeo: 00:42



Vídeo: 179 / 300

Nintendo Wii - Nintendo - 2006
Wii (Japonês, : ????, Hepburn: Wi) é um console de videogame doméstico produzido pela Nintendo e lançado em 2006. É um videogame da sétima geração e o sexto console da Nintendo, sucessor do Nintendo GameCube, que foi lançado em 2001 no mercado americano e japonês. Seus principais concorrentes são o Xbox 360, da Microsoft, e o Playstation 3, da Sony. De acordo com o jornal Financial Times, o Wii era o líder de vendas de sua geração em 12 de setembro de 2007, com base nos dados de vendas das empresas Enterbrain, NPD Group e GfK. O Wii foi anunciado oficialmente na feira anual de jogos E3 de 2005 e lançado no mercado no final de 2006. Antes do anúncio do nome oficial do console, no dia 27 de abril de 2006, era conhecido como Nintendo Revolution. Seu código de modelo é RVL-001 (cuja sigla vem de ReVoLution). #Console #NintendoWii #Wii #Ano2006 #SétimaGeração #Nintendo

Publicado em: 1 de abril de 2017

Duração do vídeo: 01:40



Vídeo: 180 / 300

MICROBIOLOGIA - Glóbulos brancos perseguindo antígenos - Microbiology - White blood cells chasing antigens


Publicado em: 1 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:29



Vídeo: 181 / 300

The Giant Claw - 1957 - Classic Monsters - Director Fred F. Sears - Writers Samuel Newman and Paul Gangelin
#TheGiantClaw #Ano1957 #Classic #Monster #Movie #Film #FredFSears #SamuelNewman #PaulGangelin

Publicado em: 1 de abril de 2017

Duração do vídeo: 04:31



Vídeo: 182 / 300

Esta tinta preta parece um portal para outro mundo - The darkest substance on earth basically looks like a portal to another world
#Tinta #Preta #Luz #Invisibilidade #Invisivel #Darkness #Shadown #Paint #Ink #Incrível #Awesome #Camuflagem...

Publicado em: 1 de abril de 2017

Duração do vídeo: 01:51



Vídeo: 183 / 300

Móveis que economizam espaço - Muito prático
#Mobília #Casa #Móveis #Espaço #Prático...

Publicado em: 1 de abril de 2017

Duração do vídeo: 01:23



Vídeo: 184 / 300

Ana Maria Braga - Ao vivo detonando um MULTÍMETRO DIGITAL
Ana Maria Braga, querendo demonstrar algo muito útil foi mexer no multímetro... Só que ela também não sabe e queimou o bicho AO VIVO. "E esse negócio aqui, acho que todo mundo devia ter em casa"....."Ai, QUEIMEI, mas enfim, cê aprende a usar, eu não sei usar isso, mas eu acho o máximo quem sabe." "FALHA NOSSA" da produção que não pediu aos que entendem do assunto (o povo da Engenharia presente) para selecionar a escala correta e PASSAR UMA FITA PVC para não selecionarem outra, e então mensurar os 220V... #RIPMultímetro #FicaComoLição #OQueNãoFazer #AoVivo #NãoFaçamIsto #Dica #Multímetro...

Publicado em: 3 de abril de 2017

Duração do vídeo: 01:30



Vídeo: 185 / 300

Português - Levando ao pé da letra - kkk


Publicado em: 5 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:58



Vídeo: 186 / 300

Este papagaio marrom africano é um gênio - This African Grey Parrot is a genius


Publicado em: 5 de abril de 2017

Duração do vídeo: 01:11



Vídeo: 187 / 300

Breath of Fire - SNES - 1993 - Capcom
Breath of Fire, Também conhecido com Breath of Fire: The Dragon Warrior no Japão é o primeiro jogo da série de RPG Breath of Fire. Desenvolvido pela Capcom em 1993 para o Super Nintendo, teve uma edição americana publicada pela Squaresoft em 1994. Data de lançamento inicial: 3 de abril de 1993 Gênero: RPG eletrônico Desenvolvedor: Capcom Série: Breath of Fire Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Game Boy Advance, Nintendo 3DS, Nintendo 64 Projetistas: Makoto Ikehara, Yoshinori Kawano #Jogo #Game #BreathOfFire #SNES #Ano1993 #SuperNintendo #Nintendo16Bits #Capcom #RPG #Aventura #MakotoIkehara

Publicado em: 6 de abril de 2017

Duração do vídeo: 01:33



Vídeo: 188 / 300

RESPEITE AS MULHERES - MEXEU COM UMA MEXEU COM TODAS - COMPARTILHE
#RespeiteAsMulheres #Mãe #Filha #Esposa #Prima #Amiga #CuidemDasMulheres #Compartilhe #Compartilhar #XX #Mulher #ElesPorElas #HeForShe

Publicado em: 6 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:46



Vídeo: 189 / 300

Hoje foi o dia de andar de mal humor pela casa - kkk


Publicado em: 6 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:19



Vídeo: 190 / 300

Verão em BUTLER - OHIO - Escorregar e Voar - Slip N Fly - Would you do this


Publicado em: 6 de abril de 2017

Duração do vídeo: 01:19



Vídeo: 191 / 300

Metal Head - Sega 32X - 1995 - Sega
Data de lançamento inicial: 1995 Desenvolvedor: Sega Estúdio: Sega Modo: Jogo eletrônico para um jogador Plataformas: Sega 32X, Mega Drive Gênero: Tiro em primeira pessoa, Vehicle simulation game #Jogo #Game #Console #Sega32X #MetalHead #Ano1995 #Sega

Publicado em: 10 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:40



Vídeo: 192 / 300

Super Ver.5 - 7 in 1 - NES - 1994 - Sachen
#Jogo #Game #Pack #SuperVer5 #7in1 #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #Ano1994 #Sachen

Publicado em: 11 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:38



Vídeo: 193 / 300

Fazendo tatuagem com laser que grava em metal e madeira - Tattoo with Laser Engraving machine for metal and wood


Publicado em: 12 de abril de 2017

Duração do vídeo: 01:15



Vídeo: 194 / 300

Panasonic 3DO - 1993 - Panasonic
3DO Interactive Multiplayer (comumente chamado de 3DO) foi um videogame doméstico com arquitetura de 32 bits. O 3DO consiste em especificações técnicas criadas pela "3DO Company", que é uma sociedade entre 7 diferentes empresas. Estas especificações são de propriedade intelectual da "3DO Company" e são a parte principal para quem quiser desenvolver um console compatível com o 3DO Interactive Multiplayer. As empresas fabricantes licenciavam os direitos autorais da 3DO para fabricar um sistema baseado nas especificações da "3DO Company", e empresas de software, licenciavam o direito de desenvolver softwares (jogos e programas) para os sistemas 3DO. A analogia mais perto a isso é a do videocassete (VCR). A tecnologia dos videocassetes foi criada pela JVC, e qualquer outra empresa pode fabricar videocassetes desde que pague um pequeno "royalty" para a JVC. A tecnologia do 3DO foi criada pela "3DO Company", e diversas empresas licenciaram os direitos de fabricação de sistemas 3DO baseados nesta tecnologia. A "3DO Company" não fabrica os sistemas 3DO. #Console #Panasonic #3DO #Panasonic3DO #Ano1993 #VideoGame #32Bits

Publicado em: 15 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:50



Vídeo: 195 / 300

ESWAT - City Under Siege - Mega Drive - 1990 - Sega
Data de lançamento inicial: 1990 Desenvolvedor: Sega Gênero: Jogo eletrônico de ação Plataformas: Mega Drive, Microsoft Windows, Wii Estúdios: Sega, Sega Europe Projetistas: Macco Chan, Seishi Atsumiya, Nandemo, Mikarin #Jogo #Console #ESWAT #CityUnderSiege #MegaDrive #Genesis #Ano1990 #Sega #MaccoChan

Publicado em: 17 de abril de 2017

Duração do vídeo: 01:30



Vídeo: 196 / 300

Munição 90 mm Anti-tanque (flecha) - Fabricada no Brasil - 1986
Munição anti-tanque(flecha) do Brasil: Bom pessoal, a essa é a Flecha, com só 90mm conseguia perfurar 500mm, é a munição padrão dos nossos caça-tanques EE-9 Cascavel. O interessante é que estava sendo desenvolvida uma versão 120mm para o Osório, apelidada de Super Flecha. Esta munição é empregada regularmente hoje nos mais modernos carros de combate da atualidade, inclusive foi uma das responsáveis pela vitória aliada nas últimas duas guerra do golfo, só que hoje o calibre é de 120mm. #Munição #90mm #Flecha #AntiTanque #AntiCarroDeCombate #Brasil #Ano1986 #Calibre #120mm #GuerraDoGolfo #Combate #SuperFlecha #Osório #500mm #BR...

Publicado em: 17 de abril de 2017

Duração do vídeo: 01:58



Vídeo: 197 / 300

Esta máquina de reciclagem alimenta animais de rua - This recycling machine feeds stray animals

Publicado em: 17 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:49



Vídeo: 198 / 300

Mortal Kombat II - Arcade - 1993 - Midway Games
Mortal Kombat II é o segundo título da série Mortal Kombat. Os eventos ocorridos durante esse jogo são retratados em Mortal Kombat: Shaolin Monks, mas o enredo de Mortal Kombat: Shaolin Monks não é o mesmo do Mortal Kombat II. Data de lançamento inicial: abril de 1993 Modos de jogo: Single player, multiplayer Série: Mortal Kombat Plataformas: Arcade, PlayStation 3, mais Desenvolvedores: Midway Games, Acclaim Studios London, Acclaim Studios Salt Lake City, Williams Entertainment Inc. Projetistas: Ed Boon, John Tobias #Jogo #Arcade #MortalKombat #MortakKombat2 #Ano1993 #MidWayGames #Combate #Luta

Publicado em: 18 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:43



Vídeo: 199 / 300

REGISTRANDO UM PEIXE VOADOR - INCRÍVEL - Kudos to the BBC One filmmakers on capturing some of the most incredible flying fish footage ever


Publicado em: 18 de abril de 2017

Duração do vídeo: 02:26



Vídeo: 200 / 300

The Escape From Atlantis - NES - Color Dreams



#Jogo #Console #NES #TheEscapeFromAtlantis #Nintendo

#Nintendo8Bits #Nintendinho #ColorDreams #Adventure #Aventura

Publicado em: 19 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:39



Vídeo: 201 / 300

BRUXA VOADORA - Confira esse invento incrível - WITCH - Check out this incredible invention


Publicado em: 19 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:33



Vídeo: 202 / 300

Bebê e Catioro - Hora da soneca - vamos descansar - kkk
#Bebê #Cachorro #Soneca #Dormir #Descansar #kkk

Publicado em: 19 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:30



Vídeo: 203 / 300

O impacto de uma bala - Projetil na colisão com um alvo - The impact of a bullet - bullet in the collision with a target


Publicado em: 20 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:05



Vídeo: 204 / 300

Como é bom ser criança na Bahia - kkk


Publicado em: 20 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:33



Vídeo: 205 / 300

Um Kebab refugiado bateu em 4 policiais femininas suecas - 4 Swedish police try to restrain and arrest a skinny angry refugee - Guess who wins


Publicado em: 20 de abril de 2017

Duração do vídeo: 05:01



Vídeo: 206 / 300

#5anos de #Facebook... Mas muito #melhor era o #Orkut, repleto de #comunidades especializadas nos mais diversos #assuntos... Mas o face venceu por ser da era do #SELF, da auto promoção por fotos. #5anoscomfacebook #5YearsWithFacebook
CurtirMostrar mais reaçõesComentarCompartilhar 3 Você, Ariadne Silva e Claudio Couto Comentários Renato B. Lima Escreva um comentário... Escolher arquivo Vídeos relacionados Luis Miranda USA Corrêa, PM do choque no RJ, desabafa que após os descontos sobra R$1.500 que não sustentam...

Publicado em: 21 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:52



Vídeo: 207 / 300

Esse cidadão resolveu escalar paredes usando apenas os braços - This citizen decided to climb walls using only the arms


Publicado em: 24 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:55



Vídeo: 208 / 300

The Great Circus Mystery - Starring Mickey and Minnie - SNES - 1994 - Capcom
Data de lançamento inicial: 2 de junho de 1994 Série: Disney's Magical Quest Desenvolvedor: Capcom Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Game Boy Advance, Mega Drive Estúdios: Capcom, Tectoy #Jogo #Game #Console #SNES #TheGreatCircusMystery #Mickey #Minie #Ano1994 #Capcom #SuperNintendo #Nintendo16Bits #Tectoy

Publicado em: 25 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:56



Vídeo: 209 / 300

#Paralisação do dia 28/04/2017. #Greve #Geral... #Grevegeral #Previdência #Ano2017

Publicado em: 27 de abril de 2017

Duração do vídeo: 03:07



Vídeo: 210 / 300

Simpsons - The - Bart's Nightmare - SNES - 1992 - Acclaim Entertainment
The Simpsons: Bart's Nightmare um jogo eletrônico de 1992 desenvolvido pela empresa americana Sculptured Software baseado no programa de televisão Os Simpsons. Foi lançado para o Mega Sega Drive/Genesis e Super Nintendo Entertainment System. Data de lançamento inicial: setembro de 1992 Desenvolvedor: Acclaim Studios Salt Lake City Gênero: Jogo eletrônico de plataforma Modo: Jogo eletrônico para um jogador Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Mega Drive Estúdios: Acclaim Entertainment, Flying Edge #Jogo #Game #Console #Simpsons #TheBartsNightmare #Nightmare #SNES #SuperNintendo #Nintendo #Nintendo16Bits #Ano1992 #AcclaimEntertainment

Publicado em: 28 de abril de 2017

Duração do vídeo: 01:30



Vídeo: 211 / 300

HOJE É SEXTA FEIRA - Não importa a idade - E sim a animação - kkk

Publicado em: 28 de abril de 2017

Duração do vídeo: 00:31



Vídeo: 212 / 300

ESTE DANÇA COMO NINGUÉM - KKK


Publicado em: 28 de abril de 2017

Duração do vídeo: 01:01



Vídeo: 213 / 300

SETE VERDADES DA VIDA - NÃO VIVA RECLAMANDO DE TUDO - SEVEN TRUTHS OF LIFE - DO NOT LIVE CLAIMING EVERYTHING


Publicado em: 29 de abril de 2017

Duração do vídeo: 01:12



Vídeo: 214 / 300

PEC - A TV mostrando e a Internet imortalizando - fatos que tentam esconder - The TV showing and the Internet immortalizing - facts that try to hide
#PEC #PEC55 #Ano2016 #CCJ #ComissãoDeConstituição #Justiça e #Cidadania #Teto #GastosPúblicos #Senadora #GleisiHoffmann

Publicado em: 29 de abril de 2017

Duração do vídeo: 03:11



Vídeo: 215 / 300

Bárbara uma nutricionista mirim - Esta é profissional - kkk

Publicado em: 2 de maio de 2017

Duração do vídeo: 03:51



Vídeo: 216 / 300

Virtua Fighter - Sega - 1993 - Yu Suzuki
A série Virtua Fighter é uma franquia de jogos de luta, criada por Yu Suzuki, e em conjunto com a SEGA, no estúdio AM2. Primeiro título: Virtua Fighter; Novembro de 1993 Criador: Yu Suzuki #Jogo #Game #VirtuaFighter #Sega #Ano1993 #YuSuzuki #Luta #Combate

Publicado em: 3 de maio de 2017

Duração do vídeo: 00:39



Vídeo: 217 / 300

Tesoura voadora executada por uma mulher no sincronismo


Publicado em: 3 de maio de 2017

Duração do vídeo: 00:04



Vídeo: 218 / 300

Que filme Vietnamita - Não poderia deixar de assistir - Ko th? ko xem

Publicado em: 3 de maio de 2017

Duração do vídeo: 02:33



Vídeo: 219 / 300

VAMOS RECICLAR - CASA DE PALLETS - MUITO PRÁTICO


Publicado em: 4 de maio de 2017

Duração do vídeo: 02:01



Vídeo: 220 / 300

Pássaro pescando - Criatividade animal


Publicado em: 5 de maio de 2017

Duração do vídeo: 00:40



Vídeo: 221 / 300

Mahjan Samit Kabukicho Hen - NES - Sachen
#Jogo #Game #NES #Nintendo #Nintendinho #Nintendo8Bits #MahjanSamitKabukichoHen #Sachen

Publicado em: 5 de maio de 2017

Duração do vídeo: 00:55



Vídeo: 222 / 300

Eliminando a concorrência - Cão 171 - kkk


Publicado em: 5 de maio de 2017

Duração do vídeo: 00:44



Vídeo: 223 / 300

Castlevania - Bloodlines - Mega Drive - 1994 - Konami
Castlevania: Bloodlines é o único jogo eletrônico da série Castlevania que foi lançado para Mega Drive/Genesis. Ele foi desenvolvido e publicado pela Konami e foi primeiramente lançado para a América do Norte em 1 de junho de 1994. Data de lançamento inicial: 17 de março de 1994 Desenvolvedor: Konami Compositor: Michiru Yamane Série: Castlevania Gênero: Jogo eletrônico de plataforma Plataformas: Mega Drive, Super Nintendo Entertainment System #Jogo #Game #MegaDrive #Castlevania #Bloodlines #CastlevaniaBloodlines #Ano1994 #Konami #MichiruYamane #Genesis #16Bits

Publicado em: 9 de maio de 2017

Duração do vídeo: 01:29



Vídeo: 224 / 300

Como são feitos os sinos grandes - How It's Made Big Bells


Publicado em: 9 de maio de 2017

Duração do vídeo: 06:05



Vídeo: 225 / 300

Three ANGELS - Future Pinball
#Pinball #FuturePinball #ThreeAngels #Virtual #Jogo

Publicado em: 13 de maio de 2017

Duração do vídeo: 00:39



Vídeo: 226 / 300

Sandra Annenberg - Mensagem do dia das mães #DiaDasMães #Maio #MaioDe2017 #Ano2017 #MothersDay #FêteDesMères #Muttertag #DíaDeLaMadre

Publicado em: 13 de maio de 2017

Duração do vídeo: 01:47



Vídeo: 227 / 300

Marque aquele amigo que adora andar de avião - Pousando em Congonhas
Para quem já fez isto em um monomotor PT-1837, esta imagem do voo comercial traz boas lembranças... :) (Y) . . .

Publicado em: 14 de maio de 2017

Duração do vídeo: 01:00



Vídeo: 228 / 300

Super Metroid - SNES - 1994 - Nintendo
Super Metroid, conhecido também por Metroid 3, é um jogo eletrônico de plataforma com elementos de ação e aventura lançado em 1994 para o Super Nintendo Entertainment System. Modos de jogo: Single Player Série: Metroid Estúdio: Nintendo Produtor(es): Makoto Kano Desenvolvedores: Nintendo, Intelligent Systems, Nintendo Research & Development 1 Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Wii #Jogo #Game #Console #SNES #SuperMetroid #Ano1994 #Nintendo #Nintendo16Bits #16Bits #Metroid #MakotoKano #SuperNintendo

Publicado em: 15 de maio de 2017

Duração do vídeo: 00:58



Vídeo: 229 / 300

TENIS PARA CAVALO - O ANIMAL NÃO PRECISA MAIS SOFRER


Publicado em: 15 de maio de 2017

Duração do vídeo: 01:11



Vídeo: 230 / 300

Fabricando panela com o alumínio de latinhas - Super prático


Publicado em: 15 de maio de 2017

Duração do vídeo: 02:45



Vídeo: 231 / 300

CAIXA ECONÔMICA - O CARTÃO REFORMA - RATINHO ENTREVISTA TEMER Foi publicada, no Diário Oficial da União na sexta-feira (28/04/2017), a sanção presidencial da lei que cria o Cartão Reforma, assim como as regras do programa. Com o Cartão Reforma, famílias de baixa renda que recebem até três salários-mínimos, o equivalente a R$ 2,8 mil, terão acesso ao crédito para reforma, ampliação, promoção da acessibilidade ou conclusão de obras. O programa tem orçamento inicial de R$ 1 bilhão e a previsão do governo federal é de que cerca de 100 mil pessoas sejam beneficiadas nesta primeira fase. O limite de crédito concedido para a aquisição do material de construção será de R$ 5 mil, em média. VAI LOGO NA CAIXA ECONÔMICA E PEGUE O SEU !!! FONTE: http://www2.planalto.gov.br -> http://bit.ly/2pGd7rO . . .

Publicado em: 16 de maio de 2017

Duração do vídeo: 01:13



Vídeo: 232 / 300

Cartão Reforma vai ajudar brasileiros em moradias precárias "Foi publicada, no Diário Oficial da União na sexta-feira (28/04/2017), a sanção presidencial da lei que cria o Cartão Reforma, assim como as regras do programa. Com o Cartão Reforma, famílias de baixa renda que recebem até três salários-mínimos, o equivalente a R$ 2,8 mil, terão acesso ao crédito para reforma, ampliação, promoção da acessibilidade ou conclusão de obras. O programa tem orçamento inicial de R$ 1 bilhão e a previsão do governo federal é de que cerca de 100 mil pessoas sejam beneficiadas nesta primeira fase. O limite de crédito concedido para a aquisição do material de construção será de R$ 5 mil, em média. Para participar do programa, o beneficiário deverá ser proprietário do imóvel e morar no local onde será feita a reforma. Terão prioridade famílias cujo responsável seja uma mulher, que tenham idosos ou pessoas com deficiência como membro, além das famílias com renda baixa. O cartão tem validade de um ano, e é necessário utilizar no período de vigência. A execução da obra é de responsabilidade da família beneficiada. O repasse da verba será feito pelo Ministério das Cidades, via Caixa Econômica Federal, que vai entregar o cartão para famílias selecionadas. Esses valores não são um financiamento, mas um benefício. As pessoas não terão de pagar prestação ou juros pelo uso do dinheiro." FONTE: http://www2.planalto.gov.br -> http://bit.ly/2pGd7rO #CartãoReforma #CaixaEcônomicaFederal #ProgramaSocial

Publicado em: 16 de maio de 2017

Duração do vídeo: 01:54



Vídeo: 233 / 300

Bud Spencer e Terence Hill - Quem se lembra ? Bud Spencer, nome artístico de Carlo Pedersoli (Nápoles, 31 de outubro de 1929 — Roma, 27 de junho de 2016), foi um ator e nadador olímpico italiano. Como ator, Bud Spencer estrelou diversos filmes de comédia e do chamado western spaguetti. Terence Hill, nome artístico de Mario Giuseppe Girotti, (Veneza, 29 de março de 1939) é um ator italiano. Carreira. Estreou filmes de ação e faroeste com o parceiro Bud Spencer.

Publicado em: 16 de maio de 2017

Duração do vídeo: 02:22



Vídeo: 234 / 300

CANTOR DE BARZINHO QUE ATENDE A PEDIDOS - KKK


Publicado em: 16 de maio de 2017

Duração do vídeo: 02:08



Vídeo: 235 / 300

PARA QUEM PENSA QUE É FÁCIL SER PASTOR - TEM OVELHA QUE SÓ JESUS NA CAUSA - KKK


Publicado em: 16 de maio de 2017

Duração do vídeo: 00:18



Vídeo: 236 / 300

Tinhead - Genesis - Mega Drive - 1993 - MicroProse
Data de lançamento inicial: 1993 Desenvolvedor: MicroProse Gênero: Jogo eletrônico de plataforma Projetista: Stuart Whyte Plataformas: Mega Drive, Super Nintendo Entertainment System, Amiga Estúdios: Spectrum Holobyte, Ballistic #Jogo #Game #Genesis #Tinhead #MegaDrive #Ano1993 #MicroProse #Aventura

Publicado em: 17 de maio de 2017

Duração do vídeo: 01:25



Vídeo: 237 / 300

Um secador de cabelos tem várias utilidades - E você usando ele só pra secar o cabelo


Publicado em: 17 de maio de 2017

Duração do vídeo: 01:17



Vídeo: 238 / 300

Mega Man 9 - Wii - 2008 - Capcom
Mega Man 9, conhecido no Japão como Rockman 9: A Ressurreição da Ambição!!, é um jogo eletrônico da Capcom. O mais recente na série de jogos Mega Man e o primeiro jogo que segue a numeração da série original desde Mega Man 8 de 1997. Data de lançamento inicial: 22 de setembro de 2008 Modos de jogo: Single player Projetista: Keiji Inafune Série: Mega Man Plataformas: Wii, PlayStation 3, Xbox 360, Telefone celular, PlayStation Portable Desenvolvedores: Capcom, Inti Creates #Jogo #Console #Wii #MegaMan9 #Ano2008 #Capcom #KeijiInafune

Publicado em: 18 de maio de 2017

Duração do vídeo: 01:24



Vídeo: 239 / 300

Ivete Sangalo no Jô - Como conheci o meu marido - kkk

Publicado em: 18 de maio de 2017

Duração do vídeo: 05:11



Vídeo: 240 / 300

Feminista sendo massacrada por uma mulher inteligente - kkk

Publicado em: 18 de maio de 2017

Duração do vídeo: 04:22



Vídeo: 241 / 300

Automoveis no reparo manual - Martelinho de ouro - Interessante


Publicado em: 18 de maio de 2017

Duração do vídeo: 03:35



Vídeo: 242 / 300

Hagane - The Final Conflict - SNES - 1994 - Hudson Soft
Data de lançamento inicial: 18 de novembro de 1994 Projetista: Keita Amemiya Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Wii Desenvolvedores: Hudson Soft, CAProduction, Red Entertainment Estúdios: Hudson Soft, Red Entertainment Gênero: Jogo eletrônico de ação, Jogo eletrônico de plataforma #Jogo #Game #Hagane #TheFinalConflict #SNES #Ano1994 #HudsonSoft #SuperNintendo #Nintendo #Nintendo16Bits #16Bits #Ação.

Publicado em: 19 de maio de 2017

Duração do vídeo: 01:27



Vídeo: 243 / 300

Garota tira onda com Juiz e se dá muito mal


Publicado em: 19 de maio de 2017

Duração do vídeo: 03:24



Vídeo: 244 / 300

Eu adoro pessoas boas - I love good people


Publicado em: 19 de maio de 2017

Duração do vídeo: 03:26



Vídeo: 245 / 300

Super Adventure Island II - SNES - 1994 - Hudson Soft
Data de lançamento inicial: outubro de 1994 Desenvolvedor: Hudson Soft Modo: Jogo eletrônico para um jogador Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Wii Estúdios: Hudson Soft, Konami Digital Entertainment Gênero: Jogo eletrônico de plataforma, Metroidvania #Jogo #Game #SNES #SuperAdventureIsland #SNES #Ano1994 #HudsonSoft #Aventura #SuperNintendo #Nintendo #Nintendo16Bits #16Bits

Publicado em: 23 de maio de 2017

Duração do vídeo: 01:24



Vídeo: 246 / 300

AQUECEDOR SOLAR CASEIRO - PRÁTICO PARA AQUELE BANHO QUENTE SEM GASTAR ENERGIA


Publicado em: 23 de maio de 2017

Duração do vídeo: 02:50



Vídeo: 247 / 300

The Net - 1995 - Sandra Bullock - Melhores cenas
#Filme #TheNet #ARede #Ano1995 #SandraBullock #MelhoresCenas

Publicado em: 23 de maio de 2017

Duração do vídeo: 16:52



Vídeo: 248 / 300

COMO TROCAR UM PRESIDENTE - ZORRA TOTAL - KKK

Publicado em: 23 de maio de 2017

Duração do vídeo: 02:01



Vídeo: 249 / 300

Eu amo as minhas Ilhas Canárias - Yo Amo a mis Islas Canarias


Publicado em: 24 de maio de 2017

Duração do vídeo: 00:41



Vídeo: 250 / 300

Todo mundo cantando "A little respect" em uma estação de metro em Londres

Publicado em: 24 de maio de 2017

Duração do vídeo: 00:58



Vídeo: 251 / 300

60 minutos - Programa americano fala sobre a Operação Lava Jato no Brasil

Publicado em: 25 de maio de 2017

Duração do vídeo: 12:08



Vídeo: 252 / 300

A FRALDA EVITA MUITO ESTRAGO - KKK



Publicado em: 25 de maio de 2017

Duração do vídeo: 00:37



Vídeo: 253 / 300

Vila Rica - Comercial - 1976
Comercial antigo do cigarro Vila Rica. De 1976. Foi o fatídico comercial que deu origem à infeliz expressão "Lei de Gerson". "Gosto de levar vantagem em tudo." #night #followback #throwbackthursday #clouds #white #bestfriend #yummy #yum #like4like #textgram "Quem derruba a gente é a gente mesmo" - Autor: Ivete Sangalo" (1932/5250)(25/05/2017 15:02:07) (HS S=240514)(H=5)(F=46)(L=281)

Publicado em: 25 de maio de 2017

Duração do vídeo: 00:30



Vídeo: 254 / 300

Como transferir uma foto para a madeira - How to transfer a photo to wood


Publicado em: 25 de maio de 2017

Duração do vídeo: 00:42



Vídeo: 255 / 300

Produtor Rural - Vocês já viram uma Laranja Gigante


Publicado em: 26 de maio de 2017

Duração do vídeo: 03:15



Vídeo: 256 / 300

Homenagem aos nossos pracinhas - Que há 72 anos tomaram Monte Castelo.
#Brasil #SegundaGuerra #Pracinhas #MonteCastelo #Homenagem #FEB...

Publicado em: 26 de maio de 2017

Duração do vídeo: 06:39



Vídeo: 257 / 300

Donkey Kong Country - SNES - 1994 - Gregg Mayles
Donkey Kong Country é um jogo de plataforma em 2D desenvolvido pela Rare e publicado pela Nintendo para o Super Nintendo Entertainment System. Foi lançado em Novembro de 1994, sob o nome Super Donkey Kong no Japão. Desenvolvedor: Rare Projetista: Gregg Mayles Gênero: Jogo eletrônico de plataforma Série: Donkey Kong, Donkey Kong Country Compositor: David Wise, Eveline Fischer, Robin Beanland Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Wii, Wii U, Game Boy Advance, Game Boy, Game Boy Color #Jogo #Game #DonkeyKongCountry #SNES #Ano1994 #GreggMayles #Rare #SuperNintendo #Nintendo #Nintendo16Bits #16Bits

Publicado em: 27 de maio de 2017

Duração do vídeo: 00:49



Vídeo: 258 / 300

Shining in the Darkness - Mega Drive - 1991 - Sega
Shining in the Darkness, lançado no Japão como Shining and the Darkness, é um RPG eletrônico lançado para o console Mega Drive/Genesis. Foi um dos primeiros RPGs lançados na plataforma, e o jogo que deu início à extensa franquia Shining. Data de lançamento inicial: 29 de março de 1991 Estúdio: Sega Série: Shining Gênero: Dungeon Plataformas: Mega Drive, Wii, Microsoft Windows Desenvolvedores: Camelot Software Planning, Climax Entertainment #Jogo #Game #MegaDrive #Genesis #ShiningInTheDarkness #Ano1991 #Sega #RPG #16Bits

Publicado em: 29 de maio às 13:42 de 2017

Duração do vídeo: 01:25



Vídeo: 259 / 300

Mega-crossover de todo o universo geek
#Crossover #Geek #Nerd #StarWars #SpiderMan #Matrix #OGladiador #Superman #IndianaJones #SenhorDosAneis #Arena #HQ #StarTrek #Spock #CoraçãoValente #Gandalf #JackSparrow #Wolverine #Batman #ETC... <3 p="">
Publicado em: 29 de maio às 17:36 de 2017

Duração do vídeo: 10:24



Vídeo: 260 / 300

Adote um focinho - O melhor amigo


Publicado em: 29 de maio às 20:01 de 2017

Duração do vídeo: 03:06



Vídeo: 261 / 300

NBA Jam - SNES - 1993 - Midway Games
Editores: Electronic Arts, Midway Games, Acclaim Entertainment, EA Sports, Playtronic Industrial Ltda., Acclaim Japan, Ltd. Desenvolvedores: Midway Games, Acclaim Entertainment. #Jogo #Game #NBAJam #SNES #Ano1993 #MidwayGames #Sport #Esporte #SuperNintendo #Nintendo #16Bits

Publicado em: 30 de maio às 11:02 de 2017

Duração do vídeo: 00:44



Vídeo: 262 / 300

Senhora de 86 anos pega sua arma e reage a invasor - Fantástico
#TVGlobo #Fantástico #CaxiasDoSul #RS #Invasor

Publicado em: 30 de maio às 11:31 de 2017

Duração do vídeo: 05:49



Vídeo: 263 / 300

Earthworm Jim - SNES - 1994 - Shiny Entertainment
Earthworm Jim é um jogo de plataforma no qual estrela uma minhoca equipada com uma armadura robótica chamada Jim. Data de lançamento inicial: 1994 Série: Earthworm Jim Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Mega Drive, mais Projetistas: Doug TenNapel, David Perry Desenvolvedores: Shiny Entertainment, Gameloft, Eurocom, Game Titan Estúdios: Playmates Toys, Gameloft, Activision, Activision Blizzard, mais #Jogo #Game #SNES #EarthwormJim #Jim #Ano1994 #ShinyEntertainment #SuperNintendo #Nintendo #16Bits #Gameloft #Aventura

Publicado em: 31 de maio às 08:47 de 2017

Duração do vídeo: 01:26



Vídeo: 264 / 300

Como ossos fraturados são reparados - How Bone Fractures Are Repaired
#Ossos #Bones #Fraturas #Fractures #Ortopedia #Medicina #Tratamento

Publicado em: 31 de maio às 08:52 de 2017

Duração do vídeo: 02:16



Vídeo: 265 / 300

NES 8 BITS - UTOPIA
#NES #Nintendo #8Bits #Nintendo8Bits #Utopia...

Publicado em: 31 de maio às 20:01 de 2017

Duração do vídeo: 00:13



Vídeo: 266 / 300

Total Carnage - SNES - 1991 - Midway Games
Data de lançamento inicial: 1991 Projetista: Eugene Jarvis Gênero: Shoot 'em up Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Arcade... Desenvolvedores: Midway Games, Black Pearl Software Estúdios: Midway Games, THQ, Songbird Productions, Malibu Games, International Computer Entertainment #Jogo #Game #TotalCarnage #SNES #Ano1991 #MidwayGames #SuperNintendo #Nintendo #16Bits #EugeneJarvis #Arcade

Publicado em: 1 de junho às 11:09 de 2017

Duração do vídeo: 00:51



Vídeo: 267 / 300

UMA LIÇÃO DE VIDA TODOS OS DIAS...

Publicado em: 1 de junho às 12:02 de 2017

Duração do vídeo: 01:36



Vídeo: 268 / 300

Cachorro praticando Ioga - KKK
#Cão #Dog #Ioga #kkk

Publicado em: 1 de junho às 12:48 de 2017

Duração do vídeo: 00:56



Vídeo: 269 / 300

Reforma Trabalhista - Zorra Total
#ReformaTrabalhista #CLT #Ano2017 #HoraDoAlmoço #ZorraTotal

Publicado em: 2 de junho às 11:58 de 2017

Duração do vídeo: 00:49



Vídeo: 270 / 300

Foi salvo por uma triz... #Maluco #Trem #FoiSalvo #Bicicleta #Trilhos...

Publicado em: 2 de junho às 15:03 de 2017

Duração do vídeo: 00:52



Vídeo: 271 / 300

Drones - Eu sou um com a força e a força está comigo - DJI Spark no modo JEDI


Publicado em: 5 de junho às 19:00 de 2017

Duração do vídeo: 02:14



Vídeo: 272 / 300

Toki - Going Ape Spit - Arcade - 1989 - Tad Corporation
Toki: Going Ape Spit foi um videogame criado originalmente para arcade em torno de 1989 pela empresa Tad Corporation, e que ganhou versão para Mega Drive, NES e Amiga. O jogo é lembrado por seu protagonista ser um macaco que cuspia bolas. Data de lançamento inicial: 1989 Projetista: Akira Sakuma Plataformas: Arcade, Mega Drive, Nintendo Entertainment System, Amiga, Commodore 64, Atari Lynx, iOS, Atari ST Desenvolvedores: Taito Corporation, Tad Corporation, The Hit Squad Estúdios: Sega, Taito Corporation, Tad Corporation, Ocean Software, Fabtek, The Hit Squad Gênero: Jogo eletrônico de plataforma, Shoot 'em up #Jogo #Game #Toki #GoingApeSpit #Arcade #Ano1989 #TadCorporation #Aventura

Publicado em: 6 de junho às 10:41 de 2017

Duração do vídeo: 01:23



Vídeo: 273 / 300

História do JOGO - Command and Conquer (1995-2013)
1. Command & Conquer (1995) 00:10 2. Command & Conquer: The Covert Operations (1996) 00:50 3. Command & Conquer: Red Alert (1996) 01:12 4. Command & Conquer: Red Alert: Counterstrike (1997) 01:52 5. Command & Conquer: Red Alert: The Aftermath (1997) 02:13 6. Command & Conquer: Sole Survivor (1997) 7. Command & Conquer: Retaliation (1998) 8. Command & Conquer: Tiberian Sun (1999) 02:31 9. Command & Conquer: Tiberian Sun – Firestorm (2000) 03:13 10. Command & Conquer: Red Alert 2 (2000) 03:33 11. Command & Conquer: Yuri's Revenge (2001) 04:16 12. Command & Conquer: Renegade (2002) 04:38 13. Command & Conquer: Generals (2003) 05:18 14. Command & Conquer: Generals: Zero Hour (2003) 06:05 15. Command & Conquer 3: Tiberium Wars (2007) 06:29 16. Command & Conquer 3: Kane's Wrath (2008) 07:20 17. Command & Conquer: Red Alert 3 (2008) 07:56 18. Command & Conquer: Red Alert 3 – Uprising (2009) 08:39 19. Command & Conquer Red Alert 3: Commander's Challenge (2009) 20. Command & Conquer 4: Tiberian Twilight (2010) 09:02 21. Command & Conquer Tiberium Alliances (2012) 09:57 #Jogo #Game #Guerra #Conflito #História #ComandAndConquer #CC #War #Ano1995 #Ano2013 #Command #Conquer #EletronicArts #EA

Publicado em: 6 de junho às 11:14 de 2017

Duração do vídeo: 10:30



Vídeo: 274 / 300

Metade do Fusca - VW Econômico - KKK
#Fusca #Carro #Metade #Econômia #VW #kkk

Publicado em: 6 de junho às 15:27 de 2017

Duração do vídeo: 00:27



Vídeo: 275 / 300

Teenage Mutant Ninja Turtles - Turtles in Time - SNES - 1991 - Konami
Teenage Mutant Ninja Turtles: Turtles in Time, lançado como Teenage Mutant Hero Turtles: Turtles in Time na Europa, é um jogo de Video game produzido pela Konami para Sega Mega Drive/Genesis e Super Nintendo. Data de lançamento inicial: março de 1991 Série: Teenage Mutant Ninja Turtles Gênero: Beat 'em up Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Arcade Desenvolvedores: Konami, Ubisoft Estúdios: Konami, Ubisoft #Jogo #Game #TeenageMutanteNinja #TurtlesInTime #SNES #Ano1991 #Konami #SuperNintendo #Nintendo #16Bits #Konami

Publicado em: 7 de junho às 08:48 de 2017

Duração do vídeo: 01:23



Vídeo: 276 / 300

Quando a Pepsi sabia fazer comerciais de futebol - Eram ÉPICOS
#Pepsi #Comercial #Medieval #Épicos...

Publicado em: 7 de junho às 14:23 de 2017

Duração do vídeo: 02:00



Vídeo: 277 / 300

Hot Slot - NES
#Jogo #Game #HotSlot #Cassino #Jogatina #NES #Nintendo #Nintendinho #Nintendo8Bits .

Publicado em: 8 de junho às 11:43 de 2017

Duração do vídeo: 00:33



Vídeo: 278 / 300

A Praça é Nossa - Esposa revoltada - KKK #APraçaÉNossa #EsposaRevoltada #EsperaSecar #KKK

Publicado em: 8 de junho às 13:21 de 2017

Duração do vídeo: 00:55



Vídeo: 279 / 300

Não Fume - Do not smoke - Ne pas fumer - Nicht rauchen - Non fumare - No fumar
#NãoFume #DoNotSmoke #NePasFumer #NichtRauchen #NonFumare #NoFumar

Publicado em: 9 de junho às 16:11 de 2017

Duração do vídeo: 00:30



Vídeo: 280 / 300

Prince of Persia 2 - The Shadow and the Flame - SNES - 1993 - Broderbund
Prince of Persia 2: The Shadow and the Flame é um jogo de plataforma que foi lançado pela Brøderbund em 1993. O jogo se passa onze dias após os eventos de Prince of Persia, na Pérsia, como também em vários outros locais. Data de lançamento inicial: 1993 Desenvolvedor: Brøderbund Série: Prince of Persia Projetista: Jordan Mechner Plataformas: SNES,Android, Xbox, iOS,DOS, MS-DOS, Mac OS Classic, NEC PC-9801, FM Towns Estúdios: Ubisoft, Brøderbund, SCE Studio Liverpool #Jogo #Game #Console #SNES #PrinceOfPersia2 #TheShadowAndTheFlame #SuperNintendo #Ano1993 #Broderbund #16Bits #Nintendo

Publicado em: 12 de junho às 11:00 de 2017

Duração do vídeo: 00:53



Vídeo: 281 / 300

Lançamento do windows 95 - matéria do Jornal Nacional
#Windows95 #Lançamento #JornalNacional #PC #Microsoft

Publicado em: 12 de junho às 16:09 de 2017

Duração do vídeo: 03:29



Vídeo: 282 / 300

Para o povo brasileiro - KD o dinheiro ???
#PovoBrasileiro #Brasil #Brasilia #KDODinheiro #OGatoComeu #Música

Publicado em: 12 de junho às 16:22 de 2017

Duração do vídeo: 02:43



Vídeo: 283 / 300

A Baleia Azul - The Blue Whale
#ABaleiaAzul #TheBlueWhale #LaBaleineBleue #DerBlauwal #LaBallenaAzul #OGlobo #Depressão #Jovens #Compartilhe

Publicado em: 13 de junho às 16:14 de 2017

Duração do vídeo: 02:34



Vídeo: 284 / 300

TV Diário - Homens mandados pela mulher


Publicado em: 13 de junho às 16:33 de 2017

Duração do vídeo: 00:45



Vídeo: 285 / 300

Pai mestre nos EFEITOS ESPECIAIS
#Pai #EfeitosEspeciais #CG

Publicado em: 14 de junho às 10:26 de 2017

Duração do vídeo: 01:23



Vídeo: 286 / 300

Homem com asa portátil voa por Dubai
#Fly #Dubai #Voando #Asa #Portátil

Publicado em: 14 de junho às 10:40 de 2017

Duração do vídeo: 00:55



Vídeo: 287 / 300

Comerciais - Criatividade é tudo - kkk
#Comercial #Criativo #kkk

Publicado em: 14 de junho às 15:15 de 2017

Duração do vídeo: 00:35



Vídeo: 288 / 300

Arroz com Oreo - Oreo rice
#Arroz #ArrozDoce #Oreo #Rice #Receita #Simples #Doce #HowToMake

Publicado em: 17 de junho às 10:56 de 2017

Duração do vídeo: 00:21



Vídeo: 289 / 300

Politica Brasileira no Thriller
#Politica #Brasil #Thriller #MortosVivos #Políticos

Publicado em: 17 de junho às 12:40 de 2017

Duração do vídeo: 02:49



Vídeo: 290 / 300

Zorra Total - Os Cangaceiros - KKK
#ZorraTotal #Cangaceiro #Família #kkk

Publicado em: 17 de junho às 13:48 de 2017

Duração do vídeo: 02:38



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Publicado em: 18 de junho às 17:47 de 2017

Duração do vídeo: 00:11



Vídeo: 292 / 300

Cannon Fodder - AMIGA - 1993 - Sensible Software
Cannon Fodder tem um tom sombrio de humor negro, foi adorado e condenado varias vezes pelos críticos. Seus criadores pretendiam transmitir uma mensagem anti-guerra, ao qual deixa evidente o papel do Cannon Fodder (ou bucha de canhão), mas o Daily Star e várias figuras públicas ridicularizaram o jogo. Em outros aspectos, os jogadores em geral elogiaram o jogo, que obteve amplamente mais de 90% de aprovação nas revistas Amiga. Amiga Action conquistou uma pontuação sem precedentes, chamando este de melhor jogo do ano de 1993. #Jogo #Game #CannonFodder #Amiga #Ano1993 #SensibleSoftware #VirginInteractive #Ação #Guerra . .

Publicado em: 18 de junho às 18:33 de 2017

Duração do vídeo: 00:42



Vídeo: 293 / 300

Donkey Kong Country 2 - Diddy's Kong Quest - SNES - 1995 - Rare - Gregg Mayles
Donkey Kong Country 2: Diddy's Kong Quest é o segundo jogo da série Donkey Kong Country. Foi desenvolvido pela Rare e publicado pela Nintendo em novembro de 1995 para o Super Nintendo Entertainment System. Compositor: David Wise Projetista: Gregg Mayles Desenvolvedor: Rare Gênero: Jogo eletrônico de plataforma Estúdios: Nintendo, Nintendo of America, Nintendo of Europe Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Wii, Game Boy Advance, Wii U #Jogo #Game #Console #DonkeyKongCountry2 #DiddysKongQuest #SNES #Ano1995 #Rare #GreggMayles #Aventura #Nintendo #16Bits . .

Publicado em: 19 de junho às 10:58 de 2017

Duração do vídeo: 00:50



Vídeo: 294 / 300

Contra - NES - 1987 - Konami
Contra foi um jogo de fliperama lançado em 1987 pela Konami. Foi lançado como Gryzor na Europa e Oceania. Foi o primeiro jogo da série Contra. Data de lançamento inicial: 1987 Gênero: Shoot 'em up Plataformas: Nintendo Entertainment System, Arcade, Wii, mais Desenvolvedores: Konami, Backbone Entertainment, Ocean Software, Paul Owens Série: Contra, Oretachi Gesen Zoku Estúdios: Konami, Erbe Software, SA, Ocean Software #Jogo #Game #Console #NES #Contra #Ano1987 #Konami #Nintendo #Nintendo8Bits #8bits #Nintendinho #Aventura #Gryzor

Publicado em: 20 de junho às 08:57 de 2017

Duração do vídeo: 00:55



Vídeo: 295 / 300

NFL Quarterback Club - SNES - 1993 - Acclaim Entertainment
Data de lançamento inicial: 1993 Gênero: Jogo eletrônico de esporte Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Mega Drive, Game Boy, Sega 32X, Sega Game Gear Desenvolvedores: Acclaim Entertainment, Acclaim Studios Austin, Blizzard North, Krome Studios Melbourne Estúdios: Acclaim Entertainment, LJN Modo: Jogo eletrônico para um jogador, Jogo multijogador #Jogo #Game #NFL #QuarterbackClub #SNES #Ano1993 #SuperNintendo #AcclaimEntertainment #16Bits #Nintendo

Publicado em: 22 de junho às 15:51 de 2017

Duração do vídeo: 00:38



Vídeo: 296 / 300

Battletoads in Battlemaniacs - SNES - 1993 - Rare
Battletoads in Battlemaniacs é um jogo lançado pela Tradewest em 1993 para o Super Nintendo e em 1994 pela Virgin Interactive para o Master System. Neste jogo é possível jogar com dois personagens diferentes, Pimple e Rash, dois sapos. Data de lançamento inicial: 1993 Modos de jogo: Single Player, Multiplayer Série: Battletoads Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Sega Master System Desenvolvedores: Rare, Virgin Interactive, Ultimate Play the Game Estúdios: Nintendo, Tradewest, Tectoy, Virgin Interactive, Nihon Falcom, Masaya #Jogo #Game #SNES #BattletoadsInBattlemaniacs #SNES #Ano1993 #Rare #SuperNintendo #Nintendo #16Bits #Battletoads

Publicado em: 23 de junho às 09:25 de 2017

Duração do vídeo: 00:52



Vídeo: 297 / 300

Mortal Kombat - Arcade - 1992 - Midway Games
Mortal Kombat é o primeiro título da série de jogos de luta de mesmo nome lançado nos arcades em 1992, desenvolvido e publicado pela Midway Games. Data de lançamento inicial: agosto de 1992 Gênero: Jogo eletrônico de luta Projetistas: Ed Boon, John Tobias Plataformas: Arcade, PlayStation 3, Xbox 360, PlayStation 2... Desenvolvedores: Midway Games, Acclaim Entertainment... Estúdios: Midway Games, Acclaim Entertainment, Tectoy... #Jogo #Game #Arcade #Ano1992 #MidwayGames #Luta #Combate

Publicado em: 24 de junho às 20:19 de 2017

Duração do vídeo: 00:48



Vídeo: 298 / 300

Championship Pro-Am - NES - 1988 - Rare
Data de lançamento inicial: 1988 Desenvolvedor: Rare Série: R.C. Pro-Am Estúdios: Nintendo, Rare, Tradewest Plataformas: Nintendo Entertainment System, Xbox One, Mega Drive, PlayChoice-10 Gênero: Jogo eletrônico de corrida, Vehicular combat game #Jogo #Game #Console #NES #ChampionshipProAM #Nintendo8Bits #Ano1998 #Rare #Nintendo #Nintendinho #8Bits #Corrida

Publicado em: Ontem às 10:47 de 2017

Duração do vídeo: 01:23



Vídeo: 299 / 300

The Mask - SNES - 1995 - Black Pearl Software



The Mask - SNES - 1995 - Black Pearl Software The Mask foi um jogo em side-scrolling para Super NES, baseado no filme "The Mask". O jogo não fez muito sucesso devido a sua dificuldade extremamente alta mesmo no nível fácil combinado como seus ... Data de lançamento inicial: 1995 Desenvolvedor: Black Pearl Software Modo: Jogo eletrônico para um jogador Plataforma: Super Nintendo Entertainment System Estúdios: Black Pearl Software, THQ, Virgin Interactive #Jogo #Game #TheMask #SNES #Ano1995 #BlackPearlSoftware #SuperNintendo #Nintendo #16Bits #Aventura

Publicado em: 28 de Junho de 2016





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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Manda mais vinho - Já pediam os hebreus há mais de 2000 anos


Manda mais vinho - Já pediam os hebreus há mais de 2000 anos



Mensagem encontrada em peça de 600 a.C. pedia que colega trouxesse mais bebida!


Quem lê a mensagem gravada neste pedaço de cerâmica, escrita em 600 antes de Cristo, pensa até que a informação é de hoje: “manda mais vinho”, pedia o soldado hebreu Hananyahu ao seu colega, Elyashiv.



A mensagem estava oculta numa peça encontrada em 1965 na região onde hoje fica Israel. Somente agora, mais de 50 depois, o uso da tecnologia multiespectral permitiu que os pesquisadores da Universidade de Tel Aviv conseguissem localizar a informação, apagada há muito pela ação do tempo.


Hebreus - Grupo Étnico


No total, são três linhas de texto. Além de pedir vinho, o soldado oferecia apoio ao amigo no que precisasse, sugeria compartilhar algo da época com outras pessoas e afirmava que um terceiro colega havia levado consigo um tanto de vinho frisante.


Os antigos Hebreus


A peça, chamada de óstraco, era usada para anotar receitas, listas e até para escrever cartas. Ela foi achada em um local onde ficava o reino de Judá – que foi destruído pouco depois, em 586 a.C, pelo rei babilônico Nabucodonosor.

Fonte: New York Times
(https://www.nytimes.com/2017/06/16/science/send-more-wine-pottery-archaeology.html)



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terça-feira, 27 de junho de 2017

O Super Nintendo está de volta com mais de 20 jogos clássicos e um inédito


O Super Nintendo está de volta com mais de 20 jogos clássicos e um inédito



Depois de relançar o Nintendinho em 2016 (e matá-lo antes que a maioria dos interessados pudesse comprá-lo), a Nintendo anunciou o relançamento de outro dos seus consoles clássicos: em setembro chega às lojas o Super NES Classic Edition, que acompanhará mais de 20 jogos amados pelos fãs do aparelho, incluindo um título jamais lançado oficialmente.


O SNES Classic Edition vai custar US$ 79,99 quando chegar às lojas dos EUA no dia 29 de setembro. Será uma versão em miniatura com o mesmo design clássico do console e com mais dois controles para os clássicos multijogador do SNES.



21 Classic Super NES Games


A seleção de jogos é para nenhum fã botar defeito. Clássicos como Super Mario World, The Legend of Zelda: A Link to the Past, Mega Man X e Donkey Kong Country, além de jogos cultuados como Earthbound e Final Fantasy III, acompanham o console.



SNES - Super Nintendo Entertainment System - Classic Edition


O destaque, porém, fica por conta de Star Fox 2. Apesar de ter sido desenvolvido e finalizado nos anos 90, o jogo jamais chegou às lojas. Ele pode ser jogado há anos em emuladores, mas é a primeira vez que ele está disponível oficialmente em um console da Nintendo.

Confira abaixo os 21 jogos que acompanham o relançamento do console:

Contra III: The Alien Wars
Donkey Kong Country
EarthBound
Final Fantasy III
F-ZERO
Kirby Super Star
Kirby’s Dream Course
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Street Fighter II Turbo: Hyper Fighting
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Super Ghouls ’n Ghosts
Super Mario Kart
Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars
Super Mario World
Super Metroid
Super Punch-Out!!
Yoshi’s Island

Resta saber se o SNES Classic Edition vai ser lançado em versão limitada, como aconteceu com o Nintendinho, ou se será mais fácil conseguir um do que foi o seu antecessor, lançado em novembro de 2016 e descontinuado em abril de 2017.



SNES - Games - Classic Edition



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segunda-feira, 26 de junho de 2017

Conheça oito palavras que moldaram nosso modo de pensar


Conheça oito palavras que moldaram nosso modo de pensar



Cada palavra carrega uma história, um segredo. Atrás das sílabas que usamos todos os dias se escondem várias narrativas esquecidas.


"Se você sabe a origem de uma palavra", insistia o acadêmico do século 6 Isidore de Sevilha, "tudo pode ser compreendido mais claramente". Enquanto a maioria das palavras entra em uso discretamente e sem deixar rastro de suas jornadas, há uma "elite" de invenções verbais cuja origem foi cuidadosamente registrada.

Algumas dessas palavras são criações únicas de pessoas esquecidas pela história. Outras são invenções de pioneiros culturais que deliberadamente queriam determinar como gerações futuras pensariam e falariam.

Em cada caso, investigar a biografia da palavra nos ajuda a conhecer a trajetória da pessoa que a criou, além da época em que ele ou ela viveu. A seguir, oito criações que mudaram a forma como pensamos, ouvimos, descobrimos e existimos no mundo:


Twitter


Logo na sede do Twitter (Foto: Marisa Allegra William/Twitter/Divulgação) Logo na sede do Twitter (Foto: Marisa Allegra William/Twitter/Divulgação)


As redes sociais certamente seriam um lugar menos animado sem o logotipo do Twitter: aquele perfil azul de um pássaro voando.

Mas quem teve a imaginação para criar uma onomatopeia que combina a linguagem dos homens com a dos pássaros?

'Twitter' (ou 'twiterith', como era o termo original na metade do século 14), tirado da pena de Geoffrey Chaucer em sua tradução do livro A Consolação da Filosofia, do filósofo do século 6 Boethius, significa "gorjear" em inglês.

Ao lado de "chilrar", "twitter" é uma das mais de 2,2 mil palavras que o poeta medieval leva o crédito por ter criado. É o mesmo autor que escreveu o poema O Parlamento das Aves, o que parece muito apropriado.



Serendipidade
Antes de 1754, se alguém quisesse expressar "a descoberta fortuita de algo por acaso", ele ou ela teriam que se esforçar para dar vida a um sentimento tão complexo.



Até que, ao escrever uma carta em uma terça-feira de janeiro, o escritor inglês Horace Walpole presenteou o mundo com a animada união de sílabas "serendipity".

Walpole disse que criou sua invenção lírica inspirado no conto de fadas persa As Três Princesas de Serendip, cujas protagonistas "estavam sempre fazendo descobertas, por acidente e sagacidade", disse ele.

Pouca importa o fato de Walpole ter lembrado incorretamente da verdadeira essência do conto - na verdade, as princesas não conseguem encontrar o que procuram, apesar de dolorosas tentativas. "Serendipidade" veio para ficar.

E não é a única criação de Walpole. "Betweenity" ("entremeio"), uma palavra mais charmosa do que seu sinônimo mais conhecido, "intermédio", merece a mesma afeição que sua irmã "serendipidade" recebe.



Panorama
Algumas palavras parecem vibrar com o mesmo espírito que seu significado denota. "Panorama" é uma delas - seu ritmo próprio parece estar em harmonia com vistas amplas de topos de montanhas e horizontes infinitos.



Parece apropriado, portanto, que a palavra que literalmente significa "vista total" tenha entrado no léxico mundial em 1789, um ano lembrado pela queda da Bastilha em Paris.

Que irônico, então, descobrir que a palavra inicialmente estava ligada a uma experiência de confinamento: uma pintura cilíndrica que prende sua audiência, um mecanismo visual criado pelo artista irlandês Robert Barker.



Visualizar
É difícil acreditar que ninguém jamais havia "visualizado" algo antes de 1817, mas esse foi o ano em que o poeta romântico e crítico Samuel Taylor Coleridge criou a palavra em sua confissão filosófica Bigraphia Literaria - um século depois que a palavra "envision" ("vislumbrar") foi criada.



Em retrospectiva, parece oportuno que um escritor cuja mente foi assombrada por visões fantasmagóricas como o navio fantasma de seu poema A Balada do Velho Marinheiro e pelos "olhos brilhantes" e "cabelo flutuante" que marcam o final de sua poesia lírica profética Kubla Khan, tenha dado o nome à ação de ver algo que não se vê.

Torturado ao longo de sua vida por substâncias materiais e imateriais, Coleridge é responsável por introduzir ao inglês outras palavras para descrever aspectos mais sombrios da experiência humana, como "psicossomático" e "pessimismo".



Intelectualizar
Coleridge frequentemente ganha o crédito por ter concebido um verbo relacionado: "intelectualise" ("intelectualizar" em português), que significa transformar um objeto físico em uma propriedade da mente.



Enquanto ele certamente merece o crédito por criar um verbo que sugere justamente o contrário - o "thingify" ("coisificar", em tradução livre"), que significa transformar um pensamento em um objeto.

Na verdade, "intelectualizar" provavelmente pertence a um poeta contemporâneo que serviu de inspiração ao poeta romântico: um viajante misterioso do século 18 conhecido pelo curioso apelido de "Stewart ambulante" por ter perambulado por boa parte do que se conhecia do mundo até então.

Em décadas viajando por Índia, África e Europa, Stewart desenvolveu uma filosofia excêntrica centrada na ideia de que corpo e mente estavam em fluxo constante entre um mundo que é o tempo todo intelectualizado e um espírito eternamente "coisificado".



Burocracia
O narrador da música Big Rock Candy Mountain, de 1928 e de autoria do cantor americano Harry McClintock, sonha com um paraíso sem preocupações onde "eles enforcam o desgraçado que inventou o trabalho".



Enquanto a história não menciona o nome do "desgraçado" em questão, conhecemos a identidade do economista francês que inventou o nome de algo quase tão cansativo quanto: "burocracia".

Em 1818, Jean Claude Marie Vincent de Gournay uniu a palavra francesa para mesa (bureau) ao sufixo grego que significa "o poder de" (cracia) e deu um nome àquilo que começava a sufocar a sociedade.

Por ter criado a palavra para processos governamentais que impõem regras entediantes no comportamento das pessoas, Gournay pode parecer a última pessoa que teria dado o nome ao termo que significa "deixe as pessoas fazerem o que acham melhor": laissez-faire.



Fotografia
É estranho pensar que um dos nomes aparentemente mais estáveis que damos aos objetos em nossa volta foram adotados gradualmente e em um processo de eliminação.



O inventor e astrônomo inglês Sir John Herschel propôs a palavra "fotografia" em 1839 e enfrentou uma competição intensa até que seu termo fosse adotado permanentemente no vocabulário mundial.

Se a história tivesse acontecido de outra maneira, sua avó poderia estar cobrando as suas "impressões de sol" ou "fotógenos". Um termo rival, heliográfico, que competiu com "fotografia" por uma geração inteira, urgiu Herschel a ir atrás de seu dinheiro.



Trouxa
Não é preciso dizer que os homens, como um gênero, não são os únicos bem-sucedidos na criação de palavras atraentes, apesar da pouca celebração de neologistas mulheres.



Segundo filme da saga Harry Potter é um dos destaques da mostra infantil (Foto: Foto: Divulgação)

Com suas contribuições à cultura frequentemente marginalizadas, não é surpresa que o dicionário Oxford atribua a escritoras o primeiro uso da palavra "outsider" ("excluído", em tradução livre), pela britânica Jane Austen em 1800, e "angst" ("raiva") pela alemã George Eliot em 1849.

Na nossa época, mais uma vez foi uma escritora que definiu aqueles que se admiram com os poderes dos iniciados e ficam na vontade como se por feitiçaria.
A britânica J. K. Rowling criou a palavra "muggle" ("trouxa", em português") em seu livro Harry Potter e a Pedra Filosofal em 1997 para descrever os mortais que não têm um dom sobrenatural, o que nos lembra da magia perene das palavras: alguns as têm, outros não.



Evolução do "Você"



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segunda-feira, 26 de junho de 2017

Sem pregos ou cola - Ela usa garrafas plásticas para fixar as junções de seus móveis


Sem pregos ou cola - Ela usa garrafas plásticas para fixar as junções de seus móveis



O novo método usado para fixar duas peças de madeira, desenvolvido por Micaella Pedros, de Londres, dispensa pregos. Em vez disso, ela envolve a junção com garrafas plásticas descartadas e esquenta o material. Nesse processo, o plástico se contrai proporcionando uma ligação extremamente sólida.


Micaella constrói móveis de madeira, como cadeiras, bancos e mesinhas de centro, com restos de madeira. O resultado final são peças propositalmente rústicas, sem grandes acabamentos e nada uniformes. Olhar para uma das criações de artista chama automaticamente nossa atenção para questão da reciclagem e do reaproveitamento dos materiais.



(https://youtu.be/OKgtI8gD0ZA)


“Garrafas de plástico estão em toda parte, o que faz ser um material tão acessível e disponível. Quando eu descobri o potencial das garrafas se tornarem peças de junção, fiquei espantada pelo fato de que qualquer um pode fazê-lo, abraçando seu valor democrático e contribuindo pela cultura do ‘faça-você-mesmo’”, explica.


Veja alguma de suas obras abaixo:



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segunda-feira, 26 de junho de 2017

8 sons de tecnologias antigas que não ouvimos mais


8 sons de tecnologias antigas que não ouvimos mais



Essa coletânea de sons antigos é também um teste! Quem se lembrar de cada um deles pode ter a certeza: você está ficando velho!


Encare isso da melhor forma possível, afinal de contas, o tempo passa para todo mundo. Sinta-se um privilegiado por ter acompanhado tantas – e tão fundamentais – mudanças tecnológicas (talvez o tom de discagem seja o menos obsoleto de todos, mas aqui em casa o telefone fixo já desapareceu há anos)!

E não é porque é antigo que é ultrapassado. O vinil, por exemplo, apesar de ter sido sucedido pelo CD e pelo MP3, está de volta com tudo. Muitos jovens são fissurados pelo LP.

Ok, as outras tecnologias dificilmente voltarão, mas ainda bem, né? Ou alguém se imagina lutando para conseguir uma conexão discada com um modem via linha telefônica?

Ouça os sons no vídeo abaixo e recapitule nas imagens a seguir:


(https://youtu.be/UF4M1uUjhHI)



01. Máquina de escrever



02. Modem 56K



03. Disco de vinil



04. Impressora matricial



05. Tom de discagem telefônica



06. Drive de disquete



07. Fita VHS rebobinando



08. Telefone de disco



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sábado, 24 de junho de 2017

Sega vai relançar 'Sonic', 'Altered Beast' e outros games clássicos gratuitamente para smartphones


Sega vai relançar 'Sonic', 'Altered Beast' e outros games clássicos gratuitamente para smartphones


Clássico 'Sonic the Hedgehog' será relançado para smartphones e tablets (Foto: Divulgação)

De acordo com empresa, coleção vai receber novos jogos a cada duas semanas. Pérolas da Sega terão versões para aparelhos iOS e Android.


Sega vai relançar "Sonic the Hedgehog" (1991), "Altered Beast" (1988) e outros games clássicos do seu catálogo gratuitamente para smartphones. De acordo com a Sega, os cinco primeiros jogos da coleção chamada Sega Forever serão disponibilizados na quinta-feira (22/06/2017) para aparelhos Android e iOS.



Sonic the Hedgehog - Série de Videogame


Mas nesta quarta (21/06/2017) já era possível baixá-los na loja de aplicativos Google Play.
Além do primeiro "Sonic" e do game de mitologia grega, a primeira leva de clássicos da Sega têm o RPG "Phantasy Star II", o jogo de aventura com história em quadrinhos "Comix Zone" e "Kid Chameleon".


A coleção de pérolas da Sega deve receber novos lançamentos a cada duas semanas.


'Altered Beast', game em que você se transforma em criaturas da mitologia grega, também será relançado pela Sega (Foto: Divulgação)


"Acima de tudo, a coleção Sega Forever é uma celebração da nostalgia", diz em nota Mike Evans, diretor de marketing da divisão "mobile" da Sega no Ocidente. "É a maneira de dar aos fãs a oportunidade de se reconectar à experiências passadas e de compartilhá-las com familiares e amigos de forma acessível e conveniente".


Altered Beast - Videogame


Os games lançados via Sega Forever não exigem conexão com a internet e têm recursos como "saves" na nuvem, suporte ao uso de controles Bluetooth e placares de líderes. Cada jogo também tem uma versão paga, sem anúncios publicitários, por US$ 2 (ou R$ 6,50 na loja Google Play).



Site Googleplay.com


Esses não são os primeiros jogos clássicos da Sega a chegarem a smartphones e tablets. A fabricante japonesa já lançou "Crazy Taxi" e uma versão melhorada de "Sonic the Hedgehog 2".
SEGA



Crazy Taxi Classic - Sega



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sábado, 24 de junho de 2017

Programador cria Tales of Popolon, um novo jogo para MSX


Programador cria Tales of Popolon, um novo jogo para MSX



Apesar de ter sido lançado em 1983, o MSX continua recebendo jogos mesmo em 2017. O mais recente deles chama-se Tales of Popolon, que está sendo desenvolvido pelo programador Santiago Ontanon.


Trata-se de um jogo de aventura em 3D onde você é o herói Popolon, que a pedido do deus grego da morte, Tânato, precisa acabar com um mal que habitou uma fortaleza e a está usando para matar as pessoas e impedir que suas almas cheguem na terra dos mortos de Hades.

Conforme podemos ver no vídeo abaixo, você deverá se mover através de uma série de corredores ao mesmo tempo que luta com inimigos usando seus punhos ou espada. Há também chaves que são usadas para abrir novas passagens.



(https://youtu.be/u9HiZfxoLmk)


Pode não parecer impressionante para os dias atuais, mas se este jogo tivesse sido lançado nos anos 80 para MSX, deixaria muita gente de queixo caído devido ao seu visual 3D.

Tales of Popolon ainda está em desenvolvimento, mas o criador já disponibilizou uma versão funcional daquilo que já está pronto, sendo necessário um MSX1 com pelo menos 16KB de RAM ou um emulador de MSX para poder jogar.

Fonte: Indie Retro News
(http://www.indieretronews.com/2017/03/tales-of-popolon-santiago-ontanons-new.html?m=1)

Download da versão funcional:
(https://github.com/santiontanon/talesofpopolon/releases/tag/1.0)

Source:
(https://github.com/santiontanon/talesofpopolon)



Indie Retro News - Site Fonte



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quinta-feira, 22 de junho de 2017

Gelo pode ser o futuro da energia mundial


Gelo pode ser o futuro da energia mundial



Mistura congelada de água e gás tem chances de ser a próxima fonte de energia do planeta.


Recentemente, cientistas chineses anunciaram a primeira extração bem-sucedida de “gelo combustível”, um material encontrado no fundo do mar e que poderá ser o futuro da sustentabilidade energética do planeta.


Como se formam os hidratos de metano


Ele é conhecido oficialmente como hidrato ou clatrato de metano e é uma mistura gelada de água e gás. Praven Linga, professor do Departamento de Engenharia Química e Biomolecular da Universidade Nacional de Singapura, explicou em uma entrevista à BBC que eles parecem cristais de gelo, mas, quanto à sua estrutura molecular, é possível ver as partículas de metano dentro da água.



O Mar da China Meridional tem sido alvo de vários países que disputam sua soberania


Os hidratos, que podem ser encontrados tanto no fundo do mar quanto debaixo do permafrost, formam-se em temperaturas muito baixas em áreas de pressão elevadíssima. Quando o material é exposto a temperaturas mais altas ou pressões mais reduzidas, ele libera grandes quantidades de metano, o que o transforma em um combustível de alta intensidade energética.



Hidratos de Metano recuperados do Golfo do México


Grandes potências, como o Japão e os EUA, também estão desenvolvendo métodos de extração de gelo combustível – a grande quantidade de hidratos disponíveis no fundo do oceano poderá transformá-lo em um elemento chave para as demandas energéticas do futuro.


Fonte: BBC
(http://www.bbc.com/portuguese/geral-40029080)



Hidratos também podem ser encontrados abaixo do permafrost



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quinta-feira, 22 de junho de 2017

Descoberta histórica - Polícia encontra artefatos nazistas escondidos na Argentina


Descoberta histórica - Polícia encontra artefatos nazistas escondidos na Argentina



Autoridades acreditam que objetos teriam pertencido ao alto escalão de Hitler.


Após uma série de investigações em uma cidade próxima a Buenos Aires, a polícia argentina encontrou um depósito repleto de elementos relacionados ao regime nazista.



A policia encontrou peças arqueológicas e Paleontológicas, e elementos com simbologia nazista


São 75 artefatos da época da Segunda Guerra Mundial que teriam pertencido ao alto escalão nazista. Entre os itens, destacam-se um busto de Adolf Hitler, uma estátua de águia sobre a suástica e peças para doutrinar crianças.



Investigações preliminares mostram que, a princípio, todos os itens são originais. O maior indicativo disso são as fotografias antigas, utilizadas como forma de comprovar a procedência dos objetos. Elas mostram os itens sendo usados por líderes nazistas.



A descoberta foi feita depois que a polícia argentina começou a desconfiar das atividades comerciais na região. Com a ajuda da Interpol, uma casa foi invadida e, por trás de uma grande estante de livros, encontraram uma passagem secreta que levava a uma sala ondem estavam as imagens nazistas.
Vídeo relacionado:


Twitter - Ministerio Seguridad


A polícia também encontrou vários objetos arqueológicos de origens chinesa e egípcia, que deveriam ser resguardados pela lei de Proteção do Patrimônio Arqueológico e Paleontológico. Entre eles, animais mumificados e pedaços de casco de gliptodonte.



Uma faca com gravações de símbolos nazistas



Instrumento para medir o tamanho da cabeça humana



Fonte: La Nación e e O Globo

(http://www.lanacion.com.ar/2032138-en-un-allanamiento-la-policia-secuestro-piezas-arqueologicas-paleontologicas-y-elementos-con-simbologia-nazi)

(https://oglobo.globo.com/sociedade/policia-encontra-artefatos-nazistas-em-descoberta-historica-na-argentina-21496423)



Site fonte 1 - lanacion.com.ar



Site fonte 2 - Oglobo.com



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terça-feira, 20 de junho de 2017

Pensa louro - Zoologia


Pensa louro - Zoologia


Você já viu algum animal de estimação que se despede do seu dono à noite desejando-lhe um bom jantar? Ou que sabe contar objetos e dizer a cor de cada um?


Pois a bióloga Irene Pepperberg, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, tem um que faz tudo isso. É Alex, um papagaio-do-congo, da espécie Psittacus erithacus, natural da região equatorial da África. "Alex não se limita a repetir palavras, mas as usa para identificar, quantificar e qualificar coisas", conta Irene. "E aplicar palavras com sentido é sinal de inteligência", entusiasma-se a pesquisadora. Para ela, os papagaios têm dotes intelectuais semelhantes aos de golfinhos e chimpanzés. Tudo graças a certas áreas do cérebro bem desenvolvidas.



Para o ornitólogo Jacques Vielliard, da Universidade Estadual de Campinas, não se deve comparar a inteligência animal com a humana. "Os papagaios aprendem a fazer associações e têm seu repertório vocal", diz ele. "Mas só o homem faz abstrações e usa uma linguagem com símbolos." O pesquisador, que tem uma das dez maiores coleções do mundo de gravações do canto de aves, conta que muitos papagaios não sabem imitar a voz humana. É que as aves da família dos psitacídeos (que inclui também periquitos, araras, cacatuas e maitacas) emitem sons conforme sua estrutura vocal (veja o quadro ao lado). Assim, algumas espécies, como o Amazona aestiva (papagaio-verdadeiro), imitam bem o timbre humano. Mas outras, como o Amazona amazonica (papagaio-do-mangue), não fazem mais que copiar campainhas e buzinas. "De qualquer modo, os papagaios só repetem os sons humanos se estiverem em cativeiro, isolados dos companheiros", explica Vielliard. "Na natureza, evidentemente, eles usam repertório vocal próprio para se comunicar."



Sem cordas vocais

1. O ar passa pela traquéia e pelos brônquios. No meio do caminho existe o saco aéreo.

2. O saco aéreo é oco. Ao passar pelo lado de fora, o ar faz as paredes dele vibrabrem, como a pele de um tambor.

3. O timbre e o tom da voz do papagaio mudam pela contração dos músculos que revestem o sistema fonador.


O Amazona ochrocephala (papagaio-canteiro) é um dos que melhor imitam a voz humana


Do currupaco ao bate-papo



1. O papagaio assiste a dois indivíduos manipulando objetos. Um é o treinador, outro, o modelo para a ave.

2. O treinador faz perguntas ao modelo sobre o objeto: o que é isto? Do que é feito? De que cor é?

3. O modelo é aplaudido e premiado quando acerta e repreendido quando erra.

4. O treinador e o modelo envolvem a ave na conversa, fazendo perguntas a ela.

5. Segundo a pesquisadora, a ave aprende as palavras, seu significado e, ainda, o processo de comunicação.


Cada papagaio com a sua voz
O papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), existente em todo o território brasileiro, menos na Amazônia, é um dos melhores faladores. É que, na natureza, ele emite um som que parece a sílaba "áu", de modulação suave. A estrutura harmônica do canto dessa ave - registrada nas linhas paralelas do gráfico ao lado - é semelhante à do homem.



Já o papagaio-do-mangue (Amazona amazonica) é um péssimo conversador. Na mata, emite um grito muito agudo e rápido, como mostra o sobe-desce das linhas do gráfico ao lado, que analisa a voz do bicho. O berro soa como as sílabas "kú-rik". Isolado, ele tenta copiar os barulhos mais próximos disso, como o de campainhas e latidos estridentes.



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terça-feira, 20 de junho de 2017

Descoberta sobre origem grega do exército de terracota chinês pode mudar a história


Descoberta sobre origem grega do exército de terracota chinês pode mudar a história



Se a teoria se confirmar, muda a história de que a relação entre o Ocidente e a China começou só a partir da Rota da Seda.


O exército de terracota, também conhecido como guerreiros de Xian, foi descoberto por acaso em 1974, na província chinesa de Shaanxi. Formado por mais de 8 mil esculturas de barro, o exército estava disposto como guardião do túmulo do primeiro imperador da Dinastia Qin, Qin Shihuang, que viveu há mais de 2.200 anos.



Exército de terracota - Museu em Xian - China


Novas descobertas indicam que essas esculturas teriam influências gregas. Elas derrubariam a hipótese de que o vínculo entre o Ocidente e a China teria começado com a Rota da Seda, inaugurada por Marco Polo no século XIII.

Li Xiuzhen, um dos arqueólogos responsáveis pela pesquisa, explica: “acreditamos que o exército de Terracota, os acrobatas e as esculturas de bronze encontrados nesse local foram inspirados pelas esculturas e pela arte da Grécia Antiga”.


Coleção inclui cavalos, carruagens e guerreiros


Umas das maiores evidências para dar suporte a essa hipótese é a dos restos de DNA europeu encontrados na região, que teriam pertencido à época das esculturas. Alguns especialistas acreditam que artistas gregos poderiam ter vivido na região e ensinado sua arte aos orientais.

Fonte: Playground
(http://www.playgroundmag.net/noticias/actualidad/Guerreros_de_Terracota-esculturas_griegas_0_1846615323.html)



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terça-feira, 20 de junho de 2017

5 filmes que todo amante de física deveria assistir


5 filmes que todo amante de física deveria assistir


1 - Interestelar



Um dos melhores filmes de física já feito. O filme conta a história da Terra em um momento em que suas reservas naturais estão se esgotando. Com isso, um grupo de astronautas recebem uma arriscada missão de viajar para outros planetas para verificarem se há a possibilidade de habitação da população terrestre.



2 - A Teoria de Tudo



O filme conta a história do Stephen Hawking. Ainda jovem o cientista formulou importes teorias além de descobrir ser portador de uma doença degenerativa. Retrata também o romance com uma aluna de Cambridge.



3 - Perdido em Marte



Um ótimo filme que conta a história de um astronauta que foi deixado para trás em Marte. Por isso ele é obrigado a morar lá por tempo e com vários desafios pela frente. A parte mais intrigante é que ele planta batatas no solo de Marte.



4 - Quem somos nós?



É filme documentário que mostra o mundo escondido da física quântica. Muitos não gostam por ser um documentário, então assista aberto ao aprendizado e informações que ele oferece.



5 - Apollo 13



Lançado em 1995, retrata a história de três astronautas que foram em direção à Lua e sobrevivem a uma explosão e com isso são obrigados a voltar rapidamente para a Terra.



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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Contos Fluminenses - Parte 4 de 4 - Machado de Assis


Contos Fluminenses - Parte 4 de 4 - Machado de Assis



Machado de Assis - CONTOS FLUMINENSES

(PARTE FINAL DO LIVRO NO TEXTO ABAIXO)



- Merecia castigo...
- Merecia. Queres tu castigá-lo?
Emília fez um gesto de desdém e disse:
- Não vale a pena.
- Mas tu castigaste o outro.
- Sim... mas não vale a pena.
- Dissimulada!
- Por que dizes isso?
- Porque já te vejo meio tentada a uma nova vingança...
- Eu? Ora qual!
- Que tem? Não é crime...
- Não é, decerto; mas... veremos.
- Ah! serás capaz?
- Capaz? disse Emília com um gesto de orgulho ofendido.
- Beijar-te-á ele a ponta do sapato?
Emília ficou silenciosa por alguns momentos; depois apontando com o
leque para a botina que lhe calçava o pé, disse:
- E hão de ser estes.
Emília e Adelaide se dirigiram para o lado em que se achavam os
homens. Tito, que parecia conversar intimamente com Azevedo, interrompeu a
conversa para dar atenção às senhoras. Diogo continuava mergulhado na sua
156
meditação.
- Então o que é isso, Sr. Diogo? perguntou Tito. Está meditando?
- Ah! perdão, estava distraído!
- Coitado! disse Tito baixo a Azevedo.
Depois, voltando-se para as senhoras:
- Não as incomoda o charuto?
- Não senhor, disse Emília.
- Então, posso continuar a fumar?
- Pode, disse Adelaide.
- É um mau vício, mas é o meu único vício. Quando fumo parece que
aspiro a eternidade. Enlevo-me todo e mudo de ser. Divina invenção!
- Dizem que é excelente para os desgostos amorosos, disse Emília com
intenção.
- Isso não sei. Mas não é só isto. Depois da invenção do fumo não há
solidão possível. É a melhor companhia deste mundo. Demais, o charuto é um
verdadeiro Memento homo: convertendo-se pouco a pouco em cinzas, vai
lembrando ao homem o fim real e infalível de todas as coisas: é o aviso
filosófico, é a sentença fúnebre que nos acompanha em toda a parte. Já é um
grande progresso... Mas estou eu a aborrecer com uma dissertação tão pesada.
Hão de desculpar... que foi descuido. Ora, a falar a verdade, eu já vou
desconfiando; Vossa Excelência olha com olhos tão singulares...
Emília, a quem era dirigida a palavra, respondeu:
- Não sei se são singulares, mas são os meus.
- Penso que não são os do costume. Está talvez Vossa Excelência a dizer
consigo que eu sou um esquisito, um singular, um...
- Um vaidoso, é verdade.
- Sétimo mandamento: não levantar falsos testemunhos.
- Falsos, diz o mandamento.


[Linha 4600 de 6063 - Parte 4 de 4]


- Não me dirá em que sou eu vaidoso?
- Ah! a isso não respondo eu.
157
- Por que não quer?
- Porque... não sei. É uma coisa que se sente, mas que se não pode
descobrir. Respira-lhe a vaidade em tudo: no olhar, na palavra, no gesto... mas
não se atina com a verdadeira origem de tal doença.
- É pena. Eu tinha grande prazer em ouvir da sua boca o diagnóstico da
minha doença. Em compensação pode ouvir da minha o diagnóstico da sua... A
sua doença é... Digo?
- Pode dizer.
- É um despeitozinho.
- Deveras?
- Vamos ver isso, disse Azevedo rindo-se.
Tito continuou:
- Despeito pelo que eu disse há pouco.
- Puro engano! disse Emília rindo-se.
- É com toda a certeza. Mas é tudo gratuito. Eu não tenho culpa de coisa
alguma. A natureza é que me fez assim.
- Só a natureza?
- E um tanto de estudo. Ora vou expor-lhe as minhas razões. Veja se
posso amar ou pretender: primeiro, não sou bonito...
- Oh!... disse Emília.
- Agradeço o protesto, mas continuo na mesma opinião: não sou bonito,
não sou...
- Oh!... disse Adelaide.
- Segundo: não sou curioso, e o amor, se o reduzirmos às suas
verdadeiras proporções, não passa de uma curiosidade; terceiro: não sou
paciente, e nas conquistas amorosas a paciência é a principal virtude; quarto,
finalmente: não sou idiota, porque, se com todos estes defeitos pretendesse amar,
mostraria a maior falta de razão. Aqui está o que eu sou por natural e por
indústria.
- Emília, parece que é sincero.
158
- Acreditas?
- Sincero como a verdade, disse Tito.
- Em último caso, seja ou não seja sincero, que tenho eu com isso?
- Eu creio que nada, disse Tito.
II
No dia seguinte àquele em que se passaram as cenas descritas no capítulo
anterior, entendeu o céu que devia regar com as suas lágrimas o solo da formosa
Petrópolis.
Tito, que destinava esse dia a ver toda a cidade, foi obrigado a conservarse
em casa. Era um amigo que não incomodava, porque quando era de mais sabia
escapar-se discretamente, e quando o não era, tornava-se o mais delicioso dos
companheiros.
Tito sabia juntar muita jovialidade a muita delicadeza; sabia fazer rir sem
saltar fora das conveniências. Acrescia que, voltando de uma longa e pitoresca
viagem, trazia as algibeiras da memória (deixem passar a frase) cheias de vivas
reminiscências. Tinha feito uma viagem de poeta e não de peralvilho. Soube ver


[Linha 4650 de 6063 - Parte 4 de 4]


e sabia contar. Estas duas qualidades, indispensáveis ao viajante, por desgraça
são as mais raras. A maioria das pessoas que viajam nem sabem ver, nem sabem
contar.
Tito tinha andado por todas as repúblicas do mar Pacífico, tinha vivido
no México e em alguns estados americanos. Tinha depois ido à Europa no
paquete da linha de New York. Viu Londres e Paris. Foi à Espanha, onde viveu a
vida de Almaviva, dando serenatas às janelas das Rosinas de hoje. Trouxe de lá
alguns leques e mantilhas. Passou à Itália e levantou o espírito à altura das
recordações da arte clássica. Viu a sombra de Dante nas ruas de Florença; viu as
almas dos doges pairando saudosas sobre as águas viúvas do mar Adriático; a
terra de Rafael, de Virgílio e Miguel Ângelo foi para ele uma fonte viva de
recordações do passado e de impressões para o futuro. Foi à Grécia, onde soube
159
evocar o espírito das gerações extintas que deram ao gênio da arte e da poesia um
fulgor que atravessou as sombras dos séculos.
Viajou ainda mais o nosso herói, e tudo viu com olhos de quem sabe ver
e tudo contava com alma de quem sabe contar. Azevedo e Adelaide passavam
horas esquecidas.
- Do amor, dizia ele, eu só sei que é uma palavra de quatro letras, um
tanto eufônica, é verdade, mas núncia de lutas e desgraças. Os bons amores são
cheios de felicidade, porque têm a virtude de não alçarem olhos para as estrelas
do céu; contentam-se com ceias à meia-noite e alguns passeios a cavalo ou por
mar.
Esta era a linguagem constante de Tito. Exprimia ela a verdade, ou era
uma linguagem de convenção? Todos acreditavam que a verdade estava na
primeira hipótese, até porque essa era de acordo com o espírito jovial e folgazão
de Tito.
No primeiro dia da residência de Tito em Petrópolis, a chuva, como disse
acima, impediu que os diversos personagens desta história se encontrassem. Cada
qual ficou na sua casa. Mas o dia imediato foi mais benigno; Tito aproveitou o
bom tempo para ir ver a risonha cidade da serra. Azevedo e Adelaide quiseram
acompanhá-lo; mandaram aparelhar três ginetes próprios para o ligeiro passeio.
Na volta foram visitar Emília. Durou poucos minutos a visita. A bela
viúva recebeu-os com graça e cortesia de princesa. Era a primeira vez que Tito lá
ia; e fosse por isso, ou por outra circunstância, foi ele quem mereceu as
principais atenções da dona da casa.
Diogo, que então fazia a sua centésima declaração de amor a Emília, e a
quem Emília acabava de oferecer uma chávena de chá, não viu com bons olhos a
demasiada atenção que o viajante merecia da dama dos seus pensamentos. Essa,
e talvez outras circunstâncias, faziam com que o velho Adônis assistisse à
conversação com a cara fechada.
À despedida Emília ofereceu a casa a Tito, com a declaração de que teria
a mesma satisfação em recebê-lo muitas vezes. Tito aceitou cavalheiramente o
160
oferecimento; feito o que, saíram todos.
Cinco dias depois desta visita Emília foi à casa de Adelaide. Tito não
estava presente; andava a passeio. Azevedo tinha saído para um negócio, mas
voltou daí a alguns minutos. Quando, depois de uma hora de conversa, Emília já
de pé preparava-se para voltar à casa, entrou Tito.
- Ia sair quando entrou, disse Emília. Parece que nos contrariamos em


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tudo.
- Não é por minha vontade, respondeu Tito; pelo contrário, meu desejo é
não contrariar pessoa alguma, e portanto não contrariar Vossa Excelência.
- Não parece.
- Por quê?
Emília sorriu e disse com uma inflexão de censura:
- Sabe que me daria prazer se se utilizasse do oferecimento de minha
casa; ainda se não utilizou. Foi esquecimento?
- Foi.
- É muito amável...
- Sou muito franco. Eu sei que Vossa Excelência preferia uma delicada
mentira; mas eu não conheço nada mais delicado que a verdade.
Emília sorriu.
Nesse momento entrou Diogo.
- Ia sair, D. Emília? perguntou ele.
- Esperava o seu braço.
- Aqui o tem.
Emília despediu-se de Azevedo e de Adelaide. Quanto a Tito, no
momento em que ele se curvava respeitosamente, Emília disse-lhe com a maior
placidez da alma:
- Há alguém tão delicado como a verdade: é o Sr. Diogo. Espero dizer o
mesmo...
- De mim? interrompeu Tito. Amanhã mesmo.
Emília saiu pelo braço de Diogo.
161
No dia seguinte, com efeito, Tito foi à casa de Emília. Ela o esperava
com certa impaciência. Como não soubesse a hora em que ele devia apresentar-se
lá, a bela viúva esperou-o a todos os momentos, desde manhã. Só ao cair da tarde
é que Tito dignou-se aparecer.
Emília morava com uma tia velha. Era uma boa senhora, amiga da
sobrinha, e inteiramente escrava da sua vontade. Isto quer dizer que não havia em
Emília o menor receio que a boa tia não assinasse de antemão.
Na sala em que Tito foi recebido não estava ninguém. Ele teve portanto
tempo de sobra para examiná-la à vontade. Era uma sala pequena, mas mobiliada
e adornada com gosto. Móveis leves, elegantes e ricos; quatro finíssimas
estatuetas, copiadas de Pradier, um piano de Erard, tudo disposto e arranjado com
vida.
Tito gastou o primeiro quarto de hora no exame da sala e dos objetos que
a enchiam. Esse exame devia influir muito no estudo que ele quisesse fazer do
espírito da moça. Dize-me como moras, dir-te-ei quem és.
Mas o primeiro quarto de hora correu sem que aparecesse vivalma, nem
que se ouvisse rumor de natureza alguma. Tito começou a impacientar-se. Já
sabemos que espírito brusco era ele, apesar da suprema delicadeza que todos lhe
reconheciam. Parece, porém, que a sua rudeza, quase sempre exercida contra
Emília, era antes estudada que natural. O que é certo é que no fim de meia hora,
aborrecido pela demora, Tito murmurou consigo:
- Quer tomar desforra!
E tomando o chapéu que havia posto numa cadeira ia dirigindo-se para a
porta quando ouviu um farfalhar de sedas. Voltou a cabeça; Emília entrava.
- Fugia?


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- É verdade.
- Perdoe a demora.
- Não há que perdoar; não podia vir, era natural que fosse por algum
motivo sério. Quanto a mim não tenho igualmente de que pedir perdão. Esperei,
estava cansado, voltaria em outra ocasião. Tudo isto é natural.
162
Emília ofereceu uma cadeira a Tito e sentou-se num sofá.
- Realmente, disse ela acomodando o balão, o Sr. Tito é um homem
original.
- É a minha glória. Não imagina como eu aborreço as cópias. Fazer o que
muita gente faz, que mérito há nisso? Não nasci para esses trabalhos de imitação.
- Já uma coisa fez como muita gente.
- Qual foi?
- Prometeu-me ontem esta visita e veio cumprir a promessa.
- Ah! minha senhora, não lance isto à conta das minhas virtudes. Podia
não vir; vim, não foi vontade, foi... acaso.
- Em todo caso, agradeço-lhe.
- É o meio de me fechar a sua porta.
- Por quê?
- Porque eu não me dou com esses agradecimentos; nem creio mesmo
que eles possam acrescentar nada à minha admiração pela pessoa de Vossa
Excelência. Fui visitar muitas vezes as estátuas dos museus da Europa, mas se
elas se lembrassem de me agradecer um dia, dou-lhe a minha palavra que não
voltava lá.
A estas palavras seguiu-se um silêncio de alguns segundos.
Emília foi quem falou primeiro.
- Há muito tempo que se dá com o marido de Adelaide?
- Desde criança, respondeu Tito.
- Ah! foi criança?
- Ainda hoje sou.
- É exatamente o tempo das minhas relações com Adelaide. Nunca me
arrependi.
- Nem eu.
- Houve um tempo, prosseguiu Emília, em que estivemos separadas; mas
isso não trouxe mudança alguma às nossas relações. Foi no tempo do meu
primeiro casamento.
163
- Ah! foi casada duas vezes?
- Em dois anos.
- E por que enviuvou da primeira?
- Porque meu marido morreu, disse Emília rindo-se.
- Mas eu pergunto outra coisa. Por que se fez viúva, mesmo depois da
morte de seu primeiro marido? Creio que poderia continuar casada.
- De que modo? perguntou Emília com espanto.
- Ficando mulher do finado. Se o amor acaba na sepultura acho que não
vale a pena procurá-lo neste mundo.
- Realmente o Sr. Tito é um espírito fora do comum.
- Um tanto.
- É preciso que o seja para desconhecer que a nossa vida não importa
essas exigências da eterna fidelidade. E demais, pode-se conservar a lembrança


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dos que morrem sem renunciar às condições da nossa existência. Agora é que eu
lhe pergunto por que me olha com olhos tão singulares?...
- Não sei se são singulares, mas são os meus.
- Então, acha que eu cometi uma bigamia?
- Eu não acho nada. Ora, deixe-me dizer-lhe a última razão da minha
incapacidade para os amores.
- Sou toda ouvidos.
- Eu não creio na fidelidade.
- Em absoluto?
- Em absoluto.
- Muito obrigada.
- Ah! eu sei que isto não é delicado; mas em primeiro lugar, eu tenho a
coragem das minhas opiniões, e em segundo foi Vossa Excelência quem me
provocou. É infelizmente verdade, eu não creio nos amores leais e eternos. Quero
fazê-la minha confidente. Houve um dia em que eu tentei amar; concentrei todas
as forças vivas do meu coração; dispus-me a reunir o meu orgulho e a minha
ilusão na cabeça do objeto amado. Que lição mestra! O objeto amado, depois de
164
me alimentar as esperanças, casou-se com outro que não era nem mais bonito,
nem mais amante.
- Que prova isso? perguntou a viúva.
- Prova que me aconteceu o que pode acontecer e acontece diariamente
aos outros.
- Ora...
- Há de me perdoar, mas eu creio que é uma coisa já metida na massa do
sangue.
- Não diga isso. É certo que podem acontecer casos desses; mas serão
todos assim? Não admite uma exceção? Aprofunde mais os corações alheios se
quiser encontrar a verdade... e há de encontrar.
- Qual! disse Tito abaixando a cabeça e batendo com a bengala na ponta
do pé.
- Posso afirmá-lo, disse Emília.
- Duvido.
- Tenho pena de uma criatura assim, continuou a viúva. Não conhecer o
amor é não conhecer a vida! Há nada igual à união de duas almas que se adoram?
Desde que o amor entra no coração, tudo se transforma, tudo muda, a noite
parece dia, a dor assemelha-se ao prazer... Se não conhece nada disto, pode
morrer, porque é o mais infeliz dos homens.
- Tenho lido isso nos livros, mas ainda não me convenci...
- Já reparou na minha sala?
- Já vi alguma coisa.
- Reparou naquela gravura?
Tito olhou para a gravura que a viúva lhe indicava.
- Se me não engano, disse ele, aquilo é o Amor domando as feras.
- Veja e convença-se.
- Com a opinião do desenhista? perguntou Tito. Não é possível. Tenho
visto gravuras vivas. Tenho servido de alvo a muitas setas; crivam-me todo, mas
eu tenho a fortaleza de São Sebastião; afronto, não me curvo.
165
- Que orgulho!


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- O que pode fazer dobrar uma altivez destas? A beleza? Nem Cleópatra.
A castidade? Nem Susana. Resuma, se quiser, todas as qualidades em uma só
criatura, e eu não mudarei... É isto e nada mais.
Emília levantou-se e dirigiu-se para o piano.
- Não aborrece a música? perguntou ela abrindo o piano.
- Adoro-a, respondeu o moço sem se mover; agora quanto aos
executantes só gosto dos bons. Os maus dão-me ímpetos de enforcá-los.
Emília executou ao piano os prelúdios de uma sinfonia. Tito ouvia-a com
a mais profunda atenção. Realmente a bela viúva tocava divinamente.
- Então, disse ela levantando-se, devo ser enforcada?
- Deve ser coroada. Toca perfeitamente.
- Outro ponto em que não é original. Toda a gente me diz isso.
- Ah! eu também não nego a luz do sol.
Neste momento entrou na sala a tia de Emília. Esta apresentou-lhe Tito.
A conversa tomou então um tom pessoal e reservado; durou pouco, aliás, porque
Tito, travando repentinamente do chapéu, declarou que tinha que fazer.
- Até quando?
- Até sempre.
Despediu-se e saiu.
Emília ainda o acompanhou com os olhos por algum tempo, da janela da
casa. Mas Tito, como se o caso não fosse com ele, seguiu sem olhar para trás.
Mas, exatamente no momento em que Emília voltava para dentro, Tito
encontrava o velho Diogo.
Diogo ia na direção da casa da viúva. Tinha um ar pensativo. Tão
distraído ia que chegou quase a esbarrar com Tito.
- Onde vai tão distraído? perguntou Tito.
- Ah! é o senhor? Vem da casa de D. Emília?
- Venho.
- Eu para lá vou. Coitada! há de estar muito impaciente com a minha
166
demora...
- Não está, não senhor, respondeu Tito com o maior sangue-frio.
Diogo lançou-lhe um olhar de despeito.
A isso seguiu-se um silêncio de alguns minutos, durante o qual Diogo
brincava com a corrente do relógio, e Tito lançava ao ar novelos de fumaça de
um primoroso havana. Um desses novelos foi desenrolar-se na cara de Diogo. O
velho tossiu e disse a Tito:
- Apre lá, Sr. Tito! É demais!
- O quê, meu caro senhor? perguntou o rapaz.
- Até a fumaça!
- Foi sem reparar. Mas eu não compreendo as suas palavras...
- Eu me faço explicar, disse o velho tomando um ar risonho. Dê-me o
seu braço...
- Pois não!
E os dois seguiram conversando como dois amigos velhos.
- Estou pronto a ouvir a sua explicação.
- Lá vai. Sabe o que eu quero? É que seja franco. Não ignora que eu
suspiro aos pés da viúva. Peço-lhe que não discuta o fato, admita-o
simplesmente. Até aqui tudo ia caminhando bem, quando o senhor chegou a
Petrópolis.


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- Mas...
- Ouça-me silenciosamente. Chegou o senhor a Petrópolis, e sem que eu
lhe tivesse feito mal algum, entendeu de si para si que me havia de tirar do lance.
Desde então começou a corte...
- Meu caro Sr. Diogo, tudo isso é uma fantasia. Eu não faço a corte a D.
Emília, nem pretendo fazer-lha. Vê-me acaso freqüentar a casa dela?
- Acaba de sair de lá.
- É a primeira vez que a visito.
- Quem sabe?
- Demais, ainda ontem não ouviu em casa de Azevedo as expressões com
167
que ela se despediu de mim? Não são de mulher que...
- Ah! isso não prova nada. As mulheres, e sobretudo aquela, nem sempre
dizem o que sentem...
- Então acha que aquela sente alguma coisa por mim?...
- Se não fosse isso, não lhe falaria.
- Ah! ora eis aí uma novidade.
- Suspeito apenas. Ela só me fala do senhor; indaga-me vinte vezes por
dia de sua pessoa, dos seus hábitos, do seu passado e das suas opiniões... Eu,
como há de acreditar, respondo a tudo que não sei, mas vou criando um ódio ao
senhor, do qual não me poderá jamais criminar.
- É culpa minha se ela gosta de mim? Ora, vá descansado, Sr. Diogo.
Nem ela gosta de mim, nem eu gosto dela. Trabalhe desassombradamente e seja
feliz.
- Feliz! se eu pudesse ser! Mas não... não creio; a felicidade não se fez
para mim. Olhe, Sr. Tito, amo aquela mulher como se pode amar a vida. Um
olhar dela vale mais para mim que um ano de glórias e de felicidade. É por ela
que eu tenho deixado os meus negócios à toa. Não viu outro dia que uma carta
me chegou às mãos, cuja leitura me fez entristecer? Perdi uma causa. Tudo por
quê? Por ela!
- Mas ela não lhe dá esperanças?
- Eu sei o que é aquela moça! Ora trata-me de modo que eu vou ao
sétimo céu; ora é tal a sua indiferença que me atira ao inferno. Hoje um sorriso,
amanhã um gesto de desdém. Ralha-me de não visitá-la; vou visitá-la, ocupa-se
tanto de mim como de Ganimedes; Ganimedes é o nome de um cãozinho felpudo
que eu lhe dei. Importa-se tanto comigo como com o cachorro... É de propósito.
É um enigma aquela moça.
- Pois não serei eu quem o decifre, Sr. Diogo. Desejo-lhe muita
felicidade. Adeus.
E os dois separaram-se. Diogo seguiu para a casa de Emília, Tito para a
casa de Azevedo.
168
Tito acabava de saber que a viúva pensava nele; todavia, isso não lhe
dera o menor abalo. Por quê? É o que saberemos mais adiante. O que é preciso
dizer desde já, é que as mesmas suspeitas despertadas no espírito de Diogo, tivera
a mulher de Azevedo. A intimidade de Emília dava lugar a uma franca
interrogação e a uma confissão franca. Adelaide, no dia seguinte àquele em que
se passou a cena que referi acima, disse a Emília o que pensava.
A resposta da viúva foi uma risada.
- Não te compreendo, disse a mulher de Azevedo.


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- É simples, disse a viúva. Julgas-me capaz de apaixonar-me pelo amigo
de teu marido? Enganas-te. Não, eu não o amo. Somente, como te disse no dia
em que o vi aqui pela primeira vez, empenho-me em tê-lo a meus pés. Se bem
me recordo foste tu mesma quem me deu o conselho. Aceitei-o. Hei de vingar o
nosso sexo. É um pouco de vaidade minha, embora; mas eu creio que aquilo que
nenhuma fez, fá-lo-ei eu.
- Ah! cruelzinha! É isso?
- Nem mais, nem menos.
- Achas possível?
- Por que não?
- Reflete que a derrota será dupla...
- Será, mas não há de haver.
Esta conversa foi interrompida por Azevedo. Um sinal de Emília fez
calar Adelaide. Ficou convencionado que nem mesmo Azevedo saberia de coisa
alguma. E, com efeito, Adelaide nada comunicou a seu marido.
III
Tinham-se passado oito dias depois do que acabo de narrar.
Tito, como o temos visto até aqui, estava no terreno do primeiro dia.
Passeava, lia, conversava e parecia inteiramente alheio aos planos que se
tramavam em roda dele. Durante esse tempo foi apenas duas vezes à casa de
169
Emília, uma com a família de Azevedo, outra com Diogo. Nestas visitas era
sempre o mesmo, frio, indiferente, impassível. Não havia olhar, por mais sedutor
e significativo, que o abalasse; nem a idéia de que andava no pensamento da
viúva era capaz de animá-lo.
- Por que, ao menos, se não é capaz de amar, não procura entreter um
desses namoros de sala, que tanto lisonjeiam a vaidade dos homens?
Esta pergunta era feita por Emília a si mesma, sob a impressão da
estranheza que lhe causava a indiferença do rapaz. Ela não compreendia que Tito
pudesse conservar-se de gelo diante dos seus encantos. Mas infelizmente era
assim.
Cansada de trabalhar em vão, a viúva determinou dar um golpe mais
decisivo. Encaminhou a conversa para as doçuras do casamento e lamentou o
estado de sua viuvez. O casal Azevedo era para ela o tipo da perfeita felicidade
conjugal. Apresentava-o aos olhos de Tito como um incentivo para quem queria
ser venturoso na terra. Nada, nem a tese, nem a hipótese, nada moveu a frieza de
Tito.
Emília jogava um jogo perigoso. Era preciso decidir entre os seus
desejos de vingar o sexo e as conveniências da sua posição; mas ela era de um
caráter imperioso; respeitava muito os princípios de sua moral severa, mas não
acatava do mesmo modo as conveniências de que a sociedade cercava essa
moral. A vaidade impunha-se no espírito dela, com força prodigiosa. Assim que a
bela viúva foi usando todos os meios que era lícito empregar para fazer apaixonar
Tito.
Mas, apaixonado ele, o que faria ela? A pergunta é ociosa; desde que ela
o tivesse aos pés, trataria de conservá-lo aí fazendo parelha ao velho Diogo. Era
o melhor troféu que uma beleza altiva pode ambicionar.
Uma manhã, oito dias depois das cenas referidas no capítulo anterior,
apareceu Diogo em casa de Azevedo. Tinham aí acabado de almoçar; Azevedo
subira para o gabinete, a fim de aviar alguma correspondência para a corte;


[Linha 5000 de 6063 - Parte 4 de 4]


Adelaide achava-se na sala do pavimento térreo.
170
Diogo entrou com uma cara contristada, como nunca se lhe vira.
Adelaide correu para ele.
- Que é isso? perguntou ela.
- Ah! minha senhora... sou o mais infeliz dos homens!
- Por quê? Venha sentar-se...
Diogo sentou-se, ou antes deixou-se cair na cadeira que Adelaide lhe
ofereceu. Esta tomou lugar ao pé dele, animou-o a contar as suas mágoas.
- Então que há?
- Duas desgraças, respondeu ele. A primeira em forma de sentença. Perdi
mais uma demanda. É uma desgraça isto, mas não é nada...
- Pois há maior?...
- Há. A segunda desgraça foi em forma de carta.
- De carta? perguntou Adelaide.
- De carta. Veja isto.
Diogo tirou da carteira uma cartinha cor-de-rosa, cheirando à essência de
magnólia.
Adelaide leu a carta para si.
Quando ela acabou, perguntou-lhe o velho:
- Que me diz a isto?
- Não compreendo, respondeu Adelaide.
- Esta carta é dela.
- Sim, e depois?
- É para ele.
- Ele quem?
- Ele! o diabo! o meu rival! o Tito!
- Ah!
- Dizer-lhe o que senti quando apanhei esta carta, é impossível. Nunca
tremi na minha vida! Mas quando li isto, não sei que vertigem se apoderou de
mim. Ando tonto! A cada passo como que desmaio... Ah!
- Ânimo! disse Adelaide.
171
- É isto mesmo que eu vinha buscar... é uma consolação, uma animação.
Soube que estava aqui e estimei achá-la só... Ah! quanto sinto que o estimável
seu marido esteja vivo... porque a melhor consolação era aceitar V. Ex. um
coração tão mal compreendido.
- Felizmente ele está vivo.
Diogo soltou um suspiro e disse:
- Felizmente!
E depois de um silêncio continuou:
- Tive duas idéias: uma foi o desprezo; mas desprezá-los é pô-los em
maior liberdade e ralar-me de dor e de vergonha; a segunda foi o duelo... é
melhor... eu mato... ou...
- Deixe-se disso.
- É indispensável que um de nós seja riscado do número dos vivos.
- Pode ser engano...
- Mas não é engano, é certeza.
- Certeza de quê?
Diogo abriu o bilhete e disse:


[Linha 5050 de 6063 - Parte 4 de 4]


- Ora, ouça: «Se ainda não me compreendeu é bem curto de penetração.
Tire a máscara e eu me explicarei. Esta noite tomo chá sozinha. O importuno
Diogo não me incomodará com as suas tolices. Dê-me a felicidade de vê-lo e
admirá-lo.- Emília.»
- Mas que é isto?
- Que é isto? Ah! se fosse mais do que isto já eu estava morto! Pude
pilhar a carta, e a tal entrevista não se deu...
- Quando foi escrita a carta?
- Ontem.
- Tranqüilize-se. É capaz de guardar um segredo? O que lhe vou dizer é
grave. Mas só a sua aflição me faz falar. Posso afirmar-lhe que esta carta é uma
pura caçoada. Trata-se de vingar o nosso sexo ultrajado; trata-se de fazer com
que Tito se apaixone... nada mais.
172
Diogo estremeceu de alegria.
- Sim? perguntou ele.
- É pura verdade. Mas veja lá, isto é segredo. Se lho descobri foi por vêlo
aflito. Não nos comprometa.
- Isso é sério? insistiu Diogo.
- Como quer que lho diga?
- Ah! que peso me tirou! Pode estar certa de que o segredo caiu num
poço. Oh! muito me hei de rir... muito me hei de rir... Que boa inspiração tive em
vir falar-lhe! Diga-me, posso dizer a D. Emília que sei tudo?
- Não!
- É então melhor que não me dê por achado...
- Sim.
- Muito bem!
Dizendo estas palavras o velho Diogo esfregava as mãos e piscava os
olhos. Estava radiante. Quê! ver o suposto rival sendo vítima dos laços da viúva!
Que glória! que felicidade!
Nisto estava quando à porta do interior apareceu Tito. Acabava de
levantar-se da cama.
- Bom dia, D. Adelaide, disse ele dirigindo-se para a mulher de Azevedo.
Depois sentando-se e voltando a cara para Diogo:
- Bom dia, disse. Está hoje alegre... Tirou a sorte grande?
- A sorte grande? perguntou Diogo. Tirei... tirei...
- Dormiu bem? perguntou Adelaide a Tito.
- Como um justo que sou. Tive sonhos cor-de-rosas: sonhei com o Sr.
Diogo.
- Ah! sonhou comigo? murmurou entre dentes o velho namorado.
Coitado! tenho pena dele!
- Mas onde está Azevedo? perguntou Tito a Adelaide.
- Anda de passeio.
- Já?
173
- Pois então. Onze horas.
- Onze horas! É verdade, acordei muito tarde. Tinha duas visitas para
fazer: uma a D. Emília...
- Ah! disse Diogo.
- De que se espanta, meu caro?


[Linha 5100 de 6063 - Parte 4 de 4]


- De nada! de nada!
- Bom; vou mandar pôr o seu almoço, disse Adelaide.
Os dois ficaram sós. Tito acendeu um cigarro de palha; Diogo afetava
grande distração, mas olhava sorrateiramente para o moço. Este, apenas soltou
duas fumaças, voltou-se para o velho e disse:
- Como vão os seus amores?
- Que amores?
- Os seus, a Emília... Já lhe fez compreender toda a imensidade da paixão
que o devora?
- Qual... Preciso de algumas lições... Se mas quisesse dar?
- Eu? Está sonhando!
- Ah! eu sei que o senhor é forte... É modesto, mas é forte... e até
fortíssimo! Ora, eu sou realmente um aprendiz... Tive há pouco a idéia de
desafiá-lo.
- A mim?
- É verdade, mas foi uma loucura de que me arrependi...
- Além de que não é uso em nosso país...
- Em toda a parte é uso vingar a honra.
- Bravo, D. Quixote!
- Ora, eu acreditava-me ofendido na honra.
- Por mim?
- Mas emendei a mão; reparei que era antes eu quem ofendia
pretendendo lutar com um mestre, eu simples aprendiz...
- Mestre de quê?
- Dos amores! Oh! eu sei que é mestre...
174
- Deixe-se disso... eu não sou nada... o Sr. Diogo, sim; o senhor vale um
urso, vale mesmo dois. Como havia de eu... Ora!... Aposto que teve ciúmes?
- Exatamente.
- Mas era preciso não me conhecer; não sabe das minhas idéias?
- Homem, às vezes é pior.
- Pior, como?
- As mulheres não deixam uma afronta sem castigo... As suas idéias são
afrontosas... Qual será o castigo? Paro aqui... paro aqui...
- Onde vai?
- Vou sair. Adeus. Não se lembre mais da minha desastrada idéia do
duelo...
- Que está acabado... Ah! o senhor escapou de boa!
- De quê?
- De morrer. Eu enfiava-lhe a espada por esse abdome... com um gosto...
com um gosto só comparável ao que tenho de abraçá-lo vivo e são!
Diogo riu-se com um riso amarelo.
- Obrigado, obrigado. Até logo!
- Venha cá, onde vai? Não se despede de D. Adelaide?
- Eu já volto, disse Diogo travando do chapéu e saindo precipitadamente.
Tito ainda o acompanhou com os olhos.
- Este sujeito, disse o moço consigo quando se viu só, não tem nada de
original. Aquela opinião a respeito das mulheres não é dele... Melhor... já se
conspira; é o que me convém. Hás de vir! hás de vir!
Um criado alemão veio anunciar a Tito que o almoço estava preparado.


[Linha 5150 de 6063 - Parte 4 de 4]


Tito ia entrando quando assomou à porta a figura de Azevedo.
- Ora, graças a Deus! O meu amigo não se levanta com o sol. Estás com
olhos de quem acaba de dormir.
- É verdade, e vou almoçar.
Dirigiram-se os dois para dentro, onde a mesa estava posta à espera de
Tito.
175
- Almoças outra vez? perguntou Tito.
- Não.
- Pois então vais ver como se come.
Tito sentou-se à mesa; Azevedo estirou-se num sofá.
- Onde foste? perguntou Tito.
- Fui passear... Compreendi que é preciso ver e admirar o que é
indiferente, para apreciar e ver melhor aquilo que faz a felicidade íntima do
coração.
- Ah! sim? Bem vês que até a felicidade por igual fatiga! Afinal sempre a
razão do meu lado.
- Talvez. Apesar de tudo, quer-me parecer que já intentas entrar na
família dos casados.
- Eu?
- Tu, sim.
- Por quê?
- Mas, dize, é ou não verdade?
- Qual verdade!
- O que sei, é que uma destas tardes em que adormeceste lendo, não sei
que livro, ouvi-te pronunciar em sonhos, com a maior ternura, o nome de Emília.
- Deveras? perguntou Tito mastigando.
- É exato. Concluí que se sonhavas com ela é que a tinhas no
pensamento, e se a tinhas no pensamento é que a amavas.
- Concluíste mal.
- Mal?
- Concluíste como um marido de cinco meses. Que prova um sonho?
- Prova muito!
- Não prova nada! Pareces velha supersticiosa...
- Mas enfim, alguma coisa há por força... Serás capaz de me dizeres o
que é?
- Homem, podia dizer-te alguma coisa se não fosses casado...
176
- Que tem que eu seja casado?
- Tem tudo. Seria indiscreto sem querer e até sem saber. À noite, entre
um beijo e um bocejo, o marido e a mulher abrem um para o outro a bolsa das
confidências. Sem pensares, podes deitar tudo a perder.
- Não digas isso. Vamos lá. Há novidade?
- Não há nada.
- Confirmas as minhas suspeitas. Gostas da Emília.
- Ódio não lhe tenho, é verdade.
- Gostas. E ela merece. É uma boa senhora, de não vulgar beleza,
possuindo as melhores qualidades. Talvez preferisses que não fosse viúva?...
- Sim; é natural que se embale dez vezes por dia na lembrança dos dois
maridos que já exportou para o outro mundo... à espera de exportar o terceiro...


[Linha 5200 de 6063 - Parte 4 de 4]


- Não é dessas...
- Afianças?
- Quase que posso afiançar.
- Ah! meu amigo, disse Tito levantando-se da mesa e indo acender um
charuto, toma o conselho de um tolo: nunca afiances nada, principalmente em
tais assuntos. Entre a prudência discreta, e a cuja confiança não é lícito duvidar, a
escolha está decidida nos próprios termos da primeira. O que podes tu afiançar a
respeito de Emília? Não a conheces melhor do que eu. Há quinze dias que nos
conhecemos, e eu já lhe leio no interior; estou longe de atribuir-lhe maus
sentimentos, mas tenho a certeza de que não possui as raríssimas qualidades que
são necessárias à exceção. Que sabes tu?
- Realmente, eu não sei nada.
- Não sabes nada! disse Tito consigo.
- Falo pelas minhas impressões. Parecia-me que um casamento entre
vocês ambos não vinha fora de propósito.
- Se me falas outra vez em casamento, saio.
- Pois só a palavra?
- A palavra, a idéia, tudo.
177
- Entretanto, admiras e aplaudes o meu casamento...
- Ah! eu aplaudo nos outros muitas coisas de que não sou capaz de usar.
Depende da vocação...
Adelaide apareceu à porta da sala de jantar. A conversa cessou entre os
dois rapazes.
- Trago-lhes uma notícia.
- Que notícia? perguntaram-lhe os dois.
- Recebi um bilhete de Emília... Pede-nos que vamos lá amanhã,
porque...
- Por quê? perguntou Azevedo.
- Talvez dentro de oito dias se retire para a cidade.
- Ah! disse Tito com a maior indiferença deste mundo.
- Apronta as tuas malas, disse Azevedo a Tito.
- Por quê?
- Não segues os passos da deusa?
- Não zombes, cruel amigo! Quando não...
- Anda lá...
Adelaide sorriu ouvindo estas palavras.
Daí a meia hora Tito subiu para o gabinete em que Azevedo tinha os
livros. Ia, dizia, ler as Confissões de Santo Agostinho.
- Que repentina viagem é esta? perguntou Azevedo à sua mulher.
- Tens muito empenho em saber?
- Tenho.
- Pois bem. Olha que é segredo. Eu não sei positivamente, mas creio que
é uma estratégia.
- Estratégia? Não entendo.
- Eu te digo. Trata-se de prender o Tito.
- Prender?
- Estás hoje tão bronco! Prender pelos laços do amor...
- Ah!
178


[Linha 5250 de 6063 - Parte 4 de 4]


- Emília julgou que deve fazê-lo. É só para brincar. No dia em que ele se
declarar vencido fica ela vingada do que ele disse contra o sexo.
- Não está mau... E tu entras nesta estratégia...
- Como conselheira.
- Trama-se então contra um amigo, um alter ego.
- Tá, tá, tá. Cala a boca. Não vás fazer abortar o plano.
Azevedo riu-se a bandeiras despregadas. No fundo achava engraçada a
punição premeditada ao pobre Tito.
A visita que Tito disse ter de fazer à viúva naquele dia, não se realizou.
Diogo, que apenas saíra da casa de Azevedo, ciente das intenções da
viúva, fora para casa desta esperar o rapaz, embalde lá esteve durante o dia,
embalde jantou, embalde aborreceu a tarde inteira tanto a Emília como à tia; Tito
não apareceu.
Mas, à noite, à hora em que Diogo, já vexado de tanta demora na casa da
moça, tratava de sair, anunciou-se a chegada de Tito.
Emília estremeceu; mas esse movimento escapou a Diogo.
Tito entrou na sala onde se achavam Emília, a tia, e Diogo.
- Não contava com a sua visita, disse a viúva.
- Eu sou assim; apareço quando não me esperam. Sou como a morte e a
sorte grande.
- Agora é a sorte grande, disse Emília.
- Que número é o seu bilhete, minha senhora?
- Número doze, isto é, doze horas que tenho tido o prazer de ter hoje aqui
o Sr. Diogo...
- Doze horas! exclamou Tito voltando-se para o velho.
- Sem que ainda o nosso bom amigo nos contasse uma história...
- Doze horas! repetiu Tito.
- Que admira, meu caro senhor? perguntou Diogo.
- Acho um pouco estirado...
- As horas contam-se quando são aborrecidas... Peço para me retirar...
179
E dizendo isto, Diogo travou do chapéu para sair lançando um olhar de
despeito e ciúme para a viúva.
- Que é isso? perguntou esta. Onde vai?
- Dou asas às horas, respondeu Diogo ao ouvido de Emília; vão correr
depressa agora.
- Perdôo-lhe e peço que se sente.
Diogo sentou-se.
A tia de Emília pediu licença para retirar-se alguns minutos.
Ficaram os três.
- Mas então, disse Tito, nem ao menos uma história contou?
- Nenhuma.
Emília lançou um olhar a Diogo como para tranqüilizá-lo. Este, mais
calmo então, lembrou-se do que Adelaide lhe havia dito, e voltou às boas.
- Afinal de contas, disse ele consigo, o caçoado é ele. Eu sou apenas o
meio de prendê-lo... Contribuamos para que se lhe tire a proa.
- Nenhuma história, continuou Emília.
- Pois olhe, eu sei muitas, disse Diogo com intenção.
- Conte uma de tantas que sabe, disse Tito.
- Nada! Por que não conta o senhor?


[Linha 5300 de 6063 - Parte 4 de 4]


- Se faz empenho...
- Muito... muito, disse Diogo piscando os olhos. Conte lá, por exemplo, a
história do taboqueado, a história das imposturas do amor, a história dos
viajantes encouraçados; vá, vá.
- Não, vou contar a história de um homem e de um macaco.
- Oh! disse a viúva.
- É muito interessante, disse Tito. Ora, ouçam...
- Perdão, interrompeu Emília, será depois do chá.
- Pois sim.
Daí a pouco servia-se o chá aos três. Findo ele, Tito tomou a palavra e
começou a história:
180
História de um homem e de um macaco
“Não longe da vila ***, no interior do Brasil, morava há uns vinte anos
um homem de trinta e cinco anos, cuja vida misteriosa era o objeto das conversas
das vilas próximas e o objeto do terror que experimentavam os viajantes que
passavam na estrada a dois passos da casa.
A própria casa era já de causar apreensões ao espírito menos timorato.
Vista de longe nem parecia casa, tão baixinha era. Mas quem se aproximasse
conheceria aquela construção singular. Metade do edifício estava ao nível do
chão e metade abaixo da terra. Era entretanto uma casa solidamente construída.
Não tinha porta nem janelas. Tinha um vão quadrado que servia ao mesmo tempo
de janela e de porta. Era por ali que o misterioso morador entrava e saía.
Pouca gente o via sair, não só porque el




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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Contos Fluminenses - Parte 3 de 4 - Machado de Assis


Contos Fluminenses - Parte 3 de 4 - Machado de Assis



Machado de Assis - CONTOS FLUMINENSES


- Infelizmente é verdade!
Seguiu-se algum tempo de silêncio.
- Tudo está arranjado, pensou Vasconcelos.


Augusta rompeu o silêncio.
- Mas, disse ela, se a nossa fortuna está abalada, creio que o senhor tem
coisa melhor para fazer do que estar conversando; é reconstruí-la.
Vasconcelos fez com a cabeça um movimento de espanto, e como se
fosse aquilo uma pergunta, Augusta apressou-se a responder:
- Não se admire disto; creio que o seu dever é reconstruir a fortuna.
- Não me admira esse dever; admira-me que mo lembres por esse modo.
Dir-se-ia que a culpa é minha...
- Bom! disse Augusta, vais dizer que fui eu...
- A culpa, se culpa há, é de nós ambos.
- Por quê? é também minha?
- Também. As tuas despesas loucas contribuíram em grande parte para
este resultado; eu nada te recusei nem recuso, e é nisso que sou culpado. Se é isso
que me lanças em rosto, aceito.


[Linha 3050 de 6063 - Parte 3 de 4]


Augusta levantou os ombros com um gesto de despeito; e deitou a
Vasconcelos um olhar de tamanho desdém que bastaria para intentar uma ação de
105
divórcio.
Vasconcelos viu o movimento e o olhar.
- O amor do luxo e do supérfluo, disse ele, há de sempre produzir estas
conseqüências. São terríveis, mas explicáveis. Para conjurá-las era preciso viver
com moderação. Nunca pensaste nisso. No fim de seis meses de casada entraste a
viver no turbilhão da moda, e o pequeno regato das despesas tornou-se um rio
imenso de desperdícios. Sabes o que me disse uma vez meu irmão? Disse-me que
a idéia de mandar Adelaide para a roça foi-te sugerida pela necessidade de viver
sem cuidados de natureza alguma.
Augusta tinha-se levantado, e deu alguns passos; estava trêmula e pálida.
Vasconcelos ia por diante nas suas recriminações, quando a mulher o
interrompeu, dizendo:
- Mas por que motivo não impediu o senhor essas despesas que eu fazia?
- Queria a paz doméstica.
- Não! clamou ela; o senhor queria ter por sua parte uma vida livre e
independente; vendo que eu me entregava a essas despesas, imaginou comprar a
minha tolerância com a sua tolerância. Eis o único motivo; a sua vida não será
igual à minha, mas é pior... Se eu fazia despesas em casa o senhor as fazia na
rua... É inútil negar, porque eu sei tudo; conheço, de nome, as rivais que
sucessivamente o senhor me deu, e nunca lhe disse uma única palavra, nem agora
lho censuro, porque seria inútil e tarde.
A situação tinha mudado. Vasconcelos começara constituindo-se juiz, e
passara a ser co-réu. Negar era impossível; discutir era arriscado e inútil. Preferiu
sofismar.
- Dado que fosse assim (e eu não discuto esse ponto), em todo caso a
culpa será de nós ambos, e não vejo razão para que ma lances em rosto. Devo
reparar a fortuna, concordo; há um meio, e é este: o casamento de Adelaide com
o Gomes.
- Não, disse Augusta.
- Bem; seremos pobres, ficaremos piores do que estamos agora;
106
venderemos tudo...
- Perdão, disse Augusta, eu não sei por que razão não há de o senhor, que
é forte, e tem a maior parte no desastre, empregar esforços para a reconstrução da
fortuna destruída.
- É trabalho longo; e daqui até lá a vida continua e gasta-se. O meio, já
lho disse, é este: casar Adelaide com o Gomes.
- Não quero! disse Augusta, não consinto em semelhante casamento.
Vasconcelos ia responder, mas Augusta, logo depois de proferir estas
palavras, tinha saído precipitadamente do gabinete.
Vasconcelos saiu alguns minutos depois.
VI
Lourenço não teve conhecimento da cena entre o irmão e a cunhada, e
depois da teima de Vasconcelos resolveu nada mais dizer; entretanto, como
queria muito à sobrinha, e não queria vê-la entregue a um homem de costumes
que ele reprovava, Lourenço esperou que a situação tomasse caráter mais
decisivo para assumir mais ativo papel.


[Linha 3100 de 6063 - Parte 3 de 4]


Mas, a fim de não perder tempo, e poder usar alguma arma poderosa,
Lourenço tratou de instaurar uma pesquisa mediante a qual pudesse colher
informações minuciosas acerca de Gomes.
Este cuidava que o casamento era coisa decidida, e não perdia um só dia
na conquista de Adelaide.
Notou, porém, que Augusta tornava-se mais fria e indiferente, sem causa
que ele conhecesse, e entrou-lhe no espírito a suspeita de que viesse dali alguma
oposição.
Quanto a Vasconcelos, desanimado pela cena da toilette, esperou
melhores dias, e contou sobretudo com o império da necessidade.
Um dia, porém, exatamente quarenta e oito horas depois da grande
discussão com Augusta, Vasconcelos fez dentro de si esta pergunta:
107
- Augusta recusa a mão de Adelaide para o Gomes; por quê?
De pergunta em pergunta, de dedução em dedução, abriu-se no espírito
de Vasconcelos campo para uma suspeita dolorosa.
- Amá-lo-á ela? perguntou ele a si próprio.
Depois, como se o abismo atraísse o abismo, e uma suspeita reclamasse
outra, Vasconcelos perguntou:
- Ter-se-iam eles amado algum tempo?
Pela primeira vez, Vasconcelos sentiu morder-lhe no coração a serpe do
ciúme.
Do ciúme digo eu, por eufemismo; não sei se aquilo era ciúme; era amorpróprio
ofendido.
As suspeitas de Vasconcelos teriam razão?
Devo dizer a verdade: não tinham. Augusta era vaidosa, mas era fiel ao
infiel marido; e isso por dois motivos: um de consciência, outro de
temperamento. Ainda que ela não estivesse convencida do seu dever de esposa, é
certo que nunca trairia o juramento conjugal. Não era feita para as paixões, a não
serem as paixões ridículas que a vaidade impõe. Ela amava antes de tudo a sua
própria beleza; o seu melhor amigo era o que dissesse que ela era mais bela entre
as mulheres; mas se lhe dava a sua amizade, não lhe daria nunca o coração; isso a
salvava.
A verdade é esta; mas quem o diria a Vasconcelos? Uma vez suspeitoso
de que a sua honra estava afetada, Vasconcelos começou a recapitular toda a sua
vida. Gomes freqüentava a sua casa há seis anos, e tinha nela plena liberdade. A
traição era fácil. Vasconcelos entrou a recordar as palavras, os gestos, os olhares,
tudo que antes lhe foi indiferente, e que naquele momento tomava um caráter
suspeitoso.
Dois dias andou Vasconcelos cheio deste pensamento. Não saía de casa.
Quando Gomes chegava, Vasconcelos observava a mulher com desusada
persistência; à própria frieza com que ela recebia o rapaz era aos olhos do marido
uma prova do delito.
108
Estava nisto, quando na manhã do terceiro dia (Vasconcelos já se
levantava cedo) entrou-lhe no gabinete o irmão, sempre com o ar selvagem do
costume.
A presença de Lourenço inspirou a Vasconcelos a idéia de contar-lhe
tudo.
Lourenço era um homem de bom senso, e em caso de necessidade era um


[Linha 3150 de 6063 - Parte 3 de 4]


apoio.
O irmão ouviu tudo quanto Vasconcelos contou, e concluindo este,
rompeu o seu silêncio com estas palavras:
- Tudo isso é uma tolice; se tua mulher recusa o casamento, será por
qualquer outro motivo que não esse.
- Mas é o casamento com o Gomes que ela recusa.
- Sim, porque lhe falaste no Gomes; fala-lhe em outro, talvez recuse do
mesmo modo. Há de haver outro motivo; talvez Adelaide lhe contasse, talvez lhe
pedisse para opor-se, porque tua filha não ama o rapaz, e não pode casar com ele.
- Não casará...
- Não só por isso, mas até porque...
- Acaba.
- Até porque este casamento é uma especulação do Gomes.
- Uma especulação? perguntou Vasconcelos.
- Igual à tua, disse Lourenço. Tu dás-lhe a filha com os olhos na fortuna
dele; ele aceita-a com os olhos na tua fortuna...
- Mas ele possui...
- Não possui nada; está arruinado como tu. Indaguei e soube da verdade.
Quer naturalmente continuar a mesma vida dissipada que teve até hoje, e a tua
fortuna é um meio...
- Estás certo disso?
- Certíssimo!...
Vasconcelos ficou aterrado. No meio de todas as suspeitas, ainda lhe
restava a esperança de ver a sua honra salva, e realizado aquele negócio que lhe
109
daria uma excelente situação.
Mas a revelação de Lourenço matou-o.
- Se queres uma prova, manda chamá-lo, e dize-lhe que estás pobre, e por
isso lhe recusas a filha; observa-o bem, e verás o efeito que as tuas palavras lhe
hão de produzir.
Não foi preciso mandar chamar o pretendente. Daí a uma hora
apresentou-se ele em casa de Vasconcelos.
Vasconcelos mandou-o subir ao gabinete.
VII
Logo depois dos primeiros cumprimentos Vasconcelos disse:
- Ia mandar chamar-te.
- Ah! para quê? perguntou Gomes.
- Para conversarmos acerca do... casamento.
- Ah! há algum obstáculo?
- Conversemos.
Gomes tornou-se mais sério; entrevia alguma dificuldade grande.
Vasconcelos tomou a palavra.
- Há circunstâncias, disse ele, que devem ser bem definidas, para que se
possa compreender bem...
- É a minha opinião.
- Amas minha filha?
- Quantas vezes queres que to diga?
- O teu amor está acima de todas as circunstâncias?...
- De todas, salvo aquelas que entenderem com a felicidade dela.
- Devemos ser francos; além de amigo que sempre foste, és agora quase


[Linha 3200 de 6063 - Parte 3 de 4]


meu filho... A discrição entre nós seria indiscreta...
- Sem dúvida! respondeu Gomes.
- Vim a saber que os meus negócios param mal; as despesas que fiz
110
alteraram profundamente a economia da minha vida, de modo que eu não te
minto dizendo que estou pobre.
Gomes reprimiu uma careta.
- Adelaide, continuou Vasconcelos, não tem fortuna, não terá mesmo
dote; é apenas uma mulher que eu te dou. O que te afianço é que é um anjo, e que
há de ser excelente esposa.
Vasconcelos calou-se, e o seu olhar cravado no rapaz parecia querer
arrancar-lhe das feições as impressões da alma.
Gomes devia responder; mas durante alguns minutos houve entre ambos
um profundo silêncio.
Enfim o pretendente tomou a palavra.
- Aprecio, disse ele, a tua franqueza, e usarei de franqueza igual.
- Não peço outra coisa...
- Não foi por certo o dinheiro que me inspirou este amor; creio que me
farás a justiça de crer que eu estou acima dessas considerações. Além de que, no
dia em que eu te pedi a querida do meu coração, acreditava estar rico.
- Acreditavas?
- Escuta. Só ontem é que o meu procurador me comunicou o estado dos
meus negócios.
- Mau?
- Se fosse isso apenas! Mas imagina que há seis meses estou vivendo
pelos esforços inauditos que o meu procurador fez para apurar algum dinheiro,
pois que ele não tinha ânimo de dizer-me a verdade. Ontem soube tudo!
- Ah!
- Calcula qual é o desespero de um homem que acredita estar bem, e
reconhece um dia que não tem nada!
- Imagino por mim!
- Entrei alegre aqui, porque a alegria que eu ainda tenho reside nesta
casa; mas a verdade é que estou à beira de um abismo. A sorte castigou-nos a um
tempo...
111
Depois desta narração, que Vasconcelos ouviu sem pestanejar, Gomes
entrou no ponto mais difícil da questão.
- Aprecio a tua franqueza, e aceito a tua filha sem fortuna; também eu
não tenho, mas ainda me restam forças para trabalhar.
- Aceitas?
- Escuta. Aceito D. Adelaide, mediante uma condição; é que ela queira
esperar algum tempo, a fim de que eu comece a minha vida. Pretendo ir ao
governo e pedir um lugar qualquer, se é que ainda me lembro do que aprendi na
escola... Apenas tenha começado a vida, cá virei buscá-la. Queres?
- Se ela consentir, disse Vasconcelos abraçando esta tábua de salvação, é
coisa decidida.
Gomes continuou:
- Bem, falarás nisso amanhã, e mandar-me-ás resposta. Ah! se eu tivesse
ainda a minha fortuna! Era agora que eu queria provar-te a minha estima!
- Bem, ficamos nisto.


[Linha 3250 de 6063 - Parte 3 de 4]


- Espero a tua resposta.
E despediram-se.
Vasconcelos ficou fazendo esta reflexão:
- De tudo quanto ele disse só acredito que já não tem nada. Mas é inútil
esperar: duro com duro não faz bom muro.
Pela sua parte Gomes desceu a escada dizendo consigo:
- O que acho singular é que estando pobre viesse dizer-mo assim tão
antecipadamente quando eu estava caído. Mas esperarás debalde: duas metades
de cavalo não fazem um cavalo.
Vasconcelos desceu.
A sua intenção era comunicar a Augusta o resultado da conversa com o
pretendente. Uma coisa, porém, o embaraçava: era a insistência de Augusta em
não consentir no casamento de Adelaide, sem dar nenhuma razão da recusa.
Ia pensando nisto, quando, ao atravessar a sala de espera, ouviu vozes na
sala de visitas.
112
Era Augusta que conversava com Carlota.
Ia entrar quando estas palavras lhe chegaram ao ouvido:
- Mas Adelaide é muito criança.
Era a voz de Augusta.
- Criança! disse Carlota.
- Sim; não está em idade de casar.
- Mas eu no teu caso não punha embargos ao casamento, ainda que fosse
daqui a alguns meses, porque o Gomes não me parece mau rapaz...
- Não é; mas enfim eu não quero que Adelaide se case.
Vasconcelos colou o ouvido à fechadura, e temia perder uma só palavra
do diálogo.
- O que eu não compreendo, disse Carlota, é a tua insistência. Mais tarde
ou mais cedo Adelaide há de vir a casar-se.
- Oh! o mais tarde possível, disse Augusta.
Houve um silêncio.
Vasconcelos estava impaciente.
- Ah! continuou Augusta, se soubesses o terror que me dá a idéia do
casamento de Adelaide.
- Por que, meu Deus?
- Por que, Carlota? Tu pensas em tudo, menos numa coisa. Eu tenho
medo por causa dos filhos dela que serão meus netos! A idéia de ser avó é
horrível, Carlota.
Vasconcelos respirou, e abriu a porta.
- Ah! disse Augusta.
Vasconcelos cumprimentou Carlota, e apenas esta saiu, voltou-se para a
mulher, e disse:
- Ouvi a tua conversa com aquela mulher...
- Não era segredo; mas... que ouviste?
Vasconcelos respondeu sorrindo:
- Ouvi a causa dos teus terrores. Não cuidei nunca que o amor da própria
113
beleza pudesse levar a tamanho egoísmo. O casamento com o Gomes não se
realiza; mas se Adelaide amar alguém, não sei como lhe recusaremos o nosso
consentimento...


[Linha 3300 de 6063 - Parte 3 de 4]


- Até lá... esperemos, respondeu Augusta.
A conversa parou nisto; porque aqueles dois consortes distanciavam-se
muito; um tinha a cabeça nos prazeres ruidosos da mocidade, ao passo que a
outra meditava exclusivamente em si.
No dia seguinte Gomes recebeu uma carta de Vasconcelos concebida
nestes termos:
«Meu Gomes. - Ocorre uma circunstância inesperada; é que Adelaide
não quer casar. Gastei a minha lógica, mas não alcancei convencê-la. Teu
Vasconcelos.»
Gomes dobrou a carta e acendeu com ela um charuto, e começou a fumar
fazendo esta reflexão profunda:
- Onde acharei eu uma herdeira que me queira por marido?
Se alguém souber avise-o em tempo.
Depois do que acabamos de contar, Vasconcelos e Gomes encontram-se
às vezes na rua ou no Alcazar; conversam, fumam, dão o braço um ao outro,
exatamente como dois amigos, que nunca foram, ou como dois velhacos que são.
114


**************************************************************************************************************
CONFISSÕES DE UMA VIUVA MOÇA
I
Há dois anos tomei uma resolução singular: fui residir em Petrópolis em
pleno mês de junho. Esta resolução abriu largo campo às conjecturas. Tu mesma,
nas cartas que me escreveste para aqui, deitaste o espírito a adivinhar e figuraste
mil razões, cada qual mais absurda.
A estas cartas, em que a tua solicitude traía a um tempo dois sentimentos,
a afeição da amiga e a curiosidade de mulher, a essas cartas não respondi e nem
podia responder. Não era oportuno abrir-te o meu coração nem desfiar-te a série
de motivos que me arredou da Corte, onde as óperas do teatro Lírico, as tuas
115
partidas e os serões familiares do primo Barroso deviam distrair-me da recente
viuvez.
Esta circunstância de viuvez recente acreditavam muitos que fosse o
único motivo da minha fuga. Era a versão menos equívoca. Deixei-a passar como
todas as outras e conservei-me em Petrópolis.
Logo no verão seguinte vieste com teu marido para cá, disposta a não
voltar para a corte sem levar o segredo que eu teimava em não revelar. A palavra
não fez mais do que a carta. Fui discreta como um túmulo, indecifrável como a
Esfinge. Depuseste as armas e partiste.
Desde então não me trataste senão por tua Esfinge.
Era Esfinge, era. E se, como Édipo, tivesses respondido ao meu enigma a
palavra «homem» descobririas o meu segredo, e desfarias o meu encanto.
Mas não antecipemos os acontecimentos, como se diz nos romances.
É tempo de contar-te este episódio da minha vida.
Quero fazê-lo por cartas e não por boca. Talvez corasse de ti. Deste
modo o coração abre-se melhor e a vergonha não vem tolher a palavra nos lábios.
Repara que eu não falo em lágrimas, o que é um sintoma de que a paz voltou ao
meu espírito.
As minhas cartas irão de oito em oito dias, de maneira que a narrativa


[Linha 3350 de 6063 - Parte 3 de 4]


pode fazer-te o efeito de um folhetim de periódico semanal.
Dou-te a minha palavra de que hás de gostar e aprender.
E oito dias depois da minha última carta irei abraçar-te, beijar-te,
agradecer-te. Tenho necessidade de viver. Estes dois anos são nulos na conta de
minha vida: foram dois anos de tédio, de desespero íntimo, de orgulho abatido,
de amor abafado.
Lia, é verdade. Mas só o tempo, a ausência, a idéia do meu coração
enganado, da minha dignidade ofendida, puderam trazer-me a calma necessária, a
calma de hoje.
E sabe que não ganhei só isto. Ganhei conhecer um homem cujo retrato
trago no espírito e que me parece singularmente parecido com outros muitos. Já
116
não é pouco; e a lição há de servir-me, como a ti, como às nossas amigas
inexperientes. Mostra-lhes estas cartas; são folhas de um roteiro que se eu tivera
antes, talvez, não houvesse perdido uma ilusão e dois anos de vida.
Devo terminar esta. É o prefácio do meu romance, estudo, conto, o que
quiseres. Não questiono sobre a designação, nem consulto para isso os mestres
d'arte.
Estudo ou romance, isto é simplesmente um livro de verdades, um
episódio singelamente contado, na confabulação íntima dos espíritos, na plena
confiança de dois corações que se estimam e se merecem.
Adeus.
II
Era no tempo de meu marido.
A Corte estava então animada e não tinha esta cruel monotonia que eu
sinto aqui através das tuas cartas e dos jornais de que sou assinante.
Minha casa era um ponto de reunião de alguns rapazes conversados e
algumas moças elegantes. Eu, rainha eleita pelo voto universal... de minha casa,
presidia os serões familiares. Fora de casa, tínhamos os teatros animados, as
partidas das amigas, mil outras distrações que davam à minha vida certas alegrias
exteriores em falta das íntimas, que são as únicas verdadeiras e fecundas.
Se eu não era feliz, vivia alegre.
E aqui vai o começo do meu romance.
Um dia meu marido pediu-me como obséquio especial que eu não fosse
à noite ao teatro Lírico. Dizia ele que não podia acompanhar-me por ser véspera
de saída de paquete.
Era razoável o pedido.
Não sei, porém, que espírito mau sussurrou-me ao ouvido e eu respondi
peremptoriamente que havia de ir ao teatro, e com ele. Insistiu no pedido, insisti
na recusa. Pouco bastou para que eu julgasse a minha honra empenhada naquilo.
117
Hoje vejo que era a minha vaidade ou o meu destino.
Eu tinha certa superioridade sobre o espírito de meu marido. O meu tom
imperioso não admitia recusa; meu marido cedeu a despeito de tudo, e à noite
fomos ao teatro Lírico.
Havia pouca gente e os cantores estavam endefluxados. No fim do
primeiro ato meu marido, com um sorriso vingativo, disse-me estas palavras
rindo-se:
- Estimei isto.
- Isto? perguntei eu franzindo a testa.


[Linha 3400 de 6063 - Parte 3 de 4]


- Este espetáculo deplorável. Fizeste da vinda hoje ao teatro um capítulo
de honra; estimo ver que o espetáculo não correspondeu à tua expectativa.
- Pelo contrário, acho magnífico.
- Está bom.
Deves compreender que eu tinha interesse em me não dar por vencida;
mas acreditas facilmente que no fundo eu estava perfeitamente aborrecida do
espetáculo e da noite.
Meu marido, que não ousava retorquir, calou-se com ar de vencido, e
adiantando-se um pouco à frente do camarote percorreu com binóculo as linhas
dos poucos camarotes fronteiros em que havia gente.
Eu recuei a minha cadeira, e, encostada à divisão do camarote, olhava
para o corredor vendo a gente que passava.
No corredor, exatamente em frente à porta do nosso camarote, estava um
sujeito encostado, fumando e com os olhos fitos em mim. Não reparei ao
princípio, mas a insistência obrigou-me a isso. Olhei para ele a ver se era algum
conhecido nosso que esperava ser descoberto a fim de vir então cumprimentarnos.
A intimidade podia explicar este brinco. Mas não conheci.
Depois de alguns segundos, vendo que ele não tirava os olhos de mim,
desviei os meus e cravei-os no pano da boca e na platéia.
Meu marido, tendo acabado o exame dos camarotes, deu-me o binóculo e
sentou-se ao fundo diante de mim.
118
Trocamos algumas palavras.
No fim de um quarto de hora a orquestra começou os prelúdios para o
segundo ato. Levantei-me, meu marido aproximou a cadeira para a frente, e nesse
ínterim lancei um olhar furtivo para o corredor.
O homem estava lá.
Disse a meu marido que fechasse a porta.
Começou o segundo ato.
Então, por um espírito de curiosidade, procurei ver se o meu observador
entrava para as cadeiras. Queria conhecê-lo melhor no meio da multidão.
Mas, ou porque não entrasse, ou porque eu não tivesse reparado bem, o
que é certo é que o não vi.
Correu o segundo ato mais aborrecido do que o primeiro.
No intervalo recuei de novo a cadeira, e meu marido, a pretexto de que
fazia calor, abriu a porta do camarote.
Lancei um olhar para o corredor.
Não vi ninguém; mas daí a poucos minutos chegou o mesmo indivíduo,
colocando-se no mesmo lugar, e fitou em mim os mesmos olhos impertinentes.
Somos todas vaidosas da nossa beleza e desejamos que o mundo inteiro
nos admire. É por isso que muitas vezes temos a indiscrição de admirar a corte
mais ou menos arriscada de um homem. Há, porém, uma maneira de fazê-la que
nos irrita e nos assusta; irrita-nos por impertinente, assusta-nos por perigosa. É o
que se dava naquele caso.
O meu admirador insistia de modo tal que me levava a um dilema: ou ele
era vítima de uma paixão louca, ou possuía a audácia mais desfaçada. Em
qualquer dos casos não era conveniente que eu animasse as suas adorações.
Fiz estas reflexões enquanto decorria o tempo do intervalo. Ia começar o
terceiro ato. Esperei que o mudo perseguidor se retirasse e disse a meu marido:
- Vamos?


[Linha 3450 de 6063 - Parte 3 de 4]


- Ah!
- Tenho sono simplesmente; mas o espetáculo está magnífico.
119
Meu marido ousou exprimir um sofisma.
- Se está magnífico como te faz sono?
Não lhe dei resposta.
Saímos.
No corredor encontramos a família do Azevedo que voltava de uma
visita a um camarote conhecido. Demorei-me um pouco para abraçar as senhoras.
Disse-lhes que tinha uma dor de cabeça e que me retirava por isso.
Chegamos à porta da rua dos Ciganos.
Aí esperei o carro por alguns minutos.
Quem me havia de aparecer ali, encostado ao portal fronteiro?
O misterioso.
Enraiveci.
Cobri o rosto o mais que pude com o meu capuz e esperei o carro, que
chegou logo.
O misterioso lá ficou tão insensível e tão mudo como o portal a que
estava encostado.
Durante a viagem a idéia daquele incidente não me saiu da cabeça. Fui
despertada da minha distração quando o carro parou à porta da casa, em
Matacavalos.
Fiquei envergonhada de mim mesma e decidi não pensar mais no que se
havia passado.
Mas acreditarás tu, Carlota? Dormi meia hora mais tarde do que
supunha, tanto a minha imaginação teimava em reproduzir o corredor, o portal, e
o meu admirador platônico.
No dia seguinte pensei menos. No fim de oito dias tinha-me varrido do
espírito aquela cena, e eu dava graças a Deus por haver-me salvo de uma
preocupação que podia ser-me fatal.
Quis acompanhar o auxílio divino, resolvendo não ir ao teatro durante
algum tempo.
Sujeitei-me à vida íntima e limitei-me à distração das reuniões à noite.
120
Entretanto estava próximo o dia dos anos da tua filhinha. Lembrei-me
que para tomar parte na tua festa de família, tinha começado um mês antes um
trabalhozinho. Cumpria rematá-lo.
Uma quinta-feira de manhã mandei vir os preparos da obra e ia continuála,
quando descobri dentre uma meada de lã um invólucro azul fechando uma
carta.
Estranhei aquilo. A carta não tinha indicação. Estava colada e parecia
esperar que a abrisse a pessoa a quem era endereçada. Quem seria? Seria meu
marido? Acostumada a abrir todas as cartas que lhe eram dirigidas, não hesitei.
Rompi o invólucro e descobri o papel cor-de-rosa que vinha dentro.
Dizia a carta:
«Não se surpreenda, Eugênia; este meio é o do desespero, este desespero
é o do amor. Amo-a e muito. Até certo tempo procurei fugir-lhe e abafar este
sentimento; não posso mais. Não me viu no teatro Lírico? Era uma força oculta e
interior que me levava ali. Desde então não a vi mais. Quando a verei? Não a
veja embora, paciência; mas que o seu coração palpite por mim um minuto em


[Linha 3500 de 6063 - Parte 3 de 4]


cada dia, é quanto basta a um amor que não busca nem as venturas do gozo, nem
as galas da publicidade. Se a ofendo, perdoe um pecador; se pode amar-me, façame
um deus.»
Li esta carta com a mão trêmula e os olhos anuviados; e ainda durante
alguns minutos depois não sabia o que era de mim.
Cruzavam-se e confundiam-se mil idéias na minha cabeça, como estes
pássaros negros que perpassam em bandos no céu nas horas próximas da
tempestade.
Seria o amor que movera a mão daquele incógnito? Seria simplesmente
aquilo um meio de sedutor calculado? Eu lançava um olhar vago em derredor e
temia ver entrar meu marido.
Tinha o papel diante de mim e aquelas letras misteriosas pareciam-me
outros tantos olhos de uma serpente infernal. Com um movimento nervoso e
involuntário amarrotei a carta nas mãos.
121
Se Eva tivesse feito outro tanto à cabeça da serpente que a tentava não
houvera pecado. Eu não podia estar certa do mesmo resultado, porque esta que
me aparecia ali e cuja cabeça eu esmagava, podia, como a hidra de Lerna, brotar
muitas outras cabeças.
Não cuides que eu fazia então esta dupla evocação bíblica e pagã.
Naquele momento, não refletia, desvairava; só muito tempo depois pude ligar
duas idéias.
Dois sentimentos atuavam em mim: primeiramente, uma espécie de
terror que infundia o abismo, abismo profundo que eu pressentia atrás daquela
carta; depois uma vergonha amarga de ver que eu não estava tão alta na
consideração daquele desconhecido, que pudesse demovê-lo do meio que
empregou.
Quando o meu espírito se acalmou é que eu pude fazer a reflexão que
devia acudir-me desde o princípio. Quem poria ali aquela carta? Meu primeiro
movimento foi para chamar todos os meus fâmulos. Mas deteve-me logo a idéia
de que por uma simples interrogação nada poderia colher e ficava divulgado o
achado da carta. De que valia isto?
Não chamei ninguém.
Entretanto, dizia eu comigo, a empresa foi audaz; podia falhar a cada
trâmite; que móvel impeliu aquele homem a dar este passo? Seria amor, ou
sedução?
Voltando a este dilema, meu espírito, apesar dos perigos, comprazia-se
em aceitar a primeira hipótese: era a que respeitava a minha consideração de
mulher casada e a minha vaidade de mulher formosa.
Quis adivinhar lendo a carta de novo: li-a, não uma, mas duas, três, cinco
vezes.
Uma curiosidade indiscreta prendia-me àquele papel. Fiz um esforço e
resolvi aniquilá-lo, protestando que ao segundo caso nenhum escravo ou criado
me ficaria em casa.
Atravessei a sala com o papel na mão, dirigi-me para o meu gabinete,
122
onde acendi uma vela e queimei aquela carta que me queimava as mãos e a
cabeça.
Quando a última faísca do papel enegreceu e voou, senti passos atrás de
mim. Era meu marido.


[Linha 3550 de 6063 - Parte 3 de 4]


Tive um movimento espontâneo: atirei-me em seus braços.
Ele abraçou-me com certo espanto.
E quando o meu abraço se prolongava senti que ele me repelia com
brandura dizendo-me:
- Está bom, olha que me afogas!
Recuei.
Entristeceu-me ver aquele homem, que podia e devia salvar-me, não
compreender, por instinto ao menos, que se eu o abraçava tão estreitamente era
como se me agarrasse à idéia do dever.
Mas este sentimento que me apertava o coração passou um momento
para dar lugar a um sentimento de medo. As cinzas da carta ainda estavam no
chão, a vela conservava-se acesa em pleno dia; era bastante para que ele me
interrogasse.
Nem por curiosidade o fez!
Deu dois passos no gabinete e saiu.
Senti uma lágrima rolar-me pela face. Não era a primeira lágrima de
amargura. Seria a primeira advertência do pecado?
III
Decorreu um mês.
Não houve durante esse tempo mudança alguma em casa. Nenhuma carta
apareceu mais, e a minha vigilância, que era extrema, tornou-se de todo inútil.
Não me podia esquecer o incidente da carta. Se fosse só isto! As
primeiras palavras voltavam-me incessantemente à memória; depois, as outras, as
outras, todas. Eu tinha a carta de cor!
123
Lembras-te? Uma das minhas vaidades era ter a memória feliz. Até neste
dote era castigada. Aquelas palavras atordoavam-me, faziam-me arder a cabeça.
Por quê? Ah! Carlota! é que eu achava nelas um encanto indefinível, encanto
doloroso, porque era acompanhado de um remorso, mas encanto de que eu me
não podia libertar.
Não era o coração que se empenhava, era a imaginação. A imaginação
perdia-me; a luta do dever e da imaginação é cruel e perigosa para os espíritos
fracos. Eu era fraca. O mistério fascinava a minha fantasia.
Enfim os dias e as diversões puderam desviar o meu espírito daquele
pensamento único. No fim de um mês, se eu não tinha esquecido inteiramente o
misterioso e a carta dele, estava, todavia, bastante calma para rir de mim e dos
meus temores.
Na noite de uma quinta-feira, achavam-se algumas pessoas em minha
casa, e muitas das minhas amigas, menos tu. Meu marido não tinha voltado, e a
ausência dele não era notada nem sentida, visto que, apesar de franco cavalheiro
como era, não tinha o dom particular de um conviva para tais reuniões.
Tinha-se cantado, tocado, conversado; reinava em todos a mais franca e
expansiva alegria; o tio da Amélia Azevedo fazia rir a todos com as suas
excentricidades; a Amélia arrebatava bravos a todos com as notas da sua
garganta celeste; estávamos em um intervalo, esperando a hora do chá.
Anunciou-se meu marido.
Não vinha só. Vinha ao lado dele um homem alto, magro, elegante. Não
pude conhecê-lo. Meu marido adiantou-se, e no meio do silêncio geral veio
apresentar-mo.
Ouvi de meu marido que o nosso conviva chamava-se Emílio ***.


[Linha 3600 de 6063 - Parte 3 de 4]


Fixei nele um olhar e retive um grito.
Era ele!
O meu grito foi substituído por um gesto de surpresa. Ninguém percebeu.
Ele pareceu perceber menos que ninguém. Tinha os olhos fixos em mim, e com
um gesto gracioso dirigiu-me algumas palavras de lisonjeira cortesia.
124
Respondi como pude.
Seguiram-se as apresentações, e durante dez minutos houve um silêncio
de acanhamento em todos.
Os olhos voltavam-se todos para o recém-chegado. Eu também voltei os
meus e pude reparar naquela figura em que tudo estava disposto para atrair as
atenções: cabeça formosa e altiva, olhar profundo e magnético, maneiras
elegantes e delicadas, certo ar distinto e próprio que fazia contraste com o ar
afetado e prosaicamente medido dos outros rapazes.
Este exame de minha parte foi rápido. Eu não podia, nem me convinha
encontrar o olhar de Emílio. Tornei a abaixar os olhos e esperei ansiosa que a
conversação voltasse de novo ao seu curso.
Meu marido encarregou-se de dar o tom. Infelizmente era ainda o novo
conviva o motivo da conversa geral.
Soubemos então que Emílio era um provinciano filho de pais opulentos,
que recebera uma esmerada educação na Europa, onde não houve um só recanto
que não visitasse.
Voltara há pouco tempo ao Brasil, e antes de ir para a província tinha
determinado passar algum tempo no Rio de Janeiro.
Foi tudo quanto soubemos. Vieram as mil perguntas sobre as viagens de
Emílio, e este, com a mais amável solicitude, satisfazia a curiosidade geral.
Só eu não era curiosa. É que não podia articular palavra. Pedia
interiormente a explicação deste romance misterioso, começado em um corredor
do teatro, continuado em uma carta anônima e na apresentação em minha casa
por intermédio do meu próprio marido.
De quando em quando levantava os olhos para Emílio e achava-o calmo
e frio, respondendo polidamente às interrogações dos outros e narrando ele
próprio, com uma graça modesta e natural, alguma das suas aventuras de viagem.
Ocorreu-me uma idéia. Seria realmente ele o misterioso do teatro e da
carta? Pareceu-me ao princípio que sim, mas eu podia ter-me enganado; eu não
tinha as feições do outro bem presentes à memória; parecia-me que as duas
125
criaturas eram uma e a mesma; mas não podia explicar-se o engano por uma
semelhança miraculosa?
De reflexão em reflexão, foi-me correndo o tempo, e eu assistia à
conversa de todos como se não estivesse presente. Veio a hora do chá. Depois
cantou-se e tocou-se ainda. Emílio ouvia tudo com atenção religiosa e mostravase
tão apreciador de gosto como era conversador discreto e pertinente.
No fim da noite tinha cativado a todos. Meu marido, sobretudo, estava
radiante. Via-se que ele se considerava feliz por ter feito a descoberta de mais um
amigo para si e um companheiro para as nossas reuniões de família.
Emílio saiu prometendo voltar algumas vezes.
Quando eu me achei a sós com meu marido, perguntei-lhe:
- Donde conheces este homem?
- É uma pérola, não é? Foi-me apresentado no escritório há dias;


[Linha 3650 de 6063 - Parte 3 de 4]


simpatizei logo; parece ser dotado de boa alma, é vivo de espírito e discreto
como o bom senso. Não há ninguém que não goste dele...
E como eu o ouvisse séria e calada, meu marido interrompeu-se e
perguntou-me:
- Fiz mal em trazê-lo aqui?
- Mal, por quê? perguntei eu.
- Por coisa nenhuma. Que mal havia de ser? É um homem distinto...
Pus termo ao novo louvor do rapaz, chamando um escravo para dar
algumas ordens.
E retirei-me ao meu quarto.
O sono dessa noite não foi o sono dos justos, podes crer. O que me
irritava era a preocupação constante em que eu andava depois destes
acontecimentos. Já eu não podia fugir inteiramente a essa preocupação: era
involuntária, subjugava-me, arrastava-me. Era a curiosidade do coração, esse
primeiro sinal das tempestades em que sucumbe a nossa vida e o nosso futuro.
Parece que aquele homem lia na minha alma e sabia apresentar-se no
momento mais próprio a ocupar-me a imaginação como uma figura poética e
126
imponente. Tu, que o conheceste depois, dize-me se, dadas as circunstâncias
anteriores, não era para produzir esta impressão no espírito de uma mulher como
eu!
Como eu, repito. Minhas circunstâncias eram especiais; se não o
soubeste nunca, suspeitaste-o ao menos.
Se meu marido tivesse em mim uma mulher, e se eu tivesse nele um
marido, minha salvação era certa. Mas não era assim. Entramos no nosso lar
nupcial como dois viajantes estranhos em uma hospedaria, e aos quais a
calamidade do tempo e a hora avançada da noite obrigam a aceitar pousada sob o
teto do mesmo aposento.
Meu casamento foi resultado de um cálculo e de uma conveniência. Não
inculpo meus pais. Eles cuidavam fazer-me feliz e morreram na convicção de que
o era.
Eu podia, apesar de tudo, encontrar no marido que me davam um objeto
de felicidade para todos os meus dias. Bastava para isso que meu marido visse
em mim uma alma companheira da sua alma, um coração sócio do seu coração.
Não se dava isto; meu marido entendia o casamento ao modo da maior parte da
gente; via nele a obediência às palavras do Senhor no Gênesis.
Fora disso, fazia-me cercar de certa consideração e dormia tranqüilo na
convicção de que havia cumprido o seu dever.
O dever! esta era a minha tábua de salvação. Eu sabia que as paixões não
eram soberanas e que a nossa vontade pode triunfar delas. A este respeito eu
tinha em mim forças bastantes para repelir idéias más. Mas não era o presente
que me abafava e atemorizava; era o futuro. Até então aquele romance influía no
meu espírito pela circunstância do mistério em que vinha envolto; a realidade
havia de abrir-me os olhos; consolava-me a esperança de que eu triunfaria de um
amor culpado. Mas, poderia nesse futuro, cuja proximidade eu não calculava,
resistir convenientemente à paixão e salvar intactas a minha consideração e a
minha consciência? Esta era a questão.
Ora, no meio destas oscilações, eu não via a mão do meu marido
127
estender-se para salvar-me. Pelo contrário, quando na ocasião de queimar a carta,


[Linha 3700 de 6063 - Parte 3 de 4]


atirava-me a ele, lembras-te que ele me repeliu com uma palavra de enfado.
Isto pensei, isto senti, na longa noite que se seguiu à apresentação de
Emílio.
No dia seguinte estava fatigada de espírito; mas, ou fosse calma ou fosse
prostração, senti que os pensamentos dolorosos que me haviam torturado durante
a noite esvaeceram-se à luz da manhã, como verdadeiras aves da noite e da
solidão.
Então abriu-se ao meu espírito um raio de luz. Era a repetição do mesmo
pensamento que me voltava no meio das preocupações daqueles últimos dias.
Por que temer? dizia eu comigo. Sou uma triste medrosa; e fatigo-me em
criar montanhas para cair extenuada no meio da planície. Eia! nenhum obstáculo
se opõe ao meu caminho de mulher virtuosa e considerada. Este homem, se é o
mesmo, não passa de um mau leitor de romances realistas. O mistério é que lhe
dá algum valor; visto de mais perto há de ser vulgar ou hediondo.
IV
Não te quero fatigar com a narração minuciosa e diária de todos os
acontecimentos.
Emílio continuou a freqüentar a nossa casa, mostrando sempre a mesma
delicadeza e gravidade, e encantando a todos por suas maneiras distintas sem
afetação, amáveis sem fingimento.
Não sei por que meu marido revelava-se cada vez mais amigo de Emílio.
Este conseguira despertar nele um entusiasmo novo para mim e para todos. Que
capricho era esse da natureza?
Muitas vezes interroguei meu marido acerca desta amizade tão súbita e
tão estrepitosa; quis até inventar suspeitas no espírito dele; meu marido era
inabalável.
- Que queres? respondia-me ele. Não sei por que simpatizo
128
extraordinariamente com este rapaz. Sinto que é uma bela pessoa, e eu não posso
dissimular o entusiasmo de que me possuo quando estou perto dele.
- Mas sem conhecê-lo... objetava eu.
- Ora essa! Tenho as melhores informações; e demais, vê-se logo que é
uma pessoa distinta...
- As maneiras enganam muitas vezes.
- Conhece-se...
Confesso, minha amiga, que eu podia impor a meu marido o afastamento
de Emílio; mas quando esta idéia me vinha à cabeça, não sei por que ria-me dos
meus temores e declarava-me com forças de resistir a tudo o que pudesse
sobrevir.
Demais, o procedimento de Emílio autorizava-me a desarmar. Ele era
para mim de um respeito inalterável, tratava-me como a todas as outras, sem
deixar entrever a menor intenção oculta, o menor pensamento reservado.
Sucedeu o que era natural. Diante de tal procedimento não me ficava
bem proceder com rigor e responder com a indiferença à amabilidade.
As coisas marchavam de tal modo que eu cheguei a persuadir-me de que
tudo o que sucedera antes não tinha relação alguma com aquele rapaz, e que não
havia entre ambos mais do que um fenômeno da semelhança, o que aliás eu não
podia afirmar, porque, como te disse já, não pudera reparar bem no homem do
teatro.
Aconteceu que dentro de pouco tempo estávamos na maior intimidade, e


[Linha 3750 de 6063 - Parte 3 de 4]


eu era para ele o mesmo que todas as outras: admiradora e admirada.
Das reuniões passou Emílio às simples visitas de dia, nas horas em que
meu marido estava presente, e mais tarde, mesmo quando ele se achava ausente.
Meu marido de ordinário era quem o trazia. Emílio vinha então no seu
carrinho que ele próprio dirigia, com a maior graça e elegância. Demorava-se
horas e horas em nossa casa, tocando piano ou conversando.
A primeira vez que o recebi só, confesso que estremeci; mas foi um susto
pueril; Emílio procedeu sempre do modo mais indiferente em relação às minhas
129
suspeitas. Nesse dia, se algumas suspeitas me ficaram, desvaneceram-se todas.
Nisto passaram-se dois meses.
Um dia, era de tarde, eu estava só; esperava-te para irmos visitar teu pai
enfermo. Parou um carro à porta. Mandei ver. Era Emílio.
Recebi-o como de costume.
Disse-lhe que íamos visitar um doente, e ele quis logo sair. Disse-lhe que
ficasse até a tua chegada. Ficou como se outro motivo o detivesse além de um
dever de cortesia.
Passou-se meia hora.
Nossa conversa foi sobre assuntos indiferentes.
Em um dos intervalos da conversa Emílio levantou-se e foi à janela. Eu
levantei-me igualmente para ir ao piano buscar um leque. Voltando para o sofá
reparei pelo espelho que Emílio me olhava com um olhar estranho. Era uma
transfiguração. Parecia que naquele olhar estava concentrada toda a alma dele.
Estremeci.
Todavia fiz um esforço sobre mim e fui sentar-me, então mais séria que
nunca.
Emílio encaminhou-se para mim.
Olhei para ele.
Era o mesmo olhar.
Baixei os meus olhos.
- Assustou-se? perguntou-me ele.
Não respondi nada. Mas comecei a tremer de novo e parecia-me que o
coração me queria pular fora do peito.
É que naquelas palavras havia a mesma expressão do olhar; as palavras
faziam-me o efeito das palavras da carta.
- Assustou-se? repetiu ele.
- De quê? perguntei eu procurando rir para não dar maior gravidade à
situação.
- Pareceu-me.
130
Houve um silêncio.
- D. Eugênia, disse ele sentando-se; não quero por mais tempo ocultar o
segredo que faz o tormento da minha vida. Fora um sacrifício inútil. Feliz ou
infeliz, prefiro a certeza da minha situação. D. Eugênia, eu amo-a.
Não te posso descrever como fiquei ouvindo estas palavras. Senti que
empalidecia; minhas mãos estavam geladas. Quis falar: não pude.
Emílio continuou:
- Oh! eu bem sei a que me exponho. Vejo como este amor é culpado.
Mas que quer? É fatalidade. Andei tantas léguas, passei à ilharga de tantas
belezas, sem que o meu coração pulsasse. Estava-me reservada a ventura rara ou


[Linha 3800 de 6063 - Parte 3 de 4]


o tremendo infortúnio de ser amado ou desprezado pela senhora. Curvo-me ao
destino. Qualquer que seja a resposta que eu possa obter, não recuso, aceito. Que
me responde?
Enquanto ele falava, eu podia, ouvindo-lhe as palavras, reunir algumas
idéias. Quando ele acabou levantei os olhos e disse:
- Que resposta espera de mim?
- Qualquer.
- Só pode esperar uma...
- Não me ama?
- Não! Nem posso e nem amo, nem amaria se pudesse ou quisesse... Peço
que se retire.
E levantei-me.
Emílio levantou-se.
- Retiro-me, disse ele; e parto com o inferno no coração.
Levantei os ombros em sinal de indiferença.
- Oh! eu bem sei que isso lhe é indiferente. É isso o que eu mais sinto. Eu
preferia o ódio; o ódio, sim; mas a indiferença, acredite, é o pior castigo. Mas eu
o recebo resignado. Tamanho crime deve ter tamanha pena.
E tomando o chapéu chegou-se a mim de novo.
Eu recuei dois passos.
131
- Oh! não tenha medo. Causo-lhe medo?
- Medo? retorqui eu com altivez.
- Asco? perguntou ele.
- Talvez... murmurei.
- Uma única resposta, tornou Emílio; conserva aquela carta?
- Ah! disse eu. Era o autor da carta?
- Era. E aquele misterioso do corredor do teatro Lírico. Era eu. A carta?
- Queimei-a.
- Preveniu o meu pensamento.
E cumprimentando-me friamente dirigiu-se para a porta. Quase a chegar
à porta senti que ele vacilava e levava a mão ao peito.
Tive um momento de piedade. Mas era necessário que ele se fosse, quer
sofresse quer não. Todavia, dei um passo para ele e perguntei-lhe de longe:
- Quer dar-me uma resposta?
Ele parou e voltou-se.
- Pois não!
- Como é que para praticar o que praticou fingiu-se amigo de meu
marido?
- Foi um ato indigno, eu sei; mas o meu amor é daqueles que não recuam
ante a indignidade. É o único que eu compreendo. Mas, perdão; não quero
enfadá-la mais. Adeus! Para sempre!
E saiu.
Pareceu-me ouvir um soluço.
Fui sentar-me no sofá. Daí a pouco ouvi o rodar do carro.
O tempo que mediou entre a partida dele e a tua chegada não sei como se
passou. No lugar em que fiquei aí me achaste.
Até então eu não tinha visto o amor senão nos livros. Aquele homem
parecia-me realizar o amor que eu sonhara e vira descrito. A idéia de que o
coração de Emílio sangrava naquele momento despertou em mim um sentimento


[Linha 3850 de 6063 - Parte 3 de 4]


vivo de piedade. A piedade foi um primeiro passo.
132
- Quem sabe, dizia eu comigo mesma, o que ele está agora sofrendo? E
que culpa é a dele, afinal de contas? Ama-me, disse-mo: o amor foi mais forte do
que a razão; não viu que eu era sagrada para ele; revelou-se. Ama, é a sua
desculpa.
Depois repassava na memória todas as palavras dele e procurava
recordar-me do tom em que ele as proferira. Lembrava-me também do que eu
dissera e o tom com que respondera às suas confissões.
Fui talvez severa demais. Podia manter a minha dignidade sem abrir-lhe
uma chaga no coração. Se eu falasse com mais brandura podia adquirir dele o
respeito e a veneração. Agora há de amar-me ainda, mas não se recordará do que
se passou sem um sentimento de amargura.
Estava nestas reflexões quando entraste.
Lembras-te que me achaste triste e perguntaste a causa disso. Nada te
respondi. Fomos à casa da tua tia, sem que eu nada mudasse do ar que tinha
antes.
À noite quando meu marido me perguntou por Emílio, respondi sem
saber o que respondia:
- Não veio cá hoje.
- Deveras? disse ele. Então está doente.
- Não sei.
- Lá vou amanhã.
- Lá onde?
- À casa dele.
- Para quê?
- Talvez esteja doente.
- Não creio; esperemos até ver...
Passei uma noite angustiosa. A idéia de Emílio perturbava-me o sono.
Afigurava-se-me que ele estaria àquela hora chorando lágrimas de sangue no
desespero do amor não aceito.
Era piedade? Era amor?
133
Carlota, era uma e outra coisa. Que podia ser mais? Eu tinha posto o pé
em uma senda fatal; uma força me atraía. Eu fraca, podendo ser forte. Não me
inculpo senão a mim.
Até domingo.
V
Na tarde seguinte, quando meu marido voltou perguntei por Emílio.
- Não o procurei, respondeu-me ele; tomei o conselho; se não vier hoje,
sim.
Passou-se, pois, um dia sem ter notícias dele.
No dia seguinte, não tendo aparecido, meu marido foi lá.
Serei franca contigo, eu mesma lembrei isso a meu marido.
Esperei ansiosa a resposta.
Meu marido voltou pela tarde. Tinha um certo ar triste. Perguntei o que
havia.
- Não sei. Fui encontrar com o rapaz de cama. Disse-me que era uma
ligeira constipação; mas eu creio que não é isso só...
- Que será então? perguntei eu, fitando um olhar em meu marido.


[Linha 3900 de 6063 - Parte 3 de 4]


- Alguma coisa mais. O rapaz falou-me em embarcar para o norte. Está
triste, distraído, preocupado. Ao mesmo tempo que manifesta a esperança de ver
os pais, revela receios de não tornar a vê-los. Tem idéias de morrer na viagem.
Não sei que lhe aconteceu, mas foi alguma coisa. Talvez...
- Talvez?
- Talvez alguma perda de dinheiro.
Esta resposta transtornou o meu espírito. Posso afirmar-te que esta
resposta entrou por muito nos acontecimentos posteriores.
Depois de algum silêncio perguntei:
- Mas que pretendes fazer?
- Abrir-me com ele. Perguntar o que é, e acudir-lhe se for possível. Em
134
qualquer caso não o deixarei partir. Que achas?
- Acho que sim.
Tudo o que ia acontecendo contribuía poderosamente para tornar a idéia
de Emílio cada vez mais presente à minha memória, e, é com dor que o confesso,
não pensava já nele sem pulsações do coração.
Na noite do dia seguinte estávamos reunidas algumas pessoas. Eu não
dava grande vida à reunião. Estava triste e desconsolada. Estava com raiva de
mim própria. Fazia-me algoz de Emílio e doía-me a idéia de que ele padecesse
ainda mais por mim.
Mas, seriam nove horas, quando meu marido apareceu trazendo Emílio
pelo braço.
Houve um movimento geral de surpresa.
Realmente porque Emílio não aparecia alguns dias já todos começavam a
perguntar por ele; depois, porque o pobre moço vinha pálido de cera.
Não te direi o que se passou nessa noite. Emílio parecia sofrer, não
estava alegre como dantes; ao contrário, era naquela noite de uma taciturnidade,
de uma tristeza que incomodava a todos, mas que me mortificava atrozmente, a
mim que me fazia causa das suas dores.
Pude falar-lhe em uma ocasião, a alguma distância das outras pessoas.
- Desculpe-me, disse-lhe eu, se alguma palavra dura lhe disse
compreenda a minha posição. Ouvindo bruscamente o que me disse não pude
pensar no que dizia. Sei que sofreu; peço-lhe que não sofra mais, que esqueça...
- Obrigado, murmurou ele.
- Meu marido falou-me de projetos seus...
- De voltar à minha província, é verdade.
- Mas doente...
- Esta doença há de passar.
E dizendo isto lançou-me um olhar tão sinistro que eu tive medo.
- Passar? passar como?
- De algum modo.
135
- Não diga isso...
- Que me resta mais na terra?
E voltou os olhos para enxugar uma lágrima.
- Que é isso? disse eu. Está chorando?
- As últimas lágrimas.
- Oh! se soubesse como me faz sofrer! Não chore; eu lho peço. Peço-lhe
mais. Peço-lhe que viva.


[Linha 3950 de 6063 - Parte 3 de 4]


- Oh!
- Ordeno-lhe.
- Ordena-me? E se eu não obedecer? Se eu não puder?... Acredita que se
possa viver com um espinho no coração?
Isto que te escrevo é feio. A maneira por que ele falava é que era
apaixonada, dolorosa, comovente. Eu ouvia sem saber de mim. Aproximavam-se
algumas pessoas. Quis pôr termo à conversa e disse-lhe:
- Ama-me? disse eu. Só o amor pode ordenar? Pois é o amor que lhe
ordena que viva!
Emílio fez um gesto de alegria. Levantei-me para ir falar às pessoas que
se aproximavam.
- Obrigado, murmurou-me ele aos ouvidos.
Quando, no fim do serão, Emílio se despediu de mim, dizendo-me, com
um olhar em que a gratidão e o amor irradiavam juntos: - Até amanhã! - não sei
que sentimento de confusão e de amor, de remorso e de ternura se apoderou de
mim.
- Bem; Emílio está mais alegre, dizia-me meu marido.
Eu olhei para ele sem saber o que responder.
Depois retirei-me precipitadamente. Parecia-me que via nele a imagem
da minha consciência.
No dia seguinte recebi de Emílio esta carta:
«Eugênia. Obrigado. Torno-me à vida, e à senhora o devo. Obrigado! fez
de um cadáver um homem, faça agora de um homem um deus. Ânimo! Ânimo!»
136
Li esta carta, reli, e... dir-to-ei, Carlota? beijei-a. Beijei-a repetidas vezes
com alma, com paixão, com delírio. Eu amava! eu amava!
Então houve em mim a mesma luta, mas estava mudada a situação dos
meus sentimentos. Antes era o coração que fugia à razão, agora a razão fugia ao
coração.
Era um crime, eu bem o via, bem o sentia; mas não sei qual era a minha
fatalidade, qual era a minha natureza; eu achava nas delícias do crime desculpa
ao meu erro, e procurava com isso legitimar a minha paixão.
Quando meu marido se achava perto de mim eu me sentia melhor e mais
corajosa...
Paro aqui desta vez. Sinto uma opressão no peito. É a recordação de
todos estes acontecimentos.
Até domingo.
VI
Seguiram-se alguns dias às cenas que eu te contei na minha carta
passada.
Ativou-se entre mim e Emílio uma correspondência. No fim de quinze
dias eu só vivia do pensamento dele.
Ninguém dos que freqüentavam a nossa casa, nem mesmo tu, pôde
descobrir este amor. Éramos dois namorados discretos ao último ponto.
É certo que muitas vezes me perguntavam por que é que eu me distraía
tanto e andava tão melancólica; isto chamava-me à vida real e eu mudava logo de
parecer.
Meu marido sobretudo parecia sofrer com as minhas tristezas.
A sua solicitude, confesso, incomodava-me. Muitas vezes lhe respondia
mal, não já porque eu o odiasse, mas porque de todos era ele o único a quem eu


[Linha 4000 de 6063 - Parte 3 de 4]


não quisera ouvir destas interrogações.
Um dia voltando para casa à tarde chegou-se ele a mim e disse:
137
- Eugênia, tenho uma notícia a dar-te.
- Qual?
- E que te há de agradar muito.
- Vejamos qual é.
- É um passeio.
- Aonde?
- A idéia foi minha. Já fui ao Emílio e ele aplaudiu muito. O passeio deve
ser domingo à Gávea; iremos daqui muito cedinho. Tudo isto, é preciso notar,
não está decidido. Depende de ti. O que dizes?
- Aprovo a idéia.
- Muito bem. A Carlota pode ir.
- E deve ir, acrescentei eu; e algumas outras amigas.
Pouco depois recebias tu e outras um bilhete de convite para o passeio.
Lembras-te que lá fomos. O que não sabes é que nesse passeio, a favor
da confusão e a distração geral, houve entre mim e Emílio um diálogo que foi
para mim a primeira amargura de amor.
- Eugênia, dizia ele dando-me o braço, estás certa de que me amas?
- Estou.
- Pois bem. O que te peço, nem sou eu que te peço, é o meu coração, é o
teu coração que te pedem, um movimento nobre e capaz de nos engrandecer aos
nossos próprios olhos. Não haverá um recanto no mundo em que possamos viver,
longe de todos e perto do céu?
- Fugir?
- Sim!
- Oh! isso nunca!
- Não me amas.
- Amo, sim; é já um crime, não quero ir além.
- Recusas a felicidade?
- Recuso a desonra.
- Não me amas.
138
- Oh! meu Deus, como respondê-lo? Amo, sim; mas desejo ficar a seus
olhos a mesma mulher, amorosa é verdade, mas até certo ponto... pura.
- O amor que calcula, não é amor.
Não respondi. Emílio disse estas palavras com uma expressão tal de
desdém e com uma intenção de ferir-me que eu senti o coração bater-me
apressado, e subir-me o sangue ao rosto.
O passeio acabou mal.
Esta cena tornou Emílio frio para mim; eu sofria com isso; procurei
torná-lo ao estado anterior; mas não consegui.
Um dia em que nos achávamos a sós, disse-lhe:
- Emílio, se eu amanhã te acompanhasse, o que farias?
- Cumpria essa ordem divina.
- Mas depois?
- Depois? perguntou Emílio com ar de quem estranhava a pergunta.
- Sim, depois, continuei eu; depois quando o tempo volvesse não me
havias de olhar com desprezo?


[Linha 4050 de 6063 - Parte 3 de 4]


- Desprezo? Não vejo...
- Como não? Que te mereceria eu depois?
- Oh! esse sacrifício seria feito por minha causa, eu fora covarde se te
lançasse isso em rosto.
- Di-lo-ias no teu íntimo.
- Juro que não.
- Pois a meus olhos é assim; eu nunca me perdoaria esse erro.
Emílio pôs o rosto nas mãos e pareceu chorar. Eu que até ali falava com
esforço, fui a ele e tirei-lhe o rosto das mãos.
- Que é isto? disse eu. Não vês que me fazes chorar também?
Ele olhou para mim com os olhos rasos de lágrimas. Eu tinha os meus
úmidos.
- Adeus, disse ele repentinamente. Vou partir.
E deu um passo para a porta.
139
- Se me prometes viver, disse-lhe, parte; se tens alguma idéia sinistra,
fica.
Não sei o que viu ele no meu olhar, mas tomando a mão que eu lhe
estendia beijou-a repetidas vezes (eram os primeiros beijos) e disse-me com
fogo:
- Fico, Eugênia!
Ouvimos um ruído fora. Mandei ver. Era meu marido que chegava
enfermo. Tinha tido um ataque no escritório. Tornara a si, mas achava-se mal.
Alguns amigos o trouxeram dentro de um carro.
Corri para a porta. Meu marido vinha pálido e desfeito. Mal podia andar
ajudado pelos amigos.
Fiquei desesperada, não cuidei de mais coisa alguma. O médico que
acompanhara meu marido mandou logo fazer algumas aplicações de remédios.
Eu estava impaciente; perguntava a todos se meu marido estava salvo.
Todos me tranqüilizavam.
Emílio mostrou-se pesaroso com o acontecimento. Foi a meu marido e
apertou-lhe a mão.
Quando Emílio quis sair, meu marido disse-lhe:
- Olhe, sei que não pode estar aqui sempre; peço-lhe, porém, que venha,
se puder, todos os dias.
- Pois não, disse Emílio.
E saiu.
Meu marido passou mal o resto daquele dia e a noite. Eu não dormi.
Passei a noite no quarto.
No dia seguinte estava exausta. Tantas comoções diversas e uma vigília
tão longa deixaram-me prostrada: cedi à força maior. Mandei chamar a prima
Elvira e fui deitar-me.
Fecho esta carta neste ponto. Pouco falta para chegar ao termo da minha
triste narração.
Até domingo.
140
VII
A moléstia de meu marido durou poucos dias. De dia para dia agravavase.
No fim de oito dias os médicos desenganaram o doente.
Quando recebi esta fatal nova fiquei como louca. Era meu marido,


[Linha 4100 de 6063 - Parte 3 de 4]


Carlota, e apesar de tudo eu não podia esquecer que ele tinha sido companheiro
da minha vida e a idéia salvadora nos desvios do meu espírito.
Emílio achou-me num estado de desespero. Procurou consolar-me. Eu
não lhe ocultei que esta morte era um golpe profundo para mim.
Uma noite estávamos juntos todos, eu, a prima Elvira, uma parenta de
meu marido e Emílio. Fazíamos companhia ao doente. Este, depois de um longo
silêncio, voltou-se para mim e disse-me:
- A tua mão.
E apertando-me a mão com uma energia suprema, voltou-se para a
parede.
Expirou.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Passaram-se quatro meses depois dos fatos que te contei. Emílio
acompanhou-me na dor e foi dos mais assíduos em todas as cerimônias fúnebres
que se fizeram ao meu finado marido.
Todavia, as visitas começaram a escassear. Era, parecia-me, por motivo
de uma delicadeza natural.
No fim do prazo de que te falei, soube, por boca de um dos amigos de
meu marido, que Emílio ia partir. Não pude crer. Escrevi-lhe uma carta.
Eu amava-o então, como dantes, mais ainda agora que estava livre.
Dizia a carta:
«Emílio. Constou-me que ias partir. Será possível? Eu mesma não posso
acreditar nos meus ouvidos! Bem sabes que eu te amo. Não é tempo de coroar
nossos votos; mas não faltará muito para que o mundo nos releve uma união que
141
o amor nos impõe. Vem tu mesmo responder-me por boca. Tua Eugênia.»
Emílio veio em pessoa. Asseverou-me que, se ia partir, era por negócio
de pouco tempo, mas que voltaria logo. A viagem devia ter lugar daí a oito dias.
Pedi-lhe que jurasse o que dizia, e ele jurou.
Deixei-o partir.
Daí a quatro dias recebia eu a seguinte carta dele:
«Menti, Eugênia; vou partir já. Menti ainda, eu não volto. Não volto
porque não posso. Uma união contigo seria para mim o ideal da felicidade se eu
não fosse homem de hábitos opostos ao casamento. Adeus. Desculpa-me, e reza
para que eu faça boa viagem. Adeus. Emílio.»
Avalias facilmente como fiquei depois de ler esta carta. Era um castelo
que se desmoronava. Em troca do meu amor, do meu primeiro amor, recebia
deste modo a ingratidão e o desprezo. Era justo: aquele amor culpado não podia
ter bom fim; eu fui castigada pelas conseqüências mesmo do meu crime.
Mas, perguntava eu, como é que este homem, que parecia amar-me tanto,
recusou aquela de cuja honestidade podia estar certo, visto que pôde opor uma
resistência aos desejos de seu coração? Isto me pareceu um mistério. Hoje vejo
que não era; Emílio era um sedutor vulgar e só se diferençava dos outros em ter
um pouco mais de habilidade que eles.
Tal é a minha história. Imagina o que sofri nestes dois anos. Mas o
tempo é um grande médico: estou curada.
O amor ofendido e o remorso de haver de algum modo traído a confiança
de meu esposo fizeram-me doer muito. Mas eu creio que caro paguei o meu
crime e acho-me reabilitada perante a minha consciência.
Achar-me-ei perante Deus?


[Linha 4150 de 6063 - Parte 3 de 4]


E tu? É o que me hás de explicar amanhã; vinte e quatro horas depois de
partir esta carta eu serei contigo.
Adeus!
142
**************************************************************************************************************


LINHA RETA E LINHA CURVA
I
Era em Petrópolis, no ano de 186... Já se vê que a minha história não data
de longe. É tomada dos anais contemporâneos e dos costumes atuais. Talvez
algum dos leitores conheça até as personagens que vão figurar neste pequeno
quadro. Não será raro que, encontrando uma delas amanhã, Azevedo, por
exemplo, um dos meus leitores exclame:
- Ah! cá vi uma história em que se falou de ti. Não te tratou mal o autor.
Mas a semelhança era tamanha, houve tão pouco cuidado em disfarçar a
fisionomia, que eu, à proporção que voltava a página, dizia comigo: É o
Azevedo, não há dúvida.
Feliz Azevedo! A hora em que começa essa narrativa é ele um marido
143
feliz, inteiramente feliz. Casado de fresco, possuindo por mulher a mais formosa
dama da sociedade, e a melhor alma que ainda se encarnou ao sol da América,
dono de algumas propriedades bem situadas e perfeitamente rendosas, acatado,
querido, descansado, tal é o nosso Azevedo, a quem por cúmulo de ventura
coroam os mais belos vinte e seis anos.
Deu-lhe a fortuna um emprego suave: não fazer nada. Possui um diploma
de bacharel em direito; mas esse diploma nunca lhe serviu; existe guardado no
fundo da lata clássica em que o trouxe da faculdade de São Paulo. De quando em
quando Azevedo faz uma visita ao diploma, aliás ganho legitimamente, mas é
para não o ver mais senão daí a longo tempo. Não é um diploma, é uma relíquia.
Quando Azevedo saiu da faculdade de São Paulo e voltou para a fazenda
da província de Minas Gerais, tinha um projeto: ir à Europa. No fim de alguns
meses o pai consentiu na viagem, e Azevedo preparou-se para realizá-la. Chegou
à corte no propósito firme de tomar lugar no primeiro paquete que saísse; mas
nem tudo depende da vontade do homem. Azevedo foi a um baile antes de partir;
aí estava armada uma rede em que ele devia ser colhido. Que rede! Vinte anos,
uma figura delicada, esbelta, franzina, uma dessas figuras vaporosas que parecem
desfazer-se ao primeiro raio do sol. Azevedo não foi senhor de si: apaixonou-se;
daí a um mês casou-se, e daí a oito dias partiu para Petrópolis.
Que casa encerraria aquele casal tão belo, tão amante e tão feliz? Não
podia ser mais própria a casa escolhida; era um edifício leve, delgado, elegante,
mais de recreio que de morada; um verdadeiro ninho para aquelas duas pombas
fugitivas.
A nossa história começa exatamente três meses depois da ida para
Petrópolis. Azevedo e a mulher amavam-se ainda como no primeiro dia. O amor
tomava então uma força maior e nova; é que... devo dizê-lo, ó casais de três
meses? é que apontava no horizonte o primeiro filho. Também a terra e o céu se
alegram quando aponta no horizonte o primeiro raio do sol. A figura não vem
aqui por simples ornato de estilo; é uma dedução lógica: a mulher de Azevedo
chamava-se Adelaide.


[Linha 4200 de 6063 - Parte 3 de 4]


144
Era, pois, em Petrópolis, numa tarde de dezembro de 186... Azevedo e
Adelaide estavam no jardim que ficava em frente da casa onde ocultavam a sua
felicidade. Azevedo lia alto; Adelaide ouvia-o ler, mas como se ouve um eco do
coração, tanto a voz do marido e as palavras da obra correspondiam ao
sentimento interior da moça.
No fim de algum tempo Azevedo deteve-se e perguntou:
- Queres que paremos aqui?
- Como quiseres, disse Adelaide.
- É melhor, disse Azevedo fechando o livro. As coisas boas não se
gozam de uma assentada. Guardemos um pouco para a noite. Demais, era já
tempo que eu passasse do idílio escrito para o idílio vivo. Deixa-me olhar para ti.
Adelaide olhou para ele e disse:
- Parece que começamos a lua-de-mel.
- Parece e é, acrescentou Azevedo; e se o casamento não fosse
eternamente isto, o que poderia ser? A ligação de duas existências para meditar
discretamente na melhor maneira de comer o maxixe e o repolho? Ora, pelo amor
de Deus! Eu penso que o casamento deve ser um namoro eterno. Não pensas
como eu?
- Sinto, disse Adelaide.
- Sentes, é quanto basta.
- Mas que as mulheres sintam é natural; os homens...
- Os homens, são homens.
- O que nas mulheres é sentimento, nos homens é pieguice; desde
pequena me dizem isto.
- Enganam-te desde pequena, disse Azevedo rindo.
- Antes isso!
- É a verdade. E desconfia sempre dos que mais falam, sejam homens ou
mulheres. Tens perto um exemplo. A Emília fala muito da sua isenção. Quantas
vezes se casou? Até aqui duas, e está nos vinte e cinco anos. Era melhor calar-se
mais e casar-se menos.
145
- Mas nela é brincadeira, disse Adelaide.
- Pois não. O que não é brincadeira é que os três meses do nosso
casamento parecem-me três minutos...
- Três meses! exclamou Adelaide.
- Como foge o tempo! disse Azevedo.
- Dirás sempre o mesmo? perguntou Adelaide com um gesto de
incredulidade.
Azevedo abraçou-a e perguntou:
- Duvidas?
- Receio. É tão bom ser feliz!
- Sê-lo-ás sempre e do mesmo modo. De outro não entendo eu.
Neste momento ouviram os dois uma voz que partia da porta do jardim.
- O que é que não entendes? dizia essa voz.
Olharam.
À porta do jardim estava um homem alto, bem parecido, trajando com
elegância, luvas cor de palha, chicotinho na mão.
Azevedo pareceu ao princípio não conhecê-lo. Adelaide olhava para um
e para outro sem compreender nada. Tudo isto, porém, não passou de um minuto;


[Linha 4250 de 6063 - Parte 3 de 4]


no fim dele Azevedo exclamou:
- É o Tito! Entra, Tito!
Tito entrou galhardamente no jardim; abraçou Azevedo e fez um
cumprimento gracioso a Adelaide.
- É minha mulher, disse Azevedo apresentando Adelaide ao recémchegado.
- Já o suspeitava, respondeu Tito; e aproveito a ocasião para dar-te os
meus parabéns.
- Recebeste a nossa carta de participação?
- Em Valparaíso.
- Anda sentar-te e conta-me a tua viagem.
- Isso é longo, disse Tito sentando-se. O que te posso contar é que
146
desembarquei ontem no Rio. Tratei de indagar a tua morada. Disseram-me que
estavas temporariamente em Petrópolis. Descansei, mas logo hoje tomei a barca
da Prainha e aqui estou. Eu já suspeitava que com o teu espírito de poeta irias
esconder a tua felicidade em algum recanto do mundo. Com efeito, isto é
verdadeiramente uma nesga do paraíso. Jardim, caramanchões, uma casa leve e
elegante, um livro. Bravo! Marília de Dirceu... É completo! Tityre, tu patolæ.
Caio no meio de um idílio. Pastorinha, onde está o cajado?
Adelaide ri às gargalhadas.
Tito continua:
- Ri mesmo como uma pastorinha alegre. E tu, Teócrito, que fazes?
Deixas correr os dias como as águas do Paraíba? Feliz criatura!
- Sempre o mesmo! disse Azevedo.
- O mesmo doido? Acha que ele tem razão, minha senhora?
- Acho, se o não ofendo...
- Qual ofender! Se eu até me honro com isso; sou um doido inofensivo,
isso é verdade. Mas é que realmente são felizes como poucos. Há quantos meses
se casaram?
- Três meses faz domingo, respondeu Adelaide.
- Disse há pouco que me pareciam três minutos, acrescentou Azevedo.
Tito olhou para ambos e disse sorrindo:
- Três meses, três minutos! Eis toda a verdade da vida. Se os pusessem
sobre uma grelha, como São Lourenço, cinco minutos eram cinco meses. E ainda
se fala em tempo! Há lá tempo! O tempo está nas nossas impressões. Há meses
para os infelizes e minutos para os venturosos!
- Mas que ventura! exclama Azevedo.
- Completa não? Imaginação! Marido de um serafim, nas graças e no
coração, não reparei que estava aqui... mas não precisa corar!... Disto me há de
ouvir vinte vezes por dia; o que penso, digo. Como não te hão de invejar os
nossos amigos!
- Isso não sei.
147
- Pudera! Encafuado neste desvão do mundo, de nada podes saber. E
fazes bem. Isto de ser feliz à vista de todos é repartir a felicidade. Ora, para
respeitar o princípio devo ir-me já embora...
Dizendo isto, Tito levantou-se.
- Deixa-te disso: fica conosco.
- Os verdadeiros amigos também são a felicidade, disse Adelaide.
- Ah!


[Linha 4300 de 6063 - Parte 3 de 4]


- É até bom que aprendas em nossa escola a ciência do casamento,
acrescentou Azevedo.
- Para quê? perguntou Tito meneando o chicotinho.
- Para te casares.
- Hum!... fez Tito.
- Não pretende? perguntou Adelaide.
- Estás ainda o mesmo que em outro tempo?
- O mesmíssimo, respondeu Tito.
Adelaide fez um gesto de curiosidade e perguntou:
- Tem horror ao casamento?
- Não tenho vocação, respondeu Tito. É puramente um caso de vocação.
Quem a não tiver não se meta nisso, que é perder o tempo e o sossego. Desde
muito tempo estou convencido disto.
- Ainda te não bateu a hora.
- Nem bate, disse Tito.
- Mas, se bem me lembro, disse Azevedo oferecendo-lhe um charuto,
houve um dia em que fugiste às teorias do costume: andavas então apaixonado...
- Apaixonado, é engano. Houve um dia em que a Providência trouxe uma
confirmação aos meus instintos solitários. Meti-me a pretender uma senhora...
- É verdade: foi um caso engraçado.
- Como foi o caso? perguntou Adelaide.
- O Tito viu em um baile uma rapariga. No dia seguinte apresenta-se em
casa dela, e, sem mais nem menos, pede-lhe a mão. Ela responde... que te
148
respondeu?
- Respondeu por escrito que eu era um tolo e me deixasse daquilo. Não
disse positivamente tolo, mas vinha a dar na mesma. É preciso confessar que
semelhante resposta não era própria. Voltei atrás e nunca mais amei.
- Mas amou naquela ocasião? perguntou Adelaide.
- Não sei se era amor, respondeu Tito, era uma coisa... Mas note, isto foi
há uns bons cinco anos. Daí para cá ninguém mais me fez bater o coração.
- Pior para ti.
- Eu sei! disse Tito levantando os ombros. Se não tenho os gozos íntimos
do amor, não tenho nem os dissabores, nem os desenganos. É já uma grande
fortuna!
- No verdadeiro amor não há nada disso, disse sentenciosamente a
mulher de Azevedo.
- Não há? Deixemos o assunto; eu podia fazer um discurso a propósito,
mas prefiro...
- Ficar conosco, Azevedo atalhou-o. Está sabido.
- Não tenho essa intenção.
- Mas tenho eu. Hás de ficar.
- Mas se eu já mandei o criado tomar alojamento no hotel de Bragança...
- Pois manda contra-ordem. Fica comigo.
- Insisto em não perturbar a tua paz.
- Deixa-te disso.
- Fique! disse Adelaide.
- Ficarei.
- E amanhã, continuou Adelaide, depois de ter descansado, há de nos
dizer qual é o segredo da isenção de que tanto se ufana.


[Linha 4350 de 6063 - Parte 3 de 4]


- Não há segredo, disse Tito. O que há é isto: entre um amor que se
oferece e... uma partida de voltarete, não hesito, atiro-me ao voltarete. A
propósito, Ernesto, sabes que encontrei no Chile um famoso parceiro de
voltarete? Fez a casca mais temerária que tenho visto... sabe o que é uma casca,
149
minha senhora?
- Não, respondeu Adelaide.
- Pois eu lhe explico.
Azevedo olhou para fora e disse:
- Aí chega a D. Emília.
Com efeito à porta do jardim parava uma senhora dando o braço a um
velho de cinqüenta anos.
D. Emília era uma moça a que se pode chamar uma bela mulher; era alta
na estatura e altiva no caráter. O amor que pudesse infundir seria por imposição.
De suas maneiras e das suas graças inspirava um não sei quê de rainha que dava
vontade de levá-la a um trono.
Trajava com elegância e simplicidade. Ela tinha essa elegância natural
que é outra elegância diversa da elegância dos enfeites, a propósito da qual já tive
ocasião de escrever esta máxima: «Que há pessoas elegantes, e pessoas
enfeitadas.»
Olhos negros e rasgados, cheios de luz e de grandeza, cabelos castanhos
e abundantes, nariz reto como o de Safo, boca vermelha e breve, faces de cetim,
colo e braços como os das estátuas, tais eram os traços da beleza de Emília.
Quanto ao velho que lhe dava o braço, era, como disse, um homem de
cinqüenta anos. Era o que se chama em português chão e rude, - um velho
gaiteiro. Pintado, espartilhado, via-se nele uma como que ruína do passado
reconstruída por mãos modernas, de modo a ter esse aspecto bastardo que não é
nem a austeridade da velhice, nem a frescura da mocidade. Não havia dúvida de
que o velho devia ter sido um belo rapaz em seus tempos; mas presentemente, se
algumas conquistas tivesse feito, só podia contentar-se com a lembrança delas.
Quando Emília entrou no jardim todos se achavam de pé. A recémchegada
apertou a mão a Azevedo e foi beijar Adelaide. Ia sentar-se na cadeira
que Azevedo lhe oferecera quando reparou em Tito que se achava a um lado.
Os dois cumprimentaram-se, mas com ar diferente. Tito parecia tranqüilo
e friamente polido; mas Emília, depois de cumprimentá-lo, conservou os olhos
150
fitos nele, como que avocando uma memória do passado.
Feitas as apresentações necessárias, e a Diogo Franco (é o nome do velho
braceiro), todos tomaram assentos.
A primeira que falou foi Emília:
- Ainda hoje não vinha se não fosse a obsequiosidade do Sr. Diogo.
Adelaide olhou para o velho e disse:
- O Sr. Diogo é uma maravilha.
Diogo empertigou-se e murmurou com certo tom de modéstia:
- Nem tanto, nem tanto.
- É, é, disse Emília. Não é talvez uma, porém duas maravilhas. Ah! sabes
que me vai fazer um presente?
- Um presente! exclamou Azevedo.
- É verdade, continuou Emília, um presente que mandou vir da Europa e
lá dos confins; recordações das suas viagens de adolescente...


[Linha 4400 de 6063 - Parte 3 de 4]


Diogo estava radiante.
- É uma insignificância, disse ele olhando ternamente para Emília.
- Mas o que é? perguntou Adelaide.
- É... adivinhem? É um urso branco!
- Um urso branco!
- Deveras?
- Está para chegar, mas só ontem é que me deu notícia dele. Que amável
lembrança!
- Um urso! exclamou ainda Azevedo.
Tito inclinou-se ao ouvido do amigo, e disse em voz baixa:
- Com ele fazem dois.
Diogo jubiloso pelo efeito que causava a notícia do presente, mas iludido
no caráter desse efeito, disse:
- Não vale a pena. É um urso que eu mandei vir; é verdade que eu pedi
dos mais belos. Não sabem o que é um urso branco. Imaginem que é todo branco.
- Ah! disse Tito.
151
- É um animal admirável! tornou Diogo.
- Acho que sim, disse Tito. Ora imagina tu o que não será um urso
branco que é todo branco. Que faz este sujeito? perguntou ele em seguida a
Azevedo.
- Namora a Emília; tem cinqüenta contos.
- E ela?
- Não faz caso dele.
- Diz ela?
- E é verdade.
Enquanto os dois trocavam estas palavras, Diogo brincava com os sinetes
do relógio e as duas senhoras conversavam. Depois das últimas palavras entre
Azevedo e Tito, Emília voltou-se para o marido de Adelaide e perguntou:
- Dá-se isto, Sr. Azevedo? Então faz-se anos nesta casa e não me
convidam?
- Mas a chuva? disse Adelaide.
- Ingrata! Bem sabes que não há chuva em casos tais.
- Demais, acrescentou Azevedo, fez-se a festa tão à capucha.
- Fosse como fosse, eu sou de casa.
- É que a lua-de-mel continua apesar de cinco meses, disse Tito.
- Aí vens tu com os teus epigramas, disse Azevedo.
- Ah! isso é mau, Sr. Tito!
- Tito? perguntou Emília a Adelaide em voz baixa.
- Sim.
- D. Emília não sabe ainda quem é o nosso amigo Tito, disse Azevedo.
Eu até tenho medo de dizê-lo.
- Então é muito feio o que tem para dizer?
- Talvez, disse Tito com indiferença.
- Muito feio! exclamou Adelaide.
- O que é então? perguntou Emília.
- É um homem incapaz de amar, continuou Adelaide. Não pode haver
152
maior indiferença para o amor... Em resumo, prefere a um amor... o quê? um
voltarete.


[Linha 4450 de 6063 - Parte 3 de 4]


- Disse-te isso? perguntou Emília.
- E repito, disse Tito. Mas note bem, não por elas, é por mim. Acredito
que todas as mulheres sejam credoras da minha adoração; mas eu é que sou feito
de modo que nada mais lhes posso conceder do que uma estima desinteressada.
Emília olhou para o moço e disse:
- Se não é vaidade, é doença.
- Há de me perdoar, mas eu creio que não é doença nem vaidade. É
natureza: uns aborrecem as laranjas, outros aborrecem os amores; agora se o
aborrecimento vem por causa das cascas, não sei; o que é certo é que é assim.
- É ferino! disse Emília olhando para Adelaide.
- Ferino, eu? disse Tito levantando-se. Sou uma seda, uma dama, um
milagre de brandura... Dói-me, deveras, que eu não possa estar na linha dos
outros homens e não seja, como todos, propenso a receber as impressões
amorosas, mas que quer? a culpa não é minha.
- Anda lá, disse Azevedo, o tempo te há de mudar.
- Mas quando? Tenho vinte e nove anos feitos.
- Já vinte e nove? perguntou Emília.
- Completei-os pela Páscoa.
- Não parece.
- São os seus bons olhos.
A conversa continuou por este modo, até que se anunciou o jantar.
Emília e Diogo tinham jantado, ficaram apenas para fazer companhia ao casal
Azevedo e a Tito, que declarou desde o princípio estar caindo de fome.
A conversa durante o jantar versou sobre coisas indiferentes.
Quando se servia o café apareceu à porta um criado do hotel em que
morava Diogo; trazia uma carta para este, com indicação no sobrescrito de que
era urgente. Diogo recebeu a carta, leu-a e pareceu mudar de cor. Todavia
continuou a tomar parte na conversa geral. Aquela circunstância, porém, deu
153
lugar a que Adelaide perguntasse a Emília:
- Quando te deixará este eterno namorado?
- Eu sei cá! respondeu Emília. Mas afinal de contas, não é mau homem!
Tem aquela mania de me dizer no fim de todas as semanas que nutre por mim
uma ardente paixão.
- Enfim, se não passa de declaração semanal.
- Não passa. Tem a vantagem de ser um braceiro infalível para a rua e
um realejo menos mau dentro de casa. Já me contou umas cinqüenta vezes as
batalhas amorosas em que entrou. Todo o seu desejo é acompanhar-me a uma
viagem à roda do globo. Quando me fala nisto, se é à noite, e é quase sempre à
noite, mando vir o chá, excelente meio de aplacar-lhe os ardores amorosos. Gosta
do chá que se péla. Gosta tanto como de mim! Mas aquela do urso branco? E se
realmente mandou vir um urso?
- Aceita.
- Pois eu hei de sustentar um urso? Não me faltava mais nada!
Adelaide sorriu-se e disse:
- Quer me parecer que acabas por te apaixonar...
- Por quem? Pelo urso?
- Não, pelo Diogo.
Neste momento achavam-se as duas perto de uma janela. Tito
conversava no sofá com Azevedo. Diogo refletia profundamente, estendido numa


[Linha 4500 de 6063 - Parte 3 de 4]


poltrona.
Emília tinha os olhos em Tito. Depois de um silêncio, disse ela para
Adelaide:
- Que achas ao tal amigo do teu marido? Parece um presumido. Nunca se
apaixonou! É crível?
- Talvez seja verdade.
- Não acredito. Pareces criança! Diz aquilo dos dentes para fora...
- É verdade que não tenho maior conhecimento dele...
- Quanto a mim, pareceu-me não ser estranha aquela cara... mas não me
154
lembro!
- Parece ser sincero... mas dizer aquilo é já atrevimento.
- Está claro...
- De que te ris?
- Lembra-me um do mesmo gênero que este, disse Emília. Foi já há
tempos. Andava sempre a gabar-se da sua isenção. Dizia que todas as mulheres
eram para ele vasos da China: admirava-as e nada mais. Coitado! Caiu em menos
de um mês. Adelaide, vi-o beijar-me a ponta dos sapatos... depois do que
desprezei-o.
- Que fizeste?
- Ah! não sei o que fiz. Santa Astúcia foi quem operou o milagre.
Vinguei o sexo e abati um orgulhoso.
- Bem feito!
- Não era menos do que este. Mas falemos de coisas sérias... Recebi as
folhas francesas de modas...
- Que há de novo?
- Muita coisa. Amanhã tas mandarei. Repara em um novo corte de
mangas. É lindíssimo. Já mandei encomendas para a Corte. Em artigos de
passeios há fartura e do melhor.
- Para mim quase que é inútil mandar.
- Por quê?
- Quase nunca saio de casa.
- Nem ao menos irás jantar comigo no dia de ano-bom!
- Oh! com toda a certeza!
- Pois vai... Ah! irá o homem? O Sr. Tito?
- Se estiver cá... e quiseres...
- Pois que vá, não faz mal... saberei contê-lo... Creio que não será sempre
tão... incivil. Nem sei como podes ficar com esse sangue-frio! A mim faz-me mal
aos nervos!
- É-me indiferente.
155
- Mas a injúria ao sexo... não te indigna?
- Pouco.
- És feliz.
- Que queres que eu faça a um homem que diz aquilo? Se não fosse
casada era possível que me indignasse mais. Se fosse livre era provável que lhe
fizesse o que fizeste ao outro. Mas eu não posso cuidar dessas coisas...
- Nem ouvindo a preferência do voltarete? Pôr-nos abaixo da dama de
copas! E o ar com que ele diz aquilo! Que calma, que indiferença!

- É mau! é mau!


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Contos Fluminenses - Parte 2 de 4:
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Contos Fluminenses - Parte 3 de 4:
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Contos Fluminenses - Parte 4 de 4:
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Machado de Assis - O maior nome da literatura nacional


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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Contos Fluminenses - Parte 2 de 4 - Machado de Assis


Contos Fluminenses - Parte 2 de 4 - Machado de Assis



Machado de Assis - CONTOS FLUMINENSES

Estêvão hesitou um pouco; mas não podia deixar de subir sem ofender o
digno homem que de tão boa vontade lhe fazia um obséquio.
Subiram.



Mas em vez de mandar o cocheiro para a rua da Misericórdia, o deputado
gritou:
- João, para casa!
E entrou.
Estêvão olhou para ele admirado.
- Já sei, disse-lhe Menezes; admira-se de ver que faltei à minha palavra;
54
mas eu desejo apenas que fique conhecendo a minha casa a fim de lá voltar
quanto antes.
O coupé rolava já pela rua fora debaixo de uma chuva torrencial.
Menezes foi o primeiro que rompeu o silêncio de alguns minutos,
dizendo ao jovem amigo:
- Espero que o romance da nossa amizade não termine no primeiro
capítulo.
Estêvão, que já reparara nas maneiras solícitas do deputado, ficou
inteiramente pasmado quando lhe ouviu falar no romance da amizade. A razão
era simples. O amigo que os havia apresentado no teatro Lírico disse no dia
seguinte:
- Menezes é um misantropo, e um cético; não crê em nada, nem estima
ninguém. Na política como na sociedade faz um papel puramente negativo.
Esta era a impressão com que Estêvão, apesar da simpatia que o
arrastava, falou a segunda vez a Menezes, e admirava-se de tudo, das maneiras,
das palavras, e do tom de afeto que elas pareciam revelar.
À linguagem do deputado o jovem médico respondeu com igual
franqueza.
- Por que acabaremos no primeiro capítulo? perguntou ele; um amigo
não é coisa que se despreze, acolhe-se como um presente dos deuses.
- Dos deuses! disse Menezes rindo; já vejo que é pagão.
- Alguma coisa, é verdade; mas no bom sentido, respondeu Estêvão rindo
também. Minha vida assemelha-se um pouco à de Ulisses...


[Linha 1550 de 6063 - Parte 2 de 4]


- Tem ao menos uma Ítaca, sua pátria, e uma Penélope, sua esposa.
- Nem uma nem outra.
- Então entender-nos-emos.
Dizendo isto o deputado voltou a cara para o outro lado, vendo a chuva
que caía na vidraça da portinhola.
Decorreram dois ou três minutos, durante os quais Estêvão teve tempo de
contemplar a seu gosto o companheiro de viagem.
55
Menezes voltou-se e entrou em novo assunto.
Quando o coupé entrou na rua do Lavradio, Meneses disse ao médico:
- Moro nesta rua; estamos perto de casa. Promete-me que há de vir verme
algumas vezes?
- Amanhã mesmo.
- Bem. Como vai a sua clínica?
- Apenas começo, disse Estêvão; trabalho pouco; mas espero fazer
alguma coisa.
- O seu companheiro, na noite em que mo apresentou, disse-me que o
senhor é moço de muito merecimento.
- Tenho vontade de fazer alguma coisa.
Daí a dez minutos parava o coupé à porta de uma casa da rua do
Lavradio.
Apearam-se os dois e subiram.
Menezes mostrou a Estêvão o seu gabinete de trabalho, onde havia duas
longas estantes de livros.
- É minha família, disse o deputado mostrando os livros. História,
filosofia, poesia... e alguns livros de política. Aqui estudo e trabalho. Quando cá
vier, é aqui que o hei de receber.
Estêvão prometeu voltar no dia seguinte, e desceu para entrar no coupé
que esperava por ele, e que o levou à rua da Misericórdia.
Entrando em casa Estêvão dizia consigo:
- Onde está a misantropia daquele homem? As maneiras de misantropo
são mais rudes do que as dele; salvo se ele, mais feliz do que Diógenes, achou
em mim o homem que procurava.
II
Estêvão era o tipo do rapaz sério. Tinha talento, ambição e vontade de
saber, três armas poderosas nas mãos de um homem que tenha consciência de si.
56
Desde os dezesseis anos a sua vida foi um estudo constante, aturado e profundo.
Destinado ao curso médico, Estêvão entrou na academia um pouco forçado; não
queria desobedecer ao pai. A sua vocação era toda para as matemáticas. Que
importa? disse ele ao saber da resolução paterna; estudarei a medicina e a
matemática. Com efeito teve tempo para uma e outra coisa; teve tempo ainda
para estudar a literatura, e as principais obras da antigüidade e contemporâneas
eram-lhe tão familiares como os tratados de operações e de higiene.
Para estudar tanto, foi-lhe preciso sacrificar uma parte da saúde. Estêvão
aos vinte e quatro anos adquirira uma magreza, que não era a dos dezesseis; tinha
a tez pálida e a cabeça pendia-lhe um pouco para a frente pelo longo hábito da
leitura. Mas esses vestígios de uma longa aplicação intelectual não lhe alteraram
a regularidade e harmonia das feições, nem os olhos perderam nos livros o brilho
e a expressão. Era além disso naturalmente elegante, não digo enfeitado, que é


[Linha 1600 de 6063 - Parte 2 de 4]


coisa diferente: era elegante nas maneiras, na atitude, no sorriso, no trajo, tudo
mesclado de uma certa severidade que era o cunho do seu caráter. Podia-se notarlhe
muitas infrações ao código da moda; ninguém poderia dizer que ele faltasse
nunca às boas regras do gentleman.
Perdera os pais aos vinte anos, mas ficara-lhe bastante juízo para
continuar sozinho a viagem do mundo. O estudo serviu-lhe de refúgio e bordão.
Não sabia nada do que era o amor. Ocupara-se tanto com a cabeça que
esquecera-se de que tinha um coração dentro do peito. Não se infira daqui que
Estêvão fosse puramente um positivista. Pelo contrário, a alma dele possuía ainda
em toda a plenitude da graça e da força, as duas asas que a natureza lhe dera. Não
raras vezes rompia ela do cárcere da carne para ir correr os espaços do céu, em
busca de não sei que ideal mal definido, obscuro, incerto. Quando voltava desses
êxtases, Estêvão curava-se deles enterrando-se nos volumes à cata de uma
verdade científica. Newton era-lhe o antídoto de Goethe.
Além disso, Estêvão tinha idéias singulares. Havia um padre, amigo dele,
rapaz de trinta anos, da escola de Fénelon, que entrava com Telêmaco na ilha de
Calipso. Ora, o padre dizia muitas vezes a Estêvão, que só uma coisa lhe faltava
57
para ser completo: era casar-se.
- Quando você tiver, dizia-lhe, uma mulher amada e amante ao pé de si,
será um homem feliz e completo. Dividirá então o tempo entre as duas coisas
mais elevadas que a natureza deu ao homem, a inteligência e o coração. Nesse
dia quero eu mesmo casá-lo...
- Padre Luiz, respondia Estêvão, faça-me então o serviço completo:
traga-me a mulher e a bênção.
O padre sorria-se ao ouvir a resposta do médico, e como o sorriso parecia
a Estêvão uma nova pergunta, o médico continuava:
- Se encontrar uma mulher tão completa como eu exijo, afirmo-lhe que
me casarei. Dirá que as obras humanas são imperfeitas, e eu não contestarei,
padre Luiz; mas nesse caso deixe-me caminhar só com as minhas imperfeições.
Daqui engendrava-se sempre uma discussão, que se animava e crescia
até o ponto em que Estêvão concluía por este modo:
- Padre Luiz, uma menina que deixa as bonecas para ir decorar
mecanicamente alguns livros mal escolhidos; que interrompe uma lição para
ouvir contar uma cena de namoro; que em matéria de arte só conhece os
figurinos parisienses; que deixa as calças para entrar no baile, e que antes de
suspirar por um homem, examina-lhe a correção da gravata, e o apertado do
botim; padre Luiz, esta menina pode vir a ser um esplêndido ornamento de salão
e até uma fecunda mãe de família, mas nunca será uma mulher.
Esta sentença de Estêvão tinha o defeito de certas regras absolutas. Por
isso, o padre dizia-lhe sempre:
- Tem você razão; mas eu não lhe digo que case com a regra; procure a
exceção que há de encontrar e leve-a ao altar, onde eu estarei para os unir.
Tais eram os sentimentos de Estêvão em relação ao amor e à mulher. A
natureza dera-lhe em parte esses sentimentos; mas em parte adquiriu-os ele nos
livros. Exigia a perfeição intelectual e moral de uma Heloísa; e partia da exceção
para estabelecer uma regra. Era intolerante para os erros veniais. Não os
reconhecia como tais. Não há erro venial, dizia ele, em matéria de costumes e de
58
amor.


[Linha 1650 de 6063 - Parte 2 de 4]


Contribuíra para esta rigidez de ânimo o espetáculo da própria família de
Estêvão. Até aos vinte anos foi ele testemunha do que era a santidade do amor
mantido pela virtude doméstica. Sua mãe, que morrera com trinta e oito anos,
amou o marido até os últimos dias, e poucos meses lhe sobreviveu. Estêvão
soube que fora ardente e entusiástico o amor de seus pais, na estação do noivado,
durante a manhã conjugal: conheceu-o assim por tradição; mas na tarde conjugal
a que ele assistiu viu o amor calmo, solícito e confiante, cheio de dedicação e
respeito, praticado como um culto; sem recriminações nem pesares, e tão
profundo como no primeiro dia. Os pais de Estêvão morreram amados e felizes,
na tranqüila serenidade do dever.
No ânimo de Estêvão, o amor que funda a família devia ser aquilo ou não
seria nada. Era justiça; mas a intolerância de Estêvão começava na convicção que
ele tinha de que com a dele morrera a última família, e fora com ela a derradeira
tradição do amor. Que era preciso para derrubar todo este sistema, ainda que
momentâneo? Uma coisa pequeníssima: um sorriso e dois olhos.
Mas como esses dois olhos não apareciam, Estêvão entregava-se na
maior parte do tempo aos seus estudos científicos, empregando as horas vagas
em algumas distrações que o não prendiam por muito tempo.
Morava só; tinha um escravo, da mesma idade que ele, e cria da casa do
pai, - mais irmão do que escravo, na dedicação e no afeto. Recebia alguns
amigos, a quem visitava de quando em quando, entre os quais incluímos o jovem
padre Luiz, a quem Estêvão chamava – Platão de sotaina.
Naturalmente bom e afetuoso, generoso e cavalheiresco, sem ódios nem
rancores, entusiasta por todas as coisas boas e verdadeiras, tal era o Dr. Estêvão
Soares, aos vinte e quatro anos de idade.
Do seu retrato físico já dissemos alguma coisa. Bastará acrescentar que
tinha uma bela cabeça, coberta de bastos cabelos castanhos, dois olhos da mesma
cor, vivos e observadores; a palidez do rosto fazia realçar o bigode naturalmente
encaracolado. Era alto e tinha mãos admiráveis.
59
III
Estêvão Soares visitou Menezes no dia seguinte.
O deputado esperava-o, e recebeu-o como se fosse um amigo velho.
Estêvão marcara a hora da visita, o que impossibilitava a presença de Meneses na
câmara; mas o deputado importou-se pouco com isso: não foi à câmara. Mas teve
a delicadeza de o não dizer a Estêvão.
Menezes estava no gabinete quando o criado anunciou-lhe a chegada do
médico. Foi recebê-lo à porta.
- Pontual como um rei, disse-lhe alegremente.
- Era dever. Lembro-lhe que não me esqueci.
- E agradeço-lho.
Sentaram-se os dois.
- Agradeço-lho porque eu receava sobretudo que me houvesse
compreendido mal; e que os impulsos da minha simpatia não merecessem da sua
parte nenhuma consideração...
Estêvão ia protestar.
- Perdão, continuou Menezes, bem vejo que me enganei, e é por isso que
lhe agradeço. Eu não sou rapaz; tenho quarenta e sete anos; e para a sua idade as
relações de um homem como eu já não têm valor.
- A velhice, quando é respeitável, deve ser respeitada; e amada, quando é


[Linha 1700 de 6063 - Parte 2 de 4]


amável. Mas V. Ex. não é velho; tem os cabelos apenas grisalhos: pode-se dizer
que está na segunda mocidade.
- Parece-lhe isso...
- Parece e é.
- Seja como for, disse Menezes, a verdade é que podemos ser amigos.
Quantos anos tem?
- Vinte e quatro.
- Olhe lá; podia ser meu filho. Tem seus pais vivos?
- Morreram há quatro anos.
60
- Lembra-me haver dito que era solteiro...
- É verdade.
- De maneira que os seus cuidados são todos para a ciência?
- É minha esposa.
- Sim, a sua esposa intelectual; mas essa não basta a um homem como o
senhor... Enfim, isso é com o tempo; está ainda moço.
Durante este diálogo, Estêvão contemplava e observava Menezes, em
cujo rosto batia a claridade que entrava por uma das janelas. Era uma cabeça
severa, cheia de cabelos já grisalhos, que lhe caíam em gracioso desalinho. Tinha
os olhos negros e um pouco amortecidos; adivinha-se porém que deviam ter sido
vivos e ardentes. As suíças também grisalhas eram como as de lord Palmerston,
segundo dizem as gravuras. Não tinha rugas de velhice; tinha uma ruga na testa,
entre as sobrancelhas, indício de concentração de espírito, e não vestígio do
tempo. A testa era alta, o queixo e as maçãs do rosto um pouco salientes.
Adivinhava-se que devia ter sido formoso no tempo da primeira mocidade; e
antevia-se já uma velhice imponente e augusta. Sorria de quando em quando; e o
sorriso, embora aquele rosto não fosse de um ancião, produzia uma impressão
singular; parecia um raio de lua no meio de uma velha ruína. É que o sorriso era
amável, mas não era alegre.
Todo aquele conjunto impressionava e atraía; Estêvão sentia-se cada vez
mais arrastado para aquele homem, que o procurava, e lhe estendia a mão.
A conversa continuou no tom afetuoso com que começara; a primeira
entrevista da amizade é o oposto da primeira entrevista do amor; nesta a mudez é
a grande eloqüência; naquela inspira-se e ganha-se a confiança, pela exposição
franca dos sentimentos e das idéias.
Não se falou de política. Estêvão aludiu de passagem às funções de
Meneses; mas foi um verdadeiro incidente a que o deputado não prestou atenção.
No fim de uma hora, Estêvão levantou-se para sair; tinha de ir ver um
doente.
- O motivo é sagrado; senão retinha-o.
61
- Mas eu voltarei outras vezes.
- Sem dúvida alguma, e eu irei vê-lo algumas vezes. Se no fim de quinze
dias não se aborrecer... olhe, venha de tarde; janta algumas vezes comigo; depois
da câmara estou completamente livre.
Estêvão saiu prometendo tudo.
Voltou lá, com efeito, e jantou duas vezes com o deputado, que também
visitou Estêvão em casa; foram ao teatro juntos; relacionaram-se intimamente
com as famílias conhecidas. No fim de um mês eram dois amigos velhos. Tinham
observado reciprocamente o caráter e os sentimentos. Menezes gostava de ver a


[Linha 1750 de 6063 - Parte 2 de 4]


seriedade do médico e o seu bom senso; estimava-o com as suas intolerâncias,
aplaudindo-lhe a generosa ambição que o dominava. Pela sua parte o médico via
em Menezes um homem que sabia ligar a austeridade dos anos à amabilidade de
cavalheiro, modesto nas suas maneiras, instruído, sentimental. Da misantropia
anunciada não encontrou vestígios. É verdade que em algumas ocasiões Menezes
parecia mais disposto a ouvir do que a falar; e então o olhar tornava-se-lhe
sombrio e parado, como se em vez de ver os objetos exteriores, estivesse
contemplando a sua própria consciência. Mas eram rápidos esses momentos, e
Menezes voltava logo aos seus modos habituais.
- Não é um misantropo, pensava então Estêvão; mas este homem tem um
drama dentro de si.
A observação de Estêvão adquiriu certo caráter de verossimilhança
quando uma noite em que se achavam no teatro Lírico, Estêvão chamou a
atenção de Menezes para uma mulher vestida de preto que se achava em um
camarote da primeira ordem.
- Não conheço aquela mulher, disse Estêvão. Sabe quem é?
Menezes olhou para o camarote indicado, contemplou a mulher por
alguns instantes e respondeu:
- Não conheço.
A conversa ficou aí; mas o médico reparou que a mulher duas vezes
olhou para Menezes, e este duas vezes olhou para ela, encontrando-se os olhos de
62
ambos.
No fim do espetáculo, os dois amigos dirigiram-se pelo corredor do lado
em que estivera a mulher de preto. Estêvão teve apenas nova curiosidade, a
curiosidade de artista: quis vê-la de perto. Mas a porta do camarote estava
fechada. Teria já saído ou não? Era impossível sabê-lo. Menezes passou sem
olhar. Ao chegarem ao patamar da escada que dá para o lado da rua dos Ciganos,
pararam os dois porque havia grande afluência de gente. Daí a pouco ouviu-se
passo apressado; Menezes voltou o rosto; e dando o braço a Estêvão desceu
imediatamente, apesar da dificuldade.
Estêvão compreendeu, mas nada viu.
Pela sua parte, Menezes não deu sinal algum.
Apenas se desembaraçaram da multidão, o deputado encetou uma alegre
conversa com o médico.
- Que efeito lhe faz, perguntou ele, quando passa no meio de tantas
damas elegantes, aquela confusão de sedas e de perfumes?
Estêvão respondeu distraidamente, e Menezes continuou a conversa no
mesmo estilo; daí a cinco minutos a aventura do teatro tinha-se-lhe varrido da
memória.
IV
Um dia Estêvão Soares foi convidado para um baile em casa de um velho
amigo de seu pai.
A sociedade era luzida e numerosa; Estêvão, embora vivesse muito
arredado, achou ali grande número de conhecidos e conhecidas. Não dançou; viu,
conversou, riu um pouco e saiu.
Mas ao entrar levava o coração livre; ao sair trouxe nele uma flecha, para
falar a linguagem dos poetas da Arcádia; era a flecha do amor.
Do amor? A falar a verdade não se pode dar este nome ao sentimento
experimentado por Estêvão; não era ainda o amor, mas bem pode ser que viesse a


[Linha 1800 de 6063 - Parte 2 de 4]


63
sê-lo. Por enquanto era um sentimento de fascinação doce e branda; uma mulher
que lá estava produzira nele a impressão que as fadas produziam nos príncipes
errantes ou nas princesas perseguidas, segundo nos rezam os contos das velhas.
A mulher em questão não era uma virgem; era uma viúva de trinta e
quatro anos, bela como o dia, graciosa e terna. Estêvão via-a pela primeira vez;
pelo menos não se lembrava daquelas feições. Conversou com ela durante meia
hora, e tão encantado ficou com as maneiras, a voz, a beleza de Madalena, que ao
chegar a casa não pôde dormir.
Como verdadeiro médico que era, sentia em si os sintomas dessa
hipertrofia do coração que se chama amor e procurou combater a enfermidade
nascente. Leu algumas páginas de matemática, isto é, percorreu-as com os olhos;
porque apenas começava a ler o espírito alheava do livro onde apenas ficavam os
olhos: o espírito ia ter com a viúva.
O cansaço foi mais feliz que Euclides: sobre a madrugada Estêvão
Soares adormeceu.
Mas sonhou com a viúva.
Sonhou que a apertava em seus braços, que a cobria de beijos, que era
seu esposo perante a Igreja e perante a sociedade.
Quando acordou e lembrou-se do sonho, Estêvão sorriu.
- Casar-me! disse ele. Era o que me faltava. Como poderia eu ser feliz
com o espírito receoso e ambicioso que a natureza me deu? Acabemos com isto;
nunca mais verei aquela mulher... e boa noite.
Começou a vestir-se.
Trouxeram-lhe o almoço; Estêvão comeu rapidamente, porque era tarde,
e saiu para ir ver alguns doentes.
Mas ao passar pela rua do Conde lembrou-se que Madalena lhe dissera
morar ali; mas aonde? A viúva disse-lhe o número; o médico porém estava tão
embebido em ouvi-la falar que não o decorou.
Queria e não queria; protestava esquecê-la, e contudo daria o que se lhe
pedisse para saber o número da casa naquele momento.
64
Como ninguém podia dizer-lhe, o rapaz tomou o partido de ir-se embora.
No dia seguinte, porém, teve o cuidado de passar duas vezes pela rua do
Conde a ver se descobria a encantadora viúva. Não descobriu nada; mas quando
ia tomar um tílburi e voltar para casa encontrou o amigo de seu pai em cuja casa
encontrara Madalena.
Estêvão já tinha pensado nele; mas imediatamente tirou dali o
pensamento, porque ir perguntar-lhe onde morava a viúva era uma coisa que
podia traí-lo.
Estêvão já empregava o verbo trair.
O homem em questão, depois de cumprimentar ao médico, e trocar com
ele algumas palavras, disse-lhe que ia à casa de Magdalena, e despediu-se.
Estêvão estremeceu de satisfação.
Acompanhou de longe o amigo e viu-o entrar em uma casa.
- É ali, pensou ele.
E afastou-se rapidamente.
Quando entrou em casa achou uma carta para ele; a letra, que lhe era
desconhecida, estava traçada com elegância e cuidado: a carta recendia a sândalo.
O médico rompeu o lacre.


[Linha 1850 de 6063 - Parte 2 de 4]


A carta dizia assim:
«Amanhã toma-se chá em minha casa. Se quiser vir passar algumas
horas conosco dar-nos-á sumo prazer. - Magdalena C...»
Estêvão leu e releu o bilhete; teve idéia de levá-lo aos lábios, mas
envergonhado diante de si próprio por uma idéia que lhe parecia de fraqueza,
cheirou simplesmente o bilhete e meteu-o no bolso.
Estêvão era um pouco fatalista.
- Se eu não fosse àquele baile não conhecia esta mulher, não andava
agora com estes cuidados, e tinha conjurado uma desgraça ou uma felicidade,
porque ambas as coisas podem nascer deste encontro fortuito. Que será? Eis-me
na dúvida de Hamleto. Devo ir à casa dela? A cortesia pede que vá. Devo ir; mas
irei encouraçado contra tudo. É preciso romper com estas idéias, e continuar a
65
vida tranqüila que tenho tido.
Estava nisto quando Meneses lhe entrou por casa. Vinha buscá-lo para
jantar. Estêvão saiu com o deputado. Em caminho fez-lhe perguntas curiosas.
Por exemplo:
- Acredita no destino, meu amigo? Pensa que há um deus do bem e um
deus do mal, em conflito travado sobre a vida do homem?
- O destino é a vontade, respondia Menezes; cada homem faz o seu
destino.
- Mas enfim nós temos pressentimentos... Às vezes adivinhamos
acontecimentos em que não tomamos parte; não lhe parece que é um deus
benfazejo que no-los segreda?
- Fala como um pagão; eu não creio em nada disso. Creio que tenho o
estômago vazio, e o que melhor podemos fazer é jantar aqui mesmo no hotel de
Europa em vez de ir à rua do Lavradio.
Subiram ao hotel de Europa.
Ali havia vários deputados que conversavam de política, e os quais se
reuniram a Menezes. Estêvão ouvia e respondia, sem esquecer nunca a viúva, a
carta e o sândalo.
Assim, pois, davam-se contrastes singulares entre a conversa geral e o
pensamento de Estêvão.
Dizia por exemplo um deputado:
- O governo é reator; as províncias não podem mais suportá-lo. Os
princípios estão todos preteridos; na minha província foram demitidos alguns
subdelegados pela circunstância única de serem meus parentes; meu cunhado,
que era diretor das rendas, foi posto fora do lugar, e este deu-se a um peralta
contraparente dos Valadares. Eu confesso que vou romper amanhã a oposição.
Estêvão olhava para o deputado; mas no interior estava dizendo isto:
- Com efeito, Magdalena é bela, é admiravelmente bela. Tem uns olhos
de matar. Os cabelos são lindíssimos: tudo nela é fascinador. Se pudesse ser
minha mulher, eu seria feliz; mas quem sabe?... Contudo sinto que vou amá-la. Já
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é irresistível; é preciso amá-la; e ela? que quer dizer aquele convite? Amar-me-á?
Estêvão embebera-se tanto nesta contemplação ideal, que, acontecendo
perguntar-lhe um deputado se não achava a situação negra e carrancuda, Estêvão
entregue ao seu pensamento respondeu:
- É lindíssima!
- Ah! disse o deputado, vejo que o senhor é ministerialista.


[Linha 1900 de 6063 - Parte 2 de 4]


Estêvão sorriu; mas Menezes franziu o sobrolho.
Compreendera tudo.
V
Quando saíram, o deputado disse ao médico:
- Meu amigo, você é desleal comigo...
- Por quê? perguntou Estêvão meio sério e meio risonho, não
compreendendo a observação do deputado.
- Sim, continuou Menezes; você esconde-me um segredo...
- Eu?
- É verdade: e um segredo de amor.
- Ah!... disse Estêvão; por que diz isso?
- Reparei há pouco que, ao passo que os mais conversavam em política,
você pensava em uma mulher, e mulher... lindíssima...
Estêvão compreendeu que estava descoberto; não negou.
- É verdade, pensava em uma mulher.
- E eu serei o último a saber?
- Mas saber o quê? Não há amor, não há nada. Encontrei uma mulher que
me impressionou e ainda agora me preocupa; mas é bem possível que não passe
disto. Aí está. É um capítulo interrompido; um romance que fica na primeira
página. Eu lhe digo: há de me ser difícil amar.
- Por quê?
- Eu sei? custa-me a crer no amor.
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Menezes olhou fixamente para Estêvão, sorriu, abanou a cabeça e disse:
- Olhe, deixe a descrença para os que já sofreram as decepções; o senhor
está moço, não conhece ainda nada desse sentimento. Na sua idade ninguém é
cético... Demais, se a mulher é bonita, eu aposto que daqui a pouco há de dizerme
o contrário.
- Pode ser... respondeu Estêvão.
E ao mesmo tempo entrou a pensar nas palavras de Menezes, palavras
que ele comparava ao episódio do teatro Lírico.
Entretanto, Estêvão foi ao convite de Magdalena. Preparou-se e
perfumou-se como se fosse falar a uma noiva. Que sairia daquele encontro? Viria
de lá livre ou cativo? Já seria amado? Estêvão não deixou de pensá-lo; aquele
convite parecia-lhe uma prova irrecusável. O médico entrando num tílburi
começou a formar vários castelos no ar.
Enfim chegou à casa.
VI
Magdalena estava na sala acompanhada de um filho.
Ninguém mais.
Eram nove horas e meia.
- Viria eu cedo demais? perguntou ele à dona da casa.
- O senhor nunca vem cedo.
Estêvão inclinou-se.
Magdalena continuou:
- Se me acha só, é porque, tendo enfermado um pouco, mandei desavisar
as poucas pessoas que eu havia convidado.
- Ah! mas eu não recebi...
- Naturalmente; eu não lhe mandei dizer nada. Era a primeira vez que o
convidava; não queria por modo algum arredar de casa um homem tão distinto.


[Linha 1950 de 6063 - Parte 2 de 4]


Estas palavras de Magdalena não valiam coisa alguma, nem mesmo
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como desculpa, porque a desculpa é fraquíssima.
Estêvão compreendeu logo que havia algum motivo oculto.
Seria o amor?
Estêvão pensou que era, e doeu-se, porque, apesar de tudo, sonhara uma
paixão mais reservada e menos precipitada. Não queria, embora lhe agradasse,
ser objeto daquela preferência; e mais que tudo achava-se embaraçadíssimo
diante de uma mulher a quem começava a amar, e que talvez o amasse. Que lhe
diria? Era a primeira vez que o médico achava-se em tais apuros. Há toda a razão
para supor que Estêvão naquele momento preferia estar cem léguas distante, e,
contudo, longe que estivesse pensaria nela.
Magdalena era excessivamente bela, embora mostrasse no rosto sinais de
longo sofrimento. Era alta, cheia, tinha um belíssimo colo, magníficos braços,
olhos castanhos e grandes, boca feita para ninho de amores.
Naquele momento trajava um vestido preto.
A cor preta ia-lhe muito bem.
Estêvão contemplava aquela figura com amor e adoração; ouvia-a falar e
sentia-se encantado e dominado por um sentimento que não podia explicar.
Era um misto de amor e de receio.
Magdalena mostrou-se delicada e solícita. Falou no merecimento do
rapaz e na sua nascente reputação, e instou com ele para que fosse algumas vezes
visitá-la.
Às 10 horas e meia serviu-se o chá na sala. Estêvão conservou-se lá até
as onze horas.
Chegando à rua o médico estava completamente namorado. Magdalena
tinha-o atado no seu carro, e o pobre rapaz nem vontade tinha de quebrar o jugo.
Caminhando para casa ia ele formando projetos: via-se casado com ela,
amado e amante, causando inveja a todos, e mais que tudo feliz no seu interior.
Quando chegou à casa, lembrou-se de escrever uma carta que mandaria
no dia seguinte a Menezes. Escreveu cinco e rasgou-as todas.
Afinal redigiu um simples bilhete nestes termos:
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«Meu amigo.- Você tem razão; na minha idade crê-se; eu creio e amo.
Nunca o pensei; mas é verdade. Amo... Quer saber a quem? Hei de apresentá-lo
em casa dela. Há de achá-la bonita... Se o é!...»
A carta dizia muitas coisas mais; era tudo, porém, uma glosa do mesmo
mote.
Estêvão voltou à casa de Magdalena e as suas visitas começaram a ser
regulares e assíduas.
A viúva usava para com ele de tanta solicitude que não era possível
duvidar do sentimento que a dirigia. Pelo menos Estêvão assim o pensava.
Achava-a quase sempre só, e deliciava-se em ouvi-la. A intimidade começou a
estabelecer-se.
Logo na segunda visita, Estêvão falou-lhe em Menezes pedindo licença
para apresentá-lo. A viúva disse que teria muito prazer em receber amigos de
Estêvão; mas pedia-lhe que adiasse a apresentação. Todos os pedidos e todas as
razões de Magdalena eram dignas para o médico; não disse mais nada.
Como era natural, ao passo que as visitas à viúva eram mais assíduas, as
visitas ao amigo eram mais raras.


[Linha 2000 de 6063 - Parte 2 de 4]


Menezes não se queixou; compreendeu, e disse-o ao rapaz.
- Não se desculpe, acrescentou o deputado; é natural: a amizade deve
ceder o passo ao amor. O que eu quero é que seja feliz.
Um dia Estêvão pediu ao amigo que lhe contasse o motivo que o tinha
feito descrer do amor, e se algum grande infortúnio lhe havia acontecido.
- Nada me aconteceu, disse Menezes.
Mas ao mesmo tempo, compreendendo que o médico merecia-lhe toda a
confiança, e podia não acreditá-lo absolutamente, disse:
- Por que negá-lo? Sim, aconteceu-me um grande infortúnio; amei
também, mas não encontrei no amor as doçuras e a dignidade do sentimento;
enfim, é um drama íntimo de que não quero falar: limite-se a pateá-lo.
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VII
- Quando quiser que eu lhe apresente o meu amigo Menezes... dizia
Estêvão uma noite à viúva Magdalena.
- Ah! é verdade; um dia destes. Vejo que o senhor é amigo dele.
- Somos amigos íntimos.
- Verdadeiros?
- Verdadeiros.
Magdalena sorriu; e como estava brincando com os cabelos do filho deulhe
um beijo na testa.
A criança riu alegremente e abraçou a mãe.
A idéia de vir a ser pai honorário do pequeno apresentou-se ao espírito
de Estêvão. Contemplou-o, chamou por ele, acariciou-o e deu-lhe um beijo no
mesmo lugar em que pousaram os lábios de Magdalena.
Estêvão tocava piano, e às vezes executava algum pedaço de música a
pedido de Magdalena.
Nessas e noutras distrações lá passavam as horas.
O amor não adiantava um passo.
Podiam ser ambos duas crateras prestes a rebentar a lava; mas até então
não davam o menor sinal de si.
Esta situação incomodava o rapaz, acanhava-o, e fazia-o sofrer; mas
quando ele pensava em dar um ataque decisivo, era exatamente quando se
mostrava mais covarde e poltrão.
Era o primeiro amor do rapaz: ele nem conhecia as palavras próprias
desse sentimento.
Um dia resolveu escrever à viúva.
- É melhor, pensava ele; uma carta é eloqüente e tem a grande vantagem
de deixar a gente longe.
Entrou para o gabinete e começou uma carta.
Gastou nisso uma hora; cada frase ocupava-lhe muito tempo. Estêvão
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queria fugir à hipótese de ser classificado como tolo ou como sensual. Queria que
a carta não respirasse sentimentos frívolos nem maus; queria revelar-se puro
como era.
Mas de que não dependem às vezes os acontecimentos? Estêvão estava
relendo e emendando a carta quando lhe entrou por casa um rapazola que tinha
intimidade com ele. Chamava-se Oliveira e passava por ser o primeiro janota do
Rio de Janeiro.
Entrou com um rolo de papel na mão.


[Linha 2050 de 6063 - Parte 2 de 4]


Estêvão escondeu rapidamente a carta.
- Adeus, Estêvão! disse o recém-chegado. Estavas escrevendo algum
libelo ou carta de namoro?
- Nem uma nem outra coisa, respondeu Estêvão secamente.
- Dou-te uma notícia.
- Que é?
- Entrei na literatura.
- Ah!
- É verdade, e venho ler-te a primeira comédia.
- Deus me livre! disse Estêvão levantando-se.
- Hás de ouvir, meu amigo; ao menos algumas cenas; dar-se-à caso que
não me protejas nas letras? Anda cá; ao menos duas cenas. Sim? É pouca coisa.
Estêvão sentou-se.
O dramaturgo continuou:
- Talvez prefiras ouvir a minha tragédia intitulada O punhal de Bruto...
- Não, não; prefiro a comédia: é menos sanguinária. Vamos lá.
O Oliveira abriu o rolo, arranjou as folhas, tossiu e começou a ler o que
se segue, com voz pausada e fanhosa:
Cena I
CÉSAR entrando pela direita, JOÃO pela esquerda.
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CÉSAR.- Fechada! A sinhá já se levantou?
JOÃO.- Já, sim senhor; mas está incomodada.
CÉSAR.- O que tem?
JOÃO.- Tem... está incomodada.
CÉSAR.- Já sei. (Consigo.) Os incômodos do costume. (A JOÃO.) Qual
é então o remédio hoje?
JOÃO.- O remédio? (Depois de uma pausa.) Não sei.
CÉSAR.- Está bom, vai-te!
Cena II
CÉSAR, FREITAS pela direita.
CÉSAR.- Bom dia, Sr. procurador...
FREITAS.- De causas perdidas. Só me ocupo em procurar as perdidas.
Procurar o que se não perdeu é tolice. A minha constituinte?
CÉSAR.- Disse-me o João que está incomodada.
FREITAS.- Mesmo para V. S.ª?
CÉSAR.- (Sentando-se.) Mesmo para mim. Por que me olha com esse
olhar? Tem inveja?
FREITAS.- Não é inveja, é admiração! De ordinário ninguém
corresponde ao nome que recebeu na pia; mas o Sr. César, benza-o Deus, não
desmente que traz um nome significativo, e trata de ser nas páginas amorosas o
que foi o outro nas batalhas campais.
CÉSAR.- Pois também os procuradores dizem coisas destas?
FREITAS.- De vez em quando. (Indo sentar-se.) V. S.ª admira-se?
CÉSAR.- (Tirando charutos.) Como não é de costume... Quer um
charuto?
FREITAS.- Obrigado... Eu tomo rapé. (Tira a boceta.) Quer uma pitada?
CÉSAR.- Obrigado.
FREITAS.- (Sentando-se.) Pois a causa da minha constituinte vai às mil
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[Linha 2100 de 6063 - Parte 2 de 4]


maravilhas. A parte contrária requereu assinação de dez dias, mas eu vou...
CÉSAR.- Está bom, Sr. Freitas, eu dispenso o resto; ou então não me fale
linguagem do foro. Em resumo, ela vence?
FREITAS.- Está claro. Tratando provar que...
CÉSAR.- Vence, é quanto basta.
FREITAS.- Pudera não vencer! Pois se eu ando nisto...
CÉSAR.- Tanto melhor!
FREITAS.- Ainda não me lembro de ter perdido uma só causa: isto é, já
perdi uma, mas é porque nas vésperas de ganhar disse-me o constituinte que
desejava perdê-la. Dito e feito. Provei o contrário do que já tinha provado, e
perdi... ou antes, ganhei, porque perder assim é ganhar.
CÉSAR.- É a fênix dos procuradores.
FREITAS.- (Modestamente.) São os seus bons olhos...
CÉSAR.- Mas a consciência?
FREITAS.- Quem é a consciência?
CÉSAR.- A consciência, a sua consciência?
FREITAS.- A minha consciência? Ah! essa também ganha.
CÉSAR.- (Levantando-se.) Ah! também?...
FREITAS.- (O mesmo.) Tem V. S.ª alguma demandazinha?
CÉSAR.- Não, não tenho; mas, quando tiver, fique descansado, vou bater
à sua porta...
FREITAS.- Sempre às ordens de V. S.ª.
VIII
Estêvão interrompeu violentamente a leitura, o que desgostou bastante ao
poeta novel. O pobre candidato às musas mal pôde balbuciar uma súplica;
Estêvão mostrou-se surdo, e o mais que lhe concedeu foi ficar com a comédia
para lê-la depois.
Oliveira contentou-se com isso; mas não se retirou sem recitar-lhe de cor
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uma fala do protagonista da tragédia, em versos duros e compridos, dando-lhe
por quebra uma estrofe de uma poesia lírica, no estilo dos Djinns de Vitor Hugo.
Enfim saiu.
Entretanto havia passado o tempo.
Estêvão releu a carta e quis ainda mandá-la; mas a interrupção do poeta
fora proveitosa; relendo a carta, Estêvão achou-a fria e nula; a linguagem era
ardente, mas não lhe correspondia ao fogo do coração.
- É inútil, disse ele rasgando a carta em mil pedaços, a língua humana há
de ser sempre impotente para exprimir certos afetos da alma; tudo aquilo era frio
e indiferente no que sinto. Estou condenado a não dizer nada ou a dizer mal. Ao
pé dela não tenho forças, sinto-me fraco...
Estêvão parou diante da janela que dava para a rua, no momento em que
passava um antigo colega dele, com a mulher de braço, a mulher que era bonita,
e com quem se casara um mês antes.
Os dois iam alegres e felizes.
Estêvão contemplou aquele quadro com adoração e tristeza. O casamento
já não era para ele aquele impossível de que falava quando apenas tinha idéias e
não sentimentos. Agora era uma ventura realizável.
O casal que passara dera-lhe nova força.
- É preciso acabar com isto, dizia ele; eu não posso deixar de ir àquela
mulher e dizer-lhe que a amo, que a adoro, que desejo ser o seu marido. Ela


[Linha 2150 de 6063 - Parte 2 de 4]


amar-me-á, se já me não ama: sim, ama-me...
E começou a vestir-se.
Quando calçava as luvas e lançava um olhar para o relógio, o criado
trouxe-lhe uma carta.
Era de Magdalena.
«Espero, meu caro doutor, que não deixe de vir hoje; esperei-o ontem em
vão. Desejo falar-lhe.»
Estêvão acabou de ler este bilhete na escada, com tal pressa descia e tal
urgência tinha de achar-se em casa da viúva.
75
O que ele não queria era perder aquele assomo de coragem.
Partiu.
Quando chegou à casa de Magdalena achava-se esta à janela. Recebeu-o
com a costumada afabilidade. Estêvão desculpou-se como pôde por não ter
podido vir na véspera, acrescentando que só com desgosto do seu coração havia
faltado.
Que melhor ocasião do que era essa para lançar a bomba de uma
declaração franca e apaixonada? Estêvão hesitou alguns segundos; mas tomando
ânimo, ia continuar o período, quando a viúva lhe disse:
- Estava ansiosa por vê-lo para comunicar-lhe uma coisa de certa
importância, e que só a um homem de honra, como o senhor, se pode confiar.
Estêvão empalideceu.
- Sabe onde foi que eu o vi pela primeira vez?
- No baile de ***.
- Não; foi antes disso; foi no teatro Lírico.
- Ah!
- Lá o vi com o seu amigo Menezes.
- Fomos algumas vezes lá!
Magdalena entrou então em uma longa exposição, que o rapaz ouviu sem
pestanejar, mas pálido e agitado por comoções íntimas. As últimas palavras da
viúva foram estas:
- Bem vê, senhor; coisas destas só uma grande alma pode ouvi-las. As
pequenas não as compreendem. Se lhe mereço alguma coisa, e se esta confiança
pode ser paga com um benefício, peço-lhe que faça o que lhe pedi.
O médico passou a mão pelos olhos, e apenas murmurou:
- Mas...
Neste momento entrava na sala o filhinho de Madalena; a viúva
levantou-se e trouxe-o pela mão até o lugar onde se achava Estêvão Soares.
- Se não por mim, disse ela, ao menos por esta criança inocente!
A criança, sem nada compreender, atirou-se aos braços de Estêvão. O
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moço deu-lhe um beijo na testa, e disse para a viúva:
- Se hesitei não foi porque duvidasse do que a senhora acaba de contarme;
foi porque a missão é espinhosa; mas prometo que hei de cumpri-la.
IX
Estêvão saiu da casa da viúva agitado por diversos sentimentos, com
passo trêmulo e a vista turva. A conversa com a viúva fora um longo combate; a
última promessa foi um golpe decisivo e mortal. Estêvão saía dali como um
homem que acabava de matar as suas esperanças em flor; caminhava ao acaso,
precisava de ar e queria meter-se em um quarto sombrio; quisera ao mesmo


[Linha 2200 de 6063 - Parte 2 de 4]


tempo estar solitário e no meio de imensa multidão.
No caminho encontrou Oliveira, o poeta novel.
Lembrou-se que a leitura da comédia impedira a remessa da carta, e
portanto poupou-lhe um tristíssimo desengano.
Estêvão involuntariamente abraçou o poeta com toda a efusão d'alma.
Oliveira correspondeu ao abraço, e quando pôde desligar-se do médico,
disse-lhe:
- Obrigado, meu amigo; estas manifestações são muito honrosas para
mim; sempre te conheci como um perfeito juiz literário, e a prova que acabas de
dar-me é uma consolação e uma animação; consola-me do que tenho sofrido,
anima-me para novos cometimentos. Se Torquato Tasso...
Diante desta ameaça de discurso, e sobretudo vendo a interpretação do
seu abraço, Estêvão resolveu-se a continuar caminho abandonando o poeta.
- Adeus, tenho pressa.
- Adeus, obrigado!
Estêvão chegou à casa e atirou-se à cama. Ninguém o soube nunca, só as
paredes do quarto foram testemunhas; mas a verdade é que Estêvão chorou
lágrimas amargas.
Enfim que lhe dissera Magdalena e que exigira dele?
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A viúva não era viúva; era mulher de Menezes; viera do norte meses
antes do marido, que só veio como deputado; Menezes, que a amava doidamente,
e que era amado com igual delírio, acusava-a de infidelidade; uma carta e um
retrato eram os indícios; ela negou, mas explicou-se mal; o marido separou-se e
mandou-a para o Rio de Janeiro.
Magdalena aceitou a situação com resignação e coragem: não murmurou
nem pediu; cumpriu a ordem do marido.
Todavia Magdalena não era criminosa; o seu crime era uma aparência;
estava condenada por fidelidade de honra. A carta e o retrato não lhe pertenciam;
eram apenas um depósito imprudente e fatal. Magdalena podia dizer tudo, mas
era trair uma promessa; não quis; preferiu que a tempestade doméstica caísse
unicamente sobre ela.
Agora, porém, a necessidade do segredo expirara; Magdalena recebeu do
norte uma carta em que a amiga, no leito de morte, pedia que inutilizasse a carta
e o retrato, ou os restituísse ao homem que lhos dera. Esta carta era uma
justificação.
Magdalena podia mandar a carta ao marido, ou pedir-lhe uma entrevista;
mas receava tudo; sabia que seria inútil, porque Menezes era extremamente
severo.
Vira o médico uma noite no teatro em companhia do seu marido;
indagara e soube que eram amigos; pedia-lhe pois que fosse mediador entre os
dois, que a salvasse e que reconstruísse uma família.
Não era pois somente o amor de Estêvão que sofria; era também o seu
amor-próprio. Estêvão facilmente compreendeu que não fora atraído àquela casa
para outra coisa. É verdade que a carta só chegara na véspera; mas a carta apenas
vinha apressar a resolução. Naturalmente Magdalena pedir-lhe-ia, sem haver
carta, algum serviço análogo àquele.
Se se tratasse de qualquer outro homem, Estêvão recusaria o serviço que
lhe pedia a viúva; mas tratava-se do seu amigo, de um homem a quem ele devia
estima e serviços de amizade.


[Linha 2250 de 6063 - Parte 2 de 4]


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Aceitou, pois, a cruel missão.
- Cumpra-se o destino, disse ele; hei de ir lançar a mulher que amo aos
braços de outro; e por desgraça maior, em vez de gozar com este
restabelecimento de concórdia doméstica, vejo-me na dura situação de amar a
mulher do meu amigo, isto é, de fugir para longe...
Estêvão não saiu mais de casa nesse dia.
Quis escrever ao deputado contando-lhe tudo; mas pensou que o melhor
era falar-lhe de viva voz. Embora lhe custasse mais, era de mais efeito para o
desempenho da sua promessa.
Adiou, porém, para o dia seguinte, ou antes para o mesmo dia, porque a
noite não lhe interrompeu o tempo, visto que Estêvão não dormiu um minuto
sequer.
X
Levantou-se da cama o pobre namorado sem ter conseguido dormir.
Vinha nascendo o sol.
Quis ler os jornais e pediu-os.
Já os ia pondo de lado, por haver acabado de ler, quando repentinamente
viu o seu nome impresso no Jornal do Comércio.
Era um artigo a pedido com o título de «Uma obra-prima».
Dizia o artigo:
«Temos o prazer de anunciar ao país o próximo aparecimento de uma
excelente comédia, estréia de um jovem literato fluminense, de nome Antônio
Carlos de Oliveira.
Este robusto talento, por muito tempo incógnito, vai enfim entrar nos
mares da publicidade, e para isso procurou logo ensaiar-se em uma obra de
certo vulto.
Consta-nos que o autor, solicitado por seus numerosos amigos, leu há
dias a comédia em casa do Sr. Dr. Estêvão Soares, diante de um luzido
79
auditório, que aplaudiu muito e profetizou no Sr. Oliveira um futuro
Shakespeare.
O Sr. Dr. Estêvão Soares levou a sua amabilidade a ponto de pedir a
comédia para ler segunda vez, e ontem ao encontrar-se na rua com o Sr.
Oliveira, de tal entusiasmo vinha possuído que o abraçou estreitamente, com
grande pasmo dos numerosos transeuntes.
Da parte de um juiz tão competente em matérias literárias este ato é
honroso para o Sr. Oliveira.
Estamos ansiosos por ler a peça do Sr. Oliveira, e ficamos certos de que
ela fará fortuna de qualquer teatro.
'O amigo das letras'».
Estêvão, apesar dos sentimentos que o agitavam então, enfureceu-se com
o artigo que acabava de ler. Não havia dúvida que o autor dele era o próprio autor
da comédia. O abraço da véspera fora mal interpretado, e o poetastro
aproveitava-o em seu favor. Se ao menos não falasse no nome de Estêvão, este
poderia desculpar a vaidadezinha do escritor. Mas o nome ali estava como
cúmplice da obra.
Pondo de lado o Jornal do Comércio, Estêvão lembrou-se de protestar, e
ia já escrever um artigo quando recebeu uma cartinha de Oliveira.
Dizia a carta:


[Linha 2300 de 6063 - Parte 2 de 4]


«Meu Estêvão.- Lembrou-se um amigo meu de escrever alguma coisa a
propósito da minha peça. Expliquei-lhe como se dera a leitura em tua casa, e
disse-lhe como é que, apesar do vivo desejo que tinhas de ouvir lê-la,
interrompeste-me para ir cuidar de um doente. Apesar de tudo isto, o meu
referido amigo contou hoje no Jornal do Comércio a história alterando um pouco
a verdade. Desculpa-o; é a linguagem da amizade e da benevolência.
Ontem entrei para casa tão orgulhoso com o teu abraço, que escrevi uma
ode, e assim manifestou-se em mim a veia lírica, depois da cômica e da trágica.
Aí te mando o rascunho; se não prestar, rasga-a.»
80
A carta tinha, por engano, a data da véspera.
A ode era muito comprida; Estêvão nem a leu, atirou-a para um canto.
A ode começava assim:
Sai do teu monte, ó musa!
Vem inspirar a lira do poeta;
Enche de luz a minha fronte ousada,
E mandemos aos evos,
Nas asas de uma estrofe ingente e altíssona,
Do caro amigo o animador abraço!
Não canto os altos feitos
De Aquiles, nem traduzo os sons tremendos
Dos rufos marciais enchendo os campos!
Outro assunto me inspira.
Não canto a espada que dá morte e campa;
Canto o abraço que dá vida e glória!
XI
Como havia prometido, Estêvão foi logo procurar o deputado Menezes.
Em vez de ir direito ao fim, quis antes sondá-lo a respeito do seu passado. Era a
primeira vez que o moço tocava em tal. Menezes não desconfiou, mas estranhou;
mas tal confiança tinha nele que não recusou nada.
- Sempre imaginei, dissera-lhe Estêvão, que há na sua vida um drama. É
talvez engano meu, mas a verdade é que ainda não perdi a idéia.
- Há, com efeito, um drama; mas um drama pateado. Não sorria; é assim.
Que supõe então?
- Não suponho nada. Imagino que...
- Pede dramas a um homem político?
- Por que não?
81
- Eu lhe digo. Sou político e não sou. Não entrei na vida pública por
vocação; entrei como se entra em uma sepultura: para dormir melhor. Por que o
fiz? A razão é o drama de que me fala.
- Uma mulher, talvez...
- Sim, uma mulher.
- Talvez mesmo, disse Estêvão procurando sorrir, talvez uma esposa.
Menezes estremeceu e olhou para o amigo, espantado e desconfiado.
- Quem lho disse?
- Pergunto.
- Uma esposa, sim; mas não lhe direi mais nada. É a primeira pessoa que
ouve tanta coisa de mim. Deixemos o passado que morreu: parce sepultis.
- Conforme, disse Estêvão; e se eu pertencer a uma seita filosófica que


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pretenda ressuscitar os mortos, mesmo quando é um passado...
- As suas palavras, ou querem dizer muito, ou nada. Qual é a sua
intenção?
- A minha intenção não é ressuscitar o passado unicamente; é repará-lo, é
restaurá-lo em todo o seu esplendor, com toda a legitimidade do seu direito; o
meu fim é dizer-lhe, meu caro amigo, que a mulher condenada é uma mulher
inocente.
Ouvindo estas palavras Menezes deu um pequeno grito.
Depois levantando-se com rapidez pediu a Estêvão que lhe dissesse o
que sabia e como sabia.
Estêvão referiu tudo.
Quando concluiu a sua narração, o deputado abanou a cabeça com aquele
último sintoma de incredulidade que é ainda um eco das grandes catástrofes
domésticas.
Mas Estêvão ia armado contra as objeções do marido. Protestou
energicamente pela defesa da mulher; instou pelo cumprimento do dever.
A última resposta de Menezes foi esta:
- Meu caro Estêvão, a mulher de César nem deve ser suspeitada.
82
Acredito em tudo; mas o que está feito, está feito.
- O princípio é cruel, meu amigo.
- É fatal.
Estêvão saiu.
Ficando só, Menezes caiu em profunda meditação; ele acreditava em
tudo, e amava a mulher; mas não acreditava que os belos dias pudessem voltar.
Recusando, pensava ele, era ficar no túmulo em que tivera tão brando
sono.
Estêvão, porém, não desanimou.
Quando entrou em casa, escreveu uma longa carta ao deputado
exortando-o a que restaurasse a família um momento separada e desfeita. Estêvão
era eloqüente; o coração de Menezes com pouco se contentava.
Enfim, nesta missão diplomática, o médico houve-se com suprema
habilidade. No fim de alguns dias dissipara-se a nuvem do passado, e o casal
reunira-se.
Como?
Magdalena soube das disposições de Menezes e recebeu o anúncio de
uma visita de seu marido.
Quando o deputado se preparava para sair, vieram dizer-lhe que uma
senhora o procurava.
A senhora era Magdalena.
Menezes nem quis abraçá-la; ajoelhou-se-lhe aos pés.
Tudo estava esquecido.
Quiseram celebrar a reconciliação, e Estêvão foi convidado para lá
passar o dia em companhia dos seus amigos, que lhe deviam a felicidade.
Estêvão não foi.
Mas no dia seguinte Menezes recebeu este bilhete:
«Desculpe, meu amigo, se não vou despedir-me pessoalmente. Sou
obrigado a partir repentinamente para Minas. Voltarei daqui a alguns meses.
Estimo que sejam felizes, e espero que não se esqueçam de mim.»
83


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Menezes foi apressadamente à casa de Estêvão, e ainda o achou
preparando as malas.
Achou singular a viagem, e mais singular o bilhete; mas o médico não
revelou por modo nenhum o verdadeiro motivo da sua partida.
Quando Menezes voltou, comunicou à mulher as suas impressões; e
perguntou se ela compreendia aquilo.
- Não, respondeu Magdalena.
Mas tinha compreendido enfim.
- Nobre alma! disse ela consigo.
Nada disse ao marido; nisso mostrava-se esposa solícita pela
tranqüilidade conjugal; mas mostrava-se sobretudo mulher.
Menezes não foi à câmara durante muitos dias, e no primeiro paquete
seguiu para o norte.
A ausência transtornou algumas votações, e a sua partida logrou muitos
cálculos.
Mas o homem tem o direito de procurar a sua felicidade, e a felicidade de
Menezes era independente da política.
84


**************************************************************************************************************
O SEGREDO DE AUGUSTA
I
São onze horas da manhã.
D. Augusta Vasconcelos está reclinada sobre um sofá, com um livro na
mão. Adelaide, sua filha, passa os dedos pelo teclado do piano.
- Papai já acordou? pergunta Adelaide à sua mãe.
- Não, responde esta sem levantar os olhos do livro.
Adelaide levantou-se e foi ter com Augusta.
- Mas é tão tarde, mamãe, disse ela. São onze horas. Papai dorme muito.
Augusta deixou cair o livro no regaço, e disse olhando para Adelaide:
- É que naturalmente recolheu-se tarde.
- Reparei já que nunca me despeço de papai quando me vou deitar. Anda
sempre fora.
Augusta sorriu.
- És uma roceira, disse ela; dormes com as galinhas. Aqui o costume é
outro. Teu pai tem que fazer de noite.
- É política, mamãe? perguntou Adelaide.
- Não sei, respondeu Augusta.
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Comecei dizendo que Adelaide era filha de Augusta, e esta informação,
necessária no romance, não o era menos na vida real em que se passou o episódio
que vou contar, porque à primeira vista ninguém diria que havia ali mãe e filha;
pareciam duas irmãs, tão jovem era a mulher de Vasconcelos.
Tinha Augusta trinta anos e Adelaide quinze; mas comparativamente a
mãe parecia mais moça ainda que a filha. Conservava a mesma frescura dos
quinze anos, e tinha de mais o que faltava a Adelaide, que era a consciência da
beleza e da mocidade, consciência que seria louvável se não tivesse como
conseqüência uma imensa e profunda vaidade. A sua estatura era mediana, mas
imponente. Era muito alva e muito corada. Tinha os cabelos castanhos, e os olhos


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garços. As mãos compridas e bem feitas pareciam criadas para os afagos de
amor. Augusta dava melhor emprego às suas mãos; calçava-as de macia pelica.
As graças de Augusta estavam todas em Adelaide, mas em embrião.
Adivinhava-se que aos vinte anos Adelaide devia rivalizar com Augusta; mas por
enquanto havia na menina uns restos da infância que não davam realce aos
elementos que a natureza pusera nela.
Todavia, era bem capaz de apaixonar um homem, sobretudo se ele fosse
poeta, e gostasse das virgens de quinze anos, até porque era um pouco pálida, e
os poetas em todos os tempos tiveram sempre queda para as criaturas descoradas.
Augusta vestia com suprema elegância; gastava muito, é verdade; mas
aproveitava bem as enormes despesas, se acaso é isso aproveitá-las. Deve-se
fazer-lhe uma justiça; Augusta não regateava nunca; pagava o preço que lhe
pediam por qualquer coisa. Punha nisso a sua grandeza, e achava que o
procedimento contrário era ridículo e de baixa esfera.
Neste ponto Augusta partilhava os sentimentos e servia aos interesses de
alguns mercadores, que entendem ser uma desonra abater alguma coisa no preço
das suas mercadorias.
O fornecedor de fazendas de Augusta, quando falava a este respeito,
costumava dizer-lhe:
- Pedir um preço e dar a fazenda por outro preço menor, é confessar que
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havia intenção de esbulhar o freguês.
O fornecedor preferia fazer a coisa sem a confissão.
Outra justiça que devemos reconhecer era que Augusta não poupava
esforços para que Adelaide fosse tão elegante como ela.
Não era pequeno o trabalho.
Adelaide desde a idade de cinco anos fora educada na roça em casa de
uns parentes de Augusta, mais dados ao cultivo do café que às despesas do
vestuário. Adelaide foi educada nesses hábitos e nessas idéias. Por isso quando
chegou à corte, onde se reuniu à família, houve para ela uma verdadeira
transformação. Passava de uma civilização para outra; viveu numa hora uma
longa série de anos. O que lhe valeu é que tinha em sua mãe uma excelente
mestra. Adelaide reformou-se, e no dia em que começa esta narração já era outra;
todavia estava ainda muito longe de Augusta.
No momento em que Augusta respondia à curiosa pergunta de sua filha
acerca das ocupações de Vasconcelos, parou um carro à porta.
Adelaide correu à janela.
- É D. Carlota, mamãe, disse a menina voltando-se para dentro.
Daí a alguns minutos entrava na sala a D. Carlota em questão. Os leitores
ficarão conhecendo esta nova personagem com a simples indicação de que era
um segundo volume de Augusta; bela, como ela; elegante, como ela; vaidosa,
como ela.
Tudo isto quer dizer que eram ambas as mais afáveis inimigas que pode
haver neste mundo.
Carlota vinha pedir a Augusta para ir cantar num concerto que ia dar em
casa, imaginado por ela para o fim de inaugurar um magnífico vestido novo.
Augusta de boa vontade acedeu ao pedido.
- Como está seu marido? perguntou ela a Carlota.
- Foi para a praça; e o seu?
- O meu dorme.


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- Como um justo? perguntou Carlota sorrindo maliciosamente.
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- Parece, respondeu Augusta.
Neste momento, Adelaide, que por pedido de Carlota tinha ido tocar um
noturno ao piano, voltou para o grupo.
A amiga de Augusta perguntou-lhe:
- Aposto que já tem algum noivo em vista?
A menina corou muito, e balbuciou:
- Não fale nisso.
- Ora, há de ter! Ou então aproxima-se da época em que há de ter um
noivo, e eu já lhe profetizo que há de ser bonito...
- É muito cedo, disse Augusta.
- Cedo!
- Sim, está muito criança; casar-se-á quando for tempo, e o tempo está
longe...
- Já sei, disse Carlota rindo, quer prepará-la bem... Aprovo-lhe a
intenção. Mas nesse caso não lhe tire as bonecas.
- Já não as tem.
- Então é difícil impedir os namorados. Uma coisa substitui a outra.
Augusta sorriu, e Carlota levantou-se para sair.
- Já? disse Augusta.
- É preciso; adeus!
- Adeus!
Trocaram-se alguns beijos e Carlota saiu logo.
Logo depois chegaram dois caixeiros: um com alguns vestidos e outro
com um romance; eram encomendas feitas na véspera. Os vestidos eram
caríssimos, e o romance tinha este título: Fanny, por Ernesto Feydeau.
II
Pela uma hora da tarde do mesmo dia levantou-se Vasconcelos da cama.
Vasconcelos era um homem de quarenta anos, bem apessoado, dotado de
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um maravilhoso par de suíças grisalhas, que lhe davam um ar de diplomata, coisa
de que estava afastado umas boas cem léguas. Tinha a cara risonha e expansiva;
todo ele respirava uma robusta saúde.
Possuía uma boa fortuna e não trabalhava, isto é, trabalhava muito na
destruição da referida fortuna, obra em que sua mulher colaborava
conscienciosamente.
A observação de Adelaide era verídica; Vasconcelos recolhia-se tarde;
acordava sempre depois do meio-dia; e saía às ave-marias para voltar na
madrugada seguinte. Quer dizer que fazia com regularidade algumas pequenas
excursões à casa da família.
Só uma pessoa tinha o direito de exigir de Vasconcelos mais alguma
assiduidade em casa: era Augusta; mas ela nada lhe dizia. Nem por isso se davam
mal, porque o marido em compensação da tolerância de sua esposa não lhe
negava nada, e todos os caprichos dela eram de pronto satisfeitos.
Se acontecia que Vasconcelos não pudesse acompanhá-la a todos os
passeios e bailes, incumbia-se disso um irmão dele, comendador de duas ordens,
político de oposição, excelente jogador de voltarete, e homem amável nas horas
vagas, que eram bem poucas. O irmão Lourenço era o que se pode chamar um
irmão terrível. Obedecia a todos os desejos da cunhada, mas não poupava de


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quando em quando um sermão ao irmão. Boa semente que não pegava.
Acordou, pois, Vasconcelos, e acordou de bom humor. A filha alegrouse
muito ao vê-lo, e ele mostrou-se de uma grande afabilidade com a mulher, que
lhe retribuiu do mesmo modo.
- Por que acorda tão tarde? perguntou Adelaide acariciando as suíças de
Vasconcelos.
- Porque me deito tarde.
- Mas por que se deita tarde?
- Isso agora é muito perguntar! disse Vasconcelos sorrindo.
E continuou:
- Deito-me tarde porque assim o pedem as necessidades políticas. Tu não
89
sabes o que é política; é uma coisa muito feia, mas muito necessária.
- Sei o que é política, sim! disse Adelaide.
- Ah! explica-me lá então o que é.
- Lá na roça, quando quebraram a cabeça ao juiz de paz, disseram que era
por política; o que eu achei esquisito, porque a política seria não quebrar a
cabeça...
Vasconcelos riu muito com a observação da filha, e foi almoçar,
exatamente quando entrava o irmão, que não pôde deixar de exclamar:
- A boa hora almoças tu!
- Aí vens tu com as tuas reprimendas. Eu almoço quando tenho fome...
Vê se me queres agora escravizar às horas e às denominações. Chama-lhe almoço
ou lunch, a verdade é que estou comendo.
Lourenço respondeu com uma careta.
Terminado o almoço, anunciou-se a chegada do Sr. Batista. Vasconcelos
foi recebê-lo no gabinete particular.
Baptista era um rapaz de vinte e cinco anos; era o tipo acabado do
pândego; excelente companheiro numa ceia de sociedade equívoca, nulo conviva
numa sociedade honesta. Tinha chiste e certa inteligência, mas era preciso que
estivesse em clima próprio para que se lhe desenvolvessem essas qualidades. No
mais era bonito; tinha um lindo bigode; calçava botins do Campas, e vestia no
mais apurado gosto; fumava tanto como um soldado e tão bem como um lord.
- Aposto que acordaste agora, disse Batista entrando no gabinete do
Vasconcelos.
- Há três quartos de hora; almocei neste instante. Toma um charuto.
Batista aceitou o charuto, e estirou-se numa cadeira americana, enquanto
Vasconcelos acendia um fósforo.
- Viste o Gomes? perguntou Vasconcelos.
- Vi-o ontem. Grande notícia: rompeu com a sociedade.
- Deveras?
- Quando lhe perguntei por que motivo ninguém o via há um mês,
90
respondeu-me que estava passando por uma transformação, e que do Gomes que
foi só ficará lembrança. Parece incrível; mas o rapaz fala com convicção.
- Não creio; aquilo é alguma caçoada que nos quer fazer. Que novidades
há?
- Nada; isto é, tu é que deves saber alguma coisa.
- Eu, nada...
- Ora essa! não foste ontem ao Jardim?


[Linha 2600 de 6063 - Parte 2 de 4]


- Fui, sim; houve uma ceia...
- De família, sim. Eu fui ao Alcazar. A que horas acabou a reunião?
- Às quatro da manhã...
Vasconcelos estendeu-se numa rede, e a conversa continuou por esse
tom, até que um moleque veio dizer a Vasconcelos que estava na sala o Sr.
Gomes.
- Eis o homem! disse Batista.
- Manda subir, ordenou Vasconcelos.
O moleque desceu para dar o recado; mas só um quarto de hora depois é
que Gomes apareceu, por demorar-se algum tempo em baixo conversando com
Augusta e Adelaide.
- Quem é vivo sempre aparece, disse Vasconcelos ao avistar o rapaz.
- Não me procuram... disse ele.
- Perdão; eu já lá fui duas vezes, e disseram-me que havias saído.
- Só por grande fatalidade, porque eu quase nunca saio.
- Mas então estás completamente ermitão?
- Estou crisálida; vou reaparecer borboleta, disse Gomes sentando-se.
- Temos poesia... Guarda debaixo, Vasconcelos...
O novo personagem, o Gomes tão desejado e tão escondido, representava
ter cerca de trinta anos. Ele, Vasconcelos e Baptista eram a trindade do prazer e
da dissipação, ligada por uma indissolúvel amizade. Quando Gomes, cerca de um
mês antes, deixou de aparecer nos círculos do costume, todos repararam nisso,
mas só Vasconcelos e Batista sentiram deveras. Todavia, não insistiram muito
91
em arrancá-lo à solidão, somente pela consideração de que talvez houvesse nisso
algum interesse do rapaz.
Gomes foi portanto recebido como um filho pródigo.
- Mas onde te meteste? que é isso de crisálida e de borboleta? Cuidas que
eu sou do mangue?
- É o que lhes digo, meus amigos. Estou criando asas.
- Asas! disse Baptista sufocando uma risada.
- Só se são asas de gavião para cair...
- Não, estou falando sério.
E com efeito Gomes apresentava um ar sério e convencido.
Vasconcelos e Baptista olharam um para o outro.
- Pois se é verdade isso que dizes, explica-nos lá que asas são essas, e
sobretudo para onde é que queres voar.
A estas palavras de Vasconcelos, acrescentou Batista:
- Sim, deves dar-nos uma explicação, e se nós, que somos o teu conselho
de família, acharmos que a explicação é boa, aprovamo-la; senão, ficas sem asas,
e ficas sendo o que sempre foste...
- Apoiado, disse Vasconcelos.
- Pois é simples; estou criando asas de anjo, e quero voar para o céu do
amor.
- Do amor! disseram os dois amigos de Gomes.
- É verdade, continuou Gomes. Que fui eu até hoje? Um verdadeiro
estróina, um perfeito pândego, gastando às mãos largas a minha fortuna e o meu
coração. Mas isto é bastante para encher a vida? Parece que não...
- Até aí concordo... isso não basta; é preciso que haja outra coisa; a
diferença está na maneira de...


[Linha 2650 de 6063 - Parte 2 de 4]


- É exato, disse Gomes; é exato; é natural que vocês pensem de modo
diverso, mas eu acho que tenho razão em dizer que sem o amor casto e puro a
vida é um puro deserto.
Baptista deu um pulo...
92
Vasconcelos fitou os olhos em Gomes:
- Aposto que vais casar? disse-lhe.
- Não sei se vou casar; sei que amo, e espero acabar por casar-me com a
mulher a quem amo.
- Casar! exclamou Baptista.
E soltou uma estridente gargalhada.
Mas Gomes falava tão seriamente, insistia com tanta gravidade naqueles
projetos de regeneração, que os dois amigos acabaram por ouvi-lo com igual
seriedade.
Gomes falava uma linguagem estranha, e inteiramente nova na boca de
um rapaz que era o mais doido e ruidoso nos festins de Baco e de Citera.
- Assim, pois, deixas-nos? perguntou Vasconcelos.
- Eu? Sim e não; encontrar-me-ão nas salas; nos hotéis e nas casas
equívocas, nunca mais.
- De profundis... cantarolou Baptista.
- Mas, afinal de contas, disse Vasconcelos, onde está a tua Marion?
Pode-se saber quem ela é?
- Não é Marion, é Virgínia... Pura simpatia ao princípio, depois afeição
pronunciada, hoje paixão verdadeira. Lutei enquanto pude; mas abati as armas
diante de uma força maior. O meu grande medo era não ter uma alma capaz de
oferecer a essa gentil criatura. Pois tenho-a, e tão fogosa, e tão virgem como no
tempo dos meus dezoito anos. Só o casto olhar de uma virgem poderia descobrir
no meu lodo essa pérola divina. Renasço melhor do que era...
- Está claro, Vasconcelos, o rapaz está doido; mandemo-lo para a Praia
Vermelha; e como pode ter algum acesso, eu vou-me embora...
Baptista pegou no chapéu.
- Onde vais? disse-lhe Gomes.
- Tenho que fazer; mas logo aparecerei em tua casa; quero ver se ainda é
tempo de arrancar-te a esse abismo.
E saiu.
93
III
Os dois ficaram sós.
- Então é certo que estás apaixonado?
- Estou. Eu bem sabia que vocês dificilmente acreditariam nisso: eu
próprio não creio ainda, e contudo é verdade. Acabo por onde tu começaste. Será
melhor ou pior? Eu creio que é melhor.
- Tens interesse em ocultar o nome da pessoa?
- Oculto-o por ora a todos, menos a ti.
- É uma prova de confiança...
Gomes sorriu.
- Não, disse ele, é uma condição sine qua non; antes de tudo tu deves
saber quem é a escolhida do meu coração; trata-se de tua filha.
- Adelaide? perguntou Vasconcelos espantado.
- Sim, tua filha.


[Linha 2700 de 6063 - Parte 2 de 4]


A revelação de Gomes caiu como uma bomba. Vasconcelos nem por
sombras suspeitava semelhante coisa.
- Este amor é da tua aprovação? perguntou-lhe Gomes.
Vasconcelos refletia, e depois de alguns minutos de silêncio, disse:
- O meu coração aprova a tua escolha; és meu amigo, estás apaixonado, e
uma vez que ela te ame...
Gomes ia falar, mas Vasconcelos continuou sorrindo:
- Mas a sociedade?
- Que sociedade?
- A sociedade que nos tem em conta de libertinos, a ti e a mim, é natural
que não aprove o meu ato.
- Já vejo que é uma recusa, disse Gomes entristecendo.
- Qual recusa, pateta! É uma objeção, que tu poderás destruir dizendo: a
sociedade é uma grande caluniadora e uma famosa indiscreta. Minha filha é tua,
com uma condição.
94
- Qual?
- A condição da reciprocidade. Ama-te ela?
- Não sei, respondeu Gomes.
- Mas desconfias...
- Não sei; sei que a amo e que daria a minha vida por ela, mas ignoro se
sou correspondido.
- Hás de ser... Eu me incumbirei de apalpar o terreno. Daqui a dois dias
dou-te a minha resposta. Ah! se ainda tenho de ver-te meu genro!
A resposta de Gomes foi cair-lhe nos braços. A cena já roçava pela
comédia quando deram três horas. Gomes lembrou-se que tinha rendez-vous com
um amigo; Vasconcelos lembrou-se que tinha de escrever algumas cartas.
Gomes saiu sem falar às senhoras.
Pelas quatro horas Vasconcelos dispunha-se a sair, quando vieram
anunciar-lhe a visita do Sr. José Brito.
Ao ouvir este nome o alegre Vasconcelos franziu o sobrolho.
Pouco depois entrava no gabinete o Sr. José Brito.
O Sr. José Brito era para Vasconcelos um verdadeiro fantasma, um eco
do abismo, uma voz da realidade: era um credor.
- Não contava hoje com a sua visita, disse Vasconcelos.
- Admira, respondeu o Sr. José Brito com uma placidez de apunhalar,
porque hoje são 21.
- Cuidei que eram 19, balbuciou Vasconcelos.
- Anteontem, sim; mas hoje são 21. Olhe, continuou o credor pegando no
Jornal do Comércio que se achava numa cadeira: quinta-feira, 21.
- Vem buscar o dinheiro?
- Aqui está a letra, disse o Sr. José Brito tirando a carteira do bolso e um
papel da carteira.
- Por que não veio mais cedo? perguntou Vasconcelos, procurando assim
espaçar a questão principal.
- Vim às oito horas da manhã, respondeu o credor, estava dormindo; vim
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às nove, idem; vim às dez, idem; vim às onze, idem; vim ao meio-dia, idem. Quis
vir à uma hora, mas tinha de mandar um homem para a cadeia, e não me foi
possível acabar cedo. Às três jantei, e às quatro aqui estou.


[Linha 2750 de 6063 - Parte 2 de 4]


Vasconcelos puxava o charuto a ver se lhe ocorria alguma idéia boa de
escapar ao pagamento com que ele não contava.
Não achava nada; mas o próprio credor forneceu-lhe ensejo.
- Além de que, disse ele, a hora não importa nada, porque eu estava certo
de que o senhor me vai pagar.
- Ah! disse Vasconcelos; é talvez um engano; eu não contava com o
senhor hoje, e não arranjei o dinheiro...
- Então, como há de ser? perguntou o credor com ingenuidade.
Vasconcelos sentiu entrar-lhe n'alma a esperança.
- Nada mais simples, disse; o senhor espera até amanhã.
- Amanhã quero assistir à penhora de um indivíduo que mandei processar
por uma larga dívida; não posso...
- Perdão, eu levo-lhe o dinheiro à sua casa...
- Isso seria bom se os negócios comerciais se arranjassem assim. Se
fôssemos dois amigos é natural que eu me contentasse com a sua promessa, e
tudo acabaria amanhã; mas eu sou seu credor, e só tenho em vista salvar o meu
interesse... Portanto, acho melhor pagar hoje...
Vasconcelos passou a mão pelos cabelos.
- Mas se eu não tenho! disse ele.
- É uma coisa que o deve incomodar muito, mas que a mim não me causa
a menor impressão... isto é, deve causar-me alguma, porque o senhor está hoje
em situação precária.
- Eu?
- É verdade; as suas casas da rua da Imperatriz estão hipotecadas; a da
rua de S. Pedro foi vendida, e a importância já vai longe; os seus escravos têm
ido a um e um, sem que o senhor o perceba, e as despesas que o senhor há pouco
fez para montar uma casa a certa dama da sociedade equívoca são imensas. Eu
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sei tudo; sei mais do que o senhor...
Vasconcelos estava visivelmente aterrado.
O credor dizia a verdade.
- Mas enfim, disse Vasconcelos, o que havemos de fazer?
- Uma coisa simples; duplicamos a dívida, e o senhor passa-me agora
mesmo um depósito.
- Duplicar a dívida! Mas isto é um...
- Isto é uma tábua de salvação; sou moderado. Vamos lá, aceite. Escrevame
aí o depósito, e rasga-se a letra.
Vasconcelos ainda quis fazer objeção; mas era impossível convencer o
Sr. José Brito.
Assinou o depósito de dezoito contos.
Quando o credor saiu, Vasconcelos entrou a meditar seriamente na sua
vida.
Até então gastara tanto e tão cegamente que não reparara no abismo que
ele próprio cavara a seus pés.
Veio porém adverti-lo a voz de um dos seus algozes.
Vasconcelos refletiu, calculou, recapitulou as suas despesas e as suas
obrigações, e viu que da fortuna que possuía tinha na realidade menos da quarta
parte.
Para viver como até ali vivera, aquilo era nada menos que a miséria.
Que fazer em tal situação?


[Linha 2800 de 6063 - Parte 2 de 4]


Vasconcelos pegou no chapéu e saiu.
Vinha caindo a noite.
Depois de andar algum tempo pelas ruas entregue às suas meditações,
Vasconcelos entrou no Alcazar.
Era um meio de distrair-se.
Ali encontraria a sociedade do costume.
Baptista veio ao encontro do amigo.
- Que cara é essa? disse-lhe.
97
- Não é nada, pisaram-me um calo, respondeu Vasconcelos, que não
encontrava melhor resposta.
Mas um pedicuro que se achava perto de ambos ouviu o dito, e nunca
mais perdeu de vista o infeliz Vasconcelos, a quem a coisa mais indiferente
incomodava. O olhar persistente do pedicuro aborreceu-o tanto, que Vasconcelos
saiu.
Entrou no hotel de Milão, para jantar. Por mais preocupado que ele
estivesse, a exigência do estômago não se demorou.
Ora, no meio do jantar lembrou-lhe aquilo que não devia ter-lhe saído da
cabeça: o pedido de casamento feito nessa tarde por Gomes.
Foi um raio de luz.
- Gomes é rico, pensou Vasconcelos; o meio de escapar a maiores
desgostos é este; Gomes casa-se com Adelaide, e como é meu amigo não me
negará o que eu precisar. Pela minha parte procurarei ganhar o perdido... Que boa
fortuna foi aquela lembrança do casamento!
Vasconcelos comeu alegremente; voltou depois ao Alcazar, onde alguns
rapazes e outras pessoas fizeram esquecer completamente os seus infortúnios.
Às três horas da noite Vasconcelos entrava para casa com a tranqüilidade
e regularidade do costume.
IV
No dia seguinte o primeiro cuidado de Vasconcelos foi consultar o
coração de Adelaide. Queria porém fazê-lo na ausência de Augusta. Felizmente
esta precisava de ir ver à rua da Quitanda umas fazendas novas, e saiu com o
cunhado, deixando a Vasconcelos toda a liberdade.
Como os leitores já sabem, Adelaide queria muito ao pai, e era capaz de
fazer por ele tudo. Era, além disso, um excelente coração. Vasconcelos contava
com essas duas forças.
- Vem cá, Adelaide, disse ele entrando na sala; sabes quantos anos tens?
98
- Tenho quinze.
- Sabes quantos anos tem tua mãe?
- Vinte e sete, não é?
- Tem trinta; quer dizer que tua mãe casou-se com quinze anos.
Vasconcelos parou, a fim de ver o efeito que produziam estas palavras;
mas foi inútil a expectativa; Adelaide não compreendeu nada.
O pai continuou:
- Não pensaste no casamento?
A menina corou muito, hesitou em falar, mas como o pai instasse,
respondeu:
- Qual, papai! eu não quero casar...
- Não queres casar? É boa! por quê?


[Linha 2850 de 6063 - Parte 2 de 4]


- Porque não tenho vontade, e vivo bem aqui.
- Mas tu podes casar e continuar a viver aqui...
- Bem; mas não tenho vontade.
- Anda lá... Amas alguém, confessa.
- Não me pergunte isso, papai... eu não amo ninguém.
A linguagem de Adelaide era tão sincera que Vasconcelos não podia
duvidar.
- Ela fala a verdade, pensou ele; é inútil tentar por esse lado...
Adelaide sentou-se ao pé dele, e disse:
- Portanto, meu paizinho, não falemos mais nisso...
- Falemos, minha filha; tu és criança, não sabes calcular. Imagina que eu
e a tua mãe morremos amanhã. Quem te há de amparar? Só um marido.
- Mas se eu não gosto de ninguém...
- Por ora; mas hás de vir a gostar se o noivo for um bonito rapaz, de bom
coração... Eu já escolhi um que te ama muito, e a quem tu hás de amar.
Adelaide estremeceu.
- Eu? disse ela, Mas... quem é?
- É o Gomes.
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- Não o amo, meu pai...
- Agora, creio; mas não negas que ele é digno de ser amado. Dentro de
dois meses estás apaixonada por ele.
Adelaide não disse palavra. Curvou a cabeça e começou a torcer nos
dedos uma das tranças bastas e negras. O seio arfava-lhe com força; a menina
tinha os olhos cravados no tapete.
- Vamos, está decidido, não? perguntou Vasconcelos.
- Mas, papai, e se eu for infeliz?...
- Isso é impossível, minha filha; hás de ser muito feliz; e hás de amar
muito a teu marido.
- Oh! papai, disse-lhe Adelaide com os olhos rasos de água, peço-lhe que
não me case ainda...
- Adelaide, o primeiro dever de uma filha é obedecer a seu pai, e eu sou
teu pai. Quero que te cases com o Gomes; hás de casar.
Estas palavras, para terem todo o efeito, deviam ser seguidas de uma
retirada rápida. Vasconcelos compreendeu isso, e saiu da sala deixando Adelaide
na maior desolação.
Adelaide não amava ninguém. A sua recusa não tinha por ponto de
partida nenhum outro amor; também não era resultado de aversão que tivesse
pelo seu pretendente.
A menina sentia simplesmente uma total indiferença pelo rapaz.
Nestas condições o casamento não deixava de ser uma odiosa imposição.
Mas que faria Adelaide? a quem recorreria?
Recorreu às lágrimas.
Quanto a Vasconcelos, subiu ao gabinete e escreveu as seguintes linhas
ao futuro genro:
«Tudo caminha bem; autorizo-te a vires fazer a corte à pequena, e espero
que dentro de dois meses o casamento esteja concluído».
Fechou a carta e mandou-a.
Pouco depois voltaram de fora Augusta e Lourenço.
100


[Linha 2900 de 6063 - Parte 2 de 4]


Enquanto Augusta subiu para o quarto da toilette para mudar de roupa,
Lourenço foi ter com Adelaide, que estava no jardim.
Reparou que ela tinha os olhos vermelhos, e inquiriu a causa; mas a
moça negou que fosse de chorar.
Lourenço não acreditou nas palavras da sobrinha, e instou com ela para
que lhe contasse o que havia.
Adelaide tinha grande confiança no tio, até por causa da sua rudeza de
maneiras. No fim de alguns minutos de instâncias, Adelaide contou a Lourenço a
cena com o pai.
- Então, é por isso que estás chorando, pequena?
- Pois então? Como fugir do casamento?
- Descansa, não te casarás, eu te prometo que não te hás de casar...
A moça sentiu um estremecimento de alegria.
- Promete, meu tio, que há de convencer a papai?
- Hei de vencê-lo ou convencê-lo, não importa; tu não te hás de casar.
Teu pai é um tolo.
Lourenço subiu ao gabinete de Vasconcelos, exatamente no momento em
que este se dispunha a sair.
- Vais sair? perguntou-lhe Lourenço.
- Vou.
- Preciso falar-te.
Lourenço sentou-se, e Vasconcelos, que já tinha o chapéu na cabeça,
esperou de pé que ele falasse.
- Senta-te, disse Lourenço.
Vasconcelos sentou-se.
- Há dezesseis anos...
- Começas de muito longe; vê se abrevias uma meia dúzia de anos, sem o
que não prometo ouvir o que me vais dizer.
- Há dezesseis anos, continuou Lourenço, que és casado; mas a diferença
entre o primeiro dia e o dia de hoje é grande.
101
- Naturalmente, disse Vasconcelos. Tempora mutantur et...
- Naquele tempo, continuou Lourenço, dizias que encontraras o paraíso,
o verdadeiro paraíso, e foste durante dois ou três anos o modelo dos maridos.
Depois mudaste completamente; e o paraíso tornar-se-ia verdadeiro inferno se
tua mulher não fosse tão indiferente e fria como é, evitando assim as mais
terríveis cenas domésticas.
- Mas, Lourenço, que tens com isso?
- Nada; nem é disso que vou falar-te. O que me interessa é que não
sacrifiques tua filha por capricho, entregando-a a um dos teus companheiros de
vida solta...
Vasconcelos levantou-se:
- Estás doido! disse ele.
- Estou calmo, e dou-te o prudente conselho de não sacrificares tua filha
a um libertino.
- Gomes não é libertino; teve uma vida de rapaz, é verdade, mas gosta de
Adelaide, e reformou-se completamente. É um bom casamento, e por isso acho
que todos devemos aceitá-lo. É a minha vontade, e nesta casa quem manda sou
eu.
Lourenço procurou falar ainda, mas Vasconcelos já ia longe.


[Linha 2950 de 6063 - Parte 2 de 4]


- Que fazer? pensou Lourenço.
V
A oposição de Lourenço não causava grande impressão a Vasconcelos.
Ele podia, é verdade, sugerir à sobrinha idéias de resistência; mas Adelaide, que
era um espírito fraco, cederia ao último que lhe falasse, e os conselhos de um dia
seriam vencidos pela imposição do dia seguinte.
Todavia era conveniente obter o apoio de Augusta. Vasconcelos pensou
em tratar disso o mais cedo que lhe fosse possível.
Entretanto, urgia organizar os seus negócios, e Vasconcelos procurou um
102
advogado a quem entregou todos os papéis e informações, encarregando-o de
orientá-lo em todas as necessidades da situação, quais os meios que poderia opor
em qualquer caso de reclamação por dívida ou hipoteca.
Nada disto fazia supor da parte de Vasconcelos uma reforma de
costumes. Preparava-se apenas para continuar a vida anterior.
Dois dias depois da conversa com o irmão, Vasconcelos procurou
Augusta, para tratar francamente do casamento de Adelaide.
Já nesse intervalo o futuro noivo, obedecendo ao conselho de
Vasconcelos, fazia corte prévia à filha. Era possível que se o casamento não lhe
fosse imposto, Adelaide acabasse por gostar do rapaz. Gomes era um homem
belo e elegante; e, além disso, conhecia todos os recursos de que se deve usar
para impressionar uma mulher.
Teria Augusta notado a presença assídua do moço? Vasconcelos fazia
essa pergunta ao seu espírito no momento em que entrava na toilette da mulher.
- Vais sair? perguntou ele.
- Não; tenho visitas.
- Ah! quem?
- A mulher do Seabra, disse ela.
Vasconcelos sentou-se, e procurou um meio de encabeçar a conversa
especial que ali o levava.
- Estás muito bonita hoje!
- Deveras? disse ela sorrindo. Pois estou hoje como sempre, e é singular
que o digas hoje...
- Não; realmente hoje estás mais bonita do que costumas, a ponto que
sou capaz de ter ciúmes...
- Qual! disse Augusta com um sorriso irônico.
Vasconcelos coçou a cabeça, tirou o relógio, deu-lhe corda; depois
entrou a puxar as barbas, pegou numa folha, leu dois ou três anúncios, atirou a
folha ao chão, e afinal, depois de um silêncio já prolongado, Vasconcelos achou
melhor atacar a praça de frente.
103
- Tenho pensado ultimamente em Adelaide, disse ele.
- Ah! por quê?
- Está moça...
- Moça! exclamou Augusta, é uma criança...
- Está mais velha do que tu quando te casaste...
Augusta franziu ligeiramente a testa.
- Mas então... disse ela.
- Então é que desejo fazê-la feliz, e feliz pelo casamento. Um rapaz,
digno dela a todos os respeitos, pediu-ma há dias, e eu disse-lhe que sim. Em


[Linha 3000 de 6063 - Parte 2 de 4]


sabendo quem é, aprovarás a escolha; é o Gomes. Casamo-la, não?
- Não! respondeu Augusta.
- Como, não?
- Adelaide é uma criança; não tem juízo nem idade própria... Casar-se-á
quando for tempo.
- Quando for tempo? Estás certa se o noivo esperará até que seja tempo?
- Paciência, disse Augusta.
- Tens alguma coisa que notar no Gomes?
- Nada. É um moço distinto; mas não convém a Adelaide.
Vasconcelos hesitava em continuar; parecia-lhe que nada se podia
arranjar; mas a idéia da fortuna deu-lhe forças, e ele perguntou:
- Por quê?
- Estás certo de que ele convenha a Adelaide? perguntou Augusta,
eludindo a pergunta ao marido.
- Afirmo que convém.
- Convenha ou não, a pequena não deve casar já.
- E se ela amasse?...
- Que importa isso? esperaria!
- Entretanto, Augusta, não podemos prescindir deste casamento... É uma
necessidade fatal.
- Fatal? não compreendo.
104
- Vou explicar-me. O Gomes tem uma boa fortuna.
- Também nós temos uma...
- É o teu engano, interrompeu Vasconcelos.
- Como assim?
Vasconcelos continuou:
- Mais tarde ou mais cedo havias de sabê-lo, e eu estimo ter esta ocasião
de dizer-te toda a verdade. A verdade é que, se não estamos pobres, estamos
arruinados.
Augusta ouviu estas palavras com os olhos espantados. Quando ele
acabou, disse:
- Não é possível!


CONTINUA NA PARTE 3 NO LINK ABAIXO:
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Contos Fluminenses - Parte 1 de 4:
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Contos Fluminenses - Parte 2 de 4:
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Contos Fluminenses - Parte 3 de 4:
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Contos Fluminenses - Parte 4 de 4:
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Machado de Assis - 25 anos



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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Contos Fluminenses - Parte 1 de 4 - Machado de Assis


Contos Fluminenses - Parte 1 de 4 - Machado de Assis



Machado de Assis - CONTOS FLUMINENSES

Contos Fluminenses é um livro de contos do escritor brasileiro Machado de Assis, com tema relacionado ao Rio de Janeiro do período imperial. O livro foi publicado em 1870 e o conto mais famoso é Miss Dollar.

Data da primeira publicação: 1869
Autor: Machado de Assis



Miss Dollar ....................... 2
Luiz Soares........................28
A mulher de preto ..............52
O segredo de Augusta......... 84
Confissões de uma viúva moça ... 114
Linha reta e linha curva ..... 142
Frei Simão....................... 197

Edição Guinefort
2


Miss Dollar
I
Era conveniente ao romance que o leitor ficasse muito tempo sem saber
quem era Miss Dollar. Mas por outro lado, sem a apresentação de Miss Dollar,
seria o autor obrigado a longas digressões, que encheriam o papel sem adiantar a
ação. Não há hesitação possível: vou apresentar-lhes Miss Dollar.
Se o leitor é rapaz e dado ao gênio melancólico, imagina que Miss Dollar
é uma inglesa pálida e delgada, escassa de carnes e de sangue, abrindo à flor do
rosto dois grandes olhos azuis e sacudindo ao vento umas longas tranças louras.
A moça em questão deve ser vaporosa e ideal como uma criação de Shakespeare;
deve ser o contraste do roast-beef britânico, com que se alimenta a liberdade do
Reino Unido. Uma tal Miss Dollar deve ter o poeta Tennyson de cor e ler
Lamartine no original; se souber o português deve deliciar-se com a leitura dos
sonetos de Camões ou os Cantos de Gonçalves Dias. O chá e o leite devem ser a
alimentação de semelhante criatura, adicionando-se-lhe alguns confeitos e
3
biscoitos para acudir às urgências do estômago. A sua fala deve ser um murmúrio
de harpa eólia; o seu amor um desmaio, a sua vida uma contemplação, a sua
morte um suspiro.
A figura é poética, mas não é a da heroína do romance.
Suponhamos que o leitor não é dado a estes devaneios e melancolias;
nesse caso imagina uma Miss Dollar totalmente diferente da outra. Desta vez será
uma robusta americana, vertendo sangue pelas faces, formas arredondadas, olhos
vivos e ardentes, mulher feita, refeita e perfeita. Amiga da boa mesa e do bom
copo, esta Miss Dollar preferirá um quarto de carneiro a uma página de
Longfellow, coisa naturalíssima quando o estômago reclama, e nunca chegará a
compreender a poesia do pôr-do-sol. Será uma boa mãe de família segundo a
doutrina de alguns padres-mestres da civilização, isto é, fecunda e ignorante.
Já não será do mesmo sentir o leitor que tiver passado a segunda
mocidade e vir diante de si uma velhice sem recurso. Para esse, a Miss Dollar
verdadeiramente digna de ser contada em algumas páginas, seria uma boa inglesa
de cinqüenta anos, dotada com algumas mil libras esterlinas, e que, aportando ao
Brasil em procura de assunto para escrever um romance, realizasse um romance


[Linha 50 de 6063 - Parte 1 de 4]


verdadeiro, casando com o leitor aludido. Uma tal Miss Dollar seria incompleta
se não tivesse óculos verdes e um grande cacho de cabelo grisalho em cada fonte.
Luvas de renda branca e chapéu de linho em forma de cuia, seriam a última
demão deste magnífico tipo de ultramar.
Mais esperto que os outros, acode um leitor dizendo que a heroína do
romance não é nem foi inglesa, mas brasileira dos quatro costados, e que o nome
de Miss Dollar quer dizer simplesmente que a rapariga é rica.
A descoberta seria excelente, se fosse exata; infelizmente nem esta nem
as outras são exatas. A Miss Dollar do romance não é a menina romântica, nem a
mulher robusta, nem a velha literata, nem a brasileira rica. Falha desta vez a
proverbial perspicácia dos leitores; Miss Dollar é uma cadelinha galga.
Para algumas pessoas a qualidade da heroína fará perder o interesse do
romance. Erro manifesto. Miss Dollar, apesar de não ser mais que uma cadelinha
4
galga, teve as honras de ver o seu nome nos papéis públicos, antes de entrar para
este livro. O Jornal do Comércio e o Correio Mercantil publicaram nas colunas
dos anúncios as seguintes linhas reverberantes de promessa:
“Desencaminhou-se uma cadelinha galga na noite de ontem, 30. Acode
ao nome de Miss Dollar. Quem a achou e quiser levar à rua de Matacavalos nº...,
receberá duzentos mil-réis de recompensa. Miss Dollar tem uma coleira ao
pescoço, fechada por um cadeado em que se lêem as seguintes palavras: De tout
mon coeur.”
Todas as pessoas que sentiam necessidade urgente de duzentos mil-réis,
e tiveram a felicidade de ler aquele anúncio, andaram nesse dia com extremo
cuidado nas ruas do Rio de Janeiro, a ver se davam com a fugitiva Miss Dollar.
Galgo que aparecesse ao longe era perseguido com tenacidade até verificar-se
que não era o animal procurado. Mas toda esta caçada dos duzentos mil-réis era
completamente inútil, visto que, no dia em que apareceu o anúncio, já Miss
Dollar estava aboletada na casa de um sujeito morador nos Cajueiros que fazia
coleção de cães.
II
Quais as razões que induziram o Dr. Mendonça a fazer coleção de cães, é
coisa que ninguém podia dizer; uns queriam que fosse simplesmente paixão por
esse símbolo da fidelidade ou do servilismo; outros pensavam antes que, cheio de
profundo desgosto pelos homens, Mendonça achou que era de boa guerra adorar
os cães.
Fossem quais fossem as razões, o certo é que ninguém possuía mais
bonita e variada coleção do que ele. Tinha-os de todas as raças, tamanhos e cores.
Cuidava deles como se fossem seus filhos; se algum lhe morria ficava
melancólico. Quase se pode dizer que, no espírito de Mendonça, o cão pesava
tanto como o amor, segundo uma expressão célebre: tirai do mundo o cão, e o
mundo será um ermo.
5
O leitor superficial conclui daqui que o nosso Mendonça era um homem
excêntrico. Não era. Mendonça era um homem como os outros; gostava de cães
como outros gostam de flores. Os cães eram as suas rosas e violetas; cultivava-os
com o mesmíssimo esmero. De flores gostava também; mas gostava delas nas
plantas em que nasciam: cortar um jasmim ou prender um canário parecia-lhe
idêntico atentado.
Era o Dr. Mendonça homem de seus trinta e quatro anos, bem apessoado,


[Linha 100 de 6063 - Parte 1 de 4]


maneiras francas e distintas. Tinha-se formado em medicina e tratou algum
tempo de doentes; a clínica estava já adiantada quando sobreveio uma epidemia
na capital; o Dr. Mendonça inventou um elixir contra a doença; e tão excelente
era o elixir, que o autor ganhou um bom par de contos de réis. Agora exercia a
medicina como amador. Tinha quanto bastava para si e a família. A família
compunha-se dos animais citados acima.
Na memorável noite em que se desencaminhou Miss Dollar, voltava
Mendonça para casa quando teve a ventura de encontrar a fugitiva no Rocio. A
cadelinha entrou a acompanhá-lo, e ele, notando que era animal sem dono
visível, levou-a consigo para os Cajueiros.
Apenas entrou em casa examinou cuidadosamente a cadelinha. Miss
Dollar era realmente um mimo; tinha as formas delgadas e graciosas da sua
fidalga raça; os olhos castanhos e aveludados pareciam exprimir a mais completa
felicidade deste mundo, tão alegres e serenos eram. Mendonça contemplou-a e
examinou minuciosamente. Leu o dístico do cadeado que fechava a coleira, e
convenceu-se finalmente de que a cadelinha era animal de grande estimação da
parte de quem quer que fosse dono dela.
- Se não aparecer o dono, fica comigo, disse ele entregando Miss Dollar
ao moleque encarregado dos cães.
Tratou o moleque de dar comida a Miss Dollar, enquanto Mendonça
planeava um bom futuro à nova hóspede, cuja família devia perpetuar-se na casa.
O plano de Mendonça durou o que duram os sonhos: o espaço de uma
noite. No dia seguinte, lendo os jornais, viu o anúncio transcrito acima,
6
prometendo duzentos mil-réis a quem entregasse a cadelinha fugitiva. A sua
paixão pelos cães deu-lhe a medida da dor que devia sofrer o dono ou dona de
Miss Dollar, visto que chegava a oferecer duzentos mil-réis de gratificação a
quem apresentasse a galga. Conseqüentemente resolveu restituí-la, com bastante
mágoa do coração. Chegou a hesitar por alguns instantes; mas afinal venceram os
sentimentos de probidade e compaixão, que eram o apanágio daquela alma. E,
como se lhe custasse despedir-se do animal, ainda recente na casa, dispôs-se a
levá-lo ele mesmo, e para esse fim preparou-se. Almoçou, e depois de averiguar
bem se Miss Dollar havia feito a mesma operação, saíram ambos de casa com
direção a Matacavalos.
Naquele tempo ainda o barão do Amazonas não tinha salvo a
independência das repúblicas platinas, mediante a vitória de Riachuelo, nome
com que depois a câmara municipal crismou a rua de Matacavalos. Vigorava,
portanto, o nome tradicional da rua, que não queria dizer coisa nenhuma de jeito.
A casa que tinha o número indicado no anúncio era de bonita aparência e
indicava certa abastança nos haveres de quem lá morasse. Antes mesmo que
Mendonça batesse palmas no corredor, já Miss Dollar, reconhecendo os pátrios
lares, começava a pular de contente e a soltar uns sons alegres e guturais que, se
houvesse entre os cães literatura, deviam ser um hino de ação de graças.
Veio um moleque saber quem estava; Mendonça disse que vinha restituir
a galga fugitiva. Expansão do rosto do moleque, que correu a anunciar a boa
nova. Miss Dollar, aproveitando uma fresta, precipitou-se pelas escadas acima.
Dispunha-se Mendonça a descer, pois estava cumprida a sua tarefa, quando o
moleque voltou dizendo-lhe que subisse e entrasse para a sala.
Na sala não havia ninguém. Algumas pessoas, que têm salas
elegantemente dispostas, costumam deixar tempo de serem estas admiradas pelas


[Linha 150 de 6063 - Parte 1 de 4]


visitas, antes de as virem cumprimentar. É possível que esse fosse o costume dos
donos daquela casa, mas desta vez não se cuidou em semelhante coisa, porque
mal o médico entrou pela porta do corredor surgiu de outra interior uma velha
com Miss Dollar nos braços e a alegria no rosto.
7
- Queira ter a bondade de sentar-se, disse ela designando uma cadeira a
Mendonça.
- A minha demora é pequena, disse o médico sentando-se. Vim trazer-lhe
a cadelinha que está comigo desde ontem...
- Não imagina que desassossego causou cá em casa a ausência de Miss
Dollar...
- Imagino, minha senhora; eu também sou apreciador de cães, e se me
faltasse um sentiria profundamente. A sua Miss Dollar...
- Perdão! interrompeu a velha; minha não; Miss Dollar não é minha, é de
minha sobrinha.
- Ah!...
- Ela aí vem.
Mendonça levantou-se justamente quando entrava na sala a sobrinha em
questão. Era uma moça que representava vinte e oito anos, no pleno
desenvolvimento da sua beleza, uma dessas mulheres que anunciam velhice
tardia e imponente. O vestido de seda escura dava singular realce à cor
imensamente branca da sua pele. Era roçagante o vestido, o que lhe aumentava a
majestade do porte e da estatura. O corpinho do vestido cobria-lhe todo o colo;
mas adivinhava-se por baixo da seda um belo tronco de mármore modelado por
escultor divino. Os cabelos castanhos e naturalmente ondeados estavam
penteados com essa simplicidade caseira, que é a melhor de todas as modas
conhecidas; ornavam-lhe graciosamente a fronte como uma coroa doada pela
natureza. A extrema brancura da pele não tinha o menor tom cor-de-rosa que lhe
fizesse harmonia e contraste. A boca era pequena, e tinha uma certa expressão
imperiosa. Mas a grande distinção daquele rosto, aquilo que mais prendia os
olhos, eram os olhos; imaginem duas esmeraldas nadando em leite.
Mendonça nunca vira olhos verdes em toda a sua vida; disseram-lhe que
existiam olhos verdes, ele sabia de cor uns versos célebres de Gonçalves Dias;
mas até então os olhos verdes eram para ele a mesma coisa que a fênix dos
antigos. Um dia, conversando com uns amigos a propósito disto, afirmava que se
8
alguma vez encontrasse um par de olhos verdes fugiria deles com terror.
- Por quê? perguntou-lhe um dos circunstantes admirado.
- A cor verde é a cor do mar, respondeu Mendonça; evito as tempestades
de um; evitarei as tempestades dos outros.
Eu deixo ao critério do leitor esta singularidade de Mendonça, que de
mais a mais é preciosa, no sentido de Molière.
III
Mendonça cumprimentou respeitosamente a recém-chegada, e esta, com
um gesto, convidou-o a sentar-se outra vez.
- Agradeço-lhe infinitamente o ter-me restituído este pobre animal, que
me merece grande estima, disse Margarida sentando-se.
- E eu dou graças a Deus por tê-lo achado; podia ter caído em mãos que o
não restituíssem.
Margarida fez um gesto a Miss Dollar, e a cadelinha, saltando do regaço


[Linha 200 de 6063 - Parte 1 de 4]


da velha, foi ter com Margarida; levantou as patas dianteiras e pôs-lhas sobre os
joelhos; Margarida e Miss Dollar trocaram um longo olhar de afeto. Durante esse
tempo uma das mãos da moça brincava com uma das orelhas da galga, e dava
assim lugar a que Mendonça admirasse os seus belíssimos dedos armados com
unhas agudíssimas.
Mas, conquanto Mendonça tivesse sumo prazer em estar ali, reparou que
era esquisita e humilhante a sua demora. Pareceria estar esperando a gratificação.
Para escapar a essa interpretação desairosa, sacrificou o prazer da conversa e a
contemplação da moça; levantou-se dizendo:
- A minha missão está cumprida...
- Mas... interrompeu a velha.
Mendonça compreendeu a ameaça da interrupção da velha.
- A alegria, disse ele, que restituí a esta casa é a maior recompensa que
eu podia ambicionar. Agora peço-lhes licença...
9
As duas senhoras compreenderam a intenção de Mendonça; a moça
pagou-lhe a cortesia com um sorriso; e a velha, reunindo no pulso quantas forças
ainda lhe restavam pelo corpo todo, apertou com amizade a mão do rapaz.
Mendonça saiu impressionado pela interessante Margarida. Notava-lhe
principalmente, além da beleza, que era de primeira água, certa severidade triste
no olhar e nos modos. Se aquilo era caráter da moça, dava-se bem com a índole
do médico; se era resultado de algum episódio da vida, era uma página do
romance que devia ser decifrada por olhos hábeis. A falar verdade, o único
defeito que Mendonça lhe achou foi a cor dos olhos, não porque a cor fosse feia,
mas porque ele tinha prevenção contra os olhos verdes. A prevenção, cumpre
dizê-lo, era mais literária que outra coisa; Mendonça apegava-se à frase que uma
vez proferira, e foi acima citada, e a frase é que lhe produziu a prevenção. Não
mo acusem de chofre; Mendonça era homem inteligente, instruído e dotado de
bom senso; tinha, além disso, grande tendência para as afeições românticas; mas
apesar disso lá tinha calcanhar o nosso Aquiles. Era homem como os outros;
outros Aquiles andam por aí que são da cabeça aos pés um imenso calcanhar. O
ponto vulnerável de Mendonça era esse; o amor de uma frase era capaz de
violentar-lhe afetos; sacrificava uma situação a um período arredondado.
Referindo a um amigo o episódio da galga e a entrevista com Margarida,
Mendonça disse que poderia vir a gostar dela se não tivesse olhos verdes. O
amigo riu com certo ar de sarcasmo.
- Mas, doutor, disse-lhe ele, não compreendo essa prevenção; eu ouço até
dizer que os olhos verdes são de ordinário núncios de boa alma. Além de que, a
cor dos olhos não vale nada, a questão é a expressão deles. Podem ser azuis como
o céu e pérfidos como o mar.
A observação deste amigo anônimo tinha a vantagem de ser tão poética
como a de Mendonça. Por isso abalou profundamente o ânimo do médico. Não
ficou este como o asno de Buridan entre a selha d’água e a quarta de cevada; o
asno hesitaria, Mendonça não hesitou. Acudiu-lhe de pronto a lição do casuísta
Sanchez, e das duas opiniões tomou a que lhe pareceu provável.
10
Algum leitor grave achará pueril esta circunstância dos olhos verdes e
esta controvérsia sobre a qualidade provável deles. Provará com isso que tem
pouca prática do mundo. Os almanachs pitorescos citam até à saciedade mil
excentricidades e senões dos grandes varões que a humanidade admira, já por


[Linha 250 de 6063 - Parte 1 de 4]


instruídos nas letras, já por valentes nas armas; e nem por isso deixamos de
admirar esses mesmos varões. Não queira o leitor abrir uma exceção só para
encaixar nela o nosso doutor. Aceitemo-lo com os seus ridículos; quem os não
tem? O ridículo é uma espécie de lastro da alma quando ela entra no mar da vida;
algumas fazem toda a navegação sem outra espécie de carregamento.
Para compensar essas fraquezas, já disse que Mendonça tinha qualidades
não vulgares. Adotando a opinião que lhe pareceu mais provável, que foi a do
amigo, Mendonça disse consigo que nas mãos de Margarida estava talvez a
chave do seu futuro. Ideou nesse sentido um plano de felicidade; uma casa num
ermo, olhando para o mar do lado do ocidente, a fim de poder assistir ao
espetáculo do pôr-do-sol. Margarida e ele, unidos pelo amor e pela Igreja,
beberiam ali, gota a gota, a taça inteira da celeste felicidade. O sonho de
Mendonça continha outras particularidades que seria ocioso mencionar aqui.
Mendonça pensou nisto alguns dias; chegou a passar algumas vezes por
Matacavalos; mas tão infeliz que nunca viu Margarida nem a tia; afinal desistiu
da empresa e voltou aos cães.
A coleção de cães era uma verdadeira galeria de homens ilustres. O mais
estimado deles chamava-se Diógenes; havia um galgo que acudia ao nome de
César; um cão d’água que se chamava Nelson; Cornélia chamava-se uma
cadelinha rateira, e Calígula um enorme cão de fila, vera efígie do grande
monstro que a sociedade romana produziu. Quando se achava entre toda essa
gente, ilustre por diferentes títulos, dizia Mendonça que entrava na história; era
assim que se esquecia do resto do mundo.
11
IV
Achava-se Mendonça uma vez à porta do Carceller, onde acabava de
tomar sorvete em companhia de um indivíduo, amigo dele, quando viu passar um
carro, e dentro do carro duas senhoras que lhe pareceram as senhoras de
Matacavalos. Mendonça fez um movimento de espanto que não escapou ao
amigo.
- Que foi? perguntou-lhe este.
- Nada; pareceu-me conhecer aquelas senhoras. Viste-as, Andrade?
- Não.
O carro entrara na rua do Ouvidor; os dois subiram pela mesma rua.
Logo acima da rua da Quitanda, parara o carro à porta de uma loja, e as senhoras
apearam-se e entraram. Mendonça não as viu sair; mas viu o carro e suspeitou
que fosse o mesmo. Apressou o passo sem dizer nada a Andrade, que fez o
mesmo, movido por essa natural curiosidade que sente um homem quando
percebe algum segredo oculto.
Poucos instantes depois estavam à porta da loja; Mendonça verificou que
eram as duas senhoras de Matacavalos. Entrou afoito, com ar de quem ia comprar
alguma coisa, e aproximou-se das senhoras. A primeira que o conheceu foi a tia.
Mendonça cumprimentou-as respeitosamente. Elas receberam o cumprimento
com afabilidade. Ao pé de Margarida estava Miss Dollar, que, por esse admirável
faro que a natureza concedeu aos cães e aos cortesãos da fortuna, deu dois
enormes saltos de alegria apenas viu Mendonça, chegando a tocar-lhe o
estômago com as patas dianteiras.
- Parece que Miss Dollar ficou com boas recordações suas, disse D.
Antônia (assim se chamava a tia de Margarida).
- Creio que sim, respondeu Mendonça brincando com a galga e olhando


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para Margarida.
Justamente nesse momento entrou Andrade.
- Só agora as reconheci, disse ele dirigindo-se às senhoras.
12
Andrade apertou a mão das duas senhoras, ou antes apertou a mão de
Antônia e os dedos de Margarida.
Mendonça não contava com este incidente, e alegrou-se com ele por ter à
mão o meio de tornar íntimas as relações superficiais que tinha com a família.
- Seria bom, disse ele a Andrade, que me apresentasses a estas senhoras.
- Pois não as conheces? perguntou Andrade estupefato.
- Conhece-nos sem nos conhecer, respondeu sorrindo a velha tia; por ora
quem o apresentou foi Miss Dollar.
Antônia referiu a Andrade a perda e o achado da cadelinha.
- Pois, nesse caso, respondeu Andrade, apresento-o já.
Feita a apresentação oficial, o caixeiro trouxe a Margarida os objetos que
ela havia comprado, e as duas senhoras despediram-se dos rapazes pedindo-lhes
que as fossem ver.
Não citei nenhuma palavra de Margarida no diálogo acima transcrito,
porque, a falar verdade, a moça só proferiu duas palavras a cada um dos rapazes.
- Passe bem, disse-lhes ela dando as pontas dos dedos e saindo para
entrar no carro.
Ficando sós, saíram também os dois rapazes e seguiram pela rua do
Ouvidor acima, ambos calados. Mendonça pensava em Margarida; Andrade
pensava nos meios de entrar na confidência de Mendonça. A vaidade tem mil
formas de manifestar-se, como o fabuloso Proteu. A vaidade de Andrade era ser
confidente dos outros; parecia-lhe assim obter da confiança aquilo que só
alcançava da indiscrição. Não lhe foi difícil apanhar o segredo de Mendonça;
antes de chegar à esquina da rua dos Ourives já Andrade sabia de tudo.
- Compreende agora, disse Mendonça, que eu preciso ir à casa dela;
tenho necessidade de vê-la; quero ver se consigo...
Mendonça estacou.
- Acaba! disse Andrade; se consegues ser amado. Por que não? Mas
desde já te digo que não será fácil.
- Por quê?
13
- Margarida tem rejeitado cinco casamentos.
- Naturalmente não amava os pretendentes, disse Mendonça com o ar de
um geômetra que acha uma solução.
- Amava apaixonadamente o primeiro, respondeu Andrade, e não era
indiferente ao último.
- Houve naturalmente intriga.
- Também não. Admiras-te? É o que me acontece. É uma rapariga
esquisita. Se te achas com força de ser o Colombo daquele mundo, lança-te ao
mar com a armada; mas toma cuidado com a revolta das paixões, que são os
ferozes marujos destas navegações de descoberta.
Entusiasmado com esta alusão, histórica debaixo da forma de alegoria,
Andrade olhou para Mendonça, que, desta vez entregue ao pensamento da moça,
não atendeu à frase do amigo. Andrade contentou-se com o seu próprio sufrágio,
e sorriu com o mesmo ar de satisfação que deve ter um poeta quando escreve o
último verso de um poema.


[Linha 350 de 6063 - Parte 1 de 4]


V
Dias depois, Andrade e Mendonça foram à casa de Margarida, e lá
passaram meia hora em conversa cerimoniosa. As visitas repetiram-se; eram
porém mais freqüentes da parte de Mendonça que de Andrade. D. Antônia
mostrou-se mais familiar que Margarida; só depois de algum tempo Margarida
desceu do Olimpo do silêncio em que habitualmente se encerrara.
Era difícil deixar de o fazer. Mendonça, conquanto não fosse dado à
convivência das salas, era um cavalheiro próprio para entreter duas senhoras que
pareciam mortalmente aborrecidas. O médico sabia piano e tocava
agradavelmente; a sua conversa era animada; sabia esses mil nadas que entretêm
geralmente as senhoras quando elas não gostam ou não podem entrar no terreno
elevado da arte, da história e da filosofia. Não foi difícil ao rapaz estabelecer
intimidade com a família.
14
Posteriormente às primeiras visitas, soube Mendonça, por via de
Andrade, que Margarida era viúva. Mendonça não reprimiu o gesto de espanto.
- Mas tu falaste de um modo que parecias tratar de uma solteira, disse ele
ao amigo.
- É verdade que não me expliquei bem; os casamentos recusados foram
todos propostos depois da viuvez.
- Há que tempo está viúva?
- Há três anos.
- Tudo se explica, disse Mendonça depois de algum silêncio; quer ficar
fiel à sepultura; é uma Artemisa do século.
Andrade era céptico a respeito de Artemisas; sorriu à observação do
amigo, e, como este insistisse, replicou:
- Mas se eu já te disse que ela amava apaixonadamente o primeiro
pretendente e não era indiferente ao último.
- Então, não compreendo.
- Nem eu.
Mendonça desde esse momento tratou de cortejar assiduamente a viúva;
Margarida recebeu os primeiros olhares de Mendonça com um ar de tão supremo
desdém, que o rapaz esteve quase a abandonar a empresa; mas, a viúva, ao
mesmo tempo que parecia recusar amor, não lhe recusava estima, e tratava-o com
a maior meiguice deste mundo sempre que ele a olhava como toda a gente.
Amor repelido é amor multiplicado. Cada repulsa de Margarida
aumentava a paixão de Mendonça. Nem já lhe mereciam atenção o feroz
Calígula, nem o elegante Júlio César. Os dois escravos de Mendonça começaram
a notar a profunda diferença que havia entre os hábitos de hoje e os de outro
tempo. Supuseram logo que alguma coisa o preocupava. Convenceram-se disso
quando Mendonça, entrando uma vez em casa, deu com a ponta do botim no
focinho de Cornélia, na ocasião em que esta interessante cadelinha, mãe de dois
Gracos rateiros, festejava a chegada do doutor.
Andrade não foi insensível aos sofrimentos do amigo e procurou
15
consolá-lo. Toda a consolação nestes casos é tão desejada quanto inútil;
Mendonça ouvia as palavras de Andrade e confiava-lhe todas as suas penas.
Andrade lembrou a Mendonça um excelente meio de fazer cessar a paixão: era
ausentar-se da casa. A isto respondeu Mendonça citando La Rochefoucauld:
“A ausência diminui as paixões medíocres e aumenta as grandes, como o


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vento apaga as velas a atiça as fogueiras.”
A citação teve o mérito de tapar a boca de Andrade, que acreditava tanto
na constância como nas Artemisas, mas que não queria contrariar a autoridade do
moralista, nem a resolução de Mendonça.
VI
Correram assim três meses. A corte de Mendonça não adiantava um
passo; mas a viúva nunca deixou de ser amável com ele. Era isto o que
principalmente retinha o médico aos pés da insensível viúva; não o abandonava a
esperança de vencê-la.
Algum leitor conspícuo desejaria antes que Mendonça não fosse tão
assíduo na casa de uma senhora exposta às calúnias do mundo. Pensou nisso o
médico e consolou a consciência com a presença de um indivíduo, até aqui não
nomeado por motivo de sua nulidade, e que era nada menos que o filho da Sra.
D. Antônia e a menina dos seus olhos. Chamava-se Jorge esse rapaz, que gastava
duzentos mil-réis por mês, sem os ganhar, graças à longanimidade da mãe.
Freqüentava as casas dos cabeleireiros, onde gastava mais tempo que uma
Romana da decadência às mãos das suas servas latinas. Não perdia representação
de importância no Alcazar; montava bons cavalos, e enriquecia com despesas
extraordinárias as algibeiras de algumas damas célebres e de vários parasitas
obscuros. Calçava luvas da letra E e botas nº 36, duas qualidades que lançava à
cara de todos os seus amigos que não desciam do nº 40 e da letra H. A presença
deste gentil pimpolho, achava Mendonça que salvava a situação. Mendonça
queria dar esta satisfação ao mundo, isto é, à opinião dos ociosos da cidade. Mas
16
bastaria isso para tapar a boca aos ociosos?
Margarida parecia indiferente às interpretações do mundo como à
assiduidade do rapaz. Seria ela tão indiferente a tudo mais neste mundo? Não;
amava a mãe, tinha um capricho por Miss Dollar, gostava da boa música, e lia
romances. Vestia-se bem, sem ser rigorista em matéria de moda; não valsava;
quando muito dançava alguma quadrilha nos saraus a que era convidada. Não
falava muito, mas exprimia-se bem. Tinha o gesto gracioso e animado, mas sem
pretensão nem faceirice.
Quando Mendonça aparecia lá, Margarida recebia-o com visível
contentamento. O médico iludia-se sempre, apesar de já acostumado a essas
manifestações. Com efeito, Margarida gostava imenso da presença do rapaz, mas
não parecia dar-lhe uma importância que lisonjeasse o coração dele. Gostava de o
ver como se gosta de ver um dia bonito, sem morrer de amores pelo sol.
Não era possível sofrer por muito tempo a posição em que se achava o
médico. Uma noite, por um esforço de que antes disso se não julgaria capaz,
Mendonça dirigiu a Margarida esta pergunta indiscreta:
- Foi feliz com seu marido?
Margarida franziu a testa com espanto e cravou os olhos nos do médico,
que pareciam continuar mudamente a pergunta.
- Fui, disse ela no fim de alguns instantes.
Mendonça não disse palavra; não contava com aquela resposta. Confiava
demais na intimidade que reinava entre ambos; e queria descobrir por algum
modo a causa da insensibilidade da viúva. Falhou o cálculo; Margarida tornou-se
séria durante algum tempo; a chegada de D. Antônia salvou uma situação
esquerda para Mendonça. Pouco depois Margarida voltava às boas, e a conversa
tornou-se animada e íntima como sempre. A chegada de Jorge levou a animação


[Linha 450 de 6063 - Parte 1 de 4]


da conversa a proporções maiores; D. Antônia, com olhos e ouvidos de mãe,
achava que o filho era o rapaz mais engraçado deste mundo; mas a verdade é que
não havia em toda a cristandade espírito mais frívolo. A mãe ria-se de tudo
quanto o filho dizia; o filho enchia, só ele, a conversa, referindo anedotas e
17
reproduzindo ditos e sestros do Alcazar. Mendonça via todas essas feições do
rapaz, e aturava-o com resignação evangélica.
A entrada de Jorge, animando a conversa, acelerou as horas; às dez
retirou-se o médico, acompanhado pelo filho de D. Antônia, que ia cear.
Mendonça recusou o convite que Jorge lhe fez, e despediu-se dele na rua do
Conde, esquina da do Lavradio.
Nessa mesma noite resolveu Mendonça dar um golpe decisivo; resolveu
escrever uma carta a Margarida. Era temerário para quem conhecesse o caráter da
viúva; mas, com os precedentes já mencionados, era loucura. Entretanto, não
hesitou o médico em empregar a carta, confiando que no papel diria as coisas de
muito melhor maneira que de boca. A carta foi escrita com febril impaciência; no
dia seguinte, logo depois de almoçar, Mendonça meteu a carta dentro de um
volume de George Sand, mandou-o pelo moleque a Margarida.
A viúva rompeu a capa de papel que embrulhava o volume, e pôs o livro
sobre a mesa da sala; meia hora depois voltou e pegou no livro para ler. Apenas o
abriu, caiu-lhe a carta aos pés. Abriu-a e leu o seguinte:
“Qualquer que seja a causa da sua esquivança, respeito-a, não me insurjo
contra ela. Mas, se não me é dado insurgir-me, não me será lícito queixar-me? Há
de ter compreendido o meu amor, do mesmo modo que tenho compreendido a
sua indiferença; mas, por maior que seja essa indiferença, está longe de ombrear
com o amor profundo e imperioso que se apossou de meu coração quando eu
mais longe me cuidava destas paixões dos primeiros anos. Não lhe contarei as
insônias e as lágrimas, as esperanças e os desencantos, páginas tristes deste livro
que o destino põe nas mãos do homem para que duas almas o leiam. É-lhe
indiferente isso.
“Não ouso interrogá-la sobre a esquivança que tem mostrado em relação
a mim; mas por que motivo se estende essa esquivança a tantos mais? Na idade
das paixões férvidas, ornada pelo céu com uma beleza rara, por que motivo quer
esconder-se ao mundo e defraudar a natureza e o coração de seus incontestáveis
direitos? Perdoe-me a audácia da pergunta; acho-me diante de um enigma que o
18
meu coração desejaria decifrar. Penso às vezes que alguma grande dor a
atormenta, e quisera ser o médico do seu coração; ambicionava, confesso,
restaurar-lhe alguma ilusão perdida. Parece que não há ofensa nesta ambição.
“Se, porém, essa esquivança denota simplesmente um sentimento de
orgulho legítimo, perdoe-me se ousei escrever-lhe quando seus olhos
expressamente mo proibiram. Rasgue a carta que não pode valer-lhe uma
recordação, nem representar uma arma.”
A carta era toda de reflexão; a frase fria e medida não exprimia o fogo do
sentimento. Não terá, porém, escapado ao leitor a sinceridade e a simplicidade
com que Mendonça pedia uma explicação que Margarida provavelmente não
podia dar.
Quando Mendonça disse a Andrade haver escrito a Margarida, o amigo
do médico entrou a rir despregadamente.
- Fiz mal? perguntou Mendonça.


[Linha 500 de 6063 - Parte 1 de 4]


- Estragaste tudo. Os outros pretendentes começaram também por carta;
foi justamente a certidão de óbito do amor.
- Paciência, se acontecer o mesmo, disse Mendonça levantando os
ombros com aparente indiferença; mas eu desejava que não estivesses sempre a
falar nos pretendentes; eu não sou pretendente no sentido desses.
- Não querias casar com ela?
- Sem dúvida, se fosse possível, respondeu Mendonça.
- Pois era justamente o que os outros queriam; casar-te-ias e entrarias na
mansa posse dos bens que lhe couberam em partilha e que sobem a muito mais
de cem contos. Meu rico, se falo em pretendentes não é por te ofender, porque
um dos quatro pretendentes despedidos fui eu.
- Tu?
- É verdade; mas descansa, não fui o primeiro, nem ao menos o último.
- Escreveste?
- Como os outros; como eles, não obtive resposta; isto é, obtive uma:
devolveu-me a carta. Portanto, já que lhe escreveste, espera o resto; verás se o
19
que te digo é ou não exato. Estás perdido, Mendonça; fizeste muito mal.
Andrade tinha esta feição característica de não omitir nenhuma das cores
sombrias de uma situação, com o pretexto de que aos amigos se deve a verdade.
Desenhado o quadro, despediu-se de Mendonça, e foi adiante.
Mendonça foi para casa, onde passou a noite em claro.
VII
Enganara-se Andrade; a viúva respondeu à carta do médico. A carta dela
limitou-se a isto:
“Perdôo-lhe tudo; não lhe perdoarei se me escrever outra vez. A minha
esquivança não tem nenhuma causa; é questão de temperamento”.
O sentido da carta era ainda mais lacônico do que a expressão.
Mendonça leu-a muitas vezes, a ver se a completava; mas foi trabalho perdido.
Uma coisa concluiu ele logo; era que havia coisa oculta que arredava Margarida
do casamento; depois concluiu outra, era que Margarida ainda lhe perdoaria
segunda carta se lha escrevesse.
A primeira vez que Mendonça foi a Matacavalos achou-se embaraçado
sobre a maneira por que falaria a Margarida; a viúva tirou-o do embaraço,
tratando-o como se nada houvesse entre ambos. Mendonça não teve ocasião de
aludir às cartas por causa da presença de D. Antônia, mas estimou isso mesmo,
porque não sabia o que lhe diria caso viessem a ficar sós os dois.
Dias depois, Mendonça escreveu segunda carta à viúva e mandou-lha
pelo mesmo canal da outra. A carta foi-lhe devolvida sem resposta. Mendonça
arrependeu-se de ter abusado da ordem da moça, e resolveu, uma vez por todas,
não voltar à casa de Matacavalos. Nem tinha ânimo de lá aparecer, nem julgava
conveniente estar junto de uma pessoa a quem amava sem esperança.
Ao cabo de um mês não tinha perdido uma partícula sequer do
sentimento que nutria pela viúva. Amava-a com o mesmíssimo ardor. A
ausência, como ele pensara, aumentou-lhe o amor, como o vento ateia um
20
incêndio. Debalde lia ou buscava distrair-se na vida agitada do Rio de Janeiro;
entrou a escrever um estudo sobre a teoria do ouvido, mas a pena escapava-se-lhe
para o coração, e saiu o escrito com uma mistura de nervos e sentimentos. Estava
então na sua maior nomeada o romance de Pelletan sobre a vida de Jesus;


[Linha 550 de 6063 - Parte 1 de 4]


Mendonça encheu o gabinete com todos os folhetos publicados de parte a parte, e
entrou a estudar profundamente o misterioso drama da Judéia. Fez quanto pôde
para absorver o espírito e esquecer a esquiva Margarida; era-lhe impossível.
Um dia de manhã apareceu-lhe em casa o filho de D. Antônia; traziamno
dois motivos: perguntar-lhe por que não ia a Matacavalos, e mostrar-lhe umas
calças novas. Mendonça aprovou as calças, e desculpou como pôde a ausência,
dizendo que andava atarefado. Jorge não era alma que compreendesse a verdade
escondida por baixo de uma palavra indiferente; vendo Mendonça mergulhado
no meio de uma chusma de livros e folhetos, perguntou-lhe se estava estudando
para ser deputado. Jorge cuidava que se estudava para ser deputado!
- Não, respondeu Mendonça.
- É verdade que a prima também lá anda com livros, e não creio que
pretende ir à câmara.
- Ah! sua prima?
- Não imagina; não faz outra coisa. Fecha-se no quarto, e passa os dias
inteiros a ler.
Informado por Jorge, Mendonça supôs que Margarida era nada menos
que uma mulher de letras, alguma modesta poetisa, que esquecia o amor dos
homens nos braços das musas. A suposição era gratuita e filha mesmo de um
espírito cego pelo amor como o de Mendonça. Há várias razões para ler muito
sem ter comércio com as musas.
- Note que a prima nunca leu tanto; agora é que lhe deu para isso, disse
Jorge tirando da charuteira um magnífico havana do valor de três tostões, e
oferecendo outro a Mendonça. Fume isto, continuou ele, fume e diga-me se há
ninguém como o Bernardo para ter charutos bons.
Gastos os charutos, Jorge despediu-se do médico, levando a promessa de
21
que este iria à casa de D. Antônia o mais cedo que pudesse.
No fim de quinze dias Mendonça voltou a Matacavalos.
Encontrou na sala Andrade e D. Antônia, que o receberam com aleluias.
Mendonça parecia com efeito ressurgir de um túmulo; tinha emagrecido e
empalidecido. A melancolia dava-lhe ao rosto maior expressão de abatimento.
Alegou trabalhos extraordinários, e entrou a conversar alegremente como dantes.
Mas essa alegria, como se compreende, era toda forçada. No fim de um quarto de
hora a tristeza apossou-se-lhe outra vez do rosto. Durante esse tempo, Margarida
não apareceu na sala; Mendonça, que até então não perguntara por ela, não sei
por que razão, vendo que ela não aparecia, perguntou se estava doente. D.
Antônia respondeu-lhe que Margarida estava um pouco incomodada.
O incômodo de Margarida durou uns três dias; era uma simples dor de
cabeça, que o primo atribuiu à aturada leitura.
No fim de alguns dias mais, D. Antônia foi surpreendida com uma
lembrança de Margarida; a viúva queria ir viver na roça algum tempo.
- Aborrece-te a cidade? perguntou a boa velha.
- Alguma coisa, respondeu Margarida; queria ir viver uns dois meses na
roça.
D. Antônia não podia recusar nada à sobrinha; concordou em ir para a
roça; e começaram os preparativos. Mendonça soube da mudança no Rocio,
andando a passear de noite; disse-lho Jorge na ocasião de ir para o Alcazar. Para
o rapaz era uma fortuna aquela mudança, porque suprimia-lhe a única obrigação
que ainda tinha neste mundo, que era a de ir jantar com a mãe.


[Linha 600 de 6063 - Parte 1 de 4]


Não achou Mendonça nada que admirar na resolução; as resoluções de
Margarida começavam a parecer-lhe simplicidades.
Quando voltou para casa encontrou um bilhete de D. Antônia concebido
nestes termos:
“Temos de ir para fora alguns meses; espero que não nos deixe sem
despedir-se de nós. A partida é sábado; e eu quero incumbi-lo de uma coisa.”
Mendonça tomou chá, e dispôs-se a dormir. Não pôde. Quis ler; estava
22
incapaz disso. Era cedo; saiu. Insensivelmente dirigiu os passos para
Matacavalos. A casa de D. Antônia estava fechada e silenciosa; evidentemente
estavam já dormindo. Mendonça passou adiante, e parou junto da grade do
jardim adjacente à casa. De fora podia ver a janela do quarto de Margarida,
pouco elevada, e dando para o jardim. Havia luz dentro; naturalmente Margarida
estava acordada. Mendonça deu mais alguns passos; a porta do jardim estava
aberta. Mendonça sentiu pulsar-lhe o coração com força desconhecida. Surgiulhe
no espírito uma suspeita. Não há coração confiante que não tenha
desfalecimentos destes; além de que, seria errada a suspeita? Mendonça,
entretanto, não tinha nenhum direito à viúva; fora repelido categoricamente. Se
havia algum dever da parte dele, era a retirada e o silêncio.
Mendonça quis conservar-se no limite que lhe estava marcado; a porta
aberta do jardim podia ser esquecimento da parte dos fâmulos. O médico refletiu
bem que aquilo tudo era fortuito, e fazendo um esforço afastou-se do lugar.
Adiante parou e refletiu; havia um demônio que o impelia por aquela porta
dentro. Mendonça voltou, e entrou com precaução.
Apenas dera alguns passos surgiu-lhe em frente Miss Dollar latindo;
parece que a galga saíra de casa sem ser pressentida; Mendonça amimou-a e a
cadelinha parece que reconheceu o médico, porque trocou os latidos em festas.
Na parede do quarto de Margarida desenhou-se uma sombra de mulher; era a
viúva que chegava à janela para ver a causa do ruído. Mendonça coseu-se como
pôde com uns arbustos que ficavam junto da grade; não vendo ninguém,
Margarida voltou para dentro.
Passados alguns minutos, Mendonça saiu do lugar em que se achava e
dirigiu-se para o lado da janela da viúva. Acompanhava-o Miss Dollar. Do
jardim não podia olhar, ainda que fosse mais alto, para o aposento da moça. A
cadelinha apenas chegou àquele ponto, subiu ligeira uma escada de pedra que
comunicava o jardim com a casa; a porta do quarto de Margarida ficava
justamente no corredor que se seguia à escada; a porta estava aberta. O rapaz
imitou a cadelinha; subiu os seis degraus de pedra vagarosamente; quando pôs o
23
pé no último ouviu Miss Dollar pulando no quarto e vindo latir à porta, como que
avisando a Margarida de que se aproximava um estranho.
Mendonça deu mais um passo. Mas nesse momento atravessou o jardim
um escravo que acudia ao latido da cadelinha; o escravo examinou o jardim, e
não vendo ninguém retirou-se. Margarida foi à janela e perguntou o que era; o
escravo explicou-lho e tranqüilizou-a dizendo que não havia ninguém.
Justamente quando ela saía da janela aparecia à porta a figura de
Mendonça. Margarida estremeceu por um abalo nervoso; ficou mais pálida do
que era; depois concentrando nos olhos toda a soma de indignação que pode
conter um coração, perguntou-lhe com voz trêmula:
- Que quer aqui?


[Linha 650 de 6063 - Parte 1 de 4]


Foi nesse momento, e só então, que Mendonça reconheceu toda a
baixeza de seu procedimento, ou para falar mais acertadamente, toda a
alucinação do seu espírito. Pareceu-lhe ver em Margarida a figura da sua
consciência, a exprobrar-lhe tamanha indignidade. O pobre rapaz não procurou
desculpar-se; sua resposta foi singela e verdadeira.
- Sei que cometi um ato infame, disse ele; não tinha razão para isso;
estava louco; agora conheço a extensão do mal. Não lhe peço que me desculpe,
D. Margarida; não mereço perdão; mereço desprezo; adeus!
- Compreendo, senhor, disse Margarida; quer obrigar-me pela força do
descrédito quando me não pode obrigar pelo coração. Não é de cavalheiro.
- Oh! isso... juro-lhe que não foi tal o meu pensamento...
Margarida caiu numa cadeira parecendo chorar. Mendonça deu um passo
para entrar, visto que até então não saíra da porta; Margarida levantou os olhos
cobertos de lágrimas, e com um gesto imperioso mostrou-lhe que saísse.
Mendonça obedeceu; nem um nem outro dormiram nessa noite. Ambos
curvavam-se ao peso da vergonha: mas, por honra de Mendonça, a dele era maior
que a dela; e a dor de uma não ombreava com o remorso de outro.
24
VIII
No dia seguinte estava Mendonça em casa fumando charutos sobre
charutos, recurso das grandes ocasiões, quando parou à porta dele um carro,
apeando-se pouco depois a mãe de Jorge. A visita pareceu de mau agouro ao
médico. Mas apenas a velha entrou, dissipou-lhe o receio.
- Creio, disse D. Antônia, que a minha idade permite visitar um homem
solteiro.
Mendonça procurou sorrir ouvindo este gracejo; mas não pôde.
Convidou a boa senhora a sentar-se, e sentou-se ele também esperando que ela
lhe explicasse a causa da visita.
- Escrevi-lhe ontem, disse ela, para que fosse ver-me hoje; preferi vir cá,
receando que por qualquer motivo não fosse a Matacavalos.
- Queria então incumbir-me?
- De coisa nenhuma, respondeu a velha sorrindo; incumbir disse-lhe eu,
como diria qualquer outra coisa indiferente; quero informá-lo.
- Ah! de quê?
- Sabe quem ficou hoje de cama?
- D. Margarida?
- É verdade; amanheceu um pouco doente; diz que passou a noite mal.
Eu creio que sei a razão, acrescentou D. Antônia rindo maliciosamente para
Mendonça.
- Qual será então a razão? perguntou o médico.
- Pois não percebe?
- Não.
- Margarida ama-o.
Mendonça levantou-se da cadeira como por uma mola. A declaração da
tia da viúva era tão inesperada que o rapaz cuidou de estar sonhando.
- Ama-o, repetiu D. Antônia.
- Não creio, respondeu Mendonça depois de algum silêncio; há de ser
25
engano seu.
- Engano! disse a velha.


[Linha 700 de 6063 - Parte 1 de 4]


D. Antônia contou a Mendonça que, curiosa por saber a causa das
vigílias de Margarida, descobrira no quarto dela um diário de impressões, escrito
por ela, à imitação de não sei quantas heroínas de romances; aí lera a verdade que
lhe acabava de dizer.
- Mas se me ama, observou Mendonça sentindo entrar-lhe n’alma um
mundo de esperanças, se me ama, por que recusa o meu coração?
- O diário explica isso mesmo; eu lhe digo. Margarida foi infeliz no
casamento; o marido teve unicamente em vista gozar da riqueza dela; Margarida
adquiriu a certeza de que nunca será amada por si, mas pelos cabedais que
possui; atribui o seu amor à cobiça. Está convencido?
Mendonça começou a protestar.
- É inútil, disse D. Antônia, eu creio na sinceridade do seu afeto; já de há
muito percebi isso mesmo; mas como convencer um coração desconfiado?
- Não sei.
- Nem eu, disse a velha; mas para isso é que eu vim cá; peço-lhe que veja
se pode fazer com que a minha Margarida torne a ser feliz, se lhe influi a crença
no amor que lhe tem.
- Acho que é impossível...
Mendonça lembrou-se de contar a D. Antônia a cena da véspera; mas
arrependeu-se a tempo.
D. Antônia saiu pouco depois.
A situação de Mendonça, ao passo que se tornara mais clara, estava mais
difícil que dantes. Era possível tentar alguma coisa antes da cena do quarto; mas
depois, achava Mendonça impossível conseguir nada.
A doença de Margarida durou dois dias, no fim dos quais levantou-se a
viúva um pouco abatida, e a primeira coisa que fez foi escrever a Mendonça
pedindo-lhe que fosse lá à casa.
Mendonça admirou-se bastante do convite, e obedeceu de pronto.
26
- Depois do que se deu há três dias, disse-lhe Margarida, compreende o
senhor que eu não posso ficar debaixo da ação da maledicência... Diz que me
ama; pois bem, o nosso casamento é inevitável.
Inevitável! amargou esta palavra ao médico, que aliás não podia recusar
uma reparação. Lembrava-se ao mesmo tempo que era amado; e conquanto a
idéia lhe sorrisse ao espírito, outra vinha dissipar esse instantâneo prazer, e era a
suspeita que Margarida nutria a seu respeito.
- Estou às suas ordens, respondeu ele.
Admirou-se D. Antônia da presteza do casamento quando Margarida lho
anunciou nesse mesmo dia. Supôs que fosse milagre do rapaz. Pelo tempo
adiante reparou que os noivos tinham cara mais de enterro que de casamento.
Interrogou a sobrinha a esse respeito; obteve uma resposta evasiva.
Foi modesta e reservada a cerimônia do casamento. Andrade serviu de
padrinho, D. Antônia de madrinha; Jorge falou no Alcazar a um padre, seu
amigo, para celebrar o ato.
D. Antônia quis que os noivos ficassem residindo em casa com ela.
Quando Mendonça se achou a sós com Margarida, disse-lhe:
- Casei-me para salvar-lhe a reputação; não quero obrigar pela fatalidade
das coisas um coração que me não pertence. Ter-me-á por seu amigo; até
amanhã.
Saiu Mendonça depois deste speech, deixando Margarida suspensa entre


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o conceito que fazia dele e a impressão das suas palavras agora.
Não havia posição mais singular do que a destes noivos separados por
uma quimera. O mais belo dia da vida tornava-se para eles um dia de desgraça e
de solidão; a formalidade do casamento foi simplesmente o prelúdio do mais
completo divórcio. Menos ceticismo da parte de Margarida, mais cavalheirismo
da parte do rapaz teriam poupado o desenlace sombrio da comédia do coração.
Vale mais imaginar que descrever as torturas daquela primeira noite de noivado.
Mas aquilo que o espírito do homem não vence, há de vencê-lo o tempo,
a quem cabe final razão. O tempo convenceu Margarida de que a sua suspeita era
27
gratuita; e, coincidindo com ele o coração, veio a tornar-se efetivo o casamento
apenas celebrado.
Andrade ignorou estas coisas; cada vez que encontrava Mendonça
chamava-lhe Colombo do amor; tinha Andrade a mania de todo o sujeito a quem
as idéias ocorrem trimestralmente; apenas pilhada alguma de jeito repetia-a até a
saciedade.
Os dois esposos são ainda noivos e prometem sê-lo até a morte. Andrade
meteu-se na diplomacia e promete ser um dos luzeiros da nossa representação
internacional. Jorge continua a ser um bom pândego; D. Antônia prepara-se para
despedir-se do mundo.
Quanto a Miss Dollar, causa indireta de todos estes acontecimentos,
saindo um dia à rua foi pisada por um carro; faleceu pouco depois. Margarida
não pôde reter algumas lágrimas pela nobre cadelinha; foi o corpo enterrado na
chácara, à sombra de uma laranjeira; cobre a sepultura uma lápide com esta
simples inscrição:
A MISS DOLLAR
28

**************************************************************************************************************

LUIZ SOARES
I
Trocar o dia pela noite, dizia Luiz Soares, é restaurar o império da
natureza corrigindo a obra da sociedade. O calor do sol está dizendo aos homens
que vão descansar e dormir, ao passo que a frescura relativa da noite é a
verdadeira estação em que se deve viver. Livre em todas as minhas ações, não
quero sujeitar-me à lei absurda que a sociedade me impõe: velarei de noite,
dormirei de dia.
Contrariamente a vários ministérios, Soares cumpria este programa com
um escrúpulo digno de uma grande consciência. A aurora para ele era o
crepúsculo, o crepúsculo era a aurora. Dormia doze horas consecutivas durante o
dia, quer dizer das seis da manhã às seis da tarde. Almoçava às sete e jantava às
duas da madrugada. Não ceava. A sua ceia limitava-se a uma xícara de chocolate
que o criado lhe dava às cinco horas da manhã quando ele entrava para casa.
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Soares engolia o chocolate, fumava dois charutos, fazia alguns trocadilhos com o
criado, lia uma página de algum romance, e deitava-se.
Não lia jornais. Achava que um jornal era a coisa mais inútil deste
mundo, depois da câmara dos deputados, das obras dos poetas e das missas. Não
quer isto dizer que Soares fosse ateu em religião, política e poesia. Não. Soares


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era apenas indiferente. Olhava para todas as grandes coisas com a mesma cara
com que via uma mulher feia. Podia vir a ser um grande perverso; até então era
apenas uma grande inutilidade.
Graças a uma boa fortuna que lhe deixara o pai, Soares podia gozar a
vida que levava, esquivando-se a todo o gênero de trabalho e entregue somente
aos instintos da sua natureza e aos caprichos do seu coração. Coração é talvez
demais. Era duvidoso que Soares o tivesse. Ele mesmo o dizia. Quando alguma
dama lhe pedia que ele a amasse, Soares respondia:
- Minha rica pequena, eu nasci com a grande vantagem de não ter coisa
nenhuma dentro do peito nem dentro da cabeça. Isso que chamam juízo e
sentimento são para mim verdadeiros mistérios. Não os compreendo porque os
não sinto.
Soares acrescentava que a fortuna suplantara a natureza, deitando-lhe no
berço em que nasceu uma boa soma de contos de réis. Mas esquecia que a
fortuna, apesar de generosa, é exigente, e quer da parte dos seus afilhados algum
esforço próprio. A fortuna não é Danaide. Quando vê que um tonel esgota a água
que se lhe põe dentro vai levar os seus cântaros a outra parte. Soares não pensava
nisto. Cuidava que os seus bens eram renascentes como as cabeças da hidra
antiga. Gastava às mãos largas; e os contos de réis, tão dificilmente acumulados
por seu pai, escapavam-se-lhe das mãos como pássaros sequiosos por gozarem
do ar livre.
Achou-se, portanto, pobre quando menos o esperava. Um dia de manhã,
quer dizer às ave-marias, os olhos de Soares viram escritas as palavras fatídicas
do festim babilônico. Era uma carta que o criado lhe entregara dizendo que o
banqueiro de Soares a havia deixado à meia-noite. O criado falava como o amo
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vivia: ao meio-dia chamava meia-noite.
- Já te disse, respondeu Soares, que eu só recebo cartas dos meus amigos,
ou então...
- De alguma rapariga, bem sei. É por isso que lhe não tenho dado as
cartas que o banqueiro tem trazido há um mês. Hoje, porém, o homem disse que
era indispensável que lhe eu desse esta.
Soares sentou-se na cama, e perguntou ao criado meio alegre e meio
zangado:
- Então tu és criado dele ou meu?
- Meu amo, o banqueiro disse que se trata de um grande perigo.
- Que perigo?
- Não sei.
- Deixa ver a carta.
O criado entregou-lhe a carta.
Soares abriu-a e leu-a duas vezes. Dizia a carta que o rapaz não possuía
mais que seis contos de réis. Para Soares seis contos de réis eram menos que seis
vinténs.
Pela primeira vez na sua vida Soares sentiu uma grande comoção. A
idéia de não ter dinheiro nunca lhe havia acudido ao espírito; não imaginava que
um dia se achasse na posição de qualquer outro homem que precisava de
trabalhar.
Almoçou sem vontade e saiu. Foi ao Alcazar. Os amigos acharam-no
triste; perguntaram-lhe se era alguma mágoa de amor. Soares respondeu que
estava doente. As Laís da localidade acharam que era de bom gosto ficarem


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tristes também. A consternação foi geral.
Um dos seus amigos, José Pires, propôs um passeio a Botafogo para
distrair as melancolias de Soares. O rapaz aceitou. Mas o passeio a Botafogo era
tão comum que não podia distraí-lo. Lembraram-se de ir ao Corcovado, idéia que
foi aceita e executada imediatamente.
Mas que há que possa distrair um rapaz nas condições de Soares? A
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viagem ao Corcovado apenas lhe produziu uma grande fadiga, aliás útil, porque,
na volta, dormiu o rapaz a sono solto.
Quando acordou mandou dizer ao Pires que viesse falar-lhe
imediatamente. Daí a uma hora parava um cano à porta: era o Pires que chegava,
mas acompanhado de uma rapariga morena que respondia ao nome de Vitória.
Entraram os dois pela sala de Soares com a franqueza e o estrépito naturais entre
pessoas de família.
- Não está doente? perguntou Vitória ao dono da casa.
- Não, respondeu este; mas por que veio você?
- É boa! disse José Pires; veio porque é a minha xícara inseparável...
Querias falar-me em particular?
- Queria.
- Pois falemos aí em qualquer canto; Vitória fica na sala vendo os álbuns.
- Nada, interrompeu a moça; nesse caso vou-me embora. É melhor; só
imponho uma condição: é que ambos hão de ir depois lá para casa; temos ceata.
- Valeu! disse Pires.
Vitória saiu; os dois rapazes ficaram sós.
Pires era o tipo do bisbilhoteiro e leviano. Em lhe cheirando novidade
preparava-se para instruir-se de tudo. Lisonjeava-o a confiança de Soares, e
adivinhava que o rapaz ia comunicar-lhe alguma coisa importante. Para isso
assumiu um ar condigno com a situação. Sentou-se comodamente em uma
cadeira de braços; pôs o castão da bengala na boca e começou o ataque com estas
palavras:
- Estamos sós; que me queres?
Soares confiou-lhe tudo; leu-lhe a carta do banqueiro; mostrou-lhe em
toda a nudez a sua miséria. Disse-lhe que naquela situação não via solução
possível, e confessou ingenuamente que a idéia do suicídio o havia alimentado
durante longas horas.
- Um suicídio! exclamou Pires; estás doido.
- Doido! respondeu Soares; entretanto não vejo outra saída neste beco.
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Demais, é apenas meio suicídio, porque a pobreza já é meia morte.
- Convenho que a pobreza não é coisa agradável, e até acho...
Pires interrompeu-se; uma idéia súbita atravessara-lhe o espírito: a idéia
de que Soares acabasse a conferência por pedir-lhe dinheiro. Pires tinha um
preceito na sua vida: era não emprestar dinheiro aos amigos. Não se empresta
sangue, dizia ele.
Soares não reparou na frase cortada do amigo, e disse:
- Viver pobre depois de ter sido rico... é impossível.
- Nesse caso que me queres tu? perguntou Pires, a quem pareceu que era
bom atacar o touro de frente.
- Um conselho.
- Inútil conselho, pois que já tens uma idéia fixa.


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- Talvez. Entretanto confesso que não se deixa a vida com facilidade, e
má ou boa, sempre custa morrer. Por outro lado, ostentar a minha miséria diante
das pessoas que me viram rico é uma humilhação que eu não aceito. Que farias tu
no meu lugar?
- Homem, respondeu Pires, há muitos meios...
- Venha um.
- Primeiro meio. Vai para New York e procura uma fortuna.
- Não me convém; nesse caso fico no Rio de Janeiro.
- Segundo meio. Arranja um casamento rico.
- É bom de dizer. Onde está esse casamento?
- Procura. Não tens uma prima que gosta de ti?
- Creio que já não gosta; e demais não é rica; tem apenas trinta contos;
despesa de um ano.
- É um bom princípio de vida.
- Nada; outro meio.
- Terceiro meio, e o melhor. Vai à casa de teu tio, angaria-lhe a estima,
dize que estás arrependido da vida passada, aceita um emprego, enfim vê se te
constituis seu herdeiro universal.
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Soares não respondeu; a idéia pareceu-lhe boa.
- Aposto que te agrada o terceiro meio? perguntou Pires rindo.
- Não é mau. Aceito; e bem sei que é difícil e demorado; mas eu não
tenho muitos à escolha.
- Ainda bem, disse Pires levantando-se. Agora o que se quer é algum
juízo. Há de custar-te o sacrifício, mas lembra-te que é o meio único de teres
dentro de pouco tempo uma fortuna. Teu tio é um homem achacado de moléstias;
qualquer dia bate a bota. Aproveita o tempo. E agora vamos à ceia da Vitória.
- Não vou, disse Soares; quero acostumar-me desde já a viver vida nova.
- Bem; adeus.
- Olha; confiei-te isto a ti só; guarda-me segredo.
- Sou um túmulo, respondeu Pires descendo a escada.
Mas no dia seguinte já os rapazes e raparigas sabiam que Soares ia fazerse
anacoreta... por não ter dinheiro nenhum. O próprio Soares reconheceu isto no
rosto dos amigos. Todos pareciam dizer-lhe: É pena! que pândego vamos nós
perder!
Pires nunca mais o visitou.
II
O tio de Soares chamava-se major Luís da Cunha Vilela, e era com efeito
um homem já velho e adoentado. Contudo não se podia dizer que morreria cedo.
O major Vilela observava um rigoroso regime que lhe ia entretendo a vida. Tinha
uns bons sessenta anos. Era um velho alegre e severo ao mesmo tempo. Gostava
de rir, mas era implacável com os maus costumes. Constitucional por
necessidade, era no fundo de sua alma absolutista. Chorava pela sociedade
antiga; criticava constantemente a nova. Enfim foi o último homem que
abandonou a cabeleira de rabicho.
Vivia o major Vilela em Catumbi, acompanhado de sua sobrinha
Adelaide, e mais uma velha parenta. A sua vida era patriarcal. Importando-se
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pouco ou nada com o que ia por fora, o major entregava-se todo ao cuidado de
sua casa, aonde poucos amigos e algumas famílias da vizinhança o iam ver, e


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passar as noites com ele. O major conservava sempre a mesma alegria, ainda nas
ocasiões em que o reumatismo o prostrava. Os reumáticos dificilmente
acreditarão nisto; mas eu posso afirmar que era verdade.
Foi num dia de manhã, felizmente um dia em que o major não sentia o
menor achaque, e ria e brincava com as duas parentas, que Soares apareceu em
Catumbi à porta do tio.
Quando o major recebeu o cartão com o nome do sobrinho, supôs que
era alguma caçoada. Podia contar com todos em casa, menos o sobrinho. Fazia já
dois anos que o não via, e entre a última e a penúltima vez tinha mediado ano e
meio. Mas o moleque disse-lhe tão seriamente que o nhonhô Luís estava na sala
de espera, que o velho acabou por acreditar.
- Que te parece, Adelaide?
A moça não respondeu.
O velho foi à sala de visitas.
Soares tinha pensado no meio de aparecer ao tio. Ajoelhar-se era
dramático demais; cair-lhe nos braços exigia certo impulso íntimo que ele não
tinha; além de que, Soares vexava-se de ter ou fingir uma comoção. Lembrou-se
de começar uma conversação alheia ao fim que o levava lá, e acabar por
confessar-se disposto a arrepiar carreira. Mas este meio tinha o inconveniente de
fazer preceder a reconciliação por um sermão, que o rapaz dispensava. Ainda não
se resolvera a aceitar um dos muitos meios que lhe vieram à idéia, quando o
major apareceu à porta da sala.
O major parou à porta sem dizer palavra e lançou sobre o sobrinho um
olhar severo e interrogador.
Soares hesitou um instante; mas como a situação podia prolongar-se em
benefício seu, o rapaz seguiu um movimento natural: foi ao tio e estendeu-lhe a
mão.
- Meu tio, disse ele, não precisa dizer mais nada; o seu olhar diz-me tudo.
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Fui pecador e arrependo-me. Aqui estou.
O major estendeu-lhe a mão, que o rapaz beijou com o respeito de que
era suscetível.
Depois encaminhou-se para uma cadeira e sentou-se; o rapaz ficou de pé.
- Se o teu arrependimento é sincero, abro-te a minha porta e o meu
coração. Se não é sincero podes ir embora; há muito tempo que não freqüento a
casa da ópera: não gosto de comediantes.
Soares protestou que era sincero. Disse que fora dissipado e doido, mas
que aos trinta anos era justo ter juízo. Reconhecia agora que o tio sempre tivera
razão. Supôs ao princípio que eram simples rabugices de velho, e mais nada; mas
não era natural esta leviandade num rapaz educado no vício? Felizmente corrigiase
a tempo. O que ele agora queria era entrar em bom viver, e começava por
aceitar um emprego público que o obrigasse a trabalhar e fazer-se sério. Tratavase
de ganhar uma posição.
Ouvindo o discurso de que fiz o extrato acima, o major procurava
adivinhar o fundo do pensamento de Soares. Seria ele sincero? O velho concluiu
que o sobrinho falava com a alma nas mãos. A sua ilusão chegou ao ponto de
ver-lhe uma lágrima nos olhos, lágrima que não apareceu, nem mesmo fingida.
Quando Soares acabou, o major estendeu-lhe a mão e apertou a que o
rapaz lhe estendeu também.
- Creio, Luiz. Ainda bem que te arrependeste a tempo. Isso que vivias


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não era vida nem morte; a vida é mais digna e a morte mais tranqüila do que a
existência que malbarataste. Entras agora em casa como um filho pródigo. Terás
o melhor lugar à mesa. Esta família é a mesma família.
O major continuou por este tom; Soares ouviu a pé quedo o discurso do
tio. Dizia consigo que era a amostra da pena que ia sofrer, e um grande desconto
dos seus pecados.
O major acabou levando o rapaz para dentro, onde os esperava o almoço.
Na sala de jantar estavam Adelaide e a velha parenta. A Sra. Antônia de
Moura Vilela recebeu Soares com grandes exclamações que envergonharam
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sinceramente o rapaz. Quanto a Adelaide, apenas o cumprimentou sem olhar para
ele; Soares retribuiu o cumprimento.
O major reparou na frieza; mas parece que sabia alguma coisa, porque
apenas deu uma risadinha amarela, coisa que lhe era peculiar.
Sentaram-se à mesa, e o almoço correu entre as pilhérias do major, as
recriminações da Sra. Antônia, as explicações do rapaz e o silêncio de Adelaide.
Quando o almoço acabou, o major disse ao sobrinho que fumasse, concessão
enorme que o rapaz a custo aceitou. As duas senhoras saíram; ficaram os dois à
mesa.
- Estás então disposto a trabalhar?
- Estou, meu tio.
- Bem; vou ver se te arranjo um emprego. Que emprego preferes?
- O que quiser, meu tio, contanto que eu trabalhe.
- Bem. Levarás amanhã, uma carta minha a um dos ministros. Deus
queira que possas obter o emprego sem dificuldade. Quero ver-te trabalhador e
sério; quero ver-te homem. As dissipações não produzem nada, a não ser dívidas
e desgostos... Tens dívidas?
- Nenhuma, respondeu Soares.
Soares mentia. Tinha uma dívida de alfaiate, relativamente pequena;
queria pagá-la sem que o tio soubesse.
No dia seguinte o major escreveu a carta prometida, que o sobrinho
levou ao ministro; e tão feliz foi, que daí a um mês estava empregado em uma
secretaria com um bom ordenado.
Cumpre fazer justiça ao rapaz. O sacrifício que fez de transformar os
seus hábitos de vida foi enorme, e a julgá-lo pelos seus antecedentes, ninguém o
julgara capaz de tal. Mas o desejo de perpetuar uma vida de dissipação pode
explicar a mudança e o sacrifício. Aquilo na existência de Soares não passava de
um parênteses mais ou menos extenso. Almejava por fechá-lo e continuar o
período como havia começado, isto é, vivendo com Aspásia e pagodeando com
Alcibíades.
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O tio não desconfiava de nada; mas temia que o rapaz fosse novamente
tentado à fuga, ou porque o seduzisse a lembrança das dissipações antigas, ou
porque o aborrecesse a monotonia e a fadiga do trabalho. Com o fim de impedir
o desastre, lembrou-se de inspirar-lhe ambição política. Pensava o major que a
política seria um remédio decisivo para aquele doente, como se não fosse
conhecido que os louros de Lovelace e os de Turgot andam muita vez na mesma
cabeça.
Soares não desanimou o major. Disse que era natural acabar a sua
existência na política, e chegou a dizer que algumas vezes sonhara com uma


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cadeira no parlamento.
- Pois eu verei se te posso arranjar isto, respondeu o tio. O que é preciso
é que estudes a ciência da política, a história do nosso parlamento e do nosso
governo; e principalmente é preciso que continues a ser o que és hoje: um rapaz
sério.
Se bem o dizia o major, melhor o fazia Soares, que desde então meteu-se
com os livros e lia com afinco as discussões das câmaras.
Soares não morava com o tio, mas passava lá todo o tempo que lhe
sobrava do trabalho, e voltava para casa depois do chá, que era patriarcal, e bem
diferente das ceatas do antigo tempo.
Não afirmo que entre as duas fases da existência de Luís Soares não
houvesse algum elo de união, e que o emigrante das terras de Gnido não fizesse
de quando em quando alguma excursão à pátria. Em todo o caso essas excursões
eram tão secretas que ninguém sabia delas, nem talvez os habitantes das referidas
terras, com exceção dos poucos escolhidos para receberem o expatriado. O caso
era singular, porque naquele país não se reconhece o cidadão naturalizado
estrangeiro, ao contrário da Inglaterra, que não dá aos súditos da rainha o direito
de escolherem outra pátria.
Soares encontrava-se de quando em quando com Pires. O confidente do
convertido manifestava a sua amizade antiga oferecendo-lhe um charuto de
Havana e contando-lhe algumas boas fortunas havidas nas campanhas do amor,
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em que o alarve supunha ser consumado general.
Havia já cinco meses que o sobrinho do major Vilela se achava
empregado, e ainda os chefes da repartição não tinham tido um só motivo de
queixa contra ele. A dedicação era digna de melhor causa. Exteriormente via-se
em Luís Soares um monge; raspando-se um pouco achava-se o diabo.
Ora, o diabo viu de longe uma conquista...
III
A prima Adelaide tinha vinte e quatro anos, e a sua beleza, no pleno
desenvolvimento da sua mocidade, tinha em si o condão de fazer morrer de
amores. Era alta e bem proporcionada; tinha uma cabeça modelada pelo tipo
antigo; a testa era espaçosa e alta, os olhos rasgados e negros, o nariz levemente
aquilino. Quem a contemplava durante alguns momentos sentia que ela tinha
todas as energias, a das paixões e a da vontade.
Há de lembrar-se o leitor do frio cumprimento trocado entre Adelaide e
seu primo; também se há de lembrar que Soares disse ao amigo Pires ter sido
amado por sua prima. Ligam-se estas duas coisas. A frieza de Adelaide resultava
de uma lembrança que era dolorosa para a moça; Adelaide amara o primo, não
com um simples amor de primos, que em geral resulta da convivência e não de
uma súbita atração. Amara-o com todo o vigor e calor de sua alma; mas já então
o rapaz iniciava os seus passos em outras regiões e ficou indiferente aos afetos da
moça. Um amigo que sabia do segredo perguntou-lhe um dia por que razão não
se casava com Adelaide, ao que o rapaz respondeu friamente:
- Quem tem a minha fortuna não se casa; mas se se casa é sempre com
quem tenha mais. Os bens de Adelaide são a quinta parte dos meus; para ela é
negócio da China; para mim é um mau negócio.
O amigo que ouvira esta resposta não deixou de dar uma prova da sua
afeição ao rapaz indo contar tudo à moça. O golpe foi tremendo, não tanto pela
certeza que lhe dava de não ser amada, como pela circunstância de nem ao menos


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ficar-lhe o direito de estima. A confissão de Soares era um corpo de delito. O
confidente oficioso esperava talvez colher os despojos da derrota; mas Adelaide
tão depressa ouviu a delação como desprezou o delator.
O incidente não passou disto.
Quando Soares voltou à casa do tio, a moça achou-se em dolorosa
situação; era obrigada a conviver com um homem ao qual nem podia dar apreço.
Pela sua parte, o rapaz também se achava acanhado, não porque lhe doessem as
palavras que dissera um dia, mas por causa do tio, que ignorava tudo. Não
ignorava; o moço é que o supunha. O major soube da paixão de Adelaide e soube
também da repulsa que tivera no coração do rapaz. Talvez não soubesse das
palavras textuais repetidas à moça pelo amigo de Soares; mas se não conhecia o
texto, conhecia o espírito; sabia que, pelo motivo de ser amado, o rapaz entrara a
aborrecer a prima, e que esta, vendo-se repelida, entrara a aborrecer o rapaz. O
major supôs até durante algum tempo que a ausência de Soares tinha por motivo
a presença da moça em casa.
Adelaide era filha de um irmão do major, homem muito rico e
igualmente excêntrico, que morrera havia dez anos deixando a moça entregue aos
cuidados do irmão. Como o pai de Adelaide fizera muitas viagens, parece que
gastou nelas a maior parte da sua fortuna. Quando morreu apenas coube a
Adelaide, filha única, cerca de trinta contos, que o tio conservou intatos para
serem o dote da pupila.
Soares houve-se como pode na singular situação em que se achava. Não
conversava com a prima; apenas trocava com ela as palavras estritamente
necessárias para não chamar a atenção do tio. A moça fazia o mesmo.
Mas quem pode ter mão ao coração? A prima de Luís Soares sentiu que
pouco a pouco lhe ia renascendo o antigo afeto. Procurou combatê-lo
sinceramente; mas não se impede o crescimento de uma planta senão arrancandolhe
as raízes. As raízes existiam ainda. Apesar dos esforços da moça o amor veio
pouco a pouco invadindo o lugar do ódio, e se até então o suplício era grande,
agora era enorme. Travara-se uma luta entre o orgulho e o amor. A moça sofreu
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consigo; não articulou uma palavra.
Luiz Soares reparava que quando os seus dedos tocavam os da prima,
esta experimentava uma grande emoção: corava e empalidecia. Era um grande
navegador aquele rapaz nos mares do amor: conhecia-lhe a alma e a tempestade.
Convenceu-se de que a prima o amava outra vez. A descoberta não o alegrou;
pelo contrário, foi-lhe motivo de grande irritação. Receava que o tio, descobrindo
o sentimento da sobrinha, propusesse o casamento ao rapaz; e recusá-lo não seria
comprometer no futuro a esperada herança? A herança sem o casamento era o
ideal do moço. Dar-me asas, pensava ele, atando-me os pés, é o mesmo que
condenar-me à prisão. É o destino do papagaio doméstico; não aspiro a tê-lo.
Realizaram-se as previsões do rapaz. O major descobriu a causa da
tristeza da moça e resolveu pôr termo àquela situação propondo ao sobrinho o
casamento.
Soares não podia recusar abertamente sem comprometer o edifício da sua
fortuna.
- Este casamento, disse-lhe o tio, é complemento da minha felicidade. De
um só lance reuno duas pessoas que tanto estimo, e morro tranqüilo sem levar
nenhum pesar para outro mundo. Estou que aceitarás.


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- Aceito, meu tio; mas observo que o casamento assenta no amor, e eu
não amo minha prima.
- Bem; hás de amá-la; casa-te primeiro...
- Não desejo expô-la a uma desilusão.
- Qual desilusão! disse o major sorrindo. Gosto de ouvir-te falar essa
linguagem poética, mas casamento não é poesia. É verdade que é bom que duas
pessoas antes de se casarem se tenham já alguma estima mútua. Isso creio que
tens. Lá fogos ardentes, meu rico sobrinho, são coisas que ficam bem em verso, e
mesmo em prosa; mas na vida, que não é prosa nem verso, o casamento apenas
exige certa conformidade de gênio, de educação e de estima.
- Meu tio sabe que eu não me recuso a uma ordem sua.
- Ordem, não! Não te ordeno, proponho. Dizes que não amas tua prima;
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pois bem, faze por isso, e daqui a algum tempo casem-se que me darão gosto. O
que eu quero é que seja cedo, porque não estou longe de dar à casca.
O rapaz disse que sim. Adiou a dificuldade não podendo resolvê-la. O
major ficou satisfeito com o arranjo e consolou a sobrinha com a promessa de
que podia casar-se um dia com o primo. Era a primeira vez que o velho tocava
em semelhante assunto, e Adelaide não dissimulou o seu espanto, espanto que
lisonjeou profundamente a perspicácia do major.
- Ah! tu pensas, disse ele, que eu por ser velho já perdi os olhos do
coração? Vejo tudo, Adelaide; vejo aquilo mesmo que se quer esconder.
A moça não pôde reter algumas lágrimas, e como o velho a consolasse
dando-lhe esperanças, ela respondeu abanando a cabeça:
- Esperanças, nenhuma!
- Descansa em mim! disse o major.
Conquanto a dedicação do tio fosse toda espontânea e filha do amor que
votava à sobrinha, esta compreendeu que semelhante intervenção podia fazer
supor ao primo que ela esmolava os afetos do seu coração.
Aqui falou o orgulho da mulher, que preferia o sofrimento à humilhação.
Quando ela expôs estas objeções ao tio, o major sorriu-se afavelmente e procurou
acalmar a suscetibilidade da moça.
Passaram-se alguns dias sem mais incidente; o rapaz estava no gozo da
dilação que lhe dera o tio. Adelaide readquiriu o seu ar frio e indiferente. Soares
compreendia o motivo, e àquela manifestação do orgulho respondia com um
sorriso. Duas vezes notou Adelaide essa expressão de desdém da parte do primo.
Que mais precisava para reconhecer que o rapaz sentia por ela a mesma
indiferença de outro tempo? Acrescia que sempre que os dois se encontravam
sós, Soares era o primeiro que se afastava dela. Era o mesmo homem.
- Não me ama, não me amará nunca! dizia a moça consigo.
42
IV
Um dia de manhã o major Vilela recebeu a seguinte carta:
«Meu valente major.- Cheguei da Bahia hoje mesmo, e lá irei de tarde
para ver-te e abraçar-te. Prepara um jantar. Creio que me não hás de receber
como qualquer indivíduo. Não esqueças o vatapá.- Teu amigo, Anselmo.»
- Bravo! disse o major. Temos cá o Anselmo; prima Antônia, mande
fazer um bom vatapá.
O Anselmo que chegara da Bahia chamava-se Anselmo Barroso de
Vasconcelos. Era um fazendeiro rico, e veterano da independência. Com os seus


[Linha 1200 de 6063 - Parte 1 de 4]


setenta e oito anos ainda se mostrava rijo e capaz de grandes feitos. Tinha sido
íntimo amigo do pai de Adelaide, que o apresentou ao major, vindo a ficar amigo
deste depois que o outro morrera. Anselmo acompanhou o amigo até os seus
últimos instantes; e chorou a perda como se fora seu próprio irmão. As lágrimas
cimentaram a amizade entre ele e o major.
De tarde apareceu Anselmo galhofeiro e vivo como se começasse para
ele uma nova mocidade. Abraçou a todos; deu um beijo em Adelaide, a quem
felicitou pelo desenvolvimento das suas graças.
- Não se ria de mim, disse-lhe ele, eu fui o maior amigo de seu pai. Pobre
amigo! morreu nos meus braços.
Soares, que sofria com a monotonia da vida que levava em casa do tio,
alegrou-se com a presença do galhofeiro ancião, que era um verdadeiro fogo de
artifício. Anselmo é que pareceu não simpatizar com o sobrinho do major.
Quando o major ouviu isto, disse:
- Sinto muito, porque Soares é um rapaz sério.
- Creio que é sério demais. Rapaz que não ri...
Não sei que incidente interrompeu a frase do fazendeiro.
Depois do jantar Anselmo disse ao major:
- Quantos são amanhã?
- Quinze.
43
- De que mês?
- É boa! de dezembro.
- Bem; amanhã 15 de dezembro preciso ter uma conferência contigo e
teus parentes. Se o vapor se demora um dia em caminho pregava-me uma boa
peça.
No dia seguinte verificou-se a conferência pedida por Anselmo. Estavam
presentes o major, Soares, Adelaide e D. Antônia, únicos parentes do finado.
- Faz hoje dez anos que faleceu o pai desta menina, disse Anselmo
apontando para Adelaide. Como sabem, o Dr. Bento Varela foi o meu melhor
amigo, e eu tenho consciência de haver correspondido à sua afeição até aos
últimos instantes. Sabem que ele era um gênio excêntrico; toda a sua vida foi
uma grande originalidade. Ideava vinte projetos, qual mais grandioso, qual mais
impossível, sem chegar ao cabo de nenhum, porque o seu espírito criador tão
depressa compunha uma coisa como entrava a planear outra.
- É verdade, interrompeu o major.
- O Bento morreu nos meus braços, e como derradeira prova da sua
amizade confiou-me um papel com a declaração de que eu só o abrisse em
presença dos seus parentes dez anos depois de sua morte. No caso de eu morrer
os meus herdeiros assumiriam essa obrigação; em falta deles, o major, a Sra. D.
Adelaide, enfim qualquer pessoa que por laço de sangue estivesse ligada a ele.
Enfim, se ninguém houvesse na classe mencionada, ficava incumbido um
tabelião. Tudo isto havia eu declarado em testamento, que vou reformar. O papel
a que me refiro, tenho aqui no bolso.
Houve um movimento de curiosidade.
Anselmo tirou do bolso uma carta fechada com lacre preto.
- É este, disse ele. Está intacto. Não conheço o texto; mas posso mais ou
menos saber o que está dentro por circunstâncias que vou referir.
Redobrou a atenção geral.
- Antes de morrer, continuou Anselmo, o meu querido amigo entregoume


[Linha 1250 de 6063 - Parte 1 de 4]


uma parte da sua fortuna, quero dizer a maior parte, porque a menina recebeu
44
apenas trinta contos. Eu recebi dele trezentos contos, que guardei até hoje intatos,
e que devo restituir segundo as indicações desta carta.
A um movimento de espanto em todos seguiu-se um movimento de
ansiedade. Qual seria a vontade misteriosa do pai de Adelaide? D. Antônia
lembrou-se que em rapariga fora namorada do defunto, e por um momento
lisonjeou-se com a idéia de que o velho maníaco se houvesse lembrado dela às
portas da morte.
- Nisto reconheço eu o mano Bento, disse o major tomando uma pitada;
era o homem dos mistérios, das surpresas e das idéias extravagantes, seja dito
sem agravo aos seus pecados, se é que os teve...
Anselmo tinha aberto a carta. Todos prestaram ouvidos. O veterano leu o
seguinte:
«Meu bom e estimadíssimo Anselmo. - Quero que me prestes o último
favor. Tens contigo a maior parte da minha fortuna, e eu diria a melhor se tivesse
de aludir à minha querida filha Adelaide. Guarda esses trezentos contos até daqui
a dez anos, e ao terminar o prazo, lê esta carta diante dos meus parentes.
Se nessa época a minha filha Adelaide for viva e casada entrega-lhe a
fortuna. Se não estiver casada, entrega-lha também, mas com uma condição: é
que se case com o sobrinho Luiz Soares, filho de minha irmã Luiza; quero-lhe
muito, e apesar de ser rico, desejo que entre na posse da fortuna com minha filha.
No caso em que esta se recuse a esta condição, fica tu com a fortuna toda.»
Quando Anselmo acabou de ler esta carta seguiu-se um silêncio de
surpresa geral, de que partilhava o próprio veterano, alheio até então ao conteúdo
da carta.
Soares tinha os olhos em Adelaide; esta tinha-os no chão.
Como o silêncio se prolongasse, Anselmo resolveu rompê-lo.
- Ignorava, como todos, disse ele, o que esta carta contém; felizmente
chega ela a tempo de se realizar a última vontade do meu finado amigo.
- Sem dúvida nenhuma, disse o major.
Ouvindo isto, a moça levantou insensivelmente os olhos para o primo, e
45
os dela encontraram-se com os dele. Os dele transbordavam de contentamento e
ternura; a moça fitou-os durante alguns instantes. Um sorriso, já não zombeteiro,
passou pelos lábios do rapaz. A moça sorriu também; mas que sorriso! Jamais
uma rainha sorriu com tamanho desdém às zumbaias de um cortesão.
Anselmo levantou-se.
- Agora que estão cientes, disse ele aos dois primos, espero que
resolvam, e como o resultado não pode ser duvidoso, desde já os felicito.
Entretanto, hão de dar-me licença, que tenho de ir a outras partes.
Com a saída de Anselmo dispersara-se a reunião. Adelaide foi para o seu
quarto com a velha parenta. O tio e o sobrinho ficaram na sala.
- Luiz, disse o primeiro, és o homem mais feliz do mundo.
- Parece-lhe, meu tio? disse o moço procurando disfarçar a sua alegria.
- És. Tens uma moça que te ama loucamente. De repente cai-lhe nas
mãos uma fortuna inesperada; e essa fortuna só pode havê-la com a condição de
se casar contigo. Até os mortos trabalham a teu favor.
- Afirmo-lhe, meu tio, que a fortuna não pesa nada nestes casos, e se eu
assentar em casar com a prima será por outro motivo.


[Linha 1300 de 6063 - Parte 1 de 4]


- Bem sei que a riqueza não é essencial; não é. Mas enfim vale alguma
coisa. É melhor ter trezentos contos que trinta; sempre é mais uma cifra. Contudo
não te aconselho que te cases com ela se não tiveres alguma afeição. Nota que eu
não me refiro a essas paixões de que me falaste. Casar mal, apesar da riqueza, é
sempre casar mal.
- Estou convencido disto, meu tio. Por isso ainda não dei a minha
resposta, nem dou por ora. Se eu vier a afeiçoar-me à prima estou pronto a entrar
na posse dessa inesperada riqueza.
Como o leitor terá adivinhado, a resolução do casamento estava
assentada no espírito de Soares. Em vez de esperar a morte do tio, parecia-lhe
melhor entrar desde logo na posse de um excelente pecúlio, o que se lhe
afigurava tanto mais fácil, quanto que era a voz do túmulo que o impunha.
Soares contava também com a profunda veneração de Adelaide por seu
46
pai. Isto, ligado ao amor que a rapariga sentia por ele, devia produzir o desejado
efeito.
Nessa noite o rapaz dormiu pouco. Sonhou com o Oriente. Pintou-lhe a
imaginação um harém rescendente das melhores essências da Arábia, forrado o
chão com tapetes da Pérsia; sobre moles divãs ostentavam-se as mais perfeitas
belezas do mundo. Uma circassiana dançava no meio do salão ao som de um
pandeiro de marfim. Mas um furioso eunuco, precipitando-se na sala com o
iatagã desembainhado, enterrou-o todo no peito de Soares, que acordou com o
pesadelo, e não pôde mais conciliar o sono.
Levantou-se mais cedo e foi passear até chegar a hora do almoço e da
repartição.
V
O plano de Luís Soares estava feito.
Tratava-se de abater as armas pouco a pouco, simulando-se vencido
diante da influência de Adelaide. A circunstância da riqueza tornava necessária
toda a discrição. A transição devia ser lenta. Cumpria ser diplomata.
Os leitores terão visto que, apesar de certa argúcia da parte de Soares,
não tinha ele a perfeita compreensão das coisas, e por outro lado o seu caráter era
indeciso e vário.
Hesitara em casar com Adelaide quando o tio lhe falou nisso, quando era
certo que viria a obter mais tarde a fortuna do major. Dizia então que não tinha
vocação de papagaio. A situação agora era a mesma; aceitava uma fortuna
mediante uma prisão. É verdade que se esta resolução era contrária à primeira,
podia ter como causa o cansaço que lhe ia produzindo a vida que levava. Além
de que, desta vez, a riqueza não se fazia esperar: era entregue logo depois do
consórcio.
- Trezentos contos, pensava o rapaz, é quanto basta para eu ser mais do
que fui. O que não hão de dizer os outros!
47
Antevendo uma felicidade que era certa para ele, Soares começou o
assédio da praça, aliás praça rendida.
Já o rapaz procurava os olhos da prima, já os encontrava, já lhes pedia
aquilo que recusara até então, o amor da moça. Quando, à mesa, as suas mãos se
encontravam, Soares tinha o cuidado de demorar o contato, e se a moça retirava a
sua mão, o rapaz nem por isso desanimava. Quando se encontrava a sós com ela,
não fugia como outrora, antes lhe dirigia alguma palavra, a que Adelaide


[Linha 1350 de 6063 - Parte 1 de 4]


respondia com fria polidez.
- Quer vender o peixe caro, pensava Soares.
Uma vez atreveu-se a mais. Adelaide tocava piano quando ele entrou
sem que ela o visse. Quando a moça acabou, Soares estava por trás dela.
- Que lindo! disse o rapaz; deixe-me beijar-lhe essas mãos inspiradas.
A moça olhou séria para ele, pegou no lenço que pusera sobre o piano, e
saiu sem dizer palavra.
Esta cena mostrou a Soares toda a dificuldade da empresa; mas o rapaz
confiava em si, não porque se reconhecesse capaz de grandes energias, mas por
uma espécie de esperança na sua boa estrela.
- É difícil subir a corrente, disse ele, mas sobe-se. Não se fazem
Alexandres na conquista de praças desarmadas.
Contudo as desilusões iam-se sucedendo, e o rapaz, se o não alentasse a
idéia da riqueza, teria abatido as armas.
Um dia lembrou-se de escrever-lhe uma carta. Lembrou-se de que era
difícil expor-lhe de viva voz tudo quanto sentia; mas que uma carta, por muito
ódio que ela lhe tivesse, sempre seria lida.
Adelaide devolveu a carta pelo moleque da casa que lha havia entregue.
A segunda carta teve a mesma sorte. Quando mandou a terceira, o
moleque não a quis receber.
Luiz Soares teve um instante de desengano. Indiferente à moça, já
começava a odiá-la; se casasse com ela era provável que a tratasse como inimigo
mortal.
48
A situação tornava-se ridícula para ele; ou antes, já o era há muito, mas
Soares só então o compreendeu. Para escapar ao ridículo, resolveu dar um golpe
final, mas grande. Aproveitou a primeira ocasião que pôde, e fez uma declaração
positiva à moça, cheia de súplicas, de suspiros, talvez de lágrimas. Confessou os
seu erros; reconheceu que não a havia compreendido; mas arrependera-se e
confessava tudo. A influência dela acabara por abatê-lo.
- Abatê-lo! disse ela; não compreendo. A que influência alude?
- Bem sabe; à influência da sua beleza, do seu amor... Não suponha que
lhe estou mentindo. Sinto-me hoje tão apaixonado que era capaz de cometer um
crime!
- Um crime?
- Não é crime o suicídio? De que me serviria a vida sem o seu amor?
Vamos, fale!
A moça olhou para ele durante alguns instantes sem dizer palavra.
O rapaz ajoelhou-se.
- Ou seja a morte, ou seja a felicidade, disse ele, quero recebê-la de
joelhos.
Adelaide sorriu e soltou lentamente estas palavras:
- Trezentos contos! É muito dinheiro para comprar um miserável.
E deu-lhe as costas.
Soares ficou petrificado. Durante alguns minutos conservou-se na mesma
posição, com os olhos fitos na moça que se afastava lentamente. O rapaz
dobrava-se ao peso da humilhação. Não previra tão cruel desforra da parte de
Adelaide. Nem uma palavra de ódio, nem um indício de raiva; apenas um calmo
desdém, um desprezo tranqüilo e soberano. Soares sofrera muito quando perdeu a
fortuna; mas agora que o seu orgulho foi humilhado, a sua dor foi infinitamente


[Linha 1400 de 6063 - Parte 1 de 4]


maior.
Pobre rapaz!
A moça foi para dentro. Parece que contava com aquela cena; porque
entrando em casa, foi logo procurar o tio, e declarou-lhe que, apesar de quanto
49
venerava a memória do pai, não podia obedecer-lhe, e desistia do casamento.
- Mas não o amas tu? perguntou-lhe o major.
- Amei-o.
- Amas a outro?
- Não.
- Então explica-te.
Adelaide expôs francamente o procedimento de Soares desde que ali
entrara, a mudança que fizera, a sua ambição, a cena do jardim. O major ouviu
atentamente a moça, procurou desculpar o sobrinho, mas no fundo ele acreditava
que Soares era um mau-caráter.
Este, depois que pôde refrear a sua cólera, entrou em casa e foi despedirse
do tio até o dia seguinte.
Pretextou que tinha um negócio urgente.
VI
Adelaide contou miudamente ao amigo de seu pai os sucessos que a
obrigavam a não preencher a condição da carta póstuma confiada a Anselmo. Em
conseqüência desta recusa, a fortuna devia ficar com Anselmo; a moça
contentava-se com o que tinha.
Não se deu Anselmo por vencido, e antes de aceitar a recusa foi ver se
sondava o espírito de Luiz Soares.
Quando o sobrinho do major viu entrar por casa o fazendeiro suspeitou
que alguma coisa houvesse a respeito do casamento. Anselmo era perspicaz; de
modo que, apesar da aparência de vítima com que Soares lhe aparecera,
compreendeu ele que Adelaide tinha razão.
Assim pois, tudo estava acabado. Anselmo dispôs-se a partir para a
Bahia, e assim o declarou à família do major.
Nas vésperas de partir achavam-se todos juntos na sala de visitas, quando
Anselmo soltou estas palavras:
50
- Major, está ficando melhor e forte; eu creio que uma viagem à Europa
lhe fará bem. Esta moça também gostará de ver a Europa, e creio que a Sra. D.
Antônia, apesar da idade, lá quererá ir. Pela minha parte sacrifico a Bahia e vou
também. Aprovam o conselho?
- Homem, disse o major, é preciso pensar...
- Qual pensar! Se pensarem não embarcarão. Que diz a menina?
- Eu obedeço ao tio, respondeu Adelaide.
- Além de que, disse Anselmo, agora que D. Adelaide está de posse de
uma grande fortuna, há de querer apreciar o que há de bonito nos países
estrangeiros a fim de poder melhor avaliar o que há no nosso...
- Sim, disse o major; mas você fala de grande fortuna...
- Trezentos contos.
- São seus.
- Meus! Então sou algum ratoneiro? Que me importa a mim a fantasia de
um generoso amigo? O dinheiro é desta menina, sua legítima herdeira, e não
meu, que aliás tenho bastante.


[Linha 1450 de 6063 - Parte 1 de 4]


- Isso é bonito, Anselmo!
- Mas o que não seria se não fosse isto?
A viagem à Europa ficou assentada.
Luiz Soares ouviu a conversa toda sem dizer palavra; mas a idéia de que
talvez pudesse ir com o tio sorriu-lhe ao espírito. No dia seguinte teve um
desengano cruel. Disse-lhe o major que, antes de partir, o deixaria recomendado
ao ministro.
Soares procurou ainda ver se alcançava seguir com a família. Era simples
cobiça na fortuna do tio, desejo de ver novas terras, ou impulso de vingança
contra a prima? Era tudo isso, talvez.
À última hora foi-se a derradeira esperança. A família partiu sem ele.
Abandonado, pobre, tendo por única perspectiva o trabalho diário, sem
esperanças no futuro, e além do mais, humilhado e ferido em seu amor-próprio,
Soares tomou a triste resolução dos covardes.
51
Um dia, de noite, o criado ouviu no quarto dele um tiro; correu, achou
um cadáver.
Pires soube na rua da notícia, e correu à casa de Vitória, que encontrou
no toucador.
- Sabes de uma coisa? perguntou ele.
- Não. Que é?
- O Soares matou-se.
- Quando?
- Neste momento.
- Coitado! É sério?
- É sério. Vais sair?
- Vou ao Alcazar.
- Canta-se hoje Barbe-Bleue, não é?
- É.
- Pois eu também vou.
E entrou a cantarolar a canção de Barbe-Bleue.
Luiz Soares não teve outra oração fúnebre dos seus amigos mais íntimos.
52


**************************************************************************************************************
A MULHER DE PRETO
I
A primeira vez que o Dr. Estêvão Soares falou ao deputado Menezes foi
no teatro Lírico no tempo da memorável luta entre lagruístas e chartonistas. Um
amigo comum os apresentou ao outro. No fim da noite separaram-se oferecendo
cada um deles os serviços e trocando os respectivos cartões de visita.
Só dois meses depois encontraram-se outra vez.
Estêvão Soares teve de ir à casa de um ministro de Estado para saber de
uns papéis relativos a um parente da província, e aí encontrou o deputado
53
Menezes, que acabava de ter uma conferência política.
Houve sincero prazer em ambos encontrando-se pela segunda vez; e
Meneses arrancou de Estêvão a promessa de que iria à casa dele daí a poucos
dias.


[Linha 1500 de 6063 - Parte 1 de 4]


O ministro depressa despachou o jovem médico.
Chegando ao corredor, Estêvão foi surpreendido com uma tremenda
bátega d'água, que nesse momento caía, e começava a alagar a rua.
O rapaz olhou a um e outro lado a ver se passava algum veículo vazio,
mas procurou inutilmente; todos que passavam iam ocupados.
Apenas à porta estava um coupé vazio à espera de alguém, que o rapaz
supôs ser o deputado.
Daí a alguns minutos desce com efeito o representante da nação, e
admirou-se de ver o médico ainda à porta.
- Que quer? disse-lhe Estêvão; a chuva impediu-me de sair; aqui fiquei a
ver se passa um tílburi.
- É natural que não passe, e nesse caso ofereço-lhe um lugar no meu
coupé. Venha.
- Perdão; mas é um incômodo...
- Ora, incômodo! é um prazer. Vou deixá-lo em casa. Onde mora?
- Rua da Misericórdia nº ...
- Bem, suba.

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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Divulgados vídeos inéditos de Bruce Lee em ação


Divulgados vídeos inéditos de Bruce Lee em ação



Uma série de vídeos inéditos de Bruce Lee, restaurados digitalmente, vazaram na internet e estão fazendo sucesso no mundo todo. Tratam-se de imagens capturadas durante uma apresentação ao ar livre, na Califórnia, em 1967.


Bruce Lee, nascido Lee Jun-fan, em chinês ??? foi um artista e instrutor de artes marciais, filósofo, ator e cineasta norte-americano de Hong Kong, fundador do Jeet Kune Do e filho da estrela de Ópera cantonesa Lee Hoi-Chuen.



Bruce Lee - Instrutor de Artes Marciais



Nascimento: 27 de novembro de 1940, San Francisco Chinese Hospital, São Francisco, Califórnia, EUA

Falecimento: 20 de julho de 1973, Kowloon Tong, Hong Kong

Cônjuge: Linda Emery (de 1964 a 1973)

Filhos: Brandon Lee, Shannon Lee

Artes marciais: Jeet kune do, Wing Chun, Artes marciais chinesas



Este vídeo mostra o "desafio do punho", coprotagonizado junto a outro famoso lutador, o estadounidense Victor Moore, que definiu Bruce Lee como "o homem mais rápido que os EUA já haviam visto":



(https://www.youtube.com/watch?v=GRP_fph1NJI)



Neste vídeo, Bruce Lee luta de olhos vendados contra Taky Kimura, outro famoso lutador de karatê:


(https://youtu.be/7CgbQaschFk)



Aqui, um vídeo que mostra o célebre "golpe de uma polegada":


(https://youtu.be/-fI8lkP00_E)



E, finalmente, o único vídeo que mostra Bruce Lee em uma luta de verdade:


(https://youtu.be/3M7IW_g-M-A)



Bruce Lee - Filmes



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domingo, 18 de junho de 2017

Postagens Populares - Junho de 2017


Postagens Populares - Junho de 2017



01-13 fatos brutais que deveriam estar na lápide de Fidel Castro



Americanos que elogiavam Fidel pareciam ter esquecido que ele apontara mísseis atômicos contra o país.
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2016/12/13-fatos-brutais-que-deveriam-estar-na.html



02-A REVOLTA DA VACINA - História do Brasil



Oswaldo Cruz queria livrar o Rio de Janeiro da varíola. Mas na primeira campanha de vacinação, há 90 anos, a cidade virou um campo de batalha.
http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2014/03/a-revolta-da-vacina-historia-do-brasil.html



03-Unesp disponibiliza livros para download gratuito



Coleção digital é lançada e abrange diversas áreas do conhecimento; confira
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04-Saiba quais foram as Top 10 armas da Segunda Guerra Mundial



Preparamos uma lista com as Top 10 armas da Segunda Guerra Mundial, que são consideradas as mais importantes no confronto. A lista contém algumas que já são muito conhecidas, como M1 Garand e Thompson, mas também há algumas surpresas! Veja abaixo:

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domingo, 18 de junho de 2017

Desvendado o mistério de um chupa-cabras na Argentina


Desvendado o mistério de um chupa-cabras na Argentina



Na Argentina, o Senasa (Servicio Nacional de Sanidad y Calidad Agroalimentaria) conseguiu descobrir a causa das mortes sucessivas e misteriosas de animais, na província de Córdoba. O episódio era atribuído a um suposto chupa-cabras.


De acordo com as autoridades, trata-se de um caso de raiva paresiante, uma doença epidêmica e recorrente causada pelo vírus da raiva, transmitido pelo , um morcego originário do continente americano.



Morcego - Desmodus rotundus


Isso explica o fato de muitos habitantes terem identificado o suposto chupa-cabras como um morcego gigante, do tamanho de uma águia, que atacava vacas e cavalos no pescoço ou debaixo do rabo, de onde chupava seu sangue.



Fonte: Infobae
(http://www.infobae.com/sociedad/2017/05/16/el-senasa-resolvio-el-misterio-del-chupacabra-que-mato-a-decenas-de-animales-en-cordoba/)



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quarta-feira, 14 de junho de 2017

Unesp disponibiliza livros para download gratuito


Unesp disponibiliza livros para download gratuito



Coleção digital é lançada e abrange diversas áreas do conhecimento; confira


A Unesp lançou a Prope Digital, coleção de livros online disponíveis para download gratuito. O lançamento é uma parceria entre o selo Cultura Acadêmica, da Editora Unesp, e a Pró-reitoria de Pesquisa (Prope). Ao todo, são oito livros que contemplam assuntos ligados à bioenergia, nanotecnologia, ciências humanas, comunicação, arte, educação, cultura, entre outros temas.



Segundo a pró-reitora de Pesquisa, Maria José Soares Mendes Giannini, o lançamento da coleção é “uma parceria frutífera que tem como principal objetivo levar para a sociedade o conhecimento gerado na universidade de maneira livre e acessível". Confira abaixo quais são as obras disponibilizadas pela universidade:


1 - Bioenergia
(http://www.culturaacademica.com.br/catalogo-detalhe.asp?col_id=13&ctl_id=220)


2 - Nanotecnologia
(http://www.culturaacademica.com.br/catalogo-detalhe.asp?col_id=13&ctl_id=359)


3 - Ciências humanas em debate
(http://www.culturaacademica.com.br/catalogo-detalhe.asp?col_id=13&ctl_id=438)



4 - Comunicação, cultura e linguagem
(http://www.culturaacademica.com.br/catalogo-detalhe.asp?col_id=13&ctl_id=437)


5 - Identidades brasileiras: composições e recomposições
(http://www.culturaacademica.com.br/catalogo-detalhe.asp?col_id=13&ctl_id=427)


6 - Arte, ciência, processos criativos
(http://www.culturaacademica.com.br/catalogo-detalhe.asp?col_id=13&ctl_id=504)



7 - Desafios contemporâneos da educação
(http://www.culturaacademica.com.br/catalogo-detalhe.asp?col_id=13&ctl_id=%20495)


8 - Representações culturais da América indígena
(http://www.culturaacademica.com.br/catalogo-detalhe.asp?ctl_id=505)


Fonte: Universia Brasil
(http://www.universia.com.br/)



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A Computação e o Linux - História

O Rei da Noite - Natureza

É dezembro. Feliz Páscoa - Turismo Científico



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quarta-feira, 14 de junho de 2017

Templo das 13 torres - O observatório solar mais antigo da América



Templo das 13 torres - O observatório solar mais antigo da América



Misteriosa obra de engenharia foi erguida por uma civilização ainda desconhecida.


Também conhecido como Chankillo, esse templo é considerado o observatório solar mais antigo da América. Ele foi erguido sobre uma colina costeira em Casma, na região de Ancash, no Peru, a 365 km ao norte da capital. Segundo os especialistas, tinha a função de prever com enorme precisão os solstícios, equinócios e toda uma série de datas no calendário, com base na posição do Sol.


Chankillo - Sítio arqueológico no Peru - Chanquillo


O observatório possui 13 torres, de 2 a 6 metros de altura, estrategicamente alinhadas de norte a sul no topo de uma montanha. Em 21 de dezembro, ou seja, durante o solstício de verão no hemisfério sul, o Sol nasce a partir da primeira torre da extrema direita.



Ao longo do ano, o nascer do Sol vai se deslocando por entre as torres, da direita à esquerda, um trajeto que permite calcular a data do calendário de acordo com a posição solar. Em 21 de junho, quando ocorre o solstício de inverno, o Sol nasce a partir da última torre, da extrema esquerda, de onde começa a se mover da esquerda para a direita, conforme o transcorrer dos dias.



Chankillo - Mapa de localização


O templo das 13 torres foi erguido por uma civilização até hoje desconhecida e acredita-se que teria sido concluído em aproximadamente 25 anos de trabalho. Especula-se que essa cultura tenha habitado a região até o ano de 200 a. C. e que não teve nada a ver com os pré-incas. Eles teriam abandonado o local após a invasão de uma aldeia inimiga, que destruiu e enterrou grande parte do complexo.


O observatório mais antigo das Américas - El observatorio mas antiguo de América


Fonte: BBC
(http://www.bbc.com/mundo/noticias-39890936)


bbc.com - Site fonte



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segunda-feira, 12 de junho de 2017

A última igreja de ossos humanos


A última igreja de ossos humanos



Local chegou a ser destruído, mas logo foi reerguido - e de forma ainda mais macabra.


Por quase cem anos, uma pequena igreja em Valletta, capital de Malta, foi tanto um lugar de devoção religiosa quanto um destino turístico macabro. Conhecida como Capela dos Ossos, a cripta abobadada debaixo da igreja foi decorada com crânios humanos e ossos exumados de um cemitério próximo.



A capela foi construída em 1619 por Fra Giorgio Nibbia, membro da Ordem Soberana e Militar de Malta, que controlava a ilha nessa época. O local foi dedicado à Virgem da Misericórdia, e, em seu altar, era possível ler a inscrição em latim: “Lamento o efêmero da vida e peço orações pelos mortos”.



A igreja foi demolida em 1730 para acomodar a expansão de um hospital vizinho e reconstruída no ano seguinte em estilo barroco. Em 1776, o capelão do local decidiu utilizar os ossos pertencentes ao edifício original como decoração, adornando as paredes e o teto da cripta com formas complexas e padrões feitos inteiramente de restos humanos.



Na Segunda Guerra Mundial, o local foi danificado por bombas e, depois, demolido. Muitos acreditam que a fantasmagórica cripta subterrânea continua existindo oculta por debaixo da terra.

Fonte: Cult of Weird
(http://www.cultofweird.com/death/chapel-of-bones-malta/)


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segunda-feira, 12 de junho de 2017

Antiprincesas - Mulheres reais que inspiram novas gerações


Antiprincesas - Mulheres reais que inspiram novas gerações



Frida Kahlo, Violeta Parra, Juana Azurduy e Clarice Lispector são os rostos da coleção infanto juvenil Antiprincesas. Como é que estas mulheres ajudaram a mudar o mundo? Vem descobrir.


Quatro mulheres. Quatro heroínas. Quatro histórias inspiradoras. São estes os ingredientes que compõem a coleção Antiprincesas, originalmente publicada pela editora argentina Chirimbote, no Brasil pela editora e distribuidora Sur Livro, é destinada a “meninas e meninos”.



Frida Kahlo


As protagonistas são a pintora mexicana Frida Kahlo, a cantora e artista chilena Violeta Parra, a militar boliviana Juana Azurduy e a escritora e jornalista brasileira Clarice Lispector.



Violeta Parra


Cada uma destas “mulheres reais” terá como missão, no volume da coleção infanto juvenil ao qual dá nome, mostrar como derrubou barreiras no seu tempo e espaço, ajudando no combate às desigualdades sociais e aos estereótipos que crescem junto das camadas mais jovens.



Juana Azurduy


A grande responsável por esta iniciativa é a jornalista argentina Nadia Fink. Os seus textos são suportados pelas ilustrações do também argentino Pitu Sáa.

Tens a certeza que já sabes tudo sobre estas antiprincesas? Conheces as suas histórias, as suas lutas e o modo como mudaram o mundo? Vem connosco. A viagem vale a pena.



Clarice Lispector


Coleção Antiprincesas
“Contamos histórias de mulheres. Porquê? Porque conhecemos muitas histórias de homens importantes, mas poucas de mulheres. Conhecemos algumas histórias de princesas, é verdade, mas quão longe da nossa realidade estão essas personagens que vivem em castelos enormes e frios? Há muitas mulheres na América Latina que derrubaram os padrões da sua época, que não se resignaram a desempenhar as funções que a sociedade lhes impunha e seguiram o seu próprio caminho.”
– Editora Argentina Chirimbote



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segunda-feira, 12 de junho de 2017

Esse quadrinho te fará querer jogar RPG agora!


Esse quadrinho te fará querer jogar RPG agora!



Sabe aquela historia/quadrinho/imagem que desperta algo dentro de você, bate aquela vontade de reunir os amigos e jogar RPG! Então pega o telefone e começa a ligar para o grupo!


Este quadrinho foi escrito e ilustrado pelo EH Macmillan. Infelizmente o quadrinista fez apenas essas 3 paginas como uma forma de estudo. Mas não podemos negar que apenas isso já ativa nosso sensor RPGista e nos deixa nossas mentes fervilhando de ideias para continuar essa historia.



Para aqueles que curtiram o estilo do quadrinista, segue o link dos dois trabalhos em que ele esta trabalhando atualmente:

Roxy and Bianca
(http://roxyandbianca.tumblr.com/)

With Great Abandon
(https://withgreatabandon.tumblr.com/)


Agora deixo vocês com algumas outras ilustrações do artista que gostei bastante!



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segunda-feira, 12 de junho de 2017

4 perigos letais que os humanos enfrentarão em Marte


4 perigos letais que os humanos enfrentarão em Marte



A radiação solar seria o menor dos nossos problemas. Essas outras ameaças são ainda mais mortais.


Que os seres humanos não poderiam viver sem proteção em Marte é bem sabido, mas isso não se dá somente por causa da radiação solar: há perigos muito piores e de consequências mortalmente imediatas.


Lugares para pousar em Marte

Pascal Lee, cientista do NASA Ames Research Center e do SETI (instituto de Busca por Inteligência Extraterrestre), explica quais são as principais ameaças para o homem na superfície marciana:

A baixíssima pressão atmosférica de Marte mataria qualquer homem que não estivesse devidamente protegido e o faria com muito mais rapidez que qualquer outro perigo.



NASA - Casas em Marte

Além disso, a atmosfera marciana está formada por 95% de dióxido de carbono, um gás letal para o ser humano. Morreríamos por hipóxia em apenas alguns minutos.

As temperaturas na região equatorial de Marte durante o verão pode chegar a 62°C abaixo de zero à noite, o que seria mortal para o homem.



A poeira tóxica que cobre a superfície de Marte, formada por um grão muito fino e nocivo para os pulmões, mataria qualquer pessoa que a respirasse dentro de poucas semanas.



Fonte: Space
(https://www.space.com/36800-five-ways-to-die-on-mars.html)



Space.com - Site fonte



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sábado, 10 de junho de 2017

Matrix a um passo de virar realidade


Matrix a um passo de virar realidade



Empresa inglesa recebeu financiamento milionário para desenvolver ambientes virtuais de larga escala.


A famosa trilogia Matrix trouxe à tona uma das perguntas mais importantes (e filosóficas) da atualidade: e se o mundo no qual acreditamos viver fosse, na verdade, uma complexa simulação virtual?


Matrix - 1999 - O FILME


Agora, a empresa londrina Improbable pretende desenvolver um universo virtual em larga escala que permite simulações massivas. O nível de complexidade será muito maior do que jamais imaginamos. Para entrar nesses espaços o usuário só precisará, acredite, de um simples fone de ouvido.



Matrix - 1999 - Cartaz do filme


Para a primeira etapa do projeto, a Improbable recebeu um financiamento milionário por parte de uma empresa japonesa de telecomunicações, entre outros investidores, angariando mais de 500 milhões de dólares. A meta agora é tornar a Matrix uma realidade.


Realidade Virtual


O projeto terá um grande impacto na indústria dos games, embora vá muito além: ele buscará deslocar a experiência da simulação a cenários de tomada de decisões no mundo real, explorando aplicativos de infraestrutura, logística e transporte.



Fonte: Infobae e Improbable

(http://www.infobae.com/tendencias/innovacion/2017/05/17/la-matrix-sera-una-realidad-una-empresa-recibio-502-millones-de-dolares-para-crearla/)

(https://improbable.io/)



Infobae - Site Fonte



Site da Empresa IMPROBABLE



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sexta-feira, 9 de junho de 2017

República Tcheca encena 'Batalha dos Cinco Exércitos' de 'O Hobbit'


República Tcheca encena 'Batalha dos Cinco Exércitos' de 'O Hobbit'



Centenas de pessoas recriaram cena épica do clássico de J. R. R. Tolkien.
(AS FOTOS ABAIXO ESTÃO EM BOA QUALIDADE)


centenas de fãs participaram ESTE ANO em um sábado de MAIO (27/05/2017) de uma encenação da antológica Batalha dos Cinco Exércitos da ficção "O Hobbit", de J. R. R. Tolkien, em uma floresta perto da cidade de Doksy, na República Tcheca.



O livro foi publicado pela primeira vez em 1937 e depois adaptado para o cinema. Veja fotos:


República Tcheca encena 'Batalha dos Cinco Exércitos' de 'O Hobbit' (Foto: David @ Cerny/Reuters)



República Tcheca encena 'Batalha dos Cinco Exércitos' de 'O Hobbit' (Foto: David @ Cerny/Reuters)



República Tcheca encena 'Batalha dos Cinco Exércitos' de 'O Hobbit' (Foto: David @ Cerny/Reuters)



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República Tcheca encena 'Batalha dos Cinco Exércitos' de 'O Hobbit' (Foto: David @ Cerny/Reuters)



República Tcheca encena 'Batalha dos Cinco Exércitos' de 'O Hobbit' (Foto: David @ Cerny/Reuters)


Fonte: Gizmodo
(http://io9.gizmodo.com/czech-tolkien-fans-stage-enthusiastic-battle-of-five-ar-1709557239)



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sexta-feira, 9 de junho de 2017

O que explica as quedas dos astronautas na Lua ?


O que explica as quedas dos astronautas na Lua ?



Gravidade lunar impedia o corpo de se orientar corretamente. Entenda o porquê.


Em 20 de julho de 1969, a humanidade pôde ver, ao vivo, a chegada do primeiro homem à Lua. Nas missões seguintes de alunissagem, foi possível observar como os astronautas tropeçavam vez ou outra no solo lunar. Recentemente, a Agência Espacial Europeia realizou uma pesquisa que explica o porquê das quedas dos astronautas.



Chegada do Homem na LUA - 16 de julho de 1969


Os pesquisadores recrutaram dez voluntários – cinco homens e cinco mulheres –, que foram colocados em um simulador que imita as condições gravitacionais e atmosféricas da Lua. O experimento determinou que os seres humanos precisam de pelo menos 15% da gravidade terrestre (às vezes mais) para poderem se manter erguidos. Como a Lua possui pouco mais do que isso - apenas 17% - fica muito difícil se manter em pé por muito tempo.



Laurence Harris, responsável pela pesquisa, acredita que é fundamental preparar os futuros astronautas para os desafios específicos de cada missão. Desse modo, é possível evitar acidentes causados pela desorientação em um ambiente desconhecido.



Fonte: Infobae
(http://www.infobae.com/salud/ciencia/2017/05/22/descubrieron-por-que-los-astronautas-se-caian-todo-el-tiempo-en-la-luna/?outputType=amp-type)



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quinta-feira, 8 de junho de 2017

Gelo combustível - A promissora fonte de energia que a China extraiu do fundo do mar


Gelo combustível - A promissora fonte de energia que a China extraiu do fundo do mar


Embora pareça com gelo, o hidrato de metano é inflamável (Foto: USGS)

Imensa reserva energética de hidratos de metano poderia substituir o petróleo e o gás natural; país asiático deu grande passo ao extrair grandes quantidades do composto.


China anunciou ter extraído do fundo do Mar da China Meridional uma quantidade considerável de hidrato de metano, também conhecido como gelo combustível, que é tido por muitos como o futuro do abastecimento de energia.


Hidrato de Metano - Combustível no gelo

Num comunicado emitido na semana passada, autoridades do país asiático comemoraram o feito. Isso porque a tarefa é considerada altamente complexa, e já tinha sido alvo de tentativas pelo Japão e pelos Estados Unidos, sem muito sucesso.

Mas o que é exatamente esse composto e por que ele é considerado chave como uma promissora fonte de energia no mundo?


Reservas imensas
O gelo combustível ou gelo inflamável é uma mistura gelada de água e gás.
"Parecem cristais de gelo, mas quando se olha mais de perto, a nível molecular, veem-se as moléculas de metano dentro das moléculas de água", explica à BBC Praven Linga, professor do Departamento de Engenharia Química e Biomolecular da Universidade Nacional de Cingapura.



Distribuição global de reservas de hidratos de metano

Conhecidos como hidratos de metano, formam-se a temperaturas muito baixas, em condições de pressão elevada. São encontrados em sedimentos do fundo do mar e ou abaixo do permafrost, a camada de solo congelada dos polos.

O gás encapsulado dentro do gelo torna os hidratos inflamáveis, mesmo a baixíssimas temperaturas. Essa combinação rendeu-lhe o apelido de "gelo de fogo".

Quando se reduz a pressão ou se eleva a temperatura, os hidratos se decompõem em água e metano. Um metro cúbico dessa substância libera cerca de 160 metros cúbicos de gás - ou seja, trata-se de um combustível de grande potencial energético.

O problema, no entanto, é que extrair esse gás é um processo que, por si só, consome muita energia.


Países pioneiros
Os hidratos de metano foram descobertos no norte da Rússia nos anos 1960, mas foi há apenas dez ou 15 anos que começou a pesquisa sobre como extrai-lo dos sedimentos marinhos.



Tipos de depósitos de hidrato de metano - Types of methane hydrate deposits

O Japão foi pioneiro na exploração devido à sua carência de fontes de energia natural. Outros países líderes na prospecção de gelo combustível são Índia e Coreia do Sul, que tampouco têm reservas próprias de petróleo.

Americanos e canadenses também são bastante atuantes neste sentido - o foco de suas explorações tem sido nos hidratos de metano abaixo do permafrost do norte do Alasca e Canadá.


Por que importa?
Pesquisadores acreditam que os hidratos de metano têm o potencial de se tornar uma fonte de energia revolucionária que poderia ser fundamental para suprir necessidades energéticas no futuro.

Existem grandes depósitos abaixo dos oceanos do globo, sobretudo nas extremidades dos continentes. Atualmente, vários países estão buscando maneiras de extraí-lo de forma segura e rentável.



El mapa de um nuevo bom energético

A China descreveu a extração feita na semana passada como "um feito importante".

Praven Linga compartilha dessa visão: "Em comparação com os resultados que temos visto na pesquisa japonesa, os cientistas chineses conseguiram extrair uma quantidade muito maior de gás".

"É certamente um passo importante em tornar viável a extração de gás dos hidratos de metano", acrescentou.

Estima-se que sejam encontradas dez vezes mais gás nos hidratos de metano do que no xisto, do qual pode ser extraído gás natural e óleo e também tem servido como alternativa energética.

"E essa é uma estimativa conservadora", ressalva Linga.

A China descobriu o gelo combustível no Mar da China Meridional em 2007 - uma área cuja soberania tem sido disputada entre o país, o Vietnã e as Filipinas.

Pequim reclama domínio sobre a área, alegando ter o direito de exploração de todas as potenciais reservas naturais escondidas abaixo da superfície.


Futuro
Embora o êxito da China seja um avanço importante, esse é apenas um passo de um longo caminho.

"É a primeira vez que os índices de produção são realmente promissores", disse Linga. "Mas acreditamos que só em 2025, na melhor das hipóteses, poderemos considerar realistas as opções comerciais", acrescenta.


Producción de gas natural a partir de hidrato de metano


Segundo a imprensa chinesa, eles conseguiram extrair, da região de Shenhu, uma média de 16 mil metros cúbicos de gás de elevada pureza por dia.

Linga ainda ressalta que as empresas que potencialmente operem na exploração do material devem seguir condutas bastante rígidas de controle para se evitar danos ambientais.

O perigo é que o metano escape, e isso teria consequências graves para o aquecimento global, já que se trata de um gás com um potencial de impacto sobre as mudanças climáticas muito maior do que o dióxido de carbono.


Prisión de agua - Prisão de água



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sábado, 27 de maio de 2017

Retrogames - Jogos que não esquecemos jamais


Retrogames - Jogos que não esquecemos jamais



Em meio aos amantes dos jogos eletrônicos cada vez mais tecnológicos, existem diversas comunidades que buscam a experiência dos games clássicos. Esse tipo de jogador é chamado de retrogamer, especialista em jogos antigos.


Não há um consenso sobre a definição de retrogame, entretanto a definição mais aceita é a que um console se torna “clássico”, quando ele deixa de ser fabricado. Fãs deste tipo de jogos valorizam o jogo em si, o que eles chamam de gameplay, a nostalgia e os desafios dos jogos "retrô" que, segundo eles, eram muitos mais difíceis do que os games atuais.

Segue abaixo a listagem dos CONSOLES e JOGOS (Emuladores e Roms) que não podem faltar no seu pendrive:

Atari 2600 | Sega Master System | Nintendo NES | Super Nintendo SNES | TurboGrafX



Atari 2600 (772 Jogos Listados)


Atari 2600 é um videogame projetado por Jay Miner e lançado em 11 de setembro de 1977
nos Estados Unidos e em 1983 no Brasil. Considerado um símbolo cultural dos anos 80


1 - 2Pak Black - Challenge - Surfing | 2 - 2Pak Green - Hoppy - Alien Force | 3 - 2Pak Yellow - Star Warrior - Frogger | 4 - 32-in-1 (PAL)

5 - 3D Tic-Tac-Toe (1) | 6 - 3D Tic-Tac-Toe (2) | 7 - 3D Tic-Tac-Toe (32 in 1) (PAL) | 8 - A Misterious Thief (CCE)

9 - A-Team | 10 - Acid Drop | 11 - Action Man | 12 - Adventure

13 - Adventures of Tron | 14 - AdventuresOnGX12 | 15 - Air Raid | 16 - Air Raiders

17 - Air-Sea Battle (1) | 18 - Air-Sea Battle (2) | 19 - Air-Sea Battle (32 in 1) (PAL) | 20 - Airlock

21 - Alien's Return | 22 - Alien | 23 - AlligatorPeople | 24 - Alpha Beam with Ernie

25 - Amidar | 26 - Angling | 27 - Apples and Dolls (CCE) | 28 - Aquaventure

29 - Armor Ambush | 30 - Artillery Duel (1) | 31 - Assault | 32 - Asterix

33 - ASTEROID | 34 - Asteroids | 35 - ASTRBLST | 36 - Astro War

37 - Astroblast | 38 - Astrowar | 39 - Atari 2600 Invaders (hack) | 40 - Atari Video Cube

41 - Atlantis (Activision) (1) | 42 - Atlantis2 | 43 - Autorennen (Grand Prix) | 44 - Bachellorette Party

45 - Bachelor | 46 - Backfire | 47 - Backgammon | 48 - Bank Heist

49 - Barnstorming | 50 - Base Attack (PAL) | 51 - Basic Programming | 52 - Basketball (32 in 1) (PAL)

53 - Basketball (4k version) | 54 - Battlezone | 55 - Beamrider (2) | 56 - Beany Bopper

57 - Beat 'Em and Eat 'Em | 58 - Berenstain Bears (Coleco) | 59 - Bermuda Triangle | 60 - Bermuda

61 - Berzerk | 62 - Berzerkvoice | 63 - Bi! Bi! (PAL) | 64 - Big Bird's Egg Catch

65 - Bionic Breakthrough | 66 - Blackjack (1) | 67 - Blackjack (2) | 68 - Blackjack (32 in 1) (PAL)

69 - BloodyHumanFreeway_NTSC | 70 - Blueprint | 71 - BMX Airmaster | 72 - Bobby is Going Home (CCE)

73 - Bogey Blaster | 74 - Boggle | 75 - Boing! (alt 1) (PD) | 76 - Boing! (PD)

77 - Boom Bang | 78 - Bowling (1) | 79 - Bowling (2) | 80 - Bowling (32 in 1) (PAL)

81 - Bowling (4k version) | 82 - Boxing (1) | 83 - Boxing (2) | 84 - Boxing (32 in 1) (PAL)

85 - Brain Games (1) | 86 - Brain Games (2) | 87 - Breakdown | 88 - Breakout - Breakaway IV (1)

89 - Breakout - Breakaway IV (2) | 90 - Brick Kick | 91 - Bridge | 92 - Buck Rogers - Planet of Zoom

93 - Bugs Bunny | 94 - Bugs | 95 - Bumpnjump | 96 - Burgertime

97 - Burning Desire | 98 - Cakewalk | 99 - California Games | 100 - Canyon Bomber (4k version)

101 - Carnival | 102 - Casino | 103 - Cat Trax | 104 - Cathouse Blues

105 - Catmouse | 106 - Centipede | 107 - Challenge (Alt) | 108 - Challenge of...NEXAR

109 - Chase the Chuckwagon | 110 - Checkers (32 in 1) (PAL) | 111 - Checkers (Activision) | 112 - China Syndrome

113 - Chopper Command (CCE) | 114 - Chuck Norris Superkicks | 115 - Chuckick | 116 - Chuckwgn

117 - Circus Atari | 118 - Circus-j | 119 - Climber5_NTSC | 120 - Clown Downtown (PAL)

121 - Coconuts | 122 - Code Breaker (1) | 123 - Code Breaker (2) | 124 - Coke Wins

125 - Coln | 126 - Color Bar Generator | 127 - Colors Demo | 128 - Combat (32 in 1) (PAL)

129 - Combat - Tank Plus (4k Version) | 130 - Combat2 | 131 - Commando Raid | 132 - Commando

133 - Concentration | 134 - Condor Attack | 135 - CONDOR | 136 - Confrontation

137 - Congbong | 138 - Congo Bongo | 139 - Conquest of Mars | 140 - Cookie Monster Munch

141 - Corrida da Matematica (CCE) | 142 - Cosmic Ark (CCE) | 143 - Cosmic Commuter | 144 - Cosmic Corridor

145 - Cosmic Creeps | 146 - Cosmic Swarm (32 in 1) (PAL) | 147 - Cosmic Swarm (4k Version) | 148 - Cosmic Swarm

149 - Cracked | 150 - Crackpots | 151 - Crash Dive | 152 - Crazy Climber

153 - Crazyballoon-ntsc | 154 - CrazyValet | 155 - Criminal Pursuit | 156 - Cross Force

157 - Crossbow | 158 - Cruise Missile | 159 - Crusmisl | 160 - Crypts of Chaos

161 - Crystal Castles | 162 - Cubicolor | 163 - Cubo Magico (CCE) | 164 - Custerev

165 - Dancing Plate (PAL) | 166 - Darkcham | 167 - Darkcvrn | 168 - Darkmage

169 - Deadly Duck | 170 - Death Trap | 171 - Decathlon | 172 - Defender 2 (16K version)

173 - Defender 2 | 174 - Defender | 175 - Demolition Herby | 176 - Demon Attack (Activision)

177 - Demons to Diamonds | 178 - Desert Falcon | 179 - Dethstar | 180 - Dice Puzzle

181 - Dig Dug | 182 - Dishastr | 183 - Dodge Em | 184 - Dolphin

185 - Donald Duck's Speedboat | 186 - Donkey Kong Jr. (CCE) | 187 - Donkey Kong | 188 - Double Dragon

189 - Double Dunk | 190 - Dragon Defender | 191 - Dragonfire | 192 - Dragster (1)

193 - Dragster (2) | 194 - Drgndfnd | 195 - Dschungle Boy (Pitfall) | 196 - Duck Shoot (PAL)

197 - Dukes of Hazzard | 198 - Dukes_v2 | 199 - Dumbo's Flying Circus | 200 - Dune

201 - E.T. | 202 - Earth Dies Screaming | 203 - Eggomania | 204 - ElevatorAction

205 - Eliladdr | 206 - Elk Attack | 207 - Encounter at L5 | 208 - Enduro

209 - Entity | 210 - Entombed | 211 - Espial | 212 - Euchre

213 - EuchrePAL | 214 - Ewok Adventure (Parker Bros, Thomas Jentzsch) (NTSC) | 215 - Ewokadvn | 216 - Exocet

217 - F-14 Tomcat Flight Simulator | 218 - Falldown_ntsc | 219 - Fantastic Voyage | 220 - Farmyard Fun

221 - Fast Eddie | 222 - Fast Food | 223 - Fatal Run | 224 - Fathom

225 - Fighterp | 226 - Final Approach | 227 - Fire Birds | 228 - Fire Fighter

229 - Fire Fly | 230 - Fire Spinner | 231 - Fishing Derby (16k Version) | 232 - Fishing Derby (32 in 1) (PAL)

233 - Fishing Derby (pirate) (32 in 1) (PAL) | 234 - Flag Capture (32 in 1) (PAL) | 235 - Flag Capture | 236 - FlapPing

237 - Flash Gordon | 238 - Flashgrd | 239 - Football (1) | 240 - Football (2)

241 - Football (32 in 1) (PAL) | 242 - Foozball | 243 - Forest (PAL) | 244 - Fotr

245 - Frankenstein's Monster | 246 - Freeway (1) | 247 - Freeway (2) | 248 - Freeway (32 in 1) (PAL)

249 - Freeway (pirate) (32 in 1) (PAL) | 250 - Frogflys | 251 - Frogger II - Threedeep! | 252 - Frogger

253 - Frogpond | 254 - Frontline | 255 - Frostbite | 256 - Fun with Numbers (32 in 1) (PAL)

257 - Fun With Numbers | 258 - G.I. Joe - Cobra Strike | 259 - Galaga | 260 - Galaxian

261 - Game of Concentration | 262 - Gangster Alley | 263 - Garfield | 264 - Gas Hog

265 - Gauntlet | 266 - Ghost Manor (1) | 267 - Ghost Manor (2) | 268 - Ghostbusters II

269 - Ghostbusters | 270 - Ghostman | 271 - Gigolo | 272 - Glacier Patrol

273 - Glib | 274 - GoFish_NTSC | 275 - Golf (1) | 276 - Golf (2)

277 - Golf (32 in 1) (PAL) | 278 - Golf | 279 - Gopher | 280 - Gorf

281 - Grand Prix (16k Version) | 282 - Gravitar | 283 - Great Escape | 284 - Gremlins

285 - Grover's Music Maker | 286 - Guardian | 287 - GUNNTSC | 288 - Gyruss

289 - H.E.R.O. | 290 - Halloween | 291 - Hangman | 292 - Harbor Escape

293 - Haunted House | 294 - Hole Hunter | 295 - Holey Moley | 296 - Home Run Baseball (1)

297 - Home Run Baseball (2) | 298 - Homerun (32 in 1) (PAL) | 299 - Human Cannonball (32 in 1) (PAL) | 300 - Human Cannonball - Cannon Man (1)

301 - Human Cannonball - Cannon Man (2) | 302 - I Want My Mommy | 303 - I.Q. 180 | 304 - Ice Hockey

305 - Ikari Warriors | 306 - Imagic Selector | 307 - Immies and Aggies | 308 - IncaGold_Zellers

309 - Indy 500 (4k Version) | 310 - Infiltrate | 311 - International Soccer | 312 - INV+

313 - INV | 314 - Iq180 | 315 - Ixion | 316 - James Bond 007

317 - Jammed | 318 - Jawbreaker | 319 - Jediaren | 320 - Journey Escape

321 - Joust | 322 - JoustPong | 323 - Jrpacman | 324 - Jungle Fever

325 - Jungle Hunt | 326 - Kaboom! (1) | 327 - Kaboom! (2) | 328 - Kamisauc

329 - Kangaroo | 330 - Karate | 331 - Keystone Kapers | 332 - King Kong

333 - Klax | 334 - Knight on the Town | 335 - Kool Aid Man | 336 - Krull

337 - Kung Fu Master | 338 - Kung Fu | 339 - Labyrinth | 340 - Lady in Wading

341 - Laser Blast (1) | 342 - Laser Blast (2) | 343 - Laser Blast (32 in 1) (PAL) | 344 - Laser Gates

345 - LASRGATE | 346 - Lasrvoly | 347 - Lochjaw | 348 - Lock n Chase

349 - London Blitz | 350 - Looping | 351 - LordOfTheRings | 352 - LOSTLUGG

353 - M.A.D. | 354 - M.A.S.H. | 355 - Magicard | 356 - Malagai

357 - Mangia | 358 - Marauder | 359 - Marine Wars | 360 - Marineflieger (PAL)

361 - MARIOBRO | 362 - Master Builder | 363 - Masters of the Universe - The Power of He-Man | 364 - Math Gran Prix

365 - Maze Craze | 366 - McDonalds | 367 - Mc_ntsc_7_26_3 | 368 - Mc_pal_4_28_3

369 - Mega Force | 370 - Megamania | 371 - Meltdown | 372 - Meteor Defence

373 - Midnight Magic | 374 - Millipede | 375 - MindMaze | 376 - Miner 2049er

377 - Mines of Minos | 378 - Minesweeper | 379 - Miniature Golf (32 in 1) (PAL) | 380 - Miniature Golf - Arcade Golf (1)

381 - Miniature Golf - Arcade Golf (2) | 382 - MINRVOL2 | 383 - MIN_GOLF | 384 - Missile Command

385 - Missile Control | 386 - Mission 3000 A.D. | 387 - Misspig | 388 - Mogul Maniac

389 - MondoPong | 390 - Monstercise | 391 - Montezuma's Revenge | 392 - Moon Patrol

393 - Moonsweeper | 394 - Moto Laser (CCE) | 395 - Motocross Racer - Joystik | 396 - Motocross Racer

397 - Motocross | 398 - Motorodeo | 399 - Mouse Trap | 400 - Mr. Do!'s Castle

401 - Mr. Do! | 402 - Mr. Postman | 403 - Ms. Pac-Man | 404 - MTNKING

405 - Multi-Sprite Demo | 406 - Music Machine | 407 - My Golf | 408 - NAMEGAME

409 - Nexar | 410 - NGHTMARE | 411 - Night Driver (4k Version) | 412 - Night Stalker

413 - Nightmare | 414 - No Escape! (1) | 415 - Nuts | 416 - Obelix

417 - Ocean City Defender | 418 - Octopus | 419 - Off Your Rocker | 420 - Ofthwall

421 - Oink! | 422 - Okie Dokie | 423 - Omegarac | 424 - Open Sesame

425 - Oscar's Trash Race | 426 - Othello (32 in 1) (PAL) | 427 - Out of Control | 428 - Outerspc

429 - Outlaw (32 in 1) (PAL) | 430 - Outlaw - GunSlinger (2) | 431 - Oystron | 432 - Pac Kong

433 - Pac-Man (hack) | 434 - Pac-Man | 435 - Pac-Space | 436 - Panda Chase

437 - Parachute | 438 - Peek-A-Boo | 439 - Pele's Championship Soccer (pirate) | 440 - Pele's Championship Soccer

441 - Pele | 442 - Pengo | 443 - Pete Rose Baseball | 444 - Phantom Tank (PAL)

445 - Phantompanzer | 446 - Pharoah's Curse | 447 - Philly Flasher | 448 - Phoenix

449 - Pick 'n Pile | 450 - PickUp | 451 - Picnic | 452 - Piece o' Cake

453 - Pigs in Space | 454 - Pitfall II - Lost Caverns (10K version) | 455 - Pitfall! (Beta) | 456 - Pitfall! No Walls Hack

457 - Pitfall! | 458 - PizzaChef | 459 - Planet Patrol | 460 - PlanetOfTheApes

461 - Plaque Attack | 462 - Pleiades | 463 - Poker_squares | 464 - Polaris

465 - Pole Position | 466 - Polo | 467 - Pompeii | 468 - Pooyan

469 - Popeye | 470 - Porky's | 471 - Pressgge | 472 - Pressure Cooker

473 - Private Eye | 474 - Puzzle (Taiwan) | 475 - Pyramid War | 476 - Q-bert's Qubes (2)

477 - Q-bert | 478 - Qb215NTSC | 479 - Qb215PAL | 480 - Qb215STELLA

481 - Quadrun | 482 - Quest for Quintana Roo | 483 - Quick Step! | 484 - Rabbittr

485 - Racquetball | 486 - Radarlok | 487 - Raft Rider | 488 - Raiders of the Lost Ark

489 - Rainbow Invaders NTSC | 490 - Ram It | 491 - Rampage! | 492 - Reactor

493 - RealSports Baseball | 494 - RealSports Boxing | 495 - RealSports Football | 496 - RealSports Soccer

497 - RealSports Tennis (1) | 498 - RealSports Volleyball | 499 - Rescue Bira Bira | 500 - Rescue Terra I

501 - Resgate Espacial (CCE) | 502 - Revenge of the Beefsteak Tomatoes | 503 - RevengeOfTheApes | 504 - Riddle of the Sphinx

505 - River Patrol | 506 - River Raid (16k Version) | 507 - River_tw | 508 - Rivraid2

509 - Road Runner | 510 - Robin Hood | 511 - Robnhood | 512 - Robot Fight

513 - Robot Tank | 514 - Roc n' Rope | 515 - Room of Doom | 516 - RubiksCube3D

517 - RushHour | 518 - Saboteur | 519 - Sagent | 520 - Save Our Ship

521 - SaveMary_NTSC | 522 - SaveTheWhales | 523 - Scsi130-cge2k1 | 524 - Scsi130sp-cge2k1

525 - Scsi200_NTSC | 526 - SCUDIV_P | 527 - Sea Hawk (CCE) | 528 - Sea Hunt

529 - Sea Monster (PAL) | 530 - Seantsc | 531 - Seaquest | 532 - SECRETQ

533 - Seesaw (Taiwan) | 534 - Sentinel | 535 - Shark Attack | 536 - Shootacd

537 - Shootin' Gallery | 538 - Shuttle Orbiter | 539 - Sinistar | 540 - Sir Lancelot

541 - Skateboardin' | 542 - Skeet Shoot (1) | 543 - Skeet Shoot (2) | 544 - Skel-pal

545 - Skeleton | 546 - SkelPlus | 547 - SkelPPAL | 548 - Ski Hunt

549 - Ski Run | 550 - Skiing (1) | 551 - Skiing (2) | 552 - Skiing (32 in 1) (PAL)

553 - Sky Diver (32 in 1) (PAL) | 554 - Sky Diver | 555 - Sky Jinks (4k version) | 556 - Sky Patrol (Prototype)

557 - Sky Skipper | 558 - Slot Machine (32 in 1) (PAL) | 559 - Slot Machine | 560 - Slot Racers (32 in 1) (PAL)

561 - Slot Racers - Maze (1) | 562 - Slot Racers - Maze (2) | 563 - SMRFSAVE | 564 - Smurfs - Rescue in Gargamel's Castle

565 - Snail Against Squirrel (CCE) | 566 - Sneek n Peek | 567 - Snoopy and the Red Baron | 568 - Snow_wht

569 - Snthcart | 570 - Soccer (Unlicensed) | 571 - Solar Fox | 572 - Solar Storm

573 - Solaris | 574 - SolarPlexus | 575 - Sorcerer's Apprentice | 576 - Sorcerer

577 - SP-DL | 578 - Space Attack | 579 - Space Canyon | 580 - Space Cavern

581 - Space Invaders (hack) | 582 - Space Invaders | 583 - Space Jockey (32 in 1) (PAL) | 584 - Space Jockey (4K version)

585 - Space Jockey | 586 - Space Raid | 587 - Space Robot | 588 - Space Shuttle

589 - Space Tunnel (PAL) | 590 - Space Tunnel (Taiwan) | 591 - Space War (32 in 1) (PAL) | 592 - Space War (4k Version)

593 - Space War | 594 - SpaceAdventure_Zellers | 595 - Spacechase | 596 - SpaceMaster X-7

597 - Spider Fighter (16k Version) | 598 - Spider Fighter | 599 - Spider-Man | 600 - Spiderdroid

601 - Spidermz | 602 - Spike's Peak | 603 - Spitfire Attack | 604 - Springer

605 - Sprintmaster | 606 - Spy Hunter | 607 - Squeeze Box | 608 - Squoosh

609 - Sssnake | 610 - Stampede (1) | 611 - Stampede (2) | 612 - Stampede (32 in 1) (PAL)

613 - Star Fox | 614 - Star Raiders | 615 - Star Ship - Outer Space (1) | 616 - Star Ship - Outer Space (2)

617 - Star Strike | 618 - Star Trek - Strategic Operations Simulator | 619 - Star Voyager | 620 - Star Wars - Death Star Battle

621 - Star Wars - Empire Strikes Back | 622 - Star Wars - Jedi Arena | 623 - Star Wars - The Arcade Game | 624 - STAREMPR

625 - Stargate (1) | 626 - STARGN | 627 - Starmaster | 628 - Starpath - Communist Mutants From Space

629 - Starpath - Dragonstomper | 630 - Starpath - Escape from the Mindmaster | 631 - Starpath - Fireball | 632 - Starpath - Frogger (Official version by Sega)

633 - Starpath - Killer Satellites | 634 - Starpath - Party Mix | 635 - Starpath - Phaser Patrol | 636 - Starpath - Rabbit Transit

637 - Starpath - Suicide Mission | 638 - Starpath - Survival Island | 639 - Starpath - Sweat! - The Decathalon Game | 640 - Starpath - Sword Of Saros

641 - STARTREK | 642 - STARVYGR | 643 - Steeplechase (1) | 644 - Steeplechase (2)

645 - Stell-A-Sketch | 646 - Stellar Track | 647 - Stntman | 648 - Strategy X

649 - StratOGemsDeluxe | 650 - Strawberry Shortcake Musical Match-Ups | 651 - Street Racer - Speedway II (2) | 652 - Stronghold

653 - Stunt | 654 - Sub Scan | 655 - Submarine Commander | 656 - Subterrenea

657 - Summer Games | 658 - Super Baseball | 659 - Super Box (CCE) | 660 - Super Breakout

661 - Super Challenge Baseball | 662 - Super Challenge Football | 663 - Super Cobra | 664 - Super Ferrari

665 - Super Futebol | 666 - Superman (1) | 667 - Suprman2 | 668 - Surf's Up

669 - Surfer's Paradise - But Danger Below! | 670 - Surround (32 in 1) (PAL) | 671 - Surround (4k version) | 672 - Survival Run

673 - SWARCADE | 674 - Swoops! (v0.96) (PAL) | 675 - Swoops! (v0.96) | 676 - SwordQuest - Earthworld

677 - SwordQuest - Fireworld | 678 - SwordQuest - Waterworld | 679 - T.F. Space Invaders | 680 - Tacscan

681 - Tanks But No Tanks | 682 - Tapeworm | 683 - Tapper | 684 - Targ (CBS)

685 - Task Force | 686 - Tax Avoiders | 687 - Taz | 688 - Teddy Apple

689 - Telepathy | 690 - Tempst26 | 691 - Tennis (1) | 692 - Tennis (2)

693 - Tennis (32 in 1) (PAL) | 694 - Test | 695 - Testcart | 696 - Tetris 2600

697 - Texas Chainsaw Massacre | 698 - This Planet Sucks | 699 - Threshhold | 700 - Thrust v1.26 (PD)

701 - Thrust+ | 702 - Thrust | 703 - Thunderground | 704 - Time Machine

705 - Time Pilot (1) | 706 - Time Race | 707 - Time Warp | 708 - Title Match Pro Wrestling (1)

709 - Tom Boy | 710 - Tomarc the Barbarian | 711 - Tooth Protectors | 712 - Towering Inferno

713 - Tps | 714 - Track and Field | 715 - Traffic | 716 - Treasure Below (Video Gems, Thomas Jentzsch) (NTSC)

717 - Treat | 718 - Treat_ntsc | 719 - Trick Shot | 720 - Tron - Deadly Discs

721 - Tuby Bird | 722 - Tunlrunr | 723 - Turmoil | 724 - Tutankham

725 - UFO Patrol | 726 - Universal Chaos (PAL) | 727 - UniversalProto | 728 - UnknownActivision1_NTSC

729 - UnknownActivision2_NTSC | 730 - Up n Down | 731 - Vanguard | 732 - VaultAssault

733 - VenetianBlinds_NTSC | 734 - Venture | 735 - Vg_survi | 736 - Video Checkers

737 - Video Chess | 738 - Video Cube (CCE) | 739 - Video Jogger | 740 - Video Olympics - Pong Sports (1)

741 - Video Olympics - Pong Sports (2) | 742 - Video Pinball | 743 - Video Reflex | 744 - Video Time Machine

745 - Vidpin | 746 - VultureAttack_KTel | 747 - Wabbit | 748 - Walker

749 - Wall Ball | 750 - Wall Defender | 751 - Warlords | 752 - Warplock

753 - Warworm | 754 - Weltraum Tunnel | 755 - Wing War | 756 - Wings_6-3-83

757 - Winter Games | 758 - Wizard of Wor | 759 - Wizard | 760 - Word Zapper

761 - Words | 762 - World End | 763 - Worm War I | 764 - X-Doom

765 - X-Man (1) | 766 - Xenophob | 767 - Xevious | 768 - Yahtzee

769 - Yar's Revenge (1) | 770 - Z-Tack | 771 - Zaxxon | 772 - Zoo Fun



Atari - Stone Age / Galaxian

Atari 2600 | Sega Master System | Nintendo NES | Super Nintendo SNES | TurboGrafX



Sega Master System (368 Jogos Listados)



Master System (????????, Masutã Shisutemu?) é um console de videogame
de 8-bits produzido pela Sega, para concorrer com o Nintendo Entertainment System.


1 - Ace of Aces (UE) [!] | 2 - Action Fighter (UE) [!] | 3 - Addams Family, The (UE) [!] | 4 - Aerial Assault (UE) [!]

5 - After Burner (UE) [!] | 6 - Air Rescue (UE) [!] | 7 - Aladdin (UE) [!] | 8 - Aleste (JUE) [!]

9 - Alex Kidd - The Lost Stars (UE) [!] | 10 - Alex Kidd BMX Trial (UE) [!] | 11 - Alex Kidd in High Tech World (UE) [!] | 12 - Alex Kidd in Miracle World (UE) [!]

13 - ALF (UE) [!] | 14 - Alien 3 (UE) [!] | 15 - Alien Storm (UE) [!] | 16 - Alien Syndrome (UE) [!]

17 - Altered Beast (UE) [!] | 18 - American Baseball (JE) [!] | 19 - American Pro Football (UE) [!] | 20 - Andre Agassi Tennis (UE) [!]

21 - Arcade Smash Hits (UE) [!] | 22 - Assault City - Light Phaser Version (U) [!] | 23 - Assault City - Pad Version (E) [!] | 24 - Asterix (UE) [!]

25 - Asterix and the Great Rescue (UE) [!] | 26 - Asterix and the Secret Mission (UE) [!] | 27 - Astro Warrior & Pit Pot (UE) [!] | 28 - Astro Warrior (UE) [!]

29 - Aztec Adventure - The Golden Road to Paradise (UE) [!] | 30 - Back to the Future 2 (UE) [!] | 31 - Back to the Future 3 (UE) [!] | 32 - Baku Baku Animals (UE) [!]

33 - Bank Panic (SG-1000) [!] | 34 - Bank Panic (UE) [!] | 35 - Bart vs. the Space Mutants (UE) [!] | 36 - Bart vs. the World (UE) [!]

37 - Basket Ball Nightmare (UE) [!] | 38 - Batman Returns (UE) | 39 - Battle Out Run (UE) [!] | 40 - Battlemaniacs (Brazil) [!]

41 - Black Belt (UE) [!] | 42 - Black Onyx, The (SG-1000) [!] | 43 - Blade Eagle 3D (UE) [!] | 44 - Bomber Raid (UE) [!]

45 - Bonanza Bros (UE) [!] | 46 - Bonkers Wax Up! (UE) [!] | 47 - Borderline (SG-1000) | 48 - Borgman (JUE) [!]

49 - Bram Stoker's Dracula (UE) [!] | 50 - Bubble Bobble (UE) [!] | 51 - Buggy Run (UE) [!] | 52 - California Games (UE) [!]

53 - California Games 2 (UE) [!] | 54 - Captain Silver (E) [!] | 55 - Captain Silver (U) [!] | 56 - Casino Games (UE) [!]

57 - Castelo Ra Tin Bum (Brazil) [!] | 58 - Castle, The (SG-1000) | 59 - Chack'n Pop (SG-1000) | 60 - Champion Baseball (SG-1000)

61 - Champion Billards (SG-1000) [!] | 62 - Champion Pro Wrestling (SG-1000) [!] | 63 - Champion Soccer (SG-1000) | 64 - Champions of Europe (UE) [!]

65 - Championship Golf (SG-1000) | 66 - Championship Hockey (UE) [!] | 67 - Chapolim x Dracula - Um Duelo Assustador (Brazil) [!] | 68 - Cheese Cat-astrophe (UE) [!]

69 - Choplifter (SG-1000) [!] | 70 - Choplifter (UE) [!] | 71 - Chuck Rock (U) [!] | 72 - Chuck Rock 2 (UE) [!]

73 - Cloud Master (JUE) | 74 - Columns (UE) [!] | 75 - Congo Bongo (SG-1000) | 76 - Cool Spot (UE) [!]

77 - Cosmic Spacehead (UE) [!] | 78 - Cyber Shinobi (UE) [!] | 79 - Cyborg Hunter (UE) [!] | 80 - Daffy Duck in Hollywood (UE) [!]

81 - Danan the Jungle Fighter (UE) [!] | 82 - Dead Angle (UE) [!] | 83 - Deep Duck Trouble (UE) [!] | 84 - Desert Speedtrap (UE) [!]

85 - Desert Strike (UE) [!] | 86 - Dick Tracy (UE) [!] | 87 - Dodgeball King (Korean) | 88 - Double Dragon (UE) [!]

89 - Double Hawk (UE) [!] | 90 - Dr. Robotnik's Mean Bean Machine (UE) [!] | 91 - Dragon - The Bruce Lee Story (UE) [!] | 92 - Dragon Crystal (UE) [!]

93 - Dragon Wang (SG-1000) (Ver-A) | 94 - Dragon Wang (SG-1000) (Ver-B) | 95 - Drol (SG-1000) | 96 - Dynamite Duke (UE) [!]

97 - Dynamite Dux (UE) [!] | 98 - E-SWAT - City Under Siege (UE) [!] | 99 - Ecco the Dolphin (UE) | 100 - Ecco the Dolphin - Tides of Time (Brazil)

101 - Elevator Action (SG-1000) [!] | 102 - Enduro Racer (UE) [!] | 103 - European SMS BIOS (Sonic the Hedgehog) (E) [!] | 104 - Exerion (SG-1000) [!]

105 - F-16 Fighting Falcon (UE) [!] | 106 - F1 Championship (UE) [!] | 107 - Fantasy Zone (UE) [!] | 108 - Fantasy Zone 2 - The Tears of Opa-Opa (UE) [!]

109 - Fantasy Zone 3 - The Maze (UE) [!] | 110 - Felipe em Acao (Brazil) | 111 - Ferias Frustradas do Picapau (Brazil) | 112 - Fire & Forget 2 (UE) [!]

113 - Flash, The (UE) [!] | 114 - Flicky (SG-1000) | 115 - Flintstones, The (UE) [!] | 116 - Forgotten Worlds (UE) [!]

117 - G-Loc Air Battle (UE) [!] | 118 - Gain Ground (UE) [!] | 119 - Galactic Protector (UE) [!] | 120 - Galaxy Force (UE) [!]

121 - Game Box Esportes Radicais (Brazil) [!] | 122 - Gangster Town (UE) [!] | 123 - Gauntlet (UE) [!] | 124 - George Foreman's KO Boxing (UE) [!]

125 - Ghost House (UE) [!] | 126 - Ghostbusters (UE) [!] | 127 - Ghouls 'n Ghosts (UE) [!] | 128 - Girl's Garden (SG-1000)

129 - Global Defense (UE) [!] | 130 - Global Gladiators (UE) [!] | 131 - Golden Axe (UE) [!] | 132 - Golden Axe Warrior (UE) [!]

133 - Golf Mania (UE) [!] | 134 - Golgo 13 (SG-1000) | 135 - GP Rider (U) [!] | 136 - GP World (SG-1000) [!]

137 - Great Baseball (UE) [!] | 138 - Great Basketball (UE) [!] | 139 - Great Football (UE) [!] | 140 - Great Golf (UE) [!]

141 - Great Ice Hockey (UE) [!] | 142 - Great Volleyball (UE) [!] | 143 - Gulkave (SG-1000) [!] | 144 - H.E.R.O. (SG-1000)

145 - Hang-On & Safari Hunt (UE) [!] | 146 - Hang-On (UE) [!] | 147 - Hang-On 2 (SG-1000) | 148 - Heavyweight Champ (UE) [!]

149 - Heroes of the Lance (UE) [!] | 150 - Home Alone (UE) [!] | 151 - Hook (UE) (Proto) [!] | 152 - Hustle Chummy (SG-1000) [!]

153 - Hyper Sports (SG-1000) [!] | 154 - Impossible Mission (UE) [!] | 155 - Incredible Crash Dummies, The (UE) [!] | 156 - Incredible Hulk, The (UE) [!]

157 - Indiana Jones and the Last Crusade (UE) [!] | 158 - Joe Montana Football (U) [!] | 159 - Jungle Book, The (UE) [!] | 160 - Jurassic Park (UE) [!]

161 - Kenseiden (UE) [!] | 162 - King's Quest (UE) [!] | 163 - Klax (UE) [!] | 164 - Krusty's Fun House (UE) [!]

165 - Kung Fu Kid (UE) [!] | 166 - Laser Ghost (UE) [!] | 167 - Lemmings (UE) [!] | 168 - Line of Fire (UE) [!]

169 - Lion King, The (UE) [!] | 170 - Loderunner (SG-1000) [!] | 171 - Lord of the Sword (UE) [!] | 172 - Lucky Dime Caper Starring Donald Duck, The (UE) [!]

173 - Magic Drive Plus BIOS [!] | 174 - Marble Madness (UE) [!] | 175 - Master of Darkness (UE) [!] | 176 - Masters of Combat (UE) [!]

177 - Maze Hunter 3D (U) [!] | 178 - Mercs (UE) [!] | 179 - Michael Jackson's Moonwalker (UE) [!] | 180 - Mickey Mouse - Castle of Illusion (UE) [!]

181 - Mickey Mouse - Land of Illusion (UE) [!] | 182 - Mickey Mouse - Legend of Illusion (UE) [!] | 183 - Mickey's Ultimate Challenge (Brazil) [!] | 184 - Micro Machines (E) [!]

185 - Miracle Warriors - Seal of the Dark Lord (UE) [!] | 186 - Missile Defense 3D (UE) [!] | 187 - Monaco GP (SG-1000) | 188 - Monica no Castelo do Dragao (Brazil) [!]

189 - Monopoly (U) [!] | 190 - Montezuma's Revenge (UE) [!] | 191 - Mortal Kombat (UE) [!] | 192 - Mortal Kombat 2 (UE) [!]

193 - Mortal Kombat 3 (UE) [!] | 194 - Ms. Pac-man (UE) [!] | 195 - Music Station V1.6 (SG-1000) [!] | 196 - My Hero (UE) [!]

197 - N-Sub (SG-1000) | 198 - New Zealand Story, The (UE) [!] | 199 - Ninja Gaiden (UE) [!] | 200 - Ninja Princess (SG-1000)

201 - Ninja, The (UE) [!] | 202 - Operation Wolf (U) [!] | 203 - Orguss (SG-1000) | 204 - Ottifants, The (UE) [!]

205 - OutRun (UE) [!] | 206 - OutRun 3D (U) [!] | 207 - Pac Mania (UE) [!] | 208 - Pacar (SG-1000)

209 - Pachinko 2 (SG-1000) [!] | 210 - Paperboy (UE) [!] | 211 - Parlour Games (UE) [!] | 212 - Pat Riley Basketball (U) (Proto) [!]

213 - Penguin Land (SG-1000) | 214 - Penguin Land (UE) [!] | 215 - PGA Tour Golf (UE) [!] | 216 - Phantasy Star (Brazil) [!]

217 - Phantasy Star (Korean) [!] | 218 - Phantasy Star (UE) [!] | 219 - Pit Fighter (Brazil) | 220 - Pit Fighter (UE) [!]

221 - Pitfall II (SG-1000) [!] | 222 - Pop Flamer (SG-1000) [!] | 223 - Populous (UE) [!] | 224 - Poseidon Wars 3D (UE) [!]

225 - Power Strike 2 (UE) [!] | 226 - Predator 2 (UE) [!] | 227 - Pro Wrestling (UE) [!] | 228 - Psychic World (UE) [!]

229 - Psycho Fox (UE) [!] | 230 - Putt & Putter (UE) [!] | 231 - Quartet (UE) [!] | 232 - R-Type (UE) [!]

233 - R.C. Grand Prix (UE) [!] | 234 - Rainbow Islands (UE) [!] | 235 - Rambo - First Blood Part 2 (UE) [!] | 236 - Rambo 3 (UE) [!]

237 - Rampage (UE) [!] | 238 - Rampart (UE) [!] | 239 - Rastan (UE) [!] | 240 - Reggie Jackson Baseball (U) [!]

241 - Ren & Stimpy - Quest for the Shaven Yak, The (UE) [!] | 242 - Renegade (UE) [!] | 243 - Rescue Mission (UE) [!] | 244 - Road Rash (UE) [!]

245 - Robocop 3 (UE) [!] | 246 - Robocop vs. Terminator (UE) [!] | 247 - Rock N' Bolt (SG-1000) [!] | 248 - Rocky (UE) [!]

249 - Running Battle (UE) [!] | 250 - Safari Hunt (SG-1000) [!] | 251 - Safari Race (SG-1000) | 252 - Sagaia (UE) [!]

253 - Sangokushi 3 (Korean) | 254 - Sapo Xule o Mestre Do Kung Fu (Brazil) [!] | 255 - Sapo Xule SOS Lagoa Poluida (Brazil) [!] | 256 - Scramble Spirits (UE) [!]

257 - SDI (JUE) [!] | 258 - Secret Commando (UE) [!] | 259 - Sega Chess (UE) [!] | 260 - Sega Galaga (SG-1000) [!]

261 - Sega World Tournament Golf (U) [!] | 262 - Sensible Soccer (UE) [!] | 263 - Shadow Dancer (UE) [!] | 264 - Shadow of the Beast (UE) [!]

265 - Shanghai (UE) [!] | 266 - Shinobi (UE) [!] | 267 - Shooting Gallery (UE) [!] | 268 - Sinbad Mystery (SG-1000)

269 - Sitio do Picapau Amarelo (Brazil) [!] | 270 - Slap Shot (U) [!] | 271 - Smash TV (UE) [!] | 272 - Smurfs 2, The (Smurfs Travel the World) (E) [!]

273 - Smurfs, The (UE) [!] | 274 - Sonic Blast (Brazil) [!] | 275 - Sonic Chaos (UE) [!] | 276 - Sonic Spinball (UE) [!]

277 - Sonic the Hedgehog (UE) [!] | 278 - Sonic the Hedgehog 2 (UE) (V2.2) | 279 - Soukoban (SG-1000) [!] | 280 - Space Harrier (UE) [!]

281 - Space Harrier 3D (UE) [!] | 282 - Space Invaders (SG-1000) | 283 - Spacegun (UE) [!] | 284 - Special Criminal Investigation (UE) [!]

285 - Speedball (UE) (Mirrorsoft) [!] | 286 - Speedball (UE) (Virgin) [!] | 287 - Speedball 2 (UE) [!] | 288 - Spellcaster (UE) [!]

289 - Spy vs. Spy (UE) [!] | 290 - Star Force (SG-1000) [!] | 291 - Star Jacker (SG-1000) [!] | 292 - Star Wars (UE) [!]

293 - Street Fighter 2 (Brazil) [!] | 294 - Streets of Rage (UE) [!] | 295 - Streets of Rage 2 (UE) [!] | 296 - Strider (UE) [!]

297 - Strider 2 (UE) [!] | 298 - Submarine Attack (UE) [!] | 299 - Summer Games (UE) [!] | 300 - Super Kick Off (UE) [!]

301 - Super Magic Drive BIOS V4.1a [!] | 302 - Super Monaco GP (UE) [!] | 303 - Super Monaco GP 2 (UE) [!] | 304 - Super Off-Road (UE) [!]

305 - Super Racing (UE) [!] | 306 - Super Space Invaders (UE) [!] | 307 - Super Tank (SG-1000) [!] | 308 - Super Tennis (UE) [!]

309 - Super Tetris (UE) [!] | 310 - Superman (UE) [!] | 311 - Taz-Mania (UE) [!] | 312 - Teddy Boy (UE) [!]

313 - Teddy Boy e Geraldinho (Brazil) | 314 - Tennis Ace (UE) [!] | 315 - Terebi Oekaki (SG-1000) [!] | 316 - Terminator 2 - Judgment Day (UE) [!]

317 - Terminator 2 - The Arcade Game (UE) [!] | 318 - Terminator, The (UE) [!] | 319 - Thunder Blade (UE) [!] | 320 - Time Soldiers (UE) [!]

321 - Tom and Jerry (UE) [!] | 322 - Tom and Jerry - The Movie (UE) | 323 - Toto World 3 (Korean) [!] | 324 - Trans-Bot (UE)

325 - Trap Shooting - Marksman Shooting - Safari Hunt (UE) [!] | 326 - Treinamento Do Mymo (Brazil) | 327 - Trivial Pursuit (UE) [!] | 328 - Turma da Monica em O Resgate (Brazil) [!]

329 - TV Colosso (Brazil) | 330 - Ultima 4 - Quest of the Avatar (UE) [!] | 331 - Ultimate Soccer (UE) [!] | 332 - US-European SMS BIOS + Alex Kidd in Miracle World (UE) [!]

333 - US-European SMS BIOS V2.4 (Hang On & Safari Hunt) (UE) [!] | 334 - US-European SMS BIOS V3.4 (Hang On) (UE) [!] | 335 - Vampire (UE) [!] | 336 - Video Flipper (SG-1000)

337 - Vigilante (UE) [!] | 338 - Wanted (UE) [!] | 339 - Where in the World is Carmen Sandiego (U) [!] | 340 - Wimbledon (UE) [!]

341 - Wimbledon 2 (UE) [!] | 342 - Winnie Cooper (SG-1000) (PD) | 343 - Winter Olympics '94 (UE) [!] | 344 - Wolf Child (UE) [!]

345 - Wonder Boy (SG-1000) [!] | 346 - Wonder Boy (UE) [!] | 347 - Wonder Boy 2 - Wonderboy in Monsterland (UE) [!] | 348 - Wonder Boy 3 - The Dragon's Trap (UE) [!]

349 - Wonder Boy 5 - Wonder Boy in Monster World (UE) (Proto) [!] | 350 - Wonder Boy 5 - Wonder Boy in Monster World (UE) [!] | 351 - World Class Leaderboard (UE) [!] | 352 - World Cup '92 by Tecmo (UE) [!]

353 - World Cup '93 by Tecmo (JUE) [!] | 354 - World Cup '94 (UE) [!] | 355 - World Cup Italia '90 (UE) [!] | 356 - World Games (UE) [!]

357 - World Grand Prix (UE) [!] | 358 - World Soccer (UE) [!] | 359 - X-Men - Mojo World (UE) [!] | 360 - Xenon 2 (UE) (Image Works) [!]

361 - Xenon 2 (UE) (Virgin) [!] | 362 - Yamato (SG-1000) [!] | 363 - Ys - The Vanished Omens (UE) [!] | 364 - Zaxxon (SG-1000)

365 - Zaxxon 3D (UE) [!] | 366 - Zillion (UE) [!] | 367 - Zillion II - The Tri Formation (UE) [!] | 368 - Zippy Race (SG-1000) [!]



Atari 2600 | Sega Master System | Nintendo NES | Super Nintendo SNES | TurboGrafX



Nintendo NES (2104 Jogos Listados)



Nintendo Entertainment System, Sistema de Entretenimento Nintendo ou simplesmente NES (no Brasil apelidado como Nintendinho), é um console lançado pela Nintendo na América do Norte, Europa, Ásia, Austrália e Brasil. Originalmente lançado no Japão em 1983 com o
nome de Nintendo Family Computer, ou apenas Famicom


1 - 10-Yard Fight (U) [!] | 2 - 10-Yard Fight (U) | 3 - 10000000-in-1 [p1][!] | 4 - 10YardFight

5 - 11-in-1 Ball Games [p1][!] | 6 - 118-in-1 [p1][!] | 7 - 150-in-1 (Mapper 202) [p1][!] | 8 - 1942 (U) [!]

9 - 1942 | 10 - 1943 (U) | 11 - 1943 - The Battle of Midway (U) [!] | 12 - 1943

13 - 1997-in-1 [p1][!] | 14 - 1999 | 15 - 2-in-1 Cosmo Cop + Cyber Monster (Sachen) [U][!] | 16 - 2-in-1 Tough Cop + Super Tough Cop (Sachen) [U][!]

17 - 3-D Battles of World Runner, The (U) [!] | 18 - 3STOOGES | 19 - 4WDBattle | 20 - 52 Games (Menu) (U) [p1]

21 - 52 Games (U) [p1] | 22 - 720 (U) [!] | 23 - 720 (U) | 24 - 720

25 - 75 Bingo (Sachen-English) [U] | 26 - 76-in-1 (Menu) (U) | 27 - 76-in-1 (U) [p1][!] | 28 - 8 Eyes (U) [!]

29 - 8 Eyes (U) | 30 - 8eyes | 31 - Abadox (U) | 32 - Abadox - The Deadly Inner War (U) [!]

33 - Abadox | 34 - Action 52 (U) [!] | 35 - AD&D Dragon Strike (U) | 36 - AD&D Heroes of the Lance (U)

37 - AD&D Hillsfar (U) [!] | 38 - AD&D Pool of Radiance (U) | 39 - Addams Family - Pugsley's Scavenger Hunt, The (U) | 40 - Addams Family, The (U) [!]

41 - Addams Family, The (U) | 42 - Addams Family, The - Pugsley's Scavenger Hunt (U) [!p] | 43 - ADDAMSF | 44 - Advanced Dungeons & Dragons - Dragon Strike (U) [!]

45 - Advanced Dungeons & Dragons - Heroes of the Lance (U) [!] | 46 - Advanced Dungeons & Dragons - Hillsfar (U) [!] | 47 - Advanced Dungeons & Dragons - Pool of Radiance (U) [!p] | 48 - AdvancedDungeonsAndDragons

49 - AdventureIsland | 50 - AdventureIsland4 | 51 - Adventures in the Magic Kingdom (U) [!] | 52 - Adventures in the Magic Kingdom (U)

53 - Adventures in the Magic Kingdom | 54 - Adventures of Bayou Billy, The (U) [!] | 55 - Adventures of Bayou Billy, The (U) | 56 - Adventures of Captain Comic, The (U) [!]

57 - Adventures of Captain Comic, The (U) | 58 - Adventures of Dino Riki (U) | 59 - Adventures of Dino Riki, The (U) [!] | 60 - Adventures of Gilligan's Island, The (U) [!]

61 - Adventures of Lolo (U) [!] | 62 - Adventures of Lolo 2 (U) [!p] | 63 - Adventures of Lolo 2 (U) | 64 - Adventures of Lolo 3 (U) [!p]

65 - Adventures of Lolo 3 (U) | 66 - Adventures of Rad Gravity, The (U) [!] | 67 - Adventures of Rad Gravity, The (U) | 68 - Adventures of Rocky and Bullwinkle and Friends, The (U) [!]

69 - Adventures of Rocky and Bullwinkle and Friends, The (U) | 70 - Adventures of Tom Sawyer (U) [!] | 71 - Adventures of Tom Sawyer (U) | 72 - Adventure_island2

73 - Adventure_island3 | 74 - After Burner (U) | 75 - After Burner (Unl) (U) | 76 - After Burner (Unl) [!]

77 - AfterBurner2 | 78 - Air Fortress (U) [!] | 79 - Air Fortress (U) | 80 - Airwolf (U) [!]

81 - Airwolf (U) | 82 - Airwolf | 83 - Al Unser Jr Turbo Racing (U) | 84 - Al Unser Jr. Turbo Racing (U) [!]

85 - Aladdin (Unl) | 86 - Aladdin - Return of Jaffar, The (Unl) [!] | 87 - Aladdin 2 (Unl) | 88 - Aladdin 2

89 - Aladdin 3 (Unl) | 90 - Aladdin 3 | 91 - Aladdin 4 (1996) (Unl) [!] | 92 - Alfred Chicken (U) [!p]

93 - Alfred Chicken (U) | 94 - AlfredChicken | 95 - Alien 3 (U) [!] | 96 - Alien 3 (U)

97 - Alien Syndrome (U) | 98 - Alien Syndrome (Unl) [!] | 99 - Alien3 | 100 - All-Pro Basketball (U) [!]

101 - All-Pro Basketball (U) | 102 - AllProBasketball | 103 - AllstarSoftball | 104 - Alpha Mission (U) [!]

105 - Alpha Mission (U) | 106 - Amagon (U) [!] | 107 - Amagon (U) | 108 - American Gladiators (U) [!]

109 - American Gladiators (U) | 110 - AmericanGladiators | 111 - AntarcticaAdventure | 112 - Anticipation (U) [!]

113 - Anticipation (U) | 114 - Arch Rivals (U) | 115 - Arch Rivals - A Basketbrawl! (U) [!] | 116 - Archon (U) [!]

117 - Archon (U) | 118 - Argos no Senshi (J) [T+Eng.9_Toma] | 119 - ARGUS | 120 - Arkanoid (U) [!]

121 - Arkanoid (U) | 122 - ARKANOID | 123 - Arkista's Ring (U) [!] | 124 - Astyanax (U) [!]

125 - Astyanax (U) | 126 - Athena (U) [!] | 127 - Athena (U) | 128 - Athletic World (U) [!]

129 - Athletic World (U) | 130 - Attack of the Killer Tomatoes (U) [!] | 131 - Attack of the Killer Tomatoes (U) | 132 - Auto-Upturn (Sachen) [U][!]

133 - Baby Boomer (U) | 134 - Baby Boomer (Unl) [!p] | 135 - Back to the Future (U) [!] | 136 - Back to the Future (U)

137 - Back to the Future 2 & 3 (U) | 138 - Back to the Future II & III (U) [!] | 139 - Bad Dudes (U) [!] | 140 - Bad Dudes (U)

141 - Bad News Baseball (U) [!] | 142 - Bad News Baseball (U) | 143 - Bad Street Brawler (U) [!] | 144 - Bad Street Brawler (U)

145 - BadDudes | 146 - Badminton | 147 - BadStreetBrawler | 148 - Balloon Fight (U) [!]

149 - Balloon Fight (VS) [!] | 150 - Balloon_fight | 151 - BALTRON | 152 - BANANA

153 - Bandai Golf - Challenge Pebble Beach (U) [!] | 154 - Bandai Golf - Challenge Pebble Beach (U) | 155 - Bandit Kings of Ancient China (U) [!p] | 156 - Bandit Kings of Ancient China (U)

157 - Barbie (Rev 3) (U) | 158 - Barbie (U) (Rev 3) | 159 - Barbie (U) (Rev X) | 160 - Barbie (U) (REVA) [!]

161 - Bard's Tale - Tales of the Unknown, The (U) [!] | 162 - Bard's Tale, The - Tales of the Unknown (U) [!] | 163 - BARDTALE | 164 - Barker Bill's Trick Shooting (U) [!]

165 - Barker Bill's Trick Shooting (U) | 166 - BartmanMeetsRadioactiveMan | 167 - BartVsWorld | 168 - Base Wars (U) [!]

169 - Base Wars (U) | 170 - Baseball (U) [!] | 171 - Baseball (VS) [!] | 172 - Baseball Simulator 1.000 (U) [!]

173 - Baseball Simulator 1.000 (U) | 174 - Baseball Stars (U) [!] | 175 - Baseball Stars (U) | 176 - Baseball Stars 2 (U)

177 - Baseball Stars II (U) [!] | 178 - BaseballSimulator1000 | 179 - BaseBallStars | 180 - Bases Loaded (U) (PRG2) [!]

181 - Bases Loaded (U) | 182 - Bases Loaded 2 (U) [b1] | 183 - Bases Loaded 3 (U) [!] | 184 - Bases Loaded 3 (U)

185 - Bases Loaded 4 (U) [!p] | 186 - Bases Loaded 4 (U) | 187 - Bases Loaded II (U) [!] | 188 - Batman (U) [!]

189 - Batman (U) | 190 - Batman - Return of the Joker (U) [!] | 191 - Batman - Return of the Joker (U) | 192 - Batman Returns (U) [!]

193 - Batman Returns (U) | 194 - BATMAN | 195 - Batman3 | 196 - Batman_returns

197 - Batman_return_of_the_joker | 198 - Battle Chess (U) [!] | 199 - Battle Chess (U) | 200 - Battle of Olympus, The (U) [!]

201 - Battle of Olympus, The (U) | 202 - Battle Tank (U) [!] | 203 - Battle Tank (U) | 204 - Battle Tank

205 - BattleChess | 206 - BattleCity | 207 - BattleOfOlympus | 208 - Battleship (U) [!]

209 - Battleship (U) | 210 - Battleship | 211 - Battletoads & Double Dragon - The Ultimate Team (U) [!p] | 212 - Battletoads (U) [!]

213 - Battletoads (U) | 214 - Battletoads Double Dragon (U) | 215 - Battletoads_and_double_dragon | 216 - Battle_toads

217 - BB Car (Unl) [!] | 218 - Bee 52 (U) | 219 - Bee 52 (Unl) [!] | 220 - Beetlejuice (U) [!]

221 - Best of the Best - Championship Karate (U) [!] | 222 - Best of the Best Championship Karate (U) | 223 - BestOfTheBest | 224 - Bible Adventures (U) (V1.3)

225 - Bible Adventures (Unl) (V1.4) [!] | 226 - Bible Buffet (U) (Ver 6.0) | 227 - Bible Buffet (V6.0) (Unl) [!p] | 228 - Big Bird's Hide & Speak (U) [!]

229 - Big Bird's Hide and Speak (U) | 230 - Big Nose Freaks Out (Aladdin) (U) | 231 - Big Nose Freaks Out (U) | 232 - Big Nose Freaks Out (Unl) (Aladdin) [!]

233 - Big Nose Freaks Out (Unl) (U) | 234 - Big Nose the Caveman (U) | 235 - Big Nose the Caveman (Unl) (U) | 236 - Big Nose the Caveman (Unl) [!]

237 - Bigfoot (U) [!] | 238 - Bigfoot (U) | 239 - Bill & Ted's Excellent Video Game Adventure (U) [!] | 240 - Bill & Ted's Excellent Video Game Adventure (U)

241 - Bill Elliott's NASCAR Challenge (U) [!] | 242 - Bill Elliott's NASCAR Challenge (U) | 243 - Binary Land (J) | 244 - Binary Land.7z

245 - Binary | 246 - Bio Hazard (Unl) [!] | 247 - Bionic Commando (U) [!] | 248 - Bionic Commando (U)

249 - BIRDWEEK | 250 - Bizzario | 251 - Black Bass USA, The (U) [!] | 252 - Black Bass USA, The (U)

253 - Blackjack (U) | 254 - Blackjack (Unl) [!] | 255 - Blades of Steel (U) [!] | 256 - Blades of Steel (U)

257 - Blaster Master (U) [!] | 258 - Blaster Master (U) | 259 - BlasterMaster | 260 - Blue Marlin, The (U) [!]

261 - Blue Marlin, The (U) | 262 - Blues Brothers, The (U) [!] | 263 - Blues Brothers, The (U) | 264 - Bo Jackson Baseball (U) [!]

265 - Bo Jackson Baseball (U) | 266 - BomberKing | 267 - Bomberman (U) [!] | 268 - Bomberman (U)

269 - Bomberman 2 (U) | 270 - Bomberman Collection (U) [p1] | 271 - Bomberman II (U) [!p] | 272 - Bomber_man

273 - Bomber_man2 | 274 - Bonk's Adventure (U) [!p] | 275 - Bonk's Adventure (U) | 276 - Boogerman (Unl) [!]

277 - Boulder Dash (U) [!] | 278 - Boulder Dash (U) | 279 - Boy and His Blob - Trouble on Blobolonia, A (U) | 280 - Boy and His Blob, A - Trouble on Blobolonia (U) [!]

281 - Bram Stoker's Dracula (U) [!p] | 282 - Bram Stoker's Dracula (U) | 283 - Break Time (U) | 284 - Break Time - The National Pool Tour (U) [!]

285 - BreakThru (U) [!] | 286 - Breakthru (U) | 287 - Brush Roller (Unl) | 288 - Bubble Bath Babes (Unl) [!]

289 - Bubble Bobble (U) [!] | 290 - Bubble Bobble (U) | 291 - Bubble Bobble Part 2 (U) [!p] | 292 - Bubble Bobble Part 2 (U)

293 - BubbleBobble | 294 - BubbleBobble2 | 295 - Bucky O'Hare (U) [!] | 296 - BuckyOHare

297 - Bugs Bunny Birthday Blowout, The (U) [!] | 298 - Bugs Bunny Birthday Blowout, The (U) | 299 - Bugs Bunny Crazy Castle, The (U) [!] | 300 - Bugs Bunny Crazy Castle, The (U)

301 - Bugs Bunny Fun House (Prototype) (U) | 302 - BugsBunny | 303 - Bugs_bunny_crazy_castle | 304 - Bump'n'Jump (U) [!]

305 - Bump'n'Jump (U) | 306 - BumpNJump | 307 - Burai Fighter (U) [!] | 308 - Burai Fighter (U)

309 - BuraiFighter | 310 - Burger Time (U) [!] | 311 - BurgerTime (U) [!] | 312 - BurgerTime

313 - Cabal (U) [!] | 314 - Cabal | 315 - Caesar's Palace (U) | 316 - Caesars Palace (U) [!]

317 - California Games (U) [!] | 318 - California Games (U) | 319 - Caltron 6-in-1 (U) | 320 - Captain America and The Avengers (U) [!]

321 - Captain America and the Avengers (U) | 322 - Captain Planet and The Planeteers (U) [!] | 323 - Captain Planet and the Planeteers (U) | 324 - Captain Skyhawk (U) (PRG1) [!]

325 - Captain SkyHawk (U) | 326 - CaptainSkyhawk | 327 - Captain_america | 328 - Casino Kid (U) [!]

329 - Casino Kid (U) | 330 - Casino Kid 2 (U) [!] | 331 - Casino Kid 2 (U) | 332 - CasinoKid2

333 - CASIOKID | 334 - Castelian (U) [!] | 335 - Castelian (U) | 336 - Castle of Deceit (U)

337 - Castle of Deceit (Unl) [!p] | 338 - Castle of Dragon (U) [!] | 339 - Castle of Dragon (U) | 340 - Castlequest (U) [!]

341 - Castlequest (U) | 342 - Castlevania (U) (PRG 0) | 343 - Castlevania (U) (PRG1) [!] | 344 - Castlevania 2 - Simon's Quest (U)

345 - Castlevania 3 - Dracula's Curse (U) | 346 - Castlevania II - Simon's Quest (U) [!] | 347 - Castlevania III - Dracula's Curse (U) [!] | 348 - Castlevania

349 - Castlevania2 | 350 - Castlevania3 | 351 - Caveman Games (U) [!] | 352 - Caveman Games (U)

353 - CavemanGames | 354 - Challenge of the Dragon (Sachen) [U][!] | 355 - Challenge of the Dragon (U) | 356 - Challenge of the Dragon (Unl) (U)

357 - Challenger | 358 - Championship Bowling (U) [!] | 359 - Championship Pool (U) [!] | 360 - Championship Pool (U)

361 - ChampionshipLodeRunner | 362 - Cheetah Men II (U) [!p] | 363 - Cheetahmen 2 (U) | 364 - Chess Academys (Sachen-JAP) [U][!]

365 - Chessmaster, The (U) (PRG0) [!] | 366 - Chessmaster, The (U) | 367 - Chessmaster,The | 368 - Chiller (U) [!]

369 - Chiller (Unl) [!] | 370 - China Rabbit Baby (Unl) [!] | 371 - Chinese Checkers (Sachen-USA) [U][!] | 372 - Chip & Dale 3 (Unl)

373 - Chip 'n Dale Rescue Rangers (U) [!] | 374 - Chip 'n Dale Rescue Rangers 2 (U) [!] | 375 - Chip 'n Dale Rescue Rangers 2 (U) | 376 - ChipNDale

377 - Chubby Cherub (U) [!p] | 378 - Chubby Cherub (U) | 379 - Circus Caper (U) [!] | 380 - Circus Caper (U)

381 - Circus Charlie (J) | 382 - Circus Charlie.7z | 383 - CircusCaper | 384 - City Connection (U) [!]

385 - City Connection (U) | 386 - Clash at Demonhead (U) [!] | 387 - Clash At Demonhead (U) | 388 - Classic Concentration (U) [!]

389 - Classic Concentration (U) | 390 - Cliffhanger (U) [!p] | 391 - Cliffhanger (U) | 392 - Clu Clu Land (W) [!]

393 - Cobra Command (U) [!] | 394 - Cobra Command (U) | 395 - Cobra Triangle (U) [!] | 396 - Cobra Triangle (U)

397 - Code Name - Viper (U) [!] | 398 - Code Name Viper (U) | 399 - Color A Dinosaur (U) [!] | 400 - Color A Dinosaur (U)

401 - Commando (U) [!] | 402 - Commando (U) | 403 - Conan (U) | 404 - Conan - The Mysteries of Time (U) [!p]

405 - CONAN | 406 - Conflict (U) [!] | 407 - Conquest of the Crystal Palace (U) [!] | 408 - Conquest of the Crystal Palace (U)

409 - Contra (U) [!] | 410 - Contra (U) | 411 - Contra Force (U) [!] | 412 - Contra Force (U)

413 - Contra Spirits (1996) (Unl) [!] | 414 - Contra | 415 - Contra2 | 416 - ContraForce

417 - ContraSuper | 418 - Cool World (U) [!] | 419 - Cool World (U) | 420 - Cosmic Crusade (Unl) (M4)

421 - Cosmo Genesis (J) [T+Eng1.1_AGTP] | 422 - Cowboy Kid (U) [!] | 423 - Cowboy Kid (U) | 424 - Crackout (U) (Prototype)

425 - Crash 'n the Boys - Street Challenge (U) [!] | 426 - Crash'n The Boys Street Challenge (U) | 427 - Creatom (Unl) [U][!] | 428 - Cross Fire (U) (Prototype) [!]

429 - Crystal Mines (U) | 430 - Crystal Mines (Unl) [!p] | 431 - Crystalis (Prototype) (U) | 432 - Crystalis (U) [!]

433 - Crystalis (U) | 434 - Crystalis | 435 - Cyberball (U) [!] | 436 - Cyberball (U)

437 - CyberBalll | 438 - Cybernoid - The Fighting Machine (U) [!] | 439 - Cybernoid - The Fighting Machine (U) | 440 - Cybernoid

441 - D.J. Boy (Unl) [!] | 442 - Dai-2-Ji - Super Robot Taisen (J) [T+Eng.6a_AGTP] | 443 - Daikaijuu Deburas (J) [T+Eng0.30_manipulate] | 444 - Daisenryaku (J) [T+Eng1.0_AGTP]

445 - Dance Aerobics (U) [!] | 446 - Dance Aerobics (U) | 447 - Dancing Blocks (Sachen) [U][!] | 448 - Danny Sullivan's Indy Heat (U) [!]

449 - Danny Sullivan's Indy Heat (U) | 450 - Darkman (U) [!] | 451 - Darkman (U) | 452 - Darkseed (Unl)

453 - Darkwing Duck (U) [!] | 454 - Darkwing Duck (U) | 455 - Darkwing Duck 2 (Unl) [p2][!] | 456 - Dash Galaxy in the Alien Asylum (U) [!]

457 - Dash Galaxy in the Alien Asylum (U) | 458 - Day Dreamin' Davey (U) [!] | 459 - Day Dreamin' Davey (U) | 460 - Days of Thunder (U) [!]

461 - Days of Thunder (U) | 462 - Deadly Towers (U) [!] | 463 - Deadly Towers (U) | 464 - Death Race (U)

465 - Death Race (Unl) [!p] | 466 - Deathbots (U) | 467 - Deathbots (Unl) [!p] | 468 - Decathlon (Unl)

469 - Deep Dungeon 3 - Yuushi heno Tabi (J) [T+Eng_SSX] | 470 - Deep Dungeon 4 - Kuro no Youjutsushi (J) [T-Eng] | 471 - Defender 2 (U) | 472 - Defender II (U) [!]

473 - Defender of the Crown (U) [!] | 474 - Defender of the Crown (U) | 475 - Defenders of Dynatron City (U) [!] | 476 - Defenders of Dynatron City (U)

477 - Deja Vu (U) [!] | 478 - Deja Vu (U) | 479 - Deja Vu | 480 - Demo Boy 2 (Unl)

481 - Demogorgon Monk (Unl) | 482 - Demon Sword (U) [!] | 483 - Demon Sword (U) | 484 - Desert Commander (U) [!]

485 - Desert Commander (U) | 486 - Destination Earthstar (U) [!] | 487 - Destination Earthstar (U) | 488 - Destiny of an Emperor (U) [!]

489 - Destiny of an Emperor (U) | 490 - Dezaemon (J) [T+Eng1.1_AGTP] | 491 - Dick Tracy (U) [!] | 492 - Dick Tracy (U)

493 - DickTracy | 494 - Die Hard (U) [!p] | 495 - Die Hard (U) | 496 - DieHard

497 - Dig Dug II (U) [!] | 498 - Dig Dug II - Trouble in Paradise (U) [!] | 499 - DigDug | 500 - DigDug2

501 - Digger - The Legend of the Lost City (U) [!] | 502 - Digger - The Legend of the Lost City (U) | 503 - Dirty Harry (U) | 504 - Dirty Harry - The War Against Drugs (U) [!p]

505 - Dizzy The Adventurer (Aladdin) (U) | 506 - Dizzy The Adventurer (Unl) (Aladdin) [!] | 507 - Doki! Doki! Yuuenchi (J) [T+Eng1.1_No_Talent] | 508 - Donkey Kong (U) (PRG1) [!p]

509 - Donkey Kong 3 (U) [!] | 510 - Donkey Kong Classics (U) [!] | 511 - Donkey Kong Classics (U) | 512 - Donkey Kong Country 4 (Unl) [!]

513 - Donkey Kong Jr. (U) (PRG1) [!] | 514 - Donkey Kong Jr. Math (U) [!] | 515 - Donkey Kong Jr. Math (U) | 516 - Donkey kong

517 - DonkeyKongClassics | 518 - DonkeyKongJr | 519 - Donkey_kong3 | 520 - Doraemon (J) [hM15][T+Eng1.1_Neokid]

521 - Doraemon - Giga Zombie no Gyakushuu (J) [T+Eng1.0_WakdHacks] | 522 - Double Dare (U) [!] | 523 - Double Dare (U) | 524 - Double Dragon (U) [!]

525 - Double Dragon (U) | 526 - Double Dragon 2 - The Revenge (U) | 527 - Double Dragon 3 - The Sacred Stones (U) | 528 - Double Dragon II - The Revenge (U) (PRG1) [!]

529 - Double Dragon III - The Sacred Stones (U) [!] | 530 - Double Dribble (U) (PRG 1) [!] | 531 - Double Dribble (U) (PRG1) [!] | 532 - Double Moon Densetsu (J) [T-EngBeta]

533 - Double Strike (U) (V1.1) | 534 - Double Strike (Unl) [!p] | 535 - Downtown - Nekketsu Koushin Kyoku - Soreyuke Daiundoukai (J) [T+Eng.15_Disconnected] | 536 - Downtown Special - Kunio-kun no Jidaigeki Dayo Zenin Shuugou! (J) [T+Eng1.0_TechnosSamuraiTeam]

537 - Dr Chaos (U) | 538 - Dr Jekyll and Mr Hyde (U) | 539 - Dr mario | 540 - Dr. Chaos (U) [!]

541 - Dr. Jekyll and Mr. Hyde (U) [!] | 542 - Dr. Mario (U) (PRG1) [!] | 543 - Drac's Night Out (Prototype) (U) [!] | 544 - Drac's Night Out (U) (Prototype) [!]

545 - Dragon Ball - Shen Long no Nazo (J) [hM34][T+Eng1.11_TransBRC] | 546 - Dragon Ball 3 - Gokuu Den (J) [T+Eng0.15_Dodgy] | 547 - Dragon Ball Z - Kyoushuu! Saiya Jin (J) [T+Eng1.1] | 548 - Dragon Ball Z - Super Butouden 2 (Unl)

549 - Dragon Ball Z Gaiden - Saiya Jin Zetsumetsu Keikaku (J) [T+Eng0.05_Saiya] | 550 - Dragon Ball Z II - Gekishin Freeza!! (J) [T+Eng0.70_Saiya] | 551 - Dragon Ball Z III - Ressen Jinzou Ningen (J) [T+Eng] | 552 - Dragon Buster II - Yami no Fuuin (J) [T+Eng1.0_PentarouZero]

553 - Dragon Fighter (U) [!] | 554 - Dragon Fighter (U) | 555 - Dragon Power (U) [!] | 556 - Dragon Power (U)

557 - Dragon Quest IV (Unl) | 558 - Dragon Spirit - The New Legend (U) [!] | 559 - Dragon Spirit - The New Legend (U) | 560 - Dragon Warrior (CRTJ) (U) [h1]

561 - Dragon Warrior (EDS) (U) [h1] | 562 - Dragon Warrior (U) (PRG 0) | 563 - Dragon Warrior (U) (PRG1) [!] | 564 - Dragon Warrior 2 (U)

565 - Dragon Warrior 3 (U) | 566 - Dragon Warrior 3 Special Ed. V0.5 (U) [h1] | 567 - Dragon Warrior 4 (U) | 568 - Dragon Warrior II (U) [!]

569 - Dragon Warrior III (U) (PRG0) [!] | 570 - Dragon Warrior IV (U) [!] | 571 - Dragon's Lair (U) [!] | 572 - Dragon's Lair (U)

573 - Dragon, The (Unl) [p1][!] | 574 - DragonsLair | 575 - Duck (Unl) | 576 - Duck Hunt (JU) [!]

577 - Duck Tales (U) [!] | 578 - Duck Tales (U) | 579 - Duck Tales 2 (U) [!] | 580 - Duck Tales 2 (U)

581 - Duck Tales III (Duck Tales) [p1][!] | 582 - Dudes With Attitude (U) | 583 - Dudes With Attitude (Unl) [!] | 584 - Dungeon Magic - Sword of the Elements (U) [!]

585 - Dungeon Magic - Sword of the Elements (U) | 586 - Dusty Diamond's All-Star Softball (U) [!p] | 587 - Dusty Diamond's All-Star Softball (U) | 588 - Dynowarz - Destruction of Spondylus (U)

589 - Dynowarz - The Destruction of Spondylus (U) [!] | 590 - Earth Bound (Prototype) (Time Hack) (U) [h1] | 591 - Earth Bound (Prototype) (U) | 592 - Earth Bound Zero (Neo Demiforce Hack) (U)

593 - Earthbound (U) (Prototype) | 594 - EarthWorm Jim 2 (Unl) [U][!] | 595 - EarthWorm Jim 3 (Unl) [!] | 596 - Egypt (J) [T+Eng1.00_Dodgy]

597 - Elevator Action (U) [!] | 598 - Elevator Action (U) | 599 - Eliminator Boat Duel (U) [!] | 600 - Eliminator Boat Duel (U)

601 - English Word Blaster V1.0 (Unl) [!] | 602 - Evert & Lendl Top Player's Tennis (U) | 603 - Excitebike (JU) [!] | 604 - Excite_bike

605 - Exerion (J) | 606 - Exerion.7z | 607 - EXERION | 608 - Exodus (U) (V4.0) [!]

609 - Exodus (Unl) (V4.0) [!] | 610 - F-1 Race (J) | 611 - F-1 Race.7z | 612 - F-117A Stealth Fighter (U) [!]

613 - F-15 City War (U) | 614 - F-15 City War (Unl) (REV1.1) [!] | 615 - F-15 Strike Eagle (U) [!] | 616 - F-15 Strike Eagle (U)

617 - F1-Race | 618 - F117StealthFighter | 619 - Famicom Wars (J) [T+Eng0.99_akadewboy] | 620 - Family Feud (U) [!]

621 - Family Feud (U) | 622 - Fantastic Adventures of Dizzy, The (1993 Version) (U) | 623 - Fantastic Adventures of Dizzy, The (U) | 624 - Fantastic Adventures of Dizzy, The (Unl) [!]

625 - Fantasy Zone (U) | 626 - Fantasy Zone (Unl) [!] | 627 - FantasyZone | 628 - Faria (U)

629 - Faria - A World of Mystery & Danger! (U) [!] | 630 - Fastbrak | 631 - Fatal Fury 2 (Unl) | 632 - Faxanadu (U) (PRG1) [!]

633 - Faxanadu (U) | 634 - Felix the Cat (U) [!] | 635 - Felix the Cat (U) | 636 - FelixTheCat

637 - Ferrari - Grand Prix Challenge (U) [!] | 638 - Fester's Quest (U) [!] | 639 - Fester's Quest (U) | 640 - FESTER

641 - Field Combat (J) [!] | 642 - Field Combat.7z | 643 - FIFA 97 International Soccer (Unl) [!] | 644 - Fighting Hero (Unl)

645 - Final Combat (Sachen-USA) [U][!] | 646 - Final Fantasy (U) [!] | 647 - Final Fantasy (U) | 648 - Final Fantasy I & II (J) [T+Eng1.00_Demiforce]

649 - Final Fantasy II (U) (Prototype) | 650 - Final Fantasy III (J) [T-Eng] | 651 - Final Fantasy V (Unl) | 652 - Final Fight 3 (Unl) [!]

653 - FinalFantasy3 | 654 - Final_fantasy | 655 - Fire 'n Ice (U) [!] | 656 - Fire 'n Ice (U)

657 - Fire Dragon (Unl) | 658 - Fire Emblem (Unl) | 659 - Fire Emblem Gaiden (J) [T-Eng97b_J2e] | 660 - Fire Hawk (U)

661 - Fire Hawk (Unl) [!] | 662 - Firehouse Rescue (U) [!] | 663 - Firehouse Rescue (U) | 664 - Fist of the North Star (U) [!]

665 - Fist of the North Star (U) | 666 - Flight of the Intruder (U) [!] | 667 - Flight of the Intruder (U) | 668 - Flintstones - The Rescue of Dino & Hoppy, The (U)

669 - Flintstones 2 - The Surprise at Dinosaur Peak!, The (U) | 670 - Flintstones, The - The Rescue of Dino & Hoppy (U) [!] | 671 - Flintstones, The - The Surprise at Dinosaur Peak! (U) [p1][!] | 672 - Flying Dragon - The Secret Scroll (U) [!]

673 - Flying Dragon - The Secret Scroll (U) | 674 - Flying Warriors (U) [!] | 675 - Flying Warriors (U) | 676 - Flying_dragon

677 - Forcity (Unl) [!] | 678 - Formula One - Built To Win (U) [!] | 679 - Formula One Built To Win (U) [!] | 680 - Foton - The Ultimate Game on Planet Earth (J) [f1][T+Eng1.00_KingMike]

681 - Frankenstein - The Monster Returns (U) [!] | 682 - Frankenstein - The Monster Returns (U) | 683 - Frankenstein | 684 - Free Fall (U) (Prototype) [!]

685 - Freedom Force (U) [!] | 686 - FreedomForce | 687 - Friday the 13th (U) [!] | 688 - Friday the 13th (U)

689 - Fun House (U) [!] | 690 - Fun House (U) | 691 - Fushigi no Umi no Nadia (J) [T-Eng_J2e] | 692 - Fuzzical Fighter (J) [b1][T+Eng1.00b_WakdHacks]

693 - G.I. Joe (U) [!] | 694 - G.I. Joe - The Atlantis Factor (U) [!] | 695 - Gaiapolis (Sachen) [U][!] | 696 - Galactic Crusader (Sachen) (U)

697 - Galactic Crusader (Sachen) [U][!] | 698 - Galaga (U) | 699 - Galaga - Demons of Death (U) [!] | 700 - GALAXIAN

701 - Galaxy 5000 (U) [!] | 702 - Galaxy 5000 (U) | 703 - Galaxy5000 | 704 - Ganbare Goemon! - Karakuri Douchuu (J) [T+Eng1.02_Dragoon-X]

705 - Garfield - A Week of Garfield (J) | 706 - Garfield - A Week of Garfield.7z | 707 - Gargoyle's Quest 2 - The Demon Darkness (U) | 708 - Gargoyle's Quest II - The Demon Darkness (U) [!]

709 - Gauntlet (U) [!] | 710 - Gauntlet (U) | 711 - Gauntlet (Unl) (U) | 712 - Gauntlet 2 (U)

713 - Gauntlet II (U) [!] | 714 - Gb | 715 - Gemfire (U) [!] | 716 - Gemfire (U)

717 - Genghis Khan (U) [!] | 718 - Genghis Khan (U) | 719 - George Foreman's KO Boxing (U) [!] | 720 - George Foreman's KO Boxing (U)

721 - Getsufuu Maden (J) [T+Eng1.0_RPGe] | 722 - GhengisKhan | 723 - Ghostbusters (U) [!] | 724 - Ghostbusters (U)

725 - Ghostbusters 2 (U) | 726 - Ghostbusters II (U) [!] | 727 - Ghosts 'N Goblins (U) [!] | 728 - Ghosts'n Goblins (U)

729 - GhostsNGoblins | 730 - Ghost_busters2 | 731 - Ghoul School (U) [!] | 732 - Ghoul School (U)

733 - GI Joe (U) | 734 - GI Joe - The Atlantis Factor (U) | 735 - Gilligan's Island (U) | 736 - GLK Dance by FengLi (Unl) [!]

737 - Goal 3 (Unl) [!] | 738 - Goal! (U) [!] | 739 - Goal! (U) | 740 - Goal! Two (U) [!]

741 - Goal! Two (U) | 742 - Godzilla - Monster of Monsters! (U) [!] | 743 - Godzilla - Monster of Monsters! (U) | 744 - Godzilla 2 - War of the Monsters (U) [!p]

745 - Godzilla 2 - War of the Monsters (U) | 746 - Godzilla | 747 - Gold Medal Challenge '92 (U) [!p] | 748 - Gold Medal Challenge '92 (U)

749 - Golf (U) [!] | 750 - Golf Grand Slam (U) [!] | 751 - Golf Grand Slam (U) | 752 - Golf

753 - GolfGrandSlam | 754 - Golgo 13 - Top Secret Episode (U) [!] | 755 - Golgo 13 - Top Secret Episode (U) | 756 - Goonies 2, The (U)

757 - Goonies II, The (U) [!] | 758 - Goonies, The (VS) | 759 - Gotcha! (U) | 760 - Gotcha! - The Sport! (U) [!]

761 - Gradius (U) [!] | 762 - Gradius (U) | 763 - Gradius II (J) | 764 - Grand Combat (Unl) [!]

765 - Great Tank | 766 - Great Waldo Search, The (U) [!p] | 767 - Great Waldo Search, The (U) | 768 - Great Wall, The (Sachen) [U][!]

769 - Greg Norman's Golf Power (U) [!] | 770 - Greg Norman's Golf Power (U) | 771 - Gremlins 2 - The New Batch (U) [!] | 772 - Gremlins 2 - The New Batch (U)

773 - Guardian Legend, The (U) [!] | 774 - Guardian Legend, The (U) | 775 - Guerrilla War (U) [!] | 776 - Guerrilla War (U)

777 - Gumshoe (U) [!] | 778 - GumShoe | 779 - Gun Nac (U) | 780 - Gun Smoke (U)

781 - Gun-Nac (U) [!p] | 782 - Gun.Smoke (U) [!] | 783 - Gyromite (W) [!] | 784 - Gyruss (U) [!]

785 - Gyruss (U) | 786 - Happy Pairs (Sachen) [U][!] | 787 - Harlem Globetrotters (U) [!] | 788 - Harlem Globetrotters (U)

789 - Harri's Legend (English) (Unl) | 790 - Harry Potter (Unl) [p1][!] | 791 - Harry Potter.7z | 792 - Hatris (U) [!p]

793 - Hatris (U) | 794 - Heavy Barrel (U) [!] | 795 - Heavy Barrel (U) | 796 - Heavy Shreddin' (U) [!]

797 - Heavy Shreddin' (U) | 798 - Hell Fighter (Sachen) [U][!] | 799 - Hello Kitty no Ohanabatake (J) [T+Eng1.0_Suicidal] | 800 - Hello Kitty World (J) [T+Eng1.00_Suicidal]

801 - Herakles no Eikou 2 - Titan no Metsubou (J) [T+Eng1.31_Toma] | 802 - Hero Quest (U) (Prototype) [!] | 803 - High Speed (U) [!] | 804 - High Speed (U)

805 - Hirake! Ponkikki (J) [T-Eng_Gil Galad] | 806 - Hit the Ice (U) (Prototype) | 807 - Hogan's Alley (W) [!] | 808 - Hollywood Squares (U) [!]

809 - Hollywood Squares (U) | 810 - Home Alone (U) (REVA) [!] | 811 - Home Alone (U) [!] | 812 - Home Alone 2 - Lost in New York (U) [!]

813 - Home Alone 2 - Lost in New York (U) | 814 - HomeAlone | 815 - HomeAlone2 | 816 - Hook (U) [!]

817 - Hook (U) | 818 - Hook | 819 - Hoops (U) [!] | 820 - Hoops (U)

821 - Hot Dance 2000 (Unl) | 822 - Hot Slot (Unl) | 823 - Hottaaman no Chitei Tanken (J) [T+Eng1.0_SixFeetUnder] | 824 - Hudson Hawk (U) [!]

825 - Hudson Hawk (U) | 826 - Hudson's Adventure Island (U) [!] | 827 - Hudson's Adventure Island (U) | 828 - Hudson's Adventure Island 2 (U)

829 - Hudson's Adventure Island 3 (U) | 830 - Hudson's Adventure Island II (U) [!] | 831 - Hudson's Adventure Island III (U) [!] | 832 - Huge Insect (Sachen) [!]

833 - Hunt for Red October, The (U) (REV1) [!] | 834 - Hunt for Red October, The (U) | 835 - Hunting for Red October (Unl) | 836 - Hyaku no Sekai no Monogatari - The Tales on a Watery Wilderness (J) [T+Eng1.0_AlanMidas]

837 - Hydlide (U) [!] | 838 - Hydlide (U) | 839 - Hydlide | 840 - I Can Remember (U) [!p]

841 - I Can Remember (U) | 842 - Ice Climber (U) [!] | 843 - Ice Climber (U) | 844 - Ice Hockey (U) [!]

845 - Ice Hockey (U) | 846 - Iceclimb | 847 - Ikari 3 - The Rescue (U) | 848 - Ikari III - The Rescue (U) [!p]

849 - Ikari Warriors (U) (PRG 0) | 850 - Ikari Warriors (U) (PRG1) [!] | 851 - Ikari Warriors 2 - Victory Road (U) | 852 - Ikari Warriors II - Victory Road (U) [!]

853 - Ike Ike! Nekketsu Hockey Bu - Subette Koronde Dai Rantou (J) [T-Eng_TransBRC] | 854 - Image Fight (U) [!] | 855 - Image Fight (U) | 856 - Immortal, The (U) [!]

857 - Immortal, The (U) | 858 - Impossible Mission 2 (U) | 859 - Impossible Mission II (U) [!] | 860 - Incredible Crash Dummies, The (U) [!p]

861 - Incredible Crash Dummies, The (U) | 862 - Indiana Jones and the Last Crusade (Taito) (U) | 863 - Indiana Jones and the Last Crusade (U) (Taito) [!] | 864 - Indiana Jones and the Last Crusade (UBI Soft) (U)

865 - Indiana Jones and the Temple of Doom (Tengen) (U) | 866 - Indiana Jones and the Temple of Doom (U) [!] | 867 - Indiana Jones and the Temple of Doom (U) | 868 - INDYCRUS

869 - Infiltrator (U) [!] | 870 - Infiltrator (U) | 871 - Infiltrator | 872 - Iron Tank (U) [!]

873 - Iron Tank (U) | 874 - Ironsword - Wizards & Warriors 2 (U) | 875 - Ironsword - Wizards & Warriors II (U) [!] | 876 - Iron_tank

877 - Isolated Warrior (U) [!] | 878 - Isolated Warrior (U) | 879 - IsolatedWarrior | 880 - Ivan Ironman Stewart's Super Off-Road (U) [!]

881 - Ivan Ironman Stewart's Super Offroad (U) | 882 - Jack Nicklaus' Greatest 18 Holes of Champ. Golf (U) | 883 - Jack Nicklaus' Greatest 18 Holes of Major Championship Golf (U) [!] | 884 - Jackal (U) [!]

885 - Jackal (U) | 886 - JACKAL | 887 - Jackie Chan's Action Kung Fu (U) [!p] | 888 - Jackie Chan's Action Kung Fu (U)

889 - Jajamaru Gekimaden - Maboroshi no Kinmajou (J) [T+Eng0.1_Ethereal_Productions] | 890 - James Bond Jr (U) [!] | 891 - James Bond Jr (U) | 892 - JamesBondJr

893 - Jaws (U) [!] | 894 - Jeopardy! (U) (PRG1) [!] | 895 - Jeopardy! (U) | 896 - Jeopardy! 25th Anniversary Edition (U) [!]

897 - Jeopardy! 25th Anniversary Edition (U) | 898 - Jeopardy! Junior Edition (U) [!] | 899 - Jeopardy! Junior Edition (U) | 900 - Jetsons - Cogswell's Caper!, The (U)

901 - Jetsons, The - Cogswell's Caper! (U) [!] | 902 - Jim Henson's Muppet Adventure - Chaos at the Carnival (U) [!] | 903 - Jimmy Connor's Tennis (U) [!p] | 904 - Jimmy Connor's Tennis (U)

905 - Joe & Mac (U) | 906 - Joe & Mac - Caveman Ninja (U) [!] | 907 - John Elway's Quarterback (U) [!] | 908 - John Elway's Quarterback (U)

909 - Jordan Vs Bird - One On One (U) [!] | 910 - Jordan Vs Bird - One On One (U) | 911 - JordanVsBird | 912 - Joshua (U) (Ver 6.0) [!]

913 - Joshua (Unl) (V6.0) [!] | 914 - Journey to Silius (U) [!] | 915 - Journey to Silius (U) | 916 - Joust (U) [!]

917 - Joust (U) | 918 - Jovial Race (Sachen) [U][!] | 919 - Joy Mech Fight (J) [T+Eng100%_AlanMidas] | 920 - Joypad Test Cartridge (U)

921 - JungBook | 922 - Jungle Book, The (U) [!] | 923 - Jungle Book, The (U) | 924 - Jurassic Boy 2 (Sachen) [U][!]

925 - Jurassic Park (U) [!] | 926 - Jurassic Park (U) | 927 - JURASSIC | 928 - Just Breed (J) [T+Eng1.00_Stealth]

929 - Juuouki (J) [T+Eng1.00_akadewboy] | 930 - Kabuki - Quantum Fighter (U) [!] | 931 - Kabuki - Quantum Fighter (U) | 932 - Kaijuu Monogatari (J) [T+Eng1.0b_KingMike]

933 - Kaiketsu Yanchamaru 2 - Karakuri Land (J) [T+Eng1.01_Shadow] | 934 - Kaiketsu Yanchamaru 3 - Taiketsu! Zouringen (J) [T+Eng1.00_Suicidal] | 935 - Kanshakudama Nage Kantarou no Toukaidou Gojuusan Tsugi (J) [T+Eng_KingMike] | 936 - Karate Champ (U) (REVA) [!]

937 - Karate Champ (U) | 938 - Karate Kid, The (U) [!] | 939 - Karate Kid, The (U) | 940 - Karatkid

941 - Karnov (U) [!] | 942 - Karnov (U) | 943 - Kart Fighter (Unl) [T+Eng1.00_DvD Translations] | 944 - Kero Kero Keroppi no Daibouken (J) [T+Eng1.00_Gaijin]

945 - Kero Kero Keroppi no Daibouken 2 - Donuts Ike ha Oosawagi! (J) [T+Eng1.0_Toma] | 946 - Keroppi to Keroriinu no Splash Bomb! (J) [T+Eng1.0_Suicidal] | 947 - Kick Master (U) [!] | 948 - Kick Master (U)

949 - Kick Master | 950 - Kickle Cubicle (U) [!] | 951 - Kickle Cubicle (U) | 952 - Kid Icarus (U) [!]

953 - Kid Klown (U) [!p] | 954 - Kid Klown (U) | 955 - Kid Kool (U) | 956 - Kid Kool and the Quest for the 7 Wonder Herbs (U) [!]

957 - Kid Niki - Radical Ninja (U) (PRG 0) | 958 - Kid Niki - Radical Ninja (U) (PRG1) [!] | 959 - King Neptune's Adventure (U) | 960 - King Neptune's Adventure (Unl) [!p]

961 - King of Fighters 96, The (Unl) | 962 - King of Fighters 97, The by Rex Soft (Unl) [U][!] | 963 - King of Fighters 99, The (Unl) | 964 - King of Kings, The (U) (V1.3)

965 - King of Kings, The (Unl) (V1.3) [!] | 966 - King's Knight (U) [!] | 967 - King's Knight (U) | 968 - King's Quest V (U) [!]

969 - King's Quest V (U) | 970 - Kings of the Beach (U) [!] | 971 - Kings of the Beach (U) | 972 - Kirby's Adventure (U) (PRG 0)

973 - Kirby's Adventure (U) (PRG1) [!] | 974 - Kiwi Kraze (U) | 975 - Kiwi Kraze - A Bird-Brained Adventure! (U) [!] | 976 - Klash Ball (U) [!p]

977 - Klash Ball (U) | 978 - Klax (U) | 979 - Klax (Unl) [!] | 980 - Knight Rider (U) [!]

981 - Knight Rider (U) | 982 - Korean Igo (Unl) [U][!] | 983 - Kouryuu Densetsu Villgust Gaiden (J) [T+Eng1.1_J2e] | 984 - Krazy Kreatures (U)

985 - Krazy Kreatures (Unl) [!] | 986 - Krion Conquest, The (U) [!] | 987 - Krion Conquest, The (U) | 988 - Krusty's Fun House (U) [!]

989 - Krusty's Fun House (U) | 990 - Kung Fu (U) [!] | 991 - Kung Fu (U) | 992 - Kung-Fu Heroes (U) [!]

993 - Kung-Fu Heroes (U) | 994 - KUNGFU1 | 995 - Kung_fu | 996 - Kunio Kun no Nekketsu Soccer League (J) [T+Eng1.2_PentarouZero]

997 - Kyatto Ninja Teyandee (J) [T+Eng4.5_Shadow] | 998 - L'Empereur (U) [!p] | 999 - L'Empereur (U) | 1000 - Labyrinth (J) [T+Eng]

1001 - Laser Invasion (U) [!] | 1002 - Laser Invasion (U) | 1003 - Laser_invasion | 1004 - Last Action Hero (U) [!]

1005 - Last Ninja, The (U) [!] | 1006 - Last Ninja, The (U) | 1007 - Last Starfighter, The (U) [!p] | 1008 - Last Starfighter, The (U)

1009 - Lee Trevino's Fighting Golf (U) [!] | 1010 - Lee Trevino's Fighting Golf (U) | 1011 - Legacy of the Wizard (U) [!] | 1012 - Legacy of the Wizard (U)

1013 - Legend of Kage, The (U) [!] | 1014 - Legend of Kage, The (U) | 1015 - Legend of the Ghost Lion (U) [!] | 1016 - Legend of the Ghost Lion (U)

1017 - Legend of Zelda, The (U) (PRG 0) | 1018 - Legend of Zelda, The (U) (PRG1) [!] | 1019 - Legendary Wings (U) [!] | 1020 - Legendary Wings (U)

1021 - Legends of the Diamond (U) [!] | 1022 - Legends of the Diamond (U) | 1023 - LEGKAGE | 1024 - Lemmings (U) [!]

1025 - Lemmings (U) | 1026 - Lemmings | 1027 - Lethal Weapon (U) [!] | 1028 - Lethal Weapon (U)

1029 - Life Force (U) [!] | 1030 - Lifeforce (U) | 1031 - Linus Spacehead's Cosmic Crusade (Aladdin) (U) | 1032 - Linus Spacehead's Cosmic Crusade (Unl) (Aladdin) (M4) [!]

1033 - Lion King III, The - Simon and Pumba (Unl) [!] | 1034 - Lion King, The (Mapper 182) (Unl) | 1035 - Lion King, The (Mapper 4) (Unl) [!] | 1036 - Lion King, The (Unl)

1037 - Little League Baseball - Championship Series (U) [!] | 1038 - Little League Baseball - Championship Series (U) | 1039 - Little Magic (J) [T+Eng0.33Alpha_TransBRC] | 1040 - Little Mermaid, The (U) [!]

1041 - Little Mermaid, The (U) | 1042 - Little Nemo - The Dream Master (U) [!] | 1043 - Little Nemo - The Dream Master (U) | 1044 - Little Ninja Brothers (U) [!]

1045 - Little Ninja Brothers (U) | 1046 - Little Red Hood (Sachen-HES) [!] | 1047 - Little Samson (U) [!p] | 1048 - Little Samson (U)

1049 - LittleNemo | 1050 - Locksmith (Sachen) [U][!] | 1051 - Lode Runner (U) [!] | 1052 - Lode Runner (U)

1053 - LODERUNR | 1054 - Lode_runner | 1055 - Lone Ranger, The (U) [!] | 1056 - Lone Ranger, The (U)

1057 - Loopz (U) [!] | 1058 - Loopz (U) | 1059 - Low G Man (U) | 1060 - Low G Man - The Low Gravity Man (U) [!]

1061 - Lucky 777 (Sachen) [U][!] | 1062 - Lunar Pool (U) [!] | 1063 - Lunar Pool (U) | 1064 - LunarPool

1065 - Lupin Sansei - Pandora no Isan (J) [T+Eng_Vice] | 1066 - M&M Heroes (Unl) | 1067 - M.C Kids (U) [!] | 1068 - M.U.L.E. (U) [!p]

1069 - M.U.L.E. (U) | 1070 - M.U.S.C.L.E. (U) [!] | 1071 - M.U.S.C.L.E. (U) | 1072 - Mach Rider (U) [!]

1073 - Mad Max (U) [!] | 1074 - MadMax | 1075 - Mafat Conspiracy - Golgo 13 (U) [!] | 1076 - Mafat Conspiracy - Golgo 13 (U)

1077 - Magic Block (Unl) | 1078 - Magic Block | 1079 - Magic Carpet 1001 (Unl) | 1080 - Magic Cubes (Sachen) [U][!]

1081 - Magic Darts (U) [!] | 1082 - Magic Darts (U) | 1083 - Magic Darts [b3] | 1084 - Magic Dragon (Unl)

1085 - Magic Jewelry (Unl) [!] | 1086 - Magic Jewelry 2 (Unl) [!] | 1087 - Magic Johnson's Fast Break (U) [!] | 1088 - Magic Johnson's Fast Break (U)

1089 - Magic Mathematic (Sachen-NTSC) [U][!] | 1090 - Magic of Scheherazade, The (U) [!] | 1091 - Magic of Scheherazade, The (U) | 1092 - Magician (U) [!]

1093 - Magician (U) | 1094 - Magmax (U) [!] | 1095 - Magmax (U) | 1096 - Mahjan Samit Kabukicho Hen (Sachen-Hacker) [U][!]

1097 - Mahjang Companion (Sachen-Hacker) [!] | 1098 - Mahjong Academy (Sachen) [!] | 1099 - Mahjong World (Sachen) [U][!] | 1100 - Major League Baseball (U) (PRG1) [!]

1101 - Major League Baseball (U) | 1102 - Majou Densetsu 2 - Daimashikyou Galious (J) [f1][o1][T+Eng.31b_manipulate] | 1103 - Maniac Mansion (U) [!] | 1104 - Maniac Mansion (U)

1105 - Mappy (J) [!] | 1106 - Mappy-Land (U) [!] | 1107 - Mappy-Land (U) | 1108 - Mappy.7z

1109 - Marble Madness (U) [!] | 1110 - Marble Madness (U) | 1111 - Mari Street Fighter III Turbo (Unl) | 1112 - Mario 16 (1996) (Unl) [!]

1113 - Mario 7-in-1 [p1][!] | 1114 - Mario Bros. (U) [!] | 1115 - Mario is Missing! (U) [!] | 1116 - Mario is Missing! (U)

1117 - Mario's Time Machine! (U) [!p] | 1118 - Mario's Time Machine! (U) | 1119 - MariosTimeMachine | 1120 - Marvel's X-Men (U)

1121 - Master Chu & The Drunkard Hu (Sachen) [U][!] | 1122 - Master Chu & The Drunkard Hu (U) | 1123 - Master Fighter II (Unl) [!] | 1124 - Maxi 15 (U)

1125 - MC Kids (U) | 1126 - McDonaldLand [!] | 1127 - Mechanized Attack (U) [!] | 1128 - Mechanized Attack (U)

1129 - Mega Man (U) | 1130 - Mega Man 2 (U) | 1131 - Mega Man 3 (Prototype) (U) [!] | 1132 - Mega Man 4 (U)

1133 - Mega Man 5 (U) | 1134 - Mega Man 6 (U) | 1135 - Megaman (U) [!] | 1136 - Megaman II (U) [!]

1137 - Megaman III (U) [!] | 1138 - Megaman IV (U) (PRG1) [!] | 1139 - Megaman V (U) [!p] | 1140 - Megaman VI (U) [!]

1141 - Megaman | 1142 - Megaman2 | 1143 - Megaman3 | 1144 - Megaman4

1145 - Megaman5 | 1146 - Megaman6 | 1147 - MEGAMAN7 | 1148 - Mei Nu Quan (Honey Peach) (Sachen) [!]

1149 - Menace Beach (U) | 1150 - Menace Beach (Unl) [!] | 1151 - Mendel Palace (U) [!] | 1152 - Mendel Palace (U)

1153 - Mermaid | 1154 - Mermaids of Atlantis (U) | 1155 - Mermaids of Atlantis - The Riddle of the Magic Bubble (Unl) [!p] | 1156 - Metal Fighter (Sachen) [U][!]

1157 - Metal Fighter (U) | 1158 - Metal Gear (U) [!] | 1159 - Metal Gear (U) | 1160 - Metal gear

1161 - Metal Max (J) [T+Eng.01a_AGTP] | 1162 - Metal Mech (U) | 1163 - Metal Mech - Man & Machine (U) [!] | 1164 - Metal Storm (U) [!]

1165 - Metal Storm (U) | 1166 - Metroid (U) (PRG0) [!] | 1167 - Metroid (U) | 1168 - Metroid

1169 - Michael Andretti's World Grand Prix (U) [!] | 1170 - Michael Andretti's World Grand Prix (U) | 1171 - Mickey Mania 7 (Unl) [!] | 1172 - Mickey Mouse

1173 - Mickey Mousecapade (U) [!] | 1174 - Mickey Mousecapade (U) | 1175 - Mickey's Adventures in Numberland (U) [!p] | 1176 - Mickey's Adventures in Numberland (U)

1177 - Mickey's Adventures in Numberland | 1178 - Mickey's Safari in Letterland (U) [!p] | 1179 - Mickey's Safari in Letterland (U) | 1180 - Mickey's Safari in Letterland

1181 - Micro Machines (U) | 1182 - Micro Machines (Unl) [!] | 1183 - MicroMachines | 1184 - MiG 29 - Soviet Fighter (Unl) [!]

1185 - Mig-29 Soviet Fighter (U) | 1186 - Might and Magic (U) [!] | 1187 - Might and Magic (U) | 1188 - MightAndMagic

1189 - Mighty Bomb Jack (U) [!] | 1190 - Mighty Bomb Jack (U) | 1191 - Mighty Final Fight (U) [!p] | 1192 - Mighty Final Fight (U)

1193 - Mike Tyson's Punch-Out!! (U) (PRG 0) | 1194 - Mike Tyson's Punch-Out!! (U) (PRG1) [!] | 1195 - Millionaire (Sachen) [U][!] | 1196 - Millipede (U) [!]

1197 - Millipede (U) | 1198 - Milon's Secret Castle (U) [!] | 1199 - Milon's Secret Castle (U) | 1200 - Mini Putt (J) [T+Eng1.00_NoTalent]

1201 - Minna no Taabou no Nakayoshi Daisakusen (J) [T+Eng1.01_Suicidal] | 1202 - Miracle Piano Teaching System, The (U) [!] | 1203 - Miracle Piano Teaching System, The (U) | 1204 - Mirai Senshi - Lios (J) [T+Eng1.00_AGTP]

1205 - Mission - Impossible (U) [!] | 1206 - Mission Cobra (U) | 1207 - Mission Cobra (Unl) [!] | 1208 - Mission Impossible (U)

1209 - MissionCobra | 1210 - Mission_impossible | 1211 - Mitsume ga Tooru (J) [T+Eng1.99_Toma] | 1212 - Moai Kun (J) [T+Eng1.00_Suicidal]

1213 - Monopoly (U) [!] | 1214 - Monopoly (U) | 1215 - Monster In My Pocket (U) [!] | 1216 - Monster in My Pocket (U)

1217 - Monster Party (U) [!] | 1218 - Monster Party (U) | 1219 - Monster Truck Rally (U) [!] | 1220 - Monster Truck Rally (U)

1221 - Moon Crystal (J) [T+Eng1.0_AWJ] | 1222 - Moon Ranger (U) | 1223 - Moon Ranger (Unl) [!p] | 1224 - Mortal Kombat 2 (Unl) [!]

1225 - Mortal Kombat 3 (Unl) | 1226 - Mortal Kombat 3 - Special 56 Peoples (Unl) [!] | 1227 - Mortal Kombat 3 - Special 56 Peoples (Unl) | 1228 - Mortal Kombat 3 Extra 60 (Unl) [!]

1229 - Mortal Kombat 4 (Unl) [!] | 1230 - Mortal Kombat 4 (Unl) [p1] | 1231 - Mortal Kombat II (Unl) [!] | 1232 - Mortal Kombat II Special (Unl) [!]

1233 - Mortal Kombat III Special (Unl) [!] | 1234 - Mortal Kombat Trilogy (Unl) [!] | 1235 - Mortal Kombat V1996 Turbo 30 Peoples (Unl) [!] | 1236 - Motocross Champion (J) [T+Eng1.00_Suicidal]

1237 - Motor City Patrol (U) [!] | 1238 - Motor City Patrol (U) | 1239 - Ms Pac-Man (U) | 1240 - Ms. Pac-Man (U) [!]

1241 - Ms_pacman | 1242 - Muppet Adventure - Chaos at the Carnival (U) | 1243 - Musashi no Bouken (J) [T+Eng.98_MadHacker+Gaijin] | 1244 - Mutant Virus, The (U) [!]

1245 - Mutant Virus, The (U) | 1246 - Mystery Quest (U) [!] | 1247 - Mystery Quest (U) | 1248 - Napoleon's War (Unl)

1249 - NARC (U) [!] | 1250 - NARC (U) | 1251 - NARC | 1252 - NBA Jam 2 (Unl) [!]

1253 - Nekketsu Kakutou Densetsu (J) [T-Eng] | 1254 - Nekketsu! Street Basket - Ganbare Dunk Heroes (J) [T+Eng.75_ICE] | 1255 - NES Open Tournament Golf (U) [!] | 1256 - NES Open Tournament Golf (U)

1257 - NES Play Action Football (U) [!] | 1258 - NES Play Action Football (U) | 1259 - NES PowerPad Test Cart (U) [!] | 1260 - NES Test Cart (Official Nintendo) (U) [!]

1261 - NFL Football (U) [!] | 1262 - NFL Football (U) | 1263 - NFL | 1264 - Nigel Mansell's World Championship Challenge (U) [!]

1265 - Nigel Mansell's World Championship Challenge (U) | 1266 - Nightmare on Elm Street, A (U) [!] | 1267 - Nightmare On Elm Street, A (U) | 1268 - Nightshade (U) [!]

1269 - Nightshade (U) | 1270 - Niji no Silk Road (J) [T+Eng1.01_Gaijin Productions] | 1271 - Ninja Crusaders (U) [!p] | 1272 - Ninja Crusaders (U)

1273 - Ninja Gaiden (U) [!] | 1274 - Ninja Gaiden (U) | 1275 - Ninja Gaiden 2 - The Dark Sword of Chaos (U) | 1276 - Ninja Gaiden 3 - The Ancient Ship of Doom (U)

1277 - Ninja Gaiden II - The Dark Sword of Chaos (U) [!] | 1278 - Ninja Gaiden III - The Ancient Ship of Doom (U) [!] | 1279 - Ninja Jajamaru - Ginga Daisakusen (J) [T+Eng1.00_HTI] | 1280 - Ninja Kid (U) [!]

1281 - Ninja Kid (U) | 1282 - Ninja Kun - Ashura no Shou (J) [T+Eng] | 1283 - Nintendo Test Cart (U) [b1] | 1284 - Nintendo World Championships 1990 (U) [!]

1285 - Nintendo World Cup (U) [!] | 1286 - Nintendo World Cup (U) | 1287 - Nobunaga's Ambition (U) [!] | 1288 - Nobunaga's Ambition (U)

1289 - Nobunaga's Ambition 2 (U) [!p] | 1290 - Nobunaga's Ambition 2 (U) | 1291 - North & South (U) [!] | 1292 - North & South (U)

1293 - Nuts & Milk (J) | 1294 - Nuts & Milk.7z | 1295 - NUTSMILK | 1296 - Olympic IQ (Sachen) [U][!]

1297 - Operation Secret Storm (U) | 1298 - Operation Secret Storm (Unl) [!p] | 1299 - Operation Wolf (U) [!] | 1300 - Operation Wolf (U)

1301 - Orb 3D (U) [!] | 1302 - Orb 3D (U) | 1303 - Otaku no Seiza - An Adventure in the Otaku Galaxy (J) [T+Eng0.0001cg_Suicidal] | 1304 - Othello (U) [!]

1305 - Othello (U) | 1306 - Overlord (U) [!] | 1307 - P'radikus Conflict (U) | 1308 - P'radikus Conflict, The (Unl) [!p]

1309 - P.O.W. - Prisoners of War (U) [!] | 1310 - Paaman Part 2 - Himitsu Kessha Madoodan wo Taose! (J) [T+Eng1.00_KingMike] | 1311 - Pac-Man (U) (Namco) [!p] | 1312 - Pac-Man (U) (Namco)

1313 - Pac-Man (Unl) [!] | 1314 - Pac-Mania (Unl) [!] | 1315 - Pacmania (U) | 1316 - Palamedes (U) [!]

1317 - Palamedes (U) | 1318 - Panic Restaurant (U) [!] | 1319 - Panic Restaurant (U) | 1320 - Paperboy (U) [!]

1321 - Paperboy (U) | 1322 - Paperboy 2 (U) [!] | 1323 - Paperboy 2 (U) | 1324 - Paperboy

1325 - Paperboy2 | 1326 - Parallel World (J) [T+Eng1.00_PentarouZero] | 1327 - PebbleBeachGolf | 1328 - Peek-A-Boo Poker (Unl) [!]

1329 - Penguin & Seal, The (Sachen-HES) [U][!] | 1330 - Penguin Kun Wars (J) [T+Eng1.012_Penguin] | 1331 - Perfect Fit (U) [!] | 1332 - Perfect Fit (U)

1333 - Pesterminator (U) | 1334 - Pesterminator - The Western Exterminator (Unl) [!p] | 1335 - Peter Pan & The Pirates (U) [!] | 1336 - Peter Pan & The Pirates (U)

1337 - Peterpan | 1338 - Phantasy Star 2 (Unl) | 1339 - Phantom Fighter (U) [!] | 1340 - Phantom Fighter (U)

1341 - PhantomFighter | 1342 - Pictionary (U) [!] | 1343 - Pictionary (U) | 1344 - Pikachu Y2K (Unl)

1345 - Pin Bot (U) [!] | 1346 - Pinball (JU) [!] | 1347 - Pinball Quest (U) [!] | 1348 - Pinball Quest (U)

1349 - Pinball | 1350 - PINBALLQ | 1351 - Pinbot (U) | 1352 - Pipe Dream (U) [!]

1353 - Pipe Dream (U) | 1354 - Pirates! (U) [!] | 1355 - Pirates! (U) | 1356 - PIRATES

1357 - Platoon (U) (PRG 0) | 1358 - Platoon (U) (PRG1) [!] | 1359 - Po Po Team (Sachen) [U][!] | 1360 - Pocahontas (Unl)

1361 - Pocahontas 2 (Unl) [U][!] | 1362 - Pocket Monster (Unl) [!] | 1363 - Pokemon 2000 (Unl) [!] | 1364 - Pokemon Blue (Unl) [!]

1365 - Pokemon Gold (Unl) [!] | 1366 - Pokemon Green (Unl) [!] | 1367 - Pokemon Silver (Unl) | 1368 - Poker (Unl) [!p]

1369 - Poker II (Sachen) [U][!] | 1370 - Poker III (Sachen) [!] | 1371 - Poker Mahjong (Sachen) [U][!] | 1372 - POPERSIA

1373 - Popeye (W) (PRG1) [!] | 1374 - Popeye 2 - Travels in Persia (Unl) [!] | 1375 - Popeye no Eigo Asobi (J) [T+Eng1.0_KingMike] | 1376 - Popeye

1377 - Port Test Cartridge (U) | 1378 - POW - Prisoners of War (U) | 1379 - POW | 1380 - Power Blade (U) [!]

1381 - Power Blade 2 (U) [!] | 1382 - Power Blade 2 (U) | 1383 - Power Punch 2 (U) [!p] | 1384 - Power Punch 2 (U)

1385 - Power Rangers 2 (Unl) [!] | 1386 - Power Rangers III (Unl) [!] | 1387 - Power Rangers IV (Unl) [!] | 1388 - Predator (U) [!]

1389 - Predator (U) | 1390 - Predator | 1391 - Prince of Persia (U) [!] | 1392 - Prince of Persia (U)

1393 - Princess Tomato in Salad Kingdom (U) [!] | 1394 - Princess Tomato in Salad Kingdom (U) | 1395 - Pro Action Replay (No Cart Present) (U) [!] | 1396 - Pro Action Replay (Rev B) (U) [!]

1397 - Pro Sport Hockey (U) [!] | 1398 - Pro Sport Hockey (U) | 1399 - Pro Wrestling (U) (PRG1) [!] | 1400 - Pro Wrestling (U)

1401 - Punch Out!! (U) [b1] | 1402 - Punch-Out!! (U) [!] | 1403 - Punch-Out!! (U) | 1404 - Punisher, The (U) [!]

1405 - Punisher, The (U) | 1406 - Punisher | 1407 - Puss 'n Boots - Pero's Great Adventure (U) [!] | 1408 - Puss 'n Boots - Pero's Great Adventure (U)

1409 - Puyo Puyo (J) [T+Eng1.0_AGTP] | 1410 - Puzzle (NINA03-USA) (Unl) [!] | 1411 - Puzzle (U) | 1412 - Puzznic (U) [!]

1413 - Puzznic (U) | 1414 - Pyramid (Sachen+NINA03) [!] | 1415 - Pyramid (U) (Sachen) | 1416 - Pyramid (Unl) (U) (Sachen)

1417 - Pyramid II (Sachen) [U][!] | 1418 - Q Boy (Sachen) [U][!] | 1419 - Q-bert (U) [!] | 1420 - Q-bert (U)

1421 - Q-Bert-(Garbled) | 1422 - Qix (U) [!p] | 1423 - Qix (U) | 1424 - Quattro Adventure (U)

1425 - Quattro Adventure (Unl) [!p] | 1426 - Quattro Arcade (U) | 1427 - Quattro Arcade (Unl) [!] | 1428 - Quattro Sports (Aladdin) (U)

1429 - Quattro Sports (Unl) [!p] | 1430 - R.B.I. Baseball (U) [!] | 1431 - R.B.I. Baseball 2 (Unl) [!] | 1432 - R.B.I. Baseball 3 (Unl) [!]

1433 - R.C. Pro-Am (U) (PRG1) [!] | 1434 - R.C. Pro-Am 2 (U) [!p] | 1435 - Race America (U) [!] | 1436 - Race America (U)

1437 - RaceAmerica | 1438 - Racermate Challenger II V6.02.002 (U) | 1439 - Racket Attack (U) [!] | 1440 - Racket Attack (U)

1441 - Rad Racer (U) [!] | 1442 - Rad Racer (U) | 1443 - Rad Racer 2 (U) [!] | 1444 - Rad Racket - Deluxe Tennis 2 (U) [!]

1445 - Rad Racket - Deluxe Tennis II (Unl) [!] | 1446 - Radia Senki - Reimei Hen (J) [T+Eng1.00_dreamless+Jair+cx] | 1447 - Raid 2020 (U) [!] | 1448 - Raid 2020 (Unl) [!]

1449 - Raid on Bungeling Bay (U) [!] | 1450 - Raid on Bungeling Bay (U) | 1451 - Rainbow Islands - The Story of Bubble Bobble 2 (U) [!] | 1452 - Rainbow Islands - The Story of Bubble Bobble 2 (U)

1453 - Rally Bike (U) [!] | 1454 - Rally Bike (U) | 1455 - Rambo (U) (PRG1) [!] | 1456 - Rambo (U)

1457 - Rambo | 1458 - Rampage (U) [!] | 1459 - Rampage (U) | 1460 - Rampart (U) [!]

1461 - Rampart (U) | 1462 - Rayban the Third (Unl) [!] | 1463 - RBI Baseball (U) | 1464 - RBI Baseball (Unl) (U)

1465 - RBI Baseball 2 (U) | 1466 - RBI Baseball 3 (U) | 1467 - RBIBaseBall3 | 1468 - RC Pro-Am 2 (U)

1469 - Red Pig (Unl) | 1470 - Remote Control (U) [!] | 1471 - Remote Control (U) | 1472 - Ren & Stimpy Show, The (U) [!p]

1473 - Ren & Stimpy Show, The (U) | 1474 - RenAndStimpyBuckaroos | 1475 - Renegade (U) [!] | 1476 - Renegade (U)

1477 - Renegade | 1478 - Rescue - The Embassy Mission (U) [!] | 1479 - Rescue - The Embassy Mission (U) | 1480 - Ring King (U) [!]

1481 - Ring King (U) | 1482 - River City Ransom (U) [!] | 1483 - River City Ransom (U) | 1484 - Road Fighter (E)

1485 - Road Runner (U) | 1486 - Road Runner (Unl) [!] | 1487 - RoadBlasters (U) [!] | 1488 - RoadBlasters (U)

1489 - ROADFIGH | 1490 - Robin Hood - Prince of Thieves (U) (PRG0) [!] | 1491 - Robin Hood - Prince of Thieves (U) | 1492 - Robo Warrior (U) [!]

1493 - Robo Warrior (U) | 1494 - RoboCop (U) [!] | 1495 - Robocop (U) | 1496 - RoboCop 2 (U) (PRG1) [!]

1497 - Robocop 2 (U) | 1498 - RoboCop 3 (U) [!p] | 1499 - Robocop 3 (U) | 1500 - Robocop Vs The Terminator (Prototype) (U)

1501 - RoboCop Vs The Terminator (U) (Prototype) | 1502 - Robodemons (U) | 1503 - Robodemons (Unl) [!p] | 1504 - Robo_cop

1505 - Robo_warrior | 1506 - Rock 'n' Ball (U) [!] | 1507 - Rock 'n' Ball (U) | 1508 - Rockball (Sachen) [U][!]

1509 - Rocket Ranger (U) [!] | 1510 - Rocketeer, The (U) [!] | 1511 - Rocketeer, The (U) | 1512 - Rockin' Kats (U) [!]

1513 - Rockin' Kats (U) [o1] | 1514 - Rocman X (Sachen) [!] | 1515 - Roger Clemens MVP Baseball (U) | 1516 - Roger Clemens' MVP Baseball (U) [!]

1517 - Rollerball (U) [!] | 1518 - Rollerball (U) | 1519 - Rollerball | 1520 - Rollerblade Racer (U) [!]

1521 - Rollerblade Racer (U) | 1522 - Rollergames (U) [!] | 1523 - RollerGames | 1524 - Rolling Thunder (U)

1525 - Rolling Thunder (Unl) [!] | 1526 - Romance of The Three Kingdoms (U) [!] | 1527 - Romance of the Three Kingdoms (U) | 1528 - Romance of the Three Kingdoms 2 (U) [!]

1529 - Romance of The Three Kingdoms II (U) [!] | 1530 - Roundball - 2-on-2 Challenge (U) [!] | 1531 - Roundball - 2-on-2 Challenge (U) | 1532 - Rush'n Attack (U) [!]

1533 - Rush'n Attack (U) | 1534 - Rygar (U) (PRG1) [!] | 1535 - Rygar (U) | 1536 - S.C.A.T. - Special Cybernetic Attack Team (U) [!p]

1537 - Saint Seiya - Ougon Densetsu (J) [T+Eng1.00_KingMike] | 1538 - Saiyuuki World 2 - Tenjoukai no Majin (J) [T+Eng1.00_PentarouZero] | 1539 - Sanrio Carnival 2 (J) [T+Eng1.0_Suicidal] | 1540 - Sanrio Cup - Pon Pon Volley (J) [T+Eng1.00_Gaijin Productions]

1541 - SCAT - Special Cybernetic Attack Team (U) | 1542 - SD Gundam Gaiden - Knight Gundam Monogatari (J) [T+Eng0.10_Assassin_Productions] | 1543 - Secret Scout (U) | 1544 - Secret Scout in the Temple of Demise (Unl) [!p]

1545 - Secret Ties (U) (Prototype) | 1546 - Section Z (U) [!] | 1547 - Section Z (U) | 1548 - Seicross (U) [!]

1549 - Seicross (U) | 1550 - Sesame Street 123 (U) [!] | 1551 - Sesame Street 123 (U) | 1552 - Sesame Street 123 - ABC (U) [!]

1553 - Sesame Street ABC (U) [!] | 1554 - Sesame Street ABC (U) | 1555 - Sesame Street ABC - 123 (U) | 1556 - Sesame Street Countdown (U) [!]

1557 - Sesame Street Countdown (U) | 1558 - Shadow of the Ninja (U) [!] | 1559 - Shadow of the Ninja (U) | 1560 - Shadowgate (U) [!]

1561 - Shadowgate (U) | 1562 - Shadow_of_the_ninja | 1563 - Shatterhand (U) [!] | 1564 - Shatterhand (U)

1565 - Shatter_hand | 1566 - Shikinjou (J) [T+Eng1.00_Suicidal Productions] | 1567 - Shingen The Ruler (U) [!] | 1568 - Shingen The Ruler (U)

1569 - Shinobi (U) | 1570 - Shinobi (Unl) [!] | 1571 - Shinsenden (J) [T+Eng] | 1572 - Shockwave (U)

1573 - Shockwave (Unl) [!] | 1574 - Shooting Range (U) [!] | 1575 - Shooting Range (U) | 1576 - Short Order - Eggsplode (U) [!]

1577 - Short Order - Eggsplode (U) | 1578 - Shufflepuck Cafe (J) [T+Eng1.0_MadHacker] | 1579 - Shui Guan Pipe (Unl) [!] | 1580 - Side Pocket (U) [!]

1581 - Side Pocket (U) | 1582 - Sidewinder (Sachen) [U][!] | 1583 - Silent Assault (Color Dreams) [!] | 1584 - Silent Assault (U)

1585 - Silent Assult (Sachen-Joy Van) [U][!] | 1586 - Silent Service (U) (PRG1) [!] | 1587 - Silent Service (U) | 1588 - Silk Worm (U)

1589 - Silkworm (U) [!] | 1590 - Silver Eagle (Sachen) [U][!] | 1591 - Silver Surfer (U) [!] | 1592 - Silver Surfer (U)

1593 - Simpsons - Bart Vs the Space Mutants, The (U) | 1594 - Simpsons - Bart Vs the World, The (U) | 1595 - Simpsons - Bartman Meets Radioactive Man, The (U) | 1596 - Simpsons, The - Bart Vs. the Space Mutants (U) (PRG0) [!]

1597 - Simpsons, The - Bart Vs. the World (U) [!] | 1598 - Simpsons, The - Bartman Meets Radioactive Man (U) [!] | 1599 - Simpsons | 1600 - Skate or Die 2 - The Search for Double Trouble (U) [!]

1601 - Skate or Die 2 - The Search for Double Trouble (U) | 1602 - Skate or Die! (U) [!] | 1603 - Skate or Die! (U) | 1604 - SkateOrDie

1605 - Ski or Die (U) [!] | 1606 - Ski or Die (U) | 1607 - Skull & Crossbones (U) | 1608 - Skull & Crossbones (Unl) [!]

1609 - Sky Destroyer (J) | 1610 - Sky Destroyer.7z | 1611 - Sky Kid (U) [!p] | 1612 - Sky Kid (U)

1613 - Sky Shark (U) [!] | 1614 - Sky Shark (U) | 1615 - SKY_DEST | 1616 - Slalom (U) [!]

1617 - Slalom (U) | 1618 - Smash T.V. (U) [!] | 1619 - Smash TV (U) [!] | 1620 - SMASHTV

1621 - Smurfs, The (E) [!] | 1622 - Smurfs, The.7z | 1623 - Snake Rattle N Roll (U) [!] | 1624 - Snake Rattle'n Roll (U)

1625 - Snake's Revenge (U) [!] | 1626 - Snake's Revenge (U) | 1627 - Snoopy's Silly Sports Spectacular (U) [!] | 1628 - Snoopy's Silly Sports Spectacular (U)

1629 - Snow Bros (U) | 1630 - Snow Bros. (U) [!p] | 1631 - Soccer (JU) [!] | 1632 - Soccer

1633 - Softball Tengoku (J) [T+Eng1.1_Toma] | 1634 - Solar Jetman - Hunt for the Golden Warpship (U) [!] | 1635 - Solar Jetman - Hunt for the Golden Warpship (U) | 1636 - Solitaire (U)

1637 - Solitaire (Unl) (REV1.1) [!] | 1638 - Solomon's Key (U) [!] | 1639 - Solstice (U) | 1640 - Solstice - The Quest for the Staff of Demnos (U) [!]

1641 - Somari (Unl) | 1642 - Sonic 3D Blast 6 (Unl) | 1643 - Sonic The Hedgehog (Unl) [!] | 1644 - Sore Ike! Anapanman - Minna de Hiking Game! (J) [T+Eng099_Pope Hentai]

1645 - Space Boy (Unl) | 1646 - Space Shuttle Project (U) [!] | 1647 - Space Shuttle Project (U) | 1648 - Spaceinvaders

1649 - Spartan X 2 (J) [T+Eng7Mar2003_Abstract Crouton Productions] | 1650 - Spelunker (U) [!] | 1651 - Spelunker 2 - Yuusha heno Chousen (J) [b1][T+Eng0.9_Sarysa] | 1652 - Spider-Man - Return of the Sinister Six (U) [!]

1653 - Spiderman | 1654 - Spiritual Warfare (U) (Ver 6.1) | 1655 - Spiritual Warfare (Unl) (V6.1) [!p] | 1656 - Splatter House - Wanpaku Graffiti (J) [T+Eng2.0_Spinner8]

1657 - Spot (U) [!] | 1658 - Spot (U) | 1659 - Spy Hunter (U) [!] | 1660 - Spy Hunter (U)

1661 - Spy Vs Spy (U) [!] | 1662 - Spy Vs Spy (U) | 1663 - Spy_vs_spy | 1664 - Sqoon (U) [!]

1665 - Sqoon (U) | 1666 - Square no Tom Sawyer (J) [T+Eng0.07_Kikuyama] | 1667 - Squashed (U) (Prototype) | 1668 - Stack Up (Robot Block) (W) [!]

1669 - Stadium Events (U) [!] | 1670 - Stadium Events (U) | 1671 - Stanley - The Search for Dr Livingston (U) | 1672 - Stanley - The Search for Dr. Livingston (U) [!]

1673 - Star Force (U) [!] | 1674 - Star Force (U) | 1675 - Star Soldier (U) [!] | 1676 - Star Soldier (U)

1677 - Star Trek - 25th Anniversary (U) [!] | 1678 - Star Trek - 25th Anniversary (U) | 1679 - Star Trek - The Next Generation (U) [!] | 1680 - Star Trek - The Next Generation (U)

1681 - Star Voyager (U) [!] | 1682 - Star Voyager (U) | 1683 - Star Wars (J) (Namco) [T+Eng_Mukimuki&Shinta] | 1684 - Star Wars (U) [!]

1685 - Star Wars (U) | 1686 - Star Wars - The Empire Strikes Back (U) [!p] | 1687 - Star Wars - The Empire Strikes Back (U) | 1688 - StarForce

1689 - Starship Hector (U) [!] | 1690 - Starship Hector (U) | 1691 - StarTrek25thAnniversary | 1692 - StarTrekNextGeneration

1693 - Startropics (U) [!] | 1694 - Startropics (U) | 1695 - Startropics 2 - Zoda's Revenge (U) | 1696 - Startropics II - Zoda's Revenge (U) [!]

1697 - Starwars | 1698 - Stealth ATF (U) [!] | 1699 - Stealth ATF (U) | 1700 - Sted - Iseki Wakusei no Yabou (J) [T+Eng1.0_J2E]

1701 - Stinger (U) [!] | 1702 - Stinger (U) [o2] | 1703 - Stinger (U) | 1704 - Strategist (With Intro) (Sachen) [U][!]

1705 - Street Blaster II Pro (Unl) [!] | 1706 - Street Cop (U) [!] | 1707 - Street Cop (U) | 1708 - Street Fighter 2010 (U)

1709 - Street Fighter 2010 - The Final Fight (U) [!] | 1710 - Street Fighter II - The World Warrior (Unl) [!] | 1711 - Street Fighter III (18 Fighter) (Unl) [!] | 1712 - Street Fighter III (9 Fighter) (Unl)

1713 - Street Fighter IV (Unl) | 1714 - Street Fighter V (20 Peoples) (Unl) [!] | 1715 - Street Fighter VI 12 Peoples (Unl) [!] | 1716 - Street Fighter Zero 2 '97 (Unl) [!]

1717 - Street Fighter Zero 2 (Unl) | 1718 - Street Heroes (Sachen) [U][!] | 1719 - Street_fighter_2010 | 1720 - Strider (U) [!]

1721 - Strider (U) | 1722 - Strider | 1723 - Stroke & Match Golf (VS) [!] | 1724 - Stunt Kids (U)

1725 - Stunt Kids (Unl) [!p] | 1726 - Sugoro Quest - Dice no Senshitachi (J) [T+Eng1.00_AlanMidas] | 1727 - Summer Carnival '92 - Recca (J) [T+Eng1.00_AGTP] | 1728 - Sunday Funday (U)

1729 - Sunday Funday (Unl) [!p] | 1730 - Super Aladdin (Unl) | 1731 - Super C (U) [!] | 1732 - Super C (U)

1733 - Super Cars (U) [!p] | 1734 - Super Cars (U) | 1735 - Super Contra 6 (Unl) | 1736 - Super Contra 7 (Unl)

1737 - Super Contra II (Unl) [!] | 1738 - Super Contra X (Unl) | 1739 - Super Dodge Ball (U) [!] | 1740 - Super Dodge Ball (U)

1741 - Super Donkey Kong (Unl) [!] | 1742 - Super Donkey Kong 2 (Unl) [!] | 1743 - Super Glove Ball (U) [!] | 1744 - Super Glove Ball (U)

1745 - Super Jeopardy! (U) [!] | 1746 - Super Jeopardy! (U) | 1747 - Super Mario 14 (Unl) | 1748 - Super Mario Bros - Duck Hunt (U)

1749 - Super Mario Bros - Duck Hunt - Track Meet (U) | 1750 - Super Mario Bros 2 (Lost Levels) (Unl) | 1751 - Super Mario Bros 2 (U) (PRG 1) | 1752 - Super Mario Bros 3 (U) (PRG 1)

1753 - Super Mario Bros 6 (Unl) [!] | 1754 - Super Mario Bros IV (Unl) [!] | 1755 - Super Mario Bros. (JU) [!] | 1756 - Super Mario Bros. + Duck Hunt (U) [!]

1757 - Super Mario Bros. + Duck Hunt + World Class Track Meet (U) (PRG1) [!] | 1758 - Super Mario Bros. 2 (U) (PRG1) [!] | 1759 - Super Mario Bros. 3 (U) (PRG1) [!] | 1760 - Super Mario Kart Raider (Unl) [!]

1761 - Super Mario World (Unl) | 1762 - Super Mario World 9 (Unl) [!] | 1763 - Super Pang (Sachen) [U][!] | 1764 - Super Pang 2 (Sachen) [U][!]

1765 - Super Pitfall (U) [!] | 1766 - Super Pitfall (U) | 1767 - Super Shinobi, The (Unl) [!] | 1768 - Super Sonic 5 (1997) (Unl) [!]

1769 - Super Spike V'Ball (U) [!] | 1770 - Super Spike V'Ball (U) | 1771 - Super Spike V'Ball + Nintendo World Cup (U) [!] | 1772 - Super Spike V'Ball - Nintendo World Cup (U) [!]

1773 - Super Sprint (U) | 1774 - Super Sprint (Unl) [!] | 1775 - Super Spy Hunter (U) [!] | 1776 - Super Spy Hunter (U)

1777 - Super Team Games (U) [!] | 1778 - Super Team Games (U) | 1779 - Superman (U) [!] | 1780 - Superman (U)

1781 - Superman | 1782 - Super_mario_brothers | 1783 - Super_mario_brothers2 | 1784 - Super_mario_brothers3

1785 - Super_spike_v-ball_world_cup | 1786 - Swamp Thing (U) [!] | 1787 - Sweet Home (J) [T+Eng1.00_Gaijin+Suicidal] | 1788 - Sword Master (U) [!p]

1789 - Sword Master (U) | 1790 - SwordMaster | 1791 - Swords and Serpents (U) [!] | 1792 - Swords and Serpents (U)

1793 - T&C 2 - Thrilla's Surfari (U) [!] | 1794 - T&C 2 - Thrilla's Surfari (U) | 1795 - T&C Surf Design (U) [!] | 1796 - T&C Surf Design (U)

1797 - Taboo - The Sixth Sense (U) (PRG1) [!] | 1798 - Taboo - The Sixth Sense (U) | 1799 - Tag Team Wrestling (U) [!] | 1800 - Tag Team Wrestling (U)

1801 - Tagin' Dragon (U) | 1802 - Tagin' Dragon (Unl) [!] | 1803 - Taiwan Mahjong 16 (Sachen) [U][!] | 1804 - Taiwan Mahjong 2 (Sachen) [!]

1805 - Taiyou no Yuusha Firebird (J) [T+Eng1.01_Dragoon-X] | 1806 - Takahashi Meijin no Bouken Shima IV (J) [T+Eng1.0_NeoDemiforce] | 1807 - TaleSpin (U) [!] | 1808 - TaleSpin (U)

1809 - Tank 1990 (As) [p1] | 1810 - Tank1990 | 1811 - Target - Renegade (U) [!] | 1812 - Target Renegade (U)

1813 - Taro's Quest (U) (Prototype) | 1814 - Tasac (Sachen) [U][!] | 1815 - Tashiro Masashi no Princess ga Ippai (J) [T+Eng1.00_Suicidal] | 1816 - Tecmo Baseball (U) [!]

1817 - Tecmo Baseball (U) | 1818 - Tecmo Bowl (U) (PRG 0) | 1819 - Tecmo Bowl (U) (PRG1) [!] | 1820 - Tecmo Cup - Soccer Game (U) [!]

1821 - Tecmo Cup - Soccer Game (U) | 1822 - Tecmo NBA Basketball (U) (PRG0) [!] | 1823 - Tecmo NBA Basketball (U) | 1824 - Tecmo Super Bowl (U) [!]

1825 - Tecmo Super Bowl (U) | 1826 - Tecmo World Wrestling (U) [!] | 1827 - Tecmo World Wrestling (U) | 1828 - TecmoBaseball

1829 - Teenage Mutant Ninja Turtles (U) [!] | 1830 - Teenage Mutant Ninja Turtles (U) | 1831 - Teenage Mutant Ninja Turtles - Tournament Fighters (U) [!p] | 1832 - Teenage Mutant Ninja Turtles 2 (U)

1833 - Teenage Mutant Ninja Turtles 3 (U) | 1834 - Teenage Mutant Ninja Turtles II - The Arcade Game (U) [!] | 1835 - Teenage Mutant Ninja Turtles III - The Manhattan Project (U) [!] | 1836 - Teenage Mutant Ninja Turtles Tournament Fighters (U)

1837 - Teenage_mutant_ninja_turtles | 1838 - Teenage_mutant_ninja_turtles2 | 1839 - Teenage_mutant_ninja_turtles3 | 1840 - Tekken 2 (Unl) [!]

1841 - Tekken 3 (Unl) | 1842 - Tenchi wo Kurau II - Shokatsu Koumei Den (J) [T+Eng1.12_MagicDestiny] | 1843 - Tennis (U) [!] | 1844 - Tennis

1845 - Terminator 2 - Judgement Day (U) | 1846 - Terminator 2 - Judgment Day (U) [!] | 1847 - Terminator, The (U) [!p] | 1848 - Terminator, The (U)

1849 - Terminator_2_judgement_day | 1850 - Terra Cresta (U) [!] | 1851 - Terra Cresta (U) | 1852 - Tetrastar - The Fighter (J) [T+Eng1.00beta_Gaijin]

1853 - Tetris (U) [!] | 1854 - Tetris 2 (U) [!] | 1855 - Tetris | 1856 - Tetris2

1857 - TetrisT | 1858 - Three Stooges (U) [!] | 1859 - Three Stooges (U) | 1860 - Thunder & Lightning (U) [!]

1861 - Thunder & Lightning (U) | 1862 - Thunder Warrior (Unl) | 1863 - Thunderbirds (U) [!] | 1864 - Thunderbirds (U)

1865 - Thundercade (U) [!] | 1866 - Thundercade (U) | 1867 - Tiger-Heli (U) [!] | 1868 - Tiger-Heli (U)

1869 - Tiles of Fate (U) | 1870 - Tiles of Fate (Unl) [!p] | 1871 - Time Diver Avenger (Unl) | 1872 - Time Diver Eon Man (U) (Prototype)

1873 - Time Lord (U) [!] | 1874 - Time Lord (U) | 1875 - Time Zone (J) [T+Eng1.2_KingMike] | 1876 - Times of Lore (U) [!p]

1877 - Times of Lore (U) | 1878 - Tiny Toon 4 (Unl) [!] | 1879 - Tiny Toon Adventures (U) [!] | 1880 - Tiny Toon Adventures (U)

1881 - Tiny Toon Adventures 2 - Trouble in Wackyland (U) [!] | 1882 - Tiny Toon Adventures 2 - Trouble in Wackyland (U) | 1883 - Tiny Toon Adventures 6 (Unl) [!] | 1884 - Tiny Toon Adventures Cartoon Workshop (U) [!]

1885 - Tiny Toon Adventures Cartoon Workshop (U) | 1886 - TINYTOON | 1887 - Titanic 1912 (Unl) | 1888 - TNYTOON2

1889 - To The Earth (U) [!] | 1890 - To The Earth (U) | 1891 - Toita Basketball (Unl) | 1892 - Toki (U) [!]

1893 - Toki (U) | 1894 - Tokkyuu Shirei - Solbrain (J) [T+Eng1.01_AGTP] | 1895 - Tom & Jerry (and Tuffy) (U) [!] | 1896 - Tom & Jerry (and Tuffy) (U)

1897 - Tom & Jerry 3 (Unl) | 1898 - Tombs & Treasure (U) [!] | 1899 - Tombs and Treasure (U) | 1900 - TOMJERRY

1901 - Toobin (U) | 1902 - Toobin' (Unl) [!p] | 1903 - Top Gun (U) (PRG1) [!] | 1904 - Top Gun (U)

1905 - Top Gun - The Second Mission (U) [!] | 1906 - Top Gun - The Second Mission (U) | 1907 - Top Gun III (Unl) | 1908 - Top Players' Tennis - Featuring Chris Evert & Ivan Lendl (U) [!]

1909 - Torrent_downloaded_from_Demonoid.com.txt | 1910 - Total Recall (U) [!] | 1911 - Total Recall (U) | 1912 - Totally Rad (U) [!]

1913 - Totally Rad (U) | 1914 - Touch Down Fever (U) [!] | 1915 - Touch Down Fever (U) | 1916 - Toxic Crusaders (U) [!]

1917 - Toxic Crusaders (U) | 1918 - ToxicCrusader | 1919 - Track & Field (U) [!] | 1920 - Track & Field (U)

1921 - Track & Field 2 (U) (PRG1) [!] | 1922 - Track & Field 2 (U) | 1923 - TrackAndField | 1924 - TrackAndField2

1925 - TRACKFIE | 1926 - Transformers - Comvoy no Nazo (J) [T+Eng1.00_NoTalent] | 1927 - Transformers | 1928 - Treasure Master (U) [!]

1929 - Treasure Master (U) | 1930 - Trog (U) [!] | 1931 - Trog (U) | 1932 - Trojan (U) [!]

1933 - Trojan (U) | 1934 - Trolls on Treasure Island (U) | 1935 - Trolls on Treasure Island (Unl) [!p] | 1936 - Tsuppari Oozumou (J) [T+Eng1.01_Toma]

1937 - Ttcrtwks | 1938 - TurboRacing | 1939 - Turtle Ninja 2 (TMNT CCE Pirate) (U) [p1] | 1940 - Twin Cobra (U) [!]

1941 - Twin Cobra (U) | 1942 - Twin Eagle (Sachen) [U][!] | 1943 - Twin Eagle (U) | 1944 - Twin Eagle - Revenge Joe's Brother (U) [!p]

1945 - TwinBee 3 - Poko Poko Dai Maou (J) [T+Eng1.02_Demiforce] | 1946 - U-Force Test Cartridge (U) | 1947 - Uchuusen - Cosmo Carrier (J) [hFFE][T+Eng0.25_Gil Galad] | 1948 - Ultima - Exodus (U) [!]

1949 - Ultima - Exodus (U) | 1950 - Ultima - Quest of the Avatar (U) [!] | 1951 - Ultima - Quest of the Avatar (U) | 1952 - Ultima - Warriors of Destiny (U) [!]

1953 - Ultima - Warriors of Destiny (U) | 1954 - Ultimate Air Combat (U) [!] | 1955 - Ultimate Air Combat (U) | 1956 - Ultimate Basketball (U) [!]

1957 - Ultimate Basketball (U) | 1958 - Ultimate League Soccer (U) | 1959 - Ultimate League Soccer (Unl) [!p] | 1960 - Ultimate Stuntman (U)

1961 - Ultimate Stuntman (Unl) [!] | 1962 - Ultimate_basketball | 1963 - Uncanny X-Men, The (U) [!] | 1964 - Uncharted Waters (U) [!]

1965 - Uncharted Waters (U) | 1966 - Uninvited (U) [!] | 1967 - Uninvited (U) | 1968 - Untouchables, The (U) (PRG1) [!]

1969 - Untouchables, The (U) | 1970 - Urban Champion (UE) [!] | 1971 - Urban Strike (Unl) [!] | 1972 - Valkyrie no Bouken - Toki no Kagi Densetsu (J) [T+Eng1.0_SGST]

1973 - Vegas Dream (U) [!] | 1974 - Vegas Dream (U) | 1975 - Venice Beach Volleyball (U) | 1976 - Venice Beach Volleyball (Unl) [!p]

1977 - Venus Senki (J) [T-Eng] | 1978 - Vice - Project Doom (U) [!] | 1979 - Vice - Project Doom (U) | 1980 - Videomation (U) [!]

1981 - Videomation (U) | 1982 - Vindicators (U) | 1983 - Vindicators (Unl) [!] | 1984 - Volleyball (U)

1985 - Volleyball (UE) [!] | 1986 - Volleyball | 1987 - VS. Castlevania (VS) | 1988 - VS. TKO Boxing (VS) [!]

1989 - Wacky Races (U) [!p] | 1990 - Wacky Races (U) | 1991 - Wacky_races | 1992 - Wagyan Land (J) [T+Eng100%_AlanMidas]

1993 - Wagyan Land 2 (J) [T+Eng99%_ACP] | 1994 - Wai Wai World (J) [T+Eng3.0_Demiforce] | 1995 - Wai Wai World 2 - SOS!! Paseri Jou (J) [T+Eng1.01_Vice] | 1996 - Wait and See! (Unl)

1997 - Wall Street Kid (U) [!] | 1998 - Wall Street Kid (U) | 1999 - Wally Bear & the No Gang (Unl) [!p] | 2000 - Wally Bear and the No Gang (U)

2001 - Wanpaku Kokkun no Gourmet World (J) [T+Eng1.00_HelloTabo] | 2002 - Wario's Woods (U) [!] | 2003 - Wario's Woods (U) | 2004 - Wayne Gretzky Hockey (U) [!]

2005 - Wayne Gretzky Hockey (U) | 2006 - Wayne's World (U) [!] | 2007 - Wayne's World (U) | 2008 - Wayne_gretzky

2009 - WCW World Championship Wrestling (U) [!] | 2010 - WCW World Championship Wrestling (U) | 2011 - Werewolf - The Last Warrior (U) [!] | 2012 - Werewolf - The Last Warrior (U)

2013 - Wheel of Fortune (U) (PRG1) [!] | 2014 - Wheel of Fortune (U) | 2015 - Wheel of Fortune - Starring Vanna White (U) [!] | 2016 - Wheel of Fortune - Starring Vanna White (U)

2017 - Wheel of Fortune Family Edition (U) [!] | 2018 - Wheel of Fortune Family Edition (U) | 2019 - Wheel of Fortune Junior Edition (U) | 2020 - Where in Time is Carmen Sandiego (U) [!]

2021 - Where in Time is Carmen Sandiego (U) | 2022 - Where's Waldo (U) [!] | 2023 - Where's Waldo (U) | 2024 - Who Framed Roger Rabbit (U) [!]

2025 - Who Framed Roger Rabbit (U) | 2026 - Whomp'Em (U) [!] | 2027 - Whomp'Em (U) | 2028 - Widget (U) [!]

2029 - Widget (U) | 2030 - Wild Gunman (U) | 2031 - Wild Gunman (W) (PRG1) [!] | 2032 - Willow (U) [!]

2033 - Willow (U) | 2034 - Wily & Light no Rockboard - That's Paradise (J) [T+Eng0.10_Interiordi_Software] | 2035 - Win, Lose or Draw (U) [!] | 2036 - Win, Lose or Draw (U)

2037 - Winter Games (U) (PRG0) [!] | 2038 - Winter Games (U) | 2039 - Wit's (J) [T+Eng1.00_Suicidal] | 2040 - Wizardry - Proving Grounds of the Mad Overlord (U) [!]

2041 - Wizardry - Proving Grounds of the Mad Overlord (U) | 2042 - Wizardry - The Knight of Diamonds (U) [!] | 2043 - Wizardry - The Knight of Diamonds (U) | 2044 - Wizards & Warriors (U) (PRG1) [!]

2045 - Wizards & Warriors (U) | 2046 - Wizards & Warriors 3 (U) | 2047 - Wizards & Warriors III - Kuros - Visions of Power (U) [!] | 2048 - Wolverine (U) [!]

2049 - Wolverine (U) | 2050 - World Champ (U) [!] | 2051 - World Class Track Meet (U) (PRG1) [!] | 2052 - World Class Track Meet (U)

2053 - World Games (U) [!] | 2054 - World Games (U) | 2055 - World Hero (Unl) [!] | 2056 - World Heroes 2 (Unl)

2057 - World of Card Game, The (Sachen) [U][!] | 2058 - World_cup_soccer | 2059 - Wrath of the Black Manta (U) (PRG1) [!] | 2060 - Wrath of the Black Manta (U)

2061 - Wrecking Crew (U) [!] | 2062 - Wrecking Crew (VS) [!] | 2063 - Wurm (U) | 2064 - WURM - Journey to the Center of the Earth (U) [!]

2065 - WWF King of the Ring (U) [!p] | 2066 - WWF King of the Ring (U) | 2067 - WWF Steel Cage Challenge (U) | 2068 - WWF WrestleMania (U) [!]

2069 - WWF Wrestlemania (U) | 2070 - WWF WrestleMania - Steel Cage Challenge (U) [!] | 2071 - WWF WrestleMania Challenge (U) [!] | 2072 - WWF Wrestlemania Challenge (U)

2073 - X-Men(N8b) | 2074 - Xenophobe (U) [!] | 2075 - Xenophobe (U) | 2076 - Xevious (U) [!]

2077 - Xevious (U) | 2078 - Xexyz (U) [!] | 2079 - Xexyz (U) | 2080 - Yo! Noid (U) [!]

2081 - Yo! Noid (U) | 2082 - Yoshi (U) [!] | 2083 - Yoshi (U) | 2084 - Yoshi's Cookie (U) [!]

2085 - Yoshi's Cookie (U) | 2086 - Young Indiana Jones Chronicles, The (U) [!] | 2087 - Young Indiana Jones Chronicles, The (U) | 2088 - Ys (J) [T+EngR1_DMullen]

2089 - Ys II - Ancient Ys Vanished - The Final Chapter (J) [T+EngR1_DMullen] | 2090 - Ys III - Wanderers From Ys (J) [T+Eng1.00] | 2091 - Yume Penguin Monogatari (J) [T+Spa1.0_PaladinKnights] | 2092 - Yuu Yuu Hakusho Final - Makai Saikyou Retsuden (English) (Unl)

2093 - Zanac (U) [!] | 2094 - Zanac (U) | 2095 - Zelda 2 - The Adventure of Link (U) | 2096 - Zelda II - The Adventure of Link (U) [!]

2097 - Zelda | 2098 - Zen Intergalactic Ninja (U) [!] | 2099 - Zen Intergalactic Ninja (U) | 2100 - Zippy Race (J)

2101 - Zippy Race.7z | 2102 - ZIPYRACE | 2103 - Zombie Hunter (J) [T+Eng1.01_KingMike] | 2104 - Zombie Nation (U) [!]



Atari 2600 | Sega Master System | Nintendo NES | Super Nintendo SNES | TurboGrafX



Super Nintendo - SNES (788 Jogos Listados)



Super Nintendo Entertainment System, Super Sistema de Entretenimento Nintendo (também conhecido como o Super NES, SNES ou Super Nintendo) é um console de videogame de 16 bits desenvolvido pela Nintendo que foi lançado em 1990 no Japão, 1991 nos Estados Unidos, 1992 na Europa e Australásia (Oceania) e América do Sul em 1993.


1 - 2020 Super Baseball (U) | 2 - 3 Ninjas Kick Back (U) | 3 - 7th Saga, The (U) [!] | 4 - A.S.P. Air Strike Patrol (U)

5 - AAAHH!!! Real Monsters (U) | 6 - ABC Monday Night Football (U) | 7 - ACME Animation Factory (U) | 8 - ActRaiser (U) [!]

9 - ActRaiser 2 (U) [!] | 10 - AD&D - Eye of the Beholder (U) | 11 - Addams Family Values (U) | 12 - Addams Family, The (U)

13 - Addams Family, The - Pugsley's Scavenger Hunt (U) | 14 - Adventures of Batman & Robin, The (U) | 15 - Adventures of Dr. Franken, The (U) | 16 - Adventures of Kid Kleets, The (U) [!]

17 - Adventures of Rocky and Bullwinkle and Friends, The (U) | 18 - Aero Fighters (U) | 19 - Aero the Acro-Bat (U) [!] | 20 - Aero the Acro-Bat 2 (U)

21 - Aerobiz (U) | 22 - Aerobiz Supersonic (U) | 23 - Air Cavalry (U) | 24 - Al Unser Jr's Road to the Top (U)

25 - Aladdin (U) [!] | 26 - Alien 3 (U) | 27 - Alien vs. Predator (U) | 28 - American Gladiators (U)

29 - An American Tail - Fievel Goes West (U) | 30 - Andre Agassi Tennis (U) | 31 - Animaniacs (U) [!] | 32 - Arcade's Greatest Hits (U)

33 - Arcade's Greatest Hits - The Atari Collection 1 (U) | 34 - Arcana (U) | 35 - Ardy Lightfoot (U) | 36 - Arkanoid - Doh It Again (U) [!]

37 - Art of Fighting (U) | 38 - Axelay (U) [a1] | 39 - Axelay (U) | 40 - B.O.B. (U) [!]

41 - Ballz 3D (U) [!] | 42 - Ballz 3D - Instore Demo (U) [!] | 43 - Barbie Super Model (U) | 44 - Barbie Vacation Adventure (U)

45 - Barkley Shut Up and Jam! (U) | 46 - Bass Masters Classic (U) | 47 - Bass Masters Classic - Pro Edition (U) | 48 - Bassins' Black Bass (U)

49 - Batman - Revenge of the Joker (U) | 50 - Batman Forever (U) | 51 - Batman Returns (U) [!] | 52 - Battle Blaze (U) [!]

53 - Battle Cars (U) | 54 - Battle Clash (U) [!] | 55 - Battle Grand Prix (U) | 56 - Battletoads & Double Dragon - The Ultimate Team (U) [!]

57 - Battletoads in Battlemaniacs (U) [!] | 58 - Bazooka Blitzkrieg (U) | 59 - Beauty and the Beast (U) | 60 - Beavis and Butt-Head (U)

61 - Bebe's Kids (U) | 62 - Beethoven's 2nd (U) | 63 - Best of the Best - Championship Karate (U) | 64 - Big Sky Trooper (U)

65 - Biker Mice From Mars (U) [!] | 66 - Bill Laimbeer's Combat Basketball (U) [!] | 67 - Bill Walsh College Football (U) [!] | 68 - Bio Metal (U) [!]

69 - Blackthorne (U) (CES Pre-Release) | 70 - Blackthorne (U) | 71 - Blazeon (U) | 72 - Blues Brothers, The (U) [!]

73 - Bobby's World (U) | 74 - Bonkers (U) | 75 - Boogerman - A Pick and Flick Adventure (U) | 76 - Boxing Legends of the Ring (U)

77 - Brain Lord (U) | 78 - Brainies, The (U) | 79 - Bram Stoker's Dracula (U) | 80 - Brandish (U) [!]

81 - Brawl Brothers (U) [!] | 82 - BreakThru! (U) | 83 - Breath of Fire (U) [!] | 84 - Breath of Fire II (U) [!]

85 - Brett Hull Hockey '95 (U) | 86 - Brett Hull Hockey (U) | 87 - Bronkie Health Hero (U) | 88 - Brunswick World Tournament of Champions (U)

89 - Brutal - Paws of Fury (U) | 90 - Bubsy II (U) | 91 - Bubsy in Claws Encounters of the Furred Kind (U) [!] | 92 - Bugs Bunny - Rabbit Rampage (U) [!]

93 - Bulls Vs Blazers and the NBA Playoffs (U) (V1.0) | 94 - Bulls Vs Blazers and the NBA Playoffs (U) (V1.1) [!] | 95 - Bust-A-Move (U) | 96 - Cacoma Knight in Bizyland (U)

97 - Cal Ripken Jr. Baseball (U) [!] | 98 - California Games II (U) | 99 - Cannondale Cup (U) | 100 - Capcom's MVP Football (U)

101 - Capcom's Soccer Shootout (U) | 102 - Captain America and The Avengers (U) | 103 - Captain Commando (U) | 104 - Captain Novolin (U)

105 - Carrier Aces (U) | 106 - Casper (U) | 107 - Castlevania - Dracula X (U) | 108 - Champions World Class Soccer (U)

109 - Championship Pool (U) | 110 - Championship Soccer '94 (U) | 111 - Chavez (U) | 112 - Chavez II (U)

113 - Chessmaster, The (U) | 114 - Chester Cheetah - Too Cool to Fool (U) [!] | 115 - Chester Cheetah - Wild Wild Quest (U) (14145) | 116 - Chester Cheetah - Wild Wild Quest (U) (59734)

117 - Choplifter III (U) (30545) | 118 - Choplifter III (U) (54553) | 119 - Chrono Trigger (U) [!] | 120 - Chuck Rock (U)

121 - Civilization (U) [!] | 122 - Clay Fighter (U) | 123 - Clay Fighter - Tournament Edition (U) | 124 - Clay Fighter 2 - Judgment Clay (U)

125 - Claymates (U) | 126 - Claymates Demo (U) | 127 - Cliffhanger (U) | 128 - Clue (U) [!]

129 - College Football USA '97 - The Road to New Orleans (U) [!] | 130 - College Slam Basketball (U) [!] | 131 - Combatribes, The (U) | 132 - Congo's Caper (U)

133 - Contra III - The Alien Wars (U) [!] | 134 - Cool Spot (U) [!] | 135 - Cool World (U) [!] | 136 - Cutthroat Island (U)

137 - Cyber Spin (U) [!] | 138 - Cybernator (U) (With Sound Test) | 139 - Cybernator (U) | 140 - D-Force (U)

141 - Daffy Duck - The Marvin Missions (U) | 142 - Darius Twin (U) [!] | 143 - David Crane's Amazing Tennis (U) [!] | 144 - Death and Return of Superman, The (U)

145 - Demolition Man (U) | 146 - Demon's Crest (U) [!] | 147 - Dennis the Menace (U) | 148 - Desert Strike - Return to the Gulf (U)

149 - Dig & Spike Volleyball (U) | 150 - Dino City (U) | 151 - Dirt Trax FX (U) [!] | 152 - Donkey Kong Country (U) (V1.0) [!]

153 - Donkey Kong Country (U) (V1.1) | 154 - Donkey Kong Country (U) (V1.2) [!] | 155 - Donkey Kong Country - Competition Cartridge (U) | 156 - Donkey Kong Country 2 - Diddy's Kong Quest (U) (V1.0)

157 - Donkey Kong Country 2 - Diddy's Kong Quest (U) (V1.1) [!] | 158 - Donkey Kong Country 3 - Dixie Kong's Double Trouble (U) [!] | 159 - Doom (U) [!] | 160 - Doomsday Warrior (U)

161 - Double Dragon V - The Shadow Falls (U) | 162 - Dragon - The Bruce Lee Story (U) | 163 - Dragon View (U) [!] | 164 - Dragon's Lair (U)

165 - Drakkhen (U) [!] | 166 - Dream TV (U) | 167 - Dungeon Master (U) | 168 - E.V.O. Search for Eden (U)

169 - Earthbound (U) | 170 - Earthworm Jim (U) | 171 - Earthworm Jim 2 (U) [!] | 172 - Eek! The Cat (U)

173 - Elite Soccer (U) | 174 - Emmitt Smith Football (U) | 175 - Equinox (U) | 176 - ESPN Baseball Tonight (U) (10548)

177 - ESPN Baseball Tonight (U) (29611) | 178 - ESPN National Hockey Night (U) | 179 - ESPN Speedworld (U) | 180 - ESPN Sunday Night NFL (U)

181 - Extra Innings (U) | 182 - F-ZERO (U) [!] | 183 - F1 Pole Position (U) | 184 - F1 ROC - Race of Champions (U)

185 - F1 ROC II - Race of Champions (U) | 186 - Faceball 2000 (U) [!] | 187 - Family Dog (U) | 188 - Family Feud (U)

189 - Fatal Fury (U) | 190 - Fatal Fury 2 (U) | 191 - Fatal Fury Special (U) | 192 - FIFA 97 - Gold Edition (U) [!]

193 - FIFA International Soccer (U) [!] | 194 - FIFA Soccer 96 (U) [!] | 195 - Fighter's History (U) | 196 - Final Fantasy - Mystic Quest (U) (V1.0) [!]

197 - Final Fantasy - Mystic Quest (U) (V1.1) | 198 - Final Fantasy II (U) (V1.0) [!] | 199 - Final Fantasy II (U) (V1.1) | 200 - Final Fantasy III (U) (V1.0) [!]

201 - Final Fantasy III (U) (V1.1) [!] | 202 - Final Fight (U) | 203 - Final Fight 2 (U) | 204 - Final Fight 3 (U)

205 - Final Fight Guy (U) | 206 - Fire Striker (U) | 207 - Firepower 2000 (U) | 208 - First Samurai (U)

209 - Flashback - The Quest for Identity (U) [!] | 210 - Flintstones, The (U) | 211 - Flintstones, The - The Treasure of Sierra Madrock (U) | 212 - Football Fury (U)

213 - Foreman For Real (U) [!] | 214 - Frank Thomas' Big Hurt Baseball (U) [!] | 215 - Frantic Flea (U) [!] | 216 - Frogger (U)

217 - Full Throttle Racing (U) | 218 - Fun 'N Games (U) | 219 - Gemfire (U) | 220 - Genghis Khan II - Clan of the Gray Wolf (U)

221 - George Foreman's KO Boxing (U) (Doritos Promo) | 222 - George Foreman's KO Boxing (U) (V1.0) [!] | 223 - George Foreman's KO Boxing (U) (V1.1) | 224 - Ghoul Patrol (U)

225 - Gods (U) | 226 - Goof Troop (U) [!] | 227 - GP-1 (U) | 228 - GP-1 Part II (U)

229 - Gradius III (U) [!] | 230 - Great Circus Mystery Starring Mickey & Minnie, The (U) | 231 - Great Waldo Search, The (U) | 232 - Gunforce - Battle Fire Engulfed Terror Island (U)

233 - Hagane (U) | 234 - HAL's Hole in One Golf (U) [!] | 235 - Hammerlock Wrestling (U) | 236 - Hardball III (U)

237 - Harley's Humongous Adventure (U) | 238 - Harvest Moon (U) | 239 - Head-On Soccer (U) | 240 - Hit the Ice (U)

241 - Home Alone (U) | 242 - Home Alone 2 - Lost in New York (U) | 243 - Home Improvement (U) [!] | 244 - Hook (U) (2648)

245 - Hook (U) (29252) | 246 - Hunt for Red October, The (U) | 247 - Hurricanes, The (U) | 248 - Hyper V-Ball (U)

249 - HyperZone (U) [!] | 250 - Ignition Factor, The (U) | 251 - Illusion of Gaia (U) [!] | 252 - Imperium (U)

253 - Incantation (U) | 254 - Incredible Crash Dummies, The (U) | 255 - Incredible Hulk, The (U) | 256 - Indiana Jones' Greatest Adventures (U)

257 - Inindo - Way of the Ninja (U) | 258 - Inspector Gadget (U) | 259 - International Superstar Soccer (U) [!] | 260 - International Superstar Soccer Deluxe (U)

261 - International Tennis Tour (U) | 262 - Irem Skins Game, The (U) | 263 - Itchy & Scratchy Game, The (U) | 264 - Izzy's Quest for the Olympic Rings (U) [!]

265 - Jack Nicklaus Golf (U) | 266 - James Bond Jr (U) | 267 - Jammit (U) | 268 - Jeopardy! (U)

269 - Jeopardy! Deluxe Edition (U) | 270 - Jeopardy! Sports Edition (U) | 271 - Jetsons, The - Invasion of the Planet Pirates (U) | 272 - Jim Lee's WildC.A.T.S (U)

273 - Jim Power - The Lost Dimension in 3D (U) [!] | 274 - Jimmy Connors Pro Tennis Tour (U) | 275 - Jimmy Houston's Bass Tournament U.S.A. (U) | 276 - Joe & Mac (U) [!]

277 - Joe & Mac 2 - Lost in the Tropics (U) (35468) | 278 - Joe & Mac 2 - Lost in the Tropics (U) (54227) | 279 - John Madden Football '93 (U) | 280 - John Madden Football (U)

281 - JRR Tolkien's The Lord of the Rings - Volume 1 (U) | 282 - Judge Dredd (U) (CES Preview Version) | 283 - Judge Dredd (U) [!] | 284 - Jungle Book, The (U)

285 - Jungle Strike (U) [!] | 286 - Jurassic Park (U) (V1.0) | 287 - Jurassic Park (U) (V1.1) | 288 - Jurassic Park Part 2 - The Chaos Continues (U)

289 - Justice League Task Force (U) | 290 - Kablooey (U) | 291 - Kawasaki Carribean Challenge (U) | 292 - Kawasaki Superbike Challenge (U)

293 - Ken Griffey Jr. Presents Major League Baseball (U) | 294 - Ken Griffey Jr.'s Winning Run (U) [!] | 295 - Kendo Rage (U) | 296 - Kid Klown in Crazy Chase (U)

297 - Killer Instinct (U) (V1.0) | 298 - Killer Instinct (U) (V1.1) [!] | 299 - King Arthur & The Knights of Justice (U) [!] | 300 - King Arthur's World (U)

301 - King of Dragons, The (U) | 302 - King of the Monsters (U) | 303 - King of the Monsters 2 (U) | 304 - Kirby Super Star (U) [!]

305 - Kirby's Avalanche (U) [!] | 306 - Kirby's Dream Course (U) [!] | 307 - Kirby's Dream Land 3 (U) | 308 - Knights of the Round (U)

309 - Krusty's Super Fun House (U) (V1.0) | 310 - Krusty's Super Fun House (U) (V1.1) | 311 - Kyle Petty's No Fear Racing (U) | 312 - Lagoon (U)

313 - Lamborghini - American Challenge (U) | 314 - Last Action Hero (U) | 315 - Lawnmower Man, The (U) | 316 - Legend (U) (16725)

317 - Legend (U) (718) | 318 - Legend of The Mystical Ninja, The (U) [!] | 319 - Legend of Zelda, The - A Link to the Past (U) [!] | 320 - Lemmings (U) (V1.0)

321 - Lemmings (U) (V1.1) [!] | 322 - Lemmings 2 - The Tribes (U) | 323 - Lester the Unlikely (U) | 324 - Lethal Enforcers (U)

325 - Lethal Weapon (U) [!] | 326 - Liberty or Death (U) | 327 - Lion King, The (U) | 328 - Lock On (U)

329 - Looney Tunes B-Ball (U) | 330 - Lost Vikings II, The (U) | 331 - Lost Vikings, The (U) [!] | 332 - Lufia & The Fortress of Doom (U)

333 - Lufia II - Rise of the Sinistrals (U) | 334 - M.A.C.S. Basic Rifle Simulator (U) [!] | 335 - Madden NFL '94 (U) | 336 - Madden NFL '95 (U) [!]

337 - Madden NFL '96 (U) | 338 - Madden NFL '96 - Reviewer Version (U) | 339 - Madden NFL '97 (U) | 340 - Madden NFL '98 (U)

341 - Magic Boy (U) [!] | 342 - Magic Johnson's Super Slam Dunk (U) | 343 - Magic Sword (U) | 344 - Magical Quest Starring Mickey Mouse, The (U) [!]

345 - Mario is Missing! (U) | 346 - Mario's Early Years - Fun With Letters (U) | 347 - Mario's Early Years - Fun With Numbers (U) | 348 - Mario's Early Years - Preschool Fun (U)

349 - Mario's Time Machine (U) | 350 - Mark Davis' The Fishing Master (U) | 351 - Marvel Super Heroes - War of the Gems (U) | 352 - Mary Shelley's Frankenstein (U)

353 - Mask, The (U) | 354 - Math Blaster - Episode 1 (U) | 355 - Maui Mallard in Cold Shadow (U) | 356 - Mecarobot Golf (U)

357 - Mechwarrior (U) | 358 - Mechwarrior 3050 (U) | 359 - Mega Man VII (U) | 360 - Mega Man X (U) (V1.0) [!]

361 - Mega Man X (U) (V1.1) | 362 - Mega Man X 2 (U) | 363 - Mega Man X 3 (U) | 364 - Mega Man's Soccer (U) [!]

365 - Metal Combat - Falcon's Revenge (U) [!] | 366 - Metal Marines (U) | 367 - Metal Morph (U) | 368 - Metal Warriors (U)

369 - Michael Andretti's Indy Car Challenge (U) | 370 - Michael Jordan - Chaos in the Windy City (U) [!] | 371 - Mickey Mania (U) [!] | 372 - Mickey's Playtown Adventure - A Day Of Discovery! (U)

373 - Mickey's Ultimate Challenge (U) | 374 - Micro Machines (U) | 375 - Might and Magic III - Isles of Terra (U) | 376 - Mighty Max (U)

377 - Mighty Morphin Power Rangers (U) | 378 - Mighty Morphin Power Rangers - The Fighting Edition (U) | 379 - Mighty Morphin Power Rangers - The Movie (U) | 380 - MLBPA Baseball (U) [!]

381 - Mo Hawk & Headphone Jack (U) | 382 - Monopoly (U) (V1.0) | 383 - Monopoly (U) (V1.1) | 384 - Mortal Kombat (U)

385 - Mortal Kombat 3 (U) [!] | 386 - Mortal Kombat II (U) (V1.0) | 387 - Mortal Kombat II (U) (V1.1) | 388 - Mountain Bike Rally (U) [!]

389 - Mr. Do! (U) | 390 - Mr. Nutz (U) | 391 - Ms. Pac-Man (U) | 392 - Musya (U) [!]

393 - Mutant Chronicles - Doom Troopers (U) [!] | 394 - Natsume Championship Wrestling (U) | 395 - NBA All-Star Challenge (U) | 396 - NBA Give 'N Go (U)

397 - NBA Hang Time (U) | 398 - NBA Jam (U) (V1.0) | 399 - NBA Jam (U) (V1.1) | 400 - NBA Jam - Tournament Edition (U)

401 - NBA Live '95 (U) [!] | 402 - NBA Live '96 (U) [!] | 403 - NBA Live '97 (U) [!] | 404 - NBA Live '98 (U) [!]

405 - NBA Showdown (U) | 406 - NCAA Basketball (U) (V1.0) | 407 - NCAA Basketball (U) (V1.1) [!] | 408 - NCAA Final Four Basketball (U)

409 - NCAA Football (U) | 410 - Newman-Hass Indy Car Featuring Nigel Mansell (U) | 411 - NFL Football (U) | 412 - NFL Quarterback Club '96 (U) [!]

413 - NFL Quarterback Club (U) | 414 - NHL '94 (U) [!] | 415 - NHL '95 (U) | 416 - NHL '96 (U)

417 - NHL '97 (U) | 418 - NHL '98 (U) | 419 - NHL Stanley Cup (U) [!] | 420 - NHLPA Hockey '93 (U) [!]

421 - Nickelodeon GUTS (U) | 422 - Nigel Mansell's World Championship Racing (U) | 423 - Ninja Gaiden Trilogy (U) [!] | 424 - Ninja Warriors, The (U)

425 - No Escape (U) | 426 - Nobunaga's Ambition (U) | 427 - Nobunaga's Ambition - Lord of Darkness (U) | 428 - Nolan Ryan's Baseball (U)

429 - Nosferatu (U) | 430 - Obitus (U) [!] | 431 - Ogre Battle - The March of the Black Queen (U) [!] | 432 - Olympic Summer Games 96 (U)

433 - On the Ball (U) [!] | 434 - Operation Europe - Path to Victory 1939-45 (U) | 435 - Operation Logic Bomb (U) [!] | 436 - Operation Thunderbolt (U)

437 - Oscar (U) | 438 - Out of This World (U) [!] | 439 - Out to Lunch (U) | 440 - Outlander (U)

441 - Pac-Attack (U) | 442 - Pac-in-Time (U) | 443 - Pac-Man 2 - The New Adventures (U) [!] | 444 - Pacific Theater of Operations (U) [!]

445 - Pacific Theater of Operations II (U) | 446 - Packy & Marlon (U) | 447 - Pagemaster, The (U) | 448 - Paladin's Quest (U)

449 - Paperboy 2 (U) [!] | 450 - Peace Keepers, The (U) [!] | 451 - Pebble Beach Golf Links (U) | 452 - PGA European Tour (U)

453 - PGA Tour 96 (U) [!] | 454 - PGA Tour Golf (U) | 455 - Phalanx - The Enforce Fighter A-144 (U) [!] | 456 - Phantom 2040 (U)

457 - Pieces (U) | 458 - Pilotwings (U) [!] | 459 - Pinball Dreams (U) | 460 - Pinball Fantasies (U)

461 - Pink Panther in Pink Goes to Hollywood (U) | 462 - Pinocchio (U) | 463 - Pirates of Dark Water, The (U) | 464 - Pit Fighter (U)

465 - Pitfall - The Mayan Adventure (U) | 466 - Plok! (U) [!] | 467 - Pocky & Rocky (U) [!] | 468 - Pocky & Rocky 2 (U) [!]

469 - Populous (U) [!] | 470 - Porky Pig's Haunted Holiday (U) (Acclaim) | 471 - Porky Pig's Haunted Holiday (U) (Sunsoft) | 472 - Power Instinct (U)

473 - Power Moves (U) | 474 - Power Piggs of the Dark Age (U) [!] | 475 - Power Rangers Zeo - Battle Racers (U) | 476 - Prehistorik Man (U)

477 - Primal Rage (U) [!] | 478 - Prince of Persia (U) | 479 - Prince of Persia 2 - The Shadow & The Flame (U) | 480 - Pro Quarterback (U)

481 - Pro Sport Hockey (U) | 482 - Push-Over (U) | 483 - Q-bert 3 (U) [!] | 484 - R-Type III - The Third Lightning (U)

485 - Race Drivin' (U) [!] | 486 - Radical Rex (U) | 487 - Raiden Trad (U) | 488 - Rampart (U)

489 - Ranma Nibunnoichi - Hard Battle (U) [!] | 490 - Rap Jam - Volume One (U) [!] | 491 - Realm (U) | 492 - Redline F-1 Racer (U)

493 - Relief Pitcher (U) | 494 - Ren & Stimpy Show, The - Buckeroos! (U) | 495 - Ren & Stimpy Show, The - Fire Dogs (U) | 496 - Ren & Stimpy Show, The - Time Warp (U)

497 - Ren & Stimpy Show, The - Veediots! (U) | 498 - Revolution X (U) | 499 - Rex Ronan - Experimental Surgeon (U) | 500 - Riddick Bowe Boxing (U)

501 - Rise of the Phoenix (U) | 502 - Rise of the Robots (U) | 503 - Rival Turf (U) | 504 - Road Riot 4WD (U) (3850)

505 - Road Riot 4WD (U) (6361) | 506 - Road Runner's Death Valley Rally (U) [!] | 507 - Robocop 3 (U) | 508 - Robocop Versus The Terminator (U)

509 - Robotrek (U) | 510 - Rock N' Roll Racing (U) | 511 - Rocketeer, The (U) | 512 - Rocko's Modern Life - Spunky's Dangerous Day (U)

513 - Rocky Rodent (U) | 514 - Roger Clemens' MVP Baseball (U) | 515 - Romance of the Three Kingdoms II (U) | 516 - Romance of the Three Kingdoms III - Dragon of Destiny (U)

517 - Romance of the Three Kingdoms IV - Wall of Fire (U) | 518 - RPM Racing (U) | 519 - Run Saber (U) [!] | 520 - Samurai Shodown (U)

521 - Saturday Night Slam Masters (U) | 522 - Scooby-Doo (U) | 523 - SeaQuest DSV (U) | 524 - Secret of Evermore (U)

525 - Secret of Mana (U) [!] | 526 - Secret of the Stars (U) | 527 - Shadow, The (U) [a1] | 528 - Shadow, The (U)

529 - Shadowrun (U) [!] | 530 - Shanghai II - Dragon's Eye (U) [!] | 531 - Shaq Fu (U) [!] | 532 - Shien's Revenge (U)

533 - Side Pocket (U) | 534 - Sim Ant (U) (37113) | 535 - Sim Ant (U) (49046) | 536 - Sim City (U) [!]

537 - Sim City 2000 (U) | 538 - Sim Earth - The Living Planet (U) | 539 - Simpsons, The - Bart's Nightmare (U) [!] | 540 - Sink or Swim (U)

541 - Skuljagger - Revolt of the Westicans (U) | 542 - Sky Blazer (U) (12134) | 543 - Sky Blazer (U) (7581) | 544 - Smart Ball (U)

545 - SNES Test Program (U) | 546 - Snow White in Happily Ever After (U) | 547 - Soldiers of Fortune (U) [!] | 548 - Sonic Blast Man (U) [!]

549 - Sonic Blast Man II (U) | 550 - SOS (U) [!] | 551 - Soul Blazer (U) [!] | 552 - Space Ace (U)

553 - Space Football - One on One (U) | 554 - Space Invaders (U) [!] | 555 - Space Megaforce (U) [!] | 556 - Spanky's Quest (U)

557 - Sparkster (U) | 558 - Spawn (U) | 559 - Spectre (U) | 560 - Speed Racer in My Most Dangerous Adventures (U)

561 - Speedy Gonzales - Los Gatos Bandidos (U) (V1.0) | 562 - Speedy Gonzales - Los Gatos Bandidos (U) (V1.1) | 563 - Spell Craft (U) | 564 - Spider-Man & Venom - Maximum Carnage (U)

565 - Spider-Man & Venom - Separation Anxiety (U) | 566 - Spider-Man (U) | 567 - Spider-Man and the X-Men in Arcade's Revenge (U) (4Man) | 568 - Spider-Man and the X-Men in Arcade's Revenge (U)

569 - Spindizzy Worlds (U) | 570 - Sporting News Power Baseball, The (U) | 571 - Sports Illustrated Championship Football & Baseball (U) [a1] | 572 - Sports Illustrated Championship Football & Baseball (U)

573 - Star Fox (U) (V1.0) [!] | 574 - Star Fox (U) (V1.2) [!] | 575 - Star Fox Super Weekend Competition (U) | 576 - Star Trek - Deep Space Nine - Crossroads of Time (U)

577 - Star Trek - Starfleet Academy Starship Bridge Simulator (U) | 578 - Star Trek - The Next Generation - Future's Past (U) [!] | 579 - Stargate (U) | 580 - Steel Talons (U)

581 - Sterling Sharpe - End 2 End (U) | 582 - Stone Protectors (U) | 583 - Street Combat (U) | 584 - Street Fighter Alpha 2 (U) [!]

585 - Street Fighter II - The World Warrior (U) [!] | 586 - Street Fighter II Turbo (U) | 587 - Street Hockey '95 (U) (47875) | 588 - Street Hockey '95 (U) (51328)

589 - Street Racer (U) | 590 - Strike Gunner (U) [!] | 591 - Stunt Race FX (U) [!] | 592 - Sunset Riders (U)

593 - Super Adventure Island (U) [!] | 594 - Super Adventure Island II (U) [a1] | 595 - Super Adventure Island II (U) | 596 - Super Alfred Chicken (U) [!]

597 - Super Aquatic Games, The (U) | 598 - Super Baseball Simulator 1.000 (U) [!] | 599 - Super Bases Loaded (U) [!] | 600 - Super Bases Loaded 2 (U)

601 - Super Bases Loaded 3 - License to Steal (U) (V1.0) [!] | 602 - Super Batter Up (U) | 603 - Super Battleship (U) | 604 - Super Battletank - War in the Gulf (U) (V1.0)

605 - Super Battletank - War in the Gulf (U) (V1.1) [!] | 606 - Super Battletank - War in the Gulf (U) (V1.1) [a1][!] | 607 - Super Battletank 2 (U) | 608 - Super Black Bass (U) [!]

609 - Super Bomberman (U) | 610 - Super Bomberman 2 (U) | 611 - Super Bonk (U) | 612 - Super Bowling (U)

613 - Super Buster Bros. (U) (V1.0) [!] | 614 - Super Buster Bros. (U) (V1.1) | 615 - Super Caesars Palace (U) [!] | 616 - Super Castlevania IV (U) [!]

617 - Super Chase H.Q. (U) | 618 - Super Conflict - The Mideast (U) [!] | 619 - Super Double Dragon (U) | 620 - Super Earth Defense Force (U)

621 - Super Ghouls 'N Ghosts (U) [!] | 622 - Super Goal! (U) | 623 - Super Goal! 2 (U) | 624 - Super Godzilla (U)

625 - Super High Impact (U) | 626 - Super James Pond (U) | 627 - Super Mario All-Stars (U) [!] | 628 - Super Mario All-Stars + Super Mario World (U) [!]

629 - Super Mario Kart (U) [!].000 | 630 - Super Mario Kart (U) [!].smc | 631 - Super Mario Kart (U) [!].srm | 632 - Super Mario Kart (U) [!]000

633 - Super Mario Kart (U) [!]001 | 634 - Super Mario Kart (U) [!]002 | 635 - Super Mario RPG - Legend of the Seven Stars (U) [!] | 636 - Super Mario World (U) [!].smc

637 - Super Mario World (U) [!].srm | 638 - Super Mario World 2 - Yoshi's Island (U) (V1.0) [!] | 639 - Super Mario World 2 - Yoshi's Island (U) (V1.1) | 640 - Super NES Super Scope 6 (U) [!]

641 - Super Ninja Boy (U) | 642 - Super Noah's Ark 3D (U) [!] | 643 - Super Nova (U) | 644 - Super Off Road (U) [!]

645 - Super Off Road - The Baja (U) | 646 - Super Pinball - Behind the Mask (U) [!] | 647 - Super Play Action Football (U) | 648 - Super Punch-Out!! (U)

649 - Super Putty (U) | 650 - Super R-Type (U) [!] | 651 - Super R.B.I. Baseball (U) | 652 - Super Shadow of the Beast (U)

653 - Super Slapshot (U) | 654 - Super Smash T.V. (U) | 655 - Super Soccer (U) | 656 - Super Soccer Champ (U)

657 - Super Solitaire (U) | 658 - Super Star Wars (U) (22563) | 659 - Super Star Wars (U) (31438) | 660 - Super Star Wars - Return of the Jedi (U) (V1.0) [!]

661 - Super Star Wars - Return of the Jedi (U) (V1.1) [!] | 662 - Super Star Wars - The Empire Strikes Back (U) (V1.0) [!] | 663 - Super Star Wars - The Empire Strikes Back (U) (V1.1) | 664 - Super Street Fighter II - The New Challengers (U)

665 - Super Strike Eagle (U) | 666 - Super Tennis (U) [!] | 667 - Super Troll Islands (U) | 668 - Super Turrican (U)

669 - Super Turrican 2 (U) [!] | 670 - Super Turrican 2 (U) [a1] | 671 - Super Valis IV (U) | 672 - Super Widget (U)

673 - Suzuka 8 Hours (U) | 674 - SWAT Kats - The Radical Squadron (U) [!] | 675 - Syndicate (U) | 676 - T2 - The Arcade Game (U)

677 - Taz-Mania (U) | 678 - Tecmo Super Baseball (U) | 679 - Tecmo Super Bowl (U) [!] | 680 - Tecmo Super Bowl II - Special Edition (U)

681 - Tecmo Super Bowl III - Final Edition (U) [!] | 682 - Tecmo Super NBA Basketball (U) | 683 - Teenage Mutant Ninja Turtles - Tournament Fighters (U) | 684 - Teenage Mutant Ninja Turtles IV - Turtles in Time (U) [!]

685 - Terminator 2 - Judgment Day (U) | 686 - Terminator, The (U) | 687 - Test Drive II - The Duel (U) (20429) | 688 - Test Drive II - The Duel (U) (24291)

689 - Tetris & Dr. Mario (U) [!] | 690 - Tetris 2 (U) (V1.0) | 691 - Tetris 2 (U) (V1.1) [!] | 692 - Tetris Attack (U) [!]

693 - Thomas the Tank Engine and Friends (U) | 694 - Thunder Spirits (U) | 695 - Tick, The (U) [!] | 696 - Time Trax (U)

697 - Timecop (U) | 698 - TimeSlip (U) [!] | 699 - Timon & Pumbaa's Jungle Games (U) | 700 - Tin Star (U) [!]

701 - Tiny Toon Adventures - Buster Busts Loose! (U) [!] | 702 - Tiny Toon Adventures - Wacky Sports Challenge (U) | 703 - TKO Super Championship Boxing (U) [a1] | 704 - TKO Super Championship Boxing (U)

705 - TNN Bass Tournament of Champions (U) | 706 - Tom & Jerry (U) | 707 - Tony Meola's Sidekicks Soccer (U) | 708 - Top Gear (U) [!]

709 - Top Gear 2 (U) [!] | 710 - Top Gear 3000 (U) [!] | 711 - Total Carnage (U) [!] | 712 - Total Carnage (U) [a1]

713 - Toy Story (U) [!] | 714 - Toys (U) | 715 - Troddlers (U) | 716 - Troy Aikman NFL Football (U) [!]

717 - True Lies (U) | 718 - Tuff E Nuff (U) [!] | 719 - Turn and Burn - No-Fly Zone (U) | 720 - Twisted Tales of Spike McFang, The (U)

721 - U.N. Squadron (U) [!] | 722 - Ultima - Runes of Virtue II (U) | 723 - Ultima VI - The False Prophet (U) | 724 - Ultima VII - The Black Gate (U)

725 - Ultimate Fighter (U) | 726 - Ultimate Mortal Kombat 3 (U) | 727 - Ultraman - Towards the Future (U) [!] | 728 - Uncharted Waters (U)

729 - Uncharted Waters - New Horizons (U) | 730 - Uniracers (U) [!] | 731 - Universal Soldier (U) | 732 - Untouchables, The (U)

733 - Urban Strike (U) [!] | 734 - Utopia - The Creation of a Nation (U) | 735 - Vegas Stakes (U) | 736 - Virtual Bart (U) [!]

737 - Vortex (U) [!] | 738 - Waialae Country Club (U) | 739 - War 2410 (U) | 740 - War 3010 - The Revolution (U)

741 - Wario's Woods (U) [!] | 742 - Warlock (U) [!] | 743 - WarpSpeed (U) | 744 - Wayne Gretzky and the NHLPA All-Stars (U) [!]

745 - Wayne's World (U) [!] | 746 - WCW Super Brawl Wrestling (U) | 747 - We're Back! A Dinosaur's Story (U) | 748 - Weapon Lord (U)

749 - Wheel of Fortune (U) | 750 - Wheel of Fortune - Deluxe Edition (U) | 751 - Where in the World is Carmen Sandiego (U) | 752 - Where in Time is Carmen Sandiego (U) [!]

753 - Whizz (U) [!] | 754 - Wicked 18 Golf (U) | 755 - Wild Guns (U) | 756 - Wild Snake (U)

757 - Wing Commander (U) [!] | 758 - Wing Commander - The Secret Missions (U) | 759 - Wings 2 - Aces High (U) | 760 - Winter Extreme Skiing and Snowboarding (U) [!]

761 - Winter Olympic Games - Lillehammer '94 (U) | 762 - Wizard of Oz, The (U) [!] | 763 - Wizardry V - Heart of the Maelstrom (U) [!] | 764 - Wolf Child (U) [!]

765 - Wolfenstein 3D (U) | 766 - Wolverine - Adamantium Rage (U) | 767 - Wordtris (U) | 768 - World Cup USA 94 (U)

769 - World Heroes (U) [!] | 770 - World Heroes 2 (U) [!] | 771 - World League Soccer (U) [!] | 772 - World Soccer 94 - Road to Glory (U)

773 - WWF Raw (U) | 774 - WWF Royal Rumble (U) | 775 - WWF Super Wrestlemania (U) [!] | 776 - WWF Wrestlemania - The Arcade Game (U) [!]

777 - X Zone (U) | 778 - X-Kaliber 2097 (U) | 779 - X-Men - Mutant Apocalypse (U) | 780 - Xardion (U) [!]

781 - Yogi Bear (U) | 782 - Yoshi's Cookie (U) | 783 - Yoshi's Safari (U) [!] | 784 - Young Merlin (U)

785 - Ys III - Wanderers from Ys (U) [!] | 786 - Zero the Kamikaze Squirrel (U) | 787 - Zombies Ate My Neighbors (U) [!] | 788 - Zool (U) (Sample)



Atari 2600 | Sega Master System | Nintendo NES | Super Nintendo SNES | TurboGrafX



TurboGrafX (664 Jogos Listados)



TurboGrafx-16, conhecido no Japão como PC Engine (PC????, Pi Shi Enjin?), é um console de videogame lançado em 1987 pela NEC e Hudson Soft. Após seu lançamento no Japão e sua aceitação nesse país, foi lançado em 1988 nos Estados Unidos batizado de Turbo Grafx-16. Apesar do TG-16 ser mais potente que seus concorrentes atuais (Master System e NES) teve pouca aceitação do público americano.

1 - 15-in-1 Mega Collection - Backtracking Ten Years (J) | 2 - 1941 - Counter Attack (J) (SGX) | 3 - 1941 - Counter Attack Sounds | 4 - 1943 Kai (J)

5 - 1943 Kai Sounds | 6 - 21-Emon - Mezase Hotel Ou!! (J) | 7 - 3 GFX Procedures Demo by Aramis (PD) | 8 - 4 Seconds of Speech Sound Demo by Trilinear (PD)

9 - 5-in-1 Fami Collection - NES Collection Nr 1 (J) | 10 - 6-in-1 Fami Collection - NES Collection Nr 2 (J) | 11 - 7WizardS V1.0 by Undine (PD) | 12 - Adventure Island (J)

13 - Aero Blasters (U) | 14 - Aero Blasters Sounds | 15 - After Burner II (J) | 16 - After Burner II Sounds

17 - Air Zonk (U) | 18 - Aldynes (J) (SGX) | 19 - Aldynes Sounds | 20 - Alien Crush (U)

21 - Alien Crush Sounds | 22 - Ankuku Densetsu (J) | 23 - Aoi Blink (J) [T+Eng] | 24 - Aoi Blink Sounds

25 - Appare Gateball (J) | 26 - Armed Formation F (J) | 27 - Armed Formation F Sounds | 28 - Artist Tool (J)

29 - Atomic Robo-Kid Special (J) | 30 - Atomic Robo-Kid Special Sounds | 31 - Attack Force (PD) | 32 - Av Poker (J)

33 - Back to the roots Demo by Iiyama (PD) | 34 - Ballistix (U) [h1] | 35 - Ballistix (U) | 36 - Bari Bari Densetsu (J)

37 - Bari Bari Densetsu Sounds | 38 - Barunba (J) | 39 - Barunba Sounds | 40 - Batman (J)

41 - Batman Sounds | 42 - Battle Ace (J) (SGX) | 43 - Battle Ace Sounds | 44 - Battle Lode Runner (J)

45 - Battle Lode Runner Sounds | 46 - Battle Royale (U) | 47 - Be Ball (J) | 48 - Be Ball Password and Backup RAM Generator (PD)

49 - Be Ball Sounds | 50 - Benkei Gaiden (J) | 51 - Benkei Gaiden Sounds | 52 - Bikkuriman World (J)

53 - Blazing Lazers (U) | 54 - Blockos by Mooz (PD) | 55 - Blodia (J) | 56 - Blodia Sounds

57 - Bloody Wolf (U) | 58 - Bloody Wolf Sounds | 59 - Blox Graphics Slideshow (2000) (PD) | 60 - Body Conquest II (J)

61 - Bomber Demo V0.1 by FagEmul (PD) | 62 - Bomber Demo V0.2 by FagEmul (PD) | 63 - Bomberman '93 (U) | 64 - Bomberman '93 Sounds

65 - Bomberman '93 Special (J) [!] | 66 - Bomberman '94 (J) | 67 - Bomberman '94 Sounds | 68 - Bomberman (U)

69 - Bomberman Backup RAM Generator (PD) | 70 - Bomberman Sounds | 71 - Bomberman Users Battle (J) [!] | 72 - Bonk III - Bonk's Big Adventure (U)

73 - Bonk's Adventure (U) | 74 - Bonk's Revenge (U) | 75 - Bouken Danshaku Don - The Lost Sunheart (J) | 76 - Bouncing Ball Demo (PD)

77 - Boxy Boy (U) | 78 - Bravoman (U) | 79 - Bravoman Sounds | 80 - Break In (J)

81 - Break In Sounds | 82 - Bubblegum Crash! - Knight Sabers 2034 (J) | 83 - Bullfight - Ring no Hasha (J) | 84 - Burning Angels (J)

85 - Burning Angels Sounds | 86 - Busou Keiji Cyber Cross (J) | 87 - Busou Keiji Cyber Cross Sounds | 88 - Cadash (U)

89 - Cadash Sounds | 90 - Cart Demo (PD) | 91 - CD-ROM System V2.10 (J) [b1] | 92 - Champion Wrestler (J)

93 - Champion Wrestler Sounds | 94 - Champions Forever Boxing (U) | 95 - Chenille Demo by JyCet (PD) | 96 - Chew Man Fu (U)

97 - Chibi Maruko-Chan Quiz de Pihyara (J) | 98 - Chikuden Yatoubei - Kubikiri Yakata Yori (J) | 99 - China Warrior (U) | 100 - Chouzetsu Rinjin Berabou Man (J)

101 - Circus Lido (J) | 102 - City Bomber V0.1 (PD) | 103 - City Bomber Vx.x (PD) | 104 - City Hunter (J)

105 - City Hunter Sounds | 106 - Collision 8 (PD) | 107 - Columns (J) | 108 - Coryoon - Child of Dragon (J)

109 - Coryoon - Child of Dragon Sounds | 110 - Crash by Bt Gardner (PD) | 111 - Cratermaze (U) | 112 - Cross Wiber - Cyber Combat Police (J)

113 - CubMan V1.0 by Aramis (PD) | 114 - Cyber Core (U) | 115 - Cyber Core Sounds | 116 - Cyber Dodgeball (J)

117 - Cyber Knight (J) | 118 - Cyber Knight Sounds | 119 - Daichikun Crisis (J) | 120 - Daimakaimura (J) (SGX)

121 - Daimakaimura Sounds | 122 - Daisenpuu (J) | 123 - Daisenpuu Sounds | 124 - Darius Alpha (J)

125 - Darius Plus (J) (SGX) | 126 - Darius Plus Sounds | 127 - Darkwing Duck (U) | 128 - Davis Cup Tennis (U)

129 - Dead Moon (U) | 130 - Dead Moon - Tsuki Sekai no Akumu (J) | 131 - Deep Blue (U) | 132 - Detana!! TwinBee (J)

133 - Detana!! TwinBee Sounds | 134 - Devil Crash (J) | 135 - Devil's Crush (U) | 136 - Devil's Crush Sounds

137 - Die Hard (J) | 138 - Digit Print Sample (PD) | 139 - Digital Champ (J) | 140 - Digital Champ Sounds

141 - Direct Pixel Plotter by Gravis Zero (PD) | 142 - Don Doko Don (J) | 143 - Don Doko Don Sounds | 144 - Doraemon - Meikyuu Daisakusen (J)

145 - Doraemon - Meikyuu Daisakusen Sounds | 146 - Doraemon - Nobita no Dorabian Night (J) | 147 - Double Dungeons (U) | 148 - Double Dungeons Sounds

149 - Download (J) | 150 - Download Sounds | 151 - Dragon 2 Win Prototype by Zeograd (PD) | 152 - Dragon Egg! (J)

153 - Dragon Saber - After Story of Dragon Spirit (J) | 154 - Dragon Saber - After Story of Dragon Spirit Sounds | 155 - Dragon Spirit (U) | 156 - Dragon Spirit Sounds

157 - Dragon's Curse (U) | 158 - Dragon's Curse Sounds | 159 - Drop Off (U) | 160 - Drop Rock Hora Hora (J)

161 - Drop Rock Hora Hora Sounds | 162 - Dungeon Explorer (U) | 163 - Dungeon Explorer Sounds | 164 - Eagan's Idea of Clear Water by Eagix (PD)

165 - Eagan's Rendered Sprite Demo by Eagan Rackley (PD) | 166 - Eagan's Rotating Triangle by Eagix (PD) | 167 - Eaggy's Little Demo by Eagix (PD) | 168 - Echo by Trilinear (PD)

169 - Energy (J) | 170 - Energy Sounds | 171 - F-1 Dream (J) | 172 - F-1 Pilot - You're King of Kings (J)

173 - F1 Circus '91 - World Championship (J) | 174 - F1 Circus '91 - World Championship Sounds | 175 - F1 Circus '92 - The Speed of Sound (J) | 176 - F1 Circus '92 - The Speed of Sound Sounds

177 - F1 Circus (J) | 178 - F1 Circus Sounds | 179 - F1 Triple Battle (J) | 180 - F1 Triple Battle Sounds

181 - Fade-In or Fade-Out and White-In or White-Out Demo (PD) | 182 - Falcon (U) | 183 - Fantasy Zone (U) | 184 - Fantasy Zone Sounds

185 - Felicia Demo by FagEmul (PD) | 186 - Fibonacci Demo (PD) | 187 - Fighting Run (J) | 188 - Fighting Run Sounds

189 - Final Blaster (J) | 190 - Final Blaster Sounds | 191 - Final Lap Twin (U) | 192 - Final Lap Twin Sounds

193 - Final Match Tennis (J) | 194 - Final Match Tennis Sounds | 195 - Final Soldier (J) | 196 - Final Soldier Sounds

197 - Final Soldier Special Version (J) | 198 - Fire Pro Wrestling - 2nd Bout (J) | 199 - Fire Pro Wrestling - 2nd Bout Sounds | 200 - Fire Pro Wrestling - Combination Tag (J)

201 - Fire Pro Wrestling - Combination Tag Sounds | 202 - Fire Pro Wrestling 3 - Legend Bout (J) | 203 - Fire Pro Wrestling 3 - Legend Bout Sounds | 204 - Fire Tag V0.3 by Ozzy (PD)

205 - Flipit by David Shadoff (Aug 31 2001) (PD) | 206 - FMV Demo by Ishan (PD) | 207 - FMV Test Demo by FagEmul (PD) | 208 - Font & Ship Demo by Bt Garner (PD)

209 - Formation Soccer - Human Cup '90 (J) | 210 - Formation Soccer on J. League (J) | 211 - Fractal Test Demo Vx.x (PD) | 212 - French Staff V0.2 by FagEmul (PD)

213 - Frothigu by DamageX (PD) | 214 - Fushigi no Yume no Alice (J) | 215 - G&W-Fire by FagEmul (PD) | 216 - Gai Flame (J)

217 - Gai Flame Sounds | 218 - Gaia no Monshou (J) | 219 - Galaga '88 (J) | 220 - Galaga '88 Sounds

221 - Galaga '90 (U) | 222 - Galaga Remix Demo 2 by Aramis (PD) | 223 - Galaga Remix Demo by Aramis V1.0 (PD) | 224 - Galaga Sound Rips V2 (PD)

225 - Galaga Test Demo V0.3 (PD) | 226 - Game of Life (PD) | 227 - Games Express CD Card 1993 (J) | 228 - Ganbare Golf Boys (J)

229 - Ganbare Golf Boys Sounds | 230 - Gekisha Boy (J) | 231 - Gekisha Boy Sounds | 232 - Genji Tsuushin Agedama (J)

233 - Genpei Toumaden (J) | 234 - Genpei Toumaden - Kan no Ni (J) | 235 - Genpei Toumaden - Kan no Ni Sounds | 236 - Genpei Toumaden Sounds

237 - Ghost Manor (U) | 238 - Gokuraku! Chuuka Taisen (J) | 239 - GoldMage Build 01.07.31 Alpha by Trilinear (PD) | 240 - Gomola Speed (J)

241 - Gomola Speed Sounds | 242 - Gradius (J) | 243 - Gradius Sounds | 244 - Gunboat (U)

245 - Gunhed (J) | 246 - Gunhed Sounds | 247 - Gunhed Taikai (J) | 248 - GYM Music Player - Sonic2 by DamageX (PD)

249 - Hana Taka Daka! (J) | 250 - Hatris (J) | 251 - Heavy Unit (J) | 252 - Hisou Kihei X Serd (J)

253 - Hit the Ice - VHL - The Video Hockey League (U) [!] | 254 - Honey in the Sky (J) | 255 - Honey in the Sky Sounds | 256 - Honey on the Road (J)

257 - Honey on the Road Sounds | 258 - Honoo no Toukyuuji Dodge Danpei (J) | 259 - Horizontal Resolution Adjuster by David Shadoff (PD) | 260 - Hu-Go! Spinning Logo (PD)

261 - HUC Scrolling Demo (PD) | 262 - HuCNoid V0.3 by JyCet (PD) | 263 - Idol Hanafuda Fan Club (J) | 264 - Image Fight (J)

265 - Image Fight Sounds | 266 - Impossamole (U) | 267 - Ishan's 2nd PCE Demo (PD) | 268 - It's-a-me, Mario! Speech Demo by spr299 (PD)

269 - J. League Greatest Eleven (J) | 270 - J.J. & Jeff (U) | 271 - Jack Nicklaus' Greatest 18 Holes of Major Champ. Golf (J) | 272 - Jack Nicklaus' Turbo Golf (U)

273 - Jackie Chan (J) | 274 - Jackie Chan's Action Kung Fu (U) | 275 - Jamanoid V.63 (PD) | 276 - Jigoku Meguri (J)

277 - Jinmu Denshou (J) | 278 - Jinmu Denshou Sounds | 279 - Joypad-Mouse Demo by David Shadoff (PD) | 280 - Juuouki (J)

281 - Juuouki Sounds | 282 - Kaizou Choujin Shubibinman (J) | 283 - Kaizou Choujin Shubibinman 2 - Aratanaru Teki (J) | 284 - Kato Chan & Ken Chan (J)

285 - Kato Chan & Ken Chan Sounds | 286 - Kattobi! Takuhaikun (J) | 287 - Kattobi! Takuhaikun Sounds | 288 - Keith Courage in Alpha Zones (U)

289 - Kick Ball (J) | 290 - Kiki Kaikai (J) | 291 - Kiki Kaikai Sounds | 292 - King of Casino (U)

293 - King of Casino Sounds | 294 - King of Fighters '97 Artshow 1 (PD) | 295 - King of Fighters '97 Artshow 2 (PD) | 296 - King of Fighters '98 Artshow (PD)

297 - Klax (U) | 298 - Knight Rider Special (J) | 299 - Knight Rider Special Sounds | 300 - Kore ga Pro Yakyuu '89 (J)

301 - Kore ga Pro Yakyuu '90 (J) | 302 - Krunch V1.0 by Frank Caputo (PD) | 303 - Kung Fu, The (J) | 304 - Kung Fu, The Sounds

305 - Kyuukyoku Mahjong Idol Graphic (J) | 306 - Kyuukyoku Mahjong Idol Graphic II (J) | 307 - Kyuukyoku Tiger (J) | 308 - Lady Sword (J)

309 - Legend of Hero Tonma (U) | 310 - Legend of Hero Tonma Sounds | 311 - Legendary Axe II, The (U) | 312 - Legendary Axe, The (U)

313 - Link Collision by Gravis Zero (PD) | 314 - Link Map Test Demo (PD) | 315 - Link Walking Demo 2 (PD) | 316 - Lode Runner - Lost Labyrinth (J)

317 - Madouou Granzort (J) (SGX) | 318 - Madouou Granzort Sounds | 319 - Magic PCE Demo (PD) | 320 - Magic Team Demo 2 (PD)

321 - Magical Chase (U) [!] | 322 - Magical Chase Sounds | 323 - Mahjong Gakuen - Toumasou Shirou Toujou (J) | 324 - Mahjong Gakuen Mild - Touma Soujirou Toujou (J)

325 - Mahjong Gokuu Special (J) | 326 - Mahjong Haouden - Kaiser's Quest (J) | 327 - Mahjong Haouden - Kaiser's Quest Sounds | 328 - Mahjong Shikaka Retsuden Mahjong Wars (J)

329 - Maison Ikkoku (J) | 330 - Majin Eiyuu Den Wataru (J) | 331 - Majin Eiyuu Den Wataru Sounds | 332 - Makai Hakkenden Shada (J)

333 - Makai Hakkenden Shada Sounds | 334 - Makai Prince Dorabocchan (J) | 335 - Makyou Densetsu - The Legendary Axe (J) | 336 - Maniac Pro Wrestling - Asu he no Tatakai (J)

337 - Marchen Maze (J) | 338 - Marchen Maze Sounds | 339 - Mario Demo By Aramis (PD) | 340 - Mario Remix 2001 V0.1 by JyCet (PD)

341 - Mechanized Assault Unit - Valkrye (PD) | 342 - Mesopotamia (J) | 343 - Mesopotamia Sounds | 344 - Metal Stoker (J)

345 - Military Madness (U) | 346 - Mizubaku Daibouken (J) | 347 - Mizubaku Daibouken Sounds | 348 - MML Music - Boogi Bug (PD)

349 - Momotarou Densetsu Gaiden - Dai 1 Shuu (J) | 350 - Momotarou Densetsu Gaiden - Dai 1 Shuu Sounds | 351 - Momotarou Densetsu II (J) | 352 - Momotarou Densetsu II Sounds

353 - Momotarou Densetsu Turbo (J) | 354 - Momotarou Densetsu Turbo II Sounds | 355 - Momotarou Densetsu Turbo Sounds | 356 - Momotarou Katsugeki (J)

357 - Momotarou Katsugeki Sounds | 358 - Monster Pro Wrestling (J) | 359 - Monster Pro Wrestling Sounds | 360 - Morita Shougi PC (J)

361 - Morita Shougi PC Sounds | 362 - Moto Roader (U) | 363 - Moto Roader II (J) | 364 - Moto Roader II Sounds

365 - Moto Roader Sounds | 366 - Mr. Heli no Daibouken (J) | 367 - Mr. Heli no Daibouken Sounds | 368 - Muchie (PD)

369 - Narazumo no Sentou Butai Bloody Wolf (J) | 370 - Naxat Open (J) | 371 - Naxat Stadium (J) | 372 - Naxat Stadium Sounds

373 - Nazo no Masquerade (J) | 374 - Necromancer (J) | 375 - Necros no Yousai (J) | 376 - Necros no Yousai Sounds

377 - Nectaris (J) | 378 - Nectaris Sounds | 379 - Nekketsu Koukou Dodgeball Bu PC Bangai Hen (J) | 380 - Nekketsu Koukou Dodgeball Bu PC Soccer Hen (J)

381 - Nekketsu Koukou Dodgeball Bu Sounds | 382 - Neutopia (U) | 383 - Neutopia II (U) | 384 - Neutopia II Sounds

385 - Neutopia Sounds | 386 - New Adventure Island (U) | 387 - New Adventure Island Sounds | 388 - New Zealand Story, The (J)

389 - NHK Okaasan to Issho Niko Niko Pun (J) | 390 - NHK Taiga Drama Taiheiki (J) | 391 - Night Creatures (U) | 392 - Ninja Ryukenden (J)

393 - Ninja Ryukenden Sounds | 394 - Ninja Spirit (U) | 395 - Ninja Spirit Sounds | 396 - Ninja Warriors, The (J)

397 - Ninja Warriors, The Sounds | 398 - Obocchamakun (J) | 399 - Operation Wolf (J) | 400 - Operation Wolf Sounds

401 - Orbit Demo V2.0 by Bt Garner (PD) | 402 - Order of the Griffon (U) | 403 - Ordyne (U) | 404 - Ordyne Sounds

405 - Out Live - It's Far a Future on Planet (J) | 406 - Out Live - It's Far a Future on Planet Sounds | 407 - OutRun (J) | 408 - OutRun Sounds

409 - Override - Mission Code -Override- (J) | 410 - Override Sounds | 411 - P-47 - The Freedom Fighter (J) | 412 - P-47 - The Freedom Fighter Sounds

413 - Pac-Land (U) | 414 - Pac-Land Sounds | 415 - Pachiokun Juuban Shoubu (J) | 416 - Pal Edit by Gravis Zero (PD)

417 - Palette Rotation Demo by Eagan Rackley (PD) | 418 - Panza Kick Boxing (U) | 419 - Paranoia (J) | 420 - Paranoia Sounds

421 - Parasol Stars - The Story of Bubble Bobble III (U) | 422 - Parasol Stars - The Story of Bubble Bobble III Sounds | 423 - Parodius Da! - Shinwa kara Owarai he (J) | 424 - Parodius Da! Sounds

425 - PC Denjin - Punkic Cyborgs (J) | 426 - PC Genjin - Pithecanthropus Computerurus (J) | 427 - PC Genjin - Pithecanthropus Computerurus Sounds | 428 - PC Genjin 2 - Pithecanthropus Computerurus (J)

429 - PC Genjin 2 - Pithecanthropus Computerurus Sounds | 430 - PC Genjin 3 - Pithecanthropus Computerurus (J) | 431 - PC Genjin 3 - Pithecanthropus Computerurus Sounds | 432 - PC Genjin 3 Special (J) [!]

433 - PC Pachi-Slot 777 (J) | 434 - PC-Engine Paint by Aramis (PD) | 435 - PCE Invaders V1.0 by Zeograd (PD) | 436 - Perso (PD)

437 - Phantasy Star TG Demo by DamageX (PD) | 438 - Phantasy Star WIP Demo (PD) | 439 - Ping Demo (04-07-2000) (PD) | 440 - Pixel usage Demo by David Shadoff (PD)

441 - Pong Demo With Fractal (PD) | 442 - Pong! The Hu-Go! Game (10-30-2000) by Zeograd (PD) | 443 - Pong! The Hu-Go! Game (MML Hack) by Zeograd (PD) | 444 - Populous (J)

445 - Populous Sounds | 446 - Power Drift (J) | 447 - Power Drift Sounds | 448 - Power Eleven (J)

449 - Power Gate (J) | 450 - Power Golf (J) | 451 - Power Golf (U) | 452 - Power Golf Sounds

453 - Power League '93 (J) | 454 - Power League (J) | 455 - Power League All Stars GOLD (J) [!] | 456 - Power League II (J)

457 - Power League II Sounds | 458 - Power League III (J) | 459 - Power League III Sounds | 460 - Power League IV (J)

461 - Power League IV Sounds | 462 - Power League Sounds | 463 - Power League V (J) | 464 - Power League V Sounds

465 - Power Sports (J) | 466 - Power Sports Sounds | 467 - Power Tennis (J) | 468 - Pro Tennis World Court (J)

469 - Pro Yakyuu World Stadium '91 (J) | 470 - Pro Yakyuu World Stadium (J) | 471 - Pro Yakyuu World Stadium Sounds | 472 - Psycho Chaser (J)

473 - Psycho Chaser Sounds | 474 - Psychosis (U) | 475 - Puzzle Boy (J) | 476 - Puzznic (J)

477 - Puzznic Sounds | 478 - Quiz Toukou Shashin (J) | 479 - R-Type (U) | 480 - R-Type Part-2 (J)

481 - R-Type Part-2 Sounds | 482 - R-Type Sounds | 483 - Rabio Lepus Special (J) | 484 - Rabio Lepus Special Sounds

485 - Racing Damashii (J) | 486 - Racing Damashii Sounds | 487 - Raiden (U) | 488 - Raiden Sounds

489 - Rally-X Test Move Car V0.3 (PD) | 490 - Rally-X Test Scroll V0.2 (PD) | 491 - Random X Sprites Demo 3 by JyCet (PD) | 492 - Random X Sprites Demo 4 by JyCet (PD)

493 - Random X Sprites Demo by JyCet V0.1 (PD) | 494 - Rastan Saga II (J) | 495 - Rock On (J) | 496 - RPG, The V0.6 by Undine (PD)

497 - Ryuukyuu (J) | 498 - S.C.I. - Special Criminal Investigation (J) | 499 - S.C.I. - Special Criminal Investigation Sounds | 500 - Sadakichi Nanaban Series Hideyoshi no Ougon (J)

501 - Sadakichi Nanaban Series Hideyoshi no Ougon Sounds | 502 - Saigo no Nindou - Ninja Spirit (J) | 503 - Salamander (J) | 504 - Salamander Sounds

505 - Samurai Ghost (U) | 506 - Scroll Demo V0.2 by David Michel (PD) | 507 - Scroll Functions scroll8 Demo by David Shadoff (PD) | 508 - Scroll Functions scrollm Demo by David Shadoff (PD)

509 - Scroll Map Demo V0.1 by FagEmul (PD) | 510 - Scroll Text Demo V0.1 by FagEmul (PD) | 511 - Sekigahara (J) | 512 - Sengoku Mahjong (J)

513 - Shanghai (J) | 514 - Shanghai Sounds | 515 - Shinobi (J) | 516 - Shinobi Sounds

517 - Shiryou Sensen (J) | 518 - Shiryou Sensen Sounds | 519 - ShockMan (U) | 520 - Shoot Demo (PD)

521 - Shougi Shodan Icchokusen (J) | 522 - Shougi Shoshinsha Muyou (J) | 523 - Side Arms - Hyper Dyne (U) | 524 - Side Arms - Hyper Dyne Sounds

525 - Silent Debuggers (U) | 526 - Silent Debuggers Sounds | 527 - Sindibad - Chitei no Daimakyuu (J) | 528 - Sinistron (U)

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sábado, 27 de maio de 2017

Lixão a céu aberto - Espaço


Lixão a céu aberto - Espaço



Acabamos de saber que um satélite explodiu, colocando em risco a Estação Espacial Mir. Desculpe, só posso responder às suas perguntas mais tarde." Com esta declaração dramática, o cientista-chefe do Programa de Detritos Orbitais da Nasa, Nicholas Johnson, interrompeu uma entrevista, pela Internet, em setembro. Felizmente, o alarme era falso: o artefato que explodiu era mesmo russo, mas a Mir estava fora de perigo.


Incidentes como esse são cada vez mais comuns. É que a Terra está imersa em 2 000 toneladas de entulho sideral. São satélites desligados e componentes de naves acumulados desde a subida do Sputnik, em 1957. Dos 3 800 foguetes e 4 600 satélites lançados nestas quatro décadas, só 500 ainda funcionam. O resto virou lixo: 8 000 peças maiores do que uma bola de tênis, 110 000 cacos com diâmetro entre 1 e 10 centímetros e 35 milhões de lascas menores que 1 centímetro (veja o infográfico ao lado).

Boa parte desse lixão vai cair e poderá provocar acidentes. É que o atrito dos aparelhos com as moléculas de ar reduz, gradativamente, sua velocidade orbital, até a força de gravidade puxá-los de volta. Só que, se a peça estiver muito no alto, onde o ar é muito rarefeito, a queda leva milhões de anos. De qualquer modo, a grande maioria das que mergulham na atmosfera se pulveriza na viagem. E as que finalmente chegam à superfície costumam se perder nos oceanos. "Nenhum dos 16 000 artefatos que já caíram provocou ferimentos em alguém", afirma Johnson. Quem corre mais risco são as naves em operação.


Feito um bazar de quinquilharias
O homem é rápido. Em quatro décadas poluiu a estratosfera. Ela já está cheia de entulhos. Em junho de 1997, o satélite de sensoriamento remoto ERS-1, da Agência Espacial Européia (ESA), teve de ser manobrado para escapar de uma aeronave russa desativada, de 750 quilos, que cruzou seu caminho. Em pelo menos três missões, a tripulação dos ônibus espaciais fez curvas de emergência para evitar o choque com peças descartadas de velhas espaçonaves. Esses desvios só são possíveis graças ao rastreamento feito por uma rede de telescópios óticos e radares de superfície. Eles acompanham o movimento de todo e qualquer objeto maior que 10 centímetros até 2 000 quilômetros de altura.

Nem sempre, porém, é possível evitar o desastre. Em junho de 1996, o satélite de comunicação francês Cerise, a 660 quilômetros de altura, foi abalroado e destruído por um pedaço do foguete Ariane, lançado pela Agência Espacial Européia uma década antes. Calcule o estrago que um choque desse tipo pode causar: para um objeto se manter em órbita, ele tem de viajar a cerca de 27 000 quilômetros por hora, dez vezes mais do que a velocidade de uma bala de fuzil. Isso quer dizer que dois bólidos podem se chocar de frente a 54 000 quilômetros horários. A essa velocidade, bater numa bolinha de gude é o mesmo que trombar com um cofre de 180 quilos a 180 quilômetros por hora.


De tanque de combustível a luvas
E não é tão difícil topar com uma bola de gude dessas - ou coisa pior -, nas órbitas mais baixas. Até 2 000 quilômetros acima da superfície, a quantidade de detritos deixados pelo homem é 10 000 vezes maior do que a de meteoritos naturais, que estão sempre chegando do Cosmo. Há ali um verdadeiro bazar de quinquilharias de todos os tipos e tamanhos, como estágios de foguetes, tanques de combustível, parafusos e arruelas descartados por espaçonaves na subida e satélites desativados ou em pedaços (43% dos fragmentos orbitais são resultantes da explosão dos motores das aeronaves). Até os astronautas ajudam a aumentar os detritos espaciais, com ferramentas e luvas perdidas durante passeios no vazio.

Nesse cenário tumultuado, os ônibus espaciais americanos e o Telescópio Espacial Hubble são no mínimo sortudos sobreviventes: por enquanto, escaparam com poucos arranhões (veja os quadros ao lado). Principalmente se pensarmos que, quanto maior um artefato e quanto mais tempo ele permanecer no espaço, maiores serão suas probabilidades de ser atropelado. Estima-se que, em dezessete anos de funcionamento, o Hubble, com o comprimento de um prédio de quatro andares, tenha 4% de chance de ser abalroado por um projétil de 1 centímetro de diâmetro.

Esses cálculos vêm da experiência com projetos como o americano LDEF (sigla para Instalação para Exposição de Longa Duração, em inglês). Esse verdadeiro "saco de pancadas" passou anos como alvo para lixo espacial coletando dados essenciais sobre os fragmentos ameaçadores



Caiu na rede, é sujeira
A situação tende a piorar com os satélites previstos para subir nos próximos anos. É isso que afirma o relatório preparado por especialistas que participaram da II Conferência Européia sobre Lixo Espacial, realizada em março de 1997, na Alemanha. Apenas para as órbitas baixa e média, até 30 000 quilômetros de altitude, devem acontecer 300 lançamentos até 1999 - 75% mais do que entre 1994 e 1996.

Os maiores responsáveis pelo congestionamento são os novos sistemas de comunicação e telefonia, que usam constelações de satélites (isto é, várias máquinas que montam uma rede de sinais ao redor do globo). Somente o Projeto Iridium, de empresas americanas e japonesas, deve colocar 66 satélites a 780 quilômetros de altura. Outro delírio tecnológico, o Projeto Teledesic, pretende plantar, até o ano 2001, nada menos que 840 máquinas a 700 quilômetros da superfície, para interligar computadores terrestres. O receio, justificado, é que essas redes superdimensionadas acabem capturando, junto com os sinais eletrônicos, muito lixo. E, ao se danificarem, gerem mais sucata ainda. E, aí, vão virar mais sucata. Entulho sideral.



Um ou outro arranhão no Hubble



Na primeira missão para reparos no Telescópio Hubble, em 1993, os astronautas encontraram um buraco de quase 2 centímetros de diâmetro no prato de uma antena de comunicação (no detalhe). Um dos painéis solares que fornecem energia para o supertelescópio também estava bombardeado: tinha um rombo de 7 milímetros de diâmetro.



Do céu direto para o vidraceiro



Mais de sessenta janelas dos ônibus espaciais voltaram moídas das missões. A cratera do detalhe, com 2,5 milímetros de diâmetro, foi criada por uma lasca de tinta de aeronave do tamanho de um grão de sal. A velocidade do choque foi de 14 400 quilômetros por hora. Microfissuras como esta podem espatifar a janela na descida da nave.



Om saco de pancadas



O LDEF, da Nasa, é um artefato em forma de cilindro, com 9 metros de comprimento e 4 de diâmetro, todo recoberto por lâminas de diferentes materiais usados na construção de naves e satélites. Lançado em janeiro de 1990, permaneceu voando até agosto de 1996, a 470 quilômetros de altura, exposto a todo tipo de partículas perdidas. As placas marcadas pelas minitrombadas cósmicas mostraram que, ao longo desses 68 meses, aconteceram 34 000 colisões. As minicrateras medem de 1 milésimo de milímetro a 5 milímetros. Muitas delas têm traços de substâncias usadas no combustível de foguetes, como óxido de alumínio.


O pior é que não dá para fazer faxina no céu
Nem a Estação Espacial Internacional (ISS) escapará da poluição sideral. Ao contrário, quando estiver concluída, terá exposta, a 400 quilômetros de altura, uma área total de cerca de 5 000 metros quadrados - um enorme alvo para ser metralhado pela sujeira cósmica. As projeções indicam que as chances de a ISS ser atingida por um fragmento maior que 1,4 centímetro, capaz de botar a estação abaixo, é de apenas uma em 71 anos. Mas partículas menores, que constituem 99% do lixo orbital, devem trombar com o castelo voador numa freqüência de até mais de 100 000 por ano. Para proteger a tripulação e as partes mais vulneráveis da nave, as quinze nações que participam da sua construção estão reforçando o revestimento da sua parte dianteira e suas laterais. A principal forma de proteção são paredes com duas camadas de metal, em que a primeira funciona como um pára-choque. Hoje, os laboratórios das agências espaciais desenvolvem escudos mais poderosos ainda (veja o quadro ao lado).



Estão jogando cinzas no paraíso
As comissões que reúnem agências espaciais de nações européias, asiáticas e americanas e o Comitê para o Uso Pacífico do Espaço, da Organização das Nações Unidas (ONU), acham que já está na hora de se fazer um pouco mais pela "ecologia" da órbita terrestre. Elas têm tentado estabelecer regras, como a da eliminação de qualquer sobra de combustível do estágio final dos foguetes. Isso já vai evitar as explosões causadas pelo choque de sucata com os tanques mal esvaziados. Ainda assim, os técnicos admitem que tais medidas são insuficientes.

"Precisamos estudar como retirar os artefatos das órbitas mais poluídas, no fim de suas missões", afirmou o físico Walter Flury, coordenador das atividades relacionadas ao lixo espacial na Agência Espacial Européia. Existem algumas sugestões mirabolantes, como rebocar as naves de volta ao solo. Ou pulverizá-las com a ajuda de raios laser. Tais propostas, porém, exigem tecnologias ainda inexistentes.

"Não é possível fazer uma faxina completa na órbita terrestre", diz Flury. Segundo ele, o que dá para fazer, sim, é racionalizar o uso do espaço. E proibir absurdos como o Projeto Celestis, que lançou, em abril do ano passado, um foguete Pegasus com as cinzas de 24 indivíduos cremados, para repousarem não no paraíso, mas a 570 quilômetros de altitude. "Isso não tem cabimento", reclama, enfático, o cientista.



Assim na Terra como no céu



A resistência da fuselagem das naves é testada em laboratórios como o do Centro Espacial Johnson, da Nasa, em Houston, Texas. Um revólver de hipervelocidade, de mais de 30 metros de comprimento (na foto grande), lança um projétil, uma bolinha de alumínio, de 1 centímetro de diâmetro, contra um sanduíche de placas metálicas (no detalhe). Com a força do impacto, a primeira lâmina, que serve de pára-choque, derrete. O projétil é pulverizado em milhares de fragmentos, que se espalham e atingem as placas seguintes numa velocidade cada vez mais baixa. Dessa maneira, a violência da trombada é amortecida.


Para saber mais
Na Internet: https://solarsystem.nasa.gov/planets/callisto
Telescópios e radares rastreiam 8 500 objetos orbitais com mais de 10 centímetros de diâmetro. Desse total, 8 000 são puro ferro-velho.



Órbita geoestacionária
Na faixa dos satélites meteorológicos e de telecomunicações, que ficam "estacionados" a 36 000 quilômetros da superfície, há 600 pedaços de lata velha. Eles jamais cairão de volta ao planeta porque, a essa altitude, não perdem a velocidade orbital, que os mantém lá no alto.



Órbita média
Entre 2 000 e 30 000 quilômetros de altura circulam os chamados satélites de navegação, como os GPS, que indicam a localização de navios e aviões na superfície da Terra. Aqui, existem pelo menos 134 peças perdidas. Elas podem despencar, mas só daqui a milhares ou mesmo milhões de anos.



Órbita baixa
A área mais poluída está entre 200 e 2 000 quilômetros de altura, com 5 700 fragmentos de lixo. É a faixa dos satélites meteorológicos, de telecomunicação e de observação, dos ônibus espaciais e das estações orbitais. Os que estão a 1 000 quilômetros de altura levam séculos para cair. Mas quando chegam a 200 quilômetros mergulham em direção ao solo em poucos dias.



Perdidos no espaço
Existem 1 450 objetos que têm um trajeto excêntrico. Eles passeiam por todas as órbitas terrestres e podem provocar desastres.



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sexta-feira, 26 de maio de 2017

5 doenças que carregam nomes de médicos nazistas


5 doenças que carregam nomes de médicos nazistas



Cientistas lutam para mudar as sinistras "homenagens"


No campo da ciência e da medicina, é muito comum o uso de epônimos, ou seja, o nome de uma pessoa ou de um lugar para designar alguma descoberta, objeto ou doença. No que diz respeito à medicina, o epônimo costuma se referir ao sobrenome do médico que descobriu ou estudou pela primeira vez determinada doença. Por ser uma homenagem, há tempos que existem vários grupos de cientistas que tentam rejeitar o uso de epônimos originários de médicos nazistas.

Conheça 5 exemplos:



Síndrome Reiter (Hans Reiter): Reiter fez experimentos com prisioneiros dos campos de concentração de Buchenwald e tirou a vida de mais de 250 pessoas.



Célula de Clara (Max Clara): Esse médico e ativista nazista realizou suas pesquisas sobre células das paredes respiratórias usando tecidos de pessoas assassinadas pelo regime nazista.



Granulomatose de Wegner (Friedrich Wegner): Embora não seja culpado por crimes, esse médico e seguidor do partido nazista foi procurado por sua participação em experimentos com judeus no gueto de Lodz.



Síndrome de Cauchois-Eppinger-Frugoni (Hans Eppinger): Esse médico nazista realizou os experimentos mais terríveis com humanos da etnia cigana, estudando a potabilidade da água marinha no campo de concentração de Dachau.



Síndrome de Asperger (Hans Asperger): Trata-se de um caso controverso. Alguns afirmam que ele era simpatizante do partido nazista e que é responsável pela morte de uma menina; outros, que
ajudou a salvar muitas crianças.



Fonte: Super Curioso
(https://supercurioso.com/enfermedades-llevan-nombre-medico-nazi/)



Médicos NAZISTAS - Segunda Guerra Mundial


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quinta-feira, 25 de maio de 2017

Nada de cremação ou enterro - opção por dissolver corpo após a morte ganha adeptos


Nada de cremação ou enterro - opção por dissolver corpo após a morte ganha adeptos



Robert J Klink passou sua vida perto d'água. Ele cresceu nos anos 1950, no South Long Lake, em Minnesota, Estado americano conhecido como a terra dos 10 mil lagos. Caçar e pescar nas margens desses reservatórios naturais era a paixão de sua vida.


Pouco antes da morte dele por câncer do cólon e do fígado, em março, sua esposa Judi Olmsted foi a uma funerária local - a Bradshaw Celebration of Life Center - e disse que seu marido queria ser cremado.

No estabelecimento, ofereceram dois tipos de cremação: a tradicional, com fogo, e um novo tipo, que usa água no processo. Um panfleto explicava que era uma "cremação alternativa e ecológica" que usava uma solução alcalina feita a partir de hidróxido de potássio.

"De início, pensei 'bem, eu não sei nada sobre isso'", disse Olmsted. "Mas quanto mais eu pensava sobre aquilo, mais eu acreditava que era a melhor opção."


Impacto ambiental
Quando somos enterrados, usamos os recursos do planeta uma última vez - com a madeira do caixão, o algodão do forro, a pedra da lápide, além de outros recursos.

A cremação também tem impacto ambiental. Para queimar um corpo, o equipamento crematório produz calor suficiente para aquecer uma casa durante uma semana no inverno congelante do Minnesota.

A funerária local é um dos 14 estabelecimentos do mundo a oferecer a opção "verde" - acredita-se que a hidrólise alcalina é ambientalmente mais correta do que a cremação tradicional.

Eles oferecem ambos os serviços pelo mesmo preço, mas dizem que o novo tipo de cremação revelou-se um sucesso inesperado. Dos clientes que optam por não enterrar seu familiar, metade do total, 80% preferem a hidrólise alcalina.


Robert Klink tinha paixão pela água, o que motivou sua esposa Judi Olmsted
a escolher a hidrólise alcalina (Foto: BBC)


O benefício ambiental não, porém, é o único fator a influenciar a decisão.

Ao escolher a cremação verde, Judi Olmsted pensou na paixão que Klink tinha pela água e relacionou o método aquoso ao batismo, o que achou comovente.

O processo transforma os ossos em pó, que, no caso de Klink, foi depositado próximo a flores, fotos e um pato de madeira numa igreja luterana no subúrbio de St Paul, em Minnesota.


Outras motivações
A BBC perguntou à diretora de funerais da Bradshaw, Anne Christ, sobre outras razões as pessoas citavam para escolher a hidrólise alcalina.

"Há algumas pessoas com um interesse científico e, claro, interessadas no fator ambiental", diz.

"Mas é mais uma questão emotiva. Eu diria que a maioria das pessoas toma a decisão com base numa intuição de que a água é mais suave."

Mas dissolver o corpo com substâncias químicas realmente é mais suave do que queimá-lo?
As pessoas se dão conta de como funciona a hidrólise alcalina?

"Tem coisas que eles não sabem", afirma Christ, rindo discretamente.

O equipamento de hidrólise e as salas para acompanhar o processo foram instalados há cinco anos por um custo de US$ 750 mil (R$ 2,4 milhões).

"Poderíamos ter gastado menos", diz Jason Bradshaw, também diretor do centro. "Mas pensamos que, como éramos os primeiros na área, e um dos primeiros no país, deveríamos investir mais.

Temos grupos que visitam o lugar, de instituições psiquiátricas a igrejas. Ou simplesmente de pessoas que querem ver como a máquina funciona."

Ele conduz a reportagem ao subsolo, até um cômodo circular com uma cascata tilintante. Na parede cor de ocre, há uma porta de vidro deslizante que leva a outro espaço.

Bradshaw desaparece, acende a luz no outro cômodo e abre a porta.
O equipamento de hidrólise alcalina tem 1,8 m de altura, 1,2 m de largura e 3 m de profundidade. A aparência industrial da máquina contrasta com a intensidade sombria da sala de visualização.



Equipamento de cremação por hidrólise em atividade (Foto: BBC)


Não é difícil imaginar quem escolheria assistir seu parente ou amigo sendo colocado num máquina que é conhecida como "digestor de tecidos". Em seguida, Bradshaw e seu colega, David Haroldsen, movem um corpo pela porta.

O corpo - que não me foi identificado - é colocado na máquina. Bradshaw opera o equipamento por uma tela de computador - depois de trancada, a máquina se enche de água.


'Processo natural'
Formado em biologia e química, ele explica que a máquina pesa cada corpo e calcula o quanto de água e hidróxido de potássio adicionar. A solução alcalina, com um pH de 14, é aquecida a 150 °C, mas como é pressurizada, não chega a ferver.

"A hidrólise alcalina é o processo natural pelo qual o corpo passa quando é enterrado. Aqui recriamos as condições ideais para isso acontecer muito, muito mais rápido", diz Bradshaw.

Num cemitério, o processo leva décadas. No equipamento, são 90 minutos - embora o processo subsequente de enxaguamento leve mais tempo.

Depois de três a quatro horas, a porta é destrancada e o diretor funerário vê ossos molhados espalhados numa bandeja de metal. Num compartimento longe da vista, são depositados os restos líquidos dos tecidos dissolvidos.

O cômodo onde está a máquina tem um cheiro parecido com o de um lavanderia. Mas a eliminação
desses resíduos e o tratamento da água ainda preocupam as pessoas.

Bradshaw seca os ossos numa secadora de roupa doméstica. "Funciona melhor", explica.



Equipamento de cremação por hidrólise em atividade (Foto: BBC)


Os ossos são, então, colocados numa máquina usada na cremação regular. A diferença é que o pó resultante é mais fino e mais claro, parecido com o da farinha - e produz 30% a mais em quantidade.

Até agora, o digestor de tecido de Bradshaw processou mais de 1,1 mil corpos, quase um por dia.


Espaço para mortos
Há países, como Japão e Grécia, onde há cada vez menos espaço para enterrar seus mortos. Além disso, há impacto ambiental no solo do cemitério, e o próprio enterro exige recursos naturais.

Ativistas dizem que, nos Estados Unidos, as estruturas para armazenar os caixões usam mais de 1,6 milhão de toneladas de concreto e 14 mil toneladas de aço por ano.

Na cremação, o equivalente a 320 kg de CO2 é gerado. A menos que medidas especiais sejam tomadas, substâncias tóxicas são liberadas, como o mercúrio do preenchimento dental.



Pó resultante da cremação: mais fino e branco que o tradicional (Foto: BBC)


Sendo assim, como a hidrólise alcalina se compara do ponto de vista ambiental?
Para a pesquisadora Elisabeth Keijzer, que coordena dois estudos para a Organização Holandesa para Pesquisa Aplicada, o processo é muito melhor.

Ela analisa 18 parâmetros ambientais - como destruição do ozônio, mudanças climáticas e toxicidade marinha - e conclui que a hidrólise alcalina é melhor em 17 deles comparada às outras técnicas. Além disso, emite sete vezes menos CO2 que a cremação.

Mesmo que seu trabalho não chegue a considerar o método uma "cremação verde", conclui que é ambientalmente mais correto do que o enterro e a cremação tradicional.



Hidrólise Alcalina



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terça-feira, 23 de maio de 2017

Mais antigo ancestral humano pode ser originário da Europa


Mais antigo ancestral humano pode ser originário da Europa

Contrariando teoria em circulação de que primeiros pré-humanos vêm da África, cientistas da Alemanha estimam que espécie Graecopithecus freybergi seria ainda mais antiga e oriunda do leste do Mediterrâneo.


Maxilar é um de dois fósseis conhecidos do hominídeo El Graeco


As linhagens genealógicas dos chimpanzés e dos seres humanos possivelmente se separaram na Europa, e não na África. Além disso, esse passo evolutivo teria ocorrido algumas centenas de milhares de anos antes do que se costuma pensar.



A equipe de cientistas liderada por Madelaine Böhme, do Senckenberg Centre for Human Evolution and Paleoenvironment (HEP), em Tübingen, na Alemanha, apresentou essas ideias inovadoras na revista especializada PLOS One.



Evolução Humana - Human evolution


Como ponto de partida, examinaram os únicos restos conhecidos do hominídeo Graecopithecus freybergi, apelidado "El Graeco" pelos pesquisadores: fósseis de um maxilar encontrado na Grécia e de um dente originário da Bulgária.

Dente do Graecopithecus freybergi, com raízes unidas, aponta para parentesco com ser humano moderno Dente do Graecopithecus freybergi, com raízes unidas, aponta para parentesco com ser humano moderno


Mais velho que o antigo
A conclusão de que se trataria de uma espécie pré-humana até então desconhecida parte do fato de as raízes dentárias serem basicamente fundidas, uma característica do ser humano e de seus ancestrais extintos. Entre os primatas, elas são, em geral, separadas.

"Nós mesmos ficamos surpresos com os nossos resultados, pois até então só se conheciam pré-humanos da África ao sul do Saara", comentou Jochen Fuss, um dos integrantes da equipe. A análise dos sedimentos no local em que os fósseis foram encontrados revelou que o maxilar data de 7,175 milhões de anos, e o dente de 7,24 milhões.

Os achados paleontológicos são, portanto, ainda mais velhos do que o mais antigo pré-homem conhecido até então: o Sahelanthropus, da África, com 6 milhões a 7 milhões de anos de idade. A conclusão então seria que a linha evolutiva dos chimpanzés e dos pré-humanos ocorreu mais cedo do que se cria, e não na África, mas no leste do Mediterrâneo.

Neste modo, a usual "East Side Story", segundo a qual os antepassados humanos teriam se
desenvolvido no Leste Africano, é colocada em cheque por uma "North Side Story", resumiu Madelaine Böhme, ao apresentar os resultados em Tübingen, ressalvando: "Espero reações veementes, espero muita contestação."


Uma outra história do Saara
Para sustentar sua tese, a cientista anunciou que analisará a alimentação do Graecopithecus freybergi. Além disso buscará indícios da existência de pré-humanos fora da África, no Irã, Iraque e possivelmente no Líbano.
"A separação entre os antepassados hominídeos do homem e os grandes macacos é mal documentada", observa Jean-Jacques Hublin, diretor da seção Evolução Humana do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, sediado em Leipzig, que não participou da pesquisa. "Não é a primeira vez que se sugere um pré-humano em meio ao rico patrimônio fóssil da Europa Meridional."



Madelaine Böhme (dir.) realizou escavações na Bulgária
A equipe de Böhme deduz que alterações ambientais drásticas teriam precipitado a dissociação da linha evolutiva. Nos sedimentos do local do achado, eles detectaram um silte mineral vermelho e fino, característico da poeira do deserto, que pensam ser originário do Norte da África.

Além disso, encontrou-se uma alta concentração de diferentes sais. "Esses dados poderiam indicar, pela primeira vez, que o Saara se expandiu 7,2 milhões de anos atrás, soprando sua poeira vermelha e rica em sais até o litoral norte do Mar Mediterrâneo da época", explicou Böhme.Também na Europa, mudanças climáticas teriam causado o alastramento de uma paisagem de savana. Os pesquisadores encontraram, nos sedimentos em volta do "El Graeco", resquícios de plantas características, assim como fósseis de antepassados dos atuais girafas, gazelas, antílopes e rinocerontes, explica o coautor Nikolai Spassov, da Academia Búlgara de Ciências.

Não se sabe que aparência tinham esses ancestrais humanos, completa Madelaine Böhme. As proporções do maxilar indicam que "El Graeco" seria do porte de um chimpanzé-fêmea moderno, pesando cerca de 40 quilos.



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segunda-feira, 22 de maio de 2017

As bruxas ladras de pênis da Idade Média


As bruxas ladras de pênis da Idade Média



Livro mostra as mulheres como monstruosas e sexualmente insaciáveis.


O Malleus Maleficarum (Martelo das Bruxas) é um tratado medieval no qual se baseou a Inquisição para empreender o genocídio contra mulheres na Europa e na América entre os séculos XV e XVII.

Publicado em 1487, na Alemanha, o livro foi citado pelos maiores inquisidores da época durante a caça às bruxas.


The Malleus Maleficarum


No texto, são relatados vários exemplos de bruxaria, na sua maioria relacionados à sexualidade e à saúde reprodutiva femininas. Em suas páginas, são detalhados casos de fornicação com demônios e abortos praticados com plantas, além de pactos obscuros.


Malleus Maleficarum - Montague Summers


Vários capítulos do tratado são dedicados às bruxas que roubavam pênis. De acordo com o Malleus Maleficarum, muitas mulheres possuíam, depois de realizar um pacto com o diabo, a capacidade de fazer o pênis de sua vítima desaparecer voluntariamente. Algumas, inclusive, cuidavam dos genitais masculinos como animais de estimação, alimentando-os à base de aveia. O livro também menciona a árvore de pênis, uma estranha planta da qual nasciam falos com frutos.



Árvore de pênis


No tratado, é possível ler: “Toda bruxaria provém da luxúria carnal, que, nas mulheres, é insaciável”.

Sob a ótica atual, não é difícil compreender que grande parte desse imaginário monstruoso se
baseia na misoginia causada pelo medo da sexualidade feminina.



The Hammer of Witches - Christopher S. Mackay


Fonte: Cultura Inquieta
(http://culturainquieta.com/es/inspiring/item/11837-brujas-de-la-edad-media-que-robaban-penes-y-los-guardaban-como-mascotas.html)



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segunda-feira, 22 de maio de 2017

Símbolos pré-históricos revelam antiga catástrofe global


Símbolos pré-históricos revelam antiga catástrofe global



Inscrições de 12 mil anos indicam que cometa pode ter colidido com a Terra, causando resfriamento global.


Os pilares de pedra de Göbekli Tepe, um antigo santuário localizado nas proximidades da cidade de Sanliurfa, no sudoeste da Turquia, estão esculpidos com estranhas imagens pré-históricas. E seu significado era inexplicável – pelo menos até pouco tempo.



Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, acreditam ter decifrado a mensagem misteriosa contida nos símbolos esculpidos nas pedras do templo há 12 mil anos. Segundo os especialistas, a data de criação das imagens coincide com um período drástico de resfriamento da Terra, conhecido como Dryas recente, que durou 1.300 anos e que (de acordo com algumas teorias) teria sido causado pela queda de um cometa.



Os cientistas afirmam que os habitantes de Göbekli Tepe documentaram o episódio nos pilares do templo, associando as imagens esculpidas à colisão do corpo celeste contra a Terra. No templo, é possível ver imagens correspondentes a acontecimentos astronômicos, constelações e outros eventos que podem estar relacionados às consequências do desastre.

Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/217292-misterios-templo-mas-antiguo-gobekli-tepe)



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sexta-feira, 19 de maio de 2017

Marília de Dirceu - P2de2 - Tomás Antônio Gonzaga


Marília de Dirceu - P2de2 - Tomás Antônio Gonzaga



Água mais clara,
Mais branda relva.

No colo a punha;
Então brincando
A mim a unia;
Mil coisas ternas
Aqui dizia.

CONTINUA E TERMINA A OBRA NO TEXTO ABAIXO


Marília vendo,
Que eu só com ela
É que falava,
Ria-se a furto,
E disfarçava.

Desta maneira
Nos castos peitos,
De dia em dia
A nossa chama
Mais se acendia.

Ah! quantas vezes,
No chão sentado,
Eu lhes lavrava
As finas rocas,
Em que fiava!

Da mesma sorte
Que à sua amada,
Que está no ninho,
Fronteiro canta
O passarinho;

Na quente sesta,
Dela defronte,
Eu me entretinha
Movendo o ferro
Da sanfoninha.

Ela por dar-me
De ouvir o gosto,
Mais se chegava;
Então vaidoso
Assim cantava:



[Linha 2800 de 5508 - Parte 2 de 2]


"Não há Pastora,
"Que chegar possa
"À minha Bela,
"Nem quem me iguale
"Também na estrela;

"Se amor concede
"Que eu me recline
"No branco peito,
"Eu não invejo
"De Jove o feito;

"Ornam seu peito
"As sãs virtudes,
"Que nos namoram;
"No seu semblante
"As Graças moram."

Assim vivia...
Hoje em suspiros
O canto mudo;
Assim, Marília,
Se acaba tudo.


Lira X

Arde o velho barril, arde a cabeça,
Em honra de João na larga rua;
O crédulo mortal agora indaga
Qual seja a sorte sua?

Eu não tenho alcachofra, que à luz chegue,
E nela orvalhe o Céu de madrugada,
Para ver se rebentam novas folhas
Aonde foi queimada.

Também não tenho um ovo, que despeje
Dentro dum copo d'água, e possa nela
Fingir palácios grandes, altas torres,
E uma nau à vela.

Mas, ah! em bem me lembre; eu tenho ouvido
Que a boca um bochecho d'água tome,
E atrás de qualquer porta atento esteja,
Até ouvir um nome.

Que o nome, que primeiro ouvir, é esse
O nome, que há de Ter a minha amada;
Pode verdade ser; se for mentira,


[Linha 2850 de 5508 - Parte 2 de 2]


Também não custa nada.

Vou tudo executar, e de repente
Ouvi dizer o nome de Filena:
Despejo logo a boca: ah! não sei como
Não morro ali de pena!

Aparece Cupido: então soltando
Em ar de zombaria uma risada,
"E que tal, me pergunta, esteve a peça?
"Não foi bem pregada?

"Eu já te disse, que Marília é tua:
"Tu fazes do meu dito tanta conta,
"Que vais acreditar o que te ensina
"Velha mulher já tonta."

Humilde lhe respondo: "Quem debaixo
"Do açoite da Fortuna aflito geme,
"Nas mesmas coisas, que só são brinquedos
"Se agouram males, e teme."



Lira XI

Se acaso não estou no fundo Averno,
Padece, ó minha Bela, sim padece
O peito amante, e terno,
As aflições tiranas, que aos Precitos
Arbitra Radamanto em justa pena
Dos bárbaros delitos.

As Fúrias infernais, rangendo os dentes,
Com a mão escarnada não me aplicam
As raivosas serpentes;
Mas cercam-me outros monstros mais irados:
Mordem-se sem cessar as bravas serpes
De mil, e mil cuidados.

Eu não gasto, Marília, a vida toda
Em lançar o penedo da montanha;
Ou em mover a roda;
Mas tenho ainda mais cruel tormento:
Por coisas que me afligem, roda, e gira
Cansado pensamento.

Com retorcidas unhas agarrado
Às tépidas entranhas não me come
Um abutre esfaimado;


[Linha 2900 de 5508 - Parte 2 de 2]


Mas sinto de outro monstro a crueldade:
Devora o coração, que mal palpita,
O abutre da saudade.

Não vejo os pomos, nem as águas vejo,
Que de mim se retiram quando busco
Fartar o meu desejo;
Mas quer, Marília, o meu destino ingrato
Que lograr-se não possa, estando vendo
Nesta alma o teu retrato.

Estou no Inferno, estou, Marília bela;
E numa coisa só é mais humana
A minha dura estrela:
Uns não podem mover do Inferno os passos;
Eu pretendo voar, e voar cedo
À glória dos teus braços.


Lira XII

Ah! Marília, que tormento
Não tens de sentir saudosa!
Não podem ver os teus olhos
A campina deleitosa,
Nem a tua mesma aldeia,
Que tiranos não proponham
À inda inquieta idéia
Uma imagem de aflição.
Mandarás aos surdos Deuses
Novos suspiros em vão.

Quando levares, Marília,
Teu ledo rebanho ao prado,
Tu dirás: "Aqui trazia
"Dirceu também o seu gado."
Verás os sítios ditosos
Onde, Marília, te dava
Doces beijos amorosos
Nos dedos da branca mão.
Mandarás aos surdos Deuses
Novos suspiros em vão.

Quando à janela saíres,
Sem quereres, descuidada,
A minha pobre morada.
Tu dirás então contigo:
"Ali Dirceu esperava
"Para me levar consigo;
E ali sofreu a prisão."


[Linha 2950 de 5508 - Parte 2 de 2]


Mandarás aos surdos Deuses
Novos suspiros em vão.

Quando vires igualmente
Do caro Glauceste a choça,
Onde alegre se juntavam
Os poucos da escolha nossa,
Pondo os olhos na varanda
Tu dirás de mágoa cheia:
"Todo o congresso ali anda,
"Só o meu amado não."
Mandarás aos surdos Deuses
Novos suspiros em vão.

Quando passar pela rua
O meu companheiro honrado,
Sem que me vejas com ele
Caminhar emparelhado,
Tu dirás: "Não foi tirana
"Somente comigo a sorte;
"Também cortou desumana
"A mais fiel união."
Mandarás aos surdos Deuses
Novos suspiros em vão.

Numa masmorra metido,
Eu não vejo imagens destas,
Imagens, que são por certo
A quem adora funestas.
Mas se existem separadas
Dos inchados, roxos olhos,
Estão, que é mais, retratadas
No fundo do coração.
Também mando aos surdos Deuses
Tristes suspiros em vão.

Lira XIII

Vês, Marília, um cordeiro
De flores enramado,
Como alegre corre
A ser sacrificado?
O Povo para Templo já concorre;
A Pira sacrossanta já se acende;
O Ministro o fere, ele bala, e morre.

Vês agora o novilho,
A quem segura o laço,
No chão as mãos especa,
Nem quer mover um passo.


[Linha 3000 de 5508 - Parte 2 de 2]


Não conhece que sai de um mau terreno;
Que o forte pulso, que a seguir o arrasta,
O conduz a viver num campo ameno.

Ignora o bruto como
Lhe dispomos a sorte;
Um vai forçado à vida,
Vai outro alegre à morte:
Nós temos, minha bela, igual demência;
Não sabemos os fins, com que nos move
A sábia, oculta Mão da Providência.

De Jacó ao bom filho
Os maus matar quiseram.
De conselho o muraram.
Como escravo o venderam.
José não corre a ser um servo aflito;
Vai subindo os degraus, por onde chega
A ser um quase Deus no grande Egito.

Quem sabe o Destino
Hoje, ó Bela, me prende.
Só porque nisto de outros
Mais danos me defende?
Pode ainda raiar um claro dia.
Mas quer raie, quer não, ao Céu adoro;
E beijo a santa mão, que assim me guia.


Lira XIV

Alma digna de mil Avós Augustos!
Tu sentes, tu soluças,
Ao ver cair os justos;
Honras as santas leis da Humanidade:
E os teus exemplos deve
Gravar com letras de ouro no seu Templo
A cândida Amizade.

Não é, não é de Herói uma alma forte,
Que vê com rosto enxuto
No seu igual a morte.
Não é também de Herói um peito duro,
Que a sua glória firma
Em que lhe não resiste ao ferro, e fogo,
Nem legião, nem muro.

Oh! quanto ousado Chefe me namora,
Quando vê a cabeça
Do bom Pompeu, e chora!


[Linha 3050 de 5508 - Parte 2 de 2]


É grande para mim, quem move os passos,
E de Dario aos filhos,
Que como escravos seus tratar pudera,
Recebe nos seus braços.

Se alcança Enéias, capitão piedoso,
Entre os Heróis do Mundo
Um nome glorioso,
Não é, porque levanta uma cidade;
É sim, porque nos ombros
Salvou do incêndio ao Pai, a quem destina
A mão de longa idade.

Ah! se ao meu contrário entre as chamas vira,
Eu mesmo, sim, da morte
Aos ombros o remira.
Inda por ele muito mais obrara.
E se nada servisse,
Fizera então, Amigo, o que fizeste;
Gemera, e suspirara.

Oh! quanto são duráveis as cadeias
De uma amizade, quando
Se dão iguais idéias!
Se apesar dos estorvos se sustinha
Nossa união sincera,
Foi por ser a minha alma igual à tua,
E a tu igual à minha.

Se o caro Amigo te merece tanto,
Lá lhe fica a sua alma,
Limpa-lhe o terno pranto.
De quem eu falo, és tu, Marília bela.
Ah! sim, honrado Amigo,
Se enxugar não puderes os seus olhos,
Pranteia então com ela.


Lira XV

Eu, Marília, não fui nenhum Vaqueiro,
Fui honrado Pastor da tua aldeia;
Vestia finas lãs, e tinha sempre
A minha choça do preciso cheia.
Tiraram-me o casal, e o manso gado,
Nem tenho, a que me encoste, um só cajado.

Para ter que te dar, é que eu queria
De mor rebanho ainda ser o dono;
Prezava o teu semblante, os teus cabelos


[Linha 3100 de 5508 - Parte 2 de 2]


Ainda muito mais que um grande Trono.
Agora que te oferte já não vejo
Além de um puro amor, de um são desejo.

Se o rio levantado me causava,
Levando a sementeira, prejuízo,
Eu alegre ficava apenas via
Na tua breve boca um ar de riso.
Tudo agora perdi; nem tenho o gosto
De ver-te aos menos compassivo o rosto.

Propunha-me dormir no teu regaço
As quentes horas da comprida sesta,
Escrever teus louvores nos olmeiros,
Toucar-te de papoulas na floresta.
Julgou o justo Céu, que não convinha
Que a tanto grau subisse a glória minha.

Ah! minha Bela, se a Fortuna volta,
Se o bem, que já perdi, alcanço, e provo;
Por essas brancas mãos, por essas faces
Te juro renascer um homem novo;
Romper a nuvem, que os meus olhos cerra,
Amar no Céu a Jove, e a ti na terra.

Fiadas comprarei as ovelhinhas,
Que pagarei dos poucos do meu ganho;
E dentro em pouco tempo nos veremos
Senhores outra vez de um bom rebanho.
Para o contágio lhe não dar, sobeja
Que as afague Marília, ou só que as veja.

Senão tivermos lãs, e peles finas,
Podem mui bem cobrir as carnes nossas
As peles dos cordeiros mal curtidas,
E os panos feitos com as lãs mais grossas.
Mas ao menos será o teu vestido
Por mãos de amor, por minhas mão cosido.

Nós iremos pescar na quente sesta
Com canas, e com cestos os peixinhos:
Nós iremos caçar nas manhãs frias
Com a vara envisgada os passarinhos.
Para nos divertir faremos quanto
Reputa o varão sábio, honesto e santo.

Nas noites de serão nos sentaremos
C'os filhos, se os tivermos, à fogueira;
Entre as falsas histórias, que contares,
Lhes contarás a minha verdadeira.


[Linha 3150 de 5508 - Parte 2 de 2]


Pasmados te ouvirão; eu entretanto
Ainda o rosto banharei de pranto.

Quando passarmos juntos pela rua,
Nos mostrarão c'o dedo os mais Pastores;
Dizendo uns para os outros: "Olha os nosso
"Exemplos da desgraça, e são amores".
Contentes viveremos desta sorte,
Até que chegue a um dos dois a morte.


Lira XVI

Vejo, Marília,
Que o nédio gado
Anda disperso
No monte, e prado;
Que assim sucede
Ao desgraçado,
Que a perder chega
O seu Pastor.
Mas inda sofro
A viva dor.

Também conheço,
Que os Pegureiros,
Que apascentavam
Os meus cordeiros,
Dão suspiros,
E verdadeiros,
Porque perderam
Um pai no amor.
Mas inda sofro
A viva dor.

Eu mais alcanço,
Que a minha herdade,
Estando eu preso,
Sofrer não há de
Nem a charrua,
E nem a grade;
Que a mão lhe falta
Do Lavrador.
Mas inda sofro
A viva dor.

Mas quando sobe
À minha idéia,
Que tu ficaste
Lá nessa aldeia,


[Linha 3200 de 5508 - Parte 2 de 2]


De mil cuidados
E mágoa cheia,
Das paixões minhas
Não sou senhor.
Eu já não sofro
A viva dor.

A quanto chega
A pena forte!
Pesa-me a vida,
Desejo a morte,
A Jove acuso,
Maldigo a sorte,
Trato a Cupido
Por um traidor.
Eu já não sofro
A viva dor.

Mas este excesso
Perdão merece,
E dele Jove
Compadece:
Que Jove, ó Bela,
Mui bem conhece,
Aonde chega
Paixão de amor.
Eu já não sofro
A viva dor.

Lira XVII

Dirceu te deixa, ó Bela,
De padecer cansado;
Frio suor já banha
Seu rosto descorado;
O sangue já não gira pela veia,
Seus pulsos já não batem,
E a clara luz dos olhos se baceia:
A lágrima sentida já lhe corre;
Já pára a convulsão, suspira, e morre.

Seu espírito chega
Onde se pune o erro:
Grossos portões de ferro.
Aos severos Juízes se apresenta,
E com sentidas vozes
Toda a sua tragédia representa;
Enche-se de ternura, e novo espanto
O mesmo inexorável Radamanto.



[Linha 3250 de 5508 - Parte 2 de 2]


Abre um pasmado a boca,
E a pedra não despede;
Outro já não se lembra
Da fome, e mais da sede;
Descansa o curvo bico, e a garra impia
Negro abutre esfaimado;
Nem na roca medonha a Parca fia.
Até as mesmas Fúrias inclementes
Deixam cair das unhas as serpentes.

Já votam os Juízes;
E o Rei Plutão lhe ordena
Deixe o sítio, em que moram
Almas dignas de pena.
Já sai do escuro Reino, e da memória
Lhe passa tudo quanto
Ou pode dar-lhe mágoa, ou dar-lhe glória
Só, bem que o gosto as turvas águas tome,
Inda, Marília, inda diz teu nome.

Entra já nos Elísios,
Campinas venturosas,
Que mansos rios cortam,
Que cobrem sempre as rosas.
Escuta o canto das sonoras aves,
E bebe as águas puras,
Que o mel, e do que o leite mais suaves,
"Aqui, diz ele, espero a minha Bela;
"Aqui contente viverei com ela."

"Aqui..." Porém aonde
Me leva a dor ativa?
É ilusão desta alma;
Jove inda quer que eu viva.
Eu devo sim gozar teus doces laços;
E em paga de meus males,
Devo morrer, Marília, nos teus braços.
Então eu passarei ao Reino amigo,
E tu irás depois lá ter comigo.


Lira XVIII

Não molho, Marília,
De pranto a masmorra
Que o terno Cupido
Não voe, não corra,
A i-lo apanhar.
Estende-o nas asas,
Sobre ele suspira,


[Linha 3300 de 5508 - Parte 2 de 2]


Por fim se retira,
E vai-lo levar.

Se o moço não mente,
Os tristes gemidos,
Os ais lastimosos
Os guarda unidos,
Marília, c'os teus;
As lágrimas nossas
No seio amontoa,
Forma asas, e voa,
Vai pô-las nos Céus.

A Deusa formosa,
Que amava aos Troianos,
Livrá-los querendo
De riscos, e danos,
A Jove buscou.
As águas, que o rosto
Da Deusa banharam,
A Jove abrandaram,
Assim os salvou.

Confia-te, ó Bela,
Confia-te em Jove,
Ainda se abranda,
Ainda se move
Com ânsias de amor.
O pranto de Vênus,
Que obrou no pai tanto,
Não tem que o teu pranto
Apreço maior.


Lira XIX

Nesta triste masmorra,
De um semivivo corpo sepultura,
Inda, Marília, adoro
A tua formosura.
Amor na minha idéia te retrata;
Busca extremoso, que eu assim resista
À dor imensa, que me cerca, e mata.

Quando em eu mal pondero,
Então mais vivamente te diviso:
Vejo o teu rosto, e escuto
A tua voz, e riso.
Movo ligeiro para o vulto os passos;
Eu beijo a tíbia luz em vez de face;


[Linha 3350 de 5508 - Parte 2 de 2]


E aperto sobre o peito em vão os braços

Conheço a ilusão minha;
A violência da mágoa não suporto;
Foge-me a vista, e caio,
Não sei se vivo, ou morto.
Enternece-se Amor de estrago tanto;
Reclina-me no peito, e com mão terna
Me limpa os olhos do salgado pranto.

Depois que represento
Por lago espaço a imagem de um defunto,
Movo os membros, suspiro,
E onde estou pergunto.
Conheço então que amor me tem consigo;
Ergo a cabeça, que inda mal sustento,
E com doente voz assim lhe digo:

"Se queres ser piedoso,
"Procura o sítio em que Marília mora,
"Pinta-lhe o meu estrago,
"E vê, Amor, se chora.
"Se lágrimas verter, se a dor a arrasta,
"Uma delas me traze sobre as penas,
"E para alívio meu só isto basta."

Lira XX

Se me viras com teus olhos
Nesta masmorra metido,
De mil idéias funestas,
E cuidados combatido,
Qual seria, ó minha Bela,
Qual seria o teu pesar?

À força da dor cedera,
E nem estaria vivo,
Se o menino Deus vendado,
Extremoso, e compassivo,
Com o nome de Marília
Não me viesse animar.

Deixo a cama ao romper d'alva;
O meio-dia tem dado,
E o cabelo ainda flutua
Pelas costas desgrenhado.
Não tenho valor, não tenho,
Nem par de mim cuidar.

Diz-me Cupido: "E Marília


[Linha 3400 de 5508 - Parte 2 de 2]


"Não estima este cabelo?
"Se o deixas perder de todo,
"Não se há de enfadar ao vê-lo?"
Suspiro, pego no pente,
Vou logo o cabelo atar.

Vem um tabuleiro entrando
De vários manjares cheio;
Põe-se na mesa a toalha,
E eu pensativo passeio:
De todo o comer esfria,
Sem nele poder tocar.

"Eu entendo que a matar-te,
"Diz amor, te tens proposto;
"Fazes bem: terá Marília
"Desgosto sobre desgosto."
Qual enfermo c'o remédio,
Me aflijo, mas vou jantar.

Chegam as horas, Marília,
Em que o Sol já se tem posto;
Vem-me à memória que nelas
Vi à janela teu rosto:
Reclino na mão a face,
E entro de novo a chorar.

Diz-me Cupido: "Já basta,
"Já basta, Dirceu, de pranto;
"Em obséquio de Marília
"Vai tecer teu doce canto."
Pendem as fontes dos olhos,
Mas em sempre vou cantar.

Vem o Forçado acender-me
A velha, suja candeia;
Fica, Marília, a masmorra
Inda mais triste, e mais feia.
Nem mais canto, nem mais posso
Uma só palavra dar.

Diz-me Cupido: "São horas
"De escrever-se o que está feito."
Do azeite, e da fumaça
Uma nova tinta ajeito;
Tomo o pau, que pena finge,
Vou as Liras copiar.

Sem que chegue o leve sono,
Canta o Galo a vez terceira;


[Linha 3450 de 5508 - Parte 2 de 2]


Eu digo a Amor, que fico
Sem deitar-me a noite inteira;
Faço mimos, e promessas
Para ele me acompanhar.

Ele diz, que em dormir cuide,
Que hei de ver Marília em sonho,
Não respondo uma palavra,
A dura cama componho,
Apago a triste candeia,
E vou-me logo deitar.

Como pode a tais cuidados
Resistir, ó minha Bela,
Quem não tem de Amor a graça;
Se eu, que vivo à sombra dela,
Inda vivo desta sorte,
Sempre triste a suspirar?


Lira XXI

Que diversas que são, Marília, as horas,
Que passo na masmorra imunda, e feia,
Dessas horas felizes, já passadas
Na tua pátria aldeia!

Então eu me ajuntava com Glauceste;
E à sombra de alto Cedro na campina
Eu versos te compunha, e ele os compunha
À sua cara Eulina.

Cada qual o seu canto aos Astros leva;
De exceder um ao outro qualquer trata;
O eco agora diz: "Marília terna";
E logo: "Eulina ingrata".

Deixam os mesmos Sátiros as grutas.
Um para nós ligeiro move os passos;
Ouve-nos de mais perto, e faz flauta
C'os pés em mil pedaços.

"Dirceu, clama um Pastor, ah! bem merece
"Da cândida Marília a formosura.
"E aonde, clama o outro, quer Eulina
"Achar maior ventura?"

Nenhum Pastor cuidava do rebanho,
Enquanto em nós durava esta porfia.
E ela, ó minha Amada, só findava


[Linha 3500 de 5508 - Parte 2 de 2]


Depois de acabar-se o dia.

À noite te escrevia na cabana
Os versos, que de tarde havia feito;
Mal tos dava, e os lia, os guardavas
No casto e branco peito.

Beijando os dedos dessa mão formosa,
Banhados com as lágrimas do gosto,
Jurava não cantar mais outras graças,
Que as graças do teu rosto.

Ainda não quebrei o juramento,
Eu agora, Marília, não as canto;
Mas inda vale mais que os doces versos
A voz do triste pranto.


Lira XXII


Por morto, Marília,
Aqui me reputo:
Mil vezes escuto
O som do arrastado,
E duro grilhão.
Mas, ah! que não reme,
Não treme de susto
O meu coração.

A chave lá soa
No porta segura;
Abre-se a escura,
Infame masmorra
Da minha prisão.
Mas, ah! que não treme,
Não treme de susto
O meu coração.

Já o Torres se assenta;
Carrega-me o rosto;
Do crime suposto
Com mil artifícios
Indaga a razão.
Mas, ah! que não treme,
Não treme de susto
O meu coração.

Eu vejo, Marília,
A mil inocentes,


[Linha 3550 de 5508 - Parte 2 de 2]


Nas cruzes pendentes
Por falsos delitos,
Que os homens lhes dão.
Mas, ah! que não treme,
Não treme de susto
O meu coração.

Se penso que posso
Perder o gozar-te,
E a glória de dar-te
Abraços honestos,
E beijos na mão.
Marília, já treme,
Já treme de susto
O meu coração.

Repara, Marília,
O quanto é mais forte
Ainda que a morte,
Num peito esforçado,
De amor a paixão.
Marília, já treme,
Já treme de susto
O meu coração.


Lira XXIII

Não praguejes, Marília, não praguejes
A justiceira mão, que lança os ferros;
Não traz debalde a vingadora espada;
Deve punir os erros.

Virtudes de Juiz, virtudes de homem
As mãos se deram, e em seu peito moram.
Manda prender ao Réu austera a boca,
Porém seus olhos choram.

Se à inocência denigre a vil calúnia,
Que culpa aquele tem, que aplica a pena?
Não é o Julgador, é o processo,
E a lei, quem nos condena.

Só no Averno os Juízes não recebem
Acusação, nem prova de outro humano;
Aqui todos confessam suas culpas,
Não pode haver engano.

Eu vejo as Fúrias afligindo aos tristes:
Uma o fogo chega, outra as serpes move;


[Linha 3600 de 5508 - Parte 2 de 2]


Todos maldizem sim a sua estrela,
Nenhum acusa a Jove.

Eu também inda adoro ao grande Chefe,
Bem que a prisão me dá, que eu não mereço.
Qual eu sou, minha Bela, não me trata,
Trata-me qual pareço.

Quem suspira, Marília, quando pune
Ao vassalo, que julga delinqüente,
Que gosto não terá, podendo dar-lhe
Às honras de inocente?

Tu vences, Barbacena, aos mesmos Titos
Nas sãs virtudes, que no peito abrigas:
Não honras tão-somente a quem premeias,
Honras a quem castigas.

Lira XXIV

Eu vou, Marília, vou brigar co'as feras!
Uma soltaram, eu lhe sinto os passos;
Aqui, aqui a espero
Nestes despidos braços.
É um malhado tigre: a mim já corre,
Ao peito o aperto, estalam-lhe as costelas,
Desfalece, cai, urra, treme, e morre.

Vem agora um Leão: sacode a grenha,
Com faminta paixão a mim se lança;
Venha embora; que o pulso
Ainda não se cansa.
Oprimo-lhe a garganta, a língua estira,
O corpo lhe fraqueia, os olhos incham,
Açoita o chão convulso, arqueja, e expira.

Mas que vejo, Marília! Tu te assustas?
Entendes que os destinos inumanos
Expõem a minha vida
No circo dos Romanos?
Com ursos, e com onças eu não luto:
Luto c'o bravo monstro, que me acusa,
Que os tigres, e leões mais fero e bruto.

Embora contra mim raivoso esgrima
Da vil calúnia a cortadora espada;
Uma alma, qual eu tenho,
Não se receia a nada.

Eu hei de, sim, punir-lhe a insolência,


[Linha 3650 de 5508 - Parte 2 de 2]


Pisar-lhe o negro colo, abrir-lhe o peito
Co'as armas invencíveis da inocência.

Ah! quando imaginar, que vingativo
Mando que desça ao Tártaro profundo,
Hei de com mão honrada
Erguer-lhe o corpo imundo.
Eu então lhe direi: "Infame, indigno,
"Obras como costuma o vil humano;
"Faço, o que faz um coração divino."

Lira XXV

Minha Marília,
O passarinho,
A quem roubaram
Ovos, e ninho,
Mil vezes pousa
No seu raminho;
Piando finge
Que anda a chorar.
Mas logo voa
Pela espessura,
Nem mais procura
Este lugar.

Se acaso a vaca
Perde a vitela,
Também nos mostra
Que se desvela;
O pasto deixa,
Muge por ela,
Até na estrada
A vem buscar.
Em poucos dias,
Ao que parece,
Dela se esquece,
E vai pastar.

O voraz Tempo,
Que o ferro come,
Que aos mesmos Reinos
Devora o nome;
Também Marília,
Também consome
Dentro do peito
Qualquer pesar.
Ah! só não pode
Ao meu tormento
Por um momento


[Linha 3700 de 5508 - Parte 2 de 2]


Alívio dar.

Também, ó Bela,
Não há quem viva
Instantes breves
Na chama ativa;
Derrete ao bronze;
Sendo excessiva,
Ao mesmo seixo
Faz estalar.
Mas do amianto
A febre dura
Na chama atura
Sem se queimar.

Também, Marília,
Não há quem negue,
Que bem que o fogo
Nos óleos pegue,
Que bem que em línguas,
Às nuvens chegue,
À força d'água
Se há de apagar.
Se a negra pedra
Nós acendemos,
Com água a vemos
Mais s'inflamar.

O meu discurso,
Marília, é reto:
A pena iguala
Ao meu afeto.
O amor, que nutro,
Ao teu aspecto,
E ao teu semblante,
É singular.
Ah! nem o tempo,
Nem inda a morte
A dor tão forte
Pode acabar.

Lira XXVI

Aquele, a quem fez cego a natureza,
C'o bordão palpa, e aos que vêm pergunta;
Ainda se despenha muitas vezes,
E dois remédios junta!

De ser cega a Fortuna eu não me queixo;
Sim me queixo de que má cega seja:


[Linha 3750 de 5508 - Parte 2 de 2]


Cega, que nem pergunta, nem apalpa,
É porque errar deseja.

A quem não tem virtudes, nem talentos,
Ela, Marília, faz de um Cetro dono:
Cria num pobre berço uma alma digna
De se sentar num Trono.

A quem gastar não sabe, nem se anima,
Entrega as grossas chaves de um tesouro;
E lança na miséria a quem conhece
Para que serve o ouro.

A quem fere, a quem rouba, a infame deixa
Que atrás do vício em liberdade corra;
Eu amo as leis do Império, ela me oprime
Nesta vil masmorra.

Mas ah! minha Marília, que esta queixa
Co'a sólida razão se não coaduna;
Como me queixo da Fortuna tanto,
Se sei não há Fortuna?

Os Fados, os Destinos, essa Deusa,
Que os Sábios fingem, que uma roda move,
É só a couta mão da Providência,
A sábia mão de Jove.

Não é que somos cegos, que não vemos
A que fins nos conduz por estes modos;
Por torcidas estradas, ruins veredas
Caminha ao bem de todos.

Alegre-se o perverso com as ditas;
C'o seu merecimento o virtuoso;
Parecer desgraçado, ó minha Bela,
É muito mais honroso.

Lira XVII

A minha amada
É mais formosa,
Que branco lírio,
Dobrada rosa,
Que o cinamomo,
Quando matiza
Co'a folha a flor.
Vênus não chega
Ao meu Amor.



[Linha 3800 de 5508 - Parte 2 de 2]


Vasta campina
De trigo cheia,
Quando na sesta
C'o vento ondeia,
Ao seu cabelo,
Quando flutua,
Não é igual.
Tem a cor negra,
Mas quanto val'!

Os astros, que andam
Na esfera pura,
Quando cintilam
Na noite escura,
Não são, humanos,
Tão lindos como
Seus olhos são;
Que ao Sol excedem
Na luz, que dão.

Às brancas faces,
Ah! não se atreve
Jasmim de Itália,
Nem inda a neve,
Quando a desata
O Sol brilhante
Com seu calor.
São neve, e causam
No peito ardor.

Na breve boca
Vejo enlaçadas
As finas per'las
Com as granadas;
A par dos beiços
Rubins da Índia
Têm preço vil.
Neles se agarram
Amores mil.

Se não lhe desse,
Compadecido,
Tanto socorro
O Deus Cupido;
Se não vivera
No peito seu;
Já morto estava
O bom Dirceu.

Vê quanto pode


[Linha 3850 de 5508 - Parte 2 de 2]


Teu belo rosto;
E de gozá-lo
O vivo gosto!
Que, submergido
Em um tormento
Quase infernal,
Porqu'inda espero,
Resisto ao mal.

Lira XXVIII

Detém-te, vil humano;
Não espremas a cicuta
Para fazer-me dano.
O sumo, que ela dá, é pouco forte;
Procura outras bebidas,
Que apressem mais a morte.

Desce ao Reino profundo,
Ajunta aí venenos,
Que nunca visse o mundo:
Traze o negro licor, que têm nos dentes,
Nos dentes denegridos
As raivosas serpentes.

Cachopo levantado,
Que pôs a natureza
Dentro no mar salgado,
Não se abala no meio da tormenta;
Bem que uma onda, e outra onda
Sobre ele em flor rebenta.

Árvore, que na terra
As robustas raízes,
Buscando o centro, a ferra,
Não teme ao furacão mais violento,
E menos, se se deixa
Vergar do rijo vento.

Sou tronco, e rocha, ó Bela,
Que açoita o Sul, que brama,
E o mar, que se encapela:
Não temas que do rosto a cor se mude;
Vence as rochas, e os troncos
A sólida Virtude.

A maior desventura
É sempre a que nos lança
No horror da sepultura:
O covarde a morrer também caminha;


[Linha 3900 de 5508 - Parte 2 de 2]


Com que males não pode
Uma alma como a minha?


Lira XXIX

Eu descubro procurar-me
Gentil mancebo, e louro;
Trazia a testa adornada
Com folhas de verde louro.
Vejo ser o Pai das Musas,
E me entrega a lira d'ouro.

"Já basta, me diz, ó filho,
"Já basta de sentimento;
"O cansado peito exige
"Um breve contentamento:
"Louva a formosa Marília
"Ao som do meu instrumento."

Firo as cordas; mas que importa?
A dor não sossega entanto:
Ergo a voz; então reparo
Que, quanto mais corre o pranto,
É mais doce, e mais sonoro
Meu terno, e saudoso canto.

Apolo fitou os olhos
Na mão que regia o braço;
E depois de estar suspenso,
De me ouvir um largo espaço,
Assim diz: "O Deus Cupido,
"Faz inda mais, do que eu faço.

"Eu te dou a minha lira:
"Louva, louva a tua Bela;
"Porém vê que ta concedo
"Com condição, e cautela..."
Eu lhe corto a voz dizendo,
Que só canto me honra dela.

Lira XXX

O Pai das Musas,
O Pastor louro
Deu-me, Marília,
Para cantar-te
A lira de ouro.

As cordas firo;


[Linha 3950 de 5508 - Parte 2 de 2]


O brando vento
Teus dotes leva
Nas brancas asas
Ao firmamento.

"O teu cabelo
"Vale um tesouro;
"Um só me adorna
"A sábia fronte
"Melhor que o louro.

"Nesses teus olhos
"Amor assiste;
"Deles faz guerra;
"Ninguém lhe foge,
"Ninguém resiste.

"Algumas vezes
"Eu o diviso
"Também oculto
"Nas lindas covas
"Que faz teu riso.

"Nesses teus peitos
"Têm os seus ninhos
"Destros Amores;
"neles se geram
"Os cupidinhos.

"Vences a Vênus,
"Quando com arte
"As armas toma,
"Porque mais prenda
"Ao fero Marte."

Eu produzia
Estas idéias,
Quando, Marília,
O som escuto
De vis cadeias.

Dou um suspiro,
Corre o meu pranto;
E, inda bebendo
Lágrimas tristes,
De novo canto:

"Sou da constância
"Um vivo exemplo:
"E vós, ó ferros,


[Linha 4000 de 5508 - Parte 2 de 2]


"Honrareis inda
"De Amor o Templo".

Lira XXXI

Roubou-me, ó minha Amada, a sorte impia
Quanto de meu gozava
Num só funesto dia;

Honras de maioral, manada grossa,
Fértil, extensa herdade,
Bem reparada choça.

Meteu-se nesta infame sepultura,
Que é sepulcro sem honras,
Breve masmorra, escura.

Aqui, ó minha amada, nem consigo
Venho outro desgraçado
Sentir também comigo:

Mas esta companhia não mereço,
Os Deuses me dão outra,
Ainda de mais apreço.

Não é, não, ilusão o que te digo;
Tu mesma me acompanhas;
Peno, mas é contigo.

Não vejo as tuas faces graciosas,
Os teus soltos cabelos,
As tuas mãos mimosas.

Se eu as visse, infeliz me não dissera,
Bem que subira ao Potro
Bem que na Cruz pendera.

Não ouço as tuas vozes magoadas,
Com ardentes suspiros
Às vezes mal formadas.

Mas vejo, ó cara, as tuas letras belas,
Uma por um beijo,
E choro então sobre elas.

Tu me dizes que siga o meu destino;
Que o teu amor na ausência
Será leal, e fino.

De novo a carta ao coração aperto,


[Linha 4050 de 5508 - Parte 2 de 2]


De novo a molha o pranto,
Que de ternura verto.

Ah! leve muito embora o duro Fado
A tudo, quanto tenho
Com meu suor ganhado.

Eu juro que do roubo nem me queixe,
Contanto, ó minha cara,
Que este só bem me deixe.

Que males voluntários não sentiram,
Os que te amam, somente
Porque menos te ouviram?

Dê pois aos mais seus bens a Deusa cega;
Que eu tenho aquela glória,
Que a mil felizes nega.


Lira XXXII

Se o vasto mar se encapela,
E na rocha em flor rebenta,
Grossa nau, que não tem leme,
Em vão sustentar-se intenta;
Até que naufraga, e corre
À discrição da tormenta.

Quem não tem uma beleza,
Em que ponha o seu cuidado;
Se o Céu se cobre de nuvens,
E se assopra o vento irado,
Não tem forças que resistam
Ao impulso do seu fado.

Nesta sombria masmorra,
Aonde, Marília, vivo,
Encosto na mão o rosto,
Ah! que imagens tão funestas
Me finge o pesar ativo.

Parece que vejo a honra,
Marília, toda enlutada;
A face de um pai rugosa,
Num mar de pranto banhada;
Os amigos macilentos,
E a família consternada.

Quero voltar aos meus olhos


[Linha 4100 de 5508 - Parte 2 de 2]


Para outro diverso lado;
Vejo numa grande praça
Um teatro levantado;
Vejo as cruzes, vejo os potros,
Vejo o alfanje afiado.

Um frio suor me cobre,
Laxam-se os membros, suspiro;
Busco alívio às minhas ânsias,
Não o descubro, deliro.
Já , meu Bem, já me parece
Que nas mãos da morte expiro.

Vem-me então ao pensamento
A tua testa nevada,
Os teus meigos, vivos olhos,
A tua face rosada,
Os teus dentes cristalinos,
A tua boca engraçada.

Qual, Marília, a estrela d'alva,
Que a negra noite afugenta;
Qual o Sol, que a névoa espalha
Apenas a terra aquenta;
Ou qual Íris, que o Céu limpa,
Quando se vê na tormenta:

Assim, Marília, desterro
Triste ilusão, e demência;
Faz de novo o seu ofício
A razão, e a prudência;
E firmo esperanças doces
Sobre a cândida inocência.

Restauro as forças perdidas,
Sobe a viva cor ao rosto,
Gira o sangue pela veia,
E bate o pulso composto:
Vê, Marília, o quanto pode
Contra meus males teu rosto.

Lira XXXIII

Morri, ó minha Bela:
Não foi a Parca impia,
Que na tremenda roca,
Sem Ter descanso, fia;
Não foi, digo, não foi a Morte feia
Quem o ferro moveu, e abriu no peito
A palpitante veia.


[Linha 4150 de 5508 - Parte 2 de 2]



Eu, Marília, respiro;
Mas o mal, que suporto,
É tão tirano, e forte,
Que já me dou por morto:
A insolente calúnia depravada
Ergueu-se contra mim, vibrou da língua
A venenosa espada.

Inda, ó Bela, não vejo
Cadafalso enlutado,
Braço de ferro armado;
Mas vivo neste mundo, ó sorte impia,
E dele só me mostra a estreita fresta
O quando é noite, ou dia.

Olhos baços, e sumidos,
Macilento, e descarnado,
Barba crescida, e hirsuta,
Cabelo desgrenhado;
Ah! que imagem tão digna de piedade!
Mas é, minha Marília, como vive
Um réu de Majestade.

Venha o processo, venha;
Na inocência me fundo:
Mas não morreram outros,
Que davam honra ao mundo!
O tormento, minha alma, não recuses:
A quem sábio cumpriu as leis sagradas
Servem de sólio as cruzes.

Tu, Marília, se ouvires,
Que ante o teu rosto aflito
O meu nome se ultraja
C'o suposto delito,
Dize severa assim em meu abono:
"Não toma as armas contra um Cetro justo
"Alma digna de um trono."


Lira XXXIV

Vou-me, ó Bela, deitar na dura cama,
De que nem sequer sou o pobre dono:
Estende sobre mim Morfeu as asas,
E vem ligeiro o sono.

Os sonhos, que rodeiam a tarimba,
Mil coisas vão pintar na minha idéia;


[Linha 4200 de 5508 - Parte 2 de 2]


Não pintam cadafalsos, não, não pintam
Nenhuma imagem feia.

Pintam que estou bordando um teu vestido;
Que um menino com asas, cego, e louro,
Me enfia nas agulhas o delgado,
O brando fio de ouro.

Pintam que entrando vou na grande Igreja;
Pintam que as mãos nos damos, e aqui vejo
Subir-te à branca face a cor mimosa,
A viva cor do pejo.

Pintam que nos conduz dourada sege
À nossa habitação; que mil Amores
Desfolham sobre o leito as moles folhas
Das mais cheirosas flores.


Pintam que desta terra nos partimos;
Que os amigos saudosos, e suspensos
Apertam nos inchados, roxos olhos
Os já molhados lenços.

Pintam que os mares sulco da Bahia;
Onde passei a flor da minha idade;
Que descubro as palmeiras, e eme dois bairros
Partidas a grã Cidade.

Pintam leve escaler, e que na prancha
O braço já te of'reço reverente;
Que te aponta c'o dedo, mal te avista,
Amontoada gente.

Aqui, alerta, grita o mau soldado;
E o outro, alerta estou, lhe diz gritando:
Acordo com a bulha, então conheço,
Que estava aqui sonhando.

Se o meu crime não fosse só de amores,
A ver-me delinqüente, réu de morte,
Não sonhara, Marília, só contigo,
Sonhara de outra sorte.

Lira XXXV

Se lá te chegarem
Aos ternos ouvidos
Uns tristes gemidos,
Repara, Marília,


[Linha 4250 de 5508 - Parte 2 de 2]


Verás, que são meus.
Ah! dá-lhes abrigo,
Marília, nos peitos;
Aqui os conserva
Em laços estreitos,
Unidos aos teus.

O vento ligeiro,
De ouvi-los movido,
Os pede a Cupido,
Que a todos apanha,
E lá tos vai pôr.
Ah! não os desprezes,
Porque se conspira
O Céu em meu dano,
E a glória me tira
De honrado Pastor.

Têm suspiros
Motivo dobrado;
Perdi o meu gado;
Perdi, que mais vale,
O bem de te ver.
Se os não receberes,
Amante por ora,
Por serem de um triste,
Os deves, Pastora,
Por honra acolher.

Virá, minha Bela,
Virá uma idade,
Que, vista a verdade,
Gostosa me entregues
O teu coração.
Os crimes desonram,
Se são existentes;
Os ferros, que oprimem
As mãos inocentes,
Infames não são.

Chegando este dia,
Os braços daremos:
Então mandaremos
De gosto, e ternura
Suspiros aos Céus.
Pôr-me-ão no sepulcro
A honrosa inscrição:
"Se teve delito,
"Só foi a paixão,
"Que a todos faz réus."


[Linha 4300 de 5508 - Parte 2 de 2]



Lira XXXVI

Não hás de Ter horror, minha Marília,
De tocar pulso, que sofreu os ferros!
Infames impostores mos lançaram,
E não puníveis erros.

Esta mão, esta mão, que ré parece,
Ah! não foi uma vez, não foi só uma,
Que em defesa dos bens, que são do Estado,
Moveu a sábia pluma,

É certo, minha amada, sim é certo
Qu'eu aspirava a ser de um Cetro o dono;
Mas este grande império, que eu firmava,
Tinha em teu peito o trono.

As forças, que se opunham, não batiam
Da grossa peça, e do mosquete os tiros;
Só eram minhas armas os soluços,
Os rogos, e os suspiros.

De cuidados, desvelos, e finezas
Formava, ó minha Bela, os meus guerreiros;
Não tinha no meu campo estranhas tropas;
Que amor não quer parceiros.

Mas pode ainda vir um claro dia,
Em que estas vis algemas, estes laços
Se mudem em prisões de alívios cheias
Nos teus mimosos braços.

Vaidoso então direi: "Eu sou Monarca;
"Dou leis, que é mais, num coração divino!
"Sólio que ergueu o gosto, e não a foça,
"É que é de apreço digno."

Lira XXXVII

Meu sonoro Passarinho,
Se sabes do meu tormento,
E buscas dar-me, cantando,
Um doce contentamento,

Ah! não cantes, mais não cantes,
Se me queres ser propício;
Eu te dou em que me faças
Muito maior benefício.


[Linha 4350 de 5508 - Parte 2 de 2]



Ergue o corpo, os ares rompe,
Procura o Porto da Estrela,
Sobe à serra, e se cansares,
Descansa num tronco dela,

Toma de Minas a estrada,
Na Igreja nova, que fica
Ao direito lado, e segue
Sempre firme a Vila Rica.

Entra nesta grande terra,
Passa uma formosa ponte,
Passa a segunda, a terceira
Tem um palácio defronte.

Ele tem ao pé da porta
Uma rasgada janela,
É da sala, aonde assiste
A minha Marília bela.

Para bem a conheceres,
Eu te dou os sinais todos
Do seu gesto, do seu talhe,
Das suas feições, e modos.

O seu semblante é redondo,
Sobrancelhas arqueadas,
Negros e finos cabelos,
Carnes de neve formadas.

A boca risonha, e breve,
Suas faces cor-de-rosa,
Numa palavra, a que vires
Entre todas mais formosa.

Chega então ao seu ouvido,
Dize, que sou quem te mando,
Que vivo neta masmorra,
Mas sem alívio penando.


Lira XXXVIII

Eu vejo aquela Deusa,
Astréia pelos sábios nomeada;
Balança numa mão, na outra espada.
O vê-la não me causa um leve abalo,
Mas, antes, atrevido,
Eu a vou procurar, e assim lhe falo:


[Linha 4400 de 5508 - Parte 2 de 2]



Qual é o povo, dize,
Que comigo concorre no atentado?
Americano Povo?
O Povo mais fiel e mais honrado:
Tira as Praças das mãos do injusto dono,
Ele mesmo as submete
De novo à sujeição do Luso Trono!

Eu vejo nas histórias
Rendido Pernambuco aos Holandeses;
Eu vejo saqueada
Esta ilustre Cidade dos Franceses;
Lá se derrama o sangue Brasileiro;
Aqui não basta, supre
Das roubadas famílias o dinheiro.

Enquanto assim falava,
Mostrava a Deusa não me ouvir com gosto;
Punha-me a vista tesa,
Enrugava o severo e aceso rosto.
Não suspendo contudo no que digo;
Sem o menor receio,
Faço que a não entendo, e assim prossigo:

Acabou-se, tirana,
A honra, o zelo deste Luso Povo?
Não é aquele mesmo,
Que estas ações obrou? É outro novo?
E pode haver direito, que te mova
A supor-nos culpados,
Quando em nosso favor conspira a prova?

Há em Minas um homem,
Ou por seu nascimento, ou seu tesouro,
Que aos outros mover possa
À força de respeito, à força d'ouro?
Os bens de quantos julgas rebelados
Podem manter na guerra,
Por um ano sequer, a cem soldados?

Ama a gente assisada
A honra, a vida, o cabedal tão pouco,
Que ponha uma ação destas
Nas mãos dum pobre, sem respeito e louco?
E quando a comissão lhe confiasse,
Não tinha pobre soma,
Que por paga, ou esmola, lhe mandasse!

Nos limites de Minas,


[Linha 4450 de 5508 - Parte 2 de 2]


A quem se convidasse não havia?
Ir-se-iam buscar sócios
Na Colônia também, ou na Bahia?
Está voltada a Corte Brasileira
Na terra dos Suíços,
Onde as Potências vão erguer bandeira?

O mesmo autor do insulto
Mais a riso, do que a temor me move;
Dou-lhe nesta loucura,
Podia-se fazer Netuno ou Jove.
A prudência é tratá-lo por demente;
Ou prendê-lo, ou entregá-lo
Para dele zombar a moça gente.

Aqui, aqui a Deusa
Um extenso suspiro aos ares solta;
Repete outro suspiro,
E sem palavra dar, as costas volta.
Tu te irritas! Lhe digo e quem te ofende?
Ainda nada ouviste
Do que respeita a mim; sossega, atende.

E tinha que ofertar-me
Um pequeno, abatido e novo Estado,
Com as armas de fora,
Com as suas próprias armas consternado?
Achas também que sou tão pouco esperto,
Que um bem tão contingente
Me obrigasse a perder um bem já certo?

Não sou aquele mesmo,
Que a extinção do débito pedia?
Já viste levantado
Quem à sombra da paz alegre ria?
Um direito arriscado eu busco, e feio,
E quero que se evite
Toda a razão do insulto, e todo o meio?

Não sabes quanto apresso
Os vagarosos dias da partida?
Que a fortuna risonha,
A mais formosos campos me convida?
Daqui nem ouro quero;
Quero levar somente os meus amores.

Eu, ó cega, não tenho
Um grosso cabedal, do mais herdado:
Não o recebi no emprego,
Não tenho as instruções dum bom soldado,


[Linha 4500 de 5508 - Parte 2 de 2]


Far-me-iam os rebeldes o primeiro
No império que se erguia
À custa do seu sangue, e seu dinheiro?

Aqui, aqui de todo
A Deusa se perturba, e mais se altera;
Morde o seu próprio beiço;
O sítio deixa, nada mais espera.
Ah! vai-te, então lhe digo, vai-te embora;
Melhor, minha Marília,
Eu gastasse contigo mais esta hora.


PARTE III

Lira I

Convidou-me a ver seu Templo
O cego Cupido um dia;
Encheu-se de gosto o peito,
Fiz deste Deus um conceito,
Como dele não fazia.

Aqui vejo descorados
Os terníssimos amantes,
Entre as cadeias gemerem;
Vejo nas piras arderem
As entranhas palpitantes.

A quem amas, quanto avistas
(Diz Cupido) não aterra;
Quem quer cingir o loureiro
Também vai sofrer primeiro
Todo o trabalho da guerra.

Contudo, que te dilates
Neste sítio não convenho;
Deixa a estância lastimosa,
Vem ver a sala formosa
Aonde o meu sólio tenho.

Entre noutro grande Templo;
Que perspectiva tão grata!
Tudo quanto nele vejo
Passa além do meu desejo,
E o discurso me arrebata.

É de mármore, e de jaspe
O soberbo frontispício;
É todo por dentro de ouro;


[Linha 4550 de 5508 - Parte 2 de 2]


E a um tão rico tesouro
Inda excede o artifício.

As janelas não se adornam
De sedas de finas cores;
Em lugar dos cortinados,
Estão presos, e enlaçados
Festões de mimosas flores.

Em torno da sala augusta
Ardem dourados braseiros,
Queimam resinas que estalam,
E postas em fumo exalam
Da Panchaia os gratos cheiros.

Ao pé do trono os seus Gênios
Alegres hinos entoam;
Dançam as Graças formosas,
E aqui as horas gostosas
Em vez de correrem voam.

Estão sobre o pavimento
Igualmente reclinados,
Nos colos dos seus amores,
Os grandes Reis, e os Pastores,
De frescas rosas coroados.

Mal o acordo restauro,
Me diz o moço risonho,
Como ainda não reparas
Em tantas coisas tão raras,
De que este Templo componho?

Sabes a história de Jove?
Aqui tens o manso Touro,
Tens o Cisne decantado,
A Velha em que foi mudado,
Com a grossa chuva de ouro.

Aplica, Dirceu, agora
Os olhos ara esta parte,
Aqui tens a Lira d'ouro
Que inda estima o Pastor louro;
E a rede que enlaça a Marte.

Vês este arco destramente
De branco marfim ornado?
À casta Deusa servia,
E o perdeu quando dormia
Do gentil Pastor ao lado.


[Linha 4600 de 5508 - Parte 2 de 2]



Vês esta lira? com ela
Tira Orfeu ao bem querido
Dos Infernos onde estava:
Vês este farol? guiava
Ao meu nadador de Abido.

Vês estas duas espadas
Ainda de sangue cheias?
A Tisbe, e a Dido mataram;
E os fortes pulsos ornaram
De Píramo, e mais de Enéias.

Sabes quem vai no navio,
Que este mar se levanta?
É Teseu. Vês esse pomo?
É de Cípide, assim como
São aqueles de Atlanta.

Vê agora estes retratos,
Que destros pincéis fizeram,
Ah! que pinturas divinas!
Todas são das heroínas,
Que mais vitórias me deram.

Repara nesse semblante,
É o semblante de Helena;
Lá se avista a Grega armada,
E aqui de Tróia abrasada
Se mostra a funesta cena.

Vê est'outra formosura?
É a bela Deidamia;
Lá tens Aquiles ao lado,
De uma saia disfarçado,
Como com ela vivia.

Cleópatra é quem se segue:
Ali tens lançado a linha
Marco Antônio sossegado,
Ao tempo em que Augusto irado
Com armada nau caminha.

Aqui Hérmia se figura;
Vê um Sábio dos maiores,
Qual infame delinqüente,
Ir desterrado, somente
Por cantar os seus amores.

Este é de Ônfale o retrato;


[Linha 4650 de 5508 - Parte 2 de 2]


Aqui tens (quem o diria!)
Ao grande Hércules sentado
Com as mais damas no estrado,
Onde em seu obséquio fia.

Anda agora a est'outra parte,
Conheces, Dirceu, aquela?
Onde vais, lhe digo, explica,
Que beleza aqui nos fica,
Sem fazeres caso dela?

Ergo o rosto, ponho a vista
Na imagem não explicada,
Oh! quanto é digna de apreço!
Mal exclamo assim, conheço
Ser a minha doce amada.

O coração pelos olhos
Em terno pranto saía,
E no meu peito saltava;
Disfarçando amor, olhava
Para mim a furto, e ria.

Depois de passado tempo,
A mim se chega, e me abala;
Desperto de tanto assombro;
Ele bate no meu ombro,
E assim afável me fala:

Sim, caro Dirceu, é esta
A divina formosura,
Que te destina Cupido;
Aqui tens o laço urdido
Da tua imortal ventura.

Um Nume, Dirceu, um Nume,
Que os trabalhos de um humano
Desta sorte felicita,
Não é como se acredita,
Não é um Nume tirano.

Olha se a cega Fortuna,
De tudo quanto se cria,
Ou nos mares, ou na terra,
Em seus tesouros encerra
Outro bem de mais valia?

Lisas faces cor-de-rosa,
Brancos dentes, olhos belos,
Lindos beiços encarnados,


[Linha 4700 de 5508 - Parte 2 de 2]


Pescoço, e peitos nevados,
Negros, e finos cabelos,

Não valem mais que cingires,
Com braço de sangue imundo,
Na cabeça o verde louro?
Do que teres montes de ouro?
Do que dares leis ao mundo?

Ah! ensina, sim, ensina
Ao vil mortal atrevido,
E ao peito que adora terno,
Que tem, para um o Inferno,
Para outro um Céu, o Cupido.

Ao resto Amor me convida,
Eu chorando a mão lhe beijo,
E lhe digo: Amor, perdoa
Não seguir-te; pois não voa
A ver mais o meu desejo.


Lira II

Em vão do amado
filho que foge,
Vênus quer hoje
notícias ter.

Sagaz e astuto
ele se esconde
em parte aonde
ninguém o vê.

Dos sinais dados,
bem se conhece
que ele aborrece
a mãe que tem.

Se os seus defeitos
Ela publica,
razão lhe fica
de se ofender.

Foge o menino
e, disfarçado,
vive abrigado
numa cruel.

Com mil carícias


[Linha 4750 de 5508 - Parte 2 de 2]


a ímpia o trata;
nem o desata
do peito seu.

Se a semelhança
sempre amor gera,
deve uma fera
outra acolher.

Ah! se o teu nome,
Marília, calo,
que de ti falo
bem podes crer.


Lira III

Tu não verás, Marília, cem cativos
Tirarem o cascalho, e a rica, terra,
Ou dos cercos dos rios caudalosos,
Ou da minada serra.

Não verás separar ao hábil negro
Do pesado esmeril a grossa areia,
E já brilharem os granetes de ouro
No fundo da bateia.

Não verás derrubar os virgens matos;
Queimar as capoeiras ainda novas;
Servir de adubo à terra a fértil cinza;
Lançar os grãos nas covas.

Não verás enrolar negros pacotes
Das secas folhas do cheiroso fumo;
Nem espremer entre as dentadas rodas
Da doce cana o sumo.

Verás em cima da espaçosa mesa
Altos volumes de enredados feitos;
Ver-me-ás folhear os grande livros,
E decidir os pleitos.

Enquanto revolver os meus consultos.
Tu me farás gostosa companhia,
Lendo os fatos da sábia mestra história,
E os cantos da poesia.

Lerás em alta voz a imagem bela,
Eu vendo que lhe dás o justo apreço,
Gostoso tornarei a ler de novo


[Linha 4800 de 5508 - Parte 2 de 2]


O cansado processo.

Se encontrares louvada uma beleza,
Marília, não lhe invejes a ventura,
Que tens quem leve à mais remota idade
A tua formosura.


Lira IV

Amor por acaso
a um pouso chegava,
aonde acolhida
a Morte se achava.

Risonhos e alegres,
os braços se deram,
e as armas unidas
num sítio puseram.

De empresas tamanhas
cansados já vinham,
e em larga conversa
a noite entretinham.

Um conta que há pouco
a seta aguçada
em uma beleza
deixara empregada.

Diz outro que as flechas
cravara no peito
de um grande, que teve
o mundo sujeito.

Enquanto das forças
cada um presumia,
seus membros já lassos
o sono rendia.

Dormindo tranqüilos,
a noite passaram,
e inda antes da aurora
com ânsia acordaram.

- É tempo que o leito
deixemos, ó Morte -
Amor, já erguido,
falou desta sorte.



[Linha 4850 de 5508 - Parte 2 de 2]


- É tempo, - em reposta
a Morte repete -
que à nossa fadiga
dormir não compete.

As armas colhamos,
voltemos ao giro:
cada um a seu gosto
empregue o seu tiro.

Vão, inda cos olhos
em sono turbados,
ao sítio em que os ferros
estão pendurados.

Amor para as setas
da Morte se enclina;
de Amor logo a Morte
co'as flechas atina.

Oh! golpes tiramos!
oh! mãos homicidas!
são tiros da Morte
de Amor as feridas.

De um sonho, que pinto,
Marília, conhece
se amor, ou se morte
esta alma padece.


Lira V

Eu não sou, minha Nise, pegureiro,
que viva de guardar alheio gado;
nem sou pastor grosseiro,
dos frios gelos e do sol queimado,
que veste as pardas lãs do seu cordeiro.
Graças, ó Nise bela,
graças à minha estrela!

A Cresso não igualo no tesouro;
mas deu-me a sorte com que honrado viva.
Não cinjo coroa d'ouro;
mas povos mando, e na testa altiva
verdeja a coroa do sagrado louro.
Graças, ó Nise bela,
graças à minha estrela!

Maldito seja aquele, que só trata


[Linha 4900 de 5508 - Parte 2 de 2]


de contar, escondido, a vil riqueza,
que, cego, se arrebata
em buscar nos avós a vã nobreza,
com que aos mais homens, seus iguais, abata.
Graças, ó Nise bela,
graças à minha estrela!

As fortunas, que em torno de mim vejo,
por falsos bens, que enganam, não reputo;
mas antes mais desejo:
não para me voltar soberbo em bruto,
por ver-me grande, quando a mão te beijo.
Graças, ó Nise bela,
graças à minha estrela!

Pela ninfa, que jaz vertida em louro,
o grande deus Apolo não delira?
Jove, mudado em touro
e já mudado em velha não suspira?
seguir aos deuses nunca foi desdouro.
Graças, ó Nise bela,
graças à minha estrela!

Pertendam Anibais honrar a História,
e cinjam com a mão, de sangue cheia,
os louros da vitória;
eu revolvo os teus dons na minha idéia:
só dons que vêm do céu são minha glória.
Graças, ó Nise bela,
graças à minha estrela!


Lira VI
(Tradução)

Amor, que seus passos
ligeiro movia
por mil embaraços,
que um bosque tecia,

Nos ombros me acena
com brando raminho;
e logo me ordena
que siga o caminho.

Por entre a espessura
do bosque me avanço;
e atrás da ventura,
incauto, me lanço.



[Linha 4950 de 5508 - Parte 2 de 2]


Já tinha calcado
os montes mais duros,
co peito rasgado
os rios escuros:

Eis que uma serpente,
a língua vibrando,
me crava o seu dente,
me deixa expirando.

Então, surpreendida
da dor que a traspassa,
minha alma ferida
aos beiços se passa.

As iras detesta
Amor. Isto vendo,
e as asas na testa
me bate, dizendo:

- Tu choras, tu gemes,
da serpe tocado,
e o braço não temes
de um númem irado?

Lira VII

Tu, formosa Marília, já fizeste
Com teus olhos ditosas as campinas
Do turvo ribeirão em que nascestes;
Deixa, Marília, agora
As já lavradas setas:

Anda afoita a romper os grossos mares,
Anda encher de alegria estranhas terras;
Ah! por ti suspiram
Os meus saudosos lares.

Não corres como Safo sem ventura,
Em seguimento de um cruel ingrato,
Que não cede aos encantos da ternura;
Segues um fino amante,
Que a perder-te morria.
Quebra os grilhões do sangue, e vem, ó Bela;
Tu já foste no Sul a minha guia,
Ah! deves ser no Norte
Também a minha estrela.

Verás ao Deus Netuno sossegado,
Aplainar c'o tridente as crespas ondas;


[Linha 5000 de 5508 - Parte 2 de 2]


Ficar como dormindo o mar salgado;
Verás, verás, d'alheta
Soprar o brando vento;

Mover-se o leme, desrinzar-se o linho:
Seguirem os delfins o movimento,
Que leva na carreira
O empavesado pinho.

Verás como o Leão na proa arfando
Converte em branca espuma as negras ondas,
Que atalha, e corta com murmúrio brando;
Verás, verás, Marília,
Da janela dourada,

Que uma comprida estrada representa
A linfa cristalina, que pisada
Pela popa que foge,
Em borbotões rebenta.

Bruto peixe verás de corpo imenso
Tornar ao torto anzol, depois de o terem
Pela rasgada boca ao ar suspenso;
Os pequenos peixinhos
Quais pássaros voarem;

De toninhas verás o mar coalhado,
Ora surgirem, ora mergulharem,
Fingindo ao longe as ondas,
Que forma o vento irado.

Verás que o grande monstro se apresenta,
Um repuxo formando com as águas,
Que ao mar espalha da robusta venta;
Verás, enfim, Marília,
As nuvens levantadas,

Umas de cor azul, ou mais escuras,
Outras de cor-de-rosa, ou prateadas,
Fazerem no horizonte
Mil diversas figuras.

Mal chegares à foz do claro Tejo,
Apenas ele vir o teu semblante,
Dará no leme do baixel um beijo.
Eu lhe direi vaidoso:
"Não trago, não, comigo,

"Nem pedras de valor, nem montes d'ouro;
"Roubei as áureas minas, e consigo


[Linha 5050 de 5508 - Parte 2 de 2]


"Trazer para os teus cofres
''Este maior Tesouro."


Lira VIII

Em cima dos viventes fatigados
Morfeu as dormideiras espremia:
Os mentirosos sonhos me cercavam;
Na vaga fantasia
Ao vivo me pintavam
As glórias, que desperto,
Meu coração pedia.

Eu vou, eu vou subindo a nau possante,
Nos braços conduzindo a minha bela;
Volteia a grande roda, e a grossa amarra
Se enleia em torno dela;
Já ponho a proa à barra,
Já cai ao som do apito
Ora uma, ora outra vela.

Os arvoredos já se não distinguem:
A longa praia ao longe não branqueja;
E já se vão sumindo os altos montes,
Já não há que se veja
Nos claros horizontes,
Que não sejam vapores,
Que Céu, e mar não seja.

Parece vão correndo as negras águas,
E o pinho qual rochedo estar parado;
Ergue-se a onda, vem à nau direita,
E quebra no costado;
O navio se deita,
E ela finge a ladeira
Saindo do outro lado.

Vejo nadarem os brilhantes peixes,
Cair do lais a linha que os engana;
Um dourado no anzol está pendente,
Sofre morte tirana,
Entretanto que a sente,
Ao tombadilho açoita
A cauda, e a barbatana.

Sobre as ondas descubro uma carroça
De formosas conchinhas enfeitada;
Delfins a movem, e vem Tétis nela;
Na popa está parada;


[Linha 5100 de 5508 - Parte 2 de 2]


Nem pode a Deusa bela
Tirar os brandos olhos
Na minha doce amada.

Nas costas dos golfinhos vêm montados
Os nus Tritões, deixando a esfera cheia
Com o rouco som dos búzios retorcidos.
Recreia, sim, recreia
Meus atentos ouvidos
O canto sonoroso
Da música sereia.

Já sobe ao grande mastro o bom gajeiro;
Descobre arrumação, e grita - terra!
À murada caminha alegre a gente;
Alguns entendem que erra;
Pelo imóvel somente
Conheço não ser nuvem,
Sim o cume d'alta serra.

De Mafra já descubro as grandes torres;
(E que nova alegria me arrebata!)
De Cascais a muleta já vem perto,
Já de abordar-nos trata;
Já o piloto esperto,
Inda debaixo manda
Soltar mezena, e gata.

Eu vou entrando na espaçosa barra,
A grossa artilharia já me atroa;
Lá ficam Paço d'Arcos, e a Junqueira;
Já corre pela proa
Uma amarra ligeira;
E a nau já fica surta
Diante da grã Lisboa.

Agora, agora sim, agora espero
Renovar da amizade antigos laços;
Eu vejo ao velho pai, que lentamente
Arrasta a mim os passos;
Ah! com vem contente!
De longe mal me avista,
Já vem abrindo os braços.

Dobro os joelhos, pelos pés o aperto;
E manda que dos pés ao peito passe;
Marília, quanto eu fiz, fazer intenta;
Antes que os pés lhe abrace
Nos braços a sustenta;
Dá-lhe de filha o nome,


[Linha 5150 de 5508 - Parte 2 de 2]


Beija-lhe a branca face.

Vou descer a escada, oh Céus, acordo!
Conheço não estar no claro Tejo;
Abro os olhos, procuro a minha amada,
E nem sequer a vejo.
Venha a hora afortunada,
Em que não fique em sonho
Tão ardente desejo!

Lira IX

Chegou-se o dia mais triste
que o dia da morte feia;
caí do trono, Dircéia,
do trono dos braços teus,
Ah! não posso, não, não posso
dizer-te, meu bem, adeus!

Ímpio Fado, que não pôde
os doces laços quebrar-me,
por vingança quer levar-me
distante dos olhos teus.
Ah! não posso, não, não posso
dizer-te, meu bem, adeus!

Parto, enfim, e vou sem ver-te,
que neste fatal instante
há de ser o teu semblante
mui funesto aos olhos meus.
Ah! não posso, não, não posso
dizer-te, meu bem, adeus!

E crês, Dircéia, que devem
ver meus olhos penduradas
tristes lágrimas salgadas
correrem dos olhos teus?
Ah! não posso, não, não posso
dizer-te, meu bem, adeus!

De teus olhos engraçados,
que puderam, piedosos,
de tristes em venturosos
converter os dias meus?
Ah! não posso, não, não posso
dizer-te, meu bem, adeus!

Desses teus olhos divinos,
que, terno e sossegados,
enchem de flores os prados


[Linha 5200 de 5508 - Parte 2 de 2]


enchem de luzes os céus?
Ah! não posso, não, não posso
dizer-te, meu bem, adeus!

Destes teus olhos, enfim,
que domam tigres valentes,
que nem rígidas serpentes
resistem aos tiros seus?
Ah! não posso, não, não posso
dizer-te, meu bem, adeus!

Da maneira que seriam
em não ver-te criminosos,
enquanto foram ditosos,
agora seriam réus.
Ah! não posso, não, não posso
dizer-te, meu bem, adeus!

Parto, enfim, Dircéia bela,
rasgando os ares cinzentos;
virão nas asas dos ventos
buscar-te os suspiros meus.
Ah! não posso, não, não posso
dizer-te, meu bem, adeus!

Talvez, Dircéia adorada,
que os duros fados me neguem
a glória de que eles cheguem
aos ternos ouvidos teus.
Ah! não posso, não, não posso
dizer-te, meu bem, adeus!

Mas se ditosos chegarem,
pois os solto a teu respeito,
dá-lhes abrigo no peito,
junta-os cos suspiros teus.
Ah! não posso, não, não posso
dizer-te, meu bem, adeus!

E quando tornar a ver-te,
ajuntando rosto a rosto,
entre os que dermos de gosto,
restitui-me então os meus.
Ah! não posso, não, não posso
dizer-te, meu bem, adeus!


SONETOS

1


[Linha 5250 de 5508 - Parte 2 de 2]



É gentil, é prendada a minha Altéia;
As graças, a modéstia de seu rosto
Inspiram no meu peito maior gosto
Que ver o próprio trigo quando ondeia.

Mas, vendo o lindo gesto de Dircéia
A nova sujeição me vejo exposto;
Ah! que é mais engraçado, mais composto
Que a pura esfera, de mil astros cheia!

Prender as duas com grilhões estritos
É uma ação, ó deuses, inconstante,
Indigna de sinceros, nobres peitos.

Cupido, se tens dó de um triste amante,
Ou forma de Lorino dois sujeitos,
Ou forma desses dois um só semblante.

2

Num fértil campo de soberbo Douro,
Dormindo sobre a relva, descansava,
Quando vi que a Fortuna me mostrava
Com alegre semblante o seu tesouro.

De uma parte, um montão de prata e ouro
Com pedras de valor o chão curvava;
Aqui um cetro, ali um trono estava,
Pendiam coroas mil de grama e louro.

- Acabou - diz-me então - a desventura:
De quantos bens te exponho qual te agrada,
Pois benigna os concedo, vai, procura.

Escolhi, acordei, e não vi nada:
Comigo assentei logo que a ventura
Nunca chega a passar de ser sonhada.

3

Enganei-me, enganei-me - paciência!
Acreditei às vezes, cri, Ormia,
Que a tua singeleza igualaria
A tua mais que angélica aparência.

Enganei-me, enganei-me - paciência!
Ao menos conheci que não devia
Pôr nas mãos de uma externa galhardia
O prazer, o sossego e a inocência.


[Linha 5300 de 5508 - Parte 2 de 2]



Enganei-me, cruel, com teu semblante,
E nada me admiro de faltares,
Que esse teu sexo nunca foi constante.

Mas tu perdeste mais em me enganares:
Que tu não acharás um firme amante,
E eu posso de traidoras ter milhares.

4

Ainda que de Laura esteja ausente,
Há de a chama durar no peito amante;
Que existe retratado o seu semblante,
Se não nos olhos meus, na minha mente.

Mil vezes finjo vê-la, e eternamente
Abraço a sombra vã; só neste instante
Conheço que ela está de mim distante,
Que tudo é ilusão que esta alma sente.

Talvez que ao bem de a ver amor resista;
Porque minha paixão, que aos céus é grata
Por inocente assim melhor persista;

Pois quando só na idéia ma retrata,
Debuxa os dotes com que prende a vista,
Esconde as obras com que ofende, ingrata.

5

Ao templo do Destino fui levado:
Sobre o altar num cofre se firmava,
Em cujo seio cada qual buscava,
Tremendo, anúncio do futuro estado.

Tiro um papel e lio - céu sagrado,
Com quanta causa o coração pulsava!
Este duro decreto escrito estava
Com negra tinta pela mão do fado:

"Adore Polidoro a bela Ormia,
sem dela conseguir a recompensa,
nem quebrar-lhe os grilhões a tirania."

Dar mãos Amor mo arranca, e sem detença,
Três vezes o levando à boca impia,
Jurou cumprir à risca a tal sentença.

6


[Linha 5350 de 5508 - Parte 2 de 2]



Quantas vezes Lidora me dizia,
Ao terno peito minha mão levando:
- Conjurem-se em meu mal os astros, quando
Achares no meu peito aleivosia!

Então que não chorasse lhe pedia,
Por firme seu amor acreditando.
Ah! que em movendo os olhos, suspirando,
Ao mais acautelado enganaria!

Um ano assim viveu. Oh! céus, agora
Mostrou que era mulher: a natureza,
Só por não se mudar, a fez traidora.

Não, não darei mais cultos à beleza,
Que depois de faltar à fé Lidora,
Nem creio que nas deusas há firmeza.

7

O nume tutelar da Monarquia,
Que fez do grande Henrique a invicta espada,
Procurou dos Destinos a morada,
Por consultar a idade que viria.

A mil e mil heróis descrito via,
Que exaltam de furtado a estirpe honrada,
E na série, que adora, dilatada,
O nome de Francisco descobria.

Contempla uma por uma as letras d'ouro;
Este penhor, que o tempo não consome,
Promete ao reino seu maior tesouro.

Prostra-se o gênio; e sem que a empresa tome
De lhe buscar sequer mais outro agouro,
O sítio beija, e lhe mostra o nome.

8

Nascer no berço da maior grandeza,
De palmas e de louros rodeado,
Deve-se aos grandes pais, ao tronco honrado,
Que ilustra deste longe a natureza.

Se porém muito mais se adora e preza
O Dom que o nobre sangue traz herdado,
Pela própria virtude sustentado,
Feliz o objeto da presente empresa.


[Linha 5400 de 5508 - Parte 2 de 2]



De mil heróis, no Tejo vencedores,
Um ramo nasce, um ramo que a memória
Faz imortal de seus progenitores.

Eu leio em vaticínio a sua história:
Une Francisco, a par de seus maiores
Ao herdado esplendor a própria glória.

9

Mudou-se enfim Lidora, essa Lidora
Por quem mil vezes fé me foi jurada.
Que vos detém, ó céus, que castigada
Ainda não deixais tão vil traidora?

Não haja piedade; sinta agora
A dita sem remédio em mal trocada:
Pois, se assim não sucede, fica ousada
Para ser outra vez enganadora.

Vingai, ó justos céus..., mas ah! que digo?
Que maltrateis Lidora? - O sentimento
Privou-me do discurso; eu me desdigo.

Não, não vibreis o raio violento;
Pois se que a compaixão do seu castigo
Há de aumentar depois o meu tormento.

10

Adeus, cabana, adeus; adeus, ó gado;
Albina ingrata, adeus, em paz te deixo;
Adeus, doce rabil; neste alto freixo
Te fica, ao meu destino consagrado.

Se te for meu sucesso perguntado,
não declares, rabil, de quem me queixo;
não quero que se saiba vive Aleixo
por causa de uma infame desterrado.

Se vires a pastor desconhecido,
lhe dize então piedoso: - Ah! vai-te embora,
atalha os danos, que outros têm sentido.

Habita nesta aldeia uma pastora,
de rosto belo, coração fingido,
umas vezes cruel, e as mais traidora.

11


[Linha 5450 de 5508 - Parte 2 de 2]



Com pesadas cadeias manietado,
Às vozes da razão ensurdecido,
Dos céus, de mim, dos homens esquecido,
Me vi de amor nas trevas sepultado.

Ali aliviava o meu cuidado
C'o dar de quando em quando algum gemido.
Ah! tempo! Que, somente refletido,
Me fazes entre as ditas desgraçado.

Assim vivia, quando a falsidade
De Laura me tornou num breve dia
Quanto a razão não pôde em longa idade:

Quebrei o vil grilhão que me oprimia!
Oh! feliz de quem goza a liberdade,
Bem que venha por mãos da aleivosia!

12

Obrei quando o discurso me guiava,
Ouvi aos sábios quando errar temia;
Aos Bons no gabinete o peito abria,
Na rua a todos como iguais tratava.

Julgando os crimes nunca os votos dava
Mais duro, ou pio do que a Lei pedia;
Mas devendo salvar ao justo, ria,
E devendo punir ao réu, chorava.

Não foram, Vila Rica, os meus projetos
Meter em férreo cofre cópia d'ouro
Que farte aos filhos, e que chegue aos netos:

Outras são as fortunas, que me agouro,
Ganhei saudades, adquiri afetos,
Vou fazer destes bens melhor tesouro.

13

Quando o torcido buço derramava
Terror no aspecto ao português sisudo,
Quando, sem pó nem óleo, o pente agudo,
Duro, intonso, o cabelo em laço atava.

Quando contra os irmãos o braço armava
O forte Nuno, apondo escudo a escudo:
Quando a palavra, que prefere a tudo,
Com a barba arrancada João firmava.


[Linha 5500 de 5508 - Parte 2 de 2]



Quando a mulher à sombra do marido
Tremer se via; quando a lei prudente
Zela o sexo do civil ruído;

Feliz então, então só inocente
Era de Luso o reino. Oh! bem perdido!
Ditosa condição, ditosa gente!


FIM - FIM - FIM - FIM - F IM - FIM


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Marília de Dirceu - P1de2 - Tomás Antônio Gonzaga
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sexta-feira, 19 de maio de 2017

Marília de Dirceu - P1de2 - Tomaz Antônio Gonzaga


Marília de Dirceu - P1de2 - Tomaz Antônio Gonzaga



Marília de Dirceu é o título da obra poética máxima de Tomás Antônio Gonzaga, integrante do Arcadismo.
Data da primeira publicação: 1792
Autor: Tomás Antônio Gonzaga
Gênero: Poesia
Idioma original: Língua portuguesa


PARTE I

Lira I

Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d' expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

SEGUE ABAIXO A OBRA COMPLETA:


Eu vi o meu semblante numa fonte,
Dos anos inda não está cortado:
Os pastores, que habitam este monte,
Com tal destreza toco a sanfoninha,
Que inveja até me tem o próprio Alceste:
Ao som dela concerto a voz celeste;
Nem canto letra, que não seja minha,
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Mas tendo tantos dotes da ventura,
Só apreço lhes dou, gentil Pastora,
Depois que teu afeto me segura,
Que queres do que tenho ser senhora.
É bom, minha Marília, é bom ser dono
De um rebanho, que cubra monte, e prado;
Porém, gentil Pastora, o teu agrado
Vale mais q'um rebanho, e mais q'um trono.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Os teus olhos espalham luz divina,
A quem a luz do Sol em vão se atreve:
Papoula, ou rosa delicada, e fina,
Te cobre as faces, que são cor de neve.
Os teus cabelos são uns fios d'ouro;
Teu lindo corpo bálsamos vapora.
Ah! Não, não fez o Céu, gentil Pastora,
Para glória de Amor igual tesouro.


[Linha 50 de 5508 - Parte 1 de 2]


Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Leve-me a sementeira muito embora
O rio sobre os campos levantado:
Acabe, acabe a peste matadora,
Sem deixar uma rês, o nédio gado.
Já destes bens, Marília, não preciso:
Nem me cega a paixão, que o mundo arrasta;
Para viver feliz, Marília, basta
Que os olhos movas, e me dês um riso.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!


Irás a divertir-te na floresta,
Sustentada, Marília, no meu braço;
Ali descansarei a quente sesta,
Dormindo um leve sono em teu regaço:
Enquanto a luta jogam os Pastores,
E emparelhados correm nas campinas,
Toucarei teus cabelos de boninas,
Nos troncos gravarei os teus louvores.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Depois de nos ferir a mão da morte,
Ou seja neste monte, ou noutra serra,
Nossos corpos terão, terão a sorte
De consumir os dois a mesma terra.
Na campa, rodeada de ciprestes,
Lerão estas palavras os Pastores:
"Quem quiser ser feliz nos seus amores,
Siga os exemplos, que nos deram estes."
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!


Lira II

Pintam, Marília, os Poetas
A um menino vendado,
Com uma aljava de setas,
Arco empunhado na mão;
Ligeiras asas nos ombros,
O tenro corpo despido,
E de Amor, ou de Cupido
São os nomes, que lhe dão.

Porém eu, Marília, nego,


[Linha 100 de 5508 - Parte 1 de 2]


Que assim seja Amor; pois ele
Nem é moço, nem é cego,
Nem setas, nem asas tem.
Ora pois, eu vou formar-lhe
Um retrato mais perfeito,
Que ele já feriu meu peito;
Por isso o conheço bem.

Os seus compridos cabelos,
Que sobre as costas ondeiam,
São que os de Apolo mais belos;
Mas de loura cor não são.
Têm a cor da negra noite;
E com o branco do rosto
Fazem, Marília, um composto
Da mais formosa união.

Tem redonda, e lisa testa,
Arqueadas sobrancelhas;
A voz meiga, a vista honesta,
E seus olhos são uns sóis.
Aqui vence Amor ao Céu,
Que no dia luminoso
O Céu tem um Sol formoso,
E o travesso Amor tem dois.

Na sua face mimosa,
Marília, estão misturadas
Purpúreas folhas de rosa,
Brancas folhas de jasmim.
Dos rubins mais preciosos
Os seus beiços são formados;
Os seus dentes delicados
São pedaços de marfim.

Mal vi seu rosto perfeito
Dei logo um suspiro, e ele
Conheceu haver-me feito
Estrago no coração.
Punha em mim os olhos, quando
Entendia eu não olhava:
Vendo o que via, baixava
A modesta vista ao chão.

Chamei-lhe um dia formoso:
Ele, ouvindo os seus louvores,
Com um gesto desdenhoso
Se sorriu, e não falou.
Pintei-lhe outra vez o estado,
Em que estava esta alma posta;


[Linha 150 de 5508 - Parte 1 de 2]


Não me deu também resposta,
Constrangeu-se, e suspirou.

Conheço os sinais, e logo
Animado de esperança,
Busco dar um desafogo
Ao cansado coração.
Pego em teus dedos nevados,
E querendo dar-lhe um beijo,
Cobriu-se todo de pejo,
E fugiu-me com a mão.

Tu, Marília, agora vendo
De Amor o lindo retrato,
Contigo estarás dizendo,
Que é este o retrato teu.
Sim, Marília, a cópia é tua,
Que Cupido é Deus suposto:
Se há Cupido, é só teu rosto,
Que ele foi quem me venceu.



Lira III


De amar, minha Marília, a formosura
Não se podem livrar humanos peitos.
Adoram os heróis; e os mesmos brutos
Aos grilhões de Cupido estão sujeitos.
Quem, Marília, despreza uma beleza,
A luz da razão precisa;
E se tem discurso, pisa
A lei, que lhe ditou a Natureza.

Cupido entrou no Céu. O grande Jove
Uma vez se mudou em chuva de ouro;
Outras vezes tomou as várias formas
De General de Tebas, velha, e touro.
O próprio Deus da Guerra desumano
Não viveu de amor ileso;
Quis a Vênus, e foi preso
Na rede, que lhe armou o Deus Vulcano.

Mas sendo amor igual para os viventes,
Tem mais desculpa, ou menos esta chama:
Amar formosos rostos acredita,
Amar os feios de algum modo infama.
Que lê que Jove amou, não lê nem topa,
Que ele amou vulgar donzela:


[Linha 200 de 5508 - Parte 1 de 2]


Lê que amou a Dânae bela,
Encontra que roubou a linda Europa.

Se amar uma beleza se desculpa
Em quem ao próprio Céu, e terra move:
Qual é a minha glória, pois igualo,
Ou excedo no amor ao mesmo Jove?
Amou o Pai dos Deuses Soberano
Um semblante peregrino:
Eu adoro o teu divino,
O teu divino rosto, e sou humano.


Lira IV

Marília, teus olhos
São réus, e culpados,
Que sofra, e que beije
Os ferros pesados
De injusto Senhor.
Marília, escuta
Um triste Pastor.

Mal vi o teu rosto,
O sangue gelou-se,
A língua prendeu-se,
Tremi, e mudou-se
Das faces a cor.
Marília, escuta
Um triste Pastor.

A vista furtiva,
O riso imperfeito,
Fizeram a chaga,
Que abriste no peito,
Mais funda, e maior.
Marília, escuta
Um triste Pastor.

Dispus-me a servir-te;
Levava o teu gado
À fonte mais clara,
À vargem, e prado
De relva melhor.
Marília, escuta
Um triste Pastor.

Se vinha da herdade,
Trazia dos ninhos
As aves nascidas,


[Linha 250 de 5508 - Parte 1 de 2]


Abrindo os biquinhos
De fome ou temor.
Marília, escuta
Um triste Pastor.

Se alguém te louvava,
De gosto me enchia;
Mas sempre o ciúme
No rosto acendia
Um vivo calor.
Marília, escuta
Um triste Pastor.

Se estavas alegre,
Dirceu se alegrava;
Se estavas sentida,
Dirceu suspirava
À força da dor.
Marília, escuta
Um triste Pastor.

Falando com Laura,
Marília dizia;
Sorria-se aquela,
E eu conhecia
O erro de amor.
Marília, escuta
Um triste Pastor.

Movida, Marília,
De tanta ternura,
Nos braços me deste
Da tua fé pura
Um doce penhor.
Marília, escuta
Um triste Pastor.

Tu mesma disseste
Que tudo podia
Mudar de figura;
Mas nunca seria
Teu peito traidor.
Marília, escuta
Um triste Pastor.

Tu já te mudaste;
E a faia frondosa,
Aonde escreveste
A jura horrorosa,
Tem todo o vigor.


[Linha 300 de 5508 - Parte 1 de 2]


Marília, escuta
Um triste Pastor.

Mas eu te desculpo,
Que o fado tirano
Te obriga a deixar-me;
Pois basta o meu dano
Da sorte, que for.
Marília, escuta
Um triste Pastor.



Lira V

Acaso são estes
Os sítios formosos.
Aonde passava
Os anos gostosos?
São estes os prados,
Aonde brincava,
Enquanto passava
O gordo rebanho,
Que Alceu me deixou?
São estes os sítios?
São estes; mas eu
O mesmo não sou.
Marília, tu chamas?
Espera, que eu vou.

Daquele penhasco
Um rio caía;
Ao som do sussurro
Que vezes dormia!
Agora não cobrem
Espumas nevadas
As pedras quebradas;
Parece que o rio
O curso voltou
São estes os sítios?
São estes; mas eu
O mesmo não sou.
Marília, tu chamas?
Espera, que eu vou.
Meus versos alegre
Aqui repetia:
O eco as palavras
Três vezes dizia,
Se chamo por ele,
Já não me responde;


[Linha 350 de 5508 - Parte 1 de 2]


Parece se esconde,
Casado de dar-me
Os ais, que lhe dou.
São estes os sítios?
São estes; mas eu
O mesmo não sou.
Marília, tu chamas?
Espera, que eu vou.

Aqui um regato
Corria sereno
Por margens cobertas
De flores, e feno:
À esquerda se erguia
Um bosque fechado,
E o tempo apressado,
Que nada respeita,
Já tudo mudou.
São estes os sítios?
São estes; mas eu
O mesmo não sou.
Marília, tu chamas?
Espera, que eu vou.

Mas como discorro?
Acaso podia
Já tudo mudar-se
No espaço de um dia?
Existem as fontes,
E os freixos copados;
Dão flores os prados,
E corre a cascata,
Que nunca secou.
São estes os sítios?
São estes; mas eu
O mesmo não sou.
Marília, tu chamas?
Espera, que eu vou.

Minha alma, que tinha
Liberta a vontade,
Agora já sente
Amor, e saudade,
Os sítios formosos me agradaram,
Ah! Não se mudaram;
Mudaram-se os olhos,
De triste que estou.
São estes os sítios?
São estes; mas eu
O mesmo não sou.


[Linha 400 de 5508 - Parte 1 de 2]


Marília, tu chamas?
Espera, que eu vou.


Lira VI

Oh! Quanto pode em nós a vária Estrela!
Que diversos que são os gênios nossos!
Qual solta a branca vela,
E afronta sobre o pinho os mares grossos;
Qual cinge com a malha o peito duro,
E marchando na frente das coortes,
Faz a torre voar, cair o muro.

O sórdido avarento em vão defende
Que possa o filho entrar no seu tesouro;
Aqui fechado estende
Sobre a tábua, que verga, as barras d'ouro.
Sacode o jogador do copo os dados;
E numa noite só, que ao sono rouba,
Perde o resto dos bens, do pai herdados.

O que da voraz gula o vício adora,
Da lauta mesa os seus prazeres fia.
E o terno Alceste chora
Ao som dos versos, a que o gênio o guia.
O sábio Galileu toma o compasso,
E sem voar ao Céu, calcula, e mede
Das Estrelas, e Sol o imenso espaço.

Enquanto pois, Marília, a vária gente
Se deixa conduzir do próprio gosto,
Passo as horas contente
Notando as graças do teu lindo rosto.
Sem cansar-me a saber se o Sol se move;
Ou se a terra volteia, assim conheço
Aonde chega o poder do grande Jove.

Noto, gentil Marília, os teus cabelos.
E noto as faces de jasmins, e rosas:
Noto os teus olhos belos,
Os brancos dentes, e as feições mimosas:
Quem faz uma obra tão perfeita, e linda,
Minha bela Marília, também pode
Fazer os Céus, e mais, se há mais ainda.


Lira VII

Vou retratar a Marília,


[Linha 450 de 5508 - Parte 1 de 2]


A Marília, meus amores;
Porém como? Se eu não vejo
Quem me empreste as finas cores:
Dar-mas a terra não pode;
Não, que a sua cor mimosa
Vence o lírio, vence a rosa,
O jasmim, e as outras flores.
Ah! Socorre, Amor, socorre
Ao mais grato empenho meu!
Voa sobre os Astros, voa,
Traze-me as tintas do Céu.

Mas não se esmoreça logo;
Busquemos um pouco mais;
Nos mares talvez se encontrem
Cores, que sejam iguais.
Porém não, que em paralelo
Da minha Ninfa adorada
Pérolas não valem nada,
E nada valem corais.
. Ah! Socorre, Amor, socorre
Ao mais grato empenho meu!
Voa sobre os Astros, voa,
Traze-me as tintas do Céu.

Só no Céu achar-se podem
Tais belezas, como aquelas,
Que Marília tem nos olhos,
E que tem nas faces belas.
Mas às faces graciosas,
Aos negros olhos, que matam,
Não imitam, não retratam
Nem Auroras, nem Estrelas.
Ah! Socorre, Amor, socorre
Ao mais grato empenho meu!
Voa sobre os Astros, voa,
Traze-me as tintas do Céu.

Entremos, Amor, entremos,
Entremos na mesma Esfera,
Venha Palas, venha Juno,
Venha a Deusa de Citera,
Porém não, que se Marília
No certame antigo entrasse,
Bem que a Páris não peitasse,
A todas as três vencera.
Vai-te, Amor, em vão socorres
Ao mais grato empenho meu:
Para formar-lhe o retrato
Não bastam tintas do Céu


[Linha 500 de 5508 - Parte 1 de 2]



Lira VIII

Marília, de que te queixas?
De que te roubou Dirceu
O sincero coração?
Não te deu também o seu?
E tu, Marília, primeiro
Não lhe lançaste o grilhão?
Todos amam: só Marília
Desta Lei da Natureza
Queria ter isenção?

Em torno das castas pombas,
Não rulam ternos pombinhos?
E rulam, Marília, em vão?
Não se afagam c'os biquinhos?
E a prova de mais ternura
Não os arrasta a paixão?
Todos amam: só Marília
Desta Lei da Natureza
Queria ter isenção?

Já viste, minha Marília,
Avezinhas, que não façam
Os seus ninhos no verão?
Aquelas, com que se enlaçam,
Não vão cantar-lhes defronte
Do mole pouso, em que estão?
Todos amam: só Marília
Desta Lei da Natureza
Queria ter isenção?


Se os peixes, Marília, geram
Nos bravos mares, e rios,
Tudo efeitos de Amor são.
Amam os brutos impios,
A serpente venenosa,
A onça, o tigre, o leão.
Todos amam: só Marília
Desta Lei da Natureza
Queria ter isenção?

As grandes Deusas do Céu
Sentem a seta tirana
Da amorosa inclinação.
Diana, com ser Diana,


[Linha 550 de 5508 - Parte 1 de 2]


Não se abrasa, não suspira
Pelo amor de Endimião?
Todos amam: só Marília
Desta Lei da Natureza
Queria ter isenção?

Desiste, Marília bela,
De uma queixa sustentada
Só na altiva opinião.
Esta chama é inspirada
Pelo Céu; pois nela assenta
A nossa conservação.
Todos amam: só Marília
Desta Lei da Natureza
Não deve ter isenção.


Lira IX

Eu sou, gentil Marília, eu sou cativo;
Porém não me venceu a mão armada
De ferro, e de furor:
Uma alma sobre todas elevada
Não cede a outra força, que não seja
A tenra mão de amor.

Arrastem pois os outros muito embora
Cadeias nas bigornas trabalhadas
Com pesados martelos:
Eu tenho as minhas mão ao carro atadas
Com duros ferros não, com fios d'ouro,
Que são os teus cabelos.

Oculto nos teus meigos vivos olhos
Cupido a tudo faz tirana guerra:
Sacode a seta ardente;
E sendo despedida cá da terra,
As nuvens rompe, chega ao alto Empíreo:
E chega ainda quente.

As abelhas nas asas suspendidas
Tiram, Marília, os sucos saborosos
Das orvalhadas flores:
Pendentes dos teus beijos graciosos
O mel não chupam, chupam ambrosias
Nunca fartos Amores.

O Vento quando parte em largas fitas
As folhas, que meneia com brandura;
A fonte cristalina,


[Linha 600 de 5508 - Parte 1 de 2]


Que sobre as pedras cai de imensa altura,
Não forma um som tão doce, como forma
A tua voz divina.

Em torno dos teus peitos, que palpitam,
Exaltam mil suspiros desvelados
Enxames de desejos;
Se encontram os teus olhos descuidados,
Por mais que se atropelem, voam, chegam;
E dão furtivos beijos.

O Cisne, quando corta o manso largo,
Erguendo as brancas asas, e o pescoço;
A Nau, que ao longe passa,
Quando o vento lhe infuna o pano grosso,
O teu garbo não tem, minha Marília,
Não tem a tua graça.

Estima pois os mais a liberdade;
Eu prezo o cativeiro: sim, nem chamo
À mão de amor impia:
Honro a virtude, e os teus dotes amo:
Também o grande Aquiles veste a saia,
Também Alcides fia.


Lira X

Se existe um peito,
Que isento viva
Da chama ativa,
Que acende Amor;
Ah! Não habite
Neste montado,
Fuja apressado
Do vil traidor.

Corra, que o impio
Aqui se esconde,
Não sei aonde;
Mas sei que o vi.
Traz novas setas,
Arco robusto;
Tremi de susto,
Em vão fugi.

Eu vou mostrar-vos,
Tristes mortais,
Quantos sinais
O impio tem.


[Linha 650 de 5508 - Parte 1 de 2]


Oh! Como pé justo
Que todo o humano
Um tal tirano
Conheça bem!

No corpo ainda
Menino existe;
Mas quem resiste
Ao braço seu?
Ao negro Inferno
Levou a guerra;
Venceu a terra,
Venceu o Céu.

Jamais se cobrem
Seus membros belos;
E os seus cabelos
Que lindos são!
Vendados olhos,
Que tudo alcançam,
E jamais lançam
A seta em vão.

As suas faces
São cor de neve;
E a boca breve
Só risos tem.
Mas, ah! respira
Negros venenos,
Que nem ao menos,
Os olhos vêem.

Aljava grande
Dependurada,
Sempre atacada
De bons farpões.
Fere com estas
Agudas lanças
Pombinhas mansas,
Bravos leões.

Se a seta falta,
Tem outra pronta,
Que a dura ponta
Jamais torceu.
Ninguém resiste
Aos golpes dela:
Marília bela
Foi quem lha deu.



[Linha 700 de 5508 - Parte 1 de 2]


Ah! Não sustente
Dura peleja
O que deseja
Ser vencedor.
Fuja, e não olhe,
Que só fugindo
De um rosto lindo
Se vence Amor.


Lira XI

Não toques, minha Musa, não, não toques
Na sonorosa Lira,
Que às almas, como a minha, namoradas
Doces canções inspira:
Assopra no clarim, que apenas soa,
Enche de assombro a terra!
Naquele, a cujo som cantou Homero,
Cantou Virgílio a Guerra.

Busquemos, ó Musa,
Empresa maior;
Deixemos as ternas
Fadigas do Amor.

Eu já não vejo as graças, de que forma
Cupido o seu tesouro;
Vivos olhos, e faces cor-de-rosa,
Com crespos fios de ouro:
Meus olhos só vêem graças, e loureiros;
Vêem carvalhos, e palmas;
Vêem os ramos honrosos, que distinguem
As vencedoras almas.

Busquemos, ó Musa,
Empresa maior;
Deixemos as ternas
Fadigas do Amor.

Cantemos o herói, que já no berço
As serpes despedaça;
Que fere os Cacos, que destrona as hidras;
Mais os leões, que abraça.
Cantemos, se isto é pouco, a dura guerra
Dos Titães, e Tifeus,
Que arrancam as montanhas, e atrevidos
Levam armas aos Céus.

Busquemos, ó Musa,


[Linha 750 de 5508 - Parte 1 de 2]


Empresa maior;
Deixemos as ternas
Fadigas do Amor.

Anima pois, ó Musa, o instrumento,
Que a voz também levanto,
Porém tu deste muito acima o ponto,
Dirceu não sobe tanto:
Abaixa, minha Musa, o tom, qu'ergueste;
Eu já, eu já te sigo.
Mas, ah! vou a dizer Herói, e Guerra,
E só MARÍLIA digo.

Deixemos, ó Musa,
Empresa maior;
Só posso seguir-te
Cantando de Amor.

Feres as cordas d'ouro? Ah! Sim, agora
Meu canto já se afina:
E a humana voz parece que ao som delas
Se faz também divina.
O mesmo, que cercou de muro a Tebas,
Não canta assim tão terno;
Nem pode competir comigo aquele,
Que desceu ao negro Inferno.

Deixemos, ó Musa,
Empresa maior;
Só posso seguir-te
Cantando de Amor.

Mal repito MARÍLIA, as doces aves
Mostram sinais de espanto;
Erguem os colos, voltam as cabeças,
Param o ledo canto:
Move-se o tronco, o vento se suspende;
Pasma o gado, e não come:
Quanto podem meus versos! Quanto pode
Só de Marília o nome!

Deixemos, ó Musa,
Empresa maior;
Só posso seguir-te
Cantando de Amor.



Lira XII



[Linha 800 de 5508 - Parte 1 de 2]


Topei um dia
Ao Deus vendado,
Que descuidado
Não tinha as setas
Na impia mão.
Mal o conheço,
Me sobe logo
Ao rosto o fogo,
Que a raiva acende
No coração.

"Morre, tirano;
Morre, inimigo."
Mal isto digo,
Raivoso o aperto
Nos braços meus.
Tanto que o moço
Sente apertar-se,
Para salvar-se
Também me aperta
Nos braços seus.

O leve corpo
Ao ar levanto;
Ah! e com quanto
Impulso o trago
Do ar ao chão!
Pôde suster-se
A vez primeira;
Mas à terceira
Nos pés, que alarga,
Se firma em vão.

Mal o derrubo,
Ferro aguçado
No já cansado
Peito, que arqueja,
Mil golpes deu.
Suou seu rosto;
Tremeu gemendo;
E a cor perdendo,
Bateu as asas;
Enfim morreu.

Qual bravo Alcides,
Que a hirsuta pele
Vestiu daquele
Grenhoso bruto,
A quem matou;
Para que prove


[Linha 850 de 5508 - Parte 1 de 2]


A empresa honrada,
Co'a mão manchada
Recolho as setas,
Que me deixou.

Ouviu Marília
Que Amor gritava;
E como estava
Vizinha ao sítio
Valer-lhe vem.
Mas quando chega
Espavorida,
Nem já de vida
O fero monstro
Indício tem.

Então, Marília,
Que o vê de perto
De pó coberto,
E todo envolto
No sangue seu,
As mãos aperta
No peito brando,
E aflita dando
Um ai, os olhos
Levanta ao Céu.

Chega-se a ele
Compadecida;
Lava a ferida
C'o prato amargo,
Que derramou.
Então o monstro
Dando um suspiro,
Fazendo um giro
Co'a baça vista,
Ressuscitou.

Respira a Deusa;
E vem o gosto
Fazer no rosto
O mesmo efeito,
Que fez a dor.
Que louca idéia
Foi, a que tive!
Enquanto vive
Marília bela,
Não morre Amor.



[Linha 900 de 5508 - Parte 1 de 2]



Lira XIII

Oh! quantos riscos,
Marília bela,
Não atropela
Quem cego arrasta
Grilhões de Amor!
Um peito forte,
De acordo falto,
Zomba do assalto
Do vil traidor.

O amante de Hero
Da luz guiado,
C'o peito ousado
Na escura noite
Rompia o mar.
Se o Helesponto
Se encapelava,
Ah! não deixava
De lhe ir falar.

Do Cantor Trácio
A herocidade
Esta verdade,
Minha Marília,
Prova também.
Cheio de esforço
Vai ao Cocito
Buscar aflito,
Seu doce bem.

Que ação tão grande
Nunca intentada!
Ao pé da entrada
Já tudo assusta
O coração:
Pendentes rochas,
Campos adustos,
Nem ervas dão.

Na funda fralda
De calvo monte,
Corre Aqueronte,
Rio de ardente,
Mortal licor.
Tem o barqueiro
Testa enrugada,
Vista inflamada,


[Linha 950 de 5508 - Parte 1 de 2]


Que mete horror.

Que seguranças!
Que fechaduras!
As portas duras
Não são de lenhos;
De ferro são.
Por três gargantas,
Quando alguém bate,
Raivoso late
O negro cão.

Dentro da cova
Soam lamentos;
Não mostra aos olhos
A escassa luz!
Minos a pena
Manda se intime
Igual ao crime,
Que ali conduz.

Grande penedo
Este carrega;
E apenas chega
Do monte ao cume,
O faz rolar.
A pedra sempre
Ao vele desce,
Sem que ele cesse
De a ir buscar.

Nas limpas águas
Habita aquele:
Por cima dele
Verdejam ramos,
Que pomos dão.
Debalde a boca
Molhar pretende.
Debalde estende
Faminta mão.

Tem outro o peito
Despedaçado:
Monstro esfaimado
Jamais descansa
De lho roer.
A roxa carne,
Que o abutre come,
Não se consome,
Torna a crescer.


[Linha 1000 de 5508 - Parte 1 de 2]



Mas bem que tudo
Pavor inspira,
Tocando a lira
Desce ao Averno
O bom Cantor.
Não se entorpece
A língua, e braço;
Não treme o passo,
Não perde a cor.

Ah! também quanto
Dirceu obrara,
Se precisara
Marília bela
De esforço seu!
Rompera os mares
C'o peito terno,
Fora ao Inferno,
Subira ao Céu.

Aos dois amantes
De Trácia, e Abido
Não deu Cupido
Do que aos mais todos
Maior valor.
Por seus vassalos
Forças reparte,
Como lhes parte
Os graus de Amor.


Lira XIV


Minha bela Marília, tudo passa;
A sorte deste mundo é mal segura;
Se vem depois dos males a ventura,
Vem depois dos prazeres a desgraça.
Estão os mesmos Deuses
Sujeitos ao poder impio Fado:
Apolo já fugiu do Céu brilhante,
Já foi Pastor de gado.

A devorante mão da negra Morte
Acaba de roubar o bem, que temos;
Até na triste campa não podemos
Zombar do braço da inconstante sorte.
Qual fica no sepulcro,
Que seus avós ergueram, descansado;


[Linha 1050 de 5508 - Parte 1 de 2]


Qual no campo, e lhe arranca os brancos ossos
Ferro do torto arado.

Ah! enquanto os Destinos impiedosos
Não voltam contra nós a face irada,
Façamos, sim façamos, doce amada,
Os nossos breves dias mais ditosos.
Um coração, que frouxo
A grata posse de seu bem difere,
A si, Marília, a si próprio rouba,
E a si próprio fere.

Ornemos nossas testas com as flores.
E façamos de feno um brando leito,
Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
Gozemos do prazer de sãos Amores.
Sobre as nossas cabeças,
Sem que o possam deter, o tempo corre;
E para nós o tempo, que se passa,
Também, Marília, morre.

Com os anos, Marília, o gosto falta,
E se entorpece o corpo já cansado;
triste o velho cordeiro está deitado,
e o leve filho sempre alegre salta.
A mesma formosura
É dote, que só goza a mocidade:
Rugam-se as faces, o cabelo alveja,
Mal chega a longa idade.

Que havemos de esperar, Marília bela?
Que vão passando os florescentes dias?
As glórias, que vêm tarde, já vêm frias;
E pode enfim mudar-se a nossa estrela.
Ah! Não, minha Marília,
Aproveite-se o tempo, antes que faça
O estrago de roubar ao corpo as forças
E ao semblante a graça.


Lira XV

A minha bela Marília
Tem de seu um bom tesouro;
Não é, doce Alceu, formado
Do buscado
Metal louro.
É feito de uns alvos dentes,
É feito de uns olhos belos,
De umas faces graciosas,


[Linha 1100 de 5508 - Parte 1 de 2]


De crespos, finos cabelos;
E de outras graças maiores,
Que a natureza lhe deu:
Bens, que valem sobre a terra
E que têm valor no Céu.

Eu posso romper os montes,
Dar às correntes espaçosos
Nos caudosos
Turvos rios.
Posso emendar a ventura
Ganhando astuto a riqueza;
Mas, ah! caro Alceu, quem pode
Ganhar uma só beleza
Das belezas, que Marília
No seu tesouro meteu?
Bens, que valem sobre a terra,
E que têm valor no Céu.

Da sorte que vive o rico
Entre o fausto alegremente,
Vive o guardador do gado
Apoucado,
Mas contente.
Beije pois torpe avarento
As arcas de barras cheias:
Eu não beijo os vis tesouros,
Beijo as douradas cadeias,
Beijo as setas, beijo as armas
Com que o cego Amor venceu:
Bens, que valem sobre a terra,
E que têm valor no Céu.

Ama Apolo, e o fero Marte;
Ama, Alceu, o mesmo Jove:
Não é, não, a vã riqueza,
Sim beleza,
Quem os move.
Posto ao lado de Marília
Mais que mortal me contemplo:
Deixo os bens, que aos homens cegam,
Sigo dos Deuses o exemplo:
Amo virtudes, e dotes;
Amo enfim, prezado Alceu,
Bens, que valem sobre a terra,
E que têm valor no Céu.


Lira XVI



[Linha 1150 de 5508 - Parte 1 de 2]


Eu, Glauceste, não duvido
Ser a tua Eulina amada
Pastora formosa,
Pastora engraçada,
Vejo a sua cor-de-rosa,
Vejo o seu olhar divino,
Vejo os seus purpúreos beiços,
Vejo o peito cristalino;
Nem há coisa, que assemelhe
Ao crespo cabelo louro.
Ah! que a tua Eulina vale,
Vale um imenso tesouro!

Ela vence muito, e muito
À laranjeira copada,
Estando de flores,
E de frutos ornada.
É, Glauceste, os teus Amores;
E nem por outra Pastora,
Que menos dotes tivera,
Ou que menos bela fora,
O meu Glauceste cansara
As divinas cordas de ouro.
Ah! que a tua Eulina vale,
Vale um imenso tesouro!

Sim, Eulina é uma Deusa;
Mas anima a formosura
De uma alma de fera;
Ou inda mais dura.
Ah! quando Dirceu pondera
Que o seu Glauceste suspira,
Perde, perde o sofrimento,
E qual enfermo delira!
Tenha embora brancas faces,
Meigos olhos, fios de ouro,
A tua Eulina não vale,
Não vale imenso tesouro.

O fuzil, que imita a cobra,
Também aos olhos é belo:
Mas quando alumeia,
Tu tremes de vê-lo.
Que importa se mostra cheia
De mil belezas a ingrata?
Não se julga formosura
A formosura, que mata.
Evita, Glauceste, evita
O teu estrago, e desdouro;
A tua Eulina não vale,


[Linha 1200 de 5508 - Parte 1 de 2]


Não vale imenso tesouro.

A minha Marília quanto
À natureza não deve!
Tem divino rosto,
E tem mãos de neve.
Se mostro na face o gosto,
Ri-se Marília contente;
Se canto, canta comigo,
E apenas triste me sente,
Limpa os olhos com as tranças
De fino cabelo louro.
A minha Marília vale,
Vale um imenso tesouro.


Lira XVII

Minha Marília,
Tu enfadada?
Que mão ousada
Perturbar pode
A paz sagrada
Do peito teu?
Porém que muito
Que irado esteja
O teu semblante!
Também troveja
O claro Céu.

Eu sei, Marília,
Que outra Pastora
A toda hora,
Em toda a parte
Cega namora
Ao teu Pastor.
Há sempre fumo
Aonde há fogo:
Assim, Marília,
Há zelos, logo
Que existe amor.

Olha, Marília,
Na fonte pura
A tua alvura,
A tua boca,
E a compostura
Das mais feições.
Quem tem teu rosto
Ah! não receia


[Linha 1250 de 5508 - Parte 1 de 2]


Que terno amante
Solte a cadeia,
Quebre os grilhões.

Não anda Laura
Nestas campinas
Sem as boninas
No seu cabelo,
Sem peles finas
No seu jubão.
Porém que importa?
O rico asseio
Não dá, Marília,
Ao rosto feio
A perfeição.

Quando apareces
Na madrugada,
Mal embrulhada
Na larga roupa,
E desgrenhada
Sem fita, ou flor;
Ah! que então brilha
A natureza!
Estão se mostra
Tua beleza
Inda maior.

O Céu formoso,
Quando alumia
O Sol de dia,
Ou estrelado
Noa noite fria,
Parece bem.
Também tem graça
Quando amanhece;
Até, Marília,
Quando anoitece
Também a tem.

Que tens, Marília,
Que ela suspire!
Que ela delire!
Que corra os vales!
Que os montes gire
Louca de amor!
Ela é que sente
Esta desdita,
E na repulsa
Mais se acredita


[Linha 1300 de 5508 - Parte 1 de 2]


O teu Pastor.

Quando há, Marília,
Alguma festa
Lá na floresta,
(Fala a verdade)
dança com esta
o bom Dirceu?
E se ela o busca,
Vendo buscar-se
Não se levanta,
Não vai sentar-se
Ao lado teu?

Quando um por outro
Na rua passa,
Se ela diz graça,
Ou muda o gesto,
Esta negaça
Faz-lhe impressão?
Se está fronteira,
E brandamente
Lhe fita os olhos,
Não põe prudente
Os seus no chão?
Deixa o ciúme,
Que te desvela:
Marília bela,
Nunca receies
Dano daquela
Que igual não for.
Que mais desejas?
Tens lindo aspecto;
Dirceu se alenta
De puro afeto,
E pundonor.


Lira XVIII

Não vês aquele velho respeitável
Que à muleta encostado
Apenas mal se move, e mal se arrasta?
Oh! quanto estrago não lhe fez o tempo!
O tempo arrebatado,
Que o mesmo bronze gasta.

Enrugaram-se as faces, e perderam
Seus olhos a viveza;
Voltou-se o seu cabelo em branca neve:


[Linha 1350 de 5508 - Parte 1 de 2]


Já lhe treme a cabeça, a mão, o queixo,
Não tem uma beleza
Das belezas, que teve.

Assim também serei, minha Marília,
Daqui a poucos anos;
Que o impio tempo para todos corre.
Os dentes cairão, e os meus cabelos,
Ah! sentirei os danos,
Que evita só quem morre.

Mas sempre passarei uma velhice
Muito menos penosa.
Não trarei a muleta carregada:
Descansarei o já vergado corpo
Na tua mão piedosa,
Na tua mão nevada.

Nas frias tardes, em que negra nuvem
Os chuveiros não lance,
Irei contigo ao prado florescente:
Aqui me buscarás um sítio ameno;
Onde os membros descanse,
E o brando sol me aquente.

Apenas me sentar, então movendo
Os olhos por aquela
Vistosa parte, que ficar fronteira;
Apontando direi: "Ali falamos,
"Ali, ó minha bela,
"Te vi a vez primeira."

Verterão os meus olhos duas fontes,
Nascidas de alegria:
Farão teus olhos ternos outro tanto:
Então darei, Marília, frios beijos
Na mão formosa, e pia,
Que me limpar o pranto.

Assim irá, Marília, docemente
Meu corpo suportando
Do tempo desumano a dura guerra.
Contente morrerei, por ser Marília
Quem sentida chorando
Meus braços olhos cerra.


Lira XIX

Enquanto pasta alegre o manso gado,


[Linha 1400 de 5508 - Parte 1 de 2]


Minha bela Marília, nos sentemos
À sombra deste cedro levantado.
Um pouco meditemos
Na regular beleza,
Que em tudo quanto vive, nos descobre
A sábia natureza.

Atende, como aquela vaca preta
O novilhinho seu dos mais separa,
E o lambe, enquanto chupa a lisa teta.
Atende mais, ó cara,
Como a ruiva cadela
Suporta que lhe morda o filho o corpo,
E salte em cima dela.

Repara, como cheia de ternura
Entre as asas ao filho essa ave aquenta,
Como aquela esgravata a terra dura,
E os seus assim sustenta;
Como se encoleriza,
E salta sem receio a todo o vulto,
Que junto deles pisa.

Que gosto não terá a esposa amante,
Quando der ao filhinho o peito brando,
E refletir então no seu semblante!
Quando, Marília, quando
Disser consigo: "É esta
"De teu querido pai a mesma barba,
"A mesma boca, e testa."

Que gosto não terá a mãe, que toca,
Quando o tem nos seus braços, c'o dedinho
Nas faces graciosas, e na boca
Do inocente filhinho!
Quando, Marília bela,
O tenro infante já com risos mudos
Começa a conhecê-la!

Que prazer não terão os pais ao verem
Com as mães um dos filhos abraçados;
Jogar outros luta, outros correrem
Nos cordeiros montados!
Que estado de ventura!
Que até naquilo, que de peso serve,
Inspira Amor, doçura.

Lira XX

Era uma frondosa


[Linha 1450 de 5508 - Parte 1 de 2]


Roseira se abria
Um lindo botão.
Marília formosa
O pé lhe torcia
Com a branca mão.

Nas folhas viçosas
A abelha enraivada
O corpo escondeu.
Tocou-lhe Marília,
Na mão descuidada
A fera mordeu.

Apenas lhe morde,
Marília gritando,
C'o dedo fugiu.
Amor, que no bosque
Estava brincando,
Aos ais acudiu.

Mal viu a rotura,
E o sangue espargido,
Que a Deusa mostrou;
Risonho beijando
O dedo ofendido,
Assim lhe falou:

"Se tu por não tão pouco
"O pranto desatas,
"Ah! dá-me atenção;
"E como daquele,
"Que feres, e matas,
"Não tens compaixão?"

Lira XXI

Não sei, Marília, que tenho,
Depois que vi o teu rosto;
Pois quanto não é Marília,
Já não posso ver com gosto.
Noutra idade me alegrava,
Até quando conversava
Com o mais rude vaqueiro:
Hoje, ó Bela, me aborrece
Inda o trato lisonjeiro
Do mais discreto pastor
Que efeitos são os que sinto?
Serão efeitos de Amor?

Saio da minha cabana


[Linha 1500 de 5508 - Parte 1 de 2]


Sem reparar no que faço:
Busco o sítio aonde moras,
Suspendo defronte o passo.
Fito os olhos na janela,
Aonde, Marília bela,
Tu chegas ao fim do dia;
Se alguém passa, e te saúda,
Bem que seja cortesia,
Se acende na face a cor.
Que efeitos são os que sinto?
Serão os efeitos de Amor?

Se estou, Marília, contigo,
Não tenho um leve cuidado;
Nem me lembra se são horas
De levar à fonte o gado.
Se vivo de ti distante,
Ao minuto, ao breve instante
Finge um dia o meu desgosto:
Jamais, Pastora, te vejo
Que em seu semblante composto
Não veja graça maior.
Que efeitos são os que sinto?
Serão os efeitos de Amor?

Ando já com o juízo,
Marília, tão perturbado,
Que no mesmo aberto sulco
Meto de novo o arado.
Aqui no centeio pego,
Noutra parte em vão o sego:
Se alguém comigo conversa,
Ou não respondo, ou respondo
Noutra coisa tão diversa,
Que nexo não tem menor.
Que efeitos são os que sinto?
Serão os efeitos de Amor?

Se geme o bufo agoureiro,
Só Marília me desvela,
Enche-se o peito de mágoa,
E não sei a causa dela.
Mal durmo, Marília, sonho
Que fero leão medonho
Te devora nos meus braços:
Gela-se o sangue nas veias,
E solto do sono os laços
À força da imensa dor.
Ah! que os efeitos, que sinto,
Só são efeitos de Amor.


[Linha 1550 de 5508 - Parte 1 de 2]



Lira XXII

Muito embora, Marília, muito embora
Outra beleza, que não seja a tua,
Com avermelha roda, a seis puxada,
Faça tremer a rua.

As paredes da sala, aonde habita,
Adorne a seda, e o tremó dourado;
Pendam largas cortinas, penda o lustre
Do teto apainelado.

Tu não habitarás palácios grande,
Nem andarás no coches voadores;
Porém terás um Vate, que te preze,
Que cante os teus louvores.

O tempo não respeita a formosura;
E da pálida morte a mão tirana
Arrasa os edifícios dos Augustos,
E arrasa a vil choupana.

Que belezas, Marília, floresceram,
De quem nem sequer temos a memória!
Só podem conservar um nome eterno
Os versos, ou a história.

Se não houvesse Tasso, nem Petrarca,
Por mais que qualquer delas fosse linda,
Já não sabia o mundo, se existiram
Nem Laura, nem Clorinda.

É melhor, minha Bela, ser lembrada
Por quantos hão de vir sábios humanos,
Que ter urcos, ter coches, e tesouros,
Que morrem com os anos.


Lira XXIII

Num sítio ameno
Cheio de rosas,
De brancos lírios,
Murtas viçosas;

Dos seus amores
Na companhia
Dirceu passava


[Linha 1600 de 5508 - Parte 1 de 2]


Alegre o dia.

Em tom de graça
Ao terno amante
Manda Marília
Que toque, e cante.

Pega na lira,
Sem que a tempere,
A voz levanta,
E as cordas fere.

C'os doces pontos
A mão atina,
E a voz iguala
À voz divina.

Ela, que teve
De rir-se a idéia,
Nem move os olhos
De assombro cheia:

Então cupido
Aparecendo,
À Bela fala
Assim dizendo:

"Do teu amado
"A lira fias,
"Só porque dele
"Zombando rias?

"Quando num peito
"Assento faço,
"Do peito subo
"À língua, e braço.

"Nem creias que outro
"Estilo tome,
"Sendo eu o mestre,
"A ação teu nome."


Lira XXIV

Encheu, minha Marília, o grande Jove
De imensos animais de toda a espécie
As terras, mais os ares,
O grande espaço dos salobros, rios,
Dos negros, fundos mares,


[Linha 1650 de 5508 - Parte 1 de 2]


Para sua defesa,
A todos deu as armas, que convinha
A sábia natureza.

Deu as asas aos pássaros ligeiros,
Deu ao peixe escamoso as barbatanas;
Deu veneno à serpente,
Ao membrudo elefante a enorme tromba,
E ao javali o dente.
Coube ao leão a garra;
Com leve pé saltando o cervo foge;
E o bravo touro marra.

Ao homem deu as armas do discurso,
Que valem muito mais que as outras armas;
Deu-lhe dedos ligeiros,
Que podem converter em seu serviço
Os ferros, e os madeiros;
Que tecem fortes laços,
E forjam raios, com que aos brutos cortam
Os vôos, mais os passos.

Às tímidas donzelas pertenceram
Outras armas, que têm dobrada força,
Deu-lhes a Natureza
Além do entendimento, além dos braços
As armas da beleza.
Só ela ao Céu se atreve;
Só ela mudar pode o gelo em fogo,
Mudar o fogo em neve.

Eu vejo, eu vejo ser a formosura,
Quem arrancou da mão de Coriolano
A cortadora espada.
Vejo que foi de Helena o lindo rosto,
Quem pôs em campo armada
Toda a força da Grécia.
E quem tirou o cetro aos reis de Roma?
Só foi, só foi Lucrécia.

Se podem lindos rostos, mal suspiram,
O braço desarmar do mesmo Aquiles;
Se estes rostos irados
Podem soprar o fogo da discórdia
Em povos aliados;
És árbitra da terra:
Tu podes dar, Marília, a todo o mundo
A paz, e a dura guerra.



[Linha 1700 de 5508 - Parte 1 de 2]


Lira XXV

O cego Cupido um dia
Com os seus Gênios falava
Do modo, que lhe restava
De cativar a Dirceu.
Depois de larga disputa,
Um dos Gênios mais sagazes
Este conselho lhe deu:

As setas mais aguçadas,
Como se em rocha batessem,
Dão no peito seu, e descem
Todas quebradas ao chão.
Só as graças de Marília
Podem vencer um tão duro,
Tão isento coração.

A fortuna desta empresa
Consiste em armar-se o laço,
Sem que sinta ser o braço,
Que lho prepara, de Amor:
Que ele vive como as aves,
Que já deixaram as penas
No visco do caçador.

Na força deste conselho
O raivoso Deus sossega,
E à tropa a honra entrega
De o fazer executar.
Todos pretendem ganhá-la;
Batem as asas ligeiros,
E vão as armas buscar.

Os primeiros se ocultaram
Da Deusa nos olhos belos:
Qual se enlaçou nos cabelos,
Qual às faces se prendeu.
Um amorinho cansado
Caiu dos lábios ao seio,
E nos peitos se escondeu.

Outro Gênio mais astuto
Este novo ardil alcança,
Muda-se numa criança
De divino parecer.
Esconde as asas, e a venda;
Esconde as setas, e quanto
Pode dá-lo a conhecer.



[Linha 1750 de 5508 - Parte 1 de 2]


Ela que vê um menino
Todo de graças coberto,
Tão risonho, e tão esperto
Ali sozinho brincar,
A ele endireita os passos;
Finge Amor ter medo, e a Deusa
Mais que empenha em lhe pegar.

Ela corria chamando;
Ele fugia, e chorava:
Assim foram onde estava
O descuidado Pastor.
Este, mal viu a beleza,
E o gentil menino, entende
A malícia do traidor.

Põe as mãos sobre os ouvidos,
Cerra os olhos, e constante
Não quer ver o seu semblante,
Não o quer ouvir falar.
Qual Ulisses noutra idade
Para iludir as Sereias
Mandou tambores tocar.

Cupido, que a empresa via,
Julga o intento frustrado,
E de raiva transportado
O corpo na chão lançou.
Traçou a língua nos dentes;
Meteu as unhas no rosto,
E os cabelos arrancou.

O Gênio, que se escondia
Entre os peitos da Pastora,
Ergueu a cabeça fora,
E o sucesso conheceu.
Deixa o sossego em que estava,
E vai ligeiro meter-se
No peito do bom Dirceu.

Apenas do brando peito
Lhe tocou a neve fria,
Com o calor, que trazia,
Lhe abrasou o coração.
Dá o Pastor um suspiro,
Abre os seus olhos, e solta
Do apertado ouvido a mão.

Logo que viram os Gênios
Ao triste Pastor disposto


[Linha 1800 de 5508 - Parte 1 de 2]


Para ver o lindo rosto,
Para as palavras ouvir,
Cada um as armas toma,
Cada um com elas busca
Seu terno peito ferir.

Com os cabelos da Deusa
Lhe forma um Cupido laços,
Que lhe seguram os braços,
Como se fossem grilhões.
O Pastor já não resiste;
Antes beija satisfeito
As suas doces prisões.


Lira XXVI

O destro Cupido um dia
Extraiu mimosas cores
De frescos lírios, e rosas,
De jasmins, e de outras flores.

Com as mais delgadas penas
Usa de uma, e de outra tinta,
E nos ângulos do cobre
A quatro belezas pinta.

Por fazer pensar a todos
No seu liso centro escreve
Um letreiro, que pergunta:
"Este espaço a quem se deve?"

Vênus, que viu a pintura,
E leu a letra engenhosa,
Pôs por baixo "Eu dele cedo;
"Dê-se a Marília formosa."


Lira XXVII

Alexandre, Marília, qual o rio,
Que engrossando no inverno tudo arrasa,
Na frente das coortes
Cerca, vence, abrasa
As cidades mais fortes.
Foi na glória das armas o primeiro;
Morreu na flor dos anos, e já tinha
Vencido o mundo inteiro.

Mas este bom soldado, cujo nome


[Linha 1850 de 5508 - Parte 1 de 2]


Não há poder algum, que não abata,
Foi, Marília, somente
Um ditoso pirata,
Um salteador valente.
Se não tem uma fama baixa, e escura,
Foi por se pôr ao lado da injustiça
A insolente ventura.

O grande César, cujo nome voa,
À sua mesma Pátria a fé quebranta;
Na mão a espada toma,
Oprime-lhe a garganta,
Dá Senhores a Roma.
Consegue ser herói por um delito;
Se acaso não vencesse, então seria
Um vil traidor proscrito.

O ser herói, Marília, não consiste
Em queimar os Impérios: move a guerra,
Espalha o sangue humano,
E despovoa a terra
Também o mau tirano.
Consiste o ser herói em viver justo:
E tanto pode ser herói pobre,
Como o maior Augusto.

Eu é que sou herói, Marília bela,
Segundo da virtude a honrosa estrada:
Ganhei, ganhei um trono,
Ah! não manchei a espada,
Não roubei ao dono.
Ergui-o no teu peito, e nos teus braços:
E valem muito mais que o mundo inteiro
Uns tão ditosos laços.

Aos bárbaros, injustos vencedores
Atormentam remorsos, e cuidados;
Nem descansam seguros
Nos palácios cercados
De tropa, e de altos muros.
E a quantos nos não mostra a sábia história
A quem mudou o Fado em negro opróbrio
A mal ganhada glória.

Eu vivo, minha Bela, sim, eu vivo
Nos braços do descanso, e mais do gosto:
Quando estou acordado
Contemplo no teu rosto
De graças adornado:
Se durmo, logo sonho, e ali te vejo.


[Linha 1900 de 5508 - Parte 1 de 2]


Ah! nem desperto, nem dormindo sobe
A mais o meu desejo.

Lira XXVIII

Cupido tirando
Dos ombros a aljava
Num campo de flores
Contente brincava.

E o corpo tenrinho
Depois, enfadado,
Incauto reclina
Na relva do prado.

Marília formosa,
Que ao Deus conhecia,
Oculta espreitava
Quanto ele fazia.

Mal julga que dorme
Se chega contente,
As armas lhe furta,
E o Deus a não sente.

Os Faunos, mal viram
As armas roubadas,
Saíram das grutas
Soltando risadas.

Acorda Cupido,
E a causa sabendo,
A quantos o insultam
Responde, dizendo:

"Temíeis as setas
"Nas minhas mãos cruas!
"Vereis o que podem
"Agora nas suas."


Lira XXIX

O tirano Amor risonho
Me aparece e me convida
Para que seu jugo aceite;
E quer que eu passe em deleite
O resto da triste vida.

"O sonoro Anacreonte


[Linha 1950 de 5508 - Parte 1 de 2]


(Astuto o moço dizia)
"Já perto da morte estava,
"Inda de amores cantava;
"Por isso alegre vivia.

"Aos negros, duros pesares
"Não resiste um peito fraco
"Se o amor o não fortalece:
"O mesmo Jove carece
"De Cupido, e mais de Baco."

Eu lhe respondo: "Perjuro,
"Nada creio do que dizes;
"Porque já te fui sujeito,
"Inda conservo no peito
"Estas frescas cicatrizes.

"Se o mundo conhece males,
"Tu os maiores fizeste,
"Sim, tu a Tróia queimaste,
"Tu a Cartago abrasaste,
"E tu a Antônio perdeste."

Amor, vendo que da oferta
Algum apreço não faço,
Me diz afoito que trate
De ir com ele a combate
Peito a peito, braço a braço.

Vou buscar as minhas armas;
Cinjo primeiro que tudo
O brilhante arnês, e à pressa
Ponho um elmo na cabeça,
Tomo a lança, e o grosso escudo.

Mal no campo me apresento,
Marília (oh Céus!) me aparece:
Logo que os olhos me fita,
O meu coração palpita,
A minha mão desfalece.

Então me diz o tirano:
"Confessa, louco, o teu erro;
"Contra as armas da beleza
"Não vale a externa defesa
"Dessa armadura de ferro."


Lira XXX



[Linha 2000 de 5508 - Parte 1 de 2]


Junto a uma clara fonte
A mãe de Amor s assentou,
Encostou na mão o rosto,
No leve sono pegou.

Cupido, que a viu de longe,
Contente ao lugar correu;
Cuidando que era Marília
Na face um beijo lhe deu.

Acorda Vênus irada:
Amor a conhece; e então
Da ousadia, que teve,
Assim lhe pede o perdão:

"Foi fácil, ó Mãe formosa,
"Foi fácil o engano meu;
"Que o semblante de Marília
"É todo o semblante teu."


Lira XXXI

Minha Marília,
Se tens beleza,
Da Natureza
É um favor.
Mas se aos vindouros
Teu nome passa,
É só por graça
Do Deus de amor,
Que tanto inflama
A mente, o peito
Do teu Pastor.

Em vão se viram
Perlas mimosas,
Jasmins, e rosas
No rosto teu.
Em vão terias
Essas estrelas,
E as tranças belas,
Que o Céu te deu;
Se em doce versos
Não as cantasse
O bom Dirceu.

O voraz tempo
Ligeiro corre:
Com ele morre


[Linha 2050 de 5508 - Parte 1 de 2]


A perfeição.
Essa, que o Egito
Sábia modera,
De Marco impera
No coração;
Mas já Otávio
Não sente a força
Do seu grilhão.

Ah! vem, ó Bela,
E o teu querido,
Ao Deus Cupido
Louvores dar;
Pois faz que todos
Com igual sorte
Do tempo, e morte
Possam zombar:
Tu por formosa,
E ele, Marília,
Por te cantar.

Mas ai! Marília,
Que de um amante,
Por mais que cante,
Glória não vem!
Amor se pinta
Menino, e cego:
No doce emprego
Do caro bem
Não vê defeitos,
E aumenta quantas
Belezas tem.

Nenhum dos Vates,
Em teu conceito,
Nutriu no peito
Néscia paixão?
Todas aquelas,
Que vês cantadas,
Foram dotadas
De perfeição?
Foram queridas;
Porém formosas
Talvez que não.

Porém que importa
Não valha nada
Seres cantada
Do teu Dirceu?
Tu tens, Marília,


[Linha 2100 de 5508 - Parte 1 de 2]


Cantor celeste;
O meu Glauceste
A voz ergueu;
Irá teu nome
Aos fins da terra,
E ao mesmo Céu.

Quando nas asas
Do leve vento
Ao firmamento
Teu nome for:
Mostrando Jove
Graça extremosa,
Mudando a Esposa
De inveja a cor;
De todos há de,
Voltando o rosto,
Sorrir-se Amor.

Ah! não se manche
Teu brando peito
Do vil defeito
Da ingratidão:
Os versos beija,
Gentil Pastora,
A pena adora,
Respeita a mão,
A mão discreta,
Que te segura
A duração.


Lira XXXII

Num noite sossegado
Velhos papéis revolvia,
E por ver de que tratavam
Um por um a todos lia.

Eram cópias emendadas,
De quantos versos melhores
Eu compus na tenra idade
A meus diversos amores.

Aqui leio justas queixas
Contra a ventura formadas,
Leio excessos mal aceitos,
Doces promessas quebradas.

Vendo sem-razões tamanhas


[Linha 2150 de 5508 - Parte 1 de 2]


Eu exclamo transportado:
"Que finezas tão mal-feitas!
"Que tempo tão mal passado!"

Junto pois num grande monte
Os soltos papéis, e logo,
Porque relíquias não fiquem,
Os intento pôr no fogo.

Então vejo que o Deus cego
Com semblante carregado
Assim me fala, e crimina
O meu intento acertado:

"Queres queimar esses versos?
"Dize, Pastor atrevido,
"Essas Liras não te foram
"Inspiradas por Cupido?

"Achas que de tais amores
"Não deve existir memória?
"Sepultando esses triunfos,
"Não roubas a minha glória?"

Disse Amor; e mal se cala,
Nos seus ombros a mão pondo,
Com um semblante sereno
Assim à queixa respondo:

"Depois, Amor, de me dares
"A minha Marília bela,
"Devo guardar umas liras,
"Que não são em honra dela?

"E que importa, Amor, que importa,
"Que a estes papéis destrua;
"Se é tua esta mão, que os rasga,
"Se a chama, que os queima, é tua?"

Apenas Amor me escuta
Manda que os lance nas brasas;
E ergue a chama c'o vento,
Que formou batendo as asas.

Lira XXXIII

Pega na lira sonora,
Pega, meu caro Glauceste;
E ferindo as cordas de ouro,
Mostra aos rústicos Pastores


[Linha 2200 de 5508 - Parte 1 de 2]


A formosura celeste
De Marília, meus amores.
Ah! pinta, pinta
A minha Bela!
E em nada a cópia
Se afaste dela.

Que concurso, meu Glauceste,
Que concurso tão ditoso!
Tu és digno de cantares
O seu semblante divino;
E o teu canto sonoroso
Também do seu rosto é digno.
Ah! pinta, pinta
A minha Bela!
E em nada a cópia
Se afaste dela.

Para pintares ao vivo
As suas faces mimosas,
A discreta natureza
Que providência não teve!
Criou no jardim as rosas,
Fez o lírio, e fez a neve.
Ah! pinta, pinta
A minha Bela!
E em nada a cópia
Se afaste dela.

A pintar as negras tranças
Peço que mais te desveles,
Pinta chusmas de amorinhos
Pelos seus fios trepando;
Uns tecendo cordas deles,
Outros com eles brincando.
Ah! pinta, pinta
A minha Bela!
E em nada a cópia
Se afaste dela.


Para pintares, Glauceste,
Os seus beiços graciosos,
Entre as flores tens o cravo,
Entre as pedras a granada,
E para os olhos formosos,
A estrela da madrugada.
Ah! pinta, pinta
A minha Bela!
E em nada a cópia


[Linha 2250 de 5508 - Parte 1 de 2]


Se afaste dela.

Mal retratares do rosto
Quanto julgares preciso,
Não dês a cópia por feita;
Passa o outros dotes, passa,
Pinta da vista, e do riso
A modéstia, mais a graça.
Ah! pinta, pinta
A minha Bela!
E em nada a cópia
Se afaste dela.

Os seus pés, quando passeiam,
Pisando ternos amores;
E as mesmas plantas calcadas
Brotando viçosas flores.
Ah! pinta, pinta
A minha Bela!
E em nada a cópia
Se afaste dela.

Pinta mais, prezado amigo,
Um terno amante beijando
Suas douradas cadeias;
E em doce pranto desfeito,
Ao monte, que temo no peito.
Ah! pinta, pinta
A minha Bela!
E em nada a cópia
Se afaste dela.

Nem suspendas o teu canto,
Inda que, Pastor, se veja
Que a minha boca suspira,
Que se banha em pranto o rosto;
Que os outros choram de inveja,
E chora Dirceu de gosto.
Ah! pinta, pinta
A minha Bela!
E em nada a cópia
Se afaste dela.


PARTE II

Lira I

Já não cinjo de louro a minha testa;
Nem sonoras canções o Deus me inspira:


[Linha 2300 de 5508 - Parte 1 de 2]


Ah! que nem me resta
Uma já quebrada,
Mal sonora Lira!

Mas neste mesmo estado, em que me vejo,
Pede, Marília, Amor que vá cantar-te:
Cumpro o seu desejo;
E ao que resta supra
A paixão, e a arte.

A fumaça, Marília, da candeia,
Que a molhada parede ou suja, ou pinta,
Bem que tosca, e feia,
Agora me pode
Ministrar a tinta.

Aos mais preparos o discurso apronta:
Ele me diz, que faça do pé de uma
Má laranja ponta,
E dele me sirva
Em lugar de pluma.

Perder as úteis horas não, não devo;
Verás, Marília, uma idéia nova:
Sim, eu já te escrevo,
Do que esta alma dita
Quando amor aprova.

Quem vive no regaço da ventura
Nada obra em te adorar, que assombro faça:
Mostra mais ternura
Quem te ensina, e morre
Nas mãos da desgraça.

Nesta cruel masmorra tenebrosa
Ainda vendo estou teus olhos belos,
A testa formosa,
Os dentes nevados,
Os negros cabelos.

Vejo, Marília, sim, e vejo ainda
A chusma dos Cupidos, que pendentes
Dessa boca linda,
Nos ares espalham
Suspiros ardentes.

Se alguém me perguntar onde eu te vejo,
Responderei: No peito, que uns Amores
De casto desejo
Aqui te pintaram,


[Linha 2350 de 5508 - Parte 1 de 2]


E são bons Pintores.

Mal meus olhos te riam, ah! nessa hora
Teu retrato fizeram, e tão forte,
Que entendo, que agora
Só pode apagá-lo
O pulso da Morte.

Isto escrevia, quando, ó Céus, que vejo!
Descubro a ler-me os versos o Deus louro:
Ah! dá-lhes um beijo,
E diz-me que valem
Mais que letras de ouro.


Lira II

Esprema a vil calúnia muito embora
Enter as mãos denegridas, e insolentes,
Os venenos das plantas,
E das bravas serpentes.

Chovam raios e raios, no meu rosto
Não hás de ver, Marília, o medo escrito:
O medo perturbador,
Que infunde o vil delito.

Podem muito, conheço, podem muito,
As fúrias infernais, que Pluto move;
Mas pode mais que todas
Um dedo só de Jove.

Este Deus converteu em flor mimosa,
A quem seu nome dera, a Narciso;
Fez de muitos os Astros,
Qu'inda no Céu diviso.

Ele pode livrar-me das injúrias
Do néscio, do atrevido ingrato povo;
Em nova flor mudar-me,
Mudar-me em Astro novo.

Porém se os justos Céus, por fins ocultos,
Em tão tirano mal me não socorrem;
Verás então, que os sábios,
Bem como vivem, morrem.

Eu tenho um coração maior que o mundo!
Tu, formosa Marília, bem o sabes:
Um coração..., e basta,


[Linha 2400 de 5508 - Parte 1 de 2]


Onde tu mesma cabes.

Lira III

Sucede, Marília bela,
À medonha noite o dia;
A estação chuvosa e fria
À quente seca estação.
Muda-se a sorte dos tempos;
Só a minha sorte não?

Os troncos nas Primaveras
Brotam em flores viçosos,
Nos Invernos escabrosos
Largam as folhas no chão.
Muda-se a sorte dos troncos;
Só a minha sorte não?

Aos brutos, Marília, cortam
Armadas redes os passos,
Rompem depois os seus laços,
Fogem da dura prisão.
Muda-se a sorte dos brutos;
Só a minha sorte não?

Nenhum dos homens conserva
Alegre sempre o seu rosto;
Depois das penas vem gosto,
Depois de gosto aflição.
Muda-se a sorte dos homens;
Só a minha sorte não?

Aos altos Deuses moveram
Soberbos Gigantes guerra;
No mais tempos o Céu, e a Terra
Lhes tributa adoração.
Muda-se a sorte dos Deuses;
Só a minha sorte não?

Há de, Marília, mudar-se
Do destino a inclemência;
Tenho por mim a inocência,
Tenho por mim a razão.
Muda-se a sorte de tudo;
Só a minha sorte não?

O tempo, ó Bela, que gasta
Os troncos, pedras, e o cobre,
O véu rompe, com que encobre
À verdade a vil traição.


[Linha 2450 de 5508 - Parte 1 de 2]


Muda-se a sorte de tudo;
Só a minha sorte não?

Qual eu sou, verá o mundo;
Mais me dará do que eu tinha,
Tornarei a ver-te minha;
Que feliz consolação!
Não há de tudo mudar-se;
Só a minha sorte não.

Lira IV

Já, já me vai, Marília, branquejando
Louro cabelo, que circula a testa;
Este mesmo, que alveja, vai caindo
E pouco já me resta.

As faces vão perdendo as vivas cores,
E vão-se sobre os ossos enrugando,
Vai fugindo a viveza dos meus olhos;
Tudo se vai mudando.

Se quero levantar-me, as costas vergam;
As forças dos meus membros já se gastam,
Vou a dar ela casa uns curtos passos,
Pesam-me os pés, e arrastam.

Se algum dia me vires destas sorte,
Vê que assim me não pôs a mão dos anos:
Os trabalhos, Marília, os sentimentos,
Fazem os mesmos danos.

Mal te vir, me dará em poucos dias
A minha mocidade o doce gosto;
Verás burnir-se a pele, o corpo encher-se,
Voltar a cor ao rosto.

No calmoso Verão as plantas secam;
Na Primavera, que os mortais encanta,
Apenas cai do Céu o fresco orvalho,
Verdeja logo a planta.

A doença deforma a quem padece;
Mas logo que a doença faz seu termo,
Torna, Marília, a ser quem era dantes,
O definhado enfermo.

Supõe-me qual doente, ou mal a planta,
No meio da desgraça, que me altera;
Eu também te suponho qual saúde,


[Linha 2500 de 5508 - Parte 1 de 2]


Ou qual a Primavera.

Se dão esses teus meigos, vivos olhos
Aos mesmos Astros luz, e vida às flores,
Que efeitos não farão, em quem por eles
Sempre morreu de amores?


Lira V

Os mares, minha bela, não se movem,
O brando Norte assopra, nem diviso
Uma nuvem sequer na Esfera toda;
O destro Nauta aqui não é preciso;
Do seu governo a roda.

Mas ah! que o sul carrega, o mar se empola,
Rasga-se a vela, o mastaréu se parte!
Qualquer varão prudente aqui já teme;
Não tenho a necessária força, e arte.
Corra o sábio Piloto, corra, e venha
Reger o duro leme.

Como sucede à nau no mar, sucede
Aos homens na ventura, e na desgraça;
Basta ao feliz não ter total demência;
Mas quem de venturoso a triste passa,
Deve entregar o leme do discurso
Nas mãos da sã prudência.

Todo o Céu se cobriu, os raios chovem:
E esta alma, em tanta pena consternada,
Nem sabe aonde possa achar conforto.
Ah! não, não tardes, vem, Marília amada,
Toma o leme da nau, mareia o pano,
Vai-a salvar no porto.

Mas ouço já de Amor as sábias vozes:
Ele me diz que sofra, senão morro,
E perco então, se morro, uns doces laços;
Não quero já, Marília, mais socorro;
Oh! ditoso sofrer, que lucrar pode
A glória dos teus braços!


Lira VI

De que te queixas,
Língua importuna?
De que a Fortuna


[Linha 2550 de 5508 - Parte 1 de 2]


Roubar-te queira
O que te deu?
Este foi sempre
O gênio seu.

Levou, Marília,
A impia sorte
Catões à morte;
Nem sepultura
Lhes concedeu.
Este foi sempre
O gênio seu.

A outros muitos,
Que vis nasceram,
Nem mereceram,
A grandes tronos
A impia ergueu.
Este foi sempre
O gênio seu.

Espalha a Cega
Sobre os humanos
Os bens, e os danos,
E a quem se devam
Nunca escolheu.
Este foi sempre
O gênio seu.

A quanto é justo
Jamais se dobra;
Nem igual obra
C'os mesmos Deuses
Do claro Céu.
Este foi sempre
O gênio seu.
Sobe, ao Céu, Vênus
Num carro ufano;
E cai Vulcano
Da pura esfera,
Em que nasceu.
Este foi sempre
O gênio seu.

Mas não me rouba,
Bem que se mude,
Honra, e virtude:
Que o mais é dela,
Mas isto é meu.
Este foi sempre


[Linha 2600 de 5508 - Parte 1 de 2]


O gênio seu.


Lira VII

Meu prezado Glauceste,
Se fazes o conceito,
Que, bem que réu, abrigo
A cândida virtude no meu peito;
Se julgas, digo, que mereço ainda
Da tua mão socorro,
Ah! vem dar-mo agora,
Agora sim que morro.

Não quero, que montado
No Pégaso fogoso,
Venhas com dura lança
Ao monstro infame traspassar raivoso.
Deixa que viva a pérfida calúnia,
E forje o meu tormento:
Com menos, meu Glauceste,
Com menos me contento.

Toma a lira dourada,
E toca um pouco nela:
Levanta a voz celeste
Em parte que te escute a minha Bela;
Enche todo o contorno de alegria;
Não sofras, que o desgosto
Afogue em pranto amargo
O seu divino rosto.

Eu sei, eu sei, Glauceste,
Que um bom cantor havia,
Que os brutos amansava;
Que os troncos, e os penedos atraía.
De outro destro Cantor também afirma
A sábia antigüidade,
Que as muralhas erguera
De uma grande Cidade.

Orfeu as cordas fere;
O som delgado, e terno
Ao Rei Plutão abranda,
E o deixa, que penetre o fundo Averno.
Ah! tu a nenhum cedes, meu Glauceste,
Na lira, e mais no canto;
Podes fazer prodígios,
Obrar ou mais, ou tanto.



[Linha 2650 de 5508 - Parte 1 de 2]


Levanta pois as vozes:
Que mais, que mais esperas?
Consola um peito aflito;
Que é menos ainda, que domar as feras.
Com isto me darás no meu tormento
Um doce lenitivo;
Que enquanto a Bela vive,
Também, Glauceste, vivo.

E com voz importuna
Me diz que mova o passo;
Que ente no grande Templo, em que se encerra
Quanto o destino manda,
Que ela obre sobre a terra.

Que coisas portentosas nele encontro!
Eu vejo a pobre fundação de Roma;
Vejo-a queimar Cartago;
Vejo que as gentes doma;
E vejo o seu estrago.
Lá floresce o poder do Assírio Povo;
Aqui os Medos crescem,
E os perde um braço novo.

Então me diz a Deusa: "E que pretendes?
"Todas estas medalhas ver agora?
"Ah! não, não sejas louco!
"Espaço de anos fora
"Para isso ainda pouco;
"Deixa estranhos sucessos, vem comigo;
"Verás quanto inda deve
"Acontecer contigo."

Levou-me aonde estava a minha história,
Que toda me explicou com modo, e arte.
"Tirei-te libras de ouro",
Me diz, "e quero dar-te
"Todo aquele tesouro.
"Não suspira por bens um peito nobre?
Severo lhe respondo,
"Vivo afeito a ser pobre."

Aqui me enruga a Deusa irada a testa,
E fica sem falar um breve espaço.
"Alegra, alegra o rosto",
Prossegue, "ali te faço
"Restituir o posto."
Respondo em ar de mofa, e tom sereno:
"Conheço-te, Fortuna,
"Posso morrer pequeno."


[Linha 2700 de 5508 - Parte 1 de 2]



"Aqui te dou, me diz, a tua amada."
Então me banho todo de alegria.
"Cuidei, me torna a cega,
"Que essa alma não queria
"Nem esta mesma entrega."
"É esse o bem, respondo, que me move,
"Mas este bem é santo,
"Vem só da mão de Jove."

Queria mais falar; eu insofrido
Desta maneira rompo os seus acentos:
"Basta, Fortuna, basta,
"Estes breves momentos
"Lá noutras coisas gasta;
"Da minha sorte nada mais contemplo."
E, chamando Marília,
Suspiro, e deixo o Templo.


Lira IX

A estas horas
Eu procurava
Os meus Amores;
Tinham-me inveja
Os mais Pastores.

A porta abria,
Inda esfregando
Os olhos belos,
Sem flor, nem fita,
Nos seus cabelos.

Ah! que assim mesmo
Sem compostura,
É mais formosa,
Que a estrela d'alva,
Que a fresca rosa.

Mal eu a via,
Um ar mais leve,
(Que doce efeito!)
Já respirava
Meu terno peito.

Do cerco apenas
Soltava o gado,
Eu lhe amimava
Aquela ovelha


[Linha 2750 de 5508 - Parte 1 de 2]


Que mais amava.

Dava-lhe sempre
No rio, e fonte,
No prado, e selva,


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Marília de Dirceu - P2de2 - Tomás Antônio Gonzaga

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sexta-feira, 19 de maio de 2017

Conheça a temida planta venenosa que pode levar ao suicídio


Conheça a temida planta venenosa que pode levar ao suicídio



Uma planta australiana, aparentemente inofensiva, é uma das mais temidas do planeta pela
aterrorizante dor que provoca em qualquer um que toque em suas folhas.


A dendrocnide moroides, também conhecida como “ferrão do mato” ou “planta do suicídio”, produz uma dor tão intensa que faz com que quem a toque opte por soluções extremas para se livrar das dores dilacerantes.



Dendrocnide - Planta - Urticaceae


Os primeiros casos relacionados ao efeito dessa planta são de exploradores e soldados do século XIX, que encontraram esse arbusto e sentiram a dor insuportável que ele causa. O topógrafo A.C.

Mac Milan relatou em 1866 que seu cavalo roçou a planta enquanto viajava em uma estrada de North Queensland, na Austrália e, após o incidente, o animal ficou enfurecido e morreu em duas horas.



Outras testemunhas afirmam que, na Segunda Guerra Mundial, muitos soldados não conseguiam
lutar porque a planta os havia deixado imobilizados. É conhecido também o caso de um soldado que se suicidou por não aguentar o sofrimento.



A dendrocnide moroides pode ser encontrada na Austrália, onde é conhecida como gympie gympie, mas também na Nova Guiné e na Indonésia. As folhas dessa planta possuem uma série de pelos que cobrem sua superfície. Além disso, elas possuem um ferrão de sílica carregado de uma neurotoxina chamada moroidina, com efeitos venenosos. Basta apenas roçar a planta para sentir uma queimação muito forte que aumenta continuamente até se tornar insuportável.

Fonte: supercurioso.com
(http://supercurioso.com/la-planta-que-conduce-al-suicidio/)



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sexta-feira, 19 de maio de 2017

China lança automóvel que pode ser conduzido com joystick


China lança automóvel que pode ser conduzido com joystick



Sistema pode permitir, no futuro, o uso de realidade aumentada e condução virtual.


No Salão do Automóvel de Xangai, uma empresa local apresentou o protótipo de um carro com condução autônoma no qual o motorista usa um joystick no momento em que a direção estiver sob controle da inteligência artificial.

O crossover Cherry Tiggo Coupe Concept vem equipado com tecnologia de condução autônoma e mecânica baseada em propulsão ecológica.

Enquanto o carro é conduzido de forma autônoma, o motorista fica livre de ter que intervir e, assim, pode desfrutar seu volante joystick. Embora os fabricantes não tenham dado detalhes, acredita-se que ele poderá servir para interagir com um sistema de telas de realidade aumentada, ou talvez para conduzir de forma virtual.

Fonte: Infobae
(http://www.infobae.com/autos/2017/05/02/del-videojuego-a-la-calle-el-increible-auto-que-se-maneja-con-un-joystick/)



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quinta-feira, 18 de maio de 2017

300 aplicativos educacionais abertos para usar em sala de aula


300 aplicativos educacionais abertos para usar em sala de aula



Para inovar no processo de ensino-aprendizagem, projeto nascido na UFRGS reúne softwares para Android que podem ser usados e modificados livremente


Já imaginou se uma tabela reunisse vários aplicativos livres para celulares e tablets do sistema Android? E se essa tabela também apresentasse indicações de quais disciplinas poderiam usar o recurso? Melhor ainda, não é? Pois agora isso existe, graças ao projeto “Software Educacional livre para Dispositivos Móveis”.



A tabela em português


Elaborada pelo professor Paulo Francisco Slomp e pelo estudante André Ferreira Machado, ambos da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), a tabela reúne 305 aplicativos, que podem ser usados como complemento para o processo de ensino-aprendizagem. Desses, 78 servem para a educação infantil, 154 para os anos iniciais do ensino fundamental, 173 para os anos finais do ensino fundamental, 181 para o Ensino Médio e 203 para o Ensino Superior.



Free Speech

Para quem não sabe, o nome software livre significa, no caso da tabela, que o aplicativo é um REA (Recurso Educacional Aberto). A sigla, por sua vez, é usada para designar um material educativo licenciado de forma pública, permitindo que qualquer pessoa interessada use ou adapte o conteúdo da forma como preferir.

Os aplicativos que figuram na tabela começaram a ser analisados em abril de 2015. O projeto foi finalizado em fevereiro de 2016, quando a compilação foi lançada de forma aberta ao público, tanto para visualizações quanto para contribuições. “A tabela está sob uma licença de Creative Commons.

A gente selecionou mais de 300 aplicativos, mas eles surgem a todo instante. Mantendo a tabela aberta, cada um pode colocar novos aplicativos que nós não conhecemos”, defende Ferreira. Segundo ele, essa é exatamente a filosofia do software livre.



Bible for Android


Dentro da tabela, o material também é dividido por área de conhecimento. Entre elas: acessibilidade, biologia, educação física, educação artística, ensino religioso, física (subdividida em categorias como acústica, astronomia e atmosfera), geografia (também subdividida em categorias como atmosfera, bússola, capitais e mapas), idiomas (bibliotecas, catalão, coreano, entre outras), informática (redes e programação), jogo, matemática (álgebra, ângulos, aritmética, calculadora financeira, entre outras), medicina, música, química (eletroforese, isótropos, jogo, moléculas e tabela periódica) e sociologia.

Navegando pelo mapeamento, é possível perceber que algumas áreas contam com maior número de recursos disponíveis. Para matemática, por exemplo, existem 61 aplicativos; física conta com 25 e geografia com 33. “Existe uma grande quantidade de aplicativos para áreas de ciências e exatas, além de geografia. É uma opinião pessoal, mas eu acho que as pessoas que desenvolvem os aplicativos são mais inclinadas a ciências exatas, por isso o maior número”, defende Ferreira.


Mudança de planos
Apesar do resultado final, o projeto surgiu com uma proposta diferente. “Em 2013, eu e meu orientador percebemos que tinha uma categoria na Wikipedia em inglês só sobre software educacional livre, e que essa mesma categoria não existia em português. Então nós começamos a traduzir os artigos para nossa língua”, relata o estudante de matemática da UFRGS, André Ferreira. Ele conta que, no meio desse processo, surgiu a ideia de criar uma tabela para catalogar alguns dos programas citados nos artigos. Em 2014, a proposta resultou em uma tabela de softwares educacionais livres para desktop (computadores de mesa).



Entretanto, com o aumento do uso de smartphones, o projeto tomou uma nova direção. “Depois que nós fizemos a tabela de programas para desktop, pensamos em fazer uma versão para dispositivos móveis, já que o uso desses aparelhos está cada vez maior no Brasil”, explica.

A escolha pela tabulação de aplicativos do sistema Android, segundo Ferreira, foi por uma questão prática. “A iTunes Store (a loja da Apple, que usa sistema operacional IOS) não aceita aplicativos sob licenças livres. Já a Google Play Store (loja do sistema operacional Android) aceita diferentes tipos de licenças livres, menos a GPL (do inglês, Licença Pública Geral).


Critérios de Seleção
O principal critério utilizado para a seleção dos aplicativos foi a finalidade educacional. Durante o processo de avaliação dos softwares, Ferreira e Slomp utilizaram, entre outras, uma lista do site F-
Droid, que reúne um catálogo de softwares gratuitos de código aberto para Android.

Segundo Ferreira, o F-Droid tem uma categoria chamada Ciência e Educação. Juntamente com o seu orientador, ele fez o download e avaliou cada programa dessa área, para depois colocá-lo na tabela.



Mobile Pearls


“Nesse processo, nós percebemos que muitos softwares não estão categorizados como Ciência e Educação, mas podem ser usados com uma finalidade educacional. Por exemplo: nós encontramos
um aplicativo de mapas, que está na categoria Navegação. Tudo bem, isso ajuda a velejar, mas também pode ser usado em sala de aula”, explica o estudante de matemática.



Diante dessa possiblidade, a dupla decidiu analisar todos os programas disponíveis na plataforma até dezembro de 2015. Ao todo, foram 1700 aplicativos avaliados. “Nós analisamos a interface, o idioma e como o aplicativo funciona de maneira geral. Nós instalamos em um tablet para testar aqueles que nós consideramos que poderiam ser usados”.

A tabela está disponível em português, e também conta com versões em inglês, espanhol, francês e italiano.

(http://www.ufrgs.br/soft-livre-edu/wiki/Software_Educacional_Livre_para_Dispositivos_M%C3%B3veis_-_Tabela_Din%C3%A2mica)


(http://www.ufrgs.br/soft-livre-edu/wiki/Free_Educational_Software_for_Mobile_Devices_-_Dynamic_Table)


(http://www.ufrgs.br/soft-livre-edu/wiki/Software_Educativo_Libre_para_Dispositivos_M%C3%B3viles_-_Tabla_Din%C3%A1mica)


(http://www.ufrgs.br/soft-livre-edu/wiki/Logiciels_%C3%89ducatifs_Libres_pour_les_Appareils_Mobiles_-_Tableau_Dynamique)


(http://www.ufrgs.br/soft-livre-edu/wiki/Software_libero_per_l%27educazione_adatto_a_dispositivi_mobili_-_Tabella_dinamica)



Mais algumas fontes:

F-DROID - Trata-se de um repositório que disponibiliza exclusivamente aplicativos livres desenvolvidos para o sistema operacional Android.
(https://f-droid.org/)

Google Play Store - O repositório oficial da Google.
(https://play.google.com/store)

AOpenSource - Um repositório exclusivamente com aplicativos livres.
(http://aopensource.com/)



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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Google encerrou arquivo de comunidades do Orkut para sempre


Google encerrou arquivo de comunidades do Orkut para sempre


Arquivo de comunidades do Orkut já saiu do ar (Foto: Reprodução/Orkut)


A decepção para os fãs do Orkut parece não ter fim. Na sexta-feira (28/04/2017), o Google anunciou que vai descontinuar o arquivo público com comunidades da rede social para sempre, e foi o que fez... :(


O site, com o histórico de mais de 50 milhões de comunidades do Orkut, catalogadas por nome, saiu do ar de uma vez por todas. O Google, no entanto, disse em um post, no seu blog oficial, que o arquivo com os históricos publicados em português e inglês ficaram disponíveis até dia 15 de maio.


'Evolução das redes sociais' provocou o fim do Orkut, diz fundador


Carta do Orkut
(http://www.orkut.com/index_pt.html)


"Para alguns, vai ser impossível esquecer, e ainda renderá boas histórias para contar. Para nós,
que em 2014 demos adeus ao Orkut, chegou a hora de dar mais um passo. Depois de mais de dois anos online para os nostálgicos, vamos descontinuar o arquivo com as comunidades públicas do Orkut", diz o post.

As comunidades mais famosas atraiam centenas de milhares de usuários. "Eu odeio acordar cedo", "Queria sorvete, mas era feijão", "Tocava a campainha e corria" e tantas outras marcaram a vida dos brasileiros que tiveram sua primeira experiência com redes sociais no Orkut, muito antes do Facebook se popularizar por aqui. Segundo o Google, de longe, fomos o país que mais se entusiasmou e mais gerou conteúdo na plataforma. "Um povo social", como dizem especialistas.



"Eu Odeio Acordar Cedo" era uma das comunidades mais populares do Orkut (Foto: Reprodução/Orkut)


Assinado por Paulo Golgher, diretor de engenharia do Google, o post de despedida encerra com um agradecimento e um convite para o último adeus.

"Obrigado a todos que fizeram parte do Orkut, que criaram e alimentaram comunidades incríveis, e deram início a tantas conversas. Se quiser dar mais uma olhadinha, não pode mais, o arquivo ficou no ar até o dia 15 de maio de 2017", disse.


Prazo para baixar fotos do Orkut terminou em setembro de 2016 (Foto: Pond5)



Aparência e simbolos do Orkut


UM BRINDE AO: Orkut Büyükkökten


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quarta-feira, 17 de maio de 2017

8 incríveis cápsulas do tempo descobertas acidentalmente


8 incríveis cápsulas do tempo descobertas acidentalmente



Uma Cápsula do Tempo é um recipiente feito para armazenar memórias. Objetos ou informações que possam ser acessados no futuro e remeter ao passado. Essas cápsulas podem existir intencionalmente ou não. As intencionais são feitas e guardadas de propósito e são predestinadas a serem abertas em datas específicas. As não intencionais são de natureza arqueológica, como no caso do apartamento e da loja de sapatos que você vai ver na lista a seguir.


Não se tem ideia de como e onde pode-se encontrar uma cápsula do tempo. As cápsulas intencionais podem simplesmente serem esquecidas e ficarem guardadas por décadas ou até séculos sem que ninguém tenha conhecimento de sua existência.

E foi isso que aconteceu com as cápsulas que você vai ver aqui. Encontradas ao acaso durante restaurações, reformas ou buscas no Google. Confira 8 cápsulas incríveis descobertas ao acaso:


1- A cápsula perdida de Steve Jobs



Em 1983, o Co-fundador da Apple participou da Conferência Internacional de Design, em Aspen. Na ocasião, eles fizeram a cápsula ‘Aspen Time Tube’ e, entre outras coisas, Steve colocou o mouse que você vê na imagem.

Com o passar dos anos a localização da cápsula foi perdida, e com isso ela não pôde ser aberta na sua data prevista para o ano 2000. O National Geographic a localizou e abriu em 2013. Além do
mouse, que era do Lisa (um precursor do Mac que não deu certo), a cápsula continha uma fita dos Moody Blues.


2- Cápsula de Paul Revere



Em 2014, um funcionário que consertava um vazamento encontrou uma cápsula do tempo que foi guardada por Paul Revere no Massachusetts State House em 1795. Essa é a mais antiga cápsula do tempo de que se tem notícia. Dentro foram encontrados jornais, moedas e uma placa de prata esculpida por Revere.


3- Cápsula no Monumento a Washington



Em 2014, durante a última restauração do Monumento a Washington, foi encontrada uma caixa com
uma placa datada em 12 de setembro de 1915. Não se sabe quem colocou a caixa lá, e os restauradores temem que seu conteúdo possa ser danificado na tentativa de abri-la.


4- Cápsula na Ponte Magnolia



Um historiador que estava vasculhando arquivos de jornal em 2009, encontrou uma nota sobre uma cápsula que foi colocada na Ponte de Magnolia, na Califórnia. A cápsula era de 1959 e sua abertura deveria ter ocorrido em fevereiro de 2009 e continha uma película de 35mm com imagens da cidade e uma lista de previsões de como seria a vida em 2009.


5- Apartamento desocupado desde 1942



Em 2010, em Paris, os herdeiros de Madame de Florian encontraram os documentos do apartamento que ela tinha abandonado em 1942. Neste ano ela se mudou para o sul da frança fugindo dos nazistas e nunca mais voltou. O apartamento estava intacto e guardava entre outras coisas pinturas animais empalhados.


6- Loja de sapatos fundada em 1940



Uma família americana herdou dos avós um edifício abandonado em 1960. Quando resolveram abrir o prédio depararam com uma sapataria fundada em 1940 que guardava centenas de calçados vintage e documentos. Eles ainda não sabem o valor integral do achado.


7- Cápsula da Pensilvânia



Um Coronel aposentado da Guarda Nacional da Pensilvânia estava procurando informações no Google sobre o regimento ao qual pertencera. Ele se deparou em informações sobre uma cápsula que foi enterrada em 1900 e juntou uma equipe para resgatá-la. A caixa era de cobre e tinha informações históricas sobre a brigada da qual o Coronel fazia parte e um charuto que estava impressionantemente fresco, mesmo depois de tanto tempo.


8- Capsula de São Caetano



Em 2012, durante a reforma da Escola Municipal de Educação Infantil de São Caetano (SP), os trabalhadores encontraram uma cápsula de 1966. Dentro haviam panfletos com uma lista de obras que eram inauguradas pela prefeitura naquele ano e um exemplar do jornal da cidade.



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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Caixa encontrada na França pode ser "cápsula do tempo" de Júlio Verne


Caixa encontrada na França pode ser "cápsula do tempo" de Júlio Verne



Arqueólogos acreditam que o escritor pode ter escondido ali alguns documentos inéditos.


Após um estudo meticuloso sobre várias passagens da obra extensa de Júlio Verne, utilizando algoritmos complexos de geoposicionamento, uma equipe de arqueólogos e historiadores da Universidade Paris Descartes e do The Explorers Club, em Nova York, fez uma descoberta extraordinária, relacionada ao famoso escritor: uma caixa metálica do final do século XIX.



Acima você pode ver o exemplo de uma caixa do tempo


A caixa estava enterrada na região da Occitânia, perto dos Pirineus franceses, e sua descoberta exigiu um trabalho exaustivo com drones e georadares. Os pesquisadores acreditam que se trata de uma espécie de “cápsula do tempo”, na qual Verne poderá ter colocado documentos inéditos.

Um primeiro estudo realizado com raios-X revelou algumas pistas sobre o conteúdo da caixa misteriosa: documentos, livros e objetos metálicos de diferentes formas e tamanhos, que poderão estar deteriorados por causa da umidade do terreno e da passagem do tempo. A caixa também possuía gravuras no seu exterior, mas estão pouco legíveis devido à oxidação.



O metal com o tempo vai oxidando com a umidade do solo


Embora ainda não haja provas concretas sobre a relação de Júlio Verne com a caixa, a expectativa é muito alta. Nos próximos meses, será iniciada a segunda parte do projeto, cujo objetivo é revelar o conteúdo misterioso e torná-lo público.

Fonte: ABC
(http://www.abc.es/cultura/abci-hallan-pirineos-franceses-capsula-tiempo-podria-haber-pertenecido-julio-verne-201704101242_noticia.html)



Neste tipo de caixa as pessoas colocavam ouro e joias e escondiam nas paredes



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terça-feira, 16 de maio de 2017

Asteroide que dizimou dinossauros ‘não poderia ter caído em pior lugar'


Asteroide que dizimou dinossauros ‘não poderia ter caído em pior lugar'


Local onde está a cratera conhecida como Chicxulub e é alvo das perfurações (Foto: Nasa)

Como a história do planeta poderia ter mudado se a rocha espacial tivesse caído num local diferente.


Está cada vez mais claro para cientistas que o asteroide de 15km de diâmetro responsável pela extinção dos dinossauros não poderia ter atingido a superfície da Terra em um pior lugar.

Pesquisadores perfuraram rochas do oceano do Golfo do México que foram atingidas pelo asteroide há 66 milhões de anos e trazem novos dados sobre o evento que dizimou os répteis pré-históricos.

Os últimos achados foram resumidos num documentário da BBC Two transmitido nesta segunda-feira (15/05/2017).



O impacto foi gigantesco


O asteroide atingiu uma área relativamente rasa do mar, chocou-se com as rochas de gesso mineral liberando quantidades colossais de enxofre na atmosfera o que prolongou o período de "inverno global". Os gases de enxofre são altamente tóxicos e densos. Se o asteroide tivesse caído num outro local, o resultado poderia ter sido diferente.

"É aí que está a grande ironia da história, porque no final das contas não foi o tamanho do asteroide, a escala da explosão ou seu impacto global que levou à extinção dos dinossauros; foi onde o impacto ocorreu", disse o biólogo evolucionista Ben Garrod, que apresenta The Day The Dinosaurs Died (O dia que os dinossauros morreram), com a paleontologista Alice Roberts.



O asteroide definiu o fim dos Dinossauros


"Se o asteroide tivesse caído momentos antes ou depois, em vez de atingir a costa de águas rasas ele poderia ter se chocado com o oceano profundo", continua o pesquisador.

"Um impacto nos oceanos Atlântico ou Pacífico significaria muito menos rochas vaporizadas -

incluindo o mortal gesso. A nuvem seria menos densa e a luz do sol poderia ter chegado à superfície do planeta, ou seja, o que aconteceu poderia ter sido evitado".

"Naquele mundo frio e escuro, a comida nos oceanos acabou em uma semana, e os alimentos em terra firme, pouco depois, interrompendo subitamente a cadeia alimentar. Sem nada para comer em lugar algum do planeta, os imponentes dinossauros tiveram pouca chance de sobrevivência".



Entre abril e maio de 2016, Ben Garrod esteve na plataforma de perfuração localizada a 30km de distância da Península Yucatan, no México, onde uma expedição milionária investiga o evento histórico. Enquanto isto, Alice Roberts visitou áreas de escavações de fósseis nas Américas para entender melhor como a vida mudou de rumo após o impacto.

Da plataforma, foram coletados núcleos de rochas a 1,3km de profundidade no mar do golfo. O material vem de uma área da cratera chamada "anel de pico", formações rochosas que se elevaram e rodearam o centro da cratera após a grade colisão.

Com a análise de suas propriedades, a equipe do projeto de perfuração, coordenada pelos professores Jo Morgan e Sean Gulick, espera reconstruir o desenrolar do impacto e as mudanças ambientais decorrentes dele.



Cratera Chicxulub - O impacto que mudou a vida na Terra



Pesquisadores hoje têm uma noção melhor da escala da energia liberada pelo impacto do asteroide na Terra - o equivalente a 10 bilhões de bombas atômicas de Hiroshima.

Eles também têm mais conhecimento sobre como a depressão assumiu a estrutura que observamos hoje e como ocorreu o retorno da vida ao local do impacto.

Umas das sequências fascinantes do programa da BBC Two mostra a visita de Alice Roberts a uma pedreira de Nova Jérsei, nos Estados Unidos, onde 25 mil fragmentos de fósseis foram descobertos
- uma evidência da morte em massa de criaturas que ocorreu no dia do impacto.

"Todos os fósseis têm uma camada que não tem mais de 10cm de largura", contou a Roberts o palenteologista Ken Lacovara.

"Eles morreram de repente e foram enterrados rapidamente. Isto mostra que foi um momento específico no período geológico. Pode ter durado dias, semanas, talvez meses; mas não milhares de anos ou centenas de milhares de ano. Foi um evento essencialmente instantâneo".



Fósseis de Dinossauros



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segunda-feira, 15 de maio de 2017

Mortes, medo e o avanço da epidemia de febre amarela em Campinas no final do século XIX


Mortes, medo e o avanço da epidemia de febre amarela em Campinas no final do século XIX


Epidemia chegou de trem em Campinas em 1897 (Foto: Reprodução/ EPTV)


Impactos, dramas vivenciados pela população que não entendia como a doença era transmitida, além do retorno na forma silvestre são assuntos da série 'A Peste', da EPTV.


Em fevereiro de 1889, a riqueza do café impulsiona a economia de Campinas (SP). O município
competia com São Paulo para ser a capital do estado. No entanto, a chegada da febre amarela interrompeu a efervescência política e social vivida pelo município. Foram três mil mortos e seis epidemias em nove anos.

Os impactos, os dramas vivenciados pela população que não entendia como a doença era transmitida, além do retorno da febre amarela neste ano, na forma silvestre, são assuntos da série "A Peste", produzida pela EPTV, Afiliada TV Globo, que começa nesta segunda-feira (15/05/2017). Serão quatro reportagens especiais que vão relembrar esse capítulo marcante da história do município.



Rua Dr Quirino, na época da epidemia de febre amarela, em Campinas
(Foto: Acervo MIS Campinas)


Falta de higiene
Segundo o historiador Jorge de Alves Lima, a maior cidade do interior na época, vivia uma efervescência política, mas era atrasada na quesito saúde pública. “As pessoas despejavam todos os detritos fecais, o lixo, as imundícies, eram todas colocadas em praça”, afirma.

No entanto, Lima conta que a falta de higiene era um problema cultural, mas não só do município. No Rio Janeiro e Santos, devido às péssimas condições sanitárias, nessa mesma época, a epidemia de febre amarela avançava e fazia vítimas.

Campinas não ficou imune e teve seu desenvolvimento interrompido pela chegada de trem da doença em 1889. Do litoral, o vírus desembarcou na cidade com um poder devastador.


“O mosquito veio aboletado nas malas, nos bagageiros dos trens que vinham para Campinas", afirma.


Historiador fala sobre epidemia de febre amarela que matou
mais de 3 mil pessoas em Campinas (Foto: Reprodução/ EPTV)



Assassino misterioso
Nessa época, o mosquito era um assassino misterioso. O tempo corria e a doença se espalhava de forma silenciosa. A epidemia avançava rapidamente o os hospitais não tinham estrutura para atender tantos doentes. Todos os dias os jornais da época atualizam o número de mortos. A demanda era tão grande que os corpos demoravam para serem enterrados, alguns ficavam jogados nas ruas.

A maior parte das vítimas da doença está enterrada no Cemitério da Saudade, que era conhecido nesse período como Cemitério do Fundão.

“O governo municipal teve que adquirir a área do lado direito, da entrada, e a área do lado esquerdo, para ampliar o campo onde podia sepultar as vítimas”, ressalta Lima.


A doença arrasou Campinas. Segundo o historiador, foram três mil mortos no município, num período de nove anos e seis epidemias entre 1889 e 1897.



Casos de febre amarela silvestre reaparecem em
Delfinópolis (Foto: Reprodução/ EPTV)


Retorno
Em 2017, 128 anos depois, a febre amarela volta a assustar. Mas, a doença ressurgiu na forma silvestre. "O vírus da febre amarela silvestre é o mesmo da urbana, o que muda é o vetor", explica o infectologista André Ribas. Desde 1942 não há casos do tipo urbano no Brasil.

E o mosquito é o único vilão, já que os macacos não transmitem a febre amarela. São vítimas como o ser humano. E aparecem mortos primeiro, por isso, tem papel importante para impedir o avanço da doença.

O perigo é quando não aparece macaco morto ou ninguém notifica o óbito deles para o controle de zoonoses e o vírus já está presente. Foi o que aconteceu em Delfinópolis (MG).


Mortes
No município ninguém podia imaginar que a febre amarela se escondia nas belezas naturais da cidade. Quatro pessoas que frequentaram matas e cachoeiras dessa região pegaram a doença, três morreram. Uma das vítimas foi Joversi Santos Guardia, de 47 anos. Ela morava em Paulínia.

Após as mortes, a reação das autoridades sanitárias de Delfinópolis, que tem cerca de 7 mil habitantes, foi imediata. O município fez bloqueio e vacinação da população. Foi um período de pânico, especialmente pelo passado da região, que já sofreu com a doença há mais de 100 anos.

No pé da Serra do Cemitério, que tem esse nome pelos corpos que estão lá enterrados, cruzes relembram as vítimas que morreram em decorrência da febre amarela no passado. Uma marca que o tempo não apaga na memória da população.



Cemitério na serra de MG onde vítimas de febre amarela foram enterradas
há mais de 100 anos (Foto: Reprodução/ EPTV)



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segunda-feira, 15 de maio de 2017

5 teorias científicas que reforçam as possibilidades de viajar no tempo


5 teorias científicas que reforçam as possibilidades de viajar no tempo



Buracos negros, cordas cósmicas e até um cilindro em alta rotatividade poderão abrir portais para novas dimensões temporais!


A possibilidade de viajar no tempo tem cativado a humanidade há séculos. Abaixo, cinco teorias científicas sobre sua implementação:



Buracos negros: Alguns cientistas afirmam que os buracos negros permitirão viajar no tempo ou a universos paralelos. Sua curvatura espaço-temporal poderá funcionar como um portal interdimensional.


Buracos Negros


A rosquinha: O cientista israelense Amos Ori acredita que, nos próximos séculos, a humanidade será capaz de construir uma máquina do tempo que poderá curvar o espaço como um donut e permitir o salto a outras épocas.



Profesor Amos Ori, del departamento de Física, del Instituto Politécnico (Tejnion)



Cordas cósmicas: Essa hipótese diz que a matéria é, na verdade, um estado vibracional, cuja manipulação permitirá fazer viagens no tempo e no espaço.


Stephen Hawking


Cilindro de Tipler: O físico Frank J. Tipler desenvolveu, em 1974, uma teoria segundo a qual seria possível viajar no tempo através de um cilindro de alta densidade e capaz de girar à velocidade da luz.


Tipler Cylinder


Matéria exótica: É considerada matéria exótica a matéria que não obedece a uma ou mais leis da física clássica. Alguns cientistas acreditam que essas partículas permitiriam viagens no tempo ao possibilitar mudanças na relação espaço-tempo.



A Matéria Exótica


Fonte: Super Curioso
(https://supercurioso.com/viajes-en-el-tiempo-5-teorias/)



Site fonte: SuperCurioso



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segunda-feira, 15 de maio de 2017

Múmia egípcia de 3.800 anos é encontrada praticamente intacta


Múmia egípcia de 3.800 anos é encontrada praticamente intacta



Arqueologistas acreditam que a múmia é do governador da ilha Elefantina, que viveu durante o reinado de Amenemés II.


Um túmulo egípcio de aproximadamente 3.800 anos foi descoberto recentemente no Vale dos Príncipes, no Egito. No seu interior, foi encontrada, além de objetos ritualísticos e máscaras fúnebres, uma múmia em excelente estado de conservação.

Membros da missão arqueológica da Espanha, que se encontram na cidade de Assuã, acreditam que o túmulo tenha pertencido a Shemai, governador da ilha Elefantina no reinado do faraó Amenemés II.



Os hieróglifos presentes no sarcófago também indicam que ele seria filho de Satethotep e Khema e irmão de Sarenput II, um dos soberanos mais famosos da dinastia dos faraós.

O túmulo permaneceu intacto por quase quatro milênios, enterrado no vale de Qubbet el-Hawa, região sepulcral do Antigo Império Egípcio. Os objetos encontrados serão estudados por arqueólogos e especialistas em egiptologia antes de serem expostos no museu local.



Fonte: Gizmodo
[http://es.gizmodo.com/descubren-una-tumba-egipcia-de-hace-3-800-anos-con-una-1793800646]



Site fonte: Gizmodo



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segunda-feira, 15 de maio de 2017

Índios da América e da Sibéria falavam o mesmo idioma


Índios da América e da Sibéria falavam o mesmo idioma



Descoberta confirma que migração ocorreu por ligação de terra entre a Ásia e a América.


Em 2012, os cientistas já tinham conseguido estabelecer uma relação genética entre os nativos da América do Norte e as aldeias indígenas da república russa de Altai, na Sibéria. Porém, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Georgetown, em Washington D.C., deu um passo além ao descobrir também uma conexão linguística entre eles.



Tribo Na'dene


Utilizando uma técnica de filogenética linguística, os pesquisadores conseguiram relacionar as línguas na-dene, comuns entre os antigos habitantes da América do Norte, às línguas ienisseianas, características das aldeias da Sibéria Central.



Essa descoberta parece confirmar a teoria de migração dos indígenas da Sibéria para a América do Norte durante uma fase de glaciação mundial, quando ainda havia uma porção de terra conhecida como “ponte de Bering”, a qual unia os dois continentes.



Fonte: Daily Mail
(http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2579405/Native-Americans-Russians-share-language-Dialects-reveal-ancestors-migrated-13-000-years-ago.html)



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sábado, 13 de maio de 2017

Relembrando que os cartuchos de Atari foram encontrados em deserto americano após escavação


Relembrando que os cartuchos de Atari foram encontrados em deserto americano após escavação



Jogos foram enterrados durante a crise que a empresa enfrentou nos anos 1980


Esta semana estávamos conversando sobre as lendas dos games, então lembramos que uma das maiores lendas urbanas do mundo dos games que foi confirmada no sábado do dia 27/04/2014.

Após uma escavação no deserto do Novo México, nos Estados Unidos. Cartuchos dos jogos E.T - O extraterrestre e Pac-Man do videogame Atari 2600 foram encontrados enterrados, comprovando que de fato a empresa usou a estratégia de dar sumiço nos produtos que encalharam nas prateleiras.



Atari Video Computer System
More Games - More fun / Mais Jogos - Mais Diversão


Estima-se que a Atari enterrou milhões de cartuchos de ET - O extraterrestre, lançado em 1982 e considerado um dos piores jogos da história pelos fanáticos pela marca. Apesar de a marca ter pago cerca de U$ 25 milhões pelo direito de produzir um cartucho baseado no filme de Steven Spielberg, o
game tinha poucas referências visuais ao jogo e era quase impossível de se jogar. Ele é considerado um dos responsáveis pela crise sem retorno que acometeu uma das pioneiras dos jogos eletrônicos.



A Lenda era REAL


O fracasso comercial fez a Atari decidir enterrar as fitas que hoje são consideradas raridades. Até aquele sábado, não havia a confirmação da lenda. O processo de busca pelo tesouro escondido está ocorrendo em função de um documentário produzido pela Microsoft era para ser lançado no console Xbox. De acordo com os produtores que acompanharam as escavações, foram achados, além dos cartuchos, manuais, controles e outros itens. Outros títulos como Centipede, Space Invaders e Asteroids também estariam no bolo.



Foto: Microsoft/divulgação

A derrocada da Atari se iniciou na primeira metade da década de 1980. Em determinado momento, a empresa recebeu de volta mais de 3 milhões de cópias de ET. A confiança da empresa em si mesmo era tanta até este momento de crise que foram feitas 12 milhões de cópias de Pac Man sendo que haviam apenas 10 milhões de donos do modelo 2600 naquele momento (a expectativa — que não se concretizou — era vender outros 2 milhões de consoles junto com o jogo).



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sexta-feira, 12 de maio de 2017

Todos na Terra foram atingidos pela radiação de Fukushima


Todos na Terra foram atingidos pela radiação de Fukushima



Uma nova pesquisa mostra que o acidente nuclear de Fukushima, em março de 2011, teve efeitos globais: todo mundo no planeta, inclusive eu e você, recebeu uma descarga de radiação proveniente do desastre.


Na época, a usina foi atingida por um tsunami causado por um intenso terremoto e teve três de seus seis reatores afetados.

O principal elemento radiativo liberado foi o césio-137, que, atualmente, está praticamente concentrado nos oceanos e nas calotas polares. Porém, novos estudos mostram que uma parte dessa radiação se espalhou pelo globo terrestre, atingindo todos os seres vivos. Só que isso não é motivo para pânico: os pesquisadores concluíram que cada pessoa recebeu o equivalente à dose de radiação liberada em um exame de raio X.



Fukushima - Área de contaminação


Quem garante que não devemos nos preocupar com isso é o pesquisador norueguês Nikolaos Evangeliou, que expôs a descoberta de sua equipe em uma convenção anual que aconteceu em Viena, na Áustria. A maior parte dos dados coletados veio através de estações ao redor da Terra que monitoram os níveis de radiação no ambiente.



Imagem de 16 de março de 2011, cinco dias após a usina ser danificada pelo tsunami


Já o efeito biológico dessa radiação foi medido através da unidade chamada sieverts. Acredita-se que cada pessoa na Terra recebeu 0,2 milisievert (mSv) de radiação proveniente do desastre de Fukishima – algo muitíssimo baixo, se pensarmos, por exemplo, que anualmente cada britânico recebe 2,7 mSv e que cada radiografia padrão de tórax libera 0,1 mSv.

Até mesmo uma tomografia computadorizada ter um efeito radioativo muito maior, na casa dos 15
mSv. E ainda assim todos esses valores estão longe de ser algo preocupante, já que doenças causadas por radiação necessitam de 1.000 mSv (1 Sv) para se manifestarem. Caso você fosse exposto a um valor tão alto, teria náuseas e vômitos, podendo inclusive sobreviver se recebesse o tratamento adequado a tempo.



Nuclear Fallout Map

Durante o acidente nuclear, 300 mil pessoas foram evacuadas das áreas mais próximas à usina, para não sofrerem com os efeitos da contaminação. No momento do desastre, ninguém morreu devido aos efeitos radiativos, apesar de que habitantes de regiões próximas, principalmente no Japão, foram os mais afetados: acredita-se que muitos receberam doses de até 5 mSv, ou seja, 50 vezes mais do que eu e você, mas ainda pouco para causar algum estrago.



Áreas próximas ao desastre receberam uma carga maior de radiação



FONTE(S) IFLSCIENCE/KRISTY HAMILTON
(http://www.iflscience.com/health-and-medicine/fukushima-disaster-gave-everyone-on-earth-an-x-ray-dose-of-radiation/)



Fukushima disaster gave everyone On Earth An X-ray Dose Of Radiation
Site fonte - iflscience



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sexta-feira, 12 de maio de 2017

O caso "real" de um homem que acordou do coma no ano 3906


O caso "real" de um homem que acordou do coma no ano 3906



Relatos do futuro mostram que o salto evolutivo da raça humana só vai acontecer daqui a 1.365 anos!


Em 1921, Paul Amadeus Dienach contraiu uma encefalite letárgica que o deixou em coma por um ano. Ao acordar, ele era capaz de lembrar detalhadamente sua vida no futuro. O professor de origem alemã explica em seu diário como sua consciência foi transportada para o ano de 3906, quando ele
conheceu o futuro da humanidade.



Paul Amadeus Dienach e sua visão do futuro em 3906


Anos depois, seu diário foi publicado por um discípulo. Embora muitos considerem a obra um mero produto da imaginação exagerada de Dienach, vários grupos maçônicos acreditam que o texto é um relato fidedigno do que será o mundo no futuro.



Chronicles from the Future
The amazing story of Paul Amadeus Dienach


Segundo o professor, até o ano de 2300, o planeta Terra será atormentado pela superpopulação.
Depois, uma Guerra Mundial Total diminuirá drasticamente a população do planeta, e um regime global será instaurado.



Crónicas do futuro - Um viajante do tempo


Após 10 séculos de trevas, por volta de 3382, a humanidade experimentará um salto evolutivo que trará a paz e o bem-estar. A propriedade privada será abolida, e só se trabalhará por dois anos durante toda a vida.



Profecias e visões de acontecimentos futuros - Paul Amadeus Dienach


Fonte: Código Oculto
(http://codigooculto.com/2015/10/cronicas-del-futuro-un-viaje-en-el-tiempo-mantenido-en-secreto-por-los-masones/#axzz4gDMJAG6y)



Site fonte - Código Oculto



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sexta-feira, 12 de maio de 2017

Encontrada escultura antiquíssima da avó de Tutancâmon


Encontrada escultura antiquíssima da avó de Tutancâmon



Obra que representa a rainha Tiye, feita em alabastro, tem cerca de 3.400 anos de idade!


Uma equipe internacional de arqueólogos descobriu, enquanto trabalhava no templo funerário do rei egípcio Amenófis III (localizado na região de Luxor, na margem leste do rio Nilo, no Egito), uma grande estátua que corresponderia à rainha Tiye, avó paterna do grande faraó Tutancâmon.



A Núbia Rainha Tiye - Grande esposa real de Amenhotep III,
usa uma peruca curta de estilo Núbio


A escultura, uma representação em pequena escala da bela governante, tem cerca de 3.400 anos de idade. Segundo o Ministério de Antiguidades do Egito informou em um comunicado, a descoberta ocorreu acidentalmente, quando a equipe de pesquisadores estava examinando uma estátua de Amenófis III, cônjuge da rainha em uma época de grande prosperidade para o antigo império.



Estatuas de Tiye e Amenhotep


A obra ainda conserva cores originais e foi feita em alabastro. O ministro egípcio de antiguidades, Khaled El-Enany, afirmou que a escultura é “bonita, distinta e única”.

A rainha Tiye morreu por volta de 1340 a.C.. Ela governou durante a XVIII dinastia e é considerada uma das mulheres mais carismáticas de toda a história do Antigo Egito.

Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/234193-hallar-egipto-estatua-abuela-tutankamon)



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Picatrix - o livro mais antigo de astrologia e magia


Picatrix - o livro mais antigo de astrologia e magia



Além da conexão cósmica, livro incentiva o consumo de algumas ervas psicoativas "favoráveis à clarividência".


No século XIII, o rei de Leão e Castela, Afonso X (conhecido também como Afonso, o Sábio) mandou traduzir para o castelhano e para o latim um misterioso grimório de magia oriundo do Oriente Médio, conhecido como Picatrix. A tradução em latim ganhou uma popularidade notável na Europa entre os séculos XV e XVIII.



The Picatrix - Liber Atratus
Translated by John Michael Greer & Christopher Warnock


O manual, cuja autoria é atribuída ao ocultista e sábio árabe Maslama al-Majriti, reúne vários conhecimentos de astrologia, magia talismânica e numerologia. Em suas páginas, é possível encontrar também um compêndio de fórmulas mágicas, nas quais são utilizados ingredientes poderosos como o ópio, o haxixe e outras plantas psicoativas, cujo consumo induziria a estados alterados e favoráveis à clarividência.

No livro, são detalhados vários feitiços que utilizam a força dos planetas. Além disso, o Picatrix explica como entrar em contato com espíritos poderosos e fazer uso de seus poderes. Para tal, recomenda o uso de sangue, saliva, urina, cera de ouvido e outras excreções do corpo humano.



Fonte: Super Curioso
(https://supercurioso.com/picatrix-el-grimorio-para-obtener-energia-de-los-planetas-y-otras-cosas-menos-agradables/)



Picatrix - L'échelle pour l'enfer - La Volte
Valerio Evangelisti



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terça-feira, 9 de maio de 2017

A Gibiteria Barbáras e Magia Deixou saudades


A Gibiteira Barbáras e Magia Deixou saudades



Ontem estava lembrando de um acontecimento muito triste para o público de FC e quadrinhos do Rio de Janeiro, lembrando que depois de décadas nos trazendo alegria, magia e fantasia com seus produtos a Gibiteria e Bárbaras Magias fechou suas portas em julho de 2014.


Eu conheci a loja através de um amigo de escola, que até está sumido, na década 90. Eu estava no primário. Gostávamos muito dos RPG, combustível para as nossas conversas quase intermináveis, rolinhos em código morse deixava tudo muito fácil de conversar sem ninguém saber.



Lobisomem - O Apocalipse - Werewolf - Storie Telling


Juntos conhecemos o RPG e me tornei um apaixonado por isso. Minhas duas paixões me levaram a ser um frequentador assíduo, primeiro da banca do Osny na Rio Branco, e o e depois da Gibiteira que era no segundo andar do edifício Avenida Central.



AD&D - Monstrous Manual - Meu primeiro livro importado


Lá tornou-se um "point" não só para nós, como para muitos outros. Os olhos de todos brilhavam ao entrar na loja. Tinha livros, quadrinhos, brinquedos, modelismo, coisas que você não via e não vê em livrarias e lojas normais.



AD&D - Livro do Jogador (primeiro livro em Português)


Na época eu não entendia, mas hoje compreendo que era um hobby caro e por isso não era tão popular. Sem querer ser pedante, temos que admitir que quem não gosta de ler e raciocinar um pouco e quer tudo pronto, dificilmente vai ter um hobby, porque hobby que se preze tem que dar trabalho e tem que te forçar a pesquisar.



AD&D - Forgotten Realms - Campaign Setting (Primeiro mundo em Inglês)


Os recursos financeiros de um adolescente que fazia uns bicos em instalações elétricas, e ganhava um dinheirinho do pais quando eles podiam, parte disto ia para a loja na época. Era um tempo bom!



Shadowrun - Fasa Corporation (Ficção, Magia, alta tecnologia em um só RPG)

Comprei muitos quadrinhos e uma enorme pilha de livros, na maioria de RPG, Advanced Dungeons And Dragons era o que bombava na época. Mas eu já tinha predileção por FC e terror então investi em Shadowrun, Werewolf e AD&D. E pra super-herói gostava do Marvel Super Heroes.



Mulheres Machonas Armadas até os Dentes - DEVIR


Lembro quando a Abril comprou os direitos do AD&D e traduziu, já começou errando, não na qualidade dos livros que eram de luxo, mas erros de troca de páginas e tabelas importantes que precisou imprimir erratas.



Dragão Brasil Especial - Defensores de Tóquio


Nessa história de comprar livros dessa maneira, eu aprendi muita coisa sem querer. Aprendi Inglês, pois comecei num cursinho no colégio, mas a minha paixão por D&D original que foi o combustível pra aprender de verdade. Estudava a língua pra ler os diálogos dialogos e ambientações, e isso me rendeu as maiores notas em língua estrangeira. Aprendi a ser autodidata, já que você tinha que ler as regras de RPG, as histórias do jogo, e as referências históricas reais para montar os jogos, e era difícil ter alguém pra perguntar ou te ensinar isso.



RPG - Aventuras Fantasticas - Steve Jackson


Aprendi a redigir e escrever melhor montando os roteiros para os jogos dos quais era mestre. O RPG e os quadrinhos só me deram frutos bons. É claro que a educação de casa também valeu muito e me ensinou que jogo é jogo isso não pode se misturar à vida real.



Aventuras Fantásticas - Livros Jogos - Steve Jackson e Ian Livingstone


Eu olho pra trás e como disse o RPG e os quadrinhos foram muito benéficos para a minha vida. Aprendi muita coisa através deles. Agradeço aos donos da Gibiteria, e aos seus funcionários (alguns não tão amistosos mas a maioria gente fina), que durante tantos anos tornaram a paixão deles a nossa, através de sua loja permitiram a mim e tantos outros sonhar, usar a imaginação e viver muitos momentos inesquecíveis, ao virar de páginas, ao baixar de cartas e ao rolar de dados.



Aventuras Fantasticas - A Cidadela do Caos - Steve Jackson


Chegamos a gravar campanhas em fita k7, mas se perderam no tempo, tenho ainda algum material que digitei na época, que fica como boa recordação de um tempo produtivo, corrido mas feliz.


RPG Gurps - Módulo Básico


E você? Conheceu a loja? Conte-nos suas lembranças e histórias. Comente!



Vampire - A Máscara - Storie Telling



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sábado, 6 de maio de 2017

Veja o que destruiu a atmosfera - e possivelmente a vida - de Marte


Veja o que destruiu a atmosfera - e possivelmente a vida - de Marte



Nosso vizinho não foi sempre o planeta árido e gelado que conhecemos. Há muito tempo, possuía oceanos, atmosfera e, muito possivelmente, vida microbiana. O que foi que aconteceu então?


De acordo com uma pesquisa realizada por cientistas da NASA a partir de dados coletados pela sonda MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile Evolution Mission), a causa da “morte” de Marte foi a mesma que permite a existência de vida na Terra: o Sol.



Marte / Planeta / Luas: Fobos, Deimos


Segundo os pesquisadores, a radiação intensa emitida por uma estrela jovem, como era o Sol naquele momento, foi destruindo aos poucos a atmosfera de Marte, fazendo com que ela desaparecesse nos primeiros bilhões de anos do nosso Sistema Solar.

Eles chegaram a essa conclusão após analisar a concentração do gás argônio nas camadas superiores da atmosfera marciana – trata-se de um gás que não reage quimicamente com outras substâncias e só podia desaparecer ao ser impulsionado pelas partículas do vento solar.



Para Bruce Jakosky, o cientista responsável pela MAVEN, isso não ocorreu na Terra por causa do campo magnético global que faz com que o vento solar fique a uma grande distância do planeta.

Fonte: Playground Mag
(http://www.playgroundmag.net/noticias/actualidad/NASA-Marte-Sol-muerte_0_1947405264.html)



Site fonte: playgroundmag



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sexta-feira, 5 de maio de 2017

Veja o que a ciência tem a dizer sobre os lendários zumbis do Haiti


Veja o que a ciência tem a dizer sobre os lendários zumbis do Haiti



Os assustadores relatos de mortos-vivos são reais ou não passam de ficção?


Desde a publicação, em 1929, de “The Magic Island”, um livro sobre viagens ao Haiti do escritor norte-americano William Seabrook, a fama dos zumbis não parou de crescer no mundo ocidental. Tanto que vários cientistas realizaram trabalhos de campo na ex-colônia francesa para tentar determinar a verdade por trás dos misteriosos mortos-vivos.



Clairvius Narcisse - drogado, queimado e depois desenterrado


Na década de 80, o antropólogo canadense Wade Davis propôs, após conseguir testemunhas em primeira mão de diferentes sociedades secretas do local, que a zumbificação era causada pela administração de veneno de peixes baiacu. Os castigos seriam impostos em áreas rurais, afastadas do domínio do estado, às pessoas que transgrediam leis comunitárias, sendo transformadas em trabalhadores involuntários. Entretanto, as análises químicas não indicaram traços do poderoso veneno na poção dada pelos bruxos da região.



Em 1997, o antropólogo britânico Roland Littlewood e o médico Chavannes Douyon viajaram à ilha para estudar o fenômeno. Após realizarem diversos testes em supostos mortos-vivos, eles chegaram à conclusão de que se tratavam de indivíduos com patologias mentais, como a esquizofrenia catatônica.

Outros pesquisadores acreditam que o zumbi representa simplesmente uma metáfora para a escravidão.

Fonte: Agencia Sinc
(http://www.agenciasinc.es/Reportajes/Lo-que-la-ciencia-sabe-de-los-zombis)



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sexta-feira, 5 de maio de 2017

Terapeutas estão usando Dungeons and Dragons para fazer jovens se abrirem


Terapeutas estão usando Dungeons and Dragons para fazer jovens se abrirem



Adam Davis, co-fundador do grupo de terapia Wheelhouse Workshop, que usa o jogo Dungeons and Dragons (D&D) como ferramenta, acredita que as crianças com problemas de socialização não estão sendo atendidas da melhor forma no sistema tradicional.


Para ele, os profissionais que trabalham com a criança não deveriam perguntar “por que você não está fazendo sua lição de casa?”, e sim “quem tem o machado? Que tipo de mago você quer ser?”.

Davis trabalha em um consultório em Seattle (EUA), e tem conseguido bons resultados com crianças que não parecem cooperativas com os pedagogos da escola. Ele e seu sócio Adam Johns criam jogos do D&D que envolvem menos lutas em masmorras e mais terapia com dragões.



Um dos casos atendidos por Davis foi o de Frank (este não é o nome real), um adolescente alto e magro que falava tão baixo que sua voz mais parecia um sussurro. Na escola, ele se sentava de forma que usava as pernas para esconder o rosto. Ele não queria ser visto e não gostava de ocupar espaço. Os pais então decidiram inscrevê-lo no programa.



“O personagem que ele escolheu foi um anão bárbaro. Ele falava alto e era folgado. Esta foi uma oportunidade óbvia para este garoto brincar com características que não eram as suas”, relembra Davis. Ele pediu ao menino que se sentasse como seu personagem faria, sendo espaçoso e batendo os cotovelos na mesa. Dessa forma, Frank conseguia experimentar novos modos de agir.

Além do Wheelhouse Workshop, há pelo menos seis outros grupos de terapia semelhantes espalhados pelos Estados Unidos. Usar interpretação de personagens como parte da terapia não é novidade, um tipo bastante usado é pedir à pessoa que se comporte como seus pais ou amigos, para que seja possível visualizar a situação por outra perspectiva.



Mas nem todas as pessoas se sentem à vontade para interpretar, especialmente crianças e adolescentes. Por isso, o tema do RPG e sua característica que exige a colaboração de todos os participantes acabam ajudando. Cada jogador tem uma especialidade, por exemplo se comunicar com dragões, e por isso chegará o momento em que só ele pode salvar o grupo da situação. Isso faz com que o participante sinta-se importante.



Outra vantagem do jogo na terapia é que crianças que são socialmente isoladas podem gostar de acabar com alguns dragões depois de um dia ruim na escola. “Para alguém que nunca sai de casa a não ser para ir para a escola, ouvir de um colega ‘preciso da sua ajuda para abrir este cadeado’ faz uma tremenda diferença”, diz Johns.


Jogo de consequências



Outro grupo que usa RPG na terapia é o Bodhana Group, que fica na cidade de Ephrata, na Pensilvânia. Jack Berkenstock trabalhou com crianças por 23 anos, até que começou a ajudar adolescentes e jovens internados em um estabelecimento educacional. Foi aí que ele começou a usar o D&D para trabalhar com os garotos. “Começamos a ver meninos que tinham problemas familiares trazendo isso para o jogo. Isso se chama ‘sangrar’; quanto da sua identidade pessoal impacta o personagem que você está interpretando?”, explica ele.



O que diferencia uma sessão de terapia de um RPG comum é a intenção. O terapeuta deve ser cuidadoso ao projetar jogos em que as ações dos jogadores tenham consequências. Por exemplo, ele não protegeria um jogador que é muito impulsivo de cair na toca de um dragão. Se o personagem fica seriamente ferido por causa dessa ação impulsiva, essa é a repercussão natural do jogo. Se um jogador decide destruir o vilarejo de orcs, o terapeuta faz questão de mostrar as consequências que aquelas ações trouxeram para as crianças orcs e suas mães. “Acredito em explorar as consequências em um ambiente em que ninguém se machuque fisicamente”, diz Berkenstock.



Fonte:Kotaku
(http://kotaku.com/therapists-are-using-dungeons-dragons-to-get-kids-to-1794806159/amp)



Site fonte - Kotaku



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quinta-feira, 4 de maio de 2017

5 momentos históricos que acreditávamos serem verdadeiros, mas não são!


5 momentos históricos que acreditávamos serem verdadeiros, mas não são!



Thomas Edison realmente inventou a lâmpada? Houve uma papa mulher? Nero pôs fogo em Roma? Veja algumas respostas!


Histórias passadas de geração a geração contêm frequentemente lendas que se misturam com fatos reais e acabam sendo dadas como verdadeiras, embora não sejam. Estes são alguns dos mitos mais difundidos:

A lâmpada de Thomas Edison: Parece inegável que foi Edison quem inventou a lâmpada. Mas não foi bem assim. Há vários protótipos desenhados por outros inventores e uma patente de 1878 do britânico Joseph Wilson Swan, ou seja, um ano antes de Edison registrar a sua. O mérito de Edison foi introduzir os filamentos de carbono que fizeram de sua lâmpada a primeira a ser comercialmente viável.



As bruxas de Salém: O saber popular relaciona a morte das “bruxas” à temida fogueira, mas isso nunca aconteceu. Dezenove dos vinte condenados à morte por bruxaria no episódio tristemente famoso de Salém (14 mulheres e 6 homens) foram enforcados, enquanto um homem morreu durante a sessão de tortura do interrogatório preliminar.



A Papisa Joana: É parte do imaginário coletivo, mas nunca existiu de fato uma mulher papa. Trata-se apenas de uma lenda que foi difundida ao longo dos anos a partir de uma crônica do século XIII do dominicano Martinho de Opava, que a situava no período turbulento em que o cardeal Anastácio Bibliotecário serviu como antipapa. Porém, entre a morte de Leão IV e a nomeação de seu sucessor, Bento III, passaram-se menos de 3 meses.



Lady Godiva: Por mais enraizada que esteja no imaginário popular, essa bela mulher de longos cabelos nunca montou nua um cavalo em prol dos desfavorecidos. É provável que a lenda tenha tido base no caráter generoso e nos atos costumeiros em favor dos pobres que ela e seu marido Leofrico manifestaram ao longo de suas vidas.



Nero e o incêndio de Roma: O relato de que Nero assistiu ao incêndio de Roma acariciando uma lira é simplesmente falso. Segundo o historiador romano Tácito, que viveu nessa época, Nero não estava em Roma, mas em Anzio, a 42 km de distância. Porém, ele retornou à cidade para ajudar financeiramente a apagar o incêndio e dar refúgio os afetados. Roma procurava um culpado e escolheu Nero que, por sua vez, jogou a culpa nos cristãos.



Fonte: Super Curioso
(https://supercurioso.com/5-mitos-historicos-desmentidos/)



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quarta-feira, 3 de maio de 2017

Inferno no Paraíso - Natureza



Inferno no Paraíso - Natureza



Até o início da década de 90, o vulcão Soufrière nunca havia perturbado a ensolarada tranqüilidade da Ilha de Montserrat, no Caribe. Aí, passou a espirrar fumaça e a juntar lava nos subterrâneos até explodir em agosto de 1997, arrasando o pequeno éden caribenho.



Ilha de Montserrat / Haiti / Porto Rico / Mar do Caribe



A destruição pelo vento vulcânico
Em julho de 1995, o vulcanólogo Rick Hoblitt, do Levantamento Geológico dos Estados Unidos, fazia uma visita de rotina ao vulcão Soufriere, na Ilha de Montserrat, no Caribe, que desde 1991 dava sinais de agitação. "Mas em 1995 percebi que ele ia estourar", contou Hoblitt. "É que o solo começou a tremer de forma ritmada, indicando que tinha muita lava tentando abrir caminho entre as rochas lá embaixo."


A mais de 60 quilômetros por hora, o vento vulcânico se aproxima
para engolir Plymouth a capital de Montserrat


A massa ardente acumulou força até explodir. Primeiro, no final de 1996 e depois, com mais violência, em agosto passado. Curiosamente, a ameaça maior não partiu da lava, que, segundo a geofísica Marta Mantovani, da Universidade de São Paulo, é o menor dos perigos numa erupção. "Como ela segue rotas definidas, não é difícil evitá-la", disse ela.

E assim foi com o Soufrière. Em seus ataques, o perigo rápido e mortífero tomou a forma de uma ventania terrível, jorrando da cratera entre 60 e 200 quilômetros por hora. Aí, não houve como evitar o risco, pois as cinzas, poeira e gases, a mais de 500 graus Celsius, espalham-se em direções imprevisíveis, com impulso bastante para derrubar paredes de 1 metro de espessura. Pior: ao grudar e solidificar sobre a pele, transformam cidadãos em múmias instantâneas. Foi esse tufão vulcânico que expulsou os 15 000 habitantes desse paraíso tropical que é Montserrat. Em agosto, tiveram que largar tudo e fugir.



Substâncias tóxicas envenenaram florestas e provocaram chuva ácida



Cogumelo atômico
A coluna densa de fumaça e rochas trituradas, com 9 quilômetros de altura, lembra uma detonação nuclear


Um rio de lava com 500 metros de largura
O Soufrière pertence a uma categoria de vulcões que não derrama grandes volumes de lava. Ele é do tipo que ejeta colunas pesadas de cinzas, poeira, vapor e gases de enxofre. Em novembro de 1996, deu a primeira demonstração de seu estilo, com um espetáculo de detonações que durou 46 minutos sem interrupção. Em junho de 1997, passou também a produzir bombas, que são fragmentos de rocha aquecidos a 800 graus Celsius e arremessados a 6 quilômetros de altura. Velocidade: 500 quilômetros por hora.


Soufriére é estratificado

Mas o Soufrière também criou seus rios de pedra derretida. O maior deles chegou a ter 500 metros de largura. Em alguns lugares, a torrente cavou buracos de 25 metros de profundidade e, em outros, acumulou-se e endureceu na forma de blocos de até 15 metros de altura. De maneira geral, porém, a lava comportou-se bem: correu direto para o mar. Não foi preciso direcioná-la com trincheiras e barricadas.



Silício, Magnésio e ferro, derretidos a uma temperatura de 1200 graus Celsius


Segundo os especialistas, a lava do Soufrière contém pouco silício e deveria correr bem liquefeita. Mas em Montserrat as rochas não estavam totalmente fundidas: uma parte da torrente havia sido apenas amolecida pelo calor. Como resultado, a lava ganhou um aspecto espesso, rolando lentamente encostas abaixo e solidificando-se relativamente rápido. Em resumo, o que as rochas das profundezas fizeram foi uma cirurgia plástica na ilha, recriando toda a geografia de Monserrat.


A geografia mudou. A capital morreu
Centenas de especialistas, vindos do mundo todo, acompanharam cuidadosamente a agitação do Soufrière desde 1991. Isso ajudou a reduzir o tamanho do desastre. Mesmo assim, parte da população foi surpreendida, e pelo menos nove cidadãos morreram e dezenove ficaram feridos, nos últimos meses. A capital da Ilha de Montserrat, Plymouth, começou a ser abandonada em abril de 1996, mas milhares de habitantes se recusaram a partir até serem forçadas pelas autoridades, em agosto de 1997. Foi bem a tempo, pois nesse mês Plymouth seria completamente arrasada e até a sede do governo teve que ser transferida para Salém, pequena vila distante do perigo.



A erupção entupiu o mar


A lição é clara: a ameaça dos vulcões não vem deles mesmos, mas de sua proximidade com áreas povoadas. Das 1 500 crateras ativas no mundo, quase todas ficam em áreas assim. Algumas, perto de formigueiros como Tóquio e a Cidade do México. No total, 500 milhões habitam focos de atividade vulcânica. É compreensível, pois a lava tende a aplainar os terrenos vizinhos e a carregá-los de substâncias fertilizantes.


No auge, 500 mil metros cúbicos de cinzas foram depositados sobre a ilha num único dia


Também é natural que a população resista a abandonar seus lares. Afinal, um vulcão pode emitir todos os sinais de catástrofe e simplesmente voltar a dormir. Mas, na dúvida, a saída é fugir. Mesmo que seja de um paraíso historicamente tranqüilo, como Monserrat.


Para saber mais

Volcanoes of the World, T. Simkin e L. Siebert, Geoscience Press

Compreendendo a Terra, G.C. Brown, C.J. Hawkesworth, R.C.L. Wilson, Editora Cambridge



Petrificação imediata



O vento vulcânico chega a atingir uns 100 quilômetros por hora.
Envolve o cidadão a uma temperatura de 800 graus Celsius.
As partículas endurecem. A morte sobrevém em 2 minutos.


Anatomia de um monstro vivo



Com 915 metros em seu ponto mais alto, o Soufrière tem várias crateras.
A caldeira é um local em que o magma dá um tempo antes de explodir.
No clímax, o volume de material ejetado em um dia alcançou o equivalente a 768 milhões de litros.
O duto principal, com 50 metros de diâmetro, traz a lava até a superfície.
A câmara magmática, a 6 quilômetros de profundidade, alimenta o vulcão.


Planeta em ebulição



1. Kilauea, Havaí. Em agitação permanente, ameaça estourar.

2. Etna, Itália. Não adormece por completo desde os tempos de Cristo.

3. Sheveluch, Rússia. Recentemente dividiu-se em duas crateras.

4. Karymsky, Rússia. Sempre coberto de cinzas.

5. Adatara, Japão. Causou quatro intoxicações em 1997.

6. Semeru, Indonésia. Mais de 500 vítimas desde 1967.

7. Ruapehu, Nova Zelândia. Exala vapores mortais.



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terça-feira, 25 de abril de 2017

SITE LISTA 10 EMPRESAS ALIMENTÍCIAS QUE PODEM ESTAR TE ENVENENANDO


SITE LISTA 10 EMPRESAS ALIMENTÍCIAS QUE PODEM ESTAR TE ENVENENANDO



Coca, Pepsi, Sucrilhos, Catchup Heinz, até Häagen-Dazs entraram na lista.

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Que cada besteira industrializada que você come tira uns meses da sua vida você já sabe, mas e se existissem empresas que colocam coisas na comida que podem realmente te envenenar?

Aquela lasanha congelada de ontem já não parece mais tão apetitosa, né?

O site Anti-Media fez uma lista com 10 empresas que podem acabar com a sua saúde aos poucos, sem você nem perceber. Se liga!

***


1. Coca-Cola
Por essa, você já esperava, né? Já parou para pensar especificamente o que faz tão mal na Coca-Cola? Bem, ela tem mais de 6 aditivos químicos que podem acabar com a sua saúde:

E150D: é um corante;

Ciclamato de Sódio: um açúcar sintético que foi banido em 1969 e novamente permitido uma década depois;

Acessulfame de Porássio: 200 vezes mais doce que açúcar e muito viciante – faz mal para o sistema cardiovascular e nervoso.

Aspartame: um substituto do açúcar ligado a tumores no cérebro e outras doenças neurológicas e respiratórias

Ácido Ortofosfórico: que pode causar irritação da pele e dos olhos

Benzoato de Sódio, que de acordo com estudos danifica até mesmo o DNA.

Além disso tudo, nosso corpo muda de comportamento logo depois de consumir Coca-cola...


Coca-Cola


2. Nestlé
A Nestlé é uma das três empresas que utilizam OGMs (Organismos Geneticamente Modificados) em sua fórmula para produtos infantis, e já usou até mesmo um veneno industrial chamado melamina, substância que deixou pelo menos 50.000 crianças chinesas doentes em 2008.

Nem os cachorros se salvam. A Purina, que também é da empresa, foi processada por utilizar propileno glicol – uma toxina animal e componente de produtos automotivos – em sua ração para cães.

Depois de 3.000 animais ficarem doentes, a Purina respondeu que o composto é aprovado por lei e também está em alimentos humanos!


Nestlé



3. Kellogg’s
Após gastar mais de 1 milhão de dólares em ações a favor do uso de OGMs e matérias não orgânicas nos EUA, a empresa foi boicotada em todo o país por ser contra o uso de etiquetas que indicassem a presença dos produtos químicos.

O boicote não resultou em nada, e atualmente os produtos da Kellogg’s contém milho 100% geneticamente modificado, com traços de glifosato (um herbicida sintético que pode causar câncer) e toxinas.

Pelo jeito ela não desperta só o tigre em você.


Kellogg's



4. PepsiCo
Seguindo os passos de sua colega Coca-Cola, a Pepsi prometeu mudar sua fórmula após uma lei da California obrigar as empresas a colocar avisos de carcinogênicos em bebidas leves. No entanto, a maioria dos produtos da Pepsico ainda contém o componente 4-Mel, ligado ao câncer em humanos.

A companhia também é contrária às etiquetas indicando os OGMs, e um estudo de 2014 comprovou ainda que a Pepsi tem mais frutose do que se acreditava.

Lembrando que a empresa é responsável por produtos como Ruffles, Doritos, Fandangos, além claro, dos refrigerantes.


Pepsico



5. Hershey’s
Assim como outras empresas produtoras de chocolate, a Hershey’s descobriu recentemente que tem níveis inseguros de chumbo em sua composição, o que pode levar a problemas neurológicos e de aprendizado, além de cádmio, substância que afeta o sistema reprodutor, o fígado, os rins e até os ossos.

A empresa já gastou mais de 1 milhão de dólares para garantir que ninguém saberá se eles utilizam ou não OGMs em seus produtos. Os doces mais populares deles contém muitos ingredientes modificados, fato que eles preferem e esperam que continue desconhecido.


Hershey's



6. ConAgra Foods
A ConAgra Foods imprime em suas embalagens a frase “Feito somente com ingredientes naturais”, e o slogan deles segue a mesma linha: “Fazendo a comida que você ama”. A empresa já foi considerada culpada por violações ao código de saúde e por causar contaminações bacterianas, que em alguns casos foram ligadas até a mortes.

Eles também omitiram que utilizavam organismos geneticamente modificados (OGMs) em seus produtos.

Em 2003, foi revelado que durante 2 anos a ConAgra envenenou os americanos com carnes contaminadas com a bactéria Escherichia Coli (causadora de diarreia e problemas estomacais), e que a USDA – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos – acobertava o fato.

Lembrando que no Brasil, essa empresa é responsável por produtos como a pipoca Act II e os molhos Hunt´s.


ConAgraFoods



7. General Mills
A General Mills utiliza em seus produtos um componente chamado Fosfato Trissódico para dar uma levantada no sabor. Essa substância é comum em congelados, e também é utilizada em produtos de limpeza industrial.

No entanto, a empresa parece estar tranquila com isso, pois segundo eles “muito pouco da substância é utilizado”. Então tá sussa, né?

Até este ano, eles usavam ainda o BHT (hidroxitolueno butilado) – que é comprovadamente tóxico – e OGMs em praticamente todos os seus produtos, o que fez com que fossem duramente criticados novamente. A empresa faz campanhas para que o uso desses organismos não precise ser discriminado em etiqueta.

Lembrando que no Brasil, a empresa é responsável por produtos como os sorvetes Häagen-Dazs e os “naturebas” da Nature Valley.


General Mills



8. Kraft Foods
O Mac N’Cheese da Kraft faz muito sucesso nos EUA, e sua cor dourada é algo que atrai muito os consumidores. Essa coloração é resultado do uso do corante artificial “Amarelo n°6”, que já foi relacionado à hiperatividade, asma, problemas de pele e até câncer. Em 2013 a Kraft foi pressionada e removeu o componente.

A empresa também esconde que utiliza OGMs, e luta contra as regras de etiquetar os produtos indicando ingredientes perigosos. Em março de 2015 a Kraft realizou um recall de 6,5 milhões de caixas de Mac N’ Cheese pois alguns deles continham fragmentos de metal!

No Brasil, a empresa é responsável por produtos como Belvita, Bis, Bubbaloo, Chiclets, entre outros.



Kraft



9. Campbell’s
As sopas da Campbell’s (sim, aquela do quadro!) esteve presente na vida dos americanos por décadas. Porém, a empresa foi processada por esconder a presença dos OGMs e por dizer que seus produtos eram leves em sódio, quando na verdade eles contém muito mais do que os alimentos comuns.

Cada xícara de sopa Campbell tem 850mg de sódio! Isso significa que, a não ser que esta sopinha seja sua única refeição no dia, você corre riscos de ter ataques cardíacos, diabetes e pressão alta.

E além disso, a empresa ainda forrava suas latas de resina com um componente químico tóxico chamado BPA, que já foi atribuído como causa de diversas enfermidades, como diabetes tipo 2, cânceres de mama e próstata, infertilidade e obesidade, de acordo com a Breast Cancer Fund.

A empresa retirou isso de suas embalagens recentemente, após muita pressão popular e de órgãos americanos ligados à saúde.


Campbell's


10. Heinz
Recentemente a Heinz perdeu um processo que a acusava de propaganda enganosa. As embalagens diziam que os produtos que continham OGMs eram 100% naturais.

Além disso, os produtos da empresa contém ingredientes como suco de tomate concentrado feito de tomates não orgânicos, vinagre destilado, xarope de milho com alto teor de frutose (HFCS), sal e muitos temperos e saborizadores.

Cada pouquinho do catchup da empresa contém pesticidas e um tipo particular de açúcar que não é nada saudável, além do excesso de sal. E agora? O que você vai querer no seu hot dog?


Fonte(s): Anti-Media
(http://theantimedia.org/10-worst-food-companies-that-are-poisoning-you-daily-and-lying-about-it/)


Site Fonte - TheAntiMedia.org


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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Pesquisadores ‘encontram’ mar na região de Ribeirão Preto


Pesquisadores ‘encontram’ mar na região de Ribeirão Preto



Inventário do Patrimônio Geológico Paulista aponta sítio “único no planeta” de sedimentos de microalgas em Santa Rosa de Viterbo


A região de Ribeirão Preto já foi banhada por um mar, que cairia muito bem no forte calor ao qual estamos acostumados. Só que isso foi há 260 milhões de anos. A descoberta foi realizada pelo Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), que publicou o do inventário do Patrimônio Geológico do Estado de São Paulo. O mar em questão era o mar Irati, presente na superfície terrestre no período Permiano médio, registrado de 250 a 290 milhões de anos atrás.



Ribeirão Preto - Município em São Paulo


Um dos principais locais de pesquisa para o levantamento – feito entre 2012 e 2015 - foi encontrado em Santa Rosa de Viterbo, onde foi revelada na extração de uma mina de calcário a existência de estromatólitos gigantes, que nada mais são do que acúmulos de sedimentos do que um dia foram microalgas em águas rasas.

Esses estromatólitos se formam como se fosse uma sobreposição de tapetes, tomando esse formato ao longo de milhões de anos. Geralmente, formações rochosas do tipo são encontradas em diversos cantos do planeta, porém são pequenas comparadas ao que foi encontrado em nossa região.



Mapa - Região Administrativa de Ribeirão Preto


De acordo com os responsáveis pelo levantamento, liderados pela professora Maria da Glória Motta Garcia, esse campo de estromatólitos gigantes, com até 3 metros de altura, é considerado “único no planeta”. A pesquisa ainda teve assessoria do geólogo do Instituto de Ciências da Terra da Universidade do Minho, em Portugal, José Brilha.

O levantamento envolveu uma equipe de 16 pesquisadores, composta por geocientistas da USP, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal da São Carlos (UFSCar), Instituto Florestal e Instituto Geológico do Estado de São Paulo e Universidade Federal do Paraná – além de 13 outros profissionais da área de geociências. O objetivo final do trabalho foi classificar os sítios geológicos pelo valor científico e risco de degradação.



Santa Rosa de Viterbo - SP



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quinta-feira, 20 de abril de 2017

Revista 'Time' elege os '100 mais influentes' de 2017 - Neymar e cientista são brasileiros na lista


Revista 'Time' elege os '100 mais influentes' de 2017 - Neymar e cientista são brasileiros na lista



A revista americana "Time" divulgou nesta quinta-feira (20/04/2017) sua tradicional lista das "100 pessoas mais influentes do mundo". Dois brasileiros são citados: o jogador de futebol Neymar e a cientista Celina Turchi, médica e especialista em doenças infecciosas que teve papel importante na descoberta da relação entre a microcefalia e o vírus da zika.


A lista de 2017 é a 14ª edição da seleção e traz ainda os presidentes Donald Trump (EUA), Vladimir Putin (Rússia), Juan Manuel Santos (Colômbia), Kim Jong Un (Coreia do Norte), Recep Tayyp Erdogan (Turquia) e Rodrigo Duterte (Filipinas), a premiê britânica Theresa May, o fundador do WikiLeaks Julian Assange, o papa Francisco e a filha e o genro do presidente americano, Ivanka Trump e Jared Kuschner.

No ano passado, o juiz federal brasileiro Sérgio Moro foi um dos escolhidos pela Time na categoria Líderes.

Neymar aparece na categoria Ícones, ao lado de nomes como a atriz Viola Davis, o apresentador de TV e drag queen RuPaul e da ginasta Simone Biles.



Neymar / Putin / Celina Turchi


Cada um dos "mais influentes" é apresentado em um texto escrito por outra personalidade - no caso de Neymar, foi o jogador britânico David Beckham que fez a apresentação. Beckham afirma que o brasileiro é humilde, respeitoso e ávido por aprender e está no caminho de se tornar o melhor jogador do mundo.



Cientista brasileira Celina Turchi está na lista das pessoas mais influentes da revista 'Times'; ela teve papel importante na descoberta da relação entre zika e microcefalia


Já o perfil de Celina foi escrito pelo cientista Tom Frieden, que foi o diretor dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) até o início de 2017. Celina já tinha sido escolhida como uma das dez cientistas mais importantes de 2016 pela revista "Nature". A brasileira aparece na categoria Pioneiros.

Para realizar os estudos que colaboraram com o estabelecimento da relação entre o virus da zika e a microcefalia, a cientista da Fiocruz Pernambuco entrou em contato com pesquisadores de todo o mundo para pedir ajuda. Ela formou uma força-tarefa de epidemiologistas, especialistas em doenças infecciosas, pediatras, neurologistas e biólogos especializados em reprodução.

Veja a lista completa no site da Time:
(http://time.com/collection/2017-time-100/)


Os 100 mais influentes em 2017 - site: time.com



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segunda-feira, 17 de abril de 2017

RÁDIO GALENA - Era proibido possuir um rádio em casa


RÁDIO GALENA - Era proibido possuir um rádio em casa



O GALENA
O galena surgiu em 1906, quando um coronel do exército norte-americano, H. H. C. Dunwoody, patenteou o detector de cristal. Consistia num fragmento de galena (sulfeto de chumbo natural), que se ligava a uma antena por meio de um arame fino (bigode de gato).



Cristal de Galena / Bigode de gato


Todo o som transmitido pelo transmissor e captado pela antena, passava pelo cristal e era ouvido através de um par de auriculares.



Rádio Galena


A pedra de galena tem a função de separar a radiofrequência da parte de modulação, fazendo com que chegue ao fone de ouvido somente o áudio. Quando havia só uma estação transmitindo não havia necessidade de sintonizar a frequência. Posteriormente foi acrescentado ao circuito um capacitor variável e uma bobina que conseguiam sintonizar mais de uma emissora.



Pedra de Galena


Os pioneiros radioescutas do mundo todo, inclusive os brasileiros nas décadas de 20 e 30, conheceram as audições radiofônicas através dos galenas, receptores elementares, na maioria de fabricação caseira. Bem mais tarde, surgiram os alto-falantes que, por sua vez, eram cornetas de som, no mesmo estilo das antigas vitrolas e, posteriormente, embutidos nos receptores.



Esquema do Rádio Galena


Até o ano de 1924 a posse de um radinho de galena era contravenção. A prática de recepções radiofônicas no Brasil teve início com o emprego de um pequeno aparelho denominado “GALENA”, constituído de um fragmento desse minério, uma bobina e mais um fio de cobre denominado “bigode de gato”. Sua utilização, entretanto, era proibida pela Lei nº. 3.296, de 10 de julho de 1918, primeiro diploma legal que disciplinou os Serviços de Radiotelegrafia e Radiotelefonia, considerados privativos do Governo Federal.



Um radinho Galena bem caseiro


A vigilância exercida pela Repartição Geral dos Telégrafos, órgão encarregado de fiscalizar o cumprimento da Lei nº. 3.296, levava seus prepostos a apreenderem os “miseráveis galenas”, na expressão de Roquette Pinto. Todavia, seu uso passou em pouco tempo a se expandir clandestinamente no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, sendo instalado até mesmo em automóveis, surgindo o que se chamou de “verdadeira radiomania”.



Surgiu a Radiomania


J. V. Pareto Neto, estudioso das nossas telecomunicações, em artigo publicado na vitoriosa Revista Antenna, fundada por Elba Dias e dirigida por muitos anos por Gilberto Affonso Pena, lembrou que os receptores de galena eram de difícil obtenção e não havia fones. As revistas francesas que aqui chegavam na época ensinavam como construí-los e, por isso mesmo, eram disputadas pelos interessados.



1925 - Surgiu a Radiomania
1924 - Rádio-galena deixou de ser contravenção


O uso do rádio-galena deixou de ser contravenção a partir de 5 de novembro de 1924, com a assinatura do Decreto nº. 16.657, permitindo a qualquer pessoa, mesmo estrangeira, instalar estações meramente receptoras, comprometendo-se o interessado a guardar sigilo absoluto “de toda correspondência rádio-telefônica porventura interceptada pelo seu posto de recepção a ser instalado em sua residência.”



Projeto de Montagem de Rádio de Galena
Como funciona do Rádio de Galena? - Rádio de galena é um receptor extremamente simples e fácil de ser construído. Sua característica mais notável é que não são utilizadas pilhas ou energia da rede elétrica, o circuito simplesmente converte os sinais de rádio captados pela antena em som.
A desvantagem é que ele necessita de uma antena muito grande (um fio de no mínimo 20m de comprimento para uma recepção satisfatória).

O modelo básico possui uma bobina de fio esmaltado que, em conjunto com um capacitor variável sintoniza a emissora desejada. O sinal de radiofreqüência (RF) sintonizado passa então por um retificador que "extrai" o sinal de áudio que modula a portadora de RF. Este sinal de áudio é então aplicado a fones de ouvido de alta sensibilidade (magnéticos de alta impedância ou de cristal). Podem ser utilizados fones comuns ligados ao circuito por meio de um transformador casador de impedâncias.

O tal retificador originalmente era uma pedra de Galena (PbS, sulfeto de chumbo cristalizado), daí o nome do rádio. A Pirita, minério de ferro também funciona. Hoje em dia costumam ser utilizados diodos de germânio
no lugar da galena. O tamanho varia desde uma caixa de fósforos até modelos enormes, feitos com tubos de cobre.



Esquema de montagem do Rádio Galena


Imagine um rádio, que não precisa de pilhas e nem de energia elétrica para funcionar.
No principio da “Era do Rádio”, ainda não existiam os transistores e as válvulas ainda não eram populares, então como faziam nossos avós para receberem os sinais das primeiras estações de radiodifusão?
Os primeiros rádios eram denominados “rádio de galena”, pois tinham como elemento principal à “galena”, um óxido natural de chumbo em forma de cristal, composto por 86,6% de chumbo (Pb) e 13,4% de enxofre (S), com propriedade semicondutora é capaz de detectar os sinais de rádio, e separar o som (voz do locutor, musicas etc.) das ondas de rádio.

Funcionamento: As ondas de rádio são captadas por um grande varal de fio de cobre, (formando uma antena de pelo menos vinte metros de comprimento,) e são trazidas até o receptor, por um fio de descida, ligado ao varal.
Chegando ao circuito, os sinais de rádio encontram uma bobina, que tem a função de fazer a seleção das estações e a partir daí os sinais são levados ao cristal, onde são detectados e separados os sinais de baixa freqüência (sons) dos sinais de alta freqüência (ondas de rádio). Estes sinais de baixa freqüência são então levados a um capacitor onde são eliminados os sinais que não mais interessa e logo em seguida são convertidos em sons no fone de ouvido.
Como não existe amplificação, o som é extremamente baixo. E a qualidade depende fundamentalmente da antena e da potência de irradiação do transmissor, portanto quanto mais próximos estivermos do transmissor ou quanto maior for nossa antena, melhor será a qualidade do sinal.


Esquema básico de um Galena


Montagem do Rádio de Galena: Você vai precisar dos seguintes matérias:
Uma base de madeira;
Um pedaço de cabo de vassoura de madeira;
Fio de transformador esmaltado (as pontas do fio devem ser raspadas antes de enrolar no prego para fixação e ligação ao terminal de terra e antena);
Fio encapado para ligação;
10 Metros de Fio de telefone (FI) para a antena (pode ser encapado);
(Obs desenrole o fio do telefone que vem em par e use as duas parte para emendar e fazer um de 20 metros assim você economiza material.)
Garra jacaré pequena para ligar o terra do rádio, a alguma estrutura metálica;
04 Plug banana fêmea;
04 Plug banana macho;
01 Diodo 1N60 ou similar (de germânio);
01 Tubinho de alumínio fino para a vareta de sintonia;
01 Cápsula de fone de ouvido de telefone (não serve esses fones de R$1,99 para rádio FM);
Pregos, parafusos, plástico de garrafa pet para isolante da antena etc...



Galena - Projeto Didático


Fonte de consulta: Rádio de galena - Wikipédia
(https://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A1dio_de_galena)

UM ESQUEMA EM PDF:
(http://www.cienciamao.usp.br/dados/rec/_olaboratorioemcasaradio-.arquivo.pdf)



Galenas - Rádio Receptor - Cristal de Galena



World Smallest Crystal Rádio 1930 / Modelo da Crystal Society USA
Money Box - Utilizado publicamente onde as pessoas
tinham que introduzir uma moeda para ouvir



Marconiphone Crystal Baby / Isaria 1922 e 1924 / Movingcoil



Galena - Fonte de consulta - Wikipédia



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segunda-feira, 17 de abril de 2017

Cientistas descobrem como carregar informações em um cérebro humano


Cientistas descobrem como carregar informações em um cérebro humano



Informações podem ser passadas de um cérebro a outro por meio de impulsos elétricos!



Uma equipe de cientistas do HRL Laboratories, na Califórnia, EUA, descobriu uma nova técnica para inserir informações no cérebro humano. E ela poderá revolucionar a história da humanidade.



Cérebro - Funções


Os pesquisadores enviaram sinais elétricos do cérebro de um piloto experiente para um grupo de voluntários que aprendia a dirigir aeronaves. Após o experimento, constatou-se que aqueles que haviam sido expostos aos estímulos cerebrais obtiveram resultados 33% melhores que o restante dos aprendizes.



Cérebro - Lados Direito / Lado Esquerdo


No estudo publicado na revista Frontiers in Human Neuroscience, Matthew Phillips, um dos responsáveis pela pesquisa, explica: “Trata-se de um sistema de estímulo do cérebro. Parece um pouco com ficção científica, mas há uma grande base de estudos científicos que respaldam nosso projeto”.

Se for provada a validade dessa técnica inovadora, entraríamos de cabeça em uma nova época marcada pela capacidade humana de expandir sua consciência por meio da biotecnologia.



Cérebro - Vista Lateral (Lobo Frontal / Lobo Parietal / Lobo Occipital / Lobo Temporal)
Vista Superior (Anterior / Posterior / Hemisfério Esquerdo / Hemisfério Direito)



Fonte: Pijama Surf
(http://pijamasurf.com/2017/03/cientificos_descubren_como_cargarle_conocimiento_y_habilidades_al_cerebro_humano/)



Site Fonte - Pijama Surf



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sábado, 15 de abril de 2017

Casa de Pensão - Parte 5 de 5 - Aluísio Azevedo


Casa de Pensão - Parte 5 de 5 - Aluísio Azevedo



aliás como sempre, onde estivera e, quando o rapaz dizia secamente "Com o Campos", ela fazia:
- Ah!...
E não tocava mais em semelhante coisa.

(SEGUE ABAIXO A PARTE 5 DE 5 FINALIZANDO ESTA OBRA)


Uma noite ele entrou ainda pior que das outras. Não quis ir à varanda, meteu-se no
quarto, abriu um livro e aí ficou, junto à secretária, com a fisionomia fechada sobre a página.
Todavia, seu pensamento trabalhava: "Era preciso acabar com aquilo, custasse o que
custasse! Era preciso definir as posições! - Ou a mulher do Campos se explicava, ou ele não
poria lá mais os pés!"
E resolveu que o melhor seria escrever-lhe uma carta enérgica, decisiva, exigindo um
"sim" ou um "não". Fosse a resposta qual fosse, contanto que viesse, contanto quer Hortênsia
desembuchasse por uma vez!
Mas não queria escrever enquanto Amélia não pegasse no sono. - Ele bem sabia o quanto
era a rapariga desconfiada e fina. Só quando a pilhou quieta e presumiu que já estivesse
dormindo, foi que se animou a minutar a carta.
Frases e frases desesperadas e cheias de fogo acavalavam-se umas pelas outras, falando
em martírios infernais, em suplícios dantescos e terríveis aniquilamentos. E Amâncio, no seu
epicurismo estrepitoso e brutal, declarava que "já não podia suportar as meias promessas, os
dúbios sorrisos e as lentas torturas que ao sangue recalcado lhe impunham as atitudes perplexas
de Hortênsia. Preferia a dor por inteiro, completa, de um só golpe. Ela que tomasse uma
resolução, que despachasse! Se lhe não convinha o amor que ele propunha, declarasse-o com
franqueza: - ficaria o dito por não dito! E, assim, escusavam de prosseguir naquele
encarniçamento desabrido, de cujo oscilante resultado as dúvidas e incertezas o acabrunhavam e
consumiam, mais dolorosamente do que tudo que pudesse haver de terrível e cruel em uma
solução desfavorável!"
Quando deu por coreto e limado o que escrevera, tirou a limpo uma cópia, sobrescritou-a
e, para que Amélia não descobrisse nada, escondeu todos os corpos de delito no fundo de uma
das gavetas da secretária. Depois, como se tivesse alijado um novelo da garganta, respirou
desafrontadamente, amorteceu o bico da gás e, abafando os passos e desfazendo-se em
cautelas, foi meter-se nos lençóis, muito empenhado em não acordar a amante.
Não levou dez minutos a cair no sono.
Então, Amélia, ergueu-se, ainda com mais cuidado do que ele se recolhera, foi pé ante
pé à secretária, tirou a carta e, depois de guardá-la em lugar seguro, tornou de novo à cama, e
desta vez adormeceu deveras.

* * *

Leu-a precatadamente no banho, às oito horas da manhã, enquanto esperava que o
tanque de mármore se enchesse.
Amâncio ainda ficara no quarto.
Ela, já despida, encostada ao rebordo da banheira, os ombros curvos, uma perna sobre a
outra, a cabeça descaída molemente para os combros polposos do seio, tinha em uma das mãos a
pequena folha de papel e, de tal modo a fitava, que parecia disposta a consumi-la com o brilho
de seu olhos.
Aquela carta a revoltava muito; não por ele, mas por si mesma; não pelo afeto que teria
ao estudante, mas pelo ressentimento de seu amor-próprio ofendido. Não lhe podia sofrer a
vaidade que um homem, a quem, por merecer, ele fizera tudo que estava em suas mãos; um
homem por quem lançar em juízo jogo todos os recursos de sua feminilidade; um homem por
quem barateara todo o valimento do seu corpo, tivesse ânimo de desprezá-la por outra mulher!
E, com o olhar imóvel sobre a nudez oriental de seus membros, a boca entreaberta, o
colo palpitante, Amélia se concentrava toda na idéia de uma vingança completa, tão completa,
tão grande que lhe atulhasse o rombo cavado no seu orgulho e mulher traída.
A água, que escorria da torneira com um trapejar monótono, punha no ambiente
desagasalhado do banheiro uma impressão ainda mais fria de umidade e desconforto; e aquele


[Linha 6650 de 8244 - Parte 5 de 5]


nu destacava-se ali como uma bela estátua desprezada. Sua carne tersa e maciça contraía-se,
empinando os lóbulos do peito e enrijando a vermicular protuberância dos quadris.
Nisto, uma abelha voejou à roda da cabeça de Amélia, tentando pousar-lhe nos cabelos;
ela agachou-se toda, fugindo logo num movimento medroso de caça que se assusta. Em
seguida, puxou a toalha do cabide e pôs-se a dardejá-la contra o dourado importuno.
Foi uma luta. O inseto fugia; ela trepava-se à borda do tanque, equilibrando-se, ora num
pé , ora no outro, segurando-se à parede, vindo, recuando, a despedir para todos os lados golpes
perdidos da toalha.
Mas a abelha não se deixava prender. Ia e revinha no ar, zumbindo, a sacudir as sua
trêmulas asas de escumilha; até que o sol, por uma frincha do telhado, veio buscá-la numa aresta
de luz, ainda mais dourada do que ela.
* * *

Nessa ocasião, Amâncio, no quarto, perdia a cabeça, à procura da carta.
- Pois se eu a guardei aqui, com estas minutas!...resmungava ele sozinho, depois de ter já
desarrumado toda a gaveta.
Imaginar que Amélia desse com ela, não ! não era possível! Não descobriria o lugar,
onde Amâncio, tão previdentemente, sepultara a maldita carta; além disso, quando ele se meteu
na cama, já a pequena dormia a bom dormir e, pela manhã bem a viu acordar e escafeder-se para
banho...Que diabo teria então mexido ali?...As portas ficavam sempre fechadas por
dentro!...Supor que tivesse guardado o demônio da carta em outra parte...mas como? Se a
deixara justamente dentro das minutas, e as minutas lá estavam?...
Mas Amélia vinha de entrar no quarto ao pé.
- Ó Amelinha! Viste por acaso por aí alguma carta?...perguntou o rapaz indo ao seu
encontro.
- Que carta? Fez ela com o ar mais calmo e mais natural deste mundo.
- Uma carta que nem é minha!...Guardei-a naquela gaveta, - desapareceu!...agora não
sei que contas preste ao dono! É uma entalação! Uma verdadeira entalação! Queixava-se o
rapaz convictamente.
- Mas , onde a puseste?
- Na gaveta da secretária; estou-te a dizer!
- Então deve estar lá. Procura bem.
- Já vi. Não está!
- Pois aqui não entra mais ninguém...Eu cá por mim, não mexo nunca nos teus papéis, e
ainda nem abri, uma vez sequer, qualquer dessas gavetas...Se puseste a carta aí, aí deve estar por
força!
- Qual está o quê! Já despejei a gaveta! Já remexi tudo.
E a desordem em que se achava o quarto dizia isso mesmo.
- Então não sei...concluiu Amélia, sacudindo os ombros. E continuou tranqüilamente a
enxugar os cabelos, cujo serviço havia interrompido para atender às perguntas do amante.
- Mas a carta também não podia voar! Declarou este em tom áspero.
- Sei lá! Replicou a outra. - Comigo que não a tenho...isso afianço!
Diabo! Praguejou Amâncio, sem se poder dominar. Pois, nem uma miserável carta posso
ter nessa casa?! Arre! Que inferno!
- Inferno são esses modos que tens ultimamente! De certo tempo para cá é esta boniteza
! Parece que falas ao Sabino! Outra que sabe!...quem sabe se tenho aqui algum senhor?!...
- Está bom! Basta!
- Basta vá ele! Seu atrevido! Quero saber que culpa têm os mais com os sumiços que
levam as cartas, para ouvir impropérios destra ordem!
- Eu não me dirigi a ninguém! Sebo! Falo cá comigo! Creio que ao menos tenho o direito


[Linha 6700 de 8244 - Parte 5 de 5]


de zangar-me quando entender!
- Sim, mas é que os outros também não estão dispostos a aturar esses repelões a todo o
instante!
- Pois que não aturem!
- Malcriado! Agora, por qualquer coisinha é isso que se vê!
- Qualquer coisinha, não! berrou Amâncio. - É que ontem pus aqui uma carta (soltou um
murro na secretária) 3 e a carta desapareceu! Irra!
- Mas quem é que te podia vir aqui tirara a carta, criatura de Deus?! Perguntou Amélia
mais branda, encaminhado-se para o amante, a modos de querer chamá-lo à razão.
- Não sei! O fato é que a pus aqui, e ela cá não está!
- Há de estar, homem! Não a encontras agora porque já não tens cabeça, mas, logo que te
acalmes, hás de descobri-la...
- Mas onde?! Já corri tudo!
- Deixas estar; eu me encarrego de procurá-la assim que saíres.
- Mas é quer eu precisava levá-la comigo! É negócio urgente!
Amélia, como em resposta à última frase do rapaz, abaixou-se sobre os papéis espalhados
no chão e começou a examiná-los, um por um.
- Não está aí! Observou Amâncio zangado, a passear de um lado para outro. - Já revistei
tudo isso mais de cem vezes! Furtaram a carta, não tem que ver!
Amélia já não respondia e continuava, muito afoita, a esquadrinhar o que havia pelo
quarto.
- Se me lembro perfeitamente que a meti naquela gaveta, ao fundo, dentro destas
minutas!...Acrescentou Amâncio, depois de um silêncio colérico.
- Mas quando a trouxeste?...disse Amélia, sem tirara os olhos do que rebuscava.
- Ontem à noite.
- Mas eu não te vi com ela...
- Já estavas dormindo, quando a pus na gaveta.
- Quem sabe se ficou naquela algibeira?...
E a manhosa, com um vislumbre, largou tudo de mão para correr a examinar a roupa do
cabide.
- Ó filha! Eu não estrava bêbado quando me recolhi! observou Amâncio.
E saiu para se lavar, traçando furioso lençol em volta do corpo, num gesto
melodramático.
Quando tornou ao quarto, Amélia já havia arrumado as gavetas e dispunha sobre a cama
a roupa que o rapaz devia vestir à volta do banho.
- Então?...perguntou ele , ao entrar.
- Nada! volveu elas, com admiração na voz.
- Com efeito! Isto contado não se acredita!...Rosnou Amâncio, enfiando as meias.
E gritou para fora:
- Ó Sabino! Olha essas botas, moleque!
Amélia, ao lado, metia-lhe os botões numa camisa engomada.
E depois , a escovar-lhe o paletó no corpo, quando o estudante já estava pronto:
- E a carta, de quem era?...
- Do Campos, respondeu ele, sem hesitar.
E saiu. Amélia acompanhou-o pelas costas com um riso de asco.

* * *
E logo que se viu só, tirou do seio o seu furto e releu-o mais uma vez.
- Que devia fazer daquela carta?...como se devia servir daquela arma?...Denunciar o
infame? - atirar-lhe à cara a prova de sua vilania e nunca mais o procurar para nada, ou devia


[Linha 6750 de 8244 - Parte 5 de 5]


simplesmente fingir que não sabia de coisa alguma, e, em segredo, tomar a vingança que lhe
parecesse melhor?
Despedi-lo por uma vez - não convinha! Isso nem por sonhos! Ficar, porém, eternamente
resignada e submissa, também seria asneira!
Seu amor-próprio estava mordido e sangrava. O procedimento desleal de Amâncio
assumia no tribunal egoístico de seu espírito ignorante e mal-educado as proporções jurídicas de
um crime, de um monstruoso abuso de confiança, um estelionato. Não podia conformar com a
idéia daquela tremenda injúria, lançada contra os seus direitos de mulher nova e bonita.
- Canalha! Murmurava consigo, a esmoer o fato. - Bem me dizia o coração!...Agora, o
que precisavas que te fizesse, sei eu! Ah! Mas descansa que hás de pagar com língua de palmo!
Para não seres cão, meu safardana!
Foi-se porém, todo o dia, sem que Amélia deliberasse o destino que deveria dar à carta.
Só na manhã seguinte apareceu-lhe uma resolução.
Foi ter com o mano, chamou-o de parte e entregou-lha.
- Vê isto, disse.
Coqueiro abismou-se logo desde as primeiras palavras: "Minha adorada e
incompreensível Hortênsia".
- Que vem a ser isto?...Perguntou ele intrigado.
- Lê! Respondeu ela.
E, enquanto o irmão devorava o que vinha escrito:
- Vê tu só a hipocrisia daquele sonso!...
- Ele já sabe que esta carta está em teu poder? Interrogou Coqueiro depois da leitura.
- Qual! Nem pode descobrir!
- Ainda não deu pela falta?
- Já. Zangou-se um bocado, arrepelou-se, mas afinal creio que se convenceu de que a
tinha perdido.
- E agora o que tencionas fazer disto?
- Não sei...Que achas tu?...
- Acho que por ora não convém fazer nada!
- Calar-me?!
- Por ora, decerto! Esta carta pode vir a servir-te de muito , mas é preciso que, em
primeiro lugar, apareça a ocasião. Se quiseres, deixa-a comigo, que eu sei o destino que lhe devo
dar.
E guardou-a no bolso, depois de um gesto aprobativo da irmã:
- Ele a teria escrito de novo e feito chegar às mãos de Hortênsia, sabes?...
- Não sei, mas posso ver.
- Bem. Em todo o caso, não te dês por achada! Nem uma palavra a este respeito!
Precisamos dar tempo ao tempo...podes, todavia, ficar desde já tranqüila, que o que tem de ser
- traz força! A justiça não se fez para os cães!...
- É por isso mesmo que eu não confio muito na tal justiça! Observou a rapariga.


XVIII


Mas, no fundo, João Coqueiro principiava a "cismar com o negócio". Segundo os seus
cálculos, a irmã, por aquela época, já deveria estar pejada: circunstância esta que daria
oportunidade a um escândalo, de antemão, preparado, forçando Amâncio a "reparar sua falta".
E, no entanto, Amelinha "nada de aviar"! O bom irmão sentia até como um peso na
consciência por haver contribuído diretamente para aquela situação.


[Linha 6800 de 8244 - Parte 5 de 5]


- Era sempre assim!...pensava ele enraivecido. - Se não precisássemos de um filho, é que
os pestinhas haviam de aparecer aí de enfiada!
E o receio amargo de ter sacrificado a menina, talvez sem os belos resultados que
esperava para si e para ela, invadia-lhe o coração e punha-lhe momentos maus na vida.
Mme. Brizard já não pensava do mesmo modo. Aquela existência pronta, inteiramente
desocupada, lhe viera muito a propósito. "Ela, coitada de si! Bem precisava de um bocado de
descanso!"
As coisas, de fato, iam-lhe agora admiravelmente: Tinha a sua mesa boa e farta, um bom
quarto de dormir, a mucama para lavar-lhe e engomar-lhe a roupa, um camarote no teatro de
quando em quando, aos domingos um passeio à cidade, e lá uma vez por outra uma soirée em
casa de alguma amiga. "Ah! Não se podia comparar a existência que levava agora com a peste
de vida que curtira na Rua do Resende!"
'E que então não havia a menor folga; não se podia arredar pé do serviço! E todo o dia
reclamações! E todo o dia - o banho morno de fulano! O chocolate de beltrano! Este queria ir
sem pagar a conta ; o outro se entendia no direito de dizer desaforos porque pagava! Apre!
Assim também não era viver! Seu corpo há muito tempo pedia aquele repouso! Se continuasse a
labutar como dantes, - credo! - estourava por aí um dia, esfalfada!
E, com medo de perder a "pepineira" cercava Amâncio de adulações. Tinha-o na conta
de um patrão, de uma amo; com direito a todos os carinhos e desvelos. Assim, jamais o
contrariava, nunca lhe opunha censuras. - Aquilo que o rapaz fizesse estava sempre muito bem
feito!
No seu entendimento mercantil de locandeira, Amâncio não aparecia 'como isto ou com
aquilo" representava pura e simplesmente "um bom arranjo" . Ali não havia favores, havia
negócio, ninguém ficava a dever obrigações. - Ele despendia tanto em dinheiro, mas recebia em
carícias e bom trato um valor correspondente. - Estavam quites!
Apenas, como o negócio era rendoso e agradava a boa mulher, esta fazia o que estava ao
seu alcance por agüentá-lo o maior tempo possível, como de resto, qualquer um procederia com
referência a um bom emprego. Quanto à posição de Amélia, Mme. Brizard a dava por natural e
coerente. Não via na cunhada uma vítima ou coisa que o valha, mas tão-somente um membro
solidário naquela empresa, enviando os esforços de sua competência para o comum interesse da
associação.
Isto, já de deixa ver, era o que pensava a francesa, mas não o que ela expunha; de sorte
que o marido ficou muito espantado, quando, falando sobre a necessidade de tratar do
casamento de Amélia com o hóspede, lhe ouviu dizer:
- Homem...para falar com franqueza...acho que o melhor é deixar seguir o barco como
vai!...
- Como vai!...
E o Coqueiro engoliu a frase indignado:
- Ora essa! Tu, com certeza, não estás falando sério!
- às vezes, quem tudo quer, tudo perde!...sentenciou a mulher.
- Mas que diabo quero eu?! Retrucou aquele. - Eu não quero senão o que é de justiça!
Quero apenas que eles se casem!
A outra, para quem o casamento de Amélia não trazia vantagens imediatas e podia, aliás,
comprometer o estado feliz das coisas, saltou logo com uma bateria de opiniões contrárias:"
Coqueiro faria muito mal em precipitar os acontecimentos! Naquela situação o mais razoável e
o mais prudente era sem dúvida esperar! A natureza não dava saltos! As coisas haviam de
atingir a um bom resultado, sem ser preciso lançar mão de meios violentos!...
- Mas é que ele nos pode escapar!...argumentou Coqueiro.
- Não creias! Retorquiu a velha com um gesto arraigado na experiência.
- Mas filha, vem cá! - Não vês como o Amâncio está ultimamente? Já não é o mesmo!


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Amelinha já não tem sobre ele domínio de espécie alguma! O maroto já não pensa nela, é todo
da Hortênsia!
- E que tem isso! O que tem que ele farisque a Hortênsia?! Está no seu direito! - é moço,
tem dinheiro!
- Ora essa!...exclamou de novo o Coqueiro, ainda mais indignado que da outra vez. - O
que em isso?!...
E cruzando os braços:
- É muito boa!...
Mas tornou logo :
- Tem, que ele deve uma reparação à minha irmã! Tem , que ele, apaixonado pela
Hortênsia, pode virar as costas à pobre menina e abandoná-la no estado em que a pôs! -
Desonrada, perdida! "Que tem isso?! "Ora faça-me o favor!
- Tolo! Disse a francesa com um riso cheio de filosofia, cuja tranqüilidade contrastava
com as irritações do marido. - Tolo! Bem se vê que não conheces os homens!...pois acreditas lá
que o Amâncio despreze a rapariga por ter agora um capricho pela outra?...Não sabes que a
únicas mulher capaz de prender o homem é aquela com quem ele convive dia e noite; aquela
com quem ele se habituou; aquela que já lhe conhece as fraquezas, os ridículos, as pequeninas
misérias da intimidade?! Abandoná-la!...Digo-te mais: - Hortênsia é até necessária! Deixa que
ele a persiga, que ele a conquiste à força de mil sacrifícios e de mil sofrimentos; deixa que ele a
possua, que a tenha inteira na mão! Deixa, porque ele há de voltar, e voltar farto!...Meu amigo,
paixão é fogo de palha! - não dura! Nas ocasiões de fadiga e abatimento é com o amorzinho de
casa que a gente se acha! E fica então sabendo que, para um homem amar deveras uma mulher,
é preciso que ele se tenha já desiludido com muitas outras! Tristes de nós, se assim, não fosse!
Há maridos que, ao voltar de suas correrias, apaixonam-se pelas mesmas esposas, a quem dantes
só chegavam por obrigação!
E a francesa velha, saboreando o silêncio que cava ra no adversário, concluiu depois de
tomar fôlego:
- O rapaz quer, por graça, dar cabeçadas?...pois deixe-as dar! Que ele, quando partir a
cabeça, há de fazer justiça à tua irmã. Este fato da mulher do Campos, crê tu, foi uma
providência, foi um atalho que se abriu nos teus planos!

* * *


E o fato é que o Coqueiro acabou por concordar com a mulher. "Amélia, desde que se
convertesse numa necessidade para a vida de Amâncio, este, com certeza, seria o mais
interessado em fazer dela sua esposa; por conseguinte, agora o que convinha era que a rapariga
também ajudasse de sua parte, empregando todo o jeito e boa vontade de que pudesse dispor;
devia mostrar-se cordata, simples nos seus gostos, bem arranjadinha, amiga do asseio, honesta,
digna, enfim, de um marido!"
E dominado por esta idéia, aconselhou logo à irmã que se fizesse meiga com o "noivo",
dócil, boa companheira e fiel principalmente, fiel quanto possível, que todo o futuro dela, bom
ou mau, só disso dependia!
Mas a rapariga, com um a pontinha de desânimo, contrapunha-lhe o feio procedimento
de Amâncio para com ela naqueles últimos tempos. Apontou as cenas de altercação que mais a
humilharam; disse as frases grosseiras que ouvira do amante, as ameaças que recebera, as
palavras que lhe escaparam, a ele, na febre das contendas; palavras, onde se enxergavam
claramente o fastio e a má vontade!
- Não faças caso! Discreteou o irmão. - Isto não vale nada!...Fecha por enquanto os
olhos a todas essas coisas! Não convém o menor espalhafato antes que o tenhas seguro de pés e


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mãos! Nada de espantar a caça!... Lembra-te, minha rica, de que, no estado em que te achas, só
ele te poderá proporcionar uma posição legítima e definida !
Depois desta conferência, o Coqueiro ficou mais tranqüilo. Agora, a sua maior
preocupação era o sobrado da Rua do Resende . - Já lá se iam meses, sem que o conseguisse
alugar; o diabo do prédio era grande demais para a família e, na disposição em que estavam os
quartos, só mesmo podia servir para casa de pensão.
Nesta conjuntura, resolveu alugá-lo a varias pessoas; mas, para isso, tinha de fazer obras
e faltava-lhe um homem de confiança, que estivesse disposto a ir para lá e tomar conta de tudo.
- Ah! Se não fora a família!...ninguém mais se encarregava disso senão o próprio Coqueiro! E
fá-lo-ia até por gosto!
Encontrou , porém, o seu homem num velho conhecido, empregado no correio e que, já
em algum tempo, tomara a seu cargo, nas mesmas condições, a casa de um outro amigo.
Chamava-se Damião - bom rapaz, ativo e zeloso. Estava talhado para a coisa.
O Damião, mediante a faculdade de não pagar a parte que ocupasse na casa,
comprometia-se a cobrar o aluguel dos outros inquilinos e entregá-lo pontualmente ao senhorio;
ite, obrigava-se a fiscalizar a conservação do prédio a pregar escritos quando houvesse cômodos
desabitados e administraria enfim o serviço da pessoa que se encarregasse de fazer a limpeza
dos quartos, de varrer os corredores, encher os jarros e moringues, tomar conta da chavaria e ter
olho sobre quem entrasse e que saísse.
Para estes últimos cuidados arranjou-se um homenzinho meio corcunda, português,
esperto e rafeiro como um rato um pouco falador, mas muito experimentado naqueles serviços.
Coqueiro dar-lhe-ia alguma coisa por mês e um canto da casa para dormir. "Uma pechincha!"
Fechado o negócio, tratou o proprietário de dividir a sala de visitas e a varanda do
sobrado em pequenos repartimentos de tabique, forrados de papel nacional. É inútil dizer que
neste ponto foi indispensável a intervenção pecuniária de Amâncio, que ficou por conseguinte
com direito sobre uma parte dos rendimentos do prédio.
E também não é menos inútil declarar que o provinciano, nem de longe, sentiu jamais o
cheiro da tais rendimentos.

* * *


Mas o certo é que as obras se fizeram, e a célebre casa de pensão de Mme. Brizard,
outrora tão animada e concorrida, transformou-se num desses melancólicos sobradões de alugar
quartos, que se observam a cada canto do Rio de Janeiro e onde, promiscuamente, se aninha
toda a sorte de indivíduos, mas de indivíduos que já foram alguma coisa ou de indivíduos que
ainda não são nada.
Aí, as mais belas e atrevidas ilusões vivem paredes-meias com o mais denso a absoluto
ceticismo. Velhos boêmios, curtidos nos venenos e todos os vícios e no segredo de todas as
misérias, encontram-se diariamente , ombro a ombro, com os visionários estudantes de
preparatórios.
É nessas praias desamparadas à ventania da sorte que a sociedade costuma arrevessar o
destroço dos que naufragaram nas suas sua águas, mas é daí também que ela pesca às vezes
novas pérolas para p o seu diadema. Há de tu - homens de todas as nacionalidades, sujeitos
devida misteriosa, solteirões libertinos e neutralizados pelo venéreo, artistas completamente
desconhecidos que se imaginam vítimas do meio, e supostos talentos que vivem para amaldiçoar
a fortuna dos que conseguiram v3encer na vida.
Quase todos eles têm na sua vida um fato, uma época, uma coisa extraordinária, para
contar: um, apresenta a honra de lhe haver morrido nos braços tal homem célebre; outro, diz que
foi amante da senhora condessa de tal; outro afiança e jura ser o verdadeiro , se bem que


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obscuro, promotor e tal acontecimento histórico; outro, revela um romance de amor que lhe
cortou a carreira, mas que o imortalizará em vendo a luz da publicidade; outro, confia numa
invenção, "é o seu segredo", um projeto mecânico, ou industrial ou econômico -político ; outro,
não aceita emprego nenhum do atual governo, e espera a ocasião de "pegar numa espingarda e
fuzilar as velhas instituições de seu miserando país"; outro, enfim, ( e são os menos raros) têm
apenas para exibir em honra própria a circunstância de algum parentesco ilustre.
Ah! Não se encontram aí notabilidades de nenhuma espécie, mas sim parentes. Este , é
sobrinho de tal poeta ilustre; aquele ,é irmão do ministro tal, que deu o nome a tal rua; estoutro,
cunhado ou primo em terneiro grau do glorioso artista Fulano dos anzóis.
E os tipos, quando lhe tocam nisso, enchem-se de orgulho, como se participassem das
glórias do festejado parente; pelo menos, ninguém os apresenta a qualquer pessoa, sem
acrescentar logo, com assombro: "Ó senhor! Por quem é...não me confunda!..."
É também desses viveiros sombrios e malcheirosos que surgem certas figuras que, às
vezes, nos espantam na rua, - tossicar dentro de um sobretudo enorme, um xale - _manta em
volta do pescoço, um bengalão entre os dedos e na fisionomia um ar melancólico e ao mesmo
tempo irritado.
É daí, desses quartos silenciosos, úmidos e tristonhos, como sepulturas vazias, que
surgem com o seu passo inalterável e pousado os sinistros aranhões, que vemos passear
estranhamente pelos jardinas públicos, ao sol das boas manhãs de inverno.
Coitados! São em geral homens sem meios de vida, protegidos por algum figurão
qualquer, de quem, ou foram colegas na academia, ou ainda continuam a ser parentes com a
mais cruel pertinácia. Quando falam desse protetor feliz e rico não se animam a dizer mal, mas à
sua fisionomia acode invencível sorriso cheio de velha bílis acumulada e sôfrega por
transbordar. Uns vão regularmente comer a certas casas comerciais, outros se arranjam pelas
impossíveis casas de pasto da Cidade - Nova, os "freges", onde as refeições não passam de
duzentos réis. Alguns têm o almoço seguro à mesa de um velho amigo de melhores tempos, o
jantar em casa doutro;às sextas - feiras são infalíveis nas comezainas gratuitas dos frades de
São Bento. Uns, passam a noite na jogatina, percorrendo espeluncas, tomando café nos
quiosques às quatro e meia da manhã e então, durante o dia seguinte, dormem a fartar; outros,
recebem donativos de alguma irmandade religiosa, à qual se filiaram em épocas de
prosperidade.
São sempre vistos, em horas determinadas, no jardim do Rocio, n Passeio Público,
assentados nos bancos de pedra, lendo jornais à sombra das amendoeiras, às vezes têm ao lado a
botina que descalçaram por amor dos calos; são vistos igualmente nos edifícios públicos em
construção, acompanhando as obras com interesse, como se estivessem encarregados disso,
fazendo perguntas, ralhando com os operários, numa necessidade irresistível de aplicar, seja
como for, a sua atividade desocupada e vadia. Não há motim, não há incinere de rua, por mais
ligeiro, em que eles não intervenham, tomando logo a parte principal na coisa, repreendendo o
agressor, conciliando o agredido, fazendo enfim acreditar que ali está uma autoridade civil em
pleno exercício de suas funções.
São violentos quando lhes falam de política e só se referem aos homens do poder com
palavrões brutais e desabridos; a alguns nomeiam sempre com alcunhas determinadas e todos os
outros, que ainda não recegbveram o batismo de sua cólera invejosa, são indistintamente "os
ladrões, os patoteiros, os vis, os traidores, os capachos do rei"! Através dos cerrados negrumes
daquela miséria e daquele ressentimento, nada enxergam de bom e de legítimo
O Coqueiro, não obstante, se mostrava satisfeito com os seus inquilinos e dizia ter
encontrado no Damião o "homem que lhe convinha".
Aparecia por lá constantemente; gostava de ver como ia o prédio, gostava de dar uma
vista de olhos pelos cantos da casa, em silêncio, de mãos no bolso, e sentia um verdadeiro
prazer sempre que encontrava alguma coisinha par consertar , - algum pedaço de papel solto da


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parede, alguma régua despregada, alguma tábua fora do lugar.
A existência nunca lhe parecera tão corredia e tão fácil; só faltava, para complemento
das ventura, que o maçante do colega desembuchasse por uma vez com aquele maldito
casamento.
- Ah! então é que seriam elas!...


* * *

Mas o "maçante do colega" estava bem longe de pensar em casamento; todo ele era
pouco para sofrer a cáustica impassibilidade de Hortênsia.
A caprichosa continuava no seu terrível sistema de não aviar nem desaviar. Amâncio
fizera-lhe ir ter às mãos uma segunda cópia da carta subtraída, e ela em resposta aconselhou-o a
que não escrevesse outra, sob pena de entregá-la ao marido.
- Pois que vá para o diabo que a carregue! Pensou o estudante, furioso, e resolveu dar o
negócio por acabado.
Com efeito, durante um mês inteiro, nas poucas vezes em que teve de falar ao Campos
sobre questões de interesses materiais, não passou do escritório.
- Homem! dizia-lhe o negociante. - Você só aparece aqui por fruta, e faz visitinhas de
médico! Não há meios de apanhá-lo lá em cima! Neném até já se queixou!
Amâncio defendia-se com os seus estudos e com os sobressaltos em que andava depois
das últimas cartas do Norte.
- Por quê? Há alguma novidade?!... perguntou o amigo cheio de solicitude.
- A velha não está boa!... explicou o rapaz. - Desde que morreu meu pai, a pobre de
Cristo ainda não levantou a cabeça! Confesso-lhe que tenho meus receios, tenho!...
E quedava-se abstrato, a fitar o chão, com a fisionomia paralisada por uma tristeza
vidente e ao mesmo tempo irresoluta.
O outro não sem animava a interromper aquele silêncio doloroso e respeitável, mas, por
fim, lembrou discretamente, com delicadeza, que não seria má uma viagem à província; talvez
com isso se evitasse um desgosto maior... Amâncio era a menina dos olhos de D. Ângela...bem
podia ser que, só com a presença dele, a pobre senhora melhorasse!...
O estudante mostrou-lhe a última carta da mãe; e os dois, tendo ainda conversado com
o mesmo recolhimento, vieram a concordar em que era indispensável um passeio ao Maranhão;
Amâncio retirou-se, fazendo já os planos da viagem.
- Oh! exclamava ele por dentro. - Vou! Não tem que ver! Vou definitivamente! E
provo àquela mulher que não ligo a menor importância ao que ela me fez! Hei de provar-lhe
que o seu procedimento em nada me alterou. Que até sigo muito satisfeito e muito satisfeito e
muito senhor de mim.
E via-se já na ocasião da despedidas - frio, indiferente, sorrindo às lágrimas de
Hortênsia . e sua fantasia, gozando do efeito desses devaneios, armava-lhe, ao sabor da
vaidade, cenas muito espetaculosas, nas quais representava ele sempre o papel mais brilhante e
mais elevado.
Via Hortênsia a seus pés, lacrimosa e mísera, suplicando-lhe por piedade que não se
fosse, que a perdoasse, que se compadecesse de tamanho desespero. "Ela ali estava submissa e
arrependida, pronta a cumpri de olhos fechados as ordens de seu querido Amâncio, do seu
senhor, do seu Deus, do seu tudo!"
Ele, então, com um riso cruel, voltando-lhe o rosto e acendendo um charuto: "Não ,
filha, tem paciência! E se insistes, vai tudo às mãos do Campos!..."
Hortênsia, ao ouvir estas palavras, estorcia-se numa aflição teatral, e logo que Amâncio
se dispunha a partir, desabava de costa, quase morta, justamente como as heroínas dos romances


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que ele devorara aos quinze anos.
Mas a terrível concupiscência do nortista, sobrepujando logo a fantasia do vaidoso, não
resistia à tentação de possuir, ao menos em sonho, aquele belo corpo desfalecido e, como
dantes, começava mentalmente a despi-lo, peça por peça, até deixá-lo em pleno escândalo da
carne.

* * *

Entrou em casa resolvido a levantar o vôo, custasse o que custasse.
- Sim, era preciso ir! Por Hortênsia, por sua mãe, por Amélia, por mera distração, por
tudo! Precisava afastar-se daquele inferno, onde duas mulheres, como duas sombras, o
torturavam; uma fugindo e a outra o perseguindo. Desde que recebeu a tremenda resposta de
Hortênsia, sentia-se muito nervoso e irascível; Amélia suportava-o, sabe Deus como, fazendo
milagres de paciência para não se afastar dos conselhos que lhe dera o irmão. Quase que já se
não podiam sofrer um ao outro. Além disso, as cartas de Ângela repetiam-se agora
desesperadamente. "Estaria a pobre mãe com efeito em risco de vida?..."pensava Amâncio.
"Dependeria dele o salvá-la? ... E os seus interesses que havia tanto tempo o reclamavam?... E
as saudades da pátria? E os prazeres que encontraria à volta do primeiro ano acadêmico?"
Os prazeres, sim, que Amâncio, pelo derradeiro paquete, recebera em uma das principais
folhas diárias de sua província a seguinte notícia:
"MARANHENSE DISTINTO. Acaba de fazer brilhantemente o primeiro ano de seu curso na
Escola de Medicina na Corte o nosso talentoso comprovinciano Amâncio da Silva Bastos e
Vasconcelos, filho de há pouco falecido e sempre chorado Comendador Manoel Pedro de
Vasconcelos, um dos mais estimados negociantes que foi desta praça, enquanto não podemos
pessoalmente abraçar o digno jovem e esperançoso discípulo de Hipócrates, apressamo-nos a
enviar-lhe daqui os nossos sinceros parabéns, futurando em S. S.a mais uma glória legítima
para a nossa Atenas, já tão rica, aliás, em talentos privilegiados!"
Ninguém poderá imaginar o efeito que produziram tais palavras no espírito presunçoso
de Amâncio. era a primeira vez que ele via o seu nome em letra redonda, seguido de alguns
adjetivos laudatórios.
Por detrás daquela notícia pressentia o rapaz um paraíso de novas considerações que o
esperava na província; antevia o sorriso das damas, a reverência dos pais de família e a inveja
dos ex-colegas do Liceu.
- Não! não podia deixar de ir. O Maranhão, naquele momento, e por todos os motivos,
representava para ele uma necessidade urgente. - Havia de meter a cabeça e varar por quantos
obstáculos se lhe antepusessem.

* * *

Amélia ficou estonteada quando o amante lhe deu parte dos seus projetos de viagem,
tão calmo e resoluto foi o tom em que o fez; mas, voltando do primeiro choque, rompeu num
grande pranto e atirou-se de bruços na cama, soluçando muito aflita. "Que era uma desgraçada!
Que Amâncio a queria abandonar, depois de a ter desonrado e perdido!"
- Eu volto, filha! Disse ele, procurando fazer-se meigo. - Vou tratar de meus
interesses, ver minha mãe, e volto para o teu lado! Não tenhas receio de que te engane! Eu ainda
se quisesse, não podia ficar por lá, já não digo por ti, mas, que diabo! Pelos meus estudos. Pois
acreditas que eu cairia na asneira de abandoná-los, agora que estou tão bem encaminhado?...
- Não sei! Respondeu a rapariga, erguendo-se rapidamente, com as feições sumidas na
vermelhidão do choro. - Você, é impossível que não tenha no Maranhão alguém à sua espera!...
E essa com certeza não há de ser pobre como eu, não terá a boa-fé que eu tive!...com essa você


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não porá dúvidas nenhuma para casar!...
E voltaram-lhe os soluços, como um temporal que recresce.
- Estás a dizer tolices, filha! Dou-te a minha palavra de honra em como nunca me
esquecerei de ti! Que mais queres?!
- Pois então casemo-nos e partirás depois!...
- Isso é impossível! Já te disse um milhão de vezes! Oh! - Minha mãe espera-me há
quatro vapores seguidos! Imagina tu como não estará ela, coitada, com a morte do velho! não
hei de agora, em vez de minha pessoa, lhe apresentar uma carta pedindo licença para casar!...
Que espécie de filho seria eu nesse caso?! Enquanto a pobre viúva se desfaz em lágrimas;
enquanto na família tudo é luto e desgosto, o bom do filho pensa em casamento e, sem dúvida,
prepara as festas do noivado!" Não! gritou ele energicamente. - Isso não faria eu, nem se me
cosessem a facadas! Pelo menos, enquanto estiver com esta roupa sobre o corpo...
E sacudiu com força a aba de seu fraque de lustrina.
- Enquanto estiver com esta roupa, não penso em mulher! nada! antes de tudo, sou
filho! Percebes?! Antes de tudo, tenho de olhar por minha pobre mãe, que é muito capaz de
morrer se não me ver ao seu lado!
E foi, cheio de excitação, debruçar-se no peitoril da janela, fitando as plantas do
jardim, a roer as unhas.
Houve um silêncio. Amélia já não chorava; imóvel, apoiando-se ao espaldar da cama,
entontecia a vista contra as ramagens cruas do tapete.
- Nesse caso, ele que venha ter contigo... disse, afinal, sem erguer os olhos.
- Ora! Resmungou Amâncio, voltando-se vivamente na janela.
- Ou então iremos nós... acrescentou a rapariga, fazendo um biquinho de enfado. E
depois, com pieguice: - Tenho muito medo das maranhenses!...
O estudante não respondeu, foi ter com ela, tomou-lhe meigamente a cabeça entre as
mãos.
- Esta cabecinha!... - disse - esta cabecinha não sei quando terá juízo!...
E, passando a falar em tom sério, protestou que era até injustiça supô-lo capaz de
cometer uma perfídia daquela ordem! Amélia já devia estar perfeitamente convencida de que
ele a amava deveras; de que ele não seria tão mau que a abandonasse, depois de receber tantos
carinhos. Ela que não estivesse a descobrir perigos, onde nem sombras disso havia!... A tal
viagem ao Norte, no fim de contas, era uma questão de dois ou três meses, e ele deixaria uma
mesada regular e escreveria por todos os vapores!...
- Não acreditas ainda que te estou falando com sinceridade?... concluiu, a beijá-la nos
olhos. - Que precisão tinha eu de te enganar?...
- Sim, creio, creio que por ora assim seja, não há dúvida! Mas também estou persuadida
de que, logo que passes a barra, tudo muda de figura!... Nos primeiros dias ainda te lembrarás
da infeliz que aqui deixaste, mas depois... com a presença de outras, com os novos passatempos
que te esperam... até hás de perguntar aos teus botões "como foi que em algum dia chegaste a
pensar a sério neste casamento?..."
- Bem se vê que não me conheces!... retorquiu o rapaz.
- Não! não! não irás! Sustentou Amélia. - Adoro-te, és meu, não te quero perder! Ora
essa!
- Mas, filha, observou Amâncio impacientando-se, - lembra-te de que é mais decente
fazermos a coisa por bons modos... afinal, tu não me podes constranger a ficar, e, eu, em vez de
ir, deixando um compromisso de cavalheiro, sou capaz de ir, sem deixar coisa alguma! Ora aí
tens!
- Hein?! Bradou ela, transformando-se a contragosto. - Cai nessa! Experimenta só,
para veres o gosto que lhe achas!
Amâncio respondeu com um gesto desabrido, enterrou o chapéu na cabeça, e saiu à toa,


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sem destino, com uma fúria surda a espezinhar-lhe o coração.

* * *
Mas, ao voltar, encontrou Amélia no mesmo estado. E a questão reapareceu à noite,
reapareceu na manhã seguinte, e todos os dias, tomando um caráter de rezinga permanente.
Amâncio perdeu de todo a paciência.
- Era demais! Sebo! Ele, no fim de contas, não tinha obrigação nenhuma de aturar
semelhante gaita nos ouvidos! Que mastigação! Arre! Amélia que fosse atenazar o pai!
Ela respondeu possessa, deixando escapar palavrões, "Supunha ter encontrado um
homem, mas encontrara um quidam, um canalha, um desfrutador!"
- Desfrutadores são vocês todos! Percebes tu?! Berrou ele, colérico. - Desfrutadores
- é teu irmão, - é tua madrasta e és tu! Que só faltam me arrancar a pele! Súcia de filantes!
E lembrou o que até aí gastara com eles, o que lhes dera, o que comprara e o que lhe
desaparecia dos algibeiras.
- Não me estás de graça, não! exclamou, saindo afinal do quarto como da outra vez.
Desta, porém, quando voltou à casa, vinha com o ar mais despreocupado que se pode
desejar. E, logo que Amélia lhe falou na questão da viagem, ele respondeu tranqüilamente que
já não havia nada a esse respeito. "Resolvera ficar."
A rapariga compreendeu o disfarce e, no dia seguinte, tratou de prevenir o irmão de que
abrisse os olhos, se não queria ver o Sr. Amâncio escapar-lhe por entre os dedos.
João Coqueiro ficou de orelha em pé.

XIX
A pequena tinha toda a razão; Amâncio, se parecia resolvido a desistir da viagem, era
porque nessa mesma tarde encontrara o Paiva e, na sua necessidade de expansão, levou-o para o
fundo de um café e abriu-se com ele. Contou-lhe as dificuldades que o afligiam, e pediu-lhe
conselhos.
- Não há que saber!...disse o consultado. - Não há que saber!...Aí só vejo dois partidos a
tomar: - Ser tolo - ou - não ser tolo!
E, como o outro fizesse um trejeito de má compreensão:
- Tolo, se ficares e - não tolo - se te puseres ao fresco!
- Mas, Paiva, você então que devo ir?...perguntou Amâncio, hesitando , a morder as
unhas.
- Homem! volveu aquele, - se precisas ir ao Norte, prepara-te caladinho e vai! Que
necessidade tens tu de que a gente do Coqueiro saiba disso?...Deves-lhe satisfação de teus
atos?...Se não deves, é aprontar as malas e...por aqui é o caminho! Olha! Deixa-lhe uma carta,
muito delicada, já se vê, muito cheia de promessas. "Que voltas, que hás de fazer, que hás de
acontecer!" E, no entanto, vai-te raspando...Porque estas coisas, filho, assim é que se decidem.
E, quanto aos arranjos da viagem...cá estou eu para te ajudar!...
Calaram-se por alguns instantes. Paiva Rocha pediu um novo cherry - cobler e
prosseguiu enquanto o amigo, muito pensativo, fitava o mármore da mesa:
- Agora, se estás tão embeiçado pela sujeita, que não tenhas ânimo de a deixar, isso é
outra coisa!...Neste caso, o melhor é escrever à velha, dizendo-lhe que venha, arranjar um novo
advogado de confiança que se encarregue de teus negócios no Maranhão, - e faze a vontade à
pequena - casa-te!
Amâncio torceu o nariz com enfado: -
- Qual!
- Então, filho, que esperas?...É perder o amor aos objetos que lá tens, e fazer o que já te
disse!
- Mas o Coqueiro não poderá toma r alguma vingança?...


[Linha 7200 de 8244 - Parte 5 de 5]


- Não sejas parvo! Resmungou o outro, bebendo de um trago o que ainda tinha no copo;
e ergueu-se disposto a sair. - Amanhã, às mesmas horas, cá estou! Traze o cobre e deixa o resto
por minha conta!
Separaram-se concordes de que no dia seguinte ficariam depositados na república do
Paiva os apetrechos da fuga.
Em casa do Coqueiro. Todos, à semelhança de Amelinha, nem de leve mostravam
suspeitar de coisa alguma; pareciam até mais tranqüilos e satisfeitos. Nem um gesto de
ressentimento, nem uma palavra indiscreta que os denunciasse. Tudo era paz e
bem-aventurança.
Reapareceram as primitivas noites de amor, como boa estação que volta carregada de
flores. Os dois amantes nunca se possuíram tão satisfeitos um do outro e nunca se patentearam
tão convictos da mesma felicidade. No empenho comum de se enganarem, cada qual redobrava
de carinhos e meiguices; enquanto por dentro os corações lhes bocejavam, aborrecidos e
fatigados.
O dia da viagem chegou sem novidade alguma. Amâncio levantou-se como das outras
vezes, apenas um pouco mais cedo. Olhou por um momento Amélia que ainda dormia, toda
sumida nos lençóis, vestiu-se cautelosamente para não a acordar; depois foi `varanda, bebeu
café e saiu em ar de passeio.
No Largo do Machado tomou um carro e bateu para a república do Paiva.
Não encontrou o colega, havia já saído. - Devia estar à sua espera com a bagagem, no
cais Pharoux.
Amâncio mandou tocar o carro para lá. E, à proporção que se aproximava do mar,
crescia-lhe por dentro um vago sobressalto de impaciência e de medo
- Anda! Gritou ao cocheiro, espiando repetidas vezes pela portinhola e apalpando de
instante a instante o bilhete da passagem que tinha no bolso.
Estava comovido, principiava a sentir pena de deixar a Corte; apareciam-lhe saudades
das boas noites com Amélia, das patuscadas com os amigos. E um mundo de recordações
formava-se e transformava-se atrás dele, fugindo, desaparecendo como sombras que se esbatem.
Para disfarçar a impressão desagradável de tais mágoas, procurava embriagar-se com a
idéia das aventuras que o esperavam na província, grupando na fantasia tudo aquilo que o
pudesse interessar de qualquer modo; e compunha, e construía, inventava episódios, cenas,
dramas inteiros, nos quais lhe cabia sempre a principal figura. E, depois de bem mergulhado nos
seus devaneios, depois de bem envolvido na alacridade de seus sonhos de glória, o Maranhão
aparecia-lhe risonho e brilhante como a última expressão do que há de melhor sobre a terra
Mas, na ocasião em que se apeava, um tipo mal - encarado, olhando por cima dos
óculos, a barba grisalha, um tom geral de porcaria no seu velho fato de pano preto, nas sua botas
alcacanhadas, no seu chapéu de pêlo cheio de manchas amarelas, aproximou-se dele e, com voz
enxuta e morfanha, intimou-o "a comparecer imediatamente em presença do delegado de
semana na secretaria de polícia". Era um oficial de justiça.
- Mas que desejam de mim?...perguntou o estudante, empalidecendo e procurando o
Paiva com os olhos.
- Eu não tenho nada com a polícia!
E recuou dois passos.
- O senhor está intimado! Repetiu secamente o outro, e, em voz baixa, disse a dois
sujeitos que se haviam adiantado: - Cerca! Cerca o homem!
Então aqueles avançaram logo, jogando o corpo num pé só, o chapéu para trás, um
grosso porrete na mão.
- Comigo é onze! Exclamou um deles, muito canalha, a cuspilhar para os lados.
- Mas por que me prendem?!...perguntou o estudante, sentindo-se tolhido.
- São coisas!... responderam-lhe, fazendo-o entrar no carro.


[Linha 7250 de 8244 - Parte 5 de 5]


Amâncio ainda procurou descobrir o Paiva ; depois, azoinado pela gentalha que se reunia
em torno dele, saltou para a almofada, perseguido sempre pelos três sujeitos.
O oficial segredou alguma coisa ao cocheiro, e o carro deu volta e rodou em sentido
contrário aso cais.
Amâncio cobriu o rosto com o lenço e principiou a soluçar.

* * *

Coqueiro, desde a prevenção que lhe fez a irmã, não se descuidou mais um instante de
vigiar a sua presa: segui-lhe os passos, farejando, até o momento em que Amâncio tomou o
bilhete de passagem para o Norte.
Então, correu para à casa do Dr. Teles de Moura.
O Teles era um advogado velho, muito respeitado no foro; não pelo caráter, que o não
mostrava nunca, nem pela sua ciência, que a não tinha; nem tampouco pelos seus cabelos
brancos, que a estes nem ele próprio respeitava, invertendo-lhes a cor; mas sim pela sua
proverbial sagacidade, pelas suas manhas de chicanista, pela sua terrível figura de raposa velha,
pelos sues olhinhos irrequietos e matreiros, pelo seu nariz à bico de pássaro e pela sua boca sem
lábios, donde a palavra saía seca e penetrante como uma bala.
O passado do Teles era toda uma legenda de vitórias judiciais; atribuíam-lhe anedotas
mais antigas de que ele; muito processo se anulou naquelas unhas aduncas e tamanduá; muito
criminoso escapou às penas da lei por entre as malhas das sua astúcia; muito inocente foi parar à
cadeia ensarilhado nas pontas de seus sofismas.
Para ele não havia causas más; em suas mãos qualquer processo se enformava ao
capricho dos dedos como uma bola de miolo de pão.
E o irmão de Amélia sabia de tudo isso perfeitamente quando lhe foi bater à porta.
Seriam então nove horas da manhã, a raposas almoçava.
Coqueiro esperou um instante e, só terminado o barulho dos pratos, animou-se a tocar a
campainha.
Apareceu um moleque, tomou o recado no corredor e pouco depois trouxe a resposta.
"O amo estava muito cheio de ocupações naquele dia, não falava com pessoa alguma. Coqueiro
que voltasse noutra ocasião."
Mas Coqueiro recalcitrou. "Esperaria...Tinha que falar ao Dr. Teles, custasse o que
custasse. Tratava-se de uma causa importantíssima!"
Veio afinal o doutor, palitando os dentes, o ar muito ocupado, os movimentos de quem
tem pressa.
- Que era ? O que desejavam?
Coqueiro, com a voz alterada, os gestos dramaticamente desesperados, disse que ia ali
buscar proteção e justiça. "Era pobre, sim, mas estudioso e trabalhador. Sua vida aí estava, -
limpa! Podia até servir de modelo! - Casara-se na idade em que os rapazes em geral só pensam
nos prazeres e nas loucuras!...Adorava a família; sim! adorava, porque a família era o bem único
de que ele dispunha na terra! Tinha uma irmã, inocente e indefesa, a quem até aí servira de pai e
de tutor..."
O advogado deixou escapar uma tossezinha de impaciência.
- Pois bem, senhor doutor! Exclamou o outro, puxando com ambas as mãos, contra o
peito, o seu chapéu de feltro. - Pois bem! Essa menina, que era todo o meu orgulho, que era
como o documento vivo do bom cumprimento de meu dever...essa menina, que eduquei sob os
maiores sacrifícios...essa pobre menina...
- Que fez? Perguntou o velho muito calmo. - Arribou de casa?...
Não senho, acaba de ser vítima da maior traição, da mais degradante maldade, que...
- Mas, afinal, o que houve?...interrogou o doutor, fugindo às preliminares.


[Linha 7300 de 8244 - Parte 5 de 5]


- Foi desvirtuada por um rapaz, um colega meu, que , há coisa de um ano, hospedei, por
amizade, debaixo de minhas telhas!...
- E ele? Perguntou o advogado, sem se comover.
- Ele já está de passagem comprada para o Maranhão e foge amanhã mesmo, se não
houver uma alma reta e caridosa que lhe embargue a viagem.
- Ela ficou pejada?
- Não senhor.
- É menor?
- Tem vinte e três anos, respondeu o queixoso, triste porque sua irmã não tinha menor
idade.
- Está o diabo!...Resmungou a raposa; espetando os dentes com o palito. - E ele?
- Ele tem vinte e um.
- Feitos?
- Feitos, sim senhor.
- Bem.
E acendeu um cigarro que levara a preparar lentamente.
- É o diabo!...repisava. - Não se pode fazer nada, sem a verificação do fato...É o diabo!!
E calaram-se ambos. O velho a pensar; o outro, de cabeça baixa, o aspecto infeliz, a
choramingar baixinho.
- Ele tem recurso? Perguntou aquele afinal.
- É rico, bastante rico, respondeu o Coqueiro, sem tirara os olhos do chão.
- Emancipado?...
- Totalmente. órfão de pai! É até sócio comanditário de uma importante casa comercial.
Tem para mais de quatrocentos contos de réis.
- Bem. Arranja-se a queixa - crime. Olhe! Deixe-me aí o seu nome, o dele, o da vítima,
o dos competentes pais, se os tiverem, as respectivas moradas, profissões, etc., etc. Enfim a
substância da queixa...
- O senhor doutor acha então que...
- Veremos! Veremos o que se pode fazer!...Não perca tempo - escreva.
Coqueiro escreveu prontamente, interrompendo-se de vez em quando o para pedir
informações.
- 'Stá direito! Sussurrou o advogado, correndo os olhinhos pelas folha de papel que o
outro lhe acabava de passar. - Pode ir descansado. Vá.
E seu todo impaciente estava a despedir a visita. Esta, porém, fazia não dar por isso e
desejava mais esclarecimentos; queria saber ao certo o tempo que deitaria aquela questão. "Se
era de esperar que Amâncio cassasse com a vítima; se havia recursos na lei para o perseguir, etc.,
etc. "
O velho palitou os dentes mais vivamente. "Que diabo! Um processo era um processo!
Tinha de percorrer todos os competentes sacramentos! Não se chegava ao fim, sem passar pelos
meios!...Amâncio podia furtar-se à citação, esconder-se; os oficiais de justiça eram tão fáceis de
ser comprados!...tão ordinários!...vendiam-se por qualquer lambujem, por um relógio, por um
pouco de dinheiro!...
E principiou a encarecer a causa, grupando termos jurídicos, apontando dificuldades.
Sua voz transformava-se ao sabor daquela terminologia especial. "Em primeiro lugar tinham de
apresentar uma queixa perante o Juiz de Direito do distrito criminal. Deferida a petição,
intimar-se-ia o indiciado para a audiência que se designasse. - E os interrogatórios? E a
pronúncia? E os recursos?...Enfim havia de se fazer o que fosse possível!...
- E por enquanto...acrescentou o chicanista, consultando apressado o relógio- não tenho
de meu nem mais um segundo!
E despedindo o outro com um aperto de mão:


[Linha 7350 de 8244 - Parte 5 de 5]


- Olhe! Procure-me logo mais na polícia, ao meio-dia. Estou lá à sua espera. Pode ir
descansado. Adeus!
E empurrando-o brandamente:
- Não deixe de ir, hein?...Meio-dia em ponto! Adeus! Desculpe!
Coqueiro saiu, mastigando agradecimentos.
Estava agora mais tranqüilo; - a fama do Dr. Teles de Moura enchia-o de esperanças
radiosas. "Sua causa não podia cair em melhores mãos!"

* * *


E a verdade é que ele, industriado pela raposa velha, obteve um mandado de
notificação, obrigando Amâncio a comparecer na polícia, imediatamente, para investigações
policiais, e peitou o oficial de justiça e arranjou dois secretas e, afinal, o amante da irmã foi
conduzido à presença do delegado de semana e daí levado à detenção, donde só sairia para
responder ao primeiro interrogatório..
O advogado requereu corpo de delito na ofendida e, para a seguinte audiência, o
comparecimento dos outros dois inquilinos que, por ocasião do crime, moravam na casa de
pensão, - O Dr. Tavares e o guarda-livros.
No inquérito, duas testemunhas fizeram-se ouvir contra Amâncio; um taverneiro das
Laranjeiras - bicho gordo, cabeludo, a pele cor de telha e dono de uma venda que encostava os
fundos com os da casa de Amélia, e um alferesinho de polícia, noutro tempo vizinho do
queixoso em Santa Teresa e agora morador do casarão da Rua do Resende, - Homenzinho
magro, pobre de sangue, olhos fundos e a boca devastada por uma anodontia horrorosa.
Amâncio , que ainda não conhecia de perto o que vinhas a ser "um processo" e estava
longe de imaginar as tricas e os ardis de que costumam lançar mão os litigantes para defender
ou acusar um pobre - diabo que a justiça lhe atira às unhas, ficou pasmo, quando, na ocasião de
assinar os atos e termos, leu a matéria do fato criminoso que lhe argüíam.
O alferes declarou em substância que: "na noite de 16 de julho do ano tal, pela uma hora
da madrugada, estando em Santa Teresa, no sótão que então ocupava, ( o qual era místico ao
sótão de uma outra casa onde, viera a saber mais tarde, residira Amâncio ) , ouviu daí partirem
gemidos angustiados e uma voz fraca, de mulher, a dizer: Solte-me! Solte-me! Não me force! E
que tomado de curiosidade, trepara-se ao muro do quintal e pusera-se a espreitar para a casa do
vizinho, e, então, percebera distintamente que um homem violentava uma rapariga; e que depois
cessaram as vozes e só se ouviram suspiros e soluços abafados".
O taverneiro depunha que: "naquela mesma noite, estando casualmente de passeio em
Santa Teresa, ouvira, ao passar pela casa onde então residia João Coqueiro com a família, uma
altercação de duas vozes, na qual se destacava uma de mulher que chorava, implorando piedade
e suplicando, por amor de Deus, que a não desonrassem" .
E tudo isso estava perfeitamente de acordo com que já havia declarado o Coqueiro.
Dissera este que: "nessa mesma noite se recolhera às três horas da madrugada, pois estivera até
então em Botafogo, na companhia de seu colega Firmino de Azevedo, e que, ao entrar em casa,
ouvira leves gemidos no quarto da irmã e, chamando por esta da varanda e perguntando-lhe o
que tinha, ela respondera que - não era nada, apenas havia acordado às voltas com um
pesadelo; mas que ele, Coqueiro, apesar dessa explicação, ficou muito sobressaltado e ainda
mais, quando, depois de acordar a esposa, que dormia profundamente, e perguntar-lhe se
houvera em casa alguma novidade durante a sua ausência, lhe ouvira dizer que - até às nove
horas da noite podia afiançar que nada acontecera, mas que, daí em diante, não sabia, visto que,
sentindo-se àquela hora muito incomodada, se havia recolhido ao quarto com seu filho
César e, como usava água de flor de laranja para os padecimentos nervosos, supunha ter


[Linha 7400 de 8244 - Parte 5 de 5]


essa noite medido mal a dose e tomado demais o remédio, em virtude do estranho e profundo
sono que se apoderou dela até o momento em que o marido a chamara. - Por conseguinte, das
nove horas da noite às três da madrugada, Amâncio e Amélia haviam ficado em plena
liberdade".
E mais: "que , no dia seguinte àquela noite fatal, Amélia não quis sair do quarto e que
ele, indo ter com a irmã e perguntando-lhe se sofria de alguma coisa e se precisava de médico,
notou-lhe certa perturbação, certo constrangimento e um grande embaraço na resposta negativa
que deu; e que ela, todas as vezes que era interrogada, fugia com o rosto para o lado contrário e
abaixava os olhos, como tolhida de vergonha; e que, examinando-a melhor, lhe descobrira sinais
roxos nos lábios, nas faces, e pequenas escoriações no pescoço, nas mãos e nos braços; e que ,
então fulminado por uma suspeita terrível, exigiu energicamente a revelação de tudo que ase
passara na véspera durante a sua ausência, e que ela, empalidecendo, abrira a chorar e, só
depois de muito resistir, confessou que fora violentada por Amâncio , mas que este prometera,
sob palavra de honra, em breve reparar com o casamento a falta cometida".
Mme. Brizard confirmou o que disse o marido a seu respeito.
Amâncio, porém, logo que foi novamente interrogado, negou: 1.º - Que conhecesse as
duas testemunhas deponentes contra ele;2.º - Que em tempo algum houvesse sucedido o que
elas afirmavam; 3.º - Que tivesse empregado violência contra Amélia; 4.º - _Que fizesse
promessa de casamento a quem quer que fosse e debaixo de quaisquer condições. E confirmou:
1.º_Que em a noite, não de 16, mas de 2o de julho daquele ano, estabelecera relações carnais
com a queixosa; 2.º - Que nessa noite, permanecendo de pé o conchavo de uma entrevista
combinada entre eles, Amélia, logo que a casa se achou de todo recolhida, apresentara-se-lhe no
quarto e aí ficara até às cinco horas da manhã, sem mostrar durante esse tempo o menor indício
de contrariedade, e parecendo, aliás, muito satisfeita e feliz com o que se dera, como se
alcançara a realização do seu melhor desejo; 3.º- Que de tudo isso nada absolutamente terias
sucedido, se Amélia não o perseguisse com os seus repetidos protestos amorosos, com as suas
provocações de todo o instante, chegando um dia a surpreendê-lo à banca do trabalho com uma
aluvião de beijos! Que não teria sucedido, se todos os de casa, todos!- o irmão, a cunhada, ela,
o César, os fâmulos, não concorressem direta ou indiretamente para aquilo, armando situações,
preparando conjunturas arriscadas para ambos, explanando ocasiões escorregadias, nas quais
fora inevitável uma queda!
E Amâncio acrescentou, arrebatado pela correnteza de suas palavras:
- Nada disso teria acontecido, senhor Juiz, se me não desafiassem, se me não
sobressaltassem os instintos, atirando-a a todo momento contra mim; se nos não empurrassem
um para o outro, com insistência, com tenacidade, deixando-nos a sós horas e horas
consecutivas, fazendo-a enfermeira ao lado de minha cama; pespegando-a todos os dias, todas
as noites, diante de meus olhos, ao alcance de minhas mãos, - enfeitada, perfumada,
preparada, como uma armadilha, com uma tentação viva e constante!
O delegado observou discretamente que Amâncio se excedia nas suas declarações; mas
o auditório, na maior parte formado de estudantes, protestava, atraído por aquela setentrional
verbosidade que enchia toda a sala.

Rebentavam já daqui e dali, algumas exclamações de aplauso. E a voz do nortista,
irônica e crespa no seu sotaque provinciano, ainda se fez ouvir por alguns instantes, em meio do
quente rumor que se alevantava.
- Ah! Por Deus! Por Deus, que bem longe estava ele de imaginar um fim tão dramático
àquela comédia! Bem longe estava de imaginar que, depois de o escodearem por tantas
maneiras; já o fazendo chefe de uma família que não era a sua; já lhe exigindo a compra de uma
casa, exigindo vestidos, jóias, carros, dinheiro para despesas diárias, dinheiro para a botica,
dinheiro para o açougue, para o médico, para tudo! - ainda se lembrassem de extorquir-lhe a


[Linha 7450 de 8244 - Parte 5 de 5]


coisa única que até aí não haviam cobiçado - seu nome! - o nome que herdara de seus pais!
- Bravo! Bravo! Muito bem!
E a matinadas dos estudantes rebentou com entusiasmo, sufocando os novos protestos
que apareciam. O delegado reclamava silêncio, e Amâncio, muito pálido, a resta luzente de suor,
tinha os braços cruzados, a cabeça baixa, numa atitude dramática de altiva resignação.
Findo o inquérito e dada a queixa, o sumário caminhou sem mais incidente. Todavia, o
provinciano, sempre que era interrogado, deixava-se arrebatar como da primeira vez.
As testemunhas, com mais ou menos tergiversação, reproduziam as suas patranhas;
concederam-se os dias da lei ao indiciado, para que juntasse a sua defesa escrita e os seus
documentos; e, afinal, subiram os autos à Relação, onde foi sustentada a pronúncia, e o
processo esperou que designassem a sessão em que Amâncio teria de entrar em julgamento.

XX


O acidente de Amâncio causou enorme impressão nos seus conhecidos. Campos, ao
receber a notícia, ficou fulminado e atirou-se no mesmo instante para a casa de correção, sem
mais se lembrar de que nesse dia estava cheio de serviço até os olhos.
Seu primeiro ímpeto foi de repreender severamente o culpado, verberar-lhe com energia
a "ação indigna" que acabava de praticar; mas pouco depois, veio-lhe uma grande comiseração.
"Porque , enfim, coitado, o pobre moço era ainda uma criança...naturalmente fraco...e
daí...Quem sabia lá o que teriam feito para o precipitar naquele crime?...
"Sem saber por que, afigurava-se-lhe que o papel de vítima cabia mais a Amâncio do que
ao Coqueiro. Este surgia-lhe agora à imaginação, como um Satanás de mágica que deixou fugir
de repente, pelo alçapão do teatro, a sua túnica de bom velho peregrino.
Seria até capaz de jurar que, a despeito do disfarce, já de muito lhe havia bispado a
saliência dos cornos diabólicos por debaixo do religioso capuz. E pequeninos fastos, que até aí
jaziam dispersos e abandonados no seu espírito , vinham, acordando de repente, justificar
semelhante transformação.
- Sim! Já em certa época descobrira no Coqueiro tais e tais sintomas de hipocrisia;
ouvira-lhe tais e tais frase que o fizeram desconfiar de seu caráter!... não tina que ver! - Já lá
estavam as tais pontas diabólicas a espetar o capuz!
E arrependia-se de não haver em tempo desviado o pobre Amâncio daquele perigo: -
Andara mal! Devia preveni-lo!...devia ter dado qualquer providência a esse respeito!...
E voltando-se contra si:
- Mas, onde diabo tinha eu esta cabeça, para não ver logo que um homem, - que se casa
especulativamente com uma velha do feitio de Mme. Brizard; um homem que consentir à irmã
receber presentes e mais presentes de um estranho; um homem que especula com tudo e com
todos, um maroto! - Não se mostraria tão agarrado ao rapaz, senão com o propósito firme de lhe
pregar alguma?!...Oh! andei mal! Andei mal, como um pedaço de asno!...
E apressou-se a socorrer a 'Pobre vítima"
- Ainda se houvesse a hipótese de uma fiança...reconsiderava ele, já em caminho das
detenção. - Mas qual! O Dr. Tavares, que lhe levara ao escritório a notícia do escândalo,
dissera-lhe que ""o crime era inafiançável e que por conseguinte não se podia evitar a prisão!"
Infeliz moço! Infeliz moço! Resmungava o Campos , quase chorando. - Antes nunca ele viesse
ao Rio de
janeiro! - Que demônio hei de eu agora escrever à família?...E a pobre D.Ângela?!
Coitada, como ficará, quando, em vez do filho, receber a notícia de tanta desgraça?!...Valha-me
Deus!
E foi nesse estado que o Campos chegou à Rua do Conde.


[Linha 7500 de 8244 - Parte 5 de 5]


Hortênsia não ficou menos impressionada; ao saber do caso empalideceu
extraordinariamente e começou a tremer toda. Desde então se tornou apreensiva e nervosa de
um modo lastimável; tinha pesadelos, ataques de choro, ameaças de febre e um fastio enorme.
Carlotinha, que se achava nessa ocasião de passeio em casa das Fonsecas de Catumbi,
foi logo reclamada a lhe fazer companhia.
Em casa do negociante quase que se não falava de outra coisa que não fosse o processo
de Amâncio; pareciam todos empenhados com o mesmo ardor na sorte do "pobre rapaz" Os
caixeiros murmuravam pelos cantos do armazém e os criados, sempre desejosos de merecer a
atenção dos amos, traziam da rua os cometrários que ouviam ou que inventavam sobre o fato.
E o escândalo, como um líquido derramado, ia escorrendo pelas ruas, pelos becos,
penetrando por aqui e por ali, invadindo as repartições públicas, os escritórios comerciais, as
redações das folhas e as casa particulares.
Os jornais começavam a explorá-lo.
Na Academia de Medicina e na Escola Politécnica levantavam-se partidos. João
Coqueiro bem poucos colegas tinha se seu lado; nem só porque lhe cabia na questão o papel ,
sempre mais antipático, de agressor, com em virtude de seu gênio insociável e seco. Antigos
ressentimentos, que pareciam esquecidos, ressurgiam agora, aproveitando a ocasião para tirar
vinganças; daí,- opiniões mal - intencionadas; comentários atrevidos sobre a conduta de
Amélia, sobre o caráter mercantil de Mme. Brizard, sobre as velhas brejeirices da Ruas do
Resende. Uns se contentavam em fazer conjeturas, outros, porém, tiravam conclusões, e alguns
iam ainda mais longe, contando fatos: "Em tal baile do Mozart", dizia um quartanista de
medicina, "estivera com a irmã do Coqueiro, dançara com ela duas valsas e desde então ficara
sabendo de quer força era a tal bichinha!..."E seguiam-se pormenores degradantes e revelações
descaradas.
Este, sustentava que o João Coqueiro sabia perfeitamente de tudo que lhe ia por casa e
que era até o primeiro a mercadejar com a irmã, como seria capaz de fazer com a própria mulher,
se houvesse um homem de bastante coragem para afrontar aquele dragão! Estouro, afirmava que
lhe não se lamberia com a proteção do carola Teles de Moura, se não foram as legendária
relações de Mme. Brizard com o falecido cônego Muniz, ex - redator de um jornal católico.
E choviam as insimulações, as denúncias "Coqueiro era um hipócrita, um jesuíta! -
Fingia-se muito devoto na escola para agradar ao professor fulano; defendia a escravidão e a
monarquia para lisonjear Beltrano; - Se entrava numa pândega com os companheiros, no outro
dia punha-se a dizer que só ele não se embebedara e não fizera papel triste! _ se lhe tocavam
mulheres, o velhaco abaixava os olhos e ficava todo estomagado, e debaixo da capa de
santarrão, ia fazendo das suas! - Era um cão! Um tartufo!
Toda essa má vontade contra o João o coqueiro redundava em benefício de
Amâncio, por quem alguns estudantes pareciam sentir verdadeiro entusiasmo. Na faculdade de
Medicina não se encontrava um sé rapaz em favor daquele; ao passo que este tinha por si quase
toda a Politécnica. Nas duas escolas falava-se muito em "exploração, em roubo, em
piratagem".A cifra dos bens de Amâncio, à medida que passava de boca em boca, ia tomando
proporções fabulosas, faziam-na de mil, quatro mil, dez mil contos de réis. O Paiva era agora
requestado pelos colegas, como um boletim sanitário que traz os últimos telegramas da guerra.
Por saberem de sua intimidade com o réu e das visitas cotidianas que ele fazia à casa de
correção, não o largavam um só instante; cercavam-no, cobriam-no de perguntas "Como estava
Amâncio, se triste, abatido, desesperançado, ou se alegre, indiferente, risonho?!...E a tal
Amelinha dos camarões?...que fazia/ como se portava no negócio? - ia visitar o amante?
Escrevia-lhe? aparecia a algum! Comprazia-se com desdita do preso ou era solidária nos
sofrimentos dele?"
Paiva respondia para todos os lados, não tina mãos a medir; os espírito s, porém,
longe de se acalmarem com isso, mais se sofregavam e acendiam. A impaciência tomava o lugar


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da curiosidade; um sobressalto febril, de jogo, preava o coração dos estudantes; os ânimos
palpitavam na expectativa de um, desfecho escandaloso. Previam-se, com arrepios de gozo
antecipado, o impudico espetáculo dos depoimentos , as brutais declarações dos médicos e todo
o cortejo descomposto de um, júri de desfloramento.
O artigo 222 do Código Criminal lá estava pairando nos ares, cínico e espetaculoso
como o flammeum de Nero no banquete de Tigelino.

* * *

O Campos, entretanto, não podia descansar com a idéia daquela desgraça. Abandonava
tudo, esquecia os próprios interesses para correr às bancas dos advogados, consultando,
propondo defesas; mais tonto, mais aflito do que se tratasse de salvar um filho.
A situação relacionara com o Dr. Tavares. O qual, um pouco em represália ao Coqueiro
por havê-lo despedido de casa, sem as explicações devidas ao seu alto merecimento, e um,
pouco talvez na esperança de lucros pecuniários, mostrava-se ferozmente empenhado na
questão. Nunca esteve tão verboso, tão cheio de entusiasmo e tão fecundo em citações latinas.
Viam-no, a cada passo, em todos os grupos da Rua do Ouvidor, berrando., gesticulando sobre o
assunto, como se tudo aquilo lhe trocasse diretamente.
- É incontestável, exclamava ele a quem lhe caía nas garras, - é incontestável que
Amâncio foi vítima de uma arbitrariedade esse delegado das dúzias que, sem mais nem menos,
o mandou recolher à prisão, - prevaricopui! Prevaricou, principalmente porque Amâncio nada
mais fez do que desflorar mulher virgem maior de dezessete anos, o que, perante a nossa lei, não
constitui crime! Por cons3efguinte, a prisão preventiva não devia ser efetuada!
E a sua voz, aguda e sistemática, repetindo a palavra friamente obscena da lei, causavas
no auditório o efeito vexativo que nos produz um cadáver nu.
Hortênsia já se escondia no quarto, quando o maçante se lhe pespegava em casa.
- Ah! Ele havia de mostrar a esses advogadozinhos de meia- tigela, os quais, mal surge
um processo andam se oferecendo como protetores de qualquer uma das partes e
comprometendo a causa!- Ele havia de mostrar o que é dignidade e retidão na justiça! E, se
não tivesse outro meio, escreveria uma série de artigos, que os poria a todos na rua da amargura!
Campos havia de ver!
E, chegando-se para este, em atitude misteriosa:
- Mas o senho, justamente, é que me podia ajudar se quisesse!...
- Ajudá-lo?
- Sim! Nós dois, brincando, dávamos cabo da panelinha do Coqueiro! Que julga? Sei de
tudo! Vi - com estes olhos! Sei, melhor que ninguém, como se arrumou a cilada ao pobre moço!
Campos declarou que , em benefício de Amâncio, estava pronto a fazer o que fosse
preciso.
- Encarrega-se da publicação dos artigos?! Exclamou o advogado.
- Pago-os até quem os fizer...disse o Campos - contanto que isso aproveitar ao rapaz!
Todo o meu desejo é livrá-lo o mais depressa possível! É uma questão de consciência!
- Pois então, meu caro amigo, pode escrever que, ou o seu protegido não sofrerá menor
desgosto ou leva o diabo a caranguejola desta justiça de borra! Sou eu quem o afirma! amanhã
mesmo trago-lhe o primeiro artigo! Verá!
- Está dito!
Mas , nesse mesmo dia, quando o Campos se dispunha a sair de casa, para se entender
com o Saldanha Marinho, que parecia resolvido a tomar a causa de Amâncio, entregaram-lhe
uma carta.
Era o Coqueiro e dizia simplesmente: "Para que V. S. ª não continue iludido e não se
sacrifique por quem não lhe merece mais do que o desprezo, junto remeto-lhe um documento


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que nos torna quase companheiros de infortúnio e que lhe dará uma idéia justa do caráter desse
moço perverso, cuja intenção aso lado de sua família era desonrá-la como desonrou a minha!"
O negociante desdobrou, a tremer, o papel que vinha incluso, e leu aquela célebre carta
subtraída por Amélia, alguns tempos antes.
Não quis logo acreditar no que via escrito. Uma nuvem passara-lhe diante dos olhos.
"Mas não havia dúvida! Era a letra de Amâncio , era a letra daquele miserável, por quem ele
ultimamente passara dias tão penoso!
- Que ingratidão! E o Campos que o tinha na conta de um rapaz honesto!...Como vivera
iludido!...Agora, dava toda a razão ao Coqueiro! Calculava já o que não teria feito o biltre na
casa de pensão!
As tais pontas de Mefistófeles iam desaparecendo da cabeça do irmão de Amélia para se
revelarem na cabeça de Amâncio.
- E Hortênsia?! Gritou-lhe de surpresa o coração.
- Ah! por esse lado estava tranqüilo!...Por ela meteria a mão no fogo! - Demais, o teor da
carta bem claro mostrava que o infame não conseguira seus lúbricos desígnios! - no desespero
brutal daquelas palavras via-se indubitavelmente que a "virtuosa senhora" fechara ouvidos ao
malvado!
Mas, como se podia conceber tanta perversidade e tanta hipocrisia em uma criatura de
vinte anos?!...E lembrar-se o Campos de que, ainda naquela manhã, nem conseguira almoçar
direito, de tão preocupado que estava com o destino de semelhante cachorro!...
Agora, nem de longe queria ouvir falar de Amâncio ou do que a estie se referisse. As sua
boas intenções sobre o rapaz fugiram de um só vôo e o coração esvaziou-se-lhe de repente,
como um pombal abandonado.
Mas ainda lá ficou uma idéia branda e compassiva que respeitava ao ingrato; ainda lá
ficou uma mesquinha pomba esquecida, que já não tinha forças para acompanhar as revoada das
companheiras, - era a comiseração inspirada pela mãe do criminoso. Essa ficou.
- Que desgraça da infeliz senhora! Possuir um filho daquela espécie!
E o Campos, com as mão cruzadas atrás, encaminhou-se lentamente para o segundo
andar, em busca da mulher.
Não a acusou; não lhe fez de leve ima pergunta de desconfiança; apenas disse,
pondo-lhe a carta defronte dos olhos:
- Mira-te neste espelho.
Hortênsia ficou lívida.
- Vê tu em que eu me metia!...acrescentou ele. - Defender aquele miserável! Calculo
quanto não te incomodaste, minha santa!
E beijou-a na testa.
Ela sacudiu os ombros numa expressão de confiança na própria virtude: - O marido a
conhecia bem, para que pudesse recear uma deslealdade de sua parte!
Logo, porém, que lhe escapou da presença, sentiu uma grande vontade de chorar.
Correu ao quarto, fechou-se por dentro, e atirou-se à cama, abafando os soluços com os
travesseiros que se inundavam.

* * *
Era um desespero nervoso, uma estranha mágoa por alguma coisa que ela não podia
determinar o que fosse, mas que só se abrandava com aquela orgia de lágrimas. Sentia gosto em
vertê-las, abundantes, fartas, como se as derramasse no fogo que a devorava.
Não obstante, ao receber aquela carta, ainda lhe sobejara coragem para responder, sem
afrouxar nos seus princípios de honestidade; mas, agora, uma súbita transformação ganhava-lhe
os sentidos e parecia chamar-lhe à cabeça as ondas quentes de seu sangue revolucionado.
- E quem não se revoltaria, pensava Hortênsia, - defronte da sorte tão contrária do


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lastimável moço, cujo grande crime consistia apenas no muito amor que ela lhe inspirara?...Ah!
Era isso decerto o que a enchia de aflição e desalento! - era a desgraça dessa pobre criatura,
contra a qual tudo parecia conspirar, como se um gênio fantástico e mau a perseguisse! Que
seria agora do mísero, sem a proteção do Campos?...Que seria do desgraçado, sem esse último
companheiro que lhe restava no meio de tamanhas lutas?...
Violou uma donzela, é verdade! Mas deveriam responsabilizá-lo por isso?...Seria ele o
verdadeiro culpado ou simplesmente uma vítima?...Falava-se tanto nos costumes de toda aquela
gente do Coqueiro!...rosnavam com tanta insistência sobre os planos, os cálculos, as armadilhas
tramadas ao dinheiro do rapaz!...De que lado estaria a razão?...E, quando se revoltassem toso
contra o infeliz, teria ela, Hortênsia, o direito de fazer o mesmo?...Não lhe caberia grande parte
na culpa de que o acusavam? Não poderias ela, só ela, ter evitado aquilo tudo com um simples
palavra de amor?...Por que , afinal o que lançou Amâncio nos braços da tal rapariga?...Foi a
paixão? foi a beleza? Foi o talento? - não! foi unicamente o despeito! Foi o delírio, o desespero
de um coração repudiado! - Sim! sim! Tudo aquilo sucedera, porque ela o repelira; porque ela, a
imprudente, fechara-lhe os braços, quando o desgraçado, louco de paixão, lhe suplicava por um
bocado de amor, um pouco de caridade!...
Antes tivesse cedido!...
E embravecia-lhe o pranto. - Antes tivesse, porque, se assim fosse, o pobre moço, com
certeza, não pensaria na outra! - Mas o infeliz, coitado! viu-se aflito, enraivecido, sofrendo ,
saber Deus o quê! E sucumbiu, ora essa! Sucumbiu como aconteceria a qualquer nas mesmas
condições! Sucumbiu por desalento, talvez por vingança, talvez por não ter outro remédio -
Não! definitivamente sentia muita pena daquele desditoso rapaz!
Amava-o agora. Seu espirito atrasado e muito brasileiro descobria nele uma vítima da
fatalidades amorosas, e esse prisma romântico emprestava ao estudante uma irresistível simpatia
de tristeza, uma deliciosa atração de desgraça.
Hortênsia sonhava-o "pálido, melancólico, desprezado no fundo de umas prisão, tendo
por leito - um catre abominável, por única luz - uma trêmula aresta do sol que se filtrava pelas
grades negras do cárcere",.
E aquela encantadora figura de prisioneiro, com a cabeça languidamente apoiada nas
mãos, os olhos úmidos de pranto, os cabelos em desalinho sobre a fronte, - a penetrava toda,
enchia-lhe o coração ,num aflitivo trasbordamento de lágrimas.
- Oh! Aquela adorável figura de vinte anos sofria tudo aquilo porque a amava! - porque
uma paixão insensata lhe entrara no peito; sofria porque Hortênsia recusaras os beijos que o
desventurado lhe pedira com tanta ansiedade.
Pobre moço! Pobres vinte anos! Dizia ela quase com as mesma frases do marido. - Mas
por que se haviam de ter visto?...por que se haviam de amar?...
E a mulher do Campos, que até aí não sentira dificuldade em resistir às seduções do
estudante, agora, fascinada pela dramatização daquela catástrofe que o heroificava, via-o belo,
indispensável, grande na sua situação especial, conhecido das mulheres, temido e odiado dos
homens, vivendo na curiosidade do público, percorrendo todas as fantasias, sobressaltando
todos os corações.
E o contraste da sofredora condição em que o vias presentemente com as atitudes
brilhantes que ele outrora estadeara naquela própria casa, quando, de taça em punho, espargia a
sua bela palavra quente e sonora, prendendo a atenção de velhos e moços, dominando,
conquistando, - esse contraste ainda mais a arrebatava para ele com toda a violência de uma
alucinação.
Não mais se possuiu, - um desgosto mofino apoderou-se dela; ficou insociável e muito
triste; entregou-se a longas leituras místicas, acompanhando com interesse amores infelizes,
lentos martírios da alma, que só terminavam no esquecimento da morte ou do claustro.
Decorou entre lágrimas a carta do réu.


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- Como ele me amava! Dizia soluçando, - como ele sofrias, quando arrancou do coração
estas palavras , ainda quentes do seu sangue!
De sorte que, ao lhe comunicar o marido a resolução de escrever a Amâncio ,
remetendo-lhe a terrível carta denunciador prevenindo-o de que lhe retirava a sua amizade, ela,
com uma agonia a sufocá-la, resolveu também escrever ao moço uma carta que servisse, ao
menos, para suavizar o golpe da outra.

* * *
O estudante, no dia seguinte, recebia na prisão as duas cartas.
Não se pode determinar qual delas o surpreendeu mais; notando-se , porém, que a do
Campos produziu completo o efeito a que se propunha; ao passo que a outra, em vez de o
consolar, enraiveceu-o
- Pois aquela mulher ainda não estava satisfeita e queria insistir nas provocações?...Ela
talvez fosse a culpada única de tudo que de mau lhe acontecera! - As coisas não tomariam
decerto o mesmo caminho, se a maldita não lhe fizesse as negaças que fez e não lhe acordasse
desejos que se não podiam saciar! - E agora?...além de perder a amizade do Campos, justamente
quando mais precisava dela, havia de suportar a prosa lírica da Sr.a D. Hortênsia!..."Que estava
arrependida, que o adorava, que seria capaz de tudo por lhe dar um momento de ventura e que
o esperava de braços abertos, logo eu ele se achasse em liberdade."
Fosse para o inferno com as suas adorações! Diabo da pamonha! "Que o esperava de
braços abertos!" Era quanto podia ser! Aquilo até lhe cheirava a debique! Aquilo parecia um
insulto à sua desgarra, à sua terrível posição!
E chorava, o infeliz chorava como se quisesse vingar nas lágrimas.
Depois da carta de Hortênsia, a vida se lhe fazia mais escura e mais apertada entre as
paredes da sua prisão. Quase que já não podia agüentar a presença do Paiva, do Simões e de
alguns outros colegas que lá iam. No meio das sombras, progressivamente acentuadas em torno
dele, só a imagem tranqüila e doce de sua mãe permanecia com a mesma consoladora
suavidade; sempre aquela mesma carinhosa figura de cabelos brancos. Aquele corpo fraco,
vergado e tão mesquinho que parecia pequeno demais para sustentar tamanho amor.
- Minha mãe! Minha santa mãe! Exclamava o preso, quando seu espírito , esfalfado
pelas desilusões, precisava remansear ao abrigo morno e quieto de um bom pensamento.
- Minha santa mãe!

XXI

Três meses depois, a Escola Politécnica e a Escola de Medicina apresentavam o quente
aspecto de uma sedição. - Amâncio fora absolvido.
Os estudantes formigavam assanhados como se acabassem de ganhar uma vitória. O
nome do nortista era repetido com transporte; um grupo enorme de rapazes, capitaneado pelo
Paiva Rocha e pelo Simões, aguardava o colega à saída do júri, para o conduzir em triunfo ao
Hotel Paris , onde havia à sua espera um almoço e a banda de músicos alemães.
Fora muito extenso o último júri, quarenta horas seguidas; a defesa de Amâncio
principiou à meia - noite e acabou às seis da manhã. O advogado, que "estava feliz como
nunca", ainda aproveitou engenhosamente essa circunstância para afestoar o remate de seu
pomposo discurso ;"Não queria que o rei dos astros se envergonhasse com aquele nojento
espetáculo de pequenas misérias! Não queria que o sol tivesse de corar defronte de semelhante
tolina! Pedia que se varressem de pronto as consciências; que se descarregassem os espíritos,
para que limpamente recebessem a esplêndida visita da aurora! - Aí chegava o dia! Aí chegava a
luz, enxotando os fantasmas tenebrosos da noite e precipitando-os em debandada pelo espaço!"
" Pois bem! Pois bem, meus senhores! Se ainda permanece nos vossos espíritos alguma


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sombra, alguma dúvida, alguma opinião vacilante sobre a inocência daquele pobre mancebo...( e
mostrava Amâncio com um gesto supremo) - que essa dúvida se apague! Que essa opinião
vacilante se resolva na luz que nos assalta! Que essa última sombra se retire espavorida de
envolta com as últimas sombras da noite que foge!"
- Bravo! Bravo! Apoiado! Muito bem!
E, no conflito da luz fresca, que entrava pelas janelas do edifício, com a luz vermelha do
gás que amortecia, as palavras retumbantes do orador tomavam uma expressão de trágica
solenidade. E os rostos lívidos e tresnoitados iam se esbatendo nas sombras da sala, como
pálidas manchas brancas que se dissolvem.
Ninguém saíra antes de terminar a defesa; um empenho nervoso os prendia ali; as
palavras do advogado eram aplaudidas com febre; - todos queriam a absolvição de Amâncio.
Às nove horas da manhã a cidade parecia ter enlouquecido. Interrompeu-se o trabalho;
os empregados públicos demoravam-se na rua; os cafés enchiam-se com a gente que vinhas do
júri. À porta das redações dos jornais não se podia passar com o povo que se aglomerava para
ler as derradeiras notícias do processo, pregadas na parede à última hora.
Por toda a parte discutia-se a brilhante defesa de Amâncio de Vasconcelos: "Estivera
magnífica! - Surpreendente! - Uma verdadeira obra- prima! Uma glória para o advogado
Fulano! "Repetiam-se frases inteiras do imenso discurso; faziam-se comparações "Maître
Lachaud não e sairia melhor!"
A Rua dos Ourives estava quase intransitável com a multidão que se precipitava
freneticamente para ver sair o absolvido. Á porta do júri, o tal grupo de estudantes capitaneado
pelo Paiva, esperava-0 formando alas ruidosas. Tudo era impaciência e sofreguidão.
Afinal, apareceu o homem. Vinha muito pálido e um pouco mais magro.
Ouviu-se então um rugido formidável que se prolongava por toda a rua. Os chapéus
agitaram-se no ar.
- Viva Amâncio de Vasconcelos!
- Vivô! repetiram os colegas.
- Morram os locandeiros
- Morram os piratas!
Amâncio passava de braço a braço, afagado. Beijado, querido, como uma mulher
formosa.
Mas o Paiva e Simões apoderaram-se dele, e, seguidos pelo enorme grupo de estudantes,
puseram-se a caminho para o hotel, entre as contínuas exclamações de entusuasmo, que
rompiam de todos os pontos.
Entraram na Rua do Ouvidor. {Por onde passava o bando alegre dos rapazes, um rumor
ardente, ancho de vida, enchia a rua num delírio de vozes confundidas.



As portas das casa comerciais atulhavam-se de gente; pelas janelas os dentistas, das
costureiras e dos hotéis, surgiam com o mesmo alvoroço, cabeças femininas de todas as
graduações: - senhoras que andavam em compras, raparigas que estavam no trabalho,
professoras de piano, atrizes, cocotes; e, em todas igual sorriso de pasmo, olhares incendiados,
bocas entreabertas a balbuciar o nome de Amâncio. Baraços de carne branca apontavam para ele
num tilintar nervoso de braceletes.
- É aquele! Diziam. - Aquele moreno, de cabelo crespo, que ali vai!
- Mamãe! mamãe! Gritavam doutro lado, - venha ver o moço rico que saiu hoje da
prisão!
E flores desfolhadas choviam-lhe sobre a cabeça, e os lenços de renda borboleteavam e
iam cair-lhe aos pés, como uma provocação, e olhares de amor entornavam-se das janelas entre o


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ruidoso e pitoresco catassol das mulheres em grupo.
E Amâncio, tonto de prazer, caminhava no meio dos amigos, abraçado a um grande
ramo de flores naturais, que um preto lhe acabava de entregar e em cuja larga fita pendente
via-se o nome dele em letras de ouro. Era uma lembrança de Hortênsia.
E o bando crescia sempre. O Largo de São Francisco já estava cheio e ainda a Rua do
Ouvidor não se tinha esvaziado.
Ao passar pela Escola Politécnica, ouviram-se estalar foguetes e os vivas a Amâncio e à
Liberdade reproduziram-se com mais veemência. Os músicos alemães responderam da porta do
hotel com a Marselhesa. - A vertigem chegou então ao seu cúmulo, inflamada pela vibração
corajosa dos instrumentos de metal. A Rua do Teatro, o Rocio e todos os becos e travessas
circunvizinhas já se achavam tolhidas de povo; as janelas do Hotel Paris destacavam-se
embandeiradas e cheias de gente, como nos dias de carnaval.
E aquela festa, ali, no coração da cidade, tomava um largo caráter de manifestação
pública.
Já ninguém se entendia com o estardalhaço das vozes, da música e dos foguetes.
Amâncio, carregado em triunfo nos ombros dos colegas, entrou no hotel ao som do grande hino,
chorando de emoção e agitando freneticamente o seu velho chapéu de feltro, desabado e
boêmio.
Francesas de cabelo amarelo desciam com espalhafato ao primeiro andar do Paris , para
ver de perto o "tipo da ordem do dia", o belo moço de que todo o Rio de Janeiro se ocupava
naquele momento, - o herói daquele romance de amor que havia meses apressava tantos espíritos
e sobressaltava tantos corações.
Ele, que até ali parecia sufocado e não dera palavra, como que despertou às primeiras
notas da Marselhesa recobrou de súbito a sua equatorial verbosidade de brasileiro nortista;
acenderam-se-lhe repentinamente as faces; os olhos luziram-lhe como duas jóias, e a sua voz era
já segura e vibrante quando ao teto voaram as primeiras rolhas de champanha.
E, de pé, dominando a extensas mesa coberta de iguarias, - a taça erguida ao alto, o
corpo torcido em uma posição teatral, desencadeou o seu verbo apaixonado e brilhante.

* * *


Entretanto, a essas horas, Coqueiro se dirigia tristemente para casa. As mão cruzadas
atrás, a cabeça baixa, as sobrancelhas franzidas, com o ar trágico de um herói vencido.
Vira e ouvira tudo!
Oculto num botequim, vira passar o bando fogoso dos colegas que festejavam o amante
de sua irmã; ouvira os "morra ao locandeiro! Ao pirata!" ouvira as galhofas, os risos de escárnio,
que lhe atiravam como a um inimigo de guerra. E uma raiva negra, um desespero surdo e
profundo entraram-lhe no corpo, que nem um bando de corvos, para lhe comer a carniça do
coração. Um duro desgosto pela vida o levava a pensar na morte, revoltado contar o mundo ,
contra a sociedade, contra sua família, contra a hora em que nascera.
- Maldito fosse tudo isso! Malditos seus pais! Sua pátria! Sua convicções! Malditas as
leis todas que regiam aquela miserável existência!
Chegou lívido, sombrio, com os lábios a tremer na sua comoção mortífera. Um silencio
fúnebre enchia a casa; dir-se-ia que acabava de sair dali um enterro. Amélia chorava fechada no
quarto e Mme. Brizard, estendida na preguiçosa, tinha a cabeça entre as mãos e meditava
soturnamente. Sobre a mesa o almoço há que horas esfriava, esquecido e às moscas.
É que já sabiam do terrível desfecho do júri: - Amâncio estava livre, senhor de si por
uma vez! Podendo ir para a província quando bem quisesse, porque, além de tudo, nem o
dinheiro lhe faltava!...


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- E eles que ali ficassem, a roer um chifre! - sem recursos, e obrigados a ocupar aquela
casa, que era o preço de sua desonra comum.
- Mas , o culpado foste tu e só tu! Berrou de supetão Mme. Brizard, erguendo-se da
cadeira com um movimento de cólera. - Se me tivesses ouvido, não ficarias agora com essa cara
de asno. "Que tudo quer, tudo perde!" Foi bem feito! Foi muito bem feito, para que, de hoje em
diante, prestes mais atenção ao que te digo! - Agora- pega-lhe com trapos quentes!
O marido deixou cair a cabeça sobre o peito e quedou-se a fitar o chão. Mme. Brizard,
depois de voltear agitada pela sala acrescentou:
- Se fosses o único a sofrer as conseqüências de tuas cabeçadas, vá! Mas é que nós todos
temos de as agüentar! agora só quero ver como te arranjas! Onde vais tu descobrir dinheiro para
sustentar a casa! É preciso ser muito cavalo, para ter a fortuna nas mãos e atirá-la pela janela
fora! Agora é que eu quero ver! Anda! Vai arranjar hóspedes! Vê se descobres um novo
Amâncio! ou quem sabe se contas viver do que der o cortiço da Rua do Resende?! Fizeste-a
bonita; os outros que amarguem!..
Calou-se por um instante, arquejando, mas repinchou logo:
- Olha! Por estes três meses já podes avaliar o que não será o resto! - Não há mais um
punhado de farinha em casa; a companhia já ontem nos cortou o gás, porque não lhe pagamos o
trimestre vencido; o último criado que nos restava foi-se há mais de quatro semanas, dizendo aí
o diabo; só nos fresta a mucamas, que é aquele estafermo que sabemos; o Eiras reclama todos os
dias o tratamento de Nini! - E tu!...tu! - sem um emprego, sem um rendimento, sem nada! -
Então?! ( E pôs as mãos nas cadeiras, com um riso abominável de ironia. ) Então?! Estamos
ou não estamos arranjadinhos?!...O que te afianço é que não me sinto nada disposta a tornar a
inferno da existência que curti na Rua do Resende! Vê lá como te arranjas!
Coqueiro fugiu para o quarto, sem responder à mulher. "Tinha medo de fazer um
despropósito.!
"- Que miséria de vida, a sua! Refletia ele. - Nem ao menos a própria família o
consolava! Por toda a parte a mesma perseguição, o mesmo ódio, a mesma luta! - Que seria de
si?! Que fim poderia ter tudo aquilo?! Onde iria cavar dinheiro para manter os seus?! - E as
custas do processo, e as despesas que fizera?! - O alferes e o homem da venda exigiam o
pagamento do que depuseram contra Amâncio, a quem mal conheciam de vista; aquele o
ameaçava com um escândalo, se Coqueiro não lhe "cuspisse pr'ali os cobres ";o outro o
abocanhava pela vizinhança, fazendo acreditar que o devedor era, nem só um caloteiro, como
um bêbado!
E não havia dinheiro para nenhuma dessas coisas!
- Um inferno! Um verdadeiro inferno! - Os moradores da Rua do Resende há que
tempos que não pingavam vintém; - O Damião estava já pelos cabelos para arriar a carga: "Não
podia mais aturar semelhante corja!" dizia e contava até que um dos inquilinos lhe tentara
chegar a roupa ao pêlo por questões de aluguéis.
E o Coqueiro viu arrastar-se todo aquele mau dia na mesma inferneira.
À noite, foi preciso acender velas em substituição do gás suprimido. Amélia não comera
desde a véspera e queixava-se agora de muitas dores de cabeça, náuseas, tonturas de febre e um
fastio mortal; apareciam-lhe por todo o corpo0 pequenas manchas roxas. Mme. Brizard só abria
a boca para fazer novas recriminações e praguejar; na sua cólera chegara alguns tabefes ao filho,
e este rabujava a um canto, embesourado e casmurro.
- Antes morresse! Antes, mil vezes antes! Repisava o Coqueiro, sentindo-se esmagar
debaixo daquele desmoronamento. - Que faria agora de uma irmã prostituída, e de uma mulher
desesperada?!...
E as horas arrastavam-se pesadas como cadeias de ferro. A casa mal esclarecida tinha
uma tristeza lúgubre de igreja deserta.
Afinal, Mme. Brizard foi para a cama com o filho, Amélia parecia mais tranqüila; só o


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Coqueiro velava, só ele, com o seu desespero a triturá-lo por dentro.
Não podia sossegar um minuto - era deixar-se ir consumindo pelo sofrimento., até que a
dor cansasse de doer e os tais bichos negros do coração lhe comessem o último bocado de
carniça. Sentia, porém, uma espécie de volúpia pungente em reler as cartas anônimas que lhe
enviaram durante o dia; encolerizava-se com isso, mas não podia deixar de as ler, como quem
não resiste a tocar numa parte dorida do corpo.
Três, nada menos do que três cartas anônimas, e cada qual a mais insultuosa e mais
perversa; não lhe poupavam coisa alguma: - a vergonha real da situação, o ridículo que havia de
o acompanhar para sempre, a ojeriza que o público lhe votava espontaneamente; tudo lá estava;
tudo vinha descrito com uma minuciosidade cruel, e com pequeninas considerações ultrajantes,
com o terrível cuidado de quem se vinga.
E, para o efeito ser mis completo, falavam intencionalmente, com entusiasmo, nas
conquistas e nas simpatias do outro, do querido, do "feliz"! Não se esqueciam da menor
circunstância lisonjeira para Amâncio: - o modo pelo qual o receberam ao sair da prisão - os
vivas, - as flores desfolhadas sobre ele, - os oferecimentos, - as declarações de amor, - os
ramilhetes que lhe deram, - os brindes; tudo, tudo fora metido ali, para ferir, para danar, para
moer.
Reconheceu logo quer uma das cartas era de Lúcia; as outras deviam ser de seus
próprios colegas ou, quem sabe?...de algum velho inimigo já esquecido por ele!- Tanta gente
saíra despeitada da sua casa de pensão!...Ser credor é ser algoz!...exigir pagamento de uma
conta a quem não tem dinheiro é exigir a sua inimizade eterna! Além disso, com os seu modos
secos e retraídos, ele sempre fora tão pouco estimado na academia!...não tinha, como o "prosa"
do Amâncio, gênio para agradar a todo o mundo; não tinha as lábias do outro: não sabia fazer"
discursatas e falações"a propósito de tudo!...Era um infeliz, que todos evitavam - um leproso!
um lazeiro!
E a dor, sem se resolver nas lágrimas que lhe faltavam, encaroçava-se-lhe por dentro,
numa grande aflição.
- Agora, como se apresntar nas aulas?!...Com que cara suportar o riso sarcástico dos
colegas?!...Como resistir à curiosidade brutal do público que o esperava impaciente por
cuspir-lhe no rosto?!...Como passar debaixo daquelas mesmas janelas que despejaram flores à
cabeça de Amâncio?!...- Amâncio! o homem que dormiu com sua irmã!...
E, maquinalmente foi à secretária e tirou o velho revólver que fora do pai.
Que estranhas recordações à vista daquela arma! Daquela arma que na sua infância o
fizera chorar tantas e tantas vezes!...Belos tempos que não voltam!...
E contemplava distraído os bonitos do revólver - os arabescos de prata e madrepérolas
com o brasão do velho Lourenço Coqueiro em ouro.
Rica peça! Artística, bem trabalhada; não se lhe enxergava sinal de ferrugem, nem
desarranjo nas molas. - Também, que havia nisso para admirar se o dono tinha por ela uma
espécie de fetichismo e andava sempre a bruni-la e a azeitá-la! Q Era o único objeto que lhe
falava ainda das extintas grandezas do pai: Quantas vezes ele não ouvira o pobre velho
cavaquear sobre as alegorias daquele rico brasão!...E quantas vezes, a tremer de medo, não o
vira descarregar aquela mesma arma contra uma laranja que um escravo segurava com a mão
erguida!
- Ah! bem que se recordava de tudo isso!...Parecia-lhe ouvir ainda gritar o pai, quando
lhe metia à força o revólver entre os dedos. "Não! Isso agora hás de ter paciência! Tu, ao menos,
ficarás sabendo dar um tiro!"
E todavia, não fiquei sabendo...balbuciou o filho de Lourenço, a experimentar nos lábios
o contacto frio do cano de aço. - Não fiquei sabendo dar um tiro, que, se o soubesse, acabaria
aqui mesmo com esta vida estúpida e misserável!...
S eu tivesse ânimo...pensou ele, estremecido com a idéia da morte - amanhã


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encontravam o meu cadáveres e não ficariam naturalmente fazendo de mim um juízo tão triste e
tão ridículo! - Talvez até chegassem a amaldiçoar o outro e erguessem em volta de meu nome
uma legenda respeitosa e compassiva...
Foi à gaveta, havia lá algumas balas, carregou a arma.
- Não há dúvida, é a melhor coisa que eu poderias fazer...reconsiderava Coqueiro,
imóvel, a olhar indeciso para o revólver que tinha na mão.
Mas era bastante chegá-lo contra a boca ou contra um dos ouvidos, para que os seus
dedos logo se paralisassem e para que um arrepio muito agudo lhe corresse pela espinha dorsal.
Faltava-lhe a coragem.
Duas vezes ergueu-o à altura da cabeça, duas vezes o desviou, com as mãos trêmulas e o
corpo entalado numa agonia insuportável.
- É horrível! Resmungava ele. - É horrível!

Ia principiar de novo as tentativas, quando da rua uma forte matinada lhe prendeu a
atenção. Um grupo se aproximava, entre cantarolas e algazarras de risos.
Eram dez ou doze dos últimos convivas de Amâncio; haviam passado todo o dia e
grande parte da noite a folgazar no Paris; muitos, como o autor da pândega, lá ficaram
prostrados pela bebida, mas aqueles tiveram a fantasia de um passeio matinal ao Jardim
Botânico e meteram-se barulhosamente no bonde.
Já no Largo do Machado, um deles, um, que de há muito trazia o Coqueiro atravessado
na garganta , lembrou que seria mais divertido apearem-se ali e seguirem a Rua das Laranjeira.
"A casa do velhaco era a alguns passos - bem lhe podiam cantar uma serenata debaixo das
janelas!"
A idéia foi bem acolhida, e a ruidosa farândola despejou-se pelo caminho das
Laranjeiras numa hilaridade pletórica de bêbados.
Só pararam defronte da porta de João Coqueiro. Através das vidraças e das cortinas de
uma das janelas, viram transparecer dubiamente a trêmula morte - cor de uma luz avermelhada.
- Estás dormindo, ó Joãozinho dos camarões?! Berrou cambaleando o que tivera a idéia
daquela romaria. - Dorme, dorme! É assim que fazem os sem - vergonhas de tua espécie!-
vendem a irmã e põem-se a descansar no colchão que lhe deixou o amante!
Seguiu-se um estrupido de gritos e risos:
- Fora! Fora!
- Fiau, fiau!
- Larga essa casa que não é tua, gritou aquele. - É da outra! Ganhou-a com o suor de seu
rosto! - Sai, parasita!
- Sai! Sai!
E espocavam gargalhadas no grupo, e os guinchos sibilantes iam até o fim da rua :-
Fora!
- Fora!
- Fiau
- Sai, cão!
- Deixa a casa, que não é tua !- Fora!
- Fora o cáften!
- Fiau!
Os vizinhos chegavam às janelas, vozeando furiosos contra semelhante berraria.
- É o que sucede a quem mora perto de um João Coqueiro! Bradou um da turma.
- Quem mora junto ao chiqueiro sente o fedor da lama! Gritou um segundo.
- Queixe-se à Câmara Municipal! Acudiu outro.
E formidável matacão foi de encontro à vidraça iluminada do chalé de Amélia.
Um dos vizinhos apitou e outro despediu um jarro de água sobre os desordeiros


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Ouvi-se logo o estardalhaço impetuoso dos gritos, das descomposturas e do crepitar dos
vidros que se partiam sob um chuveiro de pedras.
- Morra!
- Morra o infame! bramia a malta , já de carreira para o Largo do Machado. - Morra o
cáften!

* * *

João Coqueiro presenciara tudo aquilo, grudado a um canto da janela, mordendo os nós
da mão, os olhos injetados, o sangue a saltar-lhe nas veias.
- Oh! Era demais, pensava ele desesperado. - Era demais tanta injúria! - Se Amâncio
estivesse ali, naquela ocasião, por Deus que o estrangulava!
Abriu a janela. O dia repontava já, mas enevoado e triste. Não havia azul; céu e
horizontes formavam uma só pasta cor de pérola, onde vultos cinzentos se esfumavam.
O homem da venda abria também as sus portas. Coqueiro cumprimentou-o, ele
respondeu com um risinho insolente, acompanhado de pigarro.
Uma caleça rodejava lentamente ao largo da rua, o cocheiro vergado sobre as rédeas, o
seu casquete sumido na gola do capotão. Coqueiro fez-lhe sinal que esperasse, embrulhou-se no
sobretudo, enterrou o chapéu na cabeça, meteu o revólver no bolso e saiu.
- Hotel Paris! Disse ao da boléia, atirando-se no fundo da carruagem. O cocheiro
endireitou-se sobre a almofada, espichou o pescoço, sacudiu as rédeas e os animais dispararam,
assoprando grossamente contra o ar frio da manhã.



* * *


Coqueiro enfiou pela escadaria do hotel.
Estava tudo deserto e silencioso; apenas, no salão principal, viam-se um preto velho e um
caixeiro desdormido que, entre bocejos, se dispunha a principiar a limpeza da casa.
Dir-se-ia que ali passara um exército de bêbados. Por toda a parte vinho derramado,
copos partidos, cacos de garrafa e destroços do vasilhame que servira à mesa; o oleado do chão
escorregava com uma crusta gordurosa de restos de comida e vômito pezinhado; um espelho
ficara em fanicos e um aquário desabara, fazendo-se pedaços e alagando o pavimento, onde
peixinhos dourados e vermelhos jaziam, uns mortos e outros ainda estrebuchando.
O preto, de gatinhas, em manga de camisa e calças arregambiadas , procurava
desencardir o sobrado com um esfregão de coco, que ia embeber ao canto da sala numa tina
cheia d' água; enquanto o caixeiro, a jogar o corpo, muito esbodegado, erguia o que estava pelo
chão e empilhava as cadeiras sobre as mesinhas de mármore, ao comprido das paredes.
- Onde é o quarto do Amâncio? perguntou-lhe João Coqueiro.
- Amâncio?...repetiu aquele, emperrando no meio da sala para fitar o interlocutor com
um olhar morto de sono! - Ah! bocejou. - O tal moço do pagode de ontem?...
Coqueiro sacudiu a cabeça perpendicularmente.
- É cá, no número dois, mas escusa bater, que ele aí não está. Ficou lá em cima, no onze,
com a Janete.
E, voltando ao serviço: - Se não é coisa de pressa, o melhor seria procurá-lo mais
logo...Deve de estar agora ferrado no sono, que levou na pândega até as quatro e meia!...
Coqueiro voltou-lhe as costas e dirigiu-se para o segundo andar. Bateu à porta no n.º 11.
Ninguém respondeu.


[Linha 8050 de 8244 - Parte 5 de 5]


Tornou a bater.
Bateu de novo.
- Qui est là!...perguntou na rouquidão do estremunhamento uma voz de mulher.
- Preciso falar a esse rapaz que aí está, o Amâncio!
Ouviu-se um farfalhar de panos, chinelas arrastaram, e em seguida a porta abriu-se
cautelosamente, mostrando pela fisga um rosto gordo, de olhos azuis.
- Qui est là...
Mas o Coqueiro, em vez de responder, afastou a porta com um murro e atirou-se para
dentro do quarto; ao passo que a Jeanete, esfandogada de medo, desgalgava em fralda o
escadarão que ia ter ao primeiro andar.
Amâncio, em uma cama muito cortinada e muito larga, dormia profundamente, de
barriga para o ar, pernas abertas e braços atirados sobre a desordem das colchas e dos lençóis.
No chão, ao lado do escarrador, um travesseiro caído, e em torno, por todo o desarranjo da
alcova, roupas espalhadas.
O Coqueiro olhou um instante para ele, sem pestanejar; depois, sacou tranqüilamente o
revólver da algibeira e deu-lhe um tiro à queima - roupa.
Amâncio soltou um ai.
A segunda bala já o não pilhou, mas o irmão de Amélia, abstrato, pateta, continuava a
disparar os outros tiros até que a arma lhe caiu das mãos.
Nisto, como se acordasse de uma vertigem, saiu a correr tropeçando em tudo. No
primeiro andara um polícia lançou-lhe as garras aos cós das calças e o foi conduzindo à sua
frente, sem lhe dizer palavra.
Entretanto, Amâncio despertou com um novo gemido e levou ao peito as mãos que se
ensoparam no sangue da ferida. Olhou em torno, à procura de alguém; mas o quarto estava
abandonado.
Então, fechou novamente os olhos estremecendo, esticou o corpo - e uma palavra doce
esvoaçou-lhe nos lábios entreabertos, coimo um fraco e lamentoso apelo de criança: - Mamãe!..
E morreu.
XXII


Começou logo a reunir povo na porta do hotel. Faziam-se grupos; os repórteres andavam
num torniquete; via-se o Piloto por toda a parte, irrequieto, farisqueiro; e o fato ia ganhando
circulação, com uma rapidez elétrica. Pânico sobressalto quebrava violentamente a plácida
monotonia da Corte; mulheres de toda a espécie e de todas as idades empenhavam-se com a
mesma febre na sorte dramática do infeliz estudante, e o Coqueiro, alado pela transcendência
de seu crime, principiava a realçar no espírito público, sob a irradiação simpática e brilhante de
sua corajosa desafronta.
Às dez horas da manhã já se não podia entra facilmente no necrotério, para onde fora,
sem perda de tempo, conduzido o cadáver de Amâncio, entre um cortejo imenso de curiosos.
Choviam as interpretações, os comentários sobre o fato; todos queriam dar
esclarecimentos, explicar os pontos mais obscuros do grande sucesso. "A bala atravessara-lhe as
regiões torácicas e fora cravar-se num osso da espinha", afirmava um homem alto, elegante, de
cabelos brancos, cujo ar empantufado prendia a atenção dos mais.
Esse homem, que alguns tomavam por um médico, outros por qualquer autoridade
policial; outros por um jornalista, outros por um dos professores da faculdade, onde estudava o
defunto, não era senão o Lambertosa - o ilustre - gentleman da casa de pensão da Mme.
Brizard.
E, sempre distinto, sempre viajado, pronto sempre a explicar as coisas cientificamente,
agitava a bengala afagando a barriga bem abotoada, e de pernas abertas, pescoço duro, ia


[Linha 8100 de 8244 - Parte 5 de 5]


estadeando a sua "grande intimidade" com o célebre morto; citando fatos, contando magníficas
anedotas que se deram entre os dois.
Ah! Era um moço de invejável talento! - Boa memória, compreensão fácil e gosto
cultivado. Para a retórica ainda não vi outro...Não, minto - em
Londres, em Londres, confesso que encontrei um outro nessas condições!...
E punha-se a falar de Londres, e passava depois à França, à Itália, à Europa inteira, e
chegaria até aos pólos, se alguém quisesse acompanhá-lo na viagem.
Muitos outros dos antigos inquilinos de Mme. Brizard também apareceram no
necrotério. Lá esteve a pálida
Lúcia, cheia de melancolia, a fitar o cadáver, em silêncio, com os seus belos olhos
alterados pelo abuso das lunetas. Agora morava ela com o seu Pereira em Niterói, numa casa de
pensão de um italiano, educador de cães e macacos. Era a terceira que percorria depois da da
Rua do Resende.
Lá esteve, de passagem, o Fontes, com as suas amostras de renda debaixo do braço; lá
esteve o triste Paula Mendes, para fazer a vontade à mulher, que exigira ver a "vítima daquele
grande cão!'; lá esteve o Dr. Tavares que parecia tomar cada vez mais interesse no "escandaloso
assassínio". E, quem diria? Até lá esteve o esquisitão do Campelo que muito dificilmente se
abalava com as questões alheias.
Por toda a cidade só se pensava no "crime do Hotel Paris"; os jornais saíam carregados
de notícias e artigos sobre ele, esgotavam-se as edições da defesa e da acusação de Amâncio;
vendia-se na rua o retrato deste em todas as posições, feitios e tamanhos; moribundo, em vida,
na escola, no passeio. E tudo ia direito para os álbuns, para as paredes e para as coleções de
raridades.
Hortênsia, quando lhe constou o terrível desfecho daquele episódio que, na sua fantasia
romântica, tomava as proporções de um poema, caiu sem sentidos e ficou prostrada na cama por
uma febre violenta. Durante esse tempo, o marido procurava na prisão o assassino para lhe
oferece os seus serviços e pôr à disposição dele o dinheiro de que precisasse. "Coqueiro podia
ficar tranqüilo - nada lhe havia de faltar à família, nem mesmo a pensão de Nini."
E foi em pessoa dar as providências para o enterro do outro.


* * *


O funeral atingiu dimensões gigantescas; parecia que se tratava das morte de um grande
benemérito das Pátria.
Por influência do advogado de Amâncio, que era político e bem relacionado,
compareceram muitos figurões e até alguns homens do poder. Houve senadores, ministros em
vigor, titulares de vários matizes, altos funcionários públicos, artistas de nome, doutores de toda
a espécie, clubes de todas as ordens, ordens de todas as devoções, jornalistas, negociantes,
empresários, capitalistas e estudantes; estudantes que era uma coisa por demais.
A cidade inteira abalou-se, demoveu-se, para deixar passar aquela estranha procissão de
um magro cadáver de vinte anos.
Veio muita gente dos arrabaldes. De todos os cantos do Rio de Janeiro acudia povo e
mais povo a ver o enterro. As ruas, os largos, por onde ele ia, ficavam acogulados de gente; os
garotos grimpavam-se aos muros, escalavam as árvores, subiam às grades das chácaras; as
janelas regurgitavam, como num domingo de festa.
O caixão foi carregado a pulso , coberto de coroas; no cemitério ninguém se podia mexer
com a multidão que afluía.
Um delírio!


[Linha 8150 de 8244 - Parte 5 de 5]


E no dia seguinte, descrições e mais descrições jornalísticas; necrológios, artigos
fúnebres, notícias biográficas e poesias dedicadas à "triste morte daquelas vinte primaveras".
E, o que é mais raro, o fato não caiu logo no esquecimento , porque aí estava o novo
processo do assassino para lhe entreter o calor, à feição de um banho-maria.
Continuavam, pois, as notícias jurídicas; Coqueiro ia se popularizando, ia conquistando
opiniões e simpatias; ia aos pouco se instalando no lugar vago pelo desaparecimento do outro.
Mitos colegas se voltavam já a favor dele; até o Simões - até o Paiva!
O Paiva, sim! que agora , completamente restaurado com as roupas herdadas de
Amâncio , deixava-se ver a miúdo nos pontos mais concorridos da cidade e, entre as palestras
dos amigos, mostrava-se todo propenso a justificar o ato do irmão de Amélia.
- Não!, dizia ele, quando lhe tocavam nesse ponto - não! O Coqueiro andou bem!...Eu,
se tivesse uma irmã, fosse ela quem fosse , faria o mesmo naturalmente!...

* * *


Entretanto, pouco depois do enterro, no meio do burburinho de passageiros chegando no
vapor do Norte, uma senhora já idosa, coberta de luto, saltava no cais Pharoux.
Vinha acompanhada por uma mulata, que trazia constantemente os braços cruzados em
sinal de respeito, e por um velho gordo e bem vestido, cujas maneiras faziam adivinhar que ele
ali não passava de um simples companheiro de viagem.
Como se já tivessem resolvido no escaler o que deviam fazer logo que saltassem, o
velho, mal se viu em terra, chamou por um carroceiro, deu a este a sua bagagem com o
competente endereço, fez sinal à mulata que seguisse a carroça e, depois de ajudar a senhora a
sair do bote, perguntou, solicitamente, se ela queria tomar um carro.
A senhora, muito inquieta, respondeu que preferia ir a pé,, e os dois, de braço dado,
puseram-se a andar na direção da Rua Direita.
Essa senhora era D. Ângela.
O Campos já lhe havia escrito, comunicando a prisão do filho. A princípio, não se achou
com ânimo de falar nisso à pobre mãe; mas seus escrúpulos fugiram totalmente, desde que lhe
chegou às mãos aquela terrível denúncia do Coqueiro.
Ângela não esperava pelo golpe e ficou a ponto de perder a cabeça. "Como?! Seria
crível?...Seu filho, seu querido filho na prisão, com um processo às costas e sem ter quem lhe
valesse!...Ó Santo Deus! Santo Deus! Que isso era demais para um pobre coração de mãe! - Que
mal teria ela feito para merecer tão grande castigo?!"
E resolveu seguir para a Corte, imediatamente, no mesmo vapor. Sentia-se corajosa,
capaz de todas as lutas, de todas as violências, para salvar seu filho. Esqueceu-se s de seus
achaques, do estado melindroso de seu peito, para só cuidar dele; só pensar nessas criatura
idolatrada que valia mais, no fanatismo de seu afeto, do que todas as grandezas da terra, todos
os esplendores do mundo e todas a potências do céu.
- Oh! Haviam de restituir-lhe o filho!...Estava resolvida a atirar-se aos pés dos juizes,
das autoridades, do Imperador, se preciso fosse, para resgatá-lo! _Não era possível que só
encontrasse corações to duros, que resistissem a tanta lágrima, a tamanha dor e a tamanho
desespero!
No primeiro paquete achava-se abordo, apenas seguida de uma escrava que, entre as
suas, lhe merecia mais confiança.
Mas, agora, pelo braço de um estranho que a não desamparava por mera delicadeza, ou
talvez por compaixão; agora, no grosseiro tumulto do cais, estremunhada no meio daquela gente
desconhecida - a infeliz sentia-se fraquear. Não sabia que fazer, - se ir em busca do Campos ou
correr à toa por aquelas ruas, a gritar pelo filho, a reclamá-lo daquele mundo indiferente que


[Linha 8200 de 8244 - Parte 5 de 5]


formigava em torno de sua perplexidade.
E, por mais que se quisesse fingir forte, uma aflição crescia-lhe dentro e tomava-lhe a
garganta. Tremiam-lhe as pernas e os olhos marejavam-se-lhe de lágrimas.
- Mas V. Ex.ª não disse que seu filho morava nas Laranjeiras?...perguntou o velho,
compreendendo a perturbação de Ângela.
- Sim, foi para aí que ele me mandou dirigir as cartas...Tenho até aqui comigo o número
da casa, mas, depois disso, já recebi a tal notícia da prisão , e...
- Bem, interrompeu o outro - o mais certo é irmos até lá. - Se não encontrarmos o rapaz,
havemos de achar alguém que nos dê informações. É mais um instante! Eu ainda posso
acompanhá-la ;não tenho pressa; o melhor, porém, seria tomarmos um carro.
- Não, não! respondeu a senhora, sempre inquieta, a olhar para todos os lados, como se
esperasse, por um acaso feliz, descobrir Amâncio , de um momento para outro.
Estavam já na Rua Direita. Ela, de repente, estacou e pôs-se a fitar a vidraça de um
armarinho.
- Algum conhecido? Perguntou o velho.
- Não. É que estes chapéus...tenha a bondade de ver se consegue ler aquele nome...eu,
talvez me enganasse...
O velho leu distintamente"` Amâncio de Vasconcelos". - É o título! Disse. - Eles agora
batizam as mercadorias com os nomes que estão na moda. Algum tenor!
- É singular!...balbuciou a senhora.
- Por quê?
- É esse justamente o nome de meu filho.
- Oh! não há só uma Maria no mundo!...
Mas D. Ângela fugira-lhe outra vez do braço para correr a uma nova vidraça. Eram agora
bengalas e gravatas "à Amâncio de Vasconcelos" que lhe prendiam a atenção.
Acabavam de entrar na Rua do Ouvidor.
- Vê?...interrogou ela, muito preocupada e procurando esconder a comoção. - Ainda!
- Ah! fez o companheiro, já impaciente. - V. Ex.ª vai encontrar o mesmo nome por toda
parte. - É o costume! Olhe! Se me não engano, lá está o retrato do tal Amâncio! Tenha a
bondade de ver!
D. Ângela aproximou-se do retrato, correndo, e soltou logo uma exclamação:
- Mas é ele! O meu Amâncio!
E começou a rir e a chorar muito perturbada.
O velho, meio comovido e meio vexado com aquela expansão em plena Rua do
Ouvidor, principiava talvez a arrepender-se de ter sido tão cavalheiro Ângela, quando esta, que
estivera até aí a percorrer, como uma doida, outros mostradores, arrancou do peito um
formidável grito e caiu de bruços na calçada.
Tinha visto seu filho, representado na mesa do necrotério , com o tronco nu, o corpo em
sangue.
E por debaixo, em, letras garrafais:
Amâncio de Vasconcelos, assassinado por João Coqueiro no Hotel Paris, em tantos de
tal."

FIM - FIM - FIM - FIM



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sábado, 15 de abril de 2017

Casa de Pensão - Parte 4 de 5 - Aluísio Azevedo


Casa de Pensão - Parte 4 de 5 - Aluísio Azevedo



que eu lhe tome o amante da irmã!
- Insolente! Bradou o Coqueiro, avançando um passo.



- Não te tenho medo, ordinário! Retrucou Lúcia empinando o peito contra ele. - Sairei
daqui se bem quiser! Não te devo nada, entendes tu?! Nada!
- Ah! Não deve porque ele pagou!
- E que tem você com isso?! Que tem você com o dinheiro dos outros?! Ou, quem sabe
se a donzela da irmã passou-lhe procuração!...
Seja lá pelo que for! Eu é que não a quero aqui, nem mais um instante. É fazer a trouxa e
- rua!
- Também não preciso ficar nesse bordel! Exclamou ela, e rabanou com direção ao
segundo andar.
- Que diz você, sua aquela?! Assistiu Mme. Brizard, cortando-lhe o caminho.
- É isso mesmo! Respondeu Lúcia, escarrando no chão com desdém. E as duas mulheres
ficaram alguns segundos a olhar em silêncio uma para a outra, de mãos nas cadeiras.
Coqueiro e Dr. Tavares meteram-se entre elas.
Lúcia subiu ao n.º 8, aprontou as malas num abrir e fechar de olhos, em seguida vestiu-se
para sair, e já de chapéu, a sombrinha na mão, o indispensável enfiado no braço, correu ao
quarto de Amâncio.
- Sabes? Bradou logo ao entrar, empurrando a porta com fúria. - Aquela bêbada e o
marido acabam de me enxotar daqui por tua causa! Têm medo que eu te coma! Não posso ficar
nem mais um instante! Desejo que me emprestes o Sabino!
- O Sabino estava às ordens, mas para onde se atirava ela com tanta precipitação?
- Não sabia! Havia, porém , de encontrar um canto, onde se metesse! Havia de descobrir
um buraco, ainda que fosse no cemitério!
E Lúcia levantou os punhos até às fontes como para se esmurrar, mas cobriu o rosto com
as mãos e abriu num pranto muito nervoso. Era a reação que chegava.
Amâncio saltou da cama e correu para ela. Desembaraçou-a do chapéu, da bolsa e da
sombrinha e puxou-a depois sobre si.
- Não te consumas...disse - não te mortifiques desse modo.
- Sou uma desgraçada! respondeu a mulher, assoando as lágrimas . - Nada se cumpre
do que eu desejo! Nada! O melhor é dar cabo desta vida miserável!
E soluçava com o rosto escondido no peito do rapaz.
Na febre daquele choro agitado, os seus movimentos transformavam-se em carícias.
Amâncio sentia-lhe as lágrimas quentes e o contacto carnal dos lábios, que elas ensopavam. Os
desejos assanhavam-se-lhe de novo pelo corpo, como insetos que voltam com o calor.
- E tornava a cobiça-la com os mesmos ardores primitivos.
Não me queria separar de ti...queixou-se ela, afinal, virgulando as sua frases com soluços
suspirados. - Em ti havia firmado todas as minhas esperanças de ventura, todos os sonhos de
minha vida! Amava agora a existência, só porque alguma coisa me fazia acreditar que ainda um
dia seríamos felizes!
- E porque não havemos de ser?...perguntou Amâncio condolentemente.
- Ora!...prosseguiu ela, - tudo me persegue, tudo me sai contrário...Foi bastante que eu te
amasse, foi bastante pensar que poderíamos ser um do outro, para que aqui se levantassem todos
contra mim e ferissem a guerra que tens visto!
E, desagarrando-se de Amâncio, para segurar de novo a cabeça, num movimento de
embaraço doloroso:
Mas, imagina tu, que estou inteiramente sem recursos!...Tenho que fazer a mudança e
ainda não sei como pagar o carreto das malas!...Vê tu que situação!
Amâncio beijou-a na boca e perguntou se ela não lhe dava uma esperançazinha para
depois que se mudasse.
Lúcia respondeu que dava, não uma esperança, mas uma certeza". E sem desprender os
lábios dos lábios do rapaz, afiançou - que lhe mandaria dizer por escrito o lugar onde seria


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encontrada; e que ele fosse por lá as vezes que entendesse. - Aí ao menos estariam livres do
Coqueiro e das outras pestes!
- prometes então?...insistiu ele , procurando garantir o compromisso.
- Prometo, prometo o que quiseres, tudo! Disse ela, ainda chorosa.
Amâncio foi à algibeira do fraque, abriu a carteira. Havia trezentos mil-réis, tomou uma
nota de cem e entregou-a a Lúcia, dizendo com pesar que era o único dinheiro que possuía na
ocasião.
- Talvez te façam falta...considerou ela escrupulosamente, sem querer tocar na cédula.
- Não! não! apressou-se a declarar o rapaz. - Desculpa não te poder ser mais agradável.
Lúcia beijou-o de novo, e desceu enfim ao primeiro andar, acompanhada pelo Sabino
que já estava à sua disposição.
Ordenou ao moleque de buscar, num pulo, uma carrocinha, e logo que esta chegou fez
embarcar as malas e mandou chamar uma carruagem.
Enquanto esperava, reclamou a sua conta, atirou com o dinheiro sem olhar para quem o
recebia, embolsou o troco e, em seguida, foi acordar o Pereira.
- Onde vamos? Perguntou este entre dois bocejos, assim que a viu em trajes de sair.
- Venha daí, homem! E deixe-se de perguntas!
Pereira levantou-se espreguiçando-se e acompanhou a mulher.
Esta o fez entrar na carruagem que já havia chegado, assentou-se junto dele e disse ao
cocheiro que tocasse par a Tijuca. Deu-lhe o número.
Era o número de uma outra hospedaria nas mesmas condições da que deixavam. Lúcia,
que já pressupunha aquelas rápidas mudanças, tinha, por cautela, uma lista das principais casa
de pensão da Corte e, à medida que se servia de cada uma, riscava-a da coleção. A do Coqueiro
era no rol a Sexta inutilizada com o traço enérgico de seu lápis.
Entretanto, ia o Pereira silenciosamente se atufando nas almofadas e, aos balanços
monótonos do carro, procurava reatar o sono interrompido


XIII


A casa de pensão de Mme. Brizard sofreu muito com as variolóides de Amâncio.
Desmanavam-se hóspedes que era uma coisa por demais.
O gentleman, o Piloto e a pérola do n.º 9, "o estimável Melinho", desde a fatal noite
das cataporas, não davam notícias suas; Fontes e a mulher sumiram-se logo no dia imediato, e,
por conseguinte, não metendo o tal médico do n.º 11, que já não aparecia há bastante tempo,
apenas seis hóspedes restavam dos quatorze primitivos.
E ainda mesmo destes seis nem todos eram aproveitáveis; porque o Paula Mendes e mais
a mulher levantariam o vôo, assim que lhes chegasse uma aragenzinha de dinheiro, e o
estafermo do n.º 7 também estava a se despedir por um daqueles dias, não da casa, mas do
mundo.
Certos, só Amâncio, o guarda-livros, e o esquisitão do Campelo que, fugindo ao pigarro
do tísico, mudara-se para o andar de baixo, mal pilhara um cômodo desocupado.
Mme. Brizard estava, pois, inconsolável. - Em sua vida de hospedeira jamais tivera um
mês tão ruim!
E azoinada por essas contrariedades e já de natureza um tanto supersticiosa, agora em
tudo descobria sinais de agouro e motivos para desconfiança. - Pois se até o ilustre Sr.
Lambertosa, "o respeitável gentleman, a flor dos homens finos, uma criatura tão cheia de
circunspeção", quem diria?...aproveitar ao ensejo das bexigas para lhe passar a perna!
E o Melinho? "estimável Melinho! A pérola do n.º 9, o homem das frutas cristalizadas!"


[Linha 5050 de 8244 - Parte 4 de 5]


também não deixara as suas contas em aberto?...
Só o Piloto, o estúrdio, aquele de quem menos se esperava, aparecera três dias depois
da fugas, perguntando, ainda muito escabreado, de quanto era a sua dívida.
- É mesmo caiporismo! Gemia a francesa.
O marido, porém, soprava-lhe a coragem: _Ela que não desanimasse por tão pouco! Nem
tudo se perdera! Enquanto tivessem o Amâncio não se podiam queixar da sorte; este valia por
todos os outros!
Mas o precioso Amâncio não estava também muito satisfeito com a casa, talvez
desconfiado que a esta coubesse em parte a responsabilidade daquele maldito reumatismo que,
ora parecia extinto e ora o obrigava a guardara cama, tolhido de dores.
A noite, quando lho permitiam as pernas, descia a cavaquear na varanda com os
senhorios. Agora os serões tinham um caráter mais íntimo e eram freqüentemente animados com
a presença de uma família, que voltara às relações de Mme. Brizard depois de seis meses de
inimizade.
Tocava-se de piano, jogava-se a víspora quase todos os dias e, às vezes, se dançava
A casa de pensão nunca ofereceu aos seus hóspedes um aspecto tão divertido; menos
para o rabequista, o Paula Mendes, que parecia cada vez mais triste e apoquentado da vida. A
circunstância de já não comer à mesa do Coqueiro obrigava-o a desperdiçar muito tempo com o
restaurante e dificultava-lhe a subsistência da mulher, cujo mau humor ia azedando ao peso da
tanta necessidade e de tanta humilhação. O infeliz marido conseguiu afinal que ela fosse passar
alguns meses na companhia dos parentes em Niterói.
Mme. Brizard, ao vê-la partir, receou a premeditação de uma fuga e exigiu logo que o
Mendes, para garantir a dívida, hipotecasse o piano que tinha no quarto
O pobre homem consentiu, sem dizer palavra, mas, de envergonhado, deixou de
aparecer nos serões da sala de jantar.
E desde então, por alta noite, quando toda a casa era silêncio, Amâncio ouvia no
corredor o som de passos trôpegos e um vozear confuso de alguém quer monologava..


* * *

A casa de pensão, definitivamente, ia se tornando insuportável ao estudante.
Não podia sair à rua; o médico, havia quase um mês, jurara pô-lo pronto em quatro dias,
se Amâncio não fizesse alguma extravagância; as conversa de toda a família Coqueiro, à
exceção de Amelinha, o enfastiava; a leitura muito pouco o distraía, e, para complemento do
enjôo, o maldito tossegoso do n.º 7, o qual por caridade entregara ele ultimamente ao seu
médico, parecia morrer de cinco em cinco minutos e não lhe dava um momento de sossego.
Mas a causa principal desse tédio era, sem dúvida, a ausência de Lúcia. Desde que ela se
foi, o coração do rapaz turgia de saudade; longe de esquecê-la, cada vez a desejava com mais
sofreguidão.
AS trevas da ausência faziam-na destacar melhor e mais linda, como um fundo negro a
uma estátua de mármore.
Sentiu sobressaltos deliciosos quando recebeu a primeira carta das mãos dela. Era
extensa, cheia de imagens poéticas e figuras de grande alcance amoroso; terminava dizendo
que" Amâncio, logo que pusesse os pés na rua, a fosse procurar". O endereço vinha à parte, num
pedacinho de papel.
E não poder ir quanto antes!...Que espiga!, considerou ele, sinceramente penalizado.
E cresciam-lhe os enjôos.
Só Amélia, com os estiletes da sua perceptibilidade feminina, consegui penetrar no
âmago daquelas tristezas, mas não se deu por achada e redobrou de desvelos e meiguices para


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com ele.
Amâncio, por mais de uma vez, beijou-lhe as mãos suspirando que ela era o seu bom
anjo, a sua consolação única no meio de "tantos dissabores"!
Assim se passaram quinze dias. O apaixonado já a tratava por tu, por você e raras vezes
por senhora.
Era a piedosas Amelinha quem lhe arrumava o quarto, quem lhe cuidava da roupa, e, já
por fim,. Era até quem lhe levava o cafezinho pela manhã. Mas não entrava, apenas metia o
braço pela abertura da porta que ficava sempre encostada, depunha cautelosamente a xícara
sobre soalho, e, se Amâncio ainda dormia, gritava-lhe no seu falsete aprazível:
- Preguiçoso, acorde! São horas!
Depois, apanhava novamente as saias e descia a escada, ligeira e sem rumor.
Outras vezes, ao anoitecer, subia para lhe pedir um livro emprestado, para saber se ele
queria chá no quarto ou se preferia descer à sala de jantar. Sempre havia um pretexto para lá ir e,
depois de lá estar, sempre arranjava um motivo de demora. Entretinha-se a ver o que se achava
sobre a mesas; examinava tudo; lia a lombada dos livros, e brincava com um esqueleto que
jazia pendurado a um canto do quarto.
Amâncio, de uma feita, não pôde deixar de rir, quando a encontrou muito espantada a
examinar as gravuras de um tratado fisiológico de Vernier.
Estava ,porém , mais e mais convencido de que toda aquela familiaridade e toda aquela
confiança da rapariga procediam do modo e das maneiras respeitosas e fraternais com que ele,
até ali, a tratara. E então fazia por domar os seus impulsos luxuriosos, receoso de cair-lhe em
desagrado.
Verdade é que , em grande parte, contribuía para esse estranho heroísmo do garanhão,
não só a moléstia, como a ilimitada confiança que, muito propositalmente depositavam nele o
Coqueiro e a mulher.
Se Amélia e Lúcia trocassem os papéis, isto é, se aquela se negasse e esta se oferecesse, é
de supor que Amâncio desdenhasse a última e ambicionasse a primeira.
Mas o Sr. João Coqueiro, apesar de tão fino, não calculou que, em naturezas viciadas
como a de Amâncio, o mais forte estímulo para o amor é a proibição.
Embalde deixavam o rapaz horas e horas no salão, às voltas com a menina; embalde
Mme. Brizard lhe dava a perceber o quanto era ele amado pela cunhada; embalde lhe chamava
"coração de gelo"; embalde lhe preparava todos os laços. - Nada produzia o efeito desejado;
Amâncio tornava-se cada vez mais respeitoso e mais frio em presença de Amélia.
Era para desesperar!
Uma ocasião, todavia, estava ele no quarto, de costas para a porta e muito entretido a ler
defronte o gás, quando Amélia, pé ante pé, entrou sem ser sentida e, encaminhando-se contra o
moço, tomou-lhe a cabeça nas mãos e cobriu-lhe o rosto de beijos.
Amâncio quis prendê-la, mas a rapariga não se deixou enlear, e fugiu, como um pássaro
assustado.

* * *

O rapaz, então, nunca mais receou lhe cair em desagrado. Mas o demônio do reumatismo
lá estava erguido entre ele e a provocadora menina. A despeito do tratamento, as dores
recrudesciam-lhe de vez em quando e assanhavam-lhe a bílis. Amâncio principiou a emagrecer,
tomado de uma estranha prostração, muito assustadora. O médico aconselhou-o, logo a que se
mudasse para um arrabalde de bons ares, como Santa Tereza, por exemplo, e esta notícia
produziu enormes sobressaltos na família dos locandeiros.
Mme. Brizard parecia ter um filho em risco de vida; Coqueiro declarou, cheio de
dedicação, que não deixaria o "pobre amigo " ir assim desamparado para uma casa de saúde ou


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para um hotel; Amelinha choramingava ao lado da cama do enfermo, e, quando se achava a com
este, beijava-lhe as mãos, afagava-lhe os cabelos e soluçava palavras de ternura.
Nesses dias Amâncio era o assunto obrigado das conversas da casa. À mesa e durante os
serões não se falava noutra coisa. Lembravam-se todos os expedientes: - uma mudança geral da
família; alugar fora uma casinha e levá-lo de passeio até que se restabelecesse; abandonar a
casa de pensão ou entregá-la aos cuidados de alguma pessoa de confiança.
Nada, porém, ficava resolvido. A conversa turbinava em volta do mesmo assunto, sem
descobrir uma saída.
Nini era a única que parecia não se importar com tudo aquilo; de olhos muito abertos,
sonâmbula, ouvia em silêncio as conversas da família, apenas suspirando de espaço a espaço.
Não obstante, já uma noite estava a casa recolhida, quando despertaram alarmados com
o baque de um corpo que, entre medonhos gritos , rolava pela escada do segundo andar.
Acudiram todos, num levante.
- _Que acontecera?! Que acontecera?!
Nini, coberta de sangue, jazia estendida sem sentidos ao sopé da escada. Rolara vinte
degraus e partira a cabeça em dois lugares.
Ia fazer uma visita ao seu esquivoso enfermo, mas no patamar da maldita escada,
perdera o equilíbrio e baqueara desastradamente.
Tomaram-lhe as feridas a pontos falsos, friccionaram-lhe o corpo inteiro com aguardente
canforada e deram-lhe a beber cerveja preta.
Supunham, todavia, que amanhecesse morta. Foi o contrário: Nini melhorou muito de
seus antigos padecimentos e apresentou uma inesperada lucidez de idéias, como há muito não
possuía. - O choque fizera-lhe bem e não menos o sangue que derramou da cabeça, afiançou o
médico.
Aquele trambolhão era uma providência!
À noite, conversou-se bastante a esse respeito; vieram as amigas de Mme. Brizard;
choveram os comentários sobre Nini; citaram-se as anedotas correlativas ao fato, e Amâncio,
que se achava então mais desembaraçado das pernas, entendeu de sua obrigação fazer uma
visita à pobre criatura.
Nini estava melhor que nunca, tranqüila; havia comido regularmente e mostrava-se até
mais satisfeita e mais comunicativa; ao dar, porém, com Amâncio, que entrara no quarto com o
seu risinho de boa amizade, abriu de repente a estrebuchar na cama, bramindo impropérios e
atassalhando as roupas.
Para sossegar um pouco foi preciso que o rapaz fugisse o mais depressa de sua presença.
E, desde então, a desgraçada não o podia ver, que lhe não voltassem logo as insânias e os
frenesis
Estabeleceu-se um cuidado enorme para evitar que os dois se encontrassem. Já não era
permitido a Amâncio dar um passo fora do quarto, sem se precaver e indagar se Nini estava por
ali perto.
O médico declarou que um novo encontro exacerbaria os padecimentos da enferma e
talvez lhe produzisse a loucura absoluta.
Mme. Brizard pranteava-se toda, quando lhe falavam na filha. - Era uma desgraçada,
dizia, com os olhos epispados pelo esforço que faziam - era uma grande desgraça! Antes Deus a
levasse logo para si, coitada!
Um encontro, que Amâncio não pudera evitar, a despeito de suas precauções, deixou
Nini em tal excitação nervosa, que o doutor proibiu que a consentissem fora do quarto. Ficou
presa desde esse dia.
Malgrado a felicidade prevista ao lado de Amélia, o provinciano sentia já bastante
desejo de se tirar dali. - Assim estivesse bom!
Campos, em uma visita que lhe fez por essa ocasião, falou muito na generosidade com


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que se portara a família do Coqueiro durante a moléstia do rapaz. - Que aquilo era uma fortuna
que nem todos abichavam! Citou principalmente as canseiras de Amelinha e concluiu
declarando que, segundo o seu fraco modo de pensar, Amâncio tinha obrigação de fazer à
menina um qualquer presente de valor.
Sim! porque, no fim de contas. Era muito difícil encontrar daquilo nas casa de pensão
! Outros foram eles, que Amâncio teria de Pôr os quartos na rua! - Não.
Inquestionavelmente, era preciso dar o presente!
E, depois de se concentrar numa pausa:
- Aí uma jóia de uns cem mil-réis...Que diabo! Esse dinheiro não o faria pobre...
Mas o estudante, em voz discreta e abafada, confessou ao Campos que a brincadeira não
lhe havia saído tão de graça, como parecia à primeira vista: Só no mês passado gastara perto de
seiscentos mil-réis, sem contar que o Sabino vivia numa dobadoura, de casa para a botica e da
botica para a casa, e eram remédios para Nini, remédios para o tísico do n.º 7, água de flor de
laranja para Mme. Brizard, xaropes para o Coqueiro; um inferno!...E que toda essa droga caía na
sua conta! - E os dinheiros emprestados?...E as fitas, os botões, as linha, as tiras bordadas, que
Amelinha estava sempre a lhe pedir que mandasse buscar nos armarinhos sem nunca dar
dinheiro para isso?...Não! O Sr. Luís Campos não lhe podia calcular o que havia! - Hoje cinco
mil-réis, amanhã vinte! E, no tirar das contas, parecia que tudo isso, em vez de ser descontado,
era aumentado nas suas despesas!...Que tal?!- Recebera obséquios, sim senhor! mas também
puxara muito pela bolsa!
Campos ignorava aquelas particularidades!...Mas entendia que Amâncio, nem menos por
isso devia menos obrigações à família do Coqueiro.
E ofereceu a "sua modesta choupana", caso o estudante não quisesse continuar ali.
Amâncio rejeitou, um tanto por se lembrar das esperanças que embalava a respeito de
Amélia, um tanto por se não querer sujeitar ao regime do negociante e um tanto por mera
cerimônia.
- Enfim, disse o marido de Hortênsia, despedindo-se- acho que o senhor deve fazer o
presente e tratar logo de sair daqui; já não digo pela questão da despesa, mas porque lhe convém
à saúde.
Escolha um arrabalde de bons ares ou então dê um passeio a Petrópolis; o médico
afiançou-me que o senhor tem ameaços de uma febre paludosa, e isso é o diabo na época que
atravessamos: a febre amarela grassa por aí que não é brinquedo!

* * *

Logo que constaram as novas disposições de Amâncio a respeito de mudança, houve
uma grande consternação por toda a casa.
- Deixar-nos?! Exclamou Mme. Brizard em sobressalto. - Não consentimos! Se para o
seu completo restabelecimento é necessário um arrabalde, vamos todos para o arrabalde! Só -
isso é que não! Seria até uma falta de humanidade, coitado!
E formou-se um zunzum de opiniões. Cochichava-se pelos cantos, em magotes,
discreteando-se projetos em voz de mistério, como se se tratasse de um moribundo. O Coqueiro
andava de um para outro lado, coçando desesperadamente a cabeça, gesticulando, à procura de
um meio de conciliar os seus interesses.
Amélia, afinal, subiu ao quarto do doente, e, com uma aflição a quebrar-lhe a voz, toda a
tremer, os olhos úmidos, perguntou se ele tencionava deixar a casa.
Amâncio, ignorando o que ia por baixo a seu respeito, trejeitou uns momos de
indiferença e respondeu: "que não sabia ainda ao certo...havia de ver!...mas o médico lhe
ordenara que fosse..."
Como se só esperasse por aquelas palavras, o pranto da menina irrompeu violentamente.


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Ele, meio surpreso, a tomou nos braços, indagando com ternura "o que significava
aquilo?..."
Amélia não respondeu logo, mas depois, levantando a cabeça, que lhe havia pousado no
colo, exclamou entre soluços angustiados: - Não! não! não hás de ir ! peço-te que não vás!
O provinciano quis saber por quê.
- Eu te amo! disse ela, escondendo de novo o rosto. - Eu te amo e não posso me separar
de ti! Vejo a sua indiferença ! percebo que me detesta, mas que hei de eu fazer?! Adoro-te, meu
amor!
- Ah! se eu não estivesse tão doente!...suspirou Amâncio.

XIV

O tísico do n.º 7 há dias esperava o seu momento de morrer, estendido na cama, os olhos
cravados no ar, a boca muito aberta , porque já lhe ia faltando o fôlego.
Não tossia; apenas, de quando em quando, o esforço convulsivo para atravessar os
pulmões desfeitos sacudia-lhe todo o corpo e arrancava-lhe da garganta um a ronqueira lúgubre,
que lembrava o arrulhar ominoso dos pombos.
Contavam que expirasse a todo o instante. Amâncio cedera o seu moleque para lhe fazer
companhia, e dos brancos da casa era o único que lhe aparecia lá uma vez por outra.
Não é que o espetáculo daquele aniquilamento lhe tocasse o coração, mas porque lhe
mordiscava a curiosidade com esse frívolo interesse de pavor, que nos espíritos românticos
provocam os loucos e os defuntos.
Uma noite, seriam duas horas da madrugada, o tísico gemeu com tal insistência que
acordou o estudante. Amâncio levantou-se, tomou uma vela e foi até o quarto dele.
Ficou impressionado. O homem estava muito aflito, debatendo-se contra os lençóis, no
desespero da sua ortopnéia A cabeça vergada para trás, o magro pescoço estirado em curva, a
barba tesa, piramidal, apontando para o teto; sentiam-se-lhe por detrás da pele empobrecida do
rosto os ângulos da caveira; acusavam-se-lhe os ossos por todo o corpo; os olhos, extremamente
vivos e esbugalhados, de uma fixidez inconsciente, pareciam saltar das órbitas, e, pelo
esvazamento da boca toda aberta, via-se-lhe a língua dura e seca, de papagaio, e
divisavam-se-lhe as duas filas de dentadura.
Não podia sossegar. O seu corpo, chupado lentamente pela tísica, nu e esquelético,
virava-se de uma para outra banda, entre manchas excrementícias, a porejar um suor gorduroso e
frio, que umedecia as roupas da cama e dava-lhe à pele, cor de osso velho, um brilho
repugnante.
Faltava-lhe o ar e, todavia, pela janela aberta para o nascente, os ventos frescos da noite
entravam impregnados da música de um baile distante, e punham no triste abandono daquele
quarto uma melancolia dura, um áspero sentimento de egoísmo; alguma coisa da indiferença
dos que vivem pelos que se vão meter silenciosamente dentro da terra.
O médico recomendara que lhe dessem todo o ar possível e lhe fizessem beber de
espaço a espaço uma porção do calmante que lhe receitara. Uma lamparina de azeite fazia
tremer a sua miserável chama e cuspia o óleo quente. Havia um cheiro enjoativo de moléstia e
desasseio.
Sabino dormia a sono solto no corredor. Amâncio acordou-o com o pé.
- É dessa forma que velas pelo homem? perguntou.
O moleque ergueu-se estremunhado e deu alguns passos, esbarrando pelas paredes, sem
cair em si.
- Vamos! Desperta por uma vez e dá-lhe o remédio! Ele parece que tem sede!
O tísico, ao ouvir a voz de Amâncio, principiou a agitar os braços, como se o chamasse,
grugulejando sons roucos e ininteligíveis.


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O estudante não quis atender, mas o doente insistia com tamanho desespero, que ele,
afinal, vencendo a repugnância, se aproximou, a conchear a mão contra a língua trêmula da vela.
Apesar de seus fracos estudos de medicina, fazia-lhe mal aos nervos aquela figura
descarnada, que se exinania na impudência aterradora da morte; faziam-lhe mal aqueles
membros despojados em vida, aquele esqueleto animado, que, na sua distanasia, parecia
convidá-lo para um passeio no cemitério.
E o tísico rouquejava sempre, agitando os braços.
O moleque, ao lado, derramava-lhe colheradas de remédio na boca; mas o líquido
voltava em fios pelo canto dos lábios do moribundo e escorria-lhe ao comprido do pescoço e
pela aridez escalavrada do peito.
Amâncio tomou-lhe um dos pulsos. O contacto pegajoso e úmido fez-lhe retirar-lhe logo
a mão com um arrepio.
- Creio que não deita esta noite! Disse ao moleque, afetando tranqüilidade, mas com a
voz sumida e alterada.
- Qual, nhô, ele está assim a um ror de dias! Leva nisto e não decide!...
- Não! Creio que agora está morrendo...
E olhou para o doente.
Este espichou a cabeça e respondeu que não, com um movimento demorado.
- Ele ouviu?...Perguntou Amâncio, impressionado com a intervenção inesperada do
moribundo.
A caveira tornou a agitar-se nos travesseiros para dizer que sim.
- Olha!...fez o estudante arregalando os olhos. E aproximou-se da porta, recomendando
ao Sabino que se não descuidasse da pobre criatura; que se não pusesse a dormir como ainda há
pouco!
O tísico, que havia serenado alguma coisa com a presença do rapaz, principiou de novo a
espolinhar-se, rilhando os dentes e agitando os braços e as pernas.
Amâncio, porém, não atendeu desta vez e saiu. O tísico rosnou com mais ânsia,
procurando lançar-se fora do leito, numa aflição crescente.
- Fica quieto! Gritou Sabino, obrigando-o a deitar-se.



* * *

Logo que o estudante se afastou com a vela, o quarto recaiu na sua dúbia claridade
modorrenta. Os ventos frios da madrugada continuavam a soprar. O moleque foi até a janela,
olhou a rua em silêncio, acendeu um cigarro e, quando viu que o seu homem parecia serenado,
tratou de reassumir o sono.
O senhor é que não podia sossegar, com a idéia naquele pobre rapaz, que ali morria aos
poucos, sem família, nem carinhos de espécie alguma; sem Ter ao menos quem o tratasse, nem
dispor de um amigo que se compadecesse dele.
- Infeliz criatura! Pensava .- Além do mais, longe da pátria, longe de tudo que lhe podia
ser caro!
E, sacudido de estanhas condolências, imaginava o pobre desterrado saindo de sua
aldeia em Portugal, atravessando os mares, atirado no convés de um navio, afinal no Brasil,
neste país-sonho, a trabalhar dia a dia durante uma mocidade, e economizar, e sofrer privações;
depois - falir, perder tudo de repente, achar-se em plena miséria e com a ladra da tísica a
comer-lhe os pulmões! Oh! cortava a alma!
Não se podia esquecer do desespero com que o desgraçado o chamava, como se lhe
quisesse pedir alguma coisa, fazer alguma revelação: - Talvez, quem sabe? Até o tomasse, no seu


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delírio, por algum amigo: porque Amâncio se se não enganava, chegara a distinguir-lhe balbuciar
o nome de alguém. - Não podia ser outra coisa, o mísero chama v apor um amigo!
- Mas, também, que idéia, a sua, de andar por aquelas horas a visitar moribundos! Que
diabo tinhas ele, no fim de contas, com o tal tísico?...Ora essa!
O vulto esquelético não lhe saía. porém, de defronte dos olhos, com a sua ronqueira
lúgubre, sempre a lhe estender os longos braços sem músculos e a rolar nas órbitas,
convulsivamente, aqueles dois bugalhos luminosos.
Fechou a porta do quarto, despiu o sobretudo que havia enfiado, apagou a vela e
recolheu-se à cama.

* * *

Era inútil; o sono não vinha; o quarto às escuras fazia-lhe mal aos nervos. No fim de
meia hora, ergueu-se novamente, tentou acender um bico de gás, haviam fechado no registro;
recorreu à vela e assentou-se à mesinha diante de um livro.
O tísico gemia.
- Que maçada! resmungou Amâncio, sem se poder safar da impressão que trouxera do
quarto "daquele diabo"! E cansava os olhos contra as páginas do livro, lendo sem
compreender.
Vinham-lhe bocejos repetidos, ardiam-lhe os olhos.- Agora talvez dormisse. O
importuno parecia sossegado, pelo menos não se lhe ouvia gemer.
Amâncio voltou à cama, sem ânimo de apagar a vela.
Quando estava quase adormecido, passos agitados no corredor o despertaram em
sobressalto e uma pancada em cheio na porta fê-lo erguer-se de pulo e precipitar-se para ela.
Sabino e o tísico vieram-lhe à memória. Ouriçaram-se-lhe os cabelos, enlixou-se-lhe a
pele, e o coração bateu-lhe com mais força.
- Que teria sucedido? A mão tremia-lhe ao forçar o trinco.
A porta afinal cedeu, e Amâncio sentiu cair desamparadamente no chão o corpo
comprido e nu do héctico.
Estava horrível. Queria erguer-se, e em vão agitava as pernas e os braços. Amâncio
tentou ajudá-lo, gritando ao mesmo tempo pelo Sabino. Os membros do tísico pareciam
quebrar-se-lhe nas mãos, que escorregavam com a gordura fria do suor, e no soalho manchas
de umidade desenhavam-lhe já o feitio do corpo.
O estudante desejava chamar por alguém. - O Sabino dormia com certeza! - Peste! Fez
um movimento para sair; mas o esqueleto agarrou-lhe violentamente os pulsos e pediu-lhe com
uns vagidos dolorosos que ficasse.
De seus olhos corriam duas lágrimas compridas.
Depois de um esforço terrível, conseguiu falar. Eram sons apenas murmurados, fracos,
quase imperceptíveis
Amâncio tinha razão: O desgraçado, no delírio de sua fraqueza, o tomara por algum bom
amigo. Suas palavras vinham-lhe aos lábios roxos impregnadas de confiança e de amor. Falava
de coisas estranhas ao outro; perguntava-lhe por indivíduos desconhecidos para Amâncio e
reprochava-lhe a culpa de não ter vindo mais cedo.
Depois referiu-se dolentemente à sua terra; tratou da infância, rindo, com os
olhos cheios d'água. Pediu que Amâncio, logo que lá voltasse, fosse à procura do senhor
padre, e encomendasse-lhe três missas.
Em seguida, fez um esforço para chegar ao ouvido do rapaz e começou, em ar de
mistério, a ensinar-lhe um caminho longo, muito longo... Explicava-lhe ruas, as voltas que era
necessário fazer para chegar lá; afinal, dava-se com uma choupana. Uma velhinha entrevada
fazia meia a um canto da casa. Amâncio que se aproximasse dela e lhe dissesse em segredo


[Linha 5400 de 8244 - Parte 4 de 5]


que o João, o seu querido filho...
Uma agonia violenta tolheu-lhe a fala. Ele ainda tentou dizer alguma coisa, mas o
sangue purulento já lhe golfeava da boca e caía-lhe um jorro pelo corpo. Estirou-se todo,
dobrou a cabeça para trás e, depois de entesar num estremecimento os membros
rechupados, foi pouco a pouco cerrando os lábios e empenando o corpo com um gemido
longo e sentidíssimo.
Lá fora, a música duvidosa continuava, ao longe, entristecendo.
Amâncio teve um assomo de cólera; seu temperamento nervoso e egoísta
revolucionava-se com o choque daquele incidente desagradável, que lhe não dizia respeito e
vinha-lhe todavia roubar despoticamente o sossego.
Logo que o tísico expirou, correu a acordar Sabino com um murro. O moleque
levantou-se, como da primeira vez, e correu à cama do tísico. A lamparina bruxuleava
sobre o velador, projetando em volta, pelas paredes, sombras que se iam dobrar no teto.
Sabino abismou-se ao dar com o leito vazio, olhou em torno, muito pasmo, chegou a
levantar a colcha e a espiar para debaixo da cama; depois correu à janela e interrogou a
solidão fria da rua.
- Ué! disse .
- És uma peste! Gritou-lhe Amâncio. - Por tua causa o tísico foi morrer no meu
quarto! Ande! Vá chamar o Dr. Coqueiro ou alguém que trate do corpo! Aqui em cima,
creio que não há ninguém, nem sequer o Paula Mendes.
O rabequista, com efeito, havia ficado essa noite em companhia da mulher em Niterói .
A notícia levantou embaixo um rebuliço. À exceção do Campelo e do
guarda-livros, ninguém mais se conservou na cama.
Mme. Brizard arrepelava-se, praguejando contra o maldito caiporismo que a perseguia
ultimamente. - Até já lhe vinham os tísicos morrer em casa! Era demais!
Causou grande impressão a narrativa de Amâncio sobre os últimos momentos do
homem. O Dr. Tavares desfez-se em altas considerações a esse respeito. Coqueiro proibiu
à irmã que subisse ao segundo andar, enquanto o cadáver não estivesse convenientemente
amortalhado e deposto no sofá que às pressas se carregou para cima. Por toda a casa
distribuíram-se fogareiros de incenso e alfazema. Sabino fora, de um pulo, buscar à botica
uma garrafa de labarraque , e o copeiro saíra para lançar à primeira praia o colchão, os
lençóis e os travesseiros que serviam ao defunto.
Descarregou-se o quarto. A francesa quis abrir um velho baú de folha, que jazia a um
canto e que era o único objeto deixado pelo morto; mas o Dr. Tavares opôs-se-lhe
energicamente, citando artigos do código criminal e dizendo em tom de autoridade que o
falecido era um súdito português e, por conseguinte, só ao cônsul de sua nação competia
fazer-lhe o espólio dos bens!
- E o que nos ficou ele a dever?! E mais a despesa dos lençóis, do colchão e do
diabo?! Perguntou Mme. Brizard.
- Recebe-se do consulado português ou não se recebe de pessoa alguma,
apressou-se a explicar o Coqueiro, que já sabia perfeitamente não haver dentro do tal baú
coisa alguma de valor.


* * *

O corpo saiu no dia seguinte, em um carro da misericórdia. E Amâncio declarou
positivamente que não estava disposto a ficar na casa de pensão em mais um dia.
- Pois então vamos todos para um arrabalde! - deliberou Mme. Brizard , em
conseqüência dos repetidos conchavos que fizera com o marido.


[Linha 5450 de 8244 - Parte 4 de 5]


Diabo era o estado de Nini, a pobrezita achava-se agora completamente
desarranjada. Comia encostando a boca ao prato, como um bicho; não trocava palavra
com pessoa alguma e nem mais podia ficar em liberdade , porque de vez em quando lhe
acometiam frenesis, que lhe davam para morder os outros e espatifar as roupas, até ficar
nua.
O médico entendia, porém, que, com um bom regime hidroterápico, ela ainda podia se
restabelecer. Citou exemplos animadores, "bonitos casos", disse os belos resultados que
ultimamente se obtinham por meio das duchas de água fria no tratamento das enfermidades
nervosas, e terminou declarando que, só por esse meio, havia esperança de uma cura radical.
E o doutor, logo que esteve a sós com Amâncio, confidenciou-lhe, rindo:
- Já toquei à velha sobre aquilo que falamos; creio que desta vez fica o senhor livre
da histérica!
Venceram-se, com efeito, os escrúpulos de Mme. Brizard, e Nini foi para a casa de
saúde do Dr. Eiras. A mãe teria notícias dela todos os dias e havia de lhe aparecer em pessoa
duas vezes por semana.
- Aquela rapariga era o tormento de sua vida! Antes Deus a tivesse chamado para
si! Agora, o que não seria necessário gastar com a tal casa de saúde?... talvez uns vinte
mil-réis diários, se não foram mais! Onde iria tudo aquilo parar? Era caiporismo,
definitivamente!
Como desejavam, descobrir-se uma casa em Santa Teresa. O Dr. Tavares e o
guarda-livros acompanhariam a família; Campelo, o esquisitão, é que não estava pela
mudança. Logo que lhe falaram nisso, pediu secamente a nota de suas despesas, pagou-a, e
retirou-se muito calmo, assoviando, de mão no bolso, cabeça erguida, na mesma fleuma
inalterável com que costumava sair todas as manhãs para o trabalho.
Todo ele ia como a dizer no seu silêncio indiferente e egoísta: "A mim tanto se me dá
seis como meia dúzia ...morar com Pedro ou morar com Paulo, tudo para mim é a
mesma coisa, desde que, em troca do - meu dinheiro - , me apresentem um quarto limpo e a
comida a horas certas. Se dez anos continuasse aqui Mme. Brizard, dez anos ficaria eu
na Rua do Resende; mas, uma vez que se muda para Santa Teresa - Adeus! vou
bater a outra freguesia... o que por aí não faltam são casas de pensão."
O Paula Mendes, ao entra pouco depois, recebeu em cheio a notícia de a família
Coqueiro ia deixar a casa e que por conseguinte era preciso que ele saldasse as suas
contas.
Mas o rabequista não tinha dinheiro na ocasião. - Logo que o tivesse havia de pagar
integralmente.
Os locandeiros não estavam por isso, já lhes bastavam os calos do gentleman e do
Melinho! E , depois de uma troca agitada de palavras, Mendes propôs deixar o piano,
ficando-lhe o direito de resgatá-lo mais tarde com a devida importância.
Mme. Brizard queria do dinheiro e não instrumentos de música! O Sr. Paula Mendes
que vendesse o piano e liquidasse depois as suas contas!
Assim foi. O rabequista saiu, e, quando à tarde voltou à casa de pensão, trazia
consigo um homenzinho de barbas compridas, que fechou o negócio por quatrocentos mil
réis. Mendes pagou o que devia, fez tristemente as suas malas, e afinal se retirou de cabeça
baixa e mãos cruzadas par trás.
César, que o fora espreitar ao corredor, voltou à varanda, dizendo espantado que
ele chorava ao descer as escadas.
- Deixa-o lá, menino! Resmungou a locandeira, e tocou a sineta, chamando para a
mesa.

* * *


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O jantar já não tinha o caráter de uma refeição de hotel, em mesa-redonda. Agora
compareciam apenas cinco pessoas: Amâncio, Amelinha, Mme. Brizard, Coqueiro, César e o
Dr. Tavares. O guarda-livros, esse continuava a não comer em casa.
Mme. Brizard suspirava à vista dos lugares vazios. - Oh! que aperto de coração
lhe fazia aquilo! Não podia resistir a tanta contrariedade ao mesmo tempo!...
Pelo corredor do jantar, falou a respeito de Nini, queixou-se de saudades. Já à
sobremesa, recrudesceram-lhe as ternuras maternais, vieram-lhe nostalgias, uma lágrima
saltou-lhe do olho esquerdo.
Chamou César para junto de si, abraçou-o e beijou-o repetidas vezes e ficou a
passar-lhe a mão pela cabeça. Um silencioso constrangimento se apoderou das pessoas
presentes; depois, ainda com a voz quebrada de comoção, ela pediu ao Coqueiro que se
não descuidasse de cobrar o que o Lambertosa e o Melinho ficaram a dever. - Agora
precisavam muito e muito de dinheiro!...
Mudaram-se no dia seguinte. Amâncio ia muito incomodado, amanhecera pior, quase
que não podia mexer com as pernas; todos lhe profetizavam, entretanto, rápidas melhoras
em Santa Teresa. O cômodo que lhe destinaram era da casa o mais espaçoso e arejado.
Amelinha não o desamparava, já não escondia até os seus carinhos, chegava-se
abertamente para o rapaz, como se fora casada com ele. Às vezes dizia-lhe segredos na
presença do irmão ou da francesa; prestava-lhe pequeninos serviços amorosos: levantar-lhe,
por exemplo, a gola do fraque, se fazia frio; abotoar-lhe o colarinho, se estava desabotoado;
atar-lhe a gravata, se o laço se desmanchava; chegar-lhe para junto a escarradeira se
Amâncio queria fumar.
Em Santa Teresa esses desvelos multiplicaram-se . aí já era a menina quem lhe
metia os botões na camisa e as fivelas no colete, quem lhe escovava a roupa e o chapéu, quem
lhe punha o perfume no lenço e lhe dava corda ao relógio, e, quando fazia bom tempo e o
rapaz tentava um passeio pelo morro, era ela quem corria a lhe trazer a bengala ou o
chapéu-de-sol, perguntando muito solícita se ele não se esquecera dos charutos e dos fósforos,
sem já tinha lenço, se levava dinheiro.
Mas, às vezes, rezingava, quase que ralhava com o estudante. Fazia-lhe censuras,
tomava-lhe contas de umas muitas coisas: se Amâncio passara por tal rua, se estivera durante
a ausência a passear sempre ou se encontrara alguém porventura em alguma parte; quando
lhe sentia cheiro de álcool queria saber o que o rapaz bebera.
Amélia, enfim, se derramava por todo ele, sem Amâncio dar por isso; invadia-o
sutilmente, como um bicho que entra na carne.
A nova residência punha-os muito mais juntos, muito mais unidos do que a da Rua do
Resende. Os quartos eram pequenos, chegados uns dos outros; havia um sótão com escadaria
para a sala de jantar. Amâncio morava aí, sozinho.
Tinha de seu uma alcova e um pequeno gabinete de trabalho; janelas para o nascente
e para o ocaso, despejando sobre o jardim.
Embaixo, então, era a sala de visitas, a de jantar e mais quatro cômodos, sem meter os
quartos da criadagem, a cozinha, a despensa e o banheiro. Num daqueles cômodos ficou o
João Coqueiro com a mulher; noutro Amelinha; noutro o guarda-livros, e o Dr. Tavares no
último.
A respeito de mobília, só se carregou da Rua do Resende a que era de todo
indispensável. Não se vendeu sequer um objeto; o casarão renderia muito mais com os trastes
e, além disso, Mme. Brizard contava, mais dia, menos dia, reabilitar a sua antiga e afamada
casa de pensão. - Porque, dizia ela - era impossível que as coisas não voltassem ao estado
primitivo!...


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Coqueiro é que parecia, como nunca, satisfeito de sua vida. Cuidava da nova casa com
muito interesse; falava em melhoramentos e aconselhava a Amâncio a que comprasse uma
mobiliazinha catita para ver como "ficava então naquele sótão melhor que um príncipe no
seu castelo".
A casa, de fato, convidava às fantasias do gosto, porque era perfeitamente nova e bem
feita; o papel das paredes estava imaculado, o chão limpo e os tetos virgens ainda de
moscaria
Amâncio experimentou rápidas melhoras; quis logo descer à cidade, mas o Coqueiro não
lhe permitiu ir só.
Aproveitaram o passeio par comprar a mobília. O provinciano recebera nesse mês
dinheiro do Norte e retirara mais algum da casa do Campos; João Coqueiro levou-o a uma loja
de trastes e escolheu ele próprio o que podia convir ao outro; isto é, uma cômoda, um
lavatório, uma boa cama de casados, uma secretária, duas estantes, um velador, e seis cadeiras;
tudo de mogno e trabalhado a gosto moderno.
Estes arranjos pediam outras coisas; escolheram-se também dois quadros para o intervalo
das portas, um belo espelho de parede, um relógio de pêndulo, tapetes, capachos e
escarradeiras.

* * *


O Coqueiro, muito empenhado na condução dos trastes, havia-se afastado alguns passos
de Amâncio, quando este sentiu baterem-lhe no ombro.
Era o Paiva Rocha.
- Oh! exclamou, satisfeito com o encontro.- Como vais tu? Há quanto tempo não nos
vemos!... Que é feito de ti?
- Ai, filho apoquentado! Respondeu o Paiva. Ultimamente tem sido uma enfiada de
coisas más!...Há dois meses que não recebo dinheiro do correspondente; tinha aí um lugar de
revisor numa folha e os ladrões passaram-me a perna em mais de duzentos mil-réis; além de
que, a besta do diretor lá da escola lembrou-se agora do exigir uma infinidade de maçadas e
obrigar-nos a despesas impossíveis! O diabo!
E, mudando de tom, perguntou como ia Amâncio; onde se metera, que ninguém o via?
O outro prestou contas de sua vida, expôs os pormenores de sua moléstia, falou nos
incômodos que dera à família do Coqueiro, principalmente a D. Amélia, que, por sinal, era uma
excelente menina.
- Maganão!... disse o comprovinciano, esbarrando-lhe intencionalmente no braço.
Amâncio repeliu com febre aquela insinuação. O colega fazia uma tremenda injustiça,
tanto a ele, Amâncio, como à pobre rapariga!
- Ora, filho! Queres tu agora dizer a mim o que é a gente do Coqueiro!...
Amâncio abriu grandes olhos.
- Morde aqui! Acrescentou o outro, apresentando-lhe o dedo.
E em troca de um gesto negativo do amigo:
- Não queres falar por ora, e fazes tu muito bem! Mas é impossível que a tua ingenuidade
chegue ao ponto de tomares a sério a irmão do Coqueiro, - a Amélia dos camarões!...
- Juro-te que, até aqui, só a tenho tratado com todo o respeito!
O outro soltou uma risada.
- É fato! Insistiu Amâncio, aborrecido já com aquela troça do companheiro, mas ao
mesmo tempo feliz por imaginar que as suas esperanças sobre a rapariga eram perfeitamente
justificáveis.
- Pois, se é fato, acredita que tens representado um papel de tolo! Fazem-te a barba,


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filho!
Amâncio, então, para provar a pureza de sua conduta, pintou o estado em que se achara
ultimamente, - entrevecido de reumatismo, sem préstimo para nada. E contou o que sofrera
com as bexigas.
- Ora, dize-me cá...volveu o outro em tom de segredo. - O Coqueiro já te não tem dado
algumas facadinhas...Confessa...
Amâncio, nem só confessou, como disse até o dinheiro que por várias vezes emprestara
ao senhorio.
- Hein?! Bradou o Paiva, fazendo-se muito fino. - Queres mais claro?...E ainda tens
escrúpulos, criança! Pois olha que te não fazem nenhum favor - tu pagas, filho, e pagas bem!
E lembrou que não seria mau tomarem alguma coisa num botequim próximo.
O outro declarou que estava ali à espera do Coqueiro.
- Deixa lá o Coqueiro, homem! Tens medo de ir só para casa ?...
- Mas é que não sei se me fará mal beber alguma coisa. Ainda estou em uso de remédios.
- Não sejas idiota! Exclamou o Paiva, puxando-o pelo braço.
Amâncio deixou-se levar, não tanto pelo prazer da companhia, como pela circunstância
de se livrar do Coqueiro, o que lhe dava esperanças de ver Lúcia ainda essa tarde.
No café, defronte dos copos, a conversa voltou de novo à gente de Mme. Brizard.
- Gentinha! qualificou o Paiva, atirando a palavra com o desprezo de quem lança fora o
sobejo de um copo.
E, depois, entornando os lábios, numa obstinação torpe:
- A questão está no pagamento!
Amâncio riu. Sentia-se feliz; aquele dia de liberdade, depois de tamanho recolhimento,
os cálices de xerez, as palavras degotadas do Rocha; tudo isso lhe picava o espírito com uma
pontinha de alegria devassa. Seus gostos, suas tendências luxuriosas, volviam-lhe em revoada,
como pássaro de arribação. Ficou expansivo, disposto aos desabafamentos da vaidade. Em
breve, contava tudo o que se passara com ele na casa de Mme. Brizard, descrevia as maneiras de
Amelinha com sua pessoa, os pequenos cuidados amorosos, as pequeninas frases significativas;
narrou minuciosamente as cenas com Lúcia e disse que, ao sair do café, iria visitá-la à Tijuca.
- Está claro! Trejeitou o outro, cuspilhando a areia branca do chão de pedra e batendo
com a ponta da bengala sobre os pés cruzados. - Eu, no teu caso, já teria desforrado melhor os
cobres!
- Achas então que eu devo?...
- Ora, filho, é o que se leva deste mundo! A respeito de virtudes temos conversado! Eu
cá só acredito numa castidade - a da velhice!... tirando daí...
e concluiu a sua idéia com um gesto feio.
Amâncio já recorria à moléstia para justificar aos olhos do amigo a atitude respeitosa que
ocupara ao lado de Amélia - o colega que não o julgasse um tolo!... Mas que diabo havia ele
de fazer, tolhido de dores, como estava, numa cama?...
Quando se despediram, o Paiva deu a entender que precisava de dinheiro; mas Amâncio
negou-o, apesar de bem provido, dizendo com voz triste que "sentia muito não poder servir
naquela ocasião".
O outro, sem mais querer ouvir coisa alguma, retirou-se logo.

* * *

Amâncio, assim que se viu livre, correu a tomar um tílburi e bateu para a casa de pensão,
onde estava Lúcia.
Era um palacete, com magnífica aparência. Janelas de sacada, grande corredor ladrilhado
de mármore e velhas escadarias encentradas de tapete de oleado, preso a cada degrau por um


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fio de metal amarelo.
Foi recebido cerimoniosamente no salão por uma mulheraça muito gorda, de luneta,
extremamente degotada, mostrando entre as almofadas do peito ramificações de veiazinhas
escarlates, que pareciam miniaturas de árvores secas desenhadas a bico de pena. Em um dos
braços luzia-lhe uma jóia e, por debaixo do vestido de cambraia, aparecia-lhe o pé quase
redondo e empantufado de veludo azul.
Tinha a voz grossa, cheia de uu, e o lóbulo do queixo coberto de penugem negra.
Ai saber que Amâncio não ia com a intenção de tomar algum cômodo, mas sim para falar
com Lúcia, retirou-se sacudindo os rins; e da sala o estudante lhe ouviu gritar ao criado "que
fosse prevenir à senhora do Sr. Pereira de que aí estava um cavalheiro que lhe desejava falar".
Lúcia mostrou-se no fim de meia hora, a pedir mil perdões por se haver demorado mais
um pouco. Fizera toilette especial para recebê-lo e parecia muito lisonjeada com a visita.
Declarou, logo, que o achava mais gordo, de melhor fisionomia. - Abençoada moléstia,
a dele!
E, em resposta ao que o rapaz lhe perguntava sobre aquela nova residência , elogiou
muito a casa, o serviço. "Sempre era outra coisa! Nem havia termo de comparação entre esta e
a de Mme. Brizard!"
Amâncio voltou-se todo na cadeira, considerando a sala. Uma rica sala, apesar de
velha, - grande , espelhada, cortinas de ramagem, consolos cobertos de jarras com flores
artificiais de pena. A um dos cantos um piano antigo e no centro do teto de estuque, no lugar
donde espipava o lustre, um grande escudo de cores, rebentando em cabecinhas de anjos.
Falaram logo sobre as novidades da casa de pensão do Coqueiro: a saída dos hóspedes,
a morte do tísico, a mudança para Santa Teresa.
- Você ali está seguro!... disse Lúcia.
O estudante protestou com um gesto, em que já havia alguma coisa das revelações que
pouco antes lhe fizera o Paiva Rocha.
E, discutindo os amores de Amelinha, foram pouco e pouco empurrando a conversa para
o verdadeiro motivo da visita, até que Amâncio conseguiu tratar de si, das suas saudades do
quanto desejava Lúcia, do quanto sofria por causa daquela ingrata que ali estava!
- Mais baixo! Olha que te podem ouvir!...
ele então chegou-se mais para a ilustrada senhora, tomando-lhe as mãos que cobria de
beijos, e, no seu ardor, com a voz abafada, os olhos acendidos, procurava arrancar-lhe uma
resposta definitiva, uma palavra qualquer que o restituísse por uma vez à tranqüilidade.
- Está quieto! Respondeu a tirana. - Está quieto!
E, vendo que o demônio não a escutava, em risco de comprometê-la aos olhos de quem
por acaso entrasse na sala, propôs mostrar-lhe a chácara enquanto esperavam pelo jantar. -
Que ela já o não deixava sair sem ter jantado!...
Havia duas descidas; uma pelo corredor e outra pela varanda. Tomaram por resta.
Lúcia, muito disfarçada, ia-lhe apontando os cômodos e as benfeitorias da casa, com
tanto empenho e gosto como se fora mesma a proprietária; mostrou-lhe o banheiro, os tanques
para a lavagem de roupa, o coradouro, o cercado das galinhas e por último o jardim.
Colheu logo uma rosa e, por suas próprias mãos enfiou-a na gola do fraque de Amâncio.
Em seguida atravessaram a hora.
Canteiros grandes, cobertos de verdura, saturavam o ar de um cheiro de hortaliças. As
alfaces brilhavam ao sol dourado de julho. Mais para adiante havia um sombrejar melancólico e
deliciosos de árvores grandes; era a chácara; viam-se no ar as folhas largas e recortadas da
fruta-pão faiscarem, como lâminas de metal brunido; ao passo que as bojudas mangueiras se
debruçavam sobre a terra numa concentração pesada de sono.
Os dois prosseguiram de braço dado por entre o murmurejar tristonho daquelas
sombras. E lentamente, e sem trocarem uma palavra, se deixaram ir até a espalda de um morro,


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que servia de limite à chácara.
Havia um grosseiro banco de pau meio escondido entre bambus e trepadeira.
Assentaram-se. Um fio de água corria da montanha e os passarinhos remigiavam trilando na
mole embalsamada das estevas.
Amâncio passou um braço na cintura de Lúcia e chamou-lhe o corpo para junto do
seu. Ela deixou-se arrebatar, bambeando a cabeça, num encontro apaixonado de lábios.
O rapaz parecia louco no seu desejo.
- Não! Isso não! dizia a outra. - Mostra que é um homem de espírito! Não se queira
confundir com esses materialões que há por aí!
Ele opunha as razões que lhe vinham à cabeça para justificar os seus rogos: "Lúcia que
não quisesse desvirtuar o amor, o verdadeiro amor, fazendo de um sentimento real e fecundo
uma pieguice romântica e desenxabida". Lembrou-lhe o que ela própria dissera, quando pela
primeira vez estiveram juntos.
E, num esfolegar febril e ruidoso, suplicava-lhe um pouco de compaixão, ao menos; que
não o torturasse daquele modo; que não o obrigasse a sucumbir ao desespero de sua paixão!
Lúcia não entendeu. - Ele que deixasse a casa de Mme. Brizard e viesse tomar um
cômodo ali na Tijuca. Assim ... bem! Mas, naquele momento e naquelas circunstâncias... Não!
não! e não!
Apesar de enérgica recusa, Amâncio insistia sempre.
- Não seja teimoso, repreendeu ela, arrancando-lhe as saias da mão. - Oh!
ele, porem, não se desenganava e até já recorria à violência.
- Pior! Disse a mulher, notando que o estudante lhe desgrenhava os cabelos e
machucava-lhe as roupas. - Já não vou gostando muito da brincadeira!
E, a um movimento desabrido do rapaz:
- Ora pílulas! Isso agora também já é estupidez!
Amâncio ao lado bufava, imóvel, emitindo sobre ela olhares de cólera.
- O senhor faz-se desentendido! Exclamou Lúcia, afinal, endireitando o penteado e
armando as lunetas. - Há muito devia compreender que nada alcançará de mim, enquanto eu
estiver com meu marido!
- Marido o quê! Desmentiu o provinciano, com a voz sufocada. - Tão marido como
eu!
Lúcia olhou para ele, apertando os olhos.
- É isso! Sustentou aquele. - Sei de tudo! A senhora quer fazer de mim um tolo, pois
fique sabendo que não faz! Trate de arranjar outro, porque comigo perde o seu tempo!
Ela o mediu de alto a baixo, levantou desdenhosamente o lábio superior, e afastou-se
com um grande ar emproado e senhoril, murmurando entredentes.
- Ordinário!
Amâncio calcou o chapéu sobre os olhos, e, de cabeça baixa e passos lentos, retomou
pelo caminho andando, a fustigar com a bengala as ervínculas da estrada. Saiu pelo portão da
chácara.
Já na rua, sacudia os ombros e disse a meia voz:
- Que a leve o diabo!


XV


O rapaz acordou muito bem disposto no outro dia, estava, ou pelo menos parecia,
restabelecido completamente. Os ares tonificantes da Santa Teresa produziram-lhe efeitos
miraculosos.


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- Até que enfim podia mandar ao diabo os xaropes e as tisanas que, de tempos a essa
parte, lhe melancolizavam a vida e relaxavam o estômago. E, ainda, metido entre os lençóis, na
matinal preguiça das sete e meia, dispunha-se a filosofar sobre o ridículo episódio da véspera,
quando um leve rumor na porta do quarto lhe desviou o curso das idéias. Era a menina que
trazia o café.
Viu-lhe a pálida mãozinha medrosamente surdir por entre a fisga da porta mal cerrada,
para depor no chão, como era de costume, a chávena de porcelana. Amâncio. porém, desta vez
saltou da cama e, correndo da gatinhas, a empolgou nas suas.
A mãozinha quis fugir, ele não consentiu, e com ela veio um braço que as folhas da porta
arremangavam.
Começou a beijá-lo sofregamente, desde a ponta dos dedos até os bíceps; enquanto
Amélia, sempre escondida ia consentindo, toda ela arrepiada em cócegas.
- Um beijinho...pediu ele mostrando o rosto.
- Logo!
- Com certeza?...
- Com certeza!
E a pequena desapareceu muito ligeira, - tique, tique, tique, pela escada.
Pouco depois combinaram a primeira entrevista. Ela subiria ao sótão, logo que a casa
estivesse completamente recolhida. Amâncio que a esperasse no escuro e com a porta do quarto
apenas cerrada.
O rapaz não pôde ficar tranqüilo mais um instante.
As horas nunca lhe pareceram tão longas e as conversas tão intermináveis. Um
sobressalto feliz perturbava-o todo, tirava-lhe o apetite e não lhe permitia um pensamento que
não fosse cair aos pés de Amélia.
Por maior caiporismo, o Dr. Tavares tinha essa noite uma visita que parecia disposta a
não largá-lo. Era um velho de sua província, muito falador de política, apaixonado pelas
eleições, pelos conservadores, mas que, nem à mão de Deus Padre, pronunciava os rr e os ss e
dizia: "Os partido liberá, os senadô", e outras barbaridades.
- Quando se irá este cacete?...pensava Amâncio, trêmulo de impaciência.
E o Tavares a puxar pelo demônio do homem, a fazer-lhe perguntas sobre perguntas e a
despejar contra ele a sua retórica inexaurível.
Até o guarda-livros que às vezes passava dias e dias sem dar uma palavra, estava essa
noite disposto a falar pelos cotovelos. Ainda pilhara o chá e, repimpando na cadeira, com um
brilhante a luzir num dedo, o ar satisfeito, os punhos bem engomados, taramelava a respeito dos
seus projetos de casamento. "Sim, que ele, havia coisas de ano e meio, estava para desposar uma
linda menina e de educação esmeradíssima. Já há tempos a pedira!... Só esperava que a casa,
onde trabalhava desde os seus quinze anos, lhe desse sociedade, como aliás, havia já
prometido. - Ah! Toda a sua ambição era fazer família! Que vidinha melhor que a do
casado?...o matrimônio era um complemento do homem...A gente enquanto moça não sentia a
falta da esposa, mas depois?...quando chegasse a velhice?...Aí é que seriam elas! Não! não
podia admitir um eterno celibato!...A vida do solteiro tinha seus encantos, tinha, para que
negar?...os espinhos, porém, eram em maior número; se eram!...
E citava os casos.
Amâncio retirou-se da varanda, sufocado de raiva. Preferia esperar no quarto.
Deram onze horas. Amelinha pediu licença e também se recolheu. Mme. Brizard, à
cabeceira da mesa, já bocejava, entretendo os dedos, a fazer pílulas das migalhas de pão que
ficaram do chá; o marido, ao lado dela, estudava mecânica racional.
Veio finalmente o copeiro levantar a mesa e buscar o César para a cama. O guarda-livros
apertou as mãos de todos e sumiu-se; o sujeito dos partido liberá , a despeito das insistências do
amigo, despediu-se igualmente e, quando o advogado, que o fora acompanhar até o portão da


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chácara voltou à varanda, já não encontrou ninguém.
Em pouco a casa era todo silêncio e trevas. Então, Amelinha, deixou o quarto
sorrateiramente, tirou as botinas, apanhou as saias e galgou a escada do sótão.
Amâncio, que a esperava na porta, logo que a teve ao alcance da mão, puxou-a para
dentro, e deu uma volta à fechadura.


* * *


Desde esse momento, a vida em casa de Mme Brizard tornou-se para ele uma coisa
muito agradável. Ninguém mostrava desconfiar, ao menos, de suas intimidades com Amélia,
que pelo seu lado parecia satisfeita com o estado de coisas.
Só uma ligeira circunstâncias covardemente o arreceava: É que a pequena não lhe exibira
em quarta ou quinta edição, como dizia o Paiva, mas em comprometedoras primícias, com
todos os cruentos requisitos de uma estréia.
Fugiu o primeiro mês de lua-de-mel, sem o menor eclipse. Contudo, ele agora puxava
um pouco mais pela bolsa: a família estava em crise; a pensão de Nini absorvia os proventos que
se obtinham do Tavares e do guarda-livros; o casarão da Rua do Resende apenas se conseguira
alugar em parte; os gêneros de primeira necessidade eram mais caros em Santa Teresa.
Mas que valia tudo isso posto em confronto aos gozos que lhe proporcionava a deliciosa
rapariga?
Ela parecia viver exclusivamente para lhe dar carinhos e afagos. Era como se fora sua
esposa; deixava tudo de mão para só cuidar do amante. - Ele estava em primeiro lugar! Agora
a pequena lhe fazia a cama; levava-lhe ao quarto o moringue d'água, penteava-lhe os cabelos, e
exigia que o rapaz lhe dissesse os passos que dava, por onde estivera, com quem falara e o
dinheiro que gastara. Revistava-lhe conjugalmente as algibeiras, lia-lhe as cartas e, sempre
desconfiada, cheirava-lhe as roupas.
Amâncio sorria de tais ciúmes, com o ar seguro de quem desfruta em paz uma felicidade
legítima e abençoada por todos. Já não furtava beijinhos assustados por detrás das portas; não
roçavam os joelhos por debaixo da mesa, e não se serviam das mãos como instrumentos de
amor; guardavam-se para as liberdades da noite, para a independência do quarto. Na ocasião,
porém, em que ele saia para as aulas ou à noite para o passeio, beijocavam-se, sempre, como
dois bons casados.
Entretanto, as épocas de exame batiam à porta. Amâncio vivia em desassossego com
os seus estudos tão mal apercebidos; mas o Coqueiro dava-lhe coragem, ensinando-lhe como
devia proceder, dizendo-lhe o que devia estudar de preferencia, aconselhando-o a que não
tivesse medo. "Amâncio que se apresentasse de cabeça erguida: o bom êxito nos exames
dependia quase sempre do desembaraço mais ou menos atrevido do concorrente!" E citava
exemplos: "Fulano que apenas conhecia dois pontos de tal matéria, chimpara distinção, só
porque era de um descaramento imperturbável; ao passo que sicrano, apesar de muito bem
preparado, não conseguira passar com a sua vozinha trêmula e o seu todo raquítico e
assustado!"
Um novo acontecimento veio, porém, desviar Amâncio daquela preocupação: por
telegrama de sua província, constou-lhe que o velho Vasconcelos morrera de beribéri
fulminante.
Os pormenores chegaram no primeiro vapor: "Vasconcelos fora atacado como hoje e
morrera como depois de amanhã. Ia pela rua, muito senhor de si, quando, de repente, sentiu
afrouxarem-se-lhe as pernas e teria desabado no chão, se dois homens que passavam não o
socorressem prontamente.


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"Foi recolhido à primeira casa, que era felizmente de um amigo. Meia hora depois já lhe
principiava a faltar a respiração: a moléstia subia, ameaçando-lhe o estômago. Fez-se uma junta
de médicos; ficou resolvido que o doente devia seguir, sem perda de tempo, para qualquer
parte, - Caxias, Rosário, mesmo Alcântara, a Vila do Paço, que fosse; contanto que saísse da
cidade, quanto antes, até aparecer um vapor que o levasse para mais longe.
"Partiu nesse mesmo dia, dentro de uma rede, com direção à Vila do Paço. Mas o
terrível beribéri subia sempre; os membros por onde ele atravessava iam ficando paralisado e
frios como membros de defunto. A onda maldita galgara finalmente a caixa torácica,
Vasconcelos não pôde respirar de todo e morreu".
Amélia, ao receber a inesperada notícia, rebentou num berreiro e tratou de cobrir-se de
luto fechado.
O irmão também se vestiu de preto, fez cerrar as portas e as janelas da casa por sete dias
e, durante esse tempo, andou tristonho e anojado.


* * *


Amâncio perturbou-se deveras com a morte do pai. Há bastante tempo mentalizava
projetos de , em voltando à província, tratá-lo de modo tão carinhoso e tão amigo, que sua
consciência ficasse, por uma vez, tranqüila a esse respeito. Havia no segredo de tal intenção o
sabor inefável de um voto religioso. E seus planos, assim malogrado de repente, enchiam-lhe
agora o coração de tristeza e as noites de sonhos tormentosos.
Mas Amelinha lá estava para o consolar, para lhe reprimir os gemidos com a polpa
vermelha de seus lábios, e espantar-lhe os negrumes do desgosto com a luz voluptuosa de seus
olhos e com a doçura cristalina de suas palavras.
Veio o Campos. Trataram longamente do "triste acontecimento": Amâncio queria dar
um pulo ao Norte: a mãe com certeza precisava dele as seu lado, quando mais não fosse para
tratar do inventário.
O negociante já não compreendia assim: " Estavam a chegar os exames; Amâncio, ase
saísse da Corte naquele momento, perderia o ano; o melhor, por conseguinte, seria esperar pelas
férias. Pois então! eram mais alguns dias de demora que não prejudicavam a ninguém!..."
Coqueiro pensava do mesmo modo. "Nem o colega encontraria alguém com um
bocadinho de juízo que lhe aconselhasse uma semelhante viagem antes do ato. Era até loucura
pensar nisso!"
Cruzaram-se cartas entre o Rio de Janeiro e Maranhão. Amâncio foi considerado maior
pelo Juiz de órfãos, podia receber o que lhe tocavas na herança. Mas a firma liquidante
ofereceu-lhe sociedade em comandita; ele aceitou, a conselho de Campos, e insti5tuiu na
província um advogado de confiança para lhe curar os bens. Escolheu-se o Dr.Silveira, o dos
cabelos pintados, aquele mesmo que, no dia do exame de português, se mostrara tão
entusiasmado pelo rapaz.
Até que enfim estava Amâncio livre e senhor de sua bolsa; podia gastar à farta, sem
sofrer daí em diante as peias da mesada. E não o amedrontava igualmente o risco de cair na
penúria, porque ainda havia para reserva o que tinha a herdar da mãe e da avó.
Os carinhos e as solicitudes da família Coqueiro inflamaram-se, já se vê, com os últimos
acontecimentos. O estudante era cada vez mais adulado e em compensação mais explorado.
Agora, o irmão de Amélia não punha o menor escrúpulo lhe aceitar os obséquios e a casa ia
ficando a pouco e pouco às costas do provinciano.
Era sempre por intermédio de Amélia que ele sofria a cardadura. Hoje tratava-se do
aluguel da casa, amanhã seria a conta do Eiras, depois a dos fornecedores; se entrava um barril


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de vinho para a despensa, ou um saco de feijão; se aparecia um novo aparelho de porcelana à
mesa do almoço ou do jantar, Amâncio ficava à espera da fatura que, à noite,
impreterivelmente, passava as mãos da rapariga para as suas.
Amelinha, essa então, já não procurava rodeios para lhe arranjar as coisas. Quando
precisava de um vestido, de uma jóia, de um chapéu, dizia-lhe secamente:" Deixe-me tanto, que
amanhã tenho de fazer compras".
E as despesas das casa recrudesciam, à proporção que minguavam os lucros. O
guarda-livros despedira-se, porque afinal chegara a época do seu casamento, e ninguém o
substituiu; só ficou advogado que deixaria por mês, quando muito, uns duzentos mil-réis.
Amâncio ia suportando a carga silenciosamente, certo de que não encontraria
dificuldade em despejá-la, assim que a coisa lhe cheirasse mal.
Todavia, o dinheiro era já o único recurso de que dispunha para fazer calar a amante,
quando esta lhe falava em casamento. Em tais ocasiões, a rapariga chorava quase sempre;
dizia-se infeliz; queixava-se da sorte. "Que Amâncio fora a sua perdição! Que ela cedera aos
rogos dele na persuasão de que era amada e de que mais tarde seria sua esposa!"
- Ora, filha! Nós, antes de cairmos na asneira em que caímos, não tocamos uma só vez
em casamento! E , se queres que te diga com franqueza, eu até nem supunha ser o primeiro com
quem tivesses relações!...
Ela irritava-se ao ponto de ameaçá-lo com um escândalo. Amâncio que se não enganasse,
pois que havia um João Coqueiro sobre a terra! Ele que não caísse no descoco de querer
desampará-la, porque então as coisas lhe sairiam mais atravessadas!
Estas rezingas terminavam sempre por uma nova exigência de Amélia. E já não se
contentava com um chapéu ou com um par de botinas, queria vestidos de seda, jóias de valor e
dinheiro para gastar.
Uma noite, Amâncio ficou abismado por lhe ouvir falar na compra de um chalé nas
Laranjeiras.
- Sim! reforçou ela, ao perceber que o rapaz não tomava a sério suas palavras. -
Despedia-se o Tavares e ficaríamos à vontade por uma vez! Eu não estou satisfeita aqui!...
Ele tornou a sorrir. - Amélia com certeza estava gracejando...
Mas a rapariga jurou que não, recorrendo a todos os segredos de sua ternura. Afinal,
vendo que o amante não cedia, zangou-se como de costume.
- Tu assim o queres; disse arrancando-se dos braços dele,- pois bem, tu assim o terás!
Amanhã hás de ver o que sai nesta casa!
Amâncio encolheu os ombros.
- Não te importas?! Pois veremos quem tem razão!!
E limpando os olhos:
- Ingrato! Por que sabe que a gente o estima, abusa deste modo! Tola fui eu em me
deixar seduzir!...
- Eu não a seduzi! Ora essa!
- Até fez mais, replicou ela - Desonrou-me!
- Pois desonrada ou seduzida, não tenho dinheiro para comprar casas!
Amélia saiu essas noite do quarto do estudante ameaçando fazer estourar a bomba no
dia seguinte.
E, pela manhã, quando Amâncio , ao seguir para as aulas, lhe foi dar o beijo favorito, .
ela muito amuada, voltou o rosto, resmungando "que a deixasse".
O rapaz prometeu que "ia pensar" e à noite daria uma resposta.
Mas nessa noite, Amélia, pela primeira vez, depois do seu novo estado, não se
apresentou às horas habituais no quarto do estudante.
Amâncio, sem perder as esperanças de a ver surgir de um momento para outro e
precipitar-se-lhe nos braços, não conseguira ficar tranqüilo. Aquele procedimento, vindo de


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quem vinha, o revoltava como a mais infame das ingratidões!
Ouviu dar três horas, quatro, cinco. Não se conteve, levantou-se, pisando forte, desceu à
varanda e foi bater à porta de Amélia.
Nada.
Bateu mais rijo.
- Que é?! Perguntou ela asperamente.
- Preciso falar-lhe.
- Não são horas para isso!
- Ouça! Quero dizer-lhe uma coisa...
- Não tenho negócios! Entenda-se com meu irmão!
Amâncio voltou ao quarto, desesperado. Não que o acovardassem as ameaças da
rapariga, bem percebia que as suas relações com ela não eram em casa nenhum segredo e, além
disso, desde que aceitavam o pagamento, - ora adeus! nada podiam dizer! Mas
apoquentava-se com a falta que já fazia o diabrete da pequena. Habituara-se a dormir ao calor
perfumado daquele corpinho branco, ajeitara-se ao cômodo amor daquela mulherzinha nova e
palpitante e, agora, não podia voltar, assim sem mais nem menos, às suas tristes noites
desacompanhadas do outro tempo.
Acordou muito tarde no dia seguinte. Amélia , quando ele saiu do quarto, não lhe deu
palavra; estava arrumando uma caixa de retalhos, e arrumando ficou. Mme. Brizard havia saído
para ver Nini. - O Coqueiro e os hóspedes se achavam também na rua.
- Então o senhora não me quer falar? Perguntou Amâncio, fitando-lhe as costas.
Ela interrompeu o que cantarolava e, sem se voltar, disse friamente:
- A culpa é sua ...
E continuou a cantarejar, muito embebida nos seus retalhos de fazenda.
Aquele desdém, namorado e artístico, a tornava ainda mis desejável aos olhos do rapaz.
Parecia-lhe até mais vela esse dia; como se os seus encantos, intervindo na perrice,
florejassem caprichosamente durante aquela noite de soledade.
Amâncio nunca lhe achou a pele tão fina, os dentes tão brancos, os olhos tão vivos e tão
formosos. O pálido e ondulante pescoço da menina jamais lhe pareceu tão misterioso: a sua
garganta, macia e doce, jamais o cativara tão despoticamente. Ele, enfim, nunca a sentira tão
necessária, tão indispensável.
E as cenas venturosas dos seus primeiros dias de amor lhe perpassaram
vertiginosamente diante dos olhos, derramando-lhe por todo o corpo um apetite brutal de
readquirir, no mesmo instante, aquela riqueza, que lhe fugia por entre os dedos, como um vinho
precioso que se derrama.
- Então a culpa é minha?...disse ele, afinal, apalpando com a vista a carne esperta dos
quadris e dos braços da amante.
- Pois você não vê, respondeu ela, voltando-se espevitada - que as coisas não podem
continuar como até aqui?! É uma canseira insuportável! Quase que já não durmo! Preciso
esperar de olho aberto que toda a casa ser recolha e recolher-me ao quarto antes que os mais se
levantem! O resultado é que não descanso; ando tresnoitada; estou enfraquecendo! Já tenho até
uma dor do lado. Quem pode com esta vida?! Ah! você não sente, bem certo! Porque muita vez
o encontro a dormir, e dormindo o deixo quando saio! Mas eu?! Se quero que não aconteça
como outro dia (que nem sei como não deram pela coisa !) o remédio que tenho é ficar alerta e
não deixar que o dia me surpreenda a dormir no seu quarto! Vê você?!
- Mas daí?...perguntou Amâncio, no fundo compenetrado de que "a pobre menina" não
deixava de ter o seu bocadinho de razão.
- Daí...esclareceu Amélia, - é que nessa tal casa de que lhe falei, e que está para se
vender muito em conta, há, além dos cômodos necessários para Loló e Janjão, dois quartos
magníficos, com entradas independentes e comunicáveis entre si por uma pequena alcova. Ora,


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um dos quartos dá para a sala de visitas e o outro para a sala de jantar; no caso de que
arranjássemos o negócio, você ficaria com um e eu ficaria com o outro, e dessa forma
acabavam-se os sustos e as canseiras; porque durante o dia abriam-se as portas do lado de fora e
fecham-se as de dentro, mas à noite praticava-se justamente o contrário, e ficávamos nos em
completa liberdade! Compreende você agora?...
- Sim, Amâncio compreendia e até achava o plano muito bem lembrado, mas a questão é
que não via necessidade d comprar a casa, era bastante alugá-la...
- Sim, sim! mas é que o dono não a aluga, quer vendê-la. E onde ia você encontrar outra
casa nessas condições?...
- Hei de passar por lá...
- Não. Vamos hoje mesmo, à tarde. Loló já prometeu que nos acompanha.
- Pois sim.
E Amâncio puxou Amélia pelo braço, para lhe dar um beijo.
- Deixe-me...rezingou ela, ainda com um restinho do arrufo. Você só cuida de si e das
suas comodidades...Egoísta!
- Não digas isso, meu bem!
- Pois não é assim?! Qual foi a vontade séria que você já me fez? É bastante que eu
mostre gosto numa coisa, para você fazer justamente o contrário...Entretanto, eu, por sua causa,
sacrifiquei tudo que possuía!
E começou a chorar, muito infeliz, a dizer que Amâncio tinha razão! - Ninguém lhe
mandara ser tola! Ela nunca deveria ter-se entregado senão depois do casamento!
E as suas lágrimas enxugavam-se nos lábios dele.
E assim ficaram alguns minutos, até que Amélia, de repente, se lhe tirou dos braços e,
abrindo distancias, declarou de longe, em plena atração de seus encantos, que "não faria
nenhum caso de Amâncio enquanto não possuísse o chalé".
Nessa mesma noite ficou assentado que o rapaz, em nome da amante, compraria a casa
das Laranjeiras.

* * *

Com efeito, umas semana depois, tratava-se da escritura de compra. O negócio correu a
galope, visto que a propriedade era de um pândego sequioso por dinheiro.
Podiam cuidar logo da nova mudança; Amélia, porém, não consentiu em tal, sem que se
realizassem umas tantas benfeitorias que a "sua" casa reclamava; substituir, por exemplo, o papel
da sala de visitas, que era de mau gosto; meter-lhe água, que não havia, e fazer esteirar os
aposentos destinados para si junto com seu homem.
Mas Amâncio não podia distrais tempo com essas coisas: andava muito absorvido pela
idéia dos exames que se aproximavam.
Ultimamente viera-lhe uma febre de formatura, queria a todo o custo "passar "no
primeiro ano. - Também era só do que fazia questão, "passar no primeiro", porque, quanto aos
outros, tinha certeza de se preparar melhor e com mais antecedência. agora, lamentava o tempo
perdido na preguiça e na moléstia; dava ao diabo os seus amores, e vivia numa dobadoura a
arranjar empenhos e cartas de proteção. Agarrou-se ao Campos; agarrou-se àquele Dr. Freitinhas
(do baile do Melo
) que era unha com carne de um dos examinadores. E furou, e virou, e percorreu amigos
e desconhecidos, até se julgar "garantido'" . Então, pagou a Segunda matrícula e entregou-se de
olhos fechados a destino. "Seria o que Deus quisesse!"
Era ,pois, o Coqueiro quem dirigia as obras da casa da irmã. O metódico rapaz sempre
tivera paixão por esse gênero de trabalho.
- Se fosse rico, afirmava ele, - muito prédio havia de fazer, só pelo gfostinho de


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acompanhar as obras!


XVI


C
hegou, finalmente a véspera do amaldiçoado exame.
Que ansiedade! Que de angústias para o pobre Amâncio! que noite, a sua! - Não
descansou um segundo; apenas, já quase ao amanhecer, conseguiu passar pelo sono; antes,
porém, não dormisse, tais eram os pesadelos e bárbaros sonhos que o perseguiam.
Via-se entalado num enorme rosário de vértebras que se enroscava por ele, como uma
cobra de ossos; grandes tíbias dançavam-lhe em derredor, atirando-lhe pancadas nas pernas; as
fórmulas mais difíceis da química e da físicas individualizavam-se para o torturar com a sua
presença; os examinadores surgiam-lhe terríveis, ríspidos, armados de palmatória, todos com
aquela feia catadura do seu ex-professor de português no Maranhão.
Pelo incoerente prisma do sonho, o concurso acadêmico amesquinhava-se às ridículas
proporções do exame de primeiras letras. Era a mesma salinha do mestre-escola, a mesma banca
de paparaúba manchada de tinta, o mesmo fanhoso Sotero dos Reis presidindo a mesa, João
Coqueiro, o Paiva e o Simões, vestidos de menino, fitavam o examinando com um petulante
riso de escárnio. Amâncio sentia corre-lhe o suor por todo o corpo e agulhas invisíveis
penetrarem-no até à medula. O professor, transformado em juiz e ostentando as feições do
falecido Vasconcelos, inquiria-o com asperezas de senhor; mas as suas perguntas, em vez de
concernirem às matérias do ato, só se referiam a Amélia.
- Por que matou você a pobre menina?! Bramia o pai cravando-lhe olhares de fogo: -
Responda, seu canalha! Responda! Ah! Pensa que ainda não sei de que você, para melhor a
seduzir, lhe havia prometido casamento e jurado olhar sempre para ela, seu cachorro?!
O Coqueiro ,lá do canto, sacudia a cabeça afirmativamente e enviava a Amâncio caretas
de vingança. Ao lado deste, o cadáver de Amélia fazia-se todo vermelho com o sangue que lhe
gotejava golpeava de golpejava de um dos seios rasgados de alto a baixo
O réu queria responder, justificar-se, expor a verdade; eram, porém, baldados os seus
esforços: não consegui articular uma palavra; gelatinava-se-lhe a voz. na garganta
,empacando-lhe a fala.
- Bem! Gritou o velho Vasconcelos à meia dúzia de soldados que escoltavam Amâncio. -
Conduzam esse miserável ao cepo e cortem-lhe a cabeça!
O estudante atirou-se de joelhos, com as mãos postas, chorando, suplicando que o não
matassem. mas os soldados apoderaram-se dele com violência e ataram-lhe os braços. O Juiz,
Coqueiro, Simões, o Paiva, sumiram-se de repente, soltando gargalhadas. Amâncio foi
conduzido por um corredor muito escuro e apertado; os soldados, quando o percebiam vacilar,
batiam-lhe no ombro com a coronha das espingardas. Chegou a um pátio lajeado e úmido, onde
milhares de homens armados formavam alas; no centro, sobre um toro de madeira conspurcada
de sangue, reluzia um machado à sua espera; e, de joelhos, abraçado a um crucifixo, um padre
velho, de longos cabelos brancos, engrolava latins
Fizeram silêncio.
No meio das respirações abafadas, só se ouviam os passos trôpegos e o aflitivo
resfolegar do condenado que, à ponta de baioneta, subia os degraus do cadafalso.
Veio o carrasco, despiu-lhe a camisa, tosou-lhe os cabelos, e empunhou o ferro.
Amâncio não se resolvia a entregar o pescoço, mas o velho Vasconcelos, que surgira por
detrás dele, atirou-lhe um murro à nuca e fê-lo cair de bruços contra o cepo.
Então, para lhe abafar os gemidos, romperam todos os soldados num rufo estridente de


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tambores.
Amâncio sentiu o aço frio entrar-lhe na carne do toutiço, espipar o sangue, e o corpo, de
um salto, arrojar-se às lajes.

* * *

Havia saltado, com efeito, mas da cama. E o despertador , que ficara de véspera com
toda a corda para as seis da manhã, continuava o rufo penetrante dos tambores.
O estudante abriu os olhos e passou em sobressalto a mão pela testa; os dedos voltaram
ensopados de suor.
Com a perceptibilidade das coisas foi aos poucos saindo daquele estado de excitação,
mas voltando lentamente à taciturna agonia da véspera.
Vestiu-se quase sem consciência do que fazia; esqueceu-se até de escovar os dentes,
porque, mal voltou a si, correu aos livros, sem aliás, conseguir firmar a atenção sobre coisa
alguma.
E Amâncio tremia todo só com a idéia de sua inabilidade. À medida que as horas se
esgotavam e o momento fatal se lhe antepunha, um langor covarde e mulheril crescia dentro
dele, produzindo-lhe arrepios que principiavam na ponta dos pés e iam-se estendendo pela
espinha dorsal, até lhe interessar a cabeça, depois de percorrer as regiões abdominais.
Mas embaixo, na varanda, em presença de Amélia e Mme. Brizard, fazia-se forte, a
despeito da palidez que lhe alterava as feições. Nem de leve falou nos sonhos dessa noite, e o
Coqueiro, a título de metê-lo em brios, contou várias anedotas de examinandos ridículos.
Os dois tomaram café e por fim saíram. O trajeto de casa à escola foi um martírio para
Amâncio, afigurava-se-lhe, como no sonho, que se dirigia ao patíbulo.
Chegou às dez horas. Alguns companheiros de ato já lá estacionavam em magotes de
quatro e cinco pelos corredores ou à porta da secretaria; fumavam-se cigarros consecutivos,
discreteavam-se os assuntos da ocasião. Amâncio cumprimentou os conhecidos, parando aqui
e ali falando sobre os pontos do exame; - qual preferia que saísse, em qual se presumia menos
fraco e capaz de fazer figura.
Agora, sim, estava mais animado; a presença dos colegas o robustecia com um vago
espírito de coletividade. Sentia-se maios forte e resoluto ao lado dos companheiros de perigo,
como se a vitória dependesse do número de combatentes.
Entretanto, faziam-se horas. Os examinadores estavam já reunidos na sala de exames,
em torno da sua mesa forrada de pano verde. Amâncio lobrigava-os pela frincha da porta
entreaberta e ouvia-lhes o murmurar descuidoso da conversa, intercaladas de risotas e baforadas
de charuto
À vista daqueles homens resfriaram-lhe de novo as mãos e voltaram-lhe os calafrios do
terror, algum resto de confiança, que ainda teria em si, evaporou-se de todo.
E, para não sucumbir, procurava acreditar na eficácia dos empenhos que arranjara; seu
espírito, como o náufrago que braceja nas agonias da morte, já não escolhia os pontos a que se
agarrava; tudo ser ia naqueles apuros, tudo era pretexto de esperança; mas a consciência da
verdadeira situação vinha meter-se-lhe de permeio, arrancando, uma por uma, todas as tábuas
de salvação.
E Amâncio arquejava, desorientado, perdido.
- Que diabo viera fazer ali?! Para que se apresentara? por que não se guardou para o ano
seguinte ou, quando menos para março? Antes não tivesse pago a Segunda matrícula! Oh! se o
arrependimento salvasse!...
E, `proporção que se avizinhava o momento supremo, mais e mais imprudente lhe parecia
a sua temeridade.
- Naquela ocasião, pensava ele, - bem podia estar na província, à testa dos seus


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negócios, ao lado de sua querida mãe, passeando, rindo, gozando, como nos outros
tempos!...Era rico, era já tão estimado antes da academia, para que então sofrer semelhantes
torturas, passar por aqueles maus quartos de hora, que ali estava curtindo?...
E vinham-lhe venetas de fugir, abandonar tudo aquilo, sem dar satisfações a ninguém,
correr à casa do Campos, encher-se de dinheiro e arribar para a Europa, para o inferno!
Contanto que se livrasse da obrigação de expor uma ciência que não tinha, escrever idéias de
que não dispunha!
Mas o bedel havia surgido e principiava a "chamada", e, a cada nome, recitado
pausadamente, o seu olhar mórbido, de funcionário público no cumprimento de um velho dever
enfadonho, consultava a multidão de estudantes, que em sussurros se apinhava pelo
esvazamento das portas, empurrando-se uns aos outros, impacientes, curiosos, o pescoço
espichado, a boca aberta, o calcanhar suspenso.
- Amâncio da Silva Bastos e Vasconcelos, disse aquele arrastando a voz.
Amâncio sentiu uma pontada no coração e tartamudeou:
- Presente.
Os companheiros, que lhe ficavam por diante, arredaram-se logo, dando-lhe passagem, e
ele foi ocupar uma das banquinhas que havia na sala.
A chamada ainda durou algum tempo, porque Amâncio era dos primeiros; afinal, o bedel
mastigou o último nome; fecho-se a porta da sala; e um silêncio formalista espalhou-se entre a
turma dos estudantes e o grupo dos examinadores.
O presidente da mesa tomou a lista dos examinandos, arranjou os óculos, tossicou e,
com um bocejo, chamou pelo que estava em primeiro lugar.
Um rapazote louro, de buço, ergueu-se e foi ter com ele. O presidente, com um segundo
bocejo e um gesto de cabeça, ordenou-lhe que tomasse um dos pontos da urna.
Amâncio ofegava. - Ia decretar-se o ponto!
- Qual seria?... E se, por caiporismo, fosse justamente um dos mais crus?
E o sangue trepava-lhe à cabeças, pondo-lhe latejos nas fontes.
O rapazote louro meteu enfim a mão na urna e tirou com a ponta dos dedos trêmulos
uma pequena torcida de papel, que passou ao presidente
Este desenrolou-a e leu: "Hidrogênio".
Amâncio respirou: o ponto não podia ser melhor para ele do que era! Talvez fosse até
entre todos o menos mal sabido; ainda essa manhã lhe passara uma vista de olhos. Contudo,
uma vez imposto o Hidrogênio, quis lhe parecer vagamente que havia outros pontos preferíveis..
Estava mais tranqüilo, que era o principal; já quase nada lhe tremia a mão ao receber das
do bedel uma folhas de papel almaço, rubricada pelos lentes, das que ia aquele distribuindo
por todas banquinhas dos examinandos.
- Ali, naqueles miseráveis dois vinténs der papel, tinha ele de determinar o seu futuro, a
sua posição na sociedade, talvez a própria vida de sua mãe, dizendo o que sabia a respeito do tal
Hidrogênio!...
Experimentou a pena, endireitou-se na cadeira, e escreveu, caprichando na letra e
procurando obter estilo.
A areia da ampulheta esgotava-se defronte da calva e dos bocejos do senhor
presidente. Correu meia hora; Amâncio ergueu-se afinal, entregou a sua prova e saiu das sala, a
esfregar, muito preocupado, os dedos das mão direita contra a palma da esquerda.
À porta, mal acendera sofregamente o cigarro, contava já aos seus amigos o que havia
exposto pouco mais ou menos. - Ah! com certeza pilhava uma - nota boa! - Não era por querer
falar, mas a sua prova saíra limpa. "Assim não fosse o ponto tão ingrato!..."
E ficaria a prosar sobre o caso, se o Coqueiro, aguilhoado pela ausência do almoço, não o
arrancasse dali.



[Linha 6200 de 8244 - Parte 4 de 5]


* * *

A nota foi boa, efetivamente.
Soube-o Amâncio no dia seguinte, logo que correu à secretaria. Não contava, porém
ficar tranqüilo, senão depois do resultado de sua provas oral.
Novos sobressaltos foram se agravando durante os dias que era preciso esperar.
Votavam-lhe as aflições; no fim de algum tempo já não podia comer, não podia ligar duas idéias
sobre qualquer coisa e não conseguia repousar duas horas seguidas. Ficou ainda mais
desnorteado que da primeira vez.
Amelinha, então, o estimulava com as suas garrulices e pomba que já fez ninho. Puxava
por ele, tentando arrancá-lo daquele estado, mas não conseguia lhe despertar um só dos antigos
momentos de bom humor, nem lhe merecer uma de suas primitivas caricias
O rapaz andava tonto, cheio de pressentimentos e de sustos. Tornou-se até supersticioso.
- Não podia ver entrar no quarto uma borboleta de cor mais escura; não podia suportar o grunhir
dos cães, nem queria que a amante prognosticasse "um bom resultado nos exames"
- É melhor não falar!...dizia ele, muito esmalmado.

Mas que prazer o seu ao voltar pronto da escola! Jamais tivera um contentamento tão
agudo. Ria sem motivo, sentia ímpetos de abraçar a toda gente, pulava, cantava, parecia doido..
Soubera do resultado no mesmo dia da prova oral, por intermédio de um dos
professores. - Saíra aprovado plenamente.
Vencera!
Colegas o acompanharam até a casa. Lá ia o Paiva, sempre com o seu olhinho irrequieto
e mexeriqueiro, o seu todo enfrenesiado e farto "desta porcaria de mundo". Lá ia o triste
Salustiano Simões, encasmurrado no seu ar incrédulo e bamba, a mascar o cigarro, a aba do
chapéu encostada à gola sebosa do fraque
Abriram-se garrafas de champanha; fizeram-se brindes. João Coqueiro desmanchava-se
em sorrisos, como se partilhasse diretamente de todas aquelas manifestações.
Foi muito elogiado o exame de Amâncio, tocaram-se os copos, entre fervorosas palavras
de animação; falou-se em "filhos diletos da ciência", em "liberdade". Em "geração nova", em
"mineiros do progresso".
Todavia, Amâncio, em ar feliz e pretensioso, confessava o pouco que estudara e
gabava-se de sua fortuna. - Podia dar a palavra de honra em como mal havia tocado nos livros
durante o ano. - O Coqueiro e a família estavam ali, que dissessem!...
E basofiava a respeito de sua presença de espírito particularizando circunstâncias
comprobativas de uma sagacidade a toda prova.
- Cá o menino não se aperta! Dizia ele, muito satisfeito consigo.
Expediu-se um telegrama para o Maranhão, dando noticia do grande "acontecimento".
O Simões e o Paiva ficaram para jantar. Já estavam todos à mesa, quando apareceu o copeiro
com uma carta que um portuguesito acabava de trazer.
Era do Campos. O bom negociante queria festejar o êxito feliz do - jovem acadêmico -
com "uma pequena reunião familiar. Pena era que o Dr. Amâncio estivesse de luto".
"Não há festa", explanava a carta, "apenas se reúnem alguns amigos para lhe beber à
saúde; e o doutor bem pode trazer em sua companhia mais alguns".
Amâncio declarou logo que não dispensava o Simões e o Paiva Rocha e exigiu que o
Coqueiro levasse consigo a família.
Pois iriam, iriam todos, até o César. Mas o festejado teve de franquear o seu
guarda-roupa àqueles dois colegas que não queriam apresentar-se mal amanhados em uma casa,
onde entravam pela primeira vez.
O Coqueiro, em particular, exprobrou-lhe essa franqueza:


[Linha 6250 de 8244 - Parte 4 de 5]


- Foge da boêmia!... disse-lhe, no seu diapasão de homem sério. - Foge da boêmia,
rapaz! Esses tipos não merecem que se lhes faça a menor coisa!... metem os pés - sempre! Já os
conheço; não seria eu quem os convidara para a casa de ninguém! É gentinha que só está
habituada a cafés e botequins, não respeitam família! Para eles as mulheres são todas iguais!...
Amâncio sorriu.
- Ora Deus queira que não tenhamos de nos arrepender!... acrescentou o outro.- E,
àquela roupa, podes rezar-lhe por alma... o ali cai, fica!
O provinciano afastou-se sem responder e lamentando interiormente que, logo nessa
tarde, não estivesse em casa o eloqüente Dr. Tavares, que seria uma excelente perna dos brindes
da sobremesa.
Mandaram-se vir dois carros. Num iria o Coqueiro mais a família e no outro Amâncio
com os dois amigos.
Partiram às oito horas, alegremente, num alvoroço gárrulo de festa. Mme Brizard dera
toda força à sua elegância: atirou-se ao decote, pôs a pedraria ainda do tempo do primeiro
marido, e exibiu aquele rico pescoço, "que ela não trocava pelo de ninguém"!
Amelinha estreou um belo vestido de escumilha azul que lhe dera o amante. No seu colo,
cor de camélia fanada, assentavam muito bem as pérolas e os rubis; seus braços, levemente
dourados de penugem, sabiam, no meio da confusão caprichosa das rendas valencianas, fazer
tilintar com graça os braceletes que se enroscavam nas compridas e transparentes luvas de retrós.
A cunhada, ao vê-la sair do quarto, dissera:
- Não parece uma brasileira!... Tão linda está!

* * *

Foram recebidos com transportes de júbilo por toda a família do negociante. Campos
entregou a casa ao festejado, "que a este competia, naquela noite, obsequiar às pessoas
presentes; fazer as honras da copa e da mesa; promover quadrilhas e prender as moças até pela
manhã. Era o dono da festa, que se arranjasse!"
Amâncio tomou posse do cargo, sem caber em si de contente. Muito o sensibilizava tudo
aquilo que, de qualquer modo, lhe pudesse afagar o amor-próprio.
E em suas mãos a festa tomou um caráter assustador: o pianista não tinha tempo para
fumar um cigarro; os convidados eram constrangidos a beber nos intervalos da dança e a dançar
nos intervalos das libações. Paiva Rocha e o Salustiano, a despeito de todas as suas garantias de
filósofos, intransigentes e péssimos dançadores, tiveram de entrar, por mais de uma vez, nas
intermináveis contradanças.
Ao inverso do que pressagiara o Coqueiro a respeito destes dois, tanto um como o
outro se houveram admiravelmente. Ninguém melhor que eles para respeitar senhoras; um
espesso acanhamento os encascava e tolhia, que nem a concha ao molusco. Salustiano,
principalmente, estava mais tenro e inofensivo que uma criança; na quadrilha, mal ousava erguer
os olhos para sua dama e, querendo ser muito delicado, apenas lograva, com os exageros da
cortesia, trair a sua nenhuma freqüência nas salas.
Para os intimidar bastava as cerimoniosa presença de senhoras de boa sociedade.
Aqueles dois pândegos, tão céticos em teoria a respeito da mulher, ali, governados pelo meio,
eram os homens mais tolerantes deste mundo; seriam capazes de defender a existência de
Deus ou do diabo, se elas o entendessem. Fato é que o dono da casa gostou deles em extremo e
pediu-lhes que aparecessem aos domingos, uma vez por outra, para jantar.
A festa correu sempre animada até as três horas da manhã, quando Amâncio convidou
as senhoras a tomar lugar na mesa. Ao desrolhar do champanha, ergueu-se este resolutamente e
exigiu que o acompanhassem num brinde.
Abstiveram-se da bulha, e o estudante grupou em torno do nome inteiro do Campos


[Linha 6300 de 8244 - Parte 4 de 5]


todo o velho arsenal de retórica aplicável à situação. Em substância nada afirmou, mas a sua
palavra sonora e cheia; as frases gorgolhavam-lhe dos lábios com essa verbosidade oca e
retumbante que se observa nos filhos do Norte do Brasil, e que, aliás, tem valido a muitos
posição eminente na política. Aquela voz, estalada e aberta, ferindo as vogais, tinha um sabor
muito picante de ironia, vibrava no ar como uma flecha selvagem e feria os tímpanos como um
insulto inverso.
As damas interessaram-se pelo discurso e alguns homens o ouviram sem pestanejar. E
todos eram de acordo que Amâncio estava talhado para o Direito e que havia de fazer "uma
brilhante figura", quer na advocacia, quer na política, se por acaso abraçasse uma dessas
carreiras.
- É rapaz de talento!... diziam já as senhoras cochichando.
- A mim comoveu tanto o demônio do moço, que chorei!... segredou uma quarentona
de chinó, que passava entre os conhecidos por mulher de maus bofes.
E principiaram a olhar com uma certa submissão para o esperançoso Amâncio.
E, com efeito o seu tipo nervoso e moreno de nortista, o seu modo sem-cerimônia de
abrir muito a boca, mostrando num gesto de pasmo a dentadura, o desembaraço de sua
gesticulação, sempre que entornava para dentro um pouco mais de vinho, e principalmente o
metal daquela voz enfática e encrespada pelo tal sotaque da província; tudo isso, sem dúvida
alguma agradava depois de uma boa ceia, quando cada um não exige de ninguém senão que lhe
deixem tomar me paz o seu café e lhe permita acender o seu charuto.
O caso é que Amâncio se converteu numa espécie de presidente da mesa. Era a ele que
se dirigiam os que propunham novos brindes; era para ele que mais se voltavam durante o
discurso, e, tal e qual no jantar de seu pai por ocasião do célebre exame de primeiras letras,
ainda era ele o alvo das melhores felicitações; com a diferença de que, neste agora, em vez de
consultar de instante a instante o famoso relógio alcançado naquele dia, o que Amâncio
consultava eram os olhos de Hortênsia, nele igualmente presos mas por uma cadeia doutra
espécie.
E, ainda como na primeira festa, o estudante abusou um pouco dos licores; mas, agora,
em vez de pegar no sono, deu-lhe a bebedeira para abrir às francas com a dona da casa, logo que
a pilhou sozinha no terraço, ao fundo do segundo andar.
Hortênsia não se indignou com isso, mas também não se mostrou satisfeita; não repeliu
com energia as palavras do sedutor, mas não se pode dizer que as acolhesse de boa cara; não lhe
deu enfim, os beijos que ele pedia, mas por outro lado não retirou a mão que o rapaz agarrara
entre as suas.
- Eu te adoro, meu amor, minha vida! dizia-lhe o velhaco, cheirando-lhe os grossos
braços revestidos de filó. - Não to disse há mais tempo por falta de coragem, juro-te, porém, que
é verdade! Amo-te, minha Hortênsia, amo-te com todo o entusiasmo, com toda a paixão de que
sou capaz!
Ela o ouvia em silêncio, a pensar, os olhos ferrados a um ponto, o ar todo caído e
acabrunhado como por uma espécie de desgosto; não se mexia, apenas, quando Amâncio
teimava muito em querer beijá-la, desviava o corpo, sem voltar a cabeça.
- Mas, então?...perguntou ele.
- Então, o quê?...fez a outra como interrompendo um longo pensamento.
- Não aceita o meu amor?..
- Não, decerto, não posso aceitar semelhante coisa!
- Por que, minha santa?...
- Não tenho esse direito; conheço os meus deveres e a minha responsabilidade .O mais
que lhe posso dar é uma afeição de irmã, de amiga, uma afeição sagrada e pura !
Amâncio declarou que pensava desse modo justamente, mas agora queria um beijo, um
só! O primeiro e último! - nada mais sagrado e puro do que um beijo!...


[Linha 6350 de 8244 - Parte 4 de 5]


- Nunca! Disse ela, fugindo com o rosto.
Ele a tomou à força e a senhora ficou ressentida, chegou a ter um gesto de impaciência e
teria fugido, se o estudante não a segurasse pela cintura.
- Solte-me!
- Perdoa, perdoa, meu amor! Segredava ele, quase ajoelhado .- Bem quisera ser para
contigo o mais respeitoso dos homens, mas não me pude dominar...Perdoa!
- E jura que , de hoje em diante, não cairá noutra?...
- Juro! Juro! Mas não te revoltes contra mim!
- E que nunca mais me faltará ao respeito?...
Amâncio fez um gesto afirmativo, em o qual seus olhos , agora mais estrábicos sob a
influência do vinho e do desejo, luziam suplicantes, como os olhos de um cão que tem fome.
- Pois bem, murmurou ela, meio compadecida. - vá lá por esta vez! Está perdoado, mas
fique prevenido de que, se repetir a graça não, respondo pelas conseqüências
Amâncio ia fazer novos protestos , quando sentiu que alguém se aproximava;
ergueram-se ambos, instintivamente, e ,fugindo ao rumor, seguiram de braço dado para a sala.
Tocava-se uma valsa. Ele , sem consultar Hortênsia, enlaçou-lhe a cintura, e puseram-se
os dois a rodar, a rodar, tão certos e tão leves, que prendiam a atenção de quantos lá s achavam.
E o Coqueiro, encostado à ombreiras de uma porta, acompanhava-os com um sorriso de
felicidade, no qual havia alguma coisa de orgulho de pai que se revê num filho prodigioso.
Mas o querido estudante, para o fim da festa, já não pareci o mesmo: as bebidas e o
cansaço davam-lhe um ar grosseiro e desalinhado; já se lhe não via o colarinho, nem os punhos;
a roupa empastava-se-lhe com o suor e a cabeleira desguedelhava-se sobre a testa. E vinham-lhe
então pilhérias de mau gosto; tratava Amelinha quase licenciosamente e regamboleava as pernas
e os braços no meio da quadrilha, como se estivesse num baile público. Já não dava excelência a
ninguém e queria, por força ,que o Simões e o Paiva, depois da festa, o acompanhassem a um
passeio ao alto da Tijuca.
- Que diabo! Rosnava ele, cuspilhando para os lados. - Ou bem que a gente se mete na
pândega ou bem que se não mete!
Só se retiraram ao despontar da aurora. César, que adormecera desde as onze horas da
noite, ficou para passar o dia com a família do Campos. Amâncio pôs um carro à disposição do
Paiva e do Simões e seguiu no outro com as duas senhoras e o Coqueiro.
Este toscanejava durante a viagem, ao lado da mulher que se sumia na abundância de
uma formidável capa de lã; enquanto que Amâncio, a charutar derreado para um canto da
carruagem, adormecia com a mão direita esquecida entre as de Amélia


XVII

R

ecebeu no dia seguinte uma carta de Ângela; era a segunda que ela escrevia ao filho
depois da morte do marido.
Já na primeira lhe suplicava que a fosse ver, logo ao entrar das férias, pois agora estava
muito só e acabrunhada de desgostos; além disso, os seus padecimentos se agravavam.
Amâncio que se não demorasse; a infeliz tinha para si que a presença do filho substituiria com
vantagem todos os remédios da botica.
Na segunda carta ainda se mostrava mais impaciente e mais aflita pelo rapaz. Falava até
no receio de morrer sem abraçá-lo, caso Amâncio não se apressasse a ir em seu socorro.- A
presença dele tornava-se precisa , mesmo com referências aos interesses do inventário; por
quanto D. Angela começava a desconfiar do Silveira, que não fazia outra coisa senão lhe pedir


[Linha 6400 de 8244 - Parte 4 de 5]


dinheiro e mais dinheiro para as tais custas. - Enfim, por todos os motivos, era urgente que
Amâncio desse, quanto antes, um pulo ao Maranhão.
Amelinha, que já não ficara muito tranqüila com a primeira carta, assustou-se deveras
quando o amante lhe mostrou a segunda .
- Eu não consinto nesta viagem! Disse-lhe terminantemente.
- Mas não vês que se trata de um caso urgente, que se trata de defender meus interesses,
que se trata de salvar a vida de minha mãe?...Ou queres tu que eu a mate, hein?...
- Amélia não tinha nada quer ver com isso!...A sua questão resumia-se no seguinte:
"Dera-se a um homem, porque o amava e porque se supunha amada por ele; esse homem a
possuiu como bem quis, gozou-a como muito bem entendeu, e, um belo dia, talvez por já estar
farto, resolvia meter-lhe os pés e pôr-se ao fresco!..." Boas! Não havia de ser com ela! Amâncio
que não caísse em semelhante asneira, porque então veria o bom e o bonito! Quem o afiançava
era "a Amelinha dos camarões"!
- Mas , filha, que queres tu que eu faça?...Bem vês que esta viagem ao Norte é
inevitável!
- Pois então vamos juntos...Casa-te primeiro comigo!
A idéia foi tão intempestiva que o estudante respondeu com uma gargalhada. Mas o
demônio da rapariga, tornando às boas de repente, saltou-lhe ao pescoço e disse-lhe, entre
beijos:
- E por que não ?...Por que não te casa logo comigo, meu amor?...
- Porque era impossível!...explicava ele. "Casar não é casaca" Era muito cedo para cuidar
nisso!...Primeiro tinha de formar-se, praticar algum tempo em Paris, e depois então...sim senhor,
não dizia o contrário e havia de ser o mais empenhado em que a coisa se realizasse! Mas por
ora..."Deus nos acuda!" era até loucura pensar em semelhante história!...
Amélia fez-se logo de mau humor; vieram os remoques e o s reviretes do costume,
houve palavras duras de parte a parte e, afinal, como estabelecido imposto de reconciliação,
ficou assentado que Amâncio arranjaria mobília nova para o chalezinho das Laranjeiras.
E o rapaz lá foi comprar os trastes.
Dois dias depois, realizava-se a terceira mudança. O Dr. Tavares, o último hóspede da
famigerada Mme. Brizard, pagou a sua última conta e recebeu da francesa um abraço de
despedida.
- Ah! suspirou elas. - Até que enfim se podia descansar um pouco! Já não era sem
tempo!
O chalezinho de Amélia ficou muito catita; parecia um ninho de noivos. Estava a pedir
lua-de-mel!
A cachorra da pequena tinha gosto. Exigiu tapetes, espelhos, cortinas de chita indiana
para a sala de jantar, cortinas de renda para a salas d visitas; quis moldura dourada nos quadros,
estatuetas pelas paredes; não dispensou nos aparadores e nos consolos jarras de porcelana das
mais à moda; jardineiras aqui e ali, vasos caprichosos com begônias e tinhorões sobre a mesa de
jantar; cestinhas artísticas, com para sitas, para dependurar nas janelas; e ainda fez substituir na
cozinha, nos arranjos da comida e no arranjo dos quartos, tudo aquilo que lhe parecia em
condições de reformas.
E só com essas coisas e só com a satisfação de tanta exigência é que Amâncio conseguia
paliar as revoltas da amante. O desgraçado já não tinha ânimo de contrariá-la, porque bem
conhecia o preço das rezingas e, sem achar meio de reagir, via claramente que as reconciliações
se tornavam mais caras de dia para dia.

* * *

Entretanto, depois da mudança, o amor dos dois tomou um caráter mais digno e


[Linha 6450 de 8244 - Parte 4 de 5]


decente. Já não era necessário que a rapariga andasse à noite em ponta de pés pela casa,
tateando a escuridão para ir ter com o seu homem. agora dormiam à vontade, com as portas bem
fechadas por dentro.
E só se despregavam do lado um do outro, quando tinham que abandonar o quarto.
Então, cada um se servia da porta competente: Amélia tomava a da varanda e Amâncio a da
sala de visitas!
Não podiam desejar melhor!
Melhor, bem certo para o descanso do corpo e repouso do espírito; não, porém, para
garantia do amor, essa estranha função psicológica que só alimenta asa suas raízes nos
sobressaltos e no perigo. Tamanha segurança e tamanha liberdade de ação deviam fatalmente
levantar a pontas do tédio, cujo novelo existe, mais ou menos escondido, no fundo de todas as
coisas.
Não vinha longe a saciedade; Amâncio já lhe ouvia o bocejar. Iam-se-lhe pouco a pouco
amornecendo os primitivos arrebatamentos do desejo; os dois tinham-se já frouxamente, sem
lumes de entusiasmo, sem os esforçadores auxílios da imaginação. Assuntos práticos, positivos,
agora se lhes intercalavam nas carícias, puxando-os grosseiramente à calma realidade da vida.
Amelinha já lhe não surgia no quarto com aquele trêfego ruçar-se de pomba assustada, o
que lhe enchia as feições e os movimentos de uma graça tão maliciosa e provocadora; agora se
apresentava com um ar muito tranqüilo, de casada, a arrastar os chinelos, o roupão desabotoado
e solto, num farto abandono de alcova.
Despia-se defronte de Amâncio, coçando negligentemente as partes do corpo que
estiveram comprimidas durante o dia, como a cinta, o lugar das ligas e dos canos das botinas.
Despenteava-se ali mesmo, alado da cama do rapaz, sacudindo o cabelo com ambas as mãos,
num movimento de braços erguidos que lhe mostrava a grenha das axilas; ele, também, parecia
não dar por isso, eras todo do livro que lia à luz de uma vela pousada no criado-mudo.
E os assuntos de suas conversas materializavam-se completamente. Já só discutiam
interesses práticos, arranjos de vida e conveniências domésticas: "Era preciso arranjar um
jardineiro, que viesse uma vez por semana cuidar das plantas e limpar os tanques. - Era preciso
chamar o homem do gás para consertar tal candeeiro que não dava boa luz. - Era conveniente
alugar uma criada que soubesse lavar; porque a ladra da lavadeira trocava as camisas e encardia
a roupa, que fazia lástima!"
E, à vezes, na intimidade dessas conversas, criticavam os atos de Mme. Brizard e do
Coqueiro; censuravam-lhes umas tantas coisas, como, por exemplo: a negligência destes para
com o César. "O pequeno ia por um tal caminho, que, se não abrissem os olhos, havia de
amargar mais tarde! - Que diabo custava ao Janjão arranjá-lo aí em qualquer casa de comércio
ou, pelo menos, fazê-lo aprender um ofício?...Em casa mesmo já lhe podiam ter metido nas
unhas a carta do ABC e já lhe podiam ter ensinado alguma coisa...Mas Loló não se queria
incomodar! E senão, vissem o que se passava a respeito de Nini; outra fosse a boa da mãe, que
as pobre rapariga não levaria semanas e semanas lá na casa de saúde, sem ter uma pessoa que
olhasse por ela."
Eram sempre deste teor os motivos de sua conversa. Amélia, não obstante, fazia-se
muito ligada aos menores interesses do amigo: queria saber o que ele gastava por fora, com
quem estivera; reprovava-lhe certas relações, certas companhias "que não punham ninguém pra
diante", e aconselhava-o a que se não descuidasse de outras que lhe podiam ainda vir a servir;
pregava-lhe sermões a respeito de economias. "O mundo estava cheio de espertos: ele que
desconfiasse de todos; cada um só procurava chamar a brasa para a sua sardinha!" Queria estar
a par de como iam os negócios do amante na província. "Se o dinheiro ficara em boas mãos; se
não havia risco de uma quebra ou de alguma ladroeira". E muito egoísta, muito mulher, muito
agarrada ao que lhe pertencia, desde Amâncio até ao pó de suas gavetas, fazia justamente como
fazem os sócios comerciais que parecendo tratar dos interesses abstratos de uma firma, estão


[Linha 6500 de 8244 - Parte 4 de 5]


mas é tratando dos próprios interesses.
Outras vezes boquejavam sobre os conhecidos, sobre as pessoas de amizade. Uma noite,
em que , durante o serão da varanda, se conversou muito a respeito de Hortênsia, Amélia, já no
quarto, em fralda, com um joelho dobrado em cima da cama, enquanto tirava grampos da
cabeça e os arremessava para o velador, disse, como se continuasse um pensamento:
- Ela, fim de contas, não passa de uma mulher como as outras!...Loló e Janjão. É que,
quando gostam de uma pessoa tiram tudo dos outros para enfeitá-la!
- Quem? D. Maria Hortênsia? Perguntou Amâncio, procurando num livro o lugar em que
na véspera deixara a leitura. E, depois de um movimento afirmativo da rapariga:
- Não, o Coqueiro tem razão - a mulher do Campos é uma excelente senhora. Muito
honesta!
- Ora! É uma mulher como as outras...sustentou Amélia, galgando a cama por cima do
amante, para se aninhar ao lado da parede.
- Como as outras, como? Em que sentido?
- Não é lá essas purezas que a querem fazer! Não é nenhuma santa!
- Estás enganada, filha! A Hortênsia é uma mulher muito séria!...
- Quando não se ri...
- Pelo menos até aqui, que me conste, ninguém ainda se animou a dizer nada de sua
conduta!
Amélia, então, possuída de um rancor instintivo de classe, de uma surda antipatia de
mulher suspeita por mulher honesta, desencadeou os seus argumentos e as suas razões. Trouxe a
lume conversas inteiras, que bispara na tal noite do exame. "Amâncio via caras e não via
corações!...Aquele - meu bem pra cá, meu bem pra lá, - que todos notavam entre o Campos e a
mulher, era só dos dentes para fora! No íntimo, Hortênsia detestava o marido! Achava-o muito
bom homem, é verdade, muito generoso, não podia se queixar de que lhe faltasse nada, - boa
mesa, boa casa, criados pra servir, teatros, bailes, seu bom carro, seu vestido de preço, - sim
senhor! Mas só ! Quanto a carinhos - nicles! A respeito de certos confortos de que uma mulher
precisas, - era uma miséria! Às vezes, passavam-se meses e meses sem que o marido a
procurasse! O pobre homem andava lá com os seus negócios, coitado! E a doida, em lugar de
conformar-se com a sorte, punha a boca no mundo e eram queixas e mais queixas pra frente!
Que ela, Amélia, não soubera de tudo isso, por parte deste ou daquele - escutara com seus
próprios ouvidos!"
- Pois bem, ainda me ajudas!...volveu Amâncio, tomando extremo interesse pela
conversa, - ainda me ajudas, porque, se é como dizes, o bom comportamento de D. Hortênsia
torna-se muito mais digno de admiração!...
- Sim!...Retrucou a rapariga ironicamente. - Também acho bom, mas moro longe! - De
um, quando mais não seja, sei eu, por quem o tal "anjo de pureza" seria capaz de dar uma perna
ao diabo! E olha que, se ainda não a deu, foi porque ainda não teve ocasião para isso! Vontade
não lhe falta! Ele que se apresentasse e veríamos!
Amâncio quis logo saber quem era o sujeito.
- Um tipo! Não o conheces.
- Mas como se chama?
Amélia, depois de alguma hesitação, confessou. - Era o Sousa Antunes...Aí tinha!
- Que Antunes? Interrogou Amâncio, já mordido.
- O Antunes, homem! Aquele sujeito da Câmara. Alto, de cavanhaque, aquele de castor
branco, que uma vez encontramos nas regatas, em Botafogo.
- Ah!...Já sei, já sei...
E Amâncio procurou disfarçar a sua contrariedade, fingindo que se abismava na leitura.
E parecia muito preso à página, enquanto aliás o seu pensamento buscava descobrir no tipo de
Sousa Antunes os atrativos que cativaram a mulher do Campos. - Impossível! O tal Antunes era


[Linha 6550 de 8244 - Parte 4 de 5]


um viúvo talvez de quarenta anos, pai de filhos, e vulgar, sem talento de espécie alguma,
vivendo de um ordenado oficial de secretaria, nem tendo, ao menos, qualidades físicas que
inspirassem paixão a qualquer mulher, quanto mais àquela! aquela que não pôs dúvida em lhe
atirar com uma recusa pelas ventas!...
- Não! Isso deve ser história!...considerou ele em voz alta.
- Qual história, o quê! Retorquiu logo Amélia. - É louca por ele! Quando o avista, fica
tonta! Eu vi! ( e arregalou um dos olhos com o dedo. ) Ainda outro dia, no São Pedro- que
escândalo! Não lhe tirava o binóculo de cima! O que a cegou, sei eu...
- Mas como viste tu a saber disto?...
- Ora! Loló é toda das Fonsecas, que estão agora de cama e mesa com a Hortênsia!...
- Fonsecas?...
- Aquelas moças esquisitas, aquelas que foram à soirée!... Lembras-te?...Ó homem! as
Fonsecas...as de Catumbi!...
A Amâncio pouco lhe importavam as Fonsecas, o quer ele desejava eram mais algumas
informações a respeito do escândalo. Não podia suportar a idéia de que Hortênsia, a mesma
Hortênsia que lhe repelira os beijos, tivesse um fraco pelo Antunes, o Antunes do cavanhaque! -
Que horror!

* * *

E, depois dessa conversa, principiou a freqüentar a casa do Campos com mais
assiduidade. Aparecia regularmente duas vezes por semana e quase sempre se demorava até as
horas do chá.
- Mas Hortênsia - qual! Não atava, nem desatava. Era sempre a mesma criatura
incompreensível; sempre aquela mesma ambigüidade, a mesma dúvida, o mesmo querer e não
querer! Hoje - Um sorriso de esperanças; amanhã - uma frieza esmagadora; depois - ora muito
coloridos de ternura, ora lulados de orgulho; tão depressa altiva e sobranceira, como suplicante e
humilde; tão depressa risonha como triste, generosa como sovina, dando com uma das mãos
para tomar logo com a outra.
O rapaz impacientava-se: - Fossem lá compreender semelhante mulher! Um dia - toda
condescendência, toda interesse por ele, no outro - gestos desabridos, ameaças, palavras duras .
- Sebo! - Já passava a debique! No fim de contas não valia a pena!
Mas o ladrão da mulher tinha uns olhos tão doces, uns decentes tão brancos, uma pele
tão viçosa!..."Não senhor! Era preciso acabar com aquilo! Ele estava fazendo um papel
ridículo!..."
E deliberava não pensar mais na mulher do Campos. "Que diabo! Se se queria
divertir, comprasse um boneco de engonços!..." Quando , porém , dava por si no dia imediato,
já os passos o tinham conduzido para a casa do negociante.
Entraria, mas lá dentro havia de ser forte, inabalável! E trepava pelas escadas,
imaginando o improvisar um namoro com a Carlotinha, estudando os assuntos de que teria de
usar na conversa, calculando os efeitos que a sua afetada indiferença devia produzir no espírito
da caprichosa. Bastava, porém, um sorriso de Hortênsia,, uma palavra mais terna, um gesto mais
amoroso, para o fazer ficar caído, desarmado, seguro como nunca.
- Era o diabo!
Voltava para casa furioso, atirando com as portas, respondendo de má vontade às
perguntas que lhe dirigiam.
Amélia o estranhava, sem dar contudo, a perceber coisa alguma. Apenas lhe perguntava,



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sábado, 15 de abril de 2017

Casa de Pensão - Parte 3 de 5 - Aluísio Azevedo


Casa de Pensão - Parte 3 de 5 - Aluísio Azevedo



- Ah! volveu este. - Refiro-me ao que avançou anteontem o nosso ilustre companheiro, e indicou Amâncio com um gesto, _que avançou a respeito da vantagem que um novo
casamento traria, sem dúvida ,à senhora sua filha.



- Ah! fez Mme. Brizard já não me lembrava disso. O Sr....
- Lambertosa, minha senhora, Lambertosa...
O Sr. Lambertosa é então de opinião que o casamento convém às enfermidades
nervosas?...
O gentleman concentrou a fisionomia, limpou o bigode ao guardanapo, ergueu uma faca,
e principiou a emitir o seu judicioso e meditado parecer.
Surgiram logo as contendas. Lúcia marcou a página do livro de capa roxa e olhou muito
séria para os outros, pronta a dar a sua réplica. Mme. Brizard, enquanto os mais discutiam,
tamborilava com os dedos sobre a mesa, afitar um queijo de Minas, com um gesto profundo e
repassado de filosofismo. O Pereira comia consecutivos pedaços de pão, sem abrir os olhos, e
Amâncio procurava uma evasiva para se escafeder.
Afinal, o Coqueiro, que havia já formado um grupo à parte com o Dr. Tavares, quis
fechar a discussão; mas o advogado ergueu-se de súbito, segurou as costas da cadeira, arregalou
os olhos, e desencadeou a sua eloqüência .
Em pouco, só ele falava, esquecido, como de costume, do lugar e da situação.
Imaginava-se já num tribunal, em pleno exercício de suas funções.
Pintou floreadamente o lamentável estado de Nini. Qualificou-a de "vítima inocente dos
impenetráveis caprichos de Deus"; descreveu a dolorosa expressão do semblante da "'infeliz
moça"; disse que os olhos dela falavam a misteriosa linguagem do amor, e, quando se dispunha
a dar afinal a sua esperada opinião sobre o casamento, a pobre enferma, muito vendida com o
que vociferava o tagarela a seu respeito, abriu a soluçar estrepitosamente.
A francesa ergueu-se, de mau humor, para pedir ao Dr. Tavares que se deixasse
daquilo, "por amor de Deus!" Doutro lado o Coqueiro também lhe suplicava que se calasse.
Mas o demônio do homem já se não podia conter. As palavras borbotavam-lhe da
língua, como o sangue de uma facada. Fez imagens poéticas sobre o casamento , citou nomes
históricos, e jurou, à fé de suas convicções,, "que aquela desventurada criatura precisava de um
esposo, mais do que as flores carecem do orvalho, mais do que as aves carecem do ar; mais do
que os cérebros carecem de luz!"
E, erguendo as mãos trêmulas, recuou dos passos e foi dar de encontro ao copeiro que,
por detrás dele, embasbacado, o escutava atentamente, com a bandeja do café nos braços, à
espera de uma ocasião para apresentar as xícaras.
Mme. Brizard assustou-se , o gentleman deu um salto para não sujar as calças; rolou ao
chão uma garrafa, e César, o menino sublime, vendo que os mais velhos faziam tanta bulha,
também se pôs a berrar.
Coqueiro gritava que se acomodassem por piedade.
- Aquilo não tinha jeito! Parecia haver ali uma súcia de doidos! Oh!
A mucama acudiu da cozinha, e Amélia, com um lenço amarrado na cabeça, apareceu na
porta de seu quarto, muito intrigada com o motim. Só o Pereira continuava, inalteravelmente, a
comer pedaços de pão; é verdade que abriu os olhos duas vezes. Mas tornou logo a fechá-los e,
segundo todas as probabilidades, adormeceu.
Amâncio tratou de aproveitar a confusão para fugir da varanda.
- Que espécie de gente tão esquisita!... dizia ele em caminho do quarto. - Nada! Aqui
ainda estou pior do que na casa do Campos!
Antes de chegar ao gabinete, percebeu que alguém o seguia com dificuldade. A sala de
visitas estava já totalmente às escuras. Voltou-se, e, sem ter tempo de dizer palavra, sentiu cair
sobre ele um corpo gordo e mole.
Era Nini.
Amâncio, surpreso e contrariado, quis arredá-la, mas a histérica passou-lhe os braços


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em volta do pescoço e desatou a chorar, com o rosto escondido no seu colo.
- Hein?! Disse Amâncio. - Que história é esta?!
Mas lembrou-se logo das recomendações de Mme. Brizard: "qualquer contrariedade
poderia provocar à infeliz rapariga uma crise perigosa!"
- Ora esta!... pensou ele aborrecido.- Ora esta!...
e procurou afastar Nini, brandamente. E, como a teimosa não quisesse obedecer e
continuasse a chorar, ele disse-lhe palavras amigas, pediu-lhe, quase com ternura, que voltasse à
varanda; lembrou que não era prudente ficarem ali, sozinhos e no escuro. - Podiam ser
surpreendidos! Esta idéias o aterrava mais pelo ridículo do que pela responsabilidade daquela
situação.
Nini, entretanto, parecia não ouvir coisa alguma e continuava a abraça-lo freneticamente,
com ímpetos nervosos.
Amâncio perdeu de todo a paciência e arrancou-se violentamente dos braços dela.
- Deixe-me! Gritou, e correu para o quarto.
Nini acompanhou-o chorando, e conseguiu agarrá-lo de novo, pelo paletó.
Estava muito nervosa e dispunha agora de uma força extraordinária.
- Isto não será um inferno?!... exclamou o rapaz, puxando a roupa das mãos de Nini. E,
vendo que ela não o largava: - Solte-me, com a breca! Ora essa! Que diabo quer a senhora de
mim?! Solte-me! Arre!
A enferma não fez caso e apertou-lhe os pulsos; seus dedos pareciam tenazes. Amâncio
debatia-se brutalmente, ouvindo-a bufar, muito agoniada, e sentindo-lhe de vez em quando o
suor do pescoço e do rosto.
Na sala de jantar serenara a discussão; só a voz do Tavares ainda se destacava. De
repente puseram-se todos a chamar por Nini.
- Olhe, disse-lhe Amâncio. - Lá dentro a estão chamando! Vá! Vá!
Ela, nem assim.
- Ora pílulas! Resmungou o estudante, desprendendo-se com um empurrão. E
ganhou o quarto, puxando a porta sobre si.
Ouviu-se então o baque surdo do corpo pesado de Nini, que foi por terra; em seguida
gritos muito agudos.
Correram todos par a sala de visitas; acenderam-se os candeeiros. Nini escabujava no
chão, a gritar, esfrangalhando as roupas e mordendo os punhos.
Coqueiro e Mme. Brizard apoderaram-se logo da infeliz. Amâncio apareceu com o seu
frasquinho de vinagre; o Lambertosa receitou uma dose homeopática e correu ao quarto em
busca da botica (a homeopatia era uma de suas paixões); Lúcia voltou para a varanda. "Que a
desculpassem, mas não podia assistir, a sangue-frio, cenas daquela ordem... Não estava mais em
suas mãos!"

* * *


O Pereira já se havia levantado da mesa e ressonava na costumada preguiçosa.
Lúcia, ao passar por ele, atirou-lhe um olhar de tédio e disse consigo:
- Olha que estafermo!...
ela às vezes tomava-lhe grande nojo, não o podia ver com aquele ar mole, de mulher
grávida, com aquelas pálpebras descaídas, a comerem-lhe os olhos, com aquele sorriso
apalermado, aquela voz derramada pelos cantos da boca , que nem um caldo frio e seboso.
De quando em quando sofria de insônias, e, justamente nessas ocasiões, nas horas
compridas da noite em claro, é que mais detestava o Pereira. Punha-se a contemplá-lo
longamente, com asco, fartando-se de olhar para aquele "pamonha", aquele "coisa inútil", que


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ali, ao seu lado, dormia todo encolhido, com as mãos entre as coxas. Vinham-lhe frenesis de
enchê-lo de pescoções. Já lhe não podia suportar o cheiro doentio do corpo; não lhe podia
sentir a umidade pegajosa do suor e a morna fedentina do hálito.
A sua ligação àquele mono era uma história muito triste e muito sensaborona. Poucos,
bem poucos a sabiam, porque Lúcia se esforçava quanto lhe era possível por escondê-la, como
quem esconde uma chaga vergonhosa.
Ela "a mísera senhora", vinha, entretanto, de gente honesta e bem conceituada, se bem
que muito pouco escrupulosa em pontos de educação. deram-lhe professores de francês, de
música, de desenho; entregaram-lhe enfiadas de romances banais e livros de maus versos; e,
todavia, não lhe deram moral, nem trataram de lhe formar o caráter. A desgraçada percorreu
bailes desde pequena; ouviu o primeiro galanteio aos dez anos de idade; teve a primeira paixão
aos doze; aos quinze julgava-se desiludida e sonhava com o túmulo; aos vinte, como é natural,
sucumbiu ao palavreado de um primo em segundo grau e bacharel pelo Pedro II.
O primo, assim que a viu pejada, azulou para o Rio Grande do Sul, onde tinha a
família, e nunca mais lhe deu sinal de si.
Foi então que surgiu em Lúcia a idéias de utilizar-se do Pereira. Entre as pessoas que
freqüentavam a casa de seus pais, era ele o único aproveitável para casamento. Nesse tempo
vivia o dorminhoco às sopas de um tio suspeito de riqueza aferrolhada, e de quem mais tarde,
diziam, havia de herdar o dinheiro. Lúcia meteu as mãos à obra, mas, por pouco que não
desanimou; Pereira não dava de si coisa alguma, parecia não compreender as provocações. Era
quase impossível tirar algum partido daquele animalejo! Ela, porém, não se quis dar como
vencida, e lutou.
Lutou, empregando os meios mais ardilosos, para injetar nos nervos daquele sonâmbulo
uma faísca magnética de amor. Trabalho inútil! Afinal, vendo que o pedaço de asno era
incapaz de qualquer ação ou reação, tomou ela a parte agressiva; e a coisa resolveu-se no mesmo
instante.
Depois, como não havia tempo a perder e porque já conhecia bem a pachorra do seu
homem, foi pessoalmente ao encontro dele, meteu-se-lhe em casa e protestou que faria um
escândalo dos diabos, se o "sedutor" não tratasse, quanto antes, de tomar uma resolução muito
séria a respeito de casamento.
Pereira não tratou de tomar coisa alguma desta vida e nem se abalou com a presença
de Lúcia. Aceitou-a, como aceitaria outra qualquer imposição, porque ele era dos tais que, às
maçadas da cura, preferem os incômodos da moléstia. Só no fim de quatro dias de lua-de-mel,
como Lúcia insistisse nas suas idéias matrimoniais, o pachorrento declarou, com toda a calma,
que lhe não podia fazer a vontade nesse ponto, em virtude de que, desde os dezoito anos, o
haviam casado com uma velha, um fúria, que o Pereira não sabia, nem queria saber, por onde
andava.
Lúcia perdeu os sentidos; esteve à morte. Os pais, envergonhados com o procedimento
indigno da filha, tinham-se ido refugiar na cidade de Campos. Foi o tio do Pereira, o tal das
riquezas aferrolhadas, que a salvou; era um velho ainda bem forte e muito mais esperto que o
sobrinho. Deu -lhe casa, comida, roupa e dinheiro.
Uma irmã dele, senhora de inveterado amor a crianças, solteirona, de quarenta a
cinqüenta anos e que, com o olho no testamento, desejava a todo o transe ser agradável ao
mano, encarregou-se do filho do bacharel.
Correram quatro anos. Lúcia não viu mais a família, apenas visitava o filho, de quando
em quando.
O Pereira continuava às sopas do tio, indiferentemente, como se tudo aquilo não lhe
dissesse respeito. Acordava, quer dizer. Levantava-se às dez horas, tomava no quarto o seu
banho morno, depois um copo de leite fervido, almoçava às onze, fazia as digestão estendido
no sofá da sala; às duas horas dormia, depois passeava pela chácara à espera do jantar, cujo


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quilo era de rigor ser feito a sono solto em uma rede que ele tinha no quarto.
À noite, quando conseguia levantar-se, jogava o gamão com o tio. Cochilavam ambos,
até que se servia o chá , e cada um se retirava para a cama.
- A noite fez-se para dormir! Sentenciava um deles.
- E o dia para se descansar, resmungava o outro espreguiçando-se.
E recolhiam-se.
O velho morreu de repente; uma congestão que lhe sobreveio ao encontrar Lúcia no
fundo do jardim às voltas com um estudante da vizinhança.
- Bom! Dissera Lúcia, alijada afinal daquela obrigação que já lhe ia pesando demais. E
fariscou o testamento. Mas o velhaco apenas deixava algumas dívidas à praça e dois terrenos
hipotecados ao Banco Predial. A coisa única que ela aproveitou foi Cora, mulatinha de criação,
cuja matrícula e cuja escritura de compra estavam em seu nome.
Era preciso, pois, deixar a casa; os credores reclamavam tudo que pudesse dar
dinheiro. Pereira sacudia os ombros; dir-se-ia que não houvera a menor alteração na sua vida.
Continuava a dormir tranqüilamente, como se as sopas do tio ainda o fossem procurar às horas
da refeição.
Lúcia compreendeu que não devia contar com ele, e tratou em pessoa em cômodo para
os dois, num hotel de arrabalde,. Sentia-se resoluta e forte; era ela agora o cabeça do casal; tinha
belos projetos de trabalho: daria lições de piano, de desenho e de francês, até que aparecesse um
homem para substituir o estafermo do Pereira.
O homem, porém, não aparecia, como não apareciam os discípulos.
Principiou então para eles um viver perfeitamente de boêmios. Sem trates, nem dinheiro,
nem futuro, nem relações constituídas, andavam aquelas duas almas perdidas e mais a Cora, que
andava a senhora, a percorrer as casa de pensão: sempre sobressaltados, sempre perseguidos
pelos credores que iam deixando atrás de si.
Em cada lugar se demoravam o maior tempo que podiam, dois, três, quando muito
quatro meses; até que lhe suspendiam o crédito e dos dois levantavam novamente o vôo,
deixando a dívida em aberto e o dono da casa lívido, colérico, sem saber ao menos que direção
tomavam os vagabundos.
Nesse peregrinar, Lúcia teve uma contrariedade mais profunda - achou-se grávida de
novo. Cora deu-lhe conselho, trouxe-lhe remédios para fazer abortar; nada, entretanto, produziu
efeito. O demônio da criança parecia disputar o seu quinhão de vida com uma persistência
desesperadora.
Nasceu afinal, no quarto de um português na Fábrica de Chitas, entre os cuidados
mercenários do locandeiro e o obséquio de alguns amigos, que Lúcia fora conquistando com as
simpatias de seu talento musical,.
O diabinho pouco durou, felizmente. Desapareceu uns trinta dias depois de ter vindo
ao mundo. Morreu mesmo na rua, quando os pais, dentro de um carro de aluguel, fugiam aflitos
da Fábrica de Chitas para uma casa de pensão na Rua do Catete.
Cora encarregou-se de atirá-lo ao mar. Ninguém viu. Seriam duas horas da madrugada e
as brisas marinhas pulverizavam no ar um chuvisco miúdo, de fevereiro.
O menino fora muito franzino e muito mole; saíra ao pai, o Pereira. Durante o seu
pobre mês de vida só abriu os olhos uma vez, ao expirar.
A casa de pensão era a Sexta que Lúcia percorria com o suposto marido.
Apresentavam-se sempre como casados; ele muito tranqüilo de sua vida, feliz; ela inquieta,
sôfrega pelo tal sujeito, que com tanto empenho procurava.
Quando constou a Lúcia que Amâncio era rico e atoleimado, uma nova esperança
radiou-lhe no coração.
- É agora!... disse.
E preparou-se para o combate.


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* * *


Foi por isso que o estudante recebeu , no dia seguinte ao baile do Melo, aquele
ramilhete, tão falsamente atribuído a Hortênsia., e porque, uma semana depois, outro ramo,
bastante parecido com o primeiro, se achava às onze horas da noite no do rapaz, sobre a
cômoda.
- Olé!, disse ele.
E, satisfeito com a intriga, principiou a fazer conjeturas.
- De quem viriam aquelas flores!...Ah! exclamou, descobrindo um bilhetinho,
escondido entre duas rosas.
E leu:
"Não saibam nunca espíritos indiferentes, nem mesmo tu, adorado fantasista, quem te
envia essas pobres flores. Não o procures descobrir; deixa que o meu segredo viceje e cresça na
tepidez do mistério, 'semelhança das plantas melancólicas que reverdecem nas sombras
ignoradas dos rochedos. Eu te amo!"
- Seria de Amélia, seria de Lúcia, ou seria de Hortênsia? De Nini é que não poderia
ser, porque a desgraçada, com certeza, não sabia escrever coisas daquela ordem!
Não dormiu essa noite; as palavras do ramilhete voejavam-lhe dentro da cabeça, como
um bando de mariposas.
- De quem seria?...De Amélia não, não era de supor; pois que a bonita menina, longe de
o provocar, fugia sempre que ele tentava se abrir com ela em questões de amor; de Hortênsia
também não, não era natural que fosse, porque, em tal caso, Mme. Brizard, ou qualquer outra
pessoa de casa, teria visto o portador. Além disso, a mulher do Campos não seria capaz daquilo;
estava caidinha - é certo! Mas não levaria a leviandade ao ponto de lhe escrever e enviar
semelhante declaração. O que , porém, não sofria dúvida é que os ramos tinham a mesma
procedência.
E Lúcia?...É verdade! E Lúcia? Com certeza não era de outra! Sim! Tudo estava a dizer
que o tal bilhetinho saíra de suas mãos!...aquelas frases poéticas, aquele mistério, aquela
franqueza de confessar o seu amor em duas palavras...Não tinha que ver! Era da mulher do
Pereira!
E um palpite brutal, inadiável, substituiu logo a calma simpatia que lhe inspirara Lúcia.
Desde que se capacitou de que eram dela os ramilhetes, desejou-a com urgência; queria
que ela surgisse ali, naquele mesmo instante, na silenciosa escuridão daquele quarto.
E voltava-se de um para outro lado da cama, sem conseguir pegar no sono.
Esperar até o dia seguinte o momento de estar com ela afigurava-se-lhe um sacrifício
enorme, quase invencível. Como podia lá descansar, dormir, com semelhante preocupação a
remexer-se-lhe por dentro, como um feto doido que lhe mordesse as entranhas?
Definitivamente não conseguia adormecer. Levantou-se, acendeu um cigarro, abriu a
janela, e pôs-se a olhar para a lua que estava boa essa noite. Vieram-lhe logo as conjeturas sobre
o como seria a situação, no caso que Lúcia aparecesse ali, naquele instante "Que
sucederia?...Que fariam eles?..."
Duas horas bateram na sala de jantar.
- Diabo! Resmungou Amâncio, sentindo arrepios por todo o corpo. - Desta forma perco
a noite inteira, e amanhã estou impossibilitado de ir à academia!...
A idéia do estudo apresentava-se-lhe sempre com um sabor muito amargo de sacrifício.
Lembrou-se, todavia, de aproveitar a insônia para correr uma vista de olhos pela lição; acendeu
a vela, corajosamente, assentou-se à mesinha que havia no quarto e abriu um compêndio. Mas


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não conseguia prestar atenção à leitura; percorreu distraído duas ou três páginas e ficou a olhar a
chama trêmula da vela, cada vez mais abstrato e mais febril.
Sentiu vontade de beber.- Se não estava enganado - a garrafa de conhaque ficara sobre
o aparador, na varanda.
Ergueu-se, enfiou o sobretudo e saiu da alcova.
O sangue não lhe queria ficar quieto. A continuar daquele modo, o remédio que tinha era
pôr-se ao fresco e vagar pelas ruas, até encontrar sossego.
O conhaque não estava no aparador. Amâncio, contrariado, desceu à chácara, e foi
assentar-se a um banco de pedra. - Naquele momento comeria alguma coisa, se houvesse,
pensou ele, resolvido a organizar no dia seguinte um bufete no seu próprio quarto.
A lua escondia-se agora entre nuvens; as árvores rumorejavam; tudo parecia concentrado
e adormecido.
Debaixo viam-se as janelas dos quatro cômodos do segundo andar, que davam para a
chácara. Lá estava o n.° 8, o 9 o 10 e o 11. Começou a pensar nos hóspedes daqueles quartos: o
11 era do tal Correia o médico que só aparecia ali de quando em quando, "para fazer uns
trabalhos que os filhos não lhe permitiam em casa da família"; o 10 era do gentleman - Bom
maçante! Amâncio lembrou-se de que lhe prometera acompanhá-lo uma qualquer noite ao
Passeio Público. - Havia de ir, disseram-lhe que às vezes se encontravam aí bem boas coisas!...
O 9 é que ele não se lembrava a quem pertencia...Ah! era do tal Melinho, " a pérola",
como o qualificava João Coqueiro constantemente.
E o 8 de Lúcia! da misteriosa Lúcia!
Ela estava ali!... fazendo o quê?...pensando nele talvez...talvez dormindo...talvez até
nem dela fossem o bilhetinho amoroso e os dois ramilhetes!...Quem sabia lá!...
E esta dúvida o apoquentava.
- Ora adeus! disse. - A ocasião havia de chegar!...
Veio-lhe, porém uma tentação aguda de subir ao n.° 8
_Que mal podia vir daí?...O marido com certeza estava dormindo!...Que poderia
acontecer?...
Levantou-se resolvido; mas as vidraças do quarto do tal médico, que só aparecia de
quando em quando, acabavam de se iluminar.
- Olá !... considerou Amâncio, detendo-se. Ë o n. °11!
Por detrás dos vidros havia cortinas de cassa; nada se podia ver para dentro, apenas
duas sombras difusas projetavam-se na cambraia, ora aumentando, ora diminuindo. Amâncio
deixou-se ficar onde estava , mordido já de curiosidade.
Daí a uns dez minutos, pela escadinha do fundo, desciam cautelosamente, um sujeito
alto, todo de escuro, e mais uma mulher gorda, de enorme chapéu, cujas abas lhe caíam sobre os
olhos, ensombrando-lhe o rosto.
Vinha um atrás do outro, porque a escada era estreita. Atravessaram a chácara, falando
em voz baixa, e entraram no corredor.
Amâncio acompanhou-os, de longe, e tripetrepe.
A porta da rua estava aberta, como de costume; um carro esperava pelos dois lá fora; o
cocheiro dormia na boléia. O sujeito do n.° 11 deu a mão à mulher das grandes abas, ajudou-a a
entrar na carruagem e, seguida, entrou também. O cocheiro fechou sobre eles a portinhola, sem
lhes dar palavra, depois saltou para o se posto e tocou os animais.
- E que tal?...interrogou Amâncio de si para si, quando os viu partir.
Lembrou-se então do que lhe dissera o velhaco do Coqueiro por ocasião de mostrar-lhe
a casa: "Quanto a certas visitas...isso tem paciência... lá fora o que quiseres, mas, daquela porta
para dentro..."
- Hipócritas! pluralizou o estudante.
E encaminhou-se para o segundo andar.


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* * *


Subiu pela escadinha do fundo, não a do médico, mas pela outra do lado oposto; porque
havia duas.
O primeiro andar continuava em completo silêncio; no segundo apenas se ouvia, de
espaço a espaço, um tossir seco e agoniado, que vinha naturalmente do n.° 7 onde morava o tal
moço doente. O pobre-diabo piorava à falta absoluta de meios.
Amâncio entrou às apalpadelas no corredor que dividia os oito quartos. O luar filtrava-se
a custo pelas venezianas e pelas vidraças da janela e sarapintava o chão de pequeninos pontos
brancos.
O n. ° 5, onde residia o Paula Mendes com a mulher, era o único que tinha luz; uma forte
claridade rebentava por cima da porta fechada e ia projetar-se na parede do n.°10 que lhe ficava
fronteiro. Mas ainda assim o corredor estava bem escuro.
Amâncio parou defronte do n.° 8 .- Era ali!
Encostou o ouvido à fechadura; nem sinal de vida - Lúcia com certeza dormia
profundamente.
- Dormia! Pensou o estudante. - Dormia , sem preocupações nem cuidados; ao passo
que ele, por não encontrar descanso, errava pelos corredores desertos, como uma alma penada!.
- Para que então se lembrara aquela mulher de ir mexer com ele?!... Se a sua intenção era
dormir, para que o foi provocar? Para que lhe foi bulir com o sangue? Oh! Aquele silêncio do
n.° 8 o irritava! Aquela indiferença afigurava-se-lhe uma afronta ao seu amor-próprio, um
atentado contra o seu orgulho
E, quanto mais se convencia da impossibilidade de falar essa noite a Lúcia, mais e mais
osd seus sentidos se assanhavam! Afinal, já não fazia grande questão de ser com ela própria;
aceitaria qualquer outra que o arrancasse daquela ansiedade em que se via entalado, como se
estivesse dentro de uma armadura em brasa.
- Que inferno! Dizia ele consigo, rangendo os dentes.- Que inferno!
E, sem ânimo de ir embora, permanecia encostado à porta do n.° 8, deixando -se comer
aos bocadinhos pela febre do seu desejo; ao passo que o corpo inteiro arfava com o resfolegar
aflitivo dos pulmões.
- Todavia, pensou ele - quantas mulheres não o desejariam Ter junto de si naquele
momento?...Donzelas até, quantas, naquele instante, não se estorceriam no leito e não
morderiam os travesseiros, desvairadas pela isolação?
E saborosas lembranças de amores extintos, que o tempo e a ausência tornavam, mais
perfeitos e mais desejáveis, acudiam-lhe simultaneamente ao espírito, para lhe aumentar as
torturas da carne. As suas amantes do passado eram agora ainda mais atraentes e formosas; em
todas elas não havia um lábio sem sorriso, um olhar sem fogo; era tudo opulento de graças e de
meiguices, era tudo encantador e completo
Pôs-se a arranhar devagarinho a porta, dizendo quase em segredo o nome de Lúcia.
Nada, porém respondia; o mesmo silêncio compacto enchia as trevas do corredor.
Seu desejo, estimulado e tonto, evocava então todos os meios de saciar-se; descobria
hipóteses absurdas, inventava possibilidades que não existiam. Amâncio chegou a pensar em
Amélia, em Mme. Brizard, na mucama, e até, que horror! Em Nini!.
- Ai , meu Deus, gemeu nesse instante o doente do n. ° 7.
O estudante deixou a porta de Lúcia e segui em ponta de pés pelo corredor. Ao passar
defronte do quarto do Paula Mendes, suspendeu o passo; a luz continuava com a mesma
intensidade; o curioso não resistiu a uma tentação e espiou pela fechadura.


[Linha 3650 de 8244 - Parte 3 de 5]


O pobre homem trabalhava, vergado sobre ma mesinha estreita e todas coberta de papéis
de música. Ao lado, pelas cadeiras e sobre um sofá de couro negro encostado a um biombo
havia folhas esparsas e cadernetas empilhadas.
Recebera nessa tarde a encomenda de organizar uma sinfonia, que tinha de ser
executada daí a quatro dias em uma festa fora da cidade. O Imperador prometeu que iria.
Mendes estava ainda organizando as partes cavadas. Ouviam-se o ranger da pena no
papel grosso de Holanda, o tique-taque de um despertador de metal branco, pousado sobre a
cômoda, e o grosso ressonar da mulher, que dormia por detrás do biombo. O rabequista parecia
menos triste naquela ocasião do que nas outras em que o vira Amâncio.
- É porque a mulher está dormindo, calculou este, lembrando-se do mal gênio de
Catarina. E considerou sobre a existência ordinária que levariam ali, encurraladas no mesmo
cubículo, aquelas criaturas tão opostas.
O Mendes, sem desprender a pena do papel, começou a solfejar em voz baixa o que
escrevia; mas, como lá dentro cessaram os roncos da mulher e esta remexeu na cama,
resmungando, ele incontinenti calou a boca e prosseguiu em silêncio no seu trabalho
- Ainda estás com isto?! Perguntou ela, afinal, depois de uma pausa.
O marido respondeu afirmativamente.
- Pois, homem, vê se acabas com essa porcaria! Bem sabes que, enquanto houver luz no
quarto, não posso pregar olho!
E, fazendo ranger as tábuas da cama, virou-se de um lado para outro; acrescentando com
a sua voz de homem:
- Deixa isso! Anda! E apaga o diabo dessa luz!
- Não , filha, respondeu o artista brandamente. - É preciso que este serviço fique pronto
amanhã...
E, depois de um muxoxo da mulher:
- Sabes o quanto precisamos deste dinheiro...A diretora do colégio ainda ontem
protestou que despediria a pequena, se seu não lhe arranjasse alguma coisas por conta do que
devemos; o Joãozinho, coitado, há quase dois meses pediu-me que lhe levasse um sobretudo,
porque lá no trapiche onde ele agora está trabalhando, faz pela manhã um frio de rachar; Mme
Brizard, você não ignora, tem-nos apoquentado e...
- Ë isto! interrompeu a mulher. - Ë sempre a mesma cantiga!- De tudo você se lembra,
menos do que eu preciso!
- Ah! se me lembro , filha! Mas é que nem sempre a gente pode fazer o que
deseja...Descansa, porém, que as coisa hão de endireitar e tu possuirás de novo o teu piano de
cauda! Tem um pouco de paciência...
- Já me tardava essa música! Já me tardava a "paciência"! A paciência inventou-se para
consolar os tolos! Farte-se você com ela! De conselhos estou cheia, meu amigo! Quero obras e
não palavras!
Mendes não respondeu e continuou a trabalhar meneando a cabeça resignadamente.
Catarina remexeu-se com mais agitação e rangidos da cama e, daí a pouco levantou-se de um
salto, gritando:
- Arre, com os diabos! Que nem se pode dormir!
- Olha os vizinhos, filha!...arriscou o marido. - Lembra-te de que são três horas da
madrugada...
- Os vizinhos que se fomentem! Berrou ela, embrulhando-se na colcha e fazendo tremer
o soalho com seus passos de granadeiro. - Não como em casa deles, não preciso deles para
nada!
E, depois de ir beber um copo d'água ao fundo do quarto:
- Tinha graça! Que eu, além de tudo, não pudesse falar à minha vontade! Melhor seria,
nesse caso, que me amarrassem uma bala aos pés e mandassem, atirar comigo ao mar!


[Linha 3700 de 8244 - Parte 3 de 5]


- Estás de mau humor, filha! Vê se descansas.
- Não é de espantar, levando a vida que eu levo! Sempre numas porcarias de quartos! Se
se precisa de qualquer coisa, é um "ai Jesus" Nunca há dinheiro! O almoço é aquilo que se
sabe; o jantar pior um pouco! Se fico doente, se tenho uma debilidade, não há quem me traga
um caldo! não há quem me dê um remédio! Arrenego de tal vidas, diabo!
- Ö Catarina!...disse o Mendes ressentindo-se - Pois eu não estou aqui?...Algum dia já
me afastei de teu lado, ao te sentires incomodada?
- E antes se afastasse, creia! Porque já me custa a suportá-lo quando estou de saúde,
quanto mais doente! Casca! - atirar-me em roto uns miseráveis serviços que qualquer um
faria!...Pois não os faça!, que até é favor! Passo muito melhor sem eles!
- Está bom, senhora, está bom! Não precisa se arreliar! Veja se descansa, que eu agora
tenho que fazer!
- Descansada queria você me ver, mas era no Caju, por uma vez, seu malvado! Pensa que
encontraria o demônio de alguma tola que caísse na asneira em que eu caí de se amarrar a um
homem de sua laia? Um pingas! Que anda sempre com a sela na barriga!
E, avançando para o marido de olhos arregalados e um punho no ar:
- Mas, podes perder as esperanças, que eu não morro antes de ti, Mané Bocó! Primeiro
hás de ir tu, entendeste?! - Ah! Supunhas que eu levaria a roer uma vida de chifre e depois
rebentava pra aí, enquanto ficavas por cá a te lamberes de contente! - Um sebo! Hei de ir, sim,
mas depois de te haver feito amargar também um bocado, meu burro velho!
- Ó mulher! cala essa boca do diabo! Gritou, afinal, o Mendes, arrojando a pena e
empurrando os papéis que tinha defronte de si. - Arre! Ë muito! Arre!
O moço do n.° 7 expectorou com mais força e pôs-se a gemer.
Ora, com um milhão de demônios! Gritou o guarda-livros, morava no n.° 6 - Não é
possível sossegar neste inferno! Quando não é a tosse e o gemido da direita, é a rezinga e a
briga da esquerda! Apre! Antes morar num hospital de doidos!
Mendes levantou-se ,segurando a cabeça com uma das mãos, e começou a passear
agitado pelo quarto .
Catarina continuava a serrazinar, atirando com os pés o que topava no meio das casa. O
marido parou de súbito, sacudiu a cabeça, depois foi-se chegando para a mulher e correu-lhe a
mão pela espádua nua e lustrosa, timidamente, como se afagasse anca de uma égua bravia
- Então, filha?...disse com ternura.- Vai deitar, vai!...Estamos aqui a incomodar os
outros... Anda, vai!
- Os incomodados são os que se mudam! gritou ela.
- E é o que vou tratar de fazer amanhã mesmo! Berrou o guarda-livros. - Estou farto!
Quem trabalha durante o dia, precisa da noite para descansar! Arre!
- Não faça caso, senhor!...Disse o Mendes, e encaminhou-se para a porta.
Amâncio, assim que o sentiu aproximar-se, fugiu pé ante pé, com ligeireza.
Nesse momento, o Campelo, o tal esquisitão do n.° 4, que até aí não dera sinal de si,
levantou-se tranqüilamente, tomou o seu clarinete, e começou por acinte, a tirar do instrumento
as notas mais estranhas e atormentadoras que se podem imaginar. O guarda -livros
respondeu-lhe batendo com a bengala nas paredes de tabique e berrando, como um doido, o Zé
Pereira.
- Ai, meu Deus!, ai, meu Deus!, continuava a gemer arrastadamente o pobre sujeito do
n.° 7.
Já pelas escadas, Amâncio ouviu as vozes do gentleman , do Melinho e de Lúcia, que
acordaram espantados, e em gritos reclamavam contra semelhante abuso.
No andar de baixo, o Piloto, o Dr. Tavares, o Fontes, e a mulher, abriam as portas dos
competentes quartos, para indagar que diabo queria aquilo dizer. Só o dorminhoco do Pereira
não se deu por achado.


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Amâncio já estava enter os lençóis, quando o Coqueiro percorreu toda a casa, de
robe-de-chambre e um castiçal na mão.

XI

O guarda-livros, no dia seguinte pela manhã, declarou a Mme. Brizard que se retirava da
casa de pensão.
- Oh! Disse. - Não estava disposto a suportar por mais tempo aquele zungu! Os seus
vizinhos eram uma gente impossível! - Não se passava uma noite em que não houvesse
chinfrinada!...Não! definitivamente não podia ficar! De mais - O tísico do n.° 7 não lhe dava
um momento de descanso com o diabo de uma tosse, que parecia aumentar todos os dias!
Nada! Antes tomar um quarto no inferno!
Mme. Brizard e o marido procuravam dissuadi-lo de tal resolução. Não lhes convinha
perder um hóspede tão bom.
O guarda-livros, com efeito, era muito pontual nos pagamentos e não incomodava
pessoa alguma, porque só queria o quarto para dormir; verdade é que não fazia o gasto da
comida, mas em compensação estava sempre a encomendar ceiatas e jantares que deixavam bem
bom lucro.
A Ter por conseguinte, de sair alguém, antes fosse o tal rabequista, o tal Paula Mendes,
que, sobre possuir uma mulher insuportável, achava-se já atrasado nas suas contas, e os donos
da casa não viam muito certo o recebimento.
Catarina, assim que soube de semelhantes considerações, desceu em três pulos ao
primeiro andar e, atravessando-se defronte do Coqueiro, com as mãos nas ilhargas, gritou-lhe,
refilando as presas:
- Repita você o que teve o atrevimento de dizer a meu respeito e a respeito de meu
marido! Repita aí, se for capaz, que lhe mostro já para quanto presto, seu cara de fome!
João Coqueiro, muito pálido e com o lábio superior a tremer, exclamou que "sua casa não
era Praia do Peixe"; que ele não estava habituado "àqueles banzés"! Quem quisesse dar
escândalos que fosse lá para o meio da rua, que se fosse entender com as regateiras!
- Regateiras e regateiros são vocês, corja de gatunos! Replicou a outra.
Mme. Brizard, que por essa ocasião, ainda no quarto, enfiava as botinas, acudiu logo, um
pé calçado e outro não, e, com tal fúria avançou contra a mulher do Paula Mendes, que Amélia,
o Coqueiro e Nini não a puderam conter
As duas atracaram-se.
Os hóspedes, que estavam em casa, acudiram todos igualmente. Houve bordoada,
gritos, palavrões. Nini teve um ataque de nervos.
O ilustre Lambertosa teve vários empurrões e caiu contra uma cesta de ovos, que o
copeiro acabava de pousar no chão, para socorrer as senhoras
E, no meio de toda esta desordem, destacava-se a voz sibilante do advogado Tavares.
- Calma, senhores! Calma! Bradava ele. - Calma por quem sois! Esquecei-vos de que a
única arma do homem civilizado deve ser a palavra, escrita ou falada, a idéia, enfim?!
Esquecei-vos de que cada um de vós possui um cérebro, onde reside uma partícula da sabedoria
divina, e que só com esse cabedal podeis cruzar as vossa opiniões, sem que seja necessário vos
agatanhardes como animais selvagens ferozes?!...Virgílio, meus senhores, o imortal Virgílio, o
verdadeiro fundador da eloqüência, diz muito acertadamente na sua Eneida, Livro IV, com
referência à desditosa Dido - Pendet que iteram narrantis ab ore ! Se podemos, pois,
convencer com palavras, para que havemos de recorrer aos murros?!.
E , loco do costumado . entusiasmo, dava punhadas frenéticas na mesa e perguntava em
torno com os olhos enviesados e as cordoveias intumescidas:
- E o que dizia Salomão?! E o que dizia Salomão, na sua inquebrantável sabedoria?!


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Salomão, meus senhores...
Mas o orador foi interrompido violentamente pelo Coqueiro, que desejava saber se ele
podia dispensar o seu quarto ao guarda -livros e mudar-se para o n.° 6 do segundo andar.
Haviam combinado essa mudança enquanto o tagarela discursava.
- Salomão! Sr. Dr. Coqueiro, Salomão foi um prodígio!
- Pois bem, já sabemos disso, e agora o que nos convém saber é se V. S.a cede ou não
cede o seu quarto...
Mas não foi necessário tal assentimento, porque Amâncio, depois de um sinal de Lúcia,
declarou que cederia o seu gabinete por qualquer um dos quartos do segundo andar.
Coqueiro espantou-se. - Querer trocar o gabinete por um quarto do segundo
andar!...Ora, seu Amâncio!
- Faz-me conta, respondeu secamente o provinciano. E, chegando-se para o locandeiro,
acrescentou-lhe ao ouvido: - Logo mais te direi a razão por que...
Ficou resolvido que o guarda -livros passaria a ocupar o gabinete de Amâncio; este iria
para o n.° 6, e o Paula Mendes e mais mulher deixariam de comer à mesa de Mme. Brizard,
continuando, porém no n.° 5, até que liquidassem as suas contas.

* * *


Na tarde desse mesmo dia, como fizesse bom tempo, as senhoras combinaram em tomar
o café na chácara. Mme. Brizard, Amelinha, Lúcia e Nini, mal acabaram de jantar, desceram ao
terraço. Coqueiro e Amâncio já iriam também para o cavaco. - Tinham primeiro que dar dois
dedos de conversa.
Os dois rapazes meteram-se no vão de uma janela da sala de visitas, e Amâncio, com
acentuações de quem detesta imoralidades, disse ao outro , sem transição:
- Coqueiro, estou aqui há pouco tempo, mas estimo tua família, como se fosse a minha
própria, e, por conseguinte, entendo que é do meu dever me abrir contigo, sempre que nesta
casa descobrir qualquer coisa que possa Ter conseqüências graves...
- Mas que há? Perguntou o outro a fitá-lo, com muito empenho.
- Trata-se de Nini, disse o provinciano em voz soturna.
Coqueiro remexeu-se no canto da janela.
- Sabes, continuou aquele, - que a pobre menina sofre horrivelmente dos nervos, e
creio até que tem qualquer desarranjo na cabeça...
- Sim, por quê?
- Ë uma enferma, que, e não tivermos muito cuidado com ela, pode vir a dar sérios
desgostos a ti e tua família...
Mas, desembucha, o que é que houve?...
- Ë que ela, naturalmente em conseqüência da moléstia, coitada, às vezes faz certas
coisas que...para mim ou qualquer outro rapaz de bons princípios não valem nada, mas que, se
caírem nas mãos de um desalmado...sim! Tu sabes que hás homens para tudo neste mundo!...
E, Amâncio, inflamado pelos princípios morais que ele só cultivava teoricamente,
parecia mais que ninguém preocupado com a pureza dos costumes.
- Mas, afinal, que fez ela? Perguntou o Coqueiro, impacientando-se.
- Ora, disse o colega , desgostosamente, - tem feito o diabo...Ainda ontem, quando me
levantei da mesa , segui-me até à sala e...
- E...
- Principiou a fazer tolices. A pobrezinha estava como não calculas!...Tive que recorrer à
violência para contê-la; o resultado foi aquele ataque!...
E, vendo o ar de espanto que fazia o Coqueiro::


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- Digo-te isto, porque me parece que tenho obrigação de to dizer se, porém faço mal,
desculpa!...
- Mal? Ao contrário! Decerto que ao contrário! Fico-te muito grato!
E abraçando-o:
- Acabas de provar que és um homem de bem! A tua ação é de um verdadeiro amigo:
não imaginas o quanto eu a aprecio.
- Cumpri com o meu dever...observou o provinciano modestamente.
- Obrigado! Muito obrigado! Fico prevenido. De hoje em diante não acontecerá outra!
- E agora, compreendes por que não me convinha ficar embaixo, no gabinete?...concluiu
Amâncio.
- Oh!...Isso , porém, não era motivo para que deixasses o teu gabinetezinho... Eu daria as
providências necessárias!...
- Não, filho, nesta questões de família sou muito rigoroso. E agora, o que está feito, está
feito! Vou para o segundo andar; é até mais fresco!...
E, depois de algumas ligeiras considerações sobre o mesmo assunto, os dois rapazes trocaram
comovidos um enérgico aperto de mão e desceram juntos à chácara, onde, debaixo das
latadas de maracujá, os esperavam as senhoras, palestrando em familiar camaradagem.


* * *


Dias depois, quando Amâncio já estava transferido para o n.° 6 do segundo andar,
chegaram-lhe às mãos duas cartas; uma de sua mãe, outra de seu pai.
Era a primeira vez que o velho Vasconcelos se dirigia ao filho em carta especial.
Abriu logo a de Ângela, sofregamente, e a imagem da santa, que as últimas agitações da
vida do rapaz haviam nublado por instantes, como nuvens que escondem uma estrela guiadora,
mal começou a leitura, ressurgiu inteira e lúcida à memória dele.
A boa mãe queixava-se de que o filho, ultimamente, já lhe não escrevia com a mesma
assiduidade e com a mesma expansão: "Que significava semelhante mudança? Donde vinha
aquela reserva? Por que aqueles bilhetes tão apressados, quase telegráficos?..."perguntava ela
com a sua letra redonda e um pouco trêmula. "Por que não me escreves mais amiúde e mais
extensamente?" insistia a carta, "por que, meu querido filho, não me contas toda a tua vida; não
me dizes como passas, e em que te ocupas? Desejo saber se o Campos continua a ser teu amigo,
se na casa dele continuas tratado como dantes. Quero que me relates tudo, que te diga respeito,
meu Amâncio. Se soubesses a falta que tu me fazes, os cuidados que me dá a tua ausência, com
certeza serias melhor para tua mãe."
E, sempre a mesma, sempre extremosa, sempre com o filho na idéia, enviava-lhe
conselhos, recomendava-lhe certas precauçõezinhas; as medidas que devia tomar contra tais e
tais perigos; o modo pelo qual devia proceder em tais e tais perigos; o modo pelo qual devia
proceder em tais e tais situações.
Amâncio releu várias vezes o que lhe dizia Ângela, e respirou largamente, como quem sai
de um quarto apertado para um grande ar livre. Mas, se a carta materna o impressionou, a outra
o surpreendeu, porque, de tão afável e condescendente, não parecia derivar daquele terrível
Vasconcelos, que até em sonhos o aterrava, e sim das mãos amigas de um velho camarada dos
bons tempos da infância.
Estranhou-o logo, desde as primeiras palavras.
"Meu filho".
Até então, nunca recebera de seu pai esse carinhoso tratamento. O Vasconcelos nem ao
menos o tratara por tu; nunca lhe dera a beijar a mão ou a face, nunca lhe abrira, enfim o


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coração, quando este se achava ainda brando e maleável, para depor aí as sementes de ternura,
que desabrochariam mais tarde produzindo os bons sedimentos do homem..
Como exigir de Amâncio que tivesse agora as virtudes que, em estação propícia, lhe não
plantaram na alma? Como exigir-lhe dedicação, heroísmo, coragem, energia, entusiasmo e
honra, se de nenhuma dessas coisas lhe inocularam em tempo o germe necessário?
Ele, coitado, havia fatalmente de ser mau, covarde, e traiçoeiro. Na ramificação de seu
caráter a sensualidade era o galho único desenvolvido e enfolhado, porque de todos só esse
podia crescer e medrar sem auxílios exteriores.
Vasconcelos, por conseguinte, chegou tarde; encontrou já enrijado e duro o coração do
filho.
E, no entanto, toda a sus carta, fazia o que, por inépcia nunca fizera de perto, -
dirigia-se amorosamente ao rapaz. Contava-lhe novidades da província, comentava certos fatos
escandalosos, falava sem reservas de umas tantas coisas, das quais até aí nunca se permitira
tratar na presença de Amâncio.
O tópico seguinte levou o provinciano ao cúmulo da admiração:
"Não digo que te faças um santo, mas também não te afogues no torvelinho dos
prazeres. Goza, meu filho, por isso que és moço, goza, porém, com prudência e com juízo;
diverte-te, mas evitando sempre tudo aquilo que te possa prejudicar. Lembra-te de que saúde só
tens uma, e moléstias há muitas. O mundo não se acaba! Adeus. Nunca deixes de me escrever e,
quando te vires aí em qualquer apuro, fala-me com franqueza."
Tudo isso vinha tarde. Muita coisa, à semelhança do leite materno, só nos aproveitam até
certa época. Depois, em vez de fazerem bem, fazem mal.
As palavras de Vasconcelos que, aplicadas no tempo competente, dariam ótimos
resultados em benefício do filho, eram agora para este um simples pretexto de galhofa. Amâncio
sorriu da aparente transformação de seu pai.
- Ora para que havia de dar o velho!...
Não obstante, um vago sentimento, ao mesmo tempo amargo e agradável, apoderou-se
dele. Desfrutava um certo gosto em merecer aquela intimidade paterna; mas, por outro lado,
doía-lhe a consciência por não Ter sido melhor filho; como se o pobre rapaz de qualquer forma
contribuíra para semelhante falta.
E, então, acudiu-lhe à memória uma circunstância de que jamais se havia lembrado, - a
despedida do pai. Vasconcelos estava bastante comovido nesse momento e abraçava-o
chorando. Amâncio nunca lhe tinha visto o rosto com aquela simpática expressão de sofrimento;
mas, bem pouco se impressionou na ocasião; os olhos conservavam-se-lhe enxutos e o coração
quase alegre com a idéia da liberdade que ia principiar
Só agora, depois da carta, depois que soube que era amado pelo velho, uma grande
tristeza invadiu-o todo, e as lágrimas rebentaram-lhe com explosão.
Assim sucede sempre aos filhos educados à portuguesa, cujos pais como que sentem
vexame de lhes patentear o seu amor.
Pobres pais! Quantas vezes não estarão morrendo por afagar o filho e, todavia, em vez
de lhe darem um sorriso carinhoso, um beijo, uma palavra de doçura, fingem-se indiferentes e
afastam-se para que o pequeno não lhes perceba a comoção.
Néscios! Julgam que com isso estabelecem uma corrente de respeito entre eles e os
filhos; julgam que isso é indispensável para o bom êxito da educação; quando toda essa
anomalia só pode servir para lhes roubar a confiança e a estima dos entes predestinados a
dedicar-lhes todas as primícias de sua ternura.
Os pais dessa espécie levam a tal exagero a sua convencional rispidez, que, se acham
graça em alguma coisa feita pelo filho, sufocam o riso, medrosos de que qualquer expansão
acarrete uma quebra ao respeito filial.
Foi tudo isso, ao justo, que se deu com Vasconcelos a respeito de Amâncio. Amou-o,


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mas com disfarce; fingiu-se diretor inflexível, quando era simplesmente um pai como qualquer
outro. Muita vez chorou de ternura, mas sempre às escondidas; muita vez sentiu o coração saltar
para o filho, mas sempre se conteve, receoso de cair no ridículo.
E não se lembrava, o imprudente, de que o amor de pai é bem contrário ao amor de filho;
não se lembrava de que aquele nasce e subsiste por si e que este precisa ser criado; que aquele é
um princípio e que este é uma conseqüência; que um vem de dentro para fora e que o outro
vem de fora para dentro. Não se lembrava, o infeliz, de que o primeiro existirá fatalmente, por
uma lei indefectível da natureza; ao passo que o segundo só aparecerá se lhe derem elementos
da vida.
Foi desses elementos que Amâncio nunca dispôs para poder amar o pai

* * *


O fato é que , depois da leitura da carta, o estudante sentiu, pela primeira vez, algum
desejo de dar notícias suas a Vasconcelos; até aí só o fazia por honra da firma.
Campos, que lhe apareceu em seguida, veio transformar esse desejo em vontade,
falando-lhe da correspondência extraordinária que, pelo mesmo paquete, recebera do Maranhão.
O velho Vasconcelos também lhe havia escrito, e, com tanto interesse lhe falara de Amâncio,
tão inconsolável se mostrara e tão saudoso pelo filho, e com tal insistência pedira ao
negociante para olhar pelo rapaz, que o bom homem não hesitou em correr logo à casa de
pensão de Mme. Brizard.
O estudante carregou com ele para o quarto. - Aí conversariam mais à vontade.
- Pois, meu nobre amigo, disse o marido de Hortênsia, assentando-se defronte de
Amâncio , e batendo-lhe uma palmada na coxa, - seu pai não se cansa de falar a seu respeito.
São as saudades, coitado!
E tirando uma carta do bolso para entregar ao outro:
- Leia, leia e veja como está triste o pobre velho! Ah! meu amigo, acredite que - possuir
um pai é a maior fortuna que se pode ambicionar neste mundo!
Amâncio, entre outras coisas, leu o seguinte:
"Não imagina o Sr. Campos os cuidados em que eu e a minha boa Ângela nos temos
visto por cá com a ausência do rapaz. Nunca pensei que nos fizesse tanta falta. Ela, coitada, leva
a chorar desde que amanhece, e à noite é aquela certeza dos sonhos ruins a mais não ser! Acho-a
muito magra e abatida de tempos a esta parte. Então quando não recebe cartas do filho, o que já
se observa há três vapores consecutivos, fica prostrada de tal modo que se não pode levantar da
cama.
"Veja, por conseguinte, se alcança que o nosso estudante nunca nos deixe de escrever;
duas palavras que sejam , dizendo como está de saúde e que vai bem nos seus estudos. Isso, que
a ele não custará muito, poupa todavia cá por casa muitas horas de sofrimento e de desgosto.
"Até já me lembrou providenciar no sentido de fazê-lo vir no fim do ano passar as férias
conosco, não sei, porém, se tal coisa será conveniente ainda tão no princípio da carreira. O
amigo dispensar-me-á o obséquio de escrever a esse respeito.
"Em todo o caso, a idéia de que o senhor está aí, perto dele, e que , pelo que tem
mostrado, é deveras nosso amigo, tranqüiliza-nos em grande parte. Conto, pois , que olhará
sempre por Amâncio. Tenha paciência, sei que o importuno com estas coisas , mas que hei de
fazer? Dizem tanto dessa Corte; falam de tal forma do clima e dos mil perigos a que aí esta
sujeita a mocidade, que, só a lembrança de uma tísica galopante ou de um desses desvios, uma
dessas loucuras que às vezes acometem aos rapazes e inutiliza-os para o resto da vida; uma
dessas desgraças, Sr. Campos, que lhes sucedem facilmente, quando eles não dispõem de um
bom amigo que os encaminhe e aconselhe; só a lembrança de tudo isso, meu caro senhor, é o


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bastante para me tirar o sossego do espírito.
"Tenha a bondade, sempre que falar ao meu rapaz, de lembrar-lhe as obrigações e
dizer-lhe com franqueza a responsabilidade que agora lhe assiste. Ele está se fazendo homem e
precisa prepara futuro. Sirva-lhe de pai; acompanhe-o e proteja-o com o mesmo desvelo de que
usou meu irmão para guiar a sua mocidade."
- Vê, disse o Campos, abalado com as palavras do irmão de seu protetor.- São estes os
desejos de seu pai; ao senhor compete agora, como bom filho, fazer-lhe o gosto, e dar-lhe a
felicidade de que ele precisa para o resto da vida. O que estiver em minhas forças está à sua
disposição mas o senhor também deve fazer por si, já não é tão criança para não ver o que lhe
fica bem e o que lhe fica mal! Enfim, tenho toda a confiança no senhor, seu Amâncio, e estou
convencido de que não me desmentirá!
Amâncio, que até aí ouvia o Campos em silêncio e com os olhos presos a um ponto,
agradeceu-lhe muito aquele interesse e jurou que todo o seu empenho era corresponder à
expectativa de seus pais e ser agradável o mais possível aos verdadeiros amigos de sua família.
E a conversa, tomando novas direções, ,descaiu em assuntos menos circunspectos. Veio
então à bulha o baile do Melo, e Campos se queixou de que Amâncio, depois disso, nunca mais
lhe aparecera em casa.
- Já tinha a intenção de lá ir domingo.
- Não, contradisse o negociante.- Vá antes sábado, amanhã, que é aniversário de meu
casamento. Não há festa, mas reúnem-se alguns camaradas e toca-se um bocado de piano.
Adeus. Não deixe de ir. Olhe, se quiser pode levar seus amigos. Adeusinho.
Amâncio acompanhou-o até a porta da rua e voltou ao quarto.
Estava preocupado; não mais com as cartas da família, mas com a deliciosa intenção de
reatar no dia seguinte o namoro de Hortênsia. Só uma pequena circunstância lhe mareava o
antegozo desses sonhados momento s de ventura: era a idéia dos seus compromissos como
estudante; sentia-os agravados perante a confiança que lhe depositavam, e agora, mais que
nunca, a consciência do seu relaxamento, a lembrança da haver faltado às aulas tantas vezes e
de não Ter aberto livro durante a última semana, agonizavam-no desabridamente.
- Oh! Os estudos! Os estudos eram o ponto negro de sua vida, o seu desgosto, o
terrível espectro de todos os seus sonhos! As regalias que daí viessem mais tarde, fossem elas
quais fossem, nunca poderiam compensar aquela profunda tristeza, aquele aborrecimento
invencível, que o devoravam.
Semelhante preocupação tirava-lhe o gosto para tudo, azedava-lhe todos os melhores
instantes de sua vida. Cada minuto, que se escoava na ociosidade, era mais uma gota de
remorso caída no sombrio pélago de seu tédio.
E, contudo, os minutos, os dias e as semanas iam escapando, sem que Amâncio lograsse
vencer a sua antipatia pelo trabalho.
Olhava com repugnância para os melancólicos compêndios da faculdade, e, quando
teimavam muito em os conservar abertos defronte dos olhos, quase sempre adormecia.
Um verdadeiro tormento!

* * *

Amâncio obteve de João Coqueiro que o acompanhasse à soirée do Campos.
Foi uma noite cheia para ambos; se bem que Hortênsia ,de tão preocupada com os
arranjos da casa, muito pouco se dera às visitas.
Carlotinha, sim, mostrava-se alegre e comunicativa que nem parecia a mesma. Chegou-se
muito para Amâncio, meteu-se com ele de palestra,, a fazer pilhéria, a criticar das outras
senhoras, com visagens disfarçadas e pequeninos risos estalados por detrás do leque.
O estudante ficou pasmo, quando descobriu que toda essa intimidade procedia do


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namoro dele com Hortênsia. À primeira indireta da rapariga, o rapaz corou e respondeu
titubeando. Carlotinha, porém, o tranqüilizou, dando a entender que era discreta e interessada
nos segredos da irmã.
E, já sem indícios de gracejo, aconselhou-o a que freqüentasse a casa com mais
assiduidade; um Domingo sim, outro não, para jantar. Seria muito bem recebido, alguém fazia
questão dessas visitas...
Amâncio, no seu papel de inocente, quis saber quem era esse alguém , mas a rapariga
negou os esclarecimentos e pediu-lhe em segredo que se calasse, piscando o olho para o lado
esquerdo, onde acabava de se assentar um sujeito gordo, de barba toda raspada.
- É o Costa ! Nada lhe escapa!... soprou ao estudante por debaixo do leque. E depois em
voz alta, disfarçando:
- Pois o baile do Melo esteve muito bom!...
- _Muito...confirmou Amâncio. - Há longo tempo não me divirto assim!...Mas, para a
senhora creio que ainda seria melhor, as lá estivesse certa pessoa!...
- Quem? O guarda-livros?...Ora!...
E, com ar desdenhoso, declarou que há quinze dias ficara tudo acabado.
- Seriamente? perguntou o estudante.
- Sério! E não me sinto com isso, até estimo! No fim de contas aquilo é um tipo
impossível; tão depressa está para o norte como para o sul!
- Mas a senhora parecia gostar dele tanto...
- Pensei que fosse outra coisa...respondeu Carlotinha, franzindo os lábios. - Quando,
porém descobri o que ali estava, dei tudo por acabado! Foi muito bom; antes assim do que
depois do casamento!...
E, para mostrar a sinceridade daquela indiferença, ria com exagero e dava a sua palavra
de honra em como não tinha paixão por homem nenhum deste mundo. Havia de casar sim,
porque isso era necessário, mas não que preferisse este ou aquele. Todos eles eram a mesma
coisas _uns tipos!
Amâncio defendia o seu sexo, experimentando já pela rapariga uma nascente
repugnância instintiva.
Quando, às três horas da madrugada, os dois estudantes se despediram, Campos, entre
muitos oferecimentos, pediu ao "Sr. Dr. João Coqueiro" que voltasse qualquer dia, mas com a
família. Ele tinha nisso muito bom gosto.
Coqueiro prometeu fazer-lhe a vontade e retirou-se com o amigo.

* * *

Quase nada conversaram pelo caminho. Amâncio parecia aflito por se meter na cama;
uma vez, porém , recolhido ao seu novo quartinho do segundo andar, não sentia as menor
disposição para dormir.
A circunstância de saber que Lúcia estava ali tão perto, a quatro ou cinco passos, mas
inteiramente fora do seu alcance, o indispunha como se fosse uma pirraça levantada com o fim
único de o afligir.
Não resistiu ao desejo de ir, como da outra vez, espreitar pela fechadura do quarto em
que ela morava, e encaminhou-se sorrateiramente para o n.° 8. Nesta tentativa, porém, foi ainda
mais infeliz do que da primeira, porque a janela do corredor ficara aberta, e Amâncio principiou
a espirrar , constipado.
O doente do n.° 7 tossicava, de vez em quando.
Amâncio voltou ao quarto, muito aborrecido. Abriu um livro, mas repeliu-o logo, com
tédio. Lembrou-se de fazer café. (Na véspera comprara uma maquinazinha e os apetrechos
necessários para isso.)- O melhor, porém, seria melhor tomar o café depois de um banho Deu


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lume à máquina e desceu ao primeiro andar, já despido e rebuçado no lençol.
Queria passar pelo quarto da mucama, que ele agora sabia ao certo onde era; mas, na
ocasião em que entrara na sala de jantar, deteve-se cautelosamente com a presença de um vulto
que acabava de aparecer do lado oposto. A custo reconheceu Coqueiro; do lugar onde se achava
podia observar sem ser visto. O dono da casa atravessou a pé a varanda e, encaminhando-se
para o fundo do corredor, sumiu-se no tal sítio, por onde justamente queria passar o outro.
- Será possível?...considerou Amâncio, que se adiantara precatamente para certificar-se
do que vira.
- Que grande velhaco!
E era aquele tipo que, "por moralidade não admitia em casa certas visitas!..."
- Ah!, meu pulha! Pensou o estudante.
- Como podia agora tomar a sério a casa de Mme. Brizard?...Que juízo devia fazer de
toda aquela gente? E Amelinha ? o que vinha a ser aquela Amelinha?...
Dois espirros cortaram-lhe a teia dos raciocínios, e em seguida um calafrio muito
penetrante lhe percorreu o lombo. Sentiu-se indisposto; não obstante, desceu ao banheiro. -
Aquilo desapareceria com um pouco d'água pela cabeça.
Mas, quando voltou ao quarto, já lhe doía o corpo e tinha as pernas entorpecidas
levemente.
Tomou uma chávena de café, bebeu um gole de conhaque, e meteu-se na cama,
tiritando.
Não se pôde erguer no dia seguinte. Coqueiro apresentou-se-lhe no quarto, logo pela
manhã, muito sobressaltado com os incômodos do querido hóspede. Estava mais inquieto do
que se tratasse de salvar a vida de um parente insubstituível.
Perguntou se Amâncio queria médico; se precisava de alguma coisa. - Que diabo!
Dispusesse com franqueza. Ele estava ali às suas ordens!...
O doente apenas desejava que o amigo desse um pulo à agência dos vapores e trouxesse
o constante de um conhecimento , que lhe pediu para procurar nas algibeiras do fraque.
Coqueiro obedeceu prontamente.
Era um pacote de doces que lhe enviava a mãe. Havia frasco de bacuris em calda.
Muricis, cajus cristalizados e buritis em massa para refresco. Amâncio , logo que o colega voltou
com o presente, fez acondicionar tudo sobre a mesa, defronte de sua cama.
Nesse instante, Mme. Brizard e Amelinha invadiam-lhe o quarto, ávidas de informações.
- Que tinha o Sr. Vasconcelos? - Que sentia? Como lhe aparecera febre?
E a francesa, depois de consultar o pulso ao rapaz, afiançou que aquilo não valia nada.
Ele que tomasse um suadouro, que se deixasse ficar na cama e havia dever que no dia seguinte
estava pronto.
Lambertosa, chegando logo em seguida, pediu ao doente que aceitasse uma dose de
acônito e deixasse o resto por sua conta.
Mas a febre recrudesceu depois do almoço. Amâncio queixava-se de dores na cabeça,
na espinha e nos quadris.
- Tudo isto é ar! Afirmou o gentleman autoritariamente. - Acônito! Dê-lhe com o
acônito!
Foi Amelinha a encarregada de ministrar ao doente, de hora em hora , uma colher do
remédio.
Mme. Brizard falou muito da inconstância do clima do Rio de Janeiro, das precauções
que se deviam tomar contra as umidades; do risco que havia em comer certas frutas e, afinal,
retirou-se, tendo apalpado ainda uma vez o pulso e a testa do hóspede.
Amelinha revelava-se extremamente solícita. Andava no bico dos pés, a borboletear pelo
quarto, arrumando os livros sobre a mesa, apanhando a roupa espalhada pelo chão, acudindo a
qualquer movimento do estudante, que dormia entanguecido de baixo dos lençóis. Ele, coitado,


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parecia cada vez pior. Ardiam-lhe os olhos desabridamente; o hálito queimava; não podia
suportar o cheiro do fumo e queixava-se de muita sede e comichão pelo corpo.
Amelinha, sempre irrequieta e passarinheira, preparava-lhe copos d'água com açúcar.
Agachava-se à borda da cama, mexia e remexia com a colher o sacarífero calmante e, depois de
o provar com a pontinha da língua, passava-o às mãos de Amâncio. Este, porém, mal bebia,
voltava-se de novo para a parede, gemendo de olhos fechados.
Pelas duas horas da tarde, Lúcia pediu licença para lhe fazer uma visita. Entrou cheia de
cerimônia, e assentou-se gravemente em uma cadeira, à cabeceira do leito.
O doente voltou-se logo e agradeceu aquela fineza com um olhar muito triste e injetado
de sangue.
Ela mostrava-se interessada; pedia informações a respeito da moléstia. Amâncio
respostava com dificuldade. Parecia moribundo.
Mas, quando Amélia saiu e desceu ao primeiro andar, ele tomou rapidamente as mãos da
outra e cobriu-as de beijos que a febre tornava mais ardentes e mais queimosos.
- Eu te amo! Eu te amo! dizia ele.
- Bem, mas fique quieto! Isso lhe pode fazer mal! Retrucava a suposta mulher do
Pereira. - Nada de tolices! Deite-se! Deite-se!
Amâncio libertou os braços do cobertor, apoderou-se da cabeça de Lúcia , e começou a
beijar-lhe os olhos, a boca e os cabelos, numa sofreguidão irracional.
As lunetas da "ilustrada senhora" haviam caído, e ela encarava o rapaz , sem dizer
palavra, a lhe cravar os seus grandes olhos de míope, alterados pelo abuso do vidro de
graduação.
Tiveram de disfarçar, porque alguém se aproximava.
O enfermo voltou logo aos lençóis e pôs-se novamente a gemer.
Era o Coqueiro quem vinha. Desde a entrada mostrou-se contrariado com a presença de
Lúcia. Transpareciam-lhe no rosto os sintomas da desconfiança. Dir-se-ia um ciumento a
penetrar de chofre nas recâmaras da amante.
- Aquela mulher não podia estar ali com boas intenções!...
E foi de mau humor que o Coqueiro respondeu a uma pergunta dirigida por ela a
respeito da moléstia.
Lúcia, também não deu mais palavra e, logo depois saiu muito enfiada.

* * *

À noite apresentou-se o Campos, a quem o Coqueiro , de passagem, prevenira dos
incômodos de Amâncio; trazia consigo um médico.
Este declarou incontinenti que o rapaz tinha bexigas; mas antes que fizessem
espalhafato, afiançou que eram benignas. "Bexigas doídas, cataporas, como vulgarmente
chamavam por aí. Ficassem tranqüilos , que o caso não era grave; convinha , porém, ter algum
cuidado com o doente: - evitar a ação do vento e muita limpeza com a roupa da cama."
Receitou e saiu, prometendo voltar no dia seguinte. Campos seguiu-o até à escada do e
tornou ao segundo andar.
A mulher do Paula Mendes, que abrira a porta do quarto para escutar o que dizia o
médico, rompeu logo a falar dobre o abuso de consentirem ali "um bexigoso!"
Daquela forma, em breve a casa se transformava num hospital! Já lá tinham um tísico,
que à noite não a deixava dormir com o gogo; agora era um bexiguento; amanhã seria a febre
amarela e depois a lepra! - Arre! Em chegando o marido havia de mostrar o que faria!
Lambertosa, a pretexto de que sentia muito calor, empacotou o que tinha no quarto e lá
se foi moscando à francesa.
- Nada! segredou ele embaixo ao Fontes, que jogava o dominó com a mulher na sala de


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jantar. - Tenho medo disto que me pélo; em pequeno vi morrer três sujeitos de pancada com as
tais cataporas! Vou para a chácara de um amigo nas Laranjeiras! E, se a madame não tratar de
pôr fora o doente, eu também aqui não porei mais os pés!
E, vendo que o Fontes parecia impressionado com as suas palavras:
- Pois não acha o amigo que não tenho razão?...Pode-se lá admitir um varioloso dentro
de uma casa como esta, cheia de hóspedes?...
- 'Stá claro! Disse a mulher do Fontes, empurrando as pedras do dominó. - Eu também
aqui não fico! Ou o doente se mudas ou então mudo-me eu! E logo o quê! - bexigas! Deus nos
defenda! Até parece que já sinto um formigueiro por todo o corpo...Credo!
- Sim, disse o marido, - mas não acredito que Mme. Brizard esteja disposta a ficar com
ele dentro de casa!
O gentleman havia desaparecido, como se levasse uma fera atrás de si; os dois outros
ergueram-se conversavam assustados sobre o grande fato; enquanto Nini, que, desde às
cinco horas jazia estendida em uma cadeira ao canto da varanda, com um lenço amarrado na
cabeça, escutava-os silenciosamente, os olhos pendurados no vago
Depois daquela cena violenta com Amâncio, a pobre criatura se quedara mais apreensiva
e mais triste. Eram suspiros sobre suspiros e nem uma palavra durante o dia inteiro; às vezes
dava-lhe para chorar e não havia meio de a conter.
Em cima o Campos tomou o chapéu e o guarda-chuva, mas, antes de sair, consultou a
opinião do Coqueiro e de Mme. Brizard sobre o que melhor convinha fazer a respeito do
varioloso. "Talvez fosse mais acertado levá-lo para uma boa casa de saúde!... - Eles que se não
constrangessem: se era inconveniente ficar ali o rapaz, falassem com franqueza, porque tudo se
podia arranjar perfeitamente.
Mas os locandeiros protestaram logo, com energia: - Longe de ficarem constrangidos,
tinham muito gosto em ser úteis ao Dr. Amâncio.- Que o já estimavam tanto, que não teriam
ânimo de o desamparar, justamente quando o pobre moço, longe da família, mais precisava de
cuidados!
- Verdade é que as bexigas não são das más...considerou o negociante, alisando o
pêlo de seu chapéu alto. - Mas os outros hóspedes talvez não pensem como a senhora e seu
marido...E daí, quem sabe?...queiram deixar a casa e...
Mme. Brizard declarou que por esse lado estava sossegada. "Os bons hóspedes não
desertariam por tão pouco, e quanto aos maus, se fossem não fariam falta."
Campos agradeceu pelo recomendado aquela boa vontade; tornou a dizer que não
poupassem despesas com a moléstia e, quando porventura houvesse alguma dívida ou alguma
dificuldade, era mandar imediatamente um recadinho à Rua Direita, que ele lá estava sempre às
ordens.
E ainda voltou ao quarto do rapaz para lhe rogar mis uma vez que não tivesse receio de
importuná-lo em qualquer ocasião e, outrossim, para saber se, por enquanto, ele não precisava de
mais alguma coisa.
Amâncio desejava unicamente que o amigo procurasse por onde andava o Sabino, que
agora lhe fazia falta; e, caso o encontrasse, tivesse a bondade de remeter-lho; pois seria um
grande favor.
Veio à questão o quanto madraceavam os escravos ultimamente. Mme. Brizard jurou
que não havia melhor vida do que a deles; disse que Amâncio fizera mal; em consentir que um
negro de sua propriedade andasse por aí tanto tempo, sem lhe prestar contas; quando, alugado,
lhe podia dar de rendimento pelo menos quarenta mil-réis mensais. E, de sua parte recomendou
de Campos que fizesse diligências para descobrir o tratante e o deixasse ali, que ela mostraria se
punha ou não a bom caminho.
O negociante retirou-se afinal, entre novos protestos e novos oferecimentos.
Mme. Brizard, o Coqueiro e Amelinha não abandonaram o quarto do doente até mais


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de meia-noite; ora um, ora outro, acompanhavam-no sempre. Lúcia também aparecia de
quando em quando; ao passo que o marido, sem jamais acordar completamente, nem dera pelo
reboliço em que ia a casa.
Por toda a parte sentia-se já o cheiro de alfazema queimada. O esquisitão do n.° 4,
muito comprido no seu poncho de brim pardo, que lhe batia desairosamente nas tíbias mal
compostas, espaceava no corredor, cantarolando , em voz soturna o De Profundis .
Olha que agouro! Resmungou a mulher do Paula Mendes ao vê-lo passar e, já
encolerizada pela demora do marido, fechou a porta do quarto com um pontapé. - Logo aquela
noite é que o diabo do homem entendia de se demorara mais tempo na rua! Raios o partissem,
diabo!
O Melinho, a pérola do n.° 9 , também aparecera; e o Piloto, a saber ,ainda na porta da
rua, que havia um bexigoso no segundo andar, fez uma careta, benzeu-se comicamente,
desgalgou pelo mesmo caminho que trazia, afetando trejeitos exagerado de medo. O
guarda-livros é que bem pouco se incomodou com a notícia, tinha lá o seu gabinete ao lado da
sala de visitas, e aí com certeza não chegariam os miasmas.
Estava em cima o Coqueiro a discutir com a família sobre quem devia acompanhar o
enfermo durante o resto das noite, quando entro o Paula Mendes, estranhamente alegre, a cantar
em voz alta. O dono da casa correu logo ao seu encontro e lhe pediu que não fizesse bulha. - O
hóspede do n.° 6 estava de cama!
Mendes respondeu com descostumada grosseria, arrastando a voz. Catarina ao vê-lo
naquele estado, fechou bruscamente a porta do quarto, que nesse mesmo instante havia aberto, e
gritou-lhe de dentro "Que fosse cozinhar para longe a bebedeira! Que voltasse para onde se
tinha emborrachado! Era só também o que faltava! - que, além de tudo, tivesse de aturar
bêbados! Estavam bem servidos!"
E, todos, com grande espanto , se convenceram de que efetivamente o Paula Mendes
vinha ébrio, logo que o viram principiar a bater, como um possesso, na porta do quarto, berrando
pela mulher, sem se poder agüentar nas pernas.
- Pois senhores, disse Mme. Brizard, que acudira com o barulho, - estou pasma! Desde
que o rabequista mora aqui é a primeira vez que o vejo assim!...
- Naturalmente isto foi coisa que lhe fizeram... opinou Coqueiro. - Ele, coitado, é até
homem de bons costumes!...
Todos concordaram nesse ponto, e o hoteleiro, uma vez capacitado de que a peste da
Catarina não abria a porta ao marido, carregou com este para o quarto que o Lambertosa
acabava de despejar.
- Diabo! Resmungou, deixando-o cair sobre a cama. - Hóspedes que só dão de lucro
estas maçadas!
Resolveu-se que seria o copeiro quem acompanharia o enfermo durante o resto da noite.
O médico recomendara que dessem o remédio de três em três horas. Lúcia lamentou que,
justamente nessa ocasião, a sua Cora estivesse em Cascadura ajudando a uma amiga a morrer,
porque ao contrário Amâncio não teria outra enfermeira. "Ah! não havia como aquela mulata
para tratar de um doente!..."
Mas o copeiro assumiu o posto que lhe designaram, e cada um se recolheu ao
competente dormitório. Catarina ainda rabujou sozinha por algum tempo; o Paula Mendes caiu
num sono de chumbo, e a casa foi a pouco e pouco se atufando nas brumas silenciosas da
noite.
Só então , de tão fracos que eram , ouviam-se os bufidos cavernosos do tísico que, no
triste abandono de sua miséria, continuava a gemer, sufocado pela dispnéia.
O desgraçado já não tinha forças par sair à rua. A sua moléstia entrara no segundo
período; cresciam-lhe as dores do peito e apareciam-lhe agora, pela madrugada, acessos febris,
acompanhados de suores frios e gordurosos.


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A magreza desnudara-lhe os ossos, e o alimentos faziam-lhe repugnância. Como era
muito pobre, ninguém se interessava por ele; os criados serviam-no mal e a más horas.
Traziam-lhe a comida e depunham-na sobre o velador." bodega lá que se arranjasse!"
Mme. Brizard, por mais de uma vez dissera:
- Também aquele estafermo não ata nem desata!...


* * *


Por volta das quatro da madrugada, Amâncio sentiu passarem-lhe brandamente a mão
pela testa, e despertou estremunhado.
Um candeeiro de azeite derramava no quarto a sua meia claridade trêmula e duvidosa.
Era tudo silêncio e quietação.
- Lúcia! disse ele, reconhecendo-a e tentando passar-lhe o braço na cintura.
- Psiu! Fez a ilustrada senhora com um dedo nos lábios.- Tenha modo! O copeiro está
dormindo e, como o médico recomendou que não deixassem de lhe dar de hora em hora uma
colherada do remédio, eu ...
- Meu amor!
- Nada de bulha! Tome o remédio e trate de dormir, que você está doente.
Amâncio bebeu a tisana e com um gemido arrastado pousou de novo a cabeça nos
travesseiros.
- Como se acha ensopada esta camisa! Observou Lúcia, apalpando-lhe as costas
solicitamente. E perguntou logo onde estava a roupa branca.
O rapaz apontou com dificuldade para a gaveta inferior da cômoda, e acrescentou
careteando:
- No fundo, ao esquerdo.
Ela foi abrir o gavetão, muito de mansinho, para não acordar o copeiro que dormia a
sono solto sobre um enxergão no soalho, e reveio, toda desvelos, com uma camisa aberta nos
braços.
- Vamos ! mude essa roupa. O remédio está produzindo efeito. É preciso não resfriar.
O estudante despiu a camisa suada e vestiu a outra.
- Agora, sente-se melhor? Perguntou a mulher do Pereira.
Estava assim, assim... Ainda lhe doía o corpo, e a comichão não tinha diminuído. Parecia
que lhe passeavam formigas pelas pernas.
- Trate de repousar. Adeus. Eu voltarei de manhã, para lhe dar outra dose do
remédio. Até logo.
Amâncio pediu-lhe que se demorasse mais um pouco, que se assentasse um instante ao
seu lado; ela, porém, muito senhora de si, negou-se formalmente, dizendo com a cabeça que
não e recomendando-lhe com um gesto que se acomodasse.
- Ao menos um beijinho... pediu ele.
A outra não respondeu e saiu na ponta dos pés.
Voltou pela manhã, como prometera, mas o copeiro já havia dado o remédio ao doente.
- Então! Como passou? Perguntou ela, indo apertar-lhe a mão.
- Ora, mais incomodado com a sua ausência do que com a minha moléstia... respondeu
o moço, fazendo um ar infeliz.
- Impressões de momento... retorquiu Lúcia, sorrindo. - Daqui a pouco não se lembrará
mais de mim...
E logo, que viu sair o preto:
- Para só pensar na Amelinha...


[Linha 4350 de 8244 - Parte 3 de 5]


Amâncio fez um gesto de repugnância.
- Tem toda a razão!... prosseguiu ela - toda! Amelinha é moça, é bonita, e pode casar!
- Comigo, nunca!... afirmou o rapaz.
- Não poria a mão no fogo... insistiu Lúcia. - Agora eu, sim, já sou papel queimado, e
estou velha...
- Velha? Dê-me então a sua bênção...
Lúcia sorriu e estendeu-lhe a mão, que ele beijou avidamente, ficando depois a
examiná-la, como se contemplasse uma obra de arte.
- É feia... disse a senhora - é comprida demais e magra.
- É adorável! Desmentiu o estudante. E tornou a beijar, com exagerado transporte, a
mãozinha que conservava entre as suas.
- Está bom. Chega! Para bênção já basta! E ela puxou o braço. - Deve estar a surgir o
batalhão de seus enfermeiros! Adeus.
- Eu os trocaria a todos por ti, minha santa!
- Isso é o que havemos de ver! Replicou ela intencionalmente. E saiu do quarto.
O Coqueiro, que chegou logo depois, percebeu que Lúcia acabava de estar ali, mas não
deixou transparecer a sua contrariedade.
- Então?! perguntou.
O doente fez uma careta de desânimo.
- Tiveste alguma novidade durante a noite?
- Nenhuma, respondeu Amâncio.
- O remédio, tomaste-o?
- Tomei.
Coqueiro deu uma volta pelo quarto, para demorar um pouco mais a visita, e disse
frouxamente:
- Bem, tenho que ir pras aulas. Até já! - Loló e Amelinha não tardam por aí.
E retirou-se, a gritar desde cima pela mucama: - Que viesse arrumar o quarto do Sr. Dr.
Amâncio!
Mme. Brizard e Amelinha , com efeito, não tardaram a aparecer, falando muito sobre o
terror que a moléstia de Amâncio produzia nos outros hóspedes, confessando as maçadas que
tiveram as duas na véspera; e, por fim, a mais velha desceu para cuidar da casa e a menina ficou
para tratar do enfermo.

* * *


João Coqueiro, à volta da academia, chamou a mulher ao quarto e perguntou-lhe,
cruzando os braços e sacudindo a cabeça:
- E o que me dizes tu da Sr.ª D. Lúcia?...
Mme. Brizard respondeu com um movimento de ombros.
- Bem desconfiava eu!...Ajuntou o especulador, depois de uma pausa. Acredita, Loló,
que desde a chegada do Amâncio, tive cá um palpite de que aquela mulher seria um estorvo
para os nossos projetos!
A francesa fez um esgar de dúvida. E o esposo acrescentou com raiva:
- Pois se ela não o larga um só instante! Leva a escorá-lo, o demônio!
- Não credites que Amelinha se deixe codilhar assim só !...observou a esperta locandeira.
- Ora qual! Volveu o outro zangado. - Ninguém me tira da cabeça que esta mudança do
rapaz para o segundo andar, foi coisa arranjada por aquela sirigaita!
E, tendo percorrido três vezes o quarto, parou de repente, muito agitado:
- Mas comigo, bradou - Está enganada! Tenho a faca e o queijo na mão! Posso


[Linha 4400 de 8244 - Parte 3 de 5]


despachá-los, quando bem entender, a ela mais o bolas do tal marido! E nem preciso inventar
pretextos para os pôr na rua, porque eles já devem aí perto de dois meses!
- Pois nós havemos de perder esse dinheiro?! Interrogou Mme. Brizard assustando-se.
- Sim, mas é que eu não os deixo ir, sem ficar garantido! E se quiserem fazer de espertos,
confisco-lhes a mulatinha! Não! Aqui para o meu lado é que não se arranjam!
E, recaindo nos projetos a respeito de Amâncio:
- Uma ocasião tão boa para a Amelinha o cativar, se o diabo da intrusa não se metesse
entre eles no melhor da coisa! Ah! peste!
Mme. Brizard, que se havia assentado, meditava de cabeça baixa.
- Eu até o acho agora mais reservado e mais frio! ... prosseguiu o hoteleiro-estudante. -
Já não me consulta quando quer dar algum passo ... já não se abre comigo!
E aproximando-se da mulher, exemplificou em voz de mistério:
- Sabes, aquele doce que ele recebeu do Maranhão? Foi quase todo para ela! A mim
deu unicamente um frasco do tal bacuri (por sinal que não lhe acho graça); para si, creio que
guardou uma latinha de geleia, e tudo mais lambeu a gata arrepiada!
- Que! Pois ele lhe fez presente de todo o doce que recebeu do Norte?...
- Ora! Se te estou a dizer!
- Não! exclamou a Brizard escandalizada.- Isso agora não lhe perdôo! A gente aqui a
se matar, a desfazer-se em carinhos, e ele a socar no bandulho daquela bicha os mimos que
recebe da família! Não! Isto não se faz!
- Pois fez! Sustentou Coqueiro. - E, se não abrirmos os olhos, ela é capaz de
arrancar-lhe até a última camisa!
- Dar todo o doce àquela criatura!... repisava a francesa. - É quanto pose ser!...
- Pois deu!
- Sempre o supunha outra espécie de gente!...
- Não é pelo doce, explanou o marido - mas sim pelo alcance do fato! Nós, o que
devemos fazer e, quanto antes, tomar medida muito seria a respeito de tudo isto!
E, fitando a mulher com resolução:
- Vamos a saber! Achas que os devemos pôr no olho da rua ?!
- Mas, filho, sem pagarem?! ...
- Ainda que não paguem, ora essa! Dos males o menor! Lembra-te de que o Amâncio
não inventou a pólvora e pode, muito bem, ser visgado por aquela lambisgóia!... A cabra não
tem nada de tola!... Que achas tu?!
- Sim, mas também par deixá-los ir com o nosso cobre...
- Fica-se com um documento selado e podemos perseguí-los a todo o tempo!
- Isso é asneiras!
- Asneiras é perdermos o futuro de Amelinha por causa de alguns mil-réis
Mme. Brizard ainda hesitou.
- Então? insistiu Coqueiro. - A termos de tomar esta resolução, deve ser já e já, que a
oportunidade é magnífica; talvez até nunca mais pilhemos um ensejo tão favorável! - Minha
filha, nem sempre há cataporas!...
A outra, afinal, consentiu, e ficou deliberado que o Pereira e Lúcia seriam postos
na rua, se não saldassem imediatamente as suas contas.
- Estão ali, estão fora!... profetizou o locandeiro, esfregando as mãos.

* * *
Algumas horas depois, quando o Pereira descrevia tropegamente a sua órbita
consuetudinária entre a mesa do jantar e a preguiçosa, Coqueiro, entrepondo-se-lhe no
caminho, meteu-lhe na mão uma folha de papel dobrada sobre o comprido, e disse-lhe em tom
seguro e repassado de urgências:


[Linha 4450 de 8244 - Parte 3 de 5]


- É uma nova continha de suas despesas. O amigo desculpe, mas, se me pudesse pagar
isto até amanhã, não seria nada mau, porque tenho de satisfazer os fornecedores.
- Havemos de ver... balbuciou o hóspede, correndo pelo papel os olhos meio
fechados.
O credor advertiu-o em voz baixa de que havia já esperado muito e que o Se. Pereira,
pelos modos, não se lembrara dele.
- Tem toda a razão... concordou o dorminhoco. - Juro-lhe, porém, que me não esqueci
do senhor. Ainda não recebi dinheiro, sabe?
Sim , retorquiu o outro - mas o senhor também sabe que eu preciso fazer face aos gastos
da casa e ...
- Tenha paciência ... bocejou o Pereira. - Tenha um pouco de paciência. Hei de cuidar
disso.
- Mas é que não posso esperar mais, Sr. Pereira!
- Não há novidade ! Pode ficar descansado, que não há novidade, respondeu aquele
espreguiçando-se, já importunado com o transtorno de não se poder estirar na cadeira. E
entregou a conta a Lúcia, que se aproximava em ar de curiosidade. Feiro isto, deixou-se cair na
preguiçosa, inalteravelmente, com nos outros dias. Daí a pouco ressonava.
A mulher leu a conta de princípio a fim, sem um gesto, nem uma palavra; depois, ainda
em silêncio, dobrou-a de novo e meteu-a no seio.
No dia seguinte pela manhã o copeiro, apresentava-se-lhe no quarto, exigindo, em nome
do patrão, a resposta do pedido que este na véspera fizera ao Sr. Pereira.
Lúcia, molestada com semelhante pressa, respondeu de mau humor que - mais tarde
daria uma resposta... O marido ia sair para buscar dinheiro!
O criado retirou-se, e ela foi logo, muito zangada, despertar o Pereira com um violento
empuxão.
- Você é uma lesma! Exclamou. - Põe-se a dormir desse modo, e cá fico eu para me
haver com as contas!
- Que contas?... perguntou o homem, esfregando os olhos pachorrentamente e
escancarando a boca.
- Que contas! Você sempre é um traste muito inútil!
- Deixa disso, nhanhã...
- Que contas! A conta da casa! A conta do que você e eu comemos!
- Havemos de ver isso...
- Havemos de ver, não! que é preciso resolver qualquer coisa! O homem quer dinheiro;
não me larga a porta!
E, puxando-o por um braço: - Ande! Mexa-se!
Pereira não fez caso e tornou aninhar-se na cama, encolhendo as pernas e os braços.
- Você não ouve?! Berrou a mulher, desfechando-lhe um murro nas costas. - Ë preciso
que lhe dê com os pés para o acordar, seu burro?!
- Não me amole! Tartamudeou ele, sem voltar o rosto. Lúcia, que já se não podia conter,
saltou-lhe ao gasganete e encheu-lhe a cara de bofetões.
- Pereira ergueu-se num pulo, e, muito estremunhado, olhou sério para a mulher:
- Ora , vamos lá!... disse, e começou a espreguiçar-se, retesando os braços.
- Diabo do sem-préstimo! Resmungou a outra com desprezo, enviesando a boca e
cuspindo o olhar por cima do ombro. - Não têm um vislumbre de brio naquela cara !
- Já trouxeram o café?... perguntou o sem-préstimo, cuidando de lavar o rosto e os
dentes.
Lúcia respondeu-lhe com uma injúria e saiu do quarto arremessando a porta; mas reveio
logo e gritou em tom de ordem:
- Vista-se já e ponha-se em caminho, que é preciso arranjar dinheiro!


[Linha 4500 de 8244 - Parte 3 de 5]


Pereira vestiu-se demoradamente, sempre abrir a boca, depois seguiu para o primeiro
andar no seu passo miúdo, os braços a jogarem-lhe num movimento pendular, como se os
tivesse seguros à omoplata apenas por um atilho. Tomou o seu café com leite e o seu pão com
manteiga e foi espaçar para a chácara, à espera do almoço.
A mulher segui-o e, logo que o alcançou, bateu-lhe no ombro:
- Então você não se avia, criatura?! Você não vê que o homem quer dinheiro e que
estamos ameaçados de ir para o olho da rua, seu Pereira?!
- Mas, que hei de eu fazer, nhanhã?...
- Ponha-se em movimento! Vá aos seus parentes, vá aos seus amigos, vá ao inferno!
Contanto que arranje alguma coisa para tapar a boca daquele judeu! Não me volte de mãos
abanando, porque não lhe abro a porta do quarto, percebe?! Você bem sabe que, se bem o digo,
melhor o faço!
E, vendo que Pereira não se mexia:
- Então!
- Mas eu hei de sair sem almoçar, nhanhã?...
- Pois vá lá! Almoce. Mas é engolir e pôr-se a andar!
- E dinheiro para o bonde?
- Que? Você já gastou os cinco mil-réis que lhe dei anteontem?!
Pereira explicou que os havia gasto contra a vontade, porque uns sujeitos o obrigaram a
pagar cerveja e doces numa confeitaria.
- Você é um palerma! Disse a mulher. - Tome lá mil e quinhentos. Mas veja agora se
também os vais comer de doce!

* * *


Desde a véspera, entretanto, que Amelinha não se despregava do lado de Amâncio,
senão quando este dormia ou quando precisava ficar só; levou a costura para o segundo andar, e
pôs-se a coser no corredor, assentada à porta do quarto do seu doente.
Uma esposa não se mostraria mais afetuosa; ao menor gemido do enfermo, corria logo
para ele, sempre meiga, sempre desvelada. Procurava ajudá-lo a suportar a monotonia da
moléstia; procurava animá-lo, distraí-lo, fazendo por Ter graça, recorrendo, para o entreter, ao
que sabia de mais espírito. Seu pézinho, leve e calçado de duraque, parecia não tocar no chão;
seu rostinho, mimoso e fresco como um jambo, não se contraía ao fartum insalubre das
variolóides.
E dir-se-ia que tudo aquilo não visava ouro interesse que não fora a mesma caridade e a
mesma dedicação. Nem uma queixa, nem um suspiro, nem um olhar, nem um gesto, que
traíssem a esperança de recompensas futuras, era o bem pelo bem.
O provinciano, muito desvigorizado com a moléstia, sentia perfeitamente que os
lúbricos impulsos, que dantes lhe inspirava a graciosa rapariga, iam-se agora destecendo e
dissipando à luz de um novo sentimento de gratidão e respeito. A primitiva Amélia desaparecia
aos poucos, para dar lugar àquela extremosa criança, àquela irmãzinha venerável, que lhe enchia
o quarto com o frescor balsâmico de sua virgindade e rociava-lhe o coração com a trêfega
mimalhice de sua ternura.
Nos momentos da comida é que se podia ver. Amâncio tinha grande inapetência e
torcia o nariz aos alimentos; mas a pequena metia-o em brios, chamando-lhe piegas , fracalhão,
dizendo que ele "parecia um neném e que precisava levar uns petelecos para tomar juízo".
E atava-lhe ao pescoço o guardanapo, esfriava-lhe a canja, soprando amorosamente as
colheradas, e, para lhe provar o apetite, paparicava também o que vinha e, com estalinhos
de língua, dizia e repetia que estava tudo muito bom e muito gostoso.


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Ele, às vezes, já se fazia mais doente e mais carecido de cuidados, só para desfrutar os
mimos da enfermeira.


XII



Dias depois, o médico declarou que Amâncio estava livre do maior perigo. - As
bexigas foram boas e secariam prontamente, sem quase deixar sinal na pele.
Dentre em pouco abria-se a janela do n.o 6 , recolhia-se a ultima roupa que servira à
moléstia, defumava-se o quarto pela última vez, e o mimalho entrava afinal na convalescença.
Logo porém, que deixou a cama , apareceram-lhe dores reumáticas na caixa do peito e
nas articulações de uma das pernas. Era o sangue de sua ama - de- leite de leite que principiava
a rabear. Bem dizia outrora o médico a seu pai, quando este a encarregou de amamentar o
filho.
E, pois, vieram os remédios para a nova enfermidade, e Amâncio, a despeito de sua
impaciência para ganhar a rua, continuou encurralado na casa de pensão e submetido a uma
dieta rigorosa. Sabino, que o Campos lhe remetera na véspera, tomou conta do lugar que o
copeiro exercia durante a noite.
Nesses dias , Lúcia muito pouco se chegou para o estudante, receava com isso
provocar. da parte do Coqueiro alguma violência contra si.- Ah! ela bem sabia que era
guardada à vista; toda aquela família já nem ao menos disfarçava a vigilância em que a trazia;
andavam todos eles, desde a velha até ao pequeno, a lhe fariscar os passos, descaradamente
empenhados em afastá-la o mais possível de Amâncio. - Súcia de bandidos!
Com efeito, nunca mais lhe foi possível até aí fazer ao rapaz uma ou outra visita
noturna. Mas, justamente no dia em que se arejou o quarto, estava Amâncio estendido na cama,
a reler um esfacelado volume do Alencar, quando de repente se abriu a porta e Lúcia surgiu ,
aflita e apressada, correndo para ele num formidável alvoroço.
Seriam mais de onze horas da noite e a família do Coqueiro estava já recolhida.
Amâncio assustou-se com a visita, mas nem por isso a estimou menos.
Quis, antes de tudo, saber que terrores eram aqueles.

- Que diabo havia acontecido? - Mas se alguma coisas ruim acabava de suceder a
Lúcia, era, com certeza, por castigo, que ela estava uma ingrata muito grande; já não aparecia
aos pobres; naturalmente tinha medo das bexigas!...
- Oh! não! não! vozeou a ilustrada senhora, agarrando-lhe ambas a mãos com
transporte. - Não! Tudo que vier de ti, Amâncio, tudo que te pertence e diz respeito é bom e
sublime para mim!
E correu de novo à porta, certificou-se de que a casa estava bem sossegada, e tornou
para junto do estudante, apalpando dos lados e circunvagando olhares inquietos.
Sabino já se havia esgueirado discretamente pelo corredor; enquanto o senhor-moço,,
ainda meio aturdido com a agressão melodramática de que fora vítima, apanhava, uma por uma,
as folhas do Alencar, que se tinham espalhado aos pés da cama.
- Pois olhe, ninguém o acreditaria!... disse ele voltando afinal, do seu espanto e
pousando o livro sobre o velador.
- Porquê? Interrogou Lúcia muito séria e muito dura defronte do rapaz.
- Ora, Porquê!...Porque já não há quem a veja! Porque a senhora arribou deste quarto,
como se aqui alguém lhe quisesse fazer mal!
Ela respondeu com um sorriso de tristeza e um resignado sacudimento da cabeça.


[Linha 4600 de 8244 - Parte 3 de 5]


- Os fatos, pelo menos, assim o acrescentou o doente.
- Mas, valha-me Deus! Tornou a outra. - Pois não vês a perseguição que sofro aqui por
tua causa? Não vês que sou espiada, seguida e vigiada a todos os instantes?! Não vês o ciúme
que Mme. Brizard, o Coqueiro, a tal Amélia, Nini, o diabo! Afetam por ti?!
- O ciúme?...perguntou Amâncio , deveras espantado. - Mas o ciúme, como? Por quê?
- Criança!...disse ela. E passou a mão na testa.- Estás na aldeia e não vês as casas!
- Eu?!
- Sim, tu!
E, assentando-se à beira da cama, para lhe ficar mais perto, continuou, diminuindo o tom
da voz:
- Pois não percebes, filho, que toda esta gente quer fazer de ti uma propriedade sua; que
esta gente te considera um tesouro precioso e teme que lho furtem? Não percebes, meu
Amâncio, que há aqui um plano velho, tramado para te fazer casar com Amelinha, isso porque
és rico e, na tua qualidade de homem de espirito, pouca importância ligas ao dinheiro?!...
- Não! Dou-te a minha palavra em como, até aqui nada percebia de tudo isto!...
- Pois fica, então sabendo que há uma grande conspiração contra ti ou, por outra, contra
os teus bens!
- Ora essa! disse ele em voz baixa.
- Todos esses carinhos que eles ostentam, todos esses cuidados e desvelos artísticos, são
laços armados à tua ingenuidade!
- Estão bem arranjados!...respondeu Amâncio, - se esperam que eu case com Amelinha!
- Não sejas hipócrita!...acudiu a outra. - Tu gostas dela; não negues.
- Ah! gosto, não nego. Mas gosto, sem intenção de espécie alguma; gosto, coitada,
porque ela nunca me fez mal, porque até lhe sou grato aos seus obséquios! Mas daí para casar!...
E, depois de um assovio de grande esperteza:
- Não é o meu tipo, o meu ideal! Demais, ainda não penso em casamento, nem sei se
algum dia pensarei nisso!
- Por quê?
- Ora, respondeu ele - não vale a pena a gente se casar! Há por aí tanta desgraça, tanta
decepção que, para falar com franqueza, não tenho ânimo...
- Julgas assim tão mal as mulheres?...
- Com franqueza é exato, filha! Não digo que não haja mulheres virtuosas; isto, porém,
é raro!...Prefiro não arriscar!...
- Desconfio de tanto ceticismo na tua idade!
Ele agitou os ombros.
- Um homem com esses princípios é incapaz de amar...ajuntou ela.
- Tens em mim a prova do contrário...retorquiu Amâncio sorrindo.
- Em ti?...
- Sim, e sabes disso perfeitamente!
- Disso, o quê?
- Que te amo...
- Não creio...
- Nesse caso, o cético não sou eu!
- Se me amasses, já mo terias provado...
- Provado?
- Está claro. Não acredito nesse amor cauteloso e metódico, que de tudo se arreceia, que
se não quer expor, que tem calma para medir todas as conveniências, que teme os olhares, os
ditos, as considerações de todo o mundo, quer vem finalmente muito mais da cabeça que do
coração!
- Não acreditas, então , que eu te ame?...


[Linha 4650 de 8244 - Parte 3 de 5]


- Não, decerto! Nem te crimino por isso!...És ainda muito criança, para sentires o
verdadeiro amor, a verdadeira paixão. Essa que não conhece obstáculos; que tudo pode e tudo
vence; que é capaz de todos os sacrifícios, sejam do bem ou sejam do mal; essa que levanta os
grandes crimes ou os grandes heroísmos! Amar, tu! E porventura saberás ao menos o que é o
amor?! Algum dia experimentaste, por acaso, o ciúme, o desespero, a loucura, a que nos conduz
o objeto amado? Não! Não queiras amesquinhar o único sentimento que até hoje se tem
conservado puro! Não queiras amesquinhar a coisa única respeitável que resta sobre a terra! Para
que possas falar a esse respeito, primeiro é necessário que ames! É preciso que dês alma, vida ,
futuro, esperanças, tudo , a uma mulher! é preciso primeiro que te esqueças de teus sonhos mais
queridos, de tuas melhores aspirações, para só cuidares nelas, viveres delas e para ela! Então,
sim! eu acreditaria em ti!
E Lúcia apoderou-se novamente das mãos de Amâncio, e as palavras borbulharam-lhe
com mais febre:
- Amor é o que sinto por ti, entendes?! Amor é o que me faz esquecer a minha
responsabilidade, o meu destino, o meu dever, para estar aqui a teus pés, alheia a tudo,
esquecida do passado, descuidosa do futuro; só para te ver , só para te ouvir, só para me saturar
toda de tua presença!..
Entretanto... disse Amâncio, procurando afinar a voz pelo tom enfático com que falava a
outra, - entretanto, nunca me permitiste fruir contigo os verdadeiros e mais saborosos proveitos
do amor! Tiveste a cruel habilidade de transformar um manancial de gozos em fonte perene de
tormentos e dissabores! Se me amas, digo-te eu agora, por que evitas a todo transe que eu vá
além dos nossos beijos?... Se me amas, por que impões o suplício do teu rigor? Ah! eu só
acreditaria na sinceridade de tais protestos se fosses generosa comigo....
- Não! não! contrapôs ela abraçando-o_ Nunca faltarei aos meus deveres! Nunca trairei
meu marido! Serei capaz de uma loucura; não, porém de uma infâmia! Seria capaz de fugir
contigo, abandonar tudo por tua causa; mas introduzir-te covardemente na minha alcova, nunca!
Aceitaria um crime, sim! mas havia de aceitá-lo sob todas as responsabilidades, com todas as
conseqüências que ele viesse a produzir! Seria tua, mas não enganando a um outro; seria tua,
mas toda, inteira, lealmente! Abandonaria por tua causa meu marido; antes, porém de o fazer,
dir-lhe-ia com franqueza: "Fulano! Amo um outro Não posso continuar ao teu lado, sem que te
engane todo os dias e a todos os instantes! Por isso- vou! Amaldiçoa-me , se quiseres, mas
não te perturbes a minha felicidade" Deixaria de ser esposa, para ser concubina! Trocaria meu
nome, minha posição, por algumas horas de delírio, por algumas horas de sonho; mas, em todo o
caso, a consciência nunca me acusaria, o coração jamais se teria de maldizer!
- Vês?! Disse ela, esfolegando cansada de falar. - É por isso que até hoje me tenho
portado deste modo contigo; é por isso que domo os meus impulsos e os meus arrebatamentos!
- Sou de outro, não me possuo, não posso dispor disto!
E sacudia todo o corpo, com uma obstinação provocadora e canalha.
Amâncio olhava para ela , mordendo os beiços.
- Se é verdade que me queres possuir...disse a intransigente, depois de uma pausa em
que se ouvia a respiração dos dois. - Arranca-me das mãos de meu marido e leva-me para onde
bem quiseres, faze de mim o que entenderes! Serei tua amante, tua companheira, tua escrava;
serei tudo que ordenares, contanto que eu já não pertença a nenhum outro, contanto que eu
tenha comprado com o risco de minha vida a felicidade de nós ambos!
E Lúcia, agitando romanticamente os cabelos, que ela por cálculo trazia soltos essa noite,
perguntou com ímpeto:
- Compreendes agora a minha reserva?! Compreendes que , apesar de minhas recusas, eu
te adoro, meu Amâncio, meu amor, minha vida?!
Entretanto, acrescentou ela, quando se convenceu de que Amâncio não queria cair no
laço - tenho fatalmente de abafar todos os meus sentimentos, tenho de calcar todos os meus


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desejos, porque amanhã nos separamos.
Amâncio ergueu-se, pasmado.
- Como nos separamos?...interrogou.
- Eu amanhã me retiro desta casa...esclareceu Lúcia, sem erguer os olhos. - Vou, e ainda
nem sei para onde! Mas, não poso deixa de ir: manda-me a dignidade que aqui não fique nem
mais um instante!
- Como assim? Explica-te!
- Oh! não me perguntes nada! Não me perguntes nada, porque, só o que te posso afirmar
é que esta súcia...E indicava o andar de baixo com um gesto trágico. - Esta súcia, receosa de que
eu te dispute a Amelinha, obriga-me a sair, obriga-me a separa-me de ti! Ah! os miseráveis
sabem o quanto eu te amo, meu Amâncio! Temem que eu seja um estorvo ao teu casamento com
ela.
- Mas, filha, como te podem eles constranger a sair?...
- Não me obrigues a falar, por amor de Deus! Eu não quero, não devo dizer mais nada!
- Ora1 Isso não é generoso de tua parte! Se não podes usar de franqueza, para que
então me excitas deste modo a curiosidade?
- Não! Não te poso dizer mais nada! Repele-me, se assim entendes, manda-me embora,
mas, por piedade, não me obrigues a corar em tua presença!..
- Corar em minha presença?...Não te entendo , filha! Fala por uma vez. Abre o coração!
- Nunca! Nunca!
- Mas é que tu me torturas Lúcia!
E acariciando-a:
- Vamos! Não sejas criança, fala com franqueza...Dize o que te fizeram! Não acreditas
então que sou teu amigo? teu amiguinho? Não crês que representas em minha vida uma
preocupação constante, um sonho, uma esperança?...
- Sim, sim, acredito, meu amor, mas não me obrigues a tratar de coisas, nas quais ainda
não tenho o direito de falar!...
- Ora! Que segredo pode ser esse, tão negro, tão repugnante, que não mo queiras
dizer?...É preciso que eu mereça muito pouco a tua confiança!..
- Não, não é isso, mas é eu me falta o ânimo para confessá-lo...Mudemos de conversa....

- Não queres dizer? Bem! Acabou-se!
- Oh! não me fales desse modo, meu querido!
- Então dize o que é.
- E prometes que não me acharás ridícula?...prometes que a revelação do que te vou
dizer não me amesquinhará aos teus olhos?...
- Juro!
Lúcia tirou uma carta do seio e entregou-a ao estudante
Logo que este principiou a leitura, ela cobriu o rosto com as mãos, como para esconder a
vergonha.
Amâncio leu o seguinte em voz baixa:
" Sr.ª D. Lúcia Pereira.. Há quatro dia que entreguei a seu marido uma Segunda conta
do mês passado e deste mês, e, visto que até agora não tenho recebido senão desculpas e
promessas, tomo a liberdade de participa-lhes que, de hoje em diante, não posso continuar a lhes
fornecer comida e que preciso urgentemente do cômodo ocupado pela senhora e seu marido.
Espero, pois, que até amanhã esteja o quarto n.º 8 desembaraçado e a minha conta selada e
assinada pelo Sr. Pereira; sem o que, pesa-me dizê-lo, não consinto que V.S.as levem consigo a
sua mulata, que é o único bem de que posso lançar mão para garantir a dívida "
Estava assinado por extenso o nome de João Coqueiro.
Amâncio dobrou a carta silenciosamente, ao passo que Lúcia continuava a esconder o


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rosto.
- Em quanto importa?...perguntou ele depois.
Ela, conservando uma das mãos nos olhos, tirou com a outra a conta do seio, e
passou-lha, sem dizer nada.
- "Quatrocentos e sessenta mil-réis", leu o moço para si. E fez um trejeito com os olhos.
Lúcia, ao lado, soluçava, sempre com o rosto coberto.
Amâncio pensou um instante, e disse:
- Não te aflijas...Eu poso, se quiseres, arranjar o dinheiro para amanhã...
Ela, então , descobriu a cara e, sem uma palavra, abraçou-se ao rapaz e começou a
chorar.
- E hoje, perguntou ele, quando Lúcia já se dispunha a sair - hoje mereço um beijo?...

Ela correu para Amâncio, sorrindo, e com os olhos fechados, estendeu-lhe os lábios.
O estudante, com as duas mãos abertas, segurou-lhe a nuca e principiou a sorver o "seu
beijo", demoradamente, voluptuosamente, como se estivesse bebendo por um canjirão.
Lúcia, porém, ao perceber que a coisa se demorava muito, arrancou a cabeça das mãos
do rapaz e fugiu.


* * *


As nove horas da manhã subseqüente, voltava o Sabino da casa do Campos com a
resposta de uma carta em que o senhor-moço pedia o dinheiro necessário para satisfazer as
dívidas de Lúcia.
João Coqueiro ficou assombrado quando recebeu a quantia; correu logo em busca da
mulher.
- Sabes? Disse assim que a viu. - Pagaram ?
- Hein?! Fez Mme. Brizard, com espanto. - Pagaram?! Tudo ?!...
- Integralmente! Cá está o cobre!
E, depois do silêncio da admiração:
- E que te parece, a ti, hein, Loló?!..
- Parece-me bom... a metade está feito; agora já não se trata de receber-lhe a conta, é só
de os pôr fora de casa?
- Sim ... mastigou o marido.- mas agora também é mais difícil fazê-lo desarvorar! Já
não temos um pretexto para isso!...
- Pretextos não faltarão... respondeu a francesa, e acrescentou: - O que me faz cismar
é este dinheiro arranjado assim à última hora... porque eles, ainda ontem, estavam bem
apertados e o Pereira não arredou o pé de casa durante o dia!
O marido refletiu um instante, e depois exclamou, com vislumbres de quem se sente
roubado:
- Ora, querem ver que aquela raposa arrancou estes cobres ao Amâncio?!...
Mme Brizard confirmou alvitre com um gesto de cabeça.
- E olha que não é outra coisa! Repetiu o Coqueiro. - Que hoje o Sabino, desde muito
cedo, tinha já que fazer à rua!
- Ora essa!... resmungou a Brizard, indignada e ressentida, como se aquele desfalque na
carteira do estudante lhe trouxesse um prejuízo imediato.- Ora essa!... sempre se vêem coisas
neste mundo !...
- Mas deixa estar que hei de saber de tudo!... Prometeu o locandeiro.
E , com efeito, daí a pouco o próprio Sabino lhe confessava que fora pela manhã à casa


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do Campos levar uma carta e que voltara com outra, recheadinha de dinheiro em papel.
O locandeiro revoltou-se, mas a usa indignação subiu verdadeiramente ao cúmulo, foi
quando lhe constou que o bom do Amâncio para ter ocasião de estar mais tempo com Lúcia
recorria a todos os meio e modos de afastar Amélia do quarto.
- Diz que não quer ser importuno ,contou a rapariga, - Que já basta os incômodos que
me tem dado, que não se acha com o direito de fazer de mim uma irmã de caridade, e de
obrigar-me a suportar as suas amolações! E que eu viesse aqui para baixo rir e conversar com os
outro, que ele teria nisso muito mais prazer.
- E tu, que lhe disseste? Perguntou o irmão.
- Eu disse que sentia o maior gosto em prestar ao Sr. Amâncio aquelas insignificâncias
de serviços; que, se os fazia, era por motu próprio!
- E ele?
- Ele disse que não, que não admitia, e que ficava até muito contrariado, se eu não
viesse embora!
- Vês?! Perguntou João Coqueiro à esposa, apontando para a irmã.- Vês?! Tudo isso é
obra da Sra. Lúcia!.
E, depois de uma pausa aflita:
- Aquela mulher não nos pode ficar em casa! Haja o que houver é preciso que ela se vá
daqui quanto antes!
E deu a sua palavra de honra em como havia de pôr cobro a semelhante patifaria.
Não sossegou essa noite. Enquanto os mais dormiam, andava ele lá por cima, a farejar
nas trevas, grudando-se contra as paredes e escondendo-se pelos cantos.
Passou assim algumas horas; mas afinal, viu Lúcia sair do quarto, pé ante pé, atravessar
a medo o corredor e sumir-se às apalpadelas, na porta do n.º 6 .
A sua primeira idéia foi a de chamar o Pereira e mostrar-lhe a mulher no latíbulo do
amante, mas considerou que o homem seria capaz de romper com ela e, nesse caso, a ligação de
Lúcia com o provinciano tornar-se-ia inevitável. - Nada! pensou ele .Deixemo-nos disso.
Mas, também, não convinha esperdiçar uma ocasião tão boa para desmascarar a tal
sujeira.
Encaminhou-se, pois , na direção do quarto do estudante. Lúcia, ao sentir que alguém
se aproximava, correu a fechar a porta por dentro, e fez sinal de silêncio ao enfermo.
Coqueiro parou defronte do n.º 6 e bateu.
- Quem é? Perguntou Amâncio, no fim de pequena pausa, com a voz levemente
alterada.
- Sou eu, disse o outro. Precisava dar-te duas palavras... como vi luz no quarto...
- Desculpa ! respondeu o doente. - Mas agora não me posso levantar. Até logo!
- Boa noite! Resmungou o dono da casa, e afastou-se.
Lúcia fingiu-se muito assustada com aquilo: - O Coqueiro, se veio ali, foi para mostrar
que sabia de tudo! Naturalmente espiara pela fechadura!
E pendurou logo uma toalha na chave.
- É o que se chama ter fama sem proveito!... Observou Amâncio, a quem as negaças
da mulher do Pereira já impacientavam.
- Está em tuas mãos!... Volveu ela. - Já expus com franqueza as circunstâncias...
- Tirar-te do marido...
- Está claro!
- Isso por ora é impossível!... Mais tarde, não digo que não, mas por enquanto...
- É porque não me amas, disse a ilustrada senhora, abaixando os olhos.
- Se te amo, minha vida! Se te amo!...
E ameigava-a, procurando beijá-la.
Ela fugia com o rosto, dizendo aflitivamente que preferia nunca o ter visto. "Antes de


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conhecê-lo, ainda conseguia suportar o marido abominável a que a prendera o destino, mas,
depois que fantasiara a possibilidade de viver com Amâncio, de possuí-lo, todo, sem que
outra o disputasse, não mais podia entestar com a miserável existência que levava e com os
dilacerantes sacrifícios que lhe cumpriam!"
Dito este fraseado, foi-se do quarto , como das outras vezes, a fazer-se rogada, a
medir os beijos que dava, a prometer que não voltaria mais, se Amâncio persistisse nas
costumadas exigências.
- Ora bolas!... praguejou este, quando se achou só. - Desta forma é melhor mesmo
que não venha! Põe-me neste estado e afinal musca-se, ainda por cima emburrada! Gaitas!
Mas a idéia de que aquela resistência talvez não durasse mais do que o tempo da
moléstia o consolava em parte.- Sim, porque, em ficando bom, as coisas seriam de outro feitio!
Tinha graça que ele estivesse a pagar contas de quatrocentos e tantos mil-réis, só para desfrutar
a certeza de que a Sra. D. Lúcia o amava com todo ardor de que é capaz uma alma pura e
apaixonada! Qual! Por semelhante preço preferia não ser amado!
E adormeceu, impaciente por sair da moléstia, e entrar no gozo da felicidade que ele
acabava de pagar adiantado, como se abrisse para todo o ano uma assinatura de amor.
A ilustrada senhora conseguira o que esperava: as suas negaças faziam-na mais desejada
pelo rapaz e davam-lhe, aos olhos deste irresistíveis fascinações de coisas proibida.
Certas mulheres, quando se negam, estão recuando para melhor armar o salto sobre a
presa.


* * *


Logo pela manhã do dia seguinte, já o Coqueiro se apresentava no quarto do
provinciano, mas com o aspecto muito ressentido, os gestos duros, o olhar cheio de
recriminações.
- Então, ontem à noite, tinhas aqui a Lúcia?...inquiriu de chofre, depois de cumprimentar
Amâncio secamente.
O interrogado fez uma cara de espanto.
- Não podes negar! Eu a vi sair!...
- Ë exato, respondeu o doente, franzindo as sobrancelhas.
- Hás , porém de permitir que eu te diga que andaste muito mal!...repontou o Coqueiro. -
Tens de concordar que eu não posso, nem devo consentir em casa semelhante coisa!
E foi até a janela, olhou a rua pelas vidraças. Amâncio não dava uma palavra
O outro voltou, muito comprometido.:
- Isto aqui é uma casa de família! Sabes perfeitamente que temos conosco uma menina
solteira, - uma virgem! Não é por mim, nem por ti, nem tampouco pela Lúcia; mas é por ela,
sebo! por - minha irmã! - a quem sirvo de pai! É por minha mulher, é por minha enteada e pelo
menino, é pelos hóspedes, enfim!...
- Pois acredita que não houve nada demais!...balbuciou Amâncio.
- Não, filho, tem paciência! Lá fora o que quiseres, mas daquela porta para dentro, não
admito, nem posso admitir!...E passeando pelo quarto com as mãos nas algibeiras: - Que diabo!
Eu te preveni!...
- Ora o quê! Resmungou Amâncio , indignado com a hipocrisia do colega, mas sem
coragem para dizer o que sabia a respeito dele e dos costumes da casa. - Não abro o
exemplo!...acrescentou.
- O que queres dizer com isso?
- Quero dizer que sei, tão bem como tu, que aqui nem todos são santos!...


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- Não te percebo...-
- E é melhor mesmo justamente que não percebas
Mas , como o outro ainda se quisesse fazer de desentendido, ele declarou, frisando as
palavras, que nem sempre ficava a dormir no quarto durante a noite e que então enxergava, às
vezes...,melhor do que mesmo de dia...E falou indiretamente nas entrevistas do médico do n.º
11 e no que sabia do próprio Coqueiro com referência à mucama.
- Olha! Concluiu: - O que te posso afiançar é que a mulher do Pereira só vem aqui ao
quarto depois que me acho doente, e, longe de ser com mau fim, coitada, é até com muito boa
intenção! - Entra, cavaqueia um pouco, dá-me a tomar o remédio e assim como veio se vai
embora, entendes tu?!
- Não há dúvida...gaguejou o hoteleiro, cuja fúria se esvaziara de repente às bicadas do
outro, que nem um balãozinho de borracha. - Não há dúvida que tu és incapaz de cometer
qualquer leviandade dentro de uma casa de família; mas, a questão são as aparências, são as más
línguas, são os outros hóspedes! Não os conheces, filho! Nenhum deles acreditará que Lúcia
venha ao teu quarto só para te dar o remédio e meio dedo da palestra!...Sei perfeitamente que
isso é exato, basta que o digas; eles , porém, não terão a mesma boa - fé! Muito mais sabendo,
como sabem, de quanto é capaz aquela sujeita! Logo quem!...
- Oh! interjeicionou Amâncio. - Uma senhora casada!...
- Casada o quê!...Da missa não sabes nem a metade!
- Então ela não é casada com o pereira?...
- Nunca o foi! Com ele, nem com pessoa alguma! Conheço até a mulher do Pereira, a
legítima, - uma velhusca, de óculos, gorda, com um olho agachado, cheio d 'água. Mora na
Rua da Pedreira.
Amâncio estava tão pasmo quanto indignado; aquela denúncia do colega produzia-lhe o
mau efeito que experimentamos ao dar por falta do relógio. - Pois o demônio da mulher nem ao
menos era casada?!...Ele, então, que diabo de papel representara?!...
- Cínica! Disse em voz alta.
- Ora! Fez o outro. - Não trates de abrir os olhos e dir-me-ás depois as conseqüências!...
No Rio de Janeiro, prossegui- havia muito artista daquela força! Amâncio precisava
acautelar-se, se não queria ser esfolado completamente. Lúcia o que desejava era agarrá-lo para
amante: farejava-lhe os cobres! Ele, porém, que não fosse tolo! Que se não deixasse visgar por
uma tipa de tão baixa espécie!
O provinciano jurava que , até ali, jamais conseguira coisa alguma das mãos dela.
- Isso sei eu!...Tornou o Coqueiro, com um riso de velha experiência, - isso não é
necessário que me digas, porque já conheço a tática das Lúcias! Negam-se, fingem-se difíceis,
para valer mais! Quer obrigar-te a cair, toleirão!
- Está bem aviada! Exclamou Amâncio, justamente como ainda na véspera havia
respondido à Lúcia, quando esta lhe falou a respeito de Amélia.
Ainda nesse dia o Coqueiro aproveitou a ocasião em que o Pereira fazia a sesta e foi se
entender com a Lúcia.
Disse-lhe o que sabia a respeito das visitas noturnas ao quarto de Amâncio e declarou
terminantemente que não estava disposto a consentir em casa semelhantes escândalos. Ela que
tivesse paciência, mas fosse tratando de fazer as malas e cuidando de pôr-se ao fresco, se não
queria sofrer alguma decepção maior!
A ilustrada senhora ficou lívida, e disparou sobre o locandeiro o mais terrível dos seus
olhares. Uma cólera massuda principiou a entupir-lhe a garganta. - Não queria acreditar em
tamanho atrevimento!
- Ë, gritou por fim, trincando as palavras. - Você põe-me fora de casa, porque tem medo



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Casa de Pensão - Parte 4 de 5 - Aluísio Azevedo:
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sábado, 15 de abril de 2017

Casa de Pensão - Parte 3 de 5 - Aluísio Azevedo


Casa de Pensão - Parte 3 de 5 - Aluísio Azevedo



- Ah! volveu este. - Refiro-me ao que avançou anteontem o nosso ilustre companheiro, e indicou Amâncio com um gesto, _que avançou a respeito da vantagem que um novo
casamento traria, sem dúvida ,à senhora sua filha.



- Ah! fez Mme. Brizard já não me lembrava disso. O Sr....
- Lambertosa, minha senhora, Lambertosa...
O Sr. Lambertosa é então de opinião que o casamento convém às enfermidades
nervosas?...
O gentleman concentrou a fisionomia, limpou o bigode ao guardanapo, ergueu uma faca,
e principiou a emitir o seu judicioso e meditado parecer.
Surgiram logo as contendas. Lúcia marcou a página do livro de capa roxa e olhou muito
séria para os outros, pronta a dar a sua réplica. Mme. Brizard, enquanto os mais discutiam,
tamborilava com os dedos sobre a mesa, afitar um queijo de Minas, com um gesto profundo e
repassado de filosofismo. O Pereira comia consecutivos pedaços de pão, sem abrir os olhos, e
Amâncio procurava uma evasiva para se escafeder.
Afinal, o Coqueiro, que havia já formado um grupo à parte com o Dr. Tavares, quis
fechar a discussão; mas o advogado ergueu-se de súbito, segurou as costas da cadeira, arregalou
os olhos, e desencadeou a sua eloqüência .
Em pouco, só ele falava, esquecido, como de costume, do lugar e da situação.
Imaginava-se já num tribunal, em pleno exercício de suas funções.
Pintou floreadamente o lamentável estado de Nini. Qualificou-a de "vítima inocente dos
impenetráveis caprichos de Deus"; descreveu a dolorosa expressão do semblante da "'infeliz
moça"; disse que os olhos dela falavam a misteriosa linguagem do amor, e, quando se dispunha
a dar afinal a sua esperada opinião sobre o casamento, a pobre enferma, muito vendida com o
que vociferava o tagarela a seu respeito, abriu a soluçar estrepitosamente.
A francesa ergueu-se, de mau humor, para pedir ao Dr. Tavares que se deixasse
daquilo, "por amor de Deus!" Doutro lado o Coqueiro também lhe suplicava que se calasse.
Mas o demônio do homem já se não podia conter. As palavras borbotavam-lhe da
língua, como o sangue de uma facada. Fez imagens poéticas sobre o casamento , citou nomes
históricos, e jurou, à fé de suas convicções,, "que aquela desventurada criatura precisava de um
esposo, mais do que as flores carecem do orvalho, mais do que as aves carecem do ar; mais do
que os cérebros carecem de luz!"
E, erguendo as mãos trêmulas, recuou dos passos e foi dar de encontro ao copeiro que,
por detrás dele, embasbacado, o escutava atentamente, com a bandeja do café nos braços, à
espera de uma ocasião para apresentar as xícaras.
Mme. Brizard assustou-se , o gentleman deu um salto para não sujar as calças; rolou ao
chão uma garrafa, e César, o menino sublime, vendo que os mais velhos faziam tanta bulha,
também se pôs a berrar.
Coqueiro gritava que se acomodassem por piedade.
- Aquilo não tinha jeito! Parecia haver ali uma súcia de doidos! Oh!
A mucama acudiu da cozinha, e Amélia, com um lenço amarrado na cabeça, apareceu na
porta de seu quarto, muito intrigada com o motim. Só o Pereira continuava, inalteravelmente, a
comer pedaços de pão; é verdade que abriu os olhos duas vezes. Mas tornou logo a fechá-los e,
segundo todas as probabilidades, adormeceu.
Amâncio tratou de aproveitar a confusão para fugir da varanda.
- Que espécie de gente tão esquisita!... dizia ele em caminho do quarto. - Nada! Aqui
ainda estou pior do que na casa do Campos!
Antes de chegar ao gabinete, percebeu que alguém o seguia com dificuldade. A sala de
visitas estava já totalmente às escuras. Voltou-se, e, sem ter tempo de dizer palavra, sentiu cair
sobre ele um corpo gordo e mole.
Era Nini.
Amâncio, surpreso e contrariado, quis arredá-la, mas a histérica passou-lhe os braços


[Linha 3350 de 8244 - Parte 3 de 5]


em volta do pescoço e desatou a chorar, com o rosto escondido no seu colo.
- Hein?! Disse Amâncio. - Que história é esta?!
Mas lembrou-se logo das recomendações de Mme. Brizard: "qualquer contrariedade
poderia provocar à infeliz rapariga uma crise perigosa!"
- Ora esta!... pensou ele aborrecido.- Ora esta!...
e procurou afastar Nini, brandamente. E, como a teimosa não quisesse obedecer e
continuasse a chorar, ele disse-lhe palavras amigas, pediu-lhe, quase com ternura, que voltasse à
varanda; lembrou que não era prudente ficarem ali, sozinhos e no escuro. - Podiam ser
surpreendidos! Esta idéias o aterrava mais pelo ridículo do que pela responsabilidade daquela
situação.
Nini, entretanto, parecia não ouvir coisa alguma e continuava a abraça-lo freneticamente,
com ímpetos nervosos.
Amâncio perdeu de todo a paciência e arrancou-se violentamente dos braços dela.
- Deixe-me! Gritou, e correu para o quarto.
Nini acompanhou-o chorando, e conseguiu agarrá-lo de novo, pelo paletó.
Estava muito nervosa e dispunha agora de uma força extraordinária.
- Isto não será um inferno?!... exclamou o rapaz, puxando a roupa das mãos de Nini. E,
vendo que ela não o largava: - Solte-me, com a breca! Ora essa! Que diabo quer a senhora de
mim?! Solte-me! Arre!
A enferma não fez caso e apertou-lhe os pulsos; seus dedos pareciam tenazes. Amâncio
debatia-se brutalmente, ouvindo-a bufar, muito agoniada, e sentindo-lhe de vez em quando o
suor do pescoço e do rosto.
Na sala de jantar serenara a discussão; só a voz do Tavares ainda se destacava. De
repente puseram-se todos a chamar por Nini.
- Olhe, disse-lhe Amâncio. - Lá dentro a estão chamando! Vá! Vá!
Ela, nem assim.
- Ora pílulas! Resmungou o estudante, desprendendo-se com um empurrão. E
ganhou o quarto, puxando a porta sobre si.
Ouviu-se então o baque surdo do corpo pesado de Nini, que foi por terra; em seguida
gritos muito agudos.
Correram todos par a sala de visitas; acenderam-se os candeeiros. Nini escabujava no
chão, a gritar, esfrangalhando as roupas e mordendo os punhos.
Coqueiro e Mme. Brizard apoderaram-se logo da infeliz. Amâncio apareceu com o seu
frasquinho de vinagre; o Lambertosa receitou uma dose homeopática e correu ao quarto em
busca da botica (a homeopatia era uma de suas paixões); Lúcia voltou para a varanda. "Que a
desculpassem, mas não podia assistir, a sangue-frio, cenas daquela ordem... Não estava mais em
suas mãos!"

* * *


O Pereira já se havia levantado da mesa e ressonava na costumada preguiçosa.
Lúcia, ao passar por ele, atirou-lhe um olhar de tédio e disse consigo:
- Olha que estafermo!...
ela às vezes tomava-lhe grande nojo, não o podia ver com aquele ar mole, de mulher
grávida, com aquelas pálpebras descaídas, a comerem-lhe os olhos, com aquele sorriso
apalermado, aquela voz derramada pelos cantos da boca , que nem um caldo frio e seboso.
De quando em quando sofria de insônias, e, justamente nessas ocasiões, nas horas
compridas da noite em claro, é que mais detestava o Pereira. Punha-se a contemplá-lo
longamente, com asco, fartando-se de olhar para aquele "pamonha", aquele "coisa inútil", que


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ali, ao seu lado, dormia todo encolhido, com as mãos entre as coxas. Vinham-lhe frenesis de
enchê-lo de pescoções. Já lhe não podia suportar o cheiro doentio do corpo; não lhe podia
sentir a umidade pegajosa do suor e a morna fedentina do hálito.
A sua ligação àquele mono era uma história muito triste e muito sensaborona. Poucos,
bem poucos a sabiam, porque Lúcia se esforçava quanto lhe era possível por escondê-la, como
quem esconde uma chaga vergonhosa.
Ela "a mísera senhora", vinha, entretanto, de gente honesta e bem conceituada, se bem
que muito pouco escrupulosa em pontos de educação. deram-lhe professores de francês, de
música, de desenho; entregaram-lhe enfiadas de romances banais e livros de maus versos; e,
todavia, não lhe deram moral, nem trataram de lhe formar o caráter. A desgraçada percorreu
bailes desde pequena; ouviu o primeiro galanteio aos dez anos de idade; teve a primeira paixão
aos doze; aos quinze julgava-se desiludida e sonhava com o túmulo; aos vinte, como é natural,
sucumbiu ao palavreado de um primo em segundo grau e bacharel pelo Pedro II.
O primo, assim que a viu pejada, azulou para o Rio Grande do Sul, onde tinha a
família, e nunca mais lhe deu sinal de si.
Foi então que surgiu em Lúcia a idéias de utilizar-se do Pereira. Entre as pessoas que
freqüentavam a casa de seus pais, era ele o único aproveitável para casamento. Nesse tempo
vivia o dorminhoco às sopas de um tio suspeito de riqueza aferrolhada, e de quem mais tarde,
diziam, havia de herdar o dinheiro. Lúcia meteu as mãos à obra, mas, por pouco que não
desanimou; Pereira não dava de si coisa alguma, parecia não compreender as provocações. Era
quase impossível tirar algum partido daquele animalejo! Ela, porém, não se quis dar como
vencida, e lutou.
Lutou, empregando os meios mais ardilosos, para injetar nos nervos daquele sonâmbulo
uma faísca magnética de amor. Trabalho inútil! Afinal, vendo que o pedaço de asno era
incapaz de qualquer ação ou reação, tomou ela a parte agressiva; e a coisa resolveu-se no mesmo
instante.
Depois, como não havia tempo a perder e porque já conhecia bem a pachorra do seu
homem, foi pessoalmente ao encontro dele, meteu-se-lhe em casa e protestou que faria um
escândalo dos diabos, se o "sedutor" não tratasse, quanto antes, de tomar uma resolução muito
séria a respeito de casamento.
Pereira não tratou de tomar coisa alguma desta vida e nem se abalou com a presença
de Lúcia. Aceitou-a, como aceitaria outra qualquer imposição, porque ele era dos tais que, às
maçadas da cura, preferem os incômodos da moléstia. Só no fim de quatro dias de lua-de-mel,
como Lúcia insistisse nas suas idéias matrimoniais, o pachorrento declarou, com toda a calma,
que lhe não podia fazer a vontade nesse ponto, em virtude de que, desde os dezoito anos, o
haviam casado com uma velha, um fúria, que o Pereira não sabia, nem queria saber, por onde
andava.
Lúcia perdeu os sentidos; esteve à morte. Os pais, envergonhados com o procedimento
indigno da filha, tinham-se ido refugiar na cidade de Campos. Foi o tio do Pereira, o tal das
riquezas aferrolhadas, que a salvou; era um velho ainda bem forte e muito mais esperto que o
sobrinho. Deu -lhe casa, comida, roupa e dinheiro.
Uma irmã dele, senhora de inveterado amor a crianças, solteirona, de quarenta a
cinqüenta anos e que, com o olho no testamento, desejava a todo o transe ser agradável ao
mano, encarregou-se do filho do bacharel.
Correram quatro anos. Lúcia não viu mais a família, apenas visitava o filho, de quando
em quando.
O Pereira continuava às sopas do tio, indiferentemente, como se tudo aquilo não lhe
dissesse respeito. Acordava, quer dizer. Levantava-se às dez horas, tomava no quarto o seu
banho morno, depois um copo de leite fervido, almoçava às onze, fazia as digestão estendido
no sofá da sala; às duas horas dormia, depois passeava pela chácara à espera do jantar, cujo


[Linha 3450 de 8244 - Parte 3 de 5]


quilo era de rigor ser feito a sono solto em uma rede que ele tinha no quarto.
À noite, quando conseguia levantar-se, jogava o gamão com o tio. Cochilavam ambos,
até que se servia o chá , e cada um se retirava para a cama.
- A noite fez-se para dormir! Sentenciava um deles.
- E o dia para se descansar, resmungava o outro espreguiçando-se.
E recolhiam-se.
O velho morreu de repente; uma congestão que lhe sobreveio ao encontrar Lúcia no
fundo do jardim às voltas com um estudante da vizinhança.
- Bom! Dissera Lúcia, alijada afinal daquela obrigação que já lhe ia pesando demais. E
fariscou o testamento. Mas o velhaco apenas deixava algumas dívidas à praça e dois terrenos
hipotecados ao Banco Predial. A coisa única que ela aproveitou foi Cora, mulatinha de criação,
cuja matrícula e cuja escritura de compra estavam em seu nome.
Era preciso, pois, deixar a casa; os credores reclamavam tudo que pudesse dar
dinheiro. Pereira sacudia os ombros; dir-se-ia que não houvera a menor alteração na sua vida.
Continuava a dormir tranqüilamente, como se as sopas do tio ainda o fossem procurar às horas
da refeição.
Lúcia compreendeu que não devia contar com ele, e tratou em pessoa em cômodo para
os dois, num hotel de arrabalde,. Sentia-se resoluta e forte; era ela agora o cabeça do casal; tinha
belos projetos de trabalho: daria lições de piano, de desenho e de francês, até que aparecesse um
homem para substituir o estafermo do Pereira.
O homem, porém, não aparecia, como não apareciam os discípulos.
Principiou então para eles um viver perfeitamente de boêmios. Sem trates, nem dinheiro,
nem futuro, nem relações constituídas, andavam aquelas duas almas perdidas e mais a Cora, que
andava a senhora, a percorrer as casa de pensão: sempre sobressaltados, sempre perseguidos
pelos credores que iam deixando atrás de si.
Em cada lugar se demoravam o maior tempo que podiam, dois, três, quando muito
quatro meses; até que lhe suspendiam o crédito e dos dois levantavam novamente o vôo,
deixando a dívida em aberto e o dono da casa lívido, colérico, sem saber ao menos que direção
tomavam os vagabundos.
Nesse peregrinar, Lúcia teve uma contrariedade mais profunda - achou-se grávida de
novo. Cora deu-lhe conselho, trouxe-lhe remédios para fazer abortar; nada, entretanto, produziu
efeito. O demônio da criança parecia disputar o seu quinhão de vida com uma persistência
desesperadora.
Nasceu afinal, no quarto de um português na Fábrica de Chitas, entre os cuidados
mercenários do locandeiro e o obséquio de alguns amigos, que Lúcia fora conquistando com as
simpatias de seu talento musical,.
O diabinho pouco durou, felizmente. Desapareceu uns trinta dias depois de ter vindo
ao mundo. Morreu mesmo na rua, quando os pais, dentro de um carro de aluguel, fugiam aflitos
da Fábrica de Chitas para uma casa de pensão na Rua do Catete.
Cora encarregou-se de atirá-lo ao mar. Ninguém viu. Seriam duas horas da madrugada e
as brisas marinhas pulverizavam no ar um chuvisco miúdo, de fevereiro.
O menino fora muito franzino e muito mole; saíra ao pai, o Pereira. Durante o seu
pobre mês de vida só abriu os olhos uma vez, ao expirar.
A casa de pensão era a Sexta que Lúcia percorria com o suposto marido.
Apresentavam-se sempre como casados; ele muito tranqüilo de sua vida, feliz; ela inquieta,
sôfrega pelo tal sujeito, que com tanto empenho procurava.
Quando constou a Lúcia que Amâncio era rico e atoleimado, uma nova esperança
radiou-lhe no coração.
- É agora!... disse.
E preparou-se para o combate.


[Linha 3500 de 8244 - Parte 3 de 5]




* * *


Foi por isso que o estudante recebeu , no dia seguinte ao baile do Melo, aquele
ramilhete, tão falsamente atribuído a Hortênsia., e porque, uma semana depois, outro ramo,
bastante parecido com o primeiro, se achava às onze horas da noite no do rapaz, sobre a
cômoda.
- Olé!, disse ele.
E, satisfeito com a intriga, principiou a fazer conjeturas.
- De quem viriam aquelas flores!...Ah! exclamou, descobrindo um bilhetinho,
escondido entre duas rosas.
E leu:
"Não saibam nunca espíritos indiferentes, nem mesmo tu, adorado fantasista, quem te
envia essas pobres flores. Não o procures descobrir; deixa que o meu segredo viceje e cresça na
tepidez do mistério, 'semelhança das plantas melancólicas que reverdecem nas sombras
ignoradas dos rochedos. Eu te amo!"
- Seria de Amélia, seria de Lúcia, ou seria de Hortênsia? De Nini é que não poderia
ser, porque a desgraçada, com certeza, não sabia escrever coisas daquela ordem!
Não dormiu essa noite; as palavras do ramilhete voejavam-lhe dentro da cabeça, como
um bando de mariposas.
- De quem seria?...De Amélia não, não era de supor; pois que a bonita menina, longe de
o provocar, fugia sempre que ele tentava se abrir com ela em questões de amor; de Hortênsia
também não, não era natural que fosse, porque, em tal caso, Mme. Brizard, ou qualquer outra
pessoa de casa, teria visto o portador. Além disso, a mulher do Campos não seria capaz daquilo;
estava caidinha - é certo! Mas não levaria a leviandade ao ponto de lhe escrever e enviar
semelhante declaração. O que , porém, não sofria dúvida é que os ramos tinham a mesma
procedência.
E Lúcia?...É verdade! E Lúcia? Com certeza não era de outra! Sim! Tudo estava a dizer
que o tal bilhetinho saíra de suas mãos!...aquelas frases poéticas, aquele mistério, aquela
franqueza de confessar o seu amor em duas palavras...Não tinha que ver! Era da mulher do
Pereira!
E um palpite brutal, inadiável, substituiu logo a calma simpatia que lhe inspirara Lúcia.
Desde que se capacitou de que eram dela os ramilhetes, desejou-a com urgência; queria
que ela surgisse ali, naquele mesmo instante, na silenciosa escuridão daquele quarto.
E voltava-se de um para outro lado da cama, sem conseguir pegar no sono.
Esperar até o dia seguinte o momento de estar com ela afigurava-se-lhe um sacrifício
enorme, quase invencível. Como podia lá descansar, dormir, com semelhante preocupação a
remexer-se-lhe por dentro, como um feto doido que lhe mordesse as entranhas?
Definitivamente não conseguia adormecer. Levantou-se, acendeu um cigarro, abriu a
janela, e pôs-se a olhar para a lua que estava boa essa noite. Vieram-lhe logo as conjeturas sobre
o como seria a situação, no caso que Lúcia aparecesse ali, naquele instante "Que
sucederia?...Que fariam eles?..."
Duas horas bateram na sala de jantar.
- Diabo! Resmungou Amâncio, sentindo arrepios por todo o corpo. - Desta forma perco
a noite inteira, e amanhã estou impossibilitado de ir à academia!...
A idéia do estudo apresentava-se-lhe sempre com um sabor muito amargo de sacrifício.
Lembrou-se, todavia, de aproveitar a insônia para correr uma vista de olhos pela lição; acendeu
a vela, corajosamente, assentou-se à mesinha que havia no quarto e abriu um compêndio. Mas


[Linha 3550 de 8244 - Parte 3 de 5]


não conseguia prestar atenção à leitura; percorreu distraído duas ou três páginas e ficou a olhar a
chama trêmula da vela, cada vez mais abstrato e mais febril.
Sentiu vontade de beber.- Se não estava enganado - a garrafa de conhaque ficara sobre
o aparador, na varanda.
Ergueu-se, enfiou o sobretudo e saiu da alcova.
O sangue não lhe queria ficar quieto. A continuar daquele modo, o remédio que tinha era
pôr-se ao fresco e vagar pelas ruas, até encontrar sossego.
O conhaque não estava no aparador. Amâncio, contrariado, desceu à chácara, e foi
assentar-se a um banco de pedra. - Naquele momento comeria alguma coisa, se houvesse,
pensou ele, resolvido a organizar no dia seguinte um bufete no seu próprio quarto.
A lua escondia-se agora entre nuvens; as árvores rumorejavam; tudo parecia concentrado
e adormecido.
Debaixo viam-se as janelas dos quatro cômodos do segundo andar, que davam para a
chácara. Lá estava o n.° 8, o 9 o 10 e o 11. Começou a pensar nos hóspedes daqueles quartos: o
11 era do tal Correia o médico que só aparecia ali de quando em quando, "para fazer uns
trabalhos que os filhos não lhe permitiam em casa da família"; o 10 era do gentleman - Bom
maçante! Amâncio lembrou-se de que lhe prometera acompanhá-lo uma qualquer noite ao
Passeio Público. - Havia de ir, disseram-lhe que às vezes se encontravam aí bem boas coisas!...
O 9 é que ele não se lembrava a quem pertencia...Ah! era do tal Melinho, " a pérola",
como o qualificava João Coqueiro constantemente.
E o 8 de Lúcia! da misteriosa Lúcia!
Ela estava ali!... fazendo o quê?...pensando nele talvez...talvez dormindo...talvez até
nem dela fossem o bilhetinho amoroso e os dois ramilhetes!...Quem sabia lá!...
E esta dúvida o apoquentava.
- Ora adeus! disse. - A ocasião havia de chegar!...
Veio-lhe, porém uma tentação aguda de subir ao n.° 8
_Que mal podia vir daí?...O marido com certeza estava dormindo!...Que poderia
acontecer?...
Levantou-se resolvido; mas as vidraças do quarto do tal médico, que só aparecia de
quando em quando, acabavam de se iluminar.
- Olá !... considerou Amâncio, detendo-se. Ë o n. °11!
Por detrás dos vidros havia cortinas de cassa; nada se podia ver para dentro, apenas
duas sombras difusas projetavam-se na cambraia, ora aumentando, ora diminuindo. Amâncio
deixou-se ficar onde estava , mordido já de curiosidade.
Daí a uns dez minutos, pela escadinha do fundo, desciam cautelosamente, um sujeito
alto, todo de escuro, e mais uma mulher gorda, de enorme chapéu, cujas abas lhe caíam sobre os
olhos, ensombrando-lhe o rosto.
Vinha um atrás do outro, porque a escada era estreita. Atravessaram a chácara, falando
em voz baixa, e entraram no corredor.
Amâncio acompanhou-os, de longe, e tripetrepe.
A porta da rua estava aberta, como de costume; um carro esperava pelos dois lá fora; o
cocheiro dormia na boléia. O sujeito do n.° 11 deu a mão à mulher das grandes abas, ajudou-a a
entrar na carruagem e, seguida, entrou também. O cocheiro fechou sobre eles a portinhola, sem
lhes dar palavra, depois saltou para o se posto e tocou os animais.
- E que tal?...interrogou Amâncio de si para si, quando os viu partir.
Lembrou-se então do que lhe dissera o velhaco do Coqueiro por ocasião de mostrar-lhe
a casa: "Quanto a certas visitas...isso tem paciência... lá fora o que quiseres, mas, daquela porta
para dentro..."
- Hipócritas! pluralizou o estudante.
E encaminhou-se para o segundo andar.


[Linha 3600 de 8244 - Parte 3 de 5]




* * *


Subiu pela escadinha do fundo, não a do médico, mas pela outra do lado oposto; porque
havia duas.
O primeiro andar continuava em completo silêncio; no segundo apenas se ouvia, de
espaço a espaço, um tossir seco e agoniado, que vinha naturalmente do n.° 7 onde morava o tal
moço doente. O pobre-diabo piorava à falta absoluta de meios.
Amâncio entrou às apalpadelas no corredor que dividia os oito quartos. O luar filtrava-se
a custo pelas venezianas e pelas vidraças da janela e sarapintava o chão de pequeninos pontos
brancos.
O n. ° 5, onde residia o Paula Mendes com a mulher, era o único que tinha luz; uma forte
claridade rebentava por cima da porta fechada e ia projetar-se na parede do n.°10 que lhe ficava
fronteiro. Mas ainda assim o corredor estava bem escuro.
Amâncio parou defronte do n.° 8 .- Era ali!
Encostou o ouvido à fechadura; nem sinal de vida - Lúcia com certeza dormia
profundamente.
- Dormia! Pensou o estudante. - Dormia , sem preocupações nem cuidados; ao passo
que ele, por não encontrar descanso, errava pelos corredores desertos, como uma alma penada!.
- Para que então se lembrara aquela mulher de ir mexer com ele?!... Se a sua intenção era
dormir, para que o foi provocar? Para que lhe foi bulir com o sangue? Oh! Aquele silêncio do
n.° 8 o irritava! Aquela indiferença afigurava-se-lhe uma afronta ao seu amor-próprio, um
atentado contra o seu orgulho
E, quanto mais se convencia da impossibilidade de falar essa noite a Lúcia, mais e mais
osd seus sentidos se assanhavam! Afinal, já não fazia grande questão de ser com ela própria;
aceitaria qualquer outra que o arrancasse daquela ansiedade em que se via entalado, como se
estivesse dentro de uma armadura em brasa.
- Que inferno! Dizia ele consigo, rangendo os dentes.- Que inferno!
E, sem ânimo de ir embora, permanecia encostado à porta do n.° 8, deixando -se comer
aos bocadinhos pela febre do seu desejo; ao passo que o corpo inteiro arfava com o resfolegar
aflitivo dos pulmões.
- Todavia, pensou ele - quantas mulheres não o desejariam Ter junto de si naquele
momento?...Donzelas até, quantas, naquele instante, não se estorceriam no leito e não
morderiam os travesseiros, desvairadas pela isolação?
E saborosas lembranças de amores extintos, que o tempo e a ausência tornavam, mais
perfeitos e mais desejáveis, acudiam-lhe simultaneamente ao espírito, para lhe aumentar as
torturas da carne. As suas amantes do passado eram agora ainda mais atraentes e formosas; em
todas elas não havia um lábio sem sorriso, um olhar sem fogo; era tudo opulento de graças e de
meiguices, era tudo encantador e completo
Pôs-se a arranhar devagarinho a porta, dizendo quase em segredo o nome de Lúcia.
Nada, porém respondia; o mesmo silêncio compacto enchia as trevas do corredor.
Seu desejo, estimulado e tonto, evocava então todos os meios de saciar-se; descobria
hipóteses absurdas, inventava possibilidades que não existiam. Amâncio chegou a pensar em
Amélia, em Mme. Brizard, na mucama, e até, que horror! Em Nini!.
- Ai , meu Deus, gemeu nesse instante o doente do n. ° 7.
O estudante deixou a porta de Lúcia e segui em ponta de pés pelo corredor. Ao passar
defronte do quarto do Paula Mendes, suspendeu o passo; a luz continuava com a mesma
intensidade; o curioso não resistiu a uma tentação e espiou pela fechadura.


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O pobre homem trabalhava, vergado sobre ma mesinha estreita e todas coberta de papéis
de música. Ao lado, pelas cadeiras e sobre um sofá de couro negro encostado a um biombo
havia folhas esparsas e cadernetas empilhadas.
Recebera nessa tarde a encomenda de organizar uma sinfonia, que tinha de ser
executada daí a quatro dias em uma festa fora da cidade. O Imperador prometeu que iria.
Mendes estava ainda organizando as partes cavadas. Ouviam-se o ranger da pena no
papel grosso de Holanda, o tique-taque de um despertador de metal branco, pousado sobre a
cômoda, e o grosso ressonar da mulher, que dormia por detrás do biombo. O rabequista parecia
menos triste naquela ocasião do que nas outras em que o vira Amâncio.
- É porque a mulher está dormindo, calculou este, lembrando-se do mal gênio de
Catarina. E considerou sobre a existência ordinária que levariam ali, encurraladas no mesmo
cubículo, aquelas criaturas tão opostas.
O Mendes, sem desprender a pena do papel, começou a solfejar em voz baixa o que
escrevia; mas, como lá dentro cessaram os roncos da mulher e esta remexeu na cama,
resmungando, ele incontinenti calou a boca e prosseguiu em silêncio no seu trabalho
- Ainda estás com isto?! Perguntou ela, afinal, depois de uma pausa.
O marido respondeu afirmativamente.
- Pois, homem, vê se acabas com essa porcaria! Bem sabes que, enquanto houver luz no
quarto, não posso pregar olho!
E, fazendo ranger as tábuas da cama, virou-se de um lado para outro; acrescentando com
a sua voz de homem:
- Deixa isso! Anda! E apaga o diabo dessa luz!
- Não , filha, respondeu o artista brandamente. - É preciso que este serviço fique pronto
amanhã...
E, depois de um muxoxo da mulher:
- Sabes o quanto precisamos deste dinheiro...A diretora do colégio ainda ontem
protestou que despediria a pequena, se seu não lhe arranjasse alguma coisas por conta do que
devemos; o Joãozinho, coitado, há quase dois meses pediu-me que lhe levasse um sobretudo,
porque lá no trapiche onde ele agora está trabalhando, faz pela manhã um frio de rachar; Mme
Brizard, você não ignora, tem-nos apoquentado e...
- Ë isto! interrompeu a mulher. - Ë sempre a mesma cantiga!- De tudo você se lembra,
menos do que eu preciso!
- Ah! se me lembro , filha! Mas é que nem sempre a gente pode fazer o que
deseja...Descansa, porém, que as coisa hão de endireitar e tu possuirás de novo o teu piano de
cauda! Tem um pouco de paciência...
- Já me tardava essa música! Já me tardava a "paciência"! A paciência inventou-se para
consolar os tolos! Farte-se você com ela! De conselhos estou cheia, meu amigo! Quero obras e
não palavras!
Mendes não respondeu e continuou a trabalhar meneando a cabeça resignadamente.
Catarina remexeu-se com mais agitação e rangidos da cama e, daí a pouco levantou-se de um
salto, gritando:
- Arre, com os diabos! Que nem se pode dormir!
- Olha os vizinhos, filha!...arriscou o marido. - Lembra-te de que são três horas da
madrugada...
- Os vizinhos que se fomentem! Berrou ela, embrulhando-se na colcha e fazendo tremer
o soalho com seus passos de granadeiro. - Não como em casa deles, não preciso deles para
nada!
E, depois de ir beber um copo d'água ao fundo do quarto:
- Tinha graça! Que eu, além de tudo, não pudesse falar à minha vontade! Melhor seria,
nesse caso, que me amarrassem uma bala aos pés e mandassem, atirar comigo ao mar!


[Linha 3700 de 8244 - Parte 3 de 5]


- Estás de mau humor, filha! Vê se descansas.
- Não é de espantar, levando a vida que eu levo! Sempre numas porcarias de quartos! Se
se precisa de qualquer coisa, é um "ai Jesus" Nunca há dinheiro! O almoço é aquilo que se
sabe; o jantar pior um pouco! Se fico doente, se tenho uma debilidade, não há quem me traga
um caldo! não há quem me dê um remédio! Arrenego de tal vidas, diabo!
- Ö Catarina!...disse o Mendes ressentindo-se - Pois eu não estou aqui?...Algum dia já
me afastei de teu lado, ao te sentires incomodada?
- E antes se afastasse, creia! Porque já me custa a suportá-lo quando estou de saúde,
quanto mais doente! Casca! - atirar-me em roto uns miseráveis serviços que qualquer um
faria!...Pois não os faça!, que até é favor! Passo muito melhor sem eles!
- Está bom, senhora, está bom! Não precisa se arreliar! Veja se descansa, que eu agora
tenho que fazer!
- Descansada queria você me ver, mas era no Caju, por uma vez, seu malvado! Pensa que
encontraria o demônio de alguma tola que caísse na asneira em que eu caí de se amarrar a um
homem de sua laia? Um pingas! Que anda sempre com a sela na barriga!
E, avançando para o marido de olhos arregalados e um punho no ar:
- Mas, podes perder as esperanças, que eu não morro antes de ti, Mané Bocó! Primeiro
hás de ir tu, entendeste?! - Ah! Supunhas que eu levaria a roer uma vida de chifre e depois
rebentava pra aí, enquanto ficavas por cá a te lamberes de contente! - Um sebo! Hei de ir, sim,
mas depois de te haver feito amargar também um bocado, meu burro velho!
- Ó mulher! cala essa boca do diabo! Gritou, afinal, o Mendes, arrojando a pena e
empurrando os papéis que tinha defronte de si. - Arre! Ë muito! Arre!
O moço do n.° 7 expectorou com mais força e pôs-se a gemer.
Ora, com um milhão de demônios! Gritou o guarda-livros, morava no n.° 6 - Não é
possível sossegar neste inferno! Quando não é a tosse e o gemido da direita, é a rezinga e a
briga da esquerda! Apre! Antes morar num hospital de doidos!
Mendes levantou-se ,segurando a cabeça com uma das mãos, e começou a passear
agitado pelo quarto .
Catarina continuava a serrazinar, atirando com os pés o que topava no meio das casa. O
marido parou de súbito, sacudiu a cabeça, depois foi-se chegando para a mulher e correu-lhe a
mão pela espádua nua e lustrosa, timidamente, como se afagasse anca de uma égua bravia
- Então, filha?...disse com ternura.- Vai deitar, vai!...Estamos aqui a incomodar os
outros... Anda, vai!
- Os incomodados são os que se mudam! gritou ela.
- E é o que vou tratar de fazer amanhã mesmo! Berrou o guarda-livros. - Estou farto!
Quem trabalha durante o dia, precisa da noite para descansar! Arre!
- Não faça caso, senhor!...Disse o Mendes, e encaminhou-se para a porta.
Amâncio, assim que o sentiu aproximar-se, fugiu pé ante pé, com ligeireza.
Nesse momento, o Campelo, o tal esquisitão do n.° 4, que até aí não dera sinal de si,
levantou-se tranqüilamente, tomou o seu clarinete, e começou por acinte, a tirar do instrumento
as notas mais estranhas e atormentadoras que se podem imaginar. O guarda -livros
respondeu-lhe batendo com a bengala nas paredes de tabique e berrando, como um doido, o Zé
Pereira.
- Ai, meu Deus!, ai, meu Deus!, continuava a gemer arrastadamente o pobre sujeito do
n.° 7.
Já pelas escadas, Amâncio ouviu as vozes do gentleman , do Melinho e de Lúcia, que
acordaram espantados, e em gritos reclamavam contra semelhante abuso.
No andar de baixo, o Piloto, o Dr. Tavares, o Fontes, e a mulher, abriam as portas dos
competentes quartos, para indagar que diabo queria aquilo dizer. Só o dorminhoco do Pereira
não se deu por achado.


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Amâncio já estava enter os lençóis, quando o Coqueiro percorreu toda a casa, de
robe-de-chambre e um castiçal na mão.

XI

O guarda-livros, no dia seguinte pela manhã, declarou a Mme. Brizard que se retirava da
casa de pensão.
- Oh! Disse. - Não estava disposto a suportar por mais tempo aquele zungu! Os seus
vizinhos eram uma gente impossível! - Não se passava uma noite em que não houvesse
chinfrinada!...Não! definitivamente não podia ficar! De mais - O tísico do n.° 7 não lhe dava
um momento de descanso com o diabo de uma tosse, que parecia aumentar todos os dias!
Nada! Antes tomar um quarto no inferno!
Mme. Brizard e o marido procuravam dissuadi-lo de tal resolução. Não lhes convinha
perder um hóspede tão bom.
O guarda-livros, com efeito, era muito pontual nos pagamentos e não incomodava
pessoa alguma, porque só queria o quarto para dormir; verdade é que não fazia o gasto da
comida, mas em compensação estava sempre a encomendar ceiatas e jantares que deixavam bem
bom lucro.
A Ter por conseguinte, de sair alguém, antes fosse o tal rabequista, o tal Paula Mendes,
que, sobre possuir uma mulher insuportável, achava-se já atrasado nas suas contas, e os donos
da casa não viam muito certo o recebimento.
Catarina, assim que soube de semelhantes considerações, desceu em três pulos ao
primeiro andar e, atravessando-se defronte do Coqueiro, com as mãos nas ilhargas, gritou-lhe,
refilando as presas:
- Repita você o que teve o atrevimento de dizer a meu respeito e a respeito de meu
marido! Repita aí, se for capaz, que lhe mostro já para quanto presto, seu cara de fome!
João Coqueiro, muito pálido e com o lábio superior a tremer, exclamou que "sua casa não
era Praia do Peixe"; que ele não estava habituado "àqueles banzés"! Quem quisesse dar
escândalos que fosse lá para o meio da rua, que se fosse entender com as regateiras!
- Regateiras e regateiros são vocês, corja de gatunos! Replicou a outra.
Mme. Brizard, que por essa ocasião, ainda no quarto, enfiava as botinas, acudiu logo, um
pé calçado e outro não, e, com tal fúria avançou contra a mulher do Paula Mendes, que Amélia,
o Coqueiro e Nini não a puderam conter
As duas atracaram-se.
Os hóspedes, que estavam em casa, acudiram todos igualmente. Houve bordoada,
gritos, palavrões. Nini teve um ataque de nervos.
O ilustre Lambertosa teve vários empurrões e caiu contra uma cesta de ovos, que o
copeiro acabava de pousar no chão, para socorrer as senhoras
E, no meio de toda esta desordem, destacava-se a voz sibilante do advogado Tavares.
- Calma, senhores! Calma! Bradava ele. - Calma por quem sois! Esquecei-vos de que a
única arma do homem civilizado deve ser a palavra, escrita ou falada, a idéia, enfim?!
Esquecei-vos de que cada um de vós possui um cérebro, onde reside uma partícula da sabedoria
divina, e que só com esse cabedal podeis cruzar as vossa opiniões, sem que seja necessário vos
agatanhardes como animais selvagens ferozes?!...Virgílio, meus senhores, o imortal Virgílio, o
verdadeiro fundador da eloqüência, diz muito acertadamente na sua Eneida, Livro IV, com
referência à desditosa Dido - Pendet que iteram narrantis ab ore ! Se podemos, pois,
convencer com palavras, para que havemos de recorrer aos murros?!.
E , loco do costumado . entusiasmo, dava punhadas frenéticas na mesa e perguntava em
torno com os olhos enviesados e as cordoveias intumescidas:
- E o que dizia Salomão?! E o que dizia Salomão, na sua inquebrantável sabedoria?!


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Salomão, meus senhores...
Mas o orador foi interrompido violentamente pelo Coqueiro, que desejava saber se ele
podia dispensar o seu quarto ao guarda -livros e mudar-se para o n.° 6 do segundo andar.
Haviam combinado essa mudança enquanto o tagarela discursava.
- Salomão! Sr. Dr. Coqueiro, Salomão foi um prodígio!
- Pois bem, já sabemos disso, e agora o que nos convém saber é se V. S.a cede ou não
cede o seu quarto...
Mas não foi necessário tal assentimento, porque Amâncio, depois de um sinal de Lúcia,
declarou que cederia o seu gabinete por qualquer um dos quartos do segundo andar.
Coqueiro espantou-se. - Querer trocar o gabinete por um quarto do segundo
andar!...Ora, seu Amâncio!
- Faz-me conta, respondeu secamente o provinciano. E, chegando-se para o locandeiro,
acrescentou-lhe ao ouvido: - Logo mais te direi a razão por que...
Ficou resolvido que o guarda -livros passaria a ocupar o gabinete de Amâncio; este iria
para o n.° 6, e o Paula Mendes e mais mulher deixariam de comer à mesa de Mme. Brizard,
continuando, porém no n.° 5, até que liquidassem as suas contas.

* * *


Na tarde desse mesmo dia, como fizesse bom tempo, as senhoras combinaram em tomar
o café na chácara. Mme. Brizard, Amelinha, Lúcia e Nini, mal acabaram de jantar, desceram ao
terraço. Coqueiro e Amâncio já iriam também para o cavaco. - Tinham primeiro que dar dois
dedos de conversa.
Os dois rapazes meteram-se no vão de uma janela da sala de visitas, e Amâncio, com
acentuações de quem detesta imoralidades, disse ao outro , sem transição:
- Coqueiro, estou aqui há pouco tempo, mas estimo tua família, como se fosse a minha
própria, e, por conseguinte, entendo que é do meu dever me abrir contigo, sempre que nesta
casa descobrir qualquer coisa que possa Ter conseqüências graves...
- Mas que há? Perguntou o outro a fitá-lo, com muito empenho.
- Trata-se de Nini, disse o provinciano em voz soturna.
Coqueiro remexeu-se no canto da janela.
- Sabes, continuou aquele, - que a pobre menina sofre horrivelmente dos nervos, e
creio até que tem qualquer desarranjo na cabeça...
- Sim, por quê?
- Ë uma enferma, que, e não tivermos muito cuidado com ela, pode vir a dar sérios
desgostos a ti e tua família...
Mas, desembucha, o que é que houve?...
- Ë que ela, naturalmente em conseqüência da moléstia, coitada, às vezes faz certas
coisas que...para mim ou qualquer outro rapaz de bons princípios não valem nada, mas que, se
caírem nas mãos de um desalmado...sim! Tu sabes que hás homens para tudo neste mundo!...
E, Amâncio, inflamado pelos princípios morais que ele só cultivava teoricamente,
parecia mais que ninguém preocupado com a pureza dos costumes.
- Mas, afinal, que fez ela? Perguntou o Coqueiro, impacientando-se.
- Ora, disse o colega , desgostosamente, - tem feito o diabo...Ainda ontem, quando me
levantei da mesa , segui-me até à sala e...
- E...
- Principiou a fazer tolices. A pobrezinha estava como não calculas!...Tive que recorrer à
violência para contê-la; o resultado foi aquele ataque!...
E, vendo o ar de espanto que fazia o Coqueiro::


[Linha 3850 de 8244 - Parte 3 de 5]


- Digo-te isto, porque me parece que tenho obrigação de to dizer se, porém faço mal,
desculpa!...
- Mal? Ao contrário! Decerto que ao contrário! Fico-te muito grato!
E abraçando-o:
- Acabas de provar que és um homem de bem! A tua ação é de um verdadeiro amigo:
não imaginas o quanto eu a aprecio.
- Cumpri com o meu dever...observou o provinciano modestamente.
- Obrigado! Muito obrigado! Fico prevenido. De hoje em diante não acontecerá outra!
- E agora, compreendes por que não me convinha ficar embaixo, no gabinete?...concluiu
Amâncio.
- Oh!...Isso , porém, não era motivo para que deixasses o teu gabinetezinho... Eu daria as
providências necessárias!...
- Não, filho, nesta questões de família sou muito rigoroso. E agora, o que está feito, está
feito! Vou para o segundo andar; é até mais fresco!...
E, depois de algumas ligeiras considerações sobre o mesmo assunto, os dois rapazes trocaram
comovidos um enérgico aperto de mão e desceram juntos à chácara, onde, debaixo das
latadas de maracujá, os esperavam as senhoras, palestrando em familiar camaradagem.


* * *


Dias depois, quando Amâncio já estava transferido para o n.° 6 do segundo andar,
chegaram-lhe às mãos duas cartas; uma de sua mãe, outra de seu pai.
Era a primeira vez que o velho Vasconcelos se dirigia ao filho em carta especial.
Abriu logo a de Ângela, sofregamente, e a imagem da santa, que as últimas agitações da
vida do rapaz haviam nublado por instantes, como nuvens que escondem uma estrela guiadora,
mal começou a leitura, ressurgiu inteira e lúcida à memória dele.
A boa mãe queixava-se de que o filho, ultimamente, já lhe não escrevia com a mesma
assiduidade e com a mesma expansão: "Que significava semelhante mudança? Donde vinha
aquela reserva? Por que aqueles bilhetes tão apressados, quase telegráficos?..."perguntava ela
com a sua letra redonda e um pouco trêmula. "Por que não me escreves mais amiúde e mais
extensamente?" insistia a carta, "por que, meu querido filho, não me contas toda a tua vida; não
me dizes como passas, e em que te ocupas? Desejo saber se o Campos continua a ser teu amigo,
se na casa dele continuas tratado como dantes. Quero que me relates tudo, que te diga respeito,
meu Amâncio. Se soubesses a falta que tu me fazes, os cuidados que me dá a tua ausência, com
certeza serias melhor para tua mãe."
E, sempre a mesma, sempre extremosa, sempre com o filho na idéia, enviava-lhe
conselhos, recomendava-lhe certas precauçõezinhas; as medidas que devia tomar contra tais e
tais perigos; o modo pelo qual devia proceder em tais e tais perigos; o modo pelo qual devia
proceder em tais e tais situações.
Amâncio releu várias vezes o que lhe dizia Ângela, e respirou largamente, como quem sai
de um quarto apertado para um grande ar livre. Mas, se a carta materna o impressionou, a outra
o surpreendeu, porque, de tão afável e condescendente, não parecia derivar daquele terrível
Vasconcelos, que até em sonhos o aterrava, e sim das mãos amigas de um velho camarada dos
bons tempos da infância.
Estranhou-o logo, desde as primeiras palavras.
"Meu filho".
Até então, nunca recebera de seu pai esse carinhoso tratamento. O Vasconcelos nem ao
menos o tratara por tu; nunca lhe dera a beijar a mão ou a face, nunca lhe abrira, enfim o


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coração, quando este se achava ainda brando e maleável, para depor aí as sementes de ternura,
que desabrochariam mais tarde produzindo os bons sedimentos do homem..
Como exigir de Amâncio que tivesse agora as virtudes que, em estação propícia, lhe não
plantaram na alma? Como exigir-lhe dedicação, heroísmo, coragem, energia, entusiasmo e
honra, se de nenhuma dessas coisas lhe inocularam em tempo o germe necessário?
Ele, coitado, havia fatalmente de ser mau, covarde, e traiçoeiro. Na ramificação de seu
caráter a sensualidade era o galho único desenvolvido e enfolhado, porque de todos só esse
podia crescer e medrar sem auxílios exteriores.
Vasconcelos, por conseguinte, chegou tarde; encontrou já enrijado e duro o coração do
filho.
E, no entanto, toda a sus carta, fazia o que, por inépcia nunca fizera de perto, -
dirigia-se amorosamente ao rapaz. Contava-lhe novidades da província, comentava certos fatos
escandalosos, falava sem reservas de umas tantas coisas, das quais até aí nunca se permitira
tratar na presença de Amâncio.
O tópico seguinte levou o provinciano ao cúmulo da admiração:
"Não digo que te faças um santo, mas também não te afogues no torvelinho dos
prazeres. Goza, meu filho, por isso que és moço, goza, porém, com prudência e com juízo;
diverte-te, mas evitando sempre tudo aquilo que te possa prejudicar. Lembra-te de que saúde só
tens uma, e moléstias há muitas. O mundo não se acaba! Adeus. Nunca deixes de me escrever e,
quando te vires aí em qualquer apuro, fala-me com franqueza."
Tudo isso vinha tarde. Muita coisa, à semelhança do leite materno, só nos aproveitam até
certa época. Depois, em vez de fazerem bem, fazem mal.
As palavras de Vasconcelos que, aplicadas no tempo competente, dariam ótimos
resultados em benefício do filho, eram agora para este um simples pretexto de galhofa. Amâncio
sorriu da aparente transformação de seu pai.
- Ora para que havia de dar o velho!...
Não obstante, um vago sentimento, ao mesmo tempo amargo e agradável, apoderou-se
dele. Desfrutava um certo gosto em merecer aquela intimidade paterna; mas, por outro lado,
doía-lhe a consciência por não Ter sido melhor filho; como se o pobre rapaz de qualquer forma
contribuíra para semelhante falta.
E, então, acudiu-lhe à memória uma circunstância de que jamais se havia lembrado, - a
despedida do pai. Vasconcelos estava bastante comovido nesse momento e abraçava-o
chorando. Amâncio nunca lhe tinha visto o rosto com aquela simpática expressão de sofrimento;
mas, bem pouco se impressionou na ocasião; os olhos conservavam-se-lhe enxutos e o coração
quase alegre com a idéia da liberdade que ia principiar
Só agora, depois da carta, depois que soube que era amado pelo velho, uma grande
tristeza invadiu-o todo, e as lágrimas rebentaram-lhe com explosão.
Assim sucede sempre aos filhos educados à portuguesa, cujos pais como que sentem
vexame de lhes patentear o seu amor.
Pobres pais! Quantas vezes não estarão morrendo por afagar o filho e, todavia, em vez
de lhe darem um sorriso carinhoso, um beijo, uma palavra de doçura, fingem-se indiferentes e
afastam-se para que o pequeno não lhes perceba a comoção.
Néscios! Julgam que com isso estabelecem uma corrente de respeito entre eles e os
filhos; julgam que isso é indispensável para o bom êxito da educação; quando toda essa
anomalia só pode servir para lhes roubar a confiança e a estima dos entes predestinados a
dedicar-lhes todas as primícias de sua ternura.
Os pais dessa espécie levam a tal exagero a sua convencional rispidez, que, se acham
graça em alguma coisa feita pelo filho, sufocam o riso, medrosos de que qualquer expansão
acarrete uma quebra ao respeito filial.
Foi tudo isso, ao justo, que se deu com Vasconcelos a respeito de Amâncio. Amou-o,


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mas com disfarce; fingiu-se diretor inflexível, quando era simplesmente um pai como qualquer
outro. Muita vez chorou de ternura, mas sempre às escondidas; muita vez sentiu o coração saltar
para o filho, mas sempre se conteve, receoso de cair no ridículo.
E não se lembrava, o imprudente, de que o amor de pai é bem contrário ao amor de filho;
não se lembrava de que aquele nasce e subsiste por si e que este precisa ser criado; que aquele é
um princípio e que este é uma conseqüência; que um vem de dentro para fora e que o outro
vem de fora para dentro. Não se lembrava, o infeliz, de que o primeiro existirá fatalmente, por
uma lei indefectível da natureza; ao passo que o segundo só aparecerá se lhe derem elementos
da vida.
Foi desses elementos que Amâncio nunca dispôs para poder amar o pai

* * *


O fato é que , depois da leitura da carta, o estudante sentiu, pela primeira vez, algum
desejo de dar notícias suas a Vasconcelos; até aí só o fazia por honra da firma.
Campos, que lhe apareceu em seguida, veio transformar esse desejo em vontade,
falando-lhe da correspondência extraordinária que, pelo mesmo paquete, recebera do Maranhão.
O velho Vasconcelos também lhe havia escrito, e, com tanto interesse lhe falara de Amâncio,
tão inconsolável se mostrara e tão saudoso pelo filho, e com tal insistência pedira ao
negociante para olhar pelo rapaz, que o bom homem não hesitou em correr logo à casa de
pensão de Mme. Brizard.
O estudante carregou com ele para o quarto. - Aí conversariam mais à vontade.
- Pois, meu nobre amigo, disse o marido de Hortênsia, assentando-se defronte de
Amâncio , e batendo-lhe uma palmada na coxa, - seu pai não se cansa de falar a seu respeito.
São as saudades, coitado!
E tirando uma carta do bolso para entregar ao outro:
- Leia, leia e veja como está triste o pobre velho! Ah! meu amigo, acredite que - possuir
um pai é a maior fortuna que se pode ambicionar neste mundo!
Amâncio, entre outras coisas, leu o seguinte:
"Não imagina o Sr. Campos os cuidados em que eu e a minha boa Ângela nos temos
visto por cá com a ausência do rapaz. Nunca pensei que nos fizesse tanta falta. Ela, coitada, leva
a chorar desde que amanhece, e à noite é aquela certeza dos sonhos ruins a mais não ser! Acho-a
muito magra e abatida de tempos a esta parte. Então quando não recebe cartas do filho, o que já
se observa há três vapores consecutivos, fica prostrada de tal modo que se não pode levantar da
cama.
"Veja, por conseguinte, se alcança que o nosso estudante nunca nos deixe de escrever;
duas palavras que sejam , dizendo como está de saúde e que vai bem nos seus estudos. Isso, que
a ele não custará muito, poupa todavia cá por casa muitas horas de sofrimento e de desgosto.
"Até já me lembrou providenciar no sentido de fazê-lo vir no fim do ano passar as férias
conosco, não sei, porém, se tal coisa será conveniente ainda tão no princípio da carreira. O
amigo dispensar-me-á o obséquio de escrever a esse respeito.
"Em todo o caso, a idéia de que o senhor está aí, perto dele, e que , pelo que tem
mostrado, é deveras nosso amigo, tranqüiliza-nos em grande parte. Conto, pois , que olhará
sempre por Amâncio. Tenha paciência, sei que o importuno com estas coisas , mas que hei de
fazer? Dizem tanto dessa Corte; falam de tal forma do clima e dos mil perigos a que aí esta
sujeita a mocidade, que, só a lembrança de uma tísica galopante ou de um desses desvios, uma
dessas loucuras que às vezes acometem aos rapazes e inutiliza-os para o resto da vida; uma
dessas desgraças, Sr. Campos, que lhes sucedem facilmente, quando eles não dispõem de um
bom amigo que os encaminhe e aconselhe; só a lembrança de tudo isso, meu caro senhor, é o


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bastante para me tirar o sossego do espírito.
"Tenha a bondade, sempre que falar ao meu rapaz, de lembrar-lhe as obrigações e
dizer-lhe com franqueza a responsabilidade que agora lhe assiste. Ele está se fazendo homem e
precisa prepara futuro. Sirva-lhe de pai; acompanhe-o e proteja-o com o mesmo desvelo de que
usou meu irmão para guiar a sua mocidade."
- Vê, disse o Campos, abalado com as palavras do irmão de seu protetor.- São estes os
desejos de seu pai; ao senhor compete agora, como bom filho, fazer-lhe o gosto, e dar-lhe a
felicidade de que ele precisa para o resto da vida. O que estiver em minhas forças está à sua
disposição mas o senhor também deve fazer por si, já não é tão criança para não ver o que lhe
fica bem e o que lhe fica mal! Enfim, tenho toda a confiança no senhor, seu Amâncio, e estou
convencido de que não me desmentirá!
Amâncio, que até aí ouvia o Campos em silêncio e com os olhos presos a um ponto,
agradeceu-lhe muito aquele interesse e jurou que todo o seu empenho era corresponder à
expectativa de seus pais e ser agradável o mais possível aos verdadeiros amigos de sua família.
E a conversa, tomando novas direções, ,descaiu em assuntos menos circunspectos. Veio
então à bulha o baile do Melo, e Campos se queixou de que Amâncio, depois disso, nunca mais
lhe aparecera em casa.
- Já tinha a intenção de lá ir domingo.
- Não, contradisse o negociante.- Vá antes sábado, amanhã, que é aniversário de meu
casamento. Não há festa, mas reúnem-se alguns camaradas e toca-se um bocado de piano.
Adeus. Não deixe de ir. Olhe, se quiser pode levar seus amigos. Adeusinho.
Amâncio acompanhou-o até a porta da rua e voltou ao quarto.
Estava preocupado; não mais com as cartas da família, mas com a deliciosa intenção de
reatar no dia seguinte o namoro de Hortênsia. Só uma pequena circunstância lhe mareava o
antegozo desses sonhados momento s de ventura: era a idéia dos seus compromissos como
estudante; sentia-os agravados perante a confiança que lhe depositavam, e agora, mais que
nunca, a consciência do seu relaxamento, a lembrança da haver faltado às aulas tantas vezes e
de não Ter aberto livro durante a última semana, agonizavam-no desabridamente.
- Oh! Os estudos! Os estudos eram o ponto negro de sua vida, o seu desgosto, o
terrível espectro de todos os seus sonhos! As regalias que daí viessem mais tarde, fossem elas
quais fossem, nunca poderiam compensar aquela profunda tristeza, aquele aborrecimento
invencível, que o devoravam.
Semelhante preocupação tirava-lhe o gosto para tudo, azedava-lhe todos os melhores
instantes de sua vida. Cada minuto, que se escoava na ociosidade, era mais uma gota de
remorso caída no sombrio pélago de seu tédio.
E, contudo, os minutos, os dias e as semanas iam escapando, sem que Amâncio lograsse
vencer a sua antipatia pelo trabalho.
Olhava com repugnância para os melancólicos compêndios da faculdade, e, quando
teimavam muito em os conservar abertos defronte dos olhos, quase sempre adormecia.
Um verdadeiro tormento!

* * *

Amâncio obteve de João Coqueiro que o acompanhasse à soirée do Campos.
Foi uma noite cheia para ambos; se bem que Hortênsia ,de tão preocupada com os
arranjos da casa, muito pouco se dera às visitas.
Carlotinha, sim, mostrava-se alegre e comunicativa que nem parecia a mesma. Chegou-se
muito para Amâncio, meteu-se com ele de palestra,, a fazer pilhéria, a criticar das outras
senhoras, com visagens disfarçadas e pequeninos risos estalados por detrás do leque.
O estudante ficou pasmo, quando descobriu que toda essa intimidade procedia do


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namoro dele com Hortênsia. À primeira indireta da rapariga, o rapaz corou e respondeu
titubeando. Carlotinha, porém, o tranqüilizou, dando a entender que era discreta e interessada
nos segredos da irmã.
E, já sem indícios de gracejo, aconselhou-o a que freqüentasse a casa com mais
assiduidade; um Domingo sim, outro não, para jantar. Seria muito bem recebido, alguém fazia
questão dessas visitas...
Amâncio, no seu papel de inocente, quis saber quem era esse alguém , mas a rapariga
negou os esclarecimentos e pediu-lhe em segredo que se calasse, piscando o olho para o lado
esquerdo, onde acabava de se assentar um sujeito gordo, de barba toda raspada.
- É o Costa ! Nada lhe escapa!... soprou ao estudante por debaixo do leque. E depois em
voz alta, disfarçando:
- Pois o baile do Melo esteve muito bom!...
- _Muito...confirmou Amâncio. - Há longo tempo não me divirto assim!...Mas, para a
senhora creio que ainda seria melhor, as lá estivesse certa pessoa!...
- Quem? O guarda-livros?...Ora!...
E, com ar desdenhoso, declarou que há quinze dias ficara tudo acabado.
- Seriamente? perguntou o estudante.
- Sério! E não me sinto com isso, até estimo! No fim de contas aquilo é um tipo
impossível; tão depressa está para o norte como para o sul!
- Mas a senhora parecia gostar dele tanto...
- Pensei que fosse outra coisa...respondeu Carlotinha, franzindo os lábios. - Quando,
porém descobri o que ali estava, dei tudo por acabado! Foi muito bom; antes assim do que
depois do casamento!...
E, para mostrar a sinceridade daquela indiferença, ria com exagero e dava a sua palavra
de honra em como não tinha paixão por homem nenhum deste mundo. Havia de casar sim,
porque isso era necessário, mas não que preferisse este ou aquele. Todos eles eram a mesma
coisas _uns tipos!
Amâncio defendia o seu sexo, experimentando já pela rapariga uma nascente
repugnância instintiva.
Quando, às três horas da madrugada, os dois estudantes se despediram, Campos, entre
muitos oferecimentos, pediu ao "Sr. Dr. João Coqueiro" que voltasse qualquer dia, mas com a
família. Ele tinha nisso muito bom gosto.
Coqueiro prometeu fazer-lhe a vontade e retirou-se com o amigo.

* * *

Quase nada conversaram pelo caminho. Amâncio parecia aflito por se meter na cama;
uma vez, porém , recolhido ao seu novo quartinho do segundo andar, não sentia as menor
disposição para dormir.
A circunstância de saber que Lúcia estava ali tão perto, a quatro ou cinco passos, mas
inteiramente fora do seu alcance, o indispunha como se fosse uma pirraça levantada com o fim
único de o afligir.
Não resistiu ao desejo de ir, como da outra vez, espreitar pela fechadura do quarto em
que ela morava, e encaminhou-se sorrateiramente para o n.° 8. Nesta tentativa, porém, foi ainda
mais infeliz do que da primeira, porque a janela do corredor ficara aberta, e Amâncio principiou
a espirrar , constipado.
O doente do n.° 7 tossicava, de vez em quando.
Amâncio voltou ao quarto, muito aborrecido. Abriu um livro, mas repeliu-o logo, com
tédio. Lembrou-se de fazer café. (Na véspera comprara uma maquinazinha e os apetrechos
necessários para isso.)- O melhor, porém, seria melhor tomar o café depois de um banho Deu


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lume à máquina e desceu ao primeiro andar, já despido e rebuçado no lençol.
Queria passar pelo quarto da mucama, que ele agora sabia ao certo onde era; mas, na
ocasião em que entrara na sala de jantar, deteve-se cautelosamente com a presença de um vulto
que acabava de aparecer do lado oposto. A custo reconheceu Coqueiro; do lugar onde se achava
podia observar sem ser visto. O dono da casa atravessou a pé a varanda e, encaminhando-se
para o fundo do corredor, sumiu-se no tal sítio, por onde justamente queria passar o outro.
- Será possível?...considerou Amâncio, que se adiantara precatamente para certificar-se
do que vira.
- Que grande velhaco!
E era aquele tipo que, "por moralidade não admitia em casa certas visitas!..."
- Ah!, meu pulha! Pensou o estudante.
- Como podia agora tomar a sério a casa de Mme. Brizard?...Que juízo devia fazer de
toda aquela gente? E Amelinha ? o que vinha a ser aquela Amelinha?...
Dois espirros cortaram-lhe a teia dos raciocínios, e em seguida um calafrio muito
penetrante lhe percorreu o lombo. Sentiu-se indisposto; não obstante, desceu ao banheiro. -
Aquilo desapareceria com um pouco d'água pela cabeça.
Mas, quando voltou ao quarto, já lhe doía o corpo e tinha as pernas entorpecidas
levemente.
Tomou uma chávena de café, bebeu um gole de conhaque, e meteu-se na cama,
tiritando.
Não se pôde erguer no dia seguinte. Coqueiro apresentou-se-lhe no quarto, logo pela
manhã, muito sobressaltado com os incômodos do querido hóspede. Estava mais inquieto do
que se tratasse de salvar a vida de um parente insubstituível.
Perguntou se Amâncio queria médico; se precisava de alguma coisa. - Que diabo!
Dispusesse com franqueza. Ele estava ali às suas ordens!...
O doente apenas desejava que o amigo desse um pulo à agência dos vapores e trouxesse
o constante de um conhecimento , que lhe pediu para procurar nas algibeiras do fraque.
Coqueiro obedeceu prontamente.
Era um pacote de doces que lhe enviava a mãe. Havia frasco de bacuris em calda.
Muricis, cajus cristalizados e buritis em massa para refresco. Amâncio , logo que o colega voltou
com o presente, fez acondicionar tudo sobre a mesa, defronte de sua cama.
Nesse instante, Mme. Brizard e Amelinha invadiam-lhe o quarto, ávidas de informações.
- Que tinha o Sr. Vasconcelos? - Que sentia? Como lhe aparecera febre?
E a francesa, depois de consultar o pulso ao rapaz, afiançou que aquilo não valia nada.
Ele que tomasse um suadouro, que se deixasse ficar na cama e havia dever que no dia seguinte
estava pronto.
Lambertosa, chegando logo em seguida, pediu ao doente que aceitasse uma dose de
acônito e deixasse o resto por sua conta.
Mas a febre recrudesceu depois do almoço. Amâncio queixava-se de dores na cabeça,
na espinha e nos quadris.
- Tudo isto é ar! Afirmou o gentleman autoritariamente. - Acônito! Dê-lhe com o
acônito!
Foi Amelinha a encarregada de ministrar ao doente, de hora em hora , uma colher do
remédio.
Mme. Brizard falou muito da inconstância do clima do Rio de Janeiro, das precauções
que se deviam tomar contra as umidades; do risco que havia em comer certas frutas e, afinal,
retirou-se, tendo apalpado ainda uma vez o pulso e a testa do hóspede.
Amelinha revelava-se extremamente solícita. Andava no bico dos pés, a borboletear pelo
quarto, arrumando os livros sobre a mesa, apanhando a roupa espalhada pelo chão, acudindo a
qualquer movimento do estudante, que dormia entanguecido de baixo dos lençóis. Ele, coitado,


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parecia cada vez pior. Ardiam-lhe os olhos desabridamente; o hálito queimava; não podia
suportar o cheiro do fumo e queixava-se de muita sede e comichão pelo corpo.
Amelinha, sempre irrequieta e passarinheira, preparava-lhe copos d'água com açúcar.
Agachava-se à borda da cama, mexia e remexia com a colher o sacarífero calmante e, depois de
o provar com a pontinha da língua, passava-o às mãos de Amâncio. Este, porém, mal bebia,
voltava-se de novo para a parede, gemendo de olhos fechados.
Pelas duas horas da tarde, Lúcia pediu licença para lhe fazer uma visita. Entrou cheia de
cerimônia, e assentou-se gravemente em uma cadeira, à cabeceira do leito.
O doente voltou-se logo e agradeceu aquela fineza com um olhar muito triste e injetado
de sangue.
Ela mostrava-se interessada; pedia informações a respeito da moléstia. Amâncio
respostava com dificuldade. Parecia moribundo.
Mas, quando Amélia saiu e desceu ao primeiro andar, ele tomou rapidamente as mãos da
outra e cobriu-as de beijos que a febre tornava mais ardentes e mais queimosos.
- Eu te amo! Eu te amo! dizia ele.
- Bem, mas fique quieto! Isso lhe pode fazer mal! Retrucava a suposta mulher do
Pereira. - Nada de tolices! Deite-se! Deite-se!
Amâncio libertou os braços do cobertor, apoderou-se da cabeça de Lúcia , e começou a
beijar-lhe os olhos, a boca e os cabelos, numa sofreguidão irracional.
As lunetas da "ilustrada senhora" haviam caído, e ela encarava o rapaz , sem dizer
palavra, a lhe cravar os seus grandes olhos de míope, alterados pelo abuso do vidro de
graduação.
Tiveram de disfarçar, porque alguém se aproximava.
O enfermo voltou logo aos lençóis e pôs-se novamente a gemer.
Era o Coqueiro quem vinha. Desde a entrada mostrou-se contrariado com a presença de
Lúcia. Transpareciam-lhe no rosto os sintomas da desconfiança. Dir-se-ia um ciumento a
penetrar de chofre nas recâmaras da amante.
- Aquela mulher não podia estar ali com boas intenções!...
E foi de mau humor que o Coqueiro respondeu a uma pergunta dirigida por ela a
respeito da moléstia.
Lúcia, também não deu mais palavra e, logo depois saiu muito enfiada.

* * *

À noite apresentou-se o Campos, a quem o Coqueiro , de passagem, prevenira dos
incômodos de Amâncio; trazia consigo um médico.
Este declarou incontinenti que o rapaz tinha bexigas; mas antes que fizessem
espalhafato, afiançou que eram benignas. "Bexigas doídas, cataporas, como vulgarmente
chamavam por aí. Ficassem tranqüilos , que o caso não era grave; convinha , porém, ter algum
cuidado com o doente: - evitar a ação do vento e muita limpeza com a roupa da cama."
Receitou e saiu, prometendo voltar no dia seguinte. Campos seguiu-o até à escada do e
tornou ao segundo andar.
A mulher do Paula Mendes, que abrira a porta do quarto para escutar o que dizia o
médico, rompeu logo a falar dobre o abuso de consentirem ali "um bexigoso!"
Daquela forma, em breve a casa se transformava num hospital! Já lá tinham um tísico,
que à noite não a deixava dormir com o gogo; agora era um bexiguento; amanhã seria a febre
amarela e depois a lepra! - Arre! Em chegando o marido havia de mostrar o que faria!
Lambertosa, a pretexto de que sentia muito calor, empacotou o que tinha no quarto e lá
se foi moscando à francesa.
- Nada! segredou ele embaixo ao Fontes, que jogava o dominó com a mulher na sala de


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jantar. - Tenho medo disto que me pélo; em pequeno vi morrer três sujeitos de pancada com as
tais cataporas! Vou para a chácara de um amigo nas Laranjeiras! E, se a madame não tratar de
pôr fora o doente, eu também aqui não porei mais os pés!
E, vendo que o Fontes parecia impressionado com as suas palavras:
- Pois não acha o amigo que não tenho razão?...Pode-se lá admitir um varioloso dentro
de uma casa como esta, cheia de hóspedes?...
- 'Stá claro! Disse a mulher do Fontes, empurrando as pedras do dominó. - Eu também
aqui não fico! Ou o doente se mudas ou então mudo-me eu! E logo o quê! - bexigas! Deus nos
defenda! Até parece que já sinto um formigueiro por todo o corpo...Credo!
- Sim, disse o marido, - mas não acredito que Mme. Brizard esteja disposta a ficar com
ele dentro de casa!
O gentleman havia desaparecido, como se levasse uma fera atrás de si; os dois outros
ergueram-se conversavam assustados sobre o grande fato; enquanto Nini, que, desde às
cinco horas jazia estendida em uma cadeira ao canto da varanda, com um lenço amarrado na
cabeça, escutava-os silenciosamente, os olhos pendurados no vago
Depois daquela cena violenta com Amâncio, a pobre criatura se quedara mais apreensiva
e mais triste. Eram suspiros sobre suspiros e nem uma palavra durante o dia inteiro; às vezes
dava-lhe para chorar e não havia meio de a conter.
Em cima o Campos tomou o chapéu e o guarda-chuva, mas, antes de sair, consultou a
opinião do Coqueiro e de Mme. Brizard sobre o que melhor convinha fazer a respeito do
varioloso. "Talvez fosse mais acertado levá-lo para uma boa casa de saúde!... - Eles que se não
constrangessem: se era inconveniente ficar ali o rapaz, falassem com franqueza, porque tudo se
podia arranjar perfeitamente.
Mas os locandeiros protestaram logo, com energia: - Longe de ficarem constrangidos,
tinham muito gosto em ser úteis ao Dr. Amâncio.- Que o já estimavam tanto, que não teriam
ânimo de o desamparar, justamente quando o pobre moço, longe da família, mais precisava de
cuidados!
- Verdade é que as bexigas não são das más...considerou o negociante, alisando o
pêlo de seu chapéu alto. - Mas os outros hóspedes talvez não pensem como a senhora e seu
marido...E daí, quem sabe?...queiram deixar a casa e...
Mme. Brizard declarou que por esse lado estava sossegada. "Os bons hóspedes não
desertariam por tão pouco, e quanto aos maus, se fossem não fariam falta."
Campos agradeceu pelo recomendado aquela boa vontade; tornou a dizer que não
poupassem despesas com a moléstia e, quando porventura houvesse alguma dívida ou alguma
dificuldade, era mandar imediatamente um recadinho à Rua Direita, que ele lá estava sempre às
ordens.
E ainda voltou ao quarto do rapaz para lhe rogar mis uma vez que não tivesse receio de
importuná-lo em qualquer ocasião e, outrossim, para saber se, por enquanto, ele não precisava de
mais alguma coisa.
Amâncio desejava unicamente que o amigo procurasse por onde andava o Sabino, que
agora lhe fazia falta; e, caso o encontrasse, tivesse a bondade de remeter-lho; pois seria um
grande favor.
Veio à questão o quanto madraceavam os escravos ultimamente. Mme. Brizard jurou
que não havia melhor vida do que a deles; disse que Amâncio fizera mal; em consentir que um
negro de sua propriedade andasse por aí tanto tempo, sem lhe prestar contas; quando, alugado,
lhe podia dar de rendimento pelo menos quarenta mil-réis mensais. E, de sua parte recomendou
de Campos que fizesse diligências para descobrir o tratante e o deixasse ali, que ela mostraria se
punha ou não a bom caminho.
O negociante retirou-se afinal, entre novos protestos e novos oferecimentos.
Mme. Brizard, o Coqueiro e Amelinha não abandonaram o quarto do doente até mais


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de meia-noite; ora um, ora outro, acompanhavam-no sempre. Lúcia também aparecia de
quando em quando; ao passo que o marido, sem jamais acordar completamente, nem dera pelo
reboliço em que ia a casa.
Por toda a parte sentia-se já o cheiro de alfazema queimada. O esquisitão do n.° 4,
muito comprido no seu poncho de brim pardo, que lhe batia desairosamente nas tíbias mal
compostas, espaceava no corredor, cantarolando , em voz soturna o De Profundis .
Olha que agouro! Resmungou a mulher do Paula Mendes ao vê-lo passar e, já
encolerizada pela demora do marido, fechou a porta do quarto com um pontapé. - Logo aquela
noite é que o diabo do homem entendia de se demorara mais tempo na rua! Raios o partissem,
diabo!
O Melinho, a pérola do n.° 9 , também aparecera; e o Piloto, a saber ,ainda na porta da
rua, que havia um bexigoso no segundo andar, fez uma careta, benzeu-se comicamente,
desgalgou pelo mesmo caminho que trazia, afetando trejeitos exagerado de medo. O
guarda-livros é que bem pouco se incomodou com a notícia, tinha lá o seu gabinete ao lado da
sala de visitas, e aí com certeza não chegariam os miasmas.
Estava em cima o Coqueiro a discutir com a família sobre quem devia acompanhar o
enfermo durante o resto das noite, quando entro o Paula Mendes, estranhamente alegre, a cantar
em voz alta. O dono da casa correu logo ao seu encontro e lhe pediu que não fizesse bulha. - O
hóspede do n.° 6 estava de cama!
Mendes respondeu com descostumada grosseria, arrastando a voz. Catarina ao vê-lo
naquele estado, fechou bruscamente a porta do quarto, que nesse mesmo instante havia aberto, e
gritou-lhe de dentro "Que fosse cozinhar para longe a bebedeira! Que voltasse para onde se
tinha emborrachado! Era só também o que faltava! - que, além de tudo, tivesse de aturar
bêbados! Estavam bem servidos!"
E, todos, com grande espanto , se convenceram de que efetivamente o Paula Mendes
vinha ébrio, logo que o viram principiar a bater, como um possesso, na porta do quarto, berrando
pela mulher, sem se poder agüentar nas pernas.
- Pois senhores, disse Mme. Brizard, que acudira com o barulho, - estou pasma! Desde
que o rabequista mora aqui é a primeira vez que o vejo assim!...
- Naturalmente isto foi coisa que lhe fizeram... opinou Coqueiro. - Ele, coitado, é até
homem de bons costumes!...
Todos concordaram nesse ponto, e o hoteleiro, uma vez capacitado de que a peste da
Catarina não abria a porta ao marido, carregou com este para o quarto que o Lambertosa
acabava de despejar.
- Diabo! Resmungou, deixando-o cair sobre a cama. - Hóspedes que só dão de lucro
estas maçadas!
Resolveu-se que seria o copeiro quem acompanharia o enfermo durante o resto da noite.
O médico recomendara que dessem o remédio de três em três horas. Lúcia lamentou que,
justamente nessa ocasião, a sua Cora estivesse em Cascadura ajudando a uma amiga a morrer,
porque ao contrário Amâncio não teria outra enfermeira. "Ah! não havia como aquela mulata
para tratar de um doente!..."
Mas o copeiro assumiu o posto que lhe designaram, e cada um se recolheu ao
competente dormitório. Catarina ainda rabujou sozinha por algum tempo; o Paula Mendes caiu
num sono de chumbo, e a casa foi a pouco e pouco se atufando nas brumas silenciosas da
noite.
Só então , de tão fracos que eram , ouviam-se os bufidos cavernosos do tísico que, no
triste abandono de sua miséria, continuava a gemer, sufocado pela dispnéia.
O desgraçado já não tinha forças par sair à rua. A sua moléstia entrara no segundo
período; cresciam-lhe as dores do peito e apareciam-lhe agora, pela madrugada, acessos febris,
acompanhados de suores frios e gordurosos.


[Linha 4300 de 8244 - Parte 3 de 5]


A magreza desnudara-lhe os ossos, e o alimentos faziam-lhe repugnância. Como era
muito pobre, ninguém se interessava por ele; os criados serviam-no mal e a más horas.
Traziam-lhe a comida e depunham-na sobre o velador." bodega lá que se arranjasse!"
Mme. Brizard, por mais de uma vez dissera:
- Também aquele estafermo não ata nem desata!...


* * *


Por volta das quatro da madrugada, Amâncio sentiu passarem-lhe brandamente a mão
pela testa, e despertou estremunhado.
Um candeeiro de azeite derramava no quarto a sua meia claridade trêmula e duvidosa.
Era tudo silêncio e quietação.
- Lúcia! disse ele, reconhecendo-a e tentando passar-lhe o braço na cintura.
- Psiu! Fez a ilustrada senhora com um dedo nos lábios.- Tenha modo! O copeiro está
dormindo e, como o médico recomendou que não deixassem de lhe dar de hora em hora uma
colherada do remédio, eu ...
- Meu amor!
- Nada de bulha! Tome o remédio e trate de dormir, que você está doente.
Amâncio bebeu a tisana e com um gemido arrastado pousou de novo a cabeça nos
travesseiros.
- Como se acha ensopada esta camisa! Observou Lúcia, apalpando-lhe as costas
solicitamente. E perguntou logo onde estava a roupa branca.
O rapaz apontou com dificuldade para a gaveta inferior da cômoda, e acrescentou
careteando:
- No fundo, ao esquerdo.
Ela foi abrir o gavetão, muito de mansinho, para não acordar o copeiro que dormia a
sono solto sobre um enxergão no soalho, e reveio, toda desvelos, com uma camisa aberta nos
braços.
- Vamos ! mude essa roupa. O remédio está produzindo efeito. É preciso não resfriar.
O estudante despiu a camisa suada e vestiu a outra.
- Agora, sente-se melhor? Perguntou a mulher do Pereira.
Estava assim, assim... Ainda lhe doía o corpo, e a comichão não tinha diminuído. Parecia
que lhe passeavam formigas pelas pernas.
- Trate de repousar. Adeus. Eu voltarei de manhã, para lhe dar outra dose do
remédio. Até logo.
Amâncio pediu-lhe que se demorasse mais um pouco, que se assentasse um instante ao
seu lado; ela, porém, muito senhora de si, negou-se formalmente, dizendo com a cabeça que
não e recomendando-lhe com um gesto que se acomodasse.
- Ao menos um beijinho... pediu ele.
A outra não respondeu e saiu na ponta dos pés.
Voltou pela manhã, como prometera, mas o copeiro já havia dado o remédio ao doente.
- Então! Como passou? Perguntou ela, indo apertar-lhe a mão.
- Ora, mais incomodado com a sua ausência do que com a minha moléstia... respondeu
o moço, fazendo um ar infeliz.
- Impressões de momento... retorquiu Lúcia, sorrindo. - Daqui a pouco não se lembrará
mais de mim...
E logo, que viu sair o preto:
- Para só pensar na Amelinha...


[Linha 4350 de 8244 - Parte 3 de 5]


Amâncio fez um gesto de repugnância.
- Tem toda a razão!... prosseguiu ela - toda! Amelinha é moça, é bonita, e pode casar!
- Comigo, nunca!... afirmou o rapaz.
- Não poria a mão no fogo... insistiu Lúcia. - Agora eu, sim, já sou papel queimado, e
estou velha...
- Velha? Dê-me então a sua bênção...
Lúcia sorriu e estendeu-lhe a mão, que ele beijou avidamente, ficando depois a
examiná-la, como se contemplasse uma obra de arte.
- É feia... disse a senhora - é comprida demais e magra.
- É adorável! Desmentiu o estudante. E tornou a beijar, com exagerado transporte, a
mãozinha que conservava entre as suas.
- Está bom. Chega! Para bênção já basta! E ela puxou o braço. - Deve estar a surgir o
batalhão de seus enfermeiros! Adeus.
- Eu os trocaria a todos por ti, minha santa!
- Isso é o que havemos de ver! Replicou ela intencionalmente. E saiu do quarto.
O Coqueiro, que chegou logo depois, percebeu que Lúcia acabava de estar ali, mas não
deixou transparecer a sua contrariedade.
- Então?! perguntou.
O doente fez uma careta de desânimo.
- Tiveste alguma novidade durante a noite?
- Nenhuma, respondeu Amâncio.
- O remédio, tomaste-o?
- Tomei.
Coqueiro deu uma volta pelo quarto, para demorar um pouco mais a visita, e disse
frouxamente:
- Bem, tenho que ir pras aulas. Até já! - Loló e Amelinha não tardam por aí.
E retirou-se, a gritar desde cima pela mucama: - Que viesse arrumar o quarto do Sr. Dr.
Amâncio!
Mme. Brizard e Amelinha , com efeito, não tardaram a aparecer, falando muito sobre o
terror que a moléstia de Amâncio produzia nos outros hóspedes, confessando as maçadas que
tiveram as duas na véspera; e, por fim, a mais velha desceu para cuidar da casa e a menina ficou
para tratar do enfermo.

* * *


João Coqueiro, à volta da academia, chamou a mulher ao quarto e perguntou-lhe,
cruzando os braços e sacudindo a cabeça:
- E o que me dizes tu da Sr.ª D. Lúcia?...
Mme. Brizard respondeu com um movimento de ombros.
- Bem desconfiava eu!...Ajuntou o especulador, depois de uma pausa. Acredita, Loló,
que desde a chegada do Amâncio, tive cá um palpite de que aquela mulher seria um estorvo
para os nossos projetos!
A francesa fez um esgar de dúvida. E o esposo acrescentou com raiva:
- Pois se ela não o larga um só instante! Leva a escorá-lo, o demônio!
- Não credites que Amelinha se deixe codilhar assim só !...observou a esperta locandeira.
- Ora qual! Volveu o outro zangado. - Ninguém me tira da cabeça que esta mudança do
rapaz para o segundo andar, foi coisa arranjada por aquela sirigaita!
E, tendo percorrido três vezes o quarto, parou de repente, muito agitado:
- Mas comigo, bradou - Está enganada! Tenho a faca e o queijo na mão! Posso


[Linha 4400 de 8244 - Parte 3 de 5]


despachá-los, quando bem entender, a ela mais o bolas do tal marido! E nem preciso inventar
pretextos para os pôr na rua, porque eles já devem aí perto de dois meses!
- Pois nós havemos de perder esse dinheiro?! Interrogou Mme. Brizard assustando-se.
- Sim, mas é que eu não os deixo ir, sem ficar garantido! E se quiserem fazer de espertos,
confisco-lhes a mulatinha! Não! Aqui para o meu lado é que não se arranjam!
E, recaindo nos projetos a respeito de Amâncio:
- Uma ocasião tão boa para a Amelinha o cativar, se o diabo da intrusa não se metesse
entre eles no melhor da coisa! Ah! peste!
Mme. Brizard, que se havia assentado, meditava de cabeça baixa.
- Eu até o acho agora mais reservado e mais frio! ... prosseguiu o hoteleiro-estudante. -
Já não me consulta quando quer dar algum passo ... já não se abre comigo!
E aproximando-se da mulher, exemplificou em voz de mistério:
- Sabes, aquele doce que ele recebeu do Maranhão? Foi quase todo para ela! A mim
deu unicamente um frasco do tal bacuri (por sinal que não lhe acho graça); para si, creio que
guardou uma latinha de geleia, e tudo mais lambeu a gata arrepiada!
- Que! Pois ele lhe fez presente de todo o doce que recebeu do Norte?...
- Ora! Se te estou a dizer!
- Não! exclamou a Brizard escandalizada.- Isso agora não lhe perdôo! A gente aqui a
se matar, a desfazer-se em carinhos, e ele a socar no bandulho daquela bicha os mimos que
recebe da família! Não! Isto não se faz!
- Pois fez! Sustentou Coqueiro. - E, se não abrirmos os olhos, ela é capaz de
arrancar-lhe até a última camisa!
- Dar todo o doce àquela criatura!... repisava a francesa. - É quanto pose ser!...
- Pois deu!
- Sempre o supunha outra espécie de gente!...
- Não é pelo doce, explanou o marido - mas sim pelo alcance do fato! Nós, o que
devemos fazer e, quanto antes, tomar medida muito seria a respeito de tudo isto!
E, fitando a mulher com resolução:
- Vamos a saber! Achas que os devemos pôr no olho da rua ?!
- Mas, filho, sem pagarem?! ...
- Ainda que não paguem, ora essa! Dos males o menor! Lembra-te de que o Amâncio
não inventou a pólvora e pode, muito bem, ser visgado por aquela lambisgóia!... A cabra não
tem nada de tola!... Que achas tu?!
- Sim, mas também par deixá-los ir com o nosso cobre...
- Fica-se com um documento selado e podemos perseguí-los a todo o tempo!
- Isso é asneiras!
- Asneiras é perdermos o futuro de Amelinha por causa de alguns mil-réis
Mme. Brizard ainda hesitou.
- Então? insistiu Coqueiro. - A termos de tomar esta resolução, deve ser já e já, que a
oportunidade é magnífica; talvez até nunca mais pilhemos um ensejo tão favorável! - Minha
filha, nem sempre há cataporas!...
A outra, afinal, consentiu, e ficou deliberado que o Pereira e Lúcia seriam postos
na rua, se não saldassem imediatamente as suas contas.
- Estão ali, estão fora!... profetizou o locandeiro, esfregando as mãos.

* * *
Algumas horas depois, quando o Pereira descrevia tropegamente a sua órbita
consuetudinária entre a mesa do jantar e a preguiçosa, Coqueiro, entrepondo-se-lhe no
caminho, meteu-lhe na mão uma folha de papel dobrada sobre o comprido, e disse-lhe em tom
seguro e repassado de urgências:


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- É uma nova continha de suas despesas. O amigo desculpe, mas, se me pudesse pagar
isto até amanhã, não seria nada mau, porque tenho de satisfazer os fornecedores.
- Havemos de ver... balbuciou o hóspede, correndo pelo papel os olhos meio
fechados.
O credor advertiu-o em voz baixa de que havia já esperado muito e que o Se. Pereira,
pelos modos, não se lembrara dele.
- Tem toda a razão... concordou o dorminhoco. - Juro-lhe, porém, que me não esqueci
do senhor. Ainda não recebi dinheiro, sabe?
Sim , retorquiu o outro - mas o senhor também sabe que eu preciso fazer face aos gastos
da casa e ...
- Tenha paciência ... bocejou o Pereira. - Tenha um pouco de paciência. Hei de cuidar
disso.
- Mas é que não posso esperar mais, Sr. Pereira!
- Não há novidade ! Pode ficar descansado, que não há novidade, respondeu aquele
espreguiçando-se, já importunado com o transtorno de não se poder estirar na cadeira. E
entregou a conta a Lúcia, que se aproximava em ar de curiosidade. Feiro isto, deixou-se cair na
preguiçosa, inalteravelmente, com nos outros dias. Daí a pouco ressonava.
A mulher leu a conta de princípio a fim, sem um gesto, nem uma palavra; depois, ainda
em silêncio, dobrou-a de novo e meteu-a no seio.
No dia seguinte pela manhã o copeiro, apresentava-se-lhe no quarto, exigindo, em nome
do patrão, a resposta do pedido que este na véspera fizera ao Sr. Pereira.
Lúcia, molestada com semelhante pressa, respondeu de mau humor que - mais tarde
daria uma resposta... O marido ia sair para buscar dinheiro!
O criado retirou-se, e ela foi logo, muito zangada, despertar o Pereira com um violento
empuxão.
- Você é uma lesma! Exclamou. - Põe-se a dormir desse modo, e cá fico eu para me
haver com as contas!
- Que contas?... perguntou o homem, esfregando os olhos pachorrentamente e
escancarando a boca.
- Que contas! Você sempre é um traste muito inútil!
- Deixa disso, nhanhã...
- Que contas! A conta da casa! A conta do que você e eu comemos!
- Havemos de ver isso...
- Havemos de ver, não! que é preciso resolver qualquer coisa! O homem quer dinheiro;
não me larga a porta!
E, puxando-o por um braço: - Ande! Mexa-se!
Pereira não fez caso e tornou aninhar-se na cama, encolhendo as pernas e os braços.
- Você não ouve?! Berrou a mulher, desfechando-lhe um murro nas costas. - Ë preciso
que lhe dê com os pés para o acordar, seu burro?!
- Não me amole! Tartamudeou ele, sem voltar o rosto. Lúcia, que já se não podia conter,
saltou-lhe ao gasganete e encheu-lhe a cara de bofetões.
- Pereira ergueu-se num pulo, e, muito estremunhado, olhou sério para a mulher:
- Ora , vamos lá!... disse, e começou a espreguiçar-se, retesando os braços.
- Diabo do sem-préstimo! Resmungou a outra com desprezo, enviesando a boca e
cuspindo o olhar por cima do ombro. - Não têm um vislumbre de brio naquela cara !
- Já trouxeram o café?... perguntou o sem-préstimo, cuidando de lavar o rosto e os
dentes.
Lúcia respondeu-lhe com uma injúria e saiu do quarto arremessando a porta; mas reveio
logo e gritou em tom de ordem:
- Vista-se já e ponha-se em caminho, que é preciso arranjar dinheiro!


[Linha 4500 de 8244 - Parte 3 de 5]


Pereira vestiu-se demoradamente, sempre abrir a boca, depois seguiu para o primeiro
andar no seu passo miúdo, os braços a jogarem-lhe num movimento pendular, como se os
tivesse seguros à omoplata apenas por um atilho. Tomou o seu café com leite e o seu pão com
manteiga e foi espaçar para a chácara, à espera do almoço.
A mulher segui-o e, logo que o alcançou, bateu-lhe no ombro:
- Então você não se avia, criatura?! Você não vê que o homem quer dinheiro e que
estamos ameaçados de ir para o olho da rua, seu Pereira?!
- Mas, que hei de eu fazer, nhanhã?...
- Ponha-se em movimento! Vá aos seus parentes, vá aos seus amigos, vá ao inferno!
Contanto que arranje alguma coisa para tapar a boca daquele judeu! Não me volte de mãos
abanando, porque não lhe abro a porta do quarto, percebe?! Você bem sabe que, se bem o digo,
melhor o faço!
E, vendo que Pereira não se mexia:
- Então!
- Mas eu hei de sair sem almoçar, nhanhã?...
- Pois vá lá! Almoce. Mas é engolir e pôr-se a andar!
- E dinheiro para o bonde?
- Que? Você já gastou os cinco mil-réis que lhe dei anteontem?!
Pereira explicou que os havia gasto contra a vontade, porque uns sujeitos o obrigaram a
pagar cerveja e doces numa confeitaria.
- Você é um palerma! Disse a mulher. - Tome lá mil e quinhentos. Mas veja agora se
também os vais comer de doce!

* * *


Desde a véspera, entretanto, que Amelinha não se despregava do lado de Amâncio,
senão quando este dormia ou quando precisava ficar só; levou a costura para o segundo andar, e
pôs-se a coser no corredor, assentada à porta do quarto do seu doente.
Uma esposa não se mostraria mais afetuosa; ao menor gemido do enfermo, corria logo
para ele, sempre meiga, sempre desvelada. Procurava ajudá-lo a suportar a monotonia da
moléstia; procurava animá-lo, distraí-lo, fazendo por Ter graça, recorrendo, para o entreter, ao
que sabia de mais espírito. Seu pézinho, leve e calçado de duraque, parecia não tocar no chão;
seu rostinho, mimoso e fresco como um jambo, não se contraía ao fartum insalubre das
variolóides.
E dir-se-ia que tudo aquilo não visava ouro interesse que não fora a mesma caridade e a
mesma dedicação. Nem uma queixa, nem um suspiro, nem um olhar, nem um gesto, que
traíssem a esperança de recompensas futuras, era o bem pelo bem.
O provinciano, muito desvigorizado com a moléstia, sentia perfeitamente que os
lúbricos impulsos, que dantes lhe inspirava a graciosa rapariga, iam-se agora destecendo e
dissipando à luz de um novo sentimento de gratidão e respeito. A primitiva Amélia desaparecia
aos poucos, para dar lugar àquela extremosa criança, àquela irmãzinha venerável, que lhe enchia
o quarto com o frescor balsâmico de sua virgindade e rociava-lhe o coração com a trêfega
mimalhice de sua ternura.
Nos momentos da comida é que se podia ver. Amâncio tinha grande inapetência e
torcia o nariz aos alimentos; mas a pequena metia-o em brios, chamando-lhe piegas , fracalhão,
dizendo que ele "parecia um neném e que precisava levar uns petelecos para tomar juízo".
E atava-lhe ao pescoço o guardanapo, esfriava-lhe a canja, soprando amorosamente as
colheradas, e, para lhe provar o apetite, paparicava também o que vinha e, com estalinhos
de língua, dizia e repetia que estava tudo muito bom e muito gostoso.


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Ele, às vezes, já se fazia mais doente e mais carecido de cuidados, só para desfrutar os
mimos da enfermeira.


XII



Dias depois, o médico declarou que Amâncio estava livre do maior perigo. - As
bexigas foram boas e secariam prontamente, sem quase deixar sinal na pele.
Dentre em pouco abria-se a janela do n.o 6 , recolhia-se a ultima roupa que servira à
moléstia, defumava-se o quarto pela última vez, e o mimalho entrava afinal na convalescença.
Logo porém, que deixou a cama , apareceram-lhe dores reumáticas na caixa do peito e
nas articulações de uma das pernas. Era o sangue de sua ama - de- leite de leite que principiava
a rabear. Bem dizia outrora o médico a seu pai, quando este a encarregou de amamentar o
filho.
E, pois, vieram os remédios para a nova enfermidade, e Amâncio, a despeito de sua
impaciência para ganhar a rua, continuou encurralado na casa de pensão e submetido a uma
dieta rigorosa. Sabino, que o Campos lhe remetera na véspera, tomou conta do lugar que o
copeiro exercia durante a noite.
Nesses dias , Lúcia muito pouco se chegou para o estudante, receava com isso
provocar. da parte do Coqueiro alguma violência contra si.- Ah! ela bem sabia que era
guardada à vista; toda aquela família já nem ao menos disfarçava a vigilância em que a trazia;
andavam todos eles, desde a velha até ao pequeno, a lhe fariscar os passos, descaradamente
empenhados em afastá-la o mais possível de Amâncio. - Súcia de bandidos!
Com efeito, nunca mais lhe foi possível até aí fazer ao rapaz uma ou outra visita
noturna. Mas, justamente no dia em que se arejou o quarto, estava Amâncio estendido na cama,
a reler um esfacelado volume do Alencar, quando de repente se abriu a porta e Lúcia surgiu ,
aflita e apressada, correndo para ele num formidável alvoroço.
Seriam mais de onze horas da noite e a família do Coqueiro estava já recolhida.
Amâncio assustou-se com a visita, mas nem por isso a estimou menos.
Quis, antes de tudo, saber que terrores eram aqueles.

- Que diabo havia acontecido? - Mas se alguma coisas ruim acabava de suceder a
Lúcia, era, com certeza, por castigo, que ela estava uma ingrata muito grande; já não aparecia
aos pobres; naturalmente tinha medo das bexigas!...
- Oh! não! não! vozeou a ilustrada senhora, agarrando-lhe ambas a mãos com
transporte. - Não! Tudo que vier de ti, Amâncio, tudo que te pertence e diz respeito é bom e
sublime para mim!
E correu de novo à porta, certificou-se de que a casa estava bem sossegada, e tornou
para junto do estudante, apalpando dos lados e circunvagando olhares inquietos.
Sabino já se havia esgueirado discretamente pelo corredor; enquanto o senhor-moço,,
ainda meio aturdido com a agressão melodramática de que fora vítima, apanhava, uma por uma,
as folhas do Alencar, que se tinham espalhado aos pés da cama.
- Pois olhe, ninguém o acreditaria!... disse ele voltando afinal, do seu espanto e
pousando o livro sobre o velador.
- Porquê? Interrogou Lúcia muito séria e muito dura defronte do rapaz.
- Ora, Porquê!...Porque já não há quem a veja! Porque a senhora arribou deste quarto,
como se aqui alguém lhe quisesse fazer mal!
Ela respondeu com um sorriso de tristeza e um resignado sacudimento da cabeça.


[Linha 4600 de 8244 - Parte 3 de 5]


- Os fatos, pelo menos, assim o acrescentou o doente.
- Mas, valha-me Deus! Tornou a outra. - Pois não vês a perseguição que sofro aqui por
tua causa? Não vês que sou espiada, seguida e vigiada a todos os instantes?! Não vês o ciúme
que Mme. Brizard, o Coqueiro, a tal Amélia, Nini, o diabo! Afetam por ti?!
- O ciúme?...perguntou Amâncio , deveras espantado. - Mas o ciúme, como? Por quê?
- Criança!...disse ela. E passou a mão na testa.- Estás na aldeia e não vês as casas!
- Eu?!
- Sim, tu!
E, assentando-se à beira da cama, para lhe ficar mais perto, continuou, diminuindo o tom
da voz:
- Pois não percebes, filho, que toda esta gente quer fazer de ti uma propriedade sua; que
esta gente te considera um tesouro precioso e teme que lho furtem? Não percebes, meu
Amâncio, que há aqui um plano velho, tramado para te fazer casar com Amelinha, isso porque
és rico e, na tua qualidade de homem de espirito, pouca importância ligas ao dinheiro?!...
- Não! Dou-te a minha palavra em como, até aqui nada percebia de tudo isto!...
- Pois fica, então sabendo que há uma grande conspiração contra ti ou, por outra, contra
os teus bens!
- Ora essa! disse ele em voz baixa.
- Todos esses carinhos que eles ostentam, todos esses cuidados e desvelos artísticos, são
laços armados à tua ingenuidade!
- Estão bem arranjados!...respondeu Amâncio, - se esperam que eu case com Amelinha!
- Não sejas hipócrita!...acudiu a outra. - Tu gostas dela; não negues.
- Ah! gosto, não nego. Mas gosto, sem intenção de espécie alguma; gosto, coitada,
porque ela nunca me fez mal, porque até lhe sou grato aos seus obséquios! Mas daí para casar!...
E, depois de um assovio de grande esperteza:
- Não é o meu tipo, o meu ideal! Demais, ainda não penso em casamento, nem sei se
algum dia pensarei nisso!
- Por quê?
- Ora, respondeu ele - não vale a pena a gente se casar! Há por aí tanta desgraça, tanta
decepção que, para falar com franqueza, não tenho ânimo...
- Julgas assim tão mal as mulheres?...
- Com franqueza é exato, filha! Não digo que não haja mulheres virtuosas; isto, porém,
é raro!...Prefiro não arriscar!...
- Desconfio de tanto ceticismo na tua idade!
Ele agitou os ombros.
- Um homem com esses princípios é incapaz de amar...ajuntou ela.
- Tens em mim a prova do contrário...retorquiu Amâncio sorrindo.
- Em ti?...
- Sim, e sabes disso perfeitamente!
- Disso, o quê?
- Que te amo...
- Não creio...
- Nesse caso, o cético não sou eu!
- Se me amasses, já mo terias provado...
- Provado?
- Está claro. Não acredito nesse amor cauteloso e metódico, que de tudo se arreceia, que
se não quer expor, que tem calma para medir todas as conveniências, que teme os olhares, os
ditos, as considerações de todo o mundo, quer vem finalmente muito mais da cabeça que do
coração!
- Não acreditas, então , que eu te ame?...


[Linha 4650 de 8244 - Parte 3 de 5]


- Não, decerto! Nem te crimino por isso!...És ainda muito criança, para sentires o
verdadeiro amor, a verdadeira paixão. Essa que não conhece obstáculos; que tudo pode e tudo
vence; que é capaz de todos os sacrifícios, sejam do bem ou sejam do mal; essa que levanta os
grandes crimes ou os grandes heroísmos! Amar, tu! E porventura saberás ao menos o que é o
amor?! Algum dia experimentaste, por acaso, o ciúme, o desespero, a loucura, a que nos conduz
o objeto amado? Não! Não queiras amesquinhar o único sentimento que até hoje se tem
conservado puro! Não queiras amesquinhar a coisa única respeitável que resta sobre a terra! Para
que possas falar a esse respeito, primeiro é necessário que ames! É preciso que dês alma, vida ,
futuro, esperanças, tudo , a uma mulher! é preciso primeiro que te esqueças de teus sonhos mais
queridos, de tuas melhores aspirações, para só cuidares nelas, viveres delas e para ela! Então,
sim! eu acreditaria em ti!
E Lúcia apoderou-se novamente das mãos de Amâncio, e as palavras borbulharam-lhe
com mais febre:
- Amor é o que sinto por ti, entendes?! Amor é o que me faz esquecer a minha
responsabilidade, o meu destino, o meu dever, para estar aqui a teus pés, alheia a tudo,
esquecida do passado, descuidosa do futuro; só para te ver , só para te ouvir, só para me saturar
toda de tua presença!..
Entretanto... disse Amâncio, procurando afinar a voz pelo tom enfático com que falava a
outra, - entretanto, nunca me permitiste fruir contigo os verdadeiros e mais saborosos proveitos
do amor! Tiveste a cruel habilidade de transformar um manancial de gozos em fonte perene de
tormentos e dissabores! Se me amas, digo-te eu agora, por que evitas a todo transe que eu vá
além dos nossos beijos?... Se me amas, por que impões o suplício do teu rigor? Ah! eu só
acreditaria na sinceridade de tais protestos se fosses generosa comigo....
- Não! não! contrapôs ela abraçando-o_ Nunca faltarei aos meus deveres! Nunca trairei
meu marido! Serei capaz de uma loucura; não, porém de uma infâmia! Seria capaz de fugir
contigo, abandonar tudo por tua causa; mas introduzir-te covardemente na minha alcova, nunca!
Aceitaria um crime, sim! mas havia de aceitá-lo sob todas as responsabilidades, com todas as
conseqüências que ele viesse a produzir! Seria tua, mas não enganando a um outro; seria tua,
mas toda, inteira, lealmente! Abandonaria por tua causa meu marido; antes, porém de o fazer,
dir-lhe-ia com franqueza: "Fulano! Amo um outro Não posso continuar ao teu lado, sem que te
engane todo os dias e a todos os instantes! Por isso- vou! Amaldiçoa-me , se quiseres, mas
não te perturbes a minha felicidade" Deixaria de ser esposa, para ser concubina! Trocaria meu
nome, minha posição, por algumas horas de delírio, por algumas horas de sonho; mas, em todo o
caso, a consciência nunca me acusaria, o coração jamais se teria de maldizer!
- Vês?! Disse ela, esfolegando cansada de falar. - É por isso que até hoje me tenho
portado deste modo contigo; é por isso que domo os meus impulsos e os meus arrebatamentos!
- Sou de outro, não me possuo, não posso dispor disto!
E sacudia todo o corpo, com uma obstinação provocadora e canalha.
Amâncio olhava para ela , mordendo os beiços.
- Se é verdade que me queres possuir...disse a intransigente, depois de uma pausa em
que se ouvia a respiração dos dois. - Arranca-me das mãos de meu marido e leva-me para onde
bem quiseres, faze de mim o que entenderes! Serei tua amante, tua companheira, tua escrava;
serei tudo que ordenares, contanto que eu já não pertença a nenhum outro, contanto que eu
tenha comprado com o risco de minha vida a felicidade de nós ambos!
E Lúcia, agitando romanticamente os cabelos, que ela por cálculo trazia soltos essa noite,
perguntou com ímpeto:
- Compreendes agora a minha reserva?! Compreendes que , apesar de minhas recusas, eu
te adoro, meu Amâncio, meu amor, minha vida?!
Entretanto, acrescentou ela, quando se convenceu de que Amâncio não queria cair no
laço - tenho fatalmente de abafar todos os meus sentimentos, tenho de calcar todos os meus


[Linha 4700 de 8244 - Parte 3 de 5]


desejos, porque amanhã nos separamos.
Amâncio ergueu-se, pasmado.
- Como nos separamos?...interrogou.
- Eu amanhã me retiro desta casa...esclareceu Lúcia, sem erguer os olhos. - Vou, e ainda
nem sei para onde! Mas, não poso deixa de ir: manda-me a dignidade que aqui não fique nem
mais um instante!
- Como assim? Explica-te!
- Oh! não me perguntes nada! Não me perguntes nada, porque, só o que te posso afirmar
é que esta súcia...E indicava o andar de baixo com um gesto trágico. - Esta súcia, receosa de que
eu te dispute a Amelinha, obriga-me a sair, obriga-me a separa-me de ti! Ah! os miseráveis
sabem o quanto eu te amo, meu Amâncio! Temem que eu seja um estorvo ao teu casamento com
ela.
- Mas, filha, como te podem eles constranger a sair?...
- Não me obrigues a falar, por amor de Deus! Eu não quero, não devo dizer mais nada!
- Ora1 Isso não é generoso de tua parte! Se não podes usar de franqueza, para que
então me excitas deste modo a curiosidade?
- Não! Não te poso dizer mais nada! Repele-me, se assim entendes, manda-me embora,
mas, por piedade, não me obrigues a corar em tua presença!..
- Corar em minha presença?...Não te entendo , filha! Fala por uma vez. Abre o coração!
- Nunca! Nunca!
- Mas é que tu me torturas Lúcia!
E acariciando-a:
- Vamos! Não sejas criança, fala com franqueza...Dize o que te fizeram! Não acreditas
então que sou teu amigo? teu amiguinho? Não crês que representas em minha vida uma
preocupação constante, um sonho, uma esperança?...
- Sim, sim, acredito, meu amor, mas não me obrigues a tratar de coisas, nas quais ainda
não tenho o direito de falar!...
- Ora! Que segredo pode ser esse, tão negro, tão repugnante, que não mo queiras
dizer?...É preciso que eu mereça muito pouco a tua confiança!..
- Não, não é isso, mas é eu me falta o ânimo para confessá-lo...Mudemos de conversa....

- Não queres dizer? Bem! Acabou-se!
- Oh! não me fales desse modo, meu querido!
- Então dize o que é.
- E prometes que não me acharás ridícula?...prometes que a revelação do que te vou
dizer não me amesquinhará aos teus olhos?...
- Juro!
Lúcia tirou uma carta do seio e entregou-a ao estudante
Logo que este principiou a leitura, ela cobriu o rosto com as mãos, como para esconder a
vergonha.
Amâncio leu o seguinte em voz baixa:
" Sr.ª D. Lúcia Pereira.. Há quatro dia que entreguei a seu marido uma Segunda conta
do mês passado e deste mês, e, visto que até agora não tenho recebido senão desculpas e
promessas, tomo a liberdade de participa-lhes que, de hoje em diante, não posso continuar a lhes
fornecer comida e que preciso urgentemente do cômodo ocupado pela senhora e seu marido.
Espero, pois, que até amanhã esteja o quarto n.º 8 desembaraçado e a minha conta selada e
assinada pelo Sr. Pereira; sem o que, pesa-me dizê-lo, não consinto que V.S.as levem consigo a
sua mulata, que é o único bem de que posso lançar mão para garantir a dívida "
Estava assinado por extenso o nome de João Coqueiro.
Amâncio dobrou a carta silenciosamente, ao passo que Lúcia continuava a esconder o


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rosto.
- Em quanto importa?...perguntou ele depois.
Ela, conservando uma das mãos nos olhos, tirou com a outra a conta do seio, e
passou-lha, sem dizer nada.
- "Quatrocentos e sessenta mil-réis", leu o moço para si. E fez um trejeito com os olhos.
Lúcia, ao lado, soluçava, sempre com o rosto coberto.
Amâncio pensou um instante, e disse:
- Não te aflijas...Eu poso, se quiseres, arranjar o dinheiro para amanhã...
Ela, então , descobriu a cara e, sem uma palavra, abraçou-se ao rapaz e começou a
chorar.
- E hoje, perguntou ele, quando Lúcia já se dispunha a sair - hoje mereço um beijo?...

Ela correu para Amâncio, sorrindo, e com os olhos fechados, estendeu-lhe os lábios.
O estudante, com as duas mãos abertas, segurou-lhe a nuca e principiou a sorver o "seu
beijo", demoradamente, voluptuosamente, como se estivesse bebendo por um canjirão.
Lúcia, porém, ao perceber que a coisa se demorava muito, arrancou a cabeça das mãos
do rapaz e fugiu.


* * *


As nove horas da manhã subseqüente, voltava o Sabino da casa do Campos com a
resposta de uma carta em que o senhor-moço pedia o dinheiro necessário para satisfazer as
dívidas de Lúcia.
João Coqueiro ficou assombrado quando recebeu a quantia; correu logo em busca da
mulher.
- Sabes? Disse assim que a viu. - Pagaram ?
- Hein?! Fez Mme. Brizard, com espanto. - Pagaram?! Tudo ?!...
- Integralmente! Cá está o cobre!
E, depois do silêncio da admiração:
- E que te parece, a ti, hein, Loló?!..
- Parece-me bom... a metade está feito; agora já não se trata de receber-lhe a conta, é só
de os pôr fora de casa?
- Sim ... mastigou o marido.- mas agora também é mais difícil fazê-lo desarvorar! Já
não temos um pretexto para isso!...
- Pretextos não faltarão... respondeu a francesa, e acrescentou: - O que me faz cismar
é este dinheiro arranjado assim à última hora... porque eles, ainda ontem, estavam bem
apertados e o Pereira não arredou o pé de casa durante o dia!
O marido refletiu um instante, e depois exclamou, com vislumbres de quem se sente
roubado:
- Ora, querem ver que aquela raposa arrancou estes cobres ao Amâncio?!...
Mme Brizard confirmou alvitre com um gesto de cabeça.
- E olha que não é outra coisa! Repetiu o Coqueiro. - Que hoje o Sabino, desde muito
cedo, tinha já que fazer à rua!
- Ora essa!... resmungou a Brizard, indignada e ressentida, como se aquele desfalque na
carteira do estudante lhe trouxesse um prejuízo imediato.- Ora essa!... sempre se vêem coisas
neste mundo !...
- Mas deixa estar que hei de saber de tudo!... Prometeu o locandeiro.
E , com efeito, daí a pouco o próprio Sabino lhe confessava que fora pela manhã à casa


[Linha 4800 de 8244 - Parte 3 de 5]


do Campos levar uma carta e que voltara com outra, recheadinha de dinheiro em papel.
O locandeiro revoltou-se, mas a usa indignação subiu verdadeiramente ao cúmulo, foi
quando lhe constou que o bom do Amâncio para ter ocasião de estar mais tempo com Lúcia
recorria a todos os meio e modos de afastar Amélia do quarto.
- Diz que não quer ser importuno ,contou a rapariga, - Que já basta os incômodos que
me tem dado, que não se acha com o direito de fazer de mim uma irmã de caridade, e de
obrigar-me a suportar as suas amolações! E que eu viesse aqui para baixo rir e conversar com os
outro, que ele teria nisso muito mais prazer.
- E tu, que lhe disseste? Perguntou o irmão.
- Eu disse que sentia o maior gosto em prestar ao Sr. Amâncio aquelas insignificâncias
de serviços; que, se os fazia, era por motu próprio!
- E ele?
- Ele disse que não, que não admitia, e que ficava até muito contrariado, se eu não
viesse embora!
- Vês?! Perguntou João Coqueiro à esposa, apontando para a irmã.- Vês?! Tudo isso é
obra da Sra. Lúcia!.
E, depois de uma pausa aflita:
- Aquela mulher não nos pode ficar em casa! Haja o que houver é preciso que ela se vá
daqui quanto antes!
E deu a sua palavra de honra em como havia de pôr cobro a semelhante patifaria.
Não sossegou essa noite. Enquanto os mais dormiam, andava ele lá por cima, a farejar
nas trevas, grudando-se contra as paredes e escondendo-se pelos cantos.
Passou assim algumas horas; mas afinal, viu Lúcia sair do quarto, pé ante pé, atravessar
a medo o corredor e sumir-se às apalpadelas, na porta do n.º 6 .
A sua primeira idéia foi a de chamar o Pereira e mostrar-lhe a mulher no latíbulo do
amante, mas considerou que o homem seria capaz de romper com ela e, nesse caso, a ligação de
Lúcia com o provinciano tornar-se-ia inevitável. - Nada! pensou ele .Deixemo-nos disso.
Mas, também, não convinha esperdiçar uma ocasião tão boa para desmascarar a tal
sujeira.
Encaminhou-se, pois , na direção do quarto do estudante. Lúcia, ao sentir que alguém
se aproximava, correu a fechar a porta por dentro, e fez sinal de silêncio ao enfermo.
Coqueiro parou defronte do n.º 6 e bateu.
- Quem é? Perguntou Amâncio, no fim de pequena pausa, com a voz levemente
alterada.
- Sou eu, disse o outro. Precisava dar-te duas palavras... como vi luz no quarto...
- Desculpa ! respondeu o doente. - Mas agora não me posso levantar. Até logo!
- Boa noite! Resmungou o dono da casa, e afastou-se.
Lúcia fingiu-se muito assustada com aquilo: - O Coqueiro, se veio ali, foi para mostrar
que sabia de tudo! Naturalmente espiara pela fechadura!
E pendurou logo uma toalha na chave.
- É o que se chama ter fama sem proveito!... Observou Amâncio, a quem as negaças
da mulher do Pereira já impacientavam.
- Está em tuas mãos!... Volveu ela. - Já expus com franqueza as circunstâncias...
- Tirar-te do marido...
- Está claro!
- Isso por ora é impossível!... Mais tarde, não digo que não, mas por enquanto...
- É porque não me amas, disse a ilustrada senhora, abaixando os olhos.
- Se te amo, minha vida! Se te amo!...
E ameigava-a, procurando beijá-la.
Ela fugia com o rosto, dizendo aflitivamente que preferia nunca o ter visto. "Antes de


[Linha 4850 de 8244 - Parte 3 de 5]


conhecê-lo, ainda conseguia suportar o marido abominável a que a prendera o destino, mas,
depois que fantasiara a possibilidade de viver com Amâncio, de possuí-lo, todo, sem que
outra o disputasse, não mais podia entestar com a miserável existência que levava e com os
dilacerantes sacrifícios que lhe cumpriam!"
Dito este fraseado, foi-se do quarto , como das outras vezes, a fazer-se rogada, a
medir os beijos que dava, a prometer que não voltaria mais, se Amâncio persistisse nas
costumadas exigências.
- Ora bolas!... praguejou este, quando se achou só. - Desta forma é melhor mesmo
que não venha! Põe-me neste estado e afinal musca-se, ainda por cima emburrada! Gaitas!
Mas a idéia de que aquela resistência talvez não durasse mais do que o tempo da
moléstia o consolava em parte.- Sim, porque, em ficando bom, as coisas seriam de outro feitio!
Tinha graça que ele estivesse a pagar contas de quatrocentos e tantos mil-réis, só para desfrutar
a certeza de que a Sra. D. Lúcia o amava com todo ardor de que é capaz uma alma pura e
apaixonada! Qual! Por semelhante preço preferia não ser amado!
E adormeceu, impaciente por sair da moléstia, e entrar no gozo da felicidade que ele
acabava de pagar adiantado, como se abrisse para todo o ano uma assinatura de amor.
A ilustrada senhora conseguira o que esperava: as suas negaças faziam-na mais desejada
pelo rapaz e davam-lhe, aos olhos deste irresistíveis fascinações de coisas proibida.
Certas mulheres, quando se negam, estão recuando para melhor armar o salto sobre a
presa.


* * *


Logo pela manhã do dia seguinte, já o Coqueiro se apresentava no quarto do
provinciano, mas com o aspecto muito ressentido, os gestos duros, o olhar cheio de
recriminações.
- Então, ontem à noite, tinhas aqui a Lúcia?...inquiriu de chofre, depois de cumprimentar
Amâncio secamente.
O interrogado fez uma cara de espanto.
- Não podes negar! Eu a vi sair!...
- Ë exato, respondeu o doente, franzindo as sobrancelhas.
- Hás , porém de permitir que eu te diga que andaste muito mal!...repontou o Coqueiro. -
Tens de concordar que eu não posso, nem devo consentir em casa semelhante coisa!
E foi até a janela, olhou a rua pelas vidraças. Amâncio não dava uma palavra
O outro voltou, muito comprometido.:
- Isto aqui é uma casa de família! Sabes perfeitamente que temos conosco uma menina
solteira, - uma virgem! Não é por mim, nem por ti, nem tampouco pela Lúcia; mas é por ela,
sebo! por - minha irmã! - a quem sirvo de pai! É por minha mulher, é por minha enteada e pelo
menino, é pelos hóspedes, enfim!...
- Pois acredita que não houve nada demais!...balbuciou Amâncio.
- Não, filho, tem paciência! Lá fora o que quiseres, mas daquela porta para dentro, não
admito, nem posso admitir!...E passeando pelo quarto com as mãos nas algibeiras: - Que diabo!
Eu te preveni!...
- Ora o quê! Resmungou Amâncio , indignado com a hipocrisia do colega, mas sem
coragem para dizer o que sabia a respeito dele e dos costumes da casa. - Não abro o
exemplo!...acrescentou.
- O que queres dizer com isso?
- Quero dizer que sei, tão bem como tu, que aqui nem todos são santos!...


[Linha 4900 de 8244 - Parte 3 de 5]


- Não te percebo...-
- E é melhor mesmo justamente que não percebas
Mas , como o outro ainda se quisesse fazer de desentendido, ele declarou, frisando as
palavras, que nem sempre ficava a dormir no quarto durante a noite e que então enxergava, às
vezes...,melhor do que mesmo de dia...E falou indiretamente nas entrevistas do médico do n.º
11 e no que sabia do próprio Coqueiro com referência à mucama.
- Olha! Concluiu: - O que te posso afiançar é que a mulher do Pereira só vem aqui ao
quarto depois que me acho doente, e, longe de ser com mau fim, coitada, é até com muito boa
intenção! - Entra, cavaqueia um pouco, dá-me a tomar o remédio e assim como veio se vai
embora, entendes tu?!
- Não há dúvida...gaguejou o hoteleiro, cuja fúria se esvaziara de repente às bicadas do
outro, que nem um balãozinho de borracha. - Não há dúvida que tu és incapaz de cometer
qualquer leviandade dentro de uma casa de família; mas, a questão são as aparências, são as más
línguas, são os outros hóspedes! Não os conheces, filho! Nenhum deles acreditará que Lúcia
venha ao teu quarto só para te dar o remédio e meio dedo da palestra!...Sei perfeitamente que
isso é exato, basta que o digas; eles , porém, não terão a mesma boa - fé! Muito mais sabendo,
como sabem, de quanto é capaz aquela sujeita! Logo quem!...
- Oh! interjeicionou Amâncio. - Uma senhora casada!...
- Casada o quê!...Da missa não sabes nem a metade!
- Então ela não é casada com o pereira?...
- Nunca o foi! Com ele, nem com pessoa alguma! Conheço até a mulher do Pereira, a
legítima, - uma velhusca, de óculos, gorda, com um olho agachado, cheio d 'água. Mora na
Rua da Pedreira.
Amâncio estava tão pasmo quanto indignado; aquela denúncia do colega produzia-lhe o
mau efeito que experimentamos ao dar por falta do relógio. - Pois o demônio da mulher nem ao
menos era casada?!...Ele, então, que diabo de papel representara?!...
- Cínica! Disse em voz alta.
- Ora! Fez o outro. - Não trates de abrir os olhos e dir-me-ás depois as conseqüências!...
No Rio de Janeiro, prossegui- havia muito artista daquela força! Amâncio precisava
acautelar-se, se não queria ser esfolado completamente. Lúcia o que desejava era agarrá-lo para
amante: farejava-lhe os cobres! Ele, porém, que não fosse tolo! Que se não deixasse visgar por
uma tipa de tão baixa espécie!
O provinciano jurava que , até ali, jamais conseguira coisa alguma das mãos dela.
- Isso sei eu!...Tornou o Coqueiro, com um riso de velha experiência, - isso não é
necessário que me digas, porque já conheço a tática das Lúcias! Negam-se, fingem-se difíceis,
para valer mais! Quer obrigar-te a cair, toleirão!
- Está bem aviada! Exclamou Amâncio, justamente como ainda na véspera havia
respondido à Lúcia, quando esta lhe falou a respeito de Amélia.
Ainda nesse dia o Coqueiro aproveitou a ocasião em que o Pereira fazia a sesta e foi se
entender com a Lúcia.
Disse-lhe o que sabia a respeito das visitas noturnas ao quarto de Amâncio e declarou
terminantemente que não estava disposto a consentir em casa semelhantes escândalos. Ela que
tivesse paciência, mas fosse tratando de fazer as malas e cuidando de pôr-se ao fresco, se não
queria sofrer alguma decepção maior!
A ilustrada senhora ficou lívida, e disparou sobre o locandeiro o mais terrível dos seus
olhares. Uma cólera massuda principiou a entupir-lhe a garganta. - Não queria acreditar em
tamanho atrevimento!
- Ë, gritou por fim, trincando as palavras. - Você põe-me fora de casa, porque tem medo



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sábado, 15 de abril de 2017

Casa de Pensão - Parte 1 de 5 - Aluísio Azevedo


Casa de Pensão - Parte 1 de 5 - Aluísio Azevedo



Casa de Pensão é um livro de estilo naturalista escrito por Aluísio Azevedo em 1884. Narrado em terceira pessoa, Casa de Pensão inicia com a chegada do jovem maranhense Amâncio ao Rio De Janeiro, que para ali se muda no intuito de estudar medicina na Corte. Chegando à cidade, Amâncio procura o Sr. Luís Campos, comerciante, amigo de seu pai, que lhe oferece pouso no interior. O Sr. Campos era casado com D. Maria Hortênsia, que não se mostra muito a vontade com a chegada do menino à sua casa, mas que acaba aceitando a decisão do marido.

(SEGUE ABAIXO A OBRA COMPLETA DIVIDIDA EM 5 POSTAGENS)



Casa de Pensão
Aluízio de Azevedo

I
Desconfia de todo aquele que se arreceia da verdade.


Seriam onze horas da manhã.
O Campos, segundo o costume, acabava de descer do almoço e, a pena atrás da
orelha, o lenço por dentro do colarinho, dispunha-se a prosseguir no trabalho interrompido
pouco antes. Entrou no seu escritório e foi sentar-se à secretária.
Defronte dele, com uma gravidade oficial, empilhavam-se grandes livros de escrituração
mercantil. Ao lado, uma prensa de copiar, um copo d água, sujo de pó, e um pincel chato; mais
adiante, sobre um mocho de madeira preta, muito alto, via-se o Diário deitado de costas e
aberto de par em par.
Tratava-se de fazer a correspondência para o Norte. Mal, porém, dava começo a uma
nova carta, lançando cuidadosamente no papel a sua bonita letra, desenhada e grande, quando
foi interrompido por um rapaz, que da porta do escritório lhe perguntou se podia falar com o Sr.
Luís Batista de Campos.
- Tenha a bondade de entrar, disse este.
O rapaz aproximou-se das grades de cedro polido, que o separavam do comerciante.
Era de vinte anos, tipo do Norte, franzino, amornado, pescoço estreito, cabelos crespos e
olhos vivos e penetrantes, se bem que alterados por um leve estrabismo.
Vestia casimira clara, tinha um alfinete de esmeralda na camisa, um brilhante na mão
esquerda e um grossa cadeia de ouro sobre o ventre. Ao pés, coagidos em apertados sapatinhos
de verniz, desapareciam-lhe casquilhamente nas amplas bainhas da calça.
- Que deseja o senhor, perguntou o Campos, metendo de novo a pena atrás da orelha e
pousando um pedaço de papel mata-borrão sobre o trabalho.
O moço avançou dois passos, com ar muito acanhado; o chapéu. de pêlo seguro por
ambas as mãos; a bengala debaixo do braço.
- Desejo entregar esta carta, disse, cada vez mais atrapalhado com o seu chapéu e a sua
bengala, sem conseguir tirar da algibeira um grosso maço de papéis que levava.
Não havia onde pôr o maldito chapéu, e a bengala tinha-lhe já caído no chão, quando o
Campos foi em seu socorro.
- Cheguei hoje do Maranhão, acrescentou o provinciano, sacando as cartas finalmente.
As últimas palavras do moço pareciam interessar deveras o negociante, porque este, logo
que as ouviu, passou a considerá-lo da cabeça aos pés, e exclamou depois:
- Ora espere...O senhor é o Amâncio !
O outro sorriu, e , entregando-lhe a carta, pediu-lhe com um gesto que a lesse.
Não foi preciso romper o sobrescrito, porque vinha aberta.
- É de meu pai...disse Amâncio.
- Ah! é do velho Vasconcelos ?...Como vai ele ?
- Assim, assim...O que o atrapalha mais é o reumatismo. Agora está em uso da
Salça-e-caroba , do Holanda.
- Coitado! lamentou o Campos com um suspiro. - Ele sofre há tanto tempo!...
E passou a ler a carta, depois de dar uma cadeira a Amâncio, que já estava para dentro


[Linha 50 de 8244 - Parte 1 de 5]


das grades.
- Pois , sim, senhor ! disse ao terminar a leitura . - Está o meu amigo na Corte, e homem
! Como corre o tempo !...
Amâncio tornou a sorrir.
- Parece que ainda foi outro dia que o vi, deste tamanho, a brincar no armazém do seu
pai.
E mostrou com a mão aberta o tamanho de Amâncio naquela época.
- Foi há seis anos, observou o moço, limpando o suor que lhe corria abundantemente
pelo rosto.
Fez-se uma pequena pausa e em seguida o Campos falou do muito que devia ao
falecido irmão e sócio do velho Vasconcelos; citou os obséquios que lhe merecera; disse que
encontrara nele "um segundo pai "e terminou perguntando quais eram as intenções de
Amâncio na Corte. - Se vinha estudar ou empregar-se.
- Estudar ! acudiu o provinciano.
Queria ver se era possível matricular-se esse ano na Escola de Medicina .Não negava que
se havia demorado um pouquito nos preparatórios...mas seria dele a culpa ?... Só com umas
sezões que apanhara na fazenda da avó, perdera três anos.
Campos escutava-o com atenção. Depois lhe perguntou, se já havia almoçado.
Amâncio disse que sim, por cerimônia.
- Venha então jantar conosco; precisamos conversar mais à vontade .Quero
apresentá-lo à minha gente.
O rapaz concordou, mas ainda tinha que entregar várias cartas e varias encomendas que
trouxera. O Campos talvez conhecesse os destinatários.
Mostrou-lhe as cartas ; eram quase todas de recomendação.
- O melhor é tomar um carro, aconselhou o negociante. - Olhe, vou dar-lhe um moço, aí
de casa, para o guiar.
E, pelo acústico , que havia a um canto do escritório, chamou um caixeiro.
Daí a pouco, Amâncio saía, acompanhado por este, prometendo voltar para o jantar.
A casa de Luís Campos era na Rua Direita. Um desses casarões do tempo
antigo, quadrados e sem gosto, cujo ar severo e recolhido está a dizer no seu silêncio os rigores
do velho comércio português.
Compunha-se do vasto armazém ao rés-do-chão, e mais dois andares ; no primeiro dos
quais estava o escritório e à noite aboletavam-se os caixeiros, e no segundo morava o negociante
com a mulher - D. Maria Hortênsia, e uma cunhada- D. Carlotinha.
A mesa era no andar de cima .Faziam-se duas : uma para o dono da casa ,a família, o
guarda-livros e hóspedes, se os havia, o que era freqüente ;e a outra só para os caixeiros, que
subiam ao número de cinco ou seis.
Apesar de inteligente e de brasileiro, Campos nunca logrou espantar de sua casa o ar
triste que a ensombrecia. À mesa, quando raramente se palestrava, era sempre com muita reserva
;não havia risadas expansivas, nem livres exclamações de alegria. Os hóspedes, pobre gente de
província, faziam uma cerimônia espessa ; o guarda-livros poucas vezes arriscava a sua anedota
e, só se determinava a isso, tendo de antemão escolhido um assunto discreto e conveniente.
Campos não apertava a bolsa em questões de comida :queria mesa farta ;quatro pratos
ao almoço, café e leite à discrição ; ao jantar seis , sopa e vinho .Os caixeiros falavam com
orgulho dessa generosidade e faziam em geral boa ausência do patrão, que, entretanto, fora
sempre de uma sobriedade rara :comia pouco, bebia ainda menos e não conhecia os vícios
senão de nome.
Aos domingos, e às vezes mesmo em dias de semana, aparecia para o jantar um ou
outro estudante comprovinciano do Campos ou algum freguês do interior, que estivesse de
passagem na Corte e a quem lhe convinha agradar.


[Linha 100 de 8244 - Parte 1 de 5]


Luís Campos era homem ativo, caprichoso no serviço de que ser encarregava e
extremamente suscetível em pontos de honra ; quer se tratasse de sua individualidade privada,
que de sua responsabilidade comercial.
Não descia nunca ao armazém, ou simplesmente ao escritório, sem estar bem limpo e
preparado. Caprichava no asseio do corpo :as unhas, os cabelos e os dentes mereciam-lhe bons
desvelos e atenções.
Entre os companheiros, passava por homem de vistas largas e espírito adiantado ; nos
dias de descanso dava-se todo ao Figuier, ao Flammarion e ao Júlio Verne, outras vezes,
poucas, atirava-se à literatura ; mas os verdadeiros mestres aborreciam-no e entreturbavam-no
com os rigorismos da forma.
- È um bom tipo ! diziam os estudantes à volta do jantar, e seguinte domingo lá
estavam de novo. O "bom tipo" tratava-os muito bem, levava-os com a família para a sala,
oferecia-lhes charutos, cerveja, e nunca exigia que lhe restituíssem os livros que lhes emprestava.
Quanto à sua vida comercial, pouco se tem a dizer. Até aos dezoito anos, Campos
estivera no Maranhão, para onde fora em pequeno de sua província natal, o Ceará. No
Maranhão fez os primeiros estudos e deu os primeiros passos no comércio, pela mão de um
velho negociante, amigo de seu pai.
Esse velho foi seu protetor e o seu guia ;só com a morte dele se passou o Campos
para o Rio de Janeiro, onde, graças ainda a certas relações da família de seu benfeitor,
consegui arranjar-se logo, como ajudante de guarda-livros, em uma casa de comissões. Desta
saiu para outra, melhorando sempre de fortuna, até que afinal o admitiram, como gerente, no
armazém de uns tais Garcia, Costa & Cia.
O Garcia morreu, Campos passou a ser interessado na casa ;depois morreu o Costa,
e Campos chamou um sócio de fora, um capitalista, e ficou sendo a principal figura da firma.
Por esse tempo encontrou D. Maria Hortênsia, menina de boa família, sofrivelmente
ajuizada e com dote. Pouco levou a pedi-la e a casar-se.
Nunca se arrependera de semelhante passo. Hortênsia saíra uma excelente dona -de-
casa, muito arranjadinha, muito amiga de poupar, muito presa aos interesses de seu marido, e
limpa, "limpa ,que fazia gosto!"
O segundo andar vivia, pois, num brinco ; nem um escarro seco no chão. Os móveis
luziam, como se tivessem chegado na véspera da casa do marceneiro ;as roupas da cama eram
de uma brancura fresca e cheirosa ;não havia teias de aranha nos tetos ou nos candeeiros e
os globos de vidro não apresentavam sequer a nódoa de uma mosca.
E Campos sentia-se bem no meio dessa ordem, desse método. Procurava todos os dias
enriquecer os trens de sua casa, já comprando umas jardineiras, que lhe chamaram a atenção
em tal rua ; já trazendo uma estatueta, um quadro, uma nova máquina de fazer sorvetes , ou um
sistema aperfeiçoado para esta ou aquela utilidade doméstica.
Gostava que em sua casa houvesse um pouco de tudo. Não aparecia por aí qualquer
novidade ,qualquer novo aparelho de bater ovos, gelar vinho, regar plantas, que o Campos não
fosse um dos primeiros a experimentar.
A mulher, às vezes, já se ria, quando ele entrava da rua abraçado a um embrulho.
- Que foi que se inventou ?...perguntava com uma pontinha de mofa.
O marido não fazia esperar a justificação do seu novo aparelho, e, tal interesse punha
em jogo ,que parecia tratar de uma obra própria, de cujo sucesso dependesse a sua felicidade.
E, logo que encontrasse algum amigo, não deixava de falar nisso ;gabava-se da compra que
fizera, encarecia a utilidade do objeto e aconselhava a todos que comprassem um igual.
Campos, depois do casamento, principiou a prosperar de um modo assombroso ;dentro
de três anos era, o que vimos, - rico, muito acreditado e seguro na praça.
E, contudo, não tinha mais do que trinta e seis anos de idade.
- É um felizardo ! resmungavam os colegas, com olhar fito.


[Linha 150 de 8244 - Parte 1 de 5]


- É um felizardo !Quem o viu, como eu, há tão pouco tempo !...
- Mas sempre teve boa cabeça !...
- São fortunas, homem !Outros há por aí , que fazem o dobro e não conseguem a
metade !
- Não ! ele merece, coitado ! É muito bom moço, muito expedito e trabalhador !
- Homem! Todos nós somos bons !...O que lhe afianço é que nunca em minha vida
consegui pôr de parte um bocado de dinheiro !
E o caso era que o Campos ,ou devido à fortuna ou ao bom tino para ao negócios,
prosperava sempre.

* * *

Às quatro da tarde apareceu de novo Amâncio.
Vinha esbaforido. O dia estava horrível de calor. Campos foi recebê-lo com muito
agrado.
- Então ?disse-lhe. Está livre das cartas ?
- Qual ! respondeu o moço. - tenho ainda cinco para entregar...Uma estafa ! No
Maranhão nunca senti tanto calor !...
- Falta de hábito ! observou o outro. Daqui a dias verá que isto é muito mais fresco !
- Estou desta forma !...queixava-se Amâncio, quase sem fôlego, a mostrar o colarinho
desfeito e os punhos encardidos.
- Suba, volveu o Campos, empurrando-o brandamente .- tome qualquer coisa. Vá
entrando sem cerimônia.
E, já na escada do segundo andar, perguntou de súbito :- É verdade !e a sua bagagem
?...
- Está tudo na Coroa de Ouro. Hospedei-me lá.
- Bem.
E subiram.
Amâncio deixou-se ficar na sala de visita; o outro correu a prevenir a mulher.
- Neném !disse ele. Sabes ? hoje temos ao jantar um moço que chegou do Norte, um
estudante. É preciso oferecer-lhe a casa.
Hortênsia respondeu com um gesto de má vontade.
- Não ! replicou o negociante. É uma questão de gratidão !...Devo muitos obséquios à
família deste rapaz ! Lembras-te daquele velho, de que te falei, aquele que foi que me deu a
mão lá no Norte ?...Pois este é o sobrinho, é filho do Vasconcelos. Não nos ficaria bem
recebê-lo assim ,sem mais nem menos !...
- Mas, Lulu, isto de meter estudantes em casa é o diabo !Dizem que é uma gente tão
esbodegada !
- Ora ,coitado !ele até me parece meio tolo ! Além disso, não seria o primeiro
hóspede!...
- Queres agora comparar um estudante com aqueles tipos de Minas que se hospedam
aqui !...
- Mas se estou dizendo que o rapaz até parece tolo...
- Manhas, homem ! Todos eles parecem muito inocentes, e depois...Enfim, tu farás o que
entenderes !... Só te previno de que esta gente é muito reparadeira !
- Não há de ser tanto assim!...
E Campos voltou à sala.
Amâncio soprava, estendido em uma cadeira de balanço, a abanar-se com o lenço.
- Muito calor, hein? perguntou o Campos, entrando.
- Está horroroso, disse aquele.


[Linha 200 de 8244 - Parte 1 de 5]


E resfolegou com mais força.
- Venha antes para este lado. Aqui para a sala de jantar é mais fresco. Venha ! Eu vou
dar-lhe um paletó de brim.
Amâncio esquivava-se, fazendo cerimônia ; mas o outro, com o segredo da hospitalidade
que em geral possui o cearense, obrigou-o a entrar para um quarto e mudar de roupa.
O jantar, como sempre, correu frio e contrafeito. Amâncio não tinha apetite, porque
pouco antes comera mães-bentas em um café ;Campos, porém, desfazia-se e empregava todos
os meios de lhe ser agradável.
- Vá, mais uma fatia de pudim, insistia ele a tentá-lo.
- Não, não é possível, respondia o hóspede, limpando sempre o rosto com o lenço.
À sobremesa falou-se no velho Vasconcelos e mais no irmão. O negociante lembrou
ainda as obrigações que devia à família de Amâncio, citou pormenores de sua vida no
Maranhão ; elogiou muito a província ;disse que havia lá mais sociabilidade que no Rio de
Janeiro , e acabou brindando a memória de seu benfeitor , de seu segundo pai.
Maria Hortênsia parecia tomar parte no reconhecimento do marido e, sempre que se
dirigia ao estudante, tinha nos lábios um sorriso de amabilidade.
Carlotinha não dera uma palavra durante o jantar. Comia vergada sobre o seu prato e só
ergueu a cabeça na ocasião de deixar a mesa.
Amâncio, todavia, não a perdera de vista.
Às sete horas da tarde, quando se despediu, estava já combinado que no dia seguinte
ele voltaria com as malas, para hospedar-se em casa do Campos.
- É melhor...disse este - é muito melhor !Ali o senhor não pode estar bem ;sempre é
vida de hotel ! Venha para cá ;faça de conta que minha família é a sua.
Amâncio prometeu, e saiu, reconsiderando pelo caminho todas as impressões desse dia.
Mais tarde, deitado na cama do Coroa de Ouro, com o corpo moído, o espírito
saturado de sensações, procurava recapitular o que tinha a fazer no dia seguinte ; e, bocejando,
via de olhos fechados, o vulto amoroso de Hortênsia a sorrir para ele, estendendo-lhe no ar os
belos braços, palpitantes e carnudos .

II


No dia seguinte mudava-se Amâncio para a casa do Campos. Seria por pouco tempo, -
até que descobrisse um "cômodo definitivo".
Deixou com algum pesar o hotel. Aquela vida boêmia, com os seus almoços em
mesa-redonda, o seu quartinho, uma janela sobre os telhados, e a plena liberdade de estar
como bem entendesse, tinha para ele um sedutor encanto de novidade.
Nunca saíra do Maranhão ;vira de longe a Corte através do prisma fantasmagórico de
seus sonhos. O Rio de Janeiro afigurava-se-lhe um Paris de Alexandre Dumas ou de Paulo de
Kock, um Paris cheio de canções de amor, um Paris de estudantes e costureiras, no qual podia
ele à vontade correr as suas aventuras, sem fazer escândalo como no diabo da província.
Há muito tempo ardia de impaciência por tal viagem : pensara nisso todos os dias;
fizera cálculos, imaginara futuras felicidades. Queria teatros bufos, ceias ruidosas ao lado de
francesas, passeios fora de horas, a carro, pelos arrabaldes. Seu espírito, excessivamente
romântico, como o de todo maranhense nessas condições, pedia uma grande cidade, velha,
cheia ruas tenebrosas, cheia de mistérios, de hotéis, de casas de jogo, de lugares suspeitos e de
mulheres caprichosas :fidalgas encantadoras e libertinas, capazes de tudo, por um momento de
gozo. E Amâncio sentia necessidade de dar começo àquela existência que encontrara nas
páginas de mil romances. Todo ele reclamava amores perigosos, segredos de alcova e loucuras
de paixão.


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Entretanto, o seu tipo franzino, meio imberbe, meio ingênuo, dizia justamente o
contrário. Ninguém, contemplando aquele insignificante rosto moreno, um tanto chupado,
aqueles pômulos salientes, aqueles olhos negros, de uma vivacidade quase infantil, aquela boca
estreita, guarnecida de bons dentes, claros e alinhados, ninguém acreditaria que ali estivesse
um sonhador , um sensual um louco.
Sua pequena testa, curta e sem espinhas, margeada de cabelos crespos, não denunciava o
que naquela cabeça havia de voluptuoso e ruim. Seu todo acanhado, fraco e modesto não
deixava transparecer a brutalidade daquele temperamento cálido e desensofrido.
Amâncio fora muito mal-educado pelo pai, português antigo e austero, desses que
confundem o respeito com o terror. Em pequeno levou muita bordoada ; tinha um medo
horroroso de Vasconcelos; fugia dele como de um inimigo, e ficava todo frio e a tremer
quando lhe ouvia a voz ou lhe sentia os passos. Se acaso algumas vezes se mostrava dócil e
amoroso, era sempre por conveniência : habituou-se a fingir desde esse tempo.
Sua mãe, D. Ângela, uma santa de cabelos brancos e rosto de moça, não raro se
voltava contra o marido e apadrinhava o filho. Amâncio agarrava-se-lhe à saias, fora de si,
sufocado de soluços.
Aos sete anos entrou para a escola. Que horror !
O mestre, um tal Antônio Pires, homem grosseiro, bruto, de cabelo duro e olhos de
touro, batia nas crianças por gosto, por um hábito do ofício. Na aula só falava a berrar, como se
dirigisse uma boiada. Tinha as mãos grossas, a voz áspera, a catadura selvagem ; e quando metia
para dentro um pouco mais de vinho, ficava pior.
Amâncio, já na Corte, só de pensar no bruto, ainda sentia os calafrios dos outros
tempos, e com eles vagos desejos de vingança. Um malquerer doentio invadia-lhe o coração,
sempre que se lembrava do mestre e do pai. Envolvia-os no mesmo ressentimento, no mesmo
ódio surdo e inconfessável.
Todos os pequenos da aula tinham birra do Pires. Nele enxergavam o carrasco, o tirano,
o inimigo e não o mestre ; mas, visto que qualquer manifestação de antipatia redundava
fatalmente em castigo, as pobres crianças fingiam-se satisfeitas ;riam muito quando o beberrão
dizia alguma chalaça e afinal, coitadas ! iam-se habitualmente ao servilismo e à mentira.
Os pais ignorantes, viciados pelos costumes bárbaros do Brasil, atrofiados pelo hábito de
lidar com escravos, entendiam que aquele animal era o único professor capaz de "endireitar os
filhos".

Elogiavam-lhe a rispidez, recomendavam-lhe sempre que "não passasse a mão" pela
cabeça dos rapazes e que, quando fosse preciso, "dobrasse por conta dele a dose de bolos".
Ângela, porém, não era dessa opinião :não podia admitir que seu querido filho, aquela
criaturinha fraca, delicada, um mimo de inocência e de graça, um anjinho, que ela afagara com
tanta ternura e com tanto amor, que ela podia dizer criada com os seus beijos - fosse lá apanhar
palmatoadas de um brutalhão daquela ordem "Ora ! isso não tinha jeito ! "
Mas o Vasconcelos saltava-lhe logo em cima : Que deixasse lá o pequeno com o
mestre!... Mais tarde ele havia de agradecer aquelas palmatoadas !
Assim não sucedeu. Amâncio alimentou sempre contra o Pires o mesmo ódio e a
mesma repugnância. Verdade é que também fora sempre tido e havido pelo pior dos meninos
da aula, pelo mais atrevido e insubordinado. Adquiriu tal fama com o seguinte fato :
Havia na escola um rapazito, implicante e levado dos diabos, que se assentava ao lado
dele e com quem vivia sempre de turra.
Um dia pegaram-se mais seriamente .Amâncio teria então oito anos. Estava a coisa ainda
em palavras, quando entrou o professor, e os dois contendores tomaram à pressa os seus
competentes lugares.
Fez-se respeito. Todos os meninos começaram a estudar em voz alta, com afetação. Mas,


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de repente, ouviu-se o estalo de uma bofetada.
Houve rumor. O Pires levantou-se, tocou uma campainha, que usava para esses casos, e
sindicou do fato.
Amâncio foi o único acusado.
- Sr. Vasconcelos !- gritou o mestre - porque espancou o senhor aquele menino ?
Amâncio respondera humildemente que o menino insultara sua mãe .
- É mentira ! protestou o novo acusado.
Amâncio repetiu o insulto que recebera. Toda a escola rebentou em gargalhadas.
- Cale-se, atrevido !berrou o professor encolerizado, a tocar a campainha.- Mariola!
Dizer tal coisa em pleno recinto de aula !
E, puxando a pura força o delinqüente para junto de si, ferrou-lhe meias dúzia de
palmatoadas. Amâncio, logo que se viu livre, fez um gesto de raiva.
- Ah ! ele é isso?! Exclamou o professor. - Tens gênio, tratante ?! Ora espera ! isso tira-se
!
E voltando-se para o rapazito que levou a bofetada, entregou-lhe a férula e disse-lhe que
aplicasse outras tantas palmatoadas em Amâncio.
Este declarou fortemente que se não submetia ao castigo. O professor quis submetê-lo à
força; Amâncio não abriu as mãos. Os dedos pareciam colados contra a palma.
O professor, então, desesperado com semelhante contrariedade, muito nervoso, deixou
escapar a mesma frase que pouco antes provocara tudo aquilo.
Amâncio recuou dois passos e soltou uma nova bofetada, mas agora na cara do próprio
mestre. Em seguida deitou a fugir, correndo.
Um " Oh "formidável encheu a sala . O Pires, rubro de cólera, ordenou que
prendessem o atrevido. A aula ergueu-se em peso, com grande desordem. Caíram bancos e
derramaram-se tinteiros. Todos os meninos abraçaram sem hesitar a causa do mestre, e Amâncio
foi agarrado no corredor quando ia alcançar a rua.
Mas, quatro pontapés puseram em fugida os dois primeiros rapazes que lhe lançaram os
dedos. Dois outros acudiram logo e o seguraram de novo, depois vieram mais três, mais oito,
vinte, até que todos os quarenta ou cinqüenta estudantes o levaram à presença do Pires,
alegres, vitoriosos, risonhos, como se houvessem alcançado uma glória.
Amâncio sofreu novo castigo ;serviu de escárnio aos seus condiscípulos e, quando
chegou à casa, o pai, informado do que sucedera na escola, deu-lhe ainda uma boa sova e
obrigou-o a pedir perdão, de joelhos, ao professor e ao menino da bofetada
Desde esse instante, todo o sentimento de justiça e de honra que Amâncio possuía,
transformou-se em ódio sistemático pelos seus semelhantes. Ficou fazendo um triste juízo dos
homens.
- Pois se até seu próprio pai, diretamente ofendido na questão, abraçara a causa do mais
forte!....
Só Ângela, sua adorada, sua santa mãe, à noite, ao beijá-lo antes de dormir, depois de
lhe perguntar se ficara muito magoado com o castigo, segredara-lhe entre lágrimas que "ele
fizera muito bem ..."
Como aquele ,outros fatos se deram na meninice de Amâncio. Todas as vezes que lhe
aparecia um ímpeto de coragem, sempre que lhe assistia um assomo de dignidade, sempre que
pretendia repelir uma afronta ,castigar um insulto, o pai ou o professor caía-lhe em cima,
abafando-lhe os impulsos pundonorosos.
Ficou medroso e descarado.
No fim de algum tempo já podiam na escola , insultar a mãe quantas vezes quisessem,
que ele não se abalaria ;podiam lançar-lhe em rosto as ofensas que entendessem porque ele se
conservaria impassível. Temia as conseqüências de desafronta. " Estava domesticado"
,segundo a frase do Pires.


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Todavia, esses pequenos episódios da infância, tão insignificantes na aparência,
decretaram a direção que devia tomar o caráter de Amâncio. Desde logo habituou-se a fazer
uma falsa idéia dos seus semelhantes ;julgou os homens por seu pai, seu professor e seus
condiscípulos. - E abominou-os. Principiou a aborrecê-los secretamente, por uma fatalidade do
ressentimento; principiou a desconfiar de todos, a prevenir-se contra tudo, a disfarçar, a fingir
que era o que exigiam brutalmente que ele fosse.
Nunca lhe deram liberdade de espécie alguma :Se lhe vinha uma idéia própria e desejava
pô-la em prática, perguntavam-lhe "a quem vira ele fazer semelhante asneira ?
Convenceram-no de que só devemos praticar aquilo que os outros já praticaram.
Opunham-lhe sempre o exemplo das pessoas mais velhas ;exigiam que ele procedesse com o
mesmo discernimento de que dispunham seus pais.
E os rebentões da individualidade, e o que pudesse haver de original no seu caráter e na
sua inteligência , tudo se foi mirrando e falecendo, como os renovos de uma planta, que
regassem diariamente com água morna.
À mesa devia ter a sisudez de um homem. Se lhe apetecia rir, cantar, conversar,
gritavam-lhe logo : "Tenha modo, menino! Esteja quieto ! comporte-se!"
E Amâncio, com medo da bordoada, fazia-se grave, e cada vez ia-se tornando mais
hipócrita e reservado. Sabia afetar seriedade, quando tinha vontade de rir; sabia mostrar-se
alegre, quando estava triste; calar-se, tendo alguma recriminação a fazer; e , na igreja, ao lado da
família, sabia fingir que rezava e sabia agüentar por mais de uma hora a máscara de um
devoto.
Como o pai o queria inocente e dócil, ele afetava grande toleima, fazia-se muito ingênuo,
muito admirado das cosas mais simples.
- É uma menina!...dizia a mãe ,convicta - Amancinho tem já dez anos e conserva a
candura de um anjo !
Vasconcelos nunca o puxava para junto de si, nem conversava com ele, nem o
interrogava ;e, quando a infeliz criança, justamente na idade em que a inteligência se desabotoa,
ávida de fecundação, fazia qualquer pergunta, respondiam-lhe com um berro : " Não seja
bisbilhoteiro, menino!"
Amâncio emudecia e abaixava os olhos, mas, logo que o perdiam de vista, ia escutar e
espreitar pelas portas.
Com semelhante esterco, não podia desabrochar e melhor no seu temperamento o leite
escravo, que lhe deu a mamar uma preta da casa.
Diziam que era uma excelente escrava : tinha muito boas maneiras ;não respingava aos
brancos, não era respondona :aturava o maior castigo, sem dizer uma palavra mais áspera, sem
fazer um gesto mais desabrido. Enquanto o chicote lhe cantava nas costas, ela gemia apenas e
deixava que as lágrimas lhe corressem silenciosamente pelas faces.
Além disso - forte, rija para o trabalho. Poderia nesse tempo valer bem um conto de réis.
Vasconcelos a comprara , todavia, muito em conta, " uma verdadeira pechincha !"
porque o demônio da negra estava então que não valia duas patacas ;mas o senhor a metera em
casa, dera-lhe algumas garrafadas de laranja-da-terra, e a preta em breve começou a deitar corpo
e a indireitar, que era aquilo que se podia ver !
O médico, porém, não ia muito em que a deixassem amamentar o pequeno.
- Esta mulher tem reuma no sangue ...dizia ele - e o menino pode vir a sofrer no futuro.
Vasconcelos sacudiu os ombros e não quis outra ama.
- O doutor que se deixasse de partes !
A negra tomou muita afeição à cria. Desvelava por elas noites consecutivas e, tão
carinhosa, tão solícita se mostrou, que o senhor, quando o filho deixou a mama, consentiu em
passar-lhe a carta de alforria por seiscentos mil-réis, que ela ajuntara durante quinze anos. Mas a
preta não abandonou a casa de seus brancos e continuou a servir, como dantes ;menos ,está


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claro, no que dizia respeito aos castigos, porque a desgraçada, além de forra ia já caindo na
idade.
Amâncio dera-lhe bastante que fazer. Fora um menino levado da breca ;só não chorava
enquanto dormia e, quando se punha a espernear, não havia meio de contê-lo.
Era muito feio em pequeno. Um nariz disforme, uma boca sem lábios e dois rasgões no
lugar dos olhos. Não tinha um fio de cabelo e estava sempre a fazer caretas.
A princípio - muito achacado de feridas, coitadinho! Os pés frios, o ventre duro
constantemente.
Levou muito para andar e custou-lhe a balbuciar as primeiras palavras :Ângela
adorava-o com entusiasmo do primeiro parto ;por duas vezes supôs vê-lo morto e deu
promessas aos santos da sua devoção.
Conseguiram fazê-lo viver, mas sempre fraquinho, anêmico, muito propenso aos
ingurgitamentos escrofulosos.
Quando acabou as primeiras letras, não era, entretanto, dos rapazes mais débeis da aula
do Pires. Para isso contribuíram em grande parte uns passeios que costumava dar, pelas férias
,à fazenda de sua avó materna, em São Bento.
Esses passeios representavam para Amâncio a melhor época do ano. A avó, uma
velha quase analfabeta, supersticiosa e devota, permitia-lhe todas as vontades e babava-se de
amores por ele. O rapaz escondia-lhe o cachimbo, pisava-lhe os canteiros da horta, divertia-se
em quebrar a pedradas as lamparinas dos santos, suspensas na capela, e, à vezes, quando não
estava de boa maré, atirava com os pratos nos escravos que serviam à mesa.
A avó ralhava , mas não podia conter o riso .O netinho era o seu encanto, o fraco de sua
velhice; só um pedido daquele diabrete faria suspender o castigo dos negros e desviar do
serviço da roças algum dos moleques - para ir brincar com Nhozinho. Estava sempre a dizer
que se queixava ao genro e que o devolvia para a cidade ;mas, no ano seguinte, se Amâncio não
aparecia logo no começo das férias, choviam os recados da velha em casa de Vasconcelos,
rogando que lhe mandassem o neto.
- Mande ! mande o pequeno !aconselhava o médico.
E lá ia Amâncio.
Só aos doze anos fez o seu exame de português na aula do Pires.
Houve muita formalidade. A congregação era presidida pelo Sotero dos Reis ;havia
vinte e tantos examinandos. Amâncio tremia naqueles apuros. Não tinha em si a menor
confiança.
Foi, contudo, " aprovado plenamente" .Mas não sabia nada, quase que não sabia ler. Da
gramática apenas lhe ficaram de cor algumas regras, sem que ele compreendesse patavina do
que elas definiam. O Pires nunca explicava :- se o pequeno tinha a lição de memória, passava
outra, e, se não tinha, dava-lhe algumas palmatoadas e dizia-lhe que trouxesse a mesma para o
dia seguinte.
Mas, enfim, estava habilitado a entrar para o Liceu onde iria cursar as aulas de francês e
geografia.
O Liceu, que bom !- Oh ! Aí não havia castigos, não havia as pequenas misérias
aterradoras da escola !Não poderia faltar às aulas , é certo ! mas, em todo o caso, estudaria
quando bem entendesse e, lá uma vez por outra, havia de "fazer a sua parede".
E, só com pensar nisso, só com se lembrar de que já não estava ao alcance das garras do
maldito Pires, o coração lhe saltava por dentro, tomado de uma alegria nervosa.

* * *

O Vasconcelos quis festejar o exame do filho, com um jantar oferecido aos senhores
examinadores e aos velhos amigos da família.


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À noite houve dança. Amâncio convidou os companheiros do ano ;compareceram
somente os pobres, - os que não tinham em casa também a sua festa.
O pai, por instâncias de Ângela, fizera-lhe presente de um relógio com a competente
cadeia tudo de ouro. A avó, que se abalara da fazenda pra assistir ao regozijo do seu querido
mimalho , trouxera-lhe um moleque , o Sabino.
Amâncio, todo cheio de si, a rever-se na sua corrente e a consultar as horas de vez em
quando, foi nesse dia o alvo de mil felicitações, de mil brindes e de mil abraços.
Alguns amigo do pai profetizavam nele uma glória da pátria e diziam que o João
Lisboa, o Galvão e outros não tinham tido melhor princípio.
Lembraram-se todas as partidas engraçadas de Amâncio, vieram à baila os repentes
felizes que o diabrete tivera até aí. Na cozinha, a mãe preta , a ama, contava às parceiras as
travessuras do menino e, com olhos embaciados de ternura, com uma espécie de orgulho
amoroso, referia sorrindo os trabalhos que lhe dera ele, as noites que ela desvelara.
- Já em pequeno, diziam - era muito sabido, muito esperto !enganava os mais velhos
;tinha lábias, como ninguém, para conseguir as coisas, e sabia empregar mil artimanhas para
obter o que desejava! - Não !definitivamente não havia outro !
Ângela, a um canto da varanda, assentada entre as suas visitas, seguia o filho com um
olhar temperado de mágoa e doçura.
- O que lhe estaria reservado?...o que o esperaria no futuro ?...cismava a boa senhora,
meneando tristemente a cabeça - Oh! Às vezes cria-se um filho com tanto amor, com tantas
lágrima , para depois vê-lo andar por aí aos trambolhões, nesse mundo de Cristo !...E a idéia de
que, talvez, nem sempre o teria perto de si, que nem sempre o poderia obrigar a mudar a
camisa, quando estivesse suado ;obrigá-lo a tomar o remédio, quando estivesse doente
;obrigá-lo a comer, a dormir com regularidade ;a evitar, enfim tudo que pudesse-lhe prejudicar
a saúde ;oh ! a idéia de tudo isso lhe ent6rava no coração, como um sopro gelado, e fazia tremer
a pobre mãe.
- Ai ! ai ! disse ela.
- Que suspiros são esses, D. Ângela? perguntou o Dr. Silveira, que estava ao seu lado.
Homem íntimo da casa e figura conhecida na política da terra.
- Malucando cá comigo,. respondeu a senhora .E como o outro estranhasse a resposta:-
Quem tem filho, tem cuidados ,senhor doutor !...
- Oh ! Oh! Exclamou este, com um gesto autorizado, abrindo muito a boca e os olhos. -
A quem o diz, Sra. D. Ângela, a quem o diz !...Só eu sei o que me custam esses quatro pecados
que aí tenho!...
E para provar que dizia a verdade, teria falado nos seus cabelos brancos, se não os
pintasse.
- Quando Ângela se afligia daquele modo, sendo rica ;quanto mais ele- pobre
jurisconsulto, com pequenos vencimentos e uma família enorme !...
- Ah! Os tempos vão muito maus...
Puseram-se logo a falar na ruindade dos tempos. " Estava tudo pela hora da morte! -
Comia-se dinheiro ! "
Mas o Silveira voltara-se rapidamente, para dar atenção a Amâncio, que acabava de
aproximar-se, em silêncio, com ar presumido de quem tinha consciência de que toda aquela
festa lhe pertencia.
- Então, meu estudante !- disse o jurisconsulto, empinando a cabeça - Já escolheu a
carreira que deseja seguir ?
- Marinha, respondeu Amâncio secamente.
A farda seduzia-o. Nada conhecia " tão bonito" como um oficial de marinha.
A mãe riu-se com aquela resposta, e olhou em torno de si, chamando a atenção dos mais
para o desembaraço do filho.


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À meia-noite foram todos de novo para a mesa. O Vasconcelos era muito rigoroso
quando recebia gente em casa ;queria que houvesse toda a fartura de vinhos e comida. Os
brindes reapareceram. Abriram-se as garrafas de Moscato d'Asti, Chateau Yquem e
Champagne.
Conversou-se a respeito dos vinhos de Vasconcelos. " O Maranhão era
incontestavelmente uma das províncias onde melhor se bebia !"
Do meio para o fim da ceia, Amâncio sentiu-se outro.
Em uma ocasião, que o pai se afastara da mesa, ele pediu um brinde e cumprimentou as
"pessoas presentes".
Este fato causou delírios. O próprio pai não se pôde conter e disse entredentes, a rir :
- Ora o rapaz saiu-me vivo !
Ângela abraçou o filho, chorando de comovida.
- Que lhe disse eu ?...resmungou delicadamente o Silveira ao ouvido dela - Este menino
promete !Dêem-lhe asas e hão de ver ...dêem-lhe asas !...
Amâncio foi coberto de ovações. Batiam-lhe no copo, faziam-lhe saúdes. Ele a todos
respondia, rindo e bebendo.
Daí a uma hora recolheram-no à cama da mãe, porque lhe aparecera uma aflição na
boca do estômago ;mas vomitou logo e adormeceu depois , completamente aliviado.
Foi a sua primeira bebedeira.

* * *

Aos quatorze anos prestou exame de francês e geografia e matriculo-se nas aulas de
gramática geral e inglês.
Já eram válidos, felizmente, os exames do Liceu do Maranhão, e com as cartas que daí
houvesse, podia entrar nas academias da Corte.
Amâncio, de[pois da escola do Pires, nunca mais voltou a passar férias na fazenda da
avó. Preferia ficar na cidade :tinha namoros, gostava loucamente de dançar, já fumava, e
já fazia pândegas grossas com os colegas do Liceu.
Como o pai não lhe dava liberdade , nem dinheiro, e como exigia que ele às nove horas
da noite se recolhesse a casa, Amâncio arranjava com a mãe os cobres que podia e, quando a
família já estava dormindo, evadia-se pelos fundos do quintal. Era Sabino quem lhe abria e
fechava o portão.
O moleque gostava muito dessas patuscadas. O senhor - moço levava-o à vezes em sua
companhia. Amigos esperavam por eles lá fora, reuniam-se ; tinham um farnel de sardinhas,
pão, queijo, charutos e vinho. Era pagodear até pela madrugada !
Se havia chinfrim - entravam, ou então iam tomar banho no Apicum ou cear ao
Caminho Grande. Em noites de luar faziam serenatas ;aparecia sempre alguém que tocasse
violão ou flauta ou soubesse cantar chulas e modinhas. Aos sábados o passeio era maior; no dia
seguinte Amâncio estava a cair de cansaço, aborrecido, necessitando de repouso.
Mas não deixava de ir. - Era tão bom passear pela rua , quando toda a população
dormia; fumar, quando tinha certeza de que nenhum dos amigos de seu pai o pilharia com o
charuto no queixo ;era tão bom beber pela garrafa, comer ao relento e perseguir ima ou outra
mulher, que encontrassem desgarrada, a vagar pelos becos mal iluminados da cidade !
Tudo isso lhe sorria por um prisma voluptuoso e romanesco.
Às vezes entrava em casa ao amanhecer. Não podia dormir logo ;vinha excitado,
sacudido pelas impressões e pela bebedeira da noite. Atirava-se à rede, com uma vertigem
impotente de conceber poesias byronianas, escrever coisas no gênero de Álvares de Azevedo,
cantar orgias, extravagâncias, delírios.
E afinal adormecia, lendo Mademoiselle de Maupuin, Olympia de Clèves ou Confession


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d'un enfant du siècle.
Não penetrava bem na intenção deste último livro, mas tinha-o em grande conta e, visto
conhecer a biografia de Musset, embriagava-se com essa leitura; ficava a sonhar fantasias
estranhas, amores céticos, viagens misteriosas e paixões indefinidas.
As criadas da casa ou as mulatinhas da vizinhança já o enfaravam :era preciso descobrir
amores mais finos, mais dignos, que, nem só lhe contentassem a carne, como igualmente lhe
socorressem as ânsias da imaginação.
Por esse tempo leu a Graziella e o Raphael de Lamartine .Ficou possuído de uma
grande tristeza ;as lágrimas saltaram-lhe sobre as páginas do livro. Sentiu necessidade de amar
por aquele processo, mergulhar na poesia ,esquecer-se de tudo o que o cercava, para viver
mentalmente nas praias de Nápoles, ou nas ilhas adoráveis da Sicília, cujos nomes sonoros e
musicais lhe chegavam ao coração como o efeito de uma saudade ,amarga e doce, de uma
nostalgia inefável, profunda, sem contornos, que o atraía para outro mundo desconhecido, para
uma existência , que lhe acenava de longe, a puxá-lo com todos os tentáculos de seu mistério e
da sua irresistível melancolia.
Uma ocasião, deitado ao pé da janela de seu quarto, pensava em "Graziella".
A tarde precipitava-se no crepúsculo e enchia a natureza de tons plangentes e doloridos.
A um canto da rua um italiano tocava uma peça no seu realejo. Era a Marselhesa.
Amâncio conhecia algumas passagens da revolução de França :lera os Girondinos de
Lamartine. E a reminiscência do sentimentalismo enfático dessa obra, coada pela retórica
poderosa da música de Lisle , trouxe-lhe aos nervos um sobressalto muito mais veemente que
das outras vezes.
Julgou-se infeliz, sacrificado nas suas aspirações, no seu ideal. Precisava viver, gozar sem
limites!...Não ali, perto da família, estudando miseráveis lições do Liceu, mas além, muito além,
onde não fosse conhecido , onde tudo para ele apresentasse surpresas de que sua imaginação
mal podia delinear.
Por isto estimou deveras ter de seguir para o Rio de Janeiro. A Corte era "um Paris",
diziam na província, e ele, por conseguinte, havia de lá encontrar boas aventuras, cenas
imprevistas, impressões novas, e amores, - oh ! amores principalmente !
E, com efeito, desde que pôs o pé a bordo, principiou a gozar de novidade, produzida
no seu espírito pela viagem.
A circunstância de achar-se em um paquete, sozinho, ouvindo o ronrom monótono da
máquina e sentindo, como nos romances, as vozes misteriosa dos elementos sussurrarem à volta
de seus ouvidos - encantava-o .Prestava muita atenção aos mais pequeninos episódios de bordo
:olhava interessado para a grossa figura dos marinheiros que baldeavam pela manhã o
tombadilho, a dançar com a vassoura aos pés; estudava o tipo dos outros passageiros,
procurando descobrir em cada qual um personagem de seus livros favoritos; ao abrir e fechar
das portas dos camarotes, espiava sempre, e às vezes lobrigava de relance, ao fundo do beliche,
uma figura pálida , ofegante, toda descomposta na imprudência do enjôo.
Ele é que nunca enjoava. À noite ia fumar para a tolda, estendido sobre um banco, as
pernas cruzadas, os olhos perdidos pelo oceano.
Vinham-lhe então as nostalgias da província; o coração dilatava-se por um sentimento
morno de saudade. Via defronte de si o vulto carinhoso de sua mãe, a chorar, com o rosto
escondido no lenço, o corpo sacudido pelos soluços.
Quanto não custou à pobre mulher separar-se do filho ?...Que violência não foi preciso
para lho arrancarem dos braços !foi como se pela Segunda vez lho tirassem a ferro das
entranhas.
Antes mesmo da partida de Amâncio, muito sofrera a mísera com a idéia daquela
separação. Pensava nisso a todo instante, sem se poder capacitar de que ele devia ir,
atirado a bordo de um vapor, tão sozinho, tão em risco de perigos. "Oh ! era muito duro !Era


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muito duro ! ..." Mas Vasconcelos opunha-lhe argumentos terríveis : - O rapaz precisava
fazer carreira, Ter uma posição ! Não seria agarrado às saias da mãe que iria pra diante !Há
muito mais tempo devia Ter seguido - o filho de fulano fora aos quinze anos ; o de beltrano
com vinte e três , e Amâncio já tinha vinte. Ia tarde ! Ângela que se deixasse de pieguices.
Justamente por estimá-lo é que devia ser a primeira a querer que ele fosse, que se instruísse, que
se fizesse homem ! Além disso o rapaz a poderia visitar pelas férias, nem sempre, mas de doeis
em dois anos.
Ângela parecia resignar-se com as palavras de Vasconcelos ;fazia-se forte :jurava que "
não era egoísta " que " não seria capaz de cortar a carreira de seu filho" ; mal, porém o
marido lhe dava as costas, voltava-lhe a fraqueza :vinham-lhe as lágrimas, tornavam as
agonias. Por vezes, no meio do jantar, enquanto os outros riam e conversavam, ela, que até aí
estivera a pensar, abria numa explosão de soluços e retirava-se para o quarto, aflita,
envergonhada de não poder dominar aquele desespero. Outras vezes acordava por alta noite, a
gritar, a debater-se, a reclamar o filho, a disputá-lo contra os fantasmas do pesadelo.
No dia da viagem não se pôde levantar da cama, tinha febre, vertigens ; a cabeça
andava-lhe à roda. E não queria mais ninguém perto de si, além do filho, só ele ! "Não a
privassem de Amâncio ao menos naquele dia ! "E tomava-o nos braços, procurava agasalhá-lo
ao colo, como fazia dantes, quando ele era pequenino. Afagava-lhe a cabeça beijava-lhe de
novo as mãos, os olhos, o pescoço, envolvia-o todo em mimos, como, se, na santa loucura de
seu amor, imaginasse que eles lhe preservariam o filho contra os escolhos da jornada e contra os
futuros perigos que o ameaçavam.
- Minha pobre mãe !...suspirava Amâncio no tombadilho, derramando o olhar lacrimoso
pela inconstante planície das águas. - Minha pobre mãe!...
E vinham-lhe então fundas saudades de sua terra, de sua casa e de seus parentes. As
palavras de Ângela palpitavam-lhe em torno da cabeça, com uma expressão de beijos
estalados. Lembrava-se dos últimos conselhos que ela lhe dera, das suas recomendações, das
suas pequeninas previdências; de tudo isso, porém, o que mais lhe ficara grudado à memória foi
o que lhe disse a boa velha muito em particular, a respeito de dinheiro. "Se não te chegar a
mesada, ou se te vierem a faltar os recursos, escreve-me logo duas linhas, que eu te mandarei o
que precisares. Mas não convém que teu pai saiba disso..."
Para as primeiras despesas na Corte e para os gastos nas províncias, juntou ao que dera
Vasconcelos ao filho, mais quinhentos mil-réis ;não achava bom, entretanto, que Amâncio
saltasse em todos os portos. " Era muito arriscado !Ele não se deveria expor de semelhante
forma !"
E a lembrança do dinheiro puxou logo outros consigo e arremessou-o no frívolo terreno
de seus devaneios tolos e voluptuosos. Vieram as recordações ;começou a desenfiar
mentalmente o rosário dos amores que acumulara dos quinze anos até ali.
Era um rosário extravagante ;havia contas de todos os matizes e de todos os feitios.
Entre elas, porém, só três se destacavam, três belas contas de marfim :- a filha mais velha
do Costa Lobo, a mulher de um comendador , amigo de seu pai, e uma viúva de um oficial do
Exército.
E só. Todas as outras suas conquistas não valiam nada ;de algumas tinha, contudo, bem
boas recordações: a Francisca de Vila do Paço. Por exemplo, - uma caboclinha, que se
apaixonou por ele e vinha persegui-lo até a cidade ;uma espanhola, mulher de um tipo barbado e
calvo, que andava a mostrar figuras de cera pelas províncias do Norte, uma senhora gorda,
Amasiada com um boticário, da qual elogiavam muito as virtudes, mas que um dia atirou-se
brutalmente sobre Amâncio , dizendo que o amava e trincando-lhe os beiços. E como estas,
outras e outras recordações foram-se enfiando e desenfiando pelo espírito sensual e mesquinho
do vaidoso, até deixá-lo mergulhado na apatia dos entes sem ideais e sem aspirações.
Mas, já não queria pensar nesses amores da província ;tudo isso agora se lhe afigurava


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ridículo e acanhado. A Corte , sim! é que lhe havia de proporcionar boas conquistas. " Ia
principiar a vida!"
E, nessa disposição chegou ao Rio de Janeiro.

I I I

Estava hospedado há dois dias em casa do Campos; esse tempo levara ele a entregar
cartas e encomendas. À noite, fatigado e entorpecido pelo calor, mal tinha ânimo para dar uma
vista de olhos pelas ruas da cidade.
Entretanto, a vida externa o atraía de um modo desabrido; estalava por cair no meio
desse formigueiro, desse bulício vertiginoso, cuja vibração lhe chegava aos ouvidos, como os
ecos longínquos de uma saturnal. Queria ver de perto o que vinha a ser essa grande Corte, de
que tanto lhe falavam ;ouvira contar maravilhas a respeito das cortesãs cínicas e formosas,
ceias pela madrugada, passeios ao Jardim Botânico, em carros descobertos, o champanha ao
lado, o cocheiro bêbado; - e tudo isso o atraía em silêncio, e tudo isso o fascinava, o visgava
com o domínio secreto de um vício antigo.
- Mas, por onde havia de principiar ?...Não tinha relações, não tinha amigos que o
encaminhassem ! Além disso, o Campos estava sempre a lhe moer o juízo com as matrículas,
com a entrada na academia, com o inferno de obrigações a cumprir, cada qual mais pesada, mais
antipática, mais insuportável !
- Olhe , seu Amâncio, que o tempo não espicha - encolhe !...É bom ir cuidando disso!...
Repetia-lhe negociante, fazendo ar sério e comprometido. - Veja agora se vai perder o ano !
Veja se quer arranjar por aí um par de botas !...
Amâncio fingia-se logo muito preocupado com os estudos e falava calorosamente na
matrícula.
Mexa-se então, homem de Deus! Bradava o outro. - Os dias estão correndo.
Afinal, graças aos esforços de Campos, consegui matricular-se na academia, duas
semanas depois de Ter chegado ao Rio de Janeiro.
O medo às matemáticas levara-o a desistir da Marinha e agarrar-se à Medicina, como
quem se agarra a uma tábua de salvação ; pois o Direito, se bem que, para ele, fosse de todas a
mais risonha, não lhe servia igualmente, visto que Amâncio não estava disposto a deixar a Corte
e ir ser estudante na província.
A medicina, contudo longe de seduzi-lo, causava-lhe um tédio atroz. Seu temperamento
aventuroso e frívolo não se conciliava com as frias verdades da cirurgia e com as pacientes
investigações da terapêutica. Pressentia claramente que nunca daria um bom médico, que
jamais teria amor às sua profissão.
Esteve a desistir logo nos primeiros dias de aula : o cheiro nauseabundo do anfiteatro da
escola, o aspecto nojento dos cadáveres, as maçantes lições de Química, Física e Botânica,
as troças dos veteranos, a descrição minuciosa e fatigante da osteologia, a cara insociável dos
explicadores; tudo isso o fazia vacilar ;tudo isso lhe punha no coração um duro sentimento de
má vontade, uma antipatia angustiosa, um não querer doloroso e taciturno.
Às vezes, no entanto, pretendia reagir :atirava-se ao Baunis Bouchard e ao Vale,
disposto a ler durante horas consecutivas ,disposto a prestar atenção, a compreender ; mal,
porém, ele se entregava aos compêndios, o pensamento, pé ante pé, ia-se escapando da leitura,
fugia sorrateiramente pela janela, ganhava a rua, e prendia-se ao primeiro frufru da saia que
encontrasse.
E Amâncio continuava a ler a estranha tecnologia da ciência, a repetir maquinalmente,
de cor, os caracteres distintivos das vértebras, ou a cismar abstrato nas propriedades do cloro e
do bromo, sem todavia conseguir que patavina daquilo lhe ficasse na cabeça.
- Não haver uma academia de Direito no Rio de Janeiro !lamentava ele, bocejando, a


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olhar vagamente a sua enfiada de vértebras, que havia comprado no dia anterior.
Porque, no fim de contas, tudo que cheirasse a ciência de observação o enfastiava :
"Deixassem lá , que a tal osteologia e a tal Química nada ficavam a dever às matemáticas !..."
Ah ! o Direito, o Direito é que , incontestavelmente, devia ser a sua carreia.
Preferia-o por achá-lo menos áspero, mais tangível, mais dócil, que outra qualquer matéria. E
esse mesmo...Valha-me Deus ! tinha ainda contra si o diabo do latim, que era bastante para o
tornar difícil.
E lembrar-se Amâncio de que havia por aí criaturas tão dotadas de paciência, tão
resignadas, tão perseverantes, que se votavam de corpo e alma ao cultivo das artes !...das artes,
que, segundo várias opiniões, exigiam ainda mais constância e mais firmeza do que as ciências
!...Com efeito,! Era preciso Ter muita coragem, muito heroísmo, porque as tais belas-artes, no
Brasil, nem sequer ofereciam posição social, nem davam sequer um titulozinho de doutor !
- Qual! Não seria com ele !...Fosse gastando quem melhor quisesse a existência na
concepção de um bom quadro, de uma boa estátua, de uma ópera genial ou de um bom livro de
literatura, que ele ficava cá de fora - para apreciar. O mais que podia fazer, era - aplaudir;
aplaudir e pagar ! - E já não fazia pouco !...
Isso justamente ouviu, por mais de uma vez, da boca de seu pai .O velho .Vasconcelos
nunca tomou a sério os artistas "Uns pedaço-d'asnos!" qualificava ele, e, de uma feita em que
o Franco de Sá lhe comunicou os seus projetos de estudar pintura na Europa, o negociante fez
uma careta e exclamou, batendo-lhe no ombro: "Homem, seu Sazinho !não seria eu que lhe
aconselhasse semelhante cabeçada. .porque, meu amigo, isto de artes é uma cadelagem! Procure
meios de obter cobres, e o senhor terá à sua disposição os artistas que quiser !"
- E nisto tinha o velho toda a razão, pensava Amâncio. Acho apenas que devia estender
a sua teoria até o estudo de certas ciências...como a Medicina...Sim ! porque , afinal, com o
dinheiro também obtemos os médicos de que precisamos, e não vale a pena, por conseguinte,
gramar seis anos de academia e curtir as maçadas que estou suportando, sabe Deus como !
- Mas ,neste caso, a questão muda muito de figura !dizia-lhe em resposta uma voz que
vinha de dentro de seu próprio raciocínio Não se trata aqui de fazer um "médico", trata-se de
fazer um "doutor", seja ele do que bem quiser !Não se trata de ganhar uma "profissão", trata-se
de obter um "título". Tu não precisas de meios de vida, precisas é de uma posição na sociedade.
- Visto isso, porém, objetava Amâncio, - quero crer que o mais acertado seria comprar
uma carta na Bélgica ou na Alemanha ,e mandar ao diabo, uma vez por todas, aquela peste de
Medicina !
Ora, Medicina, Medicina servia para algum moço pobre que precisasse viver da clínica;
ele não estava nessa circunstâncias. Era rico ! só com o que lhe tocava por parte materna, podia
passar o resto da vida sem se fatigar !...Por que, pois, sofrer aquelas apoquentações do estudo ?
Por que razão havia de ficar preso aos livros, entre quatro paredes, quando dispunha de todos os
elementos para estar lá fora , em liberdade, a se divertir e a gozar ?!...
Mais uma idéia sustinha-lhe o vôo do pensamento ;o vulto angélico de sua mãe vinha
colocar-se defronte dele, abrindo os braços, como se o quisesse proteger de um abismo.
Ah! quanto empenho não fazia a pobre velha em vê-lo formado às direitas, numa
faculdade do Brasil ! ... Vê-lo doutor !...
- Doutor, hein?! repetia Amâncio, meio animado com o prestígio que ao nome lhe daria o
título.
E ligava-os mentalmente, para ver o efeito que juntos produziam :
- Doutor Amâncio ! Doutor Amâncio de Vasconcelos ! Não fica mal ! não fica !A mãe
tinha razão : - Era preciso ser doutor !...
E quanto ao gosto, que prazer, não sentiria nisso a querida velha !...Oh ! ele agora
pensava em Ângela com muito mais ternura ;nela resumia toda a família e tudo que houvesse de
bom no seu passado. Só com a ausência pôde avaliar o muito que a respeitava e o muito que a


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estremecia. Ele, que não chorara ao despedir-se da mãe; ele, que, algumas vezes chegou até a se
aborrecer de seus desvelos e da insistência de seus carinhos - agora não a podia ter na
memória, sem ficar com coração opresso e os olhos relentados de pranto. Pungia-lhe a
consciência uma espécie de remorso por não se ter mostrado mais afetuoso e mais amigo,
enquanto a possuiu perto de si, por não ter melhor aproveitado essa ocasião para deixar bem
patente que sabia ser "bom filho".
E punha-se então a mentalizar planos de melhor conduta para quando voltasse ao lado
de Ângela; considerava os mimos que teria com ela, os afagos que lhe havia de dispensar, os
beijos que lhe havia de pedir.
- Ah ! Se naquele momento ele a tivesse ali , o que não lhe diria !
E, por uma necessidade urgente de expansão, levantou-se da cadeira em que estava e
correu à secretária , disposto a escrever uma carta, longa, a sua mãe. Precisava queixar-se do
isolamento em que vivia, contar-lhe as suas tristezas; as suas contrariedades, justamente com o
fazia dantes, em pequeno, ao voltar da aula do Pires. Sua alma tornava atrás , fazia-se infantil,
muito criança, muito ingênua e carecida de amparo.
A mãe, enquanto esteve ao lado dele, foi sempre um coração aberto para lhe receber as
lágrimas e os queixumes.
Também , só elas, só as mães, podem servir a tão delicado mister. O que se lança ao
peito da amante desde logo arde e se evapora, porque aí o fogo é por demais intenso; o que se
atira ao de um estranho gela-se de pronto na indiferença e na aridez; mas, tudo aquilo que um
filho semeia no coração materno - brota, floreja e produz consolações. Neste não há chama
que devore, nem, frio que enregele, mas um doce amornecer, suave e fecundo, como a trepidez
de um seio intumescido e ressumbrante de leite.
E escreveu : "Mamãe "
Hesitou logo. Aquele modo de tratar não lhe pareceu conveniente; queria uma carta de
efeito, com estilo, uma carta a primor, que desse idéia de seu talento e ao mesmo tempo de sua
afeição :

"Minha querida mãe.
Eis-me na grande Corte, que aliás me parece estúpida e acanhada por achar-me longe
de vossemecê..."
Vinham, em seguida, muitos protestos de amor filial e depois uma extensa descrição da
cidade, a qual ocupava duas laudas da carta . Na terceira escreveu o seguinte:
" Desde que vim daí, o Sabino só me tem dado maçadas; a bordo vivia a brigar com os
outros criados; aqui nunca me aparece; sai pela manhã e já faz muito quando volta à noite.
Pilhou-se sem castigo e abusa desse modo. Ainda não lhe consegui arranjar a matrícula no
Tesouro e nem sei como isso se obtém; o Campos é que há de ver.
" Como sabe, há mês e meio que me acho hospedado em cada deste. Aqui nada me
falta, é certo, mas igualmente nada me satisfaz, porque estou muito isolado e aborrecido. A
família é atenciosa o quanto pode ser comigo; eu, porém , apesar disso , não deixo de ser para
eles um estranho e , como tal, apenas recebo cortesias e hospitalidade. D. Maria Hortênsia é
amável, mas por uma simples questão de delicadeza; da irmã, D. Carlotinha, nem é bom falar
!Esta, se já me dispensou duas palavras, foi o máximo, parece até que tem medo de olhar para
mim ;talvez com receio de desagradar ao guarda-livros, que, pelos modos, é lá o seu namorado.
Do que não resta dúvida é que o tal guarda-livros é de todos o mais antipático e difícil de
suportar. Um hipócrita !Está sempre com a carinha n' água e já, por várias vezes, se tem
querido meter a espirituoso cá para o meu lado. - São ditinhos, indiretas de instante a instante.
Eu, qualquer dia destes, o chamo à ordem! Ainda não há uma semana, veja isto! fui a um
espetáculo dramático no São Pedro de Alcântara e à volta, quando cheguei à casa, quis acender
a vela para estudar. Quem disse?...o fogo não se comunicava ao pavio. Verifico :- no lugar da


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torcida haviam posto um prego ;fiquei com os dedos queimados. E esta graça não foi de outro
senão o tal cara de mono !
" Já me lembrou mudar-me ;o Campos, porém, acha que o não devo fazer enquanto não
descobrir por aí um bom cômodo, em alguma casa de pensão."
E no mesmo teor ia por diante , até encher duas folhas de papel marca pequena.
Amâncio narrava à mãe todos os seus passos e todos os seus desgostos, sem lhe confessar,
todavia, que o principal motivo daquele descontentamento estavas em não poder recolher de
noite às horas que entendesse; em Ter por único companheiro de passeios o Luís Campos, cuja
sobriedade nos gestos e costumes, discrição nos termos, cujo aspecto repreensivo e pedagógico,
de mentor, faziam-no já perfeitamente insuportável aos olhos do estudante.
- Ora adeus !considerava este, deveras enfiado. - Não foi para a me fazer santo, que
vim ao Rio de Janeiro !
Boas !Podia lá estar disposto a sofrer aquele ele maçante do Campos !...Mas também
não seria muito divertido andar sozinho pela cidade, a trocar pernas, sem um companheiro,
sem um amigo. Além disso temia do seu provincialismo, receava "fazer figura triste"; ainda não
conhecia o preço das coisa e o nome das ruas. No Maranhão falavam com tanto assombro
dos gatunos da Corte! _os tais capoeiras! E Amâncio sobressaltava-se pensando num encontro
desagradável, em que lhe cambiassem o dinheiro e as jóias por uma navalhada.
Seu maior desejo era Ter ali um dos amigos da província, a quem confiasse as impressões
recebidas e com quem pudesse conversar livremente, à franca , sem medir palavras, nem tomar
as enfadonhas reservas e composturas, que lhe impunha a censória presença do negociante.
Por isso, numa ocasião , em que atravessava pela manhã o Beco do Cotovelo, sentiu
grande alegria ao dar cara a cara com o Paiva Rocha. O Paiva era seu comprovinciano e fora
seu condiscípulo; pertenceram à mesma turma de exames na aula do Pires e matricularam-se
juntos no Liceu. Mas, enquanto o filho do Vasconcelos estudou as três primeiras matérias, o
outro fez todos os preparatórios.
Abraçaram-se. Houve exclamações de parte a parte.
- Ora o Paiva !disse Amâncio afinal, encarando o amigo com um olhar muito satisfeito. -
Não te fazia aqui na Corte !
- Estou na Politécnica.
- Ah! exclamou Amâncio ,com interesse. - Que ano ?
- Terceiro.
- Bom. Estás quase livre !-
- Qual! resmungou o Paiva, mascando o cigarro. - tenho ainda muito que aturar!
E passaram então a falar de estudos. Amâncio fazia recriminações: "Só encontrara
dificuldades". Disse a sua antipatia pelas ciências práticas ;queixou-se de alguns veteranos, que
por serem mais antigos na escola, se julgavam com direito de maltratar os outros. "Era estúpido!
simplesmente estúpido!"
- Tradições ! respondeu o Paiva, com a indiferença de quem não preocupam tais
bagatelas. - Isso há de acabar...A natureza não dá saltos !
Amâncio, como qualquer provinciano que ainda não tivesse ocasião de apreciar o Rio de
Janeiro,, julgava-se tão desiludido a respeito dele, quanto a respeito de estudos.
- Sempre imaginei que fosse outra coisa !...disse. - A tal Rua do Ouvidor, por exemplo!...
Paiva já não o ouvia, era todo atenção para um cartaz de teatro, que um sujeito pregava
na parede defronte.
Amâncio prosseguiu, declarando que, até ali, nada encontrara de extraordinário na
Corte.
- Com franqueza - _antes o Maranhão ! Com franqueza que antes ! Não
achas?...perguntou.
- É ! respondeu o outro, distraído.


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Mas Amâncio precisava desabafar e não se contentou com aquela resposta. Insistiu na
pergunta; chamou a atenção do Paiva, agarrando-se-lhe à gola esgarçada do fraque.
- Não, filho, deixa-te disso, retorquiu o interrogado. - A Corte sempre é Corte!...
- Ora qual !
- É porque ainda não estás acostumado, ainda não conheces o Rio! Hás de ver depois !...
Amâncio duvidava.
- Verás ! repetia o Paiva.- Daqui a um ou dois anos é que te quero ouvir.
E passaram de novo a falar de estudos, matrícula e de exames.
Paiva bocejou; o outro estava "caceteando'' .Quis safar-se.
- Espera ! implorou Amâncio, apoderando-se-lhe de novo da gola do fraque - Espera!
Onde vais tu ?... Conversa mais um pouco! suplicava ele com a voz infeliz de quem pede
uma esmola. Não te vás ainda ! Que pressa !
Paiva tinha de ir almoçar com um amigo. Estava muito ocupado! "Naquele dia não
dispunha de um momento seu" Depois ,depois se encontrariam !
- Não! Vem cá! Espera!
O Paiva levantou as sobrancelhas, impacientando-se.
- Mas, vem cá, dize-me uma coisa: o que é que tanto tens hoje a fazer?...inquiriu o outro.
- Filho, questões de interesse! respondeu aquele, procurando abreviar explicações.
Veio-lhe, porém, um ímpeto de raiva e começou a falar alto sobre dinheiro; havia brigado na
véspera com o seu correspondente.
- Um burro! exclamava,- um vinagre! Imagina tu que o malvado sabe perfeitamente que
não tenho ninguém por mim aqui no Rio, e põe-se com dúvidas para me dar a mesada! ...Como
se aquele dinheiro lhe saísse do bolso! Diabo da peste!
- Ele então não te quis dar a mesada ?...perguntou Amâncio muito espantado.
- É o costume aqui !retrucou o Paiva desabridamente.- Eles julgam que nos fazem
grande obséquio em dar-nos aquilo que nos pertence!
E, olhando para Amâncio com os olhos apertados:
- Mas também, filho, disse-lhe meia dúzia de desaforos, como ele nunca ouviu em sua
vida! Cão!
E expôs a descompostura por inteiro, na qual as palavras galego ,ladrão, cachorro
entravam repetidas vezes.
- De sorte que, terminou o estudante mais tranqüilo, como se houvesse despejado um
peso nas costas,- não tenho lá ido ! Questão de capricho, sabes ? olha, estou assim !
E bateu nas algibeiras.
- Isso arranja-se ...disse Amâncio timidamente, receoso de humilhar o colega. E depois,
com um vislumbre: Vamos almoçar a um hotel ?!
O Paiva concordou, sacudindo os ombros. E, como Amâncio perguntasse onde deviam
ir, começou a citar os melhores hotéis; já sem deixar transparecer o menor indício de pressa.
Fazia-se grande conhecedor da Corte, muito carioca, saboreando muito voluptuosamente
o efeito de pasmaceira, que a sua superioridade causava no amigo. Deu-se logo ares de
cicerone ;
mostrou-se habituadíssimo com tudo aquilo que pudesse causar admiração a um
provinciano recém-chegado; fingiu desdém por umas tantas coisas, que à primeira vista
pareciam boas e falou de outras, menos conhecidas, com entusiasmo, com interesse pessoal e
com orgulho.
Amâncio escutava-o em recolhido silêncio, mas, como estivesse a cair de apetite, voltou
logo à idéia do almoço: lembrou que poderiam ir ao Coroa de Ouro.
Paiva fitou-o espantado, e espocou depois uma risada falsa:
- Aquela era mesma de quem vinha do Norte! Almoçar no Coroa de Ouro Vade retro !
Amâncio não teve ânimo de defender a sua proposta, e seguiu o companheiro que pusera


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a andar com ímpeto.
Entram na Rua do Carmo, atravessaram a de São José e, ao caírem na da Assembléia,
Paiva, que ia a pensar, voltou-se de súbito para Amâncio e perguntou-lhe decisivamente :
- Tu queres almoçar bem ?!
E feriu a última palavra.
- É ! respondeu o outro.
- Pois então vamos ao Hotel dos Príncipes !
E seguiram pela Rua Sete de Setembro até o Rocio.

* * *

Ao penetrarem no largo, uma menina italiana, de alguns dez anos de idade, toda vestida
de luto, morena, o ar suplicantemente risonho e cheio de miséria ,abraçou-se às pernas de
Amâncio, pedindo-lhe dinheiro - para levar à mãe que estava em casa morrendo de fome.
- Sai ! gritou-lhe o Paiva, procurando arredá-la.
Mas a pequena ajoelhou-se, sem largar as pernas do calouro, de uma de cujas mãos já se
tinha apoderado e cobria de beijos
- Então, papai! papaizinho bonito ! uma esmolinha, sim?...dizia ela, voltando para o
moço seus belos olhos de crianças, rindo com uns dentes muito brancos que se lhe destacavam
vivamente da cor morena do rosto.
- Coitadinha ! lamentou Amâncio, fazendo-lhe uma festa no queixo e procurando
dinheiro na algibeira das calças..
Puxou um maço grosso de cédulas.
- Não sejas tolo! gritou-lhe o companheiro. - Isto é especulação de algum vadio! Vestem
por aí essas bichinhas de luto e mandam-nas perseguir a humanidade! É uma esperteza, não
sejas tolo !
A pequena lançou ao Paiva um gesto de raiva e sorriu para Amâncio, suplicando.
- Em todo o caso faz dó, coitada! murmurou este, dando-lhe uma cédula de dois
mil-réis.
A italianinha agarrou-se ao dinheiro e olhou surpresa para o calouro. Depois beijou-lhe
novamente as mãos, e fugiu, atirando-lhe beijos.
- Coitada ! repetiu ele.
- Ainda está muito peludo! resmungou o Paiva.- Olha que isto por cá não é o
Maranhão!
E pôs-se logo a falar nas especulações do Rio de Janeiro. Contou fatos horrorosos de
cinismo e gatunagem. "Amâncio que se acautelasse: no caminho em que ia, lhe haviam de
arrancar até os olhos.- Ali, a ciência de cada um consistia em fazer com que o dinheiro
passasse das algibeiras dos outros para as próprias algibeiras". Estava indignado ! "Não podia,
a sangue -frio, ver assim se atirar à rua - dois mil-réis !Ah! se o outro soubesse quanto o
dinheiro custava a ganhar, não teria as mãos tão rotas !"
E mostrava-se extremamente empenhado nos interesses do colega : dava-lhe
conselhos ;
havia de abrir-lhe os olhos, indicar-lhe o verdadeiro caminho a segui. " Não !Que ele não
era desses, que só querem desfrutar !... Quando simpatizava com um rapaz, sabia ser
amigo !
Amâncio o veria no futuro!...
- Olha ! segredou-lhe ,passando-lhe um braço nas costas, - Hás de encontrar por aí muito
artista !Acautela-te, filho !acautela-te, que os cabras sabem levar água ao seu moinho !Digo-te
isto, porque te estimo, porque sou teu amigo, percebes ?
Amâncio percebia e jurava ser muito grato àquela dedicação. Tiveram . porém, de


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interromper o diálogo :dois outros estudantes acabavam de parar defronte deles.
Eram amigos do Paiva. Houve logo novas exclamações e cumprimentos rasgados.
- Meus senhores, exclamou aquele. apresentando Amâncio. O nosso colega, Amâncio de
Vasconcelos, estudante de medicina. Escuso dizer que é muito talentoso e um caráter excelente.
Os dois apertaram a mão de Amâncio com solenidade, e afiançaram que tinham imenso
gosto em conhecê-lo.
- João Coqueiro e Salustiano Simões !nomeou o Paiva, indicando os dois. - São ambos
da Politécnica E acrescentou em voz baixa, ao ouvido de Amâncio, mas de modo que fosse
ouvido por todos:
- Muito distintos !...
O Coqueiro observava em silêncio o novo colega ;enquanto o Paiva e o Salustiano
reatavam um velho colóquio, interrompido à última vez que estiveram juntos; saiu do seu
recolhimento para indagar de que província era Amâncio, como ia-se dando nos estudos e onde
estava hospedado. Entretanto, o Simões afrouxava lentamente na conversa com o outro e caía
aos poucos na sua habitual concentração; já respondia apenas por monossílabos e só despregava
o cigarro dos dentes para bocejar. Afinal, sem conter a impaciência, quis dissolver o grupo; mas
Amâncio tolheu-lhe a idéia perguntando-lhe e mais ao Coqueiro se já tinham almoçado e, visto
que não, pediu-lhes que lhe fizessem companhia.
Aceitaram, depois de alguma resistência por parte do último; e os quatro rapazes
seguiram imediatamente caminho do hotel, a rir e dar de língua, como se fossem todos amigos
de muito tempo.
Paiva Rocha pediu um gabinete particular e aí se instalou com os outros.
Amâncio estava maravilhado. O aspecto daquelas salas afestoadas, cheias de espelhos,
de cortinas e douraduras , no gênero pretensioso dos hotéis, ar parisiense dos criados, vestidos
de preto e avental branco; a cor estridente do gabinete; o perfume das flores que guarneciam
jarras de proporções luxuosas; o alvoroço palavroso e alegre dos que faziam a sobremesa; o
crepitar do riso das mulheres, cujos penteadores branquejavam sobre o escuro dos tapetes; a
reverberação dos cristais; a expectativa de um bom almoço, que seria devorado com apetite, e
finalmente a circunstância de que Amâncio, havia muito não gozava uma pândega; tudo isso lhe
refrescava o humor e o fazia feliz naquele momento
- Garçon! Gritou o Paiva, entrando no gabinete com um ar sem - cerimônia.- La carte !
O criado disparou.
- Tu falas francês ?...inquiriu Amâncio, já com admiração na voz.
- Ora ! respondeu o Paiva, levantando os ombros. Aqui na Corte será difícil encontrar
alguém que não fale francês!...
- Pois eu ainda não sei...disse aquele tristemente..
- Questão de prática! observou o outro.
Coqueiro, que acabava nesse momento de entrar no gabinete, conversando com Simões,
propôs que se despissem os paletós.
Principiaram a comer.
O Paiva encarregara-se do menu. Estava radiante; parecia empenhado na direção do
almoço, como se tratasse de um trabalho difícil e glorioso. Escolhia pratos esquisitos e
determinava os vinhos que os deviam acompanhar.
- Este Paiva é terrível para um menu! observou o Simões em ar de troças.
- Não! disse aquele. - Não admito que ninguém dirija um almoço melhor do que eu!
- Sim, considerou o Coqueiro - mas vais ver por que preço sai tudo isso !...
- Não faz mal !...apressou-se Amâncio a declarar.- Sinto-me tão bem entre os
senhores...há tanto tempo não tinha um momento livre, que...
- Bem, de acordo, respondeu Coqueiro - mas é preciso deixar esse tratamento de
"senhor".


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Entre rapazes não deve haver cerimônias, mal-entendidos; somos colegas, temos de ser
amigos, por conseguinte tratemo-nos desde já por "tu "! Não és da mesma opinião,
ó Paiva ?
- In totum! respondeu este, abraçando Amâncio pela cintura. - Nós cá somos
camaradas velhos! vem de longe!
E parecia querer provar que seus direitos sobre o comprovinciano eram muito mais
legítimos que os dos outros dois; que Amâncio lhe pertencia quase exclusivamente, como um
tesouro, como uma fortuna que se traz do berço. E, para deixar isso bem patente, fazia-se muito
íntimo com ele: batia-lhe nas pernas; evocava recordações; lembrava-lhes as correrias das
província:
- Ah ! Nós éramos muito camaradas ! Lembras-te Amâncio daquele passeio que
fizemos ao Portinho ?...
- Em que o Malheiros tomou uma bebedeira de charuto, perguntou o interrogado a rir. -
Naquele dia do barulho no Liceu; quando o Chico moleque foi expulso !...
- É verdade! que fim levou esse rapaz! Quis saber o Paiva. - Era um bom tipo.
Inteligente!
- Morreu, coitado! de bexigas. Ultimamente estava no comércio.
- E aquele pequeno, o ...
- Qual ?
- Aquele bonito, de cabelos grandes ...ora, como se chamava ele? ... o ...
- Ah ! exclamou Amâncio, soltando uma risada - o Dominguinhos ?
- Isso ! isso! Dominguinhos justamente ! Que fim levou ?
- Não sei, não! Creio que seguiu para Manaus com a família. Um bobo ! Lembras-te da
troça que lhe fizemos no convento?...
E os dois riram-se muito com a mesma idéia.
Simões, que até ali parecia pouco disposto à pândega, foi-se animando na proporção das
garrafas que se enxugavam. O almoço aquecia. João Coqueiro propôs um brinde a Amâncio e
declarou, depois de lhe fazer muitos elogios, que folgaria imenso com ser recebido no rol de
seus amigos.
Amâncio abraçou-o e prometeu que o iria visitar no primeiro Domingo.
- Vá feito ! sustentou o Coqueiro. Ali não há cerimônia, minha família é muito despida
dessa coisas.
- Ah ! mora com a família ? interrogou o provinciano.
- Sou casado, respondeu o outro.- Isso, porém ,nada quer dizer. Apareça.
Ficou decidido que Amâncio iria sem falta no próximo Domingo.
Simões principiou então a falar sobre o casamento ;daí passou às mulheres: descreveu a
sua indiferença por elas. Só lhes conhecia dois gêneros : "a mulher cínica e a
mulher hipócrita".
Paiva Rocha protestava: - Havia muita mulher honesta, verdadeiros anjos de virtude ! E
que deixassem de falar ! em certas ocasiões uma boa rapariga tinha o seu cabimento ! Sim
!Quem não gostava da estética ?...
Amâncio era da mesma opinião, e queixou-se de sua infelicidade no Rio a esse respeito.
- Ainda é cedo ! elucidou o Salustiano .- Quando te começarem as aventuras, hás de ver
o quer vai por essa sociedade !
- Não é tanto assim! opôs o Coqueiro.- Vocês são todos homens dos extremos!
E voltando-se confidencialmente para Amâncio :
- O doutor, decerto, encontrará uma mulher perigosa, de quem deve fugir como o diabo
da
cruz; mas terá também ocasião de ver algumas raparigas bem educadas, honestas e
inteligentes. Não as vá procurar na alta sociedade, não ,que aí se escondem as piores! mas


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indague-as por baixo, na mediocracia, que as há de descobrir. E olhe, se quer aceitar um
conselho de amigo, case-se! Não há melhor vidinha! Estou casado há três anos e ainda não tive
um segundo de arrependimento !...Ao menos conserva-se a saúde, desenvolve-se o espírito e
trabalha-se mais ...O método, homem ! o método é o segredo da existência !
E, puxando a cadeira par mais perto de Amâncio, falou-lhe em voz baixa. Que no Rio
de Janeiro era preciso ter um amigo sincero, não que "primasse nos menus ", mas que fosse
capaz, que tivesse imputabilidade moral ! - Amâncio estava defronte de duas estradas; uma que
conduzia à verdadeira felicidade e outra que conduzia à desordem, ao vício e à completa
desmoralização! Que se não deixasse levar pelos pândegos !... (E olhava à esconsa os dois
outros companheiros. ) Aquilo era gente sem nada a perder!... Amâncio, enfim, que aparecesse
no Domingo e teriam ocasião de falar mais de espaço. Não deixasse de ir: havia muito que dizer
e conversar.
Amâncio prometeu de novo.
O almoço chegara ao ponto em que todos os comensais falam todos ao mesmo tempo e
em voz alta. Havia agitação; afogueavam-se as faces ao reflexo vermelho das paredes do
gabinete. Simões discutia com o Paiva a incompetência dos professores da Politécnica.
- Uma súcia ! uma cambada ! sintetizava ele. - Se fosse preciso despedir dali os que não
prestam, não ficaria nenhum!
O outro protestava, gritando e batendo punhadas sobre a mesa. Havia já dois copos
quebrados.
O criado trouxera a sobremesa, - uma salada russa.
Paiva pediu gelados e quis que lhe dessem uma omelette au rhum. "Não podia passar
sem isso ao almoço!"
Suavam.
Amâncio tornava-se expansivo: falou de seus amores na província; contou as suas
intenções a respeito da mulher do Campos.
- Ela parece que o que tem é medo. dizia.- Mas eu sou perseverante ! Espero !
- Menino, segredou-lhe o Paiva. - Vai aproveitando, porque é isso o que se leva deste
mundo!
- E o mais são histórias !...concluiu o filho de Vasconcelos.
E fazia-se muito fino, perigoso, e continuava a parolar com embófia, loquaz um pouco
sacudido pelo almoço.
Coqueiro estudava-o de socapa, a seguir-lhe os gestos, a fariscar-lhe as intenções. Dos
quatro era o único que não estava tonto: seus olhos, pequenos e de cor duvidosa, conservavam a
mesma penetração e a mesma fixidez incisiva de ave de rapina; sua boca estreita, bem
guarnecida e quase sem lábios, tinha o mesmo riso arqueado, mal seguro e frio, de quem escuta
e observa.
Era de altura regular, compleição ética, rosto comprido, de um moreno embaciado,
pouca barba, pescoço magro , nariz agudo, mãos pálidas e secas, voz doce e cabelo muito
crespo, de colorido incerto, entre castanho e fulvo. Tinha vinte e sete anos, mas aparentava,
quando muito, vinte e dois.
O Paiva erguera-se para fazer um bestialógico, e soltava de enfiada frases sonoras e ocas
de sentido: ouvia-se falar em "gazofiláceos, camelos da Patagônia e constelações híbridas do
mapa-múndi". Simões, o macambúzio, derreara a cadeira contra a parede e jazia a palitar a boca,
estendido para trás, em uma posição de homem farto: barriga ao vento, braços moles e um olhar
muito pando, que se lhe entornava por todo o rosto em sorrisos de preguiça. Amâncio reatava a
sua conversa com o Coqueiro
- É como lhe digo, recapitulava este. - Aquilo não é um hotel, é uma - casa de família
!Não temos hóspedes, temos amigos! Minha mulher é quem toma conta de tudo!...E dando à
voz um tom grave :- Ela é muito asseada, muito exigente em questões de comida! Você não


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imagina !...Ao almoço temos três pratos, a escolher, leite, chá ou café, e vinho ;pelo almoço
pode calcular o que não será o jantar !- E depois é preciso observar a qualidade dos gêneros
!...enfim, só mesmo você indo ver !
Amâncio reprometia.
- Fica-se muito melhor em uma casa de família, continuava o outro. A vida em hotel ou a
vida em república é o diabo: estraga-se tudo, - o estômago, o caráter, a bolsa ;ao passo que ali
você tem o seu banho frio pela manhã, torradas à noite e, se cair doente ( o que lhe não desejo ),
há quem o trate, quem lhe prepare um remédio, um caldo, um suadouro, um escalda-pés...Olhe !
até, se você quiser eu...
Mas a porta abriu-se com violento empuxão , e uma mulher loura, gorda, vestida de
seda amarela, precipitou-se no gabinete, espavorida, a soltar gritos. Vinha-lhe no encalço um
sujeito idoso, cheio de corpo, o chapéu a ré, o olhar desvairado e convulso.
- Podes ir para onde quiseres, que eu não te deixo ! berrava ele em fúria, a dardejar o
guarda-chuva sobre as costas da perseguida; esta corria de um lado para outro, procurando
escapar-lhe, mas o sujeito agarrou-a pelos cabelos e consegui trazê-la contra si, levando os dois
aos trambolhões tudo o que encontravam no caminho.
Em menos de um segundo era completa a desordem no gabinete. Caíram cadeiras; a
mesa estremeceu com um encontrão, e a saleira e duas garrafas perderam o equilíbrio e
tombaram, varrendo copos e esmagando pratos. O tal guarda -chuva havia num dos golpes
espatifado os globos do candeeiro, e um dos fragmentos do vidro fora de encontro ao espelho e
o fizera em pedaços.
- Isto não tem jeito !Gritou o Paiva ao homem. - O senhor faz mal em invadir desta
forma um gabinete ocupado!
Mas o invasor já não ouvia coisa alguma e acabava de sair aos pescoções com a sujeita.
Paiva atirou-se-lhe à pista, armado de uma garrafa. O gerente do hotel apareceu, porém,
cortando-lhe o passo e pedindo-lhe, por amor de Deus que não fizesse caso, que deixasse lá os
dois se esbordoarem à vontade !
- Era o costume ! Acabariam por entender-se perfeitamente!.
- O senhor então acha que isto é razoável ?! perguntou o Paiva furioso.
- Não, decerto !
E o gerente dava aos rapazes toda a razão: Deviam estar maçados, mas que tivessem
paciência! que desculpassem! Não fora possível evitar tão grande sensaboria: O Brás, em
questões de mulheres, perdia sempre a cabeças! E ele não sabia que diabo de rabicho tinha o
basbaque pelo demônio da Rita Baiana, que, de vez em quando, era aquilo !
- Pois que se vá enrabichar para o diabo que o carregue !
- Decerto, decerto ! apoiava o gerente , procurando acalmar o estudante.
- Ajuste as contas onde quiser, menos nos gabinetes ocupados pelos outros ! Arre !
- É exato ! Os senhores têm todo o direito, mas por quem são, não façam caso ! Não
façam caso.
- E esta ! insistia o Paiva.- Pois se a gente paga muito mais para ficar em
liberdade, como diabo há de se admitir isto ?!...
- Tem toda a razão !Tem toda a razão !...repetia o gerente, erguendo as cadeiras e
apanhando do tapete os cacos de vidro.
Só então intervieram os outros rapazes. Amâncio, até aí, parecia colado à cadeira
.Estava lívido e as pernas tremiam-lhe.
O gerente ia responder a todos, quando a porta se tornou a abrir, e o Brás, ainda
transformado pela comoção da briga, ofegante e pálido, quase sem poder falar, entrou,
dizendo, - que ia pedir desculpa da grosseria por ele praticada há pouco.
- Mas estava possesso! justificava-se ele. - Aquela não-sei-que-diga lhe fazia perder as
estribeiras ! Que o desculpassem, porque um homem em certas ocasiões nem se podia conter!


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Uma mulher, com quem já havia gasto para mais de dez contos de réis!...exclamava ele fora
de si. Uma mulher que erguera da lama podia assim dizer! Uma desgraçada que antes de o
conhecer, não podia ir a parte alguma por não Ter um vestido capaz!...Uma miserável, que
dantes, para matar a fome, precisava aviar encomendas de costura e se andar alugando na casa
de modistas!...Era duro! Pois não achavam ?!
Os estudantes meneavam a cabeça ,afirmativamente.
- Ah ! continuou o Brás.- Aquelas contas tinham-se de ajustar na primeira ocasião em
que ele a encontrasse com o tal troca-tintas ! Ah ! Já não podia ! Era demais ! U !
E passeava no gabinete, a empurrar com o pé os cacos esquecidos no chão, e a sorver o
ar em grandes haustos, consoladamente, como se acabasse de alijar um peso da consciências.
As palavras do Brás tranqüilizaram os rapazes, cuja embriaguez parecia ter fugido com o
susto. O Simões chegou mesmo a rir do fato, jactando-se mais uma vez da sua eterna
indiferença pelas mulheres. - Com ele é que nunca haveria de suceder semelhante
coisa!...afirmava.
Amâncio convidou o Brás a beber, e vazou-lhe vinho num copo.
- Aquela descarada! resmungava o ciumento, examinando uma arranhadura que vinha de
descobrir na mão direita. - Ela, porém, comigo está iludida !- ou me anda muito direitinha ou há
de me ficar debaixo dos pés ! Pedaço de uma ingrata !
E, voltando-se para o gerente que acabava de entrar;
- O sujeitinho foi-se, hein ?
- Ora !...respondeu aquele com um riso servil. - Ganhou logo a rua e...por aqui é o
caminho! Ela é que pelos modos, ficou bem convidada! Meteu-se no quarto a chorar.
- Pois que chore na cama que é lugar quente! Não fosse ordinária! Faça lá o que bem
entender, mas, com os diabos! não enquanto estiver comigo! Vá divertir-se com o
boi ! Sebo!
E passado logo em seguida pra um tom de voz calma e amiga. disse baixo ao gerente :
- Veja de quanto foi o prejuízo e faça uma conta a parte.
Pediu ainda uma vez desculpa aos rapazes, afiançou que eles tinham um criado na
Ladeira da Glória, número tantos, e saiu, sempre às voltas com a sua arranhadura da mão
direita.
Amâncio quis condenar o fato, mas o Paiva observou-lhe que aquilo se dava todos os
dias no Rio de Janeiro.
- Eu já não estranho ! disse. - Falta de educação !...
- Bem, meus senhores, são horas de eu me ir também chegando, advertiu Coqueiro,
erguendo-se enfiando o paletó.
O Simões fez igual movimento e declarou que o acompanhava.
- Então, que é isto já? Exclamou Amâncio, querendo detê-los.
- É. Está se fazendo tarde, respondeu Coqueiro, a consultar o relógio. - Três horas.
- Impossível !negou Amâncio.
- Era exato.
E Coqueiro, já de chapéu na cabeça e guarda-chuva debaixo do braço, apertou-lhe a mão
com as duas, dizendo que folgava em extremo haver travado relações com ele e que o esperava,
sem falta, no Domingo. Simões fez igualmente as suas despedidas, e os dois saíram a conversar
sobre o quanto poderia custar a Amâncio aquele almoço.
- Também, que diabo, ficamos nós fazendo aqui? lembrou o Paiva, quando se viu a sós
com o amigo. - Paga isso e vamo-nos embora. Queres tu ir até lá a casa ?...
- Mas eu já estou a tanto tempo na rua ...considerou Amâncio.
- E o que tem isso ?!...Deves contas de ti a alguém ?!Ora essa !
- É que o Campos pode reparar !...
- Pois que repare! Manda plantar batatas ao tal de Campos! Tu não és nenhum caixeiro


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dele...Eu, no teu caso, nem ficava ali mais um dia !Que necessidade tens agora de passar às
sopas de um negociante, e sujeitares-te a regulamentos comerciais ? É de mau gosto estar
hospedado em casa de negócio! Olha! Se quiseres, muda-te lá para a república. Sempre é
outra coisa morar com rapazes! Aprende-se!
O criado, a quem já tinham pedido a conta, entrou com uma pequena salva na mão e foi,
instintivamente, depô-la em frente de Amâncio.
- Espere, disse este, tirando dinheiro do bolso. E entregou-lhe uma nota de cem mil
-réis.
O moço saiu correndo.
- Quanto foi ? desejou saber o Paiva.
Oitenta e cinco mil-réis, respondeu o outro.
- Oitenta e cinco mil-réis ! Oh! Que grande ladroeira !
E logo que o criado voltou com o troco:
- Homem, faça o favor de dizer em que se gastou aqui oitenta e cinco mil-réis !...Salvo se
vossemecês metem também na conta o que quebrou o Brás !
- Não senhor! Eu só cobrei os copos, que já estavam partidos antes do rolo.
- Que enorme ladroeira ! insistia o Paiva, a sacudir a cabeça.
- Deixa lá ! aconselhou Amâncio, puxando-o para fora.
Precisava andar e tomar fresco . Aquele gabinete era um forno - sentia-se mal.
- É que não posso ver extorquir desta forma o dinheiro a ninguém! disse o Paiva
indignado.
E principiou a fazer as contas pelo que se lembrava de ter vindo à mesa.
Amâncio o puxou de novo :
- Deixa lá isso ,homem !
- Nada ! Pelo menos hei de vingar-me aqui em alguma coisa !
O criado havia saído. Paiva Rocha principiou a derramar o resto das garrafas no
açucareiro, a emporcalhar o damasco da cortina e a cuspir dentro das chávenas.
Amâncio ria-se formalmente, mas, no íntimo aborrecido:
- Agora podemos ir ! disse afinal o outro. - Ao menos deixo-lhe um prejuízo !
E ainda meteu no bolso um paliteiro e duas colheres.
- Lá na república, precisava-se daqueles objetos ! acrescentou rindo. Já na rua, Amâncio
reparou que a cabeça lhe estava muito pesada e queixou-se de suores frios. Paiva chamou um
carro , e, uma vez dentro com o colega, mandou tocar par a Rua de Mata- Cavalos.
- Esqueceste aquilo de que falamos? perguntou em viagem ao companheiro.
Amâncio já não se lembrava.
Paiva respondeu, fazendo um sinal com os dedos .
- Ah ! Quanto Queres ?
- Dá cá uns cinqüenta ou sessenta...depois tos pagarei.
- Pois não! gaguejou Amâncio, passando-lhe três notas de vinte mil-réis.


I V
Amâncio chegou à república muito indisposto.
Quase que não dava conta dos quatro lances de escada, que a precediam.
Também foi só chegar e atirar-se à primeira cama, gemendo e resbunando ao peso de
uma grande aflição. Estava mais branco do que a cal da parede; o suor escorria-lhe por todo o
corpo; respirava com dificuldade; a abrir a boca e a retorcer os olhos.
- Então! disse o Paiva, batendo-lhe no ombro.
- Mal! respondeu Amâncio , sem levantar a cabeça, que deixara cair sobre o peito. E
com um gesto pediu água.


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- Isso passa! afiançou o colega, entregando-lhe o púcaro cheio. Estás é com um
formidável pifão.
E riu-se.
- Eu quero vomitar ! exclamou Vasconcelos, apressado pela agonia, e mal teve tempo
de erguer o rosto.
- És um fracalhão! Ponderou o companheiro, amparando-o pela testa. - Que diabo!
Quem não pode com o tempo não inventa modas!
- Amâncio não respondia: Os engulhos vinham-lhe uns sobre os outros.
- Ai! ai! gemia oprimido .
- Ora que tipo! disse o Paiva , atirando-o sobre os travesseiros.- Vê se consegues
dormir! Isto não é nada!
E narrou um caso idêntico, que experimentara.
Amâncio sentia-se um pouco mais aliviado, continuava, porém, a suar frio; tinha a
cabeça completamente ensopada e não dispunha de forças para coisa alguma. Os olhos
fechavam-se-lhe com um entorpecimento pesado de sono. Pediu mais água. E, depois de a
tomar , deu a entender que era preciso que o despissem e descalçassem .
Paiva entrou a tirar-lhe a roupa, safou-lhe com dificuldade as botinas , porque as meias
estavam suadas.
Amâncio, muito prostrado, mole, a virar-se de uma para outra banda, aiava sempre. A
final sossegou, parecia adormecido; mas, ergueu-se logo, com ímpeto, e começou a vomitar de
novo, sem dizer palavras.
- Que pifão! reconsiderava o colega, encarando-o com as mãos cruzadas atrás.
- Homem! Vê -se lhe dás um pouco de amônia! lembrou do fundo do quarto uma voz
arrastada e um pouco fanhosa.
Só então Amâncio percebeu que ali, a seis ou sete passos distante dele, estava um rapaz
magro , muito amarelo, em ceroulas e corpo nu, estendido numa cama, a ler, todo
preocupado, um grosso volume que tinha sobre o estômago. Parecia deveras ferrado no seu
estudo, porque até aí não dera fé do que se lhe passava em derredor.
- Olha! disse ao Paiva.- Creio que está acolá , sobre a banca, por detrás do Comte.
É um frasquinho quadrado, com rolha de vidro.
Dito isto, recolheu-se de novo à leitura, como se nada houvesse sucedido.
Amâncio serenou de todo com algumas gotas de amoníaco em um copo d'água , e
afinal pegou no sono profundamente.
Só acordou no dia seguinte, quando o sol já entrava pela única janela do quarto.
Sentia a boca amarga e o corpo moído. Assentou-se na cama e circunvagou em torno os
olhos assombrados, com a estranheza de um doido ao recuperar o entendimento.
O sujeito magro da véspera lá estava no mesmo sítio; agora , porém dormia,
amortalhado a custo num insuficiente pedaço de chita vermelha.
Do lado oposto, no chão, sobre um lençol encardido e cheio de nódoas, a cabeça
pousada num jogo de dicionários latinos, jazia o Paiva, a sono solto, apenas resguardado por um
colete de flanela. Mais adiante, em uma cama estreita de lona, viam-se dois moços, ressonando
de costas um para o outro, com as nucas unidas, a disputarem silenciosamente o mesmo
travesseiro.
O quarto respirava todo um ar triste de desmazelo e boêmia. Fazia má impressão estar
ali: o vômito de Amâncio secava-se no chão, azedando a ambiente; a louça, que servira ao
último jantar, ainda coberta de gordura coalhada, aparecia dentro de uma lata abominável,
cheia de contusões e comida de ferrugem. Uma banquinha , encostada à parede, dizia com o seu
frio aspecto desarranjado que alguém estivera aí a trabalhar durante a noite, até que se
extinguira a vela, cujas últimas gotas de estearina se derramavam melancolicamente pelas bordas
de um frasco vazio de xarope Larose, que lhe fizera as vezes de castiçal. Num dos cantos


[Linha 1300 de 8244 - Parte 1 de 5]


amontoava-se roupa suja; em outro repousava uma máquina de fazer café, ao lado de uma
garrafa de espírito de vinho. Nas cabeceiras das três camas e ao comprido das paredes, sobre
jornais velhos e desbotados, dependuravam-se calças e fraques de casimira: em uma das
ombreiras da janela havia umas lunetas de ouro, cuidadosamente suspensas de um prego. Por
aqui e por ali pontas esmagadas de cigarro e cuspalhadas ressequidas. No meio do soalho, com
o gargalo decepado, luzia uma garrafa.
A luz franca e penetrante da manhã dava a tudo isso um relevo ainda mais duro e
repulsivo: o coração de Amâncio ficou vexado e corrido, como se todos os ângulos daquela
imundície o espetassem a um só tempo. Ergueu -se cautelosamente, para não acordar os
outros, e foi à janela. O vasto panorama lá de fora estremulhou-lhe os sentidos com o seu
aspecto.
A república era muito no alto, sobre três andares, dominando uma grande extensão.
Viam-se de cima as casa acavaladas uma pelas outras, formando ruas, contornando praças. As
chaminés principiavam a fumar; deslizavam as carrocinhas multicores dos padeiros; as vacas de
leite caminhavam com o seu passo vagaroso, parando à porta dos fregueses, tilintando o
chocalho ; os quiosques vendiam café a homens de jaqueta e chapéu desabado; cruzavam-se na
rua os libertinos retardios com os operários que se levantavam para a obrigação; ouvia-se o
ruído estalado dos carros d'água, o rodar monótono dos bondes. Mais para além pressentiam-se
cordilheiras, graduando planos esfumados de neblina. O horizonte rasgava-se à luz do sol, num
deslumbramento de cores siderais. E lá muito ao longe, quase a perder de vista , reverbava a
baía, laminando as águas na praia.
Embaixo, na área da casa, uma ilhoa, de braços nus, a cabeça embrulhada em um lenço
de ramagens, lavava a um tanque de cimento romano; um homem, em mangas de camisa, varria
as pedras do chão, cantarolando com os dentes cerrados, para não deixar cair a ponta do
cigarro. Numa janela, um sujeito, de óculos azuis, areava os dentes e com a boca atirava
duchas sobre um papagaio, cuja gaiola pousava no balcão. Dentro de um cercado cacarejavam
galinhas, mariscando na terra; e o homem do lixo entrava e saia, familiarmente, com o seu gigo
às costas.
Um relógio da vizinhança bateu seis horas.
Amâncio reparou que estava com muita sede, mas não descobria a talha d'água. Afinal
encontrou-a, num sótão que havia ao lado do quarto e onde só se entrava vergando o corpo.
Bebeu até à saciedade.
Depois lavou o rosto e a boca. E, com a idéia de sair antes que os mais acordassem,
vestiu-se apressado, contou o dinheiro que lhe restava, lamentando interiormente o que na
véspera esbanjara; viu no chão uma escova de fato, apanhou-a, escovou a roupa, e, todo cautela
e ponta de pé, abriu a porta e ganhou a escada.
Entre o primeiro e o segundo andar encontrou uma rapariguita de alguns dezesseis anos,
que subia com dois copos de leite, um em cada mão, fazendo mil esforços para não os entornar.
Ao ver Amâncio ela emperrou, cosendo -se à parede, a fim de lhe dar passagem, e olhou-o de
esguelha, com medo de afastar a vista dos copos.
Era bonitinha, corada, os cabelos castanhos apanhados na nuca. Parecia portuguesa.
Amâncio ao passar por ela, estacou também, à fitá-la. De repente lançou-lhe as mãos.
A pequena, muito contrariada fez uma cara de raiva e gritou- que a soltasse! que não
fosse atrevido!
E desviava o corpo, querendo defender-se mas sem se descuidar dos copos.
- Mau ! mau ! siga o seu caminho e deixe os outros em paz!
Amâncio não fez caso e conseguiu beijá-la à pura força. Derramaram-se algumas gotas
de leite.
- Maus raios te partam! clamou a rapariga, assim que o viu pelas costas.- Peste ruim
de um estudante!


[Linha 1350 de 8244 - Parte 1 de 5]



* * *

A peste ruim do estudante saiu, e só interrompeu a caminhada para entrar num
botequim, onde pediu café. Então, defronte do espelho, pôde admirar o belo estado em que se
achava.
- Como diabo havia de apresentar-se naquele gosto em casa do Campos?... Também
que triste idéia a sua - de se enterrar numa casa comercial? Não! Com certeza estava mal
hospedado... nem lhe convinha permanecer ali ! - Oh ! Bastava já de ser governado, de ser
vigiado a todo instante ! - Já era tempo de gozar um pouco de liberdade.
E, enquanto sorvia compassadamente o café, recapitulava na memória todo o seu
passado de terror e submissão: - Antes de entrar para a escola de primeiras letras, nunca lhe
deixaram transpor a porta da rua ou a porta do quintal; os outros meninos de sua idade
tinham licença para empinar papagaios, brincar entrudo, queimar fogos pelo tempo de São
Pedro; - ele não! depois caiu nas garras do professor, - aquela fera! Nunca saia de casa, sem
levar atrás de si um escravo para o vigiar, para impedi-lo de fazer travessuras e obrigá-lo a
caminhar com modo, direito, sério como homem. Afinal escapou ao professor, sim! mas
continuou sob a dura vigilância do pai, do tio e das tias; todos rondavam; todos o traziam
"num cortado". Só na fazenda da avó conseguia desfrutar alguma liberdade, mas essa mesma
não era completa e, ai! durava tão pouco tempo!...
Agora compreendia a razão pela qual, no mês de férias que passava aí, se tornava tão
maligno, - é que naturalmente queria desforrar o resto do ano, que levava coagido em casado
pai. De sua infância eram aqueles meses privilegiados a coisa única que lhe merecia verdadeira
saudade; ao mais estrangulavam tristes reminiscências de castigos, de sustos, apoquentações
de todo o gênero.
A própria idéias de sua mãe nunca lhe vinha só; havia sempre ao lado da venerada
imagem alguma recordação enfadonha e constrangedora.- As poucas vezes em que estavam
juntos, o pai chegava no melhor da intimidade e Ângela se retraía, cortando em meio as carícias
do filho, como se as recebera de um amante, em plena ilegalidade do adultério.
E a memória desses beijos a furto e medrosos, a memória desses carinhos cheios de
sobressalto, relembravam-lhe as vezes que ele em pequeno se metia no quarto dos engomados,
de camaradagem com as mulatas da casa que aí trabalhavam conjuntamente.
Era quase sempre pelo intervalo das aulas, ao meio-dia, quando o calor quebrava o corpo
e punha nos sentidos uma pasmaceira voluptuosa.
Em casa do velho Vasconcelos havia, segundo o costume da província, grande número
de criadas; só no "quarto da goma", como lá se diz, reuniam-se quatro ou cinco. Umas
costuravam; outras faziam renda, assentadas no chão, defronte da almofadas de bilros; outras,
vergadas sobre a "tábua de engomar", passavam roupa a ferro.
Amâncio ,quando criança, gostava de se meter com elas, participar de suas conversas
picadas de brejeirice, e deixar correr o tempo, deitado sobre saias, amolentando-se ao calor
penetrante das raparigas, a ouvir, num êxtase mofino, o que elas entre si cochichavam com
risadinhas estaladas à socapa. Por outro lado, as mulatas folgavam em tê-lo perto de si,
achavam-no vivo e atilado, provocavam-lhe ditos de graça, mexiam com ele, faziam-lhe
perguntas maliciosas, só para " ver o que o demônio do menino respondia" .E, logo que
Amâncio dava a réplica, piscando os olhos e mostrando a ponta da língua, caíam todas num
ataque de riso , a olharem umas para as outras com intenção.
De resto, ninguém melhor do que ele para subtrair da despensa um punhado de açúcar
ou de farinha, sem que Ângela desse por isso.
- O demoninho era levado!
E assim se foi tornando mulherengo, fraldeiro, amigo de saias.


[Linha 1400 de 8244 - Parte 1 de 5]


A mãe, quando ouvia da varanda as risadas da criadagem, gritava jogo pelo filho.
- Já vou mamãe ! respondia Amâncio.
Lá estava o diabrete do menino às voltas com as raparigas no quarto da goma! Oh! que
birra tinha ela disso!...
Mas Amâncio não se corrigia. É que ali ao menos não chegaria o pai.
As vezes ,quando ia passear à casa de alguma família conhecida, arranjava-se com as
moças, gostava de acompanha-las por toda parte, fazendo-se muito dócil e amigo de servir.
Como era ainda perfeitamente criança e bonitinho, elas lhe faziam festa e davam-lhe doces,
figurinos de papel recortado e caixinhas vazias. Algumas lhe perguntavam brincando se ele as
queria para mulher, se queria "ser seu noivo". Amâncio respondia que sim com um arrepio.
E daí a pouco ficavam as moças muito surpreendidas quando o demônio do menino lhes saltava
ao colo e principiava a beijar-lhes sofregamente o pescoço e os cabelos ou a meter-lhes a língua
pelos ouvidos.
- Credo ! disse uma delas em situação idêntica..- Que menino ! Vá para longe com as
suas brincadeiras. !
Outras, porém, lhe achavam muita graça e eram as primeira s a puxar por ele.
De todos os brinquedos o que Amâncio mais estimava era o de "fazer casa". A casa
fazia-se sempre debaixo de uma mesa, com um lençol em volta, figurando as paredes. Uma de
suas primas, filha do protetor de Campos, ou alguma menina que estivesse passando o dia com
ele, representava de mulher; Amâncio de marido. A menina ficava debaixo da mesa, enquanto
ele andava por fora, "a ganhar a vida " até que se recolhia também a casa, levando compras e
preparos para o almoço. Amarravam um lenço em duas pernas da mesa, fingindo rede, e aí
metiam uma boneca, que era o filho.
Gostava infinitamente dessa brincadeira. Mas um belo dia veio abaixo o lençol que
servia de parede, e desde então Ângela não consentiu que o filho se divertisse a fazer casa.
Muitos anos depois, aos quinze anos, notou-se incomodado por um padecimento
estranho. Não disse nada à família e procurou um homem que havia na província com grande
habilidade para curar moléstias, viessem elas até do mau-olhado e do feitiço.
Santo homem ! O mal do nosso estudante desapareceu como por milagre; o que, aliás,
não impediu que tivesse daí a pouco de voltar à cama, debaixo de um novo e mais formidável
carregamento que o ia varrendo ao cemitério.. Foram esses três anos de sezões a que se referia,
quando pela primeira vez falou ao Campos.
E Amâncio ,quanto mais rememorava tudo isso, quanto mais remexia no cinzeiro do
passado, tanto mais impacientes lhe rosnavam os sentidos e tanto mais desabrida lhe vinha a
necessidade de gozar, de viver em liberdade, de recuperar o tempo que levou sopeado e preso.
- Enfim ! concluiu ele, erguendo-se distraído e abandonando o café - a casa do
Campos não me convém ! não me convém de forma alguma!
Mas a idéia de Hortênsia, que, para se apresentar, só esperava o termo daquelas
considerações, invadiu-lhe o espírito e foi a pouco e pouco se estendendo e se esticando por
todo ele, até ocupá-lo inteiramente com a sua imagem branca e palpitante, como uma bela
mulher que desperta e, entre voluptuosos espreguiçamentos , alonga pela cama os seus
membros entorpecidos de sono.
E ele, quando deu por si, estava a fazer conjeturas sobre o amor de Hortênsia :
- Seria ardente ou calmo? Meigo ou arrebatado? Que atitude tomaria a bela mulher
nos momentos supremos de ventura? Quais seriam as suas palavras, as frases do seu delírio?...
E, aguilhoado pelos sentidos, perdia-se em cálculos infames, em degradantes suposições;
tentando, embalde, adivinhar-lhe os pensamentos, penetrar-lhe nos escaninhos do coração e
devassar-lhe todos os segredos do corpo.
- Oh! Como seria ?...
E seu desejo vil começava a despi-la, peça por peça, até deixá-la completamente nua.


[Linha 1450 de 8244 - Parte 1 de 5]


- Mas não! não havia possibilidade! contrapunha-lhe a razão.- Tudo aquilo era loucura,
simples loucura! Hortênsia não podia ser mais séria, mais amiga do marido! Qual fora a
palavra, o gesto, que lhe dera a ele o direito de pensar em semelhante coisa?... Sim! que fizera
a pobre senhora para autorizá-lo a tanto ?... Onde estava o fundamento daqueles sonhos, pelos
quais queria trocar a sua liberdade, os seus prazeres, tudo, e ficar encurralado em uma casa
comercial, com obrigação de entrar às tantas, comer às tantas e guardar todas as conveniências
ao lado de uma gente impossível ?!...Ora ! que se deixasse de asneiras! Não fosse tolo!
Hortênsia Campos aparecia-lhe então como em verdade o era: carinhosa e altiva, afável
para todos igualmente, sem dar a nenhum o direito de supor uma preferência. Amâncio já não a
tinha descompostas defronte dos olhos mas respeitosamente restituída ao seu vestidinho de
chita, à suas botinas de duraque, quase sem salto, e às tranças honestamente penteadas.
- Mudava-se !Que dúvida !Sim !Uma vez que Hortênsia nada mais era do que uma
senhora virtuosa, que diabo ficava ele fazendo ali ?...Não seria decerto pelos bonitos olhos do
Campos !

* * *

As oito horas, quando entrou em casa tinha já resolvido não ficar ali nem mais um dia. -
Era fazer as malas e bater quanto antes a bela plumagem !
Mas também, se por um lado não lhe convinha ficar em companhia do Campos: por
outro , a idéia de se meter na república do Paiva não o seduzia absolutamente. Aquela miséria
e aquela desordem lhe causavam repugnância. Queria liberdade, a boêmia ,a pândega- sim
senhor ! tudo isso, porém, com um certo ar , com uma certa distinção aristocrática. Não admitia
uma cama sem travesseiros, um almoço sem talheres e uma alcova sem espelhos. Desejava a bela
crápula,- por Deus que desejava !mas não bebendo pela garrafa e dormindo pelo chão de águas
- furtadas ! - Que diabo !- não podia ser tão difícil conciliar as duas coisas!...
Pensando deste modo, subiu ao quarto. Sobre a cômoda estava uma carta que lhe era
dirigida; abriu-a logo :
"Querido Amâncio.
Desculpe tratá-lo com esta liberdade; como, porém, já sou seu amigo, não encontro jeito
de lhe falar doutro modo. Ontem, quando combinamos no Hotel dos Príncipes a sua visita
para Domingo, não me passava pela cabeça que hoje era dia santo e fazíamos melhor em
aproveitá-lo; por conseguinte, se o amigo não tem compromisso, venha passar a tarde conosco,
que nos dará com isso grande prazer. Minha família, depois que lhe falei a seu respeito, está
impaciente para conhecê-lo e desde já fica à sua espera."
Assinava "João Coqueiro" e havia o seguinte post-scriptum : "Se não puder vir,
previna-mo por duas palavrinhas; mas venha. Resende n..."
Amâncio hesitou em se devia ir ou não. O Coqueiro ,com a sua figurinha de tísico, o seu
rosto chupado e quase verde, os seus olhos pequenos e penetrantes, de uma mobilidade de olho
de pássaro, com a sua boca fria, o seu nariz agudo, o seu todo seco egoísta, desenganado da
vida, não era das coisa que, mais o atraíssem. No entanto, bem podia ser que ali estivesse o que
ele procurava, - um cômodo limpo, confortável, um pouquinho de luxo, e plena liberdade.
Talvez aceitasse o convite.
- Esta gente onde está ?perguntou ,indicando o andar de cima a um caixeiro que lhe
apareceu no corredor, com a sua calça domingueira, cor de alecrim, o charuto ao
canto da boca.
- Foram passear ao Jardim Botânico, respondeu aquele, descendo as escadas.
- Todos? Ainda interrogou Amâncio.
- Sim, disse o outro entre os dentes, sem voltar o rosto. E saiu.
- Está resolvido !pensou o estudante. - Vou à casa do Coqueiro. Ao menos estarei


[Linha 1500 de 8244 - Parte 1 de 5]


entretido durante esse tempo !
E voltando ao quarto :
- Não! É que tudo ali em casa do Campos já lhe cheirava mal !..Olhassem para o ar
impertinente com que aquele galeguinho lhe havia falado !...Em tudo o mais era pelo mesmo
teor. - Uma súcia d' asnos !
Começou a vestir-se de mau humor, arremessando a roupa, atirando com as gavetas. O
jarro vazio causou-lhe febre, sentiu venetas de arrojá-lo pela janela ;ao tomar uma toalha do
cabide, porque ela se não desprendesse logo, deu-lhe tal empuxão que a fez em tiras.
- Um horror! Resmungava, a vestir-se furioso, sem saber de quê.
- Um horror !
E ,quando passou pela porta da rua, teve ímpetos de esbordoar o caixeiro, que nesse dia
estava de plantão.

V

João Coqueiro era fluminense e fluminense da gema. Nascera na Rua do Parto em uma
das casas de seus pais, quando estes eram ricos.
Que o foram. Viera-lhes a fortuna do avô materno, um português ambicioso e
econômico, que a conquistara no tráfico dos negros africanos; ao morrer legou à filha, ainda
criança, para cima de quinhentos contos de réis. Esta, mais tarde, foi solicitada em casamento
pelo homem a que pertenceu para sempre, - Lourenço Coqueiro, os maiores bigodes que nesse
tempo negrejavam na Corte do Império.
Lourenço, todavia, era já um destroço quando casou. Do que fora e do que possuíra,
apenas lhe restava, além do bigode, o hábito de não fazer coisa alguma; nos melhores grupos
citava-se, entretanto, o seu ar distinto de fidalgo e falava-se Dom boa vontade de seus dotes
pessoais e do seu belo espírito eternamente galhofeiro.
O casamento representou para ele uma tábua de salvação. A mulher adorava-o; tinha-o
na conta de um ente superior; jamais vira homem tão lindo de rosto, tão insinuante no falar, tão
delicado de maneiras.
Mas, pouco depois de casado, Lourenço começou a desgostá-la: era um nunca terminar
de festas; a casa vivia num rebuliço constante; os intervalos das pândegas não davam sequer
para a trazer arrumada e limpa. Quando não fossem bailes, eram passeios, piqueniques , manhãs
no campo, dias passados na Tijuca ou no Jardim Botânico. Lourenço, às vezes, voltava ébrio, a
cachimbar no fundo do carro, e a fazer carícias piegas à mulher, que, ao lado, chorava
silenciosamente. Ela, coitada! Tinha muito medo sempre que o via nesse gosto, porque o
demônio do homem dava então para brigar, mexia com quem passava, metia a bengala nos
cocheiros e quebrava com os pés tudo que encontrasse no caminho.
Tiveram o primeiro filho - Janjão. Criancinha feia, dessangrada, cheia de asma. Até
aos cinco anos parecia idiota; passava os dias a babar-se debaixo da mesa de jantar, ao pé de um
moleque encarregado de vigiá-lo.
A mão desfazia-se em mil cuidadozinhos com a criança; era esta o seu enlevo, a sua
vida. Mas o pai não estava por isso: - temia que o rapaz lhe saísse um maricas. Desejava-o -
forte, decidido!
E, com enormes sobressaltos da mulher, tomava-o pelas perninhas magras e suspendia-o
no ar.
- Os homens assim é que se fazem, minha filha! Dizia ele a rolar o pequeno entre as
mãos.
E não admitia igualmente que o menino tivesse outra cama que não fosse um enxergão.
Não o queria calçado, nem vestido e, em vez de estar ali a babar-se defronte do moleque, seria
muito melhor que fosse correr para a chácara.


[Linha 1550 de 8244 - Parte 1 de 5]


- Ele pode se machucar, Lourenço , cair! Observava a esposa timidamente.
- Pois deixa-o cair! Deixa-o machucar-se! Quanto mais trambolhões levar em pequeno,
melhor depois se agüentará nas pernas !
- Mas ele é tão fraquito, coitadinho!
- Por isso mesmo! Por isso mesmo precisamos torná-lo forte! E previno-te de que já é
mais que tempo de acabar com esse insuportável tratamento de "Janjão"! Aqui não há
janjões! Meu filho chama-se - João! Tem o nome do avô, um herói, um fidalgo! Não desses
que hoje se fazem aí a três por dois, mas dos legítimos, dos bons! Entendes tu? - dos bons!
E inflamava-se, como sempre que se referia à sua procedência. Vinha, com efeito, de
fidalgos: era sobrinho bastardo de um conde português.
À mesa exigia que o filho lhe ficasse ao lado e obrigava-o a comer bifes sangrentos e
tomar vinho sem água.
Um dias a esposa revoltou-se:
- Pois tu vais dar conhaque ao menino, Lourenço? ! exclamou ela escandalizada.
- Deixa-o cá comigo , senhora! Eu sei o que faço!
- Olha que isso pode sufocá-lo, homem de Deus !
- Qual sufocar o quê ! Por essas e outras é que, para os estrangeiros, não passamos de
"uns macacos"!
A mulher que se desse ao trabalho de saber como se fazia na Europa a educação física
das crianças ! Queria que ela visse a criação que tiveram D. Pedro e D. Miguel ! E eram
príncipes ! - Entendia ? - eram príncipes legítimos !
E voltando-se para o filho, gritou, arregalando os olhos e soprando os bigodes, que já
então se faziam cinzentos:
- Tu não queres ser um homem forte, João ? ! Queres ser um descendente degenerado
de teus avós ?!
Janjão olhou o pai com medo, e abriu a chorar.
- Aí tens o que procuravas ! disse a mulher, correndo para junto do filho. - Assustar
desse modo a pobre criança !
Janjão chorava mais.
- Isso ! Isso é que o há de pôr pra diante! Berrou Lourenço encolerizando-se. Beba já
esse conhaque, menino!
- Deixa a criança ! ...suplicava a mãe. - Olha como treme o pobrezinho!... o coração
parece que lhe quer saltar! ...
- E tomou-o no colo.
- É melhor mesmo que leves daí esse mono ! Rira-mo dos olhos ! Já estou vendo a boa
lesma que isso há de dar!
- Mães ignorantes !..
Quando Janjão principiou a crescer, o pai levava-o a toda a parte, dava-lhe charutos,
obrigava-o a tomar cerveja nos cafés. Foi, porém, uma campanha conseguir uma vez que o
pequeno se assentasse por dois minutos na dela de um cavalo em que Lourenço havia chegado
do seu passeio favorito a Botafogo.
Janjão, trêmulo da cabeça aos pés, agarrava-se com ambas as mãos nas crinas do animal
e berrava pela mãe com toda a força de que era capaz. Tiveram de desmontá-lo para não o
verem rebentar ali mesmo .
- Ora, como diabo me havia de sair este mono! Lamentava o pai desesperado. -
Ninguém acreditaria que aquele choramingas era seu filho !
Não foram mais felizes com as primeiras tentativas de natação ou as primeiras
experiências de atirar ao alvo: Janjão , só com a vista do mar ou a presença de um revólver ,
desatava a soluçar e a berrar pela mãe.
- Não ! Isso agora hás de Ter paciência! resmungava Lourenço.


[Linha 1600 de 8244 - Parte 1 de 5]


- Tu ao menos ficarás sabendo dar um tiro ! Sou eu quem to assegura!
E, com muita sutileza, comprou para o filho uma bela pistolinha de brinquedo, que
estalava fulminantes, e depois uma outra, mais séria, que admitia carga de pólvora.
Janjão era, porém, cada vez mais refratário a tudo isso. Preferia ficar a um canto da
sala, entretido a vestir os seus bonecos ou a fazer de cozinheiro. A mãe por esse tempo dava-lhe
uma irmãzinha, que se ficou chamada Amélia, e desde aí o maior encanto do menino era tomar
conta do caixão em que estava a pequerrucha toda envolvida em panos, e não consentir que as
moscas lhe pousassem na moleira.
Um dia, o pai, descendo ao quintal, encontrou-o muito empenhado com o moleque a
armar um oratório. Iam fazer procissão: o andor e o santo estavam prontos; uma sombrinha,
enfeitada de franjas, faria as vezes de pálio.
Lourenço ficou desesperado, e com dois pontapés reduziu tudo aquilo a frangalhos.
- Era o que lhe faltava ! - que o basbaque do filho, além de tudo, lhe saísse carola!
E, quando subiu, disse terminantemente à mulher que não admitia que o filho
corrompesse o espírito com patacoadas daquela ordem.
- Se me constar, bradou ele ao pequeno,- que me tornas a fazer igrejinhas, racho-te de
meio a meio, pedaço de uma lesma! Ora vamos a ver! Cai noutra, e terás uma sapeca que te
deixe a paninhos de sal! Experimenta e verás!
Ele queria lá filhos devotos! Era só o que lhe faltava! Era só! Aquele menino parecia o
seu castigo! Parecia a sua maldição!
Aos doze anos Janjão entrou para o internato de Pedro II. A princípio custou-lhe
bastante compreender as lições, mas, como era muito estudioso e muito paciente, os professores
em breve o elogiavam. Tinham - no em boa estima pelo seu espírito católico, pela docilidade de
seu gênio e pelo irrepreensível de sua conduta. João Coqueiro, de fato, fora sempre um
menino sossegado, metido consigo, respeitador dos mestres e dos preceitos estabelecidos,
devoto e extremamente cuidadoso de seus livros e de suas obrigações. Ninguém lhe ouvia
palavra mais áspera ou gesto menos conveniente, e às vezes entrava pela hora do recreio
grudado aos livros sem os querer deixar.
O pai via-o então com orgulho. Profetizava já que ali estivesse um sábio.
Tirou distinção nos primeiros exames. A mãe quase morre de alegria. Lourenço quis
solenizar o acontecimento com um banquete correlativo; mas as suas condições de fortuna já
não eram as mesmas; o dinheiro ia minguando de um modo assustador. Se lhe viesse a falhar
uma especulação, em que se havia lançado ultimamente, como recurso extremo - Adeus!
estaria tudo perdido! A ruína seria inevitável!
Fez-se a festa, não obstante, e o menino voltou aos estudos.
Mas Lourenço principiava a sofrer gravemente de uma lesão cardíaca. Tinha ataques
nervosos, sufocações, e caía de vez em quando em fundas melancolias, durante as quais se
enterrava no quarto, sem poder suportar a presença de ninguém, muito frenético, cheio de
apreensões, com grande medo de morrer.
A mulher assustava-se: o marido não lhe parecia o mesmo homem. Estava acabado;
crescera-lhe o ventre, o nariz tomara uma vermelhidão gordurosa, o cabelo encanecera
totalmente, a cabeça despira-se, a pele do rosto fizera-se opada e suja. Comprazia-se, agora, a ir
à noite pelas igrejas, embrulhado na sua sobrecasaca russa, apoiando-se à grossa bengala de
cana da Índia, os pés à vontade em sapatos rasos. Ajoelhava-se a um canto da nave, em cima
das pedras, e aí permanecia longamente, a ouvir os sons lamentosos do órgão, com o rosto
descansado sobre as mãos que se cruzavam no castão da bengala.
Às vezes chorava.
Seu estômago irritado já não queria os alimentos ; era preciso enganá-lo de instante a
instante com um pouco de noz-vômica ou carbonato de magnésia. Não se lhe podia suportar o
hálito.


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sábado, 15 de abril de 2017

17 superstições bizarras ao redor do mundo


17 superstições bizarras ao redor do mundo



A humanidade é realmente criativa quando o assunto é inventar supertições, são coisas que passam entre as gerações sem ter explicações...



1. China – O problema é o número 4...



O número 4 e suas outras terminações (14, 24, 34 etc) são altamente supersticiosos na China, já que sua pronúncia é semelhante à da palavra “morte”.



2. Dinamarca – Lixo para dar sorte



Quebrou um prato na Dinamarca? Então guarde os caquinhos para uma tradição curiosa de final de ano: o pessoal joga na casa de amigos e familiares na noite do réveillon para desejar boa sorte. Quanto mais caco tiver no seu jardim, mais querido você é!



3. Egito – Tesouras



Manusear uma tesoura sem cortar nada é um sinal de má sorte. E a crendice diz que deixar uma tesoura aberta é ainda pior! Entretanto, deixar uma tesoura debaixo do travesseiro evita pesadelos.



4. França – Caca de cachorro



Pisar sem querer em um cocô de cachorro pode ser sinal de boa sorte na terra do croissant. Mas só se você fizer isso com o pé esquerdo, é claro! Se pisar com o direito, se prepare para um perigo bem ruim na sua vida.



5. Grécia – Falando junto



No Brasil, brincamos que quando falamos algo junto com outra pessoa devemos pegar no verde. Na Grécia, essa superstição é chamada de “piase kokkino”, que se traduz como “pega no vermelho”. E se isso acontecer durante a Páscoa, melhor ainda! Isso significa que você irá encontrar vários ovinhos da cor rubra, que são bastante tradicionais por lá.



6. Haiti – Coitada das mães



Várias crenças “matam” as mães no Haiti: andar apenas com um sapato, andar ajoelhado, varrer o chão à noite e comer o topo de uma melancia. Que sina, hein?



7. Índia – Crenças (nada) higiênicas



Você não pode cortar as unhas nas terças-feiras, nos sábados e em nenhuma noite, já que você pode perder pequenos objetos. Você também não pode lavar os cabelos nas quintas-feiras ou nos sábados. Historicamente, os cabeleireiros folgam nas quintas, e sábado é o dia de Saturno, que é bastante reverenciado pelos hindus.



8. Japão – Cuidado com o umbigo



Durante uma tempestade, as crianças devem cobrir a barriga! Caso não fizerem isso, Raijin, o deus do trovão, irá aparecer e roubar o seu umbigo. Já pensou em ficar sem ele?



9. Coreia – Ventilador assassino



Uma crença comum nas Coreias, principalmente a do Sul, é que se você ligar um ventilador em um quarto fechado enquanto dorme é capaz de ser assassinado pelo aparelho! A crença é tão forte que muitos ventiladores têm temporizador para você não correr risco de morte.



10. Lituânia – Assobiar



Jamais assobie dentro de casa se você estiver na Lituânia, já que isso invoca demônios que irão te perseguir! Medo!



11. Malásia – Sentar no travesseiro



Se você tem amor pelo seu popô, jamais se sente sobre um travesseiro na Malásia. Acredita-se que isso faz seu bumbum ser coberto por furúnculos, bolhas e feridas.



12. Nigéria – Vassoura da impotência



Acertar um homem com uma vassoura, mesmo sem querer, fará com que ele fique impotente ou que seus genitais desapareçam! E a única forma de combater essa maldição é bater mais 7 vezes no rapaz com a mesma vassoura.



13. Filipinas – Sol e chuva



Aqui no Brasil, falamos que quando temos sol e chuva, está acontecendo um casamento de viúva. Ou quando tem chuva e sol, é o casamento de um espanhol. Nas Filipinas, quem está casando nessa superstição são os tikbalang – nada mais, nada menos que os cavalos do diabo!



14. Qatar – Aranhas protetoras



Hoje em dia, as superstições são proibidas no país. Porém, no passado, acreditava-se que as aranhas combatiam os incêndios domésticos, por isso você jamais poderia matá-las.



15. Ruanda – Barba de bode



As mulheres de lá jamais devem comer carne de cabra, porque isso faz com que elas criem barba!



16. Estados Unidos – Janela de bruxa



Particularmente no estado de Vermont, existem várias casas com janelas na diagonal, já que as bruxas não conseguem voar por janelas tortas.



17. Iêmen – Sexo do bebê



Para a mulher descobrir o sexo do seu filho, basta jogar uma cobra morta para cima: se o bicho cair de “barriga” para baixo, será um menino; caso caia de “barriga” para cima, será uma menina.



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sábado, 15 de abril de 2017

7 coisas aleatórias que parecem mitos, mas não são...


7 coisas aleatórias que parecem mitos, mas não são...



Muito do que o povo conta por ai é LENDA URBANA, mas alguns "mitos" tem uma verdade baseada em FATOS REAIS...



1 – A grande maioria das notas de dólar contém cocaína


É verdade!

Você já ouviu aquele papo de que 90% das cédulas de dólar contêm traços de cocaína? Então... Essa história não é mito, mas também não significa que uma imensa parcela da população norte-americana seja usuária de drogas! Na verdade, cientistas descobriram que a cocaína “cola” no pigmento verde que existe nas notas e, quando uma cédula contaminada com a substância entra em contato com outras, ela acaba transferindo um pouquinho de coca para o pigmento — e é assim que a maioria do dinheiro em circulação nos EUA acabou ficando “drogado”.



2 – O aipo é um alimento com calorias negativas


Nós usamos mais energia para digerir o aipo (ou salsão)
do que a quantidade de calorias que ele fornece

Parece impossível que um alimento tenha calorias negativas? Mas foi isso que pesquisadores descobriram quando realizaram um experimento que envolveu dar 326 gramas de aipo — ou o equivalente a 53 calorias — a um homem e medir quantas calorias ele gastaria para digerir a planta. O resultado foi que o organismo do cara queimou 72 calorias durante o processo, o que significa que o aipo é um alimento com calorias negativas.



3 – Um médico mediu o peso da alma humana


Dr. Duncan MacDougall

No início do século 20, um médico chamado Duncan MacDougall tentou medir o peso da alma humana calculando quanta massa uma pessoa perde logo após a morte. O cara realizou testes que consistiram em observar e pesar seis pacientes terminais antes, durante e logo após seus falecimentos e concluiu que a alma humana pesa, em média, 21 gramas. É claro que o estudo de MacDougall foi duramente criticado pela comunidade científica — mas que ele realizou os experimentos, isso realizou.



4 – Existe um clube secreto na Disneylândia


Só para alguns poucos sortudos

Sabia que existe um clube superexclusivo e elitista dentro da Disneylândia? Chamado Club 33, ele foi criado por Walt Disney para atender aos pedidos de que uma sala VIP fosse disponibilizada no interior do parque para seus seletos membros. O local fica situado no número 33 da rua dedicada à cidade de New Orleans e consiste em uma mansão colonial que oferece um requintado bar e restaurante aos integrantes do grupo — e seria o único lugar em toda a Disney onde é possível comprar bebidas alcoólicas.



5 – Castores foram ameaçados com multas nos EUA


Coitados dos bichos!

Acredite... Em 1997, no estado norte-americano de Michigan, os vizinhos de um cara chamado Stephen Tvedten perceberam que sua propriedade estava inundada e reclamaram da situação junto às autoridades locais. Depois de investigar a situação, agentes do Departamento de Qualidade Ambiental concluíram que o problema estava sendo causado por um par de diques construídos por castores. O mais bizarro é que a agência ambiental decidiu enviar cartas ameaçando os animais com a cobrança de multas diárias no valor de US$ 10 mil caso eles não desmanchassem as barragens!



6 – Dá para calcular a temperatura a partir do canto dos grilos


Termômetros vivos

Você achou estranha essa coisa de que dá para estimar a temperatura a partir do barulho que os grilos fazem? Pois um time de cientistas resolveu tirar essa história a limpo e descobriu que, como esses insetos são animais de sangue frio, a temperatura do ambiente afeta sua própria temperatura. Então, quando ela sobe, as reações químicas que levam esses bichos a cantar passam a acontecer mais depressa, aumentando o ritmo dos “cris cris” — e existe uma fórmula chamada Equação de Arrhenius que permite que a temperatura seja calculada.



7 – O mercado negro internacional de órgãos humanos existe


Não é lenda urbana

Embora muita gente pense que essa coisa de mercado negro de órgãos humanos seja uma lenda urbana, o tráfico internacional existe e gera uma imensa quantidade de dinheiro. Segundo algumas fontes, alguns dos órgãos são obtidos de cadáveres enviados a funerárias sem o consentimento dos familiares, mas também existem traficantes que abordam pessoas saudáveis de países pobres em busca de tecidos e inclusive há casos de assassinatos relacionados com essa prática. Um rim, por exemplo, pode valer até US$ 200 mil — ou o equivalente a pouco mais de R$ 625 mil.



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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Neurônio gigante pode explicar a origem da consciência


Neurônio gigante pode explicar a origem da consciência



Estamos a um passo de entender se a atividade neuronal realmente controla a consciência!


O neurocientista Christof Koch, diretor do Allen Institute, em Seattle, nos EUA, acaba de realizar uma descoberta que, segundo ele, poderá explicar a origem da consciência. Trata-se de um neurônio gigante, encontrado no cérebro de roedores e que liga os hemisférios direito e esquerdo.



Neurônio - Corpo / Axônio / Bainha de Mielina / Nodo de Ranvier


Koch encontrou três neurônios gigantes em cérebros de camundongos, sendo que um deles cobria toda a superfície cerebral em forma de coroa. O pesquisador afirma que esse transmissor poderá ser o responsável por regular a atividade consciente nos mamíferos.

Embora seja apenas uma hipótese, se confirmada a validade de sua tese, este será um dos primeiros avanços da ciência na resolução de uma das perguntas mais antigas da humanidade: é de fato a atividade neuronal que controla a consciência?



Tipos básicos de neurônios - Bipolar / Unipolar / Multipolar / Célula Piramidal

Christof Koch trabalhou por quatro anos no laboratório de inteligência artificial do prestigiado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), antes de se dedicar à pesquisa cerebral.


Fonte: Pijama Surf
(http://pijamasurf.com/2017/03/encuentran_neurona_gigante_que_cubre_todo_el_cerebro_y_que_podria_explicar_origen_de_la_conciencia/)



Site fonte - Pijama Surf



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quarta-feira, 12 de abril de 2017

As incríveis e inacessíveis pirâmides do Sudão


As incríveis e inacessíveis pirâmides do Sudão



Ninguém pode visitar os mais de 200 monumentos por causa do conflito interno no país.


O Egito possui as pirâmides mais conhecidas do mundo. Porém, o local onde há uma concentração maior dessas estruturas arqueológicas é Meroé, situada no seu país vizinho, o Sudão. A cidade conta com 204 monumentos desse tipo, um número muito superior ao do Egito.



Pirâmides pelo Mundo - Pyramid Structures of the World


Antigamente, Meroé era a capital do Reino de Cuxe. Por ser um reino conquistado pelo Império Egípcio, sua cultura foi bastante influenciada pelas tradições e rituais, adotando seus deuses e sua escrita hieroglífica. Após a queda do Império Egípcio, o povo cuxita manteve esses costumes e ergueu suas próprias pirâmides.


As pirâmides de Meroé foram declaradas Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO em 2011.


Meroé no Sudão


Infelizmente, o conflito militar de Darfur, que aflige essa região desde 2003, distancia o mundo desse grande tesouro cultural.


Fonte: MDZOL
(http://www.mdzol.com/nota/655405-las-maravillosas-piramides-en-las-que-casi-no-hay-turistas/)



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quarta-feira, 12 de abril de 2017

Descoberta uma nova etapa na evolução humana


Descoberta uma nova etapa na evolução humana



Fósseis revelam espécie que viveu 700 mil anos atrás e deu lugar aos primeiros humanos modernos.


Dois crânios de 100 mil anos de idade, descobertos em 2007 e 2014, em Xuchang, na província chinesa de Henan, indicam a possível existência de um ancestral humano moderno do qual não se tinha conhecimento até hoje.



Evolução Humana - Darwinismo


O primeiro dos fósseis (conhecido como Xuchang I) é composto por 26 fragmentos, enquanto o segundo (Xuchang II) possui 16. Ambos compartilham características de diferentes espécies conhecidas: o osso occipital e a estrutura do labirinto do ouvido interno, semelhantes aos dos Neandertais euroasiáticos; um cérebro de maior tamanho e abóbodas cranianas com cristas na testa, como os últimos humanos arcaicos e os primeiros modernos; e uma caixa craniana achatada e larga em torno do crânio inferior, como os primeiros humanos da Eurásia.



Evolução dos Hominídeos



Os Ancestrais do homem moderno


A equipe internacional de arqueólogos, liderada por profissionais do Instituto do Patrimônio Cultural e Arqueológico de Henan, acredita que os fósseis encontrados corresponderiam a seres que viveram entre o Homem de Pequim (200 mil a 700 mil anos atrás) e os primeiros humanos modernos que habitaram o norte da China (aproximadamente 40 mil anos atrás), demonstrando a continuidade da evolução humana.



Evolução Humana - Crânios


Fonte e Imagem: Infobae
(http://www.infobae.com/america/mundo/2017/03/03/dos-craneos-de-100-mil-anos-de-antiguedad-revelan-un-nuevo-escalon-en-la-evolucion-del-hombre/)



Site Fonte - infobae



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terça-feira, 11 de abril de 2017

O projeto da NASA que pode recuperar os mares de Marte


O projeto da NASA que pode recuperar os mares de Marte



A ideia é criar um campo magnético artificial que permita ao planeta recuperar suas antigas características!


De acordo com a NASA, um dos projetos espaciais mais ambiciosos estudados pela USRA (sigla para Universities Space Research Association) consiste na criação de um “escudo magnético”, que facilitará bastante as missões terrestres em Marte.



Campo Magnético criado com laser


Esse programa, que terá início até 2050, prevê a instalação de um grande dipolo com um circuito elétrico fechado, localizado entre o Sol e Marte, em um ponto estável conhecido como Marte L1. Isso produziria um campo magnético artificial e protegeria o planeta vermelho das partículas solares de alta energia que afetam sua atmosfera.

As simulações feitas até o momento indicam que essa proteção contribuirá também para que, em alguns anos, Marte recupere seus mares e alcance a metade da pressão atmosférica da Terra.

Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/232594-escudo-magnetico-nasa-recuperar-mares-marte)



Site fonte - actualidad.rt.com


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terça-feira, 11 de abril de 2017

Encontradas esculturas da deusa mais temida do Antigo Egito


Encontradas esculturas da deusa mais temida do Antigo Egito



Sekmet era tida como deusa da vingança e da guerra!


Uma descoberta de grande valor histórico ocorreu no mês passado, na margem oeste do rio Nilo, onde se situava a antiga cidade de Tebas, capital dos faraós egípcios.



Sekmet - deusa da vingança e da guerra


Conforme foi relatado pelo Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, foi realizada uma escavação no templo funerário de Amenófis III, com o objetivo de procurar os restos de uma muralha divisória entre o pátio e o salão das colunas desse templo. No entanto, os arqueólogos acabaram encontrando 66 estátuas da deusa egípcia Sekhmet.



Sekhmet - Deusa da morte tinha um símbolo, um escorpião na cabeça


De acordo com a mitologia, “a terrível” Sekhmet, representada pela cabeça de uma leoa, era a deusa da vingança e da guerra, e seu sopro havia criado o deserto. Era ela quem protegia os faraós e os guiava nas batalhas.



Fonte: Hispan TV
(http://www.hispantv.com/noticias/fotos/335273/egipto-estatuas-diosa-descubrimiento-templo)



Site fonte - hispantv.com



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terça-feira, 11 de abril de 2017

Descoberta de vila de 14 mil anos pode mudar a história da América


Descoberta de vila de 14 mil anos pode mudar a história da América



Sítio histórico é o mais antigo já encontrado na América do Norte: cerca de 10 mil anos antes da construção das pirâmides!


Um assentamento humano de aproximadamente 14 mil anos foi encontrado durante escavações na remota ilha de Triquet, na costa oeste do Canadá.

Cientistas do Hakai Institute e da Universidade de Victoria acreditam se tratar do assentamento mais antigo já descoberto na América do Norte. Para se ter uma ideia, ele é cerca de 10 mil anos mais antigo que as pirâmides do Egito.



Os artefatos que estão sendo encontrados nas escavações, como anzóis e lanças, remontam à Era do Gelo! Veja mais no vídeo (em inglês).



VEJA O VÍDEO CLICANDO NO LINK ABAIXO
(https://www.facebook.com/Channel4News/videos/10154731090316939/)


Isso pode mudar totalmente a história de como as primeiras civilizações chegaram e povoaram os territórios americanos.



A descoberta bate exatamente com a narrativa oral milenar dos índios Heiltsuk, que habitam aquela região desde os tempos imemoriais. Segundo eles, uma migração em massa ocorreu ali e muitos buscaram a ilha para se proteger do avanço do gelo.


Fonte: Independent
(http://www.independent.co.uk/news/world/americas/14000-village-discovered-triquet-island-british-columbia-canada-oldest-settlment-north-america-a7673726.html)



Site fonte - independent.com.uk



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segunda-feira, 10 de abril de 2017

Primeiro “robocop” do mundo fará patrulha nas ruas de Dubai


Primeiro “robocop” do mundo fará patrulha nas ruas de Dubai



O primeiro agente-robô deve entrar em operação no próximo mês!


Em 2015, Dubai havia anunciado que planejava formar a primeira tropa de segurança com agentes robotizados entre suas fileiras. Para isso, era necessária a criação de androides com a capacidade, entre outras, de falar vários idiomas, para que pudessem auxiliar os turistas em áreas comerciais.



RoboCop - O policial do futuro - 1987


O mais surpreendente é que essa ideia está a ponto de se concretizar no próximo mês, quando o primeiro agente robotizado começará a patrulhar as ruas da cidade. O coronel Khaled Nasser Al Razzuqi, diretor da Administração de Serviços Inteligentes da Polícia, declarou que, para 2030, espera-se um contingente de 25% de robôs e a abertura da primeira estação inteligente da polícia que não mais necessitará de oficiais humanos.



RoboCop - 1987 - O primeiro filme


A expectativa das autoridades é que Dubai se transforme em uma das cinco cidades mais seguras do mundo até 2025.

Fonte e Imagem: RT
(https://seuhistory.com/noticias/%20https://actualidad.rt.com/actualidad/233416-primer-robocop-aparece-calles-dubai)



Robocop - Remake feito em 2014



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sexta-feira, 7 de abril de 2017

Cientistas criam laser similar ao da Estrela da Morte


Cientistas criam laser similar ao da Estrela da Morte



Equipamento usa diamante para unir três feixes de luz menores em um único raio, mais intenso – que não destrói planetas, mas pode derrubar um drone


Na saga Star Wars, a Estrela da Morte é uma estação espacial esférica de mais de 100 quilômetros de diâmetro que carrega 1,7 milhões de tripulantes do exército de Darth Vader. Em seu “hemisfério norte” está instalado um canhão laser com energia suficiente para destruir um planeta inteiro – uma forma de pressão política bem pouco diplomática usada pelo Império Galáctico para evitar agitação política e manter a ordem.



Estrela da Morte - Locais de Star Wars - Estação Espacial Bélica


Os disparos de laser da arma de destruição em massa são retratados nos filmes de um jeito que a física da vida real ainda não havia conseguido imitar: sete feixes de laser que saem do contorno da circunferência se convergem em uma espécie de ponto focal distante da superfície da estação – ali, eles se unem em um raio único que parte rumo ao planeta que será destruído. É fácil entender o mecanismo na imagem acima.



Agora, pesquisadores da Universidade Macquarie, em Sidney, na Austrália, conseguiram imitar em laboratório o truque de somar raios de luz – e, à maneira do Império, aumentar (muito) a energia contida nos disparos experimentais.



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quinta-feira, 6 de abril de 2017

Cientistas desenvolvem 'peneira' de grafeno que transforma água do mar em potável


Cientistas desenvolvem 'peneira' de grafeno que transforma água do mar em potável



Solução está sendo testada, mas pode ajudar a fornecer água própria para consumo a milhares de pessoas em todo o mundo.


Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido, criou uma "peneira" de grafeno que consegue remover o sal da água do mar. A invenção tem o potencial de ajudar milhões de pessoas sem acesso direto a água potável.

O grafeno é uma das formas cristalinas do carbono, como o diamante e o grafite.


A ERA DO GRAFENO


A peneira criada pelos cientistas é feita usando um derivado químico, o óxido de grafeno, e pode ser altamente eficiente na filtragem do sal. Ela agora será testada em comparação a membranas de dessalinização já existentes.


Os resultados da pesquisa foram divulgados na publicação científica "Nature Nanotechnology".



Facilidade
O grafeno foi descoberto em 1962, mas foi pouco estudado até ser redescoberto, isolado e caracterizado por pesquisadores da Universidade de Manchester em 2004. Ele consiste em uma camada fina de átomos de carbono organizada em uma espécie de treliça hexagonal.

Suas propriedades incomuns, como sua força elástica e condutividade elétrica, o tornaram um dos metais mais promissores para futuras aplicações.

Mas até o momento, era difícil e caro produzir barreiras de grafeno em escala industrial com os métodos existentes.

Rahul Nair, que liderou a pesquisa, revela, no entanto, que o óxido de grafeno pode ser feito facilmente em laboratório.

"Em forma de solução ou tinta, podemos aplicá-lo em um material poroso e usá-lo como membrana. Em termos de custo do material e produção em escala, ele tem mais vantagens em potencial do que o grafeno em uma camada."



A escassez de água deve afetar 14% da população mundial ate 2025,
segundo a ONU, paises ricos investem em dessalinização


"Para tornar a camada normal de grafeno permeável, é preciso fazer pequenos buracos nela, mas se esses buracos forem maiores que um nanômetro, os sais escapam por eles. Seria preciso fazer uma membrana com um buraco muito uniforme com menos de um nanômetro para que ela possa ser usada na dessalinização. É muito difícil."

As membranas feitas de óxido de grafeno provaram ser capazes de filtrar nanopartículas, moléculas orgânicas e até sais de cristais maiores. Mas até agora, elas não conseguiam ser usadas para filtrar sais comuns, que requerem peneiras ainda maiores.

Trabalhos anteriores mostravam que as membranas de óxido de grafeno ficavam levemente inchadas quando imersas em água, o que permitia que sais menores passassem por seus poros juntamente com moléculas de água.

Agora, Nair e seus colegas demonstraram que colocar paredes feitas de resina epóxi em cada lado da membrana de grafeno é suficiente para frear este inchaço.

Isso também permitiu aos cientistas ajustar as propriedades da membrana, deixando passar mais ou menos sal, por exemplo.



Água na Terra - Doce 2,8% / Salgada (Oceanos) 97,2%



Promessa
Até 2025, a ONU estima que 14% da população mundial enfrentará escassez de água.

Enquanto os efeitos da mudança climática continuam a reduzir os reservatórios que abastecem as cidades, países mais ricos investem também em tecnologias de dessalinização como alternativa.

Atualmente, usinas de dessalinização ao redor do mundo usam membranas feitas com polímeros.
"Nosso próximo passo é comparar as membranas de óxido de grafeno com o material mais sofisticado disponível no mercado", diz Rahul Nair.

Mas em um artigo que companhava a pesquisa na revista Nature Nanotechnology, o cientista Ram Devanathan, do Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico, nos EUA, disse que seria preciso mais estudo para conseguir, de fato, produzir membranas de óxido de grafeno a baixo custo e em escala industrial.

Segundo ele, a equipe britânica ainda precisa demonstrar a durabilidade da membrana durante o contato prolongado com a água do mar e garantir que ela é resistente ao acúmulo de sais e de material biológico - o fenômeno requer que as barreiras de dessalinização existentes hoje sejam limpas ou substituídas periodicamente.



Quanto se gasta de água por dia ? Consumo humano de água no mundo



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quarta-feira, 5 de abril de 2017

Sabia que tem bunkers que servem de lar para 1 milhão de pessoas na China


Sabia que tem bunkers que servem de lar para 1 milhão de pessoas na China



China, como todos sabem, está entre os países mais populosos do mundo, com um número de habitantes que passa de 1,3 bilhão de pessoas. Sua capital, Pequim, está entre as cidades com mais residentes no país, somando mais de 21,7 milhões no início de 2016, segundo algumas estimativas. Agora imagine as dificuldades de se disponibilizar moradia para essa quantidade absurda de gente!



Uma das entradas que dão acesso aos bunkers


Segundo Charley Locke, do site Wired, Pequim, como você bem pode imaginar, é uma cidade com muita, muita gente. Por todos os lados. Portanto, não é de se surpreender que exista uma grande demanda por moradia e, por conta dessa procura, os valores dos imóveis estejam se tornando cada vez mais altos.

Para contornar essa situação, cerca de um milhão de pessoas decidiram se mudar para o subterrâneo da cidade, onde existem milhares de bunkers da época da Guerra Fria.


Quartos atômicos
De acordo com Charley, no final dos anos 60, Mao Zedong ordenou que os edifícios residenciais de Pequim contassem com abrigos subterrâneos para o caso de que ocorresse uma guerra nuclear e a população tivesse que se proteger da radiação. Por sorte, o conflito que muitos esperavam que fosse eclodir nunca aconteceu, então, na década de 80, os bunkers começaram a ser vendidos.


A grande maioria dos habitantes são estudantes, famílias de baixa renda e
pessoas que vieram de zonas rurais para tentar a vida na capital


No total, foram construídos uns 10 mil abrigos nucleares a cerca de 15 metros de profundidade e, gradualmente, eles foram sendo convertidos em espaços comerciais e residenciais de baixo custo.

Hoje, a estimativa é que aproximadamente um milhão de pessoas — a maioria estudantes, famílias de baixa renda ou sujeitos que vieram das zonas rurais para tentar a vida na capital — viva nesse “mundo” subterrâneo, onde o valor dos aluguéis varia entre US$ 40 a US$ 100 (por volta de R$ 125 e R$ 310) por mês.


Alguns espaços chegam a acomodar 12 pessoas


Barato, né? Entretanto, por esse custo, os moradores se espremem em pequenos espaços de 3,7 por 4,5 metros sem janelas e, em alguns casos, até 12 pessoas dividem um mesmo apartamento. Existem cozinhas, lavanderias e banheiros comunitários, assim como locais onde os habitantes podem fazer compras, cortar os cabelos e socializar, mas a vida nessa cidade subterrânea não é nada fácil.


Jovens socializando em um dos espaços comunitários


Segundo Cherley, o fotógrafo italiano Antonio Facciolongo conseguiu visitar cerca de 30 bunkers em 2015 — são dele as fotos que ilustram esta matéria —, e teve que driblar os guardas que patrulham o local para registrar a vida no subterrâneo de Pequim. Facciolongo contou que com o cheiro, a atmosfera úmida e a escuridão é impossível esquecer que você se encontra nas profundezas.


A vida não é fácil no subterrâneo


Em 2010, as autoridades chinesas declararam os espaços residenciais ilegais e existem planos de evacuar os bunkers ainda neste ano. O problema é que a maioria das pessoas que ocupam esses locais não têm condições de pagar os altos aluguéis da superfície, portanto, existe um impasse sobre o futuro desses habitantes. Veja mais imagens dos bunkers na galeria a seguir:



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quarta-feira, 5 de abril de 2017

Android passa Windows e se torna o sistema operacional mais usado do mundo


Android passa Windows e se torna o sistema operacional mais usado do mundo



É a primeira vez desde que foi lançado que software da Microsoft deixa o topo, aponta StatCounter.


O Android, do Google, passou o Windows e se tornou o sistema operacional mais usado do mundo em março de 2017, informou a StatCounter em relatório divulgado nesta segunda-feira (03/04/2017).



Área de trabalho


É a primeira vez desde que foi lançado na década de 1980 que o topo não é ocupado pelo software da Microsoft.

O levantamento da firma de análise considera computadores, notebooks, tablets e smartphones. O Android estava em 37,93% dos aparelhos, enquanto o Windows equipava 37,91% deles.

“Esse é um marco histórico na história da tecnologia e o fim de uma era”, comentou, em nota, Aodhan Cullen, presidente-executivo da StatCounter.



Android - LOGO


“Marca o fim da liderança da Microsoft em todo o mundo do mercado de sistemas operacionais que já dura desde de os anos 1980. Também representa uma maior ruptura para o Android, que tinha apenas 2,4% do uso de internet no mundo há cinco anos.” A título de comparação, em março de 2012, o Windows era o sistema operacional de quatro a cada cinco dispositivos analisados.

A dança das cadeiras ocorre devido ao avanço do smartphone, que se tornou o aparelho conectado mais usado para acessar a internet. Tanto é que o Windows ainda é o sistema operacional de 84% dos computadores e notebooks.

A predileção dos asiáticos pelo Android também ajudou. Na Ásia, o sistema do Google está em 52,2% dos aparelhos, enquanto a fatia do Windows é de 29,2%. Na América do Norte e Europa, no entanto, o principal serviço da Microsoft ainda é o mais usado. Na região formada por Estados Unidos, Canadá e México, a presença do iOS, da Apple, ainda é maior que a do Android.



Android - Evolução



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terça-feira, 4 de abril de 2017

O que a ciência já descobriu sobre as notícias falsas


O que a ciência já descobriu sobre as notícias falsas



Pesquisadores tentam entender como se espalham as 'fake news'. Veja alguns estudos já realizados.


Cientistas pesquisam o que fomenta as notícias falsas
O grande volume de notícias falsas na internet e sua crescente velocidade de disseminação em redes sociais já é alvo de estudos científicos há alguns anos. Diante das evidências de que esse tipo de informação pode ter consequências impactantes para a sociedade, os especialistas querem entender melhor como as pessoas consomem e distribuem as informações.

Veja abaixo as conclusões de quatro estudos recentes sobre as chamadas "fake news":



Quem compartilha a notícia influencia mais na credibilidade que a fonte da notícia
Uma pesquisa feita pela agência Associated Press e o American Press Institute
(https://www.apnews.com/e20dcc1818e8429c8acc0e3bdc639447/Sharers-rather-than-authors-more-important-on-social-media)

concluiu que o fato de uma pessoa que compartilhou uma notícia ser considerada confiável influencia mais na confiança que o leitor deposita na informação que a fonte primária de uma notícia.

No estudo, as pessoas pesquisadas avaliaram de forma muito diferente as notícias compartilhadas por personalidades em que confiavam, como a apresentadora Oprah, por exemplo, em comparação com notícias de alguém em quem não confiavam.

No entanto, não fizeram muita diferença em relação a se estavam publicadas no site de um veículo de confiabilidade reconhecida, como o da própria Associated Press, ou um site qualquer inventado. Para testar isso, os autores do estudo criaram uma página fictícia chamada DailyNewsReview.com, mas isso pouco afetou na impressão dos entrevistados sobre as notícias que liam.

O teste foi feito usando celebridades como fontes de notícias, mas é de se imaginar que o mesmo valha para pessoas não famosas que compartilham informação em redes sociais. Ou seja, o usuário tende a valorizar bastante a notícia compartilhada por um familiar em quem confia mais, por exemplo. O que, evidentemente, pode ter implicações se esse familiar "confiável" compartilha notícias falsas.


COMPARTILHAR - Enviar para amigos ou publicar na sua linha


Jovens estudantes também não têm muita clareza sobre a credibilidade da informação na internet
Pesquisadores da Universidade Stanford
(http://www.npr.org/sections/thetwo-way/2016/11/23/503129818/study-finds-students-have-dismaying-inability-to-tell-fake-news-from-real), nos EUA, aplicaram questionários a alunos de ensino fundamental, médio e superior, e analisaram mais de 7.800 respostas para chegar à conclusão de que, de modo geral, eles apresentam pouco discernimento sobre o que é uma fonte de informação que pode ter credibilidade, e não separam o que é conteúdo jornalístico de conteúdo patrocinado, mesmo quando isso está claramente escrito.

"Muitos assumem que, por serem fluentes nas mídias sociais, os jovens são igualmente espertos em relação ao que encontram por lá. Nosso trabalho mostra o contrário", dizem os autores. Mais de 80% dos jovens pesquisados acharam que um conteúdo patrocinado era uma nota jornalística.

Uma seção "Sobre o autor" bem escrita e com aparência profissional é o suficiente para convencer os jovens americanos de que um site é neutro e tem credibilidade. Eles também não questionam a veracidade de fotografias e a maioria não consegue avaliar se um tuíte é parcial ou tem isenção.



Fake News - Extra - Liar



Exclusão social tem relação com propensão a acreditar em conspirações
Um trabalho da Universidade de Princeton
(http://www.princeton.edu/main/news/archive/S48/73/61S91/) concluiu que o sentimento de exclusão social pode levar as pessoas a buscar significado em histórias mirabolantes que podem não ser verdadeiras.

Esse pensamento conspiratório leva a um ciclo perigoso. Quando as pessoas com ideias conspiratórias compartilham suas crenças, podem se afastar mais da família e dos amigos, provocando ainda mais exclusão. Isso pode levá-los a se juntar a comunidades que compartilhem as teorias da conspiração, onde se sentem bem-vindos, o que, por sua vez, irá reforçar ainda mais suas crenças.

"Tentar interromper este ciclo pode ser a melhor aposta para alguém interessado em contrariar as teorias de conspiração no nível da sociedade", diz Alin Coman, professor-assistente de Psciologia em Princeton. "Caso contrário, as comunidades poderiam se tornar mais propensas a propagar crenças imprecisas e conspiratórias."



Fake News Invasion


As pessoas podem ser 'vacinadas' contra as notícias falsas
Cientistas das Universidades de Cambridge, no Reino Unido, e Yale e George Mason, nos Estados Unidos, propuseram uma espécie de "vacina" para imunizar as pessoas contra boatos.

Fazendo testes com um grupo de pessoas, eles notaram que uma notícia verdadeira, ao ser contraposta a uma mentirosa, muitas vezes é "anulada" -- a mentira, para um leitor desavisado, tem tanto peso quanto a verdade.

Os pesquisadores, então, tentaram expor as pessoas de forma preventiva a pequenas doses da informação mentirosa, como uma forma de alerta, avisando-as, por exemplo, que existem pessoas espalhando boatos sobre determinado assunto. Expostos a essa "vacina", posteriormente, quando confrontados com uma notícia verdadeira e uma mentirosa sobre um mesmo assunto, os participantes da pesquisa já não deram tanto valor à falsa.

Segundo os pesquisadores, técnicas de "inoculação psicológica" como essas foram utilizadas no passado pelas indústrias do tabaco e do petróleo para abalar um consenso científico junto à opinião pública.



Danger - Internet Hoax



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terça-feira, 4 de abril de 2017

Egito descobre restos de pirâmide construída há cerca de 3,7 mil anos


Egito descobre restos de pirâmide construída há cerca de 3,7 mil anos


(Foto: HO / EGYPTIAN ANTIQUITIES MINISTRY / AFP )

Foto divulgada pelo Ministério de Antiguidades do Egito nesta segunda-feira (03/04/2017) mostra ruínas de uma antiga pirâmide egípcia descoberta perto da Pirâmide Curvada do faraó Seneferu, em Dashnur, a cerca de 30 km do Cairo; As primeiras escavações descobriram a estrutura de um corredor

Entre estruturas encontradas ao sul do Cairo estão corredor e um bloco com inscrições hieroglíficas.


Ruínas de uma pirâmide construída há 3,7 mil anos foram descobertas no Egito, informou o Ministério de Antiguidades do país. Até o momento, entre as estruturas encontradas na necrópole real (cemitério de civilizações antigas) de Dahshur, ao sul do Cairo, estão um corredor e um bloco com dez linhas de hieróglifos.

O ministério divulgou imagens da construção que aparece em bom estado de preservação. O trabalho de escavação ainda vem tentando dimensionar o tamanho da pirâmide, que teria sido construída na 13ª dinastia faraônica.

"Todas as partes descobertas da pirâmide estão em boas condições, e mais escavações serão realizadas para se revelar mais partes (da estrutura)", informou o ministério.



Um bloco com dez linhas hieróglifos também estão entre as descobertas
(Foto: HO / EGYPTIAN ANTIQUITIES MINISTRY / AFP)


Dahshur é onde o faraó Seneferu, da 4ª dinastia, construiu a primeira pirâmide de paredes lisas do antigo Egito, a Pirâmide Vermelha, de 104 metros de altura, há cerca de 4,6 mil anos.

Ele também ordenou, anteriormente, a construção da Pirâmide Curvada, de 105 metros.

Seneferu foi sucedido por seu filho, Quéops, conhecido por ter ordenado a construção da Grande Pirâmide de Gizé, também conhecida como Pirâmide de Quéops, que tem 138 metros de altura e é a única das chamadas sete maravilhas do mundo antigo que ainda permanece praticamente intacta.



Turistas andam de camelo perto de pirâmides na província de Guizé, no Egito; a
Grande Pirâmide de Gizé foi a edificação mais alta do mundo por 3.500 anos
(Foto: MOHAMED EL-SHAHED / AFP)



Mais de 120 pirâmides

Os arqueólogos descobriram até agora 123 pirâmides antigas no Egito, disse Zahi Hawass, ex-diretor do Conselho Supremo de Antiguidades, à agência AFP.

Hawass confirmou que as ruínas encontradas no sul do Cairo parecem indicar que o monumento pertencia a "uma rainha enterrada próxima a seu marido ou filho".

"Esperamos encontrar alguma inscrição que revele a identidade do dono da pirâmide. Encontrar o nome de uma rainha desconhecida até agora serviria para completar a história", ressaltou o especialista.

As novas pesquisas são parte da chamada Operação ScanPyramids, que emprega equipamentos de escaneamento para localizar estruturas e cavidades ocultas.



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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Negativos enterrados revelam a história dos judeus poloneses na Segunda Guerra

Negativos enterrados revelam a história dos judeus poloneses na Segunda Guerra



Fotos de Henryk Ross mostram como era a vida nos guetos criados pelos nazistas!


Quando os nazistas invadiram a Polônia, em 1939, criaram guetos para aprisionar e controlar a comunidade judaica nas cidades maiores.

Naquela época, em Lódz, a 140 km de Varsóvia, Henryk Ross atuava como repórter fotográfico num desses guetos. Quando não estava trabalhando, fazia de tudo para documentar o dia a dia nesses espaços, capturando em seus filmes toda tristeza, fome, sujeira e uma ou outra rara manifestação de alegria que pudesse encontrar.



Mesmo sob o risco de ser pego e morto pelos nazistas, Ross continuou seu trabalho até 1944, quando a Revolta de Varsóvia tentou expulsar os invasores e acabou derrotada. Nessa hora, Ross sabia que mais cedo ou mais tarde seria levado à morte nos campos de concentração.



Na esperança de que seu trabalho pudesse ser encontrado, ele separou 6.000 dos seus negativos, guardou numa caixa e enterrou no jardim da sua casa.

Quando os soviéticos libertaram a Polônia, em 1945, apenas 877 dos 200 mil judeus poloneses sobreviveram – e Ross estava entre eles.

Quando pôde finalmente voltar para casa, meses mais tarde, ele desenterrou a caixa. Boa parte do material havia sido danificada pela umidade, mas vários outros sobraram para contar a história.

O trabalho de Ross, expressivo e forte, pode ser encontrado na Galeria de Arte de Ontário, em Toronto, no Canadá. Ele morreu em 1991, aos 80 anos.

Fonte: Mashable
(http://mashable.com/2017/04/02/inside-the-lodz-ghetto/?utm_cid=mash-com-fb-main-link#QWvzcy991Zql)



Site fonte - Mashable.com



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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Alexandre O Grande - A descoberta que poderá invalidar 2 mil anos de estudos acadêmicos


Alexandre O Grande - A descoberta que poderá invalidar 2 mil anos de estudos acadêmicos



Dois mil anos depois da morte do lendário rei macedônio, uma descoberta poderá mudar sua história.


O historiador britânico David Grant afirma ter feito uma descoberta que poderá mudar a história de Alexandre, O Grande: seu testamento.


Alexandre, O Grande - Rei da Macedônia


Em seu livro “In Search of the Lost Testament of Alexander the Great” (Em Busca do Testamento Perdido de Alexandre, o Grande, na tradução), o historiador afirma que a última vontade do governante sempre esteve, na verdade, em “Romance de Alexandre”, um manuscrito que compila fábulas sobre as façanhas bélicas do rei, escrito aproximadamente um século depois de sua morte.
Apesar de, por um longo período, os historiadores terem considerado que o último capítulo dessa coleção (um panfleto político que incluía o testamento de Alexandre, o Grande) era um texto de ficção, Grant afirma que ele é real, embora não seja a verdadeira última vontade do governante.



O Imperio de Alexandre O Grande


Alexandre, o Grande havia nomeado como sucessor seu filho ainda não nascido Alexandre IV, cuja mãe era asiática. Como os macedônios não estavam dispostos a aceitar a liderança de pessoas consideradas por eles como “mestiças”, isso acarretou nas conhecidas Guerras dos Diádocos. Grant acredita que, nas décadas posteriores à morte de Alexandre, o Grande, um de seus generais decidiu reescrever essa vontade para, assim, poder provar a legitimidade do seu legado e condenar seus opositores.


Conquistas de Alexandre


Fonte: The Daily Mail
(http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-4175468/Alexander-Great-s-2-000-years-death.html)



Site fonte - Dailymail.co.uk



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segunda-feira, 3 de abril de 2017

O pré-histórico mamute-lanoso será ressuscitado


O pré-histórico mamute-lanoso será ressuscitado



Depois de 4,5 milhões de anos extintos, os mamutes-lanosos deverão voltar à vida.


Depois de 4,5 milhões de anos extintos, os mamutes-lanosos poderão voltar à vida em um breve período de dois anos. Graças ao , desenvolvido por cientistas da Universidade de Harvard, a realidade poderá imitar a ficção, ressuscitando animais pré-históricos, que, hoje em dia, vemos somente nos cinemas.



Harvard - Projeto "Wolly Mammoth Revival"


Os cientistas conseguiram criar embriões híbridos, combinando as amostras de DNA recuperadas de restos congelados de mamutes no Ártico com as de seu parente vivo mais parecido, o elefante asiático. O resultado (chamado popularmente de “mamofante”) conservará as características gerais do elefante atual, mas com traços reconhecíveis do mamífero pré-histórico (como orelhas pequenas, gordura subcutânea, pelos longos e sangue adaptado ao frio).



Mamute - Animal Extinto - Gênero Mammuthus


Isso é possível graças a uma técnica inovadora chamada CRISPR/Cas9, que permite modificar qualquer setor do genoma desses animais, removendo, adicionando e combinando genes ou sequências específicas de seu DNA. “Falta só investigar como gestar o ‘mamofante’ em um útero artificial, uma vez que não seria razoável colocar em risco a capacidade reprodutiva de uma espécie em risco de extinção, como o elefante asiático”, afirmou George Church, líder da equipe de Harvard.



O sucesso do projeto, segundo Church, pode ser de grande utilidade na luta contra a mudança climática. A presença dos mamutes poderá ajudar a impedir que a tundra descongele, já que suas pegadas na neve permitirão a entrada de ar frio, evitando que grandes quantidades de gás metano, presente na região, sejam emitidas na atmosfera.



Fonte: Playground
(http://www.playgroundmag.net/noticias/actualidad/planean-resucitar-mamut_lanudo-en_dos_anos_0_1922207790.html)



Site fonte - playgroundmag.net



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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Cinco fatos (muito) tristes sobre Laika, a cadela astronauta


Cinco fatos (muito) tristes sobre Laika, a cadela astronauta



Do treinamento até sua morte, cadelinha sofreu bastante para chegar ao espaço.


A cadela russa Laika foi o primeiro animal a orbitar a Terra. Em 3 de novembro de 1957, ela decolou a bordo do Sputnik 2 e morreu uma semana depois no espaço. Abaixo, seguem cinco fatos desconhecidos sobre sua breve carreira espacial:



Laika - Cão - Foi uma cadela russa que se tornou conhecida
por ser o primeiro ser vivo terrestre lançado ao espaço


1. Sua morte poderia ter sido evitada: A pressa dos funcionários soviéticos para fazer a missão decolar em tempo para o 40º aniversário da Revolução Russa impediu que a nave pudesse ser preparada para trazer Laika de volta à Terra com vida.



2. O final: o corpo sem vida da cachorrinha se desintegrou ao cruzar a atmosfera terrestre em 14 de abril de 1958. Muitas testemunhas do regresso do Sputnik 2 pensaram se tratar de um óvni.



3. Sua morte não foi em paz: Contrariamente ao que foi divulgado pelo governo da antiga URSS, a morte de Laika foi cruel e dolorosa. A cadela morreu em decorrência da alta temperatura da nave, causada por uma falha nos sistemas térmicos do veículo.



4. A decolagem a aterrorizou: Os scanners do momento da decolagem mostram que a cadela estava aterrorizada dentro da nave. Seu ritmo cardíaco alcançou picos até três vezes mais altos que os registrados no seu dia a dia.



5. O treinamento foi extremamente cruel: Laika foi escolhida entre centenas de cães candidatos por sua boa adaptação ao treinamento cruel. Os animais eram confinados em jaulas minúsculas para que se acostumassem com as dimensões pequenas da nave.



Laika, the first dog placed into outer space in 1957, helping to pave the way for future space exploration and understanding.


Fonte: Super Curioso
(https://supercurioso.com/5-cosas-dramaticas-no-nos-contaron-laika/)



Sputnik-2 - Jornal - Newspaper



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sábado, 1 de abril de 2017

IMAGINÁRIO – SÉRIE LEVA PARA O YOUTUBE O QUE HÁ DE MAIS ASSUSTADOR NO FOLCLORE BRASILEIRO


IMAGINÁRIO – SÉRIE LEVA PARA O YOUTUBE O QUE HÁ DE MAIS ASSUSTADOR NO FOLCLORE BRASILEIRO


O Curupira

Escondidos num banheiro abandonado da escola, os garotos aceitam o desafio: apertar as descargas, ligar as torneiras e chamar pelo nome proibido – tudo ritualmente repetido por três vezes. No espelho, um vulto se anuncia. É o fim.


Longe dali, uma adolescente que ficou na rua até tarde sente uma presença a acompanhando. Nas sombras, um velho maltrapilho se insinua, carregando nas mãos um grande saco de estopa. Ele ri.

O final de cada uma dessas histórias não está na tela, mas em seu íntimo você bem sabe o que aconteceu. Assim é Imaginário (https://www.youtube.com/channel/UCfpPwckuFANaYhqs2SFgnpg), uma web-série carioca que estreou no dia 31 de outubro deste ano no Youtube. Desde então, um novo episódio é lançado toda quinta-feira, até que os 10 desta primeira temporada tenham sido publicados. O mais recente, O Garoto de uma perna, é o sexto.

O projeto foi criada pelo diretor Bruno Esposti, de 24 anos. A idade é um componente importante neste contexto: toda a equipe é bastante jovem, alguns assumindo cargos de direção pela primeira vez. O resultado, no entanto, denota um apuro estético muitas vezes inalcançado por produções do gênero que investem nas narrativas folclóricas.


O Chupa Cabras em Imaginário



O Boto em Imaginário



A Iara em Imaginário



A busca por investir na vertente do medo, em resposta à visão infantilizada do folclore brasileiro, é tendência. No cinema, para citar apenas um contemporâneo, basta ver o alcance de trabalhos como os do cineasta Rodrigo Aragão (https://www.youtube.com/watch?v=3i4ajKhvvHQ). Produzida inicialmente para o Youtube, Caçada nas Horas Mortas, de Sander Silva também apostou neste caminho – e com episódios inteiramente feitos por uma pessoa só. Hoje, a série está disponível apenas para compra (https://www.looke.com.br/filmes/cacada-nas-horas-mortas).

A diferença, no caso de Imaginário, é que os filmes em sua maioria fogem do gore ou do trash para investir num terror psicológico que captura pela tensão. Entre ataques de chupa-cabra, perseguições do saci e ovos fecundados pelo diabo em plena quaresma, cada um dos curtas possui em média apenas 3 minutos de duração. Nenhum dos curtas tem exatamente um final, uma escolha proposital do diretor: “metade da história eu te mostro, a outra metade cabe a você e ao seu imaginário”, esclarece em um dos vídeos de produção.

Imaginário contou até mesmo com uma psicóloga para desenvolver as narrativas. Mariana Castro (https://www.youtube.com/watch?v=MmdXUEf5eFw) se envolveu com o projeto principalmente pela perspectiva do espelho. Os mitos como reflexo de Eu. De nossos medos , nossas ansiedades e nossa relação com o inteiramente outro.

Confira abaixo cada um dos episódios, acompanhado de uma breve resenha feita por nós.



Episódio 1 – Diabinho na Garrafa


(https://youtu.be/sl9rdTrnOks)

Um episódio que estreou em 31 de outubro não poderia tratar de uma temática melhor: bruxaria. A lenda conta que o dono de um diabinho na garrafa receberá dele todos os seus desejos. Vera tenta controlar a criatura, fecundada pelo próprio diabo. A maldade, no entanto, é incontrolável e vai cobrar seu preço. Gosto especialmente deste episódio pela relação com a quaresma, o período mais sombrio do folclore brasileiro. Denota pesquisa e atenção com o texto fonte.



Episódio 2 – A Mulher do Espelho


(https://youtu.be/nhtUUtt3ZVg)

O grande problema deste episódio para mim foi a escolha do monstro. Loira do banheiro, Mulher do algodão, Mulher de branco… todas estas são variantes existentes no folclore brasileiro, mas “Maria Sangrenta” para mim faz referência direta à Bloody Mary americana. De qualquer forma, o ritual das descargas é um clássico. A cenografia do banheiro da escola é extremamente impressionante.



Episódio 3 – Cabrita


(https://youtu.be/IzwCVJAK3-8)

Cabrita é a caminhonete de Matheus. Um detalhe simples, um trocadilho evidente com a besta da semana – o terrível chupa-cabras. Ainda assim trouxe um colorido muito especial ao personagem: dizendo em poucos segundos sobre sua cultura agroboy, sua juventude e espirituosidade. Um desafio em filmes com pouco mais de 3 minutos. Este é também o episódio mais gore da série, onde a equipe de maquiagem mais investiu em sangue falso.



Episódio 4 – O Sopro


(https://youtu.be/dpPbYDNAzvI)

Este não é meu curta preferido da série, mas seu argumento certamente é o mais inovador. Nunca antes eu havia visto esta relação entre Folia de Reis e o horror infantil. Só quem já viu um reizado sabe o quanto a figura dos palhaços (ou bastiões) – com suas máscaras de couro – pode ser impactante. No folguedo, a tarefa deles é proteger o menino Jesus dos soldados de Herodes, distraindo a todos com suas danças e cantorias. Para Sophia, no entanto, eles eram monstros. Terríveis monstros que tentavam entrar em sua casa. Só não entendi por que “O Sopro”.

(Nota: O diretor me explicou depois que o título se deve a uma cena que foi cortada, quando o palhaço assopraria um instrumento no rosto da menina)



Episódio 5 – O Velho do Saco


(https://youtu.be/kE1rMYhRjD0)

O interessante deste episódio é que normalmente vemos a história do velho do saco sempre relacionada a crianças. Alice, protagonista do curta, já é adolescente mas ainda assim é perseguida por ele o que faz este pavor do outro ganhar tons ainda mais sexualizados. Um episódio bastante concreto que lida com medos cada vez mais presentes no ambiente urbano. Um detalhe observado pelo amigo Romeu Martins é que os meninos que conversam com Alice são Caio e Mateus, do curta da Loira do Banheiro. Sophia, mencionada pela mãe, pode ser a protagonista de O Sopro.



Episódio 6 – Garoto de uma perna


(https://youtu.be/ImhMTQ-tJZk)

Um casal de nômades tenta escapar de algo que os persegue pela mata. É o saci, que neste versão era filho de escrava feiticeira, carregando magia no sangue. Após ser preso e mutilado pelo seu “senhor”, foge para mata onde até hoje persegue quem cruza seu caminho.

Demorei a entender um pouco a escolha dos nômades como protagonistas – achei, de início, que era algum tipo de branqueamento de etnias indígenas. Fiquei feliz em descobrir que não. Ainda assim, me parece uma escolha muito distante dos demais curtas, tão calcados nas imagens de Brasil. No geral, o filme me deu a impressão de ser uma dark fantasy universal – algo diferente ao abordar um mito tão nacional quanto o saci.



Episódio 7 – Curupira


(https://youtu.be/TECyHCjGf0g)


Uma história simples. Caçadores na mata são perseguidos pelo terrível Curupira. É o episódio mais fraco para mim até agora. Os pés invertidos do Curupira convencem no plano aberto, mas no detalhe parece apenas uma pessoa andando para trás. Valia investir mais nisso. E um detalhe bobo, mas que vale pontuar: “malditos espinhos” como linha de roteiro, parece homenagem à dublagem dos anos oitenta. Em diálogos tão breves, faltou algo mais marcante.



Episódio 8 – Boto


(https://youtu.be/beWQa4OzNNE)

Se o Boto cor-de-rosa normalmente é retratado como um caboclo sedutor ainda preso as anos 60, com sua roupa de malandro e inseparável chapéu coco, a versão de Imaginário não podia ser mais diferente. O Boto aqui é grave, silencioso, sua presença impõe força e respeito. Quando aparece, não precisa de muito para arrastar a cunhã para a lagoa. O resultado deste encontro será muito mais trágico do que a gravidez indesejada registrada nas lendas. Ótimo episódio.



Episódio 9 – Equino


(https://youtu.be/eAMHAbY0pAo)

Esperei ansioso por este episódio. A Mula Sem Cabeça, para mim, é o mito mais difícil de ser retrabalhado nos dias de hoje. A carga misógina dele, como forma de controle do feminino, é tão forte que o seu simples relato pode produzir uma narrativa leviana e anacrônica. Queria muito saber qual a escolha de abordagem Imaginário seguiria.

Fiquei triste ao ver que a série escapou desses dilemas. A incerteza sobre a mula é apenas se ela é ou não fruto dos delírios de uma mulher supostamente esquizofrênica. É o conflito entre real e fantasioso que permeia todos os mitos. Para mim faltou ousadia neste roteiro.



Episódio 10 – Sereia


(https://youtu.be/qoFPZDutjzA)

O episódio que veio para encerrar a temporada, e a fecha muito bem! Repleto de referências aos demais episódios, o curta começa com os cartazes de procurados de cada um dos mitos retratados na série. O caçador aceita a missão, mas será que ele é capaz de resistir aos encantos da Iara e cumprir sua tarefa?

Detalhe para a beleza da caracterização da criatura. A iara, negra, tem pintada no torso a árvore do Imaginário. A maquiagem de escamas no braço, as unhas compridas e o azul da fotografia constroem esse belo design de monstro que é coroado com a transformação final. Parabéns a toda a equipe!



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segunda-feira, 20 de março de 2017

21 imagens que os vestibulandos deste ano jamais seriam capazes de reconhecer



21 imagens que os vestibulandos deste ano jamais seriam capazes de reconhecer



Toda uma geração para quem será preciso explicar a origem da expressão “caiu a ficha”.



1. Este belo conjunto de enciclopédias alinhadas na estante.



Este belo conjunto de enciclopédias alinhadas na estante.
Um millennial jamais saberá o que é pesquisar EM PÁGINAS DE PAPEL para o trabalho de escola.



2. Este aparelho praticamente pré-histórico.



Eles nunca reconheceriam aquele cheirinho de álcool do mimeógrafo.



3. Memes feitos à mão.



Antes da internet, antes até dos computadores, A GENTE ERA OBRIGADO A REPASSAR CORRENTES ESCREVENDO. COM UMA CANETA. NUM PAPEL.



4. Ou estas lapiseiras, que apesar de serem lapiseiras precisavam ser apontadas.



Os millennials obviamente jamais tiveram que lidar com a sujeira infernal que esse pó de grafite fazia.



5. O “plano controle” da era pré-celular.



Sabe o trabalho que dava quando você errava o último número da discagem?



6. A poupança deste banco.



Que dava brindes disputados a tapa entre os irmãos.



7. Ou esta outra logomarca de um certo canal de televisão.



Saudades, Manchete (e “Clube da Criança” com a Xuxa).



8. Este curioso aparato de combate a pragas capilares.



Poucos millennials passaram pela humilhação de ficar com a cabeça no colo da mãe, com a cabeça sendo alvo do famigerado PENTE DE PIOLHO.



9. Ou este, cujo propósito era manter o gás do refri.



Isso numa época em que as maiores garrafas de refri disponíveis eram de UM LITRO.



10. Aliás, será que os millennials já viveram a emoção de ir à padaria comprar refrigerante e, chegando lá, descobrir que tinha esquecido o CASCO?



Quando o caixa era bróder, deixava você levar o vasilhame depois sem custos!



11. Aposto que NENHUM millennial foi com os pais à cabine de votação e pediu para fazer o “X”.



“Na minha época, a gente votava ESCREVENDO NUM PAPEL, sim!”



12. Dificilmente um millennial fez uma ligação em um destes.



Telefones públicos vermelhinhos, nossos heróis por muitos anos.



13. E obviamente não saberia dizer de bate-pronto para que serve isso.



Toda uma geração para quem será preciso explicar a origem da expressão “CAIU A FICHA?”.



14. Se você NÃO é um millennial, ouviu imediatamente todos os sons que esta imagem evoca.



Naqueles anos, uma mesa de sonoplastia e um chaveiro tiveram um filhinho… e o resultado você pode ver e ouvir no vídeo abaixo:


(https://www.youtube.com/watch?v=AMXt1xcC5Vo)



15. Nem todo mundo tinha um chaveiro como o mostrado acima, mas TODO MUNDO teve um desses aqui.


Isso porque eles brotavam em tudo que é lugar: vinham de brinde, eram distribuídos por candidatos, etc.



16. Este curioso tipo de embalagem para o leite.



E os leites que tinham classe social: eles podiam ser A, B ou C (?!?!).



17. O objeto de desejo número 1 das crianças que gostavam de desenhar.



Graças à CANETINHA BRANCA. SIM, UMA CANETINHA QUE APAGAVA (e cuja ponta estava arruinada, toda manchada das outras cores, em cerca de cinco minutos de uso).



18. E o carrinho de sorvete da concorrência da Kibon.



Sim! Havia uma alternativa.



19. Este conversor que parece saído de uma máquina do tempo que estava visitando o passado longínquo.



Talvez porque ele REALMENTE tenha saído de alguma engenhoca do tipo!



20. As latinhas com ESTE TIPO de aparato de abertura.



O anel saía inteiro, com a lingueta, na sua mão.



21. E, por fim, essa embalagem de pasta de dentes meio metálica.



Quem com menos de 20 anos forjou o caráter ENROLANDO o fundo da embalagem para retirar toda a pasta de dentro?



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sábado, 18 de março de 2017

HORA CERTA ATÉ O ANO 3 000 001 998



HORA CERTA ATÉ O ANO 3 000 001 998



O Laboratório de Ótica do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, interior paulista, é pequeno e está quase todo tomado por uma mesa esquisita e bagunçada.


Ninguém diria que ali funciona o templo brasileiro da precisão. Naquela banca, sobre a qual, em meio a fios e caixinhas de metal, fachos de laser andam em ziguezague, foi construído o primeiro relógio atômico do Hemisfério Sul. Ele garante que ninguém vai perder a hora até o ano 126998. Só então registrará 1 segundo de atraso. Para um brasileiro comum, que precisa chegar ao vestibular antes que os portões se fechem ou entrar no teatro quando as luzes ainda estão acesas, estaria mais do que bom. Já para o físico Vanderlei Bagnato, que lidera a equipe de pesquisadores de São Carlos, é pouco. Obcecado pelo tempo, ele não quer que o Brasil perca nem 1 bilionésimo de segundo na corrida pela hora certa. Para isso já começou a construir outro relógio, chamado de fonte atômica, que só vai atrasar o primeiro segundo daqui a 3 bilhões de anos. Por enquanto, apenas a França conseguiu fazer um assim. Os Estados Unidos também estão tentando, mas as chances de a máquina brasileira sair primeiro são grandes.

O aparato parece um chafariz. Só que, em vez de água, joga átomos para cima. O problema é que antes de serem lançados eles têm que ficar praticamente parados. E é nessa brincadeira de paralisar partículas que o laboratório da USP é especialista. Pesquisadores do mundo inteiro reconhecem. "Até o William Philips já apertou parafusos nessa mesa", conta Bagnato, referindo-se ao especialista em congelamento de átomos que ganhou o Nobel de Física em 1997.


Relojoeiro nada maluco
Vanderlei Bagnato, o físico que acerta os ponteiros pelo movimento dos átomos, quer colocar o Brasil na liderança da hora


Os átomos que controlam a televisão
O relógio atômico não faz nenhuma diferença na hora de o seu despertador tocar. Mas quando você liga a televisão, ele entra em cena. É que as transmissoras e receptoras de sinais de vídeo precisam medir o tempo de modo exatamente igual. Do contrário, a primeira vai emitir numa freqüência e a segunda vai entender que a freqüência é outra. Quem é mais velho deve se lembrar de que até o começo dos anos 70 chuviscos, distorções e a mistura de imagens de duas emissoras eram problemas comuns na TV brasileira. Eles foram reduzidos depois que, em 1974, os relógios atômicos passaram a garantir a sincronia entre as geradoras de imagens e as antenas retransmissoras.

Mas essa sincronização não foi nada rápida. Até três décadas atrás, o segundo ainda era só uma fração do tempo que a Terra levava para girar em torno de si mesma, como havia sido definido 3 000 anos antes por gregos e babilônios. Como o movimento terrestre não é absolutamente uniforme, a ampulheta astronômica deixava a desejar. Em 1964, o Comitê Internacional de Pesos e Medidas, com sede em Paris, decidiu mudar a maneira de medir o segundo. O período a ser mensurado continuava o mesmo, mas era necessário encontrar um marcador que nunca mudasse. Para isso foi criado o relógio atômico.


Pulo do elétron garante a precisão
Ele nada mais é do que um oscilador, aparelho que emite ondas eletromagnéticas na freqüência de 9 192 631 770 vezes por segundo. Toda vez que a onda oscila esse número de vezes, o mostrador registra 1 segundo a mais. Até aí, tudo simples. O pulo do átomo está em que, para garantir que o oscilador trabalhe direito, ele precisa ser vigiado pelo césio 133. Quando submetido exatamente a essa freqüência, e é por isso que ela foi escolhida, o único elétron livre do césio pula da órbita mais interna em que pode ficar para a mais externa. Se o elétron não pular de camada é sinal de que a freqüência precisa ser ajustada. Aí os sensores avisam o oscilador e ele se auto-acerta. Modelos comerciais desses equipamentos atrasam em média 1 segundo a cada 3 000 anos. São esses que as emissoras de TV usam. Os que cuidam da hora mundial são até 30 000 vezes mais precisos. Ela é tirada de um pool de 200 relógios atômicos em 25 países. É nesse clube que o Brasil quer entrar.


Armadilha para acalmar o césio e segurar a onda
Os ingleses têm fama de pontuais, mas os franceses chegaram antes na corrida pelo tempo hiperexato. Em 1995 ficou pronta a primeira fonte atômica. "Esse é o único protótipo do mundo em operação", disse à Michel Granvaud, diretor do Escritório Nacional de Meteorologia do Observatório de Paris. Por enquanto. Vários países investem dinheiro e cérebros para dominar a tecnologia. Mas o Brasil leva uma vantagem: a equipe de São Carlos sabe muito bem como congelar átomos, o que é essencial para o equipamento funcionar. Foi Vanderlei Bagnato quem, em 1987, defendeu a primeira tese universitária do mundo sobre o assunto.

Apesar da palavra, congelar átomos não significa colocá-los num freezer, mas sim paralisá-los, com o que eles esfriam. "Eles esfriam porque ficam praticamente parados, aprisionados por raios laser", explica Bagnato. A armadilha onde ele consegue a proeza é uma caixinha arredondada de metal, recoberta com papel-alumínio. Antes de chegar a ela, onde estão átomos a serem amansados, os fachos de laser passeiam por uma mesa enorme, repleta de outras lentes. A parafernália é necessária porque o laser é formado por várias freqüências. As lentes ajudam a selecionar uma só, capaz de fazer os átomos de césio 133 entrarem no estado de baixa energia (veja o infográfico ao lado).


Superstição e tecnologia
A armadilha atômica é tão importante para a turma de Bagnato que está cheia de fitinhas de um padre milagreiro do interior paulista. "Dizem que ele ajuda mesmo quem não acredita", revelou o físico Luiz Gustavo Marcassa, um dos integrantes da equipe, justificando o expediente pouco científico. Mas a precaução se justifica. Ali está o coração do relógio. Os átomos precisam ficar lentos, para passarem mais devagar por todas as etapas do processo e poderem ser mais bem observados. Ainda assim, todo o percurso ocorre em frações de segundo.

Pensando em aumentar esse tempo, o Centro Nacional de Estudos Espaciais da França lançou o projeto Pharao, que pretende colocar uma fonte atômica na Estação Espacial Internacional (ISS), programada para estar pronta em 2002. Com menor interferência da gravidade, os átomos andam mais lentamente e podem ser analisados por cerca de 10 segundos, fornecendo mais dados para a calibragem do relógio.


Uma corrida a favor do relógio
Pode parecer estranho, mas a fonte atômica não é o objetivo final dos especialistas em medir o tempo. "A busca por precisão não vai terminar jamais", diz Bagnato. "A evolução técnica e científica exigirá medidas mais e mais acuradas." Donald Sulivan, do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST, na sigla em inglês), em Boulder, Estados Unidos, concorda: "Vamos melhorar o relógio de césio e buscaremos outras tecnologias", disse à NÓS.

Mas, como tudo isso leva tempo, os relógios atômicos horizontais, que hoje cuidam de medir a hora universal, estão longe da aposentadoria. Eles são menos eficientes do que as fontes porque não trabalham com átomos congelados (veja infográfico ao lado) mas ainda assim atingem precisão espantosa. O NIST 7, construído em 1993, é um dos mais acurados. Só atrasará 1 segundo em 100 milhões de anos. O brasileiro levará 125 000 anos para acumular o mesmo atraso. De qualquer maneira, esse relógio, feito em menos de um ano com apenas 150 000 dólares, representa um passo importante para o Brasil, que começa a dominar a tecnologia. "Não queremos ficar de fora do desenvolvimento científico", diz Bagnato. A julgar pelo rápido progresso registrado, porém, sua equipe não vai só participar, mas competir pra valer na corrida interminável atrás do tempo.



Para saber mais

Na Internet

http://www.nist.gov/

http://www.boulder.nist.gov

http://www.sosi.cnrs.fr



Na tela, no céu e no mar


Entenda em que situações o relógio atômico é indispensável.


Lugar exato
Satélites usam o tempo para localizar objetos no oceano.

1. Os navios enviam, ininterruptamente, sinais a pelo menos dois satélites do Sistema de Posicionamento Global (GPS, na sigla em inglês). Os sinais viajam à velocidade da luz (300 000 quilômetros por segundo).

2. Nos satélites, relógios atômicos medem com exatidão o tempo que o sinal leva para chegar a eles. Com isso, indicam a latitude e a longitude da embarcação.


Sem chuvisco no vídeo
Quanto mais precisa a medida de tempo, melhor a imagem.


1. As emissoras de televisão enviam imagens na forma de ondas eletromagnéticas que oscilam um certo número de vezes por segundo.

2. Uma imagem perfeita depende de que a antena retransmissora capte exatamente o mesmo número de oscilações por segundo. Para isso, ela e a emissora têm que estar acertadas por relógios superprecisos.


Instrumento científico
Tecnologia provou que Einstein estava certo.
O segundo passa mais rápido quanto menor a gravidade.

1. Um segundo hoje é definido como o tempo que uma onda leva para oscilar 9 192 631 770 vezes. Mas isso é na superfície da Terra, na qual as ondas são esticadas pela força da gravidade.

2. Quando a gravidade diminui, as ondas levam menos tempo para oscilar um certo número de vezes. A diferença, sutil, só aparece quando a marcação de um relógio atômico no espaço é comparada com a de outro em terra.



Ciclos naturais e definições arbitrárias



Os homens começaram observando a natureza, mas logo criaram convenções próprias.

O céu
Há cerca de 20 000 anos, os astros começaram a fazer o papel de relógio. Seguindo o movimento astronômico, foram fixadas as estações, os meses, os anos, as datas de festas e as épocas de plantio.

O sol
Por volta de 5 500 anos atrás, as sombras projetadas pelo relógio de sol, criado no Egito, marcavam a hora. Há cerca de 4 000 anos, os babilônios, que tinham o 60 como número sagrado, dividiram o dia claro em doze frações (sessenta dividido por cinco).

A água
A descoberta de que o escoamento da água podia ser usado como padrão de tempo originou a clepsidra (relógio de água), há 3 500 anos. Uns 500 anos depois, babilônios e gregos já dividiam a hora em 60 minutos e este em 60 segundos.



Fiscal atômico



O átomo de césio, jogado para cima, controla a medição do tempo.

1) A amostra de césio 133 é colocada numa armadilha, onde recebe seis fachos de laser. Os milhões de átomos ficam quase parados e seus elétrons livres (pouco ligados ao núcleo) pulam para uma órbita mais interna (detalhe). Um sétimo facho dá um empurrão por baixo, para que eles subam.

2) Na subida e na descida, os átomos passam por uma caixa aberta em cima e embaixo, chamada cavidade.

3) Um oscilador, aparelho emissor de ondas eletromagnéticas, cria na cavidade um campo magnético com freqüência de 9 192 631 770 hertz. Isso quer dizer que lá dentro vão passar ondas que vibram 9 192 631 770 vezes por segundo.

4) A freqüência faz os elétrons pularem para uma órbita de maior energia, mais externa. Ao atravessar um oitavo facho de laser, logo abaixo, todos os átomos cujo elétron livre está na camada distante do núcleo passam a emitir luz.

5) Um detector vê se todos brilharam. Em caso positivo, avisa ao oscilador que a freqüência está correta. Em caso negativo, ordena a correção.

6) O marcador ligado ao oscilador registrará 1 segundo cada vez que a onda vibrar 9 192 631 770 vezes.



Novas tecnologias para contar os minutos



O uso do vidro, de engrenagens e de pesos deixa os relógios mais precisos.

Ampulheta
Pouco antes da Era Cristã surge o relógio de água transportável. Tem dois vasos de vidro ligados por um orifício. Logo, a água é substituída por areia. Alguns atribuem a invenção a Platão (400 a.C.) e outros a Aristóteles (250 a.C.).

Mecânica
Em 287 a.C., Arquimedes inventou a roda dentada, que seria a base dos relógios mecânicos, surgidos no século VIII na China e no século XIII na Europa. Pesos ajudavam a manter as engrenagens girando continuamente.

Pêndulo
Em 1656 o alemão Christiaan Huygens inventou o relógio de pêndulo. Ele se baseava na oscilação natural de um peso na ponta de um fio ou vara. O movimento era mantido por um sistema de molas. Atrasava menos de 1 minuto por dia.



O homem do tempo



Aos 13 anos, Vanderlei Bagnato apresentou uma experiência no evento Jovens Cientistas, na USP. Quando um professor apontou deficiências no trabalho, o garoto retrucou: "Pois eu ainda vou fazer muita pesquisa importante."

Aos 37 anos, ele já cumpriu a promessa. Cursou Engenharia na Universidade Federal de São Carlos e Física na USP da mesma cidade, doutorou-se no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e em 1987 voltou para a USP, onde ganhou fama.

"Ele é o primeiro da América do Sul em aprisionamento de átomos e seus experimentos sobre colisão atômica são muito originais", disse David Wineland, do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia americano, o homem que, em 1996, colocou o átomo em dois lugares ao mesmo tempo.



Quem manda na hora do Brasil



Porto do Rio de Janeiro, final do século XIX, quase meio-dia. Capitães de navios fundeados na baía olham para um prédio no alto do morro sobre o qual um balão permanece suspenso. Quando o balão for desinflado será meio-dia em ponto e os comandantes poderão acertar seus cronômetros.
Fornecer a hora certa era a principal função do Imperial Observatório do Rio de Janeiro, rebatizado, em 1899, com o nome de Observatório Nacional. Desde então, os métodos de marcação do tempo evoluíram muito.

Em 1921, o agora Departamento do Serviço da Hora já trabalhava com pêndulas, relógios com pêndulo que lembram aqueles de parede. Nas décadas seguintes, entraram em ação os padrões de medição a quartzo, que começaram a ser trocados em 1970, quando o Serviço importou o primeiro relógio de césio 133, que, diga-se de passagem, não é o césio 137, aquele que causou o acidente radioativo em Goiânia em 1987.

Hoje, o tempo brasileiro é medido com sete relógios de césio e dois de maser de hidrogênio, osciladores que geram microondas, também com freqüência altamente precisa.

Além de apurar a hora oficial e oferecê-la a sistemas de comunicação, de transporte, de navegação e outros, a instituição cuida da calibragem de cronômetros e relógios atômicos. "Em breve, a hora certa será fornecida via modem, com exatidão de centésimos de segundo, para acertar automaticamente sistemas de computadores", disse Paulo Mourilhe Silva, chefe do Serviço. Hoje, a hora do Observatório, com precisão de décimo de segundo, pode ser consultada, via modem, pelo número 021 580 0677. Por telefone (021 580 6037), consegue-se apenas precisão de segundo.

Atualmente, Mourilhe está empenhado em melhorar a precisão brasileira. Pela norma internacional, a diferença entre a hora gerada no Brasil e a que vem do Escritório de Investigação da Hora, na França, não poderia ser maior do que 100 bilionésimos de segundo. Mas o Observatório Nacional já consegue uma diferença quatro vezes menor, de 25 bilionésimos de segundo. É muito bom, mas será ainda melhor quando os medidores de tempo produzidos na relojoaria atômica de São Carlos deixarem de ser experimentais.



Ponteiros velozes



No relógio horizontal o átomo tem impulso demais.

1) Enquanto na fonte atômica o césio 133 é paralisado pelo raio laser, no relógio horizontal ele é aquecido, vira vapor e sai a uma velocidade de 250 metros por segundo.

2) Na fonte, são usados sete fachos de laser para conseguir paralisar o átomo. Aqui basta um para colocar os elétrons na camada de mais baixa energia, próxima ao núcleo, já que os átomos não vão ser paralisados.

3) A partir deste ponto tudo funciona como na fonte, só que os átomos estão andando mais rápido, o que os torna marcadores menos precisos. O oscilador cria um campo eletromagnético na cavidade por onde os átomos passam, o que faz os elétrons pularem para a camada de maior energia.

4) Um segundo facho de laser ilumina os átomos cujos elétrons fizeram a transição.

5) O detetor conta quantos átomos brilharam e informa ao oscilador se a freqüência está correta.



Da eletricidade à era atômica



O balanço do pêndulo cede lugar ao movimento das ondas eletromagnéticas.

Eletricidade
O primeiro a usar eletricidade para movimentar o pêndulo foi o físico italiano Giuseppe Zamboni, em 1830. Em 1889, o alemão Sigmund Rieflers construiu um relógio do gênero que atrasava só 1 centésimo de segundo por dia.

Quartzo
Nos anos 30, surge o relógio de quartzo. Quando recebe uma corrente elétrica, o quartzo vibra e gera uma freqüência constante que pode ser usada como padrão de tempo. Os 1 um segundo em três anos.

Átomo
Isidor Isaac, Nobel de Física em 1942, fez as pesquisas que levaram à construção do primeiro relógio atômico, em 1948, nos Estados Unidos. Ao lado, você vê o modelo brasileiro, feito em São Carlos, que mede 80 centímetros.



Site referência - NIST



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sexta-feira, 17 de março de 2017

6 alarmes falsos de vida extraterrestre que enganaram cientistas


6 alarmes falsos de vida extraterrestre que enganaram cientistas



Sinais misteriosos vindos do espaço deixaram a humanidade em polvorosa!


Há um ano, a variação de luminosidade de uma estrela localizada a 1.500 anos-luz da Terra levou os cientistas a especularem sobre a existência de uma estrutura alienígena. Posteriormente confirmou-se que o fenômeno havia ocorrido devido à ação dos restos de um planeta engolido por uma estrela. Esse fato se soma às muitas outras vezes em que o ser humano “quase” foi capaz de comprovar vida em outros planetas. Estas são algumas delas:


Clarões em Marte: Em agosto de 1894, um artigo de jornal falava de brilhos estranhos em Marte, praticamente dando por certa a presença de alienígenas, responsáveis por emitir os sinais. No entanto, a ilusão não durou muito: a revista Publications of the Astronomical Society of the Pacific esclareceu, em um artigo do astrônomo Edward S. Holen, que a anomalia correspondia simplesmente ao brilho das regiões mais luminosas ou elevadas do planeta.



Planeta Marte


O primeiro sinal SETI: Em 8 de abril de 1960, o astrônomo Frank Drake deu início, no Observatório Nacional de Radioastronomia, em Green Bank, na Virgínia Ocidental, ao que, posteriormente, seria chamado Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI, na sigla em inglês) e que consistia em detectar possíveis sinais de rádio alienígenas. Já no primeiro dia, eles acreditaram ter encontrado a primeira comunicação interplanetária, quando, ao direcionar a antena para a estrela Epsilon Eridani, ouviram explosões e sons de todos os tipos. Porém, depois de 10 dias de mistério, os astrônomos afirmaram que os ruídos vinham de uma nave a uma altitude elevada.



Frank Drake - Astrônomo / Astrofísico - SETI



O pulso: Em 1968, quando escrevia sua tese de doutorado em radioastronomia, a norte-irlandesa Jocelyn Bell Burnell detectou um sinal que pulsava com ritmo constante de pouco mais de um segundo. Após especular sobre uma possível origem extraterrestre, ela acabou descobrindo que se tratava de um fenômeno natural. O LGM-1 (Little Green Men) era, na verdade, uma estrela de nêutrons.



Jocelyn Bell Burnell - Astrofísica Britânica



O sinal Wow!: Há 40 anos, um sinal 30 vezes maior que um ruído de fundo e de duração aproximada de 72 segundos foi detectado através de um radiotelescópio chamado Big Ear, da Universidade Estadual de Ohio, pelo astrônomo Jerry R. Ehman. O sinal nunca mais pôde ser recuperado e o mistério continua, embora alguns pesquisadores tenham afirmado que ele poderia ter vindo de um par de cometas.


Sinal WOW - File Photo



O mistério das Vikings: Em 1976, a missão da NASA com as sondas gêmeas Vikings, em Marte, parecia ter encontrado vida no planeta após um resultado positivo de seus estudos para detectar a presença de CO2, que é produto residual do metabolismo celular. Entretanto, novos experimentos desmentiram o resultado.


Viking 1 Lander - Planeta Marte


Fonte: El Español
(http://www.elespanol.com/ciencia/investigacion/20170209/192481632_0.html)



Site fonte - elespanol



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quinta-feira, 16 de março de 2017

As 5564 Cidades do Brasil


As 5564 Cidades do Brasil



Uma cidade ou urbe é uma área urbanizada, que se diferencia de vilas e outras entidades urbanas através de vários critérios, os quais incluem população, densidade populacional ou estatuto legal, embora sua clara definição não seja precisa, sendo alvo de discussões diversas.

(SEGUE ABAIXO A LISTAGEM DAS 5564 CIDADES DO BRASIL)


A população de uma cidade varia entre as poucas centenas de habitantes até a dezena de milhão de habitantes. As cidades são as áreas mais densamente povoadas do mundo. São Paulo, uma das cidades mais populosas do mundo, com cerca de 11 milhões de habitantes, possui uma densidade populacional de aproximadamente 7,15 mil habitantes por quilômetro quadrado. Enquanto isso, o Brasil, país onde a cidade está localizada, possui apenas 30 hab/km².



Por motivo de curiosidade e para facilitar diversos tipos de pesquisas compilei o nome de todas as cidades brasileiras na listagem abaixo.


AS 5564 CIDADES DO BRASIL



1 - Afonso Cláudio | 2 - Água Doce do Norte | 3 - Águia Branca | 4 - Alegre


5 - Alfredo Chaves | 6 - Alto Rio Novo | 7 - Anchieta | 8 - Apiacá


9 - Aracruz | 10 - Atilio Vivacqua | 11 - Baixo Guandu | 12 - Barra de São Francisco


13 - Boa Esperança | 14 - Bom Jesus do Norte | 15 - Brejetuba | 16 - Cachoeiro de Itapemirim


17 - Cariacica | 18 - Castelo | 19 - Colatina | 20 - Conceição da Barra


21 - Conceição do Castelo | 22 - Divino de São Lourenço | 23 - Domingos Martins | 24 - Dores do Rio Preto


25 - Ecoporanga | 26 - Fundão | 27 - Governador Lindenberg | 28 - Guaçuí


29 - Guarapari | 30 - Ibatiba | 31 - Ibiraçu | 32 - Ibitirama


33 - Iconha | 34 - Irupi | 35 - Itaguaçu | 36 - Itapemirim


37 - Itarana | 38 - Iúna | 39 - Jaguaré | 40 - Jerônimo Monteiro


41 - João Neiva | 42 - Laranja da Terra | 43 - Linhares | 44 - Mantenópolis


45 - Marataízes | 46 - Marechal Floriano | 47 - Marilândia | 48 - Mimoso do Sul


49 - Montanha | 50 - Mucurici | 51 - Muniz Freire | 52 - Muqui


53 - Nova Venécia | 54 - Pancas | 55 - Pedro Canário | 56 - Pinheiros


57 - Piúma | 58 - Ponto Belo | 59 - Presidente Kennedy | 60 - Rio Bananal


61 - Rio Novo do Sul | 62 - Santa Leopoldina | 63 - Santa Maria de Jetibá | 64 - Santa Teresa


65 - São Domingos do Norte | 66 - São Gabriel da Palha | 67 - São José do Calçado | 68 - São Mateus


69 - São Roque do Canaã | 70 - Serra | 71 - Sooretama | 72 - Vargem Alta


73 - Venda Nova do Imigrante | 74 - Viana | 75 - Vila Pavão | 76 - Vila Valério


77 - Vila Velha | 78 - Vitória | 79 - Acrelândia | 80 - Assis Brasil


81 - Brasiléia | 82 - Bujari | 83 - Capixaba | 84 - Cruzeiro do Sul


85 - Epitaciolândia | 86 - Feijó | 87 - Jordão | 88 - Mâncio Lima


89 - Manoel Urbano | 90 - Marechal Thaumaturgo | 91 - Plácido de Castro | 92 - Porto Acre


93 - Porto Walter | 94 - Rio Branco | 95 - Rodrigues Alves | 96 - Santa Rosa do Purus


97 - Sena Madureira | 98 - Senador Guiomard | 99 - Tarauacá | 100 - Xapuri


101 - Água Branca | 102 - Anadia | 103 - Arapiraca | 104 - Atalaia


105 - Barra de Santo Antônio | 106 - Barra de São Miguel | 107 - Batalha | 108 - Belém


109 - Belo Monte | 110 - Boca da Mata | 111 - Branquinha | 112 - Cacimbinhas


113 - Cajueiro | 114 - Campestre | 115 - Campo Alegre | 116 - Campo Grande


117 - Canapi | 118 - Capela | 119 - Carneiros | 120 - Chã Preta


121 - Coité do Nóia | 122 - Colônia Leopoldina | 123 - Coqueiro Seco | 124 - Coruripe


125 - Craíbas | 126 - Delmiro Gouveia | 127 - Dois Riachos | 128 - Estrela de Alagoas


129 - Feira Grande | 130 - Feliz Deserto | 131 - Flexeiras | 132 - Girau do Ponciano


133 - Ibateguara | 134 - Igaci | 135 - Igreja Nova | 136 - Inhapi


137 - Jacaré dos Homens | 138 - Jacuípe | 139 - Japaratinga | 140 - Jaramataia


141 - Jequiá da Praia | 142 - Joaquim Gomes | 143 - Jundiá | 144 - Junqueiro


145 - Lagoa da Canoa | 146 - Limoeiro de Anadia | 147 - Maceió | 148 - Major Isidoro


149 - Mar Vermelho | 150 - Maragogi | 151 - Maravilha | 152 - Marechal Deodoro


153 - Maribondo | 154 - Mata Grande | 155 - Matriz de Camaragibe | 156 - Messias


157 - Minador do Negrão | 158 - Monteirópolis | 159 - Murici | 160 - Novo Lino


161 - Olho d`Água das Flores | 162 - Olho d`Água do Casado | 163 - Olho d`Água Grande | 164 - Olivença


165 - Ouro Branco | 166 - Palestina | 167 - Palmeira dos Índios | 168 - Pão de Açúcar


169 - Pariconha | 170 - Paripueira | 171 - Passo de Camaragibe | 172 - Paulo Jacinto


173 - Penedo | 174 - Piaçabuçu | 175 - Pilar | 176 - Pindoba


177 - Piranhas | 178 - Poço das Trincheiras | 179 - Porto Calvo | 180 - Porto de Pedras


181 - Porto Real do Colégio | 182 - Quebrangulo | 183 - Rio Largo | 184 - Roteiro


185 - Santa Luzia do Norte | 186 - Santana do Ipanema | 187 - Santana do Mundaú | 188 - São Brás


189 - São José da Laje | 190 - São José da Tapera | 191 - São Luís do Quitunde | 192 - São Miguel dos Campos


193 - São Miguel dos Milagres | 194 - São Sebastião | 195 - Satuba | 196 - Senador Rui Palmeira


197 - Tanque d`Arca | 198 - Taquarana | 199 - Teotônio Vilela | 200 - Traipu


201 - União dos Palmares | 202 - Viçosa | 203 - Amapá | 204 - Calçoene


205 - Cutias | 206 - Ferreira Gomes | 207 - Itaubal | 208 - Laranjal do Jari


209 - Macapá | 210 - Mazagão | 211 - Oiapoque | 212 - Pedra Branca do Amaparí


213 - Porto Grande | 214 - Pracuúba | 215 - Santana | 216 - Serra do Navio


217 - Tartarugalzinho | 218 - Vitória do Jari | 219 - Alvarães | 220 - Amaturá


221 - Anamã | 222 - Anori | 223 - Apuí | 224 - Atalaia do Norte


225 - Autazes | 226 - Barcelos | 227 - Barreirinha | 228 - Benjamin Constant


229 - Beruri | 230 - Boa Vista do Ramos | 231 - Boca do Acre | 232 - Borba


233 - Caapiranga | 234 - Canutama | 235 - Carauari | 236 - Careiro


237 - Careiro da Várzea | 238 - Coari | 239 - Codajás | 240 - Eirunepé


241 - Envira | 242 - Fonte Boa | 243 - Guajará | 244 - Humaitá


245 - Ipixuna | 246 - Iranduba | 247 - Itacoatiara | 248 - Itamarati


249 - Itapiranga | 250 - Japurá | 251 - Juruá | 252 - Jutaí


253 - Lábrea | 254 - Manacapuru | 255 - Manaquiri | 256 - Manaus


257 - Manicoré | 258 - Maraã | 259 - Maués | 260 - Nhamundá


261 - Nova Olinda do Norte | 262 - Novo Airão | 263 - Novo Aripuanã | 264 - Parintins


265 - Pauini | 266 - Presidente Figueiredo | 267 - Rio Preto da Eva | 268 - Santa Isabel do Rio Negro


269 - Santo Antônio do Içá | 270 - São Gabriel da Cachoeira | 271 - São Paulo de Olivença | 272 - São Sebastião do Uatumã


273 - Silves | 274 - Tabatinga | 275 - Tapauá | 276 - Tefé


277 - Tonantins | 278 - Uarini | 279 - Urucará | 280 - Urucurituba


281 - Abaíra | 282 - Abaré | 283 - Acajutiba | 284 - Adustina


285 - Água Fria | 286 - Aiquara | 287 - Alagoinhas | 288 - Alcobaça


289 - Almadina | 290 - Amargosa | 291 - Amélia Rodrigues | 292 - América Dourada


293 - Anagé | 294 - Andaraí | 295 - Andorinha | 296 - Angical


297 - Anguera | 298 - Antas | 299 - Antônio Cardoso | 300 - Antônio Gonçalves


301 - Aporá | 302 - Apuarema | 303 - Araças | 304 - Aracatu


305 - Araci | 306 - Aramari | 307 - Arataca | 308 - Aratuípe


309 - Aurelino Leal | 310 - Baianópolis | 311 - Baixa Grande | 312 - Banzaê


313 - Barra | 314 - Barra da Estiva | 315 - Barra do Choça | 316 - Barra do Mendes


317 - Barra do Rocha | 318 - Barreiras | 319 - Barro Alto | 320 - Barro Preto (antigo Gov. Lomanto Jr.)


321 - Barrocas | 322 - Belmonte | 323 - Belo Campo | 324 - Biritinga


325 - Boa Nova | 326 - Boa Vista do Tupim | 327 - Bom Jesus da Lapa | 328 - Bom Jesus da Serra


329 - Boninal | 330 - Bonito | 331 - Boquira | 332 - Botuporã


333 - Brejões | 334 - Brejolândia | 335 - Brotas de Macaúbas | 336 - Brumado


337 - Buerarema | 338 - Buritirama | 339 - Caatiba | 340 - Cabaceiras do Paraguaçu


341 - Cachoeira | 342 - Caculé | 343 - Caém | 344 - Caetanos


345 - Caetité | 346 - Cafarnaum | 347 - Cairu | 348 - Caldeirão Grande


349 - Camacan | 350 - Camaçari | 351 - Camamu | 352 - Campo Alegre de Lourdes


353 - Campo Formoso | 354 - Canápolis | 355 - Canarana | 356 - Canavieiras


357 - Candeal | 358 - Candeias | 359 - Candiba | 360 - Cândido Sales


361 - Cansanção | 362 - Canudos | 363 - Capela do Alto Alegre | 364 - Capim Grosso


365 - Caraíbas | 366 - Caravelas | 367 - Cardeal da Silva | 368 - Carinhanha


369 - Casa Nova | 370 - Castro Alves | 371 - Catolândia | 372 - Catu


373 - Caturama | 374 - Central | 375 - Chorrochó | 376 - Cícero Dantas


377 - Cipó | 378 - Coaraci | 379 - Cocos | 380 - Conceição da Feira


381 - Conceição do Almeida | 382 - Conceição do Coité | 383 - Conceição do Jacuípe | 384 - Conde


385 - Condeúba | 386 - Contendas do Sincorá | 387 - Coração de Maria | 388 - Cordeiros


389 - Coribe | 390 - Coronel João Sá | 391 - Correntina | 392 - Cotegipe


393 - Cravolândia | 394 - Crisópolis | 395 - Cristópolis | 396 - Cruz das Almas


397 - Curaçá | 398 - Dário Meira | 399 - Dias d`Ávila | 400 - Dom Basílio


401 - Dom Macedo Costa | 402 - Elísio Medrado | 403 - Encruzilhada | 404 - Entre Rios


405 - Érico Cardoso | 406 - Esplanada | 407 - Euclides da Cunha | 408 - Eunápolis


409 - Fátima | 410 - Feira da Mata | 411 - Feira de Santana | 412 - Filadélfia


413 - Firmino Alves | 414 - Floresta Azul | 415 - Formosa do Rio Preto | 416 - Gandu


417 - Gavião | 418 - Gentio do Ouro | 419 - Glória | 420 - Gongogi


421 - Governador Mangabeira | 422 - Guajeru | 423 - Guanambi | 424 - Guaratinga


425 - Heliópolis | 426 - Iaçu | 427 - Ibiassucê | 428 - Ibicaraí


429 - Ibicoara | 430 - Ibicuí | 431 - Ibipeba | 432 - Ibipitanga


433 - Ibiquera | 434 - Ibirapitanga | 435 - Ibirapuã | 436 - Ibirataia


437 - Ibitiara | 438 - Ibititá | 439 - Ibotirama | 440 - Ichu


441 - Igaporã | 442 - Igrapiúna | 443 - Iguaí | 444 - Ilhéus


445 - Inhambupe | 446 - Ipecaetá | 447 - Ipiaú | 448 - Ipirá


449 - Ipupiara | 450 - Irajuba | 451 - Iramaia | 452 - Iraquara


453 - Irará | 454 - Irecê | 455 - Itabela | 456 - Itaberaba


457 - Itabuna | 458 - Itacaré | 459 - Itaeté | 460 - Itagi


461 - Itagibá | 462 - Itagimirim | 463 - Itaguaçu da Bahia | 464 - Itaju do Colônia


465 - Itajuípe | 466 - Itamaraju | 467 - Itamari | 468 - Itambé


469 - Itanagra | 470 - Itanhém | 471 - Itaparica | 472 - Itapé


473 - Itapebi | 474 - Itapetinga | 475 - Itapicuru | 476 - Itapitanga


477 - Itaquara | 478 - Itarantim | 479 - Itatim | 480 - Itiruçu


481 - Itiúba | 482 - Itororó | 483 - Ituaçu | 484 - Ituberá


485 - Iuiú | 486 - Jaborandi | 487 - Jacaraci | 488 - Jacobina


489 - Jaguaquara | 490 - Jaguarari | 491 - Jaguaripe | 492 - Jandaíra


493 - Jequié | 494 - Jeremoabo | 495 - Jiquiriçá | 496 - Jitaúna


497 - João Dourado | 498 - Juazeiro | 499 - Jucuruçu | 500 - Jussara


501 - Jussari | 502 - Jussiape | 503 - Lafaiete Coutinho | 504 - Lagoa Real


505 - Laje | 506 - Lajedão | 507 - Lajedinho | 508 - Lajedo do Tabocal


509 - Lamarão | 510 - Lapão | 511 - Lauro de Freitas | 512 - Lençóis


513 - Licínio de Almeida | 514 - Livramento de Nossa Senhora | 515 - Luís Eduardo Magalhães | 516 - Macajuba


517 - Macarani | 518 - Macaúbas | 519 - Macururé | 520 - Madre de Deus


521 - Maetinga | 522 - Maiquinique | 523 - Mairi | 524 - Malhada


525 - Malhada de Pedras | 526 - Manoel Vitorino | 527 - Mansidão | 528 - Maracás


529 - Maragogipe | 530 - Maraú | 531 - Marcionílio Souza | 532 - Mascote


533 - Mata de São João | 534 - Matina | 535 - Medeiros Neto | 536 - Miguel Calmon


537 - Milagres | 538 - Mirangaba | 539 - Mirante | 540 - Monte Santo


541 - Morpará | 542 - Morro do Chapéu | 543 - Mortugaba | 544 - Mucugê


545 - Mucuri | 546 - Mulungu do Morro | 547 - Mundo Novo | 548 - Muniz Ferreira


549 - Muquém de São Francisco | 550 - Muritiba | 551 - Mutuípe | 552 - Nazaré


553 - Nilo Peçanha | 554 - Nordestina | 555 - Nova Canaã | 556 - Nova Fátima


557 - Nova Ibiá | 558 - Nova Itarana | 559 - Nova Redenção | 560 - Nova Soure


561 - Nova Viçosa | 562 - Novo Horizonte | 563 - Novo Triunfo | 564 - Olindina


565 - Oliveira dos Brejinhos | 566 - Ouriçangas | 567 - Ourolândia | 568 - Palmas de Monte Alto


569 - Palmeiras | 570 - Paramirim | 571 - Paratinga | 572 - Paripiranga


573 - Pau Brasil | 574 - Paulo Afonso | 575 - Pé de Serra | 576 - Pedrão


577 - Pedro Alexandre | 578 - Piatã | 579 - Pilão Arcado | 580 - Pindaí


581 - Pindobaçu | 582 - Pintadas | 583 - Piraí do Norte | 584 - Piripá


585 - Piritiba | 586 - Planaltino | 587 - Planalto | 588 - Poções


589 - Pojuca | 590 - Ponto Novo | 591 - Porto Seguro | 592 - Potiraguá


593 - Prado | 594 - Presidente Dutra | 595 - Presidente Jânio Quadros | 596 - Presidente Tancredo Neves


597 - Queimadas | 598 - Quijingue | 599 - Quixabeira | 600 - Rafael Jambeiro


601 - Remanso | 602 - Retirolândia | 603 - Riachão das Neves | 604 - Riachão do Jacuípe


605 - Riacho de Santana | 606 - Ribeira do Amparo | 607 - Ribeira do Pombal | 608 - Ribeirão do Largo


609 - Rio de Contas | 610 - Rio do Antônio | 611 - Rio do Pires | 612 - Rio Real


613 - Rodelas | 614 - Ruy Barbosa | 615 - Salinas da Margarida | 616 - Salvador


617 - Santa Bárbara | 618 - Santa Brígida | 619 - Santa Cruz Cabrália | 620 - Santa Cruz da Vitória


621 - Santa Inês | 622 - Santa Luzia | 623 - Santa Maria da Vitória | 624 - Santa Rita de Cássia


625 - Santa Teresinha | 626 - Santaluz | 627 - Santana | 628 - Santanópolis


629 - Santo Amaro | 630 - Santo Antônio de Jesus | 631 - Santo Estêvão | 632 - São Desidério


633 - São Domingos | 634 - São Felipe | 635 - São Félix | 636 - São Félix do Coribe


637 - São Francisco do Conde | 638 - São Gabriel | 639 - São Gonçalo dos Campos | 640 - São José da Vitória


641 - São José do Jacuípe | 642 - São Miguel das Matas | 643 - São Sebastião do Passé | 644 - Sapeaçu


645 - Sátiro Dias | 646 - Saubara | 647 - Saúde | 648 - Seabra


649 - Sebastião Laranjeiras | 650 - Senhor do Bonfim | 651 - Sento Sé | 652 - Serra do Ramalho


653 - Serra Dourada | 654 - Serra Preta | 655 - Serrinha | 656 - Serrolândia


657 - Simões Filho | 658 - Sítio do Mato | 659 - Sítio do Quinto | 660 - Sobradinho


661 - Souto Soares | 662 - Tabocas do Brejo Velho | 663 - Tanhaçu | 664 - Tanque Novo


665 - Tanquinho | 666 - Taperoá | 667 - Tapiramutá | 668 - Teixeira de Freitas


669 - Teodoro Sampaio | 670 - Teofilândia | 671 - Teolândia | 672 - Terra Nova


673 - Tremedal | 674 - Tucano | 675 - Uauá | 676 - Ubaíra


677 - Ubaitaba | 678 - Ubatã | 679 - Uibaí | 680 - Umburanas


681 - Una | 682 - Urandi | 683 - Uruçuca | 684 - Utinga


685 - Valença | 686 - Valente | 687 - Várzea da Roça | 688 - Várzea do Poço


689 - Várzea Nova | 690 - Varzedo | 691 - Vera Cruz | 692 - Vereda


693 - Vitória da Conquista | 694 - Wagner | 695 - Wanderley | 696 - Wenceslau Guimarães


697 - Xique-Xique | 698 - Abaiara | 699 - Acarape | 700 - Acaraú


701 - Acopiara | 702 - Aiuaba | 703 - Alcântaras | 704 - Altaneira


705 - Alto Santo | 706 - Amontada | 707 - Antonina do Norte | 708 - Apuiarés


709 - Aquiraz | 710 - Aracati | 711 - Aracoiaba | 712 - Ararendá


713 - Araripe | 714 - Aratuba | 715 - Arneiroz | 716 - Assaré


717 - Aurora | 718 - Baixio | 719 - Banabuiú | 720 - Barbalha


721 - Barreira | 722 - Barro | 723 - Barroquinha | 724 - Baturité


725 - Beberibe | 726 - Bela Cruz | 727 - Boa Viagem | 728 - Brejo Santo


729 - Camocim | 730 - Campos Sales | 731 - Canindé | 732 - Capistrano


733 - Caridade | 734 - Cariré | 735 - Caririaçu | 736 - Cariús


737 - Carnaubal | 738 - Cascavel | 739 - Catarina | 740 - Catunda


741 - Caucaia | 742 - Cedro | 743 - Chaval | 744 - Choró


745 - Chorozinho | 746 - Coreaú | 747 - Crateús | 748 - Crato


749 - Croatá | 750 - Cruz | 751 - Deputado Irapuan Pinheiro | 752 - Ererê


753 - Eusébio | 754 - Farias Brito | 755 - Forquilha | 756 - Fortaleza


757 - Fortim | 758 - Frecheirinha | 759 - General Sampaio | 760 - Graça


761 - Granja | 762 - Granjeiro | 763 - Groaíras | 764 - Guaiúba


765 - Guaraciaba do Norte | 766 - Guaramiranga | 767 - Hidrolândia | 768 - Horizonte


769 - Ibaretama | 770 - Ibiapina | 771 - Ibicuitinga | 772 - Icapuí


773 - Icó | 774 - Iguatu | 775 - Independência | 776 - Ipaporanga


777 - Ipaumirim | 778 - Ipu | 779 - Ipueiras | 780 - Iracema


781 - Irauçuba | 782 - Itaiçaba | 783 - Itaitinga | 784 - Itapagé


785 - Itapipoca | 786 - Itapiúna | 787 - Itarema | 788 - Itatira


789 - Jaguaretama | 790 - Jaguaribara | 791 - Jaguaribe | 792 - Jaguaruana


793 - Jardim | 794 - Jati | 795 - Jijoca de Jericoacoara | 796 - Juazeiro do Norte


797 - Jucás | 798 - Lavras da Mangabeira | 799 - Limoeiro do Norte | 800 - Madalena


801 - Maracanaú | 802 - Maranguape | 803 - Marco | 804 - Martinópole


805 - Massapê | 806 - Mauriti | 807 - Meruoca | 808 - Milagres


809 - Milhã | 810 - Miraíma | 811 - Missão Velha | 812 - Mombaça


813 - Monsenhor Tabosa | 814 - Morada Nova | 815 - Moraújo | 816 - Morrinhos


817 - Mucambo | 818 - Mulungu | 819 - Nova Olinda | 820 - Nova Russas


821 - Novo Oriente | 822 - Ocara | 823 - Orós | 824 - Pacajus


825 - Pacatuba | 826 - Pacoti | 827 - Pacujá | 828 - Palhano


829 - Palmácia | 830 - Paracuru | 831 - Paraipaba | 832 - Parambu


833 - Paramoti | 834 - Pedra Branca | 835 - Penaforte | 836 - Pentecoste


837 - Pereiro | 838 - Pindoretama | 839 - Piquet Carneiro | 840 - Pires Ferreira


841 - Poranga | 842 - Porteiras | 843 - Potengi | 844 - Potiretama


845 - Quiterianópolis | 846 - Quixadá | 847 - Quixelô | 848 - Quixeramobim


849 - Quixeré | 850 - Redenção | 851 - Reriutaba | 852 - Russas


853 - Saboeiro | 854 - Salitre | 855 - Santa Quitéria | 856 - Santana do Acaraú


857 - Santana do Cariri | 858 - São Benedito | 859 - São Gonçalo do Amarante | 860 - São João do Jaguaribe


861 - São Luís do Curu | 862 - Senador Pompeu | 863 - Senador Sá | 864 - Sobral


865 - Solonópole | 866 - Tabuleiro do Norte | 867 - Tamboril | 868 - Tarrafas


869 - Tauá | 870 - Tejuçuoca | 871 - Tianguá | 872 - Trairi


873 - Tururu | 874 - Ubajara | 875 - Umari | 876 - Umirim


877 - Uruburetama | 878 - Uruoca | 879 - Varjota | 880 - Várzea Alegre


881 - Viçosa do Ceará | 882 - Brasília | 883 - Abadia de Goiás | 884 - Abadiânia


885 - Acreúna | 886 - Adelândia | 887 - Água Fria de Goiás | 888 - Água Limpa


889 - Águas Lindas de Goiás | 890 - Alexânia | 891 - Aloândia | 892 - Alto Horizonte


893 - Alto Paraíso de Goiás | 894 - Alvorada do Norte | 895 - Amaralina | 896 - Americano do Brasil


897 - Amorinópolis | 898 - Anápolis | 899 - Anhanguera | 900 - Anicuns


901 - Aparecida de Goiânia | 902 - Aparecida do Rio Doce | 903 - Aporé | 904 - Araçu


905 - Aragarças | 906 - Aragoiânia | 907 - Araguapaz | 908 - Arenópolis


909 - Aruanã | 910 - Aurilândia | 911 - Avelinópolis | 912 - Baliza


913 - Barro Alto | 914 - Bela Vista de Goiás | 915 - Bom Jardim de Goiás | 916 - Bom Jesus de Goiás


917 - Bonfinópolis | 918 - Bonópolis | 919 - Brazabrantes | 920 - Britânia


921 - Buriti Alegre | 922 - Buriti de Goiás | 923 - Buritinópolis | 924 - Cabeceiras


925 - Cachoeira Alta | 926 - Cachoeira de Goiás | 927 - Cachoeira Dourada | 928 - Caçu


929 - Caiapônia | 930 - Caldas Novas | 931 - Caldazinha | 932 - Campestre de Goiás


933 - Campinaçu | 934 - Campinorte | 935 - Campo Alegre de Goiás | 936 - Campo Limpo de Goiás


937 - Campos Belos | 938 - Campos Verdes | 939 - Carmo do Rio Verde | 940 - Castelândia


941 - Catalão | 942 - Caturaí | 943 - Cavalcante | 944 - Ceres


945 - Cezarina | 946 - Chapadão do Céu | 947 - Cidade Ocidental | 948 - Cocalzinho de Goiás


949 - Colinas do Sul | 950 - Córrego do Ouro | 951 - Corumbá de Goiás | 952 - Corumbaíba


953 - Cristalina | 954 - Cristianópolis | 955 - Crixás | 956 - Cromínia


957 - Cumari | 958 - Damianópolis | 959 - Damolândia | 960 - Davinópolis


961 - Diorama | 962 - Divinópolis de Goiás | 963 - Doverlândia | 964 - Edealina


965 - Edéia | 966 - Estrela do Norte | 967 - Faina | 968 - Fazenda Nova


969 - Firminópolis | 970 - Flores de Goiás | 971 - Formosa | 972 - Formoso


973 - Gameleira de Goiás | 974 - Goianápolis | 975 - Goiandira | 976 - Goianésia


977 - Goiânia | 978 - Goianira | 979 - Goiás | 980 - Goiatuba


981 - Gouvelândia | 982 - Guapó | 983 - Guaraíta | 984 - Guarani de Goiás


985 - Guarinos | 986 - Heitoraí | 987 - Hidrolândia | 988 - Hidrolina


989 - Iaciara | 990 - Inaciolândia | 991 - Indiara | 992 - Inhumas


993 - Ipameri | 994 - Ipiranga de Goiás | 995 - Iporá | 996 - Israelândia


997 - Itaberaí | 998 - Itaguari | 999 - Itaguaru | 1000 - Itajá


1001 - Itapaci | 1002 - Itapirapuã | 1003 - Itapuranga | 1004 - Itarumã


1005 - Itauçu | 1006 - Itumbiara | 1007 - Ivolândia | 1008 - Jandaia


1009 - Jaraguá | 1010 - Jataí | 1011 - Jaupaci | 1012 - Jesúpolis


1013 - Joviânia | 1014 - Jussara | 1015 - Lagoa Santa | 1016 - Leopoldo de Bulhões


1017 - Luziânia | 1018 - Mairipotaba | 1019 - Mambaí | 1020 - Mara Rosa


1021 - Marzagão | 1022 - Matrinchã | 1023 - Maurilândia | 1024 - Mimoso de Goiás


1025 - Minaçu | 1026 - Mineiros | 1027 - Moiporá | 1028 - Monte Alegre de Goiás


1029 - Montes Claros de Goiás | 1030 - Montividiu | 1031 - Montividiu do Norte | 1032 - Morrinhos


1033 - Morro Agudo de Goiás | 1034 - Mossâmedes | 1035 - Mozarlândia | 1036 - Mundo Novo


1037 - Mutunópolis | 1038 - Nazário | 1039 - Nerópolis | 1040 - Niquelândia


1041 - Nova América | 1042 - Nova Aurora | 1043 - Nova Crixás | 1044 - Nova Glória


1045 - Nova Iguaçu de Goiás | 1046 - Nova Roma | 1047 - Nova Veneza | 1048 - Novo Brasil


1049 - Novo Gama | 1050 - Novo Planalto | 1051 - Orizona | 1052 - Ouro Verde de Goiás


1053 - Ouvidor | 1054 - Padre Bernardo | 1055 - Palestina de Goiás | 1056 - Palmeiras de Goiás


1057 - Palmelo | 1058 - Palminópolis | 1059 - Panamá | 1060 - Paranaiguara


1061 - Paraúna | 1062 - Perolândia | 1063 - Petrolina de Goiás | 1064 - Pilar de Goiás


1065 - Piracanjuba | 1066 - Piranhas | 1067 - Pirenópolis | 1068 - Pires do Rio


1069 - Planaltina | 1070 - Pontalina | 1071 - Porangatu | 1072 - Porteirão


1073 - Portelândia | 1074 - Posse | 1075 - Professor Jamil | 1076 - Quirinópolis


1077 - Rialma | 1078 - Rianápolis | 1079 - Rio Quente | 1080 - Rio Verde


1081 - Rubiataba | 1082 - Sanclerlândia | 1083 - Santa Bárbara de Goiás | 1084 - Santa Cruz de Goiás


1085 - Santa Fé de Goiás | 1086 - Santa Helena de Goiás | 1087 - Santa Isabel | 1088 - Santa Rita do Araguaia


1089 - Santa Rita do Novo Destino | 1090 - Santa Rosa de Goiás | 1091 - Santa Tereza de Goiás | 1092 - Santa Terezinha de Goiás


1093 - Santo Antônio da Barra | 1094 - Santo Antônio de Goiás | 1095 - Santo Antônio do Descoberto | 1096 - São Domingos


1097 - São Francisco de Goiás | 1098 - São João d`Aliança | 1099 - São João da Paraúna | 1100 - São Luís de Montes Belos


1101 - São Luíz do Norte | 1102 - São Miguel do Araguaia | 1103 - São Miguel do Passa Quatro | 1104 - São Patrício


1105 - São Simão | 1106 - Senador Canedo | 1107 - Serranópolis | 1108 - Silvânia


1109 - Simolândia | 1110 - Sítio d`Abadia | 1111 - Taquaral de Goiás | 1112 - Teresina de Goiás


1113 - Terezópolis de Goiás | 1114 - Três Ranchos | 1115 - Trindade | 1116 - Trombas


1117 - Turvânia | 1118 - Turvelândia | 1119 - Uirapuru | 1120 - Uruaçu


1121 - Uruana | 1122 - Urutaí | 1123 - Valparaíso de Goiás | 1124 - Varjão


1125 - Vianópolis | 1126 - Vicentinópolis | 1127 - Vila Boa | 1128 - Vila Propício


1129 - Açailândia | 1130 - Afonso Cunha | 1131 - Água Doce do Maranhão | 1132 - Alcântara


1133 - Aldeias Altas | 1134 - Altamira do Maranhão | 1135 - Alto Alegre do Maranhão | 1136 - Alto Alegre do Pindaré


1137 - Alto Parnaíba | 1138 - Amapá do Maranhão | 1139 - Amarante do Maranhão | 1140 - Anajatuba


1141 - Anapurus | 1142 - Apicum-Açu | 1143 - Araguanã | 1144 - Araioses


1145 - Arame | 1146 - Arari | 1147 - Axixá | 1148 - Bacabal


1149 - Bacabeira | 1150 - Bacuri | 1151 - Bacurituba | 1152 - Balsas


1153 - Barão de Grajaú | 1154 - Barra do Corda | 1155 - Barreirinhas | 1156 - Bela Vista do Maranhão


1157 - Belágua | 1158 - Benedito Leite | 1159 - Bequimão | 1160 - Bernardo do Mearim


1161 - Boa Vista do Gurupi | 1162 - Bom Jardim | 1163 - Bom Jesus das Selvas | 1164 - Bom Lugar


1165 - Brejo | 1166 - Brejo de Areia | 1167 - Buriti | 1168 - Buriti Bravo


1169 - Buriticupu | 1170 - Buritirana | 1171 - Cachoeira Grande | 1172 - Cajapió


1173 - Cajari | 1174 - Campestre do Maranhão | 1175 - Cândido Mendes | 1176 - Cantanhede


1177 - Capinzal do Norte | 1178 - Carolina | 1179 - Carutapera | 1180 - Caxias


1181 - Cedral | 1182 - Central do Maranhão | 1183 - Centro do Guilherme | 1184 - Centro Novo do Maranhão


1185 - Chapadinha | 1186 - Cidelândia | 1187 - Codó | 1188 - Coelho Neto


1189 - Colinas | 1190 - Conceição do Lago-Açu | 1191 - Coroatá | 1192 - Cururupu


1193 - Davinópolis | 1194 - Dom Pedro | 1195 - Duque Bacelar | 1196 - Esperantinópolis


1197 - Estreito | 1198 - Feira Nova do Maranhão | 1199 - Fernando Falcão | 1200 - Formosa da Serra Negra


1201 - Fortaleza dos Nogueiras | 1202 - Fortuna | 1203 - Godofredo Viana | 1204 - Gonçalves Dias


1205 - Governador Archer | 1206 - Governador Edison Lobão | 1207 - Governador Eugênio Barros | 1208 - Governador Luiz Rocha


1209 - Governador Newton Bello | 1210 - Governador Nunes Freire | 1211 - Graça Aranha | 1212 - Grajaú


1213 - Guimarães | 1214 - Humberto de Campos | 1215 - Icatu | 1216 - Igarapé do Meio


1217 - Igarapé Grande | 1218 - Imperatriz | 1219 - Itaipava do Grajaú | 1220 - Itapecuru Mirim


1221 - Itinga do Maranhão | 1222 - Jatobá | 1223 - Jenipapo dos Vieiras | 1224 - João Lisboa


1225 - Joselândia | 1226 - Junco do Maranhão | 1227 - Lago da Pedra | 1228 - Lago do Junco


1229 - Lago dos Rodrigues | 1230 - Lago Verde | 1231 - Lagoa do Mato | 1232 - Lagoa Grande do Maranhão


1233 - Lajeado Novo | 1234 - Lima Campos | 1235 - Loreto | 1236 - Luís Domingues


1237 - Magalhães de Almeida | 1238 - Maracaçumé | 1239 - Marajá do Sena | 1240 - Maranhãozinho


1241 - Mata Roma | 1242 - Matinha | 1243 - Matões | 1244 - Matões do Norte


1245 - Milagres do Maranhão | 1246 - Mirador | 1247 - Miranda do Norte | 1248 - Mirinzal


1249 - Monção | 1250 - Montes Altos | 1251 - Morros | 1252 - Nina Rodrigues


1253 - Nova Colinas | 1254 - Nova Iorque | 1255 - Nova Olinda do Maranhão | 1256 - Olho d`Água das Cunhãs


1257 - Olinda Nova do Maranhão | 1258 - Paço do Lumiar | 1259 - Palmeirândia | 1260 - Paraibano


1261 - Parnarama | 1262 - Passagem Franca | 1263 - Pastos Bons | 1264 - Paulino Neves


1265 - Paulo Ramos | 1266 - Pedreiras | 1267 - Pedro do Rosário | 1268 - Penalva


1269 - Peri Mirim | 1270 - Peritoró | 1271 - Pindaré-Mirim | 1272 - Pinheiro


1273 - Pio XII | 1274 - Pirapemas | 1275 - Poção de Pedras | 1276 - Porto Franco


1277 - Porto Rico do Maranhão | 1278 - Presidente Dutra | 1279 - Presidente Juscelino | 1280 - Presidente Médici


1281 - Presidente Sarney | 1282 - Presidente Vargas | 1283 - Primeira Cruz | 1284 - Raposa


1285 - Riachão | 1286 - Ribamar Fiquene | 1287 - Rosário | 1288 - Sambaíba


1289 - Santa Filomena do Maranhão | 1290 - Santa Helena | 1291 - Santa Inês | 1292 - Santa Luzia


1293 - Santa Luzia do Paruá | 1294 - Santa Quitéria do Maranhão | 1295 - Santa Rita | 1296 - Santana do Maranhão


1297 - Santo Amaro do Maranhão | 1298 - Santo Antônio dos Lopes | 1299 - São Benedito do Rio Preto | 1300 - São Bento


1301 - São Bernardo | 1302 - São Domingos do Azeitão | 1303 - São Domingos do Maranhão | 1304 - São Félix de Balsas


1305 - São Francisco do Brejão | 1306 - São Francisco do Maranhão | 1307 - São João Batista | 1308 - São João do Carú


1309 - São João do Paraíso | 1310 - São João do Soter | 1311 - São João dos Patos | 1312 - São José de Ribamar


1313 - São José dos Basílios | 1314 - São Luís | 1315 - São Luís Gonzaga do Maranhão | 1316 - São Mateus do Maranhão


1317 - São Pedro da Água Branca | 1318 - São Pedro dos Crentes | 1319 - São Raimundo das Mangabeiras | 1320 - São Raimundo do Doca Bezerra


1321 - São Roberto | 1322 - São Vicente Ferrer | 1323 - Satubinha | 1324 - Senador Alexandre Costa


1325 - Senador La Rocque | 1326 - Serrano do Maranhão | 1327 - Sítio Novo | 1328 - Sucupira do Norte


1329 - Sucupira do Riachão | 1330 - Tasso Fragoso | 1331 - Timbiras | 1332 - Timon


1333 - Trizidela do Vale | 1334 - Tufilândia | 1335 - Tuntum | 1336 - Turiaçu


1337 - Turilândia | 1338 - Tutóia | 1339 - Urbano Santos | 1340 - Vargem Grande


1341 - Viana | 1342 - Vila Nova dos Martírios | 1343 - Vitória do Mearim | 1344 - Vitorino Freire


1345 - Zé Doca | 1346 - Acorizal | 1347 - Água Boa | 1348 - Alta Floresta


1349 - Alto Araguaia | 1350 - Alto Boa Vista | 1351 - Alto Garças | 1352 - Alto Paraguai


1353 - Alto Taquari | 1354 - Apiacás | 1355 - Araguaiana | 1356 - Araguainha


1357 - Araputanga | 1358 - Arenápolis | 1359 - Aripuanã | 1360 - Barão de Melgaço


1361 - Barra do Bugres | 1362 - Barra do Garças | 1363 - Bom Jesus do Araguaia | 1364 - Brasnorte


1365 - Cáceres | 1366 - Campinápolis | 1367 - Campo Novo do Parecis | 1368 - Campo Verde


1369 - Campos de Júlio | 1370 - Canabrava do Norte | 1371 - Canarana | 1372 - Carlinda


1373 - Castanheira | 1374 - Chapada dos Guimarães | 1375 - Cláudia | 1376 - Cocalinho


1377 - Colíder | 1378 - Colniza | 1379 - Comodoro | 1380 - Confresa


1381 - Conquista d`Oeste | 1382 - Cotriguaçu | 1383 - Cuiabá | 1384 - Curvelândia


1385 - Curvelândia | 1386 - Denise | 1387 - Diamantino | 1388 - Dom Aquino


1389 - Feliz Natal | 1390 - Figueirópolis d`Oeste | 1391 - Gaúcha do Norte | 1392 - General Carneiro


1393 - Glória d`Oeste | 1394 - Guarantã do Norte | 1395 - Guiratinga | 1396 - Indiavaí


1397 - Ipiranga do Norte | 1398 - Itanhangá | 1399 - Itaúba | 1400 - Itiquira


1401 - Jaciara | 1402 - Jangada | 1403 - Jauru | 1404 - Juara


1405 - Juína | 1406 - Juruena | 1407 - Juscimeira | 1408 - Lambari d`Oeste


1409 - Lucas do Rio Verde | 1410 - Luciára | 1411 - Marcelândia | 1412 - Matupá


1413 - Mirassol d`Oeste | 1414 - Nobres | 1415 - Nortelândia | 1416 - Nossa Senhora do Livramento


1417 - Nova Bandeirantes | 1418 - Nova Brasilândia | 1419 - Nova Canaã do Norte | 1420 - Nova Guarita


1421 - Nova Lacerda | 1422 - Nova Marilândia | 1423 - Nova Maringá | 1424 - Nova Monte verde


1425 - Nova Mutum | 1426 - Nova Olímpia | 1427 - Nova Santa Helena | 1428 - Nova Ubiratã


1429 - Nova Xavantina | 1430 - Novo Horizonte do Norte | 1431 - Novo Mundo | 1432 - Novo Santo Antônio


1433 - Novo São Joaquim | 1434 - Paranaíta | 1435 - Paranatinga | 1436 - Pedra Preta


1437 - Peixoto de Azevedo | 1438 - Planalto da Serra | 1439 - Poconé | 1440 - Pontal do Araguaia


1441 - Ponte Branca | 1442 - Pontes e Lacerda | 1443 - Porto Alegre do Norte | 1444 - Porto dos Gaúchos


1445 - Porto Esperidião | 1446 - Porto Estrela | 1447 - Poxoréo | 1448 - Primavera do Leste


1449 - Querência | 1450 - Reserva do Cabaçal | 1451 - Ribeirão Cascalheira | 1452 - Ribeirãozinho


1453 - Rio Branco | 1454 - Rondolândia | 1455 - Rondonópolis | 1456 - Rosário Oeste


1457 - Salto do Céu | 1458 - Santa Carmem | 1459 - Santa Cruz do Xingu | 1460 - Santa Rita do Trivelato


1461 - Santa Terezinha | 1462 - Santo Afonso | 1463 - Santo Antônio do Leste | 1464 - Santo Antônio do Leverger


1465 - São Félix do Araguaia | 1466 - São José do Povo | 1467 - São José do Rio Claro | 1468 - São José do Xingu


1469 - São José dos Quatro Marcos | 1470 - São Pedro da Cipa | 1471 - Sapezal | 1472 - Serra Nova Dourada


1473 - Sinop | 1474 - Sorriso | 1475 - Tabaporã | 1476 - Tangará da Serra


1477 - Tapurah | 1478 - Terra Nova do Norte | 1479 - Tesouro | 1480 - Torixoréu


1481 - União do Sul | 1482 - Vale de São Domingos | 1483 - Várzea Grande | 1484 - Vera


1485 - Vila Bela da Santíssima Trindade | 1486 - Vila Rica | 1487 - Água Clara | 1488 - Alcinópolis


1489 - Amambaí | 1490 - Anastácio | 1491 - Anaurilândia | 1492 - Angélica


1493 - Antônio João | 1494 - Aparecida do Taboado | 1495 - Aquidauana | 1496 - Aral Moreira


1497 - Bandeirantes | 1498 - Bataguassu | 1499 - Bataiporã | 1500 - Bela Vista


1501 - Bodoquena | 1502 - Bonito | 1503 - Brasilândia | 1504 - Caarapó


1505 - Camapuã | 1506 - Campo Grande | 1507 - Caracol | 1508 - Cassilândia


1509 - Chapadão do Sul | 1510 - Corguinho | 1511 - Coronel Sapucaia | 1512 - Corumbá


1513 - Costa Rica | 1514 - Coxim | 1515 - Deodápolis | 1516 - Dois Irmãos do Buriti


1517 - Douradina | 1518 - Dourados | 1519 - Eldorado | 1520 - Fátima do Sul


1521 - Figueirão | 1522 - Glória de Dourados | 1523 - Guia Lopes da Laguna | 1524 - Iguatemi


1525 - Inocência | 1526 - Itaporã | 1527 - Itaquiraí | 1528 - Ivinhema


1529 - Japorã | 1530 - Jaraguari | 1531 - Jardim | 1532 - Jateí


1533 - Juti | 1534 - Ladário | 1535 - Laguna Carapã | 1536 - Maracaju


1537 - Miranda | 1538 - Mundo Novo | 1539 - Naviraí | 1540 - Nioaque


1541 - Nova Alvorada do Sul | 1542 - Nova Andradina | 1543 - Novo Horizonte do Sul | 1544 - Paranaíba


1545 - Paranhos | 1546 - Pedro Gomes | 1547 - Ponta Porã | 1548 - Porto Murtinho


1549 - Ribas do Rio Pardo | 1550 - Rio Brilhante | 1551 - Rio Negro | 1552 - Rio Verde de Mato Grosso


1553 - Rochedo | 1554 - Santa Rita do Pardo | 1555 - São Gabriel do Oeste | 1556 - Selvíria


1557 - Sete Quedas | 1558 - Sidrolândia | 1559 - Sonora | 1560 - Tacuru


1561 - Taquarussu | 1562 - Terenos | 1563 - Três Lagoas | 1564 - Vicentina


1565 - Abadia dos Dourados | 1566 - Abaeté | 1567 - Abre Campo | 1568 - Acaiaca


1569 - Açucena | 1570 - Água Boa | 1571 - Água Comprida | 1572 - Aguanil


1573 - Águas Formosas | 1574 - Águas Vermelhas | 1575 - Aimorés | 1576 - Aiuruoca


1577 - Alagoa | 1578 - Albertina | 1579 - Além Paraíba | 1580 - Alfenas


1581 - Alfredo Vasconcelos | 1582 - Almenara | 1583 - Alpercata | 1584 - Alpinópolis


1585 - Alterosa | 1586 - Alto Caparaó | 1587 - Alto Jequitibá | 1588 - Alto Rio Doce


1589 - Alvarenga | 1590 - Alvinópolis | 1591 - Alvorada de Minas | 1592 - Amparo do Serra


1593 - Andradas | 1594 - Andrelândia | 1595 - Angelândia | 1596 - Antônio Carlos


1597 - Antônio Dias | 1598 - Antônio Prado de Minas | 1599 - Araçaí | 1600 - Aracitaba


1601 - Araçuaí | 1602 - Araguari | 1603 - Arantina | 1604 - Araponga


1605 - Araporã | 1606 - Arapuá | 1607 - Araújos | 1608 - Araxá


1609 - Arceburgo | 1610 - Arcos | 1611 - Areado | 1612 - Argirita


1613 - Aricanduva | 1614 - Arinos | 1615 - Astolfo Dutra | 1616 - Ataléia


1617 - Augusto de Lima | 1618 - Baependi | 1619 - Baldim | 1620 - Bambuí


1621 - Bandeira | 1622 - Bandeira do Sul | 1623 - Barão de Cocais | 1624 - Barão de Monte Alto


1625 - Barbacena | 1626 - Barra Longa | 1627 - Barroso | 1628 - Bela Vista de Minas


1629 - Belmiro Braga | 1630 - Belo Horizonte | 1631 - Belo Oriente | 1632 - Belo Vale


1633 - Berilo | 1634 - Berizal | 1635 - Bertópolis | 1636 - Betim


1637 - Bias Fortes | 1638 - Bicas | 1639 - Biquinhas | 1640 - Boa Esperança


1641 - Bocaina de Minas | 1642 - Bocaiúva | 1643 - Bom Despacho | 1644 - Bom Jardim de Minas


1645 - Bom Jesus da Penha | 1646 - Bom Jesus do Amparo | 1647 - Bom Jesus do Galho | 1648 - Bom Repouso


1649 - Bom Sucesso | 1650 - Bonfim | 1651 - Bonfinópolis de Minas | 1652 - Bonito de Minas


1653 - Borda da Mata | 1654 - Botelhos | 1655 - Botumirim | 1656 - Brás Pires


1657 - Brasilândia de Minas | 1658 - Brasília de Minas | 1659 - Brasópolis | 1660 - Braúnas


1661 - Brumadinho | 1662 - Bueno Brandão | 1663 - Buenópolis | 1664 - Bugre


1665 - Buritis | 1666 - Buritizeiro | 1667 - Cabeceira Grande | 1668 - Cabo Verde


1669 - Cachoeira da Prata | 1670 - Cachoeira de Minas | 1671 - Cachoeira de Pajeú | 1672 - Cachoeira Dourada


1673 - Caetanópolis | 1674 - Caeté | 1675 - Caiana | 1676 - Cajuri


1677 - Caldas | 1678 - Camacho | 1679 - Camanducaia | 1680 - Cambuí


1681 - Cambuquira | 1682 - Campanário | 1683 - Campanha | 1684 - Campestre


1685 - Campina Verde | 1686 - Campo Azul | 1687 - Campo Belo | 1688 - Campo do Meio


1689 - Campo Florido | 1690 - Campos Altos | 1691 - Campos Gerais | 1692 - Cana Verde


1693 - Canaã | 1694 - Canápolis | 1695 - Candeias | 1696 - Cantagalo


1697 - Caparaó | 1698 - Capela Nova | 1699 - Capelinha | 1700 - Capetinga


1701 - Capim Branco | 1702 - Capinópolis | 1703 - Capitão Andrade | 1704 - Capitão Enéas


1705 - Capitólio | 1706 - Caputira | 1707 - Caraí | 1708 - Caranaíba


1709 - Carandaí | 1710 - Carangola | 1711 - Caratinga | 1712 - Carbonita


1713 - Careaçu | 1714 - Carlos Chagas | 1715 - Carmésia | 1716 - Carmo da Cachoeira


1717 - Carmo da Mata | 1718 - Carmo de Minas | 1719 - Carmo do Cajuru | 1720 - Carmo do Paranaíba


1721 - Carmo do Rio Claro | 1722 - Carmópolis de Minas | 1723 - Carneirinho | 1724 - Carrancas


1725 - Carvalhópolis | 1726 - Carvalhos | 1727 - Casa Grande | 1728 - Cascalho Rico


1729 - Cássia | 1730 - Cataguases | 1731 - Catas Altas | 1732 - Catas Altas da Noruega


1733 - Catuji | 1734 - Catuti | 1735 - Caxambu | 1736 - Cedro do Abaeté


1737 - Central de Minas | 1738 - Centralina | 1739 - Chácara | 1740 - Chalé


1741 - Chapada do Norte | 1742 - Chapada Gaúcha | 1743 - Chiador | 1744 - Cipotânea


1745 - Claraval | 1746 - Claro dos Poções | 1747 - Cláudio | 1748 - Coimbra


1749 - Coluna | 1750 - Comendador Gomes | 1751 - Comercinho | 1752 - Conceição da Aparecida


1753 - Conceição da Barra de Minas | 1754 - Conceição das Alagoas | 1755 - Conceição das Pedras | 1756 - Conceição de Ipanema


1757 - Conceição do Mato Dentro | 1758 - Conceição do Pará | 1759 - Conceição do Rio Verde | 1760 - Conceição dos Ouros


1761 - Cônego Marinho | 1762 - Confins | 1763 - Congonhal | 1764 - Congonhas


1765 - Congonhas do Norte | 1766 - Conquista | 1767 - Conselheiro Lafaiete | 1768 - Conselheiro Pena


1769 - Consolação | 1770 - Contagem | 1771 - Coqueiral | 1772 - Coração de Jesus


1773 - Cordisburgo | 1774 - Cordislândia | 1775 - Corinto | 1776 - Coroaci


1777 - Coromandel | 1778 - Coronel Fabriciano | 1779 - Coronel Murta | 1780 - Coronel Pacheco


1781 - Coronel Xavier Chaves | 1782 - Córrego Danta | 1783 - Córrego do Bom Jesus | 1784 - Córrego Fundo


1785 - Córrego Novo | 1786 - Couto de Magalhães de Minas | 1787 - Crisólita | 1788 - Cristais


1789 - Cristália | 1790 - Cristiano Otoni | 1791 - Cristina | 1792 - Crucilândia


1793 - Cruzeiro da Fortaleza | 1794 - Cruzília | 1795 - Cuparaque | 1796 - Curral de Dentro


1797 - Curvelo | 1798 - Datas | 1799 - Delfim Moreira | 1800 - Delfinópolis


1801 - Delta | 1802 - Descoberto | 1803 - Desterro de Entre Rios | 1804 - Desterro do Melo


1805 - Diamantina | 1806 - Diogo de Vasconcelos | 1807 - Dionísio | 1808 - Divinésia


1809 - Divino | 1810 - Divino das Laranjeiras | 1811 - Divinolândia de Minas | 1812 - Divinópolis


1813 - Divisa Alegre | 1814 - Divisa Nova | 1815 - Divisópolis | 1816 - Dom Bosco


1817 - Dom Cavati | 1818 - Dom Joaquim | 1819 - Dom Silvério | 1820 - Dom Viçoso


1821 - Dona Eusébia | 1822 - Dores de Campos | 1823 - Dores de Guanhães | 1824 - Dores do Indaiá


1825 - Dores do Turvo | 1826 - Doresópolis | 1827 - Douradoquara | 1828 - Durandé


1829 - Elói Mendes | 1830 - Engenheiro Caldas | 1831 - Engenheiro Navarro | 1832 - Entre Folhas


1833 - Entre Rios de Minas | 1834 - Ervália | 1835 - Esmeraldas | 1836 - Espera Feliz


1837 - Espinosa | 1838 - Espírito Santo do Dourado | 1839 - Estiva | 1840 - Estrela Dalva


1841 - Estrela do Indaiá | 1842 - Estrela do Sul | 1843 - Eugenópolis | 1844 - Ewbank da Câmara


1845 - Extrema | 1846 - Fama | 1847 - Faria Lemos | 1848 - Felício dos Santos


1849 - Felisburgo | 1850 - Felixlândia | 1851 - Fernandes Tourinho | 1852 - Ferros


1853 - Fervedouro | 1854 - Florestal | 1855 - Formiga | 1856 - Formoso


1857 - Fortaleza de Minas | 1858 - Fortuna de Minas | 1859 - Francisco Badaró | 1860 - Francisco Dumont


1861 - Francisco Sá | 1862 - Franciscópolis | 1863 - Frei Gaspar | 1864 - Frei Inocêncio


1865 - Frei Lagonegro | 1866 - Fronteira | 1867 - Fronteira dos Vales | 1868 - Fruta de Leite


1869 - Frutal | 1870 - Funilândia | 1871 - Galiléia | 1872 - Gameleiras


1873 - Glaucilândia | 1874 - Goiabeira | 1875 - Goianá | 1876 - Gonçalves


1877 - Gonzaga | 1878 - Gouveia | 1879 - Governador Valadares | 1880 - Grão Mogol


1881 - Grupiara | 1882 - Guanhães | 1883 - Guapé | 1884 - Guaraciaba


1885 - Guaraciama | 1886 - Guaranésia | 1887 - Guarani | 1888 - Guarará


1889 - Guarda-Mor | 1890 - Guaxupé | 1891 - Guidoval | 1892 - Guimarânia


1893 - Guiricema | 1894 - Gurinhatã | 1895 - Heliodora | 1896 - Iapu


1897 - Ibertioga | 1898 - Ibiá | 1899 - Ibiaí | 1900 - Ibiracatu


1901 - Ibiraci | 1902 - Ibirité | 1903 - Ibitiúra de Minas | 1904 - Ibituruna


1905 - Icaraí de Minas | 1906 - Igarapé | 1907 - Igaratinga | 1908 - Iguatama


1909 - Ijaci | 1910 - Ilicínea | 1911 - Imbé de Minas | 1912 - Inconfidentes


1913 - Indaiabira | 1914 - Indianópolis | 1915 - Ingaí | 1916 - Inhapim


1917 - Inhaúma | 1918 - Inimutaba | 1919 - Ipaba | 1920 - Ipanema


1921 - Ipatinga | 1922 - Ipiaçu | 1923 - Ipuiúna | 1924 - Iraí de Minas


1925 - Itabira | 1926 - Itabirinha de Mantena | 1927 - Itabirito | 1928 - Itacambira


1929 - Itacarambi | 1930 - Itaguara | 1931 - Itaipé | 1932 - Itajubá


1933 - Itamarandiba | 1934 - Itamarati de Minas | 1935 - Itambacuri | 1936 - Itambé do Mato Dentro


1937 - Itamogi | 1938 - Itamonte | 1939 - Itanhandu | 1940 - Itanhomi


1941 - Itaobim | 1942 - Itapagipe | 1943 - Itapecerica | 1944 - Itapeva


1945 - Itatiaiuçu | 1946 - Itaú de Minas | 1947 - Itaúna | 1948 - Itaverava


1949 - Itinga | 1950 - Itueta | 1951 - Ituiutaba | 1952 - Itumirim


1953 - Iturama | 1954 - Itutinga | 1955 - Jaboticatubas | 1956 - Jacinto


1957 - Jacuí | 1958 - Jacutinga | 1959 - Jaguaraçu | 1960 - Jaíba


1961 - Jampruca | 1962 - Janaúba | 1963 - Januária | 1964 - Japaraíba


1965 - Japonvar | 1966 - Jeceaba | 1967 - Jenipapo de Minas | 1968 - Jequeri


1969 - Jequitaí | 1970 - Jequitibá | 1971 - Jequitinhonha | 1972 - Jesuânia


1973 - Joaíma | 1974 - Joanésia | 1975 - João Monlevade | 1976 - João Pinheiro


1977 - Joaquim Felício | 1978 - Jordânia | 1979 - José Gonçalves de Minas | 1980 - José Raydan


1981 - Josenópolis | 1982 - Juatuba | 1983 - Juiz de Fora | 1984 - Juramento


1985 - Juruaia | 1986 - Juvenília | 1987 - Ladainha | 1988 - Lagamar


1989 - Lagoa da Prata | 1990 - Lagoa dos Patos | 1991 - Lagoa Dourada | 1992 - Lagoa Formosa


1993 - Lagoa Grande | 1994 - Lagoa Santa | 1995 - Lajinha | 1996 - Lambari


1997 - Lamim | 1998 - Laranjal | 1999 - Lassance | 2000 - Lavras


2001 - Leandro Ferreira | 2002 - Leme do Prado | 2003 - Leopoldina | 2004 - Liberdade


2005 - Lima Duarte | 2006 - Limeira do Oeste | 2007 - Lontra | 2008 - Luisburgo


2009 - Luislândia | 2010 - Luminárias | 2011 - Luz | 2012 - Machacalis


2013 - Machado | 2014 - Madre de Deus de Minas | 2015 - Malacacheta | 2016 - Mamonas


2017 - Manga | 2018 - Manhuaçu | 2019 - Manhumirim | 2020 - Mantena


2021 - Mar de Espanha | 2022 - Maravilhas | 2023 - Maria da Fé | 2024 - Mariana


2025 - Marilac | 2026 - Mário Campos | 2027 - Maripá de Minas | 2028 - Marliéria


2029 - Marmelópolis | 2030 - Martinho Campos | 2031 - Martins Soares | 2032 - Mata Verde


2033 - Materlândia | 2034 - Mateus Leme | 2035 - Mathias Lobato | 2036 - Matias Barbosa


2037 - Matias Cardoso | 2038 - Matipó | 2039 - Mato Verde | 2040 - Matozinhos


2041 - Matutina | 2042 - Medeiros | 2043 - Medina | 2044 - Mendes Pimentel


2045 - Mercês | 2046 - Mesquita | 2047 - Minas Novas | 2048 - Minduri


2049 - Mirabela | 2050 - Miradouro | 2051 - Miraí | 2052 - Miravânia


2053 - Moeda | 2054 - Moema | 2055 - Monjolos | 2056 - Monsenhor Paulo


2057 - Montalvânia | 2058 - Monte Alegre de Minas | 2059 - Monte Azul | 2060 - Monte Belo


2061 - Monte Carmelo | 2062 - Monte Formoso | 2063 - Monte Santo de Minas | 2064 - Monte Sião


2065 - Montes Claros | 2066 - Montezuma | 2067 - Morada Nova de Minas | 2068 - Morro da Garça


2069 - Morro do Pilar | 2070 - Munhoz | 2071 - Muriaé | 2072 - Mutum


2073 - Muzambinho | 2074 - Nacip Raydan | 2075 - Nanuque | 2076 - Naque


2077 - Natalândia | 2078 - Natércia | 2079 - Nazareno | 2080 - Nepomuceno


2081 - Ninheira | 2082 - Nova Belém | 2083 - Nova Era | 2084 - Nova Lima


2085 - Nova Módica | 2086 - Nova Ponte | 2087 - Nova Porteirinha | 2088 - Nova Resende


2089 - Nova Serrana | 2090 - Nova União | 2091 - Novo Cruzeiro | 2092 - Novo Oriente de Minas


2093 - Novorizonte | 2094 - Olaria | 2095 - Olhos-d`Água | 2096 - Olímpio Noronha


2097 - Oliveira | 2098 - Oliveira Fortes | 2099 - Onça de Pitangui | 2100 - Oratórios


2101 - Orizânia | 2102 - Ouro Branco | 2103 - Ouro Fino | 2104 - Ouro Preto


2105 - Ouro Verde de Minas | 2106 - Padre Carvalho | 2107 - Padre Paraíso | 2108 - Pai Pedro


2109 - Paineiras | 2110 - Pains | 2111 - Paiva | 2112 - Palma


2113 - Palmópolis | 2114 - Papagaios | 2115 - Pará de Minas | 2116 - Paracatu


2117 - Paraguaçu | 2118 - Paraisópolis | 2119 - Paraopeba | 2120 - Passa Quatro


2121 - Passa Tempo | 2122 - Passabém | 2123 - Passa-Vinte | 2124 - Passos


2125 - Patis | 2126 - Patos de Minas | 2127 - Patrocínio | 2128 - Patrocínio do Muriaé


2129 - Paula Cândido | 2130 - Paulistas | 2131 - Pavão | 2132 - Peçanha


2133 - Pedra Azul | 2134 - Pedra Bonita | 2135 - Pedra do Anta | 2136 - Pedra do Indaiá


2137 - Pedra Dourada | 2138 - Pedralva | 2139 - Pedras de Maria da Cruz | 2140 - Pedrinópolis


2141 - Pedro Leopoldo | 2142 - Pedro Teixeira | 2143 - Pequeri | 2144 - Pequi


2145 - Perdigão | 2146 - Perdizes | 2147 - Perdões | 2148 - Periquito


2149 - Pescador | 2150 - Piau | 2151 - Piedade de Caratinga | 2152 - Piedade de Ponte Nova


2153 - Piedade do Rio Grande | 2154 - Piedade dos Gerais | 2155 - Pimenta | 2156 - Pingo-d`Água


2157 - Pintópolis | 2158 - Piracema | 2159 - Pirajuba | 2160 - Piranga


2161 - Piranguçu | 2162 - Piranguinho | 2163 - Pirapetinga | 2164 - Pirapora


2165 - Piraúba | 2166 - Pitangui | 2167 - Piumhi | 2168 - Planura


2169 - Poço Fundo | 2170 - Poços de Caldas | 2171 - Pocrane | 2172 - Pompéu


2173 - Ponte Nova | 2174 - Ponto Chique | 2175 - Ponto dos Volantes | 2176 - Porteirinha


2177 - Porto Firme | 2178 - Poté | 2179 - Pouso Alegre | 2180 - Pouso Alto


2181 - Prados | 2182 - Prata | 2183 - Pratápolis | 2184 - Pratinha


2185 - Presidente Bernardes | 2186 - Presidente Juscelino | 2187 - Presidente Kubitschek | 2188 - Presidente Olegário


2189 - Prudente de Morais | 2190 - Quartel Geral | 2191 - Queluzito | 2192 - Raposos


2193 - Raul Soares | 2194 - Recreio | 2195 - Reduto | 2196 - Resende Costa


2197 - Resplendor | 2198 - Ressaquinha | 2199 - Riachinho | 2200 - Riacho dos Machados


2201 - Ribeirão das Neves | 2202 - Ribeirão Vermelho | 2203 - Rio Acima | 2204 - Rio Casca


2205 - Rio do Prado | 2206 - Rio Doce | 2207 - Rio Espera | 2208 - Rio Manso


2209 - Rio Novo | 2210 - Rio Paranaíba | 2211 - Rio Pardo de Minas | 2212 - Rio Piracicaba


2213 - Rio Pomba | 2214 - Rio Preto | 2215 - Rio Vermelho | 2216 - Ritápolis


2217 - Rochedo de Minas | 2218 - Rodeiro | 2219 - Romaria | 2220 - Rosário da Limeira


2221 - Rubelita | 2222 - Rubim | 2223 - Sabará | 2224 - Sabinópolis


2225 - Sacramento | 2226 - Salinas | 2227 - Salto da Divisa | 2228 - Santa Bárbara


2229 - Santa Bárbara do Leste | 2230 - Santa Bárbara do Monte Verde | 2231 - Santa Bárbara do Tugúrio | 2232 - Santa Cruz de Minas


2233 - Santa Cruz de Salinas | 2234 - Santa Cruz do Escalvado | 2235 - Santa Efigênia de Minas | 2236 - Santa Fé de Minas


2237 - Santa Helena de Minas | 2238 - Santa Juliana | 2239 - Santa Luzia | 2240 - Santa Margarida


2241 - Santa Maria de Itabira | 2242 - Santa Maria do Salto | 2243 - Santa Maria do Suaçuí | 2244 - Santa Rita de Caldas


2245 - Santa Rita de Ibitipoca | 2246 - Santa Rita de Jacutinga | 2247 - Santa Rita de Minas | 2248 - Santa Rita do Itueto


2249 - Santa Rita do Sapucaí | 2250 - Santa Rosa da Serra | 2251 - Santa Vitória | 2252 - Santana da Vargem


2253 - Santana de Cataguases | 2254 - Santana de Pirapama | 2255 - Santana do Deserto | 2256 - Santana do Garambéu


2257 - Santana do Jacaré | 2258 - Santana do Manhuaçu | 2259 - Santana do Paraíso | 2260 - Santana do Riacho


2261 - Santana dos Montes | 2262 - Santo Antônio do Amparo | 2263 - Santo Antônio do Aventureiro | 2264 - Santo Antônio do Grama


2265 - Santo Antônio do Itambé | 2266 - Santo Antônio do Jacinto | 2267 - Santo Antônio do Monte | 2268 - Santo Antônio do Retiro


2269 - Santo Antônio do Rio Abaixo | 2270 - Santo Hipólito | 2271 - Santos Dumont | 2272 - São Bento Abade


2273 - São Brás do Suaçuí | 2274 - São Domingos das Dores | 2275 - São Domingos do Prata | 2276 - São Félix de Minas


2277 - São Francisco | 2278 - São Francisco de Paula | 2279 - São Francisco de Sales | 2280 - São Francisco do Glória


2281 - São Geraldo | 2282 - São Geraldo da Piedade | 2283 - São Geraldo do Baixio | 2284 - São Gonçalo do Abaeté


2285 - São Gonçalo do Pará | 2286 - São Gonçalo do Rio Abaixo | 2287 - São Gonçalo do Rio Preto | 2288 - São Gonçalo do Sapucaí


2289 - São Gotardo | 2290 - São João Batista do Glória | 2291 - São João da Lagoa | 2292 - São João da Mata


2293 - São João da Ponte | 2294 - São João das Missões | 2295 - São João del Rei | 2296 - São João do Manhuaçu


2297 - São João do Manteninha | 2298 - São João do Oriente | 2299 - São João do Pacuí | 2300 - São João do Paraíso


2301 - São João Evangelista | 2302 - São João Nepomuceno | 2303 - São Joaquim de Bicas | 2304 - São José da Barra


2305 - São José da Lapa | 2306 - São José da Safira | 2307 - São José da Varginha | 2308 - São José do Alegre


2309 - São José do Divino | 2310 - São José do Goiabal | 2311 - São José do Jacuri | 2312 - São José do Mantimento


2313 - São Lourenço | 2314 - São Miguel do Anta | 2315 - São Pedro da União | 2316 - São Pedro do Suaçuí


2317 - São Pedro dos Ferros | 2318 - São Romão | 2319 - São Roque de Minas | 2320 - São Sebastião da Bela Vista


2321 - São Sebastião da Vargem Alegre | 2322 - São Sebastião do Anta | 2323 - São Sebastião do Maranhão | 2324 - São Sebastião do Oeste


2325 - São Sebastião do Paraíso | 2326 - São Sebastião do Rio Preto | 2327 - São Sebastião do Rio Verde | 2328 - São Thomé das Letras


2329 - São Tiago | 2330 - São Tomás de Aquino | 2331 - São Vicente de Minas | 2332 - Sapucaí-Mirim


2333 - Sardoá | 2334 - Sarzedo | 2335 - Sem-Peixe | 2336 - Senador Amaral


2337 - Senador Cortes | 2338 - Senador Firmino | 2339 - Senador José Bento | 2340 - Senador Modestino Gonçalves


2341 - Senhora de Oliveira | 2342 - Senhora do Porto | 2343 - Senhora dos Remédios | 2344 - Sericita


2345 - Seritinga | 2346 - Serra Azul de Minas | 2347 - Serra da Saudade | 2348 - Serra do Salitre


2349 - Serra dos Aimorés | 2350 - Serrania | 2351 - Serranópolis de Minas | 2352 - Serranos


2353 - Serro | 2354 - Sete Lagoas | 2355 - Setubinha | 2356 - Silveirânia


2357 - Silvianópolis | 2358 - Simão Pereira | 2359 - Simonésia | 2360 - Sobrália


2361 - Soledade de Minas | 2362 - Tabuleiro | 2363 - Taiobeiras | 2364 - Taparuba


2365 - Tapira | 2366 - Tapiraí | 2367 - Taquaraçu de Minas | 2368 - Tarumirim


2369 - Teixeiras | 2370 - Teófilo Otoni | 2371 - Timóteo | 2372 - Tiradentes


2373 - Tiros | 2374 - Tocantins | 2375 - Tocos do Moji | 2376 - Toledo


2377 - Tombos | 2378 - Três Corações | 2379 - Três Marias | 2380 - Três Pontas


2381 - Tumiritinga | 2382 - Tupaciguara | 2383 - Turmalina | 2384 - Turvolândia


2385 - Ubá | 2386 - Ubaí | 2387 - Ubaporanga | 2388 - Uberaba


2389 - Uberlândia | 2390 - Umburatiba | 2391 - Unaí | 2392 - União de Minas


2393 - Uruana de Minas | 2394 - Urucânia | 2395 - Urucuia | 2396 - Vargem Alegre


2397 - Vargem Bonita | 2398 - Vargem Grande do Rio Pardo | 2399 - Varginha | 2400 - Varjão de Minas


2401 - Várzea da Palma | 2402 - Varzelândia | 2403 - Vazante | 2404 - Verdelândia


2405 - Veredinha | 2406 - Veríssimo | 2407 - Vermelho Novo | 2408 - Vespasiano


2409 - Viçosa | 2410 - Vieiras | 2411 - Virgem da Lapa | 2412 - Virgínia


2413 - Virginópolis | 2414 - Virgolândia | 2415 - Visconde do Rio Branco | 2416 - Volta Grande


2417 - Wenceslau Braz | 2418 - Abaetetuba | 2419 - Abel Figueiredo | 2420 - Acará


2421 - Afuá | 2422 - Água Azul do Norte | 2423 - Alenquer | 2424 - Almeirim


2425 - Altamira | 2426 - Anajás | 2427 - Ananindeua | 2428 - Anapu


2429 - Augusto Corrêa | 2430 - Aurora do Pará | 2431 - Aveiro | 2432 - Bagre


2433 - Baião | 2434 - Bannach | 2435 - Barcarena | 2436 - Belém


2437 - Belterra | 2438 - Benevides | 2439 - Bom Jesus do Tocantins | 2440 - Bonito


2441 - Bragança | 2442 - Brasil Novo | 2443 - Brejo Grande do Araguaia | 2444 - Breu Branco


2445 - Breves | 2446 - Bujaru | 2447 - Cachoeira do Arari | 2448 - Cachoeira do Piriá


2449 - Cametá | 2450 - Canaã dos Carajás | 2451 - Capanema | 2452 - Capitão Poço


2453 - Castanhal | 2454 - Chaves | 2455 - Colares | 2456 - Conceição do Araguaia


2457 - Concórdia do Pará | 2458 - Cumaru do Norte | 2459 - Curionópolis | 2460 - Curralinho


2461 - Curuá | 2462 - Curuçá | 2463 - Dom Eliseu | 2464 - Eldorado dos Carajás


2465 - Faro | 2466 - Floresta do Araguaia | 2467 - Garrafão do Norte | 2468 - Goianésia do Pará


2469 - Gurupá | 2470 - Igarapé-Açu | 2471 - Igarapé-Miri | 2472 - Inhangapi


2473 - Ipixuna do Pará | 2474 - Irituia | 2475 - Itaituba | 2476 - Itupiranga


2477 - Jacareacanga | 2478 - Jacundá | 2479 - Juruti | 2480 - Limoeiro do Ajuru


2481 - Mãe do Rio | 2482 - Magalhães Barata | 2483 - Marabá | 2484 - Maracanã


2485 - Marapanim | 2486 - Marituba | 2487 - Medicilândia | 2488 - Melgaço


2489 - Mocajuba | 2490 - Moju | 2491 - Monte Alegre | 2492 - Muaná


2493 - Nova Esperança do Piriá | 2494 - Nova Ipixuna | 2495 - Nova Timboteua | 2496 - Novo Progresso


2497 - Novo Repartimento | 2498 - Óbidos | 2499 - Oeiras do Pará | 2500 - Oriximiná


2501 - Ourém | 2502 - Ourilândia do Norte | 2503 - Pacajá | 2504 - Palestina do Pará


2505 - Paragominas | 2506 - Parauapebas | 2507 - Pau d`Arco | 2508 - Peixe-Boi


2509 - Piçarra | 2510 - Placas | 2511 - Ponta de Pedras | 2512 - Portel


2513 - Porto de Moz | 2514 - Prainha | 2515 - Primavera | 2516 - Quatipuru


2517 - Redenção | 2518 - Rio Maria | 2519 - Rondon do Pará | 2520 - Rurópolis


2521 - Salinópolis | 2522 - Salvaterra | 2523 - Santa Bárbara do Pará | 2524 - Santa Cruz do Arari


2525 - Santa Isabel do Pará | 2526 - Santa Luzia do Pará | 2527 - Santa Maria das Barreiras | 2528 - Santa Maria do Pará


2529 - Santana do Araguaia | 2530 - Santarém | 2531 - Santarém Novo | 2532 - Santo Antônio do Tauá


2533 - São Caetano de Odivelas | 2534 - São Domingos do Araguaia | 2535 - São Domingos do Capim | 2536 - São Félix do Xingu


2537 - São Francisco do Pará | 2538 - São Geraldo do Araguaia | 2539 - São João da Ponta | 2540 - São João de Pirabas


2541 - São João do Araguaia | 2542 - São Miguel do Guamá | 2543 - São Sebastião da Boa Vista | 2544 - Sapucaia


2545 - Senador José Porfírio | 2546 - Soure | 2547 - Tailândia | 2548 - Terra Alta


2549 - Terra Santa | 2550 - Tomé-Açu | 2551 - Tracuateua | 2552 - Trairão


2553 - Tucumã | 2554 - Tucuruí | 2555 - Ulianópolis | 2556 - Uruará


2557 - Vigia | 2558 - Viseu | 2559 - Vitória do Xingu | 2560 - Xinguara


2561 - Água Branca | 2562 - Aguiar | 2563 - Alagoa Grande | 2564 - Alagoa Nova


2565 - Alagoinha | 2566 - Alcantil | 2567 - Algodão de Jandaíra | 2568 - Alhandra


2569 - Amparo | 2570 - Aparecida | 2571 - Araçagi | 2572 - Arara


2573 - Araruna | 2574 - Areia | 2575 - Areia de Baraúnas | 2576 - Areial


2577 - Aroeiras | 2578 - Assunção | 2579 - Baía da Traição | 2580 - Bananeiras


2581 - Baraúna | 2582 - Barra de Santa Rosa | 2583 - Barra de Santana | 2584 - Barra de São Miguel


2585 - Bayeux | 2586 - Belém | 2587 - Belém do Brejo do Cruz | 2588 - Bernardino Batista


2589 - Boa Ventura | 2590 - Boa Vista | 2591 - Bom Jesus | 2592 - Bom Sucesso


2593 - Bonito de Santa Fé | 2594 - Boqueirão | 2595 - Borborema | 2596 - Brejo do Cruz


2597 - Brejo dos Santos | 2598 - Caaporã | 2599 - Cabaceiras | 2600 - Cabedelo


2601 - Cachoeira dos Índios | 2602 - Cacimba de Areia | 2603 - Cacimba de Dentro | 2604 - Cacimbas


2605 - Caiçara | 2606 - Cajazeiras | 2607 - Cajazeirinhas | 2608 - Caldas Brandão


2609 - Camalaú | 2610 - Campina Grande | 2611 - Campo de Santana | 2612 - Capim


2613 - Caraúbas | 2614 - Carrapateira | 2615 - Casserengue | 2616 - Catingueira


2617 - Catolé do Rocha | 2618 - Caturité | 2619 - Conceição | 2620 - Condado


2621 - Conde | 2622 - Congo | 2623 - Coremas | 2624 - Coxixola


2625 - Cruz do Espírito Santo | 2626 - Cubati | 2627 - Cuité | 2628 - Cuité de Mamanguape


2629 - Cuitegi | 2630 - Curral de Cima | 2631 - Curral Velho | 2632 - Damião


2633 - Desterro | 2634 - Diamante | 2635 - Dona Inês | 2636 - Duas Estradas


2637 - Emas | 2638 - Esperança | 2639 - Fagundes | 2640 - Frei Martinho


2641 - Gado Bravo | 2642 - Guarabira | 2643 - Gurinhém | 2644 - Gurjão


2645 - Ibiara | 2646 - Igaracy | 2647 - Imaculada | 2648 - Ingá


2649 - Itabaiana | 2650 - Itaporanga | 2651 - Itapororoca | 2652 - Itatuba


2653 - Jacaraú | 2654 - Jericó | 2655 - João Pessoa | 2656 - Juarez Távora


2657 - Juazeirinho | 2658 - Junco do Seridó | 2659 - Juripiranga | 2660 - Juru


2661 - Lagoa | 2662 - Lagoa de Dentro | 2663 - Lagoa Seca | 2664 - Lastro


2665 - Livramento | 2666 - Logradouro | 2667 - Lucena | 2668 - Mãe d`Água


2669 - Malta | 2670 - Mamanguape | 2671 - Manaíra | 2672 - Marcação


2673 - Mari | 2674 - Marizópolis | 2675 - Massaranduba | 2676 - Mataraca


2677 - Matinhas | 2678 - Mato Grosso | 2679 - Maturéia | 2680 - Mogeiro


2681 - Montadas | 2682 - Monte Horebe | 2683 - Monteiro | 2684 - Mulungu


2685 - Natuba | 2686 - Nazarezinho | 2687 - Nova Floresta | 2688 - Nova Olinda


2689 - Nova Palmeira | 2690 - Olho d`Água | 2691 - Olivedos | 2692 - Ouro Velho


2693 - Parari | 2694 - Passagem | 2695 - Patos | 2696 - Paulista


2697 - Pedra Branca | 2698 - Pedra Lavrada | 2699 - Pedras de Fogo | 2700 - Pedro Régis


2701 - Piancó | 2702 - Picuí | 2703 - Pilar | 2704 - Pilões


2705 - Pilõezinhos | 2706 - Pirpirituba | 2707 - Pitimbu | 2708 - Pocinhos


2709 - Poço Dantas | 2710 - Poço de José de Moura | 2711 - Pombal | 2712 - Prata


2713 - Princesa Isabel | 2714 - Puxinanã | 2715 - Queimadas | 2716 - Quixabá


2717 - Remígio | 2718 - Riachão | 2719 - Riachão do Bacamarte | 2720 - Riachão do Poço


2721 - Riacho de Santo Antônio | 2722 - Riacho dos Cavalos | 2723 - Rio Tinto | 2724 - Salgadinho


2725 - Salgado de São Félix | 2726 - Santa Cecília | 2727 - Santa Cruz | 2728 - Santa Helena


2729 - Santa Inês | 2730 - Santa Luzia | 2731 - Santa Rita | 2732 - Santa Teresinha


2733 - Santana de Mangueira | 2734 - Santana dos Garrotes | 2735 - Santarém | 2736 - Santo André


2737 - São Bentinho | 2738 - São Bento | 2739 - São Domingos de Pombal | 2740 - São Domingos do Cariri


2741 - São Francisco | 2742 - São João do Cariri | 2743 - São João do Rio do Peixe | 2744 - São João do Tigre


2745 - São José da Lagoa Tapada | 2746 - São José de Caiana | 2747 - São José de Espinharas | 2748 - São José de Piranhas


2749 - São José de Princesa | 2750 - São José do Bonfim | 2751 - São José do Brejo do Cruz | 2752 - São José do Sabugi


2753 - São José dos Cordeiros | 2754 - São José dos Ramos | 2755 - São Mamede | 2756 - São Miguel de Taipu


2757 - São Sebastião de Lagoa de Roça | 2758 - São Sebastião do Umbuzeiro | 2759 - Sapé | 2760 - Seridó


2761 - Serra Branca | 2762 - Serra da Raiz | 2763 - Serra Grande | 2764 - Serra Redonda


2765 - Serraria | 2766 - Sertãozinho | 2767 - Sobrado | 2768 - Solânea


2769 - Soledade | 2770 - Sossêgo | 2771 - Sousa | 2772 - Sumé


2773 - Taperoá | 2774 - Tavares | 2775 - Teixeira | 2776 - Tenório


2777 - Triunfo | 2778 - Uiraúna | 2779 - Umbuzeiro | 2780 - Várzea


2781 - Vieirópolis | 2782 - Vista Serrana | 2783 - Zabelê | 2784 - Abatiá


2785 - Adrianópolis | 2786 - Agudos do Sul | 2787 - Almirante Tamandaré | 2788 - Altamira do Paraná


2789 - Alto Paraíso | 2790 - Alto Paraná | 2791 - Alto Piquiri | 2792 - Altônia


2793 - Alvorada do Sul | 2794 - Amaporã | 2795 - Ampére | 2796 - Anahy


2797 - Andirá | 2798 - Ângulo | 2799 - Antonina | 2800 - Antônio Olinto


2801 - Apucarana | 2802 - Arapongas | 2803 - Arapoti | 2804 - Arapuã


2805 - Araruna | 2806 - Araucária | 2807 - Ariranha do Ivaí | 2808 - Assaí


2809 - Assis Chateaubriand | 2810 - Astorga | 2811 - Atalaia | 2812 - Balsa Nova


2813 - Bandeirantes | 2814 - Barbosa Ferraz | 2815 - Barra do Jacaré | 2816 - Barracão


2817 - Bela Vista da Caroba | 2818 - Bela Vista do Paraíso | 2819 - Bituruna | 2820 - Boa Esperança


2821 - Boa Esperança do Iguaçu | 2822 - Boa Ventura de São Roque | 2823 - Boa Vista da Aparecida | 2824 - Bocaiúva do Sul


2825 - Bom Jesus do Sul | 2826 - Bom Sucesso | 2827 - Bom Sucesso do Sul | 2828 - Borrazópolis


2829 - Braganey | 2830 - Brasilândia do Sul | 2831 - Cafeara | 2832 - Cafelândia


2833 - Cafezal do Sul | 2834 - Califórnia | 2835 - Cambará | 2836 - Cambé


2837 - Cambira | 2838 - Campina da Lagoa | 2839 - Campina do Simão | 2840 - Campina Grande do Sul


2841 - Campo Bonito | 2842 - Campo do Tenente | 2843 - Campo Largo | 2844 - Campo Magro


2845 - Campo Mourão | 2846 - Cândido de Abreu | 2847 - Candói | 2848 - Cantagalo


2849 - Capanema | 2850 - Capitão Leônidas Marques | 2851 - Carambeí | 2852 - Carlópolis


2853 - Cascavel | 2854 - Castro | 2855 - Catanduvas | 2856 - Centenário do Sul


2857 - Cerro Azul | 2858 - Céu Azul | 2859 - Chopinzinho | 2860 - Cianorte


2861 - Cidade Gaúcha | 2862 - Clevelândia | 2863 - Colombo | 2864 - Colorado


2865 - Congonhinhas | 2866 - Conselheiro Mairinck | 2867 - Contenda | 2868 - Corbélia


2869 - Cornélio Procópio | 2870 - Coronel Domingos Soares | 2871 - Coronel Vivida | 2872 - Corumbataí do Sul


2873 - Cruz Machado | 2874 - Cruzeiro do Iguaçu | 2875 - Cruzeiro do Oeste | 2876 - Cruzeiro do Sul


2877 - Cruzmaltina | 2878 - Curitiba | 2879 - Curiúva | 2880 - Diamante d`Oeste


2881 - Diamante do Norte | 2882 - Diamante do Sul | 2883 - Dois Vizinhos | 2884 - Douradina


2885 - Doutor Camargo | 2886 - Doutor Ulysses | 2887 - Enéas Marques | 2888 - Engenheiro Beltrão


2889 - Entre Rios do Oeste | 2890 - Esperança Nova | 2891 - Espigão Alto do Iguaçu | 2892 - Farol


2893 - Faxinal | 2894 - Fazenda Rio Grande | 2895 - Fênix | 2896 - Fernandes Pinheiro


2897 - Figueira | 2898 - Flor da Serra do Sul | 2899 - Floraí | 2900 - Floresta


2901 - Florestópolis | 2902 - Flórida | 2903 - Formosa do Oeste | 2904 - Foz do Iguaçu


2905 - Foz do Jordão | 2906 - Francisco Alves | 2907 - Francisco Beltrão | 2908 - General Carneiro


2909 - Godoy Moreira | 2910 - Goioerê | 2911 - Goioxim | 2912 - Grandes Rios


2913 - Guaíra | 2914 - Guairaçá | 2915 - Guamiranga | 2916 - Guapirama


2917 - Guaporema | 2918 - Guaraci | 2919 - Guaraniaçu | 2920 - Guarapuava


2921 - Guaraqueçaba | 2922 - Guaratuba | 2923 - Honório Serpa | 2924 - Ibaiti


2925 - Ibema | 2926 - Ibiporã | 2927 - Icaraíma | 2928 - Iguaraçu


2929 - Iguatu | 2930 - Imbaú | 2931 - Imbituva | 2932 - Inácio Martins


2933 - Inajá | 2934 - Indianópolis | 2935 - Ipiranga | 2936 - Iporã


2937 - Iracema do Oeste | 2938 - Irati | 2939 - Iretama | 2940 - Itaguajé


2941 - Itaipulândia | 2942 - Itambaracá | 2943 - Itambé | 2944 - Itapejara d`Oeste


2945 - Itaperuçu | 2946 - Itaúna do Sul | 2947 - Ivaí | 2948 - Ivaiporã


2949 - Ivaté | 2950 - Ivatuba | 2951 - Jaboti | 2952 - Jacarezinho


2953 - Jaguapitã | 2954 - Jaguariaíva | 2955 - Jandaia do Sul | 2956 - Janiópolis


2957 - Japira | 2958 - Japurá | 2959 - Jardim Alegre | 2960 - Jardim Olinda


2961 - Jataizinho | 2962 - Jesuítas | 2963 - Joaquim Távora | 2964 - Jundiaí do Sul


2965 - Juranda | 2966 - Jussara | 2967 - Kaloré | 2968 - Lapa


2969 - Laranjal | 2970 - Laranjeiras do Sul | 2971 - Leópolis | 2972 - Lidianópolis


2973 - Lindoeste | 2974 - Loanda | 2975 - Lobato | 2976 - Londrina


2977 - Luiziana | 2978 - Lunardelli | 2979 - Lupionópolis | 2980 - Mallet


2981 - Mamborê | 2982 - Mandaguaçu | 2983 - Mandaguari | 2984 - Mandirituba


2985 - Manfrinópolis | 2986 - Mangueirinha | 2987 - Manoel Ribas | 2988 - Marechal Cândido Rondon


2989 - Maria Helena | 2990 - Marialva | 2991 - Marilândia do Sul | 2992 - Marilena


2993 - Mariluz | 2994 - Maringá | 2995 - Mariópolis | 2996 - Maripá


2997 - Marmeleiro | 2998 - Marquinho | 2999 - Marumbi | 3000 - Matelândia


3001 - Matinhos | 3002 - Mato Rico | 3003 - Mauá da Serra | 3004 - Medianeira


3005 - Mercedes | 3006 - Mirador | 3007 - Miraselva | 3008 - Missal


3009 - Moreira Sales | 3010 - Morretes | 3011 - Munhoz de Melo | 3012 - Nossa Senhora das Graças


3013 - Nova Aliança do Ivaí | 3014 - Nova América da Colina | 3015 - Nova Aurora | 3016 - Nova Cantu


3017 - Nova Esperança | 3018 - Nova Esperança do Sudoeste | 3019 - Nova Fátima | 3020 - Nova Laranjeiras


3021 - Nova Londrina | 3022 - Nova Olímpia | 3023 - Nova Prata do Iguaçu | 3024 - Nova Santa Bárbara


3025 - Nova Santa Rosa | 3026 - Nova Tebas | 3027 - Novo Itacolomi | 3028 - Ortigueira


3029 - Ourizona | 3030 - Ouro Verde do Oeste | 3031 - Paiçandu | 3032 - Palmas


3033 - Palmeira | 3034 - Palmital | 3035 - Palotina | 3036 - Paraíso do Norte


3037 - Paranacity | 3038 - Paranaguá | 3039 - Paranapoema | 3040 - Paranavaí


3041 - Pato Bragado | 3042 - Pato Branco | 3043 - Paula Freitas | 3044 - Paulo Frontin


3045 - Peabiru | 3046 - Perobal | 3047 - Pérola | 3048 - Pérola d`Oeste


3049 - Piên | 3050 - Pinhais | 3051 - Pinhal de São Bento | 3052 - Pinhalão


3053 - Pinhão | 3054 - Piraí do Sul | 3055 - Piraquara | 3056 - Pitanga


3057 - Pitangueiras | 3058 - Planaltina do Paraná | 3059 - Planalto | 3060 - Ponta Grossa


3061 - Pontal do Paraná | 3062 - Porecatu | 3063 - Porto Amazonas | 3064 - Porto Barreiro


3065 - Porto Rico | 3066 - Porto Vitória | 3067 - Prado Ferreira | 3068 - Pranchita


3069 - Presidente Castelo Branco | 3070 - Primeiro de Maio | 3071 - Prudentópolis | 3072 - Quarto Centenário


3073 - Quatiguá | 3074 - Quatro Barras | 3075 - Quatro Pontes | 3076 - Quedas do Iguaçu


3077 - Querência do Norte | 3078 - Quinta do Sol | 3079 - Quitandinha | 3080 - Ramilândia


3081 - Rancho Alegre | 3082 - Rancho Alegre d`Oeste | 3083 - Realeza | 3084 - Rebouças


3085 - Renascença | 3086 - Reserva | 3087 - Reserva do Iguaçu | 3088 - Ribeirão Claro


3089 - Ribeirão do Pinhal | 3090 - Rio Azul | 3091 - Rio Bom | 3092 - Rio Bonito do Iguaçu


3093 - Rio Branco do Ivaí | 3094 - Rio Branco do Sul | 3095 - Rio Negro | 3096 - Rolândia


3097 - Roncador | 3098 - Rondon | 3099 - Rosário do Ivaí | 3100 - Sabáudia


3101 - Salgado Filho | 3102 - Salto do Itararé | 3103 - Salto do Lontra | 3104 - Santa Amélia


3105 - Santa Cecília do Pavão | 3106 - Santa Cruz de Monte Castelo | 3107 - Santa Fé | 3108 - Santa Helena


3109 - Santa Inês | 3110 - Santa Isabel do Ivaí | 3111 - Santa Izabel do Oeste | 3112 - Santa Lúcia


3113 - Santa Maria do Oeste | 3114 - Santa Mariana | 3115 - Santa Mônica | 3116 - Santa Tereza do Oeste


3117 - Santa Terezinha de Itaipu | 3118 - Santana do Itararé | 3119 - Santo Antônio da Platina | 3120 - Santo Antônio do Caiuá


3121 - Santo Antônio do Paraíso | 3122 - Santo Antônio do Sudoeste | 3123 - Santo Inácio | 3124 - São Carlos do Ivaí


3125 - São Jerônimo da Serra | 3126 - São João | 3127 - São João do Caiuá | 3128 - São João do Ivaí


3129 - São João do Triunfo | 3130 - São Jorge d`Oeste | 3131 - São Jorge do Ivaí | 3132 - São Jorge do Patrocínio


3133 - São José da Boa Vista | 3134 - São José das Palmeiras | 3135 - São José dos Pinhais | 3136 - São Manoel do Paraná


3137 - São Mateus do Sul | 3138 - São Miguel do Iguaçu | 3139 - São Pedro do Iguaçu | 3140 - São Pedro do Ivaí


3141 - São Pedro do Paraná | 3142 - São Sebastião da Amoreira | 3143 - São Tomé | 3144 - Sapopema


3145 - Sarandi | 3146 - Saudade do Iguaçu | 3147 - Sengés | 3148 - Serranópolis do Iguaçu


3149 - Sertaneja | 3150 - Sertanópolis | 3151 - Siqueira Campos | 3152 - Sulina


3153 - Tamarana | 3154 - Tamboara | 3155 - Tapejara | 3156 - Tapira


3157 - Teixeira Soares | 3158 - Telêmaco Borba | 3159 - Terra Boa | 3160 - Terra Rica


3161 - Terra Roxa | 3162 - Tibagi | 3163 - Tijucas do Sul | 3164 - Toledo


3165 - Tomazina | 3166 - Três Barras do Paraná | 3167 - Tunas do Paraná | 3168 - Tuneiras do Oeste


3169 - Tupãssi | 3170 - Turvo | 3171 - Ubiratã | 3172 - Umuarama


3173 - União da Vitória | 3174 - Uniflor | 3175 - Uraí | 3176 - Ventania


3177 - Vera Cruz do Oeste | 3178 - Verê | 3179 - Virmond | 3180 - Vitorino


3181 - Wenceslau Braz | 3182 - Xambrê | 3183 - Abreu e Lima | 3184 - Afogados da Ingazeira


3185 - Afrânio | 3186 - Agrestina | 3187 - Água Preta | 3188 - Águas Belas


3189 - Alagoinha | 3190 - Aliança | 3191 - Altinho | 3192 - Amaraji


3193 - Angelim | 3194 - Araçoiaba | 3195 - Araripina | 3196 - Arcoverde


3197 - Barra de Guabiraba | 3198 - Barreiros | 3199 - Belém de Maria | 3200 - Belém de São Francisco


3201 - Belo Jardim | 3202 - Betânia | 3203 - Bezerros | 3204 - Bodocó


3205 - Bom Conselho | 3206 - Bom Jardim | 3207 - Bonito | 3208 - Brejão


3209 - Brejinho | 3210 - Brejo da Madre de Deus | 3211 - Buenos Aires | 3212 - Buíque


3213 - Cabo de Santo Agostinho | 3214 - Cabrobó | 3215 - Cachoeirinha | 3216 - Caetés


3217 - Calçado | 3218 - Calumbi | 3219 - Camaragibe | 3220 - Camocim de São Félix


3221 - Camutanga | 3222 - Canhotinho | 3223 - Capoeiras | 3224 - Carnaíba


3225 - Carnaubeira da Penha | 3226 - Carpina | 3227 - Caruaru | 3228 - Casinhas


3229 - Catende | 3230 - Cedro | 3231 - Chã de Alegria | 3232 - Chã Grande


3233 - Condado | 3234 - Correntes | 3235 - Cortês | 3236 - Cumaru


3237 - Cupira | 3238 - Custódia | 3239 - Dormentes | 3240 - Escada


3241 - Exu | 3242 - Feira Nova | 3243 - Fernando de Noronha | 3244 - Ferreiros


3245 - Flores | 3246 - Floresta | 3247 - Frei Miguelinho | 3248 - Gameleira


3249 - Garanhuns | 3250 - Glória do Goitá | 3251 - Goiana | 3252 - Granito


3253 - Gravatá | 3254 - Iati | 3255 - Ibimirim | 3256 - Ibirajuba


3257 - Igarassu | 3258 - Iguaraci | 3259 - Ilha de Itamaracá | 3260 - Inajá


3261 - Ingazeira | 3262 - Ipojuca | 3263 - Ipubi | 3264 - Itacuruba


3265 - Itaíba | 3266 - Itambé | 3267 - Itapetim | 3268 - Itapissuma


3269 - Itaquitinga | 3270 - Jaboatão dos Guararapes | 3271 - Jaqueira | 3272 - Jataúba


3273 - Jatobá | 3274 - João Alfredo | 3275 - Joaquim Nabuco | 3276 - Jucati


3277 - Jupi | 3278 - Jurema | 3279 - Lagoa do Carro | 3280 - Lagoa do Itaenga


3281 - Lagoa do Ouro | 3282 - Lagoa dos Gatos | 3283 - Lagoa Grande | 3284 - Lajedo


3285 - Limoeiro | 3286 - Macaparana | 3287 - Machados | 3288 - Manari


3289 - Maraial | 3290 - Mirandiba | 3291 - Moreilândia | 3292 - Moreno


3293 - Nazaré da Mata | 3294 - Olinda | 3295 - Orobó | 3296 - Orocó


3297 - Ouricuri | 3298 - Palmares | 3299 - Palmeirina | 3300 - Panelas


3301 - Paranatama | 3302 - Parnamirim | 3303 - Passira | 3304 - Paudalho


3305 - Paulista | 3306 - Pedra | 3307 - Pesqueira | 3308 - Petrolândia


3309 - Petrolina | 3310 - Poção | 3311 - Pombos | 3312 - Primavera


3313 - Quipapá | 3314 - Quixaba | 3315 - Recife | 3316 - Riacho das Almas


3317 - Ribeirão | 3318 - Rio Formoso | 3319 - Sairé | 3320 - Salgadinho


3321 - Salgueiro | 3322 - Saloá | 3323 - Sanharó | 3324 - Santa Cruz


3325 - Santa Cruz da Baixa Verde | 3326 - Santa Cruz do Capibaribe | 3327 - Santa Filomena | 3328 - Santa Maria da Boa Vista


3329 - Santa Maria do Cambucá | 3330 - Santa Terezinha | 3331 - São Benedito do Sul | 3332 - São Bento do Una


3333 - São Caitano | 3334 - São João | 3335 - São Joaquim do Monte | 3336 - São José da Coroa Grande


3337 - São José do Belmonte | 3338 - São José do Egito | 3339 - São Lourenço da Mata | 3340 - São Vicente Ferrer


3341 - Serra Talhada | 3342 - Serrita | 3343 - Sertânia | 3344 - Sirinhaém


3345 - Solidão | 3346 - Surubim | 3347 - Tabira | 3348 - Tacaimbó


3349 - Tacaratu | 3350 - Tamandaré | 3351 - Taquaritinga do Norte | 3352 - Terezinha


3353 - Terra Nova | 3354 - Timbaúba | 3355 - Toritama | 3356 - Tracunhaém


3357 - Trindade | 3358 - Triunfo | 3359 - Tupanatinga | 3360 - Tuparetama


3361 - Venturosa | 3362 - Verdejante | 3363 - Vertente do Lério | 3364 - Vertentes


3365 - Vicência | 3366 - Vitória de Santo Antão | 3367 - Xexéu | 3368 - Acauã


3369 - Agricolândia | 3370 - Água Branca | 3371 - Alagoinha do Piauí | 3372 - Alegrete do Piauí


3373 - Alto Longá | 3374 - Altos | 3375 - Alvorada do Gurguéia | 3376 - Amarante


3377 - Angical do Piauí | 3378 - Anísio de Abreu | 3379 - Antônio Almeida | 3380 - Aroazes


3381 - Aroeiras do Itaim | 3382 - Arraial | 3383 - Assunção do Piauí | 3384 - Avelino Lopes


3385 - Baixa Grande do Ribeiro | 3386 - Barra d`Alcântara | 3387 - Barras | 3388 - Barreiras do Piauí


3389 - Barro Duro | 3390 - Batalha | 3391 - Bela Vista do Piauí | 3392 - Belém do Piauí


3393 - Beneditinos | 3394 - Bertolínia | 3395 - Betânia do Piauí | 3396 - Boa Hora


3397 - Bocaina | 3398 - Bom Jesus | 3399 - Bom Princípio do Piauí | 3400 - Bonfim do Piauí


3401 - Boqueirão do Piauí | 3402 - Brasileira | 3403 - Brejo do Piauí | 3404 - Buriti dos Lopes


3405 - Buriti dos Montes | 3406 - Cabeceiras do Piauí | 3407 - Cajazeiras do Piauí | 3408 - Cajueiro da Praia


3409 - Caldeirão Grande do Piauí | 3410 - Campinas do Piauí | 3411 - Campo Alegre do Fidalgo | 3412 - Campo Grande do Piauí


3413 - Campo Largo do Piauí | 3414 - Campo Maior | 3415 - Canavieira | 3416 - Canto do Buriti


3417 - Capitão de Campos | 3418 - Capitão Gervásio Oliveira | 3419 - Caracol | 3420 - Caraúbas do Piauí


3421 - Caridade do Piauí | 3422 - Castelo do Piauí | 3423 - Caxingó | 3424 - Cocal


3425 - Cocal de Telha | 3426 - Cocal dos Alves | 3427 - Coivaras | 3428 - Colônia do Gurguéia


3429 - Colônia do Piauí | 3430 - Conceição do Canindé | 3431 - Coronel José Dias | 3432 - Corrente


3433 - Cristalândia do Piauí | 3434 - Cristino Castro | 3435 - Curimatá | 3436 - Currais


3437 - Curral Novo do Piauí | 3438 - Curralinhos | 3439 - Demerval Lobão | 3440 - Dirceu Arcoverde


3441 - Dom Expedito Lopes | 3442 - Dom Inocêncio | 3443 - Domingos Mourão | 3444 - Elesbão Veloso


3445 - Eliseu Martins | 3446 - Esperantina | 3447 - Fartura do Piauí | 3448 - Flores do Piauí


3449 - Floresta do Piauí | 3450 - Floriano | 3451 - Francinópolis | 3452 - Francisco Ayres


3453 - Francisco Macedo | 3454 - Francisco Santos | 3455 - Fronteiras | 3456 - Geminiano


3457 - Gilbués | 3458 - Guadalupe | 3459 - Guaribas | 3460 - Hugo Napoleão


3461 - Ilha Grande | 3462 - Inhuma | 3463 - Ipiranga do Piauí | 3464 - Isaías Coelho


3465 - Itainópolis | 3466 - Itaueira | 3467 - Jacobina do Piauí | 3468 - Jaicós


3469 - Jardim do Mulato | 3470 - Jatobá do Piauí | 3471 - Jerumenha | 3472 - João Costa


3473 - Joaquim Pires | 3474 - Joca Marques | 3475 - José de Freitas | 3476 - Juazeiro do Piauí


3477 - Júlio Borges | 3478 - Jurema | 3479 - Lagoa Alegre | 3480 - Lagoa de São Francisco


3481 - Lagoa do Barro do Piauí | 3482 - Lagoa do Piauí | 3483 - Lagoa do Sítio | 3484 - Lagoinha do Piauí


3485 - Landri Sales | 3486 - Luís Correia | 3487 - Luzilândia | 3488 - Madeiro


3489 - Manoel Emídio | 3490 - Marcolândia | 3491 - Marcos Parente | 3492 - Massapê do Piauí


3493 - Matias Olímpio | 3494 - Miguel Alves | 3495 - Miguel Leão | 3496 - Milton Brandão


3497 - Monsenhor Gil | 3498 - Monsenhor Hipólito | 3499 - Monte Alegre do Piauí | 3500 - Morro Cabeça no Tempo


3501 - Morro do Chapéu do Piauí | 3502 - Murici dos Portelas | 3503 - Nazaré do Piauí | 3504 - Nossa Senhora de Nazaré


3505 - Nossa Senhora dos Remédios | 3506 - Nova Santa Rita | 3507 - Novo Oriente do Piauí | 3508 - Novo Santo Antônio


3509 - Oeiras | 3510 - Olho d`Água do Piauí | 3511 - Padre Marcos | 3512 - Paes Landim


3513 - Pajeú do Piauí | 3514 - Palmeira do Piauí | 3515 - Palmeirais | 3516 - Paquetá


3517 - Parnaguá | 3518 - Parnaíba | 3519 - Passagem Franca do Piauí | 3520 - Patos do Piauí


3521 - Pau d`Arco do Piauí | 3522 - Paulistana | 3523 - Pavussu | 3524 - Pedro II


3525 - Pedro Laurentino | 3526 - Picos | 3527 - Pimenteiras | 3528 - Pio IX


3529 - Piracuruca | 3530 - Piripiri | 3531 - Porto | 3532 - Porto Alegre do Piauí


3533 - Prata do Piauí | 3534 - Queimada Nova | 3535 - Redenção do Gurguéia | 3536 - Regeneração


3537 - Riacho Frio | 3538 - Ribeira do Piauí | 3539 - Ribeiro Gonçalves | 3540 - Rio Grande do Piauí


3541 - Santa Cruz do Piauí | 3542 - Santa Cruz dos Milagres | 3543 - Santa Filomena | 3544 - Santa Luz


3545 - Santa Rosa do Piauí | 3546 - Santana do Piauí | 3547 - Santo Antônio de Lisboa | 3548 - Santo Antônio dos Milagres


3549 - Santo Inácio do Piauí | 3550 - São Braz do Piauí | 3551 - São Félix do Piauí | 3552 - São Francisco de Assis do Piauí


3553 - São Francisco do Piauí | 3554 - São Gonçalo do Gurguéia | 3555 - São Gonçalo do Piauí | 3556 - São João da Canabrava


3557 - São João da Fronteira | 3558 - São João da Serra | 3559 - São João da Varjota | 3560 - São João do Arraial


3561 - São João do Piauí | 3562 - São José do Divino | 3563 - São José do Peixe | 3564 - São José do Piauí


3565 - São Julião | 3566 - São Lourenço do Piauí | 3567 - São Luis do Piauí | 3568 - São Miguel da Baixa Grande


3569 - São Miguel do Fidalgo | 3570 - São Miguel do Tapuio | 3571 - São Pedro do Piauí | 3572 - São Raimundo Nonato


3573 - Sebastião Barros | 3574 - Sebastião Leal | 3575 - Sigefredo Pacheco | 3576 - Simões


3577 - Simplício Mendes | 3578 - Socorro do Piauí | 3579 - Sussuapara | 3580 - Tamboril do Piauí


3581 - Tanque do Piauí | 3582 - Teresina | 3583 - União | 3584 - Uruçuí


3585 - Valença do Piauí | 3586 - Várzea Branca | 3587 - Várzea Grande | 3588 - Vera Mendes


3589 - Vila Nova do Piauí | 3590 - Wall Ferraz | 3591 - Angra dos Reis | 3592 - Aperibé


3593 - Araruama | 3594 - Areal | 3595 - Armação dos Búzios | 3596 - Arraial do Cabo


3597 - Barra do Piraí | 3598 - Barra Mansa | 3599 - Belford Roxo | 3600 - Bom Jardim


3601 - Bom Jesus do Itabapoana | 3602 - Cabo Frio | 3603 - Cachoeiras de Macacu | 3604 - Cambuci


3605 - Campos dos Goytacazes | 3606 - Cantagalo | 3607 - Carapebus | 3608 - Cardoso Moreira


3609 - Carmo | 3610 - Casimiro de Abreu | 3611 - Comendador Levy Gasparian | 3612 - Conceição de Macabu


3613 - Cordeiro | 3614 - Duas Barras | 3615 - Duque de Caxias | 3616 - Engenheiro Paulo de Frontin


3617 - Guapimirim | 3618 - Iguaba Grande | 3619 - Itaboraí | 3620 - Itaguaí


3621 - Italva | 3622 - Itaocara | 3623 - Itaperuna | 3624 - Itatiaia


3625 - Japeri | 3626 - Laje do Muriaé | 3627 - Macaé | 3628 - Macuco


3629 - Magé | 3630 - Mangaratiba | 3631 - Maricá | 3632 - Mendes


3633 - Mesquita | 3634 - Miguel Pereira | 3635 - Miracema | 3636 - Natividade


3637 - Nilópolis | 3638 - Niterói | 3639 - Nova Friburgo | 3640 - Nova Iguaçu


3641 - Paracambi | 3642 - Paraíba do Sul | 3643 - Parati | 3644 - Paty do Alferes


3645 - Petrópolis | 3646 - Pinheiral | 3647 - Piraí | 3648 - Porciúncula


3649 - Porto Real | 3650 - Quatis | 3651 - Queimados | 3652 - Quissamã


3653 - Resende | 3654 - Rio Bonito | 3655 - Rio Claro | 3656 - Rio das Flores


3657 - Rio das Ostras | 3658 - Rio de Janeiro | 3659 - Santa Maria Madalena | 3660 - Santo Antônio de Pádua


3661 - São Fidélis | 3662 - São Francisco de Itabapoana | 3663 - São Gonçalo | 3664 - São João da Barra


3665 - São João de Meriti | 3666 - São José de Ubá | 3667 - São José do Vale do Rio Pret | 3668 - São Pedro da Aldeia


3669 - São Sebastião do Alto | 3670 - Sapucaia | 3671 - Saquarema | 3672 - Seropédica


3673 - Silva Jardim | 3674 - Sumidouro | 3675 - Tanguá | 3676 - Teresópolis


3677 - Trajano de Morais | 3678 - Três Rios | 3679 - Valença | 3680 - Varre-Sai


3681 - Vassouras | 3682 - Volta Redonda | 3683 - Acari | 3684 - Açu


3685 - Afonso Bezerra | 3686 - Água Nova | 3687 - Alexandria | 3688 - Almino Afonso


3689 - Alto do Rodrigues | 3690 - Angicos | 3691 - Antônio Martins | 3692 - Apodi


3693 - Areia Branca | 3694 - Arês | 3695 - Augusto Severo | 3696 - Baía Formosa


3697 - Baraúna | 3698 - Barcelona | 3699 - Bento Fernandes | 3700 - Bodó


3701 - Bom Jesus | 3702 - Brejinho | 3703 - Caiçara do Norte | 3704 - Caiçara do Rio do Vento


3705 - Caicó | 3706 - Campo Redondo | 3707 - Canguaretama | 3708 - Caraúbas


3709 - Carnaúba dos Dantas | 3710 - Carnaubais | 3711 - Ceará-Mirim | 3712 - Cerro Corá


3713 - Coronel Ezequiel | 3714 - Coronel João Pessoa | 3715 - Cruzeta | 3716 - Currais Novos


3717 - Doutor Severiano | 3718 - Encanto | 3719 - Equador | 3720 - Espírito Santo


3721 - Extremoz | 3722 - Felipe Guerra | 3723 - Fernando Pedroza | 3724 - Florânia


3725 - Francisco Dantas | 3726 - Frutuoso Gomes | 3727 - Galinhos | 3728 - Goianinha


3729 - Governador Dix-Sept Rosado | 3730 - Grossos | 3731 - Guamaré | 3732 - Ielmo Marinho


3733 - Ipanguaçu | 3734 - Ipueira | 3735 - Itajá | 3736 - Itaú


3737 - Jaçanã | 3738 - Jandaíra | 3739 - Janduís | 3740 - Januário Cicco


3741 - Japi | 3742 - Jardim de Angicos | 3743 - Jardim de Piranhas | 3744 - Jardim do Seridó


3745 - João Câmara | 3746 - João Dias | 3747 - José da Penha | 3748 - Jucurutu


3749 - Jundiá | 3750 - Lagoa d`Anta | 3751 - Lagoa de Pedras | 3752 - Lagoa de Velhos


3753 - Lagoa Nova | 3754 - Lagoa Salgada | 3755 - Lajes | 3756 - Lajes Pintadas


3757 - Lucrécia | 3758 - Luís Gomes | 3759 - Macaíba | 3760 - Macau


3761 - Major Sales | 3762 - Marcelino Vieira | 3763 - Martins | 3764 - Maxaranguape


3765 - Messias Targino | 3766 - Montanhas | 3767 - Monte Alegre | 3768 - Monte das Gameleiras


3769 - Mossoró | 3770 - Natal | 3771 - Nísia Floresta | 3772 - Nova Cruz


3773 - Olho-d`Água do Borges | 3774 - Ouro Branco | 3775 - Paraná | 3776 - Paraú


3777 - Parazinho | 3778 - Parelhas | 3779 - Parnamirim | 3780 - Passa e Fica


3781 - Passagem | 3782 - Patu | 3783 - Pau dos Ferros | 3784 - Pedra Grande


3785 - Pedra Preta | 3786 - Pedro Avelino | 3787 - Pedro Velho | 3788 - Pendências


3789 - Pilões | 3790 - Poço Branco | 3791 - Portalegre | 3792 - Porto do Mangue


3793 - Presidente Juscelino | 3794 - Pureza | 3795 - Rafael Fernandes | 3796 - Rafael Godeiro


3797 - Riacho da Cruz | 3798 - Riacho de Santana | 3799 - Riachuelo | 3800 - Rio do Fogo


3801 - Rodolfo Fernandes | 3802 - Ruy Barbosa | 3803 - Santa Cruz | 3804 - Santa Maria


3805 - Santana do Matos | 3806 - Santana do Seridó | 3807 - Santo Antônio | 3808 - São Bento do Norte


3809 - São Bento do Trairí | 3810 - São Fernando | 3811 - São Francisco do Oeste | 3812 - São Gonçalo do Amarante


3813 - São João do Sabugi | 3814 - São José de Mipibu | 3815 - São José do Campestre | 3816 - São José do Seridó


3817 - São Miguel | 3818 - São Miguel do Gostoso | 3819 - São Paulo do Potengi | 3820 - São Pedro


3821 - São Rafael | 3822 - São Tomé | 3823 - São Vicente | 3824 - Senador Elói de Souza


3825 - Senador Georgino Avelino | 3826 - Serra de São Bento | 3827 - Serra do Mel | 3828 - Serra Negra do Norte


3829 - Serrinha | 3830 - Serrinha dos Pintos | 3831 - Severiano Melo | 3832 - Sítio Novo


3833 - Taboleiro Grande | 3834 - Taipu | 3835 - Tangará | 3836 - Tenente Ananias


3837 - Tenente Laurentino Cruz | 3838 - Tibau | 3839 - Tibau do Sul | 3840 - Timbaúba dos Batistas


3841 - Touros | 3842 - Triunfo Potiguar | 3843 - Umarizal | 3844 - Upanema


3845 - Várzea | 3846 - Venha-Ver | 3847 - Vera Cruz | 3848 - Viçosa


3849 - Vila Flor | 3850 - Aceguá | 3851 - Água Santa | 3852 - Agudo


3853 - Ajuricaba | 3854 - Alecrim | 3855 - Alegrete | 3856 - Alegria


3857 - Almirante Tamandaré do Sul | 3858 - Alpestre | 3859 - Alto Alegre | 3860 - Alto Feliz


3861 - Alvorada | 3862 - Amaral Ferrador | 3863 - Ametista do Sul | 3864 - André da Rocha


3865 - Anta Gorda | 3866 - Antônio Prado | 3867 - Arambaré | 3868 - Araricá


3869 - Aratiba | 3870 - Arroio do Meio | 3871 - Arroio do Padre | 3872 - Arroio do Sal


3873 - Arroio do Tigre | 3874 - Arroio dos Ratos | 3875 - Arroio Grande | 3876 - Arvorezinha


3877 - Augusto Pestana | 3878 - Áurea | 3879 - Bagé | 3880 - Balneário Pinhal


3881 - Barão | 3882 - Barão de Cotegipe | 3883 - Barão do Triunfo | 3884 - Barra do Guarita


3885 - Barra do Quaraí | 3886 - Barra do Ribeiro | 3887 - Barra do Rio Azul | 3888 - Barra Funda


3889 - Barracão | 3890 - Barros Cassal | 3891 - Benjamin Constant do Sul | 3892 - Bento Gonçalves


3893 - Boa Vista das Missões | 3894 - Boa Vista do Buricá | 3895 - Boa Vista do Cadeado | 3896 - Boa Vista do Incra


3897 - Boa Vista do Sul | 3898 - Bom Jesus | 3899 - Bom Princípio | 3900 - Bom Progresso


3901 - Bom Retiro do Sul | 3902 - Boqueirão do Leão | 3903 - Bossoroca | 3904 - Bozano


3905 - Braga | 3906 - Brochier | 3907 - Butiá | 3908 - Caçapava do Sul


3909 - Cacequi | 3910 - Cachoeira do Sul | 3911 - Cachoeirinha | 3912 - Cacique Doble


3913 - Caibaté | 3914 - Caiçara | 3915 - Camaquã | 3916 - Camargo


3917 - Cambará do Sul | 3918 - Campestre da Serra | 3919 - Campina das Missões | 3920 - Campinas do Sul


3921 - Campo Bom | 3922 - Campo Novo | 3923 - Campos Borges | 3924 - Candelária


3925 - Cândido Godói | 3926 - Candiota | 3927 - Canela | 3928 - Canguçu


3929 - Canoas | 3930 - Canudos do Vale | 3931 - Capão Bonito do Sul | 3932 - Capão da Canoa


3933 - Capão do Cipó | 3934 - Capão do Leão | 3935 - Capela de Santana | 3936 - Capitão


3937 - Capivari do Sul | 3938 - Caraá | 3939 - Carazinho | 3940 - Carlos Barbosa


3941 - Carlos Gomes | 3942 - Casca | 3943 - Caseiros | 3944 - Catuípe


3945 - Caxias do Sul | 3946 - Centenário | 3947 - Cerrito | 3948 - Cerro Branco


3949 - Cerro Grande | 3950 - Cerro Grande do Sul | 3951 - Cerro Largo | 3952 - Chapada


3953 - Charqueadas | 3954 - Charrua | 3955 - Chiapeta | 3956 - Chuí


3957 - Chuvisca | 3958 - Cidreira | 3959 - Ciríaco | 3960 - Colinas


3961 - Colorado | 3962 - Condor | 3963 - Constantina | 3964 - Coqueiro Baixo


3965 - Coqueiros do Sul | 3966 - Coronel Barros | 3967 - Coronel Bicaco | 3968 - Coronel Pilar


3969 - Cotiporã | 3970 - Coxilha | 3971 - Crissiumal | 3972 - Cristal


3973 - Cristal do Sul | 3974 - Cruz Alta | 3975 - Cruzaltense | 3976 - Cruzeiro do Sul


3977 - David Canabarro | 3978 - Derrubadas | 3979 - Dezesseis de Novembro | 3980 - Dilermando de Aguiar


3981 - Dois Irmãos | 3982 - Dois Irmãos das Missões | 3983 - Dois Lajeados | 3984 - Dom Feliciano


3985 - Dom Pedrito | 3986 - Dom Pedro de Alcântara | 3987 - Dona Francisca | 3988 - Doutor Maurício Cardoso


3989 - Doutor Ricardo | 3990 - Eldorado do Sul | 3991 - Encantado | 3992 - Encruzilhada do Sul


3993 - Engenho Velho | 3994 - Entre Rios do Sul | 3995 - Entre-Ijuís | 3996 - Erebango


3997 - Erechim | 3998 - Ernestina | 3999 - Erval Grande | 4000 - Erval Seco


4001 - Esmeralda | 4002 - Esperança do Sul | 4003 - Espumoso | 4004 - Estação


4005 - Estância Velha | 4006 - Esteio | 4007 - Estrela | 4008 - Estrela Velha


4009 - Eugênio de Castro | 4010 - Fagundes Varela | 4011 - Farroupilha | 4012 - Faxinal do Soturno


4013 - Faxinalzinho | 4014 - Fazenda Vilanova | 4015 - Feliz | 4016 - Flores da Cunha


4017 - Floriano Peixoto | 4018 - Fontoura Xavier | 4019 - Formigueiro | 4020 - Forquetinha


4021 - Fortaleza dos Valos | 4022 - Frederico Westphalen | 4023 - Garibaldi | 4024 - Garruchos


4025 - Gaurama | 4026 - General Câmara | 4027 - Gentil | 4028 - Getúlio Vargas


4029 - Giruá | 4030 - Glorinha | 4031 - Gramado | 4032 - Gramado dos Loureiros


4033 - Gramado Xavier | 4034 - Gravataí | 4035 - Guabiju | 4036 - Guaíba


4037 - Guaporé | 4038 - Guarani das Missões | 4039 - Harmonia | 4040 - Herval


4041 - Herveiras | 4042 - Horizontina | 4043 - Hulha Negra | 4044 - Humaitá


4045 - Ibarama | 4046 - Ibiaçá | 4047 - Ibiraiaras | 4048 - Ibirapuitã


4049 - Ibirubá | 4050 - Igrejinha | 4051 - Ijuí | 4052 - Ilópolis


4053 - Imbé | 4054 - Imigrante | 4055 - Independência | 4056 - Inhacorá


4057 - Ipê | 4058 - Ipiranga do Sul | 4059 - Iraí | 4060 - Itaara


4061 - Itacurubi | 4062 - Itapuca | 4063 - Itaqui | 4064 - Itati


4065 - Itatiba do Sul | 4066 - Ivorá | 4067 - Ivoti | 4068 - Jaboticaba


4069 - Jacuizinho | 4070 - Jacutinga | 4071 - Jaguarão | 4072 - Jaguari


4073 - Jaquirana | 4074 - Jari | 4075 - Jóia | 4076 - Júlio de Castilhos


4077 - Lagoa Bonita do Sul | 4078 - Lagoa dos Três Cantos | 4079 - Lagoa Vermelha | 4080 - Lagoão


4081 - Lajeado | 4082 - Lajeado do Bugre | 4083 - Lavras do Sul | 4084 - Liberato Salzano


4085 - Lindolfo Collor | 4086 - Linha Nova | 4087 - Maçambara | 4088 - Machadinho


4089 - Mampituba | 4090 - Manoel Viana | 4091 - Maquiné | 4092 - Maratá


4093 - Marau | 4094 - Marcelino Ramos | 4095 - Mariana Pimentel | 4096 - Mariano Moro


4097 - Marques de Souza | 4098 - Mata | 4099 - Mato Castelhano | 4100 - Mato Leitão


4101 - Mato Queimado | 4102 - Maximiliano de Almeida | 4103 - Minas do Leão | 4104 - Miraguaí


4105 - Montauri | 4106 - Monte Alegre dos Campos | 4107 - Monte Belo do Sul | 4108 - Montenegro


4109 - Mormaço | 4110 - Morrinhos do Sul | 4111 - Morro Redondo | 4112 - Morro Reuter


4113 - Mostardas | 4114 - Muçum | 4115 - Muitos Capões | 4116 - Muliterno


4117 - Não-Me-Toque | 4118 - Nicolau Vergueiro | 4119 - Nonoai | 4120 - Nova Alvorada


4121 - Nova Araçá | 4122 - Nova Bassano | 4123 - Nova Boa Vista | 4124 - Nova Bréscia


4125 - Nova Candelária | 4126 - Nova Esperança do Sul | 4127 - Nova Hartz | 4128 - Nova Pádua


4129 - Nova Palma | 4130 - Nova Petrópolis | 4131 - Nova Prata | 4132 - Nova Ramada


4133 - Nova Roma do Sul | 4134 - Nova Santa Rita | 4135 - Novo Barreiro | 4136 - Novo Cabrais


4137 - Novo Hamburgo | 4138 - Novo Machado | 4139 - Novo Tiradentes | 4140 - Novo Xingu


4141 - Osório | 4142 - Paim Filho | 4143 - Palmares do Sul | 4144 - Palmeira das Missões


4145 - Palmitinho | 4146 - Panambi | 4147 - Pantano Grande | 4148 - Paraí


4149 - Paraíso do Sul | 4150 - Pareci Novo | 4151 - Parobé | 4152 - Passa Sete


4153 - Passo do Sobrado | 4154 - Passo Fundo | 4155 - Paulo Bento | 4156 - Paverama


4157 - Pedras Altas | 4158 - Pedro Osório | 4159 - Pejuçara | 4160 - Pelotas


4161 - Picada Café | 4162 - Pinhal | 4163 - Pinhal da Serra | 4164 - Pinhal Grande


4165 - Pinheirinho do Vale | 4166 - Pinheiro Machado | 4167 - Pirapó | 4168 - Piratini


4169 - Planalto | 4170 - Poço das Antas | 4171 - Pontão | 4172 - Ponte Preta


4173 - Portão | 4174 - Porto Alegre | 4175 - Porto Lucena | 4176 - Porto Mauá


4177 - Porto Vera Cruz | 4178 - Porto Xavier | 4179 - Pouso Novo | 4180 - Presidente Lucena


4181 - Progresso | 4182 - Protásio Alves | 4183 - Putinga | 4184 - Quaraí


4185 - Quatro Irmãos | 4186 - Quevedos | 4187 - Quinze de Novembro | 4188 - Redentora


4189 - Relvado | 4190 - Restinga Seca | 4191 - Rio dos Índios | 4192 - Rio Grande


4193 - Rio Pardo | 4194 - Riozinho | 4195 - Roca Sales | 4196 - Rodeio Bonito


4197 - Rolador | 4198 - Rolante | 4199 - Ronda Alta | 4200 - Rondinha


4201 - Roque Gonzales | 4202 - Rosário do Sul | 4203 - Sagrada Família | 4204 - Saldanha Marinho


4205 - Salto do Jacuí | 4206 - Salvador das Missões | 4207 - Salvador do Sul | 4208 - Sananduva


4209 - Santa Bárbara do Sul | 4210 - Santa Cecília do Sul | 4211 - Santa Clara do Sul | 4212 - Santa Cruz do Sul


4213 - Santa Margarida do Sul | 4214 - Santa Maria | 4215 - Santa Maria do Herval | 4216 - Santa Rosa


4217 - Santa Tereza | 4218 - Santa Vitória do Palmar | 4219 - Santana da Boa Vista | 4220 - Santana do Livramento


4221 - Santiago | 4222 - Santo Ângelo | 4223 - Santo Antônio da Patrulha | 4224 - Santo Antônio das Missões


4225 - Santo Antônio do Palma | 4226 - Santo Antônio do Planalto | 4227 - Santo Augusto | 4228 - Santo Cristo


4229 - Santo Expedito do Sul | 4230 - São Borja | 4231 - São Domingos do Sul | 4232 - São Francisco de Assis


4233 - São Francisco de Paula | 4234 - São Gabriel | 4235 - São Jerônimo | 4236 - São João da Urtiga


4237 - São João do Polêsine | 4238 - São Jorge | 4239 - São José das Missões | 4240 - São José do Herval


4241 - São José do Hortêncio | 4242 - São José do Inhacorá | 4243 - São José do Norte | 4244 - São José do Ouro


4245 - São José do Sul | 4246 - São José dos Ausentes | 4247 - São Leopoldo | 4248 - São Lourenço do Sul


4249 - São Luiz Gonzaga | 4250 - São Marcos | 4251 - São Martinho | 4252 - São Martinho da Serra


4253 - São Miguel das Missões | 4254 - São Nicolau | 4255 - São Paulo das Missões | 4256 - São Pedro da Serra


4257 - São Pedro das Missões | 4258 - São Pedro do Butiá | 4259 - São Pedro do Sul | 4260 - São Sebastião do Caí


4261 - São Sepé | 4262 - São Valentim | 4263 - São Valentim do Sul | 4264 - São Valério do Sul


4265 - São Vendelino | 4266 - São Vicente do Sul | 4267 - Sapiranga | 4268 - Sapucaia do Sul


4269 - Sarandi | 4270 - Seberi | 4271 - Sede Nova | 4272 - Segredo


4273 - Selbach | 4274 - Senador Salgado Filho | 4275 - Sentinela do Sul | 4276 - Serafina Corrêa


4277 - Sério | 4278 - Sertão | 4279 - Sertão Santana | 4280 - Sete de Setembro


4281 - Severiano de Almeida | 4282 - Silveira Martins | 4283 - Sinimbu | 4284 - Sobradinho


4285 - Soledade | 4286 - Tabaí | 4287 - Tapejara | 4288 - Tapera


4289 - Tapes | 4290 - Taquara | 4291 - Taquari | 4292 - Taquaruçu do Sul


4293 - Tavares | 4294 - Tenente Portela | 4295 - Terra de Areia | 4296 - Teutônia


4297 - Tio Hugo | 4298 - Tiradentes do Sul | 4299 - Toropi | 4300 - Torres


4301 - Tramandaí | 4302 - Travesseiro | 4303 - Três Arroios | 4304 - Três Cachoeiras


4305 - Três Coroas | 4306 - Três de Maio | 4307 - Três Forquilhas | 4308 - Três Palmeiras


4309 - Três Passos | 4310 - Trindade do Sul | 4311 - Triunfo | 4312 - Tucunduva


4313 - Tunas | 4314 - Tupanci do Sul | 4315 - Tupanciretã | 4316 - Tupandi


4317 - Tuparendi | 4318 - Turuçu | 4319 - Ubiretama | 4320 - União da Serra


4321 - Unistalda | 4322 - Uruguaiana | 4323 - Vacaria | 4324 - Vale do Sol


4325 - Vale Real | 4326 - Vale Verde | 4327 - Vanini | 4328 - Venâncio Aires


4329 - Vera Cruz | 4330 - Veranópolis | 4331 - Vespasiano Correa | 4332 - Viadutos


4333 - Viamão | 4334 - Vicente Dutra | 4335 - Victor Graeff | 4336 - Vila Flores


4337 - Vila Lângaro | 4338 - Vila Maria | 4339 - Vila Nova do Sul | 4340 - Vista Alegre


4341 - Vista Alegre do Prata | 4342 - Vista Gaúcha | 4343 - Vitória das Missões | 4344 - Westfália


4345 - Xangri-lá | 4346 - Alta Floresta d`Oeste | 4347 - Alto Alegre dos Parecis | 4348 - Alto Paraíso


4349 - Alvorada d`Oeste | 4350 - Ariquemes | 4351 - Buritis | 4352 - Cabixi


4353 - Cacaulândia | 4354 - Cacoal | 4355 - Campo Novo de Rondônia | 4356 - Candeias do Jamari


4357 - Castanheiras | 4358 - Cerejeiras | 4359 - Chupinguaia | 4360 - Colorado do Oeste


4361 - Corumbiara | 4362 - Costa Marques | 4363 - Cujubim | 4364 - Espigão d`Oeste


4365 - Governador Jorge Teixeira | 4366 - Guajará-Mirim | 4367 - Itapuã do Oeste | 4368 - Jaru


4369 - Ji-Paraná | 4370 - Machadinho d`Oeste | 4371 - Ministro Andreazza | 4372 - Mirante da Serra


4373 - Monte Negro | 4374 - Nova Brasilândia d`Oeste | 4375 - Nova Mamoré | 4376 - Nova União


4377 - Novo Horizonte do Oeste | 4378 - Ouro Preto do Oeste | 4379 - Parecis | 4380 - Pimenta Bueno


4381 - Pimenteiras do Oeste | 4382 - Porto Velho | 4383 - Presidente Médici | 4384 - Primavera de Rondônia


4385 - Rio Crespo | 4386 - Rolim de Moura | 4387 - Santa Luzia d`Oeste | 4388 - São Felipe d`Oeste


4389 - São Francisco do Guaporé | 4390 - São Miguel do Guaporé | 4391 - Seringueiras | 4392 - Teixeirópolis


4393 - Theobroma | 4394 - Urupá | 4395 - Vale do Anari | 4396 - Vale do Paraíso


4397 - Vilhena | 4398 - Alto Alegre | 4399 - Amajari | 4400 - Boa Vista


4401 - Bonfim | 4402 - Cantá | 4403 - Caracaraí | 4404 - Caroebe


4405 - Iracema | 4406 - Mucajaí | 4407 - Normandia | 4408 - Pacaraima


4409 - Rorainópolis | 4410 - São João da Baliza | 4411 - São Luiz | 4412 - Uiramutã


4413 - Abdon Batista | 4414 - Abelardo Luz | 4415 - Agrolândia | 4416 - Agronômica


4417 - Água Doce | 4418 - Águas de Chapecó | 4419 - Águas Frias | 4420 - Águas Mornas


4421 - Alfredo Wagner | 4422 - Alto Bela Vista | 4423 - Anchieta | 4424 - Angelina


4425 - Anita Garibaldi | 4426 - Anitápolis | 4427 - Antônio Carlos | 4428 - Apiúna


4429 - Arabutã | 4430 - Araquari | 4431 - Araranguá | 4432 - Armazém


4433 - Arroio Trinta | 4434 - Arvoredo | 4435 - Ascurra | 4436 - Atalanta


4437 - Aurora | 4438 - Balneário Arroio do Silva | 4439 - Balneário Barra do Sul | 4440 - Balneário Camboriú


4441 - Balneário Gaivota | 4442 - Bandeirante | 4443 - Barra Bonita | 4444 - Barra Velha


4445 - Bela Vista do Toldo | 4446 - Belmonte | 4447 - Benedito Novo | 4448 - Biguaçu


4449 - Blumenau | 4450 - Bocaina do Sul | 4451 - Bom Jardim da Serra | 4452 - Bom Jesus


4453 - Bom Jesus do Oeste | 4454 - Bom Retiro | 4455 - Bombinhas | 4456 - Botuverá


4457 - Braço do Norte | 4458 - Braço do Trombudo | 4459 - Brunópolis | 4460 - Brusque


4461 - Caçador | 4462 - Caibi | 4463 - Calmon | 4464 - Camboriú


4465 - Campo Alegre | 4466 - Campo Belo do Sul | 4467 - Campo Erê | 4468 - Campos Novos


4469 - Canelinha | 4470 - Canoinhas | 4471 - Capão Alto | 4472 - Capinzal


4473 - Capivari de Baixo | 4474 - Catanduvas | 4475 - Caxambu do Sul | 4476 - Celso Ramos


4477 - Cerro Negro | 4478 - Chapadão do Lageado | 4479 - Chapecó | 4480 - Cocal do Sul


4481 - Concórdia | 4482 - Cordilheira Alta | 4483 - Coronel Freitas | 4484 - Coronel Martins


4485 - Correia Pinto | 4486 - Corupá | 4487 - Criciúma | 4488 - Cunha Porã


4489 - Cunhataí | 4490 - Curitibanos | 4491 - Descanso | 4492 - Dionísio Cerqueira


4493 - Dona Emma | 4494 - Doutor Pedrinho | 4495 - Entre Rios | 4496 - Ermo


4497 - Erval Velho | 4498 - Faxinal dos Guedes | 4499 - Flor do Sertão | 4500 - Florianópolis


4501 - Formosa do Sul | 4502 - Forquilhinha | 4503 - Fraiburgo | 4504 - Frei Rogério


4505 - Galvão | 4506 - Garopaba | 4507 - Garuva | 4508 - Gaspar


4509 - Governador Celso Ramos | 4510 - Grão Pará | 4511 - Gravatal | 4512 - Guabiruba


4513 - Guaraciaba | 4514 - Guaramirim | 4515 - Guarujá do Sul | 4516 - Guatambú


4517 - Herval d`Oeste | 4518 - Ibiam | 4519 - Ibicaré | 4520 - Ibirama


4521 - Içara | 4522 - Ilhota | 4523 - Imaruí | 4524 - Imbituba


4525 - Imbuia | 4526 - Indaial | 4527 - Iomerê | 4528 - Ipira


4529 - Iporã do Oeste | 4530 - Ipuaçu | 4531 - Ipumirim | 4532 - Iraceminha


4533 - Irani | 4534 - Irati | 4535 - Irineópolis | 4536 - Itá


4537 - Itaiópolis | 4538 - Itajaí | 4539 - Itapema | 4540 - Itapiranga


4541 - Itapoá | 4542 - Ituporanga | 4543 - Jaborá | 4544 - Jacinto Machado


4545 - Jaguaruna | 4546 - Jaraguá do Sul | 4547 - Jardinópolis | 4548 - Joaçaba


4549 - Joinville | 4550 - José Boiteux | 4551 - Jupiá | 4552 - Lacerdópolis


4553 - Lages | 4554 - Laguna | 4555 - Lajeado Grande | 4556 - Laurentino


4557 - Lauro Muller | 4558 - Lebon Régis | 4559 - Leoberto Leal | 4560 - Lindóia do Sul


4561 - Lontras | 4562 - Luiz Alves | 4563 - Luzerna | 4564 - Macieira


4565 - Mafra | 4566 - Major Gercino | 4567 - Major Vieira | 4568 - Maracajá


4569 - Maravilha | 4570 - Marema | 4571 - Massaranduba | 4572 - Matos Costa


4573 - Meleiro | 4574 - Mirim Doce | 4575 - Modelo | 4576 - Mondaí


4577 - Monte Carlo | 4578 - Monte Castelo | 4579 - Morro da Fumaça | 4580 - Morro Grande


4581 - Navegantes | 4582 - Nova Erechim | 4583 - Nova Itaberaba | 4584 - Nova Trento


4585 - Nova Veneza | 4586 - Novo Horizonte | 4587 - Orleans | 4588 - Otacílio Costa


4589 - Ouro | 4590 - Ouro Verde | 4591 - Paial | 4592 - Painel


4593 - Palhoça | 4594 - Palma Sola | 4595 - Palmeira | 4596 - Palmitos


4597 - Papanduva | 4598 - Paraíso | 4599 - Passo de Torres | 4600 - Passos Maia


4601 - Paulo Lopes | 4602 - Pedras Grandes | 4603 - Penha | 4604 - Peritiba


4605 - Petrolândia | 4606 - Piçarras | 4607 - Pinhalzinho | 4608 - Pinheiro Preto


4609 - Piratuba | 4610 - Planalto Alegre | 4611 - Pomerode | 4612 - Ponte Alta


4613 - Ponte Alta do Norte | 4614 - Ponte Serrada | 4615 - Porto Belo | 4616 - Porto União


4617 - Pouso Redondo | 4618 - Praia Grande | 4619 - Presidente Castelo Branco | 4620 - Presidente Getúlio


4621 - Presidente Nereu | 4622 - Princesa | 4623 - Quilombo | 4624 - Rancho Queimado


4625 - Rio das Antas | 4626 - Rio do Campo | 4627 - Rio do Oeste | 4628 - Rio do Sul


4629 - Rio dos Cedros | 4630 - Rio Fortuna | 4631 - Rio Negrinho | 4632 - Rio Rufino


4633 - Riqueza | 4634 - Rodeio | 4635 - Romelândia | 4636 - Salete


4637 - Saltinho | 4638 - Salto Veloso | 4639 - Sangão | 4640 - Santa Cecília


4641 - Santa Helena | 4642 - Santa Rosa de Lima | 4643 - Santa Rosa do Sul | 4644 - Santa Terezinha


4645 - Santa Terezinha do Progresso | 4646 - Santiago do Sul | 4647 - Santo Amaro da Imperatriz | 4648 - São Bento do Sul


4649 - São Bernardino | 4650 - São Bonifácio | 4651 - São Carlos | 4652 - São Cristovão do Sul


4653 - São Domingos | 4654 - São Francisco do Sul | 4655 - São João Batista | 4656 - São João do Itaperiú


4657 - São João do Oeste | 4658 - São João do Sul | 4659 - São Joaquim | 4660 - São José


4661 - São José do Cedro | 4662 - São José do Cerrito | 4663 - São Lourenço do Oeste | 4664 - São Ludgero


4665 - São Martinho | 4666 - São Miguel da Boa Vista | 4667 - São Miguel do Oeste | 4668 - São Pedro de Alcântara


4669 - Saudades | 4670 - Schroeder | 4671 - Seara | 4672 - Serra Alta


4673 - Siderópolis | 4674 - Sombrio | 4675 - Sul Brasil | 4676 - Taió


4677 - Tangará | 4678 - Tigrinhos | 4679 - Tijucas | 4680 - Timbé do Sul


4681 - Timbó | 4682 - Timbó Grande | 4683 - Três Barras | 4684 - Treviso


4685 - Treze de Maio | 4686 - Treze Tílias | 4687 - Trombudo Central | 4688 - Tubarão


4689 - Tunápolis | 4690 - Turvo | 4691 - União do Oeste | 4692 - Urubici


4693 - Urupema | 4694 - Urussanga | 4695 - Vargeão | 4696 - Vargem


4697 - Vargem Bonita | 4698 - Vidal Ramos | 4699 - Videira | 4700 - Vitor Meireles


4701 - Witmarsum | 4702 - Xanxerê | 4703 - Xavantina | 4704 - Xaxim


4705 - Zortéa | 4706 - Adamantina | 4707 - Adolfo | 4708 - Aguaí


4709 - Águas da Prata | 4710 - Águas de Lindóia | 4711 - Águas de Santa Bárbara | 4712 - Águas de São Pedro


4713 - Agudos | 4714 - Alambari | 4715 - Alfredo Marcondes | 4716 - Altair


4717 - Altinópolis | 4718 - Alto Alegre | 4719 - Alumínio | 4720 - Álvares Florence


4721 - Álvares Machado | 4722 - Álvaro de Carvalho | 4723 - Alvinlândia | 4724 - Americana


4725 - Américo Brasiliense | 4726 - Américo de Campos | 4727 - Amparo | 4728 - Analândia


4729 - Andradina | 4730 - Angatuba | 4731 - Anhembi | 4732 - Anhumas


4733 - Aparecida | 4734 - Aparecida d`Oeste | 4735 - Apiaí | 4736 - Araçariguama


4737 - Araçatuba | 4738 - Araçoiaba da Serra | 4739 - Aramina | 4740 - Arandu


4741 - Arapeí | 4742 - Araraquara | 4743 - Araras | 4744 - Arco-Íris


4745 - Arealva | 4746 - Areias | 4747 - Areiópolis | 4748 - Ariranha


4749 - Artur Nogueira | 4750 - Arujá | 4751 - Aspásia | 4752 - Assis


4753 - Atibaia | 4754 - Auriflama | 4755 - Avaí | 4756 - Avanhandava


4757 - Avaré | 4758 - Bady Bassitt | 4759 - Balbinos | 4760 - Bálsamo


4761 - Bananal | 4762 - Barão de Antonina | 4763 - Barbosa | 4764 - Bariri


4765 - Barra Bonita | 4766 - Barra do Chapéu | 4767 - Barra do Turvo | 4768 - Barretos


4769 - Barrinha | 4770 - Barueri | 4771 - Bastos | 4772 - Batatais


4773 - Bauru | 4774 - Bebedouro | 4775 - Bento de Abreu | 4776 - Bernardino de Campos


4777 - Bertioga | 4778 - Bilac | 4779 - Birigui | 4780 - Biritiba-Mirim


4781 - Boa Esperança do Sul | 4782 - Bocaina | 4783 - Bofete | 4784 - Boituva


4785 - Bom Jesus dos Perdões | 4786 - Bom Sucesso de Itararé | 4787 - Borá | 4788 - Boracéia


4789 - Borborema | 4790 - Borebi | 4791 - Botucatu | 4792 - Bragança Paulista


4793 - Braúna | 4794 - Brejo Alegre | 4795 - Brodowski | 4796 - Brotas


4797 - Buri | 4798 - Buritama | 4799 - Buritizal | 4800 - Cabrália Paulista


4801 - Cabreúva | 4802 - Caçapava | 4803 - Cachoeira Paulista | 4804 - Caconde


4805 - Cafelândia | 4806 - Caiabu | 4807 - Caieiras | 4808 - Caiuá


4809 - Cajamar | 4810 - Cajati | 4811 - Cajobi | 4812 - Cajuru


4813 - Campina do Monte Alegre | 4814 - Campinas | 4815 - Campo Limpo Paulista | 4816 - Campos do Jordão


4817 - Campos Novos Paulista | 4818 - Cananéia | 4819 - Canas | 4820 - Cândido Mota


4821 - Cândido Rodrigues | 4822 - Canitar | 4823 - Capão Bonito | 4824 - Capela do Alto


4825 - Capivari | 4826 - Caraguatatuba | 4827 - Carapicuíba | 4828 - Cardoso


4829 - Casa Branca | 4830 - Cássia dos Coqueiros | 4831 - Castilho | 4832 - Catanduva


4833 - Catiguá | 4834 - Cedral | 4835 - Cerqueira César | 4836 - Cerquilho


4837 - Cesário Lange | 4838 - Charqueada | 4839 - Chavantes | 4840 - Clementina


4841 - Colina | 4842 - Colômbia | 4843 - Conchal | 4844 - Conchas


4845 - Cordeirópolis | 4846 - Coroados | 4847 - Coronel Macedo | 4848 - Corumbataí


4849 - Cosmópolis | 4850 - Cosmorama | 4851 - Cotia | 4852 - Cravinhos


4853 - Cristais Paulista | 4854 - Cruzália | 4855 - Cruzeiro | 4856 - Cubatão


4857 - Cunha | 4858 - Descalvado | 4859 - Diadema | 4860 - Dirce Reis


4861 - Divinolândia | 4862 - Dobrada | 4863 - Dois Córregos | 4864 - Dolcinópolis


4865 - Dourado | 4866 - Dracena | 4867 - Duartina | 4868 - Dumont


4869 - Echaporã | 4870 - Eldorado | 4871 - Elias Fausto | 4872 - Elisiário


4873 - Embaúba | 4874 - Embu | 4875 - Embu-Guaçu | 4876 - Emilianópolis


4877 - Engenheiro Coelho | 4878 - Espírito Santo do Pinhal | 4879 - Espírito Santo do Turvo | 4880 - Estiva Gerbi


4881 - Estrela d`Oeste | 4882 - Estrela do Norte | 4883 - Euclides da Cunha Paulista | 4884 - Fartura


4885 - Fernando Prestes | 4886 - Fernandópolis | 4887 - Fernão | 4888 - Ferraz de Vasconcelos


4889 - Flora Rica | 4890 - Floreal | 4891 - Flórida Paulista | 4892 - Florínia


4893 - Franca | 4894 - Francisco Morato | 4895 - Franco da Rocha | 4896 - Gabriel Monteiro


4897 - Gália | 4898 - Garça | 4899 - Gastão Vidigal | 4900 - Gavião Peixoto


4901 - General Salgado | 4902 - Getulina | 4903 - Glicério | 4904 - Guaiçara


4905 - Guaimbê | 4906 - Guaíra | 4907 - Guapiaçu | 4908 - Guapiara


4909 - Guará | 4910 - Guaraçaí | 4911 - Guaraci | 4912 - Guarani d`Oeste


4913 - Guarantã | 4914 - Guararapes | 4915 - Guararema | 4916 - Guaratinguetá


4917 - Guareí | 4918 - Guariba | 4919 - Guarujá | 4920 - Guarulhos


4921 - Guatapará | 4922 - Guzolândia | 4923 - Herculândia | 4924 - Holambra


4925 - Hortolândia | 4926 - Iacanga | 4927 - Iacri | 4928 - Iaras


4929 - Ibaté | 4930 - Ibirá | 4931 - Ibirarema | 4932 - Ibitinga


4933 - Ibiúna | 4934 - Icém | 4935 - Iepê | 4936 - Igaraçu do Tietê


4937 - Igarapava | 4938 - Igaratá | 4939 - Iguape | 4940 - Ilha Comprida


4941 - Ilha Solteira | 4942 - Ilhabela | 4943 - Indaiatuba | 4944 - Indiana


4945 - Indiaporã | 4946 - Inúbia Paulista | 4947 - Ipaussu | 4948 - Iperó


4949 - Ipeúna | 4950 - Ipiguá | 4951 - Iporanga | 4952 - Ipuã


4953 - Iracemápolis | 4954 - Irapuã | 4955 - Irapuru | 4956 - Itaberá


4957 - Itaí | 4958 - Itajobi | 4959 - Itaju | 4960 - Itanhaém


4961 - Itaóca | 4962 - Itapecerica da Serra | 4963 - Itapetininga | 4964 - Itapeva


4965 - Itapevi | 4966 - Itapira | 4967 - Itapirapuã Paulista | 4968 - Itápolis


4969 - Itaporanga | 4970 - Itapuí | 4971 - Itapura | 4972 - Itaquaquecetuba


4973 - Itararé | 4974 - Itariri | 4975 - Itatiba | 4976 - Itatinga


4977 - Itirapina | 4978 - Itirapuã | 4979 - Itobi | 4980 - Itu


4981 - Itupeva | 4982 - Ituverava | 4983 - Jaborandi | 4984 - Jaboticabal


4985 - Jacareí | 4986 - Jaci | 4987 - Jacupiranga | 4988 - Jaguariúna


4989 - Jales | 4990 - Jambeiro | 4991 - Jandira | 4992 - Jardinópolis


4993 - Jarinu | 4994 - Jaú | 4995 - Jeriquara | 4996 - Joanópolis


4997 - João Ramalho | 4998 - José Bonifácio | 4999 - Júlio Mesquita | 5000 - Jumirim


5001 - Jundiaí | 5002 - Junqueirópolis | 5003 - Juquiá | 5004 - Juquitiba


5005 - Lagoinha | 5006 - Laranjal Paulista | 5007 - Lavínia | 5008 - Lavrinhas


5009 - Leme | 5010 - Lençóis Paulista | 5011 - Limeira | 5012 - Lindóia


5013 - Lins | 5014 - Lorena | 5015 - Lourdes | 5016 - Louveira


5017 - Lucélia | 5018 - Lucianópolis | 5019 - Luís Antônio | 5020 - Luiziânia


5021 - Lupércio | 5022 - Lutécia | 5023 - Macatuba | 5024 - Macaubal


5025 - Macedônia | 5026 - Magda | 5027 - Mairinque | 5028 - Mairiporã


5029 - Manduri | 5030 - Marabá Paulista | 5031 - Maracaí | 5032 - Marapoama


5033 - Mariápolis | 5034 - Marília | 5035 - Marinópolis | 5036 - Martinópolis


5037 - Matão | 5038 - Mauá | 5039 - Mendonça | 5040 - Meridiano


5041 - Mesópolis | 5042 - Miguelópolis | 5043 - Mineiros do Tietê | 5044 - Mira Estrela


5045 - Miracatu | 5046 - Mirandópolis | 5047 - Mirante do Paranapanema | 5048 - Mirassol


5049 - Mirassolândia | 5050 - Mococa | 5051 - Mogi das Cruzes | 5052 - Mogi Guaçu


5053 - Moji Mirim | 5054 - Mombuca | 5055 - Monções | 5056 - Mongaguá


5057 - Monte Alegre do Sul | 5058 - Monte Alto | 5059 - Monte Aprazível | 5060 - Monte Azul Paulista


5061 - Monte Castelo | 5062 - Monte Mor | 5063 - Monteiro Lobato | 5064 - Morro Agudo


5065 - Morungaba | 5066 - Motuca | 5067 - Murutinga do Sul | 5068 - Nantes


5069 - Narandiba | 5070 - Natividade da Serra | 5071 - Nazaré Paulista | 5072 - Neves Paulista


5073 - Nhandeara | 5074 - Nipoã | 5075 - Nova Aliança | 5076 - Nova Campina


5077 - Nova Canaã Paulista | 5078 - Nova Castilho | 5079 - Nova Europa | 5080 - Nova Granada


5081 - Nova Guataporanga | 5082 - Nova Independência | 5083 - Nova Luzitânia | 5084 - Nova Odessa


5085 - Novais | 5086 - Novo Horizonte | 5087 - Nuporanga | 5088 - Ocauçu


5089 - Óleo | 5090 - Olímpia | 5091 - Onda Verde | 5092 - Oriente


5093 - Orindiúva | 5094 - Orlândia | 5095 - Osasco | 5096 - Oscar Bressane


5097 - Osvaldo Cruz | 5098 - Ourinhos | 5099 - Ouro Verde | 5100 - Ouroeste


5101 - Pacaembu | 5102 - Palestina | 5103 - Palmares Paulista | 5104 - Palmeira d`Oeste


5105 - Palmital | 5106 - Panorama | 5107 - Paraguaçu Paulista | 5108 - Paraibuna


5109 - Paraíso | 5110 - Paranapanema | 5111 - Paranapuã | 5112 - Parapuã


5113 - Pardinho | 5114 - Pariquera-Açu | 5115 - Parisi | 5116 - Patrocínio Paulista


5117 - Paulicéia | 5118 - Paulínia | 5119 - Paulistânia | 5120 - Paulo de Faria


5121 - Pederneiras | 5122 - Pedra Bela | 5123 - Pedranópolis | 5124 - Pedregulho


5125 - Pedreira | 5126 - Pedrinhas Paulista | 5127 - Pedro de Toledo | 5128 - Penápolis


5129 - Pereira Barreto | 5130 - Pereiras | 5131 - Peruíbe | 5132 - Piacatu


5133 - Piedade | 5134 - Pilar do Sul | 5135 - Pindamonhangaba | 5136 - Pindorama


5137 - Pinhalzinho | 5138 - Piquerobi | 5139 - Piquete | 5140 - Piracaia


5141 - Piracicaba | 5142 - Piraju | 5143 - Pirajuí | 5144 - Pirangi


5145 - Pirapora do Bom Jesus | 5146 - Pirapozinho | 5147 - Pirassununga | 5148 - Piratininga


5149 - Pitangueiras | 5150 - Planalto | 5151 - Platina | 5152 - Poá


5153 - Poloni | 5154 - Pompéia | 5155 - Pongaí | 5156 - Pontal


5157 - Pontalinda | 5158 - Pontes Gestal | 5159 - Populina | 5160 - Porangaba


5161 - Porto Feliz | 5162 - Porto Ferreira | 5163 - Potim | 5164 - Potirendaba


5165 - Pracinha | 5166 - Pradópolis | 5167 - Praia Grande | 5168 - Pratânia


5169 - Presidente Alves | 5170 - Presidente Bernardes | 5171 - Presidente Epitácio | 5172 - Presidente Prudente


5173 - Presidente Venceslau | 5174 - Promissão | 5175 - Quadra | 5176 - Quatá


5177 - Queiroz | 5178 - Queluz | 5179 - Quintana | 5180 - Rafard


5181 - Rancharia | 5182 - Redenção da Serra | 5183 - Regente Feijó | 5184 - Reginópolis


5185 - Registro | 5186 - Restinga | 5187 - Ribeira | 5188 - Ribeirão Bonito


5189 - Ribeirão Branco | 5190 - Ribeirão Corrente | 5191 - Ribeirão do Sul | 5192 - Ribeirão dos Índios


5193 - Ribeirão Grande | 5194 - Ribeirão Pires | 5195 - Ribeirão Preto | 5196 - Rifaina


5197 - Rincão | 5198 - Rinópolis | 5199 - Rio Claro | 5200 - Rio das Pedras


5201 - Rio Grande da Serra | 5202 - Riolândia | 5203 - Riversul | 5204 - Rosana


5205 - Roseira | 5206 - Rubiácea | 5207 - Rubinéia | 5208 - Sabino


5209 - Sagres | 5210 - Sales | 5211 - Sales Oliveira | 5212 - Salesópolis


5213 - Salmourão | 5214 - Saltinho | 5215 - Salto | 5216 - Salto de Pirapora


5217 - Salto Grande | 5218 - Sandovalina | 5219 - Santa Adélia | 5220 - Santa Albertina


5221 - Santa Bárbara d`Oeste | 5222 - Santa Branca | 5223 - Santa Clara d`Oeste | 5224 - Santa Cruz da Conceição


5225 - Santa Cruz da Esperança | 5226 - Santa Cruz das Palmeiras | 5227 - Santa Cruz do Rio Pardo | 5228 - Santa Ernestina


5229 - Santa Fé do Sul | 5230 - Santa Gertrudes | 5231 - Santa Isabel | 5232 - Santa Lúcia


5233 - Santa Maria da Serra | 5234 - Santa Mercedes | 5235 - Santa Rita d`Oeste | 5236 - Santa Rita do Passa Quatro


5237 - Santa Rosa de Viterbo | 5238 - Santa Salete | 5239 - Santana da Ponte Pensa | 5240 - Santana de Parnaíba


5241 - Santo Anastácio | 5242 - Santo André | 5243 - Santo Antônio da Alegria | 5244 - Santo Antônio de Posse


5245 - Santo Antônio do Aracanguá | 5246 - Santo Antônio do Jardim | 5247 - Santo Antônio do Pinhal | 5248 - Santo Expedito


5249 - Santópolis do Aguapeí | 5250 - Santos | 5251 - São Bento do Sapucaí | 5252 - São Bernardo do Campo


5253 - São Caetano do Sul | 5254 - São Carlos | 5255 - São Francisco | 5256 - São João da Boa Vista


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quinta-feira, 16 de março de 2017

Sinal encontrado a 95 anos-luz pode ser enfim nosso primeiro contato alienígena


Sinal encontrado a 95 anos-luz pode ser enfim nosso primeiro contato alienígena



Cientistas estão tentando controlar a ansiedade com o fenômeno, que é bem diferente dos já vistos!


Um estranho sinal de rádio detectado pelo radiotelescópio russo Ratan-600 gerou expectativas e especulações sobre a possibilidade de ser o primeiro contato esperado com seres extraterrestres.



RATAN-600 (abreviação de rádio telescópio astronômico da Academia das Ciências)
é um telescópio de rádio localizado perto da aldeia de Zelenchukskaya,
nas montanhas do Cáucaso, na Rússia, a uma altitude de 970 metros.


As características especiais desses fenômenos estão baseadas no fato de que o sinal vem de um ponto concreto no espaço (uma estrela chamada HD 164595, que tem 0,99 vezes a massa do Sol e está a 95 mil anos-luz da Terra) e que foi detectado com um comprimento de onda anormalmente elevado (2,7 cm) para ser um fenômeno natural, segundo os pesquisadores.



HD 164595 / Estrela / Magnitude: 7,08 / Constelação: Hércules


Embora tenha sido descartado o fato de ser uma supernova ou algum fenômeno parecido, a comunidade científica está cética e fazendo análises calmamente, sem nenhuma certeza, até o momento, de que o mesmo tenha uma origem intencional. Entre os ufologistas já surgiram especulações de que o sinal possa vir de uma civilização alienígena do tipo II na escala de Kardshov (ou seja, que sabe explorar os recursos naturais de seu habitat), ou uma civilização do tipo I (em uma etapa semelhante à terrestre).



SETI - Search for Extraterrestrial Intelligence / The Science behind the Fiction



Fonte: VIX
(http://www.vix.com/pt/ciencia/536600/vida-extraterrestre-astronomos-detectam-sinal-em-planeta-de-outra-galaxia)



VIX - Site Fonte



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quarta-feira, 15 de março de 2017

Pesquisadores finalmente atingem comunicação bidirecional em interfaces cérebro-computador


Pesquisadores finalmente atingem comunicação bidirecional em interfaces cérebro-computador



Desde o início dos anos 70, cientistas tem desenvolvido interfaces cérebro-computador; a principal aplicação sendo o uso de próteses neurais em pacientes paralisados ou amputados.


Um membro protético controlado diretamente por atividade cerebral pode recuperar parcialmente sua atividade motora perdida. Isso é alcançado através da decodificação da atividade neuronal, registrada por eletrodos, que é então traduzida em movimentos robóticos. Tais sistemas, porém, possuem precisão limitada devido à ausência de feedback sensorial do membro artificial. Neurocientistas na University of Geneva, Suíça, se perguntaram se era possível transmitir a sensação faltante de volta ao cérebro ao estimular atividade neural no córtex. Eles descobriram que não só era possível criar uma sensação artificial dos movimentos neuroprotéticos, mas também que o processo de básico de aprendizado ocorre de maneira bem rápida. Esses achados, publicados no periódico científico Neuron, foram obtidos utilizando ferramentas modernas de imagem e simulação óptica, oferecendo uma inovadora alternativa à abordagem clássica com eletrodos.



Função motora é central à todos os comportamentos e nos permite interagir com o mundo. Portanto, substituir um membro perdido por uma prótese robótica é o assunto de muitas pesquisas. Mesmo assim, resultados de sucesso são raros. Porque isso ocorre? Até este momento, interfaces cérebro-computador são operados dependendo majoritariamente de percepção visual – ou seja, o braço robótico é controlado ao olhar para ele. O fluxo direto de informação entre o cérebro e a máquina permanece, assim, unidirecional. Porém, percepção de movimento não é apenas baseada em visão mas principalmente em propriocepção, a sensação de onde um membro está localizado no espaço. “Nós nos perguntamos portanto se era possível estabelecer uma comunicação bi-direcional em uma interface cérebro-computador: simultaneamente ler atividade neuronal, transmiti-la como um movimento protético e re-injetar um feedback sensorial desse movimento de volta ao cérebro”, explicou Daniel Huber, professor no Departamento de Neurociências Básicas na Faculdade de Medicina da UNIGE.


Providenciando sensações artificiais de movimento protético
Em contraste com abordagens invasivas envolvendo eletrodos, a equipe de Daniel Huber se especializou em técnicas ópticas para visualizar imagens e estimular atividade cerebral. Usando um método chamado de microscopia de dois fótons, eles mediram rotineiramente a atividade de centenas de neurônios com resolução de uma célula única. “Nós queríamos testar se ratos conseguiam aprender a controlar uma prótese neural dependendo apenas de um feedback sensorial artificial” explicou Mario Prsa, pesquisador da UNIGE e primeiro autor do estudo. “Nós formamos imagens da atividade neural no córtex motor. Quando o rato ativou um neurônio específico, o neurônio escolhido para controle neuroprotético, nós simultaneamente aplicamos uma estimulação proporcional à essa atividade no córtex sensorial usando luz azul”. De fato, neurônios do córtex sensorial foram tornados fotossensíveis à esta luz, possibilitando que fossem ativados por uma série de flashes ópticos e assim integrarem o feedback sensorial artificial. Os ratos foram recompensados por cada ativação acima do limiar, e 20 minutos depois, quando a associação foi aprendida, o roedor era capaz de gerar a atividade neuronal correta com mais frequência.



Isso significa que a sensação artificial não só foi sentida, mas foi integrada com sucesso como um feedback do movimento protético. Dessa maneira, a interface máquina-computador funciona de maneira bi-direcional. Os pesquisadores de Geneva acreditam que a razão pela qual essa sensação fabricada é assimilada tão rápido é porque envolve funções cerebrais muito básicas. Sentir a posição dos nosso membros ocorre automaticamente, sem pensar muito sobre, e provavelmente reflete mecanismos de circuitos neurais fundamentais. Esse tipo de interface bidirecional pode permitir no futuro o desenvolvimento de membros robóticos mais precisos, sentindo objetos tocados ou percebendo a força necessária para segurá-los.

Atualmente, os neurocientistas da UNIGE estão examinando como produzir um feedback sensorial mais eficaz. Eles são capazes de fazê-lo para um único movimento, mas seria possível também providenciar múltiplos canais de feedback em paralelo? Essa pesquisa estabeleceu as bases para desenvolver uma nova geração de próteses mais precisas, bidirecionais.



UNIGE - Universidade de Genebra


Rumo a uma melhor compreensão dos mecanismos neurais de controle protético
Ao utilizarem-se de técnicas modernas de imagenologia, centenas de neurônios na área adjacente puderam também ser observados conforme os ratos aprendiam a tarefa neuroprotética. “Nós sabemos que existem milhões de conexões neurais. Porém, nós descobrimos que o animal ativou apenas o neurônio escolhido para controlar a ação neuroprotética, e não recrutou nenhum dos neurônios adjacentes”, adicionou Daniel Huber. “Isso é um achado muito interessante pois revela que o cérebro pode acionar e controlar especificamente a atividade de um único neurônio”. Pesquisadores podem potencialmente explorar esse conhecimento para não apenas desenvolver técnicas de decodificação mais estáveis e precisas, mas também para obter uma melhor compreensão da maioria das funções dos circuitos neurais básicos. Ainda restam ser descobertos quis mecanismos estão envolvidos no sinal de roteamento para o neurônio unicamente ativado.


FONTE: EurekAlert
(https://www.eurekalert.org/pub_releases/2017-02/udg-bi022217.php)



EurekAlert - Site Fonte



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terça-feira, 14 de março de 2017

Por que envelhecemos ?

Por que envelhecemos ?



Pesquisadores descobrem as causas genéticas do envelhecimento humano


Embora se estude há muitos anos as causas evolutivas do envelhecimento, as conclusões apresentadas até o momento eram, frequentemente, contraditórias. Agora, novos dados sobre o genótipo (informação contida em nossos genes) e fenótipo (junção do genótipo e de fatores ambientais) trazem novas possibilidades que poderão nos deixar mais próximos da resposta tão esperada.



Envelhecimento inevitável


Um grupo de pesquisadores do Departamento de Ciências Experimentais e de Saúde da Universidade Pompeu Fabra (UPF), de Barcelona, e do Instituto de Biologia Evolutiva (IBE) – um centro conjunto da UPF e do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) – conseguiu identificar quais são as causas genéticas que justificam o envelhecimento humano. Para isso, analisaram as informações obtidas em uma década de pesquisa com bases genéticas de doenças complexas (Parkinson, câncer, diabetes, entre outras), testando diferentes teorias evolutivas do envelhecimento.



UPF - Universitat Pompeu Fabra


As mutações nas células do corpo (alterações em seu código genético) são produzidas a partir do nascimento e se tornam mais frequentes em uma idade avançada. Mas nem todas as mutações são sinônimo de doença: algumas delas são benéficas em certos momentos da vida.

Juan Antonio Rodríguez, primeiro autor do trabalho, afirmou que algumas das mutações benéficas na juventude podem se tornar prejudiciais na velhice. Apesar disso, a seleção natural faz com que essas mutações sejam transmitidas aos descendentes por se mostrarem positivas durante o período reprodutivo, deixando-nos mais propensos a uma velhice frágil e doente em prol de uma saúde melhor na infância e na juventude. O estudo revelou que, depois dos 40-50 anos, uma vez que os genes foram transmitidos aos descendentes, a seleção natural fica cega.


Os Genes


Assim, conforme afirmou a codiretora da pesquisa, Elena Bosh, talvez a decadência física na velhice seja o preço evolutivo que temos que pagar por chegarmos saudáveis na idade reprodutiva.

Fonte: IIES
(http://iies.es/por-que-envejecemos/)



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terça-feira, 14 de março de 2017

Os algoritmos estão por toda parte - e é preciso ter cuidado com eles


Os algoritmos estão por toda parte - e é preciso ter cuidado com eles



Os códigos que hoje facilitam nossa vida também podem ter efeitos nefastos!


Pode ser que não tenhamos muita consciência sobre o assunto, mas fórmulas matemáticas complexas desempenham um papel fundamental na nossa vida diária. Coisas tão simples como comprar uma passagem aérea ou prever o resultado de uma eleição envolvem cálculos complicados. Isso é ainda mais exacerbado na nossa era, quando a maioria das decisões é regida pelo uso da tecnologia.



Algoritmo 1 troca de pneu do carro - Conceito de Algoritmo


O problema disso, segundo a cientista de análise de dados Cathy O’Neil, é o fato de as fórmulas serem criadas por pessoas, e estas podem ter objetivos que nem sempre são éticos ou estão de acordo com o bem comum. O’Neil afirma que “os algoritmos não são inerentemente justos” e dá como exemplo o ocorrido em 2010, em Washington, quando 200 professores de escolas públicas foram despedidos com base em um algoritmo que avaliava o rendimento profissional.

Por esse motivo, a União Europeia decidiu colocar em prática uma lei de dados que protege os consumidores que foram afetados por uma decisão algorítmica prejudicial. Com isso, procura-se alcançar uma transparência maior e impedir que os algoritmos sejam utilizados de modo discriminatório para prejudicar pessoas.



Algoritmos de estimação de distribuição


Por outro lado, alguns especialistas, como o vice-presidente da Fundação de Tecnologias da Informação e Inovação, Daniel Castro, afirmam que os algoritmos também não podem ser culpados por todos esses prejuízos. “É necessário erradicar a parcialidade e as decisões pouco éticas. Contudo, é importante levar em consideração que as mesmas existem independentemente de envolverem algoritmo ou não”, disse Castro.

Fonte: The Guardian
(https://www.theguardian.com/science/2016/sep/01/how-algorithms-rule-our-working-lives)



Site fonte - The Guardian



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terça-feira, 14 de março de 2017

Estátua gigantesca de Ramsés II é encontrada sob esgoto no Egito


Estátua gigantesca de Ramsés II é encontrada sob esgoto no Egito



Achado é um dos mais importantes da história. Estátua tem 3 mil anos de idade.


Arqueólogos egípcios e alemães fizeram uma descoberta e tanto. No dia 9 março, sob o esgoto de uma favela do Cairo, desenterraram pedaços de uma gigantesca estátua do faraó Ramsés II. Por enquanto foram encontrados apenas o busto e parte da cabeça do faraó.



Os fragmentos são feitos de quartzito e compõem uma estrutura que, acreditam os arqueólogos, tem cerca de 8 metros de altura. Ainda é preciso localizar a base inferior da estátua.


(https://youtu.be/ozvjE0tys3I)


Junto à descoberta foram encontrados também uma estátua menor do faraó Seti II, neto de Ramsés II, hieróglifos, parte de um obelisco e vestígios de um templo.

As peças devem compor o acervo do Grande Museu Egípcio, que deverá ser aberto em 2018.

Fonte: Galileu
(http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/03/arqueologos-encontram-estatua-de-ramses-ii-em-favela-do-egito.html)



Site fonte - Revista Galileu


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segunda-feira, 13 de março de 2017

Escritora gastou mais de 20 milhões de reais para descobrir real identidade de Jack, o Estripador


Escritora gastou mais de 20 milhões de reais para descobrir real identidade de Jack, o Estripador



Em entrevista ao jornal britânico Daily Mirror, a autora Patricia Cornwell revelou ter desembolsado US$ 7 milhões (quase 22 milhões de reais) para descobrir a verdadeira identidade de Jack, o Estripador para seu novo livro, “Ripper: The Secret Life of Walter Sickert”.


Segundo a escritora, a quantia foi necessária para “ter na minha equipe alguns dos maiores e melhores especialistas do mundo. Sem esse dinheiro teria sido impossível chegar a essa conclusão”.



Patricia Cornwell - Escritora


Após muitas investigações da equipe de Cornwell, ela chegou a conclusão que o renomado pintor impressionista Walter Sickert (1860-1942) foi o autor dos assassinatos ocorridos no bairro londrino de Whitechapel no ano de 1888. Em 2002, a escritora já havia indicado Sickert como o verdadeiro Jack, o Estripador no livro “Portrait of a Killer: Jack the Ripper – Case Closed”, mas seu recém-publicado livro entrega novas provas que endossam a sua teoria.


Walter Richard Sickert - Pintor



Em “Ripper: The Secret Life of Walter Sickert”, Patricia Cornwell denuncia que o artista “escondia” detalhes de seus crimes em suas pinturas e cartas enviadas a amigos e teria contado com a ajuda das autoridades britânicas para esconder os homicídios. Entre suas vítimas, estariam Mary Ann Nichols, Annie Chapman, Elizabeth Stride, Catherine Eddowes, Mary Jane Kelly e possivelmente mais 15 pessoas.

Ainda segundo a autora, uma cirurgia peniana feita por Sickert na infância teria provocado danos psicológicos no pintor.

Ao longo dos anos, Jack, o Estripador foi tema de vários filmes, sendo um dos mais famosos Do Inferno (2001), com Johnny Depp.


Do Inferno - 2001 - com Johnny Depp



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segunda-feira, 13 de março de 2017

As previsões incríveis de Nikola Tesla para o século 21


As previsões incríveis de Nikola Tesla para o século 21



Na década de 1930, jornalistas de publicações como o New York Times e a revista Time visitavam Nikola Tesla regularmente em sua casa no vigésimo andar do Hotel Governor Clinton em Manhattan. Lá, o já idoso Tesla os entretia com histórias dos seus tempos de inventor e muitas vezes opinava sobre as inovações que estavam por vir.


Há alguns anos demos uma olhada nas previsões de Tesla sobre como a eugenia e a esterilização forçada de criminosos e outras “pessoas indesejadas”. Ele acredita que isso de alguma forma purificaria a raça humana até o ano 2100. Hoje, temos mais informação sobre essa matéria que foi publicada na edição do dia 9 de fevereiro de 1935 da revista Liberty. A matéria é única porque não foi uma simples entrevista como muitas das publicadas na época sobre o Tesla, na verdade é descrita como “escrita por Nikolas Tesla, como foi dito para George Sylvester Viereck.”



Nikola Tesla - Inventor - Ficha Pessoal


Não é claro aonde essa matéria específica foi escrita, mas a relação amigável de Tesla com Viereck me leva a achar que pode não ter sido em sua casa no hotel de Manhattan. Entrevistas com Tesla da época normalmente aconteciam no hotel, mas às vezes Tesla jantava com Viereck e sua família em sua casa em Riverside Drive, o que significa que pode ter sido escrita lá.

Viereck se associava com muitas pessoas importantes da época, realizando entrevistas com figuras notáveis como Albert Einsten, Teddy Roosevelt e até Adolf Hitler. Como um alemão-americano morando em Nova York, Viereck era um divulgador notório do regime nazista e foi julgado e preso em 1942 por não se registrar como tal no governo americano. Ele foi solto em 1947, alguns anos depois da morte de Tesla em 1943. Não é claro se eles continuaram sendo amigos depois do governo demonstrar preocupação sobre as atividades de Viereck no final dos anos 30 e início da década de 1940.

Tesla tinha teorias interessantes sobre religião, ciência e a natureza da humanidade que vamos explorar em alguma matéria futura, mas por enquanto eu reuni algumas das previsões mais interessantes (e muitas vezes corretas) que Tesla tinha para o futuro.



Criação do EPA
A criação do Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Environmental Protection Agency, EPA) não aconteceria por mais 35 anos, mas o Tesla previu a criação de uma agência parecida no próximo século.

"Higiene e cultura física serão ramos reconhecidos da educação e governo. A Secretaria da Higiene ou Cultura Física será muito mais importante no gabinete do presidente dos Estados Unidos em exercício em 2035 do que o secretário da guerra. A poluição das nossas praias que temos hoje nos arredores de Nova York será tão impensável para os nossos filhos e netos quanto viver sem encanamento. O nosso abastecimento de água será supervisionado muito mais cuidadosamente e só um louco vai tomar água que não seja esterilizada."


Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos - Agência Federal - EPA



Educação, guerra e os jornais do amanhã
Tesla imaginou um mundo em que descobertas científicas, e não a guerra, seriam a prioridade para a humanidade.

"Hoje os países mais civilizados do mundo gastam o máximo de sua renda na guerra e um mínimo em educação. O século 21 vai reverter essa ordem. Será mais glorioso lutar contra a ignorância do que morrer no campo de batalha. A descoberta de uma nova verdade científica vai ser mais importante do que as querelas de diplomatas. Até os nossos jornais estão começando a retratar descobertas científicas e a criação de conceitos filosóficos novos como notícia. Os jornais do século 21 só vão publicar uma “nota” nas últimas páginas sobre crimes ou polêmicas políticas. As manchetes nas capas serão de proclamações de novas hipóteses científicas."



Saúde e dieta
Ao se aproximar do fim de sua vida, Tesla desenvolveu teorias estranhas sobre a dieta humana ideal. Ele não jantava mais do que leite e mel nos seus últimos dias, acreditando que essa era a forma mais pura de comida. Tesla perdeu muito peso e tinha uma aparência sinistra no início da década de 1940. Essa dieta escassa e seu físico esquelético levaram ao equívoco comum de que Tesla estaria falido no fim de sua vida.

"Mais pessoas morrem ou ficam doentes de água poluída do que de café, chá, tabaco ou outros estimulantes. Eu mesmo evito todos estimulantes. Eu também praticamente me abstenho de comer carne. Estou convencido de que dentro de um século café, chá e tabaco não estarão mais em voga. Porém o álcool ainda será usado. Este não é um estimulante, mas um verdadeiro elixir da vida. A abolição de estimulantes não acontecerá de uma maneira forçada. Simplesmente não estará mais na moda envenenar o seu corpo com ingredientes nocivos. Bernarr Macfadden já mostrou como é possível providenciar comidas saborosas com base em produtos naturais como leite, mel e trigo. Acredito que a comida que é servida hoje em seus restaurantes será a base das refeições epicuristas nos mais elegantes salões de banquetes do século 21."

Existirão produtos de trigo o suficiente para alimentar o mundo todo, incluindo os milhões de pessoas da China e Índia, hoje cronicamente à beira da fome. A terra é tão abundante e quando sua abundância falta, nitrogênio vindo do ar refertilizará seu ventre. Eu desenvolvi um processo para esse fim em 1900. Foi aperfeiçoado 14 anos depois sob a pressão da guerra por químicos alemães.



Nikola Tesla - Aparência depois da sua dieta radical



Robôs
O trabalho de Tesla com robótica começou no final da década de 1890 quanto ele patenteou o seu barco de controle remoto, uma invenção que absolutamente chocou observadores na Exibição Eletrônica de 1898 em Madison Square Garden.

"Hoje sofremos a disfunção da nossa civilização, porque ainda não nos ajustamos completamente à era das máquinas. A solução dos nossos problemas não está em destruir maquinas, mas em dominá-las.

Inúmeras atividades ainda executadas hoje por mãos humanas serão realizadas por autômatos. Neste momento, cientistas trabalhando nos laboratórios de universidades americanas estão tentando desenvolver o que tem sido descrito como “máquinas de pensar”. Eu antecipei esse desenvolvimento.

Na verdade, eu construí “robôs”. Hoje o robô é um fato aceitado, mas o princípio ainda não foi desenvolvido o suficiente. No século 21, o robô vai tomar o lugar que o trabalho escravo ocupou na antiga civilização. Não existe motivo nenhum pelo o qual grande parte disso não se concretize em menos de um século, liberando a humanidade para exercer suas aspirações maiores."



Nikola Tesla - Seu barco de controle remoto demonstrado em 1898


Energia barata e gerenciamento de recursos naturais

"Muito antes do início do próximo século, o reflorestamento sistemático e o gerenciamento científico de recursos naturais terão trazido um fim para todas as secas, incêndios florestais e inundações devastadoras. A utilização universal da energia hidroelétrica e sua transmissão à longa distância vai abastecer todas residências com energia barata e dispensará a necessidade de queimar combustíveis. Sendo que a luta existencial será diminuída, deve haver desenvolvimento motivado por ideais e não questões materiais."

Tesla foi um visionário cujas contribuições para o mundo estão sendo comemoradas hoje mais do que nunca. Enquanto sua ideia de uma dieta ideal pode ter sido meio estranha, ele claramente entendia muito sobre coisas que hoje valorizamos (como ar limpo, comida limpa e nossas “máquinas de pensar”) enquanto tropeçamos rumo ao futuro.



Transmissão de energia elétrica



FONTE: Smithsonian.com.

(http://smithsonian.com/)

(http://www.smithsonianmag.com/history/nikola-teslas-amazing-predictions-for-the-21st-century-26353702/)


Site fonte - Smithsonian



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sexta-feira, 10 de março de 2017

LITERATURA CLÁSSICA BRASILEIRA


LITERATURA CLÁSSICA BRASILEIRA



No Brasil a leitura não é algo muito comum, justamente porque os brasileiros não possuem este hábito.

A maioria dos professores e educadores tentam incentivar os alunos a ler, pois a maioria dos jovens, principalmente, não gostam de ler, e hoje a leitura é essencial, através dela, adquirimos conhecimento e informações de tudo.

Quando se fala em literatura é pior ainda, pois as obras literárias de fato não são fáceis de entender, devido ao fato da época em que se foi produzida.

A literatura, nos mostra como era antes, isto é, os problemas que se passavam na sociedade na época em que foi escrito, ou seja, os autores escreviam isso para que a sociedade pudesse refletir e mudar a situação. Por este motivo, a literatura tem sido mais um componente presente em provas de vestibulares, pois além de trazer conhecimento da época em que a mesma foi escrita, faz a gente refletir nos dias de hoje também.

Então para promover a leitura da nossa LITERATURA CLÁSSICA irei atualizar a listagem abaixo toda vez que postar uma obra completa neste BLOG.


TÍTULOS:

01 - Cinco Minutos - José de Alencar

02 - O Alienista - Machado de Assis

03 - Broquéis - Cruz e Sousa

04 - Casa Velha - Machado de Assis

05 - O Noviço - Martins Pena

06 - Casa de Pensão - Aluísio Azevedo

07- Marília de Dirceu - Tomaz Antônio Gonzaga

08 - Contos Fluminenses - Machado de Assis

09 - A Arte da Capoeira - Camille Adorno

10 - O Ateneu - Raul Pompéia

11 - Dom Casmurro - Machado de Assis

12-Os Bruzundangas - Lima Barreto

13-O Cortiço - Aluísio Azevedo

14-O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa

15-Diva - José de Alencar

16-Luzia Homem - Domingos Olímpio

17-A Mão e a Luva - Machado de Assis

18-Faróis - Cruz e Sousa

19-A Pata da Gazela - José de Alencar

20-Inocência - Visconde de Taunay

21 - O Cabeleira - Franklin Távora

22-A Escrava Isaura - Bernardo Guimarães

23-Clara dos Anjos - Lima Barreto

...


LISTAGEM + SINOPSE:


01 - Cinco Minutos - José de Alencar
Cinco minutos é o primeiro romance do escritor, dramaturgo brasileiro José de Alencar, nome proeminente do romantismo no país. Foi publicada em 1856 em forma de folhetins pelo jornal Diário do Rio de Janeiro. Ao final de alguns meses, com todos os capítulos já publicados, esses foram juntados em uma única edição que foi oferecida como brinde para os assinantes do jornal. No entanto, diversas pessoas que não assinavam o jornal, procuraram um volume do livro.



LINK
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/03/cinco-minutos-jose-de-alencar.html)



02 - O Alienista - Machado de Assis
Machado de Assis é autor de "O Alienista", sua primeira obra realista, considerada por alguns críticos um conto e para outros uma novela, a maioria o classifica como um conto mais longo, principalmente devido à narrativa. Obra que inaugura a fase realista do autor, apresenta características como a análise psicológica e a crítica social. O conto é narrado em 3º pessoa, o chamado narrador onisciente. Machado de Assis consegue mostrar o comportamento humano no que diz respeito a aparência, vaidade e egoísmo.



LINK
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/03/o-alienista-machado-de-assis.html)



03 - Broquéis - Cruz e Sousa
Broquéis é o livro de estreia do poeta simbolista brasileiro João da Cruz e Sousa, publicado originalmente em 1893. A obra é composta por 54 poemas, sendo marcada pela influência de Baudelaire, que traz o mal como algo belo. Neste livro, Cruz e Souza utiliza uma linguagem mais erudita, fazendo todo um jogo de palavras. Usa a cor branca para representar a espiritualidade, além de elementos vagos. A todo tempo deseja o espiríto, mas perde a espiritualidade com o elemento material.



LINK
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/03/broqueis-cruz-e-sousa.html)



04 - Casa Velha - Machado de Assis
Casa Velha é um romance de Machado de Assis, publicado em folhetins na revista carioca A Estação, de janeiro de 1885 a fevereiro de 1886. A primeira edição saiu em livro somente em 1943, graças aos esforços da crítica literária Lúcia Miguel Pereira. A edição contou com introdução crítica da estudiosa e ilustrações de Santa Rosa. Embora tenha sido publicado na fase dita realista do autor, supõe-se que Machado de Assis tenha aproveitado material não-publicado de sua fase romântica. A obra permaneceu no esquecimento durante décadas, até ser resgatada por John Gledson, em "Machado de Assis - ficção e história".


LINK
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/03/casa-velha-machado-de-assis.html)



05 - O Noviço - Martins Pena
O noviço é uma peça teatral brasileira escrita pelo comediógrafo Martins Pena em 1845. Foi representada pela primeira vez em 10/08/45, no Teatro São Pedro, e publicada como livro em 1853.

O noviço gira em torno da deslealdade de Ambrósio, que se casa por interesse com Florência, rica viúva, mãe da jovem Emília, do menino Juca e tutora do sobrinho Carlos, este o personagem principal da peça. O vilão Ambrósio já havia convencido a mulher a colocar Carlos (o noviço) em um seminário. Agora, quer também internar Emília em um convento, pois ela se encontra em idade de casar e teria de receber um dote significativo da mãe. Igual destino aguarda o menino que deve se tornar frade. Assim, Ambrósio ficaria com toda a fortuna de Florência.

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(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/03/o-novico-martins-pena.html)



06 - Casa de Pensão - Aluísio Azevedo
Casa de Pensão é um livro de estilo naturalista escrito por Aluísio Azevedo em 1884. Narrado em terceira pessoa, Casa de Pensão inicia com a chegada do jovem maranhense Amâncio ao Rio De Janeiro, que para ali se muda no intuito de estudar medicina na Corte. Chegando à cidade, Amâncio procura o Sr. Luís Campos, comerciante, amigo de seu pai, que lhe oferece pouso no interior. O Sr. Campos era casado com D. Maria Hortênsia, que não se mostra muito a vontade com a chegada do menino à sua casa, mas que acaba aceitando a decisão do marido.



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(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/04/casa-de-pensao-parte-1-de-5-aluisio.html)



07 - Marília de Dirceu - Tomaz Antônio Gonzaga
Marília de Dirceu é o título da obra poética máxima de Tomás Antônio Gonzaga, integrante do Arcadismo.
Data da primeira publicação: 1792
Autor: Tomás Antônio Gonzaga
Gênero: Poesia
Idioma original: Língua portuguesa


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(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/05/marilia-de-dirceu-p1de2-tomaz-antonio.html)



08 - Contos Fluminenses - Machado de Assis
Contos Fluminenses é um livro de contos do escritor brasileiro Machado de Assis, com tema relacionado ao Rio de Janeiro do período imperial. O livro foi publicado em 1870 e o conto mais famoso é Miss Dollar.
Data da primeira publicação: 1869
Autor: Machado de Assis


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09 - A Arte da Capoeira - Camille Adorno
Este livro fala da herança africana legada à cultura brasileira, o jogo da Capoeira significa valioso contributo à formação da nossa identidade cultural.

Neste livro estabelecemos os caracteres delineadores da Capoeira, propiciando uma oportunidade de iniciação à arte.

Na leitura desse tema ampliam-se as possibilidade de compreensão da nossa história, onde se insere a Capoeira e que preservou a lembrança das lutas sociais que forjaram a cidadania brasileira.

Esta obra é um passo para se promover o resgate das tradições da Capoeira divulgando essa bela expressão nacional.


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http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/07/a-arte-da-capoeira-parte-1-de-3-camille.html



10 - O Ateneu - Raul Pompéia
O Ateneu é um romance do escritor brasileiro Raul Pompeia, considerado como o único exemplar de romance impressionista na literatura brasileira.
Publicado pela primeira vez em 1888, o livro conta a história de Sérgio, um menino que é enviado para um colégio interno renomado na cidade do Rio de Janeiro, denominado Ateneu. Comandado pelo diretor Aristarco, o colégio mantém regras rígidas e princípios da aristocracia da época. A obra critica a sociedade brasileira do final do século XIX, tomando como metáfora o Ateneu, seu reflexo, um lugar onde vence sempre o mais forte.


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http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/08/o-ateneu-parte-1-de-4-raul-pompeia.html



11 - Dom Casmurro - Machado de Assis

Publicado pela primeira vez em 1899, "Dom Casmurro" é uma das grandes obras de Machado de Assis e confirma o olhar certeiro e crítico que o autor estendia sobre toda a sociedade brasileira. Também a temática do ciúme, abordada com brilhantismo nesse livro, provoca polêmicas em torno do caráter de uma das principais personagens femininas da literatura brasileira: Capitu.

Resumo
O romance inicia-se numa situação posterior a todos os seus acontecimentos. Bento Santiago, já um homem de idade, conta ao leitor como recebeu a alcunha de Dom Casmurro. A expressão fora inventada por um jovem poeta, que tentara ler para ele no trem alguns de seus versos. Como Bento cochilara durante a leitura, o rapaz ficou chateado e começou a chamá-lo daquela forma.



http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/09/dom-casmurro-p1de4-machado-de-assis.html



12-Os Bruzundangas - Lima Barreto

Pode-se dizer que um escritor duplamente injustiçado no Brasil é Lima Barreto. Isso porque, na sua época, ser pobre e mulato, além de escrever com linguagem mais próxima do homem comum, foram elementos que o impediram de ter o reconhecimento merecido por sua obra (vale destacar que seu nome foi negado duas vezes para a Academia Brasileira de Letras); já no nosso tempo, temos o cruel fator vestibular, que muitas vezes relega excelentes autores a uma mera lista de características a serem memorizadas, retirando todo o brilho de seus escritos. Pois o objetivo deste texto é justamente reabilitar um pouco de Lima Barreto para o público, mostrando a graça e a atualidade de sua escrita. Os Bruzundangas, compilada e publicada postumamente em 1923.


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13-O Cortiço - Aluísio Azevedo

Tendo como cenário uma habitação coletiva, o romance difunde as teses naturalistas, que explicam o comportamento dos personagens com base na influência do meio, da raça e do momento histórico.

Resumo:
O livro narra inicialmente a saga de João Romão rumo ao enriquecimento. Para acumular capital, ele explora os empregados e se utiliza até do furto para conseguir atingir seus objetivos. João Romão é o dono do cortiço, da taverna e da pedreira. Sua amante, Bertoleza, o ajuda de domingo a domingo, trabalhando sem descanso.


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14 - O Livro Derradeiro - Cruz e Sousa

O Livro Derradeiro - antologia especial com 500 páginas, reúne poemas de Cruz e Souza, um dos iniciadores do Simbolismo no Brasil (movimento literário e das outras artes que surgiu na França...



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15- Diva - José de Alencar

Diva narra a história de Emília Duarte. O narrador, em primeira pessoa, é o homem que a ama, Augusto Amaral. Emília é uma adolescente muito retraída e tem aversão a que estranhos a toquem. Uma enfermidade a leva quase à morte. É chamado um médico recém-formado, colega de seu irmão, Dr. Augusto Amaral. Augusto dedica-se a Emília, mas ela se recusa a ser tocada e não o deixa sequer entrar no quarto. Apesar de tudo, Augusto consegue salvar a moça, o que faz com que ela o odeie, temendo que ele exija sua amizade como recompensa. Seguem-se várias discussões e brigas entre os dois, onde se revela o caráter de Emília, extremamente instável e voluntariosa. Augusto acaba apaixonando-se por Emília, mas as atitudes dela são tão incertas que acabam por levá-lo ao desespero. Ao final tudo se reequilibra e termina bem, quando Emília revela seu amor pelo médico. No final do Capitulo III, a personagem Emília é comparada a uma Vênus moderna, a diva dos salões, explicando assim o título do livro: Diva.


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http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2018/03/diva-jose-de-alencar.html



16-Luzia Homem - Domingos Olímpio

O cenário é o interior do Ceará, nos fins de 1878, durante uma grande seca. Na construção da penitenciária de Sobral, pequena cidade do Ceará, muitos retirantes trabalham para não morrerem de fome.
Uma linda morena chama a atenção de todos. É Luzia que faz serviços de homem para poder receber ração dobrada, em virtude de ter a mãe doente em casa. Seu corpo é esbelto e feminino e, acostumada que fora na antiga fazenda do pai a trabalhar em serviços pesados, tinha muita força, fazendo o que muitos homens não podiam. Por isso recebera o apelido de Luzia-Homem. Recatada e silenciosa, não tinha muitas relações de amizade. No entanto, o soldado Crapiúna era apaixonado ou pelo menos atraído fisicamente com violência por Luzia. Esta não correspondia aos seus cortejos, desprezando-o e tornando o soldado cada vez mais obcecado por ela.


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http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2018/04/luzia-homem-parte-1-de-5-domingos.html



17-A Mão e a Luva - Machado de Assis

A Mão e a Luva é o segundo romance escrito por Machado de Assis, publicado em 1874, sua primeira experiência como folhetinista de jornal, seguindo o exemplo de seus amigos Manuel Antônio de Almeida e José de Alencar. Publicado em 20 folhetins, com o subtítulo "Um perfil de mulher", nos rodapés de O Globo, jornal dirigido por Quintino Bocaiúva, entre 26 de setembro e 3 de novembro (não diariamente).

"A mão e a luva" se trate de uma "história de amor" — de uma mulher de personalidade forte, Guiomar,assediada por três pretendentes a marido — enquadrada na fase "romântica" do autor, em vez dos recursos clássicos do romantismo — enredos rocambolescos, plenos de coincidências, reviravoltas, surpresas, suspenses — Machado, como já ocorrera no romance de estreia, Ressurreição, prefere um texto contido, minimalista em termos de trama, de análise psicológica, mas com uma elegância estilística que continuaria aperfeiçoando até atingir seus píncaros na chamada "fase realista". A história transcorre em Botafogo, então um simples arrabalde (o que hoje chamaríamos de subúrbio) repleto de aprazíveis chácaras.


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(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2018/05/a-mao-e-luva-parte-1-de-3-machado-de.html)



18-Faróis - Cruz e Sousa

Obra póstuma Faróis de Cruz e Sousa, composta por poemas em verso e organizada pelo amigo Nestor Victor que nos comentários a esta edição diz: Cruz e Souza confiou-me antes de partir para a estação do Sitio, onde três dias depois faleceu, todos aqueles de seus manuscritos que ele destinava á publicação. Esta é uma obra póstuma publicada em 1900.


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http://publicadosbrasil.blogspot.com/2018/06/farois-parte-1-de-2-cruz-e-sousa.html



19 - A Pata da Gazela - José de Alencar

O Livro A Pata da Gazela, obra de José de Alencar é uma crítica a sociedade do século XIX.
Em "A pata de Gazela", obra de 1870, o autor retrata a sociedade brasileira, mais precisamente a carioca, do século XIX de forma irônica. Muitos consideram este livro a Cinderela brasileira.
A história envolve quatro personagens: Horácio, Leopoldo, Amélia e Laura, onde acontece um triangulo amoroso. No livro o autor tenta mostrar o quão falido é a ideia de que o belo é quem deve ser amado. Mais uma vez José de Alencar traz um pouco de realismo a um romance.


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(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2018/07/a-pata-da-gazela-parte-1-de-3-jose-de.html)



20 - Inocência - Visconde de Taunay

Inocência é um romance regionalista brasileiro de Alfredo d'Escragnolle Taunay, dividido em 30 capítulos - que são introduzidos por uma citação - mais um epílogo. Foi publicado em 1872 e retrata costumes, pessoas e ambientes do leste sul-mato-grossense (sertão), notadamente a cidade de Paranaíba e a frente colonizadora dos Garcia Leal. Como o Romantismo estava em decadência na época em que a obra foi escrita, pode-se considerá-la de transição para o Naturalismo, devido a uma grande e infalível caracterização do homem como produto do meio, isto é, ele age de acordo com o tipo de vida que leva.


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(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2018/08/inocencia-parte-1-de-4-visconde-de.html)



21 - O Cabeleira - Franklin Távora

O Cabeleira começa o Regionalismo na nossa literatura e apresenta marcantes qualidades tanto do Romantismo quanto do Naturalismo. Cabeleira é o apelido de José de Gomes, um dos primeiros cangaceiros de Pernambuco. José era naturalmente bom, mas foi ensinado pelo pai, Joaquim Gomes, a ser cruel. Junto com o pai e Teodósio, o traiçoeiro amigo, assim como vários outros comparsas, Cabeleira aterroriza a província de Pernambuco em 1776 (exatos 100 anos antes da publicação do romance). Mas quando ele reencontra Luísa, foge com ela e começa a se reformar, apesar de instintivamente ainda tentar se defender violentamente.


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http://publicadosbrasil.blogspot.com/2018/09/o-cabeleira-parte-1-de-4-franklin-tavora.html



22-A Escrava Isaura - Bernardo Guimarães

Importância do livro: A Escrava Isaura se tornou um livro muito popular já na época de sua publicação graças ao apelo abolicionista mesclado ao sentimentalismo. O romance foi um sucesso sobretudo entre o público feminino que se compadeceu do sofrimento da heroína cativa.


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http://publicadosbrasil.blogspot.com/2018/10/a-escrava-isaura-parte-1-de-4-bernardo.html



23-Clara dos Anjos - Lima Barreto

Concluído em 1922, ano da morte de Lima Barreto, o romance Clara dos Anjos é uma denúncia áspera do preconceito racial e social, vivenciado por uma jovem mulher do subúrbio carioca.

O Realismo-naturalismo, que tanto influenciou Lima Barreto na composição de Clara dos Anjos, é cientificista e determinista, considerando que as ações humanas são produtos de leis naturais: do meio, das características hereditárias e do momento histórico. Portanto, os romances naturalistas procuravam, através da representação literária, demonstrar teses extraídas de teorias científicas. Para isso, o Naturalismo buscou compor um registro implacável da realidade, incluindo seus aspectos repugnantes e grotescos. São exatamente esses os aspectos que mais chamam à atenção na narrativa exagerada de Clara dos Anjos.


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sexta-feira, 10 de março de 2017

O Noviço - Martins Pena


O Noviço - Martins Pena



O noviço é uma peça teatral brasileira escrita pelo comediógrafo Martins Pena em 1845. Foi representada pela primeira vez em 10/08/45, no Teatro São Pedro, e publicada como livro em 1853.

O noviço gira em torno da deslealdade de Ambrósio, que se casa por interesse com Florência, rica viúva, mãe da jovem Emília, do menino Juca e tutora do sobrinho Carlos, este o personagem principal da peça. O vilão Ambrósio já havia convencido a mulher a colocar Carlos (o noviço) em um seminário. Agora, quer também internar Emília em um convento, pois ela se encontra em idade de casar e teria de receber um dote significativo da mãe. Igual destino aguarda o menino que deve se tornar frade. Assim, Ambrósio ficaria com toda a fortuna de Florência.

(SEGUE ABAIXO ESTA OBRA COMPLETA)


O NOVIÇO - MARTINS PENA


Comédia em 3 atos

P E R S O N A G E N S

AMBRÓSIO
FLORÊNCIA - sua mulher
EMÍLIA - sua filha
JUCA - 9 anos, dito
CARLOS - noviço da Ordem de S. Bento
ROSA - provinciana, primeira mulher de Ambrósio
PADRE - MESTRE DOS NOVIÇOS
JORGE
JOSÉ - criado
1 meirinho, que fala
2 ditos, que não falam
Soldados de Permanentes, etc. ,etc.

(A cena passa-se no Rio de Janeiro)



ATO PRIMEIRO

Sala ricamente adornada: mesa, consolos, mangas de vidro, jarras com flores,
cortinas, etc., etc. No fundo, porta de saída, uma janela, etc., etc.



CENA I


AMBRÓSIO, só de calça preta e chambre - No mundo a fortuna é para quem sabe
adquiri-la. Pintam-na cega... Que simplicidade! Cego é aquele que não
tem inteligência para vê-la e a alcançar. Todo homem pode ser rico, se
atinar com o verdadeiro caminho da fortuna. Vontade forte,
perseverança e pertinácia são poderosos auxiliares. Qual o homem que,
resolvido a empregar todos os meios, não consegue enriquecer-se? Em
mim se vê o exemplo. Há oito anos, eu era pobre e miserável, e hoje sou
rico, e mais ainda serei. O como não importa; no bom resultado está o
mérito... Mas um dia pode tudo mudar. Oh, que temo eu? Se em algum
tempo tiver que responder pelos meus atos, o ouro justificar-me-á e
serei limpo de culpa. As leis criminais fizeram-se para os pobres

CENA II
Entra Florência vestida de preto, como quem vai à festa.

FLORÊNCIA - Entrando - Ainda despido, Sr. Ambrósio?

AMBRÓSIO - É cedo (Vendo o relógio) São nove horas e o ofício de Ramos
principia às dez e meia.

FLORÊNCIA - É preciso ir mais cedo para tomarmos lugar.

AMBRÓSIO - Para tudo há tempo. Ora, dize-me, minha bela Florência...

FLORÊNCIA - O que, meu Ambrosinho?

AMBRÓSIO - O que pensa tua filha do nosso projeto?

FLORÊNCIA - O que pensa não sei eu, nem disso se me dá; quero eu - e basta. E é
seu dever obedecer.

AMBRÓSIO - Assim é; estimo que tenhas caráter enérgico.

FLORÊNCIA - Energia tenho eu.

AMBRÓSIO - E atrativos, feiticeira.

FLORÊNCIA- Ai, amorzinho! (à parte: ) Que marido!

AMBRÓSIO - Escuta-me, Florência, e dá-me atenção. Crê que ponho todo o meu
pensamento em fazer-te feliz...

FLORÊNCIA - Toda eu sou atenção

AMBRÓSIO - Dous filhos te ficaram do teu primeiro matrimônio. Teu marido foi
um digno homem de muito juízo; deixou-te herdeira de avultado
cabedal. Grande mérito é esse...

FLORÊNCIA - Pobre homem!

AMBRÓSIO - Quando eu te vi pela primeira vez não sabia que era viúva rica. ( à
parte: ) Se o sabia! (Alto: ) Amei-te por simpatia.

FLORÊNCIA - Sei disso, vidinha.

AMBRÓSIO - E não foi o interesse que obrigou-me a casar contigo.

FLORÊNCIA - Foi o amor que nos uniu.

AMBRÓSIO - Foi, foi, mas agora que me acho casado contigo, é de meu dever zelar
essa fortuna que sempre desprezei.

FLORÊNCIA, à parte - Que marido!

AMBRÓSIO, à parte - Que tola! (Alto:) Até o presente tens gozada desta fortuna em
plena liberdade e a teu bel-prazer; mas daqui em diante, talvez assim
não seja.

FLORÊNCIA - E por quê?

AMBRÓSIO - Tua filha está moça e em estado de casar-se. Casar-se-á, e terás um
genro que exigirá a legítima de sua mulher, e desse dia, principiarão as
amofinações para ti, e intermináveis demandas . Bem sabes que ainda
não fizestes inventário.

FLORÊNCIA - Não tenho tido tempo, e custa-me tanto aturar procuradores!

AMBRÓSIO - Teu filho também vai a crescer todos os dias e será preciso por fim
dar-lhe a sua legítima... Novas demandas

FLORÊNCIA - Não, não quero demandas.

AMBRÓSIO - É o que eu também digo; mas como prevení-las?

FLORÊNCIA - Faze o que entenderes, meu amorzinho.

AMBRÓSIO - Eu já te disse há mais de três meses o que era preciso fazermos para
atalhar esse mal. Amas a tua filha, o que é muito natural, mas amas
ainda mais a ti mesma...

FLORÊNCIA - O que também é muito natural...

AMBRÓSIO - Que dúvida! E eu julgo que podes conciliar esses dous pontos,
fazendo Emília professar em um convento. Sim, que seja freira. Não
terás nesse caso de dar legítima alguma, apenas um insignificante dote
- e farás ação meritória.

FLORÊNCIA - Coitadinha! Sempre tenho pena dela; o convento é tão triste!

AMBRÓSIO - É essa compaixão mal-entendida! O que é este mundo? Um pélago
de enganos e traições, um escolho em naufragam a felicidade e as doces
ilusões da vida. E o que é o convento? Porto de salvação e ventura,
asilo da virtude, único abrigo da inocência e verdadeira felicidade... E
deve uma mãe carinhosa hesitar na escolha entre o mundo e o
convento?

FLORÊNCIA - Não, por certo...

AMBRÓSIO - A mocidade é inexperiente, não sabe o que lhe convém. Tua filha
lamentar-se-á, chorará desesperada, não importa; obriga-a e daí tempo
ao tempo. Depois que estiver no convento e acalmar-se esse primeiro
fogo, abençoará o teu nome e, junto ao altar, no êxtase de sua
tranqüilidade e verdadeira felicidade, rogará a Deus por ti. (À parte:)
E a legítima ficará em casa.

FLORÊNCIA - Tens razão, meu Ambrosinho, ela será freira.

AMBRÓSIO - A respeito de teu filho direi o mesmo. Tem ele nove anos e será
prudente criarmo-lo desde já para frade.

FLORÊNCIA - Já ontem comprei-lhe o hábito com que andará vestido daqui em
diante.

AMBRÓSIO - Assim não estranhará quando chegar à idade de entrar no convento;
será frade feliz. ( À parte:) E a legítima também ficará em casa.

FLORÊNCIA - Que sacrifícios não farei eu para a ventura dos meus filhos!


CENA III
Entra Juca, vestido de frade, com chapéu desabado, tocando um assobio.

FLORÊNCIA - Anda cá, filhinho. Como estais galante com esse hábito!

AMBRÓSIO - Juquinha, gostas desta roupa?

JUCA - Não , não me deixa correr, é preciso levantar assim... (Arregaça o hábito)

AMBRÓSIO - Logo te acostumarás.

FLORÊNCIA - Filhinho, hás-de ser um fradinho muito bonito.

JUCA, chorando - Não quero ser frade!

FLORÊNCIA - Então, o que é isso?

JUCA - Hi, hi, hi... Não quero ser frade!

FLORÊNCIA - Menino!

AMBRÓSIO - Pois não te darei o carrinho que te prometi, todo bordado de prata,
com cvalos de ouro.

JUCA, rindo-se - Onde está o carrinho?

AMBRÓSIO - Já o encomendei; é cousa muito bonita: os arreios todos enfeitados
de fitas e veludo.

JUCA - Os cavalos são de ouro?

AMBRÓSIO - Pois não, de ouro com olhos de brilhantes.

JUCA - E andam sózinhos?

AMBRÓSIO - Se andam! De marcha e passo.

JUCA - Andam, mamãe?

FLORÊNCIA - Correm, filhinho.

JUCA, saltando de contente - Como é bonito! E o carrinho tem rodas, capim para os
cavalos, uma moça bem enfeitada?

AMBRÓSIO - Não lhe falta nada.

JUCA - E quando vem?

AMBRÓSIO - Assim que estiver pronto.

JUCA, saltando e cantando, - Eu quero ser frade, eu quero ser frade... (Etc.)

AMBRÓSIO, para Florência - Assim o iremos acostumando

FLORÊNCIA - Coitadinho, é preciso comprar-lhe o carrinho!

AMBRÓSIO, rindo-se - Com cavalos de ouro?

FLORÊNCIA - Não.

AMBRÓSIO - Basta que se compre uma caixinha com soldadinhos de chumbo.

JUCA, saltando pela sala - Eu quero ser frade!

FLORÊNCIA - Está bom, Juquinha, serás frade, mas não grites tanto. Vai lá para
dentro.

JUCA sai cantando - Eu quero ser frade... (etc.)

FLORÊNCIA - Estas crianças...

AMBRÓSIO - Este levaremos com facilidade... De pequenino se torce o pepino...
Cuidado me dá o teu sobrinho Carlos.

FLORÊNCIA - Já vai para seis meses que ele entrou como noviço no convento.

AMBRÓSIO - E queira Deus que decorra o ano inteiro para professar, que só assim
ficaremos tranqüilos.

FLORÊNCIA - E se fugir do convento?

AMBRÓSIO - Lá isso não temo eu... Está bem recomendado. É preciso
empregarmos toda nossa autoridade para obrigá-lo a professar. O
motivo, bem o sabes...

FLORÊNCIA - Mas olha que Carlos é da pele, é endiabrado.

AMBRÓSIO - Outros tenho eu domado... Vão sendo horas de sairmos, vou me vestir
(Sai pela esquerda.)

CENA IV

FLORÊNCIA - Se não fosse este homem com quem casei-me segunda vez, não teria
agora quem zelasse com tanto desinteresse a minha fortuna. É uma bela
pessoa... Rodeia-me de cuidados e carinhos. Ora, digam lá que uma
mulher não deve casar-se segunda vez... Se eu soubesse que havia de
ser sempre tão feliz, casar-me-ia cinqüenta.

CENA V

Entrou Emília, vestida de preto, como querendo atravessar a sala.

FLORÊNCIA - Emília, vem cá.

EMÍLIA - Senhora?

FLORÊNCIA - Chega aqui. Ó menina, não deixarás este ar triste e lagrimoso em que
andas?

EMÍLIA - Minha mãe, eu não estou triste. (Limpa os olhos com o lenço.)

FLORÊNCIA - Aí tem! Não digo? A chorar. De que chora?

EMÍLIA - De nada, não senhora.

FLORÊNCIA - Ora, isto é insuportável! Mata-se e amofina-se uma mãe extremosa
para fazer a felicidade da sua filha, e como agradece esta?
Arrepelando-se e chorando. Ora, sejam lá mãe e tenham filhos
desobedientes...

EMÍLIA - Não sou desobediente. Far-lhe-ei a vontade; mas não posso deixar de
chorar e sentir. (Aqui aparece à porta por onde saiu, Ambrósio, em
mangas de camisa, para observar)

FLORÊNCIA - E por que tanto chora a menina, por quê?

EMÍLIA - Minha mãe...

FLORÊNCIA - O que tem de mau a vida de freira?

EMÍLIA - Será muito boa, mas é que não tenho inclinação nenhuma para ela.

FLORÊNCIA - Inclinação, inclinação! O que quer dizer inclinação? Terás, sem
dúvida, por algum francelho freqüentador de bailes e passeios, jogador
do écarté e dançador de polca? Essas inclinações é que perdem muitas
meninas. esta cabecinha ainda está muito leve; eu é que sei o que me
convém: serás freira.

EMÍLIA - Serei freira, minha mãe, serei! Assim como estou certa que hei-de ser
desgraçada.

FLORÊNCIA - Histórias! Sabes tu o que é o mundo? O mundo é... é... (À parte:) Já
não me recordo o que me disse o Sr. Ambrósio o que era o mundo.
(Alto:) O mundo é... um... é... (À parte:) E esta? (Vendo Ambrósio junto
da porta:) Ah, Ambrósio, dize aqui a esta estonteada o que é o mundo.

AMBRÓSIO, adiantando-se - O mundo é um pélago de enganos e traições, um
escolho em que naufragam as felicidades e as doces ilusões da vida... E
o convento é porto de salvação e ventura, único abrigo da inocência e
da verdadeira felicidade... Onde está minha casaca?

FLORÊNCIA - Lá em cima no sótão. (Ambrósio sai pela direita. Florência para
Emília:) Ouviste o que é o mundo, e o convento? Não sejas pateta, vem
acabar de vestir-te, que são mais que horas. (Sai pela direita)

CENA VI
Emília e depois Carlos
EMÌLIA - É minha mãe, devo-lhe obediência, mas este homem, meu padrasto, como
o detesto! Estou certa que foi ele quem persuadiu a minha mãe que me
metesse no convento. Ser freira? Oh, não, não! E Carlos, que tanto amo?
Pobre Carlos, também te perseguem! E por que nos perseguem assim?
Não sei. Como tudo mudou nesta casa, depois que minha mãe casou-se
com este homem! Então não pensou ela na felicidade de seus filhos. Ai,
ai!

CENA VII
Carlos, com hábito de noviço, entra assustado e fecha a porta.

EMÍLIA, assustando-se - Ah, quem é? Carlos!

CARLOS - Cala-te

EMÍLIA - Meu Deus, o que tens, por que estás tão assustado? O que foi?

CARLOS - Aonde está minha tia, e o teu padrasto?

EMÍLIA - Lá em cima. Mas o que tens?

CARLOS - Fugi do convento, e aí vêm eles atrás de mim.

EMÍLIA - Fugiste? E por que motivo?

CARLOS - Por que motivo? pois faltam motivos para se fugir de um convento? O
último foi o jejum em que vivo há sete dias... Vê como tenho esta
barriga, vai a sumir-se. Desde sexta feira passada que não mastigo
pedaço que valha a pena.

EMÍLIA - Coitado!

CARLOS - Hoje, já não podendo, questionei com o D. Abade. Palavras puxam
palavras; dize tu, direi eu, e por fim de contas arrumei-lhe uma
cabeçada, que o atirei por esses ares.

EMÍLIA - O que fizestes, louco?

CARLOS - E que culpa tenho eu, se tenho a cabeça esquentada? Para que querem
violentar minhas inclinações? Não nasci para frade, não tenho jeito
nenhum para estar horas inteiras no coro a rezar com os braços
encruzados. Não me vai o gosto para aí... Não posso jejuar; tenho, pelo
mesno três vezes ao dia, uma fome de todos os diabos. Militar é que eu
quisera ser; para aí chama-me a inclinação. Bordoadas, espadeiradas,
rusgas é que me regalam; esse é o meu gênio. Gosto de teatro, e de lá
ninguém vai ao teatro, à exceção de Frei Maurício, que freqüenta a
platéia de casaca e cabelereira para esconder a coroa.

EMÍLIA - Pobre Carlos, como terás passado estes seis meses de noviciado!

CARLOS - Seis meses de martírio! Não que a vida de frade seja má; boa é ela para
quem a sabe gozar e que para ela nasceu; mas eu, priminha, eu que
tenho para tal vidinha negação completa, não posso!

EMÍLIA - E os nossos parentes quando nos obrigam a seguir uma carreira para a
qual não temos inclinação alguma, dizem que o tempo acostumar-nos-á.

CARLOS - O tempo acostumar! Eis aí porque vemos entre nós tantos absurdos e
disparates. Este tem jeito para sapateiro: pois vá estudar medicina...
Excelente médico! Aquele tem inclinação para cômico: pois não
senhor, será político... Ora, ainda isso vá. Estoutro só tem jeito para
caiador ou borrador: nada, é ofício que não presta... Seja diplomata, que
borra tudo quanto faz. Aqueloutro chama-lhe toda a propensão para a
ladroeira; manda o bom senso que se corrija o sujeitinho, mas isso não
se faz; seja tesoureiro de repartição fiscal, e lá se vão os cofres da
nação à garra... Essoutro tem uma grande carga de preguiça e indolência
e só serviria para leigo de convento, no entanto vemos o bom do
mandrião empregado público, comendo com as mãos encruzadas sobre
a pança o pingue ordenado da nação.

EMÍLIA - Tens muita razão; assim é.

CARLOS - Este nasceu para poeta ou escritor, com uma imaginação fogosa e
independente, capaz de grandes cousas, mas não pode seguir a sua
inclinação, porque poetas e escritores morrem de miséria, no Brasil... E
assim o obriga a necessidade a ser o mais somenos amanuense em uma
repartição pública e a copiar cinco horas por dia os mais soníferos
papéis. O que acontece? Em breve matam-lhe a inteligência e fazem do
homem pensante máquina estúpida, e assim se gasta uma vida? É
preciso, é já tempo que alguém olhe para isso, e alguém que possa.

EMÍLIA - Quem pode nem sempre sabe o que se passa entre nós, para poder
remediar; é preciso falar.

CARLOS - O respeito e a modéstia prendem muitas línguas, mas lá vem um dia que
a voz da razão se faz ouvir, e tanto mais forte quanto mais comprimida.

EMÍLIA - Mas Carlos, hoje te estou desconhecendo...

CARLOS - A contradição em que vivo tem-me exasperado! E como queres tu que
eu não fale quando vejo, aqui, um péssimo cirurgião que poderia ser
bom alveitar; ali um ignorante general que poderia ser excelente
enfermeiro; acolá, um periodiqueiro que só serviria para arrieiro, tão
desbocado e insolente é, etc., etc. Tudo está fora de seus eixos.

EMÍLIA - Mas que queres tu que se faça?

CARLOS - Que não se constranja ninguém, que se estudem os homens e que haja
uma bem entendida e esclarecida proteção, e que, sobretudo, se
despreze o patronato, que assenta o jumento nas bancas das academias
e amarra o homem de talento à manjedoura. Eu, que quisera viver com
uma espada à cinta e à frente do meu batalhão, conduzi-lo ao inimigo
através da metralha, bradando: "Marcha... (Manobrando pela sala,
entusiasmado:) Camaradas, coragem, calar baionetas! Marche, marche!
Firmeza, avança! O inimigo fraqueia... (Seguindo Emília, que recua,
espantada:) Avança!"

EMÍLIA - Primo, primo, que é isso? Fique quieto!

CARLOS, entusiasmado -"Avança, bravos companheiros, viva a Pátria Viva!" - e
voltar vitorioso, coberto de sangue e poeira... Em vez desta vida de
agitação e glória, hei-de ser frade, revestir-me de paciência e
humildade, encomendar defuntos... (Cantando:) Requiescat in pace... a
porta inferi! amen... O que seguirá disto? O ser eu péssimo frade,
descrédito do convento e vergonha do hábito que visto. Falta-me a
paciência.

EMÍLIA - Paciência, Carlos, preciso eu também ter, e muita. Minha mãe
declarou-me positivamente que eu hei-de ser freira.

CARLOS - Tu, freira? Também te perseguem?

EMÍLIA - E meu padrasto ameaça-me.

CARLOS - Emília, aos cinco anos estava eu órfão, e tua mãe, minha tia, foi
nomeada por meu pai sua testamenteira e minha tutora. Contigo cresci
nesta casa e à amizade de criança seguiu-se inclinação mais forte... Eu
te amei, Emília, e tu também me amaste.

EMÍLIA - Carlos!

CARLOS - Vivíamos felizes esperando que um dia nos uniríamos. Nesses planos
estávamos quando apareceu este homem, não sei donde, e que soube a
tal ponto iludir tua mãe, que a fez esquecer-se de seus filhos que tanto
amava, de seus interesses e contrair segundas núpcias.

EMÍLIA - Desde então nossa vida tem sido tormentosa...

CARLOS - Obrigaram-me a ser noviço, e não contentes com isso, querem-te fazer
freira. Emília, há muito tempo que eu observo este teu padrasto. E sabes
qual tem sido o resultado das minhas observações?

EMÍLIA - Não.

CARLOS - Que ele é um rematadíssimo velhaco.

EMÍLIA - Oh, estás bem certo disso?

CARLOS - Certíssimo! Esta resolução que tomaram, de fazerem-te freira, confirma
a minha opinião.

EMÍLIA - Explica-te

CARLOS - Teu padrasto persuadia a minha tia que me obrigasse a ser frade para
assim roubar-me, impunemente , a herança que meu pai deixou-me. Um
frade não põe demandas...

EMÍLIA - É possível?

CARLOS - Ainda mais; querem que tu sejas freira para não te darem dote, se te
casares.

EMÍLIA - Carlos, quem te disso isso? Minha mãe não é capaz!

CARLOS - Tua mãe vive iludida. Oh, que não possa eu desmascarar este
tratante!...

EMÍLIA - Fala baixo!

CENA VIII

Entra Juca

JUCA - Mana, mamãe pergunta por você.

CARLOS - De hábito? Também ele? Ah!...

JUCA, correndo para Carlos - Primo Carlos.

CARLOS, tomando-o no colo - Juquinha! Então, prima, tenho ou não razão? Há ou
não plano?

JUCA - Primo, você também é frade? Já lhe deram também um carrinho de prata
com cavalos de ouro?

CARLOS - O que dizes?

JUCA - Mamãe disse que havia de me dar um muito dourado quando eu fosse frade
(Cantando:) Eu quero ser frade... (etc., etc.)

CARLOS, para Emília - Ainda duvidas? Vê como enganam esta inocente criança!

JUCA - Não enganam não, primo; os cavalos andam sozinhos.

CARLOS, para Emília - Então?

EMÍLIA - Meu Deus!

CARLOS - Deixa o caso por minha conta. Hei-de fazer uma estralada de todos os
diabos, verão...

EMÍLIA - Prudência!

CARLOS - Deixa-os comigo. Adeus, Juquinha, vai para dentro com tua irmã
(Bota-o no chão.)

JUCA - Vamos, mana. (Sai cantando:) Eu quero ser frade... (Emília o segue.)

CENA IX
CARLOS, só - Hei-de descobrir algum meio... Oh ,se hei-de! Hei-de ensinar a este
patife, que casou-se com minha tia para comer não só a sua fortuna,
como a de seus filhos. Que belo padrasto!.. Mas por ora tratemos de
mim; sem dúvida no convento anda tudo em polvorosa... Foi boa
cabeçada! O D. Abade deu um salto de trampolim... (Batem à porta.)
Batem? Mau! Serão eles? (Batem.) Espreitemos pelo buraco da
fechadura. (Vai espreitar) É uma mulher... (Abre aporta.)

CENA X
Rosa e Carlos.

ROSA - Dá licença?

CARLOS - Entre.

ROSA, entrando - Uma serva de Vossa Reverendíssima.

CARLOS - Com quem tenho o prazer de falar?

ROSA - Eu, Reverendíssimo Senhor, sou uma pobre mulher. Ai, estou muito
cansada...

CARLOS - Pois sente-se, senhora. (À parte:) Quem será?

ROSA, sentando-se - Eu chamo-me Rosa. Há uma hora que cheguei do Ceará no
vapor Paquete do Norte.

CARLOS - Deixou aquilo por lá tranqüilo?

ROSA - Muito tranqüilo, Reverendíssimo. Houve apenas no mês passado vinte e
cinco mortes.

CARLOS - S.Brás! Vinte e cinco mortes! E chama a isso tranqüilidade?

ROSA - Se Vossa Reverendíssima soubesse o que por lá vai, não se admiraria.
Mas, meu senhor, isto são cousas que nos não pertencem; deixe lá morrer
quem morre, que ninguém se importa com isso. Vossa Reverendíssima é cá
da casa?

CARLOS - Sim senhora.

ROSA - Então é parente de meu homem?

CARLOS - De seu homem?

ROSA - Sim senhor.

CARLOS - E quem é seu homem?

ROSA - Sr. Ambrósio Nunes.

CARLOS - O Sr. Ambrósio Nunes!...

ROSA - Somos casados há oito anos.

CARLOS - A senhora é casada com o Sr. Ambrósio Nunes, e isto há oito anos?

ROSA- Sim senhor.

CARLOS - Sabe o que está dizendo?

ROSA- Essa é boa

CARLOS - Está em seu perfeito juízo?

ROSA - O Reverendíssimo ofende-me...

CARLOS - Com a fortuna! Conte-me isso, conte-me como se casou, quando, como,
em que lugar?

ROSA - O lugar foi na igreja. Está visto. Quando, já disse; há oito anos.

CARLOS - Mas onde?

ROSA, levanta-se - Eu digo a Vossa Reverendíssima. Sou filha do Ceará. Tinha eu
meus quinze anos quando lá apareceu, vindo do Maranhão, o Sr.
Ambrósio. Foi morar na nossa vizinhança. Vossa Reverendíssima bem
sabe o que são vizinhanças... Eu o via todos os dias, ele também via-me;
eu gostei, ele gostou e nos casamos.

CARLOS - Isso foi anda mão, fia dedo... E tem documentos que provem o que diz?

ROSA - Sim senhor, trago comigo a certidão do vigário que nos casou, assinada
pelas testemunhas, e pedi logo duas, por causa das dúvidas. Podia
perder uma...

CARLOS - Continue.

ROSA - Vivi dois anos com meu marido muito bem. Passado esse tempo, morreu
minha mãe. O Sr. Ambrósio tomou conta de nossos bens, vendeu-os e
partiu para Montevidéu a fim de empregar o dinheiro em um negócio,
no qual, segundo dizia, havíamos de ganhar muito. Vai isto para seis
anos, mas desde então, Reverendíssimo Senhor, não soube mais notícias
dele.

CARLOS - Oh!

ROSA - Escrevi-lhe sempre, mas nada de receber resposta. Muito chorei, porque
pensei que ele havia morrido.

CARLOS - A história vai interessando-me, continue.

ROSA - Eu já estava desenganada, quando um sujeito que foi aqui do Rio disse-me
que meu marido ainda vivia e que habitava na Corte.

CARLOS - E nada mais lhe disse?

ROSA - Vossa Reverendíssima vai espantar-se do que eu disser...

CARLOS - Não me espanto, diga

ROSA - O sujeito acrescentou que meu marido tinha-se casado com outra mulher.

CARLOS - Ah, disse-lhe isso?

ROSA - E muito chorei eu, Reverendíssimo; mas depois pensei que era
impossível, pois um homem pode lá casar-se tendo a mulher viva? Não
é verdade, Reverendíssimo?

CARLOS - A bigamia é um grande crime; o Código é muito claro.

ROSA - Mas na dúvida, tirei as certidões do meu casamento, parti para o Rio, e
assim que desembarquei, indaguei onde ele morava. Ensinaram-me e
venho eu mesma perguntar-lhe que histórias são essas de casamentos.

CARLOS - Pobre mulher, Deus se compadeça de ti!

ROSA - Então é verdade?

CARLOS - Filha, a resignação é uma grande virtude. Quer fiar-se em mim, seguir
meus conselhos?

ROSA - Sim senhor, mas que tenho eu a temer? Meu marido está com efeito casado?

CARLOS - Dê-me cá uma das certidões.

ROSA - Mas...

CARLOS - Fia-se ou não em mim?

ROSA - Aqui está. (Dá-lhe uma das certidões.)

AMBRÓSIO, dentro - Desçam, desçam, que passam as horas.

CARLOS - Aí vem ele.

ROSA - Meu Deus!

CARLOS - Tomo-a debaixo da minha proteção. Venha cá; entre neste quarto.

ROSA - Mas Reverendíssimo...

CARLOS - Entre, entre, senão abandono-a. (Rosa entra no quarto à esquerda e
Carlos cerra aporta.)

CENA XI


C A R L O S, só - Que ventura, ou antes, que patifaria! Que tal? Casado com duas
mulheres! Oh, mas o Código é muito claro... Agora verás como se rouba e
se obriga a ser frade...


CENA XII

Entra Ambrósio de casaca seguido de Florência e Emília, ambas de véu de renda
preta sobre a cabeça.

AMBRÓSIO, entrando -Andem, andem! Irra, essas mulheres a vestirem-se fazem
perder a paciência!

FLORÊNCIA, - Estamos prontas.

AMBRÓSIO ,vendo Carlos - Oh, que fazes aqui?

CARLOS principia a passear pela sala de um para outro lado - Não vê? Estou
passeando; divirto-me.

AMBRÓSIO - Como é lá isso?

CARLOS, do mesmo modo - Não é da sua conta.

FLORÊNCIA - Carlos, que modos são esses?

CARLOS - Que modos são? São os meus.

EMÍLIA, à parte - Ele se perde!

FLORÊNCIA - Estás doudo?

CARLOS - Doudo estava alguém quando... Não me faça falar...

FLORÊNCIA - Hem?

AMBRÓSIO - Deixe-o comigo. (Para Carlos:) Por que saíste do convento?

CARLOS - Porque quis. Então não tenho vontade?

AMBRÓSIO - Isso veremos. Já para o convento!

CARLOS - rindo-se com força - Ah, ah, ah !

AMBRÓSIO - Ri-se?

FLORÊNCIA, ao mesmo tempo - Carlos!

EMÍLIA - Primo!

CARLOS - Ah, ah, ah!

AMBRÓSIO, enfurecido - Ainda uma vez, obedece-me, ou...

CARLOS - Que cara! Ah, ah! (Ambrósio corre para cima de Carlos.)

FLORÊNCIA, metendo-se no meio - Ambrosinho!

AMBRÓSIO - Deixe-me ensinar a este malcriado.

CARLOS - Largue-o, tia, não tenha medo.

EMÍLIA - Carlos!

FLORÊNCIA - Sobrinho, o que é isso?

CARLOS - Está bom, não se amofinem tanto, voltarei para o convento.

AMBRÓSIO - Ah, já?

CARLOS - Já, sim senhor, quero mostrar a minha obediência.

AMBRÓSIO - E que não fosse.

CARLOS - Incorreria no seu desagrado? Forte desgraça!...

FLORÊNCIA - Principias?

CARLOS - Não senhora, quero dar uma prova de submissão ao senhor meu tio... É,
meu tio, é... Casado com minha tia segunda vez... Quero dizer, minha tia
é que se casou segunda vez.

AMBRÓSIO, assustando-se, à parte - O que diz ele?

CARLOS, que o observa - Não há duvida...

FLORÊNCIA , para Emília - O que tem hoje este rapaz?

CARLOS - Não é assim, senhor meu tio? Venha cá, faça-me o favor, senhor meu rio.
(Travando-lhe do braço.)

AMBRÓSIO -Tira as mãos.

CARLOS - Ora, faça-me o favor, senhor meu tio, quero-lhe mostrar uma coisa;
depois farei o que quiser. (Levando-o para a porta do quarto.)

FLORÊNCIA - O que é isto?

AMBRÓSIO - Deixa-me!

CARLOS - Um instante. (Retendo Ambrósio com uma mão, com a outra empurra a
porta e aponta para dentro, dizendo:) Vê!

A M B R Ó SI O, afirmando a vista - Oh! (Volta para junto de Florência e de
Emília, e as toma convulsivo pelo braço.) - Vamos, vamos, são horas!

FLORÊNCIA - O que é?


AMBRÓSIO, forcejando por sair e levá-las consigo - Vamos, vamos!

FLORÊNCIA - Sem chapéu?

AMBRÓSIO - Vamos, vamos! (Sai, levando-as.)

C A R L O S -Então, senhor meu tio? Já não quer que eu vá para o convento?
(Depois que ele sai.) Senhor meu tio, senhor meu tio? (Vai a porta,
gritando.)

CENA XIII

Carlos, só e depois Rosa

C A R L OS, rindo-se -Ah, ah, ah, agora veremos, e me pagaras... E minha tia também
há-de pagá-lo, para não se casar na sua idade e ser tão assanhada. E o
menino, que não se contentava com uma!...

ROSA, entrando - Então, Reverendíssimo?

CARLOS - Então?

ROSA - Eu vi meu marido um instante e fugiu. Ouvi vozes de mulheres...

CARLOS - Ah, ouviu? Muito estimo. E sabe de quem eram essas vozes?

ROSA - Eu tremo de adivinhar...

CARLOS - Pois adivinhe logo de uma assentada... Eram da mulher de seu marido.

ROSA - E então verdade? Pérfido, traidor! Ah, desgraçada! (Vai a cair desmaiada
e Carlos a sustém nos braços.)

CARLOS - Desmaiada! Sr.a D. Rosa? Fi-la bonita! Esta é mesmo de frade...
Senhora, torne a si, deixe desses faniquitos Olhe que aqui não ha
quem a socorra. Nada! E esta? Ó Juquinha? Juquinha? (Juca entra,
trazendo em uma mão um assobio de palha e tocando em outro.) Deixa
esses assobios sobre a mesa e vai lá dentro buscar alguma cousa para
esta moça cheirar.

JUCA - Mas o quê, primo?

CARLOS - A primeira cousa que encontrares. (Juca larga os assobios na mesa e sai
correndo.) Isto está muito bonito! Um frade com uma moça desmaiada
nos braços. Valha-me Santo Antônio! O que diriam, se assim me
vissem? (Gritando-lhe ao ouvido:) Olá! - Nada.

JUCA ,entra montado a cavalo em um arco de pipa, trazendo um galheteiro -
Vim a cavalo para chegar mais depressa. Está o que achei.

CARLOS - Um galheteiro, menino?

JUCA - Não achei mais nada.

CARLOS - Está bom, dá cá o vinagre. (Toma o vinagre e o chega ao nariz de Rosa.)
Não serve; está na mesma. Toma...Vejamos se o azeite faz mais efeito.
Isto parece-me salada... Azeite e vinagre. Ainda está mal
temperada; venha a pimenta da Índia. Agora creio que não falta nada.
Peior é essa; a salada ainda não está boa! Ai, que não tem sal. Bravo,
está temperada! Venha mais sal... Agora sim.

ROSA, tomando a si- Onde estou eu?

CARLOS - Nos meus braços.

ROSA, afastando-se - Ah, Reverendíssimo!

CARLOS - - Não se assuste. (Para Juca:) Vai para dentro (Juca sai)

ROSA - Agora me recordo... Pérfido, ingrato!

CARLOS - Não torne a desmaiar, que já não posso.

ROSA - Assim enganar-me! Não há leis, não há justiça?...

CARLOS - Há tudo isso, e de sobra. O que não há é quem as execute. (Rumor na
rua)

ROSA, assustando-se - Ah!

CARLOS - O que será isto? (Vai à janela.) Ah, com S. Pedro! (À parte:) O mestre
de noviços seguido de meirinhos que me procuram... Não escapo...

ROSA - O que é, Reverendíssimo? De que se assusta?

CARLOS - Não é nada. (À parte:) Estou arranjado! (Chega à janela.) Estão
indagando na vizinhança... O que farei?

ROSA - Mas o que é? O quê?

CARLOS, batendo na testa - Oh, só assim... (Para Rosa:) Sabe o que é isto?

ROSA - Diga.

CARLOS - E um poder de soldados e meirinhos que vem prendê-la por ordem de
seu marido.

ROSA - Jesus! Salve-me, salve-me!

CARLOS - Hei-de salvá-la; mas faça o que eu lhe disser.

ROSA - Estou pronta

CARLOS - Os meirinhos entrarão aqui e hão-de levar por força alguma cousa - esse
é o seu costume. O que é preciso é enganá-los.

ROSA - E como?

CARLOS - Vestindo a senhora o meu hábito, e eu o seu vestido.

ROSA - Oh!

CARLOS - Levar-me-ão preso; terá a senhora tempo de fugir.

ROSA - Mas...

CARLOS - Ta, ta, ta... Ande, deixe-me fazer uma obra de caridade; para isso é que
somos frades. Entre para este quarto, dispa lá o seu vestido e mande-me,
assim como a toca e xale. Ó Juca? Juca? (Empurrando Rosa:) Não se
demore. (Entra Juca.)Juca, acompanha esta senhora e faze o que ela te
mandar. Ande, senhora, com mil diabos! (Rosa entra no quarto a
esquerda, empurrada por Carlos.)


CENA XIV

CARLOS , só - Bravo, esta é de mestre! (Chegando à janela:) Lá estão eles
conversando com o vizinho do armarinho. Não tardarão a dar com o
rato na ratoeira, mas o rato é esperto e os logrará. Então, vem o vestido?

ROSA, dentro - Já vai.

CARLOS -Depressa! O que me vale é ser o mestre de noviços catacego e trazer
óculos. Cairá na esparrela(Gritando:) Vem ou não?

JUCA, traz o vestido, toca e o xale - Esta.

CARLOS - Bom. (Despe o hábito.) Ora vá, senhor hábito. Bem se diz que o hábito
não faz o monge. (Dá o hábito e o chapéu a Juca.) Toma, leva à moça.
(Juca sai.) Agora é que são elas... Isto é mangas? Diabo, por onde se
enfia esta geringonça? Creio que é por aqui... Bravo acertei. Belíssimo!
Agora a toca. (Põe a toca.) Vamos ao xale... Estou guapo; creio que
farei a minha parte de mulher excelentemente. (Batem na porta.) São
eles. (Com voz de mulher.) Quem bate?

MESTRE, dentro - Um servo de Deus.

CARLOS, com a mesma voz - Pode entrar quem é.

CENA XV
Carlos, Mestre de Noviços e três meirinhos

MESTRE - Deus esteja nesta casa

CARLOS - Humilde serva de Vossa Reverendíssima...

MESTRE - Minha senhora, terá a bondade de perdoar-me pelo incômodo que lhe
damos, mas nosso dever...

CARLOS - Incômodos, Reverendíssimo Senhor?

MESTRE - Vossa Senhoria há-de permitir que lhe pergunte se o noviço Carlos, que
fugiu do convento...

CARLOS - Psiu, caluda!

MESTRE - Hem?

CARLOS - Está ali...

MESTRE - Quem?

CARLOS - O noviço...

MESTRE - Ah!

CARLOS - E preciso surpreendê-lo ...

MESTRE - Estes senhores oficiais de justiça nos ajudarão.

CARLOS - Muito cuidado. Este meu sobrinho dá-me um trabalho...

MESTRE - Ah, a senhora é sua tia?

CARLOS - Uma sua criada.

MESTRE - Tenho muita satisfação.

C AR L O S - Não percamos tempo. Fiquem os senhores aqui do lado da porta,
Muito calados; eu chamarei o sobrinho. Assim que ele sair, não lhe
dêem tempo de fugir; lancem-se de improviso sobre ele e levem-no à
força.

MESTRE - Muito bem

CARLOS - Diga ele o que disser, grite como gritar, não façam caso, arrastem-no.

MESTRE - Vamos a isso.

CARLOS - Fiquem aqui. (Coloca-os junto à porta da esquerda.) Atenção.
(Chamando para dentro:) Psiu! Psiu! Saia cá para fora, devagarinho!
(Prevenção.)


CENA XVI


Os mesmos e Rosa vestida de frade e chapéu na cabeça.

ROSA, entrando - Já se foram? (Assim que ela aparece, o Mestre e os meirinhos se
lançam sobre ela e procuram carregar até fora.)

MESTRE- Está preso. Há-de ir. E inútil resistir. Assim não se foge... (Etc., etc.)

ROSA, lutando sempre - Ai, ai, acudam-me! Deixem-me! Quem me socorre? (Etc.)

CARLOS -Levem-no, levem-no. (Algazarra de vozes; todos falam ao mesmo tempo,
etc. Carlos, para aumentar o ruído, toma um assobio que está sobre a
mesa e toca. Juca também entra nessa ocasião, etc. Execução.)

FIM DO PRIMEIRO ATO

ATO SEGUNDO


A mesma sala do primeiro ato

CENA I

Carlos, ainda vestido de mulher, está sentado e Juca à janela.

CARLOS - Juca, toma sentido; assim que avistares teu padrasto lá no fim da rua,
avisa-me.

JUCA - Sim, primo.

CARLOS - No que dará tudo isto? Qual será a sorte de minha tia? Que lição!
Desanda tudo em muita pancadaria. E a outra, que foi para o
convento?... Ah, ah, ah, agora é que me lembro dessa! Que confusão
entre os frades quando ela se der a conhecer! (Levantando-se:) Ah, ah,
ah, parece-me que estou vendo o D. Abade horrorizado, o mestre de
noviços limpando os óculos de boca aberta, Frei Maurício, o folgazão, a
rir-se às gargalhadas, Frei Sinfrônio, o austero, levantando os olhos para
o céu abismado, e os noviços todos fazendo roda, coçando o cachaço.
Ah, que festa perco eu! Enquanto eu lá estive ninguém lembrou-se de
dar-me semelhante divertimento. Estúpidos! Mas, o fim de tudo isto? O
fim?...

JUCA, da janela - Aí vem ele!
CARLOS - Já? (Chega à janela.) É verdade. E com que pressa! (Para Juca:) Vai tu
para dentro. ( Juca sai.) E eu ainda deste modo, com este vestido... Se
eu sei o que hei-de fazer?... Sobe a escada...Dê no que der... (Entra no
quarto onde esteve Rosa)

CENA II

Entra Ambrósio; mostra no semblante alguma agitação.

AMBRÓSIO - Lá as deixei no Carmo. Entretidas com o ofício, não darão falta de
mim. É preciso, e quanto antes, que eu fale com esta mulher! É ela, não
há dúvida... Mas como soube que eu aqui estava? Quem lhe disse?
Quem a trouxe? Foi o diabo, para a minha perdição. Em um momento
pode tudo mudar; não se perca tempo. (Chega à porta do quarto)
Senhora, queira ter a bondade de sair cá para fora.

CENA III
Entra Carlos cobrindo o rosto com um lenço. Ambrósio encaminha-se para o meio
da sala, sem olhar para ele, e assim lhe fala.
AMBRÓSIO - Senhora, muito bem conheço as vossas intenções; porém previno-vos
que muito vos enganásteis.
CARLOS - Ai, ai!
AMBRÓSIO - Há seis anos que vos deixei; tive para isso motivos muito
poderosos...
CARLOS, à parte - Que tratante!
AMBRÓSIO - E o meu silêncio depois deste tempo, devia ter-vos feito conhecer
que nada mais existe de comum entre nós.
CARLOS, fingindo que chora - Hi, hi, hi ...
AMBRÓSIO - O pranto não me comove. Jamais podemos viver juntos... Fomos
casados, é verdade, mas que importa?
CARLOS, no mesmo - Hi, hi, hi...
AMBRÓSIO - Estou resolvido a viver separado de vós.
CARLOS , à parte - E eu também...
AMBRÓSIO- E para esse fim empreguei todos os meios, todos, entendeis-me?
(Carlos cai de joelhos aos pés de Ambrósio, e agarra-se às pernas dele,
chorando.) Não valem súplicas. Hoje mesmo deixareis esta cidade;
senão, serei capaz de um grande crime. O sangue não me aterra, e ai de
quem me resiste! Levantai-vos e parti. ( Carlos puxa as pernas de
Ambrósio, dá com ele no chão e levanta-se, rindo-se.) Ai!
CARLOS - Ah, ah, ah!
AMBRÓSIO, levanta-se muito devagar, olhando muito admirado para Carlos, que se
ri - Carlos! Carlos!
CARLOS - Senhor meu tio! Ah, ah, ah!
AMBRÓSIO - Mas então o que é isto?
CARLOS - Ah, ah, ah!
AMBRÓSIO - Como te achas aqui assim vestido?
CARLOS - Este vestido, senhor meu tio... Ah, ah!
AMBRÓSIO - Maroto!
CARLOS - Tenha-se lá! Olhe que eu chamo por ela.
AMBRÓSIO - Ela quem, brejeiro?
CARLOS - Sua primeira mulher.
AMBRÓSIO - Minha primeira mulher. É falso...
CARLOS - É falso?
AMBRÓSIO - É.
CARLOS - E será também falsa esta certidão do vigário da freguesia de ... (olhando
para a certidão:) Maranguape, no Ceará, em que se prova que o
senhor meu tio recebeu-se... (lendo:) em santo matrimônio, à face da
Igreja, com D. Rosa Escolástica, filha de Antônio Lemos, etc., etc.?
Sendo testemunhas, etc.
AMBRÓSIO - Dá-me esse papel!
CARLOS - Devagar...
AMBRÓSIO - Dá-me esse papel!
CARLOS - Ah, o senhor meu tio encrespa-se. Olhe que a tia não está em casa, e eu
sou capaz de lhe fazer o mesmo que fiz ao D. Abade.
AMBRÓSIO - Onde está ela?
CARLOS - Em lugar que aparecerá quando eu ordenar.
AMBRÓSIO - Ainda está naquele quarto; não teve tempo de sair.
CARLOS - Pois vá ver. (Ambrósio sai apressado)
CENA IV
CARLOS, só - Procure bem. Deixa estar, meu espertalhão, que agora te hei-de eu
apertar a corda na garganta. Estais em meu poder; querer roubar-nos...
(Gritando:) Procure bem; talvez esteja dentro das gavetinhas do
espelho. Então? Não acha?



O Noviço - Martins Pena - Capa 2



CENA VI
O mesmo e Ambrósio

AMBRÓSIO, entrando - Estou perdido!
CARLOS - Não achou?
AMBRÓSIO - O que será de mim?
CARLOS - Talvez se escondesse em algum buraquinho de rato.
AMBRÓSIO, caindo sentado - Estou perdido, perdido! Em um momento tudo se
transtornou. Perdido para sempre!
CARLOS - Ainda não, porque eu posso salvá-lo.
AMBRÓSIO - Tu?
CARLOS - Eu, sim
AMBRÓSIO - Carlinho!
CARLOS - Já?
AMBRÓSIO - Carlinho!
CARLOS - Ora vejam como está terno!
AMBRÓSIO - Por tua vida, salvai-me!
CARLOS - Eu salvarei, mas debaixo de certas condições...
AMBRÓSIO - E quais são elas?
CARLOS - Nem eu nem o primo Juca queremos ser frades...
AMBRÓSIO- Não serão.
CARLOS - Quero casar-me com minha prima...
AMBRÓSIO - Casarás.
CARLOS - Quero a minha legítima...
AMBRÓSIO - Terás a tua legitima.
CARLOS - Muito bem.
AMBRÓSIO - E tu me prometes que nada dirás a tua tia do que sabes?
CARLOS - Quanto a isso pode estar certo. (À parte:) Veremos...
AMBRÓSIO - Agora dize-me, onde ela está?
CARLOS - Não posso, o segredo não é meu.
AMBRÓSIO - Mas dá-me sua palavra de honra que ela saiu desta casa?
CARLOS - Já saiu, palavra de mulher honrada.
AMBRÓSIO - E que nunca mais voltará?
CARLOS - Nunca mais. (À parte:) Isto é, se quiserem ficar com ela lá no convento,
em meu lugar.
AMBRÓSIO - Agora dá-me esse papel.
CARLOS - Espera lá, o negócio não vai assim. Primeiro hão de cumprir-se as
condições.
AMBRÓSIO - Carlinho, dá-me esse papel!
CARLOS - Não pode ser.
AMBRÓSIO - Dá-mo, por quem és!
CARLOS - Peior é a seca.
AMBRÓSIO - Eis-me a teus pés. (Ajoelha-se; neste mesmo tempo aparece à porta
Florência e Emília, as quais caminham para ele pé ante pé.)
CARLOS - Isso é teima; levante-se!
AMBRÓSIO - Não me levantarei enquanto não mo deres. Para que o queres tu?
Farei tudo quanto quiseres, nada me custará para servir-te. Minha
mulher fará tudo quanto ordenares; dispõe dela.
FLORÊNCIA - A senhora pode dispor de mim, pois não...
AMBRÓSIO - Ah! (Levanta-se espavorido.)
CARLOS, à parte - Temo-la!...
FLORÊNCIA, para Ambrósio - Que patifaria é essa? Em minha casa e às minhas
barbas, aos pés de uma mulher! Muito bem!
AMBRÓSIO - Florência!
FLORÊNCIA - Um dardo que te parta! (Voltando-se para Carlos:) E quem é a
senhora?
CARLOS , com a cara baixa - Sou uma desgraçada!
FLORÊNCIA - Ah, é uma desgraçada... Seduzindo um homem casado! Não sabe
que... (Carlos que encara com ela, que rapidamente tem suspendido a
palavra e, como assombrada, principia a olhar para ele, que ri-se.)
Carlos! Meu sobrinho!
EMÍLIA - O primo.
CARLOS - Sim, tiazinha, sim, priminha.
FLORÊNCIA - Que mascarada é essa?
CARLOS - É uma comédia que ensaiávamos para sábado de Aleluia.
FLORÊNCIA - Uma comédia?
AMBRÓSIO - Sim, era uma comédia, um divertimento, uma surpresa. Eu e o
sobrinho arranjávamos isso... Bagatela, não é assim, Carlinho? Mas
então vocês não ouviram o ofício até o fim? Quem pregou?
FLORÊNCIA, à parte - Isto não é natural... Aqui há coisa.
AMBRÓSIO - A nossa comédia era mesmo sobre isso.
FLORÊNCIA - O que está o senhor a dizer?
CARLOS, à parte - Perdeu a cabeça ( Para Florência:) Tia, basta que saiba que era
uma comédia. E antes de principiar o ensaio o tio deu-me a sua palavra
que eu não seria frade. Não é verdade, tio?
AMBRÓSIO - É verdade. O rapaz não tem inclinação, e para que obrigá-lo? Seria
crueldade.
FLORÊNCIA - Ah!
CARLOS - E que a prima não seria também freira, e que se casaria comigo.
FLORÊNCIA - É verdade, Sr. Ambrósio?
AMBRÓSIO - Sim, para que constranger estas duas almas? Nasceram um para o
outro; amam-se. É tão bonito ver um tão lindo par!
FLORÊNCIA - Mas, Sr. Ambrósio, e o mundo que o senhor dizia que era um pélago,
um sorvedouro e não sei o que mais?
AMBRÓSIO - Oh, então eu não sabia que estes dous pombinhos se amavam, mas
agora que o sei, seria horrível barbaridade. Quando se fecham as portas
de um convento sobre um homem, ou sobre uma mulher que leva dentro
do peito uma paixão como ressentem estes dous inocentes, torna-se o
convento abismo incomensurável de acerbos males, fonte perene de
horríssonas desgraças, perdição do corpo e da alma; e o mundo, se nele
ficassem, jardim ameno, suave encanto da vida, tranqüila paz da
inocência, paraíso terrestre. E assim sendo, mulher, queria tu que
sacrificasse tua filha e teu sobrinho?
FLORÊNCIA - Oh, não, não.
CARLOS, à parte - Que grande patife!
AMBRÓSIO - Tua filha, que faz parte de ti?
FLORÊNCIA - Não falemos mais nisso. O que fizeste está muito bem feito.
CARLOS - E em reconhecimento de tanta bondade, faço cessão de metade dos meus
bens em favor do meu tio e aqui lhe dou a escritura . (Dá-lhe a certidão
de Rosa).
AMBRÓSIO, saltando para tomar a certidão - Caro sobrinho! (Abraça-o.) E eu,
para mostrar o meu desinteresse, rasgo esta escritura. (Rasga, e, à
parte:) Respiro!
FLORÊNCIA - Homem generoso! (Abraça-o)
AMBRÓSIO -, (abraçando-a e à parte:) - Mulher toleirona!
CARLOS, abraçando Emília - Isto vai de roda...
EMÍLIA - Primo!
CARLOS - Priminha, seremos felizes!
FLORÊNCIA - Abençoada seja a hora em que eu te escolhi para meu esposo! Meus
caros filhos, aprendei comigo a guiar-vos com prudência na vida. Dous
anos estive viúva e não me faltaram pretendentes. Viúva rica... Ah, são
vinte cães a um osso. Mas eu tive juízo e critério; soube distinguir o
amante interesseiro do amante sincero. Meu coração falou por este
homem honrado e probo.
CARLOS - Acertadíssima escolha!
FLORÊNCIA - Chega-te para cá, Ambrosinho, não te envergonhes; mereces os
elogios que te faço.
AMBRÓSIO, à parte - Estou em brasas...
CARLOS - Não se envergonhe, tio. Os elogios são merecidos. (À parte:) Está em
talas...
FLORÊNCIA - Ouves o que diz o sobrinho? Tens modéstia? É mais uma qualidade.
Como sou feliz!
AMBRÓSIO - Acabemos com isso. Os elogios assim à queima roupa perturbam-me.
FLORÊNCIA - Se os merece...
AMBRÓSIO - Embora.
CARLOS - Oh, o tio os merece, pois não. Olhe, tia, aposto eu que o tio Ambrosinho
em toda a sua via só tem amado a tia...
AMBRÓSIO - Decerto! (À parte:) Quer fazer-me alguma.
FLORÊNCIA - Ai, vida da minha alma!
AMBRÓSIO, à parte - O patife é muito capaz...
CARLOS - Mas nós, os homens, somos tão falsos - assim dizem as mulheres -,
que não admira que o tio...
AMBRÓSIO, interrompendo-o - Carlos, tratemos da promessa que te fiz.
CARLOS - É verdade; tratemos da promessa. (À parte:) Tem medo, que se pela!
AMBRÓSIO - Irei hoje mesmo ao convento falar ao D. Abade, e dir-lhe-ei que
temos mudado de resolução a teu respeito. E de hoje em quinze dias,
senhora, espero ver esta sala brilhantemente iluminada e cheia de
alegres convidados para celebrarem o casamento de nosso sobrinho
Carlos com minha cara enteada. ( Aqui entra pelo fundo o mestre dos
noviços, seguidos dos meirinhos e permanentes, encaminhando-se para
a frente do teatro.)
CARLOS - Enquanto assim praticardes, tereis em mim um amigo.
EMÍLIA - Senhor, ainda que não possa explicar a razão de tão súbita mudança,
aceito a felicidade que me propondes, sem raciocinar. Darei a minha
mão a Carlos, não só para obedecer a minha mãe, como porque muito o
amo.
CARLOS - Cara priminha, quem será capaz agora de arrancar-me de teus braços?
MESTRE, batendo-lhe no ombro - Estais preso. (Espanto dos que estão em cena)

CENA VI

CARLOS - O que é lá isso? (Debatendo-se logo que o agarram.)
MESTRE - Levai-o.
FLORÊNCIA - Reverendíssimo, meu sobrinho...
MESTRE - Paciência, senhora. Levem-no.
CARLOS, debatendo-se - Larguem-me, com todos os diabos!
EMÍLIA - Primo!
MESTRE - Arrastem-no.
AMBRÓSIO - Mas, senhor...
MESTRE - Um instante... Para o convento, para o convento.
CARLOS - Minha tia, tio Ambrósio! (Sai arrastado. Emília cai sentada em uma
cadeira; o Padre-Mestre fica em cena.)

CENA VII

Ambrósio, Mestre de Noviços, Florência e Emília.
FLORÊNCIA - Mas senhor, isto é uma violência!
MESTRE - Paciência...
FLORÊNCIA - Paciência, paciência? Creio que tenho tido bastante. Ver assim
arrastar meu sobrinho, como se fosse um criminoso?
AMBRÓSIO- Espera, Florência, ouçamos o Reverendíssimo. Foi, sem dúvida, por
ordem do Sr. D. Abade que Vossa Reverendíssima veio prender nosso
sobrinho?
MESTRE - Não tomara sobre mim tal trabalho, se não fora por expressa ordem do
D. Abade, a quem devemos todos obediência. Vá ouvindo como esse
moço zombou de seu mestre. Disse-me a tal senhora, pois tal a supunha
eu... Ora fácil foi enganar-me... Além de ter má vista, tenho muito pouca
prática de senhoras...
AMBRÓSIO - Sabemos disso.
MESTRE - Disse-me a tal senhora que o noviço Carlos estava naquele quarto.
AMBRÓSIO -Naquele quarto?
MESTRE - Sim senhor, e ali mandou-nos esperar em silêncio. Chamou pelo noviço,
e assim que ele saiu lançamo-nos sobre ele e à força o arrastamos para o
convento.
AMBRÓSIO, assustado - Mas a quem, a quem?
MESTRE - A quem?
FLORÊNCIA - Que trapalhada é essa?
AMBRÓSIO - Depressa!
MESTRE - Cheguei ao convento, apresentei-me diante do D. Abade, com o noviço
prisioneiro, e então... Ah!
AMBRÓSIO - Por Deus, mais depressa!
MESTRE - Ainda me coro de vergonha. Então conheci que tinha sido vilmente
enganado.
AMBRÓSIO - Mas quem era o noviço preso?
MESTRE - Uma mulher vestida de frade.
FLORÊNCIA - Uma mulher?
AMBRÓSIO, à parte - É ela!
MESTRE - Que vergonha, que escândalo!
AMBRÓSIO - Mas onde está essa mulher? Para onde foi? O que disse? Onde está?
Responda!
MESTRE - Tende paciência. Pintar-vos a confusão que por alguns instantes esteve o
convento, é quase impossível. O D. Abade, ao conhecer que o noviço
preso era uma mulher, pelos longos cabelos que ao tirar o chapéu lhe
caíram sobre os ombros, deu um grito de horror. Toda a comunidade
acorreu e grande foi então a confusão. Um gritava: Sacrilégio!
Profanação! Outro ria-se; este interrogava; aquele respondia ao acaso...
Em menos de dois segundos a notícia percorreu todo o convento, mas
alterada e aumentada. No refeitório dizia-se que o diabo estava no coro,
dentro dos canudos do órgão; na cozinha julgava-se que o fogo lavrava
nos quatro ângulos do edifício; qual, pensava que D. Abade tinha caído
da torre abaixo; qual, que fora arrebatado para o céu. Os sineiros,
correndo para as torres, puxavam como energúmenos pelas cordas dos
sinos; os porteiros fecharam as portas com horrível estrondo: os
responsos soaram de todos os lados, e a algazarra dos noviços
dominava esse ruído infernal, causado por uma única mulher. Oh,
mulheres!
AMBRÓSIO - Vossa Reverendíssima faz o seu dever; estou disso bem certo.
FLORÊNCIA - Mas julgamos necessário declarar a Vossa Reverendíssima que
estamos resolvidos a tirar nosso sobrinho do convento.
MESTRE - Nada tenho eu com essa resolução. Vossa Senhoria entender-se-á a esse
respeito com D. Abade.
FLORÊNCIA - O rapaz não tem inclinação nenhuma para frade.
AMBRÓSIO - E seria uma crueldade violentar-lhe o gênio .
MESTRE - O dia em que o Sr. Carlos sair do convento será para mim dia de
descanso. Há doze anos que sou mestre de noviços e ainda não tive para
doutrinar rapaz mais endiabrado. Não se passa um só dia em que se não
tenha de lamentar alguma travessura desse moço. Os noviços, seus
companheiros, os irmãos leigos e os domésticos do convento temem-no
como se teme a um touro bravo. Com todos moteja e a todos espanca.
FLORÊNCIA - Foi sempre assim, desde pequeno.
MESTRE - E se o conheciam, senhores, para que o obrigaram a entrar no convento,
a seguir uma vida em que se requer tranqüilidade de gênio?
FLORÊNCIA - Oh, não foi por meu gosto; meu marido é que persuadiu-me.
AMBRÓSIO, com hipocrisia - Julguei assim fazer um serviço agradável a Deus.
MESTRE - Deus, senhores, não se compraz com sacrifícios alheios. Sirva-o cada um
com seu corpo e a alma, porque cada um responderá pelas suas obras.
AMBRÓSIO, com hipocrisia - Pequei, Reverendíssimo, pequei; humilde peço
perdão.
MESTRE - Esse moço foi violentamente constrangido e o resultado é a confusão em
que está a casa de Deus.
FLORÊNCIA - Mil perdões, Reverendíssimo, pelo incômodo que lhe temos dado.
MESTRE - Incômodos? Para ele nascemos nós... passam desapercebidos, e demais,
ficam de muros para dentro. Mas hoje houve escândalo, e escândalo
público.
AMBRÓSIO - Escândalo público?
FLORÊNCIA - Como assim?
MESTRE - O noviço Carlos, depois de uma contenda com o D. Abade, deu-lhe uma
cabeçada e o lançou por terra.
FLORÊNCIA - Jesus, Maria José!
AMBRÓSIO - Que sacrilégio!
MESTRE - E fugiu ao seu merecido castigo. Fui mandado em seu alcance...
Requisitei força pública, e aqui chegando, encontrei uma senhora .
FLORÊNCIA - Aqui, uma senhora?
MESTRE - E que se dizia sua tia.
FLORÊNCIA - Ai!
AMBRÓSIO - Era ele mesmo.
FLORÊNCIA - Que confusão, meu Deus!
AMBRÓSIO - Mas essa mulher, essa mulher? O que é feito dela?
MESTRE - Uma hora depois, que tanto foi preciso para acalmar a agitação, o D.
Abade perguntou-lhe como ela ali se achava vestida com o hábito da
Ordem.
AMBRÓSIO - E ela que disse?
MESTRE - Que tinha sido traída por um frade, que debaixo do pretexto de a salvar,
trocara seu vestido pelo hábito que trazia.
AMBRÓSIO - E nada mais?
MESTRE - Nada mais, e fui encarregado de prender a todo o custo o noviço Carlos.
E tenho cumprido a minha missão. O que ordenam a este servo de
Deus?
AMBRÓSIO - Espere, Reverendíssimo, essa mulher já saiu do convento?
MESTRE - No convento não se demoram as mulheres.
AMBRÓSIO - Que caminho tomou? Para onde foi? O que disse ao sair?
MESTRE - Nada sei.
AMBRÓSIO, à parte - O que me espera?
FLORÊNCIA, à parte - Aqui há segredo...
MESTRE - Às vossas determinações...
FLORÊNCIA - Uma serva de Vossa Reverendíssima.
MESTRE, para Florência - Quanto à saída de seu sobrinho do convento, com D.
Abade se entenderá.
FLORÊNCIA - Nós o procuraremos. (Mestre sai e Florência acompanha-o até a
porta; Ambrósio está como abismado)

CENA VIII

Emília, Ambrósio e Florência
EMÍLIA, à parte - Carlos, Carlos, o que será de ti e de mim?
AMBRÓSIO, à parte - Se ela agora me aparece? Se Florência desconfia... Estou
metido em boas! Como evitar, como? Oh, decididamente estou perdido.
Se a pudesse encontrar... Talvez súplicas, ameaças, quem sabe? Já não
tenho cabeça? Que farei? De uma hora para outra aparece-me
ela...(Florência bate-lhe no ombro.) Ei-la! (Assustando-se.)
FLORÊNCIA - Agora nós. (Para Emília:) Menina, vai para dentro. (Vai-se Emília.)

CENA IX
Ambrósio e Florência.
AMBRÓSIO, à parte - Temos trovoada grossa...
FLORÊNCIA - Quem era a mulher que estava naquele quarto?
AMBRÓSIO - Não sei.
FLORÊNCIA - Sr. Ambrósio, quem era a mulher que estava naquele quarto?
AMBRÓSIO - Florência, já te disse, não sei. São cousas de Carlos.
FLORÊNCIA - Sr. Ambrósio, quem era a mulher que estava naquele quarto?
AMBRÓSIO - Como queres que eu to diga, Florencinha?
FLORÊNCIA - Ah, não sabe? Pois bem, então explique-me: por que razão
mostrou-se tão espantado, quando Carlos o levou à porta daquele
quarto e mostrou-lhe quem estava dentro?
AMBRÓSIO - Pois eu espantei-me?
FLORÊNCIA - A ponto de levar-me quase de rastos para a igreja, sem chapéu, lá
deixar-me e voltar para casa apressado.
AMBRÓSIO - Qual! Foi por...
FLORÊNCIA - Não estude uma mentira, diga depressa.
AMBRÓSIO - Pois bem: direi. Eu conheço essa mulher.
FLORÊNCIA - Ah! E então quem é ela?
AMBRÓSIO - Queres saber quem é ela? É muito justo, mas aí que está o segredo.
FLORÊNCIA - Segredos comigo?
AMBRÓSIO - Oh, contigo não pode haver segredo, é a minha mulherzinha. (Quer
abraça-la)
FLORÊNCIA - Tenha-se lá; quem era a mulher?
AMBRÓSIO, à parte - Não sei o que lhe diga...
FLORÊNCIA - Vamos!
AMBRÓSIO - Essa mulher... Sim, essa mulher que há pouco estava naquele quarto,
foi amada por mim.
FLORÊNCIA - Por ti?
AMBRÓSIO - Mas nota que digo: foi amada, e o que foi, já não é.
FLORÊNCIA - Seu nome?
AMBRÓSIO - Seu nome? Que importa o nome? O nome é uma voz com que se dão
a conhecer as cousas... Nada vale; o indivíduo é tudo... Tratemos do
indivíduo. (À parte:) Não sei como continuar.
FLORÊNCIA - Então, e que mais?
AMBRÓSIO - Amei a essa mulher. Amei, sim, amei. Essa mulher foi por mim
amada, mas então não te conhecia. Oh, e quem ousará criminar a um
homem por embelezar-se de uma estrela antes de ver a lua, quem? Ela
era a estrela, e tu és a lua. Sim, minha Florencinha, tu és a minha lua
cheia e eu sou teu satélite.
FLORÊNCIA - Oh, não me convence assim..
AMBRÓSIO, à parte - O diabo convença a uma mulher! (Alto:) Florencinha,
encanto da minha vida, estou diante de ti como diante do
confessionário, com uma mão sobre o coração e com a outra... Onde
queres que eu ponha a outra?
FLORÊNCIA - Ponha lá onde quiser...
AMBRÓSIO - Pois bem, com ambas sobre o coração, dir-te-ei: só tu és o meu único
amor, minhas delícias, minha vida ... (À parte:) e minha burra!
FLORÊNCIA - Se eu pudesse acreditar!...
AMBRÓSIO - Não podes porque não queres. Basta um bocado de boa vontade. Se
fiquei aterrorizado ao ver essa mulher, foi por prever os desgostos que
terias, se aí a visses.
FLORÊNCIA - Se temes que eu a veja, é porque ainda a ama.
AMBRÓSIO - Amá-la eu? Ah, desejava que ela estivesse mais longe de mim do que
o cometa que apareceu no ano passado.
FLORÊNCIA - Oh, meu Deus, se eu pudesse crer!
AMBRÓSIO, à parte - Está meia convencida...
FLORÊNCIA - Se eu o pudesse crer! (Rosa entra vestida de frade, pelo fundo, pára
e observa.)
AMBRÓSIO, com animação - Estes raios brilhantes e aveludados de teus olhos
ofuscam o seu olhar acanhado e esgateado. Esses negros e finos cabelos
varrem da minha idéia as suas emaranhadas melenas cor de fogo. esta
mãozinha torneada (pega-lhe na mão), este colo gentil, esta cintura
flexível e delicada fazem-me esquecer os grosseiros encantos desta
mulher que ...( Nesse momento dá com os olhos em Rosa; vai recuando
pouco a pouco.)
FLORÊNCIA - O que tens? De que te espantas?
ROSA, adiantando-se - Senhora, este homem pertence-me.
FLORÊNCIA - E quem é vossa Reverendíssima?
ROSA, tirando o chapéu, que faz cair os cabelos - Sua primeira mulher.
FLORÊNCIA - Sua primeira mulher?
ROSA, dando-lhe a certidão - Leia (Para Ambrósio:) Conheceis-me, senhor? Há
seis anos que nos não vemos, e quem diria que assim nos
encontraríamos? Nobre foi o vosso proceder!... Oh, para que não
enviaste um assassino para esgotar o sangue destas veias e arrancar a
alma deste corpo? Assim devíeis ter feito, porque então eu não estaria
aqui para vingar-me, traidor!
AMBRÓSIO, à parte - O melhor é deitar a fugir. (Corre para o fundo. Prevenção.)
ROSA - Não o deixem fugir! (Aparecem à porta meirinhos, os quais prendem
Ambrósio)
MEIRINHO - Está preso!
AMBRÓSIO - Ai! (Corre por toda a casa, etc. Enquanto isto se passa, Florência
tem lido a certidão.)
FLORÊNCIA - Desgraçada de mim, estou traída! Quem me socorre? (Vai para sair,
encontra-se com Rosa.) Ah, para longe, para longe de mim! (Recuando.)
ROSA - Senhora, a quem pertencerá ele? (Execução.)

FIM DO SEGUNDO ATO



ATO TERCEIRO



Quarto em casa de Florência: mesa, cadeiras, etc., etc., armário, uma cama grande
com cortinados, uma mesa pequena com um castiçal com vela acesa. É noite.

CENA I

Florência deitada, Emília sentada junto dela, Juca vestido de calça, brincando com
um carrinho pela sala.

FLORÊNCIA - Meu Deus, meu Deus, que bulha faz esse menino!

EMÍLIA - Maninho, estais fazendo muita bulha a mamãe...

FLORÊNCIA - Minha cabeça! Vai correr lá para dentro...

EMÍLIA - Anda, vai para dentro, vai para o quintal. (Juca sai com o carrinho.)

FLORÊNCIA - Parece que me estala a cabeça... São umas marteladas aqui nas
fontes. Ai, que não posso! Morro desta!...

EMÍLIA - Minha mãe, não diga isso, seu incômodo passará.

FLORÊNCIA - Passará? Morro, morro...(Chorando:) Hi.... (Etc.)

EMÍLIA - Minha mãe!

FLORÊNCIA, chorando - Ser assim traída, enganada! Meu Deus, quem pode
resistir? Hi, hi!

EMÍLIA - Para que tanto se aflige? Que remédio? Ter paciência e resignação.

FLORÊNCIA - Um homem em quem havia posto toda a minha confiança, que eu
tanto amava... Emília, eu o amava muito!

EMÍLIA - Coitada!

FLORÊNCIA - Enganar-me deste modo! Tão indignamente, casado com outra
mulher. Ah, não sei como não arrebento...

EMÍLIA - Tranqüilize-se, minha mãe.

FLORÊNCIA - Que eu supunha desinteressado... Entregar-lhe todos os meus bens,
assim iludir-me... Que malvado, que malvado!.

EMÍLIA - São horas de tomar o remédio. (Toma uma garrafa de remédio, deita-o
em uma xícara e dá a Florência.)

FLORÊNCIA - Como os homens são falsos! Uma mulher não era capaz de cometer
ação tão indigna. O que é isso?

EMÍLIA - O cozimento que o doutor receitou.

FLORÊNCIA - Dá cá. (Bebe.) Ora, de que servem estes remédios? Não fico boa; a
ferida é no coração...

EMÍLIA - Há de curar-se.

FLORÊNCIA - Ora, filha, quando eu vi diante de mim essa mulher, senti uma
revolução que te não sei explicar... um atordoamento, uma zoada, que
há de oito dias me tem pregado nesta cama.

EMÍLIA - Eu estava no meu quarto quando ouvi gritos na sala. Saí apressada e no
corredor encontrei-me com meu padrasto...

FLORÊNCIA - Teu padrasto?

EMÍLIA - ... que passando como uma flecha por diante de mim, dirigiu-se para o
quintal e saltando o muro, desapareceu. Corri para a sala...

FLORÊNCIA - E aí encontraste-me banhada em lágrimas. Ela já tinha saído, depois
de ameaçar-me. Ah, mas eu hei-de ficar boa para vingar-me!

EMÍLIA - Sim, é preciso ficar boa, para vingar-se.

FLORÊNCIA - Hei-de ficar. Não vale a pena morrer por um traste daquele!

EMÍLIA - Que dúvida!

FLORÊNCIA - O meu procurador disse-me que o tratante está escondido, mas que
já há mandato de prisão contra ele. Deixa estar. Enganar-me, obrigar-me
a que te fizesse freira, constranger a inclinação de Carlos...

EMÍLIA - Oh, minha mãe, tenha pena do primo. O que não terá ele sofrido, coitado!

FLORÊNCIA - Já esta manhã mandei falar ao D. Abade por pessoa de consideração,
e além disso, tenho uma carta que lhe quero remeter, pedindo-lhe que
me faça o obséquio de aqui mandar um frade respeitável para de viva
voz tratar comigo este negócio.

EMÍLIA - Sim, minha boa mãezinha.

FLORÊNCIA - Chama o José.

EMÍLIA - José? José? E a mamãe julga que o primo poderá estar em casa hoje?

FLORÊNCIA - És muito impaciente... Chama o José.

EMÍLIA - José?

CENA II

Ambas e José

JOSÉ - Minha senhora...

FLORÊNCIA - José, leva esta carta ao convento. Onde está o Sr. Carlos, sabes?

JOSÉ - Sei, minha senhora.

FLORÊNCIA - Procura pelo Sr. D. Abade, e lha entrega de minha parte.

JOSÉ - Sim, minha senhora

EMÍLIA - Depressa. (Sai José)

FLORÊNCIA - Ai, ai!

EMÍLIA - Tomara vê-lo já!

FLORÊNCIA - Emília, amanhã lembra-me para pagar as soldadas que devemos ao
José e despedi-lo do nosso serviço. Foi metido aqui em casa pelo
tratante, e só por esse fato já desconfio dele... Lé com lé, cré com cré...
Nada; pode ser algum espião que tenhamos em casa...

EMÍLIA - Ele parece-me bom moço.

FLORÊNCIA - Também o outro parecia-me bom homem. Já não me fio em
aparências.

EMÍLIA - Tudo pode ser.

FLORÊNCIA - Vai ver aquilo lá por dentro como anda, que minhas escravas
pilhando-me de cama fazem mil diabruras.

EMÍLIA - E fica só.

FLORÊNCIA - Agora estou melhor, e se precisar de alguma cousa, tocarei a
campainha. (Sai Emília)

CENA III

FLORÊNCIA, só - Depois que mudei a cama para este quarto que foi do sobrinho
Carlos, passo melhor... No meu, todos os objetos faziam-me recordar
aquele pérfido. Ora, os homens são capazes de tudo, até de terem duas
mulheres... E três, e quatro, e duas dúzias... Que demônios! Há oito dias
que estou nesta cama; antes tivesse morrido. E ela, essa mulher infame,
onde estará. E outra que tal... Oh, mas que culpa tem ela? Mais tenho eu,
já que fui tão tola, tão tola, que casei-me sem indagar quem ele era.
Queira Deus que este exemplo aproveite a muitas incautas! Patife, agora
anda escondido... Ai, estou cansada... (Deita-se) Mas não escapará da
cadeia... seis anos de cadeia... assim me disse o procurador. Ai, minha
cabeça! Se eu pudesse dormir um pouco. Ai, ai, as mulheres neste
mundo... estão sujeitas... a... muito... ah! (Dorme.)

CENA IV

Carlos entra pelo fundo, apressado; traz o hábito roto e sujo.

CARLOS - Não há grades que me prendam, nem muros que me retenham. Arrombei
grades, saltei muros e eis-me aqui de novo. E lá deixei parte do hábito,
esfolei os joelhos e as mãos. Estou em belo estado! Ora, para que
ateimam comigo? Por fim lanço fogo ao convento e morrem todos os
frades assados, e depois queixem-se. Estou no meu antigo quarto,
ninguém me viu entrar. Ah, que cama é esta? É da tia... Estará... Ah, é
ela... e dorme... Mudou de quarto? O que se terá passado nesta casa há
oito dias. Estive preso, incomunicável, a pão e água. Ah, frades! Nada
sei. O que será feito da primeira mulher do senhor meu tio, desse grande
patife? Onde estará a prima? Como dorme! Ronca que é um regalo!
(Batem palmas.) Batem! Serão eles, não tem dúvida. Eu acabo por matar
um frade...

MESTRE, dentro - Deus esteja nesta casa.

CARLOS - É o padre mestre! Já deram pela minha fugida...

MESTRE, dentro - Dá licença?

CARLOS - Não sou eu que t hei-de dar. Escondamo-nos, mas de modo que ouça o
que ele diz... Debaixo da cama... (Esconde-se.)

MESTRE, dentro, batendo com força -Dá licença?

FLORÊNCIA, acordando - Quem é? Quem é?

MESTRE, dentro - Um servo de Deus.

FLORÊNCIA - Emília? Emília? (Toca a campainha)

CENA V

Entra Emília

EMÍLIA - Minha mãe...

FLORÊNCIA - Lá dentro estão todos surdos? Vai ver quem está na escada batendo.
(Emília sai pelo fundo.) Acordei sobressaltada... Estava sonhando que o
meu primeiro marido enforcava o segundo, e era muito bem enforcado...

CENA VI

Entra Emília com o Padre-Mestre

EMÍLIA - Minha mãe, é o Sr. Padre-Mestre. (À parte:) Ave de agouro.

FLORÊNCIA - Ah!

MESTRE - Desculpe-me, minha senhora.

FLORÊNCIA - O Padre-Mestre é que me há-de desculpar se assim o recebo
(Senta-se na cama.)

MESTRE - Oh, esteja a seu gosto. Já por lá sabe-se dos seus incômodos. Toda
cidade o sabe. Tribulações deste mundo...

FLORÊNCIA - Emília, oferece uma cadeira ao Reverendíssimo.

MESTRE - Sem incômodo. (Senta-se.)

FLORÊNCIA - O Padre-Mestre veio falar comigo por mandado do Sr. D. Abade?

MESTRE - Não, minha senhora.

FLORÊNCIA - Não? Pois eu lhe escrevi.

MESTRE - Aqui venho pelo mesmo motivo que já vim duas vezes.

FLORÊNCIA - Como assim?

MESTRE - Em procura do noviço Carlos. Ah, que rapaz!

FLORÊNCIA - Pois tornou a fugir?

MESTRE - Se tornou! É indomável! Foi metido no cárcere a pão e água.

EMÍLIA - Desgraçado!

MESTRE - Ah, a menina lastima-o? Já me não admira que ele faça o que faz.

FLORÊNCIA - O Padre-Mestre dizia...

MESTRE - Que estava no cárcere a pão e água, mas o endemoninhado arrombou as
grades, saltou na horta, vingou o muro da cerca que deita para a rua e
pôs-se a panos.

FLORÊNCIA - Que doudo! E para onde foi?

MESTRE - Não sabemos, mas julgamos que para aqui se dirigiu.

FLORÊNCIA - Posso afiançar a Vossa Reverendíssima que por cá ainda não
apareceu. (Carlos bota a cabeça de fora e puxa pelo vestido de Emília.)

EMÍLIA, assustando-se -Ai!

FLORÊNCIA - O que é, menina?

MESTRE, levantando-se -O que foi?

EMÍLIA, vendo Carlos - Não foi nada, não senhora... Um jeito que dei no pé.

FLORÊNCIA - Tem cuidado. Assente-se, Reverendíssimo. Mas como lhe dizia, o
meu sobrinho cá não apareceu; desde o dia em que o Padre-Mestre o
levou preso ainda não o vi. Não sou capaz de faltar a verdade.

MESTRE - Oh, nem tal suponho. E demais, Vossa Senhoria, como boa parenta que
é, deve contribuir para sua correção. Esse moço tem revolucionado todo
o convento, e é preciso um castigo exemplar.

FLORÊNCIA - Tem muita razão; mas eu já mandei falar ao Sr. D. Abade para que
meu sobrinho saísse do convento.

MESTRE - E o D. Abade está a isso resolvido. Nós todos nos temos empenhado. O
Sr. Carlos faz-nos loucos... Sairá do convento; porém antes será
castigado.

CARLOS - Veremos...

FLORÊNCIA, para Emília - O que é?

EMÍLIA - Nada, não senhora.

MESTRE - Não por ele, que estou certo que não se emendará, mas para exemplo dos
que lá ficam. Do contrário, todo o convento abalava.

FLORÊNCIA - Como estão resolvidos a despedir meu sobrinho do convento, e o
castigo que lhe querem impor é tão somente exemplar, e ele precisa um
pouco, dou minha palavra a Vossa Reverendíssima que assim que ele
aqui aparecer, mandarei agarrá-lo e levar para o convento.

CARLOS - Isso tem mais que se lhe diga...

MESTRE, levantando-se - Mil graças, minha senhora.

FLORÊNCIA - Isto mesmo terá a bondade de dizer ao Sr. D. Abade, a cujas orações
me recomendo.

MESTRE - Serei fiel cumpridor . Dê-me as suas determinações.

FLORÊNCIA - Emília, conduz o Padre-Mestre.

MESTRE, para Emília - Minha menina, muito cuidado com o senhor seu primo. Não
se fie nele; julgo capaz de tudo. (Sai)

EMÍLIA, voltando - Vá encomendar defuntos!

CENA VII

Emília, Florência e Carlos, debaixo da cama.

FLORÊNCIA - Então, que te parece teu primo Carlos? É a terceira fugida que faz.
Isto assim não é bonito.

EMÍLIA - E para que o prendem?

FLORÊNCIA - Prendem-no porque ele foge.

EMÍLIA - E ele foge porque o prendem.

FLORÊNCIA - Belo argumento! É mesmo desta cabeça. (Carlos puxa pelo vestido
de Emília.) Mas o que tens tu?

EMÍLIA - Nada, não senhora.

FLORÊNCIA - Se ele aqui aparecer hoje há-de ter paciência, irá para o convento,
ainda que seja amarrado. É preciso quebrar-lhe o gênio. Estais a
mexer-te?

EMÍLIA - Não, senhora.

FLORÊNCIA - Queira Deus que ele se emende... Mas que tens tu Emília, tão
inquieta?

EMÍLIA - São cócegas na sola dos pés.

FLORÊNCIA - Ah, isso são cãibras. Bate com o pé, assim estais melhor.

EMÍLIA - Vai passando.

FLORÊNCIA - O sobrinho é estouvado, mas nunca te dará os desgostos que me deu
o Ambró... - nem quero pronunciar o nome. E tu não te aquietas? Bate
com o pé.

EMÍLIA, afastando-se da cama - Não posso estar quieta no mesmo lugar; (À parte:)
Que louco!

FLORÊNCIA - Estou arrependida de ter escrito. (Entra José.) Quem vem aí?

CENA VIII

Os mesmos e José.

EMÍLIA - É o José.

FLORÊNCIA - Entregaste a carta?

JOSÉ - Sim, minha senhora, e o Sr. D. Abade mandou comigo um reverendíssimo,
que ficou na sala à espera.

FLORÊNCIA - Fá-lo entrar.(Sai o criado.) Emília, vai para dentro. Já que um
reverendíssimo teve o incômodo de vir cá, quero aproveitar a ocasião e
confessar-me. Posso morrer...

EMÍLIA - Ah!

FLORÊNCIA - Anda, vai para dentro, não te assustes. (Sai Emília)

CENA IX

FLORÊNCIA, só - A ingratidão daquele monstro assassinou-me. Bom é ficar
tranqüila com a minha consciência.

CENA X

Ambrósio, com hábito de frade, entra seguindo José.

JOSÉ - Aqui está a senhora.

AMBRÓSIO, à parte - Retira-te e fecha a porta. (Dá-lhe dinheiro.)

JOSÉ, à parte - Que lá se avenham... A paga cá está.

CENA XI

FLORÊNCIA - Vossa Reverendíssima pode aproximar-se. Queira assentar-se.
(Senta-se.)

AMBRÓSIO, fingindo que tosse - Hum, hum, hum... (Carlos espreita embaixo da
cama.)

FLORÊNCIA - Escrevi para que viesse uma pessoa falar-me e Vossa
Reverendíssima quis ter a bondade de vir.

AMBRÓSIO - Hum, hum, hum...

CARLOS, à parte - O diabo do frade está endefluxado.

FLORÊNCIA - E era para tratarmos do meu sobrinho Carlos, mas já não é preciso.
Aqui esteve o padre-mestre; sobre isso falamos; está tudo justo e sem
dúvida Vossa reverendíssima já está informado.

AMBRÓSIO, o mesmo - Hum, hum, hum...

FLORÊNCIA - Vossa Reverendíssima está constipado; talvez o frio da noite...

AMBRÓSIO, disfarçando a voz - Sim, sim....

FLORÊNCIA - Muito bem.

CARLOS - Não conheci esta voz no convento...

FLORÊNCIA - Mas para que Vossa Reverendíssima não perdesse de todo o seu
tempo, se quisesse ter a bondade de ouvir-me em confissão...

AMBRÓSIO - Ah! (Vai feichar as portas.)

FLORÊNCIA - Que faz, senhor? Feicha a porta? Ninguém nos ouve.

CARLOS, à parte - O frade tem más tenções...

AMBRÓSIO, disfarçando a voz - Por cautela.

FLORÊNCIA - Assente-se (À parte:) Não gosto muito disso... (Alto:)
Reverendíssimo, antes de principiarmos a confissão, julgo necessário
informar-lhe que fui casada duas vezes; a primeira, com um santo
homem, e a segunda, com um demônio.

AMBRÓSIO - Hum, hum, hum...

FLORÊNCIA - Um homem sem honra e sem fé em Deus, um malvado. Casou-se
comigo quando ainda tinha mulher viva! Não é verdade,
reverendíssimo, que este homem vai direitinho para o inferno?

AMBRÓSIO - Hum, hum, hum...

FLORÊNCIA - Oh, mas enquanto não vai para o inferno, há-de pagar nesta vida. Há
uma ordem de prisão contra ele e o malvado não ousa aparecer.

AMBRÓSIO, levantando-se e tirando o capuz - E quem vos disse que ele não
ouso aparecer?

FLORÊNCIA, fugindo da cama - Ah!

CARLOS, à parte - O senhor meu tio!

AMBRÓSIO -Podeis gritar, as portas estão feichadas. Preciso de dinheiro e muito
dinheiro para fugir desta cidade, e dar-mo-eis, senão...

FLORÊNCIA - Deixai-me! Eu chamo por socorro!

AMBRÓSIO - Que me importa? Sou criminoso; serei punido. Pois bem, cometerei
outro crime, que me pode salvar. Dar-me-eis tudo quanto possuís:
dinheiro, jóias, tudo! E desgraçada de vós, se não me obedeceis! A
morte!...

FLORÊNCIA, corre por toda a casa, gritando - Socorro, socorro! Ladrão, ladrão!
Socorro! (Escuro.)

AMBRÓSIO, seguindo-a - Silêncio, silêncio, mulher!

CARLOS - O caso está sério! ( Vai saindo debaixo da cama no momento que
Florência atira com a mesa no chão. Ouve-se gritos fora: Abra, abra!
Florência, achando-se só e no escuro, senta-se no chão, encolhe-se e
cobre-se com uma colcha.)

AMBRÓSIO, procurando - Para onde foi? Nada vejo. Batem nas portas! O que
farei?

CARLOS, à parte - A tia calou-se e ele aqui está.

AMBRÓSIO, encontra-se com Carlos e agarra-lhe o hábito - Ah, mulher, estais em
meu poder. Estas portas não tardarão a ceder; salvai-me, ou mato-te!

CARLOS, dando-lhe uma bofetada - Tome lá, senhor meu tio!

AMBRÓSIO - Ah! (Cai no chão.)

CARLOS, a parte - Outra vez para a concha (Mete-se debaixo da cama.)

AMBRÓSIO, levantando-se - Que mão! Continuam a bater. Onde esconder-me?
Que escuro! Deste lado vi um armário... Ei-lo! (Mete-se dentro.)

CENA XII

Entram pelo fundo quatro homens armados, Jorge trazendo uma vela acesa. Claro.

JORGE, entrando - Vizinha, vizinha, o que é? O que foi? Não vejo ninguém... (Dá
com Florência no canto.) Quem está aqui?

FLORÊNCIA - Ai, ai!

JORGE - Vizinha, somos nós...

EMÍLIA, dentro - Minha mãe, minha mãe! (Entra.)

FLORÊNCIA - Ah, é o vizinho Jorge! E estes senhores? (Levantando-se ajudada
por Jorge.)

EMÍLIA - Minha mãe, o que foi?

FLORÊNCIA - Filha!

JORGE - Estava na porta de minha loja, quando ouvi gritar: Socorro, socorro!
Conheci a voz da vizinha e acudi com estes quatro amigos.

FLORÊNCIA - Muito obrigado, vizinho, ele já se foi.

JORGE - Ele quem?

FLORÊNCIA - O ladrão.

TODOS - O ladrão!

FLORÊNCIA - Sim, um ladrão vestido de frade, que me queria roubar e assassinar.

EMÍLIA, para Florência - Minha mãe!

JORGE - Mas ele não teve tempo de sair. Procuremos.

FLORÊNCIA - Espere, vizinho, deixe-me sair primeiro. Se o encontrarem, dêem-lhe
uma boa arrochada e levem-no preso. (À parte:) Há-de me pagar!
Vamos menina.
EMÍLIA, para Florência - É Carlos, minha mãe, é o primo!

FLORÊNCIA, para Emília - Qual primo! É ele, teu padrasto.

EMÍLIA - É o primo!

FLORÊNCIA - É ele, é ele. Vem. procurem-no bem, vizinhos, e pau nele. Anda,
anda. (Sai com Emília.)

CENA XIII

JORGE - Amigos, cuidado! Procuremos tudo; o ladrão ainda não saiu daqui.
Venham atrás de mim. Assim que ele aparecer, uma boa massada de
pau, e depois os pés e mãos amarradas, e guarda do Tesouro com ele...
Sigam-me. Aqui não está; vejamos atrás do armário. (Vê.) Nada. Onde se
esconderia? Talvez debaixo da cama. (Levantando o rodapé:) Oh, cá
está ele! (Dão bordoadas.)

CARLOS, gritando - Ai, ai, não sou eu. não sou ladrão, ai, ai!

JORGE, dando - Salta para fora, ladrão, salta! (Carlos sai para fora, gritando:) Não
sou ladrão, sou de casa!

JORGE - A ele amigos! (Perseguem Carlos de bordoadas por toda a cena. Por fim,
mete-se atrás do armário e atira com ele no chão. Gritos: Ladrão!)

CENA XIV

Jorge só, depois Florência e Emília.

JORGE - Eles que o sigam; eu já não posso. O diabo esfolou-me a canela com o
armário. (Batendo na porta.) Ó Vizinha, vizinha?

FLORÊNCIA, entrando - Então, vizinho?

JORGE - Estava escondido debaixo da cama.

EMÍLIA - Não te disse?

JORGE - Demos-lhe uma boa massada de pau e fugiu por aquela porta, mas os
amigos foram-lhe no alcance.

FLORÊNCIA - Muito obrigada, vizinho. Deus lhe pague.

JORGE - Estimo que a vizinha não tivesse maior incômodo.

FLORÊNCIA - Obrigada. Deus lhe pague.

JORGE - Boa noite, vizinha; mande levantar o armário que caiu.

FLORÊNCIA - Sim senhor. Boa noite. (Sai Jorge.)

CENA XV

Florência e Emília

FLORÊNCIA - Pagou-me!

EMÍLIA, chorando - Então minha mãe, não lhe disse que era o primo Carlos?

FLORÊNCIA - E continua a teimar?

EMÍLIA - Se o vi atrás da cama!

FLORÊNCIA - Ai, peior, era teu padrasto.

EMÍLIA - Se eu o vi!

FLORÊNCIA - Se eu lhe falei!... É boa teima!

CENA XVI

JUCA, entrando - Mamãe, aquela mulher do papá quer lhe falar.

FLORÊNCIA - O que quer essa mulher comigo, o que quer? (Resoluta:) Diga que
entre (Sai Juca.)

EMÍLIA - A mamãe vai afligir-se no estado em que está?

FLORÊNCIA - Bota aqui duas cadeiras. Ela não tem culpa. (Emília chega uma
cadeira. Florência sentando-se;) Vejamos o que quer. Chega mais esta
cadeira para aqui. Bem, vai para dentro.

EMÍLIA - Mas, se...

FLORÊNCIA - Anda; uma menina não deve ouvir a conversa que vamos ter. Farei
tudo para perseguí-lo. (Emília sai.)

CENA XVII

Entra Rosa. Já vem de vestido.

ROSA - Dá licença?

FLORÊNCIA - Pode entrar. Queira ter a bondade de sentar-se. (Senta-se.)

ROSA - Minha senhora, a nossa posição é bem extraordinária...

FLORÊNCIA - E desagradável no ultimo ponto.

ROSA - Ambas casadas com o mesmo homem...

FLORÊNCIA - E ambas com igual direito.

ROSA - Perdoe-me, minha senhora, nossos direitos não são iguais, sendo eu a
primeira mulher...

FLORÊNCIA - Oh, não falo desse direito, não o contesto. Direito de persegui-lo
quero eu dizer.

ROSA - Nisso estou de acordo.

FLORÊNCIA - Fui vilmente atraiçoada...

ROSA - E eu indignamente insultada...

FLORÊNCIA - Atormentei meus filhos...

ROSA - Contribui para a morte de minha mãe...

FLORÊNCIA - Estragou grande parte da minha fortuna.

ROSA - Roubou-me todos os meus bens...

FLORÊNCIA - Oh, mas hei-de vingar-me!

ROSA, levantando-se - Havemos de vingarmo-nos, senhora, e para isso aqui me
acho.

FLORÊNCIA, levantando-se - Explique-se.

ROSA - Ambas fomos traídas pelo mesmo homem, ambas servimos de degrau à sua
ambição. E porventura somos disso culpadas?

FLORÊNCIA - Não.

ROSA - Quando lhe dei eu a minha mão, poderia prever que ele seria um traidor? E
vós, senhora, quando lhe désteis a vossa, que vos uníeis a um infame?

FLORÊNCIA - Oh, não!

ROSA - E nós, suas desgraçadas vítimas, nos odiaremos mutuamente, em vez de
ligarmo-nos, para de comum acordo perseguimos o traidor?

FLORÊNCIA - Senhora, nem eu, nem vós temos culpa do que se tem passado.
Quisera viver longe de vós; vossa presença aviva meus desgostos,
porém farei um esforço - aceito o vosso oferecimento - unamo-nos e
mostraremos ao monstro o que podem duas fracas mulheres quando se
querem vingar.

ROSA - Eu contava convosco.

FLORÊNCIA - Agradeço a vossa confiança.

ROSA - Sou provinciana, não possuo talvez a polidez da Corte, mas tenho paixões
violentas e resoluções prontas. Aqui trago uma ordem de prisão contra
o pérfido, mas ele se esconde. Os oficiais de justiça andam em sua
procura.

FLORÊNCIA - Aqui esteve há pouco.

ROSA - Quem?

FLORÊNCIA - O traidor.

ROSA - Aqui? Em vossa casa? E não vos assegurásteis dele?

FLORÊNCIA - E como?

ROSA - Ah, se eu aqui estivesse...

FLORÊNCIA - Fugiu, mas levou uma maçada de pau.

ROSA - E onde estará ele agora, onde?

AMBRÓSIO, arrebenta uma tábua do armário, põe a cabeça para fora - Ai, que
abafo.
FLORÊNCIA e ROSA, assustadas - É ele!

AMBRÓSIO, com a cabeça de fora - Oh, diabos, cá estão elas!

FLORÊNCIA - É ele! Como te achas aí?

ROSA - Estava espreitando-nos!

AMBRÓSIO - Qual espreitando! Tenham a bondade de levantar este armário.

FLORÊNCIA - Para quê?

AMBRÓSIO - Quero sair... Já não posso... Abafo, morro!

ROSA - Ah, não podes sair? Melhor.

AMBRÓSIO - Melhor?

ROSA - Sim, melhor, porque estás em nosso poder.

FLORÊNCIA - Sabes que estávamos ajustando o meio de nos vingarmos de ti,
maroto?

ROSA - E tu mesmo te entregaste... Mas como?...

FLORÊNCIA - Agora já te adevinho. Bem dizia Emília; foi Carlos quem levou as
bordoadas. Ah, patife. mais essa!.

ROSA - Pagará por tudo junto.

AMBRÓSIO - Mulheres, vejam lá o que fazem!

FLORÊNCIA - Não me metes medo, grandíssimo mariola!

ROSA - Sabes que papel é este? É uma ordem de prisão contra ti que vai ser
executada. Foge agora!

AMBRÓSIO - Minha Rosinha, tira-me daqui!

FLORÊNCIA - O que é lá?

AMBRÓSIO - Florencinha, tem compaixão de mim!

ROSA - Ainda falas, patife?

AMBRÓSIO - Ai, que grito! Ai, ai!!

FLORÊNCIA - Podes gritar. Espera um bocado. (Sai.)

ROSA - A justiça de Deus te castiga.

AMBRÓSIO - Escuta-me, Rosinha, enquanto aquele diabo está lá dentro: tu és a
minha cara mulher; tira-me daqui que eu te prometo...

ROSA - Promessas tuas? Queres que eu acredite nelas? (Entra Florência trazendo
um pau de vassoura.)

AMBRÓSIO - Mas eu juro que desta vez...

ROSA - Juras? E tu tens fé em Deus para jurares?

AMBRÓSIO - Rosinha de minha vida, olha que...

FLORÊNCIA, levanta o pau e dá-lhe na cabeça - Toma maroto!

AMBRÓSIO, escondendo a cabeça - Ai!

ROSA, rindo-se - Ah, ah, ah!

FLORÊNCIA - Ah, pensavas que o caso havia de ficar assim? Anda, bota a cabeça
de fora!

AMBRÓSIO, principia a gritar - Ai! (Etc.)

ROSA, procura pela casa um pau - Não acho também um pau...

FLORÊNCIA - Grita, grita, que eu já chorei muito. Mas agora hei-de arrebentar-te
esta cabeça. Bota essa cara sem vergonha.

ROSA, tira o travesseiro da cama - Isto serve?

FLORÊNCIA - Patife! Homem desalmado!

ROSA - Zombaste, agora pagarás.

AMBRÓSIO, botando a cabeça de fora - Ai, que morro! (Dão-lhe.)

ROSA - Toma lá!

AMBRÓSIO, escondendo a cabeça - Diabos!

ROSA - Chegou a nossa vez.

FLORÊNCIA - Verás como se vingam duas mulheres...

ROSA - Traídas ...

FLORÊNCIA -Enganadas...

ROSA - Por um tratante...

FLORÊNCIA - Digno de forca.

ROSA - Anda, bota a cabeça de fora!

FLORÊNCIA - Pensavas que havíamos de chorar sempre?

AMBRÓSIO, bota a cabeça de fora - Já não posso (Dão-lhe.) Ai, que me matam!
(Esconde-se.)

ROSA - É para teu ensino,

FLORÊNCIA, fazendo sinais para Rosa - Está bem, basta, deixá-lo. Vamos chamar
os oficiais de justiça.

ROSA - Nada! Primeiro hei-de lhe arrebentar a cabeça. Bota a cabeça de fora. Não
queres?

FLORÊNCIA, fazendo sinais - Não, minha amiga, por nossas mãos já nos vingamos.
Agora, a justiça.

ROSA - Pois vamos. Um instantinho, meu olho, já voltamos.

FLORÊNCIA - Se quiser, pode sair e passear. Podemos sair, que ele não foge.
(Colocam-se juntas do armário, silenciosas.)

AMBRÓSIO, botando a cabeça de fora - As fúrias já se foram. Escangalharam-me
a cabeça! Se eu pudesse fugir... (Florência e Rosa dão-lhe.)

FLORÊNCIA - Por que não foges?

ROSA - Pode muito bem.

AMBRÓSIO - Demônios (Esconde-se.)

FLORÊNCIA - Só assim teria vontade de rir. Ah, ah!

ROSA - Há seis anos que não me rio de tão boa vontade!

FLORÊNCIA - Então, maridinho!

ROSA - Vidinha, não queres ver tua mulher?

AMBRÓSIO, dentro - Demônios, fúrias, centopéias! Diabos! Corujas! Ai, ai!
(Gritando sempre.)

CENA XVIII

Os mesmos e Emília

EMÍLIA, entrando - O que é? Riem-se?

FLORÊNCIA - Vem cá, menina, vem ser como se devem ensinar aos homens.

CENA XIX

Entra Carlos preso por soldados, etc., seguido de Jorge.

JORGE, entrando adiante - Vizinha, o ladrão foi apanhado.

CARLOS, entre os soldados - Tia!

FLORÊNCIA - Carlos!

EMÍLIA - O primo! (Ambrósio bota a cabeça de fora e espia.)

JORGE - É o ladrão.

FLORÊNCIA - Vizinho, este é o meu sobrinho Carlos.

JORGE - Seu sobrinho? Pois foi quem levou a coça.

CARLOS - Ainda cá sinto...

FLORÊNCIA - Coitado! Foi um engano, vizinho.

JORGE, para os meirinhos - Podem largá-lo.

CARLOS - Obrigado. Priminha! (Indo para ela.)

EMÍLIA - Pobre primo.

FLORÊNCIA, para Jorge - Nós já sabemos como foi o engano, neste armário;
depois lhe explicarei. (Ambrósio esconde-se.)

JORGE, para os soldados - Sinto o trabalho que tiveram... E como não é mais
preciso, podem-se retirar.

ROSA - Queiram ter a bondade de esperar. Senhores oficiais de justiça, aqui lhes
apresento este mandado de prisão, lavrado contra um homem que se
oculta dentro daquele armário.

TODOS - Naquele armário!

MEIRINHO, que tem lido o mandado - O mandado está em forma.

ROSA - Tenham a bondade de levantar o armário. (Os oficiais de justiça e os quatro
homens levantam o armário.)

FLORÊNCIA - Abram (Ambrósio sai muito pálido, depois de abrirem o armário.)

CARLOS - O senhor meu tio!

EMÍLIA - Meu padrasto!

JORGE - O Sr. Ambrósio.

MEIRINHO - Estais preso.

ROSA - Levai-o.

FLORÊNCIA - Para a cadeia.

AMBRÓSIO - Um momento. Estou preso, vou passar seis meses na cadeia... Exultai,
senhoras. Eu me deveria lembrar antes de me casar com duas mulheres,
que basta só uma para fazer o homem desgraçado. O que diremos de
duas? Reduzem-no ao estado em que me vejo. Mas não sairei daqui sem
ao menos vingar-me em alguém. (Para os meirinhos:) Senhores, aquele
moço fugiu do convento depois de assassinar um frade.

CARLOS - O que é lá isso? (Mestre de Noviços entra pelo fundo.)
AMBRÓSIO - Senhores, denuncio-vos um criminoso.
MEIRINHO - É verdade que tenho aqui uma ordem contra um noviço...
MESTRE - ...Que já de nada vale. (Prevenção.)
TODOS - O Padre-Mestre!
MESTRE, para Carlos - Carlos, o D. Abade julgou mais prudente que lá não
voltásseis. Aqui tens a permissão por ele assinada para saíres do
convento.
CARLOS, abraçando-o - Meu bom Padre-Mestre, este ato reconcilia-me com os
frades.
MESTRE - E vós, senhoras, esperai da justiça dos homens o castigo deste malvado.
(Para Carlos e Emília:) E vós, meus filhos, sede felizes, que eu pedirei
para todos (ao público:) indulgência!
AMBRÓSIO - Oh, mulheres, mulheres! (Execução.)

FIM



O Noviço - Martins Pena - Capa 3



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sexta-feira, 10 de março de 2017

Casa Velha - Machado de Assis


Casa Velha - Machado de Assis



Casa Velha é um romance de Machado de Assis, publicado em folhetins na revista carioca A Estação, de janeiro de 1885 a fevereiro de 1886. A primeira edição saiu em livro somente em 1943, graças aos esforços da crítica literária Lúcia Miguel Pereira. A edição contou com introdução crítica da estudiosa e ilustrações de Santa Rosa. Embora tenha sido publicado na fase dita realista do autor, supõe-se que Machado de Assis tenha aproveitado material não-publicado de sua fase romântica. A obra permaneceu no esquecimento durante décadas, até ser resgatada por John Gledson, em "Machado de Assis - ficção e história".

(SEGUE ABAIXO ESTA OBRA COMPLETA)


CASA VELHA - MACHADO DE ASSIS


CAPITULO I

ANTES E DEPOIS DA MISSA

Aqui está o que contava, há muitos anos, um velho cônego da Capela Imperial:

-Não desejo ao meu maior inimigo o que me aconteceu no mês de abril de 1839.
Tinha-me dado na cabeça escrever uma obra política, a história do reinado de D. Pedro I. Até
então esperdiçara algum talento em décimas e sonetos, muitos artigos de periódicos, e alguns
sermões, que cedia a outros, depois que reconheci que não tinha os dons indispensáveis ao
púlpito. No mês de agosto de 1838 li as Memórias que outro padre, Luís Gonçalves dos
Santos, o Padre Perereca chamado, escreveu do tempo do rei, e foi esse livro que me meteu
em brios. Achei-o seguramente medíocre, e quis mostrar que um membro da igreja brasileira
podia fazer cousa melhor.

Comecei logo a recolher os materiais necessários, jornais, debates, documentos
públicos, e a tomar notas de toda a parte e de tudo. No meado de fevereiro, disseram-me
que, em certa casa da cidade, acharia, além de livros, que poderia consultar, muitos papéis
manuscritos, alguns reservados, naturalmente importantes, porque o dono da casa, falecido
desde muitos anos, havia sido ministro de Estado. Compreende-se que esta notícia me
aguçasse a curiosidade. A casa, que tinha capela para uso da família e dos moradores
próximos, tinha também um padre contratado para dizer missa aos domingos, e confessar
pela quaresma: era o Rev. Mascarenhas. Fui ter com ele para que me alcançasse da viúva a
permissão de ver os papéis.

- Não sei se lhe consentirá isso, disse-me ele; mas vou ver.

- Por que não há de consentir? E claro que não me utilizarei senão do que for
possível, e com autorização dela.

- Pois sim, mas é que livros e papéis estão lá em grande respeito. Não se mexe em
nada que foi do marido, por uma espécie de veneração, que a boa senhora conserva e
sempre conservará. Mas enfim vou ver, e far-se-á o que for possível.

Mascarenhas trouxe-me a resposta dez dias depois. A viúva começou recusando;
mas o padre instou, expôs o que era, disse-lhe que nada perdia o devido respeito à memória
do marido consentindo que alguém folheasse uma parte da biblioteca e do arquivo, uma
parte apenas; e afinal conseguiu, depois de longa resistência, que me apresentasse lá. Não
me demorei muito em usar do favor; e no domingo próximo acompanhei o Padre
Mascarenhas.

A casa, cujo lagar e direção não é preciso dizer, tinha entre o povo o nome de Casa
Velha, e era o realmente: datava dos fins do outro século. Era uma edificação sólida e vasta,
gosto severo, nua de adornos. Eu, desde criança, conhecia-lhe a parte exterior, a grande
varanda da frente, os dous portões enormes, um especial às pessoas da família e às visitas, e
outro destinado ao serviço, às cargas que iam e vinham, às seges, ao gado que saía a pastar.
Além dessas duas entradas, havia, do lado oposto, onde ficava a capela, um caminho que
dava acesso às pessoas da vizinhança, que ali iam ouvir missa aos domingos, ou rezar a
ladainha aos sábados.

Foi por esse caminho que chegamos à casa, às sete horas e poucos minutos.
Entramos na capela, após um raio de sol, que brincava no azulejo da parede interior onde
estavam representados vários passos da Escritura. A capela era pequena, mas muito bem
tratada. Ao rés-do-chão, à esquerda, perto do altar, uma tribuna servia privativamente à dona
da casa, e às senhoras da família ou hóspedas, que entravam pelo interior; os homens, os
fâmulos e vizinhos ocupavam o corpo da igreja. Foi o que me disse o Padre Mascarenhas
explicando tudo. Chamou-me a atenção para os castiçais de prata, para as toalhas finas e
alvíssimas, para o chão em que não havia uma palha.

- Todos os paramentos são assim, concluiu ele. E este confessionário? Pequeno,
mas um primor.

Não havia coro nem orgão. Já disse que a capela era pequena; em certos dias, a
concorrência à missa era tal que até na soleira da porta vinham ajoelhar-se fiéis.
Mascarenhas faz-me notar à esquerda da capela o lagar em que estava sepultado o
ex-ministro. Tinha-o conhecido, pouco antes de 1831, e contou-me algumas
particularidades interessantes; falou-me também da piedade e saudade da viúva, da
veneração em que tinha a memória dele, das relíquias que guardava, das alusões freqüentes
na conversação.

- Lá verá na biblioteca o retrato dele, disse-me.

Começaram a entrar na igreja algumas pessoas da vizinhança, em geral pobres, de
todas as idades e cores. Dos homens alguns, depois de persignados e rezados, saíam, outra
vez, para esperar fora, conversando, a hora da missa. Vinham também escravos da casa. Um
destes era o próprio sacristão; tinha a seu cargo, não só a guarda e asseio da cabela, mas
também ajudava a missa, e, salvo a prosódia latina' com muita perfeição. Fomos achá-lo
diante de uma grande cômoda de jacarandá antigo, com argolas de prata nos gavetões,
concluindo os arranjos preparatórios. Na sacristia, entrou logo depois um moço de vinte
anos mais ou menos, simpático, fisionomia meiga e franca, a quem o Padre Mascarenhas me
apresentou; era o filho da dona da casa, Félix.

-Já sei, disse ele sorrindo, mamãe me falou de V. Revma. Vem ver o arquivo de
papai?

Confiei-lhe rapidamente a minha idéia, e ele ouviu-me com interesse. Enquanto
falávamos vieram outros homens de dentro, um sobrinho do dono da casa, Eduardo,
também de vinte anos, um velho parente, Coronel Raimundo, e uns dous ou três hóspedes.
Félix apresentou-me a todos, e, durante alguns minutos, fui naturalmente objeto de grande
curiosidade. Mascarenhas, paramentado e de pé, com o cotovelo na borda da cômoda, ia
dizendo alguma cousa, pouca; ouvia mais do que falava, com um sorriso antecipado nos
lábios, voltando a cabeça a miúdo para um ou outro. Félix tratava-o com benevolência e até
deferência; pareceu-me inteligente, lhano e modesto. Os outros apenas faziam coro. O
coronel não fazia nada mais que confessar que tinha fome; acordara cedo e não tomara café.

- Parece que são horas, disse Félix; e, depois de ir à porta da capela:-Mamãe já
está na tribuna. Vamos?

Fomos. Na tribuna estavam quatro senhoras, duas idosas e duas moças.
Cumprimentei-as de longe, e, sem mais encará-las, percebi que tratavam de mim, falando
umas às outras. Felizmente o padre entrou daí a três minutos, ajoelhamo-nos todos, e
seguiu-se a missa que, por fortuna do coronel, foi engrolada. Quando acabou, Félix foi
beijar a mão à mãe e à outra senhora idosa, tia dele; levou-me e apresentou-me ali mesmo a
ambas. Não falamos do meu projeto; tão-somente a dona da casa disse-me delicadamente:

-Está entendido que V. Revma. faz-nos a honra de almoçar conosco?

Inclinei-me afirmativamente. Não me lembrou sequer acrescentar que a honra era
toda minha.

A verdade é que me sentia tolhido. Casa, hábitos, pessoas davam-me ares de outro
tempo, exalavam um cheiro de vida clássica. Não era raro o uso de capela particular; o que
me pareceu único foi a disposição daquela, a tribuna de família, a sepultura do chefe, ali
mesmo, ao pé dos seus, fazendo lembrar as primitivas sociedades em que florescia a religião
doméstica e o culto privado dos mortos. Logo que as senhoras saíram da tribuna, por uma
porta interior, voltamos à sacristia, onde o Padre Mascarenhas esperava com o coronel e os
outros. Da porta da sacristia, passando por um saguão, descemos dous degraus para um
pátio, vasto, calçado de cantaria, com uma cisterna no meio. De um lado e outro corria um
avarandado, ficando à esquerda alguns quartos, e à direita a cozinha e a copa. Pretas e
moleques espiavam-me, curiosos, e creio que sem espanto, porque naturalmente a minha
visita era desde alguns dias a preocupação de todos. Com efeito, a casa era uma espécie de
vila ou fazenda, onde os dias, ao contrário de um rifão peregrino, pareciam-se uns com os
outros; as pessoas eram as mesmas, nada quebrava a uniformidade das cousas, tudo quieto
e patriarcal.

D. Antônia governava esse pequeno mundo com muita discrição, brandura e
justiça. Nascera dona de casa; no próprio tempo em que a vida política do marido, e a
entrada deste nos conselhos de Pedro I podiam tirá-la do recesso e da obscuridade, só a custo
e raramente os deixou. Assim é que, em todo o ministério do marido.apenas duas vezes foi
ao paço. Era filha de Minas Gerais, mas foi criada no Rio de Janeiro, naquela mesma Casa
Velha, onde casou, onde perdeu o marido e onde lhe nasceram os filhos,-Félix, e uma
menina que morreu com três anos. A casa fora construída pelo avô, em 1780, voltando da
Europa, donde trouxe idéias de solar e costumes fidalgos; e foi ele, e parece que também a
filha, mãe de D. Antônia, quem deu a esta a pontazinha de orgulho, que se lhe podia notar,
e quebrava a unidade da índole desta senhora, essencialmente chã. Inferi isso de algumas
anedotas que ela me contou de ambos, no tempo do rei. D. Antônia era antes baixa que alta,
magra, muito bem composta, vestida com singeleza e austeridade; devia ter quarenta e seis a
quarenta e oito anos.

Poucos minutos depois estávamos almoçando. O coronel, que afirmava, rindo, ter
um buraco de palmo no estômago, nem por isso comeu muito, e durante os primeiros
minutos, não disse nada; olhava para mim, obliquamente, e, se dizia alguma cousa, era
baixinho, às duas moças, filhas dele; mas desforrou-se para o fim, e não conversava mal.
Félix, eu e o Padre Mascarenhas falávamos de política, do ministério e dos sucessos do Sul.
Notei desde logo, no filho do ministro, a qualidade de saber escutar, e de dissentir parecendo
aceitar o conceito alheio, de tal modo que, às vezes, a gente recebia a opinião devolvida por
ele, e supunha ser a mesma que emitira. Outra cousa que me chamou a atenção foi que a
mãe, percebendo o prazer com que eu falava ao filho, parecia encantada e orgulhosa.
Compreendi que ela herdara as naturais esperanças do pai, e rodobrei de atenção com o
filho. Fi-lo sem esforço; mas pode ser também que entrasse por alguma cousa, naquilo, a
necessidade de captar toda a afeição da casa. por motivo do meu projeto.

Foi só depois do almoço que falamos do projeto. Passamos à varanda, que
comunicava com a sala de jantar, e dava para um grande terreiro; era toda ladrilhada, e tinha
o tecto sustentado por grossas colunas de cantaria. D. Antônia chamou-me, sentei-me ao pé
dela, com o Padre Mascarenhas.

- Reverendíssimo, a casa está às suas ordens, disse-me ela. Fiz o que o Sr. Padre
Mascarenhas me pediu, e a muito custo, não porque o não julgue pessoa capaz, mas porque
os livros e papéis de meu marido ninguém mexe neles.

- Creia que agradeço muito...

- Pode agradecer, interrompeu ela sorrindo; não faria isto a outra pessoa. Precisa
ver tudo?

- Não posso dizer se tudo; depois de um rápido exame, saberei mais ou menos o
que preciso. E V. Ex.ª também há de ser um livro para mim, e o melhor livro, o mais íntimo.
. .

- Como ?

- Espero que me conte algumas cousas, que hão de ter ficado escondidas. As
histórias fazem-se em parte com as noticias pessoais. V. Ex.ª, esposa de ministro. . .

D. Antônia deu de ombros.

- Ah! eu nunca entendi de política; nunca me meti nessas cousas.

- Tudo pode ser política, minha senhora; uma anedota, um dito, qualquer cousa
de nada, pode valer muito.

Foi neste ponto que ela me disse o que acima referi; vivia em casa, pouco saía, e só
foi ao paço duas vezes. Confessou até que da primeira vez teve muito medo, e só o perdeu
por se lembrar a tempo de um dito do avô.

- Saí de casa tremendo. Era dia de gala, ia trajada à corte; pelas portinholas do
coche via muita gente olhando parada. Mas quando me lembrava que tinha de cumprimentar
o imperador e a imperatriz, confesso que o coração me batia muito. Ao descer do coche, o
medo cresceu, e ainda mais quando subi as escadas do paço. De repente, lembrou-me um
dito de meu avô. Meu avô, quando aqui chegou o rei, levou-me a ver as festas da cidade, e,
como eu, ainda mocinha, impressionada, lhe dissesse que tinha medo de encarar o rei, se ele
aparecesse na rua, olhou para mim, e disse com um modo muito sério que ele tinha às vezes:
"Menina, uma Quintanilha não trame nunca!" Foi o que fiz, lembrou-me que uma
Quintanilha não tremia, e, sem tremer, cumprimentei Suas Majestades.

Rimo-nos todos. Eu, pela minha parte, declarei que aceitava a explicação e neo lhe
pediria nada; e depois falei de outras cousas. Parece que estava de veia, se não é que a
conversação da viúva me meteu em brios. Veio o filho, veio o cunhado, vieram as moças, e
posso afirmar que deixei a melhor impressão em todos; foi o que o Padre Mascarenhas me
confirmou, alguns dias depois, e foi o que notei por mim mesmo.

CAPITULO II

Antes de me despedir deles, fui ver a biblioteca. Era uma vasta sala, dando para a
chácara, por meio de seis janelas de grade de ferro, abertas de um só lado. Todo o lado
oposto estava forrado de estantes, pejadas de livros. Estes eram, pela maior parte, antigos, e
muitos infólio; livros de história, de política, de teologia, alguns de letras e filosofia, não
raros em latim e italiano. Eu via-os, tirava e abria um ou outro, dizia alguma palavra, que o
Félix, que ia comigo, ouvia com muito prazer, porque as minhas reflexões redundavam em
elogio do pai, ao mesmo tempo que lhe davam de mim maior idéia. Esta idéia cresceu ainda,
quando casualmente dei com os olhos na Storia Fiorentina de Varchi, edição de 1721.
Confesso que nunca tinha lido esse livro, nem mesmo o li mais tarde; mas um padre italiano,
que eu visitara no Hospício de Jerusalém, na antiga Rua dos Barbonos, possuía a obra e
falara-me da última página, que, em alguns exemplares faltava, e tratava do modo
descomunalmente sacrílego e brutal com que um dos Farneses tratara o bispo de Fano.

- Será o exemplar truncado? disse eu.

- Truncado? repetiu Félix.

- Vamos ver, continuei eu, correndo ao fim. Não, cá está; é o cap. 16 do 1v. XVI.
Uma cousa indigna: In quest'anno medesimo nacque un caso... Não vale a pena ler; é
imundo.

Pus o livro no lugar. Sem olhar para o Félix, senti-o subjugado. Nem confesso este
incidente, que me envergonha, senão porque, além da resolução de dizer tudo, importa
explicar o poder que desde logo exerci naquela casa, e especialmente no espírito do moço.
Creram-me naturalmente um sábio, tanto mais digno de admiração, quanto que contava
apenas trinta e dous anos. A verdade é que era tão-somente um homem lido e curioso.
Entretanto, como era também discreto, deixei de manifestar um reparo que fiz comigo
acerca de promiscuidade de cousas religiosas e incrédulas, alguns padres de Igreja não longe
de Voltaire e Rousseau, e aqui não havia afetar nada, porque os conhecia, não
integralmente, mas no principal que eles deixaram. Quanto à parte que imediatamente me
interessava, achei muitas cousas, opúsculos, jornais, livros, relatórios, maços de papéis
rotulados e postos por odem, em pequenas estantes, e duas grandes caixas que o Félix me
disse estarem cheias de manuscritos.

Havia ali dous retratos, um do finado ex-ministro, outro de Pedro I. Conquanto a
luz não fosse boa, achei que o Félix parecia-se muito com o pai, descontada a idade, porque
o retrato era de 1829, quando o ex-ministro tinha quarenta e quatro anos. A cabeça era
altiva, o olhar inteligente, a boca voluptuosa; foi a impressão que me deixou o retrato. Félix
não tinha, porém, a primeira nem a última expressão; a semelhança restringia-se à
configuraçao do rosto, ao corte e viveza dos olhos.

-Aqui está tudo, disse-me Félix; aquela porta dá para uma saleta, onde poderá
trabalhar, quando quiser, se não preferir aqui mesmo.

Já disse que saí de lá encantado, e que os deixei igualmente encantados comigo.
Comecei os meus trabalhos de investigação três dias depois. Só então revelei a Monsenhor
Queirós, meu velho mestre, o projeto que tinha de escrever uma história do Primeiro
Reinado. E revelei-lho com o único fim de lhe contar as impressões que trouxera da Casa
Velha, e confiar as minhas esperanças de algum achado de valor político. Monsenhor
Queirós abanou a cabeça, desconsolado. Era um bom filho da Igreja, que me faz o que sou,
menos a tendência política, apesar de que no tempo em que ele floresceu muitos servidores
da Igreja também o eram do Estado. Não aprovou a idéia: mas não gastou tempo em tentar
dissuadir-me. "Conquanto, disse-me ele, que você não prejudique sua mãe, que é a Igreja. O
Estado é um padrasto."

A meu cunhado e minha irmã, que sabiam do projeto, apenas contei o que se
passara na Casa Velha; ficaram contentes, e minha irmã pediu-me que a levasse lá, alguma
vez, para conhecer a casa e a família.

Na quarta-feira comecei a pesquisa. Vi então que era mais fácil projetá-la, pedi-la e
obtê-la, que realmente executá-la. Quando me achei na biblioteca e no gabinete contíguo,
com os livros e papéis à minha disposição, senti-me constrangido, sem saber por onde
começasse. Não era uma casa pública, arquivo ou biblioteca, era um lugar onde, no que
tocava a papéis e manuscritos, podia dar com alguma cousa privada e doméstica. Para
melhor haver-me, pedi ao Félix que me auxiliasse, disse-lhe até com franqueza, a causa do
meu acanhamento. Ele respondeu. polidamente, que tudo estava em boas mãos. Insistindo
eu, consentiu em servir-me (palavras suas) de sacristão; pedia, porém, licença naquele dia
porque tinha de sair; e, na seguinte semana, desde terça-feira até sábado, estaria na roga.
Voltaria sábado à noite, e daí até o fim, estava às minhas ordens. Aceitei este convênio.

Ocupei os primeiros dias na leitura de gazetas e opúsculos. Conhecia alguns deles,
outros não, e não eram estes os menos interessantes. Logo no dia seguinte, Félix
acompanhou-me nesse trabalho, e daí em diante até seguir para a roga. Eu, em geral chegava
às dez horas, conversava um pouco com o dona da casa, as sobrinhas e o coronel; o primo
Eduardo retirara-se para S. Paulo. Falávamos das cousas do dia, e poucos minutos depois,
nunca mais de meia hora, recolhia-me à biblioteca com o filho do ex-ministro. As duas
horas, em ponto, era o jantar. No primeiro dia recusei, mas a dona da casa declarou-me que
era a condição do obséquio prestado. Ou jantaria com eles, ou retirava-me a licença. Tudo
isso com tão boa cara que era impossível teimar na recusa. Jantava. Entre três e quatro horas
descansava um pouco, e depois continuava o trabalho até anoitecer.

Um dia, quando ainda o Félix estava na roga, D. Antônia foi ter comigo, com o
pretexto de ver o meu trabalho, que lhe não interessava nada. Na véspera, ao jantar,
disse-lhe que estimava muito ver as terras da Europa, especialmente França e Itália, e talvez
ali fosse daí a meses. D. Antônia, entrando na biblioteca, logo depois de algumas palavras
insignificantes, guiou a conversa para a viagem, e acabou pedindo que persuadisse o filho a
ir comigo.

- Eu, minha senhora?

- Não se admire do pedido; eu já reparei, apesar do pouco tempo, que Vossa
Reverendíssima e ele gostam muito um do outro, e sei que se lhe disser isso, com vontade ele
cede.

-Não creio que tenha mais força que sua mãe. Já lhe tem lembrado isso?

- Já, respondeu D. Antônia com uma entonação demorada que exprimia longas
instâncias sem efeito.

E logo depois com um modo alegre:

- As mães como eu não podem com os filhos. O meu foi criado com muito amor
e bastante fraqueza. Tenho-lhe pedido mais de uma vez; ele recusa sempre dizendo que não
quer separar-se de mim. Mentira! A verdade é que ele não quer sair daqui. Não tem
ambições, faz estudos incompletos, não lhe importa nada. Há uns parentes nossos em
Portugal. Já lhe disse que fosse visitá-los, que eles desejavam vê-lo, e que fosse depois à
Espanha e França e outros lugares. José Bonifácio lá esteve e contava cousas muito
interessantes. Sabe o que ele me responde? Que tem medo do mar; ou então repete que não
quer separar-se de mim.

- E não acha que esta segunda razão é a verdadeira?

D. Antônia olhou para o chão, e disse com voz sumida:

-Pode ser.

- Se é a verdadeira, haveria um meio de conciliar tudo, era irem ambos, e eu com
ambos, e para mim seria um imenso prazer.

- Eu?

- Pois então?

- Eu? Deixar esta casa? Vossa Reverendíssima está caçoando. Daqui para a cova.
Não fui quando era moça, e agora que estou velha é que hei de meter-me em folias... Ele
sim, que é rapaz,-e precisa...

Tive uma suspeita súbita:

-Minha senhora, dar-se-á que ele padeça de alguma moléstia que...

- Não, não, graças a Deus! Digo que precisa, porque é rapaz, e meu avô dizia que,
para ser homem completo, é preciso ver aquelas cousas por lá. E só por isso. Não, não tem
moléstia nenhuma; é um rapaz forte.

Era impossível, ou, pelo menos, indelicado tentar obter a razão secreta deste
pedido, se havia alguma, como me pareceu. Pus termo à conversação dizendo que ia
convidar o rapaz. D. Antônia agradeceu-me, declarou que não, me havia de arrepender do
companheiro, e fez grandes elogios do filho. Quis falar de outras cousas; ela, porem,
teimava no assunto da viagem, para familiarizar-mos com a idéia, e moralmente
constranger-me a realizá-la. No dia seguinte voltou à biblioteca, mas com outro pretexto:
veio mostrar-me uma boceta de rapé, que fora do marido, e que era, realmente, uma
perfeição. Não tive dúvida em dizer-lhe isto mesmo, e ela acabou pedindo-me que a
aceitasse como lembrança do finado. Aceitei-a constrangido; falamos ainda da viagem, duas
palavras apenas, e fiquei só.

Não estava contente comigo. Tinha-me deixado resvalar a uma promessa
inconsiderada, cuja execução parecia complicar-se de circunstâncias estranhas e obscuras,
provavelmente sérias. As instâncias de D. Antônia, as razões dados, as reticências, e
finalmente aquele mimo, sem outro motivo mais que cativar-me e obrigar-me, tudo isso
dava que cismar. Na noite desse dia fui à casa do Padre Mascarenhas para sondá-lo;
perguntei-lhe se sabia alguma cousa do rapaz, se era peralta, se tinha irregularidades na vida.
Mascarenhas não sabia nada.

- Até aqui suponho que é um modelo de sossego e seriedade, concluiu ele.
Verdade seja que só vou lá aos domingos.

- Mas pelos domingos tiram-se os dias santos, repliquei rindo.

Félix voltou da roga dous dias depois, num sábado. No domingo não fui lá. Na
segunda-feira, falei-lhe da viagem que ia fazer, e do desejo que tinha de o levar comigo;
respondeu que seria para ele um grande prazer, se pudesse acompanhar-me, mas não podia.
Teimei, pedi-lhe razões, falei com tal interesse, que ele, desconfiado, fitou-me os olhos, e
disse:

- Foi mamãe que lhe pediu.

- Não digo que não; foi ela mesma. Tinha-lhe dito que tencionava ir à Europa,
daqui a alguns meses, e ela então falou-me do senhor e das vezes que já lhe tem aconselhado
uma viagem. Que admira?

Félix conservou os olhos espetados em mim, como se quisesse descer ao fundo da
minha consciência. Ao cabo de alguns instantes respondeu secamente:

-Nada: não posso ir.

-Por quê?

Aqui teve ele um gesto quase imperceptível de orgulho molestado; achou
naturalmente esquisita a curiosidade de um estranho. Mas, ou fosse da índole dele, ou do
meu caráter sacerdotal, vi desaparecer-lhe logo esse pequeno assomo; Félix sorriu e
confessou que não podia separar-se da mãe. Eu, a rigor, não devia dizer mais nada, e
encerrar-me no exame dos papéis; mas a maldita curiosidade picava-me de esporas, e ainda
repliquei alguma cousa; ponderei-lhe que o sentimento era digno e justo, mas que, tendo de
viver com os homens, devia começar por ver os homens, e não restringir-se à vida simples e
emparedada da família. Demais, o contacto de outras civilizações necessariamente nos daria
têmpera ao espírito. Escutou calado, mas sem atenção fixa, e quando acabei, declarou
ultimando tudo:

-Bem, pode ser que me resolva; veremos. Não vai já? Então depois falaremos
disto; pode ser... E o seu trabalho, está adiantado?

Não insisti, nem voltei ao assunto, apesar da mãe, que me falou algumas vezes
dele. Pareceu-me que o melhor de tudo era acelerar a conclusão do trabalho, e despregar-me
de uma intimidade que podia trazer complicações ou desgostos. As horas que então passei
foram das melhores, regulares e tranqüilas, ajustadas a minha índole quieta e eclesiástica.
Chegava cedo, conversava alguns minutos, e recolhia-me à biblioteca até a hora de jantar,
que não passava das duas. O café ia à grande varanda, que ficava entre a sala de jantar e o
terreiro das casuarinas, assim chamado, por ter um lindo renque dessas árvores, e eu
retirava-me antes do pôr do sol. Félix ajudava-me grande parte do tempo. Tinha todas as
horas livres, e quando não me ajudava é porque saira a caçar, ou estava lendo, ou teria ido à
cidade a passeio ou a negócio de a passeio ou a negócio de casa.

Vai senão quando, um dia, estando só na biblioteca ouvi rumor do lado de fora. Era
a princípio um chiar de carro de bois, de que não fiz caso, por já o ter ouvido de outras
vezes; devia ser um dos dons carros que traziam da roga para a Casa Velha, uma ou duas
vezes por mês, fruta e legumes. Mas logo depois ouvi outro rodar, que me pareceu de sege,
vozes trocadas e como que um encontrão dos dous veículos. Fui à janela; era isso mesmo.
Uma sege, que entrara depois do carro de bois, foi a este no momento em que ele, para lhe
dar passagem, torcia o caminho; o boleeiro não pôde conter logo as bestas, nem o carro fugir
a tempo, mas não houve outra conseqüência além da vozeria. Quando eu cheguei à janela já
o carro acabava de passar, e a sege galgou logo os poucos passos que a separavam da porta
que ficava justamente por baixo de minha janela. Entretanto. não foi tão pouco o tempo que
eu não visse aparecer, entre as cortinas entreabertas da sege, a carinha alegre e ridente de
uma moça que parecia mofar do perigo. Olhava, ria e falava para dentro da sege. Não lhe vi
mais do que a cara, e um pouco do pescoço, mas dai a nada, parando a sege à porta, as duas
cortinas de couro foram corridas para cada lado, e ela e outra desceram rapidamente, e
entraram em casa. "Hão de ser visitas", pensei comigo.

Voltei para o trabalho; eram onze horas e meia. Perto de uma, entrou na biblioteca
o filho de D. Antônia; vinha da praça, aonde fora cedo, para tratar de um negócio do tio
coronel. Estava singularmente alegre, expansivo, fazendo-me perguntas e não atendendo,
ou atendendo mal às respostas. Não me lembraria disto agora, nem nunca mais, se não se
tivesse ligado aos acontecimentos próximos, como veremos. A prova de que não dei então
grande importância ao estado do espírito dele, é que daí a pouco quase que não lhe
respondia nada, e continuava a ver os papéis. Folheava justamente um maço de cópias
relativas à Cisplatina, e preferia o silêncio a qualquer assunto de conversa. Félix demorou-se
pouco, saiu, mas tornou antes das duas horas, e achou-me concluindo o trabalho do dia, para
acudir ao jantar. Daí a pouco estávamos à mesa.

Era costume de D. Antônia vir para a mesa acompanhando a irmã (a senhora idosa
que achei na tribuna da capela, no primeiro dia em que ali foi), e assim o fez agora, com a
diferença que outra senhora a acompanhava também. Disseram-me que era amiga da
família, e chamava-se Mafalda. Logo que nos sentamos, D. Antônia perguntou à hóspeda:

- Onde está Lalau?

- Onde há de estar! talvez brincando com o pavão. Mas, não faz mal, sinhá D.
Antônia, vamos jantando; ela pode ser que nem tenha vontade de comer: antes de vir comeu
um pires de melado com farinha.

- A sege chegou muito tarde? perguntou Félix à hóspeda.

- Não, senhor; ainda esperou por nós.

- Seu irmão está bom?

- Está; minha cunhada é que anda um pouco adoentada. Depois da erisipela que
teve pelo natal, nunca ficou boa de todo.

Creio que disseram ainda outras cousas; mas não me interessando nada, nem a
conversação, nem a hóspeda, que era uma pessoa vulgar, fiz o que costumo fazer em tais
casos: deixei-me estar comigo. Já tinha compreendido que a hóspeda era uma das que
chegaram na sege, que a outra devia ser a mocinha, cuja cara vi entre as cortinas, e
finalmente que. alguma intimidade haveria entre tal gente e aquela casa, visto que, contra a
ordem severa desta, Lalau andava atrás do pavão, em vez de estar à mesa conosco. Mas, em
resumo, tudo isso era bem pouco para quem tinha na cabeça a história de um imperador.

Lalau não se demorou muito. Chegou entre o primeiro e o segundo prato. Vinha um
pouco esbaforida, voando-lhe os cabelos, que eram curtinhos e em cachos, e quando D.
Antônia lhe perguntou se não estava cansada de travessuras, Lalau ia responder alguma
cousa, mas deu comigo, e ficou calada; D. Antônia, que reparou nisso, voltou-se para mim.

-Reverendíssimo, é preciso confessar esta pequena e dar-lhe uma penitência para
ver se toma júizo. Olhe que voltou há pouco e já anda naquele estado. Vem cá, Lalau.

Lalau aproximou-se de D. Antônia, que lhe compôs o cabeção do vestido; depois
foi sentar-se defronte de mim, ao pé da outra hóspeda. Realmente, era uma criatura
adorável, espigadinha, não mais de dezessete anos, dotada de um par de olhos, como nunca
mais vi outros, claros e vivos, rindo muito por eles, quando não ria com a boca; mas se o riso
vinha juntamente de ambas as partes, então é certo que a fisionomia humana confirmava
com a angélica, e toda a inocência e toda alegria que há no céu pareciam falar por ela aos
homens. Pode ser que isto pareça exagerado a uns e vago a outros, mas não acho do
momento um modo melhor de traduzir a sensação que essa menina produziu em mim.
Contemplei-a alguns instantes com infinito prazer. Fiei-m e do caráter de padre para
saborear toda a espiritualidade daquele rosto comprido e fresco, talhado com graça, como o
resto da pessoa. Não digo que todas as linhas fossem corretas, mas a alma corrigia tudo.

Chamava-se Cláudia; Lalau era o nome doméstico. Não tendo pai nem mãe, vivia
em casa de uma tia. Quase se pode dizer que nasceu na Casa Velha, onde os pais estiveram
muito tempo como agregados, e aonde iam passar dias e semanas. O pai, Romão Soares,
exercia um oficio mecânico, e antes pertencera à guarda de cavalaria de polícia; a mãe,
Benedita Soares, era filha de um escrivão da roga, e, segundo me disse a própria D. Antônia,
foi uma das mais bonitas mulheres que ela conheceu desde o tempo do rei.

Lalau, se não nasceu ali, ali foi criada e tratada sempre, ela como a mãe, no mesmo
pé de outras relações; eram menos agregadas que hóspedas. Daí a intimidade desta mocinha,
que chegava a infringir a ordem austera da casa, não indo para a mesa com a dona dela.
Lalau andava na própria sege de D. Antônia, vivia do que esta lhe dava, e não lhe dava
pouco; em compensação, amava sinceramente a casa e a família. Tendo ficado órfã desde
1831, D. Antônia cuidou de lhe completar a educação; sabia ler e escrever, coser e bordar;
aprendia agora a fazer crivo e renda.

Foi D. Antônia quem me deu essas noticias, naquela mesma tarde, ao café,
acrescentando que achava bom casá-la quanto antes; tinha a responsabilidade do seu
destino, e receava que lhe acontecesse o mesmo que com outra agregada, seduzida por um
saltimbanco em 1835.

Nisto a menina veio a nós, olhando muito para mim. Estávamos na varanda.

- Vou confessá-la, disse-lhe eu; mas olhe lá se me nega algum pecado.

- Que pecado, meu Deus! Cruz! Eu não tenho pecado. Nhãtônia é que anda
inventando essas cousas. Eu, pecado?

-E as travessuras? perguntei-lhe. Olhe, ainda hoje, quando estava quase a suceder
um desastre na estrada, entre o carro de bois e a sege em que a senhora vinha, a senhora, em
vez de ficar séria e pensar em Deus, enfiou a cabeça por entre as cortinas para fora, rindo
como uma criança.

-Que é ela senão criança? ponderou D. Antônia.

Lalau olhou espantada.

- Onde estava o senhor padre? Estava no céu, espiando.

- Ora! diga onde estava.

- Já disse: estava no céu.

- Adeus! diga onde estava!

- Lalau! que modos são esses? repreendeu D. Antônia.

A moça calou-se aborrecida; eu é que fui em auxilio dela, e contei-lhe que estava à
janela da biblioteca, quando ela chegara. D. Antônia já sabia tudo, pois ali um
acontecimento de nada ou quase nada era matéria de longas conversações. Não obstante. a
mocinha referiu ainda o que se passara e as suas sensações alegres. Confessou que não tinha
medo de nada, e até que queria ver um desastre para compreender bem o que era. Como a
conversação dela era a troncos, interrompeu-se para perguntar-me se era eu quem iria agora
dizer missa lá em casa, em vez do Padre Mascarenhas. Respondi-lhe que não, quis saber o
que estava fazendo na biblioteca. Disse-lhe que fazia crivo. Ela pareceu gostar da resposta;
creio que achou entre os nossos espíritos algum ponto de contacto.

A verdade é que, no dia seguinte, vendo-me entrar e ir para a biblioteca, ali foi ter
comigo, ansiosa de saber o que eu estava fazendo. Como lhe dissesse que examinava uns
papéis, ouviu-me atenta, pagou curiosa de algumas notas, e dirigiu-me várias perguntas; mas
deixou logo tudo para contemplar a biblioteca, peça que raramente se abria. Conhecia os
retratos, distinguiu-os logo; ainda assim parecia tomar gosto em vê-los, principalmente o do
ex-ministro; quis saber se ela o conhecia; respondeu-me que sim, que era um bonito homem,
e fardado então parecia um rei. Seguiu-se um grande silêncio, durante o qual ela olhou para
o retrato, e eu para ela, e que se quebrou com esta frase murmurada pela moça, entre si e
Deus:

-Muito parecido...

-Parecido com quem? perguntei.

Lalau estremeceu e olhou para mim, envergonhada. Não era preciso mais;
adivinhei tudo. Infelizmente tudo não era ainda tudo.

CAPÍTULO III

Amor non improbatur, escreveu o meu grande Santo Agostinho. A questão para
ele, como para mim, é que as criaturas sejam amadas e amem em Deus. Assim, quando
desconfiei, por aquele gesto, que esta moça e Félix eram namorados, não os condenei por
isso, e para dizer tudo, confesso que tive um grande contentamento. Não sei bem explicá-lo;
mas é certo que, sendo ali estranho, e vendo esta moça pela primeira vez, a impressão que
recebi foi como se tratasse de amigos velhos. Pode ser que a simpatia da minha natureza
explique tudo; pode ser também que esta moça, assim como fascinara o Félix para o amor,
acabasse de fascinar-me para a amizade. Uma ou outra cousa, à escolha, a verdade é que
fiquei satisfeito e os aprovei comigo.

Entretanto, adverti que da parte dele não vira nada, nem à mesa, nem na varanda,
nada que mostrasse igual afeição. Dar-se-ia que só ela o amasse, não ele a ela? A hipótese
afligiu-me. Achava-os tão ajustados um ao outro, que não acabarem ligados parecia-me uma
violação da lei divina. Tais eram as reflexões que vim fazendo, quando dali voltei nesse dia,
e para quem andava à cata de documentos políticos, não é de crer que semelhante
preocupação fosse de grande peso; mas nem a alma de um homem é tão estreita que não
caibam nela cousas contrárias nem eu era tão historiador como presumira. Não escrevi a
história que esperava; a que de lá trouxe é esta.

Não me foi difícil averiguar que o Félix amava a pequena. Logo nos primeiros dias
pareceu-me outro, mais prazenteiro, e à mesa ou fora dela, pude apanhar alguns olhares, que
diziam muito. Observei também que essa moça, tão criança, era inteiramente mulher quando
os olhos dela encontravam os dele, como se o amor fosse a puberdade do espírito, e mais
notei que, se toda a gente a tratava de um modo afetuoso, mas superior, ele tinha para com
ela atenção e respeito.

Já então não ia eu ali todos os dias, mas três ou quatro vezes por semana. A dona da
casa, posto que sempre afável, recebia a impressão natural da assiduidade, que vulgariza
tudo. Os dous, não; o Félix vinha muitas vezes esperar-me a distância da casa, e na casa, ao
portão, ou na varanda, achava sempre a mocinha, rindo pela boca e pelos olhos. É bem
possível que eu fosse para eles como o traço de pena que liga duas palavras; é certo, porém,
que gostavam de mim. Eu, entre ambos, com- a minha batina (deixem-me confessar esta
vaidade) tinha uns ares do bispo Cirilo entre Eudoro e Cimódoce.

Há de parecer singular que não me lembrasse logo do pedido de D. Antônia para
que o filho me acompanhasse à Europa, e o não ligasse a este amor nascente: lembrei-me
depois. A princípio, vendo a afeição com que ela tratava a mocinha, cuidei que os aprovava.
Mais tarde, quando me recordei do pedido, acreditei que esse amor era para ela o remédio ao
mal secreto do filho, se algum havia, que me não quisera revelar.

Durante os primeiros dias, depois da chegada de Lalau, nada aconteceu que mereça
a pena contar aqui. Félix acompanhava-me no trabalho, mas interrompidamente,. e as vezes,
se saía a algum negócio da casa, só nos víamos à mesa do jantar. Lalau não ia à biblioteca;
um dia, porem, atreveu-se a entrar às escondidas, e foi ter comigo. Suspendi o trabalho, e
conversamos perto de meia hora, sobre uma infinidade de cousas, presentes e passadas. Era
mais de onze horas; o dia estava quente, o ar parado, a casa silenciosa; salvo um ou outro
mugido, ao longe, ou algum canto de passarinho. Eu, com os estudos clássicos que tivera, e
a grande tendência idealista, dava a tudo a cor das minhas reminiscências e da minha índole,
acrescendo que a própria realidade externa,- antiquada e solene nos móveis e nos
livros,-recente e graciosa em Lalau,-era propícia a transfiguração.

Deixei-me ir ao sabor do momento. Notem bem que ela às vezes, ouvia mal, ou não
sabia ouvir absolutamente, mas com os olhos vagos, pensando em outra cousa. Outras vezes
interrompia-me para fazer um reparo inútil. Já disse também que tinha a conversação
trancada e salteada Com tudo isso, era interessante falar-lhe, e principalmente ouvi-la. Sabia,
no meio das puerilidades freqüentes da palavra, não destoar nunca da consideração que me
devia; e tanto era curiosa como franca.

-Teve medo? disse ela.

-Como é que a senhora entrou?

-Entrando; vi o senhor aqui, e vim muito devagar, pensando que não chegasse ao
fim da sala, sem que o senhor me ouvisse, mas não ouvi nada, todo embebido no que está
escrevendo. O que é?

- Cousas sérias.

-Nhãtônia disse que o senhor está aqui fazendo umas notas políticas para pôr
num livro.

- Então se sabia como e que me perguntou?

Lalau encolheu os ombros.

- Fez mal, disse eu. Olhe que eu sou padre, posso pregar-lhe um sermão.

-O senhor prega sermões? por que não vem pregar aqui, na quaresma? Eu gosto
muito de sermões. No ano passado, ouvi dous, na igreja da Lapa, muito bonitos. Não me
lembra o nome do padre. Eu, se fosse padre, havia de pregar também. Só não gosto dos
latinórios; não entendo.

Falou assim, a troncos, uns bons cinco minutos; eu deixei-a ir, olhando só, vivendo
daquela vida que jorrava dela, cristalina e fresca. No fim, Lalau sentou-se, mas não se
conservou sentada mais de dous minutos, levantou-se outra vez para ir à janela, e tornou
dentro para mirar os livros. Achou-os grandes demais; admirava como havia quem tivesse a
paciência de os ler. E depois alguns eram tão velhos!

- Que tem que sejam velhos? retorqui. Deus é velho, e é a melhor leitura que há.

Lalau olhou espantada para mim. Provavelmente era a primeira vez que ouvia uma
figura daquelas, e faz-lhe impressão. Teimou depois que os livros velhos pareciam-se com o
antigo capelão da casa, o antecessor do Padre Mascarenhas, que andava sempre com a
batina empoeirada, e tinha a cara feita de rugas. Conseguintemente vieram histórias do
capelão. Em nenhuma delas, nem de outras entrava o Félix; exclusão que podia ser natural,
mas que me não pareceu casual. Como eu lhe dissesse que não se deve mofar dos padres, ela
ficou muito séria e atenta; depois rompeu, rindo:

-Mas não é do senhor.

- De mim ou de outro, é a mesma cousa.

-Ora, mas o outro era tão feio, tão lambuzão. . .

Disse-lhe, com as palavras que podia, que o padre é padre, qualquer que seja a
aparência. Enquanto lhe lava, ela dava alguns passos de um lado para outro, cuido que para
sentir o tapete debaixo dos pos; não o havia senão ali e na sala de visitas, fechada sempre.
De quando em quando parava e olhava de cima as figuras desbotadas no chão; outras vezes
deixava escorregar o pé, de propósito. Tinha o rasgo pueril de achar prazer em qualquer
cousa.

- Está bom, está bom, disse-me ela finalmente, não precisa brigar comigo; não
falo mais do capelão. Pode continuar o seu trabalho, vou-me embora.

-Não é preciso ir embora.

- Muito obrigada! Quer que fique olhando para as paredes, enquanto o senhor
trabalha. . .

-Mas se eu não estou trabalhando! Olhe, se quer que eu não faça nada, sente-se
um pouco, mas sente-se de uma vez.

Lalau sentou-se. A cadeira em que se sentou era uma velha cadeira de espaldar de
couro lavrado, e pés em arco. Dali, olhava para fora, e o sol, entrando pela janela, vinha
morrer-lhe aos pés. Para não estar em completo sossego, começou a brincar com os dedos;
mas cessou logo, quando lhe perguntei, à queima-roupa, se se lembrava da mãe. As feições
da moça perderam instantaneamente o ar alegre e descuidado; tudo o que havia nelas frívolo
converteu-se em gravidade e com postura, e a criança desapareceu, para só deixar a mulher
com a sua saudade filial.

Respondeu-me com uma pergunta. Como podia esquecê-la? Sim, senhor,
lembrava-se dela, e muito, e rezava por ela todas as noites para que Deus lhe desse o céu. E
com certeza estava no céu. Era boa como eu não podia imaginar, e ninguém foi nunca tão
amiga dela, como a defunta. Não negava que Nhãtônia lhe queria muito, e tinha provas
disso, e assim também as mais pessoas de casa; mas a mãe era outra cousa. A mãe morria por
ela, e quase se pode dizer que foi assim mesmo, porque apanhou uma constipação, estando
a tratá-la de uma febre, e ficou com uma tosse que nunca mais a deixou. O doutor negou,
disse que a morte foi de outra cousa; ela, porém, desconfiou sempre que a doença da mãe
começou dali. Tão boa que nem quis que ela a visse morrer, para não padecer mais do que
padecia. Não pôde vê-la morrer, viu-a depois de morta, tão bonita! tão serena! parecia viva!

Aqui levou os dedos aos olhos; eu levantei-me e disse-lhe que mudássemos de
conversa, que a mãe estava no céu, e que a vontade de Deus era mais que tudo. Lalau
escutou-me com os olhos parados,-ela que os trazia como um casal de borboletas,-e
depois de alguns instantes de silêncio, continuou a falar da mãe, mas já não da morte. senão
da vida, e particularmente da beleza. Não, eu não podia imaginar como a mãe era bonita; até
parava gente na rua para vê-la. E descreveu-a toda, como podia, mostrando bem que as
graças físicas da mãe, aos olhos dela, eram ainda uma qualidade moral, uma feição, alguma
cousa especial e genuína que não possuíram nunca as outras mães.

- Deus que a chamou para si, disse-lhe eu, lá sabe por que é que o fez. Agora
tratemos dos vivos. Ela está no céu, a senhora está aqui, ao pé de pessoas que a estimam. . .

- Oh! eu dava tudo para tê-la ao pé de mim, na nossa casinha da Cidade Nova! A
casa era isto,-continuou ela levantando as mãos abertas, diante do rosto, e marcando assim
o tamanho de um palmo,-ainda me lembro bem, era nada, quase nada,-não tinha lá
tapetes nem dourados, mas mamãe era tão boa! tão boa! Coitada de mamãe!

- Olhe o sol! disse eu procurando desviar-lhe a atenção.

Com efeito, o sol, que ia subindo, começava a lamber-lhe a barra do vestido. Lalau
olhou para o chão, quis recuar a cadeira, mas sentindo-a pesada, levantou-se e veio ter
comigo; pedindo-me desculpa de tanta cousa que dissera, e não interessava a ninguém; e não
me deu tempo de replicar, porque acrescentou logo outro pedido: - que não contasse nada
a Nhãtônia.

- Por quê?

- Ela pode acreditar que eu disse isto, por não estar bem aqui, e eu estou muito
bem aqui, muito bem.

Quis retê-la, mas a palavra não alcançou nada, e eu não podia pegar-lhe nas mãos.
Deixei-a ir, e voltei às minha notas. Elas é que não voltaram a mim, por mais que tentasse
buscá-las e transcrevê-las.

Lalau ainda tornou à sala, daí a três ou quatro minutos, para reiterar o último
pedido; prometi-lhe tudo o que quis. Depois, fitando-me bem, acrescentou que eu era padre,
e não podia rir dela nem faltar à minha palavra.

- Rir? disse eu em tom de censura.

- Não se zangue comigo, acudiu sorrindo; digo isto porque sou muito medrosa e
desconfiada.

E, rápida, como passarinho, deixou-me outra vez só. Desta vez não tornei às notas;
fiquei passeando na longa sala, custeando as estantes, detendo-me para mirar os livros, mas
realmente pensando em Lalau. A simpatia que me arrastava para ela complicava-se agora de
veneração, diante daquela explosão de sensibilidade, que estava longe de esperar da parte de
uma criatura tão travessa e pueril. Achei nessa saudade da mãe, tão viva, após longos anos,
um documento de grande valor moral, pois a afeição que ali lhe mostravam, e o próprio
contacto da opulência podiam naturalmente tê-la amortecido ou substituído. Nada disso;
Lalau daria tudo para viver ao pé da mãe! Tudo? Pensei também no silêncio que me
recomendou, medrosa de que a achassem ingrata, e este rasgo não me pareceu menos
valioso que o outro; era claro que ela compreendia as induções possíveis de uma dor que
persiste, a despeito dos carinhos com que cuidavam tê-la eliminado, e queria poupar aos
seus benfeitores o amargor de crer que empregavam mal o beneficio.

Pouco depois chegou o Félix. Veio falar-me, disse-me que tinha uma boa notícia,
que ia mudar de roupa e voltava. Vinte minutos depois estava outra vez comigo, e
confiava-me o plano de fazer-se eleger deputado.

- Até agora não tinha resolvido nada, mas acho que devo fazê-lo. Sigo a carreira
de papai. Que lhe parece. Reverendíssimo?

- Parece-me bem. Todas as carreiras são boas, exceto a do pecado. Também eu
algum tempo, andei com fumaças de entrar na Câmara; mas não tinha recursos nem alianças
políticas; desisti do emprego. E assim foi bom. Sou antes especulativo que ativo; gosto de
escrever política, não de fazer política. Cada qual como Deus o fez. O senhor, se sair a seu
pai, é que há de ser ativo, e bem ativo. A cousa é para breve?

Não me respondeu nada; tinha os olhos fora dali. Mas logo depois, advertido pelo
silêncio:

- O quê? Ah! não é para já; estou arranjando as cousas. Estive com alguns amigos
de papel, e parece que há furo. Como sabe há muitos desgostos contra o Regente. . . Se o
imperador já tivesse a idade de constituição é que era bom; ia-se embora o Regente e o resto.
. . Pois é verdade, creio que sim. . . Entretanto, nunca tinha pensado nisto seriamente; mas as
cousas são assim mesmo. . . Que acha?

- Acho que fez bem.

- Em todo o caso, peco-lhe segredo; não diga nada a mamãe.

- Crê que ela se oponha?

-Não; mas. . . pode ser que não se alcance nada, e para lhe não dar uma esperança
que pode falhar... E só isto.

Era plausível a explicação; prometi-lhe não dizer nada. Creio que falamos ainda de
política, e da política daqueles últimos dez anos, que não era pouca nem plácida. Félix não
tinha certamente um plano de idéias, e apreciações originais; através das palavras dele,
apalpava eu as fórmulas e os juízos do círculo ou das pessoas com quem ele lidava para o
fim de encetar a carreira. Agora, a particularidade dele era a clareza e retidão de espírito
precisas para só recolher do que ouvia a parte sã e justa, ou, pelo menos, a porção moderada.
Nunca andaria nos extremos, qualquer que fosse o seu partido.

-Trabalhou muito hoje? perguntou-me ele quando nos preparávamos para jantar.

- Pouco; tive uma visita.

- Mamãe?

- Não; outra pessoa, Lalau, não é assim que lhe chamam? Esteve aqui uma meia
hora. Podia estar três ou quatro horas que eu não dava por isso. Muito engraçada!

-Mamãe gosta muito dela, disse ele.

- Todos devam gostar dela; não é só engraçada, é boa, tem muito bom coração.
Digo-lhe que pus de lado o Imperador, os Andradas, os Sete de Abril, pus tudo de lado para
ouvi-la falar. Tem cousas de criança, mas não é criança.

- Muito inteligente, não acha?

-Muito.

-De que falaram?

- De mil cousas, talvez duas mil; com ela é difícil contar os assuntos; vai de um
para outro com tal rapidez que, se a gente não toma cuidado, cai no caminho. Sabe que idéia
tive aqui, olhando para ela?

-Que foi?

-Casá-la.

-Casá-la? perguntou ele vivamente.

-Casá-la eu mesmo;-ser eu o padre que a unisse ao escolhido do seu coração,
quando ela o tivesse. . .

Félix não disse nada, sorriu acanhadamente, e, pela primeira vez, suspeitei que as
intenções do rapaz podiam ser mui outras das que lhe supunha até então, que haveria nele,
porventura em vez de um marido, um sedutor. Não alcanço exprimir como me doeu esta
suposição. Ia tanto para a moça, que era já como se fosse minha irmã, o meu próprio sangue,
que um estranho ia corromper e prostituir. Quis continuar a falar, para escrutar-lhe bem a
alma; não pude, ele esquivou-se, e fiquei outra vez só. Nesse dia retirei-me um pouco mais
cedo. D. Antônia achou-me preocupado, eu disse-lhe que tinha dor de cabeça.

As pessoas de meu temperamento entender-me-ão. Bastou que uma idéia se me
afigurasse possível para que eu a acreditasse certa. Vi a menina perdida. Não houvera ali
uma agregada, seduzida em 1835, por um saltimbanco, como me dissera D. Antônia? Agora
não seria um saltimbanco, mas o próprio filho da dona da casa. E assim explicou-se-me a
teima de D. Antônia em arredar o filho do Rio de Janeiro, comparada com a afeição que
tinha à menina. Refleti na distancia social que os separava; Lalau era admitida na intimidade
da família, mas o rapaz, filho de ministro e aspirante a ministro, e mais que tudo filho de
casa-grande, tendo herdado o sangue do bisavô, tão orgulhoso nas veias da mãe,
reservar-se-ia para algum casamento de outra laia. Como, porém, ela era bonita, e a natureza
tem leis diferentes da sociedade, e não menos imperiosas, Félix achara um modo de
conciliar umas e outras, amando sem casar.

Tudo isso que fica aí em resumo, foram as minhas reflexões do resto do dia, e de
uma parte da noite. Estava irritado contra o rapaz, temia por ela, e não atinava com o que
cumpria fazer. Pareceu-me até que não devia fazer nada, ninguém me dava direito de
presumir intenções e intervir nos negócios particulares de uma família que, de mais a mais,
enchia-me de obséquios. Isto era verdade; mas, como eu quero dizer tudo, direi um segredo
de consciência. Entre a verdade daquele conceito e o impulso de meu próprio coração,
introduzi um princípio religioso, e disse a mim mesmo que era a caridade que me obrigava,
que no Evangelho acharia um motivo anterior e superior a todas as convenções humanas.
Esta dissimulação de mim para mim podia calá-la agora, que os acontecimentos lá vão, mas
não daria uma parte da história que estou narrando, nem a explicaria bem.

Lalau não me saía da cabeça: as palavras dela, suas maneiras, ingenuidade e
lágrimas acudiram-me em tropel à memória, e davam-me força para tentar dominar a
situação e desviar o curso dos acontecimentos. No dia seguinte de manhã quis rir de mim
mesmo e dos meus planos de D. Quixote, remédio heróico, porque é tal a risada do apupo
que ninguém a tolera ainda em si mesmo; mas não consegui nada. A consciência ficou séria,
e a contração do riso desmanchou-se diante da sua impassibilidade. Compus cinco ou seis
planos diferentes, alguns absurdos. O melhor deles era avisar a tia da menina; mas rejeitei-o
logo por achá-lo odioso. Em verdade, ia dissolver laços íntimos, a título de uma suspeita, que
apenas podia explicar a mim mesmo. E, se era odioso, não era menos imprudente; podia
supor-se que eu cedia a um sentimento pessoal e reprovado. Rejeitei da vista esta segunda
razão, mas atirei-me à primeira, e dei de mão ao plano.

O melhor de tudo, refleti finalmente, é observar e fazer o que puder, segundo as
circunstâncias, mas de modo que evite estralada.

Tinha de ir almoçar com um padre italiano, no Hospício de Jerusalém, o mesmo
que me falara da obra florentina, e me dera ocasião de brilhar na Casa Velha. Fui almoçar;
no fim do almoço, apareceu lá um recém-chegado, um missionário que vinha das partes da
China e do Japão, e trazia muitas relíquias preciosas. Convidaram-me a vê-las. O
missionário era lento na ação e derramado nas palavras, de modo que despendemos naquilo
um tempo infinito, e saí de lá tão tarde que não pude ir nesse dia à Casa Velha. De noite,
constipei-me, apanhei uma febre, e fiquei cinco dias de cama.


CAPITULO IV

Estava prestes a deixar a cama, quando o Félix me apareceu em casa, pedindo
desculpa de não ter vindo mais cedo, porque só na véspera soubera da minha doença.
Trouxe-me visitas da mãe e de Lalau.

- Isto não é nada, disse-lhe eu; e se quer que lhe confesse, até foi bom adoecer
para descansar um pouco.

- Virgem Maria! Não diga isso.

- Digo, digo. E não só para descansar, mas até para refletir. Doente, que não lê
nem conversa, nem faz nada, pensa. Eu vivo só, com o preto que o senhor viu. Vem aqui um
ou outro amigo, raro; passo as horas solitárias, olhando para as paredes, e a cabeça...

- A culpa é sua, interrompeu-me ele; podia ter ido para a nossa casa, logo que se
sentiu incomodado. É o que devia ter feito. Não imagina mamãe como ficou cuidadosa,
quando soube que o senhor estava de cama. Queria que eu viesse ontem mesmo, de noite,
visitá-lo: eu é que disse que podia estar acomodado, e a visita seria antes uma importunação.
E a sua amiguinha!

- Lalau?

- Ficou branca como uma cera, quando ouviu a notícia; e pediu-me muito que lhe
trouxesse lembranças dela, que lhe desse conselho de não fazer imprudências, de não
apanhar chuva, nem ar, nem nada, para não recair, que as recaídas são piores... Veja lá; se,
em vez de se meter na cama, aqui em casa, tivesse ido para a nossa Casa Velha, lá teria duas
enfermeiras de truz, e um leitor, como eu, nada para lhe ler tudo o que quisesse.

-Obrigado, obrigado; agradeço a todos, tanto a elas como ao senhor. Ficará para a
outra moléstia. E, na verdade, é possível que então não pensasse em nada. . .

- Justo.

- . . . Nem em ninguém. Ah! então Lalau disse isso? Foi exatamente nela que
estive pensando.

-Como assim?

Ouvi passos e vozes na sala; era o meu preto que trazia um padre a visitar-me.
Noutra ocasião, é possível que Félix se despedisse e cedesse o lugar ao padre; mas a
curiosidade valeu aqui ainda mais do que a afeição, e ele ficou. O padre esteve poucos
minutos, dez ou vinte, neo me lembra, dando-me algumas notícias eclesiásticas, contando
anedotas de sacristia, que o Félix escutou com grande interesse, talvez aparente, para
justificar a demora. Afinal, saiu, e ficamos outra vez sós. Não lhe falei logo de Lalau; foi ele
mesmo que, depois de alguns farrapos de conversação, ditos soltos, reparos sem valor, me
perguntou o que é que pensara dela. Eu, que os espreitava de longe, acudi à pergunta.

- Estive pensando que essa moça é superior à sua condição, disse eu. A Senhora
D. Antônia falou-me de outra agregada que, há quatro anos, foi ali seduzida por um
saltimbanco. Não creio que esta faça a mesma cousa, porque, apesar da idade e do ar pueril,
acho-lhe muito juízo; creio antes que escolherá marido, e viverá honestamente. Mas é aqui 0
ponto. O marido que ela escolher pode bem ser da mesma condição que ela, mas muito
inferior moralmente, e será um mau casamento.

Félix dividia os olhos entre mim e a ponta do sapato. Quando acabei, achou-me
razão.

- Não lhe parece? perguntei.

-Decerto.

- Bem sei que é esquisito meter-me assim em cousas alheias...

- Nada é alheio para um bom padre como o senhor, disse ele com gravidade.

- Obrigado. Confesso-lhe, porém, que essa moça excitou a minha piedade. Já lhe
disse: tem cousas de criança, mas não é criança. Entregá-la a um homem vulgar, que não a
entenda, é fazê-la padecer. Não sei se a Senhora D. Antônia fez bem em apurar tanto a
educação que lhe deu, e os hábitos em que a faz educar; não porque ela não se acomode a
tudo, como um bom coração que é, mas porque, apesar disso, há de custar-lhe muito baixar
a outra vida. Olhe que não é censurar...

- Pelo amor de Deus! sei o que é. Pensa que eu não estou com a sua opinião?
Estou e muito. Mamãe é que pode ser que não esteja conosco. Já tem pensado em várias
pessoas, segundo me consta, e de uma delas chegou a falar-me; era o Vitorino, filho do
segeiro que nos conserta as carruagens. Ora veja!

--Não conheço o Vitorino.

- Mas pode imaginá-lo.

Olhei para ele um instante. Pareceu-me que estava de boa-fé; mas era possível que
não, e cumpria arrancar-lhe a verdade. Inclinei-me, e disse que já tinha um noivo em vista,
muito superior ao Vitorino.

-Quem? perguntou ele inquieto.

- O senhor.

Félix teve um sobressalto, e ficou muito vermelho.

- Desculpe-me se lhe digo isto, mas é a minha opinião, e não vale mais que
opinião. Há grande diferença social entre um e outro, mas a natureza, assim como a
sociedade a corrige, também às vezes corrige a sociedade. Compensações que Deus dá.
Acho-os dignos um do outro; os sentimentos dela e os seus são da mesma espécie. Ela é
inteligente, e o que lhe poderia faltar em educação já sua mãe lho deu. Teria alguma dúvida
em casar com ela?

Félix estendeu-me a mão.

-Não lhe nego nada, o senhor já adivinhou tudo, disse ele. E continuou, depois de
haver-me apertado a mão: Que dúvida poderia ter? Ela merece um bom marido, e eu acho
que não seria de todo mau. Resta ainda um ponto.

-Que ponto?

Hesitou um instante, bateu com a mão nos joelhos duas ou três vezes, olhando para
mim, como querendo adivinhar as minhas intenções.

- Resta mamãe, disse finalmente.

-Opõe-se?

-Creio que sim.

-Mas não é certo.

-Há de ser certo. Digo-lhe tudo, como se falasse a um amigo velho de nossa casa.
Mamãe percebeu, como o senhor, que nós gostamos um do outro, e opõe-se. Não o disse
ainda francamente, mas sinto que, em caso nenhum, consentirá no nosso casamento. Esse
Vitorino é um candidato inventado para separá-la de mim; e assim outros em que sei que já
pensou. Estou que Lalau resistirá, mas temo que não seja por muito tempo. . . Não se lembra
que mamãe já lhe pediu uma vez para levar-me à Europa? Era com o mesmo fim de
afastar-me, distrair-me, e casá-la.

-Acha isso?

-Com certeza.

-Como explica então que ela continue a ter tanto amor à pequena?

- O senhor não conhece mamãe. E um coração de pomba, e gosta dela como se
fosse sua filha. Mas coração é uma cousa, e cabeça é outra. Mamãe é muito orgulhosa em
cousas de família. Seria capaz de velar uma semana ou duas, à cabeceira de Lalau, se a visse
doente; mas não consentiria em casá-la comigo. São cousas diferentes.

- Devia ser isso mesmo, repliquei alguns instantes depois. E murmurei baixinho
as palavras que ela ouvira ao avô, no tempo do rei e repetira mais tarde no paço: "Uma
Quintanilha não trame nunca!"

-Nem treme, nem desce, concluiu o rapaz sorrindo. ~ o sentimento de mamãe.

- Seja como for, nada está perdido; cuido que arranjaremos tudo. Deixe o negócio
por minha conta.

Tinha o plano feito. Se houvesse reconhecido que as intenções dele eram impuras,
ajudaria a mãe e trataria de casar a menina com outro. Sabendo que não, ia ter com a mãe
para arrancar-lhe o consentimento em favor do filho. Três dias depois, voltando à Casa
Velha, achei nos olhos de Lalau alguma cousa mais particular que a alegria da amiga, achei
a comoção da namorada. Era natural que ele lhe tivesse contado a minha promessa. Não lho
perguntei; mas disse-lhe rindo que parecia ter visto passarinho verde. Toda a alma subiu-lhe
ao rosto, e a moca respondeu com ingenuidade, apertando-me a mão:

-Vi.

Não explico a sensação que tive; lembra-me que foi de incômodo. Essa palavra
súbita, cordial e franca, encerrando todas as energias do amor, lacerou-me as orelhas como
uma sílaba aguda que era. Que outra esperava, e que outra queria' senão essa? Não a pedira,
não vinha interceder por um e por outro? Criatura espiritual e neutra, cabia-me tão-somente
alegrar-me com a declaração da moça, aprová-la, e santificá-la ante Deus e os homens. Que
incômodo era então esse? que sentimento espúrio vinha mesclar-se à minha caridade? Que
contradição? que mistério? Todas essas interrogações surgiram do fundo de minha
consciência, não assim formuladas, com a sintaxe da reflexão remota e fria, mas sem liame
algum, vagas, tortas e obscuras.

Já se terá entendido a realidade. Também eu amava a menina. Como era padre, e
nada me fazia pensar em semelhante cousa, o amor insinuou-se-me no coração à maneira
das cobras, e só lhe senti a presença pela dentada de ciúme.

A confissão dele não me faz mal; a dela é que me doeu e me descobriu a mim
mesmo. Deste modo, a causa íntima da proteção que eu dava à pobre moça era, sem o saber,
um sentimento especial. Onde eles viam um simples protetor gratuito existia um homem que,
impedido de a amar na terra, procurava ao menos fazê-la feliz com outro. A consciência
vaga de um tal estado deu-me ainda mais força para tentar tudo.

CAPITULO V

Falei a dona Antônia no dia seguinte. Estava disposto a pedir-lhe uma conversação
particular; mas foi ela mesma que veio ter comigo, dizendo que durante a minha moléstia
tinha acabado umas alfaias, e queria ouvir a minha opinião; estavam na sacristia. Enquanto
atravessávamos a sala e um dos corredores que ficavam ao lado do pátio central, ia-lhe eu
falando, sem que ela me prestasse grande atenção. Subimos os três degraus que davam para
uma vasta sala calçada de pedra, e abobadada. Ao fundo havia uma grande porta, que
levava ao terreiro e à chácara; à direita ficava a da sacristia, à esquerda outra, destinada a um
ou mais aposentos, não sei bem.

Naquela sala achamos Lalau e o sineiro, este sentado, ela de pé.

O sineiro era um preto velho e doudo. Não fazia mais que tocar o sino da capela,
para a missa, aos domingos. O resto do tempo vivia calado ou resmungando. Ninguém lhe
falava, embora fosse manso. Lalau era a única, entre todos, parentes, agregados ou fâmulos,
que ia conversar com ele, interrogá-lo, escutá-lo, pedir-lhe histórias. E ele contava-lhe
histórias -muito compridas, sem sentido algumas, outras quase sem nexo, raminiscências
vagas e embrulhadas, ou sugestões do delírio.

Era curioso vê-los. Lalau perdia a inquietação; ficava séria e tranqüila, durante dez,
quinze, vinte minutos, a escutá-lo. O Gira (nunca lhe conheci outro nome) alegrava-se ao
vê-la. Com a razão, perdera a convivência dos mais. Vivia entregue aos pensamentos
solitários, mergulhado na inconsciência e na solidão. A moça representava aos olhos dele
alguma cousa mais do que uma simples criatura, era a sociedade humana, e uma sombra de
sombra da consciência antiga. Ela, que o sentia, dava-lhe essa curta emersão do abismo, e
uma ou duas vezes por semana ia conversar com ele.

D. Antônia parou. Não contava com a moca ali, ao pé da porta da sacristia, e queria
falar-me em particular, como se vai ver. Compreendi-o logo pelo desagrado do gesto, como
já suspeitara alguma cousa ao vê-la preocupada. No momento em que chegávamos' Lalau
perguntava ao Gira:

- E depois, e depois?

- Depois, o rei pegou gavião, e gavião cantou.

- Gavião canta?

- Gavião? Uê, gente! Gavião cantou: Calunga, mussanga, monandenguê. . .
Calunga, mussanga, monandenguê... Calunga...

E o preto dava ao corpo umas sacudidelas para acompanhar a toada africana. Olhei
para Lalau. Ela, que ria de tudo, não se ria daquilo, parecia ter no rosto uma expressão de
grande piedade. Voltei-me para D. Antônia; esta, depois de hesitar um pouco, deliberou
entrar na sacristia, cuja porta estava aberta. Lalau tinha-nos visto, sorriu para nós e
continuou o falar com o Gira. D. Antônia e eu entramos.

Sobre a cômoda da sacristia estavam as tais alfaias. D. Antônia disse ao preto
sacristão, que fosse ajudar a descarregar o carro que chegara da roga, e lá a esperasse.

Ficamos sós; mostrou-me duas alvas e duas sobrepelizes; depois, sem transição,
disse-me que precisava de mim para um grande obséquio. Soube na véspera que o filho
andava com idéias de ser deputado; pedia-me duas cousas, a primeira é que o dissuadisse.

-Mas por quê? disse-lhe eu. A política foi a carreira do pai, é a carreira principal
no Brasil. . .

-Vá que seja; mas, Reverendíssimo, ele não tem jeito para a política.

- Quem lhe disse que não? Pode ser que tenha. No trabalho é que se conhece o
trabalhador; em todo caso,-deixe-me falar com franqueza-acho bom da sua parte que
procure empregar a atividade em alguma cousa exterior.

D. Antônia sentou-se, e apontou-me para outra cadeira. Ficamos ambos ao pé de
uma larga janela, que dava para o terreiro. Sentada, declarou que concordava comigo na
necessidade que apontara, mas ia então ao segundo obséquio, que não era novo; é que o
levasse para a Europa. Depois da Europa, com mais alguns anos e experiência das cousas,
pode ser que viesse a ser útil ao seu país...

Interrompi-a nesse ponto. Ela esperou; eu, depois de fitá-la por alguns instantes,
disse-lhe que a viagem, com efeito, podia ser útil, mas que os costumes do moço eram tão
caseiros que dificilmente se ajustariam às peregrinações; salvo se adotássemos um
meio-termo: enviá-lo casado.

- Não se arranja uma noiva com um simples baú de viagem, disse ela.

- Está arranjada.

D. Antônia estremeceu.

- Está aqui perto; é a sua boa amiga e pupila.



- Quem? Lalau? Está caçoando. Lalau e meu filho? Vossa Reverendíssima está
brincando comigo. Não vê que não é possível? Casá-los assim como um remédio? Falemos
de outra cousa.

- Não, minha senhora, falemos disto mesmo.

D. Antônia, que dirigira os olhos para outro lado, quando preferiu as últimas
palavras, levantou a cabeça de súbito, ao ouvir o que lhe disse. Creio que, depois da morte
do marido, era a primeira pessoa que lhe fazia frente. Olhou-me espantada. Estava tão
acostumada a governar ali, naquele mundo insulado, sem contraste nem advertência, que
não podia crer em seus ouvidos. O Padre Mascarenhas dissera-lhe uma vez, ao almoço, que
ela era a imperatriz da Casa Velha, e D. Antônia sorriu lisonjeada, com a idéia de ser
imperatriz em algum ponto da terra. Não batia com o cetro em ninguém, mas estimava saber
que lho reconheciam.

Pela minha parte, curvei-me respeitoso, mas insisti que falássemos daquele mesmo
assunto, para resolvê-lo de uma vez.

-Resolver o quê? perguntou ela alçando desdenhosamente o lábio superior.

-Não percamos tempo em dizer cousas sabidas de nós ambos, continuei. Eles
gostam um do outro. Esta é a verdade pura. Resta saber se poderão casar, e é aqui que não
acho nem presumo nenhuma razão que se oponha. Não falo de seu filho, que é um moço
digno a todos os respeitos. Falemos dela. Diga-me o que é que lhe acha?

Não quis responder; eu continuei o que dizia, lembrei a educação que ela lhe dera,
o amor que lhe tinha, e principalmente falei das virtudes da moça, da delicadeza dos seus
sentimentos, e da distinção natural, que supria o nascimento. Perguntei-lhe se, em verdade,
acreditava que o Vitorino, filho do segeiro... D. Antônia estremeceu.

-Vejo que está informado de tudo, disse ela depois de um breve instante de
silêncio. Conspiram contra mim. Bem; que quer de mim Vossa Reverendíssima? Que meu
filho case com Lalau? Não pode ser.

- E por que não pode ser?

-Realmente, não sei que idéias entraram por aqui depois de 31. São ainda
lembranças do Padre Feijó. Parece mesmo achaque de padres. Quer ouvir por que razão não
podem casar? porque não podem. Não lhe nego nada a respeito dela; é muito boa menina,
dei-lhe a educação que pude, não sei se mais do que convinha, mas, enfim, está criada e
pronta para fazer a felicidade de algum homem. Que mais há de ser? Nós não vivamos no
mundo da lua, Reverendíssimo. Meu filho é meu filho, e, além desta razão, que é forte,
precisa de alguma aliança de família. Isto não é novela de príncipes que acabam casando
com roceiras, ou de princesas encantadas. Faça-me o favor de dizer com que cara daria eu
semelhante notícia aos nossos parentes de Minas e de S. Paulo?

-Pode ser que a senhora tenha razão; é achaque de padre, é achaque até de Nosso
Senhor Jesus Cristo, que nasceu nas palhas.. .

-Sim, senhor; mas nesse caso que mal há em casar com o Vitorino? Filho de
segeiro não é gente? Diga-me! Para que ela case com meu filho, Nosso Senhor nasceu nas
palhas; mas para que case com o Vitorino, já não é a mesma cousa... Diga-me!

-Mas, Senhora D: Antônia. . .

-Qual! disse ela levantando-se, e indo até à porta que dava para a capela, e depois
à outra de entrada da sacristia; espiou se nos ouviram, e voltou.



Casa Velha - Machado de Assis - Capa 2


Voltando, deu alguns passos sem dizer nada, indo e vindo, desde a porta até à
parede do fundo, onde pendia uma imagem de Nossa Senhora, com uma coroa de ouro na
cabeça, e estrelas de ouro no manto. D. Antônia fitou durante alguns momentos a imagem
como para defender-se a si mesma. A Virgem coroada, rainha e triunfante, era para ela a
legítima deidade católica, não a Virgem foragida e caída nas palhas de um estábulo. Estava
como até então não a tinha visto. Geralmente, era plácida, e alguma vez impassível; agora,
porem, mostrava-se ríspida e inquieta, como se a natureza rompesse as malhas do costume.
A pupila abrasava-se de uma flama nova; os movimentos eram súbitos e não sei se
desconcertados entre si. Eu, da minha cadeira, ia-a acompanhando com os olhos, a princípio
arrependido de ter falado, mas vencendo logo depois esse sentimento de desanimo, e
disposto a ir ao fim. Ao cabo de poucos minutos, D. Antônia parou diante de mim.- Quis
levantar-me; ela pôs-me a mão no ombro, para que ficasse, e abanou a cabeça com um ar de
censura amiga.

- Para que me falou nisso? pergunta logo depois com doçura. Conheço que fala
por ser amigo de um e de outro, e da nossa casa. . .

-Pode crer, pode crer.

-Creio, sim. Então eu não vejo as cousas? Tenho notado que é amigo nosso. Ela
principalmente, parece tê-lo enfeitiçado. . . Não precisa ficar vermelho; as moças também
enfeitiçam os padres quando querem que eles as casem com os escolhidos do coração delas.
Que ela merece, é verdade; mas daí a casar é muito. Venha cá, prosseguiu ela sentando-se,
vamos fazer um acordo. Eu cedo alguma cousa, o senhor cede também, e acharemos um
modo de combinar tudo. Confesso-lhe um pecado. A escolha do Vitorino era filha de um
mau sentimento; era um modo, não só de os separar, mas até de a castigar um pouco.
Perdoe-me, Reverendíssimo; cedi ao meu orgulho ofendido. Mas deixemos o Vitorino;
convenho que não é digno dela. E bom rapaz, mas não está no mesmo grau de educação que
dei a Lalau. Vamos a outro; podemos arranjar-lhe empregado do foro, ou mesmo pessoa de
negócio... Em todo caso, não seja contra mim; ajude-me antes a arranjar esta dificuldade que
surgiu aqui em casa . . .

- Desde quando?

-Sei lá! desde meses. Desconfiei que se namoravam, e tenho feito o que posso,
mas vejo que não posso muito.

- Entretanto, continua a recebê-la.

- Sim, para vigiá-la. Antes a quero aqui que fora daqui.

- Não é então porque a estima?

- E também porque a estimo. Infelizmente, porque a estimo. Quem lhe disse que
não gosto dela, e muito? Mas meu filho é outra cousa; entrar na família é que não.

D. Antônia, tirou o lenço do bolso, para esfregar as mãos, tornou a guardá-lo, e
reclinou-se na cadeira, enquanto eu lhe fui respondendo. Conquanto fosse muito mais baixa
que eu, dera um jeito tão superior na cabeça que parecia olhar de cima.

Fui respondendo o que podia e cabia, com boas palavras, mostrando em primeiro
lugar a inconveniência de os deixar namorados e separados: era fazê-los pecar ou padecer.
Disse-lhe que o filho era tenaz, que a moça provavelmente não teimaria em desposá-lo,
sabendo que era desagradável à sua benfeitora, mas também podia dar-se que o desdém a
irritasse, e que a certeza de dominar o coração de Félix lhe sugerisse a idéia de o roubar à
mãe. Acrescia a educação, ponto em que insisti, a educação e a vida que levava, e que lhe
tornariam doloroso passar às mãos de criatura inferior. Finalmente,-e aqui sorri para lhe
pedir perdão, - finalmente, era mulher, e a vaidade, insuportável nos homens, era na
mulher um pecado tanto pior quanto lhe ficava bem; Lalau não seria uma exceção do sexo.
Herdar com o marido o prestígio de que gozava a Casa Velha acabaria por lhe dar força e
fazê-la lutar. Aqui parei; D. Antônia não me respondeu nada, olhava para o chão.

Como estávamos de costas para a janela, e ficássemos calados algum tempo,
fomos acordados do silêncio pela voz de Lalau que vinha do lado do terreiro. Voltamos a
cabeça; vimos a moça repreendendo a dous moleques, crias da casa, que puxavam pela
casaca ao sineiro, uma velha casaca que o Félix lhe dera alguns dias antes. O sineiro,
resmungando sempre, atravessou o terreiro, tomou à direita para o lado da frente da capela,
e desapareceu: Lalau pegou na gola da camisa de uma das crias e na orelha da outra, e
impediu que elas fossem atrás do pobre-diabo.

Olhei para D. Antônia, a fim de ver que impressão lhe dera o ato da moça. Mal
começava a fitá-la, reparei que franzia a testa, não sei até se empalidecia; tornando a olhar
para fora, tive explicação do abalo. Vi o filho de D. Antônia ao pé da moça; acabava de
chegar ao grupo. Lalau explicava-lhe naturalmente a ocorrência; Félix escutava calado,
sorrindo, gostando de vê-la assim compassiva, e afinal, quando ela acabou, inclinou-se para
dizer alguma cousa aos moleques. Vimo-o depois pegar em um destes, e aproximá-lo de si,
enquanto a moça ficou com o segundo; e, posto esse pretexto entre eles, começaram a falar
baixinho.

D. Antônia recuou depressa, para que não a vissem. Creio que era a primeira vez
que eles lhe apresentavam semelhante quadro. Recuou levantando-se, e foi para o lado da
cômoda; eu continuei a observá-los. Não se podia ouvir-lhes nada, mas era claro que
falavam de si mesmos. As vezes a boca interrompia os salmos, que ia dizendo, para deixar a
antífona aos olhos; logo depois recitava o cântico. Era a eterna aleluia dos namorados.

Violentei-me, não tirei a vista do grupo; precisava matar em mim mesmo, pela
contemplação objetiva da desesperança, qualquer má sugestão da carne. Olhei para os dous,
adivinhei o que estariam dizendo, e, pior ainda, o que estariam calando, e que se lhes podia
ler no rosto e nas maneiras. Lalau era agora mulher apenas, sem nenhuma das cousas de
criança que a caracterizavam na vida de todas as horas. Com as mãos no ombro do moleque,
ora fitava os olhos na carapinha deste, ouvindo somente as palavras de Félix; ora erguia-os
para o moço, a fim de o mirar calada ou falando. Ele é que olhava sempre para ela atento e
fixo.

Entretanto, D. Antônia aproximara-se outra vez da janela, por trás de mim, e de
mais longe, confiada na obscuridade da sacristia. Voltei-me e disse-lhe que a nossa
espionagem era de direito divino, que o próprio céu nos aparelhara aquela indiscrição. D.
Antônia, em geral avessa às subtilezas do pensamento, menos que nunca podia agora
penetrá-las; pode ser até que nem me ouvisse. Continuou a olhar para os dous, ansiosa de os
perceber, aterrada de os adivinhar.

- Uma cousa há de conceder, disse-lhe eu, há de conceder que eles parecem ter
nascido um para o outro. Olhe como se falam. Veja os modos dela, a dignidade, e ao mesmo
tempo a doçura; ele parece até que quer fazer esquecer que é o herdeiro da casa. Não sei até
se lhe diga uma cousa; digo se me consentir. . .

D. Antônia voltou os olhos a mim com um ar interrogativo e complacente.

- Digo-lhe que, se alguém trocasse os papéis, e a desse como sua filha, e a ele
como o advogado da casa, ninguém poria nenhuma objeção.

D. Antônia afastou-se da janela, sem dizer nada; depois tornou a ela, curiosa,
interrogando a fisionomia dos dous. No fim de alguns minutos, não tendo esquecido as
minhas últimas palavras, redargüiu com ironia e tristeza:

- Advogado? Creio que é muito; diga logo cocheiro.

Fiz um gesto de pesar. E pedi-lhe que me desculpasse o estilo pinturesco da
conversação; não queria dizer senão que a dignidade da moça fá-la-ia supor dona da casa,
ao passo que as maneiras respeitosas dele, que tão bem lhe iam, poderiam fazê-lo crer outra
cousa; mas outra cousa educada, notasse bem. D. Antônia ouvia-me distraída e inquieta,
olhando para fora e para dentro; e quando afinal os dous separaram-se, indo ele para o lado
da frente da capela, que comunicava com o caminho público, e ela para a parte oposta, a fim
de entrar em casa, D. Antônia sentou-se na cadeira em que estivera antes, e respirou à larga.
Abanou a cabeça duas ou três vezes, e disse-me sem olhar para mim:

- Não tenho de que me queixar; a culpa é toda minha.

De repente, voltou a cabeça para 0 meu lado e fitou-me. Tinha as feições um tanto
alteradas, como que iluminadas, e esperei que me dissesse alguma cousa, mas não disse.
Olhou, olhou, recompôs a fisionomia e levantou-se.

- Vamos.

Não obedeci logo; imaginei que ela acabava de achar algum estratagema para
cumprir a sua vontade, e confessei-lho sem rebuço, porque a situação não comportava já
dissimular. D. Antônia respondeu que não, não achara nem buscará nada, e convidou-me a
sair. Insisti no receio, acrescentando que, se cogitava dar um golpe, melhor seria avisar-me,
para que os dissuadisse, e não fossem eles apanhados de supetão. D. Antônia ouviu sem
interromper, e não replicou logo, mas daí a alguns segundos, com palavras não claras e
seguidas, senão ínvias e dúbias. Contava comigo ao lado dela, desde que soubesse a
verdade. . . mas que a apoiasse já. . . depois.. . então. . .

- A verdade? repeti eu. Que verdade?

-Vamos embora.

-Diga-me tudo, a ocasião é única, estamos perto de Deus. . .

D. Antônia estremeceu ouvindo esta palavra, e deuse pressa em sair da sacristia;
levantei-me e saí também. Achei-a a dous passos da porta, disse-me que ia ver os aposentos
fronteiros, porque contava com hóspedes da roga, e foi andando; eu desci os degraus de
pedra, atravessei o pátio da cisterna, e recolhi-me à biblioteca. Recolhi-me alvoroçado. Que
verdade seria aquela, anunciada a fugir, tal verdade que me faria trocar de papel, desde que
eu a conhecesse? Cumpria arrancar-lha, e a melhor ocasião ia perdida.

CAPÍTULO VI

No dia seguinte fui mais cedo para a Casa Velha, a fim de chegar antes dos
hóspedes que D. Antônia esperava da roga, mas já os achei lá; tinham chegado na véspera,
às ave-marias. Um deles, o Coronel Raimundo, estava na varanda da frente, conheceu-me
logo, e veio a mim para saber como ia a história de Pedro I. Sem esperar pela resposta, disse
que podia dar-me boas informações. Conhecera muito o imperador. Assistira à dissolução
da Constituinte, por sinal que estava nas galerias, durante a

sessão permanente, e ouviu os discursos do Montezuma e dos outros, comendo
pão e queijo, à noite, comprados na Rua da Cadeia; uma noite dos diabos.

- Vossa Reverendíssima vai escrever tudo? -Tudo o que souber.

- Pois eu lhe darei alguma cousa.

Começamos a passear ao longo da varanda grande. Egoísmo de letrado! A
esperança de alguns documentos e anedotas para o meu livro pôs de lado a principal questão
daqueles dias; entreguei-me à conversação do coronel. Já sabemos que era parente da casa;
era irmão de um cunhado do marido de D. Antônia, e fora muito amigo e familiar dele.
Falamos cerca de meia hora; contou-me muita cousa do tempo, algumas delas arrancadas
por mim, porque ele nem sempre via a utilidade de um episódio.

-Oh! isso não tem interesse!

-Mas diga, diga, pode ser, insistia eu.

Então ele contava o que era, uma visita, uma conversa, um dito, que eu recolhia de
cabeça, para transpô-lo ao papel, como fiz algumas horas depois. Raimundo foi-se sentindo
lisonjeado com a idéia de que eu ia imprimir o que me estava contando, e desceu a minúcias
insignificantes, casos velhos, e finalmente às anedotas dele mesmo, e às partes da sua vida
militar.

- Nhãtônia, disse ele vendo entrar a parenta na varanda, este seu padre sabe onde
tem a cabeça.

D. Antônia fez um gesto afirmativo e seco, mas logo depois, para me não molestar,
redargüiu sorrindo que sim, que tanto sabia onde tinha a cabeça como o coração. Lalau e as
duas filhas do coronel vieram de fora, veio de dentro uma senhora idosa, arrastando um
pouco os pés, e dando o braço a uma moça alta e fina.

- Ande para aqui, baronesa, disse-lhe D. Antônia.

Apresentaram-me às suas damas. Soube que a baronesa era avó da moça que a
acompanhava. Eram esperadas do Pati do Alferes dez ou doze dias depois; mas vieram antes
para assistir à festa da Glória. Foi o que me constou ali mesmo pela conversação dos
primeiros minutos. A baronesa sentara-se de costas para uma das colunas, na cadeira rasa
que lhe deram, ajudada pela neta, que a acomodou minuciosamente. Observei-a por alguns
instantes. Os dous cachos brancos e grossos, pelas faces abaixo, eram da mesma cor da
touca de cambraia e rendas, os olhos eram castanhos e não inteiramente apagados; lá tinham
seus momentos de fulgor, principalmente se ela falava em política.

- Sinhazinha, o livro? perguntou ela à neta.

-Está aqui, vovó.

-E o mesmo da outra vez, Nhãtania?

Era a mesma novela que lera quando ali esteve um ano antes, e queria reler agora:
era o Saint Clair das lhas ou os Desterrados na Ilha da Barra. Meteu a mão no bolso e tirou os
óculos, depois a caixa de rapé, e pôs tudo no regaço. Raimundo, passeando a mão pela
barba, disse rindo:

-Bem, as senhoras vão conversar e nós vamos a um solo. Valeu,
Reverendíssimo?

Fiz um gesto de complacência.

-Félix é um parceirão, e Nhãtônia também; mas vamos só os três. Nunca jogou
com o Félix? Vai ver o que ele é, fino como trinta diabos; lá na roga dá pancada em todo
mundo. Aquilo sai ao pai. Se algum dia entrar na Câmara, creia que há de fazer um figurão,
como o pai, e talvez mais. E olhe que acho tudo pouco para dar em terra com a tal Regência
do Sr. Pedro de Araújo Lima. . .

-Lá vem o coronel com as suas idéias extravagantes, acudiu a velha baronesa
abrindo a caixa de rapé, e oferecendo-me uma pitada, que recusei. Acha que o Araújo Lima
vai mal? Preferia o seu amigo Feijó?

Raimundo replicou, ela treplicou, enquanto eu voltava a atenção para Sinhazinha,
que, depois de ter acomodado a avó, fora sentar-se com as outras moças.

Sinhazinha era o oposto de Lalau. Maneiras pausadas, atitudes longamente quietas;
não tinha nos olhos a mesma vida derramada que abrangia todas as cousas e recantos, como
os olhos da outra. Bonita era, e a elevação do talhe delgado dava-lhe um ar superior a todas
as demais senhoras ali presentes, que eram medianas ou baixinhas, com exceção de Lalau,
que ainda assim era menos alta que ela. Mas essa mesma superioridade era diminuída pela
modéstia da pessoa, cujo acanhamento, se era natural, aperfeiçoara-se na roga. Não olhou
para mim quando chegou, nem ainda depois de sentar-se. Usava as pálpebras caídas, ou,
quando muito, levantava-as para fitar só a pessoa com quem ia falando. Como o pescoço era
um tantinho alto demais, e a cabeça vivia erecta, aquele gesto podia parecer afetação. Os
cabelos eram o encanto da avó, que dizia que a neta era a sua alemã, porque eles tendiam a
ruivo; mas, além de ruivos, eram crespos, e, penteados e atados ao desdém, davam-lhe muita
graça.

Gastei nesse exame não mais de dous a três minutos. Depois, indo a compará-la
melhor com Lalau, vi que esta fazia igual exame sorrateiramente. Não era a primeira vez que
a via, era a segunda ou terceira, desde que Sinhazinha perdera o pai e a mãe e viera do Rio
Grande do Sul para a fazenda da avó; não a viu no ano anterior, quando ela ali esteve. e
cuido que lhe achava alguma diferença para melhor.

- Reverendíssimo, vamos? disse-me o coronel, acabando de replicar à baronesa.

- Lá, já. Onde está o parceiro?

- Havemos de achá-lo. Nhãtônia, ele terá saído?

D. Antônia respondeu negativamente. Estaria vendo as bastas, que vieram da roga,
ou o cavalo que comprara na véspera. E descreveu o cavalo, a pedido do coronel,
chegando-se ao mesmo tempo para o lado da Sinhazinha. Chegando a esta parou, pôs-lhe
uma das mãos na cabeça, e com a outra levantou-lhe o queixo, para mirá-la de cima.

- Ai, Nhãtônia! disse a moca. Está me afogando.

D. Antônia fez-lhe uma careta de escárnio, inclinou-se e beijou-lhe a testa com
tanta ternura, que me deu ciúmes pela outra. E sentou-se entre elas todas, e todas lhe fizeram
grande festa. Raimundo calara-se para mirar a cena, porque ele queria muito às filhas, e
gostava devê-las acariciadas também. Nisto ouvimos passos na sala contígua, e daí a nada
entrava na varanda o filho de D. Antônia.

- Ora, viva! bradou o coronel. Estávamos à espera de você para um solo.

- Vá, vá, acudiu a baronesa, levantando os olhos do livro. O coronel está ansioso
por jogar, e é uma fortuna, porque veio da roga insuportável, e não me deixa ler... Então
você comprou um cavalo?

Curtos eventos, palavras sem interesse, ou apenas curiosas que me não
consolavam da interrupção a que era obrigado no cometimento voluntário que empreendera;
mas naquele dia não foi essa a minha pior impressão. Fomos dali para a mesa do jogo, em
uma sala que ficava do outro lado, ao pé da alcova do Félix. O coronel, contando os tentos,
disse-nos que a baronesa estava com idéias de casar com a neta, conquanto ainda não tivesse
noivo; era uma idéia. Parece que sentia-se fraca, receava morrer sem vê-la casada; foi o que
ele ouviu dizer aos Rosários de Iguaçu, que eram muito da intimidade dela, e até parentes.
Depois, rindo para o Félix.

- Ali está um bom arranjo para você.

-Ora! rosnou o rapaz.

- Ora quê? retorquiu o coronel encarando-o, enquanto baralhava e dava as cartas.
Repito que era um bom arranjo; eu acho-a bem bonita, acho-a mesmo (tape os ouvidos,
Reverendíssimo!) acho-a um peixão. O pai educou-a muito bem; e depois duas fazendas,
pode-se até dizer três, mas uma delas tem andado para trás. Duas grandes fazendas, com
setecentas cabeças, ou mais; terra de primeira qualidade; muita prata... Não há outro
herdeiro . . .

- Solo! interrompeu o moço.

Ambos passamos; ele jogou e perdeu. Não tinha jogo, foi um modo de interromper
o discurso do parente. Mas o coronel era daqueles que não esquecem nada, e daí a pouco
tornou ao assunto, para dizer que ele, apesar de achacado, se a moça quisesse, tomá-la-ia por
esposa; e logo rejeitou a idéia. Não, não podia ser, estava um cangalho velho, não era mais
quem dantes fora, no tempo do rei, e ainda depois. E vinha já uma aventura de 1815, quando
o parente, em respeito a mim, disse-lhe que jogasse ou íamos embora.. .

Pela minha parte, estava aborrecido. A opinião do coronel, relativamente à
conveniência de casar o parente com Sinhazinha, e as mostras de ternura de D. Antônia para
com esta, fizeram-me crer que podia haver alguma cousa em esboço; mas, ainda que nada
houvesse, Raimundo, expansivo como era, chegaria a insinuá-lo à parente. Era uma solução.
Ignoro se Félix também desconfiava a mesma cousa; é, todavia, certo que jogou distraído e
calado,- durante alguns minutos,-o que faz com que o coronel nos dissesse de repente
que estávamos no mundo da lua, que não viera da roga para ficar casmurro, e que, ou
jogássemos ou ele ia às francesas da Rua do Ouvidor.

Ainda uma vez, Félix atalhou a imaginação libertina do tio. Para desviá-lo dali,
falou de outros atrativos, de um prestidigitador célebre cujo nome enchia então a cidade, e
que inteiramente me esqueceu, de bailes de máscaras e teatros. Contou-lhe o enredo dos
dramas que andavam então em cena, e aludiu a certa farsa, que divertira muito o coronel, na
última vez que viera da roga. Raimundo tinha a alma ingenuamente crédula para as ficções
da poesia; ouvia-as como quem ouve a noticia de uma facada. Não era mau homem, e era
excelente pai; disse logo que não perderia nada, e levaria ao teatro as suas candongas. Assim
chamava às filhas.

Jogamos até perto da hora de jantar. Enquanto eles iam à cavalariça, ver os animais
chegados, dirigi-me para a sala principal, onde achei D. Mafalda, a tia da Lalau, que vinha
buscá-la para ir com ela às novenas da Glória; a moça voltaria depois da festa. Pareceu-me
que Lalau ia obedecer constrangido; e, por outro lado, não ouvi nenhuma objeção da parte
de D. Antônia. Só estavam as três; as hóspedas da roga tinham-se recolhido por alguns
instantes. Raimundo e Félix entraram pouco depois, o primeiro convidando-me a ir passear
com ele e o sobrinho, a cavalo.

- Mas, se eu não sei montar. . .

- Não diga isso! Então vamos nós dous continuou voltando-se para o sobrinho.
Vai Nhãtônia...

- Eu não.

- . . . Vai Sinhazinha. Sinhazinha é cavaleira de traz.

Outra vez este nome! A gente como eu, quando receia alguma cousa, faz derivar ou
afluir para ela os mais alheios incidentes e as mais casuais circunstâncias. Fui acreditando
que o coronel era efetivamente um desbravador, e a temer que o Félix não resistisse por
muito tempo à oferta de uma noiva distinta e graciosa, e da riqueza que viria com ela. Olhei
para ele; vi-o falando com a tia de Lalau.

- Valeu? perguntou-lhe o coronel de longe.

- Hoje, não. Bem, amanhã, depois do almoço.

- A senhora não perde as novenas da Glória, disse Félix a Mafalda.

- É minha devoção antiga; e gosto de ir com Lalau, por causa da mãe, que também
era muito devota de Nossa Senhora da Glória. Lembra-se, Nhãtônia? Mas deixe estar, no dia
16 estamos cá.

- Não, interrompeu Félix, venham jantar no dia da Glória; venham de manhã.
Temos missa na capela, e que diferença há entre a missa cantada e a rezada? Não é,
Reverendíssimo?

Fiz um gesto de assentimento. D. Antônia, porem, mordeu o lábio inferior, e não
teve tempo de intervir, porque a tia da moça concordou logo em trazê-la no dia 15 de manhã.
Lalau agradeceu-lhe com os olhos. Não obstante a disposição do moço, fiquei receoso. Ao
jantar, acharam-me preocupado; respondi somente que eram remorsos de ter gasto o melhor
do dia ao jogo, em vez de ficar ao trabalho, e anunciei a D. Antônia que, em breve tempo,
teria concluído as pesquisas. Caindo a tarde, Lalau e a tia despediram-se, e eu ofereci-me
para acompanhá-las. Não era preciso: D. Antônia mandara aprontar a sege.

- Nhãtônia quer dar-se sempre a esses incômodos, disse agradecendo Mafalda.

- Eu não, redargüiu D. Antônia rindo, as incomodadas são as bastas.

A sege, em vez de as tomar ao pé da porta que ficava por baixo da sala dos livros,
veio recebê-las diante da varanda, onde nos achávamos todos. O constrangimento de Lalau
era já manifesto. Se preferia a mãe a tudo, como me dissera uma vez, cuido que preferia D.
Antônia e a Casa Velha à companhia da tia; acrescia agora a presença de hóspedes, a
variedade de vida que eles traziam à Casa Velha; finalmente, pode ser também, sem
afirmá-lo, que tivesse receios idênticos aos meus. Despediu-se penosamente. D. Antônia,
embora lhe fosse adversa, é certo que ainda a amava, deu-lhe a mão a beijar, e, vendo-a ir,
puxou-a para si, e beijou-a na cara uma e muitas vezes.

- Cuidado, nada de travessuras! disse-lhe.

Tia e sobrinha desceram os degraus da varanda, e quando eu ia ajudá-las a entrar na
sege, atravessou-me o filho da dona da casa, que deu a mão a uma e outra, cheio de respeito
e graça.

- Adeus, Nhãtônia! disse a moça metendo a cabeça entre as cortinas de couro da
sege, e fechando-as, depois de dizer-me adeus com os olhos.

EU, que estava no topo da escada, correspondi-lhe igualmente com os olhos, e
voltei para as outras pessoas, enquanto a sege ia andando, e o moço subia os degraus.

- Nhãtônia, disse o coronel rindo, este seu filho dava para camarista do paço.

D. Antônia, escandalizada, tinha entre as sobrancelhas uma ruga, e olhou sombria
para o filho. Quero crer que este incidente foi a gota que fez entornar do espírito de D.
Antônia a singular determinação que vou dizer.


CAPITULO VII

Era na varanda na manhã seguinte. Quando ali cheguei, dei com D. Antônia só,
passeando de um para outro lado; a baronesa recolhera-se, e os outros tinham saído a cavalo,
depois de alguma espera para que eu os visse; mas cheguei tarde; por que é que não fui mais
cedo?

- Não pude: estive sabendo as más notícias que vieram do Sul.

- Sim? perguntou ela.

Contei-lhe o que havia, acerca da rebelião; mas os olhos dela, despidos de
curiosidade, vagavam sem ver, e, logo que o percebi. parei subitamente. Ela, depois de
alguma pausa:

- Ah! então os rebeldes...

Repetiu a palavra, murmurou outras, mas sem poder vinculá-las entre si, nem
dar-lhes o calor que só o real interesse possui. Tinha outra rebelião em casa, e, para ela, a
crise doméstica valia mais que a pública. E natural, pensei comigo; e tratei de ir aos meus
papéis. Ao pedir-lhe licença, vi-a olhar para mim, calada, e reter-me pelo pulso.

- lá? disse finalmente.

- Vou ao trabalho.

D. Antônia hesitou um pouco; depois, resoluta:

-Ouça-me!

Respondi que estava às suas ordens, e esperei.

D. Antônia passou a mão pelos olhos, sacudiu a cabeça, e perguntou-me se não
suspeitava alguma causa absoluta de impedimento entre o filho e Lalau.

-Causa absoluta?

- Sim, murmurou ela, a medo, baixando e erguendo os cílios, como
envergonhada.

Confesso que a suspeita de que Lalau era filha dela acudiu-me ao espírito, mas
varri-a logo por absurda; adverti que ela o diria antes à própria moça do que a nenhum
homem, ainda que padre. Não, não era isso. Mas então o que era? Tive outra suspeita, e
pedi-lhe que me dissesse, que me explicasse...

- Está explicado.

- Seu marido. . . ?

D. Antônia fez um gesto afirmativo, e desviou os olhos. Tinha a cara que era um
lacre. Quis ir para dentro, mas recuou, deu alguns passos até o fim da varanda, voltou, e foi
sentar-se na cadeira que ficava mais perto, entre duas portas; apoiou os braços nos joelhos,
a cabeça nas mãos, e deixou-se estar. Eu, espantado, não achava nada que dissesse, nada,
cousa nenhuma; olhava para 0 ladrilho, à toa; e assim ficamos por um longo trato de tempo.
Acordou-nos um moleque, vindo pedir uma chave à senhora, que lhe deu o molho delas, e
ficou ainda sentada, mas sem pousar a cabeça nas mãos. A expressão do rosto não era
propriamente de tristeza ou de resignação, mas de constrangimento, e pode ser também que
de ansiedade; e não fiz logo esse reparo, mas depois, recapitulando as palavras e os gestos.
Fosse como fosse, não me passou pela idéia que aquele impedimento moral e canônico
podia ser um simples recurso de ocasião.



Caminhei para ela, estendi-lhe as mãos, ela deu-me as suas, e apertando-lhas,
disse-lhe que não devia ter ajuntado à fatalidade do nascimento o favor das circunstâncias;
não devia tê-los levado, pelo descuido, ao ponto em que estavam, para agora separá-los
irremediavelmente. D. Antônia murmurou algumas palavras de explicação: -acanhamento,
confiança, esperança, a idéia de casá-la com outro, a de mandar o filho à Europa.. . As mãos
tremiam-lhe um pouco; e, talvez por tê-lo sentido, puxou-as e cruzou os braços.

- Bem, disse-lhe eu, agora é separá-los.

-Custa-me muito, porque eu gosto dela. Eduquei-a como filha.

-E urgente separá-los.

-Aqui é que Vossa Reverendíssima podia prestar-me um grande obséquio. Não
me atrevo a fazer nada; não sei mesmo o que poderia fazer. Vossa Reverendíssima, que os
estima, e creio que me estima também, é que acharia algum arranjo. Meu filho está resolvido
a ir por diante; mas a sua intervenção. . . Posso contar com ela?

-Tem sido excessiva a minha intervenção. Vim receber um obséquio, e acho-me
no meio de um drama. Era melhor que me tivesse limitado a recolher papéis.

-Não diga mais nada; acabou-se. Demais, um padre não se pode arrepender do
beneficio que tentou fazer. A intenção era generosa; mas o que lá vai, lá vai. Agora é dar-nos
remédio. Será tão egoísta que me não ajude? Não tenho outra pessoa; o coronel é um
estonteado... E depois, por mim só, não faço nada... Ajude-me.

D. Antônia falava baixinho, com medo de que nos ouvissem; chegou a levantar-se
e ir espiar a uma das portas, que davam para a sala. Não julguei mal da precaução, que era
natural; e, quando ela, voltando a mim, parou e interrogou-me de novo, respondi-lhe que
precisava equilibrar-me primeiro; a revelação atordoara-me. Aqui desviou os olhos.

- Não é sangria desatada, acrescentei. Lalau está fora por alguns dias; pensarei
lentamente. Que a ajude? Hei de ser obrigado a isso, agora que a situação mudou. Se não dei
causa ao sentimento que os liga, é certo que o aprovei, e estava pronto a santificá-lo. A
senhora foi muito imprudente.

- Confesso que foi.

- Vai agora desgraçá-los.

D. Antônia faz com a boca um gesto, que podia parecer meio sorriso, e era
tão-somente expressão de incredulidade. Traduzido em palavras, quer dizer que não admitia
que a separação dos dous pudesse trazer-lhes nenhum perpétuo infortúnio. Tendo casado
por eleição e acordo dos pais, tendo visto casar assim todas as amigas e parentas, D. Antônia
mal concebia que houvesse, ao pé deste costume, algum outro natural e anterior. Cuidava a
princípio que a sua vontade bastava a compor as cousas; depois, não logrando mais que
baralhá-las, cresceu-lhe naturalmente a irritação, e afinal criou medo; mas, supôs sempre
que o efeito da separação não passaria de algumas lágrimas.

- Amanhã ou depois falaremos, disse-lhe.

Fui dali aos livros. Ao entrar na sala deles, parei diante do retrato do ex-ministro, e
mirei por alguns instantes aquela boca, que me parecera lasciva, desde que a vi pela primeira
vez. E disse comigo, olhando para ele:

- Estás morto. Gozaste e descansas; mas eis aqui os frutos podres da
incontinência; e são teus próprios filhos que vão tragá-los.

Estava irritado, dava-me ímpeto de quebrar alguma cousa. Sentei-me, levantei-me,
fui à janela e acabei passeando ao longo da sala, com os pensamentos dispersos e confusos.
Os livros, arranjados nas estantes, olhavam para mim, e talvez comentavam a minha
agitação com palavras de remoque, dizendo uns aos outros que eles eram a paz e a vida, e
que eu padecia agora as consequências de os haver deixado, para entrar no conflito das
cousas. Nem por sombras me acudiu que a revelação de D. Antônia podia não ser
verdadeira, tão grave era a cousa e tão austera a pessoa. Não adverti sequer na minha
cumplicidade. Em verdade, eu é que proferi as palavras que ela trazia na mente; se me tenho
calado, chegaria ela a dizê-las? Pode ser que não; pode ser que lhe faltasse animo para
mentir. Tocado de malícia, o coração dela achou na minha condescendência um apoio, e
falou pelo silêncio. Assim vai a vida humana: um nada basta para complicar tudo.

Meia hora depois, ou mais, ouvi rumor do lado de fora, cavalos que chegavam
lentamente: eram os passeadores. Fui à janela. Uma das filhas do coronel vinha na frente
com o pai; a outra e Sinhazinha seguiam logo, com o rapaz entre elas. Félix falava a
Sinhazinha, e esta ouvia-me olhando para ele, direitamente, sem blocos, como na varanda;
era talvez o cavalo que restituía à rio-grandense a posse de si mesma e a franqueza das
atitudes. Todo entregue a um acontecimento, subordinei a ele os outros, e concluí da
familiaridade dos dous que bem podiam vir a amar-se. Sinhazinha escutava com atenção,
cheia de riso, pescoço teso, segurando as rédeas na mão esquerda, e dando com a ponta do
chicotinho, ao de leve, na cabeça do cavalo.

-Reverendíssimo, bradou parando embaixo da janela o coronel, os farrapos
invadiram Santa Catarina, entraram na Laguna, e os legais fugiram. Eu, se fosse o governo,
mandava fuzilar a todos estes para escarmento. . .

Já os pajens estavam ali, à porta, com bancos para as moças, apearam-se todos e
subiram. Daí a alguns minutos Raimundo e Félix entravam-me pela sala, arrastando as
esporas. Raimundo creio que ainda trazia o chicote; não me lembra. Lembra-me que disse ali
mesmo, agarrando-me nos ombros, uma multidão de cousas duras contra Bento Gonçalves,
e principalmente contra os ministros, que não prestavam para nada, e deviam sair. O melhor
de tudo era logo aclamar o imperador. Dessem-lhe cinqüenta homens,-vinte e cinco que
fossem,-e se ele em duas horas não pusesse o imperador no trono, e os ministros na rua,
estava pronto a perder a vida e a alma. Uns lesmas! Tudo levantado, tudo sublevado, ao
Norte e ao Sul. . . Agora parece que iam mandar tropas, e falava-se no General Andréa para
comandá-las. Tudo remendos. Sangue novo é o que se precisava. . . Parola, muita parola.

Bufava o coronel; o sobrinho para aquietá-lo, metia alguma palavra, de quando em
quando, mas era o mesmo que nada, se não foi pior. irritado com as interrupções, bradou-lhe
que, se o pai fosse vivo, as cousas andariam de outro modo.

-Aquele não era paz d'alma, disse o coronel apontando para o retrato. Fosse ele
vivo! Não era militar, como sabe,-continuou olhando para mim,-mas era homem às
direitas. Veja-me bem aqueles olhos, e diga-me se ali não há vida e força de vontade. . . Um
pouco velhacos, é certo, acrescentou galhofeiramente.

- Tio Raimundo! suplicou Félix.

-Velhacos, repito, não digo velhacos para tratantadas, mas para amores; era
maroto com as mulheres,- prosseguiu rindo e esquecendo inteiramente a rebelião. Eu,
quando Vossa Reverendíssima mudar de cara, e trouxer outra mais alegre, hei de contar-lhe
algumas aventuras dele. . . Veja aqueles olhos! E não imagina como era gamenho,
requebrado...

Félix saiu neste ponto; eu fui sentar-me à escrivaninha; o coronel não continuou o
assunto, e foi deitar-se. Não me procurou mais até a hora do jantar; naturalmente porque o
sobrinho o impediu de vir perturbar-me na pesquisa dos papéis, como se eu tivesse papéis na
cabeça. Maroto com as mulheres. Esta palavra retiniu ali por muito tempo. Maroto com as
mulheres! Tudo se me afigurava claro e evidente.

CAPITULO VIII

Não podia hesitar muito. Deixei de ir três dias à Casa Velha; fui depois, e convidei
o Félix a vir jantar comigo no dia seguinte. Jantamos cedo, e fomos dali ao Passeio Público,
que ficava perto de minha casa. No Passeio, disse-lhe:

-Sabe que sou seu amigo?

-Sei, respondeu ele franzindo a testa.

-Não se aflija; o que lhe vou dizer é antes bem que mal. Sei que estima sua mãe;
ela o merece, não só por ser mãe, como porque, se alguma cousa faz que parece contrariá-lo,
não o faz senão em benefício seu e da verdade.

Félix tornou a franzir a testa.

-Adivinho que há alguma cousa difícil de dizer que me há de mortificar. Vamos,
diga depressa.

-Digo já, ainda que me custe. E creia que me custa, mas é preciso, esqueça aquela
moça. Não me olhe assim; imagina talvez que estou finalmente nas mãos de sua mãe.

-imagino.

-Antes fosse isso, porque então o senhor não atenderia a um nem a outro, e
casaria, se lhe conviesse.

- E por que não farei isso mesmo?

- Não pode ser; não pode casar, esqueça-a, esqueça-a de uma vez para sempre.
Deus é que o não quer, Deus ou o diabo, porque a primeira ação e do diabo; mas esqueça-a
inteiramente. Seu pai foi um grande culpado. . .

Aqui ele pediu-me, aflito, que lhe contasse tudo. Custou-me, mas revelei-lhe a
confidência da mãe. A impressão foi profunda e dolorosa, mas o sentimento do pudor e da
religião pôde serená-la depressa. Quis prolongar a conversação; ele não o quis, não podia, e
achei natural que não pudesse; pouco falou, distraído ou absorto, e despediu-se dali a alguns
minutos.

Não foi para casa, como soube depois; foi andar, andar muito, revolvendo na
memória as duras palavras que lhe disse. Só entrou em casa depois de oito horas da noite, e
recolheu-se ao quarto. A mãe estava aflita: pressentira a minha revelação, e receou alguma
imprudência; provavelmente arrependeu-se de tudo; Certo é que, logo que soube da chegada
do filho, foi ter com ele; Félix não lhe disse nada, mas a expressão do rosto mostrou a D.
Antônia o estado da alma. Félix queixou-se de dor de cabeça, e ficou só.

Foi ele mesmo que me contou tudo isso, no dia seguinte, indo a minha casa.
Agradeceu-me ainda uma vez, mas queixou-se do singular silêncio da mãe. Expliquei-lho, a
meu modo; era natural que lhe custasse a revelação, e não a fizesse antes de tentar qualquer
outro meio.

-Seja como for, estou curado, disse ele. A noite fez-me bem. O sentimento que
essa menina me inspirou converteu-se agora em outro, e creia que pela imaginação já me
acostumei a chamá-la irmã; creia mais que acho nisto um sabor particular, talvez por ser
filho único.

Apertei-lhe a mão, aprovando. Confesso que esperava menos pronta
conformidade. Cuidei que tivesse de assistir a muito desespero, e até lágrimas. Tanto
melhor. Ele, depois de alguns instantes, consultou-me se acharia prudente revelar tudo à
moça; também eu já tinha pensado nisso, e não resolvera nada. Era difícil; mas não achava
modo de não ser assim mesmo. Depois de algum exame, assentamos de não dizer nada,
salvo em último caso.

Os dias que se seguiram foram naturalmente de constrangimento. Os hóspedes de
D. Antônia notaram alguma cousa na família, que não era habitual; e a baronesa resolveu
voltar para a fazenda, logo depois da festa da Glória. Sinhazinha é que não sei se reparou em
alguma cousa; continuava a ter os mesmos modos do primeiro dia. A idéia de casá-la com o
filho de D. Antônia entrou a parecer-me natural, e até indispensável. Conversei com ela; vi
que era inteligente, dócil e meiga, ainda que fria; assim parecia, ao menos. Casaria com ele,
ou com outro, à vontade da avó. No dia 15, devia ir Lalau para a casa, e eu, que o sabia, lá
não fui, apesar do convite especial que tivera para jantar. Não fui, não tive animo de ver o
primeiro encontro da alegria expansiva e ruidosa da moça com a frieza e o afastamento do
rapaz. Deixei de lá ir cinco dias; apareci a 20 de agosto.

CAPITULO IX

No dia 20 achei, com efeito, tudo mudado, Lalau, e triste, Félix retraído e seco. Este
veio contar-me o que se passara, e acabou dizendo que o estado moral da menina pedia a
minha intervenção. Pela sua parte não queria mudar de maneiras com ela, para não entreter
um sentimento condenado; não ousava também dar-lhe notícia da situação nova. Mas eu
podia fazê-lo, sem constrangimento, e com vantagem para todos.

-Não sei, disse eu depois de alguns instantes de reflexão; não sei. . . Sua mãe?

-Mamãe está perfeitamente bem com ela; parece até que a trata com muito mais
ternura. Não lhe dizia eu? Mamãe é muito amiga dela.

- Não lhe terá dito nada?

-Creio que não.

E depois de algum silêncio:

- Nem lho diria ela mesma. Há confissões difíceis de fazer a outros, e impossíveis
a ela; digo fazê-las diretamente à pessoa interessada. Vamos lá; tire-nos desta situação
duvidosa.

-Bem; verei. Não afirmo nada, verei.

Estávamos na sala dos livros; Lalau apareceu à porta. Parou alguns instantes,
depois veio afoutamente a mim, expansiva e ruidosa, mas de propósito, por pirraça; verão
que não me falava com a atenção em mim, mas dispersa, e olhando de modo que pudesse
apanhar os gestos do rapaz. Este não dizia nada; olhava para os livros. Lalau perguntou-me
o que era feito de mim, por onde tinha andado, se era ingrato para ela, se esquecia;
afirmando que também estava disposta a esquecer-me, e já tinha um padre em vista, um
cônego, tabaquento, muito feio, cabeça grande. Tudo isso era dito por modo que me doía, e
devia doer a ele também; certo é que ele não se demorou muito na sala; foi até a janela, por
alguns instantes; depois disse-me que ia ver os cavalos e saiu.

Lalau não pôde mais conter-se; logo que ele saiu, deixou-se cair numa cadeira, ao
canto da sala, e rompeu em lágrimas. A explosão atordoou-me, corri para ela, peguei-lhe nas
mãos, ela pagou nas minhas, disse que era desgraçada, que ninguém mais lhe queria, que
tinha padecido muito naquele dia, muito, muito... Nunca falamos do sentimento que a
acabrunhava agora; mas não foi preciso começar por nenhuma confissão.

- Não compreendo nada, dizia ela; sei só que sofro, que choro, e que me vou
embora. Por quê? Sabe que há?

Não lhe dei resposta.

- Ninguém sabe nada, naturalmente, continuou ela. Quem sabe tudo já lá vai
caminhando para a roça. Devia ser assim mesmo; eu não valho nada, não sou nada, não
tenho avó baronesa, sou uma agregadazinha.. . Mas então por que enganar-me tanto tempo?
Para caçoar comigo?

E chorava outra vez, por mais que eu defronte dela, em pé, lhe dissesse que não
fizesse barulho, que podiam ouvir; ela, porém, durante alguns minutos não atendia a nada.
Quando cansou de chorar, e enxugou os olhos, estava realmente digna de lástima. A
expressão agora era só de dor e de abatimento; desaparecera a indignação da moça obscura
que se vê preterida por outra de melhor posição. Sentei-me ao lado dela, disse-lhe que era
preciso ter paciência, que os desgostos eram a parte principal da vida; os prazeres eram a
exceção; disse-lhe tudo o que a religião lhe poderia lembrar para obter que se resignasse.
Lalau ouvia com os olhos parados, ou olhando vagamente; às vezes interrompia com um
sorriso. Urgia contar-lhe tudo; mas aqui confesso que não achava palavras. Era grave a
notícia; o efeito devia ser violento, porque, conquanto ela cuidasse estar abandonada por
outra, a esperança lá se aninharia nalgum recanto do coração, e nada está perdido enquanto
o coração espera alguma cousa. Mas a notícia da filiação era decisiva.

Não sabendo como dizê-lo, prossegui na minha exortação vaga. Ela, que a
princípio ouvia sem interesse, olhou de repente para mim, e perguntou-me se realmente
estava tudo perdido. Vendo que lhe não dizia nada:

-Diga, por esmola, diga tudo.

- Vamos lá, sossegue...

- Não sossego, diga.

- Enquanto não sossegar não digo nada. Escute, Deus escreve direito por linhas
tortas. Quem sabe o que estaria no futuro?

-Não entendo; diga.

Em verdade, não se podia ser menos hábil, ou mais atado que eu. Não ousava dizer
a cousa, e não fazia mais que aguçar o desejo de a ouvir. Lalau instou ainda comigo,
pegou-me nas mãos, beijou-mas, e esse gesto faz-me mal, muito mal. Ergui-me, dei dous
passos, e voltei dizendo que, não agora, por estar tão fora de si, mas depois lhe contaria tudo,
tudo, que era uma cousa grave. . .

- Grave? Diga-me já, já.

E pegou-se a mim, que lhe dissesse tudo, jurava não contar nada a ninguém, se era
preciso guardar segredo; mas não queria ignorar o que era. Não me dava tempo; se eu abria
a boca para adiar, interrompia-me que não, que havia de ser logo, logo; e falava-me em
nome de Deus, de Nossa Senhora, e perguntava-me se era assim que dizia ser padre.

- Promete ouvir-me quieta?

- Prometo, disse ela depressa, ansiosa, pendendo-me dos olhos.

- É bem grave o que lhe vou dizer.

- Mas diga.

Peguei-lhe na mão, e levei-a para defronte do retrato do finado conselheiro. Era
teatral o gesto, mas tinha a vantagem de me poupar palavras; disse-lhe simplesmente que ali
estava alguém que não queria: o pai de ambos. Lalau empalideceu, fechou os olhos e ia a
cair; pude sustê-la a tempo.

Lalau tinha o sentimento das situações graves. Aquela era excepcional. Não me
disse nada, depois da minha revelação, não me faz pergunta nenhuma; apertou-me a mão e
saiu.

Dous dias depois foi para casa da tia, a pretexto de não sei que negócio de família,
mas realmente era uma separação. Fui ali vê-la; achei-a abatida. A tia falou-me em
particular; perguntou-me se houvera alguma cousa em casa de D. Antônia; a sobrinha,
interrogada por ela, respondera que não; quis ir à Casa Velha, mas foi a própria sobrinha que
a dissuadiu, ou antes que lhe impôs que não fosse.

- Não houve nada, foi a sua última palavra. O que há é que é tempo de viver em
nossa casa, e não na casa dos outros. Estou moça. preciso de cuidar da minha vida.

D.. Mafalda não achava própria esta razão. A sobrinha era tão amiga da Casa
Velha, e a família de D. Antônia queria-lhe tanto, que não se podia explicar daquele modo
uma retirada tão repentina. Nunca lhe ouvira o menor projeto a tal respeito. Acresce que,
desde que viera, andava triste, muito triste...

Todas essas reflexões eram justas; entretanto, para que ela não chegasse a ir à Casa
Velha, disse-lhe que a razão dada por Lalau, se não era sincera, era em todo caso boa.
Pensava muito bem querendo vir para casa; eram pobres; ela devia acostumar-se à vida
pobre, e não à outra, que era abundante e larga, e podia criar-lhe hábitos perigosos.

Nada lhe disse a ela mesma, nem era possível; falamos juntos os três na sala de
visitas, que era também a de trabalho. Lalau procurou disfarçar a tristeza, mas a indiferença
aparente não chegou a persuadir-me; concluí

que o amor lhe ficara no coração, a despeito do vínculo de sangue, e tive horror à
natureza. Não foi só a natureza. Continuei a aborrecer a memória do homem, causa de tal
situação e de tais dores.

Na Casa Velha fui igualmente discreto. D. Antônia não me perguntou o que se
passara com elas, nem com o filho, e pela minha parte não lhe disse nada. O que ela me
confiou, dias depois, é que a viagem de Félix à Europa era já desnecessária; cuidava agora
de casá-lo; falou-me claramente nos seus projetos relativos a Sinhazinha. Parecera-lhe a
escolha excelente; eu inclinei-me, aprovando.

Passaram-se muitos dias. O meu trabalho estava no fim. Tinha visto e revisto
muitos papéis e tomara muitas notas. O coronel voltou à Corte no meado de setembro; vinha
tratar de umas escrituras. Notou a diferença da caça, onde faltava a alegria da moça, e
sobrava a tristeza ou alguma cousa análoga do sobrinho. Não lhe disse nada; parece que D.
Antônia também não.

Félix passava uma parte do dia comigo, sempre que eu ali ia; falava-me de alguns
planos relativamente a indústrias, ou mesmo a lavoura, não me lembra bem; provavelmente,
era tudo misturado, nada havia nele ainda definido; lembramo-nos que já andara com idéias
de ser deputado. O que ele queria agora era fazer alguma cousa que o aturdisse, que lhe
tirasse a dor do recente desastre. Neste sentido, aprovava-lhe tudo.

Pareceu-me que o tempo ia fazendo algum efeito em ambos. Lalau não ria ainda,
nem tinha a mesma conversação de outrora; começava a apaziguar-se. Ia ali muita vez, às
tardes; ela agradecia-me evidentemente a fineza. Não só tinha afeição, como achava na
minha pessoa um pedaço das outras feições, da outra casa e do outro tempo. Demais, era-me
grata, posto que o destino me tivesse feito portador de más novas, e destruidor de suas mais
íntimas esperanças.

A idéia de casá-la entrou desde logo no meu espírito; e nesse sentido falei à tia, que
aprovou tudo, sem adiantar mais nada. Não conhecia o Vitorino, filho do segeiro, e
perguntei-lhe que tal seria para marido.

- Muito bom, disse-me ela. Rapaz sério, e tem alguma cousa por morte do pai.

- Tem alguma educação?

- Tem. O pai até queria fazê-lo doutor, mas o rapaz é que não quis; disse que se
contentava com outra cousa; parece que está escrevente de cartório... escrevente não sei
como se diz... mentado... paramentado . . .

- Juramentado

- Isso mesmo.

-Bem, se puder falar com ela... sem dizer tudo... assim a modo de indagação...

-Verei; deixe estar.

Dias depois, D. Mafalda deu-me conta da incumbência: a sobrinha nem queria
ouvir falar em casar. Achava o Vitorino muito bom noivo, mas o seu desejo era ficar
solteira, trabalhar em costura, para ajudar a tia e não depender de ninguém; mas casar nunca.

Esta conversa trouxe-me a idéia de ponderar a D. Antônia que, uma vez que Lalau
era filha de seu marido, ficava-lhe bem fazer uma pequena doação que a resguardava da
miséria. D. Antônia aceitou a lembrança sem hesitar. Estava tão contente com o resultado
obtido, que podia fazê-lo. Confessou-me, porém, que o melhor de tudo seria, feita a doação,
passados os tempos, e casado o filho, voltar a menina para a Casa Velha. Tinha grandes
saudades dela; não podia viver muito tempo sem a sua companhia. Repeti a última parte a
Lalau que a escutou comovida. Creio até que ia a brotar-lhe uma lágrima; mas reprimiu-a
depressa, e falou de outra cousa.

Era uma terça-feira. Na quarta, devia eu ultimar os meus trabalhos na Casa Velha,
e restituir os papéis, quando fiz um achado que transtornou tudo.



CAPITULO X

Estava recolhendo tudo, quando dei por falta de uma nota tomada naquele dia; não
era fácil reproduzir a nota, pois não a havia tirado de uma só página nem de um só livro, mas
de muitos livros diferentes. O caso aborreceu-me; procurei o papel atabalhoadamente;
depois recomecei com cuidado. Abria os livros com que trabalhara nesse dia, um por um,
mas não achava nada. Vim achar a nota, depois, ao pé da grade da janela, prestes a cair.

Entre os livros que folheei, procurando, achava-se um relatório manuscrito, que eu
lera apenas em parte, não o tendo feito na que continha tão-somente a transcrição de
documentos públicos. Pegando no livro pela lombada, e agitando-o para fazer cair a nota, se
ali estivesse, vi que efetivamente caía um papelinho.

Vinha dobrado, e vi logo que era por letra do ex-ministro. Podia ser alguma cousa
interessante, para os meus fins. Era um trecho de bilhete a alguma mulher, cujo nome não
estava ali, e referia-se a uma criança, com palavras de tristeza. Podiam ser outros amores;
podiam ser os próprios amores da mãe de Lalau. Hesitei em guardar o papel, e cheguei a
pô-lo dentro das folhas do relatório; mas tornei a tirá-lo, e guardei-o comigo.

Reli-o em casa; dizia esse trecho do bilhete, que provavelmente nunca foi acabado
nem remetido:

Tenha confiança em mim, e ouça o que lhe digo. Não faca baralho, sossegue e não
fale sempre no meu nome. Venha cá o menos que puder; e não pense mais no anjinho. Deus
é bom.

Não achava nada que me explicasse cousa nenhuma; mas insisti em guardá-lo. De
noite pensei que o bilhote podia relacionar-se com a família da Lalau; e, como nunca tivesse
dito à tia desta o motivo que a separara da Casa Velha, resolvi pedir-lhe uma conferência, e
contá-lo.

Pedi-lhe a conferência no dia seguinte, e obtive-a no outro, muito cedo, enquanto
Lalau dormia. Não hesitei em ir logo ao fim. Contei-lhe tudo, menos o amor da sobrinha e do
filho de D. Antônia, que ela, antes, fingia ignorar. D. Mafalda ouviu-me pasmada, curiosa,
querendo por fim que lhe dissesse se D. Antônia ficara irritada com a descoberta.

-Não, perdoou tudo.

- Então por que houve logo esta separação?

Hesitei na resposta.

- Entendo, disse ela, entendo.

Vi que sabia tudo; mas não se consternou por isso. Ao contrário, disse-me
alegremente que, se não era mais que essa a causa da separação, tudo estava remediado.

- Conto-lhe tudo, disse-me ela no fim de alguns instantes. Não diria nada em
outras circunstâncias, nem sei mesmo se diria alguma cousa a outra pessoa.

D. Mafalda confirmou os amores da cunhada; mas o ex-ministro via-a pela
primeira vez, quando eles vieram da roga, tinha Lalau três meses. Não era absolutamente o
pai da menina. Compreende-se o meu alvoroço: pedi-lhe todas as circunstâncias de que se
lembrasse, e ela referiu-as todas. e todas eram a confirmação da notícia que acabava de dar;
datas, pessoas, acidentes, nada discordava da mesma versão. Ela própria apelou para os
apontamentos da freguesia onde nascera, a menina, e para as pessoas do lugar, que me
diriam isto mesmo. Pela minha parte, não queria outra cousa, senão o desaparecimento do
obstáculo e a felicidade das duas criaturas. De repente, lembrou-me do trecho do bilhete que
tinha comigo, e disse-lhe que, em todo caso, mal se podia explicar a crença em que estava D.
Antônia; havia por força uma criança.

-Houve uma criança, interrompeu-me D. Mafalda; mas essa morreu com poucos
meses.

Tinha o bilhete na algibeira, tirei-o e reli-o; estas palavras confirmavam a versão da
morte: "não pense mais no anjinho..."

D. Mafalda contou-me então a circunstância do nascimento da criança, que viveu
apenas quatro meses; depois, referiu-me a longa história da paixão da cunhadas que ela
descobriu um dia, e que a própria cunhada lhe confiou mais tarde, em ocasião de desespero.

Tudo parecia-lhe claro e definitivo; restava agora repor as cousas no estado
anterior. Mas, ao pensar nisso, adverti que, transmitida esta versão a D. Antônia, ouviria as
razões que ela teria para a sua, e combiná-las-ia todas. Fui à Casa Velha, e pedi a D. Antônia
que me desse também uma conferência particular. Desconfiada, respondeu que sim, e foi na
sala dos livros, enquanto Félix estava fora, que lhe contei o que acabava de saber.

D. Antônia escutou-me a princípio curiosa, depois ansiosa, e afinal atordoada e
prostrada. Não compreendi esse efeito; acabei, disse-lhe que a Providência se encarregara de
levar o fruto do pecado, e nada impedia que o casamento do filho com a moça o fizesse
esquecer a todos. Mas D. Antônia, agitada, não podia responder seguidamente. Não
entendendo esse estado, pedi que mo explicasse.

D. Antônia negou-me tudo a princípio, mas acabou confessando o que ninguém
poderia então supor. Ela ignorava os amores do marido; inventara a filiação de Lalau, com o
único fim de obstar ao casamento. Confessou tudo, francamente, alvoroçada, sem saber de
si. Creio que, se repousasse por algumas horas, não me diria nada; mas apanhada de supetão,
não duvidou expor os seus atos e motivos. A razão é que o golpe recebido fora profundo.
Vivera na fé do amor conjugal; adorava a memória do marido, como se pode fazer a uma
santa de devoção íntima. Tinha dele as maiores provas de constante fidelidade. Viúva, mãe
de um homem, vivia da felicidade extinta e sobreviveste, respeitando morto o mesmo
homem que amara vivo. E vai agora uma circunstância fortuita mostra-lhe que, inventando,
acertara por outro modo, e que o que ela considerava puro na terra trouxera em si uma
impureza.

Logo que a primeira comoção passou, D. Antônia disse-me com muita dignidade
que o passado estava passado, que se arrependia da invenção, mas enfim estava meia
punida. Era preciso que o castigo fosse inteiro; e a outra parte dele não era mais que unir os
deus em casamento. Opôs-se por soberba; agora, por humildade, consentia em tudo.

D. Antônia, dizendo isto, forcejava por não chorar, mas a voz trêmula indicava que
as lágrimas não tardavam a vir; lágrimas de vencida, duas vezes vencida,- no orgulho e no
amor. Consolei-a, e pedi-lhe perdão.

- De quê? perguntou ela.

- Do que fiz. Creia que sinto o papel desastrado que o destino me confiou em
tudo isto. Agora mesmo, quando vinha alegre, supondo consertar todas as cousas,
conserto-as com lágrimas.

-Não há lágrimas, disse D. Antônia esfregando os olhos.

Daí a nada estava tranqüila, e pedia-me que acabasse tudo. Não podia mais tolerar
a situação que ela mesma criara; tinha pressa de afogar na afeição sobrevivente algumas
tristezas novas. Instou comigo para que fosse ter com a moça naquele mesmo dia, ou no
outro, e que a trouxesse para a Casa Velha, mas depois de saber tudo; pedia também que me
incumbisse de retificar a revelação feita ao filho. Ela, pela sua parte, não podia entrar em tais
minúcias; eram-lhe penosas e indecentes. Esta palavra faz-me, creio eu, empalidecer; ela
apressou-se em explicá-la; não me encarregava de cousa indigna, mas pouco ajustada entre
um filho e sua mãe. Era só por isso.

Aceitei a explicação e a incumbência. Não me demorei muito em pôr o filho na
confidência da verdade, contando-lhe os últimos incidentes, e a face nova da situação. Félix
ouviu-me alvoroçado; não queria crer, inquiria uma e muitas vezes se a verdade era
realmente esta ou outra, se a tia da moça não se enganara, se a nota achada. . . Mas eu
interrompi-o confirmando tudo.

-E mamãe?

-Sua mãe?

-Naturalmente, já sabe. . .

Hesitei em dizer-lhe tudo o que se passara entre mim e ela; era revelar-me a
invenção da mãe, sem necessidade. Respondi-lhe que sabia tudo, porque mo dissera, que
estava enganada, e estimara o desengano.

Tudo parecia caminhar para a luz, para o esquecimento, e para o amor. Após tantos
desastres que este negócio me trouxera, ia enfim compor a situação, e tinha pressa de o fazer
e de os deixar felizes. Restava Lalau; fui lá ter no dia seguinte.

Lalau notou a minha alegria; eu, sem saber por onde começasse, disse-lhe que
efetivamente tinha uma boa noticia. Que notícia? Contei-lha com as palavras idôneas e
castas que a situação exigia. Acabei, referi o que se passara com D. Antônia, o pedido desta,
a esperança de todos. Ela ouviu ansiosa,-a princípio, aflita,-e no fim, quando soube a
verdade retificada, deixou cair os olhos e não me respondeu.

-Vamos, senhora, disse-lhe; o passado está passado.

Lalau não se moveu. Como eu instasse, abanou a cabeça; instando mais, respondeu
que não, que nada estava alterado, a situação era a mesma. Espantado da resposta, pedi-lhe
que ma explicasse; ela pagou da minha mão, e disse-me que não a obrigasse a falar de
cousas que lhe doíam.

- Que lhe dóem?

- Falemos de outra cousa.

Confesso que fiquei exasperado; levantei-me, mostrei-me aborrecido e ofendido.
Ela veio a mim, vivamente, pediu-me desculpa de tudo. Não tinha intenção de ofensa, não
podia tê-la; só podia agradecer tudo o que fizera por ela. Sabia que a estimava muito.

-Mas não compreendo. . .

- Compreende, se quiser.

- Venha explicar-se com a sua velha amiga; ela lhe dirá que estimou muito não ser
verdadeira a sua primeira suposição.

- Para ela, creio.

- E para todos.

-Para mim, não. Seja como for, não poderia casar-me com o filho do mesmo
homem que envergonhou minha família. . . Perdão; não falemos nisto.

Olhei assombrado para ela.

-Essa palavra é de orgulho, disse-lhe no fim de alguns instantes.

- Orgulho, não; eu não sei que cousa é orgulho. Sei que nunca estimei tanto a
ninguém como a minha mãe. Não lhe disse isso mesmo uma vez? Gostava muito de mamãe;
era para mim na terra como Nossa Senhora no céu. E esta santa tão boa como a outra, esta
santa é que. . . Não; perdoe-me. Orgulho? Não é orgulho; é vergonha; creia que estou muito
envergonhada. Sei que era estimada na Casa Velha; e seria ali feliz, se pudesse sê-lo; mas
não posso, não posso.

-Reflita um pouco.

- Está refletido.

-Reflita ainda uma noite ou duas; virei amanhã ou depois. Repare que a sua
obstinação pode exprimir, relativamente à memória de sua mãe, uma censura ou uma
afronta...

Lalau interrompeu-me; não censurava a mãe; amava-a tanto ou mais que dantes. E
concluiu dizendo que, por favor, não falássemos mais de tal assunto. Respondi-lhe que
ainda lhe falaria uma vez única; pedi-lhe que refletisse. Contei tudo a D. Mafalda, e
disse-lhe que na minha ausência, trabalhasse no mesmo sentido que eu.

-Tudo deve voltar ao que era; eles gostam muito um do outro; D. Antônia
estima-a como filha; o passado é passado. Cuidemos agora do presente e do futuro.

Lalau não cedeu nada à tia, nem a mim. Não cedeu nada ao filho de D. Antônia,
que a foi visitar, e a quem não pôde ver sem comoção, e grande; mas resistiu. Afinal, oito
dias depois, D. Antônia mandou aprontar a sege, e foi buscá-la.

- Uma vez aqui, verá que arranjamos tudo, disse-lhe ela.

Entrava já no espírito de D. Antônia um pouco de amor-próprio ofendido com a
recusa. Lalau parece que a princípio não a quis acompanhar; nunca soube nem deste ponto,
mas é natural que fosse assim. Consentiu, finalmente, e foi por um só dia; jantou lá e voltou
às ave-marias.

Voltei à casa delas, e instei novamente, ou só com ela, ou com a tia; ela
mantinha-se no mesmo pé, e, para o fim, com alguma impaciência. Um dia recebi recado de
D. Mafalda; corri a ver o que era, disse-me que o filho do segeiro, Vitorino, fora pedi-la em
casamento, e que a moça, consultada, respondeu que sim. Soube depois que ela mesma o
incitara a fazê-lo. Compreendi que tudo estava acabado. Félix padeceu muito com esta
notícia; mas nada há eterno neste mundo, e ele próprio acabou casando com Sinhazinha. Se
ele e Lalau foram felizes, não sei; mas foram honestos, e basta.



Casa Velha - Machado de Assis - Capa 3



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sexta-feira, 10 de março de 2017

Broquéis - Cruz e Sousa


Broquéis - Cruz e Sousa



Broquéis é o livro de estreia do poeta simbolista brasileiro João da Cruz e Sousa, publicado originalmente em 1893. A obra é composta por 54 poemas, sendo marcada pela influência de Baudelaire, que traz o mal como algo belo. Neste livro, Cruz e Souza utiliza uma linguagem mais erudita, fazendo todo um jogo de palavras. Usa a cor branca para representar a espiritualidade, além de elementos vagos. A todo tempo deseja o espiríto, mas perde a espiritualidade com o elemento material.

(SEGUE ABAIXO ESTA OBRA COMPLETA)



BROQUÉIS - CRUZ E SOUSA


Seigneur mon Dieu! accordez-moi
la grâce de produire quelques
beaux vers qui me prouvent
à moi-même que je ne suis pas le
dernier des hommes, que je
ne suis pas inférieur à ceux que
je méprise.
Baudelaire




Índice

ANTÍFONA

SIDERAÇÕES

LÉSBIA

MÚMIA

EM SONHOS...

LUBRICIDADE

MONJA

CRISTO DE BRONZE

CLAMANDO...

BRAÇOS

REGINA COELI

SONHO BRANCO

CANÇÃO DA FORMOSURA

TORRE DE OURO

CARNAL E MÍSTICO

A DOR

ENCARNAÇÃO

SONHADOR
NOIVA DA AGONIA

LUA

SATÃ

BELEZA MORTA


AFRA

PRIMEIRA COMUNHÃO

JUDIA

VELHAS TRISTEZAS

VISÃO DA MORTE

DEUSA SERENA

TULIPA REAL

APARIÇÃO

VESPERAL

DANÇA DO VENTRE

FOEDERIS ARCA

TUBERCULOSA

FLOR DO MAR

DILACERAÇÕES

REGENERADA

SENTIMENTOS CARNAIS

CRISTAIS

SINFONIAS DO OCASO

REBELADO

MUSICA MISTERIOSA...

POST MORTEM

ALDA

ACROBATA DA DOR

ANGELUS...

LEMBRANÇAS APAGADAS

SUPREMO DESEJO

SONATA

MAJESTADE CAÍDA

INCENSOS

LUZ DOLOROSA...

TORTURA ETERNA






ANTÍFONA


Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!...
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras...


Formas do Amor, constelarmente puras,
De Virgens e de Santas vaporosas...
Brilhos errantes, mádidas frescuras
E dolências de lírios e de rosas...


Indefiníveis músicas supremas,
Harmonias da Cor e do Perfume...
Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...


Visões, salmos e cânticos serenos,
Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes...
Dormências de volúpicos venenos
Sutis e suaves, mórbidos, radiantes...


Infinitos espíritos dispersos,
Inefáveis, edênicos, aéreos,
Fecundai o Mistério destes versos
Com a chama ideal de todos os mistérios.


Do Sonho as mais azuis diafaneidades
Que fuljam, que na Estrofe se levantem
E as emoções, sodas as castidades
Da alma do Verso, pelos versos cantem.


Que o pólen de ouro dos mais finos astros
Fecunde e inflame a rime clara e ardente...
Que brilhe a correção dos alabastros
Sonoramente, luminosamente.


Forças originais, essência, graça
De carnes de mulher, delicadezas...
Todo esse eflúvio que por ondas passe
Do Éter nas róseas e áureas correntezas...


Cristais diluídos de clarões alacres,
Desejos, vibrações, ânsias, alentos,
Fulvas vitórias, triunfamentos acres,
Os mais estranhos estremecimentos...


Flores negras do tédio e flores vagas
De amores vãos, tantálicos, doentios...
Fundas vermelhidões de velhas chagas
Em sangue, abertas, escorrendo em rios.....


Tudo! vivo e nervoso e quente e forte,
Nos turbilhões quiméricos do Sonho,
Passe, cantando, ante o perfil medonho
E o tropel cabalístico da Morte...


índice



SIDERAÇÕES


Para as Estrelas de cristais gelados
As ânsias e os desejos vão subindo,
Galgando azuis e siderais noivados
De nuvens brancas a amplidão vestindo...


Num cortejo de cânticos alados
Os arcanjos, as cítaras ferindo,
Passam, das vestes nos troféus prateados,
As asas de ouro finamente abrindo...


Dos etéreos turíbulos de neve
Claro incenso aromal, límpido e leve,
Ondas nevoentas de Visões levanta...


E as ânsias e os desejos infinitos
Vão com os arcanjos formulando ritos
Da Eternidade que nos Astros canta...



índice





LÉSBIA

Cróton selvagem, tinhorão lascivo,
Planta mortal, carnívora, sangrenta,
Da tua carne báquica rebenta
A vermelha explosão de um sangue vivo.


Nesse lábio mordente e convulsivo,
Ri, ri risadas de expressão violenta
O Amor, trágico e triste, e passe, lenta,
A morte, o espasmo gélido, aflitivo...


Lésbia nervosa, fascinante e doente,
Cruel e demoníaca serpente
Das flamejantes atracões do gozo.


Dos teus seios acídulos, amargos,
Fluem capros aromas e os letargos,
Os ópios de um luar tuberculoso...



índice




MÚMIA


Múmia de sangue e lama e terra e treva,
Podridão feita deusa de granito,
Que surges dos mistérios do Infinito
Amamentada na lascívia de Eva.


Tua boca voraz se farta e ceva
Na carne e espalhas o terror maldito,
O grito humano, o doloroso grito
Que um vento estranho para és limbos leva.


Báratros, criptas, dédalos atrozes
Escancaram-se aos tétricos, ferozes
Uivos tremendos com luxúria e cio...


Ris a punhais de frígidos sarcasmos
E deve dar congélidos espasmos
O teu beijo de pedra horrendo e frio!...



índice




EM SONHOS...

Nos Santos óleos do luar, floria
Teu corpo ideal, com o resplendor da Helade...
E em toda a etérea, branda claridade
Como que erravam fluidos de harmonia...


As Águias imortais da Fantasia
Deram-te as asas e a serenidade
Para galgar, subir a Imensidade
Onde o clarão de tantos sóis radia.


Do espaço pelos límpidos velinos
Os Astros vieram claros, cristalinos,
Com chamas, vibrações, do alto, cantando...


Nos santos óleos do luar envolto
Teu corpo era o Astro nas esferas solto,
Mais Sóis e mais Estrelas fecundando!



índice




LUBRICIDADE


Quisera ser a serpe venenosa
Que dá-te medo e dá-te pesadelos
Para envolverem, ó Flor maravilhosa,
Nos flavos turbilhões dos teus cabelos.


Quisera ser a serpe veludosa
Para, enroscada em múltiplos novelos,
Saltar-te aos seios de fluidez cheirosa
E babujá-los e depois mordê-los...


Talvez que o sangue impuro e flamejante
Do teu lânguido corpo de bacante,
Da langue ondulação de águas do Reno


Estranhamente se purificasse...
Pois que um veneno de áspide vorace
Deve ser morto com igual veneno...



índice




MONJA

Ó Lua, Lua triste, amargurada,
Fantasma de brancuras vaporosas,
A tua nívea luz ciliciada
Faz murchecer e congelar as rosas.


Nas flóridas searas ondulosas,
Cuja folhagem brilha fosforeada,
Passam sombras angélicas, nivosas,
Lua, Monja da cela constelada.


Filtros dormentes dão aos lagos quietos,
Ao mar, ao campo, os sonhos mais secretos,
Que vão pelo ar, noctâmbulos, pairando...


Então, ó Monja branca dos espaços,
Parece que abres para mim os braços,
Fria, de joelhos, trêmula, rezando...



índice




CRISTO DE BRONZE


Ó Cristos de ouro, de marfim, de prata,
Cristos ideais, serenos, luminosos,
Ensangüentados Cristos dolorosos
Cuja cabeça a Dor e a Luz retrata.


Ó Cristos de altivez intemerata,
Ó Cristos de metais estrepitosos
Que gritam como os tigres venenosos
Do desejo carnal que enerva e mata.


Cristos de pedra, de madeira e barro...
Ó Cristo humano, estético, bizarro,
Amortalhado nas fatais injurias...


Na rija cruz aspérrima pregado
Canta o Cristo de bronze do Pecado,
Ri o Cristo de bronze das luxúrias!...



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CLAMANDO...

Bárbaros vãos, dementes e terríveis
Bonzos tremendos de ferrenho aspeto,
Ah! deste ser todo o clarão secreto
Jamais pôde inflamar-vos, Impassíveis!


Tantas guerras bizarras e incoercíveis
No tempo e tanto, tanto imenso afeto,
São para vós menos que um verme e inseto
Na corrente vital pouco sensíveis.


No entanto nessas guerras mais bizarras
De sol, clarins e rútilas fanfarras,
Nessas radiantes e profundas guerras...


As minhas carnes se dilaceraram
E vão, das llusões que flamejaram,
Com o próprio sangue fecundando as terras...



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BRAÇOS


Braços nervosos, brancas opulências,
Brumais brancuras, fulgidas brancuras,
Alvuras castas, virginais alvuras,
Lactescências das raras lactescências.


As fascinantes, mórbidas dormências
Dos teus abraços de letais flexuras,
Produzem sensações de agres torturas,
Dos desejos as mornas florescências.


Braços nervosos, tentadoras serpes
Que prendem, tetanizam como os herpes,
Dos delírios na trêmula coorte...


Pompa de carnes tépidas e flóreas,
Braços de estranhas correções marmóreas,
Abertos para o Amor e para a Morte!



índice




REGINA COELI

Ó Virgem branca, Estrela dos altares,
Ó Rosa pulcra dos Rosais polares!


Branca, do alvor das ambulas sagradas
E das níveas camélias regeladas.


Das brancuras de seda sem desmaios
E da lua de linho em nimbo e raios.


Regina Coeli das sidéreas flores,
Hóstia da Extrema-Unção de tantas dores.


Ave de prata e azul, Ave dos astros...
Santelmo aceso, a cintilar nos mastros...


Gôndola etérea de onde o Sonho emerge...
Água Lustral que o meu Pecado asperge.


Bandolim do luar, Campo de giesta,
Igreja matinal gorjeando em festa.


Aroma, Cor e Som das Ladainhas
De Maio e Vinha verde dentre as vinhas,


Dá-me através de cânticos, de rezas,
O Bem, que almas acerbas torna ilesas.


O Vinho douro, ideal, que purifica
das seivas juvenis a força rica.


Ah! faz surgir, que brote e que floresça
A Vinha douro e o vinho resplandeça.


Pela Graça imortal dos teus Reinados
Que a Vinha os frutos desabroche iriados.


Que frutos, flores essa Vinha brote
Do céu sob o estrelado chamalote.


Que a luxúria poreje de áureos cachos
E eu um vinho de sol beba aos riachos.


Virgem, Regina, Eucaristia, Coeli,
Vinho é o clarão que teu Amor impele.


Que desabrocha ensangüentadas rosas
Dentro das naturezas luminosas.


Ó Regina do Mar! Coeli! Regina!
Ó Lâmpada das naves do Infinito!
Todo o Mistério azul desta Surdina
Vem d'estranhos Missais de um novo Rito!...



índice




SONHO BRANCO


De linho e rosas brancas vais vestido,
Sonho virgem que cantas no meu peito!...
És do Luar o claro deus eleito,
Das estrelas puríssimas nascido.


Por caminho aromal, enflorescido,
Alvo, sereno, límpido, direito,
Segues radiante, no esplendor perfeito,
No perfeito esplendor indefinido...


As aves sonorizam-te o caminho...
E as vestes frescas, do mais puro linho
E as rosas brancas dão-te um ar nevado...


No entanto, Ó Sonho branco de quermesse!
Nessa alegria em que tu vais, parece
Que vais infantilmente amortalhado!



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CANÇÃO DA FORMOSURA


Vinho de sol ideal canta e cintila
Nos teus olhos, cintila e aos lábios desce,
Desce a boca cheirosa e a empurpurece,
Cintila e canta após dentre a pupila.


Sobe, cantando, a limpidez tranqüila
Da tu'alma estrelada e resplandece,
Canta de novo e na doirada messe
Do teu amor, se perpetua e trila...


Canta e te alaga e se derrama e alaga...
Num rio de ouro, iriante, se propaga
Na tua carne alabastrina e pura.


Cintila e canta na canção das cores,
Na harmonia dos astros sonhadores,
A Canção imortal da Formosura!



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TORRE DE OURO


Desta torre desfraldam-se altaneiras,
Por sóis de céus imensos broqueladas,
Bandeiras reais, do azul das madrugadas
E do íris flamejante das poncheiras.


As torres de outras regiões primeiras
No Amor, nas Glórias vãs arrebatadas
Não elevam mais alto, desfraldadas,
Bravas, triunfantes, imortais bandeiras.


São pavilhões das hostes fugitivas,
Das guerras acres, sanguinárias, vivas,
Da luta que os Espíritos ufana.


Estandartes heróicos, palpitantes,
Vendo em marcha passe aniquilantes
As torvas catapultas do Nirvana!



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CARNAL E MÍSTICO


Pelas regiões tenuíssimas da bruma
Vagam as Virgens e as Estrelas raras...
Como que o leve aroma das searas
Todo o horizonte em derredor perfume.


N'uma evaporação de branca espuma
Vão diluindo as perspectives claras...
Com brilhos crus e fúlgidos de tiaras
As Estrelas apagam-se uma a uma.

E então, na treva, em místicas dormências
Desfila, com sidéreas lactescências,
Das Virgens o sonâmbulo cortejo...


Ó Formas vagas, nebulosidades!
Essência das eternas virgindades!
Ó intensas quimeras do Desejo...



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A DOR


Torva Babel das lágrimas, dos gritos,
Dos soluços, dos ais, dos longos brados,
A Dor galgou os mundos ignorados,
Os mais remotos, vagos infinitos.


Lembrando as religiões, lembrando os ritos,
Avassalara os povos condenados,
Pela treva, no horror, desesperados,
Na convulsão de Tântalos aflitos.


Por buzinas e trompas assoprando
As gerações vão todas proclamando
A grande Dor aos frígidos espaços...


E assim parecem, pelos tempos mudos,
Raças de Prometeus titânios, rudos,
Brutos e colossais, torcendo os braços!



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ENCARNAÇÃO


Carnais, sejam carnais tantos desejos,
Carnais, sejam carnais tantos anseios,
Palpitações e frêmitos e enleios,
Das harpas da emoção tantos arpejos...


Sonhos, que vão, por trêmulos adejos,
A noite, ao luar, intumescer os seios
Lácteos, de finos e azulados veios
De virgindade, de pudor, de pejos...

Sejam carnais todos os sonhos brumos
De estranhos, vagos, estrelados rumos
Onde as Visões do amor dormem geladas...


Sonhos, palpitações, desejos e ânsias
Formem, com claridades e fragrâncias,
A encarnação das lívidas Amadas!



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SONHADOR


Por sóis, por belos sóis alvissareiros,
Nos troféus do teu Sonho irás cantando
As púrpuras romanas arrastando,
Engrinaldado de imortais loureiros.


Nobre guerreiro audaz entre os guerreiros,
Das Idéias as lanças sopesando,
Verás, a pouco e pouco, desfilando
Todos os teus desejos condoreiros...


Imaculado, sobre o lodo imundo,
Há de subir, com as vivas castidades,
Das tuas glórias o clarão profundo.


Há de subir, além de eternidades,
Diante do torvo crocitar do mundo,
Para o branco Sacrário das Saudades!



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NOIVA DA AGONIA


Trêmula e só, de um túmulo surgindo,
Aparição dos ermos desolados,
Trazes na face os frios tons magoados,
De quem anda por túmulos dormindo...


A alta cabeça no esplendor, cingindo
Cabelos de reflexos irisados,
Por entre aureolas de clarões prateados,
Lembras o aspecto de um luar diluindo...

Não és, no entanto, a torva Morte horrenda,
Atra, sinistra, gélida, tremenda,
Que as avalanches da Ilusão governa...


Mas ah! és da Agonia a Noiva triste
Que os longos braços lívidos abriste
Para abraçar-me para a Vida eterna!



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LUA


Clâmides frescas, de brancuras frias,
Finíssimas dalmáticas de neve
Vestem as longas arvores sombrias,
Surgindo a Lua nebulosa e leve...


Névoas e névoas frígidas ondulam...
Alagam lácteos e fulgentes rios
Que na enluarada refração tremulam
Dentre fosforescências, calafrios...


E ondulam névoas, cetinosas rendas
De virginais, de prônubas alvuras...
Vagam baladas e visões e lendas
No flórido noivado das Alturas...


E fria, fluente, frouxa claridade
Flutua como as brumas de um letargo...
E erra no espaço, em toda a imensidade,
Um sonho doente, cilicioso, amargo...


Da vastidão dos páramos serenos,
Das siderais abóbadas cerúleas
Cai a luz em antífonas, em trenos,
Em misticismos, orações e dúlias...


E entre os marfins e as pratas diluídas
Dos lânguidos clarões tristes e enfermos,
Com grinaldas de roxas margaridas
Vagam as Virgens de cismares ermos...


Cabelos torrenciais e dolorosos
Bóiam nas ondas dos etéreos gelos.
E os corpos passam níveos, luminosos,
Nas ondas do luar e dos cabelos...


Vagam sombras gentis de mortas, vagam
Em grandes procissões, em grandes alas,
Dentre as auréolas, os clarões que alagam,
Opulências de pérolas e opalas


E a Lua vai clorótica fulgindo
Nos seus alperces etereais e brancos,
A luz gelada e pálida diluindo
Das serranias pelos largos flancos...


Ó Lua das magnólias e dos lírios!
Geleira sideral entre as geleiras!
Tens a tristeza mórbida dos círios
E a lividez da chama das poncheiras!


Quando ressurges, quando brilhas e amas,
Quando de luzes a amplidão constelas,
Com os fulgores glaciais que tu derramas
Das febre e frio, dás nevrose, gelas...


A tua dor cristalizou-se outrora
Na dor profunda mais dilacerada
E das cores estranhas, ó Astro, agora,
És a suprema Dor cristalizada!...



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SATÃ


Capro e revel, com os fabulosos cornos
Na fronte real de rei dos reis vetustos,
Com bizarros e lúbricos contornos,
Ei-lo Satã dentre os Satãs augustos.


Por verdes e por báquicos adornos
Vai c'roado de pâmpanos venustos
O deus pagão dos Vinhos acres, mornos,
Deus triunfador dos triunfadores justos.


Arcangélico e audaz, nos sóis radiantes,
A púrpura das glórias flamejantes,
Alarga as asas de relevos bravos...


O Sonho agita-lhe a imortal cabeça...
E solta aos sóis e estranha e ondeada e espessa
Canta-lhe a juba dos cabelos flavos!


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BELEZA MORTA


De leve, louro e enlanguescido helianto
Tens a flórea dolência contristada...
Há no teu riso amargo um certo encanto
De antiga formosura destronada.


No corpo, de um letárgico quebranto,
Corpo de essência fina, delicada,
Sente-se ainda o harmonioso canto
Da carne virginal, clara e rosada.


Sente-se o canto errante, as harmonias
Quase apagadas, vagas, fugidias
E uns restos de clarão de Estrela acesa...


Como que ainda os derradeiros haustos
De opulências, de pompas e de faustos,
As relíquias saudosas da beleza.



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AFRA


Ressurges dos mistérios da luxúria,
Afra, tentada pelos verdes pomos,
Entre os silfos magnéticos e os gnomos
Maravilhosos da paixão purpúrea.


Carne explosiva em pólvoras e fúria
De desejos pagãos, por entre assomos
Da virgindade--casquinantes momos
Rindo da carne já votada a incúria.


Votada cedo ao lânguido abandono,
Aos mórbidos delíquios como ao sono,
Do gozo haurindo os venenosos sucos.


Sonho-te a deusa das lascivas pompas,
A proclamar, impávida, por trompas,
Amores mais estéreis que os eunucos!


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Broquéis - Cruz e Sousa - Capa 2




PRIMEIRA COMUNHÃO


Grinaldas e véus brancos, véus de neve,
Véus e grinaldas purificadores,
Vão as Flores carnais, as alvas Flores
Do Sentimento delicado e leve.


Um luar de pudor, sereno e breve,
De ignotos e de prônubos pudores,
Erra nos pulcros virginais brancores
Por onde o Amor parábolas descreve...


Luzes claras e augustas, luzes claras
Douram dos templos as sagradas aras,
Na comunhão das níveas hóstias frias...


Quando seios pubentes estremecem,
Silfos de sonhos de volúpia crescem,
Ondulantes, em formas alvadias...



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JUDIA


Ah! Judia! Judia impenitente!
De erma e de turva região sombria
De areia fulva, bárbara, inclemente,
Numa desolação, chegaste um dia...


Través o céu mais tórrido, mais quente,
Onde a luz mais flamívoma radia,
A voz dos teus, nostálgica, plangente,
Vibrou, chorou, clamou por ti, Judia!


Ave de melancólicos mistérios,
Ruflaste as asas por Azuis sidérios,
Ébria dos vícios célebres que salvam...


Para alguns corações que ainda te buscam
És como os sóis que rútilos coruscam
E a torva terra do deserto escalvam!


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VELHAS TRISTEZAS


Diluências de luz, velhas tristezas
Das almas que morreram para a lute!
Sois as sombras amadas de belezas
Hoje mais frias do que a pedra bruta.


Murmúrios incógnitos de gruta
Onde o Mar canta os salmos e as rudezas
De obscuras religiões -- voz impoluta
De sodas as titânicas grandezas.


Passai, lembrando as sensações antigas,
Paixões que foram já dóceis amigas,
Na luz de eternos sóis glorificadas.


Alegrias de há tempos! E hoje e agora,
Velhas tristezas que se vão embora
No poente da Saudade amortalhadas!...



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VISÃO DA MORTE


Olhos voltados para mim e abertos
Os braços brancos, os nervosos braços,
Vens d'espaços estranhos, dos espaços
Infinitos, intérminos, desertos...


Do teu perfil os tímidos, incertos
Traços indefinidos, vagos traços
Deixam, da luz nos ouros e nos aços,
Outra luz de que os céus ficam cobertos.


Deixam nos céus uma outra luz mortuária,
Uma outra luz de lívidos martírios,
De agonies, de mágoa funerária...


E causas febre e horror, frio, delírios,
Ó Noiva do Sepulcro, solitária,
Branca e sinistra no clarão dos círios!


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DEUSA SERENA


Espiritualizante Formosura
Gerada nas Estrelas impassíveis,
Deusa de formas bíblicas, flexíveis,
Dos eflúvios da graça e da ternura.


Açucena dos vales da Escritura,
Da alvura das magnólias marcessíveis,
Branca Via-Láctea das indefiníveis
Brancuras, fonte da imortal brancura.


Não veio, é certo, dos pauis da terra
Tanta beleza que o teu corpo encerra,
Tanta luz de luar e paz saudosa...


Vem das constelações, do Azul do Oriente,
Para triunfar maravilhosamente
Da beleza mortal e dolorosa!



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TULIPA REAL


Carne opulenta, majestosa, fina,
Do sol gerada nos febris carinhos,
Há músicas, há cânticos, há vinhos
Na tua estranha boca sulferina.


A forma delicada e alabastrina
Do teu corpo de límpidos arminhos
Tem a frescura virginal dos linhos
E da neve polar e cristalina.


Deslumbramento de luxúria e gozo,
Vem dessa carne o travo aciduloso
De um fruto aberto aos tropicais mormaços.


Teu coração lembra a orgia dos triclínios...
E os reis dormem bizarros e sangüíneos
Na seda branca e pulcra dos teus braços.


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APARIÇÃO


Por uma estrada de astros e perfumes
A Santa Virgem veio ter comigo:
Doiravam-lhe o cabelo claros lumes
Do sacrossanto resplendor amigo.


Dos olhos divinais no doce abrigo
Não tinha laivos de Paixões e ciúmes:
Domadora do Mal e do perigo
Da montanha da Fe galgara os cumes.


Vestida na alva excelsa dos Profetas
Falou na ideal resignação de Ascetas,
Que a febre dos desejos aquebranta.


No entanto os olhos dela vacilavam,
Pelo mistério, pela dor flutuavam,
Vagos e tristes, apesar de Santa!



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VESPERAL


Tardes de ouro para harpas dedilhadas
Por sacras solenidades
De catedrais em pompa, iluminadas
Com rituais majestades.


Tardes para quebrantos e surdinas
E salmos virgens e cantos
De vozes celestiais, de vozes finas
De surdinas e quebrantos...


Quando através de altas vidraçarias
De estilos góticos, graves,
O sol, no poente, abre tapeçarias,
Resplandecendo nas naves...


Tardes augustas, bíblicas, serenas,
Com silencio de ascetérios
E aromas leves, castos, de açucenas
Nos claros ares sidéreos...


Tardes de campos repousados, quietos,
Nos longes emocionantes...
De rebanhos saudosos, de secretos
Desejos vagos, errantes...


Ó Tardes de Beethoven, de sonatas,
De um sentimento aéreo e velho...
Tardes da antiga limpidez das pratas,
De Epístolas do Evangelho!...



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DANÇA DO VENTRE


Torva, febril, torcicolosamente,
Numa espiral de elétricos volteios,
Na cabeça, nos olhos e nos seios
Fluíam-lhe os venenos da serpente.


Ah! que agonia tenebrosa e ardente!
Que convulsões, que lúbricos anseios,
Quanta volúpia e quantos bamboleios,
Que brusco e horrível sensualismo quente.


O ventre, em pinchos, empinava todo
Como reptil abjecto sobre o lodo,
Espolinhando e retorcido em fúria.


Era a dança macabra e multiforme
De um verme estranho, colossal, enorme,
Do demônio sangrento da luxúria!



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FOEDERIS ARCA


Visão que a luz dos Astros louros trazes,
Papoula real tecida de neblinas
Leves, etéreas, vaporosas, finas,
Com aromas de lírios e lilazes.


Brancura virgem do cristal das frases,
Neve serene das regiões alpinas,
Willis juncal de mãos alabastrinas,
De fugitivas correções vivazes.


Floresces no meu Verso como o trigo,
O trigo de ouro dentre o sol floresce
E és a suprema Religião que eu sigo...


O Missal dos Missais, que resplandece,
A igreja soberana que eu bendigo
E onde murmuro a solitária prece!...



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TUBERCULOSA


Alta, a frescura da magnólia fresca,
Da cor nupcial da flor da laranjeira,
Doces tons d'ouro de mulher tudesca
Na veludosa e flava cabeleira.


Raro perfil de mármores exatos,
Os olhos de astros vivos que flamejam,
Davam-lhe o aspecto excêntrico dos cactus
E esse alado das pombas, quando adejam...


Radiava nela a incomparável messe
Da saúde brotando vigorosa,
Como o sol que entre névoas resplandece,
Por entre a fina pele cor-de-rosa.


Era assim luminosa. e delicada
Tão nobre sempre de beleza e graça
Que recordava pompas de alvorada,
Sonoridades de cristais de taça.


Mas, pouco a pouco, a ideal delicadeza.
Daquele corpo virginal e fino,
Sacrário da mais límpida beleza,
Perdeu a graça e o brilho diamantino.


Tísica e branca, esbelta, frígida e alta
E fraca e magra e transparente e esguia,
Tem agora a feição de ave pernalta,
De um pássaro alvo de aparência fria.


Mãos liriais e diáfanas, de neve,
Rosto onde um sonho aéreo e polar flutua,
Ela apresenta a fluidez, a leve
Ondulação da vaporosa lua.


Entre as vidraças, como numa estufa-
No inverno glacial de vento e chuva
Que sobre as telhas tamborila e rufa,
Vejo-a, talhada em nitidez de luva...


E faz lembrar uma esquisita planta
De profundos pomares fabulosos
Ou a angélica imagem de uma Santa
Dentre a auréola de nimbos religiosos.


A enfermidade vai-lhe, palmo a palmo,
Ganhando o corpo, como num terreno...
E com prelúdios místicos de salmo
Cai-lhe a vida em crepúsculo sereno.


Jamais há de ela ter a cor saudável
Para que a carne do seu corpo goze,
Que o que tinha esse corpo de inefável
Cristalizou-se na tuberculose.


Foge ao mundo fatal, arbusto débil,
Monja magoada dos estranhos ritos,
Ó trêmula harpa soluçante, flébil,
Ó soluçante, flébil eucaliptus...



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FLOR DO MAR


És da origem do mar, vens do secreto,
Do estranho mar espumaroso e frio
Que põe rede de sonhos ao navio,
E o deixa balouçar, na vaga, inquieto.


Possuis do mar o deslumbrante afeto,
As dormências nervosas e o sombrio
E torvo aspecto aterrador, bravio
Das ondas no atro e proceloso aspecto.


Num fundo ideal de púrpuras e rosas
Surges das águas mucilaginosas
Como a lua entre a névoa dos espaços...


Trazes na carne o eflorescer das vinhas,
Auroras, virgens musicas marinhas,
Acres aromas de algas e sargaços...



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DILACERAÇÕES


Ó carnes que eu amei sangrentamente,
Ó volúpias letais e dolorosas,
Essências de heliotropos e de rosas
De essência morna, tropical, dolente...


Carnes virgens e tépidas do Oriente
Do Sonho e das Estrelas fabulosas,
Carnes acerbas e maravilhosas,
Tentadoras do sol intensamente...


Passai, dilaceradas pelos zeros,
Através dos profundos pesadelos
Que me apunhalam de mortais horrores...


Passai, passai, desfeitas em tormentos,
Em lágrimas, em prantos, em lamentos,
Em ais, em luto, em convulsões, em cores...



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REGENERADA


De mãos postas, à luz de frouxos círios
Rezas para as Estrelas do Infinito,
Para os Azuis dos siderais Empíreos
Das Orações o doloroso rito.


Todos os mais recônditos martírios,
As angústias mortais, teu lábio aflito
Soluça, em preces de luar e lírios,
Num trêmulo de frases inaudito.


Olhos, braços e lábios, mãos e seios,
Presos, d'estranhos, místicos enleios,
Já nas Mágoas estão divinizados.

Mas no teu vulto ideal e penitente
Parece haver todo o calor veemente
Da febre antiga de gentis Pecados.



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SENTIMENTOS CARNAIS


Sentimentos carnais, esses que agitam
Todo o teu ser e o tornam convulsivo...
Sentimentos indômitos que gritam
Na febre intensa de um desejo altivo.


Ânsias mortais, angústias que palpitam,
Vãs dilacerações de um sonho esquivo,
Perdido, errante, pelos céus, que fitam
Do alto, nas almas, o tormento vivo.


Vãs dilacerações de um Sonho estranho,
Errante, como ovelhas de um rebanho,
Na noite de hóstias de astros constelada...


Errante, errante, ao turbilhão dos ventos,
Sentimentos carnais, vãos sentimentos
De chama pelos tempos apagada...



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CRISTAIS


Mais claro e fino do que as finas pratas
O som da tua voz deliciava...
Na dolência velada das sonatas
Como um perfume a tudo perfumava.


Era um som feito luz, eram volatas
Em lânguida espiral que iluminava,
Brancas sonoridades de cascatas...
Tanta harmonia melancolizava.


Filtros sutis de melodias, de ondas
De cantos volutuosos como rondas
De silfos leves, sensuais, lascivos...

Como que anseios invisíveis, mudos,
Da brancura das sedas e veludos,
Das virgindades, dos pudores vivos.



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SINFONIAS DO OCASO


Musselinosas como brumas diurnas
Descem do acaso as sombras harmoniosas,
Sombras veladas e musselinosas
Para as profundas solidões noturnas.


Sacrários virgens, sacrossantas urnas,
Os céus resplendem de sidéreas rosas,
Da lua e das Estrelas majestosas
Iluminando a escuridão das furnas.


Ah! por estes sinfônicos ocasos
A terra exala aromas de áureos vasos,
Incensos de turíbulos divinos.


Os plenilúnios mórbidos vaporam...
E como que no Azul plangem e choram
Cítaras, harpas, bandolins, violinos...



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REBELADO


Ri tua face um riso acerbo e doente,
Que fere, ao mesmo tempo que contrista...
Riso de ateu e riso de budista
Gelado no Nirvana impenitente.


Flor de sangue, talvez, e flor dolente
De uma paixão espiritual de artista,
Flor de Pecado sentimentalista
Sangrando em riso desdenhosamente.


Da alma sombria de tranqüilo asceta
Bebeste, entanto, a morbidez secreta
Que a febre das insânias adormece.

Mas no teu lábio convulsivo e mudo
Mesmo até riem, com desdéns de tudo,
As sílabas simbólicas da Prece!



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MUSICA MISTERIOSA...


Tenda de Estrelas níveas, refulgentes,
Que abris a doce luz de alampadários,
As harmonias dos Estradivarius
Erram da Lua nos clarões dormentes...


Pelos raios fluídicos, diluentes
Dos Astros, pelos trêmulos velários,
Cantam Sonhos de místicos templários,
De ermitões e de ascetas reverentes...


Cânticos vagos, infinitos, aéreos
Fluir parecem dos Azuis etéreos,
Dentre os nevoeiros do luar fluindo...


E vai, de Estrela a Estrela, a luz da Lua,
Na láctea claridade que flutua,
A surdina das lágrimas subindo...



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SERPENTE DE CABELOS


A tua trança negra e desmanchada
Por sobre o corpo nu, torso inteiriço,
Claro, radiante de esplendor e viço,
Ah! lembra a noite de astros apagada.


Luxúria deslumbrante e aveludada
Através desse mármore maciço
Da carne, o meu olhar nela espreguiço
Felinamente, nessa trance ondeada.


E fico absorto, num torpor de coma,
Na sensação narcótica do aroma,
Dentre a vertigem túrbida dos zeros.

És a origem do Mal, és a nervosa
Serpente tentadora e tenebrosa,
Tenebrosa serpente de cabelos!...



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POST MORTEM


Quando do amor das Formas inefáveis
No teu sangue apagar-se a imensa chama,
Quando os brilhos estranhos e variáveis
Esmorecerem nos troféus da Fama.


Quando as níveas Estrelas invioláveis,
Doce velário que um luar derrama,
Nas clareiras azuis ilimitáveis
Clamarem tudo o que o teu Verso clama.


Já terás para os báratros descido,
Nos cilícios da Morte revestido,
Pés e faces e mãos e olhos gelados...


Mas os teus Sonhos e Visões e Poemas
Pelo alto ficarão de eras supremas
Nos relevos do Sol eternizados!



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ALDA


Alva, do alvor das límpidas geleiras,
Desta ressumbra candidez de aromas...
Parece andar em nichos e redomas
De Virgens medievais que foram freiras.


Alta, feita no talhe das palmeiras,
A coma de ouro, com o cetim das comas,
Branco esplendor de faces e de pomas
Lembra ter asas e asas condoreiras.


Pássaros, astros, cânticos, incensos
Formam-lhe aureoles, sóis, nimbos imensos
Em torno a carne virginal e rara.

Alda fez meditar nas monjas alvas,
Salvas do Vicio e do Pecado salvas,
Amortalhadas na pureza clara.



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ACROBATA DA DOR


Gargalha, ri, num riso de tormenta,
Como um palhaço, que desengonçado,
Nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
De uma ironia e de uma dor violenta.


Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
Agita os guizos, e convulsionado
Salta, gavroche, salta clown, varado
Pelo estertor dessa agonia lenta...


Pedem-te bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
Nessas macabras piruetas d'aço...


E embora caias sobre o chão, fremente,
Afogado em teu sangue estuoso e quente
Ri! Coração, tristíssimo palhaço.



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ANGELUS...


Ah! lilazes de Ângelus harmoniosos,
Neblinas vesperais, crepusculares,
Guslas gementes, bandolins saudosos,
Plangências magoadíssimas dos ares...


Serenidades etereais d'incensos,
De salmos evangélicos, sagrados,
Saltérios, harpas dos Azuis imensos,
Névoas de céus espiritualizados.


Ângelus fluidos, de luar dormente,
Diafaneidades e melancolias...
Silêncio vago, bíblico, pungente
De todas as profundas liturgias.


É nas horas dos Ângelus, nas horas
Do claro-escuro emocional aéreo,
Que surges, Flor do Sol, entre as sonoras
Ondulações e brumas do Mistério.


Surges, talvez, do fundo de umas eras
De doloroso e turvo labirinto,
Quando se esgota o vinho das Quimeras
E os venenos românticos do absinto.


Apareces por sonhos neblinantes
Com requintes de graça e nervosismos,
Fulgores flavos de festins flamantes,
Como a Estrela Polar dos Simbolismos.


Num enlevo supremo eu sinto, absorto,
Os teus maravilhosos e esquisitos
Tons siderais de um astro rubro e morto,
Apagado nos brilhos infinitos.


O teu perfil todo o meu ser esmalta
Numa auréola imortal de formosuras
E parece que rútilo ressalta
De góticos missais de iluminuras.


Ressalta com a dolência das Imagens,
Sem a forma vital, a forma viva,
Com os segredos da Lua nas paisagens
E a mesma palidez meditativa.


Nos êxtases dos místicos os braços
Abro, tentado de carnal beleza...
E cuido ver, na bruma dos espaços,
De mãos postas, a orar, Santa Teresa!...



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LEMBRANÇAS APAGADAS


Outros, mais do que o meu, finos olfatos,
Sintam aquele aroma estranho e belo
Que tu, ó Lírio lânguido, singelo,
Guardaste nos teus íntimos recatos.


Que outros se lembrem dos sutis e exatos
Traços, que hoje não lembro e não revelo
E se recordem, com profundo anelo,
Da tua voz de siderais contatos...


Mas eu, para lembrar mortos encantos,
Rosas murchas de graças e quebrantos,
Linhas, perfil e tanta dor saudosa,


Tanto martírio, tanta mágoa e pena,
Precisaria de uma luz serene,
De uma luz imortal maravilhosa!...



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SUPREMO DESEJO


Eternas, imortais origens vivas
Da Luz, do Aroma, segredantes vozes
Do mar e luares de contemplativas,
Vagas visões volúpicas, velozes...


Aladas alegrias sugestivas
De asa radiante e branca de albornozes,
Tribos gloriosas, fulgidas, altivas,
De condores e de águias e albatrozes...


Espiritualizai nos Astros louros,
Do sol entre os clarões imorredouros
Toda esta dor que na minh'alma clama...


Quero vê-la subir, ficar cantando
Na chama das Estrelas, dardejando
Nas luminosas sensações da chama.



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SONATA


I
Do imenso Mar maravilhoso, amargos,
Marulhosos murmurem compungentes
Cânticos virgens de emoçÓes latentes,
Do sol nos mornos, mórbidos letargos...


II
Canções, leves canções de gondoleiros,
Canções do Amor, nostálgicas baladas,
Cantai com o Mar, com as ondas esverdeadas,
De lânguidos e trêmulos nevoeiros!


III
Tritões marinhos, belos deuses rudes,
Divindades dos tártaros abismos,
Vibrai, com os verdes e acres eletrismos
Das vagas, flautas e harpas e alaúdes!


IV
O Mar supremo, de flagrância crua,
De pomposas e de ásperas realezas,
Cantai, cantai os tédios e as tristezas
Que erram nas frias solidões da Lua...



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MAJESTADE CAÍDA


Esse cornóide deus funambulesco
Em torno ao qual as Potestades rugem,
Lembra os trovões, que tétricos estrugem,
No riso alvar de truão carnavalesco.


De ironias o momo picaresco
Abre-lhe a boca e uns dentes de ferrugem,
Verdes gengivas de ácida salsugem
Mostra e parece um Sátiro dantesco.


Mas ninguém nota as cóleras horríveis,
Os chascos, os sarcasmos impassíveis
Dessa estranha e tremenda Majestade.


Do torvo deus hediondo, atroz, nefando,
Senil, que embora, rindo, está chorando
Os Noivados em flor da Mocidade!



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INCENSOS


Dentre o chorar dos trêmulos violinos,
Por entre os sons dos órgãos soluçantes
Sobem nas catedrais os neblinantes
Incensos vagos, que recordam hinos...


Rolos d'incensos alvadios, finos
E transparentes, fulgidos, radiantes,
Que elevam-se aos espaços, ondulantes,
Em Quimeras e Sonhos diamantinos.


Relembrando turíbulos de prata
Incensos aromáticos desata
Teu corpo ebúrneo, de sedosos flancos.


Claros incensos imortais que exalam,
Que lânguidas e límpidas trescalam
As luas virgens dos teus seios brancos.



índice




LUZ DOLOROSA...


Fulgem da Luz os Viáticos serenos,
Brancas Extrema-Unções dos hostiários:
As Estrelas dos límpidos Sacrários
A nívea Lua sobre a paz dos fenos.


Há prelúdios e cânticos e trenos
Tristes, nos ares ermos, solitários...
E nos brilhos da Luz, vagos e vários,
Há dor, há luto, há convulsões, venenos...


Estranhas sensações maravilhosas
Percorrem pelos cálices das rosas,
Sensações sepulcrais de larvas frias...


Como que ocultas áspides flexíveis
Mordem da Luz os germens invisíveis
Com o tóxico das cóleras sombrias...



índice




TORTURA ETERNA

Impotência cruel, ó vã tortura!
Ó Força inútil, ansiedade humana!
Ó círculos dantescos da loucura!
Ó luta, Ó luta secular, insana!


Que tu não possas, Alma soberana,
Perpetuamente refulgir na Altura,
Na Aleluia da Luz, na clara Hosana
Do Sol, cantar, imortalmente pura.


Que tu não posses, Sentimento ardente,
Viver, vibrar nos brilhos do ar fremente,
Por entre as chamas, os clarões supernos.


Ó Sons intraduzíveis, Formas, Cores!...
Ah! que eu não possa eternizar as cores
Nos bronzes e nos mármores eternos!




Broquéis - Cruz e Sousa - Capa 3



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quinta-feira, 9 de março de 2017

O estranho complô que deu início à Segunda Guerra Mundial


O estranho complô que deu início à Segunda Guerra Mundial



Nazistas cometeram atentados na própria Alemanha para forjar um ataque polonês!


Em 1939, enquanto afirmava publicamente estar empenhado no processo diplomático de paz com a Polônia, Adolf Hitler tramava em segredo uma estratégia para iniciar a guerra e poder conquistar todo o território europeu, dando prosseguimento aos seus planos de domínio mundial.



Dia D - A maior operação militar aeronaval da História


Um grupo de espiões alemães, com apoio da SS, cometeu atentados na Alemanha, fazendo-se passar por poloneses, para justificar as ações militares do Führer. Realizaram-se falsos ataques às patrulhas nazistas, um atentado na fronteira com a Polônia e, para finalizar o plano macabro, foi planejada a Operação Himmler.


Da esquerda para a direita: Franz Josef Huber, Arthur Nebe e os três homens responsáveis
pelo planejamento da maior parte da Operação Himmler: Heinrich Himmler,
Reinhard Heydrich e Heinrich Müller. (Fotografia de 1939)


Em 31 de agosto de 1939, sete integrantes da SS, disfarçados de soldados poloneses, invadiram uma rádio da cidade alemã de Gleiwitz. Lá, eles fizeram um discurso violento, incitando a rebelião contra as forças nazistas. Para dar mais veracidade ao falso ataque, encheram o local de cadáveres vestidos de uniformes alemães, advindos dos campos de extermínio que já funcionavam na Alemanha.

O incidente chocou o povo alemão, que era bombardeado continuamente pela propaganda nazista. Essa foi uma das desculpas para dar início à Segunda Guerra Mundial.

Fonte: Infobae
(http://www.infobae.com/america/mundo/2017/01/24/disfraces-una-abuela-muerta-y-una-radio-gleiwitz-el-engano-nazi-que-dio-el-inicio-a-la-segunda-guerra-mundial/)


Soldados da Alemanha invadiram uma rádio da cidade alemã de Gleiwitz



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quinta-feira, 9 de março de 2017

O Alienista - Machado de Assis


O Alienista - Machado de Assis



Machado de Assis é autor de "O Alienista", sua primeira obra realista, considerada por alguns críticos um conto e para outros uma novela, a maioria o classifica como um conto mais longo, principalmente devido à narrativa. Obra que inaugura a fase realista do autor, apresenta características como a análise psicológica e a crítica social. O conto é narrado em 3º pessoa, o chamado narrador onisciente. Machado de Assis consegue mostrar o comportamento humano no que diz respeito a aparência, vaidade e egoísmo.


Publicado em 1882, quando aparece incorporado ao volume "Papéis Avulsos", havia sido publicado previamente em A Estação (Rio de Janeiro), de 15 de outubro de 1881 a 15 de março de 1882.

(SEGUE ABAIXO ESTA OBRA COMPLETA)



CAPÍTULO I - DE COMO ITAGUAÍ GANHOU UMA CASA DE ORATES


As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão Bacamarte, filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil, de Portugal e das Espanhas. Estudara em Coimbra e Pádua. Aos trinta e quatro anos regressou ao Brasil, não podendo el-rei alcançar dele que ficasse em Coimbra, regendo a universidade, ou em Lisboa, expedindo os negócios da monarquia.

-A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo.

Dito isso, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência, alternando as curas com as leituras, e demonstrando os teoremas com cataplasmas. Aos quarenta anos casou com D. Evarista da Costa e Mascarenhas, senhora de vinte e cinco anos, viúva de um juiz de fora, e não bonita nem simpática. Um dos tios dele, caçador de pacas perante o Eterno, e não menos franco, admirou-se de semelhante escolha e disse-lho. Simão Bacamarte explicou-lhe que D. Evarista reunia condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com facilidade, dormia regularmente, tinha bom pulso, e excelente vista; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes. Se além dessas prendas,-únicas dignas da preocupação de um sábio, D. Evarista era mal composta de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte.

D. Evarista mentiu às esperanças do Dr. Bacamarte, não lhe deu filhos robustos nem mofinos. A índole natural da ciência é a longanimidade; o nosso médico esperou três anos, depois quatro, depois cinco. Ao cabo desse tempo fez um estudo profundo da matéria, releu todos os escritores árabes e outros, que trouxera para Itaguaí, enviou consultas às universidades italianas e alemãs, e acabou por aconselhar à mulher um regímen alimentício especial. A ilustre dama, nutrida exclusivamente com a bela carne de porco de Itaguaí, não atendeu às admoestações do esposo; e à sua resistência,-explicável, mas inqualificável,- devemos a total extinção da dinastia dos Bacamartes.

Mas a ciência tem o inefável dom de curar todas as mágoas; o nosso médico mergulhou inteiramente no estudo e na prática da medicina. Foi então que um dos recantos desta lhe chamou especialmente a atenção,-o recanto psíquico, o exame de patologia cerebral. Não havia na colônia, e ainda no reino, uma só autoridade em semelhante matéria, mal explorada, ou quase inexplorada. Simão Bacamarte compreendeu que a ciência lusitana, e particularmente a brasileira, podia cobrir-se de "louros imarcescíveis", - expressão usada por ele mesmo, mas em um arroubo de intimidade doméstica; exteriormente era modesto, segundo convém aos sabedores.

-A saúde da alma, bradou ele, é a ocupação mais digna do médico.

-Do verdadeiro médico, emendou Crispim Soares, boticário da vila, e um dos seus amigos e comensais.

A vereança de Itaguaí, entre outros pecados de que é argüida pelos cronistas, tinha o de não fazer caso dos dementes. Assim é que cada louco furioso era trancado em uma alcova, na própria casa, e, não curado, mas descurado, até que a morte o vinha defraudar do benefício da vida; os mansos andavam à solta pela rua. Simão Bacamarte entendeu desde logo reformar tão ruim costume; pediu licença à Câmara para agasalhar e tratar no edifício que ia construir todos os loucos de Itaguaí, e das demais vilas e cidades, mediante um estipêndio, que a Câmara lhe daria quando a família do enfermo o não pudesse fazer. A proposta excitou a curiosidade de toda a vila, e encontrou grande resistência, tão certo é que dificilmente se desarraigam hábitos absurdos, ou ainda maus. A idéia de meter os loucos na mesma casa, vivendo em comum, pareceu em si mesma sintoma de demência e não faltou quem o insinuasse à própria mulher do médico.

-Olhe, D. Evarista, disse-lhe o Padre Lopes, vigário do lugar, veja se seu marido dá um passeio ao Rio de Janeiro. Isso de estudar sempre, sempre, não é bom, vira o juízo.

D. Evarista ficou aterrada. Foi ter com o marido, disse-lhe "que estava com desejos", um principalmente, o de vir ao Rio de Janeiro e comer tudo o que a ele lhe parecesse adequado a certo fim. Mas aquele grande homem, com a rara sagacidade que o distinguia, penetrou a intenção da esposa e redargüiu-lhe sorrindo que não tivesse medo. Dali foi à Câmara, onde os vereadores debatiam a proposta, e defendeu-a com tanta eloqüência, que a maioria resolveu autorizá-lo ao que pedira, votando ao mesmo tempo um imposto destinado a subsidiar o tratamento, alojamento e mantimento dos doidos pobres. A matéria do imposto não foi fácil achá-la; tudo estava tributado em Itaguaí. Depois de longos estudos, assentou-se em permitir o uso de dois penachos nos cavalos dos enterros. Quem quisesse emplumar os cavalos de um coche mortuário pagaria dois tostões à Câmara, repetindo-se tantas vezes esta quantia quantas fossem as horas decorridas entre a do falecimento e a da última bênção na sepultura. O escrivão perdeu-se nos cálculos aritméticos do rendimento possível da nova taxa; e um dos vereadores, que não acreditava na empresa do médico, pediu que se relevasse o escrivão de um trabalho inútil.

- Os cálculos não são precisos, disse ele, porque o Dr. Bacamarte não arranja nada. Quem é que viu agora meter todos os doidos dentro da mesma casa?

Enganava-se o digno magistrado; o médico arranjou tudo. Uma vez empossado da licença começou logo a construir a casa. Era na Rua Nova, a mais bela rua de Itaguaí naquele tempo; tinha cinqüenta janelas por lado, um pátio no centro, e numerosos cubículos para os hóspedes. Como fosse grande arabista, achou no Corão que Maomé declara veneráveis os doidos, pela consideração de que Alá lhes tira o juízo para que não pequem. A idéia pareceu-lhe bonita e profunda, e ele a fez gravar no frontispício da casa; mas, como tinha medo ao vigário, e por tabela ao bispo, atribuiu o pensamento a Benedito VIII, merecendo com essa fraude aliás pia, que o Padre Lopes lhe contasse, ao almoço, a vida daquele pontífice eminente.

A Casa Verde foi o nome dado ao asilo, por alusão à cor das janelas, que pela primeira vez apareciam verdes em Itaguaí. Inaugurou-se com imensa pompa; de todas as vilas e povoações próximas, e até remotas, e da própria cidade do Rio de Janeiro, correu gente para assistir às cerimônias, que duraram sete dias. Muitos dementes já estavam recolhidos; e os parentes tiveram ocasião de ver o carinho paternal e a caridade cristã com que eles iam ser tratados. D. Evarista, contentíssima com a glória do marido, vestiu-se luxuosamente, cobriu-se de jóias, flores e sedas. Ela foi uma verdadeira rainha naqueles dias memoráveis; ninguém deixou de ir visitá-la duas e três vezes, apesar dos costumes caseiros e recatados do século, e não só a cortejavam como a louvavam; porquanto,-e este fato é um documento altamente honroso para a sociedade do tempo, -porquanto viam nela a feliz esposa de um alto espírito, de um varão ilustre, e, se lhe tinham inveja, era a santa e nobre inveja dos admiradores.

Ao cabo de sete dias expiraram as festas públicas; Itaguaí, tinha finalmente uma casa de orates.

CAPÍTULO II - TORRENTES DE LOUCOS

Três dias depois, numa expansão íntima com o boticário Crispim Soares, desvendou o alienista o mistério do seu coração.

-A caridade, Sr. Soares, entra decerto no meu procedimento, mas entra como tempero, como o sal das coisas, que é assim que interpreto o dito de São Paulo aos Coríntios: "Se eu conhecer quanto se pode saber, e não tiver caridade, não sou nada". O principal nesta minha obra da Casa Verde é estudar profundamente a loucura, os seus diversos graus, classificar-lhe os casos, descobrir enfim a causa do fenômeno e o remédio universal. Este é o mistério do meu coração. Creio que com isto presto um bom serviço à humanidade.

-Um excelente serviço, corrigiu o boticário.

-Sem este asilo, continuou o alienista, pouco poderia fazer; ele dá-me, porém, muito maior campo aos meus estudos.

-Muito maior, acrescentou o outro.

E tinha razão. De todas as vilas e arraiais vizinhos afluíam loucos à Casa Verde. Eram furiosos, eram mansos, eram monomaníacos, era toda a família dos deserdados do espírito. Ao cabo de quatro meses, a Casa Verde era uma povoação. Não bastaram os primeiros cubículos; mandou-se anexar uma galeria de mais trinta e sete. O Padre Lopes confessou que não imaginara a existência de tantos doidos no mundo, e menos ainda o inexplicável de alguns casos. Um, por exemplo, um rapaz bronco e vilão, que todos os dias, depois do almoço, fazia regularmente um discurso acadêmico, ornado de tropos, de antíteses, de apóstrofes, com seus recamos de grego e latim, e suas borlas de Cícero, Apuleio e Tertuliano. O vigário não queria acabar de crer. Quê! um rapaz que ele vira, três meses antes, jogando peteca na rua!

-Não digo que não, respondia-lhe o alienista; mas a verdade é o que Vossa Reverendíssima está vendo. Isto é todos os dias.

- Quanto a mim, tornou o vigário, só se pode explicar pela confusão das línguas na torre de Babel, segundo nos conta a Escritura; provavelmente, confundidas antigamente as línguas, é fácil trocá-las agora, desde que a razão não trabalhe...

-Essa pode ser, com efeito, a explicação divina do fenômeno, concordou o alienista, depois de refletir um instante, mas não é impossível que haja também alguma razão humana, e puramente científica, e disso trato...

-Vá que seja, e fico ansioso. Realmente!

Os loucos por amor eram três ou quatro, mas só dois espantavam pelo curioso do delírio. O primeiro, um Falcão, rapaz de vinte e cinco anos, supunha-se estrela-d'alva, abria os braços e alargava as pernas, para dar-lhes certa feição de raios, e ficava assim horas esquecidas a perguntar se o sol já tinha saído para ele recolher-se. O outro andava sempre, sempre, sempre, à roda das salas ou do pátio, ao longo dos corredores, à procura do fim do mundo. Era um desgraçado, a quem a mulher deixou por seguir um peralvilho. Mal descobrira a fuga, armou-se de uma garrucha, e saiu-lhes no encalço; achou-os duas horas depois, ao pé de uma lagoa, matou-os a ambos com os maiores requintes de crueldade.

O ciúme satisfez-se, mas o vingado estava louco. E então começou aquela ânsia de ir ao fim do mundo à cata dos fugitivos.

A mania das grandezas tinha exemplares notáveis. O mais notável era um pobre-diabo, filho de um algibebe, que narrava às paredes ( porque não olhava nunca para nenhuma pessoa ) toda a sua genealogia, que era esta:

-Deus engendrou um ovo, o ovo engendrou a espada, a espada engendrou Davi, Davi engendrou a púrpura, a púrpura engendrou o duque, o duque engendrou o marquês, o marquês engendrou o conde, que sou eu.

Dava uma pancada na testa, um estalo com os dedos, e repetia cinco, seis vezes seguidas:

-Deus engendrou um ovo, o ovo, etc.

Outro da mesma espécie era um escrivão, que se vendia por mordomo do rei; outro era um boiadeiro de Minas, cuja mania era distribuir boiadas a toda a gente, dava trezentas cabeças a um, seiscentas a outro, mil e duzentas a outro, e não acabava mais. Não falo dos casos de monomania religiosa; apenas citarei um sujeito que, chamando-se João de Deus, dizia agora ser o deus João, e prometia o reino dos céus a quem o adorasse, e as penas do inferno aos outros; e depois desse, o licenciado Garcia, que não dizia nada, porque imaginava que no dia em que chegasse a proferir uma só palavra, todas as estrelas se despegariam do céu e abrasariam a terra; tal era o poder que recebera de Deus.

Assim o escrevia ele no papel que o alienista lhe mandava dar, menos por caridade do que por interesse científico.

Que, na verdade, a paciência do alienista era ainda mais extraordinária do que todas as manias hospedadas na Casa Verde; nada menos que assombrosa. Simão Bacamarte começou por organizar um pessoal de administração; e, aceitando essa idéia ao boticário Crispim Soares, aceitou-lhe também dois sobrinhos, a quem incumbiu da execução de um regimento que lhes deu, aprovado pela Câmara, da distribuição da comida e da roupa, e assim também da escrita, etc. Era o melhor que podia fazer, para somente cuidar do seu ofício.-A Casa Verde, disse ele ao vigário, é agora uma espécie de mundo, em que há o governo temporal e o governo espiritual. E o Padre Lopes ria deste pio trocado,-e acrescentava,-com o único fim de dizer também uma chalaça: -Deixe estar, deixe estar, que hei de mandá-lo denunciar ao papa.

Uma vez desonerado da administração, o alienista procedeu a uma vasta classificação dos seus enfermos. Dividiu-os primeiramente em duas classes principais: os furiosos e os mansos; daí passou às subclasses, monomanias, delírios, alucinações diversas.

Isto feito, começou um estudo aturado e contínuo; analisava os hábitos de cada louco, as horas de acesso, as aversões, as simpatias, as palavras, os gestos, as tendências; inquiria da vida dos enfermos, profissão, costumes, circunstâncias da revelação mórbida, acidentes da infância e da mocidade, doenças de outra espécie, antecedentes na família, uma devassa, enfim, como a não faria o mais atilado corregedor. E cada dia notava uma observação nova, uma descoberta interessante, um fenômeno extraordinário. Ao mesmo tempo estudava o melhor regímen, as substâncias medicamentosas, os meios curativos e os meios paliativos, não só os que vinham nos seus amados árabes, como os que ele mesmo descobria, à força de sagacidade e paciência. Ora, todo esse trabalho levava-lhe o melhor e o mais do tempo. Mal dormia e mal comia; e, ainda comendo, era como se trabalhasse, porque ora interrogava um texto antigo, ora ruminava uma questão, e ia muitas vezes de um cabo a outro do jantar sem dizer uma só palavra a D. Evarista.

CAPÍTULO III - DEUS SABE O QUE FAZ

Ilustre dama, no fim de dois meses, achou-se a mais desgraçada das mulheres: caiu em profunda melancolia, ficou amarela, magra, comia pouco e suspirava a cada canto. Não ousava fazer-lhe nenhuma queixa ou reproche, porque respeitava nele o seu marido e senhor, mas padecia calada, e definhava a olhos vistos. Um dia, ao jantar, como lhe perguntasse o marido o que é que tinha, respondeu tristemente que nada; depois atreveu-se um pouco, e foi ao ponto de dizer que se considerava tão viúva como dantes. E acrescentou:

-Quem diria nunca que meia dúzia de lunáticos...

Não acabou a frase; ou antes, acabou-a levantando os olhos ao teto,-os olhos, que eram a sua feição mais insinuante,- negros, grandes, lavados de uma luz úmida, como os da aurora. Quanto ao gesto, era o mesmo que empregara no dia em que Simão Bacamarte a pediu em casamento. Não dizem as crônicas se D. Evarista brandiu aquela arma com o perverso intuito de degolar de uma vez a ciência, ou, pelo menos, decepar-lhe as mãos; mas a conjetura é verossímil. Em todo caso, o alienista não lhe atribuiu intenção. E não se irritou o grande homem, não ficou sequer consternado. O metal de seus olhos não deixou de ser o mesmo metal, duro, liso, eterno, nem a menor prega veio quebrar a superfície da fronte quieta como a água de Botafogo. Talvez um sorriso lhe descerrou os lábios, por entre os quais filtrou esta palavra macia como o óleo do Cântico:

-Consinto que vás dar um passeio ao Rio de Janeiro.

D. Evarista sentiu faltar-lhe o chão debaixo dos pés. Nunca dos nuncas vira o Rio de Janeiro, que posto não fosse sequer uma pálida sombra do que hoje é, todavia era alguma coisa mais do que Itaguaí, Ver o Rio de Janeiro, para ela, equivalia ao sonho do hebreu cativo. Agora, principalmente, que o marido assentara de vez naquela povoação interior, agora é que ela perdera as últimas esperanças de respirar os ares da nossa boa cidade; e justamente agora é que ele a convidava a realizar os seus desejos de menina e moça. D. Evarista não pôde dissimular o gosto de semelhante proposta. Simão Bacamarte pagou-lhe na mão e sorriu,-um sorriso tanto ou quanto filosófico, além de conjugal, em que parecia traduzir-se este pensamento: - "Não há remédio certo para as dores da alma; esta senhora definha, porque lhe parece que a não amo; dou-lhe o Rio de Janeiro, e consola-se". E porque era homem estudioso tomou nota da observação.

Mas um dardo atravessou o coração de D. Evarista. Conteve-se, entretanto; limitou-se a dizer ao marido que, se ele não ia, ela não iria também, porque não havia de meter-se sozinha pelas estradas.

-Irá com sua tia, redargüiu o alienista.

Note-se que D. Evarista tinha pensado nisso mesmo; mas não quisera pedi-lo nem insinuá-lo, em primeiro lugar porque seria impor grandes despesas ao marido, em segundo lugar porque era melhor, mais metódico e racional que a proposta viesse dele.

-Oh! mas o dinheiro que será preciso gastar! suspirou D. Evarista sem convicção.

-Que importa? Temos ganho muito, disse o marido. Ainda ontem o escriturário prestou-me contas. Queres ver?

E levou-a aos livros. D. Evarista ficou deslumbrada. Era uma via-láctea de algarismos. E depois levou-a às arcas, onde estava o dinheiro.

Deus! eram montes de ouro, eram mil cruzados sobre mil cruzados, dobrões sobre dobrões; era a opulência.

Enquanto ela comia o ouro com os seus olhos negros, o alienista fitava-a, e dizia-lhe ao ouvido com a mais pérfida das alusões:

-Quem diria que meia dúzia de lunáticos...

D. Evarista compreendeu, sorriu e respondeu com muita resignação:

-Deus sabe o que faz!

Três meses depois efetuava-se a jornada. D. Evarista, a tia, a mulher do boticário, um sobrinho deste, um padre que o alienista conhecera em Lisboa, e que de aventura achava-se em Itaguaí cinco ou seis pajens, quatro mucamas, tal foi a comitiva que a população viu dali sair em certa manhã do mês de maio. As despedidas foram tristes para todos, menos para o alienista. Conquanto as lágrimas de D. Evarista fossem abundantes e sinceras, não chegaram a abalá-lo. Homem de ciência, e só de ciência, nada o consternava fora da ciência; e se alguma coisa o preocupava naquela ocasião, se ele deixava correr pela multidão um olhar inquieto e policial, não era outra coisa mais do que a idéia de que algum demente podia achar-se ali misturado com a gente de juízo.

-Adeus! soluçaram enfim as damas e o boticário.

E partiu a comitiva. Crispim Soares, ao tornar a casa, trazia os olhos entre as duas orelhas da besta ruana em que vinha montado; Simão Bacamarte alongava os seus pelo horizonte adiante, deixando ao cavalo a responsabilidade do regresso. Imagem vivaz do gênio e do vulgo! Um fita o presente, com todas as suas lágrimas e saudades, outro devassa o futuro com todas as suas auroras.



CAPÍTULO IV - UMA TEORIA NOVA

Ao passo que D. Evarista, em lágrimas, vinha buscando o 1 [Rio de Janeiro, Simão Bacamarte estudava por todos os lados uma certa idéia arrojada e nova, própria a alargar as bases da psicologia. Todo o tempo que lhe sobrava dos cuidados da Casa Verde, era pouco para andar na rua, ou de casa em casa, conversando as gentes, sobre trinta mil assuntos, e virgulando as falas de um olhar que metia medo aos mais heróicos.

Um dia de manhã,-eram passadas três semanas,-estando Crispim Soares ocupado em temperar um medicamento, vieram dizer-lhe que o alienista o mandava chamar.

-Trata-se de negócio importante, segundo ele me disse, acrescentou o portador.

Crispim empalideceu. Que negócio importante podia ser, se não alguma notícia da comitiva, e especialmente da mulher? Porque este tópico deve ficar claramente definido, visto insistirem nele os cronistas; Crispim amava a mulher, e, desde trinta anos, nunca estiveram separados um só dia. Assim se explicam os monólogos que ele fazia agora, e que os fâmulos lhe ouviam muita vez:-"Anda, bem feito, quem te mandou consentir na viagem de Cesária? Bajulador, torpe bajulador! Só para adular ao Dr. Bacamarte. Pois agora agüenta-te; anda, agüenta-te, alma de lacaio, fracalhão, vil, miserável. Dizes amem a tudo, não é? aí tens o lucro, biltre!"-E muitos outros nomes feios, que um homem não deve dizer aos outros, quanto mais a si mesmo. Daqui a imaginar o efeito do recado é um nada. Tão depressa ele o recebeu como abriu mão das drogas e voou à Casa Verde.

Simão Bacamarte recebeu-o com a alegria própria de um sábio, uma alegria abotoada de circunspeção até o pescoço.

-Estou muito contente, disse ele.

-Notícias do nosso povo? perguntou o boticário com a voz trêmula.

O alienista fez um gesto magnífico, e respondeu:

-Trata-se de coisa mais alta, trata-se de uma experiência científica. Digo experiência, porque não me atrevo a assegurar desde já a minha idéia; nem a ciência é outra coisa, Sr. Soares, senão uma investigação constante. Trata-se, pois, de uma experiência, mas uma experiência que vai mudar a face da Terra. A loucura, objeto dos meus estudos, era até agora uma ilha perdida no oceano da razão; começo a suspeitar que é um continente.

Disse isto, e calou-se, para ruminar o pasmo do boticário. Depois explicou compridamente a sua idéia. No conceito dele a insânia abrangia uma vasta superfície de cérebros; e desenvolveu isto com grande cópia de raciocínios, de textos, de exemplos. Os exemplos achou-os na história e em Itaguaí mas, como um raro espírito que era, reconheceu o perigo de citar todos os casos de Itaguaí e refugiou-se na história. Assim, apontou com especialidade alguns personagens célebres, Sócrates, que tinha um demônio familiar, Pascal, que via um abismo à esquerda, Maomé, Caracala, Domiciano, Calígula, etc., uma enfiada de casos e pessoas, em que de mistura vinham entidades odiosas, e entidades ridículas. E porque o boticário se admirasse de uma tal promiscuidade, o alienista disse-lhe que era tudo a mesma coisa, e até acrescentou sentenciosamente:

-A ferocidade, Sr. Soares, é o grotesco a sério.

-Gracioso, muito gracioso! exclamou Crispim Soares levantando as mãos ao céu.

Quanto à idéia de ampliar 0 território da loucura, achou-a 0 boticário extravagante; mas a modéstia, principal adorno de seu espírito, não lhe sofreu confessar outra coisa além de um nobre entusiasmo; declarou-a sublime e verdadeira, e acrescentou que era "caso de matraca". Esta expressão não tem equivalente no estilo moderno. Naquele tempo, Itaguaí que como as demais vilas, arraiais e povoações da colônia, não dispunha de imprensa, tinha dois modos de divulgar uma notícia; ou por meio de cartazes manuscritos e pregados na porta da Câmara, e da matriz;-ou por meio de matraca.

Eis em que consistia este segundo uso. Contratava-se um homem, por um ou mais dias, para andar as ruas do povoado, com uma matraca na mão.

De quando em quando tocava a matraca, reunia-se gente, e ele anunciava o que lhe incumbiam,-um remédio para sezões, umas terras lavradias, um soneto, um donativo eclesiástico, a melhor tesoura da vila, o mais belo discurso do ano, etc. O sistema tinha inconvenientes para a paz pública; mas era conservado pela grande energia de divulgação que possuía. Por exemplo, um dos vereadores,-aquele justamente que mais se opusera à criação da Casa Verde,-desfrutava a reputação de perfeito educador de cobras e macacos, e aliás nunca domesticara um só desses bichos; mas, tinha o cuidado de fazer trabalhar a matraca todos os meses. E dizem as crônicas que algumas pessoas afirmavam ter visto cascavéis dançando no peito do vereador; afirmação perfeitamente falsa, mas só devida à absoluta confiança no sistema. Verdade, verdade, nem todas as instituições do antigo regímen mereciam o desprezo do nosso século.

-Há melhor do que anunciar a minha idéia, é praticá-la, respondeu o alienista à insinuação do boticário.

E o boticário, não divergindo sensivelmente deste modo de ver, disse-lhe que sim, que era melhor começar pela execução.

-Sempre haverá tempo de a dar à matraca, concluiu ele.

Simão Bacamarte refletiu ainda um instante, e disse:

-Suponho o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair a pérola, que é a razão; por outros termos, demarquemos definitivamente os limites da razão e da loucura. A razão é o perfeito equilíbrio de todas as faculdades; fora daí insânia, insânia e só insânia.

O Vigário Lopes a quem ele confiou a nova teoria, declarou lisamente que não chegava a entendê-la, que era uma obra absurda, e, se não era absurda, era de tal modo colossal que não merecia princípio de execução.

-Com a definição atual, que é a de todos os tempos, acrescentou, a loucura e a razão estão perfeitamente delimitadas. Sabe-se onde uma acaba e onde a outra começa. Para que transpor a cerca?

Sobre o lábio fino e discreto do alienista rogou a vaga sombra de uma intenção de riso, em que o desdém vinha casado à comiseração; mas nenhuma palavra saiu de suas egrégias entranhas.

A ciência contentou-se em estender a mão à teologia, - com tal segurança, que a teologia não soube enfim se devia crer em si ou na outra. Itaguaí e o universo ficavam à beira de uma revolução.

CAPÍTULO V - O TERROR

Quatro dias depois, a população de Itaguaí ouviu consternada a notícia de que um certo Costa fora recolhido à Casa Verde.

-Impossível!

-Qual impossível! foi recolhido hoje de manhã.

- Mas, na verdade, ele não merecia... Ainda em cima! depois de tanto que ele fez...

Costa era um dos cidadãos mais estimados de Itaguaí, Herdara quatrocentos mil cruzados em boa moeda de El-rei Dom João V, dinheiro cuja renda bastava, segundo lhe declarou 0 tio no testamento, para viver "até o fim do mundo". Tão depressa recolheu a herança, como entrou a dividi-la em empréstimos, sem usura, mil cruzados a um, dois mil a outro, trezentos a este, oitocentos àquele, a tal ponto que, no fim de cinco anos, estava sem nada. Se a miséria viesse de chofre, o pasmo de Itaguaí, seria enorme; mas veio devagar; ele foi passando da opulência à abastança, da abastança à mediania, da mediania à pobreza, da pobreza à miséria, gradualmente. Ao cabo daqueles cinco anos, pessoas que levavam o chapéu ao chão, logo que ele assomava no fim da rua, agora batiam-lhe no ombro, com intimidade, davam-lhe piparotes no nariz, diziam-lhe pulhas. E o Costa sempre lhano, risonho. Nem se lhe dava de ver que os menos corteses eram justamente os que tinham ainda a dívida em aberto; ao contrário, parece que os agasalhava com maior prazer, e mais sublime resignação. Um dia, como um desses incuráveis devedores lhe atirasse uma chalaça grossa, e ele se risse dela, observou um desafeiçoado, com certa perfídia: - "Você suporta esse sujeito para ver se ele lhe paga". Costa não se deteve um minuto, foi ao devedor e perdoou-lhe a divida.- "Não admira, retorquiu o outro; o Costa abriu mão de uma estrela, que está no céu". Costa era perspicaz, entendeu que ele negava todo o merecimento ao ato, atribuindo-lhe a intenção de rejeitar o que não vinham meter-lhe na algibeira. Era também pundonoroso e inventivo; duas horas depois achou um meio de provar que lhe não cabia um tal labéu: pegou de algumas dobras, e mandou-as de empréstimo ao devedor.

-Agora espero que...-pensou ele sem concluir a frase.

Esse último rasgo do Costa persuadiu a crédulos e incrédulos; ninguém mais pôs em dúvida os sentimentos cavalheirescos daquele digno cidadão. As necessidades mais acanhadas saíram à rua, vieram bater-lhe à porta, com os seus chinelos velhos, com as suas capas remendadas. Um verme, entretanto, rola a alma do Costa: era o conceito do desafeto. Mas isso mesmo acabou; três meses depois veio este pedir-lhe uns cento e vinte cruzados com promessa de restituir-lhos daí a dois dias; era 0 resíduo da grande herança, mas era também uma nobre desforra: Costa emprestou o dinheiro logo, logo, e sem juros. Infelizmente não teve tempo de ser pago; cinco meses depois era recolhido à Casa Verde.

Imagina-se a consternação de Itaguaí, quando soube do caso. Não se falou em outra coisa, dizia-se que o Costa ensandecera, ao almoço, outros que de madrugada; e contavam-se os acessos, que eram furiosos, sombrios, terríveis,-ou mansos, e até engraçados, conforme as versões. Muita gente correu à Casa Verde, e achou o pobre Costa, tranqüilo, um pouco espantado, falando com muita clareza, e perguntando por que motivo o tinham levado para ali. Alguns foram ter com o alienista. Bacamarte aprovava esses sentimentos de estima e compaixão, mas acrescentava que a ciência era a ciência, e que ele não podia deixar na rua um mentecapto. A última pessoa que intercedeu por ele (porque depois do que vou contar ninguém mais se atreveu a procurar o terrível médico) foi uma pobre senhora, prima do Costa. O alienista disse-lhe confidencialmente que esse digno homem não estava no perfeito equilíbrio das faculdades mentais, à vista do modo como dissipara os cabedais que...

-Isso, não! isso, não! interrompeu a boa senhora com energia. Se ele gastou tão depressa o que recebeu, a culpa não é dele.

-Não?

-Não, senhor. Eu lhe digo como o negócio se passou. O defunto meu tio não era mau homem; mas quando estava furioso era capaz de nem tirar 0 chapéu ao Santíssimo. Ora, um dia, pouco tempo antes de morrer, descobriu que um escravo lhe roubara um boi; imagine como ficou.

A cara era um pimentão; todo ele tremia, a boca escumava; lembra-me como se fosse hoje. Então um homem feio, cabeludo, em mangas de camisa, chegou-se a ele e pediu água. Meu tio (Deus lhe fale n alma!) respondeu que fosse beber ao rio ou ao inferno. O homem olhou para ele, abriu a mão em ar de ameaça, e rogou esta praga:-"Todo o seu dinheiro não há de durar mais de sete anos e um dia, tão certo como isto ser o sino-salamão! E mostrou o sino-salamão impresso no braço. Foi isto, meu senhor; foi esta praga daquele maldito.

Bacamarte espetara na pobre senhora um par de olhos agudos como punhais. Quando ela acabou, estendeu-lhe a mão polidamente, como se o fizesse à própria esposa do vice-rei, e convidou-a a ir falar ao primo. A mísera acreditou; ele levou-a à Casa Verde e encerrou-a na galeria dos alucinados.

A notícia desta aleivosia do ilustre Bacamarte lançou o terror à alma da população. Ninguém queria acabar de crer, que, sem motivo, sem inimizade, o alienista trancasse na Casa Verde uma senhora perfeitamente ajuizada, que não tinha outro crime senão o de interceder por um infeliz. Comentava-se o caso nas esquinas, nos barbeiros; edificou-se um romance, umas finezas namoradas que o alienista outrora dirigira à prima do Costa, a indignação do Costa e o desprezo da prima. E daí a vingança. Era claro. Mas a austeridade do alienista, a vida de estudos que ele levava, pareciam desmentir uma tal hipótese. Histórias! Tudo isso era naturalmente a capa do velhaco. E um dos mais crédulos chegou a murmurar que sabia de outras coisas, não as dizia, por não ter certeza plena, mas sabia, quase que podia jurar.

-Você, que é íntimo dele, não nos podia dizer o que há, o que houve, que motivo...

Crispim Soares derretia-se todo. Esse interrogar da gente inquieta e curiosa, dos amigos atônitos, era para ele uma consagração pública. Não havia duvidar; toda a povoação sabia enfim que o privado do alienista era ele, Crispim, o boticário, o colaborador do grande homem e das grandes coisas; daí a corrida à botica. Tudo isso dizia o carão jucundo e o riso discreto do boticário, o riso e o silêncio, porque ele não respondia nada; um, dois, três monossílabos, quando muito, soltos, secos, encapados no fiel sorriso constante e miúdo, cheio de mistérios científicos, que ele não podia, sem desdouro nem perigo, desvendar a nenhuma pessoa humana.

-Há coisa, pensavam os mais desconfiados.

Um desses limitou-se a pensá-lo, deu de ombros e foi embora. Tinha negócios pessoais Acabava de construir uma casa suntuosa. Só a casa bastava para deter a chamar toda a gente; mas havia mais,-a mobília, que ele mandara vir da Hungria e da Holanda, segundo contava, e que se podia ver do lado de fora, porque as janelas viviam abertas,-e o jardim, que era uma obra-prima de arte e de gosto. Esse homem, que enriquecera no fabrico de albardas, tinha tido sempre o sonho de uma casa magnífica, jardim pomposo, mobília rara. Não deixou o negócio das albardas, mas repousava dele na contemplação da casa nova, a primeira de Itaguaí, mais grandiosa do que a Casa Verde, mais nobre do que a da Câmara, Entre a gente ilustre da povoação havia choro e ranger de dentes, quando se pensava, ou se falava, ou se louvava a casa do albardeiro,-um simples albardeiro, Deus do céu!

-Lá está ele embasbacado, diziam os transeuntes, de manhã.

De manhã, com efeito, era costume do Mateus estatelar-se, no meio do jardim, com os olhos na casa, namorado, durante uma longa hora, até que vinham chamá-lo para almoçar. Os vizinhos, embora o cumprimentassem com certo respeito, riam-se por trás dele, que era um gosto. Um desses chegou a dizer que o Mateus seria muito mais econômico, e estaria riquíssimo, se fabricasse as albardas para si mesmo; epigrama ininteligível, mas que fazia rir às bandeiras despregadas.

- Agora lá está o Mateus a ser contemplado, diziam à tarde.

A razão deste outro dito era que, de tarde, quando as famílias safam a passeio (jantavam cedo) usava o Mateus postar-se à janela, bem no centro, vistoso, sobre um fundo escuro, trajado de branco, atitude senhoril, e assim ficava duas e três horas até que anoitecia de todo. Pode crer-se que a intenção do Mateus era ser admirado e invejado, posto que ele não a confessasse a nenhuma pessoa, nem ao boticário, nem ao Padre Lopes seus grandes amigos. E entretanto não foi outra a alegação do boticário, quando o alienista lhe disse que o albardeiro talvez padecesse do amor das pedras, mania que ele Bacamarte descobrira e estudava desde algum tempo. Aquilo de contemplar a casa...

-Não, senhor, acudiu vivamente Crispim Soares.

-Não?

-Há de perdoar-me, mas talvez não saiba que ele de manhã examina a obra, não a admira; de tarde, são os outros que o admiram a ele e à obra.-E contou o uso do albardeiro, todas as tardes, desde cedo até o cair da noite.

Uma volúpia científica alumiou os olhos de Simão Bacamarte. Ou ele não conhecia todos os costumes do albardeiro, ou nada mais quis, interrogando o Crispim, do que confirmar alguma notícia incerta ou suspeita vaga. A explicação satisfê-lo; mas como tinha as alegrias próprias de um sábio, concentradas, nada viu o boticário que fizesse suspeitar uma intenção sinistra. Ao contrário, era de tarde, e o alienista pediu-lhe o braço para irem a passeio. Deus! era a primeira vez que Simão Bacamarte dava o seu privado tamanha honra; Crispim ficou trêmulo, atarantado, disse que sim, que estava pronto. Chegaram duas ou três pessoas de fora, Crispim mandou-as mentalmente a todos os diabos; não só atrasavam o passeio, como podia acontecer que Bacamarte elegesse alguma delas, para acompanhá-lo, e o dispensasse a ele. Que impaciência! que aflição! Enfim, saíram. O alienista guiou para os lados da casa do albardeiro, viu-o à janela, passou cinco, seis vezes por diante, devagar, parando, examinando as atitudes, a expressão do rosto. O pobre Mateus, apenas notou que era objeto da curiosidade ou admiração do primeiro volto de Itaguaí redobrou de expressão, deu outro relevo às atitudes... Triste! triste, não fez mais do que condenar-se; no dia seguinte, foi recolhido à Casa Verde.

-A Casa Verde é um cárcere privado, disse um médico sem clínica.

Nunca uma opinião pegou e grassou tão rapidamente. Cárcere privado: eis o que se repetia de norte a sul e de leste a oeste de Itaguaí,-a medo, é verdade, porque durante a semana que se seguiu à captura do pobre Mateus, vinte e tantas pessoas,-duas ou três de consideração,-foram recolhidas à Casa Verde. O alienista dizia que só eram admitidos os casos patológicos, mas pouca gente lhe dava crédito. Sucediam-se as versões populares. Vingança, cobiça de dinheiro, castigo de Deus, monomania do próprio médico, plano secreto do Rio de Janeiro com o fim de destruir em Itaguaí qualquer gérmen de prosperidade que viesse a brotar, arvorecer, florir, com desdouro e míngua daquela cidade, mil outras explicações, que não explicavam nada, tal era o produto diário da imaginação pública.

Nisto chegou do Rio de Janeiro a esposa do alienista, a tia, a mulher do Crispim Soares, e toda a mais comitiva, -ou quase toda-que algumas semanas antes partira de Itaguaí O alienista foi recebê-la, com o boticário, o Padre Lopes os vereadores e vários outros magistrados. O momento em que D. Evarista pôs os olhos na pessoa do marido é considerado pelos cronistas do tempo como um dos mais sublimes da história moral dos homens, e isto pelo contraste das duas naturezas, ambas extremas, ambas egrégias. D. Evarista soltou um grito, -balbuciou uma palavra e atirou-se ao consorte-de um gesto que não se pode melhor definir do que comparando-o a uma mistura de onça e rola. Não assim o ilustre Bacamarte; frio como diagnóstico, sem desengonçar por um instante a rigidez científica, estendeu os braços à dona que caiu neles e desmaiou. Curto incidente; ao cabo de dois minutos D. Evarista recebia os cumprimentos dos amigos e o préstito punha-se em marcha.

D. Evarista era a esperança de Itaguaí contava-se com ela para minorar o flagelo da Casa Verde. Daí as aclamações públicas, a imensa gente que atulhava as ruas, as flâmulas, as flores e damascos às janelas. Com o braço apoiado no do Padre Lopes -porque o eminente confiara a mulher ao vigário e acompanhava-os a passo meditativo-D. Evarista voltava a cabeça a um lado e outro, curiosa, inquieta, petulante. O vigário indagava do Rio de Janeiro, que ele não vira desde o vice-reinado anterior; e D. Evarista respondia entusiasmada que era a coisa mais bela que podia haver no mundo. O Passeio Público estava acabado, um paraíso onde ela fora muitas vezes, e a Rua das Belas Noites, o chafariz das Marrecas... Ah! o chafariz das Marrecas! Eram mesmo marrecas-feitas de metal e despejando água pela boca fora. Uma coisa galantíssima. O vigário dizia que sim, que o Rio de Janeiro devia estar agora muito mais bonito. Se já o era noutro tempo! Não admira, maior do que Itaguaí, e, demais, sede do governo... Mas não se pode dizer que Itaguaí fosse feio; tinha belas casas, a casa do Mateus, a Casa Verde...

-A propósito de Casa Verde, disse o Padre Lopes escorregando habilmente para o assunto da ocasião, a senhora vem achá-la muito cheia de gente.

-Sim?

-É verdade. Lá está o Mateus...

-O albardeiro?

-O albardeiro; está o Costa, a prima do Costa, e Fulano, e Sicrano, e...

-Tudo isso doido?

-Ou quase doido, obtemperou padre.

-Mas então?

O vigário derreou os cantos da boca, à maneira de quem não sabe nada ou não quer dizer tudo; resposta vaga, que se não pode repetir a outra pessoa por falta de texto. D. Evarista achou realmente extraordinário que toda aquela gente ensandecesse; um ou outro, vá; mas todos? Entretanto custava-lhe duvidar; o marido era um sábio, não recolheria ninguém à Casa Verde sem prova evidente de loucura.

-Sem dúvida... sem dúvida... ia pontuando o vigário.

Três horas depois cerca de cinqüenta convivas sentavam-se em volta da mesa de Simão Bacamarte; era o jantar das boas-vindas. D. Evarista foi o assunto obrigado dos brindes, discursos, versos de toda a casta, metáforas, amplificações, apólogos. Ela era a esposa do novo Hipócrates, a musa da ciência, anjo, divina, aurora, caridade, vida, consolação; trazia nos olhos duas estrelas segundo a versão modesta de Crispim Soares e dois sóis no conceito de um vereador. O alienista ouvia essas coisas um tanto enfastiado, mas sem visível impaciência. Quando muito, dizia ao ouvido da mulher que a retórica permitia tais arrojos sem significação. D. Evarista fazia esforços para aderir a esta opinião do marido; mas, ainda descontando três quartas partes das louvaminhas, ficava muito com que enfunar-lhe a alma. Um dos oradores, por exemplo, Martim Brito, rapaz de vinte e cinco anos, pintalegrete acabado, curtido de namoros e aventuras, declamou um discurso em que o nascimento de D. Evarista era explicado pelo mais singular dos reptos. Deus, disse ele, depois de dar o universo ao homem e à mulher, esse diamante e essa pérola da coroa divina (e o orador arrastava triunfalmente esta frase de uma ponta a outra da mesa), Deus quis vencer a Deus, e criou D. Evarista."

D. Evarista baixou os olhos com exemplar modéstia. Duas senhoras, achando a cortesanice excessiva e audaciosa, interrogaram os olhos do dono da casa; e, na verdade, 0 gesto do alienista pareceu-lhes nublado de suspeitas, de ameaças e provavelmente de sangue. O atrevimento foi grande, pensaram as duas damas. E uma e outra pediam a Deus que removesse qualquer episódio trágico-ou que o adiasse ao menos para o dia seguinte. Sim, que o adiasse. Uma delas, a mais piedosa, chegou a admitir consigo mesma que D. Evarista não merecia nenhuma desconfiança, tão longe estava de ser atraente ou bonita. Uma simples água-morna. Verdade é que, se todos os gostos fossem iguais, o que seria do amarelo? Esta idéia fê-la tremer outra vez, embora menos; menos, porque o alienista sorria agora para o Martim Brito e, levantados todos, foi ter com ele e falou-lhe do discurso. Não lhe negou que era um improviso brilhante, cheio de rasgos magníficos. Seria dele mesmo a idéia relativa ao nascimento de D. Evarista ou tê-la-ia encontrado em algum autor que?... Não senhor; era dele mesmo; achou-a naquela ocasião e pareceu-lhe adequada a um arroubo oratório. De resto, suas idéias eram antes arrojadas do que ternas ou jocosas. Dava para o épico. Uma vez, por exemplo, compôs uma ode à queda do Marquês de Pombal, em que dizia que esse ministro era o "dragão aspérrimo do Nada" esmagado pelas "garras vingadoras do Todo"; e assim outras mais ou menos fora do comum; gostava das idéias sublimes e raras, das imagens grandes e nobres...

- Pobre moço! pensou o alienista. E continuou consigo: -Trata-se de um caso de lesão cerebral: fenômeno sem gravidade, mas digno de estudo...

D. Evarista ficou estupefata quando soube, três dias depois, que o Martim Brito fora alojado na Casa Verde. Um moço que tinha idéias tão bonitas! As duas senhoras atribuíram o ato a ciúmes do alienista. Não podia ser outra coisa; realmente, a declaração do moço fora audaciosa demais.

Ciúmes? Mas como explicar que, logo em seguida, fossem recolhidos José Borges do Couto Leme, pessoa estimável, o Chico das cambraias, folgazão emérito, o escrivão Fabrício e ainda outros? O terror acentuou-se. Não se sabia já quem estava são, nem quem estava doido. As mulheres, quando os maridos safam, mandavam acender uma lamparina a Nossa Senhora; e nem todos os maridos eram valorosos, alguns não andavam fora sem um ou dois capangas. Positivamente o terror. Quem podia emigrava. Um desses fugitivos chegou a ser preso a duzentos passos da vila. Era um rapaz de trinta anos, amável, conversado, polido, tão polido que não cumprimentava alguém sem levar o chapéu ao chão; na rua, acontecia-lhe correr uma distancia de dez a vinte braças para ir apertar a mão a um homem grave, a uma senhora, às vezes a um menino, como acontecera ao filho do juiz de fora. Tinha a vocação das cortesias. De resto, devia as boas relações da sociedade, não só aos dotes pessoais, que eram raros, como à nobre tenacidade com que nunca desanimava diante de uma, duas, quatro, seis recusas, caras feias, etc. O que acontecia era que, uma vez entrado numa casa, não a deixava mais, nem os da casa o deixavam a ele, tão gracioso era o Gil Bernardes. Pois o Gil Bernardes, apesar de se saber estimado, teve medo quando lhe disseram um dia que o alienista o trazia de olho; na madrugada seguinte fugiu da vila, mas foi logo apanhado e conduzido à Casa Verde.

-Devemos acabar com isto!

-Não pode continuar!

-Abaixo a tirania!

-Déspota! violento! Golias!

Não eram gritos na rua, eram suspiros em casa, mas não tardava a hora dos gritos. O terror crescia; avizinhava-se a rebelião. A idéia de uma petição ao governo, para que Simão Bacamarte fosse capturado e deportado, andou por algumas cabeças, antes que o barbeiro Porfírio a expendesse na loja com grandes gestos de indignação. Note-se - e essa é uma das laudas mais puras desta sombrio história - note-se que o Porfírio, desde que a Casa Verde começara a povoar-se tão extraordinariamente, viu crescerem-lhe os lucros pela aplicação assídua de sanguessugas que dali lhe pediam; mas o interesse particular, dizia ele, deve ceder ao interesse público. E acrescentava:-é preciso derrubar o tirano! Note-se mais que ele soltou esse grito justamente no dia em que Simão Bacamarte fizera recolher à Casa Verde um homem que trazia com ele uma demanda, o Coelho.

-Não me dirão em que é que o Coelho é doido? bradou o Porfírio,

E ninguém lhe respondia; todos repetiam que era um homem perfeitamente ajuizado. A mesma demanda que ele trazia com o barbeiro, acerca de uns chãos da vila, era filha da obscuridade de um alvará e não da cobiça ou ódio. Um excelente caráter o Coelho. Os únicos desafeiçoados que tinha eram alguns sujeitos que dizendo-se taciturnos ou alegando andar com pressa mal o viam de longe dobravam as esquinas, entravam nas lojas, etc. Na verdade, ele amava a boa palestra, a palestra comprida, gostada a sorvos largos, e assim é que nunca estava só, preferindo os que sabiam dizer duas palavras, mas não desdenhando os outros. O Padre Lopes que cultivava o Dante, e era inimigo do Coelho, nunca o via desligar-se de uma pessoa que não declamasse e emendasse este trecho:

La bocca sollevò dal fiero pasto Quel "seccatore"...

mas uns sabiam do ódio do padre, e outros pensavam que isto era uma oração em latim.

CAPÍTULO VI - A REBELIÃO

Cerca de trinta pessoas ligaram-se ao barbeiro, redigiram e `_ levaram uma representação à Câmara.

A Câmara recusou aceitá-la, declarando que a Casa Verde era uma instituição pública, e que a ciência não podia ser emendada por votação administrativa, menos ainda por movimentos de rua.

-Voltai ao trabalho, concluiu o presidente, é o conselho que vos damos.

A irritação dos agitadores foi enorme. O barbeiro declarou que iam dali levantar a bandeira da rebelião e destruir a Casa Verde; que Itaguaí não podia continuar a servir de cadáver aos estudos e experiências de um déspota; que muitas pessoas estimáveis e algumas distintas, outras humildes mas dignas de apreço, jaziam nos cubículos da Casa Verde; que o despotismo científico do alienista complicava-se do espírito de ganância, visto que os loucos ou supostos tais não eram tratados de graça: as famílias e em falta delas a Câmara pagavam ao alienista...

-É falso! interrompeu o presidente.

-Falso?

-Há cerca de duas semanas recebemos um ofício do ilustre médico em que nos declara que, tratando de fazer experiências de alto valor psicológico, desiste do estipêndio votado pela Câmara, bem como nada receberá das famílias dos enfermos.

A notícia deste ato tão nobre, tão puro, suspendeu um pouco a alma dos rebeldes. Seguramente o alienista podia estar em erro, mas nenhum interesse alheio à ciência o instigava; e para demonstrar o erro, era preciso alguma coisa mais do que arruaças e clamores. Isto disse o presidente, com aplauso de toda a Câmara. O barbeiro, depois de alguns instantes de concentração, declarou que estava investido de um mandato público e não restituiria a paz a Itaguaí antes de ver por terra a Casa

Verde-"essa Bastilha da razão humana"-expressão que ouvira a um poeta local e que ele repetiu com muita ênfase. Disse, e, a um sinal, todos saíram com ele.

Imagine-se a situação dos vereadores; urgia obstar ao ajuntamento, à rebelião, à luta, ao sangue. Para acrescentar ao mal um dos vereadores que apoiara o presidente ouvindo agora a denominação dada pelo barbeiro à Casa Verde-"Bastilha da razão humana"-achou-a tão elegante que mudou de parecer. Disse que entendia de bom aviso decretar alguma medida que reduzisse a Casa Verde; e porque o presidente, indignado, manifestasse em termos enérgicos o seu pasmo, o vereador fez esta reflexão:

-Nada tenho que ver com a ciência; mas, se tantos homens em quem supomos são reclusos por dementes, quem nos afirma que o alienado não é o alienista?

Sebastião Freitas, o vereador dissidente, tinha o dom da palavra e falou ainda por algum tempo, com prudência mas com firmeza. Os colegas estavam atônitos; o presidente pediu-lhe que, ao menos, desse o exemplo da ordem e do respeito à lei, não aventasse as suas idéias na rua para não dar corpo e alma à rebelião, que era por ora um turbilhão de átomos dispersos. Esta figura corrigiu um pouco o efeito da outra: Sebastião Freitas prometeu suspender qualquer ação, reservando-se o direito de pedir pelos meios legais a redução da Casa Verde. E repetia consigo namorado:-Bastilha da razão humana!

Entretanto a arruaça crescia. Já não eram trinta mas trezentas pessoas que acompanhavam o barbeiro, cuja alcunha familiar deve ser mencionada, porque ela deu o nome à revolta; chamavam-lhe o Canjica-e o movimento ficou célebre com o nome de revolta dos Canjicas. A ação podia ser restrita-visto que muita gente, ou por medo, ou por hábitos de educação, não descia à rua; mas o sentimento era unânime, ou quase unânime, e os trezentos que caminhavam para a Casa Verde,-dada a diferença de Paris a Itaguaí,-podiam ser comparados aos que tomaram a Bastilha.

D. Evarista teve noticia da rebelião antes que ela chegasse; veio dar-lha uma de suas crias. Ela provava nessa ocasião um vestido de seda,-um dos trinta e sete que trouxera do Rio de Janeiro,-e não quis crer.

-Há de ser alguma patuscada, dizia ela, mudando a posição de um alfinete. Benedita, vê se a barra está boa.

-Está, sinhá, respondia a mucama de cócoras no chão, está boa. Sinhá vira um bocadinho. Assim. Está muito boa.

-Não é patuscada, não, senhora; eles estão gritando: - Morra o Dr. Bacamarte!!! o tirano! dizia o moleque assustado.

-Cala a boca, tolo! Benedita, olha aí do lado esquerdo; não parece que a costura está um pouco enviesada? A risca azul não segue até abaixo; está muito feio assim; é preciso descoser para ficar igualzinho e...

- Morra o Dr. Bacamarte!!! morra o tirano! uivaram fora trezentas vozes. Era a rebelião que desembocava na Rua Nova.

D. Evarista ficou sem pinga de sangue. No primeiro instante não deu um passo, não fez um gesto; o terror petrificou-a. A mucama correu instintivamente para a porta do fundo. Quanto ao moleque, a quem D. Evarista não dera crédito, teve um instante de triunfo súbito, imperceptível, entranhado, de satisfação moral, ao ver que a realidade vinha jurar por ele.

-Morra o alienista! bradavam as vozes mais perto.

D. Evarista, se não resistia facilmente às comoções de prazer, sabia entestar com os momentos de perigo. Não desmaiou; correu à sala interior onde o marido estudava. Quando ela ali entrou, precipitada, o ilustre médico escrutava um texto de Averróis;; os olhos dele, empanados pela cogitação, subiam do livro ao reto e baixavam do reto ao livro, cegos para a realidade exterior, videntes para os profundos trabalhos mentais. D. Evarista chamou pelo marido duas vezes, sem que ele lhe desse atenção; à terceira, ouviu e perguntou-lhe o que tinha, se estava doente.

-Você não ouve estes gritos? perguntou a digna esposa em lágrimas.

O alienista atendeu então; os gritos aproximavam-se, terríveis, ameaçadores; ele compreendeu tudo. Levantou-se da cadeira de espaldar em que estava sentado, fechou o livro, e, a passo firme e tranqüilo, foi depositá-lo na estante. Como a introdução do volume desconsertasse um pouco a linha dos dois tomos contíguos, Simão Bacamarte cuidou de corrigir esse defeito mínimo, e, aliás, interessante. Depois disse à mulher que se recolhesse, que não fizesse nada.

-Não, não, implorava a digna senhora, quero morrer ao lado de você...

Simão Bacamarte teimou que não, que não era caso de morte; e ainda que o fosse, intimava-lhe, em nome da vida, que ficasse. A infeliz dama curvou a cabeça, obediente e chorosa.

-Abaixo a Casa Verde! bradavam os Canjicas.

O alienista caminhou para a varanda da frente e chegou ali no momento em que a rebelião também chegava e parava, defronte, com as suas trezentas cabeças rutilantes de civismo e sombrias de desespero.-Morra! morra! bradaram de todos os lados, apenas o vulto do alienista assomou na varanda. Simão Bacamarte fez um sinal pedindo para falar; os revoltosos cobriram-lhe a voz com brados de indignação. Então o barbeiro, agitando o chapéu, a fim de impor silêncio à turba, conseguiu aquietar os amigos, e declarou ao alienista que podia falar, mas acrescentou que não abusasse da paciência do povo como fizera até então.

-Direi pouco, ou até não direi nada, se for preciso. Desejo saber primeiro o que pedis.

-Não pedimos nada, replicou fremente o barbeiro; ordenamos que a Casa Verde seja demolida, ou pelo menos despojada dos infelizes que lá estão.

-Não entendo.

-Entendeis bem, tirano; queremos dar liberdade às vítimas do vosso ódio, capricho, ganância...

O alienista sorriu, mas o sorriso desse grande homem não era coisa visível aos olhos da multidão; era uma contração leve de dois ou três músculos, nada mais. Sorriu e respondeu:

-Meus senhores, a ciência é coisa séria, e merece ser tratada com seriedade. Não dou razão dos meus atos de alienista a ninguém, salvo aos mestres e a Deus. Se quereis emendar a administração da Casa Verde, estou pronto a ouvir-vos; mas, se exigis que me negue a mim mesmo, não ganhareis nada. Poderia convidar alguns de vós em comissão dos outros a vir ver comigo os loucos reclusos; mas não o faço, porque seria dar-vos razão do meu sistema, o que não farei a leigos nem a rebeldes.

Disse isto o alienista e a multidão ficou atônita; era claro que não esperava tanta energia e menos ainda tamanha serenidade. Mas o assombro cresceu de ponto quando o alienista, cortejando a multidão com muita gravidade, deu-lhe as costas e retirou-se lentamente para dentro. O barbeiro tornou logo a si e, agitando o chapéu, convidou os amigos à demolição da Casa Verde; poucas vozes e frouxas lhe responderam. Foi nesse momento decisivo que o barbeiro sentiu despontar em si a ambição do governo; pareceu-lhe então que, demolindo a Casa Verde e derrocando a influência do alienista, chegaria a apoderar-se da Câmara, dominar as demais autoridades e constituir-se senhor de Itaguaí. Desde alguns anos que ele forcejava por ver o seu nome incluído nos pelouros para o sorteio dos vereadores, mas era recusado por não ter uma posição compatível com tão grande cargo. A ocasião era agora ou nunca. Demais, fora tão longe na arruaça que a derrota seria a prisão ou talvez a forca ou o degredo. Infelizmente a resposta do alienista diminuíra o furor dos sequazes. O barbeiro, logo que o percebeu, sentiu um impulso de indignação e quis bradar-lhes:-Canalhas! covardes! -mas conteve-se e rompeu deste modo:

Meus amigos, lutemos até o fim! A salvação de Itaguaí está nas vossas mãos dignas e heróicas. Destruamos o cárcere de vossos filhos e pais, de vossas mães e irmãs, de vossos parentes e amigos, e de vós mesmos. Ou morrereis a pão e água, talvez a chicote, na masmorra daquele indigno.

E a multidão agitou-se, murmurou, bradou, ameaçou, congregou-se toda em derredor do barbeiro. Era a revolta que tornava a si da ligeira síncope e ameaçava arrasar a Casa Verde.

-Vamos! bradou Porfírio, agitando o chapéu.

-Vamos! repetiram todos.

Deteve-os um incidente: era um corpo de dragões que, a marche-marche, entrava na Rua Nova.

CAPÍTULO VII - O INESPERADO

Chegados os dragões em frente aos Canjicas houve um instante de estupefação. Os Canjicas não queriam crer que a força pública fosse mandada contra eles; mas o barbeiro compreendeu tudo e esperou. Os dragões pararam, o capitão intimou à multidão que se dispersasse; mas, conquanto uma parte dela estivesse inclinada a isso, a outra parte apoiou fortemente o barbeiro, cuja resposta consistiu nestes termos alevantados:

-Não nos dispersaremos. Se quereis os nossos cadáveres, podeis tomá-los; mas só os cadáveres; não levareis a nossa honra, o nosso crédito, os nossos direitos, e com eles a salvação de Itaguaí.

Nada mais imprudente do que essa resposta do barbeiro; e nada mais natural. Era a vertigem das grandes crises. Talvez fosse também um excesso de confiança na abstenção das armas por parte dos dragões; confiança que o capitão dissipou logo, mandando carregar sobre os Canjicas. O momento foi indescritível. A multidão urrou furiosa; alguns, trepando às janelas das casas ou correndo pela rua fora, conseguiram escapar; mas a maioria ficou bufando de cólera, indignada, animada pela exortação do barbeiro. A derrota dos Canjicas estava iminente quando um terço dos dragões,-qualquer que fosse o motivo, as crônicas não o declaram,-passou subitamente para o lado da rebelião. Este inesperado reforço deu alma aos Canjicas, ao mesmo tempo que lançou o desanimo às fileiras da legalidade. Os soldados fiéis não tiveram coragem de atacar os seus próprios camaradas, e um a um foram passando para eles, de modo que, ao cabo de alguns minutos, o aspecto das coisas era totalmente outro. O capitão estava de um lado com alguma gente contra uma massa compacta que o ameaçava de morre. Não teve remédio, declarou-se vencido e entregou a espada ao barbeiro.

A revolução triunfante não perdeu um só minuto; recolheu os feridos às casas próximas e guiou para a Câmara Povo e tropa fraternizavam, davam vivas a el-rei, ao vice-rei, a Itaguaí, ao "ilustre Porfírio". Este ia na frente, empunhando tão destramente a espada, como se ela fosse apenas uma navalha um pouco mais comprida. A vitória cingia-lhe a fronte de um nimbo misterioso. A dignidade de governo começava a eurijar-lhe os quadris.

Os vereadores, às janelas, vendo a multidão e a tropa, cuidaram que a tropa capturara a multidão, e sem mais exame, entraram e votaram uma petição ao vice-rei para que mandasse dar um mês de soldo aos dragões, "cujo denodo salvou Itaguaí do abismo a que o tinha lançado uma cáfila de rebeldes . Esta frase foi proposta por Sebastião Freitas, o vereador dissidente cuja defesa dos Canjicas tanto escandalizara os colegas. Mas bem depressa a ilusão se desfez. Os vivas ao barbeiro, os morras aos vereadores e ao alienista vieram dar-lhes noticia da triste realidade. O presidente não desanimou:-Qualquer que seja a nossa sorte, disse ele, lembremo-nos que estamos ao serviço de Sua Majestade e do povo.-Sebastião insinuou que melhor se poderia servir à coroa e à vila saindo pelos fundos e indo conferenciar com o juiz de fora, mas toda a Câmara rejeitou esse alvitre.

Daí a nada o barbeiro, acompanhado de alguns de seus tenentes, entrava na sala da vereança intimava à Câmara a sua queda. A Câmara não resistiu, entregou-se e foi dali para a cadeia. Então os amigos do barbeiro propuseram-lhe que assumisse o governo da vila em nome de Sua Majestade. Porfírio aceitou o encargo, embora não desconhecesse (acrescentou) os espinhos que trazia; disse mais que não podia dispensar o concurso dos amigos presentes; ao que eles prontamente anuíram. O barbeiro veio à janela e comunicou ao povo essas resoluções, que o povo ratificou, aclamando o barbeiro. Este tomou a denominação de-"Protetor da vila em nome de Sua Majestade, e do povo".-Expediram-se logo várias ordens importantes, comunicações oficiais do novo governo, uma exposição minuciosa ao vice-rei, com muitos protestos de obediência às ordens de Sua Majestade; finalmente uma proclamação ao povo, curta, mas enérgica:

"Itaguaienses!

Uma Câmara corrupta e violenta conspirava contra os interesses de Sua Majestade e do povo. A opinião pública tinha-a condenado; um punhado de cidadãos, fortemente apoiados pelos bravos dragões de Sua Majestade, acaba de a dissolver ignominiosamente, e por unânime consenso da vila, foi-me confiado o mando supremo, até que Sua Majestade se sirva ordenar o que parecer melhor ao seu real serviço. Itaguaienses! não vos peço senão que me rodeeis de confiança, que me auxilieis em restaurar a paz e a fazenda publica, tão desbaratada pela Câmara que ora findou às vossas mãos. Contai com o meu sacrifício, e ficai certos de que a coroa será por nós.

O Protetor da vila em nome de Sua Majestade e do povo

Porfírio Caetano das Neves".

Toda a gente advertiu no absoluto silêncio desta proclamação acerca da Casa Verde; e, segundo uns, não podia haver mais vivo indício dos projetos tenebrosos do barbeiro. O perigo era tanto maior quanto que, no meio mesmo desses graves sucessos, o alienista metera na Casa Verde umas sete ou oito pessoas, entre elas duas senhoras e sendo um dos homens aparentado com o Protetor. Não era um repto, um ato intencional; mas todos o interpretaram dessa maneira; e a vila respirou com a esperança de que o alienista dentro de vinte e quatro horas estaria a ferros e destruído o terrível cárcere.

O dia acabou alegremente. Enquanto o arauto da matraca ia recitando de esquina em esquina a proclamação, o povo espalhava-se nas ruas e jurava morrer em defesa do ilustre Porfírio Poucos gritos contra a Casa Verde, prova de confiança na ação do governo. O barbeiro faz expedir um ato declarando feriado aquele dia, e entabulou negociações com o vigário para a celebração de um Te-Deum, tão conveniente era aos olhos dele a conjunção do poder temporal com o espiritual; mas o Padre Lopes recusou abertamente o seu concurso.

-Em todo caso, Vossa Reverendíssima não se alistará entre os inimigos do governo? disse-lhe o barbeiro, dando à fisionomia um aspecto tenebroso.

Ao que o Padre Lopes respondeu, sem responder:

-Como alistar-me, se o novo governo não tem inimigos?

O barbeiro sorriu; era a pura verdade. Salvo o capitão, os vereadores e os principais da vila, toda a gente o aclamava. Os mesmos principais, se o não aclamavam, não tinham saído contra ele. Nenhum dos almotacés deixou de vir receber as suas ordens. No geral, as famílias abençoavam o nome daquele que ia enfim libertar Itaguaí da Casa Verde e do terrível Simão Bacamarte.


O Alienista - Machado de Assis - Capa 2

CAPÍTULO VIII - AS ANGÚSTIAS DO BOTICÁRIO

Vinte e quatro horas depois dos sucessos narrados no capítulo anterior, o barbeiro saiu do palácio do governo,-foi a denominação dada à casa da Câmara,-com dois ajudantes-de-ordens, e dirigiu-se à residência de Simão Bacamarte. Não ignorava ele que era mais decoroso ao governo mandá-lo chamar; o receio, porém, de que o alienista não obedecesse, obrigou-o a parecer tolerante e moderado.

Não descrevo o terror do boticário ao ouvir dizer que o barbeiro ia à casa do alienista.-Vai prendê-lo, pensou ele. E redobraram-lhe as angústias. Com efeito, a tortura moral do boticário naqueles dias de revolução excede a toda a descrição possível. Nunca um homem se achou em mais apertado lance: -a privança do alienista chamava-o ao lado deste, a vitória do barbeiro atraía-o ao barbeiro. Já a simples noticia da sublevação tinha-lhe sacudido fortemente a alma, porque ele sabia a unanimidade do ódio ao alienista; mas a vitória final foi também o golpe final. A esposa, senhora máscula, amiga particular de D. Evarista, dizia que o lugar dele era ao lado de Simão Bacamarte; ao passo que o coração lhe bradava que não, que a causa do alienista estava perdida, e que ninguém, por ato próprio, se amarra a um cadáver. Fê-lo Catão , é verdade, sed victa Catoni, pensava ele, relembrando algumas palestras habituais do Padre Lopes; mas Catão não se atou a uma causa vencida, ele era a própria causa vencida, a causa da república; o seu ato, portanto, foi de egoísta, de um miserável egoísta; minha situação é outra.

Insistindo, porém, a mulher, não achou Crispim Soares outra saída em tal crise senão adoecer; declarou-se doente e meteu-se na cama.

-Lá vai o Porfírio à casa do Dr. Bacamarte, disse-lhe a mulher no dia seguinte à cabeceira da cama; vai acompanhado de gente.

-Vai prendê-lo, pensou o boticário.

Uma idéia traz outra; o boticário imaginou que, uma vez preso o alienista, viriam também buscá-lo a ele na qualidade de cúmplice. Esta idéia foi 0 melhor dos vesicatórios. Crispim Soares ergueu-se, disse que estava bom, que ia sair; e, apesar de todos os esforços e protestos da consorte, vestiu-se e saiu. Os velhos cronistas são unânimes em dizer que a certeza de que o marido ia colocar-se nobremente ao lado do alienista consolou grandemente a esposa do boticário; e notam com muita perspicácia o imenso poder moral de uma ilusão; porquanto, o boticário caminhou resolutamente ao palácio do governo e não à casa do alienista. Ali chegando, mostrou-se admirado de não ver o barbeiro, a quem ia apresentar os seus protestos de adesão, não o tendo feito desde a véspera por enfermo. E tossia com algum custo. Os altos funcionários que lhe ouviam esta declaração, sabedores da intimidade do boticário com o alienista, compreenderam toda a importância da adesão nova e trataram a Crispim Soares com apurado carinho; afirmaram-lhe que o barbeiro não tardava; Sua Senhoria tinha ido à Casa Verde, a negócio importante, mas não tardava. Deram-lhe cadeira, refrescos, elogios; disseram-lhe que a causa do ilustre Porfírio era a de todos os patriotas; ao que o boticário ia repetindo que sim, que nunca pensara outra coisa, que isso mesmo mandaria declarar a Sua Majestade.

CAPÍTULO IX - DOIS LINDOS CASOS



Não se demorou o alienista em receber o barbeiro; declarou-lhe que não tinha meios de resistir, e portanto estava prestes a obedecer. Só uma coisa pedia, é que o não constrangesse a assistir pessoalmente à destruição da Casa Verde.

- Engana-se Vossa Senhoria, disse o barbeiro depois de alguma pausa, engana-se em atribuir ao governo intenções vandálicas. Com razão ou sem ela, a opinião crê que a maior parte dos doidos ali metidos estão em seu perfeito juízo, mas o governo reconhece que a questão é puramente científica e não cogita em resolver com posturas as questões científicas.. Demais, a Casa Verde é uma instituição pública; tal a aceitamos das mãos da Câmara dissolvida. Há entretanto-por força que há de haver um alvitre intermédio que restitua o sossego ao espírito público.

O alienista mal podia dissimular o assombro; confessou que esperava outra coisa, o arrasamento do hospício, a prisão dele, o desterro, tudo, menos...

-O pasmo de Vossa Senhoria, atalhou gravemente o barbeiro, vem de não atender à grave responsabilidade do governo. O povo, tomado de uma cega piedade que lhe dá em tal caso legitima indignação, pode exigir do governo certa ordem de atos; mas este, com a responsabilidade que lhe incumbe, não os deve praticar, ao menos integralmente, e tal é a nossa situação. A generosa revolução que ontem derrubou uma Câmara vilipendiada e corrupta, pediu em altos brados o arrasamento da Casa Verde; mas pode entrar no animo do governo eliminar a loucura? Não. E se o governo não a pode eliminar, está ao menos apto para discriminá-la, reconhecê-la? Também não; é matéria de ciência. Logo, em assunto tão melindroso, o governo não pode, não quer dispensar o concurso de Vossa Senhoria. O que lhe pede é que de certa maneira demos alguma satisfação ao povo. Unamo-nos, e o povo saberá obedecer. Um dos alvitres aceitáveis, se Vossa Senhoria não indicar outro, seria fazer retirar da Casa Verde aqueles enfermos que estiverem quase curados e bem assim os maníacos de pouca monta, etc. Desse modo, sem grande perigo, mostraremos alguma tolerância e benignidade.

-Quantos mortos e feridos houve ontem no conflito? perguntou Simão Bacamarte depois de uns três minutos.

O barbeiro ficou espantado da pergunta, mas respondeu logo que onze mortos e vinte e cinco feridos.

-Onze mortos e vinte e cinco feridos! repetiu duas ou três vezes o alienista.

E em seguida declarou que o alvitre lhe não parecia bom mas que ele ia catar algum outro, e dentro de poucos dias lhe daria resposta. E fez-lhe várias perguntas acerca dos sucessos da véspera, ataque, defesa, adesão dos dragões, resistência da Câmara etc., ao que o barbeiro ia respondendo com grande abundância, insistindo principalmente no descrédito em que a Câmara caíra. O barbeiro confessou que o novo governo não tinha ainda por si a confiança dos principais da vila, mas o alienista podia fazer muito nesse ponto. O governo, concluiu o barbeiro, folgaria se pudesse contar não já com a simpatia senão com a benevolência do mais alto espírito de Itaguaí e seguramente do reino. Mas nada disso alterava a nobre e austera fisionomia daquele grande homem que ouvia calado, sem desvanecimento nem modéstia, mas impassível como um deus de pedra.

-Onze mortos e vinte e cinco feridos, repetiu o alienista depois de acompanhar o barbeiro até a porta. Eis aí dois lindos casos de doença cerebral. Os sintomas de duplicidade e descaramento deste barbeiro são positivos. Quanto à toleima dos que o aclamaram, não é preciso outra prova além dos onze mortos e vinte e cinco feridos.-Dois lindos casos!

-Viva o ilustre Porfírio! bradaram umas trinta pessoas que aguardavam o barbeiro à porta.

O alienista espiou pela janela e ainda ouviu este resto de uma pequena fala do barbeiro às trinta pessoas que o aclamavam:

-...porque eu velo, podeis estar certos disso, eu velo pela execução das vontades do povo. Confiai em mim; e tudo se fará pela melhor maneira. Só vos recomendo ordem. E ordem, meus amigos, é a base do governo...

-Viva o ilustre Porfírio bradaram as trinta vozes, agitando os chapéus.

-Dois lindos casos! murmurou o alienista.

CAPÍTULO X - RESTAURAÇÃO

Dentro de cinco dias, o alienista meteu na Casa Verde cerca de cinqüenta aclamadores do novo governo. O povo indignou-se. O governo, atarantado, não sabia reagir. João Pina, outro barbeiro, dizia abertamente nas ruas, que o Porfírio estava "vendido ao ouro de Simão Bacamarte", frase que congregou em torno de João Pina a gente mais resoluta da vila. Porfírio vendo o antigo rival da navalha à testa da insurreição, compreendeu que a sua perda era irremediável, se não desse um grande golpe; expediu dois decretos, um abolindo a Casa Verde, outro desterrando o alienista. João Pina mostrou claramente com grandes frases que o ato de Porfírio! era um simples aparato, um engodo, em que o povo não devia crer. Duas horas depois caía Porfírio! ignominiosamente e João Pina assumia a difícil tarefa do governo. Como achasse nas gavetas as minutas da proclamação, da exposição ao vice-rei e de outros atos inaugurais do governo anterior, deu-se pressa em os fazer copiar e expedir; acrescentam os cronistas, e aliás subentende-se, que ele lhes mudou os nomes, e onde o outro barbeiro falara de uma Câmara corrupta, falou este de "um intruso eivado das más doutrinas francesas e contrário aos sacrossantos interesses de Sua Majestade", etc.

Nisto entrou na vila uma força mandada pelo vice-rei e restabeleceu a ordem. O alienista exigiu desde logo a entrega do barbeiro Porfírio e bem assim a de uns cinqüenta e tantos indivíduos que declarou mentecaptos; e não só lhe deram esses como afiançaram entregar-lhe mais dezenove sequazes do barbeiro, que convalesciam das feridas apanhadas na primeira rebelião.

Este ponto da crise de Itaguaí marca também o grau máximo da influência de Simão Bacamarte. Tudo quanto quis, deu-se-lhe; e uma das mais vivas provas do poder do ilustre médico achamo-la na prontidão com que os vereadores, restituídos a seus lugares, consentiram em que Sebastião Freitas também fosse recolhido ao hospício. O alienista, sabendo da extraordinária inconsistência das opiniões desse vereador, entendeu que era um caso patológico, e pediu-o. A mesma coisa aconteceu ao boticário. O alienista, desde que lhe falaram da momentânea adesão de Crispim Soares à rebelião dos Canjicas, comparou-a à aprovação que sempre recebera dele ainda na véspera, e mandou capturá-lo. Crispim Soares não negou o fato, mas explicou-o dizendo que cedera a um movimento de terror ao ver a rebelião triunfante, e deu como prova a ausência de nenhum outro aro seu, acrescentando que voltara logo à cama, doente. Simão Bacamarte não o contrariou; disse, porém, aos circunstantes que o terror também é pai da loucura, e que o caso de Crispim Soares lhe parecia dos mais caracterizados.

Mas a prova mais evidente da influência de Simão Bacamarte foi a docilidade com que a Câmara lhe entregou o próprio presidente. Este digno magistrado tinha declarado, em plena sessão, que não se contentava, para lavá-la da afronta dos Canjicas, com menos de trinta almudes de sangue; palavra que chegou aos ouvidos do alienista por boca do secretário da Câmara entusiasmado de tamanha energia. Simão Bacamarte começou por meter 0 secretário na Casa Verde, e foi dali à Câmara à qual declarou que o presidente estava padecendo da "demência dos touros", um gênero que ele pretendia estudar, com grande vantagem para os povos. A Câmara a princípio hesitou, mas acabou cedendo.

Daí em diante foi uma coleta desenfreada. Um homem não podia dar nascença ou curso à mais simples mentira do mundo, ainda daquelas que aproveitam ao inventor ou divulgador, que não fosse logo metido na Casa Verde. Tudo era loucura. Os cultores de enigmas, os fabricantes de charadas, de anagramas, os maldizentes, os curiosos da vida alheia, os que põem todo o seu cuidado na tafularia, um ou outro almotacé enfunado, ninguém escapava aos emissários do alienista. Ele respeitava as namoradas e não poupava as namoradeiras, dizendo que as primeiras cediam a um impulso natural e as segundas a um vício. Se um homem era avaro ou pródigo, ia do mesmo modo para a Casa Verde; daí a alegação de que não havia regra para a completa sanidade mental. Alguns cronistas crêem que Simão Bacamarte nem sempre procedia com lisura, e citam em abono da afirmação (que não sei se pode ser aceita) o fato de ter alcançado da Câmara uma postura autorizando o uso de um anel de prata no dedo polegar da mão esquerda, a toda a pessoa que, sem outra prova documental ou tradicional, declarasse ter nas veias duas ou três onças de sangue godo. Dizem esses cronistas que o fim secreto da insinuação à Câmara foi enriquecer um ourives amigo e compadre dele; mas, conquanto seja certo que o ourives viu prosperar o negócio depois da nova ordenação municipal, não o é menos que essa postura deu à Casa Verde uma multidão de inquilinos; pelo que, não se pode definir, sem temeridade, o verdadeiro fim do ilustre médico. Quanto à razão determinativa da captura e aposentação na Casa Verde de todos quantos usaram do anel, é um dos pontos mais obscuros da história de Itaguaí a opinião mais verossímil é que eles foram recolhidos por andarem a gesticular, à loa, nas ruas, em casa, na igreja. Ninguém ignora que os doidos gesticulam muito. Em todo caso, é uma simples conjetura; de positivo, nada há.

-Onde é que este homem vai parar? diziam os principais da terra. Ah! se nós tivéssemos apoiado os Canjicas...

Um dia de manhã-dia em que a Câmara devia dar um grande baile,-a vila inteira ficou abalada com a notícia de que a própria esposa do alienista fora metida na Casa Verde. Ninguém acreditou; devia ser invenção de algum gaiato. E não era: era a verdade pura. D. Evarista fora recolhida às duas horas da noite. O Padre Lopes correu ao alienista e interrogou-o discretamente acerca do fato.

-Já há algum tempo que eu desconfiava, disse gravemente o marido. A modéstia com que ela vivera em ambos os matrimônios não podia conciliar-se com o furor das sedas, veludos, rendas e pedras preciosas que manifestou logo que voltou do Rio de Janeiro. Desde então comecei a observá-la. Suas conversas eram todas sobre esses objetos; se eu lhe falava das antigas cortes, inquiria logo da forma dos vestidos das damas; se uma senhora a visitava na minha ausência, antes de me dizer o objeto da visita, descrevia-me o trajo, aprovando umas coisas e censurando outras. Um dia, creio que Vossa Reverendíssima há de lembrar-se, propôs-se a fazer anualmente um vestido para a imagem de Nossa Senhora da matriz. Tudo isto eram sintomas graves; esta noite, porém, declarou-se a total demência. Tinha escolhido, preparado, enfeitado o vestuário que levaria ao baile da Câmara Municipal; só hesitava entre um colar de granada e outro de safira. Anteontem perguntou-me qual deles levaria; respondi-lhe que um ou outro lhe ficava bem. Ontem repetiu a pergunta ao almoço; pouco depois de jantar fui achá-la calada e pensativa.-Que tem? perguntei-lhe.-Queria levar o colar de granada, mas acho o de safira tão bonito!-Pois leve o de safira.-Ah! mas onde fica o de granada?-Enfim, passou a tarde sem novidade. Ceamos, e deitamo-nos. Alta noite, seria hora e meia, acordo e não a vejo; levanto-me, vou ao quarto de vestir, acho-a diante dos dois colares, ensaiando-os ao espelho, ora um ora outro. Era evidente a demência: recolhi-a logo.

O Padre Lopes não se satisfez com a resposta, mas não objetou nada. O alienista, porém, percebeu e explicou-lhe que o caso de D. Evarista era de "mania santuária", não incurável e em todo caso digno de estudo.

-Conto pô-la boa dentro de seis semanas, concluiu ele.

E a abnegação do ilustre médico deu-lhe grande realce. Conjeturas, invenções, desconfianças, tudo caiu por terra desde que ele não duvidou recolher à Casa Verde a própria mulher, a quem amava com todas as forças da alma. Ninguém mais tinha o direito de resistir-lhe-menos ainda o de atribuir-lhe intuitos alheios à ciência. Era um grande homem austero, Hipócrates forrado de Catão.

CAPÍTULO XI - O ASSOMBRO DE ITAGUAÍ



E agora prepare-se o leitor para o mesmo assombro em que ficou a vila ao saber um dia que os loucos da Casa Verde iam todos ser postos na rua.

-Todos?

-Todos.

-É impossível; alguns sim, mas todos...

-Todos. Assim o disse ele no ofício que mandou hoje de manhã à Câmara

De fato o alienista oficiara à Câmara expondo: - 1': que verificara das estatísticas da vila e da Casa Verde que quatro quintos da população estavam aposentados naquele estabelecimento; 2° que esta deslocação de população levara-o a examinar os fundamentos da sua teoria das moléstias cerebrais, teoria que excluía da razão todos os casos em que o equilíbrio das faculdades não fosse perfeito e absoluto; 3° que, desse exame e do fato estatístico, resultara para ele a convicção de que a verdadeira doutrina não era aquela, mas a oposta, e portanto, que se devia admitir como normal e exemplar o desequilíbrio das faculdades e como hipóteses patológicas todos os casos em que aquele equilíbrio fosse ininterrupto; 4D que à vista disso declarava à Câmara que ia dar liberdade aos reclusos da Casa Verde e agasalhar nela as pessoas que se achassem nas condições agora expostas; 5° que, tratando de descobrir a verdade científica, não se pouparia a esforços de toda a natureza, esperando da Câmara igual dedicação; 6º que restituía à Câmara e aos particulares a soma do estipêndio recebido para alojamento dos supostos loucos, descontada a parte efetivamente gasta com a alimentação, roupa, etc.; o que a Câmara mandaria verificar nos livros e arcas da Casa Verde.

O assombro de Itaguaí foi grande; não foi menor a alegria dos parentes e amigos dos reclusos. Jantares, danças, luminárias, músicas, tudo houve para celebrar tão fausto acontecimento. Não descrevo as festas por não interessarem ao nosso propósito; mas foram esplêndidas, tocantes e prolongadas.

E vão assim as coisas humanas! No meio do regozijo produzido pelo ofício de Simão Bacamarte, ninguém advertia na frase final do § 4º, uma frase cheia de experiências futuras.



CAPÍTULO XII - O FINAL DO § 4º.

Apagaram-se as luminárias, reconstituíram-se as famílias, tudo parecia reposto nos antigos eixos. Reinava a ordem, a Câmara exercia outra vez o governo sem nenhuma pressão externa; o presidente e o vereador Freitas tornaram aos seus lugares. O barbeiro Porfírio, ensinado pelos acontecimentos, tendo "provado tudo", como o poeta disse de Napoleão, e mais alguma coisa, porque Napoleão não provou a Casa Verde, o barbeiro achou preferível a glória obscura da navalha e da tesoura às calam idades brilhantes do poder; foi, é certo, processado; mas a população da vila implorou a clemência de Sua Majestade; daí o perdão. João Pina foi absolvido, atendendo-se a que ele derrocara um rebelde. Os cronistas pensam que deste fato é que nasceu o nosso adágio:-ladrão que furta ladrão tem cem anos de perdão;-adágio imoral, é verdade, mas grandemente útil.

Não só findaram as queixas contra o alienista, mas até nenhum ressentimento ficou dos atos que ele praticara; acrescendo que os reclusos da Casa Verde, desde que ele os declarara plenamente ajuizados, sentiram-se tomados de profundo reconhecimento e férvido entusiasmo. Muitos entenderam que o alienista merecia uma especial manifestação e deram-lhe um baile, ao qual se seguiram outros bailes e jantares. Dizem as crônicas que D. Evarista a princípio tivera idéia de separar-se do consorte, mas a dor de perder a companhia de tão grande homem venceu qualquer ressentimento de amor-próprio e o casal veio a ser ainda mais feliz do que antes.

Não menos íntima ficou a amizade do alienista e do boticário. Este concluiu do ofício de Simão Bacamarte que a prudência é a primeira das virtudes em tempos de revolução e apreciou muito a magnanimidade do alienista, que ao dar-lhe a liberdade estendeu-lhe a mão de amigo velho.

-É um grande homem, disse ele à mulher, referindo aquela circunstância.

Não é preciso falar do albardeiro, do Costa, do Coelho, do Martim Brito e outros especialmente nomeados neste escrito; basta dizer que puderam exercer livremente os seus hábitos anteriores. O próprio Martim Brito, recluso por um discurso em que louvara enfaticamente D. Evarista, fez agora outro em honra do insigne médico-"cujo altíssimo gênio, elevando as asas muito acima do sol, deixou abaixo de si todos os demais espíritos da terra".

- Agradeço as suas palavras, retorquiu-lhe o alienista, e ainda me não arrependo de o haver restituído à liberdade.

Entretanto, a Câmara que respondera o ofício de Simão Bacamarte com a ressalva de que oportunamente estatuiria em relação ao final do § 4°, tratou enfim de legislar sobre ele. Foi adorada sem debate uma postura, autorizando o alienista a agasalhar na Casa Verde as pessoas que se achassem no gozo do perfeito equilíbrio das faculdades mentais. E porque a experiência da Câmara tivesse sido dolorosa, estabeleceu ela a cláusula de que a autorização era provisória, limitada a um ano, para o fim de ser experimentada a nova teoria psicológica, podendo a Câmara antes mesmo daquele prazo mandar fechar a Casa Verde, se a isso fosse aconselhada por motivos de ordem pública. O vereador Freitas propôs também a declaração de que, em nenhum caso, fossem os vereadores recolhidos ao asilo dos alienados: cláusula que foi aceita, votada e incluída na postura apesar das reclamações do vereador Galvão. O argumento principal deste magistrado é que a Câmara legislando sobre uma experiência científica, não podia excluir as pessoas dos seus membros das conseqüências da lei; a exceção era odiosa e ridícula. Mal proferira estas duas palavras, romperam os vereadores em altos brados contra a audácia e insensatez do colega; este, porem, ouviu-os e limitou-se a dizer que votava contra a exceção.

-A vereança, concluiu ele, não nos dá nenhum poder especial nem nos elimina do espírito humano.

Simão Bacamarte aceitou a postura com todas as restrições. Quanto à exclusão dos vereadores, declarou que teria profundo sentimento se fosse compelido a recolhê-los à Casa Verde; a cláusula, porém, era a melhor prova de que eles não padeciam do perfeito equilíbrio das faculdades mentais. Não acontecia o mesmo ao vereador Galvão, cujo acerto na objeção feita, e cuja moderação na resposta dada às invectivas dos colegas mostravam da parte dele um cérebro bem organizado; pelo que rogava à Câmara que lho entregasse. A Câmara sentindo-se ainda agravada pelo proceder do vereador Galvão, estimou 0 pedido do alienista e votou unanimemente a entrega.

Compreende-se que, pela teoria nova, não bastava um fato ou um dito para recolher alguém à Casa Verde; era preciso um longo exame, um vasto inquérito do passado e do presente. O Padre Lopes, por exemplo, só foi capturado trinta dias depois da postura, a mulher do boticário quarenta dias. A reclusão desta senhora encheu o consorte de indignação. Crispim Soares saiu de casa espumando de cólera e declarando às pessoas a quem encontrava que ia arrancar as orelhas ao tirano. Um sujeito, adversário do alienista, ouvindo na rua essa noticia, esqueceu os motivos de dissidência, e correu à casa de Simão Bacamarte a participar-lhe o perigo que corria. Simão Bacamarte mostrou-se grato ao procedimento do adversário, e poucos minutos lhe bastaram para conhecer a retidão dos seus sentimentos, a boa-fé, o respeito humano, a generosidade; apertou-lhe muito as mãos, e recolheu-o à Casa Verde.

-Um caso destes é raro, disse ele à mulher pasmada. Agora esperemos o nosso Crispim.

Crispim Soares entrou. A dor vencera a raiva, o boticário não arrancou as orelhas ao alienista. Este consolou o seu privado, assegurando-lhe que não era caso perdido; talvez a mulher tivesse alguma lesão cerebral; ia examiná-la com muita atenção; mas antes disso não podia deixá-la na rua. E, parecendo-lhe vantajoso reuni-los, porque a astúcia e velhacaria do marido poderiam de certo modo curar a beleza moral que ele descobrira na esposa, disse Simão Bacamarte:

-O senhor trabalhará durante o dia na botica, mas almoçará e jantará com sua mulher, e cá passará as noites, e os domingos e dias santos.

A proposta colocou o pobre boticário na situação do asno de Buridan. Queria viver com a mulher, mas temia voltar à Casa Verde; e nessa luta esteve algum tempo, até que D. Evarista o tirou da dificuldade, prometendo que se incumbiria de ver a amiga e transmitiria os recados de um para outro. Crispim Soares beijou-lhe as mãos agradecido. Este último rasgo de egoísmo pusilânime pareceu sublime ao alienista.

Ao cabo de cinco meses estavam alojadas umas dezoito pessoas; mas Simão Bacamarte não afrouxava; ia de rua em rua, de casa em casa, espreitando, interrogando, estudando; e quando colhia um enfermo levava-o com a mesma alegria com que outrora os arrebanhava às dúzias. Essa mesma desproporção confirmava a teoria nova; achara-se enfim a verdadeira patologia cerebral. Um dia conseguiu meter na Casa Verde o juiz de fora; mas procedia com tanto escrúpulo que o não fez senão depois de estudar minuciosamente todos os seus atos e interrogar os principais da vila. Mais de uma vez esteve prestes a recolher pessoas perfeitamente desequilibradas; foi o que se deu com um advogado, em quem reconheceu um tal conjunto de qualidades morais e mentais que era perigoso deixá-lo na rua. Mandou prendê-lo; mas o agente, desconfiado, pediu-lhe para fazer uma experiência; foi ter com um compadre, demandado por um testamento falso, e deu-lhe de conselho que tomasse por advogado o Salustiano; era o nome da pessoa em questão.

-Então parece-lhe...?

-Sem dúvida: vá, confesse tudo, a verdade inteira, seja qual for, e confie-lhe a causa.

O homem foi ter com o advogado, confessou ter falsificado o testamento e acabou pedindo que lhe tomasse a causa. Não se negou o advogado; estudou os papéis, arrazoou longamente, e provou a todas as luzes que o testamento era mais que verdadeiro. A inocência do réu foi solenemente proclamada pelo juiz e a herança passou-lhe às mãos. O distinto jurisconsulto deveu a esta experiência a liberdade.

Mas nada escapa a um espírito original e penetrante. Simão Bacamarte, que desde algum tempo notava o zelo, a sagacidade, a paciência, a moderação daquele agente, reconheceu a habilidade e o tino com que ele levara a cabo uma experiência tão melindrosa e complicada, e determinou recolhê-lo imediatamente à Casa Verde; deu-lhe todavia um dos melhores cubículos.

Os alienados foram alojados por classes. Fez-se uma galeria de modestos; isto é, os loucos em quem predominava esta perfeição moral; outra de tolerantes, outra de verídicos, outra de símplices, outra de leais, outra de magnânimos, outra de sagazes, outra de sinceros, etc. Naturalmente as famílias e os amigos dos reclusos bradavam contra a teoria; e alguns tentaram compelir a Câmara a cassar a licença. A Câmara porém, não esquecera a linguagem do vereador Galvão, e, se cassasse a licença, vê-lo-ia na rua e restituído ao lugar; pelo que, recusou. Simão Bacamarte oficiou aos vereadores, não agradecendo, mas felicitando-os por esse ato de vingança pessoal.

Desenganados da legalidade, alguns principais da vila recorreram secretamente ao barbeiro Porfírio e afiançaram-lhe todo o apoio de gente, de dinheiro e influência na corte, se ele se pusesse à testa de outro movimento contra a Câmara e o alienista. O barbeiro respondeu-lhes que não; que a ambição o levara da primeira vez a transgredir as leis, mas que ele se emendara, reconhecendo o erro próprio e a pouca consistência da opinião dos seus mesmos sequazes; que a Câmara entendera autorizar a nova experiência do alienista, por um ano: cumpria, ou esperar o fim do prazo, ou requerer ao vice-rei, caso a mesma Câmara rejeitasse o pedido. Jamais aconselharia o emprego de um recurso que ele viu falhar em suas mãos e isso a troco de mortes e ferimentos que seriam o seu eterno remorso.

- O que é que me está dizendo? perguntou o alienista quando um agente secreto lhe contou a conversação do barbeiro com os principais da vila.

Dois dias depois o barbeiro era recolhido à Casa Verde.- Preso por ter cão, preso por não ter cão! exclamou o infeliz.

Chegou o fim do prazo, a Câmara autorizou um prazo suplementar de seis meses para ensaio dos meios terapêuticos. O desfecho deste episódio da crônica itaguaiense é de tal ordem e tão inesperado, que merecia nada menos de dez capítulos de exposição; mas contento-me com um, que será o remate da narrativa, e um dos mais belos exemplos de convicção científica e abnegação humana.CAPÍTULO XIII - PLUS ULTRA!

Era a vez da terapêutica. Simão Bacamarte, ativo e sagaz em descobrir enfermos, excedeu-se ainda na diligência e penetração com que principiou a tratá-los. Neste ponto todos os cronistas estão de pleno acordo: o ilustre alienista faz curas pasmosas, que excitaram a mais viva admiração em Itaguaí.

Com efeito, era difícil imaginar mais racional sistema terapêutico. Estando os loucos divididos por classes, segundo a perfeição moral que em cada um deles excedia às outras, Simão Bacamarte cuidou em atacar de frente a qualidade predominante. Suponhamos um modesto. Ele aplicava a medicação que pudesse incutir-lhe o sentimento oposto; e não ia logo às doses máximas,-graduava-as, conforme o estado, a idade, o temperamento, a posição social do enfermo. Às vezes bastava uma casaca, uma fita, uma cabeleira, uma bengala, para restituir a razão ao alienado; em outros casos a moléstia era mais rebelde; recorria então aos anéis de brilhantes, às distinções honoríficas, etc. Houve um doente poeta que resistiu a tudo. Simão Bacamarte começava a desesperar da cura, quando teve a idéia de mandar correr matraca para o fim de o apregoar como um rival de Garção e de Píndaro.

-Foi um santo remédio, contava a mãe do infeliz a uma comadre; foi um santo remédio.

Outro doente, também modesto, opôs a mesma rebeldia à medicação; mas, não sendo escritor (mal sabia assinar o nome), não se lhe podia aplicar o remédio da matraca. Simão Bacamarte lembrou-se de pedir para ele o lugar de secretário da Academia dos Encobertos, estabelecida em Itaguaí. Os lugares de presidente e secretários eram de nomeação régia, por especial graça do finado Rei Dom João V, e implicavam o tratamento de Excelência e o uso de uma placa de ouro no chapéu. O governo de Lisboa recusou o diploma; mas, representando o alienista que o não pedia como prêmio honorífico ou distinção legitima, e somente como um meio terapêutico para um caso difícil, o governo cedeu excepcionalmente à súplica; e ainda assim não o faz sem extraordinário esforço do ministro da marinha e ultramar, que vinha a ser primo do alienado. Foi outro santo remédio.

-Realmente, é admirável! Dizia-se nas ruas, ao ver a expressão sadia e enfunada dos dois ex-dementes.

Tal era o sistema. Imagina-se o resto. Cada beleza moral ou mental era atacada no ponto em que a perfeição parecia mais sólida; e o efeito era certo. Nem sempre era certo. Casos houve em que a qualidade predominante resistia a tudo; então o alienista atacava outra parte, aplicando à terapêutica o método da estratégia militar, que toma uma fortaleza por um ponto, se por outro o não pode conseguir.

No fim de cinco meses e meio estava vazia a Casa Verde; todos curados! O vereador Galvão, tão cruelmente afligido de moderação e eqüidade, teve a felicidade de perder um tio; digo felicidade, porque o tio deixou um testamento ambíguo, e ele obteve uma boa interpretação corrompendo os juízes e embaçando os outros herdeiros. A sinceridade do alienista manifestou-se nesse lance; confessou ingenuamente que não teve parte na cura: foi a simples vis medicatrix da natureza. Não aconteceu o mesmo com o Padre Lopes. Sabendo o alienista que ele ignorava perfeitamente o hebraico e o grego, incumbiu-o de fazer uma análise crítica da versão dos Setenta; o padre aceitou a incumbência, e em boa hora o fez; ao cabo de dois meses possuía um livro e a liberdade. Quanto à senhora do boticário, não ficou muito tempo na célula que lhe coube, e onde aliás lhe não faltaram carinhos.

-Por que é que o Crispim não vem visitar-me: dizia ela todos os dias.

Respondiam-lhe ora uma coisa, ora outra; afinal disseram-lhe a verdade inteira. A digna matrona não pôde conter a indignação e a vergonha. Nas explosões da cólera escaparam-lhe expressões soltas e vagas, como estas:

-Tratante!... velhaco!... ingrato!... Um patife que tem feito casas à custa de ungüentos falsificados e podres... Ah! tratante!...

Simão Bacamarte advertiu que, ainda quando não fosse verdadeira a acusação contida nestas palavras, bastavam elas para mostrar que a excelente senhora estava enfim restituída ao perfeito desequilíbrio das faculdades; e prontamente lhe deu alta.

Agora, se imaginais que o alienista ficou radiante ao ver sair o último hóspede da Casa Verde, mostrais com isso que ainda não conheceis o nosso homem. Plus ultra! era a sua divisa. Não lhe bastava ter descoberto a teoria verdadeira da loucura; não o contentava ter estabelecido em Itaguaí. o reinado da razão. Plus ultra! Não ficou alegre, ficou preocupado, cogitativo; alguma coisa lhe dizia que a teoria nova tinha, em si mesma, outra e novíssima teoria.

-Vejamos, pensava ele; vejamos se chego enfim à última verdade.

Dizia isto, passeando ao longo da vasta sala, onde fulgurava a mais rica biblioteca dos domínios ultramarinos de Sua Majestade. Um amplo chambre de damasco, preso à cintura por um cordão de seda, com borlas de ouro (presente de uma universidade) envolvia o corpo majestoso e austero do ilustre alienista. A cabeleira cobria-lhe uma extensa e nobre calva adquirida nas cogitações cotidianas da ciência. Os pés, não delgados e femininos, não graúdos e mariolas, mas proporcionados ao vulto, eram resguardados por um par de sapatos cujas fivelas não passavam de simples e modesto latão. Vede a diferença:-só se lhe notava luxo naquilo que era de origem científica; o que propriamente vinha dele trazia a cor da moderação e da singeleza, virtudes tão ajustadas à pessoa de um sábio.

Era assim que ele ia, o grande alienista, de um cabo a outro da vasta biblioteca, metido em si mesmo, estranho a todas as coisas que não fosse o tenebroso problema da patologia cerebral. Súbito, parou. Em pé, diante de uma janela, com o cotovelo esquerdo apoiado na mão direita, aberta, e o queixo na mão esquerda, fechada, perguntou ele a si:

-Mas deveras estariam eles doidos, e foram curados por mim,-ou o que pareceu cura não foi mais do que a descoberta do perfeito desequilíbrio do cérebro?

E cavando por aí abaixo, eis o resultado a que chegou: os cérebros bem organizados que ele acabava de curar, eram desequilibrados como os outros. Sim, dizia ele consigo, eu não posso ter a pretensão de haver-lhes incutido um sentimento ou uma faculdade nova; uma e outra coisa existiam no estado latente, mas existiam.

Chegado a esta conclusão, o ilustre alienista teve duas sensações contrárias, uma de gozo, outra de abatimento. A de gozo foi por ver que, ao cabo de longas e pacientes investigações, constantes trabalhos, luta ingente com o povo, podia afirmar esta verdade:-não havia loucos em Itaguaí. Itaguaí não possuía um só mentecapto. Mas tão depressa esta idéia lhe refrescara a alma, outra apareceu que neutralizou o primeiro efeito; foi a idéia da dúvida. Pois quê! Itaguaí. não possuiria um único cérebro concertado? Esta conclusão tão absoluta, não seria por isso mesmo errônea, e não vinha, portanto, destruir o largo e majestoso edifício da nova doutrina psicológica?

A aflição do egrégio Simão Bacamarte é definida pelos cronistas itaguaienses como uma das mais medonhas tempestades morais que têm desabado sobre o homem. Mas as tempestades só aterram os fracos; os forres enrijam-se contra elas e fitam o trovão. Vinte minutos depois alumiou-se a fisionomia do alienista de uma suave claridade.

-Sim, há de ser isso, pensou ele.

Isso é isto. Simão Bacamarte achou em si os característicos do perfeito equilíbrio mental e moral; pareceu-lhe que possuía a sagacidade, a paciência, a perseverança, a tolerância, a veracidade, o vigor moral, a lealdade, todas as qualidades enfim que podem formar um acabado mentecapto. Duvidou logo, é certo, e chegou mesmo a concluir que era ilusão; mas, sendo homem prudente, resolveu convocar um conselho de amigos, a quem interrogou com franqueza. A opinião foi afirmativa.

-Nenhum defeito?

-Nenhum, disse em coro a assembléia.

-Nenhum vício?

-Nada.

-Tudo perfeito?

-Tudo.

-Não, impossível, bradou o alienista. Digo que não sinto em mim essa superioridade que acabo de ver definir com tanta magnificência. A simpatia é que vos faz falar. Estudo-me e nada acho que justifique os excessos da vossa bondade.

A assembléia insistiu; o alienista resistiu; finalmente o Padre Lopes. explicou tudo com este conceito digno de um observador:

-Sabe a razão por que não vê as suas elevadas qualidades, que aliás todos nós admiramos? É porque tem ainda uma qualidade que realça as outras:-a modéstia.

Era decisivo. Simão Bacamarte curvou a cabeça juntamente alegre e triste, e ainda mais alegre do que triste. Ato continuo, recolheu-se à Casa Verde. Em vão a mulher e os amigos lhe disseram que ficasse, que estava perfeitamente são e equilibrado: nem rogos nem sugestões nem lágrimas o detiveram um só instante.

-A questão é científica, dizia ele; trata-se de uma doutrina nova, cujo primeiro exemplo sou eu. Reúno em mim mesmo a teoria e a prática.

-Simão! Simão! meu amor! dizia-lhe a esposa com o rosto lavado em lágrimas.

Mas o ilustre médico, com os olhos acesos da convicção científica, trancou os ouvidos à saudade da mulher, e brandamente a repeliu. Fechada a porta da Casa Verde, entregou-se ao estudo e à cura de si mesmo. Dizem os cronistas que ele morreu dali a dezessete meses no mesmo estado em que entrou, sem ter podido alcançar nada. Alguns chegam ao ponto de conjeturar que nunca houve outro louco além dele em Itaguaí mas esta opinião fundada em um boato que correu desde que o alienista expirou, não tem outra prova senão o boato; e boato duvidoso, pois é atribuído ao Padre Lopes. que com tanto fogo realçara as qualidades do grande homem. Seja como for, efetuou-se o enterro com muita pompa e rara solenidade.




O Alienista - Machado de Assis - Capa 3



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quarta-feira, 8 de março de 2017

Brasil e Portugal têm maior percentual de mulheres autoras de artigos científicos


Brasil e Portugal têm maior percentual de mulheres autoras de artigos científicos


Carolina Andrade / Thaisa Bergmann

Em 20 anos, participação das mulheres subiu 11 pontos percentuais no Brasil. Estudo de editora de artigos científicos considera todas as áreas de conhecimento.


Brasil e Portugal estão no topo da lista de um estudo que avalia a participação de mulheres na produção de artigos científicos. O relatório Gender in the Global Research Landscape (Gênero no Cenário Global de Pesquisa, em tradução livre), mostra que, nos dois países, as mulheres representavam 49% dos autores de artigos catalogados na pesquisa. O percentual é o maior na lista de 12 países ou regiões considerados no relatório.



Percentual de mulheres que assinam artigos científicos.


Os dados foram levantados pela editora Elsevier, referência em produção científica no mundo. Eles consideraram em seu estudo a analise de artigos científicos publicados que foram posteriormente catalogados por sua base de dados chamada Scopus. O estudo avalia a produção científica em um intervalo de 20 anos, compara 12 países e regiões, além de considerar 27 áreas de concentração.

Em nove dos 12 países e regiões comparados, as mulheres representam mais de 40% dos pesquisadores (EUA, União Europeia, Reino Unido, Candá, Austrália, França, Brasil, Dinamarca e Portugal).

Segundo o estudo, a proporção da presença feminina varia substancialmente entre áreas do conhecimento, sendo maior nas áreas de "vida e saúde"; e inferior nas áreas de engenharia e ciências da computação.



#MulheresNaCiência



Total de pesquisadoras
Com base no perfil dos autores dos artigos, o levantamento apontou que houve crescimento no total de mulheres pesquisadoras no Brasil. No período 1996-200, o total de mulheres que assinavam artigos (independentemente de área) alcançava 38%. No recorte 2011-2015, esse número subiu para 49%.

Dos 106.167 artigos publicados entre 1996 a 2015, 40% foram escritos por mulheres. O índice é maior do que o registrado em países com o Canadá e Japão, por exemplo, que tiveram 31% e 16%, respectivamente, dos artigos com autoria feminina.

No Brasil, a maioria dos artigos publicados entre os anos de 2011 e 2015 foi sobre medicina, sendo que 24% foi escrito por mulheres, e 17% por homens. A pesquisa mostra também que o segundo tema mais recorrente foi agricultura e ciências biológicas, que corresponde a 10% da produção feminina e 8% masculina.


Sub-representação
O estudo cita ainda levantamento da Unesco que aponta que, em 2015, somente 28% dos pesquisadores pelo mundo eram mulheres. Ainda para contextualizar os dados, a Elsevier lembra que outro estudo mostra que apenas 13% dos autores citados em estudos científicos em 2014 eram do gênero feminino.



Na área de ciências duras, batizada pela editora como "Physical Sciencies", as mulheres continuam subrepresentadas com menos de 25% de presença na maioria das comparações.

De acordo com o levantamento da Elsevier, o percentual global de mulheres entre os inventores com patentes de suas aplicações subiu quatro pontos percentuais na comparação entre 1996-200, quando o índice era de 10%, e passou para 14% entre 2011 e 2015.


Parcerias internacionais
Artigos científicos podem ser escritos por acadêmicos de diferentes países, em parceria. Esse tipo de produção facilita a troca de ideias, a circulação de conhecimento e a inovação. Segundo o levantamento da Elsevier, nos doze países avaliados, as mulheres estão menos presentes nas colaborações internacionais do que os homens.

No Brasil, entre 2011 e 2015, 20% da produção científica das mulheres envolveram parcerias com autores de outros países. Entre os homens, o índice é mais alto: 25% dos estudos conduzidos por eles incluem colaboração internacional.



Pioneiras da Ciência no Brasil



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quarta-feira, 8 de março de 2017

Cinco Minutos - José de Alencar - Literatura Brasileira



Cinco Minutos - José de Alencar - Literatura Brasileira



Cinco minutos é o primeiro romance do escritor, dramaturgo brasileiro José de Alencar, nome proeminente do romantismo no país. Foi publicada em 1856 em forma de folhetins pelo jornal Diário do Rio de Janeiro. Ao final de alguns meses, com todos os capítulos já publicados, esses foram juntados em uma única edição que foi oferecida como brinde para os assinantes do jornal. No entanto, diversas pessoas que não assinavam o jornal, procuraram um volume do livro.

(SEGUE ABAIXO ESTA OBRA COMPLETA)



I

É uma história curiosa a que lhe vou contar, minha prima.
Mas é uma história e não um romance.
Há mais de dois anos, seriam seis horas da tarde, dirigi-me ao Rocio para
tomar o ônibus de Andaraí.
Sabe que sou o homem menos pontual que há neste mundo; entre os meus
imensos defeitos e as minhas poucas qualidades, não conto a pontualidade, essa
virtude dos reis e esse mau costume dos ingleses.
Entusiasta da liberdade, não posso admitir de modo algumque um homem
se escravize ao seu relógio e regule as suas ações pelo movimento de uma
pequena agulha de aço ou pelas oscilações de uma pêndula.

Tudo isto quer dizer que, chegando ao Rocio, não vi mais ônibus algum; o
empregado a quem me dirigi respondeu:
- Partiu há cinco minutos.
Resignei-me e esperei pelo ônibus de sete horas. Anoiteceu.
Fazia uma noite de inverno fresca e úmida; o céu estava calmo, mas sem
estrelas.
A hora marcada chegou o ônibus e apressei-me a ir tomar o meu lugar.
Procurei, como costumo, o fundo do carro, a fim de ficar livre das conversas
monótonas dos recebedores, que de ordinário têm sempre uma anedota insípida a
contar ou uma queixa a fazer sobre o mau estado dos caminhos.
O canto já estava ocupado por um monte de sedas, que deixou escapar-se
um ligeiro farfalhar, conchegando-se para dar-me lugar.
Sentei-me; prefiro sempre o contato da seda à vizinhança da casimira ou do
pano.
O meu primeiro cuidado foi ver se conseguia descobrir o rosto e as formas
que se escondiam nessas nuvens de seda e de rendas.
Era impossível.
Além de a noite estar escura, um maldito véu que caía de um chapeuzinho
de palha não me deixava a menor esperança.
Resignei-me e assentei que o melhor era cuidar de outra coisa.
Já o meu pensamento tinha-se lançado a galope pelo mundo da fantasia,
quando de repente fui obrigado a voltar por uma circunstância bem simples.
Senti no meu braço o contato suave de um outro braço, que me parecia
macio e aveludado como uma folha de rosa.
Quis recuar, mas não tive ânimo; deixei-me ficar na mesma posição e cismei
que estava sentado perto de uma mulher que me amava e que se apoiava sobre
mim.
Pouco a pouco fui cedendo àquela atração irresistível e reclinando-me
insensivelmente; a pressão tornou-se mais forte; senti o seu ombro tocar de leve o
meu peito; e a minha mão impaciente encontrou uma mãozinha delicada e
mimosa, que se deixou apertar a medo.
Assim, fascinado ao mesmo tempo pela minha ilusão e por este contato
voluptuoso, esqueci-me, a ponto que, sem saber o que fazia, inclinei a cabeça e
colei os meus lábios ardentes nesse ombro, que estremecia de emoção.
Ela soltou um grito, que foi tomado naturalmente como susto causado pelos
solavancos do ônibus, e refugiou-se no canto.
Meio arrependido do que tinha feito, voltei-me como para olhar pela
portinhola do carro, e, aproximando-me dela, disse-lhe quase ao ouvido :
- Perdão!
Não respondeu; conchegou-se ainda mais ao canto.
Tomei uma resolução heróica.
- Vou descer, não a incomodarei mais.
Ditas estas palavras rapidamente, de modo que só ela ouvisse, inclinei-me
para mandar parar.
Mas senti outra vez a sua mãozinha, que apertava docemente a minha,
como para impedir-me de sair.
Está entendido que não resisti e que me deixei ficar ; ela conservava-se
sempre longe de mim, mas tinha-me abandonado a mão, que eu beijava
respeitosamente.
De repente veio-me uma idéia. Se fosse feia! se fosse velha! se fosse uma e
outra coisa!
Fiquei frio e comecei a refletir.
Esta mulher, que sem me conhecer me permitia o que só se permite ao
homem que se ama, não podia deixar com efeito de ser feia e muito feia.
Não lhe sendo fácil achar um namorado de dia, ao menos agarrava-se a
este, que de noite e às cegas lhe proporcionara o acaso.
É verdade que essa mão delicada, essa espádua aveludada... Ilusão! Era a
disposição em que eu estava!
A imaginação é capaz de maiores esforços ainda.
Nesta marcha, o meu espirito em alguns instantes tinha chegado
a uma convicção inabalável sobre a fealdade de minha vizinha.
Para adquirir a certeza renovei o exame que tentara a princípio:
porém, ainda desta vez, foi baldado; estava tão bem envolvida no seu
mantelete e no seu véu, que nem um traço do rosto traía o seu incógnito.
Mais uma prova! Uma mulher bonita deixa-se admirar e não se esconde
como uma pérola dentro da sua ostra.
Decididamente era feia, enormemente feia!
Nisto ela fez um movimento, entreabrindo o seu mantelete, e um bafejo
suave de aroma de sândalo exalou-se.
Aspirei voluptuosamente essa onda de perfume, que se infiltrou em minha
alma como um eflúvio celeste.
Não se admire, minha prima; tenho uma teoria a respeito dos perfumes.
A mulher é uma ílor que se estuda, como a flor do campo, pelas suas cores,
pelas suas folhas e sobretudo pelo seu perfume.
Dada a cor predileta de uma mulher desconhecida, o seu modo de trajar e o
seu perfume favorito, vou descobrir com a mesma exatidão de um problema
algébrico se ela é bonita ou feia.
De todos estes indícios, porém, o mais seguro é o perfume; e isto por um
segredo da natureza, por uma lei misteriosa da criação, que não sei explicar.
Por que é que Deus deu o aroma mais delicado à rosa, ao heliotrópio, à
violeta, ao jasmim, e não a essas flores semgraça e sem beleza, que só servem
para realçar as suas irmãs?
É decerto por esta mesma razão que Deus só dá à mulher linda esse tato
delicado e sutil, esse gosto apurado, que sabe distinguir o aroma mais perfeito...
Já vê, minha prima, porque esse odor de sândalo foi para mim como uma
revelação.
Só uma mulher distinta, uma mulher de sentimento, sabe compreender toda
a poesia desse perfume oriental, desse hatchiss do olfato, que nos embala nos
sonhos brilhantes das Mil e uma Noites, que nos fala da Índia, da China, da Pérsia,
dos esplendores da Ásia e dos mistérios do berço do sol.
O sândalo é o perfume das odaliscas de Stambul e das huris do profeta;
como as borboletas que se alimentam de mel, a mulher do Oriente vive com as
gotas dessa essência divina.
Seu berço é de sândalo ; seus colares, suas pulseiras, o seu leque, são de
sândalo; e, quando a morte vem quebrar o fio dessa existência feliz, é ainda em
uma urna de sândalo que o amor guarda as suas cinzas queridas.
Tudo isto me passou pelo pensamento como um sonho, enquanto eu
aspirava ardentemente essa exalação fascinadora, que foi a pouco e pouco
desvanecendo-se.
Era bela!
Tinha toda a certeza; desta vez era uma convicção profunda e inabalável.
Com efeito, uma mulher de distinção, uma mulher de alma elevada, se fosse
feia, não dava sua mão a beijar a um homem que podia repeli-la quando a
conhecesse; não se expunha ao escárnio e ao desprezo.
Era bela!
Mas não a podia ver, por mais esforços que fizesse.
O ônibus parou; uma outra senhora ergueu-se e saiu.
Senti a sua mão apertar a minha mais estreitamente; vi uma sombra passar
diante de meus olhos no meio do ruge-ruge de um vestido, e quando dei acordo de
mim, o carro rodava e eu tinha perdido a minha visão.
Ressoava-me ainda ao ouvido uma palavra murmurada, ou antes suspirada
quase imperceptivelmente:
-- Non ti scordar di me! ...
Lancei-me fora do ônibus; caminhei à direita e à esquerda andei como um
louco até nove horas da noite.
Nada!



II

QUINZE dias se passaram depois de minha aventura.
Durante este tempo é escusado dizer-lhe as extravagâncias que fiz.
Fui todos os dias a Andaraí no ônibus das sete horas, para ver se encontrava
a minha desconhecida; indaguei de todos os passageiros se a conheciam e não
obtive a menor informação.
Estava a braços com uma paixão, minha prima, e com uma paixão de
primeira força e de alta pressão, capaz de fazer vinte milhas por hora.
Quando saía, não via ao longe um vestido de seda preta e um chapéu de
palha que não lhe desse caça, até fazê-lo chegar à abordagem.
No fim descobria alguma velha ou alguma costureira desjeitosa e continuava
tristemente o meu caminho, atrás dessa sombra impalpável, que eu procurava
havia quinze longos dias, isto é, um século para o pensamento de um amante.
Um dia estava em um baile, triste e pensativo, como um homem que ama
uma mulher e que não conhece a mulher que ama.
Recostei-me a uma porta e dai via passar diante de mim uma miríade
brilhante e esplêndida, pedindo a todos aqueles rostos indiferentes um olhar, um
sorriso, que me desse a conhecer aquela que eu procurava.
Assim preocupado, quase não dava fé do que se passava junto de mim,
quando senti um leque tocar meu braço, e uma voz que vivia no meu coração, uma
voz que cantava dentro de minha alma, murmurou:
-- Non ti scordar di me!...
Voltei-me.
Corri um olhar pelas pessoas que estavam junto de mim, e apenas vi uma
velha que passeava pelo braço de seu cavalheiro, abanando-se com um leque.
-- Será ela, meu Deus? pensei horrorizado.
E, por mais que fizesse, os meus olhos não se podiam destacar daquele
rosto cheio de rugas.
A velha tinha uma expressão de bondade e de sentimento que devia atrair a
simpatia; mas naquele momento essa beleza moral, que iluminava aquela
fisionomia inteligente, pareceu-me horrível e até repugnante.
Amar quinze dias uma sombra, sonhá-la bela como um anjo, e por fim
encontrar uma velha de cabelos brancos, uma velha coquette e namoradeira!
Não, era impossível! Naturalmente a minha desconhecida tinha fugido antes
que eu tivesse tempo de vê-la.
Essa esperança consolou-me ; mas durou apenas um segundo.
A velha falou e na sua voz eu reconheci, apesar de tudo, apesar de mim
mesmo, o timbre doce e aveludado que ouvira duas vezes.
Em face da evidência não havia mais que duvidar. Eu tinha amado uma
velha, tinha beijado a sua mão enrugada com delírio, tinha vivido quinze dias de
sua lembrança.
Era para fazer-me enlouquecer ou rir; não me ri nem enlouqueci, mas fiquei
com um tal tédio e um aborrecimento de mim mesmo que não posso exprimir.
Que peripécias, que lances, porém, não me reservava ainda esse drama, tão
simples e obscuro!
Não distingui as primeiras palavras da velha logo que ouvi a sua voz; foi só
passado o primeiro espanto que percebi o que dizia.
- Ela não gosta de bailes.
- Pois admira, replicou o cavalheiro ; na sua idade!
- Que quer! não acha prazer nestas festas ruidosas e nisto mostra bem que é
minha filha.
A velha tinha uma filha e isto podia explicar a semelhança extraordinária da
voz. Agarrei-me a esta sombra, como um homem que caminha no escuro.
Resolvi-me a seguir a velha toda a noite, até que ela se encontrasse com sua
filha : desde este momento era o meu fanal, a minha estrela polar.
A senhora e o seu cavalheiro entraram na saleta da escada. Separado dela
um instante pela multidão, ia segui-la.
Nisto ouço uma voz alegre dizer da saleta:
- Vamos, mamã!
Corri, e apenas tive tempo de perceber os folhos de um vestido preto, envolto
num largo burnous de seda branca, que desapareceu ligeiramente na escada.
Atravessei a saleta tão depressa como me permitiu a multidão, e, pisando
calos, dando encontrões à direita e à esquerda, cheguei enfim à porta da saída.
O meu vestido preto sumiu-se pela portinhola de um cupê, que partiu a trote
largo.
Voltei ao baile desanimado; a minha única esperança era a velha; por ela
podia tomar informações, saber quem era a minha desconhecida, indagar o seu
nome e a sua morada, acabar enfim com este enigma, que me matava de emoções
violentas e contrárias.
Indaguei dela.
Mas como era possível designar uma velha da qual eu só sabia pouco mais
ou menos a idade?
Todos os meus amigos tinham visto muitas velhas, porém não tinham
olhado para elas.
Retirei-me triste e abatido, como um homem que se vê em luta contra o
impossível.
De duas vezes que a minha visão me tinha aparecido, só me restavam uma
lembrança, um perfume e uma palavra!
Nem sequer um nome!
A todo momento parecia-me ouvir na brisa da noite essa frase do Trovador,
tão cheia de melancolia e de sentimento, que resumia para mim toda uma história.
Desde então não se representava uma só vez esta ópera que eu não fosse
ao teatro, ao menos para ter o prazer de ouvi-la repetir.
A princípio, por uma intuição natural, julguei que ela devia, como eu, admirar
essa sublime harmonia de Verdi, que devia também ir sempre ao teatro.
O meu binóculo examinava todos os camarotes com uma atenção
meticulosa; via moças bonitas ou feias, mas nenhuma delas me fazia palpitar o
coração.
Entrando uma vez no teatro e passando a minha revista costumada, descobri
finalmente na terceira ordem sua mãe, a minha estrela, o fio de Ariadne que me
podia guiar neste labirinto de dúvidas.
A velha estava só, na frente do camarote, e de vez em quando voltava-se
para trocar uma palavra com alguém sentado no fundo.
Senti uma alegria inefável.
O camarote próximo estava vazio; perdi quase todo o espetáculo a procurar o
cambista incumbido de vendê-lo. Por fim achei-o e subi de um pulo as três
escadas.
O coração queria saltar-me quando abri a porta do camarote e entrei.
Não me tinha enganado; junto da velha vi um chapeuzinho de palha com
um véu preto rocegado, que não me deixava ver o rosto da pessoa a quem
pertencia.
Mas eu tinha adivinhado que era ela; e sentia um prazer indefinível em olhar
aquelas rendas e fitas, que me impediam de conhecê-la, mas que ao menos lhe
pertenciam.
Uma das fitas do chapéu tinha caído do lado do meu camarote, e, em risco
de ser visto, não pude suster-me e beijei-a a furto.
Representava-se a Traviata e era o último ato; o espetáculo ia acabar, e eu
ficaria no mesmo estado de incerteza.
Arrastei as cadeiras do camarote, tossi, deixei cair o binóculo, fiz um barulho
insuportável, para ver se ela voltava o rosto.
A platéia pediu silêncio; todos os olhos procuraram conhecer a causa. do
rumor; porém ela não se moveu; com a cabeça meio inclinada sobre a coluna, em
uma lânguida inflexão, parecia toda entregue ao encanto da música.
Tomei um partido.
Encostei-me à mesma coluna e, em voz baixa, balbuciei estas palavras:
- Não me esqueço!
Estremeceu e, baixando rapidamente o véu, conchegou ainda mais o largo
burnous de cetim branco.
Cuidei que ia voltar-se, mas enganei-me ; esperei muito tempo, e debalde.
Tive então um movimento de despeito e quase de raiva; depois de um mês
que eu amava sem esperança, que eu guardava a maior fidelidade à sua sombra,
ela me recebia friamente.
Revoltei-me.
- Compreendo agora, disse eu em voz baixa e como falando a um amigo que
estivesse a meu lado, compreendo por que ela me foge, por que conserva esse
mistério ; tudo isto não passa de uma zombaria cruel, de uma comédia, em que eu
faço o papel de amante ridículo. Realmente é uma lembrança engenhosa! Lançar
em um coração o germe de um amor profundo ; alimentá-lo de tempos a tempos
com uma palavra, excitar a imaginação pelo mistério; e depois, quando esse
namorado de uma sombra, de um sonho, de uma ilusão, passear pelo salão a sua
figura triste e abatida, mostrá-lo a suas amigas como uma vítima imolada aos seus
caprichos e escarnecer do louco! É espirituoso! O orgulho da mais vaidosa mulher
deve ficar satisfeito!
Enquanto eu proferia estas palavras, repassadas de todo o fel que tinha no
coração, a Charton modulava com a sua voz sentimental essa linda ária final da
Traviata, interrompida por ligeiros acessos de uma tosse seca.
Ela tinha curvado a cabeça e não sei se ouvia o que eu lhe dizia ou o que a
Charton cantava; de vez em quando as suas espáduas se agitavam com um tremor
convulsivo, que eu tomei injustamente por um movimento de impaciência.
O espetáculo terminou, as pessoas do camarote saíram e ela, levantando
sobre o chapéu o capuz de seu manto, acompanhou-as lentamente.
Depois, fingindo que se tinha esquecido de alguma coisa, tornou a entrar no
camarote e estendeu-me a mão.
-- Não saberá nunca o que me fez sofrer, disse-me com a voz trêmula.
Não pude ver-lhe o rosto; fugiu, deixando-me o seu lenço impregnado desse
mesmo perfume de sândalo e todo molhado de lágrimas ainda quentes.
Quis segui-la; mas ela fez um gesto tão suplicante que não tive ânimo de
desobedecer-lhe.
Estava como dantes; não a conhecia, não sabia nada a seu respeito; porém
ao menos possuía alguma coisa dela; o seu lenço era para mim uma relíquia
sagrada.
Mas as lágrimas? Aquele sofrimento de que ela falava? O que queria dizer
tudo isto?
Não compreendia; se eu tinha sido injusto, era uma razão para não
continuar a esconder-se de mim. Que queria dizer este mistério, que parecia
obrigada a conservar?
Todas estas perguntas e as conjeturas a que elas davam lugar não me
deixaram dormir.
Passei uma noite de vigília a fazer suposições, cada qual mais desarrazoada.

III

RECOLHENDO-ME no dia seguinte, achei em casa uma carta.
Antes de abri-la conheci que era dela, porque lhe tinha imprimido esse
suave perfume que a cercava como uma auréola.
Eis o que dizia :
"Julga mal de mim, meu amigo ; nenhuma mulher pode escarnecer de um
nobre coração como o seu.
"Se me oculto, se fujo, é porque há uma fatalidade que a isto me obriga. E só
Deus sabe quanto me custa este sacrifício, porque o amo!
"Mas não devo ser egoísta e trocar sua felicidade por um amor desgraçado.
"Esqueça-me.
Reli não sei quantas vezes esta carta, e, apesar da delicadeza de sentimento
que parecia ter ditado suas palavras, o que para mim se tornava bem claro é que ela
continuava a
fugir-me.
Essa assinatura era a mesma letra que marcava o seu lenço e à qual eu,
desde a véspera, pedia debalde um nome!
Fosse qual fosse esse motivo que ela chamava uma fatalidade e que eu
supunha ser apenas escrúpulo, senão uma zombaria, o melhor era aceitar o seu
conselho e fazer por esquecê-la.
Refleti então friamente sobre a extravagância da minha paixão e assentei
que com efeito precisava tomar uma resolução decidida.
Não era possível que continuasse a correr atrás de um fantasma que se
esvaecia quando ia tocá-lo.
Aos grandes males os grandes remédios, como diz Hipócrates. Resolvi fazer
uma viagem.
Mandei selar o meu cavalo, meti alguma roupa em um saco de viagem,
embrulhei-me no meu capote e saí, sem me importar com a manhã de chuva que
fazia.
Não sabia para onde iria. O meu cavalo levou-me para o Engenho-Velho e
eu daí me encaminhei para a Tijuca, onde cheguei ao meio-dia, todo molhado e
fatigado pelos maus caminhos.
Se algum dia se apaixonar, minha prima, aconselho-lhe as viagens como
um remédio soberano e talvez o único eficaz.
Deram-me um excelente almoço no hotel; fumei um charuto e dormi doze
horas, sem ter um sonho, sem mudar de lugar.
Quando acordei, o dia despontava sobre as montanhas da Tijuca.
Uma bela manhã, fresca e rociada das gotas de orvalho, desdobrava o seu
manto de azul por entre a cerração, que se desvanecia aos raios do sol.
O aspecto desta natureza quase virgem, esse céu brilhante, essa luz
esplêndida, caindo em cascatas de ouro sobre as encostas dos rochedos,
serenou-me completamente o espírito.
Fiquei alegre, o que havia muito tempo não me sucedia.
O meu hóspede, um inglês franco e cavalheiro, convidou-me para
acompanhá-lo à caça; gastamos todo o dia a correr atrás de duas ou três marrecas e
a bater as margens da Restinga.
Assim passei nove dias na Tijuca, vivendo uma vida estúpida quanto
pode ser: dormindo, caçando e jogando bilhar.
Na tarde do décimo dia, quando já me supunha perfeitamente curado e
estava contemplando o sol, que se escondia por detrás dos montes, e a lua, que
derramava no espaço a sua luz doce e acetinada, fiquei triste de repente.
Não sei que caminho tomavam as minhas idéias; o caso é que daí a pouco
descia a serra no meu cavalo, lamentando esses nove dias, que talvez me tivessem
feito perder para sempre a minha desconhecida.
Acusava-me de infidelidade, de traição; a minha fatuidade dizia-me que eu
devia ao menos ter-lhe dado o prazer de ver-me.
Que importava que ela me ordenasse que a esquecesse?
Não me tinha confessado que me amava, e não devia eu resistir e vencer
essa fatalidade, contra a qual ela, fraca mulher, não podia lutar?
Tinha vergonha de mim mesmo; achava-me egoísta, cobarde, irrefletido, e
revoltava-me contra tudo, contra o meu cavalo que me levara à Tijuca, e o meu
hóspede, cuja amabilidade ali me havia demorado.
Com esta disposição de espírito cheguei à cidade, mudei de traje e ia sair,
quando o meu moleque me deu uma carta.
Era dela.
Causou-me uma surpresa misturada de alegria e de remorso:
"Meu amigo.
"Sinto-me com coragem de sacrificar o meu amor à sua felicidade; mas ao
menos deixe-me o consolo de amá-lo.
"Há dois dias que espero debalde vê-lo passar e acompanhá-lo de longe com
um olhar! Não me queixo; não sabe nem deve saber em que ponto de seu caminho
o som de seus passos faz palpitar um coração amigo.
"Parto hoje para Petrópolis, donde voltarei breve; não lhe peço que me
acompanhe, porque devo ser-lhe sempre uma desconhecida, uma sombra escura
que passou um dia pelos sonhos dourados de sua vida.
"Entretanto eu desejava vê-lo ainda uma vez, apertar a sua mão e dizer-lhe
adeus para sempre.

"C."

A carta tinha a data de 3; nós estávamos a 10; havia oito dias que ela partira
para Petrópolis e que me esperava.
No dia seguinte embarquei na Prainha e fiz essa viagem da baía, tão
pitoresca, tão agradável e ainda tão pouco apreciada.
Mas então a majestade dessas montanhas de granito, a poesia desse vasto
seio de mar, sempre alisado como um espelho, os grupos de ilhotas graciosas que
bordam a baía, nada disto me preocupava.
Só tinha uma idéia... chegar; e o vapor caminhava menos rápido do que meu
pensamento.
Durante a viagem pensava nessa circunstância que a sua carta me revelara,
e fazia-me por lembrar de todas as ruas por onde costumava passar, para ver se
adivinhava aquela onde ela morava e donde todos os dias me via sem que eu
suspeitasse.
Para um homem como eu, que andava todo o dia desde a manhã até a
noite, a ponto de merecer que a senhora, minha prima, me apelidasse de Judeu
Errante, este trabalho era improfícuo.
Quando cheguei a Petrópolis, eram cinco horas da tarde; estava quase noite.
Entrei nesse hotel suíço, ao qual nunca mais voltei, e enquanto me serviam
um magro jantar, que era o meu almoço, tomei informações.
- Têm subido estes dias muitas famílias? perguntei eu ao criado.
- Não, senhor.
- Mas, há coisa de oito dias não vieram da cidade duas senhoras?
- Não estou certo.
- Pois indague, que preciso saber e já ; isto o ajudará a obter informações.
A fisionomia sisuda do criado expandiu-se ao tinir da moeda e a língua
adquiriu a sua elasticidade natural.
- Talvez o senhor queira falar de uma senhora já idosa que veio
acompanhada de sua filha?
- É isso mesmo.
- A moça parece-me doente; nunca a vejo sair.
- Onde está morando?
- Aqui perto, na rua de...
- Não conheço as ruas de Petrópolis; o melhor é acompanhar-me e vir
mostrar-me a casa.
- Sim senhor.
O criado seguiu-me e tomamos por uma das ruas agrestes da cidade alemã.

IV

A noite estava escura.
Era uma dessas noites de Petrópolis, envoltas em nevoeiro e cerração.
Caminhávamos mais pelo tato do que pela vista, dificilmente distinguíamos
os objetos a uma pequena distância; e muitas vezes, quando o meu guia se
apressava, o seu vulto perdia-se nas trevas.
Em alguns minutos chegamos em face de um pequeno edifício construído a
alguns passos do alinhamento, e cujas janelas estavam esclarecidas por uma luz
interior.
É ali.
- Obrigado.
O criado voltou e eu fiquei junto dessa casa, sem saber o que ia fazer.
A idéia de que estava perto dela, que via a luz que a esclarecia, que tocava a
relva que ela pisara, fazia-me feliz.
É coisa singular, minha prima! O amor que é insaciável e exigente e não se
satisfaz com tudo quanto uma mulher pode dar, que deseja o impossível, às vezes
contenta-se com um simples gozo d'alma, com uma dessas emoções delicadas,
com um desses nadas, dos quais o coração faz um mundo novo e desconhecido.
Não pense, porém, que eu fui a Petrópolis só para contemplar com enlevo as
janelas de um chalé; não; ao passo que sentia esse prazer, refletia no meio de vê-la
e falar-lhe.
Mas como?...
Se soubesse todos os expedientes, cada qual mais extravagante, que
inventou a minha imaginação! Se visse a elaboracão tenaz a que se entregava o
meu espírito para descobrir um meio de dizer-lhe que eu estava ali e a esperava!
Por fim achei um; se não era o melhor, era o mais pronto.
Desde que chegara, tinha ouvido uns prelúdios de piano, mas tão débeis
que pareciam antes tirados por uma mão distraída que roçava o teclado, do que por
uma pessoa que tocasse.
Isto me fez lembrar que ao meu amor se prendia a recordação de uma bela
música de Verdi; e foi quanto bastou.
Cantei, minha prima, ou antes assassinei aquela linda romanza; os que me
ouvissem tomar-me-iam por algum furioso; mas ela me compreenderia.
E de fato, quando eu acabei de estropiar esse trecho magnífico de harmonia
e sentimento, o piano, que havia emudecido, soltou um trilo brilhante e sonoro, que
acordou os ecos adormecidos no silêncio da noite.
Depois daquela cascata de sons majestosos, que se precipitavam em ondas
de harmonia do seio daquele turbilhão de notas que se cruzavam, deslizou
plangente, suave e melancólica uma voz que sentia e palpitava, exprimindo todo o
amor que respira a melodia sublime de Verdi.
Era ela que cantava!
Oh! não posso pintar-lhe, minha prima, a expressão profundamente triste, a
angústia de que ela repassou aquela frase de despedida :
Non ti scordar di me.
Addio!...

Partia-me a alma.
Apenas acabou de cantar, vi desenhar-se uma sombra em uma das janelas;
saltei a grade do jardim; mas as venezianas descidas não me permitiam ver o que
se passava na sala.
Sentei-me sobre uma pedra e esperei.
Não se ria, D... ; estava resolvido a passar ali a noite ao relento, olhando
para aquela casa e alimentando a esperança de que ela viria ao menos com uma
palavra compensar o meu sacrifício.
Não me enganei.
Havia meia hora que a luz da sala tinha desaparecido e que toda a casa
parecia dormir, quando se abriu uma das portas do jardim e eu vi ou antes pressenti
a sua sombra na sala.
Recebeu-me com surpresa, sem temor, naturalmente, e como se eu fosse
seu irmão ou seu marido. É porque o amor puro tem bastante delicadeza e bastante
confiança para dispensar o falso pejo, o pudor de convenção de que às vezes
costumam cercá-lo.
- Eu sabia que sempre havias de vir, disse-me ela.
- Oh! não me culpes! se soubesses!
- Eu culpar-te? Quando mesmo não viesses, não tinha o direito de
queixar-me.
- Por que não me amas!
- Pensas isto? disse-me com uma voz cheia de lágrimas.
- Não! não!... Perdoa!
Perdôo-te, meu amigo, como já te perdoei uma vez; julgas que te fujo, que
me oculto de ti, porque não te amo e, entretanto, não sabes que a maior felicidade
para mim seria poder dar-te a minha vida.
- Mas então por que esse mistério?
- Esse mistério, bem sabes, não é uma coisa criada por mim e sim pelo acaso
; se o conservo, é porque, meu amigo..., tu não me deves amar.
- Não te devo amar! Mas eu amo-te!...
Ela recostou a cabeça ao meu ombro e eu senti uma lágrima cair sobre meu
seio.
Estava tão perturbado, tão comovido dessa situação incompreensível, que
me senti vacilar e deixei-me cair sobre o sofá.
Ela sentou-se junto de mim; e, tomando-me as duas mãos, disse-me um
pouco mais calma:
- Tu dizes que me amas!
- Juro-te!
- Não te iludes talvez?
- Se a vida não é uma ilusão, respondi, penso que não, porque a minha vida
agora és tu, ou antes, a tua sombra.
- Muitas vezes toma-se um capricho por amor; tu não conheces de mim,
como dizes, senão a minha sombra!...
- Que me importa?..
- E se eu fosse feia? disse ela, rindo.
- Tu és bela como um anjo! Tenho toda a certeza.
- Quem sabe?
- Pois bem; convence-me, disse eu, passando-lhe o braço pela cintura e
procurando levá-la para uma sala vizinha, donde filtravam os raios de uma luz.
Ela desprendeu-se do meu braço.
A sua voz tornou-se grave e triste.
- Escuta, meu amigo ; falemos seriamente. Tu dizes que me amas ; eu o
creio, eu o sabia antes mesmo que me dissesses. As almas como as nossas
quando se encontram, se reconhecem e se compreendem. Mas ainda é tempo; não
julgas que mais vale conservar uma doce recordação do que entregar-se a um
amor sem esperança e sem futuro?...
- Não, mil vezes não! Não entendo o que queres dizer; o meu amor, o meu,
não precisa de futuro e de esperança, porque o tem em si, porque viverá sempre!...
- Eis o que eu temia; e, entretanto, eu sabia que assim havia de acontecer ;
quando se tem a tua alma, ama-se uma só vez.
-- Então por que exiges de mim um sacrifício que sabes ser impossível?
-- Porque, disse ela com exaltação, porque, se há uma felicidade indefinível
em duas almas que ligam sua vida, que se confundem na mesma existência, que
só têm um passado e um futuro para ambas, que desde a flor da idade até à velhice
caminham juntas para o mesmo horizonte, partilhando os seus prazeres e as suas
mágoas, revendo-se uma na outra até o momento em que batem as asas e vão
abrigar-se no seio de Deus, deve ser cruel, bem cruel, meu amigo, quando,
tendo-se apenas encontrado, uma dessas duas almas irmãs fugir deste mundo, e a
outra, viúva e triste, for condenada a levar sempre no seu seio uma idéia de morte,
a trazer essa recordação, que, como um crepe de luto, envolverá a sua bela
mocidade, a fazer do seu coração, cheio de vida e de amor, um túmulo para guardar
as cinzas do passado! Oh! deve ser horrível!...
A exaltação com que falava tinha-se tornado uma espécie de delírio; sua voz,
sempre tão doce e aveludada, parecia alquebrada pelo cansaço da respiração.
Ela caiu sobre o meu seio, agitando-se convulsivamente em um acesso de
tosse.

V

ASSIM ficamos muito tempo imóveis, ela, com a fronte apoiada sobre o meu
peito, eu, sob a impressão triste de suas palavras.
Por fim ergueu a cabeça; e, recobrando a sua serenidade disse-me com um
tom doce e melancólico:
-- Não pensas que melhor é esquecer do que amar assim?
-- Não! Amar, sentir-se amado, é sempre um gozo imenso e um grande
consolo para a desgraça. O que é triste, o que é cruel, não é essa viuvez da alma
separada de sua irmã, não; aí há um sentimento que vive, apesar da morte, apesar
do tempo. É, sim, esse vácuo do coração que não tem uma afeição no mundo e
que passa como um estranho por entre os prazeres que o cercam.
-- Que santo amor, meu Deus! Era assim que eu sonhava ser amada! ...
-- E me pedias que te esquecesse!...
-- Não! não! Ama-me; quero que me ames ao menos...
-- Não me fugirás mais?
-- Não.
-- E me deixarás ver aquela que eu amo e que não conheço? perguntei,
sorrindo.
-- Desejas?
-- Suplico-te!
-- Não sou eu tua?...
Lancei-me para a saleta onde havia luz e coloquei o lampião sobre a mesa
do gabinete em que estávamos.
Para mim, minha prima, era um momento solene; toda essa paixão violenta,
incompreensível, todo esse amor ardente por um vulto de mulher, ia depender
talvez de um olhar.
E tinha medo de ver esvaecer-se, como um fantasma em face da realidade,
essa visão poética de minha imaginação, essa criação que resumia todos os tipos.
Foi, portanto, com uma emoção extraordinária que, depois de colocar a luz,
voltei-me.
Ah!...
Eu sabia que era bela; mas a minha imaginação apenas tinha esboçado o
que Deus criara.
Ela olhava-me e sorria.
Era um ligeiro sorriso, uma flor que se desfolhava nos seus lábios, um
reflexo que iluminava o seu lindo rosto.
Seus grandes olhos negros fitavam em mim um desses olhares lânguidos e
aveludados que afagam os seios d'alma.
Um anel de cabelos negros brincava-lhe sobre o ombro, fazendo sobressair a
alvura diáfana de seu colo gracioso.
Tudo quanto a arte tem sonhado de belo e de voluptuoso desenhava-se
naquelas formas soberbas, naqueles contornos harmoniosos que se destacavam
entre as ondas de cambraia de seu roupão branco.
Vi tudo isto de um só olhar, rápido, ardente e fascinado! depois fui
ajoelhar-me diante dela e esqueci-me a contemplá-la.
Ela me sorria sempre e se deixava admirar.
Por fim tomou-me a cabeça entre as mãos e seus lábios fecharam-me os
olhos com um beijo.
-- Ama-me, disse.
O sonho esvaeceu-se.
A porta da sala fechou-se sobre ela, tinha-me fugido.
Voltei ao hotel.
Abri a minha janela e sentei-me ao relento.
A brisa da noite trazia-me de vez em quando um aroma de plantas agrestes
que me causava íntimo prazer.
Fazia lembrar-me da vida campestre, dessa existência doce e tranqüila que
se passa longe das cidades, quase no seio da natureza.
Pensava como seria feliz, vivendo com ela em algum canto isolado, onde
pudéssemos abrigar o nosso amor em um leito de flores e de relva.
Fazia na imaginação um idílio encantador e sentia-me tão feliz que não
trocaria a minha cabana pelo mais rico palácio da terra.
Ela me amava.
Só essa idéia embelezava tudo para mim; a noite escura de Petrópolis
parecia-me poética e o murmurejar triste das águas do canal tornava-se-me
agradável.
Uma coisa, porém, perturbava essa felicidade; era um ponto negro, uma
nuvem escura que toldava o céu da minha noite de amor.
Lembrava-me daquelas palavras tão cheias de angústia e tão sentidas, que
pareciam explicar a causa de sua reserva para comigo: havia nisto um quer que
seja que eu não compreendia.
Mas esta lembrança desaparecia logo sob a impressão de seu sorriso, que
eu tinha em minh'alma, de seu olhar, que eu guardava no coração, e de seus
lábios, cujo contato ainda
sentia.
Dormi embalado por estes sonhos e só acordei quando um raio de sol, alegre
e travesso, veio bater-me nas pálpebras e dar-me o bom dia.
O meu primeiro pensamento foi ir saudar a minha casinha; estava fechada.
Eram oito horas.
Resolvi dar um passeio para disfarçar a minha impaciência; voltando ao
hotel, o criado disse-me terem trazido um objeto que recomendaram me fosse
entregue logo.
Em Petrópolis não conhecia ninguém; devia ser dela.
Corri ao meu quarto e achei sobre a mesa uma caixinha de
pau-cetim; na tampa havia duas letras de tartaruga incrustadas : C. L.
A chave estava fechada em uma sobrecarta com endereço a mim; dispus-me
a abrir a caixa com a mão trêmula e tomado por um triste pressentimento.
Parecia-me que naquele cofre perfumado estava encerrada a minha vida, o
meu amor, toda a minha felicidade.
Abri.
Continha o seu retrato, alguns fios de cabelos e duas folhas de papel
escritas por ela e que li de surpresa em surpresa.



VI

EIS o que ela me dizia:
"Devo-te uma explicação, meu amigo.
"Esta explicação é a história da minha vida, breve história, da qual escreveste
a mais bela página.
"Cinco meses antes do nosso primeiro encontro completava eu os meus
dezesseis anos, a vida começava a sorrir-me.
"A educação rigorosa que me dera minha mãe, me conservara menina até
àquela idade, e foi só quando ela julgou dever correr o véu que ocultava o mundo
aos meus olhos, que eu perdi as minhas idéias de infância e as minhas inocentes
ilusões.
"A primeira vez que fui a um baile, fiquei deslumbrada no meio daquele
turbilhão de cavalheiros e damas, que girava em torno de mim sob uma atmosfera
de luz, de música, de
perfumes.
"Tudo me causava admiração; esse abandono com que as mulheres se
entregavam ao seu par de valsa, esse sorriso constante e sem expressão que uma
moça parece tomar na porta da entrada para só deixá-lo à saída, esses galanteios
sempre os mesmos e sempre sobre um tema banal, ao passo que me excitavam a
curiosidade, faziam desvanecer o entusiasmo com que tinha acolhido a notícia que
minha mãe me dera da minha entrada nos salões.
"Estavas nesse baile; foi a primeira vez que te vi.
"Reparei que nessa multidão alegre e ruidosa tu só não dançavas nem
galanteavas, e passeavas pelo salão como um espectador mudo e indiferente, ou
talvez como um homem que procurava uma mulher e só via toilettes.
"Compreendi-te e, durante muito tempo, segui-te com os olhos; ainda hoje
me lembro dos teus menores gestos, da expressão do teu rosto e do sorriso de fina
ironia que às vezes
fugia-te pelos lábios.
"Foi a única recordação que trouxe dessa noite, e quando adormeci, os meus
doces sonhos de infância, que, apesar do baile, vieram de novo pousar nas alvas
cortinas de meu leito, apenas foram interrompidos um instante pela tua imagem,
que me sorria.
"No dia seguinte reatei o fio de minha existência, feliz, tranqüila e
descuidosa, como costuma ser a existência de uma moça aos dezesseis anos.
"Algum tempo depois fui a outros bailes e ao teatro, porque minha mãe, que
guardara a minha infância, como um avaro esconde o seu tesouro, queria fazer
brilhar a minha mocidade.
"Quando cedia ao seu pedido e me ia aprontar, enquanto
preparava o meu simples traje, murmurava: -- Talvez ele esteja.
"E esta lembrança, não só me tornava alegre, mas fazia com que procurasse
parecer bela, para te merecer um primeiro olhar.
"Ultimamente era eu quem, cedendo a um sentimento que não sabia
explicar, pedia a minha mãe para irmos a um divertimento, só na esperança de
encontrar-te.
"Nem suspeitavas então que, entre todos aqueles vultos indiferentes, havia
um olhar que te seguia sempre e um coração que adivinhava os teus
pensamentos, que se expandia quando te via sorrir e contraía-se quando uma
sombra de melancolia anuviava o teu semblante.
"Se pronunciavam o teu nome diante de mim, corava e na minha
perturbação julgava que tinham lido esse nome nos meus olhos ou dentro de
minh'alma, onde eu bem sabia que ele estava escrito.
"E, entretanto, nem sequer ainda me tinhas visto; se teus olhos haviam
passado alguma vez por mim, tinha sido em um desses momentos em que a luz se
volta para o íntimo, e se olha, mas não se vê.
"Consolava-me, porém, que algum dia o acaso nos reuniria, e então não sei
o que me dizia que era impossível não me amares.
"O acaso deu-se, mas quando a minha existência já se tinha completamente
transformado.
"Ao sair de um desses bailes, apanhei uma pequena constipação, de que
não fiz caso. Minha mãe teimava que eu estava doente, e eu achava-me apenas
um pouco pálida e sentia às vezes um ligeiro calafrio, que eu curava, sentando-me
ao piano e tocando alguma música de bravura.
"Um dia, porém, achei-me mais abatida; tinha as mãos e os lábios ardentes,
a respiração era difícil, e ao menor esforço umedecia-se-me a pele com uma
transpiração que me parecia gelada.
"Atirei-me sobre um sofá e, com a cabeça recostada ao colo de minha mãe,
caí em um letargo que não sei quanto tempo durou. Lembro-me somente que, no
momento mesmo em que ia despertando dessa sonolência que se apoderara de
mim, vi minha mãe, sentada à cabeceira de meu leito, chorando, e um homem
dizia-lhe algumas palavras de consolo, que eu ouvi como em sonho:
"-- Não desespere, minha senhora; a ciência não é infalível, nem os meus
diagnósticos são sentenças irrevogáveis. Pode ser que a natureza e as viagens a
salvem. Mas é preciso não perder tempo.
"O homem partiu.
"Não tinha compreendido as suas palavras, às quais não ligava o menor
sentido.
"Passando um instante, ergui tranqüilamente os olhos para minha mãe, que
escondeu o lenço e tragou em silêncio o seu pranto e os seus soluços.
"-- Tu choras, mamãe?
"-- Não, minha filha... não... não é nada.
"-- Mas tu estás com os olhos cheios de lágrimas!... disse eu assustada.
"-- Ah! sim!... uma notícia triste que me contaram há pouco... sobre uma
pessoa... que tu não conheces.
"-- Quem é este senhor que estava aqui?
"-- É o Dr. Valadão, que te veio visitar.
"-- Então eu estou muito doente, boa mamãe?
"-- Não, minha filha, ele assegurou que não tens nada; é apenas um
incômodo nervoso.
"E minha querida mãe, não podendo mais conter as lágrimas que saltavam
dos olhos, fugiu, pretextando uma ordem a dar.
"Então, à medida que a minha inteligência ia saindo do letargo, comecei a
refletir sobre o que se tinha passado.
"Aquele desmaio tão longo, aquelas palavras que eu ouvira ainda entre as
névoas de um sono agitado, as lágrimas de minha mãe e a sua repentina aflição, o
tom condoído com que o médico lhe falara.
"Um raio de luz esclareceu de repente o meu espírito.
Estava desenganada.
- O poder da ciência, o olhar profundo, seguro, infalível, desse homem que lê
no corpo humano como em um livro aberto, tinha visto no meu seio um átomo
imperceptível.
"E esse átomo era o verme que devia destruir as fontes da vida, apesar dos
meus dezesseis anos, apesar de minha organização, apesar de minha beleza e dos
meus sonhos de felicidade!"
Aqui terminava a primeira folha, que eu acabei de ler entre as lágrimas que
me inundavam as faces e caíam sobre o papel.
Era este o segredo de sua estranha reserva; era a razão por que me fugia,
por que se ocultava, por que ainda na véspera dizia que se tinha imposto o
sacrifício de nunca ser amada por mim.
Que sublime abnegação, minha prima! E, como eu me sentia pequeno e
mesquinho à vista desse amor tão nobre!



VII

CONTINUEI a ler :
"Sim, meu amigo!...
"Estava condenada a morrer; estava atacada dessa moléstia fatal e traiçoeira,
cujo dedo descarnado nos toca no meio dos prazeres e dos risos, nos arrasta ao
leito, e do leito ao túmulo, depois de ter escarnecido da natureza, transfigurando as
suas belas criações em múmias animadas.
"É impossível descrever-te o que se passou então em mim; foi um desespero
mudo e concentrado, mas que me prostrou em uma atonia profunda; foi uma
angústia pungente e cruel.
"As rosas da minha vida apenas se entreabriam e já eram bafejadas por um
hálito infetado; já tinham no seio o germe de morte que devia fazê-las murchar!
"Meus sonhos de futuro, minhas tão risonhas esperanças, meu puro amor,
que nem sequer ainda tinha colhido o primeiro sorriso, este horizonte, que há
pouco me parecia tão brilhante, tudo isto era uma visão que ia sumir-se, uma luz
que lampejava prestes a extinguir-se.
"Foi preciso um esforço sobre-humano para esconder de minha mãe a
certeza que eu tinha sobre o meu estado e para gracejar dos seus temores, que eu
chamava imaginários.
"Boa mãe! Desde então só viveu para consagrar-se exclusivamente à sua
filha, para envolvê-la com esse desvelo e essa proteção que Deus deu ao coração
materno, para abrigar-me com suas preces, sua solicitude e seus carinhos, para
lutar à força de amor e de dedicação contra o destino.
"Logo no dia seguinte fomos para Andaraí, onde ela alugara uma chácara, e
aí, graças a seus cuidados, adquiri tanta saúde, tanta força, que me julgaria boa se
não fosse a sentença fatal que pesava sobre mim.
"Que tesouro de sentimento e de delicadeza que é um coração de mãe, meu
amigo! Que tato delicado, que sensibilidade apurada, possui esse amor sublime!
"Nos primeiros dias, quando ainda estava muito abatida e era obrigada a
agasalhar-me, se visses como ela pressentia as rajadas de um vento frio antes que
ele agitasse os renovos dos cedros do jardim, como adivinhava a menor neblina
antes que a primeira gota umedecesse a laje do nosso terraço!
"Fazia tudo por distrair-me; brincava comigo como uma camarada de colégio;
achava prazer nas menores coisas para excitar-me a imitá-la; tornava-se menina e
obrigava-me a ter caprichos.
"Enfim, meu amigo, se fosse a dizer-te tudo, escreveria um livro e esse livro
deves ter lido no coração de tua mãe, porque todas as mães se parecem.
"Ao cabo de um mês tinha recobrado a saúde para todos, exceto para mim,
que às vezes sentia um quer que seja como uma contração, que não era dor, mas
que me dizia que o mal estava ali, e dormia apenas.
"Foi nesta ocasião que te encontrei no ônibus de Andaraí; quando entravas,
a luz do lampião iluminou-te o rosto e eu te reconheci.
"Faze idéia que emoção sentira quando te sentaste junto de mim.
"O mais tu sabes; eu te amava e era tão feliz de ter-te ao meu lado, de apertar
a tua mão, que nem me lembrava como te devia parecer ridícula uma mulher que,
sem te conhecer,
te permitia tanto.
"Quando nos separamos, arrependi-me do que tinha feito.
"Com que direito ia eu perturbar a tua felicidade, condenar-te a um amor
infeliz e obrigar-te a associar tua vida a uma existência triste, que talvez não te
pudesse dar senão os tormentos de seu longo martírio?!
"Eu te amava; mas, já que Deus não me tinha concedido a graça de ser tua
companheira neste mundo, não devia ir roubar ao teu lado e no teu coração o lugar
que outra mais feliz, porém menos dedicada, teria de ocupar.
"Continuei a amar-te, mas impus-me a mim mesma o sacrifício de nunca ser
amada, por ti.
"Vês, meu amigo, que não era egoísta e preferia a tua à minha felicidade. Tu
farias o mesmo, estou certa.
"Aproveitei o mistério do nosso primeiro encontro e esperei que alguns dias
te fizessem esquecer essa aventura e quebrassem o único e bem frágil laço que te
prendia a mim.
"Deus não quis que acontecesse assim; vendo-te só em um baile, tão triste,
tão pensativo, procurando um ser invisível, uma sombra e querendo descobrir os
seus vestígios em algum dos rostos que passavam diante de ti, senti um prazer
imenso.
"Conheci que tu me amavas; e, perdoa, fiquei orgulhosa dessa paixão
ardente, que uma só palavra minha havia criado, desse poder do meu amor, que,
por uma força de atração inexplicável, tinha-te ligado à minha sombra.
"Não pude resistir.
"Aproximei-me, disse-te uma palavra sem que tivesses tempo de ver-me; foi
essa mesma palavra que resume todo o poema do nosso amor e que, depois do
primeiro encontro, era, como ainda hoje, a minha prece de todas as noites.
"Sempre que me ajoelho diante do meu crucifixo de marfim, depois de
minha oração, ainda com os olhos na cruz e o pensamento em Deus, chamo a tua
imagem para pedir-te que não te esqueças de mim.
"Quando tu te voltaste ao som da minha voz, eu tinha entrado no toilette; e
pouco depois saí desse baile, onde apenas acabava de entrar, tremendo da minha
imprudência, mas alegre e feliz por te ter visto ainda uma vez.
"Deves agora compreender o que me fizeste sofrer no teatro quando me
dirigias aquela acusação tão injusta, no momento mesmo em que a Charton
cantava a ária da Traviata.
"Não sei como não me traí naquele momento e não te disse tudo; o teu
futuro, porém, era sagrado para mim, e eu não devia destruí-lo para satisfação de
meu amor próprio ofendido.
"No dia seguinte escrevi-te; e assim, sem me trair, pude ao menos
reabilitar-me na tua estima; doía-me muito que, ainda mesmo não me conhecendo,
tivesses sobre mim uma idéia tão injusta e tão falsa.
"Aqui é preciso dizer-te que no dia seguinte ao do nosso primeiro encontro,
tínhamos voltado à cidade, e eu te via passar todos os dias diante de minha janela,
quando fazias o teu passeio costumado à Glória.
"Por detrás das cortinas, seguia-te com o olhar, até que desaparecias no fim
da rua, e este prazer, rápido como era, alimentava o meu amor, habituado a viver de
tão pouco.
"Depois da minha carta tu deixaste de passar dois dias, estava eu a partir
para aqui, donde devia voltar unicamente para embarcar no paquete inglês.
"Minha mãe, incansável nos seus desvelos, quer levar-me à Europa e
fazer-me viajar pela Itália, pela Grécia, por todos os países de um clima doce.
"Ela diz que é para - mostrar-me os grandes modelos de arte e cultivar o meu
espírito, mas eu sei que essa viagem é a sua única esperança, que não podendo
nada contra a minha enfermidade, quer ao menos disputar-lhe a sua vítima durante
mais algum tempo.
"Julga que fazendo-me viajar, sempre me dará mais alguns dias de
existência, como se estes sobejos de vida valessem alguma coisa para quem já
perdeu a sua mocidade e o seu futuro.
"Quando ia embarcar para aqui, lembrei-me de que talvez não te visse mais
e, diante dessa derradeira provança, sucumbi. Ao menos o consolo de dizer-te
adeus!...
"Era o último!
"Escrevi-te segunda vez; admirava-me da tua demora, mas tinha uma
quase certeza de que havias de vir.
"Não me enganei.
"Vieste, e toda a minha resolução, toda a minha coragem cedeu, porque,
sombra ou mulher, conheci que me amavas como eu te amo.
"O mal estava feito.
"Agora, meu amigo, peço-te por mim, pelo amor que me tens, que reflitas no
que te vou dizer, mas que reflitas com calma e tranqüilidade.
"Para isto parti hoje de Petrópolis, sem prevenir-te, e coloquei entre nós o
espaço de vinte e quatro horas e uma distância de muitas léguas.
"Desejo que não procedas precipitadamente e que, antes de dizer-me uma
palavra, tenhas medido todo o alcance que ela deve ter sobre o teu futuro.
"Sabes o meu destino, sabes que sou uma vítima, cuja hora está marcada, e
que todo o meu amor, imenso, profundo, não te pode dar talvez dentro em bem
pouco senão o sorriso contraído pela tosse, o olhar desvairado pela febre e carícias
roubadas aos sofrimentos.
"É triste; e não deves imolar assim a tua bela mocidade, que ainda te reserva
tantas venturas e talvez um amor como o que eu te consagro.
"Deixo-te, pois, meu retrato, meus cabelos e minha história; guarda-os como
uma lembrança e pensa algumas vezes em mim: beija esta folha muda, onde os
meus lábios deixaram-te o adeus extremo.
"Entretanto, meu amigo, se, como tu dizias ontem, a felicidade é amar e
sentir-se amado; se te achas com forças de partilhar essa curta existência, esses
poucos dias que me restam a passar sobre a terra, se me queres dar esse consolo
supremo, único que ainda embelezaria minha vida, vem!
"Sim, vem! iremos pedir ao belo céu da Itália mais alguns dias de vida para
nosso amor; iremos aonde tu quiseres, ou aonde nos levar a Providência.
"Errantes pelas vastas solidões dos mares ou pelos cimos elevados das
montanhas, longe do mundo, sob o olhar protetor de Deus, à sombra dos cuidados
de nossa mãe, viveremos tanto um como outro, encheremos de tanta afeição os
nossos dias, as nossas horas, os nossos instantes, que, por curta que seja a minha
existência, teremos vivido por cada minuto séculos de amor e de felicidade.
"Eu espero; mas temo.
"Espero-te como a flor desfalecida espera o raio de sol que deve aquecê-la, a
gota de orvalho que pode animá-la, o hálito da brisa que vem bafejá-la. Porque para
mim o único céu que hoje me sorri, são teus olhos; o calor que pode me fazer viver,
é o do teu seio.
"Entretanto temo, temo por ti, e quase peço a Deus que te inspire e te salve
de um sacrifício talvez inútil!
"Adeus para sempre, ou até amanhã!"

CARLOTA


VIII

DEVOREI toda esta carta de um lanço de olhos.
Minha vista corria sobre o papel como o meu pensamento, sem parar, sem
hesitar, poderia até dizer sem respirar.
Quando acabei de ler, só tinha um desejo: era o de ir ajoelhar-me a seus pés
e receber como uma bênção do céu esse amor sublime e santo.
Como sua mãe, lutaria contra o destino, cercá-la-ia de tanto afeto e de tanta
adoração, tornaria sua vida tão bela e tão tranqüila, prenderia tanto sua alma à terra,
que lhe seria impossível deixá-la.
Criaria para ela com o meu coração um mundo novo, sem as misérias e as
lágrimas deste mundo em que vivemos; um mundo só de ventura, onde a dor e o
sofrimento não pudessem penetrar.
Pensava que devia haver no universo algum lugar desconhecido, algum
canto de terra ainda puro do hálito do homem, onde a natureza virgem conservaria
o perfume dos primeiros tempos da criação e o contato das mãos de Deus quando a
formara.
Aí era impossível que o ar não desse vida; que o raio do sol não viesse
impregnado de um átomo de fogo celeste; que a água, as árvores, a terra, cheia de
tanta seiva e de tanto vigor, não inoculassem na criatura essa vitalidade poderosa
da natureza no seu primitivo esplendor.
Iríamos, pois, a uma dessas solidões desconhecidas; o mundo abria-se
diante de nós e eu sentia-me com bastante força e bastante coragem para levar o
meu tesouro além dos mares e das montanhas, até achar um retiro onde esconder
a nossa felicidade.
Nesses desertos, tão vastos, tão extensos, não haveria sequer vida bastante
para duas criaturas que apenas pediam um palmo de terra e um sopro de ar, a fim
de poderem elevar a Deus, como uma prece constante, o seu amor tão puro?
Ela dava-me vinte e quatro horas para refletir e eu não queria nem um
minuto, nem um segundo.
Que me importavam o meu futuro e a minha existência se eu os
sacrificaria de bom grado para dar-lhe mais um dia de vida?
Todas estas idéias, minha prima, cruzavam-se no meu espirito, rápidas e
confusas, enquanto eu fechava na caixinha de pau-cetim os objetos preciosos que
ela encerrava, copiava na minha carteira a sua morada, escrita no fim da carta, e
atravessava o espaço que me separava da porta do hotel.
Aí encontrei o criado da véspera.
-- A que horas parte a barca da Estrela?
-- Ao meio-dia.
Eram onze horas; no espaço de uma hora eu faria as quatro léguas que me
separavam daquele porto.
Lancei os olhos em torno de mim com uma espécie de desvario.
Não tinha um trono, como Ricardo III, para oferecer em troca de um cavalo;
mas tinha a realeza do nosso século, tinha dinheiro.
A dois passos da porta do hotel estava um cavalo, que o seu dono tinha pela
rédea.
-- Compro-lhe este cavalo, disse eu, caminhando para ele, sem mesmo
perder tempo em cumprimentá-lo.
-- Não pretendia vendê-lo, respondeu-me o homem cortesmente; mas, se o
senhor está disposto a dar o preço que ele vale.
-- Não questiono sobre o preço; compro-lhe o cavalo arreado como está.
O sujeito olhou-me admirado; porque, a falar a verdade, os seus arreios nada
valiam.
Quanto a mim, já lhe tinha tomado as rédeas da mão; e, sentado no selim,
esperava que me dissesse quanto tinha de pagar-lhe.
-- Não repare, fiz uma aposta e preciso de um cavalo para ganhá-la.
Isto deu-lhe a compreender a singularidade do meu ato e a pressa que eu
tinha; recebeu sorrindo o preço do seu animal e disse, saudando-me com a mão, de
longe, porque já eu dobrava a rua:
-- Estimo que ganhe a aposta; o animal é excelente!
Na verdade era uma aposta que eu tinha feito comigo mesmo, ou antes com
a minha razão, a qual me dizia que era impossível apanhar a barca, e que eu fazia
uma extravagância sem necessidade, pois bastava ter paciência por vinte e quatro
horas.
Mas o amor não compreende esses cálculos e esses raciocínios próprios da
fraqueza humana; criado com uma partícula do fogo divino, ele eleva o homem
acima da terra, desprende-o da argila que o envolve e dá-lhe força para dominar
todos os obstáculos, para querer o impossível.
Esperar tranqüilamente um dia para dizer-lhe que eu a amava e queria
amá-la com todo o culto e admiração que me inspirava a sua nobre abnegação, me
parecia quase uma infâmia.
Seria dizer-lhe que tinha refletido friamente, que tinha pesado todos os prós
e os contras do passo que ia dar, que havia calculado como um egoísta a felicidade
que ela me oferecia.
Não só a minha alma se revoltava contra esta idéia; mas parecia-me que ela,
com a sua extrema delicadeza de sentimento, embora não se queixasse, sentiria
ver-se o objeto de um cálculo e o alvo de um projeto de futuro.
A minha viagem foi uma corrida louca, desvairada, delirante. Novo
Mazzeppa, passava por entre a cerração da manhã, que cobria os píncaros da
serrania, como uma sombra que fugia rápida e veloz.
Dir-se-ia que alguma rocha colocada em um dos cabeços da montanha
tinha-se despreendido de seu alvéolo secular e, precipitando-se com todo o peso,
rolava surdamente pelas encostas.
O galopar do meu cavalo formava um único som, que ia reboando pelas
grutas e cavernas e confundia-se com o rumor das torrentes.
As árvores, cercadas de névoa, fugiam diante de mim como fantasmas; o
chão desaparecia sob os pés do animal; às vezes parecia-me que a terra ia
faltar-me e que o cavalo e cavaleiro rolavam por algum desses abismos imensos e
profundos, que devem ter servido de túmulos titânicos.
Mas, de repente, entre uma aberta de nevoeiro, eu via a linha azulada do mar
e fechava os olhos e atirava-me sobre o meu cavalo, gritando-lhe ao ouvido a
palavra de Byron: -- Away!
Ele parecia entender-me e precipitava essa corrida desesperada; não
galopava, voava; seus pés, como impelidos por quatro molas de aço, nem tocavam
a terra.
Assim, minha prima, devorando o espaço e a distância, foi ele, o nobre
animal, abater-se a alguns passos apenas da praia; a coragem e as forças só o
tinham abandonado com a vida e no termo da viagem.
Em pé, ainda sobre o cadáver desse companheiro leal, via a coisa de uma
milha o vapor que singrava ligeiramente para a cidade.
Aí fiquei, perto de uma hora, seguindo com os olhos essa barca que a
conduzia; e quando o casco desapareceu, olhei os frocos de fumaça do vapor, que
se enovelaram no ar e que o vento desfazia a pouco e pouco.
Por fim, quando tudo desapareceu e que nada me falava dela, olhei ainda o
mar por onde havia passado e o horizonte que a ocultava aos meus olhos.
O sol dardejava raios de fogo; mas eu nem me importava com o sol; todo o
meu espírito e os meus sentidos se concentravam em um único pensamento; vê-la,
vê-la em uma hora, em um momento, se possível fosse.
Um velho pescador arrastava nesse momento a sua canoa à praia.
Aproximei-me e disse-lhe:
-- Meu amigo, preciso ir à cidade, perdi a barca e desejava que você me
conduzisse na sua canoa.
-- Mas se eu agora mesmo é que chego!
-- Não importa; pagarei o seu trabalho, também o incêmodo que isto lhe
causa.
-- Não posso, não, senhor, não é lá pela paga que eu digo que estou
chegando; mas é que passar a noite no mar sem dormir não é lá das melhores
coisas; e estou caindo de sono.
-- Escute, meu amigo...
-- Não se canse, senhor; quando eu digo não, é não; e está dito.
E o velho continuou a arrastar a sua canoa.
-- Bem, não falemos mais nisto; mas conversemos.
-- Lá isto como o senhor quiser.
-- A sua pesca rende-lhe bastante?
-- Qual! rende nada!...
-- Ora diga-me! Se houvesse um meio de fazer-lhe ganhar em um só dia o
que pode ganhar em um mês, não enjeitaria decerto?
-- Isto é coisa que se pergunte?
-- Quando mesmo fosse preciso embarcar depois de passar uma noite em
claro no mar?
-- Ainda que devesse remar três dias com três noites, sem dormir nem comer.
-- Nesse caso, meu amigo, prepare-se, que vai ganhar o seu mês de
pescaria; leve-me à cidade.
-- Ah! isto já é outro falar ; por que não disse logo?...
-- Era preciso explicar-me?!
-- Bem diz o ditado que é falando que a gente se entende.
-- Assim, é negócio decidido. Vamos embarcar?
-- Com licença; preciso de um instantinho para prevenir a mulher ; mas é um
passo lá e outro cá.
-- Olhe, não se demore ; tenho muita pressa.
-- É em um fechar de olhos, disse ele, correndo na direção da vila.
Mal tinha feito vinte passos, parou, hesitou, e por fim voltou lentamente pelo
mesmo caminho.
Eu tremia; julgava que se tinha arrependido, que vinha apresentar-me
alguma nova dificuldade. Chegou-se para mim de olhos baixos e coçando a
cabeça.
-- O que temos, meu amigo? perguntei-lhe com uma voz que esforçava por
ter calma.
- É que... o senhor disse que pagava um mês...
-- Decerto; e, se duvida, disse, levando a mão ao bolso.
-- Não, senhor, Deus me defenda de desconfiar do senhor! Mas é que... sim,
não vê, o mês agora tem menos um dia que os outros!
Não pude deixar de sorrir-me do temor do velho; nós estivamos com efeito,
no mês de fevereiro.
-- Não se importe com isto; está entendido que, quando eu digo um mês, é
um mês de trinta e um dias; os outros são meses aleijados, e não se contam.
-- É isso mesmo, disse o velho, rindo-se da minha idéia; assim como quem
diz, um homem sem um braço. Ah!... ah!...
E, continuando a rir-se, tomou o caminho de casa e desapareceu.
Quanto a mim, estava tão contente com a idéia de chegar à cidade em
algumas horas, que não pude deixar também de rir-me do caráter original do
pescador.
Conto-lhe estas cenas e as outras que se lhe seguiram com todas as suas
circunstâncias por duas razões, minha prima.
A primeira é porque desejo que compreenda bem o drama simples que me
propus traçar-lhe ; a segunda é porque tenho tantas vezes repassado na memória
as menores particularidades dessa história, tenho ligado de tal maneira o meu
pensamento a essas reminiscências, que não me animo a destacar delas a mais
insignificante circunstância; parece-me que se o fizesse, separaria uma parcela de
minha vida.
Depois de duas horas de espera e de impaciência, embarquei nessa
casquinha de noz, que saltou sobre as ondas, impelida pelo braço ainda forte e ágil
do velho pescador.
Antes de partir fiz enterrar o meu pobre cavalo; não podia deixar assim
exposto às aves de rapina o corpo desse nobre animal, que eu tinha roubado à
afeição do seu dono, para imolá-lo à satisfação de um capricho meu.
Talvez lhe pareça isto uma puerilidade; mas a senhora é mulher, minha
prima, e deve saber que, quando se ama como eu amava, tem-se o coração tão
cheio de afeição, que espalha uma atmosfera de sentimento em torno de nós e
inunda até os objetos inanimados, quanto mais as criaturas, ainda irracionais, que
um momento se ligaram à nossa existência para realização de um desejo.

IX

ERAM seis horas da tarde.
O sol declinava rapidamente e a noite, descendo do céu, envolvia a terra nas
sombras desmaiadas que acompanhavam o ocaso.
Soprava uma forte viração de sudoeste, que desde o momento da partida
retardava a nossa viagem; lutávamos contra o mar e o vento.
O velho pescador, morto de fadiga e de sono, estava exausto de forças; a
sua pá, que a princípio fazia saltar sobre as ondas como um peixe o frágil
barquinho, apenas feria agora a flor da água.
Eu, recostado na popa, e com os olhos fitos na linha azulada do horizonte,
esperando a cada momento ver desenhar-se o perfil do meu belo Rio de Janeiro,
começava seriamente a inquietar-me na minha extravagância e loucura.
À proporção que declinava o dia e que as sombras cobriam o céu, esse vago
inexprimível da noite no meio das ondas, a tristeza e melancolia que infunde o
sentimento da fraqueza do homem em face dessa solidão imensa de água e de
céu, se apoderavam do meu espírito.
Pensava então que teria sido mais prudente esperar o dia seguinte e fazer
uma viagem breve e rápida, do que sujeitar-me a mil contratempos e mil
embaraços, que no fim de contas nada adiantavam.
Com efeito já tinha anoitecido; e, ainda que conseguíssemos chegar à
cidade por volta de nove ou dez horas, só no dia seguinte poderia ver Carlota e
falar-lhe.
De que havia servido, pois, todo o meu arrebatamento, toda a minha
impaciência? Tinha morto um animal, tinha incomodado um pobre velho, tinha
atirado às mãos cheias dinheiro, que poderia melhor empregar socorrendo algum
infortúnio e cobrindo esta obra de caridade com o nome e a lembrança dela.
Concebia uma triste idéia de mim; no meu modo de ver então as coisas,
parecia-me que eu tinha feito do amor, que é uma sublime paixão, apenas uma
estúpida mania; e dizia interiormente que o homem que não domina os seus
sentimentos, é um escravo, que não tem o menor merecimento quando pratica um
ato de dedicação.
Tinha-me tornado filósofo, minha prima, e decerto compreenderá a razão.
No meio da baía, metido em uma canoa, à mercê do vento e do mar, não
podendo dar largas à minha impaciência de chegar, não havia senão um modo de
sair desta situação, e este era arrepender-me do que tinha feito.
Se eu pudesse fazer alguma nova loucura, creio piamente que adiaria o
arrependimento para mais tarde, porém era impossível.
Tive um momento a idéia de atirar-me à água e procurar vencer a nado a
distância que me separava dela; mas era noite, não tinha a luz de Hero para
guiar-me, e me perderia nesse novo Helesponto.
Foi decerto uma inspiração do céu ou o meu anjo da guarda que me veio
advertir que naquela ocasião eu nem sabia mesmo de que lado ficava a cidade.
Resignei-me, pois, e arrependi-me sinceramente.
Dividi com o meu companheiro algumas provisões que tínhamos trazido; e
fizemos uma verdadeira colação de contrabandistas ou piratas.
Caí na asneira de obrigá-lo a beber uma garrafa de vinho do Porto, bebendo
eu outra para acompanhá-lo e fazer-lhe as honras da hospitalidade. Julgava que
deste modo ele restabeleceria as forças e chegaríamos mais depressa.
Tinha-me esquecido de que a sabedoria das nações, ou a ciência dos
provérbios, consagra o princípio de que devagar se vai ao longe.
Acabada a nossa magra colação, o pescador começou a remar com uma
força e um vigor que me reanimaram a esperança.
Assim, docemente embalado pela idéia de vê-la e pelo marulho das ondas,
com os olhos fitos na estrela da tarde, que se ia sumindo no horizonte e me sorria
como para consolar-me, senti a pouco e pouco fecharem-se-me as pálpebras, e
dormi.
Quando acordei, minha prima, o sol derramava seus raios de ouro sobre o
manto azulado das ondas: era dia claro.
Não sei onde estávamos; via ao longe algumas ilhas; o pescador dormia na
proa, e ressonava como um boto.
A canoa tinha vogado à mercê da corrente; e o remo, que caíra naturalmente
das mãos do velho, no momento em que ele cedera à força invencível do sono,
tinha desaparecido. Estávamos no meio da baía, sem poder dar um passo, sem
poder mover-nos.
Aposto, minha prima, que a senhora acaba de dar uma risada, pensando na
cômica posição em que me achava; mas seria uma injustiça zombar de uma dor
profunda, de uma angústia cruel como a que sofri então.
Os instantes, as horas, corriam de decepção em decepção; alguns barcos
que passaram perto, apesar dos nossos gritos, seguiram o seu caminho, não
podendo supor que com o tempo calmo e sereno que fazia, houvesse sombra de
perigo para uma canoa que boiava tão levemente sobre as ondas.
O velho, que tinha acordado, nem se desculpava; mas a sua aflição era tão
grande que quase me comoveu; o pobre homem arrancava os cabelos e mordia os
beiços de raiva.
As horas correram assim nessa atonia do desespero. Sentidos em face um
do outro, talvez culpando-nos mutuamente do que sucedia, não proferíamos uma
palavra, não fazíamos
um gesto.
Por fim veio a noite. Não sei como não fiquei louco, lembrando-me de que
estávamos a 18, e que o paquete devia partir no dia seguinte.
Não era unicamente a idéia de uma ausência que me afligia; era também a
lembrança do mal que ia causar-lhe, a ela, que, ignorando o que se passava, me
julgaria egoísta, suporia que a havia abandonado e que ficara em Petrópolis,
divertindo-me.
Aterrava-me com as conseqüências que poderia ter esse fato sobre a sua
saúde tão frágil, sobre a sua vida, e me condenava já como assassino.
Lancei um olhar alucinado sobre o pescador e tive ímpetos de abraçá-lo e
atirar-me com ele ao mar.
Oh! como sentia então o nada do homem e a fraqueza da nossa raça, tão
orgulhosa de sua superioridade e do seu poder!
De que me serviam a inteligência, a vontade e essa força invencível do amor,
que me impelia e me dava coragem para arrostar vinte vezes a morte?
Algumas braças d'água e uma pequena distância me retinham e me
encadeavam naquele lugar como a um poste; a falta de um remo, isto é, de três
palmos de madeira, criava para mim o impossível; um círculo de ferro me cingia, e
para quebrar essa prisão, contra a qual toda a minha razão era impotente,
bastava-me que fosse um ente irracional.
A gaivota, que frisava as ondas com a ponta de suas asas brancas; o peixe,
que fazia cintilar um momento seu dorso de escamas à luz das estrelas; o inseto,
que vivia no seio das águas e plantas marinhas, eram reis dessa solidão, na qual o
homem não podia sequer dar um passo.
Assim, blasfemando contra Deus e sua obra, sem saber o que fazia nem o
que pensava, entreguei-me à Providência; embrulhei-me no meu capote, deitei-me
e fechei os olhos, para não ver a noite adiantar-se, as estrelas empalidecerem e o
dia raiar.
Tudo estava sereno e tranqüilo; as águas nem se moviam; apenas sobre a
face lisa do mar passava, uma aragem tênue, que se diria hálito das ondas
adormecidas.
De repente, pareceu-me sentir que a canoa deixara de boiar à discrição e
singrava lentamente; julgando que fosse ilusão minha, não me importei, até que
um movimento contínuo e regular convenceu-me.
Afastei a aba do capote e olhei, receando ainda iludir-me; não vi o pescador;
mas a alguns passos da proa percebi os rolos de espuma que formavam um corpo,
agitando-se nas ondas.
Aproximei-me e distingui o velho pescador, que nadava, puxando a canoa
por meio de uma corda que amarrara à cintura, para deixar-lhe os movimentos
livres.
Admirei essa dedicação do pobre velho, que procurava remediar a sua falta
por um sacrifício que eu supunha inútil: não era possível que um homem nadasse
assim por muito tempo.
Com efeito, passados alguns instantes, vi-o parar e saltar ligeiramente na
canoa como temendo acordar-me; a sua respiração fazia uma espécie de
burburinho no seu peito largo e
forte.
Bebeu um trago de vinho e com o mesmo cuidado deixou-se cair n'água e
continuou a puxar a canoa.
Era alta noite quando nesta marcha chegamos a uma espécie de praia, que
teria quando muito duas braças. O velho saltou e desapareceu.
Fitando a vista nas trevas, vi uma claridade, que não pude distinguir se era
fogo, se luz, senão quando uma porta, abrindo-se, deixou-me ver o interior de uma
cabana.
O velho voltou com um outro homem, sentaram-se sobre uma pedra e
começaram a falar em voz baixa. Senti uma grande inquietação; na verdade, minha
prima, só me faltava, para completar a minha aventura, uma história de ladrões.
A minha suspeita, porém, era injusta; os dois pescadores estavam à espera
de dois remos que lhes trouxe uma mulher, e imediatamente embarcaram e
começaram a remar com uma força espantosa.
A canoa resvalou sobre as ondas, ágil e veloz como um desses peixes de
que havia pouco invejava a rapidez.
Ergui-me para agradecer a Deus, ao céu, às estrelas, às águas, a toda a
natureza enfim, o raio de esperança que me enviavam.
Uma faixa escarlate já se desenhava no horizonte; o oriente foi-se
esclarecendo de gradação em gradação, até que deixou ver o disco luminoso do
sol.
A cidade começou a erguer-se do seio das ondas, linda e graciosa, como
uma donzela que, recostada sobre um monte de relva, banhasse os pés na corrente
límpida de um rio.
A cada movimento de impaciência que eu fazia, os dois pescadores
dobravam-se sobre os remos e a canoa voava. Assim nos aproximamos da cidade,
passamos entre os navios, e nos dirigimos à Glória, onde pretendia desembarcar,
para ficar mais próximo de sua casa.
Em um segundo tinha tomado a minha resolução; chegar, vê-la, dizer-lhe
que a seguia, e embarcar-me nesse mesmo paquete em que ela ia partir.
Não sabia que horas eram; mas há pouco havia amanhecido; tinha tempo
para tudo, tanto mais que eu só precisava de uma hora. Um crédito sobre Londres e
a minha mala de viagem eram todos os meus preparativos; podia acompanhá-la ao
fim do mundo.
Já via tudo cor-de-rosa, sorria à minha ventura e gozava da alegre surpresa
que ia causar-lhe, a ela que já não me esperava.
A surpresa, porém, foi minha.
Quando passava diante de Villegaignon, descobri de repente o paquete
inglês : as pás se moviam indolentemente e imprimiam ao navio essa marcha
vagarosa do vapor, que parece experimentar as suas forças, para precipitar-se a
toda a carreira.
Carlota estava sentada sob a tolda, com a cabeça encostada ao ombro de
sua mãe e com os olhos engolfados no horizonte, que ocultava o lugar onde
tínhamos passado a primeira e última hora de felicidade.
Quando me viu, fez um movimento como se quisesse lançar-se para mim;
mas conteve-se, sorriu-se para sua mãe, e, cruzando as mãos no peito, ergueu os
olhos ao céu, como para agradecer a Deus, ou para dirigir-lhe uma prece.
Trocamos um longo olhar, um desses olhares que levam toda a nossa alma
e a trazem ainda palpitante das emoções que sentiu noutro coração; uma dessas
correntes elétricas que ligam duas vidas em um só fio.
O vapor soltou um gemido surdo; as rodas fenderam as águas; e o monstro
marinho, rugindo corno uma cratera, vomitando fumo e devorando o espaço com os
seus flancos negros, lançou-se.
Por muito tempo ainda vi o seu lenço branco agitar-se ao longe, como as
asas brancas do meu amor, que fugia e voava ao céu.
O paquete sumiu-se no horizonte.

X

O resto desta história, minha prima, a senhora conhece, com exceção de
algumas particularidades.
Vivi um mês, contando os dias, as horas e os minutos; e tempo corria
vagarosamente para mim, que desejava poder devorá-lo.
Quando tinha durante uma manhã inteira olhado o seu retrato, conversado
com ele, e lhe contado a minha impaciência e o meu sofrimento, começava a
calcular as horas que faltavam para acabar o dia, os dias que faltavam para acabar
a semana e as semanas que ainda faltavam para acabar o mês.
No meio da tristeza que me causara a sua ausência, o que me deu um
grande consolo foi uma carta que ela me havia deixado e que me foi entregue no
dia seguinte ao da sua partida.
"Bem vês, meu amigo, dizia-me ela, que Deus não quer aceitar o teu
sacrifício. Apesar de todo o teu amor, apesar de tua alma, ele impediu a nossa
união; poupou-te um sofrimento e a mim talvez um remorso.
"Sei tudo quanto fizeste por minha causa e adivinho o resto; parto triste por
não te ver, mas bem feliz por sentir-me amada, como nenhuma mulher talvez o
seja neste mundo."
Esta carta tinha sido escrita na véspera da saída do paquete; um criado que
viera de Petrópolis e a quem ela incumbira de entregar-me a caixinha com o seu
retrato, contou-lhe metade das extravagâncias que eu praticara para chegar à
cidade no mesmo dia.
Disse-lhe que me tinha visto partir para a Estrela, depois de perguntar a hora
da saída do vapor; e que embaixo da serra referiram-lhe como eu tinha morto um
cavalo para alcançar a barca e como me embarcara em uma canoa.
Não me vendo chegar, ela adivinhara que alguma dificuldade invencível me
retinha, e atribuía isto à vontade de Deus, que não consentia no meu amor.
Entretanto, lendo e relendo a sua carta, uma coisa me admirou; ela não me
dizia um adeus, apesar de sua ausência e apesar da moléstia, que podia tornar
essa ausência eterna.
Tinha-me adivinhado! Ao mesmo tempo que fazia por me dissuadir, estava
convencida de que a acompanharia.
Com efeito parti no paquete seguinte para a Europa.
Há de ter ouvido falar, minha prima, se é que ainda não o sentiu, da força
dos pressentimentos do amor, ou da segunda vista que tem a alma nas suas
grandes afeições.
Vou contar-lhe uma circunstância que confirma este fato.
No primeiro lugar onde desembarquei, não sei que instinto, que revelação,
me fez correr imediatamente ao correio; parecia-me impossível que ela não tivesse
deixado alguma lembrança para mim.
E de fato em todos os portos da escala do vapor havia, uma carta que
continha duas palavras apenas:
"Sei que tu me segues. Até logo."
Enfim cheguei à Europa e vi-a. Todas as minhas loucuras e os meus
sofrimentos foram compensados pelo sorriso de inexprimível gozo com que me
acolheu.
Sua mãe dizia-lhe que eu ficaria no Rio de Janeiro, mas ela nunca duvidara
de mim! Esperava-me como se a tivesse deixado na véspera, prometendo voltar.
Encontrei-a muito abatida da viagem; não sofria, mas estava pálida e branca
como uma dessas Madonas de Rafael, que vi depois em Roma.
Às vezes uma languidez invencível a prostrava; nesses momentos um quer
que seja de celeste e vaporoso a cercava, como se a alma exalando-se envolvesse
o seu corpo.
Sentado ao seu lado, ou de joelhos a seus pés, passava os dias a
contemplar essa agonia lenta; sentia-me morrer gradualmente, à semelhança de
um homem que vê os últimos clarões da luz que vai extinguir-se e deixá-lo nas
trevas.
Uma tarde em que ela estava ainda mais fraca, tínhamo-nos chegado para a
varanda.
A nossa casa em Nápoles dava sobre o mar; o sol, transmontando,
escondia-se nas ondas; um raio pálido e descorado veio enfiar-se pela nossa janela
e brincar sobre o rosto de Carlota, sentada ou antes deitada em uma conversadeira.
Ela abriu os olhos um momento e quis sorrir ; seus lábios nem tinham força
para desfolhar o sorriso.
As lágrimas saltaram-me dos olhos; havia muito que eu tinha perdido a fé,
mas conservava ainda a esperança; esta desvaneceu-se com aquele reflexo do
ocaso, que me parecia o seu adeus à vida.
Sentindo as minhas lágrimas molharem as suas mãos, que eu beijava, ela
voltou-se e fixou-me com os seus grandes olhos lânguidos.
Depois, fazendo um esforço, reclinou-se para mim e apoiou as mãos sobre o
meu ombro.
-- Meu amigo, disse ela com voz débil, vou pedir-te uma coisa, a última; tu me
prometes cumprir?
-- Juro, respondi-lhe eu, com a voz cortada pelos soluços.
-- Daqui a bem pouco tempo... daqui a algumas horas talvez... Sim! sinto
faltar-me o ar!...
-- Carlota!...
-- Sofres, meu amigo! Ah! se não fosse isto eu morreria feliz.
-- Não fales em morrer!
-- Pobre amigo, em que deverei falar então? Na vida?...
Mas não vês que a minha vida é apenas um sopro... um instante que breve terá
passado?
-- Tu te iludes, minha Carlota.
Ela sorriu tristemente.
-- Escuta; quando sentires a minha mão gelada, quando as palpitações do
meu coração cessarem, prometes receber nos lábios a minha alma?
-- Meu Deus!...
-- Prometes? sim?...
-- Sim.
Ela tornou-se lívida; sua voz suspirou apenas:
-- Agora!
Apertei-a ao peito e colei os meus lábios aos seus. Era o primeiro beijo de
nosso amor, beijo casto e puro, que a morte ia santificar.
Sua fronte se tinha gelado, não sentia a sua respiração nem as pulsações de
seu seio.
De repente ela ergueu a cabeça. Se visse, minha prima, que reflexo de
felicidade e alegria iluminava nesse momento o seu rosto pálido!
-- Oh! quero viver! exclamou ela.
E com os lábios entreabertos aspirou com delícia a aura impregnada de
perfumes que nos enviava o golfo de Ischia.
Desde esse dia foi pouco a pouco restabelecendo-se, ganhando as forças e
a saúde; sua beleza. reanimava-se e expandia-se como um botão que por muito
tempo privado de sol, se abre em flor viçosa.
Esse milagre, que ela, sorrindo e corando, atribuía ao meu amor, foi-nos um
dia explicado bem prosaicamente por um médico alemão que nos fez uma longa
dissertação a respeito da medicina.
Segundo ele dizia, a viagem tinha sido o único remédio e o que nós
tomávamos por um estado mortal não era senão a crise que se operava, crise
perigosa, que podia matá-la, mas que felizmente a salvou.
Casamo-nos em Florença na igreja de Santa Maria Novella.
Percorremos a Alemanha, a França, a Itália e a Grécia; passamos um ano
nessa vida errante e nômade, vivendo do nosso amor e alimentando-nos de
música, de recordações históricas, de contemplações de arte.
Criamos assim um pequeno mundo, unicamente nosso; depositamos nele
todas as belas reminiscências de nossas viagens, toda a poesia dessas ruínas
seculares em que as gerações que morreram, falam ao futuro pela voz do silêncio;
todo o enlevo dessas vastas e imensas solidões do mar, em que a alma,
dilatando-se no infinito, sente-se mais perto de Deus.
Trouxemos das nossas peregrinações um raio de sol do Oriente, um reflexo
de lua de Nápoles, uma nesga do céu da Grécia, algumas flores, alguns perfumes,
e com isto enchemos o nosso pequeno universo.
Depois, como as andorinhas que voltam com a primavera para fabricar o seu
ninho no campanário da capelinha em que nasceram, apenas ela recobrou a
saúde e as suas belas cores, viemos procurar em nossa terra um cantinho para
esconder esse mundo que havíamos criado.
Achamos na quebrada de uma montanha um lindo retiro, um verdadeiro
berço de relva suspenso entre o céu e a terra por uma ponta de rochedo.
Aí abrigamos o nosso amor e vivemos tão felizes que só pedimos a Deus
que nos conserve o que nos deu; a nossa existência é um longo dia, calmo e
tranqüilo, que começou ontem, mas que não tem amanhã.
Uma linda casa, toda alva e louçã, um pequeno rio saltitando entre as
pedras, algumas braças de terra, sol, ar puro, árvores, sombras, ...eis toda a nossa
riqueza.
Quando nos sentimos fatigados de tanta felicidade, ela arvora-se em dona de
casa ou vai cuidar de suas flores; eu fecho-me com os meus livros e passo o dia a
trabalhar. São os únicos momentos em que não nos vemos.
Assim, minha prima, como parece que neste mundo não pode haver um
amor sem o seu receio e a sua inquietação, nós não estamos isentos dessa
fraqueza.
Ela tem ciúmes de meus livros, como eu tenho de suas flores. Ela diz que a
esqueço para trabalhar; eu queixo-me de que ela ama as suas violetas mais do que
a mim.
Isto dura quando muito um dia; depois vem sentar-se ao meu lado e dizer-me
ao ouvido a primeira palavra que balbuciou o nosso amor: -- Non ti scordar di me.
Olhamo-nos, sorrimos e recomeçamos esta história que lhe acabo de contar
e que é ao mesmo tempo o nosso romance, o nosso drama e o nosso poema.
Eis, minha prima, a resposta à sua pergunta; eis por que esse moço
elegante, como teve a bondade de chamar-me, fez-se provinciano e retirou-se da
sociedade, depois de ter passado um ano na Europa.
Podia dar-lhe outra resposta mais breve e dizer-lhe simplesmente que tudo
isto sucedeu porque me atrasei cinco minutos.
Desta pequena causa, desse grão de areia, nasceu a minha felicidade; dele
podia resultar a minha desgraça. Se tivesse sido pontual como um inglês, não teria
tido uma paixão nem feito uma viagem; mas ainda hoje estaria perdendo o meu
tempo a passear pela rua do Ouvidor e a ouvir falar de política e teatro.
Isto prova que a pontualidade é uma excelente virtude para uma máquina;
mas um grave defeito para um homem.
Adeus, minha prima. Carlota impacienta-se, porque há muitas horas que lhe
escrevo; não quero que ela tenha ciúmes desta carta e que me prive de enviá-la.

Minas, 12 de agosto.

Abaixo da assinatura havia um pequeno post-scriptum de uma letra
fina e delicada :
"P. S. -- Tudo isto é verdade, D..., menos uma coisa.
"Ele não tem ciúmes de minhas flores, nem podia ter, porque sabe que só
quando seus olhos não me procuram é que vou visitá-las e pedir-lhes que
me ensinem a fazer-me bela para agradá-lo.
"Nisto enganou-a ; mas eu vingo-me, roubando-lhe um dos meus
beijos, que lhe envio nesta carta.
"Não o deixe fugir, prima; iria talvez revelar a nossa felicidade ao mundo
invejoso."




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quarta-feira, 8 de março de 2017

9 filmes que fazem referências a outros filmes e você não imaginava


9 filmes que fazem referências a outros filmes e você não imaginava



Se você piscar vai perder aquele detalhe, é melhor ver os filmes com uma leve inspiração para a investigação, cada detalhe uma descoberta na trama do autor e diretor.


1. “Star Wars” em “Star Trek”
Fã assumido de “Star Wars”, o diretor J. J. Abrams deu um jeitinho de inserir o R2-D2 nos dois filmes que dirigiu de “Star Trek”. Futuramente, ele acabou assumindo a direção do sétimo filme da franquia dos jedi, “O Despertar da Força”.



2. Quentin Tarantino em “Romy e Michele”
Lançado em 1997, o filme de duas amigas indo no encontro de 10 anos de formatura do ensino médio mostra uma referência ao diretor Quentin Tarantino, que namorava a atriz Mira Sorvino (Romy) na época: um cartaz da marca fictícia de cigarros Red Apple, criada por Tarantino para seus filmes, aparece de relance.



3. “Medo e Delírio” em “Rango”
Johnny Depp dubla o lagarto da animação “Rango”, que logo no começo do filme é atropelado pela dupla Duke e Gonzo, interpretados, respectivamente, por Depp e por Benício Del Toro em “Medo e Delírio”.



4. “Clube da Luta” em “Sr. e Sra. Smith”
Em “Sr. e Sra. Smith”, Adam Brody interpreta o homem que os personagens de Brad Pitt e Angelina Jolie precisam matar – e é por isso que um descobre que o outro é espião. Você reparou na camiseta de Brody? Sim! É do filme “Clube da Luta”, estrelado por Pitt.



5. Falando em “Clube da Luta”...
Uma das regras é não falar de “Clube da Luta”, mas não tem como: o filme tem cenas bastante peculiares, mostrando de relance fachadas de cinemas com letreiros de filmes estrelados pelos 3 protagonistas. Brad Pitt é representado por “Sete Anos no Tibet”, Edward Norton está em cartaz com “O Povo Contra Larry Flint”, e Helena Bonham Carter aparece com “Asas do Desejo”.



6. “Clube da Luta” em “A Rede Social”
David Fincher é o diretor de ambos os filmes e deu um jeitinho de fazer uma referência do primeiro no segundo: em “A Rede Social”, o Mark Zuckerberg de Jesse Eisenberg está usando o Facebook para fazer um trabalho de História da Arte e o perfil que ele está fuçando tem o nome de Tyler Durden, o personagem de Brad Pitt em “Clube da Luta”.



7. “Batman” e “Ed Wood” em “A Fantástica Fábrica de Chocolate”
Tim Burton é um fanfarrão e adora fazer autorreferências em seus filmes. Na refilmagem de “A Fantástica Fábrica de Chocolates”, o pai do protagonista trabalha em um fábrica de pasta de dentes chamada Smilex, uma clara citaçãoao veneno liberado pelo Coringa em “Batman”. Em outra cena, Willy Wonka anda por uma sala com ovelhas cor de rosa, em uma homenagem ao filme biográfico “Ed Wood”, também estrelado por Johnny Depp, que conta a história do pior diretor de todos os tempos e tinha um fascínio declarado pela lã rosa.



8. “A Hora do Pesadelo” em “Evil Dead 2”
Em “Evil Dead 2”, o diretor Sam Raimi faz uma bela referência a um dos maiores vilões de filmes de terror de todos os tempos: Freddy Krueger. A icônica luva do personagem aparece no fundo de algumas cenas, mas é preciso ter um olho bem treinado para enxergá-la.



9. “Procurando Nemo” em “Monstros S.A.”
A Pixar é outra que adora misturar suas histórias de maneira bastante sutil. Você já deve ter visto um vídeo recente rolando que mostra várias dessas referências. Uma das primeiras e mais óbvias é o boneco do Nemo aparecendo em “Monstro S.A.” – essa foi fácil de notar, não é mesmo?



FONTE(S) HOLLYWOOD.COM
(http://www.hollywood.com/movies/movie-references-you-never-caught-60227802/)



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terça-feira, 7 de março de 2017

5 dados científicos sobre o medo que todo mundo precisa entender


5 dados científicos sobre o medo que todo mundo precisa entender



É bom conhecer a explicação científica para este sentimento tão comum em nossas vidas!


1. Quando experimentamos o medo?
Novos estudos neurocientíficos sugerem que o processo de sentir medo é decidido em uma “democracia neural”. Alguns neurônios muito sensíveis, localizados na amígdala, enviam um sinal de alarme e o restante dos neurotransmissores decidem por maioria se o escutam ou não.



O ciclo do medo



2. Por que o medo paralisa?
A imobilidade defensiva é um mecanismo presente em quase todas as espécies de mamíferos. Diante de uma ameaça em potencial, os músculos endurecem e a frequência respiratória diminui.



3. O medo é aprendido
Um experimento controverso realizado com crianças na década de 1950 provou que a exposição a circunstâncias traumáticas ensina ao cérebro a temer estímulos que anteriormente não eram detectados como ameaçadores.



4. É possível transformar o medo em alegria
Em 2014, neurocientistas conseguiram converter, em ratos, a sensação de medo em prazer, estimulando determinadas zonas cerebrais enquanto os roedores eram expostos a uma ameaça.


Aldous Huxley vs George Orwell


5. Por que algumas pessoas gostam de sentir medo?
Em situações em que sabemos que estamos seguros, é possível apreciar o medo. Os filmes de terror, por exemplo, provocam uma excitação fisiológica que aumenta as sensações de prazer.


Sombras do Medo



Fonte: ABC
(http://abc.go.com/)



MEDO



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terça-feira, 7 de março de 2017

Os Mares estão chegando - Ambiente


Os Mares estão chegando - Ambiente



Uma parte dos cientistas acha que os oceanos estão subindo rápido demais. Eles prevêem um futuro cheio de inundações catastróficas. Outros duvidam que o perigo seja tão grande. Por via das dúvidas, países como a Holanda já começam a se preparar.


Cenários para um mundo molhado
Com a habitual dose de exagero empregada no cinema catástrofe, Hollywod inventou uma paisagem apocalíptica para retratar a subida dos mares. No filme Waterworld (1995), com Kevin Costner no papel de galã, as últimas tribos humanas vagueiam de barco num planeta inundado pelo derretimento dos pólos. O ano seria 2045. Costner representa um mutante que desenvolveu guelras para se adaptar ao ambiente marinho e o último continente seco transformou-se num sonho nunca alcançado, uma Atlântida ao contrário. Tudo muito impactante, só que cientificamente incorreto porque o volume de gelo existente nas calotas polares não é suficiente para afogar a Terra. Em algo, porém, o roteiro acertou: a geografia terrestre realmente não ficará a mesma se o calor continuar aumentando.



WaterWorld - O segredo das águas - Kevin Costner


Na pior das hipóteses, cogitadas pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), até o ano 2100 os oceanos vão crescer quase 1 metro. Aí seria um Deus-nos-acuda. Segundo o Worldwatch Institute, um centro de pesquisa ambiental com sede em Washington, países como Bangladesh, que tem uma parte significativa do seu pequeno território localizada na foz do Rio Ganges, ficariam parcialmente cobertos pela água. Capitais asiáticas como Bangcoc, na Tailândia, sofreriam graves enchentes. Tesouros da Antiguidade, como Alexandria, no Egito, seriam devastados. E, nos Estados Unidos, o dilúvio cobriria 160 000 quilômetros quadrados de costa, alagando cidades como Nova York, Nova Orleans e Miami.


Ondas imprecisas
Ocorre que ninguém sabe, com precisão, o quanto o mar vai subir. Ele vem crescendo há 20 000 anos, desde o fim da última era glacial. Estima-se que, de lá para cá, já tenha ganho uns 120 metros. Se tudo continuasse nesse ritmo, não haveria grandes transtornos, porque os ciclos naturais são lentos o suficiente para permitir soluções adaptativas. O problema é que, segundo climatologistas como Bruce Douglas, da Universidade de Maryland e do IPCC, o efeito estufa está acelerando o ritmo de elevação marítima. O manto de poluição, ao impedir a dispersão do calor terrestre, esquenta os oceanos. Como a água se dilata quando é aquecida, e os mares estão aprisionados numa espécie de panela formada pelos continentes, não resta saída a não ser para cima.

O IPCC, criado pela ONU em 1988 para acompanhar o aquecimento global, desenhou em 1996 vários cenários alternativos para o próximo século, levando em conta o efeito estufa. No mais pessimista dos panoramas, o mar ganharia 90 centímetros e as consequências seriam aquelas que lembram, ainda que de maneira remota, o desastre hollywoodiano estrelado por Costner. Em outra hipótese, os oceanos ficariam 50 centímetros mais altos. Nesse caso, cerca de 46 milhões de terráqueos que habitam áreas inundáveis nas costas do planeta seriam afetados, as quase 300 ilhas do Caribe e do Pacífico correriam perigo e a prefeitura de Nova York precisaria gastar 30 milhões de dólares para levantar os 46 quilômetros de muro que protegem a Ilha de Manhattan.

Na Holanda, cujo nome oficial, não por acaso, é Reino dos Países Baixos, o Ministério de Obras Públicas já trabalha pensando nesse cenário. Os técnicos holandeses concluíram que elevar os seus diques para barrar mais 60 centímetros de água custa o equivalente ao que o país gasta para manter as suas ciclovias. "Quem vai sofrer mesmo", diz John de Ronde, diretor de Obras do ministério, "são os países pobres e insulares". Ou seja, não foi por paranóia que 36 micropaíses como as Ilhas Maldivas, Ilhas Virgens e Samoa Ocidental formaram a Aliança dos Pequenos Estados Insulares, para cobrar providências contra o aquecimento do planeta. "Podemos ser poucos", declarou em novembro passado Nerodi Slade, embaixador de Samoa Ocidental na ONU e presidente da Aliança, "mas estamos tratando da preservação de culturas, línguas e Estados soberanos."


O feito estufa faz as ondas crescerem mas
ninguém sabe até onde isso vai



Aviso dramático
Holandeses são obrigados a deixar sua cidade em 1° de fevereiro de 1953. Naquela madrugada, quando todo mundo dormia, o mar ultrapassou os diques, invadiu 64 quilômetros de terra e deixou inundados 200 000 hectares. Um sexto do país ficou debaixo d’água. O saldo foi devastador, com 2 000 mortos e 100 000 desabrigados

Fortificação antimaré
A plácida vila de Westkapelle, na Holanda, está 2 metros sob o nível do mar, como boa parte do país. Por isso, é defendida por quilômetros de diques que barram as marés. A subida dos oceanos é um risco que os holandeses não podem se dar ao luxo de ignorar

A ameaça que vem do pólo
Em janeiro de 1995 uma imensa placa de 5 000 quilômetros quadrados de gelo começou a se despegar da Antártida, na maior ruptura já observada pelo homem no continente branco. Menos de um mês depois, o bloco rompeu definitivamente as amarras e saiu navegando por aí. Foi como se meia Jamaica tivesse se partido em incontáveis icebergs e fosse derretendo lentamente mar afora. A turma do Greenpeace, a mais ativa organização ambientalista do planeta, botou a boca no trombone. Eles vêm advertindo há tempos para o risco de que grandes degelos na Antártida causem um aumento do nível do mar. O descolamento daquela massa monumental parecia confirmar os seus piores pressentimentos.

Mas não há certeza sobre o que provocou a rachadura na Plataforma de Larsen, local de onde partiu a jangada de gelo, nem se ela vai se repetir. As plataformas são braços de gelo, com até 1 quilômetro de espessura, que se estendem do manto continental, assentado sobre rochas. De acordo com Rudolpho del Valle, diretor de Geologia do Instituto Antártico Argentino, não há dúvida de que o desastre foi provocado pelo efeito estufa. Del Valle não está só. Estudos meteorológicos mostram que o aquecimento do planeta está sendo bem maior nos pólos do que no equador. Para o Worldwatch Institute, a temperatura da Antártida aumentou, nos últimos cinqüenta anos, duas vezes mais do que no resto do planeta. Isso explicaria também o resultado de pesquisas como as do glaciologista Bill de la Mare, da Divisão Antártica Australiana. De la Mare comparou os registros dos navios baleeiros que navegaram entre os arquipélagos da Antártida entre os verões de 1931 e 1987 e constatou a perda de 25% do gelo marinho da região.


Gelo no copo
Por incrível que pareça, mesmo que a descoberta do glaciologista australiano seja confirmada, a dissolução de gelo marinho não influi diretamente na altura dos oceanos. Imagine um monte de gelo num copo com whisky. Quando o gelo se dissolve, o whisky pode ficar péssimo, mas o copo não entorna, porque a água não aumenta de volume ao passar do estado sólido ao líquido. O trabalho de De la Mare, na verdade, é importante porque evidencia que o calor sobre a Antártida está aumentando, o que poderia causar o desabamento da neve de 4 quilômetros de espessura que fica sobre as rochas do manto continental. Aí, sim, as conseqüências seriam graves.

O glaciologista Jefferson Cardia Simões, do Laboratório de Pesquisas Antárticas e Glaciológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, reforça a preocupação dos ambientalistas. Ele diz que na Ilha Shetland do Sul, vizinha à Antártida, a temperatura média subiu 2,5 graus Celsius nos últimos quarenta anos. É uma enormidade. "Não sabemos, no entanto", disse ele à SUPER, "se a causa é a ação do homem sobre o clima ou se é algum fenômeno localizado." Simões é dos que sustentam, assim como o IPCC, que até aqui não há sinais objetivos de que a Antártida esteja começando a se liquefazer. Para ele, outras regiões da Terra, como os arquipélagos árticos, é que estão jogando mais água na panela. Também geleiras montanhosas como os Andes, na América do Sul, e o Himalaia, na Índia, estão perdendo neve e, com isso, engrossando os rios que acabam chegando aos mares.



A verdade é que, entre o sobressalto do Greenpeace e a serenidade do IPCC, não se pode prever o que vai acontecer com a Antártida. "Qualquer um que diga a você que sabe o que está acontecendo está sendo desonesto", disse a geóloga Ellen Mosley-Thompson, da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, à revista Scientific American. A controvérsia é tão grande que, em 2002, a Nasa vai colocar em órbita um satélite especialmente programado para medir alterações nas calotas polares com precisão e, finalmente, dirimir as dúvidas que afogam os especialistas e ameaçam inundar todos nós.


Febre gera discussão acalorada
A subida do mar funciona como um termômetro. Quando o calor aumenta, a água se dilata e os oceanos sobem, exatamente o que acontece com o mercúrio dentro do tubo de vidro. A julgar pelas medidas do satélite Topex-Poseidon, da Nasa, a Terra está com febre, já que o mar subiu de 5 a 10 milímetros de 1993 para cá. Uns sustentam que é uma febrinha de nada, quem sabe um sintoma natural, como aquela elevação de alguns graus que todo mundo tem no final da tarde. Outros acham que a temperatura alta está se estendendo por muito tempo e pode esconder uma infecção mortal. Em todo caso, milhares de pesquisadores andam pelo mundo afora tentando saber o que está por trás da renitente febrícula terrestre.

Os cientistas ainda não têm um diagnóstico. Mas eles já têm hipóteses sobre o aquecimento de 0,3 a 0,6 grau Celsius dos últimos 100 anos. O IPCC identifica os gases derivados da queima de combustíveis fósseis (petróleo e carvão, sobretudo) como os grandes inimigos do organismo planetário. O dióxido de carbono (CO2) e, com menos importância, o metano e o óxido nitroso estariam bloqueando a dissipação do calor: é o efeito estufa.


Causas naturais
Em campo oposto estão os que atribuem a quentura à própria natureza. Os climatologistas Frederick Seitz, da Universidade Rockefeller, e William Nieremberg, do Instituto de Oceanografia Scripps, ambos nos Estados Unidos, sustentam que o aquecimento global decorre de variações da atividade solar. Afirmam que o período de 1880 a 1940, quando houve a maior parte do aumento de 0,3 a 0,6 grau Celsius na temperatura da Terra, coincide com uma fase de aceleração do trabalho do astro-rei. E esse também foi um período, acrescentam, em que a humanidade queimou relativamente poucos combustíveis fósseis, entre outras coisas porque a explosão do automóvel ainda não havia ocorrido.


Frederick Seitz - Físico - NIPCC


Outro que dá menos importância ao bloqueio dos gases poluentes é o meteorologista Luiz Carlos Molion, do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal de Alagoas. Para ele, o grosso do esquentamento do planeta deve-se exatamente ao fenômeno oposto: uma maior transparência atmosférica. De acordo com Molion, entre 1915 e 1955 teria ocorrido uma diminuição da atividade dos vulcões, ocasionando uma redução da fuligem e dos gases que essas chaminés interiores mandam para o ar. Com isso, os raios do sol estariam chegando à superfície do planeta com mais facilidade.

Existe até quem afirme que o termômetro está quebrado. A subida do mar seria apenas o resultado da acomodação das placas tectônicas, sem conexão com o calor. Essa é a hipótese do geofísico William Peltier, da Universidade de Toronto, no Canadá. Isso explicaria por que o mar está descendo 4 milímetros por ano em Estocolmo e subindo 1,5 milímetro no Havaí. Ou por que, na Venezuela, o mar está crescendo na costa norte e, ao mesmo tempo, diminuindo na costa oeste.


O efeito estufa


Que turbulências no fundo do mar afetem o que está em cima dele, parece uma idéia aceitável. Já saber se elas explicam a subida dos mares é outra história. "Os movimentos tectônicos são muito lentos para a escala humana. Eles se fazem sentir em milhões de anos, não em séculos", explicou à Johan Varekamp, ecólogo da Universidade Wesleyan, nos Estados Unidos. Quer dizer: o termômetro provavelmente está funcionando e as elevações marítimas precisam ser levadas a sério. Mesmo os pesquisadores menos alarmistas, como Molion, acham que não dá para descuidar. "Não se deve", diz ele, "abandonar o empenho de fazer do planeta um lugar mais seguro e mais habitável." Por enquanto só temos este.


Para saber mais

Polar Meltdown: The Changing Climate in Antartica, Greenpeace, Amsterdan, 1997.

The State of the Climate, a Time for Action, WWF, Amsterdan, 1997.


Na Internet:

Climate Change Update: Sumary of IPCC Report, 1996. www.ncdc.noaa.gov



Mar em transe

Cidades submersas
Em 1978, o glaciologista J. H. Mercer, da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, mostrou que há 20 000 anos, quando acabou a última era glacial, a Flórida e as ilhas do Caribe eram bem maiores (detalhe). Agora, se parte da Antártida derretesse, os oceanos submergiriam Miami e Nova Orleans.



Perigo asiático
Na hipótese desastrosa de derretimento antártico, cidades populosas da Ásia, como Ho Chi Minh, no Vietnã, e Bangcoc, na Tailândia, que ficam em deltas de grandes rios, sofreriam verdadeiros dilúvios. Há 20 000 anos (detalhe), os mares estavam tão baixos que uma faixa de terra ainda ligava a Ásia à Indonésia.



Caindo aos pedaços



Rachaduras profundas cortam a Plataforma de Larsen, no extremo norte antártico

Um canyon com 20 quilômetros de extensão surgiu em Larsen a partir de 1997


Clima em movimento



1. Efeito estufa
A queima de petróleo e carvão libera gases que abafam o planeta. Eles formam um manto atmosférico que impede o calor terrestre de se dissipar. A temperatura cresceu de 0,3 a 0,6 graus Celsius nos últimos 100 anos, tendo subido apenas 4 de 20 000 anos para cá.


2. Placas tectônicas
O movimento de acomodação das vinte placas tectônicas sob os continentes provoca subidas e descidas dos oceanos. Se a placa sul-americana, onde o Brasil se assenta, se inclinar 1 milésimo de grau, as águas dos mares poderiam subir até 15 centímetros.


3. Gelo derretendo
Os mares podem estar subindo porque há derretimento em geleiras das cadeias montanhosas, dos Andes aos Alpes, que acabam engrossando os rios e desaguando nos mares. Há também uma intensa controvérsia sobre se a Antártida está se dissolvendo ou não.


4. Vulcões em baixa
Os gases e a fuligem emitidos pelas erupções diminuem a transparência da atmosfera. Quando há pouca atividade vulcânica, como entre 1915 e 1955, a atmosfera torna-se mais penetrável à radiação solar, causando a elevação da temperatura.



5. Ciclos solares



Variações na atividade
do Sol alteram a temperatura da Terra. Basta uma variação mínima para gerar vasto impacto. Na Europa, uma diminuição de 0,2% a 0,5% no movimento da estrela provocou uma pequena era glacial entre 1645 e 1715.

Dilatação
A água se dilata quando aquecida. Como os oceanos estão presos, o aquecimento provoca a subida do nível da água.

Moléculas
O aumento da temperatura faz as moléculas de água vibrarem, ocupando mais lugar no espaço.



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terça-feira, 7 de março de 2017

Use essas 6 técnicas científicas para ficar mais inteligente


Use essas 6 técnicas científicas para ficar mais inteligente



É possível ser mais inteligente? De acordo com cientistas, algumas técnicas podem ser úteis para ampliar as capacidades intelectuais:


Fazer exercícios físicos: Um estudo neozelandês de 2013 revelou que a atividade aeróbica melhora a função executiva em adultos e crianças, ajuda a expandir a memória e a atenção seletiva e contribui para o desenvolvimento de habilidades “multitasking”.



Aprender idiomas: De acordo com um estudo sueco, falar mais de um idioma gera uma expansão do córtex cerebral, assim como do hipocampo (área responsável pela aprendizagem). Além disso, outro estudo demonstrou uma presença maior de matéria cinzenta nos lobos frontal e parietal (regiões do cérebro responsáveis pela atenção, autocontrole e memória de curto prazo) em pessoas que falam mais de um idioma.



Escrever à mão: Segundo um estudo, escrever sem utilizar aparelhos eletrônicos ajuda a reter a informação por mais tempo. O cérebro processa e registra tudo o que é escrito, dando lugar à formação de novas ideias.



Ler mais, principalmente ficção: De acordo com um estudo neurocientífico, quando um romance nos “prende”, a conectividade no giro supramarginal do cérebro (responsável pela percepção da linguagem) aumenta. Essas capacidades se mantêm após a leitura do livro, como uma espécie de “atividade de sombra” semelhante à memória muscular após a prática de esportes.



Tocar um instrumento musical: O treinamento musical melhora as funções neuronais, uma vez que exercita diversas áreas do cérebro que ampliam as habilidades comunicativas através de outros meios.



Comer chocolate: Segundo um estudo norte-americano, o chocolate melhora o fluxo sanguíneo em várias partes do cérebro, estimulando a função cognitiva. De acordo com outro estudo, o consumo de chocolate uma vez por semana provoca melhoras na memória e no pensamento abstrato.



Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/229127-tecnicas-volverse-mas-inteligente-ciencia)



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É possível ser mais inteligente? De acordo com cientistas, algumas técnicas podem ser úteis para ampliar as capacidades intelectuais:


Fazer exercícios físicos: Um estudo neozelandês de 2013 revelou que a atividade aeróbica melhora a função executiva em adultos e crianças, ajuda a expandir a memória e a atenção seletiva e contribui para o desenvolvimento de habilidades “multitasking”.



Aprender idiomas: De acordo com um estudo sueco, falar mais de um idioma gera uma expansão do córtex cerebral, assim como do hipocampo (área responsável pela aprendizagem). Além disso, outro estudo demonstrou uma presença maior de matéria cinzenta nos lobos frontal e parietal (regiões do cérebro responsáveis pela atenção, autocontrole e memória de curto prazo) em pessoas que falam mais de um idioma.



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segunda-feira, 6 de março de 2017

Cientistas querem guardar patrimônios culturais da humanidade na Lua


Cientistas querem guardar patrimônios culturais da humanidade na Lua



A ideia faz sentido: proteger nosso acervo das ameaças naturais, acidentes e guerras!


Segundo cientistas da National Research Nuclear University e do Instituto de Astronomia da Academia de Ciências da Rússia, a Terra não é o lugar mais seguro para abrigar as obras originais que formam o patrimônio cultural da humanidade. Aqui, elas estariam expostas a inúmeros perigos, como incêndios, desastres naturais, guerras e terrorismo.



É por isso que eles pensaram na possibilidade de levar as obras mais importantes da humanidade para depósitos especialmente projetados na Lua – um lugar seguro e que poderia virar também um imenso museu.

Embora os detalhes técnicos que permitiriam a realização desse plano não tenham sido desenvolvidos, os especialistas afirmam que já é possível conservar livros, pergaminhos, pinturas e vários artigos de madeira na Lua.

Fonte: Sputnik News
(https://mundo.sputniknews.com/espacio/201701211066391277-luna-museo-patrimonio-humanidad/)


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segunda-feira, 6 de março de 2017

Cientistas desvendam o complexo "idioma" dos vírus


Cientistas desvendam o complexo "idioma" dos vírus



Segundo pesquisa, vírus podem transmitir informações por meio de moléculas!


Pesquisadores do Instituto Weizmann de Ciência, na cidade israelense de Rehovot, desvendaram o sofisticado sistema de comunicação utilizado por alguns vírus para decidir, entre outras coisas, qual é a estratégia conveniente na hora de atacar um corpo.



Vírus - Tipo de agente infeccioso
O vírus é um agente biológico microscópio que se reproduz
dentro de células de hospedeiros viventes


Os cientistas identificaram o peptídeo utilizado pelos vírus para se comunicarem entre eles e o denominaram “arbítrio”. Rotem Sorek, coautor do estudo, explica: “A molécula que descobrimos permite que cada geração de vírus se comunique com as gerações sucessivas, adicionando concentrações da molécula arbitrária. Todos os vírus podem ‘contar’ quantos vírus anteriores tiveram êxito na infecção das células do hóspede e, desse modo, decidir qual é a melhor estratégia para cada momento”.


Material Genético / Envelope / Capsídeo / Proteínas de Associação


Esses sinais químicos seriam a primeira evidência de "diálogo" entre vírus e poderão revolucionar as noções atuais de biologia. Além disso, se confirmada essa hipótese, serão abertas várias possibilidades dentro do campo da pesquisa médica.

Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/229675-cientificos-dectar-escuchar-conversacion-virus)



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sábado, 4 de março de 2017

9 invenções de mulheres sem as quais a vida seria muito, muito difícil


9 invenções de mulheres sem as quais a vida seria muito, muito difícil



Sabe o computador que você usa para ler este texto? Foi criado com a ajuda de uma mulher – aliás, várias.


Ah, está lendo no telefone? Pois saiba que a sua adorada conexão sem fio, sem a qual você não vive, também é invenção de uma mulher.

O filtro que permite fazer café quentinho todo dia? Invenção de uma mulher.

A tela sensível ao toque do seu telefone? Invenção de uma mulher.


O mundo está cheio de mulheres brilhantes e pouco reconhecidas por suas conquistas. No mundo da ciência, muitas delas atravessam anos e anos de história na sombra.

Para evitar que isso aconteça, a gente separou algumas invenções de mulheres brilhantes sem as quais a nossa vida seria um pesadelo. Confira!



09 - Primeiro Algoritmo de computador - Ada Lovelace - 1833



08 - Filtro de café - Amalie Melitta Bentz - 1908



07 - Linguagem de programação - Grace Murray Hopper - 1961



06 - Fibra do colete à prova de balas - Stephanie Kwolek - 1971



05 - Seringa - Letitia Munford Geer - 1899



04 - Vidro sem reflexo - Katharine Blodgett - 1940



03 - Tela de toque e fibra ótica - Shirley Jackson - 1973



02 - Para-Brisas - Mary Anderson -1903



01 - Conexão sem fio - Hedy Lamarr - 1941



Mulheres na Ciência



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sábado, 4 de março de 2017

Sim elas existem - 4 sociedades onde a criminalidade é quase zero


Sim elas existem - 4 sociedades onde a criminalidade é quase zero


Entenda como algumas sociedades nunca conheceram palavras como guerra, estupro e cadeia!

Embora sejam casos isolados pelo mundo, as sociedades matriarcais – aquelas que são comandadas por mulheres – têm algo a ensinar ao mundo: na maioria delas, a criminalidade é zero, a distinção de gênero é baixa e o senso de coletividade é surpreendente.


Em muitas não existem cadeias. As crianças são educadas por pais e mães, igualmente. As palavras “guerra” e “estupro” nunca estiveram nos dicionários. Em algumas pode até haver divisão de papeis, como conhecemos por aqui (homens na política e mulheres no lar), mas ambos são igualmente prestigiosos diante da sociedade.

Conheça a seguir 4 sociedades matriarcais que podem servir de inspiração para o planeta:



Minangkabau, Indonésia
É a maior sociedade matriarcal do mundo, formada por aproximadamente 4 milhões de pessoas. Em Minangkabau, as mulheres são donas de todas as propriedades, que são passadas de mãe para filha. Para eles, a mãe é a figura central da sociedade. Embora as mulheres cuidem do lar e os homens da política, ambos os aspectos são tratados como igualmente importantes. Normalmente os líderes são homens escolhidos por mulheres (que podem ser depostos, dependendo da atuação).



Mosuo, China
A comunidade situada no oeste da China, na divisa com o Tibete, é chefiada por mulheres há milênios. Lá, são elas quem tomam as principais decisões, cuidam das finanças e das questões sociais. É uma das últimas sociedades matriarcais tradicionais do mundo. Os Mosuo são extremamente comunitários: as crianças são criadas coletivamente e algumas delas sequer sabem quem são seus pais (não existe uma palavra para “pai” na comunidade). As mulheres são livres para amar quem quiser, quando quiser, sem julgamentos ou estigmas. Nenhuma delas se liga completamente ao parceiro – não há casamento entre eles. Outra curiosidade: no idioma deles não existem palavras como “guerra”, “assassinato” ou “estupro”. Também nao há cadeias. Infelizmente a curiosidade das pessoas de fora e o avanço da urbanidade têm ameaçado as tradições dos Mosuo.



Garo, Meghalaya, Índia
No estado de Meghalaya, na Índia, vive uma das poucas tribos matriarcais do mundo. Entre os Garo, as mulheres são donas de propriedades – que são passadas às filhas mais novas. Elas também cuidam de todos os aspectos da vida em sociedade. Quando se casam, é o marido quem adota o nome da mulher. Ele vai viver com a esposa na casa da sogra.



Aka, República Democrática do Congo
Os Aka, da RDC, têm os melhores pais do mundo. Aqui a criação dos filhos é dividida igualitariamente – ou quase: enquanto os homens cozinham, as mulheres caçam. Elas são responsáveis por toda a “gestão” da tribo. Os homens Aka passam cinco vezes mais tempo com seus bebês do que em qualquer outra sociedade. Em alguns casos chegam a oferecer os próprios mamilos para acalmar os pequenos.


Fonte: Mentalfloss e Metro

(http://mentalfloss.com/)

(http://metro.co.uk/)


Site Mentalfloss



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sábado, 4 de março de 2017

Inventor do primeiro videogame também foi um dos criadores da bomba atômica


Inventor do primeiro videogame também foi um dos criadores da bomba atômica



Uma versão moderna de "Tennis for Two", conhecido popularmente como o primeiro videogame do mundo.

Para quem nasceu na década de 1970 para cá, videogames têm sido uma parte relativamente corriqueira de suas vidas, de uma forma ou de outra.


Seja por meio de fliperamas, consoles, portáteis ou celulares, jogos eletrônicos têm sido uma forma de distração e diversão para centenas de milhões de pessoas no mundo, em muitos casos de relativo fácil acesso.

Ainda assim, há pouco mais de 60 anos atrás, quando a maioria dos computadores era do tamanho de uma sala, jogos interativos eletrônicos eram sonhos digno de ficção científica, enquanto cientistas procuravam entender e avançar cada vez mais as tecnologias de computação.

Alguns destes cientistas, em particular, estudavam como estas máquinas poderiam funcionar como formas de entretenimento, e entre eles estava o físico William "Willy" Higinbotham.


De bombas atômicas a tênis virtual
Nascido em 1910, Higinbotham possuía um currículo invejável: nos anos 40, trabalhou no Laboratório de Los Alamos, sendo líder de grupo da divisão de eletrônicos do Projeto Manhattan, colaborando com J. Robert Oppenheimer na criação da bomba atômica.

"Ele era um homem carismático", disse Higinbotham. "Pessoas ou o idolatravam ou o detestavam. Eu não fazia nenhum dos dois. Mas, ele era um homem brilhante. Não há dúvidas disso."



William A. "Willy" Higinbotham


Durante seu tempo no Projeto, Higinbotham foi responsável pela criação dos circuitos de contagem regressiva da bomba, que definiam sua detonação em termos de milissegundos.

Como outros membros do Projeto Manhattan, ele presenciou a detonação da primeira bomba atômica em Los Alamos, um evento que redefiniu seus objetivos de vida.

Depois da destruição de Hiroshima e Nagasaki, que marcou o fim da Segunda Guerra, ele e outros cientistas do Projeto Manhattan formaram a Federação de Cientistas Americanos, criada para evitar a proliferação de armas atômicas pelo mundo, e em defesa ao uso consciente da tecnologia nuclear.

Ah, e além disso ele é popularmente conhecido como o inventor do videogame.



Está vendo a máquina à esquerda, com uma telinha e controles do lado?


Um pouco de contexto: em 1958, Higinbotham trabalhava no Laboratório Nacional de Brookhaven, em Nova York. Todos os anos, o governo organizava uma exibição ao público, o que em geral significava ficar olhando para máquinas gigantes e estáticas.

Tentando encontrar uma forma de deixar a exibição menos chata, o cientista descobriu via um manual que um computador no laboratório era capaz de calcular a trajetória de um míssil. Reprogramando a máquina, ele conseguiu criar um jogo de tênis virtual no osciloscópio do aparelho.

Assim, "Tennis for Two", como o projeto acabou sendo conhecido, serviu para capturar a imaginação das pessoas que visitaram o laboratório, em especial com o público adolescente, que nunca havia visto algo parecido.

A atração foi tão popular que voltou a ser demonstrada em 1959, agora com uma tela de 17 polegadas para mostrar a partida mais claramente.



Segunda versão de Tennis for Two, disponível para testes no Laboratório de Brookhaven em 1959


"Sabíamos que era algo divertido, e vimos potencial na época, mas não era nada de interesse do governo" disse, décadas depois, para a revista Creative Computing. "O que acabou sendo bom. Hoje todos os designers de games teriam que licenciar os jogos pelo governo federal!"

Graças a esta criação, Willy Higinbotham é popularmente conhecido como o "avô dos videogames", o que é certamente verdade...

... Dependendo da sua perspectiva.



Contrapontos


Criado em 1950, "Bertie the Brain" também é um forte candidato a primeiro videogame do mundo


Como é o caso de muitas invenções, a questão de quem criou o videogame tem sua própria parcela de controvérsia, com vários possíveis candidatos e definições diferentes.

Willy Higinbotham criou "Tennis for Two" em 1958, mas ele não foi nem de longe o primeiro a pensar em como usar computadores para entretenimento. Em 1947, Thomas T. Goldsmith e Estle Ray Mann patentearam o "dispositivo de entretenimento por tubo de raios catódicos", que apesar de não utilizar um computador é visto como um predecessor do videogame moderno.

Três anos depois, o canadense Josef Kates criou "Bertie the Brain", um computador capaz de jogar partidas de jogo da velha com pessoas - sendo possível até programar diferentes dificuldades. Embora seja visto por alguns como o primeiro videogame, "Bertie" usava lâmpadas ao invés de um display digital.

Em 1952, Alexander "Sandy" Douglas criou "OXO", um programa de jogo da velha para o computador EDSAC que reproduzia imagens por uma tela eletrônica. Ao contrário de "Tennis for Two", porém, "OXO" não foi propriamente criado para o divertimento do público, e mais para mostrar o poder de processamento da máquina

Estes, entre vários outros candidatos, podem ser considerados o primeiro videogame por certa definição.

Além disso, há também a questão de influência: de 1959 até a década de 70, poucos ouviram falar de "Tennis for Two", e o jogo não teve o impacto na mente de futuros designers como "Spacewar!", de 1962.

O maior ponto em favor de "Tennis for Two" é seu reconhecimento um tanto tardio: durante uma série de processos entre a Magnavox e o inventor do Odyssey - e popularmente considerado como o "pai do videogame" -, Ralph Baer, Higinbothan fez depoimentos sobre seu projeto, e ganhou ainda mais atenção nos anos 80 com artigos como o da Creative Computing.

Seja fonte de discussão ou não, o título de "avô do videogame" sempre foi uma preocupação secundária para Willy, que preferiu focar sua atenção em formas de impedir a proliferação de armas nucleares no planeta, causa que defendeu avidamente até sua morte por enfisema em 1994.

Ainda assim, é graças aos esforços de cientistas como Higinbotham, Kates, Douglas e Baer que videogames existem e podem ser apreciados por milhões de pessoas, e cada um merece ao menos um pouco de reconhecimento por suas contribuições para esta mídia.



Criador de "Tennis for Two" - William Higinbotham



O osciloscópio que era usado como display gráfico



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sexta-feira, 3 de março de 2017

Esta tabela periódica interativa mostra o propósito de cada elemento


Esta tabela periódica interativa mostra o propósito de cada elemento



O americano Keith Enevoldsen desenvolveu uma tabela com explicações e exemplos de como os elementos funcionam


Uma das maiores dificuldades que os estudantes encontram ao conhecer a tabela periódica é entender as aplicações que os elementos têm em suas vidas. Pensando nisso, o americano Keith Enevoldsen criou uma tabela interativa que dá mais informações sobre os elementos e exemplos de como eles são utilizados.



A Tabela Periódica dos Elementos - Maneira normal de ser encontrada


Enevoldsen é formado em física pela Colorado College, nos Estados Unidos, e atualmente trabalha como engenheiro de softwares. "Quando era criança, gostava das tabelas periódicas com figuras, mas elas nunca tinham boas imagens de todos os elementos", contou à BBC.

Inspirado pelo livro Building Blocks of the Universe (Blocos de Construção do Universo, em tradução livre), de Isaac Asimov, que possui relatos da história e do uso dos elementos, o engenheiro desenvolveu a "The Periodic Table of the Elements, in Pictures and Words" (A Tabela Periódica dos Elementos, em Figuras e Palavras).



Mapa dos Elementos Químicos


A tabela em versão interativa está disponível em inglês na internet (clique aqui para conhecê-la) e conta com ilustrações em cada um dos elementos. Ao clicar nos ícones deles, novas caixas aparecem no topo da página com explicações do elemento, bem como exemplos de onde ele pode ser encontrado. O ícone do ferro, por exemplo, é uma ponte, já o do sódio, é o sal.

"Queria que toda a tabela fosse colorida, com um desenho limpo, que não fosse cheia dos números dos pesos atômicos que, para as crianças, não servem para muita coisa", explicou.

O site de Enevoldsen também disponibiliza a tabela em pdf em diversos tamanhos para serem impressas em casa — tudo de graça. Confira no link abaixo.

(http://elements.wlonk.com/index.htm)


Site - lá você pode adquirir a tabela em PDF para imprimir



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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

A Franco Atiradora - Ecologia


A Franco Atiradora - Ecologia



Os torpedos mortais de uma mosca do Brasil estão sendo testados nos Estados Unidos contra a invasão de outra brasileira: a formiga lava-pé. Emigrada nos anos 30, ela virou praga no sul dos EUA. Foi dada a partida para o grande duelo.


Não se sabe exatamente quando nem onde a encrenca começou. A maioria dos indícios são de que, por volta de 1930, um navio americano que estivera no Brasil atracou no Texas e minúsculas formiguinhas sul-americanas, transportadas por acaso no porão, ganharam o porto. Foi assim que a Solenoposis invicta, a popular lava-pé, aquela formiga vermelhinha que já mordeu quase todo moleque brasileiro, entrou nos Estados Unidos. Transplantada para um ambiente diferente, sem predadores naturais, ela se reproduziu cinco vezes mais, expulsou as espécies nativas e tornou-se um flagelo em onze Estados do sudeste americano, infestando 1,1 milhão de quilômetros quadrados.

Apesar de diminuta, a lava-pé é onívora, ou seja, come tudo: plantações, outros insetos, pequenos animais, madeira, pneus e até fios elétricos enterrados. Ataca a agricultura, estradas, edifícios e áreas de recreação. Sua mordida fere trabalhadores manuais e pode ser mortal para alérgicos. "A lava-pé", diz o entomologista (zoólogo especializado em insetos) Daniel Wojcik, do Serviço de Pesquisa Agrícola dos Estados Unidos, "é o inimigo público número 1 dos agricultores e jardineiros da Flórida." Só na Internet, hoje, há 200 endereços oferecendo técnicas para combatê-la.

Aflitos, cientistas americanos procuram desde os anos 70 uma arma eficaz para a peste. Em 1995, outro entomologista do Serviço de Pesquisa Agrícola dos Estados Unidos, Sanford Porter, juntou-se a Marcos Pesquero, Sofia Campiolo e Harold Fowler, do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São Paulo, e identificou nas moscas da família Phoridae as mais eficazes inimigas da lava-pé. Os forídeos depositam seus ovos dentro do corpo da formiga, usando-o como casulo para desenvolver os próprios filhotes. A larva cresce dentro da hospedeira e vai comendo o seu tórax e a sua cabeça até matá-la. Mais ou menos como os monstros do filme Alien, o Oitavo Passageiro, do cineasta britânico Ridley Scott. Por isso mesmo, a lava-pé entra em pânico toda vez que vê a mosquinha.

Em 1996, Porter veio ao Brasil estudar os insetos inimigos no seu ambiente natural. Decidiu, então, escolher como força aérea de ataque para atuar nos EUA a espécie Pseudacteon tricuspis, uma valente representante da família Phoridae, de 2 milímetros de comprimento, que acossa lava-pés de qualquer tamanho. "Nos testes de laboratório", contou à nós, "elas se mostraram as mais capazes de reduzir a população de formigas." Só restou uma dúvida: "Não sabemos quão eficazes elas serão soltas, em condições naturais." A sorte está lançada.



Uma mosquinha brasileira de 2 milímetros de comprimento é a arma mortífera importada pelos americanos para acabar com a peste das lava-pés



Sem predadores naturais, a formiguinha lava-pé, com 3 milímetros de comprimento, virou praga no sudeste dos EUA



Estratégia ecológica para matar pragas
Em julho passado, Sanford Porter soltou centenas de Pseudacteon tricuspis no Jardim Botânico de Kanapaha, em Gainesville, Flórida. Só daqui a seis meses, quando houver passado um ano, o resultado poderá ser avaliado. Segundo Porter, as moscas são úteis não apenas porque matam as formigas, mas porque as apavoram. Quando a lava-pé pressente uma mosca da família Phoridae, reage como se tivesse ouvido um alarme antiaéreo: esconde-se imediatamente ou, se não pode, imobiliza-se para não chamar a atenção ou toma posição defensiva, abrindo as afiadas mandíbulas ameaçadoramente.

Assim, a presença da Phoridae afeta toda a existência e a reprodução das formigas. "As lava-pés", explica Porter, "param de pilhar e estocar forragem." Dessa forma, outras espécies de formigas podem comer o que elas coletam. "Se detivermos a voracidade delas, favorecendo as formigas nativas, poderemos recuperar o equilíbrio ecológico. As espécies norte-americanas se reproduzem muito menos e não mordem."

O risco da pequena Pseudacteon tricuspis virar uma nova praga está descartado. "Nossos estudos demonstram que ela ataca só esse tipo de formiga, sendo inofensiva ao ambiente." A farra da lava-pé nos Estados Unidos pode estar prestes a acabar.



Sanford Porter, do Serviço de Pequisa Agrícola dos Estados Unidos, soltou a mosca brasileira na Flórida



Torpedo de efeito retardado



"É como o filme Alien em versão miniatura", diz o entomologista Sanford Porter, do Serviço de Pesquisa Agrícola dos Estados Unidos. Várias espécies de moscas parasitárias injetam ovos em outro insetos, tomando seus corpos como casulo para criar larvas. Mas raras decapitam o hospedeiro.



1. O mergulho
A mosca fêmea mergulha para o alvo. Como um helicóptero, paira sobre a vítima, preparando o bote. A lava-pé tenta fugir.



2. O bote
O golpe é rápido. A Pseudacteon tricuspis enfia um ferrão e injeta um ovo no tórax ou no pescoço da formiga.



3. A larva
Em três dias, nasce uma larva. Durante três semanas, ela cresce dentro do corpo da lava-pé, sempre avançando em direção à cabeça.



4. O casulo
Enzimas dissolvem os tecidos do pescoço e provocam a queda da cabeça. Decapitada (no detalhe), vira um casulo onde a larva cresce, mais três semanas, até virar uma mosquinha.



Fire ant workers decapitated by phorid flies



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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Veja quais são as maiores descobertas arqueológicas da história


Veja quais são as maiores descobertas arqueológicas da história



Conheça os oito achados mais importantes de todos os tempos!



Machu Picchu: A antiga aldeia andina foi descoberta no Peru no início do século XX. Seu estudo revelou aspectos fundamentais da cultura inca.



Pedra de Roseta: Graças a essa antiga pedra esculpida em três idiomas, no ano de 196 a.C., foi possível traduzir os hieróglifos do Antigo Império Egípcio.



Cavernas de Lascaux: Localizadas na França, revelaram aspectos desconhecidos sobre a arte rupestre paleolítica.



Pompeia: A cidade romana foi enterrada por uma erupção do Vesúvio no ano de 79 d.C. e surpreendeu os pesquisadores quando foi descoberta, em 1738.



Templo de Angkor Wat: O templo hindu localizado no Camboja é considerado a maior construção religiosa da história.



Inscrição de Behistun: O enorme mural localizado a oeste do Irã possui inscrições esculpidas em persa antigo, elamita e babilônio, que trouxeram informações muito importantes para a compreensão desses idiomas.



Manuscritos do Mar Morto: São uma coleção de 972 rolos de manuscritos religiosos que datam de 250 a.C. a 65 d.C. e que foram redigidos em hebraico, aramaico e grego.



Exército de terracota: As mais de 8 mil esculturas de guerreiros foram descobertas em 1974 na província chinesa de Shanxi e pertencem à dinastia Chin (210-209 a.C.).



Fonte: TeleSur
(http://www.telesurtv.net/news/12-importantes-descubrimientos-arqueologicos-de-la-historia-20170102-0027.html)



Site fonte TeleSur TV


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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Asteroide com poder de 35 bombas atômicas passou raspando pela Terra em janeiro


Asteroide com poder de 35 bombas atômicas passou raspando pela Terra em janeiro



Cientistas só detectaram a ameaça com 24 horas de antecedência!


Em 9 de janeiro de 2017 um asteroide do tamanho de um prédio de dez andares cruzou o espaço a apenas 192 mil quilômetros da Terra. A comunidade científica reconheceu que a bola de fogo foi detectada apenas 24 horas antes de sua passagem pelo programa de monitoramento Catalina Sky Survey, da Universidade do Arizona, nos EUA.



O 2017 AG3, conforme foi batizado, passou a uma velocidade de 56 mil km/h, e se tivesse impactado contra a Terra, poderia ter causado um estrago de proporções monumentais, assim como o asteroide que caiu na Rússia em 2013. Se tivesse explodido na atmosfera, o problema seria ainda maior, já que atingiria o planeta com força de 700 mil toneladas - o que equivale a nada menos que 35 bombas atômicas.



Embora as possibilidades de o planeta ser atingido por um meteoro de grandes proporções sejam baixas (0,01%), a Casa Branca publicou um documento no final do ano passado pedindo às agências norte-americanas que se preparassem para enfrentar um impacto cósmico.


Fonte: Infobae
(http://seuhistory.com/noticias/%20http://www.infobae.com/america/mundo/2017/01/11/nadie-lo-previo-un-asteroide-paso-peligrosamente-cerca-de-la-tierra/)



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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Canibalismo - Uma prática comum


Canibalismo - Uma prática comum



O hábito de comer carne humana é mais comum do que a gente pensa!


Por mais que seja um tabu, o canibalismo é uma prática que data de mais de 800 mil anos entre os seres humanos. Sua origem pode estar associada aos valores nutritivos da carne humana, assim como a utilidade da gordura, pele e ossos para usos diversos. Mas, sem dúvida, esses não são os únicos motivos.

O que sabemos?
Muitos canibais afirmam que a carne humana tem um sabor doce, similar ao da carne bovina, embora um pouco mais dura. Em algumas tribos, a carne humana é ingerida assada ou cozida, com pimentas e especiarias, o que amolece e realça o sabor.


Historia Natural del Canibalismo - Un sorprendente recorrido por la antropofagia desde
la Antigüedad hasta nuestros dias - Manuel Moros Peña


Formas de Canibalismo
É chamada de endocanibalismo a prática que consiste em comer os corpos dos integrantes de uma mesma tribo, como forma de reverenciar a morte. Outro costume, conhecido como exocanibalismo, baseia-se na ingestão dos corpos dos integrantes de outras tribos, para causar intimidação e medo nos inimigos. Há também a crença de que tal ato proporciona uma “força invencível”.


Endocanibalismo em Papua Nova Guiné


Kuru (Doença de Creutzfeldt-Jakob)
Comer carne humana não representa somente um dilema moral, mas pode também causar kuru, uma doença incurável e degenerativa, parecida com a da vaca loura. O kuru surgiu em Papua Nova Guiné, onde os canibais comiam o cérebro de seus mortos. O período de incubação da doença é de 10 a 13 anos. A morte ocorre um ano após o aparecimento dos sintomas.


Doença de Creutzfeldt-Jakob - CJD / Cérebro normal sem a doença



Canibalismo por sobrevivência
O instinto de sobrevivência pode fazer com que o ser humano coma carne de sua própria espécie, com o objetivo único de continuar vivo. Em situações extremas, uma pessoa comum pode recorrer ao canibalismo como meio de se manter com vida.


Filme sobre o voo 571 da Força Aérea Uruguaia, que transportava 45 pessoas e tinha desaparecido mais de dois meses antes, em 13 de outubro de 1972. Foram 72 dias de agonia entre o acidente e o resgate, neste período eles se submeteram ao canibalismo para sobreviverem.


Fonte: SuperCurioso
(http://supercurioso.com/canibalismo-en-la-historia/)


SuperCurioso - Site Fonte



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sábado, 18 de fevereiro de 2017

Descoberto minério que converte luz solar, calor e movimento em eletricidade



Descoberto minério que converte luz solar, calor e movimento em eletricidade



Cientistas encontraram um material com propriedades para extrair energia de várias fontes ao mesmo tempo


As energia renováveis podem ganhar uma nova fonte. Cientistas da Universidade de Oulu, na Finlândia, acabam de descobrir um mineral que é capaz de transformar luz solar, calor e energia cinética em eletricidade. E o mais impressionante: tudo ao mesmo tempo.

O material é um tipo de cristal, chamado de KBNNO, que pode ser um modo alternativo de carregar aparelhos eletrônicos, como celulares e laptops, e outros apetrechos high-tech – já que ele não teria energia o suficiente para abastecer uma casa inteira.



O elemento faz parte da família perovskita – minerais raros que são capazes de produzir energia a partir de algumas fontes: raios solares, temperatura e movimento. Esta é a primeira vez que os pesquisadores conseguem identificar um material que possa converter as três fontes simultaneamente.

De acordo com o estudo, publicado no jornal Applied Physics Letters, o KBNNO é um material ferroelétrico com moléculas polares, que funcionam como as agulhas de uma bússola. Quando são estimuladas por algum fator físico, como a mudança de temperatura, por exemplo, elas acabam se desalinhando – o que desencadeia uma corrente elétrica.



O único empecilho dessa nova descoberta seria a eficácia da produção de energia, que é menor em comparação com os perovskitas especializados, como a de células solares – que já são usadas em tecnologias de captação de luz. Mais baratas, já bateram o recorde de eficiência, passando de 3,8% de conversão de eletricidade em 2009, para 25,5% em 2016. Mas, enfrentam um problema natural: e quando não há luz do Sol?



E é aí que entra o KBNNO. O grupo de pesquisadores estão otimistas e acreditam que é possível aumentar o nível de eficiência com ajustes na composição do material. A expectativa é que o mineral já esteja pronto para ser comercializado em 2018.


FONTE: Jornal "Applied Physics Letters"
(http://aip.scitation.org/doi/10.1063/1.4974735)



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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Compilação de 4226 Postagens - 16/02/2017 - SÓ TÍTULOS


Compilação de 4226 Postagens - 16/02/2017 - SÓ TÍTULOS



A pedidos fiz uma listagem das 4226 postagens (só os títulos) e assim facilitar a pesquisa neste blog.

Segue abaixo os links para acessar as outras partes, e a listagem dos títulos sem os links.



PARTE01:
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/02/compilacao-de-4226-postagens-16022017.html)

PARTE02:
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/02/compilacao-de-4226-postagens-16022017_16.html)

PARTE03:
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/02/compilacao-de-4226-postagens-16022017_52.html)

PARTE04:
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/02/compilacao-de-4226-postagens-16022017_6.html)



Compilação de 4226 Postagens - 16/02/2017 - SÓ TÍTULOS

4226 - ?Cientistas da NASA revelam o protótipo de uma nave mais rápida que a luz, inspirados na Enterprise, de Star Trek
4225 - NASA encontra “Estrela da Morte” em Saturno
4224 - O que aconteceria se 100 bombas nucleares explodissem na Terra
4223 - Dubai será a primeira cidade a ter transporte por táxi aéreo autônomo
4222 - Você já pode comprar um apartamento resistente a ataques nucleares
4221 - Como os soviéticos do século passado imaginavam o centenário da Revolução Russa
4220 - Console retrô roda jogos de Nintendinho ao PSOne
4219 - Explosão de estrelas deve alterar o céu noturno
4218 - Pedale uma hora e gere energia para um dia
4217 - 20 situações que as pessoas nascidas depois de 1999 nunca precisaram passar com a tecnologia
4216 - Polícia oferece dica especial para pais com crianças em lugares lotados
4215 - COLEÇÃO SAIBA MAIS - COMPLETA
4214 - Coleção Saiba Mais - A Medicina em Busca da Imortalidade
4213 - Exame de sangue que consegue detectar data da morte
4212 - 20 coisas da cozinha do futuro - Mas que você já pode comprar hoje
4211 - Afinal de contas - o que é o Santo Graal
4210 - Coleção Saiba Mais - Os mais Profundos Mistérios do Oceano
4209 - Homem congelado há meio século poderá ser ressuscitado um dia
4208 - Cachorro-quente no espetinho - Lanche da tarde
4207 - Por que descemos das árvores - Evolução
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4204 - Descoberto asteroide que pode destruir a economia mundial
4203 - 5 inventores que foram vítimas de suas criações
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4201 - Arquitetos constróem minicasas em 6 horas em vila para sem-teto
4200 - Conheça os muçulmanos que arriscaram a vida para salvar judeus na II Guerra
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4195 - Nanotecnologia teria sido descoberta na Roma Antiga
4194 - Pesquisadores encontram tubarão mais antigo que dinossauros
4193 - Coleção Saiba Mais - A Corrida Espacial
4192 - Cientistas estão prestes a ressuscitar "supertouros nazistas"
4191 - O Robô que fica doente - Medicina
4190 - Livros que levam você ao Futuro - Para saber mais
4189 - A fronteira do infinito - Exploração Espacial
4188 - Programe seu futuro - Tecnologias
4187 - JACA - A FRUTA QUE PODE SER A SOLUÇÃO PARA AS AMEAÇAS CLIMÁTICAS
4186 - Coleção de 461 Vídeos do ano de 2016
4185 - Agora é oficial - As TVs 3D estão finalmente mortas
4184 - Coleção Saiba Mais - Dinossauros
4183 - Espada de 2300 anos é encontrada brilhando e em perfeitas condições de uso
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4180 - HQ - O Novo Cifrônio
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4175 - Galáxias estão morrendo e a culpa não é do Galactus
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4171 - Bebês recordam língua que ouvem no começo da vida
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4168 - A Atlântida poderia estar escondida sob o gelo da Antártida
4167 - O ISIS estaria se inspirando em Star Wars
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4165 - Esta prática comum está mudando a evolução humana
4164 - O primeiro país inabitável por causa da mudança climática
4163 - O estranho caso dos cadáveres de corações pulsantes
4162 - Afrescos em Pompeia revelam segredos sobre o sexo no Império Romano
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4160 - Mistério da múmia mais bem preservada do mundo intriga a ciência
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4152 - PLACA SOLAR DE LED’S - PROJETO
4151 - AS MAIS COMENTADAS - DEZEMBRO DE 2016
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4120 - Conheça as impressionantes teorias que explicam os enigmas do Universo
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4118 - Os piores experimentos realizados em seres humanos
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4044 - Encontrado impressionante mecanismo antirroubo na pirâmide de Quéops
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4041 - Pesquisadores desenvolvem tecnologia capaz de digitalizar livros fechados
4040 - Por que estamos todos tão cansados ?
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4038 - O Preço da Terra Prometida - Geopolítica
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4036 - 10 Curiosidades sobre a eletricidade
4035 - Rússia não quer mais a Microsoft e nenhuma tecnologia estrangeira no país
4034 - Números camuflados - Matemática
4033 - Comida que ilumina - as batatas como fonte de geração de energia elétrica
4032 - As 9 mais comentadas - Setembro de 2016
4031 - Os últimos selvagens - conheça tribos sem contato com a civilização
4030 - Sete sinais de que você tem uma inteligência acima da média
4029 - Os avanços científicos que chegaram antes do previsto
4028 - Manuscritos do Mar Morto revelam forma diferente da Arca de Noé
4027 - Ranking mostra quais as 100 melhores séries de todos os tempos
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4024 - Cursos OnLine - 27 Grátis - VEDUCA
4023 - Para não morrer da cura - Câncer
4022 - Dispositivo promete criar 'bolha de silêncio'
4021 - Novas evidências derrubam principal teoria sobre o surgimento da Lua
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4018 - Síndrome de Cotard - Os verdadeiros mortos-vivos
4017 - Cientistas encontram provas da mitológica "Grande Inundação" da China
4016 - O esqueleto que pode decifrar origem de objeto mais misterioso da história da tecnologia
4015 - Argentina coloca Cinema como matéria escolar no primário
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4010 - Como a eletricidade chega em sua tomada ?
4009 - Realizado o primeiro voo comercial do mundo - 07/11/1910
4008 - Conheça o gigante híbrido que promete revolucionar a aviação
4007 - Projeto - Instalação Elétrica Residencial
4006 - 10 jogos tão difíceis que vão querer te fazer quebrar o controle do videogame
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4004 - Friends supera Breaking Bad e é eleita a melhor série da história
4003 - Sotaque Carioca é o oficial do Brasil
4002 - Exqueci o ixqueiro na exquina da excola
4001 - Linguagem de programação C tem menor popularidade desde 2001
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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A evolução humana continua em andamento - O que mudou nos últimos mil anos


A evolução humana continua em andamento - O que mudou nos últimos mil anos



A expectativa de vida aumentou, mas o tamanho do cérebro diminuiu!


Todas as espécies estão em evolução contínua: lentamente, as novas gerações se adaptam fisiologicamente a um contexto em constante mudança. Os seres humanos também evoluíram significativamente nos últimos milênios.


Como se processou a evolução do homem?


A expectativa de vida, por exemplo, dobrou nos últimos mil anos, passando de 40 a quase 80 anos. A idade reprodutiva também se estendeu consideravelmente, para garantir que os nascimentos pudessem ocorrer no período vital mais benéfico para as crianças.



Os Ancestrais do homem moderno


A mistura racial, proporcionada pelas migrações constantes e pela facilidade moderna em realizar longas viagens, fez com que o sistema imunológico dos homens e das mulheres se fortalecesse consideravelmente. Antigamente, um vírus levado de um continente a outro poderia significar o extermínio de povos inteiros.


Cránios - Evolução Humana

Além disso, o tamanho do cérebro diminuiu em quase 10%. Alguns pesquisadores sugerem que os avanços tecnológicos provocaram essa mudança, por causa da distribuição de tarefas a máquinas e ferramentas, as quais, anteriormente, eram feitas pelo homem.


Evolução - Na escala de milhões de anos atrás



Fonte: SuperCurioso
(http://supercurioso.com/sabes-la-evolucion-del-ser-humano-no-se-ha-detenido-descubre-como-estamos-cambiando/)


Evolução humana - Antropogênese



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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Compilação de 4226 Postagens - 16/02/2017 - PARTE 4/4 E ÚLTIMA


Compilação de 4226 Postagens - 16/02/2017 - PARTE 4/4 E ÚLTIMA



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999 - Lições de 3 mil anos - Múmias
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998 - Clima do outro mundo
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997 - O Livro da Vida, Edição Integral - Genoma
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/12/o-livro-da-vida-edicao-integral-genoma.html)


996 - Incríveis aventuras do cavalo-marinho - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/12/incriveis-aventuras-do-cavalo-marinho.html)


995 - Escultura de Luz - Holografia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/12/escultura-de-luz-holografia.html)


994 - Como surgiram as massas populares - Gastronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/12/como-surgiram-as-massas-populares.html)


993 - Observatórios Primitivos - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/12/observatorios-primitivos-astronomia.html)


992 - Darwin - A evolução de um homem.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/12/darwin-evolucao-de-um-homem.html)


991 - Pele para toda Obra- Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/12/pele-para-toda-obra-biologia.html)


990 - Sob o signo do Escorpião - Predadores
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/12/sob-o-signo-do-escorpiao-predadores.html)


989 - De Antenas Ligadas - Rádio Frequência
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/12/de-antenas-ligadas-radio-frequencia.html)


988 - Descida aos porões do Planeta.
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987 - Revolução a bordo - Avião A320
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986 - Tudo mentira - Comportamento
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985 - S.O.S. Ozônio
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984 - Beleza Pura - Geologia
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983 - Jogos de Paz - Computadores
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982 - Berços esplendidos - A Cama
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981 - Viagem ao planeta vermelho - Marte
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980 - Exame de Admissão - Comportamento.
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979 - A estranha família do Átomo - Física
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978 - Buda - Um príncipe encontra a perfição.
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977 - É fogo - Tecnologia
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976 - E como dói - A Dor
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975 - Mundo de Jeans - Comportamento
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974 - A força oculta - Hidrogênio
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973 - Grãos de Alegria - Cerveja
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972 - As cartas marcadas do Tarô
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971 - Newton - gênio difícil
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970 - Jogo de cores - Cromoterapia
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969 - A Máquina do Eterno Movimento - Corpo Humano
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968 - Passagem para o Futuro - Renascimento
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967 - A Sociedade Anônima dos Cupins
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966 - Rei Sol - Astronomia
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965 - A Ciência do chute com efeito - Futebol
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964 - Prova de Fogo - Vestibular
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963 - O sentido da vida - O olfato
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/o-sentido-da-vida-o-olfato.html)


962 - Um código ao alcance de todos - A linguagem visual.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/um-codigo-ao-alcance-de-todos-linguagem.html)


961 - A imagem do amor - O Beijo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/imagem-do-amor-o-beijo.html)


960 - Esse homem chamado Jesus.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/esse-homem-chamado-jesus.html)


959 - Coloridos cidadães de coral - Oceanos.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/coloridos-cidadaes-de-coral-oceanos.html)


958 - E a nave vem - Discos Voadores.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/e-nave-vem-discos-voadores.html)


957 - Por um momento de glória - Comportamento.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/por-um-momento-de-gloria-comportamento.html)


956 - Encantadas Galapagos - Arquipélago
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/encantadas-galapagos-arquipelago.html)


955 - Que reis foram estes ? A Bíblia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/que-reis-foram-estes-biblia.html)


954 - Essa onda pegou - A Matéria.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/essa-onda-pegou-materia.html)


953 - Perfumes Eternos - Fragrâncias.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/perfumes-eternos-fragrancias.html)


952 - Olhar Eletrônico - Exploração Espacial.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/olhar-eletronico-exploracao-espacial.html)


951 - Freud Explicou - Psicanálise
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/freud-explicou-psicanalise.html)


950 - O computador levanta vôo - Aviação.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/o-computador-levanta-voo-aviacao.html)


949 - O Inimigo público número 1 - O Vírus.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/o-inimigo-publico-numero-1-o-virus.html)


948 - A charada dos dinossauros - Extinção
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/charada-dos-dinossauros-extincao.html)


947 - Heroína, o analgésico que mata.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/heroina-o-analgesico-que-mata.html)


946 - Quando a vista não alcança - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/quando-vista-nao-alcanca-medicina.html)


945 - Venerados, combatidos, misteriosos - Curandeiros
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/venerados-combatidos-misteriosos.html)


944 - Como saber as quantas andamos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/como-saber-as-quantas-andamos.html)


943 - Einstein, o homem que mudou o mundo.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/einstein-o-homem-que-mudou-o-mundo.html)


942 - Big Bang - O Universo começou com uma grande explosão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/big-bang-o-universo-comecou-com-uma.html)


941 - Esta sofrida gente de esquerda - Canhoto.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/esta-sofrida-gente-de-esquerda-canhoto.html)


940 - Cuidado, Olha a cobra...
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/cuidado-olha-cobra.html)


939 - Sujeito a chuvas e trovoadas - O Tempo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/sujeito-chuvas-e-trovoadas-o-tempo.html)


938 - Supersecreto: começa a surgir o avião INVISÍVEL.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/11/supersecreto-comeca-surgir-o-aviao.html)


937 - Leonardo de todos os Instrumentos - Leonardo da Vinci
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/leonardo-de-todos-os-instrumentos.html)


936 - O oitavo dia da criação - DNA
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/o-oitavo-dia-da-criacao-dna.html)


935 - A Guerra sem fim - Tróia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/guerra-sem-fim-troia.html)


934 - Salve o Coração
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/salve-o-coracao.html)


933 - Quando uma gota cai na àgua
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/quando-uma-gota-cai-na-agua.html)


932 - Os Alarmes soam quando somem as Borboletas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/os-alarmes-soam-quando-somem-as.html)


931 - Fio Maravilha - Porcelana
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/fio-maravilha-porcelana.html)


930 - A procura do idioma universal
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/procura-do-idioma-universal.html)


929 - Existem outros sistemas planetários além do nosso ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/existem-outros-sistemas-planetarios.html)


928 - Assim os animais dizem "te amo"
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/assim-os-animais-dizem-te-amo.html)


927 - Para saber mais - Alienígenas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/para-saber-mais-alienigenas.html)


926 - A Vida imita a Arte - Guerra nas Estrelas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/vida-imita-arte-guerra-nas-estrelas.html)


925 - Onde tudo começou - George Wells
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/onde-tudo-comecou-george-wells.html)


924 - Tem alguém ai? SETI
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/tem-alguem-ai-seti.html)


923 - Eles são quantos ??? Alienígenas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/eles-sao-quantos-alienigenas.html)


922 - Qualquer vidinha serve - Extraterrestres
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/qualquer-vidinha-serve-extraterrestres.html)


921 - Seitas Ufológicas - OVNI
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/seitas-ufologicas-ovni.html)


920 - Sexo Interplanetário - OVNI
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/sexo-interplanetario-ovni.html)


919 - Você já foi abduzido ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/voce-ja-foi-abduzido.html)


918 - Os lugares que eles amam - Discos Voadores
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/os-lugares-que-eles-amam-discos.html)


917 - Os Ets que caíram no samba
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/os-ets-que-cairam-no-samba.html)


916 - Siga aquele OVNI
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/siga-aquele-ovni.html)


915 - Todos os discos levam a Roswell
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/todos-os-discos-levam-roswell.html)


914 - Show de trapaças - OVNIS
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/show-de-trapacas-ovnis.html)


913 - Nem tudo é azul - Ufologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/nem-tudo-e-azul-ufologia.html)


912 - Qual é a deles ? OVNI's
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/qual-e-deles-ovnis.html)


911 - Ufologia é Ciência ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/ufologia-e-ciencia.html)


910 - Há vida fora da Terra ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/ha-vida-fora-da-terra.html)


909 - Morre Steve Jobs - Fundador da Apple
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/morre-steve-jobs-fundador-da-apple.html)


908 - A Eterna Infância da Relatividade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/eterna-infancia-da-relatividade.html)


907 - Refugiados - Pessoas sem nação
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/refugiados-pessoas-sem-nacao.html)


906 - Como é escolhida a Sede da Olimpíada ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/como-e-escolhida-sede-da-olimpiada.html)


905 - A nova corrida espacial
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/nova-corrida-espacial.html)


904 - Sinto muito - Os Sentidos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/sinto-muito-os-sentidos.html)


903 - Como a Espionagem mudou o mundo - Segunda Guerra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/10/como-espionagem-mudou-o-mundo-segunda.html)


902 - Religião - O que é que a Cabala tem ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/religiao-o-que-e-que-cabala-tem.html)


901 - História - Por que morrem as civilizações???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/historia-por-que-morrem-as-civilizacoes.html)


900 - Globo - A voz do Brasil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/globo-voz-do-brasil.html)


899 - Vozes do além - Os mortos querem falar.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/vozes-do-alem-os-mortos-querem-falar.html)


898 - Invisibilidade - Chá de sumiço.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/invisibilidade-cha-de-sumico.html)


897 - Bilocação - O mito do sósia fantasma
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/bilocacao-o-mito-do-sosia-fantasma.html)


896 - Projeção Astral - Viagens fora do corpo.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/projecao-astral-viagens-fora-do-corpo.html)


895 - Quase-morte - A um passo do fim do tunel
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/quase-morte-um-passo-do-fim-do-tunel.html)


894 - Reencarnação - Memórias de outras vidas.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/reencarnacao-memorias-de-outras-vidas.html)


893 - Poltergeist - Eles riem a nossa custa?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/poltergeist-eles-riem-nossa-custa.html)


892 - Cirurgias Mediúnicas - Nas mãos de Deus
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/cirurgias-mediunicas-nas-maos-de-deus.html)


891 - Psicocinese - Vira, Mexe, Quebra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/psicocinese-vira-mexe-quebra.html)


890 - Telepatia - Papo cabeça
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/telepatia-papo-cabeca.html)


889 - Clarividência - Espionagem Mental
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/clarividencia-espionagem-mental.html)


888 - Precognição - Farejando desgraça
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/precognicao-farejando-desgraca.html)


887 - O Parapsicólogo - Duvidar para crer.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/o-parapsicologo-duvidar-para-crer.html)


886 - O Cético - O Caçador de Paranormais - James Randi
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/o-cetico-o-cacador-de-paranormais-james.html)


885 - Fraudes - Me engana que eu gosto.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/fraudes-me-engana-que-eu-gosto.html)


884 - Colecionador reúne acervo com mais de 1,5 mil jogos e 50 consoles de Atari
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/colecionador-reune-acervo-com-mais-de.html)


883 - 'Os Simpsons' podem ganhar canal próprio de TV
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/os-simpsons-podem-ganhar-canal-proprio.html)


882 - Os Mistérios da Mente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/os-misterios-da-mente.html)


881 - Imagens do outro mundo - Fantasmas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/imagens-do-outro-mundo-fantasmas.html)


880 - Pixação é Arte - João Wainer
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/pixacao-e-arte-joao-wainer.html)


879 - Flor usada no Egito antigo tem sucesso contra câncer
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/flor-usada-no-egito-antigo-tem-sucesso.html)


878 - Feios, sujos e malvados - Teledramaturgia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/feios-sujos-e-malvados-teledramaturgia.html)


877 - O Ecoterrorista - Jerry Vlasak
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/o-ecoterrorista-jerry-vlasak.html)


876 - Corrida no fim do mundo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/corrida-no-fim-do-mundo.html)


875 - Fiesta de Ritmos - Dança
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/fiesta-de-ritmos-danca.html)


874 - Big Bang - O Tempo Começa
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/big-bang-o-tempo-comeca.html)


873 - São Pedro - O primeiro Papa
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/sao-pedro-o-primeiro-papa.html)


872 - Navalha na Carne - Automutilação
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/navalha-na-carne-automutilacao.html)


871 - E AÍ, TEM JEITO? O Trânsito
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/e-ai-tem-jeito-o-transito.html)


870 - Os dois lados das Cruzadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/os-dois-lados-das-cruzadas.html)


869 - Tubarão Branco: Grande Injustiçado
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/tubarao-branco-grande-injusticado.html)


868 - Águia - Dourada: Guerreira dos Ares
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/09/aguia-dourada-guerreira-dos-ares.html)


867 - Crocodilo-do-nilo - Nascido para matar
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/crocodilo-do-nilo-nascido-para-matar.html)


866 - Onça-pintada - A dona da América
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/onca-pintada-dona-da-america.html)


865 - Leão - Majestade por Mérito
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/leao-majestade-por-merito.html)


864 - Leopardo - Campeão de Resistência
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/leopardo-campeao-de-resistencia.html)


863 - Orca : Dentes e Cérebro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/orca-dentes-e-cerebro.html)


862 - Lobo-cinzento - Tudo em família
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/lobo-cinzento-tudo-em-familia.html)


861 - Urso Polar - O Colosso do Gelo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/urso-polar-o-colosso-do-gelo.html)


860 - Tigre de Bengala - O Caçador Invisível
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/tigre-de-bengala-o-cacador-invisivel.html)


859 - Só Fera - Grandes Predadores
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/so-fera-grandes-predadores.html)


858 - Brasil 0 x 1 Argentina - A Rivalidade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/brasil-0-x-1-argentina-rivalidade.html)


857 - Super Humano - Cult Will Eisner
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/super-humano-cult-will-eisner.html)


856 - Foi quase - César Lattes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/foi-quase-cesar-lattes.html)


855 - Pelo furo da agulha - Fotografia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/pelo-furo-da-agulha-fotografia.html)


854 - E se não conseguíssemos enxergar as cores ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/e-se-nao-conseguissemos-enxergar-as.html)


853 - Cartas na mesa - O Baralho
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/cartas-na-mesa-o-baralho.html)


852 - A Indiscreta História da Pornografia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/indiscreta-historia-da-pornografia.html)


851 - Os 13 aparelhos de games MAIS FRACASSADOS !!!
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/1-de-13-13-commodore-64-games-system-um.html)


850 - Os mortos andam de verdade na Indonesia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/os-mortos-andam-de-verdade-na-indonesia.html)


849 - Cada um na sua - Camiseta
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/cada-um-na-sua-camiseta.html)


848 - Wataaa Aaahhh - Kung Fu
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/wataaa-aaahhh-kung-fu.html)


847 - O futuro do Telefone
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/o-futuro-do-telefone.html)


846 - A busca da Felicidade - A Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/busca-da-felicidade-natureza.html)


845 - Mar de desperdício - Reciclagem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/mar-de-desperdicio-reciclagem.html)


844 - Rios que matam e morrem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/rios-que-matam-e-morrem.html)


843 - O Despertar do Dragão - China
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/o-despertar-do-dragao-china.html)


842 - Mania de grandeza - Cidades
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/mania-de-grandeza-cidades.html)


841 - Vai ser bom para você ??? Sexo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/vai-ser-bom-para-voce-sexo.html)


840 - Cada vez mais social - A Maconha
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/cada-vez-mais-social-maconha.html)


839 - Vão acabar comigo ? Adolescência
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/vao-acabar-comigo-adolescencia.html)


838 - A regra é não ter regra - Familia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/regra-e-nao-ter-regra-familia.html)


837 - Música sem fronteiras - Mídia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/musica-sem-fronteiras-midia.html)


836 - Viver vai ser divertido - Entretenimento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/viver-vai-ser-divertido-entretenimento.html)


835 - Se você não vai à ESCOLA...
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/se-voce-nao-vai-escola.html)


834 - Emprego que não acaba mais - Futuro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/emprego-que-nao-acaba-mais-futuro-em.html)


833 - Só será feio quem quiser - Maquiagem.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/so-sera-feio-quem-quiser-maquiagem.html)


832 - Terra de Gigantes - Obesidade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/terra-de-gigantes-obesidade.html)


831 - A guerra contra doenças
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/guerra-contra-doencas.html)


830 - Quem quer viver mil anos ??? Longevidade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/quem-quer-viver-mil-anos-longevidade.html)


829 - A revolução invisível - Nanotecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/revolucao-invisivel-nanotecnologia.html)


828 - Só falta falar ! Os Carros
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/so-falta-falar-os-carros.html)


827 - Onde você vai morar em 2015 ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/onde-voce-vai-morar-em-2015.html)


826 - Intimidade Escancarada - Monitoramento digital
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/intimidade-escancarada-monitoramento.html)


825 - O Melhor amigo do homem moderno - O Celular
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/o-melhor-amigo-do-homem-moderno-o.html)


824 - Um mundo sem fios - Wireless
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/um-mundo-sem-fios-wireless.html)


823 - Ficção quase real - Arte prevendo o futuro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/ficcao-quase-real-arte-prevendo-o.html)


822 - Crônica de uma Obra-prima
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/cronica-de-uma-obra-prima.html)


821 - Pela hora da morte - Eutanásia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/pela-hora-da-morte-eutanasia.html)


820 - Vende-se peixe - Recursos do Mar
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/vende-se-peixe-recursos-do-mar.html)


819 - E se as drogas fossem legalizadas ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/e-se-as-drogas-fossem-legalizadas.html)


818 - Por que Shakespeare é considerado um gênio ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/08/por-que-shakespeare-e-considerado-um.html)


817 - Mitologia Viking - Religião
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/mitologia-viking-religiao.html)


816 - Elas ainda vão salvar sua vida - Célula tronco
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/elas-ainda-vao-salvar-sua-vida-celula.html)


815 - Kinsey fala de sexo - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/kinsey-fala-de-sexo-historia.html)


814 - Louco, Eu?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/louco-eu.html)


813 - Cada vez mais acelerado - O Tempo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/cada-vez-mais-acelerado-o-tempo.html)


812 - Síndrome do Pânico - Famosos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/sindrome-do-panico-famosos.html)


811 - O Papa e a História - Teologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/o-papa-e-historia-teologia.html)


810 - Autores que escrevem sobre nada !!!
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/autores-que-escrevem-sobre-nada.html)


809 - TV Pirata - Retrô da TV brasileira
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/tv-pirata-retro-da-tv-brasileira.html)


808 - Doutor Aventura
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/doutor-aventura.html)


807 - São Paulo vista do céu
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/sao-paulo-vista-do-ceu.html)


806 - Festival Verde-Amarelo ROCK BRASILEIRO
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/festival-verde-amarelo-rock-brasileiro.html)


805 - E se... Um Tsunami atingisse o Brasil ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/e-se-um-tsunami-atingisse-o-brasil.html)


804 - As grandes invenções - Dois mil anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/as-grandes-invencoes-dois-mil-anos.html)


803 - O Porco passado a limpo - Mundo animal
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/o-porco-passado-limpo-mundo-animal.html)


802 - Somos todos mentirosos - Comportamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/somos-todos-mentirosos-comportamento.html)


801 - Natureza em Fúria - Catastrofes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/natureza-em-furia-catastrofes.html)


800 - A Busca do Graal
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/busca-do-graal.html)


799 - Memória Musical - O tempo do VINIL
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/memoria-musical-o-tempo-do-vinil.html)


798 - A Timoneira do Aborto - Rececca Grompers
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/timoneira-do-aborto-rececca-grompers.html)


797 - Jogadores de bola e de alma - Futebol
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/jogadores-de-bola-e-de-alma-improviso.html)


796 - Quantos orgãos acabariam com a fila de transplantes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/quantos-orgaos-acabariam-com-fila-de.html)


795 - A História da Comunicação - EVOLUÇÃO
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/historia-da-comunicacao-evolucao.html)


794 - E se o golpe de 1964 não tivesse acontecido ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/e-se-o-golpe-de-1964-nao-tivesse.html)


793 - YO ! HIP HOP
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/yo-hip-hop.html)


792 - As portas da percepção - Drogas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/as-portas-da-percepcao-drogas.html)


791 - Inteligência Animal
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/inteligencia-animal.html)


790 - Deu a louca nos neurônios
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/deu-louca-nos-neuronios.html)


789 - Alexandre o cara
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/07/alexandre-o-cara.html)


788 - Recordes - CULTURA
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/recordes-cultura.html)


787 - Beatles forever - Recorde de vendas - CULTURA
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/beatles-forever-recorde-de-vendas.html)


786 - A Mão de Alá - Kareem Abdul-Jabbar
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/mao-de-ala-kareem-abdul-jabbar.html)


785 - Recordes - Esportes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/recordes-esportes.html)


784 - Tarântula é flagrada em muro de estádio
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/tarantula-e-flagrada-em-muro-de-estadio.html)


783 - Recordes - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/recordes-tecnologia.html)


782 - UM IRMÃOZINHO NO ESPAÇO - Satélite Artificial
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/um-irmaozinho-no-espaco-satelite.html)


781 - Recorde nas alturas - ENGENHARIA
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/recorde-nas-alturas-engenharia.html)


780 - Pompa nas alturas - Burj Al Arab - Dubai
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/pompa-nas-alturas-burj-al-arab-dubai.html)


779 - Recorde - CONFLITOS - Parte 2
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/recorde-conflitos.html)


778 - Recorde - Sociedade - CONFLITOS
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/recorde-sociedade-conflitos.html)


777 - Ônibus espacial Discovery é lançado rumo à sua última missão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/onibus-espacial-discovery-e-lancado.html)


776 - Recordes - Bichos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/recordes-bichos.html)


775 - Girafa - com a cabeça nas nuvens
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/girafa-com-cabeca-nas-nuvens.html)


774 - Recordes - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/recorde-natureza.html)


773 - Um Espetáculo na Austrália
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/um-espetaculo-na-australia.html)


772 - Recordes - O Brasil que chegou lá
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/recordes-o-brasil-que-chegou-la.html)


771 - Menino sérvio 'atrai' metais e porcelana
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/06/menino-servio-atrai-metais-e-porcelana.html)


770 - Porta 'Light Peak' é capaz de copiar Blu-Ray em menos de 30 segundos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/05/porta-light-peak-e-capaz-de-copiar-blu.html)


769 - Ônibus espacial Discovery é lançado rumo à sua última missão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/05/onibus-espacial-discovery-e-lancado.html)


768 - Notebooks da CCE com 2ª geração de CPUs da Intel chegam por R$ 1.500
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/05/notebooks-da-cce-com-2-geracao-de-cpus.html)


767 - Menino sérvio 'atrai' metais e porcelana
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/05/menino-servio-atrai-metais-e-porcelana.html)


766 - Imazon acusa 'aumento expressivo' do desmatamento na Amazônia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/05/imazon-acusa-aumento-expressivo-do.html)


765 - Google Ventures investe em tecnologia para poupar eletricidade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/05/google-ventures-investe-em-tecnologia.html)


764 - Google planeja lançar serviço de assinatura de filmes on-line, diz jornal
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/05/google-planeja-lancar-servico-de.html)


763 - Garoto de 2 anos recebe comida com maconha
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/05/garoto-de-2-anos-recebe-comida-com.html)


762 - Game que estimula brincadeiras sensuais chega para Wii e PS3
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/game-que-estimula-brincadeiras-sensuais.html)


761 - Empresa dos EUA desenvolve 1º 'beija-flor-robô' para espionagem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/empresa-dos-eua-desenvolve-1-beija-flor.html)


760 - Eminem supera Lady Gaga como artista preferido no Facebook
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/eminem-supera-lady-gaga-como-artista.html)


759 - Doença rara faz garota britânica não conseguir comer
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/doenca-rara-faz-garota-britanica-nao.html)


758 - Coração de camundongo recém-nascido se regenera
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/coracao-de-camundongo-recem-nascido-se.html)


757 - Cientistas descobrem que processo celular pode reduzir câncer
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/cientistas-descobrem-que-processo.html)


756 - Cientistas descobrem 'cacto ambulante' de 520 milhões de anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/cientistas-descobrem-cacto-ambulante-de.html)


755 - Chineses intoxicados em fábrica da Apple querem indenização maior
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/chineses-intoxicados-em-fabrica-da.html)


754 - Celulares alteram o cérebro, mas efeitos na saúde são desconhecidos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/celulares-alteram-o-cerebro-mas-efeitos.html)


753 - Quem precisa do Genoma ? - DNA
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/quem-precisa-do-genoma-dna.html)


752 - O Início da História - Atari
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/o-inicio-da-historia-atari.html)


751 - O Hermano Hitler - Segunda Guerra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/o-hermano-hitler-segunda-guerra.html)


750 - O Gandhi Nuclear - James Lovelock
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/o-gandhi-nuclear-james-lovelock.html)


749 - O Brasil das Aguas - Hidrografia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/o-brasil-das-aguas-hidrografia.html)


748 - Cinema Brasileiro - Cronologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/cinema-brasileiro-cronologia.html)


747 - Há solução para o conflito entre Palestinos e Israelenses ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/ha-solucao-para-o-conflito-entre.html)


746 - E se fôssemos imortais ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/e-se-fossemos-imortais.html)


745 - Os ETs caem no samba
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/os-ets-caem-no-samba.html)


744 - Bizarrices no Divã - Psiquiatria
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/bizarrices-no-diva-psiquiatria.html)


743 - Estupro - Violência Sexual
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/estupro-violencia-sexual.html)


742 - Bomba Relogio - A Hepatite C
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/bomba-relogio-hepatite-c.html)


741 - Um outro Jesus Cristo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/um-outro-jesus-cristo.html)


740 - O patrão vem ai !!! Silvio Santos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/o-patrao-vem-ai-silvio-santos.html)


739 - Emoção em Moléculas - Pensamento positivo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/emocao-em-moleculas-pensamento-positivo.html)


738 - Como funcionam as leis de extradição ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/como-funcionam-as-leis-de-extradicao.html)


737 - Dinheirama - A História do dinheiro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/dinheirama-historia-do-dinheiro.html)


736 - Floresta e Cerrado - Sob risco de extinção
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/floresta-e-cerrado-sob-risco-de.html)


735 - Corra para não cair - A Gravidade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/corra-para-nao-cair-gravidade.html)


734 - Jogo - Podemos apostar nele ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/jogo-podemos-apostar-nele.html)


733 - Táticas Vegetais - Evolução
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/taticas-vegetais-evolucao.html)


732 - Câncer - A Humanidade contra-ataca
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/cancer-humanidade-contra-ataca.html)


731 - Cidades Ocultas - Deuses da Guerra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/cidades-ocultas-deuses-da-guerra.html)


730 - Sumiço Relâmpago - Eugella Gastric - Brooding Frog
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/sumico-relampago-eugella-gastric.html)


729 - O Estômago que chocava - Gastric Brooding Frog
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/o-estomago-que-chocava-gastric-brooding.html)


728 - O ouro virou pó - Sapo Dourado
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/o-ouro-virou-po-sapo-dourado.html)


727 - Império Guerreiro - Os Mongóis
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/imperio-guerreiro-os-mongois.html)


726 - Universo - Desastres Espaciais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/universo-desastres-espaciais.html)


725 - Peixe evolui e se adapta a rio poluído nos Estados Unidos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/peixe-evolui-e-se-adapta-rio-poluido.html)


724 - Rã sem-teto - Rã Pintada de Israel
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/ra-sem-teto-ra-pintada-de-israel.html)


723 - O Sol Acabou - Southern Day Frog
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/o-sol-acabou-southern-day-frog.html)


722 - Os Super Humanos de Stan Lee
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/04/os-super-humanos-de-stan-lee.html)


721 - O Mascote Ameaçado - Coqui Dourado
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/o-mascote-ameacado-coqui-dourado.html)


720 - Vitória em Perigo - Reverse Tooth Cichlid
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/vitoria-em-perigo-reverse-tooth-cichlid.html)


719 - História Fugaz - Cachorrito de charco la palma
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/historia-fugaz-cachorrito-de-charco-la.html)


718 - DETETIVES DA HISTÓRIA - Espada do Paraguai
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/detetives-da-historia-espada-do.html)


717 - Máquina vence duelo contra humanos em programa de TV
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/maquina-vence-duelo-contra-humanos-em.html)


716 - Arquivos Extraterrestres - OVNIS no fundo do mar.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/arquivos-extraterrestres-ovnis-no-fundo.html)


715 - Caçadores de OVNI - Primeira resposta - VERDADES E MENTIRAS
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/cacadores-de-ovni-primeira-resposta.html)


714 - Hibernação pode ser solução para viagens espaciais, diz estudo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/hibernacao-pode-ser-solucao-para.html)


713 - Quem viu este peixe? Blackfin Cisco
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/quem-viu-este-peixe-blackfin-cisco.html)


712 - Por que sumiu ? Upokororo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/por-que-sumiu-upokororo.html)


711 - Gene ligado ao nanismo protege contra câncer e diabetes, diz estudo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/gene-ligado-ao-nanismo-protege-contra.html)


710 - O Elvis das Aguas - Blue Pike
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/o-elvis-das-aguas-blue-pike.html)


709 - Doença rara faz britânica de 8 anos ter corpo de idosa
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/doenca-rara-faz-britanica-de-8-anos-ter.html)


708 - Britânicos primitivos bebiam em crânios e podem ter sido canibais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/britanicos-primitivos-bebiam-em-cranios.html)


707 - Brasil prepara lançamento inédito de foguete em 2012, mas uso é incerto
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/brasil-prepara-lancamento-inedito-de.html)


706 - O rio ficou pequeno - Gambúsia do rio San Marcos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/o-rio-ficou-pequeno-gambusia-do-rio-san.html)


705 - Homem vive 10 anos com tumor do tamanho de bola de futebol nos EUA
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/homem-vive-10-anos-com-tumor-do-tamanho.html)


704 - Especialistas afastam aspecto psicológico como causa da gagueira
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/especialistas-afastam-aspecto.html)


703 - Empresa de segurança americana discutia projeto de 'supervírus'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/empresa-de-seguranca-americana-discutia.html)


702 - Consumo mundial de fósforo preocupa cientistas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/consumo-mundial-de-fosforo-preocupa.html)


701 - Fio de Esperança - Tartaruga de Água Doce de Seychelles
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/fio-de-esperanca-tartaruga-de-agua-doce.html)


700 - Computador clássico de 8 bits ZX Spectrum será relançado em 2012
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/computador-classico-de-8-bits-zx.html)


699 - Universidade holandesa exibe tela touchscreen gigante
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/universidade-holandesa-exibe-tela.html)


698 - Pressão alta pode ser causada por mutação genética em glândula
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/pressao-alta-pode-ser-causada-por.html)


697 - Beleza é fundamental - Jamaica Giant Galliwasp
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/beleza-e-fundamental-jamaica-giant.html)


696 - Invasão de domicilio - Lagarto Gigante de Cabo Verde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/invasao-de-domicilio-lagarto-gigante-de.html)


695 - Corrida contra a panela - Yunnan Box Turtle
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/corrida-contra-panela-yunnan-box-turtle.html)


694 - OMS diz que álcool mata mais que aids, violência e tuberculose
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/oms-diz-que-alcool-mata-mais-que-aids.html)


693 - Mudança de Habitat - Boa Escavadora de Round Island
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/mudanca-de-habitat-boa-escavadora-de.html)


692 - Jovem britânica morre minutos após beijar rapaz pela primeira vez
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/jovem-britanica-morre-minutos-apos.html)


691 - Google muda logotipo para homenagear Thomas Edison
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/google-muda-logotipo-para-homenagear.html)


690 - É um Dragão ou um Lagarto? Kawekaweau
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/e-um-dragao-ou-um-lagarto-kawekaweau.html)


689 - Cientistas desvendam segredo do salto da pulga
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/cientistas-desvendam-segredo-do-salto.html)


688 - E ele pagou o pato - Pato do Labrador
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/e-ele-pagou-o-pato-pato-do-labrador.html)


687 - Não sobrou um pombo - Passenger Pigeon
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/nao-sobrou-um-pombo-passenger-pigeon.html)


686 - 20 Anos de Street Fighter II
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/20-anos-de-street-fighter-ii.html)


685 - Capacidade de armazenamento de dados mundial é de 295 exabytes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/capacidade-de-armazenamento-de-dados.html)


684 - Brasileiros têm 4º maior consumo de álcool das Américas, diz OMS
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/brasileiros-tem-4-maior-consumo-de.html)


683 - 'Tropa de elite 2' é a maior bilheteria da história no Brasil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/tropa-de-elite-2-e-maior-bilheteria-da.html)


682 - O fim do pequeno Ula - Havai
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/03/o-fim-do-pequeno-ula-havai.html)


681 - 'The fame monster', de Lady Gaga, é o disco mais vendido de 2010
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/fame-monster-de-lady-gaga-e-o-disco.html)


680 - Blaster Master - 1988 - Sunsoft - Nintendo 8 bits
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/blaster-master-1988-sunsoft-nintendo-8.html)


679 - A Vida era doce - Kioea
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/vida-era-doce-kioea.html)


678 - Era um sino ou um passarinho ? Saí-Preto
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/era-um-sino-ou-um-passarinho-sai-preto.html)


677 - Soho já descobriu 2 mil cometas com ajuda de astrônomos amadores
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/soho-ja-descobriu-2-mil-cometas-com.html)


676 - Qual é a Graça ? Coruja risonha
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/qual-e-graca-coruja-risonha.html)


675 - Robôs substituem professores em salas de aula
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/robos-substituem-professores-em-salas.html)


674 - Rede on-line do PS3 tem prejuízo mesmo com 60 milhões de usuários
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/rede-on-line-do-ps3-tem-prejuizo-mesmo.html)


673 - Preço do conversor para TV digital cai 84%
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/preco-do-conversor-para-tv-digital-cai.html)


672 - Vida de Bibelô - Arara de Cuba
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/vida-de-bibelo-arara-de-cuba.html)


671 - A pequena notável - Codorna da nova Zelândia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/pequena-notavel-codorna-da-nova.html)


670 - O Periquito Solidário - Periquito Carolina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/o-periquito-solidario-periquito.html)


669 - Grupo desmente dicas de saúde dadas por celebridades
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/grupo-desmente-dicas-de-saude-dadas-por.html)


668 - Estudo revela que neandertais cozinhavam e consumiam vegetais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/estudo-revela-que-neandertais.html)


667 - Em 20 anos no país, celular se torna amigo inseparável do brasileiro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/em-20-anos-no-pais-celular-se-torna.html)


666 - Doador de 1º transplante de órgão bem-sucedido morre aos 79 anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/doador-de-1-transplante-de-orgao-bem.html)


665 - Prato cheio - Palla's Cormorant
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/prato-cheio-pallas-cormorant.html)


664 - Preciosidade perdida - Kosrae Staling
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/preciosidade-perdida-kosrae-staling.html)


663 - Dublê de corpo - Alca Gigante
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/duble-de-corpo-alca-gigante.html)


662 - Cientistas pretendem criar simulador da vida na Terra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/cientistas-pretendem-criar-simulador-da.html)


661 - Sobrou menos de uma orelha - Cabra selvagem dos Pirineus
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/sobrou-menos-de-uma-orelha-cabra.html)


660 - Sinal Vermelho - Macaco colobos vermelho
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/sinal-vermelho-macaco-colobos-vermelho.html)


659 - O fim do sossego - Foca monge do Caribe
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/o-fim-do-sossego-foca-monge-do-caribe.html)


658 - Cientista registra primeira imagem de raio-x em relâmpago
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/cientista-registra-primeira-imagem-de.html)


657 - Vítima da Insensatez - Leão marinho japonês
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/vitima-da-insensatez-leao-marinho.html)


656 - O bicho que valia por cinco - Tigre da Tasmânia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/o-bicho-que-valia-por-cinco-tigre-da.html)


655 - Botânicos fazem lista com 1,25 milhão de nomes de plantas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/botanicos-fazem-lista-com-125-milhao-de.html)


654 - A pequena fera - Tigre de Bali
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/pequena-fera-tigre-de-bali.html)


653 - Árvore de Natal em Madri faz homenagem ao game 'Pac-man'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/arvore-de-natal-em-madri-faz-homenagem.html)


652 - O Selvagem Sedutor - Tarpan
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/o-selvagem-sedutor-tarpan.html)


651 - Nem tudo era azul - Antílope Azul
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/nem-tudo-era-azul-antilope-azul.html)


650 - Americano diz ter matado 'chupacabras' no quintal de casa
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/02/americano-diz-ter-matado-chupacabras-no.html)


649 - Extinção imediata - Gazela do Iêmen
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/extincao-imediata-gazela-do-iemen.html)


648 - Saiba quais são as fraudes mais comuns na internet no fim de ano
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/saiba-quais-sao-as-fraudes-mais-comuns.html)


647 - O Primo da zebra - Os Quaggas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/o-primo-da-zebra-os-quaggas.html)


646 - Começou mal, terminou pior - Bandicoot - Pé de porco
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/comecou-mal-terminou-pior-bandicoot-pe.html)


645 - Rio de Janeiro ganha salão de tecnologia em feira de moda
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/rio-de-janeiro-ganha-salao-de.html)


644 - Lobo Bom - O Lobo das Malvinas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/lobo-bom-o-lobo-das-malvinas.html)


643 - Kindle supera Harry Potter como produto mais vendido pela Amazon
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/kindle-supera-harry-potter-como-produto.html)


642 - Indianos batem recorde com 22.480 jogadores de xadrez
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/indianos-batem-recorde-com-22480.html)


641 - Chifrudo Imponente - Cervos-de-schomburgk
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/chifrudo-imponente-cervos-de-schomburgk.html)


640 - Estudo sobre abelhas feito por crianças é publicado em revista
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/studo-sobre-abelhas-feito-por-criancas.html)


639 - O Pequeno Saltador - Canguru rato do deserto
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/o-pequeno-saltador-canguru-rato-do.html)


638 - Miniatura de Morcego - Ilha de Guam
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/miniatura-de-morcego-ilha-de-guam.html)


637 - Estudo associa estrutura do cérebro a sociabilidade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/estudo-associa-estrutura-do-cerebro.html)


636 - A vida em perigo - Extinção
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/vida-em-perigo-extincao.html)


635 - Antártida - Região Selvagem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/antartida-regiao-selvagem.html)


634 - Cachorra aprende a reconhecer nome de mais de mil brinquedos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/cachorra-aprende-reconhecer-nome-de.html)


633 - Ator de 'The mentalist' fecha contrato de US$ 30 milhões com a Warner
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/ator-de-mentalist-fecha-contrato-de-us.html)


632 - Caatinga - Região Selvagem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/caatinga-regiao-selvagem.html)


631 - Artista russa inova e usa os seios para pintar quadros
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/artista-russa-inova-e-usa-os-seios-para.html)


630 - Americano cria internet sem fio transmitida pela iluminação
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/americano-cria-internet-sem-fio.html)


629 - Desertos Norte-americanos - Região Selvagem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/desertos-norte-americanos-regiao.html)


628 - Restaurante na China usa robôs para atender os clientes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/restaurante-na-china-usa-robos-para.html)


627 - Livro acadêmico estuda efeitos de ataque de zumbis no mundo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/livro-academico-estuda-efeitos-de.html)


626 - Tundra e florestas boreais - Região Selvagem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/tundra-e-florestas-boreais-regiao.html)


625 - Linha do tempo ZUMBI - Cronologia dos filmes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/linha-do-tempo-zumbi-cronologia-dos.html)


624 - Congo - Região Selvagem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/congo-regiao-selvagem.html)


623 - Raro eclipse da Lua encanta milhões
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/raro-eclipse-da-lua-encanta-milhoes.html)


622 - PANTANAL - Região Selvagem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/pantanal-regiao-selvagem.html)


621 - Obesidade do Papai Noel é mau exemplo para sociedade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/obesidade-do-papai-noel-e-mau-exemplo.html)


620 - A HORA CORRETA PARA TOMAR ÁGUA !!!
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/hora-correta-para-tomar-agua-e-mail.html)


619 - Filhotes fêmeas de chimpanzé 'parecem brincar com bonecas'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/filhotes-femeas-de-chimpanze-parecem.html)


618 - Miombo-mopane e Delta do Okavango
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/miombo-mopane-e-delta-do-okavango.html)


617 - Família neandertal canibalizada é encontrada em caverna na Espanha
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/familia-neandertal-canibalizada-e.html)


616 - Nova Guiné - Lugares selvagens
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/nova-guine-lugares-selvagens.html)


615 - Estudo mostra que invernos estão mais frios porque faz mais calor
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/estudo-mostra-que-invernos-estao-mais.html)


614 - Deserto do Atacama
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/deserto-do-atacama.html)


613 - Camundongo geneticamente modificado pia como passarinho
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/camundongo-geneticamente-modificado-pia.html)


612 - Arqueólogos encontram pedras sagradas dos Incas no Peru
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/arqueologos-encontram-pedras-sagradas.html)


611 - Amazônia - recanto selvagem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/amazonia-recanto-selvagem.html)


610 - Tempestade desenterra estátua romana em Israel
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/tempestade-desenterra-estatua-romana-em.html)


609 - Que fim levou Atlântida ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/que-fim-levou-atlantida.html)


608 - Você acredita em tudo ??? Lendas Urbanas...
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/voce-acredita-em-tudo-lendas-urbanas.html)


607 - Suco de romã pode frear metástase de câncer de próstata
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/suco-de-roma-pode-frear-metastase-de.html)


606 - Pesquisadores descobrem 'floresta mumificada' no Canadá
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/pesquisadores-descobrem-floresta.html)


605 - Entregamos a Copa de 1998 ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/entregamos-copa-de-1998.html)


604 - Mona Lisa guarda em pupila a chave de sua identidade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/mona-lisa-guarda-em-pupila-chave-de-sua.html)


603 - Iluminação das cidades piora poluição do ar
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/iluminacao-das-cidades-piora-poluicao.html)


602 - Paul MCCartney esta morto ??? Rock
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/paul-mccartney-esta-morto-rock.html)


601 - Quem assassinou o Papa João Paulo I ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/quem-assassinou-o-papa-joao-paulo-i.html)


600 - Homens são 83% do total de mortos em acidentes e homicídios no país
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2011/01/homens-sao-83-do-total-de-mortos-em.html)


599 - Quem é o Anticristo ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/quem-e-o-anticristo.html)


598 - Foguete de médio porte é lançado em Alcântara
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/foguete-de-medio-porte-e-lancado-em.html)


597 - Jesus Cristo teve filhos ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/jesus-cristo-teve-filhos.html)


596 - 'Flor-cadáver' floresce pela 1ª vez na América Latina em MG
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/flor-cadaver-floresce-pela-1-vez-na.html)


595 - Os Gringos querem a Amazônia ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/os-gringos-querem-amazonia.html)


594 - Cabeça embalsamada é de rei da França do século XVII
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/cabeca-embalsamada-e-de-rei-da-franca.html)


593 - Olga Benario é uma invenção da propaganda comunista ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/olga-benario-e-uma-invencao-da.html)


592 - 11 de Setembro foi armação de Bush ??? - Terrorismo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/11-de-setembro-foi-armacao-de-bush.html)


591 - Arqueólogos chineses descobrem sopa de 2,4 mil anos em recipiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/arqueologos-chineses-descobrem-sopa-de.html)


590 - Telescópio Hubble registra imagem de 'bolha'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/telescopio-hubble-registra-imagem-de.html)


589 - Quem quer acabar com os Kennedy ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/quem-quer-acabar-com-os-kennedy.html)


588 - Quem matou os Presidentes?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/quem-matou-os-presidentes.html)


587 - Revista 'Time' escolhe fundador do Facebook como pessoa do ano 2010
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/revista-time-escolhe-fundador-do.html)


586 - Como os Terráqueos são Abduzidos - OVNI
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/como-os-terraqueos-sao-abduzidos-ovni.html)


585 - Policiais ganham reality shows e cadeira cativa na TV
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/policiais-ganham-reality-shows-e.html)


584 - Mulher que não sente medo pode ajudar cientistas a tratar fobias
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/mulher-que-nao-sente-medo-pode-ajudar.html)


583 - Por que os marcianos adoram o Brasil ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/por-que-os-marcianos-adoram-o-brasil.html)


582 - 'Máquina quântica' está entre as dez descobertas do ano
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/maquina-quantica-esta-entre-as-dez.html)


581 - Híbridos de ETs e Humanos vivem entre nós ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/hibridos-de-ets-e-humanos-vivem-entre.html)


580 - Internautas elegem os melhores filmes de 2010
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/internautas-elegem-os-melhores-filmes.html)


579 - Internautas elegem melhores do ano na música; veja os resultados
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/internautas-elegem-melhores-do-ano-na.html)


578 - Larry King faz último programa e recebe o adeus de Obama e Clinton
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/larry-king-faz-ultimo-programa-e-recebe.html)


577 - Código de barras é coisa de Satã ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/codigo-de-barras-e-coisa-de-sata.html)


576 - Grã-Bretanha e Alemanha criarão arquivo on-line sobre a 1ª Guerra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/gra-bretanha-e-alemanha-criarao-arquivo.html)


575 - Doença rara faz pele de jovem chinês parecer ter 'escamas de peixe'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/doenca-rara-faz-pele-de-jovem-chines.html)


574 - Aids é uma doença que já matou milhões de pessoas no mundo todo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/aids-e-uma-doenca-que-ja-matou-milhoes.html)


573 - Consumo de leite reduz risco de doenças cardíacas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/consumo-de-leite-reduz-risco-de-doencas.html)


572 - O Homem nunca pisou na Lua ??? - Programa Apolo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/o-homem-nunca-pisou-na-lua-programa.html)


571 - CNDL diz que Natal de 2010 será o melhor desde o início do Plano Real
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/cndl-diz-que-natal-de-2010-sera-o.html)


570 - Os Robôs vão nos destruir? - Guerra contra as Maquinas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/os-robos-vao-nos-destruir-guerra-contra.html)


569 - Chinês cria máquina que vende caranguejos vivos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/chines-cria-maquina-que-vende.html)


568 - Bateria grudada ao corpo usa calor humano para alimentar celular
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/bateria-grudada-ao-corpo-usa-calor.html)


567 - O Mundo vai acabar - Fim dos tempos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/o-mundo-vai-acabar-fim-dos-tempos.html)


566 - Ver para crer - Conspirações
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/ver-para-crer-conspiracoes.html)


565 - A Ciência do trivial
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/ciencia-do-trivial.html)


564 - Ator de 'O virgem de 40 anos' é condenado a prisão perpétua
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/ator-de-o-virgem-de-40-anos-e-condenado.html)


563 - O Futuro é invisível - Nanotecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/o-futuro-e-invisivel-nanotecnologia.html)


562 - Uma viagem submarina - Beatles 1968
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/uma-viagem-submarina-beatles-1968.html)


561 - Como é o tráfico na favela ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/como-e-o-trafico-na-favela.html)


560 - Sylvester Stallone entra para o Hall da Fama do Boxe Internacional
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/sylvester-stallone-entra-para-o-hall-da.html)


559 - Pássaros formam 'Pac-man gigante' para assustar predador
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/passaros-formam-pac-man-gigante-para.html)


558 - E se... Os Espanhóis tivessem perdido na América
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/e-se-os-espanhois-tivessem-perdido-na.html)


557 - Bomba fora de controle - Atômica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/bomba-fora-de-controle-atomica.html)


556 - Livro apresenta a história do O. K.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/livro-apresenta-historia-do-o-k.html)


555 - Como o futebol explica o mundo - Conflitos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/como-o-futebol-explica-o-mundo.html)


554 - Um, dois, três, quatro ! - Rock
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/um-dois-tres-quatro-rock.html)


553 - Final de 'The walking dead' bate recorde de audiência
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/final-de-walking-dead-bate-recorde-de.html)


552 - História da Anestesia - Drogas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/historia-da-anestesia-drogas.html)


551 - O segredo de Leonardo - Arte
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/o-segredo-de-leonardo-arte.html)


550 - Fonte de Energia - O Sol
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/fonte-de-energia-o-sol.html)


549 - Aspirina diária reduz risco de morte por câncer
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/aspirina-diaria-reduz-risco-de-morte.html)


548 - 'Vampiro' é preso nos EUA após tatuar 'V' na testa de jovem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/vampiro-%C3%A9-preso-nos-eua-ap%C3%B3s-tatuar-v.html)


547 - Usar celular durante a gravidez pode gerar filhos desobedientes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/usar-celular-durante-gravidez-pode.html)


546 - Devore-me se puder - Galáxias
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/devore-me-se-puder-gal%C3%A1xias.html)


545 - O planeta vovô da Via Láctea
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/o-planeta-vov%C3%B4-da-via-l%C3%A1ctea.html)


544 - 'Terrivel mosca peluda" é reencontrada no Quênia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/terrivel-mosca-peluda-%C3%A9-reencontrada-no.html)


543 - Sede de achar água - Sonda Mars Express
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/sede-de-achar-%C3%A1gua-sonda-mars-express.html)


542 - Sonda japonesa se aproxima de Vênus para entrar em órbita - Akatsuki
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/sonda-japonesa-se-aproxima-de-v%C3%AAnus.html)


541 - Sinalização de trânsito cria polêmica ao mostrar 'gesto obsceno'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/sinaliza%C3%A7%C3%A3o-de-tr%C3%A2nsito-cria-pol%C3%AAmica.html)


540 - Em ritmo acelerado - Expansão do Universo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/em-ritmo-acelerado-expansao-do-universo.html)


539 - Por recorde, trio assiste a série '24 horas' por mais de 86 horas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/por-recorde-trio-assiste-serie-24-horas.html)


538 - Pesquisadores usam vídeo game para criar Supercomputador
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/pesquisadores-usam-video-game-para.html)


537 - Colisões Cósmicas - Telescópio Hubble
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/colisoes-cosmicas-telescopio-hubble.html)


536 - Mais antiga do mundo, árvore vai celebrar 124º Natal
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/mais-antiga-do-mundo-arvore-vai.html)


535 - Larissa Riquelme foi o termo mais pesquisado no Google no Brasil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/larissa-riquelme-foi-o-termo-mais.html)


534 - Juiz libera suspensão de tratamento de doente terminal no Brasil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/juiz-libera-suspensao-de-tratamento-de.html)


533 - Retrato de Bebê - Mapa do Universo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/retrato-de-bebe-mapa-do-universo.html)


532 - Italiano bate recorde ao pescar peixe de 2,5 metros
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/italiano-bate-recorde-ao-pescar-peixe.html)


531 - O vizinho distante - Sedna
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/o-vizinho-distante-sedna.html)


530 - EUA terão lançador de granadas "inteligente", controladas por rádio
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/eua-terao-lancador-de-granadas.html)


529 - Google lança livraria digital com mais de 3 milhões de títulos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/google-lanca-livraria-digital-com-mais.html)


528 - Galáxias Fantasmas - Cosmo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/galaxias-fantasmas-cosmo.html)


527 - Conhecendo a vizinhança - Extra-solares
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/conhecendo-vizinhanca-extra-solares.html)


526 - Conheça os termos mais buscados no Yahoo Brasil em 2010
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/conheca-os-termos-mais-buscados-no.html)


525 - A aventura no Cosmo - Exploração Espacial
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/aventura-no-cosmo-exploracao-espacial.html)


524 - Google vai distribuir notebooks para testar sistema operacional na nuvem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/google-vai-distribuir-notebooks-para.html)


523 - Quanto podemos tirar da Mãe Natureza ? Ecologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/quanto-podemos-tirar-da-mae-natureza.html)


522 - Vivendo nas Nuvens - Bactérias
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/vivendo-nas-nuvens-bacterias.html)


521 - Mergulho no Buraco - Crateras
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/mergulho-no-buraco-crateras.html)


520 - Um pulo para o Passado - Nostalgia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/um-pulo-para-o-passado-nostalgia.html)


519 - Peneira de Ozônio - Atmosfera
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/peneira-de-ozonio-atmosfera.html)


518 - Quem vai Chocar ? Ovo de Dinossauro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/quem-vai-chocar-ovo-de-dinossauro.html)


517 - Retrato em close da mata Atlântica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/retrato-em-close-da-mata-atlantica.html)


516 - Parado no Tempo - Celacanto
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/parado-no-tempo-celacanto.html)


515 - Lixo precioso - Reciclagem de PET
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/lixo-precioso-reciclagem-de-pet.html)


514 - Polêmica sem FIM - Transgênicos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/polemica-sem-fim-transgenicos.html)


513 - O Homem faz o Clima e faz mal - Aquecimento Global
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/o-homem-faz-o-clima-e-faz-mal.html)


512 - O mapa quente da biodiversidade - Extinção
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/o-mapa-quente-da-biodiversidade.html)


511 - Guerreiros do Subterrâneo - China
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/guerreiros-do-subterraneo-china.html)


510 - Uma ajuda para crescer e multiplicar - Reprodução Humana
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/uma-ajuda-para-crescer-e-multiplicar.html)


509 - Beleza a jato - Botox
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/beleza-jato-botox.html)


508 - Paternidade a dois - HIV
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/paternidade-dois-hiv.html)


507 - Um golpe na moleza - Viagra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/um-golpe-na-moleza-viagra.html)


506 - A Felicidade reinventada - Prozac
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/felicidade-reinventada-prozac.html)


505 - O nosso primeiro Abecedário - Olmecas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/o-nosso-primeiro-abecedario-olmecas.html)


504 - A Brasileirinha de 11500 anos - Luzia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/brasileirinha-de-11500-anos-luzia.html)


503 - Quem tem medo dos Clones ? - Clonagem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/quem-tem-medo-dos-clones-clonagem.html)


502 - O Mapa da Vida - O DNA
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/o-mapa-da-vida-o-dna.html)


501 - As grandes epidemias ao longo da História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/as-grandes-epidemias-ao-longo-da.html)


500 - Guga e o Zen-budismo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/guga-e-o-zen-budismo.html)


499 - Por que a gente é assim? O DNA
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/12/por-que-gente-e-assim-o-dna.html)


498 - Ao cérebro o que é do cerebro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/ao-cerebro-o-que-e-do-cerebro.html)


497 - No lugar certo, no instante exato - Fotografia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/no-lugar-certo-no-instante-exato.html)


496 - E se humanos tivessem só um sexo ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/e-se-humanos-tivessem-so-um-sexo.html)


495 - B.Boy na fita - Break
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/bboy-na-fita-break.html)


494 - A Ilha que cresce - Havaí
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/ilha-que-cresce.html)


493 - Nó da Matemática
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/no-da-matematica.html)


492 - Política do faz-de-conta
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/politica-do-faz-de-conta.html)


491 - A Ciência de comer bem - Nutrição
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/ciencia-de-comer-bem-nutricao.html)


490 - A Olimpíada não tem graça nenhuma
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/olimpiada-nao-tem-graca-nenhuma.html)


489 - Memórias Olímpicas - Curiosidades
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/memorias-olimpicas-curiosidades.html)


488 - Clima de Guerra - Livro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/clima-de-guerra-livro.html)


487 - Quanto mais quente melhor - Aquecimento Global
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/quanto-mais-quente-melhor-aquecimento.html)


486 - Geometria Espacial - Cemitério de Aviões
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/geometria-espacial-cemiterio-de-avioes.html)


485 - Navajo Joe - Pistoleiro Implacavel - Filme
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/navaro-joe-pistoleiro-implacavel-filme.html)


484 - Olimpiadas Bizarras - Curiosidades
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/olimpiadas-bizarras-curiosidades.html)


483 - Todos os Chineses - E se ???
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/todos-os-chineses-e-se.html)


482 - Em busca da era Glacial - Historia do Clima
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/em-busca-da-era-glacial-historia-do.html)


481 - Para que serve a música ? - Musicoterapia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/para-que-serve-musica-musicoterapia.html)


480 - Vende-se sexo - Prostituição
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/vende-se-sexo-prostituicao.html)


479 - Os Cientistas das prateleiras- Remedios
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/os-cientistas-das-prateleiras-remedios.html)


478 - Langsdorff: No coração do Brasil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/langsdorff-no-coracao-do-brasil.html)


477 - Fascinio nas alturas - Alpinismo - Waldemar Niclevicz
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/fascinio-nas-alturas-alpinismo-waldemar.html)


476 - Everest - No topo do mundo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/everest-no-topo-do-mundo.html)


475 - Em nome da Ciência - Beagle
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/em-nome-da-ciencia-beagle.html)


474 - Nas aguas da Amazonia - Jacques Cousteau
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/nas-aguas-da-amazonia-jacques-cousteau.html)


473 - Mistério no Xingu - Percy Fawcett
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/misterio-no-xingu-percy-fawcett.html)


472 - A fúria de Moby Dick
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/furia-de-moby-dick.html)


471 - Navegador dos sete mares - Amyr Klink
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/navegador-dos-sete-mares-amyr-klink.html)


470 - Antártida - Perdidos no gelo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/antartida-perdidos-no-gelo.html)


469 - África - Sobre homens e leões
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/africa-sobre-homens-e-leoes.html)


468 - Apollo 11 - com os pés na Lua
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/apollo-11-com-os-pes-na-lua.html)


467 - Somos todos Alienígenas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/somos-todos-alienigenas.html)


466 - Qual a inflação acumulada na Historia do Brasil ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/qual-inflacao-acumulada-na-historia-do.html)


465 - Cuba anexada pelos Americanos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/cuba-anexada-pelos-americanos.html)


464 - Futuro dos games chegou
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/futuro-dos-games-chegou.html)


463 - Vidro - Material Incrivel
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/vidro-material-incrivel.html)


462 - De que somos feitos ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/de-que-somos-feitos.html)


461 - Casamento GAY - certo ou errado ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/11/casamento-gay-certo-ou-errado.html)


460 - Tocador digital chinês 'clona' o novo console
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/tocador-digital-chines-clona-o-novo.html)


459 - Site permite jogar clássicos do Mega Drive
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/site-permite-jogar-classicos-do-mega.html)


458 - Site lista as 100 melhores histórias
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/site-lista-as-100-melhores-historias.html)


457 - Sistema impede cirurgiões de esquecer compressas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/sistema-impede-cirurgioes-de-esquecer.html)


456 - Sexo diário melhora qualidade do esperma
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/sexo-diario-melhora-qualidade-do.html)


455 - Primogênitos sofrem mais pressão dos pais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/primogenitos-sofrem-mais-pressao-dos.html)


454 - ‘Praga da dança’ matou centenas de habitantes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/praga-da-danca-matou-centenas-de.html)


453 - 'Peixe mais feio do mundo' corre risco de extinção
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/peixe-mais-feio-do-mundo-corre-risco-de.html)


452 - Nova dieta de vacas promete reduzir flatos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/nova-dieta-de-vacas-promete-reduzir.html)


451 - Neandertal usava pintura corporal e bijuterias
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/neandertal-usava-pintura-corporal-e.html)


450 - Médico mostra como indústria de alimentos manipula
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/medico-mostra-como-industria-de.html)


449 - Lanchonete promove 'menu do ataque cardíaco'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/lanchonete-promove-menu-do-ataque.html)


448 - Ladrão apanha ao tentar assaltar ex-boxeador
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/ladrao-apanha-ao-tentar-assaltar-ex.html)


447 - Japão e EUA fazem mais completo mapa topográfico da Terra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/japao-e-eua-fazem-mais-completo-mapa.html)


446 - Israelense colhe pepino de 1,18 metro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/israelense-colhe-pepino-de-118-metro.html)


445 - Grã-Bretanha libera arquivos sobre objetos voadores
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/gra-bretanha-libera-arquivos-sobre.html)


444 - Fome ajuda rato a lembrar onde está a comida
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/fome-ajuda-rato-lembrar-onde-esta.html)


443 - Físico que ganhou Nobel por descoberta aos 21 anos se dedica à literatura
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/fisico-que-ganhou-nobel-por-descoberta.html)


442 - Estudo vincula ciclismo a baixa qualidade de esperma
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/estudo-vincula-ciclismo-baixa-qualidade.html)


441 - Energia eólica é suficiente para o mundo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/energia-eolica-e-suficiente-para-o.html)


440 - Desempenho mental melhora após cochilo com sonhos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/desempenho-mental-melhora-apos-cochilo.html)


439 - Consumidor se diz mais satisfeito quando atendido por branco
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/consumidor-se-diz-mais-satisfeito.html)


438 - Conheça as lendas urbanas bizarras
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/conheca-as-lendas-urbanas-bizarras.html)


437 - Cientistas utilizam ondas de celular para reverter doença
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/cientistas-utilizam-ondas-de-celular.html)


436 - Carteira é devolvida nos EUA depois de 63 anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/09/carteira-e-devolvida-nos-eua-depois-de.html)


435 - Cadela prodígio reconhece mais de 340 palavras
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/cadela-prodigio-reconhece-mais-de-340.html)


434 - 'Batman', com George Clooney, é eleito o pior filme
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/batman-com-george-clooney-e-eleito-o.html)


433 - Arqueólogos egípcios encontram duas tumbas de 2,5 mil anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/arqueologos-egipcios-encontram-duas.html)


432 - Arqueólogos egípcios descobrem tumbas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/arqueologos-egipcios-descobrem-tumbas.html)


431 - Arqueólogos chineses anunciam a descoberta de tumba
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/arqueologos-chineses-anunciam.html)


430 - Venda de computadores em todo o mundo sofrerá queda
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/venda-de-computadores-em-todo-o-mundo.html)


429 - Tornozelo torcido sara mais rápido com gelo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/tornozelo-torcido-sara-mais-rapido-com.html)


428 - Técnica induz mosquitos da dengue a espalhar veneno
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/tecnica-induz-mosquitos-da-dengue.html)


427 - Tailandeses 'transformam' elefantes em pandas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/tailandeses-transformam-elefantes-em.html)


426 - Semente de árvore usa táticas de aviação
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/semente-de-arvore-usa-taticas-de.html)


425 - Por recorde, mestre de kung fu fura 4 cocos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/por-recorde-mestre-de-kung-fu-fura-4.html)


424 - Planta prospera 'comendo' fezes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/planta-prospera-comendo-fezes.html)


423 - Novos estudos fecham o cerco sobre a explicação da origem da vida
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/novos-estudos-fecham-o-cerco-sobre.html)


422 - Notícia da morte de Michael Jackson derruba Google e Twitter
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/noticia-da-morte-de-michael-jackson.html)


421 - Líder habilidoso, Perón deixou 'legado eterno'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/lider-habilidoso-peron-deixou-legado.html)


420 - Inglaterra quer universalizar conexão banda larga até 2010
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/inglaterra-quer-universalizar-conexao.html)


419 - Governo de Chávez reedita jornal criado por Simón Bolívar
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/governo-de-chavez-reedita-jornal-criado.html)


418 - Flauta de 35 mil anos é mais antigo instrumento musical
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/flauta-de-35-mil-anos-e-mais-antigo.html)


417 - Evolução dos mamíferos é mais rápida em regiões quentes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/evolucao-dos-mamiferos-e-mais-rapida-em.html)


416 - EUA elegem o cão mais feio do mundo de 2009
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/08/eua-elegem-o-cao-mais-feio-do-mundo-de.html)


415 - Estudo mostra que 12% do gelo dos Alpes suíços derreteu
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/estudo-mostra-que-12-do-gelo-dos-alpes.html)


414 - Estudo mostra peso negativo do consumo de álcool
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/estudo-mostra-peso-negativo-do-consumo.html)


413 - Dupla acha restos da presença de primeiros americanos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/dupla-acha-restos-da-presenca-de.html)


412 - Dona de casa acha relíquia de R$ 810 mil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/dona-de-casa-acha-reliquia-de-r-810-mil.html)


411 - Casal azarado sofre dois acidentes em menos de 24 horas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/casal-azarado-sofre-dois-acidentes-em.html)


410 - Camundongo canta para namorar, mas fêmea só responde primeira 'estrofe'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/camundongo-canta-para-namorar-mas-femea.html)


409 - Avião movido a energia solar é apresentado na Suíça
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/aviao-movido-energia-solar-e.html)


408 - Aposentado bate recorde ao pescar tubarão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/aposentado-bate-recorde-ao-pescar.html)


407 - Supercomputador mais rápido da Europa equivale a 50 mil PCs
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/supercomputador-mais-rapido-da-europa.html)


406 - Robô japonês consegue reproduzir emoções humanas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/robo-japones-consegue-reproduzir.html)


405 - Pilotos fazem os próprios barcos em regata
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/pilotos-fazem-os-proprios-barcos-em.html)


404 - Palestinos acham tumba de 4.000 anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/palestinos-acham-tumba-de-4000-anos.html)


403 - Mundial de animais empalhados reúne espécies
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/mundial-de-animais-empalhados-reune.html)


402 - Mulheres disputam corrida de salto alto
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/mulheres-disputam-corrida-de-salto-alto.html)


401 - Mulher leva multa por não colocar a mão no corrimão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/mulher-leva-multa-por-nao-colocar-mao.html)


400 - Mulher engata ré e despenca do quarto andar
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/mulher-engata-re-e-despenca-do-quarto.html)


399 - Menino de 11 anos usa impressora para falsificar dinheiro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/menino-de-11-anos-usa-impressora-para.html)


398 - Japão estuda enviar robô e astronauta à Lua
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/japao-estuda-enviar-robo-e-astronauta.html)


397 - Gato vira-lata supera favoritos e vence prêmio
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/gato-vira-lata-supera-favoritos-e-vence.html)


396 - Feijoada teve origem no século XIX
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/feijoada-teve-origem-no-seculo-xix.html)


395 - Exposição celebra os 40 anos de Woodstock
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/exposicao-celebra-os-40-anos-de.html)


394 - Estudante usa cobra para pular corda
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/estudante-usa-cobra-para-pular-corda.html)


393 - Descoberto na ilha de Chipre um poço da Idade da Pedra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/descoberto-na-ilha-de-chipre-um-poco-da.html)


392 - Celeiro de 11 mil anos na Jordânia dá pistas sobre origem da agricultura
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/celeiro-de-11-mil-anos-na-jordania-da.html)


391 - Arqueólogos de Israel revelam obra de arte com 1.700 anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/07/arqueologos-de-israel-revelam-obra-de.html)


390 - Alemão faz 12 navios de papel de 5,5 milímetros e bate recorde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/alemao-faz-12-navios-de-papel-de-55.html)


389 - Alemanha entra no topo de lista global de supercomputadores
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/alemanha-entra-no-topo-de-lista-global.html)


388 - Nasa lança foguete Atlas V rumo à Lua
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/nasa-lanca-foguete-atlas-v-rumo-lua.html)


387 - Nasa inicia projeto para voltar à Lua
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/nasa-inicia-projeto-para-voltar-lua.html)


386 - Morre diretor de 'Garganta profunda'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/morre-diretor-de-garganta-profunda.html)


385 - Insultar o garçom é chave para ganhar bebida grátis
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/insultar-o-garcom-e-chave-para-ganhar.html)


384 - Geólogos da Indonésia encontram fóssil de elefante gigante
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/geologos-da-indonesia-encontram-fossil.html)


383 - Gata 'highlander' sobrevive após tomar 50 tiros
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/gata-highlander-sobrevive-apos-tomar-50.html)


382 - "Garganta profunda" está entre os cem filmes mais importantes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/garganta-profunda-esta-entre-os-cem.html)


381 - Empresa usa GPS em demolição, mas destrói casa errada
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/empresa-usa-gps-em-demolicao-mas.html)


380 - Depois da política do filho único, cidade chinesa limita 1 cão por casa
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/depois-da-politica-do-filho-unico.html)


379 - Crustáceo de 100 milhões de anos tinha espermatozoide maior que o corpo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/crustaceo-de-100-milhoes-de-anos-tinha.html)


378 - Crianças americanas começam a escapar do fast-food
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/criancas-americanas-comecam-escapar-do.html)


377 - Cidade norueguesa bate recorde com sofá
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/cidade-norueguesa-bate-recorde-com-sofa.html)


376 - Cemitério faz promoção de túmulos: pague um, leve dois
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/cemiterio-faz-promocao-de-tumulos-pague.html)


375 - Cão come maconha em parque nos EUA e fica ‘doidão’
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/cao-come-maconha-em-parque-nos-eua-e.html)


374 - Britânico recupera título de luta com os dedos do pé
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/britanico-recupera-titulo-de-luta-com.html)


373 - Britânico de 113 anos é eleito pelo Guiness homem mais velho do mundo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/britanico-de-113-anos-e-eleito-pelo.html)


372 - Austríacos reconstituem luta de gladiadores
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/austriacos-reconstituem-luta-de.html)


371 - Arquivos revelam que pornô ‘Garganta profunda’ foi investigado pelo FBI
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/arquivos-revelam-que-porno-garganta.html)


370 - Após empate, cidade americana decide eleição em jogo de cartas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/apos-empate-cidade-americana-decide.html)


369 - Americano vai preso após criar 'monstro'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/americano-vai-preso-apos-criar-monstro.html)


368 - Terra pode vir a colidir com outro planeta
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/terra-pode-vir-colidir-com-outro.html)


367 - Tecnologia em excesso contribui para insônia entre adolescente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/tecnologia-em-excesso-contribui-para.html)


366 - Tabela Periódica ganha 112º elemento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/tabela-periodica-ganha-112-elemento.html)


365 - Pesquisador inventa tijolo feito de casca de coco e de castanha
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/pesquisador-inventa-tijolo-feito-de.html)


364 - Homem de 38 anos admite uso de redes sociais para seduzir adolescentes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/homem-de-38-anos-admite-uso-de-redes.html)


363 - Filtro chinês deixa computador vulnerável
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/filtro-chines-deixa-computador.html)


362 - EUA encerram transmissões da TV analógica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/eua-encerram-transmissoes-da-tv.html)


361 - Em iniciativa controversa, 'Web 2.0' vira o milionésimo termo do inglês
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/em-iniciativa-controversa-web-20-vira-o.html)


360 - Eclipse ajuda cientistas a identificar 'assinatura'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/eclipse-ajuda-cientistas-identificar.html)


359 - Certidão de casamento virtual 'oficializa' união de casais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/certidao-de-casamento-virtual.html)


358 - Beija-flor 'voa mais rápido do que um avião caça'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/beija-flor-voa-mais-rapido-do-que-um.html)


357 - Usuário de redes de troca de arquivo compra mais filmes e música
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/usuario-de-redes-de-troca-de-arquivo.html)


356 - Telescópio montado em balão vai desvendar segredos do Sol
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/telescopio-montado-em-balao-vai.html)


355 - Primeiro "homem grávido" do mundo tem outro filho
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/primeiro-homem-gravido-do-mundo-tem.html)


354 - Pesquisadores criam ferramenta de diagnóstico à la 'Jornada nas estrelas'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/pesquisadores-criam-ferramenta-de.html)


353 - Descoberto por astecas, chiclete foi 'mau hábito' por séculos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/descoberto-por-astecas-chiclete-foi-mau.html)


352 - Áreas verdes retiram 4 milhões de toneladas de gás carbônico do ar
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/areas-verdes-retiram-4-milhoes-de.html)


351 - Após 24 anos, China retoma escavações do Exército de Terracota
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/06/apos-24-anos-china-retoma-escavacoes-do.html)


350 - Universidade do Japão substitui lista de presença por iPhone
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/universidade-do-japao-substitui-lista.html)


349 - Triciclo do Google registra imagens
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/triciclo-do-google-registra-imagens.html)


348 - Time Warner anuncia que vai separar atividades da America Online
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/time-warner-anuncia-que-vai-separar.html)


347 - Site de buscas britânico promete encontrar 'qualquer filme'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/site-de-buscas-britanico-promete.html)


346 - Procuradoria em SP denuncia jovem por racismo no Orkut
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/procuradoria-em-sp-denuncia-jovem-por.html)


345 - Pesquisadora mostra em SP que células-tronco podem atenuar as rugas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/pesquisadora-mostra-em-sp-que-celulas.html)


344 - Novo site de buscas dá respostas diretas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/novo-site-de-buscas-da-respostas.html)


343 - Música ajuda desenvolvimento de bebês prematuros
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/musica-ajuda-desenvolvimento-de-bebes.html)


342 - Justiça condena homem a indenizar ex-namorada
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/justica-condena-homem-indenizar-ex.html)


341 - Google quer 'reinventar' o e-mail com novo serviço na web
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/google-quer-reinventar-o-e-mail-com.html)


340 - Digitalização de livros pelo Google preocupa União Europeia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/digitalizacao-de-livros-pelo-google.html)


339 - Cratera em Marte foi formada por vento e água
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/cratera-em-marte-foi-formada-por-vento.html)


338 - Cinco tribos isoladas correm risco de desaparecer
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/cinco-tribos-isoladas-correm-risco-de.html)


337 - Cientistas conseguem observar 'fases' de planeta
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/cientistas-conseguem-observar-fases-de.html)


336 - Astrônomos conseguem flagrar explosão de supernova
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/astronomos-conseguem-flagrar-explosao.html)


335 - Aluna da sexta série batiza próximo jipe marciano da Nasa
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/aluna-da-sexta-serie-batiza-proximo.html)


334 - Porco gigante que atacava até vacas na Austrália é real
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/porco-gigante-que-atacava-ate-vacas-na.html)


333 - Parada de ônibus do futuro rastreará veículos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/parada-de-onibus-do-futuro-rastreara.html)


332 - Nerds vaidosos dão origem à tribo dos tecnossexuais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/nerds-vaidosos-dao-origem-tribo-dos.html)


331 - Jovem vai preso após chamar a polícia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/jovem-vai-preso-apos-chamar-policia.html)


330 - Internet é palco de manifestos para o 'dia do orgulho nerd'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/internet-e-palco-de-manifestos-para-o.html)


329 - Google 'dedura' paradeiro de pedófilo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/google-dedura-paradeiro-de-pedofilo.html)


328 - EUA preparam ataque e defesa contra ataques virtuais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/eua-preparam-ataque-e-defesa-contra.html)


327 - bonecos ensinam jovens a cuidar de bebês
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/bonecos-ensinam-jovens-cuidar-de-bebes.html)


326 - Britânico transporta 17 kg de larvas com a boca
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/britanico-transporta-17-kg-de-larvas.html)


325 - Artista britânico cria vila com cédulas de dinheiro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/05/artista-britanico-cria-vila-com-cedulas.html)


324 - Zoológico de Londres expõe 'jaula' com humano
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/zoologico-de-londres-expoe-jaula-com.html)


323 - Tecnologia pode tirar Estados Unidos da recessão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/tecnologia-pode-tirar-estados-unidos-da.html)


322 - Pai desmaia dirigindo, filho de 6 anos assume volante
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/pai-desmaia-dirigindo-filho-de-6-anos.html)


321 - Mouse e pen drive encarnam 'transformers'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/mouse-e-pen-drive-encarnam-transformers.html)


320 - Morre uma das blogueiras mais velhas do mundo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/morre-uma-das-blogueiras-mais-velhas-do.html)


319 - Médico usa furadeira em cirurgia e salva vida
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/medico-usa-furadeira-em-cirurgia-e.html)


318 - MELHORES JOGOS DO ATARI
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/melhores-jogos-do-atari.html)


317 - Mãe de menino com câncer recusa tratamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/mae-de-menino-com-cancer-recusa.html)


316 - Lei estadual exige 'repatriação' de fósseis
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/lei-estadual-exige-repatriacao-de.html)


315 - Larvas de peixe de duas cabeças aparecem em rio na Austrália
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/larvas-de-peixe-de-duas-cabecas.html)


314 - Israel apresenta a menor Bíblia eletrônica do mundo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/israel-apresenta-menor-biblia.html)


313 - Inventor constrói bicicleta de 4 metros de altura no DF
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/inventor-constroi-bicicleta-de-4-metros.html)


312 - Grupo descobre motivo da resistência do câncer de pâncreas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/grupo-descobre-motivo-da-resistencia-do.html)


311 - Gengibre pode ajudar doentes de câncer
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/gengibre-pode-ajudar-doentes-de-cancer.html)


310 - Ganso contorcionista vira ao contrário para pousar
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/ganso-contorcionista-vira-ao-contrario.html)


309 - Falha em site vende TVs de plasma e notebooks por R$ 9,90
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/falha-em-site-vende-tvs-de-plasma-e.html)


308 - Estrelas 'feitas' pelo homem podem desvendar segredos cósmicos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/estrelas-feitas-pelo-homem-podem.html)


307 - 'É o pior que poderia ter acontecido', diz Paris Hilton
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/e-o-pior-que-poderia-ter-acontecido-diz.html)


306 - Condicionamento cardiovascular pode salvar vidas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/condicionamento-cardiovascular-pode.html)


305 - Garotas dão dicas sobre como matar colega
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/garotas-dao-dicas-sobre-como-matar.html)


304 - Camiseta que gerou piadas dispara em vendas na Amazon
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/camiseta-que-gerou-piadas-dispara-em.html)


303 - Britânica faz empréstimos no nome do marido para financiar traição
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/britanica-faz-emprestimos-no-nome-do.html)


302 - Brasileiros caem para 2º em ranking de consumo ambiental
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/brasileiros-caem-para-2-em-ranking-de.html)


301 - Atriz pornô passa mal durante tentativa de recorde de sexo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/atriz-porno-passa-mal-durante-tentativa.html)


300 - Aplicativo do Vaticano leva Bento XVI à rede social Facebook
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/aplicativo-do-vaticano-leva-bento-xvi.html)


299 - Americana deu à luz gêmeos de pais diferentes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/americana-deu-luz-gemeos-de-pais.html)


298 - Agricultor de GO cria máquinas a partir de sucata
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/04/agricultor-de-go-cria-maquinas-partir.html)


297 - Agricultor cria bomba de água com bicicleta
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/agricultor-cria-bomba-de-agua-com.html)


296 - Usuário do Twitter é preso por promover 'pânico financeiro'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/usuario-do-twitter-e-preso-por-promover.html)


295 - Uso regular de maconha pode aumentar risco de surgimento de psicoses
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/uso-regular-de-maconha-pode-aumentar.html)


294 - Saraiva entra no mercado de locação e venda de vídeos pela Web
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/saraiva-entra-no-mercado-de-locacao-e.html)


293 - Redes de troca de arquivo podem ajudar mercado de música
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/redes-de-troca-de-arquivo-podem-ajudar.html)


292 - Prevenção de dor nas costas funciona se começar cedo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/prevencao-de-dor-nas-costas-funciona-se.html)


291 - Peixe alucinógeno é encontrado na Grã-Bretanha
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/peixe-alucinogeno-e-encontrado-na-gra.html)


290 - Pedofilia atinge uma em cada cinco crianças na web
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/pedofilia-atinge-uma-em-cada-cinco.html)


289 - Oracle quer comprar Virtual Iron para crescer em virtualização
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/oracle-quer-comprar-virtual-iron-para.html)


288 - Mania antivacinação coloca em risco saúde de crianças
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/mania-antivacinacao-coloca-em-risco.html)


287 - Livro traz o essencial sobre a obra de Charles Darwin
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/livro-traz-o-essencial-sobre-obra-de.html)


286 - MENCIONADOR TWITTER V1.0 S=140310
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/mencionador-twitter-v10-s140310.html)


285 - Konica Minolta deve expandir oferta de filmes para painéis LCD
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/konica-minolta-deve-expandir-oferta-de.html)


284 - Imagem da Nasa mostra ônibus espacial como 'mosquinha'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/imagem-da-nasa-mostra-onibus-espacial.html)


283 - Idosos lidam melhor com a privação de sono
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/idosos-lidam-melhor-com-privacao-de.html)


282 - Idosa mais tatuada do mundo participa de feira na Espanha
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/idosa-mais-tatuada-do-mundo-participa.html)


281 - Hackers atacam 200 milhões de contas no Facebook
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/hackers-atacam-200-milhoes-de-contas-no.html)


280 - Fugitivo na Nova Zelândia ganha fama no Facebook
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/fugitivo-na-nova-zelandia-ganha-fama-no.html)


279 - Flor cria 'aeroporto' para abelhas em suas pétalas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/flor-cria-aeroporto-para-abelhas-em.html)


278 - Fabricantes de eletrônicos pecam no atendimento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/fabricantes-de-eletronicos-pecam-no.html)


277 - Estudo identifica gene com papel-chave em risco de autismo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/estudo-identifica-gene-com-papel-chave.html)


276 - Equador estuda adotar padrão de TV digital do Brasil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/equador-estuda-adotar-padrao-de-tv.html)


275 - Enciclopédia usa artefatos arqueológicos para recriar mundo da Bíblia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/enciclopedia-usa-artefatos.html)


274 - David Pogue testa o primeiro dispositivo wi-fi portátil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/david-pogue-testa-o-primeiro.html)


273 - David Pogue testa e aprova a menor câmera HD
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/david-pogue-testa-e-aprova-menor-camera.html)


272 - Crosta de estrela é 10 bilhões de vezes mais forte que o aço
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/crosta-de-estrela-e-10-bilhoes-de-vezes.html)


271 - Com falsa agência de modelos, homem enganava garotas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/com-falsa-agencia-de-modelos-homem.html)


270 - Cientistas mostram que origem espontânea da vida na Terra é viável
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/cientistas-mostram-que-origem.html)


269 - Cansada do Facebook, 'vovó' de 103 anos chega ao Twitter
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/cansada-do-facebook-vovo-de-103-anos.html)


268 - Cafeína pode não ser a responsável pelo 'efeito despertador'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/cafeina-pode-nao-ser-responsavel-pelo.html)


267 - Blog satiriza campanha do xixi no banho
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/blog-satiriza-campanha-do-xixi-no-banho.html)


266 - Astronautas da "Atlantis" instalam equipamentos novos no Hubble
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/03/astronautas-da-atlantis-instalam.html)


265 - Abelhas agem como humanos sob o efeito da cocaína
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/abelhas-agem-como-humanos-sob-o-efeito.html)


264 - Voyeur é condenado à prisão por espionar jovem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/voyeur-e-condenado-prisao-por-espionar.html)


263 - Verbas de Defesa vão beneficiar tecnologia e segurança na Web
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/verbas-de-defesa-vao-beneficiar.html)


262 - Uso da chupeta não atrapalha a amamentação
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/uso-da-chupeta-nao-atrapalha.html)


261 - União Europeia lança carta de direitos do consumidor online
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/uniao-europeia-lanca-carta-de-direitos.html)


260 - Troca de mensagens pelo celular causa acidente de metrô
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/troca-de-mensagens-pelo-celular-causa.html)


259 - Tatuagem não aumenta risco de câncer de pele
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/tatuagem-nao-aumenta-risco-de-cancer-de.html)


258 - Suspeito desiste de fuga nos EUA para comer último burrito
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/suspeito-desiste-de-fuga-nos-eua-para.html)


257 - Senado francês aprova lei contra download ilegal
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/senado-frances-aprova-lei-contra.html)


256 - Reino Unido é acusado de retardar a luta contra o cibercrime
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/reino-unido-e-acusado-de-retardar-luta.html)


255 - Pirataria de software cresce no mundo, mas recua no Brasil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/pirataria-de-software-cresce-no-mundo.html)


254 - Pessoas se enxergam como mais morais do que realmente são
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/pessoas-se-enxergam-como-mais-morais-do.html)


253 - Panasonic faz aliança para desenvolver telas Oled
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/panasonic-faz-alianca-para-desenvolver.html)


252 - Nova Zelândia organiza competição para pinguins
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/nova-zelandia-organiza-competicao-para.html)


251 - Na guerra dos navegadores, Google promove Chrome na TV
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/na-guerra-dos-navegadores-google.html)


250 - Mulheres são mais resistentes a infecções do que homens
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/mulheres-sao-mais-resistentes-infeccoes.html)


249 - Mulheres com inteligência emocional têm mais orgasmos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/mulheres-com-inteligencia-emocional-tem.html)


248 - Mulher sai nua e bate na casa de estranho para pedir cigarros
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/mulher-sai-nua-e-bate-na-casa-de.html)


247 - Mulher é acusada de faturar US$ 8,5 milhões com prostituição on-line
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/mulher-e-acusada-de-faturar-us-85.html)


246 - Mudança no Twitter freia bisbilhotagem na conversa alheia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/mudanca-no-twitter-freia-bisbilhotagem.html)


245 - AUTO TRIBALWARS - Versão 1.0 - LANÇAMENTO
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/auto-tribalwars-versao-10-lancamento.html)


244 - Modelo se nega a amamentar o filho e diz que peitos são só para sexo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/modelo-se-nega-amamentar-o-filho-e-diz.html)


243 - Microsoft testa 'relógio mágico de Harry Potter'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/microsoft-testa-relogio-magico-de-harry.html)


242 - Kanye West briga com o Twitter e conta falsa é cancelada
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/kanye-west-briga-com-o-twitter-e-conta.html)


241 - Jovem entra escondida na cadeia para encontrar o namorado
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/02/jovem-entra-escondida-na-cadeia-para.html)


240 - Japão vende melancia em forma de coração por R$ 334
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/japao-vende-melancia-em-forma-de.html)


239 - Intimidação virtual entre jovens preocupa autoridades dos EUA
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/intimidacao-virtual-entre-jovens.html)


238 - Internauta encontra inseto que se 'fantasia' de folha
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/internauta-encontra-inseto-que-se.html)


237 - Inseto mãe usa cheiro para privilegiar crias fortes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/inseto-mae-usa-cheiro-para-privilegiar.html)


236 - IBM lança software para análise de dados em tempo real
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/ibm-lanca-software-para-analise-de.html)


235 - Homem compra DVD pornô e descobre traição da mulher
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/homem-compra-dvd-porno-e-descobre.html)


234 - Hiena usa risada para se identificar em grupo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/hiena-usa-risada-para-se-identificar-em.html)


233 - Grupo descobre molécula que regula células-tronco
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/grupo-descobre-molecula-que-regula.html)


232 - Gralha consegue detectar 'olho gordo' em ser humano
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/gralha-consegue-detectar-olho-gordo-em.html)


231 - França aprova projeto que desconecta quem faz download ilegal
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/franca-aprova-projeto-que-desconecta.html)


230 - Fã do desenho Pingu, alemã tem mais de 7 mil itens de pinguins
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/fa-do-desenho-pingu-alema-tem-mais-de-7.html)


229 - Exposição na Califórnia traz fotos tiradas por cegos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/exposicao-na-california-traz-fotos.html)


228 - Experiência com laser que faz curva pode controlar queda de raios
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/experiencia-com-laser-que-faz-curva.html)


227 - EUA condenam homem por acessar sites pornográficos no trabalho
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/eua-condenam-homem-por-acessar-sites.html)


226 - EUA analisam acordo do Google sobre livros na Web
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/eua-analisam-acordo-do-google-sobre.html)


225 - Estudante é suspenso por universidade por ser ator pornô
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/estudante-e-suspenso-por-universidade.html)


224 - Espanha retira a publicidade da TV pública
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/espanha-retira-publicidade-da-tv.html)


223 - Entidades lutam para preservar ousado experimento de Nikola Tesla
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/entidades-lutam-para-preservar-ousado.html)


222 - Cresce o 'ódio' em redes sociais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/cresce-o-odio-em-redes-sociais.html)


221 - Comissão Europeia determina multa recorde de US$ 1,45 bilhão à Intel
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/comissao-europeia-determina-multa.html)


220 - Cientistas podem ter detectado primeira evidência direta da matéria escura
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/cientistas-podem-ter-detectado-primeira.html)


219 - Cientistas anunciam avanço em criação de 'manto de invisilibade'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/cientistas-anunciam-avanco-em-criacao.html)


218 - Britânico transforma brinquedo no menor carro do mundo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/britanico-transforma-brinquedo-no-menor.html)


217 - Britânica tem coleção com mais de 5 mil sabonetes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/britanica-tem-colecao-com-mais-de-5-mil.html)


216 - Asustek quer vender 13 milhões de portáteis
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/asustek-quer-vender-13-milhoes-de.html)


215 - Arqueólogos podem estar perto de encontrar local do túmulo de Cleópatra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/arqueologos-podem-estar-perto-de.html)


214 - Apple proíbe aplicativo do iPhone que usa imagem de Jesus Cristo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/apple-proibe-aplicativo-do-iphone-que.html)


213 - Americana quer dar à luz ao vivo pela internet
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/americana-quer-dar-luz-ao-vivo-pela.html)


212 - Americana acorda e encontra homem dormindo ao seu lado
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/americana-acorda-e-encontra-homem.html)


211 - Acadêmicos elegem internet, laptop e celular como melhores invenções
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/academicos-elegem-internet-laptop-e.html)


210 - Volume de água do rio São Francisco caiu 35%
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/volume-de-agua-do-rio-sao-francisco.html)


209 - Stents medicamentosos podem trazer mais benefícios
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/stents-medicamentosos-podem-trazer-mais.html)


208 - Queniano processa grupo de mulheres por greve de sexo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/queniano-processa-grupo-de-mulheres-por.html)


207 - Pirâmide de 4,3 mil anos é descoberta no Egito
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/piramide-de-43-mil-anos-e-descoberta-no.html)


206 - Pesquisadores acham restos de vinho medicinal com 5.000 anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/pesquisadores-acham-restos-de-vinho.html)


205 - ONG ambientalista realiza campanha para pessoas fazerem xixi no banho
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/ong-ambientalista-realiza-campanha-para.html)


204 - Obras de Hergé, o criador de Tintin, batem recorde em leilão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/obras-de-herge-o-criador-de-tintin.html)


203 - Novo filme de Tom Hanks, 'Anjos e demônios' desafia o Vaticano
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/novo-filme-de-tom-hanks-anjos-e.html)


202 - Nova técnica aumenta chances de transplante dos rins
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/nova-tecnica-aumenta-chances-de.html)


201 - Mulher fica presa no amante e é socorrida pelo marido
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2010/01/mulher-fica-presa-no-amante-e-e.html)


200 - Missão egípcio-dominicana encontra cabeça de alabastro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/12/missao-egipcio-dominicana-encontra.html)


199 - Maternidade protege o organismo contra o câncer
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/12/maternidade-protege-o-organismo-contra.html)


198 - Kate Winslet processa jornal
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/12/kate-winslet-processa-jornal.html)


197 - 'Jornada nas estrelas' arrecada US$ 72,5 milhões
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/12/jornada-nas-estrelas-arrecada-us-725.html)


196 - FATOR DESCONHECIDO - PODERES DA MENTE
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/12/fator-desconhecido-poderes-da-mente.html)


195 - Japão mata 680 baleias na Antártida
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/12/japao-mata-680-baleias-na-antartida.html)


194 - Impressora de alta velocidade substitui cartuchos por tinta sólida
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/12/impressora-de-alta-velocidade-substitui.html)


193 - Imposição da lei reduz número de adolescentes fumantes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/12/imposicao-da-lei-reduz-numero-de.html)


192 - Freiras mexicanas ficam nuas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/12/freiras-mexicanas-ficam-nuas.html)


191 - Famoso busto de rainha egípcia na verdade é cópia moderna
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/12/famoso-busto-de-rainha-egipcia-na.html)


190 - Extensões para pernas transformam humanos em cavalos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/12/extensoes-para-pernas-transformam.html)


189 - Egito diz ter encontrado pirâmide
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/12/egito-diz-ter-encontrado-piramide.html)


188 - Egípcios tentam recriar a música dos faraós
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/12/egipcios-tentam-recriar-musica-dos.html)


187 - Droga experimental 'reverte' mal de Alzheimer
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/12/droga-experimental-reverte-mal-de.html)


186 - Designer coloca zíper em fone de ouvido
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/12/designer-coloca-ziper-em-fone-de-ouvido.html)


185 - Cleópatra 'era descendente de africanos'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/11/cleopatra-era-descendente-de-africanos.html)


184 - Cientista recria rosto de Cleópatra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/11/cientista-recria-rosto-de-cleopatra.html)


183 - Cães chamam atenção por andar a cavalo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/11/caes-chamam-atencao-por-andar-cavalo.html)


182 - Arqueólogos encontram vestígios - MG - BR
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/11/arqueologos-encontram-vestigios-mg-br.html)


181 - Arqueólogos dizem ter desenterrado - Maia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/11/arqueologos-dizem-ter-desenterrado-maia.html)


180 - Animais de zoológico testam lata de lixo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/11/animais-de-zoologico-testam-lata-de.html)


179 - Americano encontra cabeça de cobra na salada
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/11/americano-encontra-cabeca-de-cobra-na.html)


178 - FATOR DESCONHECIDO - JOVEM POSSUIDA
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/11/fator-desconhecido-jovem-possuida.html)


177 - Americana usa estrume de cavalo para fazer esculturas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/11/americana-usa-estrume-de-cavalo-para.html)


176 - Água sanitária no banho pode suavizar eczema
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/11/agua-sanitaria-no-banho-pode-suavizar.html)


175 - Agricultor é 'coroado' campeão em Bangladesh
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/11/agricultor-e-coroado-campeao-em.html)


174 - 'Wolverine' teve 4 milhões de downloads ilegais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/11/wolverine-teve-4-milhoes-de-downloads.html)


173 - Turista espacial processa produtora de RPG
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/11/turista-espacial-processa-produtora-de.html)


172 - Superbiblioteca de medicamentos ajuda a criar novas drogas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/11/superbiblioteca-de-medicamentos-ajuda.html)


171 - Robô dá aulas no Japão - Androide
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/11/robo-da-aulas-no-japao-androide.html)


170 - Produtora do game 'Duke Nukem forever' encerra atividades
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/produtora-do-game-duke-nukem-forever.html)


169 - Praia de Trieste coloca muro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/praia-de-trieste-coloca-muro.html)


168 - FATOR DESCONHECIDO - FENOMENOS EXTRACORPORAIS
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/fator-desconhecido-fenomenos.html)


167 - Pé do 'hobbit' da Indonésia - Primitivo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/pe-do-hobbit-da-indonesia-primitivo.html)


166 - ONU alerta para ameaça de redes 'fantasmas'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/onu-alerta-para-ameaca-de-redes.html)


165 - Novo leitor eletrônico da Amazon - Klinde DX
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/novo-leitor-eletronico-da-amazon-klinde.html)


164 - Mulheres acima do peso correm mais risco de parto complicado
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/mulheres-acima-do-peso-correm-mais.html)


163 - Magnata da mídia defende cobrança de conteúdo on-line
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/magnata-da-midia-defende-cobranca-de.html)


162 - Dissecação no século XX - LIVRO
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/dissecacao-no-seculo-xx-livro.html)


161 - Jovem diz ter enviado 300 mil mensagens
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/jovem-diz-ter-enviado-300-mil-mensagens.html)


160 - Falso perfil do Orkut gera indenização de R$ 12 mil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/falso-perfil-do-orkut-gera-indenizacao.html)


159 - Estudante cria mentira na Wikipedia e engana grandes jornais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/estudante-cria-mentira-na-wikipedia-e.html)


158 - Empresa cria 'helicóptero de bolso'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/empresa-cria-helicoptero-de-bolso.html)


157 - DUNKERK - OPERAÇÃO DINAMO
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/dunkerk-operacao-dinamo.html)


156 - Droga experimental 'reverte' mal de Alzheimer
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/droga-experimental-reverte-mal-de.html)


155 - Avanços do RPG 'Fable 2'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/avancos-do-rpg-fable-2.html)


154 - Opções para quem quer ser mãe
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/opcoes-para-quem-quer-ser-mae.html)


153 - Coletânea de clássicos 'Guitar hero'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/coletanea-de-classicos-guitar-hero.html)


152 - Com 900% de crescimento, Twitter vence 'Oscar'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/com-900-de-crescimento-twitter-vence.html)


151 - Cadela mais velha do mundo faz 21 anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/cadela-mais-velha-do-mundo-faz-21-anos.html)


150 - Britânicos fazem carro de corrida com chassis de batata
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/britanicos-fazem-carro-de-corrida-com.html)


149 - Avanços da luta contra o câncer
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/avancos-da-luta-contra-o-cancer.html)


148 - Americano pesca tubarão-martelo de 480 kg
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/10/americano-pesca-tubarao-martelo-de-480.html)


147 - Vídeo de agressão leva alunas a suspensão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/video-de-agressao-leva-alunas-suspensao.html)


146 - Telefone celular e relógio poderão ser usados para pagar contas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/telefone-celular-e-relogio-poderao-ser.html)


145 - 'Rios de estrelas' ajudam a tornar galáxias homogêneas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/rios-de-estrelas-ajudam-tornar-galaxias.html)


144 - RIM vê grande mercado no varejo e planeja próxima versão do Storm
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/rim-ve-grande-mercado-no-varejo-e.html)


143 - Rede elétrica dos EUA sofreu ataque espião
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/rede-eletrica-dos-eua-sofreu-ataque.html)


142 - Proporção entre sexos varia com a latitude
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/proporcao-entre-sexos-varia-com.html)


141 - Problema técnico tirou Globo.com do ar
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/problema-tecnico-tirou-globocom-do-ar.html)


140 - CONSTRUINDO UM IMPERIO - EGITO
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/construindo-um-imperio-egito.html)


139 - Prejuízo da Sun cresce e as margens encolhem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/prejuizo-da-sun-cresce-e-as-margens.html)


138 - Polícia de Nova York - Ataques pela rede
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/policia-de-nova-york-ataques-pela-rede.html)


137 - Peru acompanha Brasil - TV Digital
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/peru-acompanha-brasil-e-opta-por.html)


136 - Para que servem os amigos?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/para-que-servem-os-amigos.html)


135 - Novo disco armazena 100 DVD's
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/novo-disco-armazena-100-dvds.html)


134 - Nova geração de tocadores dispensa arquivos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/nova-geracao-de-tocadores-dispensa.html)


133 - CASO DO ONIBUS 174
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/caso-do-onibus-174.html)


132 - Músculos de astronautas envelhecem mais rápido
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/musculos-de-astronautas-envelhecem-mais.html)


131 - Microsoft : Mais da metade dos vírus no Brasil são Cavalo de Troia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/microsoft-mais-da-metade-dos-virus-no.html)


130 - Microsoft ainda pode surpreender com computação nas nuvens
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/microsoft-ainda-pode-surpreender-com.html)


129 - CARTAGO - O HOLOCAUSTO ROMANO
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/cartago-o-holocausto-romano.html)


128 - Mexicana oferece o próprio rim por R$ 80 mil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/mexicana-oferece-o-proprio-rim-por-r-80.html)


127 - Mercado de software chega a US$15 bi no Brasil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/mercado-de-software-chega-us15-bi-no.html)


126 - Localizador de pessoas do Google - Latitude
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/localizador-de-pessoas-do-google.html)


125 - Internautas expõem corrupção do governo chinês
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/internautas-expoem-corrupcao-do-governo.html)


124 - IBM planeja serviços em "nuvem"
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/ibm-planeja-servicos-em-nuvem.html)


123 - HP revela linha de laptops ProBook
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/hp-revela-linha-de-laptops-probook.html)


122 - 'Halo' sai dos games e ganha enciclopédia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/halo-sai-dos-games-e-ganha-enciclopedia.html)


121 - A PROFECIA - THE OMEN - FILME
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/profecia-omen-filme.html)


120 - Hacker rouba senha e invade sistema administrativo do Twitter
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/hacker-rouba-senha-e-invade-sistema.html)


119 - Governo britânico quer monitorar e-mails
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/governo-britanico-quer-monitorar-e.html)


118 - 'Golpista do eBay' é condenado
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/golpista-do-ebay-e-condenado.html)


117 - A ORIGEM DO HOMEM - A EVA REAL
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/origem-do-homem-eva-real.html)


116 - Game presta homenagem a Chuck Norris
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/game-presta-homenagem-chuck-norris.html)


115 - Game na web ensina universitários
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/game-na-web-ensina-universitarios.html)


114 - Família acusada de pirataria faz acordo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/familia-acusada-de-pirataria-faz-acordo.html)


113 - Estudantes brasileiros usam 'Tetris' para mobiliar
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/estudantes-brasileiros-usam-tetris-para.html)


112 - Em iniciativa verde, Google substitui cortadores
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/em-iniciativa-verde-google-substitui.html)


111 - DNA leva à prisão de maior assassino em série
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/dna-leva-prisao-de-maior-assassino-em.html)


110 - Compare os principais modelos de netbooks
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/compare-os-principais-modelos-de.html)


109 - Criadores de vírus de computadores elevam produção
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/criadores-de-virus-de-computadores.html)


108 - A Grande Conspiracao Alien - UFO - OVNI
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/09/grande-conspiracao-alien-ufo-ovni.html)


107 - Conselheiro da Anatel critica cobrança do ponto extra na TV paga
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/conselheiro-da-anatel-critica-cobranca.html)


106 - Colecionador tira raio-x de videogames
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/colecionador-tira-raio-x-de-videogames.html)


105 - A BOMBA NUCLEAR ALEMA - PLANOS
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/bomba-nuclear-alema-planos.html)


104 - Cientistas encontram elo entre aspirina e pequenas hemorragias
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/cientistas-encontram-elo-entre-aspirina.html)


103 - Cientistas descobrem formigas fêmeas assexuadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/cientistas-descobrem-formigas-femeas.html)


102 - Combate sobre Guadalcanal - WILD CAT vs ZERO
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/combate-sobre-guadalcanal-wild-cat-vs.html)


101 - Cientistas britânicos descobrem 'algas dançarinas'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/cientistas-britanicos-descobrem-algas.html)


100 - 100 ª - PUBLICAÇÃO - POSTAGEM 100 - Agosto de 2009
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/100-publicacao-postagem-100-agosto-de.html)


99 - As Escrituras - O Apocalipse Biblico
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/as-escrituras-o-apocalipse-biblico.html)


98 - China lança satélite em busca de alternativa
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/china-lanca-satelite-em-busca-de.html)


97 - Assombrações - Casa do Inferno
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/assombracoes-casa-do-inferno.html)


96 - CEO da Microsoft se diz "muito surpreso"
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/ceo-da-microsoft-se-diz-muito-surpreso.html)


95 - Casa Branca entra em sites de relacionamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/casa-branca-entra-em-sites-de.html)


94 - Cada vez mais os idosos utilizam a internet
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/cada-vez-mais-os-idosos-utilizam.html)


93 - DROPA - O Roswell da China - UFO - OVNI
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/dropa-o-roswell-da-china-ufo-ovni.html)


92 - Blogueiro é processado por criar versão 'satânica'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/blogueiro-e-processado-por-criar-versao.html)


91 - Banda larga móvel pode emperrar no Brasil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/banda-larga-movel-pode-emperrar-no.html)


90 - Austrália alerta adolescentes para os riscos dos torpedos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/australia-alerta-adolescentes-para-os.html)


89 - Bomba Atômica - arma absoluta - documentario
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/bomba-atomica-arma-absoluta.html)


88 - Anatel quer tornar pública qualidade de conexões
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/anatel-quer-tornar-publica-qualidade-de.html)


87 - Alien, o 8º Passageiro - FILME
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/alien-o-8-passageiro.html)


86 - 60% dos internautas desistem do Twitter
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/60-dos-internautas-desistem-do-twitter.html)


85 - Sonda revela segredos - Mércurio
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/sonda-revela-segredos-mercurio.html)


84 - 'Poderoso chefão 2' perde a força na adaptação
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/poderoso-chefao-2-perde-forca-na.html)


83 - Além da Linha Vermelha - The Thin Red Line
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/alem-da-linha-vermelha-thin-red-line.html)


82 - Pesquisadores encontram microlua
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/pesquisadores-encontram-microlua.html)


81 - Novo telescópio da Nasa vai procurar planetas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/novo-telescopio-da-nasa-vai-procurar.html)


80 - Nasa lançará sonda para procurar planetas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/nasa-lancara-sonda-para-procurar.html)


79 - Airbus A380- O Gigante do ar - Documentário
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/airbus-a380-o-gigante-do-ar.html)


78 - Microsoft diz que eliminará função em pen drives
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/08/microsoft-diz-que-eliminara-funcao-em.html)


77 - NIKOLA TESLA - MYTH BUSTERS - INVENÇÕES
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/nikola-tesla-myth-busters-invencoes.html)


76 - Justiça sueca condena diretores do site Pirate Bay à prisão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/justica-sueca-condena-diretores-do-site.html)


75 - Google flagra pedestre com cobra no pescoço
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/google-flagra-pedestre-com-cobra-no.html)


74 - ANALISANDO AS PROFECIAS - NOSTRADAMUS
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/analisando-as-profecias-nostradamus.html)


73 - Foca mais antiga era bicho terrestre
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/foca-mais-antiga-era-bicho-terrestre.html)


72 - Família acusada de pirataria faz acordo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/familia-acusada-de-pirataria-faz-acordo.html)


71 - ATAQUE AO WTC - TORRER GEMEAS - 11 SETEMBRO
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/ataque-ao-wtc-torrer-gemeas-11-setembro.html)


70 - Como funciona a internet rápida via rede elétrica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/como-funciona-internet-rapida-via-rede.html)


69 - Mouse em homenagem a controle de 'Nintendinho'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/mouse-em-homenagem-controle-de.html)


68 - Fraudador entra em lista dos 100 mais influentes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/fraudador-entra-em-lista-dos-100-mais.html)


67 - Colecionar insetos aguça interesse pela ciência
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/colecionar-insetos-aguca-interesse-pela.html)


66 - Cientistas encontram tecido cerebral de 300 milhões de anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/cientistas-encontram-tecido-cerebral-de.html)


65 - Cientistas encontram 'carne' em fóssil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/cientistas-encontram-carne-em-fossil.html)


64 - Cientistas decifram mistérios do mais antigo 'monstro dos mares'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/cientistas-decifram-misterios-do-mais.html)


63 - Cientistas acompanham queda de asteroide
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/cientistas-acompanham-queda-de.html)


62 - Boi 'ressuscitado' a mando dos Nazistas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/boi-ressuscitado-mando-dos-nazistas.html)


61 - Baixa atividade do sol intriga astrônomos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/baixa-atividade-do-sol-intriga.html)


60 - Supercomputador vai desafiar humanos em programa de auditório nos EUA
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/supercomputador-vai-desafiar-humanos-em.html)


59 - Robô que atacou funcionário rende multa de R$ 6,7 mil na Suécia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/robo-que-atacou-funcionario-rende-multa.html)


58 - Praga no game 'World of warcraft'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/praga-no-game-world-of-warcraft.html)


57 - Polícia dos EUA prende homem após ameaças feitas via Twitter
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/policia-dos-eua-prende-homem-apos.html)


56 - Polícia da Califórnia é processada
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/policia-da-california-e-processada.html)


55 - Planetas 'caem' dentro de sóis e desaparecem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/planetas-caem-dentro-de-sois-e.html)


54 - Novo disco armazena conteúdo equivalente ao de cem DVDs
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/novo-disco-armazena-conteudo.html)


53 - IBM trabalha para criar computador mais rápido do mundo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/ibm-trabalha-para-criar-computador-mais.html)


52 - Explodiu apartamento ao tentar matar baratas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/07/explodiu-apartamento-ao-tentar-matar.html)


51 - Clonados e transgênicos que brilham no escuro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/clonados-e-transgenicos-que-brilham-no.html)


50 - Clássico de David Cronenberg vai ganhar remake
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/classico-de-david-cronenberg-vai-ganhar.html)


49 - Brasil terá supercomputador de R$ 20 milhões
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/brasil-tera-supercomputador-de-r-20.html)


48 - Astrônomos detectam objeto mais distante já visto no Universo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/astronomos-detectam-objeto-mais.html)


47 - Perdeu emprego por usar Facebook
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/perde-emprego-por-usar-facebook.html)


46 - Objetos de Michael Jackson continuam expostos ao público
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/objetos-de-michael-jackson-continuam.html)


45 - Mancha de 12,9 bi de anos no Universo intriga cientistas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/mancha-de-129-bi-de-anos-no-universo.html)


44 - Macacos, porcos e doninhas também eram pets na Idade Média
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/macacos-porcos-e-doninhas-tambem-eram.html)


43 - 500 pessoas para bater recorde de sexo grupal
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/500-pessoas-para-bater-recorde-de-sexo.html)


42 - Idéia do horário de verão surgiu antes mesmo da luz elétrica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/ideia-do-horario-de-verao-surgiu-antes.html)


41 - Novo alvo na luta contra aquecimento global
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/novo-alvo-na-luta-contra-aquecimento.html)


40 - Falta de vitamina D agrava os sintomas da asma
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/falta-de-vitamina-d-agrava-os-sintomas.html)


39 - EUA lembram os dez anos do massacre
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/eua-lembram-os-dez-anos-do-massacre.html)


38 - Escola 'expulsa' sorveteiro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/escola-expulsa-sorveteiro.html)


37 - Cursos de noivos da Igreja Católica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/cursos-de-noivos-da-igreja-catolica.html)


36 - Cerveja do homem primitivo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/cerveja-do-homem-primitivo.html)


35 - Cantora Lady GaGa revela que já deu autógrafo em pênis
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/cantora-lady-gaga-revela-que-ja-deu.html)


34 - Game Boy comemora 20 anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/06/game-boy-comemora-20-anos.html)


33 - Ato de cozinhar criou a humanidade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/ato-de-cozinhar-criou-humanidade.html)


32 - Detectaram 'gêmeo gordo' da Terra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/detectaram-gemeo-gordo-da-terra.html)


31 - Apple bate recorde de 1 bilhão de DOWNLOADS
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/apple-bate-recorde-de-1-bilhao-de.html)


30 - Animais eram julgados e até executados
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/animais-eram-julgados-e-ate-executados.html)


29 - ‘Briga’ entre EUA e Cuba
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/briga-entre-eua-e-cuba.html)


28 - Atores de Hollywood que 'mais morreram'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/atores-de-hollywood-que-mais-morreram.html)


27 - Reino Unido cria 'orçamentos de carbono'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/reino-unido-cria-orcamentos-de-carbono.html)


26 - Paraíso dos gorilas no Congo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/paraiso-dos-gorilas-no-congo.html)


25 - Garantia de um sono tranquilo e revigorante
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/garantir-um-sono-tranquilo-e.html)


24 - Levantamento de peso e musculação podem ajudar hipertensos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/levantamento-de-peso-e-musculacao-podem.html)


23 - Intervalos muito longos ou curtos entre gestações podem fazer mal
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/intervalos-muito-longos-ou-curtos-entre.html)


22 - Gato pede esmola
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/gato-pede-esmola.html)


21 - Formigas têm grande capacidade de escolher
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/formigas-tem-grande-capacidade-de.html)


20 - Fidel nega querer exportar socialismo aos EUA
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/fidel-nega-querer-exportar-socialismo.html)


19 - Comando militar de segurança do ciberespaço
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/comando-militar-de-seguranca-do.html)


18 - Chinelo que serve como 'garrafa'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/chinelo-que-serve-como-garrafa.html)


17 - Cientistas testam vacina contra malária
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/cientistas-testam-vacina-contra-malaria.html)


16 - Caça-fantasmas diz ter encontrado 'assombração'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/caca-fantasmas-diz-ter-encontrado.html)


15 - Astro chinês de Hollywood defende comunismo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/astro-chines-de-hollywood-defende.html)


14 - Vírus 'antipirata' bloqueia acesso a sites
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/virus-antipirata-bloqueia-acesso-sites.html)


13 - Twitter pode deixar pessoas insensíveis
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/twitter-pode-deixar-pessoas-insensiveis.html)


12 - Spammers criam estratégia - TWITTER
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/spammers-criam-estrategia-twitter.html)


11 - Popularidade das redes sociais causa 'ressaca'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/popularidade-das-redes-sociais-causa.html)


10 - Micróbios na Antártida aumentam chances de encontrar vida extraterrestre
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/microbios-na-antartida-aumentam-chances.html)


9 - Justiça sueca condena diretores do site Pirate Bay à prisão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/justica-sueca-condena-diretores-do-site.html)


8 - Gelo sublima e revela detalhes de terrenos acidentados em Marte
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/gelo-sublima-e-revela-detalhes-de.html)


7 - Florestas correm risco de parar de 'filtrar' carbono
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/florestas-correm-risco-de-parar-de.html)


6 - Escavações podem confirmar existência histórica de 'minas do rei Salomão'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/escavacoes-podem-confirmar-existencia.html)


5 - Demônio começou carreira como 'agente secreto' de Deus
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/demonio-comecou-carreira-como-agente.html)


4 - Astrônomos revelam maior colisão entre galáxias já registrada
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/astronomos-revelam-maior-colisao-entre.html)


3 - Ashton Kutcher ganha disputa por 1 milhão de 'amigos' no Twitter
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/ashton-kutcher-ganha-disputa-por-1.html)


2 - Após 20 anos, britânica sai de casa pela 1ª vez incentivada pela Internet
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2009/05/apos-20-anos-britanica-sai-de-casa-pela.html)


1 - PRIMEIRO POST - AUTOCOLAR S=250409
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Compilação de 4226 Postagens - 16/02/2017 - PARTE 3/4


Compilação de 4226 Postagens - 16/02/2017 - PARTE 3/4



SEGUE PARTE 3 DA COMPILAÇÃO:



LISTAGENS DOS 4226 TÍTULOS SEM LINK:
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PARTE01:
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/02/compilacao-de-4226-postagens-16022017.html)

PARTE02:
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/02/compilacao-de-4226-postagens-16022017_16.html)

PARTE03:
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/02/compilacao-de-4226-postagens-16022017_52.html)

PARTE04:
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1999 - Lençóis de Areia - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/10/lencois-de-areia-ambiente.html)


1998 - Mais ultraleve que o ar - Aviação
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/10/mais-ultraleve-que-o-ar-aviacao.html)


1997 - O Gênio ataca de novo - Ficção Científica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/10/o-genio-ataca-de-novo-ficcao-cientifica.html)


1996 - Eterna, Enquanto dura - Tatuagem - Dermatologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/10/eterna-enquanto-dura-tatuagem.html)


1995 - Microoperárias, as bactérias que valem ouro - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/10/microoperarias-as-bacterias-que-valem.html)


1994 - Grandes bolas de FOGO - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/10/grandes-bolas-de-fogo-astronomia.html)


1993 - É Água pura. Será que cura? Homeopatia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/10/e-agua-pura-sera-que-cura-homeopatia.html)


1992 - Túnel do Tempo, o sonho secreto dos Físicos - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/10/tunel-do-tempo-o-sonho-secreto-dos.html)


1991 - 16 Documentários Indicados - Outubro de 2014
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/10/16documentarios-indicados-outubro-de.html)


1990 - O tesouro de Tróia - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/o-tesouro-de-troia-historia.html)


1989 - O Paraíso das Aves - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/o-paraiso-das-aves-natureza.html)


1988 - Vai para o trono ou não vai? História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/vai-para-o-trono-ou-nao-vai-historia.html)


1987 - Inimigo secreto - Espionagem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/inimigo-secreto-espionagem.html)


1986 - 1000 Léguas Subterrâneas - Geologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/1000-leguas-subterraneas-geologia.html)


1985 - Como evitar este encontro - Anticoncepcionais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/como-evitar-este-encontro.html)


1984 - A Revolução de Piaget - Educação
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/a-revolucao-de-piaget-educacao.html)


1983 - Assim falou Spock - Ficção Cientifica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/assim-falou-spock-ficcao-cientifica.html)


1982 - O pulo do gato - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/o-pulo-do-gato-fisica.html)


1981 - A Gripe do Ano - Saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/a-gripe-do-ano-saude.html)


1980 - A fórmula do corpo - Bioquímica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/a-formula-do-corpo-bioquimica.html)


1979 - Pentatlo Morderno - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/pentatlo-morderno-olimpiadas.html)


1978 - Luta e Tiro - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/luta-e-tiro-olimpiadas.html)


1977 - Judô - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/judo-olimpiadas.html)


1976 - Esgrima e Halterofilismo - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/esgrima-e-halterofilismo-olimpiadas.html)


1975 - Ginastica Masculina - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/ginastica-masculina-olimpiadas.html)


1974 - Ginástica Feminina - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/ginastica-feminina-olimpiadas.html)


1973 - Vela - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/vela-olimpiadas.html)


1972 - Remo - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/remo-olimpiadas.html)


1971 - Nado sincronizado e Saltos ornamentais - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/nado-sincronizado-e-saltos-ornamentais.html)


1970 - Natação - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/natacao-olimpiadas.html)


1969 - Pólo Aquático - Olimpiadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/polo-aquatico-olimpiadas.html)


1968 - Basquete e Handebol - Olimpiadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/basquete-e-handebol-olimpiadas.html)


1967 - Voleibol - Olimpiadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/voleibol-olimpiadas.html)


1966 - Beisebol - Olimpiadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/beisebol-olimpiadas.html)


1965 - Ciclismo - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/ciclismo-olimpiadas.html)


1964 - Saltos - Olimpiadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/saltos-olimpiadas.html)


1963 - Corridas - Olimpiadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/corridas-olimpiadas.html)


1962 - Lançamentos - Olimpiadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/lancamentos-olimpiadas.html)


1961 - Superatleta - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/superatleta-olimpiadas.html)


1960 - Álcool, a molécula partida - Energia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/alcool-molecula-partida-energia.html)


1959 - Quebrando o gelo - Antartida
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/quebrando-o-gelo-antartida.html)


1958 - A Hepatite que ia para o Arquivo X - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/a-hepatite-que-ia-para-o-arquivo-x.html)


1957 - O disco que toca filme - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/o-disco-que-toca-filme-tecnologia.html)


1956 - Eles não querem saber de profundidade - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/eles-nao-querem-saber-de-profundidade.html)


1955 - Câncer, testes que salvam - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/cancer-testes-que-salvam-medicina.html)


1954 - As linhas perfeitas - Geometria
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/as-linhas-perfeitas-geometria.html)


1953 - A Civilização perdida da Amazônia - Arqueologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/a-civilizacao-perdida-da-amazonia.html)


1952 - Ciência do Desejo - Bioquimica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/ciencia-do-desejo-bioquimica_3.html)


1951 - 16 Documentários Indicados - Setembro de 2014
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/16-documentarios-indicados-setembro-de.html)


1950 - O Corcunda de Notre Disney - Desenho Animado
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/o-corcunda-de-notre-disney-desenho.html)


1949 - Parados e Sufocados - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/parados-e-sufocados-ambiente.html)


1948 - Urubu, o novo patinho feio - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/urubu-o-novo-patinho-feio-natureza.html)


1947 - Santo de Casa - Festa Junina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/santo-de-casa-festa-junina.html)


1946 - Eu vos declaro marido e mulher - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/eu-vos-declaro-marido-e-mulher-historia.html)


1945 - Garanta um futuro bem nutrido - Saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/garanta-um-futuro-bem-nutrido-saude.html)


1944 - Capoeira. O jeito brasileiro e ir a luta - Arte Marcial
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/capoeira-o-jeito-brasileiro-e-ir-luta.html)


1943 - Tremendo nas Bases - Ecologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/tremendo-nas-bases-ecologia.html)


1942 - A Ordem é contato imediato ! -Ets
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/a-ordem-e-contato-imediato-ets.html)


1941 - Supernovas, Relógios Cósmicos - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/supernovas-relogios-cosmicos-astronomia.html)


1940 - A toca do dragão - Botânica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/a-toca-do-dragao-botanica.html)


1939 - Procura-se Jesus Cristo - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/procura-se-jesus-cristo-historia.html)


1938 - O Zôo do absurdo - Paleontologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/o-zoo-do-absurdo-paleontologia_11.html)


1937 - Atletas de Aço - Fisiologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/atletas-de-aco-fisiologia.html)


1936 - Aqui se fabrica o Futuro - Tecnologia / MIT
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/aqui-se-fabrica-o-futuro-tecnologia-mit.html)


1935 - O País das Andorinhas - Zoologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/o-pais-das-andorinhas-zoologia.html)


1934 - Essa Gíria é da Hora - Linguistica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/essa-giria-e-da-hora-linguistica.html)


1933 - O novo homem (Biônico) - Bioengenharia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/o-novo-homem-bionico-bioengenharia.html)


1932 - Energia Diet - Ecologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/energia-diet-ecologia.html)


1931 - A reconquista do Espaço - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/a-reconquista-do-espaco-astronomia.html)


1930 - Metendo as mãos pelos pés - Polvo - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/07/metendo-as-maos-pelos-pes-polvo-biologia.html)


1929 - Melatonina, A agenda do corpo - Saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/07/melatonina-agenda-do-corpo-saude.html)


1928 - O novo rei dos animais - Paleontologia - Giganotossauro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/07/o-novo-rei-dos-animais-paleontologia.html)


1927 - Quem precisa de rabo? - Reprodução
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/07/quem-precisa-de-rabo-reproducao.html)


1926 - A Máquina do Samba - Carnaval
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/07/a-maquina-do-samba-carnaval.html)


1925 - As minas que não eram de Salomão - Arqueologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/as-minas-que-nao-eram-de-salomao.html)


1924 - No ar, o jato virtual - tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/no-ar-o-jato-virtual-tecnologia.html)


1923 - Eis o que você é - Cérebro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/eis-o-que-voce-e-cerebro.html)


1922 - Um buraco no meio de tudo - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/um-buraco-no-meio-de-tudo-astronomia.html)


1921 - Os peixes vão morrer de inveja - Esporte Hi-tech
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/os-peixes-vao-morrer-de-inveja-esporte.html)


1920 - Os Senhores da Morte - Vulcões
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/os-senhores-da-morte-vulcoes.html)


1919 - Alcatrazes - Laboratório da Natureza - Teologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/alcatrazes-laboratorio-da-natureza.html)


1918 - Do Céu para a Terra - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/do-ceu-para-terra-tecnologia.html)


1917 - A nova Geração - Aeronáutica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/a-nova-geracao-aeronautica.html)


1916 - A última cartada de Einstein - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/a-ultima-cartada-de-einstein-fisica.html)


1915 - Alexandria no fundo do mar - Arqueologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/alexandria-no-fundo-do-mar-arqueologia.html)


1914 - Os donos da praia - Zoologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/os-donos-da-praia-zoologia.html)


1913 - Esse tal de buraco de Ozônio - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/esse-tal-de-buraco-de-ozonio-ambiente.html)


1912 - Heróis da Resistência - Aids
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/herois-da-resistencia-aids.html)


1911 - O SUPEROLHO DO HOMEM - 100 Anos de Raio X
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/o-superolho-do-homem-100-anos-de-raio-x.html)


1910 - As plantas viajantes - Agricultura
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/as-plantas-viajantes-agricultura.html)


1909 - A cara de zumbi - História do Brasil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/a-cara-de-zumbi-historia-do-brasil.html)


1908 - Como fabricar uma estrela - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/como-fabricar-uma-estrela-fisica.html)


1907 - Encolhi o gordinho - Obesidade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/encolhi-o-gordinho-obesidade.html)


1906 - A Primeira Guerra Mundial, mesmo - Cruzadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/a-primeira-guerra-mundial-mesmo-cruzadas.html)


1905 - Ficção quase científica - Cinema
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/ficcao-quase-cientifica-cinema.html)


1904 - O Rei da Noite - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/o-rei-da-noite-natureza.html)


1903 - Tem boi na linha - Ciberespaço
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/tem-boi-na-linha-ciberespaco.html)


1902 - O Monstro Corre Perigo - Zoologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/o-monstro-corre-perigo-zoologia.html)


1901 - Morar no Espaço - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/morar-no-espaco-tecnologia.html)


1900 - A farmácia do doutro Biruta - Remédios
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/a-farmacia-do-doutro-biruta-remedios.html)


1899 - Vai gelo ? Futuro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/vai-gelo-futuro.html)


1898 - Quando a Maconha Cura - Farmacologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/quando-maconha-cura-farmacologia.html)


1897 - China diz que veículo de exploração lunar funciona, mas enfraquecido
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/china-diz-que-veiculo-de-exploracao.html)


1896 - Ascensão e queda de uma utopia verde - Biosfera 2
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/ascensao-e-queda-de-uma-utopia-verde.html)


1895 - Houston, temos um problema aqui - Apolo 13
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/houston-temos-um-problema-aqui-apolo-13.html)


1894 - O perigo é uma carga pesada - Estradas Brasileiras
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/o-perigo-e-uma-carga-pesada-estradas.html)


1893 - O dia D das Tartarugas - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/o-dia-d-das-tartarugas-biologia.html)


1892 - Genocídio Instantâneo - 50 anos de Bomba Atômica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/genocidio-instantaneo-50-anos-de-bomba.html)


1891 - No encalço dos microassassinos - Supervírus
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/no-encalco-dos-microassassinos.html)


1890 - Júpiter um ano depois do cometa - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/jupiter-um-ano-depois-do-cometa.html)


1889 - Clima, o que a ciência sabe (e o que a ciência não sabe) - Meio Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/clima-o-que-ciencia-sabe-e-o-que.html)


1888 - Nhá - História do Arraiá - Festa Junina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/nha-historia-do-arraia-festa-junina.html)


1887 - O "Árabe" que escrevia números - 100 anos de Malda
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/o-arabe-que-escrevia-numeros-100-anos.html)


1886 - Deu branco no Coral - Ecologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/deu-branco-no-coral-ecologia.html)


1885 - Na era da Bionáutica - Cirurgia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/na-era-da-bionautica-cirurgia.html)


1884 - Clara Água, Cara Água
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/clara-agua-cara-agua.html)


1883 - Nosso Ancestral ? Esse Micróbio ? - Evolução
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/nosso-ancestral-esse-microbio-evolucao.html)


1882 - As novas estrelas da comunicação - Estrelas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/as-novas-estrelas-da-comunicacao.html)


1881 - Por que as mulheres tem pavor de barata - Psicologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/por-que-as-mulheres-tem-pavor-de-barata.html)


1880 - Ignobel: a Ciência ri da Ciência - Bom Humor
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/ignobel-ciencia-ri-da-ciencia-bom-humor.html)


1879 - Arte primitiva mesmo - Arqueologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/arte-primitiva-mesmo-arqueologia.html)


1878 - Dor nas costas - Saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/dor-nas-costas-saude.html)


1877 - Alô, Alô, Câmbio - Economês Traduzido
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/alo-alo-cambio-economes-traduzido.html)


1876 - Metanol o veneno sob nova suspeita - Saúde Pública
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/metanol-o-veneno-sob-nova-suspeita.html)


1875 - A revolução das pizzas - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/a-revolucao-das-pizzas-tecnologia.html)


1874 - O navegante que sequestrou do Rio - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/o-navegante-que-sequestrou-do-rio.html)


1873 - Macho, mas por pouco tempo - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/macho-mas-por-pouco-tempo-natureza.html)


1872 - SOL: Uma viagem para o inferno - Astrofísica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/sol-uma-viagem-para-o-inferno.html)


1871 - Vitaminas - você tem que tomar - Saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/vitaminas-voce-tem-que-tomar-saude.html)


1870 - Radiação, Calor, Movimento - Geologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/radiacao-calor-movimento-geologia.html)


1869 - Por que o livro é caro no Brasil - Cultura
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/por-que-o-livro-e-caro-no-brasil-cultura.html)


1868 - Uma questão de inteligência - Idéias
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/uma-questao-de-inteligencia-ideias.html)


1867 - 16 DOCUMENTÁRIOS INDICADOS - MAIO DE 2014
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/16-documentarios-indicados-maio-de-2014.html)


1866 - Os Fantasmas de São Bartolomeu - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/os-fantasmas-de-sao-bartolomeu-historia.html)


1865 - A conquista do Castello - Segunda Guerra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/a-conquista-do-castello-segunda-guerra.html)


1864 - Vacinas do Futuro - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/vacinas-do-futuro-medicina.html)


1863 - Este Robô é um bebê - Robótica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/este-robo-e-um-bebe-robotica.html)


1862 - Quem foi que inventou o Carnaval ? História da Folia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/quem-foi-que-inventou-o-carnaval.html)


1861 - A Fera é Azul - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/a-fera-e-azul-natureza.html)


1860 - Janelas para o Céu - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/janelas-para-o-ceu-tecnologia.html)


1859 - Mentiras da Memória sincera - Neurociência
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/mentiras-da-memoria-sincera-neurociencia.html)


1858 - Veneza vai virar Mar? Urbanismo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/veneza-vai-virar-mar-urbanismo.html)


1857 - Ordem na Casa - Paleontologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/ordem-na-casa-paleontologia.html)


1856 - 10 truques do passado que podem (ou não) ser úteis nos dias de hoje
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/10-truques-do-passado-que-podem-ou-nao.html)


1855 - Você sabe para que servem as letras nas teclas dos orelhões!
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/voce-sabe-para-que-servem-as-letras-nas.html)


1854 - Arqueólogos descobrem câncer em um esqueleto de 3 mil anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/arqueologos-descobrem-cancer-em-um.html)


1853 - Pai faz vídeo do crescimento de sua filha em time-lapse de 0 a 14 anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/pai-faz-video-do-crescimento-de-sua.html)


1852 - Estudo nega que tubarões sejam 'fósseis vivos', como se acreditava
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/estudo-nega-que-tubaroes-sejam-fosseis.html)


1851 - Usina de Fukushima detecta novo vazamento de água radioativa
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/usina-de-fukushima-detecta-novo.html)


1850 - Descoberto o mais antigo ancestral dos animais herbívoros terrestres
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/descoberto-o-mais-antigo-ancestral-dos.html)


1849 - Estudo afirma que vírus ebola presente na Guiné é de nova cepa
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/estudo-afirma-que-virus-ebola-presente.html)


1848 - Descoberto o 1º exoplaneta do tamanho da Terra em zona habitável
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/descoberto-o-1-exoplaneta-do-tamanho-da.html)


1847 - Britânica descobre que 'vândalo misterioso' que furava pneus era cão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/britanica-descobre-que-vandalo.html)


1846 - Candomblé - Religião
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/candomble-religiao.html)


1845 - É dezembro. Feliz Páscoa - Turismo Científico
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/e-dezembro-feliz-pascoa-turismo.html)


1844 - Sob Pressão - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/sob-pressao-medicina.html)


1843 - I Guerra Mundial - História da Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/i-guerra-mundial-historia-da-tecnologia.html)


1842 - O ano novo da Onça - Zoologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/o-ano-novo-da-onca-zoologia.html)


1841 - Criatura mais antiga do mundo é um molusco de 507 anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/criatura-mais-antiga-do-mundo-e-um.html)


1840 - Conheça alguns fatos curiosos sobre banheiros
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/conheca-alguns-fatos-curiosos-sobre.html)


1839 - Conheça o homem que viveu 256 anos - Longevidade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/conheca-o-homem-que-viveu-256-anos.html)


1838 - 16 Documentários Indicados - Abril de 2014
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/16-documentarios-indicados-abril-de-2014.html)


1837 - 02 DE ABRIL NA HISTÓRIA
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/04/02-de-abril-na-historia.html)


1836 - Fechado para Balanço - Big Bang
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/fechado-para-balanco-big-bang.html)


1835 - O Imponente rito de passagem do Poder - Cerimonial da Posse
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/o-imponente-rito-de-passagem-do-poder.html)


1834 - A Revolta da Vacina - História do Brasil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/a-revolta-da-vacina-historia-do-brasil.html)


1833 - Internet S.A. - Informática
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/internet-sa-informatica.html)


1832 - Viagem à Pré-história - Paleontologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/viagem-pre-historia-paleontologia.html)


1831 - A sentença é Genética - Câncer de Mama
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/a-sentenca-e-genetica-cancer-de-mama.html)


1830 - Secou porque não ventou - Clima
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/secou-porque-nao-ventou-clima.html)


1829 - Gelatina com veneno - Biologia Marinha - Medusa
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/gelatina-com-veneno-biologia-marinha.html)


1828 - Arqueólogas acham ossada de criança de 3.500 anos no Piauí
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/arqueologas-acham-ossada-de-crianca-de.html)


1827 - Instrumento da Estação Espacial permite detectar raios do espaço
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/instrumento-da-estacao-espacial-permite.html)


1826 - Máquina automática de vender cupcake vira sensação em Nova York
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/maquina-automatica-de-vender-cupcake.html)


1825 - Aeroporto flutua no mar do Brasil - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/aeroporto-flutua-no-mar-do-brasil.html)


1824 - Á procura de novos mundos - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/a-procura-de-novos-mundos-astronomia.html)


1823 - Os construtores de Átomos - Química Nuclear
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/os-construtores-de-atomos-quimica.html)


1822 - Quando morrer era uma arma de guerra - Kamikazes - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/quando-morrer-era-uma-arma-de-guerra.html)


1821 - O Brasil à sombra da Lua - Eclipse
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/o-brasil-sombra-da-lua-eclipse.html)


1820 - Pequenos Prazeres - Saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/pequenos-prazeres-saude.html)


1819 - A Matemática do delírio - Fractais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/a-matematica-do-delirio-fractais.html)


1818 - Genética é Destino - Debate
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/genetica-e-destino-debate.html)


1817 - E a serra quase levou - Florestas Americanas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/e-serra-quase-levou-florestas-americanas.html)


1816 - Por que elas estão sumindo - Lontras
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/por-que-elas-estao-sumindo-lontras.html)


1815 - Os número não mentem jamais. Será ? Estatística
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/os-numero-nao-mentem-jamais-sera.html)


1814 - 300 anos no fundo do mar - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/300-anos-no-fundo-do-mar-historia.html)


1813 - Tudo ao mesmo tempo agora - Futuro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/tudo-ao-mesmo-tempo-agora-futuro.html)


1812 - Batalha selvagem - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/batalha-selvagem-natureza.html)


1811 - As Bactérias que mordiam - Medicina / Imprensa
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/as-bacterias-que-mordiam-medicina.html)


1810 - 16 DOCUMENTÁRIOS INDICADOS - MARÇO DE 2014
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/16-documentarios-indicados-marco-de-2014.html)


1809 - Sob o domínio da Lua - Comportamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/sob-o-dominio-da-lua-comportamento.html)


1808 - Quando os Répteis Voavam - Paleontologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/quando-os-repteis-voavam-paleontologia.html)


1807 - Santo Cafezinho - Saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/03/santo-cafezinho-saude.html)


1806 - Alerta. O Concreto esta doente - Engenharia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/alerta-o-concreto-esta-doente-engenharia.html)


1805 - Brasil: O País dos 100 milhões de raios - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/brasil-o-pais-dos-100-milhoes-de-raios.html)


1804 - Os porquês da luta na Bósnia - Geopolítica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/os-porques-da-luta-na-bosnia-geopolitica.html)


1803 - Como ele pensa. Como ela pensa - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/como-ele-pensa-como-ela-pensa-biologia.html)


1802 - O retrato do passado - Antropologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/o-retrato-do-passado-antropologia.html)


1801 - Depois do Quark Top. Para onde vai a Física ? - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/depois-do-quark-top-para-onde-vai.html)


1800 - O Morcego voa na ponta dos dedos - Zoologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/o-morcego-voa-na-ponta-dos-dedos.html)


1799 - Yes, nós temos Dinossauros - Paleontologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/yes-nos-temos-dinossauros-paleontologia.html)


1798 - Atenção, Tripulação! - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/atencao-tripulacao-astronomia.html)


1797 - Tenentismo à Paulista - História do Brasil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/tenentismo-paulista-historia-do-brasil.html)


1796 - No tempo das aves do Terror - Paleontologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/no-tempo-das-aves-do-terror.html)


1795 - Pisou na Lua? Vai para o castigo - Espaço
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/pisou-na-lua-vai-para-o-castigo-espaco.html)


1794 - Peso-pesado quase a nocaute - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/peso-pesado-quase-nocaute-natureza.html)


1793 - A Corrida do Século - Antibióticos X Bactérias
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/a-corrida-do-seculo-antibioticos-x.html)


1792 - Delta Clipper: Este foguete vai e volta - Aeronaútica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/delta-clipper-este-foguete-vai-e-volta.html)


1791 - A fraude que revoltou a França - Caso Dreyfus - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/a-fraude-que-revoltou-franca-caso.html)


1790 - Em busca do monstro perdido - Polêmica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/em-busca-do-monstro-perdido-polemica.html)


1789 - A África que você nunca viu - Geografia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/a-africa-que-voce-nunca-viu-geografia.html)


1788 - A verdadeira face de Ivan, o terrível - Perfil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/a-verdadeira-face-de-ivan-o-terrivel.html)


1787 - Supercondutores, receita francesa para alcançar um recorde - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/supercondutores-receita-francesa-para.html)


1786 - Quem diria que é brinquedo ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/quem-diria-que-e-brinquedo.html)


1785 - Seca - Clima
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/seca-clima.html)


1784 - Na terra de Dom Quixote - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/na-terra-de-dom-quixote-historia.html)


1783 - Um vândalo no estômago - Saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/um-vandalo-no-estomago-saude.html)


1782 - O Japão rumo ao espaço - Astronautica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/o-japao-rumo-ao-espaco-astronautica.html)


1781 - Falsas Assassinas - Orca - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/falsas-assassinas-orca-natureza.html)


1780 - A vida dentro da Cratera - Geografia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/a-vida-dentro-da-cratera-geografia.html)


1779 - Paracelso: Mago e cientista - Perfil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/paracelso-mago-e-cientista-perfil.html)


1778 - Miniarquiteto - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/miniarquiteto-natureza.html)


1777 - O brilho das estrelas negras - Cosmologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/02/o-brilho-das-estrelas-negras-cosmologia.html)


1776 - O lado feminino do Brasil Colonial - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/o-lado-feminino-do-brasil-colonial.html)


1775 - Máquina de criar bactéria - Saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/maquina-de-criar-bacteria-saude.html)


1774 - Gordura não é veneno - Fisiologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/gordura-nao-e-veneno-fisiologia.html)


1773 - A Inteligência do Chip - Informática
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/a-inteligencia-do-chip-informatica.html)


1772 - Uma guerreira contra o Câncer - Silva Brandalise - Perfil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/uma-guerreira-contra-o-cancer-silva.html)


1771 - O milho e seus avós - Genética
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/o-milho-e-seus-avos-genetica.html)


1770 - Baderna Eletromagnética - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/baderna-eletromagnetica-tecnologia.html)


1769 - Tudo o que você queria saber sobre o Big Bang - Cosmologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/tudo-o-que-voce-queria-saber-sobre-o.html)


1768 - Campeões de Sobrevivência - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/campeoes-de-sobrevivencia-natureza.html)


1767 - Los Angeles: O perigo esta em toda a parte - Geologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/los-angeles-o-perigo-esta-em-toda-parte.html)


1766 - O homem que colocou o infinito no bolso - Matemática
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/o-homem-que-colocou-o-infinito-no-bolso.html)


1765 - Diabete, a armadilha do açúcar - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/diabete-armadilha-do-acucar-medicina.html)


1764 - O clima esta mudando? - Meteorologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/o-clima-esta-mudando-meteorologia.html)


1763 - O corpo de prontidão - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/o-corpo-de-prontidao-biologia.html)


1762 - Venenosas sedutoras - Botânica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/venenosas-sedutoras-botanica.html)


1761 - Profissão: Perigo - Atualidade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/profissao-perigo-atualidade.html)


1760 - Erros, fraudes e intrigas - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/erros-fraudes-e-intrigas-historia.html)


1759 - Incríveis dinossauros das neves - Paleontologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/incriveis-dinossauros-das-neves.html)


1758 - Mitocôndria, uma E.T. na célula - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/mitocondria-uma-et-na-celula-biologia.html)


1757 - O jardim das esculturas - Geologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/o-jardim-das-esculturas-geologia.html)


1756 - A vida depois do Câncer - comportamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/a-vida-depois-do-cancer-comportamento.html)


1755 - Ciência fora da sala de aula - Educação
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/ciencia-fora-da-sala-de-aula-educacao.html)


1754 - Etruscos - A cultura que roma destruiu - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/etruscos-cultura-que-roma-destruiu.html)


1753 - O que os genes podem explica - Genética
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/o-que-os-genes-podem-explica-genetica.html)


1752 - Inteligência em movimento - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/inteligencia-em-movimento-tecnologia.html)


1751 - Corte & Costura na sala de cirurgia - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/corte-costura-na-sala-de-cirurgia.html)


1750 - 16 DOCUMENTÁRIOS INDICADOS - JANEIRO DE 2014
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/16-documentarios-indicados-janeiro-de.html)


1749 - GPS: o guia que veio do espaço - satélite
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/gps-o-guia-que-veio-do-espaco-satelite.html)


1748 - Montanhas de fogo - Geologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/montanhas-de-fogo-geologia.html)


1747 - Olha a bola - costumes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/olha-bola-costumes.html)


1746 - O salvamento do Hubble - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/01/o-salvamento-do-hubble-astronomia.html)


1745 - Depois da tempestade vem a vida - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/depois-da-tempestade-vem-vida-natureza.html)


1744 - No calor das águas de Yellowstone - Geologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/no-calor-das-aguas-de-yellowstone.html)


1743 - Memória gelada da Terra - Climatologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/memoria-gelada-da-terra-climatologia.html)


1742 - Guerra de Canudos... E o sertão virou um mar de sangue - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/guerra-de-canudos-e-o-sertao-virou-um.html)


1741 - Olhos de Craque - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/olhos-de-craque-medicina.html)


1740 - Testando a evolução humana em laboratório
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/testando-evolucao-humana-em-laboratorio.html)


1739 - Acervo de 'pai' da teoria da evolução junto com Darwin é aberto na web
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/acervo-de-pai-da-teoria-da-evolucao.html)


1738 - Um terço dos americanos rejeita a Teoria da Evolução, diz estudo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/um-terco-dos-americanos-rejeita-teoria.html)


1737 - Amplificadores de Gente - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/amplificadores-de-gente-tecnologia.html)


1736 - Arco-iris Submarino - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/arco-iris-submarino-natureza.html)


1735 - O curto-circuito do orgasmo - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/o-curto-circuito-do-orgasmo-biologia.html)


1734 - Busca adiada dos últimos marcianos - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/busca-adiada-dos-ultimos-marcianos.html)


1733 - A arte de enganar - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/a-arte-de-enganar-natureza.html)


1732 - O fórmula 1 da estrada - Automóvel
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/o-formula-1-da-estrada-automovel.html)


1731 - Nero, o vilão reabilitado - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/nero-o-vilao-reabilitado-historia.html)


1730 - O mais fino dos sentidos - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/o-mais-fino-dos-sentidos-biologia.html)


1729 - Como funciona a cabeça de um corrupto - Comportamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/como-funciona-cabeca-de-um-corrupto.html)


1728 - Um corpo nas alturas - Fisiologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/um-corpo-nas-alturas-fisiologia.html)


1727 - Ciência sob medida - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/ciencia-sob-medida-tecnologia.html)


1726 - Terremoto no céu - Astrofísica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/terremoto-no-ceu-astrofisica.html)


1725 - Uma em cada 200 jovens diz ter engravidado sendo virgem, diz estudo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/uma-em-cada-200-jovens-diz-ter.html)


1724 - Cachorros reconhecem rostos familiares, diz estudo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/cachorros-reconhecem-rostos-familiares.html)


1723 - Satélite europeu tem 'câmera mais poderosa da História'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/satelite-europeu-tem-camera-mais.html)


1722 - Droga bloqueia HIV em estudo de laboratório, mostra pesquisa
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/droga-bloqueia-hiv-em-estudo-de.html)


1721 - Grã-Bretanha testa vacina contra câncer no cérebro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/gra-bretanha-testa-vacina-contra-cancer.html)


1720 - USP pesquisa geladeira que utiliza magnetismo para conservar alimentos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/usp-pesquisa-geladeira-que-utiliza.html)


1719 - Cerca de 1,8 tonelada de água contaminada vaza em Fukushima
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/cerca-de-18-tonelada-de-agua.html)


1718 - Grande reservatório de água é descoberto sob o gelo da Groenlândia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/grande-reservatorio-de-agua-e.html)


1717 - O menino de Turkana - Antropologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/o-menino-de-turkana-antropologia.html)


1716 - Ciganos: A segunda invasão da Europa - Comportamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/ciganos-segunda-invasao-da-europa.html)


1715 - Face a face com a Bomba - Guerra Fria
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/face-face-com-bomba-guerra-fria.html)


1714 - Aurora: O Espião a 8.000 Km/h - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/aurora-o-espiao-8000-kmh-tecnologia.html)


1713 - Palmares: Cem anos de sonho - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/palmares-cem-anos-de-sonho-historia.html)


1712 - A Terra de corpo inteiro - Geoesfera
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/a-terra-de-corpo-inteiro-geoesfera.html)


1711 - Lagamar, O milagre da sobrevivência - Meio Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/lagamar-o-milagre-da-sobrevivencia-meio.html)


1710 - A Fantástica Ciência dos Super-Heróis - Ficção
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/a-fantastica-ciencia-dos-super-herois.html)


1709 - Brinquedo de gente grande - Aeromodelismo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/brinquedo-de-gente-grande-aeromodelismo.html)


1708 - Faraós no consultório - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/faraos-no-consultorio-historia.html)


1707 - Do alto do Everest, 40 anos nos contemplam - Aventura
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/do-alto-do-everest-40-anos-nos.html)


1706 - Perguntas sem resposta - AIDS
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/perguntas-sem-resposta-aids.html)


1705 - 'Arquivo da internet' disponibiliza 1,4 milhão de torrents gratuitos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/arquivo-da-internet-disponibiliza-14.html)


1704 - ‘Arquivo da Internet’ libera jogos para Atari e outros 4 videogames clássicos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/arquivo-da-internet-libera-jogos-para.html)


1703 - Deus a ciência e eu - Depoimento - Stephen Hawking
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/deus-ciencia-e-eu-depoimento-stephen.html)


1702 - A sujeira nossa de cada dia - Ecologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/a-sujeira-nossa-de-cada-dia-ecologia.html)


1701 - Os sexos se confundem - Comportamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/os-sexos-se-confundem-comportamento.html)


1700 - Estaleiro de Ossos - História Natural
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/estaleiro-de-ossos-historia-natural.html)


1699 - Gás Carbônico - Construtor de Planetas - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/gas-carbonico-construtor-de-planetas.html)


1698 - Álgebra: Arte de inventar o mundo - Matemática
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/algebra-arte-de-inventar-o-mundo.html)


1697 - Boas novas sobre o Câncer - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/boas-novas-sobre-o-cancer-medicina.html)


1696 - A nova face dos dinossauros - Paleontologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/a-nova-face-dos-dinossauros.html)


1695 - Caçadores de Vórtices - Oceanografia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/cacadores-de-vortices-oceanografia.html)


1694 - Zoológico: Arca de Noé do Futuro - Preservação
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/zoologico-arca-de-noe-do-futuro.html)


1693 - O Hábito é uma Droga - Comportamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/o-habito-e-uma-droga-comportamento.html)


1692 - Dr. Zerbini - O mago do coração - Perfil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/dr-zerbini-o-mago-do-coracao-perfil.html)


1691 - A Hora da fome - Fisiologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/a-hora-da-fome-fisiologia.html)


1690 - Tietê o rio e o sonho - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/tiete-o-rio-e-o-sonho-ambiente.html)


1689 - Veja quais são os 9 melhores snipers da história
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/12/veja-quais-sao-os-9-melhores-snipers-da.html)


1688 - Por que nós usamos anéis de casamento?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/11/por-que-nos-usamos-aneis-de-casamento.html)


1687 - A vida na Terra Velha - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/11/a-vida-na-terra-velha-astronomia.html)


1686 - O mundo sem petróleo - Energia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/11/o-mundo-sem-petroleo-energia.html)


1685 - Um mito culinário no país das delícias - Camembert - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/11/um-mito-culinario-no-pais-das-delicias.html)


1684 - Flor, a folha que subiu na vida - Evolução
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/11/flor-folha-que-subiu-na-vida-evolucao.html)


1683 - Arranha Céus Voadores - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/11/arranha-ceus-voadores-tecnologia.html)


1682 - Bombas de Hidrogênio na cozinha - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/11/bombas-de-hidrogenio-na-cozinha-fisica.html)


1681 - A Ótica do Cérebro - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/11/a-otica-do-cerebro-biologia.html)


1680 - Choque Térmico - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/11/choque-termico-medicina.html)


1679 - A Bomba Relógio da Superpopulação - Demografia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/11/a-bomba-relogio-da-superpopulacao.html)


1678 - 10 locais fascinantes criados pela natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/10-locais-fascinantes-criados-pela.html)


1677 - Supercomputadores mais rápidos, para que? - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/supercomputadores-mais-rapidos-para-que.html)


1676 - Enxaqueca o sofrimento inútil - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/enxaqueca-o-sofrimento-inutil-medicina.html)


1675 - Vida de Astrônomo - Cientistas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/vida-de-astronomo-cientistas.html)


1674 - Filisteus, o legado do gigante Golias - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/filisteus-o-legado-do-gigante-golias.html)


1673 - No último FRONT gelado - Pesquisa
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/no-ultimo-front-gelado-pesquisa.html)


1672 - Pontos quentes da cidade - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/pontos-quentes-da-cidade-ambiente.html)


1671 - 19 parentes do homem do gelo são encontrados vivos na Áustria
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/19-parentes-do-homem-do-gelo-sao.html)


1670 - Desafio à Morte - Longevidade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/desafio-morte-longevidade.html)


1669 - Biólogos enchem formigueiro abandonado com cimento para pesquisa
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/biologos-enchem-formigueiro-abandonado.html)


1668 - Gênios Trabalhando - Zoologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/genios-trabalhando-zoologia.html)


1667 - Inventores de Plantas - Agricultura
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/inventores-de-plantas-agricultura.html)


1666 - Em busca da orquestra doméstica - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/em-busca-da-orquestra-domestica.html)


1665 - Todos parente - Etnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/todos-parente-etnologia.html)


1664 - Videogame que usa cartuchos de 10 consoles chega ao país em dezembro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/videogame-que-usa-cartuchos-de-10.html)


1663 - A Hora do pulo do Sapo - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/a-hora-do-pulo-do-sapo-natureza.html)


1662 - O corpo em restauração - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/o-corpo-em-restauracao-biologia.html)


1661 - Vizinhos Problema - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/vizinhos-problema-astronomia.html)


1660 - Um susto com data marcada - Meteorologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/um-susto-com-data-marcada-meteorologia.html)


1659 - Amargo Regresso - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/amargo-regresso-medicina.html)


1658 - 16 Documentários Indicados - OUTUBRO DE 2013
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/16-documentarios-indicados-outubro-de.html)


1657 - Quando a cabeça ignora a dor - Anestesia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/quando-cabeca-ignora-dor-anestesia.html)


1656 - À procura da Inteligência Extraterrestre - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/a-procura-da-inteligencia.html)


1655 - Richard Phillips Feynman, o mais divertidos dos gênios
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/richard-phillips-feynman-o-mais.html)


1654 - Terra, ar e mar - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/terra-ar-e-mar-ambiente.html)


1653 - O poder dos mapas - Cartografia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/o-poder-dos-mapas-cartografia.html)


1652 - Engenharia das Veias - Saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/engenharia-das-veias-saude.html)


1651 - Pobre Tubarão - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/pobre-tubarao-natureza.html)


1650 - Conheça a história do navio de guerra que teria sido teleportado em 1943
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/conheca-historia-do-navio-de-guerra-que.html)


1649 - Já era hora: Game of Thrones ganha paródia pornô
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/ja-era-hora-game-of-thrones-ganha.html)


1648 - Bruxas: As mulheres em chamas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/bruxas-as-mulheres-em-chamas.html)


1647 - O Vôo do desequilíbrio - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/o-voo-do-desequilibrio-tecnologia.html)


1646 - Sérgio Buarque de Holanda - Perfil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/sergio-buarque-de-holanda-perfil.html)


1645 - O futuro bem definido - Televisão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/o-futuro-bem-definido-televisao.html)


1644 - O sabor brasileiro - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/o-sabor-brasileiro-natureza.html)


1643 - Vozes do Inferno - Geologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/vozes-do-inferno-geologia.html)


1642 - A vaidade por um fio - Saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/a-vaidade-por-um-fio-saude.html)


1641 - A Ciência de um provocador - Entrevista
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/a-ciencia-de-um-provocador-entrevista.html)


1640 - Os últimos Dragões - Zoologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/os-ultimos-dragoes-zoologia.html)


1639 - Aventureiros do Século XX - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/aventureiros-do-seculo-xx-tecnologia.html)


1638 - O rei dos anões - Planetas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/o-rei-dos-anoes-planetas.html)


1637 - Alerta contra o cometa Errante - Astronômia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/alerta-contra-o-cometa-errante.html)


1636 - Vikings: A Fúria Nórdica - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/vikings-furia-nordica-historia.html)


1635 - Caça ao Ozônio bandido - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/caca-ao-ozonio-bandido-ambiente.html)


1634 - As primeiras notícias da década do Cérebro - Neurociência
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/as-primeiras-noticias-da-decada-do.html)


1633 - Mania de Magreza - Dieta
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/mania-de-magreza-dieta.html)


1632 - Vespas assassinas sobe para 41 o número de mortos na China
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/vespas-assassinas-sobe-para-41-o-numero.html)


1631 - A casa do espaço - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/a-casa-do-espaco-astronomia.html)


1630 - Coco Chanel, a revolucionária da Moda - Perfil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/coco-chanel-revolucionaria-da-moda.html)


1629 - Viva a diferença - Designer
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/viva-diferenca-designer.html)


1628 - Lago na África calcifica animais e os transforma em estátuas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/lago-na-africa-calcifica-animais-e-os.html)


1627 - Russo sacaneia empresa de cartão de crédito e se dá bem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/russo-sacaneia-empresa-de-cartao-de.html)


1626 - Laboratório de um País do futuro - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/laboratorio-de-um-pais-do-futuro.html)


1625 - De louco, todo mundo tem um pouco - Trânsito
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/de-louco-todo-mundo-tem-um-pouco.html)


1624 - Dormir tarde ou acordar cedo o que traz mais benefícios para a sua saúde ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/dormir-tarde-ou-acordar-cedo-o-que-traz.html)


1623 - O esconderijo dos Alerces - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/o-esconderijo-dos-alerces-ambiente.html)


1622 - Ecologia nas Fábricas - Meio Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/ecologia-nas-fabricas-meio-ambiente.html)


1621 - Russos detectam asteroide de 10 toneladas que passou raspando pela Terra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/russos-detectam-asteroide-de-10.html)


1620 - Japoneses criam guarda-chuva que protege o corpo inteiro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/japoneses-criam-guarda-chuva-que.html)


1619 - Musaranho, o menor mamífero do mundo - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/10/musaranho-o-menor-mamifero-do-mundo.html)


1618 - 16 Documentários Indicados - Setembro de 2013
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/16-documentarios-indicados-setembro-de.html)


1617 - Anos Rebeldes - Adolescencia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/anos-rebeldes-adolescencia.html)


1616 - Viagem no tempo - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/viagem-no-tempo-fisica.html)


1615 - Jogos de montar - Buckybolas - Química
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/jogos-de-montar-buckybolas-quimica.html)


1614 - Réplica da Terra em Marte - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/replica-da-terra-em-marte-astronomia.html)


1613 - Os dias dos Caças - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/os-dias-dos-cacas-tecnologia.html)


1612 - Encontro de Civilizações - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/encontro-de-civilizacoes-historia.html)


1611 - Uma dose de Veneno, por favor - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/uma-dose-de-veneno-por-favor-biologia.html)


1610 - O paciente na barriga da mãe - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/o-paciente-na-barriga-da-mae-medicina.html)


1609 - A Implacavel Dinâmica dos Carros - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/a-implacavel-dinamica-dos-carros-fisica.html)


1608 - Os bastidores da mordomia - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/os-bastidores-da-mordomia-tecnologia.html)


1607 - Teriam existido Cristãos antes de Cristo ? História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/teriam-existido-cristaos-antes-de.html)


1606 - Quando o Cérebro cai na fossa - Saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/quando-o-cerebro-cai-na-fossa-saude.html)


1605 - Medalhas de Ouro - Ciência
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/medalhas-de-ouro-ciencia.html)


1604 - Mecânica de Precisão - Automobilismo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/mecanica-de-precisao-automobilismo.html)


1603 - Astrônomo acredita que ETs usam laser para se comunicarem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/astronomo-acredita-que-ets-usam-laser.html)


1602 - Chuva alienígena pode conter evidências de vida extraterrestre
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/chuva-alienigena-pode-conter-evidencias.html)


1601 - Fóssil de peixe é a mais antiga criatura com rosto já descoberta
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/fossil-de-peixe-e-mais-antiga-criatura.html)


1600 - Conheça 5 das batalhas mais sangrentas da Segunda Guerra Mundial
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/conheca-5-das-batalhas-mais-sangrentas.html)


1599 - Será que comer insetos fará parte do nosso futuro ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/sera-que-comer-insetos-fara-parte-do.html)


1598 - Abelhas de aluguel - Agricultura
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/abelhas-de-aluguel-agricultura.html)


1597 - Explosão no terceiro mundo - AIDS
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/explosao-no-terceiro-mundo-aids.html)


1596 - Ai, que sede ! Fisiologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/ai-que-sede-fisiologia.html)


1595 - O Sherlock da Física Atômica - Perfil Niels Henrik David Bohr
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/o-sherlock-da-fisica-atomica-perfil.html)


1594 - Avanço a passos largos - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/avanco-passos-largos-medicina.html)


1593 - Serra do Cipó, o jardim rochoso de Minas - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/serra-do-cipo-o-jardim-rochoso-de-minas.html)


1592 - Fábrica de Precisão - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/fabrica-de-precisao-tecnologia.html)


1591 - Mar à vista - Satélites
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/mar-vista-satelites.html)


1590 - Viagem ao centro da Via Láctea - Astrofísica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/viagem-ao-centro-da-via-lactea.html)


1589 - A Magia das Bonecas - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/a-magia-das-bonecas-historia.html)


1588 - O ultimo escriba dos Faraós - Perfil Jean-François
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/o-ultimo-escriba-dos-faraos-perfil-jean.html)


1587 - Um Campeão de Fôlego - Fisiologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/um-campeao-de-folego-fisiologia.html)


1586 - A realidade das famílias que vivem em apartamentos minúsculos em Hong Kong
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/a-realidade-das-familias-que-vivem-em.html)


1585 - Por que algumas pessoas são mais picadas por mosquitos do que outras
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/por-que-algumas-pessoas-sao-mais.html)


1584 - Você sabia que o tempo passa mais devagar para as moscas?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/voce-sabia-que-o-tempo-passa-mais.html)


1583 - Videogame Voador - Aviões
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/videogame-voador-avioes.html)


1582 - O Homem Decifrado - Genética
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/o-homem-decifrado-genetica.html)


1581 - Um Et na Pré-História - Antropologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/um-et-na-pre-historia-antropologia.html)


1580 - Pronto Socorro Tenológico - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/pronto-socorro-tenologico-tecnologia.html)


1579 - LUA NOVA - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/lua-nova-astronomia.html)


1578 - Empresa lança capa de revista em quadrinhos falada
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/empresa-lanca-capa-de-revista-em.html)


1577 - Cervejaria Becks cria garrafa que toca música como um disco de vinil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/cervejaria-becks-cria-garrafa-que-toca.html)


1576 - R2-D2 faz participação especial em Star Trek Além da Escuridão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/r2-d2-faz-participacao-especial-em-star.html)


1575 - Caixa fechada de cereal do Super Mario dos anos 90 vai a leilão na internet
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/caixa-fechada-de-cereal-do-super-mario.html)


1574 - Mistério você já ouviu falar das crianças com olhos completamente negros
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/misterio-voce-ja-ouviu-falar-das.html)


1573 - Inseto apresenta mecanismo microscópico que se parece com uma engrenagem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/inseto-apresenta-mecanismo-microscopico.html)


1572 - Os 10 jogos clássicos do Atari
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/os-10-jogos-classicos-do-atari.html)


1571 - Você sabia que morangos podem clarear os dentes naturalmente ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/voce-sabia-que-morangos-podem-clarear.html)


1570 - Estudos descobrem que Ricardo 3º estava infestado por parasitas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/estudos-descobrem-que-ricardo-3-estava.html)


1569 - Fukushima detecta nova alta de radiação em torno de seus tanques
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/09/fukushima-detecta-nova-alta-de-radiacao.html)


1568 - Faz 60 anos que a dupla-hélice de DNA foi descoberta
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/faz-60-anos-que-dupla-helice-de-dna-foi.html)


1567 - Conheça o fósforo diabólico que é difícil de ser apagado
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/conheca-o-fosforo-diabolico-que-e.html)


1566 - Gênio entra na universidade aos 11 anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/genio-entra-na-universidade-aos-11-anos.html)


1565 - Trombeta apocalíptica - Som sinistro é escutado novamente ao redor do mundo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/trombeta-apocaliptica-som-sinistro-e.html)


1564 - Teletransporte humano levaria uma eternidade para ser finalizado
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/teletransporte-humano-levaria-uma.html)


1563 - Elenco de Escola de Rock se reúne 10 anos depois
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/elenco-de-escola-de-rock-se-reune-10.html)


1562 - Chinesa afirma ser a mulher mais velha do mundo aos 127 anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/chinesa-afirma-ser-mulher-mais-velha-do.html)


1561 - AS PRIMEIRAS MANCHETES DAS DÉCADAS DE 70 A 2010
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/as-primeiras-manchetes-das-decadas-de.html)


1560 - O cereal matinal que você come até hoje era feito por canhões
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/o-cereal-matinal-que-voce-come-ate-hoje.html)


1559 - Chineses fazem 'acupuntura' com abelhas para tratar artrite e câncer
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/chineses-fazem-acupuntura-com-abelhas.html)


1558 - Museu dos EUA reúne exposição com 'obras toscas'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/museu-dos-eua-reune-exposicao-com-obras.html)


1557 - EUA quer voltar a Lua até 2022
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/eua-quer-voltar-lua-ate-2022.html)


1556 - Artista usa cédulas antigas da ex-União Soviética para criar obras
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/artista-usa-cedulas-antigas-da-ex-uniao.html)


1555 - Nasa desiste de restabelecer pleno funcionamento do telescópio Kepler
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/nasa-desiste-de-restabelecer-pleno.html)


1554 - Descoberto novo mamífero da família dos guaxinins na América do Sul
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/descoberto-novo-mamifero-da-familia-dos.html)


1553 - ETs teriam respondido uma mensagem da Terra na década de 80
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/ets-teriam-respondido-uma-mensagem-da.html)


1552 - Gigantesco pentagrama é encontrado no Cazaquistão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/gigantesco-pentagrama-e-encontrado-no.html)


1551 - 4 ideias científicas que todo mundo deveria conhecer
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/4-ideias-cientificas-que-todo-mundo.html)


1550 - Problemas no banheiro? Você pode estar fazendo o número 2 da forma errada
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/problemas-no-banheiro-voce-pode-estar.html)


1549 - Cripta centenária é aberta na tentativa de identificar modelo da 'Mona Lisa'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/cripta-centenaria-e-aberta-na-tentativa.html)


1548 - Livro de 2 cm² é descoberto nos Estados Unidos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/livro-de-2-cm-e-descoberto-nos-estados.html)


1547 - Supermaterial feito à base de fungos pode substituir o plástico
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/supermaterial-feito-base-de-fungos-pode.html)


1546 - Material impossível é descoberto por acidente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/material-impossivel-e-descoberto-por.html)


1545 - Cientistas capturam imagem de reação química pela primeira vez
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/cientistas-capturam-imagem-de-reacao.html)


1544 - Espanhol morre depois de vencer concurso de maior bebedor de cerveja
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/espanhol-morre-depois-de-vencer.html)


1543 - Bíblia com evangelho inédito encontrada na Turquia preocupa o Vaticano
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/biblia-com-evangelho-inedito-encontrada.html)


1542 - Al-Qaeda estaria transformando roupas em explosivos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/al-qaeda-estaria-transformando-roupas.html)


1541 - Menino alemão descobre múmia escondida no sótão da casa de avó
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/menino-alemao-descobre-mumia-escondida.html)


1540 - Hospital das Cruzadas com cerca de mil anos é descoberto em Jerusalém
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/hospital-das-cruzadas-com-cerca-de-mil.html)


1539 - Antropólogos buscam no México os primeiros habitantes da América
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/antropologos-buscam-no-mexico-os.html)


1538 - Arqueólogos descobrem relíquia que pode conter pedaço da cruz de Jesus
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/arqueologos-descobrem-reliquia-que-pode.html)


1537 - Outpost Haven é o survival horror do seu browser
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/outpost-haven-e-o-survival-horror-do.html)


1536 - EUA divulgam imagem 'peixe monstro' fisgado há mais de 100 anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/eua-divulgam-imagem-peixe-monstro.html)


1535 - Arqueólogos descobrem ruínas de vila de cerca de 200 anos no Alasca
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/arqueologos-descobrem-ruinas-de-vila-de.html)


1534 - Estudo diz que 'Adão e Eva genéticos' viveram em épocas próximas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/estudo-diz-que-adao-e-eva-geneticos.html)


1533 - 10 bairros mais caros do Brasil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/10-bairros-mais-caros-do-brasil.html)


1532 - UE e China entram em acordo para importação de painéis solares
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/ue-e-china-entram-em-acordo-para.html)


1531 - Nicolelis diz que recebeu autorização para teste de exoesqueleto no Brasil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/nicolelis-diz-que-recebeu-autorizacao.html)


1530 - Microsoft anuncia placa de vídeo mais rápida para o Xbox One
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/microsoft-anuncia-placa-de-video-mais.html)


1529 - Série de RPG 'The Elder Scrolls' ganha pacote com todos os jogos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/08/serie-de-rpg-elder-scrolls-ganha-pacote.html)


1528 - Terremotos podem contribuir para aquecimento global
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/terremotos-podem-contribuir-para.html)


1527 - Fases da lua podem alterar duração e qualidade do sono
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/fases-da-lua-podem-alterar-duracao-e.html)


1526 - Talidomida continua a causar defeitos físicos em bebês no Brasil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/talidomida-continua-causar-defeitos.html)


1525 - O Rifle de Maior Alcance do Mundo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/o-rifle-de-maior-alcance-do-mundo.html)


1524 - World of Warcraft (WoW)
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/world-of-warcraft-wow.html)


1523 - O computador que prevê o futuro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/o-computador-que-preve-o-futuro.html)


1522 - Cada um tem seu Mapa do Mundo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/cada-um-tem-seu-mapa-do-mundo.html)


1521 - Exposição reúne desde tiranossauro até pessoas feitas de Lego na China
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/exposicao-reune-desde-tiranossauro-ate.html)


1520 - É possível substituir o cigarro por sexo ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/e-possivel-substituir-o-cigarro-por-sexo.html)


1519 - Descontaminação de Fukushima custará 4 vezes mais que o esperado
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/descontaminacao-de-fukushima-custara-4.html)


1518 - 10 melhores filmes de comédia de 2013
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/10-melhores-filmes-de-comedia-de-2013.html)


1517 - Legalizar não é melhor saída contra dependência química, aponta SBPC
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/legalizar-nao-e-melhor-saida-contra.html)


1516 - Peça misteriosa e de tecnologia avançada, de 5000 anos atrás, pode reescrever a História!
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/peca-misteriosa-e-de-tecnologia.html)


1515 - Internautas brincam com 'chifres' vermelhos no Papa em capa da 'Time'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/internautas-brincam-com-chifres.html)


1514 - Facebook para celulares 'simples' alcança 100 milhões de usuários
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/facebook-para-celulares-simples-alcanca.html)


1513 - Conheça alternativas ao Google
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/conheca-alternativas-ao-google.html)


1512 - Máquina destila suor para criar água potável na Suécia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/maquina-destila-suor-para-criar-agua.html)


1511 - Expedição afirma que motor encontrado no mar é da Apollo 11
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/expedicao-afirma-que-motor-encontrado.html)


1510 - Cientistas encontram vírus gigantes com maiores genomas já vistos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/cientistas-encontram-virus-gigantes-com.html)


1509 - Quem são os Piratas da Somália
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/quem-sao-os-piratas-da-somalia.html)


1508 - 10 maiores bilheteria de cinema do mundo em 2013
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/10-maiores-bilheteria-de-cinema-do.html)


1507 - China quer quadruplicar capacidade de geração de energia solar
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/china-quer-quadruplicar-capacidade-de.html)


1506 - T-Rex caçava presas vivas e não apenas comia carcaças
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/t-rex-cacava-presas-vivas-e-nao-apenas.html)


1505 - Fazendeiros fazem desenho gigante de fábula em campo na Alemanha
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/fazendeiros-fazem-desenho-gigante-de.html)


1504 - Master System completa 30 anos; veja seus 10 melhores jogos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/master-system-completa-30-anos-veja.html)


1503 - Cientistas criam orelha biônica com impressora 3D
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/cientistas-criam-orelha-bionica-com.html)


1502 - Filhote de mamute congelado de 39 mil anos é exposto no Japão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/filhote-de-mamute-congelado-de-39-mil.html)


1501 - Cientistas do México acham pedras com inscrições de 6 mil anos atrás
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/cientistas-do-mexico-acham-pedras-com.html)


1500 - Hotel-navio no alto de penhasco chama a atenção na Coreia do Sul
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/hotel-navio-no-alto-de-penhasco-chama.html)


1499 - Do disquete ao pendrive: veja a evolução do armazenamento móvel
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/do-disquete-ao-pendrive-veja-evolucao.html)


1498 - AIDS Hoje - Saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/aids-hoje-saude.html)


1497 - Arthur Stanley o pai das estrelas Eddington
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/arthur-stanley-o-pai-das-estrelas.html)


1496 - Atchiim Grito de Guerra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/atchiim-grito-de-guerra.html)


1495 - Jatos na Oficina - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/jatos-na-oficina-tecnologia.html)


1494 - A Terra Prometida
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/a-terra-prometida.html)


1493 - Sobrevivência e Sedução - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/sobrevivencia-e-seducao-natureza.html)


1492 - Os povoadores do Polo Norte - Arqueologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/os-povoadores-do-polo-norte-arqueologia.html)


1491 - Motim a Bordo - Cosmologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/motim-bordo-cosmologia.html)


1490 - Turistas no Espaço
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/turistas-no-espaco.html)


1489 - O Mundo na palma das mãos - Cartografia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/07/o-mundo-na-palma-das-maos-cartografia.html)


1488 - Computador quântico quanto custa e o que você pode fazer com ele ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/computador-quantico-quanto-custa-e-o.html)


1487 - Nova tecnologia de gravação multiplica a capacidade de armazenamento do DVD
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/nova-tecnologia-de-gravacao-multiplica.html)


1486 - Se a tecnologia viajasse no tempo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/se-tecnologia-viajasse-no-tempo.html)


1485 - O que é Android ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/o-que-e-android.html)


1484 - Mouse para Deficientes Visuais - Mouskie
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/mouse-para-deficientes-visuais-mouskie.html)


1483 - Relógios inteligentes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/relogios-inteligentes.html)


1482 - Russos querem construir nave espacial com energia nuclear
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/russos-querem-construir-nave-espacial.html)


1481 - Alimentos indicados para quem tem pressão alta
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/alimentos-indicados-para-quem-tem.html)


1480 - Alta Fidelidade Amplificador Valvulado Octave RE290
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/alta-fidelidade-amplificador-valvulado.html)


1479 - Como fazer um amplificador para iphone com uma revista
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/como-fazer-um-amplificador-para-iphone.html)


1478 - Reeducação Alimentar – O que é, como fazer
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/reeducacao-alimentar-o-que-e-como-fazer.html)


1477 - Pistola Taser Arma de choque elétrico – Informações
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/pistola-taser-arma-de-choque-eletrico.html)


1476 - Registrar Arma De Fogo Pela Internet
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/registrar-arma-de-fogo-pela-internet.html)


1475 - Internet discada ainda é utilizada ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/internet-discada-ainda-e-utilizada.html)


1474 - Tecnologia para detecção de armas e drogas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/tecnologia-para-deteccao-de-armas-e.html)


1473 - Doenças ligadas a tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/doencas-ligadas-tecnologia.html)


1472 - DNA do cavalo tem 700 mil anos e é o mais antigo já decifrado por cientistas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/dna-do-cavalo-tem-700-mil-anos-e-e-o.html)


1471 - Arqueólogos descobrem tumba de 1,2 mil anos no Peru
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/arqueologos-descobrem-tumba-de-12-mil.html)


1470 - 10 melhores sites para ouvir musicas online
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/10-melhores-sites-para-ouvir-musicas.html)


1469 - MSX, um computador com ‘jeitão’ de videogame, completa 30 anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/msx-um-computador-com-jeitao-de.html)


1468 - 10 maiores artilheiros de todas as Copas do Mundo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/10-maiores-artilheiros-de-todas-as.html)


1467 - EUA lançam balas que mandam muçulmanos para o inferno
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/eua-lancam-balas-que-mandam-muculmanos.html)


1466 - Facebook pode criar leitor de notícias no estilo 'revista virtual', diz jornal
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/facebook-pode-criar-leitor-de-noticias.html)


1465 - 10 Series de TV mais baixadas no momento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/10-series-de-tv-mais-baixadas-no-momento.html)


1464 - As Aventuras De Tibicuera
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/as-aventuras-de-tibicuera.html)


1463 - 41 Documentários Indicados - Junho de 2013.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/41-documentarios-indicados-junho-de-2013.html)


1462 - Óculos especiais bloqueiam reconhecimento facial por câmeras
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/oculos-especiais-bloqueiam.html)


1461 - Beber bastante água é bom para a pele-Mito ou realidade ?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/beber-bastante-agua-e-bom-para-pele.html)


1460 - Entre a Terra e o Mar - Manguezais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/entre-terra-e-o-mar-manguezais.html)


1459 - Nanotecnologia no coração da matéria
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/nanotecnologia-no-coracao-da-materia.html)


1458 - Redomas de Calor - Climatologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/redomas-de-calor-climatologia.html)


1457 - Amamentação - Começo de vida saudável
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/amamentacao-comeco-de-vida-saudavel.html)


1456 - Campeonato de esculturas de areia reúne obras incríveis do mundo todo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/campeonato-de-esculturas-de-areia-reune.html)


1455 - Artista exibe exposição com esculturas feitas com peças Lego
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/artista-exibe-exposicao-com-esculturas.html)


1454 - Ladrão rouba banco nos EUA fantasiado de Homem de Ferro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/ladrao-rouba-banco-nos-eua-fantasiado.html)


1453 - Cientistas criam mapa 3D superdetalhado do cérebro humano
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/cientistas-criam-mapa-3d-superdetalhado.html)


1452 - Astrônomos dizem ter descoberto nova poeira em galáxias ativas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/astronomos-dizem-ter-descoberto-nova.html)


1451 - OS HERÓIS TAMBÉM FAZEM
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/os-herois-tambem-fazem.html)


1450 - Pesquisadores dizem ter descoberto novo tipo de estrela
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/pesquisadores-dizem-ter-descoberto-novo.html)


1449 - Jogos inventados - Caverna do Dragão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/06/jogos-inventados-caverna-do-dragao.html)


1448 - O Zôo do Absurdo - Paleontologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/o-zoo-do-absurdo-paleontologia.html)


1447 - 1.185 jogos de Mega Drive para jogar online
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/1185-jogos-de-mega-drive-para-jogar.html)


1446 - Encontrado na Itália manuscrito da Torá mais antigo do mundo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/encontrado-na-italia-manuscrito-da-tora.html)


1445 - 'Pais' do bóson de Higgs e Cern ganham Prêmio Príncipe das Astúrias
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/pais-do-boson-de-higgs-e-cern-ganham.html)


1444 - Asteroide equivalente a nove navios deve passar pela Terra nesta sexta
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/asteroide-equivalente-nove-navios-deve.html)


1443 - Cientistas acham no Ártico músculo e sangue de mamute conservados
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/cientistas-acham-no-artico-musculo-e.html)


1442 - Em Nova York há um caçador de tesouros urbanos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/em-nova-york-ha-um-cacador-de-tesouros.html)


1441 - A Criação do Homem-Aranha
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/a-criacao-do-homem-aranha.html)


1440 - 1.861 jogos de Super Nintendo para jogar online
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/1861-jogos-de-super-nintendo-para-jogar.html)


1439 - 16 Crimes cometidos em novelas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/16-crimes-cometidos-em-novelas.html)


1438 - 16 Curiosidades sobre Star Trek que você não sabia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/16-curiosidades-sobre-star-trek-que.html)


1437 - Computador 'Apple 1' é vendido por R$ 1,37 milhão em leilão na Alemanha
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/computador-apple-1-e-vendido-por-r-137.html)


1436 - Alemanha tem jogo de 'xadrez vivo' com pessoas no papel de peças
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/alemanha-tem-jogo-de-xadrez-vivo-com.html)


1435 - Telescópio Hubble registra novas imagens da Nebulosa do Anel
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/telescopio-hubble-registra-novas.html)


1434 - Milhares de pinturas rupestres são descobertas em cavernas no México
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/milhares-de-pinturas-rupestres-sao.html)


1433 - 50 Documentários Indicados - Maio de 2013
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/50-documentarios-indicados-maio-de-2013.html)


1432 - Equipamento da Nasa capta forte impacto de rocha com a Lua
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/equipamento-da-nasa-capta-forte-impacto.html)


1431 - Kepler em repouso; será o fim?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/kepler-em-repouso-sera-o-fim.html)


1430 - Cientistas criam células-tronco humanas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/cientistas-criam-celulas-tronco-humanas.html)


1429 - Aposentadoria faz mal à saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/aposentadoria-faz-mal-saude.html)


1428 - Zumbi de 'Last of Us' foi inspirado em praga de inseto
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/zumbi-de-last-of-us-foi-inspirado-em.html)


1427 - Rick Moranis Filmes, Personagens de Sucesso
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/rick-moranis-filmes-personagens-de.html)


1426 - Avião movido a energia solar chega a Phoenix após 18 horas de voo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/aviao-movido-energia-solar-chega.html)


1425 - Jornalista de tecnologia passa um ano sem internet
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/jornalista-de-tecnologia-passa-um-ano.html)


1424 - 10 musicas mais tocadas nos anos 80
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/10-musicas-mais-tocadas-nos-anos-80.html)


1423 - Pedras que 'andam' e deixam rastro intrigam turistas em vale dos EUA
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/pedras-que-andam-e-deixam-rastro.html)


1422 - Reserva sem Lei - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/reserva-sem-lei-ambiente.html)


1421 - Fórmulas da Imagem - Computadores
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/formulas-da-imagem-computadores.html)


1420 - Fuga do beco sem saída - Comportamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/fuga-do-beco-sem-saida-comportamento.html)


1419 - Bíblia de Pedras - Arqueologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/biblia-de-pedras-arqueologia.html)


1418 - Os Fungos invadem as Fábricas - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/os-fungos-invadem-as-fabricas-tecnologia.html)


1417 - As Florestas da Fome - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/as-florestas-da-fome-ambiente.html)


1416 - IBM cria 'menor animação do mundo' manipulando átomos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/ibm-cria-menor-animacao-do-mundo.html)


1415 - Crânio de garota indica prática de canibalismo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/cranio-de-garota-indica-pratica-de.html)


1414 - Cientistas de Harvard fazem primeiro voo controlado de 'robô-inseto'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/cientistas-de-harvard-fazem-primeiro.html)


1413 - Ingerir água em excesso pode matar
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/05/ingerir-agua-em-excesso-pode-matar.html)


1412 - Copo de cerveja 'inteligente' adiciona amigo no Facebook ao brindar
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/copo-de-cerveja-inteligente-adiciona.html)


1411 - Primeira descrição da estrutura do DNA completa 60 anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/primeira-descricao-da-estrutura-do-dna.html)


1410 - Uma Universidade no Far West - Stanford
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/uma-universidade-no-far-west-stanford.html)


1409 - Drogas - Uma viagem pelo corpo humano
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/drogas-uma-viagem-pelo-corpo-humano.html)


1408 - Michelangelo - O Artista do Cristianismo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/michelangelo-o-artista-do-cristianismo.html)


1407 - Vírus que atacou usinas do Irã tem pelo menos quatro 'primos'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/virus-que-atacou-usinas-do-ira-tem-pelo.html)


1406 - Cientistas usam scanner 3D para conseguir tocar discos de 125 anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/cientistas-usam-scanner-3d-para.html)


1405 - Museu encontra pela 1ª vez áudio com voz do cientista Graham Bell
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/museu-encontra-pela-1-vez-audio-com-voz.html)


1404 - FOTOS: Invasão após rebelião no Carandiru deixou 111 mortos.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/fotos-invasao-apos-rebeliao-no.html)


1403 - Infográfico traz os 10 tipos de usuários mais chatos nas redes sociais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/infografico-traz-os-10-tipos-de.html)


1402 - Globo retira links do Facebook: o que isso significa?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/globo-retira-links-do-facebook-o-que.html)


1401 - As 10 maiores igrejas cristã do mundo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/as-10-maiores-igrejas-crista-do-mundo.html)


1400 - Árvore resiste no meio de milhares de pneus usados na França
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/arvore-resiste-no-meio-de-milhares-de.html)


1399 - Cientistas põem chips em formigas e descobrem divisão de funções
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/cientistas-poem-chips-em-formigas-e.html)


1398 - Fã cria máquina que reúne 15 consoles em apenas um aparelho
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/fa-cria-maquina-que-reune-15-consoles.html)


1397 - Caverna multicolorida surpreende cientistas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/caverna-multicolorida-surpreende.html)


1396 - Os 10 melhores filmes de guerra de todos os tempos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/os-10-melhores-filmes-de-guerra-de.html)


1395 - Brasil é último colocado em ranking sobre pouco retorno dos impostos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/brasil-e-ultimo-colocado-em-ranking.html)


1394 - Russo, de 82 anos, mantém casamento com mulher meio século mais jovem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/russo-de-82-anos-mantem-casamento-com.html)


1393 - As 10 Maiores Universidades do Mundo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/as-10-maiores-universidades-do-mundo.html)


1392 - Crise em Cuba pode ter diminuído diabetes e doenças do coração
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/crise-em-cuba-pode-ter-diminuido.html)


1391 - Cientistas encontram embriões de dinossauros na China
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/cientistas-encontram-embrioes-de.html)


1390 - Tepco admite possível vazamento de água radioativa em Fukushima
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/tepco-admite-possivel-vazamento-de-agua.html)


1389 - As 10 Novelas Brasileiras mais vendidas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/as-10-novelas-brasileiras-mais-vendidas.html)


1388 - Os Lugares mais Horripilantes do Planeta
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/os-lugares-mais-horripilantes-do-planeta.html)


1387 - Fundadores da Microsoft Bill Gates e Paul Allen recriam foto de 1981
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/fundadores-da-microsoft-bill-gates-e.html)


1386 - Primeira ligação telefônica feita pelo celular completa 40 anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/primeira-ligacao-telefonica-feita-pelo.html)


1385 - Fotógrafo clica torres de celular 'vestidas' de árvores
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/fotografo-clica-torres-de-celular.html)


1384 - Cientistas encontram no espaço sinais do que pode ser matéria escura
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/cientistas-encontram-no-espaco-sinais.html)


1383 - Top 10 canais de maior audiência da TV por assinatura no Brasil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/04/top-10-canais-de-maior-audiencia-da-tv.html)


1382 - A Fera Sob a Pele de Um Gato - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/03/a-fera-sob-pele-de-um-gato-natureza.html)


1381 - Catedrais de Papel - Cultura
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/03/catedrais-de-papel-cultura.html)


1380 - Relatório da ONU prevê 'catástrofe ambiental'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/03/relatorio-da-onu-preve-catastrofe.html)


1379 - Megaobservatório é inaugurado a 5 mil metros de altitude nos Andes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/03/megaobservatorio-e-inaugurado-5-mil.html)


1378 - Tempestade em Saturno - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/03/tempestade-em-saturno-astronomia.html)


1377 - Calendário dos Animais - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/03/calendario-dos-animais-biologia.html)


1376 - 10 artistas que mais venderam discos na história da música
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/03/10-artistas-que-mais-venderam-discos-na.html)


1375 - Doenças de Concreto e Vidro - Saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/03/doencas-de-concreto-e-vidro-saude.html)


1374 - Sol e Vento em Alta Tensão - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/03/sol-e-vento-em-alta-tensao-tecnologia.html)


1373 - Pipa - Um Vôo por um fio
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/03/pipa-um-voo-por-um-fio.html)


1372 - Robôs vão ajudar em limpeza de Fukushima
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/02/robos-vao-ajudar-em-limpeza-de-fukushima.html)


1371 - Mapa aponta locais onde já caíram meteoritos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/02/mapa-aponta-locais-onde-ja-cairam.html)


1370 - Picasso usou tinta de parede em quadros
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/02/picasso-usou-tinta-de-parede-em-quadros.html)


1369 - Ex destrói coleção de games com martelo após fim do relacionamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/02/ex-destroi-colecao-de-games-com-martelo.html)


1368 - Câmera flagra suposto fantasma saindo de centro comunitário inglês
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/02/camera-flagra-suposto-fantasma-saindo.html)


1367 - PlayStation 4 é o novo console da Sony em 7 anos; veja evolução
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/02/playstation-4-e-o-novo-console-da-sony.html)


1366 - Maior meteorito já encontrado no Brasil fica em exposição no Rio
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/02/maior-meteorito-ja-encontrado-no-brasil.html)


1365 - Equações Sonoras - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/02/equacoes-sonoras-fisica.html)


1364 - O Mundo no Tempo das Pestes - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/02/o-mundo-no-tempo-das-pestes-historia.html)


1363 - A Vida Sob Pressão - Fisiologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/02/a-vida-sob-pressao-fisiologia.html)


1362 - Artes Subterrâneas da Água - Geologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/02/artes-subterraneas-da-agua-geologia.html)


1361 - O Charme dos Átomos no espelho - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/02/o-charme-dos-atomos-no-espelho-fisica.html)


1360 - Irmãos Lumiere - Luzes, Câmera, Ação
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/02/irmaos-lumiere-luzes-camera-acao.html)


1359 - Petróleo Verde - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/02/petroleo-verde-tecnologia.html)


1358 - República dos Camarões - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/02/republica-dos-camaroes-biologia.html)


1357 - Salas de Aula Eletrônicas - Informática
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/02/salas-de-aula-eletronicas-informatica.html)


1356 - Inferno de Lava em Vênus - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/02/inferno-de-lava-em-venus-astronomia.html)


1355 - Einsteins da Floresta - Zoologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/01/einsteins-da-floresta-zoologia.html)


1354 - Colombo - Herói (ou vilão?) do Novo Mundo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/01/colombo-heroi-ou-vilao-do-novo-mundo.html)


1353 - A Vida de um Atleta Sexual - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/01/a-vida-de-um-atleta-sexual-biologia.html)


1352 - O Trem na Pista de Decolagem - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/01/o-trem-na-pista-de-decolagem-tecnologia.html)


1351 - O Futuro enfrenta o Presente - Ecologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/01/o-futuro-enfrenta-o-presente-ecologia.html)


1350 - O Brasileiro Condena o Brasileiro - Sociedade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/01/o-brasileiro-condena-o-brasileiro.html)


1349 - Procura-se um buraco de 200 quilometros
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/01/procura-se-um-buraco-de-200-quilometros.html)


1348 - Fazendo amigos para o Ozônio - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/01/fazendo-amigos-para-o-ozonio-ambiente.html)


1347 - Criatividade se Aprende na Escola - Educação
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/01/criatividade-se-aprende-na-escola.html)


1346 - Terra à Vista - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2013/01/terra-vista-astronomia.html)


1345 - O Desafio do Superarroz - Agricultura
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/o-desafio-do-superarroz-agricultura.html)


1344 - A velha mania de estar na MODA - Comportamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/a-velha-mania-de-estar-na-moda.html)


1343 - Dez anos para decifrar o cérebro - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/dez-anos-para-decifrar-o-cerebro.html)


1342 - Biotérios Quatro e Cinco Estrelas - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/bioterios-quatro-e-cinco-estrelas.html)


1341 - Haja Papel - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/haja-papel-tecnologia.html)


1340 - Viagem ao Início do Tempo - Cosmologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/viagem-ao-inicio-do-tempo-cosmologia.html)


1339 - Ziguezagues em campo verde - ECO92
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/ziguezagues-em-campo-verde-eco92.html)


1338 - De onde surgiu o mito do desaparecimento dos maias?
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/de-onde-surgiu-o-mito-do.html)


1337 - Empresa sueca vende caixão de R$ 64 mil que toca músicas para o morto
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/empresa-sueca-vende-caixao-de-r-64-mil.html)


1336 - Nota de 5 dólares impressa em 1882 é leiloada por R$ 203 mil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/nota-de-5-dolares-impressa-em-1882-e.html)


1335 - Tomografia revela que faraó egípcio teve garganta cortada
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/tomografia-revela-que-farao-egipcio.html)


1334 - Crânios deformados são achados em cemitério de mil anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/cranios-deformados-sao-achados-em.html)


1333 - Uma Nação Chamada Europa - Geografia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/uma-nacao-chamada-europa-geografia.html)


1332 - Novidades nas Prateleiras das Farmácias - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/novidades-nas-prateleiras-das-farmacias.html)


1331 - Apocalipse Já - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/apocalipse-ja-ambiente.html)


1330 - Supercargueiros no Ar - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/supercargueiros-no-ar-tecnologia.html)


1329 - Questões de Gosto - Comportamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/questoes-de-gosto-comportamento.html)


1328 - A Salvação da Torre - Engenharia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/a-salvacao-da-torre-engenharia.html)


1327 - Fábrica de Foguetes -Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/fabrica-de-foguetes-tecnologia.html)


1326 - Aprendendo a Comer - Comportamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/aprendendo-comer-comportamento.html)


1325 - Psssiu, Ouça Essa... Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/psssiu-ouca-essa-biologia.html)


1324 - Os 100 Brasileiros mais Influentes de 2012
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/os-100-brasileiros-mais-influentes-de.html)


1323 - Telescópio no Chile ganha aparelho para analisar 24 galáxias de uma vez
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/telescopio-no-chile-ganha-aparelho-para.html)


1322 - Anfioxo - Milhões de anos de sucesso - Imunologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/anfioxo-milhoes-de-anos-de-sucesso.html)


1321 - Quando o Homem Aprendeu a Montar - Arqueologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/quando-o-homem-aprendeu-montar.html)


1320 - Mozart, a Flauta Mágica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/mozart-flauta-magica.html)


1319 - A vida dentro de um ovo - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/a-vida-dentro-de-um-ovo-biologia.html)


1318 - O Planeta Discute o seu Destino - Ecologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/o-planeta-discute-o-seu-destino-ecologia.html)


1317 - Maias, O Fim do Mistério - Antropologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/maias-o-fim-do-misterio-antropologia.html)


1316 - Operação Tartaruga - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/operacao-tartaruga-natureza.html)


1315 - Movidos a computador - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/movidos-computador-tecnologia.html)


1314 - O Brasil vai à Mesa - Comportamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/o-brasil-vai-mesa-comportamento.html)


1313 - Carlos Chagas - História sem Fim
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/carlos-chagas-historia-sem-fim.html)


1312 - A Cidade da Ciência - Museus
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/a-cidade-da-ciencia-museus.html)


1311 - O Povo de Asterix - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/o-povo-de-asterix-historia.html)


1310 - Coleção com 1.950 bonecos de Star Wars vai a leilão por R$ 16,4 mil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/colecao-com-1950-bonecos-de-star-wars_9.html)


1309 - Maiores árvores do mundo estão ameaçadas de extinção
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/maiores-arvores-do-mundo-estao.html)


1308 - Rebeldes sírios constroem tanque de guerra controlado por joystick
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/rebeldes-sirios-constroem-tanque-de.html)


1307 - Site vende bloco de Lego feito de ouro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/site-vende-bloco-de-lego-feito-de-ouro.html)


1306 - Artista alemão vende mesa em formato de disquete
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/artista-alemao-vende-mesa-em-formato-de.html)


1305 - Artista impressiona com tatuagens hiper-realistas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/artista-impressiona-com-tatuagens-hiper.html)


1304 - Médicos na Índia usam vinagre para detectar câncer
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/medicos-na-india-usam-vinagre-para.html)


1303 - Velório de Niemeyer deve ficar aberto ao público por 4 horas no Planalto
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/velorio-de-niemeyer-deve-ficar-aberto.html)


1302 - Fábricas de Tecnologia - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/fabricas-de-tecnologia-fisica.html)


1301 - Mundo de Ferro e Fogo - Planetas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/mundo-de-ferro-e-fogo-planetas.html)


1300 - Diamantes para toda Obra - Materiais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/diamantes-para-toda-obra-materiais.html)


1299 - Boas novas para o Coração - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/boas-novas-para-o-coracao-biologia.html)


1298 - Novas descobertas sobre o nascimento das Galaxias - Cosmologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/novas-descobertas-sobre-o-nascimento.html)


1297 - No rumo das aves migratórias - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/no-rumo-das-aves-migratorias-natureza.html)


1296 - Charcot - Anatomia da Loucura
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/charcot-anatomia-da-loucura.html)


1295 - O Futuro A Bordo - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/o-futuro-bordo-tecnologia.html)


1294 - A Multinacional da Ecologia - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/a-multinacional-da-ecologia-ambiente.html)


1293 - Das pistas para as estradas - Automobilismo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/12/das-pistas-para-as-estradas.html)


1292 - Rita Levi-Montacini: A Detetive dos Nervos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/rita-levi-montacini-detetive-dos-nervos.html)


1291 - O Vaivem do Bumerangue pelo Tempo - Costumes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/o-vaivem-do-bumerangue-pelo-tempo.html)


1290 - Um Mistério Chamado Atlântida - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/um-misterio-chamado-atlantida-historia.html)


1289 - Ecologia à moda da casa - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/ecologia-moda-da-casa-ambiente.html)


1288 - A Ciência Constrói Atletas - Fisiologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/a-ciencia-constroi-atletas-fisiologia.html)


1287 - Incansáveis Operários de Metal - Robótica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/incansaveis-operarios-de-metal-robotica.html)


1286 - Imagens muito Especiais - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/imagens-muito-especiais-tecnologia.html)


1285 - Supernova - Retrato de corpo inteiro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/supernova-retrato-de-corpo-inteiro.html)


1284 - As Reações do Bom dia - Química
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/as-reacoes-do-bom-dia-quimica.html)


1283 - Mestres da Pintura no Laboratório - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/mestres-da-pintura-no-laboratorio.html)


1282 - Coca-cola é isso ai - Costumes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/coca-cola-e-isso-ai-costumes.html)


1281 - Parceiros no Espaço - Satélites
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/parceiros-no-espaco-satelites.html)


1280 - Vale-tudo contra a Malária - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/vale-tudo-contra-malaria-medicina.html)


1279 - Rock, Um Show de Tecnologia - Eletrônica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/rock-um-show-de-tecnologia-eletronica.html)


1278 - Duelo ao Pôr do Sol - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/duelo-ao-por-do-sol-natureza.html)


1277 - Respiração a Fundo - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/respiracao-fundo-biologia.html)


1276 - Mitológicos Reis da África - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/mitologicos-reis-da-africa-historia.html)


1275 - A Terra dentro de uma redoma - Espaço
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/a-terra-dentro-de-uma-redoma-espaco.html)


1274 - Ratos Humanos - Genética
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/ratos-humanos-genetica.html)


1273 - Rebeldias da Energia Dominada - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/rebeldias-da-energia-dominada-tecnologia.html)


1272 - Sob o Domínio de Saturno - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/sob-o-dominio-de-saturno-astronomia.html)


1271 - Partículas Fantasmas do Sol - Astrofísica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/particulas-fantasmas-do-sol-astrofisica.html)


1270 - Corujas - Rainhas da Escuridão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/corujas-rainhas-da-escuridao.html)


1269 - Aristóreles - Máquina de Pensar
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/aristoreles-maquina-de-pensar.html)


1268 - A verdade está nos bons vinhos - Química
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/a-verdade-esta-nos-bons-vinhos-quimica.html)


1267 - A dura jornada de um sanduíche boca adentro - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/a-dura-jornada-de-um-sanduiche-boca.html)


1266 - Ciência e Magia dos Fogos de Artifício - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/ciencia-e-magia-dos-fogos-de-artificio.html)


1265 - Raymond Loewy - Gênio das Aparências
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/raymond-loewy-genio-das-aparencias.html)


1264 - A Evolução em Delírio - Paleontologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/a-evolucao-em-delirio-paleontologia.html)


1263 - A Força do Sol - Energia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/a-forca-do-sol-energia.html)


1262 - Fusca feito de 'portões' será exibido na Alemanha
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/fusca-feito-de-portoes-sera-exibido-na.html)


1261 - Organizações dizem que Brasil desperdiça potencial de energia limpa
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/organizacoes-dizem-que-brasil.html)


1260 - Conheça o pai da 'invenção' mais letal da história
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/conheca-o-pai-da-invencao-mais-letal-da.html)


1259 - Conservacionistas indonésios acham 120 armadilhas para capturar tigres
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/conservacionistas-indonesios-acham-120.html)


1258 - Robô consegue escanear 250 páginas de livros por minuto
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/robo-consegue-escanear-250-paginas-de.html)


1257 - Cientista cita descoberta histórica em Marte
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/cientista-cita-descoberta-historica-em.html)


1256 - Site diz que animais foram mortos durante filmagens de 'O Hobbit'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/site-diz-que-animais-foram-mortos.html)


1255 - Crianças querem ganhar iPad em vez de videogame no Natal
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/criancas-querem-ganhar-ipad-em-vez-de.html)


1254 - Tóquio exibe árvore de Natal em ouro puro que custa R$ 8,8 milhões
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/toquio-exibe-arvore-de-natal-em-ouro.html)


1253 - Túmulos de mais de 3 mil anos são encontrados no Paquistão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/tumulos-de-mais-de-3-mil-anos-sao.html)


1252 - Estudo aponta eventos no início do envelhecimento celular
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/estudo-aponta-eventos-no-inicio-do.html)


1251 - Produtores da série 'Dallas' preparam homenagem para Larry Hagman
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/produtores-da-serie-dallas-preparam.html)


1250 - Mensagem 'indecifrável' da II Guerra é encontrada com pombo-correio
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/mensagem-indecifravel-da-ii-guerra-e.html)


1249 - A Ameaça dos Radicais - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/a-ameaca-dos-radicais-biologia.html)


1248 - Restaurantes do Ar - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/restaurantes-do-ar-tecnologia.html)


1247 - Controles remotos são fontes de contaminação
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/controles-remotos-sao-fontes-de.html)


1246 - Equipe que inclui brasileiros cria 'músculo artificial' resistente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/equipe-que-inclui-brasileiros-cria.html)


1245 - Saiba como a bicicleta revolucionou o sexo e a genética
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/saiba-como-bicicleta-revolucionou-o.html)


1244 - Cientistas encontram na África lanças de pedra feitas há 500 mil anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/cientistas-encontram-na-africa-lancas.html)


1243 - Site elege as 20 'mais gatas' em fotos tiradas no momento da prisão
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/site-elege-as-20-mais-gatas-em-fotos.html)


1242 - Geladeira acomoda TV, micro-ondas e pode custar até R$ 81 mil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/geladeira-acomoda-tv-micro-ondas-e-pode.html)


1241 - Novo chip pode levar a teste rápido de câncer e Alzheimer no futuro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/novo-chip-pode-levar-teste-rapido-de.html)


1240 - Cientistas acham lanças feitas com 'tecnologia avançada'
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/cientistas-acham-lancas-feitas-com.html)


1239 - As cordiais acrobacias do Muriqui - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/as-cordiais-acrobacias-do-muriqui.html)


1238 - O Mundo se Agita - Geofísica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/o-mundo-se-agita-geofisica.html)


1237 - Mergulho na Água - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/mergulho-na-agua-ambiente.html)


1236 - Camaleões, Mestres do Disfarce - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/camaleoes-mestres-do-disfarce-natureza.html)


1235 - Planeta dos Micróbios - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/planeta-dos-microbios-biologia.html)


1234 - Ônibus espacial Endeavour começa a ser exibido
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/onibus-espacial-endeavour-comeca-ser.html)


1233 - Obras assustadoras criadas para o Halloween
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/11/obras-assustadoras-criadas-para-o.html)


1232 - Pompéia Eletrônica- Informática
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/pompeia-eletronica-informatica.html)


1231 - Árvores da Vida - Botânica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/arvores-da-vida-botanica.html)


1230 - Eficiência em duas rodas - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/eficiencia-em-duas-rodas-tecnologia.html)


1229 - Quebra-nervos - Costumes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/quebra-nervos-costumes.html)


1228 - Sakharov - dos Átomos aos homens
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/sakharov-dos-atomos-aos-homens.html)


1227 - Europa, Ano 1000 - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/europa-ano-1000-historia.html)


1226 - Olhos e ouvidos da Terra - Espaço
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/olhos-e-ouvidos-da-terra-espaco.html)


1225 - Neandertais podem ter produzido ferramentas de ossos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/neandertais-podem-ter-produzido.html)


1224 - Roda da Fortuna - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/roda-da-fortuna-tecnologia.html)


1223 - Um Cemitério para o lixo Atômico - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/um-cemiterio-para-o-lixo-atomico.html)


1222 - Chinês 'geek' ganha túmulo em formato de computador
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/chines-geek-ganha-tumulo-em-formato-de.html)


1221 - Como o homem fala - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/como-o-homem-fala-biologia.html)


1220 - Pantanal, Terra das Águas - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/pantanal-terra-das-aguas-natureza.html)


1219 - Terra de Trigo - Costumes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/terra-de-trigo-costumes.html)


1218 - O Fator Acaso - Ciência
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/o-fator-acaso-ciencia.html)


1217 - Plantando o Futuro - Agricultura
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/plantando-o-futuro-agricultura.html)


1216 - Eletricidade sob suspeita - Biofísica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/eletricidade-sob-suspeita-biofisica.html)


1215 - A dura vida das Formigas - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/a-dura-vida-das-formigas-natureza.html)


1214 - Quando os Aviões se cansam - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/quando-os-avioes-se-cansam-tecnologia.html)


1213 - Depois do Hubble - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/depois-do-hubble-astronomia.html)


1212 - Imagens Quentes - Fotograia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/imagens-quentes-fotograia.html)


1211 - Asas a Imaginação - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/asas-imaginacao-tecnologia.html)


1210 - Os Senhores das Trevas - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/os-senhores-das-trevas-natureza.html)


1209 - O Poder das Fibras - Saude
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/o-poder-das-fibras-saude.html)


1208 - Toda a vida do Mundo - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/toda-vida-do-mundo-ambiente.html)


1207 - Velozes Raios de Sol - Energia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/velozes-raios-de-sol-energia.html)


1206 - Um Touro Seduziu Europa - Mitologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/um-touro-seduziu-europa-mitologia.html)


1205 - Antes da Torre de Babel - Linguagem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/antes-da-torre-de-babel-linguagem.html)


1204 - A Vitoriosa Trama dos Polímeros - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/a-vitoriosa-trama-dos-polimeros.html)


1203 - Empresa britânica faz combustível a partir de ar e água
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/empresa-britanica-faz-combustivel.html)


1202 - Disputa interna impulsiona avanços - CERN
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/disputa-interna-impulsiona-avancos-cern.html)


1201 - Americano é preso após leiloar dinossauro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/americano-e-preso-apos-leiloar.html)


1200 - Sucesso da novela “Avenida Brasil” atrai atenção de veículos no exterior
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/sucesso-da-novela-avenida-brasil-atrai.html)


1199 - Cientistas acham planeta com a massa da Terra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/cientistas-acham-planeta-com-massa-da.html)


1198 - Estudo aponta indício de que impacto gigante pode ter formado a Lua
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/estudo-aponta-indicio-de-que-impacto.html)


1197 - Assim caminha a Humanidade - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/assim-caminha-humanidade-biologia.html)


1196 - O Cinema vai à Ciência - Cultura
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/o-cinema-vai-ciencia-cultura.html)


1195 - Destino: Terra - Espaço
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/destino-terra-espaco.html)


1194 - Longa vida aos moços - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/longa-vida-aos-mocos-biologia.html)


1193 - Expressão Corporal - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/expressao-corporal-natureza.html)


1192 - Castigo do Céu - Chuva Ácida
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/castigo-do-ceu-chuva-acida.html)


1191 - Puro Som - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/puro-som-tecnologia.html)


1190 - O Mistério dos Círculos - Meteorologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/o-misterio-dos-circulos-meteorologia.html)


1189 - Prometeu, Mártir e Herói - Mitologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/prometeu-martir-e-heroi-mitologia.html)


1188 - Motorzinhos do Progresso - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/motorzinhos-do-progresso-tecnologia.html)


1187 - Cerco ao Campo - Parque Nacional das Emas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/cerco-ao-campo-parque-nacional-das-emas.html)


1186 - Anatomia de um grão de poeira - Fotografia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/anatomia-de-um-grao-de-poeira-fotografia.html)


1185 - As duas faces do Estresse - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/as-duas-faces-do-estresse-biologia.html)


1184 - Paredes no Espaço - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/paredes-no-espaco-astronomia.html)


1183 - O Mundo de cada um - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/o-mundo-de-cada-um-ambiente.html)


1182 - A Rainha dos Reis - Cleopatra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/a-rainha-dos-reis-cleopatra.html)


1181 - Um Show entre o Céu e a Terra - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/um-show-entre-o-ceu-e-terra-fisica.html)


1180 - Além do porto - Paulo Coelho
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/alem-do-porto-paulo-coelho.html)


1179 - Camundongos podem aprender a cantar
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/camundongos-podem-aprender-cantar.html)


1178 - Estudo derruba mito de recriar dinossauros
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/estudo-derruba-mito-de-recriar.html)


1177 - Francês e americano ganham Nobel de Física de 2012
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/frances-e-americano-ganham-nobel-de.html)


1176 - Abóbora de 911 quilos e outros vegetais gigantes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/abobora-de-911-quilos-e-outros-vegetais.html)


1175 - Chá de todas as horas - Costumes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/cha-de-todas-as-horas-costumes.html)


1174 - O Impossível Sob Medida - Cinema
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/o-impossivel-sob-medida-cinema.html)


1173 - Mundo Deserto - Geologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/mundo-deserto-geologia.html)


1172 - Os Verdadeiros Segredos do Sexo - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/os-verdadeiros-segredos-do-sexo-biologia.html)


1171 - Diario de um Cosmonauta - Espaço
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/diario-de-um-cosmonauta-espaco.html)


1170 - Religião e Poder - Maomé
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/religiao-e-poder-maome.html)


1169 - Quase uma Estrela - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/quase-uma-estrela-astronomia.html)


1168 - O Fim da Natureza - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/o-fim-da-natureza-ambiente.html)


1167 - O Corpo em Expansão - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/o-corpo-em-expansao-biologia.html)


1166 - A Conquista Européia - Espaço
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/a-conquista-europeia-espaco.html)


1165 - Belos e Mortíferos Nudibrânquios - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/belos-e-mortiferos-nudibranquios.html)


1164 - Colosso de Rodas - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/colosso-de-rodas-tecnologia.html)


1163 - O Dia em que o Homem Nasceu - Antropologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/10/o-dia-em-que-o-homem-nasceu-antropologia.html)


1162 - Arqueólogos acham indícios de divisão de classes na Idade da Pedra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/arqueologos-acham-indicios-de-divisao.html)


1161 - Esculturas de bronze de 7 mil anos de idade são encontradas na Sérvia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/esculturas-de-bronze-de-7-mil-anos-de.html)


1160 - Computadores alugados clicaram secretamente usuários fazendo sexo nos EUA
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/computadores-alugados-clicaram.html)


1159 - Hebe Camargo morre aos 83 anos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/hebe-camargo-morre-aos-83-anos.html)


1158 - Naves Sob Medida - Espaço
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/naves-sob-medida-espaco.html)


1157 - Congestionamento Invisível - Comunicações
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/congestionamento-invisivel-comunicacoes.html)


1156 - Artista venezuelano faz sucesso com tatuagens hiper-realistas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/artista-venezuelano-faz-sucesso-com.html)


1155 - Museu recria história da humanidade com 1,5 milhão de peças Lego
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/museu-recria-historia-da-humanidade-com.html)


1154 - Cientistas criam "bola de futebol" mais fina que um fio de cabelo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/cientistas-criam-bola-de-futebol-mais.html)


1153 - ISS pode ter que fazer manobra para desviar de lixo espacial
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/iss-pode-ter-que-fazer-manobra-para.html)


1152 - Ardente Prazer - Cebola e Alho
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/ardente-prazer-cebola-e-alho.html)


1151 - Dez Teorias à Procura de uma Prova - Ciências
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/dez-teorias-procura-de-uma-prova.html)


1150 - A Grande Família dos Elefantes - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/a-grande-familia-dos-elefantes-natureza.html)


1149 - Fenícia S.A. Comércio & Navegação - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/fenicia-sa-comercio-navegacao-historia.html)


1148 - De Olho no Olho - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/de-olho-no-olho-biologia.html)


1147 - As Surpresas de Netuno - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/as-surpresas-de-netuno-astronomia.html)


1146 - Caras e Bocas - Psicologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/caras-e-bocas-psicologia-elas-dizem.html)


1145 - Vôo sem Veneno - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/voo-sem-veneno-tecnologia.html)


1144 - Sabor de Espuma - Champanhe
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/sabor-de-espuma-champanhe.html)


1143 - Todo o Dinheiro do Mundo - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/todo-o-dinheiro-do-mundo-historia.html)


1142 - O Endereço da Inteligência - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/o-endereco-da-inteligencia-biologia.html)


1141 - A Conquista da Passagem Noroeste - Lugares
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/a-conquista-da-passagem-noroeste-lugares.html)


1140 - A Volta dos Dinossauros - Paleontologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/a-volta-dos-dinossauros-paleontologia.html)


1139 - A Casa dos Horrores Nucleares - Armas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/a-casa-dos-horrores-nucleares-armas.html)


1138 - Para que servem os Aditivos - Química
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/para-que-servem-os-aditivos-quimica.html)


1137 - Kepler: Os Caminhos dos Planetas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/kepler-os-caminhos-dos-planetas.html)


1136 - A Luz Dentro do Túnel - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/a-luz-dentro-do-tunel-fisica.html)


1135 - Perfeito Manequim - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/perfeito-manequim-tecnologia.html)


1134 - Um Espelho para o Cosmo - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/um-espelho-para-o-cosmo-astronomia.html)


1133 - Precioso Líquido - O Sangue
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/precioso-liquido-o-sangue.html)


1132 - A Reabilitação do Tomate - Costumes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/a-reabilitacao-do-tomate-costumes.html)


1131 - Natureza Mestre-de-obras - Arquitetura
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/natureza-mestre-de-obras-arquitetura.html)


1130 - Na Montanha dos Deuses - Mitologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/na-montanha-dos-deuses-mitologia.html)


1129 - As quatro estaçoes dos Ursos - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/as-quatro-estacoes-dos-ursos-natureza.html)


1128 - Arrancando a Dor - Odontologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/arrancando-dor-odontologia.html)


1127 - A Irmã da Terra - Vênus
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/a-irma-da-terra-venus.html)


1126 - A Invasão da Luz - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/a-invasao-da-luz-tecnologia.html)


1125 - Canhões em Campo - Futebol
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/canhoes-em-campo-futebol.html)


1124 - Gutenberg: As Primeiras Impressões
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/gutenberg-as-primeiras-impressoes.html)


1123 - As Dimensões do Metro - Pesos e Medidas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/as-dimensoes-do-metro-pesos-e-medidas.html)


1122 - Um Modelo de Segurança - Automóveis
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/um-modelo-de-seguranca-automoveis.html)


1121 - Bicho do Homem - Bicho da Seda
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/bicho-do-homem-bicho-da-seda.html)


1120 - O Fascínio dos Cometas - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/o-fascinio-dos-cometas-astronomia.html)


1119 - A Face Oculta do Caos - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/a-face-oculta-do-caos-fisica.html)


1118 - Lavoisier: A Outra Revolução de 1789 - Química
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/lavoisier-outra-revolucao-de-1789.html)


1117 - Uma Casa em Órbita - Espaço
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/uma-casa-em-orbita-espaco.html)


1116 - O Nome dos Números - Misticismo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/o-nome-dos-numeros-misticismo.html)


1115 - Resposta Errada - Alergia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/resposta-errada-alergia.html)


1114 - Memórias da Terra - Paleontologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/memorias-da-terra-paleontologia.html)


1113 - Derretimento de geleira na Itália revela munição
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/derretimento-de-geleira-na-italia.html)


1112 - Cientistas prendem chip de rádio em mais de mil formigas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/cientistas-prendem-chip-de-radio-em.html)


1111 - RPG em 1996 - "RPG & CARDS" Jornal O Globo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/09/rpg-em-1996-rpg-cards-jornal-o-globo.html)


1110 - Casal Britânico descobre poço do século 16
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/casal-britanico-descobre-poco-do-seculo.html)


1109 - A Promessa da Fusão - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/a-promessa-da-fusao-tecnologia.html)


1108 - Civilização das Baratas - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/civilizacao-das-baratas-natureza.html)


1107 - Pasteur: Ciência das Ruas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/pasteur-ciencia-das-ruas.html)


1106 - A Longa Viagem do Atum - Costumes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/a-longa-viagem-do-atum-costumes.html)


1105 - A Serviço do Mal - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/a-servico-do-mal-tecnologia.html)


1104 - Força Fígado - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/forca-figado-biologia.html)


1103 - O Maior Espetáculo - Espaço
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/o-maior-espetaculo-espaco.html)


1102 - Inflação Humana - Demografia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/inflacao-humana-demografia-existe-gente.html)


1101 - Ciência ao molho Béarnaise - Química
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/ciencia-ao-molho-bearnaise-quimica.html)


1100 - O Novo Mundo de Galileu - Ciência Moderna
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/o-novo-mundo-de-galileu-ciencia-moderna.html)


1099 - O Papel de Cada Um - Comportamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/o-papel-de-cada-um-comportamento.html)


1098 - Fábrica de Estrelas - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/fabrica-de-estrelas-astronomia.html)


1097 - Cem anos nos céus de Paris - Torre Eiffel
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/cem-anos-nos-ceus-de-paris-torre-eiffel.html)


1096 - Um Santuário para os Rinocerontes - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/um-santuario-para-os-rinocerontes.html)


1095 - A Batalha da Balança - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/a-batalha-da-balanca-biologia.html)


1094 - Santos Dumont: As Asas do Homem - Inventor
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/santos-dumont-as-asas-do-homem-inventor.html)


1093 - Cidadãos em Armas - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/cidadaos-em-armas-historia.html)


1092 - Trens a Jato - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/trens-jato-tecnologia.html)


1091 - O Vulção que saiu do Mar - A Ilha de Trindade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/o-vulcao-que-saiu-do-mar-ilha-de.html)


1090 - Ilustres Desconhecidas - As Vitaminas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/ilustres-desconhecidas-as-vitaminas.html)


1089 - Chip de Macintosh de 1987 guarda fotos de engenheiros da Apple
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/chip-de-macintosh-de-1987-guarda-fotos.html)


1088 - Morre Neil Armstrong, primeiro homem na Lua
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/morre-neil-armstrong-primeiro-homem-na.html)


1087 - Descartes - A Razão acima de tudo - Filosofia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/descartes-razao-acima-de-tudo-filosofia.html)


1086 - A Lei de Murphy - Sua Origem.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/a-lei-de-murphy-sua-origem.html)


1085 - Os 10 Dedos do Homem - Matemática
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/os-10-dedos-do-homem-matematica.html)


1084 - O Dia das Comunicações - 5 de Maio.
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/o-dia-das-comunicacoes-5-de-maio.html)


1083 - O Dia Mundial da Internet - 17 de Maio
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/o-dia-mundial-da-internet-17-de-maio.html)


1082 - A Primeira Foto Publicada na Internet - Cernettes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/a-primeira-foto-publicada-na-internet.html)


1081 - O Dia da Toalha - 5 de Maio
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/o-dia-da-toalha-5-de-maio.html)


1080 - Pela Seleção Artificial - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/pela-selecao-artificial-biologia.html)


1079 - Os Primeiros Brasileiros - Arqueologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/os-primeiros-brasileiros-arqueologia.html)


1078 - Terra Quente - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/terra-quente-ambiente.html)


1077 - Santo Óleo de Olivas - Costumes
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/santo-oleo-de-olivas-costumes.html)


1076 - A Hora das Estrelas - Narcisismo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/a-hora-das-estrelas-narcisismo.html)


1075 - No Tempo dos Corsários - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/no-tempo-dos-corsarios-historia.html)


1074 - Pauling: Ciência sem Barreiras
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/pauling-ciencia-sem-barreiras.html)


1073 - Crime no Microscópio - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/crime-no-microscopio-tecnologia.html)


1072 - Os Ritmos do Homem - Cronobiologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/os-ritmos-do-homem-cronobiologia.html)


1071 - Vida Noturna - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/vida-noturna-natureza.html)


1070 - À Procura de Extraterrestres - SETI
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/a-procura-de-extraterrestres-seti.html)


1069 - Sob o Regime dos Hormônios - Organismo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/sob-o-regime-dos-hormonios-organismo.html)


1068 - Cogumelos, Charme e Veneno - Fungos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/cogumelos-charme-e-veneno-fungos.html)


1067 - Próxima parada Netuno - Voyager 2
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/proxima-parada-netuno-voyager-2.html)


1066 - Coisas de Gênio - Psicologia Infantil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/coisas-de-genio-psicologia-infantil.html)


1065 - O Atol das 100 mil Aves - Atol das Rocas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/o-atol-das-100-mil-aves-atol-das-rocas.html)


1064 - Átomos à Vista - Microscópio de tunelamento Eletrônico
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/08/atomos-vista-microscopio-de-tunelamento.html)


1063 - O Mais Rico Tesouro da América - Arqueologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/o-mais-rico-tesouro-da-america.html)


1062 - As Janelas da Terra - Geologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/as-janelas-da-terra-geologia-os-vulcoes.html)


1061 - Um Inimigo na Intimidade - AIDS
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/um-inimigo-na-intimidade-aids.html)


1060 - Palavra de Homem - Antropologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/palavra-de-homem-antropologia.html)


1059 - Salvando a Pele - Vida Moderna
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/salvando-pele-vida-moderna.html)


1058 - Copérnico: A Terra em seu devido lugar
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/copernico-terra-em-seu-devido-lugar.html)


1057 - Sabe da última - Comportamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/sabe-da-ultima-comportamento.html)


1056 - Sete Glórias Antigas - Historia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/sete-glorias-antigas-historia.html)


1055 - Cores ao Vivo - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/cores-ao-vivo-natureza.html)


1054 - O Mundo da Lua - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/o-mundo-da-lua-astronomia.html)


1053 - Silêncio: Som demais - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/silencio-som-demais-ambiente.html)


1052 - A Ciência vai ao parque - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/ciencia-vai-ao-parque-fisica.html)


1051 - De onde vem a violência - Comportamento Humano
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/de-onde-vem-violencia-comportamento.html)


1050 - Thomas Edison - O Gênio da Lâmpada
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/thomas-edison-o-genio-da-lampada.html)


1049 - Gigantes para todo Serviço - Bioquímica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/gigantes-para-todo-servico-bioquimica.html)


1048 - O Império do Caviar - Alimento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/o-imperio-do-caviar-alimento.html)


1047 - A Estratégia das Aranhas - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/estrategia-das-aranhas-natureza.html)


1046 - A vida no plural - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/vida-no-plural-biologia.html)


1045 - Aventuras nas Trevas - Geologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/aventuras-nas-trevas-geologia.html)


1044 - A Indomável Energia das Marés - Ecologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/indomavel-energia-das-mares-ecologia.html)


1043 - Campeões Medievais - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/campeoes-medievais-historia.html)


1042 - Que Vergonha - Comportamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/que-vergonha-comportamento.html)


1041 - Nos Confins dos Tempos - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/nos-confins-dos-tempos-fisica.html)


1040 - Lembranças do Céu - Cosmonauta
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/lembrancas-do-ceu-cosmonauta.html)


1039 - Na Era das Cerâmicas - Materiais Nobres
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/na-era-das-ceramicas-materiais-nobres.html)


1038 - Oswaldo Cruz - Tudo pela Vida
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/oswaldo-cruz-tudo-pela-vida.html)


1037 - A Ilha dos Tesouros - Ilha Cardoso
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/ilha-dos-tesouros-ilha-cardoso.html)


1036 - As Armas do Ar - Ambiente - Poluição
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/as-armas-do-ar-ambiente-poluicao.html)


1035 - O Trabalho de Dormir - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/o-trabalho-de-dormir-biologia.html)


1034 - Terras Invisíveis - Sistema Solar
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/terras-invisiveis-sistema-solar.html)


1033 - Aqui entre nós - Os Segredos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/aqui-entre-nos-os-segredos.html)


1032 - Saturno em oposição ao sol - Horoscopo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/saturno-em-oposicao-ao-sol-horoscopo.html)


1031 - Alfred Nobel da Dinamite à Paz
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/alfred-nobel-da-dinamite-paz-quimico.html)


1030 - Esta na mesa - Alimentos
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/esta-na-mesa-alimentos.html)


1029 - A Ciência do Equilíbrio - Medicina Oriental
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/ciencia-do-equilibrio-medicina-oriental.html)


1028 - Os que vão morrer - Gladiadores
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/07/os-que-vao-morrer-gladiadores.html)


1027 - Vírus Ameaçam os Computadores - Informática
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/06/virus-ameacam-os-computadores.html)


1026 - Sexos Opostos - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/06/sexos-opostos-biologia.html)


1025 - O Mistério do Grande Atrator - Universo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/06/o-misterio-do-grande-atrator-universo.html)


1024 - Máquina do Tempo - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/06/maquina-do-tempo-historia.html)


1023 - Júlio Verne - Inventor do Futuro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/06/julio-verne-inventor-do-futuro.html)


1022 - Nasce o Homem - Paleontologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/06/nasce-o-homem-paleontologia.html)


1021 - Barca para a Eternidade - Egiptologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/06/barca-para-eternidade-egiptologia.html)


1020 - A rainha do Mar - Baleia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/06/rainha-do-mar-baleia.html)


1019 - No princípio, eram as Deusas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/06/no-principio-eram-as-deusas.html)


1018 - Da Flecha a Bola - O Esporte
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/04/da-flecha-bola-o-esporte.html)


1017 - 100 Anos do Titanic - Naufrágio do Século
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/04/100-anos-do-titanic-naufragio-do-seculo.html)


1016 - Googlemania - Jogo da Palavras
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1015 - As mais famosas Casas Mal Assombradas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/04/as-mais-famosas-casas-mal-assombradas.html)


1014 - O Casal Curie - Radium
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/04/o-casal-curie-radium.html)


1013 - Caraguatás: Beleza e Perigo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/04/caraguatas-beleza-e-perigo.html)


1012 - Lembre-se: Recordar é viver
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/04/lembre-se-recordar-e-viver.html)


1011 - O Micromundo dos Chips - Eletrônica
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1010 - 2 Mil Anos de Xadrez
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1009 - Os defensores do corpo humano - Imunologia
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1008 - As Imagens da Relatividade
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1007 - A outra Síndrome - AIDS
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1006 - Deixando de Fumar - Vicio
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/01/deixando-de-fumar-vicio.html)


1005 - Guerreiros do Ar - Combate
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1004 - Salvos pelo Mimetismo - Insetos
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1003 - Artes de Computador - Infografia
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1002 - A saga do sultão Suleiman
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1001 - Por favor, leia este texto - Comportamento
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2012/01/por-favor-leia-este-texto-comportamento.html)


1000 - Visões Interiores - Medicina
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Compilação de 4226 Postagens - 16/02/2017 - PARTE 2/4


Compilação de 4226 Postagens - 16/02/2017 - PARTE 2/4



SEGUE PARTE 2 DA COMPILAÇÃO:



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PARTE01:
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PARTE02:
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PARTE03:
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PARTE04:
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3208 - Eterna, Enquanto dura - Tatuagem - Dermatologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/10/eterna-enquanto-dura-tatuagem.html)


3207 - Microoperárias, as bactérias que valem ouro - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/10/microoperarias-as-bacterias-que-valem.html)


3206 - Grandes bolas de FOGO - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/10/grandes-bolas-de-fogo-astronomia.html)


3205 - É Água pura. Será que cura? Homeopatia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/10/e-agua-pura-sera-que-cura-homeopatia.html)


3204 - Túnel do Tempo, o sonho secreto dos Físicos - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/10/tunel-do-tempo-o-sonho-secreto-dos.html)


3203 - 16 Documentários Indicados - Outubro de 2014
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/10/16documentarios-indicados-outubro-de.html)


3202 - O tesouro de Tróia - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/o-tesouro-de-troia-historia.html)


3201 - O Paraíso das Aves - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/o-paraiso-das-aves-natureza.html)


3200 - Vai para o trono ou não vai? História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/vai-para-o-trono-ou-nao-vai-historia.html)


3199 - Inimigo secreto - Espionagem
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/inimigo-secreto-espionagem.html)


3198 - 1000 Léguas Subterrâneas - Geologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/1000-leguas-subterraneas-geologia.html)


3197 - Como evitar este encontro - Anticoncepcionais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/como-evitar-este-encontro.html)


3196 - A Revolução de Piaget - Educação
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/a-revolucao-de-piaget-educacao.html)


3195 - Assim falou Spock - Ficção Cientifica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/assim-falou-spock-ficcao-cientifica.html)


3194 - O pulo do gato - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/o-pulo-do-gato-fisica.html)


3193 - A Gripe do Ano - Saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/a-gripe-do-ano-saude.html)


3192 - A fórmula do corpo - Bioquímica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/a-formula-do-corpo-bioquimica.html)


3191 - Pentatlo Morderno - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/pentatlo-morderno-olimpiadas.html)


3190 - Luta e Tiro - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/luta-e-tiro-olimpiadas.html)


3189 - Judô - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/judo-olimpiadas.html)


3188 - Esgrima e Halterofilismo - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/esgrima-e-halterofilismo-olimpiadas.html)


3187 - Ginastica Masculina - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/ginastica-masculina-olimpiadas.html)


3186 - Ginástica Feminina - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/ginastica-feminina-olimpiadas.html)


3185 - Vela - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/vela-olimpiadas.html)


3184 - Remo - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/remo-olimpiadas.html)


3183 - Nado sincronizado e Saltos ornamentais - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/nado-sincronizado-e-saltos-ornamentais.html)


3182 - Natação - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/natacao-olimpiadas.html)


3181 - Pólo Aquático - Olimpiadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/polo-aquatico-olimpiadas.html)


3180 - Basquete e Handebol - Olimpiadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/basquete-e-handebol-olimpiadas.html)


3179 - Voleibol - Olimpiadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/voleibol-olimpiadas.html)


3178 - Beisebol - Olimpiadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/beisebol-olimpiadas.html)


3177 - Ciclismo - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/ciclismo-olimpiadas.html)


3176 - Saltos - Olimpiadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/saltos-olimpiadas.html)


3175 - Corridas - Olimpiadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/corridas-olimpiadas.html)


3174 - Lançamentos - Olimpiadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/lancamentos-olimpiadas.html)


3173 - Superatleta - Olimpíadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/superatleta-olimpiadas.html)


3172 - Álcool, a molécula partida - Energia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/alcool-molecula-partida-energia.html)


3171 - Quebrando o gelo - Antartida
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/quebrando-o-gelo-antartida.html)


3170 - A Hepatite que ia para o Arquivo X - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/a-hepatite-que-ia-para-o-arquivo-x.html)


3169 - O disco que toca filme - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/o-disco-que-toca-filme-tecnologia.html)


3168 - Eles não querem saber de profundidade - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/eles-nao-querem-saber-de-profundidade.html)


3167 - Câncer, testes que salvam - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/cancer-testes-que-salvam-medicina.html)


3166 - As linhas perfeitas - Geometria
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/as-linhas-perfeitas-geometria.html)


3165 - A Civilização perdida da Amazônia - Arqueologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/a-civilizacao-perdida-da-amazonia.html)


3164 - Ciência do Desejo - Bioquimica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/ciencia-do-desejo-bioquimica_3.html)


3163 - 16 Documentários Indicados - Setembro de 2014
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/09/16-documentarios-indicados-setembro-de.html)


3162 - O Corcunda de Notre Disney - Desenho Animado
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/o-corcunda-de-notre-disney-desenho.html)


3161 - Parados e Sufocados - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/parados-e-sufocados-ambiente.html)


3160 - Urubu, o novo patinho feio - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/urubu-o-novo-patinho-feio-natureza.html)


3159 - Santo de Casa - Festa Junina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/santo-de-casa-festa-junina.html)


3158 - Eu vos declaro marido e mulher - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/eu-vos-declaro-marido-e-mulher-historia.html)


3157 - Garanta um futuro bem nutrido - Saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/garanta-um-futuro-bem-nutrido-saude.html)


3156 - Capoeira. O jeito brasileiro e ir a luta - Arte Marcial
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/capoeira-o-jeito-brasileiro-e-ir-luta.html)


3155 - Tremendo nas Bases - Ecologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/tremendo-nas-bases-ecologia.html)


3154 - A Ordem é contato imediato ! -Ets
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/a-ordem-e-contato-imediato-ets.html)


3153 - Supernovas, Relógios Cósmicos - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/supernovas-relogios-cosmicos-astronomia.html)


3152 - A toca do dragão - Botânica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/a-toca-do-dragao-botanica.html)


3151 - Procura-se Jesus Cristo - História
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/procura-se-jesus-cristo-historia.html)


3150 - O Zôo do absurdo - Paleontologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/o-zoo-do-absurdo-paleontologia_11.html)


3149 - Atletas de Aço - Fisiologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/atletas-de-aco-fisiologia.html)


3148 - Aqui se fabrica o Futuro - Tecnologia / MIT
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/aqui-se-fabrica-o-futuro-tecnologia-mit.html)


3147 - O País das Andorinhas - Zoologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/o-pais-das-andorinhas-zoologia.html)


3146 - Essa Gíria é da Hora - Linguistica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/essa-giria-e-da-hora-linguistica.html)


3145 - O novo homem (Biônico) - Bioengenharia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/o-novo-homem-bionico-bioengenharia.html)


3144 - Energia Diet - Ecologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/energia-diet-ecologia.html)


3143 - A reconquista do Espaço - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/08/a-reconquista-do-espaco-astronomia.html)


3142 - Metendo as mãos pelos pés - Polvo - Biologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/07/metendo-as-maos-pelos-pes-polvo-biologia.html)


3141 - Melatonina, A agenda do corpo - Saúde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/07/melatonina-agenda-do-corpo-saude.html)


3140 - O novo rei dos animais - Paleontologia - Giganotossauro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/07/o-novo-rei-dos-animais-paleontologia.html)


3139 - Quem precisa de rabo? - Reprodução
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/07/quem-precisa-de-rabo-reproducao.html)


3138 - A Máquina do Samba - Carnaval
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/07/a-maquina-do-samba-carnaval.html)


3137 - As minas que não eram de Salomão - Arqueologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/as-minas-que-nao-eram-de-salomao.html)


3136 - No ar, o jato virtual - tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/no-ar-o-jato-virtual-tecnologia.html)


3135 - Eis o que você é - Cérebro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/eis-o-que-voce-e-cerebro.html)


3134 - Um buraco no meio de tudo - Astronomia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/um-buraco-no-meio-de-tudo-astronomia.html)


3133 - Os peixes vão morrer de inveja - Esporte Hi-tech
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/os-peixes-vao-morrer-de-inveja-esporte.html)


3132 - Os Senhores da Morte - Vulcões
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/os-senhores-da-morte-vulcoes.html)


3131 - Alcatrazes - Laboratório da Natureza - Teologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/alcatrazes-laboratorio-da-natureza.html)


3130 - Do Céu para a Terra - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/do-ceu-para-terra-tecnologia.html)


3129 - A nova Geração - Aeronáutica
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/a-nova-geracao-aeronautica.html)


3128 - A última cartada de Einstein - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/a-ultima-cartada-de-einstein-fisica.html)


3127 - Alexandria no fundo do mar - Arqueologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/alexandria-no-fundo-do-mar-arqueologia.html)


3126 - Os donos da praia - Zoologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/os-donos-da-praia-zoologia.html)


3125 - Esse tal de buraco de Ozônio - Ambiente
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/esse-tal-de-buraco-de-ozonio-ambiente.html)


3124 - Heróis da Resistência - Aids
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/herois-da-resistencia-aids.html)


3123 - O SUPEROLHO DO HOMEM - 100 Anos de Raio X
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/o-superolho-do-homem-100-anos-de-raio-x.html)


3122 - As plantas viajantes - Agricultura
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/as-plantas-viajantes-agricultura.html)


3121 - A cara de zumbi - História do Brasil
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/a-cara-de-zumbi-historia-do-brasil.html)


3120 - Como fabricar uma estrela - Física
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/como-fabricar-uma-estrela-fisica.html)


3119 - Encolhi o gordinho - Obesidade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/encolhi-o-gordinho-obesidade.html)


3118 - A Primeira Guerra Mundial, mesmo - Cruzadas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/a-primeira-guerra-mundial-mesmo-cruzadas.html)


3117 - Ficção quase científica - Cinema
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/ficcao-quase-cientifica-cinema.html)


3116 - O Rei da Noite - Natureza
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/o-rei-da-noite-natureza.html)


3115 - Tem boi na linha - Ciberespaço
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/tem-boi-na-linha-ciberespaco.html)


3114 - O Monstro Corre Perigo - Zoologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/o-monstro-corre-perigo-zoologia.html)


3113 - Morar no Espaço - Tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/morar-no-espaco-tecnologia.html)


3112 - A farmácia do doutro Biruta - Remédios
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/a-farmacia-do-doutro-biruta-remedios.html)


3111 - Vai gelo ? Futuro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/vai-gelo-futuro.html)


3110 - Quando a Maconha Cura - Farmacologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/06/quando-maconha-cura-farmacologia.html)


3109 - China diz que veículo de exploração lunar funciona, mas enfraquecido
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2014/05/china-diz-que-veiculo-de-exploracao.html)


3108 - Ascensão e queda de uma utopia verde - Biosfera 2
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3107 - Houston, temos um problema aqui - Apolo 13
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3106 - O perigo é uma carga pesada - Estradas Brasileiras
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3105 - O dia D das Tartarugas - Biologia
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3104 - Genocídio Instantâneo - 50 anos de Bomba Atômica
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3103 - No encalço dos microassassinos - Supervírus
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3102 - Júpiter um ano depois do cometa - Astronomia
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3101 - Clima, o que a ciência sabe (e o que a ciência não sabe) - Meio Ambiente
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3100 - Nhá - História do Arraiá - Festa Junina
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Compilação de 4226 Postagens - 16/02/2017 - PARTE 1/4


Compilação de 4226 Postagens - 16/02/2017 PARTE 1/4



Segue abaixo a uma compilação das 4226 postagens presentes neste BLOG, facilitando assim a pesquisa por título.



OBS: Devido a limitação de postagem no BLOGSPOT não foi possível LISTAR as 4226 como prometido acima (os títulos em página única no link abaixo), então dividimos em 4 postagens e também compilamos todas em um documento PDF ao qual você pode fazer download ou visualizar, e assim executar sua pesquisa por título com mais facilidade.


LISTAGEM COM OS TÍTULOS DAS 4226 POSTAGENS (SEM LINKS):
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/02/compilacao-de-4226-postagens-16022017_67.html)


PARTE01:
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PARTE02:
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PARTE03:
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/02/compilacao-de-4226-postagens-16022017_52.html)

PARTE04:
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PDF COM TODAS AS 4.226 POSTAGENS COMPILADAS NESTE BLOG


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Segue abaixo a listagem das 1000 últimas postagens feitas neste Blog:


4226 - ?Cientistas da NASA revelam o protótipo de uma nave mais rápida que a luz, inspirados na Enterprise, de Star Trek
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/cientistas-da-nasa-revelam-o-prototipo.html)



4225 - NASA encontra “Estrela da Morte” em Saturno
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/nasa-encontra-estrela-da-morte-em.html)



4224 - O que aconteceria se 100 bombas nucleares explodissem na Terra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/o-que-aconteceria-se-100-bombas.html)



4223 - Dubai será a primeira cidade a ter transporte por táxi aéreo autônomo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/dubai-sera-primeira-cidade-ter.html)



4222 - Você já pode comprar um apartamento resistente a ataques nucleares
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/voce-ja-pode-comprar-um-apartamento.html)



4221 - Como os soviéticos do século passado imaginavam o centenário da Revolução Russa
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/como-os-sovieticos-do-seculo-passado.html)



4220 - Console retrô roda jogos de Nintendinho ao PSOne
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/console-retro-roda-jogos-de-nintendinho.html)



4219 - Explosão de estrelas deve alterar o céu noturno
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/evento-cosmico-deve-acontecer-daqui.html)



4218 - Pedale uma hora e gere energia para um dia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/pedale-uma-hora-e-gere-energia-para-um.html)



4217 - 20 situações que as pessoas nascidas depois de 1999 nunca precisaram passar com a tecnologia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/20-situacoes-que-as-pessoas-nascidas.html)



4216 - Polícia oferece dica especial para pais com crianças em lugares lotados
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/policia-oferece-dica-especial-para-pais.html)



4215 - COLEÇÃO SAIBA MAIS - COMPLETA
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/colecao-saiba-mais-completa.html)



4214 - Coleção Saiba Mais - A Medicina em Busca da Imortalidade
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/colecao-saiba-mais-medicina-em-busca-da.html)



4213 - Exame de sangue que consegue detectar data da morte
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/exame-de-sangue-que-consegue-detectar.html)



4212 - 20 coisas da cozinha do futuro - Mas que você já pode comprar hoje
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/20-coisas-da-cozinha-do-futuro-mas-que.html)



4211 - Afinal de contas - o que é o Santo Graal
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/afinal-de-contas-o-que-e-o-santo-graal.html)



4210 - Coleção Saiba Mais - Os mais Profundos Mistérios do Oceano
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/colecao-saiba-mais-os-mais-profundos.html)



4209 - Homem congelado há meio século poderá ser ressuscitado um dia
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/homem-congelado-ha-meio-seculo-podera.html)



4208 - Cachorro-quente no espetinho - Lanche da tarde
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/cachorro-quente-no-espetinho-lanche-da.html)



4207 - Por que descemos das árvores - Evolução
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/por-que-descemos-das-arvores-evolucao.html)



4206 - Música, sexo e drogas ativam mesmas substâncias no cérebro
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/musica-sexo-e-drogas-ativam-mesmas.html)



4205 - O homem que vigiou por 40 anos um bunker chinês secreto
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/o-homem-que-vigiou-por-40-anos-um.html)



4204 - Descoberto asteroide que pode destruir a economia mundial
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/descoberto-asteroide-que-pode-destruir.html)



4203 - 5 inventores que foram vítimas de suas criações
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/5-inventores-que-foram-vitimas-de-suas.html)



4202 - Cientistas confirmam um novo estado da matéria - Os cristais do tempo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/cientistas-confirmam-um-novo-estado-da.html)



4201 - Arquitetos constróem minicasas em 6 horas em vila para sem-teto
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/arquitetos-constroem-minicasas-em-6.html)



4200 - Conheça os muçulmanos que arriscaram a vida para salvar judeus na II Guerra
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/conheca-os-muculmanos-que-arriscaram.html)



4199 - Quando a ciência trabalha para o racismo
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/quando-ciencia-trabalha-para-o-racismo.html)



4198 - Índia inaugura a maior usina de energia solar do planeta
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/india-inaugura-maior-usina-de-energia.html)



4197 - Conversão de calor em luz dobra eficiência de células solares
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/conversao-de-calor-em-luz-dobra.html)



4196 - A oficina do sabor - Química
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/a-oficina-do-sabor-quimica.html)



4195 - Nanotecnologia teria sido descoberta na Roma Antiga
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/nanotecnologia-teria-sido-descoberta-na.html)



4194 - Pesquisadores encontram tubarão mais antigo que dinossauros
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/pesquisadores-encontram-tubarao-mais.html)



4193 - Coleção Saiba Mais - A Corrida Espacial
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/colecao-saiba-mais-corrida-espacial.html)



4192 - Cientistas estão prestes a ressuscitar "supertouros nazistas"
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/cientistas-estao-prestes-ressuscitar.html)



4191 - O Robô que fica doente - Medicina
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/o-robo-que-fica-doente-medicina.html)



4190 - Livros que levam você ao Futuro - Para saber mais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/livros-que-levam-voce-ao-futuro-para.html)



4189 - A fronteira do infinito - Exploração Espacial
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/a-fronteira-do-infinito-exploracao.html)



4188 - Programe seu futuro - Tecnologias
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/02/programe-seu-futuro-tecnologias.html)



4187 - JACA - A FRUTA QUE PODE SER A SOLUÇÃO PARA AS AMEAÇAS CLIMÁTICAS
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/01/jaca-fruta-que-pode-ser-solucao-para-as.html)



4186 - Coleção de 461 Vídeos do ano de 2016
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/01/colecao-de-461-videos-do-ano-de-2016.html)



4185 - Agora é oficial - As TVs 3D estão finalmente mortas
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/01/agora-e-oficial-as-tvs-3d-estao.html)



4184 - Coleção Saiba Mais - Dinossauros
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/01/colecao-saiba-mais-dinossauros.html)



4183 - Espada de 2300 anos é encontrada brilhando e em perfeitas condições de uso
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/01/espada-de-2300-anos-e-encontrada.html)



4182 - Colapso da internet poderá derrubar os mercados globais
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/01/colapso-da-internet-podera-derrubar-os.html)



4181 - As 7 ameaças que o mundo enfrentará em 2017
(http://publicadosbrasil.blogspot.com/2017/01/as-7-ameacas-que-o-mundo-enfrentara-em.html)



4180 - HQ - O Novo Cifrônio
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Cientistas da NASA revelam o protótipo de uma nave mais rápida que a luz, inspirados na Enterprise, de Star Trek


Cientistas da NASA revelam o protótipo de uma nave mais rápida que a luz, inspirados na Enterprise, de Star Trek



Alguns cientistas, engenheiros e artistas parecem estar decididos a representar o mundo real em uma batalha sem fim com a ficção.


Agora, um investigador da NASA revelou o desenho de um protótipo de uma nave capaz de viajar a uma velocidade maior que a da luz, cuja forma e ideia lembram muito as da nave Enterprise, de Star Trek. Sem nem tentar esconder a similaridade, o projeto foi batizado de IXS Enterprise, em homenagem à saga de ficção científica espacial.



NASA'S IXS Enterprise


O seu funcionamento se baseia na propulsão por curvatura (também conhecida como warp drive ou impulso de distorção), uma tecnologia teórica que, de acordo com os cientistas, permitiria distorcer o espaço-tempo ao da nave, permitindo que ela se desloque a uma velocidade maior que a da luz. Graças a esse tipo de propulsão, a nave poderia, por exemplo, chegar até a estrela Próxima Centauri, localizada a 4,3 anos-luz da Terra, em apenas duas semanas.



Kasa IXS Enterprise "White Bear"


O criador da IXS Enterprise, o pesquisador da NASA Harold White, trabalha para desenvolver o propulsor de curva desde 2010. Seu projeto tem chamado a atenção do mundo desde a revelação das imagens criadas pelo artista Mark Rademaker, em parceria com White. Para criar essas imagens detalhadas, Rademaker precisou de mais de 1.600 horas de trabalho. O sucesso da iniciativa, ao menos do ponto de vista estético, é evidente. Contudo, somente o tempo irá mostrar se o seu desempenho e suas aplicações abrirão um novo caminho para a exploração espacial.



IXS-Enterprise Flight
(https://youtu.be/-LmlqXVg7vc)



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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

NASA encontra “Estrela da Morte” em Saturno


NASA encontra “Estrela da Morte” em Saturno



Semelhança da lua de Saturno com a fortaleza de Darth Vader é impressionante!


A nave espacial Cassini (parte de um projeto voltado ao estudo do planeta Saturno e de seus satélites naturais) capturou recentemente uma imagem impressionante de Mimas, uma das luas do gigante anelado.


Mimas - Lua de Saturno - Ficha do Satélite


Nela, é possível observar uma grande semelhança com a “Estrela da Morte”, a estação espacial de “Star Wars” criada para destruir planetas.



Saturn's Moon Mimas, A.K.A. the "Death Star"


A foto, publicada nesta semana no site oficial da NASA, mostra o astro de 139 km de diâmetro coberto por uma cratera gigante, em cujo centro se ergue uma montanha quase tão alta quanto o monte Everest. A cratera enorme foi chamada de William Herschel, mesmo nome do astrólogo que descobriu Mimas.



Mysterious Temperatures on Mimas


Os cientistas analisam o que pode ter causado uma fenda tão impressionante. Tanto a bacia de impacto quanto seu terreno subjacente estão sendo estudados com o objetivo de encontrar indícios sobre sua origem.

Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/viral/229457-fotos-nasa-fotografia-tetis)


https://actualidad.rt.com - Site Fonte



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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O que aconteceria se 100 bombas nucleares explodissem na Terra


O que aconteceria se 100 bombas nucleares explodissem na Terra



Mortes instantâneas e graduais, mudança climática radical e até alteração no DNA: o impacto seria desastroso!


Um grupo de cientistas norte-americanos desenvolveu um estudo para analisar o que aconteceria com o planeta - e a humanidade - diante de uma guerra nuclear regional de média proporção.

Como cenário, desenharam uma suposta guerra entre a Índia e o Paquistão, países que têm um poderio nuclear bem inferior à Rússia, EUA e China.

Levando em consideração que o arsenal mundial é de 17 mil armas, foi estipulado o uso de 100 ogivas do tamanho da bomba lançada em Hiroshima. Os resultados foram estes:

1) Fuligem: Cinco megatons desse material seriam liberados e absorveriam o calor do Sol. Parte desse material poderia voltar à Terra em forma de chuva.


Fuligem corindo o sol


2) Resfriamento: A temperatura da superfície terrestre cairia cerca de 16,6ºC em um ano e outros 16 cinco anos depois. Acredita-se que o clima demoraria 20 anos para se restabelecer.



3) Menos chuvas: O resfriamento provocaria uma queda de chuvas de 9% em 5 anos e 4,5% depois de 26 anos.



4) Geadas: De 2 a 6 anos após o ataque, as temporadas livres de geadas seriam reduzidas entre 10 e 40 dias. Consequentemente, os períodos de cultivo diminuiriam.



5) Camada de ozônio: Seria reduzida de 20 a 25% por causa das reações químicas que afetariam a atmosfera. Após 10 anos, poderia se recuperar, sendo apenas 8% mais fina que atualmente. Esse fenômeno provocaria um aumento de queimaduras e câncer de pele, a redução do crescimento dos vegetais e a mudança de DNA em algumas plantas e bactérias.



Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/228165-consecuencias-tierra-explosion-100-bombas-nucleares)


Apocalipse Nuclear



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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Dubai será a primeira cidade a ter transporte por táxi aéreo autônomo


Dubai será a primeira cidade a ter transporte por táxi aéreo autônomo



Dubai será a primeira cidade no mundo a permitir o uso de táxis voadores autônomos para transportar passageiros. A novidade começará a circular pelos céus da maior metrópole dos Emirados Árabes Unidos ainda em julho deste ano.


Os veículos serão produzidos pela fabricante chinesa de drones Ehang, que planeja exportar à cidade no Golfo Pérsico um modelo capaz de levar um passageiro e uma mala, com peso máximo de 117kg, a 300 metros do solo e com velocidade de 100km/h. O equipamento voa por 23 minutos antes de ter que recarregar a bateria.



Ehang 184 - Especification


De acordo com a empresa, o drone Ehang 184 será pilotado a partir de um centro de controle, depois que o passageiro informar o destino. Se ocorrer algum problema, os veículos estão programados para pousar na zona segura mais próxima, diz a agência de notícias EFE.

"Não é apenas um modelo, nós realmente testamos esse veículo voando nos céus de Dubai", disse o chefe da agência de transporte, Mattar al-Tayer, de acordo com o jornal britânico "The Telegraph".


Ehang 184 - First Passenger Drone


O modelo a ser usado na cidade foi apresentado pela Ehang na edição de 2016 da CES, a maior feira de tecnologia do mundo, que acontece todos os anos, em Las Vegas, nos Estados Unidos. A empresa, com três anos de fundação, começou fabricando drones recreativos.


Um drone Ehang 184 voando sobre Dubai - Divulgação



Ehang 184 Human-carrying Drone
(https://youtu.be/wbeoTnuo2-U)



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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Você já pode comprar um apartamento resistente a ataques nucleares


Você já pode comprar um apartamento resistente a ataques nucleares



Unidades ficam nos EUA e custam uma pequena fortuna!


Os apartamentos variam de 80 a 170 metros quadrados e custam entre 1,5 e 3 milhões de dólares cada. No valor estão inclusos mobiliário de luxo, ar refrigerado, funcionalidades controladas por tablet ou smartphone, TV de LED de 50 polegadas e cozinha totalmente equipada.



As áreas comuns têm piscina, SPA, academia de ginástica, consultório médico, horta comunitária, sala de cinema e até parede de escalada.



Até aqui não se difere muito dos condomínios de luxo que encontramos por aí, exceto por um detalhe: os apartamentos são, na verdade, bunkers instalados a muitos e muitos metros abaixo do solo, protegidos por uma grossa camada de materiais que resistiriam até a um ataque direto.



Se planeta for assolado por uma bomba nuclear, os muito ricos já têm um lugar onde manter um estilo de vida similar ao que levavam na superfície.

A ideia partiu do empreendedor Larry Hall, que antes trabalhava com tecnologia. Depois dos ataques de setembro de 2001, ele percebeu uma alta na procura por bunkers e começou a mapear espaços abandonados onde pudesse pôr sua ideia em prática.

O projeto, chamado Survival Condo, já está aberto a interessados. As unidades ficam num local não divulgado no estado do Kansas. Segundo Hall, o projeto oferece a possibilidade de ter uma vida tranquila, “como num resort”, por pelo menos cinco anos sem precisar recorrer à superfície. O único detalhe negativo: o pagamento precisa ser à vista.

Fonte: BBC
(http://www.bbc.com/)

(http://www.bbc.com/news/business-38795968)

(http://www.bbc.com/news/business-38795967)



bbc.com



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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Como os soviéticos do século passado imaginavam o centenário da Revolução Russa


Como os soviéticos do século passado imaginavam o centenário da Revolução Russa


Historinha ilustrada traz uma visão super tecnológica de 2017!


Em 1960, um relato chamado “Em 2017”, escrito por V. Strukova e V. Schevchenko e ilustrado por Schevchenko, projetava o futuro da antiga União Soviética no centenário da Revolução de Outubro.
Veja abaixo algumas imagens de um futuro que nunca chegou:


CIDADE SUBTERRÂNEA



Em uma aula de geografia, os alunos assistem às imagens de Uglegrad, uma cidade subterrânea. A turma visitará o local no dia seguinte.



VIAGENS ESPACIAIS



O comunismo do futuro teria conseguido desenvolver naves espaciais de última geração, com a capacidade de visitar sistemas planetários vizinhos graças à tecnologia “fotônica”.



DESPERTADOR



Um relógio, especialmente projetado para garantir a eficácia do seu trabalho, acorda Igor, protagonista da história.



COZINHA AUTOMÁTICA



Uma cozinha automática lê a receita da mãe de Igor e mescla os ingredientes necessários para a alimentação correta do jovem soviético.



UGLEGRAD



Igor e sua turma visitam a proeza arquitetônica de Uglegrad, a cidade subterrânea. Lá, sempre é primavera, graças à luz e ao calor gerados por uma estrela de cristal.



PERFURADORA



A construção de Uglegrad e outras cidades similares só foi possível graças a essas máquinas robóticas, capazes de perfurar quilômetros de terra com seu aço resistente ao calor.



UGLEGRAD



Enquanto Igor e seus companheiros visitam Uglegrad, o centro meteorológico de Moscou recebe notícias sobre a destruição das ilhas do Pacífico, nas quais viviam os últimos imperialistas do planeta, em decorrência de testes nucleares. A explosão causa distúrbios graves na atmosfera terrestre.



A AMEAÇA IMPERIALISTA



Tornados atômicos gigantes, provocados pelos testes nucleares dos últimos imperialistas, aproximam-se de Moscou.



A SALVAÇÃO



Os soviéticos do futuro possuem estações meteorológicas voadoras, capazes de neutralizar o caos atmosférico e salvar a vida do planeta.

Fonte: BBC
(http://www.bbc.com/mundo/noticias-38536979)


Fonte - Site - BBC Mundo



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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Console retrô roda jogos de Nintendinho ao PSOne


Console retrô roda jogos de Nintendinho ao PSOne


RetroBlox - Kickstarter da plataforma começa em abril

Graças ao poder da nostalgia, o mercado de games é repleto de consoles retrô com o Retro Freak e RetroN 5, capazes de rodar jogos de plataformas clássicas como o Nintendinho, Super Nintendo, Mega Drive, entre outras mais obscuras.


O RetroBlox, mas novo competidor a entrar no ringue, promete fazer isso e mais, sendo um console modular capaz de rodar até discos do primeiro PlayStation.

Além do PSOne, o console também traz a possibilidade de jogar games do NES, SNES, Mega Drive, TurboGrafx-16, e até o Sega CD.



RetroBlox com seu menu inicial na tela de TV

De acordo com os desenvolvedores da máquina, o RetroBlox foi feito para quem ainda tem os cartuchos e discos dos consoles. Para quem não quiser ficar tirando eles de lá, porém, é possível baixar sua memória e guardá-la na própria máquina.


RetroBlox - Tela de sinopse dos jogos - Altered Beast do Megadrive

Os desenvolvedores também indicaram que poderiam implementar um módulo de Nintendo 64, mas a Nintendo ainda tem patentes recentes sobre o console.

Por enquanto, o RetroBlox ainda não tem preço definido. O console terá uma campanha de financiamento público via Kickstarter em abril.



Ars Technica - Site noticiando o novo console retrô



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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Explosão de estrelas deve alterar o céu noturno


Explosão de estrelas deve alterar o céu noturno



Evento cósmico deve acontecer daqui a cinco anos!

A previsão feita em 2015 pelo astrônomo norte-americano Larry Molnar poderá se concretizar em 2022. Trata-se de um evento espacial único e de tamanha dimensão que poderá ser visto da Terra sem a necessidade de telescópios.


Molnar, professor da Calvin College, nos EUA, em colaboração com companheiros do Observatório de Apache Point e da Universidade de Wyoming, informou que 2022 será provavelmente o ano da explosão de uma estrela binária localizada na constelação de Cygnus.


Daniel Van Noord e Larry Molnar previram explosão que irá mudar o céu noturno.


As estrelas binárias são compostas por dois astros que giram em torno de um mesmo centro de gravidade. Segundo as pesquisas de Molnar, em algum momento esses astros se encontrarão e causarão uma explosão de tamanha magnitude que atingirá uma luminosidade dez vezes maior que a média da estrela atual. O fenômeno modificará a imagem atual do céu, já que a explosão se transformará no mais novo ponto brilhante do céu.

Fonte: Calvin College
(https://calvin.edu/news/archive/astronomy-prof-student-predict-explosion-that-will-change-the-night-sky)


Site da Calvin College com a noticia


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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Pedale uma hora e gere energia para um dia


Pedale uma hora e gere energia para um dia



Bicicleta ergométrica energiza sua casa por 24 horas com apenas por 1 hora de pedaladas por dia.


A ideia é da Billions in Change (BiC), um movimento que busca por sua vez “salvar o mundo” ao criar soluções para os problemas mais simples e básicos, como água, energia e também saúde.


3 Bilhões de pessoas no mundo não tem eletricidade


Uma das questões do projeto é a ajuda comunitária, poder levar energia aonde ainda não tem.

Assim sendo, foi criada uma bicicleta híbrido que você simplesmente pedala por uma hora para conseguir energizar uma casa por 24 horas. Seu nome é “Free Electric”.



Manoj Bhargava idealizador e executivo deste projeto de energia sem poluição


No vídeo baixo, você pode conferir os modos de uso e como ela funciona.


(https://youtu.be/Cgb9lfKW_d4)



Free Electric - Convertendo energia do corpo (biomecânica) em eletricidade para o lar.



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domingo, 12 de fevereiro de 2017

20 situações que as pessoas nascidas depois de 1999 nunca precisaram passar com a tecnologia



20 situações que as pessoas nascidas depois de 1999 nunca precisaram passar com a tecnologia



Quem nasceu depois de 1999 recebeu em mãos um mundo completamente diferente, caminhando para a o digital e abandonando o analógico...



1. Ir à locadora quando você tinha vontade de assistir a algum filme.

E os recém-lançados quase nunca estavam disponíveis.



2. Ter que rebobinar todo o filme VHS antes de poder assisti-lo.

Ter que rebobinar todo o filme VHS antes de poder assisti-lo.



3. Ter que virar a fita e colocar outra para assistir à outra metade do filme.



4. Ficar desamparado quando a fita era danificada de maneira irreversível.

Isso dói.



5. Sacrificar a internet quando alguém queria fazer uma ligação telefônica.

E sempre jogar paciência ou pinball enquanto isso.



6. E saber que alguém na casa sempre podia estar ouvindo às suas conversas.



7. Mexer em um porta-CD para procurar aquela música específica naquele álbum específico.



8. Passar horas preparando um CD com a combinação de músicas perfeita.



9. E se sentir com o coração partido quando se deparava com isto:



10. Decorar os telefones de seus amigos e combinar a hora exata em que iria telefonar.

Alguns números você lembra até hoje.



11. Gravar suas músicas preferidas sentando-se quietinho perto do rádio.

O momento certo era tudo.



12. E manualmente escrever a letra de uma música tocando ela repetidamente.



13. Ter que deixar para lá uma pergunta que estava te infernizando porque você não podia simplesmente “dar um Google”.

Ou procurar na velha enciclopédia se você estava mesmo com muita vontade.



14. Não conseguir tirar uma foto de novo.

Cada foto tinha que ser a foto perfeita.



15. E não saber se uma foto tinha ficado ruim até o filme ser revelado.

O que o deixou com olhos vermelhos e queixos duplos que vão te perseguir para o resto da vida.


16. O grande avanço foi quando você começou a tirar selfies com sua webcam.

e as fotos ficavam todas granuladas.



17. Ter que usar um guia de TV.

E marcar e destacar todas as coisas que você iria assistir.



18. Se deparar com esta tela.

E ficar bem triste.



19. Acordar em um horário específico para ver o seu programa preferido.

Você chegava a cancelar planos para assistir TV porque, se não fosse assim, vai saber quando você conseguiria ver um episódio que perdeu.



20. E testar sua paciência quando tinha que digitar usando esse teclado.

Para digitar “olá” você precisava de uns dez cliques.



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domingo, 12 de fevereiro de 2017

Polícia oferece dica especial para pais com crianças em lugares lotados


Polícia oferece dica especial para pais com crianças em lugares lotados



O verão está logo aí, e muitos pais estarão levando seus filhos para eventos externos e atrações com grandes públicos, como parques temáticos, festivais locais, zoológicos etc.


Um departamento do polícia na Califórnia ofereceu aconselhamento a pais que querem estar prontos para uma eventual separação de seus filhos. Na última semana o departamento de polícia em Clóvis postou uma especial “#DicaDoDIa”



“Levando seu filho ainda criança para um grande evento, parque temático, ou outro lugar lotado?” começa a postagem, “Escreva seu telefone no pulso dela e cubra com band aid líquido para o caso de vocês acabarem se separando em algum momento.“A postagem — que tem como característica imagens da blogueira e mãe, Cherise McClimans — também aconselha pais a “tirarem uma foto de suas crianças com o seu celular na manhã do evento para que você tenha salva a forma que estavam vestidas, cabelo em uma foto atualizada. #EstejaPreparado.”

De acordo com o departamento de polícia em Clóvis, este conselho é uma repostagem da #DicaDoDia que foi compartilhada por eles em setembro como antecipação a uma festividade local.



SOS CRIANÇAS DESAPARECIDAS


Este repost alcançou mais de 10.000 compartilhamentos e 3.000 curtidas lá fora, compartilhe você também para o bem de nossas crianças, não existe dinheiro no mundo que pague pelo bem estar delas.

Enquanto é difícil de se prever o impensável, é claro o fato de que esta atitude de prevenção alcançou a muitos pais. E é claro, tomar essas medidas não significa que as famílias devem aliviar na vigilância enquanto em locais públicos.


Crianças Desaparecidas - Estatística


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sábado, 11 de fevereiro de 2017

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Número 04 - Coleção Saiba Mais - A Medicina em Busca da Imortalidade
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sábado, 11 de fevereiro de 2017

Coleção Saiba Mais - A Medicina em Busca da Imortalidade


Coleção Saiba Mais - A Medicina em Busca da Imortalidade



Número 1:
DNA, código da vida

Número 2:
Clonagem

Número 3:
Transplante de rosto

Número 4:
Coração artificial



Número 01 - Página 01 - Capa - A Medicina em Busca da Imortalidade



Número 01 - Página 02 - DNA - código da vida



Número 01 - Página 03 - Genoma Humano



Número 01 - Página 04 - A espera de um milagre - Criogenia



Número 02 - Página 01 - A Antiga Medicina e seus Instrumentos



Número 02 - Página 02 - Clonagem



Número 02 - Página 03 - O que se discute com a clonagem humana



Número 02 - Página 04 - As Grandes Epidemias



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sábado, 11 de fevereiro de 2017

Exame de sangue que consegue detectar data da morte


Exame de sangue que consegue detectar data da morte



Basta uma pequena amostra para saber se o paciente pode desenvolver doenças crônicas!


Uma equipe de cientistas da Universidade de Boston (Massachusetts, EUA) afirma ter descoberto um exame de sangue capaz de revelar a expectativa de vida de cada pessoa.

A pesquisa teria conseguido identificar 26 padrões de biomarcadores que preveem as probabilidades de um indivíduo desenvolver doenças mortais, como o câncer, problemas cardíacos e diabetes.



O estudo foi baseado em 5 mil amostras de sangue e demonstrou que os participantes podem conhecer os riscos em potencial para a sua saúde e modificar os hábitos de vida associados a esses transtornos. No entanto, a equipe médica afirmou que são necessárias novas pesquisas para confirmar os resultados.


Fonte: The Daily Mail
(http://www.dailymail.co.uk/health/article-4095396/Scientists-discover-blood-test-predicts-long-people-live.html)



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sábado, 11 de fevereiro de 2017

20 coisas da cozinha do futuro - Mas que você já pode comprar hoje


20 coisas da cozinha do futuro - Mas que você já pode comprar hoje



Cada vez mais a tecnologia vem facilitando nossa vida, desde coisas difíceis a coisas do cotidiano como assar uma carne.

Exatamente, hoje em dia existem fornos onde você programa o tempo, a temperatura correta e só espera. E é sobre alguns dessas tecnologias que vamos falar aqui.

Temos aqui 20 invenções que facilitariam nosso dia, e que em breve poderão estar em nossas cozinhas, curioso para conhecer? Só continuar a ler.



1. A “SPICE PEN”



Essa caneta te permite fazer desenhos, ou até mesmo escrever, usando especiarias como tinta. Aliás, é perfeita para dar aquele “bom dia”, ou “eu te amo”, de forma diferente.

Mais informações: cinnibird.com
(http://cinnibird.com/?page_id=39)



2. O QUÃO FRESCO ESTÁ A CARNE?



Já parou para se perguntar se aquela carne que ficou um tempo na geladeira está mesmo fresca? Pois então, esse dispositivo te diz o quanto a carne está fresca, e boa para o consumo.

Mais informações: myfoodsniffer.com
(http://www.myfoodsniffer.com/)



3. UMA FORMA NOVA DE FAZER CAFÉ


Parece uma simples haste, mas ela pode aquecer qualquer tipo de líquido, chá, café, água, tudo.



Mais informações: miito.de
(http://miito.de/)



4. CHEGA DE TORRADA QUEIMADA



Esta torradeira permite que você veja como vai o andamento da sua torrada, ou seja, não vai ter mais torrada queimada. Pelo contrário, você pode acompanhar e tirá-la quando alcançar o ponto desejado.

Mais informações: magimix.com
(http://www.magimix.com/usa-canada/products/BREAKFAST/Toaster/Vision-Toaster-Color/)



5. UM BARMAN PESSOAL



Acredite se quiser, mas essa máquina pode fazer o seu drink preferido, e o melhor, em 5 segundos.

Mais informações: somabarkickstarter.com
(http://www.somabarkickstarter.com/)



6. XÍCARAS ESPELHADAS



Todo mundo já passou pela terrível experiência de perder um pires, ou melhor, quebrar, e aquela xícara ficar sem o parzinho. Pois bem, isso não acontece com essas daqui, elas são espelhadas e se “adaptam”, bom não?



Mais informações: db-shop.jp
(http://db-shop.jp/products/detail.php?product_id=44)



7. EMBALAGENS PARA ALIMENTOS



Essas embalagens garantem a conservação daquele outro pedaço de legume ou fruta que você não usou, eu, particularmente, adorei.

Mais informações: shop.adme.ru
(http://shop.adme.ru/category63/item79409/)



8. UMA TÁBUA DE CARNE INCOMUM



Este equipamento se conecta ao seu iPad e te permite medir as calorias dos alimentos, e mais, a quantidade de gordura, proteína, carboidrato e outros nutrientes.

Mais informações: theorangechef.com
(http://theorangechef.com/products/prep-pad)



9. MÁQUINA DE CHÁ



Esqueça a forma delicada de se fazer chá. Essa máquina faz de uma forma diferente, ela bombeia para fora o ar do recipiente com a água e as ervas, alterando a pressão interior. E olha, andam dizendo que tem um gosto totalmente diferente do mesmo sendo feito da forma convencional.



Mais informações: bkonbrew.com
(http://bkonbrew.com/the-brewer/)



10. FRIGIDEIRA INTELIGENTE



Já pensou em uma frigideira que te informa a temperatura correta que deve ficar e quantas vezes um alimento deve ser virado ou mexido? Essa frigideira faz.



Mais informações: pantelligent.com
(https://www.pantelligent.com/)



11. MÁQUINA DE CAFÉ PORTÁTIL



O que é melhor que aquele café quentinho, e o melhor, em qualquer lugar?

Mais informações: wacaco.com
(http://www.wacaco.com/)



12. FACAS QUE PRECISAM SE AMOLAR A CADA 25 ANOS



Essas facas só precisam ser amoladas a cada 25 anos, incrível não?

Mais informações: aplusrstore.com
(http://www.aplusrstore.com/product/1499/furtif-evercut-knives)



13. ESTERILIZADOR DE MÃO



Vai preparar a bancada para cozinhar? Esse esterilizador te ajuda, ela mata bactérias com uma luz ultravioleta, fim dos germes.

Mais informações: sharperimage.com
(http://www.sharperimage.com/si/view/product/Verilux-UV-Rechargeable-Sanitizing-Wand/202272?trail=)



14. LIXEIRA COM SENSOR DE MOVIMENTO



É simples, a tampa se abre quando você aproxima sua mão, e quando afasta ela se fecha sozinha.

Mais informações: simplehuman.com
(http://www.simplehuman.com/45l-semi-round-sensor-can-fingerprint-proof-stainless-steel-plastic-lid)



15. JANTAR FEITO A DISTÂNCIA



Já imaginou preparar o seu jantar do trabalho? Com ajuda de um aplicativo e um fogão você pode cozinhar de longe, e quando chegar em casa, ter uma refeição quentinha.

Mais informações: amazon.com
(http://www.amazon.com/Crock-Pot-Wifi-Enabled-6-Quart-Cooker-SCCPWM600-V1/dp/B00IPEO02C)



16. POTE FLEXÍVEL



Sem espaço na bolsa? Que tal esses potes flexíveis? Ele ocupa bem menos espaço, e manter o alimento bem protegido.

Mais informações: domalina.ru
(http://www.domalina.ru/104281)



17. MANTENHA SEUS LEGUMES UNIDOS



Esse espécie de rede, mantém seus alimentos unidos enquanto você cozinha, e o melhor é que facilita muito na hora de tirar da água quente.

Mais informações: shop.adme.ru
(http://shop.adme.ru/category63/item79324/)



18. O COZIMENTO VERTICAL



Esse aparelho te dá a forma mais rápida e prática de fazer um omelete ou outra coisa.

Mais informações: klapper.ru
(http://www.klapper.ru/catalog/kitchen_equipment_and_electrical_appliances/omletnica_eggmaster/)



19. PARA MANTER CONGELADO



Agora você não precisa mais se preocupar com o sorvete derreter enquanto leva para o trabalho.

Mais informações: thatinventions.com
(http://www.thatinventions.com/chillthat/)



20. UM COPO E UM DISPLAY



Esse copo tem um visor com tinta eletrônica. ele é alimentado pela temperatura do líquido presente no copo, ou seja, toda vez que você colocar algo quente a imagem aparecerá. É ótimo para escrever recado ou coisa do tipo.

Mais informações: paulig.fi
(http://www.paulig.fi/kampanja/muki/howitworks.php?lang=en)


Fonte: brightside.me.
(http://brightside.me/article/20-ingenious-items-from-the-kitchen-of-the-future-already-available-today-1405/)


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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Afinal de contas - o que é o Santo Graal


Afinal de contas - o que é o Santo Graal



Existem inúmeras referências em relação ao Santo Graal, mistérios e informações que alimentam o enigma desse curioso artefato histórico. Essa relíquia é o centro de uma das maiores buscas do personagem Indiana Jones nas telas do cinema, no conhecido filme "A Última Cruzada", além de aparecer na obra de Dan Brown, "O Código da Vinci", como algo completamente diferente – uma linhagem de Jesus.


As interpretações em relação à origem e o que é o Santo Graal são um tanto abrangentes e polêmicas, porém ele é mais comumente associado ao cálice que Jesus Cristo utilizou na Última Ceia – item que também abrigou, supostamente, o sangue de Jesus após sua crucificação.

Entretanto, o conceito de um cálice sagrado é muito anterior ao próprio cristianismo. Já existiam referências a algo semelhante entre os celtas e nas lendas do Rei Arthur. Nessas histórias, o cálice era capaz de trazer vida e vigor às pessoas que já tinham morrido – um pensamento que pode ter sido posteriormente adaptado aos conceitos cristãos, já que na Bretanha o cristianismo foi fortemente propagado.


As confusas origens do Santo Graal
O termo "Graal" vem do francês antigo e quer dizer, basicamente, um copo ou cálice feito de madeira ou metal. Referências ao cálice sagrado também aparecem em obras literárias históricas do Rei Arthur, que acrescentam o termo "Santo" ou "Sagrado" em decorrência de seus supostos poderes místicos. Outra interpretação diz que o nome quer dizer "Sangue Real", referenciando o sangue coletado por José na hora da morte de Cristo.



Então podemos dizer que há duas linhas principais que definem o que é o Santo Graal: uma que fala do Rei Arthur e de sua jornada para encontrar um artefato mágico, e outra que menciona o cálice utilizado por Jesus Cristo na Última Ceia. Ambas possuem pontos semelhantes cruciais, apesar de ocorrerem em períodos históricos bastante diferentes.



É uma lenda que atribui poderes divinos a um cálice sagrado, que teria sido usado por Jesus na última ceia. Essa, porém, é uma versão medieval de um mito que surgiu muito antes da "Era Cristã". Na Antiguidade os celtas - povo saído do centro-sul da Europa e que...


Com o passar das décadas, o Santo Graal apareceu na forma de diferente artefatos e interpretações em obras literárias, em quadros e em filmes – fatos que contribuíram para certa imprecisão do que realmente significa o termo. Talvez, alguns mistérios não precisem ser completamente solucionados, já que algum dos lados sempre será desmentido.


FONTE: WIKIPÉDIA
(http://en.wikipedia.org/wiki/Holy_Grail)



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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Coleção Saiba Mais - Os mais Profundos Mistérios do Oceano


Coleção Saiba Mais - Os mais Profundos Mistérios do Oceano



Número 1:
A Vida Marinha

Número 2:
Tubarão Branco

Número 3:
Baleia Azul

Número 4:
Tartaruga Marinha

Número 5:
Nemo e sua Turma



Número 01 - Página 01 - Capa - Os mais profundos mistérios dos Oceanos



Número 01 - Página 02 - A Vida Marinha



Número 01 - Página 03 - Baleia Jubarte



Número 01 - Página 04 - O Planeta Aquático



Número 02 - Página 01 - Tsunami



Número 02 - Página 02 - Tubarão Branco



Número 02 - Página 03 - A Fera



Número 02 - Página 04 - Tubarões na costa Brasileira



Número 03 - Página 01 - O mar e seus Mamíferos



Número 03 - Página 02 - O maior animal do mundo - Baleia Azul



Número 03 - Página 03 - Etapas da evolução



Número 03 - Página 04 - A Nossa Jubarte



Número 04 - Página 01 - Saborosos Crustáceos



Número 04 - Página 02 - A Desova



Número 04 - Página 03 - Tartaruga Marinha



Número 04 - Página 04 - Nas águas do Brasil



Número 05 - Página 01 - Os Peixes Abissais



Número 05 - Página 02 - O mar em miniatura - Peixes de Aquário



Número 05 - Página 03 - Exóticas e belas especies



Número 05 - Página 04 - Belos e Exóticos



COLEÇÃO SAIBA MAIS:



Número 01 - Dinossauros
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Número 02 - A Corrida Espacial
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Número 03 - Os mais Profundos Mistérios do Oceano
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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Homem congelado há meio século poderá ser ressuscitado um dia


Homem congelado há meio século poderá ser ressuscitado um dia



Faz 50 anos desde que o professor norte-americano James Bedford se tornou o primeiro ser humano a ser submetido à criogenização.


Bedford tinha câncer de rim e decidiu aceitar a proposta da primeira organização de criogenia do mundo, a Life Extension Society, que se dispôs a congelar gratuitamente o primeiro que necessitasse de suspensão criônica. Foi assim que, após sua morte, aos 73 anos de idade, o professor foi submetido a um congelamento por tempo indefinido, à espera de uma tecnologia que pudesse ressuscitá-lo no futuro.



O procedimento consistiu em injetar dimetilsulfóxido no corpo de Bedford, substância química que ajudaria a preservar órgãos e tecidos. Em seguida, o corpo foi congelado com gelo seco e submerso em nitrogênio líquido.


Criogênia - É a ciência que estuda o congelamento de materiais


Até hoje o professor continua criogenizado. A ciência ainda não tem resposta à pergunta sobre se um dia seres humanos submetidos à criopreservação poderão ser, de fato, ressuscitados.

Fonte: CNET
(https://www.cnet.com/news/cool-dude-james-bedford-has-been-cryonically-frozen-for-50-years/)



Criogênia - Processo



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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Cachorro-quente no espetinho - Lanche da tarde


Cachorro-quente no espetinho - Lanche da tarde



01-Salsicha - 5 unidades



02-Cortar as salsichas ao meio



03-10 espetinhos de madeira para enfiar nos 10 pedaços de salsicha.



04-Após enfiado as salsichas no espetinho vamos fazer o corte em helicodal até alcançar o espetinho



05-Então foi feito o primeiro espetinho



06-Vamos juntar os espetinhos em uma bandeja



07-Manter os 10 espetinhos na bandeja com um pano de prato cobrindo



08-Abrir uma massa de pizza - Uma folha



09-Cortar a massa de pizza em tirinhas finas



10-Veja como ficou a tirinha



11-Enrolar em rolinhos compridos



12-Pegar os rolinhos feitos de massa e enrolar nos espetinhos acompanhando o formato helicoidal da salsicha cortada.



13-Arrumar os espetinhos em uma bandeja untada



14-Depois levar eles para um forno pre-aquecido.



15-Manter no forno a 180 graus por 15 minutos.



16- Lanche de aparência muito boa,.



17-Uma variedade de molhos (catchup, mostarda, etc...) dão aquele sabor especial



18-Quem vai dar a primeira mordida ?



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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Por que descemos das árvores - Evolução


Por que descemos das árvores - Evolução



A descoberta recente de três fósseis e uma montanha de análises novas mudam completamente a história da evolução do homem. Primeiro, são muitos mais, e espalhados por várias regiões, os ancestrais da humanidade. Depois, surgem novas hipóteses para uma pergunta crucial:


Se você pensa que é diferente dos macacos porque tem o cérebro maior que o deles, e acredita que foi por ser mais inteligente que começou a andar com duas pernas, bem, você errou. O seu crânio é mesmo maior, mas o que separou você dos macacos foram os pés. Para os antropólogos, a massa cinzenta do homem só cresceu depois que seus primeiros ancestrais, os hominídeos, ficaram eretos. Aí, tiveram as mãos livres para confeccionar instrumentos e para outras artes - e foram essas tarefas que estimularam o aprimoramento do raciocínio. Mas aí é que está: então por que esses ancestrais, os hominídeos, ficaram de pé? Até hoje, a explicação mais aceita era a seca que há 5 milhões de anos matou parte das matas africanas, forçando nossos ancestrais a virar bípedes. Eles precisavam cruzar rapidamente os descampados para buscar comida. Só que essa idéia já não faz sentido. Achados recentes mostram que vários hominídeos moravam mesmo na mata, e mesmo assim andavam de pé. E agora? Como admitiu à nos o especialista Bernard Wood, da Universidade de Liverpool: "A nossa velha hipótese virou fóssil."


A busca de uma resposta agita a ciência
Desde 1974, os paleoantropólogos cultivaram a noção de que os símios antigos começaram a virar bichos humanos porque uma seca transformou parte das florestas africanas em áreas de vegetação mais rala, as chamadas savanas. E aí, quem não se equilibrasse sobre duas pernas, que é um jeito mais eficiente para alguém como um macaco andar depressa, ia se dar mal. Era preciso buscar a comida bem longe - e ainda fugir de predadores.


O Aegiptopiteco já era capaz de distinguir cores e relevos


Pelo menos era assim que se explicava a evolução do homem, cuja marca registrada é ser o único bípede dentro da ordem dos macacos. Mas no final de 1995 apareceram ossos de três precursores da humanidade que foram habitantes das matas fechadas, e não das savanas. E, não obstante, eram bípedes.

Com os achados, a teoria da seca ficou de quatro. Ainda mais porque, de lá para cá, outros fósseis foram reanalisados e ficou claro: eram eretos e habitavam florestas fechadas. Ou seja, vai ser preciso achar um outro jeito de explicar porque alguns macacos evoluíram e aprenderam a ficar de pé, dando início à evolução humana. A vantagem é que são justamente os grandes desafios que levam a descobertas novas. "Está começando uma nova era no estudo do homem", assegurou à nós o paleoantropólogo Michel Brunet, da Universidade de Poitier, França.



Oito maneiras de ficar de pé e caminhar
Nos últimos dois anos, o número de possíveis ancestrais da humanidade simplesmente dobrou. A lista antiga incluía quatro bichos do gênero dos australopitecos: o afarense, o africano, o robusto e o boisei. A nova relação reúne mais quatro hominídeos. Três deles são classificados no gênero dos australopitecos: o anamense, o barelgazali e o etiópico. Mas há também um quarto animal, o ramido. Seu esqueleto é tão primitivo que os cientistas decidiram abrir um gênero novo só para classificá-lo, o dos ardipitecos. Para se ter uma idéia da relevância do achado, basta dizer que, desde 1925 - quando foi encontrado o Australopithecus africanus -, é a primeira vez que os pesquisadores concordam em criar um gênero novo.


Australopithecus - Anamesis / Afarensis / Africanus

Foi com um certo susto que se verificou que todos os oito, tão diferentes entre si, andavam de pé. Até hoje, a presunção da ciência era de que um único ser, o afarense, teria sido capaz de dar o salto evolutivo, o salto bípede, que resultaria na nossa ereta civilização. O fascinante, e de certo modo assustador, é que todas as outras também estavam passando pelas transformações anatômicas: todas sabiam caminhar. Ou seja, esses sete bichos representaram evoluções paralelas, como se fossem versões variadas de uma invenção evolutiva muito bem sucedida: ficar de pé e sair marchando pelo mundo.


E o segundo passo foi o cérebro
A lição definitiva que se aprende com as descobertas recentes é que a evolução não cria somente uma espécie nova de cada vez, como numa fila indiana. Em vez disso, as inovações são adotadas por diversos seres ao mesmo tempo, como ficou provado com o grande número de macacos bípedes, os chamados australopitecos e ardipitecos. Além dos oito fósseis desse tipo desenterrados até agora, outros ainda podem aparecer. E isso foi só o comecinho da escalada do homem. Como você vê aí ao lado, a proliferação de espécies repetiu-se na etapa seguinte, que teve início há cerca de 2,5 milhões de anos.


Funções do Cérebro


Nesse período despontaram os primeiros representantes do gênero humano, chamado de Homo. Isso mesmo: no passado, houve mais de uma espécie humana no planeta. Atualmente, os antropólogos reconhecem a existência de seis, inclusive, é claro, o Homo sapiens, na qual você está incluído. Naturalmente, depois de toda essa história, a marca registrada dos humanos foi o aumento da massa encefálica, que ficou quase três vezes maior que a dos australopitecos. Mas não foi ela que nos fez andar. Foi o contrário. O cérebro cresceu depois que a coluna vertebral se esticou para cima. O cérebro vai ser importante agora para entender, afinal, por que é que um dia os hominídeos desceram das árvores.



O lugar de cada um


O Lugar de cada um - Veja como eram os habitats


Bahr el Ghazal
Há 3,5 milhões de anos, era uma região em que mesclavam-se florestas e capinzais.

Lago Turkana
Fica numa região que era seca, no passado, mas suas margens teriam sido cobertas por floresta fechada.

Laetoli
Vista inicialmente como uma área de arbustos, pode também ter abrigado vegetação densa.

Sterkfontein
As pesquisas feitas nos últimos anos mostram que era uma área coberta por grandes árvores.



Os ancestrais fora do berço
Os australopitecos, gênero que daria origem à linhagem humana há uns 5 milhões de anos, foram descobertos em 1925 pelo anatomista sul-africano Raymond Dart em Taung, na África do Sul. A espécie foi denominada Australopithecus africanus. Em 1974, o americano Donald Johanson e o francês Yves Coppens desenterraram Lucy, uma fêmea de australopiteco da espécie afarense, no nordeste africano, e desde então quase todos os fósseis foram achados nessa região, que passou a ser considerada o berço da humanidade. Mas a partirdo final de 1995 começaram a aparecer esqueletos em vários outros lugares. Desde então, o centro da origem humana se perdeu. Para Michel Brunet, da Universidade de Poitier, França, descobridor do Australopithecus bahrelghazali, "seria ingenuidade, agora, tentar determinar um único local para o berço da humanidade."


Raymont Dart - Ficha pessoal



Entre a floresta e a savana



A paleontóloga Elizabeth Vbra, da Universidade de Yale, foi a primeira a notar que as matas tropicais africanas diminuíram de tamanho porque o clima ficou mais seco. Hoje há indícios de que a mudança pode ter começado há 5 milhões de anos, mas há dúvidas se o efeito foi persistente ou se oscilou entre mais úmido e mais seco ao longo dos milênios.

Há mais de 5 milhões de anos, a vegetação úmida ocupava espaço muito maior do que hoje, chegando até a costa leste. Aí começou a encolher.

Entre 5 milhões e 3 milhões de anos, chuvas e estiagem, em sucessão, fizeram o tamanho da floresta crescer e diminuir constantemente.

Há 2,8 milhões de anos a tendência à aridez consolidou-se, criando extensas áreas de savanas, que têm vegetação como a do cerrado brasileiro.

Esse é o aspecto da África hoje. A longa estiagem deu ao Saara a dimensão que se vê no mapa. Nos lados leste e noroeste, as savanas dominam.



A lista completa dos antepassados


Todos eles eram eretos e moravam nas matas


Ardipithecus ramidus
Período: 4,4 milhões de anos atrás
Local: Aramis
Ambiente: floresta fechada

Australopithecus anamensis
Período: 4,1 milhões de anos atrás
Locais: Turkana, Kanapoi
Ambiente: Savana e matas de beira de rio ou lago

Australopithecus bahrelghazali
Período: 3,6 milhões de anos atrás
Local: Bahr el Ghazal
Ambiente: matas fechadas

Australopithecus afarensis
Período: de 3,9 milhões a 3,1 milhões de anos atrás
Locais: Awash, Omo, Koobi Fora,Turkana, Laetoli
Ambiente: savana mesclada a áreas florestais

Australopithecus aethiopicus
Período: de 2,6 milhões a 2,2 milhões de anos atrás
Locais: Rio Omo, Lago Turkana
Ambiente: vegetação de beira de rios e lagos

Australopithecus boisei
Período: de 2,6 milhões a 1 milhão de anos atrás
Locais: Turkana, Omo, Koobi Fora
Ambiente: savana mesclada a áreas florestais

Australopithecus robustus
Período: de 2 milhões a 1,2 milhões de anos atrás
Local: Kromdraai
Ambiente: florestas densas

Australopithecus africanus
Período: de 3 milhões a 2,3 milhões de anos atrás
Locais: Sterkfontein, Taung
Ambiente: florestas densas



Os três humanóides mais antigos


Todos eles sabiam andar mesmo escalando troncos


Suspense fóssil
A descoberta do ramido deixou os estudiosos num tremendo suspense. O autor do achado, o americano David Pilbeam, ainda não terminou de analisá-lo e não quer dar dicas sobre o que achou. Só diz que ele podia "andar" pelos galhos tão bem quanto no chão, sobre dois pés. "É um meio de locomoção inteiramente novo", disse Pilbeam à nos. Idade do fóssil: 4,4 milhões de anos.

Ancestral do meio
O anamense, como todos os hominídeos, compartilhava vários traços com o chimpanzé: braços longos comparados às pernas, crânio com um terço do tamanho do nosso e mandíbula grande. Mas o dedão do pé dos macacos parece um polegar: é bem afastado dos outros dedos. O dedão do anamense já era um pouco menos separado, o que ajuda muito a andar ereto. Mas, há 4,1 milhões de anos, ainda preservava a habilidade de escalar os galhos.


O elo encontrado
O afarense tinha a anatomia mais próxima à humana, com as pernas encaixando-se bem debaixo da bacia. Esse alinhamento garantia o equilíbrio ao andar, enquanto o chimpanzé fica meio agachado porque sua bacia forma um ângulo com o fêmur. Por isso tem que apoiar-se nas quatro patas para locomover-se. Mesmo o afarense devia sentir-se em casa nos galhos. Ele sobreviveu 1 milhão de anos, entre 3,9 milhões e 3,1 milhões de anos atrás.



Uma viagem no tempo


Dos Chimpanzés ao Homo Sapiens passaram-se cerca de 6 milhões de anos



6 milhões de anos atrás
Período que antecedeu o aparecimento dos primeiros australopitecos. De macaco, na Terra, havia somente antepassados dos chimpanzés e dos gorilas. Vários deles tiveram a "idéia" de andar sobre duas patas. Ou seja, deram início à transformação que criaria os homens, muito mais tarde.



4,5 milhões de anos atrás
Entre os bichos que se tornaram bípedes estavam o Australopithecus ramidus, o Australopithecus anamensis, o Australopithecus bahrelghazali e o Australopithecus afarensis. Este último sobreviveu até 3,1 milhões de anos atrás e foi a ponte evolutiva para os primeiros bichos do gênero Homo, do qual faz parte o Homo sapiens, nós mesmos.



2,5 milhões de anos atrás
Você já encontra, nessa etapa, os dois primeiros representantes dos humanos, que são o Homo habilis e o Homo rudolfensis. Mas também vê bichos que deram continuidade ao gênero australopiteco. São o Australopithecus africanus, o Australopithecus robustus, o Australopithecus boisei e o Australopithecus aethiopicus.



1,5 milhão de anos atrás
Todos os australopitecos extintos, restaram os humanos. O Homo ergaster desapareceu por volta de 1,4 milhão de anos atrás. O Homo erectus existiu até uns 500 000 anos atrás e foi o primeiro a povoar a Europa e a Ásia. Teria dado origem ao Homo sapiens, que somos nós, entre 200 000 e 100 000 anos atrás, na África. O Homo neanderthalensis pode ter surgido há uns 500 000 anos. Extinguiu-se há 30 000 anos.



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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Música, sexo e drogas ativam mesmas substâncias no cérebro


Música, sexo e drogas ativam mesmas substâncias no cérebro



Estudo afirma que sistema químico-cerebral ligado à percepção do prazer é ativado quando se ouve música. Descoberta é essencial para a neurociência, afirmam cientistas.


O mesmo sistema químico-cerebral que proporciona as sensações de prazer geradas pelo sexo, as drogas e a comida é essencial para experimentar o prazer gerado pela música, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (08/02) na revista científica "Nature".



Mais música na sua vida

"Esta é a primeira prova de que os opioides próprios do cérebro estão diretamente envolvidos no prazer musical", destaca Daniel Levitin, um dos autores do estudo, desenvolvido na Universidade McGill de Montreal, no Canadá.

Trabalhos anteriores do especialista e sua equipe chegaram a produzir mapas das áreas do cérebro ativados pela música, mas só havia sido possível levantar a suspeita de que o sistema opioide era responsável pelo prazer.


'Impressões fascinantes'
Para a mais recente experiência, os cientistas bloquearam de maneira seletiva e temporária os opioides do cérebro com a naltrexona, remédio usado habitualmente em tratamentos para a dependência de drogas opiáceas e álcool.

Em seguida, eles mediram as reações dos 17 participantes do estudo aos estímulos musicais e constataram que até mesmo as músicas favoritas deixavam de gerar sensações prazerosas. "As impressões que os participantes compartilharam conosco depois do experimento foram fascinantes", diz Levitin.


O prazer gerando dependência


Um deles disse que sabia que a canção que acabara de escutar era uma de suas preferidas, mas que não tinha sentido as mesmas sensações de audições anteriores. Outro comentou: "Soa bem, mas não me diz nada."

Os pesquisadores consideram que os avanços no estudo da origem neuroquímica do prazer são fundamentais para a neurociência, já que muitas atividades prazerosas, como beber álcool e ter relações sexuais, podem causar dependência.


Circuito do prazer - Centro de recompensa - Sistema Límbico



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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O homem que vigiou por 40 anos um bunker chinês secreto


O homem que vigiou por 40 anos um bunker chinês secreto



Fiel às ordens recebidas, homem vigiava bunker ultrassecreto abandonado desde 1976!


He Wenxun tem 87 anos e passou quase metade da sua vida vigiando um bunker antiaéreo secreto no sul da China. O refúgio foi construído em 1975 para proteger os grandes líderes comunistas durante um eventual ataque, mas após a morte do presidente Mao Tsé-Tung, um ano mais tarde, o local foi esquecido.



Wenxun, fiel às ordens que havia recebido, continuou cuidando do local por mais de 40 anos. As autoridades chinesas não tinham conhecimento de sua existência, dado o enorme sigilo ao qual esteve sujeita sua construção. Tudo mudou há alguns meses, quando o homem enviou um pedido de demissão ao exército, alegando problemas de saúde.



Bunker - estrutura


Após receber a carta, os funcionários perceberam que o bunker não aparecia em nenhum mapa. Um destacamento foi ao local, onde se constatou que as instalações seguiam em ótimas condições graças à dedicação de Wenxun. Ele foi condecorado pelo governo chinês como “Modelo de Alta Moral”.

Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/227712-chino-vigilar-bunker-secreto-olvidado)



He Wenxun, born in Pan County.
Guizhou, in 1929, joined the army of the communist Party in 1948.
He was allocated to Ceheng county as a official in charge of infrastructure construction
after the founding of the People's Republic of China



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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Descoberto asteroide que pode destruir a economia mundial


Descoberto asteroide que pode destruir a economia mundial



Asteroide composto inteiramente de metais nobres pode mudar nossa referência econômica!


Uma descoberta surpreendente da NASA poderá mudar as coisas na Terra - e da maneira menos esperada. Conhecido como 16 Psyche, o asteroide localizado entre Marte e Júpiter foi avaliado em 10 quintilhões de dólares e é uma das próximas missões da Agência Espacial norte-americana.


16 Psique - Asteroide formado por metais nobres


O valor impressionante do asteroide de 200 km de diâmetro se deve principalmente à sua composição: ferro, níquel, ouro, platina, cobre e outros minerais nobres. Levando em consideração que a economia terrestre é de aproximadamente 73 trilhões de dólares, a avaliação é realmente impressionante.

Agora a questão é: o que aconteceria se o homem fosse capaz de explorar os materiais desse asteroide ? Uma vez que o valor dos objetos é dado em grande medida por sua quantidade e disponibilidade, alcançar o 16 Psyche significaria uma desvalorização automática dos bônus do tesouro (respaldados em ouro), títulos de dívida e ações empresariais, assim como todas as consequências resultantes dessas flutuações.



16 Psyche - comparação em escala com a nossa lua


No momento, a humanidade não possui tecnologia suficiente para explorar os recursos do asteroide de ouro. Para 2023, a NASA prevê o envio de uma sonda para alcançar o corpo celeste e coletar amostras.

Ela regressará à Terra no final de 2030.


Fonte: Computer Hoy
(http://computerhoy.com/noticias/life/este-asteroide-vale-mas-que-toda-economia-tierra-junta-57230)



16 Psyche - Localização em 31/01/2006



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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

5 inventores que foram vítimas de suas criações


5 inventores que foram vítimas de suas criações



Conheça cinco histórias de criadores que foram tragicamente destruídos por suas próprias invenções:


Alexander Bogdanov: Em 1920, este médico russo começou a fazer experimentos com transfusões de sangue. Ele estava convencido de que, renovando o fluxo sanguíneo, era possível obter a “juventude eterna”. Após onze transfusões bem-sucedidas, Alexander injetou em si mesmo o sangue de um estudante infectado com malária e morreu.



Alexander Bogdanov - Ficha pessoal



Thomas Andrews: O engenheiro naval responsável pela construção do monumental Titanic estava a bordo do navio na noite do acidente. Embora no projeto original ele tenha proposto a instalação de 46 botes salva-vidas, os construtores colocaram apenas 20. Thomas morreu tentando salvar a vida da maior quantidade possível de passageiros.


Thomas Andrews - Ficha pessoal - Engenheiro Naval do Titanic



Marie Curie: A duas vezes vencedora do Prêmio Nobel, graças à descoberta do rádio, do polônio e do desenvolvimento dos raios-x, morreu em 1943 em decorrência dos efeitos do material radioativo com o qual ela realizava experimentos. Seu trabalho ajudou a salvar milhões de vidas.


Marie Curie - Cientista - Ficha pessoal - Radioatividade



Jean-François Pilâtre de Rozier: No final do século XVIII, Rozier, pioneiro da aviação, criou seu próprio balão. Durante o voo inaugural, um forte vento esvaziou o veículo, que caiu no estreito de Dover, causando a morte do inventor.


Jean-François Pilâtre de Rozier - Químico Francês - Ficha pessoal - Aerostação



William Bullock: Em 1867, Bullock desenvolveu uma impressora automática que revolucionou a indústria editorial. O inventor foi ferido pela máquina durante um teste de rotina e morreu em consequência de uma gangrena na perna.


William Bullock - Inventor - ficha pessoal - Impressora


Fonte: Infobae
(http://www.infobae.com/tendencias/2017/01/02/tristes-paradojas-5-inventores-que-murieron-a-causa-de-sus-propios-inventos/)



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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Cientistas confirmam um novo estado da matéria - Os cristais do tempo


Cientistas confirmam um novo estado da matéria - Os cristais do tempo



Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, conseguiram fazer um modelo para reproduzir um novo tipo de matéria, os chamados cristais do tempo.


A existência desse novo estado foi proposta pelo Nobel de Física de 2012, Frank Wilczek. A ideia do cientista causou muito debate no meio científico e agora foi reafirmada com o modelo no artigo publicado no Physical Review Letters.



Com base no modelo, duas equipes independentes, uma da Universidade de Maryland e uma da Universidade de Harvard, criaram seus próprios cristais do tempo. Quando esses estudos forem avaliados e publicados, podemos ter a prova final de que os cristais do tempo existem.

"É um novo estado da matéria. Também é muito legal porque é um dos primeiro exemplos de matéria de não-equilíbrio", diz Norman Yao, coordenador da pesquisa da Universidade da Califórnia e participante dos grupos de pesquisa das outras universidades.



Como é?
Teoricamente, quando um material está no estado de gasto zero energia, é impossível haver movimento. Mas Wilczek previu que no caso dos cristais do tempo isso seria diferente.

Os cristais normais têm uma estrutura atômica que se repete no espaço –como a estrutura de carbono de um diamante. Um rubi ou um diamante não se movem porque estão em equilíbrio quando estão parados, em seu estado zero.



Criado o primeiro cristal do tempo


Já os cristais do tempo têm uma estrutura que se repete tanto no espaço quanto no tempo. Eles seriam como uma gelatina. Quando você toca, ela treme. Só que nesse caso, ela não precisaria ser tocada para ficar tremendo. O estado de zero gasto de energia desse cristal é justamente ficar se movendo.

Assim, os cristais do tempo são uma nova forma de matéria, a matéria do não-equilíbrio, pois ela não consegue ficar parada. "No último meio século, exploramos a matéria do equilíbrio, como metais e isolantes. Agora começamos a explorar uma paisagem totalmente nova da matéria do não-equilíbrio", conclui Yao.

A existência deles pode trazer novos entendimentos sobre o mundo ao nosso redor e também de novas tecnologias como computação quântica.



Cristal do tempo - onde a matéria nunca esta em perigo



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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Arquitetos constróem minicasas em 6 horas em vila para sem-teto


Arquitetos constroem minicasas em 6 horas em vila para sem-teto



Uma iniciativa fantástica, para ser copiada no mundo inteiro!

Arquitetos renomados dos Estados Unidos ajudaram a criar uma vila que constrói casas em apenas 6 horas, para moradores de rua.



É a Community First! Village, que fica no Texas, espaço para a construção de 240 minicasas, sem deixar a desejar a moradias comuns.

O trabalho é da ONG Mobile Loaves & Fishes. Com a ajuda de mais de 19 mil voluntários, a iniciativa comprou um terreno de quase 110 mil m².

A área tem um centro comunitário, jardim, teatro ao ar live e centro médico, para que os sem-teto se sintam realmente em casa na vila.


Emprego
Depois de instalados, os moradores de rua ainda são colocados em contato com microempresas, para que possam se profissionalizar.

Assim, pouco a pouco, conseguem se reerguer e, quando se sentirem prontos, podem deixar a comunidade e ceder seu lugar a outros moradores em situação de rua.



Veja como funciona o projeto:


(https://youtu.be/27XDnHnzdck)



Com informações do TheGreenestPost
(http://thegreenestpost.bol.uol.com.br/ong-que-constroi-minicasas-lindas-em-seis-horas-para-moradores-em-situacao-de-rua/)



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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Conheça os muçulmanos que arriscaram a vida para salvar judeus na II Guerra


Conheça os muçulmanos que arriscaram a vida para salvar judeus na II Guerra



As histórias são a prova de que a solidariedade humana vai além da fronteira ideológica e religiosa!


Às vezes os verdadeiros heróis aparecem na pele das pessoas mais improváveis. É o que comprovam as incríveis histórias de muçulmanos que arriscaram suas vidas e de suas famílias para salvar judeus durante a Segunda Guerra.

As histórias, que estão expostas em uma sinagoga em Nova York, comemoram o dia memorial do Holocausto, criado na Europa em homenagem às vítimas.

Conheça algumas:


Kaddour Benghabrit



Durante a Segunda Guerra, o fundador do Instituto Muçulmano da Grande Mesquita de Paris ajudou a forjar papeis atestando que os judeus eram, na verdade, muçulmanos. Assim, salvou centenas de pessoas da deportação ou do envio para os campos de concentração.



Abdelhamid Ben Badis



Fundou a Liga Algeriana de Muçulmanos e Judeus. Seu sucessor, Taieb El-Okbi, emitiu uma ordem que proibia matar e se apoderar de bens de judeus.



Bayezid II



O sultão do Império Otomano enviou uma esquadra para resgatar judeus da Espanha logo após a ordem de expulsão, em 1942. O sultão não apenas reassentou os refugiados como também lhes deu cidadania.



Rei Zog I



A Albânia, um país majoritariamente muçulmano, abriu suas fronteiras aos judeus refugiados durante a Segunda Guerra. Além disso, o Rei instruiu todas as embaixadas albanesas pelo mundo a emitir vistos a judeus que precisassem de ajuda. O país foi o único do continente europeu a ter mais judeus depois da Guerra.



Muhammad V



O sultão do Marrocos se recusou a seguir as ordens antissemitas do governo francês (controlado pelos nazistas) que exigiam a exclusão imediata de 200 mil judeus de funções públicas, obrigando-os a usar uma estrela amarela. Para confrontar ainda mais os alemães, o sultão convidou dezenas de rabinos para a celebração do seu sultanato, em 1941.

“Essas histórias são poderosas porque mostram uma perspectiva diferente à humanidade: que há esperança mesmo em tempos como o do Holocausto”, disse à Revista Time o professor especializado em Islã e Holocausto, Mehnaz Afridi.

As narrativas foram retiradas do site I Am Your Protector – algo como “Sou Seu Protetor”. A ideia é divulgar casos de solidariedade entre seres humanos que estão, teoricamente, em lados opostos. O projeto não se limita apenas a judeus e muçulmanos. Fala sobre refugiados, imigrantes ilegais e de pessoas que enxergam humanidade na outra, independente de qualquer crença, cor ou origem. Vale a visita.


FONTE: I Am Your Protector e Time

(http://www.iamyourprotector.org/)

(http://time.com/)


Site - I am your protector



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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Quando a ciência trabalha para o racismo


Quando a ciência trabalha para o racismo



Veja alguns casos em que teorias absurdas ajudaram a perpetuar o racismo na humanidade.


Ao longo da história, diversas teorias racistas foram elaboradas para justificar objetivos políticos.

Apresentadas como fatos científicos, acabaram contribuindo e exacerbando o ódio e a intolerância.

Quem fez bastante uso da ciência racista foi Adolf Hitler. Ele construiu seu discurso xenófobo, que custou a vida de mais de 6 milhões de pessoas no século passado, inspirado nas teorias de Houston Stewart Chamberlain e do professor Alfred Ploetz. Esses pensadores defendiam a superioridade da raça ariana e propunham, com o objetivo de preservar sua pureza, a reprodução seletiva, o assassinato de crianças deficientes e a proibição de relacionamentos inter-raciais.



Houston Stewart Chamberlain - Ficha


No século XVIII, inúmeros cientistas norte-americanos afirmavam que a pigmentação escura dos africanos era causada por uma doença genética similar à lepra. Com essa estanha hipótese, justificavam a cruel exploração de escravos e vários atos de racismo extremo.



Alfred Ploetz - Médico - ficha

A psiquiatria também contribuiu para a opressão racial nos EUA. No século XIX, o Dr. Samuel A. Cartwright cunhou o termo drapetomania, que definia a necessidade dos escravosde fugirem das fazendas como uma doença mental.



Samuel A. Cartwright - Médico - Ficha



Drapetomania - A Psychiatric Diagnosis - Runaway Slave Syndrome



Fonte: Notimerica
(http://www.notimerica.com/sociedad/noticia-teorias-racistas-hecho-dano-humanidad-20141125161754.html)



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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Índia inaugura a maior usina de energia solar do planeta


Índia inaugura a maior usina de energia solar do planeta


Usina tem capacidade de abastecer 150 mil casa e custou 2,1 bilhões

A Índia inaugurou a maior usina de energia solar do planeta este ano em Kamuthi. Com capacidade para gerar 648 MW/h, a usina ocupa uma área de cerca de 10km2 e ultrapassou a americana Topaz Solar Farm, até então a maior em atividade.


A estratégia do governo indiano é bem diferente do brasileiro, que no final do ano passado teve um leilão cancelado pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, para priorizar energia suja, conforme revelou a coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder, desta segunda (6). Na Índia, o objetivo é chegar a levar energia solar a ao menos 60 milhões de lares.



Kamuthi SolarPower Project


Ao contrário do Brasil, privilegiado com um dos maiores potenciais hidrelétrico do mundo, a Índia ainda é muito dependente de fontes térmicas de energia. Em 2016, a qualidade do ar da capital, Nova Delhi, chegou ao pior nível deste século, obrigando o governo a investir pesado em fontes renováveis.

A usina de Kamuthi levou 8 meses para ser construída ao custo de US$ 679 milhões (R$ 2,1 bilhões) e vai contribuir para que a Índia se torne o 3º maior produtor de energia solar do mundo, além de ser fundamental para o objetivo de fazer com que 40% da energia usada no país venha de fontes não-fósseis.


Kamuthi Solar Power Project, Índia

Kamuthi é uma usina solar instalada na cidade de Kamuthi, a 90 quilômetros de Madurai, no estado de Tamil Nadu, India. O foi encomendado pela empresa Adani Power, um conglomerado no setor de energia da Índia.


Com uma capacidade de geração de 648 MW, o projeto foi concluído em 21 de Setembro de 2016. A planta solar consiste em 2.500.000 módulos solares, 27.000 metros de estruturas de suporte, 576 inversores e 154 transformadores e quase 7500 km de cabos. Os painéis ocupam uma área de mais de 5 km².



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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Conversão de calor em luz dobra eficiência de células solares


Conversão de calor em luz dobra eficiência de células solares



A altura, diâmetro e espaçamento são cruciais para que o calor do componente se converta na faixa adequada de luz emitida - esta será a luz que a célula solar aproveitará. [Imagem: Kyoto University/Noda Lab]


Energia da luz e do calor
Engenheiros japoneses desenvolveram uma nova tecnologia para capturar energia luminosa que permite aproveitar uma faixa bem mais ampla do espectro eletromagnético do que simplesmente a luz visível.


"As células solares atuais não são boas em converter a luz visível em energia elétrica. A melhor eficiência é de apenas 20%," explica o professor Takashi Asano, da Universidade de Quioto, que está desenvolvendo novas tecnologias ópticas para melhorar a produção de energia.

A ideia é aproveitar outras fontes emissoras de radiação eletromagnética: a queima de combustíveis e outras fontes de calor, por exemplo, que também emitem luz nas diversas faixas do infravermelho.


Painéis solares


Convertendo energia do calor
Temperaturas mais altas emitem luz em comprimentos de onda mais curtos, razão pela qual a chama de um queimador de gás mudará do vermelho para o azul à medida que o calor aumentar. Mais calor oferece mais energia, tornando os comprimentos de onda curtos um alvo importante para o projeto de células solares mais eficientes.

"O problema", continua Asano, "é que o calor dissipa luz em todos os comprimentos de onda, mas uma célula solar só vai funcionar em uma faixa estreita. Para resolver isto, nós construímos um novo semicondutor nanométrico que estreita a largura de banda dos [diversos] comprimentos de onda para concentrar a energia."

Para que o calor emita luz visível - o fogo que você vê, por exemplo - são necessárias temperaturas a partir de 1000° C. Felizmente, o silício tem uma temperatura de fusão superior a 1400° C, o que significa que ele pode lidar bem com esta situação e gerar a luz que será finalmente transformada em eletricidade pela célula solar.


Esquema de captura da energia solar


Asano e seus alunos entalharam placas de silício para criar uma série de hastes idênticas e igualmente espaçadas. A altura, o diâmetro e o espaçamento das hastes são determinados pela largura de banda que se pretende capturar. Em outras palavras, esses cilindros determinam a emissividade do componente, ou seja os comprimentos de onda que ele emitirá quando for aquecido.


Célula termossolar
Usando este material, a equipe mostrou que seu semicondutor dobra a taxa de conversão de energia das células solares, elevando-a para pelo menos 40%.



"Nossa tecnologia tem dois benefícios importantes," acrescentou o professor Sussumu Noda. "Em primeiro lugar, é a eficiência energética: podemos converter o calor em eletricidade muito mais eficientemente do que antes. Em segundo lugar, é o projeto: podemos agora criar transdutores muito menores e mais robustos, o que será benéfico em uma ampla gama de aplicações."


Bibliografia:
Near-infrared-to-visible highly selective thermal emitters based on an intrinsic semiconductor Takashi Asano, Masahiro Suemitsu, Kohei Hashimoto, Menaka De Zoysa, Tatsuya Shibahara, Tatsunori Tsutsumi, Susumu Noda
Science Advances
Vol.: 2, no. 12, e1600499
DOI: 10.1126/sciadv.1600499



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domingo, 5 de fevereiro de 2017

A oficina do sabor - Química


A oficina do sabor - Química



Os cientistas ainda estão longe de fabricar em laboratório pratos refinados e banquetes pantagruélicos. Mas já são capazes de reproduzir o gosto e o aroma existente em boa parte dos alimentos naturais.


O aparelho que você vê aí em cima parece um liquidificador. Mas é uma boca artificial. Não tem lábios, não sorri, não morde nada nem ninguém. Apenas mastiga, mastiga, mastiga. E o mais curioso: nunca engole o que mastigou. A boca artificial foi inventada pela equipe do bioquímico Terry Acree, da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, para ajudar nas pesquisas sobre o paladar humano, com o objetivo de criar sabores artificiais. Ela simula o processo da mastigação e reproduz o mesmo ambiente que existe dentro da sua boca quando você come: a temperatura, o grau de acidez e até a lubrificação, com uma saliva artificial. Seu nome oficial é simulador retronasal de aromas.

Uma laranja como esta aqui ao lado entra nessa engenhoca e, lá, transforma-se numa verdadeira colcha de retalhos, formada por um monte de substâncias de nome esquisito. São essas substâncias, como os terpenos, os ésteres e os aldeídos, que fazem com que a fruta tenha o sabor que a sua boca percebe como laranja. Agora você vai conhecer de perto essas discretas personagens que governam o seu paladar.


Em busca do clone do gosto
Gosto se discute. E muito. Na verdade, melhor seria afirmar: sabor também se discute. O que chamamos de sabor é a soma do que é percebido como gosto pela língua e como aroma pelo nariz (veja no infográfico à direita). No mundo inteiro, grandes empresas e centros universitários de pesquisa estão empenhados em recriar os 5 000 sabores identificados na natureza. Já existem 2 000 disponíveis no mercado, reproduzíveis em laboratório.

Alguns dos ingredientes usados para clonar sabores já vêm prontinhos da natureza. Outros têm que ser fabricados artificialmente, pois seria muito difícil, ou caro, utilizá-los em estado original. Nem todas as substâncias naturais, por sua vez, precisam ser originárias do produto cujo aroma ou gosto se quer reproduzir. Podem vir de outras fontes. O eugenol, uma substância existente no cravo-da-índia, ao sofrer uma oxidação, reação química simples que consiste em acrescentar oxigênio à composição da substância, vira vanilina, um componente do aroma da baunilha.

Mas a vanilina não pode ser considerada um produto completamente artificial. Os técnicos apenas pegaram o que já existia na natureza e deram uma mexida, de leve. Artificiais, mesmo, são as substâncias inventadas em laboratório, como o aroma de fantasia conhecido por tutti-frutti ou o sabor da Coca-Cola.

Embora o senso comum imagine que as coisas naturais são melhores do que as artificiais, na realidade nem sempre é assim. Há substâncias artificiais que não causam dano à saúde, e há naturais que são perigosíssimas. "Às vezes, é apenas uma questão de dosagem", afirma o químico aromista Moisés Galano. "A noz-moscada, uma especiaria largamente usada na culinária em pequenas porções, se ingerida inteira pode até matar, porque possui muita miristicina, uma substância tóxica." Outra confusão muito comum é a de nomenclatura. Aroma é a parte volátil, ou seja, os gases que se desprendem dos alimentos sólidos ou líquidos, sentidos pelo nosso nariz. Por isso a palavra é usada tanto na indústria de alimentos como na de perfumes, embora os perfumistas prefiram o termo fragrância.


Brincando de molécula
"O paladar sofre a influência de uma quantidade enorme de fatores", esclarece Maria Aparecida Azevedo, do Laboratório de Análise Sensorial da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas. "Além do aroma, que é fundamental, também participam da formação do gosto a cor, a temperatura, a consistência e até mesmo aspectos emocionais associados a determinados alimentos."

Agora imagine que você é tão pequeno que consegue identificar cada molécula dos objetos ao seu redor, isto é, os tijolinhos que compõem tudo o que existe. Uma gota de água se apresentará aos seus olhos como um mosaico enorme composto por unidades de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Qualquer substância diluída nessa gotícula aparecerá para você como um tijolo diferente, misturado à estrutura do mosaico.

Conseguiu imaginar? Pois é isso que acontece quando você mastiga um alimento. As moléculas responsáveis pelo sabor se diluem na água da saliva e flutuam como vapor até se prenderem na mucosa olfativa de seu nariz. Ali, células especializadas "enxergam" as moléculas e transferem para o cérebro a informação "sabor X". As crianças sabem disso tudo empiricamente. Quando as mães as obrigam a comer uma verdura desagradável, elas apertam o nariz para não sentir o gosto. Lembra-se?


Microrganismos com sabor de tecnologia
A biotecnologia é outra personagem decisiva na produção de aromas. No Laboratório de Bioquímica da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade de Campinas (Unicamp), um outro conjunto de pesquisadores chefiados pelos professores Gláucia Pastore e Young Park conseguiu isolar, em um grupo de 2 500 amostras, quatro cepas de leveduras, uma espécie de fungo usado para fermentar substâncias químicas e produzir aromas naturais.

Um exemplo é o cheiro do queijo gorgonzola, que graças à ação das leveduras pode ser obtido em duas semanas de fermentação e acrescentado diretamente no produto final. Pelo método tradicional, é necessário esperar alguns meses até que o fungo habitualmente usado no processo complete sua ação sobre o queijo de modo a produzir o sabor desejado. "A mudança de patamar é só um começo", diz a pesquisadora. "Nos próximos anos haverá um crescimento significativo dessa área no Brasil, como já ocorre no Japão e em alguns países europeus, pois trata-se de um processo totalmente natural de obtenção aromática. A indústria de alimentos vai se sofisticar bastante."

A previsão deve ser levada a sério, considerando-se de onde partiu. A equipe chefiada por Young e Gláucia adquiriu experiência em biotecnologia alimentar desenvolvendo, há quase dois anos, um novo e badalado açúcar natural de baixa caloria, o New Sugar, produzido a partir da fermentação do açúcar comum. Adivinhe qual o agente catalisador desse processo. Sim, um fungo. Ele foi batizado com o nome científico de Aspergillus niger.

Como o paladar e o olfato humanos não podem ser totalmente reproduzidos em toda a sua complexidade, aromistas profissionais, que além de possuir formação em química ganham a vida alugando o próprio nariz aos laboratórios, são contratados a peso de ouro pelas grandes empresas do ramo, como a americana IFF e as suíças Firmenich e Givaudan. Essas empresas, quase desconhecidas pelo grande público, são responsáveis por cerca de 80% de todos os produtos vendidos no Brasil que têm gosto e cheiro, de chicletes a sabonetes.


Sabor que pesa no bolso
O que explica a enorme diferença de sabores disponíveis no mercado é a maior ou menor fidelidade à composição química dos aromas. Enquanto na laranja do nosso exemplo eles eram sessenta, em outras frutas, como o morango, chegam a 850. O brasileiríssimo aroma de café torrado é mais complexo: há 1 500 moléculas no seu sabor.

Quanto mais perto os cientistas conseguirem chegar da fabricação do cardápio completo das substâncias naturais, mais próximos estarão do sabor natural. "O aroma de banana possui cerca de 200 substâncias, mas pode-se reproduzi-lo com cinqüenta ou com 190", afirma Milton Ferreira, diretor da divisão de aromas da Firmenich, com sede em São Paulo. "Depende do grau em que o cliente deseja se aproximar do sabor original da fruta, e de quanto pretende investir, pois há um aumento proporcional no custo final do aroma". Ele ainda adverte para outro desafio: "Não podemos nos esquecer da conservação. Os aromas devem ser capazes de suportar o fogo, o congelamento e a estocagem". Tudo isso para depois sumir dentro da boca. A boca que mastiga, mastiga, mastiga e saboreia.


Para saber mais

Internet:

http://www.nysaes.cornell.edu/pubs/press/mouth.html

http://www.nysaes.cornell.edu/fst/faculty/acree/market/index.html


Boca que não come
A boca artificial inventada na Universidade Cornell reproduz em laboratório o que acontece quando você mastiga


Laranja mecânica
O que faz uma laranja ter gosto de laranja é o resultado da combinação de sessenta moléculas diferentes, classificadas em cinco grupos de substâncias químicas.


Terpenos
Participação: 90% a 96%. De sabor neutro, servem de veículo para outras substâncias.
Exemplo: d-limoneno


Ésteres
Participação: 2%. Fazem você sentir o sabor frutal.
Exemplo: acetato de octila


Aldeídos
Participação: 1,6%. Responsáveis pela sensação refrescante dos sabores cítricos.
Exemplo: decenal


Hidrocarbonetos
Participação: 1,5%. Acentuam as propriedades das demais substâncias.
Exemplo: alfa-pineno


Álcoois
Participação: 1,2%. Simulam o açúcar da fruta, dando a sensação de que ela está madura.
Exemplo: decanol


Da fruta ao cheiro



1. Matéria-prima
Retira-se o suco da fruta, esmagando-a por prensagem. O suco é colocado em um recipiente vedado.


2. Concentração
Aspiram-se os gases desprendidos do suco. Um filtro de polímero os captura. O filtro é, então, mergulhado num solvente. O líquido resultante é chamado de extrato do morango ou de óleo essencial.


3. Fracionamento
No cromatógrafo gasoso, um gás força a passagem do extrato do morango através de um tubinho finíssimo, enrolado em forma de espiral. É o canalículo de sílica. No contato com o polímero que reveste o interior do tubinho as moléculas se separam.



4. Enumeração
Moléculas maiores demoram mais para sair na outra ponta. Os diferentes tempos de saída são, então, registrados. No gráfico que está saindo da impressora, cada pico representa uma molécula, as substâncias diferentes que compõem o aroma do morango.


5. Identificação
Dentro de um equipamento chamado espectômetro de massas, as substâncias com cheiro separadas no cromatógrafo são bombardeadas por um feixe de elétrons. Um computador analisa o padrão de fragmentação. A partir disso, identifica a composição química exata de cada elemento e sua participação no aroma completo do morango.


6. Reprodução
Com a receita química do aroma nas mãos, basta reproduzi-lo. Alguns ingredientes podem vir de fontes naturais. Outros podem ser sintetizados em laboratório. O aroma é apresentado sob a forma líquida, em pó, em pasta ou em microcápsulas. Aplicações: alimentos, detergentes, cremes dentais, tabacaria, rações animais e remédios.



A fisiologia do paladar



A língua é ótima, merece todo o respeito, mas não é dona da chave do sabor. Ela só consegue distinguir os quatro gostos básicos dos alimentos (veja desenho abaixo). Embora a percepção do gosto pela língua seja muito importante, são certas partículas gasosas, chamadas de voláteis, que fazem você perceber a variação sutil entre uma ervilha e um feijão.

Ao se difundirem durante a mastigação pela cavidade que liga a boca ao nariz, os voláteis atingem células especializadas da mucosa do nariz, por onde passam todos os cheiros. Ali, em uma área de 1 centímetro quadrado, são desencadeados impulsos elétricos em direção ao cérebro. Eis o paladar.



Aprenda a ler um rótulo



No tamanho, elas se assemelham àquelas famosas letras ilegíveis dos contratos leoninos. Mas você não precisa ter medo delas. As misteriosas siglas e palavras que parecem querer se esconder no rótulo são na verdade nomenclaturas técnicas para os aditivos, substâncias essenciais à manutenção do sabor e do cheiro do produto industrializado. Alguns aditivos também estimulam outros sentidos que auxiliam o paladar, como a visão e o tato.

Estabilizantes
Identificados pelas letras ET e mais alguma coisa. Por exemplo, o código ET.XXIX se refere ao tartarato de sódio, usado em queijos fundidos e requeijão. Ajudam a conservar o produto.

Conservantes
São os P e mais alguma coisa. Exemplos: o P.IX, que significa propionato de cálcio, sódio e potássio, usado tanto em picles quanto em chocolates. Também conservam o alimento.

Antioxidantes
Aparecem como A, seguido de um número romano. Exemplo: A.XIX, terc-butil-hidroquinona, usado em gomas de mascar. Evitam que o produto se deteriore em contato com ar.

Acidulantes
São os H e mais alguma coisa. H.IV, por exemplo, identifica o ácido fumárico, usado em geléias de frutas. Além de conservar, acentuam o sabor ácido do produto.

Corantes
São os C e mais alguma coisa. Exemplo: dióxido de titânio (C.IV), usado em refrescos em pó. Os corantes devolvem a cor original do produto, estimulando a visão e ativando a memória gustativa.

Flavorizantes ou aromatizantes
São escritos por extenso, como aroma natural de alguma coisa, aroma reforçado, aroma reconstituído ou aroma imitação. Exemplo: aroma imitação de baunilha. Principais responsáveis pela percepção do paladar.

Antiumectantes
São os AU e alguma coisa. Exemplo: sais de alumínio (AU.XI), usados em café solúvel e gelatinas. Repelem a umidade nociva ao produto.

Edulcorantes ou adoçantes
São grafados por extenso. Exemplo: ciclamatos, aspartame, sacarina, usados em alimentos e bebidas dietéticos. Acentuam a percepção do sabor doce. São usados mesmo quando o açúcar faz parte da receita.

Umectantes
São os U e alguma coisa. Exemplo: sorbitol (U.II), usado em biscoitos e similares. Mantêm o grau de umidade necessário ao produto.

Espessantes
São os EP alguma coisa. Exemplo: goma-arábica (EP.V), usada em balas e chicletes. Interferem na percepção tátil da boca, acentuando a textura do produto durante a mastigação.



Metamorfoses saborosas



É fácil imaginar que não existe nada de canela no chiclete que tem esse sabor escrito no rótulo. O que pouca gente sabe é que, para fazer o chiclete de canela, usa-se um produto natural completamente diferente: a amêndoa. Simplesmente, fica mais barato para o fabricante. O químico aromista pega a amêndoa, isola a substância desejada e a submete a uma reação de oxidação. Ou seja, acrescenta oxigênio à sua estrutura molecular. O resultado é uma mudança nas suas propriedades, entre as quais o gosto e o aroma, como você vê nos exemplos ao lado:


Da amêndoa sai um gosto de canela
Extrai-se o aldeído benzeno
Oxidação
Forma-se o aldeído cinâmico


Do cravo sai um gosto de baunilha
Extrai-se o eugenol
Oxidação
Forma-se a vanilina


Do limão sai um perfume de violeta
Extrai-se o aldeído benzeno
Oxidação
Forma-se a bionona



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domingo, 5 de fevereiro de 2017

Nanotecnologia teria sido descoberta na Roma Antiga


Nanotecnologia teria sido descoberta na Roma Antiga



Uma relíquia que data dos tempos do Império Romano, conhecida como “Cálice de Licurgo”, parece revelar que os artesãos romanos conheciam a nanotecnologia há 1.600 anos.


Os especialistas acreditam que o cálice foi fabricado entre 290 e 325 d.C. As imagens de pequenas esculturas em vidro representam cenas da morte do rei Licurgo, da Trácia. Embora pareçam ser de cor verde opaca, ao serem iluminadas por trás tornam-se vermelhas translúcidas, efeito conseguido por meio da incrustação de partículas minúsculas de ouro e prata no vidro.



Quando os pesquisadores britânicos analisaram os fragmentos em um microscópio, descobriram que as partículas de ouro foram reduzidas a 50 nanômetros de diâmetro, ou seja, o equivalente à milésima parte de um grão de sal. Mesmo nos dias de hoje isso é algo difícil de conseguir. Esse tipo de trabalho ainda é desconhecido para os estudiosos da época. Desde 1958, o Cálice de Licurgo se encontra no Museu Britânico.

Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/ciencias/223487-nanotecnologia-invento-antigua-roma)



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domingo, 5 de fevereiro de 2017

Pesquisadores encontram tubarão mais antigo que dinossauros


Pesquisadores encontram tubarão mais antigo que dinossauros



Após décadas de busca, um submarino não tripulado do Instituto de Pesquisa do Aquário da Baía de Monterrey (Califórnia, EUA), conseguiu finalmente encontrar o misterioso tubarão fantasma.


Trata-se de uma criatura que habita os oceanos há mais de 300 milhões de anos. Seu habitat são as águas de Nova Caledônia, no Pacífico Sul. No entanto, o tubarão fantasma acabou sendo encontrado a mais de 6 mil quilômetros de distância dali, no litoral da Califórnia e do Havaí. Isso, segundo Dave Ebert, do Centro de Pesquisa de Tubarões do Pacífico, foi “um pouco de sorte”.



O estranho tubarão fantasma (Hydrolagus trolli) tem um aspecto similar ao de um rato, com um nariz pontiagudo, um maxilar ligado ao crânio e uma dentadura formada por placas ósseas. A característica mais notável desse animal é que ele possui um pênis retrátil na testa, embora, até o momento, não se conheça exatamente seu modo de funcionamento.

Assista ao vídeo:


(https://youtu.be/CV0D6G4CTio)

Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/226317-captar-video-tiburon-fantasma-oceano)



Tubarão Fantasma - Hydrolagus Troll - Ratfish



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sábado, 4 de fevereiro de 2017

Coleção Saiba Mais - A Corrida Espacial


Coleção Saiba Mais - A Corrida Espacial



O Desejo de voar sempre acompanhou o homem. Veja nesta coleção os passos que tornaram este sonho possível.


Número 1:
De Ícaro ao Espaço

Número 2:
Santos Dumont

Número 3:
O Supersônico

Número 4:
Ônibus Espacial



Número 01 - Página 01 - Capa - A Corrida Espacial



Número 01 - Página 02 - Do sonho de Ícaro ao Espaço



Número 01 - Página 03 - 1969 - O Astronauta Neil Armstrong foi o primeiro homem a pisar na lua



Número 01 - Página 04 - O astronauta Brasileiro - Marcos Pontes



Número 02 - Página 01 - Em busca de um sonho



Número 02 - Página 02 - Santos Dumont e seu 14-BIS



Número 02 - Página 03 - Por dentro do 14-BIS



Número 02 - Página 04 - O nacional Tucano



Número 03 - Página 01 - B29 - Enola Gay - O avião assassino



Número 03 - Página 02 - Nasce o supersônico Concorde



Número 03 - Página 03 - Concorde - 100 Passageiros - 9 Tripulantes



Número 03 - Página 04 - Airbus A-380 o Gigante



Número 04- Página 01 - O dia em que o homem pisou na lua



Número 04- Página 02 - O poderoso ônibus Espacial



Número 04- Página 03 - Ônibus Espacial - tem capacidade de levar 25 Toneladas e retornar com até 14 Toneladas



Número 04- Página 04 - O dia em que o homem pisou na lua



COLEÇÃO SAIBA MAIS:



Número 01 - Dinossauros
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/01/colecao-saiba-mais-dinossauros.html)



Número 02 - A Corrida Espacial
(http://publicadosbrasil.blogspot.com.br/2017/02/colecao-saiba-mais-corrida-espacial.html)



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sábado, 4 de fevereiro de 2017

Cientistas estão prestes a ressuscitar "supertouros nazistas"


Cientistas estão prestes a ressuscitar "supertouros nazistas"



O biólogo e ecologista holandês Ronald Goderich anunciou recentemente que planeja “ressuscitar” os uros, antiga raça de touros europeus extinta em 1627. Para isso, buscará nas diferentes raças de touros atuais os genes perdidos desse mamífero monumental. O cientista afirma que será possível projetar um animal com um DNA 92% idêntico aos originais.


Os uros eram vacas antigas, de tamanho similar ao de um elefante, que conquistaram o território europeu fazendo uso de seus poderosos chifres e comportamento agressivo. O crescimento populacional e a caça indiscriminada dizimaram a espécie no início do século XVII.


Super vacas nazistas


Na década de 20 do século passado, os zoólogos alemães Heinz e Lutz Heck deram início a um empreendimento parecido com o proposto por Ronald, e conseguiram criar uma raça bovina grande e robusta, dotada de chifres grandes e que, atualmente, ainda existe em alguns zoológicos do mundo.



Os nazistas usaram esse animal como símbolo da raça ariana, colocando-o como modelo em diversas propagandas oficiais.

Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/228243-cientifico-vacas-nazi)



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Cientistas estão prestes a ressuscitar "supertouros nazistas"



O biólogo e ecologista holandês Ronald Goderich anunciou recentemente que planeja “ressuscitar” os uros, antiga raça de touros europeus extinta em 1627. Para isso, buscará nas diferentes raças de touros atuais os genes perdidos desse mamífero monumental. O cientista afirma que será possível projetar um animal com um DNA 92% idêntico aos originais.


Os uros eram vacas antigas, de tamanho similar ao de um elefante, que conquistaram o território europeu fazendo uso de seus poderosos chifres e comportamento agressivo. O crescimento populacional e a caça indiscriminada dizimaram a espécie no início do século XVII.


Super vacas nazistas


Na década de 20 do século passado, os zoólogos alemães Heinz e Lutz Heck deram início a um empreendimento parecido com o proposto por Ronald, e conseguiram criar uma raça bovina grande e robusta, dotada de chifres grandes e que, atualmente, ainda existe em alguns zoológicos do mundo.



Os nazistas usaram esse animal como símbolo da raça ariana, colocando-o como modelo em diversas propagandas oficiais.

Fonte: RT
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sábado, 4 de fevereiro de 2017

Livros que levam você ao Futuro - Para saber mais


Livros que levam você ao Futuro - Para saber mais


Nano - A Ciência Emergente da Nanotecnologia: Refazendo o Mundo, Molécula por Molécula, de Ed Regis
O livro relata as pesquisas do cientista Eric Drexler e traz os conceitos básicos da tecnologia que promete revolucionar o mundo.
Editora Rocco, Rio de Janeiro, 1997.
Preço: 32 reais.



3001: A Odisséia Final, de Arthur C. Clarke
O quarto livro da série iniciada por 2001 começa com o resgate de Frank Poole, o astronauta que foi morto 1 000 anos antes pelo computador HAL 9000.
Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1997.
Preço: 27 reais


A Vida Digital, de Nicholas Negroponte
O autor desperta admiração em uns e indiferença em outros, mas continua sendo uma boa referência quando se pensa na revolução da tecnologia da informação.
Companhia das Letras, São Paulo, 1995.
Preço: 21 reais



Out of Control: The Rise of Neo-Biological Civilization, de Kevin Kelly
O editor da revista Wired faz um relato perturbador da civilização neobiológica, resultante da fusão das tecnologias digital e biológica.
Editora Addison Wesley, 1994.
Preço: 29,73 reais


Visões de Robô, de Isaac Asimov
O destaque desta coletânea de contos sobre robôs está na introdução. Nela, o pai da robótica conta o be-a-bá dos homens de lata e defende sua utilização para as mais diversas tarefas.
Editora Record, Rio de Janeiro, 1994.
Preço: 25 reais.



Profetas do Erro: A Arte de Errar Previsões, de Julio Verne a Bill Gates, de François-Bernard´Huyghe
Uma investigação sobre os enganos nas profecias feitas no passado por escritores de fiçcão científica e, hoje, pelos gurus da tecnologia digital.
Editora Ática, São Paulo, 1997.
Preço: 18,50 reais


What Will Be - How the New World of Information Will Change Our Lives, de Michael Dertouzos
O pesquisador do MIT analisa os avanços da tecnologia digital e critica o entusiasmo exagerado que cerca as previsões sobre o futuro.
Editora Harper Edge, 1997.
Preço: 37,25 reais





Na Internet:

Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT)
http://web.mit.edu/


Xerox - Parc (Centro de Pesquisas de Palo Alto)
http://nano.xerox.com/nano/


IBM- Centro de Pesquisas Almaden
http://www.almaden.ibm.com/


Philips - Visions of the Future
http://www.philips.com/design/vof


World Future Society
http://www.wfs.org/wfs/index.htm



Ficção científica na rede:

The Arthur C. Clarke Foundation
http://www2.acclarke.co.uk/acclarke/


H.G. Wells (página não-oficial)
http://www-personal.ksu.edu/~aapn/hgwells.html

Aldous Huxley (página não-oficial)
http://www.primenet.com/~matthew/huxbio.html


Júlio Verne (página não-oficial)
http://avery.med.virginia.edu/~mtp0f/flips/jules.html



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sábado, 4 de fevereiro de 2017

A fronteira do infinito - Exploração Espacial


A fronteira do infinito - Exploração Espacial



Os avanços tecnológicos tornam as viagens espaciais mais baratas, rápidas e seguras. O próximo século marcará o início da colonização da Lua e dos planetas do Sistema Solar.


O futuro da Terra está no Cosmo. Você duvida? É só olhar para trás. Desde que, há mais de 100 000 anos, os nossos ancestrais pré-históricos deixaram a África para explorar novos territórios na Europa e na Ásia, a história da humanidade é a história de uma incessante expansão. Há 14 000 anos, povos nômades do Extremo Oriente atravessaram o Estreito de Bering, que liga a Sibéria ao Alasca, dando início ao povoamento do continente americano. Na Europa, o final da Idade Média inaugurou uma corrida para conhecer os "mares nunca dantes navegados". Há dúvidas se Marco Polo esteve mesmo na China, mas seus relatos inspiraram outros aventureiros que chegaram lá. Da descoberta da América, em 1492, ao primeiro passo de Neil Armstrong na Lua, em 1969, a humanidade prosseguiu na conquista de novas fronteiras. O próximo passo é Marte. Um desafio caro, difícil e perigoso, mas que os cientistas e engenheiros estão dispostos a encarar. Já há até uma data apontada pelos cientistas como a mais provável para a chegada do homem ao solo marciano: 2009. Veja logo abaixo, os planos para a colonização do espaço.



Eletrônica viabiliza expedições



E aí, você já esteve em Marte? Se você pudesse viajar quarenta anos para trás, numa máquina do tempo, a primeira pergunta que lhe fariam seria essa. Em 1957, quando foi lançado o Sputnik, o primeiro satélite artificial, poucos duvidavam de que, lá pelo ano 2000, a humanidade passearia pelo Sistema Solar com a mesma tranqüilidade com que, hoje, é possível levar as crianças para conhecer as savanas africanas. Mas as coisas tomaram um rumo diferente. O único lugar que já foi pisado pelo homem lá fora é a Lua e a aventura espacial, cara e perigosa, ganhou um ritmo mais lento. Nada disso diminuiu a obsessão com a conquista do Cosmo.
É como se uma força irresistível atraísse os terráqueos para longe de casa. Arthur C. Clarke, autor de 2001: Uma Odisséia no Espaço, prevê que, daqui a alguns séculos, a maior parte da humanidade habitará uma grande estação espacial em forma de anel, estacionada na órbita da Terra. A ligação se dará por quatro imensas torres, erguidas sobre a linha do equador, com 36 000 quilômetros de altura.
Fantasia? O fato é que a revolução tecnológica está ampliando incrivelmente as possibilidades humanas. Um problema que atrasou as viagens interplanetárias foi o do peso dos equipamentos. Com a miniaturização dos componentes eletrônicos, esse obstáculo sumiu. A Voyager, sonda que esquadrinhou o Sistema Solar, pesava 200 quilos. As duas naves Pluto Express, que partirão em 2003 rumo a Plutão, pesam apenas 5 quilos cada uma.



O sonho do homem em Marte



De todos os atuais projetos de exploração do espaço, o que mais mobiliza a imaginação humana é o da conquista de Marte - ainda mais agora que a Nasa deu a largada para a série de missões tripuladas por robôs que iniciarão a exploração do planeta vizinho. Desde o dia 4 de de julho deste ano, um carrinho (o Sojourner) transportado pela nave Pathfinder transmite imagens e análises do solo marciano. Outro passo foi dado em setembro, com a chegada à órbita de Marte da sonda Global Surveyor, que entre outras coisas elaborará o primeiro atlas detalhado do planeta.
Duas novas sondas americanas serão despachadas para Marte a cada dezoito meses, de acordo com o cronograma traçado até 2005. Resta a grande pergunta: quando, afinal, desembarcará no planeta um astronauta de carne e osso? A Nasa tem se esquivado de antecipar uma data. O palpite mais cotado entre os especialistas é 2009. Sabe-se apenas que as missões da Nasa programadas para os próximos anos têm como tarefa principal analisar os problemas que precisam ser resolvidos antes da decisão.
Os custos de um vôo tripulado serão muito maiores do que os do envio de robôs. Os astronautas precisam de oxigênio, calor, comida - e de uma condução para voltar para casa. A conta de uma missão de ida-e-volta a Marte sairia em torno dos 20 bilhões de dólares, no mínimo. As viagens da Pathfinder e da Global Surveyor custaram cerca de 150 milhões, cada uma. As despesas e os perigos são tantos que até existe, entre os cientistas e políticos envolvidos no programa espacial, quem defenda o arquivamento da idéia do homem em Marte. Robôs cumpririam perfeitamente as mesmas tarefas, argumentam. "Enviar seres humanos a Marte é um grande desafio, mas não é impossível", rebate Lewis Peach, integrante do grupo de altos funcionários americanos encarregados do assunto.



Uma cabana entre as crateras



Faz 25 anos que não vamos à Lua. A última visita foi em dezembro de 1972, com a Apollo 17, a sexta missão tripulada a dar as caras por lá. O que provocou o cancelamento do programa Apollo foi o seu alto custo. Graças às tecnologias capazes de baratear as despesas com as viagens espaciais, renasceu o interesse pela Lua. Empresas privadas americanas, como a General Dynamics, já se ofereceram para colaborar com a Nasa em projetos de colonização do satélite terrestre.
Até agora, não existem planos para a exploração dos recursos minerais da Lua, já que o satélite não revelou a presença de nada tão valioso a ponto de compensar o investimento. A importância maior reside nas oportunidades de pesquisa científica. Universidades planejam instalar telescópios ultrapotentes (o céu lá é muito mais limpo do que na Terra) e avançados laboratórios de Exobiologia, a ciência que estuda o comportamento dos animais e das plantas no espaço exterior.
A estratégia da Nasa para a colonização da Lua se divide em três etapas. Na primeira fase, veículos com tecnologias de visão virtual enviarão dados sobre o ambiente, para que se possa avaliar o que é necessário para a sobrevivência. O passo seguinte será a instalação de laboratórios operados por robôs. Essas experiências serão úteis para desafios mais difíceis, como a ida a Marte. Só depois será inaugurada uma base para alojar astronautas.
Pelos planos da Nasa, a etapa do povoamento começará em 2020. A idéia é construir cidades lunares envolvidas por redomas de vidro, que terão a função de reter o oxigênio (importado da Terra) e proteger os moradores da radiação e da queda de asteróides. Lá irão morar os cientistas e suas famílias. Por volta de 2025, se tudo der certo, a humanidade estará comemorando o nascimento do primeiro bebê na Lua.



Destacamento avançado
Robôs-formigas desbravarão planetas.



Os robôs terão um papel decisivo na colonização do Sistema Solar. A Nasa aposta nos robôs-formigas. Essas minúsculas criaturas estão sendo preparadas para resolver sozinhas uma quantidade enorme de problemas. Mais importante: poderão fabricar outros robôs, à sua imagem e semelhança, com base nas matérias-primas existentes no planeta ou asteróide de destino.



Saudade da Terra

As condições na Lua e em Marte são
pouco propícias à sobrevivência humana.



TERRA

Gravidade: 1

Umidade: 10% a 80%

Pressão: 1 063 milibares

Duração do dia: 24 horas

Oxigênio: 21%

Temperatura: -88º a 58ºC



LUA

Gravidade: 0,17

Umidade: inexistente

Pressão: inexistente

Duração do dia: dois meses

Oxigênio: inexistente

Temperatura: -153º s 134ºC



MARTE

Gravidade: 0,38

Umidade: menos de 1%

Pressão: 7,7 milibares

Duração do dia: quase 24 horas

Oxigênio: inexistente

Temperatura: -45º a 32ºC



Ponte-aérea orbital



Vem aí uma espaçonave
que voa como um avião.

Melhores a cada geração, os ônibus espaciais americanos, como o Atlantis, têm um inconveniente incorrigível: a cada vôo, a maior parte dos equipamentos - os dois foguetes propulsores e o imenso reservatório de hidrogênio e oxigênio líquidos - vira lixo. Só uma pequena parte efetivamente regressa à Terra. A Nasa pretende resolver o problema com o VentureStar, que decolará e aterrissará como um avião. As naves atuais são lançadas em posição vertical e vão deixando pedaços pelo caminho. Os testes começarão em 1999, com um protótipo chamado X-33. O VentureStar, da empresa Lockeed Martin, irá ao espaço pela primeira vez em 2003, em sua versão com piloto automático, e em 2005 com uma tripulação humana. Servirá para colocar satélites em órbita e fazer o leva-e-traz entre a Terra e a Estação Espacial Internacional, que entrará em pleno funcionamento em 2003.



Ensaio polar
Biosfera simula base em outro planeta.




Qual o lugar da Terra mais parecido com o ambiente que os astronautas vão encontrar em outros planetas? As vastidões geladas das calotas polares. Como parte dos preparativos para as aventuras espaciais do próximo século, a Nasa montou, na Antártida, uma biosfera onde os pesquisadores tentam reproduzir o ciclo completo da vida terrestre. Lá, tudo é reciclado. De fora, só mesmo a (pouca) luz do Sol. Todo o lixo é reaproveitado. No CELSS (sigla em inglês para Sistema Controlado de Apoio Ecológico à Vida), os cientistas mantêm um jardim onde cultivam a própria comida e renovam o oxigênio pela fotossíntese. Para quem faz questão de comer carne, a experiência não é muito recomendável. Os moradores da biosfera marciana têm de se converter à dieta vegetariana.



Privatização da Lua
Americano vende pela Internet lotes de solo selenita.



"Dê de presente à sua namorada um pedaço da Lua". Com essa conversa, um americano esperto até demais já vendeu, pela Internet (http://www.moonshop.com), mais de 10 000 lotes do satélite natural da Terra. Cada lote tem 7 quilômetros quadrados e custa 16 dólares. O aventureiro, Dennis Hope, acha que está dentro da lei, mas a verdade é que ninguém ainda decidiu a quem pertence a Lua.



Mensagem aos ETs
No final da década de 80, a revista Omni pediu ao astrônomo americano Freeman Dyson para escrever uma breve mensagem, que depois foi transmitida, por rádio, a extraterrestres que estivessem eventualmente à escuta. Dyson escreveu o seguinte:

"Caros extraterrestres. O silêncio de vocês nos deixa envergonhados. Perdoem-nos, por favor, pelo barulho que estamos fazendo neste magnífico Universo que compartilhamos com vocês. Sejam pacientes quando nós somos impacientes, sejam gentis quando somos brutos, sejam sábios quando somos imbecis. Nós somos uma espécie jovem e ainda temos muito o que aprender".



Espaço - Tempo x Distancia / Space - Time x Distance



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sábado, 4 de fevereiro de 2017

Programe seu futuro - Tecnologias


Programe seu futuro - Tecnologias



A 20 Anos atrás muitos previam um futuro muito extraordinário, mas é muito diferente hoje, algumas coisas avançaram em suas particularidades enquanto outras permaneceram quase inalteradas, abaixo temos as tecnologias previstas em 1997 para que fossem acontecer ate 2020.

Veja, nas próximas páginas, as tecnologias
que vão revolucionar o seu cotidiano e as previsões
da Ciência até o ano 2020.


Samuel Goldwyn, um dos grandes magnatas de Hollywood, recomendava, em tom de piada, que "nunca se deve fazer previsões, principalmente sobre o futuro". A Ciência, sabiamente, preferiu ignorar essa brincadeira de Goldwyn. Mesmo com o risco de errar, ela continua a arriscar seus palpites. Sobre o futuro, claro.

A previsão científica se distingue das crendices e bruxarias pelo seu compromisso com a razão. Ela vai buscar as linhas do futuro não no desenho aleatório da palma da mão, mas ali onde ele está sendo construído: no momento presente. Em lugar de profecias, a Ciência trabalha com cenários - possibilidades reais, embora não garantidas por antecipação. Sua linguagem é direta, cristalina. Nada a ver com o palavrório enigmático de um Nostradamus, que deve a fama de adivinho a interpretações feitas depois de cumpridas as suas "profecias". De fato, é bem mais fácil prever o passado.


Calendário
Das diversas tentativas de fazer projeções racionais, a mais sistemática partiu do governo da Alemanha, com seu Projeto Delphi (de Delfos, cidade grega onde estava instalado o principal oráculo da Antiguidade). De tempos em tempos, são distribuídos questionários aos 900 mais importantes cientistas da Alemanha. Cada um deles avalia as pesquisas em sua área do conhecimento e calcula quanto tempo se levará para alcançar determinada meta. Em que ano a terapia genética mostrará os primeiros resultados na cura do câncer?

Em que ano a energia solar se tornará uma alternativa viável? E assim por diante.
A agenda que oferecemos a você no verso deste encarte foi elaborada com base no Projeto Delphi, sem deixar de levar em conta os prognósticos de entidades e publicações de prestígio, como a Sociedade do Futuro Mundial e as revistas Science et Vie (francesa) e Wired (americana). Destaque e guarde esta agenda. Nela estão anotados os seus encontros com os prodígios da Ciência nos próximos 23 anos.



A corrida pelo fio mágico



Os principais laboratórios de Física do do mundo estão mergulhados no desafio da supercondutividade, a capacidade que alguns materiais têm de transmitir a energia sem perda pelo caminho.
O cobre é um bom condutor, mas não o ideal. O que se busca é um material com supercondutividade a temperatura ambiente. Em 1986, os cientistas George Bednorz e Alex Müller conseguiram uma cerâmica supercondutiva a 38 graus Kelvin, ou seja, 235 graus Celsius. Muito mais frio que o Pólo Norte. Um ano depois, o chinês Chi-wung Chu obteve um composto que funciona a 98ºK. Não está longe o dia em que teremos materiais supercondutivos de uso prático, o que reduzirá os custos com energia para uma fração dos atuais.



Informação rápida como a luz



Já começou a ser implantada a tecnologia que tornará realidade a aldeia global profetizada na década de 60 pelo teórico da Comunicação Marshall MacLuhan.

As fibras ópticas devem substituir os atuais cabos de cobre, permitindo a transmissão de uma quantidade imensa de informações a uma velocidade altíssima. Os dados viajam à velocidade da luz, de 300 000 quilômetros por segundo. O computador, a televisão, o vídeo, o toca-CDs, o rádio e o telefone poderão, dessa maneira, virar um único aparelho - uma verdadeira "máquina de comunicações".

A informação é transformada em sinais luminosos, que se deslocam no interior, oco, dos cabos ópticos, feitos de vidro de silício ou de plástico. Os equipamentos de vídeo e de áudio digitalizados, que atualmente enviam sinais a 28 000 bits por segundo, passarão para 20 milhões de bits por segundo, uma velocidade quase 1 milhão de vezes maior.
A conversão tecnológica terminará em vinte anos.



A Biologia a serviço do homem
O nascimento da ovelha Dolly, o primeiro clone de um animal adulto, colocou em evidência as imensas possibilidades de aplicação prática da Genética. As conquistas nessa área passaram dos laboratórios para a vida cotidiana. É cada vez maior o número de alimentos transgênicos, ou seja, obtidos por meio da manipulação dos genes. Nos supermercados da Europa e dos Estados Unidos, já se pode comprar tomates que se conservam por mais tempo, cenouras mais doces do que as normais e arroz incrementado com doses extras de proteínas.
Nos consultórios médicos, os testes genéticos permitem detectar a propensão a doenças antes que elas se manifestem. Isso torna possível a prevenção ou, ao menos, o diagnóstico precoce. A terapia genética surge agora como a grande esperança para a cura do câncer e de outros males associados a fatores hereditários. A idéia é introduzir no paciente genes saudáveis que, aos poucos, substituirão os genes malcomportados, os mutantes. Veja, ao lado, como as pesquisas genéticas podem ajudar você a viver melhor.



A aposta no poder do Sol



O susto provocado pelo aumento dos preços do petróleo, na década de 70, reavivou um velho sonho da humanidade, o de aproveitar os raios do Sol como fonte de energia. Apesar do enorme potencial da energia solar, ela só responde por 0,1% da eletricidade gerada atualmente no planeta.

A tecnologia da energia solar existe há muito tempo. Ela se baseia nas células fotovoltaicas, capazes de transformar os fótons, que formam a luz, em elétrons, que formam a corrente elétrica. O problema é sua baixa eficiência. A maior parte da energia solar "ricocheteia" nas células e se perde antes de ser absorvida.

Os cientistas não desistem. Estão sempre inventando maneiras de absorver mais energia. Uma idéia é captar a energia solar diretamente no espaço, onde a luz e o calor do Sol são muito mais fortes do que no chão.

O projeto mais avançado é o do Japão, que pretende instalar, no ano 2000, uma central solar de 10 000 kilowatts (equivalente a duas usinas nucleares) a 1 100 quilômetros de altura. A central funcionará à base de ondas eletromagnéticas, as mesmas que você usa no forno de microondas, em sua casa. Só que, no caso da central orbital, elas geram eletricidade em vez de calor.

Também a indústria automobilística está investindo pesado na energia solar. Até o ano 2020, a maior parte da frota mundial de veículos já terá dispensado a gasolina. O Brasil participa das pesquisas com um protótipo que está sendo desenvolvido por técnicos do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em São José dos Campos (SP). O carro que você vê na foto, amarelo e com o teto esquisito, só poderia se chamar Banana.



Fusão nuclear, uma força inesgotável

Nenhuma área de pesquisa cientifica tem suscitado tanta expectativa quanto a da fusão nuclear. A energia dos atuais reatores nucleares é obtida pela fissão, ou seja, a divisão de um átomo (de urânio). O processo contrário, de fusão dos núcleos de dois átomos de hidrogênio, libera uma força muito maior, propiciando uma energia limpa (não deixa resíduos tóxicos) e inesgotável. O hidrogênio, que compõe duas terças partes da água, é a substância mais abundante do Universo.
A fusão já acontece com a bomba de hidrogênio. O desafio é manter essa reação sob controle, para o uso pacífico. Em novembro de 1991, físicos da Universidade de Oxford fundiram, pela primeira vez, os núcleos de dois átomos de hidrogênio. O reator foi aquecido a 320 milhões de graus Celsius - bem mais que os 100 milhões necessários. A aposta é produzir eletricidade de fusão nuclear até meados do próximo século.



Genes amestrados
Como a Biotecnologia vai ajudar você
Os benefícios da Genética são mais presentes na agricultura, que já produz alimentos mais resistentes, e na Medicina, com novos remédios e a chance de derrotar doenças antes que elas apareçam.


Superplantas
Na montagem ao lado, você vê uma lagarta destruindo um broto de algodão. Isso vai acabar. Pela manipulação de genes, a Biotecnologia já está produzindo plantas à prova de pragas.

Vacina
Alguns laboratórios já manipulam os genes de vacas e cabras. O objetivo é fazer com que o leite delas contenha substâncias que imunizam as pessoas contra certas doenças.



Clonagem
A multiplicação das Dollys teria duas utilidades: a melhoria dos rebanhos e a produção de remédios que já viriam prontos, no leite de animais transgênicos.

Cura de doenças
O Projeto Genoma, que mapeará todos os genes humanos até o ano 2005, permitirá identificar a causa das mais de 3 000 doenças hereditárias, abrindo o caminho para a sua prevenção e cura.



A energia que cai do céu



Como funcionará o projeto japonês de captação da energia solar por satélite.

1. A inesgotável energia do Sol é absorvida por painéis gigantescos, onde estão embutidas células fotovoltaicas

2. Essa energia é amplificada no satélite e enviada à Terra, sob a forma de microondas, por uma rede de antenas

3. Painéis de radiopilhas recebem as microondas e as transformam em eletricidade

4. A energia assim obtida ingressa na rede elétrica normal.



Como dois átomos viram um só



1 Dois tipos de hidrogênio, o deutério e o trítio...

2 ...são colocados num aparelho onde ocorre a fusão...

3 ...liberando energia e, como resíduo, um átomo de hélio e um nêutron de hidrogênio.



A agenda da Ciência
Confira a seguir o calendário das conquistas e descobertas mais importantes que a Ciência espera alcançar nos próximos 23 anos.




1998
Pâncreas artificial fornece insulina para os diabéticos.

Análises clínicas a domicílio.

Computadores capazes de reconhecer o movimento dos corpos entram no mercado.



1999
A sonda americana Mars Global Surveyor completa a coleta de informações para o primeiro atlas detalhado da superfície de Marte.

Videofone em miniatura: uma combinação de telefone, fax, computador e vídeo, de um tamanho tão pequeno que cabe no bolso do paletó.

Os teclados dos computadores começam a ser substituídos por comandos de voz.



2000
O sangue artificial começa a ser usado rotineiramente nas transfusões, eliminando a necessidade de doadores.

Jornais começam a aposentar o papel. Suas páginas chegam aos leitores eletronicamente, sobre telas flexíveis portáteis.

Shopping virtual a domicílio sob comando vocal.

A energia solar alcança seu primeiro bilhão de dólares em vendas.



2001
Difunde-se o uso de cartões magnéticos com chips que registram a ficha médica do portador.

Computadores conseguem decifrar textos escritos a mão.

A Nasa envia um robô-astronauta a Marte.

A cidade de San Francisco, nos Estados Unidos, inaugura o primeiro monotrilho experimental para carros elétricos, que poderão trafegar a 200 quilômetros por hora.



2002
Videofone em miniatura; todos os livros nos serviços on line.

Começa a ser comercializado o primeiro chip de DNA.

O material genético do paciente é colocado sobre um cristal de silício.

Em seguida, um computador detecta sinais de genes deficientes e avalia os riscos de contrair determinadas doenças.

Máquinas conseguem enxergar como humanos e identificar objetos sozinhas.

A Estação Espacial Internacional opera plenamente.



2003
Microorganismos aperfeiçoados geneticamente limpam áreas contaminadas.

Primeiros sucessos da terapia genética no combate ao câncer.

Células solares em telhados e fachadas das casas se tornam um procedimento padrão.

Completado o Projeto Gutemberg, que coloca 10 000 livros à disposição dos usuários da Internet.Lançamento da sonda Pluto Express, que mapeará Plutão e seu satélite, Caronte.

Chega a Marte o primeiro robô de ida-e-volta, que regressará à Terra com amostras de rochas marcianas.



2004
Latas de lixo "inteligentes" separam automaticamente os detritos domésticos para serem reciclados.

Máquinas conseguem enxergar como humanos.

Imagens nas telas de computador alcançam o mesmo grau de definição que possuem no papel.

A sonda americana Cassini chega a Saturno, ao final de seis anos de viagem.


2005
Microssondas eliminam os entupimentos nas veias, tornando a trombose um problema de fácil resolução. As mortes por doenças cardíacas diminuem drasticamente.

Um novo telescópio espacial é lançado, em substituição ao Hubble.

O aparelho, denominado New Generation Space Telescope, poderá confirmar se existem planetas semelhantes à Terra fora do Sistema Solar.

Experiências de colisão de prótons permitem detectar pela primeira vez uma partícula subatômica chamada boson de Higgs, apontada pelos físicos como a responsável pela estruturação da matéria em elétrons e quarks.

Todos os tipos de máquinas e equipamentos começam a adotar sistemas que lhes permitem obedecer ao comando da voz.

Com a conclusão do Projeto Genoma, já estão mapeados todos os 100 000 genes humanos.



2006
Chips são reduzidos 300 vezes: ficam mais baratos e de aplicação mais ampla.

Carros automáticos dispensam o motorista, pois os computadores de bordo comandam todos os movimentos.

Torna-se rotineiro o uso de animais geneticamente modificados como doadores de órgãos para seres humanos. O porco, por exemplo,

é muito usado em transplantes de coração.

Os robôs substituem os bombeiros no combate aos incêndios.



2007
Computadores traduzem textos de várias línguas em tempo real.

Lançado o protótipo do carro movido a hidrogênio, um combustível muito mais barato e potente que a gasolina



2008
Computadores avaliam e resumem livros e calculam a estrutura molecular de novas substâncias.

Robôs de formato humano são utilizados em grande escala nas fábricas.



2009
Músculos e articulações artificiais podem ser dirigidos pelo sistema nervoso do corpo.

Desembarque do primeiro homem em Marte.



2010
Carros elétricos andam graças à energia corrente solar (o abastecimento é feito em postos especiais de energia solar)

Cegos voltam a ver, por meio de uma retina artificial, com eletrodos ligados ao nervo óptico.

Microrrobôs são usados para desobstruir vasos sanguíneos.

As primeiras espécies vegetais e animais criadas pelo homem por meio da manipulação genética.

Casas completamente controladas por computador.

Primeiros robôs autônomos de exploração da Lua.



2011
Implantado o coração artificial.

As catástrofes naturais, como terremotos, enchentes e erupções vulcânicas, deixam de ser motivo de preocupação, pois se tornam completamente previsíveis.



2012
Supercondutores permitem que a corrente elétrica seja transportada por longas distâncias sem perda de energia.

Os robôs já executam a maior parte dos trabalhos nos lares e nos hospitais.



2013
Miniaturização: transistores de tamanho atômico encontram uso generalizado.



2014
É descoberta a vacina contra o câncer.

Os cientistas conseguem deter a expansão do buraco na camada de ozônio.

Trens impulsionados por oscilação magnética viajam a 1 000 quilômetros por hora.



2015
Pulmões e rins artificiais.

Anunciado o primeiro material supercondutor a temperatura ambiente. A novidade abre novas fronteiras para a produção de aparelhos elétricos cada vez menores e mais baratos.

A expectativa média da vida humana chega a 120 anos.

Decomposição e recomposição da estrutura molecular da água para produzir energia.



2016
A durabilidade dos bens de consumo já é cinco vezes maior do que era na virada do milênio.

Supercondutores fazem com que depósitos de energia armazenem grandes quantidades de energia elétrica

Chegam ao mercado os primeiros nanoprodutos viáveis comercialmente. Um terço das 4 000 doenças de origem genética já está controlado, graças aos conhecimentos obtidos pelo Projeto Genoma e sua aplicação na Medicina.

O dióxido de carbono, causador do efeito-estufa, pode ser aspirado da atmosfera e armazenado em estado neutro.



2017
Microprocessadores usam células vivas.

Fabricado o primeiro computador quântico, capaz de armazenar no mesmo espaço as bases 0 e 1, o que multiplica a sua capacidade de cálculo.

Novas idéias já podem ser obtidas por meio de estimulantes químicos específicos para esse fim.

Robôs já são capazes de consertar a si mesmos.

Início da utilização de cabos fabricados com novos materiais, ultrafinos e extremamente resistentes por muitos quilômetros de extensão.



2018
O hidrogênio se torna um importante condutor de energia.

Naves espaciais voam com propulsão de reação magnética; planetas distantes ficam mais acessíveis.



2019
Gigantescas usinas solares nos desertos abastecem os países industrializados.



2020
Usinas solares no espaço fornecem energia, que chega à Terra por meio de ondas eletromagnéticas.

Fígado artificial.

Televisão holográfica e videoconferências em três dimensões.

Animais domésticos dotados de cérebros artificiais.

Introduzida a memória molecular nos computadores, que adquirem uma capacidade de 1 terabit por centímetro quadrado.

Primeiras cidades subterrâneas.

Começa a instalação de colônias humanas permanentes na Lua.



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As Bactérias que mordiam - Medicina / Imprensa

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

JACA - A FRUTA QUE PODE SER A SOLUÇÃO PARA AS AMEAÇAS CLIMÁTICAS


JACA - A FRUTA QUE PODE SER A SOLUÇÃO PARA AS AMEAÇAS CLIMÁTICAS



Com cheiro estranho e peculiar para muitos, a jaca tem características únicas capazes de torná-la alimento fundamental num futuro não muito distante. A atenção à fruta surge após recentes alertas das Nações Unidas e do Banco Mundial a respeito do irreversível aumento de temperatura que pode desfavorecer o cultivo de grãos de milho e trigo, desencadeando guerras por alimento.


A jaca, por sua vez, poderá resistir às mudanças climáticas, sendo então considerada como uma das alternativas certas para a alimentação mundial.

“É um milagre. Ela pode fornecer tantos nutrientes e calorias – tudo. Se você comer 10 ou 12 bulbos desta fruta, você não precisa de nenhum outro alimento até a outra metade do dia”, explica Shyamala Reddy, pesquisadora de biotecnologia da University of Agriculture Sciences de Bangalore na Índia ao exemplificar todo potencial nutritivo da jaca.



Jaqueira - Planta - Jaca


Uma jaca pequena, como referência, pesa entre 5 e 7 kg, enquanto uma grande pode pesar até 45 kg. “É fácil de cultivar. A jaca sobrevive a pestes, doenças e às altas temperaturas e é resistente à seca. Ela

consegue o que os agricultores precisam na produção de alimentos quando se deparam com os vários desafios das mudanças climáticas”, complementa Danielle Nierenberg, presidente da Foodtank, organização sem fins lucrativos que visa o consumo seguro, consciente e nutritivo de alimentos.


Jaca Saudável


Além de possuir um importante papel nutricional, a jaca também é uma fruta extremamente versátil.

Isso é dito pois o fruto pode ser utilizado até mesmo para substituir a carne como veremos adiante.

Atualmente, ao menos no Brasil, é possível encontrar a jaca facilmente em quase todos os supermercados. Realidade um pouco diferente da Índia, local de origem da fruta, onde a produção é mínima, não sendo suficiente para atender toda a demanda da nação.

Para Nierenberg, considerar a jaca como uma alternativa não é de fato uma opção, mas sim uma necessidade “há interesse apenas em culturas que não são alimentos básicos principais. Nós simplesmente não temos escolha, vamos ter que explorar algumas dessas alternativas para ter certeza de que seremos capazes de alimentar as pessoas”.



Jaca - Os seus gomos


Mas, quais são os nutrientes da jaca? Para análise, 200 g de jaca possui pelo menos 50% de toda vitamina C necessária por dia. Além disso, contém altas quantidades de vitamina A, E, folatos, niacina, potássio, cálcio, manganês, ferro e diversos outros minerais. Todos estes nutrientes juntos fazem com que a jaca possa trazer incríveis benefícios para a saúde, como exemplo:


A jaca pode substituir carne
A alta quantidade de proteínas da jaca faz com que esta fruta seja substituta ideal para a carne.

Normalmente, opta-se por jacas que não estejam completamente maduras. Basta cozinhar os pedaços e depois refogar com temperos naturais para que se tenha um tipo de carne desfiada de jaca.



Jaca - Pode ser servido de diversas formas



Jaca previne gripes e resfriados
O consumo de alguns pedaços de jaca é o suficiente para garantir altas quantidades de ácido ascórbico, ou a tão famigerada vitamina C. Isso significa fortalecimento do sistema imunológico, prevenindo gripes e resfriados.



Consumo de jaca pode prevenir câncer
Os flavonoides e fitonutrientes presentes na jaca oferecem proteção contra diversos tipos de desenvolvimento de células de câncer. Além disso, a impressionante presença de antioxidantes fundamentais torna a jaca um alimento capaz de neutralizar os danos dos radicais lives ao DNA.


Melhora a saúde dos ossos
A jaca é rica em cálcio, mineral fundamental para a plena saúde dos ossos. Ela também possui uma expressiva porcentagem de potássio, mineral que pode auxiliar o organismo na prevenção de perda de cálcio através do rim.


Regula o açúcar no sangue
Cada vez mais as análises mostram que o aumento do nível de açúcar no sangue pode estar relacionado ao baixo nível de manganês no organismo. Isso significa que o consumo de jaca, fruta rica em manganês, é de extrema valia para equilibrar os níveis de açúcar e consequentemente para tratar determinados casos de diabetes.


Seu objetivo é manter níveis normais de glicemia



Regula atividades intestinais
Além de ser um alimento completo, a jaca é carregada com fibras benéficas para o corpo. Isso significa o pleno funcionamento dos processos gastrointestinais, prevenindo recorrentes casos de constipação que se abatem sobre o organismo quando há deficiência de fibra.


Jaca provê energia
Consumir jaca é garantir importantes quantidades de frutose, sacarose e carboidratos. Tudo isso praticamente sem nenhum colesterol. Estas características fazem com que a jaca proporcione energia e disposição para atividades que requeiram movimentação física.



Energia dos alimentos



Trata e dá vida aos cabelos
Manter o organismo nutrido é essencial para os cabelos. A jaca proporciona quantidades essenciais de vitamina A que é extremamente necessária para que não haja queda ou secura nos fios de cabelo. Além disso, traz um aspecto saudável de renovação. Aqui é importante ver que tanto a vitamina A, quanto a vitamina C, favorecerão também para a saúde da pele, prevenindo envelhecimento precoce ao lutar contra radicais livres.


Previne doenças cardiovasculares
O potássio presente na jaca desempenha um papel necessário na manutenção dos níveis de sódio no organismo. Consequentemente, regula-se o fluxo sanguíneo, prevenindo o mais variado leque de doenças cardiovasculares, como o ataque cardíaco ou o acidente vascular cerebral.

Por fim, é necessário ter consciência quanto a alimentação. Se prestássemos mais atenção aos alimentos que a natureza proporciona, certamente poderíamos evitar as catástrofes naturais e também aquelas que abrangem nossa saúde. Assim que possível, não perca a oportunidade de experimentar uma jaca e aproveitar todos os seus benefícios, não antes de consultar um médico ou profissional de saúde, é claro.



Alimentos x Atividade Física Cotidiana - Frequência para uma vida mais saudável


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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Coleção de 461 Vídeos do ano de 2016


Coleção de 461 Vídeos do ano de 2016



Muito do que visualizamos em vídeo vem pelo Facebook e o Whatsapp, as vezes encontramos verdadeiras coleções com uma boa diversidade em curiosidades, ciência, diversão e dicas.

O ano passado (2016) foi o de maior compartilhamentos, então estamos listando aqui esta coleção que consideramos completa (com autorização do proprietário), que mais se parece com o que tivemos de melhor no ano de 2016.

Registrar estes 461 vídeos para não perder, muito menos esquecer...



Vídeo: 1 / 461

TWD - ESTA CENA FICOU GRAVADA NA MENTE - KKK

Publicado em: 16 de fevereiro de 2016 ·

#TWD - ESTA #CENA FICOU #GRAVADO NA #MENTE - #KKK

Duração do vídeo: -0:03



Vídeo: 2 / 461

RETRÔ - ROBOTECH - MACROSS

Publicado em: 17 de fevereiro de 2016 ·

#RETRÔ - #ROBOTECH - #MACROSS

Duração do vídeo: -1:31



Vídeo: 3 / 461

Mortal Kombat 3 - SNES - 1995

Publicado em: 17 de fevereiro de 2016 ·

Mortal Kombat 3 é o terceiro jogo da série Mortal Kombat, lançado em 1995. foi melhorado em Ultimate Mortal Kombat 3, e depois em Mortal Kombat Trilogy.
#Mortal #Kombat 3 - #SNES - 1995
Mortal Kombat 3 é o terceiro #jogo da #série Mortal Kombat, #lançado em 1995. foi melhorado em #Ultimate Mortal Kombat 3, e depois em Mortal Kombat #Trilogy.
#Ano1995 #Console #Game

Duração do vídeo: -0:44



Vídeo: 4 / 461

Journey to Silius - NES - 1990

Publicado em: 18 de fevereiro de 2016 ·

Journey to Silius, conhecido no Japão como áspero Mundial, é um jogo de corrida e vídeo arma side-scrolling desenvolvido pela Engenharia Tokai e publicado pela Sunsoft para o Nintendo Entertainment sistema em 1990.
Journey to Silius foi originalmente baseado no filme de 1984 The Terminator, mas os direitos de licenciamento para o filme foram perdidos durante o desenvolvimento. Como resultado, os gráficos e enredo foram alteradas para acomodar esta mudança, mas restos da versão anterior ainda permanecer no jogo. Por exemplo, o chefe final tem uma notável semelhança com o terminador titular no filme.
#Journey to #Silius - #NES - 1990
Journey to Silius, conhecido no #Japão como áspero Mundial, é um #jogo de #corrida e vídeo arma side-scrolling desenvolvido pela Engenharia #Tokai e publicado pela #Sunsoft para o Nintendo Entertainment sistema em 1990.
Journey to Silius foi originalmente baseado no filme de 1984 The #Terminator, mas os direitos de licenciamento para o filme foram perdidos durante o desenvolvimento. Como resultado, os #gráficos e enredo foram alteradas para acomodar esta mudança, mas restos da versão anterior ainda permanecer no jogo. Por exemplo, o #chefe final tem uma notável semelhança com o terminador titular no #filme.
#Ano1990 #Nintendo #Game #JourneyToSilius

Duração do vídeo: -0:36



Vídeo: 5 / 461

UMA ARMA MULTIUSO DO VELHO OESTE - CRIATIVA

Publicado em: 18 de fevereiro de 2016 ·

UMA #ARMA #MULTIUSO DO #VELHO #OESTE - #CRIATIVA
#VelhoOeste #Conflito #Combate #Armado

Duração do vídeo: -0:06



Vídeo: 6 / 461

O ZIKA E OUTRAS ONDAS...

Publicado em: 19 de fevereiro de 2016 ·

O #ZIKA E OUTRAS #ONDAS...
#Mosquito #Dengue #Vetor #Drogas #Terror

Duração do vídeo: -1:10



Vídeo: 7 / 461

Berzerk - Atari - 1982

Publicado em: 19 de fevereiro de 2016 ·

Lançado em 1982 pela Atari, Berzerk foi um jogo de ação e tiro muito popular, oriundo do
fliperama. Nele, o jogador tem por objetivo atirar e destruir robôs que estão espalhados
em diversas galerias compostas de paredes eletrificadas.
#Berzerk - #Atari - 1982
#Lançado em 1982 pela #Atari, Berzerk foi um #jogo de #ação e #tiro muito popular, oriundo
do #fliperama. Nele, o #jogador tem por objetivo atirar e destruir #robôs que estão
espalhados em diversas #galerias compostas de paredes #eletrificadas.
#Ano1982 #Game #Console #Anos80

Duração do vídeo: -0:29



Vídeo: 8 / 461

Frogger II ThreeDeep - Atari -1984

Publicado em: 22 de fevereiro de 2016 ·

Frogger II ThreeDeep é um jogo de console e computador lançado em 1984. O jogo é uma sequencia do Frogger original de 1981 e apresenta jogabilidade similar.
O objetivo do Frogger II: ThreeDeep! é manobrar cada sapo para uma vaga no topo da tela.
Depois de todos os leitos são preenchidos o jogador avança para o próximo nível. Ao contrário de seu antecessor, o jogo apresenta três telas consecutivas para cada nível, em vez de uma tela por nível, com berços no topo de cada uma das três telas que precisam ser preenchidos.
#Frogger II #ThreeDeep - #Atari -1984
Frogger II ThreeDeep é um #jogo de #console e #computador lançado em 1984. O jogo é uma sequencia do Frogger #original de 1981 e apresenta #jogabilidade similar.
#Ano1984 #Game #Fun

Duração do vídeo: -0:19



Vídeo: 9 / 461

OS MELHORES SEGURANÇAS QUE O DINHEIRO PODE COMPRAR

Publicado em: 22 de fevereiro de 2016 ·

OS #MELHORES #SEGURANÇAS QUE O #DINHEIRO PODE #COMPRAR
#kkk #Vigia #Vigilante #Porteiro #Portaria #Gato #Cat #Proteção #Medrosos

Duração do vídeo: -0:05



Vídeo: 10 / 461

Title Match Pro Wrestling - Atari - 1987

Publicado em: 23 de fevereiro de 2016 ·

Genre: Sports - Wrestling
Programmer(s): DeMeo, Alex
Publisher: Absolute Entertainment
Country: USA
Title #Match Pro #Wrestling - #Atari - 1987
Genre: #Sports - Wrestling
Programmer(s): DeMeo, Alex
Publisher: #Absolute #Entertainment
Country: #USA
#Ano1987 #EUA #Jogo #Game #Luta #Combate #Retrô

Duração do vídeo: -0:33



Vídeo: 11 / 461

DICAS PARA O DIA A DIA - MUITO BOM

Publicado em: 23 de fevereiro de 2016 ·

#DICAS PARA O #DIA A DIA - #MUITO #BOM

Duração do vídeo: -1:11



Vídeo: 12 / 461

OMELETE DE SAQUINHO - UMA DICA DELICIOSA - COMIDA

Publicado em: 23 de fevereiro de 2016 ·

#OMELETE DE #SAQUINHO - UMA #DICA #DELICIOSA - #COMIDA

Duração do vídeo: -0:53



Vídeo: 13 / 461

#Ventilador #caseiro #criado em #cativeiro... #kkk

Publicado em: 24 de fevereiro de 2016 ·

#Calor #Motor #Perigo

Duração do vídeo: -1:21



Vídeo: 14 / 461

AS DEFESAS DO RIO EM 1943 - SEGUNDA GUERRA

Publicado em: 25 de fevereiro de 2016 ·

AS #DEFESAS DO #RIO EM 1943 - #SEGUNDA #GUERRA
#Ano1943 #SegundaGuerra #RJ #BR #Mundial

Duração do vídeo: -2:01



Vídeo: 15 / 461

CLUE - SEGA - 1992

Publicado em: 25 de fevereiro de 2016 ·

CLUE: Jogo clássico detetive Parker Brothers é um jogo de vídeo norte-americano publicado para o Super Nintendo Entertainment System e Sega Genesis consoles de jogos. Ele é baseado no popular jogo de tabuleiro de mesmo nome.
Foi anunciado pela primeira vez para visualização na CES Verão maio 1992 com os planos de distribuição para um preço sugerido de US $ 49,99.
#CLUE - #SEGA - 1992
CLUE: #Jogo #clássico #detetive Parker Brothers é um jogo de vídeo norte-americana
publicada para o Super #Nintendo Entertainment System e Sega #Genesis #consoles de jogos.
Ele é baseado no #popular jogo de #tabuleiro de mesmo nome.
Foi anunciado pela primeira vez para visualização na #CES Verão maio 1992 com os planos de
distribuição para essa queda a um #preço sugerido de US $ 49,99.
#Ano1992 #SNES #Game #Investigação #Pista

Duração do vídeo: -0:20



Vídeo: 16 / 461

McDonald x Burger King - Na França - KKK

Publicado em: 1 de março de 2016 ·

Na França, o McDonald’s resolveu ajudar os motoristas a chegarem até o drive tru de uma lanchonete. Nada de anormal até aí, não fosse por um "pequeno" detalhe: o outdoor explica como chegar ao Burger King mais próximo.
A primeira ideia que se tem da ação é que a companhia do palhaço Ronald enlouqueceu e está tentando ajudar seu principal rival a conseguir mais clientes.
Basta assistir o vídeo case abaixo, no entanto, para entender qual a real intenção por trás do outdoor instalado pelo Mc na estrada francesa.
VEJA A CONTINUAÇÃO COM A RESPOSTA DO BURGER KING:
https://www.facebook.com/renato.b.de.lima/videos/vb.100003773949385/738012596334532/?type=3&theater
#Mc #Donald x #Burger #King - Na #França - #KKK
#McDonald #BurgerKing
#Europa #Comercial #Rival
The #Directional #billboard #McDriveKing

Duração do vídeo: -1:02



Vídeo: 17 / 461

McDonald x Burger King - Na França - CONTINUAÇÃO

Publicado em: 1 de março de 2016 ·

Depois do "Dia da Paz", chegou a vez do outdoor da discórdia. Após o McDonald´s da França divulgar um comercial em que instala uma placa em uma estrada que explica o longo caminho para o BK mais próximo, a rival respondeu com um filme irônico e divertido.
Se apropriando da ação da concorrente – inclusive com cenas da campanha – o BK mostrou um casal que se deparou com a placa na estrada. Durante sua parada no McDonald´s, que estava muito mais próximo, eles pediram um café grande e explicaram o porquê para a atendente: a viagem seria longa.
VEJA O COMERCIAL QUE COMEÇOU ESTA PROVOCAÇÃO ENTRE O MCDONALD E O BURGER KING:
https://www.facebook.com/video.php?v=738007193001739
#Mc #Donald x #Burger #King - Na #França - #CONTINUAÇÃO
#Irônico #Concorrente #Viagem #kkk
#BURGERKING #reveals the #end of a #McDonald's #commercial

Duração do vídeo: -1:15



Vídeo: 18 / 461

Gradius III - ARCADE - 1989

Publicado em: 1 de março de 2016 ·

Gradius III, é um jogo da série Gradius, a sequência de Gradius II, o jogo foi lançado no Japão e na Ásia, em 1989, jogo também foi lançado nos anos 90 para SNES.
Data de lançamento inicial: 11 de dezembro de 1989
Série: Gradius
Desenvolvedor: Konami
Estúdio: Konami
Modo: Jogo eletrônico para um jogador
Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Arcade, PlayStation 2, PlayStation Portable, Wii
#Gradius III - #SNES - 1989
Gradius III, é um #jogo da série Gradius, a sequência de Gradius II, o jogo foi #lançado no #Japão e na #Ásia, em 1989, jogo também foi lançado nos anos 90 para SNES.
#Ano1989 #Game #Console #Konami #Nave #Wii #Arcade #Jogador

Duração do vídeo: -0:52



Vídeo: 19 / 461

Vectorman - Mega Drive - 1995

Publicado em: 2 de março de 2016 ·

Vectorman é uma série de jogos desenvolvida pela BlueSky Software e publicado pela Sega para o Mega Drive. Foi lançado em 24 de outubro de 1995 na América do Norte e em 30 de novembro de 1995 na Europa.
#Vectorman é uma #série de #jogos desenvolvida pela #BlueSky #Software e publicado pela #Sega para o Mega Drive. Foi lançado em 24 de outubro de 1995 na América do Norte e em 30 de novembro de 1995 na #Europa.
#MegaDrive #Game #Console #Aventura

Duração do vídeo: -0:26



Vídeo: 20 / 461

Street Fighter - Resurrection - Trailer - Street Fighter Assassin's Fist

Publicado em: 2 de março de 2016 ·

#Street #Fighter - #Resurrection - #Trailer - Street Fighter #Assassin's #Fist
#StreetFighter #Game #Jogo #Retrô #Filme #Gamer

Duração do vídeo: -1:11



Vídeo: 21 / 461

Angry Birds - TRAILER - 12 de maio nos cinemas

Publicado em: 2 de março de 2016 ·

A Sony está trazendo para as telas de cinema uma popular franquia de jogos para plataformas móveis: Angry Birds. Um novo trailer do filme acaba de ser lançado, e nos permite analisar melhor a história da comédia animada com vozes de Jason Sudeikis, Josh Gad e Danny McBride.
O novo trailer conta melhor a sinopse do filme que os longas anteriores: tudo ocorre bem na ilha dos pássaros até que os porcos chegam e roubam seus ovos. Resta então a um grupo de deslocados sociais liderar as aves contra os vilões. Podemos ver que o filme usará bastante a ideia por trás do jogo, que é a de pássaros sendo arremessados por estilingues, e utilizando suas habilidades especiais para derrotar os porcos.
#Angry #Birds - #TRAILER - 12 de #maio nos #cinemas
The Angry Birds #Movie - #Official Trailer (#HD)- #Incoming #May 13 in #3D
#AngryBirds #Filme #Jogo #Game #Gamer #Sony #Sucesso #Franquia

Duração do vídeo: -2:30



Vídeo: 22 / 461

Wayne's World-SNES-1993

Publicado em: 3 de março de 2016 ·

O Mundo de Wayne é um jogo de ação baseado no filme de Wayne's World e lançado em 1993
pela THQ. Diferentes versões do jogo foram liberados; os jogos de NES e Game Boy foram
desenvolvidos pela Radical Entertainment e apresentam ambos os protagonistas Wayne e Garth
como personagens. O Super NES e Mega jogos Drive / Genesis foram desenvolvidos por Gray
Matter e apresentam única Wayne como um personagem.
#Wayne's #World-#SNES-1993
#Ano1993 #Jogo #Ação #Filme #THQ #Game #Console #GameBoy #NES #MegaDrive #Garth

Duração do vídeo: -0:33



Vídeo: 23 / 461

GHOSTBUSTERS - Official Trailer - 15 de julho nos cinemas

Publicado em: 3 de março de 2016 ·

Difícil mexer com um clássico, não? Com estreia marcada para 15 de julho, o novo Ghostbusters ganhou um novo trailer, que você assiste aí embaixo.
#GHOSTBUSTERS - #Official #Trailer - 15 de #julho nos #cinemas
#Difícil mexer com um #clássico, não? Com #estreia marcada para 15 de julho, o #novo Ghostbusters ganhou um novo trailer, que você #assiste aí embaixo.
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https://www.facebook.com/renato.b.de.lima/videos/vb.100003773949385/739489336186858/?type=3
4 de março de 2016 ·
Golden Nugget 64-Nintendo 64-1998
Golden Nugget 64 é um jogo de vídeo casino virtual multi-player para o Nintendo 64. Ele foi desenvolvido pela Westwood Studios, publicado pela Electronic Arts, e foi lançado em 01 de dezembro de 1998 na América do Norte. Golden Nugget 64 é único porque é o único / jogo de casino jogo lançado na América do Norte para o Nintendo 64. O jogo começa por ter o jogador criar uma conta com US $ 1000, que é guardado no bloco controlador. Os jogadores têm a escolha de um dos dez diferentes jogos de casino populares. Cada jogo tem seu próprio conjunto de regras e um guia para aprender a jogar.
#Nintendo64 #Nintendo #Jogo #Game #Gamer #Casino #Virtual #WestwoodStudios #EletronicArt
#Ano1998 #JogosDeAzar #Azar

Duração do vídeo: -0:45



Vídeo: 25 / 461

VOCÊ VAI SE SENTIR EM OUTRO MUNDO - IMPRESSIONANTE

Publicado em: 7 de março de 2016 ·

#VOCÊ VAI SE #SENTIR EM #OUTRO #MUNDO - #IMPRESSIONANTE

Duração do vídeo: -3:12



Vídeo: 26 / 461

NBA LIVE 2000 - Nintendo 64 - 1999

Publicado em: 7 de março de 2016 ·

NBA Live 2000 é um jogo eletrônico parte da série de jogos NBA Live que foi desenvolvido pela EA Sports e publicado pela Electronic Arts e lançado em 28 de Outubro de 1999.
#NBA #LIVE 2000 - #Nintendo 64 - 1999
#Ano1999 #Jogo #Game #Nintendo #Nintendo64 #ElectronicArts #Console #CD #Cartucho

Duração do vídeo: -1:06



Vídeo: 27 / 461

FAZENDO UMA CHURRASQUEIRA E AQUECEDOR

Publicado em: 7 de março de 2016 ·

#FAZENDO UMA #CHURRASQUEIRA E #AQUECEDOR
#ÁguaQuente #Churrasco #Banho #Calor

Duração do vídeo: -2:17



Vídeo: 28 / 461

COMO VEDAR SACOS PLASTICOS DE MANEIRA PRÁTICA - MUITO BOM

Publicado em: 8 de março de 2016 ·

(HOW SEAL BAGS PRACTICE WAY PLASTIC - VERY GOOD)
#COMO #VEDAR SACOS #PLASTICOS DE MANEIRA #PRÁTICA - MUITO #BOM
(HOW #SEAL #BAGS PRACTICE WAY #PLASTIC - VERY #GOOD)

Duração do vídeo: -0:15



Vídeo: 29 / 461

Power Punch II - NES - 1992

Publicado em: 9 de março de 2016 ·

Power Punch II é um jogo de boxe lançado para o Nintendo Entertainment System (NES) em 1992. O jogo foi desenvolvido pela Beam Software sob supervisão da Nintendo, que até a última hora negou a produção do jogo, e como resultado, foi publicado pela American Softworks Corp.
#NES #Console #Ano1992 #Jogo #Game #Nintendo #Beam #Corp

Duração do vídeo: -0:33



Vídeo: 30 / 461

Supermax- trailer da serie de terror da Globo

Publicado em: 10 de março de 2016 ·

Não é de hoje que a Rede Globo tem investido cada vez mais nas suas séries, mas parece que a palavra da vez é diversificar. A nova série de terro da gigante nacional, Supermax abusa do terror e suspense, confira o primeiro trailer.
Na história, doze participantes de um reality show são confinados em uma prisão de segurança máxima. Mais do que a busca pelo prêmio, todos compartilham também de um passado em comum e, além dos mistérios que cercam o local, terão que lidar com os seus próprios fantasmas e medos.
José Alvarenga dirige os roteiros de Raphael Draccon, Fernando Bonassi, Braulio Mantovani, Denisson Ramalho e Carolina Kotscho. Já o elenco conta com nomes como Mariana Ximenes, Cléo Pires, Fabiana Gugli, Erom Cordeiro, Maria Clara Spinelli e Bruno Belarmino.
Supermax será lançada em 2016, em uma data ainda a definir.
#Supermax #Série #Terror #Globo #Nacional #BR #Brasil #RioDeJaneiro #Amazônia #RealityShow #Prisão #Fantasmas #Medo #Prêmio #Ano2016 #Lançamento

Duração do vídeo: -1:49



Vídeo: 31 / 461

Os Guaxinins um dia dominarão o mundo - kkk

Publicado em: 11 de março de 2016 ·

#Guaxinins #Mundo #KKK #Divertidos #Espertos #PET #Carinhosos

Duração do vídeo: -1:29



Vídeo: 32 / 461

E-SWAT - City Under Siege - Mega Drive - 1990

Publicado em: 11 de março de 2016 ·

ESWAT: City under Siege, lançado no Japão como Cyber Police ESWAT em 1990 jogo de plataforma para o Sega Mega Drive e Genesis consoles de jogos.
Cidade sob cerco foi baseado no jogo de arcade do Cyber Police ESWAT lançado no início de 1989. O jogo no console mantém os principais personagens, enredo e alguns de seus inimigos do jogo de arcade, mas apresenta alguns níveis diferentes, armas e bônus.
Backbone Entertainment lançou um novo jogo ESWAT a Sega, mas o projeto nunca recebeu sinal verde.
#Game #Jogo #Swat #Console #MegaDrive #Ano1990 #Genesis #Sega #Policia #Arcade

Duração do vídeo: -0:34



Vídeo: 33 / 461

FUNCIONÁRIO PADRÃO EM QUALQUER LUGAR - KKK

Publicado em: 11 de março de 2016 ·

#Desastrado #Acidente #Imperícia #Funcionário #Padrão #Empresa #Destruição #Atrapalhado #Errado #Inseguro #Desastre #kkk

Duração do vídeo: -3:33



Vídeo: 34 / 461

GARRAFA QUE TIRA ÁGUA DO AR E AINDA É COLETOR SOLAR

Publicado em: 11 de março de 2016 ·

#Garrafa #Ecologica #Água #Vida #Sobrevivência #Acampar #Energia #Carregador #Solar

Duração do vídeo: -0:54



Vídeo: 35 / 461

Batman - Mega Drive - 1989

Publicado em: 15 de março de 2016 ·

Batman é um jogo de lançado para o Sega Genesis, que foi inspirado no filme Batman de Tim Burton-dirigido em 1989. A versão do Genesis também foi produzido pela Sunsoft. Os críticos ficaram impressionados com seus gráficos, som e jogabilidade. O jogo é fiel ao enredo do filme e apresenta níveis no NES no qual o jogador controla veículos do Batman.
#Batman #MegaDrive #Jogo #Game #Console #Genesis #Sega #Morcego #DC

Duração do vídeo: -0:58



Vídeo: 36 / 461

WARCRAFT – O Primeiro Encontro de Dois Mundos - TRAILER

Publicado em: 18 de março de 2016 ·

O esperado Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos teve Um novo comercial estendido divulgado na TV americana, ostrando mais dos confrontos e da fantasia do filme.
Adaptação para o cinema do universo do game World of Warcraft, o longa Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos acompanha o conflito gerado pelo primeiro contato entre orcs e humanos, mostrando os dois lados da história. De um lado está Anduin Lothar (Travis Fimmel), o personagem principal da Aliança, que sacrificou tudo para manter salvo o povo de Azeroth, e do outro Durotan (Toby Kebbel), o principal personagem da Horda, nobre chefe do clã Frostwolf, que batalha para salvar seu povo e sua família da extinção.
Duncan Jones dirige o roteiro assinado pela dupla Robert Rodat e Charles Leavitt. Ben Foster, Ben Schnetzer, Clancy Brown, Daniel Wu, Dominic Cooper e Paula Patton, completam o elenco.
Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos estreia no Brasil no dia 9 de junho de 2016.
#WARCRAFT #Trailer #Filme #Jogo #Game #Gamer #Clássico #Lançamento #Ano2016

Duração do vídeo: -1:00



Vídeo: 37 / 461

Goofy's Hysterical History Tour - Mega Drive - 1993

Publicado em: 18 de março de 2016 ·

Goofy's Hysterical History Tour do Pateta é um jogo lançado em 28 de setembro de 1993 para o Sega Genesis pela Absolute Entertainment.
Goofy (PATETA) finalmente encontra um trabalho que ele gosta no museu de história, e ele se transforma em um grande faxineiro. Mas seu inimigo Peter esta querendo que ele seja demitido por sabotar as exposições. Goofy deve recuperar as peças que faltam das exposições, e derrotar Peter, e salvar o seu trabalho antes de tudo o curador chega amanhã. Com Goofy o jogador deve viajar através do tempo, a fim de completar a sua missão. Estas missões incluem Era Medieval, a Era dos Piratas, tempos pré-históricos, e o Velho Oeste.
#Pateta #Jogo #Game #Genesis #MegaDrive #Console #Gamer #História

Duração do vídeo: -0:26



Vídeo: 38 / 461

Como fazer fogo com um limão - How To Make Fire With A LEMON.

Publicado em: 21 de março de 2016 ·

#Fogo #Fire #SHTF #Limão #Lemon #Sobrevivência #Preparador

Duração do vídeo: -3:38



Vídeo: 39 / 461

Genghis Khan - PC-88 - 1987

Publicado em: 21 de março de 2016 ·

Genghis Khan, título original "Aoki Okami to Shiroki Mejika: Genghis Khan, é um jogo de estratégia de 1987 baseado em turnos Desenvolvido pela Koei, originalmente lançado para o NEC PC-9801,MSX e X68000 Sharp em 1988, o DOS e NES em 1990, e o Amiga em 1990. na verdade, é o segundo jogo da série, depois de um Aoki Okami 1985 a Shiroki Mejika, também para PC-88, PC-98 e MSX.
#GenghisKahn #PC #Computador #Jogo #Game #Estratégia #Koei #NEC #Sharp #DOS #NES #Ano1989 #Turnos

Duração do vídeo: -0:31



Vídeo: 40 / 461

BlazBlue Continuum Shift - ARCADE - 2009

Publicado em: 22 de março de 2016 ·

BlazBlue: Continuum Shift é um jogo de luta 2D desenvolvido pela Arc System Works.O jogo é a sequência de BlazBlue: Calamity Trigger.
Data de lançamento inicial: 20 de novembro de 2009
Série: BlazBlue
Desenvolvedor: Arc System Works
Estúdio: Arc System Works
#BalzBlue #Continuum #Shift #Arcade #Ano2009 #Jogo #Game #Arcade #Arc #System #Works#Calamity #Trigger #Luta

Duração do vídeo: -0:36



Vídeo: 41 / 461

CUPCAKE DE CALABRESA - Ótima receita para o lanche da tarde

Publicado em: 23 de março de 2016 ·

#Cupcake #Calabresa #Receita #Lanche #Comida #Delicioso #Food #Cake

Duração do vídeo: -0:48



Vídeo: 42 / 461

Mega lo Mania - PC - 1991

Publicado em: 23 de março de 2016 ·

Mega Lo Mania é um jogo de computador de estratégia em tempo real desenvolvido pela Software Sensible. Foi lançado para o Amiga em 1991, e portado para uma variedade de outras plataformas. Ele foi lançado como Tyrants: Luta com o tempo na América do Norte e Mega-Lo-Mania: Jiku Daisenryaku.
#Jogo #Arcade #Game #Estratégia #Tyrants #Jiku #Daisenryaku #MegaLoMania #PC #Ano1991

Duração do vídeo: -0:39



Vídeo: 43 / 461

Peneira Elétrica - Muito prático

Publicado em: 23 de março de 2016 ·

Peneira elétrica rotativa, excelente para classificação de qualquer tipo de material, pode ser utilizada na construção civil, mineração, alimentícia, agronegócio...
#Peneira #Elétrica #Material #Construção #Civil #Mineração #Agronegocio #Prático

Duração do vídeo: -0:59



Vídeo: 44 / 461

Strider II - PC - 1989

Publicado em: 24 de março de 2016 ·

Strider II (lançado na América do Norte, sob o título de Journey from Darkness: Strider Returns), é um jogo de plataforma side-scrolling publicado pela US Gold (sob licença da Capcom EUA) e originalmente lançado para várias plataformas de computador em 1990. É um sequela de jogo de arcade da Capcom Strider, que US Gold previamente portado para computadores domésticos na Europa. O jogo foi desenvolvido pela Tiertex, como com Killing Machine humano, a sequencia ouro de Street Fighter.
#Strider2 #Jogo #PC #Game #Capcom #USGold #Tiertex #StreetFighter

Duração do vídeo: -0:25



Vídeo: 45 / 461

Dinossauro no estacionamento - Jurassic Carpark - kkk

Publicado em: 24 de março de 2016 ·

#Dinossauro #Estacionamento #Jurassic #Car #Park #kkk

Duração do vídeo: -3:12



Vídeo: 46 / 461

A História da Páscoa - A ressurreição de Cristo

Publicado em: 24 de março de 2016 ·

#História #Páscoa #Ressurreição #Cristo #Tradição #Comemoração #Cristianismo #Bíblia #Sagrado #Chocolate #Coelho

Duração do vídeo: -5:16



Vídeo: 47 / 461

Captação de água com telas em ambiente com neblina - Harvesting Water From Fog

Publicado em: 26 de março de 2016 ·

Agora 500% mais eficiente que os métodos anteriormente testados.
Harvesting fresh water from fog is now 500% more efficient.
#Captação #Água #Neblina #Harvesting #Fresh #Water #Fog #Vida #Sobrevivência #HSTF #Natureza #Hill

Duração do vídeo: -1:14



Vídeo: 48 / 461

A Síndrome da TV Antiga - kkk - Samsung TV - Old TV Syndrome - Samsung

Publicado em: 26 de março de 2016 ·

#TV #Síndrome #Samsung #Passado #Futuro #Antiga #Old #Comercial #Propaganda #Criativo #kkk

Duração do vídeo: -1:12



Vídeo: 49 / 461

RBS TV - Santa Catarina - Comentário preconceituoso

Publicado em: 27 de março de 2016 ·

''Pobres não deveriam comprar carros pois são eles os responsáveis pelos acidentes e engarrafamentos de trânsito."
#RBS #TV #SantaCatarina #Preconceito #Jornalista #Absurdo #Crédito #Governo #Trânsito #Acidente #Engarrafamento #Pobre

Duração do vídeo: -3:41



Vídeo: 50 / 461

Tecmo Cup - Soccer Game - NES - 1992

Publicado em: 28 de março de 2016 ·

Tecmo Cup - Soccer Game (conhecido como "Captain Tsubasa" no Japão e "Tecmo Cup - Soccer game" na Europa) é um jogo para o Nintendo 8 Bits(NES). Lançado em 1992 pela Tecmo, no jogo você começa a competir a partir da liga júnior até as finais da Copa do Mundo.
#Game #Jogo #NES #TecmoCup #Soccer #Ano1992 #Console #Clássico #RPG

Duração do vídeo: -0:34



Vídeo: 51 / 461

TENNIS - NINTENDO 8 BITS - 1984

Publicado em: 30 de março de 2016 ·

Tennis é um jogo eletrônico esportivo lançado no Japão para o Famicom em 1984 e na América do Norte para o Nintendo Entertainment System em 1985. Na América do Norte, Tennis foi um dos 18 jogos de lançamento para o NES.
Data de lançamento inicial: 14 de janeiro de 1984
Série: Mario Tennis
Gênero: Jogo eletrônico de esporte
Plataformas: Nintendo Entertainment System, Wii, Game Boy, mais
Desenvolvedores: Nintendo, Intelligent Systems, Nintendo Research & Development 1
Estúdios: Nintendo, Hudson Soft
#Tennis #Jogo #Game #Console #NES #Nintendo #Esporte #HudsonSoft

Duração do vídeo: -0:33



Vídeo: 52 / 461

RBLIMA NO FACEBOOK

Publicado em: 30 de março de 2016 ·

#Rblima #Facebook #Tex #História #HQs #Filmes #Quadrinhos #BandaDesenhada #Aulas

Duração do vídeo: -0:15



Vídeo: 53 / 461

Classic Concentration - NES - 1990

Publicado em: 31 de março de 2016 ·

Classic Concentration é uma adaptação do Show de tv dos anos de 1980 da NBC, apresentado por Alex Trebek.
#Game #Jogo #Console #NES #TV #Show #Memória #NBC #Trebek

Duração do vídeo: -0:31



Vídeo: 54 / 461

Star Wars on Netflix - Season 1 Official Live Action Teaser Trailer

Publicado em: 1 de abril de 2016 ·

"Finalmente Star Wars irá estrear na Netflix! Apesar de terem dito no passado que não havia planos de produzirem uma série de Star Wars, foi anunciado pelo IGN o teaser trailer do primeiro projeto de Star Wars na Netflix.
Após a season finale fantástica de Rebels, que contou com a volta do favorito dos fãs Darth Maul, o ex-Lorde Sith irá ganhar sua própria série, intitulada Star Wars: A Fúria de Maul, que será lançada no dia 04 de Maio deste ano. Ela irá mostrar o que aconteceu com o Maul entre The Clone Wars e Rebels e o que fez o chifrudo ir ao planeta Malachor.
Como vocês podem ver no teaser abaixo, a série terá também outro personagem querido pelos fãs: o Jedi não tão ortodoxo Quinlan Vos, além de Boba Fett e outros Mandalorianos! "
#StarWars #Netflix #Season #Temporada #Teaser #Clássico #Série #Projeto #Rebels #Sith #Maul #Malachor #Jedi #Fett #StarWarsOnNetflix

Duração do vídeo: -0:54



Vídeo: 55 / 461

A pequena Piper Verdusco vendo papai e mamãe pela primeira vez

Publicado em: 1 de abril de 2016 ·

A pequena Piper Verdusco, tem 7 graus de miopia em um olho e 5 no outro. Vejam a reação dela, ao usar óculos pela primeira vez.
#Criança #Visão #Bebê #Óculos #Reação #Miopia #Olho #Pai #Mãe #Filha #Fofa #Fofinha #Gracinha

Duração do vídeo: -0:36



Vídeo: 56 / 461

Sega Dreamcast - Console - 1998

Publicado em: 1 de abril de 2016 ·

O Dreamcast (em japonês os codinomes foram "Blackbelt", "Dural" e "Katana" durante o seu desenvolvimento) foi o último console de
videogames da Sega e o sucessor do Sega Saturn. Com o objetivo de recuperar o mercado dos consoles com um sistema de sexta geração, foi criada por forma a bater tecnologicamente o PlayStation da Sony e a Nintendo 64. Era a console mais avançado de sua época e o mais completo de sua geração. Mesmo tendo sido considerado um console que se encontrava "bastante à frente do seu tempo" (foi lançado 15 meses antes do PlayStation 2 e três anos antes do GameCube e do Xbox), ele falhou em ganhar "força" suficiente antes do lançamento do PlayStation 2 em Março de 2000. No entanto, apesar das faltas do console na Europa e na América do Norte, o Dreamcast foi um grande sucesso no Japão.
#Console #Sega #Dreamcast #Jogos #Games #Japão #Blackbelt #Dural #Katana #SegaSaturn #Playstation #Sony #GameCube #Xbox #Sucesso #Ano1998

Duração do vídeo: -1:02



Vídeo: 57 / 461

Laser para remover tinta e ferrugem de superfícies metálicas - Muito prático

Publicado em: 2 de abril de 2016 ·

#Laser #Tinta #Ferrugem #Superficie #Tratamento #Metal #Acabamento #Novo #Prático #Moderno #Perigoso #Potência #Quente

Duração do vídeo: -1:05



Vídeo: 58 / 461

Defumando carne em casa - Muito prático para conservar alimentos

Publicado em: 2 de abril de 2016 ·

#Defumar #Carne #Caseiro #Conservar #Prático #Alimentos #Food #Meat #SHTF #Dica #Fácil #Engenhoso #Sobrevivência

Duração do vídeo: -1:17



Vídeo: 59 / 461

Extrator de pregos Atle - Nail puller Atle - Hultafors

Publicado em: 2 de abril de 2016 ·

#Extrair #Pregos #Madeira #Trabalho #Conserto #Casa #Moveis #Prático #Nail #Puller #Hultafors #Atle

Duração do vídeo: -0:56



Vídeo: 60 / 461

Por dentro dos JOGOS - Geração dos Eletrônicos

Publicado em: 5 de abril de 2016 ·

#Games #Jogos #Gamer #Jogador #Retrô #Atual #Novidade #Lançamento #Arte #Art #Consoles #Plataformas #Geração #Mame #Pong #SuperMario #Sonic #StreetFighter #PC #Microcomputador #Bit #Byte #Tape #8Bits #Emulador #Virtualização

Duração do vídeo: -0:52



Vídeo: 61 / 461

Machadinha muitas ferramentas em uma - Impressive and Interesting Things

Publicado em: 7 de abril de 2016 ·

#Klax #Klecker #Ax #System #KleckerAxSystem #Ferramenta #Tool #SHTF #Prático #Machado #Machadinha #Impressive #Interesting #Things

Duração do vídeo: -1:38



Vídeo: 62 / 461

Gekisha Boy - Playstation - 2001

Publicado em: 7 de abril de 2016 ·

Gekisha Boy é um jogo de ação e fotografia desenvolvido pelo Tomcat Sistema e publicado pela Irem para o PLAYSTATION. O jogo é centrado em tirar fotografias de coisas acontecendo em torno do personagem principal. Ele apresenta ambientes interactivos em que o jogador pode interagir e fotografar.
#GekishaBoy #Fotografia #Tomcat #PCEngine #Fotografo #Game #Jogo #Interagir #Console #Playstation #PSOne

Duração do vídeo: -1:14



Vídeo: 63 / 461

FAZENDO LOGIN NO UNIX - Model 37 Teletype - 1967

Publicado em: 7 de abril de 2016 ·

Aqui está o primeiro login para o nosso Modelo 37 Teletype. Ele é conectado a 150 baud para um 3B2 sistema UNIX AT & T e está em rede com os nossos PDP-10s.
Here is the first login session for our Model 37 Teletype. It is connected at 150 baud to an AT&T 3B2 UNIX system and is networked with our PDP-10s.
#Retrô #Login #Unix #Teletype #Living #Computer #Museum #Impressora #Rede #PDP #Net #Baud #Sistema #Impresso

Duração do vídeo: -3:34



Vídeo: 64 / 461

Bubblegum Crash! - TurboGrafx-16 - 1991

Publicado em: 8 de abril de 2016 ·

Bubblegum Crash é um jogo de aventura, desenvolvido pela Spiel e
publicado pela Naxat Soft, que foi lançado no Japão em 1991.
Bubblegum Crisis (baburugamu kuraishisu) é uma série anime em 8
episódios, criada pelos estúdios de animação AIC, ARTMIC Studios e Youmex e lançada no formato OVA em 1987 no Japão.
#BubblegumCrash #Jogo #RPG #Anime #AIC #Artmic #Youmex #OVA #Game #Japão #Ano1991 #TurboGrafx16 #Naxat #Spiel

Duração do vídeo: -1:51



Vídeo: 65 / 461

Atiradeira de Bolso - Pocket Shot - Prepperology

Publicado em: 8 de abril de 2016 ·

#Atiradeira #Bolso #Pocket #Shot #Prepperology #ThePocketShot #SHTF

Duração do vídeo: -1:29



Vídeo: 66 / 461

Lode Runner - Lost Labyrinth - PC Engine - 1990

Publicado em: 11 de abril de 2016 ·

Developer: Pack-In-Video
Editor: NE
Data de lançamento: 27 de Julho de 1990 ( JP )
Gênero plataformas em: 2D
Modo: único jogador
Plataforma:PC-Engine
#Jogo #Game #Lode #Runner #Lost #Labyrinth #PCEngine #Ano1990 #2D #Console #JP #Japão

Duração do vídeo: -0:45



Vídeo: 67 / 461

Gaia no Monshou - The Crest of Gaia - PC Engine - 1987

Publicado em: 12 de abril de 2016 ·

Developer: NCS
Publisher: NEC
Release date: 23 de Setembro de 1987 (JP)
Genre: Turn-based strategy
Mode: Single player
Platform: PC-Engine
Input: Turbo Pad
#Game #Console #GaiaNoMonshou #PCEngine #Ano1987 #Estratégia #Jogo #Retrô #Japão

Duração do vídeo: -1:42



Vídeo: 68 / 461

Técnica de irrigação solar - Prática e simples

Publicado em: 12 de abril de 2016 ·

#Plantio #Plantação #Tecnologia #Ecológico #MeioAmbiente #Solo #Plantas #Água #Hidratar #Horta #SHTF

Duração do vídeo: -4:37



Vídeo: 69 / 461

Lanterna de garrafa PET - Escotismo do Brasil

Publicado em: 12 de abril de 2016 ·

#PET #Lanterna #Luz #Reciclagem #Plastico #Eletricidade #Arte #Escoteiro #Dica #Prático #Garrafa

Duração do vídeo: -0:30



Vídeo: 70 / 461

Bikkuriman World - PC Engine - 1987

Publicado em: 14 de abril de 2016 ·

Wonder Boy in Monster Land (Bikkuriman World) é um jogo de arcade produzido pela Westone e publicado pela Sega. É a sequência do jogo Wonder boy, embora a jogabilidade seja diferente do jogo original.
Data de lançamento inicial: 1987
Plataformas: Sega Master System, Arcade, TurboGrafx-16, Wii, PC-Engine.
Desenvolvedores: Sega, Westone Co. Ltd., Hudson Soft, Sega Wow, Overworks, Westone Bit Entertainment
Estúdios: Sega, Hudson Soft, Activision, Sega Europe
Gênero: Jogo eletrônico de plataforma, RPG eletrônico de ação
#Jogo #Game #Retrô #Console #PCEngine #Arcade #WonderBoy #Bikkuriman #Hudson #Sega #RPG #Ação

Duração do vídeo: -0:40



Vídeo: 71 / 461

Como fazer um selador a vácuo - How to make a Vacuum Sealer

Publicado em: 14 de abril de 2016 ·

#SHTF #Selador #Vácuo #Alimento #Conservação #Caseiro #Home #Make #Vacuum #Sealer

Duração do vídeo: -1:36



Vídeo: 72 / 461

Aoi Blink - TurboGrafx - 2001

Publicado em: 15 de abril de 2016 ·

Aoi Blink é um jogo desenvolvido pela Gaijin Productions em 2001 para o Turbografx.
#Game #Jogo #Retrô #AoiBlink #Console #TurboGrafx #Gaijin #Ano2001

Duração do vídeo: -0:41



Vídeo: 73 / 461

Super Mario All-Stars - SNES - 1993

Publicado em: 17 de abril de 2016 ·

Super Mario All Stars é um jogo produzido pela Nintendo para o Super Nintendo que traz uma coletânea dos jogos Super Mario lançadas para o Nintendo Entertainment System e em 2010 ele foi relançado para o Wii em comemoração dos 25 anos de Mario.
Data de lançamento inicial: 14 de julho de 1993
Projetista: Shigeru Miyamoto
Estúdio: Nintendo
Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Wii
Desenvolvedores: Nintendo, Nintendo Entertainment Analysis and
Developmen
Gênero: Jogo eletrônico de ação, Jogo eletrônico de plataforma
#Retrô #Jogo #Game #SuperMarioAllStars #SNES #Ano1993 #Nintendo #Wii #SuperNintendo #Clássico #Diversão

Duração do vídeo: -8:42



Vídeo: 74 / 461

The King of Fighters 10th Anniversary - Neo Geo - 2004

Publicado em: 18 de abril de 2016 ·

Ano de criação: 2004
Versão: Neo Geo
Criador: Snk
#Game #Jogo #NeoGeo #Arcade #KOF #Luta #Ano2004

Duração do vídeo: -4:32



Vídeo: 75 / 461

Transformando uma velha TV em um poderoso fogão solar de 1093°C.

Publicado em: 18 de abril de 2016 ·

#SHTF #Fogo #Fogão #Sol #Calor #Cozinhar #Quente #Gambiarra #Reciclagem #TV #Lente

Duração do vídeo: -2:33



Vídeo: 76 / 461

Trabalhadores chineses perdem a cabeça e começam a brigar usando SEIS carregadeiras - Bulldozer Battle on the Streets of China

Publicado em: 18 de abril de 2016 ·

Uma briga a la Transformers aconteceu pelas ruas da província chinesa de Hebei. Segundo informações, trabalhadores de empresas concorrentes chegaram para fazer o mesmo serviço e, pelo visto, não se acertaram muito bem.
No total, SEIS máquinas entraram na briga e duelaram pelo espaço, fazendo da rua um verdadeiro ringue de máquinas.
O porta-voz da província afirmou que os trabalhadores foram presos e que responderão pelos seus atos. Segundo ele, isso pode ser o reflexo de tempos ruins, já que a construção civil vem enfrentando uma crise no país.
#Obras #Briga #Transformers #China #Combate #Ruas #Máquinas #Hebei #ContruçãoCivil #Perigoso #Curioso #Bulldozer #Battle

Duração do vídeo: -1:22



Vídeo: 77 / 461

BOAS IDEIAS APLICADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Publicado em: 19 de abril de 2016 ·

#Construção #Prático #Máquinas #Padrão #Tempo #Dinheiro #Engenharia #Dicas

Duração do vídeo: -3:29



Vídeo: 78 / 461

Visual Pinball - Mame / MS Windows - 2000

Publicado em: 20 de abril de 2016 ·

Visual Pinball é um ENGINE freeware de Jogo para mesas de pinball e jogos semelhantes, como máquinas de pachinko. O software é composto por um editor e a própria parte simulador. Ele roda em Microsoft Windows. O programa também é capaz de operar com o Visual PinMAME, um emulador para imagens ROM de máquinas de pinball reais.
Uma enorme variedade de MESAS "Visual Pinball" criadas pelos usuários está disponível na internet. Os jogadores podem scolher entre recriações fiéis de máquinas de pinball existentes com ou sem emulação de ROM e simulações de pinball originais aseadas em temas licenciados ou completamente tabelas auto-concebidos.
Em fevereiro de 2010, o código fonte do Visual Pinball foi lançado
sob uma licença MAME-like que permite o uso livre para fins não
comerciais
Developer: Randy Davis
Initial release: December 19, 2000
Stable release: 10.0.0 / December 24, 2015
Operating system: Microsoft Windows
Type: Pinball
License:MAME like license (Source-available)
Website: vpforums.org
#Jogo #PC #Game #Pinball #Clássico #Engine #VisualPinball #RandyDavis #Mame #Windows #Microsoft #Edição

Duração do vídeo: -1:05



Vídeo: 79 / 461

Cachorro viciado em chupeta - kkk

Publicado em: 20 de abril de 2016 ·

#Cachorro #viciado em #chupeta - #kkk

Duração do vídeo: -0:59



Vídeo: 80 / 461

DESTRUIÇÃO PROVOCADA POR UM TORNADO - CÂMERA AO VIVO

Publicado em: 20 de abril de 2016 ·

#DESTRUIÇÃO #PROVOCADA POR UM #TORNADO - #CÂMERA AO #VIVO

Duração do vídeo: -2:53



Vídeo: 81 / 461

Fort Boyard - La Rochelle - França - 1857

Publicado em: 21 de abril de 2016 ·

Um forte construído no meio do mar na França. Você tá perdido no mar e encontra um forte no meio do caminho. Miragem? Se você estiver naufragado na França, pode ter topado com o Fort Boyard.
Localizado em La Rochelle, na França, o Fort Boyard foi concebido como uma ilha artificial para proteger a baia de Aix Island e Rochefort. Com 68 metros de altura (um prédio com cerca de 20 andares), a construção foi inaugurada em 1857. O formato oval do exterior é inspirado nas formas de um típico veículo do século XVII.
O forte permaneceu em desuso durante boa parte do século 20, até que em 1988 ganhou nova vida quando uma produtora de TV restaurou o lugar para a gravação da série “Fort Boyard”.
#FortBoyard #LaRochelle #France #Mar #Forte #IlhaArtificial #AixIsland #Rochefort #Ano1857 #TV #Série #Curiosidade #Arquitetura #SéculoXVII

Duração do vídeo: -3:32



Vídeo: 82 / 461

Drone japonês que captura drones...

Publicado em: 21 de abril de 2016 ·

Bem-vindos ao futuro, meus amigos. Já estamos na era em que robôs capturam robôs. Quer dizer, pelo menos a Polícia Metropolitana de Tóquio está nessa situação avançada. A corporação apresentou suas armas que permitem aos drones oficiais capturarem máquinas voadoras espiãs.
A frota aérea robotizada vai garantir a segurança de prédios oficiais
da cidade. De acordo com a polícia, quando drones entrarem em regiões não autorizadas, será emitido um aviso por alto-falante. Caso o intruso não voe para longe, a caça se inicia.
O mecanismo é bastante simples e não passa de uma rede – na qual as hélices do drone vilão se emaranham – transportada por um quadricóptero um pouco mais robusto.
#Drone #Japão #Capturar #Espião #Robôs #Maquinas #Rede #Tecnologia

Duração do vídeo: -1:14



Vídeo: 83 / 461

Universal Soldier - Mega Drive - 1992

Publicado em: 21 de abril de 2016 ·

Soldado Universal é um jogo de ação lançado para o Mega Drive em 1992. Ele é uma criação interessante, uma vez que é, essencialmente, uma reformulação da "Factor 5 Turrican II" com a marca a partir de 1992 do filme Soldado Universal. Embora o jogo foi vendido em lojas, que não era licenciado pela Sega.
#Jogo #Game #Console #Genesis #MegaDrive #UniversalSoldier #Ano1992 #Filme #Sega

Duração do vídeo: -1:03



Vídeo: 84 / 461

Twin Eagle - NES - 1989

Publicado em: 22 de abril de 2016 ·

Twin Eagle: Era um jogo de Nintendo 8 bits que saiu em 1988 feita por
"Seta corporation" licenciada para Taito.
#Jogo #Game #Console #NES #Nintendo #Ano1989 #Taito #SetaCorporation
#RomStar #TwinEagle

Duração do vídeo: -0:53



Vídeo: 85 / 461

Super Nintendo Entertainment System - 1990

Publicado em: 22 de abril de 2016 ·

Super Nintendo Entertainment System, Super Sistema de Entretenimento
Nintendo (também conhecido como o Super NES, SNES ou Super Nintendo)
é um console de videogame de 16 bits desenvolvido pela Nintendo que foi lançado em 1990 no Japão, 1991 nos Estados Unidos, 1992 na Europa e Australásia (Oceania) e América do Sul em 1993. No Japão, o sistema é chamado de Super Famicom (Supa Famikon), oficialmente, adotando o nome abreviado do seu antecessor, o Family Computer), ou SFC para breve. Na Coréia do Sul, é conhecida como a Super Comboy e foi distribuído pela Hyundai Electronics. Embora cada versão é essencialmente o mesmo, várias formas de bloqueio regional impedem as diferentes versões sejam compatíveis entre si.
O Super Nintendo Entertainment System é o segundo home console da Nintendo, o Nintendo Entertainment System (NES) foi o primeiro. O console apresentou gráficos avançados e recursos de som em comparação com outros consoles na época. Além disso, o desenvolvimento de uma variedade de chips de aprimoramento (que foram integrados em placas de circuito) ajudou a mantê-lo competitivo no mercado. Enquanto brutos gráficos tridimensionais raramente tinham sido vistos antes em consoles domésticos, utilizando o chip Super FX começando com Star Fox em 1993, o SNES foi capaz de rodar jogos com o mais suave e mais detalhados gráficos tridimensionais, que era anteriormente possível.
Isso despertou interesse mais difundido em gráficos de polígono na indústria, ajudando a inaugurar em gráficos 3D, como pode ser visto na quinta geração de consoles de videogame.
O SNES foi um sucesso mundial, tornando-se o console mais vendido da época apesar de seu início relativamente tardio e a competição feroz que enfrentou na Europa e América do norte. O SNES permaneceu popular até a era de 32 bits e continua a ser popular entre os fãs, colecionadores, retro gamers e entusiastas de emulação, alguns dos quais ainda estão fazendo imagens ROM homebrew. O sucesso de sua venda foi superior a 50 milhões de unidades por todo o mundo. O SNES foi oficialmente descontinuado em setembro de 1999 nos Estados Unidos, e em setembro de 2003, no Japão.
#Console #Nintendo #SNES #Jogo #TV #Game #Ano1990 #Gráficos3D #Japão #Entretenimento #Sistema

Duração do vídeo: -2:03



Vídeo: 86 / 461

Bike engenhosa onde o mau tempo fica la fora - BMX & MTB De Pelotas

Publicado em: 22 de abril de 2016 ·

#Bike #engenhosa onde o mau #tempo fica la #fora - #BMX & #MTB De #Pelotas - #Carro

Duração do vídeo: -2:30



Vídeo: 87 / 461

Hell Fighter - NES - 1991

Publicado em: 25 de abril de 2016 ·

No jogo Hell Fighter, você está jogando como alguém que está lutando contra o inferno, então vamos a luta. Lançado em 1991 para NES pela Chen Corporation / da Sachen.
#Jogo #Game #Console #NES #Nintendo8bits #Nintendo #HellFighter #Luta #Fighter #Ano1991 #Chen #Sachen

Duração do vídeo: -0:46



Vídeo: 88 / 461

Self nas alturas em Hong Kong

Publicado em: 25 de abril de 2016 ·

#Self #HongKong #Danger #Perigoso #Crazy #Maluco #Warning #Atenção #Pic #Foto #Antena

Duração do vídeo: -0:38



Vídeo: 89 / 461

Rockman X - Década de 90 - NES - Piratão

Publicado em: 26 de abril de 2016 ·

Rockman X (também conhecido como "Thunder Blast Man") é um jogo sem licença criado por Sachen, lançado no Famicom e NES em algum momento dos anos 90 e também algum tempo depois para o Game Boy Color. As versões de NES e Game Boy Color Inglês foram lançadas como "Thunder Blast Man", a versão chinesa do jogo GBC lançado como(Rockman X Gold), e um dos rótulo das versões de NES chama de "Thunder Blast Man".
#Game #Jogo #Console #NES #Nintendo #RockmanX #Anos90 #ThunderBlastMan #Sanchen #Pirata

Duração do vídeo: -0:52



Vídeo: 90 / 461

NATUREZA - VENTOS FORTES PARA TODOS OS LADOS

Publicado em: 29 de abril de 2016 ·

#NATUREZA - #VENTOS #FORTES PARA #TODOS OS #LADOS
"Ir à Europa com a mulher é gastar o dobro e se divertir a metade" (2487/5250)(29/04/2016 13:36:18)
(HS S=240514)(H=5)(F=44)(L=190)

Duração do vídeo: -1:46



Vídeo: 91 / 461

Sonic the Hedgehog CD - Sega CD - 1993

Publicado em: 2 de maio de 2016 ·

Sonic the Hedgehog CD, ou Sonic CD é um jogo eletrônico da série Sonic the Hedgehog, lançado para Sega CD em 1993 e para computadores pessoais em 1995.
Data de lançamento inicial: 23 de setembro de 1993
Série: Sonic the Hedgehog
Plataformas: Android, Sega CD, Mega Drive, PlayStation 3, mais
Desenvolvedores: Sega, Sonic Team
Projetistas: Naoto Oshima, Kazuyuki Hoshino, Yasushi Yamaguchi
Estúdios: Sega, Sony Interactive Entertainment, Sega Europe
#Jogo #Game #Console #MegaDrive #SonicCD #Ano1993
#SonicTheHedgehog #SegaCD #Sega

Duração do vídeo: -2:11



Vídeo: 92 / 461

Probotector - NES - 1990 - Konami

Publicado em: 4 de maio de 2016 ·

Jogo Probotector para Nintendinho do ano de 1990.
Categoria: Jogos de Ação.
#Jogo #Game #NES #Nintendo #Nintendinho #Nintendo8Bits #Ação #Contra
#Versão #Probotector #Ano1990 #Konami

Duração do vídeo: -0:42



Vídeo: 93 / 461

RATOEIRA COM PET - PRATICA E EFICIENTE - GENIAL

Publicado em: 4 de maio de 2016 ·

#Rato #Ratoeira #Rat #Trap #Praga #Roedor #Doença #Combate #Zoonose #Prático #Genial #Ecologia #Plastico #Garrafa #Refrigerante #Raiva #Balança

Duração do vídeo: -1:21



Vídeo: 94 / 461

Samurai Spirits - NES - 1995 - Rex Soft

Publicado em: 5 de maio de 2016 ·

#Jogo #Game #Console #NES #Nintendo #Nintendo8bits #SamuraiSpirits #Ano1995 #RexSoft

Duração do vídeo: -0:43



Vídeo: 95 / 461

NES - 100 Jogos em 10 minutos - 100 NES (Nintendo) games in 10 minutes

Publicado em: 10 de maio de 2016 ·

1. Super Mario Brothers (0:00)
2. Contra (0:07)
3. Dragon warrior 1 (0:13)
4. Dr. Mario (0:19)
5. Excite Bike (0:25)
6. Lola 3 (0:31)
7. Ice Climber (0:37)
8. Gradius (0:43)
9. Ice Hockey (0:49)
10. Kiwi Craze (0:55)
11. Little Nemo (1:01)
12. Scheherazade (1:07)
13. Abradox (1:13)
14. Addams Family (1:19)
15. Adventure Island 1 (1:25)
16. Basewars (1:31)
17. Marble Madness (1:37)
18. Kirby (1:43)
19. Batman 1 (1:49)
20. Battle Chess (1:55)
21. Mappy Land (2:01)
22. Maniac Mansion (2:07)
23. Kid Icarus (2:13)
24. Silius (2:19)
25. Duck Hunt (2:25)
26. Treasure Island 2 (2:31)
27. Goonies 2 (2:37)
28. Castlevania 1 (2:43)
29. Bugs Bunny Birthday (2:49)
30. Bomberman 1 (2:55)
31. Battletoads (3:01)
32. Bionic Commando (3:07)
33. Blades of Steel (3:13)
34. Blaster Master (3:19)
35. Castlevania 2 (3:25)
36. Bugs Bunny Crazy Castle (3:31)
37. Casino Kid (3:37)
38. Caveman Games (3:43)
39. Crystalis (3:49)
40. Deja Vu (3:55)
41. Double Dribble (4:01)
42. Duck Tales (4:07)
43. Double Dragon 2 (4:13)
44. Golgo 13 (4:19)
45. Hogans Alley (4:25)
46. Jackie Chan (4:31)
47. Castlevania 3 (4:37)
48. Double Dragon 1 (4:43)
49. Ninja Gaiden 1 (4:49)
50. North & South (4:55)
51. Prince Of Persia (5:01)
52. Metroid (5:07)
53. Metal Gear (5:13)
54. Pirates (5:19)
55. Mega Man 2 (5:25)
56. Micro Machines (5:31)
57. Paper Boy (5:37)
58. Punch Out (5:43)
59. Super Mario Brothers 2 (5:49)
60. Ultima IV (5:55)
61. The Three Stooges (6:01)
62. The Guardian Legend (6:07)
63. Bucky O'Hare (6:13)
64. Wizards & Warriors 2 (6:19)
65. Zelda (6:25)
66. Turtles 1 (6:31)
67. Tiny Toons Adventures (6:37)
68. Wrath of the Black Ninja (6:43)
69. Super Mario Brothers 3 (6:49)
70. Tecmo Super Bowl (6:55)
71. Tombs & Treasures (7:01)
72. Snakes Revenge (7:07)
73. Super Contra (7:13)
74. Snake Rattle n Roll (7:19)
75. Talespin (7:25)
76. Star Tropics 1 (7:31)
77. Spy Hunter (7:37)
78. Zelda 2 (7:43)
79. Yo! Noid (7:49)
80. Turtles 2 (7:55)
81. Silver Surfer (8:01)
82. Robin Hood (8:07)
83. R.C. Pro Am (8:13)
84. River City Ransom (8:19)
85. Shadowgate (8:25)
86. Robocop (8:31)
87. Rygar (8:37)
88. Tetris (8:43)
89. Supercars (8:49)
90. Rampage (8:55)
91. Willow (9:01)
92. Final Fantasy (9:07)
93. Mario Brothers (9:13)
94. Ghosts & Goblins (9:19)
95. Joe & Mac (9:25)
96. Donkey Kong (9:31)
97. Chip & Dale (9:37)
98. Legendary Wings (9:43)
99. Bubble Bobble (9:49)
100. Faxandu (9:55)
NES - 100 #Jogos em 10 #minutos - 100 NES (#Nintendo) #games in 10 #minutes
#tweegram #happy #summer #instagramhub #bestoftheday #iphoneonly #igdaily #fashion #webstagram #picstitch
"Fato verídico de uma grande corporação." (1771/5250)(10/05/2016 11:28:43)
(HS S=240514)(H=5)(F=71)(L=298)

Duração do vídeo: -10:00



Vídeo: 96 / 461

Sega Genesis - 100 Jogos do MegaDrive em 10 Minutos - 100 Games in 10 Minutes

Publicado em: 10 de maio de 2016 ·

Sega #Genesis - 100 #Jogos do #MegaDrive em 10 #Minutos - 100 #Games in 10 #Minutes
#tbt #cute #photooftheday #instamood #beautiful #picoftheday #igers #girl #instadaily #iphonesia
"As vezes nós perdemos as pessoas que mais amamos, por não termos coragem de dizer o que realmente sentimos. Autor: Desconhecido " (1232/5250)(10/05/2016 12:50:29)
(HS S=240514)(H=6)(F=77)(L=385)

Duração do vídeo: -10:00



Vídeo: 97 / 461

SNES - 100 JOGOS EM 10 MINUTOS - 100 Super Nintendo games in 10 minutes

Publicado em: 10 de maio de 2016 ·

#SNES - 100 #JOGOS EM 10 #MINUTOS - 100 #Super #Nintendo #games in 10 #minutes
#followback #throwbackthursday #clouds #white #bestfriend #yummy #yum #like4like #textgram #eyes
"Não existe mulher feia. Você é que bebe pouco" (2742/5250)(10/05/2016 14:27:29)
(HS S=240514)(H=6)(F=71)(L=296)

Duração do vídeo: -10:00



Vídeo: 98 / 461

Mickey Mouse Dream Balloon - NES - 1992 - Kemco

Publicado em: 11 de maio de 2016 ·

Jogo de ação de 1992 lançado pela Kemco para o Nintendo Famicom no Japão. É o terceiro jogo da série estrelado por Mickey Mouse feito pela Kemco, porém, além de ser o único jogo da série não lançado no Game Boy, também não é do mesmo gênero como os outros quatro jogos da série.
Devido a Capcom que tinha os direitos nos EUA para fazer jogos da Disney no Nintendo, quando o jogo foi lançado nos EUA, Kemco mudou o mesmo para caracterizar outros personagens e rebatizou de "Kid Klown in Night Mayor World.".
#Game #Console #Nintendo #Nintendo8bits #Nintendinho #NES #Ano1992 #Ação #Disney #Mickey #Kemco

Duração do vídeo: -0:45



Vídeo: 99 / 461

Trolls in Crazyland - NES - 1991

Publicado em: 12 de maio de 2016 ·

Trolls in Crazyland é um jogo da Nintendo desenvolvido por KID e lançado em 1991 por VAP. Os jogadores controlam um menino com um capacete que chuta bolas de inimigos em uma tentativa de salvar a namorada de uma força desconhecida dentro de um parque de diversões. Quanto mais dano que ele leva mais o dano que ele faz aos inimigos.
#Game #Jogo #Console #Nintendo #Nintendo8Bits #NES #TrollsInCrazyland #KID #VAP #Ação

Duração do vídeo: -0:42



Vídeo: 100 / 461

Street Heroes - NES - 1994 - Sachen

Publicado em: 13 de maio de 2016 ·

JOGO DE NÚMERO 50 !!!
#Jogo #Game #Console #Nintendo #Nintendo8bits #StreetHeroes #Ano1994 #Sachen

Duração do vídeo: -0:42



Vídeo: 101 / 461

Silver Eagle - NES - 1993 -Sachen

Publicado em: 17 de maio de 2016 ·

#Jogo #Game #NES #Nintendo #Nintendo8bits #Ano1993 #Sachen
#SilverEagle #Console

Duração do vídeo: -0:50



Vídeo: 102 / 461

Nintendo Entertainment System - Japão - 1983

Publicado em: 18 de maio de 2016 ·

Nintendo Entertainment System, Sistema de Entretenimento Nintendo ou simplesmente NES (no Brasil apelidado como Nintendinho), é um console lançado pela Nintendo na América do Norte, Europa, Ásia,Austrália e Brasil. Originalmente lançado no Japão em 1983 com o nome de Nintendo Family Computer, ou apenas Famicom, o sistema foi redesenhado e recebeu o novo nome para ser lançado no mercado americano em 1985. O NES/Famicom foi o videogame de maior sucesso comercial na sua época, ajudou a indústria de videogames a se recuperar da crise de 1983 e estabeleceu novos padrões que seriam seguidos pela indústria. Também foi o primeiro console a ser produzido por terceiros, o que ajudou a divulgar o sistema em todo o mundo. O NES também foi um dos primeiros consoles a se apoiar em jogos feitos por terceiros (não só pela própria fabricante). Seu código de modelo é NES-001.
O NES encontra-se em 8º lugar na lista de consoles mais vendidas de sempre, ficando atrás da Nintendo DS, PlayStation 2, Game Boy,
PlayStation, Wii, Game Boy Advance e PlayStation Portable.
#Console #Japão #Sucesso #Jogos #VideoGames #Sistema #Plataforma
#NES #Nintendo8Bits #Nintendinho #Japan #NES001

Duração do vídeo: -1:44



Vídeo: 103 / 461

Showerloop - Chuveiro permite tomar “banho demorado” gastando 10 litros de água

Publicado em: 25 de maio de 2016 ·

#Showerloop - #Chuveiro #permite #tomar “#banho #demorado” #gastando 10 #litros de #água
#style #i #beauty #harrystyles #instacollage #jj_forum #foodporn #nice #boy #instago
"Dinheiro não traz Felicidade... ... então me dê o seu e seja feliz! " (5214/5250)(25/05/2016 11:49:14)
(HS S=240514)(H=9)(F=80)(L=317)

Duração do vídeo: -2:40



Vídeo: 104 / 461

The King of Fighters 2003 - SNK

Publicado em: 25 de maio de 2016 ·

The King of Fighters 2003 é o décimo jogo da série The King of Fighters. É o último jogo desta série baseada no hardware Neo-Geo e o primeiro da série desenvolvido e publicado pela SNK Playmore.
Data de lançamento inicial: 12 de dezembro de 2003
Série: The King of Fighters
Desenvolvedor: SNK Playmore
Estúdio: SNK Playmore
Gênero: Jogo eletrônico de luta
Plataformas: Neo Geo, Arcade, PlayStation 2, PlayStation 3, Xbox
#kof #Ano2003 #Console #Jogo #Game #NeoGeo #SNK #Arcade #Luta #Combate #Clássico #Coleção

Duração do vídeo: -3:40



Vídeo: 105 / 461

Rede multifuncional - Fubiz - Amazing Flying Tent

Publicado em: 25 de maio de 2016 ·

#Rede #SHTF #Amazing #Flying #Tent #Acampamento #Prático #Floating

Duração do vídeo: -2:14



Vídeo: 106 / 461

Tasac - 1992 - Sachen

Publicado em: 26 de maio de 2016 ·

#Jogo #Game #Console #Ano1992 #Tasac #Sachen

Duração do vídeo: -0:50



Vídeo: 107 / 461

Final fantasy 5 - 1992 - Square Co

Publicado em: 27 de maio de 2016 ·

Final Fantasy V é um jogo eletrônico do gênero RPG desenvolvido e publicado em 1992 pela Square Co., sendo o quinto título principal da série Final Fantasy.
Data de lançamento inicial: 6 de dezembro de 1992
Série: Final Fantasy
Plataformas: Android, Super Nintendo Entertainment System, Game Boy Advance, iOS, PlayStation, Microsoft Windows
Desenvolvedores: Square Co., TOSE
Projetistas: Nobuo Uematsu, Yoshitaka Amano, Tetsuya Nomura,
Estúdios: Game Boy Advance, Square Enix, Nintendo, Square Co., Sony Interactive Entertainment, Square Electronic Arts
#Jogo #Game #Console #FinalFantasy #FinalFantasy5 #RPG #Clássico #SquareCo

Duração do vídeo: -3:03



Vídeo: 108 / 461

Sea of Dreamland - NES - 1992

Publicado em: 28 de maio de 2016 ·

#Jogo #Game #Console #NES #Nintendo #Nintendo8bits #Nintendinho #SeaOfDreamland #Ano1992

Duração do vídeo: -0:39



Vídeo: 109 / 461

O Baiano e o melhor amigo do homem

Publicado em: 28 de maio de 2016 ·

#Cachorro #Dog #Amigo #Cão #Kkk #Correndo

Duração do vídeo: -0:47



Vídeo: 110 / 461

Queriam abusar dela - Mas nos cuidamos das nossas mulheres -

Publicado em: 28 de maio de 2016 ·

Divulgue esta campanha
They wanted to abuse it - but take care in our women - Publicize
this campaign
Ils voulaient abuser - mais prendre soin de nos femmes - Faire
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Ellos querían abusar de ella - pero tenga cuidado en nuestras
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#Abusar #Abuse #Mulher #Women #Campanha #Campaign #Abuser #Femmes #Kampagne #kümmern #mujeres #Estupro #Rape #Violência #Compartilhe #Justiça #Filha #Mãe #Esposa #Hija #Madre #Justicia #Justice #Mother #Daughter #Wife

Duração do vídeo: -1:02



Vídeo: 111 / 461

Magic Carpet 1001 - NES - 1992 - Caltron

Publicado em: 30 de maio de 2016 ·

Magic Carpet 1001 é um game desenvolvido pela Mega Soft de Taiwan. O Jogo inicialmente foi produzido para fazer parte da seleção Caltron. Caltron é um MultiCard 6in1, ou seja, um cartucho com seis jogos selecionáveis. Magic Carpet 1001, também é conhecido pelos seguintes nomes: Turbo Magic Carpet 1001, La Alfombra Magica e Aladdin III.
É um jogo do gênero Shooter de scrolling lateral.Em Magic Carpet
1001, você é um jovem que tem a noiva sequestrada e parte em seu resgate.Nesta jornada a viagem será feita num tapete mágico voador é para derrotar os inimigos, você terá diversos tipos de mágias.Enredo comum para a época, mas o cuidado gráfico e a dificuldade extrema emprega a este jogo um certo charme e muita nostalgia; já que no Brasil este era um dos jogos que companhavam o videogame Turbo Game (CCE), conhecido como clone do NES. Alías , era muito comum este jogo acompanhar clones do videogame 8bits da Nintendo. Tanto é que o game teve algumas variações no nome e diversos tipos de cartucho.
#Jogo #Game #Console #Nintendo #Nintendo8Bits #MagicCarpet #NES #Caltron #Multicard #Aladin #TurboGame #Clones

Duração do vídeo: -0:38



Vídeo: 112 / 461

Como se livrar de uma situação de aperto - Agentes Federais do Brasil

Publicado em: 30 de maio de 2016 ·

#SHTF #BOV #Fuga #Carro #Trânsito #Macete #FreioDeMão #Manobra #Evasiva

Duração do vídeo: -0:33



Vídeo: 113 / 461

Nintendo GameCube - 2001 - Japão

Publicado em: 31 de maio de 2016 ·

Nintendo GameCube é um console de videogame produzido pela empresa japonesa Nintendo, lançado no mercado estadunidese e japonês em novembro de 2001. É o sucessor do Nintendo 64, e seu codinome durante a produção era Project Dolphin. A intenção da Nintendo ao lançar este videogame era tentar retomar o mercado perdido para a Sony e seu PlayStation, todos parte dos consoles de sexta geração.
Este console trouxe algumas novidades como a interação com o
console portátil Game Boy Advance e um controle desenhado para
melhor se adaptar aos jogadores de todas as idades. Alguns jogos de sucesso para esta plataforma são The Legend of Zelda: The Wind Waker, Super Mario Sunshine, Metroid Prime e Resident Evil 4. A Nintendo anunciou o fim da produção do GameCube no início de 2007.
Seu código de modelo é DOL-001 (cuja sigla vem de DOLphin - o
codinome do console).
#Jogo #Game #Eletrônico #Nintendo #GameCube #NintendoGameCube #Console #Japão #Pikmin

Duração do vídeo: -2:08



Vídeo: 114 / 461

Alarme com pregador de roupas - How to make a TRIP-WIRE ALARM

Publicado em: 31 de maio de 2016 ·

#Alarme #Prático #Criativo #Proteção #SHTF #Armadilha #Tecnologia

Duração do vídeo: -1:32



Vídeo: 115 / 461

Elevador feito com bicicleta - Bike - BtechBro.com

Publicado em: 31 de maio de 2016 ·

#Elevador #Bicicleta #Bike #Engenharia #Casa #Engenhoso #Força

Duração do vídeo: -0:35



Vídeo: 116 / 461

Esperei toda a minha infância para ver isto acontecer

Publicado em: 1 de junho de 2016 ·

Agora depois de adulto consegui o que tanto queria...
#Kkk #Coyote #Roadrunner #Papaléguas #Warner #Desenho #Animado #Cartoon #Clássico #Perseguição

Duração do vídeo: -1:40



Vídeo: 117 / 461

O Casamento do seu Madruga com a dona Clotilde - Episódio perdido

Publicado em: 1 de junho de 2016 ·

#Chaves #Chapolin #SeuMadruga #Madruga #Clotilde #Vila #Casamento
#Clássico #kkk #Curioso #NinguémViu #Sonho #Bruxa #BruxaDo71 #Episódio #Perdido

Duração do vídeo: -3:57



Vídeo: 118 / 461

Great Wall - NES - 1992 - Sachen

Publicado em: 1 de junho de 2016 ·

#Jogo #Game #GreatWall #Console #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #Ano1992 #Sachen #China

Duração do vídeo: -0:51



Vídeo: 119 / 461

Hit the Ice - NES

Publicado em: 2 de junho de 2016 ·

#Jogo #Game #Console #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #HitTheIce #Prototype #Protótipo

Duração do vídeo: -0:37



Vídeo: 120 / 461

Pole Position - Desenho Retrô - Anos 80 e 90 no SBT

Publicado em: 3 de junho de 2016 ·

Pole Position é uma série animada de televisão franco-americana criada pelo produtor francês Jean Chalopin e produzida pela DiC Entertainment em 1984. No Brasil, foi exibida pelo SBT, entre os anos 80 e 90.
Primeiro episódio: 15 de setembro de 1984
Episódio final: 8 de dezembro de 1984
Número De Episódios: 13
Número De Temporadas: 1
Emissora original: Columbia Broadcasting System
#PolePosition #Desenho #FrancoAmericano #Retrô #Anos80 #Anos90 #SBT #TV #JeanChapolin #DICEntertainment #Clássico #Sucesso #Infância

Duração do vídeo: -1:05



Vídeo: 121 / 461

BOR - OS MELHORES JOGOS EM AÇÃO

Publicado em: 3 de junho de 2016 ·

#Jogos #Console #Game #BOR #TheBest #OsMelhores #Luta #Combate #Ação #Action

Duração do vídeo: -1:02



Vídeo: 122 / 461

King of Fighter 2002 - SNK - Playstation 2

Publicado em: 6 de junho de 2016 ·

The King of Fighters 2002: Challenge to Ultimate Battle é um jogo de videogame produzido pela empresa fabricante de jogos eletrônicos SNK Playmore.
Data de lançamento inicial: 10 de outubro de 2002
Série: The King of Fighters
Gênero: Jogo eletrônico de luta
Desenvolvedores: SNK, Eolith
Plataformas: Arcade, Neo Geo, PlayStation 2, PlayStation 3,
Microsoft Windows, Xbox, Dreamcast
Estúdios: SNK, Eolith, Ignition Entertainment
#Game #Console #Jogo #Sony #PlayStation #KingOfFighter2002 #SNK #Luta #Combate #Clássico #Arcade #Challenge #Ultimate #Battle

Duração do vídeo: -2:11



Vídeo: 123 / 461

#Cachorro no #ritmo da #música - #kkk

Publicado em: 6 de junho de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:12



Vídeo: 124 / 461

Abertura de séries antigas que marcaram época

Publicado em: 6 de junho de 2016 ·

#Abertura de #séries #antigas que #marcaram #época
#Retrô #Clássico #Nostalgia #Saudade #Lembranças #TV

Duração do vídeo: -8:34



Vídeo: 125 / 461

Shanghai - NES - Japan - Dave Shadoff

Publicado em: 7 de junho de 2016 ·

#Console #Game #NES #Nintendo #Nintendinho #Nintendo8Bits #Shanghai #Japan #DaveShadoff #Curiosidade

Duração do vídeo: -1:25



Vídeo: 126 / 461

Playstation 2 - 2000 - Sony - Japão

Publicado em: 8 de junho de 2016 ·

O PlayStation 2 (oficialmente abreviado como PS2) foi o segundo console produzido pela empresa Sony, após o PlayStation original.
Foi lançado no dia 4 de março de 2000 no Japão, no dia 26 de outubro na América do Norte, e posteriormente, no dia 24 de novembro na Europa. Após um lento primeiro ano, o PlayStation 2 cresceu a ponto de tornar-se o console mais vendido da história dos videogames.
Devido à imensa popularidade em todo o mundo, o console, assim como seus jogos, continuaram a ser fabricados mesmo após o lançamento do seu sucessor, o PlayStation 3. Somente depois de 13 anos do seu lançamento, às vias do anúncio do PlayStation 4, que o jornal japonês Asahi Shinbum anunciou o encerramento da fabricação do console no Japão no dia 30 de dezembro de 2012. E no dia 4 de janeiro de 2013, o jornal britânico The Guardian anunciou que a Sony cessou a produção dos consoles PlayStation 2 no mundo inteiro.
O último jogo lançado para Playstation 2 foi Pro Evolution Soccer 2014 em 8 de novembro de 2013.
De acordo com dados provenientes da Sony de 31 de janeiro de 2011, o PlayStation 2 vendeu mais de 150 milhões de unidades, e teve mais de 3800 títulos disponíveis.
#Game #Jogo #Console #Sony #Japão #Popular #Clássico #ProEvolutionSoccer #Ano2000 #História #RPG #Ação #Luta #Aventura

Duração do vídeo: -1:33



Vídeo: 127 / 461

Fazendo fogo com bambu - SHTF

Publicado em: 8 de junho de 2016 ·

#Fazendo #fogo #bambu #SHTF

Duração do vídeo: -3:11



Vídeo: 128 / 461

MotoTrailer C-Way Conyon - Equipamento extra para aventuras mais longas - SHTF

Publicado em: 8 de junho de 2016 ·

#Moto #MotoTrailer #Transporte #Equipamento #Bagagem #SHTF

Duração do vídeo: -2:54



Vídeo: 129 / 461

Jurassic Boy - NES - 1994 - Sachen

Publicado em: 9 de junho de 2016 ·

#Jurassic #Boy #JurassicBoy #NES #Ano1994 #Sachen #Nintendo
#Nintendo8Bits #Nintendinho #Jogo #Game #Console

Duração do vídeo: -0:37



Vídeo: 130 / 461

Chuva de Granizo - Perigosa e Assustadora

Publicado em: 9 de junho de 2016 ·

#Chuva #Granizo #Perigosa #Assustadora #Barulho #Céu #Meteorologia #Tempo #Clima #Roça #Telhado #Buraco #Medo

Duração do vídeo: -2:43



Vídeo: 131 / 461

Titan Warriors -NES

Publicado em: 10 de junho de 2016 ·

#Game #Jogo #Console #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #Nave #Protótipo

Duração do vídeo: -0:37



Vídeo: 132 / 461

Como os homens mudam - As coisas mudam

Publicado em: 10 de junho de 2016 ·

#Como #homens #mudam #coisas #Vida #Adulto #Família #Mudanças #Crescer

Duração do vídeo: -0:51



Vídeo: 133 / 461

Ferramenta Estrela multiuso - Multitool - Awesome tool SHTF

Publicado em: 13 de junho de 2016 ·

#Ferramenta #Estrela #multiuso - #Multitool - #Awesome #tool #SHTF

Duração do vídeo: -0:42



Vídeo: 134 / 461

Mega Turrican - MegaDrive - 1993

Publicado em: 13 de junho de 2016 ·

Mega Turrican é um jogo de tiro de 16 bits, desenvolvido pela Factor 5 em 1993 e comercializado pela Data East em 1994.
Este jogo da série Turrican foi inicialmente projetado para o Mega
Drive / Genesis, e mais tarde seguido por uma porta Amiga sob o
título de Turrican 3: Payment Day. No entanto, apesar de não ser o
original, a versão Amiga foi o que foi pela primeira vez lançado
comercialmente em 1993, publicado pela Rainbow Arts na Alemanha e renegado no resto da Europa. A versão Mega Drive não tem uma editora e permaneceu inédito a partir da Primavera de 1993 até 1994, quando Data East assumiu a sua distribuição mundial. Data East lançou o jogo na América do Norte, e contratados Sony Imagesoft para distribuição do jogo na Europa.
A versão do Mega Drive do jogo foi relançado no serviço Virtual
Console do Wii na Europa e na Austrália em 22 de março de 2008 e em 14 de Abril de 2008, em América do Norte.
#Game #Console #Jogo #MegaTurrican #MegaDrive #Factor5 #Ano1993 #Amiga #DataEast #Sony #Imagesoft #Europa #Wii

Duração do vídeo: -2:48



Vídeo: 135 / 461

Q Boy-NES-1994-Sachen

Publicado em: 14 de junho de 2016 ·

#QBoy #NES #Jogo #Game #Console #Nintendo #Nintendinho #Nintendo8bits #Sachen #Ano1994

Duração do vídeo: -0:35



Vídeo: 136 / 461

Maxi 15-DeathBots-NES-1992

Publicado em: 15 de junho de 2016 ·

#Game #Jogo #Console #NES #Nintendo #Nintendinho #Nintendo8Bits #Maxi15 #DeathBots #Ano1992 #AmericanVideo

Duração do vídeo: -0:43



Vídeo: 137 / 461

História com todos os consoles Nintendo de 1980 a 2012

Publicado em: 15 de junho de 2016 ·

#História #Consoles #Games #Nintendo #Ano1980 #Ano2012 #Clássicos

Duração do vídeo: -2:12



Vídeo: 138 / 461

YouPlay - Todos os Videos Games em um só

Publicado em: 15 de junho de 2016 ·

#YouPlay #Console #Games #Jogos #Atari #MasterSystem #Nintendo #SuperNintendo #MegaDrive #Playstation #FrontEnd #HiperSpin #Sensacional

Duração do vídeo: -0:35



Vídeo: 139 / 461

Commodore Amiga - Anos 80

Publicado em: 16 de junho de 2016 ·

Commodore Amiga ou simplesmente AMIGA é uma família de computadores de 16/32 bits fabricados pela empresa canadense Commodore Business Machines nos anos 80 e 90. Ficaram famosos pelos recursos multimídia e multitarefa apresentados em sua época, muito a frente dos rivais IBM-PC. Possuiam uma arquitetura de múltiplos processadores que permitia executar tarefas avançadas nas áreas gráficas e jogos.
#Jogo #Computador #Anos80 #Anos90 #Games #Clássico #Commodore #Machine #IBM #Arquitetura #Gráfico

Duração do vídeo: -1:19



Vídeo: 140 / 461

Canal da prensa hidráulica - Destruindo um motor em funcionamento

Publicado em: 16 de junho de 2016 ·

#Crushing running 4-stroke motor and #motorcycle #helmet with hydraulic press.
#Prensa #Hidráulica #Destruição #Motor #Capacete #Pistão #Hydraulic #Press #Channel

Duração do vídeo: -4:05



Vídeo: 141 / 461

Son Son II - PC Engine - 1989 - NEC Avenue - Capcom

Publicado em: 17 de junho de 2016 ·

#Console #PCEngine #Jogo #Game #SonSon2 #Ano1989 #NECAvenue #Capcom #Licensed

Duração do vídeo: -0:32



Vídeo: 142 / 461

Nadando no colchão de água

Publicado em: 17 de junho de 2016 ·

Nada melhor que cair em um colchão de água nesse verão.
#Pegadinha #kkk #Loja #Vendedora #Colchão #Susto #Molhado #Banheira #Engraçado

Duração do vídeo: -1:43



Vídeo: 143 / 461

REAÇÃO DE UM CACHORRO APÓS REVER SEU DONO DEPOIS DE 8 MESES

Publicado em: 20 de junho de 2016 ·

Este cão já não via o seu dono desde o dia que ele foi em missão para o Afeganistão. 8 meses depois, o dono regressa a casa e o seu fiel amigo fica maluco de emoção ao o reencontrar. Veja a reação do animal depois de estar tanto tempo ser ver o seu dono. Um verdadeiro amigo é assim… Eu acho que isto merece o teu ‘Compartilha e Curtir ’. Não?

Duração do vídeo: -0:59



Vídeo: 144 / 461

Future Pinball

Publicado em: 20 de junho de 2016 ·

Future Pinball é o melhor simulador de Pinball para PC existente,
pesquisando na internet você achará muitos sites para baixar
(gratuitamente) centenas de mesas (tables) que simulam as melhores mesas ja lançadas em todas as décadas.
#Pinball #Jogo #Game #Simulador #PC #Mesas #Maquinas #tables #Free #Gratuitamente #Projeto #Freeware #Física #Laser

Duração do vídeo: -1:04



Vídeo: 145 / 461

Evolução das fronteiras na Europa durante mil anos - Fucking Love Graphs

Publicado em: 20 de junho de 2016 ·


Duração do vídeo: -3:24



Vídeo: 146 / 461

Sunman - NES

Publicado em: 21 de junho de 2016 ·

#Game #Jogo #Console #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #Sunman #Ação #Protótipo

Duração do vídeo: -0:32



Vídeo: 147 / 461

Sega Saturn - 1994 - Japão

Publicado em: 22 de junho de 2016 ·

O Sega Saturn é um console de videogame de 32 bits lançado
primeiramente pela Sega em 22 de Novembro de 1994 no Japão, em 11 de Maio de 1995 na América do Norte e em 8 de Julho na Europa e Austrália. O console foi descontinuado na Europa e Austrália em 1998, em Abril de 1999 na América do Norte e em 23 de Dezembro de 2000 no Japão.
Tornou-se um console popular no Japão devido à seu marketing de
sucesso, com o personagem Segata Sanshiro criado especialmente para o marketing do Sega Saturn, porém ele não conseguiu repetir o sucesso na América do Norte e Europa frente seus concorrentes,
Playstation e Nintendo 64.
De acordo com o artigo da revista americana GamePro em Julho de
2007, o Saturn vendeu 9,5 milhões de unidades.
#Game #Jogo #Console #SegaSaturn #Ano1994 #32Bits #Japão #SegataSanshiro

Duração do vídeo: -1:14



Vídeo: 148 / 461

Higemaru - Makai Island - NES

Publicado em: 23 de junho de 2016 ·

#Game #Jogo #Console #NES #Nintendo #Nintendinho #Nintendo8Bits #MakaiIsland #Protótipo #Prototype

Duração do vídeo: -0:33



Vídeo: 149 / 461

Galactic Crusader - NES - Bunch Games

Publicado em: 24 de junho de 2016 ·

#Jogo #Game #Console #GalacticCrusader #BunchGames #NES #Nintendo #Nintendinho #Nintendo8bits #Nave

Duração do vídeo: -0:33



Vídeo: 150 / 461

E ELE PENSA QUE ASSUSTA...

Publicado em: 24 de junho de 2016 ·

#Susto #Fantasma #kkk

Duração do vídeo: -0:09



Vídeo: 151 / 461

Kung Fu Mario - NES

Publicado em: 27 de junho de 2016 ·

#Jogo #Game #Console #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #Luta #KungFuMario #Ação

Duração do vídeo: -0:33



Vídeo: 152 / 461

Lanche da tarde - Rápido e prático com 15 minutos de forno...

Publicado em: 27 de junho de 2016 ·

#Lanche #Comida #Prático #Rápido #Forno

Duração do vídeo: -1:21



Vídeo: 153 / 461

Final Combat - NES - 1992 - Sachen

Publicado em: 28 de junho de 2016 ·

#Jogo #Game #Ano1992 #Sachen #FinalCombat #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #Combate #Tank

Duração do vídeo: -0:32



Vídeo: 154 / 461

Leve a bondade com você - Take the Kindness with you

Publicado em: 28 de junho de 2016 ·

#Bondade #Humanidade #Esperança #Kindness

Duração do vídeo: -1:20



Vídeo: 155 / 461

Vamos aprender Física - Se não aprender agora não aprende mais

Publicado em: 28 de junho de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:58



Vídeo: 156 / 461

Beauty and the Beast - NES

Publicado em: 29 de junho de 2016 ·

#Jogo #Game #Console #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #BeautyAndTheBeast #Ação

Duração do vídeo: -0:42



Vídeo: 157 / 461

Rio2016 virou piada no programa Late Show - Stephen Colbert no canal CBS

Publicado em: 1 de julho de 2016 ·

Dia 28 (terça feira) ele estava inspirado...
#Rio2016 #StephenColbert #LateShow #CBS #Chacota #Piada #Desastre #Comédia #Rio #RJ #Brasil #Ano2016

Duração do vídeo: -4:31



Vídeo: 158 / 461

Tehkan World Cup - Arcade - 1985

Publicado em: 1 de julho de 2016 ·

Data de lançamento inicial: 1985
Estúdio: Tecmo
Plataforma: Arcade
Desenvolvedores: Tecmo, Koei Tecmo Holdings
Modo: Jogo eletrônico para um jogador, Jogo multijogador
#Jogo #Game #TehkanWorldCup #Arcade #Ano1985 #Arcade #Tecmo #Koei

Duração do vídeo: -1:04



Vídeo: 159 / 461

Time Diver Eon Man - NES

Publicado em: 4 de julho de 2016 ·

#Game #Jogo #Nintendo #NES #Nintendo8Bits #TimeDiverEonMAn #Ação #Nintendinho #Protótipo

Duração do vídeo: -0:33



Vídeo: 160 / 461

Ilusionismo - Acabou dando errado

Publicado em: 4 de julho de 2016 ·

"Confie em mim, eu sou mágico, e isso é só uma ilusão..." Foram as
últimas palavras do Ilusionista em um programa de tv na Polônia.
#Ilusionismo #TV #Erro #Acidente #Mágica #Polônia #Viral #Apresentadora #Programa #AoVivo

Duração do vídeo: -1:05



Vídeo: 161 / 461

Super Pang - NES - 1991 - Sachen

Publicado em: 5 de julho de 2016 ·

#Jogos #Game #Nintendo #Nintendinho #Nintendo8bits #SuperPang #NES #Sachen #Ano1991

Duração do vídeo: -0:36



Vídeo: 162 / 461

Crime Organizado - Rio de Janeiro

Publicado em: 5 de julho de 2016 ·

#Assalto #Roubo #Rua #Crime #Organizado #Quadrilha #Sincronizado #RJ #Brasil #Rio2016 #kkk

Duração do vídeo: -0:44



Vídeo: 163 / 461

Acidente de moto - flagrado pela câmera

Publicado em: 5 de julho de 2016 ·

#Acidente #Moto #BarraDaTijuca #Viaduto #Flagrado

Duração do vídeo: -0:32



Vídeo: 164 / 461

A mãe dos irmãos metralhas - kkk

Publicado em: 5 de julho de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:21



Vídeo: 165 / 461

Os sonhos de uma vida - Reflexão

Publicado em: 5 de julho de 2016 ·


Duração do vídeo: -5:25



Vídeo: 166 / 461

10 gols contra que são épicos - kkk

Publicado em: 5 de julho de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:36



Vídeo: 167 / 461

Super Ver.7 - 4 in 1 - NES - 1994 - Sachen

Publicado em: 6 de julho de 2016 ·

#Jogo #Game #Cartucho #NES #Nintendo #Nintedinho #Nintendo8Bits #Sachen #Ano1994

Duração do vídeo: -0:31



Vídeo: 168 / 461

Brincadeira de criança como é bom...

Publicado em: 6 de julho de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:33



Vídeo: 169 / 461

Side Winder - Xiang Wei She - 1989 - Sachen

Publicado em: 7 de julho de 2016 ·

#Jogo #Game #SideWinder #XiangWeiShe #Sachen #Ano1989 #Nintendo #NES #Nintendinho #Nintendo8Bits #Cartucho #Famicom

Duração do vídeo: -0:31



Vídeo: 170 / 461

Pegadinha da cobra - kkk

Publicado em: 7 de julho de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:11



Vídeo: 171 / 461

State of Art - Na perfeição sincronizada

Publicado em: 7 de julho de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:41



Vídeo: 172 / 461

Corvette ZR-1 Challenge - NES - 1991 - Hasbro International

Publicado em: 8 de julho de 2016 ·

#Jogo #Console #Game #NES #Nintendo #Nintendinho #Nintendo8Bits #CorvetteZR1Challenge #Ano1991 #Hasbro

Duração do vídeo: -0:30



Vídeo: 173 / 461

Tromba d'agua - Nova Olímpia - Mato Grosso

Publicado em: 11 de julho de 2016 ·

Cuidado nas cachoeiras, pode ser muito perigoso
#Tromba #NovaOlímpia #MatoGroso #Brasil #BR #Cachoeiras #Perigoso

Duração do vídeo: -1:51



Vídeo: 174 / 461

Ferro de solda com transformador - Eletrônica

Publicado em: 11 de julho de 2016 ·

#Transformador #Solda #Eletrônica #Ferramenta #Criatividade

Duração do vídeo: -2:52



Vídeo: 175 / 461

Gameboy - 1989 - Japão

Publicado em: 12 de julho de 2016 ·

O Game Boy é um console portátil desenvolvido pela Nintendo, lançado em 21 de abril de 1989 no Japão, em 31 de julho de 1989 na américa do norte e em 28 de setembro de 1990 na Europa, é o primeiro console da linha Game Boy, foi criado por Gunpei Yokoi e pela Nintendo Research & Development 1, versões redesenhadas do console foram lançadas em 1996 e em 1998, o Game Boy Pocket e o Game Boy Light (somente para o Japão)
O Game Boy é o segundo portátil da Nintendo, criado após a linha Game & Watch lançada em 1980, a diferença é que o Game Boy rodava diferentes games bastando apenas trocar os cartuchos inseridos. Seus principais concorrentes eram o Game Gear da Sega, o lynx da Atari e o TurboExpress, contudo teve uma aceitação muito maior que a dos concorrentes.
#GameBoy #Portátil #Ano1989 #Japão #Nintendo #GameBoyPocket #GameBoyLight #Anos80

Duração do vídeo: -7:52



Vídeo: 176 / 461

A TERRA SEM OS HUMANOS - NÃO ACREDITO

Publicado em: 12 de julho de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:53



Vídeo: 177 / 461

Robô brasileiro destrói adversário em 'UFC de máquinas' nos EUA

Publicado em: 12 de julho de 2016 ·

"Na última sexta-feira, 8, foi ao ar na TV norte-americana mais um episódio do programa "BattleBots", no canal ABC. A atração traz batalhas entre robôs desenvolvidos por estudantes, empresas e pesquisadores, e, nesta semana, foi a vez de um brasileiro se apresentar no ringue.
Minotaur, criado pela RioBotz, uma equipe de robótica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), derrotou o norte-americano Blacksmith por nocaute. O pequeno robô brasileiro usa um equipamento de rotação capaz de girar 10 mil vezes por minuto e lançar para o alto seus oponentes.
Mesmo mais alto e armado com uma grande marreta, o lacksmith não foi páreo para a agilidade do Minotaur e acabou completamente destruído. Veja o resultado da briga no vídeo abaixo. A RioBotz é a única equipe sul-americana a participar do BattleBots."
#Bot #Robot #Brasil #BR #Rio #RJ #Batalha #Combate #Battlebots

Duração do vídeo: -3:29



Vídeo: 178 / 461

Shin Samurai Spirits 2 - Haoumaru Jigoku Hen - NES

Publicado em: 13 de julho de 2016 ·

#Jogo #Game #Console #NES #Nintendo #Nintendinho #Nintendo8Bits #ShinSamuraiSpirits #HaoumaruJigokuHen #Luta #Combate

Duração do vídeo: -0:33



Vídeo: 179 / 461

PRESERVANDO MADEIRA POR 100 ANOS - Japanese technique of preserving antiquing wood Shou-sugi-ban Yakisugi

Publicado em: 13 de julho de 2016 ·

#PRESERVANDO #MADEIRA #100ANOS #Japanese #Technique #Preserving #Antiquing #Wood #ShouSugiBan #Yakisugi

Duração do vídeo: -3:18



Vídeo: 180 / 461

A vida é um jogo - Life is a game

Publicado em: 13 de julho de 2016 ·

#Vida #Jogo #Life #Game

Duração do vídeo: -2:18



Vídeo: 181 / 461

JOGOS PARA PC - GAMES

Publicado em: 14 de julho de 2016 ·

Os jogos para computador evoluíram de simples sistemas de jogos baseados em texto e/ou interfaces gráficas simples e de jogabilidade limitada (os primeiros títulos, como Spacewar!), para uma vasta gama de títulos visual e sonoramente mais avançados, e de jogabilidade mais complexa. Parte desse avanço se deu por conta da facilidade que o computador fornece aos programadores para desenvolverem jogos, pois normalmente o custo é muito elevado para se desenvolver um jogo para consoles, limitando o acesso aos grandes estúdios de jogos.
A flexibilidade do computador não está restrita ao grande número de títulos. Também é possível fazer melhorias graduais, tais como trocar a placa de vídeo, ou adquirir um controle mais sofisticado, o que permite um investimento gradual, ao invés do grande desembolso imediato exigido pelos videogames. Além disso, os jogos para computadores, em alguns países, têm preço consideravelmente menor do que os mesmos títulos para outras plataformas. É o caso do Brasil, por exemplo.
Finalmente, parte dos jogos são desenhados especificamente para computadores — é o caso de muitos jogos de estratégia em tempo real (RTS, Real Time Strategy) e boa parte dos jogos de RPG (Role Playing Game, "jogo de interpretação de papéis"), onde o uso do mouse e o grande número de teclas beneficia o jogador.
Outro fator que impulsionou os jogos de computador foi a conectividade. Com a facilidade de conexão entre vários computadores numa rede, foi criada a modalidade de jogos online. Num jogo online pode-se jogar o mesmo título numa rede fechada de computadores, ou pela Internet, com muitas pessoas — amigos, desconhecidos ou ambos. É o modo preferido por muitos jogadores. Jogos como Counter Strike possibilitaram o surgimento das Lan Houses, estabelecimentos comerciais com diversos computadores, que podem ser interligados numa mesma rede de computadores, onde diversos jogadores usam o mesmo jogo e interagem entre si. Além disso, graças à possibilidade de acesso a Internet surgiu um gênero de jogo que reúne milhares de jogadores em um único espaço virtual: os MMO, como os MMORPG. Há também jogos que deram origem a socialização em termos virtuais, como é o caso do jogo Second Life, que ambientaliza a vida real num mundo virtual.
#Jogos #Games #PC #Spacewar #Entretenimento

Duração do vídeo: -1:26



Vídeo: 182 / 461

CLIFF HANGER - Daphne - Dragon's Lair - Starcom - 1983

Publicado em: 15 de julho de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:14



Vídeo: 183 / 461

Videogame Show Tectoy - WONDER BOY - QUEM LEMBRA ???

Publicado em: 18 de julho de 2016 ·

DIRETO DO TÚNEL DO TEMPO, MASTER SYSTEM NA REDE GLOBO... :-)

Duração do vídeo: -4:04



Vídeo: 184 / 461

MIL E UMA CASSETADAS - KKK

Publicado em: 19 de julho de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:02



Vídeo: 185 / 461

F-15 City War - NES - 1990 - American Video Entertainment - US

Publicado em: 19 de julho de 2016 ·

#Jogo #Game #NES #Nintendo #Nintendinho #Nintendo8Bits #F15CityWar #Ano1990 #US

Duração do vídeo: -0:34



Vídeo: 186 / 461

Treinamento do SAMU no RIO para socorro de vítima

Publicado em: 19 de julho de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:16



Vídeo: 187 / 461

Stranger Things - 1 Temporada - 2016 - Netflix

Publicado em: 21 de julho de 2016 ·

Criado por: Matt Duffer, Ross Duffer (2016) on Netflix
Com: Winona Ryder, David Harbour, Millie Brown...
País: EUA
Gênero: Drama, Fantasia, Suspense
Duração: 60 minutos / episodio
Sinopse e detalhes Stranger Things
Ambientada em Montauk, Long Island, conta a história de um garoto que desaparece misteriosamente. Enquanto a polícia, a família e os amigos procuram respostas, eles acabam mergulhando em um extraordinário mistério, envolvendo um experimento secreto do governo, forças sobrenaturais e uma garotinha muito, muito estranha.
#StrangerThings #Séries #Anos80 #Netflix #Sucesso #Aventura #Terror #Suspense

Duração do vídeo: -2:11



Vídeo: 188 / 461

Fãs tocam tema de ‘Star Wars’ em frente à casa de John Williams

Publicado em: 21 de julho de 2016 ·

Em uma calçada muito, muito distante, dois caras decidiram tocar o tema de ‘Star Wars‘ em frente à casa de John Williams, lendário compositor que está por trás de trilhas icônicas como a de ‘Jurassic Park’, a de ‘Indiana Jones’ e, claro, a de ‘Star Wars’.
Bryce Hayashi, o jovem músico que aparece nas imagens, e o trompetista Michael Miller, executaram o tema do filme na rua e não acreditaram quando o próprio John Williams abriu a porta para cumprimentá-los pessoalmente. O vídeo é imperdível!
This is what happened when 2 guys with horns made a spontaneous decision to set up and play the Star Wars theme in front of John Williams' house on 7/11/2016! With the high part played by 13 yr. old trumpeter, Bryce Hayashi, and the lower flugelhorn part played by Michael Miller ("Mickle"), John Williams, the master himself, comes out to greet us at 01:24!
If you'd like to see our prior rehearsal, here it is:
https://www.youtube.com/watch?v=aF0D0xdt8sM
Trumpet/Flugel duet arranged by Michael Miller
Star Wars Theme composed, of course, by John Williams!
#JohnWilliams #Músico #Compositor #JurassicPArk #IndianaJones #StarWars #Educado

Duração do vídeo: -1:36



Vídeo: 189 / 461

Jovem é arremessado para fora de tobogã e cai em um precipício

Publicado em: 21 de julho de 2016 ·

"O jovem norte-americano do Texas, descia em alta velocidade de um toboágua quando, em uma curva, quando foi arremessado para fora do brinquedo e caiu em um desfiladeiro. Um amigo do jovem gravou o ocorrido.
Felizmente, mesmo com a queda de grande altura, ele saiu vivo do acidente e postou, ele mesmo, o vídeo em seu perfil no Facebook, que acabou se viralizando."
#Parque #Diversão #Tobogã #Perigo #Morte #Precipicio #Erro

Duração do vídeo: -0:37



Vídeo: 190 / 461

Lucky Bingo 777 - NES - 1989 - Sachen

Publicado em: 22 de julho de 2016 ·

#Game #Jogo #Nintendinho #Nintendo8Bits #NES #Ano1989 #Sachen #LuckyBingo777

Duração do vídeo: -0:52



Vídeo: 191 / 461

CANOAGEM COM PLASTICO FILME - CRIATIVO

Publicado em: 22 de julho de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:15



Vídeo: 192 / 461

Stranger Things - Referências

Publicado em: 26 de julho de 2016 ·

Esse vídeo mostra as referências de STRANGER THINGS aos filmes dos Anos 70 e 80.
E.T. - O Extraterrestre, Os Goonies, Hora do Pesadelo, Poltergeist, O Iluminado... e muito mais!
#Anos70 #Anos80 #Anos90 #ET #Goonies #HoraDoPesadelo #Poltergeist #OIluminado #StrangerThings

Duração do vídeo: -4:38



Vídeo: 193 / 461

A grávida precisa do acento - kkk

Publicado em: 27 de julho de 2016 ·

Whatsapp criando moda, vamos compartilhar para fazer disto um hábito...

Duração do vídeo: -0:14



Vídeo: 194 / 461

Dia dos Pais - O Boticário

Publicado em: 27 de julho de 2016 ·

'A franquia de comésticos Boticário comoveu internautas ao homenagear padrastos na campanha para o Dia dos Pais deste ano. Na prograganda, chamada "Não é meu pai", são exibidos trechos de diversos momentos da vida de um homem com sua enteada, da primeira vez que eles se encontram até ela crescer e pronunciar o fatídico "você não é meu pai". Depois, a ela se arrepende e diz que ele é "mais que um pai".
A propaganda, que estreou neste domingo, está sendo veiculada na televisão em um formato curto, de apenas 30 segundos, mas aqui é possível vê-la por completo, com um minuto de duração.'

Duração do vídeo: -1:00



Vídeo: 195 / 461

Star Trek V - The Final Frontier - NES

Publicado em: 27 de julho de 2016 ·

#Game #Jogo #NES #Nintendinho #Nintendo8Bits #Protótipo #Prototype #Aventura #StarTrek #TheFinalFrontier

Duração do vídeo: -0:29



Vídeo: 196 / 461

Stranger Things Ganha Vida para o elenco

Publicado em: 27 de julho de 2016 ·

Veja como o elenco e criadores de Stranger Things foram surpreendidos por algumas ocorrências muito estranhas na estréia do show.
Stranger Things Comes to Life for the Cast
See how the cast and creators of Stranger Things were surprised by some very odd occurrences at the show's premiere.

Duração do vídeo: -2:10



Vídeo: 197 / 461

Tocha Olimpica - Luiza Trajano - Ela caiu feio

Publicado em: 29 de julho de 2016 ·

Vídeo da Luiza Trajano agora com áudio - Dublagem e edição do Juninho e Kálley

Duração do vídeo: -1:00



Vídeo: 198 / 461

Filho leva a mãe para o asilo - Veja o que acontece

Publicado em: 29 de julho de 2016 ·

Este homem leva a sua mãe para uma casa para idosos (asilo) por sugestão de sua mulher, mas ao receber da mãe algo para cobrir-se da chuva, lhe veio à mente tudo o que ela fez por ele quando era criança.
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QUEM AMA COMPARTILHA

Duração do vídeo: -3:08



Vídeo: 199 / 461

Olympic I. Q. - NES - 1991 - Sachen

Publicado em: 29 de julho de 2016 ·

#Game #Jogo #NES #Nintendinho #Nintendo8Bits #OlympicIQ #Ano1991 #Sachen

Duração do vídeo: -0:30



Vídeo: 200 / 461

Buzz and Waldog - NES - Protótipo

Publicado em: 4 de agosto de 2016 ·

#BuzzAndWaldog #NES #Prototype #Protótipo #Nintendinho #Nintendo8Bits #Nintendo

Duração do vídeo: -0:30



Vídeo: 201 / 461

A Tocha Olímpica passando pelo Chapadão - kkk

Publicado em: 4 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:21



Vídeo: 202 / 461

Cachorro também curte um terror - kkk

Publicado em: 4 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:08



Vídeo: 203 / 461

Joyce fez de tudo para achar o Will. Mandou uma carta até para o programa da... Xuxa.

Publicado em: 4 de agosto de 2016 ·

#StrangerThings #Xuxa #Anos70 #Anos80 #Anos90 #KKK

Duração do vídeo: -2:20



Vídeo: 204 / 461

De que material é feito os carros da VOLVO ???

Publicado em: 5 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:19



Vídeo: 205 / 461

Justiça- confira um trailer inédito da nova minissérie da Globo

Publicado em: 5 de agosto de 2016 ·

"A TV Globo liberou o trailer de sua nova minissérie, Justiça, nesta quinta-feira (4/07/2016) e pegou o povo de supresa. E até quem tem alguma resistência às novelas curtiu a prévia de sua nova aposta para o segundo semestre.
As características da atração prometem corresponder a empolgação imediata. A primeira delas é o elenco, que reúne atrizes e atores do primeiro escalão da emissora. Estão em Justiça nomes como Débora Bloch, Adriana Esteves, Leandra Leal e Cauã Reymond.
A proposta da série também chama atenção. Ela pretente abordar o tema justiça longe do universo jurídico (sabe Scandal e How To Get Away With Murder?) e mais perto da discussão sobre escolhas morais e valores morais - tratando, por exemplo, de questões como vingança, culpa e arrependimento."

Duração do vídeo: -2:51



Vídeo: 206 / 461

Pokemon Go na rotina - kkk

Publicado em: 6 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:47



Vídeo: 207 / 461

2-in-1 Tough Cop + Super Tough Cop - NES - Sachen

Publicado em: 6 de agosto de 2016 ·

#Jogo #Game #NES #Nintendo #Nintendinho #Nintendo8Bits #ToughCop #SuperToughCop #Sachen

Duração do vídeo: -0:45



Vídeo: 208 / 461

MÃO DEVORADA - TENEBROSO - EFEITOS VISUAIS

Publicado em: 6 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:31



Vídeo: 209 / 461

Super Mario Kart - Super Nintendo - SNES

Publicado em: 6 de agosto de 2016 ·

Bia (tela inferior) e Renato (tela superior), na última corrida do "Super Mario Kart" do "Super Nintendo". :-)

Duração do vídeo: -3:21



Vídeo: 210 / 461

Sunset Rider - Super Nintendo - SNES

Publicado em: 6 de agosto de 2016 ·

Bia (de azul) e Renato jogando "Sunset Rider" do "Super Nintendo" :-)

Duração do vídeo: -4:15



Vídeo: 211 / 461

IMAGENS FORTES - Ginasta Frances Sofre Grave Fratura Durante Salto - Rio 2016

Publicado em: 7 de agosto de 2016 ·

ACONSELHO QUE OS MAIS SENSÍVEIS NÃO VEJAM O VÍDEO !!!
"O atleta francês Samir Ait Said terminou tragicamente sua participação nos Jogos Olímpicos Rio 2016, apenas um dia após a cerimônia de abertura do evento. Durante a classificatória masculina de ginástica artística neste sábado (06/08/2016), ele caiu após a execução de um salto e fraturou a perna esquerda. O Acidente chocou quem estava presente na Arena Olímpica da Barra."

Duração do vídeo: -1:18



Vídeo: 212 / 461

PRESUNTO SADIA - NÃO LEVE LUIS AUGUSTO POR SADIA

Publicado em: 7 de agosto de 2016 ·

"Luis Augusto foi parar no Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária).
É que o órgão vai julgar a campanha da Sadia com um presunto falante chamado "Luis Augusto".
O Conar abriu um processo para analisar o caso após reclamações de espectadores,que ficaram ofendidos com o comercial.
No vídeo, Luis Augusto é um presunto rejeitado. Os clientes sempre preferem o presunto Sadia no lugar.
A campanha é da F/Nazca Saatchi & Saatchi. Mais de cem reclamações chegaram ao Conar.
O argumento é que o comercial estimula o bullying com as pessoas que se chamam Luis Augusto."

Duração do vídeo: -0:31



Vídeo: 213 / 461

LEGO BATMAN - O FILME - TRAILER

Publicado em: 8 de agosto de 2016 ·

Pra começar bem o dia: Com vocês o trailer LEGENDADO de "LEGO Batman: O Filme!" O longa deve chegar aos cinemas em 10 de fevereiro de 2017, e se depender desse trailer completamente hilário, será um dos melhores da DC nos cinemas... :-)

Duração do vídeo: -2:29



Vídeo: 214 / 461

Caçando Pokémon sem frescura - KKK

Publicado em: 8 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:43



Vídeo: 215 / 461

O DIA DOS PAIS - Segundo domingo de Agosto - Os pais mentem

Publicado em: 10 de agosto de 2016 ·

"Atualmente, tal como o dia das mães, o dia dos pais é uma das datas mais prestigiadas no mundo como um todo e no Brasil, em especial. Entretanto, pouco se sabe sobre a origem dessa data.
No Brasil, ela é comemorada no segundo domingo de agosto, mas já foi comemorada fixamente no dia 16 desse mesmo mês. Nos Estados Unidos e em várias outras nações, a data é comemorada no terceiro domingo de junho; em Portugal e Espanha, em 19 de março; na Rússia, no dia 23 de fevereiro. Mas qual é a razão dessas diferenças?
Origem da comemoração nos Estados Unidos
O dia dos pais passou a ter repercussão mundial a partir do início do século XX, quando a data foi institucionalizada nos Estados Unidos da América. Os Estados Unidos comemoraram pela primeira vez o dia dos pais em 19 de junho de 1910. Tal data foi escolhida a partir da sugestão de uma moça chamada Sonora Louis Dodd, que quis homenagear seu pai, William Jackson Smart.
Smart era um veterano da Guerra Civil Americana que, após a morte da esposa, teve que criar sozinho Sonora e os outros filhos. A homenagem de Sonora começou em 1909, em sua cidade, Spokane, no estado de Washington. O dia em questão, 19 de junho, era a data de nascimento de seu pai. O gesto simples da moça acabou por mobilizar muitas pessoas da mesma cidade a fazer o mesmo tipo de homenagem. De Spokane, a prática alastrou-se para outros estados dos EUA.
Entretanto, em 1966, houve uma alteração na comemoração da data em decorrência de outros fatores. Do dia 19 de junho, a comemoração passou para o terceiro domingo de junho. Em 1972, o presidente Richard Nixon declarou o terceiro domingo de junho como o dia oficial da comemoração do dia dos pais. Essa data foi adotada como modelo por vários países ocidentais.
Origem da comemoração no Brasil
No Brasil, o dia dos pais só foi comemorado pela primeira vez em 1953, no dia 16 de agosto. Ao contrário do que ocorreu nos EUA, essa data não foi pensada como forma de homenagem local e simples, que se alastrou depois, sem planejamento. Na verdade, ela foi pensada por um publicitário chamado Sylvio Bhering, à época diretor do jornal O Globo e da rádio homônima.
O objetivo de Bhering era tanto social quanto comercial. A tentativa inicial foi associar a data ao dia de São Joaquim, pai de Maria, mãe de Jesus Cristo, que é comemorado em 16 de agosto, no calendário litúrgico da Igreja Católica, já que a população brasileira era predominantemente constituída de católicos. No entanto, nos anos seguintes, a data também foi deslocada para um domingo, o segundo domingo do mês de agosto – e assim permanece até hoje.
O caso particular de outros países
Há o caso de outros países nos quais o dia dos pais está relacionado com aspectos culturais muito específicos. É caso, por exemplo, de Portugal, Espanha, Itália, Andorra, Bolívia e Honduras, que o comemoram em 19 de março. Isso ocorre porque tais países, também de tradição católica, associam o dia dos pais ao dia de São José, esposo de Maria.
Um caso curioso é o da Rússia, que celebra o dia dos pais em 23 de fevereiro. O motivo é o fato de que esse dia também é reservado à comemoração do Dia do Defensor da Pátria Local – data celebrada desde 1919. As duas datas acabaram por se entrelaçar."

Duração do vídeo: -3:15



Vídeo: 216 / 461

Zinc Emulator

Publicado em: 11 de agosto de 2016 ·

#Emulador #Retrô #Console #PC #Jogos #Games #CommandLine #Emulator #PS #Playstation

Duração do vídeo: -0:53



Vídeo: 217 / 461

Santos Dumont vs Irmãos Wright - Vamos aos fatos

Publicado em: 11 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:24



Vídeo: 218 / 461

A MELHOR CENA DE MORTE DE TODOS OS TEMPOS - KKK

Publicado em: 11 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:05



Vídeo: 219 / 461

Trampolim improvisado - kkk

Publicado em: 12 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:06



Vídeo: 220 / 461

Caçando em realidade aumentada - Pokémon é para os fracos...

Publicado em: 12 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:24



Vídeo: 221 / 461

Cyborg Justice - Genesis - 1993 - Novotrade

Publicado em: 12 de agosto de 2016 ·

#Jogo #Game #Console #MegaDrive #Genesis #CyberJustice #Ano1993 #NovoTrade

Duração do vídeo: -2:43



Vídeo: 222 / 461

CORRIDA DE CARROS - CACHORROS X HUMANOS - KKK

Publicado em: 13 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:07



Vídeo: 223 / 461

Earthworm Jim - Special Edition

Publicado em: 13 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:57



Vídeo: 224 / 461

QUANDO ESTAMOS COPIANDO A MATÉRIA - KKK

Publicado em: 13 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:08



Vídeo: 225 / 461

Shinobi III - Return of the Ninja Master - MegaDrive - 1993

Publicado em: 15 de agosto de 2016 ·

#Jogo #Game #Shinobi #Shinobi3 #ReturnOfTheNinjaMaster #MegaDrive #Sega #Genesis #Ano1993

Duração do vídeo: -2:16



Vídeo: 226 / 461

MODELOS DE EMOTICONS - KKK

Publicado em: 15 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:57



Vídeo: 227 / 461

ARTE COM FIO VELHO

Publicado em: 15 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:06



Vídeo: 228 / 461

O MAL NÃO EXISTE - E SIM A FALTA DE DEUS NO CORAÇÃO DOS HOMENS

Publicado em: 15 de agosto de 2016 ·

EVIL nicht vorhanden ist, und ja GOTTES FEHLT IM HERZEN DER MÄNNER
EVIL DOES NOT EXIST, AND YES GOD'S MISSING IN THE HEART OF MEN
EVIL N'EXISTE, ET OUI DIEU MANQUE AU COEUR DES HOMMES
IL MALE NON ESISTE, E SI DIO mancanti nel cuore degli uomini
MAL NO EXISTE, Y SI DIOS que faltan en el corazón de los hombres
ALBERT EINSTEIN (1879 - 1955)

Duração do vídeo: -1:14



Vídeo: 229 / 461

ENGANANDO O PAI NO DIA DOS PAIS - KKK

Publicado em: 15 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:15



Vídeo: 230 / 461

Chakan - The Forever Man - Sega - 1992

Publicado em: 16 de agosto de 2016 ·

Chakan: The Forever Man é um jogo para o Mega Drive / Genesis, publicado pela Sega da América em 8 de junho de 1992. O jogo segue a história de um homem que estava tão confiante na sua capacidade marcial que ele mesmo desafiou a morte.
Data de lançamento inicial: 1992
Estúdio: Sega
Modo: Jogo eletrônico para um jogador
Plataformas: Mega Drive, Sega Game Gear
Desenvolvedores: Sega, Extended Play Productions
#Jogo #Game #Console #Sega #MegaDrive #Chakan #TheForeverMan #Ano1992

Duração do vídeo: -2:16



Vídeo: 231 / 461

Grande Sertão Veredas - RESUMO - na voz de Guimarães Rosa

Publicado em: 16 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -6:46



Vídeo: 232 / 461

Rio2016 - Robson Conceição vence francês faz história e é Ouro no Boxe - 16/08/2016

Publicado em: 17 de agosto de 2016 ·

#Rio2016 #RobsonConceição #Box #Ouro #Brasil #França #Ano2016 #Olimpíadas #AméricaLatina #AméricaDoSul

Duração do vídeo: -3:11



Vídeo: 233 / 461

MUGEN - M.U.G.E.N. - JOGOS DE LUTA - 1999

Publicado em: 17 de agosto de 2016 ·

M.U.G.E.N. é um motor de jogo para jogos de luta, desenvolvido pela Elecbyte, e iniciado em 1999 usando a biblioteca Allegro. A Elecbyte distribuiu uma versão beta que rodavam em DOS, Linux, e Windows.
Data de lançamento inicial: 17 de julho de 1999
Desenvolvedor: Elecbyte
Gênero: Jogo eletrônico de luta
Plataformas: Microsoft Windows, Linux, MS-DOS
#Jogo #Game #PC #Engine #Motor #Luta #Mugen #Ano1999 #Elecbyte #Allegro #DOS #Linux #Windows #Microsoft #MSDOS

Duração do vídeo: -1:35



Vídeo: 234 / 461

Argentino que quer ser brasileiro - kkk

Publicado em: 17 de agosto de 2016 ·

#Rio2016 #Brasil #Argentina #Mitou #kkk

Duração do vídeo: -0:40



Vídeo: 235 / 461

EM DUBAI - Fliperama é outro nível - The ULTIMATE Initial D arcade - inside the Dubai mall - Choose from an STI a GTR or an AE86!

Publicado em: 18 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:31



Vídeo: 236 / 461

Climão entre William Waack e Cris Dias - Jornal da Globo

Publicado em: 18 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:35



Vídeo: 237 / 461

Commodore CD32 - Amiga - 1993

Publicado em: 18 de agosto de 2016 ·

Amiga CD32 foi o primeiro console baseado CD-ROM de 32-bit vendido na Europa ocidental e na América do Norte. Sua primeira aparição foi no Museu da Ciência de Londres em 16 de julho de 1993, e começou a ser vendido em setembro do mesmo ano.
Ele tem configuração similar ao computador 1200 de Amiga. Usando os dispositivos 3rd-party, é possível promover o CD32 com teclado e mouse, tornando a em um computador pessoal. O CD32 controlou fixar-se sobre 50% do mercado do CD-ROM no Reino Unido em 1993 e em 1994, ultrapassando o Sega CD, o Philips CDi, e mesmo as vendas do CD-ROM do PC. Tinha 2 MB de memória interna e 14 MHz de clock.
#Jogo #Game #Console #CDROM #CD #Europa #Ano1993 #PC #CommodoreCD32

Duração do vídeo: -1:02



Vídeo: 238 / 461

Nova arma não letal lança raio agonizante - Non-Lethal Weapon - Active Denial System (ADS)

Publicado em: 20 de agosto de 2016 ·

'Você pode até acreditar que é capaz de resistir. Seu corpo discorda veementemente', descreve o repórter Spencer Ackerman, da revista Wired, que participou de uma demonstração da arma Active Denial (algo como “Negação Ativa”), uma arma não letal desenvolvida pelo exército dos Estados Unidos.
Em um segundo, meus ombros e meu tórax estavam na temperatura de um outdoor colocado em um campo de Virgínia no começo da primavera”, continua Ackerman. 'A sensação faz com que seus nervos tomem conta de sua débil consciência, então não era como se eu tivesse pensado que sair da frente do raio era uma boa ideia, eu fiz o que meu corpo me disse para fazer' – e o que os desenvolvedores da arma esperam que multidões façam, se ela for colocada em uso.

Duração do vídeo: -2:05



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A TV ENSINANDO VALORES - RACISMO

Publicado em: 22 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:30



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TORCIDA BRASILEIRA - DEU UM SHOW NO RIO2016

Publicado em: 23 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: 0:00



Vídeo: 241 / 461

Neo Geo - Arcade - SNK - 1990

Publicado em: 23 de agosto de 2016 ·

Neo Geo é um sistema de jogos para arcade e consoles lançado em 1990 pela empresa japonesa de jogos SNK. Para a época apresentava gráficos coloridos e bem detalhados além de áudio de alta qualidade. Inicialmente vendido com um sistema para arcades, depois foi vendido em versão doméstica. As duas versões são conhecidas como MVS (Multi Video System, para arcade) e AES (Advanced Entertainment System, sistema de entretenimento avançado, versão doméstica).
O AES surgiu após o sucesso da placa MVS nos arcades japoneses, sendo nada mais que o mesmo hardware com um formato adaptado para um console doméstico, fazendo com que os jogos caseiros fossem exatamente iguais aos jogados nos arcades.
Apesar dessa vantagem, todo sistema de hardware era voltado para a exploração profissional de jogos e contava com recursos gráficos avançados ainda caros para o usuário final. O seu preço era extremamente alto em comparação aos outros videogames da época: U$650, e os cartuchos passavam dos U$200 (o preço de um Sega Genesis).
O sistema de cartão de memória permitia que se guardassem os recordes e estados do jogo sendo compatível com muitos arcades também nos EUA.
O console sempre foi reconhecido pela qualidade de seus jogos, em especial os de plataforma como Metal Slug e principalmente os de luta: The King of Fighters, Fatal Fury e Samurai Shodown moviam multidões aos fliperamas do mundo e são jogados até hoje.
No Brasil, seu lançamento oficial ocorreu em julho de 1993, com a importação do modelo pela empresa Tron. Disponibilizado inicialmente por 750 dólares, era montado em Manaus.
Ao contrário do que normalmente acontece no mundo do entretenimento digital, onde os consoles duram poucos anos, o Neo Geo e sua versão arcade MVS duraram anos no mercado e depois de mais de 20 anos ainda movimentam um mercado de colecionadores e jogadores.
#Jogo #Game #Console #NeoGeo #Ano1990 #SNK #Arcade #Aventura #Ação

Duração do vídeo: -1:13



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PARAOLÍMPIADAS - RIO2016 - COMPRE O SEU INGRESSO

Publicado em: 23 de agosto de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:15



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Heavy Nova - MegaDrive

Publicado em: 25 de agosto de 2016 ·

#Jogo #Game #Console #Genesis #MegaDrive #Luta

Duração do vídeo: -2:31



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MacBook é util como um chapéu para gatos - Microsoft Surface - Surface Pro 4 is the one for me

Publicado em: 29 de agosto de 2016 ·

"Microsoft diz que MacBook é tão útil quanto 'um chapéu para seu gato'
A campanha de marketing do Surface Pro 4, última geração do híbrido de laptop com tablet da Microsoft, tem sido recheada de provocações à rival Apple. No mais novo comercial do dispositivo, a empresa diz que o MacBook é "tão útil quanto um chapéu para um gato".
Embalado por um jingle publicitário, o comercial compara as funções do Surface Pro 4 às do MacBook. "Esse aqui vem com teclado destacável / vem com uma caneta para você escrever como quiser / Esse Mac não tem nada nisso / É menos útil, como um chapéu para seu gato", diz a canção, em tradução livre."
#Microsoft #MacBook #Tablet #Surface #Apple

Duração do vídeo: -0:30



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Super Ver.3 - 8 in 1 - NES - 1994 - Sachen

Publicado em: 29 de agosto de 2016 ·

#Jogo #Game #Console #Nintendo #Nintendo8Bits #NES #Cartucho #Ano1994 #Sachen

Duração do vídeo: -0:46



Vídeo: 246 / 461

Wheel of Fortune - Family Edition - NES

Publicado em: 30 de agosto de 2016 ·

#Game #Jogo #Console #Nintendo #Nintendinho #Nintendo8Bits #TV #Clássico #Famosos #Programa #Entretenimento #WheelOfFortune #FAmilyEdition #NES

Duração do vídeo: -0:39



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VOCÊ VAI FICAR CHOCADO - como doces à base de gelatina são feitos

Publicado em: 30 de agosto de 2016 ·

Este vídeo mostra todo o processo de produção de balas de goma, marshmallows e outros produtos populares da confeitaria que levam gelatina.
Ele provocou um debate acalorado entre os INTERNAUTAS EM TODO MUNDO, que descobriram que a base da produção consiste no aproveitamento das carcaças de suínos, segundo informações do jornal inglês Daily Mail.
O vídeo, foi intitulado “Gelatin – the Real History” (Gelatina – A história real) e em apenas três dias provocou um intenso debate, gerando mais de 14 mil comentários. Pessoas indignadas deixavam suas opiniões em relação ao processo de produção da gelatina.
Antes de chegar ao formato dos doces que conhecemos, a produção revela todos os passos utilizados pelos fabricantes – incluindo a queima de carcaças de porcos, remoção da carne e da pele, até o aproveitamento de tendões, ossos e ligamentos.
Entre os comentários, usuários reivindicavam a valorização da vida dos animais, afirmando que eles têm o mesmo direito de existir no planeta. Enquanto outros diziam que nunca mais permitiram tais doces novamente em suas casas. “Parte meu coração ver esses seres inocentes sendo assassinados, escravizados e tendo seus bebês tirados apenas para a ganância humana e nada mais”, escreveram.
Havia ainda os que defendiam o processo, dizendo que os restos e carcaças deveriam ser aproveitados ao invés de jogados no lixo. “Tudo o que vejo é o uso completo do animal. Nada é desperdiçado. Nós comemos os animais, que são projetados para isso. O que é importante é o bem-estar deles, desde o nascimento até a morte”, disse um deles, acrescentando que o descarte seria desrespeitoso com a espécie, “que nos forneceu sua própria vida”.
De acordo ainda com o Daily Mail, a gelatina de alguns doces é derivada do colágeno, também utilizado na produção de sorvetes, molhos e alguns iogurtes.

Duração do vídeo: -1:38



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California Raisins - The Grape Escape - NES - 1990

Publicado em: 31 de agosto de 2016 ·

Foi desenvolvido por "Radiance" para o Nintendo Entertainment System. Capcom planejou publicar o jogo em 1990, mas seu lançamento foi cancelado devido a queda das vendas no final dos anos 80.
Developer(s) Radiance
Publisher(s) Capcom
Producer(s) Christopher Riggs
Designer(s) Christopher Riggs
Programmer(s) Robert Morgan
Artist(s) Nancy Nakamoto
Composer(s) Scott Etherton
Platform(s) NES
Genre(s) Action
Mode(s) Single-player
#Jogo #Game #Console #Nintendo #NES #Nintendo8Bits #Nintendinho #CaliforniaRaisins #Ano1990

Duração do vídeo: -0:28



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AeroGauge - Nintendo 64 - 1997 - Locomotive Games

Publicado em: 1 de setembro de 2016 ·

AeroGauge é um jogo de corrida futurístico lançado para Nintendo 64 em 1997.
AeroGauge funciona basicamente nas mesmas linhas conceituais do jogo como Wipeout XL ou Extreme-G.
Data de lançamento inicial: 19 de dezembro de 1997
Desenvolvedor: Locomotive Games
Estúdio: ASCII Corporation
Gênero: Jogo eletrônico de corrida
Plataforma: Nintendo 64
Modo: Jogo eletrônico para um jogador, Jogo multijogador
#Jogo #Game #Console #Nintendo #N64 #Nintendo64 #AeroGauge #Ano1997 #LocomotiveGames #WipeoutXL #ExtremeG #ACIICorporation #Corrida

Duração do vídeo: -0:30



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Usina Flutuante - Um novo conceito em energia limpa

Publicado em: 1 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -3:19



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Captain Tsubasa III - Koutei no Chousen - SNES - 1992

Publicado em: 2 de setembro de 2016 ·

Captain Tsubasa 3 Challenge of Rivals foi lançado em 1992 pela Tecmo para o SNES.
O jogo nunca foi lançado fora do Japão, então versões em inglês são muito difíceis de se encontrar.
Data de lançamento inicial: 17 de julho de 1992
Gênero: Jogo eletrônico de esporte
Plataforma: Super Nintendo Entertainment System
Desenvolvedores: Tecmo, Coconuts Japan
Estúdios: Tecmo, Coconuts Japan
Modo: Jogo eletrônico para um jogador, Jogo multijogador
#Jogo #Console #Game #Nintendo #SNES #SuperNintendo #CaptainTsubasa3 #KouteiNoChousen #Ano1992 #Japão #Futebol #Tecmo

Duração do vídeo: -2:06



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Malhando pesado - Caranguejo ficando em forma para o verão - kkk

Publicado em: 5 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:20



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Nova tecnologia para fechar ferimentos - menos dolorosa e mais eficiente

Publicado em: 5 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:03



Vídeo: 254 / 461

Detonação da bomba de Hidrogênio - 150 metros abaixo do solo - Atol de Bikini em 1946

Publicado em: 5 de setembro de 2016 ·

Em 1946 os EUA detonou uma Bomba de Hidrogênio a 150 metros abaixo do solo marítimo. A chamada Operação Crossroads consistiu em testes nucleares no atol de Bikini, na Micronésia.
Formado por 36 ilhas que rodeiam uma lagoa, o atol era o local ideal porque ficava longe das rotas marítimas e aéreas.
A explosão nuclear, a primeira ocorrida debaixo d’água, foi registradas a 5,6 km de distância do local e levantou 2 milhões de toneladas de água e areia pelo ar, criando uma coluna de mais de 1.800 metros de altura, mais de 600 metros de largura e com paredes de mais de 90 metros de espessura.
Os menos de 200 habitantes do conjunto de ilhotas foram evacuados e, embora tivessem tido permissão para voltar mais de 20 anos depois, tiveram de deixá-lo novamente porque a contaminação, especialmente de alimentos, ainda estava alta. O
local não é habitado até hoje e foi declarado Patrimônio da humanidade pela Unesco em 2010.

Duração do vídeo: -1:32



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A escolha é sua, só sua...

Publicado em: 5 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:54



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High Seas Havoc - MegaDrive - 1993 - Data East

Publicado em: 6 de setembro de 2016 ·

Data de lançamento inicial: 16 de agosto de 1993
Desenvolvedor: Data East
Modo: Jogo eletrônico para um jogador
Gênero: Jogo eletrônico de ação
Plataformas: Mega Drive, Arcade
Estúdios: Data East, Codemasters
#Jogo #Game #Console #MegaDrive #Genesis #HighSeasHavoc #Ano1993 #DataEast

Duração do vídeo: -2:07



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CACHORRO CAPOEIRISTA - KKK

Publicado em: 7 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:07



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Lethal Enforcers - SNES - 1992 - Konami

Publicado em: 7 de setembro de 2016 ·

Lethal Enforcers é um jogo criado em 1992 pela Konami, com gráficos baseados em fotografias. Era um jogo de tiroteio criado inicialmente para arcade, que colocava o jogador na perspectiva de um policial encarregado de uma série de missões.
Data de lançamento inicial: 8 de outubro de 1992
Desenvolvedor: Konami
Estúdio: Konami
Plataformas: Arcade, Super Nintendo Entertainment System, Mega Drive,
PlayStation, Sega CD
Modo: Jogo eletrônico para um jogador, Jogo multijogador
#Jogo #Console #SNES #Arcade #Ano1992 #Konami #Tiro #Policial

Duração do vídeo: -2:07



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RIO 2016 - PARAOLIMPÍADA - NATAÇÃO - DANIEL DIAS

Publicado em: 8 de setembro de 2016 ·

DANIEL DIAS - NATAÇÃO - RIO 2016
VAMOS COMPARTILHAR SEM MODERAÇÃO PARA PROMOVER ESTE CAMPEÃO.
#Paraolimpiadas #JogosParalímpicos #Rio2016 #Natação #DanielDias #TorcidaConvocada #VaiBrasil

Duração do vídeo: -1:00



Vídeo: 260 / 461

Poética formação de pássaros na Holanda

Publicado em: 8 de setembro de 2016 ·

Poetic Murmuration of Birds in the Netherlands
(by Herbert Schroer)
#Pássaros #Holanda #Poetic #Birds #Netherlands #HebertSchroer

Duração do vídeo: -0:54



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NEGRO OU PRETO - QUAL É O CERTO - VAMOS A REFLEXÃO

Publicado em: 8 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:06



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TWD VOLTANDO EM 23 DE OUTUBRO - The Walking Dead Season 7 Promo - Let The Slaughter Begin

Publicado em: 8 de setembro de 2016 ·

TWD nos deixou na sexta temporada em um dos cliffhangers mais intensos da história da tevê americana, quando ficamos imaginando quem seria o personagem querido assassinado por Negan (Jeffrey Dean Morgan). Para garantir o mistério, a produção da série filmou diversas sequências com atores diferentes na locação.
Não tem spoiler que resista! Para descobrir mesmo quem mais se deu mal no apocalipse zumbi, só assistindo à estreia simultânea, no dia 23/10/2016, na FOX Brasil.
#TWD #TWD7 #TheWalkingDead ##TheWalkingDead7 #Fox #FoxBrasil #Season7

Duração do vídeo: -2:51



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Solução para marido que ronca - kkk

Publicado em: 12 de setembro de 2016 ·

Se conhece alguem que ronca, compartilhe esta solução... :-)

Duração do vídeo: -0:15



Vídeo: 264 / 461

NÃO CUTUQUE QUEM ESTA QUIETO...

Publicado em: 14 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:06



Vídeo: 265 / 461

WBoy - Sega - 1986

Publicado em: 14 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:47



Vídeo: 266 / 461

Vereadores vão ganhar salário de 970 Reais - Um exemplo a ser seguido pela classe política

Publicado em: 19 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:03



Vídeo: 267 / 461

Golfinho treinado - Inteligência Natural

Publicado em: 19 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:08



Vídeo: 268 / 461

A BRIGA DO SÉCULO - CÃO x GATO - KKK

Publicado em: 19 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:43



Vídeo: 269 / 461

TREINO COM LANÇA CHAMAS - PERIGOSO

Publicado em: 19 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:31



Vídeo: 270 / 461

E O OSCAR VAI PARA O CÃO ATOR - KKK

Publicado em: 19 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:13



Vídeo: 271 / 461

CALCULANDO - AGORA VAI DAR CERTO - KKK

Publicado em: 19 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:04



Vídeo: 272 / 461

Homem finge bater em bebê mas gato defende - kkk

Publicado em: 20 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:32



Vídeo: 273 / 461

SEU CÉREBRO X EMOÇÕES - DOPAMINA - SEROTONINA - OCITOCINA

Publicado em: 20 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:15



Vídeo: 274 / 461

STAR WARS x STAR TREK - KKK

Publicado em: 20 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:19



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Stranger Things - Apresentação dos atores no Emmy 2016 - They rulez

Publicado em: 21 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -3:14



Vídeo: 276 / 461

O MELHOR AMIGO DO HOMEM - KKK

Publicado em: 22 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:19



Vídeo: 277 / 461

RoboCop Versus The Terminator - MEGADRIVE - 1991

Publicado em: 22 de setembro de 2016 ·

RoboCop Versus The Terminator é um jogo eletrônico de plataforma do tipo side-scrolling e shoot-em-up basedo no gibi escrito pro Frank Miller para a Dark Horse.
Data de lançamento inicial: 1991
Série: The Terminator Game Series
Plataformas: Mega Drive, Super Nintendo Entertainment System
Projetistas: John Botti, Timothy Williams, Noah Tool
Desenvolvedores: Virgin Interactive, Virgin Group, Interplay Entertainment, Realtime Associates
Estúdios: Virgin Interactive, Virgin Group, Interplay Entertainment
#Jogo #Game #Console #MegaDrive #Ano1991 #RocopVersusTerminator #Ação #VirginInteractive

Duração do vídeo: -2:06



Vídeo: 278 / 461

Garoto brincando com o papai - kkk

Publicado em: 22 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:16



Vídeo: 279 / 461

A REBELIÃO DOS BÁRBAROS- History

Publicado em: 22 de setembro de 2016 ·

"A Rebelião dos Bárbaros não traz a história da glória de Roma, mas sim a história de milhões de pessoas que se levantaram para lutar pela liberdade à sombra de um poder absoluto, e dos líderes que encabeçaram esta luta. O império romano os chamou de “bárbaros” – tribos que viviam às margens da civilização uma vida primitiva, brutal e violenta. No entanto, estes povos foram também os guerreiros mais ferozes e tenazes da história, homens e mulheres que se negaram a se submeter a uma opressão impiedosa. Sua resistência deu início a uma saga épica, uma batalha que durou setecentos anos, e que marcou o começo da queda de Roma dando nova forma ao mundo que estava por vir."
MAIS UM QUE CHEGOU PARA COMPLETAR A MINHA COLEÇÃO DE DOCUMENTÁRIOS... :-)

Duração do vídeo: -0:30



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O cara sai para trabalhar e desaparece - que absurdo - veja o caso

Publicado em: 23 de setembro de 2016 ·



Duração do vídeo: -0:23



Vídeo: 281 / 461

Cães separando briga entre gatos - Mundo Animal

Publicado em: 23 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:51



Vídeo: 282 / 461

Palitos de Fósforo - Sabendo usar não deixa ninguém na mão

Publicado em: 23 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:25



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Brincadeira com Nutella como é bom - kkk

Publicado em: 23 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:00



Vídeo: 284 / 461

Drácula de férias - Morcegos podem nadar

Publicado em: 26 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:46



Vídeo: 285 / 461

Beber água mantem a sua saúde em dia

Publicado em: 26 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:13



Vídeo: 286 / 461

Um DRONE para transporte pessoal - Radical

Publicado em: 26 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:56



Vídeo: 287 / 461

iPhone 7 - "Instalando" fones analógicos - Secret Hack To Get Headphone Jack on the iPhone 7

Publicado em: 27 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:24



Vídeo: 288 / 461

Filha dando água para o papai - KKK

Publicado em: 27 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:38



Vídeo: 289 / 461

2-in-1 Cosmo Cop and Cyber Monster - NES - Sachen

Publicado em: 28 de setembro de 2016 ·

#Jogo #Nintendo #NES #Game #Sachen #ComoCop #CyberMonster #Cartucho #Nintendo8Bits #Nintendinho

Duração do vídeo: -0:40



Vídeo: 290 / 461

Cobra de tocaia - kkk

Publicado em: 29 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:06



Vídeo: 291 / 461

Super Baseball 2020 - SNES - 1991 - SNK

Publicado em: 30 de setembro de 2016 ·

Data de lançamento inicial: 20 de setembro de 1991
Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Neo Geo, Arcade, Mega Drive, Neo Geo CD, Wii
Desenvolvedores: SNK, Pallas
Estúdios: SNK, Electronic Arts, D4 Enterprise, Tradewest, K. Amusement Leasing Co., SNK Home Entertainment, Inc.
Modo: Jogo eletrônico para um jogador, Jogo multijogador
#Jogo #Game #SNES #Ano1991 #SNK #SuperBaseball #SuperNintendo #Nintendo #Arcade

Duração do vídeo: -2:02



Vídeo: 292 / 461

Políticos visitando rio poluído - kkk

Publicado em: 30 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:34



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Ele estava tentando ajudar - kkk

Publicado em: 30 de setembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:32



Vídeo: 294 / 461

Alma saindo de corpo de mulher após acidente

Publicado em: 5 de outubro de 2016 ·

"O momento em que a alma deixa o corpo de uma mulher momentos após um acidente de trânsito fatal tem intrigado as pessoas e dividido opiniões. Seria a gravação um registro real?
De acordo com o jornal britânico "The Mirror", o acidente aconteceu em Lopburi, na Tailândia. A sequência começou a circular em redes sociais há poucos dias e mostra quando um casal, que está numa moto, é atingido por um carro. A mulher, identificada apenas como Manee, cai no chão e morre.
Segundos depois, é possível ver uma espécie de sombra vagando sobre o corpo dela, o que é apontado por algumas pessoas como a alma da mulher, que havia acabado de morrer."

Duração do vídeo: -1:00



Vídeo: 295 / 461

Virtua Cop 2 - Sega Saturn - 1995

Publicado em: 5 de outubro de 2016 ·

Data de lançamento inicial: 1995
Projetista: Yu Suzuki
Desenvolvedor: Sega-AM2
Estúdio: Sega
Plataformas: Arcade, Sega Saturn, Microsoft Windows, Dreamcast
#Game #Jogo #VirtuaCop #VirtuaCop2 #Ano1995 #Sega #SegaSaturn #YuSuzuki

Duração do vídeo: -1:25



Vídeo: 296 / 461

Extrator de parafusos - This speed out screw extractor

Publicado em: 5 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:59



Vídeo: 297 / 461

Mega Drive - Sega Genesis - 1988

Publicado em: 6 de outubro de 2016 ·

Mega Drive (Mega Doraibu), conhecido como Sega Genesis na América do Norte, é um console de video game de 16 bits da Sega que concorria diretamente com o Super Nintendo Entertainment System. O console fez grande sucesso na década de 1990, perdendo espaço após o surgimento e popularização da nova geração de consoles de 32 bits, como o PlayStation da Sony.
Dentre os jogos de maior sucesso desse sistema está a série Sonic the Hedgehog, a aventura de um veloz ouriço azul para salvar os animais de seu planeta. O jogo foi criado com o objetivo de mostrar a capacidade do console de processar informações rapidamente, e ainda cativar o público jovem, criando assim a Sega seu próprio mascote e maior símbolo. A velocidade do jogo tinha por objetivo mostrar a superioridade do processador do Mega Drive em relação ao console de 16 bits da Nintendo.
No Brasil, o Mega Drive ainda é produzido pela Tectoy, com novas versões. No exterior, de 2006 até o momento, 3 novos jogos para o console foram produzidos, sendo o mais famoso dentre eles o Pier Solar and the Great Architects.
#Jogos #Games #MegaDrive #16Bits #Sega #Console #Tectoy #Ano1988 #Japão

Duração do vídeo: -1:01



Vídeo: 298 / 461

QUANDO AS COISAS FALHAM - KKK

Publicado em: 7 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:02



Vídeo: 299 / 461

Vida dura de "assombração" - kkk

Publicado em: 7 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:11



Vídeo: 300 / 461

Wheel of Fortune - Junior Edition - NES

Publicado em: 10 de outubro de 2016 ·

#Jogo #Game #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #Console #WhellOfFortune #JuniorEdition

Duração do vídeo: -0:40



Vídeo: 301 / 461

EMPATIA X SIMPATIA - DIFERENÇAS

Publicado em: 10 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:53



Vídeo: 302 / 461

HUMANIDADE X NATUREZA - CONSUMO SEM CONSCIÊNCIA

Publicado em: 10 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:11



Vídeo: 303 / 461

Segunda Guerra Mundial - Massacre em Kalavrita - na Grécia

Publicado em: 11 de outubro de 2016 ·

Em 1943, soldados alemães mataram quase todos os homens e meninos do vilarejo de Kalavrita, na Grécia.

Duração do vídeo: -2:09



Vídeo: 304 / 461

The Flintstones - SNES

Publicado em: 11 de outubro de 2016 ·

#Jogo #Game #Console #SNES #Nintendo #SuperNintendo #Aventura #TheFlintstones

Duração do vídeo: -1:56



Vídeo: 305 / 461

Atari 2600 - EUA - 1977

Publicado em: 13 de outubro de 2016 ·

Atari 2600 é um videogame projetado por Jay Miner e lançado em 11 de setembro de 1977 nos Estados Unidos e em 1983 no Brasil. Considerado um símbolo cultural dos anos 80, foi um fenômeno de vendas no Brasil entre os anos de 1984 a 1986 e seus jogos permanecem na memória de muitos que viveram a juventude nesta época.
#Console #Atari #Jogos #Games #EUA #Ano1977 #Video-Game #VídeoGame #Clássico #Retrô #Cartucho #Enduro #Atari2600 #JayMiner #Ano1983

Duração do vídeo: -0:58



Vídeo: 306 / 461

Super Ver.8 - 4 in 1 - NES - 1994 - Sachen

Publicado em: 14 de outubro de 2016 ·

#Jogo #Game #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Cartucho #Sachen #Ano1994

Duração do vídeo: -0:34



Vídeo: 307 / 461

Eduardo Cunha apanha no Santos Dumont - Por isto que a capital não é mais no Rio - kkk

Publicado em: 14 de outubro de 2016 ·

Uma idosa deu bolsadas no deputado cassado Eduardo Cunha (PMBD) dentro do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
Pessoas presentes no aeroporto gritavam contra o ex-deputado enquanto ele passava pelo saguão empurrando bagagens. “Roubou o Brasil” e “Fora, Cunha”, são parte das frases gritadas.

Duração do vídeo: -1:05



Vídeo: 308 / 461

Existem mães que deixam de cometer o aborto mas acabam jogando o filho no mato

Publicado em: 14 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:46



Vídeo: 309 / 461

SAIBA A HORA DE IR EMBORA - KKK

Publicado em: 14 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:04



Vídeo: 310 / 461

Com este calor aqui do Rio até os cachorros pulam na piscina - kkk

Publicado em: 14 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:19



Vídeo: 311 / 461

A GARAGEM MONSTRO - LEMBRANDO DO PROGRAMA 'MONSTER GARAGE' - KKK

Publicado em: 15 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:24



Vídeo: 312 / 461

Japão na arte do vidro - Fazendo com qualidade

Publicado em: 15 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:35



Vídeo: 313 / 461

Super Ver.4 - 6 in 1 - NES - 1994 - Sachen

Publicado em: 15 de outubro de 2016 ·

#Jogo #Game #Super #Cartucho #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Ano1994 #Sachen

Duração do vídeo: -0:30



Vídeo: 314 / 461

Mulher esperando o PIKACHU - KKK

Publicado em: 15 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:02



Vídeo: 315 / 461

Mulher na contramão da esteira de aeroporto - kkk

Publicado em: 15 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:31



Vídeo: 316 / 461

O tempo que passamos em família...

Publicado em: 17 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:26



Vídeo: 317 / 461

The Legend of Robin Hood - NES

Publicado em: 17 de outubro de 2016 ·

#Game #Jogo #NES #Nintendo #Nintendinho #Nintendo8Bits #TheLegendOfRobinHood

Duração do vídeo: -0:33



Vídeo: 318 / 461

Japão na arte da marcenaria - perfeição nos detalhes

Publicado em: 17 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:40



Vídeo: 319 / 461

Mulher atropela pessoas no estacionamento do templo de Salomão em SP (16/10/2016)

Publicado em: 17 de outubro de 2016 ·

"Um acidente com um carro, na noite deste domingo (16/10/2016), deixou duas pessoas mortas e pelo menos cinco feridas em um atropelamento no estacionamento do Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus. O estabelecimento fica na Avenida Celso Garcia, no Brás, região central de São Paulo."

Duração do vídeo: -0:52



Vídeo: 320 / 461

Shotgun - Escopeta - Vulgar 12 - Seu funcionamento interno...

Publicado em: 17 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:04



Vídeo: 321 / 461

HONESTIDADE - VEM DE ONDE VOCÊ MENOS IMAGINA

Publicado em: 17 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:28



Vídeo: 322 / 461

Propaganda Vivo - Ta com saudade do vovô ???

Publicado em: 18 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:30



Vídeo: 323 / 461

Rockball - NES - 1993 - Sachen

Publicado em: 19 de outubro de 2016 ·

#Game #Nintendo #NES #Nintendo8Bits #Rockball #Ano1993 #Sachen

Duração do vídeo: -0:45



Vídeo: 324 / 461

Po Po Team - NES - 1992 - Sachen

Publicado em: 20 de outubro de 2016 ·

#Jogos #Game #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #NES #PoPoTeam #Ano1992 #Sachen

Duração do vídeo: -0:49



Vídeo: 325 / 461

Novo console da Nintendo - First Look at Nintendo Switch

Publicado em: 20 de outubro de 2016 ·

A Nintendo finalmente revelou seu novo console! A revelação veio através de um trailer de três minutos de duração que mostrou a cara do novo console, bem como o seu nome. Intitulado como Nintendo Switch o console é um híbrido entre console de mesa e portátil. Mais detalhes do hardware e dos jogos virão na Nintendo Direct que acontece na semana que vem.
#NintendoSwitch #Nintendo #Ano2016 #Console #NewNintendo #NovoNintendo

Duração do vídeo: -3:37



Vídeo: 326 / 461

Cheetahmen 2 - NES

Publicado em: 24 de outubro de 2016 ·

#Jogo #Game #Nintendo8Bits #Nintendinho #Cheetahmen2 #NES #Console

Duração do vídeo: -0:29



Vídeo: 327 / 461

GUANABARA DE BANGU - O MELHOR ANIVERSÁRIO - KKK

Publicado em: 24 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:14



Vídeo: 328 / 461

PlayStation One - Sony - 1994

Publicado em: 25 de outubro de 2016 ·

O PlayStation (oficialmente abreviado PSONE), frequentemente chamado de PlayStation 1 ou ainda PSOne, foi o primeiro console de vídeo game fabricado pela Sony, lançado em 3 de dezembro de 1994 no Japão, 9 de setembro de 1995 nos Estados Unidos e em 29 de setembro de 1995 na Europa. Desde o seu lançamento até 2006, quando sua produção foi cancelada, o PlayStation vendeu mais de 100 milhões de unidades. Ocupa a posição de segundo console de mesa mais vendido no mundo, com mais de cem milhões de unidades vendidas, superado apenas pelo seu sucessor, o PlayStation 2, que teve mais de 150 milhões de unidades comercializadas
#Console #Jogo #Jogos #Games #PSOne #PlaystationOne #Sony

Duração do vídeo: -1:02



Vídeo: 329 / 461

Como fazer pudim de leite condensado na lata

Publicado em: 25 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:14



Vídeo: 330 / 461

Fazendo recheio para PASTEL DE "FLANGO" - kkk

Publicado em: 26 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:40



Vídeo: 331 / 461

The Humans - SNES - 1992 - GameTek

Publicado em: 26 de outubro de 2016 ·

Data de lançamento inicial: 1992
Modo: Jogo eletrônico para um jogador
Gênero: Jogo eletrônico de quebra-cabeça
Plataformas: Atari Jaguar, Super Nintendo Entertainment System...
Desenvolvedores: GameTek, Imagitec Design
Estúdios: GameTek, Atari Corporation, Mirage Technologies (Multimedia) Ltd.
#Game #Jogo #SNES #SuperNintendo #Nintendo #TheHumans #Ano1992 #GameTek

Duração do vídeo: -1:52



Vídeo: 332 / 461

Inventando acidentes para ser feliz - kkk

Publicado em: 26 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:18



Vídeo: 333 / 461

Final Fantasy II - NES - 1988

Publicado em: 27 de outubro de 2016 ·

Final Fantasy II é um jogo eletrônico de RPG desenvolvido e publicado pela Square originalmente apenas no Japão em 1988 para o Nintendo Entertainment System, sendo o segundo título da franquia Final Fantasy.
Data de lançamento inicial: 17 de dezembro de 1988
Série: Final Fantasy
Plataformas: Android, PlayStation Portable, mais
Projetistas: Yoshitaka Amano, Nobuo Uematsu, mais
Desenvolvedores: Square Enix, Square Co., TOSE
Estúdios: Square Enix, Square Co.
#Jogo #Console #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #SuperNEs #FinalFantasy #NES #Ano1988

Duração do vídeo: -1:54



Vídeo: 334 / 461

UM ALARME PARA A PORTA DO SEU QUARTO - PRÁTICO E CRIATIVO

Publicado em: 27 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -6:38



Vídeo: 335 / 461

Purê Burger - Hamburguer de forno - Lanche da tarde

Publicado em: 27 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:12



Vídeo: 336 / 461

Gaiapolis - NES - 1994 - Sachen

Publicado em: 28 de outubro de 2016 ·

#Game #Jogo #Console #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #Gaiapolis #Ano1994

Duração do vídeo: -0:33



Vídeo: 337 / 461

Feito no Japão - Trabalho em prata

Publicado em: 28 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:35



Vídeo: 338 / 461

Quem fica com o leite - vida de gato - kkk

Publicado em: 28 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:19



Vídeo: 339 / 461

Bashi Bazook - Morphoid Masher - NES

Publicado em: 29 de outubro de 2016 ·

#Game #Jogo #Console #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #BashiBazook #MorphoidMasher #Ação #NES

Duração do vídeo: -0:28



Vídeo: 340 / 461

Total Funpak - NES

Publicado em: 31 de outubro de 2016 ·

#Game #Jogo #Console #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #TotalFunpak

Duração do vídeo: -0:34



Vídeo: 341 / 461

Drone já troca até lâmpada - Quem agora precisa de escada ???

Publicado em: 31 de outubro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:14



Vídeo: 342 / 461

Geração perdida - Acabou os ingressos para o show do Justin Bieber, então esta garota entrou em desespero

Publicado em: 1 de novembro de 2016 ·

Esta fã que não conseguiu comprar o ingresso se jogou na fonte em frente à entrada do Citibank Hall e ficou berrando que nem criança desesperada pelo presente do papai e da mamãe...

Duração do vídeo: -0:46



Vídeo: 343 / 461

Taro's Quest - NES

Publicado em: 1 de novembro de 2016 ·

#Game #Jogo #Console #NES #Nintendo #Nintendinho #Nintendo8Bits #TarosQuest #RPG

Duração do vídeo: -0:26



Vídeo: 344 / 461

Mickey's Playtown Adventure - A Day of Discovery - SNES

Publicado em: 2 de novembro de 2016 ·

#Jogo #Game #Console #SNES #SuperNintendo #Nintendo #ADayOfDiscovery #Mickey #Aventura

Duração do vídeo: -1:30



Vídeo: 345 / 461

World Class Track Meet - NES

Publicado em: 3 de novembro de 2016 ·

#Jogo #Game #Console #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #WorldClassTrackMeet

Duração do vídeo: -0:35



Vídeo: 346 / 461

Sega Dreamcast - 1998

Publicado em: 4 de novembro de 2016 ·

O Dreamcast (em japonês: os codinomes foram "Blackbelt", "Dural" e "Katana" durante o seu desenvolvimento) foi o último console de videogames da Sega e o sucessor do Sega Saturn. Com o objetivo de recuperar o mercado dos consoles com um sistema de sexta geração, foi criada por forma a bater tecnologicamente o playStation da Sony e a Nintendo 64. Era a console mais avançado de sua época e o mais completo de sua geração. Mesmo tendo sido considerado um console que se encontrava "bastante à frente do seu tempo" (foi lançado 15 meses antes do PlayStation 2 e três anos antes do GameCube e do Xbox), ele falhou em ganhar "força" suficiente antes do lançamento do PlayStation 2 em Março de 2000. No entanto, apesar das faltas do console na Europa e na América do Norte, o Dreamcast foi um grande sucesso no Japão.
Fabricante
Sega
Tipo:
Console de videogame
Geração:
6ª geração
Lançamento:
JP 27 de novembro de 1998
AN 9 de setembro de 1999
BR 10 de outubro de 1999
Preço:
inicial US$199
Descontinuado:
América: 2004
Europa: 2003
Austrália: 2003
Japão: 200
Unidades vendidas:
9.13 milhões[3][4]
Mídia:
GD-ROM (para jogos)
CD (para música)
CPU:
Hitachi SH4 a 200 Mhz 32Bits (Bus 64Bit) (RISC)
Capacidade de armazenamento:
VMU, Zip drive (não lançado)
Gráficos:
NEC PowerV
Controladores:
1 a 4 gamepads
Conectividade:
Modem, Fast Ethernet, Neo Geo Pocket opcionais
Serviços:
on-line SegaNet, Dreamarena
Jogo mais vendido:
Sonic Adventure
Antecessor
Sega Satur
#Jogo #Console #Sega #DreamCast #6Geração #SegaDreamCast #SonicAdventure #Ano1998

Duração do vídeo: -1:02



Vídeo: 347 / 461

QUASE - A quinta-feira pós-feriado passando pela sua vida hoje

Publicado em: 4 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:13



Vídeo: 348 / 461

Feito no Japão - Trabalho em prata

Publicado em: 4 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:35



Vídeo: 349 / 461

Vídeo Teste1

Publicado em: 5 de novembro de 2016 ·

Vídeo Teste1


Duração do vídeo: -0:09



Vídeo: 350 / 461

Vídeo Teste2

Publicado em: 5 de novembro de 2016 ·

Vídeo Teste2


Duração do vídeo: -0:07



Vídeo: 351 / 461

Fire & Ice - The Daring Adventures of Cool Coyote - Amiga - 1992

Publicado em: 5 de novembro de 2016 ·

Data de lançamento inicial: 1992
Projetista: Andrew Braybrook
Desenvolvedor: Graftgold
Plataformas: Amiga, Atari ST, Sega Master System, DOS, AmigaOS, Acorn Archimedes, RISC OS, IBM PC compatível
Estúdios: Graftgold, Renegade Software, Tectoy, Warner Interactive Entertainment Ltd.
#Game #Jogo #FireIce #Amiga #Console #Ano1992 #Graftgold

Duração do vídeo: -0:34



Vídeo: 352 / 461

Gameboy Advance - Nintendo - 2001

Publicado em: 8 de novembro de 2016 ·

O Game Boy Advance (popularmente abreviado como GBA) é um console portátil desenvolvido e fabricado pela empresa japonesa Nintendo. Foi lançado no Japão no dia 21 de março de 2001; no
Brasil, em 21 de março de 2001; na América do Norte, no dia 11 de junho de 2001; na Europa, em 22 de junho de 2001; , e na China (excluindo Hong-Kong), em 8 de junho de 2004. É o sucessor do Game Boy Color, e um dos últimos produtos da linha Game Boy. Seu codinome durante o processo de desenvolvimento foi Projeto Atlantis. Foi lançado em 2001 na Córeia do Sul e em Taiwan no ano de 2004. Ele continuou recebendo jogos até 2008
#Game #Jogo #Portátil #GameBoy #GameBoyAdvance #GBA #Nintendo #Ano2001 #Japão

Duração do vídeo: -1:01



Vídeo: 353 / 461

A CURVA QUE NINGUÉM FAZ - FONTE DE VÍDEO CACETADAS - KKK

Publicado em: 8 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:54



Vídeo: 354 / 461

Jewel Master - Megadrive - Genesis - 1991

Publicado em: 9 de novembro de 2016 ·

The Jewel Master deve atravessar as terras arduas que vão de desertos escaldantes a montanhas acidentadas e através de ruínas esquecidas há muito tempo para coletar os 12 anéis elementais e salvar Mythgard das garras do Rei Demônio, Jardine the Mad.
#Jogo #Game #Console #MegaDrive #Genesis #Sega #JewelMaster #Aventura #Ano1991

Duração do vídeo: -2:02



Vídeo: 355 / 461

Como seria viajar no trem que anda a 1.200 km/h -The Hyperloop One System

Publicado em: 9 de novembro de 2016 ·

Como o vídeo mostra, seria possível reservar uma passagem no transporte usando o smartphone. O passageiro então seguiria até uma estação de Hyperloop, onde entraria em uma pequena caixinha com rodas. Essa caixinha, autônoma, se juntaria a outras, contendo mais passageiros ou cargas, em um tubo, formando o trem propriamente. O trem então seguiria por um trilho de levitação magnética dentro de um tubo a vácuo em alta velocidade até a estação de destino.
Lá chegando, as caixinhas sairiam do tubo e se separariam novamente, levando cada conjunto de passageiros até seu destino. No vídeo, elas podem ser vistas navegando pelo trânsito comum da cidade sem a necessidade de qualquer controle do passageiro.

Duração do vídeo: -2:33



Vídeo: 356 / 461

VOCÊ PRECISA TER MAIS PACIÊNCIA - KKK

Publicado em: 9 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:10



Vídeo: 357 / 461

TRUMP JÁ ESPANTOU O PRIMEIRO ADVERSÁRIO GATUNO - KKK

Publicado em: 10 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:04



Vídeo: 358 / 461

Sega Master System - 1986 - Japão

Publicado em: 10 de novembro de 2016 ·

Master System é um console de videogame de 8-bits produzido pela Sega, para concorrer com o Nintendo Entertainment System.
Lançado inicialmente no Japão em 1986, com o nome Sega Mark III, ele enfrentou grandes dificuldades devido à forte concorrência do NES da Nintendo.
A Nintendo possuía contratos de exclusividade junto às produtoras de jogos. O contrato não permitia que elas produzissem jogos para nenhum outro aparelho, fazendo com que o Master System dependesse quase que somente dos lançamentos desenvolvidos pela Sega.
#Jogo #Game #Console #MasterSystem #Ano1986 #Sega #SegaMark3 #SegaMarkIII

Duração do vídeo: -1:01



Vídeo: 359 / 461

ELE NÃO ESPERAVA ISTO - KKK

Publicado em: 10 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:03



Vídeo: 360 / 461

O BEIJO VAI SER NA MARRA - KKK

Publicado em: 10 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:02



Vídeo: 361 / 461

SEMPRE AGIR COM ESTRATÉGIA - KKK

Publicado em: 10 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:09



Vídeo: 362 / 461

The Smurfs - Travel the World - SNES - 1994

Publicado em: 11 de novembro de 2016 ·

Data de lançamento inicial: 1994
Estúdio: Infogrames
Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Sega Master System, Mega Drive, Game Boy, Sega Game Gear
Desenvolvedores: Infogrames, Vir2L Studios, Virtual Studio
#Jogo #Game #Console #SNES #SuperNintendo #Nintendo #Ano1994 #TheSmurfs #TravelTheWorld #Aventura #Infogrames

Duração do vídeo: -1:55



Vídeo: 363 / 461

COMO UMA PISTOLA FUNCIONA - MECANISMO

Publicado em: 11 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:10



Vídeo: 364 / 461

Removendo carro na mão - O poder da alavanca

Publicado em: 11 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:06



Vídeo: 365 / 461

TARTARUGA - ABANDONE A VIDA SEDENTÁRIA - KKK

Publicado em: 11 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:10



Vídeo: 366 / 461

Donald Trump Presidente - Os Simpsons assustam nos detalhes - KKK

Publicado em: 12 de novembro de 2016 ·

"Fiquei chocado com Os Simpsons. Eles não só previram a vitória de Donald Trump, como até passagens da vida real aconteceram mesmo no desenho." :-)

Duração do vídeo: -1:14



Vídeo: 367 / 461

O Mundo caminha para isto - Dahir Insaat - Dahirsem

Publicado em: 12 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:26



Vídeo: 368 / 461

ISTO NÃO VAI FICAR ASSIM - KKK

Publicado em: 12 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:08



Vídeo: 369 / 461

Banana Prince - 1991 - NES

Publicado em: 14 de novembro de 2016 ·

Data de lançamento inicial: 20 de dezembro de 1991
Modo: Jogo eletrônico para um jogador
Plataforma: Nintendo Entertainment System
Desenvolvedores: Takara, KID
Estúdios: Nintendo, Takara
#Jogo #Game #NES #Nintendo #BananaPrince #Ano1991 #Nintendo8Bits #Nintendinho #Aventura

Duração do vídeo: -0:24



Vídeo: 370 / 461

Trump Presidente - Seu Boeing 757 é um LUXO - Mr. Trump's 757

Publicado em: 14 de novembro de 2016 ·

"Trump Force One é avaliado em aproximadamente R$350 milhões e oferece muito conforto aos que viajam nele.
Donald Trump venceu as últimas eleições dos EUA e, dentro de poucos meses, receberá não só as chaves da Casa Branca, mas também do avião presidencial, o Air Force One. Mas, enquanto isso, ele continua realizando suas viagens no seu próprio e luxuoso avião, avaliado em, aproximadamente, 80 milhões de libras, ou seja, R$ 350 milhões.
Sua pintura externa se destaca com o preto que cobre metade do veículo aéreo e com as letras em dourado, que formam a palavra “TRUMP”. Duas faixas vermelhas circundam a aeronave e o restante é revestido de branco.
O modelo é um Boeing 757-200 privado, adquirido por Donald Trump em 2011, que, desde então, tem sido uma segunda casa do bilionário. O modelo tem capacidade para 43 passageiros, sala de jantar e dois quartos.
Por dentro, o luxo domina a decoração. Com muitos móveis em tons beges e muita madeira escura envernizada, o modelo de decoração clássica impera no local. Sofás claros recebem almofadas de veludo e seda com o brasão da família."

Duração do vídeo: -3:30



Vídeo: 371 / 461

Challenge of the Dragon - NES - 1990 - Sachen

Publicado em: 15 de novembro de 2016 ·

Data de lançamento inicial: 1990
Desenvolvedor: Color Dreams
Estúdio: Color Dreams
Modo: Jogo eletrônico para um jogador
Gênero: Beat 'em up
Plataforma: Nintendo Entertainment System
#Jogo #Game #Console #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #Ano1990 #ChallengeOfTheDragon #Luta

Duração do vídeo: -0:51



Vídeo: 372 / 461

Carregando celular com bateria de 9 Volts - Muito prático

Publicado em: 15 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:33



Vídeo: 373 / 461

Mighty Morphin Power Rangers - SNES - 1994

Publicado em: 16 de novembro de 2016 ·

Mighty Morphin Power Rangers é o nome de cinco jogos diferentes para as plataformas Super Nintendo, Sega Genesis, Game Gear, Sega CD, Game Boy e anunciado recentemente para o Playstation 4, X-Box One...
Data de lançamento inicial: 1994
Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Game Boy, Sega Game Gear, Sega CD
Desenvolvedores: Bandai, Saban, Natsume, Banpresto, SIMS Co., Ltd.
Estúdios: Bandai, Sega
Modo: Jogo eletrônico para um jogador, Jogo multijogador
Gênero: Jogo eletrônico de luta, Beat 'em up, Jogo eletrônico de ação, Jogo eletrônico de plataforma.
#Jogo #Game #Console #SNES #SuperNintendo #Luta #Aventura #Ano1994 #Bandai #MightyMorphinPowerRangers #PowerRangers

Duração do vídeo: -1:56



Vídeo: 374 / 461

TURISMO - Bela paisagem - Santorini na Grécia

Publicado em: 16 de novembro de 2016 ·

TURISMO - Hermoso paisaje - Santorini en Grecia
TOURISM - Beautiful landscape - Santorini in Greece
TOURISMUS - Schöne Landschaft - Santorini in Griechenland

Duração do vídeo: -0:29



Vídeo: 375 / 461

O carro casa do momento - Pura tecnologia de lar doce lar

Publicado em: 16 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:01



Vídeo: 376 / 461

Voando até ficar tonto - Um mestre no ar

Publicado em: 16 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -3:59



Vídeo: 377 / 461

Recém casados trocam 1ª dança por luta de sabres de luz - Isto que é casamento NERD - KKK

Publicado em: 16 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:36



Vídeo: 378 / 461

TIJOLO FEITO DE PLASTICO - RECICLAGEM

Publicado em: 16 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -3:15



Vídeo: 379 / 461

Probotector II - Return of the Evil Forces - NES - 1992 - Konami

Publicado em: 18 de novembro de 2016 ·

#Jogo #Game #Console #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #ProbotectorII #ReturnOfTheEvilForces #Ação #Ano1992 #Konami

Duração do vídeo: -0:26



Vídeo: 380 / 461

Ponte Presidente Costa e Silva - Ponte Rio - Niterói

Publicado em: 18 de novembro de 2016 ·

Ponte Presidente Costa e Silva, popularmente conhecida como Ponte Rio–Niterói, é uma ponte que atravessa a Baía de Guanabara, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Ela conecta os municípios do Rio de Janeiro e Niterói.
Endereço: Guanabara Bay, Brazil
Inauguração: 4 de março de 1974
Início da construção: 23 de agosto de 1968
Altura: 72 m
Comprimento total: 13.290 m
Localização: Rio de Janeiro
Arquiteto: Mário Andreazza

Duração do vídeo: -3:37



Vídeo: 381 / 461

O MALUCO PULOU SEM PARAQUEDAS - MUITO LOUCO

Publicado em: 18 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -3:14



Vídeo: 382 / 461

Retrô - Changeman - Tema de abertura

Publicado em: 18 de novembro de 2016 ·

Cinco integrantes do exército dos Defensores da Terra são banhados pela Força Terrestre e adquirem cada um os poderes de um densetsu-ju (animal lendário): Dragão, Grifo, Pégaso, Sereia e Fênix.
Primeiro episódio: 2 de fevereiro de 1985
Episódio final: 22 de fevereiro de 1986
Número De Episódios: 55
Número De Temporadas: 1
Emissora original: TV Asahi
Criador: Toei Company

Duração do vídeo: -2:38



Vídeo: 383 / 461

Sonic Blast Man II - SNES

Publicado em: 19 de novembro de 2016 ·

#Jogo #Game #Console #SNES #Nintendo #SonicBlastManII #Luta #SuperNintendo

Duração do vídeo: -1:49



Vídeo: 384 / 461

HyperSpin - Future Pinball - Megaman

Publicado em: 21 de novembro de 2016 ·

#Pinball #HyperSpin #FuturePinball #Emulador #Virtualização #Megaman

Duração do vídeo: -0:37



Vídeo: 385 / 461

VOLTE PARA CASA NO NATAL - Coming Home for Christmas - Heathrow Airport

Publicado em: 21 de novembro de 2016 ·

Comerciais de Natal têm um poder interessante: além de promoverem alguma marca, eles geralmente nos emocionam de alguma maneira, já reparou? É justamente por isso que a propaganda natalina do aeroporto de Heathrow, em Londres, tem chamado a atenção de pessoas de todo o mundo.
"Ao longo de seus 70 anos, Heathrow tem se especializado em reconectar pessoas com seus entes queridos, especialmente nesta época do ano, porque vir para casa para o Natal é o melhor presente de todos"
Diz a descrição do vídeo...

Duração do vídeo: -1:11



Vídeo: 386 / 461

HyperSpin - Future Pinball - Sonic The HedgeHog 2

Publicado em: 22 de novembro de 2016 ·

#Pinball #HyperSpin #FuturePinball #Emulador #Virtualização #SonicTheHedgeHog2

Duração do vídeo: -0:37



Vídeo: 387 / 461

Motoboy arrisca a vida para salvar um gato

Publicado em: 22 de novembro de 2016 ·

Um motoboy que passava pelo local com ajuda de vizinhos do prédio ajudaram o gato, já que não foi possível localizar os donos do apartamento.
Este rapaz na escada que deu um exemplo de amor aos animais se chama Eliseu Santos.
Este é o Face do motoboy Eliseu Santos:
https://www.facebook.com/eliseu.santos.3726

Duração do vídeo: -5:00



Vídeo: 388 / 461

GERAÇÃO 16 BITS - SÓ OS FORTES ENTENDERÃO - KKK

Publicado em: 23 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:29



Vídeo: 389 / 461

HYLUX EM TESTES - 9 ANOS DEPOIS AS MESMAS FALHAS

Publicado em: 23 de novembro de 2016 ·

Nove anos atrás, a revista sueca especializada em automóveis Teknikens Värld apontava que a Hilux oferecia alto risco de capotamento durante testes de estabilidade, conhecido na Europa como "teste de desvio do alce". Na ocasião, a picape da Toyota foi a única reprovada.
A mesma publicação resolveu testar a nova geração de picapes recém-chegada aos mercados: Ford Ranger, Mitsubishi L200 Triton, Nissan Navara (nova Frontier), Volkswagen Amarok, Isuzu D-Max (que usa a base da Chevrolet S10) além da própria Hilux, que mudou no ano passado.
Novamente foi registrado fracasso do modelo da Toyota, o único a tirar dois pneus do chão na manobra, realizada a 59 km/h e com a carga máxima permitida pelo fabricante (no caso da Hilux, 834 kg).
"Todas as picapes têm controle de estabilidade e não esperávamos qualquer risco. As outras ainda passaram num teste mais rápido, de 67 km/h", aponta a revista, que suspeitou do nível de aderência dos pneus de 18 polegadas.

Duração do vídeo: -1:23



Vídeo: 390 / 461

Dyndeka 2 - Sega - 1998

Publicado em: 23 de novembro de 2016 ·

#Game #Console #Dyndeka #Dyndeka2 #Sega #Ano1998

Duração do vídeo: -1:41



Vídeo: 391 / 461

Major Ivan Blaz sendo realista no "Encontro"

Publicado em: 23 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:54



Vídeo: 392 / 461

MOTO FORA DE CONTROLE - QUE PERIGO

Publicado em: 23 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:09



Vídeo: 393 / 461

Hebereke's Popoon - SNES - 1993

Publicado em: 24 de novembro de 2016 ·

European SNES box art
Developer: Sunsoft
Publisher: Sunsoft
Designer: Uchimich Ryoji
Platform: Super Nintendo Entertainment System, Arcade, Windows
Release date:
JP: December 22, 1993
EU: 1994
JP: March 8, 2011 (Project EGG)
Genre: Puzzle game
Mode: One player, Two player
#Jogo #Game #Console #SNES #SuperNintendo #Sunsoft #Ano1993 #Puzzle #EGG #UchimichRyoji #Nintendo

Duração do vídeo: -1:51



Vídeo: 394 / 461

Toughman Contest - Sega 32X - 1995

Publicado em: 25 de novembro de 2016 ·

Data de lançamento inicial: 1995
Estúdio: Electronic Arts
Gênero: Jogo eletrônico de esporte
Plataformas: Sega 32X, Mega Drive
Desenvolvedores: Electronic Arts, Visual Concepts, High Score Productions
#Jogo #Console #MegaDrive #32X #Ano1995 #ToughmanContest #Sega #Luta #Boxe #ElectronicArts

Duração do vídeo: -0:43



Vídeo: 395 / 461

Freddie Mercury em “We Are the Champions” - Somente Vocal

Publicado em: 28 de novembro de 2016 ·

"Uma das maiores vozes do mundo da música já traz emoção quando combinada aos acordes e as batidas do Queen.
Freddie Mercury, um dos maiores cantores de todos os tempos impressiona pelo seu poder e talento.
Um vídeo foi produzido a partir de combinações das gravações em estúdio e dos shows do Queen. A voz de Freddie Mercury foi totalmente isolada dos outros instrumentos. O resultado é impressionante, ouça."

Duração do vídeo: -3:18



Vídeo: 396 / 461

Dançando nas nuvens - Inacreditável - Incrível - Fantástico - ENGENHARIA

Publicado em: 28 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:22



Vídeo: 397 / 461

ARTE MARCIAL - NA ARTE DA DANÇA

Publicado em: 28 de novembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:56



Vídeo: 398 / 461

ADEUS CHAPE - DESCANSEM EM PAZ

Publicado em: 30 de novembro de 2016 · Rio de Janeiro ·

*C* horamo
*H* oje
*A* manhã
*P* ermanecermos
*E* m
*C* onstante
*O* rações
*E* les
*N* unca
*S* erão
*E* squecidos
#AdeusChap
#DescansemEmPaz
#ForçaChap
#ForçaFamiliaresEAmigos
#RIP

Duração do vídeo: -0:58



Vídeo: 399 / 461

Urban Strike - MegaDrive - 1994 - Electronic Arts

Publicado em: 30 de novembro de 2016 · Rio de Janeiro ·

Urban Strike é um jogo desenvolvido e publicado pela Electronic Arts. Foi lançado para Mega Drive em 1994, com versões posteriores para Super Nintendo Entertainment System e Game Gear em 1995, e Game Boy em 1996.
Data de lançamento inicial: 4 de março de 1994
Série: Strike
Gênero: Shoot 'em up
Plataformas: Mega Drive, Super Nintendo Entertainment System, Game Boy, Sega Game Gear
Desenvolvedores: Electronic Arts, Black Pearl Software, Foley Hi-Tech Systems
Estúdios: Electronic Arts, THQ, Black Pearl Software

Duração do vídeo: -1:47



Vídeo: 400 / 461

JN presta homenagem às vítimas da queda do avião da Chapecoense

Publicado em: 30 de novembro de 2016 · Rio de Janeiro ·

Para homenagear jogadores, comissão técnica e os dirigentes da Chapecoense, além dos jornalistas, a redação do JN deu salva de palmas.
"Tem sido um longo dia esta terça-feira (29/11/2016). Desde a madrugada, os brasileiros acompanharam, aflitos, as notícias da queda do avião. É um dia que ficará marcado nas nossas vidas.
Todos nós sabemos como o esporte provoca emoção e paixão. Os atletas são os grandes protagonistas de tantas histórias inesquecíveis. São eles, os técnicos e os dirigentes que fazem o espetáculo.
Mas quem leva a você a emoção que o futebol provoca são os jornalistas: das TVs, das rádios, dos jornais impressos e da internet. É absolutamente simbólico, e muito triste, que seja esse acidente a nos lembrar, de forma tão explícita, essa ligação.
Só nos resta então uma última homenagem para os jogadores, a comissão técnica e os dirigentes da Chapecoense. E para os jornalistas de todos os veículos que nos deixaram nesta terça tão tragicamente.
Todos nós, na redação do Jornal Nacional, de pé, juntos, damos uma salva de palmas."
#ForçaChap

Duração do vídeo: -2:41



Vídeo: 401 / 461

Paisagens do Rio registradas por um Drone - View the sites of Brasil captured by drone

Publicado em: 30 de novembro de 2016 · Rio de Janeiro ·


Duração do vídeo: -2:12



Vídeo: 402 / 461

O Crime do Aborto - Pedindo pela vida

Publicado em: 2 de dezembro de 2016 · Rio de Janeiro ·

Para algumas pessoas essa criança é só um amontoado de células que não merece direitos.
STF determina que até 3 meses o aborto não é crime. 3 meses equivalem a 12 semanas de gestação. Você acha que essa criança não clama pela vida?
Não conhecemos mulher grávida de homem rico pedindo para abortar.
VOCÊ ainda tem a coragem de dizer que não é UMA VIDA INTERROMPIDA?
Uma bactéria em MARTE é vida, mas um feto aqui na TERRA não é?
Sempre uma polêmica, mas no final ainda vamos defender aquele que ainda não pode se defender, pois ele ainda não pensa, mas tem o direito de um dia pensar, logo existir...
AGORA UMA MULHER QUE ARGUMENTA A FAVOR DA VIDA !!!
Por que sou contra o aborto - Yashá Gallazzi
'Não tem erro: basta o aborto voltar à pauta que com ele reaparecem os debates em torno da liberdade da mulher em dispor do próprio corpo, do direito à vida, das clínicas clandestinas, do Estado laico e das crenças religiosas. E tome discurso das feministas, dos ateus, dos religiosos, dos progressistas, dos conservadores e do Chico Buarque – artista brasileiro sempre precisa ter opinião sobre todos os temas polêmicos. A questão que considero essencial, porém, me parece deliberadamente Negligenciada, porquanto incômoda: como diferenciar o aborto de Um assassinato?
Calma! Jogue fora essas pedras aí que você pegou e me Acompanhe mais um pouco rumo ao território desconhecido das indagações que o humanismo da curetagem prefere ignorar.
Eu sei que já ficou bem claro o que penso sobre o assunto. Sem Problema!
Não me incomodo em ser chamado de “obscurantista” por me negar a tirar dos fetos a única chance deles. Sou contra a legalização do aborto pois não encontro resposta para a questão posta acima. Posso ser eu o problema, reconheço… Sou um ser humano imperfeito, incapaz de perceber essas boas intenções que se expressam por meio de limpezas uterinas. Talvez seja pela minha condição de ser falho, que mantenha tantas ressalvas quando se trata de determinar o fim (ou o começo?) de uma outra vida.
A minha posição é bastante simples: até que me provem de forma definitiva que o que se desenvolve no útero da mulher, depois da fecundação, não é uma vida humana, exatamente igual a você e a mim, não conseguirei ser como esses modernos progressistas, capazes de desumanizar os fetos a ponto de condescender com o descarte deles. Em minha pequenez humana, não me confiro o direito de determinar quando uma outra vida deve iniciar e terminar. Sendo assim, não tenho como admitir a legalização do aborto em qualquer tempo da gestação. Há correntes científicas (eu disse científicas! Não estou falando de um Malafaia da vida) que dão como marco referencial a terceira semana de gestação. Para outras, o termo é o primeiro mês… E são esses argumentos científicos que invoco em defesa de minhas convicções – como eles chamam mesmo? – ortodoxas: se os cientistas ainda não pacificaram o debate sobre quando começa a vida, como eu Poderia fazê-lo?
À luz disso, retorno ao ponto primordial deste texto: se o objeto de um aborto é vida humana (ou se é impossível descartar com absoluta certeza que o seja), como diferenciar isso de um homicídio? Claro que se você colocar a questão assim, sem dourar a pílula, precisa se acostumar a ser odiado no universo dos debates sobre o tema. Prepare-se pra ser chamado de carola, beata, papa-hóstia…
Pessoalmente, respeito muito mais os libertários radicais, para os quais aborto deve ser liberado porque o corpo é da mulher e ponto final, do que aquelas pessoas que fazem verdadeiros contorcionismos retóricos a fim de explicar como o mundo seria um lugar melhor se o aborto, apesar de ser sempre uma escolha “dolorosa”, fosse aceito como solução para problemas de saúde pública – em especial para tentar colocar um fim nas desgraças que ocorrem em clínicas clandestinas.
O problema é que um conservador é, reconheço, aborrecidamente constante em suas convicções morais. Sigo, assim, achando que interromper uma vida humana (ou aquilo que poderia ser uma, pois não há certeza que não seja) não deveria ser uma carta colocada na mesa dos debates.
É lógico que não ignoro as mazelas decorrentes dos abortos realizados em clínicas que são pouco mais que açougues clandestinos. Há mulheres que morrem… Outras acabam mutiladas. É evidente que algo precisa ser feito a respeito, não há como negar. Apenas não entendo porque a grande solução apresentada por esse novo humanismo seja a legalização do direito de colocar um fim a outra vida. Prefiro, por exemplo, que os responsáveis por esses antros sejam caçados e condenados.
Mas eu sou muito “antiquado”… É o que dizem algumas das pessoas que defendem a legalização do aborto, quando confrontadas com as questões aqui postas. Para eles, o mundo “evoluiu” e todos os que discordam são, de alguma forma, doutrinados por padres e pastores que parecem querer um mundo cheio de mulheres esquartejadas em clínicas de aborto clandestino.
Ora, é evidente que a formação religiosa de cada um tem papel importante na construção de suas convicções morais. E, por mais que certo progressismo brasileiro insista em negar, os religiosos (aqui entendidos no sentido mais amplo da palavra) fazem, sim, parte da sociedade. Se as Femen podem falar o que pensam sobre o aborto, por que as igrejas não podem?! Não estão todos na mesma sociedade? Não representam sentimentos e pensamentos que existem em nosso meio? Por que um lado deveria ser previamente tolhido do debate, apenas porque entende que há que se defender de forma intransigente o direito à vida? Prefiro esse obscurantismo que não negocia a fim de encontrar um momento a partir do qual seria permitido colocar um fim em outra vida, do que esse humanismo esquisito, baseado na curta.
“Mas e a vida das mulheres? Não se importa com elas?” Sim, muito. Por isso aconselharia sempre a ficarem o mais longe possível desses açougueiros que se prestam a fazer essa sujeira nas clínicas clandestinas. E, reafirmando meu papel de colocar questões incômodas neste texto, trago uma revelação: há outras formas de evitar uma gravidez, sem precisar chegar ao aborto. Sério, há mesmo! E aqui falo não apenas às mulheres, mas aos homens: por que não cuidar para que não se chegue a uma gravidez indesejada, em vez de querer ter como coringa a carta do aborto? E falo também aos homens porque, diferente de certo pensamento moderno, não acho que a gravidez seja só da mãe.
Aliás, que argumento mais machista esse que certo feminismo tem apresentado. Segundo ele, a palavra final sobre prosseguir (ou não) com a gestação deveria ser sempre da mãe porque “o corpo é dela”. A gravidez é um processo que envolve – ou deveria envolver… – ambos, pai e mãe. Eu sinceramente esperava ver o feminismo lutando para que pais assumissem suas obrigações, não para alijá-los do processo a fim de tornar o feto uma espécie de pochete que a mãe simplesmente tira quando achar melhor. É esse modelo de sociedade moderna que parece saudável para vocês? Pois ele me assusta!
Notem que todas as questões aqui colocadas são, sim, incômodas. Mas elas precisam ser feitas! Não adianta discutir o aborto em tese, mas legalizá-lo na prática pra depois “ver como vai ser”. Bom, pelo menos eu – careta, conservador, etc… – acho temerário algo assim… E tudo, novamente, se resume ao que foi proposto no início: enquanto não for possível diferenciar de forma definitiva um aborto de um homicídio, um lado entrará no debate sempre admitindo que determinadas vidas humanas podem ser interrompidas.
Desculpem meu conservadorismo, mas não consigo deixar de achar estranho um mundo onde defender a camada de ozônio (ainda nos importamos com ela?) seja progressista, mas defender a vida seja obscurantismo. Vai ver o errado sou mesmo eu, ao negar uma chance ao argumento de quem insiste em não dar chance nenhuma ao feto.'
- Yashá Gallazzi DISSE TUDO...

Duração do vídeo: -0:15



Vídeo: 403 / 461

Abastecimento constante de energia limpa - Turbina de rio - A constant source of power - river turbine

Publicado em: 2 de dezembro de 2016 · Rio de Janeiro ·


Duração do vídeo: -0:51



Vídeo: 404 / 461

Precisando de uma mãozinha na cozinha?

Publicado em: 2 de dezembro de 2016 · Rio de Janeiro ·


Duração do vídeo: -0:42



Vídeo: 405 / 461

Carros na rua - Pedestres na calçada - Seja prudente e evite o perigo desnecessário

Publicado em: 3 de dezembro de 2016 · Rio de Janeiro ·


Duração do vídeo: -0:15



Vídeo: 406 / 461

Não há corrente que leve o amor - um exemplo para os humanos

Publicado em: 3 de dezembro de 2016 · Rio de Janeiro ·


Duração do vídeo: -0:53



Vídeo: 407 / 461

Super Punch-Out!! - SNES - 1994 - Genyo Takeda

Publicado em: 5 de dezembro de 2016 · Rio de Janeiro ·

Data de lançamento inicial: outubro de 1994
Série: Punch-Out!!
Estúdio: Nintendo
Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Wii, Nintendo 3DS, Wii U
Projetistas: Genyo Takeda, Hiroshi Yamauchi
Desenvolvedores: Nintendo, Nintendo Research & Development 2, Nintendo Research and Development 3

Duração do vídeo: -1:01



Vídeo: 408 / 461

O fim do ano escolar - Professores - Crianças - Os pais - kkk

Publicado em: 5 de dezembro de 2016 · Rio de Janeiro ·


Duração do vídeo: -0:20



Vídeo: 409 / 461

Projeto TALOS - EUA preparam soldados ciborgues

Publicado em: 6 de dezembro de 2016 · Rio de Janeiro ·

"As forças policiais e militares ganharão superpoderes com o desenvolvimento de um exoesqueleto inspirado na armadura do Homem de Ferro.
O equipamento, que deve ficar pronto em 2018, é um projeto do Tactical Assault Light Operator Suit (Traje Leve de Operação para Ataque Tático – ou TALOS, na sigla em inglês).
O TALOS contará com sistemas de visão noturna, aumento da mobilidade e proteção antibalas. Além disso, ele potencializará mecanicamente a força de quem o utilizar, transformando-o em um verdadeiro ciborgue em combate (veja mais no vídeo abaixo - em inglês)."

Duração do vídeo: -2:04



Vídeo: 410 / 461

Squashed - NES

Publicado em: 6 de dezembro de 2016 · Rio de Janeiro ·

#Jogo #Game #Nintendo #NES #Nintendo8Bits #Nintendinho #Squashed #Aventura

Duração do vídeo: -0:30



Vídeo: 411 / 461

Copiando o irmão mais velho - kkk

Publicado em: 6 de dezembro de 2016 · Rio de Janeiro ·


Duração do vídeo: -0:40



Vídeo: 412 / 461

QUANDO A COMIDA É BOA - KKK

Publicado em: 6 de dezembro de 2016 · Rio de Janeiro ·


Duração do vídeo: -0:15



Vídeo: 413 / 461

RoboCop Vs The Terminator - NES

Publicado em: 7 de dezembro de 2016 · Rio de Janeiro ·

#Jogo #Game #NES #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho #RobocopVsTerminator #Ação

Duração do vídeo: -0:25



Vídeo: 414 / 461

Este gato sabe pedir comida - kkk

Publicado em: 7 de dezembro de 2016 · Rio de Janeiro ·


Duração do vídeo: -0:37



Vídeo: 415 / 461

The Twisted Tales of Spike McFang - SNES - 1993

Publicado em: 9 de dezembro de 2016 ·

Data de lançamento inicial: 19 de março de 1993
Gênero: RPG eletrônico de ação
Modo: Jogo eletrônico para um jogador
Plataforma: Super Nintendo Entertainment System
Desenvolvedores: Blue Planet Software, Red Entertainment
Estúdios: Blue Planet Software, Kaga Create
#Jogo #Game #Console #SNES #SuperNintendo #Nintendo #TheTwistedTalesOfSpikeMcFang #Ano1993 #RPG #BluePlanetSoftware #Spike

Duração do vídeo: -1:42



Vídeo: 416 / 461

Pegadinha do palhaço no Rio - Quase morreu

Publicado em: 9 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:58



Vídeo: 417 / 461

A população não aguenta mais ser vítima de criminosos - reagindo como podem

Publicado em: 9 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:38



Vídeo: 418 / 461

Bebê que impede a mãe de dormir - kkk - Sleeping With a Baby

Publicado em: 9 de dezembro de 2016 ·

Uma mulher do Texas (EUA) aprendeu o quão duro é dormir com um bebê em casa. A menininha não deixa a mãe fechar os olhos e mostra claramente o seu descontentamento com a tentativa de Esther Anderson de tirar uma soneca.

Duração do vídeo: -0:59



Vídeo: 419 / 461

Sem crianças - Com crianças - KKK

Publicado em: 9 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:59



Vídeo: 420 / 461

Vida de motoqueiro - Hoje ele levantou com o pé esquerdo

Publicado em: 9 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:11



Vídeo: 421 / 461

LEVAMOS TUDO NA BICICLETA - KKK

Publicado em: 9 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:00



Vídeo: 422 / 461

#yearinreview2016 #Happy2017...

Publicado em: 9 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:11



Vídeo: 423 / 461

Que a força esteja com ele - kkk

Publicado em: 9 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:36



Vídeo: 424 / 461

1944 - Arcade - Capcom - 2000

Publicado em: 12 de dezembro de 2016 ·

1944 é um arcade feito pela Capcom em 2000. Ao contrário dos jogos anteriores, a programação para este arcade foi feito por uma empresa separada chamada 8ing/Raizing. O jogo é o quinto de uma série da 2 Guerra Mundial.
O jogo tem lugar nas batalhas esquecidas de 1944 durante a Segunda Guerra Mundial e como dois super pilotos tentam derrotar um exército inteiro.
#Jogo #Game #Arcade #Capcom #Ano2000 #Sucesso #Ano1944 #Guerra #Ação

Duração do vídeo: -0:56



Vídeo: 425 / 461

A casa dos sonhos - Por um Natal mais gostoso

Publicado em: 12 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:32



Vídeo: 426 / 461

É ASSIM QUE SE JOGA - PRIMEIRA PESSOA - RADICAL

Publicado em: 12 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:52



Vídeo: 427 / 461

Sega 32X - MegaDrive - 1994

Publicado em: 13 de dezembro de 2016 ·

Sega 32x é um acessório para o console da Sega, o Mega Drive, Genesis Na América do Norte.
No Japão, foi distribuído com o nome Sega Super 32X. Na América do Norte, Sega Genesis 32X. Na Europa, Austrália, e Brasil, era chamado Mega 32X.
O acessório deveria ser inserido na entrada de cartucho do Mega Drive, recebendo cartuchos próprios ou do Mega Drive. Para caber em todas as versões do console, possuía diferentes fundos.
O 32X2 nasceu como um dos projetos da Sega para ultrapassar o Super Nintendo tecnologicamente, e seu codinome durante o desenvolvimento era Project Mars (Projeto Marte).
O console teve apenas 39 jogos lançados, dos quais 2 são exclusivos da Europa (DarXide e Fifa 96) e um, do Japão (Sangokushi IV, em inglês Romance of the Three Kingdoms IV). 6 dos 39 jogos eram utilizados junto com o Sega CD[3], sendo o mais famoso o Night Trap, que apresentava 32,768 cores na tela ao invés das 64 do Sega CD.
O console acabou enfrentando diversos problemas, como a existência paralela do console Sega Saturn, que apresentava-se como um videogame mais adequado a nova geração de consoles considerando as especificações técnicas, e mais adequado também para competir com a nova geração de videogames da Sony e Nintendo.
Pouco antes do lançamento do acessório, a Sega havia lançado Multi-Mega CDX (SEGA CDX na América do Norte) que combinava Mega Drive e SEGA CD em um único hardware. A compatibilidade do Multi-Mega CDX com o Mega 32X foi testada pela Sega, mas reprovada para o consumidor de último minuto. É possível observar nas embalagens do Sega Genesis 32X adesivos colados referenciando que o "32X é compatível com todos os variantes de Mega Drive, exceto o CDX".
Porém, os consumidores descobriram que o 32X funciona perfeitamente em conjunto com o Multi-Mega CDX, com a ressalva de que as laterais do 32X "vazam" para fora da área do CDX -- provável motivo pelo qual a Sega havia reprovado a compatibilidade oficial.
#Acessório #MegaDrive #Sega32X #Console #Sega #Genesis #SegaSuper32X #SegaGenesis32X #Mega32X #Ano1994

Duração do vídeo: -0:57



Vídeo: 428 / 461

Poker Mahjong - NES - 1991 - Sachen

Publicado em: 14 de dezembro de 2016 ·

#Jogo #Console #Game #NES #PokerMahjong #Ano1991 #Cartas #JogoDeAzar #Sachen #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho

Duração do vídeo: -0:39



Vídeo: 429 / 461

LINDA SUIÇA - MAGIC NATURE - SWITZERLAND - HOTEL VILLA HONEGG

Publicado em: 14 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:31



Vídeo: 430 / 461

SUPER DICA - COMO FAZER UMA VELA AROMÁTICA

Publicado em: 14 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:00



Vídeo: 431 / 461

OS MELHORES VÍDEOS DE 2016 -The best videos of 2016 - People Are Awesome

Publicado em: 14 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -3:38



Vídeo: 432 / 461

FIFA Soccer 96 - MegaDrive - SEGA - 1995

Publicado em: 16 de dezembro de 2016 ·

FIFA Soccer 96 ou FIFA 96 é um videojogo de futebol, produzido em 1995 pela Extended Play Productions e pela Probe Entertainment, e editado Eletronic Arts para Sega Mega Drive, Sega Saturn, Sega 32X, Game Gear, PlayStation, Super Nintendo e DOS.
Data de lançamento inicial: 1995
Série: FIF
Gênero: Jogo eletrônico de esporte
Plataformas: Super Nintendo Entertainment System, Mega Drive,
Desenvolvedores: Electronic Arts, Extended Play Productions, Acclaim Studios London, High Score Productions
Estúdios: Electronic Arts, THQ, Black Pearl Software
#Jogo #Game #Console #MegaDrive #Genesis ##FifaSoccer96 #Futebol #ElectronicArts #Sega

Duração do vídeo: -0:42



Vídeo: 433 / 461

NOVA TECNOLOGIA PARA REPARAR HERNIA DE DISCO

Publicado em: 16 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -2:06



Vídeo: 434 / 461

Bandidos tentam roubar Pickup

Publicado em: 16 de dezembro de 2016 ·

Bandidos foram roubar pickup mas descobrem que ela é blindada, o motorista passa bem...

Duração do vídeo: -0:22



Vídeo: 435 / 461

A iniciativa venceu desta vez - O gato ficou chupando o dedo - kkk

Publicado em: 16 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:15



Vídeo: 436 / 461

Faca e tábua combinados - prático na cozinha

Publicado em: 16 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:42



Vídeo: 437 / 461

A essência da opinião pública - Nunca estão satisfeitos

Publicado em: 16 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:52



Vídeo: 438 / 461

Colorful Dragon - NES - 1989 - Sachen

Publicado em: 19 de dezembro de 2016 ·

#Jogo #Game #Console #NES #ColorfulDragon #Sachen #Ano1989 #Nintendo #Nintendo8Bits #Nintendinho

Duração do vídeo: -0:37



Vídeo: 439 / 461

Como fazer com garrafa PET seu filtro de água movido a energia solar

Publicado em: 19 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:45



Vídeo: 440 / 461

NESTE NATAL ELE NÃO ESTA MAIS BONZINHO - KKK

Publicado em: 19 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:44



Vídeo: 441 / 461

Nintendo 64 - Nintendo - 1996

Publicado em: 21 de dezembro de 2016 ·

Nintendo 64 (abreviado como N64) é o terceiro console de Video-game doméstico da empresa japonesa Nintendo. Lançado em 23 de junho de 1996 no Japão e em 29 de setembro nos EUA, o Nintendo 64 contava com apenas três títulos de lançamento: Super Mario 64, Wave Race 64 e PilotWings 64. Já quando foi lançado na Europa, em 1 de março de 1997, o console contava também com o jogo Star Wars: Shadows of the Empire. Foi o último console doméstico a utilizar cartucho (chamado pela Nintendo de "Game Pak"), distribuído no Brasil inicialmente pela empresa Playtronic e posteriormente pela Gradiente Eletrônicos. Em Portugal, foi distribuída pela Concentra.
O console foi anunciado em 1993 com o codename "Project Reality". Em 1995, fora primeiro apresentado com o nome Nintendo Ultra 64 [1], tendo o nome reduzido para Nintendo 64 em fevereiro de 1996 (5 meses antes do lançamento). Seu código de modelo é NUS-001 (cuja sigla significa Nintendo Ultra Sixty Four - o codinome do projeto).
Considerada inovadora na época de seu lançamento, o console era dotado de um processador gráfico projetado pela Silicon Graphics. A Nintendo 64 também contava com um processador de áudio que permitia o uso teórico de até 100 canais de áudio PCM (o que por motivos práticos nunca foi utilizado, já consumiria todos os recursos da CPU).[carece de fontes]
O N64 possuía um hardware complexo, o que tinha um preço: os programadores afirmavam que era um grande desafio manter todos os processadores da máquina trabalhando em sincronia. A Nintendo argumenta que corrigiu o problema em seu novo console, o GameCube.
#Nintendo64 #N64 #Console #Ano1996 #Nintendo #ProjectReality

Duração do vídeo: -0:56



Vídeo: 442 / 461

ESTE SABE CURTIR O VERÃO - KKK

Publicado em: 21 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:07



Vídeo: 443 / 461

RETRÔ - COMERCIAL DE CONTONETES JOHNSONS E JOHNSONS - MUITO ANTIGO

Publicado em: 21 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:32



Vídeo: 444 / 461

Para isto existe a Segurança do Trabalho - Que perigo desnecessário

Publicado em: 21 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -1:55



Vídeo: 445 / 461

Mesa multiuso - do lanche para o café - Table transforms

Publicado em: 21 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -0:39



Vídeo: 446 / 461

O time não marcava gols há 5 jogos - Torcida resolveu apontar o lugar - kkk

Publicado em: 21 de dezembro de 2016 ·

O time não marcava gols há 5 jogos, e aí a torcida fez questão de apontar aonde era pra marcar.

Duração do vídeo: -0:30



Vídeo: 447 / 461

Você conhece a origem dos Cães ? Raça pura é igual doença selecionada artificialmente.

Publicado em: 22 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -4:35



Vídeo: 448 / 461

O MELHOR DOS MELHORES - THE BEST OF THE BEST - 2016

Publicado em: 22 de dezembro de 2016 ·


Duração do vídeo: -3:10



Vídeo: 449 / 461

Ranger-X - MegaDrive - 1993 - Sega

Publicado em: 26 de dezembro de 2016 às 09:09 ·

Data de lançamento inicial: 28 de maio de 1993
Desenvolvedor: Nex Entertainment
Estúdio: Sega
Gênero: Shoot 'em up
Modo: Jogo multijogador
Plataforma: Mega Drive
#Jogo #Console #MegaDrive #Genesis #Ano1993 #Sega #RangerX #Ação #NexEntertainment

Duração do vídeo: -2:09



Vídeo: 450 / 461

Ladrão em fuga leva uma voadora - kkk

Publicado em: 26 de dezembro de 2016 às 09:23 ·


Duração do vídeo: -0:20



Vídeo: 451 / 461

Olha quem ganhou na loteria - kkk

Publicado em: 26 de dezembro de 2016 às 11:22 ·


Duração do vídeo: -0:47



Vídeo: 452 / 461

Vigilante sendo atacado no banco.

Publicado em: 26 de dezembro de 2016 às 11:34 ·


Duração do vídeo: -1:17



Vídeo: 453 / 461

BARCO PORTÁTIL - PRÁTICO DE MONTAR E DESMONTAR

Publicado em: 26 de dezembro de 2016 às 12:35 ·


Duração do vídeo: -1:36



Vídeo: 454 / 461

Zeca Pagodinho no Jô soares - SBT

Publicado em: 26 de dezembro de 2016 às 15:33 ·


Duração do vídeo: -2:07



Vídeo: 455 / 461

PASSA O PS4 OU MORRE - KKK

Publicado em: 26 de dezembro de 2016 às 20:05 ·


Duração do vídeo: -0:08



Vídeo: 456 / 461

O FUTURO DOS ROBÔS NO MERCADO DE TRABALHO

Publicado em: 27 de dezembro de 2016 às 12:21 ·


Duração do vídeo: -2:19



Vídeo: 457 / 461

Um pai e seu filho - Esteja com ele enquanto pode...

Publicado em: 27 de dezembro de 2016 às 12:26 ·


Duração do vídeo: -1:04



Vídeo: 458 / 461

Os Monges Shaolin são mestres em arte marcial - The Shaolin Monks always amazed me

Publicado em: 27 de dezembro de 2016 às 12:43 ·


Duração do vídeo: -1:49



Vídeo: 459 / 461

Trilha com Bike - Moscovo - Russia - Radical

Publicado em: 27 de dezembro de 2016 às 12:52 ·


Duração do vídeo: -3:39



Vídeo: 460 / 461

Nossos filhos felizes neste natal - FELIZ 2017

Publicado em: 27 de dezembro de 2016 às 13:50 ·


Duração do vídeo: -8:03



Vídeo: 461 / 461

Este é um verdadeiro héroi - Anwar Sutanto Chen - Indonésia

Publicado em: 27 de dezembro de 2016 às 14:05 ·


Duração do vídeo: -0:31





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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Agora é oficial - As TVs 3D estão finalmente mortas


Agora é oficial - As TVs 3D estão finalmente mortas



Já era esperado há anos, mas finalmente parece que os televisores 3D estão mortos. A tecnologia, que fez barulho no início da década, nunca caiu no gosto dos consumidores, mas ainda aparecia esporadicamente em alguns modelos. Agora, porém, LG e Sony, as últimas empresas que ainda apostavam no 3D, deram adeus ao recurso.


As empresas confirmam que nenhum de seus modelos deste ano terá suporte ao 3D. A Samsung, que forma com as outras duas o trio das grandes marcas de TV, já havia dado adeus à tecnologia no ano passado. Além disso, na CES 2017, todos os seus expositores ignoraram sumariamente o 3D.



A explicação da LG para aposentar o 3D é bem óbvia. “A capacidade 3D nunca foi universalmente abraçada na indústria para uso doméstico e simplesmente não é um fator na hora de selecionar uma nova TV. Pesquisas mostraram que não é uma das principais considerações de compra e outras informações indicavam que o uso não era grande”, explicou à CNET Tim Alessi, diretor de desenvolvimento de novos produtos da empresa coreana. A Sony deu a mesma resposta, mas com outras palavras.



Ninguém mais fala sobre 3D, ninguém mais promove o 3D, e ninguém mais compra o 3D, então poucas empresas apostam em criar conteúdo para o 3D, criando um ciclo que mata qualquer tecnologia. A indústria percebeu isso e decidiu seguir adiante, apostando em novos recursos: telas curvas, HDR, OLED, pontos quânticos e assim por diante.


Então, se você é uma das poucas pessoas que ainda apreciam conteúdos em 3D em casa, aproveite enquanto pode e mantenha sua TV pelo máximo de tempo que conseguir. Ainda há Blu-rays em 3D sendo lançados, mas sem novos televisores o incentivo para lançá-los será cada vez menor.


Fonte: CNET
(https://www.cnet.com/news/shambling-corpse-of-3d-tv-finally-falls-down-dead/)



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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Coleção Saiba Mais - Dinossauros


Coleção Saiba Mais - Dinossauros



Você vai conhecer tudo sobre estes gigantes que por milhões de anos reinaram no planeta


Número 1:
Mundo dos Dinos

Número 2:
O Terrível T. Rex

Número 3:
A era dos Dinos

Número 4:
No mar e no ar



Número 01 - Página 01 - Capa



Número 01 - Página 02 - No mundo dos dinossauros / No Cinema



Número 01 - Página 03 - Quem eram estes repteis / Tempo na Terra



Número 01 - Página 04 - Os dinos Brasileiros / Estauricossauro



Número 02 - Página 01 - Tyrannosaurus Rex



Número 02 - Página 02 - Lagarto Tirano



Número 02 - Página 03 - Musculatura / Caçador Veloz



Número 02 - Página 04 - Os Dinos Brasileiros



Número 03 - Página 01 - Capa



Número 03 - Página 02 - A vida dos Dinossauros / Triássico / Jurássico



Número 03 - Página 03 - Cretáceo



Número 03 - Página 04 - Os dinos Brasileiros



Número 04 - Página 01 - O começo e o fim do reinado dos Dinossauros



Número 04 - Página 02 - Outros répteis / No Mar e no Ar



Número 04 - Página 03 - Gigantes dos Oceanos



Número 04 - Página 04 - Os dinos Brasileiros



COLEÇÃO SAIBA MAIS:


Número 01 - Dinossauros
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Espada de 2300 anos é encontrada brilhando e em perfeitas condições de uso


Espada de 2300 anos é encontrada brilhando e em perfeitas condições de uso



Arqueólogos escavavam uma tumba de mais de dois mil anos na província de Xinyang, na China, quanto tiveram uma surpresa.


Eles encontraram uma espada ainda guardada dentro de sua bainha. O mais surpreendente é que quando eles tiraram a arma de seu invólucro, ela estava com a lâmina brilhante.

Mesmo após de 2300 anos, a espada estava em perfeitas condições de uso. Os pesquisadores acreditam que a arma é do Período dos Estados Combatentes, conflito que durou aproximadamente 250 anos, entre 475 A.C. até 221 A.C. Na época, a região entre Beijing e Xangai estava dividida entre sete estados menores. Ao fim da guerra, o estado de Qin conquistou os outros, unificando o país.



Uma espada antiga chinesa - como elas costumam ser encontradas...


Dentro da tumba onde foi encontrada, a espada estava na mão esquerda de seu proprietário. De acordo com o arqueólogo Wu Zhijiang, as tumbas desse período eram extremamente lacradas, o que ajuda a preservar objetos metálicos da oxidação.

Os pesquisadores agora buscam mais informações a respeito da identidade do dono da espada. Um vídeo feito pelos arqueólogos mostra o momento em que eles tiram a espada de sua bainha.



(https://youtu.be/F5_JL02Okbw)



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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Colapso da internet poderá derrubar os mercados globais


Colapso da internet poderá derrubar os mercados globais



O vice-presidente da empresa australiana de segurança informática LogRhythm, James Carder, explicou, em uma entrevista concedida à revista financeira Business Insider, que o crescimento dos ataques cibernéticos poderá causar um colapso dos mercados internacionais em 2017.


O aumento dos ataques orquestrados por hackers foi considerável em 2016. O especialista em segurança das redes acredita que, neste ano, a tendência continuará crescendo, o que colocará em perigo os mercados financeiros de todo o mundo.



Internet - Conectando os computadores na maior rede


Em 2013, um grupo de criminosos cibernéticos conseguiu se infiltrar na conta do Twitter da agência internacional de notícias AP e publicou a falsa notícia de que o então presidente dos EUA, Barack Obama, tinha sido ferido por uma série de explosões na Casa Branca. Embora o post tenha ficado online por somente alguns minutos, foi suficiente para que o pânico se propagasse por Wall Street, provocando uma queda de 150 pontos no índice Dow Jones.



Carder acredita que, nos próximos meses, os hackers poderão fazer com que a internet caia por mais de 24 horas, o que seria uma verdadeira catástrofe econômica.


FONTE: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/227727-internet-dejar-funcionar-2017-mercados-desplomarse)



A Internet das coisas



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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

As 7 ameaças que o mundo enfrentará em 2017


As 7 ameaças que o mundo enfrentará em 2017



Além de oferecer um software financeiro, informações e notícias, a empresa Bloomberg LP faz, todos os anos, uma lista de perigos que o mundo enfrentará.


Estas são, segundo um dos portais financeiros mais bem-sucedidos do ocidente, as sete ameaças para 2017:


O ressurgimento russo: De acordo com o portal, o rublo se fortalecerá diante do euro e do dólar. A Rússia expandirá sua influência política na Europa Oriental, disputando terreno com os EUA.


Rússia - Ficha do pais



A guerra entre Irã e Arábia Saudita: O conflito armado iminente entre Teerã e Riad colocará em xeque o abastecimento mundial de petróleo e aumentará as tensões no Oriente Médio.


O colapso do México: Os especialistas da Bloomberg acreditam que a política anti-imigratória do novo presidente dos EUA, Donald Trump, poderá destruir a economia mexicana e fazer com que cresçam rapidamente os índices de criminalidade e narcotráfico.



México - Ficha do pais


A segunda crise dos mísseis: Os atritos entre a direita norte-americana e Cuba farão com que a ilha do Caribe procure fortalecer suas alianças com a China e a Rússia, gerando um foco de conflito armado na fronteira norte-americana.


A guerra econômica entre os EUA e a China: A hostilidade declarada entre Trump e o gigante asiático poderá impactar negativamente na economia das duas potências mundiais mais poderosas.


As guerras cibernéticas: O portal acredita que diversos ataques cibernéticos, lançados pela China e pela Rússia, poderão afetar usinas elétricas, transportes e até mesmo hospitais em todo o território dos EUA.


Os protestos nos EUA: O site acredita que a insatisfação crescente com relação às políticas de Donald Trump e uma grande tendência repressiva por parte do governo norte-americano poderão causar convulsões sociais violentas nos EUA.



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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

HQ - O Novo Cifrônio


HQ - O Novo Cifrônio



Tio Patinhas - Número 98 - Setembro de 1973

Nesta história de 1973, Tio Patinhas resolve substituir o “secretário-guarda-motorista” Cifrônio por um autômato inventado pelo Professor Pardal.


Já nos anos 1970 havia uma preocupação, fomentada principalmente pelos filmes de ficção científica, de que um dia no futuro as máquinas poderiam substituir os seres humanos no mercado de trabalho.

E o robô do Pardal até que tenta, mas tem muitas desvantagens em relação ao empregado humano, entre elas a impossibilidade de ter uma carteira de motorista, por exemplo. A máquina é também muito mais desastrada que o Cifrônio, e cumpre ordens ao pé da letra, o que acaba causando ainda mais confusão.

Nota para a “profética” fala do Prof. Pardal, quando traz o robô “Cifrônico” ainda embrulhado ao escritório do Tio Patinhas. A turma do Casseta e Planeta provavelmente nem sabe de onde eles tiveram a ideia para esse bordão. Mas eu não duvido que eles liam quadrinhos.



HQ - Pra Que Serve O Invento?
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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Especialista em estudos bíblicos afirma que Jesus existiu


Especialista em estudos bíblicos afirma que Jesus existiu



O russo Andréi Desnitski, um dos especialistas mais importantes em estudos bíblicos, não tem dúvidas diante da eterna interrogação sobre a veracidade dos fatos narrados na Bíblia.


Segundo ele, o que há de mais convincente do Evangelho é o seu conteúdo histórico, que não difere em nada ou contradiz as informações que temos sobre a Palestina do século I.

Essa é uma característica que diferencia a Bíblia de outros textos nos quais outras religiões estão baseadas, como ocorre com o Islã e o profeta Maomé, que, segundo Desnitski, é “a história de um êxito militar”.



Com relação a Jesus, o especialista afirma que, embora seja difícil demonstrar com provas concretas a existência de um personagem histórico com essas características, ninguém pode provar, por exemplo, a existência de Buda ou Sócrates (figuras que não escreveram seus próprios relatos). O mesmo ocorre com Jesus: só podemos saber o que seus amigos e seguidores disseram dele. Desnitski acredita que o debate pode consistir em sua origem humana ou divina, mas não em sua existência.



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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Descoberta a fonte de sinais misteriosos fora da galáxia


Descoberta a fonte de sinais misteriosos fora da galáxia



Pesquisadores da Universidade McGill, em Montreal, no Canadá, detectaram, recentemente, seis sinais de rádio misteriosos oriundos de algum ponto localizado a mais de 3 bilhões de anos-luz da Terra.


Inicialmente, a descoberta consistia na identificação de ondas de rádio misteriosas e emitidas da constelação Auriga. A rajada, que teve uma duração de milissegundos, foi produzida no mesmo lugar onde havia sido detectado outro estranho sinal há poucos meses.



Passo a passo transformando os astros


Pouco tempo atrás, o mistério chegou ao fim: segundo um estudo publicado na revista Nature, as rajadas são produzidas em uma galáxia anã na constelação de Auriga. Essa galáxia – cuja massa é
menor que 1% da nossa Via Láctea – tem poucas estrelas e está formando novas a uma grande velocidade: as rajadas rápidas de rádio estariam relacionadas, então, ao aparecimento de estrelas jovens de nêutrons.



Estrela de Nêutros - Parte



Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/actualidad/227732-astronomos-revelan-origen-misteriosas-senales-espaciales)



Estrela de Nêutrons



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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Um robô gigante capaz de andar é desenvolvido na Coreia do Sul


Um robô gigante capaz de andar é desenvolvido na Coreia do Sul



Engenheiros da empresa de robótica Korea Future Technology, com sede em Seul, na Coreia do Sul, acabam de apresentar o protótipo de um robô gigante e capaz de andar, projetado para ser tripulado por seres humanos: o Method-1.


Vitali Bulgarov, um dos seus criadores, publicou um vídeo em sua conta no Facebook, no qual é possível ver o Method-1 em ação, que pesa 1,5 tonelada e possui 4 metros de altura.

O robô está em fase de desenvolvimento. Os cientistas esperam que, no decorrer do próximo ano, ele seja capaz de se deslocar para a frente e operar suas mãos habilmente.



Robô / Method-1


Muitos detalhes do projeto permanecem em segredo, e por isso o vídeo causou um rebuliço na rede. O design futurista e o visor amplo, pelo qual é possível ver alguém operando seus comandos, parecem inspirados em uma série de anime.

Bulgarov afirma: "O chão treme quando você está ao seu lado."



(https://youtu.be/NsESM7Jw3CI)



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sábado, 21 de janeiro de 2017

Doom - conheça a história do popular jogo de tiro


Doom - conheça a história do popular jogo de tiro


Clássica série Doom tem uma grande história de conflitos infernais (Foto: metro.co.uk)


Doom é facilmente a série de tiro em primeira pessoa mais conhecida de todos os tempos, tendo mais de 20 anos de sucesso e preparando-se para retornar aos videogames com um novo jogo para o PlayStation 4, Xbox One e PC. Porém, poucos jogadores conhecem toda a história por trás desse clássico. Confira todo o enredo dos jogos principais da série Doom.



“Cara do Doom”
Para a geração de jogadores atual pode parecer estranho saber que em um game tão popular quanto Doom, o protagonista simplesmente não possui nome. O personagem principal nunca teve um nome revelado e nem fala nada durente as partidas. Fãs da série passaram a chamá-lo apenas de “Doomguy”, traduzindo: “Cara do Doom”.



Doom - Série de Videogame - FPS - ID Software


Poucas informações estão disponíveis sobre o personagem, resumindo-se a uma descrição do manual do Doom original em 1993. Ele é um fuzileiro espacial em uma estação em Marte, considerado um trabalho isolado e monótono. Nosso “Doomguy” está lá como uma punição, após ter atacado um superior, o qual ordenou que seu pelotão atirasse em alvos civis.

Apesar de sua participação limitada nos eventos da história fora do comando do jogador, em vários momentos ele é reverenciado como um personagem com forte atitude moral. Constantemente o “Doomguy” faz o certo, sem se importar com as consequências, e se sacrifica pelas pessoas a sua volta.



O protagonista Doomguy em sua versão The Ultimate Doom (Foto: knowyourmeme.com)



Doom (1993)
A história da série Doom começa em Marte, onde nosso protagonista está servindo. A Corporação Union Aerospace está realizando experimentos secretos com teletransporte, buscando criar um portal que permita o transporte entre as duas luas de Marte, Fobos (Medo) e Deimos (Pânico).

No momento do experimento, alguma coisa dá errado. A lua Deimos desaparece por completo e forças demoníacas começam a sair pelo portal em Fobos. O esquadrão de fuzileiros do qual o Doomguy faz parte é então enviado de Marte para Fobos, onde ele é deixado para trás para proteger o perímetro, equipado apenas com uma pistola.

Pelo rádio, ele ouve que algo aconteceu com seus companheiros, os quais foram aparentemente possuídos por demônios. Os soldados inimigos que vemos, e até mesmo matamos, no primeiro Doom, são na verdade os fuzileiros do seu próprio esquadrão, tomados pelas forças do mal.



Os soldados que você enfrenta em Doom são na verdade seus companheiros de esquadrão possuídos (Foto: mtbs3d.com)


Eventualmente o Doomguy consegue lutar contra as forças demoníacas em Fobos e chegar ao portal que leva para Deimos, apenas para descobrir que a lua de Marte agora estava no inferno. Após muita luta, ele chega ao responsável pela invasão, um demônio chamado Spider Mastermind, que planejava invadir a Terra.

Apesar de muitos dos jogadores terem lembranças aterrorizantes do chefe Cyberdemon, o chefe final do jogo é o Spider Mastermind. Quando você finalmente derrota este demônio é aberto um portal para a Terra, o qual você utiliza para escapar. Porém, Doom não tem um final feliz.

A primeira coisa que você vê ao chegar é uma invasão de demônios e uma cabeça de coelho cravada em um pedaço de madeira. Esse coelho era o animal de estimação do Doomguy, e tinha o nome de Daisy. Somente agora a verdadeira batalha contra as forças do inferno iria começar.



A coelhinha de estimação Daisy foi uma das primeiras vítimas da invasão demoníaca na Terra (Foto: youtube.com)



Doom 2: Hell on Earth (1994)
Logo após os eventos do primeiro Doom, a invasão continua em Doom 2. Porém, se o jogo original era uma história de sobrevivência de um único soldado lutando contras as forças do mal, Doom 2 é sobre a extinção da raça humana. Seu objetivo aqui não é derrotar a invasão, mas garantir que os seres humanos resistam.

O plano é enviar os sobreviventes da raça humana para fora do planeta, em grandes naves espaciais. Porém, o único porto espacial de onde eles poderiam lançar essas naves, está tomado por demônios. O Doomguy entra em combate para retomar esta base, elimina todas as forças do mal pelo caminho e então envia os sobreviventes para o espaço, se tornando o último ser humano na Terra.

Uma das naves envia o alerta do espaço que foi possível encontrar a fonte da invasão: a cidade natal do soldado (não revelada). Isso explica, por exemplo, como o coelho de estimação do personagem acaba aparecendo morto no final do primeiro jogo, um evento que antes parecia aleatório.



O chefe final de Doom 2 não possui nome, mas é conhecido como Icon of Sin (Foto: doom.wikia.com)


Doomguy volta para sua cidade e enfrenta mais demônios até chegar ao portal que leva ao inferno. Ele o atravessa e confronta então o chefão final, uma criatura sem nome, mas normalmente chamada de Icon of Sin, devido à fase em que ele aparece. Ao derrotá-lo, o portal é destruído e o soldado retorna para casa, assim como os sobreviventes nas naves espaciais. A Terra começa a se reconstruir, mas o medo de uma nova invasão continua.



Final Doom (1996)
A Corporação Union Aerospace volta a fazer experimentos com portais para o inferno em Io, uma das quatro luas de Júpiter, dessa vez visando fechar o elo com a Terra de uma vez por todas. Doomguy agora é o líder de um esquadrão de fuzileiros espaciais que faz a proteção desta estação, eliminando todas as forças infernais que atravessam durante os experimentos.

O que ninguém esperava é que em certo momento os demônios surgissem com uma nave espacial, feita de metal, pedra, carne e ossos. Todo o esquadrão de fuzileiros é dizimado, exceto o protagonista. Doomguy jura vingar seus companheiros e novamente transporta-se para o inferno, onde enfrenta outro Icon of Sin (o jogo reutilizava recursos de Doom 2) e o derrota.

Finalmente a corporação inicia o Experimento Plutonia, que consiste em utilizar um acelerador quântico para fechar os portais do inferno tão logo eles sejam criados. Em um teste controlado, o dispositivo consegue fechar facilmente um portal. Porém, quando sete outros portais se abrem, ele consegue apenas fechar seis e uma nova invasão começa.

O responsável é um demônio chamado Gatekeeper, que possui o poder de criar portais por conta própria. Dessa vez Doomguy não estava envolvido, era o soldado mais próximo do local e parte em uma missão para recuperar o acelerador quântico e derrotar o demônio. Recuperando o dispositivo e derrotando o Gatekeeper, a ameaça de invasão parecia estar terminada.



Doom 64 (1997)
Mesmo a invasão tendo sido detida, as bases de Marte do Doom original continuavam infestadas de demônios. Os militares decidem lançar um ataque nuclear para acabar com os sobreviventes, o que inicialmente funciona. No entanto, um demônio conhecido como Mother Demon, a mãe de todos os demônios, sobrevive e ressuscita todo o seu exército, agora repleto de mutações pela radiação, ainda mais poderoso do que nunca.



Mother Demon, a mãe de todos os demônios, é a vilã da vez em Doom 64 (Foto: doom.wikia.com)


Um esquadrão de fuzileiros é mandado para enfrentá-la e mais uma vez Doomguy é o único sobrevivente, enfrentando hordas de demônios. Ao chegar ao inferno e destruir a Mother Demon, o personagem se dá conta de que não importa quantas vezes impeça a invasão, seu destino está claro. O soldado destrói o portal pelo lado de dentro, ficando para sempre preso no inferno.



Doom 3 (2004)
Muitos anos após o lançamento do último Doom, a série resolveu se reinventar com Doom 3, funcionando como um reboot. Alguns elementos foram mantidos, como o Doomguy, sempre silencioso e anônimo, e a Corporação Union Aerospace realizando seus experimentos com portais no ano de 2145. Porém, dessa vez a base invadida por forças demoníacas é em Marte e não em uma de suas luas.

Dessa vez não se trata apenas de uma invasão unilateral, mas de um cientista humano, Dr. Malcolm Betruger, que planeja abrir o portal para o inferno. Esta versão do Doomguy também é um pouco mais realista, procurando ajuda para lidar com a questão, mas no fundo ele acaba sozinho enfrentando os demônios como sempre.



Doom 3 surpreende até hoje com seus belos gráficos (Foto: trueachievements.com)


O final também é semelhante, conforme o soldado adentra as profundezas do inferno através do portal para enfrentar a invasão. Porém, aqui ele encontra uma relíquia, chamada Soul Cube, um artefato desconhecido criado por alguma civilização antiga cuja única função é combater as forças do inferno.

Um enorme portal começa a se abrir em Marte e Doomguy enfrenta o último chefe, dessa vez o famoso Cyberdemon, e o derrota usando o Soul Cube. A relíquia também acaba por fechar o portal, encerrando a invasão. O jogo termina com um gancho, mostrando o Dr. Betruger em sua nova forma demoníaca.



Doom 3: Resurrection of Evil (2005)
O pacote de expansão Resurrection of Evil é o único jogo da série principal que conta com um protagonista diferente do Doomguy. Inicialmente isso não faz muita diferença, pois trata-se de um fuzileiro espacial anônimo nos mesmos moldes do protagonista de todos os outros jogos. Porém, este novo soldado é menos nobre que o Doomguy e aparenta ter um lado sombrio.



O soldado de Resurrection of Evil não parece um herói altruísta como o Doomguy (Foto: ign.com)


Em 2147, 2 anos após os eventos de Doom 3, um artefato infernal, o Heart of Hell (Coração do Inferno) é descoberto em uma das luas de Marte após um esquadrão de fuzileiros ser enviado para investigar. Quando o protagonista toca o artefato, o resto do seu esquadrão é dizimado, apenas ele sobrevive e um novo portal para o inferno se abre (soa familiar?).

Para fechar este portal o soldado precisa levar o artefato de volta para o inferno. Porém, as forças do inferno também desejam recuperá-lo e enviam três Hell Hunters (Caçadores Infernais) nessa missão. Conforme você derrota esses caçadores, o Heart of Hell acaba absorvendo as habilidades deles.

No inferno, o soldado enfrenta o Dr. Betruger, agora conhecido como o demônio Maledict, e após derrotá-lo consegue fechar o portal e escapar das profundezas.



Em Resurrection of Evil finalmente enfrentamos o Dr. Betruger, agora como Maledict (Foto: theisozone.com)



Doom (???)
Quase 10 anos após o último jogo da série, um novo Doom está sendo produzido para a nova geração de consoles e PC. Inicialmente chamado de Doom 4, o jogo agora é conhecido apenas como “Doom”, e será uma espécie de reboot.

Durante o evento QuakeCon 2014 para fãs da franquia foi revelado mais sobre o novo título, porém bastaria seguir a tradição dos outros jogos para descobrir o que vai acontecer. A história contará novamente sobre como a Corporação Union Aerospace está realizando experimentos com portais em Marte, os quais acabam levando a uma invasão das força demoníacas.


Doom (QuakeCon 2014 Teaser)

(https://youtu.be/6zwOLCBIecQ)


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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Galáxias estão morrendo e a culpa não é do Galactus


Galáxias estão morrendo e a culpa não é do Galactus



Uma nova pesquisa do International Centre for Radio Astronomy Research (ICRAR), na Austrália, revelou que galáxias estão morrendo no Universo. E a grande pergunta é: o que está causando essa matança? Seria algo como Galactus, o Devorador de Mundos da Marvel Comics?


Brincadeiras à parte, os cientistas descobriram que o processo chamado de “decapagem de pressão-ram” tem acontecido com mais frequência do que se pensava. Isso faz com que os gases deixem os sistemas estelares e impede a geração de novas estrelas. O estudo foi publicado na terça-feira (17), no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.



O maior suspeito por trás disso é nada menos que a misteriosa matéria escura, invisível aos nossos olhos e presente em aproximadamente 27% da densidade de energia do cosmos. “Durante suas vidas, as galáxias podem habitar halos de diferentes tamanhos, com variação de massas típicas de nossa própria Via Láctea até milhares de vezes mais pesadas. À medida que as galáxias caem através desses halos maiores, o plasma intergaláctico superaquecido entre eles remove seu gás em um processo de ação rápida chamado de ‘decapagem de pressão-ram’”, explica Toby Brown, que lidera a equipe de acadêmicos.

Ainda que isso esteja ocorrendo também em pequenas galáxias e em maior quantidade do que os levantamentos anteriores indicaram, a boa notícia é que, por enquanto, isso não afeta nosso espaço. Para ilustrar melhor, confira uma animação divulgada pelo ICRAR.

ANIMAÇÃO COM A MORTE DAS GALAXIAS:
(https://vimeo.com/198928439)



Tipos de Galaxias



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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Como comer pizza três vezes ao dia sem engordar


Como comer pizza três vezes ao dia sem engordar



Apesar de ser uma delícia, a pizza é o tipo de comida que você deve comer com moderação caso não queira morrer com problemas cardíacos enquanto jovem. Mas quem resiste a um belo pedaço desse lanche?


Se você faz parte do grupo que não come com medo de engordar ou que se arrepende a cada mordida, eis uma notícia que vai deixá-lo muito mais feliz. Cientistas da Universidade de Glasgow, no Reino Unido, desenvolveram a pizza ideal, ou seja, aquela que traz todos os nutrientes que você precisa. O mais interessante é que você pode comê-la até três vezes ao dia sem ficar com a consciência pesada — assim como o resto do corpo.



Pizza - muito popular - ficha


De acordo com Mike Lean, um dos responsáveis pelo estudo, o alimento traz 30% de vitaminas e minerais que uma pessoa adulta deve ingerir diariamente. Ele também aponta que a refeição tem um terço de calorias, carboidratos e proteínas ideais que você precisa consumir. Isso significa que ela pode ser sua refeição no café da manhã, no almoço e até no jantar.



Pizza - Tem tudo que você precisa para uma boa nutrição


Para quem está se perguntando qual o sabor mágico desenvolvido por esses cientistas britânicos, a resposta está no mar. Lean explica que a alga é um ótimo ingrediente para ser usado em pizzas, já que ele serve como uma alternativa para o sal tradicional pela baixa quantidade sódio concentrado. Além disso, o vegetal marinho também traz uma grande quantia de vitamina B12, iodo e várias outras coisas benéficas ao organismo humano.



A pizza ideal também traz um molho de tomate levemente temperado com pimenta vermelha para que a pessoa que for ingeri-la receba também doses extras de vitamina A, C, potássio e magnésio.

Em entrevista ao canal Radio 4, o responsável pelo estudo revelou que as pessoas que decidiram experimentar a novidade disseram que o gosto da "pizza de alga" é igual ou melhor que o de produtos congelados que compramos em supermercados.

Para quem ficou interessado, o produto dos sonhos de qualquer dieta estará disponível no Reino Unido no final deste ano, sem preço definido.

Fonte: Gizmodo
(http://gizmodo.com/5923097/scientist-creates-pizza-healthy-enough-to-eat-3-times-a-day-every-day)



Dia da Pizza



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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

5 ilhas-prisão que existem pelo mundo


5 ilhas-prisão que existem pelo mundo



Nas últimas semanas, um assunto que vem repercutindo bastante aqui no Brasil — e no exterior também — é a crise no sistema carcerário brasileiro. As brigas entre facções rivais, as rebeliões, as barbáries, a falta de controle do Estado sobre os detentos, a superlotação das prisões e as constantes fugas viraram tema de discussão, e ficou muito claro que muitas coisas devem mudar. Rápido.


Aliás, graças a essa confusão toda, muita gente vem se perguntando o motivo de não haver mais prisões em locais isolados, como ilhas, por exemplo, onde os prisioneiros sejam obrigados a encontrar uma forma de conviver sem matar uns aos outros, e de onde seria muito difícil escapar.

Na verdade, existem várias razões pelas quais as ilhas-prisão estão se tornando cada vez mais raras, como as próprias dificuldades de acesso, o alto custo de manutenção, questões relacionadas com os Direitos Humanos etc. No entanto, existem vários exemplos de penitenciárias que já funcionaram em ilhas isoladas, e a seguir você pode conferir cinco deles:



1 – Ilha do Diabo
Localização: Guiana Francesa
A Ilha do Diabo, situada no litoral da Guiana Francesa, foi uma colônia penal estabelecida por Napoleão III (sobrinho de Napoleão Bonaparte) em 1854 e funcionou até 1938, quando a atividade foi oficialmente encerrada no país. Na verdade, o termo “Ilha do Diabo” era usado em referência a várias cadeias construídas nas ilhas Île Royale, Île Saint-Joseph e Île du Diable, assim como na cidade de Cayenne que, mais tarde, se transformou em capital.



Uma das ilhas que compunham a colônia prisional da Ilha do Diabo

Ao longo do período em que esteve em atividade, a colônia penal recebeu cerca de 80 mil convictos franceses — entre eles, presos políticos, criminosos perigosos e espiões —, e a maioria era punida com a realização de trabalhos forçados. Alguns eram enviados para trabalhar na construção de uma estrada, conhecida entre os detentos como “Rota Zero”, uma via que ligava nada a lugar nenhum, ou para cortar árvores.



Ruínas de um dos antigos pavilhões utilizados pelos prisioneiros
Mas a colônia também era conhecida entre os presos como “Guilhotina Seca” por conta do alto índice de mortalidade devido a doenças, às terríveis condições de trabalho, e ao fato de muitos passarem fome no local — já que os que não cumpriam as metas não recebiam comida. A estimativa é de que por volta de 50 mil prisioneiros tenham morrido na Ilha do Diabo.



2 – Ilha Robben
Localização: África do Sul
Antes de se tornar o primeiro presidente da África do Sul, em 1994, Nelson Mandela passou 27 anos encarcerado por conta de seu ativismo político e luta contra o Apartheid. Pois parte da pena — 18 anos — de Mandela foi cumprida na Ilha Robben, uma pequena ilha com cerca de cinco quilômetros quadrados situada logo na entrada da baía da Mesa, a pouco mais de 10 quilômetros da Cidade do Cabo.



Mandela passou 18 anos preso na Ilha Robben


A ilha começou a abrigar presos e indivíduos “indesejáveis” no final do século 17 e chegou a ser utilizada também como hospital para leprosos e doentes mentais e como base militar. A prisão de segurança máxima para presos políticos encerrou suas atividades em 1991, e o pavilhão para criminosos de média periculosidade foi fechado cinco anos depois. Em 1999, a Ilha Robben foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e hoje serve de museu e santuário natural.



3 – Ilha Pianosa
Localização: Itália
Situada no Mediterrâneo, no arquipélago Toscano, a Ilha Pianosa serviu de prisão de segurança máxima entre 1858 e 1998, e recebeu vários chefões da máfia em seus últimos anos de funcionamento. Se bem que o local não cortou os laços com o sistema penitenciário italiano completamente!



Ilha Pianosa - Itália


Esta idílica ilha serviu de lar para diversos chefões da máfiaHoje a ilha consiste em uma área ambiental protegida e recebe apenas um número limitado de 100 visitantes por dia. Além disso, existe um programa de reintegração social no qual 200 presos da cadeia de Elba, uma das ilhas do arquipélago, são empregados em um hotel construído em Pianosa. Para serem elegíveis, os detentos devem ter cumprido pelo menos dois terços da pena e ter comportamento exemplar.



4 – Penitenciária Federal de Alcatraz
Localização: Estados Unidos
A Ilha de Alcatraz, situada na Baía de São Francisco, na Califórnia, recebeu esse nome graças a um explorador espanhol que a chamou de “Isla de Alcatraces” e foi convertida na temida prisão em 1934.

O local recebia os criminosos mais perigosos e incorrigíveis de outras prisões, e um total de 1.545 pessoas — entre elas o infame Al Capone — foram encarceradas em Alcatraz durante os quase 30 anos em que ela esteve em atividade.



Alcatraz recebeu vários criminosos ilustres, como Al Capone


A “Rocha”, como também era chamada, ficava a cerca de 2,5 quilômetros de distância de São Francisco, e rodeada por águas gélidas com correntes pra lá de perigosas. No entanto, isso não impediu que alguns prisioneiros tentassem escapar de Alcatraz — 34 no total. Desses, a maioria morreu na tentativa ou foi recapturada, embora cinco continuem sendo listados como desaparecidos.



Hoje, a cadeia se transformou em uma popular atração turística


As atividades na penitenciária foram encerradas em 1963, devido aos altos custos de operação, e a ilha foi invadida por nativos norte-americanos em duas ocasiões durante essa mesma década. Em 1971, os ocupantes foram expulsos por agentes federais e, em 1972, Alcatraz passou a fazer parte da Área de Recreação Nacional Golden Gate. Hoje, a ilha recebe mais de um milhão de visitantes por
ano.



5 – Ilha Santa Margarida
Localização: França
A Île Saint-Marguerite — no idioma original — fica situada a pouco mais de um quilômetro de Cannes, no litoral da Riviera Francesa, e abriga a famosa prisão de Fort Royal, local onde o Homem da Máscara de Ferro teria sido mantido como prisioneiro no século 17. A estrutura esteve em funcionamento até o século 20 e abrigou diversos presos famosos, como o marquês de Jouffroy D'Abbans, inventor do barco a vapor, e o líder rebelde argelino Abdel Kadir.


O Homem da Máscara de Ferro teria sido mantido como prisioneiro em Fort Royal


Mas a ilha tem uma longa história, já que ela contou com a ocupação humana desde a época do antigo Império Romano. Hoje em dia, a Ilha Santa Margarida abriga um hostel e um museu dedicado à arqueologia marinha, assim como um pequeno cemitério para soldados que morreram durante a Guerra da Crimeia e para militares norte-africanos que lutaram junto aos aliados na Segunda Guerra Mundial.

Além disso, os turistas podem visitar as antigas celas do Fort Royal e também as antigas estruturas deixadas pelos antigos romanos.


FONTE(S): SMITHSONIAN.COM/KAREN LARKINS / WEATHER.COM/STEPHANIE / VALERA E LORRAINE

(http://www.smithsonianmag.com/history/ten-infamous-islands-of-exile-1947938/)

(https://weather.com/travel/news/paradise-prison-islands-photos-20140725)

(http://www.complex.com/pop-culture/2015/08/the-50-craziest-prisons-and-jails-in-the-world/)



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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Cientistas identificam onda de gravidade gigantesca na atmosfera de Vênus



Cientistas identificam onda de gravidade gigantesca na atmosfera de Vênus


Fenômeno em forma de arco tem 10 mil km de extensão e foi observado de nave espacial japonesa (Foto: Planet C)

Uma gigante onda na atmosfera de Vênus pode ser a maior de seu tipo no sistema solar.

Astrônomos dizem acreditar que a formação, observada de uma nave espacial japonesa, teria sido gerada de modo "muito semelhante" às ondulações formadas quando a água flui sobre rochas em um leito de riacho.


Nesse caso, a onda é formada pelo fluxo da baixa atmosfera sobre as montanhas de Vênus.

As descobertas foram publicadas na revista científica "Nature Geoscience".

Logo depois de entrar na órbita de Vênus, em 2015, a nave espacial Akatsuki registrou um fenômeno em forma de arco na atmosfera superior do planeta por vários dias.

Curiosamente, a estrutura brilhante - que se estende por 10 mil km (23 vezes a distância entre Rio de Janeiro e São Paulo) - permaneceu fixa no topo das nuvens de Vênus.

O fenômeno surpreende porque na espessa atmosfera superior de Vênus, as nuvens se movimentam a 360 km/h.

Ou seja, se locomovem muito mais rápido do que a lenta rotação do planeta abaixo delas, onde 1 dia dura mais do que o tempo que o planeta leva para orbitar em torno do sol.

Makoto Taguchi, da Universidade de Tóquio, Atsushi Yamazaki, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (Jaxa) e outros cientistas mostraram que a zona luminosa ficou parada sobre uma região montanhosa na superfície do planeta, conhecida como Aphrodite Terra.

Eles também descobriram que ela era mais quente do que as partes circundantes da atmosfera.



Akatsuki foi lançada em maio de 2010 e chegou à órbita de Vênus em dezembro de 2015 (Foto: Akihiro Ikeshita)


'Fenômeno especial'
Segundo os cientistas, o fenômeno é o resultado de uma onda de gravidade gerada na medida em que a atmosfera mais baixa atravessa as montanhas e se espalha para cima através da atmosfera espessa de Vênus.

As ondas de gravidade ocorrem quando um fluido - como um líquido, gás ou plasma - é deslocado de uma posição de equilíbrio.

"Se um córrego flui sobre uma rocha, as ondas de gravidade se propagam para cima através da água. Na superfície do córrego, seria possível perceber alterações em sua altura", explica à BBC Colin Wilson, cientista planetário da Universidade de Oxford, na Inglaterra, que não participou da pesquisa.



Akatsuki - Nave Espacial - 2010


"Mas o que acontece em Vênus é diferente, porque estamos vendo o fenômeno acontecer em meio a temperaturas máximas nas nuvens. As partículas atmosféricas estão se movimentando para cima e para baixo, tal como as partículas da água", acrescenta.

O estudo, de acordo com os pesquisadores, "mostra uma evidência direta da existência de ondas de gravidade estacionárias (fixas), e também indica que tais ondas de gravidade estacionárias podem ter uma escala muito maior - talvez a maior já observada no sistema solar".

"O que torna esse fenômeno especial é que ele se estende de polo a polo em Vênus", destaca Colin.
"Acontece que não há uma formação como essa em Júpiter porque, com a rotação do planeta é muito mais rápida, sua atmosfera é dividida em cinturões. A rotação lenta de Vênus permite, por outro lado, uma formação desse tipo", acrescenta o especialista.



Akatsuki


Ainda não se sabe se as ondas de gravidade geradas pela topografia montanhosa de Vênus podem se movimentar para as partes superiores das nuvens do planeta.

Mas as observações indicam que a dinâmica atmosférica pode ser mais complexa do que os cientistas inicialmente previram.

Wilson participou da missão Venus Express, da Agência Espacial Europeia, que terminou em dezembro de 2014. Perto do fim da expedição, a nave espacial detectou sinais da existência de atividade vulcânica no planeta vizinho da Terra.

"Nossa equipe só viu isso em uma localidade de Vênus. O fato de Akatsuki estar lá por alguns anos e equipada com o tipo correto de câmeras vai permitir potencialmente detectar mais desses eventos vulcânicos ativos", concluiu Wilson.



Akatsuki - Observation plan in the new orbit



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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Bebês recordam língua que ouvem no começo da vida


Bebês recordam língua que ouvem no começo da vida



O primeiro ano de vida é um período de impressionante desenvolvimento linguístico do ser humano (Foto: Scott Housley/CDC)


bebês constroem o conhecimento sobre o seu idioma já nos primeiros meses de vida. Por isso, mesmo que uma pessoa mude de país e esqueça a sua língua nativa, ainda assim será capaz de voltar a falá-la rapidamente, dizem os cientistas.


Uma pesquisa feita com adultos sul-coreanos que tinham sido adotados quando bebês por casais holandeses mostrou que estes superaram as expectativas na pronúncia de sua língua natal após receberem treinamento.

Os cientistas afirmam que os pais devem conversar o máximo possível com os bebês desde os primeiros meses.

A pesquisa foi chefiada pela Dra. Jiyoun Choi, da Universidade Hanyang, de Seul, na Coreia do Sul.


Conhecimento precoce



Ela explica que o estudo é o primeiro a mostrar que o contato precoce de crianças adotadas com a sua língua nativa será importante décadas depois, mesmo quando elas acreditarem ter esquecido aquele idioma.

"Esta descoberta indica que o conhecimento da linguagem é armazenado nos primeiros meses de vida, ficando preservado mesmo quando não é usado e podendo ser revelado quando se reaprende a língua", disse à BBC News.

No estudo, adultos sul-coreanos com idades em torno de 30 anos e que foram adotados ainda bebês por famílias holandesas, tiveram que pronunciar consoantes em coreano depois de fazer um curso rápido do idioma.

Em coreano, as consoantes são totalmente diferentes das existentes em holandês.

O grupo analisado foi comparado com adultos que não haviam tido qualquer contato com o idioma coreano na infância e ambos foram avaliados por coreanos nativos.
Antes de fazerem o curso rápido da língua, os dois grupos tiveram o mesmo desempenho. Mas, depois das aulas, os adultos que haviam sido adotados apresentaram resultados surpreendentes ao falar coreano.


Processo abstrato


Desenvolvimento da Linguagem


Não houve diferenças entre as pessoas adotadas com menos de seis meses - ou seja, antes de aprenderem a falar - e as adotadas a partir de um ano e meio, quando já haviam aprendido a falar.
Isso indica que o conhecimento da linguagem é mais de natureza abstrata, em vez de depender apenas da experiência prática, segundo os cientistas.


A Dra. Jiyoun Choi diz que o estudo traz ensinamentos práticos para os pais.


Linguagem dos sinais - Comer / Beber / Mais / Terminei


''Por favor, lembrem-se que o processo de aprendizado da linguagem começa muito cedo e que o conhecimento prático da linguagem é armazenado nos primeiros meses de vida, como mostra o nosso estudo", afirma.

''Tente falar com o seu bebê sempre, porque ele está absorvendo e digerindo o que você está dizendo".



Linguagem dos Sinais 1


O processo de aquisição da linguagem começa extremamente cedo, ainda quando o bebê está na barriga da mãe.


Ao nascer, os bebês já conhecem a voz materna.
Há muito sabe-se que a base para falar e ouvir uma língua nativa é estabelecida muito cedo. Mas o que não se sabia até agora era que a aquisição precoce da linguagem é um processo abstrato.



Linguagem dos Sinais 2



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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Físico descobre uma nova e misteriosa forma de vida na Antártida


Físico descobre uma nova e misteriosa forma de vida na Antártida



Recentemente, Serguéi Bulat, chefe do laboratório de criobiologia da Universidade de Física Nuclear de São Petersburgo, anunciou a descoberta de uma bactéria misteriosa em um lago subglacial na Antártida. O genoma do micro-organismo difere em 86% de qualquer outra forma de vida conhecida na Terra.


A descoberta foi possível já que, após perfurar quatro quilômetros de gelo, os cientistas conseguiram acessar pela primeira vez as águas do Vostok, um enorme lago subterrâneo encontrado por pesquisadores soviéticos em 1959. As características genotípicas únicas do bacilo, que foi chamado de w123-10, transformaram-no em espécime particularmente interessante para os geneticistas. Acredita-se que o fato da bactéria ter se desenvolvido tão distante da superfície do planeta foi o que possibilitou uma discrepância tão significativa em relação a outras formas de vida na Terra.



Criobiologia - é um ramo da biologia, que estuda os efeitos das baixas temperaturas em células


Há evidências da existência de lagos com características similares ao de Vostok em três luas de Júpiter e em uma de Saturno. Por isso, o w123-10 poderá estimular os cientistas a procurar vida extraterrestre nas águas desses planetas.



Fonte: SuperCurioso
(http://supercurioso.com/una-nueva-forma-de-vida-en-la-antartida/)



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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Bill Gates convence 40 bilionários a doarem metade de suas fortunas


Bill Gates convence 40 bilionários a doarem metade de suas fortunas


Bill Gates - Eu não quero dinheiro, eu só quero amar


Em 1994, Steve Jobs fez um comentário sobre a fortuna que Bill Gates estava ganhando. “Bom, você sabe, o objetivo não é ser o homem mais rico no cemitério. Não é o meu objetivo pelo menos,” disse Jobs à época.


Treze anos depois, os dois concederam juntos uma entrevista durante a D5 Conference. Quando uma pessoa da plateia pediu a Steve Jobs para comentar sobre a “nova carreira” que Gates havia iniciado como filantropo, Jobs disse: “Eu acho que o mundo é um lugar melhor porque Bill percebeu que o objetivo dele não é ser o cara mais rico no cemitério.”



Agora Bill Gates — e sua esposa Melinda — estão tentando convencer os outros bilionários de que não adianta ser o cara mais rico no cemitério. E estão conseguindo.

O Giving Pledge (“Compromisso de Doação”, em tradução livre) encabeçado por Bill Gates e Warren Buffett, financista septuagenário também na lista dos mais ricos do mundo, convida os bilionários americanos a doarem a maioria de sua fortuna para causas de caridade, seja isso em vida ou depois de morrer.



Site - www.gatesfoundation.org - Bill & Melinda Gates Foundation


A causa tem conseguido arrebatar um número cada vez maior de pessoas que possuem muito mais dinheiro do que precisariam para viver (mesmo que seja com luxo extremo). Ao todo já são 40 ricaços (ou famílias abastadas) que se comprometeram a doar mais metade de seu dinheiro (muitos bilhões e bilhões de dólares).



Bill & Melinda Gates Foundation


Entre eles, há nomes como Paul Allen (co-fundador da Microsoft), John Doerr (conhecido investidor que ajudou a capitalizar Apple e Google), Larry Ellison (fundador da Oracle) e George Lucas (um cara que fez uns filmes há muito tempo atrás, numa galáxia distante).



Bill & Melinda Gates Foundation



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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

A Atlântida poderia estar escondida sob o gelo da Antártida


A Atlântida poderia estar escondida sob o gelo da Antártida



Em 1958, o historiador Charles Hapgood propôs sua teoria do “deslizamento polar”.


Segundo essa hipótese, os movimentos da crosta terrestre tornam possível a suposição de que grandes superfícies do continente antártico tenham estado desprovidas de gelo há aproximadamente 12 mil anos. A tese pode jogar luz sobre o mito de Atlântida.


Atlântida - como seria a organização da cidade


Hapgood defendia sua teoria se baseando no mapa de Piri Reis, descoberto na Turquia em 1930. Esse documento, de 1513, exibe o que parece ser o litoral norte da Antártida como um vasto território sem gelo.

Vários teóricos da conspiração alegam que a hipótese do historiador não apenas é correta como, graças a esses dados, é possível afirmar que o continente perdido da Atlântida está escondido por trás de quilômetros de neve.



A primeira menção histórica da Atlântida está na obra do filósofo grego Platão, que se refere à cidade como um santuário construído por um híbrido de deuses e seres humanos, nove mil anos antes de sua época. Essas datas coincidem com as estipuladas pelo “deslizamento polar”.

Fonte: RT
(https://actualidad.rt.com/viral/226015-atlantida-encontrarse-bajo-hielo-antartida)



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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

O ISIS estaria se inspirando em Star Wars


O ISIS estaria se inspirando em Star Wars



Com vídeos cada vez mais impressionantes, o ISIS parece adotado uma "fórmula de Hollywood" em sua propaganda extremista.


Este é um dos pontos defendidos pelo professor Robert Pape, da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. Ele está à frente de um projeto Social and Neurological Construction of Martyrdom Project que tem como objetivo descobrir como reage o cérebro das pessoas que assistem aos vídeos de recrutamento produzidos pelo Estado Islâmico.



ISIS - Trail of Terror


O projeto recebeu US$ 3,4 milhões do Departamento de Defesa norte-americano, que quer elaborar estratégias para combater esse tipo de propaganda terrorista, baseada em "missões heroicas" para seduzir jovens rebeldes ao redor do mundo.



Narrativa heroica
"O ISIS não tem apenas câmeras e técnicas melhores; eles adotaram uma narrativa heroica que vem especificamente de roteiristas de Hollywood", disse Pape, ao The Huffington Post. "Esta narrativa é emocionalmente excitante e vibrante, o que pode ser um motivador poderoso para os jovens, que querem ser radicais."



O pesquisador acredita que esse tipo de história heroica, encontrada em filmes como Star Wars, X-Men, Os Vingadores e muitos outros, pode afetar regiões específicas do cérebro, como a amígdala, área fundamental para o processamento emocional. Pesquisas anteriores mostraram que o cérebro humano é programado para contar histórias e responder às narrativas.

O grupo de controle do estudo, que começa a partir de setembro, poderá ajudar os pesquisadores a entenderem o que ocorre quando uma pessoa assiste a uma narrativa com o mesmo objetivo, produzida pelo ISIS. O cérebro de cada participante passará por exame de imagem de ressonância magnética funcional.



Nem todos concordam
Nem todo mundo faz coro à opinião de Pape. Christopher Vogler, autor do livro para roteiristas "The Writer’s Journey", não acredita que o ISIS segue à risca os conhecidos passos para a construção dos heróis do cinema.



"O ISIS está no mesmo caldo midiático que qualquer outra pessoa no mundo, e qualquer um que quer retratar seu próprio grupo como heroico vai - sem sequer pensar nisso - replicar esse padrão", disse ele.

Jeffry Halverson, um professor de estudos islâmicos da Coastal Carolina University, disse que a propaganda jihadista sempre confiou em "narrativas mestras culturalmente incorporadas".

"A diferença agora é que o ISIS está também optando pela cultura pop como um apelo para a juventude, que pode ser seduzida por promessas de emoção e aventura do que por condenações de tirania e heresia."



Contra-propaganda
Além do estudo de Robert Pape, muitos outros estão em andamento na busca para encontrar uma fórmula de contra-propaganda aos vídeos produzidos pelo ISIS. Uma das estratégias pensadas seria fazer um esforço para mostrar tudo o que a propaganda do ISIS quer esconder, ou seja, mortes, destruição, torturas e as terríveis condições das pessoas que vivem em áreas controladas pelo grupo extremista.


ISIS - No democracy - We want just islam



Fontes: The Huffington Post , Universidade de Chicago

(http://www.huffingtonpost.com/entry/is-isis-taking-notes-from-star-wars_us_574efccde4b0c3752dcc12e9?ir=Science&section=us_science&utm_hp_ref=science)

(https://socialsciences.uchicago.edu/story/uchicago-study-explores-how-isis-lights-brains-recruits)



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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Você conhece os seus deuses ? A esquecida mitologia brasileira


Você conhece os seus deuses ? A esquecida mitologia brasileira



Thor, Zeus, Hórus, Júpiter... Você provavelmente já ouviu falar em todos eles. Mas alguma vez na vida você já parou pra pensar sobre os deuses das culturas nativas do Brasil? Ao que parece, nossa herança cultural nativa é sempre sub-julgada pelas culturas estrangeiras...


Por isso, nós fizemos uma grande pesquisa e reviramos a internet de ponta-cabeça a fim de resgatar um pouco dessa história.

Durante nossa pesquisa, descobrimos informações valiosas no site 'Galeria do Meteorito', com suas matérias sobre as constelações indígenas, que nos ajudaram muito. E se você se interessa pelo assunto vale a pena visitar. Agora você terá a chance de conhecer um pouco da rica cultura dos nativos brasileiros, e de algumas das mais importantes divindades: os deuses dos índios do Brasil.


Nhanderuvuçu



Conhecido também como Nhamandú, Yamandú ou Nhandejara, é considerado como o deus supremo da mitologia tupi-guarani. Nhanderuvuçu não tem uma forma antropomórfica, pois é a energia que existe, sempre existiu e existirá para sempre, portanto Nhanderuvuçú existe antes mesmo de existir o Universo. No princípio ele destruiu tudo que existia e depois criou a alma, que na língua tupi-guarani se chama "Anhang" ou "añã"; "gwea" significa velho(a); portanto anhangüera "añã'gwea" significa alma antiga. Nhanderuvuçú criou as duas almas e, das duas almas (+) e (-) surgiu "anhandeci" a matéria. Depois ele desejou lagos, neblina, cerração e rios. Para tudo isso, ele criou Iara, a deusa dos lagos. Depois criou Tupã que é quem controla o clima, o tempo e o vento, Tupã manifesta-se com os raios, trovões, relâmpagos, ventos e tempestades, é Tupã quem empurra as nuvens pelo céu. Nhanderuvuçú criou também Caaporã (Caipora) o protetor das matas por si só nascidas, e protetor dos animais que vivem nas florestas, nos campos, nos rios, nos oceanos, enfim o protetor de todos os seres vivos.



Iara



Deusa das águas, também conhecida como Uiara, ela é vista como uma linda sereia que vive nas profundezas do rio Amazonas, de pele parda, cabelos verdes longos e olhos castanhos.



Abaçai



É o deus da guerra, um tipo de 'Áries' ou 'Marte' dos nativos. É o espírito guerreiro que se apossa do índio que se prepara para batalhas sangrentas. Por isso, dizem que aqueles preparados para a guera estão "abaçaiados".



Angra



A deusa do fogo da mitologia tupi-guarani.



Andurá



Uma árvore fantástica e surreal, que a noite se inflama subitamente, se parecendo bastante com a forma através da qual o deus judaico-cristão se comunica com seus profetas.



Chandoré



Deus da mitologia tupi-guarani. Segundo a lenda, teria sido enviado para matar o índio malvado Pirarucu, que desafiou Tupã, mas fracassou, pois Pirarucu se jogou no rio. Como castigo o índio transformou-se em um peixe, que leva o seu nome.



Sumé



Também conhecido como Zumé, Pay Sumé ou Tumé, entre outros nomes, é a denominação de uma antiga entidade da mitologia dos povos tupis do Brasil cuja descrição variava de tribo para tribo. Tal entidade teria estado entre os índios antes da chegada dos portugueses, e transmitido uma série de conhecimentos como a agricultura, fogo e organização social, e seria uma espécie de deus das leis e das regras. Era visto com cabelos amarelos, voava por todo lugar, e inclusive mergulhava sob as águas do mar, até quando desapareceu. Sumé deixou dois filhos, Tamandaré e Ariconte, que eram muito diferentes e odiavam um o outro.



Rudá



O deus do amor, que vive nas nuvens. Seu trabalho é o de despertar o amor no coração das mulheres. Equivalente a deusa Hathor da mitologia egípcia, Vênus da mitologia romana, e Afrodite da grega.



Tupã



Seria um tipo de líder na mitologia tupinambá, senhor dos trovões e tempestades. Em analogia simples, poderia ser comparado ao deus grego Zeus, ou mesmo ao deus nórdico Thor, pois ele compartilha a mesma explicação comum nos deuses dos povos antigos para os relâmpagos. Tupã também tem a característica da onipresença, que é muito comum nas religiões cristãs, judaica e islâmica. Os jesuítas, na época da colonização, difundiram uma opinião errônea de que o trovão em sí seria um deus indígena, sendo que na verdade, ele é apenas a maneira utilizada por Tupã para se expressar.



Jaci



A deusa da Lua e da Noite seria responsável pela magia e encanto dos homens. Teria sido criada por Tupã para dar beleza à Terra. Irmã de Iara (deusa dos lagos serenos), Jaci tornou-se esposa do próprio Tupã. Outras versões da mitologia indígena dizem que Jaci seria esposa e/ou irmã Guaraci, o deus Sol. Jaci é equivalente a Vishnu dos hindus e Ísis dos egípcios.



Guaraci (ou Quaraci)



Guaraci é a representação do deus Sol, responsável pela luz, vida e pureza do planeta Terra, assim como Brahma (hinduísmo) e Osíris (egípcio).



Yorixiriamori



Esse deus encantava as mulheres com seu belo canto, o que despertou a inveja dos homens que tentaram matá-lo. Por isso, ele fugiu para o céu sob a forma de um pássaro. É um personagem do famoso mito "A árvore cantante", dos índios Ianomâmis.



Anhangá



Os jesuítas propagaram a imagem errônea de que Anhangá seria o equivalente ao Diabo da religião Cristã, porém, Anhangá (que significa espírito) seriam almas que vagam pela Terra, que podia assumir qualquer forma, mas que seria mais visto como um veado com olhos de fogo. Além disso, Anhangá seria o protetor dos animais, protegendo-os contra caçadores. Quando um animal consegue escapar miraculosamente durante uma caça, os índios atribuem tal façanha a Anhangá.



Jurupari



Filho da índia Ceuci, que após comer um fruto proibido para moças no período fértil (fruta mapati), ficou grávida miraculosamente, após o suco da fruta escorrer pelo seu corpo nu. Quando o conselho de anciãos soube da história de Ceuci, ela foi punida com exílio, onde teve seu filho, chamado Jurupari, enviado do deus Sol Guaraci, que teria como missão reformular os costumes e o modo de vida dos homens, que eram submetidos às mulheres. Visto como o grande Legislador, com 7 dias de vida já aparentava 10 anos de idade, e sua sabedoria atraiu as pessoas que ouviam seus ensinamentos enviados pelo deus Sol. Por sua vez, a história contada pelos jesuítas atribui Jurupari a uma espécie de demônio que visita os sonhos das pessoas, dando origem aos pesadelos, pois o ritual de Jurupari era o mais praticado na época da colonização. O ritual exclusivo para homens, inclui músicas com flautas, flagelações, tabaco e coca e alucinógenos.



Ceuci



Deusa da lavoura e das moradias, representada pela estrela mais brilhante da constelação de Plêiades. Quando na Terra, era mãe de Jurupari, o enviado do Sol/Guaraci, se submeteu ao novo método patriarcal das tribos. As mulheres não podiam participar dos rituais de Jurupari, pois os deuses matariam a intrusa. Certa vez, Ceuci com saudade de seu filho, aproximou-se dele durante um cerimonial, e foi quando ela foi atingida por um raio, enviado por Tupã. Jurupari, também filho do Sol, foi enviado para ressuscitá-la, mas não o fez para não desobedecer a lei dos deuses. Ele a acalmou dizendo que iria brilhar no céu, e encontrar o deus Guaraci, e nesse momento, Jurupari chorou. Por isso, quando faz Sol e chuva ao mesmo tempo, os índios dizem que o espírito de Jurupari está por perto.



Akuanduba



Uma divindade dos índios araras, toca a sua flauta para dar sustentação e ordem ao mundo, representando a harmonia divina.



Wanadi



Deus dos iecuanas, faz parte de um mito em que o Sol teria criado três seres vivos para habitar o mundo. Apenas Wanadi nasceu perfeito enquanto que os outros dois seriam responsáveis pelo mal do planeta.



Yebá Bëló



Chamada de “mulher que apareceu do nada”, é citada como a responsável pela criação da humanidade segundo os Dessanas. De acordo com a lenda, teria moldado os homens e mulheres das folhas de coca que masca, chamadas de ipadu.



Caipora



O nome caipora vem do tupi-guarani Caapora, e quer dizer "habitante do mato". Caipora é representado pela forma de um índio jovem, coberto de pelos e vive montado em uma espécie de porco-do-mato. Ele é o guardião da vida animal. É ele que estala os galhos, faz assobios e dá falsas pistas para desorientar os caçadores. Reza a lenda que Caipora seria canibal, se alimentando de tudo e todos que caçam nas florestas, punindo homens, insetos ou até outros animais. Caipora é responsável por punir, principalmente, aqueles que caçam além da necessidade.



Tupi



Personagem primordial de todos os povos tupis. O antepassado principal, que deu origem à todos os índios. Por isso, muitas nações tupis criaram seus nomes como homenagens a tupi: tupinambás, tupiniquins, tupiminós, tupiguaés, etc...


Os deuses brasileiros


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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Esta prática comum está mudando a evolução humana


Esta prática comum está mudando a evolução humana



Os partos por cesariana aumentaram enormemente nas últimas décadas.

Pesquisadores afirmam que a prática generalizada dessa cirurgia está modificando os padrões da evolução humana.


Philipp Mitteroecker, cientista do Departamento de Biologia Teórica da Universidade de Viena, explica que a massificação da cesariana permite o nascimento de crianças muito maiores, bebês que, antigamente, teriam ficado presos nos quadris de suas mães, provocando as mortes do feto e da mãe. Essa prática faz com que sejam transmitidos genes que teriam se perdido se houvesse apenas a possibilidade de partos naturais.



Como se nasce no Brasil - Parto normal: 18,17% - Cesariana 81,83%



Apesar de as cesarianas salvarem muitas vidas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) adverte que sua realização desnecessária cresce todos os anos nos países ocidentais, o que expõe tanto os bebês quanto as gestantes a uma série de riscos cirúrgicos, que podem ser evitados por meio de procedimentos médicos que facilitem o parto normal.



Passo a passo na cesariana


Fonte: Huffington Post...
(http://seuhistory.com/noticias/%20http://www.huffingtonpost.es/2016/12/07/cesarea-humanos-evolucion_n_13477842.html)



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sábado, 14 de janeiro de 2017

O primeiro país inabitável por causa da mudança climática


O primeiro país inabitável por causa da mudança climática



O drama da mudança climática não diminui sua escalada, expondo toda a humanidade a um risco iminente.


No entanto, e apesar das advertências contínuas dos cientistas, as causas não param e as consequências aumentam.

Um país sul-africano poderá ser o primeiro a sofrer as consequências desse fenômeno devastador, transformando-se em um deserto inabitável em menos de 100 anos. Trata-se do Sudão, onde vivem, atualmente, mais de 40 milhões de pessoas.



Sudão - Pais no Norte da África - Cartum


Hoje, o Sudão é assolado por fortes tempestades de areia, típicas das zonas áridas do planeta, e sofre uma desertificação progressiva. Quase 5 milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar e outras 3,2 milhões enfrentarão a escassez de água em um futuro próximo. Os cientistas afirmam que, para 2060, a temperatura desse país aumentará, pelo menos, 3ºC. Além disso, em algum momento deste século, parte da região passará a ser inabitável.



Fonte: The Huffington Post
(http://www.huffingtonpost.ca/2016/12/07/climate-change-sudan_n_13502326.html)



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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

O estranho caso dos cadáveres de corações pulsantes


O estranho caso dos cadáveres de corações pulsantes



A linha tênue que separa a vida da morte pode se tornar bastante imprecisa, até mesmo se adotarmos uma perspectiva biológica.


O processo da morte pode, por vezes, parecer complexo, e é muito difícil determiná-lo.

O primeiro conceito de “morte clínica” implicava em o coração da pessoa não bater por pelo menos dois minutos, quando ela era considerada um cadáver. No entanto, a ciência modificou completamente esse paradigma. Atualmente, um corpo pode não se decompor, ter um coração que bate, feridas que se cicatrizam e capacidade para digerir alimentos e, no entanto, estar morto, de acordo com a maioria das definições legais e médicas.



Esse é o caso desconcertante dos cadáveres com corações pulsantes: pessoas com um cérebro que já não registra atividades, mas funções corporais intactas. Alguns corpos chegam a sobreviver mais de uma semana depois de ser declarada a morte cerebral. Por vezes, os corações continuaram batendo e os órgãos funcionando por mais de 14 anos.

Hoje, os cadáveres de coração pulsante deram origem a uma especialidade médica curiosa, que consiste em fazer acreditar que esses corpos continuam vivos, com o objetivo único de conservar os órgãos nas melhores condições possíveis para seu transplante a um paciente na lista de espera.



Morrer, portanto não é um ato único, mas o encerramento de um conjunto de processos. Várias pequenas mortes concatenadas (ou não) são: a falta de batimentos cardíacos, a morte cerebral, a perda da personalidade e da capacidade de produzir pensamentos conscientes, de respirar de forma independente, entre outras coisas. Escolher qual dessas representa a morte definitiva pode se tornar uma questão bem mais filosófica ou religiosa. Após milhares de anos, continuamos em busca de uma resposta.



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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Afrescos em Pompeia revelam segredos sobre o sexo no Império Romano


Afrescos em Pompeia revelam segredos sobre o sexo no Império Romano



As pinturas nas paredes do Lupanar (termo que designava os prostíbulos) de Pompeia têm muito a revelar sobre a sexualidade na Roma Antiga.


Os afrescos eróticos sobreviveram à erupção que destruiu a cidade em 79 d.C. O prostíbulo foi descoberto no século XIX, mas suas portas só foram abertas ao público há poucos anos. Em suas paredes, é possível observar várias pinturas de grande realismo que, conforme acreditam os pesquisadores, poderão ter funcionado como uma vitrine das práticas sexuais oferecidas no local.



Pompeia - Cidade na Itália - 79 d. C.


O Lupanar era um centro de reunião de políticos e empresários da época. Lá, eles podiam contratar os serviços sexuais tanto de mulheres quanto de homens jovens, na maioria ex-escravos que se tornaram trabalhadores sexuais.



Kelly Olson, professora da University of Western Ontario, no Canadá, dedica-se a estudar o papel das mulheres na antiga sociedade romana, e explica: “Os homens casados podiam dormir com qualquer uma, desde que mantivessem as mãos longe das esposas de outros homens. As mulheres casadas, no entanto, não podiam ter relações sexuais com ninguém mais”.



No bordel, é possível ver também várias inscrições feitas à mão pelos clientes do local – inscrições curiosamente parecidas às que podemos encontrar atualmente em lugares desse gênero.



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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

NASA detecta um imenso “buraco negro” no Sol


NASA detecta um imenso “buraco negro” no Sol



O Solar Dynamics Observatory, da NASA, detectou uma espécie de buraco coronal gigante no Sol.


A agência, no entanto, explicou que esse fenômeno não é exatamente um buraco, embora seja percebido dessa forma nas imagens capturadas. Na verdade, o fenômeno é gerado por áreas abertas do campo magnético do Sol através das quais são expelidas ao espaço correntes de vento solar que se movimentam em alta velocidade.


Sol - Estrela - Fica no centro do sistema solar


Normalmente, essas áreas se formam após um longo período de grande atividade solar. Sua dimensão é variável, podendo chegar a ocupar um quarto da superfície da estrela. Desta vez, considerando o tamanho do “buraco”, a NASA descreveu o fenômeno como “substancial”.

Espera-se que, nos próximos dias, as partículas solares desprendidas comecem a chegar à Terra. Ao interagirem com a magnetosfera terrestre, elas podem provocar auroras polares intensas.


O Sol - é o corpo celeste que mais influencia as nossas vidas


A chegada das correntes solares pode interferir no funcionamento dos satélites e causar falhas nos serviços prestados por esses equipamentos. No entanto, a atmosfera do planeta protege seus habitantes da maior parte das partículas espaciais. Por isso, o fenômeno não traz riscos para os seres humanos.

Fonte: BBC...
(http://www.bbc.com/mundo/noticias-38266493)



Pôr do Sol - Sunset



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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Mistério da múmia mais bem preservada do mundo intriga a ciência


Mistério da múmia mais bem preservada do mundo intriga a ciência



Ela é chamada de “A Dama de Dai” e é simplesmente a múmia mais bem preservada já encontrada.



Está morta há 2.100 anos, mas os especialistas continuam pesquisando os segredos de sua incrível conservação: pele suave, órgãos internos intactos, cílios, sangue e cabelo.



Xin Zhui - Nascimento: 213 a. C. / Falecimento: 163 a. C.


Xin Zhui viveu durante a Dinastia Han (206 a.C. a 220 d.C.) e foi a esposa do Marquês de Dai. Sabe-se que ela sofria de dores nas costas, pressão alta, sobrepeso, artérias obstruídas e problemas hepáticos. Ela tinha diabetes e morreu por volta dos 50 anos, provavelmente por causa de uma parada cardíaca.

A Dama de Dai não foi submetida ao processo tradicional de mumificação, que consistia em drenar o corpo e extrair seus órgãos. Em vez disso, seu corpo foi envolto em 20 camadas de seda e imerso em um líquido suave, dentro de quatro caixas, que, depois, foram cobertas por cinco toneladas de carvão.



O sepulcro foi selado com argila, propiciando-lhe um ambiente hermeticamente fechado, que impediu a decomposição do corpo. A múmia foi descoberta em 1971. Desde então, tem maravilhado a ciência.



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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

As dez invenções mais malucas do passado



As dez invenções mais malucas do passado


A criatividade humana não tem limites.

Mas enquanto grandes ideias mudaram o mundo para sempre, outras invenções bizarras ficaram esquecidas no passado. Confira alguns dos equipamentos mais malucos já inventados:



1 – Bicicleta familiar

Diversão garantida para o papai, mamãe e filhinhos.



2 – Patins motorizados

Perfeito para fugir do trânsito caótico.



3 – Máscara para aliviar ressaca

A solução ideal para os dias pós-festa.



4 – Bicicleta voadora

Com elas, não há necessidade de ciclovias.



5 – Revólver com câmera fotográfica

Atinja o alvo e mostre a foto para os amigos.



6 – Carregador de bebês

É justo que os pais dividam as responsabilidades.



7 – Chapéu-rádio

Quem disse que a música portátil começou com o walkman?



8 – Monociclo motorizado

Outra alternativa para enfrentar os engarrafamentos.



9 – Cama-teclado

Nada como acordar e já fazer um som.



10 – Prancha de surfe motorizada

Mais divertido do que stand-up paddle.



Fontes: Mega Curioso, Life Buzz, Web Urbanist, Blaze Press

(http://www.megacurioso.com.br/invencoes-malucas/101231-13-invencoes-mirabolantes-do-passado-que-nunca-passaram-pela-sua-cabeca.htm)

(http://www.lifebuzz.com/old-inventions/)

(http://weburbanist.com/2013/07/08/bizarre-inventions-15-idiotic-ideas-from-the-past/)

(http://blazepress.com/2014/03/26-cool-inventions-past-never-caught/)



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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Teriam os Hobbits existido de fato ? Cientistas encontram evidências que sim !


Teriam os Hobbits existido de fato ? Cientistas encontram evidências que sim !



Em 2004, arqueólogos encontraram na ilha de Flores, Indonésia, restos mortais de uma espécie hominídea incrivelmente pequena.


Com pouco mais de 1,10 metro de altura, o Homo floresiensis logo foi apelidado de “Hobbit”, em alusão aos pequenos criados por J. R. R. Tolkien e imortalizados nas trilogias O Senhor dos Anéis e O Hobbit.



Hobbit - é uma das criaturas craidas por J. R. R. TOLKIEN em suas obras


Os hobbits da ilha de Flores têm sido alvo de debate há mais de uma década. Uns acham que se trata de um Homo sapiens que se desenvolveu sob determinadas condições, outros acreditam ser uma espécie completamente distinta.



O Hobbit ( Série de filmes) - Smaug, Bilbo Baggins


Uma descoberta recente, no entanto, lançou uma nova luz sobre o assunto. Uma equipe encontrou, a 72 quilômetros de distância dos primeiros hobbits, fragmentos com idade aproximada de 700 mil anos – quase 500 mil anos mais velhos que os primeiros encontrados.



Halfling - Hobbits - Forgotten Realms - Dunegons & Dragons - Conceptopolis


Os achados incluem seis dentes e o pedaço de uma mandíbula. O tamanho da mandíbula indica que o ancestral do hobbit era tão pequeno quanto seus semelhantes, o que leva a crer que a espécie já andasse por aquelas bandas há muito mais tempo do que se imaginava.



Cránios: Hobbits x Humanos


A novidade traz implicações importantes no entendimento sobre a dispersão humana e a evolução na região, além de quebrar a ideia de que o Homo floresiensis era apenas um Homo sapiens adoecido.



Tamanho: Hobbits x Humanos


Fonte: Businessinsider.com
(www.Businessinsider.com)



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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Rio de Janeiro - Onde passar as férias de janeiro


Rio de Janeiro - Onde passar as férias de janeiro



Tem algo que te prende no Rio de Janeiro nesse verão e vai complicar aquela viagem de 15 dias com a família pro Nordeste, pro exterior ou até mesmo pra visitar a casa da avó no interior? Não se preocupe, a gente dá um jeito de fazer com que você viaje nem que seja durante os finais de semana. Preparamos dicas de viagem para 4 lugares que ficam a menos de 300 km da cidade do Rio de Janeiro e valem uma visita sem quebrar a banca. Olha só:



Destinos para viagem de fim de semana a menos de 300 km do Rio:


Petrópolis



Mais próxima do Rio entre os destinos que escolhemos, Petrópolis está a menos de duas horas de viagem (quase 80 km) da Cidade Maravilhosa. A Cidade Imperial tem um ar europeu, com o Palácio Quitandinha de frente para o lago e com o imponente Museu Imperial, que foi a residência de veraneio de Dom Pedro II.

Por lá, não deixe de visitar a Catedral de Petrópolis e admirar as montanhas em volta. Para quem quiser entrar no Palácio Quitandinha, há visitas guiadas pelo seu interior, que apesar de não ser relacionado com a monarquia brasileira, já recebeu políticos e famosos, além de servir como palco de eventos históricos.


Onde Ficar em Petrópolis


O hotel Petrópolis Inn foi inaugurado no final de 2015, sendo um dos estabelecimentos mais novos da cidade. Ao se hospedar no local você vai encontrar: café da manhã no estilo self-service repleto de produtos da região, terraço com vista panorâmica para o bairro Valparaíso, quartos equipados com TV Led 32 polegadas com canais a cabo, frigobar e Wi-Fi.

Fica próximo do centro gastronômico da cidade e das atrações históricas, como o Museu Imperial.



Paraty


Praia do sono em Paraty

Paraty tem aquele apelo histórico das cidades mineiras atrelado ao que a costa fluminense tem de melhor a oferecer: quilômetros de praias lindas, muita natureza e a deliciosa gastronomia de uma cidade praiana. A cidade, aliás, é uma das três que indicamos para quem quiser ficar no Brasil neste verão.

São quatro horas de viagem do Rio de Janeiro até lá (em torno de 260 km), mas vale o esforço, mesmo que seja só para um fim de semana. Se couber na agenda, faça um passeio de barco e conheça uma das ilhas próximas ou visite a cachoeira da Pedra Branca.

Onde Ficar em Paraty


A Pousada Magia Verde tem a localização ideal para quem quer, ao mesmo tempo, ficar perto de tudo em Paraty e, mesmo assim, longe o suficiente para passar dias sossegados. Ela está não muito distante do centro histórico, em um local onde tem rio e mata.

Ainda assim, o conforto é garantido nas suítes e bangalôs: todas têm ar condicionado, frigobar e TV.

Se você quiser fazer passeios de lanchas, algumas saem do próprio píer da pousada.



Búzios


Armação dos Buzios

Búzios, oficialmente chamada de Armação dos Búzios, é um antigo vilarejo de pescadores no litoral do Rio de Janeiro que tem o agito, os bares e os bons restaurantes de uma cidade grande e o diferencial de ter praias e vistas de tirar o fôlego.

O destino ficou muito conhecido no mundo inteiro na década de 60, depois de uma visita da musa Brigitte Bardot, e até hoje recebe muitos estrangeiros e celebridades. Do Rio até ali são pouco mais de 215 km pelo caminho mais longo, numa viagem que pode levar mais ou menos umas três horas).


Onde Ficar em Búzios


O Costa do Sol Boutique fica em uma ampla área verde com belas vistas de Búzios. A proposta do hotel é manter um clima intimista para os hóspedes, porém, sem deixar que nada falte aos visitantes. É a situação ideal para garantir férias relaxantes, mas com bastante mordomia.

A estrutura oferece 41 apartamentos, duas piscinas com vista para o mar, sauna, restaurante e um espaço só para crianças.



Angra dos Reis



Situada no sul do Estado, Angra dos Reis é um grande combo para quem gosta de praia, mergulho e passeios de barco. Ao todo, são 365 ilhas – incluindo Ilha Grande – águas cristalinas por todos os lados e lugares incríveis para mergulhar a admirar a fauna marinha.


Em Ilha Grande, além de praias muito bonitas, um passeio legal é chegar ao topo do Pico do Papagaio, que demanda muito esforço mas vale a pena. Em dias de céu claro, é possível até ver a Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro, que fica a mais de 170 km de distância.


Onde Ficar em Angra


Além dessa vista privilegiada, o Ocean Green Flats possui um deck com piscina de frente para o mar, terraço para banhos de sol e WiFi disponível de forma gratuita nos quartos, além de possibilitar a prática de canoagem.

São três tipos de apartamento: standard, Luxo com Varanda e Deluxe – com vista para o mar. Todos possuem cozinha equipada com fogão, pia, geladeira. Apesar disso, o hotel oferece café-da-manhã incluso no valor da diária.



Leia também:

Sabor de Espuma - Champanhe

O lado feminino do Brasil Colonial - História

Sobrevivência e Sedução - Natureza



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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

BOAS FESTAS E UM FELIZ 2017 !!!



BOAS FESTAS E UM FELIZ 2017 !!!



O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho.

É viver cada momento e construir a felicidade aqui e agora.

Claro que a vida prega peças. O bolo não cresce, o pneu fura, chove demais…


Árvore de Natal da Lagoa - Rio de Janeiro - RJ


Mas, pensa só:

Tem graça viver sem rir de gargalhar, pelo menos uma vez ao dia?

Tem sentido estragar o dia por causa de uma discussão na ida pro trabalho?

Eu quero viver bem… E você? 2016 foi um ano cheio.

Foi cheio de coisas boas, mas também de problemas e desilusões.

Normal… Às vezes, se espera demais.

A grana que não veio o amigo que decepcionou, o amor que acabou.



Cristo Redentor no Natal ( Iluminação Especial) - Rio de Janeiro - RJ


Normal… O ano de 2017 não vai ser diferente. Muda o século, o milênio muda,

mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas, e aí? Fazer o quê? Acabar com o seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?

O que eu desejo para todos nós é sabedoria. E que todos nós saibamos transformar tudo em uma boa experiência.

O nosso desejo não se realizou? Ótimo… Não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa para esse momento.



Igreja da Candelária na noite de Natal - Rio de Janeiro - RJ


Lembro-me sempre de uma frase que ouvi e adoro:

“Cuidado com seus desejos, eles podem se tornar realidade”.

Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano… Mas, se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.



Copacabana no Natal - Rio de Janeiro - RJ


Desejo a todos esse olhar especial! 2017 pode ser um ano especial, se nosso olhar for diferente. Pode ser muito legal, se entendermos nossa fragilidade, nosso egoísmo e dermos a volta nisso.

Somos fracos, mas podemos melhorar.

Somos egoístas, mas podemos entender o outro.

2017 pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, especial!

Depende de mim… De você.

Pode ser… E que seja!



Juntando esta ideia com esta abaixo que foi escrita pelo nosso sábio poeta…

“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial, industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui por diante vai ser diferente”.


São os sinceros votos de um Feliz Natal e um Ano 2017, repleto de esperança!



Natal e fim de ano no Rio de Janeiro - RJ



Árvore de Natal da Lagoa - Rio de Janeiro - RJ



Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

Joyeux Noël et bonne année!

Merry Christmas and a Happy New Year!

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¡Feliz Navidad y próspero año nuevo!

Fröhliche Weihnachten und ein gutes neues Jahr!

Wesolych Swiat i szczesliwego nowego roku!

Kellemes karácsonyi ünnepeket és boldog új évet!

Prettig Kerstfeest en een gelukkig nieuwjaar!

Craciun Fericit si un An Nou Fericit!

Mutlu Noeller ve Mutlu Yillar

God Jul och ett Gott Nytt År!

Buon Natale e Felice Anno Nuovo!

Hyvää joulua ja onnellista uutta vuotta!



FELIZ NATAL



FELIZ ANO NOVO



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Apocalipse Já - Ambiente

Gordura não é veneno - Fisiologia

Natureza Mestre-de-obras - Arquitetura



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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

5 filmes para você baixar da Netflix e assistir onde quiser


5 filmes para você baixar da Netflix e assistir onde quiser


5 filmes com direito a lista de 6 filmes bônus no final

A Netflix disponibilizou recentemente um dos recursos mais esperados desde seu lançamento: a possibilidade de baixar filmes e séries para assistir quando quiser. E embora nem todos os países (e nem todos os filmes) possam aproveitar esse novo recurso, o Brasil teve a sorte de estar entre os primeiros locais onde o serviço de streaming estreou o recurso.


Com isso, longas viagens de transporte público devem se tornar bem menos tediosas nos próximos meses. Mas se por um lado o processo de fazer download é simples, por outro ele traz um novo questionamento: se antes a grande questão dos usuários era "o que eu vou assistir?", agora ela virou "o que eu vou baixar?".

Pensando nisso, criamos uma lista com 5 filmes de gêneros diferentes (com 6 filmes bônus no final) que estão disponíveis na Netflix para download.

Como seria impossível fazer uma lista, de qualquer tamanho que fosse, que fosse capaz de agradar a todos, buscamos criar uma lista com grande diversidade de estilos e regiões. Assim, a lista deve incluir ao menos um filme que agrade cada pessoa. Confira abaixo:



Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes


(https://youtu.be/clugDf4JZUc)

Com direção de Guy Ritchie (que depois faria também Rocka Rolla e Snatch: Porcos e Diamantes), o filme mostra o submundo do crime britânico com um tom de humor negro. Estrelando os clássicos atores de ação ingleses Vinnie Jones e Jason Statham.



Expresso do Amanhã


(https://youtu.be/x4lzz3Fvsc4)

Uma distopia futurística na qual os efeitos do aquecimento global condenaram os poucos sobreviventes da espécie humana a viver em uma gigante locomotiva para escapar de uma nova era do gelo. Nela, os ricos vivem uma vida de luxos enquanto os pobres lutam para não morrer de fome. Até o dia em que um dos oprimidos decide mudar essa situação.



13 Assassinos


(https://youtu.be/zrZHWVQSlJk)

Dirigido por Takashi Miike, esse filme de ação conta uma história de samurais do Japão Feudal. Quando um líder sádico e maléfico ameaça se tornar poderoso no país, cabe a uma equipe de treze guerreiros corajosos interceptar seu exército inteiro e impedir que ele chegue ao poder. Uma produção de ação antológica, que inclui uma batalha final com mais de 50 minutos de lutas e destruição.



As Vantagens de ser Invisível


(https://youtu.be/qXTW2pOMDV8)

Adaptado do livro de Stephen Chbosky, esse drama conta a história de Charlie, um jovem de 15 anos que muda de escola após superar uma crise de depressão. Nesse novo ambiente, ele vai se recuperando com a ajuda de seus novos amigos Patrick e Sam, que criam com ele um grupinho separado dos "populares" da escola. Com Emma Watson e Logan lerman.



Intocáveis


(https://youtu.be/FpwuGtn8aGA)

Um milionário tetraplégico procura um novo enfermeiro para lhe ajudar com suas tarefas cotidianas, e o inusitado escolhido acaba sendo um jovem senegalês dos subúrbios de Paris. Apesar das diferenças entre os dois, essa comédia dramática francesa explora a bela e profunda relação que os dois desenvolvem ao longo do tempo.



BÔNUS DA LISTA (+ 6 filmes):


O Grande Lebowski
Jeffrey Lebowski é um cara tranquilo, na dele, que já foi roadie do Metallica e tomou muito ácido, mas que hoje em dia só quer ficar na dele. Mas um belo dia ele é confundido por um gangster com outra pessoa de mesmo nome e leva uma surra. Começa aí uma comédia sensacional, com alguns dos personagens mais caricatos do último século, enquanto Lebowski vai atrás do cara com o mesmo nome que ele.


Ele Está de Volta
O que aconteceria se o ditador nazista Adolf Hitler de repente aparecesse de volta na Alemanha? Essa é a pergunta que essa mistura de documentário com comédia satírica faz. Em 2014, "Hitler" (interpretado pelo ator Oliver Masucci) aparece em um terreno baldio sem saber o que aconteceu em 1945; pouco tempo depois, seus vídeos começam a fazer sucesso no YouTube.


Ponyo
Uma animação japonesa escrita pelo lendário Hayao Miyazaki e produzida pelo Studio Ghibli (responsáveis também pelo vncedor do Oscar A Viagem de Chihiro). A personagem que dá título ao filme é uma princesa que virou um peixinho dourado, mas que quer muito ser humana. Quando isso acontece, ela jura se tornar para sempre a protetora de Sosuke, uma criança de 5 anos que foi sua amiga enquanto ela ainda era peixe. Apesar de ser uma animação, não se engane: adultos têm tanto a aproveitar do filme quanto crianças.


Superbad
A festa de comemoração de dois amigos de infância que entraram na faculdade e vão se separar vira uma aventura bizarra e hilária. Essa é a história da comédia Superbad, produzida por Judd Apatow e estrelada por Michael Cera e Jonah Hill.


A Pele Que Habito
Do diretor espanhol Pedro Almodovar, essa mistura de suspense e terror conta a história de um médico cirurgião que mantém uma sedutora mulher em cativeiro. Ao longo do filme, as motivações do médico vão ficando mais claras, e a terrível história de sua prisioneira vai se revelando cada vez mais surpreendente.


O Exorcismo de Emily Rose
Baseado em um caso real ocorrido na Alemanha, o filme conta a história de uma jovem católica que acredita ter sido possuída por pelo menos seis demônios. Quando os esforços de múltiplos médicos falha em salvá-la, a família chama finalmente um exorcista para tentar suceder onde a medicina falhou.


Senna: O Brasileiro. O Herói. O Campeão.
Mesmo no país do futebol, poucos atletas são tão unanimemente reverenciados quanto Ayrton Senna foi. Esse documentário acompanha toda a trajetória de um dos pilotos mais importantes da história do automobilismo, desde sua criação e treinamento até a sua morte trágica e prematura em San Marino.


(https://youtu.be/N70aoG5Lh40)



Senna o Brasileiro, o herói, o campeão - capa do DVD



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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Filmes para ver no fim de ano - 6 Clássicos no Youtube


Filmes para ver no fim de ano - 6 Clássicos no Youtube



Os clássicos do cinema completos e de graça para você assistir no Youtube (Divulgação)

Selecionamos para você 6 filmes clássicos que podem ser vistos de graça no Youtube. Confira!


Para conhecer e entender o mundo da sétima arte é preciso que você faça algumas paradas obrigatórias, assistindo filmes que são considerados clássicos - tanto por provocarem estranhamentos e reflexões tanto por revolucionar o cinema na época em que foram feitos.



•A noite dos mortos vivos (1968)
Dirigido por George Romero, é um filme de terror independente onde os protagonistas se deparam com a reanimação de mortos, unindo-se para poder sobreviver ao terrível ataque das criaturas sinistras.


(https://www.youtube.com/watch?v=UBb6gfhZHEQ)



A noite dos mortos vivos - 1968 - Capa do DVD



•Metropolis (1927)
Um dos principais filmes do expressionismo alemão, Metrópolis conta a história de uma grande cidade que é governada por um poderoso empresário, enquanto os trabalhadores desta metrópole são escravizados pelas máquinas.


(https://www.youtube.com/watch?v=9EDsLHqCmfg)



•The Kid (1921)
Estrelado e dirigido por Charles Chaplin, o filme conta a história de um bebê que é abandonado pela mãe e é encontrado e criado pelo vagabundo interpretado por Chaplin. Juntos, bolam diferentes esquemas para conseguir o dinheiro para seu próprio sustento.


(https://youtu.be/gERWrXMKaVE)



•Nosferatu (1922)
Uma adaptação cinematográfica do roteiro de Bream Stoker, o longa em cinco atos conta a história de Conde Orlok, um vampiro dos Montes Cárpatos que se apaixona por Ellen , trazendo o terror para a cidade onde ela vive.


(https://youtu.be/m1qgZedFWIo)



•Fantasia (1940)
Com muita música clássica, o filme é a terceira animação produzida pela Walt Disney Pictures, contando com 8 segmentos diferentes. Sob a regência do maestro Leopold Stokowski, a obra consegue encantar adultos e crianças.


(https://www.youtube.com/watch?v=r7gLlIv4ito&feature=player_embedded)



•O Encouraçado Potemkin (1925)
Famoso na história russa, o Encouraçado Potemkin foi um navio no qual as condições de operação eram lastimáveis, fato este que levou a tripulação a se revoltar contra os comandantes. Esta revolta teve consequências na Batalha de Tsushima, em plena Revolução de 1905.


(https://youtu.be/3i9FkLOac9s)



O Encouraçado Potemkin - 1925



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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Conheça os alimentos que podem prolongar sua vida


Conheça os alimentos que podem prolongar sua vida



As ervilhas e o queijo Rocherford contêm um composto que pode render alguns bons e saudáveis anos para a sua vida.


De acordo com um estudo publicado na revista Cell Metabolism e um outro na Nature estes alimentos - assim como milho, soja, outros grãos integrais e também queijos envelhecidos - possuem, naturalmente, um composto chamado espermidina, que ajuda na recuperação das áreas danificadas de uma célula, beneficiando a saúde e trazendo longevidade. Cientistas do Instituto Weizmann, de Israel, fizeram um experimento com ratos em que espermidina foi colocada na água para os animais beberem. O estudo indicou que o composto reparou danos nos ritmos circadianos dos ratos.



Queijos envelhecidos contém ESPERMIDINA

O ritmo cicadiano é conhecido como o relógio natural do nosso corpo, que está relacionado com a qualidade do nosso sono à noite. A maneira como dormimos poderá influenciar na forma como envelhecemos, no desenvolvimento do câncer, Alzheimer, Parkinson e inflamações crônicas. No estudo com os ratos, a espermidina fez com que os ritmos circadianos dos ratos funcionassem de forma mais rápida e eficiente. A esperdimina também pode auxiliar no combate aos radicais livres, ou seja, os causadores do envelhecimento e de inúmeras doenças sérias. Como não há suplementos de espermidina, então a solução é ingerir a substância pela dieta.



Ervilha contém ESPERMIDINA

No estudo publicado na revista Nature, o composto foi capaz de prolongar o tempo de vida de moscas-das-frutas e suas larvas. Quando administrado a roedores, incluindo os de idade adulta, constatou-se uma expectativa de vida maior e também um melhor funcionamento cardíaco, além da diminuição da pressão sanguínea.

Testes com seres humanos, realizados em 800 voluntários italianos, revelaram que aqueles que tinham dietas com níveis altos de espermidina, desenvolviam até 40% menos problemas cardiovasculares e tinham tensão arterial mais baixa em comparação com quem não consumia a substância em sua dieta.



O milho contém ESPERMIDINA


Fontes: Jornal Conceito Saúde, Nature

(http://www.jornalconceitosaude.com.br/tag/alimentos-organicos/)

(http://www.nature.com/nm/journal/v22/n12/full/nm.4222.html)



Farinhas nutritivas



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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

PLACA SOLAR DE LED’S - PROJETO


PLACA SOLAR DE LED’S - PROJETO



DESCRIÇÃO DA IDEIA
Este projeto tem como objetivo diminuir os gastos com a obtenção de placas fotovoltaicas, que por terem seu modo de manufatura muito complexo impossibilita uma produção caseira. Vamos utilizar um grupo de LED’s, estes vão ser ligados em associação mista (serie/paralelo) utilizando a luminosidade solar para gerar energia elétrica. Será um produto com um baixo custo de instalação e manutenção.


Responsáveis pelo projeto:
(RB) / LM / AL / LP / EA


JUSTIFICATIVA
Existem várias formas de utilizar a energia solar, porém a maioria dos dispositivos ofertados no comércio especializado tem um desempenho muito fraco, os painéis são mal dimensionados, então baseado nessas informações e problemas, surgiu a idéia de fazer um painel solar com LED’s, que é uma energia limpa renovável que não agride o meio ambiente e com componentes que podem ser adquiridos em qualquer fornecedor de materiais eletrônicos. Afinal a energia solar existe, e pode ser aproveitadas captando uma maior parte da luminosidade, diferentes de outras placas.

Nesse painel solar de LED’s vamos mostrar que isso é possível, nesse caso a produção de energia pode ser melhor, e essa placa será produzida de acordo com à necessidade de cada consumidor.


PROBLEMA
Sempre estamos dependentes das infra-estruturas que fornecem energia ao consumidor final, em caso de interrupção dos serviços não temos alternativa em obter energia limpa e barata, e foi pensando em resolver esse problema que surgiu a idéia de produzir energia através de LED’s que podem durar de 5 mil a 35 mil horas ou oito a dez anos, e como o sol nasce todo dia para todos a idéia viabiliza um sistema modular capaz de atender as necessidades de baixa potência.


OBJETIVOS

Objetivo Geral:
• Mostrar uma forma de gerar energia elétrica através de uma placa composta por LED’s.

Objetivo Específico:
• Baixar custos de energia utilizando LED´s;
• Facilitar instalações com o uso da placa;
• Promover fonte de energia limpa e renovável.


REFERENCIAL TEÓRICO
A energia solar é uma ótima opção para muitas pessoas, não só para reduzir a conta de luz, mais também para agregar valores sustentáveis a sua casa ou empresa.

Em alguns casos uma placa solar convencional com 36 células solares é capaz de produzir 17 volts em corrente contínua e uma potência de 140 Watts, isso sem contar outros equipamentos que são indispensáveis para o bom funcionamento de uma placa solar, podendo chegar seu custo total a 15.099 reais.

Por isso, demos início as nossas pesquisas que foram voltadas para a área da eletricidade que ultimamente teve um aumento absurdo, diante disso, foi desenvolvido um projeto que visa diminuir os custos. Tal equipamento é uma ótima opção para geração de energia nas residências, apesar de parecer um projeto com alto custo ele é um produto barato e de fácil instalação, ao contrário de outros modelos de placas solares já existentes.

Pensando nesses questionamentos, o grupo idealizou a placa solar com materiais diferentes, pois será utilizado LED’s que são componentes eletrônicos semicondutores.

Nesse caso vamos usar o LED com a única finalidade de gerar energia
quando exposto ao sol. Para fazê-lo gerar energia vamos usar uma ligação série/ paralela, que serão associadas a dois condutores que vão transportar essa corrente elétrica para um aparelho que irá estabilizar essa energia gerada e assim distribuí-la ao restante da casa.

O limite de produção da placa vai depender muito da quantidade que o consumidor irá precisar, ou seja, ele pode ser adaptado às necessidades de cada um, quanto maior o número de LED’s, maior será a produção de energia, claro que essa produção pode variar de uma região para a outra do país, por conseqüência da variação climática, em algumas regiões e épocas do ano.

Para a montagem de um protótipo foram usados 10 LED’s de 5 mm de alto brilho, fixados em uma placa Fenolite e ligados em serie e paralelo. Os resultados foram positivos já que com um pequeno protótipo foi gerado um valor de 4 a 4.5 Volts, foi verificado também que quanto mais alto era colocado o protótipo maior era a geração e menor a oscilação de corrente elétrica, para fazer essa medição usamos um multímetro para acompanhamento de geração e oscilação.

A energia gerada pode ser armazenada em baterias mais, para isso deve ser colocado um diodo que vai atuar com a função retificadora para que a energia dos LED’s possa ir direto para as bateria e não ocorra o oposto (não permitindo que a energia da bateria vá para os LED’s).


METODOLOGIA
Nosso projeto é em cima do tema Utilização Renovável, “Como ampliar e facilitar a utilização da energia renovável em residência e/ou empresas.” Onde vamos desenvolver algo que pese menos bolso dos consumidores, adicionar algo simples de fácil uso e fabricação.
Nosso projeto tem como objetivo minimizar gastos da conta de energia elétrica, utilizando a placa de LED’s, que vão usar a energia solar para obter corrente elétrica e vamos ter uma energia limpa sem agredir o meio ambiente.

Materiais que Serão Utilizados no Protótipo

• Kit 100 peças Super Led Alto Brilho 5mm R$38.00
• Fio para bateria R$12.00
• Bateria R$120.00
• Placa de fenolite face simples 40x40 cm R$ 46.00
• Fio cabo flexível 1 mm azul (rolo) 10 metros cobre pvc R$ 58.00
• Solda fio (rolo) 1 mm “estanho” 60/40 500 gramas R$ 49.00
• Terminal turbo lar ilhós simples vermelho 1 mm 150 peças R$7.00
• Broca 0,6 mm, 0,8 mm e 1 mm mini furadeira placa fenolite fibra Pc
R$ 15.00


Montagem da Placa Solar
Primeiramente iremos cortar a placa e deixar no tamanho ideal, em seguida será fazer os furos utilizando a broca de 1 mm, e a distância de um LED para o outro será de 30mm, as margens são estabelecidas em 25 mm. Vamos utilizar ao total 90 LED’s, que serão interligados em uma ligação mista.
Usaremos a máquina de solda para fazer a junção dos LED’s na placa. Serão ligados positivos com positivos e negativos com negativos. E esses polos serão ligados na bateria, que será carregada através da energia gerada pela placa.

Teste Protótipo
Antes do tamanho real, produzimos uma miniatura com a intenção de economizar em testes que poderiam ter resultados negativos. Onde foram utilizados 10 LED’s e uma placa de 100mmx100mm com espaçamentos de 30 mm entre cada LED que foram interligados em uma ligação mista.
Podemos comprovar que a partir do protótipo o tamanho original terá resultados positivos, uma vez que, obtivemos com teste inicial da miniatura 4,87 Volts ao expor a placa de LED’s ao sol por 2 minutos e medindo a energia com um multímetro.


CRONOGRAMA

DATA CRONOGRAMA DE ATIVIDADE DO PROJETO

02/04 PESQUISA INFORMACIONAL

05/04 PESQUISA COM CLIENTES

07/05 PESQUISA TÉCNICA

10 à 13/05 MORFOLOGIA DOS COMPONENTES E CÁLCULOS;
CONCEPÇÃO DO PRÉ-PROJETO CONCEITUAL E LISTA DE MATERIAIS.

14 e 16/05 PLANEJAMENTO DAS SEQUÊNCIAS DE OPERAÇÒES PARA A
CONSTRUÇÃO DOS PROTÓTIPOS E OS EQUIPAMENTOS/MÁQUINAS NECESSÁRIOS.

18/05 REVISÃO DA IDEIA PARA SEGUNDA AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE.



Circuito Elétrico simplificado:



10 LED’s de alto brilho vermelhos.
01 Capacitor de 1000 microfaraday por 10V.



ESQUEMA DE LIGAÇÕES COM DETALHES TÉCNICOS:







Utilizando um LED como fonte de energia

O Sol é fonte de energia fundamental para o nosso planeta. A cada segundo, trilhões e trilhões de átomos de hidrogênio (H) se fundem formando átomos de hélio (He). Nestas reações há uma diminuição da massa dos reagentes e uma grande liberação de energia, que é irradiada na forma de luz e calor para todo o espaço em seu entorno. Parte desta energia chega ao nosso planeta, contribuindo de forma vital para a manutenção da vida.

Com a crescente preocupação em frear a degradação do planeta e o constante aumento pela demanda de energia, o Sol vem ocupando lugar de destaque como uma grande e importante fonte de energia alternativa.

Há alguns anos os arquitetos passaram a se preocupar com construções que privilegiam a iluminação natural; algumas residências utilizam a energia solar para o aquecimento da água, por meio de coletores solares; em uma escala ainda muito pequena a energia solar também é transformada em energia elétrica - as células fotovoltaicas são os dispositivos responsáveis por esta transformação direta da energia solar em elétrica.

Estas células são feitas com materiais semicondutores e seu alto custo é um fator limitante para uso em larga escala.

Muitas pesquisas têm sido feitas no sentido de tornar estas células mais eficientes, de modo a reduzir o custo da energia convertida por célula.


“Com a crescente demanda de energia elétrica ea atual preocupação com a preservação ambiental, as energias limpas se transformaram em necessidades urgentes. A energia solar é uma excelente alternativa. As células fotovoltaicas:
- dispositivos construídos com materiais semicondutores
- podem transformar a energia solar diretamente em energia elétrica.”


Então vamos enfocar o funcionamento de uma célula fotovoltaica. Para
que tenhamos condições de mostrar, na prática, a transformação da
energia solar em elétrica, sugerimos uma maneira de ligar um relógio digital por
meio de uma “célula fotovoltaica de baixo custo”: um LED.


Materiais semicondutores
Os materiais semicondutores são a base da indústria eletrônica. Sua importânciaestá na possibilidade de alteração de suas características elétricas de forma “simples”. Estes materiais recebem o nome de semicondutores por não serem totalmente isolantes - como a borracha, ou o vidro - mas também não serem bons condutores como o cobre, ou o ferro. No entanto, se forem adicionados átomos diferentes a estes materiais, eles podem ter suas características elétricas alteradas. O silício (Si) é um exemplo de semicondutor
muito utilizado na indústria. Se um átomo de fósforo (P) for inserido em um cristal de silício, haverá um elétron a mais na rede cristalina. Este elétron poderá se mover pelo material, pois não está fortemente ligado ao átomo. O novo material possui elétrons em excesso e é por isso chamado semicondutor
tipo n. O oposto ocorrerá se um átomo de gálio (Ga) for inserido na rede cristalina de silício. Um elétron estará faltando, e este “buraco” se comportarácomo uma carga positiva,2 que também pode mover-se pelo material, pois um elétron de um átomo vizinho pode ocupar este espaço.

O semicondutor com falta de elétrons é chamado de semicondutor tipop. A Fig.1 ilustra este processo de inserção de átomos estranhos em uma rede cristalina, denominado “dopagem”. Uma célula fotovoltaica é uma junção dos dois tipos de materiais semicondutores descritos acima. Uma junção pn, como a denominamos, possui propriedades muito peculiares e é de grande interesse na indústria eletrônica, tendo várias aplicações.





Nas Figs. 2 e 3 há um esquema do que ocorre em uma junção pn quando ela é
iluminada.



A luz é constituída por fótons com energia E = h?, onde h é a constante de Planck e ? é a freqüência da luz. Quando estes fótons incidem sobre a junção, eles penetram no material e podem ser absorvidos por elétrons na banda de valência.

Se a energia do fóton for da mesma ordem de grandeza que a diferença de energia das bandas, Eg na Fig. 3, o elétron poderá alcançar a banda de condução, onde estará livre para se mover. A saída de um elétron da banda de valência deixa um buraco na mesma. Com a iluminação constante, haverá um grande número de pares elétron buraco gerados pela absorção de fótons.



Devido à presença dos átomos dopantes, os elétrons da banda de condução se deslocarão para a região n e os buracos da banda de valência se deslocarão para a região p. Se um fio condutor conectar o lado p ao lado n, teremos uma corrente de elétrons se movendo da região de maior concentração de elétrons para a região com escassez de elétrons, como em uma pilha.



O LED como célula solar
As células fotovoltaicas convencionais ainda são muito caras e raras no mercado comum. Como modelo de célula fotovoltaica propomos o uso de um LED, muito mais acessível em termos de custo e mercado. Testamos vários tipos de LEDs, e os melhores resultados foram encontrados com LEDs vermelhos de 10 mm com encapsulamento transparente. Os LEDs vermelhos de 5mm com encapsulamento transparente também apresentaram bons resultados.

O LED também é constituído por uma junção pn. Na Fig. 4 há um diagrama ilustrando o dispositivo. O lado n da junção está preso a um contato metálico, que serve também como um espelho refletor para direcionar a luz. No lado p há apenas um fio estabelecendo o contato elétrico entre o semicondutor e o outro terminal do LED, de modo que a maior parte do semicondutor fica exposta.



Esta construção é necessária porque a luz sai diretamente de onde houve uma combinação entre um elétron e um buraco. Um elétron que venha da banda de condução para ocupar um buraco na banda de valência deve perder energia. Esta energia é liberada na forma de fótons, cuja energia corresponde ao valor de Eg. Portanto, se forem construídos LEDs com diferentes valores para Eg - e isto é conseguido utilizando diferentes dopantes - pode-se produzir diversas cores para a luz dos LEDs. Como o valor de Eg define a energia dos fótons emitidos, o espectro de emissão de um LED possui um pico bastante pronunciado em torno de um comprimento de onda característico, como mostra a Fig. 5.



Embora os LEDs sejam projetados para emitir fótons, eles também podem funcionar como receptores de luz. Em diversos artigos na literatura encontramos o uso de LEDs como foto sensores. Porém, assim como a emissão é bastante pronunciada em torno de uma freqüência característica, a recepção se dá para uma faixa de freqüências cuja energia esteja em torno de Eg. Este comportamento ressonante dos LEDs permite que eles sejam utilizados como sensores para faixas restritas do espectro. Fótons com energias muito diferentes de Eg não são efetivamente absorvidos pelos elétrons e não haverá a geração de pares elétron-buraco nestas situações. Um LED que emita luz verde, por exemplo, será um bom receptor para luz verde, mas não para outras cores do espectro. É por este motivo que sUgerimos utilizar como fontes de luz, nos experimentos a seguir, o Sol ou uma lâmpada incandescente, pois estas fontes possuem um espectro contínuo de radiação, possuindo todas as freqüências da luz.

Para verificar a produção de tensão elétrica em um LED iluminado, basta ligar os seus terminais a um voltímetro para medir tensões contínuas na escala de 2 V e iluminar o LED com uma fonte de luz intensa.
A tensão pode chegar a 1,5 V se o LED for exposto ao Sol. Embora a tensão seja relativamente alta, a corrente alcançada não passa de poucos microamperes, mesmo sob iluminação intensa. Tal fato pode ser compreendido observando o tamanho do semicondutor do LED, que não passa de 1mm2. Uma célula fotovoltaica convencional possui uma grande área de material semicondutor exposta à luz, de forma a poder absorver uma grande quantidade de fótons, ou seja, muita energia. Portanto é necessária uma carga compatível para funcionar com uma corrente tão baixa; um relógio digital é ideal para esta aplicação.

O relógio digital usado por nós é do tipo encontrado em lojas de produtos populares.

É necessário retirar a bateria e sol-dar dois fios nos terminais da mesma (sugerimos desmontar o relógio e soldar os fios diretamente na placa). Ligue os terminais do LED aos fios do relógio e ilumine o LED com uma luz bastante intensa, de preferência o Sol, e veja se o relógio funciona.

Se não funcionar, inverta os fios, pois tanto o LED quanto o relógio possuem polaridade. É possível fazer o relógio funcionar com uma lâmpada incandescente - indicada para as demonstrações em dias nublados - mas neste caso devem ser usados no mínimo três LEDs ligados em série. Esta é uma estratégia para alcançar maior tensão, se o professor desejar aplicá-lo em outras situações. Em nossa versão, mostrada na Fig. 6, colocamos os LEDs em um disco de madeira e o fixamos em uma bola de desodorante roll-on. Utilizando este artifício é possível orientar os LEDs para a posição de máxima incidência de luz.



Conclusão
Muitos livros falam sobre o uso das células fotovoltaicas, mas não fornecem detalhes sobre seu funcionamento e nem sugestões alternativas que possamos utilizar para ilustrá-la na prática.

Tendo estes aspectos em vista, procuramos abordar de forma sucinta o funcionamento das células fotovoltaicas a fim de fornecer uma base teórica para a compreensão da transformação direta da energia solar em elétrica.

Promover o contato de pessoas com tecnologias potencialmente transformadoras é uma forma de sensibilizá-los quanto à necessidade de uma busca de soluções conscientes para a sociedade.

Há sempre um grande espanto quando vêem um relógio funcionando com a energia “gerada” por um LED. A física de semicondutores pode ficar mais atrativa com estes experimentos que surpreendem nosso senso comum.



Notas
Diodo emissor de luz, em inglês. Os LEDs são aquelas lampadazinhas facilmente encontradas nos painéis de equipamentos eletroeletrônicos.

O buraco (lacunas) não é fundamentalmente uma carga positiva, mas sim, como o próprio nome sugere a ausência de um elétron.

A banda de valência é a última banda de energia com elétrons ligados aos átomos em um sólido.



O QUE É ENERGIA SOLAR?

Definição de Energia Solar:
Energia solar é a energia proveniente da luz e do calor do Sol que é aproveitada e utilizada por meio de diferentes tecnologias, principalmente como o aquecimento solar, energia solar fotovoltaica, energia Heliotérmica e arquitetura solar. A energia solar é considerada uma fonte de energia renovável e sustentável.


Significado de Energia Solar no dicionário informal:
Energia Solar é a energia derivada do Sol na forma de radiação solar.




O Potencial da Energia Solar
A energia solar é considerada como inesgotável do ponto de vista humano. O potencial de energia solar é excepcional em comparação com todas as outras fontes de energia. Veja abaixo o potencial da energia solar em comparação com as outras fontes de energia. Ao lado direito da figura observamos o potencial total das fontes de energia não renováveis, ou seja, que provavelmente irão se esgotar algum dia, ao lado esquerdo vemos o potencial anual das energias alternativas que consideramos renováveis, ou seja, que se renovam anualmente.




Principais tecnologias de Energia Solar
Existem as mais variadas formas de aproveitar a energia solar como uma fonte de energia renovável. As principais tecnologias utilizadas são as seguintes:


1 - Energia Solar Térmica
É uma forma de energia alternativa e, uma tecnologia, para o aproveitamento da energia solar para gerar energia térmica ou energia elétrica para uso na indústria e ou residências. A primeira instalação de equipamentos de energia solar térmica ocorreu no deserto do Saara, aproximadamente em 1910, quando um motor foi alimentado pelo vapor produzido através do aquecimento d`água utilizando-se a luz solar.

2 - Coletor Solar - Aquecedor de Água Solar
É a forma mais conhecida de aproveitamento da energia solar térmica e é utilizado para aquecer água para banho em residências (os famosos aquecedores solares) e também para gerar água quente para uso industrial.


3 - Energia Solar Heliotérmica
Esta é uma outra forma de se utilizar o calor da energia solar para gerar energia elétrica. Na maioria das vezes utilizam-se concentradores, como espelhos, para focar a energia em um ponto específico, seja no topo de uma torre ou em um tubo a vácuo, para aquecer o líquido que há dentro e usar este líquido para gerar vapor e alimentar uma turbina elétrica a vapor. Nas fotos a baixo você consegue ver estes dois tipos de tecnologias de energia solar utilizadas para gerar energia limpa.



4 - Energia Solar Fotovoltaica - Conversão Direta da Radiação Solar em Energia Elétrica



Além dos processos térmicos descritos acima, a energia solar pode ser diretamente convertida em energia elétrica. A energia fotovoltaica é hoje a fonte de energia limpa que mais cresce no mundo. Ela usa materiais semicondutores como o silício cristalino para converter a luz solar em energia fotovoltaica (Energia solar elétrica). A energia fotovoltaica existe a mais de 100 anos e hoje é utilizada para gerar energia elétrica para milhares de residências e indústrias no mundo todo. Para ela ser aproveitada para gerar energia elétrica para casas e empresas as células fotovoltaicas (foto acima) precisam ser montadas dentro de um painel solar visando proteção e durabilidade e por sua vez, este painel solar, será conectado em outros painéis em um sistema solar fotovoltaico. O sistema solar fotovoltaico é composto por:
01- Painéis solares
02 - Inversor solar
03 - Sistema de fixação das placas solares
04 - Cabeamentos
05 - Conectores
06 - Outros materiais elétricos



Os métodos de captura da energia solar
São classificados em diretos ou indiretos e podem ser classificados também como passivos ou ativos:

Direto
São os métodos que precisam de apenas uma etapa para capturar a energia do sol e transformá-la em energia que pode ser utilizada pelos homens. Exemplo: Energia Solar Fotovoltaica - a energia solar atinge uma célula fotovoltaica criando eletricidade.

Indireto
São os métodos que precisam de duas ou mais etapas para converter a energia solar em energia utilizável por nós. Um bom exemplo de um método indireto é a energia heliotérmica onde a energia solar atinge os espelhos refletores que por sua vez concentram o calor em um tubo a vácuo por onde passa água e, esta, quanto tiver sido transformada em vapor alimentará uma turbina para gerar energia elétrica.

Sistemas Passivos e Ativos de Energia Solar
Os sistemas passivos de energia solar são normalmente diretos (como uma estufa que transfere o calor do sol para o ar mantendo o ambiente quente), já os sistemas ativos de energia solar, funcionam com o auxílio de dispositivos mecânicos para melhorar o desempenho da coleta da energia solar (como um tipo de sistema de aquecimento solar que utiliza uma bomba para forçar a circulação de água dentro do sistema).


Principais benefícios da Energia Solar


Benefícios da energia solar para o meio ambiente:
Sistemas de energia solar utilizam energia limpa e pura do sol. A instalação de painéis solares em sua casa ou empresa ajuda a combater as emissões de gases do efeito estufa e reduz a nossa dependência dos combustíveis fósseis como o petróleo. Exemplos:

1 - Um sistema fotovoltaico padrão de 6kWp vai evitar a emissão de gases poluentes durante toda a sua vida útil de 30 anos, equivalente a plantar árvores em 10 campos de futebol inteiros!

2 - Este mesmo sistema economizaria água de 6 piscinas olímpicas em comparação com uma hidrelétrica.

3 - Economia de 79 toneladas de carvão queimado.

4 - Economia de 500.000km rodados com gasolina.


Benefícios da Energia solar para o nosso Bolso:
A energia solar é uma excelente forma de economizar dinheiro! Isso mesmo, quem utiliza energia solar térmica, fotovoltaica ou mesmo iluminação natural economizara milhares de reais (R$) todos os anos.
Exemplo: um sistema fotovoltaico de 6kWp economizará para o seu dono por volta de R$ 250.000,00 ao longo de 30 anos de sua vida útil.

Sim, o investimento inicial é alto, porém a quantidade de dinheiro que o sistema vai lhe economizar ao longo de sua vida útil mais que compensa este investimento.


Energia Solar Residencial
Existem diversas formas de se aproveitar a energia solar em uma casa, seja para secar a roupa no varal, para aquecer uma área através de uma estufa, produzir água quente para banho ou gerar energia elétrica utilizando-se um sistema fotovoltaico. Ao lado é possível visualizar um exemplo de como funciona a energia solar residencial fotovoltaica conectada na rede da distribuidora. De uma maneira simples:



Energia Solar Residencial em 5 passos

01-Painel fotovoltaico produz energia elétrica em Corrente Contínua (CC);

02-Inversor solar fotovoltaico converte a energia elétrica para ser usada na casa;

03-A energia pronta para ser usada é conectada e distribuída através do “quadro de luz”;

04-Tudo o que estiver conectado na tomada irá utilizar a energia gerada pelo sistema fotovoltaico;

05-Se o gerador de energia solar fotovoltaica produzir mais energia que do que você está consumindo esta energia é jogada para rede elétrica e lhe dará “créditos de energia” para serem utilizados a noite ou em dias que não há muito sol.



Energia Solar para Indústrias



Da mesma forma como o diagrama acima explica Energia Solar para Indústrias para uma casa, a energia solar fotovoltaica pode ser utilizada por uma indústria para produzir a sua própria energia elétrica. A diferença é basicamente o tamanho do sistema fotovoltaico, ou seja, enquanto em uma casa você utiliza alguns poucos painéis fotovoltaicos em uma indústria é utilizado centenas ou milhares. Outra forma muito difundida de se utilizar a energia solar para indústria é através do aquecimento solar de água para processos indústrias. Além destas duas formas, é muito comum utilizar claraboias em telhados de fábricas para que a luz solar entre e assim gerar uma economia de gastos com iluminação.


Os top 10 países em energia solar fotovoltaica - 2014
Abaixo duas tabelas que mostram os 10 países com mais energia solar fotovoltaica instalada até o final de 2014 (tabela da esquerda), e os países que mais instalaram energia solar fotovoltaica em 2014 (tabela da direita). Apenas como comparação, a Alemanha tem praticamente 3 vezes a potência instalada de Itaipu em energia fotovoltaica. A China instalou sozinha em 2014 praticamente o equivalente a uma usina de Belo Monte em energia fotovoltaica!



Curiosidades sobre energia solar

1 - A cada mês, a 1kWp de energia solar fotovoltaica irá impedir que aproximadamente 77kg de carvão sejam queimados no mundo.


2 - A indústria de energia solar é uma das 5 que mais crescem no mundo.


3 - Aproximadamente 30% da energia elétrica utilizada em uma casa é consumida pelo chuveiro elétrico. Ou seja, é possível economizar tudo isso com um aquecedor solar.


4 - Um avião movido a energia solar sobrevoou os EUA por mais de 4.000 km.





5 - Todos os anos a Austrália sedia uma corrida de carros elétricos movidos a energia solar. As velocidades médias dos carros ultrapassam os 100km/h!


Foto Wikipedia: Vencedor de 2009 " Tokai Challenger"


6 - O MS Turanor PlanetSolar é o maior barco solar do mundo. Este catamarã opera exclusivamente em energia solar captada pelos seus 512m² de painéis solares. Com uma velocidade máxima de 26km/h, ele é o barco movido a energia solar que deu a volta mais rápido no mundo.





7 - No Brasil já é possível produzir a sua própria energia elétrica com sistemas fotovoltaicos e se houver produção de energia em excesso “vender” esta energia para rede pública através de créditos de energia.



A História da energia solar


A primeira bateria solar da Bell em Americus, Geórgia.


Os primórdios da História da energia solar estão marcados pela serendipidade.

O efeito fotovoltaico foi observado em 1839 pelo físico francês que observou pela primeira vez o paramagnetismo do oxigénio líquido, Alexandre Edmond Becquerel. Um muito jovem becquerel conduzia experiências eletroquímicas quando, por acaso, verificou que a exposição à luz de eléctrodos de platina ou de prata dava origem ao efeito fotovoltaico.

A serendipidade foi igualmente determinante na construção da primeira célula fotovoltaica. Nas palavras de Willoughby Smith numa carta a Latimer Clark datada de 4 de Fevereiro de 1873, a sua descoberta do efeito fotovoltaico no selénio foi um acidente inesperado:

«Being desirous of obtaining a more suitable high resistance for use at the Shore Station in connection with my system of testing and signalling during the submersion of long submarine cables, I was induced to experiment with bars of selenium - a known metal of very high resistance. I obtained several bars, varying in length from 5 cm to 10 cm, and of a diameter from 1.0 mm to 1.5 mm. Each bar was hermetically sealed in a glass tube, and a platinum wire projected
from each end for the purpose of connection. (...) While investigating the cause of such great differences in the resistance of the bars, it was found that the resistance altered materially according to the intensity of light to which they were subjected.»

Na seqüência desta descoberta, Adams e o seu aluno Richard Day desenvolveram em 1877 o primeiro dispositivo sólido de fotoprodução de eletricidade, um filme de selénio depositado num substrato de ferro em que um filme de ouro muito fino servia de contacto frontal.
Este dispositivo apresentava uma eficiência de conversão de aproximadamente 0,5%.Charles Fritts duplicou essa eficiência para cerca de 1% uns anos depois construindo as primeiras verdadeira células solares, construindo dispositivos assentes igualmente em selénio, primeiro com um filme muito fino de ouro e depois um sanduiche de selénio entre duas camadas muito finas de ouro e outro metal na primeira célula de área grande.No entanto, não foram as propriedades fotovoltaicas do selénio que excitavam a imaginação da época mas sim a sua fotocondutividade, isto é, o fato de a corrente produzida ser proporcional à radiação incidente e dependente do comprimento de onda de uma forma que o tornava muito atraente como medir a intensidade da luz em fotografia. E de fato, estes dispositivos encontraram a sua primeira aplicação nos finais do século XIX pela mão do engenheiro alemão Werner Siemens (o fundador do império industrial homónimo) que os comercializou como fotómetros para máquinas fotográficas.

Embora tenha sido Russell Ohl quem inventou a primeira solar de silício, considera-se que a era moderna da energia solar teve início em 1954 quando Calvin Fuller, um químico dos Bell Laboratories em Murray Hill, New Jersey, nos Estados Unidos da América, desenvolveu o processo de dopagem do silício. Fuller partilhou a sua descoberta com o físico Gerald Pearson, seu colega nos Bell Labs e este, seguindo as instruções de Fuller, produziu uma junção p-n ou díodo mergulhando num banho de lítio uma barra de silício dopado com um elemento doador eletrônico. Ao caracterizar eletricamente a amostra, Pearson descobriu que esta exibia um comportamento fotovoltaico e partilhou a descoberta com ainda outro colega, Daryl Chapin, que tentava infrutiferamente arranjar uma alternativa para as baterias eléctricas que alimentavam redes telefónicas remotas.

As primeiras células fotovoltaicas assim produzidas tinham alguns problemas técnicos que foram superados pela química quando Fuller dopou silício primeiro com arsénio e depois com boro obtendo células que exibiam eficiências recorde de cerca de 6%.

A primeira célula solar foi formalmente apresentada na reunião anual da National Academy of Sciences, em Washington, e anunciada numa conferência de imprensa no dia 25 de Abril de 1954. No ano seguinte a célula de silício viu a sua primeira aplicação como fonte de alimentação de uma rede telefónica em Americus, na Geórgia.


Vamos falar agora do Silício
As primeiras utilizações de energia fotovoltaica resumiam-se a situações em que não estava disponível energia da rede, nomeadamente em locais remotos e, especialmente, fora da Terra, quer em satélites quer em sondas espaciais. De fato, embora inicialmente a NASA não estivesse muito convencida das vantagens da utilização de painéis solares aceitou, com alguma relutância, dotar o Vanguard I de um pequeno painel, seis células solares com uma área de apenas 1 dm2, para alimentar um transmissor back-up de outro alimentado por uma pilha de mercúrio. O transmissor do satélite, lançado em Março de 1958 e ainda em órbita, funcionou durante cerca de oito anos ... mas aquele alimentado pelas células solares, a pilha «convencional» falhou ao fim de vinte dias.

Depois do fiasco salvo pelas baterias solares, que tiveram aqui a sua prova de fogo, o programa espacial norte-americano passou a usar células solares nos seus satélites, solução igualmente adoptada pelo programa espacial soviético: o Sputnik-3, lançado cerca de dois meses depois do Vanguard I, estava igualmente dotado de um pequeno painel solar.

Na década de sessenta, a investigação em células solares surge quase como um efeito colateral da guerra fria entre as duas grandes superpotências da época. Ou seja, foi a guerra ao espaço que promoveu um grande desenvolvimento das células solares, desenvolvimento que foi essencialmente dirigido a um aumento de eficiência e tinha poucas ou nenhumas preocupações económicas.

A situação alterou-se no início da década de setenta, quando Joseph Lindmeyer, que trabalhava para a Communications Satellite Corporation, inventou uma célula de silício cerca de 50% mais eficiente que qualquer outra. Embora a Comsat fosse a dona da patente, o sucesso desta célula convenceu Lindmeyer de que a energia solar estava pronta para o público em geral. Lindmeyer saiu da Comsat e com Peter Varadi fundou a Solarex em 1973.

Aquela que foi uma das primeiras empresas a tentar vender aplicações «civis» da energia solar começou por produzir painéis fotovoltaicos para sistemas de telecomunicações remotos e bóias de navegação, o único tipo de aplicações terrestres que se pensava serem economicamente interessantes. Mas cerca de dois meses depois de fundada a Solarex, a conjuntura alterou-se drasticamente com o primeiro choque petrolífero e, subitamente, o mercado da energia solar conheceu uma expansão inesperada. Em 1980, a Solarex detinha metade de um pequeno mas crescente mercado de células solares.

A crise petrolífera de 1973 levou a outra corrida a programas de investigação em células solares, agora mais dirigidos para a redução dos custos de produção. Até aí os painéis solares eram baseados exclusivamente em células de silício monocristalino. Mas a fabricação das células solares tradicionais - as células de 1ª geração que, com excepção das células de arsenieto de gálio, são ainda as mais eficientes disponíveis no mercado - feitas deste material, o mesmo utilizado para a fabricação dos chips de computador, exige salas limpas e tecnologia muito sofisticada, o que as torna demasiado caras.

A investigação intensiva nesta área despoletada pela primeira crise petrolífera conduziu à descoberta de novos materiais, em particular o silício multicristalino ou mesmo silício amorfo, muito menos exigentes em termos de processo de fabricação, ou de métodos de produção de silício directamente em fita o que permite eliminar os desperdícios (e esfarelamento) no corte de um grande cristal em bolachas. A deposição dos contactos eléctricos por serigrafia, em vez das técnicas tradicionais de fotolitografia e deposição por evaporação de metais em vácuo, permitiu baixar ainda mais os preços de fabricação.

Em Março foi notícia a descoberta de um investigador do MIT, Emanuel Sachs, que anunciou ter conseguido aumentar a eficiência das células fotovoltaicas policristalinas, muito mais simples e baratas de fabricar.

Com as inovações introduzidas pelo cientista, a eficiência destas células, 19.5%, aproximou-se da eficiência das células convencionais mas os custos de fabricação são muito mais baixos: as células de silício monocristalino custam cerca de US$2.10 por watt gerado; as primeiras gerações destas novas células policristalinas deverão custar US$1.65 por watt gerado, quando fabricadas numa escala industrial. De acordo com Sachs, a curto prazo este preço deve baixar para US$1.30/watt. Como comparação, refere-se que o custo do watt gerado em centrais a carvão é de US$1.00. Sachs afirma que novos revestimentos antirreflexivos deverão permitir que as células solares policristalinas batam o preço do carvão por volta de 2012. As novas células solares policristalinas de alto rendimento são comercializadas pela empresa que fundaram, a 1366 Technologies.

Para além dos Estados Unidos, outro país que tem investido muito em investigação nesta área tem sido a Alemanha que é já o maior mercado de células fotovoltaicas a nível mundial, deixando o Japão, outro país que tem investido massivamente na área, para trás. Ambos os países tem contribuído para tornar a energia solar competitiva, baixando os custos de produção através do desenvolvimento de novas técnicas de produção e criando uma procura que ajudou as indústrias a ultrapassarem a massa crítica no mercado de energia.

Este ano, a Evonik e SolarWorld anunciaram a abertura de uma fábrica de produção de silício «solar» em Rheinfelden, na Alemanha, como parte do seu consórcio Joint Solar Silicon. O seu novo processo de produção de filmes ultra-finos de silício permite uma economia de até 90% da energia utilizada nos processos de produção
convencionais. A nova fábrica terá uma capacidade de produção de 850 toneladas de silício «solar» por ano e a matéria-prima será fornecida pela fábrica de silano (SiH4) da Evonik.

As células de filme fino, embora com uma eficiência em laboratório inferior às células de primeira geração, frequentemente permitem melhores resultados em comparação com as células clássicas nas aplicações reais do dia-a-dia, devido a perdas inferiores às temperaturas elevadas de funcionamento e a uma melhor eficiência em condições de baixa intensidade de luz. No entanto, o crescimento da fatia de mercado destas células tem sido limitado pela sua baixa disponibilidade no mercado. As células convencionais dominam por enquanto o mercado das fotovoltaicas e a falta de silício monocristalino tem limitado o crescimento do setor e aumentado muito o preço deste material e, conseqüentemente, dos painéis solares.


Chegou à vez do Plástico



A conversão de energia solar em eletricidade pode ser uma das soluções para a crise energética que o mundo enfrenta. O elevado preço (e o consumo de energia) associado à obtenção do silício utilizado nas células convencionais impede uma maior contribuição da energia fotovoltaica na produção de energia. Embora existam outras alternativas, as células solares de plástico, OPVs, que podem ser fabricadas a baixo custo (também a nível energético), são atualmente as mais promissoras.

De fato, a facilidade de processamento de polímeros, quando comparada com a dos tradicionais semicondutores inorgânicos, apresenta como atractivo o desenvolvimento de técnicas de custo reduzido para aplicações que requerem semicondutores de hiato no visível. Um novo setor da indústria eletrônica e fotônica baseado em materiais plásticos, em vez de silício, está já a surgir. Dispositivos, circuitos e sistemas em plástico, de muito baixo custo, que podem ser impressos sobre qualquer material, começam a aparecer no mercado.

Em paralelo com a eletrônica convencional baseada no silício está a emergir um novo paradigma baseado, não no elevado desempenho e miniaturização dos componentes, mas sim no baixo custo de fabricação. A eletrônica de plástico, também chamada eletrônica orgânica, assenta no baixo custo do processamento e na possibilidade de manipulação química para atingir as propriedades desejadas nos materiais. Uma vez que os semicondutores orgânicos podem ser concebidos de modo a ser solúveis em solventes comuns, podem ser usadas tecnologias de produção como impressão a jacto de tinta ou estampagem.

Um dos objetivos mais ambiciosos para produzir circuitos e dispositivos eletrônicos de baixo custo baseia-se no uso de impressoras rotativas de alta velocidade (como as usadas para imprimir os jornais), que podem imprimir milhares de circuitos ou dispositivos por metro quadrado que depois podem ser separados por processos automáticos. O uso de substratos flexíveis de plástico ou papel permite atingir custos extremamente baixos para certos tipos de circuitos como os que futuramente irão substituir o atual código de barras.
Outra aplicação da eletrônica de plástico, que promete revolucionar a indústria de iluminação, é o uso de OLEDs (de luz branca, se assim se quiser) em painéis de iluminação. As eficiências e tempos de vida já excedem as das lâmpadas incandescentes. A iluminação baseada nesta tecnologia, possibilitará iluminação difusa, com painéis de grande área e cuja intensidade de iluminação pode ser controlada. Também existem LEDs de materiais inorgânicos bastante eficientes, mas de muito maior custo de fabricação.

Mas é nível de dispositivos fotovoltaicos que este novo paradigma da se torna muito aliciante. A flexibilidade de desenhar polímeros que apresentam as propriedades que se queiram para além da tecnologia barata já bem desenvolvida para todos os tipos de filmes plásticos tornaria essa aplicação um sucesso. A flexibilidade mecânica de materiais plásticos seria bem-vinda para integração arquitetônica, nomeadamente em superfícies curvas inacessíveis às tecnologias assentes nos materiais inorgânicos tradicionais.

Assim, não é surpreendente que exista um esforço de investigação significativo no desenvolvimento de OPVs. No entanto, é ainda comparativamente inferior o desempenho de dispositivos fotovoltaicos que utilizam um polímero conjugado para absorção de radiação, devido a um baixo rendimento de fotogeração, uma recombinação radiativa considerável e baixa mobilidade dos portadores de carga.

As eficiências de conversão da energia solar, PCE, de todas as OPVS referidas na literatura são muito baixas quando comparadas com as células fotovoltaicas inorgânicas. Uma eficiência fotovoltaica elevada requer uma absorção de luz eficiente e um bom transporte de cargas. Os polímeros apresentam uma mobilidade de cargas muito menor que os seus equivalentes inorgânicos para além de o seus espectro (a parte da luz absorvida) não coincidir com o espectro da luz solar. As mais eficientes, que assentam na utilização de misturas de polímeros com derivados do fullereno, C60, apresentam PCEs à volta de 6%, o que não as torna atrativas para comercialização embora a tecnologia mais barata envolvida e a possibilidade de fabricação de áreas muito grandes sejam um ponto a favor das OPVs para algumas aplicações, por exemplo como tinta de revestimento de superfícies metálicas.



Outras alternativas
Outra alternativa inorgânica às células de silício figurou no número de Fevereiro de 2008 da Chemistry World. O artigo «First sales for 'world's cheapest solar cells’» dava conta das primeiras vendas para o público em geral das células fotovoltaicas desenvolvidas pela Nanosolar. Esta empresa americana anunciou nessa data a produção comercial de células de filme fino baseadas numa tinta de um semicondutor muito durável (segundo indicações da Nanosolar, poderá ser usado durante 25 anos). Este semicondutor inorgânico, designado CIGS (acrónimo de Copper Indium Gallium Diselenide, diselenieto de cobre índio e gálio ) apresenta vantagens em relação ao silício no processo de fabricação, no rendimento e custo de produção de painéis solares.

Os painéis solares produzidos são revestidos com uma mistura homogénea de nanoparticulas dos vários componentes da tinta o que garante uma deposição uniforme na extensão de área que se desejar. O revestimento é posteriormente aquecido de forma a ser obtido um filme fino e contínuo. Os painéis assim produzidos apresentam uma PCE de 19,5% a um custo de apenas 13 cêntimos de dólar por cada Watt produzido (entre 1/10 a 1/5 do custo possível com as células inorgânicas convencionais). O processo de produção é rápido e possibilita um menor desperdício de material, já que se trata de uma tinta que pode ser distribuída por vários tipos de suporte com formas variadas.



A tinta CIGS «Copper Indium Gallium Diselenide» da Nanosolar O problema com estas células reside no fato de o índio ser um elemento muito pouco abundante na Terra e ser extensivamente usado em muitas outras aplicações. Isto é, o índio, o componente fulcral destas células, é um elemento muito raro e dispendioso e se o preço a que estas células fotovoltaicas conseguem produzir energia elétrica é muito atraente, a perspectiva de uma utilização massiva que esgotaria as nossas reservas de índio ensombra esta alternativa.



REFERÊNCIAS:

Eduardo de Campos Valadares, Alaor S. Chaves e Esdras Garcia Alves, Aplicações da Física Quântica: Do Transistor à Nanotecnologia (Livraria da Física, São Paulo, 2005), 1ª ed.

Robert Boylestad e Louis Nashelsky, Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos (Prentice-Hall do Brasil, Rio de Janeiro, 1994), 5ª ed.

Reginaldo da Silva, Adenilson J. Chiquito, Marcelo G. de Souza e Rodrigo P. Macedo, Revista Brasileira de Ensino de Física 26, 379 (2004).

Marisa Almeida Cavalcante, Cristiane R.C. Tavolaro, Dione Fagundes de Souza e João Muzinatti, Física na Escola 3:1, 24 (2002).

L. Nieves, G. Spavieri, B. Fernades e R.A. Guevara, The Physics Teacher 35, 108 (1997).

Marisa Almeida Cavalcante, Cristiane R.C. Tavolaro e Rafael Haag, Física na Escola 6:1, 75 (2005).

Marisa Almeida Cavalcante e Rafael Haag, Revista Brasileira de Ensino de
Física 27, 343 (2005).

WEB:

O que é energia solar e como funciona o processo de geração de eletricidade via radiação solar?
http://www.ecycle.com.br/component/content/article/69-energia/2890-o-que-e-energia-solar-como-funciona-radiacao-solar-painel-residencial-fotovoltaica-csp-heliotermica-nuclear-eolica-biomassa-desvantag
Acessado em 15/05/2016

Sistemas de energia solar fotovoltaica e seus componentes
http://www.neosolar.com.br/aprenda/saiba-mais/sistemas-de-energia-solar-fotovoltaica-e-seus-componentes
Acessado em 18/06/2016

Vantagens e desvantagens da energia solar
http://www.portal-energia.com/vantagens-e-desvantagens-da-energia-solar/
Acessado em 20/06/2016



APPÊNDICE: TESTANDO PAINEL SOLAR DE LED'S:



01-Lâmpada Fluorescente de 25Watts desligada, mas a luminosidade do ambiente o voltímetro registra uma tensão de 0,15 em seus terminais.
.



02-Detalhe construtivo do painel solar de LED'S



04-O Voltímetro no destalhe (Lâmpada desligada) regista entre 0,13V e 0,15V. Esta pequena tensão é provocada pela luminosidade do ambiente.



05-Lâmpada fluorescente de 25 Watts ligada e posicionada bem próximo a PLACA SOLAR DE LED'S.



06-Neste estado de Lâmpada ligada o voltímetro registra em seus terminais a tensão de 1,04 Volts.



07-Logo após desligar a lâmpada o voltímetro volta ao estado inicial.

OBS: Em testes da placa exposta ao sol de meio-dia, foi registrado pelo voltímetro o valor aproximado de 4,5 Volts.



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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

AS MAIS COMENTADAS - DEZEMBRO DE 2016


AS MAIS COMENTADAS - DEZEMBRO DE 2016



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02-Os 5 métodos de tortura mais horríveis da Roma Antiga


03-Conheça as armas ninjas mais secretas


04-Cientistas desvendam segredos genéticos dos cavalos-marinhos


05-6 roubos de cinema inesquecíveis


06-Ele foi a pessoa mais malvada da história?


07-Qual o seu filme natalino predileto ?


08-HQ - Pra Que Serve O Invento? História do Professor Pardal de 1972


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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Guerra Mundial Zero teria dizimado civilizações e levado Europa à Idade das Trevas


Guerra Mundial Zero teria dizimado civilizações e levado Europa à Idade das Trevas



Um conflito de grandes proporções, há 3200 anos, denominado Guerra Mundial Zero, teria provocado o colapso de importantes civilizações, aponta um nova teoria.


Durante o fim da Idade do Bronze, o Mediterrâneo oriental foi dominado pelo chamado "Grupo dos 8", formado por egípcios, hititas, cananeus, cipriotas, minoicos (de Creta), micênicos (da Grécia), assírios e babilônios. Mas, há aproximadamente 3.200 anos, todas estas civilizações entraram em declínio e algumas, inclusive, foram quase varridas do mapa.

As razões para este colapso ainda são debatidas por arqueólogos, mas já foram levantadas hipóteses que vão desde catástrofes naturais até rebeliões de civis. Mas agora, o geoarqueólogo Eberhard Zangger propõe uma causa muito maior para o declínio desse Grupo dos 8: uma série prolongada de conflitos antigos que ele chama de "Guerra Mundial Zero", de acordo com Colin Barras, em artigo publicado na New Scientist.



Cultura luwian


Mapa da ocupação Luwian

Na última passada, Zangger, diretor da Fundação de Estudos Luwian, com sede em Zurique, na Suíça, lançou um livro e um website argumentando que uma outra cultura, que ele chama de Luwians, deu início a uma série de invasões que culminou com a queda de vários povos na Idade do Bronze.

"Por milhares de anos, a maior parte do oeste da Ásia Menor foi politicamente fragmentada em pequenos reinos e principados", escreve Zangger. "Isso, certamente, enfraqueceu a região economica e politicamente, e também atrasou o reconhecimento de uma cultura Luwian mais ou menos consistente."

Zangger afirma que os Luwians formaram uma coalizão forte o suficiente para destruir o império hitita. Ele acredita que os Luwians foram os "Povos do Mar", mencionados em documentos egípcios, que invadiram aquele império e ajudaram a desestabilizar o Novo Reino.



Inscrições Luwian de 900-700 A.C.



Idade das Trevas


Civilização Micênica


De acordo com Zangger, os micênicos se anteciparam à investida dos Luwians e lançaram uma série de ataques contra suas cidades portuárias. Mas, após o triunfo, retoranram para casa e foram surpreendidos pelos políticos, que não quiseram dividir o poder, o que levou a Grécia a uma guerra civil e à Idade das Trevas. Quase todas as grandes cidades da região foram destruídas por volta de 1200 a.C.



Civilização Micênica - Mapa


Mas nem todos os pesquisadores estão convencidos da ideia de uma "Guerra Mundial Zero":

"Ele está trazendo esta ideia da antiga guerra internacional", rebateu Michael Galaty, chefe do Departamento de Antropologia da Universidade Estadual do Mississippi. "A maioria dos arqueólogos se recusam a usar essa terminologia."

Algumas correntes tradicionais acreditam que o colapso da civilização micênica ocorreu após a invasão dórica, que determinou o fim da Idade do Bronze.



Invasões Indo-Européias



Fonte: Smithsonian Mag
(http://www.smithsonianmag.com/smart-news/geoarchaeologist-proposes-there-was-a-world-war-zero-180959152/)


Civilizações da Idade do Ferro



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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Descoberto túnel cavado com colheres por judeus na Segunda Guerra


Descoberto túnel cavado com colheres por judeus na Segunda Guerra



Um túnel de 35 metros cavado com colheres e com as próprias mãos por prisioneiros judeus que escapavam dos nazistas na Segunda Guerra Mundial foi descoberto na floresta Ponar na Lituânia.


A Floresta Ponar foi palco de um massacre ao longo de três anos, entre 1941 e 1944, em uma região perto da estação Ponary, que hoje é conhecida como Paneriai. A área, atualmente, faz parte do subúrbio da capital da Lituânia, Vilnius, um centro judaico antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial. Sob a ocupação nazista, a floresta foi usada para enterrar os corpos de até 100 mil pessoas, incluindo 70 mil judeus, além de poloneses, soviéticos, pessoas consideradas comunistas e romenos.

Quando o rumo da Segunda Guerra virou contra a Alemanha com a aproximação do Exército Vermelho, os nazistas tentaram encobrir suas atrocidades. Eles forçaram cerca de 80 prisioneiros do campo de concentração de Stutthof, na Polônia, que eram acorrentados pelas pernas, a desenterrar os corpos da floresta e queimá-los.

Esse trabalho infernal era realizado durante o dia - os prisioneiros abriam as covas e empilhavam corpos para a incineração. O grupo temia que depois que o trabalho fosse concluído, eles seriam os próximos na linha de execução. Para fugir desse pesadelo, eles planejaram uma fuga: começaram a cavar durante as noites um túnel, usando colheres e as próprias mãos. Foram três meses de trabalho para cavar um buraco subterrâneo de 35 metros de comprimento.

A fuga ocorreu quando todos dormiam, em 15 de abril de 1944. De acordo com a Autoridade Israelense de Antiguidades, 40 passaram pelo túnel, mas foram descobertos pelos guardas e muitos acabaram baleados. Apenas 15 conseguiram cruzar as cercas do campo e fugir para a floresta. Onze alcançaram as forças russas e sobreviveram à guerra.

O achado foi feito por uma equipe internacional de pesquisadores de Israel, Estados Unidos, Canadá e Lituânia. Desde a Segunda Guerra Mundial eram feitas buscas para localizar este túnel subterrâneo. A descoberta só foi possível agora por conta do uso de uma técnica de tomografia por resistência elétrica, usada para a exploração de petróleo e para a mineração.



Fontes: O Globo, Antiquities

(http://oglobo.globo.com/sociedade/historia/descoberto-tunel-cavado-com-colheres-por-judeus-na-segunda-guerra-19606211)

(http://www.antiquities.org.il/Article_eng.aspx?sec_id=25&subj_id=240&id=4210)



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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O Guia de Sobrevivência a Zumbis – Max Brooks


O Guia de Sobrevivência a Zumbis – Max Brooks



Quer se preparar para o inevitável? Saber como sobreviver ao apocalipse nunca profetizado pelo Antigo Testamento? Então não deixe de ler este guia…


É isso mesmo. Segundo Max Brooks, o tempo em que os mortos caminharão pela Terra tendo como único e voraz instinto, o insaciável apetite por carne humana fresca, pode estar mais próximo do que você imagina. Por isso…Por que não se preparar da melhor maneira possível para enfrentar, talvez, o declínio completo do que conhecemos como sociedade moderna?



Max Brooks (filho do cineasta Mel Brooks) parece ter puxado a veia humorística do pai e resolveu se enveredar pelo ramo literário. Com este guia de sobrevivência ele desmistifica (ou talvez crie novos mitos) praticamente tudo o que diz respeito ao que hoje chamamos de Zumbi. Max tenta não deixar passar nada e analisa a fisiologia dos Zumbis (matei a minha curiosidade sobre seu sistema digestivo), seus comportamentos, como evita-los, como fugir deles e claro (o mais divertido!), quais são as melhores maneiras de mata-los.

Max mantém um tom sério, jornalístico e didático no decorrer do guia, o que só torna algumas passagens ainda mais engraçadas. A parte didática é bem dosada, e se em alguns momentos ele chega a listar os itens necessários para uma possível fuga, ou sobrevivência em lugares inóspitos, elas nunca se estendem por muito tempo, o que poderia tirar tanto o dinamismo da leitura quanto começar a gerar questionamentos de continua-la. Afinal, você precisa mesmo saber TODOS os detalhes de como se virar caso sua casa esteja cercada por mortos-vivos?

Confesso que me peguei questionando isso em alguns momentos, mas como eu disse, as listas são bem dosadas e isso pouco tira do valor do livro como um todo.



Depois de todas as dicas serem dadas, todas as armas analisadas, todos os ambientes estudados, segue-se o que a meu ver contém o melhor do livro. Refiro-me aos “relatos históricos” de ataques zumbis desde os primórdios da humanidade. Isso mesmo. Pensou que os zumbis eram uma praga dos nossos tempos? Nada disso. Max traz relatos tão antigos quanto os egípcios e mais. Inclusive, uma curiosidade que ele inteligentemente liga ao seu guia é o fato dos egípcios, ao mumificarem seus mortos terem como parte do processo a retirada do cérebro do morto pelo nariz. Max sugere que este costume pode-se ter originado depois dos primeiros ataques sofridos pelo povo das pirâmides por seus faraós mumificados. Romanos, chineses e até relatos de ataques no Brasil não ficam de fora. Essas pequenas histórias, muitas vezes narradas com um cunho jornalístico, dão um sabor a mais a já prazerosa leitura do guia. Eles servem também como introdução para o livro seguinte de Max, World War Z – An oral history of the Zombie War (ainda sem lançamento em português), que junta relatos dos sobreviventes à guerra travada entre humanos e mortos-vivos. Este segundo livro também se tornou um best-seller, dada a fértil imaginação de Max nos relatos mais variados.



A crítica social (sempre presente nos filmes de George Romero, por exemplo) também tem seu lugar aqui, comedido, mas tem. Principalmente quando se analisa a ineficácia do governo em conter epidemias ou a sua eficácia ao tentar esconde-las.

Se você está à procura de um livro com uma leitura simples, prazerosa, divertida e que esbanja criatividade, não pense duas vezes e compre o seu guia. Se pensarmos bem, muitas das dicas de sobrevivência podem sim ser úteis mesmo fora do contexto ‘’apocalipse zumbi’’. Portanto, não ignoremos a importância didática deste guia.



A última dica que dou é: Se você não tem problemas para ler em Inglês, cogite adquirir a versão importada. Falo por ser vantajoso financeiramente mesmo. O livro aqui está entre 26 e 36 Reais. Paguei pelo guia e o World War Z apenas 6 doletas cada um na Amazon. Claro, tem o frete e tudo mais, mas dividindo com alguém, ou fazendo uma compra maior (meu caso), compensa bastante.

Max Brooks faz uma homenagem relevante a uma das criaturas mitológicas modernas mais interessantes já criadas. Tenho certeza de que George Romero indicaria O Guia de Sobrevivência a Zumbis como leitura obrigatória… E se Romero diz, quem sou eu para discordar.

Confira as 10 dicas básicas contra os undead:

Organize-se antes que eles despertem!

Eles não sentem medo. Por que você deveria?

Use sua cabeça: corte a deles.

Lâminas não precisam ser recarregadas.

Proteção ideal: roupas apertadas, cabelos curtos.

Suba a escada, mas destrua ela depois.

Saia do carro, suba na moto.

Mantenha-se em movimento, fique escondido, fique quieto, fique alerta!

Nenhum lugar é seguro, apenas ‘mais seguro’.

O zumbi pode ter ido embora, mas a ameaça permanece.



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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Alemães fazem máquina funcionar e vão mudar o mundo nos próximos anos


Alemães fazem máquina funcionar e vão mudar o mundo nos próximos anos



Por três décadas, a humanidade esteve pesquisando a fusão nuclear na esperança que isso se transformasse em uma fonte inesgotável de energia


Uma das maiores descobertas cientificas deste ano foi conseguir colocar, pela primeira vez, uma máquina de fusão nuclear funcional. Isso aconteceu na Alemanha, onde a máquina Wendelstein 7-X foi confirmada de realmente funcionar nesta semana.

A máquina faz a mesma coisa que o sol faz: funde átomos para gerar energia. É o oposto da energia nuclear que temos hoje, que funciona através da fissão. Por três décadas, a humanidade esteve pesquisando a fusão nuclear na esperança que isso se transformasse em uma fonte inesgotável de energia. Estamos muito próximos de conseguir.



Wendelstein 7-X

Ao dominar a fusão nuclear, estaremos perto de uma fonte de energia inesgotável, e isso deve mudar o planeta para sempre: poderemos desalinizar água salgada, por exemplo, e transformar desertos em grandes fazendas – eliminando a fome -, podemos fazer o custo do transporte ser baixíssimo.

O Wendelstain 7-X é uma máquina circular de 16 metros, que tenta imitar as condições das estrelas para fundir átomos e produzir energia, produzindo um campo magnético para segurar o plasma gerado no processo. Isso foi conseguido, com um campo magnético 3D que conseguiu fazer o processo sem destruir a máquina.



Inicialmente, a máquina deve gerar energia apenas para si. Depois, poderemos começar a usar essa tecnologia para gerar uma enorme quantidade de energia de maneira muito barata e muito limpa, já que o produto da reação é água.



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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Conheça as diferentes datas de comemoração de Ano Novo ao redor do mundo


Conheça as diferentes datas de comemoração de Ano Novo ao redor do mundo



Na maior parte do mundo o Ano Novo é celebrado no dia 1º de janeiro, de acordo com o calendário gregoriano.


Diferentes povos ao redor do planeta celebram o início de cada ano de acordo com suas próprias culturas. Selecionamos alguns de exemplos de comemorações ao redor da Terra:


Ano Novo chinês
A data que marca o novo ciclo muda todos os anos na China. A comemoração cai entre 21 de janeiro e 21 de fevereiro, dependendo de quando ocorre a lua nova do primeiro mês lunar. Esse calendário lunar é corrigido pelo solar a cada três anos. Os chineses celebram a virada durante 15 dias em uma festividade anual conhecida como “Festival da Primavera”. O período é marcado por fogos de artifício, comidas típicas, decoração vermelha e danças do dragão nas ruas. Além da China continental, a data é comemorada em Hong Kong (foto de abertura), Macau, Taiwan, Singapura (foto abaixo), entre outras localidades.


Ano Novo Chinês Singapura


Ano Novo judaico
O Ano Novo judaico é chamado de Rosh Hashanah. É celebrado nos dois primeiros dias do sétimo mês do calendário hebraico (a data cai entre setembro e outubro). Para os judeus, esse é um tempo de introspecção e de avaliação dos erros cometidos no ano interior e planos para melhorar o comportamento no ano que começa. A festividade é marcada pelo consumo de maçãs mergulhadas em mel como um símbolo de doçura para o novo ano.


Ano Novo Judaico - Rosh Hashanah



Ano Novo islâmico
É também é conhecido como Ano Novo Hijri. A data é comemorada no primeiro dia do Muharram (o primeiro mês do calendário islâmico). Como o ano lunar islâmico é onze ou doze dias mais curto que o calendário solar gregoriano, o Ano-Novo cai em datas diferentes a cada ano, geralmente entre setembro e dezembro. O dia é marcado por autorreflexão, orações especiais e jejum.


Ano Novo Islâmico - Malásia



Ano Novo tailandês
Também chamada de Songkran, a data é celebrada entre 13 e 15 de abril. Os tailandeses costumam comemorar seu Ano Novo molhando uns aos outros com pistolas d’água e mangueiras. A água simboliza a esperança de que o ano novo traga boas chuvas. Todas as estátuas do Buda também são lavadas para trazer boa sorte e prosperidade.



Ano Novo etíope
A data também é conhecida como Enkutatash, que significa “presente de joias”. Conforme o calendário etíope, ela é celebrada em 11 de setembro (ou 12, em anos bissextos). As comemorações incluem música e dança. Algumas cidades promovem celebrações religiosas extraordinárias, apesar de não ser um feriado exclusivamente religioso.



Ano Novo cambojano
No Camboja, o Ano Novo é chamado de Chaul Chnam Thmey, celebrado em 13 ou 14 de abril. Segundo tradições budistas, a data coincide com o movimento do sol do signo de Peixes ao de Áries. Durante três dias de festividades, os cambojanos promovem desfiles nas ruas, frequentam templos e participam de jogos tradicionais. A celebração é tranquila, sem fotos de artifício e barulho.
Ano Novo indiano

Na Índia, as diversas culturas regionais comemoram o Ano Novo em diferentes períodos do ano. No estado de Karnataka, a celebração é batizada de Ugadi, comemorada entre março e abril. O festival é marcado por boa comida e pela aquisição de novas roupas. Em locais como Madia Pradexe e Rajastão comemora-se o Holi, também chamado de “dia das cores”. Ao todo, mais de 15 datas diferentes marcam o Ano Novo dos indianos.


Ano Novo Índia Holi


Fontes: Patch, Mega Curioso, Wikipedia

(http://patch.com/michigan/bloomfield-mi/5-97364391)

(http://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/40456-conheca-os-povos-que-comemoram-o-ano-novo-em-outras-datas.htm)

(https://en.wikipedia.org/wiki/Indian_New_Year's_days)



Queima de Fogos Réveillon Copacabana 2015 / 2016 Fireworks New Year's Eve Rio - Brazil


(https://www.youtube.com/watch?v=acoovjj6u84)



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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

40 dias que entrarão para a história - 2016


40 dias que entrarão para a história - 2016



Agitação política intensa no Brasil, troca de presidentes, a morte de grandes símbolos e ídolos e grandes descobertas: fatos de 2016 que não escaparam da nossa percepção.


Confira abaixo 40 fatos que definitivamente entrarão para a história!


JANEIRO



10/01:Morre David Bowie, uma estrela da música e ícone de gerações

14/01:Morre o ator Alan Rickman, o professor Snape na saga Harry Potter



FEVEREIRO



01/02:OMS declara vírus zika e microcefalia emergência pública internacional

11/02:Detectadas as ondas gravitacionais, fenômeno previsto por Einstein

12/02:Em encontro histórico, papa Francisco e patriarca Kirill pedem união de igrejas

19/02:O adeus do filósofo e escritor italiano Umberto Eco

29/02:Leonardo DiCaprio leva Oscar de Melhor Ator pelo filme "O Regresso"



MARÇO



08/03:Morre "o quinto Beatle", o produtor George Martin

21/03:Barack Obama faz visita histórica a Cuba

31/03: Arquitetura perde os traços da consagrada Zaha Hadid



ABRIL



03/04:Escândalo do Panama Papers vem à tona.

21/04:Morre o cantor Prince, um dos maiores ícones pop dos últimos tempos



MAIO



02/05: É anunciada a descoberta de três novos planetas com potencial para serem habitáveis dentro da Via Láctea.

12/05: Dilma Rousseff é afastada da Presidência da República após votação no Senado Federal pela admissibilidade do parecer favorável ao processo de impeachment. Quem assume interinamente por 180 dias é o seu vice Michel Temer.

27/05: Espectrômetro de massa da sonda Rosetta confirma presença de substâncias relacionadas à origem da vida na cauda do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.



JUNHO



03/06:A lenda dos ringues, Muhammad Ali, morre aos 74 anos

12/06:Ataque à boate Pulse, em Orlando, deixa 50 mortos.

24/06:Em decisão histórica, britânicos votam pela saída da União Europeia.



JULHO



05/07:Sonda Juno ingressa na órbita de Júpiter.

07/07: O deputado afastado Eduardo Cunha renuncia ao cargo de presidente da Câmara dos Deputados

23/07: Solar Impulse 2 se torna a primeira aeronave movida a energia solar a circum-navegar a Terra.



AGOSTO



05/08: Iniciam-se os Jogos da XXXI Olimpíada na cidade do Rio de Janeiro, sendo a primeira edição dos Jogos realizada na América do Sul.

16/08:Morre a irreverente atriz Elke Maravilha

22/08: Brasil campeão de futebol masculino nas olimpíadas

25/08: Anunciada a descoberta de uma “galáxia fantasma” com 99,99% de matéria negra.

31/08: Dilma Rousseff é definitivamente afastada da Presidência da República, Michel Temer assume o cargo titularmente.



SETEMBRO



04/09: Madre Teresa é canonizada pelo Papa Francisco passando a ser conhecida por Santa Teresa de Calcutá.

07/09: Abertura dos Jogos Paralímpicos de Verão de 2016.

28/09:Morre Shimon Peres, ex-Chefe de Estado de Israel e ganhador do Nobel da Paz.



OUTUBRO



06/10: Conselho de Segurança indica o português António Guterres como novo secretário-geral das Nações Unidas, sendo o primeiro lusófono a ocupar o cargo.

13/10: Bob Dylan laureado com o Nobel de Literatura.

25/10: Brasil perde o capitão do Tricampeonato de 70, Carlos Alberto Torres



NOVEMBRO



09/11:Eleição presidencial nos Estados Unidos nomeou Donald Trump o 45º presidente

16/11: O ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, é preso pela Polícia Federal, na Operação Chequinho.

17/11: O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho é preso pela Polícia Federal, na 37ª fase da Operação Lava Jato.

26/11:Morre o cubano Fidel Castro, o último líder histórico do comunismo

27/11: Palmeiras vence o Campeonato Brasileiro após 22 anos de jejum

28/11:Acontece acidente aéreo com o time da Chapecoense

29/11:Turma do STF descriminaliza aborto no primeiro trimestre da gravidez



DEZEMBRO



04/12:A poesia e a literatura se despedem de Ferreira Gullar



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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Medellín agora também é um planeta


Medellín agora também é um planeta



Este é o nome do terceiro planeta menor já descoberto por cientistas colombianos e o segundo achado pela Universidade de Antioquia.


Em 2 de novembro de 2016, o planeta menor, inicialmente conhecido por 366.272, foi batizado em uma cerimônia na Universidade de Antioquia, na Colômbia, com o nome de 366.272 Medellín.
Uma das regras da União Astronômica Internacional (IAU, da sigla em inglês) é que quem descobre um corpo celeste tem o direito de escolher seu nome. E, no caso, esse direito ficou com o professor da Universidade de Antioquia Ignacio Ferrín que, ao lado de seu aluno Carlos Leal, achou o asteroide, localizado entre Marte e Júpiter, em 30 de março de 2003.



O nome é uma homenagem à cidade e é uma honra para os cientistas, que pertencem à cultura colombiana. Além disso, de acordo com Ferrin, já existe um objeto espacial que leva o nome da cidade de Bogotá.

O asteroide de 250 metros de diâmetro só foi batizado 13 anos depois de sua descoberta pois a IAU exige que a pedra espacial dê duas voltas ao redor do Sistema Solar, de modo que sua órbita possa ser determinada com precisão. Cada volta, levou seis anos, de acordo com Ignacio Ferrin, que é professor do Instituto de Física da Faculdade de Ciências e Ciências Naturais da Universidade de Antioquia.



E o processo de encontrar este novo planeta menor não foi fácil. Durante seis meses, de março a setembro de 2003, Ferrin, Leal e outros pesquisadores aplicaram procedimentos matemáticos e também capturaram 9 mil imagens com telescópio, para identificar somente nove fotos com informações significativas do asteroide.
As demais imagens eram falhas, ou estrelas verdadeiras sem movimento ou de objetos já conhecidos. Encontrar um planeta menor diferente realmente dá trabalho.



Fonte: El Tiempo
(http://www.eltiempo.com/colombia/medellin/planeta-medellin/16741548)



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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Plutão pode abrigar um oceano habitável


Plutão pode abrigar um oceano habitável



Pesquisadores acreditam que Plutão é o lar de um oceano de água líquida e, consequentemente, reúne algumas condições que tornam possíveis a existência da vida por lá.


A revista científica Nature acaba de publicar imagens de Plutão obtidas pela sonda New Horizons, da NASA. Nelas, é possível ver os vulcões de gelo que cobrem a superfície do planeta anão.

O artigo afirma que “há bilhões de anos, Plutão entrou em choque com um cometa de 200 quilômetros de diâmetro, 20 vezes maior que o asteroide que exterminou os dinossauros na Terra. O impacto formou uma cratera enorme que foi preenchendo de gelo sua superfície”.

Francis Nimmo, cientista da Universidade da Califórnia, nos EUA, explica: “a forma mais óbvia pela qual Plutão poderia sair de sua órbita é se houvesse uma grande quantidade de água debaixo do gelo, na depressão conhecida como Sputnik Planitia”.

Os responsáveis pela descoberta acreditam que o oceano de Plutão é composto, principalmente, por água, mas é provável também que contenha amônia, um anticongelante. Se esses dados forem confirmados, é possível que consideremos a existência de vida nesse pequeno planeta.

Fontes: Telesur, NASA

(http://www.telesurtv.net/news/Hallan-la-existencia-de-oceanos-en-Pluton-20161117-0019.html)

(https://www.nasa.gov/press-release/from-mountains-to-moons-multiple-discoveries-from-nasa-s-new-horizons-pluto-mission)



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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Bateria nuclear usa diamante sintético e pode gerar eletricidade eterna


Bateria nuclear usa diamante sintético e pode gerar eletricidade eterna



Uma nova tecnologia desenvolvida na Universidade de Bristol, na Inglaterra, foi capaz de gerar energia a partir de um diamante artificial imóvel posicionado no campo radioativo de resíduos nucleares. A invenção, criada por uma equipe de físicos e químicos da universidade britânica, pode revolucionar o campo de geração de eletricidade limpa, além de encontrar uma solução prática para os problemas com lixo nuclear.


Para entendermos melhor como esse novo processo funciona e como ele pode alterar a maneira de se produzir energia elétrica, devemos, primeiramente, entender como ela é gerada atualmente. De maneira bastante simplificada, todos os processos de geração de eletricidade exigem uma fonte de energia, independente de qual seja, que é usada para girar um ímã dentro de uma bobina e gerar corrente.



(https://youtu.be/b6ME88nMnYE)



Movimento para gerar energia

É assim que funcionam, por exemplo, as usinas hidrelétricas, eólicas, termoelétricas, nucleares e muito mais. No primeiro caso, um dos meios mais populares de geração de eletricidade no Brasil, a energia potencial da água armazenada em uma represa é transformada em energia cinética pela gravidade, girando turbinas instaladas nas barragens. Geradores transformam essa energia cinética em energia elétrica, que é, então, distribuída pelas residências e outras estruturas.

"Alguns [meios de produção de eletricidade] alteram a fauna e a flora local, com um impacto muito grande na natureza; outros, geram resíduos ou emitem poluentes"

No caso da energia eólica, o que gira as turbinas é o vento. Nas termoelétricas, é o vapor da água em alta pressão, aquecida pela queima de diversas substâncias, como carvão, madeira, óleo combustível e gás natural.

O princípio das usinas nucleares é o mesmo, mas com o calor sendo gerado pelo processamento de urânio enriquecido.

Todos esses meios possuem suas vantagens e desvantagens. Alguns alteram a fauna e a flora local, com um impacto muito grande na natureza; outros, geram resíduos ou emitem poluentes que, a longo prazo, podem ser um problema imenso para o meio ambiente.



Usina hidrelétrica: impacto na flora e na fauna


Entra o diamante
O segredo para essa nova tecnologia de geração de eletricidade é que ela não exige nenhum tipo de energia cinética que gere um campo magnético em interação com um circuito elétrico – a base da indução eletromagnética.

Segundo Tom Scott, professor de Materiais da Universidade de Bristol, “não há partes móveis envolvidas no processo, nenhuma emissão gerada e ele não exige manutenção”.

Quando colocado em um campo radioativo, a gema artificial produz uma pequena corrente elétrica

Tudo foi feito usando um diamante sintético criado pelos cientistas em laboratório. Quando colocado em um campo radioativo, a gema artificial produz uma pequena corrente elétrica. A demonstração foi feita pela equipe da universidade usando um protótipo cuja fonte de radiação foi o Níquel-63, porém, os cientistas pretendem aumentar a eficiência da bateria usando Carbono-14, a versão radioativa do elemento que é mais famosa por ser usada na técnica de datação de materiais carbonáceos.



Diamantes sintéticos com função estética


Reduzindo o lixo nuclear
A grande vantagem no uso do Carbono-14, além do aumento no desempenho da bateria, é que esse material é produzido como resíduo em blocos de grafite que são usados para moderar reações em usinas nucleares. Esses blocos, quando não são mais usados, devem ser armazenados em segurança para evitar a emissão de radioatividade, o que é um enorme problema tanto operacional quanto financeiro.

"A radiação de curto alcance do Carbono-14 é muito mais simples de se controlar e muito mais fácil de ser absorvida por outros materiais, no caso, os diamantes"

Assim, o Carbono-14 seria removido desses blocos de grafite para ser usado nas baterias juntamente com o diamante e o lixo radioativo das usinas nucleares passaria ser um problema bem menor, custando bem menos para ser descartado seguramente, visto que seu potencial radioativo seria muito menor.

Além disso, a radiação de curto alcance do Carbono-14 é muito mais simples de se controlar e muito mais fácil de ser absorvida por outros materiais, no caso, os diamantes. A estrutura de alta dureza da gema sintética também ajudaria a proteger quem manuseia as baterias, pois ela é capaz de conter a emissão de maneira segura.



Lixo nuclear: ocupa espaço e gasta dinheiro


Fonte de energia eterna?
Uma das grandes vantagens da bateria nuclear de diamante é seu período de vida, apesar da baixa potência que apresenta. Podemos fazer uma comparação útil com as populares pilhas AA para definirmos em quanto tempo uma bateria feita com a nova tecnologia duraria.

"A bateria contendo 1 grama de Carbono-14 demoraria para ter sua carga reduzida pela metade nada menos que 5730 anos"

Caso seja utilizado apenas 1 grama de Carbono-14 em uma bateria de diamante, ela seria capaz de gerar 15 joules diariamente, bem menos que uma pilha AA. Porém, as alcalinas são feitas para serem descarregadas em períodos curtos. Uma delas com 20 gramas de material pode armazenar uma energia de 700 joules por grama, mas seria esgotada em apenas 24 horas de uso contínuo.

A bateria contendo 1 grama de Carbono-14 demoraria para ter sua carga reduzida pela metade nada menos que 5730 anos. Levando em conta que seria possível criar bateria com muito mais do que apenas 1 grama de Carbono-14, é possível ter uma bateria com potência aceitável e praticamente “eterna”, ou que dura pelo menos muito, mas muito mais do que o período de uma vida humana.



Você carregaria uma pilha nuclear no bolso?


Possíveis aplicações
De acordo com o professor Tom Scott, “esses dispositivos poderiam ser usados em situações onde não é possível carregar ou substituir uma bateria convencional. Aplicações óbvias seriam em aparelhos de baixa potência elétrica onde é necessária uma longa vida da fonte de energia, como marca-passos, satélites, drones de grandes altitudes ou mesmo naves espaciais”.

São tantas opções interessantes que a equipe está até pedindo a opinião do público sobre aplicações possíveis para a bateria de diamante. E você, onde acha que essa nova tecnologia poderia ser melhor aproveitada? Deixe sua ideia nos comentários.


Fontes University of Bristol
(http://www.bristol.ac.uk/news/2016/november/diamond-power.html)



Noticia no site da Bristol



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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Retrô - Relembre as caixas de videogames e jogos lançados no Brasil


Retrô - Relembre as caixas de videogames e jogos lançados no Brasil



Para a maioria das pessoas, as caixas nas quais os produtos que compramos vêm são meros detalhes. Mas gamers são um público muito afetuoso, que se apega a todos os aspectos daquele videogame ou jogo querido. (+ de 100 fotos...)


Você lembra da caixa que trouxe o primeiro videogame que você comprou ou ganhou de presente? Talvez o esforço de compilação , ao qual você confere abaixo, elucide algumas memórias nostálgicas.



O Master System III Compact foi uma das muitas encarnações do videogame



O console de 8 bits da Sega traz 64 Kbytes de memória RAM



Não é um game lançado pela Apple, mas mais um clone de Atari da Dactar



O Supergame da CCE foi um dos muitos clone de Atari lançados por aqui



O 'Atari de verdade' foi lançado por aqui pela Polyvox



O clone do Atari Dactar se diz "um eficaz computador para sua TV"



O Master System Evolution é uma versão estilosa do videogame da Sega



O Videoalvo já trazia uma pistola eletrônica e games como "Tênis"



Intellivision proporciona "sensação de desafio e excitação das diversões"



O Telejogo da Philco promete "divertimento para toda a família"



O Intellivision tem como pretensão levar "a inteligência para a televisão"



O Megavision se diz "o mais completo videogame de 4ª geração"



A caixa mostra acessórios, mas não os inclui



O Master se diz superior por possuir cartuchos de até 4 megabits de memória



O Master System é o "mais moderno e avançado videogame de 3ª geração"



Era comum as caixas trazerem uma lista de acessórios para os sistemas



A caixa do Game Gear diz que o portátil tem uma paleta de 4.096 cores



O Cougar Boy parece uma cópia do famoso Game Boy



A caixa do Odyssey (Odyssey 2 nos EUA) é completamente tomada por texto



Essa edição especial traz o Game Boy Advance com dois jogos



Game "X-Men: Império do Apocalipse" acompanha cabo game link



A Dynacom também lançou um videogame educativo



O Handy Vision era um videogame compatível com cartuchos de NES



O Master System teve uma edição com o game "Super Futebol II"



O Master System teve uma edição voltada especialmente para meninas



]

Master System teve edição com "Alex Kidd in the Miracle World"



A edição 007 do Dactar vem numa maleta digna de agente secreto



O Dactar também recebeu um periférico que o transforma em um computador



Eis mais uma versão do Dactar, que é um clone do Atari 2600



A CCE também lançou um videogame 'compatível' com o Atari 2600



Um dos primeiros Dynavision System era um clone do Atari 2600



O Atari 2600 demorou a ser lançado no Brasil



O Master System 3 Collection tem um design original e 131 jogos na memória



O Super Mega Drive 3 traz 71 jogos na memória



A Dynacom tinha um sistema baseado em sensores



A edição compacta do Mega Drive vinha com dez jogos na memória



Esse modelo do Mega Drive traz 81 jogos na memória



A embalagem do Sega CD destaca as funções de efeitos especiais



O Mega Drive III permite experimentar "o realismo da era dos 32 bits"



Primeiros modelos do Mega Drive destacavam a imagem de "Altered Beast"



Edição do Mega Drive III com "Street Fighter II' Special Champion Edition"



"Mortal Kombat 3" também foi motivo para uma edição do Mega Drive



A Tectoy lançou uma versão do Mega Drive com uma guitarra



Essa é outra versão do Mega Drive 4 com o game musical "Guitar Idol"



O Amiga CD32 não foi o primeiro videogame de 32 bits do mercado



O Expert era um sistema MSX



Neo Geo CD tinha um tempo de carregamento incrivelmente longo



Geniecom 3 foi um dos muitos clones do NES no Brasil



A 'pistola' do Mega Drive tinha um sistema de mira mais preciso



X Game da Gemini vinha com 30 jogos na memória



O Dynavision Black é um videogame compatível com o NES



O Cyber PDA é um sistema que aceita cartuchos e pode ser ligado à TV



O Laser Gun é a pistola do Phantom System, o clone do NES da Gradiente



A caixa do Saturn transparente traz as especificações do sistema



Esse controle para o Phantom System parece mais o do Mega Drive



O joypad de seis botões do Mega Drive é um dos melhores já produzidos



O Game Genie é um vendido como um "potencializador de jogos"



Light Phaser permite mira e precisão "como se estivesse num stand de tiro"



O Master System também teve um joystick "profissional" tipo arcade



O Master System também já tinha controles sem fio



O primeiro Odyssey, da Magnavox, também foi lançado no Brasil



O primeiro Odyssey tinha um acessório de espingarda bem imponente



Esses são cartuchos para o Pre Computer 1000 Junior



O Pre Computer 1000 Junior é similar ao clássico "Pense Bem"



Os "óculos de cristal líquido" do Master System



O Phantom System foi um dos clones mais famosos do Nintendinho



O console brasileiro Zeebo teve um controle em forma de bumerangue



A ideia do Zeebo era comprar jogos sem sair de casa



O MD Play foi um Mega Drive portátil



Toda a estrutura do Master System portátil está dentro do controle



O VG3000 da CCE é um videogame compatível com o Atari



Brinquedo ou videogame? O Pico foi um lançamento destinado para as crianças



Como o nome diz, o Super 16 bits é um console baseado no Mega Drive



O joystick tipo "asa" é um dos controles excêntricos do Master System



Jogos do Odyssey 2 eram uma mistura de videogame e jogos de tabuleiro



"Didi na Mina Encantada" e "Come-Come" eram alguns dos jogos do Odyssey 2



No clássico "Pitfall", o protagonista Harry é "explorador das selvas"



A embalagem clássica do Mega Drive tinha padrões de grade em fundo preto



Já no Game Gear, o padrão de quadriculado era sobre um fundo claro



No Mega 32X, a caixa dos jogos tinha uma moldura amarela



Em "Thunder Blade", a missão é "salvar seu país"



Essa foi uma das embalagens do Game Gear



Essa série de jogos do MSX tinha desenhos toscos na capa



Já essa série do Hotbit tinha luva de papel e desenhos mais estilosos



O branco dominava as capas dos games para Saturn



Em "Golden Axe", o jogador enfrenta invasores brutais



"Battletoads" ficou famoso no NES, mas também fez bonito no Mega Drive



Eis a capa de "Street Fighter II" para Master System



Geraldinho foi um dos personagens brasileiros que ganharam game no Master



No Phantom System, "Super Mario Bros. 3" virou "Super Mário 3", com acento



A Tec Toy também lançou games para PC



No Sega CD, cada jogo tinha uma cor predominante na caixa



As ilustrações dos games para Atari pouco lembravam o jogo em si



Várias empresas lançaram games para Atari na época



O Competition Joystick foi um controle do tipo torre para o Phantom System



A Tec Toy também lançou diversos minigames no Brasil



Embalagens para o Supergame tinham ilustrações genéricas



Houve época em que o Bradesco estava por todos os lados



O Mega Drive teve um acessório para se conectar com a internet



Team Player permite que até 5 pessoas joguem os títulos para Mega



O Mega Drive também teve um Game Genie



A Tec Toy também lançou um teclado para o Mega Drive



O R-Zone era um minigame diferente



Esse era o design dos cartuchos de Atari da Tron



Exemplo de um cartucho de Atari da Dynacom



As caixas azuis marcam os títulos de Flash Game



"Double Strike" se passa no "exótico Pacífico Sul"



O Super Wide Gear promete colocar os jogador "mais próximo da emoção"



Era possível assistir aos canais de televisão no Game Gear



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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Enorme lago congelado poderá facilitar colonização humana em Marte


Enorme lago congelado poderá facilitar colonização humana em Marte



A revista Geophysical Research Letters publicou recentemente um artigo em que detalha a descoberta de um lago gigante no Planeta Vermelho.


A descoberta, feita por cientistas da Universidade do Texas, nos EUA, foi possível graças aos radares de penetração da sonda Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA.



Marte - Planeta - Ficha Técni


A massa de gelo em questão, com tamanho similar ao Lago Superior, o maior da Terra, está debaixo de uma camada de dez metros de poeira marciana, o que facilitará sua análise nas próximas expedições. Calcula-se que o lago congelado tenha uma profundidade de 170 metros.



O lago está localizado na região marciana de Utopia Planitia, uma vasta planície próxima ao equador, e que é considerada a mais habitável do planeta. Os especialistas acreditam que a presença da massa de água poderá facilitar bastante o assentamento de colônias humanas permanentes em Marte.


Água em Marte !


Acredita-se que o Planeta Vermelho tenha perdido quase todo o seu fluxo de água quando grandes ondas de raios solares destruíram sua atmosfera. No futuro, os pesquisadores tentarão determinar quais fatores influenciaram para que essa porção gigante de gelo sobrevivesse na sua superfície.



Fonte: Gizmodo
(http://es.gizmodo.com/hallan-un-enorme-lago-de-agua-helada-en-marte-que-puede-1789458404)



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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Os 5 métodos de tortura mais horríveis da Roma Antiga


Os 5 métodos de tortura mais horríveis da Roma Antiga



Crucificações, membros sexuais atados e torturas no caldeirão: o lado cruel e bestial da natureza humana existe desde os tempos remotos.


Abaixo, listamos alguns dos métodos de tortura da Roma Antiga, que chegavam ao limite do crível.



1. Crucificação



Um dos métodos favoritos em Roma. Os escravos ou condenados eram despidos e açoitados. Em seguida, seus pés e mãos eram cravados em uma cruz de madeira, só para que os vissem morrer lenta e dolorosamente. Alguns carrascos preferiam crucificar suas vítimas de cabeça para baixo.



2. A tortura do caldeirão



Consistia em amarrar o prisioneiro e colocar sobre sua barriga um caldeirão contendo algum animal faminto (geralmente, roedores). Depois, o carrasco colocava uma chama por fora do caldeirão para fazer o animal queimar e se desesperar. Este, então, abria caminho através da única via de escape possível: as entranhas do condenado.



3. Membros sexuais atados



Uma das lendas sobre o imperador Tibério conta que ele convidava seus inimigos a beber vinho e não deixava que seus copos ficassem vazios durante a noite. Em seguida, amarrava seus genitais com muita força para que não pudessem urinar, e a inflamação nas bexigas lhes causava uma dor insuportável.



4. Comida para os porcos



É atribuído ao Papa Gregório I um dos métodos mais horríveis de tortura, destinado às jovens da cidade de Heliópolis que perdiam sua virgindade antes do casamento. Elas eram humilhadas, sendo despidas publicamente e, depois, suas barrigas eram rasgadas, expondo suas entranhas, e preenchidas com cevada, para serem oferecidas como alimento aos porcos selvagens.



5. Enterrados vivos



As mulheres que quebravam seus votos de castidade, como a sacerdotisa Rubria, eram castigadas dessa forma horrível, enterradas vivas em cavernas minúsculas, onde morriam de fome. Alguns homens também eram confinados, mas, antes, eram perfurados por estacas, para que sofressem com as feridas até a morte.


Esmaga Cabeças - Tortura Medieval



Fonte: SuperCurioso
(http://supercurioso.com/metodos-de-tortura-en-la-antigua-roma-peores/)



Tubo de Crocodilo - Tortura Medieval



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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Conheça as armas ninjas mais secretas


Conheça as armas ninjas mais secretas



O mundo ninja está repleto de mistérios fascinantes e nós revelamos para você alguns dos segredos dos guerreiros Shinobi.


Eles eram treinados com rigor extremo e podiam se camuflar perfeitamente no território inimigo para que não fossem descobertos.

Ninjútsu Técnicas de Socos:



TSUKI WAZA técnica de soco
CHOKU ZUKI soco direto
GYAKU ZUKI soco contrário
KIZAMI ZUKI soco curto
OI ZUKI soco avançando
AGE ZUKI soco ascendente
KAGI ZUKI soco gancho
TATE ZUKI soco vertical
NUKITE mão em ponta de lança
UCHI WAZA técnica de ataque
URAKEN UCHI golpe com o dorso do punho
SHUTO UCHI golpe com a mão em espada
TETTSUI UCHI golpe com punho martelo
TEISHO UCHI golpe com a base da palma da mão
ENPI UCHI golpe com o cotovelo (HIJI ATE)


Suas habilidades incluíam o uso de armas ocultas, que lhes davam algumas vantagens sobre seus adversários. Estas são algumas das mais utilizadas:


Caneta-estojo ou yatate



Era um cilindro pequeno, que possuía tinta em um extremo, como qualquer caneta, mas oco do outro lado, para que pudessem guardar agulhas, pequenos objetos pontudos e até venenos.



Neko-te e Kanzashi



São armas secretas que as ninjas podiam utilizar para efeitos de disfarce como acessórios normais de mulheres. O neko-te eram unhas compridas de metal, presas à mão com dedais ou anéis. Os kanzashi consistiam em grampos compridos, que enfeitavam belamente o cabelo e podiam estar embebidos em veneno, tornando-se verdadeiras armas mortais nas mãos de uma ninja.


Casca de ovo



Algumas das armas prediletas dos ninjas eram pós que cegavam seus adversários. Para utilizá-los, eles esvaziavam um ovo através de um buraco minúsculo e o enchiam com limalhas de ferro, sal, pimenta e outras substâncias irritantes para as mucosas. Durante a luta, os ninjas simplesmente esmagavam os ovos na cara dos seus oponentes, cegando-os momentaneamente e obtendo uma enorme vantagem.



Ninjútsu - Arte Marcial - Ficha Técnica


Fonte: SuperCurioso
(http://supercurioso.com/las-increibles-armas-secretas-de-los-ninjas/)


Black Ninja - Revista



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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Cientistas desvendam segredos genéticos dos cavalos-marinhos


Cientistas desvendam segredos genéticos dos cavalos-marinhos


Pesquisadores identificaram base genética para certas peculiaridades do peixe (Foto: Mandy Cheng/AFP)

Grupo afirmou ter sequenciado genoma de espécie pela primeira vez e diz ter identificado base para certas peculiaridades.


Cientistas descobriram alguns dos segredos genéticos dos esquisitos e fascinantes cavalos-marinhos, incluindo a exótica excentricidade da gravidez masculina da espécie.

Pesquisadores afirmaram nesta quarta-feira (14) que haviam sequenciado o genoma de uma espécie de cavalo-marinho pela primeira vez e identificado a base genética de certas peculiaridades do peixe com aparência equina que habita as águas de costas ao redor do mundo.



Cavalos-marinhos apresentam um conjunto de curiosidades. Os machos, e não as fêmeas, carregam os bebês e dão à luz. Eles nadam na vertical, e não horizontalmente. Eles têm cabeças semelhantes as de cavalos, narizes parecidos com tubos e não têm dentes. Eles contam com caudas para agarrar em plantas marinhas e corais e assim evitam ser levados pelas correntezas.



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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

6 roubos de cinema inesquecíveis


6 roubos de cinema inesquecíveis



Os roubos milionários, friamente calculados e que se tornaram mundialmente famosos provocam uma certa fascinação nas pessoas.


Abaixo, confira uma lista de seis considerados golpes de mestre que entraram para a história graças à precisão e audácia com as quais foram executados.



Assalto ao trem pagador



Ronald Biggs

Na madrugada de 8 de agosto de 1963, um grupo de 15 homens, chefiados por Bruce Reynolds, assaltou, na Inglaterra, um trem-correio que transportava dinheiro de Glasgow a Londres. Os criminosos conseguiram levar a quantia exorbitante de 2,6 milhões de libras (que, atualmente, equivaleria a 46 milhões de euros) sem disparar um único tiro.



Museu Isabella Stewart Gardner, em Boston



Em 1990, um grupo de ladrões disfarçados de policiais entrou no Museu Isabella Stewart Gardner, em Boston, nos EUA, e levaram obras de Degas, Rembrandt e Vermeer avaliadas em mais de 300 milhões de dólares. Esse é considerado o maior roubo da história, e os responsáveis nunca foram capturados.



Joalheria Harry Winston, em Paris



O maior roubo da história da França ocorreu em dezembro de 2008. Um grupo de homens fortemente armados (alguns deles disfarçados de mulheres) entrou na joalheria localizada no centro da cidade e saíram em apenas 15 minutos e sem disparar nenhuma arma com um espólio avaliado em 85 milhões de euros.



Banco Société Générale, em Nice



Em 1976, ocorreu na cidade francesa de Nice “o roubo do século”. Albert Spaggiari e seus comparsas cavaram por três meses um túnel através do qual acessaram o banco. E dele extraíram 60 milhões de francos em dinheiro, bônus e bens. Eles deixaram na parede do local uma inscrição que dizia: “Sem armas, sem violência, sem ódio”. O dinheiro foi dado a pessoas oprimidas da ex-Iugoslávia e nunca foi recuperado.



Centro de Diamantes da Antuérpia



Um grupo de ladrões italianos levou um espólio de diamantes avaliados em 100 milhões de euros. O assalto, ocorrido na cidade belga de Antuérpia, em 2003, é considerado o roubo mais bem planejado de todos os tempos. Os ladrões conseguiram ultrapassar dez níveis de segurança máxima e pegar as joias sem deixar vestígios.



Banco Central, em Fortaleza



Esquema de escavação

Entre os dias 6 e 7 de agosto de 2005, um grupo de ladrões levou em torno de US$ 164 milhões dos cofres do Banco Central de Fortaleza. Foi o segundo maior assalto a banco do mundo e o maior do Brasil, sem que nenhum ato de violência fosse cometido. O crime levou pelo menos três meses para ser executado e exigiu conhecimento de engenharia dos seus autores. O bando alugou uma casa próxima ao banco e montou uma empresa de jardinagem de fachada para não levantar suspeitas do volume de terra que era retirado todo dia do local. A partir dali, iniciou-se a escavação de um túnel de 78 metros até o cofre do banco. Mais de 20 pessoas foram presas e somente uma pequena parte do dinheiro foi recuperada.



ASSALTO AO BANCO CENTRAL - TRAILER DO FILME:

(https://www.youtube.com/watch?v=7pgisplgLCA)


Fonte: La Vanguardia...
(http://www.lavanguardia.com/sucesos/20130415/54372214442/diez-robos-mas-famosos-historia.html)



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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Ele foi a pessoa mais malvada da história?


Ele foi a pessoa mais malvada da história?



Se contarmos somente civis - excluindo políticos, religiosos e militares - Carl Panzram pode ser considerado um dos seres mais cruéis de todos os tempos.


Ele nasceu em 1891, em uma família pobre de Minnesota, nos EUA. Aos oito anos, foi internado em um reformatório chamado Red Wing e, ao sair, passou a dormir em trens de carga. Em um vagão, foi estuprado por várias pessoas, fato que o marcaria para sempre.



Carl Panzram - Ficha Pessoal


Em 1915, Panzram viajou pelo rio Columbia, roubando, provocando destruição no seu caminho e abusando de jovens e crianças.

Ele foi condenado a sete anos de prisão na Penitenciária do Oregon, de onde fugiu em 1918 e cometeu seu primeiro assassinato. Em Nova York, contratava marinheiros para trabalhar em um barco e os matava a tiros enquanto dormiam.



Carl Panzram - World's worst murderer


Em 1920, viajou a Angola. Ao chegar, contratou seis guias locais para uma expedição de caça. Matou todos e jogou os corpos aos crocodilos.

Procurado pela polícia na África, voltou como clandestino aos EUA.

Em 1928, ele foi preso novamente e condenado a 25 anos de prisão na Penitenciária do Kansas. Lá, assassinou o chefe da lavanderia, golpeando-o com uma barra de ferro.



Carl Panzram - Declara que odeia a raça humana e a ele mesmo.


Panzram foi condenado à morte em setembro de 1930, depois de confessar ter cometido 21 assassinatos e mais de mil estupros contra crianças e adultos.

“Por todas essas coisas que fiz, não pediria perdão. Odeio toda a raça humana, incluindo eu mesmo”, ele declarou.


Fonte: Para los...
(https://www.paraloscuriosos.com/a5909/esta-es-la-peor-persona-que-ha-pisado-sobre-la-tierra-conoce-su-macabra-historia)


Carl Panzram - 21 asessinatos e 1000 violaciones



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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Qual o seu filme natalino predileto ?


Qual o seu filme natalino predileto ?



O natal é uma época mágica! O espírito natalino contagia até o mundo do cinema e filmes inesquecíveis são produzidos com a temática das festas de fim ano. Entre no clima do natal e nos diga qual é o filme que marcou você.



Qual o seu filme natalino predileto?


Esqueceram de Mim - 1990



(https://www.youtube.com/watch?v=xhpYkUCBPo0)



O Grinch - 2000



(https://www.youtube.com/watch?v=p1P_giB0TKg)



O Estranho mundo de Jack - 1993



(https://www.youtube.com/watch?v=LuvdeINbNhM)



Edward Mãos de Tesoura - 1990



(https://www.youtube.com/watch?v=__dB7t0853U)



O Estranho Mundo de Jack - 1993 / O Expresso Polar - 2004
O Grinch - 2000 / Esqueceram de Mim - 1990
A Felicidade não se compra - 1946 / Um Duende em Nova York - 2003
Os Fantasmas de Scrooge - 2009 / Milagre na Rua 34 - 1994



Meu Papai é Noel - 1994 / Um Herói de Brinquedo - 1996
Ferias Frustradas de Natal - 1989 / Simplesmente Amor - 2003
Uma História de Natal - 1983 / Operação Presente - 2011
De Ilusão Também se Vive - 1947 / Um Natal Muito, Muito Louco - 2004



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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

HQ - Pra Que Serve O Invento? História do Professor Pardal de 1972


HQ - Pra Que Serve O Invento? História do Professor Pardal de 1972


História do Professor Pardal, de 1972.

Antes de começar a usar a magia para inverter as personalidades dos personagens, como fez algumas vezes ao longo de sua carreira, então primeiro tentou a tecnologia.


Esta é mais uma variação sobre o tema das famosas Leis de Clarke, já comentadas neste blog, com mais uma pitada de ficção científica, um pouco de filosofia oriental e até mesmo um caso de “abdução” por uma força misteriosa e desconhecida que compele o Pardal a fabricar uma máquina sem explicar para o que ela serve.



Quando é revelada a função do invento, que a princípio consegue transformar o Tio Patinhas de pão duro em perdulário e o Lampadinha de dócil em agressivo, vemos o uso de uma antiga máxima budista transposta para a alta tecnologia.

Assim, a misteriosa máquina passa a se comunicar com o inventor e estabelece que “para tudo o que existe no universo há o inverso”, o “anti”, que se expressa em coisas que vão desde a antimatéria e até as personalidades das pessoas.



É claro que exageramos um bocado com a proposta pseudo-filosófico-científica, mas é para isso mesmo que servem os quadrinhos. Ele também não nos explica, em momento algum, quem ou o que é essa força que inspirou o inventor a construir a máquina misteriosa. O interessante é que uma explicação não faria nada de bom pela história, e só criaria um desvio desnecessário da trama. Algumas coisas não precisam ser explicadas.


Pra que serve o Invento? - Ficha técnica



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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Pesquisadores desenvolvem WiFi que usa 10 mil vezes menos energia


Pesquisadores desenvolvem WiFi que usa 10 mil vezes menos energia



As redes WiFi são bem melhores para quem precisa realizar download e upload de grande quantidade de dados, porém uma das grandes desvantagens é a enorme carga consumida no processo, o que diminui consideravelmente a bateria de qualquer dispositivo móvel.


Isso, contudo, pode mudar em breve: um grupo de engenheiros da Universidade de Washington desenvolveu uma tecnologia que precisa de 10 mil vezes menos energia do que os meios convencionais usados atualmente.



WIFI - Sinônimo de uma rede compartilhada


Como isso é possível? Bem, para compreender melhor, é preciso saber como funciona a transmissão do sinal WiFi nos dias de hoje. Os celulares e tablets possuem dois decodificadores de frequência integrados, um digital e outro por rádio. Enquanto o primeiro evoluiu ao longo dos anos, o segundo ainda tem um modelo arcaico e consome centenas de miliwatts.



Nova solução transmite as frequências digitais e de rádio por meio de uma dispositivo, que envia pacotes para decodificação nos smartphones e tablets


A WiFi passiva, como chamam os pesquisadores, é um aparelho que usa pouquíssima carga e reflete pequenos pacotes de dados, convertidos facilmente pelos dispositivos móveis. Nos testes, smartphones e roteadores dividiram sinais de até 11 megabits por segundo com apenas uma faixa de 15 a 60 microwatts de energia, em uma distância aproximada de 30 metros.



WIFI - Tudo e todos conectados


Ainda que os resultados estejam longe do que planejam os engenheiros, a novidade é promissora e apontada desde já pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) como uma das “10 Tecnologias Inovadoras de 2016”. Além disso, é algo que pode acelerar bastante a implantação da Internet das Coisas, pois uma das barreiras para esses gadgets é justamente o alto consumo de bateria.


Confira o vídeo abaixo para ter uma idea de como funciona:



(https://youtu.be/AZ-tISX-7Cw)


FONTE: WCCFTECH/ZARMEEN SHAHZAD
(http://wccftech.com/engineers-succeed-designing-wi-fi-less-power/)



O povo não vive sem Wifi



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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Esta noite - (13/12/2016) - A chuva de meteoros mais impressionante do ano que traz surpresas


Esta noite - 13/12/2016 - A chuva de meteoros mais impressionante do ano que traz surpresas



Entre a noite de hoje (13/12/2016) e a madrugada de quarta-feira, os habitantes do Hemisfério Sul poderão presenciar um magnífico espetáculo celestial: a chuva de estrelas cadentes e de meteoros das Gemínidas. Além disso, será possível ver também, durante uma rápida aparição, os planetas Vênus e Marte.


Bill Cooke, especialista em meteoros da NASA, afirmou que será a melhor chuva de estrelas do ano, inclusive durante a lua cheia, pois irradiará de luz o céu noturno e fará com que sejam visíveis 120 meteoros por hora, em vez dos habituais 40.



O fenômeno será perfeitamente visível de qualquer país, desde o pôr do sol e até o amanhecer da quarta-feira. Quanto mais distante o espectador esteja de qualquer fonte de luz, melhor poderá observar as estrelas cadentes.


(https://youtu.be/8rS1zU2zB34)



Fonte: La Prensa
(http://laprensa.peru.com/tecnologia-ciencia/noticia-nasa-cuando-se-vera-mejor-lluvia-estrellas-geminidas-67150)



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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Site brasileiro agiliza a nobre arte de montar seu próprio PC


Site brasileiro agiliza a nobre arte de montar seu próprio PC



Eu sou do tempo em que homens eram homens e montavam seus próprios computadores. Não homens de verdade como Alan Turing e o pessoal do Colossus, ou Seymour Cray, que durante a apresentação de seu primeiro supercomputador programou a sequência de boot, de cabeça em um painel de contatos. Sim, puxando fio.


Mesmo assim sempre tive como questão de honra montar meus próprios PCs, ao menos até a a Microsoft me dar de presente um Surface Studio, o que é bem improvável de acontecer.



PC e seu gabinete com muitos dispositivos


A parte chata é que tem toda uma trabalheira de estudar compatibilidade entre os componentes. Algumas placas-mãe são excelentes mas inexplicavelmente não aceitam mais de 8 GB de RAM. Outras tem tudo mas a interface SATA é 3 ao invés de 6. Outras só trazem dois slots de memória, para placas de 32 GB que não existem em lugar nenhum.

O CraftMyBox é uma solução para isso. São 843 componentes cadastrados, entre memórias, CPUs, placas de vídeo, etc. Com o site você customiza um PC, optando por filtros de preço, capacidade, fabricante, tudo.



Lista de peças


O site lista somente peças disponíveis no Brasil, por enquanto no Kabum, Balão da Informática, Hardstore, MegaMamute, Terabyte e Pichau, com direito a histórico de preços das peças, valor por boleto, etc.

Uma característica bem legal é que, além do preço durante a montagem ele vai mostrando o consumo estimado da configuração. Na listagem de fontes as com potência insuficiente sequer são listadas, mas se você desabilitar o filtro, ele irá reclamar:



CraftMyBox


Você, claro, não é obrigado a comprar mas lojas indicadas, pode usar o site apenas como referência. O importante é que o serviço é enxutinho, funciona, cumpre o que se propõe. Eu diria que é uma mão na roda.

A parte ruim é que meu PC ideal custa mais de R$ 10 mil e não acho que o bônus de Natal vá bancar isso.


Para acessar: clique aqui.
(http://craftmybox.com/)


Histórico de preço das peças:
(http://craftmybox.com/peca/cNieJa/processador-amd-fx-9590-fd9590fhhkwof)



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